Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O conhecimento das potencialidades dos recursos naturais, passa pelos levantamentos dos
solos, relevo, rochas e minerais, águas, clima, flora e fauna. Esses componentes do estrato
geográfico que dão suporte à vida animal e humana. Para análise da fragilidade, entretanto,
exige-se que esses fatores sejam analisados de forma integrada, calcada sempre no
princípio que a natureza apresenta funcionalidade intrínseca de seus componentes
Tricart definiu que os ambientes que estão em equilíbrio dinâmico são estáveis e quando
estão em desequilíbrio são instáveis. Partindo desse princípio, Ross define que as Unidades
Ecodinâmicas Instáveis são aquelas que sofreram intervenções antrópicas que modificaram
intensamente o ambiente natural através de desmatamentos e prática econômicas diversas,
enquanto as Unidades Ecodinâmicas Estáveis são as que estão em equilíbrio dinâmico e
foram poupadas da ação humana, encontrando-se em seu estado natural. Essas novas
definições foram aplicadas no planejamento ambiental estabelecendo as Unidades
Ecodinâmicas Instáveis ou de instabilidade emergente, sendo cada variável (rocha, solo,
drenagem, geomorfologia, clima, etc) que atinge a área sendo niveladas por graus de
intensidade.
Portanto, percebe-se que a visão da paisagem original era de uma certa precaução,
delimitada pelo conhecimento da realidade circundante. Diferentemente, as artes chinesa e
japonesa foram marcadas por um cosmocentrismo, com um certo senso da natureza como
sistema vivo, do qual o ser humano fazia parte.
O registro da paisagem ocorreu primeiro na pintura, sob o olhar mais atento e minucioso de
pintores tanto ocidentais como orientais.
No entanto, deve ser lembrado mesmo que, ao contrário, a ação humana pode se efetuar
no sentido da amenização dos processos naturais, como nas áreas de estabilidade
morfodinâmica de origem antrópica definidas por Ross (1991).
TEORIA DOS SISTEMAS
Outro aspecto dessa abordagem envolve a concepção do sistema contendo o todo dentro
do todo. Assim, sistemas contêm subsistemas que, por sua vez, podem ser sistemas
abertos e que, portanto, interagem entre si, com o sistema ao qual pertencem e com o
ambiente.
Teoria da Complexidade:
"A organização cria ordem (criando o seu próprio determinismo sistêmico), mas também
desordem: por um lado, o determinismo sistêmico pode ser flexível, comportar suas zonas
de aleatoriedade, de jogo, de liberdades; por outro, o trabalho organizador, como já
dissemos, produz desordem (aumento de entropia). Nas organizações, a presença e a
produção permanente da desordem (degradação, degenerescência) são
inseparáveis da própria organização. O paradigma da organização comporta, portanto,
nesse plano, igualmente uma reforma do pensamento; doravante, a explicação já não deve
expulsar a desordem, já não deve ocultar a organização, mas deve conceber sempre a
complexidade da relação organização - desordem - ordem."
Ainda neste sentido, dentre os vários conceitos existentes sobre sistema, alguns autores
colocam que para se caracterizar um sistema é necessário que exista qualquer con-junto de
objetos que possa ser relacionado no tempo e no espaço. No entanto, outros dizem que
além de relações é necessário que haja uma finalidade, a execução de uma função por
parte desse conjunto inter-relacionado, para que possa ser considerado como um sistema
(CHRISTOFOLETTI, 1979).
GEOECOLOGIA DA PAISAGEM
GEODIVERSIDADE E GEOCONSERVAÇÃO