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ESTUDO SOBRE CARGA

TRIBUTÁRIA/PIB X IDH

CÁLCULO DO IRBES
(ÍNDICE DE RETORNO DE BEM
ESTAR À SOCIEDADE)
EDIÇÃO OUTUBRO DE 2023 – COM A UTILIZAÇÃO DA CARGA
TRIBUTÁRIA E IDH, AMBOS DO ANO DE 2020 – ESTADOS
BRASILEIROS - 1ª EDIÇÃO

JOÃO ELOI OLENIKE


GILBERTO LUIZ DO AMARAL
LETÍCIA MARY FERNANDES DO AMARAL

OUTUBRO/2023

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ESTUDO DA RELAÇÃO DA CARGA
TRIBUTÁRIA VERSUS RETORNO DOS
RECURSOS À POPULAÇÃO EM TERMOS
DE QUALIDADE DE VIDA

PRINCIPAIS RESULTADOS ENCONTRADOS:

- Para as 27 unidades federadas do Brasil foi feito o cálculo do IRBES –


Índice de Retorno ao Bem Estar da Sociedade (metodologia abaixo) e através do
presente estudo, conseguimos detectar quais são os melhores e piores estados,
quanto à aplicação dos recursos obtidos com a arrecadação tributária e com
resultados mais positivos na melhoria das condições de vida da população.

- Os cinco melhores estados nesse quesito foram: o Distrito Federal, São


Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, respectivamente.

DESCRIMINAÇÃO IRBES - ÍNDICE DE RETORNO AO BEM ESTAR DA SOCIEDADE


RANKING ANO 2020 ANO 2020 ÍNDICE OBTIDO RESULTADO

ESTADOS MELHORES
CLASSIFICADOS C.T SOBRE O PIB IDH IRBES RANKING
DISTRITO FEDERAL 3,94% 0,829 180,93 1º
SÃO PAULO 7,61% 0,823 176,20 2º
RIO DE JANEIRO 6,48% 0,785 174,27 3º
SANTA CATARINA 8,21% 0,803 173,81 4º
PARANÁ 8,19% 0,787 172,48 5º

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- Os cinco piores estados foram: Bahia, Maranhão, Alagoas, Rondônia e o
Amazonas que ficou na última colocação.

IRBES -
ÍNDICE DE RETORNO
AO BEM ESTAR DA
DESCRIMINAÇÃO SOCIEDADE
ÍNDICE
RANKING ANO 2020 ANO 2020 OBTIDO RESULTADO
ESTADOS PIORES CLASSIFICADOS C.T SOBRE O PIB IDH IRBES RANKING
BAHIA 10,21% 0,724 164,80 23º
MARANHÃO 8,59% 0,699 164,54 24º
ALAGOAS 8,25% 0,694 164,50 25º
RONDÔNIA 11,74% 0,739 164,31 26º

AMAZONAS 10,96% 0,727 164,19 27º

1) ESCOPO DO ESTUDO:

O presente estudo tem por objetivo mensurar as 27 (vinte e sete) Unidades da


Federação Brasileira – Estados, a arrecadação tributária de cada estado em
relação à sua própria riqueza gerada, conforme PIB e verificar se os valores
arrecadados estariam retornando para a sociedade, através de serviços, que
venham gerar bem estar à população, proporcionando melhoria na qualidade de
vida.

São utilizados três parâmetros para esse tipo de comparação: A Arrecadação


Tributária (arrecadação de tributos estaduais, que obtivemos junto ao
CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária
(https://www.confaz.fazenda.gov.br/), o PIB por Estados, junto ao IBGE –
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
(https://www.ibge.gov.br/), referente ao ano de 2020 (última atualização) e
também o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, conforme dados da
entidade ATLAS BRASIL (http://www.atlasbrasil.org.br/ranking), com o índice
final também para o ano de 2020.

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Ressaltamos que na arrecadação dos estados foi-se levado em conta somente
as receitas referentes aos tributos estaduais, sem os repasses federais
constitucionais.

2) PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO ESTUDO:

2.1 CARGA TRIBUTÁRIA

É a relação percentual obtida pela divisão do total geral da arrecadação de


tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em um
ano, pelo valor do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, a riqueza gerada durante
o mesmo período de mensuração do valor dos tributos arrecadados, sendo,
como exemplo, no Brasil:

ANO DE 2020 EM R$ MILHÕES

ARRECADAÇÃO
TRIBUTÁRIA DISTRITO
FEDERAL R$ 10.277

PIB R$ 260.675

CARGA TRIBUTÁRIA 3,94%

2.2 IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de
riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores
para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e
medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. O
índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbubul Haq, e

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vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD, em seu relatório anual.

O IDH é um índice que serve de comparação entre os países, aplicado aqui aos
estados brasileiros, com o objetivo de medir o grau de desenvolvimento
econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado
com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum
desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais
próximo de 1, pode-se afirmar que esse estado é o que atingiu maior grau de
desenvolvimento.

3) IRBES – ÍNDICE DE RETORNO DE BEM ESTAR À SOCIEDADE

Para atingir o objetivo deste estudo, foi criado um índice para demonstrar o nível
de retorno à população dos valores arrecadados com tributos, em cada país.

O IRBES – Índice de Retorno De Bem Estar à Sociedade, é resultado da


somatória da carga tributária, ponderada percentualmente pela importância
deste parâmetro, com o IDH, ponderado da mesma forma.

4) METODOLOGIA DO ESTUDO
O ranking é determinado pela ordem decrescente do valor calculado referente ao
IRBES de cada estado. Quanto maior o valor deste índice, melhor é o retorno da
arrecadação dos tributos para a população.

O IRBES é decorrente da somatória do valor numérico relativo à carga tributária


do país (aqui no caso estados), com uma ponderação de 15%, com o valor do

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IDH, que recebeu uma ponderação de 85%, por entendermos que o IDH elevado,
independentemente da carga tributária do país, é muito mais representativo e
significante do que o percentual da carga tributária, independentemente do IDH.
Assim sendo, entendemos que o IDH, necessariamente, deve ter um peso bem
maior para a composição do índice.

5) RANKING FINAL
A pesquisa foi realizada tomando-se como base o cálculo do IRBES na totalidade
das unidades da federação brasileira (27), sendo essa a classificação atual e
final:

IRBES -
ÍNDICE DE RETORNO
AO BEM ESTAR DA
DESCRIMINAÇÃO SOCIEDADE
ÍNDICE
RANKING ANO 2020 ANO 2020 OBTIDO RESULTADO
30 PAÍSES DE MAIOR TRIBUTAÇÃO C.T SOBRE O PIB IDH IRBES RANKING
DISTRITO FEDERAL 3,94% 0,829 180,93 1º
SÃO PAULO 7,61% 0,823 176,20 2º
RIO DE JANEIRO 6,48% 0,785 174,27 3º
SANTA CATARINA 8,21% 0,803 173,81 4º
PARANÁ 8,19% 0,787 172,48 5º
MINAS GERAIS 9,27% 0,789 171,40 6º
RIO GRANDE DO SUL 8,77% 0,739 171,21 7º
ACRE 6,56% 0,746 170,87 8º
ESPÍRITO SANTO 10,24% 0,792 170,54 9º
TOCANTINS 8,35% 0,755 169,57 10º
AMAPÁ 6,28% 0,724 169,32 11º
CEARÁ 8,79% 0,755 169,07 12º
MATO GROSSO 9,06% 0,756 168,84 13º
GOIÁS 9,62% 0,758 168,37 14º
MATO GROSSO DO SUL 11,11% 0,760 166,82 15º
PARÁ 8,27% 0,719 166,60 16º
SERGIPE 8,68% 0,722 166,39 17º
RORAIMA 10,43% 0,739 165,82 18º
RIO GRANDE DO NORTE 9,33% 0,724 165,81 19º
PERNAMBUCO 10,45% 0,739 165,80 20º
PARAÍBA 8,93% 0,714 165,42 21º
PIAUÍ 9,01% 0,708 164,82 22º

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BAHIA 10,21% 0,724 164,80 23º
MARANHÃO 8,59% 0,699 164,54 24º
ALAGOAS 8,25% 0,694 164,50 25º
RONDÔNIA 11,74% 0,739 164,31 26º

AMAZONAS 10,96% 0,727 164,19 27º

CARGA TRIBUTÁRIA 2020 - FONTE CONFAZ


IDH 2020 - FONTE ATLAS BRASIL –
PIB – IFONTE BGE

6) CONCLUSÕES DO ESTUDO

- Entre as unidades da federação (estados) que tiveram melhor desempenho temos


o Distrito Federal (Centro Oeste), São Paulo e Rio de Janeiro (Sudeste) e Santa
Cataria e Paraná (Sul), o que realmente corresponde com as regiões mais ricas do
nosso país.

- Entre os piores desempenhos temos a Bahia, Maranhão e Alagoas (Nordeste),


Rondônia e Amazonas (Norte).

Certamente, se existisse uma melhor aplicação das receitas públicas oriundas


dos tributos, isso se refletiria em um bem-estar social muito mais elevado.

Assim, o IBPT almeja que o presente estudo sirva de conscientização tanto para
a sociedade brasileira de forma geral, contribuinte de tributos, como para o Poder
Público, no sentido de haver uma maior exigência, controle e transparência em
relação à aplicação dos recursos oriundos da arrecadação tributária, e que
possam, definitivamente, gerar um melhor índice de desenvolvimento humano,
para a nossa tão carente população.

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Estudo e Pesquisa de responsabilidade:

IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação:


- Entidade criada em 12/12/92, cujo objetivo é a difusão de sistemas de economia legal
de impostos; divulgação científica do tema; estudo de informações técnicas para a
apuração e comparação da carga tributária individual e dos diversos setores da
economia; e, análise dos dados oficiais sobre os tributos cobrados no Brasil.
http://www.ibpt.org.br

Pesquisadores responsáveis (autores):

Prof. JOÃO ELOI OLENIKE, tributarista, contador, auditor, professor de gestão e


planejamento tributário. Presidente-Executivo do IBPT – Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação. e-mail: joao.olenike@ibpt.org.br

Dr. GILBERTO LUIZ DO AMARAL, advogado e contador, tributarista de inteligência de


negócios, tributólogo, consultor de empresas, palestrante e professor de diversos temas
na área tributária e de inteligência de negócios. Presidente do Conselho Superior e
Coordenador de Estudos do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
e-mail: gilberto.amaral@ibpt.org.br

Dra. LETÍCIA MARY FERNANDES DO AMARAL, advogada tributarista, tributóloga,


consultora jurídica de empresas, palestrante e professora de diversos temas na área
tributária. Vice-Presidente do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação e
Diretora fundadora do IBPT Educação Ltda. e-mail: leticia.amaral@ibpt.org.br

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