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Sim — disse o sábio mago.

— Não parecia amargo no início, e depois, enquanto


você provava mais, não ia se tornando agradável? O cavaleiro concordou:

Sim, e os últimos goles eram absolutamente deliciosos.

Foi quando você começou a aceitar o que eslava bebendo.

Você quer dizer que a vida é boa quando a aceitamos? —

perguntou o cavaleiro.

E não é? — replicou Merlin, levantando uma sobrancelha em sinal de


divertimento.

Você espera que eu aceite toda esta pesada armadura?

Ah — disse Merlin —, você não nasceu com ela. Foi você quem a vestiu. Será
que alguma vez já se perguntou por quê?

Por que não? — retorquiu o cavaleiro, irritado. Nessa altura, sua cabeça
começava a doer. Ele não estava acostumado a pensar dessa maneira.

Você terá condições de pensar melhor quando recuperar suas forças — disse
Merlin.

Com isso, o mago bateu as mãos, e os esquilos, carregando nozes em suas


pequenas bocas, enfileiraram-se diante do cavaleiro. Um de cada vez, os esquilos
subiram até o ombro dele e, após quebrarem e masca-rem as nozes, enfiaram os
pedaços pela viseira do cavaleiro. Os coelhos fizeram a mesma coisa com
cenouras, e o veado esmagou raízes e frutos para o cavaleiro comer. Claro que
esse método de alimentação nunca seria aprovado pelo departamento de saúde
de nenhum reino; o que mais, porém, um cavaleiro preso em sua armadura e no
meio da floresta poderia fazer?

Os animais alimentavam o cavaleiro regularmente, e Merlin lhe dava largas taças


de Vida para beber através do canudo. Lentamente, o cavaleiro foi i imperando
as forças e suas esperanças começaram a se reno-var.

Todos os dias, ele fazia a mesma pergunta a Merlin:

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