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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

GABRIELY RAMOS TEIXEIRA

VIVÊNCIA CRISTÃ:
RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2 E 6

PIRAQUARA
2024
GABRIELY RAMOS TEIXEIRA

VIVÊNCIA CRISTÃ:
RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2 E 6

Trabalho apresentado ao Curso de Livre de


Teologia do Instituto Teológico Quadrangular,
como requisito avaliativo da disciplina de
Vivência Cristã.

Orientador: Pr. Prof. Renato Valles.

PIRAQUARA
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 5
2.1 Capitulo 1......................................................................................................... 5
2.2 Capítulo 2......................................................................................................... 6
2.3 Capítulo 6......................................................................................................... 9
3. CONCLUSÃO........................................................................................................11
4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO

A vivência cristã é um caminho marcado pela busca incessante por seguir os


ensinamentos e o exemplo de Cristo. Isso implica em um compromisso diário de
crescimento espiritual, onde não apenas reconhecemos o que é certo ou errado,
mas também visamos praticar a verdade e manter uma conexão constante com
Deus. Essa vivência se estende além do âmbito espiritual, influenciando nossos
relacionamentos familiares, profissionais e com a liderança. Neste trabalho,
exploraremos como esses aspectos se entrelaçam na vida do cristão,
fundamentados nos princípios bíblicos que nos orientam nessa jornada de fé e
compromisso com Deus, com base nos capítulos 1,2 e 6 da apostila de Vivência
Cristã.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Capitulo 1

A vivência cristã se manifesta quando orientamos nossas vidas segundo o


exemplo de Cristo. Buscando diariamente crescer como seguidores e imitadores
d’Ele, não apenas reconhecendo o que é certo ou errado, mas praticando a verdade
e mantendo uma conexão diária com Cristo, demonstrando nossa vida com Deus
através de nossas ações, ou seja, nosso testemunho.
Embora cada ser humano seja autêntico, nascidos com personalidades
distintas, nossa verdadeira mudança não está na personalidade (o que somos, de
fato), mas sim no caráter (nossas ações, o que fazemos), que, todavia, é a marca
que deixamos aos outros. O caráter é moldado por nossas escolhas e atitudes
diárias, e quando permitimos que Deus nos molde, passamos a agir conforme a sua
vontade, revelando nossa verdadeira identidade sem a necessidade de máscaras.
Para que essas mudanças ocorram, contamos com dois aliados
indispensáveis: a Palavra de Deus e o Espírito Santo. A Palavra nos orienta e
capacita, instruindo-nos para uma vida com Deus, enquanto o Espírito Santo age
como um auxiliador, capacitando-nos a entender a verdade, realizar a vontade do
Eterno e nos ajudando a viver de acordo com seus desejos.
A oração deve ser um estilo de vida e desempenha um papel crucial nesse
processo, pois por meio dela que nos conectamos com Deus, estabelecendo um
diálogo vital para nosso crescimento espiritual e desenvolvendo um conhecimento
pleno do Criador. Deus se revela ao profeta Jeremias, dizendo que, ao nos
aproximarmos a Deus, por meio das nossas orações, Ele nos ouvirá. (BÍBLIA
SAGRADA, Jeremias 29:12)
Conhecer a Deus não se resume apenas a adquirir conhecimento intelectual
sobre Ele, mas envolve uma experiência pessoal e íntima de comunhão e
relacionamento. Quanto mais nos dedicamos a conhecer a Deus em profundidade,
mais somos transformados assim como o Apóstolo Paulo diz: “Não se amoldem ao
padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que
sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.” ( BIBLIA SAGRADA,Romanos 12:2)
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Portanto, a vivência cristã não se revela como um processo dinâmico de


crescimento que floresce em comunhão com Deus e em comunidade com outros
seguidores da fé. Essa jornada não apenas nos conecta verticalmente com o
Eterno, mas também horizontalmente com nossos irmãos na fé, criando laços de
amor, apoio e encorajamento mútuo. É nesse contexto de relacionamento íntimo e
interdependência que encontramos significado, propósito e plenitude em nossas
vidas, pois através do compartilhamento da jornada espiritual e do apoio uns dos
outros que somos fortalecidos, edificados e capacitados a viver conforme os
propósitos de Deus. Em relação a este contexto podemos nos referenciar na fala do
Apóstolo Paulo, na Epístola aos Hebreus, quando ele afirma:

“Importemo‑nos uns com os outros para nos incentivarmos ao amor e às


boas obras. E não deixemos de nos reunir como igreja, segundo o costume
de alguns, mas procuremos encorajar uns aos outros, sobretudo agora que
vocês veem aproximar‑se o Dia. (BÍBLIA SAGRADA, Hebreus 10:24-25)

O devocional diário é uma prática espiritual essencial que nos ajuda a nos
conectar com Deus, renovar nosso foco espiritual, resistir às tentações, cultivar
gratidão e louvor, e crescer em nossa fé. É um tempo precioso que transforma
nossas vidas e nos aproxima do coração de Deus. O rei Davi, no Salmo 119 faz
uma afirmação interessante sobre uma vida de devocional e aprendizado da palavra
do Eterno e como ela nos auxilia: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz
para o meu caminho.” (BÍBLIA SAGRADA, Salmos 119: 105).

2.2 Capítulo 2

A vida cristã não é uma jornada solitária, mas sim uma experiência que se
desenrola em comunidade. O cristão é chamado não apenas a viver sua fé
individualmente, mas a ser um exemplo vivo para os que o cercam, demonstrando
os valores e princípios do Evangelho através de suas ações e atitudes. Essa
interação diária com outras pessoas, sejam elas crentes ou não, oferece
oportunidades únicas para compartilhar o amor de Cristo e testemunhar do seu
poder transformador. Um dos mandamentos centrais de Jesus que guiam nossa
conduta nos relacionamentos é o amor ao próximo. No livro de Marcos, o Nosso
Salvador nos ensina uma grande lição, acerca dos relacionamentos interpessoais:
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“E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'.(BÍBLIA


SAGRADA, Mateus 22:39). Esse mandamento é a base para uma vida cristã
autêntica e se manifesta em ações concretas de bondade, compaixão e serviço ao
próximo.
Além do aspecto espiritual, a vida cristã também envolve a dimensão dos
relacionamentos, cuja importância ultrapassa o bem-estar pessoal. A prática efetiva,
e não apenas o discurso, é o que realmente faz a diferença. Manter
relacionamentos saudáveis e significativos é fundamental para o crescimento
espiritual e emocional do cristão. O rei Salomão nos lembre de um ensinamento
muito importante, em relação aos relacionamentos: “Assim como o ferro afia o ferro,
o homem afia o seu companheiro”. (BÍBLIA SAGRADA, Provérbios 27:17). Nossos
relacionamentos podem nos desafiar, moldar e fortalecer à medida que visamos
viver conforme os padrões de Deus.
Um dos princípios fundamentais ensinados por Jesus para cultivar
relacionamentos significativos é o amor ao próximo, o autoconhecimento e a
autoanalise.
Manter um relacionamento é semelhante a proteger uma cidade durante uma
batalha. Embora possamos enfrentar desafios, as experiências acumuladas
contribuem para a vitória. Perder um relacionamento significa perder uma parte de
nós mesmos, e as bênçãos decorrentes de relacionamentos são maiores do que os
riscos envolvidos.
Entretanto, para manter esses relacionamentos, é necessário vencer inimigos
como o espírito crítico, intolerância, orgulho, preconceitos, sofisticação, suspeitas,
cinismo, reações rancorosas, atitudes de rejeição e atitudes fechadas, que podem
minar a harmonia e a comunhão entre as pessoas.
Os relacionamentos familiares desempenham um papel fundamental na vida
do cristão, por serem uma expressão tangível do amor e dos valores do Reino de
Deus.
Um exemplo marcante disso pode ser encontrado no texto de 2 Reis 4:1-7,
que relata a história da viúva que enfrentava dificuldades financeiras após a morte
de seu marido. Diante da adversidade, ela recorre ao profeta Eliseu em busca de
ajuda. Eliseu instrui a viúva a recolher vasos em sua casa e, com o pouco de azeite
que possuía, a encher. Conforme ela obedece à palavra do profeta, o azeite se
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multiplica de forma milagrosa, permitindo-lhe vender e pagar suas dívidas. (BÍBLIA


SAGRADA, 2 Reis 4:1-7).
Essa passagem ilustra a importância da obediência à palavra de Deus, da
confiança em sua provisão e a importância da unidade familiar, mesmo diante das
circunstâncias mais desafiadoras. Além disso, ela destaca a necessidade de fé e
disposição para seguir as instruções divinas, mesmo que pareçam simples ou
desconcertantes.
Quando aplicamos esses princípios aos relacionamentos familiares,
percebemos que a confiança em Deus e a obediência à Sua palavra são essenciais
para fortalecer os laços familiares. Aquela mulher e seus filhos confiaram na palavra
do profeta, que tinha um bom relacionamento com seu falecido marido, por isso ela
sabia a quem recorrer. Então, foram e pediram vasos emprestados a seus vizinhos,
com os quais também mantinham uma boa relação. Vemos, então, que para o
milagre acontecer na vida daquela família, os bons relacionamentos e a unidade da
família foram extremamente importantes.
Portanto, os relacionamentos familiares são uma oportunidade para
demonstrar fé, obediência e confiança em Deus, permitindo que Ele opere milagres
em nossas vidas e fortaleça os laços de amor e união entre os membros da família.
Os relacionamentos com a liderança, tanto eclesiástica quanto civil, são
pilares fundamentais na vida do cristão, refletindo os princípios divinos de
autoridade e submissão.
A Bíblia nos ensina a respeitar e honrar as autoridades estabelecidas,
reconhecendo que toda autoridade é instituída por Deus. Isso implica em obedecer
e honrar nossos líderes espirituais na igreja, como Paulo nos demonstra na Epístola
aos Hebreus 13:17. Também em obedecer às autoridades governamentais, como o
Pedro nos orienta:
Por causa do Senhor, sujeitem‑se a toda autoridade constituída entre os
homens; seja ao rei, como autoridade suprema; seja aos governantes,
como enviados por ele para punir os que praticam o mal e aprovar os que
praticam o bem.( BÍBLIA SAGRADA,1 Pedro 2:13-14).

Ao vivermos de acordo com esses princípios, contribuímos para a harmonia e


a estabilidade tanto na comunidade religiosa quanto na sociedade em geral. A
obediência responsável à liderança, aliada à busca constante pela justiça e pela
retidão, é essencial para promover um ambiente de paz, respeito mútuo e
crescimento espiritual e social.
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Os relacionamentos profissionais desempenham um papel significativo na


vida do indivíduo, especialmente para o cristão, os quais são chamados para refletir
os valores do Reino de Deus em todas as áreas de sua vida, incluindo o ambiente
de trabalho. A Bíblia nos orienta sobre como devemos nos relacionar com nossos
colegas de trabalho, superiores e subordinados, promovendo a colaboração, a
integridade e o respeito mútuo.
No ambiente profissional, é essencial compreender que tanto os empregadores
quanto os funcionários possuem responsabilidades e obrigações uns para com os
outros. Essas responsabilidades não são apenas contratuais, mas também refletem
princípios éticos e morais estabelecidos por Deus. Os empregadores têm a
responsabilidade de fornecer condições de trabalho justas e seguras, remuneração
adequada e tratamento respeitoso aos seus funcionários. Por outro lado, os
funcionários têm a responsabilidade de realizar suas tarefas com diligência,
honestidade e integridade, contribuindo para o sucesso e a prosperidade do negócio
ou organização em que trabalham. Quando ambas as partes cumprem seus
deveres com integridade e respeito mútuo, isso contribui para um ambiente de
trabalho saudável, produtivo e abençoado, promovendo o bem-estar de todos os
envolvidos.
É crucial cuidar de todos os tipos de relacionamentos, sejam eles familiares,
profissionais ou de amizade. Deus valoriza e deseja que seus seguidores cultivem
relacionamentos amorosos e cuidadosos com seus semelhantes.

2.3 Capítulo 6

O perdão é um tema central na fé cristã, destacando-se pela sua importância


na vida de todo cristão. Na parábola do devedor e do credor, Jesus ilustra
vividamente a necessidade e a urgência do perdão. Enquanto o devedor implora por
misericórdia e perdoado de uma dívida impagável. Essa parábola nos ensina que,
assim como fomos perdoados por Deus, também devemos perdoar aqueles que nos
ofendem. Mateus relata um diálogo de Jesus com Pedro, acerca do perdão, que o
seguidor de Cristo deve sempre ter a memória:

Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo


perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.
(BÍBLIA SAGRADA, Mateus 18:21-22)
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É crucial compreender que o perdão não é um mero sentimento, uma


escolha, mas uma ordenança do nosso senhor e um ato consciente de libertar o
outro e a si do peso do ressentimento e da amargura. Perdoar não significa
esquecer a ofensa ou ignorar a dor que ela causou, mas sim escolher não permitir
que essa dor continue a nos controlar. Quando nos recusamos a perdoar, nos
tornamos prisioneiros do passado, perpetuando um ciclo de amargura e
ressentimento que pode afetar todas as áreas de nossas vidas.
Os malefícios da falta de perdão são evidentes em diversos aspectos:
prejudica nossos relacionamentos, mina nossa saúde emocional e espiritual, e até
mesmo afeta nossa comunhão com Deus. A falta de perdão cria barreiras entre as
pessoas, impedindo a reconciliação e o restabelecimento da confiança mútua. Além
disso, ela nos mantém presos ao passado, impedindo nosso crescimento pessoal e
espiritual.
Portanto, é fundamental cultivar uma atitude de perdão em nossas vidas,
seguindo o exemplo de Cristo, que nos perdoou mesmo quando éramos pecadores.
Ao perdoarmos, não apenas liberamos os outros do peso de sua culpa, mas
também experimentamos a libertação e a paz que vêm do perdão verdadeiro.
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3. CONCLUSÃO
Portanto, a vivência cristã é muito mais do que um conjunto de crenças e
práticas religiosas; é um estilo de vida baseado nos ensinamentos de Cristo e no
propósito de glorificar a Deus em todas as áreas de nossa existência. Ao
cultivarmos relacionamentos saudáveis, praticarmos o perdão, obedecermos à
liderança e nos dedicarmos à comunhão com Deus, testemunhamos a
transformação que o Evangelho opera em nossas vidas. Que continuemos a buscar
a santidade e a excelência em todas as áreas, confiantes de que é na vivência cristã
autêntica que encontramos plenitude, propósito e significado em nossa jornada
espiritual.
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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOS SANTOS, Sinésio Carlos. VIVÊNCIA CRISTÃ. 2º Edição. São Paulo. SGEC
Secretária Geral de Educação e Cultura da Igreja do Evangelho Quadrangular.
2022.

BÍBLIA. AT NT. In: Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira Almeida. Rio de
Janeiro: King Cross Publicações, 2008. 1110 p. Velho Testamento e Novo
Testamento.

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