Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá;

daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só

ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera
acontecerá com certeza. Por isso, a prece da Igreja
nesse tempo é “Maranatha“! Vem Senhor Jesus!

Tempo de conversão
O Advento também é tempo propício à
conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não
FORMAÇÃO LITÚRGICA – CICLO DO NATAL
há como viver a alegria e a esperança na expectativa da
PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
Sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do
Senhor” nas nossas próprias vidas, por meio de uma
ADVENTO
maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
A palavra Advento quer dizer “o que está para
É um bom momento para procurar o Sacramento da
vir”. O tempo do Advento é para toda a Igreja a vivência
Confissão.
do mistério de espera e preparação da vinda de Cristo.
A Celebração do Advento
É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e
- O espaço da celebração deve estar despojado e
vigilantes.
sóbrio. Durante o Advento não se usam flores nem se
O Advento começa no primeiro domingo após
canta o Glória, reservados para a Festa do Natal.
a celebração de Cristo Rei do Universo até as primeiras
- Preparar a coroa do Advento, com ramos verdes e, a
vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.
cada domingo, acender uma vela até completar quatro.
A coroa poderá ser colocada junto ao altar ou próxima
Duas características deste tempo
ao ambão. A Coroa do Advento traz os símbolos da luz
Nas duas primeiras semanas, a nossa
como salvação, o verde como a vida que esperamos; a
expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e
forma arredondada como sinal da eternidade.
gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história,
- A cor litúrgica do Advento é o roxo. No terceiro
no final dos tempos. As duas últimas semanas visam
domingo do Advento, Domingo Gaudete, a cor litúrgica
em especial, a preparação para a celebração do Natal,
pode ser a rósea. Sendo este domingo, o domingo da
a primeira vinda de Jesus entre nós.
alegria.
- O tempo do Advento é marcado de grande riqueza
Teologia do Advento
espiritual, alimentando a esperança dos cristãos. Para
O Advento recorda a dimensão histórica da
aproveitar bem toda a sua riqueza, convém que se
salvação. Jesus que de fato se encarna e se torna
cuide com maior carinho dos detalhes externos deste
presença salvífica na história, confirmando a promessa
tempo (cantos, espaço litúrgico, os diferentes
e a aliança feita ao povo de Israel.
enfoques das leituras e das orações, principalmente
Evidencia a dimensão escatológica do mistério
dos Prefácios).
cristão recordando o Deus da revelação, Aquele que é,
- Evite-se enfeitar a igreja com motivos natalinos
que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre
durante o Advento. Deixe o Advento ser Advento e o
realizando a salvação mas cuja consumação se
Natal ser Natal. Enfeites natalinos dentro da igreja só
cumprirá no “dia do Senhor”.
após o terceiro domingo.
Nos insere no caráter missionário da vinda de
- O presépio poderá ser montado aos poucos, a cada
Cristo, que se manifesta na Igreja pelo anúncio do
semana, até o quarto domingo. Que seja, o quanto
Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a
possível, expressão de nossa fé cristã e de nossa
manifestação gloriosa de Cristo.
cultura.
- Convém lembrar a importância da novena de
Espiritualidade
preparação para a celebração do Natal. Incentive-se
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver
para que, nestes dias grupos e famílias, na oração,
alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria
estreitem os laços de amizade e solidariedade entre
expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a
todos.
conversão.
 NATAL
O Natal é a celebração principal de todo o ciclo
natalino. Constitui portanto o seu centro. Cristo nasce
em Belém da Judéia, em noite fria (inverno), mas traz
do céu o calor vitalizante da santidade de Deus, em
mensagem de paz dirigida sobretudo aos pobres, com
quem se identifica mais plenamente, cumulando-os
das riquezas do Reino. Sua "noite feliz" sinaliza para a
"noite fulgurante" da Sagrada Vigília Pascal do Sábado
Santo, onde as trevas são dissipadas, definitivamente,
pela luz do Cristo Ressuscitado.
No Natal se dá a união hipostática, ou seja, a
natureza divina se une à natureza humana, numa só
pessoa, a pessoa do Verbo Encarnado (Cf. Jo 1,14),
mistério que transcende a compreensão humana. É
pura humildade de Deus e pura gratuidade do amor
divino.
Duas características desse tempo
Como o Advento, tem também o Tempo do
Natal dois momentos. Um, imediato: é a Oitava do
Natal, que prolonga a solenidade natalina por oito dias,
encerrando-se no dia primeiro de janeiro. O segundo
momento vai de 2 de janeiro até a Festa do Batismo do
Senhor, quando então se encerra o ciclo natalino.
No Tempo do Natal
São duas as solenidades e duas também as
festas celebradas no Tempo do Natal, além, é claro, da
solenidade principal de 25 de dezembro. São elas:
- Solenidade da Santa Mãe de Deus: Esta solenidade é
celebrada em 1º de janeiro, com a qual se encerra,
como vimos, a Oitava do Natal.
- Solenidade da Epifania: Epifania significa
manifestação. É, pois, a manifestação de Jesus ao
mundo, como salvador universal. Os magos simbolizam
o conjunto das nações e dos povos. A Epifania marca,
assim, a universalidade da redenção de maneira viva e
simbólica. No Brasil, celebra-se a Epifania no domingo
que cai entre os dias 2 a 8 de janeiro.
- Festa da Sagrada Família: Esta festa é celebrada no
domingo que cai entre os dias 26 e 31 de dezembro. Se
não houver domingo neste período, então a Festa da
Sagrada família é celebrada no dia 30 de dezembro, em
qualquer dia da semana.
- Festa do Batismo do Senhor: Com a Festa do Batismo
do Senhor encerra-se o ciclo do Natal. A data de sua
celebração depende da Solenidade da Epifania. Se a
Epifania for celebrada até o dia 6 de janeiro, então o
Batismo do Senhor se celebra no domingo seguinte. Se,
porém, a Epifania for celebrada no dia 7 ou 8 de
janeiro, então a Festa do Batismo do Senhor será
celebrada no dia seguinte, isto é, na segunda-feira. A
Festa do Batismo do Senhor marca o início da vida
pública e missionária de Cristo.
Três celebrações natalinas ainda existem, mas
são comemoradas fora do ciclo do Natal: a Festa da
Apresentação do Senhor, em 2 de fevereiro, no Tempo
Comum portanto; a Solenidade de São José, esposo da
Santíssima Virgem, em 19 de março, e a Solenidade da
Anunciação do Senhor, em 25 de março, estas duas
últimas na Quaresma, sendo que, com referência à
Anunciação, esta também pode cair, eventualmente,
na Semana Santa. Nesta última hipótese, tal solenidade
é transferida para depois da Oitava da Páscoa, uma vez
que na Semana Santa não se pode fazer nenhuma
comemoração que não seja a da sua própria liturgia.
Dentro ainda da Oitava do Natal, três festas do
"Santoral" são celebradas, mas com Vésperas da
Oitava. São elas: Santo Estêvão, diácono e protomártir,
em 26 de dezembro; São João, Apóstolo e Evangelista,
em 27 de dezembro; e Santos Inocentes, em 28 de
dezembro.
Hino da Liturgia das Horas – Solenidade do Natal
Eterno esplendor da beleza divina,
ó Cristo, vós sois luz e vida e perdão.
Às nossas doenças trazeis o remédio,
abris uma porta para a salvação.
O coro dos anjos ressoa na terra
e um mundo novo seu canto anuncia:
a glória a Deus Pai nas alturas celestes,
e ao gênero humano a paz e alegria.
Embora pequeno, deitado em presépio,
em todo Universo, ó Cristo, reinais.
Ó fruto bendito da Virgem sem mancha,
que todos vos amem num reino de paz.
Nasceis para dar-nos o céu como Pátria,
vivendo na carne da humanidade.
Renovem-se as mentes e os corações,
se unam por laços de tal caridade.
Às vozes dos anjos as nossas unimos,
num coro exultante de glória e louvor,
cantando aleluias ao Pai e ao Filho,
cantando louvores e graças ao Amor.