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seu filho.

O cavaleiro refletiu sobre isso. A tristeza que ele sentira fora tão profunda que a
armadura não pudera protegê-lo dela. Muito pelo con-

trário, suas lágrimas haviam começado a romper o aço que o circundava.

- E isso! — ele exclamou. — Lágrimas de sentimentos reais me libertarão desta


armadura! Ele colocou-se em pé tão rápido como há muitos anos não fazia. -
Esquilo! Rebecca! — ele gritou. — É realidade! Vamos seguir o Caminho da
Verdade!

Rebecca e Esquilo estavam tão deleitados com o que estava ocor-rendo ao


cavaleiro, que nenhum deles mencionou que aquela rima tinha sido terrível.

Os três continuaram montanha acima. Era um dia especial para o cavaleiro. Ele
percebia as minúsculas partículas iluminadas de sol que se filtravam através dos
galhos das árvores. Olhou de perto o rosto de alguns tordos e viu que não eram
todos iguais. Ele falou isso para Rebecca, que não parava de dar saltos,
murmurando alegremente.

Você está começando a perceber as diferenças em outras formas de vida, porque


está começando a perceber as diferenças no seu interior.

O cavaleiro tentou entender o que exatamente Rebecca queria dizer com isso.
Mas era orgulhoso demais para perguntar, pois ainda pensava que um cavaleiro
deveria ser mais inteligente que um pombo.

Nesse exato momento, Esquilo, que fora fazer um reconhecimento da estrada


mais adiante, voltava numa carreira. - O Castelo do Silêncio fica logo depois da
próxima subida.

Excitado com a perspectiva de ver o castelo, o cavaleiro seguiu ainda mais


rápido. Quando alcançou o alto da colina já estava quase sem ar. Era verdade,
um castelo emergia à frente, bloqueando completamente o caminho. O cavaleiro
confessou a Esquilo e Rebecca que estava desapontado. Ele esperava uma
extravagante estrutura. Em vez disso, o Castelo do Silêncio parecia com
qualquer outro castelo da região.

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