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Normas de Execuao Ane 2015 Master Copypdf Compress
Normas de Execuao Ane 2015 Master Copypdf Compress
Prefácio
Agradecimentos
Índice do Conteúdo
Índice de Figuras
Índice de Tabelas
Índice de Fotos
Abreviaturas
Introdução
Glossário de termos
Referências
Bibliografia
Mobilização
Seguros
Desminagem
Destronca e limpeza
Demolições e remoções
221 Diâmetro 75 cm
222 Diâmetro 90 cm
Drenos Subterrâneos
Construção de cascatas
293 Em Betão B 20
Serie 300: Movimento de terra (Sub-base e Base –
pavimento de saibro)
Câmaras de empréstimo
471 100 mm
472 150 mm
475 100 mm
476 150 mm
Série 500 Trabalhos Auxiliares
631 Diâmetro 14 – 25 mm
Ensaios de betão
Ensaios de compactação
Ensaios do betume
Limpeza
Reparações e substituições
Manutenção (pinturas)
Aplicação de resselagem. Aplicação fog spray (com diluição de SS60 ou MC30) seguida
894
de aplicação de camada de revestimento (revestimento superficial simples)
Reparação e estabilização da (sub) base para efeito de tapamento de buracos e
899
reparação de rotura das bordas.
Histórico da Revisão do Manual das Normas de Execução
I
Prefácio
Moçambique dispõe de uma rede de estradas de cerca de trinta mil kilómetros de estradas, de entre
as quais vinte por cento são revestidas e é considerada o património público que catalisa
positivamente o desenvolvimento sócio económico, cuja conservação tem atraído atenções a vários
níveis.
A revisão consistiu na melhoria de alguns códigos, introdução de imagens e gráficos para melhor
compreensão e instruções passo a passo para a execução de estradas revestidas de baixo volume
de tráfego. Adicionalmente, o documento integra, como apêndices, desenhos-tipo e especificações
técnicas de órgãos de drenagem e padrões técnicos para estradas não revestidas.
São aqui expressos profundos agradecimentos a African Community Acess Program – AFCAP que
no âmbito da cooperação existente, foi possível a adopção do presente manual.
II
Agradecimentos
A presente versão do Manual das normas de execução foi elaborada com base num esforçado
concertado por parte de várias entidades colaboradoras, nomeadamente a, Administração Nacional
de Estradas (ANE), o Fundo de Estradas, o Programa Africano de Acesso Comunitário (African
Community - AFCAP, o Departamento para o Desenvolvimento Internacional (DfID), a Agência Sueca
para o Desenvolvimento Internacional (Swedish International Development Agency - ASDI) e a TRL
(Transport Research Laboratory).
Os esforços das várias entidades e pessoas individuais são grandemente apreciados, sendo a sua
participação e contributos devidamente reconhecidos neste documento. Particular destaque vai para:
Direcção da ANE
Eng.º Atanásio Mugunhe Director Geral
Eng.º Silvestre Elias Director da Manutenção
Eng.º Luís Fernandes Chefe do Departamento da Gestão da Manutenção
Eng.ª Rubina Normahomed Coordenadora do Projecto
Delegados Provinciais
Consultores das Províncias da ANE
TRL – Consultores de Pesquisa
Kenneth Mukura Autor Principal/Gestor do Projecto
Dr. John Rolt Autor Adjunto/Investigador Principal
Andrew Otto Autor Adjunto
AFCAP
Nkululeko Leta Gestor Técnico do AFCAP
Financiadores
Fundo Rodoviário, financ. dos trabalhos Trabalhos e Engenheiros e consultores da ANE
ASDI Trabalhos
AFCAP Apoio Técnico, documentação, divulgação
III
Índice do Conteúdo
Abreviaturas .........................................................................................................................................XIV
1. Introdução .................................................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento legal ............................................................................................................................. 1
1.2 Utilização das normas ............................................................................................................................ 2
V
12.7 Elevada rugosidade superficial, deformações e irregularidade generalizada .................................... 251
12.8 Viabilidade de construção .................................................................................................................. 251
12.9 Reconstrução ..................................................................................................................................... 251
12.10 Planeamento da manutenção ............................................................................................................ 252
VI
Índice de Figuras
VII
Figura 12.14: Buraco – ilustração da extensão do material danificado ...............................................295
Figura 12.15: Preparação da área para reparação de um buraco superficial .....................................301
Figura 14.1: Estrutura do pavimento para estradas revestidas ...........................................................332
Figura 14.2: Especificações baseadas no desempenho para estradas ensaibradas (PP vs
GM) .............................................................................................................................333
Figura 14.3: Especificações para a camada de desgaste em saibro (SP vs Gc) ................................334
Figura 14.4: Especificações para os solos naturais (SP vs Gc) ..........................................................335
Figura 14.5: Perfil transversal típico .....................................................................................................335
VIII
Índice de Tabelas
IX
Tabela 8.20: Especificações granulométricas para o agregado (revestimento duplo) em
conformidade com a Tabela 4302/8 SATCC ..............................................................150
Tabela 8.21: Especificações de lamelação para o agregado (revestimento duplo) ............................150
Tabela 8.22: Especificações granulométricas referentes ao agregado destinado a lamas
asfálticas .....................................................................................................................154
Tabela 8.23: Taxas de aplicação por volume destinadas a lamas asfálticas para
revestimentos cape (lama asfáltica em revestimentos simples) ................................154
Tabela 8.24: Taxas de aplicação por massa destinadas a lamas asfálticas para
revestimentos simples (Revestimento cape) ..............................................................155
Tabela 8.25: Temperaturas de pulverização para ligantes (tratamento duplo com areia) ..................157
Tabela 8.26: Taxas de aplicação de ligante para ligantes (tratamento duplo com areia) ...................157
Tabela 8.27: Taxa de aplicação de areia para cada camada (Tratamento duplo com areia) .............157
Tabela 8.28: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento superficial
duplo) ..........................................................................................................................159
Tabela 8.29: Especificação granulométrica para a areia (em conformidade com a Tabela
4702/1 (pág. 4700-1) SATCC) ....................................................................................159
Tabela 8.30: Temperaturas de pulverização para os ligantes (Revestimento Otta) ............................162
Tabela 8.31: Taxas de aplicação para ligantes destinados a revestimentos Otta ...............................162
Tabela 8.32: Taxa de aplicação do agregado para revestimentos Otta ..............................................163
Tabela 8.33: Temperaturas de pulverização de ligantes para revestimentos Otta ..............................165
Tabela 8.34: Especificações granulométricas para revestimentos Otta (granulometria
grossa) ........................................................................................................................165
Tabela 8.35: Especificações granulométricas para revestimentos Otta de granulometria fina ...........165
Tabela 8.36: Especificações relativas à dureza do agregado para revestimentos Otta ......................166
Tabela 8.37: Taxas de aplicação de agregados para um revestimento com macadame de
penetração em 3 camadas .........................................................................................169
Tabela 8.38: Taxas de aplicação de agregado para um revestimento de macadame de
penetração em duas camadas - (Especificação TRL/ANE) .......................................169
Tabela 8.39: Taxa de aplicação para o ligante (emulsão) para o macadame de penetração .............170
Tabela 8.40: Temperaturas de pulverização aplicáveis aos ligantes (Macadame de
penetração) .................................................................................................................170
3
Tabela 8.41: Valores indicativos normalmente utilizados (para a produção de 1 m de betão) ..........177
Tabela 10.1: Recobrimento mínimo das armaduras ............................................................................199
Tabela 10.2: Diâmetro interno mínimo da dobragem dos varões de reforço .......................................199
Tabela 10.3: Cálculo do recobrimento mínimo dos aços de reforço com betão ..................................199
Tabela 10.4: Dosagens indicativas para diferentes classes de betão ..........................................................202
Tabela 10.5: Especificações referentes aos ensaios de abaixamento ................................................204
Tabela 10.6: Tempo mínimo necessário antes da remoção do cimbre e cofragem ............................206
Tabela 12.1: Tratamento para anomalias superficiais no revestimento ..............................................248
Tabela 12.2: Causas e efeitos dos defeitos superficiais ......................................................................248
Tabela 12.3: Intervenções propostas para os defeitos superficiais .....................................................250
Tabela 12.4: Planeamento das actividades de manutenção ...............................................................253
X
Tabela 12.5: Especificações de granulometria relativamente à areia destinada à lama
asfáltica para a selagem de fissuras finas - Em conformidade com a Tabela
4302/11 SATCC (página 3500-5) ...............................................................................286
Tabela 12.6: Especificações aplicáveis ao agregado destinado à lama asfáltica para a
selagem de fissuras - Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5) ................................294
Tabela 12.7: Especificações de granulometria referentes aos agregados para misturas
betuminosas - Em conformidade com a Tabela 4202/3 SATCC (página
4200-2) ........................................................................................................................298
Tabela 12.8: Composição das misturas betuminosas a frio ................................................................298
Tabela 12.9: Taxas de aplicação de ligantes – Revestimento superficial para a reparação de
buracos .......................................................................................................................302
Tabela 12.10: Taxas de aplicação de agregados – Revestimento superficial de buracos ..................302
Tabela 12.11: Temperaturas recomendadas para o aquecimento de ligantes – Revestimento
superficial para a reparação de buracos ....................................................................303
Tabela 12.12: Especificações de granulometria de agregados – revestimento superficial
para reparação de buracos - Em conformidade com a Tabela 4302/8
SATCC ........................................................................................................................304
Tabela 12.13: Especificações referentes à lamelação do agregado – revestimento superficial
para reparação de buracos - Tabela 4302/10 SATCC (página 3500-3) ....................304
Tabela 12.14: Especificaçoes referentes à granulometria dos agregados – lama asfáltica
para selagem de fissurações ......................................................................................307
Tabela 12.15: Especificações referentes a misturas betuminosas – reparação de fendas na
berma ..........................................................................................................................310
Tabela 12.16: Composição das misturas betuminosas a frio – reparação de fendas na
berma ..........................................................................................................................311
Tabela 12.17: Taxas de aplicação de ligante – revestimento superficial duplo para a
reparação de fendas na berma...................................................................................314
Tabela 12.18: Temperaturas de aplicação de ligante – revestimento superficial para a
reparação de fendas na berma...................................................................................315
Tabela 12.19: Especificações de granulometria do agregado – revestimento superficial para
a reparação de fendas na berma - Em conformidade com a Tabela 4302/8
SATCC ........................................................................................................................315
Tabela 12.20: Especificações referentes à lamelação do agregado – revestimento superficial
da reparação de fendas na berma - Em conformidade com a Tabela
4302/10 SATCC (página 3500-3) ...............................................................................316
Tabela 12.21: Especificações de granulometria de pó de pedreira – aplicação da exsudação
do revestimento betuminoso - Em conformidade com a Tabela 4302/11
SATCC (página. 3500-5) ............................................................................................318
Tabela 12.22: Especificação de granulometrias aplicáveis a materiais granulares destinados
ao enchimento de buracos e à reparação de fendas na berma. ................................325
Tabela 13.1: Velocidades de projecto para os diferentes terrenos ......................................................327
Tabela 13.2: Raios de curvatura para diferentes velocidades de projecto ..........................................327
Tabela 13.3: Larguras de vias para os diferentes tipos de estradas ...................................................328
Tabela 13.4: Espessuras de ensaibramento para os diferentes tipos de estrada ...............................329
Tabela 13.5: Normas de traçado e especificações de materiais para estradas não asfaltadas
Tipos A, B e C .............................................................................................................330
XI
Índice de Fotografias
XII
Foto 12.4: Reparação de buracos – corte da área danificada .............................................................299
Foto 12.5: Fendas profundas na berma – Largura da via significativamente reduzida (sem
condições de segurança para os utentes ...................................................................311
Foto 12.6: Fog spray aplicado num revestimento superficial antigo – renovação de um
revestimento betuminoso ............................................................................................321
XIII
Abreviaturas
AASHTO American Association of State Highway and Transport Officials
ANE Administração Nacional de Estradas
ASTM American Standard Test Method
BS British Standards Institute
BTE Base Tratada com Emulsão
CBR California Bearing Ratio (Capacidade de Suporte )
CNCS Conselho Nacional para o Combate ao HIV/SIDA
DER Direcção de Estradas Regionais
DIMAN Direcção de Manutenção
DMT Distância Média de Transporte (Average haul distance)
FE Fundo de Estradas
GC Coeficiente de granulometria (Grading Coefficient)
GM Módulo de Granulometria (Grading Modulus)
GOM Governo de Moçambique – Goverment of Mozambique
IP Índice de Plasticidade
LL Limite de Liquidez
LP Limite de Plasticidade
MAE Medição Antes da Execução – Measurement before execution
MDE Medição Depois da Execução – Measurement after execution
ME Ministério da Economia
MOPHRH Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
MPD Ministério de Plano e Desenvolvimento
MZM Metical
PARPA Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta
PP Produto de Plasticidade (Plasticity Product)
SABS Gabinete das Normas de África do Sul (South African Bureau of Standards)
SP Produto de Retracção (Shrinkage product)
SATCC Comissão para Transportes e Comunicações na África Austral (Southern African Transport and
Communications Commission)
TRH Recomendações Técnicas para Estradas (Technical Recommendations for Highways)
TRL Transport Research Laboratory
UASMA Unidade dos Assuntos Sociais e Meio Ambiente
XIV
1. Introdução
1
viii. Os códigos poderão fazer referência a normas regionais e internacionais. Neste caso, o código das
normas regionais ou internacionais deve ser mencionado juntamente com a instituição responsável pela
sua emissão. Na Secção relativa à Bibliografia apresenta-se um quadro com endereços electrónicos e
físicos das entidades reguladoras mencionadas. Isto permitirá ao leitor a obtenção de mais informação
sobre o assunto. Nos casos em que exista uma discrepância com as normas referentes ao nível
regional e internacional, deve dar-se prioridade às indicações deste documento.
2
iv. Se uma determinada actividade contendo um ou mais códigos estiver abrangida pelo orçamento, o
preço unitário relativo à actividade deve incluir os custos de todos os códigos necessários.
v. As normas de execução devem ser utilizadas na execução de dois tipos de contrato em vigor no sector
rodoviário: Contratos por nível de serviço e contratos por quantidades.
Contratos por níveis de serviço
vi. Neste tipo de contrato, a norma é utilizada apenas para a definição da natureza da actividade e para a
determinação do momento em que deve ser utilizada, assim como das tarefas a serem executadas para
a sua implementação e das normas de qualidade a serem seguidas. O pagamento é determinado
mediante o preenchimento das normas de qualidade definidas nas especificações técnicas do contrato.
Contratos por quantidades
vii. No caso dos contratos por quantidades, a norma é utilizada para a definição da natureza da actividade e
do momento da sua utilização, assim como para a definição das tarefas a serem executadas para a sua
implementação e das normas de qualidade que devem ser seguidas e para a medição da carga de
trabalho.
viii. Só quando estiverem reunidas todas as exigências para a execução de uma actividade é que é
autorizado o pagamento através do certificado de obras. Deste modo, as normas são utilizadas para a
definição da qualidade da obra a ser produzida pelo empreiteiro no âmbito deste tipo de contrato.
3
2. Formato dos códigos das Normas de Execução
A informação contida nos códigos destas Normas de Execução será apresentada de acordo com o formato a
seguir apresentado.
Por exemplo:
Remoção de vegetação da estrada:
o Árvores apresentando troncos com diâmetros inferiores a 30 cm
o Arbustos, capim e raízes.
o Solos com componentes orgânicos até uma profundidade de 5 cm
o Geralmente este código é aplicado a obras de reabilitação e de melhoria
localizada.
O código 130 destina-se à remoção de solos inadequados até uma profundidade superior a
5 cm. Os códigos 121 e 122 devem ser empregues para o corte de árvores com um
diâmetro superior a 30 cm.
Tarefas Define a sequência de tarefas a executar.
incluídas
Exemplo:
o Sinalização de segurança.
o Assegurar a continuidade da circulação do tráfego.
o Delimitação da área de corte e limpeza.
o Corte e limpeza.
o Remoção do material para for a da área de reserve da estrada.
o Remoção da sinalização temporária.
o Em caso de corte de árvores, a largura de corte deve obedecer às exigências
de segurança rodoviária.
Normas Definição da qualidade das obras a serem executadas.
Quando aplicável, deve definir-se as tolerâncias autorizadas (em conformidade com o
desenho do projecto).
O empreiteiro deve controlar os trabalhos através do seu pessoal de forma a assegurar
o cumprimento das normas de qualidade.
Em situações excepcionais, e em caso de necessidade, poderá também especificar-se
o equipamento a ser utilizado para a realização do código (por exemplo, estabelecer a
utilização obrigatória de uma betoneira).
O cumprimento das normas de qualidade por parte da entidade contratada deve ser
verificado pelo Fiscal
Os custos resultantes da correcção de qualquer falha em relação à qualidade
contratada devem situar-se dentro dos limites dos preços unitários.
Exemplo:
o O corte e limpeza da estrada devem ser realizados numa extensão para além
dos taludes e valetas correspondendo a uma largura de 1,5 m, tal como
indicado nos desenhos.
o Deve remover-se toda a vegetação (arbustos, capim, solos vegetais até uma
profundidade de 5 cm e raízes).
o Os solos não prejudiciais para o futuro desempenho da estrada (com uma boa
granulometria) não devem ser removidos.
o O material removido deve ser depositado num local adequado a uma distância
4
da estrada não inferior a 10 m e deve ser colocado numa camada com uma
espessura igual ou inferior a 50 cm.
o O material removido não deve ser queimado.
o
o As populações situadas na proximidade da estrada poderão ser autorizadas a
recolher lenha.
Materiais Definição da qualidade dos materiais importados a serem empregues nas obras
através de normas internacionalmente reconhecidas.
Exemplo:
Normas aplicáveis ao cimento e emulsões
Medição
Neste local deve indicar-se a unidade utilizada para a medição desta actividade, com vista
à posterior aplicação do preço unitário, e a metodologia de medição utilizada. Existem dois
métodos de medição:
Exemplo:
M2
Medição efectuada na área limpa.
MAE
5
3. Lista das Normas de Execução
1. A Tabela 3.1 apresenta uma lista completa das Normas de Execução para cada actividade
com o código a ser utilizado na formulação dos contratos.
2. As normas encontram-se divididas nas Séries a seguir apresentadas, seguindo a metodologia
de organização utilizada nas normas SATCC. Apesar da numeração e do modelo de norma
serem bastante distintos, são, no entanto, adequados para a execução de obras ao nível
provincial:
• Série 100: Preliminares e Gerais
• Série 200: Drenagem
• Série 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento de saibro)
• Série 400: Pavimento Asfaltado e Revestimento
• Série 500: Trabalhos Auxiliares
• Série 600: Estruturas
• Série 700: Ensaios e o Controle de Qualidade
• Série 800: Manutenção de Estradas Revestidas e Não Revestidas
6
Tabela 3.1: Lista completa das Normas de Execução
Mobilização
Seguros
Desminagem
Destronca e limpeza
2
160 40 m < DMT < 100 m M X X
2
161 100 m ≤ DMT < 200 m M X X
2
162 200 m ≤ DMT < 500 m M X X
2
163 DMT ≥ 500 m M X X
7
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
3
183 DMT ≥ 500 m M X X
Demolições e remoções
220 Diâmetro 60 cm M X X X
221 Diâmetro 75 cm M X X X
222 Diâmetro 90 cm M X X X
225 Diâmetro 80 cm M X X X
8
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
3
241 Pedra argamassada reforçada M X X X X
3
242 Betão armado incluindo armadura e cofragem M X X X
(B20)
Trabalhos de protecção
2
250 Protecção com Vegetação (Capim, Relva ou M X X X X
Vetiver)
3
251 Protecção com pedra arrumada à mão M X X X X
3
252 Protecção com pedra argamassada M X X X X
3
253 Protecção com sacos de areia M X X X X
Drenos Subterrâneos
3
280 Construção de dreno de inerte M X X X
Construção de cascatas
293 Em Betão B 20 UN X X X X
9
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
Câmaras de empréstimo
2
348 Abertura de câmaras de empréstimo M X X X
2
349 Encerramento e / ou fecho de câmara de M X X X
empréstimo
10
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
emulsões (BTE)
3
352 Amassadura no local M X X X
3
353 Amassadura na central M X X X
2
410 Rega de impregnação MC 30 M X X X
2
411 Rega de colagem ‘Fog Spray’ M X X X
2
416 Escarificação do pavimento betuminoso M X X X
existente
2
420 Construção de pavimento em betão betuminoso M X X X
com espessura predefinida
2
440 Aplicação de revestimento simples usando M X X X
betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 e
agregado de 9,5 mm ou 13,2 mm
3
441 Variação de agregado 9,5 mm ou 13,2 mm M X X X
11
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
2
450 Aplicação de revestimento duplo usando betume M X X X
150/200 ou 85/100 ou MC3000 e agregado de
9,5/19mm
3
451 Variações de agregado 9,5/19mm M X X X
2
460 Construção de Revestimento superficial com M X X X
Lama Asfáltica (‘Slurry Seal’)
2
461 Construção de revestimento betuminoso M X X X
superficial com areia (‘Sand seal’), betume de
penetração 150/200 ou MC3000 ou emulsão
SS60
3
462 Variações de areia M X X X
12
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
2
540 Colocação da sinalização rodoviária vertical M X X X X
2
550 Marcação da sinalização horizontal M X X X X
3
610 Em solos normais M X X X
3
611 Em solos duros M X X X
2
620 Construção de Drift (Passagem Molhada) M X X X
Simples em Betão
13
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
630 Diâmetro 6 – 12 mm Kg X X X
631 Diâmetro 14 – 25 mm Kg X X X
2
633 Malha de 6 mm em cruz @ 200 mm M X X X
14
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
Ensaios de betão
Ensaios de compactação
Ensaios do betume
Limpeza
2
810 Corte de capim M X X
15
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
2
811 Corte de capim e limpeza de arbustos M X X
2
815 Limpeza de Pontes e Pontões M X X
3
816 40 m < DMT < 100 m M X X
3
817 100 m ≤ DMT < 200 m M X X
3
818 200 m ≤ DMT < 500 m M X X
3
819 DMT ≥ 500 m M X X
Reparações e substituições
3
820 Reparações de elementos em madeira M X X
3
822 Substituição do betão e pedra usando M X X
argamassa de cimento
3
824 Reparação de taludes M X X
Manutenção (pinturas)
2
828 Elementos metálicos M X X
16
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
2
832 Passagem de niveladora rebocável M X X
2
833 Reparação da plataforma (manualmente) M X X
2
834 Regularização, rega e compactação da M X
plataforma
2
835 Escarificação, regularização, rega e M X
compactação da plataforma
17
Orientação sobre a aplicação do código
Código Actividade UN MR MP Reabilitação Melhoramento
Localizado
2
871 Revestimento superficial duplo M X
18
4. Breve introdução sobre as Normas de Execução
1. Série 100: Preliminares e gerais
Esta série inclui as actividades relacionadas com a mobilização, a instalação do acampamento, a
contratação de seguros, os incentivos à promoção do emprego, a limpeza, e as actividades a
serem realizadas antes de se dar início aos movimentos de terras, tais como destronca e limpeza,
corte e remoção de árvores, etc.
2. Série 200: Drenagem
Esta série engloba as actividades associadas à construção de valetas, aquedutos, drifts
(passagens molhadas) e outras estruturas simples. Abrange também as obras de protecção
contra a erosão incluindo a colocação de alvenaria e gabiões.
3. Série 300: Movimento de terra (Sub-base e Base – pavimento de saibro)
Esta série inclui as actividades de abertura e encerramento das câmaras de empréstimo, a
formação e colocação das camadas do pavimento, a melhoria das camadas com saibro e pedra
britada.
4. Série 400: Pavimento asfaltado e revestimento
Esta série abrange as actividades associadas à colocação de selagens betuminosas e não
betuminosas no pavimento rodoviário. O presente documento referente às normas de execução
contém algumas inovações no que se refere à selagem. Estas Normas de Execução baseiam-se
nas normas SATCC e outras, tais como as normas SABS e as British Standards. As inovações
foram desenvolvidas através dos trabalhos de pesquisa realizados em Moçambique e na Região.
Foram também elaboradas normas aplicáveis às selagens requerendo o uso de mão-de-obra
intensiva.
5. Série 500: Trabalhos Auxiliares
Esta série abrange as actividades envolvendo a colocação de marcos quilométricos, de
sinalização vertical e horizontal, a adopção de medidas de moderação do tráfego, etc.
6. Série 600: Estruturas
Esta série inclui as actividades associadas à construção de estruturas, tais como pontes, pontões
e drifts. Estes códigos abrangem a escavação de fundações, a colocação do betão, a fixação dos
varões de aço, etc.
7. Série 700: Ensaios e Controlo de Qualidade
Esta série abrange as actividades associadas aos ensaios (se necessário em laboratório) de
materiais, da qualidade e resistência do betão, ensaios de compactação, etc.
8. Série 800: Manutenção
Esta série inclui os trabalhos de reabilitação de rotina e periódicos e os trabalhos de melhoria
localizada, das estradas asfaltadas e não asfaltadas. Nesta série inclui-se também os trabalhos
de manutenção do sistema de drenagem como a limpeza e manutenção das estruturas.
19
5. Série 100 - Preliminares e Gerais
20
Actividade: Desmobilização da obra Código: 111
Código de SATCC 1300 e 1400
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na demolição do estaleiro do
Empreiteiro na obra, a remoção de equipamento e a desvinculação dos trabalhadores
eventuais.
Tarefas A demolição de casas, latrinas, casas de banho e infra-estruturas sociais que foram
incluídas construídas para o quadro do pessoal do Empreiteiro afecto na obra;
A demolição do acampamento, oficinas e armazéns e a remoção de equipamento,
ferramentas, sucata, entulhos, lixo e solos contaminados;
Transferência ou desvinculação dos trabalhadores eventuais;
A limpeza e restituição da área do acampamento.
Normas Deve ser removido do local do acampamento sem deixar rastos:
1) Todo material e entulho que resulta da demolição do estaleiro e acampamento;
2) Qualquer lixo ou terra contaminada por combustíveis, óleos, alcatrão ou outro
produto químico;
A área do acampamento deve ser limpa e restituída à sua condição anterior para
cumprir com os requisitos ambientais estabelecidos;
A transferência ou desvinculação deve ser feita em coordenação com o Administrador
do Distrito e autoridades tradicionais da zona.
Materiais Não aplicável
Medição Valor Global (VG)
Acampamento removido conforme as normas acima definidas.
Mede-se somente a remoção do primeiro acampamento e a desmobilização do
equipamento e pessoal depois da recepção provisória da obra.
MDE.
21
Actividade: Seguros Código:
Contra Responsabilidade Civil 120
Contra Acidentes de Trabalho 121
Código de SATCC 1302 c)
referência:
Utilização Utilizam-se estes códigos para pagar as duas apólices de seguro que o Empreiteiro deve
subscrever para assegurar o cumprimento das Condições Gerais do Contrato,
particularmente no que se refere aos seguros e garantias exigidas e às suas obrigações
gerais perante o público e a entidade empregadora. Deve estar em conformidade com
todos os regulamentos emitidos pelas autoridades responsáveis.
Tarefas Todas as despesas ligadas à compra das apólices de seguro, e à sua prorrogação, caso
incluídas seja necessário.
Normas: O seguro deve incluir os riscos indicados nas Condições Gerais e Especiais do
Contrato (Dados do Contrato);
A empresa de seguros deve ser registada e funcionar em Moçambique;
O valor de seguro deve ser de acordo com os Dados do Contrato;
Os seguros devem ser válidos durante os períodos indicados nas Condições Gerais e
Especiais do Contrato;
Os custos da prorrogação das apólices serão reembolsados em relação ao valor inicial
e à duração da extensão, excepto nos casos em que o motivo da extensão do contrato
seja da responsabilidade do Empreiteiro.
Materiais Não aplicável
Medição Valor Mensal.
Pagamento mediante a emissão das apólices de seguro, válidas para a duração do
contrato, e a emissão dos respectivos recibos.
MDE
22
Actividade: Desminagem Código:
Verificação do Nível de Risco de Minas 130
Desminagem na área da obra 131
Código de
Referência
Utilização Define-se como a responsabilidade do Empreiteiro, garantir condições de segurança para a
sua força de trabalho durante a execução da obra. Utiliza-se este código para todas as
actividades necessárias para cumprir com esta obrigação em relação a engenhos
explosivos.
Tarefas Consulta às comunidades e autoridades locais, às polícias e militares para determinar
incluídas: o nível do risco existente na área da obra;
Formação da força de trabalho nos cuidados a tomar em evitar acidentes que resultam
de engenhos explosivos;
Actividades de desminagem necessárias quer no início quer durante a execução da
obra;
Desminagem de áreas de trabalho indicadas como zonas de elevado risco;
Tratamento de engenhos explosivos suspeitos ou descobertos na obra, ao longo da
sua execução.
Normas O Empreiteiro deve mostrar que fez os inquéritos necessários para determinar o nível
do risco de minas e outros engenhos explosivos na área da obra;
Cada trabalhador deve beneficiar duma palestra sobre os riscos que as minas
apresentam e como evitá-los;
Qualquer área usada pelos trabalhadores durante a execução da obra deve ser livre de
risco elevado de minas;
Define-se uma área “livre de risco elevado de minas” como:
1) Uma área que beneficiou no passado de desminagem por uma entidade
reconhecida;
2) Uma área para qual as autoridades ou a população local tem informação sobre a
não existência de minas;
Caso existam áreas da obra que não sejam denominadas 'livre de elevado risco', o
Empreiteiro deve contratar uma entidade para executar a desminagem destas áreas;
Qualquer área de “risco elevado de minas” deve ser devidamente marcada e
assinalada para prevenir a entrada de pessoas;
A entidade que executa qualquer trabalho de desminagem deve ter a aprovação do
Programa Nacional de Desminagem, para tal efeito;
Os procedimentos de desminagem devem sempre seguir as recomendações do
Programa Nacional de Desminagem;
Os métodos adoptados para a desminagem devem ser apropriados para o terreno e o
tipo de mina esperada;
O Empreiteiro é responsável pela remoção de minas em toda a extensão da obra,
denominada área livre de elevado risco ou não.
Materiais Não aplicável
Medição Código 121
Valor Global (VG).
Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
risco.
MDE
Código 122
2
m
Mede-se a área de estrada e câmaras de empréstimo com risco elevado de minas
declaradas livres de minas depois do trabalho de desminagem necessário executado
conforme as normas acima referidas.
MDE
23
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código: 140
Incentivar o recrutamento das trabalhadoras femininas
Código de
Referência
Utilização No âmbito do programa de redução da pobreza, é política do Governo encorajar a
participação da mulher no sector de estradas.
O objectivo deste código é de incentivar o Empreiteiro a tomar medidas para assegurar que
aquelas mulheres que queiram, tenham acesso às oportunidades de emprego durante a
manutenção e reabilitação de estradas.
Quando a proporção das mulheres dentro da força do trabalho for superior a 25%
(percentagem mínima da participação feminina), o valor da situação de trabalho é
aumentado, em relação à proporção de mulheres a trabalhar.
Tarefas Actividades de sensibilização e comunicação junto às autoridades e às comunidades
incluídas locais com o objectivo de encorajar a participação de mulheres;
A utilização de métodos de recrutamento aprovados pelo Contratante e que facilitem a
contratação de mulheres;
Medidas necessárias para evitar a discriminação e a prática de assédio sexual contra as
trabalhadoras femininas.
Normas Deve ser feita uma campanha de informação para avisar as populações ao longo da
estrada que existem vagas na obra tanto para mulheres como para homens;
O processo de recrutamento deve privilegiar a inscrição de mulheres, até se atingir a
percentagem desejada;
Homens e mulheres devem ter o mesmo acesso à informação sobre as oportunidades
de emprego e devem ser tratados de igual forma no processo de recrutamento;
O Empreiteiro não fará nenhum tipo de discriminação salarial com base no género;
Deve existir um conselho com representantes dos trabalhadores do contratante bem
como dos trabalhadores eventuais para a resolução de qualquer disputa no trabalho.
Materiais Não Aplicável
Medição Soma Provisória (SP)
Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
participação feminina através de folhas salariais dos trabalhadores efectivos.
A percentagem de mulheres na força do trabalho calcula-se do seguinte modo com
base nos dias trabalhados pelos homens e mulheres durante o mês:
(Número de trabalhadores eventuais femininos no mês) x 100% dividido pelo (Número
total de trabalhadores dias eventuais no mês: Mulheres + Homens), Tabela 5.1
MDE
% de mulheres acima da %
% de aumento do valor dos
mínima da participação feminina
trabalhos
no mês
<25% 0%
25 - <35% 0,5%
35 - < 40% 1,0%
45 - < 45% 1,5%
>45 % 2,0%
24
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código:
Incentivar o recrutamento de trabalhadores locais 141
Código de
referência
Utilização No âmbito do programa de redução da pobreza, é política do Governo, encorajar a criação
de oportunidades de emprego para a população local no sector de estradas.
O objectivo deste código é o de incentivar o Empreiteiro a recrutar trabalhadores que
moram nas comunidades perto do local da obra e a utilizar métodos de uso intensivo de
mão-de-obra, para aumentar o número de postos de trabalho disponíveis e,
simultaneamente, adoptar técnicas de trabalho apropriadas e eficazes.
O valor do contrato de trabalho deve ser aumentado, proporcionalmente ao montante
indicado na folha de pagamento para os trabalhadores eventuais em função dos trabalhos.
Tarefas Actividades de sensibilização e comunicação junto às autoridades e às comunidades
incluídas locais para permitir o recrutamento de mão-de-obra das comunidades locais;
A utilização de métodos de recrutamento aprovados pela Direcção Provincial das
Obras Públicas e Habitação que facilitem a contratação de trabalhadores locais,
trocando a força de trabalho conforme o progresso da obra, duma comunidade a outra;
O uso de técnicas construtivas baseados no uso intensivo de mão-de-obra,
promovendo assim a criação de oportunidades de emprego.
Normas Deve ser feita uma campanha de informação para avisar as comunidades ao longo da
estrada de que existem oportunidades de emprego na obra para a população local;
Devem ser feitos contactos junto das autoridades e comunidades locais para acordar
procedimentos transparentes para a escolha e recrutamento de trabalhadores,
privilegiando os mais pobres;
O processo de recrutamento e desmobilização dos trabalhadores eventuais deve ser
contínuo, acompanhando o progresso da obra, para evitar a necessidade dos
trabalhadores eventuais terem que viver em acampamentos na obra;
O Empreiteiro deve ter uma equipa de supervisão formada e experiente nas técnicas
de uso intensivo de mão-de-obra.
Materiais Não aplicável
Medição Soma provisória (SP)
Com base no fornecimento de informação devidamente fundamentada sobre o nível de
participação local através de folhas salariais dos trabalhadores efectivos.
O valor da situação de trabalho é aumentado pelas percentagens definidas em baixo,
em relação à proporção do valor da folha de salários relativa à situação de trabalho do
mês em causa. A proporção da situação do trabalho utilizado para salários calcula-se
do seguinte modo:
(Valor de folha de salário do mês X para os trabalhadores eventuais) x 100% dividido
pelo (Valor da situação de trabalho do mês X, sem o IVA).
Aplica-se a percentagem quando os requisitos das normas foram cumpridos, Tabela
5.2.
MDE
25
Actividade: Conformidade com condições especiais do contrato Código:
Programa de Combate ao HIV/SIDA 142
Código de
referência
Utilização O objectivo principal do programa de HIV/SIDA para as estradas terciárias é a redução da
transmissão do HIV na zona de influência da estrada, através da implementação de
actividades de prevenção dirigidas a todos os trabalhadores da estrada, assim como às
comunidades locais, e reduzir o impacto da epidemia na mesma zona.
Tarefas Contratação duma instituição ou pessoa especializada na prestação de serviços na
incluídas área do HIV/SIDA para os trabalhadores e comunidades ao longo da estrada.
Estigma, discriminação e confidencialidade: A redução do estigma e da discriminação
relativamente ao HIV/SIDA deverá estar presente em todas as actividades do
programa, a todos os níveis. Por isso, deverá ser um tópico constante a ser referido
em cada uma das actividades a desenvolver;
Prevenção e redução do impacto: O programa deve incluir actividades de prevenção,
assim como iniciativas destinadas à redução do impacto da epidemia;
As actividades de prevenção devem incluir:
1) Distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos (10 por mês por
trabalhador, em média). Os preservativos devem também ser colocados em locais de
maior concentração dos trabalhadores e de fácil acesso e distribuídos a cada
trabalhador no dia de pagamento dos salários;
2) Intervenções para a mudança de comportamento através de:
o Distribuição de materiais promocionais;
o Formação de educadores de pares no seio dos trabalhadores e activistas
comunitários;
o Discussões em pequenos grupos;
o Sessões de teatro, vídeo e palestras;
o Eventos promocionais como jogos de futebol;
o Painéis publicitários contendo mensagens sobre o HIV e SIDA, para serem
afixados ao longo da estrada
3) Diagnóstico e Tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ITS);
4) Aconselhamento e testes voluntários;
5) Facilitar o acesso dos trabalhadores infectados e afectados, e respectivas famílias
aos serviços de apoio psicossocial e de saúde (incluindo prevenção e tratamento de
infecções oportunistas);
A instituição Contratada deve disponibilizar tempo para realização das actividades,
pelo menos duas horas por mês dentro do horário de trabalho;
A instituição Contratada deve trabalhar em estreita ligação com a organização
implementadora, de modo a apoiar a implementação das actividades;
Normas A instituição contratada para prestar os serviços deve traçar um plano de trabalho, e
seguir as orientações do Gabinete de HIV e SIDA da ANE, devendo depois este ser
aprovado por Fiscal. Esta instituição deve trabalhar em estreita colaboração com este
Gabinete e com o Núcleo Provincial de Combate ao SIDA;
A quantidade e o tipo de actividades a ser implementada, dependerá da duração dos
trabalhos das estradas e do número de trabalhadores envolvidos;
A instituição contratada deverá submeter relatórios mensais das actividades. Estes
relatórios deverão ser submetidos pelo Empreiteiro, junto com os relatórios mensais,
ao Fiscal;
O programa de combate a HIV/SIDA será iniciado um mês depois do início das obras e
será estendido até à conclusão da obra (recepção provisória);
São esperados os seguintes resultados da actividade:
o Todos os trabalhadores terem acesso gratuito ao preservativo;
o Todos os trabalhadores terem consciência da importância da prática do sexo
seguro, e conhecerem os métodos de prevenção das ITS e do HIV /SIDA;
o Todos os trabalhadores infectados e afectados serem aconselhados e
encaminhados para receber apoio e aconselhamento;
o Todos os trabalhadores terem conhecimento da Lei de protecção dos
trabalhadores vivendo com HIV/SIDA (5/2002, de 5 de Fevereiro), ver
actividades na Tabela 5.3.
26
Tabela 5.3: Actividades destinadas ao combate contra o HIV/SIDA
Actividade Quantidade
27
Actividade: Produção, colocação e retirada de painéis informativos da obra Código: 150
Código de SATCC 1207
referência
Utilização Estes painéis servem para informar os utentes da estrada e a comunidade local sobre a
obra em curso, incluindo o tipo de trabalho, o prazo e o orçamento do projecto, o nome da
Contratada, o nome do Fiscal e a origem do financiamento. Este código é utilizado para
quaisquer obras no sector das estradas seja manutenção, reabilitação, construção ou
melhoramento localizado.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego;
Fornecimento, fabrico e pintura do painel e postes;
Demarcação do local de colocação do painel;
Escavações para as fundações de postes;
Colocar e fixar o painel no local e endireitar verticalmente;
Enchimento e compactação de solos nas fundações de postes;
Remoção de vegetação que pode obstruir a visibilidade do painel;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Dentro dum período máximo de 14 dias após o auto de consignação da obra, a
Contratada deverá erguer os painéis informativos, ilustrados na secção de normas, da
obra, em cada uma das extremidades do troço. O painel deve ser colocado
perpendicular à estrada, do lado esquerdo do pavimento;
O painel deve ser colocado a não mais de 10 metros da cada extremidade da obra;
O painel deve ser legível, na frente e no verso;
O painel deve ser colocado em locais aprovados pelo Fiscal e pelo menos a 1 metro de
distância a partir do talude exterior da valeta;
O sinal deverá ser construído com folhas de aço planas de espessura de 0,6 mm,
largura de 2,2 m e altura de 2,7 m, sobre uma estrutura de madeira devidamente
tratada com produtos de impregnação;
A tolerância máxima aceite para a largura e a altura da placa é de ±20 mm
A tolerância máxima aceite para as dimensões das letras da placa é de ±5 mm;
Os postes de madeira deverão ser seguramente enterrados no terreno com uma
profundidade mínima de 0,75 m;
Os painéis deverão ser retirados num período máximo de 14 dias após a recepção
definitiva da obra.
1)
REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE
GOVERNO DA PROVÍNCIA D_ ______________
DIRECÇÃO PROVINCIAL DAS OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO DE
_______________
2) MANUTENÇÃO DE ROTINA/ MANUTENÇÃO PERIÓDICA/
MELHORAMENTOS LOCALIZADOS/ REABILITAÇÃO
DA ESTRADA _________________ À ______________________
3) FINANCIADOR 4___________________________
(Exemplo: FUNDO DE ESTRADAS)
5) FISCAL 6)_______________________________________
7) EMPREITEIRO 7)_______________________________________
DIMENSÕES:
Painel Altura - 2,70 m
Largura - 2,20 m
Letras Altura - 10 cm
LEGENDA
o 1, 2, 3, 4, 8 em fundo branco e letras a preto em tinta esmalte sobre uma
28
de subcapa
o 5,6 em fundo amarelo e letras a preto em tinta esmalte sobre uma de
subcapa
o 7 em cores da Empresa em tinta esmalte sobre uma de subcapa
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
Chapas de aço liso de espessura mínima de 0,6 mm;
Tinta de esmalte e tinta de subcapa;
Postes de madeira com diâmetro mínimo de 15 cm e impregnados com creosote ou um
produto de qualidade equivalente.
Medição Unidade (UN)
MDE
29
Actividade: Destronca e Limpeza Código:
40 m < DMT < 100 m 160
100 m ≤ DMT < 200 m 161
200 ≤ DMT < 500 m 162
DMT ≥ 500 m 163
Código de SATCC 1700
referência
Utilização O código de destronca e limpeza deve ser utilizado para trabalhos de remoção de material
vegetal que se encontra na faixa da estrada tais como:
o Árvores com tronco de diâmetro inferior a 30 cm;
o Arbustos, capim e raízes;
o Solos com componentes orgânicos até profundidade de 5 cm;
o Pedregulhos.
Utilizam-se os códigos 180, 181 e 182 para a remoção de solos impróprios com uma
profundidade maior do que 5 cm e os códigos 170 e 171 para a remoção de árvores com
diâmetro superior a 30 cm.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da área de trabalho (incluindo a colocação de estacas para a marcação
do alinhamento da estrada);
Corte de arbustos e capim;
Escavação de solos vegetais e raízes até à profundidade de 5 cm;
Remoção de pedregulhos que se consegue escavar e quebrar a mão com uso de
ferramentas manuais;
Remoção de material cortado / escavado para fora da faixa da estrada para um local
aprovado pelo Fiscal;
Retirar a sinalização temporária;
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Executa-se destronca e limpeza na faixa da estrada, com extensão de 1,5 m para fora
dos taludes exteriores das valetas, ou mais se for indicado nos desenhos;
Todo o material vegetal (arbustos, capim), pedregulhos e solos vegetais numa
profundidade de 5 cm e raízes devem ser removidos;
Solos prejudiciais ao comportamento da futura estrada (gravilhas, areias, argila) devem
ser removidos;
O material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 40 m
para fora da faixa de estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior á
20 cm;
O material removido não deve ser queimado;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais Não aplicável
2
Medição m
As medições são feitas apenas na área onde foram removidos a vegetação e outros
materiais inadequados .
MAE
30
Actividade: Corte e Remoção de Árvores Código:
30 cm < diâmetro < 70 cm 170
Diâmetro > 70 cm 171
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Esta actividade utiliza-se para o corte e remoção de todas as árvores que obstruem a faixa
de estrada como indicado pelo Fiscal. A escolha de código depende do diâmetro da árvore
a ser derrubada.
Este código utiliza-se também para a remoção de outras árvores fora da área da faixa de
estrada, com instruções do Fiscal, por se entender que as mesmas poderão interferir na
construção do sistema de drenagem da estrada ou por serem consideradas um perigo ao
serem deixadas por cortar.
Todas as actividades de reabilitação devem contar com aprovação e seguir a Directiva
Ambiental Para o Sector de Estradas.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Selecção e identificação de espécies de árvores que podem ser aproveitadas ou que
devem ser protegidas;
Demarcação das árvores a cortar;
Cortar e remover as árvores fora da faixa da estrada;
Escavação e remoção dos troncos e raízes;
Enchimento e compactação de solos nos buracos resultantes da escavação;
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Derrubar as árvores indicadas na zona de reserva da estrada, com uma especial
atenção à segurança de trabalhadores, população e bens materiais;
Remover os troncos e raízes das árvores, colocando o material removido num local
conveniente até pelo menos 40 m para fora da faixa de estrada, após terem sido
cortados em pequenas dimensões;
Não poderão ser cortadas as árvores que mesmo se encontrando na área de reserva,
se por qualquer motivo o Fiscal da obra der instruções para deixar (por ex. árvores de
valor especial);
Encher os buracos deixados pela escavação de raízes e troncos com solos de
qualidade igual ou superior ao solo de base da estrada;
Enchimento feito em camadas de 15 cm no máximo;
Compactar cada camada de solo de aterro colocada, regando quando for necessário
para atingir o teor óptimo de humidade;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades;
Materiais Não aplicável
Medição UN
MAE
31
Actividade: Escavação e Remoção de Solos Impróprios Código:
40 m < DMT < 100 m 180
100 m < DMT < 200 m 181
200 ≤ DMT < 500 m 182
DMT ≥ 500 m 183
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código utiliza-se para a escavação e remoção da área da plataforma da estrada e das
valetas de todo o material não adequado para o seu uso na estrada devido a sua pobre
qualidade ou mesmo por estar em excesso para fazer um bom abaulamento.
Não se inclui neste código os primeiros 5 cm de escavação, que se incluem dentro do
código 160.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação dos limites de solos impróprios a serem escavados;
Controlar o nível e a largura da escavação;
Escavação de solos;
Remoção, transporte e espalhamento do material escavado;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Remove-se somente os solos que podem:
1) Prejudicar o comportamento da futura estrada devido ao seu elevado
conteúdo de material orgânico, solos de terrenos pantanosos e mal
graduados ou;
2) Estar em excesso e resultar num alinhamento não desejado da plataforma
da estrada;
Solos não prejudiciais ao comportamento da futura estrada não devem ser removidos;
Devem ser removidos somente os solos que ficam dentro da área definida pela faixa
de rodagem e das valetas;
O material removido deve ser colocado num local conveniente até pelo menos 40 m
para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior a
20 cm;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades;
Materiais Não aplicável
3
Medição m
As medições são feitas no volume dos solos escavados.
MAE
32
Actividade: Demolições e remoções Código:
Remoção e disposição de viaturas e outro lixo abandonado 190
Demolições de estruturas existentes 191
Código de
referência
Utilização O Código 190 é usado para a remoção e disposição de veículos, animais mortos e outros
tipos de lixo abandonados na área reservada da estrada.
O código 191 utiliza-se para a demolição de estruturas simples, de betão, betão armado,
pedra argamassada, metálicas ou de madeira.
Os códigos 191 e 192 são aplicáveis conforme as instruções do Fiscal.
Tarefas Código 190
incluídas Colocar a sinalização temporária para segurança;
Inspecção da área de reserva da estrada;
Comunicar irregularidades aos proprietários;
Remoção de viaturas e outro lixo abandonado, incluindo solos contaminados (óleos,
etc.);
Transporte e deposição do lixo, nos locais aprovados pelo Fiscal;
Limpeza e regularização do terreno onde foram retiradas as viaturas e/ou outro lixo
abandonado;
Retirar a sinalização temporária;
Código 191
Colocar a sinalização temporária para segurança;
Definição dos procedimentos a serem seguidos para a demolição da estrutura com
base numa avaliação da sua estabilidade estrutural;
Demolição da estrutura;
Carregamento, transporte e deposição de entulho nos locais aprovados pelo Fiscal;
Limpeza e regularização do terreno onde foi demolida e removida a estrutura;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Código 190
Identificação dos proprietários das viaturas, animais mortos e outro lixo que deverá ser
removido da área reservada da estrada;
Caso se identifique o proprietário preparar aviso por escrito através das autoridades
locais com prazo para a sua remoção;
No caso de não existir proprietário ou de este não cumprir com o aviso de prazo de
remoção, deve ser dada continuidade aos trabalhos;
Deve ser colocada uma sinalização temporária para garantir a segurança rodoviária;
Protecção dos trabalhadores com roupas de protecção, como capacetes, óculos de
segurança para protecção dos olhos, botas, luvas e fato-macaco;
Remoção de viaturas e outro lixo abandonado, incluindo solos contaminados (óleos,
etc.);
Código 191
As obras de demolição somente poderão ser autorizadas após a instalação de novos
dispositivos em substituição daqueles que serão removidos, ou de dispositivos
provisórios que possam assegurar a circulação sem risco de interrupção do tráfego;
Os trabalhadores devem usar roupa de protecção como capacetes, óculos de
protecção, botas, luvas e fatos-macaco;
Removem-se somente os itens indicados pelo Fiscal através da instrução de trabalho;
Os objectos e material removidos devem ser transportados seguramente e depositados
num local a pelo menos 40 m da estrada, espalhados numa camada com uma
espessura inferior a 20 cm;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais Não aplicável
Medição UN (código 190 Remoção e disposição de viaturas e outro lixo abandonados num local
indicado pelo Fiscal)
Uma viatura removida é considerada uma unidade de medição;
3
Uma carrada de 5 m de lixo é considerada uma unidade de medição;
MAE
3
m (código 191 Demolição de estruturas existentes);
Mede-se o volume de entulho demolido, transportado e depositado em local indicado
pelo Fiscal.
MAE
33
6. Series 200 - Drenagem
A drenagem é um dos aspectos mais importantes da construção de estradas; a água é o inimigo. Esta secção
trata da construção das estruturas de drenagem e das obras de protecção. A drenagem de uma estrada pode ser
efectuada de duas formas:
1 – Drenagem superficial – correspondendo à drenagem das águas superficiais incluindo o escoamento a partir
do terreno envolvente e da faixa de rodagem. As águas superficiais e os volumes de descarga dependem da
área de captação e da quantidade e intensidade pluviométricas.
O dimensionamento da estrutura de drenagem depende da quantidade de água que se destina a acomodar. Esta
depende da chuvada de projecto, que por sua vez depende do nível de segurança a ser empregue para cada
estrutura. A chuvada mais severa que ocorre, uma vez a cada 50 anos (designada por chuvada com um período
de retorno de 50 anos) é muito mais severa que a pior chuvada que ocorre, por exemplo, a cada 5 anos. Uma
vez que a chuvada de projecto é muito mais severa, a quantidade de água é maior e os custos de construção de
estruturas de drenagem para tais chuvadas são consideravelmente superiores. Contudo, o grau de segurança é
também muito maior se a chuvada de projecto tiver como base uma chuvada de 50 anos do que uma chuvada
de 5 anos. As chuvadas com períodos de retorno longos (em média) são utilizadas nos casos em que apenas se
tolera um pequeno risco de ruptura. Ou seja, no caso de estruturas dispendiosas tais como pontes com um vão
longo e estruturas em estradas com elevado volume de tráfego ou em estradas principais. Por outro lado, pode
admitir-se um risco muito maior para os drifts situados em estradas com baixo volume de tráfego, por exemplo,
uma vez que mesmo que o drift extravase, as consequências para o tráfego são menos severas e as reparações
são relativamente baratas, deste modo, utilizam-se períodos de chuvada mais curtos, reduzindo-se os custos
associados. Assim, a solução de compromisso reside na escolha entre factores de segurança reduzidos e custos
iniciais mais baixos para as estruturas situadas em estradas com baixo volume de tráfego, cuja reparação é
relativamente barata e em factores de segurança elevada com elevados custos para estruturas dispendiosas ou
estruturas situadas em estradas com elevado volume de tráfego, ou ambas. O cálculo do caudal de água para
todas estas situações situa-se dentro do âmbito da hidrologia. O projecto das estruturas exige por vezes
conhecimentos de hidráulica mas, felizmente, no caso das estradas com baixo volume de tráfego, os
conhecimentos de hidráulica necessários não são muito aprofundados.
6.1 Hidrologia
Os seguintes métodos são muito úteis para o cálculo do caudal máximo num curso de água:
1. Observação directa das dimensões do curso de água, erosão e material transportado presente nas
margens, historial e conhecimento local;
2. O método racional;
3. O método SCS.
Poderá ser obtida uma maior fiabilidade através do cálculo do caudal utilizando todos os métodos acima listados
e adoptando o resultado mais conservador.
34
6.1.1 Método de Observação Directa
Este método proporciona uma abordagem prática ao cálculo do caudal. É particularmente útil nos casos em que
não existam nenhuns dados ou que estes não estejam rapidamente disponíveis. A área do perfil transversal do
curso de água é medida, sendo estabelecida uma área da secção das aberturas da estrutura igual à do curso de
água. Se o período de retorno do caudal máximo for muito maior do que aquele para o qual a estrutura está a ser
dimensionada poderá ser usado um valor de referência associado ao nível de água mais elevado estimado com
base na erosão lateral das margens ou nos materiais retidos nos ramos das árvores. A área do perfil transversal
do curso de água até este nível é calculada e dimensiona-se uma estrutura com igual secção. Os residentes
locais poderão oferecer informações úteis acerca do historial dos níveis de caudal observados durante a
ocorrência de determinadas cheias.
Juntamente com esta abordagem, as estruturas localizadas na proximidade que anteriormente demonstraram um
bom desempenho, sem rotura ou galgamento, poderão ser replicadas. Isto é particularmente útil para o cálculo
das passagens hidráulicas.
6.1.2 O método racional
O caudal de água num canal, q, é calculado com base na seguinte equação.
3
q = 0,278 x C x I x A (m /s) Equação 2.1
em que:
C = coeficiente de escoamento
I = intensidade de precipitação (mm/hora)
2
A = área da bacia (km )
O coeficiente de escoamento, C, é obtido com base na Tabela 6.1.
Permeabilidade do solo
Inclinação média do Muito baixa
terreno Baixa Média Elevada
(rocha e argilas
(argila siltosa) (areia siltosa) (areia e cascalho)
duras)
Plano 0-1% 0,55 0,40 0,20 0,05
Pouco inclinado 1-4% 0,75 0,55 0,35 0,20
Inclinado 4-10% 0,85 0,65 0,45 0,30
Muito inclinado > 10% 0,95 0,75 0,55 0,40
A intensidade de precipitação (I) é obtida com base nas curvas de Intensidade-Duração-Frequência (IDF) ou
pode ser calculada com base na precipitação diária assumindo uma chuvada com duração de 3 horas.
35
Considera-se que o escoamento com superfície livre em canais ocorre nas zonas onde é possível identificar
perfis e secções de escoamento ou em zonas onde os canais são visíveis em fotografias aéreas, ou onde é
possível observar linhas azuis (indicando cursos de água) nos mapas topográficos (1:50.000). A velocidade
média de escoamento é normalmente determinada para a cota máxima das margens. A fórmula de Manning e a
informação do perfil da superfície da água poderão ser utilizadas para o cálculo da velocidade média de
escoamento. Nos casos em que o perfil do canal e o coeficiente de rugosidade (n da Fórmula de Manning)
estejam disponíveis, a velocidade poderá ser calculada com base na Equação de Manning:
2/3 1/2
V = (R ∙S )/n Equação 2.2
Em que:
V = velocidade média, m/s
R = raio hidráulico, m (igual a a/Pw)
2
a = área do perfil transversal de escoamento, m
Pw = perímetro hidráulico, m
S = inclinação da linha de água, m/m
n = coeficiente de rugosidade de Manning apresentado no Tabela 6.2.
1
Superfície n
Superfícies lisas: betão, asfalto, gravilha ou solo descoberto 0,011
Pousio (sem resíduos) 0,05
Solos cultivados
Cobertura < 20% 0,06
Cobertura > 20% 0,17
Relvados pouco densos 0,15
Relvados densos 0,24
Variação 0,13
1
Florestas
Vegetação rasteira pouco densa 0,4
Vegetação rasteira densa 0,8
Nota 1: Considerar um coberto de 30 mm de espessura. Esta é a única parte
do coberto que afecta o escoamento superficial
Os detalhes são apresentados nos manuais de projecto. Esta abordagem poderá ser utilizada para a verificação
da aptidão ao uso das estruturas de drenagem antes da construção.
36
No Anexo incluem-se os desenhos das estruturas de drenagem.
37
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valetas 210
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e escavação de valetas nos lados da estrada durante
a sua construção e reabilitação. O solo escavado utiliza-se para a construção da plataforma
e do abaulamento da estrada. A valeta tem a função de recolher a água que escorre da
plataforma da estrada e transportá-la a um local seguro, fora da estrada.
Não é necessário construir uma valeta nos locais onde a inclinação natural do terreno e as
qualidades do solo permitem o escoamento e infiltração das águas para fora da faixa de
rodagem.
Para reduzir os efeitos de erosão nas valetas podem ser colocadas cascatas (códigos 290
a 293).
Caso a inclinação da valeta seja maior que 5 %, então a valeta pode ser revestida em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas medidas depende da
inclinação da valeta e tipo de solos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Localização de valetas em conjunto com o Fiscal;
Demarcação das dimensões e inclinações da valeta a ser escavada;
Marcação de tarefas para a escavação;
Escavação da valeta e alisamento do seu leito e taludes;
Deitar o material escavado da valeta na plataforma de modo a facilitar a construção do
abaulamento;
Remoção dos solos em excesso para obter a geometria final;
Controle da forma, profundidade e inclinação da valeta escavada;
Construção de aterro de derivação ou deve-se deixar um intervalo de 5 m depois de
cada sanja e o inicio da próxima secção da valeta, para garantir o escoamento de água
na valeta para a sanja;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O perfil da valeta deve ser escavado conforme os desenhos de projecto e livre de
quaisquer irregularidades;
O tamanho das valetas poderá ser aumentado onde o escoamento previsto justifique
valetas suficientemente largas ou onde for necessário aumentar o material retirado das
valetas para produzir o abaulamento;
Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontrem dentro do perfil da valeta;
No princípio o leito da valeta deve ter uma inclinação mínima de 1 % e a máxima de 3
%, no entanto, nas zonas onduladas e montanhosas poderá considerar-se uma
inclinação superior a 3 % mas sempre acompanhado de cascatas (vide código 290 a
293). Nas zonas montanhosas com solos erodíveis deve-se revestir a valeta em
conformidade com as instruções do Fiscal (vide código 230 a 231);
O perfil da valeta deve ser controlado de acordo com normas existentes ou com as
especificações de projecto, assim como a sua inclinação;
As inclinações das valetas devem ser concebidas para permitir uma saída para as
águas que ali correm. Tais saídas podem ser uma sanja, uma linha de água, ou um
aqueduto;
O material proveniente da escavação das valetas deverá ser depositado na plataforma
da estrada, se for de qualidade adequada. No caso de solos impróprios, estes devem
ser depositados fora do talude exterior da valeta e espalhados numa camada não
superior a 15 cm, ou transportados para longe do local.
Materiais Não aplicável
3
Medição m
Mede-se o volume da valeta escavada.
MDE
38
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Sanjas 211
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e escavação de sanjas. A sanja tem a função de
recolher a água que escorre das valetas e transportá-la para longe da estrada.
Para reduzir os efeitos de erosão na sanja, podem ser colocadas cascatas (códigos 290 a
293).
Caso a inclinação da sanja seja maior que 5 %, pode ser necessário revestir a sanja em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas opções depende da
inclinação da sanja e tipo de solos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Localização da saída de sanja em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
Demarcação das dimensões e inclinação da sanja a ser escavada;
Marcação de tarefas para a escavação;
Escavação da sanja e alisamento do seu leito e taludes;
Remoção de solos impróprios;
Controlo da forma, profundidade e inclinação da sanja escavada;
Utilizar o material escavado da sanja para criar um aterro de derivação que conduz a
água da valeta lateral para a sanja;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
As sanjas devem ser construídas com intervalos regulares para permitir a descarga de
águas provenientes da valeta. Colocam-se as sanjas ao longo da valeta com um
afastamento conforme a Tabela 6.3;
39
Caso a descarga da sanja seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição da sanja com o proprietário do terreno;
Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontrem dentro do perfil da
sanja;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
3
Medição m
As medições são feitas do volume da escavação.
MDE
40
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valas de Crista 212
Código de
referencia:
Utilização Este código utiliza-se para a escavação de valas de crista na margem superior dos taludes
ao longo da estrada, para prevenir a erosão dos taludes (em escavação) e reduzir o caudal
que entra nas valetas laterais.
Para reduzir os efeitos de erosão nas valas podem ser colocadas cascatas (códigos 290 a
293).
Caso a inclinação da vala seja maior que 5 %, então a vala pode ser revestida em betão ou
pedra argamassada (códigos 230 e 231). A escolha destas medidas depende da inclinação
da vala e tipo de solos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Localização da saída de vala em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
Demarcação das dimensões e inclinação da vala a ser escavada;
Marcação de tarefas para a escavação;
Escavação de vala;
Controlo da forma, profundidade e inclinação da vala;
Deitar o material escavado da vala num local afastado para evitar que caia nas valas
ou seja arrastado para as mesmas;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O perfil da vala deve ser escavado conforme o desenho tipo, e livre de quaisquer
irregularidades;
Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontram dentro do perfil da vala;
O material proveniente da escavação da vala deverá ser depositado na plataforma da
estrada ou entre a vala e o talude;
O leito da vala deve ter uma inclinação mínima de 1 %;
O perfil da vala de crista deve ser controlado com um gabarito de secção de vala e a
sua inclinação com um nível automático ou de bolha e fita métrica;
A inclinação da vala deve ser concebida de forma a permitir a saída das águas que ali
correm. Tais saídas podem ser:
1) Descarga superficial no terreno existente,
2) Uma linha de água, ou
3) Um aqueduto.
De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou numa linha de água;
Caso a vala descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da vala deve
coincidir com o nível do terreno natural;
Evite descargas de água em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-se proteger a
área de descarga com vegetação (código 250), pedra arrumada à mão ou pedra
argamassada;
Caso a descarga da vala seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a posição
de vala com o proprietário do terreno;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
3
Medição m
Mede-se o volume da vala escavada.
MDE
41
Actividade: Valetas, Sanjas e Valas Código:
Abertura e Regularização de Valas de Saída de Aquedutos 213
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a abertura e regularização de valas não revestidas de saída dos
aquedutos. A vala de saída tem a função de recolher a água que escorre do aqueduto e
transportá-la para longe da estrada.
Caso a inclinação da vala de saída seja maior que 5 %, então esta deve ser revestida em
betão ou pedra argamassada (códigos 230 a 231). Saídas com inclinações superiores a 10
% necessitam duma atenção especial para prevenir a erosão, que pode incluir o uso de
dissipadores de energia.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Localização da saída de vala em conjunto com o Fiscal e o proprietário do terreno;
Demarcação das dimensões e inclinação da vala de saída a ser escavada;
Marcação de tarefas para a escavação;
Escavação da vala de saída e alisamento do seu leito e taludes;
Controle da forma, profundidade e inclinação da vala de saída escavada;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As dimensões das estruturas de drenagem devem ser baseadas nos caudais, nas
características das zonas e no meio ambiente. A determinação do caudal é importante
para que a obra funcione;
Deve ter-se em atenção que as dimensões na saída do aqueduto devem ser maiores
que a capacidade de vazão do mesmo para evitar retenção da água;
O perfil da vala de saída deve ser escavado conforme o desenho tipo, e livre de
quaisquer irregularidades;
O tamanho das valas de saída poderá ser aumentado mediante a instrução do Fiscal
onde as chuvas antecipadas justifiquem valas de saída suficientemente largas;
O leito da vala de saída deve ter uma inclinação mínima de 2 %, e deve ser concebido
de tal modo que a profundidade da vala de saída na sua montante seja igual à
profundidade da saída do aqueduto. A inclinação do leito deve ser uniforme;
As valas de saída podem ser construídas de acordo com duas formas de descarga:
1) Descarga superficial no terreno existente;
2) Descarga numa linha de água.
De preferência, utiliza-se a descarga numa linha de água;
Caso as valas de saída descarreguem no terreno natural, na sua jusante o leito da vala
de saída deve coincidir com o nível do terreno natural. No caso de descarga numa
linha de água, o leito da vala deve coincidir com o leito da linha de água;
A extremidade a jusante da vala de saída deve ser alargada para dispersar a água de
modo a evitar erosão e a rentenção da água;
Evitar descargas de água em solos erodíveis; caso seja necessário, deve-se proteger a
área de descarga com vegetação de acordo com o código de protecção (Código 250),
com pedra arrumada à mão ou pedra argamassada;
Caso a descarga da vala de saída seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar
a posição das valas de saída com o proprietário do terreno;
A escavação do perfil da vala de saída deve ser controlada com um gabarito e a sua
inclinação com um nível automático ou de bolha e fita métrica;
Todo o material excedente de escavação deve ser transportado e depositado para um
local pré-definido pelo Fiscal, cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para cursos de água, de modo a não causar assoreamento;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Não aplicável
Medição m³
Mede-se o volume da vala de saída do aqueduto que foi escavada.
MDE
42
Actividade: Construção de aquedutos com manilhas pré-fabricadas, incluindo Código:
escavação, fundação e aterro
- Diâmetro 60 cm 220
- Diâmetro 75 cm 221
- Diâmetro 90 cm 222
- Diâmetro 120 cm 223
Código de SATCC 2200
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos com tubos de betão com uma
ou mais bocas. Estes códigos servem somente para o controlo de qualidade e pagamento
para escavação de trincheira, construção de fundação, instalação das manilhas conforme
o seu diâmetro interno, protecção das manilhas (em betão) e aterro. A construção de
muros de testa e ala, caixas e valas de saída são cobertas através dos seus respectivos
códigos 213, 230, 231 240, 241 e 242.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção de lajes e o
assentamento dos tubos;
As actividades necessárias para desviar temporariamente qualquer fluxo de água e
manter as escavações livres de água;
Escavação da trincheira para a construção da laje de fundação para os tubos;
Compactação do fundo da trincheira;
Controlo de nível e inclinação da escavação das lajes e dos tubos;
Construção da laje de fundação em betão conforme indicado nos desenhos;
Assentamento dos tubos do aqueduto na fundação, Foto 6.3;
Colocação e compactação do betão na envolvente do aqueduto;
Colocação de aterro de solo seleccionado ou saibro sobre o aqueduto e compactação
na densidade requerida (mínimo 93% Mod. AASHTO);
Construção das lajes de protecção em betão conforme indicado nos desenhos;
Limpeza da área em volta do aqueduto;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem, em
segurança, do tráfego na estrada, durante a colocação dos tubos do aqueduto;
Recomenda-se em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar os tubos numa das metades da faixa de rodagem e
posteriormente na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem
interrupção;
O aqueduto deve ser construído em conformidade com o desenho tipo;
A inclinação e dimensões dos elementos devem ser controladas com um nível
automático ou de bolha e fita métrica.
A inclinação transversal deve ser 1,5 – 3%.
A tolerância máxima aceite para a espessura das manilhas é ± 5 mm, para a
inclinação é ± 0,5 % e para a espessura das lajes é ± 10 mm;
Caso o aqueduto esteja numa linha de água, deve ser implantado para seguir o
alinhamento natural e inclinação da linha de água;
Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua jusante o nível da saída
deve coincidir com o terreno natural;
Caso a descarga do aqueduto seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição do aqueduto com o proprietário do terreno;
A escavação da trincheira deve ter a largura e profundidade indicada no desenho;
O fundo da trincheira deve ser compactado até uma densidade mínima de 93%
AASHTO Mod.;
A laje de fundação para os tubos deve ser construída em betão conforme os códigos
640 a 643;
As manilhas de betão devem ser manuseadas de tal modo a prevenir a sua
danificação e acidentes de trabalho e devem ser assentes adequadamente sobre a
fundação;
As ligações entre as manilhas devem ser lisas e fechadas com argamassa para
permitir a livre passagem de água sem infiltrações;
O aterro em volta das manilhas pode ser feito com o material escavado da trincheira
quando for de qualidade adequada ou em material granular ou em saibro, tudo
43
aprovado pelo Fiscal;
Compactar o material de aterro em camadas de 10 cm uniformemente até 95% da
densidade modificada de AASHTO, evitando que haja mais do que uma camada de
diferença em altura entre o aterro nos dois lados de manilha;
A compactação do aterro do aqueduto deve ser feita sem vibração para evitar
danificar o aqueduto;
A laje de protecção deve ser construída conforme o projecto;
O remanescente do aterro deve ser colocado em camadas de 15 cm com teor óptimo
de humidade e compactado até um mínimo de 95% da densidade modificada de
AASHTO;
O revestimento em saibro, caso exista, deve ser reposto;
Remover todo o material impróprio para fora da área de reserva da estrada;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.
Materiais Todos materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
44
Actividade: Construção de aquedutos de manilhas metálicas (ARMCO), incluindo Código:
escavação, fundação e aterro
- Diâmetro 80 cm 225
- Diâmetro 100 cm 226
- Diâmetro 120 cm 227
Código de SATCC 2200
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos com tubos metálicos com uma
ou mais entradas/saídas. Estes códigos servem somente para o controlo de qualidade e
pagamento para a escavação de trincheira, a colocação de fundação, a instalação dos
tubos (metálicos) e o aterro. A construção de muros de testa e ala, caixas e valas de saída
são cobertas através dos seus respectivos códigos 213, 230, 240, 241 e 242.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção de lajes e o
assentamento dos tubos;
As actividades necessárias para desviar temporariamente qualquer fluxo de água e
manter as escavações livres de água;
Escavação da trincheira para a construção da laje de fundação para os tubos;
Compactação do fundo da trincheira;
Controle de nível e da inclinação da escavação das lajes e dos tubos;
Construção da laje de fundação em betão conforme indicado nos desenhos;
Montagem das peças metálicas conforme as instruções do fornecedor;
Assentamento dos tubos do aqueduto na fundação;
Aterro e compactação com saibro ou outro solo aprovado, em volta e por cima do
aqueduto;
Construção da laje de protecção em betão conforme indicado nos desenhos;
Colocação, compactação e cura do betão;
Colocação do aterro em saibro em cima da laje de protecção;
Limpeza da área em volta do aqueduto
Retirar a sinalização temporária.
Normas Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem, em
segurança, do tráfego na estrada, durante a colocação dos tubos do aqueduto;
Recomenda-se, em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar os tubos numa das metades da faixa de rodagem e posteriormente
na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem interrupção;
O aqueduto deve ser construído em conformidade com o desenho tipo;
A inclinação e dimensões dos elementos devem ser controladas com um nível
automático ou de bolha e fita métrica. A inclinação transversal deve ser 1,5 - 3 %;
A tolerância deve ser ± 10 mm para a espessura da laje e ± 0,5% para a inclinação;
Caso o aqueduto esteja sobre uma linha de água, deve ser implantado para seguir o
alinhamento natural e inclinação da linha de água;
Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua jusante o nível da saída deve
coincidir com o terreno natural;
A escavação da trincheira deve ter a largura e profundidade indicada nos desenhos;
O fundo da trincheira deve ser compactado até, no mínimo, AAHSTO 93% modificado;
As manilhas metálicas devem ser montadas pelo Empreiteiro, seguindo as instruções
do fabricante, ou pelo fabricante/fornecedor;
As manilhas metálicas devem ser livres de defeitos prejudiciais à sua longevidade, e
manuseadas de tal modo a prevenir a sua danificação e acidentes de trabalho;
As juntas das manilhas devem ser lisas e fechadas para permitir o escoamento da
água sem infiltrações através das juntas;
O aterro em volta das manilhas pode ser feito com uso do material escavado da
trincheira quando for de qualidade adequada ou em material granular ou em saibro, e
deve ser aprovado pelo Fiscal;
Compactar o material de aterro em camadas de 10 cm uniformemente até 95% da
densidade modificada de AASHTO, evitando que haja mais de que uma camada de
diferença em altura entre o aterro nos dois lados de manilha;
A compactação do aterro sobre o aqueduto deve ser feita sem vibração para evitar
danificar os tubos;
A laje de protecção deve ser construída conforme o desenho tipo;
O remanescente do aterro deve ser colocado em camadas de 15 cm com teor óptimo
45
de humidade e compactado, no mínimo, até 95% da densidade modificada de
AASHTO;
O revestimento em saibro, caso exista, deve ser reposto;
O material do aterro e a altura do aterro devem cumprir com as especificações do
projecto e a altura do aterro deve ter uma espessura mínima correspondente a 1/2 do
diâmetro do aqueduto (h=0.5xD);
Tanto na boca de entrada como de saída deve-se construir muros de alvenaria e de
ala para proteger contra a erosão e contra o retorno da água para o aqueduto;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras.;
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão da laje de fundação deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição m
Mede-se o comprimento total dos tubos de aqueduto colocado e concluído.
MDE
46
Actividade: Construção de Valetas Revestidas Código:
Construção de Valetas Revestidas em Betão (B20) 230
Código de SATCC 2300
referência
Utilização Esta norma serve para estabelecer procedimentos de construção de valetas revestidas em
betão, Foto 6.4. Inclui a escavação da valeta e a colocação do revestimento em betão. O
betão deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Escavação e regularização da fundação da valeta;
Fornecimento de todos os materiais;
Controlo de nível e forma da valeta;
Colocação da cofragem e malha de armadura;
Betonagem e cura;
Retirar a sinalização provisória.
Normas Todos os dispositivos incluídos nesta norma devem ser executados de acordo com as
características descritas no projecto (dimensões, localização, confecção e
acabamento);
A tolerância máxima aceite para as dimensões transversais da valeta deverá ser ±
20mm, ±5 mm para a espessura da laje e ± 0,5% para a inclinação;
A superfície do dreno deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 2 cm;
As valetas revestidas em betão podem ser moldadas no local ou feitas de placas pré-
fabricadas;
Deve-se fazer a regularização manual da superfície de assentamento através de
cortes, aterros, etc.;
Todo o material impróprio deve ser retirado e substituído por um material apropriado
para servir de superfície. Uma espessura mínima de 75 mm da superfície da vala
deve ser compactada;
Todo o material excedente da escavação deverá ser removido e transportado para um
local indicado pelo Fiscal, longe dos cursos de água;
Deve-se proceder à colocação de betão de limpeza para a regularização da
superfície;
Devem-se usar moldes de madeira para a betonagem das valetas. A secção
transversal dos moldes deve ser igual às dimensões e forma das valetas e o
espaçamento entre os marcos deve ter um máximo de 2 m;
Nas juntas de construção entre os moldes deve-se esticar duas fiadas de folhas de
polietileno (0,15 mm de espessura) em conformidade com o projecto;
Após cada conjunto de 4 lajes deve colocar-se uma junta de dilatação de 10mm
preenchida com poliestireno. O fecho da junta de dilatação será feito com betume ou
com um material equivalente aprovado pelo Fiscal;
Quando for necessário o reforço, deve ser colocado e fixado a uma profundidade
determinada no projecto;
A resistência do betão deve estar em conformidade com o projecto;
Deve-se fazer a colocação e compactação do betão através de ferramentas manuais,
em especial de uma régua para facilitar a definição da forma da valeta (triangular ou
trapezoidal);
A superfície do betão deve ser acabada com um alisador de madeira, ficando
uniforme e livre de marcos ou irregularidades;
Pode-se retirar os moldes 24 horas após a betonagem se usar o cimento Portland. O
processo de cura deve durar 7 dias. Durante este tempo, deve-se manter húmidas
todas a superfícies expostas de betão através da rega frequente, a colocação de
areia, sacos húmidos ou o uso de folha plástica;
Deve-se executar uma junta de dilatação em cada segmento com um afastamento
máximo de dois metros, preenchendo-a com cimento asfáltico aquecido;
Devem ser executadas obras de protecção dos pontos terminais da valeta de acordo
com as normas 250, 251, 252, 253 254 ou 260. Devem ser colocadas pedras meio-
embutidas no betão dos terminais para reduzir a velocidade da água;
A geometria de execução das valetas deve ser estabelecida e controlada por um
agrimensor;
A inclinação da valeta deve ser maior que 1% para evitar assoreamento;
A secção da valeta deve permitir uma descarga eficiente das águas sem comprometer
a segurança dos demais dispositivos adjacentes;
O betão a ser usado deve ter uma resistência característica à compressão de B 20
47
(20 MPa depois de 28 dias).
No caso de lajetas pré-fabricadas, deve-se seguir as seguintes actividades:
Utilização de cofragem de madeira e plástica;
Deve-se controlar a qualidade do betão através de ensaios que devem ir ao encontro
dos requisitos do projecto;
O transporte das lajetas deve ser feito com cuidado e o Fiscal deve rejeitar as lajetas
que aparecerem com rachas;
A jusante da valeta e em terrenos muito íngremes deve-se construir dissipadores de
energia ou sanjas (código 211).
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão da laje deve ser preparado conforme os códigos 640 e 643.
A malha de reforço (varões) deve ser preparada conforme o código 633
Poliestireno de 10 mm de espessura;
Betume 80/100;
Folha polietileno de 0,15 mm de espessura.
Medição m
MDE
48
Actividade: Construção de Valetas Revestidas Código:
Construção de Valetas Revestidas com Pedra Argamassada 231
Código de SATCC 2503 d)
referência
Utilização Esta norma serve para estabelecer procedimentos para a construção de valetas revestidas
com pedra argamassada
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego existente;
Escavação e regularização da valeta;
Lavar as pedras antes do seu assentamento;
Preparar a argamassa;
Embeber as pedras na argamassa;
Assentar as pedras na valeta;
Regularizar a superfície com material impermeável;
Retirar a sinalização provisória.
Normas Todos os trabalhos incluídos nesta norma devem ser executados de acordo com as
características descritas no desenho tipo (dimensões, localização, confecção e
acabamento);
Deve-se fazer a regularização manual da superfície de assentamento através de
cortes, aterros ou acertos;
Todo o material impróprio deve ser retirado e substituído por um material apropriado
para servir de superfície de assentamento da valeta.
Uma espessura mínima de 75 mm da superfície da valeta deverá ser compactada.
Todo o material solto na superfície da valeta deve ser compactado, no mínimo, até
95% da densidade AASHTO Modificada;
O material escavado pode ser usado para regularizar a superfície da valeta;
A pedra deve ser limpa e livre de qualquer material impróprio, como é o caso de argila,
e em seguida misturada com argamassa de cimento ao traço 1:4;
Deve-se começar por colocar uma camada de argamassa com espessura mínima de
50 mm;
Antes de secar a argamassa, deve-se colocar a pedra no leito da vala e nas partes
laterais inclinadas, de tal forma que o seu eixo longitudinal esteja num ângulo
adequado à inclinação da vala;
A argamassa deve ser colocada em todos os buracos e espaços vazios que forem
verificados na superfície;
A pedra argamassada deve ser curada cobrindo toda a área por um elemento húmido,
como sacos húmidos, por um período não inferior a 4 dias e não deve ser sujeita a
cargas até que atinja uma resistência adequada;
A superfície final da valeta deve ter um acabamento regular, bem arrumado e
impermeável;
A espessura da camada de pedra argamassada medida num ângulo recto a partir da
superfície da valeta não deve ser inferior a 200 mm.
Todo o material excedente da escavação deverá ser removido e transportado para um
local indicado pelo Fiscal, longe dos cursos de água;
Devem ser executadas obras de protecção dos pontos terminais da valeta de acordo
com as normas 250, 251,252, 253 254 ou 260. Deve ser colocada alvenaria em pedra
na zona de descarga da valeta, para reduzir a energia da água;
A geometria de execução das valetas deve ser feita por meio de levantamentos
topográficos;
A valeta deve descarregar a água sem comprometer a segurança dos demais
dispositivos adjacentes e propriedades;
A tolerância máxima aceite para as dimensões da valeta deverá ser de ± 20 mm, ± 5
mm para a laje e ± 0,5 % para a inclinação;
A superfície do dreno deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 4 cm, medidas debaixo de uma régua de 2 m de comprimento;
A pedra a ser usada não deve ter uma dimensão inferior a 200 mm;
O formato das pedras deve ser tal que permita uma estabilidade das camadas na
espessura requerida.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou equivalente.
Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade e sem o
contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8
semanas não pode ser utilizado na obra;
A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial
49
e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e
material orgânico;
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico. Os químicos poderão reduzir a qualidade do betão;
A pedra utilizada deve ter um tamanho inferior a 20 cm, deve pesar entre 5 e 20 Kg, e
deve também ser limpa e resistente;
Madeira (cofragem) aprovada pelo Fiscal;
O betão deve ser feito de acordo com os métodos próprios de controlo da qualidade
dos seus componentes, na razão de uma parte de cimento para quatro de areia. A
quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve aumentar a quantidade de água na argamassa
após 20 minutos depois do início do processo de mistura com água.
Medição m
MDE
50
Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Betão simples (B20) 240
Código de SATCC 6400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala (Foto 6.5), caixas (Foto 6.5) e
dissipadores de energia nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros. O betão
deve ser preparado conforme os códigos 640-643.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção;
Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
Demarcação da área de fundação;
Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os desenhos;
Compactação do terreno de fundação dos muros;
Aplique betão de limpeza, na fundação da parede ou muro;
Controle o alinhamento dos muros;
Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em betão e alvenaria,
conforme indicado nos desenhos;
Compactação e cura do betão;
Ensaios de qualidade dos materiais betão e argamassa, ou no caso de itens
comprados, a submissão de documentação, para mostrar que se cumprem com as
normas;
Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
Remoção do desvio;
Limpeza da área em volta do aqueduto;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
A construção deve seguir a forma indicada nos projectos;
A forma e dimensão das caixas de entrada e saída devem ser ajustadas para permitir a
criação de ligações adequadas com as valetas e linhas de água;
A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ±10 mm, e para a
espessura ±20mm;
O betão deve ser fabricado de acordo com as especificações;
A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve adicionar mais água após 20 minutos do início do
processo de mistura com a água;
O betão deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início do processo da
mistura com água;
Escavar a fundação dos muros de acordo com os desenhos do projecto;
Compactar a superfície da fundação até, no mínimo, 93% do AAHSTO modificado;
A instalação da cofragem de madeira deve ser feita de acordo as dimensões e
desenhos do projecto;
Espalhar até 5 cm de betão de limpeza 1:4:8 para deixar a área de trabalho limpa e
firme;
A Dosagem e mistura do betão (em um misturador de betão) devem estar de acordo
com as recomendações do Fiscal.
Devem ser usados ensaios de abaixamento (“slump”) para controlar as proporções da
mistura;
Deve-se aplicar água adicional para tornar a mistura mais trabalhável, quando
necessário;
Deve ser misturada apenas a quantidade necessária para o trabalho;
O betão deve ser colocado na cofragem e compactado até todas as bolhas de ar
serem removidas;
O alinhamento do muro deve ser controlado através de um fio-de-prumo e nível;
O muro deve ser construído para a altura correta;
Se existir necessidade de drenar a água, deverão ser colocados tubos de drenagem de
6 a 8 mm de diâmetro através do betão;
51
O betão deve ser completamente coberto e mantido húmido para uma cura adequada
e para evitar a fissuração por retracção;
Sinalização temporária deve ser retirada após a conclusão das obras.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão dos muros e caixas deve ser preparado de acordo com os códigos 640 a 643.
Medição m³ de betão
MDE
Deve construir-se muros de ala com ângulos mais Utilização de dissipadores de energia para evitar o
alargados para prevenir a ocorrência de remoinhos assoreamento especialmente quando existe uma
de água que poderão causar assoreamento atrás dos queda na entrada da vala para a entrada do
muros (Ver Especificações em Anexo) aqueduto
Foto 6.5: Muros de ala e dissipador de energia para recolha da água no aqueduto
52
Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Pedra argamassada reforçada 241
Código de SATCC 2505
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala (Foto 6.6), caixas e dissipadores
de energia nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção do aqueduto;
Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
Demarcação e alinhamento da área de fundação;
Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os projectos;
Compactação do terreno de fundação dos muros;
Aplicação de betão de limpeza na fundação dos muros;
Controlo do alinhamento dos muros;
Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em pedra argamassada,
conforme indicado nos desenhos;
Colocação e compactação dos solos sobre o aqueduto e atrás dos muros de ala;
Remoção do desvio;
Limpeza da área em volta do aqueduto.
Remover a sinalização temporária.
Normas Para garantir a segurança rodoviária, deve ser colocada sinalização adequada na
estrada;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
A construção deve seguir a configuração apresentada nos desenhos;
Assentar as pedras maiores nas camadas mais profundas sobre a camada de
argamassa (ou betão de limpeza);
Os espaços vazios devem ser preenchidos com pedra mais pequena e argamassa;
Cada pedra deve ser assente firmemente, no entanto as pedras devem estar
separadas entre si com argamassa;
Termine as extremidades dos muros antes de dar-lhe o tamanho correcto e o perfil;
Em muros extensos execute o trabalho em secções de 7 a 10 m, para facilidade de
construção. Caso seja necessário construa uma coluna entre secções;
As pedras devem ser assentadas horizontalmente para garantir estabilidade;
As pedras devem ser colocadas para minimizar os vazios entre elas. Estes vazios
podem ser preenchidos com pedaços de pedra além de betão;
A argamassa a ser colocada entre as pedras deve ter um acabamento liso aprovado
pelo Fiscal;
Para permitir a sua cura, deve-se manter o betão e a argamassa húmidos durante 4
dias após a sua produção;
As dimensões devem ser controladas com uso de fita métrica, nível de pedreiro e
linha;
A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ± 10mm, para a
espessura e ± 20mm para o comprimento e altura;
A superfície dos muros e caixas deve ser plana e livre de ondulações ou
irregularidade maiores do que 2 cm;
Remover todo material impróprio para um local fora da área de reserva da estrada,
previamente aprovado pelo Fiscal;
A dimensão máxima da pedra para o betão deve ser de 38 mm;
Tomar medidas de protecção na entrada e saída dos tubos;
As saídas devem ser pelo menos 1,0 m fora da área da estrada e a água nunca deve
ser descarregada sobre uma área não protegida ou taludes instáveis;
Devem-se construir protecções e muros de ala para proteger da erosão e do colapso
as zonas da boca de entrada e de saída;
A boca de saída do aqueduto deve ser protegida com enrocamento;
Sinalização temporária deve ser retirada após a conclusão das obras.
Materiais O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade
e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de
53
8 semanas não pode ser utilizado na obra;
A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório
provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre
de argila e material orgânico;
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico /químico, que poderá afectar a qualidade de betão;
As pedras devem ter dimensões não inferiores a 20 cm, devem pesar de 5 a 20 Kg, e
devem também ser limpas, duras e não degradadas;
O betão deve ser feito com o uso dum método próprio de controlo das quantidades dos
componentes, na razão uma parte de cimento a quatro de areia. A quantidade de água
utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma consistência adequada.
Nenhuma água adicional deve ser adicionada à argamassa ou betão para além de 20
minutos a partir do momento em que a água é aplicada pela primeira vez à mistura.
Medição m³ de Pedra Argamassada
MDE
54
Actividade: Construção de muros, caixas e dissipadores de energia para Código:
aquedutos
Betão armado incluindo armadura e cofragem (B20) 242
Código de SATCC 6400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de ala, caixas e dissipadores de energia
nas obras de protecção de bocas de aquedutos e aterros para aquedutos construídos com
betão armado. O betão deve ser preparado conforme os códigos 640-643.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego ao longo da
estrada durante a construção do aqueduto;
Fornecimento de todos os materiais necessários para a construção dos muros, caixas
e dissipadores de energia;
Demarcação e alinhamento da área de fundação;
Escavação da trincheira para as fundações para os muros de ala, caixas de entrada e
saída, e o canal de saída de acordo com os desenhos do projecto;
Compactação das fundações;
Aplicação do betão de limpeza, na fundação dos muros;
Controlo do alinhamento dos muros;
Construção dos muros de ala, caixas de entrada e saída em betão e alvenaria de
pedra, de acordo com os projectos;
Colocação, compactação e cura do betão e da pedra argamassada;
Ensaios de qualidade dos materiais, betão e argamassa, ou no caso de itens
comprados, a submissão de documentação para mostrar que se cumpre com as
normas;
Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
Encerramento do desvio e restabelecimento das condições do terreno através de
escarificação;
Limpeza da área em volta do aqueduto;
Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Remover a sinalização temporária.
Normas O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
A construção deve ter o formato indicado nos projectos;
As dimensões devem ser controladas com uso de uma fita métrica e um nível
automático ou de bolha;
A forma e dimensões das caixas de entrada e saída devem ser ajustadas para permitir
a criação de ligações suaves com as valetas e linhas de água;
A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é ±10 mm, para a
espessura e ±20mm para o comprimento e altura;
O betão deve ser feito de acordo com os métodos aprovados de controlo da qualidade;
A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir uma
consistência adequada. Não se deve adicionar a água na massa de betão ou
argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura com a água;
O betão deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início do processo da
mistura com água;
A cofragem deve ser colocada de acordo com as dimensões e desenhos do projecto;
Espalhar até 5 cm de betão de limpeza (traço 1:4:8) para deixar a área de trabalho
limpa e firme;
Utilize um recipiente de controlo para medir as proporções da mistura;
Adicione água para tomar a mistura trabalhável;
Misture somente a quantidade de betão que pode ser utilizada na fase do trabalho;
Adicione a mistura de betão na caixa e compacte, para remover vazios e bolhas de ar;
Controlo do alinhamento do muro com fio de prumo e nível para manter o alinhamento;
Completar os muros até à altura estabelecida;
Caso haja necessidade de se fazer drenagem de água, instale tubos de drenagem de
6 a 8 mm de diâmetro;
Cubra completamente o betão e mantenha-o húmido para que tenha uma boa cura e
evite fissuras de retracção;
Remova todo material impróprio para um local fora da área reservada da estrada,
previamente aprovado pelo Fiscal;
Colocação de sinalização adequada para assegurar a segurança da estrada;
Retirar a sinalização temporária.
55
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
O betão dos muros e aqueduto deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643;
A armadura de varões deve ser preparada conforme os códigos 630 a 632.
56
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Vegetação (Capim, Relva ou Vetiver) 250
Código de SATCC 5700
referência Manual: ‘Vetiver Grass, The Hedge Against Erosion, World Bank 1987, ISBN 0-8213-1505-
X’
Utilização Esta norma define procedimentos para proteger as zonas susceptíveis de erosão com
vegetação, seja material local ou produzido em viveiros (capim vetiver). Este trabalho deve
ser executado nas zonas críticas de erosão dos taludes de corte e aterro, valetas, sanjas e
áreas de reserva da estrada.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Deve-se desenvolver fontes locais de produção de plantas e viveiros para promover e
manter material vegetal, para o controle da erosão;
Análise do local, clima e microclima, solos e necessidades de fertilização;
Definir o tipo de vegetação a plantar;
Demarcar a área de trabalho;
Deve-se limpar e regularizar a área onde será plantado o capim;
Definir os métodos de cultivo, estacas e transplante;
Preparar os buracos de plantação;
Plantação;
Rega diária da plantação durante um mês;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Aplicação das medidas de controlo da erosão (plantação da vegetação) antes do início
da época chuvosa e uma vez concluída a fase de construção, manutenção periódica
ou reabilitação da estrada;
Demarcar as áreas de trabalho, nas zonas críticas de erosão nos taludes de corte e
aterro, valetas, sanjas e área de reserva da estrada;
Devem ser seleccionadas alternativas de protecção (plantação com capim, com capim
vetiver);
A vegetação deve ser escolhida de acordo com as propriedades de crescimento,
resistência, capacidade de cobertura, tipo e profundidade das raízes (para
estabilização do solo).
A vegetação nativa com baixa taxa de crescimento pode ser utilizada. Ela deve ser
apropriada para o clima local e solo.
Caso não se encontre material vegetal que possa ser transplantado, este deve ser
preparado em viveiros com a supervisão de um agrónomo, para evitar plantar material
que seja inadequado às condições da zona. Recomenda-se a utilização de capim tipo
vetiver;
As plantas devem ser transplantadas das machambas sem afectar as raízes;
O material deve ser preparado em bolsas plásticas, para ser transportado em
segurança e implantado nas zonas susceptíveis a erosão, previamente seleccionadas;
Utilize material fertilizante no caso de solos pobres, com falta de nutrientes que não
permitem o crescimento rápido. Adicionar água e irrigar como necessário;
O capim deve ser livre de qualquer elemento nocivo ou de doenças;
A área deve ser limpa de outro capim;
A área onde será plantado o capim deve estar húmida antes do plantio até uma
profundidade de pelo menos 15 cm;
O plantio deve ser feito manualmente e o espaçamento entre as plantas deve ser de
10 a 15 cm;
Inicialmente preparam-se buracos com o máximo de 10 cm de profundidade, em filas;
Cada fila deve ter um comprimento mínimo de 10 m e um espaçamento entre 50 e 100
cm entre linhas. As filas devem acompanhar as curvas de nível;
As plantas serão plantadas a 10 cm de profundidade;
A vegetação deve ser regada logo após a plantação;
Os métodos biotécnicos, tais como capas de material vegetal, são acessíveis e não
requerem muita assistência adicional ao longo do tempo;
Conserve a capa vegetal com folhas e outra matéria orgânica;
Remover a sinalização temporária.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
Material vegetal ou capim vetiver de preferência.
Medição m²
Mede-se a área plantada com material vegetal.
MDE
57
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Pedra Arrumada à Mão 251
Código de SATCC 2500
referência
Utilização Este código utiliza-se para a protecção de taludes com pedra arrumada à mão. É para
proteger os locais sujeitos à possibilidade de erosão, tais como taludes de corte, aterros e
entrada e saída de aquedutos e valas.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da área de trabalho;
Remoção da vegetação na área do trabalho se necessário;
Corte ou preenchimento de taludes para regularização das superfícies;
Nivelamento e compactação da superfície de assentamento;
Fornecimento e transporte de pedra;
Colocação e nivelamento da pedra;
Enchimento com solos e compactação dos espaços entre as pedras;
Remoção de todo o material impróprio e em excesso para fora da área da estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
A área para as obras de protecção deverá ser preparada correctamente, incluindo o
nivelamento e compactação com compactadores de mão ou outros meios adequados;
As dimensões devem ser controladas com o uso de uma fita métrica e nível de bolha;
A tolerância máxima aceite para as dimensões das protecções é ± 20 mm para a
espessura e ± 50mm para o comprimento e altura;
As superfícies de assentamento criadas devem ser planas e suaves, sem
irregularidades maiores que 5 cm;
A camada da pedra arrumada deve ter uma espessura mínima de 20 cm;
As pedras devem ser colocadas de tal forma que se encaixam com o mínimo de
espaço entre elas e que a parte menos regular fique enterrada;
Os espaços entre as pedras devem ser preenchidos com solo. Onde for disponível,
utiliza-se solo vegetal para o enchimento dos 10 cm superficiais. Pedras pequenas
podem também ser utilizadas para encher os buracos maiores entre as pedras
grandes.
Após o solo ter sido regado e compactado quaisquer depressões e espaços vazios que
ainda existam devem ser preenchidos.
Sobre as entradas e saídas de aquedutos colocar as pedras entre 15 e 30 cm de
tamanho, evitando a colocação de forma alinhada, e proteger a área ao redor da pedra
arrumada com vegetação. Pedras planas devem ser utilizados para esta finalidade.
Recomenda-se que as pedras sejam colocadas até um mínimo de 1,5 m a partir da
saída.
Nas extremidades, onde a água é descarregada, devem ser construídas paredes de 45
cm de profundidade e 30 cm de largura, para protecção contra a erosão;
Remover todo o material impróprio ou em excesso para fora da área de reserva da
estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
A pedra rachão utilizada deve ter um tamanho mínimo de 15 cm, deve pesar de 10 a
20 Kg, e deve ser limpa, dura e não degradada.
3
Medição m
Mede-se o volume de pedra colocada depois do seu assentamento.
MDE
58
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Pedra Argamassada 252
Código de SATCC 2500
referência
Utilização Este código utiliza-se para a realização de trabalhos de protecção através da colocação de
pedras com argamassa e alvenaria (Foto 6.7) para proteger os locais sujeitos à
possibilidade de erosão. Utilize este código para dissipadores de energia, valetas
revestidas, passagens molhadas, estruturas de protecção para saídas de aquedutos e
protecção de aterros, estruturas de protecção para a descarga de água em aquedutos e
para a protecção de taludes.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da área do trabalho;
Remoção da vegetação na área do trabalho, se necessário;
Corte e preenchimento de superfícies para nivelar;
Nivelamento e compactação da superfície da construção da protecção;
Fornecimento e transporte de materiais;
Colocação e nivelamento das pedras com argamassa;
Cura da argamassa;
Ensaios de controlo de qualidade dos materiais e argamassas, para garantir que
cumprem com as normas;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Planificar inicialmente o tipo de trabalho a ser executado, tendo em conta todos os
factores que influenciam e alteram a estabilidade dos solos. Verificar as características
da drenagem, do controlo e do uso da água, definir o tipo de estruturas a serem
implementadas;
Recomenda-se que este trabalho seja executado em tempo seco;
Deve-se preparar o local de construção do revestimento e compactar, no mínimo, até
93% do AAHSTO modificado;
A argamassa deve ser colocada dentro de 60 minutos depois do início do processo da
sua mistura com água. Misture apenas a quantidade de argamassa que pode ser
aplicada dentro do tempo estipulado (dentro de 60min desde o momento em que a
água foi adicionada pela primeira vez);
Coloque as pedras, enquanto controla o nivelamento;
Para permitir uma cura adequada, a alvenaria deve-se manter húmida durante 3 dias
após a sua construção;
A camada de pedra deve ter uma espessura mínima de 20 cm;
As dimensões devem ser controladas com uso de fita métrica e nível de bolha;
A tolerância máxima aceite para as dimensões dos muros e caixas é de ±10mm, para
a espessura e ±20mm para o comprimento e altura;
A superfície deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidade maiores do que 4
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
As pedras devem ser colocadas numa camada de argamassa. Os espaços em volta
das pedras devem ser preenchidos com argamassa para evitar vazios. As pedras
pequenas podem ser utilizadas para preencher os vazios maiores entre as pedras;
As pedras devem ser sobrepostas horizontalmente e verticalmente em paredes de
alvenaria para evitar a colocação de pedra em linhas definidas para evitar a criação de
linhas de fraqueza;
Após a aplicação da argamassa das juntas devem ser rematadas. Rematar é construir
uma cumeeira de argamassa de cimento sobre a superfície das paredes ao longo das
juntas entre as pedras adjacentes.
Nas margens das protecções em pedra argamassada onde há descarga da água
devem ser construídos muros ou “cortinas” de protecção de 45 cm de profundidade e
30 cm de largura;
Se existe a necessidade de reparação de paredes já existentes, os trabalhos devem
ser executados em estruturas que são estruturalmente sãs e estruturas em estado
degradado não devem ser consideradas para o enchimento de cavidades com
argamassa.
Devem-se limpar as juntas defeituosas de argamassas velhas usando compressor de
ar, martelo e talhadeira;
Nas zonas onde a junta deve ser renovada, a pedra deve ser removida totalmente e
utilizada na reconstrução, usando uma nova camada de argamassa;
Argamassa deve ser aplicada a superfícies húmidas. Recomenda-se que a argamassa
seja preparada numa razão de cimento e areia de 1:4;
59
Aplicar argamassa fresca na junta preenchendo todo o espaço;
Colocar da pedra e controlar o nivelamento durante a colocação;
Faça o acabamento das juntas com instrumento apropriado de ponta curva;
A superfície final da argamassa deve ser ligeiramente recuada relativamente à
superfície da pedra para efeito estético;
Durante a estação seca, a argamassa pode secar rapidamente. Pode-se prevenir essa
situação humedecendo as juntas com água até a cura final da argamassa, cobrindo a
área com sacos molhados ou outro material adequado;
Limpar as superfícies visíveis das pedras ou as que ficaram salpicadas de argamassa
de modo que se obtenha uma superfície limpa e de boa aparência;
Limpar toda área adjacente aos trabalhos e remover todo o lixo para fora da área de
reserva da estrada (os sacos de cimento vazios devem ser colocados em local
próprio);
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
O cimento deve ser de tipo Portland e deve cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente. Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade e
sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8
semanas não pode ser utilizado na obra. A areia e a pedra devem ser fornecidas de
depósitos aprovadas pelo laboratório provincial e devem cumprir com a norma SABS
1083 ou equivalente. Devem ser limpas e livres de argila e material vegetal;
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outras
matérias orgânicas / químicas que poderão influenciar a qualidade do betão;
A pedra utilizada deve ter um tamanho não inferior a 20 cm, deve pesar entre 5 e 20
kg, e deve ser limpa, dura e não degradada;
A argamassa deve ser fabricada de acordo com métodos estabelecidos para o controlo
de qualidade dos componentes e numa proporção de uma parte de cimento a quatro
partes de areia. A quantidade de água utilizada deve ser suficiente só para garantir a
obtenção de uma consistência adequada. Não deve ser acrescentada água na
argamassa após 20 minutos do início da adição de água à mistura.
2
Medição M
Mede-se o volume de pedra argamassada colocada depois do seu assentamento.
MDE.
Foto 6.7: Protecção de aterros e taludes com pedra argamassada (argamassa de cimento)
60
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Protecção com Sacos de Areia 253
Código de
referência
Utilização Esta norma define procedimentos para a protecção de taludes, saídas de água e valetas
contra erosão, com recurso a sacos de areia.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da área do trabalho;
Corte e remoção da vegetação na área do trabalho;
Escavação e aterro quando necessários;
Controle do nível e alinhamento da protecção;
Selecção do tipo de areia adequado, armazenamento e lavagem da areia;
Colocação da areia em sacos;
Arrumação dos sacos e a sua fixação uns aos outros;
Fixação dos sacos de areia em conjunto, utilizando dois fios de arame, 3 mm.
Limpeza da toda área dos trabalhos;
Remoção de todo o lixo e material impróprio fora da área de reserva da estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
A área de trabalho deve ser devidamente preparada incluindo a abertura, nivelamento
e compactação da base, onde os sacos de areia serão colocados;
A escavação da fundação tem de chegar a solos naturais com capacidade de suporte
adequada. Se isso não for possível deve ser importado solo adequado e colocado para
formar uma base sólida para os sacos de areia.
A areia usada para o enchimento dos sacos deve ser limpa.
Os sacos devem ser preenchidos completamente, fechados e amarrados com dois fios
de arame, 3 mm de diâmetro.
Os sacos devem ser organizados para realizar o alinhamento desejado e devem ser
colocados como tijolos com um saco de fecho da junta na camada inferior.
Todos os cantos devem ser amarrados com dois fios de arame, 3 mm de diâmetro.
O alinhamento dos sacos deve ser controlado usando a fita métrica e nível.
Limpeza de toda a área adjacente do trabalho e remoção do lixo da área.
Recomenda-se que este trabalho seja executado em tempo seco.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal;
A areia deve ser recolhida de fontes aprovadas pelo laboratório provincial. Deve ser
limpa e livre de argila e de matéria orgânica. A granulometria da areia deve permitir a
infiltração da água;
Os sacos devem ser sintéticos, limpos, impermeáveis e livres de qualquer elemento
nocivo;
O arame de ligação será de diâmetro de 3 mm.
3
Medição m
Mede-se o volume dos sacos colocados.
MDE.
61
Actividade: Trabalhos de protecção Código:
Plantação de Árvores nas Zonas Susceptíveis a Erosão 254
Código de SATCC 2700
referência
Utilização Esta norma descreve os procedimentos para a plantação de árvores em zonas próximas da
estrada que sejam susceptíveis à erosão.
Tarefas Colocar sinalização temporária;
incluídas Limpar a área onde se irá efectuar o plantio das árvores;
Transportar as plantas e obter a aprovação do Fiscal antes do plantio;
Deve-se abrir buracos para o plantio das árvores;
Deve-se regar os buracos antes e depois do plantio;
Adicionar fertilizantes se necessário;
Deve-se proteger as árvores com estacas à sua volta;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O tipo de plantas a ser utilizado deve estar em conformidade com as instruções do
Fiscal;
O Empreiteiro deve-se certificar de que as plantas estão livres de doenças, e que se
encontram em boas condições;
Cada planta deve ser cuidadosamente transportada para o local de plantação. O
veículo utilizado para o transporte deve ser equipado para proteger as plantas do vento
e da luz solar;
Deve-se limpar a área onde se pretende fazer o plantio das árvores;
Deve-se plantar as árvores em locais indicados no projecto;
Devem ser abertos buracos de forma quadrangular ou circular e ligeiramente maior do
que o volume do bolo de raízes e a terra da respectiva árvore (normalmente entre 40 e
50 cm de diâmetro e 50 a 60 cm de profundidade. O espaçamento entre as arvores
deve ser entre 5 a 10 m de um centro para outro);
Os buracos devem ser preenchidos de solos seleccionados e, dependendo do tipo de
solo, poderá ser necessário adicionar fertilizantes recomendados;
Antes de retirar as árvores do recipiente usado para o transporte, estas devem ser bem
regadas;
Os buracos devem ser regados antes de plantar as árvores. Se os solos forem pouco
permeáveis, deve-se colocar 15 cm de brita no buraco antes de encher com solo
adequado;
Logo após o plantio das árvores nos locais indicados, deve-se regar constantemente
para garantir o assentamento do solo;
Após o assentamento do solo, onde for necessário pode-se adicionar mais solos até 15
cm abaixo da superfície do terreno, para assegurar que toda a água lá colocada seja
retida em volta da planta;
Todas as árvores devem ser atadas a uma estaca adequada de madeira bem colocada
no solo. E deve-se proteger a árvore com estacas à sua volta;
A estaca deve ter um diâmetro mínimo de 3,5 cm e deve ser 30 cm mais comprida que
a árvore plantada e o comprimento máximo deverá ser de 1,5m acima do nível do solo;
Após o plantio, a superfície do solo em volta da planta deve estar coberta de capim
para minimizar a evaporação;
Deve-se regar diariamente por um período de 60 dias.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
As árvores devem ser de 2 a 3 anos de idade (até 1,5 m de altura).
As raízes não devem ter nenhuma indicação de deterioração.
O Empreiteiro deve assegurar que as plantas estão livres de qualquer doença e estão
em boas condições.
Cada planta deve ser cuidadosamente transportada para o local de plantação.
As estacas devem ser de diâmetro mínimo de 3,5 cm, e devem ser 30 cm mais longas
do que a árvore e o comprimento máximo deve ser de 1,5 m a partir da superfície do
solo.
Medição UN
MDE
62
Actividade: Fornecimento, preparação e colocação de gabiões contendo pedras Código: 260
Código de SATCC 2600
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de muros de Gabiões, para proteger os locais
sujeitos à possibilidade de erosão. Utiliza-se em muros de contenção, dissipadores de
energia, valetas revestidas, drift molhados, estruturas de protecção de descarga de água e
em aquedutos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação dos trabalhos;
Corte e remoção da vegetação na área do trabalho;
Selecção de material pedra;
Transporte dos gabiões;
Escavação e remoção de solos, e nivelamento;
Nivelamento do local de fundação do gabião;
Colocação da malha do gabião;
Enchimento do gabião;
Verificação das dimensões, estabilidade e qualidade dos gabiões;
Remoção de material impróprio ou em excesso, para fora da área de reserva da
estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Planificar inicialmente o tipo de trabalho a ser executado, tendo em conta todos os
factores que podem influenciar e alterar a estabilidade dos solos. Verificar as
características de drenagem, controle e uso da água e definição do tipo de estruturas a
ser implementado;
Este trabalho deve ser executado em tempo seco;
Deve-se preparar inicialmente o local de fundação. As fundações devem ser
escavadas e alinhadas ao nível desejado. Se necessário, solos bons, pedras ou saibro
devem ser colocados e compactado até um mínimo de 93% do AASHTO modificado.
Os gabiões são estruturas fabricadas com caixas de malha de aço galvanizado e são
preenchidos com pedras e rochas de tamanhos predefinidos;
As caixas de gabiões são fornecidas desmontadas em malhas planas de modo a que o
seu volume durante o transporte seja mínimo;
Caixa do Gabião
Comprimento 1, 2, 3 ou 4 m
Largura 1,0 m
Altura 0,3, 0,5 ou 1,0 m
Diafragma (separação em células) = 1,0 m
Colchão de Gabiões
Comprimento 6m
Largura 2,0 m
Altura 0,2, 0,3 ou 0,5 m
Diafragma (separação em células) = 0,6 a 1,0 m
63
lado vertical plano e para que ela seja livre de folga.
As pedras devem ser dispostas cuidadosamente deixando cerca de 3 a 5 cm de
espaço entre as paredes da caixa para permitir espaço para o processo de fixação.
As pedras devem ser dispostas arrumadas à mão colocando as pedras maiores na
parte inferior.
Material menor pode ser usado para preencher os espaços na superfície superior.
As tampas da malha de gabião são então colocadas (sobre as pedras).
Os cantos devem ser fixos primeiramente para assegurar que a cobertura da malha se
adequa a cobrir a parte superior da caixa.
A tampa é então colocada e entrelaçada com segurança na parte superior das
paredes.
Limpe toda área adjacente aos trabalhos e remova todo o lixo para fora da área de
reserva da estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
Os gabiões são construídos com malha de aço galvanizado de acordo com SABS 675
ou equivalente, com uma espessura mínima de 3 mm e 2,2 mm para o arame de
ligação.
A pedra deve ser limpa, dura e não degradada. A pedra deve ser recolhida de fontes
aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou
equivalente;
A Tabela 6.4 dá uma orientação sobre a graduação das pedras de acordo com as
dimensões da caixa:
Não deve usar-se usar pedra com tamanho superior ao tamanho máximo
indicado na tabela. Pelo menos 85% das pedras devem ter um tamanho maior
do que o tamanho médio apresentado na tabela.
Medição m³
As medições são feitas do volume dos gabiões.
MDE
64
Actividade: Construção de Aquedutos Tipo Caixa em Betão Armado Código:
Tipo A - 0,8 x 0,6 (0,48 m²) 270
Tipo B - 1,2 x 0,8 (0,96 m²) 271
Tipo C - 1,5 x 1,2 (1,80 m²) 272
Código de SATCC 6100, 6200, 6300 e 6400
referência
Utilização Estes códigos utilizam-se para a construção de aquedutos tipo caixa em betão armado
incluindo escavação, fundação, muros, tabuleiros, cofragem armadura e protecções em
conformidade com o projecto. Utiliza-se os vários códigos para os respectivos elementos
dos aquedutos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem do tráfego normal, de
forma segura;
Fornecimento e transporte e todos os materiais necessários para a construção do
aqueduto, Foto 6.8;
Confirmação do alinhamento junto com o Fiscal;
Escavação da trincheira para a colocação do aqueduto, as fundações para os muros
de ala, caixas de entrada e saída, e o canal de saída;
Controlo do nível e inclinação dos tubos e outros elementos do aqueduto;
Colocação da cofragem;
Colocação e fixação de armadura em conformidade com o projecto;
Construção do aqueduto, muros de ala, caixas de entrada e saída em betão armado
conforme indicado no projecto;
Colocação, compactação e cura do betão;
Aterro e compactação dos solos em volta do aqueduto e atrás dos muros de ala;
Remoção do desvio seguido da reabilitação do terreno onde o desvio foi construído;
Limpeza da área em volta do aqueduto;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Preparação
Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do aqueduto. Isto poderá
implicar a construção de um desvio;
Recomenda-se em casos de aquedutos transversais para intersecção de valetas,
construir ou instalar parcialmente os tubos numa metade da faixa de rodagem e
posteriormente na outra metade, para garantir a passagem do tráfego sem interrupção;
O aqueduto será construído em conformidade com o projecto;
Alinhamento e Dimensões
O alinhamento, as características e as dimensões do aqueduto devem ser
estabelecidos em conformidade com o projecto;
A tolerância máxima aceite para as dimensões do aqueduto é ± 20 mm (muros e
caixas), ± 10mm (laje) e ±0,5 % (inclinação);
Caso o aqueduto esteja sobre uma linha de água, deve ser implantado para seguir o
mais possível o alinhamento natural da linha de água;
A inclinação transversal deve ser entre 2 % e 5%;
A saída do aqueduto será construída para descarregar água num lugar conveniente.
Pode ser num curso de água ou descarga superficial no terreno existente;
De preferência utiliza-se a descarga numa linha de água.
Fundações
Cofragem
65
A cofragem deve ser limpa e com faces regulares;
A cofragem será construída em fases, nomeadamente a fundação, os muros e o
tabuleiro;
Antes de proceder com a colocação de armadura deve-se obter a aprovação do Fiscal
no que diz respeito à estrutura de cofragem;
Vide códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas para a cofragem.
Armadura
As armaduras e o esquema das armaduras deverão estar em conformidade com os
desenhos;
Todos os elementos de aqueduto, nomeadamente a base, os muros de suporte, os
muros de testa, os muros de ala e o tabuleiro devem estar conectados através de
ligações (barras de reforço ligando diferentes componentes da estrutura).
As armaduras devem ser amarradas com fio de arrame, para criar uma malha
suficientemente forte para suportar o seu peso próprio e o peso dos trabalhadores
durante a betonagem;
Devem ser utilizados espaçadores de betão para assegurar um recobrimento
adequado da armadura;
Antes de colocação do betão deve-se solicitar a aprovação do Fiscal no que diz
respeito ao esquema de armadura;
Vide os códigos 630, 631, 632 e 633 para as normas de aprovisionamento,
preparação, montagem, colocação de armaduras de varões.
Betão
Aterro
O tabuleiro deve ser protegido com uma camada de saibro com espessura mínima de
15 cm (vide código 340);
O aterro deverá ser compactado até, no mínimo, 93% do AASHTO modificado com
teor óptimo de humidade.
Protecções
Devem ser construídas obras de protecção contra a erosão em torno do aqueduto em
conformidade com o projecto:
Caso o aqueduto descarregue no terreno natural, na sua zona a jusante o nível da
saída deve coincidir com o terreno natural;
A vala de saída deve ser alargada na ligação com o terreno natural para permitir que
as águas se espalhem e diminua a sua velocidade;
Caso a descarga do aqueduto seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a
posição da vala com o proprietário do terreno.
Acabamentos
Remover todo material impróprio para fora da área de reserva da estrada;
Os sinais temporários devem ser retirados após a conclusão das obras..
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão da laje deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
A armadura de varões deve ser preparada conforme os códigos 630 a 632.
Os varões de aço devem cumprir a norma SABS 920 ou equivalente. Para cada lote de
varões entregue na obra, o Empreiteiro deve apresentar o certificado do fornecedor
com todos os pormenores das especificações técnicas. O tipo de varão e classe de
aço deve ser em conformidade com o desenho tipo e SABS 82 (marcados com
símbolos R ou Y).
O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir a norma SABS 471 ou equivalente; deve
ser armazenado num edifico próprio, protegido da humidade e sem o contacto com o
chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de 8 semanas não pode ser
utilizado na obra. A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo
laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser
limpa e livre de argila e material orgânico;
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico /químico que poderá afectar a qualidade de betão;
O betão deve ser feito de acordo com os métodos aprovados para controlo das
quantidades dos componentes, na razão de 1:3:4 para cimento/areia/pedra, a menos
66
que especificado de outra forma. A quantidade de água utilizada deve ser somente
aquela necessária para produzir uma consistência adequada.
O fio de arame deve ter uma espessura mínima de 1,25 mm.
Medição m
Mede-se o comprimento total dos aquedutos construídos para cada código incluindo os
betões, a cofragem, a armadura, os muros e as protecções.
MDE
Muros construídos com alvenaria de pedra e laje feita Muros e lajes feitas de betão armado
de betão armado
67
Actividade: Construção de pontões (também designado por “causeway” ou Código: 273
“vented drift” ou “ford”) (passagem molhada) – (estruturas
adaptadas ao clima)
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de passagens molhadas (Foto 6.9) em betão
armado ou alvenaria de pedra, incluindo a escavação, fundações, muros, plataforma,
cofragem e trabalhos de protecção de acordo com o projecto.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de um desvio temporário para assegurar a circulação contínua do tráfego
normal.
Fornecimento e transporte de todo o material necessário para construção da passagem
molhada;
Confirmação do alinhamento com o Fiscal;
Escavação da trincheira para a construção do aqueduto, das fundações das paredes
laterais, da entrada, da saída e do canal de saída;
Controlo da inclinação dos tubos e de outros elementos da passagem molhada;
Colocação da cofragem;
Colocação e fixação das armaduras de acordo com o projecto;
Construção das fundações, laje de fundo, condutas (pré-moldadas ou moldadas no
local) paredes laterais, entrada e saída, betão envolvente, laje superior, lajes de
aproximação, utilizando betão e alvenaria de pedra e pedra argamassada, tal como
indicado no projecto;
Enchimento e compactação dos solos sob as lajes de aproximação antes da
construção das lajes de aproximação.
Colocação, compactação e cura do betão;
Construção dos elementos da alvenaria de pedra e de pedra argamassada, tal como
indicado no projecto;
Aterro e compactação dos solos situados por baixo das lajes de transição;
Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno de passagem
do desvio temporário;
Limpeza da área em volta da passagem molhada.
Normas Preparação
Traçado e Dimensões
Fundações
68
de acordo com os desenhos e instruções do Fiscal.
Cofragem
Armaduras
Betão
Aterro
A camada de gravilha sob as lajes de aproximação deve ter uma espessura de 15cm
(consultar código 340).
A camada de gravilha deve ser compactada até uma percentagem mínima de 93% do
AASHTO modificado com um teor óptimo de humidade.
Protecções
69
Acabamentos
Foto 6.9: Construção de cascata (esquerda) vista de cascata a despejar água – caudal de base
(direita)
70
Actividade: Construção de passagens molhadas – “drift” (estruturas adaptadas Código: 274
ao clima)
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de drifts em betão armado ou alvenaria de pedra,
incluindo a escavação, fundações, paredes-chave, lajes de transição, plataforma, cofragem
e protecção em conformidade com o projecto.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança
incluídas Construção do desvio temporário para assegurar a circulação normal do tráfego.
Fornecimento e transporte de todo o material necessário para a construção da
passagem molhada.
Confirmação do traçado com o Fiscal.
Escavação da vala para a construção da fundação dos muros ala, da protecção de
entrada, das paredes de apoio, da protecção de saída e das lajes de transição.
Controlo da inclinação do dreno e das lajes de transição.
Colocação da cofragem.
Colocação e fixação do reforço em conformidade com o projecto.
Construção das fundações, da laje, da protecção de entrada e paredes de apoio, da
protecção de saída e das lajes de transição utilizando betão, alvenaria em pedra e
pedras colocadas à mão, em conformidade com o projecto.
Colocação, compactação e cura do betão.
Construção dos elementos da alvenaria em pedra e da pedra arrumada à mão em
conformidade com o projecto.
Realização do aterro e compactação dos solos sob as lajes de transição.
Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno onde o desvio
foi construído.
Limpeza da área em volta da passagem molhada;
Remover a sinalização temporária.
Normas Preparação
Traçado e Dimensões
Fundações
Cofragem
71
Armaduras
Betão
Aterro
Protecções
Acabamentos
72
que especificado de outro modo. A quantidade de água deve ser a suficiente apenas
para assegurar uma consistência adequada.
Medição m
Mede-se o comprimento total do drift incluindo o betão, cofragem, armaduras, muros e
obras de protecção.
MDE.
73
Actividade: Construção de pequenas pontes Código: 275
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de pequenas pontes em betão armado ou
alvenaria de pedra, incluindo a escavação, fundações, paredes, plataforma, cofragem e
protecção de acordo com o projecto. Ver Foto 6.10.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de um desvio temporário para assegurar a circulação contínua do tráfego
normal;
Fornecimento e transporte de todo o material necessário para a construção da ponte;
Confirmação do alinhamento e da implantação com o Fiscal;
Escavação da trincheira para a construção das fundações da ponte, encontros e
paredes laterias;
Escavação na rocha dura, incluindo detonação e aterro em resíduos de rocha;
Controlo dos níveis e alinhamento dos elementos da ponte por um agrimensor.
Colocação e remoção da cofragem;
Colocação e fixação das armaduras em conformidade com o projecto;
Construção das fundações, dos encontros, dos pilares, tabuleiros, passeios,
parapeitos/resguardos e lajes de transição, em betão, alvenaria de pedra, pedra
arrumada à mão, gabiões e outras obras de protecção, de acordo com o desenho;
Colocação, compactação e cura do betão;
Colocação dos aparelhos de apoio da ponte;
Polimento das superfícies em betão e preenchimento das cavidades;
Aterro e compactação dos solos presentes nas zonas de transição da ponte e nas
fundações em conformidade com o projecto;
Colocação de placas com a designação da ponte e de sinalização rodoviária;
Encerramento do desvio temporário seguido da reabilitação do terreno onde este foi
construído;
Limpeza da área em volta da ponte;
Remover sinalização temporária.
Normas Preparação
Traçado e Dimensões
Fundações
As fundações devem ser escavadas até ao nível pretendido e caso não exista nenhum
maciço rochoso, a fundação deve ser compactada manualmente ou com equipamento
leve (placa vibradora, cilindro de rolos de 1,7 toneladas).
A água deve ser retirada com uma bomba para garantir condições secas.
Se o solo não estiver estável deve-se colocar uma cofragem nas paredes verticais para
evitar o colapso. Esta cofragem deve ser feita em conformidade com as instruções do
Fiscal.
Cofragem
74
O dimensionamento e colocação da cofragem devem ser sujeitos à aprovação do
Fiscal;
Os tabuleiros da cofragem devem permanecer colocados durante um período não
inferior a 14 dias após a colocação do betão;
As cofragens laterais poderão ser removidas 3 a 4 dias após a colocação do betão;
Consultar códigos 640, 641, 642 e 643 sobre as normas aplicáveis à cofragem.
Armaduras
Betão
Cura
Aterro
Os acessos à ponte, incluindo a área atrás dos encontros, devem ser preenchidos com
materiais de drenagem livre (gravilha) e a areia pode ser utilizada para o
preenchimento da área atrás dos encontros;
O material deve ser compactado em camadas com uma espessura igual ou inferior a
150 mm (ou 100 mm, se for utilizado equipamento leve, como placas vibradoras,
cilindros de rolos vibradores para passeios). As camadas devem ser compactadas até
uma densidade mínima relativa de 93% do AASHTO modificado. Nos casos em que é
utilizada areia para o preenchimento, deve ser adicionada água, uma vez que esta é a
forma mais eficaz de compactação da areia.
Qualquer parte da subestrutura que tenha a função de retenção dos solos deve possuir
furos para a drenagem do material retido.
Protecções
As pontes são concebidas de forma a terem uma superfície livre adequada (diferença
de altura entre o nível máximo de cheia e a parte inferior do tabuleiro ou vigas). No
entanto, isto significa que a maior parte da subestrutura fica sujeita a correntes fortes
que poderão causar a erosão ou a lavagem das fundações, do talude e do aterro.
75
Devem ser construídas obras de protecção para a prevenção de danos, em
conformidade com o projecto;
Quaisquer alterações ou adições às obras de protecção devem estar em conformidade
com as ordens do Fiscal;
Se o lado de jusante da ponte estiver potencialmente sujeito a erosão, deve colocar-se
um enrocamento com o objectivo de distribuir e dissipar a força das águas.
Acabamentos
Remover todo o material impróprio, incluindo resíduos, para fora da área de reserva da
estrada.
Remover a sinalização temporária.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão das lajes deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
As armaduras devem ser preparadas em conformidade com os códigos 630 a 632.
Os varões de armadura devem ser preparados em conformidade com as normas SABS
920 ou equivalente. Para cada lote de varões de armadura entregue na obra, o
Empreiteiro deve apresentar o certificado do fornecedor contendo todos os detalhes e
especificações técnicas. A qualidade dos varões de armadura e do aço deve estar em
conformidade com os desenhos e com a norma SABS 82 (utilizando o símbolo R ou Y).
A espessura mínima dos fios de arame de amarração deve corresponder a 1,25 mm.
O cimento deve ser um cimento Portland e deve estar em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente; deve ser armazenado num edifício próprio, ao abrigo da
humidade não deve estar em contacto com o chão ou paredes. O cimento armazenado
por um período superior a 8 semanas não deve ser utilizado na obra. A areia e pedras
devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e devem estar em
conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente e devem estar limpas e isentas
de vestígios de argila ou matéria orgânica.
A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou qualquer
outra matéria orgânica/química que possa afectar a qualidade do betão.
A alvenaria de pedra deve ter uma espessura não inferior a 20 cm e deve ter um peso
até 20 kg e deve ser limpa e resistente.
76
Actividade: Drenos Subterrâneos Código: 280
Construção de Dreno de Inerte
Código de SATCC 2104
referência
Utilização Esta norma serve para definir procedimentos de construção de drenos subterrâneos de
inertes nas camadas subsuperficiais das estradas, valetas ou taludes. Normalmente são
construídos em zonas de nível freático elevado (Foto 6.11), nas zonas de encosta de
taludes de corte, para o controle e posterior recolha de águas subterrâneas. Utilizam-se
filtros de areia e pedra de acordo com o desenho do projecto e as instruções do Fiscal.
77
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
A areia e a pedra devem ser recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial
e cumprir com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e
material vegetal e apresentar um tamanho entre 4,75 mm e 0,20 mm. A Pedra utilizada
deve ter um tamanho entre 19,0 mm e 13,2 mm e deve ser limpa, dura e não
degradada.
Medição m³
Mede-se o volume do dreno.
MDE
78
Actividade: Dreno Subterrâneo Código:
Colocação de tubo Perfurado 281
Código de
referência
Utilização Esta norma serve para definir procedimentos de colocação de tubo perfurado na drenagem
do subsolo e nas sub-camadas de taludes. Normalmente são construídos em zonas de
nível freático alto, nas zonas de encosta de taludes de corte, para o controlo e posterior
recolha de águas subterrâneas.
A escavação, enchimento e cobertura do dreno será pago através do código 280.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Verificar a inclinação do dreno;
Colocar o tubo perfurado;
Caso seja necessário, deve-se cobrir o tubo com uma membrana de geotêxtil ou
envolvendo com areia, em conformidade com o desenho tipo;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Deve-se remover rochas, pedras ou raízes que se encontram dentro do perfil da vala;
O leito da vala deve ter uma inclinação mínima de 1 %;
O controlo de inclinação do dreno deve ser feito por meio de levantamentos
topográficos;
Os tubos perfurados poderão ser de betão, fibra, plástico (PVC) ou outro material
sintético com as dimensões e características indicadas no projecto;
Nos tubos perfurados de material plástico (PVC), podem ser usadas juntas elásticas ou
roscadas desde que garantam a estanqueidade ou rigidez das ligações;
Deve ser colocada uma camada de material permeável (pago sob código 280) sobre o
leito da vala que deve estar ligeiramente inclinada de acordo com o gradiente definido
no projecto. A espessura da camada deve ser a definida no projecto;
A tubagem será colocada cuidadosamente acima do material granular com a boca do
tubo na parte superior da pendente, deixando as juntas entre os tubos parcialmente
abertas;
Antes de enchimento do dreno, deve-se testar o tubo perfurado;
O material permeável deve ser ligeiramente compactado e enchido até ao nível
definido no projecto;
Colocação de inertes (pago sob o código 280) à volta do tubo com a graduação
indicada no projecto, com métodos manuais;
As camadas de inertes devem ser ligeiramente compactadas até quase à superfície,
conforme indicado pelo Fiscal;
A extremidade do tubo a montante deve ser selada com uma capa de betão e na
extremidade a jusante, que é a saída de água, deve ser construída uma saída de água
de acordo com o código 240;
As inclinações do filtro devem ser concebidas para permitir uma saída para as águas
que ali correm. Tais saídas podem ser:
1) Descarga superficial no terreno existente,
2) Uma valeta da estrada,
3) Uma linha de água, ou
4) Um aqueduto.
De preferência, utiliza-se a descarga superficial ou linha de água;
Caso a vala descarregue no terreno natural, na sua jusante o leito da sanja deve
coincidir com o nível do terreno natural;
Devem ser evitadas curvas no alinhamento de dreno e tubos. Caso seja necessário,
devem ser construídas caixas de inspecção nestes locais para facilitar a limpeza de
impurezas e sedimentações no tubo;
Evitar descarregar água sobre o terreno que é propenso a erosão;
Caso a descarga do filtro seja feita num terreno de cultivo, deve-se combinar a posição
da vala com o proprietário do terreno;
O dreno deve ser testado antes da sua cobertura;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal;
O tubo perfurado deve estar em conformidade com o desenho tipo e deve ser do tipo:
o Tubo perfurado de fibra ou lusalite em conformidade com SABS 921 ou
equivalente;
o Tubo perfurado de PVC em conformidade com SABS 791;
o Tubo perfurado de HDPE (‘High Density Polyethylene) tipo Kaytech ‘Drainex’,
‘Geopipe’ ou equivalente em conformidade com SABS 533, parte II ou
79
equivalente;
o Tubo perfurado de betão em conformidade com SABS 677 ou equivalente;
80
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Estacas de Madeira e Pedra Arrumada à Mão 290
Código de
referência
Utilização Este código é usado para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo e dos taludes; simples
diques de madeira com pedra arrumada à mão podem ser construídos. Eles reduzem a
velocidade e a força da erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a
protecção de valas de crista.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança
incluídas Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída
Recolha e transporte do material a ser utilizado
Escavação para as fundações das cascatas de pedra
Colocação da madeira/pedras na parte vertical
Colocação da pedra na parte horizontal
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo depois da
conclusão da abertura de valetas;
As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a correr ao
lado da valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma.
As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada;
O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:
A inclinação da valeta deve ser medida usando um nível de bolha e fita métrica;
A madeira utilizada deve ser bambu ou de uma qualidade equivalente, de diâmetro de
5 a 10 cm e comprimento mínimo de 60 cm sendo que 45 cm devem ficar enterrados;
A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
Escave os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento.
A construção da cascata deve estar no alinhamento da secção transversal da vala e as
estacas devem ser colocadas com um espaçamento máximo de 2 cm.
As estacas devem ser amarradas com arame.
As pedras ou estacas da cascata devem ser bem arrumadas para evitar a infiltração de
água e areia fina, através da cascata.
Após ter sido construído o protector básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Pedra, estacas de bambu ou madeira.
Medição UN
Mede-se o número de cascatas construídas.
MDE
81
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Pedra Arrumada à mão 291
Código de
referência
Utilização Este código é usado para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de pedra arrumada à mão podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da
erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída;
Recolha e transporte do material a ser utilizado;
Escavação das fundações das cascatas de pedra;
Colocação da pedra;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo após
conclusão da abertura das valetas;
As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a sair da
valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor do que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada, por redução da capacidade de drenagem;
O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:
A inclinação da valeta deve ser medida com uso de nível de bolha e de fita métrica;
A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil da cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
Escavar a fundação a uma profundidade de 10 a 15 cm, mantendo os perfis correctos;
Coloque primeiro o marcador no bordo da vala;
Crave o marcador no solo da vala, até o nível de bolha de ar (colocado na aba do
escantilhão) ficar horizontal;
Construa a cascata no alinhamento do escantilhão;
As pedras devem ser arrumadas para dificultar a passagem de areia, e permitir de
maneira regular a passagem da água, evitando a acumulação e formação de poços de
água, portanto devem ser colocadas uniformemente;
O tamanho das pedras deve variar entre 20 a 30 cm;
A largura da cascata deve ser de 20 cm, no mínimo.
Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
A pedra deve ser recolhida de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir
com a norma SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material
vegetal. A Pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, deve pesar de 5 a
20 Kg, e deve ser limpa, dura e não degradada.
Medição UN
Mede-se o número de cascatas construídas.
MDE
82
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Pedra Argamassada 292
Código de
referência
Utilização Utilizam-se estes códigos para a construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas
nas zonas íngremes, para evitar a erosão.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de pedra argamassada podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da
erosão da água. Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança
incluídas Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída
Recolha e transporte do material a ser utilizado
Escavação para as fundações das cascatas
Construção da pedra arrumada à mão no lado vertical;
Colocar as pedras ou o protector em pedra arrumada à mão no lado horizontal;
Retirar a sinalização temporária
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo depois da
conclusão da abertura de valetas;
As cascatas não podem ser muito altas, do contrário, a água será forçada a correr ao
lado da valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor a 3%. Isso
favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada;
O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:
A inclinação da valeta deve ser medida com uso de um nível de bolha e fita métrica;
As fundações devem ser construídas cuidadosamente por meio de escavação e
compactação com profundidade entre 10 e 15 cm, mantendo os perfis correctos;
A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento.
A construção da cascata deve estar no alinhamento da secção transversal da vala.
As pedras da cascata devem ser bem arrumadas para evitar a infiltração de água e
areia fina.
O tamanho das pedras deve variar entre 20 a 30 cm;
A largura da cascata deve ser de pelo menos 20 cm;
Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
Remova todo material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas actividades.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Pedras: dimensão de 20 a 30 cm e peso de 5 a 20 kg.
Medição UN
Mede-se o número de cascatas construídas.
MDE
83
Actividade: Construção de Cascatas Código:
Em Betão B20 293
Código de SATCC 6602
referência
Utilização Este código é usado para construção de cascatas ao longo das valetas ou sanjas nas
zonas íngremes, para evitar a erosão das mesmas.
Valetas e sanjas não revestidas podem sofrer erosão do fundo dos taludes; simples diques
de betão podem ser construídos. Eles reduzem a velocidade e a força da erosão da água.
Pode-se utilizar este código também para a protecção de valas de crista.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Demarcação da posição e forma da cascata a ser construída;
Recolha e transporte do material a ser utilizado;
Escavação para as fundações das cascatas;
Colocação de cofragem (pode ser usado o pinho para a cofragem);
Preparação do betão classe B20;
Colocação e cura do betão;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As cascatas devem ser construídas de acordo com o desenho tipo, logo após a
conclusão da abertura de valetas;
As cascatas não podem ser muito altas, de contrário, a água será forçada a sair da
valeta, estragando o talude ou bordo da berma, ou plataforma;
As cascatas não devem ser construídas em valetas com inclinação menor do que 3%.
Isso favoreceria a sedimentação de solo na valeta, podendo conduzir a danos na
plataforma da estrada, por redução da capacidade de drenagem;
O afastamento entre as cascatas deve ser escolhido com base na inclinação da valeta,
conforme a tabela a seguir:
A inclinação da valeta deve ser medida usando um nível de bolha e fita métrica;
A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil de cascata e a sua
inclinação com um nível de bolha e fita métrica;
Escavar os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
Colocar um marcador no bordo da vala e colocar um modelo para determinar a
profundidade da fundação por escavação até à profundidade requerida para os pontos
de quebra do perfil de escoamento;
A cofragem deve ser colocada com um espaçamento de 20 cm e o betão deverá ser
lançado na cofragem, compactado correctamente e moldado de forma de seguir o
perfil determinado no projecto;
Deve-se colocar o betão, vibrá-lo e regá-lo durante pelo menos 5 dias consecutivos;
Deve-se retirar a cofragem só depois de 5 dias;
Após ter sido construído o projecto básico, um suporte deverá ser imediatamente
construído a jusante deste, usando pedras ou placas de relva fixadas ao fundo;
Remova todo o material impróprio, para fora da área de reserva da estrada;
Retirar as sinalizações temporárias uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O betão deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição UN
Mede-se o número de cascatas construídas.
MDE
84
7. Serie 300 - Movimento de terra
No âmbito de um projecto normal, excepto no caso de grandes pontes, os trabalhos de terraplenagem
representam a fatia maior dos custos associados à construção de estradas, sendo os custos referentes aos
trabalhos de terraplenagem em terreno difícil, ou seja terreno acidentado e montanhoso, muito mais elevados.
Os trabalhos de terraplenagem são realizados em conformidade com os projectos, sendo os seus detalhes
apresentados no manual de projecto. As seguintes actividades preparatórias são realizadas como parte do
processo de planeamento.
1. Selecção do itinerário e traçado – Um dos critérios mais importantes consiste na necessidade de redução
dos trabalhos de terraplenagem de forma a optimizar os custos de construção.
2. Ensaio de materiais - O ensaio de materiais nesta fase tem dois objectivos essenciais:
a. Localização da câmara de empréstimo e ensaio dos materiais presentes na câmara de empréstimo para
verificação da conformidade destes com as especificidades das diferentes camadas do pavimento. Esta
fase da prospecção de materiais deve ser efectuada numa fase inicial do projecto.
b. Execução de ensaios nos materiais presentes no itinerário e no traçado da Estrada com o objectivo de
determinar a qualidade dos materiais para efeitos de projecto.
4. Como parte integrante dos projectos nos casos de estradas que necessitem da execução de trabalhos de
escavação e aterro, o traçado de perfil longitudinal é concebido para equilibrar os trabalhos de escavação e
aterro com vista a reduzir o volume de materiais importados e reduzindo assim as quantidades integradas
na curva de Brückner.
1. Escavação para extracção de materiais impróprios para a utilização em estradas, tais como, argilas e areias
soltas.
85
2. Escavação para material de aterro, em caso de presença de materiais que poderão ser utilizados em aterro
ou como terreno de fundação, após terem sido sujeitos a ensaios e ter sido verificada a sua capacidade em
preencherem as especificações.
3. Execução do aterro em camadas com uma espessura máxima de 200 mm, rega, mistura e compactação
até 93 % do AASHTO Modificado.
6. Carga, transporte, e descarga do material no local. As distâncias de descarga de material são determinadas
utilizando o volume de material solto necessário que é determinado com base no factor de empolamento. O
factor de empolamento consiste na alteração do volume do material da condição de compactado para a
condição de solto. A espessura de compactação é dada no projecto e a sua multiplicação pelo factor de
empolamento permite a obtenção da espessura da camada solta. Normalmente o factor de empolamento
situa-se entre 1,1 e 1,3, sendo utilizado um valor médio de 1,2 para a maioria dos materiais.
86
Actividade: Escavação a nível, regularização e compactação da subrasante Código: 310
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para projectos de construção ou reabilitação de estradas depois de
executados os códigos 160 (Destronca e limpeza), 170 (Corte e remoção de árvores) e 180
(Escavação e remoção de solos impróprios) e antes do código 210 (Abertura de valetas).
Em situações onde o terreno natural não apresenta um perfil desejado será necessário
fazer um trabalho de equilíbrio entre escavação e aterro para atingir o perfil transversal
desejado e um perfil longitudinal com um alinhamento suave. Em terrenos ondulados ou
montanhosos o trabalho poderá envolver grandes movimentos de terras com zonas de
cortes e aterros.
Se não for possível fazer os movimentos de terras com uma distância média de transporte
de 75 m deve-se usar o código 320 (Escavação, Transporte, Espalhamento, Rega e
Compactação de Solos em Aterro) para importar solos da câmara de empréstimo ou de
outro local conveniente ao longo da estrada para o aterro.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Levantamento topográfico do eixo da estrada e determinação do perfil longitudinal e
transversal da estrada de tal forma que economizem os movimentos de terras
respeitando o padrão técnico da classe da estrada;
Abertura de ranhuras em cada 10 m para indicar o nível de corte ou enchimento;
Marcação de tarefas para os movimentos terras (cortes e aterros);
Escavação, transporte (usando tractores sem ou com lâmina de arrasto em operações
mecanizadas e carrinhos de mão em operações manuais) e aterro;
Espalhamento, rega e compactação nas zonas de aterro em camadas não superiores a
15 cm;
Controlo de qualidade de solos usados;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança no local dos
trabalhos;
Demarcação e delimitação das áreas de trabalho;
Técnicas apropriadas de topografia devem ser utilizadas para determinar o perfil
longitudinal e transversal da estrada como, por exemplo, nível, cruzetas, bandeirolas,
fita métrica, níveis de bolha, etc.;
A superfície da estrada deve estar livre de ondulações ou irregularidade maiores do
que 5 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
Qualquer material com diâmetro superior a 7,5 cm será removido ou quebrado em
tamanhos menores antes de os usar na construção dos aterros;
O Fiscal deve aprovar os solos utilizados na construção utilizando os resultados dos
ensaios granulométricos, plasticidade e compactação e outros que possam ser
considerados como adequados;
O Empreiteiro deve controlar a qualidade de solos a serem utilizados através de
ensaios de granulometria, plasticidade e compactação e submeter à aprovação do
Fiscal;
Espalhar os solos em camadas de 15 cm no máximo, regando quando for preciso para
atingir o teor óptimo de humidade;
As camadas devem ser compactadas a um mínimo de 93% do AASHTO modificado
assegurando que o material não tem uma deterioração excessiva. O nível de
compactação (controlo do peso volúmico em campo) deve ser verificado através dos
ensaios pelo método da garrafa de areia ou Troxler.
Para a aplicação do aterro, deve ser construído o abaulamento necessário na direcção
transversal de acordo com as especificações.
A superfície do leito da estrada não deve ter irregularidades e deve escoar livremente..
O Empreiteiro deve controlar o perfil longitudinal para assegurar que as inclinações
máximas permitidas não são ultrapassadas. O Fiscal deve verificar a implantação, os
trabalhos de levantamento e os perfis longitudinais e horizontais resultantes, incluindo
a inclinação com vista a assegurar a sua conformidade com o projecto e deve emitir os
documentos de aprovação correspondentes.
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais O Fiscal deve verificar a qualidade do material através de ensaios granulométricos, de
plasticidade e de compactação e deve emitir os documentos de aprovação
correspondentes.
Os materiais provenientes da câmara de empréstimo numa distância de 75m ou as
valetas devem estar em conformidade com requisitos de qualidade para os aterros, de
acordo com o projecto (CBR mínimo de 10% caso não seja especificado no projecto).
87
Medição m³
Mede-se o volume dos solos colocados depois da sua compactação.
MDE
88
Actividade: Escavação, Transporte, Espalhamento, Nivelamento, Rega e
Compactação de Solos em Aterro Código:
DMT < 500 m 320
500 ≤ DMT < 1000 m 321
DMT > 1000 m 322
Código de
referência
Utilização Estes códigos são utilizados para a importação de materiais de enchimento para a
construção de aterros de estrada e enchimentos, incluindo a identificação das câmaras de
empréstimo, se for necessário aumentar a altura da estrada para atender ao alinhamento
longitudinal ou melhorar a drenagem. Ver Foto 7.1.
Se a distância média de transporte for inferior a 75 m deve-se usar o código 310 com
utilização de meios de transporte manuais (carrinho de mão).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego;
Controlo do nível e da largura da estrada;
Levantamento topográfico do eixo da estrada e determinação dos seus perfis
longitudinal e transversal de tal forma que minimizam os movimentos de terras
respeitando o padrão referente à classe da estrada;
Identificar câmaras de empréstimo ou locais ao longo do traçado da estrada com
excedentes de solos aprovados pelo Fiscal;
Escavação e carregamento de solos;
Transporte, descarga, espalhamento, rega e compactação do material;
Colheita de amostras e ensaios de granulometria, de plasticidade e de compactação;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Deve existir sempre um traçado que pode ser utilizado com segurança e sem provocar
danos por falta de aderência dos veículos e/ou sem interromper o movimento do
tráfego por períodos superiores a 10 minutos;
As dimensões e as cotas de aterro devem ser executadas de acordo com as
características descritas no desenho do projecto ou com as instruções do Fiscal;
A superfície do aterro deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidades maiores
do que 2 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento e deve drenar
livremente;
Deve ser formado um declive transversal no aterro de acordo com o projecto;
Técnicas apropriadas de topografia, como por exemplo, estacas de nível, aparelho de
nível, níveis de bolha, ranhuras ou cruzetas, devem ser utilizadas para delinear o
trabalho e controlar a sua execução;
Escavação somente dos solos que ficam fora do perfil final da plataforma;
O Fiscal deve aprovar os solos a serem utilizados no aterro, com o uso de ensaios de
granulometria, de plasticidade e de compactação, caso o Fiscal considere necessário;
O Empreiteiro deve monitorizar a qualidade dos solos escavados, para verificar que
não variam das amostras aprovadas pelo Fiscal;
Os solos devem ser transportados sem danificar outras áreas das obras concluídas ou
afectar troços de estrada em que as intervenções não foram inicialmente previstas;
Qualquer material com diâmetro superior a 7,5 cm será removido ou quebrado em
tamanhos menores antes de ser compactado;
Espalhar os solos em camadas com espessura máxima de 15 cm, regando quando for
preciso para atingir o teor óptimo de humidade;
Deve-se compactar até 93% do AASHTO Modificado ou até que não haja sinais de
deformação com passagens sucessíveis do cilindro, tomando as precauções
necessárias para evitar a degradação excessiva do material. O grau de compactação
deve ser verificado através dos ensaios de garrafa de areia ou de Troxler.
A superfície do perfil longitudinal deve cumprir com as normas padrão de estradas em
termos da inclinação máxima permitida e da curvatura vertical;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Materiais O Fiscal deve controlar a qualidade dos solos a serem utilizados através de ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação e emitir o documento de aprovação
respectivo;
O solo aplicado no aterro deve ter um CBR mínimo de 15%.
89
3
Medição m
Medição do volume do solo após a compactação.
MDE
90
Actividade: Abaulamento, regularização, rega e compactação da plataforma (sub- Código: 330
base) usando material escavado da valeta
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para os movimentos de terraplanagem envolvidos na construção do
abaulamento da plataforma da estrada com uso dos solos escavados na construção das
valetas.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Colocação de estacas nas bermas da estrada indicando o nível de enchimento;
Marcação de tarefas;
Espalhamento e regularização dos solos que resulta da escavação das valetas para
modelar o abaulamento;
Controlo da inclinação do abaulamento;
Rega e compactação da fundação;
Retirar a sinalização temporária;
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Normalmente são utilizados solos procedentes da escavação das valetas para a
construção da fundação caso o Fiscal aprove a sua utilização. Se necessário, pode
acrescentar-se material proveniente do mesmo local do material do aterro para da
fundação, caso o Fiscal aprove a sua utilização para esta finalidade;
Deve haver o cuidado de assegurar que os solos provenientes das valetas são
adequados para a construção da fundação;
O material descarregado sobre o leito do pavimento para a modelação do abaulamento
deve ser espalhado e qualquer material indesejado, como blocos maiores que 7,5 cm,
materiais vegetais ou orgânicos, deve ser eliminado; O solo deve ser espalhado e a
espessura das camadas compactadas não deve exceder os 200 mm (normalmente, a
espessura de compactação das camadas preferencialmente utilizada corresponde a
150 mm);
A fundação deve ser executada de acordo com as características descritas no desenho
tipo do perfil transversal tipo (largura e abaulamento);
O factor de empolamento do solo, ou seja, a alteração no volume passando de solto
para a condição de compactado, situa-se normalmente nos 1,2 e 1,3. Por exemplo se o
factor de empolamento é de 1,2, para se atingir uma espessura de camada
compactada correspondendo a 150 mm, a espessura da camada antes da
compactação deve corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm). O factor de
empolamento real deve ser determinado através da construção de um troço
experimental;
Deve determinar-se o teor óptimo de humidade de compactação;
Em caso de utilização de métodos de construção manuais, o solo deve ser regado
ficando a humidificar durante a noite. A quantidade de água deve ser tal que permita
elevar o teor de humidade do solo até ao teor óptimo de humidade;
Em caso de utilização de métodos mecânicos, o material deve ser regado, misturado e
compactado com o teor óptimo de humidade;
Nos casos em que não estejam disponíveis outros métodos, a humidade de
compactação deve ser determinada através de métodos manuais. Considera-se que o
material se encontra a um teor óptimo de humidade quando uma amostra de solo
formar uma bola e esta não se desintegrar quando cair na palma da mão a uma altura
de 1 m ou quando a bola fissurar se for pressionada com o dedo. Se a bola se
desintegrar completamente, significa que a humidade se encontra abaixo do teor
óptimo e se esta se deformar sem fissurar ou se libertar humidade significa que tem
demasiada humidade. [Poderão ser utilizados outros métodos em campo. Por
exemplo, o método do banho de areia, que consiste em encher um prato com areia
quente e em aquecer na areia quente uma amostra de solo humedecida, sendo em
seguida novamente pesada];
A compactação do material deve ser realizada com a ajuda de cilindros vibradores
pneumáticos (que poderão ser do tipo rebocável) ou, no caso de uso de mão-de-obra
manual, cilindros vibradores apeados;
A compactação deve ser efectuada até não ser possível obter uma densificação
adicional pela passagem dos cilindros (compactação até à “nega”). Isto poderá ser
determinado através da construção de um troço experimental. Este procedimento
envolve a colocação de tacos no solo ou na fundação após a rega, amassadura e
nivelamento do material até este estar pronto para ser sujeito a compactação. O
espaçamento entre os tacos deve ser o adequado que permita a passagem do cilindro
sem os afectar. Estica-se um fio sobre os tacos e a altura do fio é medida desde a
camada do solo em posições predefinidas (mínimo de 5 posições). Em seguida,
91
efectua-se uma passagem do cilindro e mede-se novamente a altura. Este
procedimento é repetido até cerca de 15 passagens. A altura ou de preferência a
variação da altura é anotada, sendo colocada num gráfico com o número da
passagem. O gráfico nivela quando já não ocorre mais nenhuma alteração na altura
durante as passagens seguintes e o número de passagens correspondente
assinaladas no gráfico é o número mínimo de passagens até ao ponto de “nega”. Os
cilindros modernos permitem determinar o ponto de “nega” automaticamente. Deve-se
também verificar a degradação dos materiais através da verificação da granulometria
antes e após a compactação.
O número de passagens necessário depende da capacidade do cilindro. Deve
construir-se um troço experimental para a determinação do número exacto de
passagens necessário para assegurar a obtenção do nível de compactação exigido
(95% AASHTO Mod.)
O nível de compactação deve ser determinado quer através do método da garrafa de
areia (assegurar a calibração da areia) quer através do método Troxler (deverá estar
calibrado);
Devem ser efectuados ensaios adicionais dos materiais presentes na estrada, após
mistura, de forma a assegurar a sua conformidade com as normas de qualidade;
Após compactação, a largura, pendente e espessura devem ser medidos e
comparados com as especificações indicadas nos projectos. Deve utilizar-se uma
régua de abaulamento para controlar o pendente e o abaulamento e um sistema de
verificação da espessura (os buracos escavados durante o método da garrafa de areia
poderão ser utilizados para este efeito);
A pendente deverá estar conforme o projecto e deverá permitir a evacuação rápida da
água da superfície da estrada. Deverão ser evitados danos à superfície ou transporte
de material sobre a superfície;
A inclinação do abaulamento depois da compactação deve ser de 5 % para estradas
não asfaltadas e de 2,5 % para estadas asfaltadas e um máximo de 8 % nas
sobreelevações. Maiores inclinações ou pendentes favorecem a erosão da superfície
da estrada;
Os limites da tolerância aceitáveis para a largura da estrada são de ± 20 mm e para o
abaulamento são de ± 0,5 %;
O controlo do abaulamento deve ser feito por meio de nivelamento automático (ou com
uso de régua de abaulamento e de um nível de bolha, para trabalhos realizados
manualmente);
A superfície deve ser plana e livre de ondulações ou irregularidade maiores do que 2
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
Evitar que o material solto fique nas áreas de drenagem da estrada;
Remover a sinalização temporária.
Materiais O Fiscal deve controlar a qualidade dos solos a serem utilizados através de ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação e emitir o documento de aprovação
respectivo;
O solo aplicado no aterro deverá ter um CBR mínimo de 15%. Deve-se compactar até
93% do AASHTO Mod. ou até que não haja sinais de deformação com passagens
sucessivas do cilindro, tomando as precauções necessárias para assegurar que não
há degradação do material. O grau de compactação deve ser verificado através dos
ensaios de garrafa de areia ou Troxler.
3
Medição m
Medição do volume do solo após a compactação.
MDE
92
Actividade: Bases de solos estabilizados mecanicamente (Camada de saibro) Código:
DMT 1 km: de 0 até 2 km 340
DMT 3 km: de 2 até 4 km 341
DMT 5 km: de 4 até 6 km 342
DMT 7 km: de 6 até 8 km 343
DMT 9 km: de 8 até 10 km 344
DMT 12,5 km: de 10 até 15 km 345
DMT 17,5 km: de 15 até 20 km 346
Transporte a mais de 20 km 347
Código de SATCC 3400
referência
Utilização Utiliza-se estes códigos para a colocação de uma camada de saibro na superfície da faixa
de rodagem após a realização e aprovação dos trabalhos relativos ao código 330
(Abaulamento, regularização, rega e compactação da sub-base).
Os códigos 340-346 incluem a escavação, transporte e colocação do saibro, enquanto o
código 347 é utilizado somente para pagar a transporte adicional acima de 20 km.
A escolha do código depende da Distância Média de Transporte (DMT) entre a câmara de
empréstimo e o local de ensaibramento. Não se utiliza este código nos troços de estradas
com solos naturais com propriedades semelhantes às do saibro, e o Fiscal decide quando
não é necessária a colocação de saibro.
Este código utiliza-se também para a colocação de solos de mistura, importados para
serem misturados com o solo natural da base, com o fim de melhorar as suas
propriedades. Para a abertura da câmara de empréstimo e o seu acesso, utiliza-se o código
351, e para o seu fecho, o código 352.
Tarefas Compra de licenças para a exploração de saibro;
incluídas Localizar as câmaras de empréstimo identificadas durante a fase de planeamento;
Limpeza de arbustos e capim;
Remoção do material depositado e armazenamento na periferia da câmara de
empréstimo;
Armazenamento do material de base;
Execução dos ensaios laboratoriais necessários para (i) verificação da conformidade
da qualidade do saibro com as normas e (ii) verificar que os resultados dos ensaios de
compactação e de resistência satisfazem as normas;
Colocação de sinalização de segurança na secção da estrada a ser ensaibrada;
Marcar o eixo e o limite da faixa de rodagem com estacas e indicar a espessura do
saibro (nível de enchimento);
Marcação de tarefas nos casos em que sejam empregues métodos manuais;
Preparação da plataforma, incluindo a sua regularização e / ou reparação,
escarificação, e rega para receber o saibro;
Carregamento, transporte, espalhamento, regularização, rega e compactação do
saibro;
Colocação de montes de saibro ao lado da estrada em cada 200 m para a sua futura
manutenção;
Retirar a sinalização temporária uma vez concluídas todas as actividades.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
De forma a assegurar uma circulação segura do tráfego deve garantir-se a não
existência de perigos resultantes da falta de aderência de veículos sem tracção às 4
rodas e que a circulação de veículos não é interrompida por períodos superiores a 10
minutos;
Deve comprar-se uma licença para a exploração de saibro junto do Ministério das
Minas em cumprimento dos regulamentos nacionais para a extracção de materiais
naturais;
A câmara de empréstimo previamente identificada durante a fase de planeamento
deve ser demarcada, incluindo a colocação de marcos de betão marcando a área
abrangida pela câmara de empréstimo;
A área deve ser limpa de árvores e outra vegetação incluindo capim e raízes até uma
profundidade de 150 mm, sendo esta actividade paga sob o Código 348;
O material resultante da abertura da câmara deve ser removido e armazenado nas
periferias da câmara de empréstimo. Este material poderá ser utilizado para mistura ou
aterro após devida aprovação por parte do Fiscal, sendo esta actividade paga sob o
Código 348;
O material escolhido deve ser empilhado e a parte superior e inferior das pilhas devem
ser planas e rectangulares para facilitar a medição das quantidades do material, sendo
esta actividade paga sob o Código 348;
Devem ser recolhidas 3-5 amostras por pilha para fins de ensaios de qualidade. A
93
colheita e ensaio de amostras devem ser pagas sob o Código 710;
Nos casos em que o abaulamento efectuado sob o Código 330 necessitar de algumas
reparações antes da colocação da camada de base ou de sub-base, o empreiteiro
deve assumir inteira responsabilidade pelas reparações;
Os materiais devem ser carregados, transportados e despejados com um
espaçamento predefinido de forma a atingir-se a espessura necessária das camadas
de base e sub-base;
O solo deve ser espalhado e a espessura da camada após compactação não deve
exceder os 200 mm (normalmente, a espessura preferível das camadas para
compactação corresponde a 150 mm);
O factor de empolamento do solo, i.e., a alteração no seu volume desde o estado solto
até ao estado compactado, varia entre 1,2 e 1,3. Para atingir uma espessura de 150
mm de camada compactada a espessura da camada antes da compactação deve
corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm). O factor de empolamento efectivo deve
ser determinado com base nos resultados obtidos no troço experimental;
Deve determinar-se o teor óptimo de humidade para compactação;
Nos casos em que não estejam disponíveis outros métodos, a humidade de
compactação deve ser determinada através de métodos manuais. Considera-se que o
material se encontra a um teor óptimo de humidade quando uma amostra de solo
formar uma bola e esta não se desintegrar quando cair na palma da mão a uma altura
de 1 m ou quando a bola fissurar se for pressionada com o dedo. Se a bola se
desintegrar completamente, significa que a humidade se encontra baixo do teor óptimo
e se esta se deformar sem fissurar ou se libertar humidade significa que tem
demasiada humidade. [Poderão ser utilizados outros métodos em campo. Por
exemplo, o método do banho de areia, que consiste em encher um prato com areia
quente e em aquecer na areia quente uma amostra de solo humedecida, sendo em
seguida novamente pesada];
A compactação do saibro deve ser feita com cilindro vibrador pneumático (que poderá
ser do tipo rebocável) ou, no caso de emprego de mão-de-obra manual, com cilindro
vibrador do tipo pedestre;
A compactação deve ser efectuada até não ser possível obter uma densificação
adicional pela passagem dos cilindros (compactação até à “nega”). Isto poderá ser
determinado através da construção de um troço experimental. Este procedimento
envolve a colocação de tacos no solo ou na fundação após a rega, amassadura e
nivelamento do material até este estar pronto para ser sujeito a compactação. O
espaçamento entre os tacos deve ser o adequado que permita a passagem do cilindro
sem os afectar. Estica-se um fio sobre os tacos e a altura do fio é medida desde a
camada do solo em posições predefinidas (mínimo de 5 posições). Em seguida,
efectua-se uma passagem do cilindro e mede-se novamente a altura. Este
procedimento é repetido até cerca de 15 passagens. A altura ou de preferência a
variação da altura é anotada, sendo colocada num gráfico com o número da
passagem. O gráfico nivela quando já não ocorre mais nenhuma alteração na altura
durante as passagens seguintes e o número de passagens correspondente
assinaladas no gráfico é o número mínimo de passagens até ao ponto de “nega”. Os
cilindros modernos permitem determinar o ponto de “nega” automaticamente. Deve-se
também verificar a degradação dos materiais através da verificação da granulometria
antes e após a compactação;
O número de passagens de cilindro dependerá da sua capacidade. O Empreiteiro deve
ensaiar para determinar o número de passagens exacto para que seja garantido o
nível de compactação desejada (95% do AASHTO Modificado);
O grau de compactação deve ser determinado através de ensaio utilizando o Método
da garrafa de areia (a areia deve estar calibrada) ou do método de Troxler (deve estar
calibrado);
Devem ser efectuados ensaios adicionais dos materiais presentes na estrada, após
mistura, para assegurar a sua conformidade com as normas de qualidade;
Após a compactação em toda a largura, deve-se medir o declive transversal e a
espessura e comparar com as especificações indicadas no projecto. Deve-se utilizar a
régua de abaulamento para controlar o declive transversal e o abaulamento e um
método de verificação da espessura (os furos abertos durante o método da garrafa de
areia podem ser utilizados para este fim);
Os limites de tolerância máxima correspondem a ±20 mm, no que se refere à largura,
±5 mm no que se refere à espessura e ±0,5%, no que se refere ao declive transversal.
O declive transversal não deve apresentar ondulações e irregularidades superiores a 2
cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de comprimento;
Devem ser colocados em intervalos de 200 m ao longo da estrada, montes de saibro
94
3
de 3 m de volume, localizados para fora da faixa da estrada e da valeta, para
actividades de manutenção futuras;
Retirar a sinalização temporária após a conclusão de todas as actividades.
Materiais O saibro deverá ser proveniente de fontes aprovadas pelo Fiscal;
Relativamente às estradas não asfaltadas, as características devem estar em
conformidade com TRH 20:
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton (AIV) entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no
gráfico Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a
seguir apresentado e devem ficar representados dentro das áreas E1 e E2
Figura 7.2.
Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20 – Figura 7.2, só é válida para a
qualidade de circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas
revestidas. Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda
de saibro e de evolução da rugosidade;
A seguir apresentam-se as especificações baseadas no desempenho (Figura 7.1) para
materiais da camada de desgaste e devem ter precedência sobre as especificações de
qualidade de circulação.
95
Figura 7.2: Especificações referentes às camadas de desgaste (qualidade de
circulação)
Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no
peneiro com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com
abertura 26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm) x
% de material que passa no peneniro com abertura de 4,75mm/100
O solo deve estar isento de materiais impróprios e de vegetação.
A camada deve ser compactada até uma densidade mínima de 95% do AASHTO
Modificado.
O CBR deve ter um valor igual ou superior a 15%.
Código 347
3
m .km
Se a distância desde a câmara de empréstimo até ao local de descarga do material for
superior a 20 km, o trabalho correspondente deve ser reembolsado em conformidade com
o código 347. O montante de reembolso deve corresponder ao cálculo da distância extra
3
(em km) multiplicado pela quantidade de material em m .
Exemplo:
Se a distância de transporte corresponder a 30 km e o volume da carga corresponder a
3
2000 m , o montante a ser pago é calculado da seguinte forma:
Distância extra para além dos 20 km = 30-20 km = 10 km
3
Quantidade de solo = 2000 m
3
Medição para efeitos de pagamento = 2000 x 10 = 20000 m .km
Os materiais que sejam aplicados para além da espessura exigida não serão pagos.
96
Actividade: Câmaras de empréstimo Código:
Abertura de câmara de empréstimo 348
Reabilitação e/ou fecho de câmara de empréstimo 349
Código de
referência
Utilização Código 348
Utiliza-se este código para todas as actividades necessárias na abertura e preparação de
uma câmara de empréstimo. (Foto 7.2).
Código 349
Utiliza-se este código para todas as actividades necessárias para a reabilitação e fecho de
uma câmara de empréstimo, com vista à minimização do impacto ambiental e dos riscos
que representa.
Tarefas Código 348
incluídas Colocação de sinalização de segurança.
Obtenção da lista e dos detalhes referentes às câmaras de empréstimo identificadas
durante a fase de planeamento do projecto (Manual LVRs Vol 1);
Obtenção dos resultados dos ensaios dos materiais realizados durante os trabalhos de
prospecção;
Demarcação da área de escavação (definição das tarefas em caso de aplicação do
método baseado em meios manuais);
Limpeza da área e remoção da vegetação e demolição dos eventuais elementos
desnecessários situados dentro da área de trabalho e no acesso à câmara de
empréstimo;
Escavação e remoção do material de cobertura;
Escavação de furos de sondagem para marcação da profundidade de escavação, em
caso de trabalhos baseados em métodos manuais;
Escavação do material;
Armazenamento do material;
Construção do acesso à câmara de empréstimo;
Retirar a sinalização temporária.
Código 349
Colocação de sinalização de segurança;
Redução da inclinação de taludes laterais;
Espalhamento de solos superficiais escavados na abertura da câmara de empréstimo;
Plantio de relva de cobertura;
Conservação do plantio com rega durante os primeiros 30 dias;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Código 348
Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
A câmara de empréstimo deve ficar situada a pelo menos 50 m da reserva da estrada;
A sua localização deve ser planificada para minimizar a necessidade de ocupar
terrenos em uso ou de derrubar árvores;
Os solos de recobrimento devem ser removidos para fora da área de demarcação da
câmara de empréstimo e armazenados. Estes poderão ser eventualmente utilizados
em misturas com agregados e poderão ser utilizados na reabilitação da câmara de
empréstimo após a extracção do material (saibro);
Imediatamente após o armazenamento do material necessário, deve efectuar-se a
colheita de amostras adequadas, sendo estas enviadas imediatamente para o
laboratório a fim de serem sujeitas a ensaio. Esta actividade será paga sob o Código
710. Os ensaios devem incluir a plasticidade, a granulometria, a compactação, o CBR
e outros conforme for especificado pelo Fiscal;
A quantidade de material disponível na câmara de empréstimo deve ser verificada.
Esta poderá ser calculada com base na medição dos volumes de materiais
armazenados. Os factores de empolamento dos materiais apresentados no Código 340
a 347 devem ser utilizados para a determinação da aptidão ao uso do material no troço
de aplicação, de acordo com os dados apresentados no diagrama de transportes de
volumes (este diagrama deve indicar qual a câmara de empréstimo que cobre os
vários troços de estrada);
Retirar a sinalização temporária.
97
Código 349
Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
A inclinação máxima dos taludes da câmara de empréstimo não deve ultrapassar 45º;
Com base nas instruções do Fiscal, os solos de cobertura que foram removidos
durante a abertura da câmara de empréstimo devem ser recolocados no local de forma
a favorecer o crescimento da vegetação;
Uma cobertura constituída por relva deve ser plantada e regada durante um mês;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável
Medição UN
Medição do número de câmaras de empréstimo abertas e reabilitadas durante a
vigência do contrato.
MDE
Câmara de empréstimo de saibro siltoso de calcreto Câmara de empréstimo profunda de areia vermelha.
Saibro com material de recobrimento armazenado Reabilitação difícil
lateralmente
98
Actividade: Construção da Base / Sub-base Código:
Estabilização de solos in-situ com cimento – (espessura e 350
percentagem de cimento são pré- predefinidos)
Agente estabilizante para código 350 (Cimento) 351
Código de SATCC 3500
referência
Utilização Utilizam-se estes códigos para estabilização de material usado como base ou sub-base de
pavimento, com a mistura com um agente, nomeadamente cimento Portland. O solo-
cimento é uma mistura de solo, cimento e água em proporções definidas de acordo com o
estudo da mistura, incluindo a dosagem de cimento a qual é influenciada pela
granulometria do solo, e pela resistência do material estabilizado.
Este código inclui as actividades de mistura, regularização, nivelamento, rega e
compactação do material de base ou de sub-base, Foto 7.3. A quantidade de cimento é
reembolsada sob o código 351. A importação de solos para a sub-base são reembolsados
sob os códigos 340 – 347.
É importante realizar ensaios para garantir que a qualidade das bases ou das sub-bases
estabilizadas com cimento está de acordo com as especificações. Isto será pago de acordo
com o disposto na série 700.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego;
Fornecimento e armazenamento de materiais;
Marcação de tarefas;
Construção de um troço experimental e identificação dos materiais e da % de cimento
que cumpre as especificações do projecto em conjunto com o Fiscal;
Marcar o eixo e o limite da faixa de rodagem com estacas;
Limpeza e preparação da superfície da (sub) base;
Distribuição do cimento sobre a camada de (sub) base;
Mistura de solos da (sub) base com cimento;
Rega, regularização e compactação da (sub) base pago de acordo com os códigos
340-347;
Protecção e cura da (sub) base estabilizada;
Limpeza do local de trabalho;
Retirar a sinalização temporária após a conclusão de todas as actividades.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve aplicar as medidas necessárias para a circulação segura e
ininterrupta do tráfego. Isto poderá implicar a construção de um desvio provisório de
acordo com as instruções do Fiscal.
O Empreiteiro deve proceder ao armazenamento dos materiais de forma a evitar a
contaminação destes.
É essencial realizar um controlo da qualidade. As amostras devem ser colhidas de
vários locais de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3-5 amostras por pilha).
Devem ser efectuados ensaios granulométricos, de plasticidade e de compactação e
CBR/DCP-DN.
O cimento a ser utilizado deve ser do tipo Portland em conformidade com a norma
SABS 471 ou equivalente. O cimento deve ser armazenado em edifício próprio,
protegido da humidade e sem estar em contacto com as paredes, chão ou terreno. O
cimento armazenado por mais de 8 semanas não pode ser utilizado na obra. A areia e
a pedra devem ser colhidas em fontes devidamente aprovadas pelo laboratório de
província e em conformidade com a norma SABS 1083 ou equivalente. A areia e a
pedra devem ser limpas; sem conterem vestígios de argilas ou de matéria orgânica.
O equipamento e as ferramentas a utilizar devem ser aprovados pelo Fiscal.
Devem ser realizados levantamentos topográficos para o controlo das obras, como por
exemplo, através da fixação de estacas para marcação dos níveis para a camada de
(sub) base para servir de guia aos técnicos de operação das niveladoras durante o
corte final.
Os trabalhadores envolvidos devem ser equipados com fatos-macacos, luvas,
máscaras de respiração, óculos e botas.
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Não pode ser feito durante as chuvas, durante período de ventos fortes ou
logo depois das chuvas quando a superfície tem água acumulada.
Construção de um troço experimental para identificação dos materiais, das misturas,
calibrar o equipamento de mistura e estabelecer a metodologia de execução junto com
o Fiscal;
99
É necessária a realização de ensaios de laboratório, a fim de garantir obras de boa
qualidade em conformidade com as especificações. Isto será pago de acordo com o
disposto na Serie 700.
Demarcação e delimitação da área de trabalho.
Limpeza e preparação da camada de (sub) base removendo o material impróprio.
Os sacos de cimento devem ser distribuídos uniformemente na superfície, em toda a
largura da faixa de rodagem, segundo as especificações da dosagem (o espaçamento
varia de acordo com o teor de cimento). A posição para colocar os sacos de cimento
deve ser medida e marcada.
Antes de iniciar a mistura e espalhamento de cimento, os sacos serão contados e
registrados com a presença do Fiscal.
A distribuição do cimento deve ser tal que o processo de mistura, regularização, rega,
compactação de solos, corte final e acabamento não deve exceder um intervalo de 8
horas a partir do momento em que o cimento entra em contacto com os solos da
camada de (sub) base. O intervalo de tempo desde o início da mistura até a sua
finalização a partir do momento da primeira adição de água deve ser inferior a 6 horas.
Isto é importante para a obtenção da resistência indicada no projecto.
Devem ser tomadas precauções no manuseio de cimento, devendo ser utilizada a
abordagem correta, que inclui a prevenção de danos ao meio ambiente e os riscos
potenciais para a saúde do pessoal envolvido nas obras e dos utentes da estrada.
Imediatamente após a distribuição do cimento, misturar este com o solo, pela acção da
moto niveladora, grade de discos, máquina recicladora (que simultaneamente promove
a devida pulverização, homogeneização e humidificação do material) ou outro
equipamento aprovado pelo Fiscal em conformidade com a quantidade de solos a
serem estabilizados.
Os limites máximos de tolerância referentes ao teor de cimento após mistura devem
corresponder a ±10% dos valores especificados e o valor mínimo não deve ser inferior
a 70% do valor especificado.
O cimento deve ser misturado apenas até ao nível de profundidade da camada,
evitando a contaminação com o material da camada inferior.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a ocorrência de laminação
e uma mistura inadequada nas juntas de construção.
Deve-se monitorizar o teor de humidade, que não deverá exceder o teor óptimo de
humidade numa percentagem superior a 2%.
A compactação deve ser imediatamente realizada após a finalização dos trabalhos de
nivelamento.
O tipo de cilindro compactador a ser utilizado deve ser escolhido de acordo com o tipo
de solo a ser compactado:
o Cilindro de pés de carneiro seguido da aplicação de um cilindro compactador
pneumático e vibratório, no que se refere aos materiais plásticos.
o Cilindro compactador pneumático e vibratório, no que se refere aos materiais finos
e granulares, incluindo solos arenosos.
o Cilindro de grade seguido de um cilindro compactador pneumático e vibratório, no
que se refere aos materiais de granulometria grossa.
A compactação deve ser realizada desde a berma até ao eixo longitudinal da via, em
caso de abaulamento normal ou desde o lado mais baixo até ao lado mais elevado, em
caso de sobrelevação.
A mistura deve ser nivelada e o corte final deve ser executado por um técnico operador
de niveladora experiente para serem atingidos os níveis exigidos e os limites da
tolerância para as dimensões e níveis finais da base especificadas no projecto.
O período desde o início da compactação até à finalização não deve ser superior a 3
horas.
O nível de compactação deve corresponder a 100% do AASHTO Mod. da densidade
seca obtida em laboratório. Quando não for possível, devido às características dos
materiais, os graus de compactação que efectivamente poderão ser atingidos devem
ser determinados num troço experimental e as alterações ao grau de compactação em
relação ao limite mínimo indicado nas especificações devem ser submetidas por
escrito ao Fiscal.
Os troços finalizados devem ser preparados para dar imediatamente início ao processo
de cura. O troço deve ser protegido e curado durante um período mínimo de 7 dias.
O processo de cura deve consistir num método que permita manter de forma constante
a humidade da superfície da camada, devendo-se adicionar água 24 horas após a
finalização do processo de construção:
o Aplicação de uma faixa de areia sobre a camada e manutenção da humidade da
areia durante todo o período de cura.
100
o A impregnação betuminosa não deve ser considerada como uma forma de cura, uma
vez que a prática tem demonstrado que as camadas de base tratadas com cimento
secam sempre mesmo após a aplicação da impregnação betuminosa.
o A aplicação de água directamente sobre a camada de base estabilizada com
cimento, ou seja, sem a camada de areia ou equivalente não é admissível.
Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre a camada de base estabilizada
com cimento até à sua selagem. Poderá ser admitida a circulação pontual de veículos
das obras mas apenas após 7 dias de cura.
Nos casos em que não tenha sido criado um desvio provisório, para a construção da
camada de base tratada com cimento, a circulação deve realizar-se numa única faixa
de rodagem, antes de se proceder à construção da camada de base tratada com
cimento na outra faixa de rodagem. Isto irá permitir evitar a circulação do tráfego nas
camadas de base tratadas com cimento durante longos períodos de tempo, o que
poderá levar à danificação severa da superfície da camada de base. Os defeitos que
possam surgir em resultado da circulação do tráfego numa camada de base não
selada podem levar à rotura prematura da camada de base e da camada superior
pouco tempo após a finalização da construção da estrada, uma vez que o desgaste
das camadas de base com cimento é difícil de corrigir, afectando também a adesão
entre a camada de base e a camada superior.
Após a finalização da cura, a laminação, que resulta essencialmente da compactação
de camadas finas de material sobre uma superfície lisa da camada de base com
cimento, deve ser verificada através do arrastamento de uma corrente sobre a
superfície. A diminuição no ruído provocado pelo arrastamento da corrente na
superfície é indicativa da presença de laminação na camada de base. A camada
laminada deve ser inteiramente removida e a escavação deve ser preenchida com uma
mistura betuminosa a frio.
A área de obras deve ser limpa e todos os materiais recolhidos devem ser depositados
num local aprovado pelo Fiscal, a uma distância mínima da reserva da estrada de 10
m, devendo ser espalhado numa camada com uma espessura máxima de 20 cm.
Retirar a sinalização temporária após a conclusão dos trabalhos.
Material Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou equivalente.
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro material
orgânico/químico que poderá enfraquecer a qualidade do betão.
Medição Código 350
3
m
As medições são feitas no volume de solo estabilizado compactado.
Código 351
Toneladas
A quantidade de cimento mede-se em Tonelada de cimento Portland.
101
Espalhamento em distâncias predefinidas Pulvemixer para a estabilização de materiais com
cimento
102
Actividade: Construção de camadas de base tratadas com emulsões (BTE) Código:
Compactação
Espalhamento, corte final e compactação das BTE.
Cura das BTE.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória no local dos trabalhos com vista a
assegurar a segurança rodoviária.
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para assegurar a circulação
segura e ininterrupta do tráfego, no local dos trabalhos. Isto poderá incluir a
construção de um desvio temporário de acordo com as instruções do Fiscal.
O Empreiteiro deve proceder ao armazenamento dos materiais de forma a evitar a
contaminação destes.
É essencial efectuar um controlo da qualidade. As amostras devem ser colhidas em
diferentes locais de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3-5 amostras por
pilha). Os ensaios devem incluir ensaios granulométricos, de plasticidade e de
compactação.
É possível diluir a emulsão com água para retardar a rotura mas deve tomar-se as
medidas necessárias para evitar exceder o OFC.
103
O material deve ser cuidadosamente amassado com água de forma a dar origem a
uma mistura homogénea.
A emulsão deve ser pulverizada no material humedecido de forma a permitir a
obtenção das quantidades necessárias para estabilização, com uma tolerância de
±5%.
O material será amassado cuidadosamente, utilizando um destes meios:
o Tractor com grade de discos – passar uma grade de discos a elevada velocidade
sobre o material imediatamente após a aplicação da emulsão de forma a que a
amassadura seja efectuada antes da rotura da emulsão. A amassadura deve
continuar até à homogeneização total da BTE.
o Central com “rotavators” ou “pulvemixers” – são equipamentos pesados que
permitem a aplicação da água e da emulsão no material mantendo a rotação da
mistura a elevada velocidade. Este método permite a obtenção de bons resultados
mas o equipamento é muito dispendioso.
Compactação
A BTE deve ser espalhada em toda a largura de acordo com os níveis da camada de
base indicados no projecto. O corte final deve ser realizado após duas ou três
passagens do cilindro compactador. A superfície da BTE deve estar isenta de
irregularidades; deve ser aplicada uma tolerância máxima de 20 mm no que se refere
às irregularidades medidas com uma régua de 2 m.
Se o material for composto por materiais finos como a areia, deve ser utilizado um
equipamento de compactação leve. Isto poderá incluir a utilização de cilindros
vibradores de 1,7 toneladas, ou de compactadores de pneus leves. Este aspecto é
devido ao facto de os materiais finos não serem suficientemente estáveis e ao facto
da camada de BTE apresentar uma tendência para deformar sob o peso de um
equipamento de compactação pesado.
A compactação deve ser realizada até à nega, excepto nos casos em que existam
sinais de degradação dos materiais.
Contudo, poderá utilizar-se uma central pesada em materiais grossos que apresentam
uma maior estabilidade durante a estabilização com emulsões.
Para efeitos de controlo de qualidade da compactação, os graus de compactação em
campo devem ser medidos com o auxílio do Troxler. O gráfico de avaliação da
compactação deve ser utilizado para a avaliação e aprovação da compactação.
A qualidade da BTE aplicada deve ser determinada através da execução de ensaios
do teor de betume. A quantidade de betume presente na emulsão deve estar em
conformidade com o projecto.
Materiais Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal.
A areia costeira com uma percentagem de partículas entre 90 – 95% passando no
peneiro com abertura de malha de 2 mm ou mais grossa pode ser utilizada para a
construção da BTE.
A emulsão deve ser do tipo SS60 e deve ser certificada pelo fabricante.
3
Medição m
As medições são efectuadas no volume da BTE compactada.
MDE
104
Construção de BTE com base em mão-de-obra Aplicação de emulsão diluída numa camada de base
manual de areia humedecida
Mistura de emulsão e camada de base de areia Aplicação de BTE utilizando uma pavimentadora
utilizando tractor e grade de discos
105
Actividade Construção de camadas de desgaste e de camadas de base com Código: 355
misturas de materiais
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a preparação e construção de camadas de base com mistura
de materiais durante a construção de estradas, Foto 7.5. A mistura de materiais para
camadas de base consiste na mistura de 2 ou mais materiais de qualidade individual
inferior mas que ao serem misturados dão origem a um material de qualidade superior. O
material misturado deve preencher as especificações mínimas aplicáveis à camada de
base.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Implantação do estaleiro;
Escavação dos materiais nas câmaras de empréstimo e respectivo armazenamento;
Ensaios de qualidade (granulométricos, de plasticidade e de compactação);
Carga, descarga e espalhamento do primeiro material para atingir a espessura
determinada no projecto de mistura. Carga, descarga e espalhamento do material
seguinte até à espessura indicada no projecto de mistura;
Mistura cuidadosa dos materiais;
Rega, mistura e compactação dos materiais misturados;
Corte final para remoção das irregularidades;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve desenvolver medidas destinadas a assegurar a circulação do
tráfego sem interrupções. Isto poderá envolver a construção de um desvio temporário
de acordo com as instruções do Fiscal;
O Empreiteiro deve armazenar os materiais, evitando a sua contaminação;
É essencial efectuar um controlo da qualidade adequado. As amostras devem ser
colhidas em várias partes de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3 amostras
por cada pilha de armazenamento). Devem ser realizados ensaios granulométricos,
de plasticidade e de compactação;
Deve ser criada uma formulação de mistura com as seguintes proporções: 70:30,
50:50, 30:70 ou outras proporções propostas pelo laboratório de ensaios de material;
Os materiais devem ser carregados, transportados, descarregados e espalhados em
separado. Após o espalhamento, as camadas devem ficar em sobreposição. As
proporções das espessuras devem ser iguais às proporções apresentadas no projecto
de mistura.
A mistura dos materiais deve ser efectuada antes destes serem regados. Quando a
mistura estiver homogeneizada, procede-se à humidificação do material,
prosseguindo o processo de mistura até a água de compactação estar uniformemente
distribuída e atingir o teor óptimo de humidade;
A mistura deve ser compactada até atingir um grau de compactação mínimo de 95%
do AASHTO Modificado ou até à nega da compactação por um cilindro com um peso
mínimo de 8 toneladas;
Relativamente ao controlo da qualidade da compactação, os graus de compactação
em campo devem ser medidos através da garrafa de areia ou do Troxler. O gráfico de
avaliação da compactação deve ser utilizado para a avaliação e aprovação da
compactação.
Materiais Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal;
Os solos que sejam destinados a mistura devem preencher os valores de CBR
mínimos indicados na formulação de mistura. A mistura deve ser sujeita a ensaios e
as suas propriedades deverão preencher as exigências mínimas.
3
Medição m
São efectuadas medições do volume do solo compactado.
MDE
106
Mistura de areia e calcreto Espalhamento da mistura e corte final da camada de
Nota: O processo de mistura também pode ser base misturada utilizando uma niveladora
efectuado através da aplicação dos materiais em 2
camadas seguido de amassadura
Foto 7.5: Construção de uma camada de base com mistura de materiais apresentando os
processos construtivos
107
Actividade Construção de camadas de base reforçadas (“Armoured Bases”) Código:
Agregados para o reforço 356
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a preparação e colocação de camadas de base reforçadas
durante a construção das estradas, Foto 7.6. O reforço das camadas de base consiste na
aplicação de agregado grosso por cima das camadas de base fracas. Este código indica os
procedimentos a adoptar para a utilização do reforço. O objectivo do reforço é o aumento
da capacidade de resistência da camada de base e o reforço da interface entre a camada
de base e a camada superior.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Implantação do estaleiro;
Escavação dos materiais nas câmaras de empréstimo e armazenamento;
Ensaios de qualidade (granulometria, plasticidade, compactação e CBR);
Carga, descarga e espalhamento do primeiro material para atingir a espessura
determinada na formulação de mistura;
Rega e compactação da camada de base;
Aplicação do agregado através de métodos manuais ou mecânicos;
Corte final para remoção das irregularidades;
Rega da superfície da camada de base;
Retirar a sinalização temporária;
Aplicação do agregado e respectivo espalhamento formando uma cobertura uniforme
de agregado;
Compressão do agregado contra a camada de base.
Remover a sinalização temporária
Normas Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve desenvolver medidas destinadas a assegurar a circulação do
tráfego sem interrupções. Isto poderá envolver a construção de um desvio temporário
de acordo com as instruções do Fiscal;
O Empreiteiro deve armazenar os materiais, evitando a sua contaminação;
É essencial efectuar um controlo da qualidade adequado. Para este efeito, as amostras
devem ser colhidas em várias partes de cada pilha de armazenamento (pelo menos 3
amostras por cada pilha de armazenamento). Deve realizar-se ensaios
granulométricos, de plasticidade e de compactação;
Os materiais devem ser carregados, transportados, descarregados, regados e
compactados até atingirem um grau de compactação de cerca de 91% do AASHTO
Modificado;
O agregado, com uma dimensão de 30-40 mm, deve ser colocado e espalhado na
superfície da camada de base compactada. O reforço deve ser verificado e todos os
vazios presentes no agregado devem ser preenchidos à mão;
O agregado deve ser comprimido contra a camada de base com o auxílio de um
cilindro pesado no modo de vibração de amplitude elevada. As passagens do cilindro
devem ser aplicadas uniformemente até à nega. Isto significa que deixa de ocorrer
uma penetração adicional do agregado na camada de base após as várias passagens.
Nesta fase, a camada de base fraca encontra-se perfeitamente reforçada;
Para controlo da qualidade da compactação, os graus de compactação em campo
devem ser medidos através do Troxler. O gráfico de avaliação da compactação deve
ser utilizado para a avaliação e aprovação da compactação.
Materiais Todos os materiais devem ser sujeitos à aprovação por parte do Fiscal.
O CBR do material constituinte da camada de base deve ser sujeito a ensaio e não
deve ser inferior a 20% e o IP não deve ser superior a 22%.
O agregado deve ter uma dimensão entre 20 e 40 mm, sendo admissível uma
dimensão máxima de 50 mm. O agregado deve ser simples e isento de qualquer
revestimento argiloso. Poderá ser constituído por pedra britada, gravilha grossa
peneirada (incluindo calcreto ou calcário, quartzo, riolito, etc.)
3
Medição m
São efectuadas medições do volume do solo compactado.
MDE
108
Espalhamento do agregado para reforço; a camada Espalhamento do agregado utilizando uma
de base de areia é compactada e escarifica-se os 50 niveladora; o agregado pode também ser espalhado
mm do topo desta camada antes da aplicação do com recurso a mão-de-obra
agregado
Troço completo da camada de base reforçada após Camada de base reforçada com tratamento
passagem do cilindro superficial com areia
109
Actividade: Estabilização de taludes Código: 360
Código de
referência
Aplicação Este código destina-se à aplicação em todos os trabalhos a realizar para a estabilização
de taludes em escavações e aterros em zonas com elevado risco de ocorrência de
desabamentos de terreno, queda de rochas ou árvores ou áreas de escavação e aterro e
também após a limpeza dos taludes. Os solos expostos pela escavação em cortes
tornam-se instáveis devido à fraca resistência do solo, à falta de vegetação levando à
ruptura e perda de solos e à falta de uma drenagem superficial adequada nos taludes (tais
como valas de crista).
110
Tabela 7.1: Inclinação (máx.) adequada para os taludes em relação ao tipo
de solos
111
Actividade: Fornecimento e colocação de geotêxtil Código:
Para a separação e estabilização (reforço) dos solos do leito da estrada 370
Preparação da superfície:
O talude da superfície deve estar em conformidade com o projecto de forma a garantir
uma drenagem adequada da superfície.
A superfície deve estar limpa de pedras com dimensão superior a 25 mm e de
objectos afiados.
Em áreas pantanosas, poderá deixar-se vegetação nas superfícies onde o geotêxtil
irá ser colocado desde que os objectos afiados sejam removidos.
Todos os troncos e arbustos devem ser cortados até um nível de profundidade de 20
cm abaixo da superfície onde o geotêxtil irá ser colocado. Os buracos resultantes
desta operação devem ser preenchidos com solos aprovados pelo Fiscal.
Neste tipo de terreno, deve implementar-se um sistema de suporte do geotêxtil
durante a sua instalação.
Colocação do geotêxtil:
Em caso de terrenos ingremes, o geotêxtil deve ser esticado com o auxílio de
equipamento tal como um tractor ou qualquer outro equipamento aprovado pelo fiscal.
O geotêxtil deve ser esticado de forma a evitar a formação de ondulações.
O geotêxtil não deve ser exposto a temperaturas elevadas por um período superior a
2 dias.
112
Junção de geotêxteis:
As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser efectuadas através de
processos de sobreposição ou de costura.
Em caso de sobreposição dos rolos de geotêxtil, o rolo de geotêxtil seguinte deve ser
colocado debaixo do rolo anterior.
Comprimento da sobreposição, Tabela 7.2:
Recomenda-se que a sobreposição no final de cada rolo não seja inferior a 1000 mm.
A tolerância máxima aceitável para a sobreposição deve corresponder a ± 50 mm.
Em caso de costura, a densidade dos pontos deve corresponder a um mínimo de 150
a 200 por m e deve ser executada utilizando material sintético (poliéster) com uma
resistência mínima à tracção de 20 kg.
A costura pode ser realizada manualmente ou com uma máquina de costura, Figura
7.3.
Revestimento do geotêxtil:
Recomenda-se o planeamento e coordenação dos trabalhos de preparação do
terreno, colocação do geotêxtil e aplicação da camada de cobertura sobre o geotêxtil
de forma a evitar a exposição prolongada do geotêxtil.
As rodas do equipamento de colocação da camada de revestimento não devem
assentar directamente no geotêxtil.
Caso o geotêxtil fique danificado ou rasgado, deve remover-se o material das áreas
afectadas e deve proceder-se à reparação com remendo sobreposto com os
comprimentos acima indicados, (Tabela 7.2).
Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre o geotêxtil antes da colocação e
compactação do material granular da camada de fundação com uma espessura
mínima de 300 mm, nos casos em que o material granular contenha agregados de
dimensões entre 30 a 50 mm ou uma espessura mínima de 150 mm, caso a
dimensão do material granular seja inferior a 300 mm, evitando-se a danificação do
geotêxtil antes da compactação da camada de solo.
Não deve permitir-se a ocorrência de movimentos de rotação do equipamento sobre o
geotêxtil.
A colocação e espalhamento dos materiais granulares sobre o geotêxtil devem ser
sempre executados no sentido das sobreposições (ou seja, na direcção do
desenvolvimento do projecto).
Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Materiais No âmbito destas normas e tendo em conta as variações nas aplicações e
113
ambientais, não é possível fornecer as especificações técnicas para este material.
Antes de se proceder à aquisição dos geotêxteis, os desenhos do projecto devem ser
consultados para obtenção de especificações técnicas detalhadas e para obtenção da
aprovação por parte do Fiscal. Cada geotêxtil deve ter uma etiqueta contendo
informação acerca do fabrico, número de lote e referência do produto, juntamente
com a certificação de fabrico no que se refere à conformidade com as especificações
técnicas.
2
Medição M
Medições da área de superfície do geotêxtil aplicado de acordo com o desenho do
projecto excluindo as sobreposições.
MDE
114
Actividade: Fornecimento e colocação do geotêxtil Código:
Para filtros (drenagem subterrânea com material granular ou outro) 371
Código 371 envolve a colocação do geotêxtil num dreno para permitir a filtração e
drenagem da água subterrânea e simultaneamente conter os solos adjacentes. As
principais funções do geotêxtil incluem a filtração da água e a prevenção do entupimento
do dreno.
Preparação da superfície:
As paredes e fundo do dreno devem ser alisados.
Em áreas pantanosas, poderá deixar-se vegetação nas superfícies onde o geotêxtil
irá ser colocado desde que os objectos afiados sejam removidos.
Todos os troncos e arbustos devem ser cortados até um nível de profundidade de 20
cm abaixo da superfície onde o geotêxtil irá ser colocado. Os buracos resultantes
desta operação devem ser preenchidos com solos aprovados pelo fiscal.
115
Colocação do geotêxtil:
Recomenda-se a aplicação do rolo de geotêxtil utilizando uma largura que permita
embrulhar o geotêxtil sem necessidade de execução de uma junta paralela ao talude
do dreno.
Cada geotêxtil deve ser desenrolado para se verificar em primeiro lugar se este se
encontra totalmente seco e limpo e em condições adequadas para a sua colocação.
O geotêxtil deve ser cortado manualmente em conformidade com as dimensões
incluindo a sobreposição e esticado no dreno na direcção oposta ao talude
(começando na extremidade inferior e acabando na extremidade superior, cobrindo o
dreno, especialmente a parte inferior e as suas paredes.
O geotêxtil deve ser colocado firmemente em contacto com o fundo e paredes do
dreno colocando-se algumas pedras para evitar a ocorrência de folgas. Para facilitar a
adesão às paredes do dreno, o geotêxtil deve ser humedecido antes da sua
colocação e/ou deve utilizar-se um fio de arame para efectuar esta adesão.
Nos casos em que o geotêxtil se destine a ser utilizado como filtro, este não deve ser
fixado com o auxílio de cavilhas.
Durante a colocação do geotêxtil no dreno deve evitar-se a ocorrência de ondulações
e devem ser tomadas medidas para assegurar o bom contacto com as paredes
deixando um comprimento adequado no topo para uma sobreposição mínima de 300
mm. O geotêxtil deve ser sempre cortado na parte superior do dreno de forma a
assegurar uma sobreposição mínima de 300 mm.
Junção de geotêxteis:
As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser realizadas através de
sobreposição ou costura.
Nos casos em que o dreno tiver uma dimensão inferior a 300 mm, a sobreposição na
parte superior do dreno deve ser no mínimo igual à largura do dreno.
Recomenda-se começar a trabalhar na extremidade jusante em direcção à
extremidade montante do dreno (de forma similar à colocação de telhas em telhados).
Comprimento da sobreposição, Tabela 7.3.
116
Caso o geotêxtil fique danificado ou rasgado, deve remover-se o material das áreas
afectadas e deve proceder-se à reparação com remendo sobreposto com os
comprimentos acima indicados, (Tabela 7.3).
Não deve ser permitida a circulação do tráfego sobre o geotêxtil antes da colocação e
compactação do material granular da camada de fundação com uma espessura
mínima de 300 mm, nos casos em que o material granular contenha agregados de
dimensões entre 30 a 50 mm ou uma espessura mínima de 150 mm, caso a
dimensão do material granular seja inferior a 300 mm, evitando-se a danificação do
geotêxtil antes da compactação da camada de solo.
A colocação e espalhamento dos materiais granulares sobre o geotêxtil devem ser
sempre executados no sentido das sobreposições (ou seja, na direcção do
desenvolvimento do projecto).
Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais Geotêxteis:
117
Actividade: Fornecimento e colocação do geotêxtil Código:
Para protecção contra a erosão 372
Código de SABS 221-88 Ensaio de materiais
referência AASHTO 620 Instalação
AASHTO 705.03 Especificações técnicas
Aplicação O geotêxtil é um têxtil permeável utilizado predominantemente em engenharia geotécnica
para a separação do leito do pavimento, estabilização (ou reforço) dos solos do leito do
pavimento, drenagem subterrânea (filtros) e protecção contra a erosão.
Colocação do geotêxtil:
O geotêxtil deve ser cortado e esticado manualmente sobre o talude/aterro.
O geotêxtil deve ser preso em contacto com a superfície do talude ou aterro sendo
suportado por algumas pedras de forma a evitar a ocorrência de folgas.
O geotêxtil não deve ser fixado com o auxílio de cavilhas nos casos em que este se
destine a ser utilizado como filtro.
Durante a colocação do geotêxtil no dreno deve evitar-se a ocorrência de ondulações
e devem ser tomadas medidas para assegurar o bom contacto com o talude/aterro.
118
As extremidades do geotêxtil devem ser presas tal como ilustrado na Figura 7.4.
Junção de geotêxteis:
As juntas entre rolos adjacentes ou subsequentes devem ser efectuadas através de
sobreposição ou costura.
Recomenda-se a aplicação de um rolo de geotêxtil com largura suficiente para cobrir
toda a largura do talude/aterro, evitando-se a necessidade de realização de juntas
perpendiculares à inclinação do talude/aterro.
Comprimento da sobreposição, Tabela 7.4.
119
Geotêxteis:
No âmbito destas normas e tendo em conta as variações nas aplicações e
ambientais, não é possível fornecer as especificações técnicas para este material.
Antes de se proceder à aquisição dos geotêxteis, os desenhos do projecto devem ser
consultados para obtenção de especificações técnicas detalhadas e para obtenção da
aprovação por parte do Fiscal.
Cada geotêxtil deve ter uma etiqueta contendo informação acerca do fabrico, número
de lote e referência do produto, juntamente com a certificação de fabrico no que se
refere à conformidade com as especificações técnicas.
O geotêxtil destinado à protecção de taludes e aterros deve ser simultaneamente
resistente e ter capacidade de drenagem da água. Recomenda-se a utilização de um
geotêxtil com uma resistência mínima de 900N (tensão), 350N (fractura) e 2000N
(ruptura).
2
Medição M
Medição da área superficial em conformidade com os desenhos do projecto, excluindo
as sobreposições.
MDE
120
Actividade: Construção de estribos de rodagem em conformidade com o projecto Código:
Betão simples 380
Betão armado 381
Alvenaria de pedra 382
Código de
referência
Aplicação Este código destina-se à construção de estribos utilizando betão simples (código 380) ou
betão armado (código 381) ou alvenaria de pedra (código 382) no pavimento da estrada.
Os estribos são utilizados como pavimento rodoviário cujo objective é suportar as rodas
dos veículos. São utilizados em estradas com baixo volume de tráfego particularmente em
taludes extensos (com inclinações superiores a 7% e solos escorregadios) com o objectivo
de melhorar as condições de circulação e a segurança. A escolha de material, as
dimensões e posições devem estar em conformidade com as indicações do fiscal.
Código 382
Colocação e cura da alvenaria de pedra.
Preenchimento e compactação da camada de base nas bordas dos estribos.
Limpeza da área de trabalho.
Remoção de sinalização temporária quando as actividades forem concluídas.
Normas Devem ser colocados sinais adequados na estrada a fim de garantir a segurança
rodoviária.
Os trabalhos devem ser planeados de forma a que a circulação do tráfego seja
interrompida apenas por períodos máximos de 10 min. Deve existir um traçado
demarcado para facilitar a circulação do tráfego e para assegurar as condições de
segurança para os veículos. Recomenda-se a execução dos trabalhos em lados
alternados da via, permitindo a abertura alternada da via ao tráfego e evitando deste
modo a interrupção total da circulação.
A escavação dos estribos deve ser executada de acordo com as dimensões dos
estribos, procedendo à escavação com o auxílio de pás e picaretas e tomando as
devidas precauções para evitar a queda de materiais na escavação. A escavação
deve ser realizada em terreno firme livre de pântanos e matéria orgânica.
121
Figura 7.5: Desenhos ilustrativos do traçado e dimensões para a construção
de um estribo de rodados
Betão
A cofragem deve ser executada utilizando pranchas de madeira com uma espessura
mínima de 2 cm formando caixas e a cofragem deve ser fixada com uma rigidez
adequada para evitar o movimento excessivo durante a colocação do betão.
O betão deve ser da classe B20 com traço 1:2:4 e deve ser moldado na fundação
com uma espessura de 0,2 mm e uma largura de 0,9 mm e um comprimento de 3 m,
Figura 7.5, Foto 7.7
Para a produção do betão da classe B20, consultar código 642.
Nos casos em que seja introduzida uma armadura deve colocar-se uma rede metálica
(6 mm diâmetro @ 200 mm de espaçamento), tal como ilustrado na Figura 7.6.
122
Figura 7.6: Armadura com rede metálica para os estribos em betão de um
estribo de rodados
Alvenaria de pedra
Consultar o código 252 relativamente às normas aplicáveis às obras de protecção
utilizando alvenaria de pedra.
Para a aplicação da alvenaria de pedra, deve colocar-se uma camada de argamassa
de cimento (traço 1:4, cimento e areia) na fundação e as pedras devem ser assentes
na argamassa. A camada superior de pedras deve ser colocada de forma a que as
superfícies mais planas ou lisas das pedras constituam a superfície dos estribos.
Os espaços entre as pedras maiores devem ser preenchidos com pedras mais
pequenas embebidas na argamassa de cimento.
Não deve ser permitida a circulação do tráfego nos estribos durante o período de cura
(7 dias) do betão e da alvenaria de pedra.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar os sinais temporários, após conclusão das actividades.
Materiais Os solos das fundações devem ser compactados a uma densidade mínima de 93%
AASHTO Modificado.
Relativamente às normas dos materiais de betão, alvenaria de pedra e armadura com
rede metálica, consultar os códigos 642, 252 e 633.
2
Medição M
Medição do comprimento da via onde os estribos foram construídos.
MDE
123
8. Série 400 - Pavimento Asfaltado e Revestimento
Uma ligação eficaz entre a superfície do tratamento e a superfície da camada de base é essencial para um bom
desempenho. Isto poderá ser obtido pela utilização de um tipo de betume adequado (impregnação ou colagem)
antes do início dos trabalhos de tratamento da superfície.
124
Tabela 8.1: Desempenho previsto para diferentes tratamentos superficiais
Duração típica do
Tipos de tratamento superficial
ciclo de vida
Tratamento superficial simples com areia 2-3
Tratamento superficial duplo com areia 3-6
Lama asfáltica (slurry seal) 2-4
Revestimento superficial simples 3-5
Revestimento superficial duplo 7-12
Revestimento Otta simples 6-10
Revestimento Otta simples e tratamento superficial com areia 8-12
Revestimento Cape (13mm + lama asfáltica simples) 6-10
Revestimento Cape (19mm + lama asfáltica dupla) 8-14
Revestimento Otta duplo 12-16
Macadame de penetração 12-20
Lajes de betão >20
Empedrado >20
Tratamento
Aplicabilidade
superficial
a) Adequado tanto para volume de tráfego baixo como para alto
b) Barato
Revestimento
c) Ciclo de vida em Estradas de Baixo Volume de Tráfego (RSS – de aproximadamente 4 a
Superficial
7 anos, RSD – de aproximadamente 7 a 12 anos)
d) Construção rápida
a) Inadequado para volume de tráfego baixo, dado que necessita de tráfego para uma cura
adequada
b) Mais caro que RSD
c) Construção difícil – necessita de um período prolongado de cilindragem no caso de
Otta Seal
Estradas de Baixo Volume de Tráfego, de aproximadamente 2 semanas
d) Ciclo de vida longo – de aproximadamente 10 a 13 anos
e) Necessita de pouca manutenção
f)Utiliza agregados naturais disponíveis no local da obra
a) Menos exigente relativamente à qualidade de pedra
b) Ciclo de vida longo de 12-20 anos nas Estradas de Baixo Volume de Tráfego
Macadame de c) Superfície mais rugosa
penetração d) Mais caro do que RSD
e) Pode ser usado em bases fracas, por exemplo, bases de areia
f) Necessita de pouca manutenção
a) Caro
b) Processo de colocação em obra lento se construído manualmente, mas rápido quando
utilizadas centrais de fabrico
Lama Asfáltica
c) Em camadas espessas (15 mm) é resistente (aproximadamente 7 anos) e forte, em
camadas finas (5mm) é muito menos resistente (cerca de 4 anos)
d) Útil em áreas arenosas onde não existe material para outro tipo de tratamento superficial
125
a) Em camada simples não é resistente (aproximadamente 3 anos), em camada dupla é
Tratamento mais resistente (aproximadamente 5 – 6 anos)
superficial com b) Útil em áreas arenosas onde não existe material para outro tipo de tratamento superficial
areia c) Barato
d) Construção fácil e rápida
a) Adequado para intervenções pequenas
b) Lentidão de construção
c) Baixo custo, onde existe pedra
Empedrado d) Pouca manutenção
e) Baixa tecnologia para a construção (construídas manualmente)
f)Alternativa barata à construção de lajes de betão
g) Útil em zonas inclinadas e zonas com água
a) Muito resistentes (> 40 anos)
b) Necessitam de pouca manutenção
Lajes em betão c) Muito caras de construir
d) Lentidão e dificuldade de construção
e) Baixa tecnologia para a construção (construídas manualmente)
Experiência / Baixa √ √
capacidade do Moderada √ √ √
empreiteiro Elevada √ √ √ √ √ √ √
Baixa √ √
Capacidade de
Moderada √ √ √ √
manutenção
Elevada √ √ √ √ √ √ √
Legenda
TSA – Tratamento superficial com areia LA – Lama asfáltica
RSS – Revestimento superficial simples RSD – Revestimento superficial duplo
RC – Revestimento Cape ROS+TSA – Revestimento Otta simples + Tratamento superficial com areia
ROD – Revestimento Otta duplo
126
Actividade: Rega de Impregnação MC 30 Código: 410
Código de SATCC 4100
referência
Utilização Este código é usado para a aplicação de uma impregnação da camada de base (Foto 8.1)
antes da aplicação de um revestimento betuminoso. Betume fluidificado do tipo MC30
(betume 85/100 fluidificado, numa razão de 80% de petróleo e 20% de betume), ou emulsão
betuminosa diluída numa relação de 50/50 com água ou com uma impregnação com alcatrão
(TP7).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área a ser tratada;
Fornecimento e armazenagem de materiais;
Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
Limpeza da base, varrer todo material solto e poeira;
Verificação dos níveis da plataforma;
Humedecer os solos da base com rega de água;
Realização de ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação;
Aplicação da rega de impregnação;
Protecção da rega de impregnação na fase de penetração e cura;
Limpeza da área de trabalho;
Remoção da sinalização provisória.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser organizadas de modo a não interromperem o movimento do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, em segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
A Contratada deve notificar o Fiscal pelo menos 1 dia antes da realização da rega de
impregnação para que as taxas de aplicação possam ser testadas e confirmadas pelo
Fiscal;
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas ou tanques
bem fechados e aprovados pelo Fiscal;
O equipamento e as ferramentas a devem ser aprovados pelo Fiscal;
Devem ser efectuados ensaios com o equipamento a utilizar para controlar as taxas e a
uniformidade de aplicação;
Deve ser inspeccionada a superfície da base e regularizada de modo a corrigir qualquer
defeito ou irregularidade;
A rega de impregnação deverá ser aplicada sobre a base, não mais de que 24 horas
depois da limpeza do material solto da superfície da base;
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do trabalho.
A aplicação da rega de impregnação não pode ser feita durante as chuvas, ou caso
ameace chover, após o pôr-do-sol, durante período de ventos fortes ou logo depois as
chuvas quando a superfície da base tem água;
Antes da aplicação da rega de impregnação a superfície da base deverá ser humedecida
com água de modo a que se quebrem as tensões superficiais. No entanto a rega de
impregnação não deverá de modo algum ser aplicada enquanto a superfície da base
apresentar excesso de água;
A rega deve ser aplicada do modo a dar um tratamento uniforme livre de áreas com
excesso ou com falta da rega de impregnação do tipo MC 30;
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
deverão estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas; Deve ser evitado o
contacto do betume com a pele;
Marcar os limites da área de trabalho, referenciada ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
A rega de impregnação é aplicada numa faixa de cada vez;
Se a rega for aplicada em várias faixas deve verificar-se uma sobreposição parcial de
pelo menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em
posição tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no
princípio e no fim de cada passagem do distribuidor;
A rega de impregnação deverá atingir uma penetração nunca inferior a 3 mm, devendo
preferencialmente ser de 5 mm;
A temperatura de aplicação da rega de impregnação (rega do tipo MC-30) será escolhida
de acordo com as instruções do Fiscal. Para o caso de utilização do MC-30, recomenda-
se temperaturas de armazenamento entre 30-65 ºC e de aplicação entre 45-60 ºC
Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
127
distribuidora estão a funcionar bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada.
Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste da
altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por três
jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada. Este procedimento
é ilustrado na Figura 8.2.
Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, de forma que fique horizontal à secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante;
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que (⅓) do jacto que sai do
último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que a quantidade
correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando se der a
segunda passagem do distribuidor do ligante;
A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior;
Os bordos da impregnação devem ser linhas rectas com tolerância de não mais de que
25 mm; Os limites devem ser marcados com pequenas pedras ou pregos e cordas para
dar um bom alinhamento em recta e uma curvatura em conformidade com os requisitos
do traçado geométrico.
Não deverá ser permitida a circulação do tráfego nos troços recém revestidos;
A impregnação deve romper (curar) completamente (o pneu de carro já não levanta o
material betuminoso, normalmente depois de 7 dias, mas 5 dias pode ser suficiente, em
função das condições atmosféricas) antes de se permitir a passagem do tráfego. Se não
for possível, deve-se espalhar pó de pedra ou areia do rio sobre a rega de impregnação,
sendo que pode ser aplicado apenas após a penetração total da rega (24 a 48 horas
após a aplicação);
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada;
Qualquer defeito deve ser reparado para que as áreas fiquem semelhantes; neste caso
deve ser aplicada uma emulsão estável S60 ou SS60;
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
Resíduos do material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local conveniente
até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
A impregnação betuminosa é obtida da seguinte forma:
o Diluição da emulsão betuminosa (SS60 – 60% de betume) com água numa
percentagem de 50/50. A água utilizada para a diluição deve ser limpa, isenta de
concentrações de ácidos, sais, açúcares ou concentrações de metais.
o Betume fluidificado por solvente de betume com penetração 85/100 com 80% de
querosene para a obtenção de MC30.
Para efeitos de proposta a concurso deve aplicar-se uma rega de colagem numa razão
de 0,6 l/m²;
Antes da aplicação da impregnação betuminosa, deve-se pulverizar a superfície com
água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares ou concentrações de
metais.
Medição m²
As medições são feitas na área impregnada.
MDE
128
Foto 8.1: Camada de base com rega de impregnação – aspecto da distribuição uniforme da rega
(MC30)
129
Actividade: Rega de colagem ‘Fog Spray’ Código: 411
Código de SATCC 4100
referência
Utilização O ‘fog spray’ é utilizado para rejuvenescer revestimentos que apresentam sinais de perda
de agregado, para correcção de defeitos, para selagem de fissuras muito finas (<3 mm) em
pavimentos existentes e para o revestimento de novas bases estabilizadas com emulsão
(ETB) ou bases estabilizadas com cimento. A rega é aplicada com emulsão asfáltica (SS60)
diluída com água numa proporção 50:50.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área a ser tratada;
Fornecimento e armazenamento de materiais;
Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
Limpeza da área de trabalho, varrer todo material solto e poeira;
Ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação;
Aplicação da rega de colagem;
Protecção da rega de colagem durante a cura;
Limpeza da área de trabalho;
Remoção da sinalização provisória.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
O Empreiteiro deve notificar o Fiscal pelo menos 1 dia antes da realização do fog spray
para que as taxas de aplicação possam ser testadas e confirmadas pelo Fiscal;
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
devidamente aprovadas pelo Fiscal; a emulsão deve ser agitada uma vez a cada duas
semanas para misturar o material e evitar o desenvolvimento de grumos que ocorrem
quando as emulsões ficam imóveis durante períodos de tempo muito elevados.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Devem ser realizados ensaios com o equipamento para controlar as taxas e a
uniformidade de aplicação;
Deve ser inspeccionada a superfície da base e regularizada de modo a corrigir
qualquer defeito ou irregularidade;
A rega de colagem deverá ser aplicada, não mais de que 24 horas depois da limpeza
de todo e qualquer material solto da superfície da base bem com todo o pó;
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. A aplicação do fog spray não pode ser feita durante as chuvas, ou caso
ameace chover, após o pôr-do-sol, durante período de ventos fortes ou logo depois as
chuvas quando a superfície da base tem água acumulada;
Antes da aplicação da rega betuminosa, a camada de base deve ser pulverizada com
água para interromper a tensão superficial. Devem ser tomadas as medidas
necessárias para evitar a aplicação excessiva de água o que poderá retardar o início
da aplicação da impregnação betuminosa;
A aplicação deve ser realizada de forma a assegurar uma distribuição uniforme da
emulsão na área pulverizada;
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
A rega tipo fog-spray é normalmente aplicada numa faixa de cada vez;
Se a rega for aplicada em várias filas deve verificar-se uma sobreposição parcial de
pelo menos 100 mm. Marcar os limites da faixa com faixas de papel resistente em
posição tal que se assegure que as juntas transversais estejam bem situadas no
princípio e no fim de cada passagem do distribuidor;
A rega deverá atingir uma penetração nunca inferior a 3 mm, devendo
preferencialmente ser de 5 mm;
A temperatura de aplicação do material betuminoso será escolhida de acordo com as
instruções do Fiscal. Para o caso de utilização da SS60 recomenda-se o
armazenamento e aplicação à temperatura ambiente.
É importante assegurar que todos os bicos da barra distribuidora estão funcionando
bem; este teste deve ser feito fora da área da estrada antes da aplicação.
130
Recomenda-se verificar, antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, para que fique horizontal à secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do jacto
que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que a
quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando se
der a segunda passagem do distribuidor do ligante;
A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior.
Os bordos da impregnação devem ser linhas rectas com tolerância de não mais de que
25 mm e os limites devem ser marcados com pequenas pedras ou pregos e cordas
para dar um bom alinhamento em recta e uma curvatura em conformidade com os
requisitos do traçado geométrico.
Não é permitida a circulação do tráfego directamente sobre os troços recém
concluídos;
A rega de colagem deve romper (curar) completamente (o pneu de carro já não levanta
o material betuminoso, normalmente depois de 7 dias, mas 5 dias pode ser suficiente
em função das condições atmosféricas) antes de se permitir a passagem do tráfego
sobre ela. Caso isso não seja possível, deve-se espalhar pó de pedra ou areia do rio
sobre a superfície, sendo que pode ser aplicado apenas após a penetração total da
rega (24 a 48 horas após a aplicação), caso contrário a areia ou a areia de pedreira e o
pó absorverão a emulsão e evitarão a penetração;
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada;
Qualquer área com defeito deve ser reparada de modo a copiar o aspecto da área na
sua volta; Neste caso deve ser aplicada uma emulsão estável S60 ou SS60;
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
Resíduos do material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;
Remover toda a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela ordem
inversa à da sua colocação. Proceder ao seu carregamento;
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal;
A rega de colagem é obtida através da diluição de emulsão betuminosa (SS60 - 60%
de betume) com água numa proporção de 50/50.
2
Para efeitos de concurso a rega de colagem será aplicada a uma taxa de 0,6 l/m . Nos
casos em que seja utilizada como tratamento a proporção de aplicação deve
3
corresponder a 1,0 – 1,2 l/m
Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
Medição m²
Mede-se a área tratada com a rega de colagem.
MDE
131
Actividade: Escarificação do pavimento betuminoso existente Código: 416
Código de SATCC 3800
referência
Utilização Este código é usado para a escarificação de camadas betuminosas degradadas do
pavimento.
O material é removido para um lugar indicado pelo Fiscal, a uma distância máxima de
transporte de 500 m.
O material é armazenado para reutilização (reciclagem) em camadas de sub-base do
pavimento conforme as instruções do Fiscal
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área a ser escarificada;
Provisão de equipamento de protecção para os trabalhadores;
Escarificação do revestimento betuminoso;
Transporte e armazenamento do material para locais identificados pelo Fiscal;
Limpeza da área de trabalho;
Remoção da sinalização provisória;
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com capacetes, óculos de protecção, botas, luvas e fatos-
macacos;
A área de trabalho deve ser devidamente marcada com estacas, junto com o Fiscal;
O limite da zona de trabalho demarcado não pode ser ultrapassado em mais de 100
mm, qualquer revestimento betuminoso degradado fora da área marcada deve ser
reparado no seu estado original;
O material betuminoso deve ser escarificado com o uso de um Bulldozer ou Moto
Niveladora, dependendo da espessura e da dureza do material;
O material betuminoso que será reaproveitado deverá ser fragmentado até um
tamanho máximo de 37,5 mm;
Deve-se limpar a área de trabalho de forma apropriada;
Qualquer área com defeito deve ser reparada de modo a copiar o aspecto da área na
sua volta;
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um
local aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado em local
conveniente, até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;
Remover toda a sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego pela
ordem inversa à da sua colocação. Proceder ao seu carregamento.
Materiais Não aplicável
Medição m²
Mede-se a área escarificada após remoção de forma adequada do material
escarificado.
MDE
132
Actividade: Construção de pavimento em betão betuminoso com espessura Código:
predefinida 420
Código de SATCC 4200
referência
2
Aplicação Este código é utilizado para construir pequenas áreas (até 3000 m ) de pavimento em
betão betuminoso. Este código pode ser utilizado para a resselagem ou reparação de uma
pequena secção da estrada asfaltada danificada ou para revestir pequenas secções de
estradas terraplenadas em zonas semiurbanas depois de colocação da sub-base. Não deve
ser utilizado para reparar áreas do pavimento que apresentam sinais de deformação,
defeitos estruturais.
Esta actividade deverá seguir o definido para a rega de colagem ou rega de impregnação,
pagos sob os códigos 410 e 411;
2
Para áreas superiores a 3000 m recomenda-se utilizar a norma SATCC (código 4200).
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Fornecimento e armazenagem de materiais;
Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
Marcação da área de trabalho.
Corte, remoção e a limpeza de todo o material danificado (pago sob código 416).
(Caso necessário, reparar a camada de base e de sub-base sob o código 899)
Aplicação da rega de colagem ou de rega de impregnação pagos sob os códigos 410 e
411.
Preparação, colocação e compactação da mistura betuminosa, Foto 8.2;
Controlar o nível da superfície do pavimento;
Prevenção da ocorrência de derrames ou espalhamento de material betuminoso fora
da área demarcada;
Limpeza do local de trabalho;
Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir do eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.
Aplicar uma rega de colagem ou rega de impregnação de acordo com os códigos 410 e
411;
O equipamento e a maquinaria para misturar o betão betuminoso deve estar em boas
condições e ser aprovado pelo Fiscal;
Tanto o ligante como os agregados e filler devem ser aquecidos e misturados e a
temperatura do betão betuminoso deve situar-se entre 130 e 155ºC e não deverá
exceder os 170ºC;
O agregado, filler e o ligante devem ser misturados até à obtenção de uma mistura
homogénea, na qual todas as partículas se encontrem uniformemente revestidas.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a ocorrência de tempos de
mistura demasiado longos, que poderão causar o endurecimento do ligante ou o seu
sobreaquecimento;
O teor de humidade da mistura de betão betuminoso não pode ser superior a 0,5%;
O transporte de betão betuminoso da sua área de produção até ao local de trabalho
será feito em camiões equipados com lonas para proteger a mistura e para minimizar a
perda de temperatura;
Não é permitida circulação sobre o pavimento de betão betuminoso recém colocado.
Doze horas após a aplicação da rega de colagem / impregnação deve ser aplicada a
133
camada de mistura betuminosa com a utilização de uma máquina pavimentadora ou
outro equipamento aprovado pelo Fiscal.
Não se pode aplicar mistura betuminosa quando o teor de humidade dos últimos 50
mm da camada de base for superior a 50% do seu teor óptimo de humidade.
No caso da resselagem, não pode ser aplicado betão betuminoso logo após uma
chuvada, sobre um pavimento existente fissurado ou com outros defeitos semelhantes.
A pavimentadora deve estar em condições de colocar o betão betuminoso com
espessura, largura e abaulamento especificados e dentro das margens aceitáveis de
tolerância.
O fornecimento do material deve ser de tal maneira que toda operação possa ser
concluída numa jornada de trabalho sem necessidade de trabalhar depois do pôr-do-
sol;
Não deve ser aplicada mistura betuminosa nas horas nocturnas, excepto nos casos em
que exista iluminação artificial aprovada pelo Fiscal;
Não é permitido a circulação dos trabalhadores em cima do pavimento recém
construído.
Imediatamente após a colocação da mistura betuminosa, a camada deve ser
compactada com o compactador de pneus e de cilindro vibrador na sequência
predefinida e aprovada no trecho experimental.
A compactação deve ser iniciada no sentido longitudinal, do lado das bermas e
avançar progressivamente para o eixo da estrada, excepto no caso de curvas com
sobreelevação ou no caso da área a ser asfaltada possuir um pendente recto,
situações nas quais a compactação será iniciada do lado mais baixo em direcção ao
lado mais alto, cobrindo uniformemente cada camada anterior até à cobertura total da
superfície;
Os cilindros compactadores devem trabalhar numa velocidade baixa, de não mais de
5km/hora.
As juntas transversais e longitudinais devem ser definidas com bordos verticais e em
linhas e ângulos rectos através do disco de corte de pavimento;
Quando a operação de pavimentação é interrompida por falta de material betuminoso
deve-se criar uma junta conforme descrito sob o ponto anterior;
As juntas devem coincidir o mais possível com a sinalização horizontal ou estacas da
estrada, de forma a permitir a determinação diária da produção de trabalho;
A superfície final do pavimento deve ser colocada de forma a seguir o perfil do
pavimento existente, devendo-se apresentar livre de irregularidades ou defeitos.
Relativamente aos remendos ou eventuais correcções da drenagem das águas, esta
superfície deve ser melhorada de forma a que o seu nível final se situe ligeiramente
acima da superfície da estrada (+3 mm), para evitar a acumulação das águas pluviais
(verificar com uma régua);
O Empreiteiro deve proteger a área de trabalho e evitar qualquer dano do pavimento
até que a obra ou o trabalho seja entregue provisoriamente;
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm;.
Remover a sinalização provisória.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
A mistura betuminosa deverá ser constituída por agregado, betume e material fino.
A quantidade de vazios deve ser cuidadosamente controlada e geralmente deve
corresponder a 3-4%. A presença de um número excessivo de vazios torna o betão
poroso e quando existem poucos ou zero vazios o betão tem tendência para empolar.
Betume
Betume de penetração nominal 85/100 deverá estar de acordo com a SABS 307;
Os limites das temperaturas de aquecimento para o espalhamento de betume deverão
estar em conformidade com a Tabela 8.4 e em conformidade com as instruções do
Fiscal:
134
Tabela 8.4: Temperatura de armazenamento e aplicação do betume de
penetração 80/100
Temperatura máxima de
armazenamento para o Temperatura
Material ligante (ºC) recomendada para a
mistura betuminosa (ºC)
> 24 horas < 24 horas
Betume de
penetração 125 175 130 – 155
nominal 85/100
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4202/3 das
especificações da SATCC;
O agregado deve ser pedra britada livre de poeira, lama e outras impurezas, com o
máximo de 2% de material fino inerte, (i.e. pó de pedra) ou máximo de 1% de material
fino activo (i.e. cimento);
Antes da mistura com o material betuminoso o agregado deve ser seco e aquecido de
tal forma que a sua temperatura ficará entre 0 – 20ºC, abaixo da temperatura máxima
indicada na Tabela 8.5 para a mistura betuminosa.
26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12
A percentagem de areia (com diâmetro nominal entre 0,075 – 2 mm) no agregado deve
ser no mínimo de 35%.
A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o rácio entre o ensaio
molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;
A absorção de água deverá ser determinada de acordo com – TMH1 B14 e B15 e não
deve ser superior a 1% (em peso) para a granulometria grossa e 1,5% (em peso) para
a granulometria do material fino;
A forma do agregado deverá ser determinada de acordo com TMH1 Método B3, e o
seu valor deverá estar de acordo com a Tabela 8.6.
135
Tabela 8.6: Lamelação máxima referente ao agregado entrando na
composição do betão betuminoso
136
Actividade: Aplicação de revestimento simples usando betume 150/200 ou 85/100 Código:
ou MC3000 e agregado de 9,5 mm ou 13,2 mm 440
Variação de agregado 9,5 mm ou 13,2 mm 441
Variação de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 442
Código de SATCC 4400
referência
Aplicação Este código aplica-se à construção de revestimentos simples para selagem ou resselagem
de estradas. Esta aplicação de revestimento simples é antecedida pelos trabalhos pagos
sob o código 410 (Rega de Impregnação) ou código 411 (Rega de colagem com “fog
spray”) caso de resselagem de estradas já revestidas. Este código envolve a aplicação de
betume para prender a camada de revestimento seguida da aplicação de agregado.
Utiliza-se o revestimento superficial simples (código 450) para remediar defeitos tais como
perda de agregado, impermeabilizar um revestimento existente ou outros pequenos
defeitos superficiais em estradas já revestidas. Consiste em uma camada de ligante
betuminoso com uma camada de agregado (9,5 ou 13,2 mm).
Os códigos 441 e 442 servem para contabilizar variações nas taxas de aplicação de
material betuminoso e de agregado, caso seja instruído pelo Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento de materiais.
Provisão de roupa protectora para os trabalhadores.
Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
Ensaios para testar o equipamento e as taxas de aplicação.
Aplicação da rega de impregnação / rega de colagem paga sob os códigos 410 e 411.
Aplicação da rega com betume de penetração 150/200, 85/100 ou MC 3000.
Espalhamento do agregado.
Compactação inicial do revestimento.
Verificação da camada superior e correcção de eventuais defeitos ou deficiências e
remoção do agregado em excesso.
Finalização da compactação da camada superior.
Controlo do nível da superfície final.
Limpeza da área de trabalho.
Remoção de sinalização provisória.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros.
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Deve-se fazer ensaios com o equipamento para controlar as taxas e uniformidade de
aplicação.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
Após a utilização de betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume do equipamento e ferramentas através de aquecimento e
relativamente às peças que não sejam resistentes ao calor, tais como óculos e botas, o
betume deve ser removido pela aplicação de solventes, tais como querosene e
gasóleo.
Marcar os limites da faixa da rega paralela ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
A superfície da base ou do revestimento existente não devem apresentar
irregularidades ou defeitos, e devem permitir a livre drenagem das águas;
Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr do sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
Para fins de concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação indicadas na Tabela
8.7.
137
Tabela 8.7: Taxas de aplicação de ligante para revestimento simples
Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, para que fique horizontal em relação
à secção transversal da estrada, de modo a obter-se uma boa distribuição transversal
do ligante.
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura que
a quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada quando
se der a segunda passagem do distribuidor do ligante.
A segunda passagem do distribuidor na outra faixa da estrada deve ter o mesmo
sentido da anterior.
Os limites da área de impregnação betuminosa devem ter a configuração de linhas
rectas com tolerâncias inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com pedras
de pequenas dimensões ou pregos e fio de forma a proporcionarem uma linha recta e
uma curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto
geométrico.
Não é permitida a circulação sobre os troços recém-pulverizados.
A dimensão do agregado a utilizar para o revestimento simples será de 9,5mm ou de
13,2 mm;
Espalhar uma camada de brita com gravilhadora autopropulsora ou de engate
imediatamente depois da aplicação do ligante.
O espalhamento deve ser feito com cuidado de modo a que as partículas de agregados
estejam em contacto umas com as outras e formem uma única camada de brita.
As taxas de aplicação de agregado deverão estar em conformidade com a Tabela 8.8.
138
Tabela 8.8: Taxas de aplicação de ligante para revestimentos simples
Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m
2
Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. No caso de
agregado previamente revestido MC30 (betume de penetração 85/100 diluído com
80% petróleo) este deve ser misturado com o agregado devendo este ficar
uniformemente envolvido e apresentando uma cor preta.
O agregado deverá secar antes de ser aplicado na estrada;
Compactar (do lado da berma para o eixo da estrada) bem a brita imediatamente
depois da sua colocação, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade mínima de 8 toneladas em peso.
Após a colocação do betume, inspecciona-se a superfície. Deve ser colocada brita
adicional nas áreas em falta, retirando-se brita manualmente dos locais onde há duas
camadas, para produzir uma distribuição uniforme do material;
Deve-se continuar os trabalhos de compactação até se perfazerem as 12-15
passagens no primeiro dia;
Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
um mínimo de 8 passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Após
este período, o betume deverá começar a ficar visível nos intervalos das partículas de
agregado.
Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
A faixa pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
Os resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para um
local aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Betume
O betume de penetração nominal 85/100 deverá estar de acordo com SABS 307;
O MC 3000 será preparado com betume de penetração nominal 85/100 fluidificado
com 8% a 10% de petróleo ou deverá ser comprado directamente.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de petróleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil do revestimento. O betume de
penetração nominal 150/200 é adequado para os revestimentos tipo Otta seals, para o
revestimento superficial, etc.
As temperaturas limite para o aquecimento dos ligantes e para a sua aplicação devem
estar em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Na ausência
destes devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.9.
139
Tabela 8.9: Temperaturas de pulverização para ligantes de fluidificação
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
‘Classe 1, 2 e 3’ especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos de
encargos deve ser considerada a Classe 2 para o cálculo do preço unitário.
O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5mm, livre
de poeiras, solo, areia e outras impurezas, com menos de 1,5% de peso do material a
passar no peneiro de 0,425 mm.
Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 4302/8 SATCC, as taxas de aplicação devem
ser ajustadas consoante o material disponível, Tabela 8.10.
Tabela 8.11.
140
0,075mm Classe 3 1,5 1,5 1,5
141
Actividade: Construção de revestimento simples utilizando betume de Código:
penetração nominal de 150/200 ou de 85/100 ou MC3000 e agregado
9,5 ou 13,2 mm com um revestimento de areia 443
Variação de agregado 9,5 ou 13,2 mm 444
Variação de betume de penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou 445
MC3000 ou SS60
Variação de areia 446
Código de SATCC 4400
referência
Utilização Estes códigos são utilizados na construção de revestimentos simples para selagem de
estradas ou como resselagens, seguidas de aplicação de um revestimento superficial com
areia. Esta aplicação de um revestimento simples com areia é precedida pelos trabalhos
pagos no âmbito do código 410 (impregnação betuminosa) ou do código 411 (aplicação da
rega de colagem) nas operações de resselagem. Este código envolve a aplicação de
betume para suporte da camada superior, a aplicação de agregado, compactação, outra
aplicação de ligante seguida da aplicação de areia e compactação sobre a areia.
Deve-se utilizar o código de resselagem (código 450) para a reparação dos defeitos
provocados pela perda de agregado ou na selagem de camadas superiores deficientes ou
para a correcção de pequenos defeitos na superfície de estradas asfaltadas. A camada
superior envolve uma única pulverização de betume e a aplicação de uma camada única de
agregado (9,5 ou 13,2 mm)
Os códigos 444, 445 e 446 são utilizados para o reembolso das variações nas
percentagens de aplicação dos materiais betuminosos, do agregado e da areia, em
conformidade com as instruções do Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
Marcação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento do material.
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
(Aplicação da impregnação betuminosa ou do tipo fog-spray no pavimento utilizando os
códigos 410 e 411)
Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração nominal 150/200,
85/100 ou MC3000.
Espalhamento do agregado.
Compactação inicial da camada superficial.
Inspecção da camada superficial e correcção de defeitos ou deficiências e remoção do
agregado em excesso.
Conclusão da compactação da camada superficial.
Aplicação do ligante.
Aplicação de uma cobertura com areia.
Compactação da cobertura com areia.
Verificação dos níveis finais da estrada.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Devem ser realizados ensaios com o equipamento para controlar as taxas e
uniformidade de aplicação.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele;
Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume do equipamento e ferramentas através de aquecimento e
142
relativamente às peças que não sejam resistentes ao fogo, tais como óculos e botas, o
betume deve ser removido pela aplicação de solventes, tais como petróleo e gasóleo.
Marcar os limites da faixa da rega paralela ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal;
A superfície da base ou do revestimento existente não devem apresentar
irregularidades ou defeitos, e devem permitir a livre drenagem das águas;
Deve ser assegurado que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Este não pode ser feito durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período
de ventos fortes ou logo depois das chuvas quando a superfície apresenta água
acumulada.
Para efeitos de proposta a concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.12.
143
Tabela 8.13: Taxas de aplicação de agregado para revestimento simples
(com cobertura de areia)
Taxas de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m
3 2
Areia grossa/fina 0,007m /m
2
Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. O
agregado deverá ser previamente envolvido com MC30 (betume fluidificado preparado
através da mistura de 20% do betume de penetração 85/100 com 80% petróleo) de
modo a obter-se uma superfície do agregado totalmente preta e uniforme;
O agregado deverá secar antes de ser aplicado na estrada;
Compactar (do lado da berma para o eixo da estrada) bem a brita imediatamente
depois da sua colocação, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade mínima de 8 toneladas de peso.
Depois do ligante endurecer o suficiente para aglutinar a brita, a superfície do
revestimento deve ser varrida com muito cuidado, para evitar que se solte o material.
Brita adicional deve ser colocada nas áreas em falta, retirando-se brita manualmente
dos locais onde há duas camadas, para produzir uma distribuição uniforme do material;
Continuar a compactar até se perfazerem 12-15 passagens no primeiro dia;
Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
um número mínimo de 8 passagens com o cilindro durante o período mais quente do
dia. Após este período, o betume deverá começar a ficar visível nos intervalos das
partículas de agregado.
Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
A faixa pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
Aplicação de tratamento superficial com areia, Foto 8.3.
o É recomendável que a cobertura com areia seja aplicada 2 semanas após a abertura
ao tráfego, uma vez que esta irá ajudar ao assentamento e endurecimento do
revestimento simples, permitindo a libertação de voláteis, o que irá permitir evitar a
ocorrência de exsudação;
o Remoção de eventuais resíduos, pedras soltas e partículas presentes na superfície.
o Pulverização de ligante 150/200 ou emulsão ou MC3000.
o Aplicação de areia imediatamente após a pulverização e repetição do processo de
compactação enquanto se procede simultaneamente ao varrimento da areia. A
abertura ao tráfego deve ser efectuada após 3 dias de compactação.
Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado em local conveniente
até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Betume
O betume de penetração nominal 85/100 deve estar em conformidade com SABS307.
O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8% a 10% de querosene.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração nominal 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração
nominal 85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece
mais lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas
superiores. O betume de penetração nominal 150/200 é adequado para os
revestimentos tipo Otta Seals, para o revestimento das camadas superficiais, etc.
As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar em
144
conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes, devem
adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.14.
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para a
‘Classe 1, 2 e 3’ das especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos
de encargos deve ser considerada a Classe 2 para o cálculo do preço unitário.
A pedra britada deve possuir uma dimensão nominal de 13,2mm ou de 9,5mm,
apresentando-se isenta de pó, vestígios de solo e quaisquer outras impurezas, com um
teor de finos inferior a 1,5% por peso do material passando num peneiro com abertura
de malha de 0,425 mm.
Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 4302/8 da SATCC, as taxas de pulverização
devem ser ajustadas consoante o material disponível. Os valores máximos de
lamelação são apresentados na Tabela 8.16.
A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o valor
do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o quociente entre o ensaio
molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;
145
Tabela 8.16: Especificações referentes ao agregado para revestimento
simples – lamelação máxima - Tabela 4302/10 SATCC (pág. 3500-3)
Aplicação de areia no revestimento SSD Aspecto final do revestimento SSD com cobertura de
areia
146
Actividade: Aplicação de revestimento duplo usando betume 150/200 ou Código:
85/100 ou MC3000 e agregado de 9,5/19mm 450
Variações de agregado 9,5/19mm 451
Variações de betume 150/200 ou 85/100 ou MC3000 452
Código de SATCC 4400
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento duplo para selagem de estradas,
Foto 8.4. Esta aplicação de revestimento duplo é precedida pelos trabalhos pagos no
âmbito do código 410 (Rega de Impregnação) ou código 411 (Rega de colagem com “fog
spray”) para as operações de resselagem. Este código envolve a aplicação de uma rega de
colagem para suporte da camada de revestimento composta por agregado de 19 mm e
uma camada de selagem seguida da aplicação de agregado fino de 9,5mm.
Os códigos 451 e 452 são utilizados para o reembolso das variações nas percentagens de
aplicação dos materiais betuminosos e do agregado, em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
Marcação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento do material.
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
(Aplicação da rega de impregnação/rega de colagem utilizando os códigos 410 e 411)
Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração do tipo 150/200,
85/100 ou MC3000.
Espalhamento do agregado.
Compactação inicial do revestimento.
Inspecção da camada superior e correcção de eventuais defeitos ou deficiências e
remoção do agregado em excesso.
Conclusão da compactação do revestimento.
Repetição do procedimento para a segunda camada (camada de selagem)
Verificação dos níveis finais da estrada.
Limpeza da área de trabalho.
Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cubas ou cisternas
bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas devem ser aprovados pelo Fiscal.
O equipamento deve ser testado para fins de controlo das taxas de aplicação e da
uniformidade de aplicação.
Os trabalhadores envolvidos nas obras devem estar devidamente equipados com
equipamento de protecção individual, como capacetes, óculos de protecção, botas,
luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto do material com a pele.
Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das roupas e ferramentas através de aquecimento e, no caso de
peças não resistentes ao calor, como óculos de protecção e luvas, o betume deve ser
removido com o auxílio de solventes tais como petróleo ou gasóleo.
Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.
A superfície da base ou o revestimento existente não devem ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo este ser realizado durante as chuvas, após o pôr-do-sol,
durante período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem
acumulação de água.
Para efeitos de proposta a concurso, devem ser utilizadas as taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.17.
147
Tabela 8.17: Taxas de aplicação de ligantes para regas de colagem
(Revestimento duplo)
Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
3 2
9,5 mm 0,008m /m
3 2
13,2 mm 0,012m /m
3 2
Areia grossa/fina 0,007m /m
2
Para áreas inferiores a 50 m o agregado poderá ser espalhado manualmente.
O agregado deve estar livre de quaisquer impurezas e pó. Para o fabrico de agregado
148
com pré-revestimento, o ligante MC30 (betume de penetração 85/100 diluído com 80%
de querosene) deve ser misturado com o agregado, devendo este último estar
completamente revestido e ter uma cor preta.
O agregado deve estar totalmente seco antes da sua aplicação na estrada.
A compactação deve ser executada de forma adequada através da aplicação de
passagens desde a margem lateral até ao eixo longitudinal da estrada, imediatamente
após a aplicação do agregado, com um cilindro compactador de pneus com um peso
mínimo de 8 toneladas.
Depois do ligante solidificar, a camada superior deve ser inspeccionada e deve-se
adicionar material onde haja falta deste e retirar onde haja excesso, de forma a obter-
se uma distribuição uniforme do agregado numa única camada.
Continuar a compactar até realizar 12-15 passagens no primeiro dia.
Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de 8
passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Após este período, o
betume deve começar a ficar visível no espaço entre os agregados.
Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o nivelamento da estrada, de
forma a garantir que o pavimento não apresenta irregularidades, proporcionando assim
boas condições de drenagem;
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não se devem deixar
materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas
de drenagem;
A estrada pode ser aberta ao tráfego logo após a compactação.
Repetir o mesmo procedimento para a segunda camada, camada de selagem. A
primeira camada do revestimento deve ser aberta ao tráfego por um período de duas
semanas antes da aplicação da camada de selagem.
-Utilização de agregado de 9,5 mm (1/2 da dimensão do utilizado na primeira
camada, de 19 mm).
-Utilização de uma taxa de aplicação mais reduzida para a camada de selagem
(ver tabela acima relativo às taxas de aplicação).
Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Betume
O betume de penetração nominal (pen) 85/100 deve estar em conformidade com
SABS 307.
O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200, obtido a partir da diluição do betume de penetração nominal
85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais resistente e endurece mais
lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores,
o betume 150/200 é adequado para os revestimentos Otta, revestimento superficiais,
etc.
As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.19.
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
‘Granulometrias 1, 2 e 3,’ especificações da SATCC. Se o caderno de encargos não
especificar a granulometria, deve considerar-se a Granulometria 2 para o cálculo do
preço unitário.
149
A pedra britada deve ter uma dimensão nominal única de 13,2 ou de 9,5 mm,
apresentando-se isenta de pó, vestígios de solo e outras impurezas, com um teor de
finos inferior a 1,5% por peso do material passado no peneiro de 0,425 mm.
Nos casos em que a granulometria do agregado não esteja em conformidade com as
especificações apresentadas na Tabela 8.20 (Tabela 4302/8 SATCC), as taxas de
pulverização devem ser ajustadas consoante o material disponível.
A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2. O
valor de 10% FACT corresponde a 210 kN e o quociente entre o ensaio molhado e o
seco deverá ser de pelo menos 75%;
150
Aplicação do ligante Cura do revestimento através da circulação de tráfego
Foto 8.4: Aplicação de revestimento duplo (revestimento superficial) com agregado riolito
151
Actividade: Construção de Revestimento superficial com Lama Asfáltica (‘Slurry Código:
Seal’) 460
Código de SATCC 4600
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento superficial de Lama Asfáltica. A
Lama Asfáltica é uma mistura de agregados finos (areia), cimento água e emulsão
catiónica. A Lama Asfáltica é geralmente construída com uma espessura entre 5 a 10 mm.
Nos casos em que haja um grande volume de tráfego poderá especificar-se uma espessura
de 15 mm. A Lama Asfáltica pode ser utilizada para trabalhos de manutenção com a
colocação de uma selagem sobre o pavimento existente para rejuvenescimento deste, ou
para selagem de pequenas fendas e defeitos ou para a reparação de pavimentos que
possam apresentar desintegração e desmoronamento.
Este código foi concebido para cobrir grandes áreas de revestimento com equipamento
mecânico. Para a reparação de pequenos defeitos vide códigos 863 e 893.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e;
incluídas Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
Fornecimento e armazenamento de materiais;
Equipar os trabalhadores com equipamento individual de protecção;
Marcação da área de trabalho;
Construção de um trecho experimental para testar o equipamento e as taxas de
aplicação;
Verificar se os trabalhos preparatórios da plataforma foram executados (Aplicação da
rega de impregnação sob código 410 caso se trate de revestimentos de camadas de
base ou rega de colagem reembolsado sob código 411 no caso da aplicação num
revestimento existente).
Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
Preparação e dosagem da Lama Asfáltica.
Transporte e aplicação do material.
Aplicação e compactação inicial do revestimento.
Protecção e cura do revestimento.
Controlo da qualidade e correcção de áreas com deficiências.
Finalização da compactação da camada superior.
Controlar o nível da superfície final.
Limpeza do local de trabalho.
Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas bem
fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
O armazenamento do cimento deve ser feito de forma a evitar o contacto directo com o
chão e em locais não muito húmidos.
A emulsão deve ser utilizada dentro de um prazo de 6 meses após o armazenamento e
as emulsões que tenham excedido este período não devem ser utilizadas.
Junto com o Fiscal, deve se fazer um trecho experimental para ensaiar a mistura, as
suas taxas de aplicação, calibrar o equipamento e estabelecer a metodologia de
execução.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com equipamento de protecção individual como fatos-macacos,
luvas, óculos e botas. Deve-se evitar o contacto da Lama Asfáltica com a pele.
Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das ferramentas e equipamentos através de aquecimento. No
caso das peças não resistentes ao calor, como óculos de e calçado, o betume deve ser
removido com o auxílio de solventes, tais como petróleo e gasóleo.
A superfície deve estar limpa e deve proceder-se à remoção de pós ou substâncias
indesejadas eventualmente presentes.
Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas para as bermas, em conformidade com o projecto e as
instruções do Fiscal.
152
A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
Depois do trecho experimental, deve-se definir o traço de mistura da Lama Asfáltica.
Após a definição do traço, deve ser definido o tempo de mistura necessário para
garantir uma boa mistura e um envolvimento adequado dos agregados pelo ligante.
Deve-se definir também o tempo para a reabertura do tráfego. (Aplicar uma rega de
impregnação ou rega de colagem pagos sob os códigos 410 e 411).
A Lama Asfáltica deve ser colocada, com uma máquina misturadora e distribuidora de
Lama Asfáltica, dentro de 12 horas desde a sua mistura.
A Lama Asfáltica deve ser colocada à temperatura ambiente.
A Lama Asfáltica deve ser colocada centrado em relação a via de circulação.
Durante a aplicação, a máquina misturadora e distribuidora deve deslocar-se a uma
velocidade baixa e constante.
Deve-se monitorizar a consistência da lama asfáltica para assegurar a sua
homogeneidade.
Deve-se verificar permanentemente à alimentação da distribuidora para manter
uniformemente carregada de massa. As possíveis falhas de execução, tais como,
escassez, excesso ou irregularidades na Lama Asfáltica, devem ser corrigidas
imediatamente.
A escassez de Lama Asfáltica deve ser corrigida com adição da Lama Asfáltica e os
excessos com a retirada por meio de rodos de madeira ou de borrachas.
Após estas correcções a superfície deve ser nivelada com a passagem suave de
qualquer tecido espesso, humedecido com a própria lama ou com emulsão.
A cura da Emulsão Asfáltica varia de acordo ao tipo de Lama Asfáltica utilizada. A
emulsão com rotura lenta tem um tempo de cura de quatro horas.
No caso da utilização de emulsão com rotura média, o tempo de cura é de uma hora e
meia.
Após a conclusão dos trabalhos e em conformidade com as instruções do Fiscal, a
estrada pode ser reaberta à circulação do tráfego.
Após a reabertura ao tráfego, a circulação deve ser controlada por um período de 24
horas.
Se necessário, e em conformidade com as instruções do Fiscal, a compactação da
lama asfáltica deve ser efectuada com o auxílio de cilindro de rasto liso com um peso
mínimo de 8 toneladas (1,7 toneladas para trabalhos efectuados com mão-de-obra
manual).
As juntas da camada de Lama Asfáltica devem estar em conformidade com a largura
de projecto ou com as especificações dadas pelo Fiscal, com uma tolerância igual ou
inferior a 25 mm e não deve apresentar irregularidades.
Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o nivelamento da estrada, de
forma a garantir que o pavimento não apresenta irregularidades, proporcionando assim
boas condições de drenagem.
Na ausência de indicações específicas no Contrato, devem ser utilizadas as taxas de
aplicação apresentadas abaixo.
Caso o nivelamento final não esteja satisfatório, deverá ser acrescentada mais Lama
Asfáltica e compactada de novo de modo a garantir o estipulado.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
Remover a sinalização provisória.
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Emulsão
A emulsão betuminosa utilizada para a lama asfáltica deve ser aniónica estável com
60% de betume (SS60) e conforme SABS 309.
A emulsão asfáltica fornecida deve ser acompanhada por uma ficha técnica
apresentada pelo fabricante com indicação clara do tipo, fornecedor, quantidade e seu
conteúdo.
Areia
A areia utilizada para a lama asfáltica deve ser constituída no mínimo por 75% de
pedra britada, com o restante em areia natural limpa. Deve ser resistente e não sujeita
153
à deterioração. A graduação da areia deve cumprir com as especificações
granulométricas apresentadas na Tabela 8.22 (Tabela 4302/11 SATCC).
Percentagem do material
Dimensão do peneiro (mm) passado no peneiro (por peso)
(%)
13,2
9,5
6,7 100
4,75 70-90
2,36 45-70
1,18 28-50
0,6 19-34
0,3 12-25
0,15 7-18
0,075 2-8
Cimento:
Portland e cumprir com AASHTO M85, SABS 471 ou equivalente, ou de tipo Cimento
Portland de alto-forno (PBFC) que cumpre com AASHTO M240, SABS 626 ou
equivalente.
Água:
A água deve ser limpa e isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou material
orgânico.
Lama Asfáltica:
A Lama Asfáltica é preparada misturando-se a emulsão betuminosa com areia grossa,
cimento e água numa máquina misturadora e distribuidora de Lama Asfáltica. Para
efeitos de concursos, devem ser consideradas as seguintes proporções para o fabrico
de Lama Asfáltica:
3
o Agregados (areia) 1m
o Emulsão 260 litros
3
o Cimento 0,01m
o Água 235 litros (pode ser ajustada para melhorar a trabalhabilidade)
3
Alternativamente as proporções podem ser as seguintes: 1 m de Lama Asfáltica com
1,5% de cimento e 145 litros de água.
Para efeito de concursos devem ser consideradas as seguintes taxas de aplicação
apresentadas na Tabela 8.23 e na Tabela 8.24.
154
Tabela 8.24: Taxas de aplicação por massa destinadas a lamas asfálticas
para revestimentos simples (Revestimento cape)
A Lama Asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
O tempo de mistura deve ser o mínimo necessário para permitir que todas as partículas
de areia fiquem envolvidas em emulsão e que a mistura fique homogénea.
A mistura deve ser aplicada logo depois da sua preparação.
2
Medição m
Mede-se a área do revestimento
155
Actividade: Construção de revestimento betuminoso superficial com areia, Código:
betume de penetração 150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 461
Variações de areia 462
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 463
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código utiliza-se para a construção de revestimento betuminoso superficial com areia.
Este tratamento superficial consiste na aplicação, por pulverização, do ligante betuminoso,
seguido da aplicação de areia grosseira e limpa ou de pó de britagem como agregado. É
colocada sobre bases não revestidas ou na resselagem de estradas já revestidas. Este tipo
de tratamento superficial é utilizado nas Estradas de Baixo Volume de Tráfego, como
camada intermédia entre a base estabilizada com emulsão (STE, vide código 350) e uma
camada superficial de Lama Asfáltica (vide código 460).
Os códigos 462 e 463 são utilizados para o reembolso das variações nas percentagens de
aplicação dos materiais betuminosos e do agregado, em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização provisória;
incluídas Assegurar a circulação segura e ininterrupta do tráfego durante a execução dos
trabalhos.
Fornecimento e armazenamento do material.
Marcação da área de trabalho.
Equipar os trabalhadores com equipamento de protecção individual.
Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
Limpeza, varrimento e remoção de todo o material solto e resíduos.
(Aplicação da impregnação betuminosa ou da rega de colagem utilizando os códigos
410 e 411)
Aplicação da rega de colagem, utilizando o betume de penetração do tipo 150/200,
SS60 ou MC3000.
Espalhamento da areia.
Verificação da camada superior e correcção de eventuais deficiências ou remoção da
areia em excesso.
Finalização da compactação da camada superior.
Cura da camada de selagem com areia durante a abertura ao tráfego.
Repetição do procedimento para a segunda camada de selagem após 2 semanas de
abertura ao tráfego.
Controlar o nivelamento da superfície final.
Limpeza da área de trabalho.
Remover a sinalização provisória
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas bem
fechadas e aprovadas pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
O equipamento deve ser testado para fins de controlo das taxas de aplicação e da
uniformidade de pulverização.
Os trabalhadores envolvidos nas obras devem estar devidamente equipados com
equipamento de protecção individual, como capacetes, óculos de protecção, botas,
luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto do material com a pele.
Após a utilização do betume ou de produtos similares, é necessário proceder à
remoção do betume das ferramentas e equipamento através de aquecimento. No caso
das peças de equipamento não resistentes ao calor, como óculos de protecção e
calçado, o betume deve ser removido com o auxílio de solventes, tais como petróleo e
gasóleo.
Marcar os limites da área de trabalho referenciada a partir de eixo da estrada, com
larguras de faixa predefinidas, em conformidade com as instruções do Fiscal.
A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
156
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo ser realizado durante as chuvas, após o pôr do sol, durante
período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem acumulação
de água.
Deve ser utilizado um dispositivo de distribuição de ligante para a aplicação do betume
150/200 ou 85/100 ou MC3000. O ligante deve ser aplicado à temperatura indicada na
seção referente a materiais ou em conformidade com as instruções do Fiscal e a
temperatura deve ser verificada e registada com o auxílio de um termómetro, Tabela
8.25.
Taxa de aplicação do
Agregado
agregado
2 2
Areia 16 kg/m (7,5 l/m )
O betume deve ser aplicado uniformemente e sem resultar em áreas com excesso ou
falta de ligante.
Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma via de
circulação de cada vez.
Se a rega for aplicada em várias faixas as aplicações devem-se sobrepor parcialmente
de pelo menos 100 mm. Devem-se marcar os limites de início e de fim de cada
passagem do distribuidor com faixas de papel resistente por forma a garantir que as
juntas transversais estejam bem localizadas.
Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem, este teste deve ser feito fora da área da estrada.
Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
Ajustar a barra horizontalmente por forma a ficar paralela a superfície da secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.
157
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada, para garantir uma
sobreposição adequada do ligante com o da outra via.
A segunda passagem do distribuidor na outra via da estrada deve ser feita no mesmo
sentido da anterior.
Os limites da área de impregnação betuminosa devem ser linhas rectas paralelas com
tolerâncias para largura inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com
pedras pequenas ou pregos e fio, de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto geométrico.
Não é permitida a circulação sobre o ligante recém-aplicado.
O espalhamento da areia imediatamente após a aplicação do ligante deve ser
realizado com o auxílio de uma gravilhadora ou manualmente. Deve-se mencionar que
a aplicação de areia com uma gravilhadora é difícil e por vezes impossível, devendo
neste caso recorrer-se ou uso de mão-de-obra manual.
2
Relativamente a áreas reduzidas (< 50m ) o agregado deve ser aplicado manualmente.
A areia deve estar isenta de impurezas e pó.
A areia deve ser humedecida antes da sua aplicação na estrada.
A compactação deve ser executada de forma adequada através da aplicação de
passagens desde a margem lateral até ao eixo longitudinal da estrada, imediatamente
após a aplicação da areia, com pelo menos três passagens com um cilindro de pneus
com capacidade máxima de 8 toneladas.
Continuar a compactar até realizar 12-15 passagens no primeiro dia.
Os trabalhos de compactação devem prosseguir por mais 3 dias com a aplicação de
12 passagens com o cilindro durante o período mais quente do dia. Dentro de uma
semana após a colocação, o betume deve começar a ficar visível no espaço entre os
agregados.
Aplicação de tratamento superficial com areia com emulsão:
o Para a aplicação de um tratamento superficial com areia com emulsão, a
aplicação da areia e da emulsão deve ser dividida em duas camadas (1ª
camada e 2ª camada). Na Foto 8.6 apresenta-se uma ilustração deste
procedimento.
2
o A primeira pulverização na camada de base tratada deve ser de 0,6L/m
2
sendo seguida pela aplicação de areia a uma taxa de 5,0L/m .
o Antes da compactação, aplica-se uma segunda pulverização de ligante na
2
areia numa taxa de 1,0L/m e a restante areia é aplicada a uma taxa de
2
2,5L/m . Isto irá permitir a penetração da emulsão a partir da parte superior, o
que irá resultar numa camada de tratamento com areia mais espessa e mais
durável. Segundo o método convencional de aplicação, a emulsão é aplicada
numa pulverização única e a emulsão tende a fluir e espalhar-se finamente
sobre a camada de base tratada com rega de impregnação deixando uma
película muito fina de ligante para prender a areia. Deste modo, apenas uma
pequena parte da areia aplicada adere a esta camada e consequentemente a
camada de tratamento superficial com areia fica muito fina.
o Este procedimento inovador permitirá a utilização de areias finas que possam
estar disponíveis localmente.
O processo é repetido para a segunda camada de tratamento superficial com areia.
A abertura ao tráfego deve ser efectuada após 3 dias de compactação.
Durante a cura da areia, a areia que tenha sido empurrada para fora da faixa de
rodagem deve ser varrida novamente para o local.
Após a conclusão da camada superior, deve verificar-se o perfil da estrada, de forma a
assegurar que o pavimento não apresenta irregularidades de forma a proporcionar
boas condições de drenagem.
Não se devem deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas,
para evitar problemas de drenagem.
Os resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra e depositados
num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem ser
colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
Remover a sinalização temporária.
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Betume
A emulsão betuminosa deve ser catiónica estável com 60% de betume. A emulsão
asfáltica fornecida deve ser acompanhada por uma ficha técnica apresentada pelo
fabricante com indicação clara do tipo, fornecedor, quantidade e seu conteúdo.
158
O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200, obtido a partir da diluição do betume de penetração nominal
85/100 com 10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais resistente e endurece mais
lentamente, o que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores,
o betume 150/200 é adequado para os revestimentos Otta, revestimentos superficiais,
etc.
Os limites de temperaturas para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem
estar em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Caso contrário,
deverão ser utilizadas as especificações dadas na Tabela 8.28.
Agregado
A areia utilizada deve ter um tamanho inferior a 6,7 mm e deve estar em conformidade
com a Tabela 8.29.
2
Medição 461 m
3
462 m
463 l
159
Aplicação de emulsão numa camada de base tratada Aplicação de areia a uma taxa de 5L/m2
2
com rega de impregnação de 0,5L/m
2
Aplicação de emulsão em areia a uma taxa de 1,0L/m Compactação de uma camada de areia produzindo
2
e aplicação de areia a uma taxa de 2,5L/m uma camada espessa de tratamento superficial com
areia mesmo com areia muito fina.(4)
Foto 8.6: Construção de uma camada de tratamento superficial com areia- Ilustração da aplicação
dividida para a emulsão e areia
160
Actividade: Construção de revestimento Otta (‘Otta Seal’), betume de penetração Código:
150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 (ou RS60) 464
Variações de agregado 465
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 466
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de revestimento Otta, “Otta seal”. Esta aplicação
de revestimento Otta é precedida dos trabalhos ao abrigo do código 410 (impregnação
betuminosa) ou código 411 (aplicação de rega de colagem) para operações de resselagem
ou de selagem de camadas de base estabilizadas com cimento. Este código envolve a
aplicação de ligante seguida da aplicação de cascalho quartzítico natural ou laterítico
(granulometria entre 5-19 mm e uma pequena percentagem de finos (< 0,075 mm)). A
construção dos revestimentos Otta é habitualmente utilizada em Estradas de Baixo Volume
de Tráfego e tem a vantagem de permitir a utilização de materiais locais.
Este código foi concebido para a utilização de MC 3000 como material ligante. O
revestimento Otta pode ser construído tanto com recurso a métodos com equipamento
mecânico como com recurso a métodos manuais.
Os códigos 465 e 466 servem para contabilizar variações nas taxas de aplicação para a
areia e o material betuminoso e o agregado, de acordo com as instruções do Fiscal.
161
óculos de protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve-se evitar o contacto com a
pele.
Caso for utilizado betume a quente ou outros produtos similares os trabalhadores
devem estar equipados com luvas e botas resistentes ao calor e com máscaras de
respiração para evitar a inalação dos vapores libertados.
Proceder à limpeza e varrimento da camada de base com o auxílio de um compressor
antes da aplicação do ligante.
Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal.
A superfície da base ou o revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e deve permitir a drenagem livre das águas.
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho, não podendo o mesmo ser realizado durante as chuvas, após o pôr-do-sol,
durante período de ventos fortes ou logo depois de chuva quando a superfície tem
acumulação de água.
Nos casos em que seja necessária a aplicação de uma rega de impregnação, esta
deverá ser paga sob o código 410.
Para efeitos de concurso, as taxas de aplicação abaixo indicadas devem ser utilizadas
para um revestimento Otta.
Aplicação de uma rega de colagem de ligante fluido de penetração 150/200, MC3000
ou MC800 à temperatura apresentada na Tabela 8.30 e em conformidade com as
instruções do Fiscal.
Deve-se utilizar um dispositivo de distribuição para a aplicação do betume 150/200 ou
SS60 ou MC3000. O ligante deve ser aplicado à temperatura indicada na Tabela 8.30
ou em conformidade com as instruções do Fiscal e a temperatura deve ser verificada
ou medida com o auxílio de um termómetro.
Para efeitos de concurso, devem ser aplicadas as seguintes taxas de aplicação para o
ligante e agregado, na ausência de especificações em contrário, Tabela 8.31 e Tabela
8.32.
O betume deve ser uniformemente aplicado sem apresentar áreas com ligante em
excesso ou em falta.
Em circunstâncias normais, o ligante deve ser aplicado de forma a cobrir uma via de
circulação de cada vez.
Se a rega for aplicada em várias faixas as aplicações devem-se sobrepor parcialmente
de pelo menos 100 mm. Devem-se marcar os limites de início e de fim de cada
passagem do distribuidor com faixas de papel resistente por forma a garantir que as
juntas transversais estejam bem localizadas.
Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão funcionando bem, este teste deve ser feito fora da área da estrada.
Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obter a taxa de aplicação indicada.
162
Ajustar a barra horizontalmente por forma a ficar paralela à superfície da secção
transversal da estrada, para obter uma boa distribuição transversal do ligante.
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada, para garantir uma
sobreposição adequada do ligante com o da outra via.
A segunda passagem do distribuidor na outra via da estrada deve ser feita no mesmo
sentido da anterior.
Os limites da área de impregnação betuminosa devem ser linhas rectas paralelas com
tolerâncias para largura inferiores a 25 mm. Os limites devem ser marcados com
pedras pequenas ou pregos e fio, de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura em conformidade com as exigências apresentadas no projecto geométrico.
O espalhamento do agregado, com o auxílio de uma gravilhadora ou manualmente,
deve ser realizado imediatamente após a aplicação do ligante. Em caso de utilização
do método manual, o agregado deve ser colocado em montículos ao longo da berma
da estrada em quantidades pré-determinadas medidas com o auxílio de um meio barril
(100 l de agregado). O agregado deve ser aplicado em áreas pré-determinadas que
irão permitir a obtenção das taxas de aplicação necessárias.
O agregado deve ser espalhado homogeneamente sobre a superfície da estrada,
evitando excessos e faltas de material.
Para efeitos de concurso, devem adoptar-se as taxas de aplicação de agregado
indicadas na Tabela 8.32.
163
2
o O agregado deve ser aplicado a uma taxa de 16 l/m . Os agregados finos
(dimensão nominal máxima de 13,2 mm) são mais adequados mas a
dimensão máxima (dimensão máxima nominal de 19 mm) também poderá ser
utilizada.
o A segunda aplicação de ligante deve ser efectuada a uma taxa de 1,8 l/m2 se
não for especificado de forma diferente (cerca de 70% do volume total).
o Para os agregados naturais ou agregados com um elevado teor de poeiras a
compactação deve ser efectuada após a segunda aplicação do ligante e após
a rotura da emulsão. Isto poderá levar entre uma a duas horas.
o Aplicação de 8 passagens de um cilindro metálico de 1,7 toneladas ou 12
passagens de um cilindro pneumático no primeiro dia. Devem ser aplicadas 8
passagens durante o período mais quente do segundo dia. Se for executada
uma compactação adequada no primeiro dia, poderá não ser necessário
efectuar uma compactação adicional. O Fiscal deverá inspeccionar o
revestimento Otta para aprovação.
o Poderá não ser necessário efectuar mais nenhuma actividade posterior, tal
como varrimento e controlo do tráfego com sinalizadores cónicos, excepto em
caso de um volume de tráfego muito reduzido (<20 veículos por dia).
o A estrada poderá ser aberta ao tráfego no segundo ou terceiro dia.
o No caso de revestimentos Otta duplos, a segunda camada poderá ser
aplicada após uma ou duas semanas, consoante o volume do tráfego.
o Esta abordagem é aplicável aos métodos de aplicação mecânicos e aos
métodos manuais e tem a vantagem única de ser mais segura no caso do
emprego de métodos manuais, uma vez que a emulsão é aplicada à
temperatura ambiente.
o Para além disso, o processo de construção é menos complicado e menos
dispendioso do que os revestimentos Otta baseados em ligantes a quente.
Também não se verifica a perda de agregados ou os problemas associados a
uma cura deficiente do revestimento Otta, mesmo a temperaturas baixas e
com um volume de tráfego reduzido.
A superfície final do revestimento deve seguir o perfil do pavimento existente, ser livre
de irregularidades ou defeitos, permitir uma drenagem adequada das águas.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não se devem deixar materiais
na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de
drenagem.
Os resíduos da mistura betuminosa devem ser removidos do local da obra e
depositados num local próprio, indicado pelo Fiscal. Outros materiais a remover devem
ser colocados num local adequado, a mais de 10 m da estrada, sendo espalhado numa
camada com espessura máxima de 20 cm.
Retirar a sinalização temporária
Material Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Betume
A emulsão deve ser catiónica com 60% de betume para agregados ácidos
(quartzo) e aniónica para agregados básicos (calcreto). A emulsão deve ser
fornecida conjuntamente com um certificado com indicação clara do tipo,
composição, quantidade e fornecedor.
O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração 85/100 com
8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores, o betume
150/200 é adequado para os revestimentos Otta, para o revestimento das camadas
superiores, para os tratamentos superficiais com areia, etc.
As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou as instruções do Fiscal. Na ausência destes,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.33.
164
Tabela 8.33: Temperaturas de pulverização de ligantes para revestimentos
Otta
Agregado
O agregado para revestimentos Otta consiste em agregados naturais obtidos a partir
da passagem no crivo de materiais como calcretos, laterites e quartzitos, etc. Ver
Tabela 8.34.
O agregado também poderá ser constituído por material britado com a granulometria
desejada.
% de material passado
Abertura da
Revestimentos
malha do
Densa Média Aberta Otta com
peneiro
(500<TMD) (500<TMD<100) (TMD<100) granulometria
(mm)
fina para EBVTs.
19 100 100 100
16 92-100 85-100 80-100 100
13,2 83-100 70-83 50-80 55-100
9,5 68-98 45-68 35-60 33-70
6,7 50-80 30-55 20-40 20-52
4,75 42-68 20-42 10-30 12-40
2,36 20-48 4-20 0-8 5-25
1,18 15-33 2-15 0-6 2-18
0,425 7-25 0-7 0-3 1-15
0,075 2-10 0-2 0-1 0-13
165
A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 90 kN (< 100 viaturas por dia) ou
110 kN (> 100 viaturas por dia). A relação entre o ensaio de resistência a seco e
molhado é apresentada na Tabela 8.36.
166
Construção de um revestimento Otta com agregado Compactação de um revestimento Otta com um
calcreto cilindro pneumático
Aplicação de emulsão a 1,0L/m2 após compactação Esquerda: revestimento Otta com emulsão
Direita: Mistura betuminosa com emulsão
Foto 8.7: Construção de um revestimento Otta com emulsão (SS60, MS60 ou RS60)
167
Actividade: Construção de pavimento em macadame de penetração com betume Código:
150/200 ou MC3000 ou emulsão SS60 467
Variações de agregado 468
Variações de betume 150/200 ou emulsão (SS60) ou MC3000 469
Código de SATCC 4700
referência
Utilização Este código destina-se à construção de camadas superficiais compostas por macadame de
penetração sobre camadas de base não revestidas, Foto 8.8. Esta aplicação de um
revestimento de macadame de penetração é precedida dos trabalhos pagos de acordo com
o código 410 (impregnação betuminosa) ou código 411 (aplicação de rega de colagem)
para o revestimento de camadas de base estabilizadas. Este código envolve a aplicação de
agregado seguido da aplicação de ligante; o ligante penetra a partir do topo. Este código
implica a utilização da emulsão SS60 mas outros ligantes, tais como o betume de
penetração nominal 150/200 ou 85/100 ou MC3000, poderão também ser utilizados.
Os códigos 468 e 469 são utilizados para o reembolso das variações nas taxas de
aplicação dos materiais betuminosos e dos agregados em conformidade com as instruções
do Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos
Marcação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento de materiais.
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Construção de um troço experimental para testar o equipamento e as taxas de
aplicação.
Verificação da preparação da camada de base e da aplicação da impregnação
betuminosa e da rega de colagem (a aplicação da impregnação betuminosa e da rega
de colagem é paga de acordo com os códigos 410 e 411).
Limpeza, varrimento e remoção do material solto e de possíveis resíduos.
Preparação, aquecimento e aplicação leve da primeira pulverização utilizando o
betume de penetração nominal 150/200, SS60 ou MC3000 (o SS60 deve ser aplicado
à temperatura ambiente).
Transporte, aplicação e espalhamento do material granular.
Compactação inicial do revestimento.
Aplicação do ligante sobre o agregado.
Remoção do agregado em excesso.
Finalização da compactação da camada superficial.
Repetir o procedimento para a segunda camada.
Controlar o nível da superfície final.
Limpeza do local de trabalho.
Remoção de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
Normas Deve ser colocada sinalização de controlo de tráfego para garantir a segurança
rodoviária;
As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada pelos veículos em segurança, sem causar perigos para terceiros.
O armazenamento do material betuminoso deve ser em efectuado em cubas ou
cisternas bem fechadas e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a devem ser aprovados pelo Fiscal.
Construção de um troço experimental para calibração do equipamento, controlo das
taxas de aplicação e da uniformidade da pulverização e para desenvolvimento de um
método de trabalho.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem estar equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve ser evitado o
contacto com a pele.
Em caso de utilização de betume aquecido ou de outros produtos similares, é
importante equipar os trabalhadores com luvas e botas resistentes ao calor e
equipamento respiratório para prevenção da inalação de gases nocivos.
A camada de base deve ser varrida e limpa com o auxílio do compressor antes da
168
aplicação do ligante.
Marcar os limites da faixa da rega paralelo ao eixo da estrada e com uma largura
predefinida em conformidade com as instruções do Fiscal.
A superfície da base ou revestimento existente não deve ter irregularidades ou
defeitos, e permitir a livre drenagem das águas.
Deve se assegurar que as condições do tempo não afectam a execução do trabalho,
não pode ser feita durante as chuvas, após o pôr-do-sol, durante período de ventos
fortes ou logo depois as chuvas quando a superfície apresenta água acumulada.
2
O ligante deve ser aplicado (0,8 l/m ) antes da aplicação do agregado. Isto permite a
criação de um revestimento impermeável sobre a camada de base. Também facilita a
aderência do agregado à camada de base.
Deve-se utilizar uma espalhadora de brita ou meios manuais para o espalhamento do
agregado imediatamente após a aplicação do ligante. Em caso de utilização do
método manual, o agregado deve ser colocado em montículos ao longo das bermas
em quantidades pré-determinadas medidas utilizando a quantidade correspondente a
metade de um tambor (100 l de agregado). O agregado deve ser aplicado em áreas
pré-determinadas, proporcionando as taxas de aplicação necessárias.
Para efeitos de concurso, devem ser utilizadas as seguintes taxas de aplicação para
uma camada composta por 3 camadas de macadame de penetração:
Dimensão do agregado
Percentagem (%) Taxas de aplicação
(mm)
3 2 2
40 60% 0,036 m /m (36 l/m )
3 2 2
28 30% 0,018 m /m (18 l/m )
3 2 2
14-20 10% 0,006 m /m (6 l/m )
Dimensão do agregado
Percentagem (%) Taxas de aplicação
(mm)
3 2 2
20-40 55% 0,022 m /m (22 l/m )
3 2 2
5-13 45% 0,018 m /m (18 l/m )
169
Tabela 8.39: Taxa de aplicação para o ligante (emulsão) para o macadame
de penetração
Estrutura do macadame
Ligante Taxas de aplicação
de penetração
2
3 camadas RS60/SS60 6 l/m
2
2 camadas RS60/SS60 2,5-3,0 l/m
O betume deve ser uniformemente aplicado sem apresentar áreas com falta ou
excesso de ligante.
Nos casos em que não seja possível a obtenção de uma aplicação consistente de
agregado ou se o ligante (emulsão) fluir excessivamente para as bermas, a aplicação
2
do ligante deve ser repartida por 3 aplicações de 2 l/m cada. Após a aplicação da
emulsão, a camada seguinte de agregado deve ser aplicada até à última camada de
10-14 mm seguida da aplicação de uma camada de areia com 2-6 mm para evitar a
contaminação do ligante, mas isto não é imprescindível uma vez que o ligante húmido
pode ser compactado sem aderência do ligante se os pneus estiverem humedecidos.
A aplicação do ligante deve ser uniforme e devem ser tomadas as precauções
necessárias para evitar a aplicação excessiva ou deficiente do ligante.
O ligante deve ser aplicado numa faixa de rodagem de cada vez.
Se a aplicação for realizada em várias faixas de rodagem, deve ser feita com uma
sobreposição mínima de 100 mm. Marcar o início e o fim de cada passagem de
pulverização com uma tira de papel resistente para assegurar que as juntas
transversais estão bem posicionadas.
Testar e verificar a temperatura do ligante, e assegurar que todos os bicos da barra
distribuidora estão a funcionar bem. Este teste deve ser feito fora da área da estrada
antes da pulverização.
Recomenda-se verificar antes do início da aplicação do material betuminoso, o ajuste
da altura da barra distribuidora, de modo a que cada ponto da estrada seja coberto por
três jactos separados de ligante para obtenção da taxa de aplicação indicada.
Ajustar o ângulo da barra em relação a horizontal, de modo a que fique horizontal em
relação à secção transversal da estrada, para a obtenção de uma boa distribuição
transversal do ligante.
Ajustar a largura coberta pela barra distribuidora, de tal forma que um terço (⅓) do
jacto que sai do último bico distribuidor ultrapasse o eixo da estrada. Isso assegura
que a quantidade correcta do ligante será depositada ao longo do eixo da estrada
quando se der a segunda passagem do distribuidor do ligante.
A segunda passagem do distribuidor deve ter o mesmo sentido da anterior.
As margens da área a ser pulverizada devem ser formadas por linhas rectas com uma
170
tolerância máxima de 25 mm para a largura. As margens devem ser marcadas com
pequenas pedras ou pregos e fio de forma a proporcionarem uma linha recta e uma
curvatura adequadas em conformidade as exigências apresentadas no projecto
geométrico.
Não é permitida a circulação sobre o ligante recém-aplicado.
Após a finalização da construção, deve-se verificar o perfil da estrada e assegurar que
o pavimento está isento de irregularidades de forma a permitir uma boa drenagem.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. Não deixar materiais na faixa
de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar problemas de drenagem.
Resíduos de material betuminoso devem ser removidos do local da obra para o local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente até pelo menos 10 m para fora da faixa da estrada, e espalhado numa
camada de espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Betume
A emulsão betuminosa deve ser catiónica com 60% de betume, para agregados ácidos
(ex. quartzo) e aniónica, para agregados básicos (ex. calcreto). A emulsão betuminosa
deve ser fornecida com um certificado indicando claramente o tipo, composição,
quantidade e o fornecedor.
O MC3000 deve ser preparado pela diluição do betume de penetração nominal 85/100
com 8 a 10% de querosene. A emulsão deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
Para um melhor desempenho, é recomendável a utilização de um betume de
penetração 150/200 obtido a partir da diluição do betume de penetração 85/100 com
10% de gasóleo. Este tipo de ligante é mais durável e endurece mais lentamente, o
que permite a obtenção de uma maior vida útil das camadas superiores. O betume de
penetração 150/200 é adequado para os revestimentos do tipo Otta seals, para o
revestimento das camadas superiores, revestimentos com areia, etc.
As temperaturas limite para aquecimento dos ligantes e para a aplicação devem estar
em conformidade com o projecto ou com as instruções do Fiscal. Na ausência destas,
devem adoptar-se as especificações apresentadas na Tabela 8.40.
Agregado:
O agregado deverá estar livre de quaisquer impurezas e não deverá ter pó. O
agregado deverá ser lavado previamente;
O agregado deve constituído por pedra britada, de tamanho único nominal de 40, 28 e
10 a 14 mm, livre de poeiras, lama e outras impurezas, com menos de 1,5 % por peso,
do material passado no peneiro de 0,425 mm;
A dureza do agregado deverá ser determinada de acordo com - TMH1 Método B2, o
valor do 10% FACT (seco) deverá ser no mínimo de 210 kN e o quociente entre o
ensaio molhado e o seco deverá ser de pelo menos 75%;
A forma do agregado deverá ser determinada de acordo com TMH1 Método B3, e o
seu valor máximo de índice de lamelação é 30.
Água:
A água deve ser limpa e estar isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou
outro material orgânico.
2
Medição 467 m
3
468 m
469 litros
2
Para o código 467 mede-se a área do revestimento em m (MDE)
Para os códigos 468 e 469 mede-se o volume de agregado ou de betume aplicado, a mais
ou menos, comparando com a taxa de aplicação indicada nas normas de execução.
171
Aplicação de ligante e agregado grosso (primeira Compactação e finalização da primeira camada
camada)
172
Actividade: Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido com Código:
solos ‘in-situ’ estabilizados com percentagem de 12% de cimento
75 mm 470
100 mm 471
150 mm 472
Variações de cimento 473
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na construção de pavimento ‘geo cell’.
A ‘geo cell’ é uma estrutura de material geossintética com aspecto de favo. As células (200
x 200 mm) com espessura de 75 mm, 100 mm e 150 mm são preenchidas “in-situ” com
material estabilizado com uma percentagem de cimento predefinida de 12%. As células
funcionam como cofragem perdida do pavimento e através das interligações contribuem
para a distribuição de cargas às camadas subjacentes.
As ‘geo cell’ são também utilizadas para o controle de erosão e revestimento de valas.
O código 473 serve para contabilizar variações nas taxas de aplicação de cimento a mais
ou a menos, caso seja instruído pelo Fiscal.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Assegurar a circulação segura e sem interrupções do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
Marcação da área de trabalho, em conjugação com o Fiscal.
Fornecimento e armazenamento de materiais;
Equipar os trabalhadores com equipamento individual de protecção;
Nivelamento, rega e compactação da base (pago sob código 835).
Escavar o material superficial da base e depositar ao lado da estrada;
Realizar ensaios para testar as misturas de solo-cimento (pago no âmbito da série
700);
Abertura de trincheiras para ancoragem de “geo cell” (pago no âmbito da série 700).
Estender e esticar os painéis de “geo cell” manualmente.
Reparação das “geo cell” danificadas.
Misturar os materiais com o cimento.
Enchimento e compactação das “geo cell”.
Cura do material estabilizado com cimento.
Limpeza da área de trabalho.
Remoção da sinalização provisória.
Normas O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser planeadas de forma a evitar interromper a passagem do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve providenciar-se uma passagem que
permita a circulação dos veículos sem representarem um perigo para terceiros;
Deve-se inspeccionar a superfície da base e reparar qualquer defeito ou irregularidade.
Armazenamento
As “geo cell” não devem ser armazenadas directamente no chão ou em condições de
temperaturas elevadas.
As “geo cell” não devem ficar expostas ao ar ou ao sol por um período superior a 2
dias antes da sua colocação.
173
Esticar e fixar as “geo cell” no canto e colocar estacas com intervalo de 1m na
base da trincheira (direcção longitudinal).
Da mesma forma, esticar e fixar as “geo cell” na direcção transversal (outro lado
da estrada) sempre assegurando que o painel fica em esquadria.
Se for necessário, colocar estacas ao acaso no meio do painel para garantir um
bom contacto com a base.
Os painéis devem ser tencionados de tal forma que as paredes das células voltam
ao seu posicionamento original (vertical) quando a pressão aplicada verticalmente
é removida.
Uma vez colocado o primeiro painel poderá proceder-se ao preenchimento de
solo-cimento.
O Fiscal deve aprovar a colocação dos paneis antes de proceder ao
preenchimento de células.
174
No caso de compactação manual, usa-se o processo de apiloamento.
Nas curvas o painel poderá ser adaptado através de corte ou usando fios para
pressionar a parte do painel até a superfície da base conforme a geometria da
curva proposta, Figura 8.5;
175
Actividade: Construção de pavimento com painel ‘geo cell’ preenchido com betão Código:
B20
75 mm 474
100 mm 475
150 mm 476
Código de
referência
Utilização Utiliza-se este código para as actividades envolvidas na construção de pavimento ‘geo cell’.
A ‘geo cell’ é uma estrutura de material geossintética com aspecto de favo. As células (200
x 200 mm) com espessura de 75 mm, 100 mm e 150 mm são preenchidas “in-situ” com
material estabilizado com uma percentagem de cimento predefinida de 12%. As células
funcionam como blocos discretos e cada bloco contribui para a distribuição de cargas,
protegendo assim as camadas subjacentes.
As ‘geo cell’ são também utilizadas para o controle de erosão e revestimento de valas.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Assegurar a circulação segura e sem interrupções do tráfego durante a execução dos
trabalhos;
Fornecimento e armazenamento de materiais;
Marcação e definição do traçado da área de trabalho, em conjugação com o Fiscal.
Nivelamento, rega e compactação da base (pago sob código 835).
Escavar o material superficial da base e depositar ao lado da estrada;
Realizar ensaios para testar as misturas de solo-cimento (pago no âmbito da série
700);
Abertura de trincheiras para ancoragem de “geo cell” (pago no âmbito dos códigos 610
e 611).
Estender e esticar os painéis de “geo cell” manualmente.
Colocar e juntar os painéis de “geo cell”
Reparação das “geo cell” danificadas.
Misturar o betão no camião ou nas betoneiras.
Enchimento e compactação das “geo cell”.
Cura do betão.
Limpeza da área de trabalho.
Remoção da sinalização provisória.
Normas O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
Sinalização para segurança.
As obras devem ser organizadas de forma a não interromper a circulação do tráfego
por períodos superiores a 10 minutos. Deve ser assegurada uma via de circulação que
possa ser utilizada com facilidade, em segurança e sem causar danos nos veículos.
Os equipamentos e ferramentas a serem utilizados devem ser aprovados pelo Fiscal.
Deve-se inspeccionar a superfície da base e reparar qualquer defeito ou irregularidade.
Armazenamento
As “geo cell” não devem ser armazenadas directamente no chão ou em condições de
temperaturas elevadas.
As “geo cell” não devem ficar expostas ao ar ou ao sol por um período superior a 2 dias
antes da sua colocação.
176
Se for necessário, colocar estacas ao acaso no meio do painel para garantir um
bom contacto com a base.
Após tensionamento, as paredes das células devem ficar verticais. Caso contrário
deverão ser removidas.
Uma vez colocado o primeiro painel poderá proceder-se ao preenchimento das
células com betão.
O Fiscal deve aprovar a colocação dos paneis antes de proceder ao
preenchimento das células com o betão.
177
deve-se compactar a cofragem com um martelo de borracha.
A parte superior das “geo cell” deve ficar visível, para facilitar a aplicação do betão
no painel seguinte.
O acabamento e nivelamento da superfície do painel devem ser realizados usando
uma tábua ou régua de madeira.
O betão deve ser curado ao longo de 7 dias, excepto em caso de indicações em
contrário, mantendo-se a humidade através da colocação de uma camada de areia
no topo, regada com água. A água utilizada na cura deve ser da mesma qualidade
da água utilizada para as estruturas em betão.
Nas curvas o painel poderá ser adaptado através de corte ou usando fios para
pressionar a parte do painel até a superfície da base conforme a geometria da
curva proposta, Figura 8.7;
178
Deve-se utilizar um cimento Portland em conformidade com as normas AASHTO M85,
SABS 471 ou equivalente ou um cimento de cinzas volantes, em conformidade com as
normas AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
A areia e agregado devem ser obtidos de fontes devidamente aprovadas pelo
laboratório provincial e devem estar em conformidade com a norma SABS 1083 ou
equivalente. A areia e o agregado devem estar isentos de argilas e matérias orgânicas.
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outra matéria
orgânica / química que poderá enfraquecer a qualidade de betão.
3
Medição m de pavimento colocado
MDE
179
9. Série 500 Trabalhos Auxiliares
Os trabalhos auxiliares abrangem as actividades associadas à prestação da informação necessária que permitirá
ao utente fazer uma utilização segura e adequada da estrada. Os principais aspectos são os seguintes:
1. Sinalização rodoviária (sinais verticais)
2. Marcação rodoviária (informativa, reguladora, assim como sinais de alerta e linhas pintados no
pavimento rodoviário com o objectivo de servir de orientação para o utente).
3. Medidas de moderação da velocidade do tráfego (lombas, bandas sonoras, etc.).
A segurança rodoviária constitui o ponto essencial de qualquer projecto rodoviário, ou de qualquer projecto de
construção e de manutenção. As variações ocorrem apenas como resultado da classe de estrada. As estradas
com elevado volume de tráfego requerem medidas mais severas uma vez que os conflitos de tráfego são muito
mais elevados, em comparação com as estradas de baixo volume de tráfego.
A sinalização vertical deve ser colocada de modo a permitir uma visibilidade adequada aos condutores. A
sinalização deve ser clara e simples, não apresentando nenhuma ambiguidade. Em caso de restrições de
orçamento a sinalização de alerta reveste-se de prioridade, uma vez que a segurança dos utentes depende
essencialmente desta sinalização.
As marcações rodoviárias são particularmente importantes para a circulação nocturna. O tipo de tinta utilizada
determina o nível de segurança de uma determinada estrada. A boa visibilidade é essencial, especialmente nos
períodos nocturnos e nas situações de más condições atmosféricas. Enquanto os custos têm um peso
significativo na tomada de decisões, a reflectividade, por sua vez, permite aumentar a segurança rodoviária,
sendo a utilização de tinta reflectora ou de tinta não reflectora com reflectores uma ferramenta importante.
A sinalização rodoviária deve estar em conformidade com as especificações SADC, uma vez que estas permitem
uma harmonização da sinalização na região, o que por sua vez, contribui para melhorar a segurança rodoviária,
especialmente em estradas dimensionadas para veículos pesados em que a circulação transfronteiriça é
significativa.
Apesar de existir sinalização rodoviária indicativa dos limites de velocidade integrada na sinalização vertical, isto
poderá não ser suficiente, e, como tal, devem ser aplicadas medidas de moderação da velocidade do tráfego,
tais como:
1. Lombas – Estas devem ser adequadamente concebidas de forma a permitirem a circulação segura dos
veículos rebaixados. A lomba deve ser acompanhada de uma sinalização vertical de alerta para a
presença de barreiras, caso contrário, as lombas poderão constituir um perigo se não for colocada
nenhuma sinalização de aviso.
2. Bandas sonoras – estas não reduzem propriamente a velocidade do tráfego mas servem para avisar os
condutores da existência de um perigo mais adiante. As bandas sonoras poderão ser utilizadas em
conjunção com as lombas para alertar o utente da existência de lombas o que inevitavelmente ajudará à
moderação do tráfego.
Outros tipos de sinalização, tais como a sinalização informativa e os marcos quilométricos, fornecem
informações acerca da distância e do percurso. Esta sinalização também desempenha um papel importante na
segurança rodoviária, uma vez que reduz a necessidade de aceleração reduzindo assim a velocidade de
operação.
Deste modo, é importante optimizar as exigências aplicáveis às obras auxiliares de forma a assegurar o
cumprimento das exigências mínimas de segurança rodoviária.
180
Actividade: Produção e colocação de marcos quilométricos Código: 510
Código de SATCC 5100
referência SADC “Road Traffic Signs”
Utilização Este código utiliza-se para a produção e colocação de marcos quilométricos em betão
armado com dimensões conforme o desenho tipo. O seu posicionamento será indicado
através de instruções do Fiscal.
Tarefas Produção de marcos quilométricos em betão armado moldado em elementos pré-
incluídas fabricados consoante as dimensões indicadas nos desenhos;
Transporte ao local da obra;
Identificação dos sítios e marcação dos locais a colocar os marcos conjuntamente com
o Fiscal;
Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
Executar a escavação para as fundações conforme o desenho tipo;
Colocação dos marcos quilométricos e controlo do alinhamento horizontal e vertical
com nível de bolha e fita métrica;
Enchimento das caixas de fundação com material granular;
Limpeza do terreno;
Pintura dos marcos em dimensões e cores como indicado no desenho tipo indicando o
número de classificação da estrada e a quilometragem;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos.
A fabricação e colocação de marcos quilométricos serão conforme as normas SADC
estabelecidas no manual de “Road Traffic Signs’’.
Os marcos serão pré-fabricados em Betão Armado Classe B 20 com um acabamento
liso de classe F3 da norma SATCC 6207 secção d.
As dimensões, cores, letras e números serão conforme o desenho tipo;
A tolerância deve ser de ±20 mm para a altura e largura e de ±10 mm para a
espessura;
Identificação de locais de colocação dos marcos junto com o Fiscal;.
A escavação para as fundações deve ser executada segundo as dimensões
especificadas (300 mm x 500 mm), escavando verticalmente com a pá evitando
deslizamentos de material para o interior da abertura. A escavação deve até atingir um
terreno firme livre de material orgânico.
Se for necessário colocar uma camada de cascalho de 10 cm de espessura;
Verificar a profundidade da escavação e nivelar o local de fundação.
Fixar o marco quilométrico dentro da abertura da fundação com o auxílio de cascalho
verificando os níveis horizontal e vertical.
Fechar e tapar a abertura com material granular em camadas não superiores a 15 cm.
Se for necessário deve-se usar material das câmaras de empréstimo.
Aplicar a tinta reflectora no topo do marco, e tinta de óleo para outras partes.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
As faces em betão e os moldes devem ser preparados conforme os códigos 640 a 643.
A armadura (varões) deve ser preparada conforme os códigos 630 e 633
Tinta reflectora e tinta de óleo.
Medição UN
O preço deverá incluir todas as despesas ligadas ao trabalho, como a produção de
marcos, o transporte ao local de obra, a colocação no terreno, e a sua pintura.
MDE
181
Actividade: Produção e colocação de barreiras de protecção Código 520
Alinhamento e marcações
Todos os locais e alinhamentos das barreiras de protecção serão indicados pelo Fiscal.
Postes de madeira
Os postes de madeira (pinho ou eucalipto) devem ter um diâmetro entre 150 e 230 mm
e devem ser tratados com creosoto, em conformidade com a norma SABS 538 ou com
qualquer outro material adequado de qualidade equivalente.
Deve-se utilizar postes de madeira com diâmetros da mesma ordem de grandeza da
dimensão da secção das barreiras para facilitar a fixação dos espaçadores e das
barreiras metálicas;
Os postes de madeira devem ter um comprimento de 1,75 m.
Cerca de 1,0 m do poste deverá ser enterrado, e os postes deverão ser colocados de
tal forma que o nível dos alinhamentos do topo é uniforme.
Enchimento das caixas de fundação com material granular ou material fino estabilizado
e compactado manualmente com o maço manual em camadas com uma espessura
máxima de 100 mm.
A distância entre postes deve ser de 3,81 m.
Em caso de se construírem barreiras de protecção em cima de tabuleiros ou de muros
de betão, deve utilizar-se tubos metálicos de aço galvanizado de 168 mm de diâmetro
(25,3 Kg/m).
A base do tubo metálico será soldada numa placa de aço galvanizado de dimensões
de 300x300x12 mm.
A placa da base será fixada no betão com parafusos ou ferrolhos de 300 mm de
comprimento e 16 mm de diâmetro.
As calhas metálicas serão de tipo ARMCO, galvanizados, de 300 mm de altura, 12 mm
de espessura e 4128 mm de comprimento de acordo com a norma SABS 763;
Os limites da tolerância para as dimensões das barreiras de protecção são de ±1%;
A superfície da barreira de protecção deve ser plana e livre de ondulações ou
irregularidades maiores do que 1 cm, medidas debaixo duma régua de 2 m de
comprimento;
182
O eixo da calha deverá estar a 0,53 m acima do nível do terreno;
As extremidades das barreiras deverão ser apontadas para o chão, na direcção para
fora da estrada com um angulo de 45 graus, e embutidas em betão conforme as
instruções do Fiscal.
Acessórios de fixação
Os parafusos para fixar as calhas aos postes são de aço galvanizado (classe A40),
com um comprimento de 320 mm e um diâmetro de 16 mm;
As anilhas deverão ser de aço de 3 mm de espessura;
As porcas deverão ser de aço galvanizado (classe A40) de 16 mm de diâmetro;
Os espaçadores deverão ser em pinho ou eucalipto com dimensões de 350x150x100
mm;
A fixação das barreiras nos postes será realizada por uma placa com dimensões de
75x45x3 mm;
As secções das calhas deverão ser ligadas entre si através de 8 parafusos e porcas e
onde estiverem ligadas aos postes;
Nas ligações entre duas calhas toda a superfície da ligação deve estar em contacto
com as calhas.
Tachas reflectivas
As tachas reflectivas deverão ser em aço galvanizado e deverão ser fixadas na barreira
em forma de ‘V’ com espessura de 1,5 mm.
As tachas reflectivas devem ser fixadas na barreira em cores alternadas.
As tachas reflectivas devem ser pintadas com tinta retro-reflectora (ou coloridas com
plástico colorido) branca e vermelha, em conformidade com o projecto e com a norma
SATCC 5200.
Acabamentos:
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
As calhas metálicas galvanizadas devem estar conforme a norma SABS 763;
Postes de madeira (pinho ou eucalipto) tratados com creosoto (conforme SABS 538);
Os postes metálicos devem ser de aço galvanizado de classe A40 (25,3 Kg/m);
Os parafusos, as porcas, as anilhas e os acessórios devem ser de aço galvanizado de
classe A40;
As tachas reflectivas devem estar de acordo com a norma SATCC 5200;
O betão de limpeza na fundação deve ser preparado conforme os códigos 640 a 643.
Medição m
MDE
Barreiras de protecção em taludes inclinados para Cancela numa passagem de nível para impedir a
evitar a queda de veículos passagem de veículos durante a passagem de
comboios
Foto 9.1: Barreiras de protecção – Medidas de protecção dos utentes contra acidentes graves
183
Actividade: Colocação da sinalização rodoviária vertical Código: 540
Código de SATCC 5400
referência SADC Manual “Road Traffic Signs”
Utilização A sinalização rodoviária permite informar os utilizadores das rotas, distâncias e serviços,
adverte o motorista da existência de possível perigo e de limites e de proibições do uso da
estrada, garantindo a segurança rodoviária, Figura 9.1.
184
Os sinais devem ser fixados ao poste com métodos aprovados pelo Fiscal e em
conformidade com o projecto.
Os postes devem ser tubos de aço galvanizado de 2” (50 cm) de diâmetro e
espessura de 2 mm, ou de madeira de eucalipto de 100 mm de diâmetro tratados com
creosoto ou de materiais equivalentes.
Os tubos metálicos devem ser protegidos com uma tampa na parte superior para
evitar a passagem de água para o interior.
Material de fixação, como braçadeiras, parafusos e porcas devem ser galvanizados.
2
Medição m
O código de sinalização vertical será medido pela área efectivamente aplicada do sinal
2
expressa em m .
MDE
Sinalização de regulamentação
185
Actividade: Marcação da sinalização horizontal Código: 550
Código de SATCC 5500
referência
Utilização A sinalização rodoviária permite informar os utilizadores das rotas, distâncias e serviços,
adverte o motorista da existência de possível perigo e de limites e de proibições do uso da
estrada, garantindo a segurança rodoviária, Foto 9.2.
186
o O comprimento das interrupções nas linhas de demarcação das vias não
pode sofrer um desvio maior do que 150 mm.
187
Actividade: Construção de lombas em trechos com população Código: 560
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de lombas na superfície das estradas ou terreno
em conformidade com as instruções do Fiscal. As lombas consistem em ondulações
transversais construídas na superfície do pavimento com o objectivo de reduzirem a
velocidade do tráfego que circula nesses locais. As lombas destinam-se a aumentarem as
condições de segurança em zonas povoadas.
Tarefas Identificação dos locais e marcação dos pontos onde as lombas irão ser construídas
incluídas mediante a aprovação do Fiscal e das autoridades locais;
Colocação de sinalização temporária na zona de trabalhos;
Marcação do alinhamento longitudinal e transversal da lomba com estacas, fita métrica
e nível em conjunto com o Fiscal;
Rega e escarificação da zona onde se pretende construir a lomba;
Transporte dos materiais desde a câmara de empréstimo até ao local da obra, nos
casos em seja necessária a importação de solos;
Compactação de material solto com teor óptimo de humidade;
Controlo do formato da lomba;
Limpeza do terreno;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização para segurança temporária na zona de trabalho;
O perfil transversal da lomba deve estar em conformidade com os projectos tipo com
pequena altura, Figura 9.2;
A tolerância máxima para a altura da lomba deve ser de ±10 mm e de ±5% para o
comprimento;
A superfície do perfil transversal da lomba deve ser plano e sem ondulações ou
irregularidades superiores a 2 cm medidas sob uma régua com 2 m de comprimento;
188
10. Série 600 - Estruturas
A construção de estruturas é uma actividade crítica, uma vez que estas têm de ser realizadas de forma correcta
logo à primeira tentativa. As eventuais correcções quando ocorrem problemas são de execução muito difícil e
dispendiosa. Normalmente, implicam a demolição dos elementos da estrutura que não se encontram em
conformidade com o projecto. Por exemplo, a resistência do betão é determinada através de ensaios de
resistência efectuados em provetes e só é possível obter informação acerca da qualidade do betão após a
execução dos primeiros ensaios em provetes, ou seja, após um intervalo de 7 dias. No entanto, os verdadeiros
resultados referentes à resistência do betão só podem ser obtidos após um intervalo de 28 dias e por essa altura
o elemento estrutural já tem uma idade de 28 dias. Em caso de falha nos ensaios do betão, o elemento estrutural
tem de ser demolido e os materiais não podem ser reutilizados.
A construção de estruturas envolve vários aspectos importantes:
1. Implantação – Esta actividade, especialmente no que se refere às grandes estruturas deve ser realizada
por um topógrafo com experiência neste tipo de trabalhos ou por um engenheiro. Normalmente, na
realização desta tarefa deve empregar-se o equipamento topográfico mais sofisticado, tal como a estação
total. As dimensões e espaçamento dos diferentes elementos devem ser determinados com exactidão, uma
vez que qualquer erro de cálculo poderá afectar partes da estrutura ou a estrutura em toda a sua totalidade.
2. Níveis topográficos – Os níveis topográficos são cruciais para o desempenho da função para a qual a
estrutura foi concebida. Por exemplo, se as inclinações nos aquedutos forem erradas então a drenagem
tornar-se-á ineficiente ou o aqueduto poderá ficar colmatado, reduzindo a área de escoamento, o que pode,
consequentemente, conduzir à ocorrência de inundações e de aluimentos. Para além disso, se os níveis
topográficos nos pilares das pontes não forem correctamente definidos, o tabuleiro não ficará nivelado.
3. Armaduras – Erros na preparação das armaduras poderão levar ao colapso da estrutura.
4. Materiais – Os materiais representam a maior fatia dos custos associados à construção de estruturas e a
durabilidade das estruturas depende da qualidade dos materiais utilizados. O manuseamento adequado
dos materiais no local é importante para evitar a sua contaminação.
5. Cofragem – A cofragem pode ser a diferença entre uma boa estrutura e uma má estrutura. Se a cofragem
não for concebida de forma adequada, esta irá decerto deslocar-se sob o peso do betão e da tensão
derivada da compactação. Este aspecto assume uma importância acrescida no caso dos elementos
horizontais, tais como tabuleiros e vigas.
6. Supervisão – A construção de estruturas exige um trabalho de supervisão intensivo e todas as actividades
têm de ser controladas em termos da sua conformidade com o projecto.
Supervisão:
189
5. Pilares e encontros – Verificação das posições, ângulos, alinhamento ao prumo, níveis topográficos,
fixações em aço (dimensões e espaçamentos entre eixos de todos os varões de aço), dosagem do betão
através da execução de ensaios de abaixamento (“slump”) e amostragem do betão em moldes para ensaios
de determinação da resistência à compressão de cubos, aplicação de argamassa rica em cimento ou pasta
de cimento nas juntas de construção.
6. Tabuleiros – Verificação do projecto das cofragens, fixação das cofragens, intradorso do tabuleiro, níveis,
fixações em aço (dimensões e espaçamentos entre eixos de todos os varões de aço), dosagem do betão
através da execução de ensaios de abaixamento (“slump”) e amostragem do betão em moldes para ensaios
de determinação da resistência de cubos, evitando juntas de construção.
7. Acabamentos – verificação da presença de vazios, níveis, irregularidades e textura superficial.
190
Actividade: Escavação de fundações para estruturas Código:
Em solos normais 610
Em solos duros 611
Código de SATCC 6105
referência
Utilização Este código utiliza-se em todas as escavações necessárias para a construção, reparação,
ampliação ou demolição de estruturas.
O Código 610 será utilizado para solos normais (arenosos/granulares) incluindo
pedregulhos que se consegue escavar à mão com ferramentas manuais;
O Código 611 será utilizado para solos duros (argilosos, rochosos) incluindo pedregulhos
que se consegue escavar à mão com ferramentas manuais;
Tarefas Colocação de sinalização temporária para garantir a segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a escavação da trincheira de fundação;
Se for necessário deve-se desviar ou reter o curso de água, para permitir a realização
dos trabalhos de escavação;
Antes do início dos trabalhos deve-se marcar a zona de escavação junto com o Fiscal
e determinar a respectiva extensão e profundidade, em conformidade com os
desenhos;
Determinação do volume de trabalho estimado e confirmação do nível do terreno
natural, com o Fiscal, para futura medição de trabalho;
Delimitar a área de trabalho com fita de segurança;
Escavação da trincheira até à profundidade de fundação;
Remover e depositar os solos num local a pelo menos 10 m fora da estrada, conforme
as indicações do Fiscal;
Para níveis com água, deve-se escorar a trincheira e bombear a água subterrânea
para fora das escavações;
Controle de nível, regularização e compactação da base de fundação;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização temporária para garantir a segurança;
A escavação será feita em conformidade com os alinhamentos, cortes e profundidade
indicados no projecto ou pelo Fiscal;
É importante a realização de trabalhos de prospecção complementares para
avaliação dos subsolos existentes nas fundações;
Se a escavação for feita à mão, os trabalhadores devem usar roupa protectora
incluindo capacetes;
Em escavações com mais de 2 m de profundidade os taludes devem ser estabilizados
em degrau (1 metro de largura por cada 2 metros de altura);
Não deve ser permitido o tráfego ou a presença de maquinaria em locais que distem
menos de 10m da trincheira;
A caixa de fundação deve ser vedada para além de um metro fora das faces externas;
Não será permitido o aterro de qualquer natureza para compensar escavações feitas
para além do limite da cota de fundação. Caso ocorra, a regularização do material em
falta será realizada com betão de limpeza, de resistência compatível com a fundação;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável.
3
Medição m
3
As quantidades devem corresponder ao volume da escavação medido em m
MAE
191
Actividade: Construção de Drift (Passagem Molhada) Simples em Betão Código:
620
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de drift (passagem molhada) simples em betão
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a construção do drift;
Fornecimento e transporte de todos os materiais necessários para a construção do
drift;
Estabelecimento do alinhamento longitudinal e transversal do drift com o Fiscal e
marcação da área de escavação;
Remoção de solos soltos e escavação das trincheiras para as obras de protecção e
fundações do drift;
Controle dos taludes junto com o Fiscal;
Construção de muros de protecção (cortinas) na entrada e saída do drift incluindo a
colocação de armaduras para os pilaretes;
Enchimento da caixa do drift (espaço entre as paredes) com solos granulares
aprovados pelo Fiscal, e compactação. A parte superior do aterro deve situar-se cerca
de 15 cm abaixo da parte superior dos muros de protecção;
Construção da laje de fundo para a fundação do drift, com reforço de malha metálica,
em conformidade com as especificações do projecto, incluindo a colocação de tacos.
Colocação da cofragem em betão para a construção dos muros ala e das paredes da
caixa de fundação.
Vazamento na cofragem do betão da classe B15 (15MPa);
Construção da laje de topo (com reforço em malha metálica), dos pilaretes e das
obras de protecção em betão, alvenaria de pedra, gabiões e pedra argamassada, em
conformidade com o projecto.
Compactação e cura do betão/alvenaria.
Encerramento do desvio temporário e restabelecimento das condições do terreno.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do drift, através da construção
de um desvio usando um método de construção que permita a passagem do tráfego
em segurança.
Recomenda-se construção em tempo seco;
A construção deve estar em conformidade com o projecto e com as instruções do
Fiscal;
Todo o material solto, incluindo vegetação, resíduos, solo e pedregulhos devem ser
removidos para fora da área de trabalho;
O pontão deve ser instalado e as estacas devem ser colocadas para indicar a posição
das paredes chave, dos muros de ala, das soleiras e das lajes de acesso;
A área demarcada deve ser escavada para remoção do solo superficial, se existir. No
caso de se tratar de um leito rochoso, devem-se furar buracos para a colocação das
cavilhas (20 mm de diâmetro) para a ancoragem do pontão;
Devem-se escavar trincheiras destinadas à fundação dos muros de protecção e dos
muros ala até uma profundidade de 50 cm ou conforme as indicações do desenho
(nos casos em que não exista nenhum leito rochoso);
Os muros de protecção e os muros ala devem ser construídos com betão ou alvenaria
de pedra em conformidade com o projecto. A parte superior dos muros de protecção
deve ser plana e não apresentar ondulações e deve ficar ao nível das soleiras do
canal de água;
O espaço entre os muros de protecção deve ser preenchido com materiais granulares,
cuja utilização tenha sido devidamente aprovada pelo Fiscal, e devem ser
compactados até uma densidade mínima de 93% do AASHTO Modificado. A parte
superior do aterro deve situar-se a cerca de 15 cm abaixo do topo das paredes chave,
de forma a deixar-se uma margem para a colocação da laje;
A laje deve ser moldada entre paredes e a parte superior da laje deve ficar alinhada
com o topo dos muros de protecção. Deve colocar-se a meio da profundidade da laje
uma armadura com rede metálica com um diâmetro de 6 mm e um espaçamento de
200 mm;
Deve colocar-se uma armadura (diâmetro de 16 mm) na laje superior para posterior
192
moldagem dos pilaretes;
As lajes de acesso e a laje superior devem ser moldadas numa única aplicação para
evitar a ocorrência de juntas de construção entre a laje superior e a laje de acesso. As
lajes devem curar durante um período mínimo de 14 dias;
Os pilaretes devem ser moldados e curados e poderão ser pintados para permitirem
uma maior visibilidade durante a noite;
Os muros de protecção devem curar durante um período mínimo de 4 dias;
A tolerância máxima para a largura é de ± 50 mm, para a espessura da laje ± 10 mm
e para a inclinação ± 0,5%.
A superfície da laje e dos muros de protecção deve ser plana e isenta de quaisquer
ondulações e irregularidades superiores a 2 cm, medidos com uma régua de traçar.
O alinhamento do drift deve seguir o mais fielmente possível a direcção do curso de
água.
A inclinação transversal do drift deve ser 2%.
Devem ser implementadas medidas de protecção contra a erosão na saída do drift,
incluindo a construção de um muro de protecção ou de enrocamento abaixo do nível
da soleira.
As aproximações (laje e protecção) devem ser contíguas à laje e muros de protecção
do drift de tal modo que não exista espaço entre eles.
A alvenaria de pedra e o betão devem ser preparados utilizando os métodos
adequados de controlo das quantidades dos vários constituintes (vide códigos 640 a
643 e 252).
A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir
uma consistência adequada. Não deverá ser adicionada água após 20 minutos do
início do processo de mistura com a água.
O betão e a argamassa devem ser colocados em menos de 60 minutos depois do
início do processo da mistura com água.
A laje para o drift e a laje para as aproximações devem ser construídas em contínuo,
em conformidade com o projecto e evitando juntas de construção.
Os pilaretes do drift devem ser reforçados em conformidade com o projecto.
O betão e a alvenaria de pedra devem ser sujeitos a uma cura por um período de 7
dias.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
O betão das fundações, muros e lajes devem ser preparados conforme os códigos
640 a 643. A armadura (varões) deve ser preparada conforme o código 633.
As argamassas devem ser preparadas utilizando métodos de controlo das
quantidades adequados aos vários componentes. Geralmente, as proporções devem
corresponder a 1:4 para o cimento/areia. A quantidade de água adicionada deve ser a
necessária para garantir a consistência adequada. É proibido adicionar a água na
massa de betão ou argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura com
a água.
O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a humidade
e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado por mais de
8 semanas não pode ser utilizado na obra; A areia e a pedra devem ser recolhidas de
fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma SABS 1083 ou
equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material vegetal.
A pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, pesar de 5 a 20kg, ser
limpa, dura e não degradada.
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico / químico que possa comprometer a qualidade de betão.
2
Medição m
Medição da área asfaltada do pavimento do drift. O código inclui os custos referentes
aos pilaretes, às obras de protecção e respectivas quantidades.
MDE
193
Drift construído com betão. Vista da laje principal, lajes de acesso e
pilaretes e muro de protecção a jusante para protecção contra a
erosão
194
Actividade: Construção de drift de tubos em betão (drift ventilado/causeway/ford) Código:
621
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a construção de um drift ventilado ou pontão com tubos em
betão pré-fabricados, envolvidos em betão com lajes de fundação, de topo e de
aproximação e obras de protecção. Ver Foto 10.3.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Construção de desvio temporário para permitir a passagem de tráfego na estrada
durante a construção do drift.
Fornecimento e transporte de todos os materiais necessários para a construção do
drift;
Estabelecimento do alinhamento longitudinal e transversal do drift junto com o Fiscal
e marcação da área de escavação;
Remoção de solos soltos e escavação das trincheiras para as obras de protecção e
fundações do drift;
Controle dos taludes junto com o Fiscal;
Construção de muros de protecção (cortinas) na entrada e saída do drift incluindo a
colocação de armaduras para os pilaretes.
Enchimento da caixa do drift (espaço entre as paredes) com solos granulares
aprovados pelo Fiscal, e compactação. A parte superior do aterro deve situar-se a
cerca de 15 cm abaixo do topo dos muros de protecção;
Construção da laje inferior em betão do pontão com armadura em rede metálica, tal
como indicado no projecto, incluindo a colocação de cavilhas;
Cura da laje com uma cobertura humedecida como areia ou serapilheira. A cura deve
iniciar-se 24 horas após a construção da laje;
Colocação de tubos aqueduto pré-fabricados e ancoragem destes na localização
respectiva pelo menos 3 dias antes da construção da laje;
Colocação da cofragem para a construção da envolvente em betão em volta dos
aquedutos e para a moldagem dos muros ala com betão. Os muros ala e os muros
de protecção poderão ser construídos com alvenaria de pedra, se estes materiais
estiverem disponíveis no local;
Verter o betão de enchimento da classe B15 (15MPa) na cofragem e em volta dos
aquedutos. Poderão ser colocados pedregulhos, se disponíveis, (pedras grandes ou
blocos de betão) no betão durante o vazamento do betão para redução da
quantidade de betão utilizado para o envolvimento;
Construção da laje de topo (com armadura em rede metálica), dos pilaretes e das
obras de protecção em betão, alvenaria de pedra, gabiões e pedra argamassada, em
conformidade com o projecto.
Compactação e cura do betão/alvenaria.
Encerramento do desvio temporário e restabelecimento das condições do terreno.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção do drift, através da
construção de um desvio usando um método de construção que permita a passagem
do tráfego em segurança.
Recomenda-se construção em tempo seco;
A construção deve estar em conformidade com o projecto e com as instruções do
Fiscal;
Todo o material solto, incluindo vegetação, resíduos, solo e pedregulhos devem ser
removidos para fora da área de trabalho;
O pontão deve ser instalado e as estacas devem ser colocadas para indicar a
posição das paredes chave, dos muros ala, das soleiras e das lajes de acesso;
A área demarcada deve ser escavada para remoção do solo superficial, se existir. No
caso de se tratar de um leito rochoso, devem-se furar buracos para a colocação das
cavilhas (20 mm de diâmetro) para a ancoragem do pontão;
Devem-se escavar trincheiras destinadas à fundação dos muros de protecção e dos
muros ala até uma profundidade de 50 cm ou conforme as indicações do desenho
(nos casos em que não exista nenhum leito rochoso);
Os muros de protecção e os muros ala devem ser construídos com betão ou
alvenaria de pedra em conformidade com o projecto. A parte superior dos muros de
protecção deve ser plana e não apresentar ondulações e deve ficar ao nível das
195
soleiras do canal de água;
O espaço entre os muros de protecção deve ser preenchido com materiais
granulares, cuja utilização tenha sido devidamente aprovada pelo Fiscal, e devem ser
compactados até uma densidade mínima de 93% do AASHTO Modificado. A parte
superior do aterro deve situar-se a cerca de 15 cm abaixo do topo das paredes
chave, de forma a deixar-se uma margem para a colocação da laje;
A laje do fundo deve ser moldada entre paredes e a parte superior da laje deve ficar
alinhada com o topo dos muros de protecção. Deve colocar-se a meio da
profundidade da laje uma armadura com rede metálica com um diâmetro de 6 mm e
um espaçamento de 200 mm. As cavilhas dos varões das armaduras (diâmetro de 20
mm) devem ser colocadas na laje do fundo para ligação desta laje à superestrutura
do pontão, colocada nos espaços entre os aquedutos, tal como indicado no projecto
ou em conformidade com as instruções do Fiscal;
Os muros de protecção e a laje do fundo devem curar durante 4 dias mantendo-se as
superfícies húmidas com a colocação de um manto de areia humedecida ou uma
sarapilheira humedecida;
Os tubos aqueduto pré-fabricados/pré-moldados devem ser instalados e ancorados
com betão para prevenir a ocorrência de deslocamentos durante a moldagem do
betão de enchimento de envolvimento;
As cofragens devem ser colocadas de forma a envolver os aquedutos para
moldagem do betão de envolvimento e a cofragem deve ser também colocada
formando caixões para moldagem dos muros ala com as dimensões indicadas no
projecto;
O betão de enchimento deve ser produzido e colocado no caixão a uma altura de 10
cm acima do nível dos aquedutos. A parte superior do envolvimento de betão deve
ser picada para assegurar uma boa adesão com a laje de topo. Devem ser colocadas
cavilhas no betão de envolvimento para ancoragem da laje de topo;
No betão simples, com uma espessura não inferior a 300mm, poderão incluir-se
pedregulhos, desde que devidamente aprovados, para deslocamento do betão até
20% do volume total, desde que:
o Os pedregulhos sejam distribuídos uniformemente no betão;
o Nenhum pedregulho tenha uma dimensão superior a um terço da dimensão
mais pequena do betão em qualquer plano.
o Cada pedregulho esteja envolvido em pelo menos 75 mm de betão.
A laje de topo deve ser construída em betão do tipo B20 com uma armadura metálica
colocada a meia altura. Os varões de reforço (diâmetro de 16mm) devem ser
colocados na laje de topo para moldagem posterior dos pilaretes;
As lajes de aproximação e a laje de topo devem ser moldadas numa aplicação única
para evitar a ocorrência de juntas de construção entre a laje de topo e a laje de
aproximação. As lajes devem curar durante um período mínimo de 14 dias,
Os pilaretes devem ser moldados e curados e poderão ser pintados para permitirem
uma maior visibilidade durante a noite;
A tolerância máxima para a largura é de ± 50 mm, para a espessura da laje ± 10 mm
e para a inclinação ± 0,5%.
A superfície da laje de topo e dos muros de protecção deve ser plana e isenta de
quaisquer ondulações e irregularidades superiores a 2 cm, medidos com uma régua
de traçar.
O alinhamento do drift deve seguir o mais fielmente possível a direcção do curso de
água.
A inclinação transversal da laje de topo do drift deve ser 2%.
Devem ser implementadas medidas de protecção contra a erosão na saída do drift,
incluindo um muro de protecção ou de enrocamento abaixo do nível da soleira.
As aproximações (laje e protecção) devem ser contíguas à laje e muros de protecção
do drift de tal modo que não exista espaço entre eles.
A alvenaria de pedra e o betão devem ser preparados utilizando os métodos
adequados de controlo das quantidades dos vários constituintes (ver códigos 640 a
643 e 252).
A quantidade de água utilizada deve ser somente aquela necessária para produzir
uma consistência adequada. Não deverá ser adicionada água após 20 minutos do
início do processo de mistura com a água.
O betão ou argamassa deve ser colocado em menos de 60 minutos depois do início
do processo da mistura com água.
A laje para o drift e a laje para as aproximações devem ser construídas em contínuo,
em conformidade com o projecto e evitando juntas de construção.
Os pilaretes do drift devem ser reforçados em conformidade com o projecto.
196
O betão e a alvenaria de pedra devem ser sujeitos a uma cura por um período de 7
dias.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
O betão das fundações, muros e lajes devem ser preparados conforme os códigos
640 a 643. A armadura (varões) deve ser preparada conforme o código 633.
A argamassa deve ser preparada utilizando métodos de controlo das quantidades
adequados aos vários componentes. Geralmente, as proporções devem
corresponder a 1:4 para o cimento/areia. A quantidade de água adicionada deve ser
a necessária para garantir a consistência adequada. É proibido adicionar a água na
massa de betão ou argamassa após 20 minutos do início do processo de mistura
com a água.
O cimento deve ser do tipo Portland e cumprir com a norma SABS 471 ou
equivalente; Deve ser armazenado num edifício próprio, protegido contra a
humidade e sem o contacto com o chão ou com as paredes. O cimento armazenado
por mais de 8 semanas não pode ser utilizado na obra; A areia e a pedra devem ser
recolhidas de fontes aprovadas pelo laboratório provincial e cumprir com a norma
SABS 1083 ou equivalente. Deve ser limpa e livre de argila e material vegetal.
A pedra utilizada deve ter um tamanho mínimo de 20 cm, pesar de 5 a 20 Kg, ser
limpa, dura e não degradada.
A água deve ser limpa e livre de concentrações de ácidos, sal, açúcar ou outro
material orgânico / químico que possa comprometer a qualidade de betão.
2
Medição m
Medição da área asfaltada do pavimento do drift. O código inclui os custos referentes
aos pilaretes, às obras de protecção e respectivas quantidades.
MDE
197
Actividade: Fornecimento, preparação, montagem e colocação de armaduras Código:
em varões de aço nervurados para betão armado
- Diâmetro 6 – 12 mm 630
- Diâmetro 14 – 25 mm 631
- Diâmetro > 25 mm 632
- Malha de 6 mm em cruz @ 200 mm 633
Código de SATCC 6300
referência Aços para betão armado normal e Estruturas pré-tensionadas
Utilização Estes códigos são utilizados para as estruturas construídas com betão armado para lajes,
vigas, muros de protecção, encontros e pilares.
198
cuidadosamente limpas antes de serem envolvidas no betão de forma permanente.
O recobrimento e os espaçadores necessários para o apoio das armaduras devem
ter as menores dimensões possíveis para este fim e devem ser feitos de material
devidamente certificado.
O recobrimento mínimo das armaduras e das extremidades salientes dos varões e
encastramentos deve estar em conformidade com as especificações referentes aos
recobrimentos das armaduras para betão apresentados na Tabela SATCC 6306/1.
Os espaçadores devem ser feitos de argamassa de cimento com o traço de
cimento/areia correspondendo a 1:3, com as dimensões aprovadas pelo Fiscal.
O recobrimento deve ser aumentado na profundidade prevista nos casos em que o
betão receba um tratamento na sua superfície, ex. quando o betão é bujardado ou
estão previstos elementos embutidos.
Não é permitida a soldadura das armaduras.
Recobrimento mínimo
Ambiente
(mm)
Pouco agressivo 30
Moderadamente agressivo 40
Muito agressivo 50
O diâmetro interior para estribos, cintas, ganchos e laços pode ser reduzido.
199
equivalente.
Os arames de amarração devem ser em aço endurecido e em conformidade com
SABS 675 ou equivalente e ter uma espessura de 1,25 mm ou 1,6 mm.
Medição Códigos 630 a 632 em kg (mede-se em peso de aço em kg aplicado em armaduras).
2 2
Código 633 em m (mede-se a área de malha em m aplicada em armaduras)
Os desperdícios não serão pagos.
MDE (medida após a colocação e antes da betonagem).
200
Actividade: Preparação, mistura e colocação de betão “in situ”, incluindo Código:
cofragens e cura
Betão classe B15 (Incl. Betão de Limpeza) 640
Betão classe B20 641
Betão classe B25 642
Betão classe B30 643
Código de SATCC 6400
referência Betão para estruturas
Utilização Estes códigos são utilizados para as actividades de produção, transporte, colocação e
ensaio do betão nas obras onde seja especificada a utilização de betão simples, betão
armado ou betão pré-esforçado.
201
m de diâmetro e 30 cm de profundidade para evitar o escorrimento dos materiais
fluidos. Para as pequenas estruturas, será suficiente uma bacia, e para as grandes
estruturas poderá ser necessária a instalação de duas bacias.
A área de amassadura deve situar-se perto do local onde o betão irá ser colocado
para evitar a segregação dos elementos do betão durante o transporte, que poderá
ocorrer se a distância for longa.
Os materiais devem ser armazenados perto da área de amassadura para facilitar o
acesso a estes materiais.
A cofragem, incluindo painéis, sistemas de contraventamento e moldes, deve ser
concebida, colocada e aprovada em conformidade com as instruções do Fiscal. Deve-
se prestar uma atenção particular aos painéis e intradorsos destinados a
superestruturas tais como tabuleiros e vigas para pequenas pontes que estão
incluídas no âmbito deste Manual. Este aspecto destina-se a evitar a ocorrência de
deslocamentos e movimentações durante a betonagem.
Durante a colocação e compactação do betão as cofragens não devem alargar mais
do que 10 mm em relação à sua posição inicial.
Os limites de tolerância, no que se refere às dimensões da estrutura, devem situar-se
entre +20 mm e -10 mm. A superfície não deve apresentar ondulações e
irregularidades superiores a 2 cm medidas com o auxílio de uma régua de traçar de 2
m.
Quando aplicável, deverá obter-se uma aprovação prévia das armaduras por parte do
Fiscal.
Qualidade do betão
O Empreiteiro deve ser responsável pela formulação da dosagem do betão e pela
definição das proporções dos materiais constituintes (traço), necessários para a
produção de um betão em conformidade com as exigências abaixo especificadas para
cada classe de betão. Contudo, no caso de empreiteiros sem capacidade técnica para
tal, a formulação da dosagem deve ficar a cargo do laboratório provincial em
colaboração com o consultor e com o adjudicatário da obra.
A classe de resistência do betão é indicada pelo valor característico da tensão de
rotura à compressão de provetes cúbicos aos 28 dias de idade, representada em MPa
e pela dimensão máxima do agregado (inerte) presente na mistura, por ex., betão da
Classe 30/38 representa um betão com um valor característico de 30 MPa de
resistência à compressão em provetes cúbicos aos 28 dias e uma dimensão máxima
do agregado de 38mm.
As proporções de mistura para os diferentes componentes do betão devem ser
definidas em conformidade com a dosagem do betão e devem preencher as
exigências mínimas apresentadas no projecto.
Os dados importantes devem incluir a resistência mínima do betão e o limite máximo
para a razão água/cimento.
Antes do início dos trabalhos com betão no local da obra, o Empreiteiro deve
submeter para efeitos de aprovação, amostras dos materiais constituintes do betão e
um relatório sobre as dosagens que pretende utilizar para cada classe de betão
indicada na Tabela das Quantidades.
As dosagens indicativas são apresentadas na Tabela 10.4. Contudo, estas devem ser
utilizadas para efeitos de proposta e devem ser substituídas pela efectiva formulação
de mistura logo após a identificação da origem dos materiais.
Tabela 10.4: Dosagens indicativas para diferentes classes de betão
Tamanho
Resistência Traços máximo
Classe Cimento Areia Brita
aos 28 dias indicativos do
agregado
3 3 3
(MPa) (mm) (kg) (m ) (m ) (m )
Limpeza 10 1:4:8 50 170 0,140 0,560 1,120
B15 15 1:3:6 50 220 0,180 0,545 1,090
B20 20 1:2:4 50 265 0,220 0,440 1,880
B25 25 1:1.5:3 50 335 0,280 0,420 0,840
B30 30 1:1:2 50 460 0,385 0,385 0,770
202
não deve de forma alguma aliviar o Empreiteiro da sua responsabilidade em produzir
um betão com as propriedades especificadas.
O limite de tolerância para a resistência do betão deve ser de - 1MPa. O betão deve
ficar livre de vazios.
Amassadura do betão
O equipamento utilizado para a preparação do betão deve estar limpo e em boas
condições, e nos casos de aplicação continua, deve ter-se à disposição uma
misturadora de reserva, para ser utilizada em caso de avaria da que está em
utilização.
A amassadura dos componentes do betão deve ser nas proporções apresentadas na
formulação da mistura. Geralmente, devem ser utilizadas caixas de amassadura com
as dimensões de 300x300x400 mm (volume de um saco de cimento de 50 kg). Deste
modo, as proporções como por exemplo, 1:2:4 representam um saco de cimento de
50 kg: 2 caixas de areia: 4 caixas de agregado.
A água utilizada deve ser potável.
O betão deve ter uma trabalhabilidade adequada sem a utilização excessiva de água
de forma a poder ser rapidamente compactado nos cantos da cofragem e em volta
das armaduras, amarrações, cordões e bainhas sem ocorrer segregação do material.
A quantidade de água adicionada deve ser aquela que for adequada para a obtenção
de uma consistência adequada. Não deve ser adicionada mais água após um período
de 20 min desde a primeira adição de água à mistura.
É importante verificar a condição dos componentes antes da mistura. Se o agregado
já estiver húmido deve ser adicionada pouca água à mistura. Devem ser efectuados
ensaios de abaixamento para determinar a quantidade de água que deverá ser
adicionada durante a mistura. A Tabela 10.5 apresenta os valores limite de
abaixamento para as várias classes de betão.
203
Tabela 10.5: Especificações referentes aos ensaios de abaixamento
Abaixamento Abaixamento
Tipo de construção
máximo (mm) mínimo (mm)
Betão pré-esforçado 75 25
Betão saliente elementos
75 50
pré-fabricados
Betão de enchimento 100 25
Sapatas em betão armado,
condutas betonadas in situ, 125 50
lajes, vigas e pilares
Em caso de utilização de vibradores de elevada frequência, os valores
podem ser reduzidos em cerca de 1/3.
Amassadura mecânica:
Dependendo da dimensão do trabalho a executar, a amassadura pode ser realizada
mecanicamente usando uma betoneira estacionária de, no mínimo, 320 l, uma central
de betão ou um camião betoneira. A colocação deve ser realizada recorrendo a
carrinhos de mão ou bombas.
Quando o betão é preparado numa central de betão, a central deverá assumir a
responsabilidade pela mistura e cumprir as prescrições relativas às etapas de fabrico
do betão.
As quantidades de betão a serem fabricadas em central deverão corresponder às
quantidades necessárias em obra para aplicação imediata e, ainda, garantir que não
ocorre segregação durante o transporte e que a temperatura da mistura é mantida
204
entre 5ºC a 30ºC.
Deve realizar-se o ensaio de abaixamento para obter uma indicação da razão
água/cimento e da trabalhabilidade.
A tolerância máxima aceite para o ensaio de abaixamento é de ± 25 mm em relação
ao valor estabelecido.
Colocação do betão:
A colocação e compactação do betão devem ser realizadas sob a supervisão directa
e contínua de um especialista em betões.
A colocação do betão só pode ser iniciada após a confirmação dos resultados dos
ensaios da mistura, da posição e aprovação das armaduras e das cofragens. Devem
ser tomadas precauções para não haver excesso de água no local de colocação para
evitar a lavagem do betão fresco.
O betão não deve ser lançado de uma altura superior a 1,5 m, nem deve acumular em
grandes quantidades na mesma posição ou ser movido ao longo das cofragens.
Sempre que possível o betão deve ser depositado verticalmente na sua posição final.
Em caso de utilização de calhas de descarga o comprimento e inclinação destas
devem ser tais que permitam evitar a ocorrência de segregação e devem ser
colocados bicos e deflectores adequados na extremidade inferior, de forma a evitar a
segregação. O deslocamento do betão por vibração em vez da sua colocação directa
deve ser apenas realizado quando devidamente aprovado pelo Fiscal.
Após o início da betonagem, esta deverá ser realizada como um processo contínuo
entre juntas de construção. O betão deve ser colocado dentro de um período inferior a
60 minutos após o início da amassadura.
Devem ser tomadas as precauções necessárias durante a betonagem de tabuleiros
de pontes com uma espessura significativa para evitar a estratificação do betão; a
totalidade da espessura desses elementos deve ser betonada numa única passagem.
O betão fresco não deve ser colocado sobre o betão que já tenha sido colocado num
período superior a 30 minutos, excepto em caso de formação de uma junta de
construção ou em caso de utilização de um retardador de presa do betão.
Relativamente a elementos de betão simples com espessura não inferior a 300 mm,
poderão ser adicionados blocos de pedra, desde que devidamente aprovadas, para
aumentar o volume do betão até cerca de 20% do seu volume total, desde que:
o Os blocos de pedra sejam uniformemente distribuídos no betão.
o Nenhum dos blocos de pedra adicionados tenha uma dimensão superior a um
terço da dimensão mais pequena do elemento de betão em qualquer plano.
o Cada bloco de pedra esteja envolvido por betão em, pelo menos, 75 mm.
Compactação:
O betão deve ser totalmente compactado através de meios devidamente aprovados
(manuais e mecânicos) durante e imediatamente após a sua colocação. Deve ser
cuidadosamente trabalhado contra a cofragem, em volta das armaduras, amarrações,
moldes, cordões e bainhas e ancoragens embebidos e nos cantos das cofragens de
forma a criar uma massa sólida isenta de vazios.
Excepto em caso de indicações em contrário pelo Fiscal, o betão deve ser
compactado utilizando vibradores. Os vibradores internos devem ser capazes de
produzir uma quantidade mínima de 10 000 ciclos por minuto e os vibradores externos
um quantidade mínima de 3 000 ciclos por minuto. Deve haver um número suficiente
de vibradores de reserva em caso de avaria dos vibradores em utilização.
A vibração deve ser realizada por operários especializados e deve evitar-se a
vibração excessiva que possa resultar em segregação, acumulação de água na
superfície e fuga. Em caso de utilização de vibradores do tipo “poker” o processo de
compactação deve ser efectuado de forma rápida no movimento de penetração e de
forma lenta no movimento de saída até que praticamente cesse a expulsão de ar;
terminando assim a compactação. Durante a utilização de vibradores internos deve
evitar-se, na medida do possível, o contacto com as armaduras e com a cofragem. O
betão não deve ser sujeito a qualquer perturbação causada por vibração durante um
período entre 4 a 24 horas pós a sua compactação.
No método de compactação manual, devem em geral ser utilizadas armaduras de 12
mm e devem ser utilizados martelos de borracha no apiloamento da cofragem durante
a compactação externa.
O betão deve ser livre de vazios e planos frágeis e deve haver uma adesão firme
entre as camadas sucessivas.
Cura:
205
A cofragem deve ser mantida na sua posição durante os períodos adequados
apresentados na Tabela abaixo, e, logo que possível, todas superfícies de betão
expostas devem ser protegidas da perda de água através da aplicação de um ou
vários métodos a seguir apresentados:
o Manutenção da posição da cofragem durante a totalidade do período de cura.
o Irrigação das superfícies expostas com água, excepto em condições
atmosféricas de temperatura baixa, ou seja, inferiores a 5ºC.
o Cobertura das cofragens com areia ou coberturas feitas de materiais retentores
de humidade, e mantendo a humidade da cobertura.
o Pulverização constante de toda a área das superfícies expostas com água
(apenas nas superfícies em que seja impossível a colocação de uma cobertura
de areia ou a realização de irrigação).
o Colocação de cobertura impermeável ou de plástico firmemente presa nas
extremidades.
o Utilização de um componente de cura aprovado e aplicado em conformidade
com as instruções do fabricante, não devendo este método ser utilizado nos
casos em que a superfície tenha de ser posteriormente impermeabilizada,
revestida ou gunitada.
o Cura do betão a vapor (elementos pré-fabricados).
O método de cura adoptado deve ser sujeito à aprovação do Fiscal e não deve
provocar manchas, contaminação ou defeitos na superfície do betão.
O período de cura deve durar no mínimo sete dias, sem interrupções, no caso do
betão feito com cimento Portland ou cimento Portland 15, cimento Portland de presa
rápida 15, e deve durar um período mínimo de 10 dias em caso de utilização de
cimento Portland de alto-forno ou de uma mistura 50/50 de cimento Portland e escória
de aciaria granulada. Quando a temperatura do betão desce abaixo dos 5ºC estes
períodos mínimos de cura devem prolongar-se pelo período durante o qual a
temperatura do betão permaneceu abaixo de 5ºC. O tempo mínimo necessário antes
de se proceder à remoção do cimbre e cofragem é apresentado na Tabela 10.6.
A estrutura em betão pode ser sujeita a cargas após serem atingidas as resistências
aos 28 dias. Contudo, no caso de estruturas continuamente apoiadas, tais como as
passagens molhadas (drifts), o período de cura poderá ser de 14 dias antes de serem
sujeitas a carga.
206
Actividade: Escavação, transporte, espalhamento, rega e compactação do Código:
aterro em volta das estruturas
DMT < 500 m 650
500 ≤ DMT < 1000 m 651
DMT ≥ 1000 m 652
Código de SATCC 6108
referência
Utilização Este código utiliza-se para a escavação, transporte, espalhamento, rega e compactação
de aterro em volta de estruturas (nas caixas de encontro, atrás os muros de ala, etc.). Ver
Figura 10.1.
Os códigos utilizam-se para distâncias médias de transporte.
Tarefas Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas Identificar a câmara de empréstimo junto com o Fiscal;
Demarcar, nivelar e limpar a área de trabalho;
Transportar os solos ao local de trabalho;
Espalhar, regar e compactar os solos no local de trabalho em conformidade com os
projectos;
Limpar e nivelar a área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Segurança:
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio, usando um método de construção que permita a passagem
do tráfego em segurança.
Material de empréstimo:
Identificação da câmara de empréstimo junto com o Fiscal da obra.
207
ou a densidade do solo envolvente, aquela que for menor, excepto no caso do
pavimento da estrada, em que o material deve ser compactado a uma densidade igual
ou superior a 93% da densidade AASHTO modificada.
208
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas Código:
Aprovisionamento e colocação de ‘ferrolhos’ para ancoragem das
fundações e tabuleiros 660
Código de SATCC 6111
referência SATCC 6305
SATCC 6402 (e)
Utilização Este código utiliza-se para ancoragem de fundações (em zonas rochosas) e tabuleiros
(fixação dos suportes nos encontros), colocar e assegurar ferrolhos de aço nas posições
e com dimensões indicados nos desenhos de projecto.
Tarefas Colocação de sinalização temporária na zona dos trabalhos;
incluídas Transporte e armazenamento de varões de aço no local de trabalho;
Corte e dobragem de varões em conformidade com o projecto;
Demarcação e limpeza da área de trabalho;
Furação da rocha nas posições e com dimensões indicadas no projecto ou pelo
Fiscal;
Limpeza de furos e enchimento com argamassa em pressão;
Colocação dos varões de reforço em conformidade com o desenho do projecto;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança.
Quando necessário, os ferrolhos da fundação no material especificado e com um
diâmetro e comprimento estabelecidos, devem ser instalados nas posições e nas
dimensões indicadas no projecto ou em conformidade com as instruções do Fiscal.
Limpeza da superfície da rocha (com água e escovas) e nivelamento da área de
trabalho (com picaretas).
Marcação com tinta dos pontos onde os ferrolhos irão ser instalados, em
conformidade com os desenhos e sob a supervisão do Fiscal.
Realização de furos na rocha com compressor pneumático (martelo) e brocas de
aço.
Verificação de profundidade e dimensões dos furos junto com o Fiscal. Limpeza dos
furos com compressor de ar e água.
Enchimento de furos com uma argamassa de traço 1:3 com mais de 20 l de água por
cada 50 kg de cimento.
Colocações de ferrolhos dentro dum período máximo de 15 minutos depois de
enchimento com argamassa.
Os ferrolhos devem estar limpos, sem ferrugem, óleos e outras impurezas
susceptíveis de terem um efeito químico negativo no aço da armadura ou no betão,
ou de reduzirem a aderência.
No caso de serem adicionados agentes expansivos ao cimento, estes deverão estar
em conformidade com a norma SATCC 6402 (e) e poderão ser utilizados após a
aprovação por parte do Fiscal.
O material em excesso deverá ser removido e espalhado numa área indicada pelo
Fiscal e numa camada não superior a 20 cm.
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária na área de trabalho.
Materiais Todo o material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Varões em aço com diâmetro, comprimento e classe de resistência conforme o
projecto e a norma SATCC 6305.
Cimento e areia.
Medição m
A medição deve ser do comprimento dos varões de aço em metros.
MAE
209
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas Código:
Aprovisionamento e colocação de tubos PVC em apoios de tabuleiro,
encontros e muros de suporte 661
Código de SATCC 6606 (a)
referência
Utilização Este código utiliza-se para aprovisionamento e colocação de tubos de 75mm em PVC nos
apoios dos tabuleiros, encontros e muros de suporte para descarga de água (bueiros) nas
posições e com dimensões indicados nos desenhos de projecto.
Tarefas Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas Transporte e armazenamento dos tubos PVC no local de trabalho;
Corte e limpeza dos tubos PVC em conformidade com o desenho do projecto;
Demarcar e limpar a área de trabalho;
Colocação dos tubos em PVC em conformidade com o desenho do projecto;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação a sinalização temporária na zona de trabalhos;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura, através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança;
Marcação das posições onde serão colocados os tubos PVC junto com o Fiscal e em
conformidade com desenho do projecto.
Os tubos PVS devem ser colocados antes da colocação das armaduras.
Os tubos PVC não poderão ser colocados a menos de uma distância de 40 mm dos
varões.
Os tubos de drenagem devem estar em conformidade com os desenhos e o seu
interior deve apresentar-se liso e limpo.
Para evitar a sedimentação e entupimento de bueiros, os tubos PVC deverão ser
separados com o solo adjacente através da utilização de geotêxtil e/ou um filtro de
pedras.
Limpeza dos tubos com compressor de ar e água;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária na zona de trabalhos.
Materiais Todo material deve ser aprovado pelo Fiscal.
Tubos PVC de 75 mm.
Medição m
Medição do comprimento dos tubos PVC em metros.
MAE
210
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de juntas de dilatação em tabuleiros 662
Código de SATCC 6603
referência
Utilização Este código utiliza-se para o aprovisionamento e colocação de juntas de dilatação em
tabuleiros nas posições, com os materiais e as dimensões indicados no desenho do
projecto.
As juntas de dilatação em parte libertam os vários componentes da superestrutura de
esforços devidos à retracção e a variações de temperatura. Há vários tipos de juntas de
dilatação. O projecto deverá fornecer as pormenorizações sobre o tipo e os materiais a
serem aplicados
Tarefas Colocação de sinalização temporária.
incluídas Transporte e armazenamento dos materiais no local de trabalho;
Corte e/ou limpeza da junta de dilatação em conformidade com os desenhos do
projecto;
Preenchimento de junta com material aprovado pelo Fiscal;
Selagem da junta com material aprovado pelo Fiscal;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária
Normas Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permita a
passagem do tráfego em segurança;
As juntas de dilatação poderão ser colocadas no intervalo resultante do corte
realizado em tabuleiros contínuos ou em junta criada durante a betonagem, por ex.
entre tabuleiros separados;
A junta devera ser protegida nos cantos com uma chapa metálica (cantoneiros) ou
betão de alta resistência para evitar o seu desgaste e despedaçamento.
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
O material aplicado para o preenchimento da junta de dilatação deverá estar em
conformidade com o projecto e cumprir com a norma SATCC 6603 (ii). O material
destinado ao preenchimento da junta deve ser composto por lâminas ou tiras dos
materiais a seguir apresentados que devem estar em conformidade com as
especificações referentes a estes materiais:
o Painéis de fibra e painéis de cortiça impregnados com betume - US Federal
Specification HHF- 341F ou AASHTO Specification M-213. Painéis de cortiça
impregnados com betume - US Federal Specification HH-F-341F.
o Espumas flexíveis de polietileno expandido, de poliuretano, PVC ou
polipropileno – AASHTO Specification M-153.
o Espumas rígidas de polietileno expandido, poliuretano ou polistireno - BS
4840 ou BS 3837.
O material aplicado para selagem da junta de dilatação deverá estar em conformidade
com o projecto e cumprir com a norma SATCC 6603 (iii).
o Os selantes termoplásticos espalhados a quente devem estar em
conformidade com as exigências da especificação US Federal Specification
SS-S-1401B, BS 2499 ou da AASHTO Specification M-173. Os selantes
devem ser do tipo betuminoso impregnados com borracha contendo uma
percentagem mínima de borracha natural ou sintética correspondendo a
20%.
o Os selantes termoplásticos aplicados a frio devem estar em conformidade
com as exigências da especificação US Federal Specification SS-S-156. Os
selantes devem ser do tipo betuminosos impregnados de borracha contendo
uma percentagem mínima de borracha natural ou sintética correspondendo a
20%.
Betume 80/100 ou um material de qualidade equivalente para selagem das juntas de
dilatação, em conformidade com a norma SATCC 6603 (iii).
Chapas de aço de 50x50x10 mm.
Medição m
Mede-se o cumprimento de juntas de dilatação em metros lineares.
MAE
211
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de aparelhos de apoio de tabuleiros 663
Código de SATCC 6604
referência
Utilização Este código utiliza-se para o aprovisionamento e colocação de aparelhos de apoio de
tabuleiros utilizando os materiais e as dimensões indicadas no projecto.
212
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
O material deverá estar em conformidade com norma SATCC 6604.
A pedido do fiscal, o Empreiteiro deve enviar certidões de ensaio emitidas por uma
entidade de ensaio aprovada e independente para comprovar que os materiais
respectivos cumprem as exigências, ou uma certidão emitida pela entidade detentora
da patente ou projectista atestando que o item fabricado obedece às especificações
de produto aplicáveis.
o Feltro para telhados: o feltro para telhados deve ter 3 camadas e deve estar
em conformidade com as exigências SABS 92 ou equivalente para o feltro
de telhados do Tipo 1.
o Elastómero: o elastómero utilizado no fabrico dos rolamentos deve ser
composto por borracha natural ou borracha sintética.
Medição m
Mede-se o comprimento do apoio em metros lineares.
213
Actividade: Trabalhos auxiliares para estruturas. Código:
Aprovisionamento e colocação de parapeitos, guarda-corpos e 664
passeios
Código de SATCC 6605
referência
Utilização Este código é aplicável à construção de parapeitos, guarda-corpos e passeios, utilizando
os materiais e dimensões indicados nos desenhos.
Tarefas Colocar sinalização temporária na zona de trabalhos.
incluídas Aprovisionamento, transporte e armazenamento do material no local de trabalho
Limpeza da superfície do tabuleiro e da área de trabalho.
Colocação/construção dos parapeitos em conformidade com o projecto.
Colocação e fixação dos guarda-corpos e tubagens em conformidade com os
desenhos.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego em segurança.
O parapeito será construído em conformidade com as dimensões e com o material
indicado no projecto.
A tolerância máxima aceite para as dimensões do parapeito é de ±10mm.
O alinhamento do parapeito deve ser livre de ondulações ou irregularidade maiores
do que 1 cm, medidas debaixo duma régua de 2m de comprimento.
Elementos de betão:
Os parapeitos de betão devem ser construídos após a remoção dos cimbres e da
finalização do pré-esforço, mas não antes do tabuleiro da ponte ser cuidadosamente
medido com vista à determinação das linhas e níveis finais.
Os elementos de betão armado dos parapeitos devem ser construídos em
conformidade com as normas indicadas no código 640.
Os elementos em betão pré-fabricado devem ser colocados com a face lisa na parte
interior da ponte.
Elementos metálicos:
Todos os elementos metálicos serão colocados em conformidade com o desenho do
projecto e em conformidade da norma SATCC 6700.
Deve ser construída uma camada de assentamento em argamassa, com uma
espessura mínima de 10 mm, sob todas as placas de base em aço em toda a
dimensão das placas. As partes laterais dos assentamentos devem ser perfeitamente
chanfradas a 45°. Todos os espaços abertos entre o parafuso e as partes laterais
dos furos presentes na placa de base devem ser preenchidos com uma calda de
cimento.
Os elementos metálicos que se destinam a ser betonados ou cimentados no betão
devem ser inteiramente pintados a uma distância de 75 mm no betão ou calda de
injecção e limpos de qualquer presença de ferrugem, escamas de laminagem, óleos
ou qualquer outro material que possa impedir a adesão entre o betão e os elementos
em aço.
Os tubos e acessórios a serem utilizados para a construção das tubagens devem ser
compostos por tubos em PVC e acessórios com juntas flexíveis em borracha, em
conformidade com as exigências apresentadas na norma SABS 967 ou equivalente e
devem ser posicionados em conformidade com o projecto.
As extremidades das tubagens devem estar devidamente apetrechadas com tampas
cónicas em madeira apropriadas para evitar a entrada de resíduos, betão, etc. nas
tubagens.
Devem ser inseridos ao longo de cada tubo dois fios de aço galvanizado com um
diâmetro de 2,5 mm. Os fios devem prolongar-se em cerca de 2 m para além de
cada extremidade e devem ser firmemente fixados na respectiva posição com as
tampas de madeira. As aberturas de inspecção das tubagens devem ser construídas
em conformidade com os detalhes apresentados nos desenhos.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
214
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Os elementos em betão devem ser preparados em conformidade com os códigos
640 a 643.
Os elementos metálicos devem ser colocados em conformidade com a norma
SATCC 6700.
As tubagens devem ser em PVC com juntas flexíveis de borracha, em conformidade
com a norma SABS 967.
Medição m
Medição do comprimento dos parapeitos e guarda-corpos em metros lineares.
215
Actividade: Ponte metálica do tipo Bailey Código:
Transporte de elementos ao local da obra 670
Este código utiliza-se para o transporte das peças de ponte metálica do armazém
depósito mais próximo até ao local da obra. De momento, os armazéns em Moçambique
encontram-se na zona norte (Nacala), zona central (Dondo) e na zona sul (Maputo).
Tarefas Levantamento de lista de peças em conformidade com o projecto da ponte;
incluídas Investigar a disponibilidade de peças nos armazéns;
Transporte de materiais até ao local da obra.
Normas Não aplicável
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Todos os elementos e acessórios da Ponte Bailey devem ser em aço galvanizado.
Qualquer substituição de pecas da Ponte Bailey deve ser aprovada pelo Fiscal e a
sua qualidade deve ser igual ou superior às peças originais.
Os elementos metálicos devem ser instalados em conformidade com a norma
SATCC 6700.
As tubagens devem ser em PVC com juntas flexíveis em borracha, em conformidade
com a norma SABS 967.
Medição Tonelada Quilómetro (ton.km)
A medição deve ser o peso da carga x a distância em km.
MDE
216
Actividade: Montagem e lançamento de ponte metálica Bailey Código:
671
Código de Manual de Montagem MABEY COMPACT BAILEY de referencia 90 C4 E.
referência
Utilização A ponte metálica tem grande utilidade nas obras de construção civil e em particular no
sector de estradas. Podem ser utilizadas, como pontes permanentes ou temporárias, em
caso de emergências. Moçambique tem experiência na utilização deste tipo de estruturas
pré-fabricadas (de custo razoável), de montagem rápida e com utilização de mão-de-obra
especializada.
Os trabalhos de protecção são contabilizados sob os códigos 250, 251, 252, 253, 254 e
260.
Tarefas Colocação de sinalização temporária na zona de trabalhos;
incluídas Limpeza da mesa de apoio da ponte e da área de trabalho;
Definição do tipo de ponte em conformidade com o projecto;
Preparação do equipamento de lançamento e colocação da ponte;
Montagem da ponte;
Lançamento da ponte;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária;
Abertura ao tráfego
Normas Colocar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para garantir a passagem sem
interrupção do tráfego na estrada durante a construção da estrutura através da
construção de um desvio utilizando um método de construção que permite a
passagem do tráfego;
Alinhamento e demarcação de local de instalação da ponte sobre os encontros já
preparados.
Para todos os procedimentos de montagem e lançamento, deve ser seguido o
manual de Montagem MABEY COMPACT BAILEY de referência 90 C4 E.
Todos os trabalhadores envolvidos na montagem e lançamento da Ponte Bailey
devem ser equipados com roupa protectora (óculos, capacetes, botas, fato-macaco,
etc.).
Na preparação do equipamento de lançamento é normalmente necessário: buldózer,
pá carregadora, grua, rolamentos nos apoios do tabuleiro sobre o encontro para
empurrar a ponte. Caso esteja disponível uma grua, devem ser usadas braçadeiras e
cintas para elevar a ponte.
A montagem e lançamento da ponte Bailey devem ser realizados sob a supervisão de
um Engenheiro competente e experiente.
Montagem:
Antes da montagem da ponte deve verificar-se o inventário de todas os
componentes necessários.
Montar a ponte o mais perto possível do encontro conforme recomendado
pelo Fiscal.
Antes do seu lançamento deve-se verificar se todos os parafusos e porcas
estão devidamente colocados.
Lançamento:
A ponte Bailey é concebida para ser montada inteiramente sobre os
rolamentos em ambas as extremidades e ao centro, nos casos em que
exista um apoio provisório no espaço intermédio entre os encontros.
Consultar o Manual Mabey Compact Bailey Mounting manual referência 90
C4 E para os vários métodos de lançamento.
O lançamento da ponte Bailey é realizado com o auxílio de roldanas e de um
mecanismo de contrapeso de forma a assegurar que o centro de gravidade
se situa sempre atrás do encontro (ou seja, fora do espaço entre encontros).
Esta operação deve ser executada de modo a facilitar a elevação da parte
da frente da ponte assegurando simultaneamente o posicionamento da sua
217
altura num plano superior ao dos apoios do encontro situado do lado oposto.
Após a conclusão da operação de lançamento (a ponte estará disposta
sobre os encontros), os ganchos de elevação devem ser desmontados e os
rolamentos devem ser removidos (com o auxílio de macacos hidráulicos).
Fixação: a fixação será feita com aparelhos de apoio devidamente aplicados nos
encontros em conformidade com o desenho.
A capacidade de carga da ponte deve estar em conformidade com as
recomendações do fabricante;
Todos os resíduos, pedaços duros e materiais inadequados devem ser apanhados e
removidos para longe da área de reserva da estrada para um local aprovado pelo
Fiscal.
Retirar o equipamento usado para a montagem e lançamento da ponte;
Retirar a sinalização temporária na zona de trabalhos;
Abertura ao trafego.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Todos os elementos e acessórios da Ponte Bailey devem ser de aço galvanizado.
Qualquer substituição de peças da Ponte Bailey deve ser aprovada pelo Fiscal e a
sua qualidade deve ser igual ou superior à das peças originais.
Medição t.km
Mede-se o comprimento da Ponte montada e lançada em metros lineares.
MDE
218
11. Série 700 - Ensaios e o Controle de Qualidade
O controlo da qualidade é importante para o fornecimento de trabalhos que representam uma boa relação
custo/qualidade para o Cliente. O controlo da qualidade faz parte da garantia da qualidade, na qual a qualidade
das obras é assegurada através da aplicação dos seguintes processos:
1. Normalização dos procedimentos de ensaio de materiais.
2. Especificação do método — Definição dos métodos de execução adequados, que quando adoptados
devem dar origem a obras com a qualidade pretendida e adequadas ao fim em vista.
3. Auto-avaliação por parte do Empreiteiro — isto significa que o Empreiteiro deve controlar as obras e
assegurar que a sua qualidade obedece às exigências especificadas no contrato.
4. Supervisão — que inclui a avaliação das obras, a identificação de eventuais defeitos e fornecimento de
instruções em obra relativas à execução de medidas de correcção.
5. Ensaios laboratoriais e em obra de controlo da qualidade para verificação das dimensões,
compactação, consistência, irregularidades e de outros aspectos ligados à qualidade verificados em
comparação com as especificações e os limites de tolerância.
6. Execução de medidas de correcção para garantia da conformidade com as especificações.
7. Aprovação por escrito das obras dependendo da emissão de certificados de pagamento com vista a
assegurar uma boa relação qualidade/custo.
Com vista a assegurar um bom funcionamento do sistema de garantia da qualidade deve ser executado um
controlo da qualidade adequado e os resultados dos ensaios realizados devem ter uma fiabilidade significativa.
Os procedimentos de ensaio a serem adoptados devem ser normalizados. É óbvio que os vários métodos de
ensaio utilizados proporcionem resultados diferentes. Os procedimentos de ensaio devem ser claros e devem
obedecer às especificações empregadas. Os procedimentos usualmente adoptados são os seguintes:
1. TMH – Especificação Sul-Africana.
2. Normas BS – desenvolvidas na Grã-Bretanha e adaptadas aos ambientes tropicais e sub-tropicais.
3. Normas AASHTO – Estas são as normas normalmente utilizadas a nível regional e em Moçambique.
É essencial evitar misturar os procedimentos, devendo-se também garantir que todos os laboratórios utilizam as
mesmas normas e especificações de ensaio.
Este capítulo abrange essencialmente os ensaios laboratoriais a serem executados como parte do processo de
controlo da qualidade das obras, incluindo os aspectos seguintes:
1. Deveres do Empreiteiro, do Fiscal e do laboratório provincial no que se refere ao controlo da qualidade.
2. Preparação do plano de controlo da qualidade.
3. Ensaio dos materiais para efeitos de certificação.
4. Execução no local e em laboratório de ensaios das obras.
5. Recolha de dados de ensaio e respectivo armazenamento.
Os seguintes ensaios encontram-se abrangidos:
1. Amostragem, transporte e registo para efeitos de ensaios laboratoriais.
2. Granulométricos
3. Ensaios de plasticidade (limites de Atterberg)
4. Determinação do peso volúmico (massa volúmica).
5. Ensaios de abaixamento no que se refere às obras em betão.
6. Ensaios de resistência à compressão em provetes de betão.
7. Ensaios de baridade utilizando o método da garrafa de areia.
8. Ensaios de compactação em laboratório.
9. Ensaios DCP (Dynamic Cone Penetrometer).
219
10. Ensaios CBR (California Bearing Ratio).
Enquanto os processos laboratoriais e de ensaio são bastante simples a partir do momento em que se dominam
as técnicas de execução, a análise dos resultados, que é igualmente importante, nem sempre é efectuada de
forma adequada. A análise mais complicada é a análise das densidades resultantes dos ensaios de
compactação em obra.
A análise das densidades determinadas em obra envolve um cálculo estatístico, ou seja, o cálculo da média da
densidade média e do desvio padrão de uma amostra mínima de seis resultados de densidades obtidas através
do método da garrafa de areia ou do método do gamadensímetro (Troxler). Assume-se que os dados seguem
uma distribuição normal e analisa-se habitualmente uma amostra de 9 resultados. Três resultados são
considerados como valores atípicos e são rejeitados. São utilizados os restantes 6 resultados. A média e o
desvio padrão são determinados com base nestes dados.
Os valores da densidade média e o desvio padrão são marcados no gráfico de avaliação da compactação a
seguir apresentado.
1. Se o ponto se situar acima da linha vermelha, isto significa que o troço não está conforme e o Fiscal
deve rejeitá-lo e dar instruções ao Empreiteiro em obra para a execução de medidas de correcção.
a. Primeiramente deve-se ponderar usar a rega e a recompactação e em seguida deve-se
proceder à repetição dos ensaios de densidade.
b. Se os resultados dos ensaios de densidade não melhorarem o suficiente de forma a permitirem
a aprovação do troço, o Fiscal deverá rejeitar novamente o troço e dar instruções em obra para
o reprocessamento e recompactação do troço.
c. O primeiro ensaio e análise são designados por “primeira submissão” e em caso de rejeição do
troço e de execução de medidas de correcção (recompactação/reprocessamento), o ensaio
passará a designar-se por “ressubmissão”.
2. Se o ponto se situar entre a linha de rejeição e a linha de aceitação, designada por zona de aceitação
condicional, o Fiscal poderá optar por uma das duas hipóteses seguintes:
a. Dar instruções na obra para a recompactação, nos casos em que a compactação acrescida
seja susceptível de melhorar significativamente a densidade e que o troço possa ser aceite
incondicionalmente aquando da ressubmissão dos ensaios.
b. O Fiscal poderá decidir, de acordo com os seus próprios critérios, aceitar o troço sob
determinadas condições. Neste caso, o Fiscal deve aceitar condicionalmente o troço e indicar
as condições de aceitação num documento escrito. Estas condições poderão ser as seguintes:
i. Materiais de difícil compactação, como por exemplo, micas, que têm a tendência para
reverter o efeito da compactação após a passagem do cilindro.
ii. Materiais estabilizados, nos quais o reprocessamento ou a recompactação não
podem ser realizados após a presa do estabilizador.
iii. Condições atmosféricas adversas, sob as quais a escarificação poderá piorar a
situação caso ocorram condições acrescidas de humidade após a escarificação.
iv. Existência de materiais plásticos e que tenham a possibilidade de secarem
novamente, o que irá contribuir para o aumento significativo da resistência da
camada.
v. Nos casos em que a ruptura seja marginal devido a um ligeiro aumento no desvio
padrão.
220
3. Se o ponto se situar na zona de aceitação, o Fiscal deverá neste caso aceitar o troço por escrito e
autorizar o Empreiteiro a prosseguir com as actividades seguintes.
4. O gráfico de avaliação da compactação deve ser sempre utilizado para a aceitação ou rejeição das
obras de compactação.
221
Actividade: Preparação e Aplicação do Plano de Controlo da Qualidade Código: 710
Código de Modelo de Controlo da Qualidade nos Documentos de Concurso
referência Manual de Procedimentos de Gestão de Contratos Secção IV, Anexo 6.
Utilização Este código é utilizado na preparação e execução do Plano de Controlo da Qualidade pelo
Empreiteiro em conformidade com o Manual de Procedimentos de Gestão de Contratos.
222
Estradas Rurais de Baixo Volume de Tráfego. Volume 1 -Planeamento e Projecto.
Os ensaios de materiais a serem executados no âmbito desta actividade devem ser
realizados em amostras colhidas após o armazenamento dos materiais na câmara de
empréstimo para verificação da qualidade dos materiais que se destinam a ser
transportados e utilizados em obra.
223
Teor de betume (adequado para as Um número mínimo de 3 ensaios e
emulsões betuminosas SS60, SS70) registo da média de valores
Ensaios de compactação
Ensaio da compactação no local através 9 ensaios por cada 200m (padrão)
do método da garrafa de areia ou 9 ensaios por cada 400m para projectos
gamadensímetro (troxler). remotos
9 ensaios por km e ensaios DCP a cada
50 m, sendo alguns dos ensaios
efectuados a uma distância de 0,5 m em
relação aos ensaios de garrafa de areia
ou de troxler para projectos muito
remotos.
Os valores médios de densidade e o
desvio padrão devem ser representados
no gráfico de avaliação da compactação
acima apresentado.
224
Actividade: Colheita de amostras em pilhas de armazenamento em câmaras de Código: 720
empréstimo, registo e transporte das amostras até ao laboratório
para serem sujeitas a ensaio
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a amostragem de solos efectuada em pilhas de
armazenamento localizadas nas câmaras de empréstimo, para o método de colheita, para
o acondicionamento para preservar o material e para o transporte até ao laboratório.
Tarefas Identificação do local de amostragem nas pilhas de armazenamento.
incluídas Escavação e amostragem de materiais no furo de ensaio no topo da pilha de
armazenamento e colocação e acondicionamento do material em sacos de
amostragem de 50 kg
Registo da informação referente ao projecto, à câmara de empréstimo e à amostra.
Marcação das amostras
Transporte até ao laboratório
Ensaios
Normas O processo de amostragem é efectuado após a finalização da formação da pilha de
armazenamento na câmara de empréstimo utilizando buldózeres ou escavadoras. No
final do empilhamento do material na pilha de armazenamento, a parte superior da
pilha deve ser nivelada.
Os locais onde será efectuada a colheita de amostras devem ser identificados para
que as amostras sejam representativas do material presente na pilha de
armazenamento. Normalmente, um número de 5 locais é suficiente. Se a superfície da
pilha de armazenamento for rectangular, as amostras deverão ser colhidas em cada
um dos cantos e no meio.
O material deve ser colhido a profundidades entre 1,0 m e 1,5 m da superfície da pilha
de armazenamento.
Deve colher-se uma amostra de material com um peso de 50 kg, sendo em seguida
colocada num saco de amostragem. Etiquetas metálicas ou de cartão rígido devem ser
colocadas nas amostras antes de se proceder ao fechamento dos sacos com atilhos
plásticos. A informação contida nas etiquetas deve incluir: o nome do projecto, o
número da câmara de empréstimo, o número da amostra e a descrição dos materiais.
A informação relativa à amostra e ao material deve ser escrita nos formulários de
amostragem e deve incluir: o nome do projecto, o número da câmara de empréstimo, o
número da amostra e a descrição dos materiais (mais detalhadamente).
O processo deve ser repetido em cada pilha de armazenamento.
As amostras devem ser transportadas até aos laboratórios para efeitos de ensaio e
devem ser tomadas as devidas precauções contra eventuais alterações no material
devido à pluviosidade, ao choque ou outras condições adversas, incluindo a
contaminação.
Materiais Não aplicável
Medição Quantidades
Os custos associados à mão-de-obra, transporte e custos diários devem ser pagos
pelo Empreiteiro, de acordo com as instruções do Fiscal.
MDE
225
Actividade: Ensaios granulométricos do material colhido nas pilhas de Código: 721
armazenamento
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado no ensaio dos materiais para definição da sua granulometria e
comparação com as especificações.
A colheita de amostras, o seu registo, acondicionamento e transporte até ao laboratório é
contabilizado sob o código 710.
Tarefas Registo de amostras.
incluídas Preparação de amostras.
Definição da quantidade de solo necessária
Execução da análise granulométrica.
Preenchimento do formulário de ensaio.
Apresentação dos resultados nos formulários de ensaio.
Normas Todas as amostras devem ser registrados pelo laboratório, incluindo: o nome do
projecto, origem da amostra, a data e a hora da recepção, (registro no Formulário 2).
Após o registo e preparação das amostras o laboratório deve preencher o formulário 3
(Instruções de ensaio), onde serão especificados todos os ensaios a serem
executados em cada amostra. Os técnicos do laboratório procederão aos ensaios e
uma vez completados os mesmos, devem preencher o formulário com todos os
detalhes referentes aos dados ensaio e resultados obtidos.
Para a determinação da granulometria dos solos grossos utilizam-se peneiros. Para
materiais finos serão utilizados ensaios de densímetro. Recomenda-se o uso de
agentes de dispersão a fim de melhorar a precisão nos ensaios de granulometria. O
agente de dispersão ajuda a separar partículas muito finas que aderem às partículas
de maiores dimensões.
Preparação das amostras:
Após a secagem ao ar do material, este deve ser partido e trabalhado à mão
ou com o auxílio de uma espátula.
Através de repartições sucessivas deve-se chegar a aproximadamente
2000 g para materiais predominantemente grossos e 1500 g para materiais
predominantemente finos.
Concluída a pesagem, esta amostra deve ser passada no peneiro Nº10 (2.0
mm de abertura de malha)
O material retido deve ser desagregado e passado de novo no peneiro Nº10,
sendo esta operação repetida até o material ter sido suficientemente partido e
peneirado.
O material retido deve ser suficientemente lavado com água corrente no
peneiro Nº10.
Após a lavagem com água no peneiro, o material retido no peneiro Nº 10 deve
ser recolhido e colocado numa estufa para secar.
Uma porção do material passado no peneiro com abertura de malha de 2,0
mm deve ser sujeito a um ensaio de sedimentação e (2,0 mm > granulometria
das fracções de material > 0,075 mm):
a) recolher 200 g de material predominantemente grosso.
b) recolher 70 g de material predominantemente fino.
O restante material deve ser passado no peneiro Nº 40 (peneiro com abertura
de malha de 0,425 mm).
O material retido no peneiro Nº 40 deve ser desagregado à mão e novamente
passado no mesmo peneiro.
Cerca de 100 a 120 g do material que passou no peneiro Nº 40 deve ser
utilizado para o ensaio do Limite de Liquidez (LL) e 50 g para o Ensaio do
Limite de Plasticidade (LP).
Índice de plasticidade, IP = LL - LP
PENEIRAÇÃO DO MATERIAL GROSSO
1) O material proveniente da preparação da amostra na etapa (6), e que foi
colocado na estufa para secagem, deve ser retirado da estufa após secagem
e colocado num dessecador;
2) Após arrefecimento, o material é passado numa sucessão de peneiros padrão
e levado ao dessecador.
3) Após as sucessivas passagens nos peneiros, o material retido em cada
peneiro deve ser pesado.
SEDIMENTAÇÃO
1) O material resultante da preparação da amostra na etapa (7) deve ser
226
colocado numa proveta, sendo adicionado um defloculante deixando-se a
repousar por 24 horas.
2) A mistura de defloculante/solo é passada num copo de dispersão.
3) A dispersão deve ser executada num período:
a) Mínimo de 10 min para o material predominantemente grosso.
b) Mínimo de 15 min para o material predominantemente fino.
3
4) Transferir a mistura para uma proveta graduada com um volume de 1000 cm .
5) Agitar a mistura durante 1 minuto e iniciar o ensaio efectuando-se leituras de
densidades nos tempos predeterminados.
6) Após a finalização do ensaio, deve-se repetir as etapas três vezes.
7) Passa-se todo o conteúdo da proveta através do peneiro Nº 200 (0,075 mm
de abertura de malha), fazendo-se a lavagem do material retido.
8) Após ter sido suficientemente lavado, o material retido no peneiro Nº 200
deve ser colocado na estufa para secagem.
PENEIRAÇÃO DOS FINOS (2,0 mm > dimensão das partículas > 0,075 mm)
1) O material resultante da etapa de sedimentação (8) deve ser retirado da
estufa e deve ser levado ao dessecador.
2) Após arrefecimento, o material é passado numa sucessão de peneiros
apropriados (entre 2 mm e 0,075 mm).
3) Após ter sido adequadamente peneirado, o material retido em cada peneiro
deve ser pesado. A percentagem de material retida em cada peneiro e a
percentagem que passa por peso de material deve ser calculada e registada.
Preenchimento do formulário de ensaios: deve-se registrar conforme o Formulário T1,
todos os dados e resultados obtidos nos respectivos ensaios.
Todos os resultados serão apresentados conforme o Formulário 5, e o Fiscal deve
coordenar com o laboratório o pedido de repetição de ensaios ou a aprovação dos
resultados.
Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição dos
materiais e devem ser comunicados por escrito ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais Não aplicável
Medição UN
MDE
227
Actividade: Ensaios de Plasticidade: Limites de Atterberg Código: 722
Código de
referência
Utilização Este ensaio destina-se a ser utilizado para a determinação do limite de liquidez e do limite
de plasticidade em laboratório para o cálculo do Índice de Plasticidade.
A amostragem dos materiais, o registo, o acondicionamento e o transporte até ao
laboratório sãos pagos sob o código 710.
Tarefas Registo das amostras.
incluídas Preparação das amostras.
Definição da quantidade de solo necessária.
Execução dos ensaios de plasticidade.
Preenchimento do formulário de ensaio.
Apresentação dos resultados no formulário de resultados.
Normas Registo de todas as amostras no laboratório, incluindo a informação relativa às
amostras: o nome do projecto, a origem da amostra, data e hora da recepção, (registo
no formulário 2).
Os procedimentos aceitáveis são apresentados na norma 730, etapas (1) e (10). Uma
amostra do material passando no peneiro nº 40 (peneiro com abertura de malha de
0,425 mm).
228
Actividade: Determinação do peso específico dos grãos Código: 723
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação laboratorial da densidade específica e do
peso específico das partículas do solo. O peso específico do solo é usado em quase toda
equação que expressa a relação de ar, água e sólidos de um determinado volume de
material.
A colheita de amostras dos materiais, o registo, o acondicionamento e o transporte até ao
laboratório são pagos sob o código 710.
Tarefas Registro das amostras;
incluídas Preparação das amostras;
Definição da quantidade de solo necessária;
Realização dos ensaios;
Preenchimento dos formulários dos ensaios.
Apresentação dos resultados no formulário de resultados e em gráficos.
Normas Registo de todas as amostras no laboratório, incluindo a informação relativa às
amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, data e hora da
recepção, (registo no formulário 2).
Os procedimentos aceites são apresentados na norma 730, etapa 7B. A
amostra deve ser colhida e colocada na estufa de secagem para obtenção
do teor de humidade.
Obtenção de amostras de solo com massas de 50 – 60 g através de
repartições sucessivas.
Medição por meio de um picnómetro (instrumento utilizado para a medição
da densidade dos sólidos) limpo e seco.
Coloca-se água destilada na amostra e deixa-se em repouso por 12 horas.
Transfere-se a amostra para o copo dispersor, e efectua-se a dispersão por
um período de 10 minutos.
Coloca-se a suspensão no picnómetro, tomando o cuidado do volume da
suspensão não ultrapassar a metade do volume útil do picnómetro.
Adiciona-se água destilada à amostra e leva-se à bomba de vácuo ou
promove-se o aquecimento durante tempo apropriado.
Completa-se com água destilada até ao nível adequado (até ao pescoço do
picnómetro), coloca-se a tampa do mesmo e determina-se a massa do
conjunto (picnómetro + sólidos + água);
Retira-se toda a amostra do picnómetro, procedendo-se em seguida à
limpeza deste;
Leva-se a suspensão para estufa para secagem e determina-se a massa de
sólidos, que deverá ser, aproximadamente, igual àquela obtida inicialmente;
Coloca-se água destilada no picnómetro e pesa-se (picnómetro + água);
Repetem-se os passos 3 a 11 para obtenção de um segundo resultado;
O resultado do ensaio será a média das duas determinações sendo que a
diferença entre as determinações não pode diferir mais do que 3% da média;
Preenchimento de formulário de ensaios: deve-se registar conforme o
formulário FORM 6) todos os dados e resultados obtidos nos respectivos
ensaios.
229
Actividade: Ensaios de betão Código:
Assentamento (‘Slump') em betão fresco 730
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação do abaixamento do betão fresco em obra. Este
método tem em consideração a aplicação do betão com agregado grosso com uma
dimensão máxima de 37,5 mm. A amostra deve ser representativa do resto do betão.
Tarefas Registro de amostras;
incluídas Preparação de amostras para ensaio;
Definição da quantidade de solos necessários;
Realização de ensaio;
Preenchimento de formulário de ensaios;
Apresentação de resultados em formulários individuais e no mapa resumo.
Normas Humedecimento do molde e colocação de um absorvente no fundo do molde. Colheita
de uma amostra representativa do betão e colocação no molde em 3 camadas
ocupando cada camada cerca de um terço do volume do molde. O laboratório de
ensaios deve fixar bem o molde na base de suporte para evitar o seu deslocamento.
Cada camada deve ser compactada com 24 pancadas efectuadas com uma barra com
uma área quadrada de 25 mm. A compactação deve ser transversalmente uniforme.
Aplicação das camadas e compactação de cada camada do mesmo modo. A camada
final deve ficar ligeiramente mais elevada que o rebordo do molde.
A parte superior do molde deve ser nivelada com uma niveladora de aço ou uma
talocha pressionando levemente o betão.
Após a finalização da compactação do betão o molde cónico deve ser libertado da
placa de suporte, sendo em seguida içado lentamente através de movimentos de
rotação no sentido dos ponteiros do relógio e no sentido contrário até este sair
completamente do betão.
Após a remoção do molde cónico, a amostra de betão deve abaixar (subsidência),
dependendo a extensão do seu abaixamento do nível de trabalhabilidade do betão.
Colocação do molde cónico com a parte superior voltada para baixo na placa de base
perto da amostra, colocando-se em seguida uma régua de traçar horizontalmente no
topo do molde. Seguidamente, deve-se medir a altura que vai da régua de traçar até
ao topo da amostra de betão. O valor obtido é o valor de “abaixamento”.
Comparação dos valores de abaixamento com os limites especificados. Se o
abaixamento for demasiado reduzido, significa que o betão não é suficientemente
trabalhável, sendo necessário adicionar água para atingir o nível de trabalhabilidade
pretendido. Se o abaixamento for demasiado elevado, será necessário reduzir a
quantidade de água adicionada. Isto irá permitir controlar a relação água/cimento
utilizada.
Preenchimento dos formulários de ensaio; proceder ao registo de todos os dados e
resultados obtidos nos ensaios realizados, em conformidade com o formulário T.
Apresentação dos resultados: Todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o formulário 5. O Engenheiro deve coordenar com o laboratório
para aceitar oficialmente os resultados ou pedir novos ensaios.
Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras e
a sua decisão deve ser comunicada por escrito ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais Não aplicável
Medição UN
MDE
230
Actividade: Ensaios do Betão Código:
Resistência à compressão de cubos de betão 731
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação da resistência do betão através do ensaio de
resistência em cubos de betão. O ensaio inclui a colheita de amostras representativas do
betão e respectiva colocação e compactação do betão nos moldes, a cura e a realização
de ensaios (esmagamento dos cubos com uma prensa hidráulica).
Tarefas Registo das amostras;
incluídas Preparação das amostras;
Definição da quantidade de solos necessários;
Realização do ensaio;
Preenchimento de formulário de ensaio;
Apresentação dos resultados no formulário de resultados e em gráficos.
Normas Colheita de uma amostra de betão imediatamente após a finalização da sua mistura e
obtenção de uma mistura homogénea e após o betão estar pronto pronta para
betonagem.
É recomendável a colheita da amostra ser efectuada a meio da descarga da
amassadura para assegurar que a mistura foi bem realizada.
Deve recolher-se uma quantidade de betão suficiente e que exceda o volume
necessário em cerca de 50%.
Proceder à moldagem do cubo de betão da seguinte forma:
Recolher e colocar as proporções de materiais necessários em conformidade com
a formulação da composição da mistura e proceder à sua secagem entre cerca de
22 a 25˚C. As proporções de materiais devem ser cerca de 0,5 % superiores às
proporções utilizadas para efeitos de calibração.
Misturar o betão de forma a evitar a perda de água ou material.
a) Preparação dos moldes, limpeza e aplicação de óleo nas faces internas e
fixação do molde na placa de suporte.
b) Colocação do betão nos moldes em quatro camadas sucessivas, aplicando 25
pancadas por camada de forma uniforme e transversalmente. O excesso de
material presente na superfície deve ser removido e a parte superior do molde
deve ser nivelada com uma niveladora de aço ou uma talocha.
c) Proceder à cobertura dos moldes contendo o betão com um plástico e deixar a
repousar por um período de 24 horas à temperatura ambiente e num ambiente
sem vibrações.
d) Após o período de 24 horas, os provetes devem ser retirados dos moldes e
imersos em água por um período inicial de 7 dias. Alguns provetes devem ser
transferidos para o laboratório nestas condições de humidade, com vista a
serem submetidos a ensaios de resistência aos 7 dias.
Ensaio: Os provetes devem ser sujeitos a ensaio imediatamente após a sua
remoção da água. Deve-se remover toda a água da superfície dos provetes,
escolhendo em seguida as faces mais planas e com bons ângulos. No caso dos
provetes cúbicos, o ensaio deve ser realizado nas partes laterais e não na parte
superior ou inferior, uma vez que normalmente a parte superior se encontra um
pouco rugosa mesmo após se ter procedido ao seu nivelamento e alisamento.
Proceder à limpeza da prensa hidráulica e à colocação do provete no eixo central
das placas.
Sujeitar o provete à aplicação de uma pressão progressiva de 15MPa/min.
Continuação da aplicação da carga de forma progressiva até à rotura do provete.
Proceder ao registo do valor da carga aplicada e do valor da carga aplicada na
altura do aparecimento das primeiras fissuras ou fendas.
Apresentação dos resultados: Todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório para
fins de aprovação dos resultados dos ensaios.
Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras.
O Fiscal deve comunicar por escrito a sua decisão ao Empreiteiro e ao Cliente.
Materiais Não aplicável
Medição UN
MDE
231
Actividade: Ensaios de compactação Código: 750
Método da garrafa de areia
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação do peso específico (densidade) dos solos
presentes no pavimento da estrada. O ensaio é apenas aplicável aos solos contendo
agregados com uma granulometria máxima de 50 mm.
Tarefas Colocação de sinalização temporária.
incluídas Identificação dos locais de ensaio.
Registo das amostras e preenchimento dos formulários de ensaio.
Execução dos ensaios.
Preparação das amostras.
Definição da quantidade de solo necessária.
Apresentação dos resultados nos formulários de resultados e em gráficos.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Todas as amostras devem ser registadas pelo laboratório, incluindo a informação
referente às amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, a
data e hora da sua recepção (registo no Formulário 2).
Determinação do volume da garrafa incluindo o volume da abertura cilíndrica da
válvula.
Pesagem do dispositivo e registo do valor. Voltar a garrafa e abrir a válvula, colocar
água até ficar visível por baixo da válvula. Fechar a válvula e despejar a água em
excesso. Medir a garrafa com água e determinar a temperatura da água.
Repetição de todas as etapas duas vezes. Registar os volumes e fazer a média das
leituras e das variações nas 3 medições (3M).
Determinação do peso volúmico (densidade) da areia a ser utilizada em obra através
do seguinte método:
Com a garrafa vazia colocada com o topo sobre uma superfície firme e nivelada,
fechar a válvula e colocar areia no cone.
Abrir a válvula e continuar a adicionar areia no cone até a garrafa ficar meio cheia.
Fechar a válvula e despejar a areia em excesso.
Pesar a garrafa com a areia e determinar o peso da areia depois de retirada do
interior da garrafa e o peso da garrafa.
Determinação do peso do solo húmido: Limpeza e nivelação da área. Colocar a placa
de suporte com um orifício com uma circunferência igual ao funil e fixar a placa
firmemente no solo com o auxílio de pregos.
Escavação de uma cavidade na camada alinhada verticalmente com o orifício aberto
na placa tendo o cuidado de evitar a alteração do solo. Escavar cuidadosamente,
especialmente no caso de solos grossos. Colocar todo o solo nos recipientes selados
tomando as devidas precauções para evitar o derramamento de solo durante o
processo.
Colocar a garrafa na posição previamente marcada, abrir a válvula da garrafa e deixar
fluir a areia, fechando a válvula quando o espaço sob a válvula (cavidade e cone) ficar
cheio.
Pesar a garrafa com a areia que resta.
Pesar o material retirado da cavidade.
Misturar cuidadosamente o solo e colher uma amostra para fins de execução de
ensaios de determinação do teor de humidade.
Pesar o material seco para calcular o teor de humidade.
Preencher os formulários de ensaio e registar em conformidade com o Formulário T8.
Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório para
fins de aprovação ou solicitação de novos ensaios.
Os resultados devem ser utilizados pelo Fiscal para aprovação ou rejeição das obras.
O Fiscal deve comunicar por escrito ao Empreiteiro e ao cliente.
Materiais Não aplicável
Medição UN
MDE
232
Actividade: Ensaios de compactação Código: 751
Ensaio de compactação em laboratório
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação no laboratório da baridade seca máxima e do
teor óptimo de humidade de uma amostra de solo.
Tarefas Registo das amostras;
incluídas Preparação das amostras;
Definição da quantidade de solo necessária;
Realização do ensaio;
Preenchimento do formulário de ensaios;
Apresentação dos resultados no formulário de ensaios e em gráficos.
Normas Colheita de amostras: para a colheita, acondicionamento e transporte deve utilizar-se
o Código 710.
Todas as amostras devem ser registadas pelo laboratório, incluindo a informação
referente às amostras, nomeadamente: o nome do projecto, a origem da amostra, a
data e hora da sua recepção (registo no Formulário 2).
Procedimento:
Com o material restante da norma 720 e através de repartições sucessivas
chega-se a duas amostras de solo com massa entre 7.000g para materiais
predominantemente grossos e 6.000g para materiais predominantemente
finos.
Após obtenção da massa acima referida toda a amostra deve ser passada
no peneiro com abertura de malha de 19 mm.
O material retido no peneiro acima (caso exista) é substituído por uma
massa igual de solo passando no peneiro com abertura de malha de 19 mm
e retido no peneiro Nº 4 (peneiro com abertura de malha de 4,75 mm).
Ensaio:
Adiciona-se água ao solo e mistura-se até à sua homogeneização e até este
ser considerado apto para ensaio.
Colocar o material num cilindro em 3 camadas iguais e compactar cada
camada com o número de golpes necessário para a obtenção da energia de
compactação exigida (Norma AASHTO ou AASHTO Modificada).
Após a compactação adequada do solo, nivelar a superfície e medir o peso
do cilindro com o solo húmido.
Retirar o provete do cilindro com o auxílio de um dispositivo de extracção.
Cortar o cilindro ao meio e proceder à colheita de uma amostra no centro,
colocando-a em seguida em tabuleiros para a execução de ensaios de
determinação do teor de humidade.
Desagregar o provete e acrescentar uma percentagem de água entre 2 a 3%
à água inicialmente adicionada.
Repetir as etapas (2) a (6) até à obtenção dos pontos suficientes para a
realização de um gráfico de compactação (densidade seca máxima vs. teor
de humidade).
Preencher os formulários de ensaio e respectivo registo em conformidade
com o formulário T8.
Apresentação dos resultados: todos os resultados devem ser apresentados em
conformidade com o Formulário 5. O Fiscal deve coordenar com o laboratório o
pedido de repetição de ensaios ou a aprovação dos resultados.
Materiais Não aplicável
Medição UN
MDE
233
Actividade: Ensaio DCP Código: 760
234
deverá ser de 10 mm aproximadamente. O número de golpes poderá ser
reduzido se a penetração for muito superior a 10 mm.
Interromper o ensaio após a obtenção da penetração apropriada, normalmente
800 mm. Contudo, nos casos em que seja necessário atingir maiores
profundidades de penetração poderão ser acrescentadas hastes extensoras para
atingir tais profundidades.
No final do ensaio, deve aplicar-se um golpe no sentido ascendente e deve-se
tentar rodar o DCP no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido inverso. Se
este rodar com facilidade os dados de penetração são aceitáveis para efeitos de
análise. Se parecer demasiado rígido o ensaio deverá ser rejeitado, uma vez que
fica demonstrada a ocorrência de atrito significativo na haste. Isto normalmente
ocorre em situações em que a haste fica presa entre pedras de grandes
dimensões durante a realização do ensaio e existe uma resistência adicional
causada pelo atrito lateral na haste.
Após a aceitação do ensaio, o formulário de ensaio que foi preenchido durante a
realização do ensaio deve ser assinalado e completado.
Repetição do procedimento de ensaio para as outras posições de ensaio.
Introdução de dados:
Verificação dos dados constantes nos formulários ainda em obra relativamente à
presença de erros óbvios.
Introdução da informação relativa ao ensaio, nomeadamente o nome do projecto,
a posição do ensaio (eixo, distâncias, desvio residual, etc.).
Selecção das opções relativas à presença ou ausência de revestimento na
posição de ensaio e se o revestimento foi removido ou não.
Introdução dos dados relativos à relação golpes/penetração.
Selecção da condição de humidade para o ajustamento automático dos dados
para os vários níveis de humidade.
Análise:
Seleccionar Análise e escolher o número de camadas baseado no número de
golpes/penetração registado no gráfico.
Seleccionar Número Estrutural e escolher a classe estrutural para cada camada
(base, sub-base, terreno de fundação). O programa de cálculo irá calcular os
CBR e os números estruturais para cada camada e para todo o pavimento.
Comparação dos resultados com as exigências estruturais do projecto.
Em alternativa:
Os resultados dos dados referentes ao DCP expressos em golpes/penetração
são representados como o valor DN que corresponde à penetração por golpe. Os
valores DN são calculados para cada camada e são comparados com o catálogo
de projecto do DCP com vista a verificar a aptidão da resistência das camadas e
do pavimento tal como são construídos.
Os valores DN devem ser ajustados ao teor de humidade em obra.
235
Actividade: Ensaio CBR Código: 770
Código de
referência
Utilização Este ensaio é utilizado para a determinação laboratorial da resistência do solo medida sob
a forma de capacidade de suporte, conhecida como CBR (California Bearing Ratio). O
ensaio é normalmente utilizado em amostras preparadas em laboratório com o teor de
humidade e densidade pré-estabelecidas, determinadas através dos ensaios de
compactação (código 751).
Procedimentos:
1) O material deve ser misturado para obtenção de uma amostra representativa
para efeitos de ensaio CBR.
2) Devem ser adoptados procedimentos similares aos do Código 751. Os
materiais devem ser passados no peneiro com abertura de malha de 19 mm
(No. 2). A percentagem do material que passa deve ser superior a 75% e a
percentagem de material retido deve ser inferior a 25%. Proceder à
separação do material retido. A proporção de material retido deve ser
substituída por outro material que tenha passado no peneiro com abertura de
malha de 19 mm.
3) Recolher da amostra passada no peneiro uma quantidade adequada de
materiais para efeitos de ensaio. Normalmente, uma quantidade
correspondendo a 5 kg é suficiente para o molde CBR.
4) Determinação do teor óptimo de humidade e da densidade máxima em
conformidade com o código 751.
5) Compactação do número de amostras necessário, variando o teor de
humidade. As amostras devem ser também preparadas sob diferentes
energias de compactação. As energias normalmente utilizadas são o Proctor
normal, o Proctor modificado e a energia inferior ao Proctor normal.
6) Análise da variação do teor de humidade e da densidade seca.
7) Determinação do teor de humidade do solo natural através da secagem de
uma pequena amostra na estufa.
8) Com o teor de humidade do solo natural pode-se determinar a quantidade de
água adicional que deve ser acrescentada ao solo para obtenção dos teores
em água pré-determinados para os diferentes níveis de compactação que
poderão ser atingidos com diferentes teores em água, ou seja, teores em
água a 93 %, 95 % e 98 % da densidade máxima seca (gráfico da densidade
vs. teor de humidade), sendo repetido para cada uma das energias de
compactação (inferior ao Proctor normal, Proctor normal e Proctor
modificado).
Ensaio:
1) Pesa-se o cilindro junto com sua base. Coloca-se o disco espaçador, e sobre
este coloca-se papel de filtro com o mesmo diâmetro do disco.
2) Colocar o material no cilindro compactando cada camada com um pilão (2,5
kg para o Proctor normal e 5 kg para o Proctor modificado) com a aplicação
do número de golpes correspondendo à energia de compactação exigida.
3) Em circunstâncias normais, preparam-se 3 cilindros por amostra tendo em
atenção o tipo de solo, coesivo ou granular, com diferentes energias de
compactação. Relativamente aos solos granulares deve aplicar-se 55, 26 e
12 golpes por camada com o teor óptimo de humidade. No que se refere aos
solos coesivos, a compactação deve ser efectuada a teor de humidade
variado. São elaboradas curvas relativas às 55, 26 e 12 golpes por camada,
com vista à obtenção de uma variedade de curvas demonstrando a sua
236
relação com o peso volúmico.
Ensaio - Penetração:
1) Aplica-se uma sobrecarga na superfície da amostra para produção de uma
intensidade equivalente à da carga do pavimento, não devendo ser inferior a 2,27
kg e superior a 4,54 kg.
2) A fim de evitar que o êmbolo do aparelho CBR empurre o material no molde no
sentido ascendente, a sobrecarga deve ser aplicada antes da aplicação do
êmbolo na amostra.
3) Na prensa instalar no orifício central do anel de carga o êmbolo de penetração e
a sobrecarga a ser colocada na parte superior da amostra.
4) Instalação do deflectómetro para a medição da penetração do êmbolo e aplicação
de uma carga de 50 N para assegurar que o êmbolo está devidamente
posicionado na parte superior da amostra.
5) Programar para zero o deflectómetro no anel do dinamómetro ou qualquer outro
aparelho que permita a medição da carga e o controlo da penetração. Para evitar
que a leitura da penetração seja afectada pelo anel de carga, o dispositivo de
medição de controlo da penetração deve ser instalado no êmbolo e fixado ao
molde.
6) Aplicação da carga no êmbolo através do mecanismo da prensa com uma
velocidade de penetração de 1,27 mm por minuto.
7) Após a finalização do ensaio, o provete deve ser removido da prensa e deve
colher-se uma amostra na parte superior do provete perto do ponto de
penetração do êmbolo para a realização do ensaio de determinação do teor de
humidade.
8) Preenchimento dos formulários de ensaio e respectivo registo em conformidade
com o Formulário T4.
237
Actividade: Ensaios do betume Código:
Método de ensaio padrão para a penetração de materiais betuminosos 780
Código de ASTM D5
referência
Aplicação Este método de ensaio é utilizado para a determinação da penetração de materiais
betuminosos sólidos e semi-sólidos. A penetração é medida em deci-milimetros (dmm). As
agulhas, recipientes e outras condições descritas neste método de ensaio permitem a
determinação de penetrações até 500 dmm.
Saúde e segurança:
O técnico deve tomar as medidas de precaução necessárias para assegurar as boas
condições de saúde e segurança durante a realização do ensaio.
Equipamento:
O equipamento deve ser tal que permita a queda do suporte da agulha com uma
fricção mínima e que permita a medição da penetração com uma precisão de 0,1mm.
O dispositivo de agulha padrão deve ser composto por um suporte de agulha (eixo) e
uma agulha padrão. O peso do eixo deve ser de 47,5 ± 0,05 g. O peso total do eixo
com a agulha deve ser de 50 ± 0,05 g. Devem ser fornecidos pesos de 50 ± 0,05 g e
100 ± 0,05 g e devem ser utilizados, durante o ensaio, pesos totais de 100 g e 200 g.
A superfície de suporte do recipiente de amostra deve ser plana e o eixo do pistão
deve fazer um ângulo de aproximadamente 90º com esta superfície.
A agulha deve ter um comprimento de 50 mm, mas poderá utilizar-se uma agulha
mais comprida de 60 mm, a espessura deve ser 1,0 – 1,02 mm e com a extremidade
tendo um formato cónico de 8,7˚ a 9,7˚.
O recipiente da amostra deve ser um recipiente cilíndrico metálico ou de vidro, com o
fundo plano, tendo as seguintes dimensões:
Para penetrações inferiores a 200:
Diâmetro de 55 mm
Profundidade interna de 35 mm
Para penetrações entre 200 e 350:
Diâmetro de 55 mm
Profundidade interna de 70 mm
Banho-maria – O banho-maria deve ter uma capacidade de pelo menos 10 l e deve
ser capaz de manter uma temperatura de 25 °C ou qualquer outra temperatura de
ensaio com uma tolerância de 0,1°C.
Um dispositivo de sincronização (ex. cronómetro) deverá ser utilizado para medir a
duração da penetração.
Termómetros com uma precisão de 0,1˚C devem ser utilizados para controlar a
temperatura.
Preparação da amostra:
A amostra deve ser aquecida enquanto se agita até estar suficientemente fluida para
ser vertida. Deve-se evitar o sobreaquecimento da amostra, a temperatura não deve
exceder o ponto de amolecimento em mais de 60˚C. A amostra não deve ser
aquecida por um período superior a 30 min.
As amostras devem ser vertidas num recipiente para amostras por forma a que a
238
espessura da amostra quando arrefecida exceda em 10 mm a profundidade prevista
de penetração da agulha. O recipiente deve ser coberto livremente para evitar a
contaminação com pó e outras impurezas. A amostra deve ser vertida em dois
recipientes.
Ensaio:
Excepto em caso de especificações em contrário, as condições de ensaio devem
corresponder a uma temperatura de 25ºC, 100g de carga e uma duração de 5s.
Deve-se examinar o suporte da agulha e o guia para estabelecimento da ausência de
água e de outras matérias estranhas.
Os ensaios podem ser realizados com a amostra colocada em banho-maria, devendo
neste caso cobrir-se a amostra com água para manter uma temperatura constante.
No caso do ensaio executado com a amostra for a do banho, a amostra deve ser
colocada num prato de transferência e este prato deve ser totalmente coberto com
água.
A agulha deve ser lentamente posicionada por forma a que a ponta fique em contacto
com a superfície da amostra. Nesta altura deve soltar-se a agulha e esta deverá
penetrar durante o período de tempo predefinido. Devem ser executados no mínimo
três ensaios numa posição a pelo menos 10 mm das paredes do recipiente. Deve ser
efectuada uma leitura no penetrómetro em décimas de milímetros, sendo em seguida
registada.
239
Actividade: Ensaios do betume Código:
Método de ensaio padrão para o ponto de amolecimento para materiais 781
betuminosos (dispositivo de anel e bola)
Código de ASTM D36
referência
Aplicação O presente método de ensaio é utilizado para a determinação do ponto de amolecimento
de materiais betuminosos entre 30 a 157°C (86 a 315°F) utilizando o dispositivo de anel e
bola submerso em água destilada (30 a 80°C), glicerina USP (acima de 80 a 157°C), ou
etilenoglicol (30 a 110°C).
Saúde e segurança:
O técnico deve tomar as medidas de precaução necessárias para assegurar as boas
condições de saúde e segurança durante a realização do ensaio.
Equipamento:
Anéis: Dois anéis em latão com suporte quadrado.
Placa de vazamento: uma placa em latão, plana e lisa com aproximadamente 50 x 75
mm
Bolas: duas bolas de aço, com diâmetro de 9,5 mm, cada uma com uma massa de
3,50 ± 0,05 g.
Guias de centragem das bolas: Dois guias em latão para centragem das bolas de aço,
um para cada bola.
Banho: um recipiente em vidro, resistente ao calor, com um diâmetro interno mínimo
de 85 mm e com uma profundidade mínima de 120 mm.
Suporte do anel e encaixe: Um suporte em latão com capacidade para suportar os
dois anéis numa posição horizontal.
Termómetros: estes devem ser termómetros ASTM com ponto de amolecimento baixo
(-2˚C a 80˚C) ou termómetros ASTM com ponto de amolecimento elevado (30˚C a
200˚C).
Preparação da amostra:
A amostra deve ser aquecida enquanto se mexe até estar suficientemente fluida para
ser vertida. Deve-se evitar o sobreaquecimento, e a temperatura não deverá exceder
os 110˚C. A amostra não deve ser aquecida por um período superior a 2 horas.
Em caso de necessidade de repetição do ensaio, a amostra não deve ser reaquecida,
deve-se utilizar sempre amostras frescas.
As amostras devem ser vertidas e moldadas nos anéis, devendo ser aplicado um
pouco de betume adicional.
Os anéis devem ser aquecidos até à temperatura de vazamento e devem ser
colocados numa placa de vazamento.
Para prevenir a adesão do betume à placa de vazamento durante a moldagem dos
discos, a superfície da placa de vazamento em latão poderá ser revestida com uma
película fina, antes da sua utilização, com óleo de silicone ou lubrificante.
Ensaio:
240
O suporte do anel, os anéis e as amostras de betume devem ser colocados num
banho com água destilada.
Os termómetros ASTM devem ser colocados na água de forma a que os bolbos
fiquem nivelados com o fundo dos anéis.
A profundidade do banho-maria após a imersão do dispositivo e amostras deve ser de
aproximadamente 105 mm.
As temperaturas da água do banho devem ser ajustadas pelo aquecimento ou
imersão em água gelada até à obtenção da temperatura inicial desejada.
Após se ter obtido a temperatura necessária, deve-se aquecer o banho a partir do
fundo a um ritmo controlado, por forma a que a temperatura do banho-maria aqueça a
um ritmo de 5˚C/min
As variações da temperatura do banho não devem exceder os 0,5˚C por min. após os
3 primeiros minutos. Se esta condição não for preenchida o ensaio deve ser rejeitado.
241
12. Série 800 Manutenção
As más condições das redes rodoviárias existentes têm constituído um obstáculo ao desenvolvimento,
especialmente nas zonas rurais, nas quais a maioria da população habita. Em muitos países da África
subsariana, cerca de 80% da sua população vive em zonas rurais. Deste modo, nenhum país poderá obter um
desenvolvimento económico e social enquanto a maioria da sua população continuar marginalizada, sendo este
o principal dilema destas regiões do globo.
A manutenção de estradas de baixo volume de tráfego constitui o factor mais importante para a determinação da
sua sustentabilidade. Este módulo destina-se a fornecer aos profissionais a filosofia necessária, ou seja, as
metodologias de gestão da manutenção das estradas de baixo volume de tráfego, focando-se essencialmente
nas estradas com revestimentos de baixo custo. Os princípios são aplicáveis às estradas de nível provincial e
periurbanas.
(i). Manutenção de rotina — esta engloba os trabalhos que devem ser realizados regularmente ou em
períodos pré-determinados durante o ano de manutenção. Estas actividades poderão incluir o corte de
relva, reparação de buracos, selagem de fendas, limpeza das valetas e manutenção do equipamento
rodoviário. Estas actividades constituem um aspecto importante da manutenção de estradas, uma vez
que proporcionam oportunidades para as autoridades impedirem ou retardarem a deterioração das
estradas.
(ii). Manutenção periódica — manutenção que deve ser executada em intervalos mais longos, por exemplo,
5-10 anos. Normalmente esta categoria exclui o reforço estrutural. O princípio básico desta actividade
assenta no facto de que é uma actividade cuja calendarização pode ser desencadeada por limites nas
condições das estradas ou nos níveis de deterioração ou nas intervenções periódicas que se baseiam
no desempenho ou nos ciclos de vida. Várias actividades poderão ser abrangidas por esta categoria.
a. Colocação de um revestimento novo — depende da longevidade dos diferentes tipos de
revestimento e do nível de tráfego e dos efeitos ambientais.
242
b. Marcação rodoviária — A visibilidade da marcação rodoviária tem tendência a diminuir com o
tempo e torna-se necessário voltar a pintar as marcações de forma periódica. Este ciclo depende
dos níveis de tráfego e da adversidade das condições atmosféricas.
c. Colocação de saibro nas bermas — Esta é uma actividade importante para as estradas com
bermas não revestidas e aplica-se perfeitamente às estradas de baixo volume de tráfego. O
desgaste das bermas não revestidas poderá levar a um desnível da berma perigoso. Um desnível da
berma importante leva a uma rotura do bordo da camada de revestimento o que se torna
desagradável do ponto de vista estético e perigoso para os condutores.
(iii). Manutenção melhorada – Este não é um termo usualmente empregado no que se refere à manutenção,
mas nos casos em que é aplicado faz uma enorme diferença na gestão rodoviária. A manutenção
melhorada diz respeito à intervenção que é levada a cabo numa estrada com o objectivo de reduzir as
necessidades de manutenção. Esta poderá incluir a melhoria localizada ou a execução de melhorias a
baixo custo, como por exemplo os revestimentos de baixo custo de estradas em terra ou saibro que
apresentem problemas. Poderá também incluir a melhoria da drenagem, particularmente no que se
refere à drenagem subterrânea, o que por sua vez permitirá melhorar o desempenho da estrada e
impedir ou adiar a degradação da estrada.
(iv). Manutenção de emergência – Manutenção que tem de ser imediatamente realizada em resultado de um
problema inesperado, como por exemplo, limpeza da via após queda de rochas.
(v). Reabilitação – Este termo é normalmente utilizado quando é necessário efectuar um reforço estrutural e
inclui recarga.
(vi). Reconstrução – Significa normalmente que pelo menos uma camada do pavimento necessita de ser
novamente processada.
(vii). Melhoria – Significa normalmente que é necessário efectuar um reforço e alguma alteração do traçado
A principal característica que diferencia as diferentes categorias relacionadas com a manutenção é que os custos
aumentam exponencialmente desde a “manutenção de rotina” até à “melhoria”. Como resultado, a
responsabilidade para cada operação poderá diferir. Deste modo, a categorização da manutenção é necessária
para efeitos de planeamento e para atribuição de responsabilidades e afectação de recursos.
As estradas poderão degradar-se (e sofrerem ruptura) de várias formas diferentes e as reparações a serem
levadas a cabo dependem das causas de deterioração. Este constitui o princípio director da manutenção,
reparação e reabilitação de pavimentos, nomeadamente “as reparações são determinadas pela causa ou causas
de deterioração e pelo grau de progressão da deterioração”. A identificação destas causas tem deste modo uma
importância crucial. A aplicação das medidas de correcção erradas poderá constituir uma perda de tempo e
dinheiro. Assim, o princípio básico assenta na avaliação da estrada para diagnóstico da causa (ou causas) de
deterioração e a severidade da deterioração por forma a que seja aplicado o tratamento de correcção adequado.
O tratamento de correcção adequado poderá ser incluído numa das categorias acima, excepto talvez na primeira
(manutenção de rotina).
Deste modo, é essencial efectuar uma avaliação da estrada para a determinação da escala das obras a serem
executadas e consequentemente do orçamento necessário. A manutenção de rotina deve ser efectuada
continuadamente e, como tal, não precisa de ser especificamente identificada. As principais categorias que
exigem a tomada de decisões são se as reparações podem ser efectuadas no âmbito de um programa de
243
manutenção periódica ou se as obras devem ser efectuadas no âmbito de um programa de reforço ou
reconstrução mais dispendioso.
Esta secção do Manual destina-se a servir de apoio à tomada de decisão e a fornecer os métodos de execução
da manutenção de rotina ou periódica. A necessidade de reforço ou de reconstrução é identificada mas os
métodos a serem utilizados são tratados nos códigos relativos à reabilitação.
A maioria dos métodos de manutenção e de reparação baseiam-se na presunção de que as reparações são
efectuadas atempadamente, particularmente antes da deterioração ter progredido demasiado; ou seja, quando
uma estrada atingiu uma condição “crítica” em vez de uma condição de “ruptura”. Nestas circunstâncias, poderão
utilizar-se métodos relativamente rotineiros de manutenção e reparação, sendo o elemento de risco baixo.
Nos casos em que os pavimentos rodoviários tenham-se deteriorado para além desta condição crítica, as
estratégias de reabilitação tendem a ser muito conservadoras, frequentemente exigindo a reconstrução total.
Deve também ter-se em conta que para muitos tipos de deterioração, apenas uma pequena percentagem da
área superficial global de uma estrada precisa de mostrar sinais de deterioração evidentes para a estrada ser
considerada como estando em más condições. Efectivamente, os valores a ter em conta não são os valores
globais dos parâmetros do pavimento mas sim os valores extremos do histograma de desempenho, ou seja, o
comportamento da pequena percentagem de estrada “em piores condições”.
244
essencialmente tráfego de veículos de passageiros enquanto outras têm tráfego de veículos mais pesados,
por exemplo, veículos agrícolas, de exploração mineira, de exploração de pedreiras.
4 Ambiente da estrada – Para muitas LVRs, o efeito do ambiente é muito significativo. O regime de humidade
é preponderante para o desempenho do pavimento e, consequentemente, o seu conhecimento é muito útil
para a identificação das possíveis razões de deterioração.
5 Manutenção anterior, quando aplicável – Esta constitui uma informação importante que deverá ser obtida
antes da realização de qualquer planeamento da manutenção. Estes dados poderão permitir identificar um
problema de ocorrência frequente, por exemplo que não foi adequadamente resolvido.
6 Entidade responsável – É importante saber qual a entidade responsável pela manutenção.
12.3.2 Inspecção visual
A natureza, extensão, severidade e localização das seguintes anomalias deve ser registada:
1) Fendilhamento
2) Buracos e remendos
3) Colapso dos bordos e bermas
4) Rodeiras
5) Deformação (excluindo as rodeiras)
6) Anomalias no revestimento; como por exemplo, exsudação, descascamento, peladas.
Fendilhamento
A avaliação do fendilhamento deve permitir determinar se o pavimento está a ser afectado por problemas
associados a cargas ou outros. O tipo de fenda serve de auxílio para esta determinação, uma vez que os
padrões das fendas fornecem indicações importantes sobre as causas. Os padrões são os seguintes:
(i) Fendas longitudinais
(ii) Fendas transversais
(iii) Fendas em bloco
(iv) Pele de crocodilo
(v) Fendas parabólicas
Buraco e remendos
Os buracos constituem rupturas estruturais que incluem o revestimento e a camada de base. São normalmente
causados pela penetração da água numa superfície fendilhada e pelo enfraquecimento da camada de base. A
circulação do tráfego causa a ruptura do revestimento e o consequente desenvolvimento de um Buraco. Em
resultado dos riscos envolvidos para o utente, os buracos são normalmente remendados como tarefa prioritária.
Apesar dos remendos não serem necessariamente anomalias, são indicativos das condições prévias da estrada
e são incluídos na avaliação.
Rodeiras
As deformações associadas às cargas ou rodeiras surgem como depressões na zona de passagem dos rodados
dos veículos. É o resultado de uma acumulação de tensões verticais não recuperáveis nas camadas do
245
pavimento e no terreno de fundação causada pelas cargas do tráfego. Na sua fase inicial este tipo de rodeira não
está associada à ruptura por corte (ou deslizamento) das camadas superiores do pavimento até se tornar muito
severa. As rodeiras também poderão ser o resultado da ruptura por corte quer nas camadas de pavimento não
ligadas ou nas camadas de pavimento betuminoso resultando em deslizamento no bordo do pavimento. Nos
casos em que a ruptura por corte ocorra na camada de base não ligada ou na camada de fundação o material
empurrado irá surgir no bordo do revestimento. Nos casos em que a ruptura ocorra no material betuminoso, o
material empurrado ficará evidente no próprio revestimento.
Deformações
As deformações localizadas causadas pelo assentamento das camadas do pavimento, por defeitos de
construção e por movimentos diferenciais nas estruturas, particularmente nos aquedutos, devem ser registadas.
Estas são facilmente observáveis após períodos de chuva uma vez que demoram mais a enxugar do que o resto
do pavimento. Quando o pavimento se encontra seco, podem por vezes ser identificadas pelas manchas de óleo
que surgem nos locais onde os veículos passam na depressão.
Anomalias no revestimento
Existem inúmeras anomalias no revestimento que não são sintoma de rupturas estruturais e consequentemente
não exigem levantamentos estruturais, apesar de serem indicativos da existência de problemas ao nível dos
materiais de revestimento.
246
Ondulação
A ondulação consiste tipicamente numa série de ondas perpendiculares ao eixo da via, estendendo-se
normalmente a toda a largura da faixa de rodagem. O seu espaçamento, ou comprimento de onda, situa-se
normalmente entre os 0,5-1,0 metros mas, poderá em alguns casos, atingir os 10 metros. São comuns em
estradas com brita. Nas estradas seladas são causados pela instabilidade da camada de base não ligada.
247
Tabela 12.1: Tratamento para anomalias superficiais no revestimento
Tratamento de
Anomalias Extensão Notas
Manutenção
Poderá ser suficiente a aplicação de uma
Aplicação localizada de rega de colagem para o rejuvenescimento
<10%
remendos da superfície e para evitar a ocorrência de
Arrancamento de
mais arrancamenstos.
gravilha
Tratamento com
>10% revestimento superficial
ou lama asfáltica
Poderá ser necessária a aplicação local de
Perda de gravilha, <10% Nenhuma acção agregado aquecido se a qualidade anti-
exsudação derrapante for um problema.
generalizada e Necessidade de
Poderá ser necessária a aplicação de um
exsudação >10% execução de ensaios
novo revestimento superficial
adicionais
<10% Nenhuma acção
Perda de textura e/ou
Necessidade de
polimento dos Poderá ser necessária a aplicação de um
>10% execução de ensaios
agregados novo revestimento superficial
adicionais
Os buracos derivam de outras falhas tais
como fendilhamento e deformação e
Buracos Qualquer Aplicação de remendos
normalmente é necessária a execução de
ensaios adicionais
Aplicação de remendos
Colapso dos bordos Qualquer no pavimento e
reconstrução da berma
248
Deterioração Agente de deterioração Interpretação
Força tangencial elevada
(declive ou curva acentuados)
Exsudação Carga pesada Aplicação excessiva de
Calor excessivo ligante
Deficiente aplicação de
agregado
Fendas na berma Tráfego Bermas não revestidas
Escoamento Desnível da berma excessivo
Material fraco na berma
Falta de manutenção das
bermas
Bombagem de finos Tráfego Delaminação da superfície
Presença de água na Fissuração do revestimento
interface entre o revestimento Material deficiente na
e a camada de base interface entre o revestimento
e a camada de base
Fadiga da camada de base
249
Tabela 12.3: Intervenções propostas para os defeitos superficiais
250
12.5 Tratamento da deterioração e ruptura na estrutura do pavimento
As rupturas estruturais podem ocorrer (ou já ocorreram) no interior do pavimento a uma certa profundidade.
Idealmente, as reparações ou reabilitação devem ser efectuadas aos primeiros sinais de ruptura de forma a
evitar a sua ocorrência mais generalizada; cobri-las apenas serve para adiar a reconstrução do pavimento que
acabará por ser necessária. Normalmente, é necessário efectuar remendos profundos e, nos casos em que seja
necessário efectuar remendos a grande profundidade, deve-se optar pela reconstrução.
O custo dos trabalhos está muitas vezes profundamente relacionado com a viabilidade, uma vez que o preço
estabelecido pelo empreiteiro para algumas formas de reabilitação ou pré-tratamento irão reflectir a sua opinião
sobre este aspecto. Quando as opções são avaliadas, a necessidade de execução de remendos em áreas muito
alargadas num único troço significa inevitavelmente que será melhor reconstruir o troço inteiro.
12.9 Reconstrução
Por vezes poderão ocorrer circunstâncias em que nenhuma das razões acima apresentadas parecerão ser
suficientes por si só para justificar a reconstrução, uma vez que os defeitos ocorrem simultaneamente. A
combinação de defeitos poderá aumentar de tal forma os riscos que a reconstrução torna-se a única opção
lógica. Esta decisão baseia-se na opinião técnica dos responsáveis pela avaliação do pavimento.
251
Nos casos em que seja considerada como necessária a execução de reparações significativas com base no
estudo teórico e na inspecção visual, para efeitos de projecto, é normalmente necessário realizar ensaios não-
destrutivos adicionais, como por exemplo, ensaios DCP, para se ter a certeza sobre qualquer diagnóstico e para
assegurar que quaisquer problemas potenciais são identificados numa fase inicial. Os grandes projectos
envolvem normalmente um processo de avaliação económica, implicando a comparação entre alternativas e
custo de vida útil, considerando-se também o impacto social e ambiental de cada alternativa. Este aspecto situa-
se fora do âmbito deste Manual.
A informação que poderá ser utilizada no planeamento das actividades é apresentada na Tabela 12.4
.
252
Tabela 12.4: Planeamento das actividades de manutenção
253
Actividade: Limpeza Código:
Corte de capim 810
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código é utilizado em etapas de manutenção de rotina, onde seja considerado
necessário o corte de capim nas bermas da estrada.
Este código não deve ser utilizado durante a reabilitação de uma estrada onde é utilizado
o código 160 (destronca e limpeza).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego;
Demarcação da área de corte do capim;
Corte do capim;
Remoção do capim para fora da área da estrada;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Corta-se o capim que existe dentro da faixa da área de reserva da estrada, com
extensão de 5,0 m para fora dos taludes exteriores das valetas;
A largura do corte de capim deve ser ampliada na parte interna das curvas entre 7 e
10 m para permitir uma visibilidade de 75 m;
A altura máxima do capim cortado deve ser 15 cm acima do solo;
Deve haver o cuidado de não tirar as raízes ou danificar o capim para permitir o seu
crescimento contínuo;
O capim cortado não deve ser queimado;
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada;
Retirar a sinalização temporária logo que os trabalhos estejam acabados.
Materiais Não aplicável
2
Medição m
Mede-se somente as áreas de capim cortado.
MDE
Foto 12.1: Corte de capim (num aterro) – Altura do capim e largura da área de corte
254
Actividade: Limpeza Código:
Corte de Capim e Limpeza de Arbustos 811
Código de SATCC 1700
referência
Utilização Este código é utilizado para o corte de capim e arbustos como parte das actividades de
manutenção de rotina. A limpeza de arbustos deve ser executada em qualquer local com
2
uma área mínima de 10 m ao longo da berma da estrada.
Este código não deve ser utilizado durante a reabilitação de uma estrada onde é utilizado
o código 160 (destronca e limpeza).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego
Demarcação da área de trabalho para o corte de capim e limpeza de arbustos
Corte do capim
Limpeza dos arbustos e remoção das raízes
Remoção do material cortado para fora da área da estrada
Aterro das cavidades que resultam da remoção das raízes.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária
Corta-se o capim e removem-se os arbustos que existem nas bermas da estrada, com
extensão de 5,0 m para fora dos taludes exteriores das valetas
A largura do corte de capim deve ser ampliada na parte interna das curvas entre 5 e
10 m, para permitir uma visibilidade mínima de 75 m
A altura máxima do capim cortado deve ser 15 cm acima do solo
Deve haver o cuidado de não tirar as raízes ou danificar o capim para permitir o seu
crescimento contínuo;
As raízes dos arbustos devem ser removidas até uma profundidade de 30 cm
O capim cortado e os arbustos removidos não devem ser queimados e alguns dos
arbustos podem ser usados noutros locais para protecção de taludes;
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada;
Retirar a sinalização temporária logo que os trabalhos estejam acabados.
Materiais Não aplicável
2
Medição m
Mede-se somente as áreas de capim e arbusto cortado.
MDE
255
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não revestidas 812
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a limpeza de valetas, sanjas e valas de crista não asfaltadas
(não revestidas) e para a remoção de detritos e de sedimentos acumulados no leito das
mesmas.
O capim que cresce na valeta tem um papel importante na protecção contra a erosão, e
deve ser cortado de acordo o código 810. É aconselhável executar a limpeza das valetas
somente quando mostram sinais de assoreamento ou não funcionamento do sistema de
drenagem.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
Demarcação da área e das tarefas do trabalho;
Escavação e remoção de solos e do material vegetal do dispositivo de drenagem;
Remoção de arbustos ou de outra vegetação densa que impeça o funcionamento do
dispositivo de drenagem;
Remoção, transporte e espalhamento de material retirado;
Reparação de danos de erosão dentro da valeta e na sua saída de escoamento;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Remoção de solos, areia ou detritos acumulados no leito da valeta, sanjas e valas de
crista, e quando for possível sem a remoção das raízes do capim.
Deve-se verificar o nível e o perfil do talude e das valetas laterais com vista a
assegurar a existência de uma inclinação suficiente para efeitos de drenagem, de
acordo com o projecto.
A soleira da drenagem e os perfis devem estar conformes com o projecto, e não
devem situar-se a menos de 30 cm abaixo do nível final da estrada.
O leito da vala deve ter uma inclinação uniforme com valor mínimo de 1 %, concebido
para permitir a drenagem eficaz das águas.
O leito da sanja deve ter uma inclinação mínima de 2 %, com a profundidade a
montante igual à profundidade da valeta. A inclinação do leito da sanja deve ser
uniforme.
As reparações dos efeitos da erosão devem ser executadas de acordo com o código
835.
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, para evitar o seu regresso para a vala, e
espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável
Medição m
Mede-se somente o comprimento da vala ou sanja limpa
MDE
256
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista revestidas 813
Código de
referência
utilização O código para a limpeza de valetas, sanjas e valas de crista revestidas é utilizado para
remover os detritos e sedimentos acumulados no leito das mesmas. Inclui-se a reparação
de fendas, cavidades ou outros danos na alvenaria do revestimento e danos de erosão na
saída da vala ou sanja.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
Demarcação da área e das tarefas do trabalho;
Escavação e remoção de solos e vegetação até expor a superfície do revestimento;
Remoção, transporte e espalhamento de material escavado;
Reparação de fendas ou cavidades no revestimento da vala;
Reparação de danos de erosão e a colocação de protecção na saída da vala ou
sanja.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Remoção de todos solos, pedras, lixo ou plantas acumulados na valeta, sanja ou vala
de crista, sem causar nenhum dano ao revestimento.
O material proveniente da limpeza deve ser transportado e colocado num local
conveniente até pelo menos 40 m para fora da zona de reserva da estrada para evitar
o seu regresso para a vala, e espalhado numa camada de espessura não superior a
20 cm.
Fendas ou cavidades no revestimento devem ser reparadas com pedra argamassada,
betão ou argamassa simples conforme o tamanho do defeito e o material do
revestimento. A reparação do revestimento deve seguir o alinhamento existente e
estar isenta de irregularidades.
As reparações dos danos do revestimento devem ser executadas conforme os
códigos 822 (Reparações usando cimento), 252 (Protecção com pedra argamassada)
ou 240 (Construção de muros ala, caixas e dissipadores de energia para aquedutos
pré-fabricados usando betão simples (B20)).
Qualquer dano de erosão nas saídas das valas revestidas deve ser reparado
conforme as orientações dos Códigos 250 (Protecção com vegetação), 251
(Protecção com pedra arrumada à mão), 252 (Protecção com pedra argamassada) ou
260 (Aprovisionamento, preparação e colocação de gabiões com pedras).
Retirar a sinalização temporária.
Materiais O cimento, a areia, as pedras e a rede dos gabiões devem obedecer aos códigos
respectivos
Medição m
Mede-se somente o comprimento da vala ou sanja limpa e reparada
MDE
257
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de Aquedutos 814
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a limpeza e desobstrução de aquedutos e as suas bocas de
entrada e saída. Qualquer escavação que seja necessária no canal de saída, os trabalhos
poderão ser reembolsados no âmbito do código 812 (Limpeza de valetas, sanjas e valas
de crista não revestidas) ou código 813 (Limpeza de valetas, sanjas e valas de crista
revestidas).
258
Actividade: Limpeza Código:
Limpeza de Pontes e Pontões 815
Código de
referência
utilização A inspecção e a manutenção de rotina devem ser direccionadas para evitar a deterioração
e danos elevados. Sempre que for possível devem-se tomar medidas correctivas, para
manter as condições originais do leito do rio e do canal. Deve-se fazer inspecção a jusante
e a montante da ponte ou pontão. Deve-se prestar uma atenção particular ao roubo e
arrastamento de materiais e deve-se monitorizar os riscos de estabilidade da estrutura.
Este código utiliza-se para a limpeza e desobstrução de pontes e pontões, a montante das
estruturas, das superfícies do tabuleiro, valas e zonas de aterro, equipadas com drenagem
interna (barbacãs).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Levantamento de acordo com o mapa de inspecção de pontes, nomeadamente,
pavimento, taludes, muros de protecção, apoios, áreas de reserva, cabos, passeios e
drenagem. Caso seja necessário deve-se reportar ao Fiscal a necessidade de uma
intervenção maior.
Demarcação e definição das actividades a levar a cabo;
Corte e remoção da vegetação e arbustos em volta da ponte e dos aterros;
Limpar e remover todos os entulhos, madeiras, rochas e vegetação do leito do rio ou
canal;
Remoção dos detritos acumulados em volta da ponte;
Limpeza de todo o tabuleiro da ponte tanto na parte superior como inferior;
Limpeza de todas as juntas fixas e de dilatação;
Limpeza dos tubos de drenagem na superfície do tabuleiro;
Eliminar todo o material acima da superfície do tabuleiro da ponte (areia, pedra, lixo,
material vegetal);
Escavação e remoção de solos depositados e de vegetação que impeça a passagem
das águas pelos vãos da ponte;
Verificação de qualquer infra-escavação nos apoios da estrutura.
Verificação da eventual presença de minas (explosivos) na ponte ou debaixo desta;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
Recomendação: Porque as pontes e pontões são os locais preferidos para a
colocação de minas, é necessário que o Empreiteiro tome uma atenção especial no
cumprimento das suas obrigações relacionadas com a desminagem durante a
execução deste código.
Demarcação e delimitação das áreas de trabalho.
Em caso de reparações maiores, caso seja necessário a substituição de parte ou de
todos os elementos da estrutura, cabos, inicialmente deve-se informar o Fiscal e
proceder de acordo com as recomendações do Consultor e de normas e
especificações relativas à manutenção de pontes e pontões.
O material vegetal à volta da ponte deve ser cortado e removido.
Os vãos da ponte e as zonas de vazão das águas a montante e a jusante em volta de
10 m, devem estar livres de vegetação, arbustos e árvores para permitir que a água
não seja impedida de passar por todos os vãos da ponte.
Limpar e remover todo o material acima da superfície do tabuleiro da ponte (areia,
pedra, lixo, material vegetal). Limpar e desobstruir todas as juntas, removendo o lixo e
entulhos, de tal modo que a água da chuva possa escoar livremente. Deve-se incluir
musgos e sujidades aderentes às partes inferiores e laterais da ponte.
Deve-se manter as juntas livres de pedras, areias, lixo, poeira. Em caso de
necessidade deve-se aplicar emulsão asfáltica nas juntas gastas.
Limpar a superfície e a parte inferior do tabuleiro da ponte, de todo o material,
incluindo musgos e sujidades aderentes às superfícies, teias de aranha, e humidade
afectando as condições da estrutura.
Limpar todas as condutas de drenagem da laje da ponte.
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, longe do leito do rio ou riacho para não facilitar
o seu regresso para o rio, não prejudicar o sistema de drenagem da ponte e da
estrada, nem causar aspecto visual desagradável ao utente, espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm;.
Se o volume de materiais nocivos e de lixo for significativo deve-se informar
imediatamente o Cliente através do Fiscal.
259
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável.
Medição m
Mede-se o comprimento da ponte / pontão.
MDE
260
Actividade: Limpeza Código:
Remoção de solos impróprios
40 m < DMT < 100 m 816
100 m ≤ DMT < 200 m 817
200 m ≤ DMT < 500 m 818
DMT ≥ 500 m 819
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a remoção de solos que se acumulam na faixa de rodagem e
por cima das valetas, por acção do vento, erosão, deslizamento de solos de taludes, e do
capim que cresce nas bordas das faixas de rodagem.
Este código só deve ser utilizado para a remoção de solos presentes na superfície da faixa
de rodagem. Os códigos 810 a 815 (limpeza) são utilizados para remoção de solos dentro
das valetas, sanjas, valas de crista, aquedutos, pontes e pontões.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Garantir a continuidade de circulação do tráfego em segurança;
Demarcação dos limites de solos impróprios a serem escavados;
Escavação de solos impróprios;
Remoção, transporte e espalhamento de material escavado;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Juntar e retirar os solos arrastados e acumulados na plataforma, numa espessura
superior a 20 mm, definidos como impróprios pelo Fiscal. Os solos soltos podem
prejudicar o comportamento da estrada; podem impedir a drenagem e produzir poeira
em excesso.
Deve-se limpar o bordo utilizando uma enxada, no sentido do talude e deve-se
remover o material (capim e raízes).
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada, e espalhado numa camada de espessura não
superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Não aplicável.
3
Medição m
Mede-se o volume do solo escavado que é distinto do volume in situ.
MDE
261
Actividade: Reparações Código:
Reparações de elementos em madeira 820
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se, para a execução de pequenos trabalhos de reparação de elementos
de madeira danificados e soltos, especialmente em pontes com tabuleiros de madeira.
262
Actividade: Reparações Código:
Substituição dos elementos metálicos 821
Código de
referência
Utilização Este código destina-se a ser utilizado na execução de pequenos trabalhos de manutenção
ou substituição de elementos metálicos de pontes, para a execução de pinturas, assim
como para os trabalhos de protecção, e de substituição de elementos deformados e soltos
e desprendimentos.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Delimitação da área de trabalho e restrição do tráfego, se necessário.
Preparação de um itinerário temporário e alternativo para a circulação do tráfego
(desvio temporário).
Identificação do tipo de intervenção necessária (desmontar, ligar e soldar os
elementos metálicos);
Limpar os elementos metálicos;
Desmontar os elementos metálicos, se necessário.
Se necessário, remover e substituir todos os elementos metálicos danificados ou
partidos; substituir por elementos metálicos de acordo com as características e
qualidade aprovada.
Soldar os elementos novos com acetileno;
Os elementos metálicos devem ser limpos e ficar livres de poeira, óleos e corrosão;
Lixar as parte enferrujadas;
Pintar com tinta anticorrosiva os elementos necessários;
Pintar com tinta de óleo a três demãos.
Remoção de todos os materiais que sobraram.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária, e em
caso de necessidade deve-se restringir a circulação durante o período de reparação
dos elementos danificados. Pode ser necessário criar-se um desvio temporário para
garantir a passagem do tráfego em segurança.
Demarcar a área de trabalho.
Identificar os elementos de aço, guardas corpos, parapeitos, varandas danificados por
acção da humidade ou por acidente de viaturas.
Desmontar, desparafusar, endireitar ou soldar, no local ou na oficina, os elementos
danificados;
Limpeza de toda a superfície metálica, removendo sujidades, poeiras, ferrugem e
resíduos da pintura antiga. Quando possível, use um maçarico e uma escova de aço
para remover as partículas soltas.
Endireite a peça metálica, sobre uma superfície lisa, tendo o cuidado de não bater
com muita força para evitar que o elemento perca a sua resistência original.
Uma vez endireitado, fixe novamente o elemento com soldadura de acetileno,
assegurando que os pontos de contacto se encontram limpos e não apresentam
saliências e aberturas.
O soldador deve usar roupa protectora como máscara, luvas e óculos de protecção;
Uma vez fixado, o elemento deve ser deixado a arrefecer.
Os pontos de soldadura devem ser suavizados com rebarbadoras ou lixas.
Após a finalização dos elementos, estes devem ser pintados com uma tinta protectora
e anticorrosiva.
Após a pintura, deixar a tinta secar completamente (24 horas ou consoante o tipo de
tinta).
Aplicação de 3 camadas de tinta de óleo anticorrosiva (ou outra tinta adequada para
cobertura de elementos metálicos de qualidade semelhante ou superior).
Deixar a tinta secar sempre de acordo com as instruções.
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Lixa, gasolina/diluente, solda, tinta anticorrosiva e tinta de óleo, aço, parafusos e
porcas.
Medição kg
Mede-se o peso do material reparado ou substituído em kg. O código inclui todos os
custos relacionados com o trabalho incluindo a soldadura, as porcas e parafusos, o
aço, a tinta, etc.
MDE
263
Actividade: Reparações Código:
Substituição do betão e pedra usando argamassa de cimento (Traço 822
1:4 cimento/areia).
Código de
referência
Utilização Este trabalho é utilizado para as estruturas em betão e alvenaria de pedra que apresentam
problemas de desagregação ou danos devidos a impactos. Esta actividade destina-se
apenas às reparações das alvenarias que se encontrem em condições apropriadas para a
execução de trabalhos de reparação. As estruturas que tenham sido deficientemente
construídas e/ou em perigo de colapso devem ser reconstruídas.
Tarefas Colocação de sinalização para segurança;
incluídas Execução de ensaios laboratoriais sobre os materiais a serem utilizados;
Demarcação e definição das tarefas;
Limpeza das paredes;
Humedecimento da superfície para aplicação da argamassa;
Preparação da argamassa;
Aplicação da argamassa;
Acabamentos;
Remoção de todo o material solto;
Remoção de toda a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária, e em
caso de necessidade deve-se restringir a circulação durante o período de reparação
dos elementos estragados. Pode ser necessário criar-se um desvio temporário para
evitar a interrupção do tráfego.
Todo o material deve ser testado e aprovado pelo Fiscal.
Marcação das zonas danificadas.
Limpeza das paredes e dos muros de betão, das juntas defeituosas de argamassa
velha usando compressor de ar ou jacto de água, martelo e talocha;
Remoção de todo o material solto.
As juntas devem ser renovadas; as pedras e blocos colocados provisoriamente
devem ser removidos e substituídos por uma argamassa nova.
As superfícies de aplicação da argamassa devem ser humedecidas para melhorar a
aderência.
Preparação da argamassa de cimento e areia de acordo com projecto. A razão normal
de cimento/areia é de 1:4. Contudo, recomenda-se a utilização de uma razão de 1:3
cimento/areia, o que irá proporcionar uma maior moldagem e ligação. Deve-se
apenas adicionar a quantidade de água necessária para obtenção da trabalhabilidade
necessária antes da aplicação.
Aplicação da argamassa fresca na junta preenchendo bem todos os espaços com
uma desempenaria de madeira de forma a assegurar uma boa cobertura.
Não deve ser utilizada a argamassa que tenha caído no chão;
Acabamento das juntas com um instrumento apropriado, formando curva e os
ângulos;
O acabamento da superfície da argamassa deve ser liso e plano no caso das paredes
em betão. Contudo, no que se refere à alvenaria de pedra o refechamento das juntas
deve ser realizado tal que a argamassa seja colocada nas juntas ligeiramente recuada
em relação às pedras (cerca de 1 a 1,5 cm) deixando as pedras expostas, com a
formação de arestas estreitas com superfícies planas, de forma a produzir uma
superfície agradável do ponto de vista estético.
Em condições de tempo quente a argamassa seca rapidamente. A argamassa deve
ficar a curar durante 3 a 4 dias preservando-se a humidade da superfície através da
aplicação de sacos de juta molhados.
Limpe as superfícies visíveis das pedras ou as que ficaram salpicadas de argamassa
de modo que se obtenha uma superfície limpa e de boa aparência.
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 40 m da área reservada da estrada.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Cimento Portland e areia.
3
Medição m
Mede-se o peso do material reparado ou substituído em kg.
MDE
264
Actividade: Reparações Código:
Reparação de cascatas 823
Código de
referência
Utilização Este Código é utilizado para a reparação de cascatas de madeira, de pedra arrumada a
mão, de pedra argamassada e de betão.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Identificação das secções da valeta, onde as cascadas estejam danificadas;
Recolha, transporte e preparação do material a ser utilizado;
Substituição do material danificado;
Correcção do perfil das cascatas utilizando um escantilhão de cascatas para o
controle;
Colocação dum protector de pedra;
Remoção do todo o material impróprio;
Remoção da sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária;
Identificar previamente as secções da valeta, onde as cascatas estejam danificadas,
apodrecidas, mal alinhadas ou onde não conseguem cumprir a função de desacelerar
o escoamento, ou onde estão afectadas pela erosão.
Substituir todo o material danificado ou em falta. Reutilizar o material que ainda esteja
em boas condições;
O material removido deve ser colocado num local apropriado, a uma distância mínima
de 10 m da área reservada da estrada;
Escavar os sítios de fundação cuidadosamente, mantendo os perfis correctos;
A forma da cascata deve ser controlada com gabarito de perfil e a sua inclinação com
um nível de bolha ou automático;
As cascatas devem ser reparadas de acordo com o projecto.
Na reparação de cascatas em madeira deve-se substituir as estacas destruídas e
colocar novas estacas com espaçamentos máximos de 1 cm. No caso de cascatas
com linha dupla de estacas deve-se garantir que o espaço entre as linhas fica
preenchido com pedra arrumada à mão;
Na reparação de cascatas em pedra argamassada ou betão deve-se substituir as
partes destruídas com pedra argamassada ou betão incluindo as fundações;
As cascatas devem cumprir a função de reter a passagem de areia, e permitir a
passagem da água, evitando a acumulação de água.
Após reparação das cascatas deve-se garantir que o avental com um comprimento de
40 cm fica colocado no lado jusante da cascata para prevenção da erosão. Deve-se
utilizar o mesmo tipo de pedra que foi utilizado para a pavimentação das valas.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Nos trabalhos de reparação das cascatas com estacas em madeira devem ser
utilizadas estacas de bambu ou de outra madeira seleccionada com um diâmetro e
comprimento mínimos de 5 cm e 40 cm, respectivamente.
Nos trabalhos de reparação das cascatas em alvenaria de pedra deve-se utilizar
cimento, água, areia e pedras com dimensões entre 10 a 30 cm.
Nos trabalhos de reparação de cascatas em betão deve-se utilizar cimento, areia, e
agregado com uma granulometria máxima de 19 mm.
A qualidade de cimento, areia, pedra e água devem seguir as normas definidas para
estes materiais nos respectivos códigos.
Medição UN
Mede-se o número de cascatas reparadas ou substituídas.
MDE
265
Actividade: Reparações Código:
Reparação de taludes 824
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a reparação de buracos, depressões, fissuras e outros
defeitos que ocorram nas bermas e taludes da estrada (não inclui os taludes das valetas).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Marcação da área de trabalho.
Limpeza da área de trabalho.
Escavação e reperfilamento das fissuras.
Importação de solos com DMT não superior a 100 m.
Rega e compactação de solos.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
As fissuras a serem reparadas devem estar livres de solos soltos, vegetação e
resíduos.
Qualquer área sujeita a colocação de solos de enchimento deve ser regada e
ligeiramente escarificada antes da colocação do solo;
A área a ser reparada deve ser escavada em forma de caixa, com margens verticais e
uma profundidade igual ao defeito;
O solo deve ser espalhado em camadas de, no máximo, 10 cm, regadas até se atingir
o valor de teor óptimo de humidade e cada camada deverá ser compactada com
maço manual.
O teor óptimo de humidade será verificado através do ensaio manual, caso outros
métodos não estejam disponíveis. Considera-se que o material apresenta um teor
óptimo de humidade quando uma bola formada por uma amostra de solo amassada
na palma da mão é lançada, a uma altura de 1 m, e volta a cair na palma ou quando a
bola ao ser apertada com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer. Se a bola se
desintegrar, significa que o teor de humidade é demasiado baixo e se a água da bola
escorrer quando esta é apertada, significa que o teor de humidade é demasiado
elevado.
O enchimento e compactação devem continuar até que se atinja um nível de 3 cm
abaixo da superfície em volta.
Nos casos em que existam sinais de um risco potencial de instabilidade do talude por
efeito de águas superficiais, deve-se prosseguir com o código 213 (Construção de
Valas de Crista) para assegurar uma drenagem permanente.
Aplicação de uma camada de 5 cm de solo de cobertura na área a ser reparada para
incentivar o crescimento da vegetação. Poderá efectuar-se a protecção do talude com
vegetação, pedra argamassada, pedra arrumada à mão ou gabiões, vide códigos 251,
252, 253, ou 260.
Limpar e remover todos os materiais impróprios na área à volta do talude para um
local a pelo menos 40 m fora da zona reservada à estrada.
Remover a sinalização temporária.
Materiais Os solos utilizados em trabalhos de reparação devem ser:
o Semelhantes aos solos presentes na superfície do aterro.
o Provenientes de uma origem devidamente aprovada pelo Fiscal.
Todos os solos devem ser aprovados pelo Fiscal.
3
Medição m
MDE
266
Actividade: Manutenção (pinturas) Código:
Sinalização vertical 825
Marcos quilométricos 826
Barreiras de protecção 827
Elementos metálicos 828
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para a conservação dos sinais verticais, marcos quilométricos,
barreiras de protecção e outros elementos metálicos através de limpeza e nova pintura.
MDE
267
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem de Niveladora 830
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para o nivelamento do pavimento duma estrada com uma niveladora,
para remover ondulações e irregularidades. O objectivo do nivelamento é a correcção de
defeitos na faixa de rodagem e a reposição do abaulamento/inclinação transversal, antes
que seja necessária uma reparação profunda ou uma recarga da superfície através dos
códigos 834 e 835.
De preferência a actividade deve ser realizada numa altura em que os solos estejam
húmidos.
A diferença entre este código e o código 832 (passagem de niveladora rebocada por
tractor) reside na profundidade de regularização (alisamento).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Programar os trabalhos junto com o Fiscal.
Assegurar a passagem do tráfego.
Demarcação da área de trabalho.
Passagem de niveladora para cortar a superfície e recolher material solto (a formar um
cordão), partindo das bermas para o eixo da estrada.
Passagem da niveladora por toda a superfície da estrada para espalhamento do
cordão de solos soltos.
Controlo do abaulamento.
Limpeza e remoção do material solto da faixa de rodagem e valetas depois da
passagem da niveladora.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Preparação
Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
Demarcar a área de trabalho para marcar os pontos de início e fim de trabalho.
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
O Empreiteiro junto com o Fiscal deve organizar o seu programa de trabalho de modo
a executar a passagem da niveladora na época chuvosa numa altura em que os solos
se encontram húmidos.
O número de passagens da niveladora depende da largura e da condição da estrada.
Geralmente serão suficientes 4 a 8 passagens para atingir um bom alisamento da
superfície do pavimento.
268
Figura 12.1: Regularização de manutenção - raspagem (4 passagens)
A regularização de manutenção deve ser efectuada da forma ilustrada na Figura 12.1 (para
4 passagens) e na Figura 12.2 e da forma a seguir apresentada. No que se refere a 8
passagens, as 4 passagens adicionais devem ser efectuadas tal como ilustrado na Figura
12.3.
269
A compactação ocorre devido à circulação do tráfego (compactação pelo tráfego)
Remoção dos materiais que tenham eventualmente entrado no sistema de drenagem.
Finalização
Método alternativo
Nos casos em que a estrada tenha um nível de tráfego relativamente elevado, e as
deformações sejam mais pronunciadas, a regularização deve ser realizada em troços
mais curtos para minimizar a interrupção do tráfego.
Neste caso, é necessário trabalhar em cada lado da estrada alternadamente.
Materiais Não aplicável
2
Medição m
Mede-se a área da faixa de rodagem que foi sujeita à passagem da niveladora.
MDE
270
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem do Alisador de Pneus 831
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para a regularização e alisamento do pavimento rodoviário,
utilizando um alisador de pneus (Figura 12.4) ou uma grade metálica rebocada por tractor
cujo objectivo será a prevenção do aparecimento de ondulações e corrugações na
superfície da estrada.
271
Figura 12.5: Procedimento de alisamento com o alisador de pneus
272
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Passagem de Niveladora Rebocável 832
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para o nivelamento do pavimento duma estrada de terra ou
terraplenada com uma niveladora rebocada por tractor (Figura 12.6), que apresenta
irregularidades na superfície, e que não mantém o abaulamento. O objectivo é o de corrigir
pequenos defeitos nas vias antes que haja a necessidade de uma escarificação mais
profunda com motoniveladora.
Esta actividade deve ser executada quando os solos se encontram húmidos, ou seja, após
as chuvas.
A diferença entre este código e o código 830 (regularização com uma niveladora com motor
reside na profundidade de regularização (alisamento).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Programação dos trabalhos em conjunto com o Fiscal;
Assegurar a passagem do tráfego;
Demarcação da área de trabalho;
Passagem da niveladora rebocada por tractor para cortar a superfície e recolher o
material solto, que se terá acumulado nas bermas, para o eixo central da estrada;
Passagem da niveladora rebocada por tractor por toda a superfície da estrada para
espalhamento do material solto.
Controlo do abaulamento.
Limpeza e remoção do material solto da faixa de rodagem e das valetas laterais após a
passagem da niveladora.
Remover a sinalização temporária.
Normas Preparação
Colocação de sinalização adequada para garantir a segurança rodoviária.
Delimitação da área de trabalho com marcação dos pontos de início e de fim.
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
O Empreiteiro em conjunto com o Fiscal deve organizar o seu programa de trabalhos
de tal modo que a passagem da niveladora rebocável seja feita após a época chuvosa,
para assegurar que os solos estão húmidos.
O número de passagens da niveladora rebocável depende da largura e da condição da
estrada, mas geralmente são suficientes 4 a 8 passagens.
273
Figura 12.6: Regularização de manutenção utilizando uma niveladora
rebocada por tractor
274
tráfego)
Remoção dos materiais que tenham eventualmente entrado no sistema de drenagem.
Finalização
Método alternativo
275
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Reparação da plataforma (manualmente) 833
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado para o restabelecimento do abaulamento da faixa de rodagem ou
para a reparação e compactação de buracos e rodeiras através de meios manuais sem a
utilização de uma niveladora.
Os defeitos presentes na superfície das estradas, tais como buracos ou rodeiras provocam
a estagnação e a acumulação de água na sua superfície, o que leva ao aparecimento de
problemas de drenagem. O desenvolvimento de defeitos na superfície das estradas pode
ser um resultado directo ou indirecto da existência de uma drenagem superficial e/ou
subsuperficial deficiente. O Fiscal deve dar as instruções necessárias para a melhoria das
condições de drenagem.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Planeamento dos trabalhos em conjunto com o Fiscal.
Garantir a segurança e a continuidade da circulação do tráfego.
Delimitação da área de trabalho.
Marcação das áreas que devem ser trabalhadas, em forma de rectângulo ou
quadrado;
Regularização das rodeiras.
Escavação e remoção de material impróprio dos buracos.
Importação de solos para tapar os buracos ou as rodeiras.
Controlo do nível da superfície da plataforma;
Rega e compactação de solos;
Remoção da sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
Marcação e delimitação das áreas de trabalho e dos locais que necessitem de
trabalhos de reparação e de regularização (ex: buracos e rodeiras).
Rodeiras
As rodeiras devem ser limpas de materiais soltos, água estagnada e lixos. A
superfície da rodeira deve ser pulverizada com água antes do seu preenchimento com
material importado.
O material importado (saibro) deve ser colocado na rodeira e o material deve ser
nivelado a cerca de 3 a 5 cm acima da superfície existente.
Aplicação de uma quantidade generosa de água e deixar a água penetrar na camada
de solo colocada na rodeira.
Compactação com um cilindro compactador apeado ou com um cilindro compactador
com assento através da aplicação de 6 passagens do cilindro, seguida da abertura ao
tráfego.
Buracos
A área dos buracos marcada para ser sujeita a reparação deve ser cortada em forma
de um rectângulo ou quadrado. A profundidade da escavação a realizar deve
corresponder à profundidade do buraco ou à profundidade de danificação da camada
existente.
Remoção do material que foi cortado e reserva do mesmo para aterro do buraco,
desde que a qualidade do material seja adequada e tenha sido devidamente
aprovada pelo Fiscal.
A quantidade de material importado utilizado no preenchimento dos buracos deve ser
a suficiente para o volume exigido.
O material deve ser regado e misturado antes da sua colocação no buraco. Se os
buracos a serem reparados tiverem grandes dimensões, o material deve ser colocado
no buraco sendo em seguida espalhado e nivelado. A altura do material solto deve
situar-se cerca de 3 a 4 cm acima do nível da superfície da estrada. O material deve
ser regado e deve aguardar-se até à penetração da água em toda a camada,
assegurando que toda a camada se encontra humedecida.
Em seguida, a camada deve ser compactada através da aplicação de 6 passagens de
276
um cilindro compactador apeado ou com assento.
Na impossibilidade de emprego de outros métodos, o teor de humidade de
compactação deve ser determinado através de ensaios manuais. Considera-se que o
material se encontra com um teor óptimo de humidade quando o solo amassado na
palma da mão forma uma bola e quando esta bola é lançada a uma altura de 1 m e
volta a cair na palma da mão sem se desintegrar ou quando a bola ao ser apertada
com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer (se a bola se desintegrar
totalmente, significa que o teor de humidade é demasiado baixo e se se deformar sem
abrir fendas, significa que o teor de humidade é demasiado elevado).
Todo o material impróprio deve ser removido e colocado num local aprovado pelo
Fiscal, a uma distância mínima de 10 m da reserva da estrada, devendo ser
espalhado numa camada com uma espessura máxima de 20 cm.
Após os trabalhos de reparação, a superfície da estrada deve ter a inclinação
transversal e o abaulamento mínimo desejado, em conformidade com o projecto.
Retirar a sinalização temporária
Materiais O solo (saibro) deve ser sempre proveniente de origens devidamente aprovadas pelo
Fiscal.
No caso das estradas não asfaltadas, as características devem estar em
conformidade com a norma TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no
gráfico Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a
seguir apresentado e devem ficar dentro das áreas E1 e E2, Figura 12.10.
Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20, é válida para a qualidade de
circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas asfaltadas.
Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda de
cascalho e de evolução da rugosidade.
As especificações baseadas no desempenho aplicáveis aos materiais de constituição
das camadas de desgaste são as que se seguem, Figura 12.9. As especificações
baseadas no desempenho devem ter prioridades sobre as especificações referentes à
qualidade de circulação.
277
Descrições
IP0,075 = Índice de Plasticidade do material que passa no peneiro 0,075mm
Produto de Plasticidade (PP) = IP0,075x percentagem de material que passa no
peneiro 0,075mm
A gama preferida é 280-480
Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no peneiro
com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com abertura
26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm) x % de material
que passa no peneniro com abertura de 4,75mm/100
278
Actividade: Nivelamento da superfície da estrada Código:
Regularização, Rega e Compactação da Plataforma 834
Escarificação, Regularização, Rega e Compactação da Plataforma 835
Código de
referência
Utilização Este código é utilizado nos trabalhos de regularização e de compactação da camada
superficial existente como camada de saibro em estradas não revestidas. Esta actividade
tem o objectivo de melhorar a qualidade da faixa de rodagem nos casos em que não seja
possível efectuar a sua regularização unicamente através da passagem de niveladora,
como por exemplo, nos casos de deterioração do abaulamento, de irregularidades
profundas, ondulações, etc.
Este código também inclui actividades de manutenção periódica. Durante a execução deste
código a camada de base deve ser misturada com o material escarificado presente na
superfície da estrada e deve ser estabilizado mecanicamente.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas O Empreiteiro deve tomar as medidas necessárias para assegurar a passagem do
tráfego de forma segura e sem interrupções durante a execução dos trabalhos.
Levantamento topográfico e determinação dos perfis longitudinal e transversal da
estrada com o objectivo de identificar as zonas que necessitam de regularização.
Marcação de tarefas para a escavação e regularização do solo.
Escarificação e nivelação das áreas que apresentem irregularidades e danos, com a
utilização de máquinas niveladoras ou pela aplicação de ferramentas manuais.
Controlo do nível da superfície da plataforma;
Regularização, rega e compactação dos solos.
Colheita de amostras e execução de ensaios de compactação.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização para segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Devem existir sempre uma série de medidas para
assegurar que não há risco de falta de aderência em veículos sem tracção às quatro
rodas.
Demarcação e delimitação de áreas de trabalho e locais que precisam de
regularização.
As técnicas apropriadas de topografia, utilizando equipamento como por exemplo,
níveis automáticos, teodolitos ou estações totais, estacas, cruzetas, fita métrica, e
linhas de nível devem ser utilizadas para a determinação do perfil longitudinal e
transversal da estrada.
A superfície da estrada não deve apresentar irregularidades superiores a 5 cm,
medidas com uma régua de traçar com um comprimento de 2 m.
Todo o material grosso com um diâmetro superior a 7,5 cm deve ser removido ou
partido em pedaços mais pequenos antes de ser utilizado.
O material deve ser espalhado em camadas com uma espessura máxima de 15 cm e
deve ser compactado a 95% do AASHTO Modificado, devendo ser regado, se
necessário, para obtenção do teor óptimo de humidade.
A superfície deve drenar livremente, e o abaulamento/inclinação transversal necessário
deve ser construído em conformidade com as especificações.
A superfície deve estar em conformidade com as normas referentes ao alinhamento
longitudinal.
Retirar a sinalização temporária no final das obras.
Materiais Não aplicável
2
Medição m
Medição da área que foi sujeita a trabalhos de regularização.
MDE
279
Actividade: Recarga da faixa de rodagem ou das bermas das estradas com solos Código:
estabilizados mecanicamente
DMT 1 km: 0 a 2 km 840
DMT 3 km: 2 a 4 km 841
DMT 5 km: 4 a 6 km 842
DMT 7 km: 6 a 8 km 843
DMT 9 km: 8 a 10 km 844
DMT 12,5 km: 10 a 15 km 845
DMT 17,5 km: 15 a 20 km 846
Transporte a uma distância superior a 20 km 847
Código de
referência
Utilização Estes códigos são aplicáveis à importação de materiais para a recarga localizada de
saibro da faixa de rodagem e das bermas, nos casos em que o material esteja
desgastado. Se a área necessitando de intervenção localizada for superior a 30%, deve-se
utilizar os códigos 340 a 347 (escavação transporte e colocação de material), conforme for
necessário.
A escolha do código depende da distância média de transporte (DMT) desde a câmara de
empréstimo até ao local de descarga na estrada. O código não deve ser utilizado nos
casos em que o local de descarga tenha sofrido alteração ou nos casos em que tenha
havido a substituição da câmara de empréstimo anterior por outra com materiais similares.
O Fiscal deve dar instruções acerca do local de descarga do material. Os códigos 840 a
846 incluem a escavação, armazenamento, transporte e colocação dos solos, enquanto o
código 847 é somente utilizado para o pagamento da distância extra de transporte e
superior a 20 km.
Os mesmos códigos devem ser utilizados para a colocação de solos para fins de
estabilização ou mistura. Relativamente à abertura das câmaras de empréstimo, deve
usar-se o código 348, e para a reposição da câmara de empréstimo deve usar-se o código
349.
Tarefas Identificação das câmaras de empréstimo.
incluídas Execução dos ensaios laboratoriais necessários para:
o Verificação da conformidade da qualidade do saibro com as normas.
o Determinação da profundidade e extensão da câmara de empréstimo.
o Verificação da conformidade dos resultados dos ensaios de compactação e de
resistência com as normas.
Obtenção da licença de exploração.
Abertura da câmara de empréstimo, removendo a vegetação e o solo de cobertura e
escavação dos solos seleccionados (saibro) e realização da pilha de armazenamento.
Colocação de sinalização de segurança.
Assegurar a passagem do tráfego em segurança.
Levantamento topográfico para medição da espessura do saibro existente na estrada
e identificação das zonas que necessitam de recarga.
Marcação de tarefas para a escavação e regularização de solos, em caso de
utilização de métodos manuais.
Escarificar e nivelar as áreas para recarga com o uso de ferramentas manuais
(picaretas, pás) ou equipamento mecanizado (escarificador da niveladora).
Quando necessário, deve-se preparar a superfície da estrada antes de despejar os
materiais, incluindo regularização e/ou reparação, escarificação e rega (poderá ser
também necessário proceder a trabalhos de compactação).
Escavação, armazenamento, ensaio (granulométrico, de plasticidade e de
compactação) e carregamento dos solos.
Transporte, espalhamento, nivelamento, rega e compactação do material escavado.
Controlo dos níveis da superfície da estrada e verificação da espessura da camada de
saibro à medida que este vai sendo colocado.
Colocação de saibro na parte lateral da estrada para fins de trabalhos de manutenção
futuros.
Retirar a sinalização temporária
Normas Deve ser colocada uma sinalização adequada para garantir a segurança no local dos
trabalhos.
Os trabalhos devem ser planeados de modo a não provocar a interrupção da
circulação do tráfego por períodos superiores a 10 minutos.
O saibro para executar a recarga deve ser aprovado pelo Fiscal, mediante a execução
de ensaios granulométricos e de plasticidade em laboratório.
O Empreiteiro deve realizar as reparações necessárias na camada rodoviária
existente (camada de desgaste), incluindo a escarificação e regularização.
280
Dependendo das condições em que se encontra a superfície existente, poderá ser
necessário proceder à escarificação, regularização, rega, mistura e compactação das
áreas danificadas antes da realização da recarga localizada.
Devem ser efectuados levantamentos topográficos para a determinação da
quantidade de material adicional necessário para restabelecer a espessura adequada
da camada. O material com um diâmetro igual a 7,5 cm deve ser removido e partido
antes de ser novamente colocado no pavimento.
A compactação do material deve ser efectuada com o auxílio de um compactador
pneumático ou de um cilindro compactador vibratório (que poderá ser do tipo
rebocável), ou com um cilindro compactador vibratório apeado, no caso dos trabalhos
efectuados manualmente.
O número de passagens necessárias depende da capacidade do cilindro
compactador. Deve ser construído um troço experimental para a determinação do
número exacto de passagens necessário para assegurar a obtenção do nível de
compactação desejado (95% do AASHTO modificado).
O solo deve ser espalhado de forma a produzir uma camada compactada com uma
espessura máxima de 200 mm. Normalmente as camadas são construídas com uma
espessura de 150 mm.
O coeficiente de empolamento do solo, ou seja, a relação entre o volume do solo solto
e do solo compactado, situa-se, normalmente, entre 1,2 e 1,3. Para atingir uma
espessura de camada compactada correspondendo a 150 mm, a espessura da
camada antes da compactação deve corresponder a 180 mm (150 x 1,2 = 180 mm).
O coeficiente de empolamento efectivo deve ser determinado pela construção de um
troço experimental.
O teor de humidade de compactação deve ser determinado através da realização de
ensaios manuais, nos casos em que a utilização de outros métodos não seja possível.
Considera-se que o material se encontra a um teor óptimo de humidade quando o
solo amassado na palma da mão forma uma bola e quando esta bola é lançada a
uma altura de 1 m e voltar a cair na palma da mão sem se desintegrar ou quando a
bola ao ser apertada com os dedos abre fissuras em vez de se desfazer (se a bola se
desintegrar totalmente, significa que o teor em água é demasiado baixo e se se
deformar sem abrir fendas, significa que o teor de humidade é demasiado elevado).
Outros métodos, tais como o banho de areia (aquecimento de um prato com areia e
secagem de uma amostra de solo na areia aquecida), permitem calcular o peso
volúmico e o peso volúmico seco, assim como o teor de humidade.
A compactação deve ser efectuada até deixar de ser possível a obtenção de uma
densificação acrescida nas passagens subsequentes (compactação até à nega). Isto
poderá ser determinado através da construção de um troço experimental. O
procedimento envolve a fixação de estacas no terreno ou no solo de fundação após o
material que se destina a ser compactado ter sido sujeito a rega, mistura e
nivelamento. O espaçamento entre estacas deve ser aquele que permita a passagem
do cilindro compactador sem tocar nas estacas. Coloca-se um fio esticado nas
extremidades das estacas e mede-se a altura que vai desde o fio até a camada do
solo nas posições pré-marcadas (um mínimo de 5 posições). Após a passagem do
cilindro compactador mede-se esta altura novamente, repetindo-se este processo até
às 15 passagens. A altura, ou preferivelmente, a diferença na altura é registada e
elabora-se uma curva com base no número de passagens. A curva tenderá para a
horizontal quando deixa de ocorrer qualquer alteração na altura nas passagens
subsequentes e o número correspondente de passagens lido no gráfico corresponde
ao número mínimo de passagens que é necessário efectuar até se atingir o limite de
compactação. Os cilindros compactadores actuais permitem a determinação deste
limite de compactação de forma automática. Deve-se verificar também a degradação
dos materiais através de ensaios granulométricos antes e após a realização da
compactação.
O grau de compactação deve ser determinado através do método da garrafa de areia
(a areia deve estar calibrada) ou através da medição com Troxler/gamadensímetro
(deve estar calibrado).
Outros ensaios adicionais devem ser efectuados nos materiais presentes no
pavimento após a sua mistura, para verificação da sua conformidade com os padrões
de qualidade.
Após a compactação em toda a largura, a inclinação transversal e a espessura devem
ser medidas e comparadas com as especificações indicadas nos projectos. É
obrigatória a utilização da régua de abaulamento/perfil para o controlo da inclinação
transversal e do abaulamento e a utilização de um sistema de verificação da
espessura (os furos abertos durante a execução do ensaio pelo método da garrafa de
281
areia podem ser utilizados para este efeito).
Os limites máximos de tolerância correspondem a ±20 mm para a largura, ±5 mm
para a espessura, e ±0,5 % para a inclinação transversal.
A inclinação transversal deve estar livre de ondulações e de irregularidades
apresentando uma altura superior a 2 cm medida com uma régua de traçar de 2 m de
comprimento.
Retirar a sinalização temporária após o término dos trabalhos.
Materiais O solo (saibro) utilizado deve ser sempre proveniente de origens devidamente
aprovadas pelo Fiscal.
No caso das estradas não asfaltadas o saibro deverá ter as seguintes características,
em conformidade com TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no gráfico
Produto de Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a seguir
apresentado e devem ficar dentro das áreas E1 e E2, Figura 12.12.
Note-se que esta especificação baseada em TRH 20 é válida para a qualidade de
circulação em camadas de desgaste e não para bases em estradas asfaltadas.
Também não indica qualidade no desempenho em termos de taxa de perda de saibro
e de evolução da rugosidade.
As especificações seguintes são baseadas nas especificações de desempenho
aplicáveis aos materiais de constituição das camadas de desgaste, Figura 12.11. As
especificações baseadas no desempenho deverão ter prioridade sobre as
especificações referentes à qualidade de circulação.
Em que
c) IP0,075 = Índice de Plasticidade do material que passa no peneiro 0,075mm
d) Produto de Plasticidade (PP) = IP0,075x percentagem de material que passa no peneiro
0,075mm
A gama preferida é 280-480
e) Módulo de Granulometria (GM)
P P P
2,3 6 0,4 2 5 0,0 7 5
GM 3
100
Em que:
P2,36 = % de material que passa no peneiro com abertura 2,36 mm
P0, 425 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,425 mm
P0,075 = % de material que passa no peneiro com abertura 0,075 mm
A gama preferida é 1,0-1,9
282
Figura 12.12: Especificações do saibro para Reensaibramento (SP-GC)
Em que
a) Produto de Retracção (SP) = Retracção Linear0,425 x % de material que passa no
peneiro com abertura de 0,425mm
b) Coeficiente de Granulometria (GC) = (% de material que passa no peneiro com
abertura 26,5mm - % de material que passa no peneiro com abertura de 2,0mm)
x % de material que passa no peneiro com abertura de 4,75mm/100
Código 847
3
m km
Nos casos em que a distância desde a câmara de empréstimo até ao troço onde o
material irá ser descarregado for superior a 20 km, o trabalho deve ser reembolsado no
âmbito do código 347. A quantia a reembolsar deve ser determinada através do cálculo da
3
distância extra (km) multiplicada pela quantidade de material em m .
Exemplo:
Os materiais que forem aplicados para além da espessura exigida não serão pagos.
283
Actividade: Selagem de Fissuras em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica (< 3 mm) 850
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para selar áreas de pavimento em revestimento betuminoso com
fissuras finas do tipo pele de crocodilo de abertura até 3 mm com lama asfáltica fina
(Slurry Seal). Este defeito também pode ser reparado com aplicação de rega de colagem
sob o código 411.
Quando as fissuras existentes num revestimento começam a ser visíveis com facilidade,
significa que devem ser seladas a fim de evitar que a acção do tráfego e da água causem
maiores danos ao pavimento.
É muito importante escolher a solução certa que corresponde ao defeito, que depende da
identificação correcta do tipo de fissura. Este código é apropriado para o caso em que as
fissuras não são profundas nem com aberturas maior que 3 mm e que não existe
deformações estruturais.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego em segurança durante os trabalhos;
Marcação da área a ser tratada.
Fornecimento e armazenagem de materiais para a preparação da lama asfáltica,
nomeadamente inertes com a graduação especificada, emulsão, cimento e água.
Fornecimento de vestuário de protecção aos trabalhadores;
Limpeza das fissuras e da área à sua volta, e remoção de todo material solto;
Aplicação do primário;
Preparação da lama asfáltica fina (Slurry Seal);
Enchimento das fissuras com lama asfáltica;
Tratamento das áreas em volta das fissuras e alisamento da superfície da lama
asfáltica;
Prevenção de derrame ou espalhamento da lama fora da área demarcada;
Limpeza da área de trabalho.
Remoção da sinalização provisória.
Normas Deve ser colocada sinalização provisória e adequada ao controlo do tráfego para
garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que possa ser
utilizado em segurança e sem provocar danos em terceiros.
O Empreiteiro deve seguir as orientações do Fiscal para a identificação dos tipos de
defeito e para a escolha das áreas de tratamento.
O armazenamento deve ser efectuado num local bem arejado.
O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e
não deve ser armazenado em locais com elevada humidade.
A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo máximo de 6 meses e as
emulsões que tenham excedido este prazo não devem ser utilizadas.
Todos os equipamentos e ferramentas devem ser aprovados pelo Fiscal.
Deve-se assegurar que as condições do tempo não afectam a execução do trabalho.
Os trabalhos não devem ser executados quando chover, ou se houver ameaça de
chuva, após o pôr-do-sol, durante períodos de ventos fortes ou logo após a queda de
chuva quando a camada de base ainda se encontra demasiado húmida. A selagem
das fissuras não pode ser feita até três dias depois de chover. Este procedimento
permite a secagem da humidade presente nas fissuras.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação dos materiais betuminosos
devem ser equipados com fatos-macacos, luvas, óculos de protecção e botas. O
contacto com a pele deve ser evitado.
Marcar os limites das fissuras e dos materiais soltos da área a ser reparada,
verificando cuidadosamente com o Fiscal que não há sinais de enfraquecimento do
284
pavimento. Marcar as linhas com um afastamento igual ou maior a 20 cm do limite da
área danificada. As linhas são marcadas em formas rectangulares usando tinta.
Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com vassouras, aplicando ar
comprimido para tirar todo o material solto das fissuras. A superfície da estrada deve
ser limpa e seca antes da aplicação da lama asfáltica, livre de poeira, areia e lama.
2
Pulverizar uma emulsão de impregnação ou uma rega de colagem a 0,6 l/m até a
superfície a tratar apresentar uma cor uniforme.
A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário — 0,7 m é apropriado), misturando primeiro o
agregado e o cimento. Depois da mistura ter obtido uma cor uniforme adiciona-se
uma parte de água e (lentamente para evitar espalhamento) a emulsão. Ultima-se a
mistura adicionando outra parte de água em pequenas quantidades (cada vez cerca
de 2,5 litros). O tambor deve manter-se sempre em rotação. A mistura atingiu a
consistência desejada quando está espessa, lisa e livre de bolhas, com os
constituintes uniformemente distribuídos. Acrescentar água se necessário, para
melhorar a trabalhabilidade.
Espalhar a lama asfáltica com um regador (sem chuveiro) para encher primeiro as
fissuras, trabalhando-a com um rodo de borracha, e em seguida cobrir todas as áreas
marcadas em volta delas. Aplicar uma camada de lama com 5 mm de espessura
(mínimo de 3 mm).
Imediatamente após a rega, deve-se alisar a mistura usando um rodo de borracha.
Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a
lama a curar.
Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um cilindro
compactador ligeiro.
A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas de baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada, evitando-se a deposição de
material solto ou lixo sobre a lama asfáltica acabada de aplicar.
A superfície de selagem deve ter uma textura uniforme sem manchas, vazios ou
inertes soltos. Não deve apresentar ondulações.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas com a drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um sítio
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, pelo menos a uma distância de 10 m da faixa da estrada, e espalhado
numa camada de espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Rega de colagem
A rega de colagem deve ser de emulsão betuminosa (SS60 com 60 % de betume). Deve
estar em conformidade com SABS 309, sendo diluída com água 50 % em 50 % a uma
2
taxa de 0,6 l/m .
Emulsão betuminosa
A emulsão utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser aniónica estável
contendo 60% de betume (SS60), conforme SABS 309.
A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando
claramente o tipo, composição e quantidades.
Areia
O agregado utilizado para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem
mínima com dimensão de areia correspondendo a 75% e possuir uma resistência
compatível com areia limpa natural e não com uma resistência compatível com a
areia sujeita a desgaste. A segunda exigência consiste na sua conformidade com as
especificações de granulometria apresentadas na Tabela 12.5 (Tabela 4302/11
SATCC).
285
Tabela 12.5: Especificações de granulometria relativamente à areia
destinada à lama asfáltica para a selagem de fissuras finas - Em
conformidade com a Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5)
Cimento:
Cimento Portland normal em conformidade com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) em conformidade com
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
Água:
Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
Lama asfáltica:
A lama asfáltica deve ser produzida através da mistura de areia, emulsão
betuminosa, cimento e água numa betoneira móvel (camião) ou betoneira. Para
efeitos de concurso os seguintes valores devem ser tidos em consideração para a
produção de lamas asfálticas:
3
o Inerte (areia) 1 m
o Emulsão 260 litros
3
o Cimento 0,01m
o Água 235 litros (este valor deve ser ajustado para obtenção de uma boa
trabalhabilidade)
3
Em alternativa, as seguintes proporções podem ser utilizadas: 1 m de lama asfáltica
com 1,5% de cimento e 145 litros de água.
A lama asfáltica deve ser misturada até a obtenção de uma mistura homogénea.
O tempo necessário à execução do processo de mistura deve corresponder ao
período de tempo necessário para atingir uma cobertura adequada de todo o
agregado e para realizar a distribuição da emulsão até à obtenção de uma mistura
homogénea.
A lama deve ser imediatamente aplicada após a sua mistura.
2
Medição m
Medição da área tratada com lama asfáltica
MDE
286
Foto 12.3: Fissuras Finas seladas com lama asfáltica
287
Actividade: Selagem de Fissuras em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica de Borracha (3–12 mm) 851
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é utilizado para a selagem de áreas de pavimento com revestimento
betuminoso contendo fissuras do tipo “pele de crocodilo” com uma largura de 3-12 mm
através da aplicação de lama asfáltica de borracha. Este material inclui borracha, um
material denominado “zelarite” que melhora a elasticidade do selante. Isto permite maior
adaptação no movimento do pavimento em volta das fissuras.
Este tipo de fissura pode ser longitudinal, transversal ou diagonal em relação ao eixo da
estrada. As fissuras formam uma malha no revestimento acima das camadas de base
estabilizadas com cimento ou em revestimentos betuminosos antigos. Isto afecta o tipo de
tratamento dessas fissuras. Quando as fissuras existentes num revestimento começam a
ser visíveis com facilidade, significa que devem ser seladas a fim de evitar que as acções
do tráfego e da água causem maiores danos ao pavimento.
288
Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com vassouras ou aplicando ar
comprimido para remoção de todo o material solto das fissuras. A superfície da
estrada deve ser limpa e seca antes da aplicação do material betuminoso. A
superfície deve estar livre de pós, areia e lama.
2
Aplica-se uma rega de impregnação ou uma rega de colagem a 0,6 l/m dentro da
fissura e numa faixa de 50 mm de largura de cada lado da fissura no pavimento
existente até a superfície a tratar apresentar uma cobertura e cor uniformes.
A preparação e aplicação do material devem estar em conformidade com as
instruções do fabricante.
A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário, 0,3-0,7 m é adequado), misturando primeiro o
agregado e o cimento. Depois da mistura ter obtido uma cor uniforme, adiciona-se
uma parte de água e (lentamente para evitar espalhamento) a emulsão. Ultima-se a
mistura adicionando outra parte de água em pequenas quantidades (cerca de 2,5
litros de cada vez). O tambor da betoneira deve estar sempre em rotação. A mistura
atingiu a consistência desejada quando está espessa, lisa e livre de bolhas, com os
constituintes uniformemente distribuídos. Acrescentar água se necessário, para
melhorar a trabalhabilidade.
O material betuminoso deve ser espalhado cuidadosamente para dentro das fissuras
com um rodo de borracha, e em seguida cobrir todas as áreas marcadas em volta
delas. Aplicar uma camada de lama com 5 mm de espessura (mínimo de 3 mm).
Imediatamente após a rega deve-se alisar a mistura usando um rodo de borracha.
Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a
lama a curar.
Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um cilindro
compactador ligeiro.
A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas de baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
Limpeza da área de trabalho, evitando a presença de qualquer material solto na lama
asfáltica fresca.
A superfície de selagem deve ter uma textura uniforme, isenta de manchas, vazios ou
agregado solto. Deve também estar livre de ondulações.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas com a drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um sítio
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Rega de colagem
A rega de colagem deve ser uma emulsão betuminosa SS60 (com 60 % de betume).
Deve estar em conformidade com a norma SABS 309, devendo ser diluída com água
2
50:50 sendo aplicada a uma taxa de 0,6 l/m .
Emulsão betuminosa
A emulsão betuminosa utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser aniónica
estável contendo 60% de betume (SS60) e deve estar em conformidade com a norma
SABS 309.
A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando
claramente o tipo de composição e as quantidades.
Areia
A areia utilizada para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem mínima
de agregados com granulometria de areia correspondendo a 75% e possuir uma
resistência compatível com areia limpa natural e não com uma resistência compatível
com a areia sujeita a desgaste. A segunda exigência consiste na sua conformidade
com as especificações de granulometria apresentadas na Tabela 4302/11 SATCC.
Cimento:
Cimento Portland normal em conformidade com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) em conformidade com
289
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
Água:
Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
290
Actividade: Selagem de Fendas em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica de Borracha (12 - 20 mm) 852
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é aplicável à selagem de fissuras finas nos pavimentos com revestimentos
betuminosos, incluindo as fissuras do tipo “pele de crocodilo” possuindo uma largura entre
12-20 mm, pela utilização de lamas de borracha. Estas lamas incluem a utilização de
borracha, um material designado por zelarite, possuindo boas propriedades elásticas. Este
tipo de material permite a adaptação do revestimento e das fendas a movimentos mais
alargados.
Este tipo de fissura pode ser longitudinal, transversal ou diagonal ao eixo da estrada. As
fissuras formam uma malha na superfície sobre as bases que são estabilizadas com
cimento e nos revestimentos antigos. Isto afecta o tipo de tratamento destas fissuras.
Quando as fissuras existentes num revestimento começam a ser visíveis com facilidade,
significa que devem ser seladas a fim de evitar que as acções do tráfego e da água causem
maiores danos ao pavimento.
Este código é utilizado para casos de fissuração severa, que é normalmente acompanhada
pela desintegração do revestimento e por deformação. O tratamento poderá ser alargado
ao pavimento (ver códigos 860 e 861).
Tarefas Colocação de sinalização de segurança;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área a ser tratada;
Fornecimento e armazenamento de materiais destinados à preparação da lama
asfáltica: agregado, cimento, emulsão, água e borracha aniónica emulsificada (para a
lama de borracha);
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Limpeza das fissuras e da área à sua volta, e remoção de todo o material solto;
Aplicação de uma rega de colagem;
Preparação da lama asfáltica;
Preenchimento das fissuras com lama asfáltica com o auxílio de espátulas de
borracha;
Alisamento da superfície da fissura;
Selagem das áreas com fissuras;
Prevenção do derramamento da lama asfáltica para fora da área de aplicação;
Limpeza da área de trabalho;
Remoção da sinalização provisória.
Normas Colocação de sinalização para segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromperem a passagem do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros.
O Empreiteiro deve seguir as instruções do Fiscal para a identificação dos tipos de
defeitos e para a escolha das áreas a serem tratadas.
O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e não
deve ser armazenado em locais com elevada humidade.
A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo máximo de 6 meses e as
emulsões que tenham excedido este prazo não devem ser utilizadas.
Deve-se assegurar que as condições atmosféricas não afectam a execução do
trabalho. Os trabalhos não devem ser executados quando chover, ou se houver
ameaça de chuva, após o pôr-do-sol, durante períodos de ventos fortes ou logo após a
queda de chuva quando a camada de base ainda se encontra demasiado húmida. A
selagem das fissuras não pode ser feita nos 3 dias seguintes à queda de chuva. Isto
permitirá a secagem da humidade presente nas fissuras antes de se proceder à sua
selagem.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com capacetes, fatos-macacos, luvas, óculos de protecção e
291
botas. Deve-se evitar o contacto com a pele.
Marcar as áreas com fissuras e as áreas com materiais soltos a serem reparadas,
verificar cuidadosamente com a Fiscalização a condição da camada de base e a
existência de áreas enfraquecidas no pavimento.
Deve-se limpar as fissuras e a área a ser tratada com uso de vassoura, lâmina e lança
de ar comprimido para tirar todo material solto das fissuras manualmente. A superfície
da estrada deve ser limpa e seca antes da aplicação do material betuminoso, livre de
poeira, areia e lama.
2
Aplica-se a rega de colagem de emulsão a 0,6 l/m dentro da fissura e numa faixa de
50 mm de cada lado da fissura até a superfície apresentar uma cobertura e cor
uniformes.
Preparação da mistura asfáltica utilizando o agregado incluído na Tabela 4302/11
SATCC a seguir apresentado.
Relativamente a fissuras mais graves e abertas deve-se utilizar a lama asfáltica grossa
incluída na Tabela 4302/11 SATCC abaixo, em conformidade com a largura das
fissuras.
A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com capacidade adequada para
3
a quantidade de trabalho diário (dimensão mínima de, 0,3-0,7 m ). Deve misturar-se
primeiro o agregado seguido do cimento, devendo-se misturar adequadamente. Em
seguida adiciona-se água seguida da emulsão betuminosa. O tambor da betoneira
deve estar sempre em rotação. A água deve ser adicionada em pequenas quantidades
(2,5 l de cada vez). Misturar até à obtenção de uma lama asfáltica consistente e
uniforme. Aplicar somente a água necessária para proporcionar uma boa
trabalhabilidade.
Espalhar a lama asfáltica de forma a preencher as fissuras com o auxílio de espátulas
de borracha.
Imediatamente após a aplicação deve-se alisar a mistura com o auxílio de uma
espátula de borracha.
Colocar um pano de juta sobre a lama asfáltica para alisar a superfície e deixar a lama
a curar.
Após a cura da lama asfáltica, aplicar cerca de 6 passagens com um rolo compactador
ligeiro.
A lama deve estar totalmente curada antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas para as estradas com baixo volume de tráfego e
aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume de tráfego mais elevado, e
com uma percentagem maior de tráfego de veículos pesados).
Caso não seja possível fechar o troço ao tráfego deve-se deitar uma camada de areia
para proteger o trabalho realizado.
292
Figura 12.13: Selagem de fissuras com lama asfáltica e lama de borracha
Rega de colagem
A rega de colagem deve ser de emulsão betuminosa (SS60 com 60 % de betume),
2
conforme SABS 309, diluída com água 50% em 50% a uma taxa de 0,6 l/m .
Emulsão betuminosa
A emulsão betuminosa que é utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser
aniónica estável contendo 60% de betume (SS60), conforme a norma SABS 309.
A emulsão betuminosa deve ser acompanhada de um certificado indicando claramente
o tipo de composição e as quantidades.
Areia
A areia utilizada para a lama asfáltica grossa deve conter uma percentagem mínima de
75% de agregados com dimensão de areia, com uma resistência consistente com a
areia limpa natural e não com uma areia sujeita a desgaste. A segunda exigência
consiste na sua conformidade com as especificações de granulometria apresentadas
na Tabela 12.6 (Tabela 4302/11 SATCC.
293
Tabela 12.6: Especificações aplicáveis ao agregado destinado à lama asfáltica
para a selagem de fissuras - Tabela 4302/11 SATCC (página 3500-5)
Água:
Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
Lama de borracha:
A lama asfáltica deve ser produzida através da mistura de areia, emulsão betuminosa,
cimento e água numa betoneira móvel (camião), nas seguintes proporções:
o 10,0 partes de partículas de borracha (por volume).
o 4,5 partes de Emulsão betuminosa SS60 260 litros em conformidade com a
norma SABS 309.
o 0,2 partes de cimento Portland em conformidade com a AASHTO M85 ou
SABS 471 ou equivalente.
o 1,1 partes de SBR, borracha (borracha aniónica emulsificada).
o Água: a quantidade de água deve ser ajustada até se atingir uma boa
trabalhabilidade.
A mistura asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
O período de tempo necessário para a execução do processo de mistura, deve
corresponder ao período de tempo necessário para atingir uma cobertura adequada de
todo o agregado e para realizar o espalhamento da emulsão até à obtenção de uma
mistura homogénea.
A lama deve ser imediatamente aplicada após a sua mistura.
2
Medição m
Mede-se o comprimento das fissuras tratadas com lama asfáltica
MDE
294
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Mistura Betuminosa a Frio/quente 860
295
Buracos que atingem a (sub) base.
Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto.
Cortar e remover a camada de asfalto. Verificar as condições da camada de base. Se
a base for firme, então a deformação é superficial e a escavação não deve ser
continuada. Se tal não ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado
material firme (em boas condições). Deve-se verificar que o material em redor dos
limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
Depois de terminar o corte e escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e
firme, e a verticalidade dos lados em relação ao fundo.
O material deve ser colocado e compactado em camadas de 5,0 cm até à obtenção
do nível desejado.
Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
Contudo, no caso das estradas com baixo volume de tráfego, devem ser utilizados
materiais granulares com resistência adequada, e considerados como aptos ao uso
pelo Fiscal, para o enchimento do buraco, e devem ser compactados em camadas
com 50 mm de forma a obter-se uma compactação mínima de 95% do AASHTO
Modificado.
Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os bordos
durante a compactação. Compacta-se o fundo do buraco com um pequeno cilindro,
placa vibradora ou maço manual.
Se houver uma camada de asfalto de 4,0 cm ou mais, deve-se encher o buraco com
material granular até a um nível inferior do revestimento (4,0 cm) abaixo da superfície
do revestimento (pago sob o código 899). O material granular deve ser colocado em
conformidade com o código 899.
A superfície do material compactado deve ser plana e não apresentar qualquer
irregularidade.
Limpeza da superfície do material compactado nos buracos, de forma a ficar livre de
poeiras, material solto, lama ou qualquer outro lixo.
Aplicar uma rega de impregnação de betume fluidificado cut-back MC30 com
pulverizador e vassoura à taxa de 1,0 l/m² nas paredes verticais e na superfície do
material compactado no buraco. Nos casos em que o material seja estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo a rega de impregnação deve ser aplicada numa
2
proporção de 0,6 l/m .
Após um período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa
camada compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ser
nivelada (ou num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente,
permitindo que a mistura betuminosa evolua de um estado solto para um estado
compactado. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de 1,2, que deve ser
testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve ser compactada
com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro vibratório apeado, um
compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura
das áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do
que o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente
poderá ser preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo
betume de penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em
seguida misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os
170ºC. A temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
Compactar cada camada individualmente. Cada camada estará compactada quando
o equipamento de compactação já não deixar marcas sobre a superfície da camada.
A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que segue o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitindo a drenagem das
águas e o seu nível final esteja ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada.
Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá ser escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada
de novo de modo a garantir o estipulado.
Buracos superficiais
296
Cortar o perímetro em volta da área assinalada e remover toda a mistura betuminosa
de forma a atingir a superfície da camada de base, Foto 12.4.
Limpar a superfície da camada de base e pulverizar levemente com água para
redução da tensão superficial.
Aplicação da impregnação betuminosa (MC30 ou emulsão betuminosa SS60 diluída
2
com água a 50:50) numa proporção de 0,6 l/m nas paredes e na superfície da
camada de base. Deve-se evitar o derramamento da impregnação betuminosa na
superfície em volta do buraco.
No caso de um revestimento existente com uma espessura de 40 mm, após um
período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa camada
compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ficar nivelada (ou
num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente permitindo o
adensamento do betão betuminoso, ou seja, evoluindo de uma espessura solta para
uma espessura compactada. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de
1,2 que deve ser testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve
ser compactada com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro
vibratório apeado, um compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura
das áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do
que o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente
deve ser preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo
betume de penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em
seguida misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os
170ºC. A temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
Cada camada de mistura betuminosa a frio/quente deve ser individualmente
compactada, ou seja, cada reparação deve ser compactada separadamente e o
equipamento não deve deixar qualquer marca.
A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que segue o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitir a drenagem das águas
e o seu nível final deve situar-se ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada
após compactação.
Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá se escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada de
novo de modo a garantir o estipulado.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície recém-reparada
deve ser varrida com muito cuidado, para evitar o desprendimento de material.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Impregnação betuminosa
Para este efeito, deve-se utilizar MC30, que pode ser produzido no local pela diluição
de betume de penetração 80/100 com 80 % de querosene e deve ser aplicado numa
2
proporção de 1,0 l/m .
Rega de colagem
Deve-se utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluído com água a
2
50:50 e deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m .
Método A:
A emulsão betuminosa deve ser aniónica estável com 60% de betume
(preparado de betume de penetração 85/100), conforme SABS 309 na taxa
de 2,2 litros por cada 25 kg de inertes.
A emulsão a utilizar deve ter idade inferior a 90 dias.
De 14 em 14 dias e antes do uso, cada tambor de emulsão deve ser
297
rolado pelo menos 6 vezes, para evitar a sua coagulação.
O agregado utilizado pode ser de pedra britada ou natural. Deve ser
resistente, livre de poeira e impurezas e não alterado. A granulometria deve
cumprir com o especificado na Tabela 12.7 (Tabela 4202/3, que faz parte da
Especificações SATTC), sendo a granulometria média a recomenda
26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12
Método B:
A mistura betuminosa a frio pode ser produzida com as seguintes
proporções, Tabela 12.8.
Componente Proporções
Agregado de 9,7 mm 1 parte
Agregado de 6,7 mm 1 parte
Agregado <6,7 mm (finos) 1 parte
3
Emulsão betuminosa SS60 125 a 150 l/m da mistura
298
Foto 12.4: Tapamento de buracos – corte da área danificada
299
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Revestimento Superficial Simples 861
Com Revestimento Superficial Duplo 862
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar buracos ou áreas de revestimento danificadas ou
enfraquecidas. É próprio para uso em pavimentos com revestimentos simples ou duplos
de espessura inferior a 3 cm. Não deve ser utilizado para reparar áreas do pavimento que
mostram sinais de deformação ou defeitos estruturais.
Utiliza-se o revestimento superficial simples de 9,5 e 13,2 mm (código 861) para perda de
agregado ou outros pequenos defeitos superficiais. Utiliza-se o revestimento superficial
duplo (código 862) de 9,5/19 mm para o tapamento de buracos.
A reparação da base e sub-base com material granular ou solo cimento será pago
separadamente sob código 899.
Esta actividade não deve ser utilizada para os trabalhos de reparação muito difíceis ou
muito dispendiosos.
300
Figura 12.15: Preparação da área para reparação de um buraco superficial
Cortar em volta do perímetro marcado da área danificada com uma serra de asfalto.
Cortar e remover a camada de asfalto. Verificar as condições da camada de base. Se
a base for firme, então a deformação é superficial e a escavação não deve ser
continuada. Se tal não ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado
material firme (em boas condições). Deve-se verificar que o material em redor dos
limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
Depois de terminar o corte e escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e
firme, e a verticalidade dos lados em relação ao fundo.
O material deve ser colocado e compactado em camadas de 5,0 cm até à obtenção
do nível desejado.
Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
A preparação do material, ou seja, a mistura do material com o cimento e água deve
ser sempre realizada fora da área do buraco a ser reparado.
Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os bordos
durante a compactação. Compacta-se o fundo do buraco com um pequeno cilindro,
placa vibradora ou maço manual.
Preencher o buraco com camadas com uma espessura máxima de 8 cm até obtenção
de um nível igual ao nível da camada superficial existente. A camada final deve ser
aplicada com uma saliência em relação à superfície existente, tendo em conta o
coeficiente de empolamento do material que consiste na relação entre o volume solto
e o volume compactado. A maioria dos materiais apresenta um coeficiente de
empolamento de 1,2. Uma vez conhecida a espessura da camada compactada, esta
deverá ser multiplicada por 1,2 para obtenção da espessura de solo solto de forma a
que quando este for compactado fique nivelado com a superfície da camada de base
existente.
A superfície do material compactado deve ser plana e não apresentar qualquer
irregularidade.
Antes da aplicação da rega de colagem, a superfície deve ser livre de poeira, material
solto, lama ou outro lixo.
Aplicar uma rega de impregnação de betume fluidificado cut-back MC30 com
pulverizador e vassoura à taxa de 1,0 l/m² nas paredes e no fundo do buraco. Nos
casos em que o material seja estabilizado com cimento ou qualquer outro aditivo, a
2
rega de impregnação deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m devendo ficar a
secar e a curar durante um período de 24 horas.
301
betume de penetração de preferência do tipo 150/200 fluidificado com gasóleo
(excepto em zonas muito quentes, onde se recomenda a utilização de um betume de
penetração do tipo 80/100) ou MC3000 ou uma emulsão.
Emulsão:
o Os tambores contendo a emulsão betuminosa devem ser balançados para a
frente e para trás 6 vezes a cada 14 dias, agitando-os para evitar a sua
coagulação.
o Aplicar a emulsão com pulverizador ou regador e vassouras a uma taxa de
2
2,2 l/m .
o A emulsão deve ser aplicada nas áreas demarcadas, de forma a cobrir a
área situada dentro do perímetro das linhas de demarcação, ou seja, 10-15
cm no revestimento existente.
Betume de penetração 150/200, ou MC3000 ou betume de penetração 80/100.
o Aplicação de betume de penetração 150/200 ou MC3000 ou betume de
penetração 80/100 aquecido a 145˚C com uma taxa de pulverização
correspondendo à dimensão dos agregados, tal como a seguir indicado,
Tabela 12.9.
2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do ligante (l/m )
19 1,6
1,2 1,4
9,5 1,2
2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do agregado (l/m )
19 14
13,2 12
9,5 8
O espalhamento do agregado deve ser feito com cuidado de modo a que as pedras
não fiquem sobrepostas de forma a criarem uma camada por cima de outra camada
sem ligante a uni-las. Deve-se remover manualmente as pedras que se encontram em
excesso de forma a obter uma distribuição uniforme. Nos casos em que haja falhas de
agregado, este deverá ser adicionado também manualmente.
Compactar a superfície imediatamente após a aplicação do agregado com um cilindro
de rolo apeado ou um camião carregado, com 8 a 10 passagens sem partir o
agregado. Isto irá permitir a subida do ligante pela camada de agregado.
Repetir o mesmo procedimento para a segunda camada (código 862) com taxas
reduzidas de aplicação de ligante (no caso de revestimento duplos).
o Utilizar uma taxa de aplicação inferior
o Utilizar agregado com uma dimensão inferior ao agregado utilizado na
primeira camada.
A superfície final da reparação deve seguir o mesmo perfil da superfície existente e
302
deve apresentar-se isenta de irregularidades ou defeitos e permitindo uma drenagem
eficiente da água. Deve aplicar-se água para verificação da eventual formação de
poças quando chover.
Abertura ao tráfego após a presa adequada do betão, cerca de 2-3 dias.
Nos casos em que tenha de se permitir a circulação do tráfego sobre as áreas
reparadas e/ou nos casos em que exista indícios de desprendimento de agregado
devido ao tráfego nas fases iniciais, deve aplicar-se uma camada de areia.
Limpe a área de trabalho adequadamente, usando um método apropriado.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Betume
Impregnação betuminosa: Utilizar MC30 que poderá ser produzida no local através
da diluição de betume de penetração do tipo 80/100 com 80 % de querosene,
2
devendo ser aplicada a uma percentagem de 1,0 l/m
Rega de colagem: Utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída
2
com água a 50:50, devendo ser aplicada a uma percentagem de 0,6 l/m .
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com Tabela 4302/8 para as
classes 1, 2 e 3 da especificação SATCC. Se não for especificado nos cadernos de
encargos deve-se considerar a classe 2 para o cálculo do preço unitário.
O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5 mm,
livre de poeira, lama, areia e outras impurezas, com menos de 1,5% em peso de
material a passar no peneiro de 0,425 mm.
Nos casos em que a granulometria do agregado não cumpra as especificações
apresentadas na Tabela 12.12 (Tabela 4302/8 SATCC) as taxas de pulverização
devem ser ajustadas ao tipo de material disponível. Os valores de lamelação máxima
são apresentados na Tabela 12.13.
303
Tabela 12.12: Especificações de granulometria de agregados –
revestimento superficial para reparação de buracos - Em conformidade com
a Tabela 4302/8 SATCC
A resistência do agregado deve ser determinada de acordo com TMH 1 Secção B2. O
valor mínimo de 10%FACT corresponde a 210kN e o coeficiente entre o ensaio a
húmido e o ensaio a seco deve ser inferior a 75%.
304
Actividade: Tapamento de Buracos em Pavimentos Revestidos Código:
Com Lama Asfáltica (< 10 mm profundidade) 863
Código de SATCC 4900
referência
utilização Este código utiliza-se para reparar pequenos buracos ou defeitos (< 10 mm de
profundidade) no revestimento. É próprio para uso em pavimentos com revestimentos em
betão asfáltico ou revestimentos superficiais duplos. Não deve ser utilizado para reparar
áreas do pavimento que mostrem sinais de deformação ou defeitos estruturais.
Este código não deve ser utilizado para os trabalhos de reparação muito difíceis ou muito
dispendiosos, implicando a remoção dos materiais danificados e a sua reparação.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos;
Marcação da área danificada;
Fornecimento e armazenamento dos materiais destinados à preparação de lama
asfáltica; agregado, cimento, emulsão betuminosa e água.
Provisão de roupa protectora para os trabalhadores;
Limpeza e remoção de todo o material danificado do buraco;
Aplicação da rega de colagem;
Preparação, colocação e compactação da lama asfáltica;
Controlar o nível da superfície da reparação;
Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
Demarcada;
Limpeza da área de trabalho;
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromper a passagem do tráfego por
períodos de mais do que 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em terceiros.
O Empreiteiro deve seguir as instruções do Fiscal relativamente à identificação do tipo
de defeitos e à selecção das áreas a serem sujeitas a tratamento.
Os materiais a serem utilizados (materiais granulares, emulsão e agregado) devem
ser aprovados pelo Fiscal.
O armazenamento do material betuminoso deve ser em tambores ou tanques bem
fechados e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
O cimento deve ser armazenado de forma a evitar o contacto directo com o chão e
não deve ser armazenado em locais de humidade elevada.
A emulsão betuminosa deve ser utilizada num prazo de 6 meses após a sua
preparação. Findo este período deve ser rejeitada.
Os trabalhos de reparação de buracos devem ser realizados numa única visita ao
local.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar que as condições
atmosféricas interfiram com a execução dos trabalhos. Os trabalhos não devem ser
realizados quando estiver a chover, ou quando estiver prestes a chover, após o pôr-
do-sol, durante a ocorrência de ventos fortes ou após a queda de chuva, quando a
camada de base se encontra ainda demasiado húmida.
Os trabalhadores devem ser equipados com óculos de protecção, botas, luvas e
fatos-macacos. Deve-se evitar o contacto com a pele.
Proceder à marcação das áreas com fissuras e das áreas com materiais soltos para a
sua reparação posterior. Deve-se verificar cuidadosamente, junto com um Fiscal, as
áreas apresentando sinais de fraqueza. Traçar linhas de demarcação em volta das
áreas danificadas (a pelo menos 20 cm dos rebordos das áreas danificadas). Estas
áreas devem ser marcadas com tinta dentro de um formato rectangular.
Remover todos os materiais soltos da zona com defeito, e verificar cuidadosamente
para garantir que não ficou material enfraquecido.
2
Pulverizar uma impregnação betuminosa leve, emulsão betuminosa a 0,6 l/m até à
obtenção de uma cobertura uniforme da superfície e até esta ficar com uma cor
homogénea.
Dentro de 12 horas deve-se colocar o enchimento de lama asfáltica compactando
com cilindro vibrador manual, placa vibradora ou maço manual. A lama asfáltica deve
ser compactada após a sua presa e deverá ser suficiente a aplicação de 6 passagens.
A lama asfáltica deve ser preparada numa betoneira (com uma capacidade adequada
305
para o volume dos trabalhos a serem executados (200 l)). Primeiramente, deve-se
colocar o agregado seguido do cimento, procedendo-se à mistura destes dois
componentes e, logo após, deve-se adicionar água e finalmente a emulsão
betuminosa. O tambor deve estar sempre em rotação enquanto se procede à mistura.
Devem-se adicionar pequenas quantidades de água de cada vez (cerca de 2,5 l).
Deve-se misturar até á obtenção de uma mistura consistente e uniforme. A água a
utilizar deve ser apenas a quantidade de água necessária para proporcionar uma boa
trabalhabilidade.
A superfície final da reparação deve ser colocada de tal maneira que siga o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e ao
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos, permitir a drenagem das águas
e o seu nível final esteja ligeiramente (+3 mm) acima da superfície da estrada.
Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada mais lama asfáltica
deverá ser acrescentada e compactada de novo de modo a garantir o estipulado.
A lama asfáltica deve ser deixada a curar antes da abertura ao tráfego (após
aproximadamente 6 a 12 horas, no caso de estradas com um baixo volume de tráfego
de veículos pesados e aproximadamente 3 dias para as estradas com um volume
elevado de tráfego de veículos pesados).
Limpeza da área de trabalho, evitando a presença de materiais soltos na lama
asfáltica recém-aplicada.
A superfície do revestimento deve ter uma textura uniforme e apresentar-se livre de
manchas, vazios ou agregado solto. Deve também estar isenta de ondulações.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m da faixa da estrada, e espalhado numa camada de
espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser aprovados pelo Fiscal.
Impregnação betuminosa
Deve ser constituída por uma emulsão betuminosa SS60 (60 % de betume). Deve estar
em conformidade com a norma SABS 309 e deve ser diluída com água a 50:50 e aplicada
2
a 0,6 l/m .
Emulsão betuminosa
A emulsão betuminosa a ser utilizada para a produção de lama asfáltica deve ser uma
emulsão aniónica contendo 60% de betume (SS60) e deve estar em conformidade
com a norma SABS 309.
A emulsão deve ser acompanhada de um certificado indicando claramente o tipo,
composição e quantidades.
Areia
A areia utilizada para a produção de lama asfáltica grosseira deve conter uma
percentagem mínima 75% de agregado com granulometria de areia, tendo uma
resistência consistente com a areia natural limpa, não devendo ter uma resistência
consistente com a areia desgastada. A segunda exigência reside no facto de que
deve estar em conformidade com as especificações granulométricas apresentadas na
Tabela 12.14 (Tabela 4302/11 SATCC).
Cimento:
Cimento tipo Portland Normal que cumpre com AASHTO M85, SABS 471 ou
equivalente, ou do tipo Cimento Portland de alto-forno (PBFC) que cumpre com
AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
Água:
Água limpa e livre de concentração de ácidos, sal, açúcar ou material orgânico.
306
Tabela 12.14: Especificaçoes referentes à granulometria dos agregados –
lama asfáltica para selagem de fissurações
Dimensão da
abertura da malha Percentagem (peso) que passa o
do crivo peneiro
(mm)
Média grossa
13,2
9,5
6,7 100 100
4,75 82-100 70-90
2,36 56-95 45-70
1,18 37-75 28-50
0,6 22-50 19-34
0,3 15-37 12-25
0,15 7-20 7-18
0,075 4-12 2-8
Lama asfáltica:
A lama asfáltica deve ser preparada através da mistura de areia, emulsão
betuminosa, cimento e água na central de betonagem móvel (camião). Para efeitos de
concurso, as seguintes proporções devem ser tidas em conta para a produção de
lama asfáltica:
3
- Inertes (areia) 1m
- Emulsão 260 litros
3
- Cimento 0,01m
- Água 235 litros (a proporção pode ser ajustada para melhorar a
trabalhabilidade)
3
Em alternativa, podem-se utilizar as seguintes proporções: 1 m de lama asfáltica,
com 1,5% de cimento e 145 litros de água.
A lama asfáltica deve ser misturada até à obtenção de uma mistura homogénea.
O período de tempo necessário para a realização do processo de amassadura deve
ser o suficiente para permitir o revestimento adequado do agregado e o espalhamento
homogéneo da emulsão betuminosa na mistura.
A lama asfáltica deve ser aplicada imediatamente após a sua amassadura.
3
Medição m
Medição do volume dos buracos reparados.
MAE
307
Actividade: Reparação de Rotura de Bordos em Pavimentos Revestidos Código:
Mistura Betuminosa (a frio) 870
308
também o pavimento no lado da berma. Deve-se cortar a partir da berma no sentido da
via. Verificar as condições da camada de base. Se a base for firme, então a
deformação é superficial e a escavação não deve ser continuada. Se tal não ocorrer, a
escavação deve continuar até ser encontrado material firme (em boas condições).
Remover todos os materiais soltos da via. Deve-se verificar que o material em redor
dos limites da caixa e da fundação é firme e que se encontra em boas condições.
Depois de terminar a escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e firme, e
a verticalidade dos lados em relação ao fundo é mantida.
Colocação de tábuas sobre os limites do buraco de reparação para protecção dos
bordos deste durante os trabalhos de compactação. Compactação do fundo do buraco
com o auxílio de um cilindro vibratório apeado ou um compactador de placa vibratória
ou maços de calceteiro.
Preenchimento do buraco em camadas com uma espessura não superior a 5,0 cm até
ser atingido o nível da superfície existente.
Os solos utilizados para o enchimento de buracos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento similar, uma vez que o equipamento ligeiro utilizado
para a compactação não tem capacidade para atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados que foram utilizados na altura da
construção inicial. Deste modo, a estabilização permitirá compensar a eventual
compactação deficiente derivada da utilização do equipamento mais leve.
Contudo, no caso de estradas com baixo volume de tráfego, poderão ser utilizados
materiais granulares sem estabilização e devem ser do tipo CB$ 60% AASHTO
Modificado ou superior e devem ser compactados em camadas finas de 50 mm de
forma a obter-se uma densidade mínima de 95% do AASHTO Modificado, ou em
conformidade com as indicações do Fiscal.
Se houver uma camada de asfalto de 4,0 cm ou mais, deve-se encher o buraco com
material granular até a um nível inferior do revestimento (4,0 cm) abaixo da superfície
do revestimento (pago sob o código 899). O material granular deve ser colocado em
conformidade com o código 899.
A superfície compactada deverá ser plana e sem irregularidades.
Limpeza da superfície do material compactado nos buracos de forma a ficar livre de
pós, materiais soltos, lamas ou qualquer outro resíduo.
Aplicação de uma impregnação betuminosa MC30 com o auxílio de um vaporizador ou
2
tambores de rega e vassouras numa proporção de 1,0 l/m nas paredes verticais e na
superfície do material compactado no buraco. Se o material for estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo deve aplicar-se uma impregnação betuminosa numa
2
proporção de 0,6 l/m , para obter uma penetração mínima de 3 mm.
No caso de um revestimento existente com uma espessura de 40 mm, Após um
período de 12 horas a mistura betuminosa a frio deve ser colocada numa camada
compactada com uma espessura de 4,0 cm. A camada solta deve ficar nivelada (ou
num plano mais elevado) com a superfície do revestimento existente permitindo o
adensamento do betão betuminoso, ou seja, evoluindo de uma espessura solta para
uma espessura compactada. Deve ser utilizado um coeficiente de empolamento de 1,2
que deve ser testado num troço experimental. A mistura betuminosa a frio deve ser
compactada com o auxílio de equipamentos ligeiros, tais como um cilindro vibratório
apeado, um compactador de placa vibratória ou maços de calceteiro.
Em alternativa, poderá utilizar-se uma mistura betuminosa a quente para cobertura das
áreas dos buracos. Nalguns casos, tem demonstrado um melhor desempenho do que
o revestimento com mistura betuminosa a frio. A mistura betuminosa a quente pode ser
preparada quer no local quer fora deste. O agregado e o ligante do tipo betume de
penetração 80/100 devem ser aquecidos separadamente, sendo em seguida
misturados com aquecimento contínuo. A temperatura não deve exceder os 170ºC. A
temperatura na altura da aplicação não deverá situar-se abaixo dos 140ºC.
Cada camada deve ser compactada separadamente e a compactação não deverá
deixar quaisquer marcas na superfície.
A superfície final da reparação deve ser colocada de forma a seguir o perfil do
pavimento existente, nomeadamente no que se refere à inclinação transversal e ao
abaulamento, ser livre de irregularidades ou defeitos e permitir uma drenagem das
águas na superfície da via. O nível final da reparação deve situar-se cerca de 0,5 mm
acima da superfície da estrada. Deve verificar-se a eficácia da drenagem pela
aplicação de água na superfície e verificando se há formação de poças.
Caso o nível final da reparação esteja abaixo do nível da estrada a massa asfáltica
aplicada deverá se escarificada, mais massa asfáltica acrescentada e compactada de
novo de modo a garantir o estipulado.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície recém-reparada
309
deve ser varrida com muito cuidado, para evitar o desprendimento de material.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem.
Resíduos de material asfáltico devem ser removidos do local da obra, para um local
aprovado pelo Fiscal. Outro material a remover deve ser colocado num local
conveniente, a pelo menos 10 m fora da faixa da estrada, e espalhado numa camada
de espessura não superior a 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Impregnação betuminosa
Para este efeito, deve-se utilizar MC30, que pode ser produzida no local pela diluição
de betume de penetração 80/100 com 80 % de querosene e deve ser aplicada numa
2
proporção de 1,0 l/m .
Rega de colagem
Deve-se utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída com água a
2
50:50 e deve ser aplicada numa proporção de 0,6 l/m .
Método A:
A emulsão betuminosa (SS60) deve ser aniónica estável com 60% de betume
(preparado de betume de penetração 80/100), conforme SABS 309 na taxa de
2
2,2 l/m por cada 25 kg de inertes.
A emulsão a utilizar deve ter idade inferior a 90 dias.
De 14 em 14 dias e antes do uso, cada tambor de emulsão deve ser
rolado pelo menos 6 vezes, para evitar a sua coagulação.
O agregado utilizado pode ser de pedra britada ou natural. Deve ser
resistente, livre de poeira e impurezas e não alterado. A granulometria deve
cumprir com o especificado na Tabela 12.15 (Tabela 4202/3 Especificação
SATTC), sendo a granulometria média a recomendada.
26,5 100 - -
19,0 85 - 100 - -
13,2 71 - 84 100 -
9,5 62 - 76 82 - 100 100
4,75 42 - 60 54 - 75 64 - 88
2,36 30 - 48 35 - 50 45 - 60
1,18 22 - 38 27 - 42 35 - 54
0,600 16 - 28 18 - 32 24 - 40
0,300 12 - 20 11 - 23 16 - 28
0,150 8 - 15 7 - 16 10 - 20
0,075 4 - 10 4 - 10 4 - 12
310
Método B:
A mistura betuminosa a frio pode ser produzida com as seguintes proporções:
Componente Proporções
Agregado de 9,7 mm 1 parte
Agregado de 6,7 mm 1 parte
Agregado <6,7 mm (finos) 1 parte
3
Emulsão betuminosa SS60 125 a 150 l/m da mistura
Foto 12.5: Fendas profundas na berma – Largura da via significativamente reduzida (sem
condições de segurança para os utentes
311
Actividade: Reparação de Rotura de Bordos em Pavimentos com Código:
Revestimento superficial duplo 871
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar os bordos danificados em revestimentos asfálticos. É
próprio para uso em pavimentos com revestimento duplo. A rotura dos bordos acontece
quando a erosão da berma cria um desnível entre o pavimento e a berma, ou em locais
onde há movimento concentrado de veículos que saem da estrada.
Esta actividade de reparação do bordo do pavimento deve ser realizada sem muita
dificuldade e sem elevado custo. Ela envolve a remoção de materiais danificados e a sua
substituição.
Esta actividade deve ser realizada depois da recarga da berma, códigos 840 a 844, caso
exista uma redução no nível inicial da berma, para garantir assim a longevidade da
reparação do pavimento.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
Marcação da área danificada.
Fornecimento e armazenamento dos materiais destinados ao revestimento superficial.
Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
Corte e remoção da faixa do revestimento danificado e a escavação até atingir
material de base consistente.
Caso haja necessidade (roturas com profundidade superior à espessura do
revestimento existente) reparar a base e sub-base sob código 899.
Limpeza e compactação do fundo da escavação.
Aplicação de rega de colagem (no caso de defeitos de superfície) ou de rega de
impregnação caso de reparação da (sub)base.
Preparação, colocação e compactação das camadas de revestimento duplo;
Controlar o alinhamento e o nível da superfície da reparação.
Prevenção de derrame ou espalhamento de material betuminoso fora da área
demarcada.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo do tráfego
para garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
O armazenamento do material betuminoso deve ser efectuado em cisternas ou
tanques bem fechados e aprovados pelo Fiscal.
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal.
Devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar que as condições
atmosféricas interfiram com a execução dos trabalhos. A aplicação da impregnação
betuminosa não deve ser efectuada durante os períodos de chuva ou em que esteja
prestes a chover, não deve ser realizada após o pôr-do-sol, durante a ocorrência de
ventos fortes ou após a queda de chuva, quando a camada de base se encontra
ainda demasiado húmida.
Os trabalhadores envolvidos na preparação e aplicação de materiais betuminosos
devem ser equipados com fatos-macacos, luvas, óculos e botas. Deve-se evitar
contacto com a pele.
Marcar os limites da área danificada a ser reparada usando giz ou tinta, verificando a
qualidade do material da base e do pavimento enfraquecido. Deve-se marcar a área
danificada a remover duma forma regular definida por linhas rectas com ângulos
próximos ou maiores a 90 graus, afastadas uma distância de pelo menos 10 cm em
volta do pavimento danificado.
Os trabalhos de compactação, aterro e compactação do buraco devem ser efectuados
numa única visita ao local.
312
Cortar e remover a camada de revestimento superficial duplo no lado da faixa de
rodagem e também o pavimento no lado da berma. Deve-se cortar a partir da berma
no sentido da via. Verificar as condições da camada de base. Se a base for firme,
então a deformação é superficial e a escavação não deve ser continuada. Se tal não
ocorrer, a escavação deve continuar até ser encontrado material firme (em boas
condições). Deve-se verificar que o material em redor dos limites da caixa e da
fundação é firme e que se encontra em boas condições.
Depois de terminar a escavação deve-se verificar que o fundo está nivelado e firme, e
a verticalidade dos lados em relação ao fundo é mantida.
O material deve ser colocado e compactado em camadas com espessura de 5,0 cm
até à obtenção do nível exigido.
Antes de se proceder ao aterro dos buracos, os solos devem ser sempre estabilizados
com cimento ou outro tratamento semelhante, uma vez que o equipamento leve
utilizado na compactação nunca permitirá atingir as mesmas densidades que os
equipamentos de compactação mais pesados, que foram utilizados durante a
construção inicial. A estabilização servirá para compensar a deficiente compactação
resultante da utilização de equipamento mais leve.
A preparação do material, ou seja, a mistura do material com cimento e água deve ser
efectuada fora da área de reparação do buraco.
Contudo, no caso de estradas com baixo volume de tráfego, poderão ser utilizados
materiais granulares sem estabilização e devem ser do tipo CBR 60% AASHTO
Modificado ou superior e devem ser compactados em camadas finas de 50 mm de
forma a obter-se uma densidade mínima de 95% do AASHTO Modificado, ou em
conformidade com as indicações do Fiscal
Colocação de tábuas sobre os limites do buraco de reparação para protecção dos
bordos deste durante os trabalhos de compactação. Compactação do fundo do
buraco com o auxílio de um cilindro vibratório apeado ou um compactador de placa
vibratória ou maços de calceteiro.
Preenchimento do buraco em camadas com uma espessura não superior a 8,0 cm até
ser atingido o nível da superfície existente. A camada final deve ser colocada num
plano mais elevado que a superfície existente, tendo em conta o coeficiente de
empolamento do material, que traduz a relação entre o volume do material solto e do
material compactado. A maioria dos materiais apresenta um coeficiente de
empolamento de 1,2. Uma vez conhecida a espessura da camada compactada, esta
deverá ser multiplicada por 1,2 para obtenção da espessura de solo solto de forma a
que quando este for compactado fique nivelado com a superfície existente.
A superfície compactada do material deve ser plana e sem irregularidades.
Limpeza da superfície do material compactado nos buracos de forma a ficar livre de
pós, materiais soltos, lamas ou qualquer outro resíduo.
Aplicação de uma impregnação betuminosa MC30 com o auxílio de um vaporizador
2
ou tambores de rega e vassouras numa proporção de 1,0 l/m nas paredes verticais e
na superfície do material compactado no buraco. Se o material for estabilizado com
cimento ou qualquer outro aditivo deve aplicar-se uma impregnação betuminosa leve
2
(rega de colagem) numa proporção de 0,6 l/m , devendo ser deixado a curar e secar
durante um período de 24 horas.
Aplicação de um revestimento superficial duplo em conformidade com o código 862.
313
de um pulverizador com as taxas de aplicação correspondendo à dimensão
dos agregados, tal como indicado na Tabela 12.17.
2
Dimensão do agregado (mm) Taxa de aplicação do ligante (l/m )
19 1,8
13 1,4
9,5 1,2
Betume
Impregnação betuminosa: Utilizar MC30, que poderá ser produzido no local através
da diluição de betume de penetração do tipo 80/100 com 80% de querosene, devendo
2
ser aplicada a uma taxa de 1,0 l/m .
Rega de colagem: Utilizar SS60 em conformidade com a norma SABS 309 diluída
2
com água a 50:50, devendo ser aplicada a uma percentagem de 0,6 l/m .
Betume de penetração 85/100: em conformidade com a norma SABS307.
MC3000: deve ser preparado através da fluidificação de betume de penetração
85/100 com uma percentagem de querosene entre 8 a 10%.
Emulsão betuminosa: deve ser aniónica, conter uma percentagem de betume
314
correspondendo a 60% e deve estar em conformidade com a norma SABS 309.
Betume de penetração150/200: Para obtenção de um melhor desempenho, é
recomendável utilizar o betume de penetração 150/200 preparado através da sua
fluidificação com betume de penetração 85/100 com 10% de gasóleo. Este ligante tem
uma maior durabilidade e endurece mais lentamente, proporcionando uma maior vida
útil aos revestimentos. O betume de penetração 150/200 é adequado para utilização
em revestimentos Otta, revestimentos superficiais, etc.
Os limites das temperaturas de aquecimento dos ligantes e os limites de aplicação
devem estar em conformidade com os projectos ou com as instruções do Fiscal. Na
ausência destes, devem ser seguidas as especificações apresentadas na Tabela
12.18.
Agregado
A granulometria do agregado deverá estar de acordo com a Tabela 4302/8 para
classes 1, 2 e 3 das especificações da SATCC. Se não for especificado nos cadernos
de encargos deve-se considerar a classe 2 para o cálculo do preço unitário.
O agregado deve ser pedra britada, de tamanho único nominal de 13,2 ou 9,5 mm,
livre de poeira, lama, areia e outras impurezas, com menos de que 1,5 % em peso do
material a passar o peneiro de 0,425 mm.
Nos casos em que a granulometria do agregado não cumpra as especificações
apresentadas na Tabela 12.19 (Tabela 4302/8 SATCC) as taxas de pulverização
devem ser ajustadas ao tipo de material disponível. Os valores máximos de lamelação
do agregado são apresentados na Tabela 12.20.
37,5 Classe 1 ou 2
26,5
19 100
13,2 85-100 100
9,5 0-30* 85-100 100
6,7 0-5** 0-30* 85-100
4,75 0-5** 0-30*
2,36 0-5**
Esta classe satisfaz todos os pré-requisitos das
Classe 3 classes 1 e 2 excepto no que se refere a *0-50 e
**0-10
% passando na Classe 1 0,5 0,5 0,5
315
abertura de Classe 2 1,5 1,5 2,0
4,75mm
Classe 3 2,0 2,0 3,0
A resistência do agregado deve ser determinada de acordo com TMH 1 Secção B2. O
valor mínimo de 10%FACT corresponde a 210kN e o coeficiente entre o ensaio a húmido
e o ensaio a seco deve ser inferior a 75%.
2
Medição m
Medição do volume das reparações efectuadas.
MAE
316
Actividade: Reparação de pequenos defeitos superficiais em pavimentos Código:
betuminosos 892
Tipo 2: Selagem com pó de pedra/areia (areia de pedreira) para
correcção de refluimento
Código de SATCC 4900
referência
Utilização Este código é utilizado para a correcção de refluimentos em pavimentos betuminosos com
betão asfáltico ou revestimentos superficiais.
Esta actividade deve ser realizada atempadamente para não incorrer em reparações mais
difíceis e mais caras.
Esta actividade deve ser realizada sem muita dificuldade e sem elevado custo.
Apenas são considerados os refluimentos que necessitam de correcção (nos dias quentes,
o betume amolece e a superfície da estrada fica escorregadia reduzindo as condições de
circulação em segurança).
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego;
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
Delimitação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento de materiais no local.
Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
Demarcação e limpeza das áreas apresentando problemas.
Espalhamento do pó ou de areia de pedreira.
Controlar a velocidade do tráfego ao longo de três dias;
Varrer de volta o material removido pelo trafego.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego para
garantir a segurança rodoviária;
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo;
O equipamento e as ferramentas a serem usados devem ser aprovados pelo Fiscal;
Os materiais a utilizar devem ser aprovados pelo Fiscal;
Os trabalhadores envolvidos devem ser equipados com fatos-macacos, luvas e botas.
Marcar os limites da área a ser reparada usando giz ou tinta.
Os trabalhos devem ser concluídos numa única jornada de trabalho;
Apenas são considerados refluimentos aqueles em que, durante os dias quentes, o
revestimento seja amolecido e levantado pelas rodas dos veículos.
Para se proceder à sua reparação dever-se-á esperar por um dia muito quente;
Por volta das 14 horas, quando a temperatura da superfície da estrada for muito alta,
dever-se-á espalhar uma camada de pó de pedra seco a uma taxa máxima de 0,004
3 2 2
m /m (4 litros/m );
A velocidade do tráfego deverá ser controlada (< 40 km/h) e o pó de pedra removido
pelo tráfego deverá ser varrido de volta para a zona de refluimento.
Deve-se limpar o local de trabalho de forma apropriada. A superfície acabada da
emenda deve ser varrida com muito cuidado, para remover todo o material solto.
Não deixar materiais na faixa de rodagem, nas bermas, valetas ou sanjas, para evitar
problemas de drenagem;
O material removido deve ser colocado num local conveniente, a pelo menos 10 m da
faixa da estrada, e espalhado numa camada de espessura não superior a 20 cm;
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Os materiais utilizados nesta actividade devem ser constituídos por um mínimo de
75% de areia de pedreira, com uma resistência semelhante à da areia natural limpa. A
areia de pedreira deve ser proveniente de rocha sã. A granulometria deve
corresponder aos valores apresentados na Tabela 12.21 (Tabela 4302/11 SATCC).
317
Tabela 12.21: Especificações de granulometria de pó de pedreira –
aplicação da exsudação do revestimento betuminoso - Em conformidade
com a Tabela 4302/11 SATCC (página. 3500-5)
O pó de pedra deve ser aplicado numa camada única com uma taxa máxima de
3 2 2
aplicação de 0,004m /m (4 l/m ).
2
Medição m
Medição da área sujeita a trabalhos de reparação.
MAE
318
Actividade: Renovação de revestimentos betuminosos Código:
Aplicação de Fog Spray 893
Código de SATCC 4100
referência
Utilização O fog spray é utilizado para a renovação do revestimento asfáltico demonstrando perda de
agregado, para a correcção de defeitos num troço com impregnação betuminosa, para a
selagem de fissuras muito finas (<3 mm) e como camada de impregnação betuminosa a ser
colocada entre os pavimentos velhos e os pavimentos novos. A aplicação é feita com uma
emulsão asfáltica (SS60) diluída a 50:50 com água.
Ver Foto 12.6 onde se representa a aplicação de uma rega de colagem num revestimento
superficial antigo.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança
incluídas Assegurar a circulação do tráfego em condições de segurança e sem interrupções
durante a execução dos trabalhos.
Delimitação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento do material.
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Limpeza, varrimento e remoção de todos os materiais soltos e resíduos.
Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
Aplicação de fog spray.
Protecção da área recém-aplicada durante a cura.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização para segurança.
Os trabalhos devem ser planeados de forma a evitar a interrupção do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve deixar-se uma passagem para circulação dos
veículos em condições de segurança e sem sofrerem qualquer dano.
O Empreiteiro deve notificar o supervisor um dia antes da aplicação da camada de
impregnação betuminosa para ensaio das taxas de aplicação e respectiva confirmação
por parte do Fiscal.
O armazenamento do material betuminoso deve ser realizado em tambores bem
fechados ou cisternas devidamente aprovados pelo Fiscal; a emulsão deve ser agitada
uma vez a cada duas semanas para misturar o material e prevenir o desenvolvimento
de grumos que surgem quando a emulsão fica parada por longos períodos de tempo.
O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
O equipamento deve ser testado para controlo das taxas e da uniformidade de
aplicação.
Devem ser tomadas as precauções adequadas para evitar a interferência das
condições atmosféricas com os trabalhos. A aplicação da impregnação betuminosa
não deve ser realizada quando estiver a chover ou prestes a chover, após o pôr-do-sol,
durante a ocorrência de ventos fortes ou após ter chovido, quando a camada de base
se encontra demasiado húmida.
Antes da aplicação de fog spray, a superfície existente deve ser pulverizada com água
para redução da tensão superficial. Deve evitar-se a aplicação excessiva de água, uma
vez que isto poderá provocar um atraso no início dos trabalhos de aplicação de fog
spray.
A aplicação deve ser feita de modo a permitir a distribuição uniforme da emulsão em
toda a área pulverizada.
Os trabalhadores envolvidos devem estar devidamente equipados com óculos de
protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto dos produtos com
a pele.
Marcação dos limites da área de trabalho desde o eixo transversal da estrada, com
larguras de faixa pré-definidas, até aos bordos da estrada, em conformidade com o
projecto e as instruções do Fiscal.
O fog spray é normalmente aplicado numa faixa de cada vez.
Se a aplicação for efectuada em várias faixas, esta deverá ser feita com uma
sobreposição mínima de 100mm. Deve colocar-se uma tira de papel resistente no
início e no fim de cada pulverização para assegurar que as juntas transversais estão
adequadamente posicionadas.
Relativamente à pulverização SS60, o armazenamento do material de pulverização
deve ser feito à temperatura ambiente.
A temperatura de aplicação da rega de colagem (SS60) deve corresponder à
319
temperatura especificada nos projectos ou de acordo com as instruções do Fiscal.
A temperatura da emulsão deve ser devidamente testada e verificada e deve-se
verificar se todos os jactos da lança de distribuição estão a funcionar adequadamente;
este teste deve ser realizado fora da área da estrada antes da pulverização.
A altura da lança de distribuição deve ser regulada antes da aplicação do material
betuminoso, de forma a que cada ponto da estrada seja pulverizado com 3 agulhetas,
recebendo assim 3 fluxos separadamente para obtenção da taxa de aplicação
indicada.
A lança deve ser ajustada de forma a seguir o declive transversal da superfície da base
com vista à obtenção de uma boa distribuição do fog spray.
Ajustar a largura da pulverização coberta pela barra de distribuição de forma a que
(1/3) o fluxo pulverizado no último jacto atravesse o eixo transversal da estrada para
obtenção de uma boa margem de sobreposição na outra via.
A segunda distribuição deve ser efectuada no mesmo sentido da primeira.
Não deve ser permitida a circulação nos troços recém-tratados
Os rebordos limite da impregnação betuminosa devem ser formados por linhas rectas
com uma tolerância máxima de 25 mm, sendo os rebordos marcados com pequenas
pedras ou pregos e fio colocados de forma a proporcionarem uma recta e uma
curvatura adequadas em conformidade com as exigências apresentadas no projecto
de traçado.
Não é permitida a circulação nos troços recém-pulverizados.
O fog spray deve curar totalmente antes da abertura do troço ao tráfego, excepto nos
casos em que seja absolutamente necessário (um período mínimo de cura de 24 a 48
horas poderá ser suficiente, dependendo das condições atmosféricas, mas 3 dias será
o ideal).
A área de trabalho deve ser devidamente limpa.
Todos os defeitos devem ser corrigidos de forma a garantir a cobertura adequada de
todas as áreas. Para este efeito, deve ser utilizada uma emulsão betuminosa estável
60 ou SS 60.
Nenhum material deverá permanecer na faixa de rodagem, bermas, valetas e sanjas,
com vista a prevenir a eventual ocorrência de problemas de drenagem.
Os resíduos asfálticos devem ser removidos do local para um local indicado pelo
Fiscal. O outro material removido deve ser colocado num local adequado a uma
distância mínima da estrada correspondendo a 10 m, devendo ser espalhado numa
camada com uma espessura máxima de 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal;
O fog spray é obtido através da diluição da emulsão asfáltica (SS60 – 60% de betume)
com água na proporção de 50/50.
Para fins de concurso, o fog spray deve ser aplicado numa proporção de 0,6 l/m².
Água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares e sem concentrações
de metais.
Medição m²
Medição da área pulverizada.
MDE
320
Foto 12.6: Fog spray aplicado num revestimento superficial antigo – renovação de um revestimento
betuminoso
321
Actividade: Aplicação de resselagem
Aplicação fog spray (com diluição de SS60 ou MC30) seguida de Código:
aplicação de camada de revestimento (revestimento superficial
simples) 894
Código de
referência
Utilização Este código destina-se a ser utilizado para a resselagem das estradas com revestimentos
betuminosos envelhecidos. Este código deve ser utilizado apenas nos casos de
envelhecimento do revestimento mas sem apresentar defeitos graves ou nos casos em
que estes defeitos tenham sido reparados através de trabalhos de selagem de juntas,
reparação de buracos e reparação de roturas dos bordos do pavimento.
Um fog spray é utilizado como impregnação para assegurar a adesão entre o revestimento
antigo e o novo. O fog spray à base de emulsões betuminosas deve ser diluído com água
numa proporção de 50:50. Em caso de utilização do MC30, este deve ser aplicado a uma
2
taxa de 0,6 l/m .
Deve ser aplicada uma camada de selagem da forma apresentada nos códigos
respectivos incluídos na Série 400.
Tarefas Colocação de sinalização de segurança.
incluídas Assegurar a circulação do tráfego em condições de segurança e sem interrupções
durante a execução dos trabalhos.
Delimitação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento do material.
Distribuição de equipamento de protecção aos trabalhadores.
Limpeza, varrimento e remoção de todos os materiais soltos e resíduos.
Ensaio do equipamento e das taxas de aplicação.
Aplicação do fog spray.
Aplicação da camada de selagem (recomenda-se a aplicação de uma única camada).
Compactação e cura do novo revestimento.
Tratamento do novo revestimento durante o processo de cura.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Colocação de sinalização para segurança.
Os trabalhos devem ser planeados de forma a evitar a interrupção do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve deixar-se uma passagem para circulação dos
veículos em condições de segurança e sem sofrerem qualquer dano.
O Empreiteiro deve notificar o Fiscal um dia antes da aplicação da camada de
impregnação betuminosa para ensaio das taxas de aplicação e respectiva
confirmação por parte do Fiscal.
O armazenamento do material betuminoso deve ser realizado em tambores bem
fechados ou cisternas devidamente aprovados pelo Fiscal; a emulsão deve ser
agitada uma vez a cada duas semanas para misturar o material e prevenir o
desenvolvimento de grumos que surgem quando a emulsão fica parada por longos
períodos de tempo.
O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
O equipamento deve ser testado para controlo das taxas e da uniformidade de
aplicação.
O fog spray não deve ser aplicado num período superior a 24 horas após a limpeza
da superfície da estrada.
Devem ser tomadas as precauções adequadas para evitar a interferência das
condições atmosféricas com os trabalhos. A aplicação da impregnação betuminosa
não deve ser realizada quando estiver a chover ou prestes a chover, após o pôr-do-
sol, durante a ocorrência de ventos fortes ou após ter chovido, quando a camada de
base se encontra demasiado húmida.
Antes da aplicação da impregnação betuminosa, a superfície existente deve ser
pulverizada com água para redução da tensão superficial. Deve evitar-se a aplicação
excessiva de água, uma vez que isto poderá provocar um atraso no início dos
trabalhos de aplicação da impregnação betuminosa.
A aplicação deve ser feita de modo a permitir a distribuição uniforme do fog spray em
toda a área pulverizada.
Os trabalhadores envolvidos devem estar devidamente equipados com capacetes,
óculos de protecção, botas, luvas e fatos-macacos. Deve evitar-se o contacto dos
produtos com a pele.
Marcação dos limites da área de trabalho desde o eixo transversal da estrada com
322
larguras de faixa pré-definidas até aos bordos da estrada, em conformidade com o
projecto e as instruções do Fiscal.
O fog spray é normalmente aplicado numa via de cada vez.
Se a aplicação for efectuada em várias vias, esta deverá ser feita com uma
sobreposição mínima de 100mm. Deve colocar-se uma tira de papel resistente no
início e no fim de cada pulverização para assegurar que as juntas transversais estão
adequadamente posicionadas.
A temperatura de aplicação do fog spray deve corresponder à temperatura
especificada nos desenhos ou de acordo com as instruções do Fiscal. Relativamente
à emulsão SS60, esta deve ser armazenada e pulverizada à temperatura ambiente.
A temperatura do material deve ser devidamente testada e verificada e deve-se
verificar se todos os jactos da lança de distribuição estão a funcionar adequadamente;
este teste deve ser realizado fora da área da estrada antes da pulverização.
A lança deve ser ajustada de forma a seguir o declive transversal da superfície da
base com vista à obtenção de uma boa distribuição do fog spray.
Ajustar a largura da pulverização coberta pela barra de distribuição de forma a que
(1/3) o fluxo pulverizado no último jacto atravesse o eixo transversal da estrada para
obtenção de uma boa margem de sobreposição na outra via.
A segunda distribuição na segunda via deve ser efectuada no mesmo sentido da
primeira.
Os rebordos limite da impregnação betuminosa devem ser formados por linhas rectas
com uma tolerância máxima de 25 mm. Os rebordos devem ser marcados com
pequenas pedras ou pregos e fio colocados de forma a proporcionarem uma recta e
uma curvatura adequadas em conformidade com as exigências apresentadas no
projecto de traçado.
Não é permitida a circulação nos troços recém-pulverizados.
A rega de colagem deve curar totalmente antes da abertura do troço ao tráfego,
excepto nos casos em que seja absolutamente necessário (um período mínimo de
cura de 24 a 48 horas poderá ser suficiente, dependendo das condições atmosféricas,
mas 3 dias será o ideal).
A área de trabalho deve ser devidamente limpa.
Todos os defeitos devem ser corrigidos de forma a garantir a cobertura adequada de
todas as áreas. Para este efeito, deve ser utilizada uma emulsão betuminosa estável
60 ou SS 60.
Após a cura adequada da impregnação betuminosa, deve aplicar-se a camada de
selagem. Esta poderá ser constituída por uma pulverização e cascalho, à semelhança
do que acontece nos revestimentos superficiais, por um revestimento Otta e um
revestimento em areia ou por revestimentos pré-misturados tais como a lama asfáltica
e a mistura betuminosa a frio. Os códigos respectivos devem ser aplicados,
dependendo da escolha do tipo de revestimento para a resselagem (série 400).
O revestimento deve ser compactado e tratado em conformidade com as normas
apresentadas nos códigos respectivos.
Nenhum material deverá permanecer na faixa de rodagem, bermas, valetas e sanjas,
com vista a prevenir a eventual ocorrência de problemas de drenagem.
Os resíduos asfálticos devem ser removidos do local para um local indicado pelo
Fiscal. O outro material removido deve ser colocado num local adequado a uma
distância mínima da estrada correspondendo a 10 m, devendo ser espalhado numa
camada com uma espessura máxima de 20 cm.
Retirar a sinalização temporária.
Materiais Todos os materiais devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
O fog spray é obtido através da diluição da emulsão asfáltica (SS60 – 60% de
betume) com água na proporção de 50/50.
Para fins de concurso, o fog spray deve ser aplicado numa proporção de 0,6 l/m².
Quando MC30 é utilizado no fog spray, a taxa de aplicação deve situar-se entre os
2
0,4-0,6 l/m .
Revestimento da resselagem: os materiais e proporções devem estar em
conformidade com o projecto, assim como com as especificações e normas indicadas
nos códigos respectivos na Série 400.
Água limpa, isenta de concentrações de ácidos, sais, açúcares e sem concentrações
de metais.
Medição m²
Medição da área pulverizada.
MDE
323
Actividade: Reparação e estabilização da (sub) base para efeito de tapamento de Código:
buracos e reparação da rotura dos bordos 899
Código de
referência
Utilização Este código utiliza-se para reparar a (sub) base para efeito de tapamento de buracos ou
reparação de rotura de bordos de pavimento.
Esta actividade é para reparação e deve ser realizada sem muita dificuldade e sem
elevado custo. Envolve a remoção do material danificado e a sua substituição.
Tarefas Colocação de sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego.
incluídas Assegurar a passagem do tráfego durante os trabalhos.
Delimitação da área de trabalho.
Fornecimento e armazenamento de materiais para o enchimento do buraco,
nomeadamente material granular e cimento.
Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores.
Marcação das áreas danificadas.
Corte e remoção de todos os materiais danificados e limpeza do fundo do buraco
(pagos no âmbito do código 660 ou 662).
Preparação, colocação e compactação do material da (sub) base.
Controlar o nível da superfície da reparação.
Limpeza da área de trabalho.
Retirar a sinalização temporária.
Normas Deve ser colocada uma sinalização provisória e dispositivos de controlo de tráfego
para garantir a segurança rodoviária.
As obras devem ser organizadas para não interromper o movimento do tráfego por
períodos superiores a 10 minutos. Deve existir sempre um traçado que pode ser
utilizado com facilidade, segurança e sem provocar danos em qualquer veículo.
O equipamento e ferramentas a serem utilizados devem ser devidamente aprovados
pelo Fiscal.
Os materiais a serem utilizados devem ser devidamente aprovados pelo Fiscal.
Distribuição de vestuário de protecção aos trabalhadores: fatos-macacos e botas.
Marcação da área a ser reparada com tinta ou giz.
Os trabalhos devem ser finalizados numa única jornada de trabalho.
O seguinte procedimento deve ser adoptado:
a) Colocar pranchas de madeira sobre os limites do buraco, para proteger os
bordos durante o trabalho.
b) Se os solos removidos forem de baixa plasticidade (IP<15) para camadas
superiores a 150 mm, o solo deverá ser humedecido previamente e
misturado até se obter uma camada homogénea.
c) O material colocado na escavação deve ser compactado numa camada com
uma espessura máxima de 100 mm e com uma densidade mínima de 93%
do AASHTO Modificado. Contudo, este nível de compactação é muito difícil
de atingir com a utilização do equipamento leve de compactação, tal como o
cilindro vibratório apeado ou o compactador de placa vibratória ou os maços
de calceteiro. Deste modo, é aconselhável proceder à estabilização com
cimento de todos os materiais que se destinam a ser utilizados nos trabalhos
de reparação da camada de (sub) base como parte integrante da reparação
de buracos e da rotura dos bordos do pavimento. A estabilização permite
compensar a carga de compactação reduzida resultante dos compactadores
leves, actuando assim como uma camada de (sub) base com resistência
equivalente à resistência da(s) camada(s) existente(s) que foram
anteriormente compactadas com cilindros pesados. O decréscimo na
resistência dos materiais utilizados na reparação dos buracos é a principal
causa de ruptura prematura das reparações efectuadas.
d) Compactação do fundo da escavação e das camadas de solo colocadas com
o auxílio de um cilindro vibratório apeado de pequenas dimensões ou de um
compactador de placa vibratória ou de maços de calceteiro, de forma a obter
uma compactação adequada.
e) Deve-se iniciar a compactação pelos cantos e bordos, trabalhando para o
centro do buraco.
f) Se a altura a preencher for superior a 100 mm os solos deverão ser
colocados em mais de uma camada e cada camada deve ser compactada
separadamente.
g) A ultima cada deverá ser feita com solos tipo G5 ou melhor e com um
CBR>60%, e IP < 10. Se o solo disponível apresentar CBR´s de 45 a 60%o
324
solo deverá ser misturado com 2 a 2,5 % de cimento OPC, humedecido,
misturado e só após colocado no buraco;
h) A camada superior (base) não deve ter uma espessura superior a 100mm e
deve ser compactada a uma densidade mínima de 98% do AASHTO
Modificado. O nível final desta camada não deve situar-se a uma altura
inferior a 40 mm do nível da superfície existente.
i) A camada estabilizada com cimento deve ficar a curar durante 7 dias com a
aplicação de uma cobertura de areia ou outro método alternativo que permita
manter a humidade da camada durante o período de cura.
j) Após o período de cura a camada de areia deve ser removida.
O material deve ser misturado com uma percentagem de cimento entre 2,5 e 3%, de
acordo com as instruções do Fiscal.
O cimento deve ser um cimento Portland Normal em conformidade com a AASHTO
M85, SABS 471 ou equivalente, ou um Cimento Portland de alto-forno em
conformidade com a AASHTO M240, SABS 626 ou equivalente.
A água deve ser limpa e estar isenta de concentrações de ácidos, sais, açucares ou
de qualquer material orgânico.
3
Medição m
Mede-se o volume escavado da (sub) base reparado. O preço inclui o cimento para a
estabilização de solos.
MAE
325
13. Padrões Técnicos para Estradas Regionais
13.1 Generalidades
Padrões para os projectos de estradas regionais são necessários tendo em conta os seguintes factores:
Volume e composição do tráfego
Tipo de terreno
Qualidade desejada de serviço a prestar
Fundos disponíveis para as estradas
Os padrões para estradas estão divididos em projecto geométrico (alinhamentos horizontais e verticais e secção
transversal tipo) e em projecto estrutural (dimensões necessárias para o estabelecimento da capacidade da
carga da estrada).
As seguintes normas de projecto para estradas provinciais são escolhidas com base na funcionalidade ou uso,
contrariamente à sua importância em termos administrativos, por exemplo, uma estrada provincial ou regional
com baixo volume de tráfego.
Estes padrões são considerados como metas a serem alcançados sempre que possível. Está compreendido que
estes poderão ser modificados em locais isolados onde é completamente impraticável manter os padrões devido
aos elevados custos envolvidos.
13.1.1 Volume e composição do tráfego
Foi acordada que esta variável será medida pela expressão do tráfego em termos de Tráfego Médio Diário
(TMD). Devido ao facto das estradas regionais terem um volume baixo/médio de tráfego, os projectos
padronizados deverão ser formulados para atender às três categorias de tráfego, a saber:
TMD de 0 – 40 veículos
TMD de 40 – 100 veículos
TMD de 100 – 200 veículos
13.1.2 Tipo de terreno
Este parâmetro é dado em combinação com o projecto geométrico. Alguns parâmetros geométricos (por
exemplo, a velocidade do projecto) serão definidos consoante o terreno a ser atravessado.
As categorias convencionais dos terrenos são liso, ondulado e montanhoso. Estas são consideradas aceitáveis
para determinação do padrão rodoviário em Moçambique, uma vez que envolvem todos os tipos de terrenos
predominantes no país.
13.1.3 Qualidade de serviço
Este parâmetro inclui os limites máximos de velocidade, os gradientes, a segurança global e o conforto dos
utentes e a relativa economia da operação dos veículos.
326
A velocidade do projecto é determinada pelo tipo de terreno, que por sua vez define os parâmetros do projecto
geométrico, Tabela 13.1.
Liso 50
Ondulado 40
Montanhoso 30
Os raios mínimos de curvatura são apresentados na Tabela 13.2. Estes deverão, contudo ser usados somente
em conjunção com a máxima sobre elevação (ver secção transversal na Figura 10-5). As curvas na mesma
direcção com raios diferentes sem a intervenção de tangentes devem ser evitadas. As contra-curvas devem ser
evitadas devido ao problema associado à sobre-elevação na entrada dessas curvas.
40 60
50 90
60 120
O gradiente máximo para todos os tipos de estradas deve ser de 8 %. O comprimento das curvas verticais e o
controlo dos gradientes verticais não estão definidos, devido ao efeito destas restrições nos custos de
construção. Contudo o alinhamento deve ser escolhido, se possível, quando o comprimento da curva vertical for
suficiente para permitir uma distância de visibilidade de 100 m para efeitos de segurança em caso de travagem.
Qualquer obstrução deverá ser removida nas curvas para assegurar uma distância de visibilidade sem restrições
ao longo de 75 m de estrada.
327
13.2.5 Secção transversal da estrada
Os tipos de estrada acima referidos são mostrados nos desenhos tipo. A análise das várias dimensões é dada a
seguir. As larguras de vias padrão são apresentadas na Tabela 13.3.
Largura de pavimento
Drenagem lateral
Basicamente a secção das valas laterais compreende: um declive lateral do lado da estrada com 1.0 m de
largura, o leito da vala liso com 0.5 m de largura e um declive lateral do lado da margem com 0.5 m de largura. A
profundidade das valas de drenagem é de 0.40 m abaixo do ponto final da berma.
A secção transversal usada é destinada a providenciar uma drenagem adequada do pavimento em situações
normais.
Quando for necessário incrementar as dimensões das valas para proporcionar uma maior capacidade de recolha
de águas ou para ser fonte de material para a plataforma, poder-se-á realizar sempre que possível quer pelo
aumento da largura do leito da vala quer pelo aumento do declive interior da vala.
Abaulamento da plataforma
Este será de 5% para cada lado do eixo da estrada para todos os tipos de estrada (A, B e C).
328
A largura da estrada deverá ser de 0,5 para curvas com um raio de curvatura inferior a 150 m. O alargamento
deve ser reduzido (afilado) numa distância de 10 após o fim de cada curva.
Antes da construção da estrada, a vegetação e os solos vegetais deverão ser limpos numa largura de 1,5 m a
partir do talude da valeta de drenagem. Durante a manutenção da estrada, a vegetação deverá ser sempre
cortada até esta posição.
Esta compreende o material imediatamente abaixo da camada de rodagem em saibro. Deve-se utilizar apenas o
material que pode ser nivelado e, portanto, capaz de ser compactado com cilindro depois de humedecido com
água (e misturado).
Os solos impróprios deverão ser removidos a uma profundidade razoável e substituídos por material
devidamente aprovado.
Os valores a seguir apresentados são os padrões mínimos requeridos para as camadas de rodagem em saibro e
poderão ser excedidos onde possível. A melhor avaliação do material deve ser feita tendo em conta os recursos
locais e os trabalhos requeridos para a escavação.
329
Tabela 13.5: Normas de traçado e especificações de materiais para estradas não asfaltadas Tipos
A, B e C
PROJECTO PADRÃO
3. Especificações de materiais
330
14. Glossário de termos
10.1.1 Construção: O processo através do qual uma estrada nova é construída, de acordo com desenhos e
padrões previamente estabelecidos para o dimensionamento do projecto de construção.
10.1.2 Reabilitação: Actividade ou trabalho de restauração de uma estrada quando esta chegar no fim da sua
vida útil para se atingirem os padrões originais ou melhorados (ampliação da faixa de rodagem, melhoramento e
ampliação de curvas verticais e horizontais).
10.1.3 Melhoramentos localizados: Os trabalhos de melhoramentos localizados deverão ser feitos em estradas
com troços onde existam pequenas secções degradadas e que necessitam de melhoramento para permitir a
transitabilidade em todo o ano, e deverão ser executadas as actividades com padrão e qualidades necessária de
acordo com as normas.
Poderão ser feitos trabalhos de melhoramentos localizados em estradas sob o regime de manutenção mas que
apresentam algum problema localizada de modo a permitir que a estrada volte a ter boas condições de
transitabilidade. Também poderão ser feitos em estradas sem nenhum padrão de engenharia (por exemplo
estradas não classificadas) para estabelecer uma transitabilidade mínima.
10.1.4 Manutenção periódica: Actividade ou trabalho que precisam ser executadas numa estrada ou secções
de estrada, após alguns anos de acordo com o seu ciclo de vida e o nível de desgaste do pavimento. As
operações de manutenção periódica requerem trabalhos de revestimento ou recarga do pavimento e reparações
das secções danificadas, trabalhos nas obras de drenagem e o perfilamento de taludes.
331
14.2.1 Estrada Revestida:
As estradas revestidas são estradas que têm uma faixa de rodagem homogénea e firme e são compostas por
uma subrasante ou terreno natural, sub-base, base e uma camada betuminosa de desgaste.
Camada de desgaste: É a superfície superior de um pavimento, por geral de material betuminoso, rígido, de
material homogéneo, que suporta directamente a circulação de viaturas e prevê a entrada de água nas camadas
inferiores.
Base: É uma camada da estrutura do pavimento sobre a qual assenta acamada de desgaste com função de
distribuir e transmitir as cargas originadas pelo tráfego às camadas subjacentes. É constituído por material
seleccionada de elevado padrão de qualidade estabilizado mecanicamente ou com a adição de cimento ou
outros produtos.
Sub-base: É uma camada da estrutura do pavimento sobre a qual assenta a camada de base. É constituído por
material seleccionado de espessura estabelecida de acordo com o valor de suporte, colocado sobre uma
subrasante, para sustentar a base. O padrão de qualidade de material é menos exigente do que para a base.
Subrasante: Camada de terreno natural de uma estrada que suporta a estrutura do pavimento.
As estradas terraplenadas (ensaibradas) são estradas feitas com material importado de uma câmara de
empréstimo, (saibro ou solo, de acordo com as especificações), colocado e compactado acima da sub-base e
que suporta directamente as cargas originadas pelo tráfego. O material deve ser previamente testado no
laboratório para definir as suas características e condições físicas e deve ser sempre aprovado pelo Fiscal.
O material de câmara de empréstimo deve cumprir com as especificações e qualidades definidas no caderno de
encargos e deve satisfazer as seguintes condições:
Para estradas não asfaltadas, as características dos materiais devem estar em conformidade com TRH 20.
o Tamanho máximo = 37,5 mm
o Índice de Tamanho Máximo ≤ 5%
o Produto de Retracção entre 100 – 365
o Coeficiente de Granulometria entre 16 – 34
o Esmagamento de Impacto Treton (AIV) entre 20 - 65
o Os valores das propriedades dos materiais devem ser representados no gráfico Produto de
Retracção (SP) - Coeficiente de Granulometria (GC) a seguir apresentado e devem ficar
representados dentro das áreas E1 e E2, Figura 14.3
332
Note-se que esta especificação, baseada em TRH 20, só é válida para a qualidade de circulação em
camadas de desgaste e não para bases em estradas revestidas. Também não indica qualidade no
desempenho em termos de taxa de perda de saibro e de evolução da rugosidade;
Figura 14.2: Especificações baseadas no desempenho para estradas ensaibradas (PP vs GM)
Em que:
P P0.425 P0.075
GM 3 2.36
100
P2.36
Em que: = percentagem passando no peneiro de 2,36 mm
P0.425
= percentagem passando no peneiro de 0,425 mm
P0.075
= percentagem passando no peneiro de 0.075 mm
333
Figura 14.3: Especificações para a camada de desgaste em saibro (SP vs Gc)
Em que:
a. Produto de retracção, SP 100-365
b. Coeficiente de granulometria, GC 16-34
c. Capacidade de suporte, CBR > = 15%
d. A compactação deve ser controlada no local > = 95% AASHTO MOD
Estrada constituída por terreno natural, com a superfície preparada e melhorada, para receber cargas de tráfego
baixo. Em alguns casos, os solos naturais possuem características próximas das do saibro. Assim torna-se viável
não colocar saibro e utilizar como revestimento o solo natural. O gráfico em baixo mostra as características dos
solos naturais que podem ser aproveitados pelo Fiscal (caso se encontrem dentro de uma profundidade
razoável) como camada de desgaste.
334
Figura 14.4: Especificações para os solos naturais (SP vs Gc)
10.3.1 Largura da formação (1): Largura total do terreno afectado pela construção da estrada iniciando na parte
superior do corte de talude até o pé do aterro incluindo valas, bermas, plataforma e taludes de corte e aterro.
10.3.2 Largura da plataforma (2): Largura da estrada construída para a circulação das viaturas geralmente
constituída pela faixa de rodagem e as bermas.
10.3.3 Largura da faixa de rodagem (3): Largura total de uma ou mais faixas de rodagem de tráfego construída
para a circulação de viaturas, geralmente revestida de asfalto, saibro ou terreno natural.
10.3.4 Bermas (4): Parte da estrada asfaltada ou não asfaltada adjacente ás bordas da faixa de rodagem,
próxima à valeta ou ao talude do aterro.
10.3.5 Abaulamento (5): Pendente transversal de uma estrada, que permite a drenagem das águas pluviais da
faixa de rodagem para as valetas
335
10.3.6 Revestimento em saibro (6): Uma camada de material normalmente constituído por saibro compactado
que forma a superfície da estrada normalmente na faixa de rodagem as bermas.
10.3.7 Aterro (7): Material escavado ‘in situ’ ou material de câmara de empréstimocolocado sobre a superfície do
terreno, regularizado e compactado para construir a subrasante da estrada com objectivo de levantar o nível da
sua superfície.
10.3.8 Corte (8): Escavação de solo natural nos locais com níveis superiores aos da estrada, normalmente em
taludes do borde interior da largura da formação da estrada.
10.3.9 Sub-Base (9): Camada de material especificado de espessura variável, estabelecido de acordo com o
valor de suporte, colocado sobre uma sub-rasante, para sustentar a base, incluindo os taludes do aterro.
10.3.10 Valeta lateral (10): A valeta lateral segue o perfil longitudinal da estrada e escoa as águas da faixa de
rodagem e terrenos circundantes para as transportar para um local apropriado através das sanjas e aquedutos.
Pode ser usado em um ou ambos os lados da estrada dependendo da geografia do terreno.
10.3.11 Terreno natural: Superfície ou material do terreno natural, que existia antes da execução de construção
da estrada.
10.3.12 Nível do terreno natural (11): Surface level of natural terrain, which existed before starting the
construction of the road.
10.3.13 Talude exterior (12): A corte inclinada que cria a talude exterior da valeta ao longo do borde da estrada .
Uma forma de expressar os taludes construídos em função da relação entre a distancia horizontal e o ascendo
ou descenso vertical como por exemplo 1:3 ( 3 m na horizontal por cada 1 m na vertical).
10.3.14 Talude da valeta (13): Talude (inclinação do terreno cortada) da valeta lateral que parte da berma da
estrada até o leito da vala lateral.
10.3.15 Talude do aterro (14): Superfície inclinada acabada do aterro que vai do bordo exterior da berma da
estrada até a parte inferior do aterro.
10.3.16 Talude de corte: A cara artificial ou terreno cortado no comprimento do borde interior da estrada.
10.3.17 Ponto de quebra da berma (16): Ponto de junção da berma da estrada com o talude interior da valeta.
10.3.18 Topo de abaulamento (17): Ponto mais alto do abaulamento e que em geral corresponde ao ponto
localizado no eixo da estrada.
10.3.19 Eixo da estrada: Linha que corre ao longo do centro da faixa de rodagem da estrada importante no
levantamento topográfico e implantação da estrada). Distância da origem quilometragem), é um termo
frequentemente utilizado para descrever distâncias medidas ao longo do eixo central de uma estrada.
10.3.20 Reserva de estrada: Franja ou espaço de terreno sobre a qual se construa a estrada, legalmente
constituída por um terreno que outorga o direito de passagem ou trânsito e utiliza-se para futuras ampliações.
336
10.3.21 Gradiente ou pendente: Inclinação ou abaulamento da estrada ao longo do seu alinhamento. Esta
inclinação ou talude expressa-se em percentagem (relação entre a variação da altura e a largura). A inclinação
longitudinal e transversal é requerida para uma drenagem adequada.
10.3.22 Taludes: Superfícies inclinadas criadas quando for necessário efectuar cortes. Os taludes não
revestidos deverão ser construídos com uma inclinação, não muito forte para evitar que o solo deslize ou sofra
erosão.
10.3.23 Câmara de empréstimo: Local ou zona onde existem materiais de boa qualidade (areia, gravilha,
saibro) para utilização em obras de terraplanagem.
10.4.1 Valetas laterais: São estruturas de drenagem paralelas ao comprimento da estrada, podem ser
revestidas em betão, e recolhem as águas da faixa de rodagem e terrenos adjacentes taludes de corte, para as
transportar para um local apropriado (sanjas, terrenos adjacentes ou uma linha de água).
10.4.2 Sanjas: As sanjas encaminham as águas para fora das valetas e evacuam-nas em segurança pelos
terrenos adjacentes. As sanjas devem ser instaladas sempre que possível, para que o volume das águas
acumuladas na valeta não sejam demasiado e não provoquem a erosão nas valetas.
10.4.3 Valas de crista: Escavação da valeta, construída acima de um terreno em corte, que permite a captação
de água que escorra superficialmente antes que entre pelo talude, tendo como objectivo proteger o talude e a
estrada de erosão.
10.4.4 Cascatas: Elementos de drenagem, construídas nas valetas ou sanjas, que permitem a diminuição da
velocidade das águas, evitando provocar danos no talude da valeta por arraste de solos. A maior pendente do
terreno recomenda-se a utilização de cascatas a menos distância de separação.
10.4.5 Aqueduto: Transverse drainage tube usually made of metal, concrete, masonry, and installed below the
road surface to conduct or removing the water from inside the road to the other. The culverts are used to drain the
water from the side drains or to take the water across the road structure in the case of an existing water course or
stream.
10.5.1 Pontes: Estrutura de betão, metálica, madeira, alvenaria, que permitem a passagem sobre um curso
natural de àgua. (De acordo com o seu comprimento podem classificar-se em pontões com comprimento de 1 a
12 m e pontes > 12 m).
337
10.5.2 Drift ou passagem molhada: drift ou passagens que permitem que cursos de água natural, de natureza
sazonal ou permanente possam ser atravessar por cima da superfície da estrada. A estrutura pode ser em betão,
ou gabiões ou outro tipo de superfície emudecida (pedra arrumada a mão ou betão ciclópico) construído no
fundo do leito do rio ou curso de água.
10.5.3 Drift de tubos: O drift de tubos é uma solução intermédia entre um drift e uma ponte. É uma passagem
de nível médio de um curso de água, através de qual o curso normal de água poderá ser escoado, sendo
dimensionado para estar submerso durante os períodos de chuvas fortes.
10.5.4 Aqueduto em caixa (Box culvert): Abertura de drenagem transversal em caixa feita geralmente em
betão armado e instalada por baixo da superfície da estrada, para conduzir ou retirar a água do interior da
estrada para fora.
10.6.1 Gravilha: Em conformidade com a classificação de solos, a gravilha é definido como sendo o material de
tamanho entre (2 – 60 mm).
10.6.2 Areia: Um solo granulado do tamanho que varia entre os (0.06 – 2 mm), com os grãos distribuídos de
grosso a fino. Areia é normalmente firme, quando húmida.
10.6.3 Silt: Um solo com partículas muito pequenas (0.002 – 0.06 mm), que é poeirento quando seco, mais
muito mole quando molhado.
10.6.4 Argila: Este é um material com partículas muito pequenas (< 0.002 mm). Estas formam pedaços muito
duros quando secas, e a superfície fica rachada. Contudo a argila é pegajosa e escorregadia quando molhada.
10.6.5 Solo orgânico: Este material é sombrio e escuro em cor, e muitas vezes tem um cheiro distinto. Solo de
cima é geralmente orgânico.
10.6.6 Solo bem granulado: Material com uma variada gama de tamanhos de partículas que são bem
distribuídas (note que: uma mistura de tamanho de partículas significa que o solo será fácil de compactar e será
bom como material de terraplanagem).
10.6.7 Solo mal granulado: Material com excesso de partículas do mesmo tamanho, e muito poucas de
tamanhos diferentes. Normalmente é difícil obter-se uma boa compactação deste tipo de solo e as suas
características de resistência são geralmente inferiores ao material bem graduado.
10.6.8 Solo coesivo: As partículas do solo unem-se umas às outras (principalmente a argila, que possui alta
fricção);
10.6.9 Solos granulares: Principalmente a areia e a gravilha (com poucos ou sem finos, pouca areia ou sem
areia);
10.6.11 Saibro: A definição mais usual é a mistura de material gravilha, areia e argila em percentagens e
características predefinidas (vide tabela de materiais).
338
15. Referências
339
16. Bibliografia
SATCC Comissão para Transportes e Comunicações na África Não existe endereço electrónica.
Austral - Southern African Transport and Tele Representação em Moçambique:
communication Commission
340
17. ANEXOS Desenhos de Estruturas
341
Aquedutos
342
343
Especificações dos tubos dos aquedutos (passagens hidráulicas)
344
345
346
Aqueduto rectangular com travessas
347
348
349
Especificações do aqueduto rectangular
350
351
352
Especificações da passagem molhada
H1 1200
H2 600
H3 300
H4 300
H5 550
L2 400
L4 500
L5 300
T6 150
353
Especificações da passagem molhada multi-aquedutos
354
Tabelas das passagens molhadas
355
D (mm) 900 1200 1500
@ ≥45 ≥45 ≥45
H1 1150 1150 1150
H2 1000 1000 1000
H3 300 300 300
H4 300 300 300
H5 550 550 550
H6 500 500 500
L1
L2 400 400 400
L3
L4 500 500 500
L5 300 300 300
S1 2000 2000 2000
S2 5000 5000 5000
S3 250 250 250
S4 4000 4900 5800
T3 150 150 150
T6 150 150 150
356
357
358
359
Especificações da passagem longa multi-aquedutos
360
Ponte de vão simples
361
362
363
364