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3. Desafio linguístico – 9.

º ano

Nome do desafio: Procurando incoerências

Objetivo:
• Ler e compreender textos de qualquer extensão (verbais, não verbais e
multimodais), atribuindo-lhes significação.
• Inferir informações implícitas nos textos lidos.
• Estabelecer relações entre textos lidos, partes do texto e os conhecimentos prévios.
• Reconhecer o efeito de sentido decorrentes da exploração de recursos ortográficos
e morfossintáticos.

O que este desafio propicia:


O uso de estratégias de leitura, para compreensão dos sentidos textuais.

Materiais necessários:
Cópias do textos (Anexo 1), para ser distribuída aos estudantes, canetas marca texto
e/ou lápis coloridos para iluminar as incoerências e papeletas (Anexo 2).

Encaminhamento metodológico:

O texto de Mário Quintana valeu-se da licença poética e abusou de incoerências


como recurso estilístico, tornando-se muito engraçado. Ainda assim, configura-se
como um interessante desafio propor aos estudantes que as identifiquem,
sublinhando ou destacando, e a seguir expliquem, por escrito ou oralmente, por que
tais informações são incoerentes no contexto real em que vivemos.

Para iniciar o desafio distribua o texto e as canetas marca texto aos estudantes, para
que eles a partir da leitura iluminem as partes em que observam incoerências.
Ao término da atividade, solicite para as equipes a leitura das partes selecionadas e
entregue as papeletas (Anexo 2) para que eles anotem as incoerências encontradas e
justifique-as.
Anexo 1

VELHA HISTÓRIA
Mário Quintana

Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um
peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado
tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou
cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois
guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no quente.
E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o
acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores.
Pelos cafés. Como era tocante vê-los no "17"! - o homem, grave, de preto, com
uma das mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o
jornal, com a outra fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este,
silencioso e levemente melancólico, tomava laranjada por um canudinho
especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o
segundo dos dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de
lágrimas. E disse o homem ao peixinho:
"Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por
mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia
solteira? Não, não e não! Volta para o seio de tua família. E viva eu cá na terra
sempre triste!..."
Dito isto, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho
n'água. E a água fez um redemoinho, que foi depois serenando, serenando... até
que o peixinho morreu afogado...
Anexo 2 - Justificativa das incoerências:

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VELHA HISTÓRIA
Mário Quintana

Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou um peixinho!
Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado tão indescritível nas
escamas, que o homem ficou com pena. E retirou cuidadosamente o anzol e pincelou com
iodo a garganta do coitadinho. Depois guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o
animalzinho sarasse no quente. E desde então ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o
peixinho o acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos elevadores.
Pelos cafés. Como era tocante vê-los no "17"! - o homem, grave, de preto, com uma das
mãos segurando a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra
fumando, com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente
melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial...
Ora, um dia o homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos
dois fora pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o homem
ao peixinho:
"Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por que roubar-te por mais
tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não
e não! Volta para o seio de tua família. E viva eu cá na terra sempre triste!..."
Dito isto, verteu copioso pranto e, desviando o rosto, atirou o peixinho n'água. E a
água fez um redemoinho, que foi depois serenando, serenando... até que o peixinho morreu
afogado...

Anexo 3 - Identificação das incoerências existentes:

Adaptada das atividades propostas na Formação integrada das redes estadual e


municipal da educação de Curitiba – 2017.

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