Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/292222600
CITATIONS READS
14 2,021
5 authors, including:
All content following this page was uploaded by Andrea Quirino Steiner on 26 April 2021.
Andrea Q. Steiner*
Christinne C. Eloy**
João Renato B. C. Amaral***
Fernanda D. Amaral****
Roberto Sassi*****
Introdução
A indústria do turismo é uma das que mais cresce globalmente, e a beleza dos recifes de
coral é um grande atrativo turístico em várias partes do mundo. Os países caribenhos, por
exemplo, cujas praias e recifes atraem milhões de turistas todos os anos, têm
aproximadamente 50% do seu produto interno bruto (PIB) advindo desta indústria. No
entanto, apesar dos benefícios econômicos e de algumas experiências exitosas de
turismo em áreas de recifes de corais, a atividade turística não planejada pode trazer
graves impactos a estes ecossistemas (BRYANT et al.,1998).
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 281
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Similarmente a outras áreas, os recifes desta APA possuem grande importância social,
visto que a pesca representa fonte de renda substancial para as populações locais.
Entretanto, estes recifes também vêm sofrendo um processo de degradação constante
devido a uma série de fatores, tais como o turismo desordenado, a expansão urbana, a
pesca predatória, a poluição e a coleta de corais (MAIDA; FERREIRA, 2003).
Neste estudo, serão discutidas algumas das implicações do turismo em áreas de recifes
de coral e, em seguida, serão caracterizados os principais impactos ambientais causados
pelo turismo e veraneio na APA Costa dos Corais, sugerindo possibilidades para projetos
futuros.
Figuras 01 e 02: Na APA Costa dos Corais, os zoantídeos (Cnidaria, Scleractinia) e as algas são
os organismos predominantes na plataforma recifal, como pode ser visto nestas poças em São
José da Coroa Grande/PE (à esquerda) e Paripueira/AL (à direita). Fotos: Andrea Steiner, 2003.
Metodologia
Área de estudo
Cerca de 200 mil pessoas habitam o entorno da APA Costa dos Corais (PROJETO
RECIFES COSTEIROS, 2004). Assim, uma série de atividades econômicas é
desenvolvida dentro da área, tanto pela população local quanto por empresários externos.
Segundo as observações realizadas, as atividades econômicas de grande porte que mais
modificam a paisagem costeira do local são o turismo/veraneio (e atividades correlatas) e
o cultivo de coco. A Figura 03 mostra onde estas duas atividades se concentram,
predominantemente, ao longo da APA. Outras atividades econômicas significativas na
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 282
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
APA e/ou no seu entorno são o cultivo da cana-de-açúcar e a indústria canavieira, a
pesca, a carcinocultura e a pecuária.
Várias atividades econômicas também são desempenhadas nos próprios recifes da APA,
dentre as quais a coleta de crustáceos e moluscos, a pesca artesanal e a remoção de
calcário para fabricação de cal e outros usos. Entre as atividades mais ligadas ao turismo,
podemos citar a retirada ilegal de organismos para venda como souvenires, a visitação
turística por meio de catamarãs e outras embarcações, a prática de mergulho e o lazer de
forma geral. As Figuras 04 e 05 mostram a empregabilidade nas áreas de hospedagem e
alimentação na porção alagoana da APA, segundo pesquisas do setor de turismo.
Tamandaré
Figura 03. Mapa da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, com destaque para as áreas
onde ocorrem, predominantemente, duas atividades que são fortes modificadoras da paisagem
costeira: o turismo e o cultivo do coco (modificado de IBAMA, 2004). Os dois municípios
analisados estão sublinhados.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 283
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Figuras 04 e 05 À esquerda, gráfico da empregabilidade do setor hoteleiro nos municípios
alagoanos da APA Costa dos Corais na baixa e alta estação (Fonte: AHMAJA, 2004 apud
BRATZOA, 2004); o gráfico à direita mostra a empregabilidade dos bares e restaurantes. Fonte:
BRATZOA, 2004.
Porto de Pedras
Abordagem metodológica
Este estudo qualitativo foi baseado em sete viagens a APA Costa dos Corais, realizadas
entre junho de 2003 e dezembro de 2004. Nas primeiras três viagens, toda a área
litorânea entre o rio Meirim (praia de Ipioca, Maceió/AL) e o rio Formoso (praia dos
Carneiros, Tamandaré/PE) foi percorrida a pé e observações acerca da orla, dos recifes,
dos impactos antrópicos e das populações dos municípios e povoados locais foram
registradas em caderneta de campo. Além disso, foi feito um registro fotográfico das
praias e municípios visitados, bem como de flagrantes de impactos antrópicos. Nas
viagens restantes foi dedicado um tempo maior a dois municípios com características
distintas: um mais isolado e quase intocado pelo turismo (Porto de Pedras/AL) e o outro
um popular ponto turístico (Tamandaré/PE).
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 284
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Figuras 06 e 07: À esquerda, vista área da orla do centro urbano de Tamandaré/PE (Fonte:
www.guiatamandare.com.br); à direita, zoantídeos e algas em uma das muitas poças de maré da
praia. Fotos: Andrea Steiner, 2003.
Figuras 08 e 09: À esquerda, rua do município de Porto de Pedras/AL; à direita o rio Manguaba,
que banha a cidade, encontra-se com o mar. Fotos: Andrea Steiner, 2004.
Resultados e discussão
As atividades diretas estão relacionadas à visita dos turistas aos recifes, que pode incluir
uma série de outras sub-atividades, cada qual com possibilidades de provocar diversos
tipos de impactos:
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 285
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
• Alimentação artificial de peixes e outros organismos recifais,
prejudicando sua saúde e/ou a estrutura da comunidade (ver MILAZZO et
al., 2005 e MILAZZO et al., 2006, por exemplo);
• Uso de filtros solares, bronzeadores e outros cremes potencialmente
danosos aos organismos recifais mais sensíveis;
• Remoção de conchas, corais e outros organismos recifais, como
souvenires;
• Prática de mergulho livre ou autônomo sem orientação, danificando
os corais e outros organismos com os equipamentos;
• Suspensão de sedimento ao andar ou nadar próximo aos recifes ou
nas poças de maré, prejudicando os organismos filtradores; e
• Prática de pesca esportiva predatória.
A visita dos turistas em áreas de recifes de coral também implica na geração de lixo,
muitas vezes deixado no local, prejudicando os organismos recifais. Sacos de plástico,
por exemplo, quando presentes no ambiente aquático podem provocar o bloqueio do trato
intestinal de organismos marinhos (LAIST, 1987), ulcerações do estômago e do intestino
quando ingeridos (LAIST, 1987; GRAMENTZ, 1988), e concentração de compostos
químicos sintéticos ao longo das cadeias alimentares (WEHLE; COLEMAN, 1983). A
bioincrustação em materiais flutuantes deixados pelos turistas pode trazer perigos para a
fauna e a flora de áreas protegidas, devido à introdução de organismos alienígenas
transportados para essas localidades pelas correntes marítimas (GREGORY, 1991). Além
desses problemas, ressalta-se, também, o seu efeito no aspecto estético, conforme
apontam Smart; Smith (1987), apud Wade et al. (1991).
• Transporte: a abertura de novas estradas para chegar até a APA Costa dos
Corais tem implicado, geralmente, no desmatamento e destruição de diversos
habitats costeiros;
• Alimentação: a demanda por pratos feitos com frutos do mar muitas vezes
pressiona os estoques de espécies ameaçadas ou em período de defeso; e
Para que se entenda o profundo impacto que pode ser causado nos recifes de coral
devido às atividades citadas acima, ressalta-se, aqui, o dinamismo e interdependência
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 286
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
dos ecossistemas costeiros. Pode-se utilizar como exemplo o trabalho de Moberg;
Ronnback (2003), que demonstra isto ao enfocar os recifes de coral e mais dois
ecossistemas tropicais costeiros de grande importância: os tapetes de fanerógamas
marinhas e os manguezais. Neste trabalho, estes autores ressaltam sua interdependência
e seu status como ecossistemas "mútuos e simbiônticos", que necessitam da saúde um
do outro para sobreviver e suportar/absorver os impactos externos: os recifes de coral dão
suporte e abrigo para diversos animais e protegem a costa da erosão das ondas e de
tempestades; os tapetes de fanerógamas marinhas, apesar de sua aparente simplicidade,
filtram a água impedindo que poluentes e sedimento em excesso cheguem aos recifes e
servem como alimento para animais importantes, como o peixe-boi marinho; por fim, os
manguezais, além de servir de berçário para uma grande variedade de peixes, crustáceos
e moluscos, protegem a costa de intempéries climáticas extremas (tempestades, tufões,
etc.). Assim, destaca-se a importância da conservação integrada destes ecossistemas.
Este tipo de mudança não é necessariamente ruim, porém existem alguns perigos, como
a perda do conhecimento tradicional destas comunidades, prejudicando a retomada da
atividade original caso a nova empreitada não dê certo a longo prazo. É possível,
também, que a percepção daquela população mude em relação ao meio, em face da sua
nova relação com o mesmo, podendo trazer conseqüências positivas ou negativas. Por
outro lado, o conhecimento dos pescadores sobre vários aspectos do ecossistema pode
ser aproveitado no caso de uma vocação para guias ou agentes ambientais,
proporcionando ao turista mais que uma simples visita ao recife.
A APA e o turismo
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 287
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
• O desenvolvimento urbano desorganizado, cuja falta de planejamento
permite construções muito próximas ao mar e muitas vezes sem saneamento
adequado, além de promover o desmatamento e/ou aterro de manguezais,
restinga e mata atlântica;
-
Figuras 10; 11; 12 e 13: As muitas faces do turismo na APA Costa dos Corais: (A) Placas indicam
a construção de resort em Carneiros (Tamandaré/PE, junho/2003); (B) Na praia de Sonho Verde
(Paripueira/AL) é possível ver casas de veraneio muito próximas da praia, com muro de arrimo
(novembro/2004); (C) Trecho da pista AL-101 a poucos metros da praia (Maragogi/AL,
setembro/2003); (D) Placa do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) alerta para área
imprópria ao banho (Maragogi/AL, junho/2003). Fotos: Andrea Steiner, 2003/2004.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 288
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Todas estas questões encontram-se emaranhadas a um misto de conflitos de interesse,
falta de vontade política, falta de fiscalização pelos órgãos apropriados e falta de
informação por parte da população. Um estudo paralelo a este, que entrevistou uma
amostra da população de duas cidades do local, mostrou que a maioria da população
sequer sabia que a área era uma APA (dados não publicados).
Ao mesmo tempo, falta conhecimento do ecossistema recifal por parte dos profissionais
do setor turístico na APA (guias, atendentes, etc.). Apesar dos corais serem um dos
principais chamarizes nos anúncios para atrair turistas à Costa dos Corais, raramente
foram encontrados profissionais que sabiam conceituá-los, mesmo aqueles que diziam
efetuar passeios de “ecoturismo” ou projetos de “educação ambiental”. De forma geral, o
que se observa são equívocos conceituais, onde os corais são confundidos com algas,
outros cnidários, e até mesmo com rochas. Ademais, ao serem levados para as piscinas
naturais ou “galés” (como são chamados os ambientes recifais emersos em alguns
trechos de Alagoas), os organismos apontados para os turistas quase sempre se resume
aos peixes coloridos, ignorando-se a rica fauna de invertebrados e flora algálica. Por
conseqüência, é comum ocorrer o pisoteio de corais e outros organismos sésseis, visto
que os guias não sabem identificá-los para orientar os visitantes. Além disso, para
agradar os turistas, este enfoque nos peixes faz com que os guias levem alimentos para
servir de atrativo. Infelizmente, o tipo de alimento (muitas vezes entregue aos próprios
turistas) nem sempre é adequado. Entre os atrativos utilizados, observou-se o uso de pão
e ração para cães, cuja conseqüência para organismos sensíveis como os corais e outros
invertebrados não é conhecida.
Desta forma, apesar de não se advogar aqui aprofundado conhecimento científico por
parte do setor turístico, seria interessante que os profissionais atuantes em regiões
tropicais costeiras adquirissem conhecimentos básicos sobre a biodiversidade recifal e
sua importância. Capacitando-se, poderão oferecer um diferencial aos seus clientes além
dos “peixinhos coloridos”; conscientizando-se, poderão sensibilizar os turistas e dar início
a um ciclo positivo de conservação dos ambientes recifais, promovendo o turismo
economicamente sustentável e ecologicamente correto.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 289
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Quadro 01. Dados comparativos sobre Tamandaré/PE e Porto de Pedras/AL
Tamandaré/PE Porto de Pedras/AL
Data de fundação/emancipação 1997 1921
Área total 190,02 km2 266,24 km2
População 17.281 habitantes 10.238 habitantes
2
Densidade demográfica 90,9 habitantes/km 38,5 habitantes/km2
Taxa de urbanização 66,8% 50,8%
Índice de Desenvolvimento Humano 0,596 0,499
Municipal – IDH-M
Ranking no Brasil 4724a posição 5487a posição
Ranking no Estado 125a posição (PE) 99a posição (AL)
Nível de desenvolvimento humano Médio Baixo
Taxa de alfabetização 64,5% 49,6%
Salário médio mensal R$271,28 R$182,74
Distribuição de renda Os 20% mais ricos detém Os 20% mais ricos detém
65,3% da renda, enquanto 20% 64,4% da renda, enquanto 20%
mais pobres detêm 0,4%. mais pobres detêm 0,5%.
Economia (principal) Agricultura, pesca, comércio, Indústria da cana-de-açúcar,
indústria, veraneio e turismo. cultivo de coco e pesca.
Infra-estrutura turística • 23 empresas de alojamento • 06 empresas de alojamento e
(direta e indireta) e alimentação; alimentação;
• 90 estabelecimentos • 29 estabelecimentos
comerciais diversos; comerciais diversos
• 27 empresas de atividade
imobiliária;
• 08 empresas de construção
Fonte: IBGE, 2000 e PNUD, 2003; organizado por Andrea Steiner, 2006.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 290
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
observar alguns dos problemas das grandes cidades, como a violência crescente
(reclamação repetida dos moradores), e um grau de favelização relativamente elevado
para uma cidade de seu porte. Diferentemente, Porto de Pedras possuía, no momento do
estudo, uma única e pequena rua que comportava a população mais pobre e
marginalizada.
Apesar do impacto negativo que o turismo pode ter em áreas de recife de coral, é
possível, com planejamento adequado, promover experiências proveitosas para todas as
partes envolvidas, sem degradar os ecossistemas: a população local, o turista e os outros
atores da indústria turística. Para tanto, um componente importante é a inclusão,
englobando a tomada de consciência por meio de informação e participação em todo o
processo. Sanchirico (2000), inclusive, afirma que o aumento de renda trazido pelo
turismo em áreas de proteção costeira só compensa as perdas ocasionadas a certos
grupos (como o dos pescadores, por exemplo), se for contrabalançadas de forma
eqüitativa e justa; caso contrário, dificuldades políticas irão surgir.
Nesta mesma linha, todos devem participar no planejamento turístico de uma área, não só
o governo e as empresas envolvidas. A população deve se empoderar do processo e
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 291
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
todos os possíveis impactos ambientais e sociais devem ser discutidos a fundo, o que
pode ser feito nos conselhos de meio ambiente (FERREIRA et al., 2003), escolas,
associações de moradores, entre outros espaços.
Entretanto, a participação no processo, por si só, não é suficiente. É preciso que haja
espaço para a completa inclusão de todos os segmentos interessados, principalmente a
população local. Desta forma todos se empenharão para que a iniciativa dê certo durante
muito tempo, estimulando uma atividade sustentável, e não predatória.
Usando como exemplo o caso de Porto de Pedras, algumas idéias simples seriam
aproveitar as atividades já existentes, como a visitação aos manguezais e os recifes nas
canoas de pesca; após um estudo prévio, os pescadores poderiam receber informações
sobre os manguezais e os recifes para complementar seu próprio conhecimento e
oferecer um serviço diferenciado ao turista. Como a infra-estrutura no local é mínima,
ainda há tempo de planejar o serviço de hospedagem, respeitando a legislação ambiental
e preservando a paisagem. Os moradores interessados poderiam participar de
capacitações sobre administração e turismo e criar (ou melhorar) pequenas estruturas de
alojamento em suas próprias casas, como o Sistema de Pousadas Domiciliares
implantado no Arquipélago de Fernando de Noronha. Este tipo de sistema ofereceria
alternativas para turistas de diferente poder aquisitivo, e não só para os mais abastados,
como no caso dos resorts. Seria uma fonte extra nos meses do verão, e própria.
Considerações finais
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 292
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Referências bibliográficas
BRASIL. Decreto Federal nº. 000/97 de 23 de outubro de 1997. Dispõe sobre a criação da
Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, nos Estados de Alagoas e
Pernambuco, e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 1997.
BRYANT, D.; BURKE, L.; MCMANUS, J.; SPALDING, M. Reefs at risk: a map- based
indicator of threats to the world’s coral reefs. Washington, D.C.: World Resources Institute,
1998. 60 p.
GRAMENTZ, D. Involvement of a turtle with the plastic, metal and hydrocarbon pollution in
the central Mediterranean. Marine Pollution Bulletin, v. 18, 1988, p. 11-13.
KAPLAN, E. H. Field guide to coral reef of the Caribbean and Florida. Boston:
Houghton-Mifflin, 1982.
LAIST, D. W. Overview of the biological effects of lost and discarded plastic debrids in the
marine environment. Marine Pollution Bulletin, v. 18, 1987, p. 319-326.
MAIDA, M.; FERREIRA, B. P. Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais. In: PRATES,
A.P.L. (ed) Atlas dos recifes de coral nas unidades de conservação brasileiras.
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2003, pp. 86-90.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 293
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
MILAZZO, M.; ANASTASI, I.; WILLIS, T.J. Recreational fish feeding affects coastal fish
behavior and increases frequency of predation on damselfish Chromis chromis nests.
Marine Ecology Progress Series, v. 310, p. 165-172. 2006.
MILAZZO, M.; BADALAMENTI, F.; VEGA FERNANDEZ, T.; CHEMELLO, R. Effects of fish
feeding by snorkellers on the density and size distribution of fishes in a Mediterranean
marine protected área. Marine Biology, v. 146, 2005, p. 1213-1222.
PROJETO RECIFES COSTEIROS – PRC. Projeto Recifes Costeiros. APA Costa dos
Corais. Tamandaré: PRC, 2004. Disponível em <
http://www.recifescosteiros.org.br/apa.htm >. Acesso 7 jul. 2004.
WEHLE, D. H. S.; COLEMAN, F.C. Plastics at sea. Natural History, n. 92, v. 2, 1983, p.
20-26.
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 294
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
RESUMO: Recifes de coral são ambientes de suma importância, tanto para o homem
quanto para a natureza, uma vez que fornecem benefícios em áreas diversas de grande
relevância como biodiversidade, alimento, medicina, lazer e proteção costeira. Fazendo
uso de seus atrativos, a indústria do turismo tem-se voltado para esses ambientes, mas a
atividade turística não planejada pode trazer graves impactos ao ecossistema recifal. A
APA Costa dos Corais (Pernambuco e Alagoas), maior unidade federal de conservação
marinha do Brasil, foi criada com o objetivo de preservar os recifes daquela área; porém,
vem sofrendo um processo de degradação constante devido a vários fatores, entre eles, o
turismo desordenado. No presente trabalho foram discutidas algumas implicações do
turismo sobre os recifes de coral, sendo também caracterizados os principais impactos
causados pelo turismo e veraneio na APA. São sugeridas, também, perspectivas para o
turismo sustentável nesta área.
Palavras-chave: Recifes de Coral. Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais.
Pernambuco. Alagoas. Turismo. Impacto Ambiental.
ABSTRACT: Coral reefs are extremely important ecosystems both for man and for nature,
as they provide significant benefits such as biodiversity, food, medicine, leisure, and
coastal protection. The tourism industry has sought out these environments due to their
appeal, yet unplanned tourist activities can seriously impact reef ecosystems. The Costa
dos Corais Environmental Protection Area (states of Pernambuco and Alagoas), the
largest federal marine conservation unit in Brazil, was created to preserve its reefs;
however, it has been under a constant process of degradation due to several factors,
including disordered tourism. This paper discusses some of the implications of tourism on
coral reefs, and characterizes the main impacts of tourism and vacationing on the EPA. In
addition, perspectives for sustainable tourism are suggested for this area.
Key words: Coral Reefs. Costa dos Corais Environmental Protection Area. Pernambuco.
Alagoas. Tourism. Environmental Impact.
Agradecimentos
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 295
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br
Informações sobre os autores:
Contato: coorelin@aspan.org.br
Contato: christinneeloy@yahoo.com.br
Contato: jrbca@hotmail.com
Contato: fdamaral@ufrpe.br
Contato: rsassi@nepremar.ufpb.br
OLAM Ciência & Tecnologia Rio Claro / SP, Brasil Ano VI Vol. 6 No. 2 Pag. 296
Dezembro/2006
ISSN 1519-8693 www.olam.com.br