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Redação Beduka 5 anos atrás

Descubra quais são os Gêneros


Literários!

Quais são os Gêneros Literários

Gêneros literários são categorias de


composição literária onde as obras são
classificadas. A classificação das obras
literárias podem ser feitas de acordo com
critérios semânticos, sintáticos, fonológicos,
formais, contextuais e outros.

O Beduka preparou esse artigo para você


aprender tudo sobre quais são os Gêneros
Literários e se preparar para as questões de
Português do ENEM e outros vestibulares.

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tudo que você precisa saber para fazer um bom
texto na hora da prova.

Não deixe de conferir nossos exercícios sobre


Gêneros Literários!

Nesse artigo vamos falar sobre:

Quais são os Gêneros Literários;


Principais exemplos de cada gênero;
Citações das principais obras de cada
gênero.

O que é Gênero Literário?


Os gêneros literários são grupos que possuem
nas mesmas categorias obras com
características semelhantes. Estes textos são
organizados conforme suas propriedades
formais.

Entretanto, todos os gêneros partem de uma


classificação padrão, adotada desde a
Antiguidade: narrativo (ou épico), lírico e
dramático.

Quais são os Gêneros


Literários?
Gênero épico ou narrativo
O gênero épico representa a manifestação
literária mais antiga e abrange as narrativas
histórico-literárias de grandes
acontecimentos, com presença de temas
terrenos, mitológicos e lendários. Os elementos
essenciais das narrativas épicas são:

Alguns exemplos de gêneros narrativos são:

Romance: Essas produções literárias


trazem um enredo integral, com marcas
temporais, cenários e personagens bem
determinados. Esse subgênero nasceu na Era
Medieval e Dom Quixote, de Cervantes, é seu
principal modelo.

Sonhar o sonho impossível,


Sofrer a angústia implacável,
Pisar onde os bravos não ousam,
Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.

(CERVANTES, Miguel de. Dom Quixote)

Fábula: Criação no estilo fantástico, possui


compromisso somente com a esfera
imaginária. Os personagens destas histórias
são normalmente animais ou artefatos; a
intenção é difundir, por meio da história,
mensagens que ensinam uma lição de moral.

A raposa e a cegonha mantinham boas relações


e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a
raposa convidou a cegonha para jantar e, por
brincadeira, botou na mesa apenas um prato
raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi
tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas
molhar a ponta do bico e saiu dali com muita
fome.

(FÁBULAS DE ESOPO/. Esopo)

Conto: Obra ficcional intensa em conteúdo


e breve na forma. Normalmente é elaborada a
partir de eventos e figuras imaginárias.

O poeta chegara ao alto da montanha,


E quando ia a descer a vertente do oeste,
Viu uma cousa estranha,
Uma figura má.

(ASSIS, Machado de. No alto)

Novela: Narrativa mais sucinta que o


romance e maior que o conto, mas tão breve
quanto o último.

A loucura, objeto dos meus estudos, era até


agora uma ilha perdida no oceano da razão;
começo a suspeitar que é um continente.

(ASSIS, Machado de. O alienista)

Crônica: Texto isento de qualquer


formalidade; traduz acontecimentos do dia-
a-dia com uma linguagem informal e
concisa. Apresenta alguns traços de humor e
crítica, e está no limite entre o jornalismo e a
literatura.

Tenho amigos que não sabem o quanto são


meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que
o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em
outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que
não admite a rivalidade.

(MORAES, Vinícius de. Amigos)

Ensaio: Produção literária resumida,


inserida entre o gênero lírico e a didática.
Nele o autor apresenta seus conceitos,
críticas e ponderações morais e filosóficas
sobre um determinado assunto.

Mas como pode ocorrer que uma alma


enriquecida
de tantos conhecimentos não se torne mais
viva e
esperta, e que um cérebro vulgar e grosseiro
armazene, sem se apurar, as obras e juízos dos
maiores espíritos que o mundo produziu?

(Montaigne, 2004, p. 138).

Poesia Épica ou Epopeia: Poemas


narrativos parcialmente breve e que retratam
quase sempre ações heróicas.

Ele que o abismo viu, o fundamento da terra,


Seus caminhos conheceu, ele sábio em tudo,
Gilgámesh que o abismo viu, o fundamento da
terra,
Seus caminhos conheceu, ele sábio em tudo,
Explorou de todo os tronos,
De todo o saber, tudo aprendeu,
O que é secreto ele viu, e o coberto descobriu,
Trouxe isto e ensinou, o que antes do dilúvio
era.
De distante rota volveu, cansado e apaziguado,
Numa estela se pôs então o seu labor por
inteiro.

(Gilgámesh. Ele que o abismo viu)

Gênero Lírico
O gênero lírico apresenta textos em versos por
meio de uma linguagem poética, de caráter
sentimental que expressam sentimentos e
emoções, com predominância da subjetividade
do eu-lírico (primeira pessoa).

O “eu-lírico” é distinto do autor, ou seja, o eu-


lírico pode ser masculino ou feminino,
independente de sua autoria.

Alguns exemplos de gêneros líricos são:

Poesia: Sua essência é a harmonização da


palavra.

Nós criamos nossas próprias prisões


Os exemplos delas são:
A prisão do passado,
A prisão do romance que acabou
A prisão da cultura,
E a pior de todas, a prisão das ideias
ultrapassadas.

(Kellane Reis)

Ode: Composição calorosa e sonora.

A flor que és, não a que dás, eu quero.


Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

(REIS, Ricardo. A Flor que És)

Sátira: Texto que ironiza alguém ou de um


determinado contexto.

Que falta nesta cidade?… Verdade.


Que mais por sua desonra?… Honra.
Falta mais que se lhe ponha?… Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste rocrócio?… Negócio.
Quem causa tal perdição?… Ambição.
E no meio desta loucura?… Usura.

(MATOS, Gregório de. Epigrama)

Hino: Produção que louva e engrandece


algo.

Gigante pela própria natureza


És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!

(Hino Nacional Brasileiro)

Soneto: Poema com 14 versos: dois


quartetos (estrofes com 4 versos) e dois
tercetos (estrofes com 3 versos).

Por que tens, por que tens olhos escuros


E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros


Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa


A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua


Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!

(MORAES, Vinicius de. Soneto à Lua)

Haicai: Poemas japoneses que não possuem


rima, compostos geralmente por três versos.

Rosa (que exibida!)


que posa assim toda prosa
é prova de vida.

(ALMEIDA, Guilherme de. Rosa)

Gênero Dramático
O gênero dramático envolve a literatura teatral
em prosa ou em verso, ou seja, aquela que pode
ser apresentada e encenada. A voz narrativa
está entregue às personagens, atores que
contam uma história por meio de diálogos ou
monólogos. Os três elementos essenciais dos
textos literários dramáticos são: o autor, o
texto e o público.

Alguns exemplos de gêneros dramáticos são:

Farsa: Possui tendência para o cômico. A


ação é frequente e é baseada na rotina diária
e no ambiente familiar.

“Inês:

Andar! Pero Marques seja!


Quero tomar por esposo
quem se tenha por ditoso
de cada vez que me veja.
Por usar de siso mero,
asno que leve quero,
e não cavalo folão;
antes lebre que leão,
antes lavrador que Nero.

Pero:
I onde quiserdes ir
vinde quando quiserdes vir,
estai quando quiserdes estar.
Com que podeis vós folgar
que eu não deva consentir?”

(VICENTE, Gil. A Farsa de Inês Pereira)

Tragédia: Reproduz um evento trágico e


tem por fim provocar piedade e horror.

Édipo: Foi ela quem te entregou a criança?


O Servidor: Foi ela, Senhor.
Édipo: Com que intenção?
O Servidor: Para que eu a matasse.
Édipo: Uma mãe! … Mulher desgraçada!
O Servidor: Ela tinha medo de um oráculo dos
deuses.
Édipo: O que ele anunciava?
O Servidor: Que a criança um dia mataria seus
pais.
Édipo: Mas por que tu a entregaste a este
homem?
O Servidor: Tive piedade dela, mestre. Acreditei
que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te
salvou a vida, mas para os piores males ! Se és
realmente aquele de quem ele fala, saibas que
nascestes marcado pela infelicidade.
Édipo: Oh! Ai de mim então no final tudo seria
verdade! Ah! Luz do dia, que eu te vejo aqui
pela última vez, já que hoje me revelo o filho de
quem não deveria nascer, o esposo de quem
não devia ser, o assassino de quem não devia
matar!

(ÉDIPO. O Rei)

Elegia: Engrandece a morte de uma pessoa


(este é o ponto central da peça). Exemplo:
Romeu e Julieta, de Shakespeare.

– Romeu, Romeu. Por que tu Romeu; recusa teu


nome e renega a teu pai; ou se preferir
abandonarei a minha família para viver
eternamente contigo.Mas afinal o que é um
Capuleto? Não é mão, nem pé, nem braço, nem
outra parte do corpo. A flor que chamamos de
rosa se outro nome tivesse inda teria o mesmo
perfume; assim é você Romeu, se outro nome
que (não Montecchio) tivesses, ainda assim
teria a mesma perfeição tu tens agora.

– Chama-me somente de amor – diz Romeu –


e serei novamente batizado e jamais serei
Romeu outra vez.

(SHAKESPEARE, William. Romeu e Julieta)

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Literários, você pode testar seus
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Categorias: Literatura Tags: gêneros literários, quais sao

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