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em sua armadura fria e dura, e quase quebrando as costelas dela.

Então tire essa armadura para que eu possa ver quem você realmente é! — ela
exigiu.

Não posso tirá-la. Tenho de estar pronto para montar em meu cavalo e sair em
qualquer direção — explicou o cavaleiro.

Se você não tirar essa armadura, vou pegar o Christopher, montar no meu
cavalo e sair de sua vida.

Bem, isso foi um verdadeiro golpe para o cavaleiro. Ele não queria que Juliet
fosse embora. Ele amava sua esposa, seu filho e seu elegante castelo, mas
também amava sua armadura, porque ela revelava a todos quem ele era — um
cavaleiro bondoso, gentil e amoroso. Por que Juliet não compreendia que ele era
todas essas coisas?

O cavaleiro estava confuso. Finalmente, ele chegou a uma conclusão. Não valia
a pena continuar usando a armadura e perder Juliet e Christopher.

Relutante, o cavaleiro tentou remover o elmo, mas este não se moveu! Ele puxou
com mais força. O elmo permaneceu imóvel. Perturbado, tentou levantar a
viseira mas, que chateação, ela também estava emperrada. Embora pelejasse
com a viseira insistentemente, nada acontecia.

O cavaleiro andou de um lado para o outro, muito agitado. Como isso pôde
acontecer? Talvez não fosse tanta surpresa encontrar a armadura emperrada, já
que ele não a retirava há anos, mas a viseira era diferente. Ele a abria
regularmente para comer e beber. Ora, ele a levantara naquela mesma manhã
para um desjejum de ovos mexidos e carne de porco.

De repente o cavaleiro teve uma idéia. Sem dizer para onde ia, correu à oficina
do ferreiro, que ficava no pátio do castelo. Quando lá chegou, o ferreiro estava
modelando uma ferradura com as próprias mãos.

Seu ferreiro — disse o cavaleiro —, estou com um problema.

Você é um problema, senhor — zombou o ferreiro, com seu tato de sempre.

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