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COMANDO FANUC Oi-TC

Prof.: Elcimar Travessa


 Aparecimento:

O primeiro esforço organizado para a aplicação do


controle numérico em máquinas operatrizes, iniciou-se
em 1949, no laboratório de servo mecanismo do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT),
associado a U.S. Air Force de Parsons Corporation of
Traverse City, de Michigan.
 Tipo de Máquina CN:

Uma fresadora de 3 (três) eixos – Hidrotel, da


Cincinnati Miling Machine Company, foi escolhida
para a experiência. Os controle de copiagem foram
removidos e a máquina foi aparelhada com
equipamentos de controle numérico.
 Uma das primeira Máquina a CN:
 Definição de Comando Numérico:

É um equipamento eletrônico capaz de receber


informações por meio de entrada própria, compilar
estas informações e transmiti-las em forma de
comando à máquina operatriz, de modo que esta, sem
a intervenção do operador, realize as operações na
seqüência programada.
Funções de Programação
MEIOS DE
ENTRADA
DE DADOS
NA
UNIDADE
DE
COMANDO
 As Principais Característica do CNC:

 Qualidade: Acabamento superficial


 Complexidade: Geometria complexa
 Repetibilidade: Tolerância dimensional
 Flexibilidade: Otimização do processo
 Toda geometria da peça (Perfil) é transmitida ao
comando através do Plano cartesiano (Eixos).
+X

2º quadrante 1º quadrante

-
Z +Z

3º quadrante 4º quadrante

-X
Sistema de coordenadas
 Observação: O CNC com torre dianteira, os
quadrantes do sistema de coordenadas são adaptados
como mostra a figura abaixo.

Dianteira
Observação: O CNC com torre Traseira, os
quadrantes do sistema de coordenadas são adaptados
como mostra a figura abaixo.
 Definição: Coordenada Absoluta necessita de uma
referência fixa no sistema, pois todos os deslocamento é em relação
ao zero peça (ORIGEM) função G90.
 EXERCICIO:

f e X Z
a
d c
b
b a c
d
ϕ 45 ϕ 20 ϕ35 e
10
f
36
58
 EXERCICIO:

X Z
4 a
h 45∘
3 45∘ b
g
e c
f d 2 45∘
c b d
a
e
f
ϕ ϕ39
ϕ55 21 g
25
h
43
62
 EXERCICIO:
X Z X Z
a j
b l
c m
d n
e o
f p
g
h
i
 Definição: Coordenada Incremental, não necessita de uma
referência fixa no sistema (ORIGEM).

 EXERCICIO: x

z z
f X Z
x a
e b
d

c b
c
d
ϕ50 a ϕ ϕ38 e
13 22 f
36
30
 EXERCICIO:
X Z
4 a
h ∘
g 45 3 45∘ b
f e
d 2  45∘ c
c b d
a
e
ϕ50 ϕ ϕ36 f
19 21
g
39 h
60
 EXERCICIO: X Z X Z
a j
b l
c m
d n
e o
f p
g
h
i
Desenvolvimento

Todo comando acoplado em máquina a


Comando Numérico necessita de um meio
de comunicação entre o programador e a
máquina.
Essa comunicação é feita mediante códigos
ou símbolos padronizados e recebe o nome
de linguagem de máquina.
 Caractere – E um número, letra ou símbolo utilizado para
exprimir uma informação.
EX: G, 4, N, M, /, F, ....

Especialmente, os caractere alfabéticos recebem o nome


de Endereços, e quando os endereços são seguidos por
números, são chamados de Palavras.
EX: Endereços – G, T, F, M, S, X, Z, ...
Palavras – G00, T0301, M04, X50, ...
 Bloco – E um conjunto de informações usado
para identificar a operação que deverá ser
executada pela maquina.

EX: N10 G01 X125 Z200;

 Função – E o código compreensível pelo


comando, que predispõe a maquina ou o próprio
comando a funcionar de um determinado modo.
 Formato de programação – É o número de
dígitos numéricos inteiros e/ou decimais que compõem
cada função.

EX: Z 5.3

X 5.3

G00 a G99
As funções são divididas em quatro
grupos:
 Função seqüencial ( n );

 Funções de posicionamentos ( x, z );

 Funções complementares ( s, f, t, m,..);

 Funções preparatórias (G);


 Função N
Aplicação: Numero seqüencial de blocos, seu formato é 4
dígitos.
EX: N10...
N20...
N30...
 Função O
Aplicação: Identifica programas. Todo programa ou sub-
programa, é identificado pela letra O.
EX: O0005;
 Função /
Aplicação: Inibi a execução de blocos, sem alterar
a programação, desde que o operador tenha
selecionado a opção INIBIR BLOCOS.
EX: /N10 GO1 X100 Z130;
/N20 GO1 Z50;
/N30 G02 X40 Z100 R5;
/N40 G01 Z120;
N50 T0201(FERR. ACAB.);
N......
N......
 Função F
Aplicação: Determina a velocidade de avanço dos
eixos, dado em mm/rot.
EX: f0.25
 Função T
Aplicação: seleciona ferramenta e corretor.

EX: T 03 01
Corretor de geometria/desgaste (1- 9)
Posição da ferramenta na torre

OBS.: Pode ser usado 1 a 9 corretores por ferramenta.


 Função S
Aplicação: Rotação da placa, e velocidade de corte em M/Min. A
função S assume o RPM a que aplaca deve girar ou a velocidade de
corte constante a que a ferramenta irá trabalhar.

EX: S250 M/Min

OBS.: A Função serve também para definir o limite máximo de


rotação da placa junto com a função G92.

EX: N90 G96 S240;


N100 G92S3500;
A função “S” pode ser: RPM ou VC
Definição dos parâmetros de corte
vc
vc = Velocidade de corte n
(m/min.)
ap
ap = Profundidade de corte
(mm)

n = Velocidade do fuso fn
(rpm)

Fn = Avanço
(mm/rot.)
Formulas: Exemplo :

VC= 220 m/min

ϕ15ϕ 40 ϕ80

n 220100  rpm
0
 3.1480
 rpm
n 220100
 0
3.1440
n 220100  rpm
0
 3.1415
FUNÇÕES ESPECIAIS

Exemplo de Usinagem:
Funções Modais – São as funções que uma vez
programadas permanecem na memória do
comando, valendo por todos os blocos posteriores.

EX: N10 G01 X100 Z20


F.25; N20 X40;
N30 Z100;
N40 X20 Z10;
 Funções Não Modais – São as funções que todas
as vezes requeridas, devem ser programadas ou seja, só são
valida naquele bloco.

EX: N10 G00 X0 Z5 ;


N20 G74 Z-10 Q5000 F0.1;
N30 G00Z50;
N40 X70 Z120;
 Função M00 (não modal)
Aplicação: Parada de programa, usa-se quando tiver dois
processo de usinagem.
 Função M01 (modal)
Aplicação: Parada opcional, usa-se para verificar alguma
dimensão ou detalhe na peça.
 Função M02 e M30 (não modal)
Aplicação: Fim de programa com rebobinamento da
memória do programa.
 Função M03 (modal)
Aplicação: Rotação horária da placa.
 Função M04 (modal)
Aplicação: Rotação anti-horária da placa.

 Função M05 (modal)


Aplicação: Parada da placa.

 Função M08 (modal)


Aplicação: Liga refrigerante de corte.
 Função M09 (modal)
Aplicação: Desliga refrigerante de corte.

 Função M40 e 81 (não modal)


Aplicação: Seleciona modulo de operação interno da placa.

 Função M41 e 82 (modal)


Aplicação: Seleciona modulo de operação externa da placa
 Função M46 e 25 (modal)
Aplicação: Fecha a placa.

 Função M47 e 24 (não modal)


Aplicação: Abre a placa.

Função M98 (não modal)


Aplicação: Chamada de um sub-programa.
EXEMPLO: Chamada de um subprograma.
Função M99 (não modal)

Aplicação: Fim de sub-programa. Programada com a


função “P”, e acompanhado o numero do bloco, faz
com que o comando salte dentro do programa.
Função G00
Aplicação: Posicionamento rápido (aproximação e recuo
da ferramenta).
EX:

COORD. DE PROXIMAÇÃO

ϕ60 N10 G54 G00 X150 Z200;


N20 G00 X64 Z122;

120
Função G01
Aplicação: Interpolação linear (usinagem com avanço
programado).

2
450
Coord. de Trabalho
N10 G01 X21 Z75 F0.15;
N20 G01 X25 Z73;
N30 G01 Z55;
ϕ 45 20 ϕ 25
N40 G01 X45 Z20;
55 20
 Funções G02 e G03
Aplicação: Interpolação circular Horária e Anti-horária.
G02/G03 X Z R F (I e K)

X= Posição final do
arco Z= Posição final
do arco R= Valor do
raio
I= Coordenada do centro do arco (em relação a ponta da ferr.)
K= Coordenada do centro do arco (em relação a ponta da ferr.)
F= Valor do avanço’
O sentido da direção do arco em relação a torre de
ferramenta.
FUNÇÕES PREPARATÓRIAS

G02
G03
Exemplo de programação

OBS.: As funções I e K são programadas tomando-se com referencia a


distancia do ponto de inicio da ferramenta ao centro do arco, dando
o sinal correspondente ao movimento.
A função I deve ser programada em raio.
 Função G04
Aplicação: Tempo de permanência (parada entre dois
movimento do eixo).
Exemplo: (tempo de 1,5 segundos)

A função G04 requer: G04 X 1.5


G04 U 1.5
G04 X (segundos) G04 P 1500
G04 U (segundos)
G04 P (milésimo de segundos)
 Função G40
Aplicação: Cancela a compensação do raio da ferramenta.

 Função G41
Aplicação: Ativa a compensação do raio da ferramenta
(Esquerda).

 Função G42
Aplicação: Ativa a compensação do raio da ferramenta
(Direita).
Ponta teórica:
Ponta teórica:
Ponta teórica:
Ponta teórica:
Ponta teórica:
Desenvolvimento: Ponta Teórica
Sentido da compensação do raio:Padrão adaptado para
torre DIANTEIRA.
Padrão universal torre TRASEIRA.
Sentido da Compensação Externo e Interno:
 Sentido da Compensação do Raio da Ferramenta
 Funções R e C
Aplicação: Arredondamento e quebra de canto.
R= valor do raio.
C= Valor do chanfro.
EX:
 Função G20
Aplicação: Programação em Polegada
 Função G21
Aplicação: Programação em Milímetro
 Função G33
Aplicação: Ciclo de Rosca Passo a Passo
Função G33
 Aplicação: Ciclo de Rosca Passo a Passo
A função G33 requer:

X= Diâmetro do rosqueamento
Z= Posição final da rosca
Q= Ângulo do eixo para a entrada da rosca (milésimo)
R= Valor da conicidade incremental no eixo (X).
 Função G53

Aplicação: Cancela as coordenadas zero-peça e


ativa zero maquina.
 Funções G54 a G59
Aplicação: Ativa sistema de coordenadas zero-peça.
 Zero Peça
 Função G70
Aplicação: Ciclo de acabamento. Este ciclo é utilizado
após a aplicação do ciclo de desbaste G71 e G72.

A função G70 requer:

P= Numero do bloco que define o inicio do perfil.


Q= Numero do bloco que define o final do perfil.
Sintaxe da função:
 Função G71
Aplicação: Ciclo automático de desbaste
longitudinal. Esta função deve ser programada em
dois blocos subseqüentes.
Primeiro bloco:
A função G71 requer:
G71 U R ; onde:

U= Valor da profundidade de corte (raio).


R= Valor do afastamento para o retorno da ferramenta.
Segundo bloco:
G71 P Q U W F ; onde:

P= Nº do bloco que define o inicio do perfil da peça.


Q= Nº do bloco que define o final do perfil.
U= Sobremetal para acabamento no eixo (X).
U+ para ext. e U- para int.
W= Sobremetal para acabamento no eixo (Z).
F= Avanço de trabalho.
Sintaxe da função:
Desenvolvimento do ciclo G71:
Exemplo: Usinagem externa Programa
N10 G21;
N20 T0101 (ferr. de desb.);
N30 G54;
N40 G96 S250;
N50 G92 S3500 M04;
N60 G00 X84 Z72 M08;
N70 G71 U2 R1;
N80 G71 P90 Q150 U1.6 W0.2 F0.3;
N90 G00 X16;
N100 G01 Z70
F.15; N110 G01
X20 Z68; N120 G01
Z50,R5; N130 G01
X50; N140 G01
Z40; N150 G01 X80
Z25;
N160 G00 X100 Z120 M09;
N170 M30;
Exemplo: Usinagem interna Programa
.
N60 G00 X18 Z2;
N70 G71 U2 R1;
N80 G71 P90 Q150 U1.6 W0.2 F0.3;
N90 G00 X46;
N100 G01 Z0 F0.15;
N110 G02 X42 Z-2 R2;
N120 G03 X32 Z-7 R5;
N130 G01 Z-16;
N140 G01 X22 Z-20;
N150 G01 Z-25;
N160 G01 X20;
N170 G00 Z2;
N180 G00 X100 Z120 M09;
N190 M30;
 Função G74
Aplicação: Ciclo de furação e torneamento longitudinal
A função G74 como ciclo de furação requer:
G74 R ;
G74 Z Q F ; onde:

R= Retorno incremental para quebra de cavaco.


Z= Posição final (absoluta).
Q= Valor do incremento no ciclo (milésimo de mm).
F= Avanço de trabalho.
Exemplo:
N10 G21;
N20 T0505 (broca);
N30 G54;
N40 G97 S800 M4;
N50 G00 X0 Z75 M08;
N60 G74 R2;
N70 G74 Z-4 Q15000 F0.1;
N80 G00 X150 Z150 M09;
N90 M30;
A função G74 como ciclo de torneamento requer:

G74 X Z P U Q F, onde:

X= Diâmetro final
Z= Posição final
P= Prof. de corte (raio/milésimo de MM)
Q= Comprimento de corte (inc./milésimo de MM)
R= Recuo angular da ferramenta
F= Avanço
Exemplo:
N10 G21;
N20 T0202 (ferr. de desbaste);
N30 G54;
N40 G96 S220;
N50 G92 S3500 M04;
N60 G00 X57 Z85 M08;
N70 G74 X33 Z28 P1500 R1 F.25 Q57;
N80 G00 X120 Z120 M09;
N90 M30;
 Função G75
Aplicação: Ciclo de Canais. E usado para usinagem de vários
canais eqüidistantes na peça, e deve ser programado em
dois blocos:
G75 R
G75 X Z P Q F
A função G75 requer:.
R= Retorno incremental p/ quebra de cavaco.
X= Diâmetro final do canal.
Z= Posição final (absoluto).
P= Inc. de corte (raio/milésimo de MM).
Q= Distancia entre os canais (inc./milésimo. de MM).
F= Avanço.
Exemplo: Programa

N10 G21;
N20 T0202 (bedame);
N30 G54;
N40 G96 S130;
N50 G92 S2000 M03;
N60 G00 X75 Z-33 M08;
N70 G75 R2;
N80 G75 X60 Z-75 P7500 Q1400 F.2;
N90 G00 X180 Z200 M09;
N100 M30;
 Função G76
Aplicação: Ciclo Automático de Rosca. Esta função deve
ser programada em dois blocos subseqüentes.
Primeiro bloco: G76 P(m) (r) (a) Q R; Onde:

m: Numero de passe de acabamento;


r: Comprimento da saída angular da rosca;
a: Ângulo da ponta da ferramenta;
Q: Profundidade mínima de corte (mult. Por mil);
R: Sobremetal para acabamento;
Segundo bloco: G76 X Z R P Q F; Onde:

X: Diâmetro final da rosca;


Z: Comprimento final da rosca em relação ao zero;
R: Valor da conicidade incremental no eixo “X”;
(R negativo / externo e R positivo / interno)
P: Altura do filete da rosca (raio em milésimo de mm);
Q: Prof. do primeiro passe (raio em milésimo de mm);
F: Passo da rosca;
Sintaxe do Ciclo de Rosca:
Cálculos para a rosca M20x2.5:

1. Altura do filete (P) 3. Prof. Do primeiro passe (Q)


P=
(0.65xpasso) Q P
N.Passadas
P= (0.65x2.5)
P= 1.625mm
Q 10
2. Diâmetro final (X) 1.625
x= diâmetro inicial-(2xp) Q
x= 20-(1.625x2)
x= 16.75mm 0.469mm1000
Exemplo: Rosca externa
Programa

N10 G21;
N20 T0303 (FERR. DE ROSCA);
N30 G54;
N40 G97 S900 M04;
N50 G00 X25 Z65;
N60 G76 P 02 00 60 Q100 R0.03;
N70 G76 X16,75 Z28.5 P1625 Q469 F2.5;
N80 G00 X100 Z100;
N90 M30;
Exemplo: Rosca interna

Programa

N10 G21;
N20 T0404 (ferr. de rosca);
N20 G54;
N30 G97 S800 M04;
N40 G00 X32.75 Z36 M08;
N50 G76 P 02 00 60 Q100 R0.04;
N60 G76 X40 Z-4 P1625 Q340 F2.5;
N70 G00 X100 Z120 M09;
N80 M30;

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