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Objetivo
Montar um circuito com um conversor D/A do tipo R-2R
Estudar e discutir as principais características deste tipo de circuito.
Material utilizado
Bastidor LEG2000
Módulo MED25 – Conversor D/A
Multímetro e cabos banana
Introdução
Até este ponto de nosso estudo da eletrônica digital, vimos uma vastidão circuitos
que realizam uma série de operações, todas elas em âmbito digital. Isto é, onde
cada sinal pode apresentar dois níveis lógicos distintos (0 ou 1), representados por
valores de tensão específicos (conforme vimos nos primeiros ensaios), e que
geralmente são convencionados como 0V e 5V, respectivamente. Muito embora, em
âmbito digital possamos realizar uma grande gama de operações de cunho
aritmético e lógico – o que forma a base do processamento de dados, muitas vezes
desejamos que os resultados destas operações fossem levados ao mundo
analógico.
Um exemplo imediato é som. Atualmente, com os avanços dos filtros digitais, novos
padrões para a codificação e compressão de som (como o MP3), além da difusão
das comunicações digitais (com transmissão de voz em meios intrinsecamente
digitais), o som é geralmente tratado, armazenado e transmitido em formato digital.
Porém, para que ele seja reproduzido é necessário que ele volte ao formato
analógico. Para isso são empregados os Conversores Digitais–Analógicos,
abreviados como Conversores D/A, que utilizaremos neste experimento.
D0
D1 Conversor D/A
Saída
D2 4 bits
D3
Embora estes conversores D/A trabalhem com entradas em padrão binário, não
significa que uma entrada 0001b, correspondente ao decimal 1, produz uma saída
de 1V, e que uma entrada 0010b, correspondendo ao decimal 2, leva a uma saída
de 2V. Isso porque existe um fator de escala, ou seja, a saída de um conversor D/A
é sempre proporcional a valor numérico da entrada, mas não necessariamente o
mesmo valor em volts. O valor na saída de um conversor D/A geralmente é
calculado a partir da tensão de referência, que é justamente o maior valor de tensão
que pode haver na saída do conversor e que muitas vezes corresponde à própria
tensão de alimentação do conversor. A fórmula é bastante simples:
Assim por exemplo um conversor D/A de 4 bits, alimentado com 5V, e cuja entrada
está com o valor 0010b, terá o seguinte valor de saída:
5
Valor da Saída (V)
3
Saida Conv. 4Bits
2 Saida Conv. 8Bits
0 166
100
111
122
133
144
155
177
188
199
210
221
232
243
254
1
45
12
23
34
56
67
78
89
Valor da Entrada
Porém, a informação nem sempre se encontra com uma maior quantidade de bits e,
além disso, quanto maior a resolução, mais complexo o conversor. A figura a seguir,
mostra o diagrama de um circuito muito empregado para realizar a conversão
digital-analógica, a malha R-2R, o qual será estudado neste ensaio. Este circuito
recebe este nome, pois é construído com resistores de valores R (um valor qualquer
arbitrário, preferencialmente da ordem de alguns milhares de ohms) e seu dobro,
2R.
É relativamente simples demonstrar que a saída é dada por (faça como exercício):
Procedimento
Nesta experiência iremos utilizar um conversor D/A, construído com malha R-2R,
para converter valores digitais em analógico.
Exemplo de aplicação:
Os conversores D/A estão presentes sempre que um circuito digital deve possui
alguma interface com o mundo analógico, como ocorre em placas de som,
tocadores de MP3, celulares, etc., para converter o áudio, geralmente armazenado
e transmitido em formato digital, em valores analógicos reproduzidos pelo alto-
falante.
Nota: Para sua maior segurança, realize estas ligações com o conjunto didático
desligado.
2. Note que ligamos a entrada do nosso conversor D/A aos geradores de nível
lógico. Além disso, perceba que o circuito é um pouco diferente daquele mostrado
na introdução teórica, isto porque ele possui um amplificador operacional na saída.
Porém, a função deste amplificador é atuar apenas como buffer de corrente,
16
32
64
128
129
132
136
144
160
192
193
200
208
216
232
255