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de
Portugalna
Europa e no
mundo
Rosa dos ventos
• Pontos cardeais
• Pontos colaterais
NE Nordeste
SE Sudeste
SO Sudoeste
NO Noroeste
• Pontos intermédios
NNE Nor-nordeste
ENE És-nordeste
ESE És-sudeste
SSE Sussudeste
SSO Sussudoeste
OSO Oés-sudoeste
ONO Oés-noroeste
Notas:
Noções
• Portugal continental
• Portugal Insular (Arquipélago dos Açores e Arquipélago da Madeira).
Distritos
NUT I
Alentejo
• Açores
Grupo central
Grupo Ocidental
Angra do heroísmo
Horta
Pico
Ponta delgada
Porto Santo
Funchal
Existem ainda outras divisões do território nacional, por exemplo:
• Regiões agrárias
• Regiões turísticas
• Distritos judiciais
• Etc.
Portugal
• Atlântica
• Mediterrânea
• Africana
• Continental
Dessas influências, resulta uma diversidade de características físicas (clima, vegetação natural,
relevo…) podendo levar a uma divisão de Portugal Continental em 3 regiões:
Norte
Atlântico Norte
Transmontano
Sul
Influência da posição geográfica de Portugal nas características humanas
Nota: com o alargamento da EU a leste, Portugal fica numa posição ainda mais periférica.
A CPLP pretende:
PALOP (países de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa)
Moçambique Brasil
Angola Portugal
Guiné-Bissau Timor-Leste
Cabo Verde
Portugal não entrou mais cedo porque estava num regime ditatorial;
• Trocas comerciais;
• Países vizinhos;
• Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países.
Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da
Europa como o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30
europeus. A OCDE é conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal
objetivo é a cooperação entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do
mundo.
Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto
com a Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA
(Associação europeia de Comércio Livre.
Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a
cooperação entre os estados membros e criar um mercado.
1992 – Tratado de Maastricht
UE após Maastricht
Criação de um espaço
Criação de…
UE – Japão – EUA
Acordo de Shengen
O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de
controlos eficazes nas fronteiras externas da EU.
Evolução da UE
Natalidade
Crescimento natural
Mortalidade
Emigração
Saldo migratório
Imigração
Fatores explicativos
• Natalidade
• Emancipação da mulher
• Entrada da mulher para o mercado de trabalho
• Acesso ao planeamento familiar
• Generalização do controlo da natalidade
• Mudança de mentalidades
• Aumento do nível de instrução
• Aumento da idade do casamento
• Alargamento do período de escolaridade obrigatória
Diferenças regionais
Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o
litoral e o interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.
• Mortalidade
A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo
atingido os 10,5‰ em 1991.
A descida da TM deveu-se a:
• Melhoria dos hábitos alimentares
• Melhoria dos cuidados de saúde e cuidados de higiene
• Melhoria nas condições de trabalho (segurança no trabalho)
Isso deve-se:
Contrastes
• Crescimento natural
Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já
se encontrava baixa não influenciou muito esta descida.
Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa
de mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural.
• Movimentos Migratórios
Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na
década de 60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao
facto de estes países necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra
Mundial.
Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de
ser um país de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda
da ditadura em 1974.
• Jovens ( ≤ 15 anos)
• Adultos (15-64 anos)
• Idosos (≥ 65 anos)
A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete
variáveis demográficas como:
• Natalidade
• Fecundidade
• Mortalidade
• Mortalidade infantil
• Movimentos migratórios
Tipos de pirâmide
• Jovem/Crescente
• Adulta/Transição
• Idosa/Crescente
• Rejuvenescente
1960
1981
1981-2001
• Envelhecimento
• Declínio da fecundidade
• Baixo nível educacional
• Desemprego
ENVELHECIMENTO
Consequência do envelhecimento da população
• O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha
cada vez mais encargos com a população idosa.
• A diminuição da população ativa conduz a uma redução na produtividade no país
• A diminuição do espirito de dinamização e inovação, que em geral são características
da população jovem
• Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos
idosos
• Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a
fecundidade é mais elevada.
DECLÍNIO DA FECUNDIADE
Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à
redução da natalidade.
O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que
está abaixo do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos.
Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E.
DESMEMPREGO
• Baixa qualificação
• Fraco investimento em I&D
Solucionar os problemas
Políticas demográficas
Antinatalistas Natalistas
Predomina nos países menos desenvolvidos Predomina nos países desenvolvidos
Tenta reduzir a natalidade de um país Tenta aumentar a natalidade de um país
Utiliza medidas de sensibilização ou de Utiliza medidas de sensibilização e incentivos
coação económicos e fiscais
Portugal como país envelhecido que é, deveria adotar medidas que incentivassem a
natalidade.
Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais
como:
• O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a
gravidez
• Criação de benefícios fiscais para as famílias com vários filhos
• Aumento da duração da licença de parto para a mãe e para o pai
• Melhoramento e a gratuitidade de todos os serviços de assistência materno-infantil
Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado
tempo
Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo.
CN ≥ 0 - crescimento positivo
CN ≤ 0 - crescimentos negativo
CN = 0 – crescimento nulo
Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas
com fixação de residência.
Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano
de vida por cada a1000 nascimentos.
Taxa de fecundidade
TF=Nascimentos2aTotal de mulheres dos1549anos x 1000
Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade
fértil.
Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1
filhos)
Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país
ou região.
A
distribuição da
população
Distribuição da população
Fatores atrativos:
Fatores repulsivos
Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de
áreas de relevo mais acidentado.
PORTUGAL
Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os
arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores.
Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação
de proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se
estende para lá do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração
da população em redor dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas.
Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição
das Áreas Metropolitanas*.
Noções
Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma
metrópole e pelos seus subúrbios.
• Clima
O clima é um facto importante na distribuição da população. De entre os fatores naturais
destaca-se:
• Movimentos migratórios
Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo
migratório e fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e
em algumas regiões autónomas
Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos
de Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas
da fronteira com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando,
acentuando-se assim as grandes Assimetrias Regionais*
Noções
Êxodo Rural Assimetrias regionais
• Envelhecimento da população
• Decrescimo da natalidade e d n+umero de jovens
• Insuficiência da população ativa, nomeadamente a falta de mão de obra qualificada
• Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos,
acentuado o seu caráter de sbsistência
• A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas
de matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios
• A fragilidade de tecido económico, com repercurssões no aumento da população
desempregada
• A alteração da estrutura de procura de serviços coletivos sociais e culturais , devido à
mudanças demográfias, que se refelctem, diretamente na carência de sercços de apoio
á população idosa
• A insuficiência de infraestruturas e de equipamentos (água, saneamento…)
Para se explicar o contaste geográfico entre litoral e interior, também é importante falar
na imigração. Esta beneficia sobretudo as áreas urbanas do litoral, em particular a área
metropolitana de Lisboa.
Densidade populacional
A densidade populacional* média de Portugal é de → 114 hab/km₂
Intensidade do povoamento
expressa pela relação entre o nº
Litoralização de habitantes e de uma área
territorial e a superfície desse
território.
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES LITORAIS
Fatores Naturais
• Clima
• Proximidade do mar
A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades
Fatores Humanos
O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois:
A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população
do interior Leva a
LITORAL → Sobrepovoamento
↓ Subaproveitamento dos
Forte pressão sobre as infraestruturas e os recursos recursos
↓
Diminuição da qualidade de vida e degradação dos territórios
INTERIOR → Despovoamento
O que é necessário fazer? = SOLUÇÕES
• É necessário planear os recursos humanos e naturais
• Definir estratégias e modelos de desenvolvimento do território
• Deve haver equilíbrio entre as atividades humanas, os recursos naturais e as
infraestruturas.
Fatores Naturais
Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores
• Invernos rigorosos
• Verãos quentes e secos
• Grandes Amplitudes Térmicas
• Solos pouco férteis
• Humidade e precipitação fracas.
Processo de litoralização
1º Surto
• Regresso dos emigrantes
2º Surto
• Regresso dos ex-colonos
• Imigração
• Pequenas cidades do interior
• Áreas rurais
Consequências do crescimento populacional das áreas urbanas O número limite de pessoas que
se podem fixar numa região sem
Problemas em que ultrapassou o limite de carga humana
por em causa a sua
sustentabilidade
• A expansão de espaços com excessos de construção de edifícios
• A degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades
• O aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação
condigna, levando à construção de bairros de barracas.
• A insuficiência equipamentos escolares, de saúde e outros de apoio à população
• A incapacidade de algumas infraestruturas (saneamento básico; acessibilidade; etc) a
responderem às necessidades da população
• A insuficiência de espaços verdes e equipamentos de lazer
• Aumento de riscos de inundação
O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os
objetivos de melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando
assim:
• Melhor organização
• Resposta às necessidades da população
• Correta gestão dos recursos naturais
• Proteção ambiental
RECURSOS
Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas
atividades humanas
Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:
Recursos Renováveis
Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água;
sol; vento; calor interior da Terra…
Recursos não-renováveis
Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são
consumidos e por isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…
Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás
natural; urânio)
Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata;
estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio)
Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas
(sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato)
Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)
Água
PORTUGAL
• Pré-Câmbrico
o Período de formação da Terra
o Eclosão da vida
• Era Primária / Paleozoico
o Desenvolvimento da vida
• Era secundária / Mesozoico
o Era dos dinossauros
o Desaparecimento dos dinossauros no final desta era
• Era Terciária / Cenozoico
o Era dos mamíferos
o Aparecimento dos 1º hominídeos (australopitecos)
• Era quaternária / Atropozoico
o Desenvolvimento do homem
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3
do território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Concluindo
Unidades morfoestruturais
Maciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do Sado
Era em que foi Paleozoico Mesozoico e Cenozoico
formado Cenozoico
Área do país Norte Litoral algarvio e Bacias do Tejo e do Sado
abrangida Interior Centro litoral centro (Aveiro a
Alentejo Lisboa)
Rochas constituintes Granito; xisto; Calcário; argilas; Areais; argilas; arenitos
quartzito; arenítos
Formas de relevo Norte/centro – Planíceis
serras, vales e Serras de cume
planaltos arredondado e
Alentejo - pene planícies
planícies
Minérios Feldspato;
predominantes quartzito; Caulino e sal-gema
tungsténio;
talco; cobre;
estanho
Tipos de Rochas
Rochas Industriais
Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o
termalismo, o que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez
que as estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local.
O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal
função o tratamento de doenças.
• Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas
por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos
do mercado às estâncias termais
• Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias
termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
• Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos
mercados nacional e internacional
• Atuar sobre a vertente da formação profissional
Recursos Endógenos
A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é
necessário aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de
modo a aproveitar os recursos abundantes no nosso território.
Noções
Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo,
gás natural, etc.)
Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás
butano, etc.)
Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos
anos mais secos, cerca de 20%
Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica
• Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono.
Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a
partir de várias origens:
1ª – Aterros sanitários
Provém dos efluentes (esgotos)
2ª – Atividade agropecuária
3ª – ETARs
Vantagem
Desvantagens
Vantagens
o Baixa manutenção
o Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego
• Energia eólica
Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis
– vento
Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos
O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que
permitem resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso
para a sua manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições
favoráveis para a localização de unidades de conversão.
Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que
explica o atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas
Eficiência Energética
Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização
racional da energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor
energético.
Noções
Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa
superfície de 1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um
minuto. Exprime-se em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min.
Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação
direta + radiação difusa)
Espectro solar Radiação solar que chega até nós sob a forma de ondas
eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda.
Atmosfera
Composição química
Azoto 78%
Oxigénio 21%
Argón 0,9%
CO₂ 0,03%
Estrutura da atmosfera
• Troposfera
o Espessura – 11 a 12km
o A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto
porque nos pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas
temperaturas dilatam as mesmas, outro motivo é o movimento da Terra
o A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente
térmico negativo)
o É nesta camada que ocorrem a maioria dos fenómenos
atmosféricos/meteorológicos
o O limite superior desta camada é a tropopausa.
• Estratosfera
o Localização – 11 a 50km
o É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios
Ultra Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e
positivo
o O limite superior desta camada é a estratopausa
• Mesosfera
o Localização – 50 a 80km
o O gradiente térmico é negativo (inexistência de ozono e fraca existência de
gases)
o O limite superior desta camada é a mesopausa
• Termosfera
o Localização – 60 a 600km
o O gradiente térmico é positivo
o A densidade do ar é baixa
o O limite superior desta camada é a termopausa
o Começa a ocorrer a ionosfera – as partículas sofrem a ionização, ou seja,
tornam-se partículas elétricas. Existem mais partículas no interior da ionosfera
em relação ao seu interior, sendo que esta camada é utilizada nas
comunicações
• Exosfera
o Localização – 600 até ao limite da atmosfera
o Faz contacto com o espaço
Noções
Funções da Atmosfera
O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim
o equilíbrio térmico
Noções
Molécula
de ar
Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo.
Desde que o sol nasce até quando o sol se põe
Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas
nuvens, etc (radiação indireta recebida)
Energia refletida
Atmosfera
Efeito de Estufa
Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera
Aquecimento das baixas camadas
da atmosfera, devido à
interseção feita pelos gases que
compõem a atmosfera, das
radiações imitidas pela Terra
c
b
a
b Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço
c Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa
ao espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o
planeta. O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.
Degelo, levando à subida do nível de oceanos, que tem por consequência a submersão de
vastas zonas costeiras, provocando a migração de pessoas, redução das áreas de cultivo, etc.
Ondas de calor
Períodos de seca
Chuvas intensas
Efeito de estufa
Radiação solar
Radiação solar
Fatores de variação da Radiação Solar
PN
c
C A forma arredondada da Terra vai
fazer com que a inclinação dos raios
B b solares e o ângulo de incidência
Equa. variem com a altitude. Assim os
A lugares de menor latitude recebem
a
maior radiação solar. Nos pólos
aumentam as perdas por reflexão,
difusão e a quantidade de radiação
PS solar é menor devido amassa
atmosférica atravessada.
• O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com
maior é o lugar A.
• O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o
lugar C.
• Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores
perdas por absorção e reflexão
Noções
Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à
superfície da Terra no lugar do observador
O menor ângulo de incidência corresponde à maior inclinação dos raios solares e à maior
massa atmosférica atravessada
Massa atmosférica
Massa atmosférica Limite da atmosfera
atravessada
atravessada Ângulo de Ângulo de
incidência incidência
A B Superfície terrestre
O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a
superfície A é mais aquecida
Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a
radiação solar incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações
intermédias (primavera e outono)
Noções
Barlavento
algarvio
Sotavento
algarvio
Inverno Verão
Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte
interior é a região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento,
regista as temperaturas mínimas mais elevadas.
Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal
fator para baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão
- Latitude
Inverno
Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos
As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à
precipitação e à maior nebulosidade
• Altitude
• O relevo e a sua disposição
• As correntes marítimas
No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes.
Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e
mais altas em Lisboa são as correntes marítimas quentes.
• A continentalidade
A energia solar
É renovável
É utilizada para:
OS sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação
solar difusa
Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo
muito elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma,
o que agrava a dependência energética pelo exterior.
A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países
nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países
apesar de possuir recursos mais favoráveis.
O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao
emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima
e a insolação. Prova disso são os destinos dos turistas.
O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os
restantes se podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer
forma os ambientes escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação.
• De forma ativa
o Para aquecimento (energia térmica)
o Para a produção de eletricidade (eletricidade fotovoltaica)
• De forma passiva
Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos
mesmos
A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os
campos agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e
quantidade) para satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar
do Planeta Terra ser, maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida
para o nosso consumo.
Curiosidade
• Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água
• Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
Ciclo da água – Sistema fechado
Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos,
iniciamos o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos
início deste ciclo é o sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos
oceanos o que leva à sua posterior evaporação para a atmosfera. É também de suma
importância saber que o vapor de água pode também chegar à atmosfera através do
fenómeno de sublimação dos gelos e das neves e/ou da evapotranspiração.
Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à
superfície (água de escorrência)
Noções
Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar
pelo estado líquido, ou vice-versa
Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a
atmosfera sob a forma gasosa
Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta
pode sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado
sólido).
Humidade Atmosférica
Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma
determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃
Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume
de ar e a quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode
conter. Exprime-se em %
H.R=H.AP.S x 100
Exercício
• H.A = 5 gr/m₃
• P.S = 10 gr/m₃ H.R=510 x 100
• H.R = ? H.R=0,5 x 100
H.R=50% → Neste caso, o ar contém metade
do vapor de água que pode
conter
Caso haja:
Noções
Condições
Dd atmosféricas Ponto de Humidade
Variação da saturação relativa
temperatura
Subida da Aumenta Diminui
temperatura
Descida da Diminui Aumenta
temperatura
A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da
força exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:
Pressão
Convergente Divergente
D
Divergente Convergente
• O ar é descendente em espiral e • O ar ascende em espiral, mas
diverge à superfície e converge em converge à superfície e diverge em
altitude altitude
• Durante a descida o ar torna-se • Durante a subida o ar torna-se
quente e seco mais frio e húmido
• Nas regiões afetadas por • Nas regiões afetadas por
anticiclones o céu estará limpo e depressões, como a pressão é
com fraca nebulosidade baixa no centro, o ar ascende e
arrefece, logo condensa mais
facilmente dando origem a nuvens
• O ar desloca-se da pressão maior
para a menor
1020hPA
1015hPA 1025hPA
1015hPA
Nota
P.N
Trop. Capricórnio
P.S
Portugal encontra-se entre as altas pressões subtropicais e as baixas pressões subpolares
As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir
nas regiões do equador, desce sobre os trópicos).
As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas)
Circulação geral da atmosfera: à superfície - ventos (1) e em altitude - células (2)
2 1
Frente polar
CIT
A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua
ascendência, pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que
confere às regiões equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT
(Convergência Intertropical). O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os
pólos sofrendo um desvio para a direito devido ao Efeitos de Coriolis.
Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas
pressões, designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência
de nuvens e por consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes
desertos quentes se localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári).
• Em direção ao equador (virando para oeste). Neste caso temos os ventos alísios
(grande regularidade em termos de velocidade e direção)
• Em direção aos pólos (virando para este). O ar tropical vindo os anticiclones encontra o
ar frio polar vindo das depressões subpolares. O ar quente e o ar frio não se misturam,
por isso o ar frio desloca-se sob o ar quente, formando-se a frente polar (entre
40º→inverno e 60º→verão). O ar muito frio e muito denso das regiões polares dá
origem a altas pressões polares.
Massas de ar que afetam Portugal
O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da
atmosfera se altere significativamente, conforme a época do ano.
Noções
• Formação
Ar frio polar
Ar quente tropical
• Desenvolvimento
• Oclusão
• Oclusão
Distribuição da precipitação em Portugal
A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a
barreira de condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão
expostas às massas de ar vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas,
enquanto que as vertentes orientais estão mais abrigadas.
O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado
por anticiclones (fator latitude)
Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais
acidentado, comparativo com o sul (fator relevo)
• Precipitação frontal
• Precipitação orográfica
O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este
aquecimento torna o ar instável e pode levar à sua ascendência.
• Temporal
o Variação anual
▪ Períodos mais chuvosos
▪ Períodos mais secos
o Variação interanual
▪ Anos muito chuvosos
▪ Anos mais secos
• Espacial
o Contrastes entre Norte/Sul
o Contraste entre Litoral/interior
Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura
quer para outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas,
tais como:
Noções
Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados
durante um longo período de tempo (30 anos).
Temperatura média:
o Diurna
o Mensal
o Anual
Amplitude térmica
o Diurna
o Mensal
o Anual
Classificação do clima
QENTES
TEMPERADOS
FRIOS
Subpolares Polares
Portugal tem um clima temperado mediterrâneo que vai perdendo as suas
características de um para norte e do litoral para o interior. Os contrastes climáticos que se
verificam no nosso país resultam da combinação de vários fatores, principalmente o relevo, a
latitude e a proximidade ou afastamento do mar.
O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas
temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar
húmidas vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima
tipicamente mediterrâneo.
Clima de montanha
Os recursos hídricos
Os rios
Montante Nascente
Jusante Foz
Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante
J
Balanço Hídrico
Superavit
Défice hídrico
hídrico
Superavit
hídrico
Água cedida
ao solo Água
restituída ao
solo
J F M A M J J A S O N D
Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo
do leito.
Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais
que serão transportando até à foz.
O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz)
que pode ser o mar ou outro rio.
Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo
desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio.
Perto da nascente, o rio vais desgastar o
talvegue
A
→ A água ganha
velocidade
→ Desagua por
vários canais
Vale em caleira
aluvial
ou A
Vale de fundo largo e
DESGASTE* B
plano Meandros
TRANSPORTE* abandonados C
*Ação erosiva da água Curiosidade
ACUMULAÇÃO* Estuário – Desagua por
um só canal.
Fatores que influenciam o caudal do rio Contrariamente ao
delta
• Clima
Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na
rede hidrográfica será maior me vice-versa
• Relevo
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior,
contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração,
reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.
• Cobertura vegetal
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a
infiltração e por sua vez o causal será menor
Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior
• A constituição pedológica e geológica
A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis;
• Ação do Homem
- Desflorestação
Construção de Barragens
VANTAGENS
Noções
Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam
ambos os países
Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no
ou leito menor
verão. No inverno ocorre o leito de inundação.
• Maioria NE - SW
• Douro E-W
• Sado S-N
• Guadiana N - S
Maiores bacias hidrográficas de Portugal
• Mondego
• Sado
• Vouga
• Tejo
• Douro
• Guadiana
Lagoas e albufeiras
Águas subterrâneas
Calcário
Noções
Depende:
• Características geológicas
• Quantidade de precipitação
Depende:
• Precipitação ocorrida
• Extração da água
• Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa)
• Alteração do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os aquíferos)
• Evapotranspiração, etc.
As regiões das orlas, são também ricas e bastante exploradas. Na orla Meridional
existem situações de sobre-exploração dos aquíferos, em virtude das fracas precipitações e da
pressão turística que se exerce nesta região, particularmente no verão.
Noções
Ressurgência Rio que, devido ao facto de solo ser calcário, disparasse à superfície e
surge, novamente, uns quilómetros á frente.
Consequências
Um dos problemas está relacionado com o desfasamento que existe entre as fossas céticas e o
saneamento, isto é, ainda há muitas águas residuais que não são levadas para as ETARs. O
outro problema está relacionado com as próprias ETARs, pois, teoricamente estas funcionam
bem mas, na prática denotam deficiência em alguns aspetos.
3. Problemas da distribuição e do consumo de água
Ao nível da distribuição, existem desigualdades regionais, havendo regiões com falta de água
(sul e interior), isto porque as nascentes encontram-se principalmente a norte e nas orlas de
Portugal.
Existe também uma disparidade a nível do consumo, pois é o setor agrícola que regista
maiores níveis de consumo de água, seguido da indústria e depois do consumo doméstico
Tanto o POA (Plano de Ordenamento das Albufeiras) como o POBH (Plano de Ordenamento
das Bacias Hidrográficas), têm particular importância na gestão dos recursos hídricos, por
forma a assegurar um melhor conhecimento e racionalização dos recursos hídricos.
Outros planos
BARRAGEM DO ALQUEVA
• Temporal
o Variação anual – Período mais/menos chuvoso
o Variação interanual – Anos muitos chuvoso/secos
• Espacial
o Contrastes
▪ Norte - Sul
▪ Litoral – Interior
Recursos
marítimos
Recursos piscícolas
O peixe é o recurso marítimo mais explorado. Dando assim origem a variadas atividades,
tais como:
Regime semi-intensivo Tipo de regime, cuja alimentação pode ser tanto de origem
marítima como fornecida pelos aquicultores.
Tipo de regime mais dispendioso.
Regime extensivo Tipo de regime, onde os peixes estão cercados, e cuja sua
alimentação se baseia nos recursos fornecidos pelo mar.
• Sal
A extração do sal, que em tempos se encontrava presente em tida a costa portuguesa,
apresenta-se hoje praticamente restrita ao Algarve, cuja produção no ano de 2002
representou 94% do total, sendo a restante repartida pela ria de Aveiro (3%), o estuário do
Mondego (1,6%) e o estuário do Sado (1,4%).
• Algas
A exploração das algas, que tradicionalmente serviam de fertilizantes agrícolas, pode
constituir atualmente uma potencialidade enquanto matéria-prima para a indústria cosmética,
farmacêutica, bioquímica, gastronómica, etc.
• Atividade turística
O turismo em Portugal encontra no litoral um dos seus locais privilegiados. As
características climáticas associadas à extensão e beleza da costa portuguesa são fatores
atrativos para grande parte dos turistas que escolhem Portugal como destino de férias.
• Recursos energéticos
o Energia das ondas
Até há pouco tempo era raramente utilizada; o projeto da ilha do Pico foi um bom
exemplo, mas já se encontra desativado. Atualmente já se estão a fazer novos projetos para a
costa portuguesa.
o Energia eólica
O vento é uma ótima fonte de energia primária para a produção de eletricidade,
apresentando baixos custos. Prevê-se que entre 2005 e 2010, esta fonte de energia se possa
comparar à energia produzida a partir de combustíveis fósseis.
As ventoinhas eólicas são colocadas juntas à linha da costa, não exclusivamente, devido a esta
ser uma zona ventosa.
Potencialidades do Litoral
• O mar é uma importante via de comunicação, facilitando as torças comerciais;
• O mar dá um caráter mais suave ao clima;
• O mar atrai a população. A litoralização em Portugal testemunha a forte atração
que o mar exerce.
Tipos de costa
Portugal tem uma extensa linha de costa sujeita a uma importante ação marinha, que
modela os seus atuais contornos através de processos de erosão, transporte e acumulação. A
ação do mar sobre a linha de costa desencadeia uma modificação constante, originando
paisagens litorais variadas. Existem 2 tipos de costa:
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, dada a natureza vulcânica do seu relevo, a
dureza das respetivas rochas e o défice de elementos finos transportados pela ribeira, cerca de
98% é de arriba.
A natureza das rochas é considerada o fator principal que determina o tipo de costa,
mas existem outros fatores que também influenciam as suas características, designadamente
os movimentos das águas do mar (as correntes marítimas; as marés; as ondas; etc), a
diversidade dos fundos oceânicos e a ação das águas fluviais junto à foz.
Costa Portuguesa
Como resultado de um longo processo de assoreamento das lagunas costeiras da foz do
rios e do transporte de areias ao longo do litoral pelas correntes de deriva, a linha da costa
portuguesas apresenta um traçado bastante retilíneo, com poucas saliências/reentrâncias, o
que torna os locais abrigados para a implementação de atividades portuárias
• Norte de espinho
o Não há condições para a construção de portos marítimos
• Espinho – Nazaré
o Alternância de costa alta e baixa, contudo com predominância de costa baixa e
arenosa
• Nazaré - Rio Tejo
o Costa alta e rochosa
• Lisboa - Sagres
o Costa alta e rochosa, intercalada por praias;
o Abriga importantes portos marítimos
• Costa Algarvia
o Até à Quarteira, acosta é alta e rochosa com algumas reentrâncias. Da
Quarteira a Vila Real de Stº. António a costa é baixa e arenosa, com praias
extensas. O acidente mais importante é o Lido/Ria de Faro.
• Movimentos orogénicos
Movimento de levantamento → mais erosão OU Movimento de abatimento → menos erosão
Noções
Erosão Ataque na linha da costa
Ação do Homem (antrópica) sobre a linha da costa
• Barragens
o Impede a passagem de sedimentos, o que, em condições normais seriam
transportados até ao mar
• Extração de areias
• Pressão urbanística
• Destruição de dunas
Erosão marítima
Acidentes do Litoral
• HAFF-DELTA DE AVEIRO
• RIA/LIDO DE FARO
Existe então um forte assoreamento devido à baixa profundidade que se faz sentir neste
local. Sendo assim, o mar perde força acabando por depositar os sedimentos neste local.
Nota: Ria – água que entra pela terra adentro, ocupando as zonas mais baixas
formando assim ilhotas arenosas.
Noções
Sapal Zona que pode ficar coberta ou não de água, consoante as marés.
Os estuários do Tejo e do Sado constituem outra forma de ação conjugada dos rios e do
mar. O rio contacta com o mar num só canal e há então a acumulação de sedimentos junto às
margens. Estas zonas ficam cobertas na maré alta e descobertas na maré baixa.
Ordem ambiental
• Constituem um paraíso para aves aquáticas (são locais de nidificação, repouso ou
hibernagem de variadíssimas espécies de aves).
• São áreas de grande diversidade de ecossistemas
• São áreas de atração turística
Ordem Económica
• Permitem o desenvolvimento de atividades portuárias
• Permitem o desenvolvimento de atividades ligadas à pesca; à piscicultura (cultura que
desenvolve apenas a criação de peixe); à aquicultura (cultura que para além da criação
de peixe, pratica a criação de outras culturas, como o marisco, as algas, etc.) e à
extração de sal.
Em relação à agitação do mar, isto faz com que os portos portugueses se localizem,
frequentemente, a sul dos acidentes do litoral, procurando contornar a adversidade desta
inconveniência. Isto acontece porque o vento sopra de Norte, e como a formação das ondas é
gerada pelo vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então mais agitado, preferindo o sul
para a construção de portos abrigados.
Nos estuários a localização dos portos encontra-se no próprio acidente.
Deste modo, como a costa portuguesa é praticamente retilínea é necessária a construção
de portos artificiais (paradões), dos quais a Povoa do Varzim constitui um exemplo.
Plataforma Continental
A nível mundial, estas zonas representam apenas 10% da superfície dos oceanos,
contudo 80% das espécies piscícolas capturadas encontram-se nestes locais. Além disso, é
também mais rica em recursos do subsolo, como o petróleo. A riqueza piscícola da plataforma
continental resulta das suas características, que favorecem o desenvolvimento de várias
espécies animais e vegetais:
As correntes marítimas, que podem ser frias ou quentes, são um fator condicionante e
importante no desenvolvimento de espécies marinhas. A formação do plâncton dá-se nas
águas frias, tornando-as então mais ricas em peixe.
As zonas de contacto de correntes frias com correntes quentes, são aquelas onde a
concentração e diversidade de peixe são maiores, pois aqui, as águas tornam-se mais agitadas,
logo mais oxigenadas e o plâncton é abundante, bem como as oscilações de temperatura e
salinidade.
A costa portuguesa é influenciada pela corrente quente do Golfo, que vem do México
e encaminha-se para a Europa (sentido SW-NE), no entanto a norte de Portugal sofre um
inflecção devido aos ventos, afetando assim a nossa costa. Apesar de ser chamada de quente,
em Portugal é fria pois vem do Norte.
Efeito de Upwelling
Nos meses de verão a nortada – ventos fortes de norte – sopra junto ao litoral e afasta
as águas superficiais para o largo. Desenvolve-se então uma corrente de compensação, o
uwelling, que se desloca na vertical, trazendo à superfície as águas profundas, mais frias e mais
ricas em nutrientes, que desencadeiam, em pouco tempo, a abundância de espécies como a
sardinha e o carapau, favorecendo a atividade piscatória nesta época.
Esta questão gerou conflitos, pois os países queriam apropriar-se de zonas marítimas
cada vez mais extensas. Então a partir de 1982, legitimou-se o afastamento até 200milhas da
costa, para plena exploração em profundidade e do subsolo. Surge assim a Zona Económica
(ZEE), para cada país, tendo em Portugal definido a sua em 1977.
Área Portugal detém umas das maiores ZEE’s do mundo devido aos arquipélagos.
Peixe Não é de grande riqueza piscatória. Logo a frita portuguesa vêsse obrigada a
operar fora da ZEE para satisfazer as necessidades da população
Noções
Águas Territoriais Faixa do litoral que vai até às 12 milhas (22Km).
Noroeste Atlântico (NAFO) É umas das áreas de pesca mais ricas do mundo quer
me quantidade como em diversidade. É a áreas mais
atrativa para os portugueses, sobretudo a Terra Nova e
a Gronelândia. Recentemente, passou a haver mais
restrições no intuito de preservar as espécies
(diminuição das quotas de pesca ou mesmo a proibição
da atividade), levando a que Portugal importe
Bacalhau, que tradicionalmente pescaria.
Atlântico Sul e Índico Ocidental Áreas menos procuradas pelos portugueses, mas pode
vir a ser uma alternativa a médio prazo.
Tipos de pesca
• Aquelas que se deslocam apenas nas águas nacionais e em redor – praticando a pesca
local e a pesca costeira
Tipos de embarcações
Embarcações Características
Barcos de madeira; pequenos (-9m); trabalham junto à
Embarcação de pesca local costa (máx. 10milhas); utilização de técnicas artesanais
Dimensão superior a 9m; Podem atuar fora da ZEE, tendo
já técnicas de conservação do pescado possuem
Embarcações de pesca costeira autonomia para permanecer no mar alguns dias;
utilização de técnicas mais modernas
Barcos de grande dimensão; tonelagem superior a
100TAB; trabalham para além das 12milhas, em águas
Embarcações de pesca de largo internacionais; podem permanecer no mar 2-3 semanas;
prática da pesca industrial
Navios grandes e bem equipados; grande autonomia;
trabalham muito longe dos portos de origem; Utilização
Embarcação de pesca longínqua de técnicas modernas (sondas, radares, etc.); possuem
meios eficazes de conservação de peixe; podem
permanecer vários meses no mar.
Tipos de Pesca
• Arrasto
• Cerco
• Rede de deriva
Dimensão da frota
Em Portugal domina a pesca local, com recursos a técnicas tradicionais; com
embarcações pequenas e feitas de madeira, tendo uma TAB muito reduzida. No entanto, esta
atividade tem sido muito importante para as comunidades de pescadores que têm na pesca
tradicional o único modo se sobrevivência.
Até à entrada de Portugal para a UE, os incentivos a este tipo de pesca eram muito
reduzidos ou até mesmo nulos, o que contribuiu para a degradação da frota portuguesa, não
havendo qualquer renovação ou introdução de técnicas modernas.
Contudo a vizinha Espanha, coloca no mercado português peixe a preços mais baixos.
Apesar de todo o esforço, a frota portuguesa tem vindo a decrescer, devido à Política
Comum das Pescas que visa o redimensionamento da frota com vista a rentabilizar os recursos
disponíveis.
80% do peixe pescado em Portugal, provém das águas nacionais. Contudo é necessário
importar pois somos um pais grande consumir de peixe.
Infraestruturas portuárias
1. Leixões (Matosinhos) 1
2. Peniche
3. Olhão Aveiro
4. Portimão
5. Sesimbra Figueira da foz
Nazaré
2
Lisboa
5
Sines
4 3
Qualificação da mão de obra
Para tentar ultrapassar estas dificuldades, a UE, através da Política Comum de Pescas
em Portugal, tem apostado na formação profissional dos pescadores (pescador, marinheiro,
contramestre, etc.). a partir da 1986, foram criados, por todo o país, centros de formação do
“Forpescas”, apoiados pelo FSE.
A poluição dos mares tem origens muito diversas, mas os problemas originados pela
exploração, transporte, acidentes e limpeza de petroleiros
Todos os anos milhões de toneladas de crude passam pelos oceanos e, como Portugal,
nomeadamente a ZEE, está na rota da maioria dos petroleiros, a costa portuguesa é muito
vulnerável a esses acidentes, em particular às marés negras.
Além dos petroleiros, a costa portuguesa está sujeita aos «despejos» de indústrias,
que enviam os seus esgotos, não tratados, diretamente para o mar, com produtos muito
poluentes (químicos, plásticos …)
A poluição dos mares pode ser:
A ZEE portuguesa é a maior da Europa, o que constitui uma vantagem, embora traga
igualmente desvantagens, das quais se destaca, desde logo, a sua fiscalização.
Estas carências levam a que, na maioria dos casos, não se consiga prevenir ou punir as
infrações efetuadas por navios portugueses e estrangeiros. De entre estas, destacam-se:
• A captura de espécies não permitidas, devido ao seu peso e/ou dimensão e que pode
acelerar a sua extinção;
• O tipo de pesca praticado e o uso inadequado da malhagem da redes;
• O desrespeito pelas quotas* de pesca e TAB;
• Desperdícios de espécies que são capturadas indevidamente e não comercializáveis;
• A descarga de produtos poluentes, que vão desde a lavagem dos petroleiros até
produtos altamente tóxicos, como mercúrio e o chumbo;
• A utilização do espaço da ZEE para transporte de substâncias proibidas ou para o
contrabando.
Se o controlo não for eficaz, as consequências serão graves para Portugal, designadamente:
• O esgotamento dos recursos marinhos existentes nas águas portuguesas;
• O aumento do tráfego clandestino não só de produtos proibidos (droga) como
também de outros que podem pôr em risco a segurança nacional (armas);
• O aumento da poluição marítima e de catástrofes ambientais, como aquelas que
foram provocadas pelo prestige e pelo new world.
A pressão urbanística sobre litoral faz-se de múltiplas formas com graves problemas
ambientais, como:
• A construção sobre arribas e dunas;
• A destruição das dunas;
• A sobre exploração dos aquíferos;
• A produção excessiva de recursos e de efluentes urbanos;
• A redução da biodiversidade, com a destruição da fauna e da flora locais.
Medidas de recuperação do litoral:
• Consolidação das arribas;
• Recuperação das dunas;
• Demolição de certas construções;
• Construção de exporões.
• Aquicultura
Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar
na preservação de espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.
A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo
nas últimas décadas, esta atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor.
O Estado tem feito um esforço para renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas
os efeitos têm sido diminutos.
• Extração de algas
• A produção de sal
A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como
uma das formas de potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido
recuperadas, até porque se tem assistido a uma valorização comercial de certos tipos de sal,
designadamente a flor de sal.
• A exploração petrolífera
Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo
.
• A atividade turística
o A energia das ondas – Num futuro próximo, a energia das ondas poderá
representar a maior fonte de energia renovável da terra. Este é o mais recente
desafio no que respeita a produção de eletricidade com energias renováveis.
Portugal vai ser o primeiro país a nível mundial a implementar uma plataforma
comercial de aproveitamento das ondas do mar para gerar energia.
o
o A energia eólica – O aproveitamento da energia eólica, tão abundante na costa
portuguesa, é reduzido, no entanto em franco desenvolvimento. Estão em
desenvolvimento projetos para um parque eólico em Vila nova de Cerveira,
prevendo-se numa fase posterior, a construção de aerogeradores completos.
A elevada pressão a que a costa portuguesa está sujeita tem dado origem a
desequilíbrios ambientais graves:
• A destruição e degradação dos sistemas naturais, como as dunas;
• A artificialização da linha de costa através da construção de pontões;
• A deterioração e degradação da paisagem com o excesso de construção desordenada.
É necessária uma intervenção urgente, não só para parar com os “atentados ambientais”,
mas também para reordenar as áreas degradadas. Para isso existem os POOC (planos de
ordenamento da orla costeira), definidos em 1992, e que, em articulação com outros planos,
nomeadamente os PDM, procuram promover o ordenamento do território, tentando
revalorizar e requalificar as praias, consideradas estratégicas a nível ambiental e turístico.
*Importância
• Imposição de quotas
• Fiscalização das redes
• Redução da frota
• Sistemas sofisticados
As
áreas
ruraise
As
áreas
urbanas
Agricultura em Portugal
• Na criação de emprego;
• Na ocupação do espaço e na
preservação da paisagem;
• Constitui uma base económica em
algumas áreas rurais do país.
CLIMA
Coincidência do tempo quente com a estação seca e do tempo frio com a estação
húmida. Portanto falta humidade em períodos de temperaturas elevadas e vice-versa,
dificultando o desenvolvimento agrícola. Por esta razão os agricultores veem-se obrigados a
recorrer à rega no verão, o que se torna dispendioso. Outro fator é a irregularidade dos
estados de tempo (Intra-anual → entre os meses; Interanual → entre anos).
RECURSOS HÍDRICOS
A fertilidade do solo:
Influencia diretamente a produção,
Natural (depende das características geológicas rocha - do tanto em quantidade como em
relevo e do clima); qualidade. Em Portugal,
predominam os solos de fertilidade
Criada pelo homem (fertilização incorreta dos solos) média ou baixa, o que condiciona
bastante a agricultura.
RELEVO
Em relevos planos, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim como a possibilidade de
modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-
se menor e há maior limitação no uso de tecnologia agrícola e no aproveitamento e
organização do espaço.
• Relevo mais ou menos plano (pene planícies); clima mais seco; maior fertilidade
natural dos solos.
• Feição mais organizada da reconquista e da doação de vastos domínios ais nobres e às
ordens religiosas e militares.
OBJETIVO DA PRODUÇÃO
Quando a produção se destina ao auto consumo, as explorações são geralmente de pequena
dimensão e, muitas vezes, continuam a utilizar técnicas mais artesanais.
Se a produção se destinar ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão e mais
especializadas em determinados produtos, utilizando tecnologia moderna (máquinas, sistemas
de rega, estufas, etc.), o que contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo.
POLÍTICAS AGRÍCOLAS
As políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas – quer nacionais quer comunitárias
(UE), são atualmente fatores de grande importâncias, uma vez que:
• Influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados (Não se
pode cultivar todo o tipo de produtos. Existem quotas para a quantidade e produtos
cultivados)
• Regulamentam práticas agrícolas, como a utilização de produtos químicos;
• Criam incentivos financeiros, apoiam a modernização das explorações, (São dados
subsídios que incentivam a cultivação de determinadas culturas7espécies. Exemplo: o
Milho está muito barato, portanto de não houvessem subsídios, os produtores
deixavam de produzir), etc.
Paisagens agrárias
Espaço agrário O que está no espaço rural mas relacionado com a agricultura,
portanto, áreas ocupadas com a produção agrícola (animal e/ou
vegetal) – pastagens e florestas; habitações dos agricultores;
infraestruturas e equipamentos associados à atividade agrícola –
caminhos; canais de rega; estábulos; etc.
As paisagens agrárias são também caracterizadas pela morfologia dos campos – aspeto dos
campos no que respeita à forma e dimensão das parcelas e à rede de caminhos.
A diversidade das paisagens agrárias resulta também das diferentes formas de povoamento,
que variam desde a aglomeração total è pura dispersão
Nota:
O solo ao esgotar-se, deixa-se em pousio, mas deixar por si só, não faz com que este se
regenere, apenas não faz com a situação piore. Por isso são plantados trevos, tremoços bravos
e beterrabas para renovar o solo.
A monocultura esgota ais o solo, pois o produto plantado retira sempre a mesma coisa do solo,
por é necessário alternar as culturas.
As novas tecnologias provocam também a infertilidade do solo, pois estes são remexidos
havendo assim erosão, para além de poluir o ambiente.
Características das Explorações Agrícolas
Notas:
A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações pelo que apresenta uma
distribuição regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de
metade da SAU nacional.
• Às características do relevo
• Ocupação do solo
Algarve e Madeira As culturas permanentes têm uma grande importância nesta região
As explorações por conta próprias predominam em todo o país, com destaque para TM
e Madeira. No Açores o arrendamento é mais comum.
População Agrícola
Esta oferta dá origem do êxodo rural (transferência de mão de obra para outros
setores de atividade, ainda que mantendo a residência nas áreas rurais). Tal
evolução influenciou a estrutura etária da população contribuindo para o seu
envelhecimento.
O envelhecimento e os baixos níveis de instrução e de formação profissional da
população agrícola constituem um entrave ao desenvolvimento da agricultura,
nomeadamente:
Pluriatividade e Plurirrendimento
Atividade pecuária
• Faz parte da agricultura
• Faz parte do setor I
• Importante pelos produtos que fornece (carne, leite, ovos, etc.) e também pelas
matérias-primas (lã e peles – indústria de lanifícios e curtumes – leite, carne, ovos,
etc.)
• Portugal é muito deficitário em termos de carne.
Regime semi extensivo Pouco utilizado, pois visto que no regime extensivo, os
agricultores fornecem sempre algumas rações.
Noções
Pontos fortes:
• Condições climáticas propícias para certos produtos, em especial mediterrânicos
• Existência de recursos genéticos com vocação para o mercado (variedade de produtos)
• Aumento da especialização das explorações
• Potencial para produzir com qualidade e diferenciação
• Pluriatividade da população Agrícola nas áreas com maior diversificação do emprego, o
que ajuda a evitar o abandono
• Utilização crescente de modos de produção amigos do ambiente.
Dependência Externa
Para além da produção agrícola ser insuficiente há outros fatores que contribuem para a
importação:
2ha +
1ton de 1ton de
trigo trigo
Utilização do solo
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua incorreta utilização, o
ordenamento territorial assume um papel de grande importância, uma vez que permitirá
adequar diferentes utilizações do solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo,
se continue a ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com construção
urbana e industrial.
Em 1957 o Tratado de Roma define os objetivos da PAC que entra em vigor em 1962,
altura em que os países comunitários se apresentavam muito dependentes do estrangeiro
relativamente ao aprovisionamento de produtos agroalimentares e com grande
representatividade da agricultura no emprego e no PIB dos países fundadores (Itália, França,
Alemanha e BENELUX – Bélgica, Holanda e Luxemburgo)
• Unicidade de mercado
• Preferência comunitária
• Solidariedade financeira
Nota: Em 2006 deixa de existir a FEOGA e foram criados o FEAGA – Fundo Europeu
Agrícola de Garantia – e o FEADER – Fundo Europeu Agrícola para o
Desenvolvimento Rural.
Todas as despesas e gastos com a aplicação da PAC são suportados pelo FEOGA, que
mais tarde foi substituído pelo FEAGA e pelo FEADER
Com resultado, a PAC teve de passar por diversas reformas, uma mais bem sucedidas que
outras:
Medidas para reduzir as terras cultivadas – o agricultor passa a ser pago para
não produzir.
1992 Foi levada a cabo a mais significativa reforma da PAC, tendo como principais
objetivos o reequilíbrio entre a oferta e a procura e a promoção de um maior
respeito pelo ambiente.
1999 Criação da “agenda 2000”, uma nova reforma com implementação para o
período 2000/2006. A agricultura é encarada nas suas múltiplas vertentes,
económica, ambiental e rural. Surgem novos desafios a que a PAC terá de
responder, entre eles, o maior alargamento da U.E. em 2004, com 10 países. As
medidas continuam a basear-se nos cortes à produção e nas compensações
por perda de rendimento. O consumidor passa a ter prioridade sobre o
produtor.
Portugal e a PAC
PEDAP – Programa Específico de
Desenvolvimento da Agricultura
Portugal não ficou logo exposto à PAC, teve apoios
Portuguesa
específicos:
O PAMAF – Programa de Apoio à
• O PEDAP: até 1993 (era para ser até 1995) Modernização Agrícola Florestal
• O PAMAF: de 1994 a 1999
Nota: O Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (para o período 2007-2013)
assenta em três eixos prioritários e nos projetos LEADER
Programa AGRO
Objetivos específicos:
Medida AGRIS
8 Ações – 8 objetivos:
Recebeu no âmbito da PAC – PEDAP recursos financeiros cofinanciados pelo FEOGA Orientação
que permitiu:
➢ Reforçando a competitividade
• Modernizar os meios de produção e transformação
• Investir em tecnologia produtiva e nas infraestruturas: Reestruturando as explorações
(emparcelamento), melhorando a produção e a transformação (responder às
necessidades de mercado e produzir com qualidade)
A agricultura portuguesa tem do seu lado o facto de não ter ido tão longe na intensificação
da produção e no uso de produtos químicos e maquinaria como os restantes países da UE–15.
Assim, como mantém ainda muitos métodos tradicionais, o desenvolvimento da agricultura
biológica torna-se mais fácil. Além disso, o período de transição, dentro das normas da PAC,
também não terá de ser tão longo.
Medidas agroambientais
• Proteção integrada
• Produção integrada
• Agricultura biológica
• Melhoramento do solo e luta contra a erosão
• Sistemas forrageiros extensivos
• Redução da lixiviação de agroquimicos para aquíferos
• Sistemas arvenses de sequeiro.
Noções
Forragens Base de alimentação dos animais
Transgénicos Produtos geneticamente modificados
Culturas forrageiras
• Milho
• Capim
• Aveia
• Centeio
• Trevo
• Prados (semeados ou espontâneos)
• Luzerna
• Triticale cereal híbrido, resultante do cruzamento do trigo e do centeio
Pontos fracos
O turismo e outras atividades recreativas e de lazer nas áreas rurais têm vindo a
assumir uma crescente importância a nível nacional. O TER tem como objetivo principal
oferecer aos turistas oportunidades de conviver com as práticas, as tradições, e os valores da
sociedade rural, valorizando as particularidades das regiões no que elas têm de mais genuíno,
desde a paisagem à gastronomia e aos costumes. Assim, pode constituir, uma importante fator
de desenvolvimento das áreas rurais
• O maior interesse pelo património, pela natureza e sua relação com a saúde
• A necessidade de descanso e evasão e a busca d e paz e tranquilidade
• A valorização da diferença e da oferta turística mais personalizadas
• O aumento dos tempos de lazer e no nível de instrução cultural da população
• A crescente mobilidade da população e a melhoria das acessibilidades
• Turismo de habitação
• Agroturismo
Caracteriza-se por permitir que os hóspedes, que observem, aprendam e participem nas
atividades das explorações agrícolas, em tarefas como a vindima, a apanha da fruta, a
desfolhadas, a ordenha, o fabrico de mel/vinho, etc.
• Casas de campo
• Turismo de aldeia
Turismo ambiental
É cada vez mais procurado, pela aventura, pelo contato com a natureza e pela
multiplicidade de atividades ao ar livre. As áreas protegidas, localizadas, na sua maioria, em
áreas rurais, são espaços privilegiados para o turismo ambiental
Turismo fluvial
Valoriza a importância da água como fonte de lazer. Esta forma de turismo tem ganho
cada vez adeptos, que preferem a calmia dos espelhos de água do interior ao rebuliço das
praias do litoral.
Turismo gustativo e ou etnoturismo, são das formas mais antigas de turismo em áreas rurais.
O primeiro cria emprego nas atividades de preservação do ambiente, nas zonas de caça
turística e associativa. As termas aproveitam as características específicas das águas
subterrâneas e têm sido elementos importantes na dimensão turística de muitas áreas rurais
no do nosso país
A sustentabilidade do turismo
O turismo sustentável é aquele que respeita o ambiente e valoriza os recursos disponíveis sem
comprometer o futuro
A grande variedade de produções animais e vegetais tradicionais das regiões deve não só ser
preservada, como também potencializada.
O artesanato, também constitui uma forma de diversificar as atividades rurais e criar emprego,
para além de ser um elemento representativo na identidade cultual que importante preservar
Ao criar emprego, direta ou indiretamente, a indústria contribui para fixar e atrair população,
gerando importantes efeitos multiplicadores:
Desenvolvimento da silvicultura
As áreas de floresta são uma parte essencial dos espaços rurais em Portugal, podendo
constituir um fator fundamental do seu desenvolvimento sustentado, pelo contributo para o
emprego e para o rendimento, mas também pela sua importância social e ecológica. Em
Portugal, a floresta caracteriza-se por uma grande diversidade o que permite uma grande
variedade de produção.
Os diferentes planos e projetos de que foi alvo o setor florestal português, até agora, ainda
não atingiram os objetivos previstos na promoção do seu desenvolvimento sustentado,
mantendo-se problemas como:
Soluções
O desenvolvimento rural tem vindo a ser alvo de crescente preocupação das políticas
de desenvolvimento regional. Desde a Agenda 2000, têm vindo a ser aprofundadas medidas
de apoio ao desenvolvimento rural, o qual foi consagrado como segundo pilar da PAC. Entre
essas medidas financiadas pelo FEOGA, no âmbito do QCA e do Programa Agro, contam-se:
Nos espaços de baixa densidade, geralmente existe menor qualidade de vida, devido à
menor acessibilidade e à reduzida oferta de bens e serviços. Assim, as políticas de
desenvolvimento local deveriam assentar num princípio de maior igualdade na distribuição
dos bens e serviços.
Iniciativa LEADER
O LEADER + desenvolve-se a partir dos Grupos de Ação Local (GAL), em parceria com o
setor privado, que, refletindo sobre as potencialidades endógenas, se candidatam à iniciativa e
se encarregam de elaborar e aplicar uma estratégia de desenvolvimento para a área rural que
representam, através de Planos de Desenvolvimento Local (PDL)
As Comunidades locais é que representam as suas próprias estratégias de
desenvolvimento e os grupos de ação local é que representam os projetos.
Objetivos Estratégicos
Objetivos Transversais
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas de cultivo, prevalecendo por isso
atividades do setor I
Espaço Urbano
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas residenciais e por atividades dos
setores II e, sobretudo terciário, nas quais se ocupa a grande maioria da população ativa
OCUPAÇÃO DO SOLO
POPULAÇÃO
Maior concentração Menor concentração
ATIVIDADES DOMINANTES
DINAMISMO
ACESSIBILIDADES
Deslocam-se dentro do próprio espaço Deslocam-se dentro da própria cidade
(bicicleta, etc.). Há também os transportes (transportes públicos e/ou privados, etc.).
pendulares – deslocam-se das áreas de
residência (espaço rural) para o local de
trabalho (espaço urbano)
ESTILO DE VIDA
Centro urbano Engloba todas as sedes de distrito com mais de 5 mil habitantes
• Critério Demográfico
Este critério levanta alguns problemas, uma vez que existem aglomerados suburbanos
com um elevado número de habitantes e forte densidade populacional que funcionam,
principalmente, como dormitórios em relação a uma cidade próxima, sem deterem uma
função relevante além da residencial
• Critério Funcional
O critério funcional tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas
envolventes e o tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser
maioritariamente dos setores II e III. Muitas das cidades apesar de terem um número de
habitantes relativamente reduzido, desempenham funções importantes e estabelecem
relações de interdependência com a sua área envolvente.
• Critério Jurídico
Muitas áreas portuguesas foram noutros tempos elevadas à categoria de cidade pelo
Rei como recompensa ao senhor donatário local ou perante um feito histórico relevante.
Noutros casos resultou do agradecimento a povo pelos seus serviços na guerra. Outras
surgiram com o objetivo de assegurar a defesa de áreas do país próximas da fronteira, outras
por reconhecimento da sua função de religiosa.
Uma vila só é elevada à categoria de cidade se tiver mais de 8 mil habitantes e pelo menos
metade destes serviços:
Em Portugal, tem-se assistido à concentração da população e das atividades nas áreas urbanas.
Um dos fatores que condiciona a organização das áreas funcionais é a renda locativa.
A renda locativa é influenciada pelas acessibilidades e pela distância ao centro. De um modo
geral, o custo do solo diminui à medida que nos afastamos do centro da cidade, que é a área
de maior acessibilidade, de maior concentração de funções e, consequentemente, mais cara.
Deste modo, situa-se no centro as funções que conseguem retirar mais vantagem desta
proximidade e, simultaneamente podem pagar rendas mais elevadas.
A variação da renda locativa com a distância ao centro nem sempre é uniforme. Por
vezes surtem áreas da periferia que, pela sua aptidão para determinadas funções, apresentam
um custo do solo elevado. Nas áreas melhores servida de transportes e vias de comunicação,
o custo do solo é também mais elevado e a acessibilidade determina em boa parte a renda
locativa. Essas áreas favorecem a localização funcional, sendo por isso mais procuradas.
Funções da cidade
• Função residencial
• Função industrial Áreas funcionais - Áreas onde domina determinadas funções
• Função comercial
Nota O facto de uma cidade ser conhecida por determinada função, não significa que não
existem outras para além dessa.
CONCLUSÃO
• Distância do centro
• Acessibilidades
• Vias de comunicação e transporte
• Serviços (hipermercados, cetros comerciais; tribunais etc.)
• Condições ambientais (relevo, poluição, zonas verdes, etc.)
• Planos de urbanização - As atividades projetadas para uma determinada área
condiciona o custo do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados por atividades do
setor III e os mais baratos pela industria.
Noções
Especulação fundiária O solo é vendido a um preço superior ao que efetivamente vale, por
haver muita procura e pouca oferta
Centro da cidade
Em todas as cidades é possível identificar uma área central. NO entanto nas de mais
dimensão, atribui-se geralmente, a designação de CBD à área mais central que geralmente é a
área mais importante da cidade, tratando-se uma de uma área bastante atrativa para os
vistores e assim oferece postos de trabalho.
Características do CBD
Apesar de no centro da cidade a renda locativa ser elevada, podem existir áreas afastadas
do centro com o preço do solo igualmente elevado, devido a:
Nota Estas instalações dirigem-se para estas áreas pois são mais espaçosas.
Diferenciação espacial das atividades terciárias no CBD
No CBD, apesar de uma grande variedade de atividades, existe uma tendência espacial, quer
em altura quer no que respeita às ruas. De um modo geral:
• Atividades menos nobres ou que não tenham um contacto direto com o público
localizam-se nos andares mais altos (mais baratos) e em ruas secundárias
• Atividades de maior prestígio, e que tenham um contacto direto com o público
ocupam o piso térreo (mais caro) e localizam-se em ruas secundárias
Zoneamento vertical
Zoneamento horizontal
Noções
Evolução do CBD
• 1ª Fase
o Comercio
o Industria
o Serviços/administração
o Habitação
• 2ª Fase
• 3ª Fase
Porquê?
Descentralização das atividades Saída das empresas do centro da cidade para outras
áreas espaçosas e bem servida de vias de comunicação
e transportes
• À facilidade de estacionamento
• Acessibilidade
• Aumento da taxa de emprego feminino
• Maior mobilidade
• Aumento do nível de vida das famílias.
Atualmente o centro da cidade tem vindo a perde população pelo que durante a noite a cidade
encontra-se deserta.
Estagnação/Revitalização do CBD
Áreas residenciais
Noções
• Zonamento
o Zonas bem planeados
o Zonas de maior acessibilidade
o Zonas de melhor vista/paisagem
o Zonas de melhor ambiente
o Zonas providas de bons serviços (escolas, hospitais, etc.)
• Construção
o Vivendas unifamiliares – moradias Providas de equipamentos e serviços:
o Condomínios fechados de luxo garagem, condutas de lixo, porteiro,
• Zona da cidade piscinas, etc.
o Localizam-se na periferia das cidades (nos melhores sítios) – afastado de
indústrias
• Zonamento
o Áreas mais ou menos aprazíveis
o Ocupam maior parte do espaço urbano
• Construção
o Construção menos sofisticadas relativamente à classe alta
o Uniformidade dos blocos de apartamento
• Habitantes
o Jovens, verificando-se uma tendência generalizada para a aquisição de casa
própria.
• Zonamento
o Acessibilidades deficitárias
o Má localização geográfica
o Mau ambiente
• Construção
o Bairros da lata na periferia, onde o preço do solo é baixo
• Habitantes
o População muito pobre
Construção clandestina
Zonas afastadas das estradas, geralmente iniciadas com a construção de uma casa, atraindo
sucessivamente outras. Aqui são construídas “pequenas estradas” de acesso a estes locais.
Características:
• Sem saneamento
• Sem água canalizadas
• Luz obtida de forma clandestina
Nota Nalguns casos estes locais acabam por seres legalizados e assim construído
saneamento básico, etc.
Os bairros de habitação social são construídos pelo Estado ou pelas autarquias, para
alojar população de fracos recursos e sem condições de pagar rendas elevadas. Os edifícios são
idênticos, com apartamentos grandes, de modo a albergarem o maior número possível de
famílias.
Fatores atrativos
• Mão de obra
• Capital (bancos)
• Marcador consumidor
As grandes matérias-primas nesta época eram o ferro e o carvão pelo que as indústrias
instalavam-se perto das minhas de carvão e ferro. Muitas cidades cresceram devido à
industrialização
Nota Os espaço que outrora eram ocupados pelas indústrias são agora ocupados,
essencialmente pelo comércio.
• Oficinas
• Industria panificadora Estas indústrias ocupam pouco espaço
• Costureiras/alfaiates e são pouco poluidoras
• Joalharia/ourivesaria
• Reparações (sapateiros, eletrodomésticos, etc.)
• Tecnologia utilizada
o Indústrias tradicionais
o Indústrias modernas
• Exigência das empresas
• Tipo de produto
o Bens de consumo
o Bens de equipamento
• Destino dos produtos
Suburbanização
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente, ao
longo das principais vias de comunicação e em torno dos núcleos periféricos, onde era maior a
acessibilidades à cidade e onde as habitações eram mais baratas
O rápido crescimento destas áreas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda
marcado pelo predomínio de edifício plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana
As áreas metropolitanas tem vindo a ganhar população e por isso o peso económico
destas áreas no país é bastante significativo
A área metropolitana de Lisboa tem como fator para a perde de população:
• Degradação ambiental
• Falta de espaço
O que não acontece no Porto, sobretudo a parte ambiental.
Noções
Concelhos atrativos Tem vindo a ganhar população
Concelhos repulsivos Tem vindo a perder população
No entanto tem verificado uma forte terciarização
Dinamismo demográfico
O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se
pela elevada concentração populacional e pelo aumento de população que se acentuou nas
últimas décadas, embora com algumas diferenças entre municípios.
A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior
crescimento se verifica em concelhos onde há:
Tem permitido o acréscimo populacional, refletindo a
• Melhoria das acessibilidades importância dos processos de suburbanização e periurbanização.
• Disponibilidade de espaço para construção
Noções
Índice de Dependência de Jovens Número de dependência de jovens por cada 100 ativos
Índice de envelhecimento Número de pessoas idosas (65 e mais anos) por cada
100 jovens (0-14 anos)
Características da AML
• Maior proporção de emprego na indústria de média e alta tecnologia;
• Grande vocação exportadora;
• Maior número de sedes de indústria transformadora;
• Maior proporção de indústrias de bens de equipamento;
• Maior número de negócios na indústria transformadora;
• Maior capacidade de gerar valor acrescentado
• Indústrias mais intensivas em capital;
• Níveis de produtividade mais elevados;
• Grande importância da indústria alimentar, bebidas, tabaco e químicos;
• Maior diversidade do tecido industrial.
Características da AMP
• Indústrias mais intensivas em trabalho;
• Grande vocação exportadora;
• Forte especialização regional nas indústrias têxtil e de calçado.
Estas diferenças entre as características das áreas metropolitanas são causadas pelo
facto da localização das matérias, pelas melhores acessibilidades e pelo facto de Lisboa ser a
capital e a área metropolitana mais importante.
A atividade industrial nas duas áreas metropolitanas tem vindo a perder alguma
importância devido ao processo de terciarização da economia que, naturalmente, é mais
rápido nestas duas áreas do nosso País, devido ao seu maior desenvolvimento e à tendência de
reorganização espacial das funções nas áreas urbanas. O processo de terciarização é mais
evidente em Lisboa.
Principais pontos fracos e fortes da AMP e da AML
AML AML
Principais Pontos Fracos
- Forte exposição da estrutura económica à - Problemas ambientais resultantes da forte
concorrência internacional pelo predomínio pressão imobiliária/turística na ocupação do
de atividades de baixa intensidade solo em áreas de grande valia ambiental e
tecnológica e competitividade baseada na agrícola.
mão de obra abundante; - Problemas de mobilidade,
- Carência de serviços especializados de apoio congestionamento e poluição, resultantes da
às empresas face ao peso económico e forte utilização do automóvel privado.
industrial da região; - Presença de bairros problemáticos associada
- Problemas ambientais resultantes de à crescente segregação espacial resultante da
deficiências nos domínios do abastecimento diversidade social e étnica.
de água e tratamento de efluentes. - Abandono dos centros históricos, sobretudo
- Problemas de mobilidade no centro do no núcleo central.
Porto e nos principais acessos à cidade. - Alguma debilidade na afirmação
- Degradação física e exclusão social nos internacional.
centros históricos.
Problemas Urbanos
• Condições de vida
Embora ofereçam condições de vida vantajosas para a população, de um modo geral, a
maioria das cidades concentra também alguns problemas. Em muitos casos, resultam do seu
crescimento excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede o ajustamento entre as
infraestruturas urbanas e as necessidades da população, colocando problemas de
sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
• Habitação e Habitabilidade
Em Portugal, grande parte dos prédios do centro das cidades, nomeadamente os mais
antigos são arrendados, o que constitui um dos fatores para a degradação de muitos edifícios
nas áreas mais antigas das cidades.
Antigamente, o sistema de arrendamento mantinha as rendas fixas, o que não
compensava os arrendatários pelo seu investimento nem garantiam um rendimento suficiente
para poderem recuperar as habitações.
Quando os moradores são proprietários (muitas vezes idosos) possuem fracos
rendimentos e têm pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
A pressão do setor terciário pode também constituir um fator para a degradação dos
edifícios, uma vez que, causa uma rápida subida do preço do solo e das habitações.
Quando os edifícios ficam desabitados/desocupados e não são demolidos ou
recuperados após essa desocupação, a população com menos recursos ocupa esses prédios
degradados. É, também, esta população com menos recursos que habita nos bairros de lata
onde há muita pobreza e marginalidade.
Os bairros de lata caracterizam-se pela ausência de infraestruturas básicas e falta de
arruamentos pavimentados, pela falta de espaços verdes, áreas apropriadas de comércio e
serviços, locais de estacionamento, etc., contribuindo, assim, para agravar as condições de
habitabilidade.
Estes problemas devem-se, também, ao facto de não haver planeamento na sua
construção, e por isso, as condições de vida da população ficam bastante afetadas.
É nas áreas metropolitanas que a construção de bairros de lata e bairros clandestinos é
mais frequente, sendo necessário fazer a recuperação e legalização dos mesmos. Para que as
pessoas tenham as condições necessárias, básicas e essenciais iniciou-se o processo de
reabilitação urbana, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida urbana, ou seja,
proporcionar às populações boas condições de habitabilidade.
• Envelhecimento e solidão
O envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e levanta problemas
sociais de abandono e solidão. Na cidade, sobretudo nas áreas centrais, vão ficando os mais
velhos, enquanto as novas gerações procuram, geralmente, habitação nas áreas suburbanas,
onde o seu custo é menor. Esta solidão e isolamento dos idosos leva muitas vezes à sua morte
em casa, e à pobreza.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as crianças e os adolescentes
que sofrem outro tipo de solidão – ausência dos pais. Estes jovens são chamados da «geração
da chave» pois desde muito novos têm a chave de casa, ficando entregues a si próprios
durante todo o dia. Esta forma de abandono reflete-se não só na indisciplina e no insucesso
escolar, mas também na dependência da droga e do álcool.
As deslocações pendulares, efetuadas a distâncias cada vez maiores, originam
situações de stress e doenças do sistema nervoso, pois além da fadiga da despesa, da
irritação que causam as filas de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos
horários (escolas, infantários, emprego…)
Ainda que se caracterize pela concentração demográfica e de atividades, a cidade é um
espaço onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram. Daí resulta o anonimato que
acentuado pela ausência de relações de vizinhança.
As consequências da pobreza:
- Fome; - Prostituição
- Baixa esperança de vida; - Criminalidade
- Doenças; - Existência de pessoas sem-abrigo;
- Falta de oportunidades de emprego; - Existência de discriminação social contra
grupos vulneráveis.
O papel do planeamento
O planeamento é um processo essencial na preservação e resolução dos problemas urbanos.
PMOT – Planos Municipais do Ordenamento do Território
• PDM – Plano Diretor Municipal
Instrumento de gestão territorial de nível local que fixa as linhas gerais de ocupação do
território municipal. Este tem um caráter dinâmico.
O PDM pode ser alterado de acordo com as necessidades, de acordo com a evolução dos
concelhos; etc.
Os PDM incluem:
• PU – Planos de Urbanização
Determinam as áreas destinadas à construção, assim como o tipo de construção a realizar.
• PP – Planos de Pormenor
Definem as áreas a construir e as áreas abrangidas pelas diversas infraestruturas.
O PDM é um instrumento de gestão territorial de nível local, que fixa as linhas gerais
de ocupação do
A revitalização urbana (dos centros das cidades) é hoje uma preocupação motivada
quer por interesses económicos quer sociais e políticos, uma vez que dela dependem a
manutenção da centralidade desse espaço e o seu repovoamento – O centro da cidade é o que
mais necessita de repovoamento.
A necessidade de revitalização estende-se também a outras áreas da cidade que não o
centro histórico, sobretudo no que respeita à criação de condições para a fixação de
população jovem, o que passa, também por incentivos de arrendamento.
• Requalificação urbana
Alteração funcional de edifícios ou espaços, devido à redistribuição da população e das
atividades económicas, ou seja, vai ser dado um uso diferente daquele para que havia sido
concebido
• Renovação urbana
Demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é
reocupada com novas funções e por uma classe mais favorecida.
• Realojamento
A renovação urbana pode implicar o realojamento da população a viver em edifícios ou
bairros degradados.
Em 1993, foi criado o PER – Plano Especial de Realojamento, pois este problema
assume maior gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Este plano tem o objetivo
de erradicar os bairros de habitação precária, proporcionando apoios aos municípios para o
realojamento das famílias em habitações de custos controlados. Foi criado também o PER-
FAMÍLIAS, que apoia as famílias na compra de casa própria ou na realização de obras de
reabilitação.
O realojamento dos moradores de bairros de habitação precária é também uma forma
de combater a marginalidade.
Em Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa
comunitária URBAN. Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas
áreas urbanas mais críticas do ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego,
pobreza, exclusão social, criminalidade e delinquência, entre outros. A articulação desta
iniciativa com outros programas, nacionais e comunitários, permitiu a qualificação social e
urbanística dessas áreas.
Outras ações de incidência social poderão também contribuir para melhorar a qualidade de
vida no espaço urbano. São exemplos:
• A melhoria da gestão do tráfego:
Por exemplo: Proibir a circulação automóvel nalgumas áreas da cidade;
Limitação do estacionamento nas principais áreas da cidade;
Melhoria dos transportes públicos;
Criação de mais parques de estacionamento;
Construção de vias rápidas nas cinturas externas (periferias) das
cidades.
• Alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens;
• Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa;
• Aumento dos espaços verdes e otimização dos equipamentos coletivos.
A
Rede
Urbana e as novas
relações
Cidade/Campo
Rede Urbana
Conjunto das cidades e das relações/ligações que se estabelecem entre elas.
Consequências:
• Despovoamento do interior
• Congestionamento de outras cidades de maior concentração, ou seja,
limitação das relações de complementaridade entre os diferentes
centros urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social
• Redução da capacidade de inserção das economias regionais na
economia nacional
• Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial,
pela perda de sinergias (efeitos superiores aos esperados) que uma
rede urbana equilibrada proporciona
PORTUGAL
Nota: A classificação das cidades
• Cidade média: De 25 mil a 150 mil hab ou 20 mil a 100
médias não obedece apenas ao
mil hab;
• Cidade pequena: Até 25 mil hab; critério demográfico mas também à
• Cidade grande: Mais de 150 mil hab. sua importância, por isso não há um
critério absoluto para o número de
A NÍVEL EUROPEU habitantes necessários
• Cidade média: Entre os 100 mil e os 150/200/250 mil hab.
Noções
Lugar central: Qualquer aglomeração que fornece bens e serviços à área circundante (o lugar
mais central será o que fornece maior número e variedade de bens e serviços)
Bens Centrais: Produtos e serviços oferecidos por um lugar central
Funções centrais: Atividades que fornecem bens centrais.
Bens vulgares: Produtos ou serviços de utilização frequente que se encontram
facilmente sem necessidade de deslocações significativas (por
exemplo: Pão, bicicleta, carne, consulta médica)
Funções vulgares: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização frequente
(bens vulgares) (por exemplo: mercearia, café, sapataria,
hipermercado etc)
Bens raros: Produtos ou serviços de utilização pouco frequente que apenas se
encontram em determinados lugares (por exemplo: ensino secundário,
operação cirúrgica, automóvel)
Funções raras: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização pouco
frequente (por exemplo: Companhia de seguros, hospital, universidade
etc)
Bens dispersos: Produtos e serviços que são distribuídos à população, como água,
eletricidade etc.
Funções de nível superior: Oferta de funções especializadas e bens raros, como um
hospital central. Existem num menor número de centro
urbanos e têm maior área de influência
Funções de nível inferior: Funções frequentes, por exemplo um minimercado, existem
em grande número de lugares e, por isso, têm menor área de
influência
CURIOSIDADE
• Lisboa é o lugar mais central de Portugal
• Águeda é um lugar central
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa também se faz sentir ao nível das funções
Noções:
Raio de eficiência de um bem central: Distância percorrida para adquirir um bem ou serviço.
o Terá um maior raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
maior deslocação para poder ser adquirido;
o Terá um menor raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma
menor deslocação para poder ser adquirido.
De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?
Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais
facilmente a população se desloca para adquirir um bem
Noções:
Limiar máximo (limiar de mercado): Limite para lá do qual é pouco provável que a
população se desloque para adquirir esse bem/serviço
Limiar mínimo: Área mínima (com um número de consumidores) necessária para
manter a rendibilidade de determinada função (bens ou serviços)
• Economias de aglomeração
À concentração urbana no Litoral corresponde uma concentração de atividades económicas
dos setores secundário e terciário. Estas instalam-se, preferencialmente, nas áreas urbanas
mais desenvolvidas, onde a mão de obra é abundante e mais qualificada, e onde existem
melhores infraestruturas e melhor acessibilidade aos mercados nacional e internacional.
Noções
Economias de escala: Racionalizar os investimentos de forma a obter o menor custo unitário
(só é rendível fazer determinados investimentos em equipamentos e
infraestruturas se estes se destinarem a uma grande quantidade de
utilizadores.
Economias de aglomeração: A população e as várias empresas utilizam as mesmas
infraestruturas de transporte, de comunicação, de distribuição
de água, energia, etc., para além de beneficiarem das relações
de complementaridade que entre elas se estabelecem.
• Deseconomias de aglomeração
As vantagens da aglomeração só se verificam até certos limites, a partir dos quais a
concentração passa a ser desvantajosa. O crescimento da população e do número de
empresas conduz, a partir de uma certa altura, à saturação do espaço e uma incapacidade de
resposta das infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços.
Noções
Deseconomia de aglomeração: Os custos da concentração são superiores aos
benefícios.
Os efeitos da deseconomia de aglomeração sentidos em muitos centros urbanos do
Litoral poderão ser minimizados com o desenvolvimento de outras aglomerações urbanas
não congestionadas, nomeadamente as cidades de média dimensão, contribuindo assim para
um maior equilíbrio da rede urbana nacional.
Notas:
Madrid: ± 3 milhões de hab Barcelona: ± 1 milhão e 500 mil hab
Antes:
• A cidade dependia da aldeia, nomeadamente de matérias-primas;
• A aldeia dependia da Cidade, devido ao Trabalho.
Tudo se concentrava na cidade
Agora:
• A dependência da cidade por parte da aldeia diminuiu, devido à deslocação de
várias atividades económicas;
• A cidade continua a depender da aldeia, nomeadamente de água, eletricidade,
produtos alimentares, etc.;
• Hoje, as aldeias oferecem muitas atividade de lazer.
Permitem as deslocações Cidade – Aldeia
• Os transportes
As novas acessibilidades e o aumento da tx. de motorização tornam as
• Vias de comunicação
relações cidade - campo mais fácil.
Fatores responsáveis pela mudança de funções e da organização do espaço rural:
• Desconcentração produtiva – Dispersão das atividades económicas
• Relocalização de atividades económicas
• Aumento da mobilidade
Novas funções do espaço rural
• Turismo e Lazer
• Comércio
• Alguns serviços
Complementaridades funcionais - Complementaridade de atividades
O aumento das acessibilidades, pela construção e/ou melhoria das infraestruturas de
transporte, tem permitido o alargamento das áreas de influência das cidades de regiões
predominantemente rurais e o acentuar dos movimentos pendulares – há uma maior
concentração de população nas zonas rurais.
ESQUEMA
Os
Transportes
ea
Comunicação
Vantagens da intermodalidade
• Diminuição dos custos
• Redução do impacto ambieental
Relação do transporte intermodal com a PCT
• O desenvolvimento da intermodalidade permite atingir alguns objetivos da
PCT
A rede rodoviária nacional, tanto no Continente como nas regiões autónomas, tem
sido objeto de grandes investimentos, o que se reflete não só na sua extensão, mas também
na qualidade, em parte, devido à construção de novas infraestruturas (túneis, viadutos e
pontes) que permitem ultrapassar barreiras físicas, tornando os trajetos mais rápidos, seguros
e cómodos.
Contudo, continuam a persistir desigualdades na distribuição geográfica da rede de
estradas:
Contrastes demográficos, económicos
Mais densa no litoral, onde se localiza também a maior parte
da extensão da rede fundamental, designadamente as principais e sociais que marcam o nosso país
autoestradas, que se incluem nos itinerários principais;
As desigualdades verificam-se também
Bastante menos densa no interior
na oferta do serviço de transporte
Nota As estradas portuguesas estão no sentido Norte-Sul.
rodoviário de mercadorias.
A rede transeuropeia de gás natural inclui ainda ligações a todo o Leste Europeu e a vários
países da Ásia.
A preocupação de garantir ligações a uma diversidade grande de países exportadores de
gás natural prende-se com a dependência externa face a esta fonte de energia e com a
instabilidade política e social de alguns desses países.
Objetivo geral – possibilitar o acesso às TIC (quer nas escolas, empresas, em casa das famílias,
etc.)
E
Iniciativa “eEuropa”
Objetivo Uma sociedade de informação para todos, desde as escolas, à Administração
pública, passando pelas empresas e pelas famílias
Na UE, esta iniciativa criou condições para a massificação do acesso à internet.
E
O programa i2010 Sociedade europeia da informação para 2010
Objetivo Incentivar o conhecimento e a inovação para apoio ao crescimento e à criação
de empregos mais numerosos e de melhor qualidade.
Comissão propõe três objetivos prioritários a realizar antes de 2010 para as políticas europeias
da sociedade da informação e dos media:
• Criação de um espaço único europeu da informação;
• Reforço da inovação e do investimento em investigação na área das tecnologias da
informação e das comunicações (TIC);
• Realização de uma sociedade da informação e dos media inclusiva.
legenda
E Europeu
N Nacional
N Plano tecnológico
Objetivo Promover o desenvolvimento
Reforçar a competitividade
Para tal assente em 3 Eixos
• Conhecimento
De um gross modo, este eixo vida a qualificação da sociedade.
Através:
o Criação de infraestruturas vocacionadas para tal
o Criação de um sistema de ensino abrangente e diversificado
• Tecnologia
Vida apostar no reforço das competências científicas e tecnológicas, tanto nas empresas
privadas como públicas, através, por exemplo do apoio a atividades de I&D. Isto com o intuito
de colmatar o atraso científico e tecnológico que se faz sentir no nosso país.
• Inovação
Consiste na inovação da produção do país. Tentando por isso adaptar a produção às
características da globalização, através de novos e mais eficazes métodos produtivos, formas
de organização; serviços e produtos de forma a tornar mais competitiva a nossa economia
No entanto nem tudo são vantagens, e podem surgir associados a este desenvolvimento,
nomeadamente:
• Poluição
• Saúde
• Segurança
• Qualidade dos serviços
Torna-se pois necessário:
• Permitir igualde de oportunidade no acesso às tecnologias da informação e
comunicação (inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade de informação)
• Desenvolver uma melhor rede de transportes, nomeadamente de transportes públicos
que no nosso país revelam algum descontentamento.
O ambiente e a Saúde
O crescimento da utilização dos transportes e portanto o consumo de combustíveis
fósseis como fontes de energia tem alguns impactes sobre a qualidade de vida da população
(decorrentes dos problemas de poluição ambiental).
O setor dos transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases que
contribuem para o agravamento do efeito de estufa e para a formação de ozono na
troposfera.
Protocolo de Quito
Objetivo Reduzir as emições de gases que contribuem para o efeito de estufa.
Portugal não está a conseguir cumprir o protocolo cujos objetivos estão estipulados até 2012.
A diminuição dos problemas ambientais e de saúde associados aos transportes é também uma
das preocupações da política nacional e comunitária para este setor, o que está patente em
medidas como:
• A decisão de reduzir o peso do transporte rodoviário face aos restantes modos de
transporte, por ser o mais poluente;
• A diretiva comunitária 2003/30/CE, pela qual cada Estado-membro deverá assegurar a
colocação no mercado de uma quota mínima de biocombustíveis ou de outros
combustíveis renováveis;
• O aumento dos investimentos em Investigação e Desenvolvimento, para viabilizar a
utilização de energias menos poluentes e diminuir o consumo de energia, sobretudo
nos transportes rodoviário e aéreo;
• A criação de iniciativas como o Dia Europeu sem Carros e de programas como o
«Miniautocarros Elétricos em Frotas de Transportes Urbanos».
O transporte marítimo causa também graves problemas ambientais que se associam
principalmente aos desastres com petroleiros, que originam marés negras, e às lavagens de
porões sem respeito pelas normas de segurança ambiental.
• Alargamento em 2004
o Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia,
Hungria, Eslovénia, Chipre e Malta
• Alargamento em 2007
o Roménia e Bulgária
• Países em negociação de adesão
o Croácia (2013) e Turquia (ainda não entrou devido à instabilidade
política e pelo facto de não conseguir cumprir os critérios de
Copenhaga)
• Países candidatos
o Islândia e Macedónia
• Países potenciais candidatos
o Albânia, Bósnia Herzegovina, Montenegro e Sérvia
• “Eurolândia” - Zona Euro
o Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia, Grécia, República da Irlanda,
Itália, Luxemburgo, Malta e Países Baixos
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos
Estados-membros, sobretudo para os mais periféricos, como Portugal.
Noções
Acervo Comunitário Conjunto de leis e normas da UE que cada país deve transpor para a
sua legislação nacional.
Os apoios comunitários, antes e nos primeiros anos após a adesão, são fundamentais
para a integração dos países candidatos e dos novos Estados-Membros. Isto significa que são
necessários para que os países que querem aderir à UE possam cumprir os critérios de
Copenhaga. Servem também para aproximar os vários setores.
Tratado de Maastricht
Conferiu às ações no domínio do ambiente o estatuto de política comunitária,
salientando a necessidade da sua integração nas restantes políticas.
Tratado de Amesterdão
Colocou o princípio do desenvolvimento sustentável e a obtenção de um nível elevado
de proteção ambiental entre as principais prioridades da política comunitária.
Em defesa do ambiente na UE: Desde 1967, a maioria dos programas definidos para proteger
o ambiente são os Programas de Ação em Matéria de Ambiente.
Life +
LIFE + Natureza e Biodiversidade Orientado para a aplicação das Diretivas Aves e
Habitats, e apoiar a aplicação da Rede Natura 2000,
bem como para aprofundar o conhecimento necessário
para desenvolver, avaliar e monitorizar a legislação e a
política da Natureza e da biodiversidade da UE. Visa
ainda contribuir genericamente para a meta de parar a
perda da biodiversidade, até 2010.
Nota À medida que o tempo passa, aumentam as verbas para estes programas
Natureza e biodiversidade
A diversidade dos ecossistemas e das paisagens é património ecológico, cultural e
económico.
A nível comunitário, o sexto programa de ação em matéria de ambiente definiu como
principais objetivos:
• Proteger e, se necessário, restaurara a estrutura e o funcionamento dos
sistemas naturais;
• Deter a perda da biodiversidade, na UE e à escala mundial;
• Proteger os solos da erosão e da poluição.
A criação de uma rede ecológica coerente, denominada Rede Natura 2000, constitui um
instrumento fundamental da política da UE em matéria de conservação da Natureza e da
biodiversidade.
Resíduos
Associada à exploração e utilização dos recursos naturais está a produção de resíduos
que tem vindo a aumentar, tanto em Portugal como na União Europeia, prevendo-se que
cresça ainda mais.
A política comunitária dá prioridade à prevenção da produção de resíduos, à sua
recuperação (inclui a reutilização, reciclagem e a recuperação energética) e incineração
(queimar os resíduos) e, como último recurso, a deposição em aterros.
Responsabilidade ambiental
É cada vez maior a consciência de que, para o desenvolvimento sustentável, são
fundamentais a preservação do património natural e a diminuição do risco de degradação
ambiental e de que tais tarefas são responsabilidade de todos. Daí a importância da educação
ambiental e da responsabilização por danos ambientais.