Você está na página 1de 3

Centro Educacional Santamariense Ensino Fundamental I

Professora: Geandra Série: 5° Ano

Aluno (a):_______________________________________________
Data: ____/____/_____

Entre em ação

Um velho moleiro, sentindo a morte chegar, dividiu seus bens entre seus três filhos.
O mais velho herdou o moinho, o segundo, um jumento capenga e o caçula, um gato.
O gato, vendo o seu dono muito desiludido com sua parte na herança disse-lhe:
— Nã o te entristeças, meu amo, tenhas confiança em mim. Eu te farei um homem
rico. Preciso somente que tu me dês algumas roupas.
Assim, o rapaz deu ao gato um velho chapéu e um par de botas que ele havia
recuperado no celeiro.
Também lhe fez uma capa e deu-lhe um saco.
— Eu te prometo voltar com boas novas — disse o gato ao seu amo quando partiu.
No caminho encontrou um belo coelho e imediatamente colocou os seus projetos em
execuçã o. Pulou sobre ele e enfiou-o no saco.
— Majestade, é uma felicidade para mim, oferecer-lhe este humilde presente.
Quem o envia é marquês de Carabá s, meu amo — disse ao rei fazendo uma profunda
reverência.
Nos dias seguintes o monarca continuou recebendo presentes da parte do
famoso marquês que ninguém conhecia...
Alguns dias depois, o gato disse a seu amo:
— Nã o me faças perguntas, mas faz o que eu digo. Amanhã de
manhã vai tomar banho no rio e espera que a carruagem do rei
passe por ali.
Na manhã seguinte enquanto seu amo banhava-se no rio, o rei passou por ali com a
sua filha.
— Socorro! Socorro! Meu amo, o marquês de Carabá s, está se afogando! — Gritou o
gato.
O rei parou a carruagem e deu ordens a seus lacaios para socorrer o marquês e
procurar-lhe roupas adequadas. O monarca nã o tinha esquecido os numerosos presentes
recebidos...
Depois o convidou para subir na carruagem. A princesa logo ficou encantada com o
charme do jovem marquês.
Os campos estendiam-se a perder de vista ao longo do caminho que a carruagem
real percorria.
— O rei logo vai passar por aqui — disse o gato aos lavradores. Se ele perguntar a
quem pertence essas terras, respondam-lhe que pertencem ao marquês de Carabá s, caso
contrá rio farei picadinho de vocês!
Os camponeses ficaram amedrontados e obedeceram ao gato de botas. O rei ficou
muito impressionado com os muitos bens que o amá vel marquês possuía.
O gato continuava a correr à frente da carruagem; atravessando um espesso
bosque, chegou à porta de um magnífico palá cio, no qual vivia um ogro muito malvado
que era o verdadeiro dono dos campos semeados. O gatinho bateu à porta e disse ao ogro
que a abriu:
— Meu querido ogro, tenho ouvido por aí umas histó rias a teu respeito. Diga-me: é
certo que você pode se transformar no que quiser?
— Certíssimo — respondeu o ogro, e transformou-se num leã o.
— Isso nã o vale nada — disse o gatinho. — Qualquer um pode inchar e aparecer
maior do que realmente é. Toda a arte está em se tornar menor. Poderias, por exemplo,
transformar-te em rato?
— É fá cil — respondeu o ogro, e transformou-se num rato.
O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o e desceu logo a abrir a porta,
pois naquele momento chegava a carruagem real. E disse:
— Bem-vindo seja, senhor, ao palá cio do marquês de Carabá s.
— Olá ! — Disse o rei — Que formoso palá cio tens tu! Peço-te a fineza de
ajudar a princesa a descer da carruagem.
O rapaz, timidamente, ofereceu o braço à princesa e o rei murmurou-lhe ao
ouvido:
— Eu também era assim tímido, nos meus tempos de moço.
Entretanto, o gatinho meteu-se na cozinha e mandou preparar um esplêndido
almoço, pondo na mesa os melhores vinhos que havia na adega; e quando o rei, a princesa
e o amo entraram na sala de jantar e se sentaram à mesa, tudo estava pronto.
Depois do magnífico almoço, o rei voltou-se para o rapaz e disse-lhe:
— Jovem, és tã o tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que
gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que nã o a pedes em casamento?
Entã o, o moço pediu a mã o da princesa, e o casamento foi celebrado com a maior
pompa. O gato assistiu, calçando um novo par de botas com cordõ es encarnados e
bordados a ouro e preciosos diamantes.
E daí em diante, passaram a viver muito felizes. E se o gato à s vezes ainda se metia
a correr atrá s dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente nã o mais
precisava de ratos para matar a fome...

Você também pode gostar