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INTOXICACAO MEDICAMENTOSA Medicamento © principal agente téxico que causa intoxicagéo em seres humaros no Brasil, ocupando o primero lugar nas estatisticas do SINITOX desde 1994; 08 benzodiazepinisos, antigipais, _anidepressivos, ‘antiinflamatérics so as classes de medicamentos que mais causam intoxicag5es em nosso Pais (44% foram classificadas como tentativas de sticidic © 40% como acidertes, sendo que as criangas menores de cinco anos = 38% @ adultos de 20 2 29 anos — 19% constituiram as faixas etérias mais ‘acometidas pelas intoxicagées por medicamentos)” Intoxicacdes por medicamentos —CCIISP, 2001, Dsiiuiie- useless iceekerlnsnitie-. eo orc rs Cerny ey pore ered ety enter Cy ey Cree end Sistem respratonio ey cee Intoxicagées por medicamentos — CCV/SP, 2001 Distribuicao por gnipo farmacologico ou nome genérico ANSIOLITICOS E TRANQUILIZANTES BENZODIAZEPINICOS Grupo de medicamentos que apresentam propriedades _farmacoldgicas (ensialiticas, sedativo-hipnéticas e/ou anticonvulsivantes) e acao sobre o Sistema Nervoso Central + Em geral, os benzodiazepinicos (BZD) so répida e completamente absorvides por via oral. No entanto, alguns como clordiazepéxido e oxazepam levam horas para atingir concentracSes sanguineas maximas. +A ligagéo proteica plasmatica é varidvel e praticamente todos so metabolizados ino figado por oxidago e/ou conjugacao, com formagao de metabdlitos, muitos dos quais ativos. A excregao 6 renal Giassticagao segundo sua meia-vida de eliminagao: Aco muito curta — Midazolam (Dormonid); ‘Aco curta - Alprazolam (Frontal), Lorazepam (Lorax, Mesmerim), Oxazepan (Clizepina: Acdo Longa — Clordiazepéxido (Psicosedin, Limbitrol, Relaxi), Diazepam (Calmociteno, Diazepan, Diempax, Kiatrium, Valium), Flurazepam (Dalmadorm, Lunipax). Os benzodiazepinicos interagem em um receptor especifico com um modulador pproteico endogeno que antagoniza a ligagao com o GABA, potencializanco os seus efeitos. Ce a Clinica da Intoxicagéo Aguda: Absorcao de dose excessiva esta usualmente associada com sedago, sonoléncia, fala arrestada, DOSES EXCESSIVAS * Hepatotoxico e nefrotéxico > DOSES TOXICAS: * Adults: 6-7.5 9 * Dano hepatico apés consumo diario de 5g ™ Criangas: > 150 mgikg de peso (> 200 mg/kg em criancas ate 6 anos) * Obitos: 15 9 PARACETAMOL - TOXICOCINETICA ™ ABSORCAO = Gastrintestinal rapida e quase completa * Biodisponibilidade oral: 88% = DISTRIBUICAO * Distribui-se por todos liquidos corporais - VD = 1 L/ kg = LP insignificante em doses de até 60 ng/mL. = Em intoxicagbes agudas: LP = 20-50% = MEIA VIDA = T 144 hem dose terapéutica 2.9 ha intoxicagao sem dano hepatica 7,6 h na intoxicagao com dano hepatico = Tempo até 0 efeito maximo: 1 3h = Tempo de concentragao maxima: 0,54 2h PARACETAMOL - TOXICOCINETICA BIOTRANSFORMACAO EXCRECAO Figado Rins Acido. glicurénico (60% ——__ 90- 100% Sulfato (30%) Cisteina (3%) _ conjliga dos Bioativagao CIT. P 450 (4%) em 4 NAPQI GSH PARACETAMOL: TOXICODINAMICA " O subproduto obtido através do sistema P450 oxidase é hepatotéxico (N-acetil-benzoquinoneimina - NAPQ!) + NAPQI teage com os grupamentos —SH da glutationa (GSH), produzindo o Acido mercapturico-cisteina PARACETAMOL: CLINICA = FASE + (30 min a 24 h) = Sintomatologia inespecifica * Anorexia, nausea, vomitos, palidez e diaforese * Mal estar geral = FASE 2(24a 72h) + Sintomatologia mais evidente e alteragbes laboratoriais * Dor no hipocéndrio direito + Trombocitopenia * Fungo renal comega a alterar + Manifestagdes cardiacas — morte subita (2) PARACETAMOL: CLINICA = FASE 3(72.a 96h) + CARACTERIZADA PELAS SEQUELAS DALESAO HEPATICA Alterago da coagulacao sanguinea Ictericia, ndusea e vornitos Insuficiéncia renal Encefalopatia hepatica Aniria Coma CBITO PARACETAMOL - DIAGNOSTICO LABORATORIAL > Nivel de Paracetamol na 4? hora pos-ingestao Nomograma de Rumack — Matthew » Outras andlises necessarias: avaliagao hepatica, renal e hematoldgica PARACETAMOL NiVEIS DE PARACETAMOL NO PLASMA = concentragées terapéuticas de 10 — 20 pg/mL em 4h = dano hepatico minimo ou ausente: 120 jig/mL em 4 h = concentragées téxicas/letais: 300 g/mL em 4 h Se a relacdo nivel de paracetamol / tempo indicar hepatotoxicidade: MANTER O PACIENTE INTERNADO PARACETAMOL - TRATAMENTO = DIMINUIR A EXPOSICAO AO PARACETAMOL: DGI — esvaziamento gastrico — lavagem gastrica - carvao ativado = MEDIDAS GERAIS DE CONTROLE E SUPORTE PARACETAMOL: ANTIDOTO N-ACETILCISTEINA - FLUIMUCIL ™MECANISMO DE ACAO » Precursor de GSH: aumenta a sintese de GSH hepatica > Doador de grupo sulfidrila: substituto de GSH > Aumenta a conjugagao do paracetamol com sulfato > Melhora a fungao de multiplos érgaos na insuficiéncia hepatica ACIDO ACETILSALICILICO + Acido Acetilsalicilico: inibidor da sintese de prostaglandina utilizado como analgésico e anti- inflamatdrio -—Nomes_ comerciais: AAS, ASPIRINA, ALIDOR. BUFFERIN; Intoxicagao Aguda: — intoxicagao em criangas Estados Unidos — Brasil é pouco descrita * Clinica: - € caracterizado por disturbios do equilibrio acidobasico e hidroeletrolitico — Sintomatologia: * Disturbio do equilibrio acidobdsico: alcalose respiratéria; acidose metabdlica. * Disturbio hidroeletrolitico:- perdas cutaneas, aumento débito urinario, desidratagao hipernatrémica * Hiperglicemia. + Hipertermia. + Oligtiria: desidratagao ou retengao inapropriada de liquide *Disturbio SNC: desorientagao, _irritabilidade, alucinagées, convulsées e coma + Disturbio Digestivo. + Disttrbios Respiratorios. + Diagndstico: - €@ baseado na historia, exame fisico e laboratorial —Intoxicagao Moderada: ingestéo de doses > 240mg/Kg e evolugdo Fatal > 480mg/Kg —Exames: gasometria, glicemia, Na e K no sangue, glicosuiria e cetonuria, hemograma, contagem plaquetas e tempo protrombina + Dosagem Salicilemia —=40mgidL na 6* h apés ingestio, so indicativas de intoxicazao praticamente assintomatica — >90mgidL. sugestivos de casos muito graves + Nomograma de Done: avalia a gravidade do caso, pois correlaciona os niveis de salicilemia com o tempo decorrido — 12hs apés ingestéo — 36mgidL.- assintomatico — 36 a 5Smg/dL - intoxicagao média — 85 a 75mmidL. -moderada — 576mgidL. - grave * Tratamentos *Eméticos e medidas provocadoras de vémito e lavagem gastrica. + Hipertermia: Banho de imersao, compressas Umidas e frias * Corregao disturbio hidroeletrolitico: débito urinario de 2mi/kg/h, com reposigao de eletrdlitos. * Hemodialise ou hemoperfusdo: carvao ativado em casos graves com salicilemia > 100mg/dL, acidose intratavel ou convulsdes. + Suporte e Sintomatico:- Vias aéreas, controle convulsao com diazepam, corregao hipoglicemia e hipocalcemia. DIPIRONA SODICA + Adipirona soda (metamizo)) faz parte da classe dos ant-inflamatorios nao esteroidais {AINES), € um dos medicamentos mais usades no Brasil e em outros paises como Portugal, México, Espanha, Russia, ertre outros, seu uso também é bastante popular. + A molécula do metamizol possui efeito analgésico e antitérmico. Geralmente apresentado sob forme de comprimidas os em gotas. + Em algurs paises como nos Estados Unidos e Suécia o uso da dipirona foi proibido desde a década de 70, devido ao risco reagbes hematolégicas como agranulocitose & anemia aoldstica. Pelos mesmos motivos a maloria dos palses da Uno Europela, 0 Japio e a Austrélia também suspenderam sua venda. (Ver mais em: efettos adversos) + Nomes comerciais: Algirona, Anador, Analgesll, Analgex, Apron, Conmel, Difebri, Dipidor®, Dipigina, Dipimed, Dipran Dipirona Sédica (genérco), Diproterm, Lisador®, Lomdor, “ Magnopyrol, Novagreen, Novalgina®, Pirolebran Saindor, Termopirona, Termoprim, Toloxin, INDICAGOES or, bre, dores rnale, anaig6eho pa operatvo, pala «sniamas de dengue EFEITOS ADVERSOS - urina avermelhada (nao é preocupente) - queda da pressao arterial (hipotensao), principalmente em pessoas susceptiveis idade, geraimente logo apés 0 uso, incluindo reagdes na pele (urlicarias, vermehidao, ardor, etc), problemas de respiragéo © queda da pressao sanguinea. ~ reagSes hematologices:, agranulocitose (caracterizada pela falta ou acentuada redugéo de leucécitos granulécitos (neutréfilcs, baséfios e eosinéfilos) leucopenia trombocitopenia. Sinais que podem indicar essas alteragdes sao: inflamagdes na garganta, calattios, febre alta e tendéncia a sangramentos, + Em 2001 a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilancia Sanitéria) realizou um 0 “Painel Internacional de Avaliagao da Seguranga da Dipirona” onde foi concluido que a dipirona apresenta a seguranca e a eficdcia necessérias para continuar a ser comercializada no Brasil como um MIP (medicamento isento de prescrigéo). CONTRA-INDICAGOES ‘Adipirona sédica nao deve ser ulilizada em casos de: - hipersensibilidade a dipirona sédica. - algumas doengas metabolicas: porfria hepética aguda intermitente (risco de crises) © deficiéncia congénita da glicose-6-fostato-desidrogenase (risco de hemelise). - doengas hematopoiéticas (anemias, agranulocitoses, leucemias). hipersensibidade ou reacdes anafilsticas a outros AINES (salicilatos, paracetamel, diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno), Sintomas da intoxicaco ou superdosagem com dipirona sédica sao: nduseas, voritos, dor abdominal, insuficiéncia renal. Poucos casos apresentam sonoléncia, ‘vertgem, convulsoes, queda da pressao e taquicardia. Além da urina avermeinada. - Nao ha antidotos, deve-se tentar eliminar 0 excesso de dipirona ingerido, podendo ‘ser feita lavagem estomacal e tralamento com carvao racioative para diminuir a ‘absorgo

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