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INTRODUÇÃO A SERVIÇOS

ECOSSISTÊMICOS

Conceitos iniciais

Matéria: Serviços ecossistêmicos

Professor: Rubens do Amaral


Soil tsunami: Dust Bowls na década de 1930 Soil tsunami: Dust Bowls , 2021, interior de
nos Estados Unidos. São Paulo.

https://www.youtube.com/watch?v=P5FaiT-o0Xw
A história do nosso futuro?

Apenas na primeira metade do século XX consolidou-se a percepção de que os


recursos naturais disponíveis no planeta são finitos e necessários para o
desenvolvimento humano, sendo demandadas formas de regulação de seu
consumo para preservá-los para as gerações futuras, conforme já preconizava
George P. Marsh em 1864, um século atrás.
Ecossistema

Com a consolidação da noção de finitude dos recursos naturais, veio a de que os


recursos naturais se originam da relação sistêmica entre seres vivos e o meio

físico que habitam. Delineia-se a percepção da existência dos ecossistemas,


que configuraria um novo entendimento sobre os efeitos das ocupações
humanas sobre o planeta.
Ecossistema

Arthur George Tansley cunhou em 1935 o

termo ecossistema, que se fundamenta na


existência de um sistema completo – em termos
físicos – que não só inclui o organismo
complexo, mas a complexidade dos fatores
físicos que formam o que se passou a chamar

habitat : organismos são inseparáveis


de seus ambientes, com os quais formam
um todo, um sistema físico (TANSLEY,
1935, p. 299)

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a8/Arthur-Tansley-1893.jpg, 2021


Ecossistema e ?

Primeiras análises dos ecossistemas: dificuldade de


representação espacial

O entorno ambiental era visto como fatores ou componentes


isolados do meio: e não como um todo indissociável
ONDE?
(DELPOUX, 1972).
Ecossistema e paisagem: Ecologia da paisagem!

Carl Troll, (1939) a partir de conceitos da biologia e da

geografia, formula o conceito de ecologia da


paisagem.

Ecossistemas na escala geográfica – materializado em

unidades de paisagem – com as relações espaciais e


funcionais: clima, natureza e homem

Sociedade e ecossistema são abrangidos na paisagem por


envolver a dimensão ecológica, não só estudando seu estado

intocado, mas as interações com os sistemas sociais e


Fonte: https://www.rheinische-geschichte.lvr.de/Persoenlichkeiten/carl-troll/DE-
2086/lido/5f912d8346c0c9.75919975, 2021
culturais. (SANTOS, 2014; HOLTMEIER, 2015)
Paisagem como sistema

Ecossistema :

"entidade ou unidade natural que inclui partes vivas e não vivas


para produzir um sistema estável no qual as trocas entre as duas
partes fazem parte de caminhos circulares". (Odum, 1958).

Fonte: https://news.uga.edu/the-father-of-modern-ecology/, 2021


Serviço ecossistêmico: conceituação
Teoria x prática: Como se define um tipo?
Sven Wunder (2015)

“O tipo ideal: surge da perspectiva de uma pesquisa pragmática. Não necessita ser
“verdadeiro” - algo que espelhe 100% a realidade, mas deve ser útil ao processo
de pesquisa, elucidando problemas interessantes.

Logicamente, o tipo ideal é formado pela caracterização de componentes


individuais do objeto de pesquisa, dentro de uma construção conceitual –
particularidades comuns que juntas forma um termo (tipo) genérico.

São estruturas mentais “ideiais” ou “puristas” conceitualmente mais fáceis de


compreender, ao passo que a diversidade da realidade histórica é mais difícil de
enquadrar. Mas essa multiplicidade pode então ser relacionada ao tipo ideal;
aparece como uma forma “contaminada” , por um pequeno ou grande “desvio”
médio mensurável a partir de um conceito ideal”(Wunder, 2015, apud Kuchenbrod,
https://efi.int/staff-list/sven-wunder
1999 )

SERVIÇO ECOSSITÊMICO: tipo ideal, uma metáfora utilizada para explicar realidades históricas
múltiplas e complexas dos ecossistemas, apesar dos desvios médios
Serviço ecossistêmico: conceituação
Origem
• Study of Critical Environmental Problems (SCEP, 1970): serviços ambientais
• Holdren and Ehrlich (1974): funções de serviços públicos do meio ambiente global
• Westman (1977): serviços da natureza
• Ehrlich e Ehrlich (1981): serviços ecossistêmicos
(Mooney and Ehrlich, 1997).

Serviços ecossistêmicos são os benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas. A espécie humana, protegida das
mudanças ambientais pela cultura e tecnologia, é fundamentalmente dependente do fluxo de serviços ecossistêmicos
(Millenium Ecosystem Assessment, 2005)

Serviços ecossistêmicos é o nome dado a todas as coisas boas que nós obtemos da natureza. Os ecossistemas do
planeta nos suprem com bens e serviços. Nos provêm com comida, água e materiais, eles limpam o ar e purificam a
água, protegem o solo, decompõem matéria morta e polinizam nossas plantações (BLOCKS e BOKALDERS, 2016)

Serviços ecossistêmicos são características ecológicas, funções ou processos que direta ou indiretamente
contribuem com o bem-estar humano: são benefícios que as pessoas obtêm de ecossistemas funcionais (Costanza et
al., 1997; Millennium Ecosystem Assessment (MEA), 2005).
Ecossistema, processos, função e serviço

ECOSSISTEMA
DIMINUIÇÃO DE ILHAS DE
CALOR

EVAPOTRANSPIRAÇÃO
PROCESSO ECOLÓGICO

FUNÇÃO ECOLÓGICAS SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS


PROCESSO ECOLÓGICO
PROCESSO ECOLÓGICO

PROCESSO ECOLÓGICO

ENRIQUECIMENTO DE UMA NASCENTE


REHABILITAÇÃO DE UM RIO URBANO

SERVIÇO AMBIENTAL

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, AÇÕES DE ADAPTAÇÃO, AÇÕES DE TRANSFORMABILIDADE


(HALLET et al., 2013, p.20)
Serviços ecossistêmicos e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

vv

Fonte:Gamcow, 2017
SE e dimensão econômica: Capital Natural, Construído, Humano e Social
• Capital humano: as pessoas, sua saúde e
educação e conhecimento acumulado
• Capital construído: infraestrutura (prédios,
estradas, casas etc) que compõem a estrutura
material da sociedade humana
• Capital social: a rede de conexões interpessoais,
arranjos institucionais, regras e normas que
facilitam as interações humanas
• Capital natural: a terra e os recursos nela
contidos, incluindo os sistemas ecológicos e os
serviços (ecossistêmicos)

• A interação entre capital construído, social, humano e natural


afeta o bem-estar humano. Source: Constanza, 2017

• Serviços ecossistêmicos são a contribuição do capital natural para a produção de diversos benefícios, pela interação
com outras formas de capital

• Os serviços ecossistêmicos não fluem diretamente para o bem-estar humano sem interações com outras formas de
capital. Demanda-se uma abordagem transdisciplinar e ampla (eg. aspectos socioecológicos, repensar as
infraestruturas, adaptação cultural)
SE e dimensão econômica: Capital Natural, Construído, Humano e Social

Qual o papel do Arquiteto da


Paisagem na promoção do bem-
estar humano sustentável ?

Source: Constanza, 2017

Planejar e projetar formas de interação entre o capital natural, social, humano e construído para garantir e promover o
acesso da sociedade aos serviços ecossistêmicos e o bem-estar humano deles decorrentes
Serviços ecossistêmicos: hotspots

Hotspots: núcleos (estruturas da paisagem) de grande desempenho ecossistêmico, cujos


processos ecológicos de suporte, específicos do Bioma, garantem significativa
disponibilidade de funções ecológicas, potencias serviços ecossistêmicos
(multifuncionalidades) a serem acessados pelas populações (HOBBS,2007; 2011; JACOBS et
al., 2015). Podem ser associados a sumidouros de carbono

Provavelmente, são diretamente proporcionais à escala do


sistema biofísico e sua respectiva complexidade biótica
(FIREHOCK e WALKER, 2019).

Sistemas biofísicos, de escala regional, origem dos serviços


ecossistêmicos a serem disponibilizados pela articulação híbrida
com os sistemas construídos.

• Sinergia de serviços ecossistêmicos: hotspots Hotspots na província de Shaanxi, China. Fonte: Liu et al, 2019
• Conflito entre serviços ecossistêmicos: trade-off
Estrutura da paisagem: serviços ecossistêmicos e bem-estar humano

PAISAGEM
NÚCLEOS

CORREDORES

TRAMPOLINS

MOSAICO
Fluxo de serviços ecossistêmicos na paisagem

• Áreas de provimento de serviços ecossistêmicos (SPA)


• Áreas beneficiadas por serviços ecossistêmicos(SBA)
• Áreas de conexão de serviços ecossistêmicos (SCA)

Relações entre SPA e SCA :

• in situ (1) - SPU e SBA ocorrem no mesmo sitio


• omnidirecional (2) - SPA em uma determinada
localização e SBA em torno, sem vieses de
direcionamento específicos
• desacoplada (3) - os serviços ecossistêmicos são
acessados em localidades distantes e
• direcional (4) - SBA em uma dada localização, na
direção do fluxo da SPA
ABORDAGENS SOBRE
SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

• Millenium Ecosystem
Assesment– MEA
• The Economics of
Ecosystems and
Biodiversity – TEEB
• IPBES
• CICES
Matéria: Serviços ecossistêmicos

Professor: Rubens do Amaral


SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS

ZHANG, Xinmin et al. Bibliometric analysis of highly cited articles on ecosystem services. PloS one, v.
14, n. 2, p. e0210707, 2019.
Link para o artigo (open acess):
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0210707
Concentração de pesquisas sobre SE
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO

Relação
Serviços ecossistêmicos
Suporte, provisão, regulação e
cultura

Bem- estar humano


Segurança, material para uma
vida boa, saúde, boas relações
sociais

Liberdade de escolha e de
ação

Extremos do diagrama: serviços ecossistêmicos de suporte e a liberdade


de escolha e ação, ao quais não são associados vínculos ou possibilidades
de mediação socioeconômica direta.
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO

A sinergia entre os serviços ecossistêmicos é natural: as categorias de serviços ecossistêmicos


naturalmente se enlaçam e sobrepõem

REGULAÇÃO PROVISÃO

• Drenagem de bacias
• Purificação de água
• Regulação de • Disponibilidade de
inundações água potável

SUPORTE
Fluxo de carbono no solo para aumento da
permeabilidade natural

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS SEMPRE VÊM EM PENCA!


MARCO: Avaliação ecossistêmica do milênio (2005)
Origem: demandas recebidas das nações em Coordenação
quatro convenções internacionais: Programa Ambiental das Nações Unidas
• Convenção em Conservação de Diversidade Quadro de multistakeholders : representantes
Biológica; de instituições internacionais, governos,
• Convenção das Nações Unidas para o Combate da empresas, ONGs e populações indígenas
Desertificação,
• Convenção de Ramsar sobre Wetlands e
• Convensão sobre Espécies Migratórias Elaboração
• Mais de 2 mil autores e revisores,
• atuação de 95 países
Importância • Envolvimento de agentes da sociedade civil e
Consolidou consensos em relação aos serviços
v de mercado
ecossistêmicos e sua classificação, bem como
• 5 anos de elaboração,
expôs lacunas nas pesquisas até então
existentes

Objetivo
Avaliar as consequências da mudança nos ecossistemas sobre o bem-estar humano e estabelecer bases
científicas para as ações necessárias para aprimorar (i) a conservação e o (ii) uso sustentável dos ecossistemas
e (iii) as contribuições para o bem-estar humano.
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO

ESTRUTURA CONCEITUAL:

• Fatores que afetam indiretamente os ecossistemas: população, tecnologia e estilos de vida

• Levam a fatores que afetam diretamente os ecossistemas: pesca, extração de recursos naturais, uso de fertilizantes
para o aumento da produção de alimentos

• Os efeitos no ecossistema modificam a prestação de serviços ecossistêmicos e afetam o bem-estar humano e a


pobreza

• Interações em e entre diversas escalas – sincrônicas - ( um mercado global pode levar a perdas regionais de
cobertura florestal, o que aumenta a magnitude de enchentes ao longo do um trecho dum rio)
• Interações em tempos diferentes – diacrônicas -: efeitos acumulativos que podem levar a eventos extremos no
futuro.

• Ações podem ser tomadas para responder a mudanças negativas ou para aumentar mudanças positivas em
diversas escalas (da local à global) e tempos diversos(curto a longo prazo)
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO
FORÇAS (drivers) DE MUDANÇA . O que são?

Uma força motriz ou "driver" é qualquer fator que muda um aspecto de um sistema.

Fatores que causam as mudanças nos ecossistemas e nos serviços de ecossistemas. Essenciais para projetar intervenções
que garantam impactos positivos e minimizem os que são negativos.
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO
FORÇAS (drivers) DE MUDANÇA : CATEGORIAS

Forças indiretas de mudanças :

• demográficas (como o tamanho da população, estrutura etária e sexual e distribuição espacial)


• econômicas (como renda per capita e nacional, políticas macroeconômicas, comercio internacional e fluxo de
capital);
• sociopolíticas (como democratização, o papel da mulher, da sociedade civil e do setor privado, e mecanismos
internacionais de disputas);
• cientificas e tecnológicas (como taxas de investimento na pesquisa e no desenvolvimento e taxas de adoção de novas
tecnologias, incluindo biotecnologias e tecnologias de informação);
v
• cultural e religiosas (por exemplo, as escolhas que os indivíduos fazem sobre o que e quanto consumir e o que eles
valorizam).

As forças diretas são principalmente físicas, químicas, e biológicas : mudanças da ocupação do solo, alterações
climáticas, poluição do ar e da água, irrigação, uso de fertilizantes, colheita, e a introdução de espécies exóticas
invasivas
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO

INTERAÇÕES E AVALIAÇÕES INTERESCALARES

• Uma avaliação eficaz dos ecossistemas e do bem-estar devem considerar diversas escalas temporais ou espaciais.
Ex. erosão da terra em dias ou semanas pode ter baixo impacto, mas por anos e décadas pode levar a produtividade
agrícola em declínio; criar tempestades de areia. Perdas de manchas em uma floresta impactam a disponibilidade local de
água , mas em escalas maiores pode impactar uma bacia hidrográfica levando à alteração na época e magnitude de
enchentes (McHarg – cheias de 5, 10 e 100 anos).

• Considerar dimensões multitemporais e multiescalares – um detalhe pode elucidar um processo de maior magnitude:
monoculturas agrícolas associadas a desmatamentos podem acumuladamente aumentar a erosão do solo criando
tempestades de areia e uma perspectiva histórica pode levar a serviços ecossistêmicos potenciais para uma região ou
v
cidade

• Os processos sociais, políticos e econômicos também têm escalas características que podem variar muito na sua
duração e extensão. As escalas de processos ecológicos e sóciopolíticos muitas vezes não coincidem (Quanto tempo
para reverter os desmatamentos da Amazônia nos últimos quatro anos?)

• A escolha de uma escala espacial ou temporal para uma avaliação tem peso político, previlagiando intencionalmente
ou não certos grupos: tradições ou demandas de populações minoritárias são frequentemente omitidas quando as
avaliações são empreendidas numa escala espacial mais ampla
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: vantagens e potencialidades (2005)

VALORES ASSOCIADOS COM ECOSSISTEMAS

1. Conceito utilitário:
• valores de uso - valor para sociedade porque as
pessoas, direta ou indiretamente, tiram proveito
de seu uso
• valores de não uso - valor a serviços do
ecossistema que não estão sendo utilizados no
momento

• Os valores de não uso são valores de


existência profundamente enraizados que as
pessoas atribuem aos ecossistemas (valores
históricos, nacionais, éticos, religiosos e
espirituais), que são pela AEM os serviços
https://www.cerratinga.org.br/povos/indigenas/
ecossistêmicos culturais
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: vantagens e potencialidades (2005)

2. Conceito não utilitário:

valor intrínseco: conjunto de bases éticas, culturais, religiosas


e filosóficas, que pode complementar ou contrabalançar
considerações de valor utilitário, mesmo em relação aos
valores de não uso – não confundir.
Pode influenciar tanto para a conservação de um ecossistema
em detrimento de uma alteração de uso, quanto para a
alteração do uso.

Decisões como esta são essencialmente políticas, e não


econômicas. https://www.cerratinga.org.br/povos/indigenas/

Quantificar o valor dos serviços de ecossistemas não muda por


si só os incentivos que afetam seu uso e mau uso. Poderão ser
necessárias várias mudanças nas praticas atuais para que o
valor destes serviços seja tomado em consideração
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO

FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO

• A AEM recomenda indicadores biofísicos e socioeconômicos, que combinem


dados em medidas politicas relevantes que fornecem as bases para as
avaliações e tomadas de decisão.

Eixo: Integração entre conhecimento científico formal conhecimento


tradicional e local (serviços ecossistêmicos culturais).

• Problemas na diferença de disponibilidade de dados entre países


industrializados e em desenvolvimento. Modelos podem ser criados tipo ideal
para compensar essas deficiências por meio da estimativa de dados

• Desenvolvimento de cenários futuros


AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: limitações e perspectivas (2005)

STATUS E TENDÊNCIAS
Grandes lacunas nos Sistemas de monitoramento nacionais e globais, resultando na
ausência de séries temporais bem documentadas e comparáveis de diversos
ecossistemas:
Apesar de 30 anos de avanços no sensoriamento remoto, a indisponibilidade de
recursos financeiros para processar e analisar o uso do solo, de forma que
medições precisas de alterações do usos do solo se encontram disponíveis
apenas em estudos de caso específicos.
Poucas informações sobre da degradação de terras áridas, demandando
programas globais sobre degradação do solo e desertificação
Existem poucos dados replicáveis sobre a cobertura florestal ao longo do tempo
apta a ser analisada ao longo do tempo
Ausência de mapeamento global de terras úmidas razoavelmente preciso
Existem grandes lacunas de informação sobre serviços ecossistêmicos não
comercializados, particularmente os de regulação, culturais e de suporte
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: limitações e perspectivas (2005)
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: perspectivas e limitações (2005)
REPÚBLICA DOMINICANA

https://ambiente.gob.do/wp-content/uploads/2016/10/ATLAS-2012.pdf
AVALIAÇÃO ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO: limitações e perspectivas (2005)
TEEB

A plataforma TEEB (The Economics of Ecossystems and Biodiversity ) consistiu em um dos mais
significativos engajamentos políticos decorrentes da Avaliação Ecossistêmica do Milênio, MEA (2005).

ORIGEM
Surgiu em 2008, decorrência da reunião de Ministros da pasta
ambiental do G8 +5 ocorrida em Postam, Alemanha.

OBJETIVO
fornecer as ferramentas necessárias aos formuladores de política
para que possam incorporar o valor real dos serviços ecossistêmicos
em suas análises.

MARCO: valoração econômica dos ecossistemas e da biodiversidade


TEEB: áreas de concentração

http://teebweb.org/about/
TEEB

AVANÇOS
• concentrada no viés econômico da temática, a abordagem enfatizou a valoração de
serviços ecossistêmicos e os impactos ecológicos, econômicos e políticos da inércia
política das nações em relação ao processo de perda de biodiversidade

• O conceito de infraestrutura ecológica foi agregado aos ecossistemas e a sua capacidade


ofertar bens e serviços.

• Reconheceu-se nesse processo a importância do carbono de origem florestal e das ações


de restauração e conservação ecológica para a mitigação dos impactos ambientais
TEEB: categorização de serviços ecossistêmicos
TEEB: categorização de serviços ecossistêmicos
TEEB: categorização de serviços ecossistêmicos
TEEB: categorização de serviços ecossistêmicos
TEEB: categorização de serviços ecossistêmicos

MODIFICAÇÃO DA CATEGORIA DE SUPORTE:


• elimina da categoria a produção primária, o ciclo de nutrientes e a formação dos solos,
• introduz como serviços de suporte: habitats para espécies e manutenção da biodiversidade genética. o
sequestro e o estoque de carbono são classificados como serviço de regulação, quando são componentes da
produção primária pela MEA (2005).

Generalização com viés neutro pouco apto a operacionalizar mudanças ou proposições de design baseadas em
pensamento crítico primário, com tendencia a manejos de conservação ambiental, mais conservadores (CORNER, 1999,
p.43; WALDHEIM, 2016; MOORE, 2017).
Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos IPBES
Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos IPBES

Origem: em 2010, no encontro sobre Criação: A Plataforma Intergovernamental


Biodiversidade e serviços sobre Biodiversidade e Serviços de
ecossistêmicos organizado pelo Ecossistemas (IPBES), foi criada em 2012,
Programa Ambiental das Nações na cidade do Panamá, reflexo do
Unidas (UNEP), onde os Países protagonismo político relacionado à proteção
demandaram a criação de uma dos serviços ecossistêmicos junto às
plataforma intergovenamental para nações. Sem ainda vínculos com as Nações
tratar do assunto, não criada até o Unidas
momento

Gestão administrativa: em 2013, após solicitações dos Países, o UNEP autorizou a criação de uma
secretaria para o IPBES, vinculada ao programa e com quadro de empregados mantido pelo
UNEP

Sede: Bonn, Alemanha.


IPBES

Objetivo: fornecer bases para governança e tomadas de decisão relacionadas à proteção da


biodiversidade do planeta, seus ecossistemas e serviços, por meio do conhecimento científico a
fim de melhorar o bem-estar humano (IPBES, 2015; DIAS et al., 2015; PAASGARD et al. 2017;
EMBRAPA SOLOS, 2019).
IPBES
ESTRUTURA IPBES

• Composição: corpo intergovernamental independente,


representado por 124 países e amparado por mais de
1.000 especialistas
• Plenário: O corpo diretivo do IPBES – formado pelos
representantes dos Estados membros do IPBES – se
reúne normalmente uma vez por ano.
• Observadores: Estados não membros do IPBES; a
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e outras
convenções relacionadas à biodiversidade; órgãos da
ONU relacionados; outras organizações e agências
relevantes.
• Mesa: Presidente do IPBES, quatro Vice-Presidentes e
cinco diretores administrativos
• Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP): Cinco
participantes especialistas de cada uma das cinco
regiões da ONU, supervisionando funções científicas e
técnicas do IPBES
• Stakeholders: Todos os contribuintes e usuários finais das saídas do IPBES.
• Grupos de especialistas e grupos de trabalho: Cientistas e experts para avaliações
• Secretariado (Inclui Unidades de Apoio Técnico): Assegura o funcionamento eficiente do IPBES
IPBES
PARTICIPAÇÃO
IPBES
O QUE FAZ A PLATAFORMA?

• Avaliações: Sobre temas específicos (e.g.,


“Polinizadores, Polinização e Produção de
Alimentos”); questões metodológicas (e.g.,
“Cenários e Modelagem); e nos níveis regional e
global (e.g, “Avaliação Global da Biodiversidade e
Serviços Ecossistêmicos”).
• Apoio a Políticas: Identificar ferramentas e
metodologias relevantes para as políticas, facilitar
seu uso e catalisar seu desenvolvimento.
• Capacitação e Conhecimento: Identificar e atender
às necessidades prioritárias de capacitação,
conhecimento e dados referentes aos Estados
membros, especialistas e stakeholders.
• Comunicações e divulgação: Garantir o maior
alcance e impacto do nosso trabalho.
IPBES
QUADRO CONCEITUAL ANÁLITICO
• A estrutura conceitual da Plataforma inclui seis
elementos interligados: (i) natureza ; os (ii)
benefícios da natureza para as pessoas; (iii)
ativos antropogênicos; (iv)
impulsionadores (fatores) indiretos de
mudança, como as instituições e os
sistemas de governança; (v)
impulsionadores (fatores) diretos da
mudança; e de (iv) boa qualidade da vida.

• Títulos em preto incluem todas essas visões


de mundo; texto em verde os conceitos
científicos; em azul, aqueles de outros
sistemas de conhecimento.

• Setas sólidas, a influência entre elementos;


MÃE TERRA
setas pontilhadas, links reconhecidos como SISTEMAS DE VIDA
importantes, mas não são o foco principal da
Plataforma. Setas coloridas grossas abaixo
e à direita do painel central indicam diferentes
escalas de tempo e espaço.
IPBES
• serviços de suporte?
• estariam implícitos no quadro relativo à
natureza, biodiversidade e ecossistemas;
• serviços ecossistêmicos de regulação,
provisão e cultura aglutinados no conceito de
benefícios da natureza para as pessoas
• Levando ao que seria uma boa qualidade de
vida, configurando o bem-estar humano,
relacionados à satisfação pessoal e valores
relacionais entre as pessoas e a natureza
• Ativos antropogênicos merecem destaque
pois uma boa vida é adquirida a partir da
coprodução de benefícios entre a natureza
e a sociedade
• Fatores associados a uma boa qualidade de
vida influenciam os fatores indiretos como
a capacidade de governança e as instituições
• Foco em valores orientados para o futuro,
pela preservação da natureza para as MÃE TERRA
SISTEMAS DE VIDA
gerações futuras, com a biodiversidade como
um reservatório de descobertas futuras,
soluções biológicas para as incertezas
decorrentes dos desafios das mudanças
ambientais
IPBES
EM CONTRAPONTO

A plataforma IPBES traz conceitos que desequilibram a distribuição entre causalidade, atuação e
eficácia, subestimando a Paisagem e seus processos:
• a noção generalista de que a perda de biodiversidade decorre de pressões excessivas e não por
v
refletir-se em oportunidades de negócios e exploração econômica;
• a quantificação é o ponto de partida para qualquer ação de remediação e
• a natureza compreendida como passiva e somente sujeita a mudanças por meio da ação humana.
(Vohland e Nadim, 2015; Paasgard et al., 2017)

Apesar de ser um marco significativo para a politização dos serviços ecossistêmicos e da


biodiversidade, a proposta alavancada pelo IPBES tem sido vista por alguns países como uma forma
de impor às nações uma governança de biodiversidade
v como um meio de legitimarem o acesso à
biodiversidade biológica por países desenvolvidos e/ou agentes econômicos, promovendo uma
apropriação neoliberal da produção dos ecossistemas (Vohland e Nadim, 2015; Paasgard et al. 2017).
CICES

A Classificação Internacional Comum dos Serviços Ecossistêmicos (Common International


Classification of Ecosystem Services - CICES) foi desenvolvida em 2013, no âmbito da Agência
Ambiental Européia (European Environment Agency – EEA).

Instrumento estratégico em relação a abordagens relativas a serviços ecossistêmicos, pois é a


classificação utilizada pelo Sistema de Contabilidade Ambiental-econômica (System of
Environmental-Economic Accounting - SEEA) da Divisão Estatística das Nações Unidas
(United Nations Statistical Division - UNSD) (CICES, 2020), responsável pela revisão e
consolidação da versão atual.

A primeira versão operacional da CICES – V4.3 – foi publicada em 2013, reavaliada após uso,
levando à versão V5.1, disponível em: https://cices.eu/.
CICES

Diferencial da abordagem: foco nos resultados “finais” dos ecossistemas e busca identificar os
materiais e propriedades desses sistemas que podem ser utilizados pelas pessoas para seu
benefício: design que caracteriza os “serviços finais” – aqueles com interface entre ecossistemas e
sociedade.

Segue a definição da TEEB, nomeando os serviços finais como os bens e benefícios decorrentes
dos ecossistemas;
Busca alinhamento com a MEA caracterizando os “serviços finais” como provisão, regulação e
cultura:
• Provisão: produção material ou em energia dos ecossistemas dos quais bens e produtos são
derivados
• Regulação: todas as formas pelas quais os ecossistemas podem mediar o ambiente do qual as
pessoas vivem ou dependem de alguma forma e portanto se beneficiam disso em termos de
saúde ou segurança, por exemplo
• Cultura: todas as características não materiais dos ecossistemas que contribuem ou são
importantes para o bem-estar material ou intelectual

Roy Haines-Young & Marion Potschin (2017)


CICES
MODELO CASCATA: abordagem decorreu da proposição de uma estruturação em cascata com o encadeamento entre o meio
ambiente e o sistema sócio-econômico.
Meio ambiente: conectaram-se os
serviços de suporte, compreendidos
como intermediários, e os serviços de
regulação, provisão e cultura,
encarados como finais.
Sistema econômico e social:
• bens e benefícios produzidos pelos
ecossistemas e sua valoração.
• Pressão sobre a estrutura e
processos biofísicos (certa
retomada da relação de causa e
efeito entre o que seria categorizado
como serviço de suporte e os
serviços tidos como finais)
Configura uma opção pela concentração
no aprimoramento dos considerados
serviços finais intermediários entre o
suporte e os bens e benefícios
ecossistêmicos
CICES
Outra inovação: detalhamento dos serviços ecossistêmicos em quatro níveis de categorização – biótica e abiótica - dos
serviços de regulação, provisão e cultura, em agrupamentos dos mais abrangentes aos mais específicos, visando à
caracterização e sistematização dos serviços identificados, seguindo uma hierarquia
CICES: visão geral serviços bióticos e abióticos em três níveis hierárquicos
CICES
CONFLITOS OBSERVADOS:

Generalização dos serviços ecossistêmicos de


suporte em estruturas biofísicas e funções

• Perda comunicação da hierarquia entre


processos ecológicos de suporte e as
categorias de regulação, provisão e
cultura.

• Horizontalização da abordagem e
diminuição do protagonismo da categoria de
suporte em detrimento da concentração nos
serviços finais (os sistemas e funções
biofísicas são abordados apenas no papel de
intermediação).

• Contraponto: há abordagens
estruturalmente mais complexas, que
reforçam o papel originário e condicionante
Fonte: Gramcow (2019)
dos sistemas biofísicos e suas funções, em
relação aos demais serviços e aos • Não se comunicam os encadeamentos entre produção primária,
constituintes do bem-estar humano. Eg. ciclo de nutrientes e formação de solos e muito menos sua relação
Hierarquização dos ODS na paisagem com o bem-estar humano e seus impactos sobre os sistemas
urbanos
CICES
CONFLITOS OBSERVADOS:

Ausência de uma etapa clara que configure a relação entre ecossistema e paisagem influencia abordagens
extremamente descritivas, cuja abrangência e detalhamento excessivo, são pouco propícias a não extrapolar o nível dos
diagnósticos. Diagnósticos, quando horizontais, detalhados e descritivos dificultam a percepção das relações
sistêmicas entre os serviços bem como a hierarquização das ações a serem tomadas

A classificação CICES 5.1 não recepciona os serviços ecossistêmicos de suporte como categoria de serviço. Evita
classificar elementos que desempenham o papel de sustentação. O foco nos “serviços finais” leva ao risco de
influenciar propostas desvinculadas da paisagem, utilitaristas, centralizadas nos efeitos decorrentes dos
ecossistemas, sem a leitura dos processos da paisagem que geram, condicionam e qualificam a prestação de tais
serviços

Surpreendentemente, em estudos recentes (POTSCHIN e HAINES-YOUNG, 2018b), é ressaltada a lacuna


referente à elucidação de características e classificações que levem à compreensão e instrumentalização
das bases biofísicas que sustentam os serviços ecossistêmicos
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http://www.matkuch1.de/tutideal.htm (accessed 03 January 2014).
Obrigado!

Rubens do Amaral
amaral.arqbr@gmail.com

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