Oito luas

Capitulo Um: Introdução 1

 Oito Luas

2 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas

Oito
Luas
Guerreiros
Errantes
Capitulo Um: Introdução 3
 Oito Luas

4 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas

Créditos:
Oito Luas
Um RPG de Fantasia Medieval
Escrito por Rodrigo Coelho da Silva Santos e amigos.

Arte: Grupo Hochizora

Lucas do Nascimento Santos.
Mizael
Tiago
Pablo

Capa Criada por: Lucas do Nascimento Santos.

Advertência:
Aconselha-se cautela ao leitor. Os temas e assuntos descritos nesse jogo podem ser perturbadores para alguns. Apesar
do propósito não ser de ofender e sim divertir. Para deixar bem claro: ESTE LIVRO É APENAS UM JOGO.

Oração dos RPGistas.

Santo livro que estás na mesa,

Abençoado seja os seus capítulos,
Venha a nós as suas diretrizes,
Seja feita à vontade dos dados,
Assim para o mestre como para os jogadores,
A sessão nossa de cada dia nos daí hoje,
Perdoai as pérolas dos jogadores,
Assim como perdoamos as apelações do mestre,
Não nos deixe perder nossos personagens,
E livrai-nos das críticas alheia,

Amém.

Capitulo Um: Introdução 5

 Oito Luas

6 Capitulo Um: Introdução

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Índice

Prefácio 009
Capítulo um: Introdução 023
Capítulo Dois: Raças 029
Capítulo Três: Classes 051
Capítulo Quatro: Criação de Personagem 085
Capítulo Cinco: Divindades 119
Capítulo Seis: Poderes Mágicos 129
Capítulo Sete: Regras 215
Capítulo Oito: Sistema 221
Capítulo Nove: Narrativa 241
Capítulo Dez: Apêndice 253

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8 Capitulo Um: Introdução

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Prefácio
Kasca andava aflita pela cabana esperando sua mãe, que voltaria da assembleia,
seu destino dependeria da decisão dos anciões: se a aceitariam como uma adulta por
ter sido vencedora do ritual de passagem ou como uma desertora por ter ido contra
as regras da raça, sendo obrigada a nunca mais voltar. Sua mãe volta à cabana com
o recado que os anciões queriam ouvir sua história para poder decidir como agir.
Kasca pega suas coisas, com receio de nunca mais voltar para casa, ela guarda o
prêmio da caçada entre suas coisas, coloca suas armas no cinto e olha em volta
vendo se não deixará nada para trás, ao sair da cabana Kasca acaba encontrando to-
dos os seus amigos, ao passar todos ficam em um silencio mortal.
Sua mãe quebra o silencio ao dizer.
- Você foi valente em fazer o que fez, por isso peço descul-
pas a você, porque não irei acompanhá-la.
- Por que não irá me acompanhar? Pergunta Kasca.
- Meu filhote. Você acha que eu suportaria se decidissem
em exilá-la, seria uma tortura para eu vê-la sendo escoltada
para fora do reino. Esperarei em casa. – Dando as costas,
Kayli ainda diz – Até o ultimo dia de minha vida. Boa sorte
meu filhote.
Profundamente triste Kayli, se afasta de Kasca e volta para
a cabana.
Kasca tenta chamá-la e percebe que isso não adiantara em
nada. Ao perceber que perdeu a sua única fonte de espe-
rança, parada e sem saber o que fazer ela pensa que vai
ter um grande desafio a encarar, sendo o pior que já fez
em toda a sua vida.
Ao entrar na cabana central, Kasca fica surpreendida
ao se deparar com o conselho geral do reino, os mais ve-
lhos dos sete clãs Saymos. A rainha a Grande anciã
Myrna “a selvagem”, como era conhecida e diziam
que merecia a alcunha que lhe deram. Os olhos aten-
tos, ouvidos apurados e o corpo poderoso como o
de um jovem. Mesmo assim parecia ter bem menos idade do que realmente tinham,
muitos diziam que após completar quatrocentos anos, Myrna não envelhecera mais.
Como se Warguy tivesse impedindo-a de envelhecer.
Myrna olhou bem nos olhos de Kasca e pronunciou.
- Jovem filhote você ainda tinha mais cinco anos de preparação para o Ritual de
Passagem, por que foi contra as regras e fez isso, mesmo sabendo que poderia ter
morrido, pelos perigos a serem enfrentados nesta pouca idade.
- Grande anciã – responde Kasca – e membros desse conselho, fiz isso para vin-
gar meu pai e provar a mim mesmo que podia vencer esse desafio, mesmo sabendo
o que me aguardaria por ter ido contra as regras do nosso povo, fiz isso por que
Capitulo Um: Introdução 9
 Oito Luas
sentia um rugido se inflamando em meu peito, para que eu tomasse o meu lugar en-
tre as feras mais selvagens, a mais brutal e sanguinária de todas.
- Jovem filhote nós reconhecemos a sua bravura, seu espírito selvagem. Warguy
deve querer grandes feito de você, ou não a teria feito passar por isso tão cedo.
Conte nos como foi a sua caçada depois anunciaremos o seu destino.
- Contarei a história, como desejar grande anciã – Kasca olha nos olhos de Myrna
e vê uma estranha semelhança, que não consegue explicar, respirando fundo ela
começa a relatar a caçada – Eu e meu pai adorávamos caminhar pelas florestas do
reino, fazíamos isso todas as manhas pelas terras de todas as tribos. Por isso deci-
dimos explorar as montanhas.
- Isso foi uma tolice filhote – Interrompe Myrna – Vocês achavam que não iriam
correr nenhum risco.
- Justamente por isso que nós não subíamos muito as montanhas; explorávamos
as regiões baixas, para reconhecermos cada parte. Mas confesso que com o passar
do tempo começamos a ser mais ousados, cada vez mais párea o alto íamos. Aper-
feiçoando nossas habilidades de escalada, mas em um dia encontramos o rastro de
uma criatura que não conhecíamos.
- Que criatura filhote? – Pergunta outro membro do conselho. Um saymos alto
de cabelos e pelo negro.
- Não sabíamos – responde Kasca – mas fomos atrás da criatura, não era difícil
seguir o rastro, suas patas eram grandes e pela profundidade das pegadas era pesada
e pelo formato achávamos que era um felino.
- Que felino era esse? – Pergunta Myrna.
- Este! Responde Kasca retirando a pele de dentro da bolsa.
Todos ficam surpresos como tamanho da pele. Kasca entrega a pele a Myrna que
junto com o conselho examina a pele.
Ao examiná-la Myrna fica surpresa, pois identificou características de todos os
clãs saymos. Há juba do clã Leakan, as grandes manchas do clã Jakyr, as pequenas
manchas do clã Guepah, manchas cinza e pretas do clã Lynka, o pelo alaranjado do
clã Pukah, as listras nas pernas do clã Tika, as garras e olhos negros do clã Pakyh,
mas o que chamou mais as atenções foram à presença de enormes caninos em for-
ma de adagas de marfim.
- Filhote! Chama Myrna - você já deu um nome a essa criatura?
- Não tive nenhuma ideia do que colocar; grande anciã – diz Kasca – Pensei em
deixar essa honra para vossa excelência.
- Continue com sua história – fala Myrna – o nome pode ser deixado para depois.
Myrna entrega a pele a Kasca. Ao recebê-la, Kasca veste a pele e todos ficam es-
pantados com essa atitude. Espantada Myrna pergunta.
- Por que te colocas a pele em você? Sendo que muitos de nós guardamos so-
mente o crânio.
- Esse é o meu primeiro troféu, minha senhora – responde Kasca – por isso que-
ro andar sempre com ela em meu corpo para mostrar a todos o meu feito.
- Muito bem continue a contar a sua história jovem filhote. Pede Myrna.

10 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
- Quando nós achamos os rastros do felino, ficamos pensando no que fazer, se
iríamos voltar e comunicar o achado ou persegui-la. Depois de algum tempo deci-
dimos que iríamos segui-la, mas somente até descobrirmos que animal que era.
“Depois de algumas horas ouvimos alguns ruídos estranhos, fomos até o local o
mais cautelosamente possível, e quando chegamos encontramos o felino se alimen-
tando. Mas para o nosso azar estávamos contra o vento e com isso ele percebeu a
nossa presença”.
“Ele olhou nos nossos olhos e urrou de fúria, começou a nos perseguir, sem
nos importar com mais nada começamos a correr. Meu pai não parava de gritar pa-
ra eu ir mais rápido e olhando a distância que o felino estava para nos alcançar.
Como eu ainda era um filhote comecei a chorar de medo, e acabei caindo entre al-
gumas arvores, quando comecei a levantar, senti o hálito quente do felino bem no
meu pescoço. Fiquei paralisada esperando a qualquer momento o ataque”.
“Senti quando seus enormes caninos se encostaram a meu pescoço, pensei que
seria o meu fim, quando ou vi um grito, meu pai saltou em direção ao pescoço do
felino errando por pouco, ficando entre o felino e a mim”. O felino atacou meu pai
com as garras, ferindo-o no braço esquerdo, papai aproveito e usou as garras da
Mao direita e cravou-as na garganta do felino que tombou em cima de meu pai. Ele
empurrou o felino para o lado e caminhou em minha direção cambaleando’.
- Está tudo acabado meu filhote – disse meu pai. Quando me ajudou a levantar o
felino pulou em cima de nós. Meu pai cuspindo sangue ainda conseguiu dizer – fe-
che os olhos e não chore, não irei sair daqui mesmo que ele me arraste. Eu desmai-
ei.
- O que aconteceu quando você acordou filhote? – Pergunta Myrna – como esta-
va o felino e seu pai.
- Ele cumpriu o que prometeu. Quando acordei, ele estava em cima de mim me
protegendo, sem me mover muito procurei o felino.
“Levantei-me e chorei no corpo de meu pai, depois de algumas horas enterrei-o e
fui andando como pude, quando cheguei em casa contei tudo a minha mãe, que fi-
cou muito abalada com tudo”. Proibiu-me de sair da vila, para me proteger, deixan-
do apenas eu ir me juntar aos filhotes durante o dia e voltar à noite para casa.
- Mas sua mãe fez isso para proteger você? – Pergunta Myrna – ou por outro mo-
tivo.
- Não sei ao certo – responde Kasca – mas sei que isso me incentivava cada vez
mais, a treinar mesmo que escondido de todos. Cada noite eu via meu pai me pro-
tegendo da fera.
“Noite após noite meu ódio pela fera ia alimentando uma chama, e isso me con-
sumia cada vez mais, graças a essas chamas fiquei com vontade de matar a fonte do
meu ódio”. Com isso fiquei com vontade de matar o felino, por isso comecei a trei-
nar mesmo sendo um filhote.
- Sua mãe não impediu você? Pergunta Myrna – o que ela estava fazendo enquan-
to você treinava.

Capitulo Um: Introdução 11

 Oito Luas
- Dormindo – retruca Kasca – aproveitei a noite para treinar com o chakran em
todos os movimentos de luta.
- Em todos os movimentos? Pergunta novamente o saymos de pelos e cabelos
negros.
- Sim. Treinei muito para me aperfeiçoar com o chakran – responde Kasca –
posso usá-lo como quiser e para qualquer coisa em combate.
- Meu filhote porque não treinou com a espada se você pretendia lutar corpo-a-
corpo? Pergunta Myrna – nosso orgulho é a espada, e você não quis treinar com
ela, até parece que você não tem orgulho de ser uma saymos. Com essa atitude você
acaba de perder o meu respeito.
- Grande anciã, não tive escolha – responde Kasca – eu era um filhote quando
comecei a treinar, não sinto vergonha em admitir este fato.
Pelo contrário isso é um motivo de orgulho para mim, po-
der dizer que posso usar armas tão pequenas para comba-
te corpo-a-corpo, enquanto a maioria só sabe usar a es-
pada.
- Como você ousa falar assim conosco! Grita o saymos
de pelos e cabelos negros – você nem tem idade para
achar uma adulta e quer impor respeito como se fosse uma
anciã. Você não merecia nem um julgamento por essa atitu-
de. Devia ser expulsa agora mesmo em minha opinião.
- Calma Korny – interrompo Myrna – essa atitude é ad-
mirável em minha opinião.
- Como assim Myrna? Pergunta Korny.
- Simples meu amigo – começa Myrna – esse
filhote só tem duas soluções a que recorrer. Uma
é ela ser aceita como adulta ou ser expulsa para sem-
pre do reino, por causa disso, ela não está respeitando
a idade que tem, ou a nós que somos os mais velhos.
O destino desse filhote vai ser decidido hoje, com is-
so ela não tem que ser mais tratado como um filho-
te, a partir de agora vamos tratá-la como uma
adulta que está sendo julgada pelos seus atos.
- Sim Myrna você está certa. Responde Korny abaixando a cabeça em respeito à
“selvagem”.
- Continue a história Kasca. Pediu Myrna.
- Mas não foi nada fácil o treinamento – comenta Kasca – tive que adaptar vários
tipos de treinamentos.
- Como assim? Pergunta Korny – que tipo de adaptação você está fazendo, e
como você soube que tipo de treinamento nós fazemos. Somente quem está sendo
treinado é que pode velos.
- Tive que espionar o treinamento de arremesso – responde Kasca – que o se-
nhor estava ensinando aos mais jovens – indicando Korny.

12 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
- Me espionando, como se atreveu a fazer isso – grita Korny, ficando em pé e in-
dicando Kasca – você é uma insolente. Se a decisão fosse somente minha você já
seria desertora, não merece a confiança de ninguém de nossa raça.
- O senhor fala de confiança como se depende dos outros para sobreviver em
uma batalha – responde Kasca – pois estou sendo julgada por uma coisa que todos
nós fazemos, que a única coisa que realmente fiz errado foi ter pressa em fazê-la.
“Como estava dizendo adaptei alguns treinamentos com base no que tinha vis-
to”. Para fortalecer os meus músculos treinavam arremesso dentro do rio, para apu-
rar a mira jogava uma pedra para o alto e tentava acertá-la, neste tipo de treino
quanto mais habilidoso estava ficando mais difícil eu fazia, comecei com uma pedra
depois de algum tempo estava com cinco.
“Para treinar a minha agilidade coloquei pedras amarradas no teto de meu quarto
e fiquei desviando delas, e fiz o mesmo processo que utilizei no arremesso. Primei-
ro somente com pedras, depois acrescentei espinhos, e depois coloquei estacas, e
por fim com chamas, mas esse treinamento tive que fazer longe de casa e de todos
por causa do que poderia acontecer, quando percebi que estava ficando fácil, reco-
mecei o treinamento só que o fazia com os olhos vendados.”
“Por isso tenho certeza que minhas habilidades de arremesso e combate corpo-a-
corpo são melhores que vários jovens e até de que alguns veteranos. E no caminho
místico acho que não vou tão mal, pois consigo que meus chakran fiquem em cha-
mas enquanto o seguro e quando os lanços, as chamas em volta deles ficam em
forma de dragões.”
- Prove o que está dizendo, filhote – retruca Korny – como você pode ter certeza
do que acabou de dizer.
- Mostre as suas habilidades primeiro – desafia Kasca – por que pensei que não
seria chamada de filhote e como você está me desafiando, faça a sua demonstração
primeiro, ou não tem capacidade para isso neste momento.
Korny pula enfurecido do seu acento e vai em direção a Kasca. Sem ao menos se
mexer Kasca aguarda que vem em sua garganta. Myrna bate na mesa e grita.
- Pare. Você a desafiou, e ela teve a audácia de aceitar o desafio – interpôs Myrna
– então faremos como deve ser feito e não como você acha que deve agir, com essa
atitude como é que pode fazer parte do nosso conselho. Isso que está fazendo não
é a atitude de um ancião respeitável e sim de um arrogante que não aceita ser criti-
cado.
- Sim senhora – desculpa-se Korny – e como à senhora acha que devemos agir?
- Simples – responde Myrna – veremos qual dos dois é melhor no arremesso.
Com as ordens de Myrna, são colocados na entrada da cabana um poste para ca-
da um.
- Cada um de vocês – Myrna fala sobre o que deve ser feito – deve lançar suas
armas e acertar o poste em menos tempo. Korny você primeiro.
Korny lança suas armas uns após a outra; ambas atingem o poste no mesmo
tempo, sendo que elas ficam presas no alvo.

Capitulo Um: Introdução 13

 Oito Luas
- Bom ataque – fala Kasca – mas esse é o máximo que consegue ou somente quis
acertar o alvo.
- Seu filhote – vocifera Korny – você acha que pode fazer melhor que isso, coisa
que eu duvido muito.
- O que você fez posso fazer de olho fechado e de costas – comenta Kasca – mas
se quer uma demonstração de verdade, te mostrarei como fazer. Minha senhora,
posso usar as armas dele também?
- Isso você tem que pedir a ele – responde Myrna – pois são as armas dele.
- Posso pega-las? – Kasca pergunta – se os membros puderem sair também das
janelas também – indica os saymos sentados dos dois lados da cabana – é que eu
quero que vejam o que é arremesso de verdade.
Ao dizer isso os saymos sentados saem de perto das janelas abrindo-as enquanto
que Kasca vai até o poste e pega asa armas de Korny. Ao voltar ao seu lugar, se
prepara com os quatro chakran.
- Olhem bem – Kasca ri ao falar para Korny – e aprenda.
Kasca prepara-se com as mãos a frente do corpo, ao abrir os braços com força,
ela solta dois chakran um para cada lado. Ainda com força une os braços a frente e
lança os outros dois restantes, todos olham atentos para os postes.
Os dois primeiros chakran atingem o alvo, passam por eles sem fazerem nada e
retornam pelas janelas, os dois seguintes passam tão rápido pelo alvo que parece
que nada aconteceu e voltam para as mãos de Kasca. Alguns dos espectadores
aplaudem e outros ficam admirados com habilidades dela.
- Obrigado – agradece Kasca – viu como se faz um arremesso.
- Você deve estar brincando – responde Korny – nada aconteceu com os postes,
você não é de nada, só fica falando como se fosse alguém importante, se gabando
por pouca coisa.
- Não fiz nada – Kasca fica surpresa – então olhe os postes direito, e surpreenda-
se.
Todos olham para os postes, enquanto Myrna manda um dos ouvintes examiná-
los, ao chegar ao local antes que o saymos encoste nos postes, quatro partes de cada
poste vão ao chão, e todos ficam espantados com a cena.
- Como… como você conseguiu fazer isso – pergunta Korny espantado – quan-
tos ataques você fez em cada lançamento?
- Dois cada chakran acertou os dois postes – responde Kasca ao ver a expressão
de mais espanto de Korny.
- Quando você fez dois ataques - pergunta Myrna – eu somente vi um de cada.
- Os ataques laterais foi um em cima e o outro em baixo, assim atingindo duas
vezes cada poste, os que joguei para frente foram do mesmo jeito, no lançamento
acertaram um poste e no outro e no regresso o seguinte, por isso dois ataques em
cada, e isso sem contar os poderem mágicos que adquiri com o treinamento.
- Que poderes você falando – pergunta Myrna.
- Esse poder – mostra Kasca.

14 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
Ela inflama o chakran e o joga nos pedaços dos postes, na trajetória do ataque
todos notam a forma de um dragão passando.
- Chaga de demonstrações – interrompe Myrna – conte-nos lago a história.
- Sim senhora – reverencia Kasca – desculpe a falta de respeito. Fui à caça de
quem tinha me feito sofrer muito.
- E como você reconheceu – pergunta Korny – como saber qual foi.
- As marcas que meu pai tinha feito no pescoço – informa Kasca – graças a isso
pude me vingar da criatura certa. Não foi difícil acha - lá, comecei procurando logo
onde tínhamos sido atacados, ao chegar no local deu para notar que estava por per-
to, havia restos de caça em uma pequena clareira. Fiquei esperando em cima das ar-
vores pela fera, depois de algum tempo ela apareceu pena que não era a que eu pro-
curava. Tive que esperá-la dormir para ir embora, não me interessava qualquer fera,
e sim a que assassinou meu pai.
“Fiquei rondando durante vários dias, tinha ficado já chateada e sem nenhuma
pista. Quando ouvi um barulho de animais correndo, me dei conta que era uma
perseguição, e pelo do som deu para notar que eram animais de grande porte. Fui
atrás da fonte do ruído, pela copa das arvores para não atrapalhar a caçada, tinha
que ter certeza que era a minha presa antes de atacar. Os segui por cima, foi uma
longa perseguição, mas o felino conseguiu o seu prêmio, e para minha surpresa
quando ele urrou de felicidade pela presa abatida eu vi as mascar que mal pai deixou
em seu pescoço, senti uma grande alegria, finalmente tinha encontrado a minha
presa.”
“Deixei-a em paz para comer a sua última refeição, ela ficou comendo devagar
como se não se precisa se preocupar com nada, percebi que tinha uma pequena
vantagem de surpreendê-la, pois a vantagem da surpresa era minha. Fiquei no alto
das arvores descansando da minha jornada, tinha que me recuperar as minhas for-
ças para a batalha que se aproximava cada vez mais. Parecia que ela estava lendo
pensamento porque também começou a dormir a li perto sem se preocupar com
nada.”
“Ao acordar vi que a fera não estava lá, por sua falta de preocupação deixara um
rastro fácil de seguir, pude encontrá-la de, pois de pouco tempo, beirando um pe-
queno riacho, fiquei observando de longe, querendo ver se conseguia usar mais al-
guma coisa em meu favor, coisa que descobri depois de alguns dias, que ela adorava
dormir por longos períodos, e esse fator ia me ajudar em muito”.
- E como isso poderia ajudar – pergunta Korny – em uma batalha essa informa-
ção não é muito útil.
- Pelo contrário – responde Kasca – eu sou acostumada a dormir pouco por cau-
sa do treinamento, passei várias noites sem dormir para conseguir fazer isso – Kas-
ca aponta os pedaços dos postes no chão – e para conseguir fazê-lo foram anos de
treinamentos.
“Decidi que iria dormir mais uma noite, para que a manhã seguinte começaria a
minha caçada. Porem quando despertei minha caça inda dormia. Minha vontade era
de atacar agora, mas isso não me daria a gloria que eu queria matar uma criatura in-

Capitulo Um: Introdução 15

 Oito Luas
defesa é contra as normas da nossa raça. Preparei-me, fiquei na frente da fera posi-
cionada para atacá-la a qualquer momento. Dei um rugido para acordá-la, que o foi
fazendo bem devagar.”
“Ela olhou bem para mim e ao fazê-lo, rugiu, ela tentou fazer que me assustasse
com o seu rugido, que foi um pouco mais forte que o meu, mas não foi o suficiente
nem para me impressionar. Ela rosnou ameaçadoramente, e esse som me encha de
coragem, parecia que mais nada no mundo me daria medo ou receio de enfrentar
algo”.
“Comecei a correr em sua direção, com as minhas garras preparadas para matar,
ao perceber o meu movimento, a fera pulou com as garras direcionadas para o meu
rosto, consegui me abaixar por pouco, arrancando uma mecha do meu cabelo, pre-
parei-me para o próximo ataque, sendo que ela foi
mais rápida, pulei para trás e chutei para o
alto acertando a cabeça da fera, que caiu
meio desorientada, ao balançar a cabeça,
ela olhou para mim com mais raiva, o ódio
crescendo em seu olhar, sua juba eriçando
em uma coroa de espinhos”.
“Com isso notei que o verdadeiro com-
bate começaria, peguei minhas armas, ela
começou correndo em minha direção, jo-
guei o chakran, que ela ao perceber o ata-
que pulou para o lado, joguei o segundo,
ela desviou mais uma vez e che-
gando cada vez mais perto.
Aproveitei que estava bem pró-
ximo de uma arvore, esperei até o momento que
ela pilou com suas patas para me acertar, mas –
Kasca dando uma leve risada – ela acertou somen-
te a árvore”.
“Eu cai em cima da fera, que meio desorientada
demorou a notar onde eu estava, segurei em suas pre-
sas e enrolei minha cauda na dela, começou a correr em vá-
rias direções, mudando de rumo bruscamente, pulando, estava fazendo de tudo pa-
ra eu cair, para a minha infelicidade ela estava me levando cada vez mais longe das
minhas armas. Comecei a pensar em um jeito de recuperá-las, minha única ideia era
saltar e correr sabia se o fizesse a fera ia me alcançar facilmente, então fui pulando
de tronco para tronco de um lado para o outro”.
“Ao encontrar minhas armas, dei uma cambalhota para poder continuar corren-
do, a fera chegando cada vez mais perto, corri para uma arvore, subi alguns metros
e pulei para traz da fera, que começou a rosnar enquanto eu me alegrava com a ca-
çada. Ela pulou em minha direção e eu aparei suas enormes presas brancas como
chakran, e pela primeira vez pude perceber que a fera tinha como me matar com

16 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
muita facilidade. Como ela estava apenas apoiada nas patas traseiras, queria me
acertar com as partas dianteiras, mas consegui pular e bater com as minhas patas
bem no meio do seu corpo, fazendo-a cair de costas entra as raízes, aproveitei a jo-
guei o chakran, mas ela foi esperta, aproveitou as raízes para se proteger. Consegui
ferir só um pouco a dia pata dianteira”.
“Para dificultar a luta o tempo começou a ficar complicado, o céu escureceu, uma
chuva fina começou a cair e um vento forte sopra um amontoado de folhas, areia e
pedras passando entre as arvores. Corri na direção da fera e pulei, joguei os
chakran, mas graças ao vento foi fácil para ela desviar, pulando em minha direção.
Acertando em minha barriga, pela força do golpe, bati forte com as costas em uma
arvore, caindo de barriga no chão. Quando me virei, ela já estava em cima de mim,
me prendendo. Ela começou a encostar suas presas em meu pescoço, isso fez com
que eu entrar-se em fúria, e com isso algo estranho aconteceu comigo”.
- O que aconteceu com você? – Pergunta Myrna – que coisa estranha você se re-
fere.
- Quando ela encostou as presas em meu pescoço – responde Kasca, ficando
com os olhos vermelhos – lembrei do sacrifício que meu pai fez aquele ato que me
fez prometer que iria caçá-la até o final da vida deste felino.
“Meu corpo começou a ficar quente, minha fúria cresceu tanto que não me im-
portava se ia ou não sobreviver, tinha que cumprir a promessa que eu fiz no tumulo
de meu pai. Agarrei a era e mordi o pescoço dela, começou a se debater, mas já ti-
nha cruzado as pernas em sua cintura e abraçado o seu corpo. Quando senti o gos-
to de seu sangue em minha garganta minha fúria aumentou, fazendo que meu corpo
de algum modo se inflamasse, não parava de morder o pescoço dela, até que aos
poucos foi parando de se debater e cair em cima de mim”.
“Não tinha como sair dali sozinha, mas estranhamente sentia meu corpo afun-
dando na arvore, e quando me dei conta que estava caindo sobre a fera. Não sei o
que aconteceu, mas graças a isso pude descansar para poder retirar a pele, comer a
carne e beber a sangue da fera”.
- Jovem por esse motivo que os filhotes devem esperar completar a idade mínima
– fala Myrna.
- Como assim, grande anciã? Pergunta Kasca.
- Na sua idade que começamos os treinamentos – responde Myrna – com as nos-
sas armas e com os poderes que nosso grande Deus no concedeu. Isso que você é
uma habilidade que adquirimos na sua idade. Quanto mais treinar mais útil ela será
para você caçar as melhores criaturas. Essa habilidade permite que você entre em
uma arvore e saia em outra, ou se movimentar dentro das árvores.
- Foi somente isso que aconteceu – informa Kasca – tudo que me lembro eu dis-
se mais detalhes não poderei revelar.
- Espere do lado de fora – pede Myrna – enquanto o conselho decide o que fazer
com você, graças a sua história eu mudei a minha opinião e vou discuti-la com to-
dos. Chamar-te-ei daqui apouco.

Capitulo Um: Introdução 17

 Oito Luas
- Sim senhora – responde Kasca, fazendo uma reverencia e saindo – esperarei
conformes ordenas.
Ao sair Kasca se distrai arremessando o chakran, conseguindo ouvir trechos da
reunião, conseguindo distinguir pequenos trechos como “ela desrespeitou as re-
gras” e “, mas fez tudo sozinha, desde o treinamento”.
- Grande anciã, me responda – pronuncia-se Korny – você acredita no que este
filhote contou.
- Já disse que desse dia em diante, não é mais para chamá-la de filhote – retrucou
Myrna – fazendo a coisa certa ou não ela conquistou o direito de ser chamada de
adulta, ao chamá-la de filhote está ofendendo todo o sacrifício que ela sofreu. Você
propõe algum teste para ver se o que ela diz é verdade, não esqueça que você já foi
derrotado uma vez ano quer que isso aconteça de novo.
- Não, não me esqueci disso – responde Korny – se um teste de arremesso pro-
vou que ela fez um árduo treinamento – Kasca sente orgulho de ouvir isso de um
líder de clã – e de magia, o único que falta é o de combate. E quem é que deverias
lutar com ela, claro se for verdade o que foi dito aqui.
- Achei que gostaria de fazer isso Korny- pergunta Myrna com um leve sorriso –
você é tão orgulhoso, não vai querer uma revanche pela derrota sofrida há pouco.
- Myrna se eu achava que no arremesso era o melhor, e fui derrotado dessa ma-
neira, no combate tenho certeza seria muito pior, pois seria humilhado.
- Algum membro do conselho se habilita a lutar com ela – pergunta Myrna –
ninguém, mas como isso é possível, esse conselho é formado pelos melhores de ca-
da clã, e somente eu pareço disposta a lutar com uma jovem que acabou de fazer
que o ritual de passagem – todos abaixam a cabeça ao ouvir essas palavras – muito
bem se nenhum de vocês quer lutar, eu irei, e por causa dessa decisão covarde, se
ale perder será expulsa do reino – Kasca fica preocupada com essas palavras – se
vencer permanecerá no reino, com o respeito que ela conquistou, e se alguém qui-
ser dizer alguma coisa antes que eu a chame para a luta.
- Será como você desejar Myrna – responde Korny – como sempre você tem as
mais sabias decisões.
- Entre minha jovem – ordena Myrna – e eu sei que você ouviu toda a conversa,
se você perder sabes o que vai acontecer.
- Sim, minha senhora, ou ouvi tudo – responde Kasca – vai ser uma luta dura,
mas sei que vou permanecer no reino.
- Você está muito confiante – diz Korny – mesmo sem saber, com quem vai lu-
tar.
- Não importa com quem seja – responde Kasca – farei que prove as minhas gar-
ras – todos ficam assombrados com suas palavras – meu futuro depende desta luta,
farei de tudo para não ser expulsa de minha casa.
- Belas palavras – pronúncia Myrna – veremos se suas ações são tão belas tam-
bém, começaremos logo, assim que você estiver pronta, pegue as suas armas.
- Desde o momento que entrei neste local, estou preparada para qualquer decisão
que tomassem.

18 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
- Já que está pronta, a luta vai começar agora – pronúncia Myrna.
- E contra quem eu vou lutar – pergunta Kasca, olhando para os lados a procura
do oponente – ninguém parece disposto para lutar comigo.
- Mas você está enganada, tem alguém disposta a lutar com você – informa Myr-
na enquanto se levanta – eu vou ser sua oponente.
Todos ficam surpresos com essas palavras. Pois em nenhum momento da histó-
ria aconteceu uma luta como essa. Uma anciã contra um filhote que acabou de fazer
o ritual de passagem.
Myrna se coloca no centro do salão, pondo-se em posição de luta. Ao fazer isso
anuncia – pode vir com tudo, pois não terei piedade de você em nenhum momento,
para ganhar terá que em matar.
- Lembrarei disso – responde Kasca, pegando os quatro
chakran – tomará que essa luta seja ótima, pois minha vida de-
pende disso.
- Então vamos começar logo – urra Myrna. Correndo em
direção a Kasca, empunhando sua espada.
Kasca apoia o chakran no braço e salta, defendendo-se
do ataque de Myrna, sendo empurrada para a porta.
- Pelo visto terei que fazer muito esforço para ter
qualquer chance contra a senhora – comenta Kasca – a
senhora é bem experiente e forte.
- Você ainda não viu nada do que sou capaz – informa
Myrna – e vamos parar de conversar, agora é tempo de
lutar ou mudou de ideia.
- Nunca volto atrás no que digo – rosna Kasca –
tome isso.
Kasca joga dois chakran em Myrna, que so-
mente ao levantar a espada se defende dos dois
ataques.
- Vai ter que mostrar mais do que o
truque nos troncos para poder me
vencer – gargalha Myrna – quando es-
tou lutando acabo aprendendo os golpes dos meus
inimigos.
- Então mostrarei truques novos – diz Kasca, correndo em direção a Myrna.
Kasca joga o chakran nas pernas de Myrna, defendendo fácil e Kasca aproveita e
pisa na espada enquanto usa o outro chakran no rosto da adversária. Myrna percebe
o perigo e levanta a espada jogando Kasca para traz, que mesmo sem chegar ao
chão joga o chakran, que passa por baixo do braço de Myrna.
- Pode fazer melhor que isso jovem – comenta Myrna, enquanto dá um leve sor-
riso – ou eu vou ficar desapontada. Sua história foi incrível, mas seus atos dizem ao
contrário. Coisas simples assim não vão me afetar.
- Hora sua – rosna Kasca – toma isso.

Capitulo Um: Introdução 19

 Oito Luas
Kasca arremessa os quatro chakran, que com tanta raiva acaba errando, com isso
Myrna ataca coma espada acertando de raspão à barriga de Kasca, provocando um
leve sangramento.
Ao ver o sangue, Kasca coloca a mão na ferida e cai, assustada com o que possa
acontecer ela pergunta a Myrna.
- O que vai acontecer comigo agora?
- O que eu tinha dita antes – responde Myrna – se não ganhar essa luta você será
banida, se bem que com esse simples ferimento, você está parecendo um filhote
prestes a ser abatido.
- Quem é que você está chamando de filhote abatido- irrita-se Kasca.
- Estou me referindo a você mesmo – comenta Myrna – somente um filhote agi-
ria assim dessa maneira.
- Então venha – levanta-se Kasca bem devagar – pode vir, estou pronta para lu-
tar.
- Desista você não tem chance nenhuma de me vencer – gargalha Myrna.
- Desistir você diz – responde Kasca – isso é pior do que perder. Caso você não
saiba, eu sempre ouvi nossa raça se orgulhar dessas palavras “se não existe chance
de vencer, crie uma e vença”, e eu vou fazer isso acontecer.
- Isso que eu quero ver filhote – comenta Myrna – mostre que um animal acuado
pode ser mais perigoso do que qualquer predador, venha e mostre-me tudo o que
és capas de fazer.
Kasca lança dois chakran juntos, que ao se aproximarem de Myrna se separam, e
acabam atingindo o seu braço, com isso Myrna arremessa sua espada atingindo a
perna de Kasca fazendo-a tombar. Mesmo no chão Kasca arremessa suas armas,
mas Myrna previu esse ataque, e salta na direção de sua adversária, golpeando-a na
barriga.
- Que pena filhote acuado – ri Myrna – só conseguiu fazer isso. É uma pena
mesmo.
- Não me chame assim grita Kasca – eu ainda não fui derrotada.
- Que coragem em suas palavras – responde Myrna – pena que seus atos não es-
tão à altura.
- Seu crânio ainda vai fazer parte da minha coleção – grita Kasca.
- Então venha pega-lo – ri Myrna – pois está parecendo impossível que você pos-
sa fazer isso, neste seu estado parece muito engraçado isso acontecer. Toma mais
esse golpe.
Myrna arremessa a espada, Kasca consegue se esquivar para o lado, sendo atingi-
da na perna. Caindo sem poder se levantar, começa a sentir raiva de si mesma, pela
falta de capacidade.
- Não vai cumprir o que disse? Pergunta Myrna – desse jeito todos irão duvidar
da sua história, ou foi tudo uma farsa desde o início.
- Vocês verão a farsa – grita Kasca – verão do sou capaz.

20 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas
Ao falar isso Kasca fica em pé e uma chama começa a ficar em volta de seu cor-
po. E com isso seu corpo começa a sofrer mutações por causa da pele da fera que
esta vestida.
As peles de Kasca e do felino se tornam uma só, as manchas do felino tornam
suas, as suas garras começam e escurecer e crescer, uma fina juba crescendo em su-
as costas, seus caninos crescem até ficar a mostra, seus olhos ficam totalmente
brancos.
- Agora você acredita em mim – pergunta Kasca – ou quer que eu cumpra o que
disse.
- Quero ver se tem capacidade – responde Myrna – o que me interessa são as
ações de uma pessoa e não suas palavras.
Kasca corre em direção de Myrna, enquanto ela projeta sua arma à frente, pre-
vendo esse movimento da adversária, Kasca bloqueia com uma de suas armas e ata-
ca na garganta de Myrna. Que solta à espada e pula para traz, evitando o golpe.
Aproveitando a distância que ficou da adversária, Myrna golpeia Kasca, que esquiva
com um grande salto, jogando suas armas, que acaba acertando o punho de Myrna.
- Vamos deixar mais interessante – pergunta Kasca – somente as garras, o que
você acha?
- Você está sem armas – responde Myrna - e eu não posso mais usar a minha –
indica o ferimento no punho – com certeza vai ficar muito interessante.
As duas lutadoras utilizam golpes rápidos. Myrna prende o braço de Kasca, que
não consegue se soltar. Kasca golpeia com outro soco, sendo que fica com o se-
gundo braço preso. Myrna aproveita para prender a cintura e aplicar um esmaga-
mento de coluna. Kasca urrando de dor fica cada vez mais nervosa e as chamas vol-
tam a cobrir seu corpo.
Kasca querendo se livre do abraço, pega os punhos de Myrna e começa a separá-
los.
- Você é fraca – diz Kasca – grande anciã.
Kasca dá uma cabeçada em Myrna, que vai para traz desorientada.
- Vai me pagar por isso – responde Myrna – como ousa dizer essa coisa seu filho-
te arrogante.
Kasca se enfurece, corre e acerta com força na barriga de Myrna, fazendo-a des-
maiar.
- Você disse que não era para me chamar mais de filhote – diz Kasca – eu a venci
e com isso permaneço no reino, ou terá alguém que irá dizer algo contra – Kasca
olha ao redor, observando a todos – não então voltarei para minha cabana, pois
minha mãe está esperando.
Com isso Kasca se retira e volta para casa. Ao encontrar com sua mãe – que fica
assombrada coma aparência do filhote – conta tudo o que aconteceu e diz que não
pode voltar a ser como era. Que ficara com essa aparência para sempre. Começan-
do um nono clã os Presas Brancas assim como um novo totem.

Capitulo Um: Introdução 21

 Oito Luas

22 Capitulo Um: Introdução

 Oito luas

apítulo

Um:
Introdução

Este mundo é só um mercado persa cheio de pesar,

E nós somos apenas peregrinos, passando daqui para lá;
Esse é o fim de todas as amarguras do mundo.
Chaucer, “The knight’s Tale”

Capitulo Um: Introdução 23

 Oito Luas
Histórias em Torno da Fogueira
Há muito tempo atrás, muito antes da televisão,
dos computadores ou até mesmo dos livros, as pesso-
as sentavam-se em torno da fogueira e contavam his-
tórias para se entreter. Quer fosse uma balada sobre
as últimas proezas de um herói ou uma fabula moral
sobre como lidar com as criaturas ocultas do mundo,
os contadores de histórias eram estimados pela co-
munidade como professores e artistas. E a narrativa
era tudo menos uma arte passiva — o narrador conta-
va com a plateia para reagir as suas histórias medida
que ele a contava. Senão, como poderia saber se eles
estavam gostando de sua história, ou se estavam fi-
cando entediados?
O tempo passou, e progressos tecnológicos come-
çaram a mudar (e até mesmo interferir com) a arte
dos contadores de histórias. Os Livros (e o au-
mento da alfabetização entre as pessoas)
significavam que alguém poderia sim-
plesmente ler uma história sempre que
quisesse, ao invés de caçar um narra-
dor que pudesse contá-la. O rádio e
a televisão reconstruíram o conta-
dor de histórias, transformando-
o em uma criatura impassível
que não encorajava a participa-
ção da plateia. As histórias ainda
eram contadas, e em grande quanti-
dade, mas elas eram primariamente coisas
estéreis e sem vida.
Chegamos agora à década de 70, e a
era do RPG. Um grupo de jogadores
sentava ao redor de uma mesa,
ouvindo seu mestre descrever
cenas de calabouços soturnos e ci-
dades sombrias, e eles escolhiam que
caminho seguir a partir dali.
Interpretando
Oito Luas não é somen-
te um Jogo de Narrativa,
mas também um RPG.
Você não apenas con-
ta histórias, mas re-
almente participa
delas, assumindo o papel de seus personagens cen-
trais. É muito parecido com o teatro, só que você
mesmo inventa suas falas.
Um RPG é ao mesmo tempo teatro de improviso e
brincadeira de faz-de-conta, um conjunto de regras
aplicado a uma história criada por todos os envolvi-
dos no jogo. Pense nas suas brincadeiras de infância;
toda vez que você se imaginava como um cavaleiro
em armadura brilhante ou um índio com pintura de
guerra, você estava interpretando. Toda vez que você
caçava dragões no quintal ou enfrentava os bandidos,
você estava interpretando. Isto é algo que você vem
fazendo há muito tempo; e agora tem um nome. Além
disso, nem tudo o que você fazia na sua infância era
necessariamente infantil; ao menos colocamos na pe-
24 Capitulo Um: Introdução
le de outras pessoas, mesmo que só um pouquinho,
essas brincadeiras nos ajudavam a entendê-las (e a
nós mesmos) um pouco melhor. É claro, nós já pas-
samos da idade de nos escondermos atrás do sofá
discutindo se uma é ou não mais rápida que um re-
volver. É por isso que existem regras nessa forma
de Interpretação, para criar a estrutura e os limites
para as histórias que você vai criar. Usando as re-
gras básicas apresentadas no Capitulo Sete, você
poderá resolver os conflitos e definir as capacidades
dos personagens das suas histórias.
Oito Luas é melhor quando jogado com poucos
jogadores, cinco no máximo. Esse é um jogo pesso-
al demais para ser apreciado por um grupo maior.
Muito do mistério e do sabor se perde quando
os jogadores têm de competir pela atenção.
De fato, nós percebemos que jogos de Nar-
rativa desse tipo funcionam melhor com
um Narrador e um grupo de so-
mente três jogadores.
O Narrador
Oito Luas tem uma es-
trutura um pouco diferente
dos jogos com os quais você
deve estar acostumado. Em
primeiro lugar, não existem
cartas nem tabuleiros. Em se-
gundo lugar, um jogador
deve ser o Narra-
dor — a pessoa
que cria e guia a
história. O Narra-
dor descreve o que
acontece com o re-
sultado daquilo que
os jogadores dizem e
fazem, e deve decidir
se os personagens têm
sucesso ou falham,
sofrem ou prospe-
ram, vivem ou
morrem. É uma
tarefa bastante
exigente, mas também recompensadora, pois o Nar-
rador é um tecelão de sonhos.
O Primeiro dever de todo Narrador é se certifi-
car de que rodos os jogadores se divirtam. A manei-
ra de fazer isso é contar uma boa história. Ao con-
trário dos narradores tradicionais, no entanto, ele
não conta simplesmente à história; ao invés disso,
se deve criar o esqueleto da história e não deixar
que os jogadores a complementem, vivendo os pa-
péis de seus personagens principais. É um equilí-
brio delicado entre narração e julgamento, história e
jogo. Algumas vezes ele deve guiar a cena e des-
crever tudo o que ocorre (como quando os persona-
gens estão dormindo), mas na maior parte de tempo
ele deve decidir o que ocorre como consequência
 Oito Luas
das palavras e ações dos personagens – de forma tão racterísticas de Personagem, descrições de seus
realista, imparcial e criativa quanto possível. pontos fortes e fracos, determinam o quão bem você
Como o Narrador, você é o responsável por inter- pode fazer certas coisas. As ações são elementos
pretar e aplicar as regras, mas ainda assim você é um básicos nos jogos de narrativa, pois elas descrevem
mestre de cerimônias — você deve lutar para equili- como os personagens alteram o mundo e afetam o
brar esses dois papeis. A maior parte desse livro foi desenrolar da história.
escrita para ajudá-lo a fazer isso. Isso não torna mais Os personagens são o centro da história, pois
fácil ser um Narrador, pois nunca será fácil, mas cer- eles criam e direcionam a trama. Sem os persona-
tamente fará você se aprimorar. gens não se pode ter uma história. Enquanto a histó-
Os Jogadores ria flui, são os personagens que dirigem e reforçam
o progresso da trama, e não as decisões do Narra-
A maioria das pessoas que jogam esse jogo na se- dor.
rá Narradores, mas sim Jogadores, que assumem os Até certo ponto, você é um jogador, mas tam-
papéis dos personagens principais nas histórias. Ser bém é narrador, e deve se sentir livre para acrescen-
um Jogador não requer tanta responsabilidade quanto tar ideias e elementos à história, apesar do Narrador
ser o Narrador, mas exige igual esforço e concentra- poder aceitá-los ou rejeitá-los de acordo com sua
ção. vontade. No fundo, é a história, e não o seu perso-
Como um jogador numa crônica de Oito Luas, nagem, que é o mais importante. O personagem é
você assumira a personalidade que você mesmo in- uma ferramenta para se contar uma boa história, e
ventara para interpretar durante o decorrer de uma não o inverso.
história. A vida do seu personagem está
em suas mãos, pois você quem Personagens
decide o que o personagem faz Basicamente, cada um de nós é
ou diz. Você decide que riscos um personagem, composto de
enfrentar ou não. Tudo maneirismos e memórias,
o que você diz ou faz comportamentos e ex-
ao interpretar seu per- periências. Tudo o
sonagem tem um efeito que somos e todos
no mundo. os lugares onde já
Você deve ser tanto estivemos se re-
ator quanto jogador. Co- fletem em cada
mo ator, você fala por seu uma de nossas
personagem e interpreta palavras ou
tudo o que deseja que ações. Ao jogar
seu personagem faça Oito Luas, no
ou diga, a não ser entanto, é ne-
que esteja especi- cessário que
ficamente fazendo deixemos de la-
uma pergunta ao do nossas memó-
Narrador ou des- rias e mascaras, e
crevendo suas temos de assumir as
ações. Ao anunci- de outra pessoa,
ar e descrever aos mesmo que somente
demais jogadores o por um curto espaço de
que você está fazen- tempo. Isso pode ser in-
do, você se torna parte crivelmente divertido,
da história corrente. dando-nos a oportunidade
Como jogador você de realizar feitos que este-
tenta fazer coisas que per- jam eternamente além de nossas vidas diá-
mitam ao seu personagem ter rias. Afinal, quantos de nós conseguem espreitar as
sucesso, algo como “vencer o jogo". Esse elemento muralhas de um castelo ou cavalgar para a caçada
estratégico é essencial, pois é o que frequentemente na nevoa do crepúsculo todos os dias?
cria a emoção e a empolgação de um momento dra- Esta é a recompensa do RPG: os feitos mágicos
mático. e impossíveis que estão ao nosso alcance quando
Geralmente, após descrever as ações que "você" fingimos que somos outra pessoa. E aí jaz a maior
quer fazer, precisa rolar os dados para determiná-lo se dificuldade do RPG — a criação de um personagem
teve sucesso em fazer o que tinha dito antes. Suas Ca- convincente.

Capitulo Um: Introdução 29

 Oito Luas
Seus personagens serão uma parte de você. Isso é
inevitável, e se não houver nada sua vida neles, não
há como lhes dar vida. Por outro lado, para ser agra-
dável de interpretar, um personagem deve ser mais do
que uma parte de você. Afinal, você é você mesmo o
tempo todo. Onde está a graça de ser simplesmente
você mesmo quando finalmente se tem a chance de
ser outra pessoa? Para tomar seus personagens con-
vincentes, você deve dar a eles memórias e motivos
por trás de suas ações, desejos únicos e peculiarida-
des que fazem deles mais do que simples aspectos de
sua personalidade. Cada personagem deve ser único,
por partes iguais de experiência e fantasias.
Os personagens de Oito Luas são fáceis de criar,
demoram apenas alguns minutos para preenchem to-
das as características e números básicos. É necessário
um esforço maior para transformar esse conjunto de
números num personagem vivo e atuante. Você deve
buscar bem fundo dentro de si mesmo para encontrar
material real e verdadeiro o suficiente para produzir
um personagem completo. O monstro do Dr. Fran-
kenstein foi fácil de montar com partes de corpos dis-
poníveis. Infundir-lhe o sopro da vida é que foi a par-
te mais difícil.
Círculos
Assume-se que todos os personagens serão alia-
dos, e que durante os jogos eles atuaram em grupo.
Isso não significa que sempre se darão bem, mas eles
protegeram uns aos outros e partilharão de algumas
ambições em comum. Chamados Círculos esses gru-
pos de aventureiros podem ser encontrados desde os
salões do poder até os guetos mais obscuros. Na mai-
oria dos casos, o Círculo de personagens abrangera
todos os jovens de uma determinada região. Seja o
grupo unido por um interesse comum, um mesmo
inimigo ou simples sobrevivência, mas não é difícil
de perceber que é mais seguro agir em grupo. Um jo-
vem aventureiro sozinho enfrentara dificuldades além
daquelas enfrentadas por um grupo, e é desse grupo
de cada personagem passara a depender. É o Círculo
que une os personagens e permite aos jogadores tra-
balharem juntos no curso da história.
Acessórios de jogo
Em sua maior parte, Oito Luas foi criado para ser
jogado em volta de uma mesa. Apesar de não utilizar
um tabuleiro, existem vários acessórios que necessi-
tam de uma mesa — ou pelo menos uma superfície
lisa — para serem usados corretamente. Você precisa
de dados, lápis e papel além de copias das planilhas
de personagens. Os dados necessários são os de 10
lados, que podem ser encontrados nas lojas especiali-
zadas. O Narrador também pode querer manter algu-
mas falhas de papel à mão para desenhar esquemas e
esboços de um local (para descrevê-lo mais facilmen-
te para os jogadores), assim como alguns outros aces-
sórios para mostrar aos jogadores a que os persona-
gens estão vendo (desenhos, velas, lenços — qual-
quer coisa que torne a experiência mais vivida).
26 Capitulo Um: Introdução
Ação ao Vivo
A Interpretação Ao Vivo pode ser a parte mais
Vencedores e Perdedores
Não há “vencedores” individuais em Oito Lu-
as, já o objetivo não é derrotar os outros jogado-
res. Para vencer, você precisa cooperar com os
demais jogadores. Por ser um jogo de narrativa,
não há como alguém se dizer vencedor. De fato,
Oito Luas é um jogo no qual é mais provável que
seu personagem seja derrotado, pois é difícil fazer
qualquer coisa para impedir a inevitável queda de
seu personagem em direção à loucura. A ideia
central é se apegar o máximo possível e extrair o
máximo de drama da tragédia iminente.
A única maneira de se medir o sucesso em Oi-
to Luas é a sobrevivência. No entanto, se o per-
sonagem possui alguma motivação maior, tal co-
mo a necessidade de vingança, consegui-la já é
um sinal de vitória. Além disso, as histórias têm
conclusões que ou beneficiam ou prejudicam os
personagens. Se os personagens descobrem que
um assassino é na verdade um vampiro e conse-
guem impedir seus ataques, então eles “vencem”.
Se jamais descobrirem quem estava por trás dos
assassinatos (muito menos impedi-los), então eles
perdem, apesar de não o saberem até ser tarde
demais.
De modo a obter até mesmo uma vitória parci-
al, os personagens devem se tornar amigos de
verdade. Eles cuidam uns dos outros e tem confi-
ança mutua. O Mundo de é tão perigoso e traiço-
eiro que os aliados são essenciais.
dinâmica e divertida de se jogar Oito Luas. A in-
terpretação de ação ao vivo é similar ao teatro de
improviso; os atores (os jogadores) interpretam as
cenas criadas e apresentadas pelo Narrador. Isso
cria uma experiência narrativa muito mais intensa e
imediata. Os jogadores de RPG geralmente descre-
vem o que seus personagens fazem e dizem. Duran-
te a interpretação de ação ao vivo, no entanto, os
jogadores realmente dizem o que seus personagens
dizem e fazem (dentro de certos limites). Eles po-
dem de levantar, caminhar segurar uma carta, cum-
primentar ou correr até a janela para verificar o que
está acontecendo. A imaginação ainda é importante,
e o Narrador ainda pode interromper a ação para
descrever objetos e situações especiais. Não se
usam dados durante sessões de ação ao vivo; regras
alternativas, como as descritas na linha dos produ-
tos para ação ao vivo Mind´s Eye Theatre, substitu-
em os dados quando necessário. Na maior parte do
tempo, tudo é decidido pela atuação. O Narrador
usa simplesmente as características dos personagens
para decidir quão bem os personagens conseguem
realizar certas ações mecânicas (como arrombar
uma fechadura). O Narrador também decide como
os outros personagens controlados por ele reagem
aos personagens dos jogadores.
 Oito Luas

Regras Capitulo Dois: Raças descreve as raças que os

jogadores podem utilizar, assim como as relações
Você deve seguir algumas regras básicas para se entre elas.
assegurar de que a ação ao vivo transcorra suave e Capitulo Três: Classes descreve as profissões
seguramente. Essas regras devem ser obedecidas se mais comuns que os jogadores irão encontrar.
você pretende realizar uma seção de ação ao vivo. A Capitulo Quatro: Personagem demonstra co-
segurança deve ser sua preocupação principal. mo se cria um personagem e explica as Habilidades
• Não toque: Um jogador jamais deve realmente e Atributos que serão usados para descrever os se
atingir ou segurar outro membro do grupo. Nenhuma personagem.
forma de combate deve ser realizada – essa é a única Capitulo Cinco: Divindades descreve os deuses
coisa que você deve deixar para que os dados deci- que são reverenciados no cenário.
dam. Se os jogadores ou os assistentes do Narrador Capitulo Seis: Poderes explica os poderes so-
ficar muito agitado em seus papeis, o Narrador deve brenaturais que os personagens podem obter.
determinar uma pausa na interpretação e lembrar a Capitulo Sete: Regras apresenta o básico sobre
todos das regras do jogo. Reforce que os mais agres- como se joga, convertendo ideias e situações em ro-
sivos serão expulsos, ou então a ação deve ser levada lamentos de dados.
de volta à mesa e os conflitos decididos com rola- Capitulo Oito: Sistema descreve inúmeras ma-
mentos de dados. neiras diferentes de se resolver os conflitos no jogo,
• Sem Armas: Nenhum acessório deve ser usado e também mostra como as Características dos per-
se for necessário tocar outra pessoa para utilizá-lo. sonagens podem aumentar ou diminuir durante o
Nenhuma espécie de arma real deve ser usada durante jogo.
a ação ao vivo. Nem mesmo imitações de espadas Capitulo Nove: Narrativa pretende seu uma in-
devem ser usadas. A regra “não toque” deve sempre trodução a arte da narrativa, dando aos Narradores
ser lembrada. iniciantes e experientes muitas ideias para a crôni-
• Jogue em ambientes fechados: Jogue dentro de cas e conselhos sobre como manter tudo sobre con-
sua própria casa ou em qualquer outra área particular trole.
onde o jogo aconteça normalmente. Certifique-se de Capitulo Dez: Apêndice onde você encontrará
que todas as demais pessoas na área compreendam o uma das muitas cidades do cenário assim como o
que estão fazendo. Nunca realize sessões de jogo ao calendário utilizado.
vivo se as pessoas puderem ficar confusas ou assus-
tadas pelo evento se você jogar num espaça aberto,
assim como o bosque atrás de sua casa tenha certeza
de que a privacidade seja assegurada.
• Saiba quando parar: Quando o Narrador de-
terminar uma pausa, todas as ações devem parar ime-
diatamente. Mesmo durante a ação ao vivo (especi-
almente durante a ação ao vivo), a palavra do Narra-
dor é final.
• Sem Bebidas Alcoólicas: Quando o Narrador
determinar uma pausa, não é permitida a ingestão de
bebidas alcoólicas nestes intervalos. Ou quaisquer ti-
pos de substâncias alucinógenas.
Como usar este livro
Este livro foi criado como um guia, um ponto de
partida a partir do qual você criará suas próprias his-
tórias. Lembre-se que não se deve toma-lo como a
autoridade final – isso é uma prorrogativa do Narra-
dor. Use o que encontrar aqui como a base para cons-
truir sua própria crônica, e deixe sua imaginação ser o
seu guia.
O livro é dividido da seguinte maneira:

Capitulo Um: Introdução 29

 Oito Luas

28 Capitulo Um: Introdução

 Oito Luas

Apítulo

Dois:
Raças
O homem faz o seu mundo, ou é esmagado pelo mundo
feito por outros.
- Denning Sphipips,
The Foundations of High Magick

As florestas élficas são a casa dos elfos e de seus aliados. Você

não encontrará muito anão ou humano por lá. Por outro lado, elfos
humanos, hobbit e saymos são difíceis de serem encontrados nas ci-
dades subterrâneas dos anões. E, apesar das raças não humanas via-
jarem pelos campos humanos, a maior parte da população nestes luga-
res é humana. Porém, nas grandes cidades, a possibilidade de se tor-
nar rico e poderoso atrai pessoas de todas as raças comuns: huma-
nos, anões, elfos, saymos, meio-elfos e hobbit.
Capitulo
Capitulo Um:Dois: Raças
Introdução 29
 Oito Luas

Escolhendo uma Raça

Antes de anotar os valores das suas Características
do seu Personagem, escolha uma Raça. Ao mesmo
tempo você deve escolher a sua classe, já que a raça
afetara quão bem será o seu desenvolvimento naquela
classe. Depois de escolher sua raça e sua classe, dis-
tribua os valores das características, altere-os de
acordo com a raça escolhida, e continue a detalhar
seu personagem.
Você pode interpretar um personagem de qualquer
raça ou classe, mas algumas raças são mais eficientes
quando seguem algumas carreiras. Hobbit, por exem-
plo, podem ser guerreiros, mas sua baixa estatura e
suas habilidades especiais possibilitam tornarem-se
competentes ladinos.
A raça de seu personagem lhe fornece várias dicas
sobre o tipo de pessoa que ele é como se sente acerca
de pessoas de outras raças e o que o motiva. Porem
lembre-se que as descrições de raça só se aplicam pa-
ra a maioria. Em cada raça, alguns indivíduos são di-
ferentes da maioria e seu personagem pode ser um
desses. Não permita que a descrição da raça o impeça
de detalhar seu personagem como desejar.

Características Raciais
A raça se seu personagem determina algumas de suas qualidades.

Ajustes em habilidades
Cada raça tem suas diferenças físicas sendo que isso fica determinado pelas suas Características.
Por exemplo, Liam, por ser uma hobbit, ganha + 1 em Destreza e - 1 em Força.

Raças e Idiomas
Em uma grande cidade, os viajantes podem ouvir todo tipo de idioma sendo falado. Os anões discutem pre-
ços de gemas em sua própria língua, sábios elfos debatem em élfico e sacerdotes fazem as preces em linguagem
celestial. Porém, o idioma mais ouvido é o Comum, uma língua partilhada por todos que fazem parte da cultura
em geral. Com todos esses idiomas sendo utilizados, é fácil para as pessoas aprenderem a linguagem dos outros,
razão pela qual os aventureiros muitas vezes falam diversos idiomas.
Todos os personagens sabem falar o Comum. Os anões, elfos, meio-elfos, saymos e hobbit também falam a
língua correspondente a sua raça.

Habilidades raciais
Conforme o personagem fica mais experiente, ele ganha mais habilidade. Que são concedidas no 2º nível e a
cada três níveis subsequentes (5º, 8º, 11º e 14º níveis).

Humanos
“Não amedrontais cavalheiros, pois essa é a me-
lhor hora, pois almoçaremos no paraíso como heróis,
ou terminaremos na terra ricos” Comandante Taylor
A maior parte dos humanos descende de pionei-
ros, conquistadores, mercadores, refugiados e outras
pessoas que viajam muito. Desse modo, os territórios
humanos são uma mistura de povos – física, cultural,
religiosa e politicamente. Simples ou refinados, de

30 Capitulo
Capitulo Um: Dois: Raças
Introdução
 Oito Luas
pele clara ou escura, orgulhosos ou austeros, primiti-
vos ou civilizados, devotos ou impiedosos, os huma-
nos se espalham pelo mundo.
Personalidade: Os humanos compõem a raça
mais adaptável, flexível e ambiciosa dentre as raças
comuns. Possuem gostos, moral, costumes e hábitos
variados. Eles são acusados de possuírem pouco res-
peito pela história, mas é natural que os humanos,
com sua vida relativamente curta e culturas em cons-
tante alteração, tenha uma memória coletiva menor
do que os anões, os elfos, os saymos ou os hobbit.
Descrição Física: Os humanos normalmente me-
dem entre 1,6 m até pouco mais de 1,8 m, pesando
entre 60 e 80 quilos; os homens são notavelmente
mais altos e pesados que as mulheres. Graças
a sua atração pelas migrações e conquistas
e as suas curtas gerações, os humanos têm
uma diversidade física maior que as outras
raças, com tonalidades de peles que variam
de quase preta até muito pálida; seus ca-
belos vão do moreno ao louro (seja en-
rolado ou liso) e barba (para os ho-
mens) de esparsa a grossa. Muitos
humanos têm um pouco de sangue
não humano e podem demonstrar
traços de linhagens élficas, ou ou-
tra. Os humanos, muitas vezes,
seguem tendências poucos orto-
doxas em seu modo de vestir,
gostando de cortes de cabelo
pouco comum, roupas colori-
das, tatuagens, piercing e outras
coisas assim. Possuem uma ex-
pectativa de vidas curtas, atin-
gindo a idade adulta a partir
dos 15 anos e raramente vi-
vendo até um século.
Relações: os humanos se
misturam com membros de
outras raças tão facilmente
quanto se misturam entre si.
Entre as outras raças, os hu-
manos são conhecidos como
“os segundos melhores ami-
gos de todo mundo”. Desempenham
o papel de embaixadores, diplo-
matas, magistrados, mercadores
e funcionários de todos os tipos.
Terras dos Humanos: A terra humana está cons-
tantemente repleta de novas ideias, mudança social,
inovação e nova líderes. Os membros das raças de vi-
da mais longa veem com interesse a cultura humana,
mas está sempre acaba lhes parecendo um pouco can-
sativa ou até mesmo atordoante.
Como os humanos vivem tão pouco, seus líderes
são jovens comparados aos líderes políticos, religio-
sos e militares de outras raças. Mesmo quando são
conservadores ou tradicionalistas, suas instituições
continuam mudando geração após geração, adaptan-
Capitulo dois: raças
do-se e evoluindo mais rápido do que as instituições
equivalentes dos elfos, anões, saymos e hobbit. Indi-
vidualmente ou como um grupo, os humanos são
oportunistas e adaptáveis, mantendo-se sempre no to-
po que se refere a políticas de mudanças constantes.
As terras humanas normalmente incluem números
relativamente grandes de não humanos (se compara-
do, por exemplo, ao número de não anões que vice
em terras de anões).
Religião: não se sabe qual deus criou ao certo os
humanos, entretanto no começo dos tempos, aos hu-
manos foi dada a tarefa da mudança e a cidade-estado
Stnige foi levantada. Seja por curiosidade ou mesmo
necessidade os humanos viam limitadas suas existên-
cias se comparadas às outras raças, e começaram a
invocar espíritos, experiências necromânticas entre
outras coisas. As fúrias dos deuses caíram sobre
Stinge e nem as raças mais antigas lembram-se do
seu legado. Entretanto houve sobreviventes; os
mortos-vivos também chamados mortos- fa-
mintos, pois sua vasta experiência e poderes
excedem e muito os da mesma raça. Um
exemplo um vampiro stinge pertence ao
conselho das sombras é certamente seu po-
der a outro não stinge é o mesmo que com-
parar um infante a um veterano de guerra
na espada; e os humanos que por mais que
os deuses tentam sem destruir continuavam
a sobreviver, finalmente depois de várias
provações e atos heroicos os humanos pro-
varam serem merecedores dos deuses. Os
humanos não se lembram de sua origem,
e por uma razão “desconhecida” tendem
a não ser muito religiosos, pegando a
divindade que mais lhe convém.
Idiomas: Os humanos falam o
Comum. No entanto, aprendem ou-
tros idiomas, até mesmo alguns
dos mais estranhos e pouco co-
nhecidos e gostam de incluir em
suas conversas palavras de ou-
tras línguas: pragas de orcs,
termos culinários de hobbit,
expressões musicais dos el-
fos, fresas militares de anões
e assim por diante.
Aventuras: Os aventureiros
humanos são os mais audaciosos, atrevidos e ambici-
osos membros de uma raça audaciosa, atrevida e am-
biciosa. Um humano pode ganhar gloria frente a seus
pares através do acumulo de riqueza, poder e fama.
Mais que nenhuma outra raça, preferem defender
mais as causas do que os territórios ou os grupos.
Traços Raciais dos Humanos
•Idioma Básico: Comum. Idiomas adicionais:
Qualquer um (exceto linguagem secreta como a druí-
dica).
31
 Oito Luas
•Habilidades de Raça: Os humanos podem ad-
quirir qualquer habilidade. Os humanos podem pegar
quase todas as magias de 1º nível (com a autorização
do Narrador) como habilidade racial.
O que acham sobre si:
Humanos: A sorte favorece os ousados.
O que acham sobre os outros:
Anões: Cretinos e gananciosos, cuidado ao nego-
ciar com eles.
Elfos: Tem os melhores produtos, mas não o ven-
dem, temos que contornar esse problema.
Hobbit: Baixinhos e Sorrateiros, fiquem com a
mão no seu dinheiro.
Meio-elfos: Acumulam o melhor das duas raças e
o pior delas.
Saymos: Não muito melhores do que bestas, mas
você pode tirar proveito deles.
Anões
“Cara embaixatriz elfa já é chato que tenhamos
que escutar uma mulher e mais chato ainda que não
se prenda ao protocolo nem a pauta!” De Bor para
Aurora.
Os anões são conhecidos por sua habilidade mili-
tar, sua capacidade de resistir a castigos físicos e
mágicos, seu conhecimento sobre os segredos da t
erra e sua capacidade de beber cerveja. Seus rei-
nos misteriosos, escavados no interior das
montanhas, são famosos pelos maravilho-
sos tesouros que produzem para servirem
como presentes ou para o comercio.
Personalidade: Machistas, teimosos e
murrinhas esses comentários vem sempre
de seus rivais elfos. Entre-
tanto os anões são ver-
dadeiros e não tem
medo de demostrar
sua opinião por
mais arriscada que
seja. Um anão é fiel a
um amigo pela vida to-
da, mas também guardam
rancor igualmente. Os anões gos-
tam de trabalho de metais, gemas, e
pedras, mas reconhecem a habilidade de
madeira, ervas e alquimia dos elfos. Se per-
guntados quem são os melhores artesãos e
tiver um elfo na mesa você terá uma discus-
são no mínimo pelo resto da noite. Entre os
saymos, que são conhecidos por se darem
bem com os anões, é comum dizerem o se-
guinte juramento:” Se eu estou mentindo,
que em enraiveça um anão”.
Descrição Física: Os anões possu-
em entre 1,3m e 1,5m de altura, mas
tem ombros tão largos e é tão compacto que pesam
32 Capitulo quatro: criação
Capítulo
Dois: Raças
aproximadamente o mesmo que os humanos. Os
anões são um pouco mais altos e pesados do que as
anãs. Comumente sua pele é amarronzada ou de um
bronzeado e seus olhos são escuros. Seu cabelo nor-
malmente é preto, cinza ou castanho, quase sempre
longo. Os anões valorizam bastantes suas barbas e
cuidam bem delas. Eles preferem estilos simples para
seus cabelos, barbas bem trabalhadas e roupas prati-
cas, já as anãs roupas discretas e a maior parte usa um
lenço na cabeça e são considerados adultos por volta
dos 50 anos, podendo viver mais de 400 anos.
Relações: Os anões se dão bem com os saymos e
razoavelmente com os humanos, meio-elfos e hobbit.
Eles costumam dizer que “a diferença entre um co-
nhecido e um amigo é cerca de cem anos”. Os huma-
nos, com suas vidas curtas, têm certa dificuldade em
forjar ligações fortes com os anões. As melhores rela-
ções entre ambas às raças acontecem entre um huma-
no e um anão que gostava dos pais ou dos avôs do
humano. Os anões não conseguem apreciar a sutileza
e a fala floreada dos elfos, considerando-os frágeis.
Ainda assim, os elfos ganharam o respeito dos anões
quando combateram juntos, durante eras, os orcs, os
goblins, e os gnolls.
Terras dos Anões: A grande questão é que os
anões são excessivamente observadores de detalhes,
burocráticos e tradicionalistas. Logo os que vi-
vem dentro das montanhas jamais saem. E
os da superfície são exilados cuja os la-
ços de família são quebrados por um
decreto absurdo milenar tendendo a
ser um pouco mais flexíveis.
Os anões não gostam de viajar na
água, então os humanos empreen-
dedores, frequentemente, fazem
o transporte de bens entre
os reinos anões quando o
roteiro passa por uma ro-
ta fluvial ou marítima
próxima.
Os anões que vi-
vem em terras hu-
manas são merce-
nários, armeiros, jo-
alheiros e artesãos. Os
guarda-costas da raça são
famosos por sua coragem e
lealdade, sendo bem pagos por
essa virtude.
Religião: Sua divindade
principal é Seyller a deusa da
Força e Coragem. Ela é a cria-
dora dos anões e espera que
seus seguidores se esforcem
para melhorar a raça.
Os anões das monta-
nhas se dividem em clãs e ge-
ralmente estão muito ocupadas com
os trabalhos, picuinhas e política local para
se preocupar com as outras raças a não serem os el-
de personagem
 Oito Luas
fos, pois são rivais. Já os da superfície preferem o
termo guilda onde qualquer anão de mesmo ramo po-
dem se filiar e geralmente são intermediários entre os
anões das montanhas e as outras raças, entretanto
ambos cuidam à risca a tarefa de cuidar dos subterrâ-
neos e do trabalho.
Idioma: Os anões falam o anão, língua que possui
seu próprio alfabeto rúnico. A literatura desta raça é
marcada pela história detalhada de reinos através de
milênios. O alfabeto anão também é usado (com pe-
quenas variações) nos seguintes idiomas, gigante,
goblin, orc e terrena. Os anões, normalmente, falam o
idioma de seus aliados (humanos e saymos), mas
também a de seus inimigos. Alguns deles também
conhecem o terreno, a estranha linguagem utilizada
pelas criaturas baseadas na terra.
Aventuras: Um aventureiro anão pode ser moti-
vado por uma cruzada, por amor à excitação sim-
plesmente por cobiça. Vencer gigantes e possuir ar-
mas poderosas são métodos bem conhecidos de ga-
nhar o respeito entre os anões
Traços Raciais dos Anões
• +1 de Vigor, - 1 de Personalidade.
• O deslocamento básico de um anão é de 6 metros
Visão no Escuro: Anões podem enxergar até 18m
no escuro. A visão no escuro somente permite ver em
branco e preto, mas no restante é como uma visão
normal. Os anões podem enxergar bem mesmo sem
nenhuma luz.
• Ligação com Pedras: Ligação com pedras dá aos
anões um bônus racial de +2 nos testes de notar traba-
lhos poucos comuns em pedras, como paredes desli-
zantes, armadilhas de pedras, construções novas
(mesmo quando feitas para igualar as antigas), super-
fícies de pedras pouco seguras, tetos de pedra que
podem desabar ou coisa assim.
• +2 de bônus racial nos testes de resistência a ve-
neno. Os anões são fortes e resistentes às toxinas.
• +2 de bônus racial nos testes de resistência con-
tra magias e efeitos similares.
• +1 de bônus racial nas jogadas de ataque contra
orcs e goblinóides (goblins, robgoblins e bugbears):
os anões são treinados em técnicas especiais de com-
bate, o que lhes permite lutar contra seus inimigos
comuns, mais eficientemente.
• +2 de bônus racial nos testes de Avaliação rela-
cionada a itens de metal ou pedra: os anãos têm gran-
de conhecimento sobre itens valiosos de todos os ti-
pos (especialmente os feitos de pedra ou metal).
• +2 de bônus racial nos testes de oficio relaciona-
dos a metal ou pedra: os anões são especialmente efi-
cientes com trabalhos em pedra ou metal.
• Idiomas Básicos: Comum e Anão. Idiomas adi-
cionais: Gigante, goblin, orc, terrena e subterrânea.
Eles têm familiaridade com os idiomas de seus inimi-
gos e aliados subterrâneos.
•Habilidades de Raça:
1º Detectar Portas Secretas: Ao adquirir essa
habilidade o anão é capaz de detectar portas, compar-
timentos, passagens ou aberturas construídas especi-
Capitulo dois: raças
ficamente para não serem notadas podem ser identifi-
cadas por essa habilidade – um alçapão normal sob
uma pilha de caixas não será detectada.
2º Escuridão: Essa habilidade permite que o anão
irradie uma escuridão em uma área de 1m de raio.
Todos dentro da área de efeito recebem uma penali-
dade de +2 em Percepção.
3º Mesclar-se a Rocha: Essa habilidade permite
ao anão fundir-se a um bloco único de pedra.
4º Moldar Rochas: O anão pode moldar um pe-
daço de rocha em qualquer forma adequada aos seus
propósitos.
5º Criar Passagem: O anão cria uma passagem
através de muralhas de tijolos ou pedras, mas não re-
forçadas com metal ou outros materiais. A passagem
tem 3m de profundidade e mais 1,5m adicional a cada
dois níveis de personagem.
O que acham sobre si:
Anões: Ouro, trabalho e cerveja, não existe nada
melhor.
O que acham sobre os outros:
Elfos: Hum!?
Hobbit: Pequenos e salafrarios.
Humanos: Cretinos, gananciosos e de vida curta,
mas tem suas utilidades.
Meio-elfos: Esses são mais tratáveis.
Saymos: Bon caçadores e guerreiros, mas nada
além disso.
Elfos
Caro embaixador presamos a liberdade inclusive
de pensamentos, estamos aqui para discutiras coisas
que afligem os reinos não só sua montanha. Agora
como os anões fazem um bom trabalho nos subterrâ-
neos como nos na superfície desde os tempos milena-
res, logo chato é a sua insignificância nesse assunto!
De aurora para bor.
Criados pelos Lykki, assumiram a tarefa de cuidar
de toda a superfície ao contrário dos anões que herda-
ram os subterrâneos. Levantando-se contra seus ego-
cêntricos mestres e com a benção da deusa os elfos
tem como terras toda superfície e não apenas um rei-
no ou um local especifico presando a liberdade e a
manutenção da natureza como seu principal objetivo.
O que ocasionalmente causam encrencas com as au-
toridades locais. Os elfos caminham livremente pelas
terras dos humanos, sempre bem-vindos, mas nunca
realmente em casa. Eles são conhecidos por sua poe-
sia, dança, música, conhecimento e artes mágicas. Os
elfos valorizam as coisas naturais e a beleza simples.
Porém, quando algum perigo ameaça suas casas nas
florestas, eles revelam uma faceta mais militar, de-
monstrando habilidade com a espada, arco e estraté-
gia de batalha.
Personalidade e Descrição Física: são 4 as raças
de elfos com características bem distintas;
33
 Oito Luas
Elfos das Rochas: bélicos e orgulhosos foram à pri-
meira raça criada pelos Eladrin com o corpo todo
com pele lembrando ônix e olhos totalmente negros
ou brancos, eles são idênticos aos seus criadores fisi-
camente. Consideram-se superiores as outras raças e
não perdoam os outros elfos por serem criados, mas
por questões de convivência preferem trata-los fria-
mente. Possuem de 2m a 2,20m de altura, mas são in-
crivelmente esguios, entretanto são extremamente be-
los. Sua tarefa é cuidar das montanhas são ótimos ca-
valeiros e utilizadores de lanças e javelins.
Elfos das Florestas: arredios e emocionais foram
à segunda raça criada pelos Eladrin sua tarefa é
cuidar da floresta e dos animais, apesar de ten-
sos os primeiros encontros são a raça que
mais do bem com todas as raças inclusive
com os anões o que muitos escolares
acreditam que eles foram criados a
partir de marmotas e tatus e mere-
cem serem guiados. Possuem en-
tre 1,40m e 1,60m, sua pele é ja-
de e seus cabelos são coloridos
inclusive arco-íris e são ótimos
no arco e besta.
Elfos da Nevoas: frios e cal-
mos essa raça possuem uma
marca no rosto purpura que
representa seu nome de família
devido a uma maldição pela própria
deusa por tramar contra os próprios el-
fos. Foram castigados cuidando de pânta-
nos, cavernas e outros lugares inóspitos. Pos-
suem 1,60 a 1,80m sua pele, olhos e cabelo
são brancas como giz. Sua principal moti-
vação é ter vantagem não importa os mei-
os interagem com todas as raças e onde
tem uma encrenca política tem elfos das
nevoas para tirar proveito. Suas armas
são adagas e espadas.
Elfos dos Espinhos: muito pare-
cido com os elfos da floresta com ex-
ceção que possuem olhos e cabelos verme-
lhos e espinhos brotando por todo o corpo.
Punição por ficar ao lado dos Eladrin. Não se
sabe quando foram criados são poucos intolerantes ao
extremo preferem a matança a qualquer outra coisa,
mudaram seus votos aos deuses malignos e tem como
tarefa a destruição das coisas. Entretanto raramente
saem da floresta da rosa, um lugar mítico cuja roseira
de incrível tamanho se alimentam de sangue. Os elfos
dos espinhos são mais uma lenda para as outras raças
do que realidade. Suas armas são venenos com zara-
batanas e espadas curtas criadas para destroçar seus
inimigos.
34 Capitulo Capítulo Dois: Raças
quatro: criação de personagem
Obs.: Eladrin (NPCS)
Nem todos foram destruídos alguns se escodem a
eras entre os elfos das rochas possuem 10 cm a mais
e geralmente são mais fortes, carismáticos, e inteli-
gentes, mas seu individualismo não permite prospe-
rar como raça. Apesar de não seguirem deuses todos
independente da classe por uma razão desconhecida
tem poderes necromânticos. Seus únicos aliados são
os zetarins o que nutrem um ódio e rivalidade mutua.
Do mesmo jeito que se ajudam eles se destroem
quando é oportuno.
Relações: Os elfos consideram os humanos pou-
cos refinados, os hobbit calmos demais, os saymos
triviais demais, mas conservam o espírito da
natureza e os anões pouco divertidos. Eles
veem os meio-elfos com um pouco de pena.
Apesar de orgulhosos, os elfos não são tão
explícitos em suas preferências como os
hobbit e os anões podem ser. São ge-
ralmente educados e graciosos
mesmo com aqueles que não
se adaptam às expectativas
élficas (o que, no fim das
contas, são quase todos os
não-elfos).
Terras dos Elfos: “O mundo é dos
elfos e que os anões permaneçam em
seus buracos” disse uma importante ma-
triarca elfa. Os elfos não ligam para
questão de fronteiras e países, a deusa
deu o mundo para eles e assim seja. De
castelos nas planícies a mansões nas ci-
dades de vilas no topo das arvores a tribos
no mais alto dos picos os elfos estão lá.
Sociedade: cada raça é uma corte outono (ro-
cha) florestas (primavera) nevoas (inverno) e
espinhos (verão) a cada mudança de estação se
encontram para resolver assuntos individuais
dos elfos. Os elfos vivem em famílias de li-
nhagem no sistema matriarcal e infelizmente
a mais famosa família é a da rainha das
rosas (elfos dos espinhos) por acabar
com reinos inteiro desde o começo dos
tempos, mesmo que há 1000 anos que
estranhamente eles não têm se movimen-
tado restringindo-se ao seu território.
Idiomas: Os elfos falam um idioma flu-
ido de entonações sutis e gramáticas complicada,
apesar da literatura élfica ser rica e variada, as músi-
cas e poemas na língua nativa são muito mais famo-
sos. Boa parte dos bardos aprende o idioma para con-
seguirem adicionar baldas élficas a seu repertorio.
Outros, simplesmente memorizam as músicas élficas
pelo som. O alfabeto élfico, tão fluente quanto à pa-
lavra falada, também serve como alfabeto para o sil-
vestre o idioma das dríades e pixies.
Aventuras: Os elfos começam a se aventurar por
pura vontade de viajar. A vida dos humanos se de-
senvolve num ritmo que os elfos não gostam: ordena-
 Oito Luas
damente do ponto de vista cotidiano, mas mudando
de década em década. Por isso, os elfos que vivem
entre os humanos procuram carreiras que lhes permi-
tam seguir seus próprios caminhos e viajar livremen-
te. Os elfos também gostam de demonstrar suas habi-
lidades com espadas e arcos ou adquirir grandes po-
deres mágicos: as aventuras lhe proporcionam isso.
Traços Raciais dos Elfos
• +1 de Destreza, -1 de Vigor os elfos são gracio-
sos porem frágeis. A graça élfica faz que se tornem
naturalmente mais habilidosos em seus movimentos
silenciosos no uso dos arcos.
• O deslocamento básico de um elfo é de 9 metros
• Imunidade à magia sono e efeitos similares; +1
de bônus racial para testes de Vigor contra mentais ou
efeitos similares.
• Visão na Penumbra Os elfos podem enxergar até
duas vezes mais longe que os humanos sob a luz das
estrelas, da lua, de tochas ou outras condições de bai-
xa iluminação. Nestas condições, eles preservam suas
habilidades de distinguir cores e detalhes.
Os elfos são competentes com a espada longa e
com o sabre e também com arcos curtos, longos, ar-
cos curtos compostos e arcos longos compostos.
Eles apreciam a arte do manejo das espadas e o
arqueirismo, razão pela qual todos os membros
dessa raça estão familiarizados com essas
armas. Sendo mais fácil seu manejo dimi-
nuído a dificuldade em relação às outras
raças.
•+1 de bônus racial para teste de Ou-
vir, procurar e observar. Um elfo que
simplesmente passe a 1,5 m de uma por-
ta secreta ou escondida pode fazer um
teste de investigação como se estives-
sem efetivamente procurando a porta.
Os sentidos dos elfos são tão aguçados
que eles têm praticamente um sexto
sentido referente a portas escondidas.
•Idioma Básico: Comum e élfico.
Idiomas adicionais: Dracônico, gnoll,
goblin, orc e silvestre. Os elfos normal-
mente conhecem os idiomas de seus alia-
dos e inimigos, bem como Dracônico, a
língua normalmente encontrada em antigos
tomos de conhecimento secreto.
•Habilidades de Raça:
1º Ataque Certeiro: O elfo adquire uma
intuição temporária do futuro imediato duran-
te seu próximo ataque.
2º Armadilhas: Essa habilidade permite cri-
ar um laço que funciona como uma armadilha
mágica. A armadilha pode ser feita de qualquer
cipó, cordão ou tira de couro.
3º Comunhão com a Natureza: O elfo se uma
com a natureza e obtém informações sobre a região
ao seu redor.
4º Encontrar o Caminho: O elfo pode encontrar
a rota física menor e mais direta para um destino es-
pecifico, seja para entrar ou sair das florestas.
Capitulo dois: raças
5º Invocar Aliado da Natureza: Essa habilidade
invoca uma criatura natural conforme a necessidade
do elfo.
O que acham sobre si:
Elfos: Comprometidos, vinculados e orgulhosos.
O que acham sobre os outros:
Anões: O que se pode dizer desses rudes, nada.
Hobbit: Travessos, trapalhões, ingênuos.
Humanos: Pouco a dizer sobre eles, ingênuos
talvez.
Meio-elfos: Um resultado intrigante, mas índigos
de confiança.
Saymos: Vinculados, porem selvagens demais.
Meio-Elfos
“Sucinto e fora de hora como um anão e educado,
e atrevida como um elfa, corajoso e sem noção como
todo hobbit e decidida e verdadeira como uma
saymos, vamos fazer algo ao invés de ficar nessa
reunião chata eu não vivo séculos nem você” Clair
Graywoold cochichando.
Em geral, os humanos e elfos se casam. As
elfas atraído pela energia humana e o hu-
mano pela graça élfica. Esses casa-
mentos acabam depressa, na opi-
nião dos elfos, porque a vida
de um humano é muito rá-
pida, mas deixam um legado
duradouro – os descendentes meio-
elfos.
A vida de um meio-elfo pode ser dura. Se
ele for criado em meio aos elfos, crescera numa
velocidade estrondeante, atingindo a maturida-
de em duas décadas. O meio-elfo se torna adul-
to muito antes de ter aprendido a intricada arte
e cultura élfica, ou mesmo sua gramática. Ele
ultrapassa rapidamente seus amigos de infân-
cia, tornando-se fisicamente adulto, embora se-
ja culturalmente uma criança pelos padrões él-
ficos. Normalmente, ele deixa sua casa élfica
que não mais é a mesma e procura seu cami-
nho entre os humanos. Por outro lado, se for
crido por humanos, o meio-elfo sente-se di-
ferente de seus pares: mais reservado mais
sensível, menos ambicioso e de maturação
mais lenta. Alguns meio-elfos tentam se en-
quadrar entre os humanos enquanto outros
descobrem suas identidades nessa dife-
rença. A maioria encontra seu lugar
nas terras humanas, mas alguns se sen-
tem deslocados por toda sua vida.
Personalidade: A maioria dos meio-elfos
possui a curiosidade, a inventividade e a ambi-
ção de seu lado humano, juntamente com os
sentidos refinados, como o amor à natureza e
os gostos artísticos de sua herança.
35
 Oito Luas
Descrição Física: Para os humanos, os meio-elfos
parecem elfos. Para os elfos, os meio-elfos parecem
humanos (na verdade, os elfos os chamam de “meio-
humanos”). A estatura dos meio-elfos varia entre 1,5
m e 1,8 m e eles pesam entre 45 e 90 quilos. Os meio-
elfos geralmente são mais altos e mais pesados que as
meio-elfas, mas a diferença é menos acentuada que a
encontrada entre os humanos. Eles são mais pálidos,
mais magros e de pele mais lisa que os humanos, mas
a tonalidade de sua pele, cor de cabelo e outros deta-
lhes possuem a mesma variedade que caracteriza os
humanos. Os olhos dos meio-elfos são verdes, simila-
res ao dos parentes élficos. Um meio-elfo atinge a
idade adulta aos 30 anos e pode viver mais de 250
anos.
A maioria dos meio-elfos é filha de pares huma-
nos e elfos. Porem alguns descende de pais que já tem
uma parte humana e uma parte élfica. Alguns desses
meio-elfos de “segunda geração” possuem olhos mais
parecidos com os dos humanos, mas a maioria anda
conserva o tom esverdeado.
Relações: Os meio-elfos se saem bem tanto com
os elfos como com os humanos, mantendo ainda boas
relações com os anões, saymos e hobbit. Como híbri-
dos, eles possuem a graça e a elegância dos elfos, a
energia humana, mas não a arrogância dos primeiros
ou a chatice dos últimos. São excelentes embaixado-
res e diplomatas (exceto entre os elfos e humanos,
pois cada lado suspeito que o meio-elfo favorece o
outro). Em terras humanas onde os elfos estão distan-
tes ou não são amigáveis, os meio-elfos são vistos
com suspeita.
Terras dos Meio-elfos: Os meio-elfos não possu-
em terras próprias, apesar de serem bem-vindos nas
terras humanas e florestas élficas. Por vezes grandes
cidades formam pequenas comunidades próprias.
Religião: Os meio-elfos criados entre os elfos se-
guem divindades élficas, principalmente Likky, deusa
da natureza. Os criados entre os humanos podem se-
guir qualquer divindade.
Idiomas: Os meio-elfos falam os idiomas de seus
pais, comum e élfico. Eles não são muito habilidosos
com a intricada língua dos elfos, apesar de somente
os elfos notarem; mesmo assim são melhores que ou-
tros não-elfos.
Aventura: Essa raça se vê atraída por carreiras es-
tranhas e companheiros poucos comuns. Assumir a
vida de aventureiro é fácil para a maioria deles. Co-
mo elfos, eles têm um enorme desejo de viajar.
Traços Raciais dos Meio-Elfos
• O deslocamento básico de um elfo é de 9 metros
• Imunidade à magia sono e efeitos similares; +1
de bônus racial para testes de Vigor contra mentais ou
efeitos similares.
• Visão na Penumbra Os elfos podem enxergar até
duas vezes mais longe que os humanos sob a luz das
estrelas, da lua, de tochas ou outras condições de bai-
xa iluminação. Nestas condições, eles preservam suas
habilidades de distinguir cores e detalhes.
•+1 de bônus racial para teste de Ouvir, procurar.
36 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Dois: Raças
Eles não possuem a habilidade dos elfos de notar por-
tas secretas simplesmente passando próximo a elas.
Os sentidos de um meio-elfo são aguçados, mas não
se comparam com os dos elfos.
•Sangue Élfico: Para todas as habilidades especi-
ais e efeitos, um meio-elfo é considerado um elfo. Por
exemplo, os meio-elfos podem usar armas élficas e
itens mágico com poderes raciais específicos como se
fossem elfos.
•Idioma Básico: Comum e élfico. Idiomas adici-
onais: Qualquer um (exceto idiomas secretos, como o
druídico). Os meio-elfos tem toda a versatilidade e a
amplitude de experiência que os humanos (ainda que
pouco profunda).
•Habilidades de Raça:
Talentos meios elfos escolhem uma arvore dos hu-
manos e outra dos elfos.
O que acham sobre si:
Meio-elfos: Duvidem o quanto quiserem de nós,
mesmo isso não mudará em nada.
O que acham sobre os outros:
Anões: Bem receptivos, mas não pisem em seus
calos.
Elfos: …
Hobbit: Legais e divertidos, mas fiquem bem
longe das minhas coisas.
Humanos: …
Saymos: Grandes, brutais e fáceis de serem per-
suadidos.
Hobbit
“Cavalheiros recomendo uma pausa para o lan-
che, a saymos selvagem e velha ali está com fom...”
Os hobbit são espertos capazes e oportunistas.
Tanto os indivíduos como os clãs desta raça encon-
tram espaços onde podem. Muitas vezes são estran-
geiros e peregrinos, fazendo as pessoas os verem com
desconfiança ou curiosidade. Dependendo do clã, os
hobbit podem ser cidadãos trabalhadores e confiáveis
ou ladrões à espera de uma oportunidade para rouba-
rem o que puderem e desaparecer no meio da noite.
De qualquer modo, são sobreviventes espertos e en-
genhosos.
Personalidade: Os hobbit preferem os problemas
ao tédio e são notoriamente curiosos. Confiando em
sua habilidade para sobreviver e escapar do perigo,
eles demonstram uma coragem que poucas raças
maiores podem superar.
Possuem um grande apetite, tanto para comida
quanto para outros prazeres. Eles gostam de pratos
bem preparados, bebidas finas, bom tabaco e roupas
confortáveis. Embora possam ser atraídos por pro-
messas de riquezas, eles costumam a gastar todo o
ouro que ganham em vez de acumulá-lo.
Os hobbit também são famosos colecionadores.
Os mais ortodoxos colecionam potes de chá, livros ou
flores secas, outros colecionam peles de bestas selva-
 Oito Luas
gens – ou mesmo as próprias bestas. Os mais ricos,
algumas vezes, contratam aventureiros para obter
itens exóticos e completar suas coleções.
Um caos disse o maior dos escolares Teomagno
XI, 1 os hobbit só usam o termo “parente” até 5º
grau, se for mais velhos como avos, pais é parente
maior se for da mesma geração é parente e se for so-
brinho, filho parente menor 2 eles não tem muita no-
ção de propriedade sendo que qualquer que fique 3
messes na sua casa é herança de família; nem assu-
mem diretamente o que fazem sempre tendo respostas
como: ”eu só estava protegendo contra ladrões”,
”caiu peguei pra você”, “sua bolsa, estava arrumando
por quê?”, “o elfo me disse pra mexer na joia”, “va-
mos parar o anão, está com fome”, ”a ideia foi do
humano, fui convencido a executá-la mesmo com
pouco interesse” 3).
Suas prioridades: Comida, Curiosidade, ver o
circo pegar fogo
Descrição Física: Os hobbit medem cerca de
90 centímetros de altura e possuem entre 15 e 18
quilos. Sua pele é avermelhada, seu cabelo é preto
e liso e possuem olhos negros ou castanhos. Os
hobbit, muitas vezes, deixam crescer longas
costeletas, mas as barbas são raras e quase
nunca se vê bigodes. Eles gostam de vestir
roupas simples, confortáveis e práticas. Ao
contrário dos membros das outras raças,
eles escolhem o conforto ao invés das os-
tentações da riqueza. Um hobbit prefere
vestir uma camisa confortável a usar uma
joia. Atingem a idade adulta por volta dos
vinte anos e vivem pouco mais que um sé-
culo e meio.
Os hobbit se apresentam pelo nome de
família em último caso o seu e se dividem
em famílias seguem as maiores:
• Pés ligeiros: geralmente ruivos e
olhos verdes são mais atléticos
• Corvo: pele mais escura, cabelos e
olhos negros tendem a serem menores e
furtivos
• Santos: olhos claros e cabe-
los encaracolados dourados tendem a ser mais espiri-
tuais e religiosos.
• Corajoso: cabelos negros e olhos variados
tendem a ser mais curiosos, andarilho e possuir uma
maior fixação por itens.
• Largos; são mais gordos, olhos pequenos ou
puxados cabelos castanhos raspados pretos ou lisos
tendem a possuir um interesse mórbido ou no sobre-
natural, e teoricamente os melhores cozinheiros.
• Lindo; cabelos e olhos em cores exóticas são
conhecidos por sua beleza e eloquência.
Relações: Os humanos são apressados demais, os
anões ocupados demais para prestar atenção. Os elfos
geralmente os ignoram e os hobbit acham seu papo
longo demais. Os saymos são mal-humorados demais
com eles e os meio elfos são gente fina logo é melhor
pegar peças nos meio-elfos e nos saymos.
Capitulo dois: raças
Terras dos Hobbits: Os hobbit não possuem ter-
ras próprias. Em vez disso, vivem nas terras de outras
raças, onde podem se beneficiar dos recursos que es-
sas oferecem. Geralmente, formam comunidades
muito unidas em meio a cidades humanas ou anãs.
Apesar de trabalharem bem com outras raças, muitas
vezes só fazem amigos entre si. Eles também formam
comunidades em lugares seguros e montam vilas au-
tossuficientes. Porém, as comunidades hobbit são co-
nhecidas por aproveitar oportunidades, emigrando em
massa para uma região oportuna, quando, por exem-
plo, uma nova mina é aberta ou uma guerra devasta-
dora torna difícil encontrar trabalhadores habilidosos.
Se as oportunidades são duradouras, os hobbit se or-
ganizam e formam uma nova vila, guiando carroças
ou botes de lugar para lugar, sem nenhuma casa per-
manente.
Religião: O fato mais curioso dos hobbit é o
fato que não se tem certeza de sua origem,
os documentos mais antigos Dracônico
mencionam sua existência, mas não quem e
porque o criou. Escolares anões acreditam
que foi para criar problemas já os escolares
saymos que foi para perturbar as outras ra-
ças, Os elfos desistiram de tentar ver uma
utilidade e os humanos brigam entre si
sobre que deus criou.
Idiomas: eles falem seu idioma pró-
prios, que usa o alfabeto comum. Uma
vez que escreverem pouco em seu idi-
oma nativo, não possuem grande
quantidade de trabalho escrito, ao
contrário de anões, elfos. Contudo, a
tradição oral dos hobbit é muito for-
te. Embora o idioma dos hobbit não
seja segredo, eles não o dividem com
qualquer um. Quase todos os hobbit falam o
Comum, já que usam o idioma por onde este-
jam viajando.
Aventura: Os hobbit muitas vezes viajam
para abrir seu caminho pelo mundo. Em
geral, os aventureiros da raça estão
procurando um meio de utilizar suas
habilidades para ganhar status ou riqueza. A distinção
entre um hobbit aventureiro e um hobbit procurando
uma “boa jogada” pode ser muito difusa. A aventura
lhes parece uma oportunidade de uma carreira. Ape-
sar do oportunismo desta raça parecer uma fraude ou
roubo dos olhos estranhos, um aventureiro hobbit que
aprenda a confiar em seus companheiros merece a
confiança deles.
Traços Raciais dos Hobbits
• +1 em Destreza, -1em Força: Os hobbit são rápi-
dos, ágeis e habilidosos com armas de ataque a dis-
tância, mas são pequenos e, portanto, mais fracos que
outros humanoides.
• O deslocamento básico de um hobbit é de 6 me-
tros
• +1 de bônus racial em Esporte e Furtividade: os
hobbit são ágeis, tem ótimo equilíbrio e são atléticos.
37
 Oito Luas
• +1 de bônus nos testes de Força de vontade nos
testes contra o medo.
• +1 de bônus racial nas jogadas de ataque com
armas de arremesso: Atirar pedras é um esporte entre
hobbit e eles desenvolveram uma mira muito boa.
• +1 de bônus racial nos testes de ouvir: os hobbit
possuem ouvidos aguçados.
• Idioma Básico: Comum e hobbit. Idiomas adi-
cionais: Anão, élfico, goblin e orc. Hobbits espertos
aprendem os idiomas de seus amigos e inimigos.
•Habilidades de Raça:
1º Pedra Encantada: O Hobbits é capaz de trans-
formar até três pedras, pequenas, para acertarem com
grande força quando arremessadas ou lançadas. (dano
+5)
2º Agilidade Felina: O Hobbits torna-se mais
gracioso, ágil e adquire maior coordenação (destreza
+2).
3º Roupa encantada: Essa habilidade transforma
a roupa em uma armadura natural concedendo +1 de
bônus para cada três níveis de personagem.
4º Movimento Livre: Essa habilidade permite
que o personagem se mova e ataque normalmente so-
bre a água, e tendo 50% a mais der chance de não so-
frer com magias que o prenderia.
5º Mover Terra: Essa habilidade desloca terra
(argila, barro, areia) possivelmente derrubando ater-
ros, deslocando pequenas colinas e mudando dunas
de lugar.
O que acham sobre si:
Hobbit: A diversão nunca para.
O que acham sobre os outros:
Anões: Trabalho, trabalho para que, só prestam
quando estão bêbados.
Elfos: Chatoooooooooooooooooooooos.
Humanos: Mão no bolso…
Meio-elfos: São legais, e dá para jogar cartas com
eles de vez em quando perder.
Saymos: Cuidado, eles mordem.
Saymos
Se você terminar essa frase não vai ser o pão so-
mente que eu vou fatia, agora seja um bom hobbit e
devolva minha arma que está acima da sua cabeça.
Uma raça de caçadores em busca de desafios cada
vez maiores, colecionam o crânio de suas presas co-
mo troféus, que determinam o status de cada indiví-
duo perante aos seus iguais. Esta raça visita as terras
selvagens de tempos em tempos, preferindo regiões
infestadas de criaturas perigosas, para caçá-las guar-
dando seus crânios como lembranças.
Suas vilas ficam localizadas nas copas árvores gi-
gantes, os saymos são conhecidos por sua beleza,
graça, habilidade de luta sobre as arvores, hospitali-
dade com os amigos e por sua selvageria com seus
inimigos.
38 Capitulocriação
Capitulo quatro: Dois: Raças
Personalidade: Embora seja difícil entender
completamente seu modo de pensar, os saymos são
definidos como um povo guerreiro, que enfrenta ou-
tras criaturas em duelos de alto-risco por algum tipo
de satisfação pessoal, ou para conquistar status em
sua sociedade.
Demonstrando inteligência e astúcia selvagem, os
saymos estudam sua presa antes da caçada começar.
Em uma região selvagem, eles localizam o indivíduo
mais perigoso, e elegendo-o como alvo e evitando
qualquer confronto precipitado.
Apesar de sua ferocidade e crueldade, os saymos
seguem um código de honra. Não matam indiscrimi-
nadamente: fêmeas grávidas, deficientes físicos ou
outros que de alguma forma pareçam inválidos. Mas,
no entanto, ainda reagindo quando atacados.
Poucos saymos se aventuram em terras diferentes,
pois devido à desproporção de 8 fêmeas para 1 macho
apenas as fêmeas dependendo do clã, tem o direito de
deixar o território já os machos apenas têm o direito
por no máximo 100 anos, mas os poucos que o fazem
– e conseguem ser aceitos – acabam acolhidos pela
sociedade e se tornam membros-modelo.
Os mais fortes dominam a sociedade, ambos se
dedicam as artes marciais, entretanto as fêmeas se
dedicam também as artes místicas enquanto que os
machos as retórica e filosofia o que dão bons conse-
lheiros.
Personalidade e Descrição Física: são 8 as sub-
raças de saymos com características distintas;
Leakan: Acreditando serem os reis Saymos assim
como de outros predadores. São os mais numerosos
dos saymos. Os em vários casos são classificados
como arrogantes. São os saymos que dão grande va-
lor a força e a ordem, principalmente a deles.
Mote: Ouça me rugindo e prevaleça.
Tyka: Sãos os guerreiros dos saymos, dando ênfa-
se às virtudes da honra e obediência. São os maiores
dos saymos.
Mote: Sozinhos prevaleceremos.
Guepah: Sendo os mais rápidos e ágeis de todos
os saymos, se tornando os batedores graças a essas
habilidades.
Mote: Seja rápido e prevaleça
Jakyr: São os maiores defensores dos saymos.
Preferindo as tradições do que essas modernidades
das outras raças.
Mote: Resguarde-se e prevaleça.
Pakyh: São considerados os mediadores e juízes
dos saymos. São bastante viajados e educados, apren-
dendo os costumes das outras raças. Mesmo assim
quando um Pakyh se irrita todos sabem que isso não
vai ser coisa boa.
Mote: Pise forme e silencioso e prevaleça.
de personagem
 Oito Luas
Lynka: São os mais curiosos dos saymos. Os
Lynka têm uma estrutura menor do que a dos outros
clãs, e tendem a parecer um pouco mais velhos do
que realmente são.
Mote: Supere-se e prevaleça.
Pukan: São os mais solitários dos saymos, mas
nunca ficam longe de suas terras por muito tempo,
levam muito a sério de proteger algo importante para
eles.
Mote: Paciência, observar e prevalecer.
Presa Branca: O clã mais recente dos saymos
Descrição Física: Saymos são humanoides
enormes medindo entre 1,90m a 2,40m, com
igual constituição em ambos os sexos.
Além do tamanho, a única característica
que os difere dos humanos é a parte inferi-
or do corpo, que lembra um grande felino e
cauda. Seus cabelos costumam ser longos e
em várias cores (dependendo da sub-raça).
Os saymos conjuradores vão ficando
com os cabelos prateados conforme
envelhecem. Preferindo estilo sim-
ples de roupa, sem prejudicar seus
movimentos. A expectativa de
vida de um saymos é de apro-
ximadamente 500 anos, mas
os membros da raça se de-
senvolvem quase tão rápido
quanto os humanos, atingindo a maioridade
aos 50 anos.
Relações: Repassar pôr os saymos de-
monstram respeito justamente por quem
apresenta um código de honra aceitá-
vel. Os humanos vacilam em não es-
tudar suas presas, os elfos são opo-
nentes valorosos principalmente as das
rochas, os anões poderiam engolir
aquela papelada, mas se não fosse o
machismo seriam considerados algo e
os hobbit são o limite entre a cora-
gem e o espancamento.
Terras dos Saymos: Ao con-
trário das outras raças, os
saymos costumam-se concen-
trar em uma única região.
As Selvas Sombrias. As fronteiras do reino são mar-
cadas no limite da cordilheira, a fim de proteger suas
principais comunidades, e poucos membros de outras
raças conhecem o interior da lendária Cidade das Ne-
voas.
Poucos saymos se aventuram em terras humanas,
mas os poucos que o fazem – e conseguem ser aceitos
– acabam acolhidos pela sociedade e se tornam mem-
bros-modelo.
Religião: Sua divindade principal é Warguy, O
Leopardo Negro. Ele é o criador dos saymos e das fe-
ras, e espera que seus filhotes dominem as caçadas.
Capitulo dois: raças
Uns poucos indivíduos veneram Likky a Deusa das
Florestas, ou Muntus pela sua violência.
Reprodução: As fêmeas são muito preocupadas
com o fator da reprodução tendo de 10 a 50 filhos por
vida. Elas são agressivas e escolhem seus parceiros,
nem que seja na brutalidade, o que já causou muitos
conflitos com as elfas, gigantes e com anãs casadas.
Os machos por sua vez são calmos, mas sua explosão
de fúria é pior e repentina, mas não tem direito de es-
colha.
Idiomas: Os saymos costumam falar o idioma
Comum e élfico, mas possui um idioma próprio cha-
mado O’say que nenhuma outra raça conhece. Reve-
lar o idioma secreto é punido com a morte.
Aventura: Apesar da atitude separatista e
comportamento frio, os saymos costumam
se aventurar bastante entre os outros rei-
nos. Alguns o fazem por necessidades,
obtenção de conhecimento, e em algu-
mas raras oportunidades por exílio.
Traços Raciais dos Saymos
• +1 em Destreza, +2em Vigor, -1 em
Vontade, -1 em Inteligência: os saymos
têm uma agilidade felina e uma boa re-
sistência, sendo um pouco rudes em
relação aos outros.
• O deslocamento básico de um
saymos é de 9 metros
• Visão na Penumbra: Os saymos
podem enxergar até duas vezes mais
longe que os humanos sob a luz das
estrelas, da lua, de tochas ou outras
condições de baixa iluminação. Nes-
tas condições, eles preservam suas habili-
dades de distinguir cores e detalhes.
• +1 de bônus racial em testes de Es-
conder-se, Furtividade, Percepção e So-
brevivência. Saymos são conhecidos
por sua capacidade de ver sem
ser visto, especialmente em
ambientes naturais. Em áreas
encobertas por neblina, o bônus em Es-
conder-se e Furtividade aumenta para
+2.
• Idioma Básico: Comum e
O’say. Idiomas adicionais: Anão,
gigante, Silvestre e goblin.
•Habilidades de Raça:
1º Arma Mágica: Essa habilidade concede o do-
bro de distância de arremesso das armas de raça e
uma habilidade especial (escolhida pelo jogador) para
a arma entre as seguintes: Ataque Especial (área, pa-
ralisante, preciso, teleguiado), Sagrada, Retornável,
Veloz.
2º Movimento Sobre as Arvores: Com essa habi-
lidade o saymos pode-se mover e lutar sobre as copas
das arvores com seu deslocamento normal, saltando
de galho em galho, ou correndo verticalmente pelos
troncos.
3º Agilidade Felina: O saymos torna-se mais gra-
39
 Oito Luas
cioso, ágil e com maior coordenação (Destreza +2)
4º Caminhar em Arvores: O saymos pode entrar
em arvores e deslocar-se entre o interior delas (10m
por ponto em Foco por dia).
5º Invocar Felino: O saymos invoca qualquer tipo
de felino na área para auxiliá-lo.
• Espada Saymos: Esta espada curiosa chamada
pela raça de “Enrrykito”. É uma espada ímpar, que
alia um poder destrutivo comparável ao de um ma-
chado ao poder de corte de uma espada, usados pelos
saymos tanto para luta corpo a corpo quanto para ata-
ques a distância.
A Enrrykito é uma arma exótica, sendo uma espa-
da circular pode ser usada tanto para o ataque quanto
para a defesa. De tamanho pequeno e grande, sendo a
pequena usada mais para o arremesso (Dificuldade 6)
causa dano de Força +3, podendo ser arremessada até
a 12,5m, usada principalmente pelos conjuradores, a
espada de tamanho grande é de difícil manuseio, (di-
ficuldade 8) mas com um dano muito maior, Força
+10, sendo arremessada até a 5m.
Qualidade e Defeitos
Qualidades e defeitos são Características opcio-
nais que acrescentam cor e sabor à sua crônica de
Kalidox. As Qualidades concedem alguns benefícios
aos personagens, enquanto os Defeitos funcionam
como prejuízos. Algumas dessas Características terão
pouco efeito no jogo além de um toque de estilo; ou-
tras podem desequilibrar uma crônica, mudar comple-
tamente a sua direção ou criar novas ideias para tra-
mas.
Quando você cria um personagem, recebe 15 pon-
tos “de bônus” para atribuir a quaisquer Característi-
cas que quiser, de modo a dar os toques finais que
tomam o seu personagem único. O sistema opcional
de Qualidades e Defeitos expande esta ideia, possibi-
litando que você individualize ainda mais o seu per-
sonagem.
As Qualidades podem ser compradas apenas com
pontos de bônus e apenas durante a concepção do
personagem. Os Defeitos conferem pontos de bônus
extras para se gastar, também apenas durante a con-
cepção inicial. Você pode acumular até sete pontos de
Defeitos, limitando os pontos de bônus em potencial
a um total de 22. Algumas Qualidades e Defeitos
possuem custos variáveis em termos de pontos; estas
Características oferecem mais opções para a criação
do personagem.
As Qualidades e os Defeitos são fornecidos para
dar vida a um personagem e acrescentar novos gan-
chos e detalhes às histórias, e não para permitir que
os jogadores que gostam do poder reduzam seus per-
sonagens a maquinas de guerra. Os jogadores devem
se certificar que o Narrador permite a escolha destas
opções antes de criar um personagem baseado nelas.
O Narrador tem todo o direito de proibir quaisquer
Qualidades ou Defeitos que considere como fontes de
desequilíbrios, impróprios ou simplesmente idiotas.
40 CapituloCapitulo
quatro: criação de personagem
Dois: Raças
O que acham sobre si:
Saymos: Antigamente éramos separados e fortes,
agora somos unidos e invencíveis. (Um saymos
não espera pela morte, um saymos vai ao encon-
tro dela e a recebe seguindo os próprios termos).
O que acham sobre os outros:
Humanos: Criaturas estranhas, dão valor a coisas
inúteis.
Anões: Pequenos, peludos e irritantes, mas sabem
como se defender.
Elfos: Parecidos com os humanos, só que mais
fracos.
Meio-elfos: Humanos de orelhas pontudas, mas
sem pátria.
Hobbit: Pequenos como eles, em que podem ser
uteis.
Físicos
Estas Qualidades e Defeitos dizem respeito à sua
saúde e aparência física.
Articulações Ultra flexíveis (1 Ponto de Qualidade)
O seu corpo é incrivelmente flexível. Reduza em
dois pontos a dificuldade de todos os testes de Des-
treza que envolva a flexibilidade corporal. Espremer-
se através de um espaço pequeno é um exemplo de
uso para esta Qualidade.
Ambidestro (1 Ponto de Qualidade)
Você possui um nível elevado de destreza manual,
podendo executar tarefas com a mão “inábil” sem so-
frer penalidades. A penalidade normal para usar as
duas mãos ao mesmo tempo para executar tarefas di-
ferentes (como lutar com uma arma em cada mão) é
acrescentar um ponto de dificuldade para a mão “há-
bil” e três pontos de dificuldade para a outra mão.
Corpo Grande (4 Pontos de Qualidade)
Vocês anormalmente grandes, medindo talvez
mais de dois metros de altura e pesando 180 quilos.
Com isso, você recebe um Nível de Vitalidade a
mais, sendo capaz de sofrer mais danos antes de che-
gar a Incapacitado. Trate isso como um Nível de Vi-
talidade extra, sem nenhuma penalidade para os tes-
tes.
Longevidade (2 Pontos de Qualidade)
Você foi abençoado com uma vida longa. Você
não sofre os efeitos da idade até alcançar os 90 anos
ou mais (ao invés de 70). Você pode esperar chegar
até os 120 ou 130 anos de idade se sobreviver às bata-
lhas. Somente humanos pode ter esta qualidade.
Multi-metamorfo (1 Ponto de Qualidade)
Você sente facilidade em transformar apenas al-
gumas partes do corpo, como uma mão em garra, en-
 Oito Luas
quanto se encontra na forma de Homem ou mudar as
cordas vocais da Forma Animal em uma caixa-vocal
humana.
Metamorfo (6 Pontos de Qualidade)
Você considera extremamente fácil mudar de for-
ma, podendo fazê-lo mesmo quando dorme. Você não
precisa fazer testes para mudar de forma (considere
como cinco sucessos automáticos).
Membros Elásticos (1 Ponto de Qualidade)
Você adquiriu uma habilidade que seus braços,
pernas ou tentáculos podem ir muito mais longe que o
normal. Podendo esticá-los (até 5m). Podendo fazer
qualquer coisa nesta distância.
Membros Extras (3 Pontos Cada Qualidade)
Você pertence a uma raça com numerosos braços,
pernas cauda ou tentáculos. Perceba que, pode com-
prar esta qualidade várias vezes.
Além de utilidades obvias como segurar mais ob-
jetos ao mesmo tempo, cada membro extra permite
fazer um ataque adicional por rodada (corpo-a-corpo)
Qualquer personagem com Membros Extras sofre
os mesmos efeitos de Monstruoso.
Voz Encantadora (2 Pontos de Qualidade)
Sua voz é naturalmente bela e comandante. Todos os
usos de sua voz garantem um bônus de + 2 em Soci-
ais. Você pode seduzir, intimidar e bajular pessoas
com algumas poucas palavras bem escolhidas.
Aleijado (3 Pontos de Defeito)
As suas pernas são feridas ou de alguma outra
forma impedidas de funcionar com eficiência. Você
sofre uma penalidade de dois dados em todos os tes-
tes relacionados a movimento. Um personagem não
pode receber este Defeito em conjunto com a Quali-
dade Articulações Ultra flexíveis.
Cheiro De Tumulo (1 Ponto de Defeito)
Você exala um odor de umidade e terra recém re-
volvida impossível de disfarçar. O que lhe dá uma
penalidade de -1 em todos os testes Sociais. Seu odor
argiloso é facilmente reconhecido por aqueles que o
conhecem.
Desfigurado (2 Pontos de Defeito)
Uma desfiguração horrível tornou-o feio e fácil de
ser notado e lembrado. Portanto, você possui Aparên-
cia zero, como ocorre com os Leprosos (aos quais
não se pode atribuir este Defeito).
Deformidade (3 Pontos de Defeito)
Você possui algum ripo de deformidade (um
membro malformado, uma corcunda ou qualquer coi-
sa assim) que afeta a sua interação com os outros e
que pode significar uma inconveniência física. As di-
ficuldades de todos os testes relacionados a aparência
física são elevadas em dois. A sua deformidade tam-
bém aumentara em dois pontos a dificuldade de al-
guns testes de Destreza, dependendo do ripo de de-
formidade que possui.
Estatura Baixa (1 Ponto de Defeito)
Você está bem abaixo da altura média, tendo difi-
culdade em ver sobre objetos altos e mover-se com
Capitulo dois: raças
rapidez. Você sofre uma penalidade de dois dados em
todos os testes de perseguição, e você e o Narrador
não devem esquecer de levar a sua altura em conside-
ração em todas as situações. Em algumas circunstan-
cias isto ira conceder-lhe um bônus de ocultação.
Ferimento Permanente (3 Pontos de Defeito)
Você sofreu ferimentos durante uma aventura,
com uma arma amaldiçoada. Você começa cada ma-
nhã com um Nível de Vitalidade Ferido. Isto pode ser
curado como um dano normal, mas a cada noite, de-
pois de dormir, o seu ferimento sempre ira voltar.
Leproso (3 Pontos de Defeito)
Você sofre de lepra ou de uma doença de pele que
pode ser facilmente confundida com lepra. Sua apa-
rência não pode ser maior que 2, e sua pele é desfigu-
rada por erupções, machas espinhas, feridas supura-
das, cicatrizes, etc. Sua doença de pele, seja qual for,
é óbvia para qualquer um que o veja. As autoridades
impedem a sua entrada em qualquer cidade, e você
serão tratadas com medo e repugnância. É bem pro-
vável (a critério do Narrador) que sua condição tam-
bém seja contagiosa.
Mudo (4 Pontos de Defeito)
O seu aparelho vocal não funciona, de modo que
você não pode falar. Mas pode se comunicar através
de outros meios, por escrita ou por sinais, uma forma
primitiva de soletrar com os dedos disponível para
monges vivendo sob votos nobres de silencio e sur-
dez. Lembre-se que ser alfabetizado é incomum neste
período, e apenas as pessoas instruídas seriam capa-
zes de ler suas mensagens.
Um Braço (3 Pontos de Defeito)
Você só tem um braço – escolha qual, ou determi-
ne aleatoriamente durante a criação do personagem.
Isto pode ser uma cicatriz de guerra, um defeito de
nascimento ou outra forma de ferimento (que não po-
de ser regenerado). Assume-se que você se acostu-
mou a usar a mão que lhe resta, de modo que não so-
fre nenhuma penalidade por não ter uma das mãos.
Contudo, você sofre de uma penalidade de dois dados
em qualquer Parada de Dados na qual normalmente
seria necessária às duas mãos para executar uma tare-
fa. Um personagem não pode combinar este Defeito
com a Qualidade Ambidestro (obviamente, pouca ne-
cessidade para isso).
Aptidões
Estas Qualidades e Defeitos estabelecem capaci-
dades ou habilidades especiais para o seu persona-
gem, ou modificam os efeitos e poderes das outras
Características.
Aprendiz Rápido (5 Pontos de Qualidade)
Você consegue aprender com muita rapidez, en-
tendendo as coisas mais velozmente que a maioria
das pessoas. Você obtém um ponto extra de XP na
conclusão de cada história (não de cada sessão de jo-
go).
41
 Oito Luas
Faz-tudo (5 Pontos de Qualidade)
Você possui uma grande variedade de perícias e
conhecimentos diversificados, obtidos em suas longas
viagens, nos empregos que já teve, ou simplesmente
no dia-a-dia. Você obtém automaticamente um ponto
em todas as Paradas de Dados de Perícias e Conhe-
cimentos. Trata-se de um nível ilusório, usado apenas
para simular uma ampla variedade de habilidades. Se
o personagem treina ou gasta experiência numa Perí-
cia ou Conhecimento, ele precisa pagar o custo em
pontos de primeiro nível uma “segunda vez” antes de
aumentar a Perícia ou Conhecimento para 2.
Equilíbrio Perfeito (3 Pontos de Qualidade)
Seu senso de equilíbrio é aguçado graças a um
treinamento constante ou a características herdadas. É
muito impossível que durante sua vida você venha a
cair. Você pode tropeçar, mas sempre se recupera an-
tes de perder completamente o apoio.
Esta Qualidade auxilia em ações como andar na
corda bamba, atravessar áreas congeladas e escalar
montanhas; a dificuldade de todas estas tarefas é re-
duzida em 3.
Líder Nato (1 Ponto de Qualidade)
Você é dotado de certo Espirito que o separa do
resto. Você possui a habilidade natural de liderar as
pessoas. Você é capaz de reduzir em três pontos a di-
ficuldade nas situações que envolvem diretamente a
liderança.
Linguista Nato (2 Pontos de Qualidade)
Você tem facilidade com línguas. Esta Qualidade
não lhe permite aprender mais línguas do que é per-
mitido pelos seus pontos em Linguística, mas você
pode somar três dados a quaisquer Paradas de Dados
que envolvam linguagens (sejam elas escritas ou fa-
ladas).
Magnetismo Animal (1 Ponto de Qualidade)
Você é especialmente atraente para os outros. A
dificuldade dos testes de sedução fica reduzida em 2
pontos (contudo, isto pode despertar a inveja daque-
les que o vejam com “competidor”).
Temerário (3 Pontos de Qualidade)
Você é bom em assumir riscos e ainda melhor em
sobreviver a eles. Todas as dificuldades são reduzidas
em 2 pontos sempre estiver tentando algo excepcio-
nalmente perigoso, você também pode ignorar um re-
sultado de uma falha critica quando obtiver “um” em
tais testes (como se você tivesse obtido um sucesso
extra).
Inepto (5 Pontos de Defeito)
Você não está em harmonia com suas aptidões na-
turais, dispondo, portanto, de cinco pontos a menos
para gastar em seus Talentos (o maior número de
pontos que você pode gastar em seus Talentos no
começo do jogo seria oito, e o menor seria zero). Ob-
viamente, você ainda pode gastar pontos de bônus pa-
ra comprar Talentos. Contudo, no começo do jogo
você não pode possuir nenhum Talento em nível 3 ou
maior.
42 CapituloCapitulo
quatro: Dois:
criação de personagem
Ignorante (5 Pontos de Defeito)
Você não recebeu absolutamente nenhuma educa-
ção, dispondo de cinco pontos a menos para gastar
em suas Habilidades de Conhecimento (oito sendo o
máximo que você pode ter, e zero o mínimo). Você
ainda pode gastar pontos de bônus para comprar Co-
nhecimentos. Devido a isso, no começo do jogo você
não pode possuir nenhum Conhecimento em nível 3
ou maior.
Inábil (5 Pontos de Defeito)
Você nunca foi treinado extensivamente em qual-
quer perícia ou oficio, dispondo, portanto, de cinco
pontos a menos para gastar em suas Perícias (suas Pe-
rícias podem ter no máximo 8 pontos, sendo zero o
mínimo). Embora você possa gastar pontos de bônus
para elevar suas Perícias, no começo do jogo você
não pode possuir nenhuma Perícia em nível 3 ou
maior.
Percepção
As Qualidades e os Defeitos a seguir envolvem a
percepção (ou a falta dela).
Sentidos Aguçados (1 Ponto de Qualidade Cada)
Você possui uma audição, olfato, visão ou paladar
excepcionalmente aguçados. As dificuldades de todos
os testes que se relacionam como sentido em questão
(por exemplo, Percepção + Prontidão para ouvir um
barulho baixo, sentir o veneno na comida ou ver um
atacante que se aproxima) é reduzida em dois pontos.
Esta Qualidade pode ser comprada diversas vezes
(um Personagem pode ter Visão Aguçada e Paladar
Aguçado, por exemplo).
Acromatopsia (1 Ponto de Defeito)
Você enxerga apenas em preto e branco. A cor
não significa nada para você, embora seja sensível à
densidade cromática, que percebe como nuanças de
cinza. Observação: a Acromatopsia na verdade indica
uma incapacidade de distinguir duas cores, mas sim-
plificarmos um pouco para que ela pudesse ser repre-
sentada.
Deficiência Auditiva (1 Ponto de Defeito)
A sua audição é deficiente. As dificuldades de to-
dos os testes relacionados a audição são aumentadas
em dois pontos. Não é possível usar este Defeito em
conjunto com Audição Aguçada.
Deficiência Visual (2 Pontos de Defeito)
A sua visão é deficiente. A dificuldade de todos os
testes relacionada à visão é aumentada em dois pon-
tos. Este Defeito não é miopia nem hipermetropia –
uma forma menor, mas incurável, de cegueira. Não é
possível usar este Defeito em conjunto com Visão
Aguçada.
Caolho (2 Pontos de Defeito)
Você perdeu um olho, e não pode regenerá-lo.
Você não possui visão periférica do seu lado cego, e
usa dois dados a menos em qualquer ato que exija a
noção de profundidade (isto inclui combate com ar-
mas de projeteis).
Raças
 Oito Luas
Surdez (4 Pontos de Defeito)
Você não pode ouvir nenhum som, fracassando
automaticamente em todos os testes que requeiram
audição.
Cegueira (6 Pontos de Defeito)
Você fracassa automaticamente em todos os testes
que envolvam a visão. Você enxerga – o mundo das
cores e das luzes não significa nada para você.
Ligações com a Sociedade
Estas Características refletem seu status entre seus
companheiros, e qualquer aptidão ou desvantagem re-
sultante disso.
Boa Reputação (2 Pontos de Qualidade)
Você tem uma reputação sólida entre o povo. Pode
ser por mérito próprio, ou derivada de seu pai. Acres-
cente três dados a todas as Paradas de Dados para re-
lações sociais com o Povo da cidade. Um personagem
com esta Qualidade não pode assumir o Defeito Má
Reputação.
Controle Institucional (2-5 Pontos de Qualidade)
Você começa o jogo com controle absoluto sobre
uma instituição a sua escolha. Ou você é o chefe da
instituição, ou dominou o seu líder. Se você controla
o líder, com planeja manter a lealdade dele? (Chanta-
gem? Dominação?) O custo desta Qualidade depende
do tamanho e poder da instituição. O controle sobre
um pequeno mosteiro com 6 monges é uma Qualida-
de de 2 pontos. Controlar um monastério opulento
com 200 irmãos é uma Qualidade de 5 pontos. Insti-
tuições plausíveis incluem: monastérios e confrarias
(3-5 pontos), capelas de catedrais (monges ligados à
catedral; 5 pontos), mosteiros (2 pontos), hospitais
(albergues para os pobres ou doentes; 3 pontos), guil-
das de uma cidade (2 a5 pontos, dependendo do ta-
manho e poder), cortes jurídicas de uma cidade (3
pontos), etc.
Divida (1-3 Pontos de Qualidade)
Um ancião lhe deve um favor por causa de alguma
coisa que você fez por ele. A extensão da dívida a
você depende de quantos pontos você gastar. Um
ponto indicaria uma dívida relativamente pequena,
enquanto três pontos indicariam que o ancião prova-
velmente lhe deve a sua vida.
Mansão (2 Pontos de Qualidade)
Você possui uma grande mansão – uma casa com
25 quartos ou mais – bem como o terreno que a cerca.
A escolha desta Qualidade pode proporcionar tam-
bém criados (se tiver algum), embora eles não pos-
sam servir como Lacaios se você não possuir os An-
tecedentes apropriados. Considera-se que a mansão
possua cercas ou muros. Embora a mansão possa en-
contrar-se num estado tão bom ou ruim quanto você
desejar, quanto mais habitada ela parecer, mais aten-
ção chamara (de coletores de impostos e pessoas do
gênero). Do mesmo modo, supersticiosos irão por ou-
tro caminho para evitar uma mansão “assombrada” ...
Nobreza (1-3 Pontos de Qualidade)
Você possuía possui um título mesmo antes de sa-
Capitulo dois: raças
ir pelo mundo a fora. Consequentemente, as vanta-
gens da nobreza estão abertas para você. Admite-se
que você não possui possuí terras a não ser que com-
pre o Antecedente Recursos. Um ponto desta Quali-
dade traduz de modo geral um título menor e de pou-
co prestigio (um cavaleiro, digamos). Com 2 pontos,
você poderia ser um conde, e com 3 um barão. Títu-
los superiores devem ser concedidos aos jogadores
apenas a critério do Narrador. No Mundo Medieval,
eles representam muito poder, mas exigem uma quan-
tidade equivalente de esforço para serem mantidos.
Rede de Espiões (2 Pontos de Qualidade)
Você começa o jogo com acesso a um grupo de
aventureiros que frequentemente lhe trazem informa-
ções sobre o mundo. Suas informações são atualiza-
das e razoavelmente confiáveis, e provavelmente eles
não irão mentir para você. No entanto, ele não pode
ser usado como Aliados ou Lacaios (a não ser que
possua este Antecedente também); eles têm seus pró-
prios objetivos. Porque eles o mantêm informado?
Você os paga? Realiza “favores” ocasionais para
eles? Domina o seu líder? Ou eles são seus amigos e
familiares? Além disso, o quanto sabe sobre você?
(Quanto mais souberem, maio será a possibilidade de
pesquisarem informações relevantes e procurarem por
boatos úteis – mas maiores serão os danos que causa-
rão se um dia traírem você.) Uma rede de espiões po-
de ser qualquer coisa desde uma família de campone-
ses e uma associação de bruxas, até os subordinados
de uma família mercante e uma rede de leprosos via-
jantes. O que eles podem descobrir depende de quem
eles são; afinal de contas, pessoas diferentes perten-
cem a grupos diferentes.
Peão (3 Pontos de Qualidade)
Você possui certo controle sobre outro cidadão, de
nível mais baixo que o seu. Esse domínio provavel-
mente foi obtido mediante uma chantagem ou algum
outro meio de coerção. Seu peão pode nem mesmo
perceber que está sendo controlado. Você deve ficar
de olho sob quaisquer circunstancias, para que não
escape do seu controle.
Caçado (4 Pontos de Defeito)
Você chamou a atenção de um caçador ou algum
individuo semelhante que agora visa a sua destruição.
Não se pode argumentar com este caçador, e ele pos-
sui algum tipo de poder, influencia ou autoridade que
o deixa em desvantagem. Seus amigos, familiares e
aliados também estão em perigo. Mais cedo ou mais
tarde, este Defeito resultara num confronto. A con-
clusão não deve ser fácil, e até lá você terá que passar
por momentos insuportáveis.
Inimigo (1-5 Pontos de Defeito)
Em algum momento da sua vida, você ofendeu um
ser desconhecido com poder papa atormentá-lo. O
poder e a influência deste inimigo são determinados
pelo valor do Defeito. Alguém que seja equivalente a
você valeria 1 ponto, enquanto um Grande Guerreiro
ou Arquimago valeria 5. Você e o Narrador devem
discutir a gravidade do ódio do seu inimigo, e se você
43
 Oito Luas
está ciente ou não do que o está perseguido. O Narra-
dor confere os pontos de bônus para este Defeito.
Má Reputação (3 Pontos de Defeito)
Você tem uma reputação ruim entre seus compa-
nheiros; você pode ter pertencido a um círculo impo-
pular. Você tem uma penalidade de dois dados em
todos os testes para relacionamentos sociais com ou-
tros cidadãos. Um personagem com este Defeito não
pode usar a Qualidade Boa Reputação.
Presumidamente Morto (2 Pontos de Defeito)
Comunidades são pequenas, e mortes e desapare-
cimentos são conhecidos por todos. Originalmente,
você vivia na área em que a crônica é ambientada, e
os habitantes locais consideram-no mortos. Talvez
eles tenham visto você morrer, ou você foi descoberto
em coma e julgado morto (talvez até mesmo enterra-
do). No momento, isto não lhe traz nenhum problema
– mas se você usar seu nome verdadeiro, ou for visto
por pessoas que conheciam você, pode esperar en-
crenca. Exorcistas, cavaleiros devotos e outras pesso-
as ou monstros tentarão destruí-lo; demônios, conju-
radores e outros podem vir para oferecer-lhe “auxi-
lio”.
Protegido (3 Pontos de Defeito)
Você é devotado à proteção de um conhecido. Vo-
cê pode descrever seu protegido, embora seja o Nar-
rador quem o criara de fato. Este personagem pode
ser um amigo ou parente. Os Lacaios não contam
como protegidos, pois eles “cuidam de si mesmos”.
Protegido tem a tendência de serem envolvidos na
ação das histórias, funcionando frequentemente como
alvos dos inimigos do personagem.
Mentais
Estas Qualidades e Defeitos dizem respeito à men-
te – seus pontos fortes, seus pontos fracos e suas ca-
pacidades especiais.
Afinidade Celestial (1 Ponto de Qualidade)
Você possui uma conexão inata com a passagem
do tempo e o movimento dos corpos celestes. Você
pode estimar o tempo até o próximo por ou nascer do
sol com uma margem de um ou dois minutos, e pode
acompanhar as fases da lua de cabeça. As pessoas
com algum treinamento em Astrologia e está Quali-
dade podem até mesmo prever certas conjunções as-
trológicas sem o acesso a tabelas. Você pode realizar
qualquer uma dessas façanhas apenas com um pouco
de concentração.
Autoconfiança (5 Pontos de Qualidade)
Quando você gastar um ponto de Força de Vonta-
de para obter um sucesso automático, a sua autocon-
fiança poderá permitir que você adquirisse benefício
desse dispêndio sem realmente perder o ponto de
Força de Vontade. Quando você declara que está
usando um ponto de Força de Vontade e faz um teste
para ver se é bem-sucedido não irá perder o ponto de
Força de Vontade a não ser que fracasse. Isto também
irá prevenir que sofra uma falha crítica, mas apenas
44 Capitulo Capitulo Dois: Raças
quatro: criação de personagem
se você declarar que está gastando o ponto de Força
de Vontade antes de realizar o teste. Esta Qualidade
poderá ser usada apenas quando precisar de confiança
em suas habilidades para ser bem-sucedido. Você po-
de usá-la apenas quando a dificuldade do seu teste for
6 ou mais. Você pode gastar Força de Vontade em
outros momentos; contudo, se a dificuldade for 5 ou
menos, esta Qualidade não irá ajudá-lo.
Bom Senso (1 Ponto de Qualidade)
Você possui uma qualidade significativa de sabe-
doria pratica e cotidiana. Sempre que estiver preste a
fazer alguma coisa que ofenda o bom senso, o Narra-
dor devera alertá-lo de como a sua ação potencial po-
de violar a praticidade. Esta é uma Qualidade ideal
para um jogador iniciante; ela lhe permite receber
conselhos do Narrador a respeito do que pode e não
pode fazer, e (ainda mais importante) o que deve e o
que não deve ser feito.
Concentração (1 Ponto de Qualidade)
Você tem a habilidade de concentrar a sua mente e
ignorar quaisquer distrações ou aborrecimentos.
Qualquer penalidade para uma dificuldade ou uma
Parada de Dados resultantes de uma distração ou ou-
tra circunstância ameaçadora é limitada a dois, embo-
ra nenhum beneficiemos extra seja adquirido se ape-
nas um dado de penalidade for imposto.
Memória Expandida (2 Pontos de Qualidade)
Você é capaz de lembrar detalhadamente das coi-
sas que viu e escutou. Obtendo pelo menos um suces-
so num teste de Inteligência + Prontidão, você pode
recordar precisamente qualquer visão ou som que
quiser, mesmo se tiver ouvido ou vislumbrado apenas
uma vez (embora a dificuldade de um ato como esse
seria alta). Cinco sucessos possibilitam que você se
lembre de um evento com perfeição. O Narrador rela-
ta exatamente o que você viu ou ouviu.
Sono Leve (2 Pontos de Qualidade)
Você pode acordar instantaneamente a qualquer
sinal de problemas, e desperta sem sonolência ou he-
sitação. Os dados utilizáveis não são limitados pelo
seu nível de Força de Vontade, como normalmente
aconteceria para ações realizadas durante a noite.
Temperamento Calmo (3 Pontos de Qualidade)
Você é naturalmente calmo e equilibrado, não
perdendo a cabeça com facilidade. Aumente as difi-
culdades de todos os testes de raiva em dois pontos, a
despeito de como o incidente seja provocado.
Vontade de Ferro (4 Pontos de Qualidade)
Quando você está determinado e sua mente con-
centrada, nada pode afasta-1o dos seus objetivos. Vo-
cê não pode ser dominado; e aumente em três a difi-
culdade para criaturas sobrenaturais usando ataques
mentais ou mágicos contra você se estiver ciente de-
les e resistindo. Entretanto, a defesa mental adicional
custa um ponto de Força de Vontade por turno. Até
mesmo se você não estiver ciente deles, conjuradores
e outros seres que procurem influenciá-lo com mági-
cas ou outras habilidades somam um as suas dificul-
dades.
 Oito Luas
Amnésia (2 Pontos de Defeito)
Você é incapaz de recordar qualquer coisa sobre
sua vida. Seu passado é uma folha em branco, e pode
retomar para assombrá-lo. Você pode, se quiser, re-
ceber até cinco pontos de outros Defeitos sem especi-
ficar o que são, e deixar a cargo do Narrador detalhá-
los. Durante o curso da crônica, você e o seu perso-
nagem irão descobri-los aos poucos. A Amnésia é um
Defeito perigoso; seu Narrador não tem nenhuma
obrigação de ser misericordioso.
Confusão (2 Pontos de Defeito)
Você costuma se sentir confuso, e o mundo parece
ser um lugar muito distorcido e esquisito. De vez em
quando você é simplesmente incapaz de entender o
significado das coisas. Interprete este comportamento
o tempo inteiro num grau baixo, mas tome sua confu-
são especialmente forte quando estiver ao redor de
estímulos fortes (corno várias pessoas falando ao
mesmo tempo, ou quando você entra numa taverna
com um odor muito forte). Você pode gastar Força de
Vontade para sobrepujar os efeitos da sua confusão,
mas apenas temporariamente.
Distração (3 Pontos de Defeito)
Este Defeito não pode ser usado em conjunto com
a Qualidade Concentração. Embora você não esqueça
coisas como Conhecimentos ou Perícias, esquece
nomes, títulos ou quando foi sua última refeição. Para
lembrar qualquer coisa a mais que o seu próprio no-
me e a localização da sua casa, você precisa ser bem-
sucedido num teste de Percepção ou, em último caso,
gastar um ponto de Força de Vontade.
Vontade Fraca (2 Pontos de Defeito)
Você é altamente suscetível a Dominação e a ser
intimidado; na verdade, você é incapaz de usar a sua
Força de Vontade livremente. Você pode empregar a
sua Força de Vontade apenas quando a sua sobrevi-
vência estiver em jogo ou quando for apropriado para
a sua Natureza.
Personalidade
Estas Qualidades e Defeitos dizem respeito a per-
sonalidade do seu personagem, podendo descrever
ideais, motivações ou patologias. Alguns Defeitos de
Personalidade podem ser ignorados temporariamente
mediante o dispêndio de um ponto de Força de Von-
tade. Se você possuir um Defeito desse tipo e não o
interpretar quando o Narrador achar que você deve,
então ele pode mandá-lo gastar um ponto de Força de
Vontade e pelo esforça. Os Defeitos não podem ser
ignorados convenientemente.
Natureza Dupla (2 Pontos de Qualidade)
Você possui duas Naturezas distintas, mas compa-
tíveis, que influenciam sua personalidade. Você pode
readquirir Força de Vontade usando as duas Nature-
zas. Você ainda pode escolher um Comportamento,
que pode ser tão diferente das Naturezas do persona-
gem quanto você quiser. Esta Qualidade não é a
mesma coisa que possuir personalidades múltiplas
Capitulo dois: raças
(que é uma Perturbação).
Propósito Maior (1 Ponto de Qualidade)
Todo mundo possui uma “razão para viver”, mas
você tem um compromisso especial na sua existência.
O seu objetivo escolhido conduze direciona você em
tudo. Você não se preocupa com futilidade e proble-
mas cotidianos, porque o seu propósito maior é tudo
que importa para você. Embora ocasionalmente você
possa ser conduzido por este propósito e se ver força-
do a se comportar de forma que contrariam as neces-
sidades de sobrevivência pessoal, ele também pode
conferir-lhe uma grande força pessoal. Você adquire
dois dados extras em todos os testes que tenham al-
guma coisa em comum com este propósito pessoal.
Você precisa decidir qual é o seu propósito maior;
certifique-se de primeiro falar a respeito dele como
Narrador. (Você não pode pegar esta Qualidade e o
Defeito Objetivo Condutor.).
Bairrismo (2 Pontos de Defeito)
Você não gosta de deixar o seu território, nem
permite que outros entrem nele. Na verdade, você fi-
ca tão nervoso e desorientado quando se encontra
além dos seus limites que as dificuldades de todos os
testes são aumentadas em um. Além disso, precisa fa-
zer um teste de frenesi quando outros aventureiros
entrarem em seu território, a não ser que eles obte-
nham sua permissão para atravessá-lo.
Código de Honra (1 Ponto de Defeito)
Você possui um código pessoal de ética ao qual
obedece rigorosamente. Você pode resistir automati-
camente a maioria das tentações que puserem o seu
código em risco. Quando você enfrenta uma persua-
são sobrenatural (Dominação, mágica da mente, etc.)
que o levaria a violar o seu código, você recebera três
dados extras para resistir às persuasões sobrenaturais
ou o grau de dificuldade do oponente será aumentado
em dois pontos (escolha do Narrador).
Você precisa construir o seu próprio código pes-
soal de honra com o máximo de detalhes que for pos-
sível, delineando as regras gerais de conduta as quais
ficara preso.
Compulsão (1 Ponto de Defeito)
Você sofre algum tipo de compulsão, o que pode
causar vários – problemas diferentes. A sua compul-
são pode ser por limpeza, perfeição, furto, jogo, exa-
gero ou apenas conversa. Uma compulsão pode ser
evitada temporariamente ao custo de um ponto de
Força de Vontade, mas continua tendo efeito o restan-
te do tempo.
Complexo de inferioridade (2 Pontos de Defeito)
Você carece de autoconfiança e não acredita em si
mesmo. Você perde dois dados nas situações, em que
não espera ser bem-sucedido (a critério do Narrador,
embora a penalidade possa ser limitada a um dado se
você ajudar o Narrador, apontando momentos nos
quais este Defeito possa afetá-lo). O Narrador pode
exigir que você faça testes de Força de Vontade para
realizar feitos que requeiram autoconfiança, ou mes-
mo usar um ponto de Força de Vontade quando ou-
45
 Oito Luas
tros não seriam obrigados a fazer isso.
Coração Mole (2 Pontos de Defeito)
Você não consegue ver os outros sofrerem; talvez
você tenha muita compaixão, ou talvez você sim-
plesmente não goste da intensidade da emoção. Se
você for à causa direta do sofrimento, e assistir a ele,
passara por dias de náuseas e noites de insônia causa-
das pela aflição. Você evita situações nas quais pode
testemunhar sofrimento, e fará tudo o que estiver ao
seu alcance para proteger os outros. Sempre que você
testemunhar sofrimento, as dificuldades de todos os
testes serão aumentadas em dois pontos durante a ho-
ra seguinte.
Excesso de Confiança (1 Ponto de Defeito)
Você nutre uma opinião exagerada e inabalável
sobre o seu próprio valore as suas capacidades - nun-
ca hesita em confiar em suas habilidades, mesmo em
situação, nas quais você corre o risco de ser derrota-
do. Corno as suas habilidades podem não ser sufici-
entes, este tipo de excesso de confiança pode set mui-
to perigoso. Quando você fracassa, encontra logo al-
guém ou alguma coisa para culpar. Se você for con-
vincente o bastante, pode contagiar os outros com seu
excesso de confiança.
Fobia (1 ou 3 Pontos de Defeito)
Você sente um medo incontrolável e irracional de
alguma coisa. Lógica e instintivamente, você foge e
evita o objeto de seu temor. Você precisa fazer um
teste de Vontade sempre que se deparar com o objeto
de seu temor. A dificuldade deste teste é determinada
pelo Narrador, e depende das circunstancias. A con-
sequência do fracasso depende da gravidade do De-
feito. Se você pegou a Fobia de 1 ponto, precisar re-
cuperar objeto se fracassar. Se o medo vale 3 pontos,
você não pode ser aproximado objeto com menos de
três sucessos (mesmo que o teste seja bem-sucedido).
Se você fracassar no teste, entrara em estado de lou-
cura e fugir aterrorizado. O Narrador tem a palavra
final sobre quais fobias irá permitir numa crônica.
Existem tipos ilimitados de fobia. Seguem os
exemplos mais comuns:
Acrofobia: medo de altura (conhecido como ver-
tigem)
Aerofobia: medo do vento
Agorafobia: medo de lugares abertos
Ailurofobia: medo de gatos
Androfobia: medo de homens
Autofobia: medo de ficar sozinho
Batofobia: de lugares profundos
Brotofobia: medo de trovões
Claustrofobia: medo de lugares fechados
Demofobia: medo de multidões
Dendrofobia: medo de arvores
Entomofobia: medo de insetos
Escotofobia: medo de escuridão
Gefirdrofobia: medo de atravessar pontes
Ginefobia: medo de mulheres
Hafefobia: medo de ser tocado
Heliofobia: medo da luz do solar ou do próprio
sol
46 Capitulo quatro: criação
Capitulo
Dois: Raças
Hamatofobia: medo de sangue ou de sangrar
Hidrofobia: medo de água
Ictiofobia: medo de peixes
Musofobia: medo de ratos
Necrofobia: medo de coisas mortas
Nictofobia: medo da noite ou do anoitecer
Ofidiofobia: medo de cobras
Ornitofobia: medo de aves
Terafobia: medo de monstros
Xenofobia: medo de estrangeiros
Zoofobia: medo de animais
Intolerância/Ódio (1-3 Pontos de Defeito).
Você possui uma aversão incontrolável a uma de-
terminada coisa. Você pode odiar uma espécie de
animal, classe de pessoa, situações ou praticamente
qualquer outra coisa, e você persegue constantemente
as oportunidades de ferir o objeto odiado ou de obter
poder sobre ele. Se você é apenas intolerante (a ver-
são de 1 ponto deste Defeito), as dificuldades de to-
dos os seus testes que envolvam seu alvo são aumen-
tadas em dois. Se na realidade você nutre um ódio
(valendo 3 pontos), você precisa fazer um teste de
frenesi sempre que se defrontar com o objeto do seu
ódio. Repare que algumas coisas são triviais demais
para se ser intolerante comida chinesa ou ódio a sapa-
teiros sicilianos ruivos exercera pouco efeito na sua
crônica de em Idade das Trevas. O Narrador é o arbi-
tro final quanto ao que você pode escolher para não
gostar ou odiar.
Objetivo Condutor (2 Pontos de Defeito)
Você tem um objetivo pessoal, que às vezes o
compete e o conduz por caminhos surpreendentes. O
objetivo é sempre ilimitado em profundidade e você
jamais conseguira alcançá-lo verdadeiramente. Pode
ser algo como derrubar a Igreja ou alcançar a ilumi-
nação total. Como você precisa se esforçar durante
toda a crônica para levar seu objetivo a cabo (embora
possa evitá-lo durante períodos curtos mediante o
dispêndio de Força de Vontade), isto ira colocá-lo em
apuros ou poderá prejudicar outras ações. Escolha
com cuidado o seu objetivo, pois ele irá concentrar
tudo o que o seu personagem fizer.
Pesadelos (1 Ponto de Defeito)
Você sofre pesadelos horrendos sempre que dor-
me, e a recordação deles o assombra enquanto está
acordado. De vez em quando, os pesadelos são tão
ruins que o levam a perder um dado em todas as suas
ações durante a noite seguinte (a critério do Narrador)
Alguns dos pesadelos são tão intensos que você pode
tome-los como realidade. Um Narrador habilidoso
não hesitara, em tirar vantagem disto.
Selvageria (2 Pontos de Defeito)
Você não consegue direcionar sua Besta interior, e
pode entrar em frenesi em qualquer circunstância.
Desde um simples (um encontrão até um soco) qual-
quer coisa pode fazê-lo ficar nervoso, você parecera
um animal enlouquecido a procura de sangue (que de
preferência seja de que o irritou), e sua chance de en-
trar em frenesi sem querer permanecem inalteradas.
de personagem
 Oito Luas
Sono Pesado (1 Ponto de Defeito)
Você sente uma dificuldade imensa em acordar.
Aumente a dificuldade em dois pontos para qualquer
teste desse tipo, e interprete seu atraso constante as
reuniões do seu círculo ou a tentativa de honrar com-
promissos no início do dia.
Vingança (2 Pontos de Defeito)
Você tem contas a acertar - um amigo foi corrom-
pido, um de seus pais foi morto, o que quer que seja.
Você está obcecado em lançar sua vingança sobre os
culpados. A vingança é a sua primeira prioridade em
todas as situações. A necessidade de vingança pode
ser aplacada mediante o dispêndio de pontos de Força
de Vontade, mas mesmo assim apenas temporaria-
mente. Algum dia você terá a sua vingança, mas o
Narrador não permitirá que você a conquiste-a facil-
mente.
Sobrenaturais
Estas Qualidades e Defeitos são formas diferentes
de benefícios ou detrimentos sobrenaturais. Embora
sejam extremamente raras ainda são mais comuns
nesta era supersticiosa do que em outras épocas. De-
vido ao potencial dessas Características especificas, o
Narrador pode proibi-la de escolher itens desta cate-
goria; pergunte antes de selecionar algum. Além dis-
so, você não deve selecionar essas Características se
elas não se enquadrarem perfeitamente no conceito
do seu personagem e se você não puder explicar co-
mo ele as possui. Em geral, não recomendamos que
ninguém jamais tenha mais do que uma ou duas Qua-
lidades ou Defeitos sobrenaturais - eles devem ser
controlados rigorosamente pelo Narrador.
Amor Verdadeiro (1 Ponto de Qualidade)
Você descobriu, e possivelmente perdeu (ao me-
nos temporariamente) um amor verdadeiro. A despei-
to disto, este amor brinca com alegria a sua existên-
cia, normalmente desprovida dessas emoções positi-
vas. Mesmo que você esteja sofrendo, corra perigo ou
se sinta rejeitado, o seu amor verdadeiro lhe confere
força suficiente para perseverar. Em termos de jogo,
este amor lhe permite ser bem-sucedido automatica-
mente em qualquer este de Força de Vontade, mas
apenas quando você estiver tentando ativamente pro-
teger ou aproximar-se de seu amor verdadeiro. Além
disso, o poder do seu amor pode ser forte o bastante
para protegê-lo de outras forças sobrenaturais (a crité-
rio do Narrador). Contudo, o seu amor verdadeiro
pode também ser um estorvo, que ocasionalmente re-
queira ajuda (ou mesmo resgate). Esteja avisado: esta
é uma Qualidade que precisa ser interpretada com
muito rigor durante o curso de uma crônica.
Noção de Perigo (2 Pontos de Qualidade)
Você possui um sexto sentido que o alerta para o
perigo. Quando você estiver em perigo, o Narrador
deverá fazer um teste secreto contra a sua Percepção
+ Prontidão; a dificuldade depende da distância que o
perigo se encontra. Se o teste for bem-sucedido, o
Narrador lhe dirá que você teve uma premonição. Os
Capitulo dois: raças
sucessos múltiplos podem refinar o sentimento e pro-
porcionar uma indicação de direção, distância e natu-
reza.
Sorte (4 Pontos de Qualidade)
Você nasceu com sorte, ou talvez o Diabo cuide
de seus filhos. De qualquer modo, você pode repetir
três testes fracassados por história. Porém, cada teste
pode ser repetido apenas uma vez.
Silencio (1 Ponto de Qualidade)
Você tem uma habilidade incomum para se mover
silenciosamente que vai além dos padrões normais.
Reduza as dificuldades de todos os testes de Furtivi-
dade em dois pontos. Você é capaz de se mover si-
lenciosamente sobre folhas secas. Se o vento estiver
soprando enquanto você está se movendo, não haverá
meios de alguém o ouvir.
Área de Batalha (4 Pontos de Qualidade)
Gastando 4 de Magia, você tem o poder de trans-
portar a si mesmo e um ou mais oponentes (mas não
colegas) temporariamente para uma “área de bata-
lha”, outra dimensão onde você leva vantagem em
combate. Nenhum outro personagem pode interferir
na luta enquanto eles estiverem na Área.
Um oponente pode evitar ser transportado contra a
vontade com uma disputa de Força de Vontade, mas
isso conta como uma ação. Quando dois personagens
tentam ativar a Área de Batalha ao mesmo tempo,
somente aquele que vence a iniciativa conseguira o
efeito; o perdedor só resta esperar enquanto tenta so-
breviver…
A Área de Batalha dura 1d10 mais Foco, turnos e
pode ter dois efeitos, que o próprio invocador no
momento do uso:
*Vigor +2, Destreza +1. Podendo usar qualquer
magia sem gastar Pontos de Mana.
*Vigor +2, Força +2.
O número máximo de oponentes que você pode
levar consigo é igual ao seu Foco, e o (s) alvo (s) de-
ve (m) estar a até 10m de distância. É impossível es-
capar de uma Área de Batalha, exceto quando ela
termina. Caso o invocador seja derrotado antes do
tempo acabar, a Área desaparece.
Após usar a Área uma vez, você só pode fazê-lo
de novo após 1d turnos, e gastar mais 4 Pontos de
Mana. Esse é o tempo necessário para “recarregar”.
Ligação Natural (2 Pontos de Qualidade)
Você tem uma ligação poderosa e sobrenatural
com um animal, criatura ou personagem. Os dois fo-
ram destinados um ao outro desde que nasceram. Este
ser jamais ira atacá-lo, e será capaz de sacrificar a
própria vida para proteger o companheiro – que, por
sua vez, vai retribuir essa proteção.
Se estiverem dentro do mesmo campo de visual,
vocês podem perceber os pensamentos um do outro;
são capazes de se comunicar sem nenhum sinal apa-
rente, e sem a necessidade de treinamento ou ades-
tramento. Fora do campo de visão, vocês podem ape-
nas sentir emoções gerais. Um sempre saberá em que
direção e distancia pode encontrar o outro, não im-
47
 Oito Luas
porta quão distantes estejam.
A Ligação Natural tem um efeito colateral grave.
Se a criatura a quem você está ligado morrer, o cho-
que será traumático. Você sofre um redutor de –2 em
todos os seus Atributos pelas 4d semanas seguintes.
Separação (4 Pontos de Qualidade)
Em situações de combate você pode gastar Pontos
de Mana e invocar vários “clones”, copias exatas de
si mesmo. Essas copias compartilham todas as suas
Características.
Para cada cópia criada, você deve gastar 4 Pontos
de Mana. Cada cópia (mas não você) sofre um redu-
tor de –1 em suas Características e Focus. Este redu-
tor não é cumulativo: duas copias terão, ambas, um
redutor de –1 em suas características e Focus. O nú-
mero máximo de copias que o personagem pode ter é
sempre igual ao seu Foco.
As copias terão a mesma quantidade de Vitalidade
e Pontos de Mana que você tem no momento. Note
que esse cálculo é feito DEPOIS que você gastou os
Pontos de Mana para criar as copias.
Em aparência, as copias são exatamente iguais ao
original: não há como saber quem é quem. Mas se
qualquer das copias chagar a Incapacitado, ou então
morrer, todas as outras desaparecem.
Transformação Forçada (1-4 Pontos de Defeito)
Alguns eventos ou condições o obriga a mudar de
forma sem controle. Você precisa gastar um ponto de
Força de Vontade a cada turno para resistir à mudan-
ça. Uma vez transformado você não poderá mudar
novamente até que a situação que forçou a mudança
tenha passado. Escolha um dos eventos abaixo ou crie
o seu próprio:
Na lua cheia você tem de assumir a Forma Animal (2
pontos).
Você muda sub a influência do álcool: para a Forma
Animal (1 ponto).
Quando você excita sexualmente: para Animal (2
pontos).
Quando você fica com raiva (próximo ao teste de
Vontade) para Forma Animal (2 pontos).
Perseguido por Demônios (1-4 Pontos de Defeito)
Um demônio tem um interesse especial pela sua
alma. Ele aparece para você ocasionalmente, utili-
zando-se de ameaças, subornos e palavras doces para
levá-lo para seu lado. Às vezes, ele apenas pedira que
você realize favores inofensivos para ele. Às vezes,
pedira que venda sua alma. Às vezes, oferecera favo-
res e informações sem qualquer razão aparente. De
qualquer modo, ele não serve aos seus interesses, mas
sim aos dos seus mestres diabólicos. Todos os seus
planos são basicamente dirigidos para seduzi-lo e
conquistar sua alma. Um demônio menor (Defeito de
1 ponto) pode ser um diabrete irritante, incapaz de
qualquer outra coisa além de distraí-lo, roubar itens
pequenos e suplicar pela sua alma; seus planos não
impressionam, mas podem ser frustrantes. Uma cria-
tura superior (4 pontos) é fisicamente equivalente a
você e pode travar planos inescrupulosos para con-
quistar sua alma. Em qualquer um dos casos, o Nar-
48 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Dois: Raças
rador cria o personagem para o demônio, e mantendo
controle sobre suas intrigas.
Assombrado (3 Pontos de Defeito)
Você é assombrado por um fantasma que apenas
você (e os médiuns) podem ver e ouvir. Ele o odeia e
gosta de tornar a sua vida miserável, insultando-o e
distraindo-o, especialmente quando você precisa
manter a cabeça fria. Ele também possui diversos po-
deres menores que podem ser usados contra você
(cada poder pode ser usado uma vez por história): es-
conder pequenos objetos; fazer os outros sentirem um
“arrepio”, deixando-os desconfortáveis na sua pre-
sença; gerar um zumbido alto no seu ouvido ou no
dos outros; mover um pequeno objeto, como uma pe-
na ou uma faca; quebrar objetos frágeis como uma
garrafa ou um espelho; fazer com que você tropece
ou fazer ruídos estranhos como o de correntes sendo
arrastadas. Gritar para o fantasma às vezes pode afu-
gentá-lo, mas causara estranheza em quem estiver
perto de você Geralmente, o Narrador interpretará o
fantasma enquanto ele tenta tomar as coisas mais
frustrantes para você.
Futuro Negro (5 Pontos de Defeito)
Você foi amaldiçoado com uma extinção terrível
ou, pior ainda, com o sofrimento de uma agonia eter-
na. No final, todos os seus esforços, suas lutas e seus
sonhos terão sido em vão. Ainda mais assustador é
que você tem uma noção parcial do seu fim, obtida na
forma de visões ocasionais do seu destino - todas
muito perturbadoras. O mal que estas visões lhe pro-
vocam só pode ser superado pelo uso de sua Força de
Vontade, mas ele se manifestara após cada visão. Em
algum ponto da crônica, você acabara por se deparar
com sua sina, mas quando e como isto ocorrera é algo
que cabe inteiramente ao Narrador. Embora você não
possa fazer nada quanto ao seu Futuro Negro, ainda
pode tentar alcançar algum objetivo antes que ele se
cumpra, ou pelo menos impedir que seus amigos
também sejam destruídos. Este é um Defeito difícil
de ser interpretado. Embora à primeira vista pareça
que ele acabe com todo o livre arbítrio, temos consta-
tado que, ironicamente, ele concede uma grande li-
berdade.
 Oito Luas

Capitulo dois: raças 49

 Oito Luas

50 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas

Apítulo

Três:
Classes
Ninguém indicara o caminho que deveras escolher
Somente o seu coração te guiará.
-Professor para o pupilo

Os aventureiros procuram ouro, gloria, justiça, fama, poder, conhecimento

ou ter outros objetivos – alguns muito nobres outros nem tanto. Cada um
tem uma maneira diferente de alcançar esses objetivos, desde o brutal, poder
de combate até poderosas magias passando por habilidades mais sutis. Al-
guns aventureiros prosperam e adquirem experiência, riqueza e poder. Ou-
tros morrem.

CapituloTrês:
Capitulo dois:Classes
raças 51
 Oito Luas

As Classes
A classe do seu personagem indica sua profissão ou vocação e determinará o que ele poderá fazer
incluindo treinamento para o combate, suas habilidades mágicas, perícias e muito mais.
A Classe escolhida determinará a melhor maneira de distribuir suas características

As Classes
O Artista Marcial: Com um estilo de combate próprio, podendo atacar desde desarmado até com
armas improvisadas.
O Caçador: Habilitados em rastreio de criaturas e pessoas, podendo achar qualquer coisa pelo pre-
ço certo.
O Feiticeiro: Habilitados com puro talento para a magia.
O Gatuno: Não existe lugar onde não possam entrar ou pessoas que não possam precisar dos seus
serviços.
O Guerreiro: Combatente capacitado em vários tipos de armas.
O Nômade: Deixa o mundo um pouco melhor com a música que cante.
O Selvagem: Um Combatente que vive nas regiões mais inóspitas do mundo vivendo uno com a
natureza.
O Servo dos Deuses: Prestando serviço a um patrono divino em troca de seus poderes.
O Shaman: Um combatente ligado os espíritos dos mortos.
O Trovador: Deixa o mundo um pouco melhor com a música que cante.

Benefícios por Nível

XP: Mostra o total de pontos de XP necessária para atingir aquele nível de personagem.
Talentos Adicionais: São habilidades que os personagens adquirem com o treinamento em suas vidas.
Talento Racial: São habilidades que os personagens adquirem conforme vão ficando mais velhos. Talento
Ações por Turno: Em uma jogada o personagem pode (dependendo do nível) fazer vaias ações em um úni-
co turno.
Pontos de Vontade por Turno: O número representa quantos Pontos de Vontade você pode utilizar em um
único turno.

Ações por turno e Benefícios por nível

Nível XP Talentos Talento Ações por Turno Características Características PM/T
Adicionais Racial Artista, Caçador, Elementalista, De Normais
Guerreiro, Drogadora, Feiticeiro, Classe
Nômade, Gatuno, Servo.
Selvagem, Trovador.
Shaman.
0 0 1 - 1 1 1 6 3 1
1 50 - 1 1 1 1 8 4 1
2 120 - - 2 1 1 8 4 2
3 225 - - 2 1 1 10 5 2
4 440 - 2 2 2 1 12 6 3
5 550 2 - 3 2 1 13 6 3
6 690 - - 3 2 2 14 7 4
7 1, 075 - 3 3 2 2 15 8 4
8 1, 345 - - 4 3 2 16 8 5
9 1, 680 - - 4 3 2 18 9 5
10 2, 620 3 4 4 3 2 20 10 6
11 3, 270 - - 4 3 2 22 11 7
12 4, 095 - - 5 4 3 24 12 8
13 6, 400 - 5 5 4 3 26 13 9
14 8, 000 - - 5 4 3 28 14 9
15 10, 000 4 - 5 4 3 30 15 10

52 Capitulo Capitulo
quatro: criação de personagem
Três: Classes
 Oito Luas

Descrição de Classe
Descreveremos a seguir as diferentes classes.
Em cada descrição, você encontrará uma discus-
são geral em termos de “mundo de jogo”, ou seja, o
tempo de discrição que os personagens entenderiam e
a maneira como eles poderiam se descrever. Essas
descrições são gerais. Os indivíduos de uma mesma
classe podem se diferenciar por suas atitudes, pontos
de vista, vestuário e outros aspectos.
que alcançarem um novo nível, adicionando ou sub-
traindo seus modificadores de Vigor e somam o re-
sultado aos seus pontos de vida. Todo personagem
recém-criado obtém diretamente o maior resultado
possível da jogada (apesar dos modificadores de Vi-
gor, positivo ou negativo, ainda serem aplicados).
Por exemplo, Liane utiliza um D12 por se um
Combatente. No início, ela obtém diretamente 12 PVs
em vez de realizar a jogada. Como sendo uma
Saymos, ela tem um modificador de +1 em Vigor,

Informações sobre as Regras do Jogo

aumentando seus PVs para 13. Quando atingir o 1°
nível (e cada nível subsequente), o jogador de Liane
Após as descrições de classe seguem as informa- lançara um D12 e somara +1 (por seu modificador em
ções sobre as regras do jogo. Nem todas as categorias Vigor), adicionando o resultado ao seu total de Pon-
se aplicam a todas as classes. tos de Vida.
Habilidades: Essa categoria indica quais habili- Se o seu personagem tiver penalidade em vigor e
dades são as mais importantes para um personagem obtiver um resultado menor ou igual a 0 depois de
daquela classe. Os jogadores podem “alterar o estilo”, aplicar a penalidade, ignore o resultado e some 1 aos
mas um personagem típico de qualquer classe terá seus pontos de vida. Não é possível perder pontos de
seus maiores valores onde fazem mais diferença. vida (ou não ganhar nenhum) quando se avança de
Dados de Vida: O tipo de dado utilizado por um nível.
personagem dessa classe para determinar o número Tabela de Classe: Essa tabela como um persona-
de pontos de vida adquiridos por nível. gem se aprimora conforme adquire níveis de XP. Par-
Tipo de DV Classe te da informação aparece na tabela anterior: Ações
D4 Feiticeiro por Turno e valor Máximo de Características, mos-
D6 Gatuno / Trovador trando como os números se aplicam a essa classe.
D8 Servo / Caçador As tabelas de Classe costumam incluir o seguinte.
Artista Marcial / Guerreiro / Shaman Nível: O nível do personagem naquela Classe.
D 12 Selvagem Ações por Turno: Quantas ações o personagem
Dados de Mana: O tipo de dado utilizado por um tem direito por turno.
personagem dessa classe para determinar o número Especial: As habilidades de classe que dependem
de pontos de Vontade adquiridos por nível. do nível, que serão explicadas na seção intitulada
Tipo de DVA Classe “Características de Classe”.
D4 Selvagem Magias por Nível: A quantidade de magias (de
Artista Marcial /Guerreiro / Shaman cada caminho) que o personagem tem por nível.
D8 Servo / Caçador Criação de Personagem: Características especi-
D 10 Gatuno / Trovador ais de classe. Quando aplicável essa seção também
D 12 Feiticeiro menciona as restrições e as desvantagens da classe.
Os personagens lançam um dado de vida sempre
Combatentes
Os combatentes são divididos em cinco classes distintas
O Artista Marcial: Com um estilo de combate próprio, podendo atacar desde desarmado até com armas im-
provisadas.
O Guerreiro: Um combatente capacitado em vários tipos de armas.
O Nômade: Um combatente, que conhece os estilos de lutas de todas as regiões.
O Selvagem: Um combatente que vive nas regiões mais inóspitas do mundo vivendo uno com a natureza.
O Shaman: Um combatente ligado os espíritos dos mortos.

O Artista Marcial
Os monastérios estão por todo o mundo – são pe-
quenos recintos fechados onde vivem esses artistas.
Eles buscam alcançar a perfeição através da ação, as-
sim como da contemplação. Os monastérios coman-
dados por mestres justos servem de proteção para os
habitantes locais. Sempre prontos para o combate,
eles são habilidosos em viajar despercebidos em meio
à população, capturando bandidos, lideres guerreiros
e nobres corruptos. Por outro lado, os monastérios li-
derados por mestre malignos, governam as terras cir-
cundantes.
Criação de Personagem:
Atributos Primários: Destreza e Vontade.
Habilidades Primarias: Empatia, Ensinar, Di-
plomacia, Estudar, Medicina, Sabedoria Popular
Os Artistas têm Natureza frequentemente passio-
nais ou inspiradas, enquanto seu Comportamento po-

Capitulo três: Classes 53

 Oito Luas
de ser de qualquer tipo. Seus Antecedentes geralmen-
te são Mentor, Aliados e Contatos.
Dado de Vida: D 10
Dado de Mana: D 6
Usar Armas e Armaduras: Um Artista sabe usar
várias armas simples e comuns, nenhum tipo de ar-
madura. As penalidades por usar uma armadura:
Crime e Furtividade. Além disso, a natação sofre um
redutor de -1 de penalidade a cada 2,5 quilos de ar-
madura e equipamento carregado.
Técnica Arcana: O verdadeiro objetivo do trei-
namento está no desenvolvimento de técnicas efica-
zes que combinam magia e artes marciais. No 1º nível
(e novamente no 8º e no 15º nível), o artista adquire o
domínio sobre uma das técnicas arcanas.
Dragão Aéreo: Essa técnica pode ser ativada sa-
crificando sua ação para receber um bônus de 1,5m
por nível de classe em ataques corpo-a-corpo. Esse
bônus dura 1d4 turnos por nível de classe.
Dragão Aquático: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de +1
em Destreza por nível de classe. Esse bônus dura 1d4
turnos por nível de classe.
Dragão Corpóreo: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de + 1
O Artista Marcial
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Talento Adicional
1 1 Técnica Arcana
2 2 Ataque Atordoante
3 2 Técnica Elemental
4 2 Queda Lenta 3m
5 3 Técnica Elemental
6 3 Corpo de Diamante
7 3 Técnica Elemental
8 4 Técnica Arcana
9 4 Técnica Elemental
10 4 Rajada de Golpes
11 4 Técnica Elemental
12 5 Queda Lenta 6m
13 5 Técnica Elemental
14 5 Toque da Morte
15 5 Técnica Arcana
Técnica Elemental: O verdadeiro objetivo do
treinamento é dedicado ao desenvolvimento de técni-
cas eficazes que combinam magia e artes marciais.
No 3º, 5º, 7º, 9º, 11º e 13º níveis, o artista ganha uma
Técnica Elemental entre as descritas a seguir:
Ataque em Onda: O artista com essa Técnica po-
de redirecionar o dano sofrido de volta para o atacan-
te (não mágico), com o acréscimo de sua Força. Para
que a técnica funcione o artista tem que estar ciente
do ataque, não pode ser surpreendido e ter pelo me-
nos uma das mãos livres.
Ataque Tempestuoso: Essa habilidade torna o ar-
tista capaz de canalizar energia Elemental elétrica em
seus ataques com armas metálicas com as quais pos-
sua especialização. Uma vez por dia por técnica Ele-
mental que possua, o personagem pode envolver sua
54 CapituloCapitulo
quatro: criação de personagem
Três: Classes
ação por turno a cada 3 níveis de classe. Esse bônus
dura 1d4 turnos por nível de classe.
Dragão Espiritual: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de +10
PdV por nível de classe. Esse bônus dura 1d4 turnos
por nível de classe.
Dragão Iluminado: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de 1,5m
em Percepção por nível de classe, que cobre até 360º
de visão do artista. Esse bônus dura 1d4 turnos por
nível de classe.
Dragão Incandescente: Essa técnica pode ser ati-
vada sacrificando sua ação para receber um bônus de
+1 em Força por nível de classe. Esse bônus dura 1d4
turnos por nível de classe.
Dragão Tenebroso: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de +1
contra magias por nível de classe. Esse bônus dura
1d4 turnos por nível de classe.
Dragão Terrestre: Essa técnica pode ser ativada
sacrificando sua ação para receber um bônus de +1
Vigor Destreza por nível de classe. Esse bônus dura
1d4 turnos por nível de classe.
arma com energia elétrica, que se descarrega num
ataque bem-sucedido, causando 2 d de dano adicional
por eletricidade para cada dois níveis de classe.
Cem Garras do Lobo Demoníaco: Ao adquirir es-
sa técnica Elemental, o artista escolhe uma arma para
qual possua uma especialização. Daí em diante ele
recebera um bônus de +5D em suas jogadas de dano,
com ela. Um personagem não pode escolher a mesma
arma mais de uma vez com esse poder, mas pode es-
colher essa habilidade novamente para aplicá-la em
outra arma.
Chamas dos Dez Dragões de Fogo: O artista que
domina essa técnica se torna um arauto dos Dragões
Elementais, sendo capaz de emanar seu hálito incan-
descente. Este é um ataque de sopro, causando dano
pôr fogo num cone de 4,5metros. O dano é de 3 d por
 Oito Luas
nível de classe. O artista pode utilizar essa habilidade
uma vez por dia, mais uma adicional para cada outra
técnica Elemental que possua.
Chute das Nuvens: Uma vez por rodada, se o ar-
tista atacar um oponente com sucesso, ele duas esco-
lhas: pode usar a força do chute para se propelir para
trás em uma distância igual à metade do seu desloca-
mento, ou pode atacar com um outro chute em segui-
da, com o mesmo resultado do seu ataque original.
Dança do Dragão das Sombras e Fumaça: Com
essa habilidade, o personagem aprende a se tornar
ágil e esguio como a fumaça e as sombras. Ela requer
uma ação completa para ser ativada, no qual o artista
irá executar movimentos rítmicos. Após essa rodada
de ativação, ele ficara envolto em sombras e nevoas,
adquirindo ocultamento total e impondo aos inimigos
uma penalidade de +2 nos ataques. O artista pode uti-
lizar a técnica uma vez por dia, por um número de
rodadas iguais a 3 + o nível de classe artista.
Defesa da Forma da Águia: Com essa técnica o
artista fui como uma água pelo campo
de batalha, rece-
bendo + 1 por
técnica possuída;
em jogadas de ataque
durante uma rodada.
Defesa da Forma da
Terra: O artista pode ficar tão
forte quanto a terra.
Quando um perso-
nagem usa uma
ação de ataque em
corpo a corpo ele pode
com essa técnica usar
sua Destreza com
acréscimo na joga-
da de Vigor.
Defesa da Forma do Vento: A
melhor forma de se defender de um ata-
que é não estar lá para recebê-lo. Uma
vez por dia por Técnica possuída o perso-
nagem pode ficar incorpóreo por uma rodada. Ele
ainda pode ser ferido por armas mágicas.
Escama do Peixe Profundo: Ao dominar essa
técnica Elemental, o artista permite que o poder das
águas o envolva, criando guelras no pescoço conce-
dendo respiração embaixo d’água ao mesmo tempo
em que reduz o dano provocado por seus inimigos. O
artista reduz o dano de qualquer ataque em 1 ponto
por técnica Elemental possuída.
Espírito do Carvalho Imortal: Ao dominar essa
técnica Elemental, o artista permite que o poder dos
elementos o envolva, criando uma casca de madeira
que protege sua pele, ao mesmo tempo ferindo-lhe
uma aparência ligeiramente vegetal. O artista recebe
um bônus de +1 em Vigor para cada técnica Elemen-
tal que possua. Apenas um exame de Investigação re-
vela o aspecto de madeira da pele do artista. É possí-
vel suprir temporariamente os efeitos (para facilitar
um disfarce, por exemplo), mas depois disso são ne-
Capitulo três: Classes
cessárias oito horas de meditação interrupta para rea-
tivar a técnica.
Golpe da Rocha: Com esta técnica o artista ao
atingir o alvo dobra o dano causado, como se tivesse
Ataque Poderoso. Caso tenha este Talento os valores
são somados.
Penas da Garça de Ferro: O artista que possui
essa habilidade adquire grande resistência aos ataques
inimigos. Ao ativar e técnica Elemental, sua pele se
torna especialmente resistente, conferindo Vigor +3
por um número de rodadas igual a 3+ seu nível de
classe artista. Essa habilidade pode ser ativada como
uma ação livre, mas apenas durante a ação do artista.
Prana de Estatua de Vidro: Essa técnica permita
ao artista desaparecer da visão de seus perseguidores.
Ele se torna capaz de ficar invisível, enquanto estiver
absolutamente imóvel, com duração indeterminada.
Caso se mova por qualquer motivo ou sofra algum
dano o efeito se desfaz e ele se torna visível nova-
mente. Essa habilidade pode ser utilizada uma vez
por dia para cada técnica Elemental possuída.
Presas do Leão de Fogo e Jade: Canalizando
energia Elemental para sua própria arma, o ar-
tista é capaz de realizar ataques devas-
tadores contra seus oponentes.
Ele só pode utilizar essa
técnica em con-
junto com uma
arma para qual tenha escolhido uma especializa-
ção. Com uma ação-padrão, envolve sua arma
em fogo ou gelo, fazendo com que cause 2 d de
dano adicional, da energia escolhida num ataque
bem-sucedido, por um número de rodadas iguais
a 3+ o nível de classe. A duração não precisa ser
consecutiva, podendo ser espalha ao longo de vá-
rios usos diários.
Punho de Pétalas de Ferro: Com essa
técnica, o artista torna seus punhos mais
poderosos, e capazes de desferirem
golpes mortais sem a ajuda de armas.
Um artista lutando corpo-a-corpo ga-
nha 1 d de dano por cada técnica Elemental. A dura-
ção é igual a 3 + nível de classe.
Rugido do Tigre Escarlate: Com essa Técnica
Elemental, o artista desenvolve a habilidade de soltar
um rugido de puro poder destrutivo. O rugido é um
ataque sônico num cone de 6m, que causa 2 d de da-
no para cada dois níveis de classe. Personagens que
sofrerem mais dano do que seu valor de Vigor ficará
atordoado por uma rodada. O artista pode utilizar
uma vez por dia, mais uma vez adicional para cada
outra técnica Elemental que possua.
Voo Rasante da Águia: Com essa técnica Ele-
mental o artista ganha à velocidade da águia. Com es-
sa técnica o artista recebe +1 em Destreza para cada
duas técnicas possuídas, esse poder permanece ativa-
do por 5 + técnica possuída.
Queda Lenta: Ao atingir o 4° nível o artista po-
derá aproveitar o que tiver a seu alcance para amorte-
cer sua queda, reduzindo o dano da queda como se
55
 Oito Luas
estivesse 3m a menos. Essa habilidade de amortecer
as suas quedas (ou seja, reduzindo a altura efetiva de
uma queda enquanto estiver próximo de algo para uti-
lizar) vai sendo aprimorado, até que no 12° nível, o
O Guerreiro
Pertence a essa classe o cavaleiro viajante, o
campeão do rei, o soldado de elite, o mercenário
experiente e o líder dos bandidos. Os guerreiros
podem ser leais defensores dos necessita-
dos, assaltantes cruéis ou aventureiros co-
rajosos. Alguns estão entre as maiores al-
mas do mundo, determinados a enfrentar o
perigo para fazer o bem. No entanto, ou-
tros estão nas piores – sua consciência não
os impede de matar em benefício próprio,
ou por esporte. Os guerreiros que não se
aventuram podem ser soldados, guardas,
campões ou homens da lei. Um guerreiro
aventureiro poderá chamar-se de guer-
reiros, mercenário ou simplesmente
aventureiro.
Atributos Primários: Força e Vigor.
Habilidades Primarias: Cavalgar,
Etiqueta, Intimidação, Liderança, Diplo-
macia, Linguística.
Os Guerreiros têm Natureza e Compor-
tamento agressivos ou dinâmicos. Eles
frequentemente têm Aliados, Lacaios,
Contatos ou Influencia como Anteceden-
tes.
Dado de Vida: D 10
Dado de Mana: D 6
Usar Armas e Armaduras: Um
guerreiro sabe usar várias armas simples e
comuns, vários tipos de armadura e escudos. As pe-
nalidades por usar uma armadura mais pesada que um
corselete de couro seja aplicada as seguintes Catego-
rias: Crime e Furtividade. Além disso, a natação sofre
um redutor de -1 de penalidade a cada 2,5 quilos de
armadura e equipamento carregado.
O Guerreiro
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Talento de Combate
1 1 Talento Adicional
2 2 Especialização em Arma
3 2 Talento de Combate
4 2 Imbuir Caminho Primário
5 3 Grito de Guerra 1/dia
6 3 Talento de Combate
7 3 Redução de Dano 1d
8 4 Especialização em Arma/Invocar área de Combate
9 4 Talento de Combate
10 4 Imbuir Caminho Secundário
11 4 Grito de guerra 2/dia
12 5 Talento de Combate
13 5 Redução de Dano 2d
14 5 Especialização em Arma
15 5 Talento de Combate
Capitulo Três: Classes
56 Capitulocriação
Capitulo quatro: Três: Classes
personagem poderá se valer dessa Técnica para cair
de qualquer altura sem sofrer dano algum, inferior a 6
m.
Talento de Combate: No início do jogo, um
guerreiro recebe um talento relacionado ao combate.
O guerreiro recebe um talento adicional no
começo do jogo e a cada 3° níveis subsequen-
tes (3º, 6°, 9°, 12° e 15º níveis). Esses talentos
de combate devem ser escolhidos da seguinte
lista: Reflexos de combate, usar arma exóti-
ca, Combate montado, Arqueirismo Montado,
Atropelar, Ataque Poderoso, Combate com du-
as armas, Ataque atordoante, Trespassar, Ata-
que giratório.
Especialização em Arma: Como uma ha-
bilidade, um guerreiro pode escolher Especiali-
zação em Arma ao atingir o 4° nível ou superi-
or. A especialização em Arma adiciona +2 em
jogadas de dano com a arma escolhida. Se a arma
escolhida for uma arma de ataque a distância, o bô-
nus só se aplica a até 9m de distância, pois, a preci-
são necessária para causar mais dano se perde
além dessa distância.
Redução de Dano: A partir do 7º nível, o
guerreiro ganha a habilidade extraordinária igno-
rar parte do dano de cada golpe ou ataque que so-
fra. Cada vez que o guerreiro sofre dano, subtraia
4 da quantidade de pontos de vida perdidos. No
13º nível, a redução de dano sobe para 8 por
golpe. A redução de dano pode reduzir o dano
sofrido a 0, mas não para um valor inferior.
Invocar Área de Combate: No 8º nível O guer-
reiro tem o poder de transportar a si mesmo e um ou
mais oponentes (limite em Foco). Temporariamente
para uma “área de combate”, em outra dimensão onde
suas habilidades e poderes dobram. A área fica ativa
por 3 turnos por ponto de Vontade do personagem.
de personagem
 Oito Luas
O Nômade
Houve uma época em que todas as raças eram
nômades. Sempre viajando, sempre à procura de
novos territórios de caça, jamais permanecendo
muito tempo em um mesmo lugar – porque, quando
isso acontecia, os recursos naturais da região se
esgotavam. Mais tarde coma descoberta da
agricultura, aprenderam a plantar e criar
animais. Não dependendo mais apenas da
caça para conseguir comida. Só então co-
meçou a formação de grandes comunida-
des, levando a grandes cidades que exis-
tem hoje. Um nômade espiritual é exa-
tamente isso: um viajante sem destino,
sem lar, que não pertence à parte algu-
ma. Muitos aventureiros decidem viajar
sempre, por razões variadas. Alguns
fazem porque têm muitos inimigos,
que poderiam encontrá-los, que po-
deriam encontrá-los a qualquer
momento. Outros por que, após
perder entes queridos, não de-
sejam colocar em risco as
pessoas à sua volta. Sobre-
viventes de raças ou po-
vos em extinção podem
estar à procura de um novo
lar. Existe ainda aqueles que
não se encaixam em parte alguma. Uma vida
de viagens garante ao nômade espiritual um
vasto leque de habilidades e conhecimentos. Em
geral ele conhece muitas línguas, costumes, po-
vos, armas, e criaturas, espantando seus even-
tuais companheiros com pericias tão variadas.
Criação de Personagem:
Atributos Primários: Inteligência e Vigor.
Habilidades Primarias: Condução, Empatia,
Empatia com Animais, Intuição, Herborismo, Lin-
guística, Sabedoria Popular, Sobrevivência.
Os nômades têm Natureza e Comportamento
Sociais e Passivos. Eles frequentemente têm Alia-
dos, e Contatos como Antecedentes.
Dado de Vida: D 10
Dado de Mana: D 6
Tipo de conhecimento
Sucessos
1 Popular, qualquer criança conhece.
2 Comum, conhecido por uma minoria substancial A reputação de beberão do prefeito local; lendas
da população local, pelo menos.
Pouco comum, mas disponível, conhecido por O passado obscuro de um local conhecido;
algumas pessoas da área.
4 Obscuro, conhecido por poucos, difícil de en-
contrar.
5 Extremamente obscuro conhecido por pou-
quíssimas pessoas, possivelmente esquecido
pela maioria; conhecido apenas pelos que não masmorra.
entendem o significado do conhecimento.
Capitulo três: Classes
Usar Armas e Armaduras: Um nômade sabe
usar várias armas simples e comuns, vários
tipos de armadura e escudos. As penalida-
des por usar uma armadura mais pesada
que um corselete de couro seja
aplicada as seguintes Categorias:
Crime e Furtividade. Além disso, a
natação sofre um redutor de -1 de
penalidade a cada 2,5 quilos de ar-
madura e equipamento carregado.
Conhecimento de Viajante: O
nômade capta diversos conheci-
mentos, em grande volume, en-
quanto viajem de um lugar para o
outro e escutam histórias dos po-
vos por onde passa. Um nômade
espiritual pode fazer um teste es-
pecial de conhecimento do via-
jante para determinar se ele co-
nhece alguma informação rele-
vante sobre as pessoas notá-
veis da região, criaturas peri-
gosas ou os lugares famosos.
Senso da Natureza: O
caçador pode identificar
plantas e animais (sua espé-
cie e traços especiais) com
perfeita exatidão. Ele é capaz de
diferenciar a água potável da peri-
gosa (poluída, envenenada ou inadequada para
consumo por outro motivo).
Companheiro Animal: Um nômade espi-
ritual pode adquirir um companheiro animal,
com o qual terá amizade e o ajudara a não sofrer a
solidão do mundo.
Montaria Fácil: No 1º nível o nômade adquira
a habilidade de montar qualquer criatura sem ne-
nhuma dificuldade, como se fosse uma habilidade
natural.
Interpretar Sonhos: Com essa habilidade o
nômade espiritual pode interpretar os sonhos para
aprender os seus significados.
Exemplo
O Local mais assustador da região.
comuns sobre um poderoso ou famoso lugar.
lendas sobre umas criaturas estranhas.
A história de uma masmorra pouco conhecida,
mas muito temida, ou o possível covil de uma
criatura poderosa.
As palavras mágicas de um portal no castelo,
passagens secretas para as salas do tesouro da
57
 Oito Luas
O Nômade
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Conhecimento de Viajante
1 1 Senso da Natureza
2 2 Companheiro Animal
3 2 Montaria Fácil
4 2 Interpretar Sonhos
5 3 Atributo Animal 1º
6 3 Olhos de Serpente
7 3 Senso do Clima
8 4 Atributo Animal 2º
9 4 Esquiva Sobrenatural (+1 Armadilhas)
10 4 Induzir a Fúria
11 4 Atributo Animal 3º
12 5 Esquiva Sobrenatural (+2 Armadilha)
13 5 Conexão Espiritual
14 5 Atributo Animal 4º
15 5 Esquiva Sobrenatural (+3 Armadilha)

Atributo Animal: O nômade espiritual adquire dinária de reagir ao perigo antes que seus sentidos
uma habilidade do seu companheiro animal, read- lhe advirtam de forma normal. Sendo que essa habi-
quirindo este poder no 5º, 8º, 11º e 14º nível, com lidade é aprimorada no 12º nível para +2, no 15º ní-
essas características o nômade pode ficar cada vez vel para +3.
mais parecido com o seu companheiro. Induzir a Fúria: Com essa habilidade o Nôma-
Olhos da Serpente: Com essa habilidade o nô- de pode influencia tanto os animais quanto as pes-
made espiritual pode hipnotizar os animais, com In- soas para que entrem em um estado de fúria (mas
teligência menor que a sua para que eles façam o sem os seus benefícios), que dura à queda do alvo
que o nômade quiser. do nômade espiritual ou quando ele quiser.
Senso do Clima: O nômade pode identificar Conexão Espiritual: Com essa habili-
as condições climáticas com perfeição que ocor- dade o nômade espiritual pode entrar em
rerão nas próximas 24hs, e com pouca certeza contato com o seu espírito companhei-
nos próximos 3 dias, facilitando as viajem ou ro, de tal forma que pode sair do seu
evitando problemas. corpo e entrar em outros seres inani-
Esquiva sobrenatural: A partir do 9º nível, mados ou em uma criatura semelhante
o nômade espiritual ganha à habilidade extraor- ao seu companheiro.
O Selvagem
Procede de várias regiões das rústica e carisma animal,
áreas do Norte e das monta- por isso estão sempre
nhas infernais do Sul, che- acompanhados por
gam alguns selvagens animais selvagens. Es-
bravos e temerários. Es- ses selvagens são
ses selvagens pertencem a unos com a natureza e
uma sociedade mais primi- sua fúria é implacável com quem a
tiva, “não civilizada” As destrói.
pessoas das grandes civili- Criação de Personagem:
zações os consideram in- Atributos Primários: Des-
crédulos, causadores de treza e Vigor.
caos e culpados de comete- Habilidades Primarias:
rem atrocidades. No entan- Cavalgar, Empatia com
to esses “selvagens” já Animais, Furtividade, Inti-
provaram o seu valor midação, Perscrutar, Her-
junto aos seus aliados. borismo, Sobrevivência.
Para os que subestimam, eles Sua Natureza e Com-
já provaram sua espantosa portamento refletem a sua
perspicácia e impiedade, vida. Os Selvagens têm
mas nem todos são brutais, Mascotes, Aliados como antecedentes mais comuns.
muitos podem ser no- Dado de Vida: D 12
bres e orgulhosos do- Dado de Mana: D 4
nos de certa beleza Criação de Personagem:
58 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Três: Classes
 Oito Luas
Usar Armas e Armaduras: Um selvagem sabe Fúria: Quando é necessário um selvagem pode su-
usar várias armas simples e comuns, vários tipos de cumbir a uma fúria sanguinária. Enquanto estiver en-
armadura e escudos. As penalidades por usar uma furecido, ele adquire Força e Vigor fenomenais, mas
armadura mais pesada que um corselete de couro seja se torna descuidado e menos apto a se defender. Tem-
aplicada as seguintes Categorias: Crime e Furtivida- porariamente, o personagem adquire Força +5 e Vigor
de. Além disso, a natação sofre um redutor de -1 de +4, mas sofre uma penalidade de -2 em Destreza. A
penalidade a cada 2,5 quilos de armadura e equipa- Fúria dura um número de rodadas equivalentes a 3
mento carregado. turnos por nível de Vigor.
Companheiro Animal: Um selvagem pode co-
meçar o jogo com um companheiro animal, com o
qual terá amizade.
O selvagem
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Companheiro Animal
1 1 Esquiva Sobrenatural (+1)
2 2 Forma Selvagem
3 2 Fúria 1/dia
4 2 Arsenal Natural
5 3 Esquiva Sobrenatural (+2)
6 3 Forma Selvagem (Grande)
7 3 Fúria 2/dia
8 4 Fúria Avançada
9 4 Esquiva Sobrenatural (+3)
10 4 Forma Selvagem (miúda)
11 4 Fúria 3/dia/Fúria Avançada
12 5 Talento Adicional
13 5 Esquiva Sobrenatural (+4)
14 5 Forma Selvagem (Atroz)
15 5 Fúria 4/dia
Esquiva sobrenatural: A partir do 1º nível, me no 14º nível.
o selvagem ganha à habilidade extraor- Arsenal Natural: No 4° ní-
dinária de reagir ao perigo antes que vel, o selvagem consegue
seus sentidos lhe advirtam de forma desenvolver garras e
normal. Sendo que essa habilidade é presas ou chifres
aprimorada no 5º nível para +2 e no (a critério do jo-
9º nível para +3 e no 13º nível para gador). Uma vez
+4. que essa escolha
Forma Selvagem: No 2º ní- seja feita, não po-
vel, o selvagem adquire a habi- de ser revertida.
lidade de transformar-se, uma vez O selvagem é ca-
por dia, em um animal de tamanho Pe- paz de usar essas
queno ou Médio (mas não um atroz) voltan- armas naturais.
do depois para a sua forma natural. Quando Fúria Avançada:
se encontra na forma selvagem o persona- A partir do 11º nível,
gem adquirem todas as habilidades do os bônus da Fúria pas-
animal escolhido. sam a ser os seguintes:
O selvagem adquire a habilidade de assu- Força +8 e Vigor +6. E sem
mir a forma de um animal grande no 6º nível, mais nenhuma penalidade.
de um Miúdo no 10º nível, de um animal Enor-

O Shaman
Algumas pessoas nascem dotadas de uma nicam-se diretamente
sensibilidade maior que o normal e uma afini- com seres sobrenaturais e
dade com o mundo espiritual. Estas pessoas espíritos dos mortos. O
são capazes de ver espíritos e até mesmo Shaman recorre aos pode-
conversar com eles. Porém, ser um Shaman res dessa entidades so-
vai muito, além disso. brenaturais para curar
Shaman são aqueles que induzem a si doenças, governar seu
próprios para o estado de transe e comu- povo, ou transmitir aos
Capitulo três: Classes 59
 Oito Luas
vivos as mensagens dos espíritos.
Todo o Shaman é considerado “esquisito” ou
mesmo perigoso pelas pessoas comuns. Seja por “fa-
larem sozinhos” ou por que coisas estranhas aconte-
cem quando eles estão por perto, por isso, quase todo
Shaman é uma pessoa solitária e rejeitada pela socie-
dade.
Um Shaman é exatamente isso: um viajante sem
destino, sem lar, que não pertence à parte alguma.
Muitos aventureiros decidem viajar sempre, por ra-
zões variadas. Alguns fazem porque têm muitos ini-
migos, que poderiam encontrá-los, a qualquer mo-
mento. Outros por que, após perder entes queridos,
não desejam colocar em risco as pessoas à sua volta.
Sobreviventes de raças ou povos em extinção podem
estar à procura de um novo lar. Existem ainda aqueles
que não se encaixam em parte alguma. Uma vida de
viagens garante ao Shaman um vasto leque de habili-
dades e conhecimentos. Em geral ele conhece muitas
línguas, costumes, povos, armas, e criaturas, espan-
tando seus eventuais companheiros com pericias tão
variadas.
Criação de Personagem:
Atributos Primários: Destreza e Inteligência.
Habilidades Primarias: Condução, Empatia,
Empatia com Animais, Intuição, Herborismo, Lin-
guística, Sabedoria Popular, Sobrevivência.
Os Shaman têm Natureza e Comportamento Soci-
ais e Passivos. Eles frequentemente têm Aliados, e
Contatos como Antecedentes.
Dado de Vida: D 10
Dado de Mana: D 6
Usar Armas e Armaduras: Um Shaman sabe
usar várias armas simples e comuns, vários tipos de
armadura e escudos. As penalidades por usar uma
armadura mais pesada que um corselete de couro seja
aplicada as seguintes Categorias: Crime e Furtivida-
de. Além disso, a natação sofre um redutor de -1 de
penalidade a cada 2,5 quilos de armadura e equipa-
mento carregado.

O Shaman
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Perceber Espirito
1 1 Invocar Espirito (animal)
2 2 Incorporação 1ª habilidade
3 2 Espirito Guardião
4 2 Invocar Espirito (humanoide)
5 3 Incorporação 2ª Habilidade
6 3 Exorcizar
7 3 Invocar Espirito (místico)
8 4 Incorporação 3ª habilidade
9 4 Imbuir Espirito
10 4 Incorporação Dupla
11 4 Invocar Espirito (extra planar)
12 5 Incorporação 4ª habilidade
13 5 Fabricar Totem
14 5 Incorporação Tripla
15 5 Incorporação 5ª habilidade
Perceber Espírito: O Shaman pode perceber Es- Espírito Guardião: No 3º nível o Shaman pode
píritos materializados. Podendo também falar com os invocar um Espírito Guardião. Diferente de um espí-
espíritos para conversar, testa Percepção + Linguísti- rito comum, o Espírito Guardião tem um vínculo com
ca (dificuldade 6). Cada sucesso permite a comunica- o Shaman, assim possibilitando que o espírito perma-
ção com o espírito durante um minuto. Naturalmente neça neste mundo. Combinando várias de suas habi-
o espírito não é obrigado a responder. lidades com a do Shaman.
Invocar Espíritos: O Shaman pode invocar os Incorporação: No 2º; 5º, 8º; 12º e 15ª nível e o
espíritos dos animais para ajudá-lo. O espírito está Shaman invoca uma habilidade do seu espírito guar-
disposto a ajudar quem o chamou. O espírito é capaz dião adquirindo habilidades similares ao do animal,
de fazer todas as ações que fazia em vida. Num teste podendo adquirir várias de suas habilidades. Em um
de Espirito + Empatia com Animais para convocar o teste de Corpo + Ocultismo (dificuldade 7) gastando
espírito. Cada sucesso determina o período de tempo um PM, para ativar os poderes, os poderes permane-
que, o espírito permanecera neste plano. cem em três turno por sucesso.
Sucessos Tempo Obs.: Abaixo estão relacionados alguns poderes
1 Sucesso 1 Turno que podem ser concedidos por certos espíritos.
2 Sucessos 5 Turnos Olhos de Fal- O Shaman enxerga a longas dis-
3 Sucessos 1 Hora cão tâncias, como se estivesse com os
4 Sucessos 1 Noite olhos de um Falcão.
5 Sucessos 1 Semana Ruídos de Gri- Este é um poder que ao ser usado
los gera um certo aborrecimento, fa-

60 Capitulo Capitulo Três: Classes

quatro: criação de personagem
 Oito Luas
zendo sons bem barulhentos, o
Shaman ensurdece aqueles que es-
tiverem próximos por algumas ho-
ras.
Velocidade do O Shaman move-se duas vezes
Cervo mais rápido que o normal.
Força do Urso O Shaman ganha dois pontos em
Força.
Ferocidade do Em os testes de Intimidação, a
Puma dificuldade é menor.
Veneno da Ser- A mordida do Shaman transmite
pente uma toxina venenosa que, somen-
te, em vítimas vivas causa a perda
de dois níveis de vitalidade. Os
danos continuam até que o veneno
seja removido ou que o poder espi-
ritual do Shaman termine.
Cores do Ca- O Shaman adquiri a capacidade
maleão do Camaleão, capaz de mudar a
sua cor de acordo com o ambien-
te.
Salto do Sapo Com a concessão deste poder, o
Shaman adquiri a habilidade de
saltar três vezes mais alto e/ou dis-
tante do que conseguiria normal-
mente.
Percepção da O Shaman pode ouvir como um
Lebre coelho, reduzindo a dificuldade
dos testes de Percepção em dois,
mas somente aqueles que envol-
vem Audição.
Faro Canídeo O Shaman ganha à sensibilidade
no olfato às grandes distâncias de
um determinado mortal. Ela deve
ainda cheirar e seguir um rastro ou
vestígio, rolando Percepção + So-
brevivência (Dif. A cargo do Nar-
rador).
Equilíbrio do O Shaman move-se por galhos e
Esquilo membros de árvores, ou mesmo
por cordas esticadas, ou faz
acrobacias com poucas chances
de uma possível queda. Todos os
testes envolvendo atividades físi-
cas tem suas dificuldades redu-
zidas em dois.
Exorcizar: No 6º Nível o Shaman pode fazer
com que o espírito seja expulso de onde está seja em
um objeto, materializado ou em uma possessão. Sha-
man testa sua Vontade (dificuldade 7) resistido pela
Vontade do espírito alvo (dificuldade 7).
Invocar Espíritos (Humanoide): No 4º nível o
Shaman pode invocar os espíritos de humanoides pa-
ra ajudá-lo. O espírito está disposto a ajudar quem o
chamou. O espírito é capaz de fazer todas as ações
que fazia em vida. Num teste de Espirito + Empatia
para convocar o espírito. Cada sucesso determina o
período de tempo que, o espírito permanecera neste
plano.
Sucessos Tempo
1 Sucesso 1 Turno
2 Sucessos 5 Turnos
3 Sucessos 1 Hora
4 Sucessos 1 Noite
5 Sucessos 1 Semana
Imbuir Espírito: Essa habilidade possibilita que
o espírito adquire forma quando é imbuído em um
meio intermediário (um objeto (garras, presas, amule-
tos, etc.…) que represente uma parte conhecida do
espírito. Assim, o espírito pode adquirir forma, e ma-
nifestar plenamente o seu poder, de acordo com a
vontade do Shaman. Além disso, todos os golpes fei-
tos com o espírito imbuído atingem os PM e não os
PVs, caso o oponente não possuir PM, os ataques
causados a ele por Imbuir serão reduzidos de seus
PVs. Qualquer dano provocado por um Shaman em
Imbuir Espírito é considerado mágico.
Incorporação Dupla: No 10º nível e o Shaman
pode incorporar com dois espíritos ao mesmo tempo.
Usando a mesma regra da incorporação comum, mas
podendo escolher uma habilidade de cada espírito.
Invocar Espíritos (Místico): No 7º nível o Sha-
man pode Invocar um espírito místico (criaturas má-
gicas) para ajudá-lo. O espírito está disposto a ajudar
quem o chamou. O espírito é capaz de fazer todas as
ações que fazia em vida. Num teste de Espirito +
Empatia com Animais (para animais) Empatia (para
humanoides) para convocar o espírito. Cada sucesso
determina o período de tempo que, o espírito perma-
necera neste plano.
Sucessos Tempo
1 Sucesso 1 Turno
2 Sucessos 5 Turnos
3 Sucessos 1 Hora
4 Sucessos 1 Noite
5 Sucessos 1 Semana
Incorporação Tripla: No 14º nível e o Shaman
pode incorporar com três espíritos ao mesmo tempo.
Usando a mesma regra da incorporação comum, mas
podendo escolher uma habilidade de cada espírito.

O Especialista
Combatentes e Conjuradores. Eles representam a maioria dos aventureiros, mas não todos. Uma pequena
parte deles – em média dois ou três a cada dez – tem habilidade diferentes que não dependem nem de Força,
e nem de Magia. Qualquer personagem que não se encaixa facilmente em alguns dos grupos anteriores são
especialistas. Que são divididos em três categorias.
A Drogadora: Usa o próprio corpo para produzir remédios e vacinas para vários males do mundo

Capitulo três: Classes 61

 Oito Luas
O Caçador: Habilitados em rastreio de criaturas e pessoas, podendo achar qualquer coisa pelo preço cer-
to.
O Gatuno: Não existe lugar onde não possam entrar ou pessoas que não possam precisar dos seus servi-
ços.
O Trovador: Deixa o mundo um pouco melhor com a música que cante.
A Drogadora
Em sociedades onde não há Servos ou Feiticei- guardam poções, ervas e até pequenos animais vi-
ros com poderes de cura, deve-se recorrer à medici- vos, durante suas caminhadas pela mata podem ser
na convencional. Esse é o papel da Drogadora, com vistas cheirando ou até mordiscando todos tipos de
o seu vasto conhecimento sobre ervas, drogas e ve- folhas, flor ou insetos. Seu metabolismo especial
nenos, ela usa os próprios processos metabólicos do faz com o que seu corpo seja imune a qualquer tipo
corpo para fabricar medicamentos. Assim ela ingere de veneno. Só existem Drogadora mulheres; apa-
venenos para salivar remédios, mastiga insetos para rentemente apenas o corpo feminino tem metabo-
produzir pomadas, altera o próprio sangue para cri- lismo necessário para isso, já que ela usa a sua pró-
ar vacinas ou se deixa picar por animais peçonhen- pria vitalidade para fazer as poções que utiliza.
tos para secretar remédios em vez de leite. Portanto, Criação de Personagem:
não é exagero que o beijo de uma Drogadora pode Atributos Primários: Percepção e Inteligência.
salvar a sua vida… esta é um oficio arriscado, que Habilidades Primarias: Empatia, Procurar,
poucas conseguem (ou aceitam) exercerem. Obvi- Herborismo, Medicina Ocultismo e Sobrevivência.
amente, elas têm poderes menores que que um con- Sua Natureza e Comportamento mostram como
jurador verdadeiro, mas quando a magia verdadeira é a sua vida. As Dragadoras têm frequentemente
não está disponível, uma Drogadora é melhor que Fama e rituais como antecedentes.
nada. Por sua condição especial elas evitam lutar ou Dado de Vida: D 12
outras coisas perigosas. A figura da Drogadora é no Dado de Mana: D 4
mínimo exótica, sua pele é listrada de verde, elas Usar Armas e Armaduras: Drogadora sabem
surgem durante a iniciação da jovem, após um ritu- usar armas simples e comuns que causa dano por
al conhecido apenas por elas. Em geral vestem um corte e contusão. Drogadora não sabem usar arma-
manto com muitos bolsos e compartimentos onde duras e escudos.
A Drogadora
Nível Ações por Turno Especial 1º 2º 3º 4º 5º
0 1 Senso da Natureza 1 - - - -
1 1 Curandeira Eximia/Tolerância a Dor 1 - - - -
2 1 Produzir Poções 1º Nível 1 - - - -
3 1 Imunidades 1 - - - -
4 2 Toque Curativo 1 1 - - -
5 2 Tolerância a Dor/Produzir Poções 2º Nível 2 1 - - -
6 2 Imunidades 2 1 1 - -
7 2 Toque Curativo Aprimorado 2 2 1 - -
8 3 Produzir Poções 3º Nível 3 2 1 1 -
9 3 Imunidades 3 2 2 1 -
10 3 Tolerância a Dor 4 3 2 1 1
11 3 Produzir Poções 4º Nível 4 3 2 2 1
12 4 Imunidades 5 4 3 2 1
13 4 Curandeira Perfeita 5 4 3 2 2
14 4 Produzir Poços 5º Nível 6 5 4 3 2
15 4 Tolerância a Dor 6 5 4 3 2
Senso da Natureza: A Drogadora pode identifi- penalidades em Vitalidade. Ao atingir o 5º Nível
car plantas e animais (sua espécie e traços específi- não sofre mais nenhuma penalidade em Vitalidade.
cos) com completa exatidão. É capaz de identificar No 10º Nível para uma Drogadora morrer tem que
a agua potável da perigosa (poluída, envenenada ou sofrer – 10PVs para morrer. E no 14º Nível passa
inadequada por algum motivo). pra -20PVs para morrer.
Curandeira Eximia: A Drogadora tem extraor- Produzir Poções: A partir do 2º Nível através
dinário conhecimento sobre os segredos do corpo, de procedimentos secretos – e será para todos que
com isso elas acabam tendo apenas metade da difi- continuem secretos – a Drogadora pode fabricar po-
culdade normal em qualquer teste de Medicina e ções derivadas do seu corpo uma quantidade de ve-
Cura. zes por dia igual a metade do seu nível de classe
Tolerância à Dor: A Drogadora é treinada para (arredondo para cima), cada poção tem o mesmo
suportar as piores provações físicas, elas são muito efeito de uma magia como se fosse um conjurador
resistentes à dor, por isso sofre apenas metade das do mesmo nível.

62 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Três: Classes
 Oito Luas
No 2º Nível de classe a Drogadora poderá fa-
bricar poções de magia do 1º Nível e o seu c usto
é de 10PVs por ponto de exigência.
No 5º Nível de classe a Drogadora poderá fa-
bricar poções de magia do 2º Nível e o seu
custo é de 8PVs por ponto de exigência.
No 8º Nível de classe a Drogadora pode-
rá fabricar poções de magia do 3º Nível e o
seu custo é de 6PVs por ponto de exigên-
cia.
No 11º Nível de classe a Drogadora
poderá fabricar poções de magia do 4º
Nível e o seu custo é de 4PVs por pon-
to de exigência.
No 14º Nível de classe a Drogadora
poderá fabricar poções de magia do 5º
Nível e o seu custo é de 2PVs por ponto
de exigência.
Imunidades: Por sua saúde perfeita e
extremamente tolerante a toxinas, a Dro-
gadora adquire certas imunidades e re-
sistências conforme vai ficando
mais velha.
No 3º Nível a Drogadora
torna-se imune a qualquer
doença, sendo sobrenatural ou mági-
ca.
No 6º Nível a Drogadora ad-
quire resistência a venenos + 5.
No 9º Nível a Drogadora
torna-se imune a à paralisia, petrificação e ao sono.
O Caçador
Os especialistas urbanos têm habilidades de so-
brevivência para viver em qualquer ambiente urbano,
podendo encontrar o que precisa em qualquer lugar;
informações, esconderijos, masmorras, comida e pes-
soas escondidas. As cidades são a sua morada.
Atributos Primários: Força e Inteligência.
Habilidades Primarias: Armadilhas, Cavalgar,
Empatia, Furtividade, Perscrutar, Herborismo, Sabe-
doria Popular, Sobrevivência.
Os Caçadores têm Natureza e Comportamento ge-
ralmente que coincidem. Seus Antecedentes incluem
Recursos, Lacaios e Contatos.
Dado de Vida: D 8
Dado de Mana: D 8
Criação de Personagem:
Usar Armas e Armaduras: O caçador não pode
usar armaduras de metal ou armas cortantes (exceto
no caso de armas naturais, como garras e dentes).
Armaduras de couro são permitidas somente se forem
feitas com o couro de animais que tiveram morte na-
tural.
Senso da Natureza: O caçador pode identificar
plantas e animais (sua espécie e traços especiais) com
perfeita exatidão. Ele é capaz de diferenciar a água
potável da perigosa (poluída, envenenada ou inade-
quada para consumo por outro motivo).
Capitulo três: Classes
No 12º Nível a Drogadora adquire resistência
a venenos +10.
Toque Curativo: A partir do 4º Nível, as
próprias emanações corporais da Drogadora
atuam como medicamentos poderosos e que
preserva a vida. Ela pode com o toque e
uma ação padrão, curar 1d12 pontos de
Vitalidade de uma criatura. Essa habili-
dade pode ser utilizada um número
de vezes por dia igual a metade do
seu nível.
Oque curativo Aprimo-
rado: A partir do 7º a habili-
dade de toque de cura passa a
curar 2d12 ao invés de ape-
nas 1d12.
Toque Curativo Maior: A
partir do 10º Nível, a habilidade
Toque de cura passa a curar
5d12ao invés de apenas 2d12.
Curandeira Perfeita: No 13º
Nível, a Drogadora descobre os
segredos do ciclo de vida e atinge
o ápice das capacidades curativas.
Sua habilidade de Toque Curati-
vo gora cura 10d12 e suas utili-
zações diárias aumentam em
5.
Rastrear: Você pode seguir rastros de diversas
criaturas ou personagens, em diversos tipos de terre-
nos. Encontrar ou seguir rastros requer um teste de
Inteligência + Investigação. É necessário outro teste
sempre que o rastro ficar difícil de seguir, como
quando outros rastros o cruzam ou quando os rastros
se separam. Você se move com metade de seu deslo-
camento normal. A dificuldade depende da superfície
e da condição geral.
Superfície Dificuldade
Solo muito macio 6
Solo macío 7
Solo firme 8
Solo duro 9
Solo Muito Macio: Qualquer superfície (neve
fresca, poeira, lama) que mantenha as pegadas pro-
fundas e visíveis.
Solo Macio: Qualquer superfície, mais firme que
lama ou neve fresca, macio o bastante para ceder à
pressão, onde a criatura deixe pegadas frequentemen-
te, porem rasas.
Solo Firme: A maioria das superfícies externas
normais (gramados, campos, florestas e coisas assim)
ou interiores excepcionalmente macios ou sujos (ta-
petes grossos, chão muito sujo). A criatura pode dei-
xar alguns rastros (galhos partidos, tufos de pelo) e só
63
 Oito Luas
deixa uma apegada ocasionalmente. Solo Duro:
Qualquer onde não haja pegadas, como rocha ou
chão de interiores. A maioria das barreiras de
rio entram nessa categoria, pois qualquer pe-
gada fica obscurecida ou é apagada. A criatura
só deixa alguns traços (pequenas marcas, pe-
dras movidas).
Se você falhar no teste, poderá tentar no-
vamente após 1 hora (exterior) ou 10 minu-
tos (interiores) de busca.
Caminho da Floresta: A
partir do 2° nível, o caçador
poderá mover-se através de diver-
sos terrenos naturais (arbustos espi-
nhosos, brejos, áreas de florestas e outros)
usando seu deslocamento básico, sem sofrer
dano ou outros impedimentos. Porem os ter-
renos citados que foram encantados ou ma-
nipulados magicamente para impedir movi-
mentos, ainda o afeta.
Presa favorita: No 4° nível, o especia-
lista poderá escolher um tipo de criatura
(dragão, gigantes, goblinóides, mortos-
vivos, etc.) como presa favorita. O caça-
dor só poderá escolher sua própria
raça como inimiga se ele for ma-
ligno. Graças ao seu estudo de
suas presas e ao treinamento nas
técnicas corretas para combatê-
los, o caçador recebe +1 em todos os
testes em relação à presa. Do mesmo
modo, recebe esse modificador para
calcular o dano causado com armas
contra esse tipo de criatura, mesmo
usando armas de ataque a distância –
nesse caso para alvos a até 9 metros
de distância, já que não é
possível atacar com precisão a
uma distância maior.
No 4° nível e a cada 4 níveis sub-
sequentes (8° e 12° níveis), o caçador
pode escolher uma nova presa favorita
e o bônus que possuía contra cada
presa anteriormente escolhido aumen-
ta em +1.

O Caçador

Nível Ações por Turno Especial

0 1 Senso da Natureza
1 1 Rastrear
2 1 Caminho Pela Floresta/Movimento nas Alturas
3 1 1ºTerreno Predileto
4 2 1ªPresa Predileta
5 2 Rastro Invisível
6 2 Flecha Perseguidora
7 2 2ºTerreno Predileto
8 3 2ªpresa Predileta
9 3 Imunidade a Venenos
10 3 Flecha Alternante
11 3 3ºTerreno Predileto
12 4 3ªPresa Predileta
13 4 Saraivada
14 4 Chuva de Flechas
15 4 4ºTerreno Predileto
Rastro Invisível: A partir do 2° nível, o caçador Flecha Carregada: A partir do 4° nível, um ca-
não deixará rastros em terrenos naturais e não poderá çador adquire a habilidade similar à magia de carre-
ser rastreado. gar uma flecha com uma magia de toque. Quando o
Percepção Aguçada: No 2° nível, os sentidos do arco é disparado, a magia se concentra somente na
caçador tornam-se muito mais aguçados do que um ponta da flecha. Essa habilidade permite ao caçador
membro comum da raça. Isso acrescenta +1 de bônus usar o alcance do arco para usar suas magias. Ativar a
nos testes de Percepção. magia e disparar consome uma ação padrão. A flecha
Movimento nas Alturas: No 3° nível, o caçador deve ser disparada na mesma rodada ou a magia será
pode se mover e lutar sobre as copas das arvores ou perdida.
nos telhados das construções com seu deslocamento Terreno Predileto: No 3° nível um caçador tem
normal, saltando de um lado para o outro, ou mesmo um tipo de ambiente – aquático, desértico, floresta,
correndo verticalmente! O caçador recebe um bônus colinas pântanos, montanhas, planícies ou subterrâ-
de +4 em testes de escalar, e só precisa fazer testes neos – como seu ambiente predileto. Devido ao seu
em situação crítica. minucioso estudo daquele tipo de terreno e seu trei-
namento nas técnicas de Sobrevivência neles, o caça-
64 CapituloCapitulo
quatro:Três:
criação de personagem
Classes
 Oito Luas
dor recebe +1 de bônus de circunstancia no teste de
Inteligência, Furtividade e Sobrevivência, relaciona-
do a este tipo de terreno.
No 7°, 11° e 15° níveis, o caçador seleciona um
novo terreno predileto. Acumulando o bônus em cada
nível após o primeiro.
Queda Lenta: Ao atingir o 5° nível o caçador
poderá aproveitar as arvores que estejam ao seu al-
cance para amortecer sua queda, reduzindo o dano da
queda como se estivesse 3m a menos. Essa habilidade
de amortecer as suas quedas (ou seja, reduzindo a al-
tura efetiva de uma queda enquanto estiver próximo
de uma arvore) vai sendo aprimorado, até que n o 19°
nível, o personagem poderá se valer dessa Técnica
para cair de qualquer altura sem sofrer dano algum.
Flecha Perseguidora: A partir do 6° nível, mas
apenas uma vez por dia, o personagem é capaz de es-
colher um alvo dentro do alcance do arco e atingi-lo,
a flecha alcançará o alvo mesmo se estiver escondido
ou depois de uma curva.
Imunidade Contravenenos: No 9° nível, o caça-
dor adquire imunidade contra todos os venenos orgâ-
O Gatuno
Os gatunos têm pouco em comum entre si. Al-
guns são ladrões silenciosos. Outros são orado-
res habilidosos, ou batedores, espiões ou di-
plomatas. A única coisa em comum é a versa-
tilidade, adaptabilidade e quantidade se opções.
Em geral os gatunos são a conseguir exatamente
o que as pessoas desejam impedir que consi-
gam: entrar em uma sala de tesouros secreta,
passar seguro por uma armadilha mortal,
obter informações sigilosas, ganhar a con-
fiança de um guarda ou o dinheiro trocado
de alguém.
Criação de Personagem:
Atributos Primários: Percepção e
Destreza.
Habilidades Primarias: Armadilhas,
Crime, Empatia, Furtividade, Infiltração,
Manha, Procurar, Escapologia.
Habilidade: Os gatunos têm Natureza e
Comportamento geralmente que coincidem.
Seus Antecedentes incluem Recursos, Lacai-
os e Contatos.
Dado de Vida: D 6
Dado de Mana: D 10
Usar Armas e Armaduras: O treinamento
armado de um especialista urbano é voltado para
armas adequadas e ataques silenciosos e furtivos.
Por isso eles sabem usar a besta (leve ou de mão),
adagas (qualquer tipo), dardos, maças leves, bas-
tão, arco e espadas custas. Os especialistas sa-
bem usar armaduras leves, mas não escudos.
Ataque Furtivo: Se um especialista puder atingir
um oponente incapaz de se defender adequadamente
do ataque, ele pode golpear um ponto vital e causar
Capitulo três: Classes
nicos, incluindo venenos de monstros, mas não vene-
nos minerais ou gases venenosos.
Cavalgar pela Floresta: No 11° nível, um caça-
dor consegue cavalgar através de diversos terrenos
naturais (arbustos espinhosos, brejos, áreas de flores-
tas e terrenos similares) com o deslocamento básico
de sua montaria, sem sofrer dano ou outros impedi-
mentos. Porém, os terrenos manipulados magicamen-
te para impedir o movimento ainda afetam à monta-
ria.
Flecha Alternante: A partir do 10° nível, mas
apenas uma vez por dia, o personagem é capaz de es-
colher um alvo dentro do alcance do arco e atingi-lo,
disparando uma flecha que viajara em linha reta até a
vítima, atravessando muralhas e barreiras comuns
(mas não mágicas) em seu caminho.
Chuva de Flechas: Em vez de usar seus ataques
normais, mas apenas uma vez por dia, o caçador de
14° nível poderá disparar uma flecha em cada alvo
dentro do alcance do arco, até o limite de uma vítima
para cada nível de classe.
dano dobrado. O ataque á distancia só podem fun-
cionar como ataques furtivos quando o alvo esti-
ver a menos de 9m de distância, já que não é pos-
sível atingir com precisão a uma distância maior.
Mimetismo: No 1° nível o gatuno é capaz de
esconder-se, mesmo se estiver sendo observado.
Desde que se encontre a menos de 3m de al-
gum tipo de sombra, ele consegue se escon-
der em campo aberto sem ter algo à sua fren-
te. Entretanto, o personagem não é capaz de
se ocultar na própria sombra.
Esquiva sobrenatural: A partir do 3°
nível, o gatuno conserva a dificuldade no
seu valor de Esquiva, mesmo em situações
de surpresa ou contra os ataques de um
oponente invisível. No entanto, ele ainda so-
fre penalidades normais em sua Esquiva
quando estiver imobilizado.
Escudo das Sombras: Usando uma ação
padrão, o gatuno pode criar um disco móvel
de energia púrpura escura. Esse disco de
sombra funciona como uma proteção de 3/4
contra-ataques desferidos contra o flanco
onde estiverem. O personagem consegue
enxergar através do escudo, portanto o
disco não oferece cobertura ou camu-
flagem aos adversários. A cada dia, o
escudo de sombra permanece ativo
durante 1 rodada por nível do gatu-
no.
65
 Oito Luas
O Gatuno
Nível Ações por Turno Especial
0 1 Ataque Furtivo
1 1 Mimetismo
2 1 Esquiva Sobrenatural
3 1 Escudo das Sombras
4 2 Salto das Sombras (3m)
5 2 Andar nas Sombras
6 2 Movimento Sobre os Telhados
7 2 Salto das Sombras (6m)
8 3 Ataque Incapacitante
9 3 Rastrear Eficaz
10 3 Salto das Sombras (12m)
11 3 Conhecimento Urbano
12 4 Queda Lenta (3m)
13 4 Salto das Sombras (24m)
14 4 Queda lenta (6m)
15 4 Mente escorregadia
Salto das Sombras: A partir do 5° nível, o gatuno usando um ataque furtivo, o personagem também so-
adquire a habilidade de viajar entre as sombras de fre 1 ponto negativo em sua Força. Os pontos de atri-
igual tamanho, embora o transporte mágico precise butos perdidos serão recuperados naturalmente, à ra-
começar e terminar em uma área com pelo mesmo zão de 1 ponto por dia em Cada atributo.
uma sombra. O personagem é capaz de saltar um total Rastrear Eficaz: A partir do 10° nível, um gatuno
de 3m por dia dessa forma, seja um único salto de 3m consegue percorrer seu deslocamento normal quando
ou dois de 1,5m. A cada 3 níveis subsequentes, a dis- estiver rastreando, sem sofrer nenhuma penalidade.
tância possível de ser percorrida pelo gatuno será do- Conhecimento Urbano: Os gatunos captam di-
brada (6m no 8° nível, 12m no 11° nível, 24 e 14° ní- versos conhecimentos, em grandes volumes, enquan-
vel). to viajam de uma cidade a outra, e escutam histórias
Andar Sobre as Sombras: Uma vez por dia por do povo. Um gatuno pode fazer um teste especial de
nível do gatuno, ele pode caminhar sobre nas sombras Conhecimento Urbano (dificuldade 8) para determi-
podendo se deslocar até 5 km a cada dez minutos. nar se ele conhece alguma informação relevante sobre
Movimento Sobre os Telhados: No 7° nível, o as pessoas notáveis da região, os itens lendários ou
gatuno pode se mover e lutar sobre os telhados das lugares famosos. O teste não revela os
cidades com seu deslocamento normal, saltando de poderes de um item mágico, mas poderá
telhado em telhado, ou indicar vagamente sua função.
mesmo correndo verti- Mente Escorregadia: Com essa
calmente pelas paredes. habilidade o gatuno consegue distin-
Ataque Incapacitante: guir o que é fato das histórias que es-
Com esse golpe especial, o per- cuta nas tavernas. Desde o simples roman-
sonagem pode atacar furtivamente ce local até o que está escondido nos arredo-
seus oponentes com tamanha precisão que res da cidade.
seus golpes os enfraqueceram e debilitarão.
Quando o gatuno causar dano em um oponente

O Trovador
É dito que a música tem uma mágica especi- A magia de um trovador vem de
al, e o travador prova que esse ditado é ver- seu coração. Quando este é bom, o
dade. Viajado pelo mundo o, acumu- trovador traz coragem e esperança
lando conhecimento, contando para os abandonados e usa seus
histórias, fazendo magia com sua truques, sua música e sua magia
música e vivendo de gratidão para frustrar os planos das forças
por sua audiência – essa é a do mal. Se os nobres da região
vida de um trovador. Quando forem corruptos, o trovador bom
a sorte ou a oportunidade os é um inimigo do estado, evitan-
atrai para um conflito, os tro- do ser capturado e elevando o
vadores servem como diploma- moral dos oprimidos. Mas a
tas, negociadores, mensageiros, batedores e música também se manifesta
espiões. em um coração maligno. Os
trovadores malignos preferem a Corpo em lugar da
66 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Três: Classes
 Oito Luas
violência descarada, dominando as mentes e os cora- Sucessos Tipo de conheci- Exemplo
ções do demais, pegando tudo o que a audiência en- mento
trega de “boa vontade”. 1 Popular, qualquer O Local mais as-
Criação de Personagem: criança conhece. sustador da regi-
Atributos Primários: Percepção e Inteligência. ão.
Habilidades Primarias: Empatia, Manha, Di- 2 Comum, conhecido A reputação de be-
plomacia, Direito, Escapologia, Investigação, Sabe- por uma minoria berão do prefeito
doria Popular. substancial da popu- local; lendas co-
Os trovadores têm Natureza e Comportamento so- lação local, pelo me- muns sobre um po-
ciais. Seus Antecedentes incluem Recursos, Contatos, nos. deroso e poderoso
Influência. lugar.
Dado de Vida: D 6 3 Pouco comum, mas O passado obscu-
Dado de Mana: D 10 disponível, conhe- ro de um sacerdo-
Criação de Personagem: cido por algumas te local; lendas
Usar Armas e Armaduras: O travador sabe usar pessoas da área. sobre um item
todas as armas simples. Os trovadores sabem usar mágico poderoso.
armaduras leves, mas não escudos. 4 Obscuro, conhecido A história familiar
Música do Trovador: Uma vês por dia a cada ní- por poucos, difícil de de um cavaleiro;
vel pode usar sua música ou poesia para produzir um encontrar. lendas sobre um
efeito mágico nas pessoas que o rodeiam. Esse efeito lugar ou item má-
é escolhido pelo trovador no momento que começa a gico pouco conhe-
sua apresentação. Jogando Vontade contra Vontade cido.
dos alvos. 5 Extremamente obs- Apelido de crian-
Conhecimento de Viajante: Os trovadores cap- curo conhecido por ça de um feiticeiro
tam diversos conhecimentos, em grande volume, en- pouquíssimas pes- poderoso; a histó-
quanto viajem de um lugar para o outro e escutam soas, possivelmente ria de um item
histórias de outros trovadores. Um trovador pode fa- esquecido pela mai- mágico fraco.
zer um teste especial de conhecimento do viajante pa- oria; conhecido
ra determinar se ele conhece alguma informação rele- apenas pelos que
vante sobre as pessoas notáveis da região, os itens não entendem o
lendários ou os lugares famosos. Os testes não revela- significado do co-
riam os poderes de um item mágico, mas poderia in- nhecimento.
dicar vagamente sua função. A Voz Desaparecida: O trovador pode “projetar a
Lábia do Trapaceiro: Com essa habilidade o tro- voz”, fazendo-a emanar de qualquer lugar em seu
vador pode influenciar as pessoas a fazer o que ele campo de visão. A voz opera independentemente do
deseja, sem muito esforço para o trovador, assim trovador, que pode conversar normalmente ao mesmo
quão já ouviu a música do trovador fica com mais di- tempo em que sua voz canta alguma coisa.
ficuldade de desobedecer ao trovador.
O trovador
Nível Ações por Especial Magias Conhecidas do Trovador
Turno 1º 2º 3º 4º 5º
0 1 Música do Trovador 1 – – – –
1 1 Conhecimento de Viajante 1 – – – –
2 1 – 1 – – – –
3 1 Lábia do Trapaceiro 1 – – – –
4 2 – 1 – – – –
5 2 A voz Desaparecida 2 1 – – –
6 2 – 2 1 – – –
7 2 Voz do Além 2 1 1 – –
8 3 – 2 1 1 1 –
9 3 Doença do Ouvinte 2 2 1 1 –
10 3 – 2 2 1 1 1
11 3 Essência Traumática da Arte 3 2 2 1 1
12 4 – 3 2 2 2 1
13 4 Morte do Tambor 3 3 2 2 1
14 4 – 3 3 3 3 2
15 4 Audiência Abençoada 4 3 3 3 3

Capitulo
Capitulo
três:
Três:
Classes
Classes 67
 Oito Luas
Voz do Além: Com este poder, o trovador pode
projetar sua voz para qualquer lugar ou pessoa que
ele conheça. Ele pode cantar, falar ou fazer qual-
quer outro vocal que quiser, no volume que esco-
lher. O trovador não ouvira os sons, a não ser que
esteja dentro do campo normal de audição dele.
Doença do Ouvinte: Este poder possibilita ao
trovador encantar outros com sua voz. O alvo per-
manecerá sentado, embasbacado com a voz do tro-
vador, até que este pare de cantar.
Essência Traumática da Arte: Este poder per-
mite ao trovador com sua canção enlouquecer os
ouvintes, podendo ser usada em conjunto com
qualquer poder ou magia que o trovador possua. Ele
pode afetar apenas um alvo por vez.
Morte do Tambor: Com este poder o trovador
pode infringir dano em seus ouvintes. Causando
rompimento dos tímpanos ou romper os órgãos in-
ternos. Apenas uma vítima pode ser afetada por
vez. O personagem testa Foco + nível de Classe
contra o Vigor do alvo (cada Sucesso causa 5 pon-
tos de vitalidade de dano).
Audiência Abençoada: Neste ponto o trovador
aprende a usar a Essência da Arte Traumática sobre
um grupo. Todos os indivíduos afetados precisam
estar ao alcance da voz do trovador. Para serem afe-
tados.

Os Conjuradores
Servidão aos deuses ou por pura habilidade mágica. Os Conjuradores são dois tipos
Os Elementalistas: Especialista no seu caminho, podendo ganhar muito em poder, mas perdendo em ver-
satilidade em comparação aos Feiticeiros e Servos.
Os Feiticeiros: Habilitados com puro talento para a magia
Os Servos dos Deuses: Prestando serviço a um patrono divino em troca de seus poderes.

O Elementalista
A magia é dividida em Oito Caminha Elemental – espíritos e elementos, assuntos que possuem sempre
Espirito, Corpo, Fogo, Agua, Ar, Terra, Trevas e Luz um misticismo envolvido, independente na região em
– que compõem tudo o que está no mundo. combina- que se encontram.
dos de várias formas esses caminhos podem realizar Criação de Personagem:
qualquer efeito. alguns conjuradores, contudo, prefe- Atributos Primários: Percepção e Vontade.
rem se especializar no domínio em poucos caminhos. Habilidades Primarias: Cavalgar, Manha, Aca-
Estes são os conjuradores Elementalistas. Quando se dêmicos, Enigmas, Ocultismo e Sobrevivência.
concentra em um único caminho por vez, Habilidade: Sua Natureza e Comportamento são
o Elementalista será mais poderoso um pouco antissocial, mas conseguem andar
em realizar suas magias – já que em grupos. O Elementalista em sua maioria
usam poucos caminhos. Por ou- tem Mascote e Rituais como antecedentes.
tro lado, ele perde em varieda- Dado de Vida: D 6
de e versatilidade, não poderá Dado de Mana: D 6
realizar um grande número Usar Armas e Armadu-
de magias, por não ter Fo- ras: O Elementalista sabe
cus nos caminhos neces- usar todas as armas simples,
sários. Ao escolher seu mas não tem treinamento
Caminho Principal o com nenhum tipo de ar-
Elementalista nunca madura ou escudo. E so-
pode possuir nenhum fre redutor de metade
nível de Focus no dos poderes se estiver
Caminho diretamente usando qualquer um
oposto. espirito é o deles.
oposto de Corpo, Fo- OS tipos de Ele-
go é o oposto de mentalistas:
Agua, Terra é o Elementalista do
oposto de Ar, Travas Espirito: lida com en-
é o oposto de Luz e tidades sobrenaturais, di-
vice-versa. Os Ele- ferentes dos Shaman que pedem auxilio dos espíri-
mentalistas gostam de tos, o Elementalista consegue falar com espírito er-
ser solitários, quando rantes (assombrações) ou espíritos Escravos (presos
associam com outras em algum lugar ou objeto) e com o emocional dos
classes, é para suas vivos. O Elementalista deve tomar cuidado com cada
pesquisas, pois estrão sempre à espirito já que cada espirito deve ser tratado como
procura de conhecimentos sobre uma entidade única.
68 CapituloCapitulo
quatro: Três:
criação de personagem
Classes
 Oito Luas
O Elementalista Espiritual pode realizar qualquer Elementalista do Ar: lida com a brisa mais gentil
desses truques sem gastar mana. e também com o tronado mais destrutivo, a magia do
• Pode ver espíritos num raio de 5m. Ar é sutil, mas também poderosa. Além do poder dos
• Pode sentir as emoções dos espíritos e vivos ventos ela também está ligada com os odores, ao som
em um raio de 10m. e a comunicação – pois o ar também transmite o som.
Elementalista do Corpo: lida com todos os as- O Elementalista Aéreo pode realizar qualquer des-
pectos do corpo, podendo mudar várias partes do cor- ses truques sem gastar mana.
po como garras e presas e outras possibilidades, po- • Sabe se um gás é inflamável, venenoso ou
dendo amputar ou implantar membros humanoides ou outra coisa.
de criaturas no corpo de companheiros ou no próprio. • Fazer soar sua voz em algum ponto distante
O Elementalista Corporal pode realizar qualquer (mas dentro do alcance da visão), como um ventrícu-
desses truques sem gastar mana. lo.
• Pode ao toque saber se o corpo está com al- Elementalista da Terra: usa a força bruta, resistên-
guma anormalidade. cia e durabilidade. representa a firmeza da montanha, tam-
• Podem enquanto contato acelerar ou trazer os bém o poder devastador do terremoto e da avalancha´. Po-
dendo e moldar rochas conforme a sua própria necessida-
processos biológicos do corpo vivo. de.
Elementalista da Água: é o único Elementalista O Elementalista Térreo pode realizar qualquer desses
que pode usar magias de cura, sendo também eficien- truques sem gastar mana.
te com magias ligadas a plantas e gelo. Já que a vida • Identificar qualquer tipo de rocha, minério ou ge-
veio da agua, quase nenhuma forma de vida sobrevi- mas preciosas apenas ao toque.
ve sem águia, o elemento d agua é a magia da própria • Escrever com o dedo sobre qualquer superficial
vida. rochosa.
O Elementalista Aquático pode realizar qualquer Elementalista da Luz: lida com tudo o que podemos
desses truques sem gastar mana. ver ou não ver, já que tudo o que vemos é luz refletida, o
• Saber tudo sobre um liquido apenas ao toque. Elementalista também é eficiente em magias de ataque –
por que a luz também alimenta o raio e a eletricidade.
• Pode respirar livremente embaixo d’água, O Elementalista Iluminado pode realizar qualquer des-
mas terá dificuldade sem se locomover. ses truques sem gastar mana.
Elementalista do Fogo: é corajoso para aceitar se • Nunca é enganado por ilusões comuns (não magi-
especializar no mais destrutivo dos elementos. A cas).
chama que aquece e trás conforto, pode facilmente • Pode mudar a cor de um objeto pequeno (suficien-
sair do controle e reduzir tudo a cinzas, os Elementa- te para caber na mão) ou deixa-lo invisível.
listas do Fogo são temidos mesmo como aliados. Elementalista das Trevas: é considerado o mais ma-
O Elementalista Piromaníaco pode realizar qual- ligno de todos os conjuradores. Portanto, mesmo que ele
quer desses truques sem gastar mana. tenha a melhor das intenções e o mais puro dos corações (o
• Saber a temperatura de salgo, apenas ao to- que é raro), sua mágica quase nunca oferece nada de bom.
que. O Elementalista Tenebroso pode realizar qualquer des-
ses truques sem gastar mana.
• Atear fogo em materiais combustíveis ou in- • Pode enxergar no escura até 15m.
flamáveis.
• Pode tornar o seu próprio rosto mais sombrio
(Bônus de +5 em estes de intimidação).
O Elementalista.
Nível Ações por Especial Magias Conhecidas do Feiticeiro
Turno 1º 2º 3º 4º 5º
0 1 Sentir Elementos 1 - - - -
1 1 Subjugar os Elementos 2 - - - -
2 1 Invocar Espirito Elemental Menor 2 - - - -
3 1 Aprisionar Elemento Primário 3 1 - - -
4 1 Corpo Elemental 3 2 - - -
5 1 Invulnerabilidade Primaria 3 2 - - -
6 2 Incorporar Elemento Primário 3 3 1 - -
7 2 Invocar Espirito Elemental Médio 3 3 2 - -
8 2 Aprisionar Elemento Secundário 3 3 2 - -
9 2 Corpo Elemental Secundário 3 3 3 1 -
10 2 Invulnerabilidade Secundaria 3 3 3 2 -
11 2 Incorporara Elemental Secundário 3 3 3 2 -
12 3 Invocar Espírito Elemental Grande 3 3 3 3 1
13 3 Aprisionar Elemento Terciário 3 3 3 3 2
14 3 Corpo Elemental Terciário 4 3 3 3 2
15 3 Invulnerabilidade Terciaria 4 4 3 3 3

Capitulo
Capitulo Três: Classes
três: Classes 69
 Oito Luas
Sentir Elementos: O Elementalista tem o poder
de sentir qualquer elemento primordial natural ou
criado a até 20m. Com uma ação padrão, o Elemen-
talista pode precisar a distância e a direção de um
Elemental natural em seu raio de percepção. O
Elementalista pode ver esses espíritos como ele vê
o fogo o que não é possível para mortais comuns.
Efeitos artificiais ou de criação ou controle dos
elementos podem ser precisados perlo personagem
sem o uso de uma ação padrão, instantaneamente.
Para cada nível de classe a distância da visão au-
menta em 5m. Subjugar os Elementos: o Elemen-
talista recebe um bônus de 50% nos testes de Vigor
envolvendo o elemento que tenha afinidade. uma
vez por dia por nível de classe, o personagem faz
um teste usando uma ação padrão, para evitar parte
dos efeitos que causam dono dos elementos. No 5º
nível é possível o Elementalista dividir esse bônus
com um companheiro que esteja a mesmo de 5m.
no 10º nível passa para 2 companheiros e aumenta
em 10m. No 15º nível passa para 3 companheiros e
a distância passa a ser de 20m.
Invocar Espirito Elemental: o Elementalista
tem a capacidade de invocar um Espirito Elemental
Menor no 2º nível, que o auxilia em todas as suas
magias diminuindo em 1 ponto de mana os gastos
de todas as suas magias. No 7º nível o Elementalis-
ta aumenta a sua capacidade de invocação e passa a
invocar um Espírito Elemental Médio que diminui
em 2 pontos de mana gastos em suas magias. No
12º nível o Elementalista passa a invocar um
Espirito Elemental Grande que di-
minui em 3 pontos de mana gastos
em suas magias.
O Feiticeiro
Algumas palavras ininteligíveis
e uns gestos rápido são mais poderosos
que um machado de guerra quando proferi-
dos e executados por um Feiticeiro. Esses
atos simples fazem a magia parecer fácil,
mas não demonstra o conhecimento neces-
sário para utilizá-la. Para algumas pessoas
os Conjuradores criam suas magias
do mesmo modo que os poetas
criam suas obras, graças a um ta-
lento nato aperfeiçoado peran-
te a pratica. Usam apenas um
poder puro que canalizam através
de sua vontade.
Criação de Personagem:
Atributos Primários: Inteligên-
cia e Vontade.
Habilidades Primarias: Empa-
tia, Intuição, Pesquisa, Acadêmi-
cos, Ciência, Estudar, Rituais.
Habilidades: Os Feiticeiro têm
Natureza e Comportamento ge-
ralmente sociais, pois a maioria
70 CapituloCapitulo
quatro: Três:
criação de personagem
Classes
Aprisionar Elemento: no 3º nível o Elementa-
lista adquire a capacidade de aprisionar o espirito
Elemental em um objeto inanimado que sempre é
carregado e com isso aumenta seus poderes (+5 em
Focus no Caminho do Espirito Elemental aprisio-
nado e passando de D6 para D8 nas jogadas de ma-
na). No 8º nível + 5 em Focus no caminho do Espi-
rito Aprisionado Secundário e passando de D8 para
D10 nas jogadas de mana. No 13º nível +5 em Fo-
cus no caminho do espirito aprisionado terciário e
passando de D10 para D12 nas jogadas de mana.
Corpo Elemental: no 4º nível o Elementalista tem
a capacidade de se transformar no elemento aprisionado,
tornando-se semelhante a um Elemental, podendo per-
manecer nessa forma por 1 turno por ponto de focus no
caminho do Elemento aprisionado. No 9º nível o Ele-
mentalista pode ficar na forma do elemento secundário.
no 14º o Elementalista pode ficar na forma de um ele-
mento terciário. Nessa forma o Elementalista tem todos
os benefícios e defeitos de um Elemental.
Invulnerabilidade: ao chegar nesse nível o Elemen-
talista adquire a capacidade de4 ignorar metade do dano
provocado por ataque do mesmo elemento do espírito
aprisionado. No 10º nível essa capacidade aumenta para
dois espíritos aprisionados. No 15º nível aumenta para
três espíritos aprisionados.
Incorporar Elemento: no 6º nível o Elementalista
incorpora o espirito Elemental aprisionado, isso faz com
que o Elementalista adquira a capacidade de absorver o
elemento, assim acelerando seus próprios processos bio-
lógicos, desse modo o Elementalista ao
se “alimentar “do mesmo elemento do
espirito aprisionado irá recuperar suas
energias (Vital e mística). No 11º ní-
vel consegue usar essa habilidade
com o segundo elemento aprisiona-
do.
de seus poderes depende do seu co-
nhecimento. Tendo frequentemente
Mentor, Aliados e Recursos como An-
tecedentes.
Dado de Vida: D4
Dado de Mana: D 12
Criação de Personagem:
Usar Armas e Armaduras: Um feiticei-
ro sabe usar todas as armas simples, po-
rém, não podem usar nenhum tipo de ar-
madura, nem escudos.
Familiar: Um feiticeiro pode convo-
car um familiar. Isso levará um dia e exigira
um ritual, com gastos de materiais no valor
de 200 PO. Um familiar é uma versão má-
gica, mais inteligente e forte de um pe-
queno animal. Se o familiar morrer ou se
o feiticeiro decidir dispensá-lo deverá fa-
zer um teste de Força de Vontade (difi-
culdade 8). Se o este resultar em um
fracasso, o feiticeiro perde 200 pontos
de XP por nível na classe. Um famili-
ar morto pode ser ressuscitado do
 Oito Luas
mesmo modo que os personagens, sem perderem os familiar. À medida que o feiticeiro cresce em poder,
pontos de XP. cresce também a força de sua montaria.
Talento Metamágico: Essa é uma habilidade que
o feiticeiro adquire no 5º nível e a cada 5 níveis sub-
sequentes.
Montaria Espiritual: No 11° nível, o feiticeiro
tem o poder de transformar o seu familiar ou convo-
car uma montaria mágica, uma versão atroz de seu

O Feiticeiro.
Nível Ações por Turno Especial Magias Conhecidas do Feiticeiro
1º 2º 3º 4º 5º
0 1 Invocar Familiar 3 - - - -
1 1 - 3 - - - -
2 1 - 4 1 - - -
3 1 Talento Metamágico 4 2 - - -
4 1 - 5 2 1 - -
5 1 - 5 3 2 - -
6 2 - 6 4 3 1 -
7 2 Talento Metamágico 6 5 4 2 -
8 2 - 7 6 4 2 1
9 2 - 7 7 5 3 2
10 2 - 8 7 5 3 2
11 2 Talento Metamágico 8 8 6 4 2
12 3 - 9 8 6 4 3
13 3 - 9 9 7 5 3
14 3 - 10 9 7 5 3
15 3 Talento Metamágico 15 10 8 6 4
Familiares
Um familiar é um vinculado magicamente ao seu Estatísticas Básicas: Use as estatísticas básicas
mestre. Em certo sentido, pode-se dizer que são a para uma criatura de seu tipo, mas faça as seguintes
mesma criatura. É por isso, por exemplo, que o mes- modificações.
tre pode lançar uma magia de alcance pessoal sobre Pontos de Vida: A metade do total do amo, arre-
seu familiar, mesmo em condições normais somente dondado para baixo. Por exemplo, no 2° nível Shuray
pudesse fazê-lo em si mesmo. Um familiar é parecido tem 9 pontos de vida, então seu familiar tem 4.
com uma criatura normal de sua espécie. Porém, al- Ataques: Os ataques são os mesmo que uma cria-
guns deles possuem habilidades especiais próprias ou tura normal dessa espécie pode fazer.
fornecem habilidades especiais para seu mestre. Essas Habilidades: Use as habilidades normais de um
habilidades especiais só se aplicam quando ambos es- animal daquela espécie ou do mestre o que for me-
tão a menos de 500 metros de distância. lhor.
Descrição das habilidades dos Familiares: Todo
Familiar Especial familiar possui habilidades especiais (ou fornecem
Gato Mestre ganha +1em bônus em testes habilidades especiais para seu mestre). Dependendo
de Furtividade do nível de XP de seu amo, como mostrado na tabela
Falcão Mestre ganha visão aguçada a seguir. As habilidades dessa tabela são cumulativas.
Coruja Possui visão no escuro Armadura Natural: O número listado aqui é
Rato Mestre ganha +1 de bônus em testes aplicado ao Vigor do familiar. Ele representa a resis-
de Vigor tência sobrenatural do animal.
Corvo Fala mais um idioma Conhecimento: O valor de Conhecimento do fa-
Cobra (miúda) Mordida venenosa miliar. Um familiar pode ser tão inteligente quanto
Sapo Mestre ganha +5 de bônus valor de uma pessoa (mas não necessariamente tão inteligente
Vitalidade quanto uma pessoa esperta).

Prontidão: A presença de um familiar torna os
sentidos de seu mestre mais aguçados. Enquanto o
familiar estiver ao alcance da mão de seu dono, este
adquire o Talento Sentidos Aguçados.
Partilhar magias: De acordo com a escolha do
personagem, é possível fazer todas as magias que ele
conjure sobre si mesmo também afetem seu familiar;
para isso, o animal deve estar a menos de 1,5 metros
dele. Para magias com duração diferente de “instan-
tânea”, o efeito se extingue caso o familiar se afaste
mais de 15 metros do mestre e não volta a afetá-lo
mesmo que retorne antes da duração acabar.

Capitulo Capitulo
Capitulo Três:
quatro:Três:
criação Classes
de personagens
Classes 71
 Oito Luas
Vinculo Empático: O mestre possui um vínculo pode designar seu familiar como “portador” (o mestre
empático com seu familiar com um alcance de 1,5 e o familiar têm que estar em contato no momento do
quilômetros. O personagem não pode enxergar atra- lançamento da magia). O familiar poderá então
vés dos olhos do animal, mas pode se comunicar te- transmitir a magia de toque como seu amo faria. Em
lepaticamente com ele. Note que, o Conhecimento condições normais, se o mestre lançar outra magia, a
limitada de um familiar cujo amo seja de um nível primeira será dissipada.
baixo restringe o que o animal pode comunicar ou Falar com animais de sua espécie: O familiar
compreender e mesmo os familiares com valores al- pode comunicar-se com animais de tipo parecido com
tos em Conhecimento percebem o mundo de diferente o seu (inclusive suas versões atrozes): ratos com ou-
dos humanos. tros roedores; gatos com felinos; falcões e corujas
Devido ao Vinculo Empático, o mestre tem a com outros pássaros; obras com répteis; sapos com
mesma conexão com itens ou locais que o familiar anfíbios. A comunicação é limitada pelo Conheci-
tenha ido. Por exemplo, se o familiar já viu uma sala, mento das criaturas envolvidas.
o mestre pode se tele transportar para ela como se Falar com o mestre: O familiar e o mestre podem
também já a tivesse visto. se comunicar verbalmente como se falasse um idioma
Toque: Se o mestre no mínimo de 5°nível, o fami- em comum. As outras criaturas não entendem essa
liar pode transmitir os ataques de toque por ele. comunicação sem auxilio mágico.
Quando o personagem conjurar uma magia deste tipo,
Nível do Mestre Conhecimento Armadura Natural Especial
0-1 +1 +1 Prontidão
2-3 +1 +2 Partilhar Magias / Vinculo Empático
4-5 +2 +2 Toque
6-7 +2 +3 Falar com animais do seu tipo
8-9 +3 +3 Falar com o mestre
10-11 +3 +4 Resistência a Magia / Focus 1
12-13 +4 +4 Espionar / Resistência a Magia Focus 2
14-15 +4 +5 Soltar Magia Focus 1 / Resistência a Magia Focus 3
Resistência à magia: Ao atingir o 11° nível e a dade similar à magia que não requer o gasto de
cada 2° níveis subsequentes, o familiar adquire re- Pontos de Mana.
sistência à magia concedendo Vigor +2, por nível Soltar magia: A partir do 15° nível o familiar
obtido adquire a capacidade de lançar as magias de baixo
Espionar: Ao atingir o 13° nível, este pode nível de seu mestre.
espionar o familiar (como se lançasse à magia
observação) uma vez por dia. Essa é uma habili-
O Servo dos Deuses
Os deuses povoaram o mundo de Kallidox meios, o Servo recebe magi-
com suas próprias criações – uma infinida- as de seu patrono divino. A
de de raças e criaturas. E muitas entre es- magia divina é orientada
tas criaturas decidem, pelos mais variados para a cura, preservação
motivos, servir a esses deuses criadores, de e restauração da vida.
todas as formas que puderem. Apesar disso, Servo
Em média, em cada dez aventureiros, pelo podem ser tão comba-
menos um ou dois tem tivos quanto qualquer
algum tipo de relação Combatente e lidar com
com os deuses. Eles po- magias tão destrutivas quan-
dem ser muitos tipos de do qualquer Feiticeiro.
heróis e vilões. Todos Criação de Perso-
têm pelo menos uma nagem:
coisa em comum: eles Atributos Primá-
recebem poder mágico rios: Força e Destreza.
dos deuses, em troca de Habilidades Primari-
servir aos seus deuses. as: Empatia, Etiqueta, Lá-
O Servo dos Desuse po- bia, Diplomacia, Lin-
de, à primeira vista, se pare- guística, Medicina, Ritu-
cer com um feiticeiro. Ele de ais, Sobrevivência.
fato poder mágico – mas, Habilidades: Sua Natu-
enquanto o feiticeiro con- reza e Comportamento costumam serem pa-
quista poder através do es- recidos entre si, mas jamais os mesmos. Os
tudo, experimentos e outros Antecedentes mais comuns incluem Mentor,

72 CapituloCapitulo
quatro: Três:
criação de personagem
Classes
 Oito Luas
Aliados, Influencia e Mascote. estivesse usando magia. Ele poderá usar essa habili-
Dado de Vida: D8 dade mais constantemente à medida que adquira no-
Dado de Mana: D 8 vos níveis de XP.
Criação de Personagem: Remover Doença é uma habilidade similar à ma-
Usar Armas e Armaduras: Um servo sabe usar gia.
todos os todas as armas simples, todos os tipos de Expulsar ou Fascinar Mortos-vivos: Os servos
armaduras (leves, medias e pesadas) e escudos. As bons têm a habilidade sobrenatural de expulsarem
penalidades por usar uma armadura mais pesada que mortos-vivos (esqueletos, fantasmas zumbis e fan-
um corselete de couro seja aplicado às seguintes Ca- tasmas) obrigando essas abominações profanas recuar
racterísticas: Destreza, Crime e Furtividade. Além frente ao poder de seu Deus canalizado através dele.
disso, a Natação sofre -1 de penalidade a cada Os servos malignos podem fascinar tais criaturas. Um
2,5quilos de armadura e equipamentos. servo pode Expulsar / Fascinar Mortos-vivos uma
Cura pelas Mãos: Um servo pode curar ferimen- quantidade de vezes por dia igual a sua Vontade.
tos através do seu toque. A cada dia, ele pode curar Montaria Especial: Ao atingir o 5° nível, o servo
uma quantidade de pontos de vida igual ao seu nível poderá convocar uma montaria mais inteligente, forte
de Vigor + Nível do personagem + Pontos de Mana e leal para servi-lo em suas aventuras. Se a montaria
gastos. O personagem pode aplicar esse pode sobre si de um servo morrer, ele poderá chamar outra após ter
mesmo ou outras criaturas, sendo capaz de dividi-lo transcorrido um ano.
entre vários personagens; não é preciso usá-lo de uma Desafiar o Perigo: Quanto mais poderoso o ini-
vez só. migo, maior a confiança em vencê-lo. A Partir do 7°
Saúde Divina: Um servo é imune contra todas as nível, o servo recebe o bônus de +1 em testes de Ata-
doenças, incluindo as mágicas, como o apodrecimen- que e dano sempre que luta em grande desvantagem
to das múmias. numérica (contra três ou mais oponentes), ou sempre
Aura da Coragem: A partir do 2° nível, um servo que combate sozinho de nível nitidamente superior a
é imune ao medo (mágico ou não). Os aliados que se seu próprio nível.
encontram a menos de 3metros dele recebem +1 de A Montaria do Servo: A montaria de um servo
bônus em testes contra o medo. Conceder esse bônus se distingue em muitos aspectos dos animeis. A mon-
para seus aliados é considerado um efeito sobrenatu- taria padrão de um servo depende de sua divindade.
ral. As montarias dos servos são bestas mágicas não ani-
Remover Doença: A partir do 3° nível, uma vez mais. São superiores a outros espécimes de sua raça e
por semana, um sevo pode remover doenças como se possuem poderes especiais.
Servo dos deuses
Nível Ações por Especial Magias Conhecidas do Servos
Turno 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
0 1 Cura Pelas Mãos 1 – – – –
1 1 Saúde Divina 1 – – – –
2 1 Poder Divino 1º Nível 2 – – – –
3 1 Exorcismo ou Atração de Mortos-vivos 2 – – – –
4 1 Poder Divino 2º Nível 3 – – – –
5 1 Montaria Especial 3 1 – – –
6 2 Poder Divino 3º Nível 3 1 – – –
7 2 Desafiar o Perigo +1 3 2 – – –
8 2 Poder Divino 4º Nível 4 2 1 – –
9 2 Remover Doença 4 3 1 – –
10 2 Poder Divino 5º Nível 4 3 2 – –
11 2 Exorcismo ou Atração de Mortos-vivos 2 escolha 4 4 2 1 –
12 3 Poder Divino 6º nível 4 4 3 1 –
13 3 Desafiar o Perigo +2 4 4 3 2 –
14 3 Poder Divino 7º Nível 5 4 4 2 1
15 3 Compartilhar Magias 5 4 4 2 1
Partilhar Magias: De acordo com a escolha do Vinculo Empático: O servo possui um vínculo
personagem, é possível fazer todas as magias de que empático com sua montaria com alcance Máximo de
ele conjure sobre si mesmo também afetam sua mon- 1,5 quilômetros. O personagem não pode enxergar
taria, para isso, o animal deve Ester a menos de 1,5 através dos olhos do animal, mas pode se comunicar
metros dele. Para magias com duração diferente de telepaticamente com ele.
“instantânea”, o efeito se extingue caso a montaria se Resistência a Magia: A partir do 8° nível, a mon-
afaste mais de 1,5 metros do servo e não volta a afe- taria adquire resistência à magia de Focus 1 no 15°
tá-lo mesmo que retorne antes da duração acabar. Es- nível esse bônus aumenta para Focus 2.
se bônus aumenta para +2 no 14° nível.

Capitulocriação
Capitulo quatro: Três: Classes
de personagens 73
 Oito Luas
Comandar Criaturas de sua Espécie: A monta-
ria pode comandar livremente criaturas de sua espécie
com menos Pontos de Vida. A montaria poderá usar
essa habilidade uma vez por dia a cada 2 níveis de XP
do servo. Como esse é uma habilidade similar à ma-
Tabela de nível de classe da Montaria Especial
Nível do Mestre Inteligência Armadura Natural Ajuste de Força
4-6 +0 +1 +2
7-9 +0 +2 +3
10-12 +1 +3 +4
13-15 +2 +4 +5
Talento de classe
Um talento é uma característica especial que concede uma nova capacidade ao seu personagem ou aprimora
uma habilidade que já possui. Ao contrário das características, os Talentos de Classe não possuem níveis. O per-
sonagem possui o talento ou não.
Adquirindo Talentos de Classe
Diferente das Características, não existem pon-
tos para comprar os Talentos de Classe. O jogador
simplesmente escolhe os talentos que deseja para o
seu personagem. Cada personagem adquire um ta-
lento quando é criado, quando atinge o 3° nível, e a
cada três níveis subsequentes – 6°, 9°, 12°, 15°e 18°
níveis – ele recebe um novo talento.
Além disso os membros de algumas classes re-
cebem talentos adicionais, de acorda com as carac-
terísticas de classe.
Pré-requisito
Alguns talentos têm pré-requisitos. O persona-
gem deve possuir o valor de habilidade, caracterís-
tica de classe, talento, perícia ou qualquer outra
exigência indicada para selecionar e usar esse talen-
to. Nada impede que o jogador escolha o talento no
mesmo nível que atenda o pré-requisito.
Caso não atenda o pré-requisito necessário, o
personagem se tornará incapaz de usar um talento.
Por exemplo, quando o valor de Força de uma víti-
ma do Raio de Enfraquecimento cair para 3 ou me-
nos, ele não poderá usar o talento Ataque Podero-
so, até que seja capaz de atender novamente ao pré-
requisito.
Tipos de Talento
A maioria dos talentos pertence à categoria Ge-
ral. Nenhuma regra especial se aplica a este grupo.
Existem talentos de Criação de Item, que permi-
tam aos conjuradores criarem itens mágicos de di-
versos tipos. Os Talentos Metamágicos permitem
aos conjuradores lancem magias com efeitos meta-
mágicos.
Talento de Criação de Item
Os conjuradores são capazes de usar seus pode-
res para criar itens duradouros. No entanto, isso
consome muita energia. O personagem deve colocar
parte de si em todos os objetos que encanta.
Um Talento de Criação de item permite que o
personagem fabrique itens mágicos de um tipo es-
74 CapituloCapitulo
quatro: Três:
criação de personagem
Classes
gia, e preciso um teste de Inteligência (dificuldade 7)
casa a montaria esteja ocupada no momento (como
em combate). Se o teste falar, a habilidade não funci-
ona, mais ainda é subtraída do total de utilização diá-
ria.
Especial
Prontidão
Partilhar Magias / Vínculo Empático
Toque
Falar com animais do seu tipo
pecifico. A despeito da variedade de objetos cria-
dos, todos os talentos de criação compartilham al-
gumas características.
Custo de XP: Indica o poder e a energia que o
personagem gasta durante a criação de um item
mágico. O Custo de XP equivale a 10 pontos de XP
por ponto de Focus empregado. É impossível gastar
uma quantidade de XP que obrigue o criador a re-
troceder um nível; no entanto, quando adquirir os
pontos de XP necessários para alcançar um novo
nível, ele pode destinar estes pontos imediatamente
para a criação do item em troca de avançar de nível
normalmente.
Custo de Matéria Prima: A criação de um item
mágico exige componentes caros, que geralmente
são consumidos no processo. O custo destes materi-
ais equivale a 50 PO por ponto de Focus.
Usar um talento de criação de item também exi-
ge acesso a um laboratório ou oficina mágica ins-
trumentos especiais e similares. Geralmente o per-
sonagem tem acesso a todo material necessário, ex-
ceto sob circunstancias incomuns (como estiver via-
jando, longe da oficina).
Tempo: o tempo necessário para criar um item
mágico varia conforme o talento e o item. Qualquer
processo de criação exige um dia, no mínimo.
Talentos Metamágicos
Conforme o conhecimento mágico de um perso-
nagem aumenta, ele aprendera a conjurar suas ma-
gias usando métodos ligeiramente diferentes das
suas formas originais, não importa se forem inven-
tadas ou aprendidas. Um feiticeiro poderia conjurar
um efeito sem pronunciar as palavras mágicas, um
servo poderia obter um efeito maior ou conjurar
qualquer magia com um único pensamento.
Por exemplo, no 3° nível, a conjuradora Kyra
escolhe o Talento Magia Silenciosa, que lhe permi-
te conjurar magias sem pronunciar seus componen-
tes verbais. Podendo lançar a magia escolhida
mesmo estando amordaçada.
 Oito Luas
Efeitos dos Talentos Metamágicos: Para todos
os propósitos, uma magia metamágica conserva o
seu nível original, (exceto quando a descrição do ta-
lento especificar o contrário). As alterações forne-
cidas pelos Talentos Metamágicos somente se apli-
cam às magias lançadas diretamente pelo usuário do
Talento. É impossível usar um Talento Metamágico
para modificar as magias que já estejam armazena-
das em pergaminhos, varinhas e outros instrumen-
tos.
Descrições dos talentos
Esse é o formato da descrição dos Talentos
Nome do Talento (Tipo do Talento)
Descrição: Uma descrição simples do que o Ta-
lento faz ou representa
Pré-requisito: Um valor mínimo de habilidade,
ou outro Talento (ou Talentos), ou níveis de certa
classe que o personagem deve alcançar antes de ad-
quirir este talento. Este campo estará ausente se o
Talento não tiver pré-requisitos.
Benefício: As ações que o Talento permite que o
personagem execute. Caso o personagem escolha o
mesmo mais de uma vez, o benefício não se acumu-
la, a menos que a descrição especifique o contrário.
Normal: As limitações e /ou impedimentos im-
postos a um personagem que não possua o Talento.
Caso haja uma limitação especifica para o persona-
gem que não tem o talento, esse campo será omiti-
do.
Especial: Detalhes adicionais sobre o Talento,
que podem ser úteis no momento de selecioná-los.
Acelerar Magia (Metamágico)
O personagem pode conjurar magias com a ve-
locidade do pensamento.
Pré-requisito: 2º nível de Personagem.
Benefício: Conjurar uma magia acelerada é uma
ação livre. Seu personagem pode realizar outra
ação, na mesma rodada que conjurar uma magia
acelerada. É possível apenas ativar um efeito acele-
rado a cada rodada.
Especial: Consome + 4 Pontos de Mana.
Acrobata Nato (geral)
O personagem possui coordenação e domínio
corporais excelentes.
Benefício: O personagem recebe +2 de bônus
em todos os testes de Esportes.
Ágil (Geral)
O personagem é particularmente flexível e es-
guio.
Benefício: Seu personagem recebe +1 de bônus
em todos os testes de Equilíbrio e Furtividade.
Ameaça á Distancia (Geral)
Você é tão rápido e preciso com uma arma de
ataque a distância que é capaz de ameaçar uma área
ao seu redor.
Pré-requisito: Destreza 5, Tiro Certeiro, Tiro
Rápido.
Benefício: O personagem ameaça uma área a até
3 metros de distância como se tivesse alcance, co-
mo se tivesse a apenas a 1 metro do personagem.
Capitulo Capitulo
quatro: criação de personagens
Três: Classes
Apanhar Objeto (Geral)
O personagem consegue apanhar projeteis atira-
dos contra ele em pleno ar, como flechas, virotes,
lanças e outros projeteis e armas de arremesso.
Pré-requisito: Destreza 5, Desviar Objetos, Re-
flexos Felinos.
Benefício: Quando usar o talento Desviar Obje-
tos, o personagem será capaz de apanhar a arma (ou
projétil) em vez de apenas desviá-la. As armas de
arremesso como lanças e machados, podem ser
imediatamente arremessados contra o atacante ori-
ginal (mesmo que não seja o turno do personagem)
ou mantidas para a utilização posterior.
É necessário ter pelo menos uma mão livre (sem
estar segurando nada) para usar este talento.
Especial: Um combatente pode escolher Apa-
nhar Objetos como um dos seus talentos adicionais.
Arquearia Montada (Geral)
O personagem é capaz de usar armas de ataque a
distância enquanto está cavalgando.
Pré-requisitos: Cavalgar 2, Combate Montado.
Benefício: A penalidade que seu personagem
sofre quando utiliza uma arma de ataque a distância
é reduzida em 2 quando a montaria está em movi-
mento dobrado, e em 1 quando a montaria esta tro-
tando.
Especial: Um combatente pode escolher Arque-
aria Montada como um dos seus talentos adicionais.
Aumentar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com alcance
maior.
Benefício: Seu personagem pode aumentar o al-
cance de uma magia em 100%. Magias de toque
não são afetadas por esse talento.
Especial: Consome +2 pontos de Mana.
Bloqueio Ambidestro (Geral)
Seu estilo de combate com duas armas privilegia
a defesa e o ataque.
Pré-requisitos: Destreza 4, Armas Brancas 6,
Bloqueio 2, Combater com Duas Armas.
Benefício: Enquanto estiver brandindo uma ar-
ma dupla ou combatendo com duas armas (exceto
armas naturais), seu personagem adquire a capaci-
dade de atacar e defender no mesmo turno.
Especial: Um combatente pode escolher Blo-
queio Ambidestro com um dos seus talentos adicio-
nais.
Brutalidade (Geral)
O personagem é capaz de utilizar armas de di-
versos tamanhos.
Pré-requisito: Força 4, Destreza 3, Armas
Brancas 5.
Benefício: Você pode empunhar uma arma
branca que pertença a uma categoria de tamanho
superior à sua usando apenas uma das mãos. Por
exemplo, um hobbit com esse talento seria capaz de
brandir uma espada longa usando somente uma
Mao. O personagem sofre + 2 de penalidade nas jo-
gadas de ataque enquanto estiver usando a Empu-
nhadura Primata. O personagem pode adquirir esse
75
 Oito Luas
talento diversas vezes. Cada vez que o escolher, ele
se aplica a uma nova arma.
Normal: Os personagens somente podem bran-
dir as armas que pertençam à sua categoria de ta-
manho ou menores usando apenas uma das mãos.
Combate Montado (Geral)
O personagem foi treinado para combater sobre
montarias.
Pré-requisito: Cavalgar 1
Benefícios: Uma vez por turno, quando a mon-
taria do personagem for atingida em combate, ele
poderá realizar um teste de Destreza + Cavalgar (di-
ficuldade 7) para evitar o golpe e golpear o atacan-
te.
Especial: um combatente pode escolher Comba-
te Montado com um dos seus talentos adicionais.
Combater Com duas Armas (Geral)
O personagem pode combater com uma arma
em cada mão; ele é capaz de desferir um golpe adi-
cional com a segunda arma.
Pré-requisito: Destreza 3, Armas Brancas 5,
Ambidestra.
Benefício: Sem este Talento o personagem utili-
za a segunda arma junto com a primeira provocan-
do um bônus de + metade da Força no resultado de
dano.
Especial: Um combatente pode escolher Com-
bater com Duas Armas como um dos seus talentos
adicionais.
Criar Armaduras e Armas Mágicas (Criação
de Item)
O personagem pode criar armas, armaduras e es-
cudos mágicos.
Pré-requisitos: 5° nível de conjurador, Criar
Item.
Benefício: Seu personagem pode criar qualquer
arma, armadura ou escudo mágico, caso tenha todos
os pré-requisitos. Seu personagem também pode
concertar uma arma, armadura ou escudo mágico
caso seja capaz de fabricá-lo. O processo custara à
metade das exigências, da matéria-prima e exigira a
metade do tempo necessário para criar um item
idêntico.
Criar Bastão (Criação de Item)
O personagem pode criar bastões encantados
que possuem efeitos variados.
Pré-requisitos: 9° nível de conjurador, Criar
Item.
Benefício: Seu personagem pode criar qualquer
bastão caso atenda a todos os pré-requisitos. Alguns
bastões exigem custos extras, definidos em sua des-
crição.
Criar Cajado (Criação de Item)
O personagem pode criar cajados encantados
que armazenem vários efeitos mágicos.
Pré-requisitos: 12° nível de conjurador, Criar
Item.
Benefícios: Seu personagem pode criar qualquer
cajado caso atenda a todos os pré-requisitos. Um
76 Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagem
Três: Classes
cajado criado com esse talento sempre terá 50 car-
gas.
Criar Item (Criação de Item)
O personagem pode criar Atribuir poderes mági-
cos em determinados itens.
Pré requisitos: 3° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem pode atribuir habi-
lidades mágicas a itens aleatórios (sujeito à aprova-
ção do Mestre).
Especial: O Ato de criar requer 5 pontos de XP
por Ponto de Focus empregado. Um item criado
com esse talento sempre terá 2 cargas por Ponto de
Focus.
Destreza Múltipla (Geral)
Você é habilidoso em utilizar todos os seus,
membros em combate.
Pré-requisito: Destreza 4, Combate Corporal
15.
Benefício: Você ignora as penalidades por usar
suas mãos inábeis (uma criatura possui uma mão
destra, e todas as outras são inábeis, por exemplo,
uma criatura de quatro braços tem uma mão destra e
três inábeis).
Especial: Este talento é igual a ambidestra, mas
concede habilidade a todos os membros (superiores
e inferiores) do corpo.
Desviar Objetos (geral)
O personagem pode desviar flechas, virotes e
lanças ou outras armas de disparo ou arremesso.
Pré requisitos: Destreza 3
Benefícios: É necessário que o personagem te-
nha pelo menos uma mão livre (sem estar seguran-
do nada) para usar este talento. Uma vez por roda-
da, quando o personagem normalmente seria atin-
gido por uma arma de ataque a distância, ele será
capaz de desviar sem sofrer qualquer dano. Ele tem
que estar ciente do ataque e não pode estar surpre-
so. É impossível defletir as armas de ataque a dis-
tância incomuns (Magias)
Especial: Um combatente pode escolher Desvi-
ar Objetos como um de seus talentos adicionais.
Diligente (Geral)
Sua perspicácia é capaz de encontrar minuciosos
que escapam aos demais.
Benefícios: Seu personagem recebe +2 de bônus
em todos os testes de Enigmas.
Dom Arcano (Geral)
Você nasceu abençoado com um poder especial
por causa de fenômenos inexplicáveis.
Pré-requisito: Conjurador.
Benefício: Com este talento o personagem ad-
quire +1 Ponto de Focus em todos os caminhos.
Especial: Com este talento o personagem não
fica restrito aos caminhos opostos.
Especial: Este Talento pode ser comprado ape-
nas duas vezes.
Escrever pergaminho (Criação de Item)
O personagem pode criar pergaminhos, utiliza-
dos por outros conjuradores para lançar as magias
armazenadas.
 Oito Luas
Pré requisitos: 1° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem pode criar perga-
minhos de qualquer magia que ele conheça.
Explorador (Geral)
Você é um mateiro experiente, capaz de encon-
trar sustento em qualquer terreno.
Pré-requisito: Sobrevivência 2.
Benefício: O personagem recebe + 2 em bônus
nos testes de Sobrevivência, e pode se mover no seu
deslocamento normal enquanto caça ou procurando
água ou alimento.
Forjar Anel (Criação de Item)
O personagem pode criar anéis encantados que
possuem efeitos mágicos variados.
Pré requisitos: 10° nível de conjurador, Criar
Item.
Benefícios: Seu personagem pode criar qualquer
anel caso tenha todos os pré-requisitos. Seu perso-
nagem também pode concertar um anel mágico ca-
so seja capaz de fabricá-lo. O processo custara me-
tade dos requisitos necessários para fabricar um
item idêntico.
Grande Magia (Metamágico)
Suas magias podem afetar o dobro de alvos.
Benefício: Uma grande magia afeta o dobro de
alvos do que a versão normal da magia. Magias
com um efeito pessoal não são afetadas.
Especial: Consome + 2 Pontos por nível de ma-
gia.
Golpe Poderoso (Geral)
O personagem pé capaz de realizar ataques cor-
porais poderosos.
Pré-requisito: Força 4.
Benefício: Durante a ação de seu personagem,
mas antes de realizar as jogadas de ataque, é possí-
vel concentrar toda a força na jogada de dano. As
alterações no ataque e no dano continuam validas
até seu próximo turno.
Especial: Quando estiver com uma arma de du-
as mãos ou uma de uma única mão empunhada com
as suas duas mãos, não é necessário o teste de dano
na jogada de ataque.
Especial: Um combatente pode escolher Ataque
Poderoso como um dos seus talentos adicional.
Magia Ampliada (Metamágico)
O personagem pode aumentar a arca de efeito
das suas magias.
Pré-requisito: 1º Nível de Personagem.
Benefício: Seu personagem é capaz de afetar o
efeito de uma magia (explosão, emanação, linha ou
dispersão) é aumentada sua área. Qualquer medida
numérica de uma magia ampliada é aumentada em
100%. Por exemplo, uma Bola de Fogo (que nor-
malmente tem um efeito de 6m de raio) sob o efeito
desse talento afetara para 12m de raio.
As magias com áreas de efeito diferentes dos
quatro indicados acima não são afetadas por esse ta-
lento.
Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagens
Três: Classes
Especial: Consome +3 pontos de Mana.
Magia Contundente (Metamágico)
Magias que normalmente tem elementos, são subs-
tituídos por energia contundente.
Benefício: Com este talento o conjurador utiliza
magias com a capacidade contundir ao invés de ma-
tar.
Especial: Todos os conjuradores podem usar os
efeitos deste talento sem realmente possuí-lo, no
entanto, seus caminhos recebem um redutor de -5
para conjurar tais magias.
Magia Natural (Geral)
O personagem pode lançar magias enquanto es-
tiver na forma selvagem.
Pré requisitos: Inteligência 4, Forma Selvagem
ou qualquer efeito de mudança de forma natural ou
mágica permanente.
Benefícios: Seu personagem é capaz de atender
aos componentes gestuais e verbais de suas magias
enquanto estiver na forma selvagem. Por exemplo,
na forma de falcão, um especialista selvagem pode-
ria usar seus guinchos e gestos com as garras para
substituir os componentes verbais e gestuais de suas
magias. Este talento não permite a ativação de itens
mágicos que seu personagem não seja capaz de usar
ou ativar enquanto estiver numa determinada forma
e também não permite que ele consiga falar enquan-
to estiver na forma selvagem.
Magia Ricochete (Metamágico)
Você pode usar os corpos de outras criaturas
como a fonte de qualquer magia que você conjure.
Pré-requisito: Aumentar Magia.
Benefício: O personagem conjura uma magia
em um alvo primário dentro do alcance normal da
magia, mesmo ao invés de ser afetado, o alvo se
torna a nova fonte da magia. O personagem escolhe
um alvo secundário, e a magia é lançada como se o
alvo primário fosse o conjurador, calculando alcan-
ce e linha de efeito deste ponto. O conjurador ainda
deve poder ver o alvo secundário.
Magias sem Gestos (Metamágico)
O personagem pode conjurar magias sem gesti-
cular.
Benefícios: Uma magia sem gestos pode ser
conjurada som o componente gestual exigido. As
magias que não possuem componentes gestuais não
são afetadas.
Magia Silenciosa (Metamágico)
O seu personagem pode conjurar magias silenci-
osamente.
Benefícios: Uma magia silenciosa pode ser con-
jurada sem o componente verbal exigido. As magi-
as que não possuem componentes verbais não são
afetadas.
Magia em Corrente (Metamágico)
O personagem ao conjurar a magia e decidir o
seu alvo, afetara alvos adicionais ao redor do alvo
primário.
Pré-requisito: 7º de Conjurador
77
 Oito Luas
Benefício: A magia afeta todos ao redor do alvo
num raio de 1m por nível de conjurador.
Especial: Apenas magias de toque, o conjurador
não é afetado pela magia.
Especial: Consome + 2 pontos de Mana.
Maximizar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com efeitos
máximos.
Benefícios: Todos os efeitos variáveis e núme-
ros de uma magia maximizada terão o resultado
mais elevado possível. Uma magia maximizada
causa dano máximo, cura o número máximo de
Pontos de Vida, afeta a quantidade máxima de al-
vos, etc.…
Percepção às Cegas, 1,5m de raio (Geral)
O personagem é capaz de sentir seus oponentes
na escuridão.
Pré-requisito: Destreza 3, Percepção 4, Lutas às
Cegas 5.
Benefício: Usando sentidos como audição e tato
sensível a vibrações ou mesmo faro, você consegue
detectar a localização dos oponentes nem raio de
1,5m do seu corpo. As magias de invisibilidade e
escuridão são irrelevantes, embora ainda seja im-
possível distinguir criaturas incorpóreas.
Especial: O personagem tem 70% de chance de
acertar o seu inimigo.
Potencializar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com efeitos
maiores
Benefícios: Todos os efeitos variáveis e núme-
ros de uma magia potencializada são aumentados
em 50%. Uma magia potencializada causa 50% a
mais de dano, cura 50% a mais de Pontos de Vida,
afeta 50% a mais de alvos, etc.…, de acordo com a
magia.
Especial: Magias que não as magias sem variações
aleatórias não são afetadas.
Preparar Poção (Metamágico)
O personagem é capaz de criar poções mágicas.
Pré requisitos: 3° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem é capaz de criar
poção em qualquer magia. A poção deve possuir
uma ou mais criaturas como alvo. Quando uma po-
ção é criada, todas as escolhas necessárias durante a
conjuração normal da magia são realizadas.
Sede de Sangue (Geral)
A cada oponente caído, seu frenesi de batalha
aumenta.
Pré requisitos: Força 7, Espirito 3.
Benefício: para cada oponente que você matar,
recebe um de +1 em todos os testes de dano. Este
bônus duro até o final da batalha.
Especial: Um combatente pode escolher Sede
de Sangue como um de seus talentos adicionais.
Telepatia (Geral)
Possibilita o personagem a ter acesso a mentes
alheias
Pré-requisitos: Inteligência 3, Percepção 2,
Empatia 4, Corpo 2.
78 CapituloCapitulo
quatro:Três:
criação
Classes
Benefício: este talento do acesso X habilidades,
incluindo capacidade de ler superficialmente a men-
te e os ataques inimigos e algumas magias mentais.
Especial: Inteligência + Empatia contra a Von-
tade (dificuldade Inteligência do Telepata (+ 4)
contra a Inteligência do alvo).
Especial: Ler mentes superficialmente: o que
está pensando no momento, sentimento superficiais.
Tiro Certeiro (Geral)
O personagem sabe realizar disparos com mais
exatidão quando seu alvo está próximo.
Pré requisitos: Arqueirismo 2.
Benefícios: Seu personagem recebe +1 de bônus
nas jogadas de ataque e dano com armas de ataque
a distância contra alvos num raio de 9m.
Especial: Um combatente pode escolher Tiro
Certeiro como um dos seus talentos adicionais.
Tiro em Movimento (Geral)
O personagem é extraordinariamente habilidoso
em técnicas de combate com armas de ataque a dis-
tância.
Pré requisitos: Arqueirismo 3, Tiro Certeiro.
Benefícios: quando seu personagem executar
uma ação de ataque simples com uma arma de ata-
que a distância, ele poderá se deslocar antes e de-
pois do ataque, menos que a distância total seja
maior que seu deslocamento.
Especial: Um combatente pode escolher Tito
em Movimento como um dos seus talentos adicio-
nais.
Tiro Múltiplo (Geral)
O personagem é capaz de disparar várias flechas
simultaneamente contra um alvo próximo.
Pré requisitos: Arqueirismo 7, Tiro Certeiro,
Foco 3
Benefícios: Usando uma ação padrão, seu per-
sonagem é capaz de disparas duas flechas em um
determinado oponente num raio de 9m. Os dois
disparos utilizam a mesma jogada de ataque (com
+1 de penalidade) para determinar o sucesso e cau-
sam dano normalmente.
A cada dois níveis em Foco, o personagem con-
seguira disparar uma flecha adicional usando este
talento.
A redução de dano e quaisquer resistências se
aplicam separadamente para cada um dos disparos.
Especial: Um combatente pode escolher Tiro
Múltiplo como um dos seus talentos adicionais.
Tiro Preciso (Geral)
O personagem foi treinado para mirar e disparar
no momento e locais exatos.
Pré requisitos: Tiro Certeiro.
Benefícios: Seu personagem é capaz de usar
armas de ataque a distância contra oponentes enga-
jados em combates corporais sem sofre penalida-
des.
Especial: Um combatente pode escolher Tiro
Preciso como um dos seus talentos adicionais.
de personagem
 Oito Luas
Talento de classe
Um talento é uma característica especial que concede uma nova capacidade ao seu personagem ou aprimora
uma habilidade que já possui. Ao contrário das características, os Talentos de Classe não possuem níveis. O per-
sonagem possui o talento ou não.
Adquirindo Talentos de Classe
Diferente das Características, não existem pontos
para comprar os Talentos de Classe. O jogador sim-
plesmente escolhe os talentos que deseja para o seu
personagem. Cada personagem adquire um talento
quando é criado, quando atinge o 3° nível, e a cada
três níveis subsequentes – 6°, 9°, 12°, 15°e 18° níveis
– ele recebe um novo talento.
Além disso os membros de algumas classes rece-
bem talentos adicionais, de acorda com as caracterís-
ticas de classe.
Pré-requisito
Alguns talentos têm pré-requisitos. O personagem
deve possuir o valor de habilidade, característica de
classe, talento, perícia ou qualquer outra exigência
indicada para selecionar e usar esse talento. Nada im-
pede que o jogador escolha o talento no mesmo nível
que atenda o pré-requisito.
Caso não atenda o pré-requisito necessário, o per-
sonagem se tornará incapaz de usar um talento. Por
exemplo, quando o valor de Força de uma vítima do
Raio de Enfraquecimento cair para 3 ou menos, ele
não poderá usar o talento Ataque Poderoso, até que
seja capaz de atender novamente ao pré-requisito.
Tipos de Talento
A maioria dos talentos pertence à categoria Geral.
Nenhuma regra especial se aplica a este grupo. Exis-
tem talentos de Criação de Item, que permitam aos
conjuradores criarem itens mágicos de diversos tipos.
Os Talentos Metamágicos permitem aos conjurado-
res lancem magias com efeitos metamágicos.
Talento de Criação de Item
Os conjuradores são capazes de usar seus poderes
para criar itens duradouros. No entanto, isso consome
muita energia. O personagem deve colocar parte de si
em todos os objetos que encanta.
Um Talento de Criação de item permite que o per-
sonagem fabrique itens mágicos de um tipo especifi-
co. A despeito da variedade de objetos criados, todos
os talentos de criação compartilham algumas caracte-
rísticas.
Custo de XP: Indica o poder e a energia que o
personagem gasta durante a criação de um item má-
gico. O Custo de XP equivale a 10 pontos de XP por
ponto de Focus empregado. É impossível gastar uma
quantidade de XP que obrigue o criador a retroceder
um nível; no entanto, quando adquirir os pontos de
XP necessários para alcançar um novo nível, ele pode
destinar estes pontos imediatamente para a criação do
item em troca de avançar de nível normalmente.
Custo de Matéria Prima: A criação de um item
mágico exige componentes caros, que geralmente são
CapituloCapitulo
quatro: criação de personagens
Três: Classes
consumidos no processo. O custo destes materiais
equivale a 50 PO por ponto de Focus.
Usar um talento de criação de item também exige
acesso a um laboratório ou oficina mágica instrumen-
tos especiais e similares. Geralmente o personagem
tem acesso a todo material necessário, exceto sob cir-
cunstancias incomuns (como estiver viajando, longe
da oficina).
Tempo: o tempo necessário para criar um item
mágico varia conforme o talento e o item. Qualquer
processo de criação exige um dia, no mínimo.
Talentos Metamágicos
Conforme o conhecimento mágico de um perso-
nagem aumenta, ele aprendera a conjurar suas magias
usando métodos ligeiramente diferentes das suas
formas originais, não importa se forem inventadas ou
aprendidas. Um feiticeiro poderia conjurar um efeito
sem pronunciar as palavras mágicas, um servo pode-
ria obter um efeito maior ou conjurar qualquer magia
com um único pensamento.
Por exemplo, no 3° nível, a conjuradora Kyra es-
colhe o Talento Magia Silenciosa, que lhe permite
conjurar magias sem pronunciar seus componentes
verbais. Podendo lançar a magia escolhida mesmo es-
tando amordaçada.
Efeitos dos Talentos Metamágicos: Para todos
os propósitos, uma magia metamágica conserva o seu
nível original, (exceto quando a descrição do talento
especificar o contrário). As alterações fornecidas pe-
los Talentos Metamágicos somente se aplicam às ma-
gias lançadas diretamente pelo usuário do Talento. É
impossível usar um Talento Metamágico para modi-
ficar as magias que já estejam armazenadas em per-
gaminhos, varinhas e outros instrumentos.
Descrições dos talentos
Esse é o formato da descrição dos Talentos
Nome do Talento (Tipo do Talento)
Descrição: Uma descrição simples do que o Talento
faz ou representa
Pré-requisito: Um valor mínimo de habilidade, ou
outro Talento (ou Talentos), ou níveis de certa classe
que o personagem deve alcançar antes de adquirir este
talento. Este campo estará ausente se o Talento não tiver
pré-requisitos.
Benefício: As ações que o Talento permite que o
personagem execute. Caso o personagem escolha o
mesmo mais de uma vez, o benefício não se acumula, a
menos que a descrição especifique o contrário.
Normal: As limitações e /ou impedimentos impos-
tos a um personagem que não possua o Talento. Caso
haja uma limitação especifica para o personagem que
não tem o talento, esse campo será omitido.
Especial: Detalhes adicionais sobre o Talento, que
podem ser úteis no momento de selecioná-los.
79
 Oito Luas
Acelerar Magia (Metamágico)
O personagem pode conjurar magias com a veloci-
dade do pensamento.
Pré-requisito: 2º nível de Personagem.
Benefício: Conjurar uma magia acelerada é uma
ação livre. Seu personagem pode realizar outra ação, na
mesma rodada que conjurar uma magia acelerada. É
possível apenas ativar um efeito acelerado a cada roda-
da.
Especial: Consome + 4 Pontos de Mana.
Acrobata Nato (geral)
O personagem possui coordenação e domínio corpo-
rais excelentes.
Benefício: O personagem recebe +2 de bônus em
todos os testes de Esportes.
Ágil (Geral)
O personagem é particularmente flexível e esguio.
Benefício: Seu personagem recebe +1 de bônus em
todos os testes de Equilíbrio e Furtividade.
Ameaça á Distancia (Geral)
Você é tão rápido e preciso com uma arma de ataque
a distância que é capaz de ameaçar uma área ao seu re-
dor.
Pré-requisito: Destreza 5, Tiro Certeiro, Tiro Rápi-
do.
Benefício: O personagem ameaça uma área a até 3
metros de distância como se tivesse alcance, como se ti-
vesse a apenas a 1 metro do personagem.
Apanhar Objeto (Geral)
O personagem consegue apanhar projeteis atirados
contra ele em pleno ar, como flechas, virotes, lanças e
outros projeteis e armas de arremesso.
Pré-requisito: Destreza 5, Desviar Objetos, Refle-
xos Felinos.
Benefício: Quando usar o talento Desviar Objetos, o
personagem será capaz de apanhar a arma (ou projétil)
em vez de apenas desviá-la. As armas de arremesso co-
mo lanças e machados, podem ser imediatamente arre-
messados contra o atacante original (mesmo que não se-
ja o turno do personagem) ou mantidas para a utilização
posterior.
É necessário ter pelo menos uma mão livre (sem es-
tar segurando nada) para usar este talento.
Especial: Um combatente pode escolher Apanhar
Objetos como um dos seus talentos adicionais.
Arquearia Montada (Geral)
O personagem é capaz de usar armas de ataque a dis-
tância enquanto está cavalgando.
Pré-requisitos: Cavalgar 2, Combate Montado.
Benefício: A penalidade que seu personagem sofre
quando utiliza uma arma de ataque a distância é reduzi-
da em 2 quando a montaria está em movimento dobra-
do, e em 1 quando a montaria esta trotando.
Especial: Um combatente pode escolher Arquearia
Montada como um dos seus talentos adicionais.
Aumentar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com alcance mai-
or.
Benefício: Seu personagem pode aumentar o alcance
de uma magia em 100%. Magias de toque não são afe-
tadas por esse talento.
Especial: Consome +2 pontos de Mana.
80 CapituloCapitulo
quatro: Três:
criação de personagem
Classes
Bloqueio Ambidestro (Geral)
Seu estilo de combate com duas armas privilegia a
defesa e o ataque.
Pré-requisitos: Destreza 4, Armas Brancas 6, Blo-
queio 2, Combater com Duas Armas.
Benefício: Enquanto estiver brandindo uma arma
dupla ou combatendo com duas armas (exceto armas na-
turais), seu personagem adquire a capacidade de atacar e
defender no mesmo turno.
Especial: Um combatente pode escolher Bloqueio
Ambidestro com um dos seus talentos adicionais.
Brutalidade (Geral)
O personagem é capaz de utilizar armas de diversos
tamanhos.
Pré-requisito: Força 4, Destreza 3, Armas Brancas
5.
Benefício: Você pode empunhar uma arma branca
que pertença a uma categoria de tamanho superior à sua
usando apenas uma das mãos. Por exemplo, um hobbit
com esse talento seria capaz de brandir uma espada lon-
ga usando somente uma Mao. O personagem sofre + 2
de penalidade nas jogadas de ataque enquanto estiver
usando a Empunhadura Primata. O personagem pode
adquirir esse talento diversas vezes. Cada vez que o es-
colher, ele se aplica a uma nova arma.
Normal: Os personagens somente podem brandir as
armas que pertençam à sua categoria de tamanho ou
menores usando apenas uma das mãos.
Combate Montado (Geral)
O personagem foi treinado para combater sobre
montarias.
Pré-requisito: Cavalgar 1
Benefícios: Uma vez por turno, quando a montaria
do personagem for atingida em combate, ele poderá rea-
lizar um teste de Destreza + Cavalgar (dificuldade 7)
para evitar o golpe e golpear o atacante.
Especial: um combatente pode escolher Combate
Montado com um dos seus talentos adicionais.
Combater Com duas Armas (Geral)
O personagem pode combater com uma arma em ca-
da mão; ele é capaz de desferir um golpe adicional com
a segunda arma.
Pré-requisito: Destreza 3, Armas Brancas 5, Ambi-
destra.
Benefício: Sem este Talento o personagem utiliza a
segunda arma junto com a primeira provocando um bô-
nus de + metade da Força no resultado de dano.
Especial: Um combatente pode escolher Combater
com Duas Armas como um dos seus talentos adicionais.
Criar Armaduras e Armas Mágicas (Criação de
Item)
O personagem pode criar armas, armaduras e escu-
dos mágicos.
Pré-requisitos: 5° nível de conjurador, Criar Item.
Benefício: Seu personagem pode criar qualquer ar-
ma, armadura ou escudo mágico, caso tenha todos os
pré-requisitos. Seu personagem também pode concertar
uma arma, armadura ou escudo mágico caso seja capaz
de fabricá-lo. O processo custara à metade das exigên-
cias, da matéria-prima e exigira a metade do tempo ne-
cessário para criar um item idêntico.
 Oito Luas
Criar Bastão (Criação de Item)
O personagem pode criar bastões encantados que
possuem efeitos variados.
Pré-requisitos: 9° nível de conjurador, Criar Item.
Benefício: Seu personagem pode criar qualquer bas-
tão caso atenda a todos os pré-requisitos. Alguns bas-
tões exigem custos extras, definidos em sua descrição.
Criar Cajado (Criação de Item)
O personagem pode criar cajados encantados que
armazenem vários efeitos mágicos.
Pré requisitos: 12° nível de conjurador, Criar Item.
Benefícios: Seu personagem pode criar qualquer ca-
jado caso atenda a todos os pré-requisitos. Um cajado
criado com esse talento sempre terá 50 cargas.
Criar Item (Criação de Item)
O personagem pode criar Atribuir poderes mágicos
em determinados itens.
Pré requisitos: 3° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem pode atribuir habilida-
des mágicas a itens aleatórios (sujeito à aprovação do
Mestre).
Especial: O Ato de criar requer 5 pontos de XP por
Ponto de Focus empregado. Um item criado com esse
talento sempre terá 2 cargas por Ponto de Focus.
Destreza Múltipla (Geral)
Você é habilidoso em utilizar todos os seus, mem-
bros em combate.
Pré-requisito: Destreza 4, Combate Corporal 15.
Benefício: Você ignora as penalidades por usar suas
mãos inábeis (uma criatura possui uma mão destra, e to-
das as outras são inábeis, por exemplo, uma criatura de
quatro braços tem uma mão destra e três inábeis).
Especial: Este talento é igual a ambidestra, mas
concede habilidade a todos os membros (superiores e in-
feriores) do corpo.
Desviar Objetos (geral)
O personagem pode desviar flechas, virotes e lanças
ou outras armas de disparo ou arremesso.
Pré requisitos: Destreza 3
Benefícios: É necessário que o personagem tenha
pelo menos uma mão livre (sem estar segurando nada)
para usar este talento. Uma vez por rodada, quando o
personagem normalmente seria atingido por uma arma
de ataque a distância, ele será capaz de desviar sem so-
frer qualquer dano. Ele tem que estar ciente do ataque e
não pode estar surpreso. É impossível defletir as armas
de ataque a distância incomuns (Magias)
Especial: Um combatente pode escolher Desviar
Objetos como um de seus talentos adicionais.
Diligente (Geral)
Sua perspicácia é capaz de encontrar minuciosos que
escapam aos demais.
Benefícios: Seu personagem recebe +2 de bônus em
todos os testes de Enigmas.
Dom Arcano (Geral)
Você nasceu abençoado com um poder especial por
causa de fenômenos inexplicáveis.
Pré-requisito: Conjurador.
Benefício: Com este talento o personagem adquire
+1 Ponto de Focus em todos os caminhos.
Especial: Com este talento o personagem não fica
restrito aos caminhos opostos.
Capitulo quatro:
Capitulocriação de personagens
Três: Classes
Especial: Este Talento pode ser comprado apenas
duas vezes.
Escrever pergaminho (Criação de Item)
O personagem pode criar pergaminhos, utilizados
por outros conjuradores para lançar as magias armaze-
nadas.
Pré requisitos: 1° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem pode criar pergaminhos
de qualquer magia que ele conheça.
Explorador (Geral)
Você é um mateiro experiente, capaz de encontrar
sustento em qualquer terreno.
Pré-requisito: Sobrevivência 2.
Benefício: O personagem recebe + 2 em bônus nos
testes de Sobrevivência, e pode se mover no seu deslo-
camento normal enquanto caça ou procurando água ou
alimento.
Forjar Anel (Criação de Item)
O personagem pode criar anéis encantados que pos-
suem efeitos mágicos variados.
Pré requisitos: 10° nível de conjurador, Criar Item.
Benefícios: Seu personagem pode criar qualquer
anel caso tenha todos os pré-requisitos. Seu personagem
também pode concertar um anel mágico caso seja capaz
de fabricá-lo. O processo custara metade dos requisitos
necessários para fabricar um item idêntico.
Grande Magia (Metamágico)
Suas magias podem afetar o dobro de alvos.
Benefício: Uma grande magia afeta o dobro de alvos
do que a versão normal da magia. Magias com um efei-
to pessoal não são afetadas.
Especial: Consome + 2 Pontos por nível de magia.
Golpe Poderoso (Geral)
O personagem pé capaz de realizar ataques corporais
poderosos.
Pré-requisito: Força 4.
Benefício: Durante a ação de seu personagem, mas
antes de realizar as jogadas de ataque, é possível con-
centrar toda a força na jogada de dano. As alterações no
ataque e no dano continuam validas até seu próximo
turno.
Especial: Quando estiver com uma arma de duas
mãos ou uma de uma única mão empunhada com as su-
as duas mãos, não é necessário o teste de dano na jogada
de ataque.
Especial: Um combatente pode escolher Ataque Pode-
roso como um dos seus talentos adicional.
Magia Ampliada (Metamágico)
O personagem pode aumentar a arca de efeito das
suas magias.
Pré-requisito: 1º Nível de Personagem.
Benefício: Seu personagem é capaz de afetar o efeito
de uma magia (explosão, emanação, linha ou dispersão)
é aumentada sua área. Qualquer medida numérica de
uma magia ampliada é aumentada em 100%. Por exem-
plo, uma Bola de Fogo (que normalmente tem um efeito
de 6m de raio) sob o efeito desse talento afetara para
12m de raio.
As magias com áreas de efeito diferentes dos quatro
indicados acima não são afetadas por esse talento.
81
 Oito Luas
Especial: Consome +3 pontos de Mana.
Magia Contundente (Metamágico)
Magias que normalmente tem elementos, são substituí-
dos por energia contundente.
Benefício: Com este talento o conjurador utiliza magias
com a capacidade contundir ao invés de matar.
Especial: Todos os conjuradores podem usar os efeitos
deste talento sem realmente possuí-lo, no entanto, seus
caminhos recebem um redutor de -5 para conjurar tais
magias.
Magia Natural (Geral)
O personagem pode lançar magias enquanto estiver
na forma selvagem.
Pré requisitos: Inteligência 4, Forma Selvagem ou
qualquer efeito de mudança de forma natural ou mágica
permanente.
Benefícios: Seu personagem é capaz de atender aos
componentes gestuais e verbais de suas magias enquan-
to estiver na forma selvagem. Por exemplo, na forma de
falcão, um especialista selvagem poderia usar seus
guinchos e gestos com as garras para substituir os com-
ponentes verbais e gestuais de suas magias. Este talento
não permite a ativação de itens mágicos que seu perso-
nagem não seja capaz de usar ou ativar enquanto estiver
numa determinada forma e também não permite que ele
consiga falar enquanto estiver na forma selvagem.
Magia Ricochete (Metamágico)
Você pode usar os corpos de outras criaturas como a
fonte de qualquer magia que você conjure.
Pré-requisito: Aumentar Magia.
Benefício: O personagem conjura uma magia em um
alvo primário dentro do alcance normal da magia, mes-
mo ao invés de ser afetado, o alvo se torna a nova fonte
da magia. O personagem escolhe um alvo secundário, e
a magia é lançada como se o alvo primário fosse o con-
jurador, calculando alcance e linha de efeito deste pon-
to. O conjurador ainda deve poder ver o alvo secundá-
rio.
Magias sem Gestos (Metamágico)
O personagem pode conjurar magias sem gesticular.
Benefícios: Uma magia sem gestos pode ser conju-
rada som o componente gestual exigido. As magias que
não possuem componentes gestuais não são afetadas.
Magia Silenciosa (Metamágico)
O seu personagem pode conjurar magias silenciosa-
mente.
Benefícios: Uma magia silenciosa pode ser conjura-
da sem o componente verbal exigido. As magias que
não possuem componentes verbais não são afetadas.
Magia em Corrente (Metamágico)
O personagem ao conjurar a magia e decidir o seu
alvo, afetara alvos adicionais ao redor do alvo primário.
Pré-requisito: 7º de Conjurador
Benefício: A magia afeta todos ao redor do alvo
num raio de 1m por nível de conjurador.
Especial: Apenas magias de toque, o conjurador não
é afetado pela magia.
Especial: Consome + 2 pontos de Mana.
Maximizar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com efeitos má-
ximos.
Benefícios: Todos os efeitos variáveis e números de
uma magia maximizada terão o resultado mais elevado
82 CapituloCapitulo
quatro: criação de personagem
Três: Classes
possível. Uma magia maximizada causa dano máximo,
cura o número máximo de Pontos de Vida, afeta a quan-
tidade máxima de alvos, etc.…
Percepção às Cegas, 1,5m de raio (Geral)
O personagem é capaz de sentir seus oponentes na
escuridão.
Pré-requisito: Destreza 3, Percepção 4, Lutas às
Cegas 5.
Benefício: Usando sentidos como audição e tato
sensível a vibrações ou mesmo faro, você consegue de-
tectar a localização dos oponentes nem raio de 1,5m do
seu corpo. As magias de invisibilidade e escuridão são
irrelevantes, embora ainda seja impossível distinguir
criaturas incorpóreas.
Especial: O personagem tem 70% de chance de
acertar o seu inimigo.
Potencializar Magia (Metamágico)
O personagem pode lançar magias com efeitos maio-
res
Benefícios: Todos os efeitos variáveis e números de
uma magia potencializada são aumentados em 50%.
Uma magia potencializada causa 50% a mais de dano,
cura 50% a mais de Pontos de Vida, afeta 50% a mais
de alvos, etc.…, de acordo com a magia.
Especial: Magias que não as magias sem variações
aleatórias não são afetadas.
Preparar Poção (Metamágico)
O personagem é capaz de criar poções mágicas.
Pré requisitos: 3° nível de conjurador.
Benefícios: Seu personagem é capaz de criar poção
em qualquer magia. A poção deve possuir uma ou mais
criaturas como alvo. Quando uma poção é criada, todas
as escolhas necessárias durante a conjuração normal da
magia são realizadas.
Sede de Sangue (Geral)
A cada oponente caído, seu frenesi de batalha au-
menta.
Pré requisitos: Força 7, Espirito 3.
Benefício: para cada oponente que você matar, rece-
be um de +1 em todos os testes de dano. Este bônus du-
ro até o final da batalha.
Especial: Um combatente pode escolher Sede de
Sangue como um de seus talentos adicionais.
Telepatia (Geral)
Possibilita o personagem a ter acesso a mentes alhei-
as
Pré-requisitos: Inteligência 3, Percepção 2, Empatia
4, Corpo 2.
Benefício: este talento do acesso X habilidades, in-
cluindo capacidade de ler superficialmente a mente e os
ataques inimigos e algumas magias mentais.
Especial: Inteligência + Empatia contra a Vontade
(dificuldade Inteligência do Telepata (+ 4) contra a Inte-
ligência do alvo).
Especial: Ler mentes superficialmente: o que está
pensando no momento, sentimento superficiais.
Tiro Certeiro (Geral)
O personagem sabe realizar disparos com mais exa-
tidão quando seu alvo está próximo.
Pré requisitos: Arqueirismo 2.
Benefícios: Seu personagem recebe +1 de bônus nas
jogadas de ataque e dano com armas de ataque a distân-
cia contra alvos num raio de 9m.
 Oito Luas
Especial: Um combatente pode escolher Tiro Certei-
ro como um dos seus talentos adicionais.
Tiro em Movimento (Geral)
O personagem é extraordinariamente habilidoso em
técnicas de combate com armas de ataque a distância.
Pré requisitos: Arqueirismo 3, Tiro Certeiro.
Benefícios: quando seu personagem executar uma
ação de ataque simples com uma arma de ataque a dis-
tância, ele poderá se deslocar antes e depois do ataque,
menos que a distância total seja maior que seu desloca-
mento.
Especial: Um combatente pode escolher Tito em
Movimento como um dos seus talentos adicionais.
Tiro Múltiplo (Geral)
O personagem é capaz de disparar várias flechas si-
multaneamente contra um alvo próximo.
Pré requisitos: Arqueirismo 7, Tiro Certeiro, Foco 3
Benefícios: Usando uma ação padrão, seu persona-
gem é capaz de disparas duas flechas em um determina-
do oponente num raio de 9m. Os dois disparos utilizam
a mesma jogada de ataque (com +1 de penalidade) para
determinar o sucesso e causam dano normalmente.
A cada dois níveis em Foco, o personagem consegui-
ra disparar uma flecha adicional usando este talento.
A redução de dano e quaisquer resistências se apli-
cam separadamente para cada um dos disparos.
Especial: Um combatente pode escolher Tiro Múlti-
plo como um dos seus talentos adicionais.
Tiro Preciso (Geral)
O personagem foi treinado para mirar e disparar no
momento e locais exatos.
Pré requisitos: Tiro Certeiro.
Benefícios: Seu personagem é capaz de usar armas
de ataque a distância contra oponentes engajados em
combates corporais sem sofre penalidades.
Especial: Um combatente pode escolher Tiro Preci-
so como um dos seus talentos adicionais.

CapituloCapitulo Três: Classes

quatro: criação de personagens 83
 Oito Luas

84 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas

Apítulo

Quatro:
Criação de Personagem
Conhece-te a ti mesmo
- Inscrição no Oráculo de Delfos

Antes de começar a jogar Oito Luas, que você que você precisa é criar um
personagem. Entretanto, Oito Luas não e como um faz-de-conta; você não in-
vente simplesmente um personagem à medida que prossegue (embora o Narra-
dor se depare regularmente com este desafio). Há certa quantidade de trabalho
envolvido; o conceito de um personagem nasce naturalmente, mas as suas carac-
terísticas são construídas. Construir um personagem marcante e ao mesmo
tempo genuíno é um esforço criativo.

Capitulo quatro: criação de personagens 85

 Oito Luas
Personagens
Este capítulo explica como criar um personagem
único, começando com conceitos gerais e traduzindo-
os em números que passam ser utilizados no jogo. Es-
te processo é muito simples; os jogadores podem
compreendê-lo por si mesmo. O Narrador deve ter
uma boa compreensão sobre o processo para que pos-
sa responder corretamente as perguntas dos jogado-
res.
Os números na planilha de personagem podem
não parecer muito interessante. É difícil imaginar um
romancista descrevendo um personagem dizendo,
“Ela tem um Espirito de 4”. Contudo, esses níveis
simplificam a descrição de pontos fortes e fracos de
um personagem. Mais importante esses números
permitem que o fator aleatório criado pelos dados
passo ser aplicado em conjunto com as Característi-
cas do personagem. Um humano forte tem uma chan-
ce maior de mover uma pedra grande do que um hu-
mano fraco.
A criação dos personagens normalmente segue um
padrão, variando do geral para o especifico. Em pri-
meiro lugar você desenvolve um conceito geral de
quem e o que é o seu personagem – sua formação é
mais social ou mental? E depois escolhe os níveis es-
pecíficos das suas Características – quão fortes são
seu Espirito, Corpo e Aparência? Não use esse pro-
cesso para criar o “melhor” personagem possível; isso
acaba com o propósito de criar um indivíduo genui-
namente interessante. A função desses números é
aprimorar a interpretação, e não abrir caminho para
uma Galeria da Fama mítica de personagens.
O Papel do Narrador
Na condição de Narrador, você precisa orientar os
jogadores durante o processo de geração de persona-
gens. Depois que os jogadores chegarem para sessão
de jogo, apresente-os à premissa básica do jogo e
descreva o sistema de regras. O seu objetivo principal
deve ser facilitar ao Máximo a criação dos persona-
gens.
Distribua as planilhas de personagens e conceda
aos jogadores um minuto para que eles a examinem e
façam perguntas. Em seguida percorra o processo de
criação de personagens passo a passo, preenchendo
todos os detalhes das suas Características.
Passo Um: Conceito do Personagem Conceito
A criação de personagem é uma escultura; que vo-
cê vai de descrições genéricas (fanática por fogo) até
especificas (“Arwyn Willord, mestre do caminho do
fogo na Academia Mística, jovem introvertida que
usa o anonimato dos concursos de magia para criar
86 Capitulo quatro: criação de personagem
Comece decidindo que tipo de personagem você
quer. Você irá representar uma criança mendicante e
miserável ou um nobre rico e instruído? Os antece-
dentes e a Vontade de seu personagem são ingredien-
tes essenciais para sua personalidade. Uma vez que
tenha formulado seus conceitos básicos, os detalhes
dos Atributos e da escolha das Características de uma
variedade de listas, você decide que é o seu persona-
gem. No final do processo você recebe pontos extras
chamados “pontos de bônus”, podendo utilizá-los pra
acrescentar pontos a quaisquer Características, por-
tanto não se aflija com todas as suas escolhas.
• A maioria das Características é validada nu-
mericamente de 1 a 6. Este sistema é semelhante de
estralas para avaliar filmes, restaurantes e hotéis. Um
ponto numa Característica indica uma habilidade fra-
ca ou de um principiante. Dois pontos indicam uma
Característica media, enquanto que um nível cinco
indica que você está entre os melhores do mundo. As
Características se baseiam nos limites normais do ser
humano.
• Você precisa considerar o quão bem o seu
personagem ira interagir com o grupo. O mundo das
Trevas Medieval é perigoso o suficiente da maneira
que esta; um grupo que passa por conflitos internos
terá muito mais dificuldade em sobreviver. Se o seu
personagem não se encaixa e como resultado acaba
estragando a história, praticamente ninguém ira apre-
ciar o jogo. O Narrador pode até pedir que você crie
um novo personagem.
Às vezes, aconselha-se gastar uma sessão de jogo
inteira criando personagens. Isso garantirá que os jo-
gadores não se sintam pressionados, ficando à vonta-
de, você pode encorajar seus jogadores e chegarem à
sessão de geração de personagens com os conceitos
dos mesmos razoavelmente desenvolvidos.
Depois que houver com os detalhes práticos, você
pode gastar o resto da sessão conduzindo prelúdios
para os personagens. Um prelúdio é uma forma de in-
trodução dos jogadores e de seus personagens na crô-
nica, portanto torne-o memorável. Os prelúdios são
descritos no final deste capitulo.
outro eu, dinâmica e impetuosa, chamada Winter”).
Para começar, decida como o seu personagem vivia
antes de sair pelo mundo em busca de aventuras e co-
nhecimentos.
 Oito Luas

A Raça
O primeiro passo é possivelmente o passo mais personagem, pois isso determinara muito de sua his-
importante na concepção do personagem, é a escolha tória, seus costumes e sua cultura, bem como a forma
da sua raça. A raça descreve a linhagem essencial do do seu personagem encara o mundo.

Classe do Personagem
A Classe de seu personagem indica sua profissão é a segunda decisão que você deverá fazer ao criar o
ou vocação e determina o que ele poderá fazer, inclu- seu personagem. A Classe escolhida determina a me-
indo treinamento para o combate suas habilidades lhor maneira de distribuir seus valores de habilidade.
mágicas, perícias e muito mais. Escolher uma Classe

Natureza e Comportamento
A esta altura, se você desejar, pode escolher ar-
quétipos de personalidades que se enquadrem na sua
concepção de natureza interna e comportamento ex-
terno do personagem.
A sua Natureza é o aspecto mais dominante da sua
verdadeira personalidade, mas não necessariamente o
único arquétipo que pode ser aplicado. O arquétipo
que você escolher para a Natureza do seu personagem
descreve os sentimentos e as crenças mais arraigadas
que ele possui sobre si mesmo e o mundo; este ofere-
ce também a forma básica pela qual o personagem
pode readquirir pontos de Força de Vontade. Escolher
uma Natureza o ajudara a descrever quem é realmen-
te o seu personagem, por dentro.
Você deve escolher também um Comportamento
para descrever a personalidade que seu personagem
“finge” possuir. Este é o papel que ele desempenha
para o mundo, a fachada que ele apresenta. Este
Comportamento pode ser diferente do arquétipo que
você já escolheu como a Natureza do personagem,
mas não necessariamente. O que você escolher será
apenas a postura típica do personagem; as pessoas
podem mudar de comportamento tão rápido quanto
muda de humor. Você pode mudar o Comportamento
do seu personagem a qualquer momento, permitindo-
lhe adaptar-se a pessoas e situações diferentes. O
Comportamento não exerce efeito prático sobre as re-
gras.

Passo Dois: Escolhendo os Atributos

Os Atributos de um personagem definem sua for-
mação intrínseca. Quão rápido são seus reflexos?
Quão atraente ele é? Quanto tempo leva para que en-
tenda as ideias novas?
Em primeiro lugar você deve priorizar os seus
atributos principais. O seu personagem é mais físico
do que mental, ele é mais musculoso do que gregário
ou mais inteligente do que apenas músculo?
Os Atributos Físicos descrevem o quão forte, ágil
e musculoso é o seu personagem. Os Atributos primá-
rios para um personagem criado para a ação, definin-
do os pontos fortes e fracos do corpo. A Força mede
o poder para erguer objetos e a quantidade de dano
que um personagem pode infligir num combate cor-
po-a-corpo normal. A Destreza avalia a velocidade e
agilidade do personagem. O Vigor mede a constitui-
ção e resistência de um personagem.
Atributos Mentais os representam a capacidade
mental do seu personagem, incluindo coisas como
memória, percepção e a capacidade de aprender e
pensar rapidamente. A Percepção descreve o talento
de observação do personagem. A Inteligência repre-
senta o potencial de memorizar, racionalizar e apren-
der. A Vontade, diz como o personagem encara vá-
rios tipos de situações e reage a elas.
A Classe do seu personagem pode ajudá-lo a suge-
rir prioridades para os seus Atributos. Por enquanto,
seu personagem deve estar bem genérico – pinte um
quadro amplo e abrangente ao invés de se concentrar
nos pequenos detalhes.
Você pode dividir 8 pontos entre os Atributos. Di-
vida esses pontos entre os Atributos individuais da
maneira que achar mais adequada.
Você pode aumentar estes níveis mais tarde, por-
tanto não se preocupe muito com suas escolhas agora.
Deixe a sua intuição guiá-lo.
Nota: O espaço após cada Atributo (ou Habilida-
de) é para que você preencha com uma especializa-
ção, uma subdivisão da Característica em que o per-
sonagem alcançou a excelência.

Passo três: Escolhendo Habilidades

As Habilidades delineiam o que o personagem co-
nhece ao invés daquilo que ele é; elas descrevem as
coisas que ele aprendeu, ao contrário daquilo que ele
pode fazer naturalmente. A cada Habilidade que seu
personagem possui é atribuído um nível numérico re-
presentando a aptidão do mesmo naquela área em
particular. O número é usado para determinar quantos
dados você joga quando seu personagem tenta usar
uma Habilidade.
As Habilidades são divididas em duas categorias
diferentes: Aptidões e Conhecimentos. Cada tipo pos-
sui características diferentes.
As Aptidões todas as Habilidades intuitivas. As
Aptidões não precisam ser praticados e não podem
ser estudados ou aprendidos num livro; na maioria
das vezes eles costumam ser adquiridos mediante XP
direta.

Capitulo quatro: criação de personagens 87

 Oito Luas
Os Conhecimentos são Habilidades aprendidas
mediante algum tipo de treinamento. Esta categoria
inclui qualquer Habilidade que precise ser adquirida
passo a passo através da pratica em si, mas pode ser
ensinada ou estudada (ao contrário das Aptidões). Os
Conhecimentos incluem todas as Habilidades que re-
querem a aplicação rigorosa da mente. Estas Habili-
dades geralmente são aprendidas através de estudo,
livros e professores, mas ocasionalmente podem ser
aprendidas com a XP.
Você precisa priorizar estas Habilidades da mes-
ma forma que fez com os seus Atributos. É necessá-
Passo Quatro: Vantagens
Você não deve priorizar ou classificar as três cate-
gorias de Vantagens de um personagem. Ao invés
disso, você possui um determinado número de pontos
Caminhos da Magia
Nesta Característica o personagem precisa esco-
lher qual é o seu Caminho principal a ser trilhado. O
personagem possui quatro pontos para distribuir entre
os diversos Caminhos. É aconselhável que os jogado-
res sejam cautelosos ao escolherem Caminhos, pois
Antecedentes
Todo personagem possui também quatro pontos
para distribuir entre as diversas Características de An-
tecedentes. Em algumas crônicas, a sua escolha pode-
rá ficar restrita a apenas alguns Antecedentes;
Passo Cinco: Toques Finais
Neste passo você ganha 15 pontos de bônus, per-
mitindo que você adicione mais pontos a qualquer
uma das Características na planilha de personagem.
Pontos de Mana
O toque final na criação de um personagem é a de-
terminação da quantidade inicial de Pontos de Mana
que ele possui no começo do jogo. Esses pontos indi-
cam quanta “energia mística” o personagem possui.
Simplesmente Marque Oito Pontos + o número que
sua classe determinar + o resultado da jogada do dado
de sua classe Escolhida. Pronto que você possui no
começo do jogo.
Pontos de Bônus
Você agora tem 15 pontos para adquirir ou incre-
mentar quaisquer das Características da planilha do
personagem. Isso, porém não é tão fácil quanto pare-
ce. Se você quiser adicionar pontos a um Atributo,
cada um deles custara cinco pontos de bônus, enquan-
to um ponto de Antecedente custa apenas um ponto
de bônus. Você pode comprar qualquer Caminho.
Você não pode elevar uma Característica até seis
pontos durante a criação do personagem.
Centelha de Vida
Os detalhes a seguir ajudarão você a fazer do seu
personagem uma pessoa completa e única. Você não
88 Capitulo quatro: criação de personagem
rio decidir como classificar as suas Habilidades, esco-
lhendo em qual categoria o seu personagem será aci-
ma da média (primaria), em qual ele será médio (se-
cundaria).
Você possui 15 pontos para gastar na categoria
primaria do seu personagem e 10 para gastar na cate-
goria secundária.
Porém existe uma restrição adicional: você não
pode conceder ao seu personagem mais de três pontos
em qualquer Habilidade (mais adiante, porém, pode
usar os seus pontos de bônus para obter até quatro
pontos numa Habilidade).
para atribuir a cada um. Embora este número seja fi-
xo, você pode adquirir pontos adicionais utilizando
seus pontos de bônus.
são muito poderosos para um personagem. Quatro
pontos não são muita coisa, mas os personagens de-
vem começar fracos, e os Caminhos podem ser ele-
vadas (ou novos podem ser acrescentados) durante a
crônica.
O Narrador informará sobre as novas regras. As
suas Características de Antecedentes devem se en-
quadrar no esquema geral do conceito escolhido ori-
ginalmente.
No entanto, antes que você gaste esses pontos, você
precisa marcar os valores básicos para o nível de Ca-
minho e Pontos de Mana do seu personagem.
precisa necessariamente colocar essas coisas por es-
crito, mas deve certamente pensar sobre elas – não
apenas agora, mas durante toda a carreira do seu per-
sonagem.
Aparência
A aparência de seu personagem evidencia suas
Características para os demais. Você deve transfor-
mar as Características relevantes do seu personagem
em aspectos da sua aparência. Por exemplo, uma
Vontade alta pode revelar-se através de uma expres-
são tranquila. Ao invés de dizer, “Ela tem uma Apa-
rência de 4, ” descreva o que os outros irão ver quan-
do olharem para ela: “Ela tem aproximadamente um
metro e sessenta e cinco centímetros, com uma silhu-
eta esbelta e constituição delicada. Seus longos cabe-
los negros vertem pelas suas costas como água,
emoldurando seus zigomas elevados e contrastando
com sua pele, pálida como porcelana. Seus olhos ver-
des são como joias, brilhando com inteligência e inte-
resse, e ela sempre parece estar sorrindo, talvez de al-
guma piada particular. ”
 Oito Luas

Equipamento
Se há quaisquer posses ou equipamentos que você qualquer tipo de equipamento mundano que se encai-
deseje que seu personagem possua você deve planejar xe na sua Classe de Personagem poderes obtidos,
os detalhes agora. De outra forma, você terá que ad- desde que seu personagem tenha pontos suficientes
quirir o equipamento durante o jogo. Isso leva tempo nos Antecedentes Recursos.
e não é automaticamente bem-sucedido. Praticamente

Peculiaridade
Concedendo peculiaridades, detalhes pessoais in-
teressantes ou anedotas ao seu personagem, você po-
de acrescentar bastante profundidade e interesse. Es-
creva algumas frases ilustrando as coisas estranhas e
interessantes que definem seu personagem. Uma pe-
culiaridade pode ser um senso de humor mórbido, um
carinho por animais ou uma tentativa desastrada de
imitar a etiqueta da corte. Uma coisa importante que
deve ser considerada neste momento é a nacionalida-
de do seu personagem, particularmente como está se
relaciona com o cenário da crônica. Como um bardo
russo reagiria quando uma garçonete inglesa de uma
taverna, cujo topo dos seios está quase todo a mostra,
inclina-se para perguntar o que ele deseja beber? Tais
anedotas podem ser ótimas para ajudar a definir per-
sonalidades e fornecer coisas com as quais o Narra-
dor possa brincar.

Motivações
O que impele o seu personagem? O que faz com Uma vez que saiba essas coisas sobre seu persona-
que ele na, chore ou fique bravo? O que ele quer da gem, você pode se aprofundar ainda mais na sua pele
vida? O que lhe dá esperança? No que ele acredita? e neste novo papel.

Processo de criação de Personagem

▪ Passo Um: Conceito do Personagem
- Escolha Classe, Raça, Natureza, Comportamento. Caminhos.
▪ Passo Dois: Escolha de Atributos
- Priorize as três categorias: Físico, Sociais e Mental (8/6/4).
- Escolha Atributos Físicos: Força, Vigor, Destreza e Aparência.
- Escolha Atributos Sociais: Carisma, Manipulação, Personalidade e Vontade.
- Escolha Atributos Mentais: Percepção, Inteligência, Raciocínio e Coragem.
▪ Passo três: Escolha de Habilidades
- Priorize as duas categorias: Aptidões, Pericias e Conhecimentos (15/12/9).
- Nenhuma maior que 3 neste estagio
▪ Passo Quatro: Escolha Vantagens (Veja Opções, Abaixo).
- Escolha Caminhos (4), Antecedentes (4), Técnicas (16).
▪ Passo Cinco: Toques Finais
- Pontos de Mana
- Gaste Pontos de Bônus (15)
Arquétipos
(Natureza e Comportamento)
Alfa: Você nasceu para ser líder. Faça-o por onde.
Autocrata: A estabilidade requer ordem. Estabeleça-a.
Bárbaro: A civilização é uma piada; a honra é tudo.
Celebrante: Algo o enche de felicidade, e você não consegue esconder esse prazer.
Competidor: A vida é uma eterna competição.
Comediante: Há dor demais no mundo para se aguentar sem risos. Você faz da tristeza uma piada.
Criança: Você é jovem, ou pelo menos aparenta ser.
Defensor: Os fracos precisam ser protegidos do mal pelos fortes.
Fanático: Sua causa é tudo para você.
Galante: A elegância é tudo que importa; o romance é seu ideal, e a vontade dos deuses ou seu prazer.
Inovador: Sempre há uma maneira melhor de se fazer algo. Sua tarefa é criá-la.
Juiz: Você procura a justiça para todos.
Malandro: Para o inferno com as regras, para o inferno com todo mundo! A vida é sua para ser desfrutada.
Monstros: Ruttra exigiu que você a representasse, quem é você para discutir?
Penitente: Seus pecados só podem ser perdoados depois que você demonstrar seu verdadeiro valor.
Predador: Alei do mais forte é a única que importa para você.

Capitulo quatro: criação de personagens 89

 Oito Luas
Rebelde: Você está cansado de receber ordens! Esconda bem os seus sentimentos e trabalha para que surjam
tempos de mudança.
Samaritano: O sofrimento está em todo lugar; você precisa amenizá-lo com amor.
Sobrevivente: Não importam quais sejam as tempestades que passem você sempre prevalecera.
Solitário: Você nunca se encaixou e nunca o fará.
Tirano: A única maneira de fazer as coisas é fazê-las da sua maneira! Todas os outros caminhos são tolice.
Valentão: Quem olhar estranhamente para você, você revida.

Classe de Personagem
Combatente: Personagens que lutam usando sua própria força, armas e técnicas de combate variável.
Especialista: Personagens que usam táticas pouco comuns: tanto no meio selvagem quanto no meio urbano.
Conjurador: Sobre os numerosos tipos de estudiosos e praticantes da magia.

Antecedentes
(Descrições completas mais adiante)
Aliados: Amigos e familiares que apoiam você quando você precisa de ajuda.
Biblioteca: O número conhecimento referente a fontes de poder.
Contatos: O número de fontes de informação possuídas pelo personagem.
Destino: O que o personagem pode ser em relação ao mundo: Um desconhecido ou um Deus
Fama: Como o personagem é conhecido no mundo.
Influencia: O poder político do personagem dentro da sociedade.
Lacaios: Seguidores, guardas e servos como subordinados.
Mascote: Um animal – seja um lobo, gavião, ou até mesmo um rato – com qual você tem um elo e que pode
até mesmo lutar ao seu lado.
Mentor: Seu professor de artes marciais, aquele responsável por treinar você em seu estilo.
Recursos: Riqueza, bens e renda constante.
Rituais: Quantos rituais o personagem conhece de cada nível.

Caminhos
(Veja também o Capitulo Seis)
Fogo: O elemento dos sentimentos fortes, um dos caminhos mais destrutivos que existe.
Água: O elemento da cura, resistência e transmutação do corpo.
Ar: O elemento dos odores, tornados e furacões.
Terra: O elemento da força bruta, o terremoto, a destruição.
Luz: O elemento da claridade e da ilusão.
Trevas: O elemento das sombras, escuridão, morte e mortos-vivos.
Corpo: O elemento das criaturas dos planos inferiores.
Espíritos: O elemento dos espíritos, fantasmas, aparições.

Divindades
(Veja mais adiante no Capitulo Cinco)
Ayra: Deusa da Ambição, do Desbravamento, da Cobiça e Conquista
Danever: Deus da Noite, do Caos e do Acaso
Demian: O Senhor do Conhecimento, Filosofia e da Justiça.
Eukary: Deusa da Paz, Senhora da Tranquilidade.
Eydos: Patrono dos Conjuradores, Senhor das Magias.
Kandara: Deusa da Vida e da Fertilidade.
Likky: Deusa da Fauna. A Rainha da Floresta.
Muntus: Senhor das Batalhas, e da Intriga.
Naster: Senhor das Sombras, Mestre de todos os Ladrões e Trapaceiros.
Oacanymuli: A Senhora do Amanhecer, da Esperança e Destino.
Ruttra: Deusa dos Monstros, Senhora dos Monstros, Rainha Monstro.
Seyller: Deusa da Coragem, Deusa da Força e da Caça.
Skelkorn: O Senhor da Morte.
Sylmor: O Destruidor, o Senhor da Tempestade.
Warguy: O Senhor da Fauna, O Leopardo Negro Sangrento.
Zigyr: A Rainha das Profundezas, Deusa dos Mares.

90 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas
Pontos de Bônus
Característica
Atributos
Habilidade
Antecedentes
Caminhos
Técnicas
Pontos de XP
Característica
Habilidade Nova
Caminho Novo
Habilidade de Classe
Habilidade
Atributo de Classe
Atributo
Técnica Nova
Técnica
Caminho Principal
Caminho (Conjuradores)
Caminho (Combatentes & Especialistas)
Exemplo de Criação de Personagem
Lúcios está começando uma nova crônica de João para Oito Luas. Ele consulta o esquema de criação de per-
sonagens, faz uma cópia da planilha e senta-se para criar seu personagem.
Passo Um: Conceito
Lúcios folheia o capitulo de raças, pensando sobre
os diversos papeis sociais da época. A raça Saymos
chama a atenção no mesmo momento em que a pala-
vra “fanático” surge em sua mente. Deve ser o desti-
no, ele medita sobre isso. Ele concede a ideia de um
caçador louco, que declara guerra contra os “crimino-
sos”. A raça Saymos parece ter sido feita por enco-
menda para o conceito. Lúcios decide que o persona-
gem será do Vale das Sombras, e escolhe o nome de
Kolcor.
Em seguida, Lúcios reflete sobre classe e religião.
Ele aprecia a ideia de Kolcor, um caçador ter enlou-
Passo Dois: Atributos
Em seguida, Lúcios precisa priorizar os Atributos
de Kolcor. Como Lúcios vê como um bom lutador,
ele provavelmente derramará sangue para cumprir
seus objetivos (ao mesmo tempo veem em sua mente
a ideia que Kolcor seja um caçador). Como Kolcor é
razoavelmente atento e perceptivo.
Lúcios coloca três dos seus oito pontos em Força,
apreciando a imagem de um peregrino esfarrapado
com força surpreendente. Então, ele adiciona dois
pontos em Destreza e coloca os outros três pontos em
Vigor. Kolcor agora tem, Força 4, Destreza 3, Vigor
4; e com os ajustes por ser um Saymos os Atributos
Físicos de Kolcor ficam com Força 4, Destreza 4, Vi-
gor 6 e Aparência 1.
Lúcios decide que em seus Atributos Secundários
colocaria, dois dos seus seis pontos em Percepção,
Capitulo quatro: criação de personagens
Custo
5 por ponto
3 por ponto
1 por ponto
7 por ponto
5 por ponto
Custo
5
10
nível atual x 3
nível atual x 4
nível atual x 5
nível atual x 6
9
nível atual x 7
nível atual x 10
nível atual x 15
nível atual x 20
quecido depois de tantas injustiças no mundo, e esco-
lhe pela divindade de Warguy.
Em seguida, Lúcios reflete sobre a Natureza e
Comportamento. Ele aprecia a ideia de Kolcor falan-
do diversas vezes sobre ele como é perigoso, portanto
Lúcios decide pela Natureza de Monstro. Entretanto,
sob a fachada de autocontrole, Kolcor é um caçador
determinado em sua causa. Ele é compelido princi-
palmente por um desejo de caçar os “criminosos”,
portanto escolhe o comportamento de Competidor,
com a ideia de que “minha presa tem que provar que
é mais esperta do que eu”.
um ponto em Inteligência, um ponto em Percepção e
os dois últimos pontos em Coragem, ficando com
Percepção 3, Inteligência 2, Percepção 2 e Vontade 3;
e com os ajustes raciais dos Saymos Kolcor fica com
seus Atributos Mentais da seguinte maneira Percep-
ção 2, Inteligência 1, Percepção 2 e Vontade 3.
Finalmente Lúcios tem quatro pontos para colocar
nos Atributos Sociais de Kolcor. Lúcios coloca um
ponto em Espirito, um ponto em Vontade e os outros
dois pontos em Vontade. Isso significa que Kolcor es-
tá com Espirito 2, Corpo 1, Vontade 2 e Vontade 3, e
com os justes raciais dos Saymos, Kolcor fica com
seus Atributos Sociais com os seguintes valores, Es-
pirito 2, Corpo 1, Vontade 1 e Vontade 3.
91
 Oito Luas

Passo Três: Habilidades

O próximo passo é priorizar e escolher as Habili-
dades. Em primeiro lugar Lúcios olha a planilha de
personagem, marcando as Habilidades de classe. Lú-
cios escolhe Aptidões como Habilidades Primarias,
determinando Conhecimentos como Secundário.
Lúcios tem quinze pontos para distribuir entre Ap-
tidões de Kolcor. Ele marca três pontos em Armadi-
lhas, dois pontos em Empatia, mostrando que um
bom caçador, tem que ser um pouco carismático para
poder vender o resultado da caçada. Coloca um ponto
em Empatia com Animais, para tentar atrair sua presa
com mais facilidade. Lúcios decide colocar três pon-
tos em Furtividade, assim podendo chegar sorratei-
ramente até a sua presa. Ao colocar dois pontos em
Espirito permite que Kolcor entre em contato com
seu espírito ancestral. Lúcios marca um ponto em In-
timidação, para aproveitar o seu tamanho e força as-
sim para intimidar criaturas menores que ele. Lúcios
marca seus últimos três pontos em Perscrutar, assim
usando todas as Aptidões para a sua classe escolhida,
já que ele está se tornando um caçador.
Conhecimentos, é a categoria secundaria de Kol-
cor, possui dez pontos para serem distribuídos. Lú-
cios coloca dois pontos em Conhecer Território, ad-
quirindo assim conhecimento sobre o seu território de
caça favorito; colocando um ponto em Escapologia,
tendo a chance de escapar de qualquer eventualidade;
um ponto em Herborismo, como um caçador Kolcor
deve ter um conhecimento básico das ervas da flores-
ta, dois pontos em Investigação, assim podendo se-
guir o rastro de suas presas com mais facilidade, um
ponto em Linguística para facilitar a comercialização
da caça, os últimos três pontos vai para Sobrevivên-
cia, saber o que fazer em um ambiente pouco conhe-
cido é sempre bem-vindo.

Passo Quatro: Vantagens

Agora, Lúcios chega ao aspecto de um aventurei-
ro. Em primeiro lugar, ele escolhe o Caminho Primá-
rio de Kolcor – seus poderes místicos – Lúcios possui
quatro pontos para gastar entre os Caminhos da Ma-
gia. Lúcios realmente gosta a essencial do Caminho
dos Animais, escolhendo-o como Primário, e coloca
três pontos neste caminho, o último ponto vai para o
caminho do Fogo.
Como loucos raramente tem muita influência so-
bre a comunidade, Lúcios opta por colocar os pontos
de Antecedentes de Kolcor em Características nôma-
des. Dois vão para Recursos, Lúcios coloca em La-
caios e Contatos um ponto cada.
Lúcios agora tem dezesseis pontos para distribuir
entre Combate Corporal e Manobras. Como Kolcor é
um caçador Lúcios decide colocar três pontos em
Bloqueio para evitar qualquer ataque de suas presas.
Dois pontos em Esporte, como caçador Kolcor deve
ser um bom atleta para poder seguir suas presas, Lú-
cios marca três pontos em Esquiva para evitar os ata-
ques de seus inimigos.
Lúcios marca mais dois pontos em Prontidão, dei-
xando o atento para tudo o que ocorre ao seu redor,
um ponto em Arremesso, para poder atirar laminas
em suas presas, Lúcios marca um ponto em Lutas às
Cegas caso precise caçar em locais escuros e a noite,
Lúcios coloca dois pontos em Arqueirismo e Armas
Brancas ambos para capturar suas presas.

Passo Cinco: Toques Finais

Em seguida, Lúcios tem 15 pontos de bônus para
gastar. Para tornar Kolcor mais poderoso, ele gasta
sete pontos para adquirir mais um ponto em Fogo.
Ele também quer que Kolcor seja distinto e impressi-
onante, portanto ele utiliza mais cinco pontos na
compra de um ponto extra de Espirito, aumentando o
mesmo para 3. Ele tem três pontos sobrando, que ele
coloca em Arremesso, assim ficando com dois pontos
neste atributo.
Lúcios tem todas as regras para a personalidade de
Kolcor no lugar, mas ainda quer preencher alguns de-
talhes para dar realmente vida ao fanático. Embora
esses detalhes possam mudar durante o Prelúdio, eles
O Prelúdio
Um Prelúdio é uma maneira de criar biografias de
personagens antes que a crônica realmente comece. O
propósito do Prelúdio é dar a cada personagem um
passado, de modo que se possa delinear o seu futuro.
Isso é, de fato, uma forma de narrativa individual, em
que a vida do personagem é contada.
fornecem a ele e a João uma boa base para começar.
Lúcios tem que marcar a Mana de Kolcor, por ser
um Caçador o valor é 8 + 1d8, assim ficando com um
valor que pode variar de 9 a 16, neste caso ficando
com 15 pontos em Mana. Repete o mesmo processo
para Vitalidade mas com o acréscimo dos modifica-
dores de Vigor. Os valores pode são 8 + 1d8 + 2 do
modificador de Vidor de Kolcor por ser um saymos
variando entre 11 a 18 Pontos de Vitalidade. Pronto
sabendo os valores de Mana e Pontos de Vitalidade
pode-se distribui-lo da maneira que quiser fazendo
com que pelo menos um ponto seja marcado em cada
parte.
Um prelúdio é muito semelhante a uma interpreta-
ção normal, com a exceção de que muitos anos são
condensados numa séria de decisões seguidas. A bio-
grafia pessoal que um jogador cria no prelúdio será.
Relevante ao longo da crônica, e você pode muito
bem consultá-la frequentemente.

92 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas

Técnicas
Cada jogador passa sozinho pelo prelúdio. Ele é gras. Talvez ele descubra que algumas de suas esco-
individual a não era que dois ou mais personagens se- lhas para Características não estavam exatamente cor-
jam amigos ou tenham passado a infância juntos. En- retas após jogar de fato com o personagem. Um Nar-
quanto o Narrador gasta algum tempo com cada jo- rador pode permitir algumas mudanças pequenas,
gador separadamente, o resto do grupo pode ir se en- desde que não sejam destinadas a levar o personagem
trosando e começando a ficar ansioso pelo os que os do status de super-herói.
aguarda. A expectativa faz com que a história flores- Existem diversas maneiras de se progredir ao lon-
ça. go da vida de um personagem; qualquer maneira que
Durante o prelúdio, o Narrador deve guiar o joga- ajude a moldar um personagem completo está exce-
dor muito mais do que o normal. Dê-lhe muita deci- lente. Durante o prelúdio, você deve explicar todos os
são para tomar, mas apresse tudo e não lhe conceda antecedentes do personagem. O jogador deve enten-
muito tempo para pensar. Você precisa passar por tu- der completamente os detalhes das suas Característi-
do rapidamente, a não ser que esteja disposto e tenha cas de Antecedentes. Você deve representar uma ou
oportunidade para gastar mais tempo (o que permite a mais cenas típicas da vida do personagem para dar
criação de personagens muito detalhados) os perso- tanto ao jogador quanto ao Narrador uma sensação de
nagens dificilmente entram em combate durante um como o personagem vivia. Um jogador pode gostar
prelúdio. Se isso ocorre, simplesmente descreva o re- muito mais do que seu papel como aventureiro após
sultado de qualquer briga; você não pode deixar que o lidar com a vida enfadonha da existência anterior do
personagem morra antes mesmo do jogo começar! personagem. Lembre-se de que é o mundano que abre
Durante o prelúdio, o jogador deve ter uma chance precedentes para o magnífico.
de interagir tanto com o cenário quanto com as re-
Perguntas e Respostas
Descritas abaixo estão algumas das perguntas que devem ser respondidas até o final do prelúdio. Se não
houver tempo para um prelúdio completo, você deve pelo menos fazer um esforço para responder a essas ques-
tões. Muitas vezes escrever as respostas irá ajudá-lo, mesmo que você já tenha passado pelo prelúdio completo.
Junto com cada pergunta, listamos coisas que o jogador deve perguntar a si mesmo, assim como algumas di-
cas de como montar o prelúdio, relacionando-o à pergunta.
Qual é a sua idade?
Mais especificamente, quando você nasceu e quando decidiu ir embora? Quão velho você apresenta ser?
Como era a sua vida antes de se aventurar?
Pense sobre a sua infância e como você passou por ela. Você poderia ter permanecido inocente, ou foi forca-
do a crescer mais cedo do que o normal? Quem eram seus pais, e como você se encaixava na sua classe social?
Você permaneceu em um lugar por toda a sua vida, ou viajou? Você é um patriota ou apático?
Quando você decidiu viajar o mundo em busca de aventuras?
Quando a necessidade da sua família aumentou? Quando a você viu um monstro atacar e dizimar todos a sua
volta? Para pagar uma dívida de família? Busca por novas experiências sobre o mundo desconhecido?
Quem era o seu mentor?
O seu mentor, normalmente o primeiro aventureiro que chagou a conhecer, influencia profundamente seu
modo de ver os monstros. Como era seu relacionamento com ele? Você partiu sob um clima bom ou ruim? Ele
sofria preconceitos? Ele descrevia certas
raças de acordo com suas crenças pessoais? Ele o abandonou, ou foi libertado quando ele sentiu que você es-
tava pronto? Interpretar uma cena ou duas com o senhor do personagem é uma maneira excelente de estabelecer
o sentimento de como os aventureiros se relacionam uns cons. os outros.
Com você conheceu o resto do seu grupo?
Vocês foram unidos pela sorte ou de propósito? Como você se relaciona com os outros? Vocês possuem ini-
migos, aliados ou objetivos em comum? Há quanto tempo estão juntos na cidade? Se vocês não confiarem uns
nos outros, as histórias estão condenadas ao fracasso. Durante o prelúdio, vocês devem imaginar como cada um
de vocês conheceu
o outro. Cada encontro deve ser de certa forma única, para consolidar suas relações interpessoais entes que
certa animosidade comece a se formar.
O que o motiva?
Você possui alguns inimigos notáveis? Quais são seus objetivos? Como você pretende passar por sua exis-
tência? Nenhuma pessoa de verdade vice sem motivações. Seus objetivos, esperanças e medos são essenciais
para o seu personagem. Ao delimitar suas ambições e prioridades, você entendera melhor quem você é exata-
mente. Consulte sua Natureza e Comportamento para obter ideias, mas sinta-se à vontade para criar motivações
apropriadas que transcendam essas orientações.

Capitulo quatro: criação de personagens 93

 Oito Luas
Nome: ________________________________ Jogador: _______________________________ Raça: ______________________________
Local de Nascimento: ___________________________________ Sexo: _______________ Altura: _______________ Peso: __________
Nível: ______________Idade: Aparente: __________________ Real: ___________________ Religião: _____________________________
Classe: ____________________________________________________ Idiomas: ______________________________________________
Natureza: _________________________________________________ Comportamento: ________________________________________

Atributos
Físicos Sociais Mentais
Valor M. de Raça Bônus Total Valor M. de Raça Bônus Total Valor M. de Raça Bônus Total
Força___________( ) +( ) +( ) =( ) Carisma____________( ) +( ) +( ) =( ) Percepção_________ ( ) +( ) +( ) =( )
Destreza________ ( ) +( ) +( ) =( ) Manipulação________ ( ) +( ) +( ) =( ) Inteligência_______ ( ) +( ) +( ) =( )
Vigor___________( ) +( ) +( ) =( ) Personalidade_______ ( ) +( ) +( ) =( ) Raciocínio________ ( ) +( ) +( ) =( )
Aparência_______( ) +( ) +( ) =( ) Vontade_____  ( ) +( ) +( ) =( ) Coragem_________( ) +( ) +( ) =( )

Habilidades
Aptidões Pericias Conhecimentos
Atrib Habili Bônus Total Atrib Habili Bônus Total Atrib Habili Bônus Total
Atuação___________ Apa
( )+( )+( )=( ) Empatia c/ Animais__ Car
( )+( )+( )=( ) Acadêmicos(______) Int ( )+( )+( )=( )
Crime_____________Des ( )+( )+( )=( ) Artesanato_________Des ( )+( )+( )=( ) Artes(___________) Rac ( )+( )+( )=( )
Empatia___________ Car ( )+( )+( )=( ) Etiqueta___________ Man ( )+( )+( )=( ) Investigação_______ Int ( )+( )+( )=( )
Intuição___________ Per ( )+( )+( )=( ) Caçar_____________Per ( )+( )+( )=( ) Direito____________ Man ( )+( )+( )=( )
Consciência________ Des ( )+( )+( )=( ) Diplomacia________ Des ( )+( )+( )=( ) Enigmas___________ Int ( )+( )+( )=( )
Instinto Primitivo____Von ( )+( )+( )=( ) Escapologia________Des ( )+( )+( )=( ) Politica____________Rac ( )+( )+( )=( )
Intimidação________ Apa ( )+( )+( )=( ) Herbologia_________Int ( )+( )+( )=( ) Ocultismo_________ Int ( )+( )+( )=( )
Lábia_____________ Car ( )+( )+( )=( ) Musica____________Car ( )+( )+( )=( ) Investigação________Per ( )+( )+( )=( )
Liderança__________Per ( )+( )+( )=( ) Cavalgar___________Des ( )+( )+( )=( ) Linguística_________ Rac ( )+( )+( )=( )
Manha____________ Man ( )+( )+( )=( ) Ofícios____________Des ( )+( )+( )=( ) Medicina__________ Int ( )+( )+( )=( )
Ofícios____________ Des ( )+( )+( )=( ) Furtividade_________Des ( )+( )+( )=( ) Ciência____________Rac ( )+( )+( )=( )
Procurar___________ Per ( )+( )+( )=( ) Sobrevivência______ Int ( )+( )+( )=( ) Sabedoria Popular___ Int ( )+( )+( )=( )
__________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( )
__________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( )
__________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( ) __________________ ( )+( )+( )=( )

Vantagens
Caminhos da magia Mana pvS

Descansado Escoriado

Cansado – 1 Machucado – 1

Fadigado – 2 Ferido – 2

Exaurido – 3 Espancado – 3

Esgotando – 4 Arrebentado – 4

Exausto – 5 Aleijado – 5

Desmaio Incapacitado

Poderes extras: ____________________ Amuleto Mágico: _______________ Armadura Mística: ________________

_________________________________ ______________________________ ________________________________
Poderes extras: ____________________ Amuleto Mágico: _______________ Armadura Mística: ________________
_________________________________ ______________________________ ________________________________
Poderes extras: ____________________ Amuleto Mágico: _______________ Armadura Mística: ________________
_________________________________ ______________________________ ________________________________

Arma Durabilidade Ataque / Defesa Ocult. Dano Técnicas de Combate

/ / Soco___________________ ( ) Prontidão________________( )
/ / Chute__________________ ( ) Arremesso_______________ ( )
/ / Bloqueio_______________ ( ) Luta às Cegas_____________( )
/ / Agarrar ________________ ( ) Arqueirismo______________( )
/ / Esportes________________ ( ) Armas Brancas___________ ( )
/ / Foco __________________ ( ) ________________________( )
/ / Esquiva________________ ( ) ________________________( )
/ / _______________________ ( ) ________________________( )
94 Capitulo quatro: criação de personagem
 Oito Luas
Magia Nível Cus. Al. Alvo Temp. Dano Antecedentes Outras Características
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_________Habilidades Especiais Equipamentos
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_________________________________Carregados: __________________
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_________________________________Possuídos: ___________________
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Rituais:_________________Itens Mágicos:_______________
_______________________ ____________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
Tesouro Experiência
P.O. _____________________.
Atual Total
P.P. _____________________.
P.B. _____________________.
Hematita: _________________
Ônix: ____________________
Topázio: _________________
Safira: ___________________
Outros Tesouros: _______________
Perola: ______________________________________________
Rubi: _______________________________________________
Diamante: ____________________________________________
Atributos: (8/6/4), Habilidades: (15/12/9), Antecedentes: 4, Caminhos: 4, Técnicas: 16 Pontos de Bônus: 15 (5/2/7/3).

Capitulo quatro: criação de personagens 95

 Oito Luas
Características
Em Oito Luas, as características são à base de um
personagem – elas descrevem, evocam e delineiam
quem e o que o seu personagem é na realidade. Elas
permitem que você detalhe os pontos fortes e fracos
do seu personagem, tornam possível a tradução do
seu personagem para a realidade do jogo usando da-
dos e, o mais importante, ajudam-no a evidenciar e
compreender seu personagem.
As Características de um personagem descrevem
apenas os parâmetros gerais de suas habilidades. A
Natureza e Comportamento
Se a Covardia emprestar-me seu coração
E eu seguir o seu comando
Nunca atingirei aquilo que procuro.
Certamente, estou assaz envergonhado.
Por até mesmo ter pensado em deter-me –
Meu coração está enegrecido de tristeza.
- Chrétien De Troyes, Lancelot
Costumamos pensar que “falsidade” é uma inova-
ção estritamente moderna. Os tempos antigos, alguns
afirmam, eram mais honestos. Tudo era muito claro,
certo?
Errado. Antes de tudo, as intrigas da corte exigiam
mais subterfúgio do que nos, pessoas modernas, po-
deríamos aprender; a até o camponês comum tinha
que ser cuidadoso com o que dizia e a quem dizia.
Afinal de contas, na Idade Média sua vida poderia
depender de quão bem conseguiria enganar alguém.
Em termos de jogo, os arquétipos de personalida-
de refletem os subterfúgios diários utilizados pelas
pessoas. A Natureza de um personagem representa
sua personalidade interior – seu “verdadeiro eu”. Seu
Comportamento, por outro lado, reflete os aspectos
que as outras pessoas veem – sua “face pública”. Ob-
viamente, ambas as Características podem ser iguais,
mas na maioria das pessoas age de modo diferente em
público do que em particular. As Características de
uma pessoa honesta serão as mesmas – ou pelo me-
nos semelhantes – enquanto uma pessoa inescrupulo-
sa pode ter um Comportamento radicalmente diferen-
te, ou possivelmente até mais do que um.
Os personagens também recuperam sua Força de
Vontade através de ações que se ajustem a sua Natu-
reza. Se um Guerreiro Samaritano derrama seu san-
gue para proteger alguém do seu círculo de amigos
(especialmente se o companheiro vem de uma raça
diferente), ele recupera um ou dois pontos de Força
de Vontade que tenha gastado durante a história. Ob-
viamente, isso só acontece se o personagem realizar
um ato realmente notável durante a história – você
não pode simplesmente dizer, “eu dou um centavo
para o mendigo na rua”, e conseguir recuperar sua
Força de Vontade. Entretanto, ao agir de acordo com
nossos códigos morais, reafirmamos a nós mesmos.
Portanto, um personagem de jogo recupera sua Força
de Vontade do mesmo modo.
96 Capitulo quatro: criação de personagem
essência do personagem é criada através de interpre-
tação. Características em Oito Luas o intencional-
mente vagas – pelo menos a parte numérica – para
que você não se concentre demais na planilha de per-
sonagem. Aquilo que é apenas estabelecido rudemen-
te durante a criação do personagem tomara forma du-
rante o jogo.
Se um personagem fizer algo realmente apropria-
do, seu jogador pode pedir ao Narrador para recupe-
rar Força de Vontade através dessa ação. Dependendo
de que aconteceu, o Narrador pode conceder este per-
sonagem três pontos (por algo realmente significativo
ou penoso), dois pontos (por uma tarefa importante
ou um sacrifício), um (por um pequeno feito) ou até
mesmo nenhum (por uma ação insignificante ou que
o jogador realizou apenas para readquirir Força de
Vontade).
É importante lembrar que a Natureza e Compor-
tamento não são “classes de personagem” rígidas; na
verdade, eles funcionam como dicas de interpretação,
oferecendo-lhe algumas orientações sobre como o seu
personagem pode agir sob determinada circunstanci-
as. Os arquétipos também podem ajudar os Narrado-
res a ter uma ideia sobre o seu personagem ou podem
influenciara opinião de um personagem não jogador
sobre ele. A reação de duque quanto a uma dama de
Comportamento Rebelde será, digamos um pouco
mais ríspidas do que se a mesma dama parecesse
mais com uma Samaritana.
Os arquétipos abaixo são apenas sugestões; se vo-
cê quiser incrementar esta lista ou incorporar arquéti-
pos de outros jogos de Narrativa, sinta-se à vontade.
Alfa
Você acredita que nasceu para liderar e que os
seus instintos provam que você está correto. O seu
objetivo prioritário é tornar-se o líder do grupo, clã,
ou raça – qualquer coisa. Você é um “Alfa”, o líder –
mesmo quando os outros não o reconhecem como tal.
Assim, você sente constantemente a necessidade de
provar sua predominância sobre os outros a fim de re-
forçar sua liderança sobre eles e provar algo a si
mesmo. Esta atitude lhe trouxe muitos desafios e tra-
rão muitos outros no futuro.
Recupere Pontos de Mana sempre que você provar
sua capacidade de liderar outros, seja através de desa-
fios ou convencendo-os – por meio de repressão – a
segui-lo.
Autocrata
O caos é uma anátema para você; você despreza a
desordem e procura tomar o controle e organizar as
coisas. Você gosta de estar no comando, vice para or-
ganizar e normalmente se esforça para que tudo corra
tranquilamente. Talvez você tenha sido uma dama ou
um cavaleiro, um teólogo ou xerife. Talvez você ape-
nas tenha sido um camponês particularmente organi-
 Oito Luas
zado. Neste caso, confie no seu próprio julgamento e
sinta-se propenso a pensar em termos de branco e
preto: “Isso não irá funcionar”, “Ou você está comigo
ou está contra mim”, “Existe duas maneiras de fazer
isso – a minha maneira e a maneira errada”. A tradi-
ção também é importante – afinal de contas, a melhor
maneira de fazer as coisas é de um modo que já tenha
sido provado.
Recupere Pontos de Mana quando liderar um gru-
po e realizar alguma tarefa significativa.
Bárbaro
A civilização é para os fracos. As intrigas são para
os covardes. Você sabe que a única que importa é a
força, a honra e a bravura pessoal, e você vive sua vi-
da de acordo com um código regido. Ninguém ganha
respeito a não ser que seja poderoso o suficiente para
se dar bem numa competição franca. Os fracos ser-
vem para servir aos fortes.
Isso não significa que você respeite apenas a vio-
lência física; você pode ser muito inteligente, carido-
so e piedoso. Entretanto, você não consegue tolerar
os fracos ou covardes que se escondem atrás de pala-
vras bonitas ou do corpo de outros. Um título não
significa nada a não ser que tenha sido obtido através
de valor ou sabedoria pessoal, e um juramento não
significa nada a não ser que a pessoa que o tenha feito
esteja disposta a morrer para mantê-lo. Quanto às ar-
madilhas da civilização, você as considera uma perda
de tempo. Afinal de contas, a dimensão de um ho-
mem (ou de uma mulher) é a sua resistência às difi-
culdades e sua honra em face das advertências.
Recupere Pontos de Mana sempre que você ou o
seu código de honra triunfarem claramente sobre al-
guma situação ou oponente evidentemente “civiliza-
do”.
CAÇADOR DE EMOÇÕES
O Caçador de Emoções vive pela excitação trazida
pelo perigo. Ao contrário daqueles com sanidade
questionável, o Caçador de Emoções busca ativamen-
te por situações perigosas e arriscadas. O Caçador de
Emoções não é propositadamente suicida ou autodes-
trutivo ele simplesmente busca pelo estímulo do de-
sastre iminente.
Recupere Pontos de Mana toda vez que você rea-
lizar uma tarefa perigosa a qual você se entregou de-
liberadamente. Os Caçadores de Emoção não são es-
túpidos, contudo, e o Narrador pode escolher não re-
compensar jogadores que impensadamente colocam
seus personagens em situações de perigo simples-
mente para colher pontos de Força de Vontade.
Celebrante
Você desfruta de uma alegria que os outros só po-
dem imaginar. Talvez seja uma devoção religiosa ou
uma joia de viver que poucos podem igualar. Talvez
você aprecie a emoção da batalha, ou se delicie com
os trabalhos de alguns dos mestres antigos de alguma
grande arte. Seja qual for a sua paixão, você ganha
força quando enfrentar adversidades desde que ela es-
teja ao seu alcance. Sempre que surgir uma oportuni-
dade para exalar ou satisfazer sua paixão escolhida,
Capitulo quatro: criação de personagens
você sabe que é apenas uma questão de tempo antes
que eles descubram sua alegria também.
Recupere Pontos de Mana sempre que você cele-
brar sua paixão escolhida ou converter outro persona-
gem para que pense da mesma forma que você. Da
mesma forma, você sofre muito (ou até mesmo perde
Vontade se o acontecimento for traumático o sufici-
ente) se sua paixão for negada ou perdida de forma
grave.
Competidor
Para você é tudo ou nada. A emoção da vitória é a
única que você reconhece; é o que o leva adiante.
Você vê a vida como uma competição e a sociedade
como uma dicotomia de vencedores e perdedores.
Você tenta transformar todas as situações em algum
tipo de competição – essa é a única forma que conhe-
ce de se relacionar com o mundo. Você é capaz de
cooperar com os outros, mas apenas transformando as
interações do grupo em outra competição: Você pre-
cisa ser o líder, o mais produtivo, o mais indispensá-
vel ou o mais carismático – qualquer coisa, contanto
que isso signifique vencer, de um jeito ou de outro.
Recupere Pontos de Mana sempre que você vencer
uma competição de algum tipo, formal ou informal.
Vitórias realmente impressionantes podem ser re-
compensadoras com mais pontos.
Comediante
O mundo é um lugar doloroso, mas não deixa de
ter um lado leve. As pessoas ficam doidas se não tive-
rem algo de que possam rir. Você é esse algo – o bo-
bo, palhaço ou comediante, sempre procurando ani-
mar qualquer situação. Você odeia a tristeza e a dor, e
tenta constantemente fazer com que as pessoas es-
queçam o lado sombrio da vida. A maioria o conside-
ra um idiota por causa disso, mas você sabe que o seu
modo de ser é o melhor. Às vezes, você faz pratica-
mente qualquer coisa para esquecer que dor existe.
Seu tipo de humor em particular pode variar de sátira
espirituosa à comédia vulgar, mas é melhor do que fi-
car se lamentando por aí, não é? Por outro lado, às
vezes você irrita as outras pessoas, mas, de qualquer
forma, as risadas normalmente o fazer se sentir me-
lhor… mesmo que apenas por um momento.
Recupere Pontos de Mana quando puder elevar os
espíritos daqueles ao seu redor através do humor, es-
pecialmente quando você puder escapar das suas pró-
prias dores durante o processo.
Criança
Você é jovem, seja de idade ou de espírito, e os
outros se sentem compelidos a cuidar de você. Isso
pode ser tanto ruim quanto bom; a maioria das pesso-
as adora o entusiasmo da juventude, mas isso fre-
quentemente o deixa aberto à exploração e ao sofri-
mento. Vice é meigo e brincalhão, mas costuma se
meter em confusões. A juventude, alguns dizem, ca-
rece de sabedoria, assim como você.
Vale à pena lembrar que a maioridade chega cedo
no Mundo Medieval; espera-se que garotos e garotas
tão jovens quanto oito ou 10 anos comecem vidas
produtivas treinando para o comercio ou a luta. Ra-
97
 Oito Luas
ramente as crianças gozam da condescendência que
nós, pessoas modernas, estamos acostumados – o ca-
rinho é um luxo do qual poucos podem desfrutar.
Uma criança teimosa será sempre censurada, e um
adulto patético será humilhado. Um jovem ou um tolo
terá temporariamente mais folga do que um adulto te-
ria, mas se você não puder eventualmente crescer e
tiver responsabilidades enfrentara uma vida difícil.
Recupere Pontos de Mana sempre que alguém
cuidar de você, ou quando obtiver um grande sucesso
apesar dos seus modos infantis.
Defensor
Nem todo mundo pode ser um guerreiro. No en-
tanto, você pode; e qualquer que seja o seu campo de
batalha – guerras, lei, medicina, religião ou qualquer
outra coisa – você concentra seus esforços para de-
fender aqueles que merecem uma chance para lutar.
Talvez você seja (ou tenha sido) o guardião de algu-
ma estrada, o vigia de uma cidade ou um curandeiro.
Talvez você tenha obtido o título que detém (ou dete-
ve) ao proteger seus vassalos, por não favorecer um
lorde; ou oferecer seu braço direito aos Deuses. Seja
qual for a sua história, seu propósito na vida é prote-
ger algum patrono. Alguns protegem os fracos, outros
protegem o trono.
Recupere Pontos de Mana sempre que defender
com sucesso seu protetorado ou patrono contra uma
ameaça hostil.
Fanático
Você é consumido por uma causa; ela é a força
primordial na sua vida, para o bem ou para o mal.
Cada gota de sangue e paixão que você possui estão
direcionadas para sua causa. Na realidade, você pode
sentir-se extremamente culpado por gastar seu tempo
em qualquer outra coisa. Nada pode ficar no seu ca-
minho – isto é, nada que você não consiga superar.
Você e aqueles ao seu redor podem sofrer, mas sua
causa é tudo – e os fins justificam os meios.
A dedicação o diferencia do Celebrante; afinal,
eles são leais apenas ao seu prazer. Você pode des-
prezar a sua causa, ou temê-la, mas ainda sim fará tu-
do que estiver ao alcance. Quem disse que a vida era
apenas diversão e jogos? Antes que a crônica comece,
assegure-se de que descreveu a causa do seu persona-
gem e definiu como ela pode afetar seu comporta-
mento.
Recupere Pontos de Mana sempre que realizar um
ato que promova a sua causa, ou quando você se sa-
crifica de algum modo por sua causa.
Galante
A vida é nada sem estilo. Deixe que os outros
afundassem na lama da miséria – sua existência será
algo elegante, lembrada por poetas e aclamadas pelas
histórias de sua vivacidade requintada.
O romance é seu pão de cada dia; você é o trova-
dor, o menestrel, a dama de companhia ou o ladrão de
estradas arrojado. A realidade pode não viver à altura
de suas expectativas, mas você se esforçar para satis-
fazer seus ideais com o maior prazer. Os outros po-
dem não apreciar seu jeito irresponsável – você pode
98 Capitulo quatro: criação de personagem
abandonar corações partidos ao amanhecer e parecer
mais frívolo do que gostaria – mas você não pode ser
perturbado pelos infortúnios dos outros. Se eles não
podem encarar os riscos que acompanham uma vida
bem vivida, para o inferno com eles. Quando você
encontrar Ruttra (e os outros dizem que você irá), vo-
cê o fará com estilo e apertara a sua mão.
Recupere Pontos de Mana quando obtiver alguma
grande vitória – uma sedução, um agradecimento,
uma batalha bem sucedida – com estilo e elegância,
ou quando ouvir suas façanhas recontadas com todo o
talento que lhe é devido.
Inovador
Sempre há métodos para se alcançar um objetivo;
você encontrar esses métodos. Inventores, comercian-
tes, filósofos e estrategistas são exemplos de sua es-
pécie. Você é o criador de novos caminhos; o visio-
nário; o crítico que nunca está satisfeito, até mesmo
com aquilo que parece ser a perfeição. Para você, a
tradição é uma armadilha que prende a imaginação.
Sempre que fizer algo, esforce-se para melhorar aqui-
lo que foi feito anteriormente.
Recupere Pontos de Mana sempre que sua busca
por criar alguma maneira nova de fazer algo for bem
sucedida. Avanços dramáticos dão confiança (e, por-
tanto Força de Vontade) do que melhorias simples.
Juiz
Você sempre procura melhorar as coisas agindo
como um facilitador, moderador, árbitro, conciliador
pó pacificador. Você se orgulha de ser racional, de
seu bom senso e de sua capacidade dedutiva quando
confrontado com os fatos. A verdade é o seu ideal,
mas você compreende como é difícil ser justo. Você
respeita a justiça, pois através dela a verdade reinara.
Para você, as pessoas são recursos, embora difí-
ceis. Você odeia desavenças e discussões, e se afasta
do dogmatismo. Justiça, sabedoria e lógica são suas
qualidades, e os outros respeitam sua opinião. Alguns
Juízes são bons líderes, embora uma falta de visão
possa ocasionalmente fazê-los manter o status ao in-
vés de buscar um caminho melhor.
Recupere Pontos de Mana sempre que for capaz
de desembaraçar a verdade de uma teia de mentiras,
ou puder convencer indivíduos antagônicos a concor-
darem com seu julgamento.
Malandro
Você é tudo o que importa. Todo homem precisa
garantir a própria subsistência, e se suas ações estive-
rem no caminho dos outro, bem, que pena! Se eles
fossem mais fortes, talvez pudessem aproveitar sua
vida tanto quanto você. Você não é um valentão,
lembre-se disso – apenas egocêntrico e agressivamen-
te egoísta. Você não precisa ser o dominador; você só
fica furioso se for o dominado!
Os Malandros se orgulham de serem capazes de
sustentar a si mesmos. Você pode ser um ladrão, um
cavaleiro errante, um vagabundo ou uma prostituta.
De qualquer forma, outros o desprezam pela sua re-
cusa em viver pelas regras. Contudo, no final você
mantém seus próprios interesses como prioridade.
 Oito Luas
Nunca deixe que outra pessoa o lidere.
Recupere Pontos de Mana sempre que seu egoís-
mo levá-lo a algum tipo de lucro, especialmente se
você puder obtê-lo sem se expor ao perigo ou sentir
as ordens de alguém.
Monstro
Para cada luz, deve haver trevas. Você é a sombra,
escolhida por Ruttra para ser a besta que instiga a
humanidade, portanto porque agir como uma pessoa
normal haja como um verdadeiro monstro atrás de
uma matança.
As trevas veem de diversas maneiras. Sua malda-
de pode ser tão sutil quanto uma intriga malévola ou
tão poderosa quanto o martelo de Golias. Sempre que
seus instintos bondosos – eles realmente ainda exis-
tem – vierem à tona, lute contra eles ou os seus outros
irão explorar sua fraqueza. A certeza do fogo de Rut-
tra no final da sua vida o conduz a acessos de terror
ocasionais, mas na visão dos seus companheiros, vo-
cê é o monstro que destrói o tentador que trai o servo
de Ruttra.
Feitos malignos recuperam sua Pontos de Mana,
desde que para você eles se encaixarem nos planos de
Ruttra. Se você se considera um Tentador, recupere
Vontade se seduzir uma pessoa fraca para o caminho
da maldade. Você é um destruidor de sonhos? Então
recupere Vontade quando desafiar a fé de outra pes-
soa. Escolha um destino, antão aja de acordo com es-
te papel.
PEDAGOGO
O Pedagogo sabe de tudo e deseja desesperada-
mente ensinar aos outros. Seja por um senso de pro-
pósito ou por desejo genuíno de ajudar os outros, o
Pedagogo se assegura de que suas mensagens sejam
ouvidas à distância, se necessário. O Arquétipo Peda-
gogo pode incluir desde mentores bem-intencionados
até verborrágicos fanfarrões que adoram ouvir suas
vozes.
Recupere Pontos de Mana sempre que você vir ou
ouvir falar de alguém que tenha se beneficiado da sa-
bedoria compartilhada por você.
Penitente
Você sabe que pecou; todo clérigo o acusa, e todo
sonho revela a profundidade de depravação que sente
por dentro. Não importa quão inofensivas ou inocen-
tes sejam suas ações, você sabe que a Sociedade é
uma pecadora. Sabendo disso, você tenta remediar
seus pecados sempre que puder.
Um personagem com está Natureza é um caso
muito interessante; ele conhece o seu papel no desti-
no, mas se arrependem de suas ações, especialmente
as escolhas que faz para si. Predestinação e vontade
próprias são tópicos polêmicos para serem discutidos
nessa área; por um lado, a sociedade é vista como
sendo intrinsecamente pecaminosa e impura conde-
nada sem a graças dos Deuses. Por outro lado, os
Deuses disseram que bastaria seu julgamento final
nas escolhas feita pelas pessoas durante suas vidas.
Como um Penitente, você sabe que ambos os lados
Capitulo quatro: criação de personagens
são verdadeiros, e decide remediar suas ações através
da caridade, autopunição.
Recupere Pontos de Mana sempre que tiver reme-
diado seus pecados mais recentes. No entanto, qual-
quer ato que realize deve se equivaler à magnitude do
crime – quanto pior o pecado, maior deve ser com-
pensação. Naturalmente, como um aventureiro, você
terá diversas oportunidades para pecar outra vez, esta
é uma fonte constante de tormento para você.
Predador
O impulso selvagem é forte dentro de você. Matar
ou morrer, sobrevivência do mais forte – estes instin-
tos milenares estão marcados nos recessos mais pro-
fundos de seu cérebro. Você sabe que a natureza não
faz prisioneiros. A forma mais certa de ficar a salvo
do perigo é estar no topo da cadeia alimentar – cabe a
você decidir se essa “cadeia alimentar” é metafórica
não.
Recupere Pontos de Mana sempre que perseguir,
atacar e derrotar outra criatura para garantir sua so-
brevivência (essa criatura pode ser uma presa ou
mesmo uma ameaça real). Derrotar inimigos particu-
larmente mortais podem render bastantes pontos de
Vontade
Rebelde
A ordem estabelecida é uma mentira. Os moldes
estão corrompidos, os nobres engordam com o traba-
lho do povo talvez seu filho tenha sido morto por um
nobre bêbado, ou talvez sua mulher tenha sido estu-
prada por algum lacaio do príncipe. Talvez você este-
ja apenas cansado de ficar na fila ou dar tudo que vo-
cê possui para aqueles que não o merecem. Neste ca-
so, você odeia a autoridade e fará todo o possível para
prejudicá-la.
Essa é uma Natureza perigosa de se possuir; até
mesmo os grupos mais liberais têm dificuldade para
lidar com o não conformismo. Todavia, você com-
preende o ódio que guia o Rebelde. Suas ações po-
dem ser sutis e seus sentimentos podem ser guarda-
dos em silencio, mas seu ódio contra estabelecida
guia seus sentimentos e suas ações.
Recupere Pontos de Mana sempre que você causar
dano à ordem que despreza. Esta “ordem” pode ser a
igreja, um lorde local, os moldes atuais ou a socieda-
de.
Samaritano
Nós somos realmente os guardiões de nossos ir-
mãos. Não importa que tipo de pessoa você tenha se
tornado, a ordem de “amem uns aos outros como eu
amei vocês” entoam nos seus ouvidos. Isso não signi-
fica que você não pode matar – os deuses matam li-
vremente, e frequentemente ordena que façamos o
mesmo – mas caso veja alguém passando por neces-
sidade, você considera que fazer o possível para aju-
dá-lo é uma ordem sagrada.
As necessidades de um Samaritano não estão liga-
das apenas à religião. Afinal de contas, cuidar do
próximo é apenas bom senso num mundo árduo. Oca-
sionalmente, algumas pessoas iram se aproveitar de
você, mas este é o preço para o ajudar os outros. Tal-
99
 Oito Luas
vez essa seja para você a única maneira de repara
seus pecados.
Sempre que você ajudar outra pessoa em necessi-
dade ou sacrificar algo para o bem-estar de outrem,
você pode recuperar Pontos de Mana. Esta ajuda pode
ser tão simples quanto uma batida nas costas no mo-
mento certo, ou tão drástica quando uma intervenção
no último minuto frente a uma alcateia de lobos.
Sobrevivente
Não importa como, você sempre consegue sobre-
viver. Você pode resistir recuperar-se, atravessar e
sobreviver quase qualquer tipo de circunstância. Não
importa se você viaje em grupo ou cande sozinho,
preservar a si mesmo é sua principal motivação.
Quando as coisas ficam difíceis, você toca em frente.
Nunca se entrega, e nunca desiste – jamais. Nada o ir-
rita mais do que uma pessoa que não se esforça para
melhorar as coisas, ou que se rende frente ao destino
ou contratempos. É sua maneira de se preservar. Não
importam quais sejam as probabilidades, você sempre
sai de pé, se não sair engatinhando. Quantos guerrei-
ros podem dizer o mesmo?
Recupere Pontos de Mana sempre que sobreviver
a uma situação difícil através de sua própria esperteza
e perseverança, ou seja, bem-sucedido em ensinar ou-
tras pessoas a fazer o mesmo.
Solitário
Você está sempre só, mesmo no meio de uma
multidão. Você é um peregrino, um caçador, um lobo
solitário; talvez você viaje de cidade em cidade como
um guerreiro de aluguel ou jogador viajante, ou tal-
vez se esconda até que os eventos exteriores se tor-
nem importantes demais para serem ignorados.
A solidão é seu destino, é seu prazer. Embora os
outros possam considerá-lo solitário, desamparado ou
distante, você simplesmente prefere a sua própria
companhia à dos outros. Existem muitas razões dife-
rentes para que isso seja assim: você não compreende
as pessoas, compreende bem demais, as pessoas não
gostam muito de você, as pessoas gostam demais de
você ou você simplesmente vive perdido em seus
próprios pensamentos. Suas razões são assunto pes-
soal.
Quando você consegue realizar alguma tarefa sig-
nificativa sozinho ou sem ajuda dos outros, mas que
ajude o grupo de alguma forma readquira Pontos de
Mana com base no significado da realização.
Atributos
Especializações
Para cada Atributo ou Habilidade com um nível 6
ou mais, um jogador pode escolher uma especializa-
ção. Uma especialização é uma aptidão adicional –
um personagem poder ser capaz de apreciar músicas
e tocar melodias bem, mas o seu forte em particular é
tocar a flauta.
Uma especialização permite que o personagem jo-
gue com menos dificuldade, em ações envolvidas di-
retamente com esta especialização.
100 Capitulo quatro: criação de personagem
TRADICIONALISTA
Os Caminhos ortodoxos satisfazem o Tradiciona-
lista, que pretende realizar seus objetivos com méto-
dos comprovados pelo tempo. Por que mudar de dire-
ção quando o que funcionou no passado é bom o su-
ficiente? O Tradicionalista acha que o estado atual
das coisas é aceitável (e até mesmo preferível) às
mudanças que podem trazer resultados imprevisíveis.
Recupere Pontos de Mana toda vez que os méto-
dos comprovados se provarem os melhores. Além
disso, recupere um ponto de Força de Vontade toda
vez que você resistir a uma mudança para o seu pró-
prio bem.
Tirano
Ninguém pode fazer nada certo exceto você. Sem-
pre que você deixa alguma coisa aos cuidados de ou-
tra pessoa, ele estraga tudo. Portanto, você precisa vi-
giar aqueles de quem você gosta, e cuidar pessoal-
mente dos problemas sempre que possível. Não im-
porta o que faça, certifique-se de que ninguém ira o
atrapalhar. As pessoas podem não gostar disso, mas
pelo menos as coisas serão feitas corretamente, dessa
vez.
Sua liderança recupera sua Pontos de Vontade
sempre que for bem-sucedido através da obtenção,
eficácia e atenção aos detalhes.
Valentão
Você é conhecido como uma ameaça, um cara du-
rão e violento. A coisa sempre tem que ser do seu jei-
to e você não tolera que ninguém se atravesse em seu
caminho. Poder e soberania são tudo o que você res-
peita; na verdade, você só dá atenção a indivíduos
capazes de provar seu valor.
Você não vê nada de errado em obrigar os outros a
aceitarem o que você quer. Não há nada que você
goste mais do que de perseguir, importunar e intimi-
dar as pessoas que você despreza – e a verdade é que
existem poucas pessoas que você respeita. A genero-
sidade e a piedade não lhe são emoções completa-
mente estranhas, mas você se esconde do seu próprio
senso de fraqueza através da crueldade para com os
outros. Você pode proteger os fracos, mas nunca irá
tolerar tais fraquezas em si próprio.
Recupere Pontos de Mana sempre que você inti-
midar ou forçar outra pessoa a fazer o que você quer.
Essas características descrevem o quão forte, hábil e re-
soluto é um personagem; são as características primarias
de um personagem orientado para ação. As Características
Físicas dizem respeito apenas aos pontos fortes e fracos do
corpo.
Força
Esta é a medida da sua força física - sua capacidade de
erguer, carregar objetos e também de causar danos físicos.
Uma pessoa com um nível alto de Força costuma ser maior
que uma pessoa comum nível baixo. Obviamente sempre
existem exceções.
 Oito Luas
A Força é usada quando você tenta levantar, carregar,
empurrar, erguer ou quebrar alguma coisa. No combate
com Armas Brancas ela é acrescentada à sua Parada de
Dados de dano. A Força também é usada quando se deseja
realizar algum tipo de pilo ou salto.
Especializações: Pegada Firme, Ombros Largos, Bí-
ceps Protuberantes, Robustez, Punhos de Aço.
1. Fraco: Você pode erguer 20 kg.
2. Médio: Você pode erguer 50 kg.
3. Bom: Você pode erguer 125 kg.
4. Excepcional: Você pode erguer 200 kg.
5. Extraordinário: Você pode erguer 325 kg.
6. Descomunal: Você pode erguer 400 kg.
Destreza
Esta característica e uma medida do seu estado físico
geral – velocidade, rapidez e agilidade. Ela indica a capa-
cidade de se mover com agilidade e manipular objetos com
precisão e graça. A destreza inclui coordenação entre a vi-
são e as mãos, boa coordenação motora, velocidade de rea-
ção, reflexos e graça corporal.
Especializações: Reflexos Felinos, Velocidade, Equilí-
brio, Mão Leve.
1. Fraco: Você é estabanado e deve evitar ferramentas
afiadas.
2. Médio: Você pode remendar suas próprias botas.
3. Bom: Você possui um excelente potencial atlético a
ser desenvolvido.
4. Excepcional: Você pode fazer malabarismos com
cinco facas.
5. Extraordinário: Você pode fazer malabarismos com
cinco facas de olhos vendados.
6. Descomunal: Suas mãos são como serpentes dando
o bote.
Vigor
O Vigor é a medida de saúde geral e resistência à dor.
Ele indica por quanto tempo você pode manter um esforço,
assim como a quantidade de punição física que é capaz de
suportar. O vigor é a sua energia de reserva, tanto física
quanto mental, e um de seus elementos mais importantes é
à vontade de viver.
Especializações: Incansável, Resistência, Robustez,
Determinação, Inflexibilidade.
1. Fraco: Você possui uma constituição frágil, beiran-
do o doentio.
2. Médio: Você é moderadamente saudável.
3. Bom: Você esta em boa forma e provavelmente é
um trabalhador vigoroso.
4. Excepcional: Você poderia lutar por horas.
5. Extraordinário: Você poderia atravessar o Canal da
Mancha a nado.
6. Descomunal: Sua resistência se equipara a de um
animal selvagem.
Aparência
Esta Característica descreve a sua Aparência em termos
de beleza e força de presença. Você não precisa ser neces-
sariamente belo para possuir um nível elevado de aparên-
cia; precisa apenas de uma aparência que de alguma forma
atraia os outros. A aparência não é apenas a sua beleza es-
tática, de modelo, é o apelo do modo como você caminha e
fala, a sua animação e expressividade. É uma medida do
quão interessante e atraente você parece aos outros.
A aparência é vital em qualquer situação social na qual
não sejam trocadas palavras. Isso é mais importante do que
pode parecer a principio; as impressões que temos das ou-
Capitulo quatro: criação de personagens
tras pessoas são altamente afetadas pela aparência que elas
possuem, não importa o quanto sejamos compreensivos.
A aparência costuma ser usada pelo Narrador para jul-
gar superficialmente qual é a reação dos outros persona-
gens ao se encontrarem pela primeira vez com você. Por-
tanto, isso pode afetar todos os testes de Características
Sociais que você realize com essa pessoa (em alguns casos
o seu nível determina o numero Maximo de sucessos de
uma aça Social que podem ser aplicados, tornando quase
impossível para uma pessoa feia conseguir qualquer coisa
além de um sucesso mínimo).
Especializações: Comportamento Audaz, Fascínio,
aparência Estonteante, Sexy.
1. Fraco: Você tende a atrair a hostilidade dos outros.
2. Médio: Você é facilmente ignorado, pois se con-
funde com a multidão.
3. Bom: Você tem uma aparência agradável, e as pes-
soas o tratam bem.
4. Excepcional: Sua beleza o destaca das outras pesso-
as ao seu redor e impõe respeito aos demais.
5. Extraordinário: As primeiras reações podem ser de
assombro, inveja intensa ou prestabilidade absoluta.
6. Descomunal: Uma beleza como a sua não pode ser
de origem natural.
Atributos Sociais
As suas Características Sócias são vitais para determi-
nar primeiras impressões, capacidade de liderança e a natu-
reza de suas impressões com os outros.
Carisma
O carisma é uma medida de sua adaptação de seduzir e
fascinar os outros. Você usa o Carisma para conquistar
emocionalmente as pessoas e fazê-las confiar em você. Es-
ta característica é uma soma do porte, charme e poder de
influencia do personagem. O Carisma reflete o seu poder
de convencer os outros a tem fé em você.
Especializações: Charme, Eloqüência, Sociabilidade,
Encantamento, Liderança, Inspiração.
1. Fraco: Os outros evitam estar a sua volta.
2. Médio: As pessoas acham-no agradável.
3. Bom: As pessoas confiam em você e lhe fazem con-
fidencias.
4. Excepcional: Você alguma coisa que atrai as pesso-
as.
5. Extraordinário: Você poderia liderar uma nação.
6. Descomunal: Pessoas completamente estranhas po-
deriam viver e morrer por você.
Manipulação
Esta Característica mede a sua aptidão em tirar proveito
de outras pessoas, como quando deseja levar outras pesso-
as a fazerem alguma coisa. Isso é importante quando você
tenta influenciar ou manipular a outra pessoa diretamente.
Você usa a manipulação para trapacear, enganar, blefar e
passar a perna em outra pessoa.
Embora você possa ser eficiente em manipular pessoas
que acaba de encontrar, aquelas que não o conhecem são
mais difíceis de serem enganadas.
A Manipulação é usada em todas as decisões em que
você esteja tentando influenciar ou convencer outra pessoa
abertamente. O fato de a pessoa gostar de você ou não é ir-
relevante (embora isso possa afetar a dificuldade do que
você estiver tentando realizar).
Se você fracassar em uma ação de Manipulação e a ou-
tra pessoa perceber o que você está tentando fazer (você
obteve uma falha critica nos dados por exemplo), ela pode
ficar zangada. As pessoas são manipuladas o tempo todo e
101
 Oito Luas
normalmente ignoram isso. Porem, se isso passar a ser de
seu conhecimento pode ser um pensamento bastante inco-
modo. A Manipulação pode gerar grandes resultados, mas
é um risco desempenhá-la abertamente.
As pessoas que conhecem bem os personagens com
Manipulação alta não confiam nelas.
Especializações: Loquacidade, Expressividade, Astu-
cia, Persuasão, Serenidade.
1. Fraco: Você se expressa com o mínimo de palavras.
2. Médio: Os outros podem acreditar em você.
3. Bom: Você poderia obter um bom preço da maioria
dos mercadores.
4. Excepcional: Seus talentos pertencem à corte do rei.
5. Extraordinário: Você seria um poder excelente por
trás do trono.
6. Descomunal: Sua língua afiada rivaliza com a do
próprio Diabo.
Personalidade
A características Personalidade descreve o seu charme
e a familiaridade com as pessoas. Ela é vital para determi-
nar primeiras impressões, capacidade de liderança e a natu-
reza de suas intenções com os outros.
Especializações: Charme, Eloqüência, Sociabilidade,
Encantamento, Liderança, Inspiração, Loquacidade, Ex-
pressividade, Astúcia, Persuasão, Serenidade.
1. Fraco: Você se expressa com o mínimo de palavras,
fazendo com que os outros evitem estar a sua presença.
2. Médio: Você ainda é anti-social, mas os outros po-
dem acreditar em você considerando-o um pouco agradá-
vel.
3. Bom: As pessoas gostam de sua presença e você po-
deria até obter um bom preço das confidências de alguns
conhecidos.
4. Excepcional: Você tem talentos que invejam ou atrai
as pessoas mais importantes da corte.
5. Extraordinário: Seu poder de influencia fica apenas
atrás do rei e você sabe como usar isso.
6. Descomunal: Sua apresentação para os outros é tão
forte que desconhecidos dariam a vida pela sua causa.
Vontade
A Vontade mede a capacidade de um personagem em
sobrepujar as necessidades e os desejos que podem tentá-
lo. Ela também pode ser usada para trabalhar ou resistir a
poderes mentais.
Especializações:
1. Fraco: Tímido
2. Médio: Hesitante
3. Bom: Certo
4. Excepcional: Confiante
5. Extraordinário: Controlado
6. Descomunal: Vontade de ferro
Atributos Mentais
As Características mentais representam a capacidade
mental total do seu personagem, incluindo coisas como
memória, percepção, e a habilidade de aprender e pensar.
Percepção
Esta Característica indica o seu grau de consciência do
cenário que o cerca. Embora ocasionalmente esta seja uma
ação consciente, como quando você esta procurando por
alguma coisa, ela costuma funcionar intuitivamente – você
simplesmente nota alguma coisa. Em termos de simples,
Percepção é uma sensibilidade do mundo, um habito man-
ter os olhos e os ouvidos abertos, bastante comum entre as
102 Capitulo quatro: criação de personagem
crianças (para quem o mundo é um lugar vasto e misterio-
so) e raramente ocorre entre os indivíduos mais maduros.
A Percepção é usada para determinar se você possui
capacidade de compreender ou de estar atento a um deter-
minado fato ou conceito. Ele pode ajudar a identificar o
quanto você esta alerta para emboscadas, as entrelinhas do
discurso do nobre e as sutilizas da cor numa determinada
pintura.
Especializações: Introspecção, Atenção, Paranóia, Vi-
são Aguçada.
1. Fraco: Você é cego a tudo que não seja obvio.
2. Médio: Você não percebe interações sutis que acon-
tecem a sua volta.
3. Bom: Você percebe os ânimos e as texturas.
4. Excepcional: Você sempre alerta as nuanças da Cida.
5. Extraordinário: Você é capaz de achar uma agulha
no palheiro.
6. Descomunal: Você percebe coisas invisíveis ao olho
humano.
INTELIGÊNCIA
Sua inteligência representa tanto sua memória, quanto a
sua habilidade de aprender e pensar. Ela é importante para
Habilidades que requeiram esforço mental complexo. Al-
guns a descrevem como a rapidez da mente ou de julga-
mento, porem é mais do que isso – é a facilidade de com-
preender e a capacidade de avaliar e racionalizar. A Inteli-
gência é uma medida de flexibilidade e profundidade dos
pensamentos de cada um.
Especializações: Discernimento, Criatividade, Memó-
ria, Aguçada, Conhecimento, Pensamento Claro.
1. Fraco: Incivilizado.
2. Médio: Você pode aprender as manhas de uma pro-
fissão.
3. Bom: Você poderia adquirir uma competência mode-
rada em diversas áreas.
4. Excepcional: Você poderia dominar um campo do
conhecimento e ser o pioneiro no seu desenvolvimento.
5. Extraordinário: Seu raciocínio e idéias estão muito
alem de sua época.
6. Descomunal: Os pormenores do seu processo refle-
xivo não poderiam nem mesmo ser explicados a pessoas
inferiores.
Raciocínio
O Atributo Raciocínio descreve a sua capacidade de re-
agir com rapidez à correção a situações novas, assim como
a sua mente afiada e inteligência. Em termos simples, é
uma medida de quão rápido (e não corretamente) você
pensa. O raciocínio representa a perspicácia, esperteza e
capacidade de compreender problemas em seus termos
mais básicos.
Especializações: Inteligência, Perspicácia, Pratica
Nervos em Combate.
1. Fraco: Você nunca Desconfia dos seus superiores.
2. Médio: Você sabe quando desistir de um jogo
de dados viciados.
3. Bom: Você consegue reagir rapidamente a acidentes
e emboscadas.
4. Excepcional: Você seria um excelente general… ou
fora-da-lei.
5. Extraordinário: Reinard, a Raposa.
6. Descomunal: Sua velocidade de reação beira a intui-
ção.
Coragem
Você é uma pessoa de bravura, tenacidade e de vontade
considerável. A Coragem é uma qualidade da mente que o
 Oito Luas
possibilita a manter-se de queixo erguido ao enfrentar opo-
nentes, provações ou perigos. A coragem é usada para re-
sistir ao impulso de correr aterrorizado das coisas.
Especializações: Nervos de Aço, Imbatível, Nada o
Abala.
1. Fraco: Audaz
Habilidades
Aptidões
As Aptidões descrevem todas as Habilidades não
treinadas e intuitivas. As Aptidões nunca podem ser
treinados ou estudados, mas podem ser aprendidos
apenas através da experiência direta — normalmente
durante uma história. Se o seu personagem fizer uma
ação usando uma Aptidão que não possui, não há
efeitos sobre o teste. Joga-se um número de dados
igual ao Atributo Básico. Talentos são Habilidades
tão naturais e intuitivas que se assume que todos te-
nham alguma capacidade para cada um deles.
Atuação
Você é um especialista cm fingir emoções, crenças
ou um determinado estado de espírito. Caso fosse ne-
cessário, você seria capaz de interpretar o papel de al-
guém bem diferente de você. Entretamo, simplesmente
porque possui esta Habilidade, não significa que tenha
de usá-la de forma antiética. Muitos líderes honrados
usam-na para emprestar força e profundidade aos seus
discursos. Você é capaz de fingir lágrimas, raiva, ami-
zade e virtude.
1. Amador: Novato talentoso, você é capaz de fingir
doença.
2. Experiente: Você já participou de uma ou duas
peças tearrais sobre a paixão de Cristo.
3. Comperenre: Você poderia conseguir um empre-
go numa companhia teatral ambulante.
4. Especialista: Você pode representar um papel por
dias a fio.
5. Mestre: Você pode se tornar outra pessoa sempre
que estiver com vonradc
6. Lenda: Eles seriam enganados mesmo que pudes-
sem ler sua mente.
Possuído por: Jogadores Viajantes, Cortesãos, Jo-
gadores, Charlatães, Espiões
Especializações: Fingir, Inspirar, Fingir Emoções,
Inspirar Fé Religiosa, Mímica
Crime
Na verdade, este Talento cobre uma grande varie-
dade de atividades criminosas, incluindo tanto o co-
nhecimento dos aspectos físicos de perícias quanto à
habilidade de encontrar e lidar com grupos crimino-
sos. Dito isso, não há realmente um submundo orga-
nizado conhecido. A maioria dos criminosos age so-
zinho ou com pequenos grupos de amigos. As cidades
são simplesmente pequenas demais e os meios de
comunicação muito ruins para sustentar grandes sin-
dicados de criminosos. Apenas nas maiores cidades
podem-se encontrar grupos grandes.
Entretanto, este Talento ainda pode ser muito útil,
tanto para lidar com estes grupos dispersos quanto
para cometer pequenos crimes. Antes de tudo, o Cri-
me permite que você se misture com o ambiente local
Capitulo quatro: criação de personagens
2. Médio: Intrépido
3. Bom: Equilibrado
4. Excepcional: Notável
5. Extraordinário: Valoroso
6. Descomunal: Inabalável
sem chamar a atenção. Fofocas, roubos gírias da rua
também são auxiliadas por esse Talento. Finalmente,
pessoas habilidosas no Crime podem realizar peque-
nos atos criminosos envolvendo a destreza manual
(colocar drogas em bebidas ou cortar bolsas, entre ou-
tros).
Por exemplo, as fechaduras da Idade Média po-
dem ser abertas com Destreza + Crime (dificuldade
geralmente de 8); trocar um selo de cera de um do-
cumento para outro requer uma jogada de Inteligência
+ Crime (dificuldade 8).
1. Amador: Você pode passar por uma porta sim-
ples trancada.
2. Experiente: Você pode reconhecer um batedor de
carteiras descuidado.
3. Bom: Você poderia obter um bom preço da maio-
ria dos mercadores.
4. Especialista: Você pode ser um ladrão, falsifica-
dor ou espião excelente.
5. Mestre: Você poderia roubar as joias da cora de
um reino.
6. Lenda: Você pode pegar emprestados os dentes
caninos do rei.
Possuído por: Ladrões, Mendigos, Vagabundos, Jo-
gadores Viajantes.
Especializações: Bater Carteiras, Espalhar Boatos,
Segurança, Gírias, Abrir Fechaduras.
Empatia
Você compreende e é capaz de sentir as emoções
dos outros, estando apto a reagir apropriadamente a
elas. Você frequentemente é capaz de discernir os
motivos por trás das ações de uma pessoa simples-
mente ouvindo-a. Você também é capaz de detectar
quando lhe contam mentiras. Mas a empatia possui
um lado negativo — como você está aberta aos sen-
timentos alheios, frequentemente sente as mesmas
emoções que aqueles à sua volta.
1. Amador: Viúvas fofoqueiras acham que podem
confiar em você.
2. Experiente: De vez em quando toma para si as
dores dos outros.
3. Competente: Adquire uma noção fantástica das
motivações das outras pessoas.
4. Especialista: Nenhuma mentira passa pelo seu
escrutínio.
5. Mestre: Você costuma terminar as frases das ou-
tras pessoas.
6. Lenda: Você capta estados emocionais complica-
das através de um olhar rápido.
Possuído por: Fofoqueiros Mercadores Habilidosos,
Padres, Pais, Videntes.
Especializações: Emoções, Verdades, Problemas de
Família, Personalidades, Emoções Verdadeiras.
103
 Oito Luas
Intuição
Seus pressentimentos são bons, e você acabou
confiando neles. Às vezes, você não consegue expli-
car como sabe algo ou como sai de um emaranhado
de fatos e chega a uma conclusão brilhante, mas esse
talento mostrou-se útil a você. A intuição reflete sua
aptidão para fazer boas suposições e ter “pressenti-
mentos’. Essa Talento não é uma habilidade psíquica,
e sim um “sexto sentido” natural para fazer ligações
lógicas. a Intuição também pode fazer com que seja
possível para um personagem saber se alguém está
mentindo oi não, ou permitir que ele consiga um in-
dicio para a solução de um problema a partir de um
conjunto aparentemente pequeno de pistas. A intuição
também é uma fermenta excelente para o Narrador
fornecer informações aos jogadores.
1. Amador: Voce varias vezes tem a impressão de
que tem algo errado.
2. Experiente: Seus instintos o colocam no caminho
certo diversas vezes.
3. Competente: Você aprendeu a seguir sempre o
seu primeiro impulso.
4. Especialista: Você sabe quando tem algo real-
mente errado.
5. Mestre: Você não apenas sabe quando algo esta
errado , como também sabe a maneira de descobir quem
é o responsável.
6. Lenda: Suas intuições são tao repentinas e preci-
sas que assustam ate você mesmo.
Possuído por: Apostadores, Videntes, Interpretes,
Guarda -costas, Investigadores.
Especializações: Noção de Perigo, Surtos de Inspi-
ração, Apostas, Intuição.
conciencia
A consciência reflete um sentido quase místico pa-
ra detectar atividades sobrenaturais , essa característi-
ca detecta fenômenos incomus. Quanto maior o resul-
tado , mais o personagem poderá saber sobre o alvo .
em niveios baixos , pode ser que isso provoque ape-
nas “sensações estranhas” com determinados seres
ou objetos . com um nnumrero maior , pode ser que
consiga notar a naturezasobrenatural especiufica da-
quilo que se esta estudando.
1. Fraco: Você sempre sente algo estranho.
2. Experiente: Voce sente frequentemente vibrações
estranhas das pessoas que conhece ou dos lugares que
visita.
3. Competente: Voce não cai mais naquela de que
existe uma explicação racional pra o exesplicavel.
4. Especialista: Você consegue ver que tudo tem
uma aura, e você aprendeu o que as cores diferentes das
airas significam.
5. Mestre: Você esta o tempo todo conciente de que
não estão sozinhos; existe um mundo inteiro de criaturas
e poderes desconhecidos por ai a fora.
6. Lenda: Voce se comunica se comunica regular-
mente com o bizaro e aprende coisas novas em cada ex-
periencia.
Possuído por: Investigadores, Medius, Videntes.
Especializações: Leitura de Aura , Talismãs, Espiri-
tos, Animais.
104 Capitulo quatro: criação de personagem
Instinto Primitivo
Este talento descreve os seus instintos inatos e sua
conexão com seu passado ancestral. O Instinto Primitivo
mede a sua capacidade em funcionar não apenas como
humanóide, mas como um animal. Os humanóides habi-
litados em Instinto Primitivo encontram-se em grande
harmonia com a porção animal de sua natureza interior.
O Instinto Primitivo descreve os seus instintos básicos,
não o seu pensamento racional. Com a pratica, este Ta-
lento pode ser usado para controlar as mudanças sutis
nas formas animais.
1. Amador: Filhote recém nascido.
2. Experiente: Com concentração, você consegue
sentir em que direção fica o norte.
3. Competente: Um animal mediamente Feroz.
4. Especialista: Avisos instintivos fazem parte de
sua rotina.
5. Mestre: Seus instintos são de um animal puro.
6. Lenda: Líder do bando.
Possuído por: Predadores, Guerreiros Bárbaros, Es-
piões.
Especializações: Formas, Direções, Caça, Rastrea-
mento, Combate.
Intimidação
A arte da intimidação ocorre de diversas formas,
desde uma ameaça sutil até uma agressão física. Cada
método de intimidação tem seu tempo e lugar. Você
compreende a ciência de intimidar, e sabe como usá-
la para conseguir o que deseja. As pessoas com níveis
altos de intimidação parecem irradiar uma aura de au-
toridade.
1. Amador: Vira-latas atravessam a rua para evitá-
lo.
2. Experiente: De vez em quando você consegue in-
timidar alguém só olhando ameaçadoramente para ele.
3. Competente: O seu olhar é perturbador.
4. Especialista: Você consegue dominar estrangei-
ros na sua terra de origem.
5. Mestre: Você pode fazer animais ferozes fugirem
com o rabo entre as pernas.
6. Lenda: Os demônios em pessoa tremem a sua
presença.
Possuído por: Bandidos, Soberanos, Torturadores,
Cavaleiros.
Especializações: Olhar, Insinuações Sutis, Violência
Evidente.
Lábia
Você sabe como esconder as suas motivações;
além disso, sabe como decifrar as motivações dos ou-
tros e usá-las contra eles. Os segredos e intrigas dos
outros lhe interessam, e você procura compreender
suas fraquezas. O domínio desta perícia toma você o
melhor dos oradores, ou o melhor dos espiões.
1. Amador: Você sabe alguma coisa de diplomacia.
2. Experiente: Você poderia enganar o coletor de
impostos.
3. Competente: Você poderia cortejar duas mulhe-
res ao mesmo tempo.
4. Especialista: Você poderia vender suor de porco
como perfume.
 Oito Luas
5. Mestre: Você poderia, com o tempo, convencer
seu arqui-inimigo a confiar em você.
6. Lenda: Eles nunca saberão realmente porque o
reino caiu.
Possuído por: Cortesãos, Charlatães, Galanteadores,
Menestréis, Jogadores Viajantes, Espiões.
Especializações: Descobrir Fraquezas, Seduzir,
Omissão Seletiva, Engabelar, Lisonjear, Mudar de As-
sunto.
Liderança
Você consegue fazer as pessoas seguirem os seus
comandos e obedecerem às suas ordens mediante
exemplo e exercício de autoridade. Liderança não é
apenas conhecer as técnicas para se fazer às pessoas
seguirem você, mas principalmente ser o tipo de pes-
soa que os outros seguirão. A Liderança costuma ser
usada em combinação como Espirito.
1. Amador: Você poderia organizar um mutirão.
2. Experiente: A sua voz é dominante e você conse-
gue exigir que se faça silencio.
3. Competente: Você pode unir seus vizinhos quan-
do surgir à necessidade.
4. Especialista: Você atrai seguidores sem tentar.
5. Mestre: Você poderia ser o próximo Carlos Mag-
no.
6. Lenda: Eles costumam venere-lo ao invés de se-
gui-lo.
Possuído por: Nobres, Oficiais Militares, Condestá-
veis, Eclesiásticos.
Especializações: Comando, Oratória, Inspirador,
Amigável, Nobre, Militar.
Manha
Você é capaz de encontrar muita coisa útil nas ru-
as; informações, capangas e amor à venda, para co-
meçar. Por outro lado, você também pode, você tam-
bém pode encontrar problemas de verdade. Este Ta-
lento permite que você se misture com o cenário local
a fim de descobrir boatos interessantes e lhe ensinar
como sobreviver nas ruas simplesmente furtando ou
mendigando. Ele inclui uma queda para entender as
gírias e fazer passar por um habitante das ruas.
1. Amador: Você poderia organizar um mutirão.
2. Experiente: A sua voz é dominante e você conse-
gue exigir que se faça silencio.
3. Competente: Você pode unir seus vizinhos quan-
do surgir à necessidade.
4. Especialista: Você atrai seguidores sem tentar.
5. Mestre: Você poderia ser o próximo Carlos Mag-
no.
6. Lenda: Eles costumam venere-lo ao invés de se-
gui-lo.
Possuído por: Membros de Gilda, Bêbados, Desa-
brigados, Vadios, Investigadores.
Especializações: Punga, Atravessador, Gírias.
Ofícios
Todos Adoram a estética, as criações do artesana-
to que sejam práticas e belas são muitos estimadas.
As pericias de Ofícios são de todos os tipos – de fazer
moveis a fabricação de espadas a tatuagens – encon-
tram praticantes em todos os lugares – por exemplo
Capitulo quatro: criação de personagens
realizar cerimônias ritualísticas elaboradas com os-
sos, preparar objetos tipicamente agradável.
Deve-se escolher uma especialização – dobraduras
de papel (origami), Jardinagem, caligrafia, joalheria
etc. – para essa Aptidão Para cada pericia artesanal,
essa Habilidade precisa ser comprada outra vez.
1. Amador: Alguma Classe.
2. Experiente: Artífice.
3. Competente: Profissional Experiente.
4. Especialista: Mestre Artesão.
5. Mestre: Todos querem a sua arte.
6. Lenda: Os reis que não tem sua arte em no caste-
lo, não são reis de verdade.
Possuído por: Artesãos, Mascates, Praticantes de
Hobbies.
Especializações: Fabricação de Espadas, gravuras,
Esfoladura.
Procurar
Você tem um bom pressentimento sobre onde en-
contrar as coisas, estejam elas deliberadamente es-
condidas ou simplesmente fora do campo de visão.
Quando você se concentra para encontrar alguma coi-
sa, é capaz de usar todos os truques e assegurar-se de
ter coberto todas as possibilidades.
1. Amador: Você seria capaz de encontrar o diário
de sua irmã.
2. Experiente: Você é meticuloso ao procurar por
alterações no solo e plantas quebradas.
3. Competente: Você já saiu por ai atrás de coisas
por tempo suficiente para ter confiança em suas habili-
dades
4. Especialista: Você consegue encontrar a tampa
correta de um recipiente no fim de uma festa numa re-
publica de estudantes
5. Mestre: Nunca esta no ultimo lugar onde você
procura – esta sempre no primeiro.
6. Lenda: Ao pensar no objeto já o encontra.
Possuído por: Rastreador, Detetives, Domestica,
Policial.
Especializações: Objetos, Pessoas, Alvos Delibera-
damente Escondidos, Sons, Moveis.
Perícias
As Perícias são todas as Habilidades adquiridas
através de aprendizado ou treinamento rigoroso. Se
você tentar usar uma Perícia que não possui, o grau
de dificuldade do teste aumenta em um. Você é sim-
plesmente destreinado nas técnicas dessa Perícia, e
portanto precisa tentar realizar a tarefa com mais
afinco do que alguém que tivesse ao menos uma leve
idéia do que esta fazendo.
Empatia com animais
Os animais não se comportam da mesma forma
que os humanos sob as mesmas circunstancias. A ca-
pacidade em compreender as ações dos animais pode
ser muito útil. Os personagens habilitados em Empa-
tia com Animais não apenas podem predizer as ações
dos animais, mas também usar esse conhecimento pa-
ra acalmá-los ou enfurecê-los. A Empatia com ani-
mais também é a Perícia usada para treinar animais. É
valido lembrar que muitos animais ficam inquietos
perto de certas raças, e a Empatia com Animais é im-
105
 Oito Luas
prescindível para qualquer Personagem que planeje
montar um cavalo.
1. Amador: Você pode conquistar o carinho de um
animal domesticado.
2. Experiente: Você pode ensinar um cachorro a vir
quando você o chama.
3. Competente: Você poderia treinar um cão de ca-
ça.
4. Especialista: Você poderia ser o falcoeiro do rei.
5. Mestre: Você poderia domesticar um animal sel-
vagem.
6. Lenda: Você e as criaturas de Deus são um só.
Possuído por: Donos de Canis, Falcoeiros, Cavala-
riços, Senhores de Terras, Escudeiros, Eremitas.
Especializações: Cachorros, Répteis, Cavalos, Ur-
sos, Animais de Fazenda.
ARTESANATO
Perícias artesanais são simplesmente as perícias
profissionais polsuidas pela maioria das pessoas, que
utilizam-nas para sobreviverem. Lembre-se de que
pratícamcnre todo mundo nesta época trabalha com
as mãos. Alguns podem até realizar dois tipos de
Anesatato (por exemplo, um fazendeiro que também
ttabalha como carpinteiro), mas a maioria especializa-
se em uma.
Estas Pericias freqüentemente incluem várias ha-
bilidades ai via is. Portanto, a Agricultura não cobre
apenas semear e colher; ela inclui os cuidados com
ovelhas e animais domésticos, reparos de prédios e
conduzir carroças. A Ourivesaria permite que um
personagem avalie gemas e metais para que possa
especular quão antiga é uma jóia, etc.
Exemplos de Pericias de Artesanato incluem
Agricultura (a mais comum), Carpintaria, Ferreiro,
Vidraria, Alvenaria, Consrruçãode Rodas, Curtimen-
to, Preparação de Bebidos, Ourivesaria, Tintura, etc.
1. Amador: Um oprendiz ou trabnlhador de meio
período.
2. Experiente: Um ortesão recentemente habilirado
ou fazendeiro inexperiente.
3. Competente: Um profissional experiente e com-
petente, com umo vida razoável.
4. Especialista: Um mestre artesão respeitado.
5. Mestre: Um artesão que elevou seu oficio ao ní-
vel de arre, ou fazendeiro que poderia fazer sua planta-
ção crescer dura me uma seca.
6. Lenda: Seu melhor trabalho obviamente está
além dos poderes da capacidade de qualquer artesão
humano.
Possuído por: Artesãos, Fazendeiros, Cidadãos
Especializações: Detalhes, Trabalhar rapidamente,
Inventivo,
Organizaç.'lo, Avaliação.
Etiqueta
Você compreende as pequenas nuanças da vida
social, estando apto a comportar-se de maneira tanto
discreta quanto elegante. Você sabe como conviver
bem com a sociedade, seja ela cortesã ou rústica. A
sua especialidade é a cultura com a qual esteja mais
familiarizado. Você usa Etiqueta durante ações como
106 Capitulo quatro: criação de personagem
dançar, seduzir e barganhar. A Etiqueta também é
usada em questões diplomáticas.
1. Amador: Você sabe quando calar a boca.
2. Experiente: Você sabe como se dirigir a um lorde
ou conselheiro local.
3. Competente: Você compreende as nuanças do
comportamento na corte.
4. Especialista: Você poderia se entender com prati-
camente qualquer pessoa.
5. Mestre: Você poderia colocar inimigos jurados
lado a lado na mesma mesa e mente-los contente.
6. Lenda: Você poderia levar cinco mongóis a um
baile espanhol sem ofender ninguém.
Possuído por: Emissários, Nobres, Arauto, Corte-
sãos, Damas de Companhia.
Especializações: Maneiras Cortesãs, Cultura de
Rua, Camponeses, Hábitos Estrangeiros.
Caçar
Voce é habilidoso em emcontrar e matar animais
pra alimentar-se ou por pratica de esporte . em terre-
no familiar , você pode predizer tipo, nuimero e pro-
vavelmente a localizações de animais comestíveis,
conhecendo também as melhores formas de encontra-
los e mata-los.
1. Amador: Você pega os animais domésticos perto
de sua casa.
2. Experiente: Caçador domingueiro.
3. Competente: Entusiasta ou escudeiro.
4. Especialista: Cavaleiro ou Mercenario.
5. Mestre: Caçador experiente.
6. Lenda: è comparado a um animal selvagem na
caçada.
Possuído por: Caçadpres, Soldados , Campistas.
Especializações: Floresta Temperada, Selva, Caa-
tinga, Montanha, Costa, Artico, Desertos.
Diplomacia
Você tem a habilidade de se relacionar com pes-
soas de todos os tipos e crenças. Até mesmo ao lidar
com assuntos delicados você é capaz de obter resul-
tados sem pisar em muitos calos. Você é habilitado
para realizar negociações delicadas e mediar disputas
- relacionar-se com os outros sem recorrer a manipu-
lações explícitas e sem perder de vista os seus pró-
prios objetivos. Esta Habilidade consiste em um co-
nhecimento das regras formais do dá e toma, bem
como as regras oficiais de conduta cultural e educa-
ção.
1. Amador: Você pode apartar brigas entre jovens
na rua.
2. Experiente: Os amigos pedem que você resolva
as coisas para eles.
3. Competente: Você daria um ótimo administrador.
4. Especialista: Você poderia ser um negociador
profissional.
5. Mestre: Você pode apaziguar praticamente qual-
quer situação de conflito, desde disputas pessoais até
guerras religiosas.
6. Lenda: Todas as pessoas ouvem as suas palavras
como sendo a lei do reino.
Possuído por: Professores, Negociadores de Sindi-
cato, Políticos, Magnatas, Diplomatas, Administradores
de Recursos Humanos, Conselheiros.
 Oito Luas
Especializações: Mediação, Negociação, Protocolo,
Relações Internacionais, Indústria, Relações Públicas,
Tato.
Escapologia
Você é habilidosa em varias técnicas que lhe per-
mitem escapar de correntes e amarras. Está Perícia é
usada principalmente para entretenimento, mas tam-
bém pode ser útil na vida real, sobretudo quando a
magia não é uma opção.
1. Amador: Animador de festa infantil; você conse-
gue escapar de cordas ou correntes frouxas ou mal
amarradas.
2. Experiente: Artista amador; você é capaz de es-
capar de cordas ou correntes mais ou menos bem amar-
radas.
3. Competente: Artista profissional; você consegue
escapar de algemas e correntes.
4. Especialista: Estrela; você consegue escapar de
uma camisa de força.
5. Mestre: Como é que faz essas coisas.
6. Lenda: Não existe construção que possa prendê-
lo.
Possuído por: Artistas, Espiões, Amadores, Deteti-
ves.
Especializações: Truques de Mágica, Cordas, Cai-
xas, Trancas, Fuga Submarina, Algemas, Exibicionis-
mo, Chaves de Braço, Prisões.
Herborismo
Você pode compor e Importante no Mundo Medi-
eval, esta perícia cobre a identificação preparação de
ervas para cozimento, curas malefício. Você pode
achar, preparar, misturar e preservar as ervas para
qualquer um desses propósitos.
1. Amador: Você viu sua mãe preparar ervas.
2. Experiente: Você aprendeu tudo o que sua mãe
sabia.
3. Competente: Especialista da vila.
4. Especialista: As pessoas vêm de vilas vizinhas
para comprar suas ervas e remédios.
5. Mestre: Você poderia ter uma vida excelente co-
mo um boticário.
6. Lenda: Alguns dizem que você pode ressuscitar
os mortos.
Possuído por: Feiticeiras de Vilas, Cozinheiros, Cu-
randeiros, Bandidos.
Especializações: Culinária, Ervas Medicinais, Ervas
Venenosas, Narcóticos, Ervas como Talismãs
Musica
Você pode compor e tocar música; para cada nível
que possui, você sabe como tocar um instrumento.
Obviamente, quanto mais alto for o seu nível, melhor
você é tocando os seus instrumentos, especialmente o
primeiro que aprendeu. Esta também é a capacidade
de compor música - quanto mais alto for o nível,
maior será a sua capacidade musical. Você deve de-
cidir que instrumentos tocará.
Entre os instrumentos medievais típicos estão
aflauta, odmbalo, a harpa, o alaúde e o saltério.
1. Amador: Você consegue tocar uma melodia e obter
um ou dois acordes.
2. Experiente: Sua voz se destaca ao cantarem hinos.
Capitulo quatro: criação de personagens
3. Competente: Você poderia viver razoavelmente co-
mo um trovador.
4. Especialista: Sua habilidade é surpreendente e memo-
rável.
5. Mestre: Você podia compor antes dos três anos de
idade.
6. Lenda: Dizem que sua música faz com que as pedras
vertam lágrimas.
Possuído por: : Menestréis, Cantores, Damas Nobres, Mon-
ges, Bardos.
Especializações: Harpa, Composição, LCrica, Canto, Mú-
sicas Obscenas
Cavalgar
Você está apto a cavalgar confortavelmente num ca-
valo, e com prática pode ser capaz de lutar montado.
Você também pode estimar o valor aproximado de
um cavalo, está familiarizado com seu arreio (rédeas,
celas, etc.) e pode descobrir doenças e defeitos ób-
vios.
1. Amador: : Segure-se, fique quieto e não tente
galopar
2. Experiente: Voce pode fazer seu cavalo galo-
par, dar pequenos saltos, etc.
3. Competente: Você pode cavalgar numa caçada
ou batalha, pular cercas com segurança e andar
o dia todo sem ficar dolorido.
4. Especialista: Perfeitamente à vontade sobre
uma cela, você poderia cavalgar por semanas
sem desconforto.
5. Mestre: : Se você quisesse, poderia ficar de pé
sobre a cela, agarrar lenços no chão ou realizar
outros truques admiráveis.
6. Lenda: Você conhece as capacidades do seu
cavalo mais do que ele mesmo, e pode utilizá-
las da maneiraquedesejar.
Possuído por: Cavaleiros, Escudeiros, Nobres, Mensa-
geiros, Caçadores, Oficiais, Mercadores Ricos, Sacerdo-
tes.
Especializações: Saltos, Velocidade, Combate Mon-
tado, Truques, Floresta.
Ofícios
Todos Adoram a estética, as criações do artesana-
to que sejam praticas e belas são muitos estimadas.
As pericias de Ofícios são de todos os tipos – de fazer
moveis a fabricação de espadas à tatuagens – encon-
tram praticantes em todos os lugares – por exemplo
realizar cerimônias ritualísticas elaboradas com os-
sos, preparar objetos tipicamente agradável.
Deve-se escolher uma especialização – dobraduras
de papel (origami), Jardinagem, caligrafia, joalheria
etc. – para essa Aptidão Para cada pericia artesanal,
essa Habilidade precisa ser comprada outra vez.
1. Amador: Alguma Classe.
2. Experiente: Artífice.
3. Competente: Profissional Experiente.
4. Especialista: Mestre Artesão.
5. Mestre: Todos querem a sua arte.
6. Lenda: Os reis que não tem sua arte em no caste-
lo, não são reis de verdade.
Possuído por: Artesãos, Mascates, Praticantes de Hob-
bies.
107
 Oito Luas
Especializações: Fabricação de Espadas, gravuras, Es-
foladura;
Furtividade
A Furtividade é a habilidade em esgueirar-se ou
esconder-se ser visto ou ouvido, sendo o teste geral-
mente feito contra o nível de Percepção de outro per-
sonagem. A Furtividade é de extrema importância
quando os caçadores realizam a Caçada.
7. Amador: Você pode se esconder no escuro.
8. Experiente: Você pode se esconder nas sombras.
9. Competente: Você é um excelente caçador.
10. Especialista: Você poderia caminhar em silencio
sobre cinco centímetros de folhas secas.
11. Mestre: Você poderia se esgueirar até uma alca-
teia de lobos.
12. Lenda: Só o percebem quando for tarde demais.
Possuído por: Ladrões, Espiões, Batedor, Caçado-
res, Aventureiros.
Especializações: Espreitar, Esconder-se, Emboscar,
Sombras, Multidões, Arrastar-se.
Conhecimentos
Os Conhecimentos incluem todas as Habilidades
que exigem a aplicação rigorosa da mente, e não do
corpo, de modo que nada além das Características
Mentais pode ser usado para modificar os testes de
Conhecimentos. Embora os níveis classifiquem os
Conhecimentos em graus de escolaridade, a escola
não é a única forma de adquirir Conhecimentos —
apenas a mais comum. Estas são, em sua maioria,
Habilidades escolásticas, mas também é possível
aprendê-las sozinho ou com um tutor.
Se você não possui um Conhecimento, não pode
nem mesmo tentar fazer uma jogada que o envolva.
Porem existem exceções, quando o Narrador deter-
mina que a jogada envolva informações triviais que
qualquer um tenha a chance de conhecer.
Acadêmicos
Este conhecimento envolve as ciências humanas:
Artes, Filosofia, História, Literatura e outros conhe-
cimentos básicos sobre a cultura humana, do tipo que
aprendemos na escola. Este conhecimento funciona
como uma espécie de "Ciências Gerais," e pode ser
bastante útil em diversas situações.
1. Amador: Você sabe que como o mundo surgiu.
2. Experiente: Seus conhecimentos sobre a cultura
humana são gerais, mas abrangentes.
3. Competente: Você é procurado pelo grande nú-
mero de informações que possui a respeito da evolução
humana.
4. Especialista: Talvez você seja conhecido mundi-
almente.
5. Mestre: Você é um dos melhores do ramo em sua
área de estudo.
6. Lenda: Na sua área somente os Deuses conhecem
mais do que você.
Possuído por: Humanos, elfos etc.
Especializações: Qualquer disciplina específica.
108 Capitulo quatro: criação de personagem
Sobrevivência
O campo é um lugar perigoso, pelo menos para
aqueles que não o compreendem. A perícia de Sobre-
vivência inclui buscar abrigo, encontrar uma rota di-
reta até algum lugar, obter segurança relativa no
campo e rastrear. Quando usar Furtividade no campo,
um personagem não poderá jogar mais dados para sua
Furtividade do que o seu nível em Sobrevivência.
1. Amador: Você pode sobreviver a um percurso de
dez quilômetros.
2. Experiente: Está familiarizado com o campo.
3. Competente: Você pode se alimentar adequada-
mente por longos períodos de tempo.
4. Especialista: Você se sente à vontade no campo
5. Mestre: Você poderia viver da terra por anos a fio.
6. Lenda: Você não teme nem o deserto nem a tun-
dra.
Possuído por: Bárbaros, Caçadores, Bandidos, Re-
fugiados, Eremitas.
Especializações: Rastrear, Montanhas, Plantas Co-
mestíveis, Pântano, Caçar.
Artes
Perícias de Artes são simplesmente as perícias
profissionais possuídas pela maioria das pessoas, que
as utilizam para sobreviverem. Lembre-se de que pra-
ticamente todo mundo nesta época trabalhava com as
mãos. Alguns podem até realizar dois tipos de Arte-
sanato (por exemplo, um fazendeiro que também tra-
balha como carpinteiro), mas a maioria especializa-se
um uma. Sendo que pode encontrar Artes mais exóti-
cas como tortura e outras.
Exemplos de Perícias de Artes incluem Agricultu-
ra (a mais comum), Carpintaria, Ferreiro, Vidraria,
Alvenaria, Construção de Rodas, Curtimento, Preparo
de Bebidas, Ourivesaria, Tintura, etc.
1. Amador: Um aprendiz ou trabalhador de meio
período.
2. Experiente: Um artesão recentemente habilitado
ou fazendeiro inexperiente.
3. Competente: Um profissional experiente e com-
petente, com uma vida razoável.
4. Especialista: Um mestre artesão respeitado.
5. Mestre: Um artesão que elevou seu oficio ao ní-
vel de arte, ou fazendeiro que poderia fazer sua planta-
ção crescer durante uma seca.
6. Lenda: Seu melhor trabalho obviamente está
além dos poderes da capacidade de qualquer artesão
humano.
Possuído por: Artesões, Fazendeiros, Cidadãos.
Especializações: Detalhes, Trabalhar rapidamente,
Inventivo, Organização, Avaliação.
Investigação
Você é treinado para notar todos os tipos de deta-
lhes que poderiam ser ignorados pelos outros, poden-
do em níveis elevados agir como detetive. Este Co-
nhecimento também reflete a capacidade de um per-
sonagem em realizar pesquisas, seja em bibliotecas
(raro) ou através de entrevistas.
 Oito Luas
1. Diletante: Você notaria as pegadas no chão do es-
tábulo.
2. Estudante: Você conseguiria informações pagan-
do algumas bebidas.
3. Instruído: Você pode diferenciar um incêndio
acidental de um deliberado.
4. Erudito: Você percebe minúcias através de uma
investigação rápida do quarto.
5. Sábio: Poucos conseguem fugir de você.
6. Visionário: Você poderia ganhar a vida perse-
guindo Assassinos e Demônios.
Possuído por: Espiões, Guardas, Coletores de Im-
postos, Abade, Caçadores de Aluguel.
Especializações: Busca, Espreitar, Localizar Infor-
mante, Registros Monásticos, Seguir.
Direito
Não existem prisões como instituições formais, e
os direitos de um criminoso frequentemente são e que
a autoridade local acha que deve conceder. Este Co-
nhecimento permite que os personagens saibam o que
é ilegal nas localidades e como as infrações severas
são punidas. Mais frequentemente, este Conhecimen-
to permite que juízes, oficiais e governantes locais
arbitrem disputas de propriedade e coisas do gênero.
Numa sociedade feudal, as leis de propriedade são de
importância imprescindível.
1. Diletante: Conhecimento prático; guarda da cida-
de.
2. Estudante: Capitão da guarda
3. Instruído: Oficial da cidade.
4. Erudito: Juiz experiente.
5. Sábio: Rei Salomão.
6. Visionário: Hamurabi era um aspirante compara-
do a você.
Possuído por: Guardas, Juízes, Criminosos, Gover-
nantes.
Especializações: Cortes, Leis Locais, Punições,
Criminosos, Leis de Propriedade, Direitos dos Nobres.
ENIGMAS
Enigmas é o estudo de charadas e outros jogos
mentais. Aqueles que são bons em Enigmas possuem
um gosto em adivinhar mistérios e resolver charadas.
Seja juntar pistas para descobrir a localização de uma
cidade perdida no Inferno ou resolvendo as palavras
cruzadas do jornal diário, você usa este Conhecimen-
to.
1. Diletante: Acabou um grande quebra-cabeças em
alguns dias.
2. Estudante: Acabou um grande quebra-cabeças em
uma hora ou mais.
3. Instruído: Acabou um grande quebra-cabeças em
menos de um minuto.
4. Erudito: Sua vida é descobrir mistérios.
5. Sábio: Nada pode te derrotar em uma competição
de enigmas.
6. Visionário: Batman. O Charada não tem chance,
não é mesmo?
Possuído por: Detetives, programadores, criadores
de jogos, RPGistas
Capitulo quatro: criação de personagens
Especializações: Charadas, visões, anagramas, pis-
tas, quebra-cabeças.
POLÍTICA
Este conhecimento proporciona uma familiaridade
com a política atual, incluindo as pessoas no coman-
do e como elas chegaram lá. Ela pode ser aplicada pa-
ra quase qualquer organização, desde as Igrejas e
templos até a prisão local. Esta pode se ruma Habili-
dade essencial quando se tenta lidar com autoridades
morrais. Esra Habilidade exerce alguma influ ência
sobre você mesmo ser um político capaz. Uma longa
familiaridade com o assumo pode ocasionalmente
despertar certas idéias...
1. Diletante: Observador casual
2. Escudante: Arauto local
3. Instruído: Herdeiro ambicioso
4. Erudito: Cortesão
5. Sábio: Eminência parda
6. Visionário: Você sabe quando irão surgir as rebe-
liões
Possuído por: Lordes, Cortesãos, Arauros, Bofoes.
Especializações: Feudalismo, Cidade, Religião, He-
ráldica, Hierarquias Familiares.
Ocultismo
Este Conhecimento é um apanhado geral de fol-
clores locais, textos arcanos, lendas antigas e a maio-
ria das outras formas de fatos ou rumores sobrenatu-
rais. Esta compreensão do lado mais sinistro do mun-
do inclui conhecimento de maldiçoes, rituais, magia e
misticismo, e contém muitas especulações e fantasia.
Este Conhecimento é de interesse fundamental para
muitos aventureiros e persegui-lo pode vir a se tornar
uma faceta essencial de sua crônica. Um nível quatro
ou cinco indica um conhecimento profundo do des-
conhecido e outros aspectos do oculto (cuja maior
parte é patentemente falso).
1. Diletante: Você ouviu algumas lendas.
2. Estudante: Você ouviu os delírios da feiticeira lo-
cal.
3. Instruído: Você encontrou provas para sustentar
algumas das suas crenças.
4. Erudito: Você encontrou grandes segredos es-
condidos entre as tolices
5. Sábio: Instruído completamente em muitos dos
grandes mistérios. Você não precisa do seu senhor para
dizer-lhe o que está acontecendo!
6. Visionário: Você pode recitar literalmente aquilo
que até os Conjuradores pensavam ter sido perdido.
Possuído por: Eruditos Hereges, Pagãos, Conjura-
dores Limitados, Cabalista.
Especializações: Vampiros, Bruxas, Poderes Místi-
cos, Cultos, Sabedoria Antiga, O Cabala.
Conhecer Território
Você está familiarizado com uma área especifica –
normalmente um protetorado uma cidade ou floresta
– e conhece a paisagem, a história, os habitantes e po-
lítica deste lugar. Este conhecimento também fornece
um “quem é quem” básico da sociedade desta área.
1. Diletante: Você sabe bastante para um forasteiro.
2. Estudante: Você deve ter morado por um dou
dois meses nesta área.
109
 Oito Luas
3. Instruído: Você deve ter morado de 5 a 10 anos 1. Diletante: Você sabe algo sobre como fechar fe-
nesta área. rimentos.
4. Erudito: Você mora nesta área desde a sua infân- 2. Estudante: Você pode sangrar uma pessoa com
cia. poucos riscos.
5. Sábio: Você é um nativo e nunca deixou a área. 3. Instruído: Você pode diagnosticar e tratar doen-
6. Visionário: Você conhece cada pedra, córrego e ças simples.
cada fresta da área. 4. Erudito: Você pode realizar um parto e raramente
Possuído por: Vigias, Lideres de Seitas, Assassinos, deixar que a mãe morra.
Rastreadores. 5. Sábio: Você pode avançar a medicina para o pró-
Especializações: História, Geografia, Vida Selva- ximo nível em sua área de especialização.
gem. 6. Visionário: Suas artes de cura são tão esplendidas
Linguística que alguns dizem que você é um Avatar de algum dos
Considera-se que você possa falar a sua língua na- Deuses.
tiva, mas você precisa comprar outras línguas que de- Possuído por: Boticários, Parteiras, Barbeiros, Ci-
rurgiões de Campo.
seje que seu personagem domine. Para cada nível de
Especializações: Ervas, Tratamento de Venenos, Fe-
Linguística, o seu personagem pode falar fluentemen- rimentos de Batalha, Doenças, Sangria, Parto, Cirurgias
te outra língua. Contudo, a linguística também confe- Simples, Primeiros Socorros, Diagnostico.
re ao personagem uma compreensão da estrutura da
Ciências
língua, que por sua vez é à base do pensamento. Com
Você tem pelo menos uma compreensão básica de
esta Habilidade, podem-se identificar sotaques. Você
metalurgia, botânica, biologia, engenharia e astrono-
também tem uma chance de compreender frases de
mia. Seu conhecimento é influenciado pelas crenças e
línguas relacionadas às línguas que você conhece.
superstições locais; ainda assim, você tem uma
Nota: você não precisa comprar este Conhecimen-
aprendizagem pratica suficiente para ser bem requisi-
to para falar o Comum se já possuir Instrução.
tado.
1. Diletante: Uma língua adicional.
1. Diletante: Você foi aprendiz de um ferreiro ou
2. Estudante: Duas línguas adicionais.
monge.
3. Instruído: Três línguas adicionais.
2. Estudante: Você estudou as ilustrações na biblio-
4. Erudito: Quatro línguas adicionais.
teca da abadia.
5. Sábio: Cinco línguas adicionais.
3. Instruído: Você tem conhecimento sobre fortifi-
6. Visionário: Oito línguas adicionais.
cações básicas e é uma autoridade local sobre animais
Possuído por: Viajantes, Eruditos, Diplomatas, In-
da floresta.
térpretes.
4. Erudito: Você pode projetar maquinas de guerra
Especializações: Palavrões, Linguagem Técnica,
(e maneiras de detê-las).
Diplomacia ou Política.
5. Sábio: As esperanças de alquimistas por toda par-
Medicina te estão sobre seus ombros.
A medicina medieval é muito primitiva para os 6. Visionário: Você esta realmente à frente do seu
padrões modernos. Até a cirurgia interna mais sim- tempo, e certamente se dará bem na Renascença.
ples tem um fator de dificuldade 9. Em termos práti- Possuído por: Alquimistas, Engenheiros, Eremitas,
cos, este Conhecimento só é útil para "primeiros so- Arquitetos, Ferreiros, Sábios do Oriente.
corros" básico - parar uma hemorragia, tratar de Especializações: Biologia, Astronomia, Botânica,
queimaduras - e para procedimentos simples como Astrologia, Metalurgia, Engenharia.
tratar de fraturas, febres ou impedir que ferimentos
infamem.
Técnicas Corpo-a-corpo
Técnicas são as habilidades de combate aprendidas pelos jogadores. Elas são à base de todos os estilos
e Manobras Especiais. Técnicas são niveladas em pontos. Quanto mais pontos um personagem tem em
uma Técnica, melhor ele é com as manobras que envolvem aquela Técnica.
Soco 3. Competente: Você é bom. Pode atingir pratica-
Todo e qualquer golpe envolvendo as mente qualquer lugar de um inimigo e quebrar tabuas
mãos é considerado parte da Técnica Soco. com as mãos nuas.
4. Especialista: Suas mãos são como armas letais.
Socos podem ser golpes diretos com os pu-
Você consegue socar através de paredes de madeira e
nhos fechados, golpes laterais com as mãos quebrar ossos.
esticadas, golpes perfurantes com os dedos. 5. Mestre: Você pode matar com as mãos. Consegue
Quase todos os golpes envolvendo a mão e, derrubar oponentes inferiores com apenas um golpe, e é
em alguns casos, outras partes do braço são considerado por deixar marcas em placas de aço.
considerados socos. 6. Lenda: Quando em as suas mãos já é tarde demais.
1. Amador: Você sabe que deve colocar o
polegar do lado de fora do punho fechado. Chute
2. Experiente: Seus oponentes em tavernas A Técnica de Chute inclui a maioria dos movimen-
raramente se levantam. tos com as pernas e pés. Há muitos tipos diferentes de

110 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas
chutes. Cada estilo dá ênfase diferente ao va-
lor deles em combate. Todos os estilos con-
cordam, contudo, que um mestre da Técnica
Chute é capaz de desferir ataques impressio-
nantes.
1. Amador: Você algumas vezes consegue
manter o equilíbrio quando chuta.
2. Experiente: Você consegue colocar o pé
acima da cabeça e mantê-lo lá.
3. Competente: Você é capaz de desferir
chutes de força impressionante.
4. Especialista: Movimentos estonteantes,
brilhantes e mortais são possíveis.
5. Mestre: Sua habilidade de chute é lendá-
ria. Você é capaz de esmagar a maioria dos
oponentes.
6. Lenda: Você consegue se quiserem esco-
var os dentes com as pernas.
Bloqueio
Bloqueios funcionam um pouco diferente
das outras Técnicas. A maioria não causa da-
no, mas quando mais pontos um personagem
tem em Bloqueio, mais efetiva será sua defe-
sa e mais dano você consegue deter. Além
disso, muitas manobras avançadas de blo-
queio estão disponíveis apenas para os mes-
tres desta Técnica.
1. Amador: Você consegue colocar a mão
diante da cara.
2. Experiente: Você consegue bloquear
muitas manobras básicas com algum sucesso.
3. Competente: Você é muito bom em deter
um golpe antes que ele atinja você.
4. Especialista: Suas manobras de bloqueio
vão muito além de deter socos e chutes. Agora
você consegue se defender de ameaças ainda
maiores.
5. Mestre: Você se defende com graça e
precisão insuperáveis. Todos os golpes, exceto
os mais potentes, não conseguem ferir você.
6. Lenda: Pouco caio no mundo pode arra-
nhá-lo.
Agarrar
A Técnica Agarrar pode ser usada em uma
variedade de manobras estonteantes e devas-
tadoras. Apresamentos podem ser usados para
executar chaves e projeções, e ambos podem
fazer com que o oponente desista rapidamen-
te. Apresamento tem uma limitação de alcan-
ce e podem ser difíceis de executar contra um
oponente rápido. Porem um habilidoso na
Técnica de Apresamento apenas precisa che-
gar perto do seu oponente uma ou duas vezes
para deixá-lo indefeso.
1. Amador: Você praticou quando era cri-
ança e ainda se lembra.
2. Experiente: Você conhece algumas imo-
bilizações e algumas projeções.
3. Competente: Você é muito bom.
4. Especialista: Você é um lutador conheci-
do no mundo todo e costuma esmagar ou arre-
Capitulo quatro: criação de personagens
messar alguém tolo o bastante para chegar perto de você
na briga.
5. Mestre: suas chaves são rápidas como relâmpagos
e sua pegada é como cola.
6. Lenda: Quando você pega o oponente não conse-
gue mais sair do aperto.
Esportes
Quão rapidamente consegue percorrer a distância
entre você e seu oponente? A técnica de Esportes diz
quão longe você consegue chegar. Quanto mais alto o
nível em Esportes, mais alto você salta, mais longe
você chega numa arremetida e mais rapidamente você
recua. Esportes são uma parte integral de quase todas
as manobras, e a muitas Manobras Especiais para Es-
portes.
1. Amador: Você consegue andar em linha reta –
quando você se concentra.
2. Experiente: Você pode ter participado de algu-
mas corridas quando criança.
3. Competente: Você consegue surpreender seus
inimigos com seus movimentos rápidos.
4. Especialista: Você poderia ter sido um acrobata
profissional – artista de rua famoso.
5. Mestre: Você pode saltar sobre uma casa pe-
quena sem muita dificuldade…
6. Lenda: Dizem que sua habilidade é insuperável.
Foco
A mente e o espírito podem ser canalizados para a
realização de feitos impressionantes. Quanto mais de-
senvolvida é a mente, mais energia um personagem
pode canalizar para realizar atos verdadeiramente so-
brenaturais. Foco governa todas as Manobras Especi-
ais acima e além do entendimento normal da humani-
dade. Bolas de fogo, controle da bio-eletricidade, tele-
patia e teleportação aguardam o estudante que aprimo-
ra seu Foco.
1. Amador: Você consegue colocar a mão sobre uma
chama e não sentir dor imediatamente.
2. Experiente: Você começou e explorar os mistérios
da mente. Tem certo grau de controle sobre seus poderes
místicos.
3. Competente: Você está começando a entender os
verdadeiros mistérios do eu interior. Você agora tem o
controle para aprender alguns dos mais profundos segre-
dos da alma.
4. Especialista: Você atingiu o quase perfeito domí-
nio da sua mente e espírito. Você consegue realizar gran-
des feitos focalizando sua força interior.
5. Mestre: Você verdadeiramente atingiu a maestria
da mente e do espírito. Muitos irão procurá-lo para
aprender com seus ensinamentos.
6. Lenda: Seu corpo e espírito são como um só ser.
Esquiva
A forma mais eficiente de vencer uma luta é não
ser atingido. Dominar a Técnica da Esquiva é uma es-
colha muito sabia. Os seus níveis nesta área descrevem
a capacidades de evitar tanto ataques de luta corporal
quanto disparos de projeteis, o que inclui jogar-se atrás
de anteparos ou se desviar de socos.
111
 Oito Luas
1. Amador: Você se joga no chão se alguém
grita “cuidado”.
2. Experiente: você pode se sai de uma luta
sem muitos arranhões.
3. Competente: Você pode antecipar de on-
de vira o próximo golpe.
Técnicas Combate Geral
Prontidão
Com o passar dos anos você adquiriu experiên-
cia em perceber tudo que acontece a sua volta,
mesmo se não estiver se concentrando ativamente
no que o cerca. Este Talento não representa a habi-
lidade de vasculhar uma área especifica, mas sim de
manter-se alerta durante longos períodos de tempo.
A Prontidão simplesmente indica o quão ciente vo-
cê está do mundo que o cerca. Ela descreve quanta
atenção você presta as coisas, além do roncar de sua
barriga ou das dúvidas da sua mente.
1. Amador: Você tende a estar alerta a mudanças
um pouco mais que a maioria das pessoas.
2. Experiente: Você é bastante atento às coisas
que o cercam.
3. Competente: Você é muito vigilante.
4. Especialista: Você é um indivíduo verdadeira-
mente cauteloso, raramente abaixa a guarda.
5. Mestre: Você repara em tudo o que acontece a
sua volta.
6. Lenda: Você percebe quando uma mosca entra
ou sai do quarto.
Possuído por: Sentinelas, Caçadores, Ladrões,
Mensageiros, Vagabundos.
Especializações: Armadilhas, Emboscadas, Flo-
restas, Multidões, Ruídos, Paranoia.
Arremesso
Você sabe como arremessar coisas em geral, e
como usar diversos tipos de armas de arremesso –
qualquer coisa desde lanças e machadinhas até fa-
cas e pedras (sim se forem jogadas com força o bas-
tante, podem funcionar muito bem como armas).
1. Amador: Você ocasionalmente joga a faca na
parede mas erra o alvo.
2. Experiente: Você consegue acertar o alvo se
concentrar por algum tempo.
3. Competente: Você Sempre consegue acertar o
alvo.
4. Especialista: Você é mortal mesmo quando jo-
ga comida nos outros.
5. Mestre: Você é capaz de acertar a mosca que
está passando próximo à parede.
6. Lenda: Você Acerta tudo mesmo de olhos ven-
dados.
Possuído por: Criminosos, Guias, Infantaria, En-
tusiastas, Competidores, Treinadores de Animais.
Especializações: Florestas, Mirar, Caçar, Alvos
Parados, Alvos Móveis.
Lutas às Cegas
O quanto você pode perceber? Quão você está
do que existe ao seu redor? Você mantém-se alerta
e é imaginativo, ou você tropeça nos buracos no
chão? Esta Característica cobre todas estas coisas, a
112 Capitulo quatro: criação de personagem
4. Especialista: É preciso ter sorte para tocar em vo-
cê.
5. Mestre: Você é capaz de se esquivar de flechas.
6. Lenda: Você passa intocado através das grandes
batalhas.
atenção nos lugares em que a visão é impossibilita-
da. Alguns seres, especialmente morcegos, têm esta
habilidade alta por estarem acostumados com um
ambiente que não precisam da visão. Lutas às Ce-
gas vão além das impressões sensoriais. Um perso-
nagem com um nível elevado de Lutas às Cegas é
capaz de notar sutilezas no movimento em sua vol-
ta, ou ouvir o galho se quebrar no meio da noite que
indica uma possível emboscada. Personagens chei-
os de atividades noturnas precisarão de níveis ele-
vados de Lutas às Cegas para sobreviver.
1. Amador: Você? O que foi que ele disse?
2. Experiente: Você percebe os acontecimentos
óbvios.
3. Competente: Você está constantemente alerta e
nota facilmente coisas sutis.
4. Especialista: Poucos seres podem ganhar de
você na escuridão.
5. Mestre: Poucas coisas passam por você.
6. Lenda: Nem os morcegos podem duelar contra
você.
Possuído por: Viajantes Noturnos, Cegos, Eremi-
tas.
Especializações: Caçadores, Rastreadores, Em-
boscada.
Arqueirismo
Você pode utilizar arcos e bestas. Você também
pode colocar a corda num arco, além de cuidar e fa-
zer pequenos reparos em arcos, bestas, flechas e vi-
rotes.
1. Amador: Seu pai lhe ensinou como fazê-lo.
2. Experiente: Você pratica regularmente no cam-
po da vila.
3. Competente: Você poderia conseguir emprego
como um guarda florestal.
4. Especialista: Você pode conseguir um dinheiro
extra nas competições de arco em feiras e torneios lo-
cais.
5. Mestre: Robin Hood ou Guilherme Tell
6. Lenda: Você poderia atravessar o olho do seu
inimigo com uma flecha numa noite sem lua.
Possuído por: Guardas Florestais, Ladrões, Com-
petidores, Milícias, Bandidos.
Especializações: Alvo, Florestas, Caçada, Alvo
Móvel, Tiro Rápido.
Armas Brancas
No Mundo Medieval, as habilidades em comba-
tes armados podem ser vitais para a sobrevivência
de um aventureiro. Proficiência nesta Perícia permi-
te que você use armas de mão. Armas Brancas co-
bre tudo, desde simples facas, machados e espadas
até estacas de madeira e lanças de 6 metros.
1. Amador: Você já viu uma faca sendo usada.
 Oito Luas
2. Experiente: Milícia camponesa
3. Competente: Cavaleiro típico.
4. Especialista: Qualquer arma é mortal em suas
mãos.
5. Mestre: Lancelot
Antecedentes
Os Antecedentes descrevem vantagens especiais
do seu personagem. Entretanto, você precisa determi-
nar por que motivo e de que maneira passou a possuir
essas Características especificas. Corno obteve seus
recursos? Que tipo de contatos possui? De onde vem
toda essa influência? De sentido aos seus Anteceden-
tes e integre-os ao conceito de seu personagem.
Podem-se fazer testes usando essas Características
para obter informações, recursos ou favores. Frequen-
temente, esses Antecedentes são usados em conjunto
com um Atributo, como testar Espirito + Influencia
para jogar a guarda contra seu rival, ou Percepção +
Recursos para obter dinheiro do seu primo.
Aliados
Os seus aliados são seres que o ajudam e apoiam –
eles podem ser familiares, amigos ou até mesmo uma
organização com qual você possui boas relações. Os
aliados possuem suas próprias vidas para viver, de
modo que não pulam sempre que você manda, mas
costumam ter influência na comunidade e acesso a
contatos recentes. Um aliado é em última instancia
um monstro que você possui boas relações, e que o
protege e apoia por amor ou interesse comum.
Para cada ponto de Aliado que você possuir, con-
sidere que tem um aliado. Este individuo é uma pes-
soa influente na cidade onde vive. Um aliado poderia
ser um guarda, um conselheiro da cidade ou mesmo
(se o seu nível for 4 ou 5) o próprio regente.
Os aliados costumam ser muito confiáveis e leais.
Porém é preciso tempo e energia para manter a alian-
ça, pois os aliados também requerem a ajuda dos per-
sonagens em momentos de necessidade. Embora eles
provavelmente não saibam tudo sobre você, eles po-
dem conhecer alguns de seus poderes e, portanto,
procurá-lo para pedir favores. Esta pode ser uma for-
ma de iniciar uma história.
1. Um Aliado, de influência e poderes moderados.
2. Dois Aliados, ambos de poder moderado.
3. Três Aliados, um deles bastante influente.
4. Quatro Aliados, um deles muito influente.
5. Cinco Aliados, um deles extremamente influente.
6. Seis Aliados, dois deles extremamente influentes.
Biblioteca
Bibliotecas são muito importantes para aqueles
que se interessam em conhecimento. Para aqueles que
buscam a magia, as Bibliotecas também significam
poder, pois nelas podem estar livros de ocultismo e
de magia importantes.
Biblioteca é uma coleção de livros, pergaminhos e
documentos pertencente ao Celestial, guardada no
Éden ou em outro mundo, e cheia de livros úteis para
pesquisa e para estudo da magia. Biblioteca pode ser
uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo em
Capitulo quatro: criação de personagens
6. Lenda: Nenhum guerreiro pode resistir frente a
sua lamina implacável.
Possuído por: Soldados, Milícias, Ladrões, Lor-
des, Bárbaros.
Especializações: Espadas, Machados, Facas, Ma-
ças, Desarmes.
que dá poder, é alvo de outros que a cobiçam, como
magos, vampiros, anjos ou outros Celestiais.
O Antecedente Biblioteca tem duas finalidades.
Primeiro, seu nível é subtraído da dificuldade de tes-
tes de Pesquisa do personagem quando o Celestial faz
pesquisas em sua biblioteca. Segundo, ela ajuda o
aprendizado de novos Conhecimentos e de magia. Se,
durante a história, o personagem permaneceu bastante
tempo pesquisando e estudando em sua biblioteca, o
jogador pode testar um número de dados igual ao seu
nível de Biblioteca (dificuldade 7). Cada sucesso dá
um “ponto de estudo”. Esses pontos são Pontos de
XP extras, usados para comprar Conhecimentos,
aprender rituais e encantamentos ou comprar novos
níveis em Spiritus Factu.
1. Você tem alguns livros.
2. Sua biblioteca é pequena e desorganizada.
3. Você tem alguns livros antigos e importantes,
mas não sabe muito bem de seu valor.
4. Uma coleção impressionante de trabalhos sobre
ocultismo e magia.
5. Magos e outros seres poderosos morreriam para
ter sua biblioteca.
6. Não existe conhecimento fora de sua biblioteca.
Contatos
Você conhece pessoas de muitos estilos de vida
diferentes, que constituem um sistema de informa-
ções e cujo auxilio pode ser útil algum dia.
Os seus contatos não são apenas as pessoas que
você pode manipular ou subornar para obter informa-
ções, mas amigos com os quais você pode realmente
contar (contatos importantes) para oferecer-lhe in-
formações precisas (em suas especialidades). Você
deve descrever os seus contatos importantes como o
personagem completo, tanto à medida que a crônica
progredir quanto de antemão. Você também tem um
determinado número de contatos secundários espa-
lhados pela cidade. Quando você quiser se comunicar
com um deles, faça um teste usando seu nível de
Contatos contra um grau de dificuldade de sete. Cada
sucesso significa que você se comunicou com um de
seus contatos secundários; obviamente, irão precisar
suborná-lo ou convencê-lo para que ele lhe forneça as
informações de que precisa.
1. Um Contato Importante
2. Dois Contatos Importantes
3. Três Contatos Importantes
4. Quatro Contatos Importantes
5. Cinco Contatos Importantes
6. Seis Contatos Importantes
Destino
O Antecedente Destino indica que o personagem
tem um grande destino a ser cumprido. Talvez ele se-
113
 Oito Luas
ja aquele que dominará uma grande cidade e a tornará
um centro de corrupção, ou talvez você venha a ser
um grande herói, salvando centenas de vidas. Seja
como for, o futuro lhe guarda um grande feito que
possa melhorar ou piorar o mundo.
O personagem com Destino sabe que ele será im-
portante, mas não sabe ao certo para quê, embora
possa ter algumas pistas. Ele se agarra a esse destino
e dificilmente morrerá antes de cumpri-lo. Uma vez
por história, quando o personagem estiver em grande
perigo, ele poderá testar Destino (dificuldade 8). Ca-
da sucesso lhe dá um ponto de Vontade extra para
gastar em sucessos automáticos e escapar do perigo.
A grandiosidade do Destino depende do nível do
Antecedente. Um dia, porém, o Narrador poderá vir a
cobrar o destino do personagem...
1. Um destino de pouca importância... ou assim vo-
cê pensa.
2. Você fará uma ação importante no futuro.
3. Um destino promissor. Talvez grande um poder o
aguarde.
4. Seu futuro influenciará milhares de pessoas.
5. Sua ação poderá melhorar o mundo... ou torná-lo
um inferno.
6. Sua palavra é a decisão final de um dilema.
Fama
A Fama indica o quão famoso é o personagem no
mundo mortal. Talvez ele seja um ator famoso ou um
grande empresário benfeitor. Um personagem precisa
ter o Antecedente Identidade Mortal para adquirir
Fama, a menos que possua uma boa desculpa (como,
por exemplo, sua fama provir de histórias de um
“benfeitor mascarado, ” por exemplo).
Fama afeta os testes sociais do personagem, per-
mitindo várias vantagens (os famosos são bem trata-
dos, ganham presentes, são admirados, etc.). Fama
também pode causar problemas. Aqueles com boa
fama frequentemente são assediados pela imprensa e
ganham uma imagem bem negativa se pegos come-
tendo ações “erradas”.
1. Você é conhecido por alguns em uma cidade,
como os frequentadores de um clube ou por pelos habi-
tantes de um bairro.
2. A maioria da população da cidade o conhece.
3. Todo o estado ou condado já ouviu falar de você.
Muitos o admiram ou o invejam.
4. A maioria da nação já ouviu falar de você. Sua
fama é grande e lhe dá grandes vantagens.
5. Você é conhecido em todo o mundo.
6. Alguns o acham um deus...
Influencia
A Influência reflete a habilidade do Celestial em
afetar a sociedade mortal. Um personagem influente é
capaz de manipular políticos, os meios de comunica-
ção e as agências da lei e da ordem. Anjos influentes
não só sabem o que se passa atrás dos panos na soci-
edade mortal, como são capazes de manipular os
eventos a seu favor. Infelizmente, quanto mais se usa
sua influência, mais rápido ela se desgasta. Assim, é
preciso agir com sutileza.
114 Capitulo quatro: criação de personagem
Um personagem que não possua o Antecedente
Identidade Mortal dificilmente terá Influência. A me-
nos que possua alguém que aja em seu lugar, como
um testa-de-ferro, o personagem não será capaz de in-
fluenciar abertamente a sociedade.
1. Moderadamente influente. As pessoas fingem
que prestam atenção no que você diz.
2. Boas conexões. Há coisas que você diz que as
pessoas acham importante.
3. Posição de influência. As pessoas gostam de ou-
vir sua opinião.
4. Grande poder pessoal. Seus comentários são con-
siderados de grande valia.
5. Extremamente influente. Quando você fala, as
pessoas tomam nota.
6. Descomunal: Sua língua afiada rivaliza com a
dos maiores Sábios do mundo conhecido.
Lacaios
Lacaios são pessoas que estão à disposição do per-
sonagem, servindo-o como melhor for possível. Al-
guns são guarda-costas, outros são assassinos ou
aprendizes que possuem alguma utilidade. Embora
não sejam melhores que o personagem, são bons em
suas respectivas áreas e muito úteis. São também fi-
éis, embora mantiver essa fidelidade possa ser bastan-
te difícil dependendo do caso. O nível deste Antece-
dente determina quantos serviçais o personagem tem
a sua disposição.
1. Um lacaio
2. Dois lacaios
3. Três lacaios
4. Quatro lacaios
5. Cinco lacaios
6. Seis lacaios
Mascote
Uma Mascote pode ser um poderoso Aliado. De
fato, um personagem sintonizado com sua Mascote
pode comprar poderes. Quanto mais alto o nível de
Mascote, mais excepcional será o animal e mais sin-
tonizado será o personagem com o animal.
1. Uma mascote caseira. Seu animal é manso e bem
treinado, mas nada mais.
2. Incomum. Este pode ser um animal diferente ou
raro, de alguma forma excepcional. O personagem ainda
não tem um elo especial com o animal.
3. Você tem um animal notável, e também algum
grau de elo empático com ele.
4. Seu animal é verdadeiramente excepcional; além
disso, você tem um excelente elo com ele. Ele algumas
vezes sente quando você está em perigo e entende seus
comandos perfeitamente.
5. Seu animal é único. Você e sua mascote estão
completamente sintonizados um com o outro.
6. Além das vantagens listadas acima, você pode
formar um elo místico com seu animal por breves perí-
odos de tempo. Este elo permite que você veja o que seu
animal vê, mesmo quando estão muito distantes um do
outro.
Mentor
Este Antecedente representa alguém mais experi-
ente que você, normalmente com muito mais recur-
 Oito Luas
sos, aliados e influência, que olha por você, ajudan-
do-o a se desenvolver e, ocasionalmente, tirando-o de
situações arriscadas.
De certa forma, Mentor é uma mistura de Aliado,
Contato, Biblioteca e Influência. Ele pode fazer favo-
res ao personagem como se fosse um desses Antece-
dentes, seja dando ajuda direta, ensinando-o a usar
seus poderes ou manipulando pessoas influentes a fa-
vor do personagem.
Note, porém, que o Mentor não estará sempre pre-
sente, nem sempre disposto, a ajudar. Ele tem seus
próprios objetivos, e não quer ficar cuidando de você
para sempre.
Além disso, ele com frequência pode pedir favores
em troca de sua proteção.
1. Seu mentor é pouco melhor do que você, mas
pode dar uma ajuda ocasional.
2. Seu mentor é bem mais experiente, podendo en-
sinar-lhe muito e realiza favores ocasionais.
3. Seu mentor é bem visto e respeitado, busca aju-
dá-lo como pode, e tem muito a lhe ensinar.
4. Seu mentor é muito influente e bem informado,
tem grandes conhecimentos e muitos aliados.
5. Seu mentor é extremamente influente, tem cone-
xões vastas, muito conhecimento e uma disposição a
ajudá-lo com frequência.
6. Seu mentor é extremamente influente, tem cone-
xões vastas, muito conhecimento e uma disposição a
ajudá-lo com frequência, mas para isso deve pagar com
um favor importante, dando mais do que recebendo.
Recursos
Os bens de uma pessoa na idade média, dificil-
mente serão estáticos. Os Recursos da maioria das
pessoas será terras ou animais, que precisam ser cul-
tivados para gerar renda. Mercadores precisam co-
merciar. Nobres precisam coletar impostos e dividas.
Obviamente, todas essas atividades ocorrem durante
o dia no mundo medieval. Obter recursos (vender
animais, por exemplo) também requer que a pessoa
seja capaz de movimentar-se durante o dia.
Não há investimentos medievais em fundos ou
corretores de bolsas de valores. Se um personagem
possui Recursos, ele precisa administrar seus bens em
pessoa ou empregar um capataz (administrador); nes-
te caso, pense e desenvolva e a relação do persona-
gem com seu representante. Também é valido especi-
ficar de modo geral quais são esses recursos. Animais
de fazenda? Terras? Mercadorias?
Usando Vontade
A Vontade é uma das Características mais ativas
de Oito Luas, simplesmente porque existem muitas
formas de empregá-la, readquiri-la e mudá-la. A Von-
tade é como um foco do jogo, ao qual você terá de
prestar muita atenção. Portanto, é melhor entender as
regras abaixo.
• Um ponto de Vontade pode ser usado para
conceder-lhe um sucesso automático em uma ação.
Somente um ponto de Vontade pode ser usado desta
Capitulo quatro: criação de personagens
Eles podem querer armas, ou dinheiro para pagar
subornos, mas do que necessitam? Eles precisam de
comida (na qual os artesãos medievais gastam 90%
do que ganham), não precisam gastar dinheiro para
manter um carro e é improvável que paguem aluguel.
1. Recursos escassos: Você tem apenas o suficiente
para pagar petas suas necessidades básicas — sapatos e
roupas quando as suas ficam velhas — mas nada além
disso.
2. Recursos suficientes: Você pode satisfazer suas
necessidades básicas e ainda ter uma ou duas Peças de
Ouro sobrando por mês.
3. Confortável: Você pode ter uma pequena casa e
algum modo para propiciar-lhe uma vida confortável.
Você ganha cinquenta Peças de Ouro por ano (mais ou
menos na média) contando o dinheiro que você gasta.
Consequentemente, você ganha cinco Peças de Prata por
mês. Se você vendesse tudo e se mudasse, não obteria
mais do que cinquenta Peças de Ouro.
4. Rico: Você possui uma casa grande ou uma man-
são pequena. Talvez você seja o dono de uma venda ou
um mercador rico. Possui recursos para manter um ca-
valo, e certamente tem alguns servos. Além disso, você
ganha cinco Peças por mês. No total, seus bens valem
aproximadamente 400 Peças de Ouro.
5. Extremamente Rico: você pode possuir um caste-
lo e uma vasta extensão de terras (10 a 20 vilas inteiras),
ou administrar um grande império comercial. Se você
conseguir uma forma de explorar esses recursos, podem
manter uma grande propriedade, incluindo estábulos,
servos, etc., e ainda ter umas Peças de Ouro por mês pa-
ra gastar. Os seus bens podem valer milhares, se você
encontrasse alguém suficientemente rico para comprá-
los.
6. Milionário: suas propriedades valem milhões.
Rituais
Esta Característica descreve quantos rituais o per-
sonagem conhece no começo do jogo. Este nível pode
representar um ritual grande ou uma variedade de ri-
tuais pequenos, cujos valores totais equivalem ao ní-
vel de Rituais. Mas não se esqueça que é preciso que
o nível do personagem com o Conhecimento de Ritos
seja no mínimo igual ao do ritual que ele deseja
aprender. Atenção: Podem-se adquirir dois rituais pe-
quenos em lugar de um ritual de Nível Um.
1. O personagem conhece um nível de rituais.
2. O personagem conhece dois níveis de rituais.
3. O personagem conhece três níveis de rituais.
4. O personagem conhece quatro níveis de rituais.
5. O personagem conhece cinco níveis de rituais.
forma num único turno, mas ele lhe confere um único
sucesso garantido. Desta forma é possível obter au-
tomaticamente um sucesso numa ação simples, me-
ramente se concentrando. Para as ações prolongadas,
os sucessos extras podem fazer a diferença critica en-
tre sucesso e fracasso. Existem algumas situações em
que o Narrador pode não permitir um uso de Vontade
como esse.
115
 Oito Luas
• Em algumas ocasiões, o Narrador pode lhe colheria, um ponto de Vontade pode ser usado para
dizer que o seu personagem faz alguma coisa devido manter o autocontrole. Contudo, cada vez que você
ao instinto, a uma necessidade primitiva ou a uma re- tentar superar a perturbação, outro ponto deve ser
ação incontrolável (“Você corre da janela, aterroriza- gasto. Mais tarde, caso tenha sido gastos pontos sufi-
do pelos trovoes que começam a atravessá-la”). Você cientes de Vontade, a Perturbação será sobrepujada
pode usar um ponto de Vontade para evitar isto e agir permanentemente. Esta é a única forma de superar as
como quiser. Contudo, o sentimento pode retornar e Perturbações.
outro ponto pode ser necessário. Ocasionalmente, ele A Vontade só pode ser aumentada permanente-
retornara mais vezes que a Vontade que você possui, mente mediante o gasto de pontos de XP, mas o nível
e em outras ocasiões você poderá superar completa- atual pode passar por mudanças enormes durante a
mente a necessidade. história. Discutiremos a seguir rodas as formas dife-
• Quando uma de suas Perturbações estiver rentes segundo as quais a Vontade pode mudar.
preste a levá-lo a tomar uma atitude que você não es-
Recuperando Vontade
Um personagem recupera seu nível atual de Von- fariam o personagem recuperar sua autoconfiança (e,
tade sempre que puder descansar ou que tiver uma portanto, toda ou parte de sua Vontade).
chance de recuperar sua autoconfiança. Cabe ao Nar- Exemplo: Você salvou seu marido do fogo que
rador decidir quando e como um personagem recupe- consumia sua casa. Recupere três pontos de Vontade.
ra Vontade. • (Opcional) você preencheu algum requisito
Abaixo estão descritas as três formas diferentes do Arquétipo escolhido para o seu personagem, desta
para o personagem readquirir Vontade. Isso não tem forma recuperando de um a três pontos de Vontade,
nenhuma relação com o nível permanente de Vontade sujeitos ao julgamento do Narrador. Isto deve ser al-
(que pode ser mudado apenas com XP). cançado mediante a interpretação e aprovado pelo
• No fim da história (não da sessão de jogo), os Narrador.
personagens recuperam sua Vontade – toda ela é re- Exemplo: Como um Penitente, você dá os bens
cuperada, até o Máximo do nível permanente de Von- que roubou de bandidos para uma de suas vítimas re-
tade. O Narrador pode querer restringi-los um pouco centes. Recupere dois pontos de Vontade pela sua
insistindo que os personagens satisfaçam seu orgulho contribuição.
pessoal ou alcancem sucesso moderado na história. Se nenhuma das opções acima se adequarem ao
Exemplo: A história termina com um impasse seu estilo de jogo, considere a possibilidade de permi-
parcial. Você não conseguiu tudo o que procurava, tir aos personagens que recuperem um ponto de Von-
mas também não fracassou completamente. Recupera tade depois de acordarem todos os dias. Isso não é di-
toda a sua Vontade. fícil de organizar, considerando que nesse momento
• (Opcional) durante a história, você conseguiu eles, garantem uma recuperação regular de Vontade.
alguns sucessos especiais que o Narrador julgou que
Pontos Mana
Esta é simplesmente uma medida de quanto poder místico um personagem e possui em seu organis-
mo. Você pode perder todos os Pontos Mana, o que simplesmente significa que o personagem usou to-
do o seu poder disponível em seu corpo. Ele não irá perder um Ponto de Vitalidade da próxima vez que
as regras exigirem que ele perca um Ponto Mana (como quando se usa uma magia). Em outras palavras,
quando os Pontos Mana estiverem esgotados, não será mais possível utilizá-los.
A quantidade de Pontos de Mana depende completamente do seu Nível.
Usando Pontos de Mana
Os Pontos de Mana não são apenas para as magias. Os personagens podem decidir usar os Pontos de
Mana para outros propósitos. O número de Pontos de Mana que um personagem pode usar por turno é
determinado por seu nível, embora o efeito seja cumulativo sobre um número de turnos.
Um Ponto de Mana pode ser gasto para restaurar um Ponto de Vitalidade, mas apenas se o persona-
gem estiver descansado e não ativo. Leva-se um turno para curar um Ponto de Vitalidade.

Nível de Vitalidade
Descansado: O personagem está descansado, não lhe sendo atribuído quaisquer penalidades de ação.
-1 Cansado: O personagem esta mediamente cansado; seus movimentos não são prejudicados.
-2 Fadigado: O personagem etsá fadigado; movimentação um pouco prejudicada.
-3 Exaurido: O personagem não pode correr, mas ainda pode caminhar.
-4 Esgotado: O personagem está esgotado, podendo apenas cambaleando.
-5 Exausto: O personagem está exauto seriamente, podendo apenas arrastar-se.
Desmaiado: O personagem está completamente impedido de realizar movimentos.

116 Capitulo quatro: criação de personagem

 Oito Luas

Vitalidade
Um bom motivo pela qual você deve evitar combates é que o seu personagem pode morrer! Um golpe para
provocar dano deve ultrapassar as proteções como: roupa, armadura etc.
O campo de vitalidade é dividido em duas barras:
A.T. (Dano de Atordoamento) – representa danos recebidos por golpes, como: soco, chutes, bastão, pequenas
quedas e similares. Estes tipos de dano não costumam ser fatal; cada ponto de dano recebido é marcado na barra
seguindo o sentido anti-horário e, quando a barra está cheia, o dano passa a ser tratado como D.F.
D.F. (Dano Fatal) – dano capaz de incapacitar ou matar o personagem. Ao lado dessas barras estão descritos
os modificadores que serão aplicados a todos os testes realizado.
Ao mudar para barra D.F. o personagem deve fazer um teste de Vigor, se ficara inconsciente; a cada três ní-
veis, deve realizar um novo teste de Vigor com os modificadores descritos.
Se falar recebe automaticamente mais um nível de dano. Quando atingir o marcador morte, o personagem es-
tará morto definitivamente; magia ressurreição é a única magia que pode trazê-lo de vota.
Danos iguais a Vigor x 3, recebidos em um único membro, ira amputá-lo. Se o ferimento não for cuidado, o
personagem recebe um ponto no nível de vitalidade a cada 2 minutos.
Danos A.T. são recuperados na razão de 1 para cada 4 horas e dano D.F. a cada dois dias. Esta regeneração é
o padrão de forma natural.

Nível de Vitalidade
Escoriado: O personagem está apenas escoriado, não lhe sendo atribuído quaisquer penalida-
des de ação.
-1 Machucado: O personagem esta mediamente ferido; seus movimentos não são prejudicados.
-2 Ferido: O personagem tem ferimentos superficiais; movimentação um pouco prejudicada.
-3 Ferido Gravemente: O personagem não pode correr, mas ainda pode caminhar.
-4 Espancado: O personagem está ferido, podendo apenas mancando.
-5 Aleijado: O personagem está ferido seriamente, podendo apenas arrastar-se.
Incapacitado: O personagem está completamente impedido de realizar movimentos.

Capitulo quatro: criação de personagens 117

 Oito Luas

118 Capitulo Cinco: Divindades

 Oito Luas

Apítulo

Cinco:
Divindades
As divindades de Oito Luas têm um interesse ativo no mundo, canalizando
seus poderes atreves de diversos tipos de Servos e outros adoradores, e
muitas vezes intervindo diretamente nos assuntos dos mortais. Ao mesmo
tempo, eles tramam e lutam e se aliam entre si, a mortais poderosos e a seres
extra planares, como regentes Elementais e demônios. Nesse aspecto, eles
lembram seus fiéis, pois de várias maneiras as divindades são moldadas e de-
finidas por seus veneradores, por suas áreas de interesse e sua natureza –
várias divindades são se fato, mortais que adquiriram (ou usurparam) a cente-
lha divina. Como seu poder é reduzido quando seu culto diminui ou é negli-
genciada, as divindades encarregam seus servos e outras que portam suas ma-
gias divinas de espalhar sua gloria e doutrina, recrutando novos seguidores e
mantendo a religião viva e ativa. Em troca desse trabalho, e para facilitá-lo,
as divindades concedem os poderes e magias divinas aos seus servos.
Capitulo cinco: Divindades 119
 Oito Luas
Divindades Patronas
As Divindades de Kallidox estão profundamente
relacionadas ao funcionamento da ecologia mística
do planeta e à vida dos mortais. Os personagens de
Oito Luas quase sempre têm uma divindade patrona.
Todos têm consciência do destino das pessoas que
Descrição da Divindade
Este é o formato da descrição dos deuses.
Nome: O nome pela qual a divindade é mais co-
nhecida, seguida pelo seu título mais importante.
Outros Nomes: Nomes diferentes pelos quais a
divindade é conhecida por certos povos, raças ou re-
giões.
Descrição: O histórico da divindade.
Motivações: As crenças e objetivos da divindade.
Avatar: A (s) forma (s) que a divindade utiliza
mais frequentemente quando interage com mortais.
Relações: Suas amizades e inimizades com os ou-
tros deuses.
Crença dos Devotos: Aquilo em que acreditam os
devotos.
Poderes Concedidos: Os poderes aos quais o ser-
vo tem acesso, fornecido pela divindade.
Obrigações e Restrições: Limitações ou normas
que o servo deve seguir, imposta por sua divindade.
Ayra
Deusa da Ambição, do Desbravamento, da
Conquista
Outros Nomes: A conquistadora entre os
Saymos, A Ambiciosa entre as outras raças.
Descrição: Existe alguém responsável pela eter-
na insatisfação e descontentamento dos humanos,
a ambição – seu maior defeito e também a sua
melhor qualidade. Assim, Ayra e tida como a
deusa da Ambição, da conquista e da evolução,
mas de um modo positivo. Ela é a patrona das
grandes expedições, descobertas e aventurei-
ros.
Seus templos podem ser encontrados em
qualquer parte. Sua principal função é ajudar
com treinamento jovens aventureiros, e in-
formações, equipamentos. Os Servos da deusa
ensinam a todos que apenas estar vivo não
basta. Vivemos para evolução, desenvolvimen-
to e conquista.
Motivações: Ayra não é considerada
pelas outras raças como a deusa da
ambição por acaso. Seu grande
objetivo é levar à humanida-
de, seus principais prote-
gidos, a dominação total do mundo – e qualquer
outro mundo existente.
Avatar: Ayra se manifesta com a aparência de
uma mulher exuberante, com longos cabelos ruivos
e olhos brancos.
Relações: Ayra não tem
inimizade no panteão, pois
acredita que o mundo de
120 Capitulo Cinco: Divindades
morrem sem um deus patrono, responsável pelo envio
de um servo para recolhê-los no Plano de Fuga – eles
passarão a eternidade definhando na Muralha dos He-
reges ou desaparecerão nos infernos dos diabos e nos
abismos dos demônios.
Se violar essas normas, ele perde todos os benefícios
de seus Poderes Concedidos durante algum tempo
(dias, meses, ou até anos).
Símbolo Sagrado: Um símbolo que deve ser os-
tentado abertamente por servos daquele Deus, seja na
placa peitoral da armadura, em uma flâmula, escudo,
medalhão ou outra forma. Alguns deuses com nature-
za traiçoeira e furtiva, permitem a seus servos trazer o
símbolo escondido – mas ele deve sempre transportar
consigo.
Arma Preferida: Arma que serve como símbolo
para a divindade. Esta é a arma que surge sempre
quando o servo usa a magia Arma Divina. Nome que
aparece entre parênteses são os nomes da arma pes-
soal usada pela divindade.
Lema: Uma frese regularmente citada por devotos
da divindade.
ser dos humanos, mas deve deixar parte
do mundo para as outras criaturas.
Tem ótima relação com Demian o
Deus do Conhecimento, pois sem
conhecimento não há evolução.
Crença dos Devotos: Apenas
estar vivo não basta. Vivemos pa-
ra a evolução, desenvolvimento e
conquista. O progresso é o objeti-
vo final, a missão para qual os hu-
manos existem. Qualquer melhora é
sempre bem-vinda.
Poderes Concedidos:
1º Sentir Calor Vital.
O servo tem a capacidade de
sentir o calor dos corpos ao seu redor.
Sistema: Gastando um ponto de Ma-
na e fazer um teste de Inteligência +
Sobrevivência (dificuldade 7), cada
sucesso concede uma área de
efeito de 2m de raio.
2º Arma Divina.
Com esse poder o ser-
vo não sofre penalidade
na utilização de qualquer
arma, graças à versatilidade
da deusa. Não é necessário
teste. A dificuldade de qualquer
arma é de 6/6. Independentemente
do tipo de arma.
3º Fúria Guerreira.
O servo pode, uma vez por dia,
 Oito Luas
invocar uma fúria idêntica a Fúria do Combatente
mas sem que os bônus e números de utilização por
dia não melhoram com o aumento de nível. Não é ne-
cessário teste.
4º Sentir Vontade.
Com esse poder o servo pode ver as verdadeiras
intenções do alvo
Sistema: O personagem testa Inteligência + Em-
patia (dificuldade 7) contra a Vontade do alvo para
funcionar deve-se ter contado visual.
5º Anuncio de Proteção.
O servo tem a capacidade de afetar a Vontade dos
seus adversários de atacarem.
Sistema: O personagem começa a assoviar duran-
te um turno para ativar esse poder. Quando ativo o
personagem testa Inteligência + Artes (dificuldade 8),
o número de sucessos indica quantas pessoas são afe-
tadas. O alvo testa Vontade (dificuldade 7) para negar
o efeito.
6º Canalizar Poder.
Este poder permite ao servo fortalecer-se canali-
zando seus poderes.
Sistema: Usando os seus Pontos de Mana servo
Danever
Deus da Noite, do Caos e do Acaso.
Outros Nomes: Lulna entre os povos bárbaros.
Descrição: Danever é o tirano definitivo. Ele é a
perfeição da maldade e perversidade e celebra o ódio
e o conflito. Ele deseja controlar toda Kallidox e do-
minar ou consumir todas as outras divindades, mas
atualmente mostra-se disposto a trabalhar com algu-
mas delas para alcançar seus objetivos.
Danever é o pai de tudo que anda e rasteja a noi-
te: morcegos, vampiros, zumbis e todos os tipos de
mortos-vivos são seus protegidos. Por essa ligação
com os mortos-vivos, alguns cultos tratam Danever
como deus da morte – o que é uma interpretação
errada, pois Skelkorn é o verdadeiro portador
desse título.
O culto de Danever resolve as disputas
de hierarquia através de argumentos
frios e decisivos, descartando com-
portamentos imprudentes e incontro-
láveis. Os servos trabalham furtiva e
paciente para minar as forças de seus
inimigos e, ao mesmo tempo, elevar a sua
divindade e os aliados da ordem, mas não
temem mudanças e ações decisivas e vio-
lentas para atingir seus objetivos.
Motivações: Pelo menos sob o ponto
de vista de alguns humanos, elfos e ou-
tra raças, Danever só pode ser conside-
rado maligno.
Afinal, ele é quem povoa a noite e a escuridão
com criaturas perigosas. Claro que ele próprio
pensa diferente: ele deseja apenas a prosperida-
de dos seres noturnos e sub-
terrâneos.
Avatar: Quando deseja vi-
Capitulo cinco: Divindades
pode aumentar os seus Atributos Físicos temporaria-
mente na razão de 1 Ponto de Mana para cada 2 Pon-
tos em Atributos.
7º Copiar Habilidade.
Com esse poder o servo pode copiar qualquer Ha-
bilidade (Mágica e de Combate) aumentando as suas
próprias habilidades.
Sistema: O personagem testa Inteligência + Pron-
tidão (dificuldade 7) contra a Vontade do alvo. No
caso de falha critica o personagem perde
PERMANENTEMENTE 3 Pontos de Vontade.
Obrigações e Restrições: Os Servos de Ayra não
podem lançar magias de Cura além das fronteiras de
seu reino de origem (mas seus outros poderes funcio-
nam normalmente). No entanto, eles só recebem me-
tade dos Pontos de XP quando participam de aventu-
ras em seu próprio reino.
Símbolo Sagrado: Um olho de jade dentro de um
pentagrama.
Arma Predileta: Espada Longa (Conquistador).
Lema: “Se todos fossem felizes com o que tem,
ainda estaríamos em cavernas!”.
sitar os mortais, Danever surge na forma de um lobi-
somem extremamente prateado e forte,
ou outro ser maligno que ande somente
em meio às trevas.
Relações: Danever tem boas e an-
tigas relações com Ruttra, e Warguy e
Naster; e odeia a maioria das outras di-
vindades, especialmente Oa-
canymuli, Eukary e Demian.
Crença dos Devotos: Ele ofe-
rece ao mundo frescor contra as
chamas de Oacanymuli, abrigo
contra luz ofuscante. Ele trans-
forma os seres para que sejam
capazes de viver nas travas:
assim, quando Oacanymuli
não brilhar mais (ela não vai
brilhar para sempre), os povos
de Kallidox poderão sobreviver.
Poderes Concedidos:
1º Visão no Escuro.
Com esse poder o servo pode en-
xergar no escuro.
Sistema: Não é necessário tes-
te, está sempre ativo. Caso seja
uma raça que já tenha esse po-
der, ele será duplicado.
2º Comunhão com as
Sombras.
Esse poder possibilita o servo
ficar invisível entre as sombras,
desde que fique imóvel.
Sistema: O personagem
pode usar esse poder só uma
vez por dia, por nível.
121
 Oito Luas
3º Manto das Sombras.
Neste nível o servo pode aproveitar as sombras a
seu favor podendo esquivar-se sem que as outras pes-
soas notem a sua presença.
Sistema: Este poder funciona da mesma forma
que o anterior. Pra se movimentar o personagem testa
sua Destreza + Furtividade (dificuldade 7).
4º Cobrir Grupo.
Com esse poder o servo não está limitado em ape-
nas cobri-lo com também cobrir seus companheiros,
tendo que ficar imóveis.
Sistema: Fazendo um teste de Destreza + Furtivi-
dade (dificuldade 8). Cada sucesso é um companhei-
ro.
5º Conjurar Sombra.
Neste nível o servo pode conjurar as sombras de
qualquer ponto em raio de 4m.
Sistema: Fazendo um teste de Inteligência + Foco
(dificuldade 7). Cada sucesso mantêm o poder ativo
por três turnos.
6º Portal Sombrio.
Com esse poder o servo pode passar de uma som-
bra para outra. Podendo usar qualquer tamanho se
sombra.
Sistema: Ao realizar um teste de Inteligência +
Demian
Deus do Conhecimento, da Filosofia e da Justiça.
Outros Nomes: O Escriba de Tudo que é conhe-
cido.
Descrição: O que faz uma civilização? A inteli-
gência? A ciência? O conhecimento? A vida em soci-
edade? Na verdade, uma raça ou espécie só é consi-
derada civilizada quando conhece sua maior invenção
– a linguagem escrita. Esse precioso dom é fornecido
por Demian o guardião de todas as ciências, culturas,
artes, idiomas e informações. Ele é o deus de todo o
conhecimento conquistado por todas as raças e cultu-
ras do mundo.
Demian é patrono de todos os povos civilizados
(entenda-se como “civilizado” um povo que conhece
a linguagem escrita). Ele é reverenciado por escribas,
bardos, conjuradores e todos aqueles que devotam
suas vidas ao estudo ou às artes.
A organização de Demian é responsável, pelo
acumulo e distribuição de livros, pergaminhos, co-
nhecimento e saber. Os servos deste deus englobam
sábios e arquivistas enclausurados que analisam, or-
ganizam e copiam os arquivos do tempo. A maioria
deles se sustentam vendendo mapas (nunca com erros
intencionais), pergaminhos de magia e trabalhos de
escriba.
Motivações: Entre os deuses, Demian mais se pa-
rece um professor. Para ele, apenas os povos civiliza-
dos têm o direito de dominar o mundo. Ele deseja
preservar as artes e o conhecimento em tempos de
guerra, evitando que ele se perca, e depois volta a es-
pelhar esse conhecimento em tempos de paz.
122 Capitulo Cinco: Divindades
Foco (dificuldade 7). Cada sucesso indica uma pessoa
ou um objeto que pode ser carregado para dentro da
sombra.
7º Escuridão Esférica da Alma.
O servo ao investir esse poder lança sobre a vítima
uma esfera carregada negativamente, causando feri-
mentos no corpo e alma.
Sistema: Este poder funciona como uma magia
que causa dano por atordoamento. A vítima testa sua
Vontade para resistir aos efeitos do poder. Em caso
Obrigações e Restrições: O Deus Danever exige
que seus servos jamais sejam vistos sob a face de Oa-
canymuli, sua grande inimiga. Assim um servo das
travas jamais pode ser tocado pelo sol devendo agir
apenas à noite ou em subterrâneos. Caso receba luz
do sol intencional ou não, perde imediatamente seus
poderes concedidos e magias; ambos serão recupera-
dos apenas no próximo anoitecer.
Símbolo Sagrado: Um coração negro em chamas
púrpuras
Arma Predileta: Uma manopla negra, Maça es-
trela (A Mão Negra de Danever)
Lema: “O dia é para os fracos, todos devem viver
na mais completas das trevas”.
Demian despreza os povos e criaturas inteligentes
que escolhem a ignorância e brutalidade – como
goblinóides, orcs, ogros, gigantes e tantos outros. Em
sua opinião, esses povos bárbaros precisam evoluir e
aceitar novos costumes e culturas. Pela força se ne-
cessário.
Avatar: Demian costuma visitar este mundo, com
a aparência de um ancião, curvado pelo peso de mui-
tos livros e pergaminhos.
Relações: Como protetor dos povos civilizados,
Demian é servido pelas divindades do conhecimento,
ele é aliado de Eydos, Oacanymuli e Danever. Ele se
opõe a Sylmor e Naster. Já que eles buscam corrom-
per, destruir ou guardar o conhecimento para si.
Crença dos Devotos: Civilização é o que separa
pessoas dos animais. O estudo, as artes, a cultura…
são os mais preciosos entre os tesouros, e deviam ser
partilhados com todos. Conhecer o mundo é conhecer
a si mesmo e aos deuses.
Poderes Concedidos:
1º Memorizar.
Ao adquirir essa habilidade todo o conhecimento
que o servo adquirir não será esquecido.
Sistema: Não é necessário teste.
2º Compulsão pela Verdade.
O servo torna todos os que estiverem dentro da
área de efeito incapazes de mentir.
Sistema: O servo testa Vontade + Lábia contra a
Vontade dos alvos. A quantidade de sucesso indica a
duração e o raio de efeito.
Sucessos tempo raio de efeito
 Oito Luas
1 sucesso 5 minutos 1m
2 sucessos 10 minutos 1,5m
3 sucessos 20 minutos 2m
4 sucessos 1 hora 4m
5 sucessos 3 horas 8m
3º Ler Mente.
Possibilita o servo ler o pensamento de alguns in-
divíduos.
Sistema: Personagens com Vontade inferior à do
servo não tem como evitar a Leitura de Mente. Per-
sonagens com Vontade igual ou maior do que a do
servo testa Vontade contra Vontade (dificuldade 7)
para ambos.
4º Espírito do Objeto.
Com esse poder o servo pode saber o que
aconteceu com o objeto nos últimos tempos.
Sistema: Fazendo um teste de Inteligên-
cia + Ocultismo (dificuldade 7) cada su-
cesso representa um mês de informa-
ções que o objeto pode fornecer.
5º Compartilhar Mente.
Esse poder possibilita o servo
compartilhar o Conhecimento, tendo
acesso a todas as informações e poderes
mentais da vítima.
Sistema: O servo teste Inteligência +
Lábia (dificuldade 7) Conta Vontade da
vítima. Cada sucesso determina o tem-
po de duração da conexão.
Sucessos Tempo
1 sucesso 5 minutos
2 sucessos 10 minutos
3 sucessos 20 minutos
4 sucessos 1 hora
5 sucessos 2 horas
6º Absorver Conhecimento Escrito.
Com esse poder o servo pode absor-
ver todo o conhecimento de livros e
pergaminhos deixando-os brancos, po-
dendo-os copiá-los várias vezes.
Sistema: Testando Inteligência + Ocul-
tismo (dificuldade 7) possibilita o perso-
Eukary
Deusa da Paz.
Outros Nomes: A Dama Branca,
Lynn entre os elfos.
Descrição: Enquanto os outros membros de pan-
teão parecem se alegrar diante de guerras e massacres
– seja em prol da justiça como, seja por causas ma-
lignas – existe uma deusa que busca a harmonia. Ele
é Eukary, a deusa da Paz e do Amor, está deusa se
encha de paixão por todas as criaturas que habitam
Kallidox e só deseja sua felicidade. Eukary é a deusa
da Paz e harmonia, venerada por aqueles que não de-
sejam lutar; e também deusa do amor em todos os as-
pectos – o amor verdadeiro, afeição, romance, paixão
carnal… todas as formas de amor.
Os templos dessa deusa são magicamente protegi-
dos pela deusa: em seu interior é impossível realizar
Capitulo cinco: Divindades
nagem absorver todo o conteúdo de qualquer fonte
escrita. O número de sucessos indica quanto tempo o
personagem permanecerá com esse conhecimento.
Sucessos Tempo
1 sucesso 10 minutos
2 sucessos 1 hora
3 sucessos 4 horas
4 sucessos 12 horas
5 sucessos 24 horas
7º Copiar Mente.
Com esse poder o servo pode copiar os conheci-
mentos da sua vítima.
Sistema: Testando Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 8) contra a Vontade do alvo. A
quantidade de sucessos determina o tempo de
duração.
Sucessos Tempo
1 sucesso 1 noite
2 sucessos 1 semana
3 sucessos 1 mês
4 sucessos 1 ano
5 sucessos permanen-
temente
Obrigações e Restrições: Servos
deste deus jamais podem recusar uma
missão que envolve a busca por um no-
vo conhecimento ou informação; inves-
tigar rumores de um livro perdido, pes-
quisar os hábitos de uma criatura desco-
nhecida… esse tipo de coisa. Um servo
do conhecimento SEMPRE diz a verda-
de, e NUNCA pode recusar a responder a
uma pergunta – mesmo que isso resulte
em sua própria morte. É totalmente proi-
bido para eles esconder qualquer conhe-
cimento.
Símbolo Sagrado: Rolo de Pergami-
nho e pena.
Arma Predileta: Espada Longa
(Amigo do Saber)
Lema: “Nenhum conhecimento é
proibido, pergunte o que quiser”.
qualquer ato violento como se a
própria deusa estivesse presente. Assim é
comum que vítimas em perigo busquem
abrigo nesses locais.
Motivações: Disputas, Guerras. O mundo nunca
teve a sombra das trevas passando sobre si. Milhões
podem morrer, e isso enche Eukary de tristeza. A
deusa da Paz está orientando seus servos para espa-
lhar sua palavra, para deter a violência antes que seja
tarde…
Avatar: Eukary vem a este mundo sob a forma de
uma mulher em vestes brancas, luminosas, como se
estivesse sob o efeito da magia luz. Em sua presença,
nenhuma criatura mortal é capaz de qualquer ato vio-
lento ou agressivo. Animais ferozes e monstros ficam
mansos, combatentes, deixam cair às armas, conjura-
123
 Oito Luas
dores perdem todos os poderes ofensivos… a paz é lhor.
total onde Eukary esta. Sistema: Testa Vontade + Empatia (dificuldade
Relações: Eukary é vista pelos outros deuses co- 8). Cada sucesso permite usar esse poder contra duas
mo fraca e tola, capaz de tolerar qualquer sofrimento pessoas.
ou aceitar qualquer pacto apenas por um pouco de 6º Esperança.
paz. De fato ela não se importa em sofrer dor ou hu- quando menos se espera o servo pode dar uma
milhação se isso trouxer calma e felicidade ao mun- força e conseguir um jeitinho se sair de alguma en-
do. Obviamente, Eukary não tem boas relações com crenca. Assim surgirá algo que possa dar uma peque-
os deuses da guerra Muntus; Kandara, Eydos e Zigyr na chance ao servo e aos seus companheiros.
são seus maiores aliados. Sistema: Testa Inteligência + Ocultismo. A difi-
Crença dos Devotos: O único caminho que leva a culdade é determinada pelo Narrador. Caso tenha su-
verdadeira felicidade é o caminho da paz. Viva e dei- cesso o servo recupera a metade de sua Mana junto
xe viver. Agradeça aos deuses pela alegria de estar com a dos companheiros.
vivo. Por isso que lutar ou guerrear por 7º Compartilhar.
algo que já temos dentro de nós? O servo pode fazer com que alguém compartilhe
Poderes Concedidos: de todas as esperanças e sentimentos dele. Assim ele
1º aura da Paz. poderá trazer mais pessoas para a sua causa.
Nenhuma criatura pode atacar o Sistema: Testa Vontade + Lábia (dificuldade
servo, animais ferozes ficam calmos, 8) contra a Vontade do alvo. Os sucessos deter-
combatentes soltam as armas, conju- minam quanto tempo o alvo fica sobre o efeito do
radores não atacam. servo.
Sistema: O agressor tem que Sucessos Tempo
superar a Vontade do servo em teste 1 sucesso 10 minutos
de Vontade (dificuldade 8). 2 sucessos 01 horas
2º Revolta. 3 sucessos 04 horas
O servo pode influenciar as pes- 4 sucessos 12 horas
soas mudarem algo, a pensarem de 5 sucessos 24 horas
maneira diferente durante certo tempo. Obrigações e Restrições: Os servos da
Sistema: Deve-se testar Vontade + Paz têm o dever sagrado de buscar soluções
Lábia e gastar um Ponto de Mana. pacificas para qualquer conflito, e para is-
O Narrador deve definir a dificul- so ele vai suportar qualquer prova-
dade de acordo com a disposição ção ou humilhação. Se for
dos alvos frente as ideia do servo. necessário viver como es-
O número de sucessos determina cravo entre orcs para ensinar
a quantidades de pessoas afetadas. que a paz é importante, ele o
3º Chances. fará. Se tiver que oferecer su-
Quando se usa esse poder o as moedas para um assaltante
servo já pode conseguir aumentar morrendo de fome, ele o fará.
a probabilidade de algo aconteça. Isso não significa aceitar injus-
Fica a cargo do Narrador como o tiça passivamente – mas sim
servo quer que vá acontecer. É mostrar, com seu próprio sacri-
bom lembrar que nada de muito extra- fício, que a violência nunca
ordinário pode ser feito. é a única solução.
Sistema: Deve-se testar Seus servos são proibi-
Vontade + Lábia (o Narrador de- dos de usar armas ou
termina a dificuldade segundo o dese- qualquer magia
jo do servo. capaz de causar dano. Em
4º Revolução. situações de combate, podem usar apenas magias pa-
O servo pode realmente mudar a opinião das pes- ra proteger, ajudar ou curar a si e seus companheiros.
soas frente a algo, tornar seus sentimentos diferentes. Quando um combate é inevitável, o servo só pode fu-
Sistema: Funciona como o nível “Revolta” só que gir, render-se ou aceitar a morte. Ele jamais vai ferir
maneira ainda mais forte afinal os alvos já terão pla- alguém, nem mesmo para salvar a própria vida.
nos para o que acontecer depois. Símbolo Sagrado: Uma pena sobre um coração.
5º Transformar Sentimentos. Arma Predileta: Não há.
Neste nível o servo pode realmente mudar os sen- Lema: “A paz deve ser celebrada com alegria e
timentos das pessoas ao avesso, geralmente para me- amor, não com solenidade!”

Eydos
Deus da Magia tre os saymos.
Outros Nomes: Gyoko, entre os elfos, Morko en-

124 Capitulo Cinco: Divindades

 Oito Luas
Descrição: Eydos é a divindade dos conjuradores.
Ele protege os conjuradores e provem as energias
místicas necessárias para a execução de suas magias.
Ele é a figura paterna e serena dos deuses: direto,
mordaz, astuto e partidário do humor sutil.
Seus templos pregam o uso da magia com propó-
sitos diversos e tenta adquirir copias de todas as ma-
gias existentes (muitas vezes recorrendo à espiona-
gem ou roubo temporário), para a eliminação de um
conjurador não signifique a perda de um repertorio
único de magia.
Motivações: O que Eydos mais deseja é a expan-
são e o conhecimento mágico. Quanto
mais pessoas conhecem e utilizam
magia, melhor será o mundo. As
forças mágicas são uma dádiva que
ele oferece ao povo de Kallidox
para que usem como quiserem –
seja para o bem ou para o mal,
pois ele acredita principalmente
na liberdade de escolha. Por isso
ele permite que tanto conjura-
dores benignos e malignos
usem magia.
Avatar: Eydos cos-
tuma assumir a forma
de um humano de
manto vermelho.
Relações: O deus da
magia é aliado de
Demian deus do co-
nhecimento. Ele
também tem boas re-
lações com Kandara.
Seus maiores opositores
são os deuses de povos que
desprezam a magia, preferin-
do a selvageria e brutalidade:
Skelkorn, Muntus, Warguy e ou-
tros.
Crença dos Devotos: Toda ma-
gia veio de Eydos. Sem essa energia
maravilhosa, o mundo seria árido e a vi-
sa seria impossível.
A magia existe para
trazer felicidade ao
mundo. O uso da magia jamais
deve ser negado a ninguém.
Poderes Concedidos:
1º Sentir Magia.
Com esse poder possibilita o servo de sentir qual-
quer efeito mágico em um raio de 5m. O raio de efei-
to aumenta em 5m por novo poder obtido.
Kandara
Deusa da Vida, e Fortitude e da Cura
Outros Nomes: Lary entre os elfos.
Descrição: Kandara é considerável a deusa da fer-
tilidade e da cura – enfim a deusa da própria vida.
Louvada principalmente em vilas e regiões rurais, é a
Capitulo cinco: Divindades
Sistema: Tendo que ficar concentrado por três
turnos o servo pode descobrir o efeito e duração da
magia, caso a magia seja vista pelo servo não precisa
de tempo de concentração.
2º Criar Barreira.
O servo pode criar uma tela astral invisível e eté-
rea de 1x1m por nível. A barreira possui uma ligação
com o servo.
Sistema: Num teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 8). Cada sucesso permite que o poder
funcione por três turnos
3º habilidades Mágicas Ampliadas.
O efeito de todas as magias são ampliadas em
50%.
Sistema: Não é necessário testes.
4º Magia Oculta.
Ao chegar neste nível o
servo não é mais preciso
fazer todos os gestos pa-
ra lançar as magias, so-
mente necessário um
pequeno gesto (a crité-
rio do personagem).
Sistema: Não necessá-
rio teste.
5º Defesa Mágica.
Com este nível de poder o servo
recebe somente a metade do dano de
qualquer feito mágico lançado contra
ele.
Sistema: Sempre ativo.
6º Magia Máxima.
O servo não é mais necessário
fazer teste para dano, adquirindo a
capacidade máxima de suas magi-
as tornando-as poderosas.
Sistema: Sempre ativo.
7º Copiar Magia.
Observando outros fazerem
magia o servo poderá aprendê-
las com facilidade.
Sistema: O personagem testa Inteli-
gência (dificuldade nível da magia + 3).
Necessitando de um número de sucesso equiva-
lente ao nível da magia. Caso passe o servo poderá
usá-la se tiver os pré-requisitos necessários.
Obrigações e Restrições: Apenas personagens
capazes de soltar magia podem ser servos de Eydos.
Símbolo Sagrado: Um anel metálico.
Arma Predileta: Adaga (Belo Presente)
Lama: “A magia é tão poderosa quanto à vida.
Você negaria a vida a alguém? Então como a magia
poderia ser negada a alguém?”.
ela que as mulheres rogam pela saúde dos filhos que
vão nascer. Orações a Kandara também são realiza-
das em épocas de plantio, e uma grande festa é feita
em sua honra quando a colheita é boa. A maioria dos
fieis de Kandara são mulheres, embora isso não seja
125
 Oito Luas
obrigatório.
Motivações: Kandara vê o mundo como uma
grande ferida. Os massacres provocados pelas guerras
constantes, a preocupam muito. Seu principal objeti-
vo é fazer com que Kallidox volte a ser um mundo
cheio de vida e esperança.
Avatar: Quando necessário Kandara visita Kalli-
dox na forma de um elfa ruiva, com profundos olhos
verdes; ou como uma humana de baixa estatura, pele
prateada como a lua, olhos de uma cor que não pode
ser guardada na memória. Kandara pode usar o poder
de cura sem limitações, sendo capaz de curar qual-
quer tipo de ferimento ou doença.
Relações: Espantosamente, Kandara é a úni-
ca deusa que não tem inimigo declarado dentro
do panteão – pois mesmo os deuses mais vio-
lentos e malignos reconhecem a necessidade
de curar os feridos após as batalhas. Até
Skelkorn entende que é preciso existir vida
para depois haver morte. A única divindade
que poderia ser considerado seu opositor é
Danever, deus da noite e dos mortos-vivos,
mas até agora não ocorreu nenhum conflito
direto.
Crença dos Devotos: A vida é o mais
precioso presente oferecido pelos deuses ao
mundo, e deve-se protegê-lo da melhor ma-
neira possível. Lutar ou ferir deve ser evita-
do e, mesmo quando absolutamente necessá-
rio jamais se deve tirar a vida de outro ser vi-
vo. A vida das mulheres e crianças é mais sa-
grada ainda.
Poderes Concedidos:
1º Sentir Vida.
O servo poderá ver a “diminuição do fluxo de
vida” de uma pessoa ao tocá-la. Este poder pode ser
usado para ter o conhecimento de quanto tempo (e
dano) levará para uma pessoa morrer, medindo sua
força vital.
Sistema: O servo deve tocar o alvo para determi-
nar a vitalidade do mesmo (teste de Inteligência +
Medicina, dificuldade 7). Ele poderá também saber
como o alvo chegou ao estado atual com um segun-
do teste. Para cada sucesso no segundo teste, o per-
sonagem poderá fazer uma pergunta ao Narrador re-
ferente à vitalidade do alvo (Ele foi en-
venenado?, “As feridas são graves?”).
2º Toque Anestésico.
Um servo usando Toque Anestésico pousar as
mãos em qualquer pessoa e fazer com que seu corpo
deixe de sentir dor. O toque também paralisa o alvo.
Sistema: para se ter sucesso no uso deste poder é
necessário testar a Vontade contra Vontade, depois
que o toque tenha sido feito. O entorpecimento e a
paralisia duram uma quantidade de tempo proporcio-
nal ao número de sucessos.
Sucessos Tempo
1 sucesso 1 turno
2 sucessos 2 turnos
3 sucessos 5 turnos
126 Capitulo Cinco: Divindades
4 sucessos 1 hora
5 sucessos 1 noite
3º Toque da Cura.
O servo põe suas mãos em uma ferida e acelera a
cura dela. O alvo sentirá uma sensação de que o local
da ferida ficará um pouco quente, enquanto estiver
sendo curado.
Sistema: Este poder pode ser usado em qualquer
criatura, mas deve-se tocar a ferida. Um ponto de
Mana deve ser gasto para cada ponto de dano a ser
curado.
4º Maximizar Cura.
Todas as magias de cura passaram a ter efeito
máximo.
Sistema: Não é necessário teste.
5º Vigor Renovado.
Tocando a pele do alvo. O servo poderá
recuperar os Pontos de Vida perdidos.
Sistema: Este poder requer o dispêndio
de um ponto de Mana para cada dez Pontos
de Vida.
6º Trocar Dor por Prazer.
O servo é capaz de enganar os sentidos
do alvo de modo a fazê-lo sentir um pra-
zer imenso ao invés de dor, ou seja, possi-
bilita que ele não perca dados devido à pe-
nalidade por ferimentos. Infelizmente isto
também faz com que o alvo não saiba que
foi ferido.
Sistema: Este poder requer sucesso num
teste de Vontade (dificuldade 8).
7º Ressurreição.
Este poder permite ao personagem trazer
a alma de um recém-ferido de volta ao corpo.
Sistema: O alvo não pode estar morto há
mais de uma hora para cada ponto de Mana
gasto para trazer o alvo de volta a vida (má-
ximo de um ponto). O corpo precisa estar
pelo menos 80% completo. Conteúdo,
mesmo se a cabeça estiver faltando, o ca-
dáver fará crescer uma nova.
Obrigações e Restrições: Apenas mu-
lheres podem ser servas de Kandara. Uma
serva precisa dar à luz pelo menos uma
vez antes de receber seus poderes. Quase
todas as crianças geradas pelas servas se-
rão meninas, que mais tarde se tornaram
discípulas e novas servas. Servas de Kan-
dara são proibidas de lutar, usar armas ou qualquer
magia capaz de causar dano. Em combate, podem
apenas usar magias para se proteger, ajudar ou curar a
si e seus companheiros. Diante de um inimigo superi-
or, elas podem apenas fugir, render-se ou aceitar a
morte: para uma serva de Kandara, é preferível perder
a vida a tirá-la de outra pessoa.
Símbolo Sagrado: Uma Lua Crescente Prateada.
Arma Predileta: Não ha. Sevas desta deusa não
podem lançar a magia Arma Espiritual.
Lama: “Antes perde a própria vida que tomá-la de
alguém”.
 Oito Luas
Likky
Deusa da Flora
Outros Nomes: Deus macaco, O Grande Leão, O
Urso Dourado, centenas de outros nomes entre as tri-
bos bárbaras.
Descrição: Likky é uma divindade bem humora-
da, ávida por sorrir e confiante em suas decisões. Ex-
tremamente leal e protetora com seus aliados, ela re-
flete com calma antes se incluir alguém entre seus
privilegiados. Likky é a protetora dos animais dóceis,
dos elfos e recursos naturais. Ela reconhece que parte
dos recursos naturais precisa ser consumida pelo bem
dos elfos e outras raças, mas não tolera abusos. Para
ela, as civilizações de Kallidox perderam a pureza de
outrora, hoje encontrada apenas nos bárbaros. Ela
abrange quase todos os cultos bárbaros ligados a
animai: embora cada culto tenha seu próprio deus, re-
presentado por uma criatura diferente, na verdade to-
dos se dirigem a Likky. Isso significa que tanto o
Deus Grande Verme das Savanas, quanto o Lobo
Cinza das Montanhas são faces desta deusa, as-
sim como centenas de outros cultos animais
de Kallidox.
Os membros do culto de Likky estão
bastante dispersos e raramente se reúnem
em grupos durante muito tempo. Existem
poucos templos da Rainha das Florestas; sua
adoração acontece em clareiras ou peque-
nos santuários. Os integrantes do culto
atuam como representantes das arvores,
protetores das florestas. Eles ensinam os
elfos e as raças bondosas cuidar e
respeitar as árvores e a vida sel-
vagem, a renovar e ampliar as
florestas existentes, agir
contra os destruidores das
matas selvagens.
Motivações: Ela es-
pera que seus servos
vivam em harmonia com a
natureza em toda a varie-
dade. As criaturas que des-
troem ou exploram a natureza
merecem vingança imediatamente e
apropriada.
Avatar: Quando se manifesta, Likky
costuma assumir a forma do exemplar mais
belo do animal venerado na região. Em alguns
casos prefere a foram de uma elfa de cabelos
verdes, vestida com vestido com desenhos em
formas de folhas.
Relações: Likky tem uma relação contur-
bada com Ruttra e Warguy seus irmãos. En-
quanto cuida dos animais “dóceis”, bus-
cando equilíbrio natural, seus irmãos ape-
nas desejam sobre o mundo monstros e animais fero-
zes e com desejo de matança. Likky odeia Demian, o
deus do conhecimento, pelo desprezo que ele mostra
pelos bárbaros e “não civilizados”.
Capitulo cinco: Divindades
Crença dos Devotos: A natureza, os animais e
plantas são parte do mundo. Como podemos nos afas-
tar deles, se também o somos? A vida ao natural e o
respeito à deusa nos guia para a tranquilidade e feli-
cidade.
Poderes Concedidos:
1º Voz Selvagem.
Com esse poder o servo pode “falar” livremente
com qualquer animal natural.
Sistema: Não é necessário teste.
2º Companheiro Animal.
Neste nível o servo escolhe um animal que vai
acompanhá-lo sempre.
Sistema: Esse companheiro terá os mesmos efei-
tos que um familiar.
3º Mudanças de Estações.
Com este nível o servo faz com que as plantas de-
senvolvam mais rápido, pensando de uma simples
semente a uma planta adulta em poucos minutos.
Sistema: Em um teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade7) cada sucesso é um ano de desenvol-
vimento.
4º Garras Afiadas.
Neste nível o servo faz com que surjam garras
em suas mãos, causando Dano Atordoante.
Sistema: Não é necessário teste, basta um
Ponto de Mana para que as garras cresçam.
5º Proteção Verde.
Este poder possibilita o servo entrar em um
tronco de arvore grande.
Sistema: O servo gasta um ponto de
Mana e entra no tronco de qualquer arvore
grande.
6º Forma Selvagem.
O Servo pode transformar-se
em qualquer animal.
Sistema: Num teste de
Inteligência + Espirito. O servo perma-
nece na forma animal até o próximo amanhecer, a
não ser que ele deseje voltar ao normal antes.
7º Despertar os Guardiões da Mata.
Com esse poder o servo pode auxiliar seus comba-
tes com ajuda das arvores, dando-lhes movimentos.
Sistema: Ao tocar a arvore escolhida o servo lhe
dá o dom do movimento. Servo testa Inteligência +
Sobrevivência (dificuldade 7). Cada sucesso a arvore
fica animada por três turnos.
Obrigações e Restrições:
A morte de um animal
selvagem só é permitida
em defesa própria. Os ser-
vos não recuperam Pontos de Vida quando descan-
sam em cidades.
Símbolo Sagrado: Cabeça de unicórnio e chifre
dourado de perfil.
Arma Predileta: Cimitarra (Espada Chifre)
Lama: “O caminho da natureza é aquele que leva
à pureza primordial”.
127
 Oito Luas
Muntus
Deus da Guerra e Intriga.
Outros Nomes: Gor entre os anões, Glauda entre
os bárbaros.
Descrição: A divindade suprema da guerra. Res-
ponsável por todas as maquinações e intrigas que re-
sultam em batalhas sangrentas no decorre da história.
Muitos combatentes costumam reverenciar a figura
de Muntus. Não sendo constante para fornecer seu
apoio. Mas com o tempo ele começou a abençoar to-
dos os Combatentes da mesma forma; o deus da guer-
ra favorece um exército um dia e outro no dia seguin-
te; mesmo assim, os soldados de qualquer natu-
reza rogam por suas bênçãos para pás bata-
lhas vindouras. Poderoso e hon-
rado em combate, ele segue seu
próprio código de honra e não ela-
bora alianças duradouras.
O culto de Muntus aceita se-
guidores de todas as raças, e seus
templos lembram construções mi-
litares fortificadas. Os servos de
Muntus são encarregados de
conservar as regras e a reputa-
ção valorosa da guerra, redu-
zindo os massacres descontro-
lados e agindo para encerrar
conflitos longos. Eles recebem e
oferecem treinamento de com-
bate, para resguardar a civili-
zação de monstros, e punem
os indivíduos que lutam de
forma desonrada e covarde. A
recuperação e adoração de armas
de combatentes famosos ou res-
peitados são práticas comuns da
ordem. Os servos são obrigados a
derramar gotas de sangue a cada
dezena (de preferência o seu ou de
um inimigo valoroso) como dizi-
mo.
Motivações: Existe apenas uma
certeza sobre Muntus: ele quer des-
truição. Quanto mais sangue em
uma guerra, maior seu poder.
Dizem que em tempos de paz,
Muntus caminha sobre o mundo
agindo como agente duplo, sussurrando intrigas entre
reinos vizinhos e incitando novos conflitos.
Cogita-se entre os estudiosos que o seu objetivo e
selecionar a raça suprema. Assim, a guerra funciona
como um meio de “seleção natural”, uma vez que
apenas os fortes sobrevivem. Sob este aspecto, Mun-
tus é muito parecido com Ruttra e Warguy.
Avatar: A forma de um grande guerreiro com ar-
madura de couro, com uma arma negra com um man-
to cor de sangue é a forma principal de Muntus, vista
com frequência em pinturas e estatuas. Quando ne-
cessário Muntus pode assumir formas mais inofensi-
128 Capitulo Cinco: Divindades
vas – como um elfo arqueiro, anão ferreiro; mas sem-
pre com relação de alguma forma com combate.
Afirma-se também que, vez ou outra, o Deus da
Guerra se disfarça como uma espada inteligente, ma-
nipulando seu portador para que ele siga seu designo.
Relações: Embora se oponha a pacifica Eukary,
ele castiga qualquer adorador que profane os santuá-
rios da deusa ou molestem seus fiéis, talvez porque
considere que a guerra seria insignificante sem a paz
para confrontá-la.
Crença dos Devotos: A paz é para os fracos e co-
vardes. É fácil viver sem lutar. Apenas em batalhas
provamos nosso valor.
Poderes Concedidos:
1º Resistência a Dor.
Através da Vontade, o servo consegue
ignorar a dor de seus ferimentos e conti-
nuar agindo normalmente.
Sistema: Não é necessário teste. O
servo não sofre penalidades por ferimen-
tos.
2º Invocar Espírito da Guerra.
O servo pode convocar os espíri-
tos da guerra e do sangue em seu
corpo, escrevendo runas místicas em
si.
Sistema: O servo gasta uma
cena para escrever em seu corpo
as runas. O personagem testa In-
teligência + Ocultismo (dificuldade
7).
3º Toque da Dor.
O servo toca seu alvo, lhe causando
grande dor. Isso não causará nenhum
dano físico real ao alvo, mas um conta-
to prolongado pode deixá-lo perturbado.
Sistema: Um ponto de Mana deve ser
gasto e o servo deve tocar o alvo com a
mão, no local onde deseja afetá-lo. Pon-
tos de Mana extra podem intensificar os
efeitos, a critério do Narrador. Cada
ponto gasto reduz a Parada de Da-
dos da vítima em um.
4º Maldição da Guerra.
Este poder causa a vítima uma
serie de infortúnios e acidentes.
Sistema: O servo roda Inteligência + Ocultismo
(dificuldades 7) e gasta um Ponto de Mana. Para cada
sucesso no teste, o alvo sofrerá a maldição por mais
uma hora (sucessos = 5 horas). Se esta fizer efeito,
em todos os testes da vítima, ignore o sucesso mais
alto dela; até o fim da maldição. Isso pode ser desas-
troso para aqueles com baixos níveis em suas habili-
dades.
5º Controle de Batalha.
Este poder permite ao servo controlar a mente de
algumas pessoas para lutarem ao seu lado.
Sistema: O personagem precisa testar Vontade +
 Oito Luas
Intimidação contra a Vontade dos Alvos.
6º Ferro não Fere.
Ao gravar uma runa de “Ferro não Fere” na sua
pele, o servo torna-se invulnerável contra as armas de
ferro aço. As lanças são desviadas por sua pele e as
espadas quebram ao invés de cortá-lo.
Sistema: O personagem gasta dois pontos de Ma-
na, o ato de gravar a runa não inflige nenhum dano.
Durante uma cena, o servo não sofre danos de ata-
ques desferidos com armas de ferro ou aço, embora
madeira, pedra, prata, garras dentes ou outras formas
de ataques firam-no normalmente.
7º Coordenar Ataque.
Gastando um ponto d Vontade, todos do batalhão
podem se reunir numa ligação mental, permitindo-se
agir como só entidade. Isso lhe permite dividir per-
cepções, táticas e até conhecimento enquanto durar a
ligação. Ha muitos usos desse poder.
- Poderes mentais, etc.… são feitos contra a maior
Vontade, e deve marcar um sucesso adicional por ca-
Naster
Deus da Trapaça
Outros Nomes: Senhor das Sombras, Mestre de todos os ladros e trapaceiros.
Descrição: Naster é uma divindade autoconfiante
e determinada, que aprecia planos complexos e tra-
mas intricadas, embora tenha se educado recen-
temente para agir de forma mais direta, quando
suas próprias maquinações lhe causaram grande
redução de poder. Ele é cauteloso, frio, nunca
perde a calma e sempre parece ter um comentário
sarcástico preparado. Sendo assim não é à toa que
ele também seja considerado o deus dos ladrões.
Praticamente cada guilda de ladrões, tem pelo
menos um servo deste deus, atuando como
conselheiro ou até mesmo como líder. Mas
Naster não é louvado apenas por ladrões alguns
de seus seguidores são governantes e estrategis-
tas, que admiram a sua inteligência.
Essencialmente, a ordem de Naster é similar
a uma rede de guildas de ladrões. Nas cidades
maiores, que tem diversas guildas, seus tem-
plos costumam estar conectada a todas elas por
túneis secretos e são considerados campos neu-
tros para a realização de encontros. A ordem de
Naster prefere o subterfúgio à confrontação
aberta, levando o mais ingênuo a acreditar
que Naster está morto. Os membros da or-
dem gastam seu tempo preparando intri-
gas e apoiando as guildas de ladrões e
os assaltantes individuais.
Motivações: As motivações de Naster não po-
dem ser consideradas boas ou, mais. Em um dia ele
pode armar um plano que poderá frustrar os planos
de Muntus; e no dia seguinte seria capaz de tra-
mar contra o próprio Skelkorn, salvando milha-
res de vidas.
Ao que parece, Naster não quer
mais poder ou mais seguidores do que
já tem. Seu único objetivo é provar
Capitulo cinco: Divindades
da membro. Se o poder é bem sucedido, há uma que-
bra mental, removendo o alvo da ligação somente ele
estará dominado.
- Um estoque de dados extras por pessoa ligada,
apesar de se gastar esse dado (se há 5 ligados, há 5
dados extras por turno, não 5 por membro por turno).
- Permanecendo fora do combate e se concentran-
do, um membro pode dar uma habilidade a outro.
Além disso, ligado ferido com Soco 5 pode descansar
ao mesmo tempo e concentrar no alvo no círculo que
está lutando com Soco 2; “emprestando” assim sua
habilidade.
Obrigações e Restrições: Um servo da guerra
jamais recua diante de uma oportunidade de combate.
Além disso, eles nunca podem lançar magias de cura.
Símbolo Sagrado: Uma espada flamejante, sobre
um escudo vermelho sangue.
Arma Predileta: Espada Montante (Fúria Insana)
Lama: “Ataque primeiro e pergunte depois… se a
boca do oponente ainda estiver em condições de uso”.
que é o mais esperto e ardiloso dos deuses. Naster é
conhecido por Armar planos mirabolantes (mas quase
sempre inofensivos) apenas para assustar, des-
concertar ou humilhar os outros deuses.
Avatar: A forma de Naster varia enor-
memente, dependendo da missão a ser con-
fiada e da peça a ser pregada.
Relações: Aparentemente, Naster não
é amigo ou inimigo de ninguém – ne-
nhum deus é tolo o bastante para confiar
nele. Naster também costuma se consi-
derar o grande rival de Setnepres, o deus
da intriga, traição e mentira haviam sido
o único realmente capaz de desafiar sua
esperteza.
Crença dos Devotos: O mundo é
dos astutos. Faça aos outros antes que
façam com você. Lei e ordem são para os
tolos, para os deixam apanhar. Lúcios is-
so é quem consegue prosperar sem seguir re-
gras.
Poderes Concedidos:
1º Mudar Foco
O servo é capaz de mudar o foco de cer-
tos objetos. O que muda é apenas como as
pessoas enxergam algo, o objeto não muda
quase nada.
Sistema: Deve-se testar Inteligência +
Ciência (dificuldade 7).
2º Comunicação.
O servo consegue entender e fazer com
que alguém entenda simplesmente atra-
vés de cores. O servo pode usar qualquer
coisa para que essa comunicação funcione.
Sistema: Deve-se testar Vontade + Ar-
tes (dificuldade 7) e gastar um ponto de
129
 Oito Luas
Mana.
3º Transformação
O servo pode provocar certas transformações no
ambiente fazendo com que leves ilusões apareçam. A
preparação das pessoas é muito alterada.
4º Força do Arco-Íris.
O servo é capaz de criar um arco-íris e moldá-lo
conforme desejá-lo. O arco-íris pode também formar
uma espécie de prisão para alguém.
Sistema: Ao testar Inteligência + Ocultismo (difi-
culdade 7). Cada sucesso faz o poder durar por 5 tur-
nos.
5º Fatuus Distance.
Este pode permite ao servo criar ilusões a distân-
cia. A única exigência é que o servo seja capaz visua-
lizar mentalmente a imagem do destino da ilusão. Is-
so normalmente significa que o personagem precisa
ter estado pessoalmente no local em questão.
Sistema: A dificuldade de Fatuus Distante depen-
de unicamente da familiaridade com o local. Depois
de o lugar ter sido “mirado”, outros poderes desta Di-
vindade serão empregados normalmente.
Dificuldade Lugar de Destino
Dificuldade 6 Lugar tão familiar quanto o
seu lar.
Dificuldade 7 Visitado três vezes ou mais.
Dificuldade 8 Visitado uma vez.
Dificuldade 9 Local descrito com detalhes.
Dificuldade 10 Nunca esteve lá, mas tem
uma figura do local.
6º Pseudo Cegueira.
Um servo que possua esse poder é incapaz de ser
enganado por qualquer poder Mental ou de Ilusão
abaixo de nível quatro. Ele simplesmente não os per-
cebe (mesmo se quiser), não sendo, portanto, afetado
por eles. Um servo, possuindo esse poder não será
afetado por mentiras, se uma mentira lhe for contada,
o personagem, a ouvirá, as saberá que é falsa.
Oacanymuli
Deusa do Amanhecer, da Esperança e Destino
Outros Nomes: Vigilante, Aquela que tudo vê.
Descrição: Ela representa tanto o calor agradável
e necessário do astro-rei quanto à fúria do deserto.
Oacanymuli é também a Vigilante, Aquela que tudo
vê. Nada acontece durante o dia sem que ela saiba.
Para alguns, Oacanymuli também é conhecida como
a deusa dos viajantes (afinal, todos se orientam pelo
sol quando perdidos), embora seja pouco cultuada fo-
ra das áreas desérticas.
Geralmente as paredes ocidentais dos templos de
Oacanymuli são ornamentadas e os seus servos não
se envergonham de demonstrar isso (algumas vezes a
ponto da ostentação). Os servos encorajam seus fiéis
a construir coisas novas, recuperar áreas abandona-
das, estimular o crescimento em terras cultivadas, ex-
pulsar o mal e trabalhar para restaurar ou direcionar a
civilização até um novo ápice de harmonia, arte e
progresso.
Motivações: Oacanymuli é uma deusa benevolen-
130 Capitulo Cinco: Divindades
Sistema: Apenas os procedimentos acima.
7º Privação Sensorial.
Este poder nega o alvo acesso a todos os sentidos.
Enquanto o efeito durar, o alvo não poderá ver, ouvir,
cheirar, sentir gostas e qualquer outra coisa com o ta-
to. Isto leva alvo a perder efetivamente o contato com
o mundo.
Sistema: Ao testar Vontade contra Vontade (difi-
culdade 7 para ambos). Os efeitos duram pelo período
descrito abaixo.
Sucessos Tempo
1 sucesso 1 turno
2 sucessos 1 hora
3 sucessos 1 dia
4 sucessos 1 semana
5 sucessos 1 mês
Obrigações e Restrições: Servos de Naster nunca
podem recusar de fazer parte de uma trapaça ou arti-
manha que esteja sendo arquitetada.
Quando participa de missões ao lado de outros
aventureiros – especialmente servos de outros deuses
– um servo de Naster deve fazer com que algo com
seus colegas. Isso não significa provocar o fracasso
da missão, apenas fazer algo que prova sua esperteza.
Coisas como trocar o livro de magias do conjurador
por um livro de receitas, ou lambuzar com mel as
barbas do anão enquanto dorme. Caso não consiga
pregar nenhuma peça em ninguém até o final da mis-
são, o servo perde todos os seus poderes e magias – e
só poderá recuperá-los quando voltar a fazer uma tra-
paça com sucesso.
Símbolo Sagrado: Mascara vermelho sangue
transpassado por uma adaga.
Arma Predileta: Adaga (Falso Amigo), Espada
Longa (Sussurro Furtivo).
Lama: “O mundo é dos mais espertos, se você
não é um, que pena, mas muito obrigado”.
te, mas também exigente e orgulhosa. Sua caminhada
diária pelos céus, derramando calor e conforto sobre
o mundo, e ela sabe disso. Oacanymuli vê o mundo
como um filho que merece cuidado, mas que também
precisa mostrar respeito à mãe. Qualquer problema
que acontece durante o dia é fato conhecido de Oa-
canymuli.
Avatar: Existem poucas ilustrações ou pinturas
representando Oacanymuli, mas a forma encontrada
com mais frequência é uma grande fênix em chamas.
Relações: Oacanymuli tem boas relações com
Naster e Zigyr, e um ódio mortal por Skelkorn e Set-
nepres.
Crença dos Devotos: O sol é generoso. Vigia e
protege Kallidox de todo o mal. Derrama seu calor
duradouro sobre o mundo. Sem ele, estamos nas gar-
ras do Deus das Trevas e suas criaturas.
Poderes Concedidos:
1º Pele em Chamas.
Este pode deixará o servo imune às chamas e ao
 Oito Luas
calor natural, não protegendo contra fogo mági-
co.
Sistema: Não é necessário teste. Está
sempre ativo.
2º Arma em Chamas.
O servo tem a capacidade de in-
cendiar suas armas metálicas,
causando Dano Fatal.
Sistema: O personagem faz
com que as armas entrem em
chamas provocando um Dano
Fatal adicional de 1d por
ponto de Mana gosto.
3º Controlar Chamas.
Neste nível o servo
pode controlar o fogo (não
mágico) como desejar, po-
dendo fazer uma simples vela até
uma fogueira de execução.
Sistema: Testando Inteligência + Ocul-
tismo (dificuldade 7). Cada sucesso repre-
senta 2 turnos de controle sobre as chamas.
4º Explosão Solar.
Ao atingir este nível, o servo passa a ser
capaz de controlar a energia vinda do sol, a
ponto de causar uma explosão. Para isso, o
servo cria pequenos globos de chamas do ta-
manho de pequenas esferas, mas incrivelmen-
te concentradas.
Sistema: O globo surge na mão do servo,
que pode então arremessá-lo. Testando Destre-
za + Foco (dificuldade 7). Ao
atingir um alvo, a explosão causa
10d de Dano Fatal e vai dimi-
nuindo 1d a cada metro do ponto de impacto. Esse
dano também atinge o servo.
5º Onda de Choque.
Usando seu poder para criar explosões. Disparan-
do das mãos do servo uma imensa rajada de chamas,
o servo causa uma série de explosões por onde a raja-
da passa, criando uma onda de choque destruidora,
que fere qualquer coisa em seu caminho.
Ruttra
Deusa dos Monstros
Outros Nomes: Destruidora entre os bárbaros,
Mãe-Monstro entre todos os monstros (naturalmente,
esse nome será diferente em cada idioma monstro).
Descrição: Ruttra é uma divindade cruel e capri-
chosa, que muitos acreditam ser insana por lançar
seus próprios filhos uns contra os outros. Essa deusa
não acredita na coexistência pacifica, simplesmente
lança sobre o mundo monstros cada vez mais terrí-
veis, recompensando apenas os mais fortes com a so-
brevivência. Ela luta de forma maliciosa, fria e per-
versa com as pessoas. Quando dinossauros e outros
monstros reinavam com sua selvageria, ela estava sa-
tisfeita. Agora que o mundo está sendo dominada por
raças “fracas” ela rosna raivosa.
Os templos de Ruttra promovem a superioridade
Capitulo cinco: Divindades
Sistema: testa Inteligência + Foco (dificuldade 7).
Cada sucesso provoca 3d de Dano Fatal.
6º Toque Causticante.
Tocando um alvo por um turno, o servo é capaz de
incendiá-lo. As vítimas desse poder sofrem
danos terríveis.
Sistema: O servo deve tocar o alvo
por pelo menos um turno. No turno
seguinte, o servo testa Vigor + Foco
(dificuldade 8) e gasta três pontos
de Mana. O alvo será coberto por
chamas, sofrendo 5d + sucessos
obtidos por turno. O alvo
queimará por três turnos e a
cada turno o dano será reduzido à me-
tade (arredondado para baixo). Até o
fogo se extinguir.
7º Manifestação Solar.
O servo é capaz de preencher áreas
imensas com chamas. Este poder é re-
almente perigoso, por que é praticamente impossí-
vel escapar da área antes que ela seja preenchida pelo
fogo.
Sistema: Testa Vigor + Fogo (dificuldade 7). Ca-
da sucesso preenche um raio de quatro metros com
chamas com uma altura de 3 metros. Criaturas que
queiram escapar da área precisam conseguir seis su-
cessos com um teste de Destreza + Esquiva (dificul-
dade 8). Aqueles que não conseguiram sofrerão 5d
+ Fogo do servo de Dano Fatal em contato com as
chamas. As chamas não duram muito. Dura 1 tur-
no por sucesso obtido, mas o servo pode mantê-las
gastando um ponto de Mana por turno.
Obrigações e Restrições: Os servos do sol de-
ve cobrir o rosto com uma máscara, capuz ou trapos:
ele jamais deve mostrar o rosto, exceto para os arau-
tos. Caso seu rosto seja visto por outros, os servos
perdem todos os seus poderes durantes 1d-2 dias.
Símbolo Sagrado: Um sol dourado.
Arma Predileta: lança Curta (Raio de Sol)
Lama: “O sol vigia a todos e todos devem louvá-
lo”.
da Rainha-Monstro sobre todas as demais criaturas.
Os templos são difíceis de serem encontrados, so-
mente em clareiras e rodeadas de grandes pedras.
Motivações: As razões que levaram Ruttra a con-
trolar suas crias perversas poucos sabem. Alguns
afirmam que ela foi forçada pelos outros deuses; ou-
tros dizem que Ruttra apenas demonstrou um pouco
de compaixão. De qualquer forma, Ruttra não acredi-
ta em harmonia ou equilíbrio, mas em conflito.
Avatar: Ruttra visita este mundo adotando a for-
ma de um monstro, sempre duas vezes ou três vezes
maior que um exemplar normal daquela espécie.
Quando precisa lidar com aventureiros, costuma as-
sumir a forma de uma linda mulher de pele escamosa,
rabo, asas e chifres com olhos amendoados.
131
 Oito Luas
Relações: Ruttra e uma deusa ressentida, por que
terminaram seus anos de dominação e gloria – e ago-
ra precisa “dividir seu espaço” com os outros. Se
unindo com qualquer um que possa recuperar a sel-
vageria que reinou durante milhares de anos.
Crença dos Devotos: Houve época em que o
mundo pertencia apenas às criaturas de Ruttra. Dra-
gões e monstros prosperavam, esmagavam seus ini-
migos. Os outros deuses, invejosos, uniram-se para
apagar sua glória e povoar Kallidox com seres fracos
e patéticos.
Poderes Concedidos:
1º Perceber Criatura.
O servo pode localizar a posição exata de
uma criatura que procura. Ele deve ter uma
pequena noção do que está procurando.
2º Pele de Monstro.
Este poder concede ao servo um
dado extra na absorção de danos.
A cada poder que o servo ad-
quirir acrescenta-se mais um
dado extra.
3º Controlar Criatu-
ra.
Fitando os olhos o
servo pode dominar
uma criatura menos
perigosa que ele.
Sistema: O per-
sonagem testa Von-
tade + Intimidação
contra a Vontade do alvo,
quanto mais sucessos com mais
vigor o alvo agirá.
4º Trazer o Sono.
Este poder permite que o servo faça uma
criatura ficar com uma grande vontade de
dormir.
Sistema: O personagem deve-se
concentrar e conseguir um núme-
ro de sucessos igual à Vonta-
de do alvo em um teste de
Vontade + Intimidação
(dificuldade
7).
5º Ferir Cria-
tura.
Com este nível de poder permite ao servo causar
ferimentos fatais na criatura.
Sistema: Os ferimentos podem não ser muito gra-
nes mas serão fatais.
6º Roubar Poder da Criatura.
O servo pode assim que ferir uma criatura pode
roubar um pouco o poder da criatura.
Sistema: Dois pontos de Mana devem ser gastos.
O poder se manifesta em determinada parte do corpo
do servo na forma de veios negros. Somente uma par-
te pode ser usada por vez.
Mãos: Os socos do servo infligem Dano Fatal. O
132 Capitulo Cinco: Divindades
poder dura uma cena.
Corpo: Todos os pontos de Mana para aumentar
os Atributos Físicos serão considerados duplamente
eficiente. Se gastar um ponto para aumentar a Força,
este atributo aumenta em dois. O poder dura uma ce-
na e não pode ser usado para cura.
Garganta: O servo pode rugir. Todos fogem a
menos que sejam bem sucedidos em um teste de Von-
tade (dificuldade 8) ou ficarão aterrorizados (todas as
suas Paradas de Dados são jogadas pela metade). Este
efeito dura uma cena.
Pés: Chutes agora infligem Dano Fatal. Também
dura uma cena.
7º Tomar a Pele.
Matando uma criatura e se en-
charcando em seu sangue, o
servo pode se transformar na
criatura. Isto permite que o
servo se transforme na
criatura que acabou de
matar.
Sistema: O servo
deve cobrir o seu
corpo com o sangue
da criatura e cha-
mar o espírito da
criatura (Vontade
+ Espirito, difi-
culdade 7). A cri-
atura deve ser car-
nívora ou ovípara, o
sangue deve estar fresco.
A transformação durará
por 12 horas ou até
o servo re-
solver vol-
tar ao normal.
Obrigações e
Restrições: Para se tornar
um servo de Ruttra, deve-se
abandonar totalmente seu antigo
modo de vida e abraçar a cultura
de uma espécie de monstro. Isso será ex-
tremamente difícil – a maioria dos que ten-
taram terminaram devorados por aqueles
que queriam proteger. Para os que conse-
guem, contudo, o prêmio é compensador:
a confiança total de uma espécie de monstro.
Servos de Ruttra só podem usar as mesmas armas
e armaduras usadas pela espécie de monstro que pro-
tege. Se essa espécie não usa nenhuma arma ou ar-
madura, o mesmo vale para o servo.
Símbolo Sagrado: Caveira de dragão soltando
fogo.
Arma Predileta: Say ou maça estrela imitando
uma garra (Patada de Monstro)
Lama: “Humanos, elfos, anões… todos devem
morrer, virando alimento”.
 Oito Luas
Seyller
Deusa da Força, Coragem e Caça.
Outros Nomes: Chark entre os povos sauróides,
Horkkonb entre os bárbaros, Dama do Coração Ar-
dente entre os Saymos.
Descrição: Adorada principalmente pelos bárba-
ros. Seyller é uma deusa com propósitos que não po-
dem ser claramente vistos como malignos ou benig-
nos. Ela representa dois conceitos que parecem opos-
tos: a dominação dos fortes sobre os fracos e também
a proteção dos fracos pelos fortes. Mas acima de tudo
ela é a deusa da coragem, determinação e força inte-
rior. Seyller é temida pelos dóceis e puros, mas vene-
rada e amada pelos fortes e corajosos. Essa deusa é
considerada um demônio em algumas regiões e seus
seguidores não negam isso.
Os templos de Seyller são raros de serem encon-
trados em locais com grande concentração humana. O
culto de Seyller prega apenas duas leis, sendo que al-
gumas raças infelizmente, obedecem apenas à primei-
ra lei (dominar os fracos) e não entende ou ignora a
segunda (proteger os fracos), apenas o povo-lagarto,
seguem fielmente os ideais de Seyller.
Motivações: Seyller ama as competições, os desa-
fios e promove os esporte. Seus ensinamentos afir-
mam que os fortes e preparados devem liderar os
mais fracos e que a coragem é a maior qualidade do
mundo, seja para governantes ou cidadãos. Todos de-
vem desprezar a covardia, alega Seyller.
Avatar: Quando interage com mortais, Seyller
assume a forma de uma frágil combatente vestin-
do apenas algumas joias e carregando sua espada.
Mas todas as formas sempre aparecem com o
olho esquerdo com uma cicatriz.
Relações: Seyller é uma das mais agres-
sivas e competitivas entre as divindades do
Panteão. Todos os outros deuses evitam
qualquer contato com ela. Ocasional-
mente, contudo, ela recebe em seu
reino a visita de Danever; suspei-
ta-se que exista uma ligação se-
creta entre os dois, embora
ninguém saiba qual é.
Crença dos Devotos: O
mundo se divide em fortes e
fracos. O fraco vede tributo, respeito e
obediência ao forte. De igual forma, o forte deve pro-
teger o fraco.
Poderes Concedidos:
1º Susto.
Fitando se seu adversário o servo faz com que ele
se assuste com algo e se distraia por alguns instantes.
Sistema: O personagem teste Vontade + Intimida-
ção contra Vontade do alvo. O alvo fica um turno
sem jogar por sucesso obtido pelo servo.
2º Medo Súbito.
O alvo será afligido por um medo sem explicações
e irá buscar abrigo em qualquer lugar onde se sinta
segura.
Capitulo cinco: Divindades
Sistema: O personagem testa Vontade contra
Vontade do alvo (dificuldade 7 para ambos). Cada
sucesso faz o alvo fugir por dez turnos. Em caso de
falha critica o servo que sofre os efeitos desse poder.
3º Aura de Pânico.
O personagem será sempre evitado por outros, se
for a uma reunião ninguém irá se aproximar.
Sistema: Sempre ativa.
4º Medo Real.
O servo faz com que a vítima acredite em seu
maior temor tomou forma e está prestes a atacá-lo ou
algo similar.
Sistema: Em um teste de Vontade
contra Vontade (dificuldade 7 para
ambos). Se a vítima não passar terá
sua Parada de Dados reduzida à meta-
de. E qualquer ação executada
contra o seu medo também será
reduzida à metade.
5º Sentir a Morte.
O servo faz com que a víti-
ma acredite que está sentindo a
proporia morte e reagira como
tal, sentindo as dores e até vendo
o sangramento. A visão serás sempre de
uma morte trágica e a vítima irá des-
maiar depois de 30 segundos.
Sistema: Testa-se Vontade contra
Vontade do alvo. Para cada sucesso a
vítima fica desmaiada por 1 minuto.
6º Assustar Grupo.
Permite ao servo fazer várias ví-
timas caírem em pânico. Como o ní-
vel Medo Real, mas fazendo que vá-
rias pessoas fiquem vendo seus
medos interiores.
Sistema: Este poder pode afe-
tar 1 pessoa por nível de persona-
gem.
7º Pesadelos.
A vítima deste poder será
atormentada por pesadelos
sempre que pegar no sono, im-
pedindo que durma tranquila-
mente o que irá debilitá-la.
Sistema: Testando Von-
tade + Ocultismo contra Vontade. Para cada sucesso
obtido o vitima sofrerá uma noite de pesadelos. Re-
sultando em uma redução de 1 pontos em seu Atribu-
tos por noite mal dormida.
Obrigações e Restrições: Um servo de Seyller
deve mostrar coragem em combate, jamais lutando
com um oponente em desvantagem numérica, e nun-
ca usando armas de arremesso, de projeteis ou qual-
quer outra forma de combate a distância; só podem
lutar corpo-a-corpo.
Símbolo Sagrado: Serpente enrolada em um co-
ração em chamas.
133
 Oito Luas
Arma Predileta: Espada Bastarda (Destruidora)
Lama: “Primeiro você deve provar ser forte. De-
Skelkorn
Deus da Morte
Outros Nomes: O Ceifador, O Carrasco da Al-
ma
Descrição: Skelkorn a essência dos mortos para
seus locais no eterno ciclo da existência. Sendo um
deus maligno, e misterioso. Pois quando mais mor-
tes e assassinatos existirem maior será o seu poder.
O Culto de Skelkorn mata sem motivo os mori-
bundos, mendigos e famílias bem pobres.
Seus membros executam famílias
ricas fazendo o funeral, enterros fal-
sificando testamentos para aumentar
a renda da sua ordem e se apoderan-
do de tudo dos mortos que não tem
testamento.
Motivações: Ao contrário do
que muitos pensam, Skelkorn
não quer destruir o mun-
do – e sim dizimar os
humanos, elfos e anões –
pois para ele essas raças
estão destruindo o mun-
do pouco há pouco. E
mostrar para todos a ine-
vitável morte. A vida é um pesa-
delo e a morte é o verdadeiro
despertar.
Avatar: sua única forma conhe-
cida é de um Centauro lich armado
com um machado e uma maça es-
trela.
Relações: No momento
Skelkorn é o único deus mais odi-
ado do panteão – todos temem
seu poder crescente, mais poucos
estão dispostos a realmente agir
contra ele. Danever é provavelmente seu único
aliado.
Crença dos Devotos: O Servo de
Skelkorn, sempre que entre em batalha deve
mostrar quem é o vencedor e comemorar a
vitória sobre os cadáveres vencidos.
Poderes Concedidos:
1º Sentir Morte.
O servo é capaz de ver espíritos dos mortos e
sentir lugares onde estão foram mortos. Pode sentir
o quão próximo alguém esta da morte
Sistema: Testando Inteligência + Empatia (difi-
culdade 7).
2º Mascara da Morte.
Este poder permite que o servo ou um alvo esco-
lhido assuma uma fisionomia de morto. A pele tor-
na-se esticada e pálida, e as articulações ficam rígi-
das e duras.
Sistema: O personagem assumindo essa forma,
precisa apenas gastar um ponto de Mana. S usar es-
134 Capitulo Cinco: Divindades
pois, deve dominar os fracos”.
te poder contra outra pessoa, o alvo precisa ser to-
cado, o personagem testa Vigor + Medicina (difi-
culdade 7). Os efeitos desse poder pode durar até o
próximo amanhecer/anoitecer.
3º Toque da Mote.
O servo é capaz de provocar doenças e infecções
tocando alguém. Com esse toque pode até matar
placas a pequenos animais.
Sistema: O personagem gasta um Ponto de Von-
tade e testa (Inteligência + Ocultismo contra o Vi-
gor do Alvo).
4º Murchar.
Este poder permite ao servo causar envelheci-
mento rápido em uma pessoa. A vítima começa a
sofrer os efeitos da velhice: a pele torna-se pá-
lida e fina, os ossos ficam frágeis e a vítima
pode até a vir a sentir os efeitos da velhice.
Sistema: Este poder somente funcio-
na ao toque. Testa Vontade + Medici-
na contra a Vontade do alvo. O uso
desse poder faz com que a vítima
sofra os efeitos da idade extre-
mamente avançada (subtraia
três níveis de todos os
Atributos Físicos).
5º Aura de Pânico.
O servo tem a capacidade de
intimidar todas as criaturas
menos perigosas que ele.
Sistema: Não é necessário
teste.
6º Compreensão.
Mediante o gasto de três
pontos de Mana, o persona-
gem usando esta habilidade
pode fazer com que a pele da ví-
tima encolha até romper e saltar do
corpo, causado um grande estra-
go de 1d por nível de classe se
o ataque for bem-sucedido, o compressor
pode “absorver” a pele para o seu próprio corpo,
acrescentando três pontos de Vigor durante o res-
tante do dia/noite.
Sistema: O Vigor adicional só pode ser obtido
usando um turno para manter a pele remanescente e
gastando um ponto de Mana adicional.
7º Coração das Trevas.
Este poder permite ao servo remover o coração
do corpo. Este poder só pode ser usado durante as
noites de escuridão absoluta (as de lua nova). De-
pois de ser removido, o coração precisa ser coloca-
do em uma urna de barro, que pode ser enterrada.
Com esse processo qualquer criatura pode ser do-
minada pelo servo.
Sistema: Este poder é automático, não reque-
rendo nenhum teste.
 Oito Luas
Obrigações e Restrições: O servo de Skelkorn, Arma Predileta: Machado de Batalha (Toque
sempre deve lutar até a vitória ou a morte – não Fatal) Maça Estrela (Pescoço Destroçado)
permitindo ele se render ou desistir de um combate. Lama: “Morte aos fracos o mundo pertence aos
Símbolo Sagrado: Uma caveira com uma foice fortes”.
no pescoço.

Sylmor
Deus das Tempestades almente aquelas que ousam afetar o clima.
Outros Nomes: O senhor da Tempestade, O des- Crença dos Devotos: A vida é uma combinação
truidor. de efeitos aleatórios e de caos, portanto agarre o que
Descrição: Sylmor personifica os aspectos destru- puder, quando conseguir, pois Sylmor pretende con-
tivos da natureza. Ele é um deus furioso e repleto de duzi-lo ao pôs vida a qualquer momento. Propague a
ódio, que atua conforme seus impulsos e muitas vezes força de Sylmor e alerte a todos sobre as energias que
age somente para não parecer fraco ou amistoso. Ele ele comanda. Atravesse sem medo as tempestades,
se deleita com a destruição desenfreada, e sob muitos incêndios florestais, terremotos e outros desastres,
aspectos parece um valentão de incrível poder de pa- uma vez que o poder de Sylmor o protege.
vio curto, que prova seu valor a si mesmo atormen- Poderes Concedidos:
tando os incapazes de confrontá-lo. 1º Pequeno Sopro.
O culto de Sylmor e pequeno e disperso, já que o Este poder permite ao servo criar um pequeno
Senhor da Tempestade é proibido em vario lugares. vento, suficiente para espalhar papeis. Este vento não
Seus sevos são fanáticos em seu amor pela destruição é duradouro, dura apenas alguns segundos.
e não teme convocar tempestades sobre Sistema: O personagem deve jogar um número de
navios, vilas ou cidades em nome dados igual ao seu nível (dificuldade 6). Se o alvo es-
de seu deus insano. Os servos tiver em posse de alguém, este poder não irá tira-lo
de Sylmor costumam viver, vagando das mãos de ninguém.
de um lugar para outro, exigindo tri- 2º Nevoa Decadente.
butos e ameaçando os relutantes Ao se concentrar o servo é capaz de gerar
com grandes destruições. As pou- uma nevoa que sai de suas mãos. A nevoa é
cas regiões onde Sylmor é ado- muito densa e resistente, limitando a visão
rado abertamente estabelecem daqueles dentro dela. O servo pode ver
templos que alternam cordia- normalmente.
lidade e hostilidade, que Sistema: Testa-se Vontade + Ocultismo
agrada infinitamente a di- (dificuldade 7). A área afetada é um raio de
vindade. em torno do servo é de comprimento deter-
Motivações: O mundo minado pelo número de sucessos, medindo
merece destruição, e três metros de altura por sucesso.
quem melhor que a tem- Sucessos Raio
pestade para fazê-lo. 1 sucesso 6 metros
As criaturas já o des- 2 sucessos 12 metros
troem sem controle; a 3 sucessos 24 metros
única coisa que Syl- 4 sucessos 48 metros
mor faz é acelerar o pro- 5 sucessos 96 metros
cesso de destruição com 3º Enfurecer os Céus.
chuvas fortes, trovões de- Com este nível o servo pode alterar o
vastadores e ventos que clima de uma região para pior. Ele é capaz
podem arrastar tudo pelo de escurecer o clima, provocar tempestades
caminho. existentes, fazer chover granizo, entre outros
Avatar: Este deus as- efeitos. Não é possível melhorar o tempo ape-
sume a forma de um velho nas piorá-lo.
com barba e cabelos com- Sistema: O personagem concentra-se por
prido, seu humor varia um turno e testa Vontade + Ocultismo (difi-
com muita facilidade, re- culdade 7). O número de sucessos determina
velando inúmeras formas de o efeito.
avatares, a única semelhança Sucessos Efeito
entre elas é uma nuvem em vol- 1 sucesso nuvens escurecem o dia e o
ta de seus pés. clima esfria;
Relações: Ele odeia as di- 2 sucessos causa chuva fraca;
vindades que promovem a 3 sucessos transforma chuva em tem-
construção, o aprendiza- pestade;
do e a natureza, especi- 4 sucessos

Capitulo cinco: Divindades 135

 Oito Luas
causa trovões;
5 sucessos chuva de granizo;
6 sucessos ventos extremamente fortes;
4º Nevoa Acida.
O servo é capaz de criar uma nevoa acida é cor
esverdeada em torno de si mesmo. Essa nevoa não
afeta o servo e seus pertences. Até mesmo metal é
afetado, embora sofra pouco.
Sistema: Testa-se Vigor + Ocultismo (dificuldade
8). Cada sucesso dá a nevoa um raio de três metros.
5º Trovões dos Céus.
Este poder permite ao servo concentrar energia em
suas mãos e transformá-la em um raio elétrico.
Sistema: Testa-se Inteligência + Foco (dificulda-
de 7), a gasta três pontos de Mana. O raio causa Dano
Fatal igual ao dobro de sucessos obtidos.
6º Soco Trovão.
O servo carrega em suas mãos a energia do trovão,
podendo atacar os adversários diretamente.
Warguy
Deus da Fauna
Outros Nomes: Leopardo Negro, Fera Sangrento,
Felino de Fogo.
Descrição: Warguy uma divindade selvagem e
bestial. Ele inveja as outras divindades e seus pode-
res e tenta constantemente roubar seus adora-
dores, mas carece da habilidade para obter mui-
to sucesso. Ele se sobressai na caça, rastreio e
massacre animalesco.
O culto de Warguy não possui uma sede
central, mas consiste de pequenos gru-
pos de adoradores espalhados
nas áreas selvagens. Sua religião
prega a gloria da caçada; e seus in-
tegrantes se envolvem em caçadas ritualísti-
cas de animais selvagens, bestas estranhas e
mesmo humanoides capturados. Eles prefe-
rem emboscar suas víti-
mas em territórios
perigosos – tanto para as presas quan-
to para os predadores – tornando a mor-
te final ainda mais valorosa. Eles
tentam conduzir o final sangrento
da caça até regiões povoadas, de
forma que os habitantes vejam (e
temam) a força de Warguy. Os
servos atuam contra a expansão
das fazendas e da civilização e atacam
os grupos que invadem a floresta para
destruí-la.
Motivações: Warguy comanda que
seus servos devem ser supremos entre as
feras. Pois acredita que não exista algu-
ma divindade mais feroz que ele. Tudo
deve estar sob suas garras, até mesmo
os outros deuses.
Avatar: Warguy visita o mundo
dos mortais na forma de um enorme felino
136 Capitulo Cinco: Divindades
Sistema: Testa-se Força + Foco (dificuldade7).
Cada sucesso mantém o poder ativo por três turnos. O
dano Provocado é Dano Fatal na razão de Força + su-
cessos obtidos.
7º Eletrocutar.
Ao tocar o adversário o servo descarrega as forças
do trovão causando um grande estrago.
Sistema: Como o poder acima, sendo mais pode-
roso causando Força + nível do personagem + suces-
sos obtidos.
Obrigações e Restrições: Faça as pessoas teme-
rem seu deus ao revelar a destruição que ele e seus
servos são capazes de gerar. Faça os escarnecedores
ou incrédulos descobrirem que a oração fervorosa é a
única reação capaz de salvá-los.
Símbolo Sagrado: Um relâmpago explosivo.
Arma Predileta: Lança Machado (Raio Destrui-
dor)
Lama: “fuja com o que puder carregar, pois Syl-
mor destruirá a sua vida”.
negro em chamas, ou no forma de um saymos de 3m
de altura com características de todas as sub-raças
saymos.
Relações: este deus não tem boas relações com as
divindades da ordem e conhecimento, Tendo boas re-
lações com as suas irmãs.
Crença dos Devotos: A sobrevivência é
do mais forte e a eliminação dos mais fracos
são os legados de Warguy. Matar ou mor-
rer de forma brutal ou sangrenta tem um
grande significado. O centro da vida é
o desafio entre o caçador e a presa, a
determinação de quem vive ou mor-
re. Encare cada tarefa com a impor-
tância de uma caçada. Permaneça
atento e Vivo. A selvageria e as emo-
ções fortes sempre derrotam a razão
e os pensamentos cuidadosos. Prove
o sangue de suas vítimas. Reaja con-
tra os destruidores da floresta e/ou
caçadores que matam feras
apenas porque elas são peri-
gosas; nunca os mate a distância.
Não mate os jovens, as prenhas ou
os filhotes, para que a caça conti-
nue farta.
Poderes Concedidos:
1º Comunicação com a Matilha.
O servo pode comunicar-se com
qualquer tipo de fera a seu gosto.
Oi servo pode enviar um co-
mando não-verbal as fe-
ras, que seguirão ao me-
lhor de suas capacida-
des.
Sistema: Não é necessário teste para comunicar-
se com a fera, mas o personagem deve testar Vontade
+ Empatia com Animais (dificuldade 6, + 1 por fera
 Oito Luas
depois da primeira instrução) para cada animal é ne-
cessária instrução do personagem.
2º Garras das Feras.
As unhas do servo se transformam em garras lon-
gas e bestiais. Estas garras são maldosamente afiadas,
capazes de rasgar facilmente a carne e até mesmo en-
talhar pedras e metais sem maiores problemas.
Sistema: As garras crescem automaticamente em
resposta ao desejo do servo e surgem em ambas as
mãos. O servo ataca normalmente nos combates, mas
as garras infligem Força + 1 de Dano Fatal.
3º Aforam da Fera.
Este poder dota o servo com a capacidade de se
transformar em uma fera. Nesta forma o servo, é mui-
to superior aos animais normais.
Sistema: O personagem gasta um ponto de Mana
para assumir a forma desejada. A transformação re-
quer três turnos para ser completada. Roupas e pe-
quenos objetos transformam-se com o personagem.
4º Mestre da Matilha.
O servo pode controlar qualquer grupo de feras
sem estar ciente comunicado com cada animal espe-
cialmente. O servo agora controla a matilha como
uma única entidade.
Sistema: O personagem faz um teste para cada fe-
ra que ele está tentando controlar (dificuldade 7). O
personagem pedindo à matilha individualmen-
te, ou como uma entidade única. Isto ganha
tempo quando pedido cerca de muitos guar-
diões.
5º Mensageiros Ferais.
Este nível é igual ao anterior, mas o servo pode
agora também controlar a matilha enquanto dorme.
Sistema: Veja Mestre da Matilha, agora o perso-
nagem vê através dos olhos da matilha, assim contro-
lando a matilha, enquanto está dormindo.
6º Adquirir Forma Poderosa.
Neste nível de poder o servo pode usar todos os
poderes que quem na forma humanoide sem nenhuma
dificuldade.
Sistema: O personagem usa um ponto de Mana
para ativar seus poderes.
7º Senhor da Matilha.
O servo torna-se completamente o Alfa na mati-
lha, através dos seus poderes em ambas as formas.
Sistema: Use o mesmo sistema quanto adquirir
Forma Poderosa. O personagem ganha todos os bene-
fícios dos poderes físicos, e podem usar místicos
também.
Obrigações e Restrições: Os servos de Warguy
devem proteger as áreas e os animais selvagens de
todos os perigos do avanço das civilizações moder-
nas, de todas as maneiras possíveis.
Símbolo Sagrado: Um felino em chamas
Arma Predileta: Braçadeiras com garras (Garras
Sangrentas), Enrrykito (Disco Mortal), Chakran (So-
pro Mortal).
Lama: “A floresta é apenas das feras, os des-
truidores serão a minha caça”.

Zigyr
Deusa das inteiros para ampliar seus domínios
Águas, dos Ma- (coisa que ela fez e pode fazer,
res, Rios e La- mas algumas vezes…). Acha os
gos. outros deuses pequenos, mi-
Outros Nomes: Rai- núsculos em suas tramas
nha das Profundezas mesquinhas, brigando por
Descrição: Zigyr é uma miseráveis pedaços de terra, enquanto que
divindade maliciosa e ma- seu reino é o mais vasto de todos.
ligna que quebra acordos Avatar: Quando visita o
por capricho e diverte-se “mundo seco”, Zigyr assume a
assistindo os outros morre- aparência de uma humana
rem afogados ou nas garras de com asas escamosas com
predadores marinhos. Vaidosa e marcas pelo corpo, ou
ávida por bajulação, ela é excessivamente uma elfa-do-mar, uma
gananciosa por poder e alegra-se ao osten- bela pirata ou um
tá-lo. Essencialmente, os templos de Zigyr imenso leão marinho.
são santuários para marinheiros e mercadores, rea- No mar, ela pode ado-
lizam oferenda de vidas, flores, doces ou moedas tar a forma de qualquer
para aplacar a ira da Rainha das Profundezas. Seus criatura marinha.
servos se sustentam com essas oferendas e muitas Relações: Zigyr trata
vezes são contratados como guardiões de navios, já os outros deuses com indi-
que os marinheiros acham que Zigyr não reclamaria ferença, arrogância e às
um dos seus. Seus servos costumam duelar entre si vezes até desprezo, só espe-
para resolver disputas de posto ou capacidade. O rando pelo dia em
culto propaga respeito pela deusa ao pregar a des- que todos a temam.
truição levada àqueles que a ignoram. Crença dos
Motivações: Houve época que essa deusa era Devotos: Toda
muito mais ambiciosa, capaz de afundar continentes vida veio do mar.

Capitulo cinco: Divindades 137

 Oito Luas
O mar é maior, mais poderoso e mais misterioso, que guinte. Uma falha critica significa que a vítima foi
todas as terras emersas. O mar não tem necessidade incapacitada pela dor.
de provar o seu poder aos demais, pois ele é supremo 5º Forma Marinha.
e eterno. Mas ele deve ser, acima de tudo, respeitado. Com esse poder o servo pode transformar-se em
Poderes Concedidos: qualquer criatura aquática.
1º Nascimento do Mar Sistema: O personagem faz um teste de Vigor +
Este poder permite que o servo aproxime as mãos Espirito (dificulda7). A quantidade de sucessos de
e crie água. depende da criatura em que o personagem quer se
Sistema: O personagem joga o número de dados transformar.
equivalente ao seu caminho Água (dificuldade 7) ca- 6º Controlar Corrente
da sucesso cria um litro de água. Com este nível o servo pode mudar o curso de um
2º Aquático. rio, maré de uma pequena área podendo fazer com
Este poder permite ao servo mover-se livremente que a corrente aquática o ajude em alguns casos.
debaixo d’água. Ele se moverá na mesma velocidade Sistema: Testa-se Inteligência + Água (dificulda-
em que corre na terra e os testes de Destreza são fei- de 7) cada sucesso permite ao servo conservar esse
tos normalmente. Os olhos do servo assumem a apa- poder ativo por cinco turnos.
rência dos olhos de um anfíbio, a também adquire 7º Águas do Sonho
brânquias como a de um anfíbio. O servo cria um pouco de água usando o poder
Sistema: Sempre ativo. “Nascimento do Mar”. Mas esta água fará com que
3º Sentido dos Mares. quem quer que a toque entre em um sono profundo e
Com este poder o servo pode escolher qualquer ti- quando acordar a vítima terá perdido todas as suas
po de característica de qualquer criatura marinha. lembranças como em uma amnésia.
Sistema: O personagem testa Inteligência + Espi- Sistema: O mesmo que “Nascimento do Mar”.
rito (dificuldade 7). Cada sucesso permite o poder fi- Criaturas sobrenaturais devem ingerir algumas gotas
car ativo por três turnos. dessa água para ocorrer o efeito, apenas o toque não é
4º Desidratar. o bastante.
Este poder permite ao servo remova a água dire- Obrigações e Restrições: Eles podem usar apenas
tamente do corpo do alvo, causando ferimentos inter- armaduras de couro, e não podem usar escudos. Não
nos horríveis a vítima, como se seu corpo murchasse podem permanecer afastados do mar durante mais de
lentamente até formar uma casca ressequida. quatro dias, ou Perdem seu Poderes Concedidos e su-
Sistema: O personagem testa Vontade + Ocultis- as magias. Ambos retornam assim que o servo voltar
mo (dificuldade 7). A vítima pode tentar resistir a es- para o mar.
te poder com um teste de Vigor + Sobrevivência (di- Símbolo Sagrado: Onda azul marinho caindo pa-
ficuldade 9). Cada sucesso obtido pelo servo causa a ra a esquerda e direita.
perda de 5 Pontos de Vida. A vítima também precisa Arma Predileta: Tridente (Morte Afogadora)
fazer um teste de Vontade (dificuldade 8) necessário Lama: “Somente vivendo em comunhão com o
cinco sucessos, para realizar qualquer no turno se- mar podemos receber a graça divina”.
Arautos
Cada um dos deuses do Panteão escolhe um casal
humanoide, e a eles são conferidas a responsabilidade
de representá-lo perante os mortais. Na maior parte
das vezes o arauto serão os Servos mais poderosos
daquele deus sobre o mundo, mas nem todos os casos
são assim. O título é ofertado pela própria divindade,
nem sempre se baseando no poder do Servo, mas por
outras razoes particulares. O posto de Arauto, contu-
do concede ao Servo grandes poderes extras…
Um Arauto deve seguir as Obrigações e Restrições
de seus deuses como qualquer Servo. Em compensa-
ção, quando uma divindade oferece uma lista de Po-
deres Garantidos, o Arauto sempre vai possuir
TODOS eles. Além disso, ele sempre capaz de utili-
zá-los quantas vezes quiser. Um arauto tem total au-
toridade sobre todos os servos daquele deus, mesmo
que não exista uma ordem organizada. Desobedecer a
ordens do Arauto é o mesmo que desobedecer ao
próprio deus e significa o cancelamento imediato de
seus poderes divinos.
Arautos não podem ser jogadores recém-criados
podendo assumir o posto no decorrer da campanha.
138 Capitulo Cinco: Divindades
 Oito Luas

Capitulo Seis: poderes MÁGICOS 139

 Oito Luas

140 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas

Apítulo

Seis:
Poderes mágicos

Sem magia não existiria o mundo.

Por isso necessitamos dela.
A Magia é tão importante quanto à vida.
Você negaria a vida a alguém?
Mestre informando aluno

Caminhos da Magia
Você não acreditaria se eu dissesse.
Jonh Constantine

Capitulo Seis: poderes MÁGICOS 141

 Oito Luas
Caminhos de Aprendizado, Magias e Rituais.
Claro que está é a explicação teórica da Magia.
Quando construir seu personagem, você pode esco-
lher um Caminho Elemental que será considerado seu
Caminho Principal. Após escolher, o personagem não
pode mais aprender o Caminho Elemental Oposto. Os
caminhos Opostos são os Seguintes: Fogo e Água; Ar
e Terra; Luz e trevas; Corpo e Espírito.
Ao contrário de outros RPGs, em Oito Luas os
personagens só podem usar dois tipos básicos de ma-
gia. A magia proveniente dos Caminhos da Magia e a
magia proveniente dos rituais. Em ambos os casos,
tratam-se de canalizar energias livres presentes em
nosso universo para o interior do conjurador. Então,
através de complexos gestos, falas e ingredientes
(chamados de fetiches), direcionar essas energias para
realizar um efeito de acordo com seu conhecimento e
Vontade.
Através dos Caminhos da Magia, os conjuradores
apreendem a controlar e manipular os elementos que
o rodeiam, moldando-os com a sua Vontade no mo-
mento que desejarem.
Pontos Mana são usados como “combustível” para
os efeitos mágicos. Um personagem começa com 8
Pontos de Mana + 1d de sua classe. Eles são recupe-
rados à razão de cumprir a Natureza e Comportamen-
to.
Os conjuradores usam os Pontos de Mana para
ativarem suas magias.
Os combatentes e os especialistas usam seus Pon-
tos de Mana para ativarem seus poderes de classe.
Focus
Quando construir o seu Personagem, você pode
escolher quantos caminhos quiser. Esse valor será o
seu Focus: se você tem Fogo 3, por exemplo, seu Fo-
cus no Caminho do Fogo é 3.
Conjuradores
É comum entre os conjuradores possuírem símbo-
los ou marcas para se identificarem. Tais marcas, ou
símbolos são conhecidos pelo nome de Runas. Em
Oito Luas, um conjurador precisa possuir uma runa
por diversos motivos. Primeiro porque é um símbolo
usado em muitos rituais, e está intimamente ligado ao
conjurador que o criou (os conjuradores normalmente
tatuam as Runas que escolheram em seus corpos).
Segundo, porque serve como uma marca individual,
uma espécie de cartão de visitas do conjurador. Mui-
tos também o colocam como aviso ou ameaça.
Combatentes
Diferentes dos conjuradores os combatentes so-
mente podem escolher um Caminho; tornando-o o
seu Estilo da Magia. Ao escolher um caminho o
combatente adquire a habilidade de combate com
deste caminho, mas podendo usar somente os poderes
enquanto possuírem as suas armas. Os combatentes
podem somente possuir magias de Nível Um.
Teste
142 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Cada vez que estes poderes forem empregados,
Pontos de Mana devem ser gatos e um Teste de Von-
tade precisa ser feito contra uma dificuldade igual ao
nível do poder + 3, um fracasso no teste indica que a
magia falhou. Uma falha critica indica que um ponto
permanente de Vontade foi perdido.
Exigências
Exigências constam o Focus mínimo necessário
para realizar certa magia. Muitas exigem Caminhos
específicos (como Água 1 e Ar 3, por exemplo).
Quando a descrição disser apenas “Focus”, significa
apenas que qualquer caminho pode ser usado.
Além de Focus, algumas magias também exigem
certas vantagens. Muitas só podem ser usadas pelos
servos dos deuses. E todas as magias relacionadas à
mente usam Telepatia.
Custo
Lançar poderes exige que o personagem utilize
sua própria energia mestiça. Portanto, quando utiliza,
seus poderes um personagem gasta Pontos de Mana.
Cada magia tem um custo diferente para ser reali-
zada (às vezes mantida). “Padrão” significa que o
personagem gasta 1 Ponto de Mana para cada Ponto
de Focus necessário; quando uma magia envolve dois
caminhos ou mais some os pontos de Focus.
Magias instantâneas, cujo efeito desaparece ime-
diatamente (como uma bola de fogo que explode e
some no mesmo instante, permite a recuperação de
seus Pontos de Mana mais tarde de forma normal,
com descanso ou itens. Contudo, quando o efeito é
duradouro (como criar um pássaro de fogo ou um
demônio de trevas, por exemplo), os Pontos de Mana
ficam “Presos” na magia. Mesmo com descanso ou
itens, seu total de Pontos de Mana estará temporaria-
mente reduzido, até que a magia termine).
Nenhuma magia não tem efeito cumulativo con-
sigo mesma. Uma criatura que esteja sob controle de
uma magia sustentável ou permanente torna-se auto-
maticamente imune àquela mesma magia – mesmo
que seja realizada por outro personagem.
Limites da Magia
Existem poucas regras a respeito da Magia e do
uso dos efeitos. Os limites para magia são os seguin-
tes:
Primeira Regra: Uma vítima sempre poderá fa-
zer um teste apropriado para reduzir este dano à me-
tade, caso a magia seja instantânea (ver sessão dura-
ção).
Segunda Regra: Toda magia precisa de uma vi-
bração de ativação seja ele um cântico, mantras ou
frases (verbal); movimentos (gesticular); um fetiche
(objeto), sem os quais a energia não conseguirá atra-
vessar o véu entre os planos, e os efeitos místicos não
serão canalizados.
Alcance
A distancia máxima do conjurador que a magia
pode atingir. Magias instantâneas e sustentáveis (veja
 Oito Luas
a seguir) se dissipam imediatamente quando deixam a
área de efeito. Magias permanentes devem ser
realizadas dentro dessa área, mas depois o conjurador
pode se afastar sem que o efeito termine.
“Padrão” significa que o alcance depende do
Focus. 5m para Focus 1; 10m para Focus 2; 25m para
Focus 3; 50m para Focus 4; e 100m para Focus 5,
200 para Focus 6; 400 para Focus 7; 600 para Focus
8; 800 para Focus 9e 1000 para Focus 10. Dobre o
alcance para cada ponto de Focus acima de 10.
Quando uma magia envolve dois ou mais Caminhos,
vale o Focus mais baixo.
Apesar dessas longas distancias, é absolutamente
necessário que o conjurador tenha contato visual com
o ponto ou criatura onde a magia será lançada.
Área de Efeito
Todas as magias têm uma área ou um alvo pré-
determinado para ter efeito, essa area é determinada
pelo Foco da magia (o nemor utilizado) veja a tabela
abaixo.
Duração
Existem três tipos de duração para uma magia:
instantâneas, sustentável ou permanente.
Instantâneas: como o nome diz, estas magias
duram apenas um instante. Elas realizam seu efeito
no momento em que são lançadas, e então acabam –
como uma Explosão, que explode, causa dano e então
desaparece. Ataque Mágico, O Crânio Voador e todas
as magias de cura são outros exemplos de magias
instantâneas. Os Pontos de Mana gastos com a magia
podem ser recuperados na próxima oportunidade.
Sustentáveis: magias sustentáveis permanecem
Focos Alcance Dano
1 5m -2
2 10m -2
3 25m -1
4 50m -1
5 100m - -
6 200m +1
7 400m +2
8 600m +3
9 800m +4
10 1000m +5
Estilos da magia
Eu ensinei a vocês os segredos do Dragão Incan-
descente, e vocês se tornaram verdadeiros combaten-
tes. Vocês carregam consigo a arte viva do Dragão
Incandescente, pois todos os estilos são artes vivas.
Eles crescem e mudam, se adaptam às necessidades
de cada nova geração, Mestre e Pupilo. Como acon-
tece com toda a asa coisas vivas, algumas gerações
podem ser mais fortes ou mais fracas que seus ante-
cessores. Vocês devem garantir que o estilo do Dra-
gão incandescente nunca enfraqueça.
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
ativas pelo tempo que o conjurador quiser manter
seus Pontos de Mana nela. Uma vez lançada, o
invocador tem liberdade para lançar outras magias,
mesmo enquanto uma ou mais magias sustentáveis já
estão ativas – o único limite é o consumo de Pontos
de Mana. Algumas magias, como Corpo Elemental e
Criatura magica, são magias sustentáveis. Quando um
invocador fica com 0 Pontos de Mana, quaisquer
maias sustentáveis que ele esteja mantendo são
imediatamente canceladas. Essas magias provocam
metade do dano após o primeiro turno.
Permanentes: magias permanentes realizam seu
efeito quando são lançadas, mas o efeito se conserva
ativo. Como nas mágicas instantâneas, os Pontos de
Mana gastos com magias permanentes podem ser
recuperados na primeira oportunidade. Repare que
algumas magias dizem “permanentes até ser
cancelada”; isso quer dizer que a mágica vai durar até
ser interrompida por alguma outra mágica –
normalmente Cancelamento de Magia.
Contendo e Dissipando Ataques
Um invocador pode utilizar-se de seus poderes pa-
ra controlar, anular ou dissipar uma magia contra a
sua pessoa ou contra alvos que estejam em seu campo
de visão. Para controlar uma magia adversária, o in-
vocador precisa ter algum feitiço de proteção adequa-
do capaz de afetar a magia.
Conjurar uma magia de proteção conta como uma
ação durante a rodada; e lembre-se de que, neste caso,
a vítima não tem direito a um teste de Vigor caso al-
gum dano consiga atravessar as proteções.
Proteção Raio de Efeito Pessoas Afetadas
- 50cm 1
- 1m 1
- 1m 1
- 2m 2
4m 2
1d 8m 3
2d 12m 3
3d 16m 4
4d 20m 4
5d 24m 5
Para que nosso estilo continue, um dia vocês, co-
mo eu, deveram compartilhar seus segredos com al-
guém. Primeiro, porém, devem provar serem dignos
de carregar o meu nome e o estilo do Dragão Incan-
descente. Saiam pelo mundo, testem seu conhecimen-
to com sangue. Se sobreviverem o bastante para que
suas barbas fiquem brancas com a idade, terão a pro-
va que seu estilo é forte. Então serão dignos de ensi-
nar a arte.
Mas se caírem pelo caminho, não tragam desonra
ao meu nome ensinando uma versão fraca da arte. É
143
 Oito Luas
melhor que o estilo do Dragão Incandescente morra a
tornar-se uma arvore que parece imponente por sua
idade, mas é apodrecida e frágil por dentro.
- Cloud, falando a seus estudantes no templo sa-
grado
Nada define mais um combatente do que seu esti-
lo, que determina como e qual conhecimento marcial
que ele adquiriu. O combatente do Dragão Demonía-
co que usa principalmente joelhadas e cotoveladas,
ou um do Dragão Iluminado que usa poderes mentais
para derrotar seus adversários? Listado a seguir estão
os dez estilos de Dragões disponíveis para os perso-
nagens. Cada estilo é explicado em detalhe, incluindo
seus poderes e manobras especiais. Como as armas
utilizados por cada estilo, e suas técnicas.
As Técnicas Extraordinárias (Ext.) gastam 2 Pon-
tos de Mana a as Sobrenaturais (Sob) 1 Pontos de
Mana, e exigem uma ação de rodada completa para
serem utilizadas. Outras técnicas (como bônus nos
ataques ou talentos bônus) estão ativos. Desde que o
combatente esteja usando a arma exigida.

Dragão Incandescente
Os Dragões Incandescentes preferem ficar afastados de grandes, solitários em seus redutos, eles treinam e es-
tudam as técnicas. Elas têm sido passadas através de gerações a aqueles que provam ser campeões de valor.
Apesar de não ser um estilo amplamente usado, o Dragão Incandescente tem provado o seu valor ao longo dos
seus muitos anos de existência.
Os estudantes do Dragão Incandescente são normalmente escolhidos a dedo dentre aqueles que pedem ensi-
namento a um mestre Dragão. Os estudantes tipicamente demonstram forte senso de honra e autoconfiança, e
costumam se esforçar para atingir seus limites com regularidade.
Templos: Os templos desse estilo de combate são encontrados em regiões desérticas ou próximo de crateras
de vulcões ativos. A estrutura desse estilo é um tanto simples em seu design. Os estudantes começam com mo-
vimentos básicos e então avançam aprendendo os complexos poderes e manobras deste estilo.
Fogo
Fogo caminha comigo
Laura Palmer

Fogo, o mais destruidor dos elementos, o guardião
das chamas e da destruição. O caminho do fogo é um
dos mais tentadores e ao mesmo tempo o mais peri-
goso dos caminhos de aprendizado. Com ele, o com-
batente aprende a controlar as chamas e também a
criar e moldá-las conforme a sua vontade.
Muitos combatentes desenvolvem suas habilida-
des, que os permitem andar sobre brasas, engolir fo-
go, atear fogo a suas mãos e corpo.
1. Testemunha da Noite
O combatente é capaz de ver normalmente após o
pôr do sol, sem uma tocha, e pode até mesmo perce-
ber coisas escondidas nas cavernas mais obscuras.
Quando esse poder é utilizado, os olhos tornam-se
vermelhos e brilhantes.
Sistema: Não é feito nenhum teste, mas a mudan-
ça leva um turno completo para acontecer.
2. Pirocinésia
O combatente pode moldar o fogo conforme a sua
vontade, podendo criar qualquer coisa, desde que te-
nho uma chama próxima.
Sistema: Cada sucesso num teste de Inteligência
+ Ocultismo (dificuldade 8), permita que a criação do
combatente permaneça ativa por 3 turnos.
3. Fogo da Fúria
O invocador evoca o poder do fogo, ampliando
sua força, velocidade ou resistência enormemente.
Sistema: Cada sucesso num teste de Vigor +
Ocultismo (dificuldade 8), aumenta em 1 nível um de
seus Atributos Físicos do personagem. Só pode ser
usada uma vez por cena, e no final da mesma o per-
sonagem deve testar sua Vontade atual (dificuldade 9,
3 sucessos) para não cair exausto até o final da pró-
xima cena.
4. Punhos Flamejantes
Ao comando do combatente, seus punhos ficarão
envoltos em chamas. Aumentando ao dano de seus
socos.
Sistema: Ao testar Vigor + Ocultismo (dificulda-
de 8), para ativar este poder. O soco do combatente
fica mais poderoso Força + 2 (D.F.). Dura quanto
tempo o personagem desejar.
5. Chama
Com este poder o combatente pode expulsar todos
os seus inimigos próximos, podendo ter controle total
com a Chama o combatente pode direcioná-la em
qualquer direção.
Sistema: Ao usar este poder o combatente testa
Vontade + Foco para direcionar as Chamas. Provo-
cando um dano igual ao dobro da Vontade do Com-
batente.
6. Tempestade de Fogo

144 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
Formando uma tempestade com nuvens de cor
vermelho-sangue. Fazendo com que cai dos céus
enormes bolas e raios de fogo.
Sistema: Fazendo um teste de Vontade + Ocul-
tismo, o número de sucessos obtidos determina quan-
to tempo durara a tempestade. Cinco minutos por su-
cesso obtido. O combatente precisa fazer um teste de
Inteligência + Arqueirismo para tentar acertar um al-
vo especifico. Cada bola provoca 12 dados de dano.
7. Turbilhão de Fogo
Fazendo surgir um túnel de fogo diante do comba-
tente, encobrindo todos à frente, aprisionando-os em
um terrível calor escaldante. Fazendo com que todos
fiquem sofrendo por causa de imenso calor, cri-
aturas aquáticas sofrem mais por causa do
calor.
Sistema: Todos dentro do turbilhão serão
prejudicados por um calor estremo, terá todas
as suas dificuldades aumentadas um pon-
to, e sofrera um Ponto de Vitalidade de
dano a cada dois turnos, até sair do turbilhão.
8. Despertar a Forma do Demônio do Fogo
O combatente que emprega esse poder terrí-
vel torna-se maior dos monstros, a estru-
tura do combatente aumenta para um to-
tal de três metros e meio; a pele trans-
forma-se em uma quitina repug-
nante vermelha, uma fileira de espi-
nhos surge de suas vértebras, e uma cara-
paça externa. As assa estriadas e de couro
surgem das costas do combatente, permi-
tindo que ele voe a 90 km/h (objetos po-
dem ser segurados, mas não manipula-
dos, enquanto o combatente estiver vo-
ando). Sendo que assim que se trans-
forma o combatente fica em um es-
tado de chamas ao seu redor, en-
quanto o poder estiver ativo.
Sistema: Custa três Pontos de Mana
para que a Forma Demoníaca desperte.
Todos os Atributos Físicos (Força,
Destreza, Vigor, mas Aparência cai à
zero), exceto quando se lida com ou-
tros nesta forma. Danos infligidos
em combates corporais são con-
siderados D.F., por causa do fo-
go que rodeia o combatente.
9. Dragão de Fogo
Ao invocar seu Fogo Interior, o combatente faz
aparecer um dragão de chamas. O dragão tem o ta-
manho pela vontade do combatente. O Dragão faz um
ataque a onde o combatente mandar e explode ao
atingir o alvo determinado.
Sistema: O combatente testa Vontade + Ocultis-
mo (dificuldade 7). O número de sucessos determina
o limite de tempo que o dragão pode ser mantido 2
turnos por sucesso obtido. O dragão de Fogo jogar-se
contra um oponente. Sendo que com o impacto pro-
voca 20 dados de dano no ponto de impacto, dimi-
nuindo 1 dados a cada 10m de distância.
10. Golpe Ardente
Este terrível golpe e tão perigoso para a vítima
quando para o combatente. Pois o combatente joga o
seu próprio corpo contra o inimigo.
Sistema: Este poder consiste em usar o poder
Despertar a Forma do Monstro do Fogo e jo-
gar-se contra um oponente. Se transformado
em um meteoro vivo. Sendo que com o im-
pacto provoca 30 dados de dano no
ponto de impacto, diminuindo 1
dados a cada 10m de distância.
Sendo que o combatente sofre 10 dados
de dano.
Espada
Estas técnicas podem ser utilizadas
com qualquer tipo de espada. (Katar
para os Artistas Marciais)
Golpe do Dragão (Sob): Esta técnica
causa +1d por nível do combatente, con-
tra dragões.
Golpe Flamejante (Sob): Esta téc-
nica causa +4d de dano pôr fogo.
Golpe Metálico (Sob): Esta técni-
ca ignora a metade do Vigor de criaturas e
objetos metálicos.
Golpe do Falcão (Sob): Esta técnica
permite ao personagem atacar duas vezes na
mesma rodada.
Golpe Certeiro (Ext.): Esta técnica
permite acertar automaticamente todos os
inimigos no raio de alcance (1m por ponto
de esportes) e causa o dobro de dano, mas
é dividido igualmente entre todos os al-
vos.
Dreno de Energia: Além de causar
dano normal, o atacante drena metade
dos PVs de dano causado (arredondado
para baixo).
Golpe Poderoso (Sob): Este ataque assus-
tador atinge um número de inimigos igual à metade
de sua Destreza, causando a todos +10d (+1 por nível
de personagem).

Dragão Aquático
Os Dragões Aquáticos preferem em áreas costeiras ou em grandes concentrações de água, eles treinem suas
habilidades dentro da água para fortalecer as pernas para ter força e flexibilidade que não é necessário em ne-
nhum outro estilo.
Os estudantes do Dragão Aquático começam muitos jovens. O treino continua por toda a vida da criança, en-
fatizando velocidade extrema flexibilidade. Os estudantes do Dragão Aquático são disciplinados e demonstram
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS 145
 Oito Luas
constante vontade de melhorar. Este estilo combina a habilidade acrobática natural do estudante com técnicas
avançadas de luta. Isso coloca seus praticantes entre os combatentes mais rápidos.
Templos: Esses templos são construídos dentro da água para que os estudantes já comecem os estudos assim
que despertem. Os mestres deste estilo são tão rígidos quanto instrutores militares. Eles esperam que os estudan-
tes superem em muito o seu potencial. Estudantes que falharem em dar o máximo de si são normalmente convi-
dados a deixar os templos.
Água
Finalmente chegamos ao Mediterrâneo.
Eu queria que as águas fossem azuis, mas eram negras.
Eram águas noturnas.
Luois, Entrevista com o Vampiro.

A mesma Água que destrói a rocha mais dura
também atravessa os mais estreitos espaços. Assim
também é a magia relacionada à água. O corpo hu-
mano é formado por 70% de água, por isso, a magia
das águas também está relacionada com a resistência
e a transmutação do corpo.
O Caminho das águas ensina o combatente a do-
minar e controlar as forças das correntezas e utiliza-
1as em proveito próprio. Com Focus em água, o
combatente pode criar pequenas quantidades de água
potável, ou afetar grandes volumes, alterar seu peso
ou estrutura, erguer paredes de água, curar ferimentos
ou até mesmo parar a circulação sanguínea de um
inimigo.
A água criada por magias espontâneas duras ape-
nas algumas horas, desaparecendo em seguida.
1. Olhos do Mar
Olhando dentro de um corpo aquoso, o combaten-
te pode visualizar acontecimentos que ocorreram nas
áreas próximas, como se fosse aquele corpo aquoso.
Este poder leva a crença que os combatentes da Água
estão em contato direto com os espíritos da água.
Sistema: Em um teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 7). O número de sucesso determina quão
distante no passado o Combatente pode ver.
1 sucesso Um dia
2 sucessos Uma semana
3 sucessos Um mês
4 sucessos Um ano
5 sucessos 10 anos
Um corpo aquoso pode ser qualquer coisa, desde
uma poça até um lago. É claro que oceanos e rios não
são corpos imóveis.
2. Jaula de Água
Ao comando do combatente, a água se ergue e
aprisiona o alvo pretendido. Uma quantidade subs-
tancial de água precisa estar presente para que este
poder seja eficaz, embora uma quantidade pequena de
água possa ser transformada em algemas mais fortes
que o aço forjado.
Sistema: Um teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 7). O número de sucesso obtido é o nú-
mero de sucessos que a pessoa aprisionada precisa
obter num teste de Força (dificuldade 8) para se liber-
tar. O alvo só pode ser contido por uma jaula de cada
vez. O combatente pode dissolvê-la quando quiser.
3. Invocar Corpo Aquoso
Permite que o personagem invoque um Elemental
tradicional. Seres de água aparecem a uma distância
de 1,5m do personagem. O combatente pode escolher
que tipo de objetivo deseje o Elemental faça.
Sistema: Este ser exigem a presença de certa
quantidade do elemento natural para serem invoca-
dos. Farão tudo que o combatente mandar desde que
sejam coisas simples ou tenham tempo suficiente. O
Elemental só permanecera neste plano por aproxima-
damente 1d+2 horas.
4. Constituição
A partir deste nível em água o combatente adquire
uma constituição sobrenatural que permite serem ca-
pazes de suportar punições físicas realmente devasta-
doras sem hesitação. No campo de batalha alguns
guerreiros ignoram golpes de espada e saltam através
de chuvas de flechas sem se amedrontar. Os bárbaros
são conhecidos por zombarem de seus oponentes dei-
xando-se ser apunhalados, apenas para que possam
prender a lamina de seus oponentes e desferir contra-
ataques mortais.
Sistema: Para cada nível acima de Constituição
possuído por um personagem, ele pode jogar um dado
opcional para absorver danos de qualquer tipo.
5. Serpente Marinha
Ao tocar um corpo aquoso, o combatente faz apa-
recer uma serpente formada de água. A serpente tem
o tamanho determinado pelo voluma de água que o
combatente fez a invocação. Exemplo um apequena
poça uma minúscula serpente, enquanto que num rio
a serpente pode ter dezenas de metros de comprimen-
to. A serpente faz tudo o que o combatente mandar,
seu veneno é muito poderoso mesmo sendo à base de
água.

146 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
Sistema: O combatente testa Vontade + Ocultis-
mo (dificuldade 7). O número de sucessos determina
o limite de tempo que a serpente pode ser mantida – 2
turnos por sucesso. O Veneno da serpente provoca 10
dados de dano (podendo ser absorvido). Se usada em
combate, a serpente possui níveis de Força e Destreza
iguais à metade da Vontade do personagem (arredon-
dado para baixo). Sendo que ainda é possível a ser-
pente fazer seu ataque de esmagamento com o corpo
dono por Força. Podendo fazer um ataque baseado
em contrição que pode afogar a vítima.
6. Parede Fluida
Ao tocar a superfície de um corpo aquoso imóvel,
o combatente pode fazer com que a água se eleve pa-
ra formar uma parede, intransponível para criaturas
sobrenaturais, incluindo vampiros, lobisomens, fadas
e até mesmos fantasmas. A parede não pode ser es-
calada de modo algum, embora se possa voar por
cima dela.
Sistema: Um teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 7). O número de sucessos
obtidos limita a altura da parede – 3
metros por cada sucesso obtido.
Quando se cria uma parede, o
combatente precisa gastar três pontos
de Vontade. Para quebrar a barreira,
um intruso precisa fazer um teste de
Força + Ocultismo (dificuldade 9).
São necessários no mínimo três su-
cessos, e estes não podem ser acumu-
lados. Note a Parede Fluida também
bloqueia seu criador, embora ele
possa removê-la quando quiser.
7. Evento Aquático
Com esse poder o combaten-
te pode causar redemoinhos ou
ondas dentro d'água, capazes de
afundar uma canoa ou pequena em-
barcação. Pode criar um tentáculo de
água com até 10m de comprimento.
Sistema: Esse poder pode ficar
ativo por 3 turnos por sucesso em
um teste de Vontade + Ocultismo
(dificuldade 8). O tentáculo tem as
mesmas habilidades do combatente.
8. Tempestade
Ao invocar esse poder o combatente comanda a
força da natureza. Provocando uma visão levemente
prejudicada e os sons são abafados; a dificuldade de
todos os testes de para perceber os inimigos baseados
na visão e audição são aumentadas em 2 e a distância
de todos os ataques de longa distância são diminuídas
pela metade. E uma ventania com ventos com cerca
de 50 km/h, com rajadas mais fortes que isso. Além
disso, durante rajadas muito fortes podem ser exigi-
dos testes de Destreza (dificuldade 6) para impedir
que sejam derrubados pelo vento. Não é preciso dizer
que enquanto está ventania estiver ativa, papeis vo-
am, objetos são arrastados livremente pelo vento e
outros efeitos acontecem.
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Sistema: O número de sucessos obtidos determina
o tempo que levara para que a mágica climática faca
efeito. Um sucesso indica que um dia inteiro pode se
passar antes que o clima se submeta à vontade do
combatente, enquanto cinco sucessos apresentam
efeitos quase instantâneos.
A dificuldade do teste de Vontade necessário para
invocar o poder pode variar dependendo das condi-
ções locais do clima e do clima que o personagem de-
seje criar. O Narrador deve aplicar um bônus (-1 ou -
2 na dificuldade do teste) no caso de mudanças pe-
quenas, tais como acabar com uma pequena garoa ou
invocar relâmpagos quando um tempo-
ral violenta já está se formando. Reci-
procamente, uma penalidade (+1 ou +2
na dificuldade do teste) deve ser apli-
cada quando as mudanças desejadas são
atípicas quando comparadas ao clima cor-
rente, como, por exemplo, invocar uma ga-
roa em pleno deserto ou um relâmpago em
céu limpo. Jogando Vontade (dificuldade 6)
pode ser exigido a fim de manter a mudan-
ça do clima sob controle.
9. Fúria das Águas.
O combatente pode fazer aparece uma
enorme onda, fazendo com que qualquer
construção a beira mar seja destruída.
Sistema: Ao tocar a superfície de um
corpo aquoso imóvel, o combatente pode
fazer com que a água se eleve para
formar uma enorme onda, intransponí-
vel para criaturas sobrenaturais, inclu-
indo vampiros, lobisomens, fadas e
até mesmos fantasmas. A onda pro-
voca 25 dados de dano por esmaga-
mento, sendo que ainda poderá
sofrer dano por afogamento.
10. Dragão Marinho
Ao tocar um corpo aquoso, o
combatente faz aparecer um enor-
me dragão formado de água. O
dragão tem o tamanho determinado
pelo voluma de água que o comba-
tente fez a invocação. Exemplo um
apequena poça um minúsculo dragão,
enquanto que num rio o dragão pode ter
dezenas de metros de comprimento. O
dragão faz tudo o que o combatente
mandar, seu sopro é muito poderoso.
Sistema: O combatente testa Vontade + Ocultis-
mo (dificuldade 7). O número de sucessos determina
o limite de tempo que o dragão pode ser mantido – 2
turnos por sucesso obtido. O sopro do dragão provoca
14 dados de dano (podendo ser absorvido). Se usada
em combate, o dragão possui níveis de Força e Des-
treza iguais à metade da Vontade do personagem (ar-
redondado para baixo) e um nível em Briga igual ao
do personagem. Sendo que ainda é possível que o
dragão e fazer seu ataque de esmagamento com o
corpo dono por Força. E garras dano por força +1.
147
 Oito Luas
Lança
Estas técnicas podem ser utilizadas com as seguin-
tes armas: (lança, azagaia, alabarda, glaive). (Nagina-
ta para os Combatentes Marciais).
Lamina Aquática (Sob): Esta técnica causa +4d
de dano por água.
Lança do Trovão (Sob): Esta técnica causa +5d
de dano por eletricidade.
Golpe Múltiplo (Sob): Esta técnica permite ao
personagem atacar 1d alvos ao acaso, escolhidos
aleatoriamente pelo mestre (um mesmo alvo pode ser
atingido várias vezes). O jogador faz um único teste
de ataque. O dano é rodado separadamente para cada
alvo.
Golpe Certeiro (Ext.): Esta técnica permite acer-
tar automaticamente todos os inimigos no raio de al-
cance (1m por ponto de esportes) e causa o dobro de
dano, mas é dividido igualmente entre todos os alvos.
Alvo Múltiplo (Sob): Esta técnica permite atacar
um número de adversários igual ao seu Foco. O dano
é rodado separadamente para cada alvo.
Golpe do Trovão (Sob): Esta técnica causa +5d
(+1d por nível)
Enxame de Trovoes (Sob): Esta técnica pode
conjurar a magia Enxame de Trovoes como um con-
jurador de mesmo nível.

Dragão Aéreo
Os Dragões Aéreos são encontrados com mais frequência em grandes cânions onde à incidência de ventos
fortes, para que suas manobras com o auxílio do vento para ficarem mais fortes.
Os estudantes deste estilo não o veem apenas como uma técnica de luta, e sim uma maneira de expressar sua
liberdade de demonstrar suas habilidades. Estudantes frequentemente competem entre si para se manter na me-
lhor forma possível. Estudantes do Dragão Aéreo usam movimentos similares aos do vento para confundir e
surpreender seus oponentes. Eles se baseiam na velocidade e agilidade para desferir ataques rápidos e se posici-
onar para encaixar sequencias de golpes.
Templos: Os templos desse estilo são construídos a beira de grandes penhascos ou em outros lugares onde o
vento é forte. Como parte do treinamento os aprendizes aprendem a controlar o vento junto com suas manobras
tornando-as mais poderosas.
Ar
Você preferia voar ou ser invisível?
Lois Lane para Clark Kent

Os combatentes aéreos podem ser muito podero-

sos, pois o elemento que eles controlam é um dos
mais destrutivos da natureza, responsável pelos tor-
nados e furacões. Os combatentes aéreos geralmente
se vestem de branco ou usam roupas e tônicas em co-
res próximas do azul celeste. Alguns combatentes es-
pecialistas chegam a tingir seus cabelos de branco, ou
procurar rituais místicos para mudar a cor dos olhos
para azul.
1. Silencio Mortal
Quando invocado o cerco o invocador com uma
calma sobrenatural. Nenhum som se origina na área
diretamente ao redor do conjurador. Nada – nem o
som de passos, o ranger de portas se abrindo, cortinas
de camas roçando ou gritos da Morte Final podem
quebrar o silencio completo que cerca o invocador.
Contudo, sons originários de fora da área de influên-
cia do poder propagam-se normalmente para dentro
da mesma.
Sistema: A ativação deste poder evoca um silen-
cio completo na área cercando imediatamente o com-
batente. Geralmente, uma pequena área (aproxima-
damente 10m quadrados) pode ser coberta pelo silen-
cio. Este poder custa um Ponto de Mana para ser cri-
ada e dura aproximadamente uma hora por ativação.
2. Brisa
Com este poder o combatente tem o poder de for-
mar brisas para se refrescar num dia quente ou fazer
que um navio navegue pelo oceano.
Sistema: Não é preciso nenhum teste para que o
vento comece a assoprar uma leve brisa de aproxima-
damente 20km/h.
3. Vento da Submissão
Esta magia pode ser usada em combate por muitos
combatentes, pois se trata de imobilizar o adversário
sem causar-lhe mal algum.
Sistema: Se o combatente obtiver mais sucesso
em sua jogada de Destreza + Briga (dificuldade 6) do
que os pontos de Destreza do seu oponente, o opo-
nente é mantido imóvel.
4. Formar Tormenta
Este poder invoca um poderoso vento que engolfa
o oponente em um ciclone, esbofeteando-o com es-
combros e lançando-o longe.
Sistema: O jogador usa um Ponto de Mana e testa
Vontade + Espirito (dificuldade 7). O oponente é ar-
remessado dois metros para cada sucesso obtido e
perde 5 PVs por sucesso.
5. Chicotear

148 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
A expressão “os poderosos sempre fazem as coi-
sas parecer tão fáceis” é um truísmo, que no caso de
Chicotear se torna uma verdade literal. Com este po-
der, em mestre da Potência pode realizar gestos sua-
ves – um aceno, estalo ou o arremesso de uma bola –
e fazer com que eles desencadeiem o impacto total e
devastador de um golpe mortal. O ataque pode surgir
sem avisos, limitando a habilidade de esquiva ou an-
tecipação do alvo, o que faz de Chicotear uma dais
mais temidas aplicações do Caminho do Ar.
Sistema: Chicotear exige um teste de Destreza +
Briga (dificuldade 6). Ele também exige que o com-
batente faça algum tipo de gesto que oriente o golpe.
Que tipo de gesto será usado é deixado a cargo do jo-
gador – qualquer coisa desde um estalo de dedos
até o sopro de um beijo.
O alcance de Chicotear só é limitado pelas
percepções do Membro e o golpe atinge com a
mesma força que o ataque normal (incluindo todos
os bônus).
6. Punho Furacão
Girando seu punho horizontalmente a o perso-
nagem é capaz de criar um mini furacão envolvendo
seu punho e parte de seu braço.
Sistema: Com esta magia o combatente tem a ca-
pacidade de acertar o seu oponente e mandá-lo lon-
ge. Num teste de Destreza + Briga (dificuldade 7)
contra a Força do oponente, cada sucesso o alvo é
jogado 5m de distância.
7. Círculo de Ar
Com este poder o
combatente tem a capacidade
de criar ao redor do seu corpo um Cír-
culo de vento para enfraquecer os ataques de
seus oponentes.
Sistema: Fazendo um teste de Inteligência +
Foco (dificuldade 7). O número de sucessos deter-
mina o tempo de duração deste poder, 2 turnos por
sucesso obtido. Com este poder os ataques dos opo-
nentes serão diminuídos em 2d contra projeteis e so-
fre metade do dano por ataques mágicos.
8. Turbilhão
Com este poder o com-
batente pode fazer que
saia de seus braços estica-
dos um forte vento na for-
ma de um cone para atingir seus oponentes.
Sistema: Fazendo um teste de Inteligência + Foco
(dificuldade 8), cada sucesso mentem o poder ativo
por um turno.
9. Ventania
Com este poder o combatente pode fazer ventos
bem fortes chegando até 150km/h. Podendo até mes-
Dragão Terrestre
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
mo voar longas distancia, ou curtas se estiver carre-
gando muito peso.
Sistema: Fazendo um teste de Destreza + Briga
(dificuldade 7). O número de sucesso determina o
tempo de duração deste poder, dois turnos por suces-
so obtido, o alvo testa sua Força para ver se resiste no
lugar sem ser jogado para longe.
10. Furacão
Com este poder o combatente tem controle com-
pleto sobre os ventos. Fazendo um enorme furacão ao
redor de si mesmo, com um raio de 20m, com força
suficiente para arrancar do chão arvores de 100m de
altura
Sistema: Fazendo um teste de Destreza +
Briga (dificuldade 7). O número de sucesso
determina o tempo de duração deste po-
der, três turnos por sucesso obtido.
Arco
Estas técnicas exigem maestria no
uso do arco (todos), mas não bestas.
Sono Místico (Sob): Além de cau-
sar dano normal, esta técnica exige
da vítima um teste de Vontade (difi-
culdade 8) três sucessos. Se falhar, a
vítima sofre os mesmos efeitos da ma-
gia sono.
Roubo Místico (Sob): Além de causar
dano normal, este ataque exige da vítima
um teste de Vontade (dificuldade 8) três
sucessos. Se falhar, a vítima sofre a perda
de 2d Pontos de Mana.
Flecha Mortífera (Sob):
Caso este ataque acerte um ponto vi-
tal, além de causar dano normal a vítima
deve fazer um teste de Vontade (dificul-
dade 8) Quatro sucessos ou morrera.
Tiro Múltiplo: O personagem re-
cebe Tiro Múltiplo como talento bô-
nus, mesmo sem preencher seus pré-
requisitos. Podendo acertar uma quan-
tidade de alvos igual ao nível em Fo-
co.
Dreno de Energia: Além de
causar dano normal, o atacante ab-
sorve metade dos PVs de dano cau-
sado.
Dreno Místico (Sob): Esta técnica substitui
Roubo Místico, mas é mais forte causando 4d Pontos
de Mana de perda.
Flecha Poderosa (Sob): Além de dano normal,
este ataque causa dano extra de 2d por nível de Clas-
se.
149
 Oito Luas
Este estilo é uma forma de luta originalmente usada para testar a força dos lutadores. Os estudantes deste es-
tilo acreditam que o seu estilo quem é o mais forte. Ele não testa apenas a força física como também a Vontade
de seus praticantes, e alguns chegam a extremos para provar a sua força. Por isso os estudantes do Dragão Ter-
restre costumam ser grande e se orgulham do seu grande tamanho e farão qualquer coisa para ser tornarem os
maiores habitantes de suas vilas.
Ao contrário dos outros estilos, o Dragão Terrestre se baseia na Força Física. Para provar a sua força, prati-
cantes podem puxar carroças carregadas através de campos ou enfrentar ursos com as mãos nuas em meio a ne-
vascas. Os estudantes se concentram em técnicas devastadores de agarrar e projeções impressionantes.
Templos: Os templos do Dragão Terrestre são encontrados em lugares nevados e de terrenos inóspitos. Os
estudantes estão sempre buscando uma ma- neira de aumentar a sua força.
Terra
Fui ordenado a me entregar ao Senhor dos Mundos.
Ele que criou a ti do pó.
A1corão, Sura 40.

A força bruta, o terremoto, a des- Sistema: O jogador precisa usar um ponto de

truição. O combatente da terra pos-
sui o poder supremo sobre o solo, as
pedras, vidro, areia e pó. Os comba-
tentes da terra geralmente carregam
consigo dezenas de talismãs com diver-
sos tipos de pedras e pós-diferentes,
para sempre se lembrar de onde vem
seu poder.
O Caminho da Terra também lida
com diversos tipos de metais (ferro,
cobre, níquel estanho, prata entre
outros) nas mais variadas formas.
No entanto, o Caminho da Terra não po-
de modo algum afetar ouro (algemas de
ouro, correntes de ouro, cadeados de
ouro).
1. Tremor
Usando esse poder o combatente
pode fazer com que a terra ao seu
redor trema com uma força incrível.
Fazendo que seus inimigos não fi-
quem de pé.
Sistema: A vítima tem que
fazer um teste de Destreza + Es-
portes (dificuldade 7) para se
manter em pé. Em caso de fa-
lha a vítima ficara no chão por um torno e não pode
atacar ou se esquivar, até se levantar, que é necessário
outro teste.
2. Braço de Pedra
com este poder o combatente adquire a força da
terra aumentando a sua própria força.
Sistema: Ao ativar este poder, o combatente ad-
quire Força +1 por nível em Terra.
3. Sondar Morada
Este poder, base dos Combatentes da Terra serve
como guardiões de refúgios e capelas, permite que o
seu usuário e mantenha vigilante sobre parte de ou
todo, um castelo fechado. O Combatente ganha uma
intuição natural de todos os seres que se encontram
dentro da construção, até mesmo pessoas ocultadas
por formas sobrenaturais de encobrimento.
Vontade para ativar este poder, que permanece
ativo pelo tempo em que o
combatente se mantiver
dentro ou em contado
com a construção ou até o
próximo pôr-do-sol. Sondar
a Morada pode ser usado sobre
qualquer coisa menor que um
grande castelo, incluindo um com-
plexo de cavernas, um teatro, uma taver-
na ou uma mansão. Para saber exatamente a
localização de uma pessoa por meio desse poder, o
jogador deve fazer um teste de Inteligência + Furti-
vidade (dificuldade 6).
4. Força da Montanha
Com este nível em Terra o combatente possui
uma força física além dos limites normais. Força da
Montanha permite o invocar salte grande distancias,
levantem pesos maciços ou golpeiem seus inimigos
com uma força assustadora. Sabe-se de guerreiros
que quebraram portões de fortalezas com suas mãos
nuas ou cortaram cavalos de guerra ao maio com um
golpe de espada. Numa época onde questões milita-
res resumem-se a bater espada contra espada, um
cavaleiro com a força de 10 homens pode mudar
o rumo de uma batalha.
Sistema: Para cada nível acima de Força da Mon-
tanha lhe garante sucessos automáticos em pratica-
mente todos os testes de Força – um sucesso automá-
tico por nível. Deste modo, ele pode ser bem-
sucedido na maioria das proezas de Força automati-
camente, nem mesmo precisando fazer um teste. Em
combates com armas brancas ou briga, os sucessos
automáticos contam para o teste de dano.
5. Elo com a Montanha
Elo com a Montanha permite que o Combatente
encontre dentro da pedra (ou de materiais de constru-
ção de composição semelhante à da pedra). No entan-
to, a combinação formada por este poder não é tão
completa. Um leve esboço do Combatente pode ser
visto por observadores atentos.
Sistema: O Combatente passa quatro turnos reali-
zando a fusão, que só pode acontecer se o persona-

150 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
gem estiver em contato direto com a pedra ou subs-
tancia semelhante. O Combatente não imerge com-
pletamente na substancia escolhida, deixando um es-
boço que pode ser descoberto com um teste de Inteli-
gência + Prontidão (dificuldade 9). Um Combatente
que for atacado enquanto estiver sob os efeitos de Elo
com a Montanha triplica sua parada de dados de ab-
sorção contra todas as formas de ataque. Contudo, se
receber três níveis de vitalidade de dano letal em um
mesmo ataque, o Combatente é brutalmente removido
do seu elo e sofre uma desorientação muito grande
sofrendo uma penalidade de mais dois pontos em seu
teste de iniciativa.
6. Armadura de Terra
Este poder, combinado com a resistência dos
Combatentes de resistir a ataques que rasgariam
qualquer outra pessoa em tiras. Um indivíduo que te-
nha alcançado este nível descobre que a sua pele se
tornou infinitamente mais resistente do que costuma-
va ser e que o seu limiar de dor aumentou incrivel-
mente.
Sistema: Este poder é automático e não requer
nenhum teste; ele está permanentemente ativo. Um
Combatente com Armadura da Terra recebe mais um
dado para absorver danos mágicos, mais dois dados
contra danos por contusão, reduz em 1 as penalidades
por ferimentos. Contudo, a dificuldade de todos os
testes de Percepção baseados no tato aumenta em 2
devido há falta de sensibilidade na pele do persona-
gem.
7. Golpe da Terra
De acordo com alguns mestres, esta é a habilidade
de atingir o chão em um ponto A e fazer com que a
força do golpe surja do chão em um ponto B a algu-
mas distancias.
Sistema: Golpe da Terra exige um teste de Des-
treza + (Combate Corporal). O Combatente deve (so-
car ou bater com o pé, dependendo do estilo de cada
um) o chão e, se o ataque for bem-sucedido, a força
do golpe ira emergir do chão com uma explosão de
rochas e pedras diretamente abaixo. A dificuldade de
se esquivar do ataque aumenta em dois, pois é muito
difícil se mover para longe de um pulso subterrâneo
do que se abaixar diante de um golpe.
O alcance do Golpe da Terra é de 2 metros para
cada nível no Caminho da Terra que o Combatente
possui, embora o alvo tenha que estar visível. Uma
falha na jogada de ataque significa que o golpe foi
aplicado incorretamente pode explodir em qualquer
ponto dentro do raio de alcance; uma falha critica in-
dica que o Combatente pulverizou o chão sob ele e
pode muito bem ter se enterrado em um buraco no
processo.
8. Fluir pela Montanha
Um Combatente que tenha alcançado este nível
em Terra não tem mais que permanecer imóvel no lu-
gar em que uniu a Terra (ver Elo com a Montanha,
acima). Agora pode caminhar através da pedra como
se ele não fosse mais denso do que uma camada de
liquido espesso. Os Combatentes usam este poder
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
com muita eficiência para interceptar invasores, en-
quanto Combatente mais sutis exploram a capacidade
que o poder lhes dá para entrarem em locais “protegi-
dos”. Este poder é bem útil, pois todas as construções
são feitas de pedra pura.
Sistema: Depois que o personagem realizar o Elo
com a Montanha, o jogador pode gastar mais dois
Pontos de Mana para ativar o poder Fluir pela Mon-
tanha durante uma cena.
O personagem também pode usar este poder para
passar através de uma parede de pedra e aparecer do
outro lado sem antes ter que usar o poder Elo com a
Montanha. Neste caso, o personagem usa um Ponto
de Mana e testa contra sua Força (dificuldade 8). O
Combatente pode fluir por uma espessura máxima em
metros igual ao número de sucessos obtidos dividido
por 3. Se a parede ou barreira for mais espessa do que
isso, o personagem fica aprisionado dentro dela até
ser entalhado dela ou usar Fluir pelas Montanhas para
escapar.
9. Areia Movediça
O Combatente pode transformar o solo local numa
substancia viscosa e pegajosa que prende os inimigos
e dificulta seus movimentos
Sistema: O Combatente testa Vontade + Ocultis-
mo (dificuldade 7). Cada sucesso transforma uma
área de três metros numa substancia viscosa e pegajo-
sa. Com exceção do Combatente, qualquer um na
área consegue se mover apenas à metade da veloci-
dade, e nenhuma manobra de combate que requeira
movimentos poderá ser executada.
10. Tiro explosivo de Rocha
Ao ativar este poder o combatente transforma sua
carne em pedra, podendo disparar parte do seu corpo
contra os adversários. Quando este poder estiver ativo
os poderes Armadura de Terra e Fluir pela Montanha
também funcionam.
Sistema: Ao fazer um teste de Destreza + Foco
(dificuldade 7) para acertar o alvo. Quando acerta es-
se ataque provoca um dano de força x 2 + 3d.
Clava
Esta técnica pode ser utilizada com as seguintes
armas: clava, clava grade, maça leve, maça pesada,
maça estrela, porrete, mangual, mangual pesado, mar-
telo de guerra. (Tonfa para os Combatentes Marciais)
Ataque Atordoante (Ext.): Além de causar dano
normal, esta técnica exige da vítima um teste de
Vontade (dificuldade 7) três sucessos. Se falhar, a ví-
tima fica atordoada durante 1d rodadas.
Ataque de Pedra (Ext.): Esta técnica acrescenta
+1d de dano para cada dois níveis de combatente.
Derruba Monstro (Ext.): Este ataque causa +4d
de dano contra criaturas do tipo Aberração e Monstro.
Dreno de Energia: Além de causar dano normal,
o atacante drena metade dos PVs de dano causado
(arredondado para baixo).
Atordoamento (Ext.): Esta manobra substitui
Ataque Atordoante, mas é mais forte: a vítima faz um
teste de Vontade (dificuldade 7) seis sucessos. Se fa-
lhar a vítima fica atordoada durante 3d rodadas.
151
 Oito Luas
Chuva de Pedras (Ext.): Esta técnica substitui Mata Monstro (Ext.): Esta manobra substitui
Ataque de Pedras, mas é mais forte: acrescenta +1d Derruba Monstro. Causam +8d de dano conta criatu-
de dano para cada nível de combatente. ras do tipo Aberração, humanoide Monstruoso e Ex-
tra planar (Mal).

Dragão Iluminado
Estudantes que dedicam suas vidas à meditação e aos exercícios mentais, para desenvolverem poderes físicos
e mentais extraordinários. Dizia-se que eles podiam atravessar paredes, deter o batimento de seus corações du-
rante horas e reduzir outros efeitos. Afortunadamente, para poder adquirir estas habilidades, os monges preci-
sam alcançar em estado de tranquilidade mental tão elevado que eles raramente usam estas habilidades de um
modo violento – exceto para se defender.
Este é um dos estilos de aprender devido à rígida disciplina mental e corporal que o aluno deve desenvolver.
Embora seja menos violento que a maioria dos outros estilos, o Dragão Iluminado.
Templo: Os poderosos segredos do Dragão Iluminado se originaram nos recantos mais isolados do mundo.
Luz
Você já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Jack Napier.

A magia relacionada à luz e a claridade são tam- 2. Enganar Sentido

bém a chamada magia angelical. É claro que o corte
perfeito e liso dos cristais e a força destrutiva dos tro-
voes não podem ser chamadas de angelicais, mas os
combatentes devotados à luz geralmente possuem
uma índole boa. Nem todos.
A luz também é à força da ilusão, mas a ilusão
fantasmagórica, pois apesar das imagens possuírem
luz e contorno, falta-lhe a sombra para delimitar os
volumes. A luz também controla as faíscas, brilhos e
luminescências, bem como o clarão do sol. Com um
ponto de Focus um combatente consegue gerar luzes,
brilhos ou auras. Um combatente com mais poder
consegue apagar sua imagem em um espelho, criar
pequenas ilusões e distorcer um pouco a luz. Um
combatente muito poderoso pode chegar até a ficar
invisível.
É possível criar ilusões pequenas e simples com
Focus 1. Mas, quanto maior o Focus, maiores e mais
sofisticados elas se tornam:
1. Falso Objeto
Estas ilusões menores e estáticas afetam um dos
sentidos. Qualquer um na área pode detectar a ilusão
com este sentido, mas não com qualquer outro. Note
que mesmo que uma ilusão possa ser detectada pelo
toque, não está realmente ali. Portanto, uma parede
invisível de Falso Objeto poderia ser tocada, assim
como um tapa ilusório poderia ser sentido, mas a pa-
rede não poderia impedir a passagem de uma pessoa,
assim como uma ponte ilusória não poderia ser usada
para atravessar um rio.
Sistema: Uma ilusão custa um ponto de Vontade
para ser criada, e dura até que o personagem não pos-
sa mais senti-la, resolva acabar com ela ou torne-se
transparente de alguma maneira. Acabar com uma
ilusão não requer tempo nem esforço e ocorre a qual-
quer momento que o criador deseje.
152 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Uma ilusão criada por este poder pode ser detec-
tada por qualquer ou por todos os sentidos, de acordo
com o que for decidido pelo criador da ilusão. Mais
uma Vaz, a ilusão não está realmente ali, podendo ser
atravessada.
Sistema: Como as ilusões criadas pelo Falso Ob-
jeto, essas ilusões são estáticas, não podendo ser mo-
vidas depois de criadas. Elas custam dois pontos de
Vontade para serem criadas e desaparecem da mesma
forma que as criadas com Falso Objeto.
3. Aparição
Este poder é usado em conjunto com um dos po-
deres acima. A Aparição permite que a ilusão em
questão tenha capacidades amplas de movimento. Es-
te movimento parecerá perfeitamente natural desde
que o conjurador que o estiver mantendo esteja fami-
liarizado com o movimento apropriado do alvo.
Sistema: O criador gasta um Ponto de Mana para
fazer uma ilusão de mover numa direção especifica;
ele pode alterar ou parar este movimento, mas apenas
se não estiver feito nada além de se concentrar na ilu-
são depois de criá-la.
4. Permanecia
Este poder, também usado com Falso Objeto ou
Enganar Sentido, permite que uma ilusão continue
existindo mesmo quando o invocador não estiver na
sua presença. Até ilusões com capacidades de movi-
mento através do uso de Aparição podem ser tornadas
permanentes, embora o invocador precise primeiro se
concentrar na ilusão à medida que realiza o movi-
mento desejado. A partir de então a ilusão continuará
a seguir este padrão enquanto existir.
Sistema: O invocador precisa apenas gastar um
Ponto de Mana e a ilusão permanecera intacta até ser
dissolvida.
5. Presença Invisível
Com um pouco de experiência, o invocador pode
se mover sem ser visto. O que vemos é a Luz refleti-
 Oito Luas
da, com este poder o conjurador impede que o seu re-
flexo apareça, e os outros afastam seus olhos à medi-
da que ele passa. A não ser que alguém procure espe-
cificamente i invocador, ele permanece fora da visão.
As pessoas desviam o olhar sem perceber que o fize-
ram, e frequentemente fogem por causa de um
medo desconhecido. Desde que o invocador nada
perturbe, ele pode ir e vir como desejar, perma-
necendo fora da visão indefinidamente.
Sistema: Novamente, nenhuma jogada é
necessária, a não ser que o personagem fale,
ataque ou chame de outro modo à atenção
para si. Se ele quiser
atravessar um piso ba-
rulhento, arbustos en-
trelaçados, água ou
qualquer outra superfície
que possa denunciar sua
presença, o jogador deve
fazer um teste de Inteli-
gência + Furtividade para
determinar o quão bem o
personagem evita uma
perturbação. Falar sem in-
dicar a sua posição exige três ou
mais sucessos.
6. Máscara das Mil Faces
O invocador com este poder pode se
disfarçar como outra pessoa! Esta tática
é um dos truques favoritos dos ladinos.
Embora o corpo do invocador em si
não mude, qualquer observador que
não possa perceber Vera aquele que
o invocador deseja que ele veja.
Sistema: O jogador testa Vontade
+ Representação (dificuldade 7) para
determinar o quão bem funciona o dis-
farce. Se o conjurador tentar se passar
por outra pessoa, é necessário saber
alguma coisa sobre aquela pessoa. Afinal de
contas, esta é uma era mais intima do que os dias de
hoje; quando alguém divide um quarto com seus
amigos ou familiares, é difícil representá-lo a ponto
de convencê-lo. Para ilusões particularmente difíceis,
como enganar um amante, tenente ou criado, um
pouco de conhecimento sobre os hábitos pessoais po-
de ser essencial.
1 sucesso O invocador ainda tem uma
aparência muito parecida com a
de sempre, com algumas dife-
renças sutis.
2 sucessos Ele parece um pouco diferente;
as pessoas não o reconheceram
facilmente e não concordam
quanto à sua aparência
3 sucessos Ela parece ser aquilo que dese-
ja.
4 sucessos Gestos, estilo, aparência e voz
mudam completamente
5 sucessos Ele pode se disfarçar como al-
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
guém de sexo oposto ou de ida-
de ou tamanho muito diferentes.
7. Desaparecimento do Olho da Mente
Este poder é tão avançado que o invocador que o
conhece pode desaparecer da visão comum. Mesmo
que fique face a face com alguma outra pessoa ele
pode simplesmente sumir sempre que desejar.
Apenas os mais experientes não ficaram des-
norteados por um ou dois turnos
se a pessoa à sua frente
desaparecesse; um ou
dois dentre um grupo
grande poderiam ser
capazes de reagir. A
maioria das pessoas entra
em pânico.
Sistema: O jogador testa Vontade + Fur-
tividade do personagem para ativar este po-
der. A dificuldade do teste é igual à Vigor +
Prontidão do alvo (utilize o valor mais alto
do grupo se ele desaparecer em frente a
uma multidão). Com mais de três sucessos,
o personagem desaparece completamente.
Com três ou menos, o personagem começa
a sumir, mas não desaparece, tornando-se
uma figura indistinta, semelhante a um fan-
tasma. Se o jogador obtiver mais sucessos do
que o nível de Vontade do observador, aquela
pessoa chega a esquecer que o personagem
existiu. Desde que nada refresque a memória
do observador, ele irá recordar-se apenas em
sonhos vagos e atormentadores.
8. Cobrindo o Grupo
Estendendo suas ilusões para cobrir uma
grande área, o invocador pode ocultar outros
da mesma maneira que encobre a si mesmo.
Qualquer poder da Luz pode ser estendido
a outras pessoas próximas que assim o
desejarem.
Assim como qualquer outra coisa, há
um preço envolvido: qualquer pessoa protegida que
comprometa o Manto exporá a si mesmo. Se aquele
que está invocando a magia revelar a sua posição, o
Manto cairá e todos estarão visíveis.
Sistema: O invocador pode ocultar um indivíduo
extra para cada ponto de Terra que possuir. Cada po-
der deve ser testado da mesma maneira usual (veja
acima), mas um teste vale para todos.
9. Cruel Realidade
Este poder é eficaz apenas em uma pessoa por
vez. Essencialmente, a vítima de Cruel Realidade
acredita absolutamente que a ilusão de fato existe.
Um fogo falso ira queimá-la, uma parede falsa ira de-
tê-la e uma flecha ira feri-la.
Sistema: Uma Cruel Realidade custa dois Pontos
de Vontade para ser criada. Se o invocador estiver
tentando ferir um inimigo com este poder, precisara
testar Vontade + Lábia (a dificuldade é a Inteligência
+ Autocontrole/Instinto da vítima). Cada sucesso in-
flige um Nível de vitalidade de dano sobre a vítima,
153
 Oito Luas
embora o personagem possa causar menos que a
quantidade total de dano se, antes de se jogar os da-
dos, anunciar uma quantidade máxima de dano que
quiser infligir. Uma pessoa não pode realmente ser
morta desta forma, e todos os ferimentos desaparece-
ram depois da vítima ser realmente convencida de
que não foi ferida (o que pode levar um período de
tempo considerável; assume que uma vítima “morta”
acordara mais tarde da inconsciência para encontrar-
se perfeitamente saudável).
10. Horror em Massa
Este poder leva mais de uma pessoa a experimen-
tar uma Cruel Realidade. Qualquer indivíduo na
mesma área geral da ilusão sente como se ela estives-
se realmente presente. Portanto, se a ilusão de um
dragão fosse criada, ele poderia lançar seu hálito con-
tra diversas pessoas.
Sistema: Este poder funciona exatamente como
Cruel Realidade, exceto que alvos múltiplos podem
ser afetados. Um ilusionista geralmente pode afetar
um número de indivíduos iguais à sua Vontade.
Chicote
Esta técnica permite usar um chicote de forma
mais eficiente. Além disso, de forma similar do bu-
merangue, a corrente atinge vários inimigos com um
único ataque.
Com uma ação de rodada completa, pode-se atacar
um número de adversários igual a seu valor de Foco.
O jogador faz um único teste de ataque, que pode ou
não atingir o alvo. O dano é rodado separadamente
para cada alvo atingido. Esta técnica também pode
ser usada com corrente. (Kusarigama para os Comba-
tentes Marciais)
Ataque Atordoante (Ext.): Além de causar dano
normal, esta técnica exige da vítima um teste de
Vontade (dificuldade 7) três sucessos. Se falhar, a ví-
tima fica atordoada durante 1d rodadas.
Ataque Múltiplo (Ext.): Este ataque atinge uma
quantidade de alvos igual ao nível de Foco do perso-
nagem. Podendo concentrar cada golpe em um mes-
mo alvo.
Roubo de Vida (Sob): Este ataque causa +4d de
dano contra criaturas do tipo Aberração e Monstro.
Dreno de Energia: Além de causar dano normal,
o atacante drena metade dos PVs de dano causado
(arredondado para baixo).
Atordoamento (Ext.): Esta manobra substitui
Ataque Atordoante, mas é mais forte: a vítima faz um
teste de Vontade (dificuldade 7) seis sucessos. Se fa-
lhar a vítima fica atordoada durante 3d rodadas.
Aprisionamento (Sob): Esta técnica substitui
Dreno de Energia, funciona da mesma forma mais é
mais potente, todo o dano causado é absorvido (mas
sem exceder o máximo do combatente).
Ataque da Serpente (Sob): Causa a todos os al-
vos atingidos igual a 4d + nível do personagem.

Dragão Tenebroso
Este estilo foi desenvolvido nas grandes cavernas onde a escuridão governa. Seu ponto forte são os chutes
devastadores, manobras de Agarrar, a capacidade de esquiva e escalada rápida. Ser um discípulo deste estilo é
muito arriscado, como partes do treinamento devem enfrentar vendados animais enlouquecidos para aprimorar
suas técnicas de esquiva e escalada… ou morrer tentando.
Templos: Os Templos deste estilo ficam localizados no subsolo das grandes cidades e em grandes galerias
de cavernas.
Trevas
Minha vida é um quarto escuro.
Um quarto bem grande e escuro.
Beetle Juice.

Como o próprio nome indica, o Caminho das tre-
vas trabalha com as sombras e com a escuridão. Os
combatentes tenebrosos, como são conhecidos os
combatentes especialistas no caminho das trevas, de-
dicam-se ao estudo das forças que regem a escuridão.
Alguns deles chegaram a ponto de procurarem demô-
nios e outras criaturas para aprender mais sobre a noi-
te. Muitos dos combatentes que estudam este cami-
nho não são mais humanos, mas vampiros, anjos caí-
dos ou demônios das sombras.
1. .Jogo das Sombras
O Combatente pode manipular as sombras, áreas
encobertas, ambiente com iluminação escuras (mas
não inexistentes), e criar outros “truques da luz.” En-
tre outras coisas, isso permite que o combatente trans-
forme ou apague sua própria sombra, encubra a si
mesmo ou faça com que sua silhueta pareça mais as-
sustadora.
Sistemas: As dificuldades de todos os testes de
Intimidação e Furtividade realizadas pelo Combatente
são reduzidas em um, a dificuldade para ser acertado
por armas de projeteis aumenta em um (as sombras
inconstantes impedem a visão de profundidade).
2. . Escuridão
O Combatente pode encobrir um faixa de terra ou
céu com uma escuridão sombria impenetrável. A es-
curidão é mais profunda do que uma noite sem lua;
apenas as trevas das cavernas subterrâneas do interior

154 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
da terra comparassem a ela. Seres engolidos por esta
matéria viscosa consideram-na muito desorientadora
e enervante.
Sistema: O Combatente pode encobrir automati-
camente uma área de 3 metros de diâmetro. O poder
pode ser projetado até uma distância de em metros
iguais a 10 vezes o total de Inteligência + Ocultismo
do combatente. Cada sucesso em um teste de Vontade
+ Ocultismo (dificuldade 7) permita que o Combaten-
te dobre o diâmetro do poder. A escuridão extingue
luzes até mesmo obscurece sons; a maioria dos opo-
nentes é completamente cegada e desorientada, so-
frendo três dados de penalidade para a maioria das
ações.
Se o Combatente usar este poder para envolver
uma chama ou chamas (tochas, o fogo de uma lareira,
etc.) e gastar um ponto de Vontade (mais para piras
ou incêndios), ele pode chegar a extinguir as chamas.
3. Tentáculos das Sombras
O Combatente pode invocar um ou mais “tentácu-
los” de escuridão sólida numa área sombria. Esses
tentáculos podem agarrar, prender ou até mesmo
apertar seus inimigos.
Sistema: É necessário fazer um teste de Vontade
+ Ocultismo (dificuldade 7); cada sucesso permite a
invocação de um tentáculo. Um tentáculo 1,8 metros
de comprimento e níveis de Força e Destreza iguais
ao nível de Trevas do Combatente; Pontos de Mana
podem ser gastos (“alimentando” os tentáculos) para
aumentar esses parâmetros (cada Ponto de Mana gas-
to aumenta em um a Força ou a Destreza, ou em 1,8
m de comprimento). Um tentáculo causa Força +1 de
dano por esmagamento, possui quatro Níveis de Vita-
lidade e sofre danos de fogo e luz do sol.
4. Metamorfose Sombria
O Combatente invoca sua escuridão interior e fun-
de-se com ela, tornando-se um híbrido monstruoso de
matéria e sombra. Seu corpo se torna mosqueado com
pedaços de sombra tenebrosos e pequenos tentáculos
saem de seu torso e abdômen. Apesar de ainda ser
humanoide, o Combatente assume uma aparência
quase demoníaca conforme a escuridão de dentro
borbulha até a superfície.
Sistema: O jogador usa dois Pontos de Mana e
testa Vontade (dificuldade 8). Uma falha indica que o
Combatente não consegue aguentar a Metamorfose
Sombria (mesmo assim, os Pontos de Mana são gas-
tos); uma falha critica inflige dois níveis de dano letal
não absorvível no Combatente, enquanto a escuridão
devasta o corpo do Combatente tornando um Morto-
Vivo.
Enquanto estiver sob o efeito da Metamorfose
Sombria, o Combatente possui quatro tentáculos se-
melhantes aos invocados pelos Braços do Abismo
(embora possuam Força e Destreza igual aos Atribu-
tos do próprio Combatente). Estes tentáculos, combi-
nados com as faixas de escuridão sobre todo o corpo
do Combatente, subtraem dois dados da parada de
dados de Vigor e absorção de danos de oponentes que
entram em combates físicos, pelo tempo em que o
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Combatente estiver em contato com a vítima. O
Combatente pode realizar um ataque adicional sem
penalidades, usando seus tentáculos (o que totaliza
dois ataques e não um ataque adicional por cada ten-
táculo). Além disso, o Combatente pode sentir total-
mente o ambiente, mesmo na escuridão completa.
A cabeça e extremidades do Combatente de algu-
ma forma parecem se distorcer em um nada, enquanto
em outros momentos parecem estar presos a uma es-
curidão de outro mundo. Isso, combinado com zigue-
zagueantes tentáculos que se contorcem do corpo,
cria uma visão perturbadora. Pessoas, animais e ou-
tras criaturas não acostumadas com esse tipo de exi-
bições têm que fazer um teste de Vontade (dificulda-
de 9). Muitos Combatente cultivam este aspecto de-
moníaco e a Metamorfose Sombria adiciona três da-
dos à parada de dados de Intimidação do Combatente
que a invocou.
5. Sombras Noturnas
O Combatente pode evocar ilusões sombrias. Es-
sas ilusões são monocromáticas e escuras, mas po-
dem ser quaisquer coisas: o próprio Combatente,
monstros paredes, etc. As ilusões são do tamanho de
um ser humano, mas sucessos podem ser gastos para
criar imagens maiores. Alternativamente, o Comba-
tente pode usar este poder para infestar uma área com
grande agitação de sombras rodopiastes, desorientan-
do todos nas proximidades.
Sistema: Cada sucesso num teste de Inteligência
+ Ocultismo (dificuldade 7) permite o Combatente
evoque uma Sombra Noturna ou dobre o tamanho de
uma que tenha sido evocada anteriormente.
Alternativamente, o Combatente pode cobrir a ce-
na com sombras esvoaçastes e rodopiastes. Todos em
meio à confusão que não possuírem este Nível em
Trevas aumentam as dificuldades de iniciativa em
três e sofrem penalidades de um dado para todas as
Paradas de Dados. Sucessos adicionais permitem que
o combatente direcione as Sombras Noturnas com
mais precisão, podendo poupar aliados ou deixar cer-
tas áreas descobertas.
6. Forma Tenebrosa
O Combatente pode transformar seu corpo numa
sombra escorregadia e ondulante. Os Combatente
nessa forma são virtualmente invisíveis, podem es-
corregar através das fendas mais estreitas e ver na
mais profunda das escuridões.
Sistema: Devem ser gastos dois Pontos de Mana
para se utilizar este poder, e a mudança ocorre em
três turnos. O combatente é imune a ataques físicos,
mas não pode atacar fisicamente outras pessoas (em-
bora passa envolver e escorre sobre as vítimas como
um bolor viscoso vasto e tenteado; este contato é ex-
tremamente desconcertante e pode exigir um teste de
Vontade (dificuldade 8) para que se evite o pânico).
Fogo e Luz do Sol causam dolorosos ferimentos nesta
forma, causando uma dificuldade de mais um em seus
testes de Vigor.
155
 Oito Luas
7. Caminhar no Abismo
O Combatente pode entrar numa sombra de tama-
nho igual ou maior do que um humano e sair em ou-
tra (de tamanho semelhante) em outro local. Ele tam-
bém pode se alongar para dentro de uma sombra e fa-
zer com que sua mão e seu braço se projetem através
de outra sombra num local diferente – para, por
exemplo, agarrar uma vítima ou objeto que esteja
próximo de outra sombra. Uma vez agarrado, o obje-
to pode ser puxado através da sombra para perto do
Combatente.
Sistema: O Combatente precisa decidir qual será
o ponto de saída e informar o narrador. Viajar
com sucesso para qualquer lugar exige um
teste de Inteligência
+ Furtividade (dificul-
dade 6), enquanto que pu-
xar alguém ou algo através da
sombra requer um teste de Inte-
ligência + Agarrar (dificuldade 7;
um sucesso para agarrar ou dois para
puxar a vítima através da sombra).
Falhar neste teste significa que o
Combatente não consegue alcan-
çar/chegar a lugar nenhum; uma falha
critica significa que algo surge do abismo.
O Combatente pode viajar/alcançar uma
distância máxima igual a cinco vezes o seu
total de Conhecimento + Furtividade em
metros. Além disso, qualquer um que via-
je (ou seja, puxado) no “abismo” precisa
fazer um teste de Vontade (dificuldade 5
para quem utiliza o poder, é para um via-
jante voluntário, 8 para uma vítima desa-
fortunada) ou entrar em Pânico quando re-
aparecer
8. Animar Sombras
Com este poder o Combatente tem a
capacidade de dar vida a qualquer tipo de
sombra. Sendo que essa sombra uma ré-
plica do objeto de onde saiu à sombra,
sendo totalmente fiel ao combatente.
Sistema: O Combatente precisa fa-
zer um teste de Inteligência + Ocul-
tismo (dificuldade 7). Para cada su-
cesso obtido a sombra fica ativa
por três turnos. Sendo que os níveis de
Atributos são equivalentes à metade da Vontade do
combatente arredondado para baixo.
9. Sombra
O Combatente pode invocar uma duplicata som-
bria de si mesmo. Essa sombra mantém uma seme-
lhança sobrenatural com o combatente e possuem os
mesmos poderes.
Sistema: O Combatente precisa gastar um Ponto
de Mana e ser bem-sucedido em um teste de Vontade
(dificuldade 8). Essa sombra possuiu Atributos e Ha-
bilidades idênticos, mas não podem usar magias ou
Vontade. Essa sombra possui apenas um Nível de Vi-
156 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
talidade (qualquer ataque que não seja absorvido a
destrói).
10. Exército Sombrio
O Combatente pode invocar uma duplicata de si
mesmo, ou talvez até sombras múltiplas, para traba-
lhar ao seu lado. Essa sombra mantém uma seme-
lhança sobrenatural com o Combatente e possuem os
mesmos poderes.
Sistema: O Combatente precisa gastar um número
variável de Pontos de Mana e ser bem-sucedido num
teste de Vontade (dificuldade 7). Para cada Ponto de
Mana gasto, o Combatente invoca uma duplicata exa-
ta de si mesmo para lutar ao seu lado. Essas Som-
bras Possuem Atributos e Habilidades idênticos;
eles não podem usar magias ou Vontade, e cada
um possui apenas
um Nível de Vitali-
dade (qualquer ataque
que não seja absorvido os des-
trói).
Adaga
Estas técnicas tornam uma adaga tão
perigosa quanto espada ou machado.
Picada da Vespa (Sob): Este ataque
aumenta o dano em 50% (arredondado para
cima) e pode envenenar a vítima, se esta falha em
um teste de Vigor (dificuldade 7) três sucessos são
necessários. O dano inicial e secundário é de 4d
de dano.
Coma de Morte (Sob): Quando atingida a ví-
tima deve ter sucesso em um teste de Vigor (di-
ficuldade 7). Quando sucessos ou ficara em Co-
ma. Se tiver sucesso, na sofre dano alguém.
Usar Espada: O personagem se torna profi-
ciente com espadas curtas, podendo usar todas
as técnicas de adaga também com estas espa-
das.
Mordida da Naja (Sob): Esta técnica
substitui Picada da Vespa e funciona da
mesma forma, mas é o mais forte: a vítima
precisa fazer um teste de Vigor (dificuldade
7) seis sucessos são necessários, o vene-
no tem o dano ini-
cial e secundário de
8d de dano.
Toque Mortífero (Sob): Este ata-
que substitui Coma da Morte, mas é
mais forte quando atingido, a vítima deve ter sucesso
em um teste de Vigor (dificuldade 7) cinco sucessos
ou morrera imediatamente. Se tiver sucesso, não sofre
dano algum.
Dreno de Energia: Além de causar dano normal,
o atacante drena metade dos PVs de dano causado
(arredondado para baixo).
Morte Dolorosa (Sob): Esta técnica substitui To-
que Mortífero e funciona da mesma forma, mas é
mais forte: quando atingida, a vítima deve ter sucesso
em um teste de Vigor (dificuldade 7) sete sucessos ou
morrera imediatamente. Se tiver sucesso, sofre dano
normal + 12d de dano.
 Oito Luas

Dragão Corpóreo
Utilizado a gerações pelo povo do Sul como forma de autodefesa, o demo-dragão é uma arte marcial que ge-
rou inúmeras lendas sobre combatentes invencíveis. Exigindo Vitalidade e Vontade de Ferro, este estilo em seu
estado mais puro gera combatentes de autoconfiança inabaláveis, visivelmente fortes e ameaçadores. Um prati-
cante desse estilo mostra imensa resistência à dor física e estresse mental. Dentro de sua filosofia, demonstrar
fraqueza é uma falha imperdoável.
Templos: O único abertamente conhecido fica em Krillos no reino dos Vales das Sombras. No templo os
alunos aprendem como se transformarem em criaturas para todo tipo de situação.
Corpo
Usar o corpo é fácil.
Descobrir os seus segredos é difícil.
Superar as suas limitações é o verdadeiro proposito da vida.
Jasnice, a Rocha.
O caminho dos demônios é um caminho de 4. Morte Sorrateira
transformação em criaturas monstruosas. O Essa transformação é própria para mis-
Combatente teste Inteligência + Corpo (dificul- sões furtivas, de espionagem, reconheci-
dade 6) para cada sucesso obtido o combatente mento da área, e assassinato. Tem a apa-
mantém a transformação ativa por cinco turnos. rência de um lobo, coberto por manchas
1. Vespa das Trevas camufladas, podendo ficar com-
Este pequeno demônio assemelha-se pletamente invisível em meio à
a grandes vespas negras, com olhos escuridão.
verdes brilhantes e medindo 10cm de Força +1, Destreza +1, Vi-
comprimento. Força 1, Destreza 2, Vi- gor +1
gor 1, Invulnerabilidade: ácido, eletrici- Vitalidade: +4
dade, veneno, fogo normal, ataque sônico Ataque: Mordida e garras com
(zumbido). quatro dados
2. Zumbido Infernal Habilidades: Prontidão +1, Es-
Como no nível anterior só que em vez de quiva +2, Furtividade +2, Sobrevivência +2.
apenas uma vespa, aparecem 25 vespas por 5. Rastejante Assassino
nível de Vigor! O enxame emite um zum- Esta criatura é própria para caça
bido ensurdecedor que pode ser ouvido a em terrenos lamacentos, tem
até dois quilômetros. O zumbido torna-se aparência de enorme crocodilo,
cada vez mais forte e penetrante, impe- mas de pele negra e placas
dindo qualquer Conjurador de manter a ósseas por todo o corpo e es-
concentração para realizar feitiços en- pinhos na poderosa cauda,
quanto estiver dentro da área de in- podendo ficar imóvel por ho-
fluência do zumbido infernal. O ve- ras esperando o momento certo
neno das picadas é considerado fra- para atacar suas vítimas.
co, mas, novamente, o problema é Força +2, Destreza +1, Vigor
que as Vespas atacam em grupos +3
muito grandes (durante um exame, Vitalidade: +5
cada oponente será por 1d10+3 Ataque: Mordida 7, golpe com
vespas por rodada, provocando cauda 6 dados
dois níveis de dano por turno). Furtividade +2 (Terreno la-
3. Peste Vermelha macento)
Ao transformar neste pe- 6. Fera Poderosa
queno demônio do tamanho Esta criatura é um pode-
de um gato, parecem com uma gárgula de roso predador, sua aparên-
pele avermelhada, chifres garras e um rabo pontudo. cia lembra vagamente um leão titânico e calda de es-
Por serem pequenos (60cm, a 1,2m de altura). corpião.
Nessa forma o combatente tem Força 1, Destreza Força +3, Destreza +4, Vigor +3
3, Vigor 3. Vitalidade: +10
Ataque: Garras ou mordida com um dado, chifre Ataque: Mordida 7, garras 5, golpe com a cauda 6,
dois dados veneno um PV por turno.
Habilidades: Prontidão +2, Esportes +2, Furtivi-
dade +2, Intimidação +3.

Capitulo Seis: poderes MÁGICOS 157

 Oito Luas
7. Predador dos Céus
Este demônio tem a aparência de uma água gigan-
te de duas cabeças, com garras e asas de dragão e
calda de crocodilo.
Força +4, Destreza +5, Vigor +4
Vitalidade: +12
Ataque: Mordida 7, garras 5, golpe com a cauda 7
dados.
Habilidades: Prontidão +4, Furtividade +4, Inti-
midação +5.
8. Espião das sombras
Demônios das sombras são um tipo especial de
demônio, são espiões ou assassinos silenciosos. Os
demônios das sombras que odeiam a luz e as criaturas
vivas. Os demônios somente podem sair à noite, pois
a luz do sol os mataria instantaneamente. Estes de-
mônios podem voar, manterem-se quase invisíveis
nas sombras, e ficar completamente silenciosos, até o
ataque. Um ataque surpresa dá a ele 2 dados a mais
em sua primeira rodada de combate.
Força +6, Destreza +8, Vigor +1
Vitalidade: +10
Ataque: Garras 5 dados
Habilidades: Prontidão +5, Furtividade +7, Inti-
midação +1, Armas Brancas +3.
9. Cão Destruidor
Este perigoso demônio tem a forma de um enorme
cão com três cabeças e duas caudas de serpente.
Força +9, Destreza +8, Vigor +10, Inteligência +7
Vitalidade: +14
Ataque: Mordida 7, garras 5, golpe com as caudas
7 paradamente para cada alvo atingido.
Habilidades: Prontidão +6, Intimidação +8, Furti-
vidade +7
10. Rei Demônio
Este demônio tem o corpo de um leão gigante, três
cabeças, asas de dragão e pele e calda de crocodilo
Força +13, Destreza +9, Vigor +12, Inteligência
+8
Vitalidade: +25
Ataque: Mordida 7, garras 5, asas 3, golpe com a
cauda 7.
Habilidades: Prontidão +8, Intimidação +12, Fur-
tividade +9.
Manoplas
Estas técnicas podem ser utilizadas com comba-
tentes que preferem não utilizar armas, mas podem
usar soqueiras que não influenciam a utilização des-
sas técnicas.
Redutor (Ext.): Além de causar dano normal, este
ataque reduz o Vigor do adversário a metade, durante
1d rodadas (+1 por nível do personagem).
Defensor (Sob): Durante uma rodada, esta mano-
bra protege o personagem e seus aliados (um aliado
por nível). Todos os ataques físicos realizados contra
o seu personagem e seus aliados causam apenas 10%
de dano normal (arredondado para cima).
Dreno de Energia: Além de causar dano normal,
a atacante absorve metade do PVs de dano causado.
Paralisia (Sob): Este ataque provoca +2d de dano
e exige da vítima um teste de Vontade (dificuldade 7)
três sucessos. Em caso de falha, a vítima fica atordo-
ada durante 1d rodadas.
Atacar Grupo (Ext.): O personagem pode atacar
1d alvos ao acaso, escolhidos aleatoriamente pelo
mestre (um mesmo alvo pode ser atingido várias ve-
zes). O jogador faz um único teste de ataque, que po-
de ou não atingir os oponentes. O dano é rodado se-
Execução (Sob): Esta manobra duplica o dano
normal e um acréscimo de 8d por um caminho esco-
lhido pelo jogador (no momento da utilização)
Extermínio (Sob): Este ataque causa dano triplo,
e +4d contra criaturas do tipo Aberração e Besta Má-
gica.

Dragão Espiritual
Este é um estrilo único de arte marcial que usa o desenvolvimento e doutrinação de combatentes possuidores
de potencial psíquico ofensivo. Seu treino exige esforços sobre-humanos por parte praticante, tanto física como
mentalmente. Força, Furtividade e fidelidade total são as principais características do Dragão Espiritual. O au-
mento das capacidades psíquicas leva os alunos deste estilo a níveis assustadores.
Templos: Poucos templos deste estilo são encontrados e os poucos que existem são isolados.
Espíritos
Nunca olhe nos olhos daqueles que você mata.
Eles o atormentarão para sempre.
Paul Sarone

O Caminho das almas e dos espíritos. E este ca-
minho que anima os Elementais, que manipula o lado
emocional de uma pessoa, que mexe com a paixão e o
ódio, e que se comunica com espíritos e fantasmas.
Um dos caminhos mais perigosos e difíceis de serem
controlados, mas sem dúvida nenhuma, um dos mais
poderosos.
Cada espírito possui sua própria personalidade,
suas ambições e seus motivos, bem como sua própria
e complexa história. Cabe ao Mestre decidir qualquer
atitude por parte dos espíritos, pois eles são quase
sempre imprevisíveis.
Um Combatente que converse com um espírito
contra a vontade deste, não é capaz de importuná-lo

158 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
novamente por 7 dias. Após este tempo, o Combaten-
te pode tentar localizar novamente este espírito e lhe
fazer novamente 3 perguntas. Outro Combatente dife-
rente pode fazer perguntas ao espírito antes deste
tempo.
Os espíritos podem estar em 4 categorias: dentro
de uma pessoa viva; fora de uma pessoa viva (neste
caso, ele será ligado a ela por um cordão prateado);
livre no mundo de Spiritum; ou pertencente a alguma
entidade (espírito escravo).
1. Visão Cadavérica
Este poder permite ao Combatente olhar nos olhos
de um cadáver e ver refletida a última coisa que o
morto presenciou. A visão aparece apenas nos olhos
do cadáver e ninguém poderá vê-la, exceto o Comba-
tente que estiver usando a visão cadavérica.
Sistema: Este poder exige um teste de Inteligência
+ Ocultismo (dificuldade 8 para criaturas original-
mente vivas e 10 para as originalmente não-vivas,
como zumbis) enquanto o Combatente olha nos olhos
do alvo. O número de sucessos no teste determina a
clareza da visão; uma falha critica mostra ao Comba-
tente uma visão de sua própria morte, que pode indu-
zir a uma loucura insuportável.
Número de Sucessos Duração
1 sucesso Um sentimento
básico sobre a morte
do alvo
2 sucessos Uma imagem clara
da morte do alvo e
dos segundos anterio-
res
3 sucessos Uma imagem, clara,
incluindo sons, dos
minutos anteriores à
morte
4 sucessos Uma imagem clara,
incluindo sons, da
meia-hora que acon-
teceu a morte do alvo
5 sucessos Conhecimento
sensorial completa da
hora que aconteceu a
morte do alvo
2. Visão Hermética
O Combatente pode ver o mundo espiritual, seja
contemplando-o profundamente ou percebendo a pre-
sença dos espíritos próximos como uma sobreposição
nebulosa no mundo material. Este poder não permite
que o Combatente contemple os reinos dos mortos ou
os reinos das fadas.
Sistema: Pelo menos um sucesso é necessário pa-
ra que o Combatente perceba a presença dos espíritos,
enquanto dois sucessos permitem que ele veja o
mundo espiritual. Com menos de quatro sucessos, o
Combatente sofre uma penalidade de +2 na dificulda-
de de todas as ações que realizar enquanto estiver
usando este poder, devido à distração causada pela
divisão de suas percepções. A Visão Hermética dura
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
pelo restante da cena ou até que o Combatente a desa-
tive.
3. Invocar Espíritos
O poder de Invocar o Espírito permite que um
Combatente convoque um fantasma de volta Mundo
Inferior, mas apenas pana conversar com ele. Para re-
alizar este feito, o Combatente deve atender as se-
guintes condições:
O Combatente deve saber o nome da aparição em
questão, apesar de uma imagem da aparição obtida
via Psicométrica também ser o suficiente.
Um objeto com o qual a aparição teve contato du-
rante a vida deve estar por perto. Se o objeto for algo
de grande importância para o fantasma, as chances de
sucesso da Invocação aumentam dramaticamente (-2
na dificuldade).
Alguns tipos de fantasma não podem ser convoca-
dos com este poder. Da mesma forma, muitos fan-
tasmas dos mortos não podem ser convocados, pois
foram destruídos, estão impossibilitados de retornar
ao plano dos mortais ou se perderam na tormenta
eterna do Mundo Inferior.
Sistema: Para usar Invocar o Espírito, o Comba-
tente deve fazer um teste de Inteligência + Ocultismo
(dificuldade 7, ou a Vontade do fantasma, se o Narra-
dor souber o Valor). O número de sucessos no teste
indica o quão acessível está o fantasma e por quanto
tempo ele permanecera nas proximidades do invoca-
dor. Os fantasmas convocados podem ser vistos e ou-
vidos pelo combatente que o convocou, e permane-
cem assim até que o tempo da invocação se esgote.
Os fantasmas que desejam ser invocados podem apa-
recer voluntariamente.
Para cada pergunta que o Combatente faz ao espí-
rito convocado, o Narrador deve rolar um dado para
cada sucesso obtido no teste da convocação. É neces-
sário pelo menos um sucesso nesse segundo teste (di-
ficuldade 6) para manter o fantasma por perto tempo
suficiente para responder à pergunta.
Se um Combatente obtiver uma falha critica na
convocação. Ele invocara um fantasma maligno (co-
nhecido como Espectro), que passara imediatamente
a atormentar quem o convocou.
4. Gíria Astral
As linguagens do mundo espiritual são infinita-
mente diversificadas e essencialmente incompreensí-
veis para mentes mortais (ou imortais). A Gíria Astral
não ensina ao Combatente as línguas dos espíritos,
mas permite que ele os entenda e replique durante
uma conversão — quando ativo, é um tradutor uni-
versal para o mundo espiritual. O uso incorreto deste
poder pode ser desastroso, particularmente quando o
Combatente estiver barganhando com um espírito
poderoso. O uso deste poder nem sempre é necessá-
rio; muitos espíritos falam as línguas humanas, mas
preferem fingir serem ignorantes ao lidar com Com-
batente.
Sistema: O número de sucessos determina a pre-
cisão da tradução.
Número de Sucessos Efeito
159
 Oito Luas
Vocabulário espiritual insignificante; somente Combatente astutos que emitem ordens mais com-
palavras e frases muito simples podem ser compreen- plexas do que as que seus espíritos servos estão dis-
didas. postos a realizar podem acabar ignorados ou zomba-
Frases simples são possíveis de se entender; dos; ou até pior, o espírito pode “concordar” em se-
“linguagem de comercio”. guir as ordens sem realmente o fazer, deixando o
Conversação fluente; suficiente para a maioria das Combatente em uma situação de embaraço potenci-
conversações. almente fatal.
Assuntos complexos, como a metafísica, podem ser 6. Assombração
discutidos. O poder Assombração liga um fantasma a um lu-
Até mesmo as expressões idiomáticas e formas de gar em particular ou, em casos extremos, a um objeto.
humor obscuras se tornam claras. A aparição não pode deixar a área a qual ela foi liga-
5. Voz de Autoridade da sem arriscar sua destruição. Uma assombração que
Este talvez seja o mais perigoso poder do arsenal tente deixar sua área precisa ser bem-sucedida num
de Spiritum, pois as consequências não caso de fra- teste de Vontade (dificuldade 10; dois sucessos são
casso podem ser muito desagradáveis. A Voz de Au- necessários) ou sofrer dois Níveis de dano; se a apari-
toridade permite que um Combatente emita ordens a ção não possuir mais Níveis de Vitalidade, ela será
um espírito, forçando-o a atender ao pedido, queira lançada ao mais profundo do Mundo Inferior para en-
ele ou não. frentar a destruição.
Sistema: O jogador realiza normalmente o teste; o Sistema: O jogador testa Vontade + Ocultismo
espírito alvo pode resistir com um teste de Vontade (dificuldade igual à Vontade do alvo, se ele resistir,
(dificuldade igual à Vontade + Ocultismo do Comba- casa contrário é 4). Cada sucesso liga a aparição ao
tente). O grau de sucesso obtido pelo Combatente de- lugar da escolha do Combatente durante uma noite;
termina a complexidade e rigor da ordem que ele po- com o gasto de um ponto de Vontade, a duração é de
de emitir. uma semana. O gasto de um ponto permanente de
Número de Sucessos Efeito Vontade estende essa duração por um ano
Falha Critica O espírito fica imune aos 7. Tormento
comandos do personagem pe- É através do uso deste poder que Combatente po-
lo restante do dia. Ele reage derosos convencem fantasmas aprisionados a se
da forma que o Narrador comportarem, ou então… Tormento permite que o
considerar apropriado Combatente golpeie uma aparição como se ele mes-
Falha O espírito não é afetado e fu- mo estivesse na terra dos mortos, infligindo danos na
turas tentativas de comandá- forma ectoplasmica da aparição. O combatente, con-
lo sofrem uma penalidade de tudo, permanece no mundo real, e, portanto, não pode
+1 (cumulativo) na dificul- ser atingindo pela aparição.
dade. Ele pode ignorar, insul- Sistema: O jogador testa Vigor + Empatia (difi-
tar ou até atacar o persona- culdade igual à Vontade da Aparição) e o Combaten-
gem, a critério do Narrador. te passam a ser capaz de “tocar” na aparição. Cada
1 sucesso O espírito poderá obedecer a sucesso inflige um nível de dano letal no fantasma.
uma ordem simples se não Se a aparição perder todos os seus níveis de Vitalida-
lhe for inconveniente. de, ela instantaneamente desaparece através de algo
2 sucessos O espírito atende um pedido que parece ser um portal para algum horrível reino de
relativamente avesso a fazê- pesadelos. Fantasmas “destruídos” não podem se
lo. aproximar do mundo real por um mês.
3 sucessos O espírito concorda em reali- 8. Dualidade
zar uma tarefa moderada Com este poder o Combatente finalmente pode in-
complexa que não viole sua teragir plenamente com o mundo espiritual. Enquanto
ética. estiver usando este poder, ele passa a existir em am-
4 sucessos O espírito consente em exe- bos os planos existenciais ao mesmo tempo. Ele é ca-
cutar uma tarefa árdua ou paz de pegar objetos no mundo físico e colocá-los no
complicada que não coloque espiritual e vice-versa. Os seres e as paisagens em
em risco imediato. ambos os reinos são igualmente sólidos para o perso-
5 sucessos O espírito aceita uma tarefa nagem e ele pode tomar parte de qualquer espécie de
extensa ou quase impossível interação que desejar. Contudo, esta situação também
ou até mesmo uma que signi- tem seus riscos. Um só passo errado e o Combatente
fique sua destruição. podem acabar aprisionado no mundo espiritual sem
Narradores astutos devem perceber que os espíri- nenhuma forma de voltar para casa. Vários Comba-
tos compelidos por este poder estão cientes de que es- tentes descuidados já morreram de fome, aprisiona-
tão sendo forçados a realizar tais ações e mais tarde dos no outro lado da barreira que separa os reinos fí-
podem muito bem buscar vingança contra os seus sico e espiritual.
mestres temporários.
160 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
 Oito Luas
Sistema: O número de sucessos determina por
quanto tempo o Combatente pode interagir com o
mundo espiritual.
Número de Sucessos Duração
1 sucesso Um turno.
2 sucessos Três turnos.
3 sucessos 10 turnos.
4 sucessos 10 minutos.
5 sucessos O resto da cena.
A Dualidade só pode ser usada enquanto o perso-
nagem estiver no mundo físico. Perceba que enquanto
Dualidade está ativa, o personagem passa a ser susce-
tível a ataques de ambos os reinos. Além disso, o jo-
gador precisa testar sua Inteligência + Ocultis-
mo (dificuldade 8) quando o poder é ativa-
do; menos de três sucessos indicam que
todos os demais testes realizados en-
quanto o personagem estiver sob os
efeitos deste poder sofrem um modi-
ficador de +2 na dificuldade, devi-
do à distração causada pela divi-
são das percepções do persona-
gem. Deve-se considerar que o
combatente ainda está no mun-
do físico para fins de física bá-
sico e bom senso – o seu pé es-
tá no chão do mundo físico,
não no chão do mundo espiri-
tual se um estacionamento
ocupar o mesmo espaço no
mundo físico.
Uma falha crítica no teste de
ativação deste poder arranca o
Combatente do mundo físico e o
aprisiona no mundo espiritual.
Como ele voltara ao mundo físi-
co, se é que isso é possível, ca-
be ao Narrador; esta é uma si-
tuação que pode se transformar
em uma nova aventura.
9. Temor do Vazio
Através do uso deste nível, o
Combatente pode provocar acessos de
medo naqueles que o ouvem quanto à con-
denação que os espera após a morte.
Sistema: O Combatente tenta desco-
brir o defeito trágico do alvo. Então de-
vera falar com o alvo, falando-lhe so-
bre a perdição inevitável. Se o Combatente fizer um
teste resistido de Inteligência + Intimidação contra a
Vontade +4 da vítima, ela entrara em Pânico; se o
Combatente obtiver três ou mais sucessos, a vítima
desmaia devido ao pânico.
Magias
Algumas magias podem ser realizadas por vários caminhos diferentes, existindo várias versões.
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
10. Maldição
O Combatente pode invocar seus poderes infernais
para amaldiçoar seus inimigos, frequentemente desfi-
gurando ou mutilando-os. O Combatente pode remo-
ver a maldição de acordo com sua vontade, caso as-
sim queira. Poucos o fazem.
Sistema: Testando Inteligência + Ocultismo con-
tra uma dificuldade igual à Vontade da vítima, o
Combatente pode lançar uma maldição sobre o alvo.
Um dos Atributos do alvo, escolhido pelo Combaten-
te, diminui a zero por um período determinado pelo
número de sucessos:
1 sucesso Uma noite
2 sucessos Uma semana
3 sucessos Um mês
4 sucessos Um ano
5 sucessos Permanente-
mente.
Lamina Curva
Ferramentas agrícolas de campo-
neses, a lamina curva uma arma terrí-
vel em mãos treinadas. Essas técnicas
podem ser usadas com: machado
grande, machado de batalha, foice
longa, Enrrykito dos saymos.
Roubo Místico (Ext.): Além de
causar dano normalmente, esse ataque
exige da vítima um teste de Vontade (di-
ficuldade 8) três sucessos. Se falhar a ví-
tima sofre a perda de 2d Pontos de Mana.
Maximizar Ataque (Ext.): Causa dano
extra, igual ao nível do personagem.
Ataque Atordoante (Sob): Além de
causar dano normal, esta técnica exige da
vítima um teste de Vontade (dificuldade 7)
três sucessos. Se falar, a vítima fica ator-
doada durante 1d rodadas.
Dreno de Energia: Além de causar
dano normal, o atacante absorve me-
tade dos PVs de dano causado.
Dreno Místico (Ext.): Esta
técnica substitui Roubo Místico,
mas com 4d de perda.
Atordoamento (Sob): Esta ma-
nobra substitui Ataque Atordoan-
te, mas é mais forte: a vítima faz
um teste de Vontade (dificul-
dade 7) seis sucessos. Se falhar
a vítima fica atordoada durante 5d rodadas.
Golpe Poderoso (Sob): Este ataque assustador
atinge um número de inimigos igual à metade de sua
Destreza, causando a todos +15d (+1 por nível de
personagem).
161
 Oito Luas

Magias de Nível Um
Acalmar/Enfurecer Animais Ativação: Gesticular
Exigencias: Espirito 2 Alcance: Padrão
Custo: Padrão A Alucinação é uma variante da magia Ilusão.
Duração: Sustentavel Com ela, o conjurador cria na mente do alvo a ima-
Ativação: Verbal gem falsa de alguma coisa na qual este acreditará.
Alcance: Padrão Além disso, apenas o alvo "enxergará" tal imagem, e
Permite que o conjurador acalme/enfureça um ninguém mais. Para desacreditá-la, basta um teste de
unico animal. Fazendo um teste de Manipulação + Vontade. Se o conjurador criar uma alucinação base-
Instinto Primitivo + Espirito (dificuldade 6) o animal ada em algo que nunca viu ou que pareça muito ab-
fica no controle do conjurador por 10 turnos por surda, o Mestre pode conceder bônus aos testes.
sucesso + 1 por ponto de Mana gasto posteriormente Assim como a magia Ilusão é possível aumentar a
a conjuração da magia. complexidade da Alucinação utilizando-se mais pon-
Acordar tos de Focus. Vejamos como isto funciona:
Exigências: Água 2, Luz 1, Telepatia. Focus 1: uma imagem do tamanho de um objeto
Custo: 1 Pontos de Mana. pequeno, que possa ser seguro com uma só mão, e
Duração: Instantânea imóvel.
Ativação: Verbal, Gesticular. Focus 2: uma imagem pequena (em movimento)
Alcance: Pessoal ou com até 1m de diâmetro (imóvel).
Serve para acordar aqueles que não podem ser Focus 3: imagem com até 1m de diâmetro (em
despertados por meios normais, como vitimas da movimento) ou do tamanho de um homem (imóvel).
magia Sono e Coma. Focus 4: do tamanho de um homem (em movi-
Arpão mento) ou um cavalo (imóvel).
Exigências: Terra 1, Trevas 2. Focus 5: um cavalo (em movimento) ou elefante
Custo: 3 Pontos de Mana. (imóvel).
Duração: Instantânea Focus 6: elefante em movimento ou dragão imó-
Ativação: Verbal, Gesticular. vel.
Alcance: Padrão cus 7: dragão em movimento ou exército imóvel.
Uma onda de choque na forma de arpão é lançada Focus 8: exército em movimento ou aldeia imó-
contra o alvo. O conjurador pode puxar o alvo se ele vel.
falhar em um teste de Força. Focus 9: aldeia em movimento ou montanha imó-
Alteração Vocal vel.
Exigências: Ar 1 Focus 10: uma montanha em movimento!
Custo: Padrão Apesar de suas limitações se comparada à magia
Duração: Sustentável Ilusão (na qual mais pessoas podem ser enganadas
Alcance: Padrão com uma mesma mágica, e não apenas um alvo), a
Ativação: Vocal Alucinação pode ser uma arma útil e terrível para um
Esta magia é muito simples, mas também muito conjurador habilidoso. Com ela, é possível causar
requisitada por impostores e profissionais na arte do grandes incômodos ao alvo, principalmente se este ti-
engodo e da trapaça. Ela permite a alteração das ca- ver uma mente abalada por traumas, vícios, proble-
racterísticas vocais do alvo, como o timbre, altura ou mas mentais ou qualquer drama pessoal.
mesmo dicção. Conjuradores ilusionistas ou trapacei- Arma Fiel
ros costumam utilizar esta magia para confundir as Exigências: Ar 3
pessoas, seja através de brincadeiras de mau gosto ou Custo: Padrão
artimanhas, ou o fazem para tornar suas ilusões ou Duração: Sustentável
disfarces mais autênticos. Ativação: Gesticular
Com ela, é possível imitar qualquer padrão vocal, Alcance: Apenas ao toque
por mais complexo que possa parecer. Até mesmo a Este encantamento permite que uma arma comum
voz aterradora e distorcida de um lich pode ser imita- (preferencialmente de arremesso) adquira a vantagem
da com a Alteração Vocal. Retornável. Desta forma, logo após um ataque, seja
Alucinação este bem-sucedido ou não, ou quando esta cair no
Exigências: Trevas 1ou Luz 1 ou Espíritos 1, Te- chão por algum motivo, a arma voltará para as mãos
lepatia. de seu dono no turno seguinte. conjuradoress de
Custo: Padrão combate, ou qualquer outro que combine as artes mís-
Duração: Sustentável

162 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas
ticas com habilidades de combate têm esta magia
como uma de suas mágicas iniciais.
Arma Poderosa
Exigências: Fogo ou Terra 3
Custo: 1 de Pontos de Mana pontos por rodada
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Este é considerado o encantamento de arma mais
forte dentre todos, pois com ele é possível embutir
em uma arma qualquer tocada pelo conjurador à van-
tagem Ataque Especial. Com os valores básicos, o
usuário pode realizar um Ataque Especial "padrão"
(+2 na Força ou +1d de dano em ataques corpo-a-
corpo ou à distância, dependendo da arma). Com va-
lores de Focus mais altos, o conjurador pode encantar
sua arma com ataques ainda mais perigosos. Abaixo
seguem os Focus necessários para incrementar os
Ataques Especiais de uma arma encantada com esta
magia.
Arma Veloz
Exigências: Ar 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Este feitiço trata-se de mais um encantamento para
armas. Com ele, uma arma comum adquire a vanta-
gem Veloz. Assim, o usuário ganha um bônus de +2
em seus testes de Iniciativa. Se o conjurador gastar o
dobro de pontos de Focus nesta magia (Ar 6), a arma
afetada terá uma velocidade incrível, e o seu usuário
poderá realizar dois ataques por rodada com ela. Com
armas leves e de fácil manuseio (facas, adagas...), o
efeito é ainda melhor. O conjurador poderá atacar
com uma destas armas três vezes em um mesmo tur-
no. A Arma Veloz costuma compor o repertório arca-
no dos conjuradores ligados ao combate, assim como
a anterior. Esta é também uma das magias iniciais dos
conjuradoress temporais, especialistas em manipular
o tempo-espaço.
Armamento Vegetal
Exigências: Terra 2
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular, Fetiche (planta)
Alcance: Padrão
Você cria armas à partir de plantas. Sendo essas
armas geradas por magia o seu dano é o mesmo da
arma metálica mas é considerado agravado. Mas essa
magia só pode ser usada em locais com vegetação ou
solo fértil, mas as armas podem ser transportadas para
locais estéreis e interior de construções, mas isso tira
a propriedade de causar dano agravado da arma.
Ataque Mágico Perseguidor
Exigências: Focus 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Esta é uma versão do Ataque Mágico, mas bem
mais irritante. Para cada ponto de Focus gasto na ma-
gia, o conjurador cria uma bolinha mágica do tama-
nho de uma laranja. Quando disparada contra um al-
vo, ele deverá fazer um teste de Destreza com redutor
de -1. Se falhar, sofrerá 1d3 pontos de dano. Se tiver
sucesso, não sofrerá dano. Caso o conjurador crie
mais de uma bolinha, ele pode escolher alvos diferen-
tes para cada uma. Ah! Então a magia é apenas isso?
Não. Mesmo que o alvo evite a ofensiva da bolinha,
ela continuará a persegui-lo até atingi-lo. Assim, a ví-
tima deverá fazer testes de Destreza em todas as ro-
dadas, um para cada bolinha que estiver em seu en-
calço, até descobrir uma forma de livrar-se delas – ou
ser pego por elas.
Aura Anti-Mágica
Exigências: Focus 3
Custo: Padrão
Duração: 1 hora
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
A Aura Anti-Mágica serve especificamente para
enfraquecer os efeitos mágicos conjurados por outra
pessoa. Caso o alvo falhe em um teste de Vontade,
ele será envolto por uma aura azulada e vivaz. Nestas
condições, as magias da vítima sofrerão uma penali-
dade de -1 em seus Focus. A cada três níveis adicio-
nais, os redutores aumentam em -1 ponto. Com Focus
9, por exemplo, um conjurador afetado pela Aura An-
ti-Mágica teria seus Focus penalizados em -3. Contu-
do, está magia tem outro efeito bem interessante. En-
quanto o personagem estiver envolto pela aura, todas
as magias que o atingirem sofrerão um redutor de 1d
em seus efeitos para cada três níveis de Focus empre-
gados na Aura Anti-Mágica. Incluem-se nestes efei-
tos a duração do feitiço, bônus ou penalidades que es-
te viria a conceder ao alvo (como aqueles aplicados
pelas magias Atrair o Sucesso ou Atrair o Fracasso),
os eventuais danos ou mesmo o valor de PVs cura-
dos. Além disso, para cada nível de Focus, o alvo da
Aura Anti-Mágica ganha um bônus de +1 em testes
de resistência contra magia. Exemplo: Um guerreiro é
alvo de uma Aura Anti-Mágica conjurada com Focus
9. Enquanto ela durar, todas as magias feitas nele te-
rão suas durações reduzidas em 3d6 rodadas. Mágicas
ofensivas sofrerão um redutor -3d em seus danos, e
mágicas de cura restaurarão 3d PVs a menos, entre
outras consequências determinadas pelo Mestre. Em
adição a estes efeitos, o guerreiro também recebe um
bônus de +3 em seus testes de resistência contra ma-
gia. Este feitiço compõe o repertório básico dos me-
tamágicos, arcanos peritos em lidar com a essência da
magia. A Aura Anti-Mágica é particularmente útil em
grupos mistos de personagens nos quais participam
não-usuários de magia. Os metamágicos aplicariam
este feitiço nos guerreiros do grupo, protegendo-os
contra efeitos mágicos disparados pelos inimigos.
Boca Mágica
Exigências: Ar 1, Luz 1.
Custo: 1 ponto
163
 Oito Luas
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Ela permite criar uma boca mágica em qualquer
lugar dentro dos alcances do feitiço – detalhe: esta
boca terá um formato largo e sorridente, assim como
a boca de um bufão ou palhaço. Enquanto o conjura-
dor estiver concentrado, a boca irá reproduzir fiel-
mente tudo o que este disser (inclusive efeitos vocais)
em um tom de voz mais alto. A voz emanada pela
Boca Mágica será sempre diferente da do conjurador.
Normalmente a boca mágica é conjurada em locais
estratégicos para não ser localizadas com facilidade –
atrás de árvores, construções, portas ou qualquer ou-
tro que o conjurador julgar conveniente. As palavras
proferidas por intermédio deste feitiço não servem
para ativar efeitos mágicos de qualquer espécie, nem
invocar outras magias "à distância" (o conjurador te-
ria de fazê-los pessoalmente).
O conjurador pode utilizar a Boca Mágica de Hil-
ligan mesmo se estiver longe do local de conjuração.
Basta ter sucesso em um teste de Vontade para se
concentrar e começar a dizer as palavras desejadas.
A Bolsa Espaço-Dimensional
Exigências: Focus 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma das primeiras mágicas temporais de-
senvolvidas na história das artes místicas de Elltar.
Seu autor foi o lendário Etherus, o pioneiro deste ra-
mo. Por esta magia, o conjurador pode criar uma bol-
sa a partir da manipulação do mana em conjunto com
uma pequena distorção espaço temporal. As dimen-
sões deste objeto mágico são de 1×1×1 m³ por nível
de Focus adicional (pode-se criar uma bolsa de
5×5×5 m³ com Focus 7). A bolsa espaço-dimensional
funciona como um objeto comum de sua espécie,
sendo incapaz de suportar uma carga superior às suas
capacidades. Uma grande vantagem desta bolsa em
relação às comuns é a resistência, pois ela só pode ser
danificada por meios mágicos (armas mágicas, magi-
as de dano, mágicas de cancelamento etc.). A bolsa
espaço-dimensional possui Focus × 1d6 pontos de vi-
da e, caso ela sofra algum dano sério, todos os obje-
tos nela contidos serão imediatamente expelidos.
Bola de Fogo
Exigências: Fogo 2, Ar 1.
Custo: 1 + Variavel
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Uma bola de fogo surge nas mãos do invocador,
causando 2d de dano + pontos de Mana gastos. É a
magia ofensiva mais popular.
Bomba de Terra
Exigências: Terra 3
Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
164 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Faz com que o chão explode e cause 6d de dano
através de uma onda de choque. Só pode ser usada
em solo natural
Calor Vigoroso
Exigências: Fogo 1, Ar 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com esta magia, a temperatura da área de efeito
será aumentada em 1d6ºC (Focus 1), 1d6+2 com Fo-
cus 2, 2d6 com Focus 3, 2d6+2 com Focus 4 e 3d6
com Focus 5, o valor máximo permitido pela magia.
Personagens submetidos a calor intenso (30º ou mais)
sofrem um desgaste mais acelerado. Eles precisam
fazer testes de Vigor ou Sobrevivência (no deserto) a
cada 30 minutos, senão todos os testes e perícias en-
volvendo estes atributos serão submetidos a um redu-
tor cumulativo de -1. Em temperaturas mais altas
(acima dos 40ºC), o Mestre pode aumentar os reduto-
res ou dificultar os testes. Caso eles fiquem por muito
tempo na área de efeito ou a temperatura for alta de-
mais, seu atributo Vigor é reduzido em um ponto por
hora. A exposição ao calor intenso também pode pro-
vocar danos na pele do indivíduo, geralmente 1d6 em
um dia inteiro de exposição a um calor forte (entre 30
e 40º), ou 1d6 a cada hora de exposição a temperatu-
ras acima dos 40º, mais 1d para cada 10ºC adicionais.
Personagens albinos sofrem dano dobrado, enquanto
personagens de pele negra sofrem metade do dano.
Canalizar Espirito
Exigências: Espíritos 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
O conjurador pode prender um Espirito em partes
de seu corpo. Dependendo de qual parte do corpo o
conjurador "investir" com o espirito, ele pode ganhar
uma variedade de poderes.
O Espirito se manifesta em determinada parte do
corpo do conjurador (conforme ele a orientar) na
forma de veios negros e sangue coagulado, os quais
afetam diretamente esta parte do corpo. Somente um
poder pode ser usado por vez. Os poderes obtidos por
um conjurador que usa este nível incluem:
Mãos: Os socos do conjurador infligem dano ma-
gico. O poder dura uma cena inteira.
Corpo: Todo o gasto de Pontos de Mana para
aumentar os Atributos Físicos é considerado dupla-
mente eficiente. Se ele gastar um ponto para aumen-
tar Força, este atributo aumenta em dois (pois é du-
plamente eficiente). O poder dura uma cena e não
vale para cura.
Garganta: O conjurador pode rugir. Os seres com
coragem inferior ao conjurador fogem imediatamen-
te, quem tem coragem igual ao conjurador pode resis-
tir com um teste de coragem (dificuldade 7 contra a
Vontade do conjurador), quem tiver coragem a cima
do conjurador faz o teste (dificuldade 5) para resistir
 Oito Luas
aos seus efeitos, ou ficarão aterrorizados (todas as su-
as Paradas de Dados são jogadas pela metade). Este
efeito dura uma cena.
Pés: Chutes agora infligem dano agravado. Tam-
bém dura uma cena. O conjurador pode machucar o
espírito da terra com seus passos. Eles reagirão com
uma onda de choque que afeta tudo numa área de
aproximadamente 30 metros. Aqueles que estiverem
dentro desta área (inclusive o conjurador) devem ro-
lar Destreza + Esportes para permanecerem de pé (di-
ficuldade 5 para o conjurador, para as vítimas que já
esperavam isto é 6, e 8 se foi uma surpresa). Os tre-
mores continuam se o conjurador continuar andando.
Alguns Laibon dizem que membros mais velhos da
linhagem usam variantes deste poder para criar efei-
tos aterrorizadores até para eles mesmos.
Canto da Sereia, O.
Exigências: Ar 1, Telepatia 2.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
De modo geral, magia não afeta a mente e as
emoções. Apenas pessoas que possuem habilidades
naturais para tocar a mente (ou seja, Telepatia) ou o
coração podem combinar esse poder com mágica,
criando efeitos de influência e controle da mente.
O Canto da Sereia é a mais simples magia de
dominação mental\emocional. Ela afeta apenas uma
criatura que esteja ao alcance visual, ou ao alcance da
voz (ou música). A vitima tem direito a um teste de
Vontade para negar o efeito: se falhar, enquanto durar
a magia, ela passa a aceitar quase tudo que o
conjurador diz como “sugestões bastante razoáveis”.
Há limites para a influência que o controlador tem
sobre a vítima. Ela nunca pode ser convencida a fazer
algo que acredite poder resultar em dano para si
mesma, ou pessoas com quem se importe; e nem nada
que vá contra seus Códigos de Honra, Devoção,
Protegido Indefeso, as obrigações e restrições de um
servo dos deuses – enfim, qualquer coisa que envolva
alguma grande crença ou objetivo. Caso a vítima
sofra qualquer ataque ou dano, a magia é
imediatamente cancelada.
Cegueira
Exigências: Luz ou Trevas 2
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Lançada diretamente contra os olhos de uma
criatura, esta magia pode ofuscar (com Luz) ou
obscurecer (com Trevas) sua visão. O conjurador não
precisa fazer nenhum teste para acertar, mas a vitima
tem direito a um teste de Resistência para ignorar o
efeito. Se falhar, ficará cega até que a magia seja
cancelada.
Uma criatura cega sofre um redutor de H-i para
fazer ataques corporais, e H-3 para ataques à
distância e esquivas (personagens com Audição
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Aguçada sofrem apenas H-2 para ataques à distância
e esquivas). Nenhum remédio ou método de curas
mundanos pode curar esta cegueira, e nem magias de
cura normais. As únicas magias capazes de devolver
a visão são Cancelamento de Magia, Cura Total, Cura
de Maldição, Desejo ou a própria Cegueira (usada
com o Caminho oposto: Luz para curar Trevas, ou
Trevas para curar Luz).
Criaturas dotadas de infravisão também serão
afetadas pela Cegueira. Infravisão, Ver o Invisível,
Visão Aguçada (todos da Vantagem Sentidos
Especiais) serão canceladas. Contudo, certas criaturas
que não dependem da visão —como morcegos,
toupeiras ou personagens com Radar — são imunes a
esta magia.
Chamar Espírito
Exigências: Espíritos 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Caso consiga sucessos em um teste de Carisma +
Ocultismo (dificuldade 7), e gaste um Ponto de Mana
Ativa, o vampiro pode chamar um espírito. Quanto
mais sucessos mais rápido o espírito chega.
Chuva Persistente de Karcus, A.
Exigências: Água 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta foi uma das primeiras magias aquáticas de-
senvolvidas pelos elementares Karcus. Contudo, este
feitiço teria surgido a partir de uma experiência frus-
trada. Conta-se que, ainda durante os seus tempos de
aprendiz, Karcus tinha a intenção de usar a magia pa-
ra invocar uma grande nuvem de chuva e fazer cair
um temporal. Infelizmente, tudo o que conseguiu foi
conjurar uma pequena nuvem, com 1 metro de diâme-
tro, mas que ficava exatamente em cima de sua cabe-
ça, despejando várias e várias gotículas de água inin-
terruptamente. E o pior, a nuvem acompanhava o
conjurador em qualquer lugar que este fosse. Foi ne-
cessária a intervenção de um professor para livrá-lo
do incômodo. A Chuva Persistente de Karcus faz exa-
tamente como o descrito acima. Ela cria uma pequena
nuvem acima da cabeça de um alvo qualquer que
despejará nele gotas de água de maneira intensa e
constante. Vítimas desta magia terão grandes dificul-
dades para se alimentar (a comida seria estragada
com a água), se vestir, manipular objetos sensíveis a
líquidos (como livros e pergaminhos) e andar por
ambientes gélidos (pois a água da chuva se congelaria
e poderia provocar dano na pessoa). O principal obje-
tivo desta magia é provocar irritação e constrangi-
mento em seus alvos, o que certamente acontecerá se
o infeliz não tiver sucesso em um teste de Destreza.
Se ele passar no teste, a nuvem de chuva ficará estáti-
ca em um ponto próximo ao do alvo.
165
 Oito Luas
Comunhão com o Espirito
Exigências: Espíritos 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com essa magia o conjurador pode comungar com
seu espírito, utilizando do juízo místico do espírito e
até manter um elo psíquico com ele, lhe permitindo
descobrir outros Espíritos por perto.
Sistema: O jogador deve gastar um Ponto de Ma-
na, depois o conjurador poderá sentir os efeitos místi-
cos de outros espíritos nas redondezas ( vampiros, Li-
cantropos, Fantasmas e Espíritos e humanos).
Conjurar Ratos
Exigências: Trevas 1, Espirito 1, Servo dos Deu-
ses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Ela permite conjurar dois ratos comuns ou um rato
gigante para cada nível de Focus empregado nela.
Os Ratos possuem os mesmos atributos dos ratos
comuns, mas sua aparência é repugnante. O corpo
destes animais é coberto por feridas e pústulas, além
de exalarem uma fetidez intensa. Ao deparar-se com
tais criaturas, o personagem precisa fazer um teste de
Vigor. Se falhar, começará a sentir náuseas e tontura.
Personagens nestas condições sofrem penalidades de
+1 em jogadas de ataque, defesa e em testes futuros
de Vigor por 1d6 rodadas. Os ratos conjurados são
imunes a todas as formas de venenos e doenças, além
de possuírem Resistência contra magias de Terra e
Trevas. Contudo, possuem também Vulnerabilidade
contra mágicas de Fogo e Luz, inclusive magias de
cura. Estes animais temem estes dois elementos e fu-
girão caso avistem alguma fonte próxima. Por conta
desta desvantagem, os servos precisam conjurar esta
magia à noite. Os ratos de têm 30% de chances de
transmitir a Pústula Negra através de sua mordida.
Esta terrível doença provoca erupções cutâneas, escu-
recimento da pele, dores fortes pelo corpo, vômitos,
sangue com pus e, nos últimos estágios da doença,
hemorragias e septicemia (infecção generalizada), fa-
tores suficientes para matar a vítima. O período de
incubação da doença é de 12 horas e requer seis dias
para atingir o estágio final.
A Pústula Negra causa a debilitação total do corpo
(todos os testes são considerados difíceis) e a perda
de 3 pontos de vida e de 1 ponto de Vigor por dia.
Em seus últimos três dias de vida o doente perde a
consciência, esperando a morte tomar-lhe a vida ou
ser curado de tal sofrimento. Os ratos de têm 40% de
chances de transmitir outras doenças, seja por sua
mordida, sejam através de suas secreções (urina, fe-
zes...) ou parasitas típicos (pulgas, piolhos...). As do-
enças mais comuns relacionadas aos ratos são a peste
bubônica, leptospirose, tifo e toxoplasmose, além de
várias outras. Como efeito geral, considere-se que es-
166 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
tas doenças levam aproximadamente 5 dias para se
desenvolverem, cujos efeitos são o enfraquecimento
gradual do corpo (todos os testes de atributos físicos e
perícias equivalentes são considerados difíceis) e a
perda de 2 pontos de vida por dia e de 1 ponto de Vi-
gor a cada dois dias.
A magia Cura de Maldição, Cancelamento de Ma-
gia anulam imediatamente os efeitos destas enfermi-
dades. Já a magia Cura Mágica apenas interrompe a
disseminação da doença no organismo do doente por
1d6 dias.
Controle de Animais de Sangue frio
Exigências: Espirito 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Permite ao conjurador controlar as ações de um
animal grande (qualquer tamanho) ou um coletivo cu-
jo peso total esteja por volta de 50 kg. A concentra-
ção é obrigatória.
Controle de Animais de Sangue Quante
Exigências: Espirito 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Permite ao conjurador controlar as ações de um
animal grande (qualquer tamanho) ou um coletivo cu-
jo peso total esteja por volta de 100 kg. A concentra-
ção é obrigatória.
Controle Vegetal
Exigências: Agua 1, Terra 2.
Custo: 2 de Mana
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
O personagem pode controlar as plantas ao redor
como se fosse parte de seu corpo. Pode esticá-las, re-
duzi-las, manipulá-las para pegar objetos e etc., mas
não atacar. Também faz as plantas crescerem mais
rápido e monstruosamente. Para ações simples não é
necessário teste. Em combate ou em situações tensas
realize o teste indicado.
Convocar Animais
Exigências: Espirito 1, Focus 1.
Custo: 1 Ponto de Mana por Criatura
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal
Alcance: Veja a baixo
Esta magia permite ao conjurador chamar uma
criatura de um tipo designado. A distância não faz di-
ferença para esta magia. Se for feita com sucesso, o
conjurador saberá a localização da criatura daquele
tipo mais próxima, e quanto tempo ela levara para
chegar. Ela se moverá em direção ao conjurador o
mais rápido que puder, até a magia terminar, ou ela
 Oito Luas
ver o conjurador. Ela ficará por perto, sem atacar, até
a magia terminar. A ligação se romperá, se esta cria-
tura for atacada pelo conjurador, ou alguém próximo
a ele.
Convocar Chuva
Exigências: Água 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com esta magia, o conjurador pode criar uma pe-
quena chuva em um cubo de 3×3×3 m3. Para cada
ponto de Focus utilizado em adição aos normalmente
requeridos, o volume é acrescido em 1×1×1 m3. Uma
chuva criada com Focus 12, por exemplo, afetaria
uma área de efeito com 12×12×12 m3 de volume. Se
o conjurador acrescentar pontos de Focus nos cami-
nhos do Ar e da Luz, a chuva mágica será acompa-
nhada de alguns relâmpagos. Estes se manifestarão
esporadicamente e cairão em pontos aleatórios da
área de efeito, exceto onde o conjurador estiver. O
dano provocado pelos relâmpagos aos infelizes aza-
rados é proporcional ao Focus. O conjurador também
pode acrescentar pontos de Focus no caminho do Ar
para criar uma chuva de granizos. Com Ar 1, os gra-
nizos são inofensivos, mas bastam para provocar al-
guns problemas – como, por exemplo, arruinar uma
plantação. Com Ar 2, entretanto, a cada cinco grani-
zos que acertem o personagem, ele sofrerá 1 ponto de
dano. Com Ar 5, os granizos assemelham-se a pedras
de tamanho médio, e cada um provoca 2d pontos de
dano no personagem. Acrescente 2 pontos de dano
nos granizos para cada ponto de Focus aplicado além
desta marca, e aumente o tamanho destes em 50%.
Convocar Ventania
Exigências: Ar 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é muito utilizada para fins defensivos,
principalmente na proteção de locais importantes.
conjuradoress com grandes poderes no caminho do
Ar podem criar fortíssimas paredes de vento capazes
de arrastar qualquer intruso a vários metros de distân-
cia (ou de altura). A ventania provocada por este fei-
tiço atinge um cubo 3×3×3 m3, dimensões estas que
podem ser aumentadas em 3×3×3 m3 a cada nível de
Focus adicional. A Força deste vento mágico é equi-
valente ao Focus usado (uma ventania conjurada com
Focus 5 terá Força 5, por exemplo). Se alguém dese-
jar andar em uma área encantada com Convocar Ven-
tania, deve fazer uma disputa de Força com os ventos
emanados por este feitiço. Se tiver sucesso, o perso-
nagem mover-se-á com 1/3 de sua movimentação
original. Se falhar, será arremessado a Força da ma-
gia × 3 m de distância, além de dano por queda. O
conjurador se quiser, pode modificar o percurso da
ventania, fazendo-a correr de baixo para cima (em
vez do percurso direita esquerda ou vice-versa). Nes-
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
te caso, se o personagem falhar na disputa de forças
com a magia voará a uma altura de Força da magia ×
3 m, sofrendo danos normais por queda (estes bem al-
tos, possivelmente).
Crescer
Exigências: Água 1, Luz 1, Terra 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável por uma hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia torna uma criatura maior e mais forte.
O aumento depende do Focus do conjurador em
Água, Luz e Terra: cada ponto de Focus aumenta em
50% o tamanho da criatura (mas não sua velocidade);
e concede um bônus temporário de +1 em Força,
Vigor do alvo. Roupas, armas e armaduras que
estejam com a criatura também são ampliadas.
O tamanho ampliado pode ser mantido durante até
uma hora. Esgotado esse prazo, o conjurador deve
renovar o efeito (o que exige um toque) e gastar
novamente a quantidade necessária de pontos de
Mana. Uma vez que ele não pôde recuperar os pontos
de Mana gastos anteriormente, é impossível manter
Aumentar por períodos muito longos.
Criaturas que recebam a magia contra a vontade
tem direito a um teste de Vontade para negar o efeito.
Cada nível de Focus ao realizar Aumentar pode
reverter um nível dos efeito de Encolher.
Criar Água
Exigências: Água 2
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria um litro de água potável com o gasto de 2
pontos de Mana. Cada 2 pontos de Mana extras
multiplica por dez o volume de água criada: 4 pontos
de Mana para dez litros, 6 pontos de Mana para cem
litros, 8 Pontos de Mana para mil litros e assim por
diante, até o Maximo de 15 Pontos de Mana para
encher um pequeno lago.
Criar Golen
Exigências: Terra 3
Custo: 8 Pontos de Mana por criatura
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria uma estatua animada, usando de pedra ou
rochas jogadas. A criatura tem Força 4, Destreza 2,
Vigor 5, obedecendo somente comandos simples
dados pelo invocador.
Cura Elementar
Exigências: Água 1, Servo dos Deuses.
Custo: 0
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta é a mais simples e limitada magia de cura co-
nhecida. A Cura Elementar é ensinada aos servos
ainda durante o seu período de formação, época na
167
 Oito Luas
qual não passavam de meros acólitos. Os médicos ar-
canos (conjuradoress especializados em utilizar ma-
gias para a cura de mazelas) também aprendem esta
magia logo nos primeiros estágios de seus estudos.
Com a Cura Elementar, o conjurador ou servo é ca-
paz de restaurar 1 PV de um alvo qualquer. Esta má-
gica pode ser utilizada cinco vezes por dia para cada
ponto de Focus em Água possuído pelo lançador. A
Cura Elementar não serve para curar doenças, como
pode ser feito com a Cura Mágica, justamente por se
tratar de uma mágica básica. Se utilizada em mortos-
vivos, esta magia causa 1 ponto de dano no alvo.
Cura para os Mortos
Exigências: Trevas 3
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta é uma rara mágica necromante própria para
restaurar Pontos de Vida em mortos-vivos, uma vez
que as mágicas de cura convencionais não funcionam
com eles. Para cada nível de seu Focus em Trevas,
você pode curar 1 d Pontos de Vida em um morto-
vivo. Esta magia pode ser usada apenas uma vez por
dia por nível de Focus em Trevas do personagem.
Normalmente esta mágica é usada por
necromantes, ou por mortos-vivos poderosos e
inteligentes o bastante para aprender esta magia.
Desmaio
Exigências: Luz 2 ou Trevas 2, Telepatia 2.
Custo: 1 ponto por criatura
Duração: Ver abaixo
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma das magias mais cobiçadas por
conjuradores telepatas. Eles podem usá-la para fazer
com que uma ou mais criaturas percam a consciência,
desmaiando – se falharem em um teste de Vontade.
Apesar de versátil, esta é uma magia relativamente
fraca. Ela dura um minuto para cada ponto de Focus
do conjurador no Caminho empregado (mas também
pode ser Cancelada). Uma criatura inconsciente
conserva os Pontos de Vida que tinha quando
desmaiou, e vai despertar automaticamente se sofrer
qualquer dano. Mortos-vivos, golen, Criaturas
Mágicas e quaisquer outras que não estejam vivas são
munes a esta magia. Criaturas com Vontade 3 ou
mais também não podem ser afetadas.
Desvio de Disparos
Exigências: Ar 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Enquanto mantém esta magia ativa, o usuário
torna-se extremamente difícil de atingir com armas de
longo alcance. Uma camada de ar à volta de seu
corpo desvia flechas, facas e outras armas
arremessadas ou disparadas.
168 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Quaisquer ataques com Magias feitos contra o
conjurador terão seu dano reduzido em 2d – sem
contar a própria jogada de Vigor do conjurador. Essa
magia permite atravessar uma chuva de flechas
tranqüilamente. Desvio de Disparos não tem efeito
contra magia ou ataques mágicos (incluindo Arma
Especial).
Detecção de Magia*
Exigências: Focus 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma magia básica, muito simples para
qualquer pessoa com um poder mágico mínimo. Ela
permite ao praticante ver um brilho luminoso suave
emitido por qualquer objeto, criatura ou lugar que
esteja sob efeito de magia. Normalmente não
funciona contra criaturas ou seres mágicos (mortos-
vivos, conjuradores, dragões...), mas funcionará em
qualquer criatura que esteja, no momento, sob efeito
de uma magia – como uma pessoa dominada
mentalmente, um conjurador protegido por um
escudo invisível, ou uma criatura sob efeito de uma
magia de Invisibilidade (mas não criaturas que
tenham invisibilidade como uma habilidade natural).
Ilusões mágicas também podem ser detectadas por
esse método.
De uma Substância a Outra
Exigências: Ver abaixo
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Alcance: Apenas ao toque
Ativação: Verbal, Gesticular.
Esta magia, na verdade, trata-se de um grande
grupo de magias diferentes com características em
comum. Ela permite transformar um tipo qualquer de
material ou substância em outro bem distinto. Com
Focus 1, o conjurador poderia fazer estas modifica-
ções em um objeto do tamanho de um palmo (um pu-
nhado de moedas, um copo, uma pedra...). Com Fo-
cus 5, ele poderia tentá-lo em um corpo de tamanho
humano. Como regra geral, toda criatura viva que for
alvo de alguma destas magias tem direito a um teste
de Vontade para negar seus respectivos efeitos. Como
o conjurador precisa tocar seu alvo, deve ser bem-
sucedido em um teste de Destreza para consegui-lo.
Abaixo seguem algumas das formas mais conhe-
cidas desta magia, além dos caminhos necessários pa-
ra executá-las:
Água/Ácido ou Pó: Água, Terra e Trevas.
Água/Veneno: Água e Trevas.
Carne/Pedra: Água e Terra.
Carne/Cinzas: Fogo, Água e Trevas.
Madeira/Cinzas: Fogo, Água, Trevas e Terra.
Metal/Borracha: Água e Terra.
Metal/Madeira: Água e Terra ou Terra.
Metal/Vidro: Terra.
Osso/Metal: Terra, Espirito.
Osso/Vidro: Terra, Espirito.
 Oito Luas
Pedra/Lama: Água e Terra
Pedra/Magma: Fogo e Terra
Pedra/Pó: Terra e Trevas
Sangue/Veneno: Água e Trevas
Muitas outras variantes desta magia podem ser de-
senvolvidas. O processo de criação deve ser supervi-
sionado pelo Mestre.
Dominar Animais
Exigências: Espirito 2.
Custo: 1 Ponto de Mana por criatura.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Visual
Alcance: Padrão.
Esta permite ao conjurador manter o animal imó-
vel e quieto, enquanto o conjurador mantiver o conta-
to visual.
Embutir Magia
Exigências: Focus 1
Custo: Padrão
Duração: 1 hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Embutir Magia é um feitiço básico para encanta-
dores, alquimistas, escribas e artífices, pois ele é es-
sencial para a confecção de itens mágicos. Com ela, o
conjurador pode encantar um objeto qualquer com al-
gum outro tipo de magia. Qualquer mágica pode ser
embutida em um objeto, desde que o conjurador siga
alguns requisitos. O conjurador deve empregar um
nível de pontos de Focus igual ao valor necessário pa-
ra realizar a mágica pretendida – caso esta requeira
outros valores de Focus, considera-se o maior núme-
ro.
Exemplo: Suponhamos que um artífice deseje co-
locar em um cajado a magia Monstros do Pântano. O
conjurador precisaria de 4 pontos de Focus para fazê-
lo (as estatísticas do feitiço são: Água 3, Trevas 4,
Demônios 4).
Além disto, o conjurador pode determinar como a
magia será ativada por meio do objeto. Ele irá definir
se a execução do feitiço ocorrerá após a recitação de
certa frase ou palavra, a execução de um gesto espe-
cífico etc. Qualquer pessoa que conheça tais meca-
nismos de ativação pode utilizar o item encantado
sem grandes problemas. Tomando o exemplo acima,
para que alguém consiga invocar a magia Monstros
do Pântano contida no cajado, o portador do item de-
ve apontá-lo para os céus e proferir a seguinte frase:
"Emerjam-se das profundezas, monstros do pântano,
e vão de encontro às vis criaturas que ousaram profa-
nar o seu local de repouso" (puxa vida, que frase es-
túpida...).
A magia ficará embutida no objeto por uma hora,
ou até que ela seja utilizada por alguém durante este
período. Após isto, ela se perderá e o item voltará ao
seu estado original. Para que estes efeitos perdurem, é
necessário o uso da mágica Permanência em conjunto
com Embutir Magia. Para se criar itens mágicos com
"cargas", o conjurador deve multiplicar o valor de
Focus em Embutir Magia de acordo com o número de
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
cargas de uma magia qualquer que ele pretende colo-
car em um objeto. Exemplo: Se eu desejar criar um
cajado mágico com três cargas da magia Monstros do
Pântano, precisarei conjurar Embutir Magia com Fo-
cus 12 para fazê-lo (o nível de Focus necessário para
se colocar uma carga desta magia é 4, conforme visto
o exemplo acima). As cargas mágicas devem ser uti-
lizadas em 1 hora ou serão perdidas após este tempo.
Um objeto sob o efeito de Embutir Magia não po-
de sê-lo novamente durante 1 hora e Objetos encan-
tados permanentemente com esta magia (graças à
Permanência), objetos mágicos de qualquer origem e
artefatos não podem ser afetados por Embutir Magia.
Encolher
Exigências: Água 1, Terra 1, Trevas 1.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Exatamente oposta a Crescer, esta magia torna
uma criatura menor e mais fraca. A redução depende
do Focus em Água, Terra e Trevas: cada ponto de
Focus reduz em 50% o tamanho e velocidade da
criatura, e concede uma penalidade temporária de -1
em Força, Vigor. Roupas, armas e armaduras que
estejam com a criatura também são reduzidas.
Ao contrário de Aumentar, a magia Encolher é
permanente. Ela pode ser Cancelada ou então
revertida com Aumentar (cada nível de Focus ao
realizar Aumentar pode reverter um nível dos efeitos
de Encolher). O oposto também é possível.
Criaturas que recebam a magia contra a vontade
tem direito a um teste de Vontade para negar o efeito.
Esconjuro de Criaturas
Exigências: Focus 1, Espirito ou Espíritos 1.
Custo: 1 ponto por criatura
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: 10 m por nível de Focus
Esta magia também é uma importante "carta na
manga" dos conjuradoress invocadores se alguma de
suas mágicas de invocação de criaturas falhar. Com
ela, é possível banir esta criatura de volta ao seu local
de origem. O funcionamento de Esconjuro de Criatu-
ras é praticamente o mesmo do feitiço Esconjuro de
Mortos-Vivos. Todas as criaturas mágicas ou conju-
radas magicamente que estiverem dentro do alcance
de visão do conjurador devem fazer um teste de Von-
tade. Se falharem, serão imediatamente tele transpor-
tados ao seu local de origem sem sofrer quaisquer da-
nos. Para cada ponto de Focus investido adicional-
mente à magia, impõe à criatura uma penalidade de
+1 aos testes. Por exemplo, um cachorro conjurado
magicamente com Vontade 2 tem penalidade de +2
em seu teste se o Esconjuro de Criaturas foi realizado
com Focus 3. Caso a diferença entre a Vontade e os
Focus da magia seja igual ou maior a 4, o alvo não
tem direito a teste algum – a magia funciona automa-
ticamente e a criatura é banida para o lugar de onde
veio. Entretanto, se a Vontade da criatura for superior
169
 Oito Luas
ao valor do Focus da magia (ou sua Vontade for três
vezes maior), ela estará imune aos efeitos deste feiti-
ço. Algumas entidades mágicas poderosas também
não podem ser esconjuradas.
Escudo Místico
Exigências: Espíritos 6
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia cerca o invocador com uma espécie de
escudo que o protege contra qualquer magia. Embora
seja poderosa, ainda deixa o invocador vulnerável a
ataques não mágicos, como uma adaga, por exemplo.
Escudo Sagrado
Exigências: Luz 6
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria um escudo mágico em volta do conjurador,
protegendo-o contra qualquer ataque de magia das
Travas e Espíritos.
Esfera do Vácuo
Exigências: Ar 3
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
A magia consiste em criar uma pequena esfera ao
redor do conjurador, onde luz e/ou ar entram com di-
ficuldades (de acordo com a escolha do conjurador);
a esfera é invisível e só o conjurador pode vê-la. Para
que os passos ou palavras do conjurador sejam escu-
tados, é necessário um teste de Conhecimento difícil,
da mesma forma para enxergar o conjurador (caso ele
esteja em um ambiente com claridade, o teste é nor-
mal; em um ambiente escuro é quase impossível per-
ceber o conjurador).
Esferas Explosivas
Exigências: Fogo 3
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria varias pequenas bolas de luz que explodem
com o contato. Cada uma delas causa dano
equivalente a um murro, Força +1 de dano, tornado-a
bastante útil quando se quer capturar um alvo vivo.
Também pode ser usada para assustar os inimigos, ou
para reduzir sua visão com a fumaça resultante das
explosões.
Esfriar
Exigências: Água 4, Ar 2.
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
170 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Baixa a temperatura da área de efeito, congelando
os seres vivos que estejam nela e falhem em um teste
de Vigor (dificuldade 8).
Espada dos Justos, A.
Exigências: Luz 5, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia é vista pelos devotos de Muntus como
uma prova de devoção e de mérito, pois apenas os
servos mais dedicados de uma divindade costumam
possuí-la. Com ela, o servo faz uma prece ao deus da
justiça para que este conceda uma espada de duas
mãos feita de pura energia mágica. A Espada dos Jus-
tos tem um visual impressionante, uma espada de la-
mina larga de lamina azul celeste. O dano provocado
por deste fabuloso item é igual ao dobro de uma es-
pada de lamina larga comum.
Além disto, a Espada dos Justos é também consi-
derada como uma arma sagrada, capaz de conferir ao
usuário Força +1 de dano ao lutar contra criaturas das
Trevas e Vigor +1 para defender-se contra ataques
destas criaturas. Entretanto, a arma também possui
uma consciência inteligente, e jamais deixará de
cumprir as Obrigações e Restrições impostas por
Muntus. Se por acaso o servo contrariar os desígnios
de seu deus ao utilizar a Espada dos Justos, mesmo
que não tenha consciência disso, a arma desaparecerá
imediatamente. Isto também indicaria uma falta grave
cometida pelo servo contra sua divindade, e ele deve
sofrer as punições cabíveis.
Estrelas Negras de Danever
Exigências: Trevas 3, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia especial permite ao servo criar três
discos cortantes com 10 cm de diâmetro, cujo forma-
to é semelhante ao de um estrela. Para utilizar os
itens, o servo precisa ter sucesso em um teste da perí-
cia Arremesso com bônus de +1. Se tiver sucesso, a
vítima sofre Força +1 pontos de dano mágico. Caso
ela seja alguma criatura ligada aos elementos Fogo
e/ou Luz, o dano sofrido será dobrado. Após o uso, as
estrelas desaparecerão imediatamente. O servo pode
criar uma estrela adicional para cada ponto de Focus
que empregar a mais nesta magia, até um máximo de
seis estrelas (Focus 6). Não é possível exceder este
limite.
Esconjuro de Mortos-Vivos
Exigências: Argua 1, Ar 1, Luz 1, Servo dos
Deuses.
Custo: 1 por morto-vivo
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Até 10m por ponto de Focus
A maioria dos servos tem poder para expulsar
esqueletos, zumbis, múmias e outros mortos-vivos
 Oito Luas
com esta magia. Quando o servo começa a entoar
suas preces, quaisquer mortos-vivos em seu campo de
visão devem fazer um teste de Vontade: falhar
significa que a criatura tenta fugir, e nunca mais volta
a incomodar aquele servo. A magia não vai funcionar
caso o servo não consiga enxergá-los, e vice-versa.
Quanto mais alto o Focus do servo, mais chances ele
tem de ser bem sucedido. Caso a Vontade do morto-
vivo seja menor que o Focus do servo, essa diferença
será aplicada como redutor no teste de Vontade. Um
esqueleto com Vontade 1, ao resistir a um servo com
Focus 3, deve fazer um teste de Vontade com uma
penalidade de +2 (3-1). Caso essa diferença seja de 4
ou mais, o morto-vivo não tem direito a nenhum teste
– o esconjuro é automaticamente bem sucedido.
Qualquer morto-vivo cuja Vontade seja maior que o
Focus do servo é imune a esta magia. Por exemplo, é
inútil para um servo com Focus 4 tentar Esconjurar
um vampiro com Vontade 5; ele não precisa fazer o
teste de Vontade. Existem também certos mortos-
vivos poderosos (como os Servos das Trevas) que
nunca podem ser esconjurados.
Explosão
Exigências: Focus 3
Custo: 1 Pontos de Mana por cada 2d de dano
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A partir de Focus 3, um conjurador pode fazer
ataques mais devastadores com qualquer dos
Caminhos. E semelhante ao Ataque Mágico, com a
diferença de que explode no ponto de impacto em
uma grande bola de fogo, explosão d’água, globo de
luz, estilhaços de rochas, estrondo sônico, impacto de
trevas, crânio fantasmagórico – dependendo do
Caminho utilizado.
Para cada Ponto na magia (no mínimo 3 Pontos de
Mana), a explosão causa dano de 2d no ponto de
impacto. O dano se reduz em 1d para cada 10m de
distância do ponto de impacto.
O conjurador deve fazer um teste de Destreza +
Foco para tentar atingir um alvo de forma certeira (o
dano é maior no ponto de impacto). Se falhar, ou se o
alvo conseguir uma esquiva, mesmo assim ele será
apanhado pela explosão – mas sofrerá menos 2d de
dano. As vantagens desta magia é que não é possível
se esquivar completamente da explosão, e ela pode
apanhar muitos alvos ao mesmo tempo.
Ferrões Venenosos
Exigências: Água 1, Trevas 2.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Instantânea
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Com esta magia o usuário dispara pelos dedos
uma pequena chuva de dardos, parecidos com
espinhos de cacto. O conjurador não precisa fazer
nenhum teste para acertar, mas a vítima tem direito a
dois testes – um de Vigor, para tentar evitar que os
espinhos entrem na pele; e outro de Vigor -1, para
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
negar o efeito. Se falhar em ambos, a vítima será
envenenada. Uma vitima envenenada sofre um
redutor temporário de -1 em todas as suas
Características e começa a perder 1 PV por rodada até
a morte, ou até ser curada. O veneno pode ser detido
com um teste bem sucedido de Medicina ou qualquer
magia de cura (mas usada deste modo à magia não
restaura PVs; apenas impede que o veneno continue
agindo).
Florescimento Majestoso de Likky
Exigências: Água 1, Terra 1, Terra 1.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada ou 1d6 ×
Focus dias
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia tem propriedades semelhantes à Fruti-
ficação Acelerada de Likky, mas funciona apenas
com flores. Com ela, o tempo de desenvolvimento
dos das flores é ampliado em 50%. Para cada ponto
de Focus empregado na magia, este tempo é dobrado
(Focus 2), triplicado (Focus 3), quadruplicado (Focus
4) ou quintuplicado (Focus 5). Não é possível empre-
gar Focus acima de 5 nesta magia. As flores nascidas
com o auxílio desta magia exalam um perfume mais
intenso e apresentam tons mais vivos em sua colora-
ção. São maiores, mais resistentes e mais duráveis do
que as flores nascidas por meios comuns. No entanto,
as plantas dentro da área de efeito envelhecem mais
rapidamente, de acordo com o poder utilizado pelo
clérigo na conjuração da magia, da mesma maneira
que a Frutificação Acelerada de Likky. Por conta dis-
to, os sacerdotes de Likky devem utilizá-la apenas em
situações emergenciais e com todo cuidado, para evi-
tar a morte prematura das plantas. Esta magia tam-
bém serve para cobrir a área alvo com flores de todos
os tipos conhecidos pelo servo. Estas flores serão
mais aromáticas, resistentes e saudáveis do que as
flores normais. A duração da mágica, se utilizada
desta forma, é de 1d6 × Focus dias. O período máxi-
mo de sobrevivência destas flores é de um mês.
Frutificação Acelerada de Likky
Exigências: Água 1, Terra 1, Terra 1.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é utilizada pelos servos das estações
do ano quando o crescimento dos frutos nas lavouras
é prejudicado por fatores climáticos ou termais. Com
ela, o tempo de desenvolvimento dos frutos é amplia-
do em 50%. Para cada ponto de Focus empregado na
magia, este tempo é dobrado (Focus 2), triplicado
(Focus 3), quadruplicado (Focus 4) ou quintuplicado
(Focus 5). Não é possível empregar Focus acima de 5
nesta magia.
Os frutos nascidos com o auxílio desta mágica se-
rão saudáveis e com a melhor aparência e sabor pos-
síveis. Eles também se mostram mais resistentes a
pragas, a variações bruscas de temperatura e à deteri-
171
 Oito Luas
oração causada por fatores naturais. Contudo, está
magia possui um efeito colateral sério: todas as plan-
tas afetadas envelhecem mais rapidamente, de acordo
com o poder utilizado pelo servo na conjuração da
magia. Por exemplo, se ele utilizou Focus 3 na Fruti-
ficação Acelerada de Belandaba, as plantas afetadas
irão envelhecer três vezes mais rápido. Sacerdotes de
Sefiya precisam ser muito cuidadosos ao utilizar a
Frutificação Acelerada de Belandaba, pois ao menor
descuido podem-se provocar grandes danos à agricul-
tura ou à flora local. Muitas plantas têm um curto pe-
ríodo de vida (cerca de um ano ou um pouco mais) e
esta magia pode matá-las em segundos se usada de
forma imprudente.
Grama Demoníaca
Exigências: Terra 2, Corpo 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
O conjurador invoca uma grama das trevas que
prende o adversário. Enquanto a grama demoníaca
estiver ativa, o deslocamento do inimigo é reduzido à
metade. Ele pode ignorar essa penalidade caso come-
ce a voar. O alvo realiza um teste de Força + Briga
com penalidade equivalente ao nível desse do perso-
nagem em Plantas para escapar do enredamento das
plantas.
Grito da Fera, O
Exigências: Ar 1, Trevas 1, Espirito 1.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal
Alcance: Focus × 2m de diâmetro
Esta magia simula com perfeição um dos Poderes
Concedidos dos servos de Warguy, a deusa da força e
da coragem. Através dela, o conjurador pode emitir a
voz de um tipo de animal em alta intensidade, sob a
forma de um grito. Com os valores mínimos (ver es-
tatísticas acima), é possível imitar a voz de um gato,
cachorro ou animal equivalente. Todos os animais
menores do que o animal em questão fugirá instanta-
neamente ou tentarão se esconder, caso estejam na
área de efeito. Com valores mais altos de Focus, o
conjurador é capaz de reproduzir a voz de outros
animais maiores e mais perigosos:
Focus 1: gato, cachorro, animais pequenos em ge-
ral.
Focus 2: raposa, lince, jaguatirica.
Focus 3: lobo, coiote, cavalo selvagem.
Focus 4: javali, leopardo, aves de rapina (águias,
abutres...).
Focus 5: leão, tigre.
Focus 6: urso, grandes bovinos (bisão).
Focus 7: crocodilo ou pequenos sauróides
Focus 8: elefante ou sauróides intermediários
Focus 9: grandes sauróides
Focus 10: sauróides colossais
Em seres humanos, dependendo da intensidade do
feitiço, basta um teste bem-sucedido de Vontade para
172 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
o indivíduo não sentir medo e fugir. Quanto maior o
Focus, maiores serão os redutores para os testes. A
recíproca também é válida, caso o grito seja de um
animal menor. É possível simular as vozes de "mons-
tros naturais" com este feitiço, se o Mestre permitir.
Por exemplo, para imitar a voz de um grifo, o conju-
rador precisaria conjurar esta magia com Focus 8.
Identificação de Magia
Exigências: Focus 3
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Para um grupo de aventureiros, tão importante
quanto saber se um item encontrado durante as cam-
panhas possui propriedades mágicas é descobrir quais
são elas. A Identificação de Magia foi desenvolvida
justamente para realizar deste propósito.
Com o valor mínimo de Focus, o conjurador pode
identificar com precisão quais os valores de Focus
utilizados na confecção de um item mágico. Por
exemplo, se o arcano tentar descobrir os Focus em-
pregados em uma espada encantada com Arma Vam-
pírica ele saberá que está magia foi conjurada com
Trevas 3 e Espíritos 3.
Quanto maior o Focus usado em Identificação de
Magia, mais detalhada se torna à descrição do item
obtida a partir deste feitiço. Com Focus 6, por exem-
plo, o conjurador é capaz de identificar precisamente
uma função do item alvo, ou o nome exato de uma
magia empregada nele. Retomando o exemplo acima,
o conjurador conseguiria descobrir que a espada foi
encantada com Arma Vampírica se utilizar a Identifi-
cação de Magia com Focus 6. Já com Focus 9, é pos-
sível saber por quantas vezes uma habilidade do item
pode ser ativada, ou quantas cargas ele possui. É im-
portante lembrar que muitos itens mágicos são encan-
tados com feitiços que impedem ou dificultam sua
identificação por meios místicos, como o Manto da
Obscuridade. Neste caso, o conjurador será obrigado
a realizar testes de Vontade se ele quiser obter algu-
ma informação sobre o item alvo. Uma falha crítica
neste teste resultará em uma informação errada.
Ilusão
Exigências: Luz 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
O Caminho da Luz é o caminho da ilusão. Ele
permite ao conjurador criar imagens falsas, baseadas
em coisas que o conjurador conhece bem – se um
conjurador tenta projetar uma imagem de algo que
nunca viu, qualquer pessoa ou criatura tem direito a
um teste de Vontade para evitar ser enganada. O
mesmo vale para imagens que pareçam absurdas ou
fora de lugar (um peixe de duas pernas, um pássaro
voando dentro d’água, um orc usando armadura
completa...). O Mestre pode aplicar modificadores ao
teste. Imagens criadas através desta magia não têm
 Oito Luas
cheiro, não emitem qualquer som e não podem causar
qualquer dano. Elas não têm nenhuma solidez:
qualquer objeto material pode atravessar uma ilusão.
É possível criar ilusões pequenas e simples com
Focus 1. Mas, quanto maior o Focus, maiores e mais
sofisticadas elas se tornam:
Luz 1: uma imagem do tamanho de um objeto
pequeno, que possa ser seguro com uma só mão, e
imóvel.
Luz 2: uma imagem pequena (e em movimento)
ou com até 1 m de diâmetro (imóvel).
Luz 3: imagem com até 1 m de diâmetro (em
movimento) ou do tamanho de um homem (imóvel).
Luz 4: do tamanho de um homem (em
movimento) ou um cavalo (imóvel).
Luz 5: um cavalo (em movimento) ou elefante
(imóvel).
Luz 6: elefante em movimento ou dragão imóvel.
Luz 7: dragão em movimento ou exército imóvel.
Luz 8: exército em movimento ou aldeia imóvel.
Luz 9: aldeia em movimento ou montanha
imóvel.
Luz 10: uma montanha em movimento!
Ilusão-Bomba
Exigências: Fogo 1, Terra 1, Luz 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Esta variante da magia Ilusão é de origem recente.
Ela foi desenvolvida por ilusionistas interessados em
criar magias úteis em combates, embora conjuradores
com um senso negro de humor também a apreciem
muito. Com a Ilusão-Bomba é possível criar imagens
sólidas. Contudo, caso elas sejam atingidas por qual-
quer impacto (seja por meio de armas, magias etc.),
explodirão imediatamente, causando a todos os que
estiverem próximos 2d pontos de dano para cada dois
níveis de Focus utilizados, até um máximo de 10d. O
conjurador, se desejar, pode empregar Focus no ca-
minho do Ar para que as cópias ilusórias emitam sons
e odores. Estes acréscimos, entretanto, não são obri-
gatórios para o uso da magia.
Lança Infalível, A.
Exigências: Fogo 1, Luz 1.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta mágica simples permite criar uma lança
luminosa que surge ao lado do conjurador e é
imediatamente disparada, explodindo ao atingir o
objetivo. Essa lança sempre acerta o alvo (não é
necessário nenhum teste), causa 2 pontos de dano e
ignora totalmente o Vigor do alvo. Se quiser, um
conjurador com Focus mais elevados pode criar
lanças extras. Com Focus 2 em Luz e Fogo podem-se
criar duas lanças; com Focus 3, três lanças, e assim
por diante – até um máximo de 5 lanças. As lanças
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
podem ser dirigidas contra alvos diferentes. Cada
lança extra, aumenta o custo da magia em 1 PVA.
Leitura de Lábios
Exigências: Ar ou Luz 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Esta é uma magia muito simples, mas que pode
ser preciosa. Ela permite ouvir perfeitamente as
palavras de qualquer criatura que esteja em seu
campo de visão. Além de sua utilidade óbvia em
espionagem, Leitura de Lábios será bem útil para o
conjurador que deseja conhecer as magias de seus
inimigos – pois permite ouvir com perfeição as
palavras mágicas que eles murmuram, e mais tarde
utilizá-las.
Magia Aleatória
Exigências: Focus 1
Custo: 1 ponto
Duração: Especial
Ativação: Verbal
Alcance: Especial
Este feitiço também foi utilizado pela primeira vez
pelos já citados conjuradoress probabilistas. Ele per-
mite ao conjurador lançar uma magia qualquer –
mesmo que ele não a conheça – com o mesmo nível
de Focus empregado em Magia Aleatória. O conjura-
dor, por exemplo, pode invocar qualquer magia com
Focus 3 aleatoriamente caso empregue 3 pontos de
Focus em Magia Aleatória.
Feitiços invocados desta forma não poderão ser
modificados pelo conjurador – por exemplo, ele não
poderá dividir um Ataque Mágico em vários alvos di-
ferentes, nem controlar a direção de uma Bola de Fo-
go de Questor. Os alvos de magias invocadas aleato-
riamente também serão escolhidos ao acaso – inclusi-
ve o próprio conjurador pode ser vítima da magia
conjurada por ele mesmo. Não é possível conjurar
mágicas permanentes desta forma e as magias susten-
táveis vão durar, no máximo, até 3d6 rodadas.
Manipulação de Resultados
Exigências: Ar 2, Telepatia.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Esta é uma magia bem simples, mas muito deseja-
da por conjuradores trapaceiros. Ela é utilizada para
alterar qualquer resultado em um jogo de acordo com
os desejos do conjurador. Por exemplo, em um jogo
de dados, se o conjurador invocar a magia e determi-
nar que o resultado da jogada será 6, isto se cumprirá.
Apenas meios mágicos (como Detecção de Magia)
podem identificar este tipo de trapaça. Esta magia
também funciona para sugerir magicamente a uma
pessoa caso ela esteja em dúvida e precisa tomar uma
decisão por meio de escolhas (Hmm... qual destes su-
jeitos devo matar primeiro?). O alvo tem direito a um
173
 Oito Luas
teste de Vontade com bônus de +1 para negar os efei-
tos desta magia.
Manto da Obscuridade
Exigências: Trevas 1
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
O Manto da Obscuridade possui a valiosa função
de ocultar as características mágicas de criaturas ou
objetos, bem como o local onde estes se encontram.
Isto dificulta ou mesmo impede o uso de magias de
detecção e localização. Por exemplo, se um conjura-
dor qualquer deseja utilizar Detecção de Magia em
uma adaga mágica protegida pelo Manto da Obscuri-
dade, ele deve ter sucesso em uma disputa entre a sua
Vontade e a Vontade do conjurador adversário (o cri-
ador do manto) para conseguir a informação.
A diferença de níveis de Focus entre o conjurador
"ocultador" e o conjurador "detector" impõe bônus ou
penalidades no teste de Vontade mencionado acima.
Exemplo: se o conjurador "detector" citado no
exemplo anterior utilizar Detecção de Magia com Fo-
cus 3 na adaga mágica envolvida por um Manto da
Obscuridade invocado com Focus 5, ele terá uma pe-
nalidade de +2 no teste necessário para executar a de-
tecção com sucesso. Se a diferença entre os Focus de
ambos os conjuradores for superior a 5 pontos, a ten-
tativa de detecção decorrerá em sucesso automático
ou falha automática, dependendo do caso.
Miríade de Moscas e Baratas
Exigências: Trevas 1, Espirito 1, Servo dos Deu-
ses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A partir desta magia, um servo pode criar 2d6
moscas ou 1d6 baratas para cada ponto de Focus em-
pregado na magia. Estes insetos são totalmente obe-
dientes a qualquer ordem de seu conjurador. A magia
pode ser utilizada de diversas formas. Com mais ní-
veis de Focus, o servo é capaz de criar uma verdadei-
ra miríade destes insetos, cuja função é confundir os
seus inimigos enquanto ele exerce alguma outra ação.
Sacerdotes mais poderosos podem utilizar seus pe-
quenos servos como espiões, com o auxílio de outras
magias relacionadas à obtenção de informações.
A utilidade mais comum para os insetos criados
com é esta magia é transmitir doenças a partir da con-
taminação de água e alimentos. É importante lembrar
que o habitat de moscas e baratas é conviver em meio
aos restos humanos e animais (lixo, excrementos,
carcaças de animais em decomposição etc.). Há uma
porcentagem de 30% dos insetos criados pela magia
transmitirem uma doença desta forma. As enfermida-
des típicas são hepatite (A ou C), febre tifoide, cólera
etc. Como efeito geral, estas doenças levam cinco di-
as para se manifestarem, e seus efeitos provocam en-
fraquecimento geral do doente (todos os testes são
174 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
considerados difíceis) e a perda de 1 PV por dia.
Qualquer mágica de cura cancela imediatamente os
efeitos desta doença. Métodos convencionais de cura
– como a magia Cura Mágica ou a perícia Medicina –
também são efetivos para combatê-las. Os insetos
criados pela Miríade de Moscas e Baratas também
pode servir para causar dano. A magia provoca 1
ponto de dano para cada cinco insetos que atacarem o
alvo, num máximo de 200 insetos para um único alvo
– causando, ao todo, 40 pontos de dano. É óbvio lem-
brar que apenas os altos servos de são capazes de cri-
ar moscas e baratas em grandes quantidades.
Modelar a Carne
Exigências: Água 1
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia é frequentemente utilizada pelos médi-
cos arcanos em tratamentos mais complexos. Modelar
a Carne permite ao conjurador modificar a forma de
uma quantidade de carne humana proporcional ao va-
lor do Focus. Com Focus 3, o conjurador poderia al-
terar a mão ou o pé de uma pessoa, por exemplo.
Modelar a Carne é uma magia essencial para a
implantação de qualquer prótese em um alvo. Caso o
feitiço não seja empregado, é possível que a prótese
não se encaixe corretamente ou, talvez, provoque al-
gum tipo de mal ao paciente (infecções, rejeição da
prótese pelo organismo do paciente, males provoca-
dos pela massa excessiva da prótese etc.). Se o alvo
não desejar ser afetado por desta magia, o conjurador
precisa fazer um teste de Medicina para tocá-lo. O al-
vo ainda pode evitar os efeitos de Modelar a Carne se
tiver sucesso em um teste de Vigor. Médicos arcanos
têm está magia como uma de suas magias iniciais.
Modelar Madeira
Exigências: Terra 2
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia permite ao conjurador modificar a
forma de um objeto qualquer de madeira, ou mesmo
fazê-lo se contorcer, dobrar-se ou, se possível, que-
brar-se. Com Focus 2, o conjurador poderia aplicar
um destes efeitos um objeto do tamanho de um caja-
do, enquanto que com Focus 6 ele poderia fazer o
mesmo em uma árvore de médio porte. Modelar Ma-
deira também pode ser empregada para desfazer os
efeitos descritos acima, fazendo o objeto de madeira
recuperar suas características originais. Cancelamento
de Magia também é eficiente neste caso.
Onda Paralisante
Exigências: Ar 1, Terra 1
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: 1d6 rodadas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia tem efeitos idênticos à Paralisia, com
algumas diferenças. Primeiro, são utilizadas ondas
 Oito Luas
sonoras de alta frequência para afetar o sistema ner-
voso do alvo. Segundo, está mágica, diferentemente
de Paralisia, possui efeitos limitados. O alvo volta ao
seu estado normal ao longo de 1d6 rodadas para cada
dois níveis de Focus utilizados na magia, ou caso este
seja atingido por qualquer golpe. Da mesma forma
que a magia Paralisia, o alvo pode evitar os efeitos da
onda paralisante se tiver sucesso em um teste de
Vontade.
Ordenar Espíritos
Exigências: Espíritos 2
Custo: Padrão
Duração: Padrão
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Testando Manipulação + Ocultismo (dificuldade
igual a Vontade do espírito) o conjurador pode dar
ordens a um espírito. Este deverá seguir as ordens da
melhor maneira.
Passageiro Interno
Exigências: Espirito 3
Custo: 1 Ponto de Mana.
Duração: Sustentável.
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Funciona sobre qualquer tipo de animal (mas não
em seres inteligentes). O conjurador torna-se capaz
de ver através dos olhos do animal, ouvir com seus
ouvidos, etc., durante o tempo que se mantiver con-
centrado (o conjurador não perde o domínio de seu
próprio corpo e pode agir normalmente). O conjura-
dor não exerce qualquer outro tipo de controle sobre
o animal, que por sua vez não percebe que o operador
está observando.
Passos Invisíveis
Exigências: Terra 3
Custo: 1-3 Pontos de Mana.
Duração: 3d rodadas, mais 1d por Focus adicio-
nal.
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Com esta magia, o conjurador pode andar na lama
sem deixar pegada alguma. Antes de o conjurador en-
trar num local onde haja lama, ele deve dizer as pala-
vras e gestos mágicos, e então poderá passar na lama
sem deixar rastros. Não há como detectar os passos
do conjurador, mesmo através de outro ritual.
Paralisia
Exigências: Terra 1, Serva dos Deuses.
Custo: 1 Pontos de Mana por criatura
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma magia pacificadora, usada por servos
benevolentes para encerrar lutas sem matar – ou por
servos menos nobres, para deixar a vitima indefesa
antes de ter a cabeça esmagada pela maça...
Cada vitima desta magia deve ter sucesso em um
teste de Vontade. Se falhar ficará paralisada, incapaz
de se mover, falar ou usar magia. Qualquer ataque
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
feito contra um oponente paralisado acerta
automaticamente. Contudo, atacar a vitima provoca o
imediato cancelamento da magia.
Criaturas que tenham Telepatia ainda podem usá-
la para se comunicar, mesmo neste estado.
Película de Gelo
Exigências: Água 2, Ar 1
Custo: 1 ponto
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Esta simples magia consiste em colocar uma fina
película de gelo num pequeno objeto ou criatura. O
conjurador toca o alvo, e este será encoberto pelo ge-
lo. Essa película é suficiente para fazer alguns peque-
nos mecanismos pararem de funcionar ou fazer pe-
quenas criaturas se moverem com dificuldade (ou
nem se movimentarem).
Planta Borboleta
Exigências: Terra 2, Espirito 1
Custo: 1 Ponto de Mana
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Pessoal
O personagem pode criar, com essa magia, asas
parecidas com a de borboletas, que o permitem que o
personagem voe a uma velocidade igual ao seu nível
de Terra x Deslocamento. Para cada de Focus ponto a
mais empregado na magia o personagem pode acres-
centar 10k em carga.
Presente Surpresa
Exigências: Focus 1-3.
Custo: 1 ponto
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma magia peculiar de autoria desconheci-
da. Com ela, o conjurador pode criar um embrulho de
presente de tamanho comum – em geral uma caixa de
30x30x30 cm3. A aparência do item é inofensiva e
atraente, com vários adereços e até uma mensagem
escrita em um pequeno pergaminho. No entanto,
quando o presente é aberto, pode ocorrer um dos efei-
tos descritos abaixo (jogue 1d6 para definir qual será)
e seu poder ou intensidade será equivalente ao nível
de Focus empregado na magia:
1) Um efeito mágico inofensivo e agradável – uma
chuva de pétalas de flores, uma mensagem sonora
amistosa, um doce;
2) Um efeito mágico inofensivo, mas inócuo – um
pergaminho de papel em branco, um objeto quebrado,
a caixa vazia;
3) Um truque mágico inofensivo, mas que pode
provocar constrangimento na vítima – uma torta na
cara, um boneco que dispara jatos de tinta, uma men-
sagem sonora chula e ofensiva;
4) Um truque mágico que pode provocar algum
dano a vítima (de 1 a 1d6 pontos de dano) – uma nu-
vem de abelhas, um animal selvagem, uma luva de
boxe que sai do embrulho em alta velocidade;
175
 Oito Luas
5) Explosão. Dano de 2d a 6d (dependendo do Fo-
cus) a vítima e a todos os que estiverem próximos do
Presente Surpresa.
6) A vítima, ao abrir a caixa, será imediatamente
sugada para dentro dela.
Isto pode ser evitado com um teste bem sucedido
de Destreza. Dentro do embrulho, a vítima não preci-
sará se preocupar com alimentação ou necessidades
fisiológicas, mas só conseguirá sair de seu cárcere se
alguém do lado de fora abri-la ou utilize Cancelamen-
to de Magia – a destruição da caixa por outros meios
(fogo, golpes físicos...) acarreta na morte de quem es-
tiver dentro dela. Apenas seres de tamanho humano
ou inferior podem ser aprisionados pelo Presente
Surpresa e apenas um alvo pode ser confinado por
vez.
Pulo do Gato, O
Exigências: Espirito 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
A autoria desta magia é atribuída a Shanx, um dos
primeiros conjuradores bestiais de que se tem notícia.
Conta-se que ele poderia simular perfeitamente a agi-
lidade de um felino, sendo capaz de realizar grandes
saltos ou aterrissar de pé se caísse de determinadas al-
turas.
Este é exatamente o efeito do Pulo do Gato. O al-
vo tocado ganha a vantagem Equilíbrio Felino e qua-
tro pontos adicionais em sua Destreza. A magia tam-
bém permite ao receptor, ao cair de uma altura equi-
valente a 10 vezes o seu tamanho, fazer um teste de
Destreza para tentar aterrissar em pé, sem sofrer ne-
nhum dano. É claro, caso o personagem falhe no tes-
te, sofrerá dano normal pela queda (e isto certamente
vai doer um bocado...).
Silêncio
Exigências: Ar 3
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia pode ser lançada contra um local ou
uma criatura, mas não em objetos. Em um local, vai
afetar um volume esférico com até 3m de raio para
cada Focus do conjurador em Ar. Dentro desta área
será impossível ouvir ou produzir qualquer som. Não
se podem realizar magias dentro desta área, mas
personagens que estejam fora da área podem lançar
magias lá dentro.
Lançada contra uma criatura, a magia vai impedir
que ela consiga ouvir ou dizer qualquer coisa, assim
como produzir qualquer som. Um ladrão se tornaria
totalmente silencioso e sorrateiro (podendo,
dependendo da situação, receber bônus quando usa as
Perícias Crime ou Investigação), mas um conjurador
ficaria impossibilitado de invocar magias! Caso uma
criatura receba esta magia contra a sua vontade, pode
176 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
tentar resistir com um teste bem sucedido de
Vontade.
Sopro Gélido de Crisádis
Exigências: Água 1, Ar 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia cria uma onda de frio capaz de reduzir
a temperatura da área de efeito em 1d6ºC (Focus 1),
1d6+2 com Focus 2, 2d6 com Focus 3, 2d6+2 com
Focus 4 e 3d6 com Focus 5, o valor máximo permiti-
do pela magia. Personagens submetidos a um frio in-
tenso (15º ou menos) sofrem um desgaste mais acele-
rado. Eles precisam fazer testes de Vigor ou de So-
brevivência no gelo a cada 30 minutos, senão todos
os testes e perícias envolvendo estes atributos serão
submetidos a uma penalidade cumulativa de +1. Em
temperaturas mais baixas (abaixo dos 10ºC), o Mestre
pode aumentar os redutores ou dificultar os testes. Se
eles permanecerem por muito tempo na área de efeito
ou a temperatura for baixa demais, seu atributo Vigor
é reduzido em um ponto por hora. A exposição ao
frio intenso também pode provocar congelamento dos
membros. Isto acontece após um dia inteiro de expo-
sição a um frio razoável (entre 5º e 10º), ou a cada
hora de exposição a temperaturas abaixo dos 0º. O
jogador pode fazer um teste de Vigor para evitar o
congelamento. A cada novo teste, o Mestre impõe ao
jogador uma penalidade cumulativa de +1 ou maio-
res, no caso de temperaturas muito baixas. Se falhar,
o membro ficará congelado.
Caso o personagem tenha um de seus membros
congelados (ou o corpo todo), ele pode fazer um teste
difícil de Vigor. Se falhar, a parte afetada começará a
apodrecer, sendo necessária uma amputação para
prevenir consequência piores. Obviamente, o perso-
nagem morrerá automaticamente caso a cabeça deste
estiver congelada e o jogador falhar no teste necessá-
rio.
Terreno Escorregadio
Exigências: Água 1, Terra 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Toque
Esta irritante magia atinge uma área circular,
medindo 1m de diâmetro por nível de Focus em Água
e Terra. Nessa área, qualquer criatura que esteja em
combate ou movimento deve ter sucesso em um teste
de Destreza com dificuldade de +2. Se falhar, vai cair
e será incapaz de atacar ou se defender até ficar se
levantar. Cada tentativa de ficar de pé consome um
turno e exige um novo teste.
Ficar imóvel e lançar magias dentro da área não
exige testes. Obviamente, a magia não tem efeito
contra criaturas voadoras.
Toque de Macabro, O.
Exigências: Trevas 1, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
 Oito Luas
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia permite ao servo infectar uma pessoa
ou criatura com algum tipo de doença escolhida pelo
jogador, cujos efeitos devem ser proporcionais ao ní-
vel de Focus empregado. Mágicas feitas com Focus
mais baixos podem ser sanadas com procedimentos
comuns, como a Cura Mágica ou a perícia Medicina.
Doenças mais poderosas, entretanto, requerem meios
mais potentes de cura – como a magia Cura de Mal-
dição, Cura, Desejo ou, em último caso, a intervenção
direta de uma divindade (para este última situação,
apenas mazelas criadas com Focus 9 ou superiores
exigiram tamanho poder para serem debeladas).
Abaixo seguem as características gerais para cada ti-
po de enfermidade a ser transmitida pelo Toque de
Macabro:
Focus 1: A magia provoca um pequeno incômodo
na vítima, sem nenhuma consequência mais séria.
Exemplos: um pé-de-atleta, uma espinha das grandes,
uma coceira insistente...
Focus 2: A magia provoca um incômodo maior na
vítima, mas ainda incapaz de provocar dano. Exem-
plos: uma dor de dente, uma dor de ouvido, uma co-
ceira crônica...
Focus 3: A magia provoca uma enfermidade me-
nor, curável com descanso e/ou boa alimentação. Ela
debilita o corpo da vítima por até três dias, causando-
lhe penalidades de +1 em testes de atributos físicos e
perícias baseadas nestes. Se perícias médicas forem
empregadas, a vítima se recuperará duas vezes mais
rápido. Exemplos: um resfriado, uma virose, um mal-
estar alimentar...
Focus 4: A magia provoca uma enfermidade um
pouco mais séria, capaz de debilitar o corpo da vítima
por até 1d6+1 dias (penalidades de +1 em testes de
atributos físicos e perícias baseadas nestes). Perícias
médicas e magias de cura, em conjunto com repouso
e boa alimentação, são suficientes para a vítima recu-
perar-se plenamente. Exemplos: uma gripe forte, in-
toxicação alimentar...
Focus 5: A magia provoca uma enfermidade ainda
curável por meios comuns, mas que pode levar a ví-
tima à morte em até 3d6 dias se não for tratada ade-
quadamente. Ela tende a provocar forte debilitação fí-
sica na vítima, impondo-lhe penalidades de +2 em
testes de atributos físicos e perícias físicas, além de
causar a perda de 1 PV a cada oito horas. A Cura
Mágica pode curar instantaneamente mazelas deste
tipo. Exemplos: dengue, pneumonia, cólera...
Focus 6: A magia provoca uma enfermidade gra-
ve na vítima, levando-a a morte após 2d6 dias. Os
sintomas desta costumam ser uma grande debilidade
física (penalidades de +2 em testes de atributos físi-
cos e perícias físicas) acompanhada por algum outro
tipo de limitação corporal – imobilidade nas pernas,
cegueira, convulsões esporádicas etc. A vítima tam-
bém passa a perder 1 PV a cada quatro horas. O uso
conjunto de perícias médicas e curas mágicas, ou o
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
uso de magias poderosas como Cura Total podem
eliminar os efeitos desta doença. A magia Cura Má-
gica prolonga a vida do paciente em até 1d6-2 dias.
Focus 7: A magia provoca uma doença de desen-
volvimento acelerado. Ela é capaz de matar a vítima
em até três dias de incubação, provocando-lhe as con-
sequências da versão anterior, além da perda de 1 PV
a cada duas horas. O emprego da perícia Medicina
tornasse inútil e a magia Cura Mágica prolonga a vida
do paciente por apenas 1d3 dias. Mágicas de alto ní-
vel tornam-se a única forma de cura possível.
Focus 8: Esta é a versão mais poderosa do Toque
de Macabro conhecida pelos mortais em geral. A do-
ença provocada neste estágio deixa a vítima comple-
tamente incapacitada, matando-a em até 24 horas.
Além disso, o alvo sofre a perda de 1 PV a cada hora
e, a cada três horas, ele deve fazer um teste de Vigor
com uma penalidade de +3. Se falhar, o seu corpo so-
frerá algum tipo de sintoma letal, capaz de acelerar a
morte deste ou simplesmente consumar o óbito (he-
morragia, ataque cardíaco, derrame cerebral...). Esta
versão do Toque de Macabro só pode ser contida por
meios mágicos poderosos.
Acredita-se que as formas mais potentes desta
magia (Focus 9+) sejam conhecidas apenas pelos
Arautos das Trevas.
Toque Doloroso
Exigências: Trevas 1, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia tem o efeito oposto à Cura Mágica,
pois ela é capaz de provocar 1d6 pontos de dano em
seus alvos quando tocadas pelo servo. O alvo não tem
direito a nenhum teste para evitar o dano, mas ele po-
de desviar da tentativa do servo em tocá-lo. Esta ma-
gia pode ser utilizada uma vez por dia para cada nível
de Focus em Trevas que o servo possuir. O Toque
Doloroso é inútil se usado contra criaturas não-vivas
(mortos-vivos construtos etc.).
Apenas servos malignos conhecem esta versão
distorcida da Cura Mágica.
Toque Profano
Exigências: Água 1, Trevas 1, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Esta é a versão deturpada do poder de cura dos
Servos, conhecido apenas por servos ligados a divin-
dades malignas. Através dele, o servo pode causar no
alvo uma quantidade de dano igual aos seus pontos de
vida atuais. A vítima não tem direito a testes de resis-
tência para evitar o dano. Esta magia só pode ser uti-
lizada uma vez por dia, e não funciona contra mortos-
vivos e criaturas que não estejam vivas.
Tornado de Pétalas
Exigências: Ar 1, Terra 2
Custo: Padrão
177
 Oito Luas
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Foco
O personagem cria um campo de pétalas de rosa
girando em torno dele. Qualquer pessoa que ficar
próxima uma quantidade de metros igual ou menor ao
nível de Foco do personagem será atacada pelas péta-
las, que o cortarão como navalhas. O acerto é auto-
mático e o alvo sofre dano por turno em que perma-
necer no campo de ação da técnica. A Defesa do ini-
migo não é contabilizada contra esse dano. O perso-
nagem que invocou o Tornado de Pétalas deve per-
manecer absolutamente imóvel.
Custo: 1 Ki.
Ação: Instantânea.
Duração: Prolongada.
Teste: Autocontrole + Raciocínio + Mashokubu-
tsu.
Dano: Sucessos obtidos.
Transformação
Exigências: Água 1, Luz 1, Terra 1.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
A Transformação não é apenas uma magia, mas
uma gigantesca coleção delas. Existem milhares e
milhares de magias diferentes para transformar
criaturas em outras criaturas, ou em objetos. Magias
de Transformação em kobolds, goblins e pequenos
animais são relativamente comuns, enquanto
Transformação em dragões e outros monstros
poderosos são muito raras.
Quase todas as magias de Transformação têm
algumas coisas em comum. E sempre necessário que
o conjurador toque a vítima (em combate, exige um
teste de Destreza). Elas sempre têm como exigência
níveis iguais de Focus em Água, Luz e Terra. O nível
exato depende de quão difícil é resistirá magia:
Focus 1: teste de Vontade +3. Criaturas com
Vontade 3 ou mais são imunes.
Focus 2: teste de Vontade +2. Criaturas com
Vontade 4 ou mais são imunes.
Focus 3: teste de Vontade +1. Criaturas com
Vontade 5 ou mais são imunes.
Focus 4: teste de Vontade. Criaturas com Vontade
6 ou mais são munes.
Focus 5: teste de Vontade -1. Criaturas com
Vontade 7 ou mais são munes.
Focus 6: teste de Vontade -2. Criaturas com
Vontade 8 ou mais são imunes.
Focus 7: teste de Vontade -3. Criaturas com
Vontade 9 ou mais são munes.
Criaturas transformadas terão todas as suas
Características modificadas, seja para melhor ou pior.
Quase todas as seus Defeitos e Qualidades serão
perdidos, e outros recebidos. Poucas podem ser
mantidas; tudo vai depender do julgamento do
Mestre. Todas as magias de Transformação são
178 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
permanentes até serem canceladas, mas elas NÃO
podem ser revertidas com Cancelamento de Magia.
Isso pode ser feito apenas com um Desejo, ou então
descobrindo o “ponto fraco” da magia. Todas elas
têm um ponto fraco (ou mais de um), um ato
relativamente simples que provoca seu cancelamento.
Por exemplo, a famosa magia de Transformação em
Sapo é revertida com um beijo, enquanto a
Transformação em Pudim de Ameixa é cancelada
quando alguém tenta comer o pudim! Estas duas
magias têm pontos fracos bem conhecidos; outros
serão descobertos apenas depois de muita
investigação.
Para piorar as coisas, muitas vezes o próprio
conjurador que realizou a magia NÃO conhece o
método de cancelamento...
Travar Item
Exigências: Terra 3
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia é muito procurada por conjuradores
preocupados com a segurança de seus itens, princi-
palmente daqueles com algum valor mágico. Com
Travar Item, qualquer pessoa que tente usar o item
alvo terá uma desagradável surpresa. No caso de ar-
mas e armaduras mágicas, estes objetos ficarão insu-
portavelmente pesados para aqueles que tentarem uti-
lizá-los. Pergaminhos mágicos jamais poderão ser
dobrados, livros tornar-se-ão impossíveis de serem
abertos, as tampas de frascos ou garrafas não sairão
do lugar, por maior que seja o esforço ou a força de
quem tentar abri-los. Quaisquer habilidades especiais
destes objetos também estarão indisponibilizadas.
Apenas o conjurador lançador poderá utilizar
normalmente o objeto alvo, desde que recite certa pa-
lavra mágica de ativação, está geralmente simples
("Despertai!", "Shazam!", "Kupokupo!...”). Este é o
principal inconveniente de Travar Item. Caso o con-
jurador se esqueça da bendita palavra mágica, ele
também será incapaz de utilizar o objeto. Existe uma
versão mais eficaz desta magia. Acrescentando Luz 2
ao custo da magia, o conjurador não precisará recitar
nenhuma palavra mágica idiota para utilizar um obje-
to encantado com Travar Item. .
Verter Água de Pedra
Exigências: Terra 2, Água 3.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Toque
Esta magia reproduz o poder natural recebido
pelos servos de Recehnama. Como sinal de respeito à
Deusa Sol, a magia pode ser invocada apenas durante
o dia. A água gerada com este efeito é suficiente para
saciar seis pessoas, e pode ser realizada apenas uma
vez por dia.
Vôo
Exigências: Focus 1
 Oito Luas
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Vôo é simplesmente permite que as criaturas ou
objetos transportados se afastem do chão e atinjam
grandes alturas. A velocidade máxima é a mesma
Magias de Nível Dois
Ataque Vibratório
Exigências: Ar 5
Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Dispara uma bola de luz que explode ao contato,
causando 5d de dano. Funciona como um pequeno e
concentrado terremoto. Desde que o efeito da magia
não se espalhe, é considerada ótima para abrir
buracos em paredes e tetos.
Anfíbio
Exigências: Ar 2, Água 2.
Custo: 1 Pontos de Mana por criatura
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Esta magia permite a uma criatura se mover e
respirar livremente na água doce ou salgada. Ela não
precisa de habilidades para nadar e pode se mover na
água com a mesma velocidade que teria em terra
(normalmente, sem esta magia, um personagem na
água se move com metade da velocidade normal).
Lançada sobre uma criatura aquática, a magia tem
efeito contrario – permitindo que ela possa respirar
em terra.
Acelerar Criaturas
Exigências: Terra 4
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: 1d6 rodadas, mais 1d6 por Focus adici-
onal.
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Apesar de ser uma mágica tida como básica entre
os conjuradoress temporais, ela é muito cobiçada por
usuários de magia com habilidades guerreiras, princi-
palmente por elfos e meio-elfos que possuam tais ca-
racterísticas. Com ela, o metabolismo do alvo fica
duas vezes mais rápido durante 1d6 rodadas por nível
de Focus empregado na magia. Em termos práticos, o
personagem afetado pode se mover duas vezes mais
rápido do que o normal, seus testes de perícias envol-
vendo Destreza serão considerados fáceis (incluindo
esquivas e manobras defensivas, mas isto não inclui
ataques, cujos benefícios serão descritos a seguir),
ganham um bônus de +2 em suas jogadas de Iniciati-
va e podem fazer dois ataques por rodada – para per-
sonagens ambidestros, eles podem fazer um único
ataque adicional. O número de alvos a serem afetados
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
(5m/s com Focus 1; 10m/s com Focus 2; 20m/s com
Focus 3...).
Contudo, o peso que você pode transportar com
Vôo é menor: apenas a si mesmo ou até 10kg com
Focus 1; 20kg com Focus 2; 50kg com Focus 3;
100kg com Focus 4 e assim por diante.
por Acelerar Criaturas é igual ao valor de Focus utili-
zado na mágica (caso ela seja conjurada com Focus 6,
ela pode funcionar em seis alvos). Apesar de seus ób-
vios benefícios, Acelerar Criaturas traz um efeito co-
lateral um tanto preocupante. As criaturas afetadas
pela magia envelhecem um ano de vida permanente-
mente. Isto acontece porque o processo metabólico
de seus corpos foi acelerado, o que provoca envelhe-
cimento precoce. Este efeito só pode ser revertido
com a magia Desejo.
Além-Audição
Exigências: Ar 4
Custo: Padrão
Duração: 1d6 rodadas, mais 1d6 por Focus adici-
onal.
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Com esta magia, o conjurador pode ouvir toda es-
pécie de som emitido em um espaço dentro dos limi-
tes da magia, determinados pelo Focus. Entretanto,
para que a Além-Audição funcione corretamente, é
importante que o conjurador conheça o local preten-
dido. Do contrário, ele terá de fazer um teste de
Vontade. Se falhar, ouvirá os sons de outro local es-
colhido aleatoriamente pelo Mestre – mas ainda den-
tro do alcance. Além-Visão é uma das magias iniciais
dos conjuradoress sônicos e dos visionários.
Além-Visão
Exigências: Luz 4
Custo: Padrão
Duração: 1d6 rodadas, mais 1d6 por Focus adici-
onal.
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Com esta magia, o conjurador pode enxergar ima-
gens de qualquer pessoa, objeto ou local em um espa-
ço dentro dos limites da magia, determinados pelo
Focus. Entretanto, para que a Além-Visão funcione
corretamente, é importante que o conjurador conheça
o local o qual pretende observar. Do contrário, ele te-
rá de fazer um teste de Vontade. Se falhar, enxergará
outro local escolhido aleatoriamente pelo Mestre –
mas ainda dentro do alcance.
Além-Visão é uma das magias iniciais dos conju-
radores temporais e dos visionários.
Andar em gelo
Exigências: Luz 3, Ar 2
179
 Oito Luas
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Como o nome expõe de forma clara, o conjurador
pode andar no gelo sem escorregar, como se fosse um
piso comum. O conjurador deve realizar os dizeres e
os gestos místicos, antes de andar sobre o gelo, “an-
dar” também deve ser entendido como correr sem es-
corregar. O ritual duro 3d6 rodado, por ponto gasto.
Arma Penetrante
Exigências: Terra 5
Custo: 1 ponto por rodada
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Este encantamento de arma é um dos mais perigo-
sos que existem, sendo intensamente cobiçado por
conjuradoress guerreiros e artífices. Ele faz com que
um ataque comum ou com arma cause dano integral
em seu alvo, ignorando totalmente a Vigor deste. As
únicas defesas possíveis para uma vítima desta magia
seriam uma esquiva ou um bloqueio bem sucedidos.
Vantagens como Armadura Extra: Contusão, Corte,
Perfuração, ataques feitos com Força também são efi-
cazes para reduzir os danos provocados por uma arma
encantada com Arma Penetrante.
Área: Fogo ou Terra 6
OBS: Aconselhável apenas para armas de ataque à
distância. Se utilizado em armas de combate corpo-a-
corpo, o usuário também sofrerá o dano quando o
Ataque Especial for ativado;
Paralisante: Fogo 3, Terra 1 ou Terra 4.
Preciso: Fogo ou Terra 3, Ar 1.
Teleguiado: Fogo ou Terra 3, Ar ou Luz 1.
Lento: Terra 2
A última versão desta magia é a mais fácil de ser
aprendida. Assim, conjuradoress ligados ao combate
podem tê-la como uma de suas mágicas iniciais.
Arma Vampírica
Exigências: Trevas 3, Espíritos 3.
Custo: 1 ponto por rodada
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Este encantamento confere a uma arma qualquer
uma habilidade bastante útil, porém hedionda. Ela se
torna capaz de roubar energia vital das vítimas e
transferi-la ao usuário do item, da mesma forma que a
magia Roubo de Vida.
Caso o personagem provoque dano em alguém
com uma arma encantada por esta magia, metades do
dano causado são convertidas em PVs para o seu por-
tador. Por exemplo, se um guerreiro golpear um ad-
versário com uma montante encantada pela Arma
Vampírica, causando-lhe 14 pontos de dano, o guer-
reiro receberá 7 PVs.
A Arma Vampírica é inútil contra mortos-vivos,
construtos, criaturas mágicas ou quaisquer outras que
não estejam de fato vivas.
180 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Arsenal de Ruttra
Exigências: Água 3, Terra 3, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia é uma bênção concedida por Ruttra a
seus servos quando estes entram em combate. Ao in-
vocá-la, o corpo do personagem sofre uma grande
transformação, tornando-o idêntico ao de um monstro
humanoide. Os dentes do personagem tornam-se
maiores, mais fortes e afiados. Garras começam a
surgir de suas mãos (como no feitiço Garras Mons-
truosa) e seu corpo passa a contar com uma cauda
longa e resistente, além de um par de chifres em sua
cabeça. O conjurador ou servo dos deuses pode fazer
dois ataques com as garras (F+2 de dano), um com a
cauda (F+1 ou Paralisia/1d10-1 de dano imobilização
por 1 rodada), um com a mordida (F+2) e um com os
chifres (F+3, F+5 se o personagem estiver correndo –
um ataque destes pode atordoar o inimigo por 1d4 ro-
dadas se ele falhar em um teste de Vigor. Enquanto
estiver sob o efeito da magia, o personagem somente
irá se preocupar em eliminar o seu adversário e lutará
até a morte – como na desvantagem Fúria, mas sem
receber benefícios extras por isso.
Aura de Reflexão
Exigências: Ar 6
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas o conjurador
Esta é uma versão aperfeiçoada da magia Desvio
de Disparos. Com ela é possível refletir qualquer ata-
que à distância ou com projéteis para quem o execu-
tou. Para fazê-lo, o conjurador precisa fazer um teste
de Destreza. Se tiver sucesso, ele conseguirá refletir o
ataque de volta para o adversário. Do contrário, ele
vai funcionar normalmente. Um ataque refletido atin-
girá o alvo automaticamente, e sua única proteção
possível seria minimizar os danos com um teste bem-
sucedido de Armadura ou possuir um IP elevado.
Uma grande vantagem da Aura de Reflexão é a
sua efetividade contra mágicas de projétil (Bola de
Fogo, Ataque Mágico...). Como requisito, o
conjurador precisa ter um valor de Focus no caminho
do Ar igual ou superior ao Focus do conjurador ini-
migo. Eles precisam fazer um teste de Vontade para
ver quem conseguirá ter sucesso com sua magia. A
Aura de Reflexão é inútil contra ataques corpo-a-
corpo e tiros executados à "queima roupa".
Banquete dos Deuses
Exigências: Água 1, Terra 1, Terra 2, Espirito 2.
Custo: 2 pontos
Duração: 24 horas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia tem o mesmo efeito de um dos Pode-
res Concedidos das servas de Kandara, embora com
alguns detalhes adicionais. O conjurador é capaz de
 Oito Luas
criar uma farta refeição, incluindo carne, pão, frutas,
água, sobremesas e bebidas como vinho e cerveja.
Estes alimentos são de excelente qualidade e podem
saciar um grupo de seis pessoas por 24 horas. Além
disto, quem provar do Banquete dos Deuses terá 6
PVs curados. Se os alimentos não forem consumidos
em um prazo de 24 horas, eles desaparecerão instan-
taneamente logo após este período. A deusa Kandara
não gosta quando isto acontece, por considerar esta
atitude uma falta de respeito. Caso haja este desperdí-
cio, a serva não poderá utilizar o Banquete dos Deu-
ses por uma semana.
Bênção/Maldição
Exigências: Água 3, Luz ou Trevas 2, Servo dos
Deuses.
Custo: 2 pontos por alvo
Duração: 24 horas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Ao utilizar em uma pessoa qualquer, é preciso jo-
gar o 1d6. Se cair números pares, o alvo terá 24 horas
de pura sorte. Todos os seus testes serão considerados
fáceis, entre outros benefícios concedidos pelo Mes-
tre. No entanto, se o resultado for qualquer número
ímpar, o efeito será o contrário, ou seja, uma maré de
um azar. Neste caso, todos os testes do alvo serão
considerados difíceis, entre outros efeitos negativos à
escolha do Mestre (Aviso aos jogadores: tenham cer-
teza de que o Mestre vai se aproveitar desta situação
para divertir-se um bocado à custa do infeliz perso-
nagem). Se esta magia for utilizada contra a vontade
do personagem, ele pode fazer um teste de Vontade
para evitar seus efeitos. Uma mesma pessoa não pode
ser afetada pela Bênção/Maldição durante um período
de 5d6 dias.
Busca Mágica
Exigências: Ar ou Luz 5
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A Busca Mágica é uma importante ferramenta pa-
ra localização de pessoas, animais ou plantas. É parti-
cularmente útil para grupos de aventureiros em via-
gem a locais distantes, desconhecidos e/ou perigosos.
Com esta magia, é possível para o conjurador saber a
localização exata de uma pessoa, animal ou planta
que conheça dentro do alcance da magia. O alvo se
quiser, pode evitar ser detectada pela Busca Mágica.
Para isto, ele deve fazer uma disputa entre a Vontade
do conjurador e a sua.
Bolas Explosivas
Exigências: Fogo 4, Ar 2.
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria perto do alvo numerosas bolas de luz que
explodem, espalhando chamas e causando 3d de
dano. A magia é visivelmente impressionante, mas
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
seu dano é pequeno. Mesmo quando acerto em cheio,
as chamas causam leves queimaduras.
Bola de Vento
Exigências: Ar 4
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria um vento poderoso, atacando contra o alvo
uma carga de ar sob pressão, causando 7d de dano.
Além disso, todas as criaturas dentro do raio de
alcance (incluindo o próprio invocador) deve ter
sucesso em um teste de Força, ou serão lançados
longe (sofrendo 3d de dano sem direito a teste de
absorção).
Bomba Aérea
Exigências: Ar 4
Custo: padrão
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria uma bola de ar compactado que explode no
lugar desejado. Ela permite atacar, ou defender-se
apenas contra um único ataque. Essa magia causa
pouco dano e foi criada para desviar coisas como
flechas e magia ofensivas.
Efeito: para atacar essa magia provoca um dano de
3d + Pontos de Mana, e para defender tem um poder
de 5d + Pontos de Mana gastos.
Centelhas de Taandus
Exigências: Fogo 2, Luz 2.
Custo: Padrão
Duração: 2d6 rodadas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Apesar de simples, esta é uma das magias favori-
tas do conjurador Taandus, ilusionista sênior da
Grande Escola Arcana. Ela serve para criar pequenas
explosões multicoloridas em uma área circular de 3 m
de diâmetro – o efeito é igual ao dos fogos de artifício
modernos. Além de sua utilidade como entretenimen-
to, as Centelhas de Taandus podem ser úteis em situ-
ações de combate. Todos aqueles que estiverem den-
tro da área de efeito devem fazer um teste de Vigor
(dificuldade 7). Se falharem, ficarão cegos por 2d6
rodadas e sofrerão 2d pontos de dano por rodada en-
quanto estiverem dentro das explosões. Para cada ní-
vel de Focus adicional empregado neste feitiço, a área
de efeito é ampliada em 1 m. Os outros efeitos (dura-
ção, tempo de cegueira e dano) continuam iguais.
Chamado da Fúria O.
Exigências: Espíritos 4
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Pessoal
Este poder permite ao conjurador usar um espírito
animal para recuperar sua Mana. Contudo, isso des-
trói o espírito.
181
 Oito Luas
Sistema Teste Manipulação + Intimidação (Difi-
culdade 8). Para cada sucesso obtido, recupera-se 5
pontos de Mana; toda vez que o conjurador usa esta
magia, ele destrói um espírito.
Choque
Exigências: Luz 3, Ar 2
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
O conjurador toca na vítima e fala as palavras má-
gicas; quando isso ocorrer, a vítima receberá um pe-
queno choque que causa 2d de dano. O conjurador
pode atenuar este efeito, fazendo apenas os cabelos
de todo o corpo da vítima levantarem. O conjurador
pode fazer também com que a corrente elétrica passe
através de materiais.
Chuva Revigorante
Exigências: Água 4, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Servos especialistas em cura desejam ardorosa-
mente aprender está magia devido às suas grandes
vantagens.
Primeiro: trata-se de uma mágica de área (algo
raro tratando-se de magias curativas).
Segundo: o clérigo não precisa tocar os seus pre-
tensos alvos – basta invocar o feitiço no local onde
eles estão (respeitando, é claro, os limites de alcance
determinados pelo Focus). A Chuva Revigorante as-
semelha -se a uma nuvem de chuva comum. Ela afeta
uma área circular com 3 m de diâmetro. Todos aque-
les dentro do círculo serão banhados por uma chuva
com temperatura mediana (um pouco mais de 20ºC) e
terão 2d6 Pontos de Vida curados. O único incômodo
provocado pela chuva mágica é que os alvos estarão
molhados quando a mágica terminar. O servo pode
utilizar a Chuva Revigorante uma vez por dia para
cada dois pontos de Focus no caminho da Água. Mé-
dicos arcanos têm está magia como uma de suas ma-
gias iniciais.
Controle de Mortos-Vivos
Exigências: Trevas 2, Espíritos 2, Servo dos
Deuses.
Custo: 1 Pontos de Mana por criatura
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Os servos com poder das travas e espíritos podem,
em vez de expulsarem mortos-vivos (veja Esconjuro
de Mortos-Vivos, mais adiante), tentar controlá-los.
O procedimento é exatamente o mesmo: quando o
servo murmura preces, todos os mortos-vivos à vista
dentro do alcance devem fazer um teste de Vontade:
falhar significa que estará totalmente sob seu
controle, podendo seguir ordens simples como atacar,
acompanhar, carregar e coisas assim. Um morto-vivo
ordenado a atacar lutará até ser destruído.
182 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Esta magia NÃO funciona com cadáveres comuns,
apenas mortos-vivos (para transformar um cadáver
em morto-vivo existe outra magia, Criação de
Mortos-Vivos). Quanto mais alto o Focus do servo,
mais chances ele tem de ser bem sucedido no
Controle. Caso a Vontade do morto-vivo seja menor
que o Focus do servo, essa diferença será aplicada
como redutor no teste de Vontade.
O Controle é um pouco menos eficiente que o
Esconjuro. Qualquer morto-vivo cuja Vontade seja
igual ou maior que o Focus do servo é imune a esta
magia. Por exemplo, é inútil para um servo com
Focus 3 tentar Controlar uma múmia com Vontade 3
– ela não precisa fazer o teste de Vontade. Quaisquer
mortos-vivos que não possam ser Esconjurados
também não podem ser Controlados.
Convocar Animais
Exigências: Espirito 3, outros 2.
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia atrai a atenção dos animas e outras
criaturas não-inteligentes nas redondezas, fazendo
com que venham até onde o invocador (geralmente
dentro de 5d minutos). Dependendo de que tipo de
animal que se queria invocar, é necessária uma união
de dois Caminhos: exemplo Espirito + Ar, animais
alados; Espirito + Água, animais aquáticos. A magia
não controla os animais, só os atrai.
Convocar Demônio de Bronze
Exigências: Travas 2, Corpo 4.
Custo: 9 Pontos de Mana.
Duração: sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Magia em que um circulo místico é desdenhado
no chão, e o demônio é convocado. O demônio tem
seus atributos igual à metade do invocador, obedece
aos comandos do invocador, e pode sofrer dano
apenas por magias do Caminho das Trevas, da Luz e
Espíritos.
Coragem Inabalável de Seyller A.
Exigências: Terra 5, Servo dos Deuses.
Custo: 3 pontos
Duração: 1 hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
A Coragem Inabalável de Seyller trata-se de uma
reprodução fiel do Poder Concedido possuído pelos
servos da coragem, assim como por vários devotos de
divindades guerreiras. Ela concede ao alvo uma imu-
nidade total a todas as formas de medo, mágicas ou
não. Esta seria uma alternativa de pessoas comuns ou
aventureiros de baixo nível não entrarem em colapso
ao virem criaturas como dragões e mortos-vivos po-
derosos. A duração desta magia é de uma hora. Pas-
sado este tempo, o conjurador precisaria gastar mais
três pontos de energia para reativá-la.
Criar Pântano
 Oito Luas
Exigências: Água 3, Terra 3.
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Ao invocar o poder do espírito da terra e da água,
o invocador transforma uma área circular de 10m em
pântano. O chão lamacento torna difícil se mover,
impondo um redutor de -1 para ataque corpo-a-corpo
e Esquivas.
Criar Vento
Exigências: Ar 6
Custo: padrão
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia faz soprar um vento forte diante do
invocador, impedindo uma criatura de se aproximar
com Força equivalente a 1 para cada Pontos de Mana
gasto por rodada. Também pode ser usada como
magia defensiva, oferecendo Vigor + Pontos de Mana
gastos por rodada.
Criação de Mortos-Vivos
Exigências: Trevas 3, Espíritos 3.
Custo: Padrão
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Até 10m por ponto de Focus
Esta é apenas uma variação necromante de
Criatura Mágica (veja a seguir). Só que, em vez de
construir uma criatura com magia pura, você lança a
magia sobre um cadáver; ele não retorna à vida, mas
se levanta e obedece a todas as suas ordens (a
obediência é automática; não é necessário usar
Controle de Mortos-Vivos).
O poder de um morto-vivo criado assim depende
apenas do Focus do conjurador – não importa os
atributos da criatura quando estava viva cada
esqueleto ou zumbi tem Fx, Dx e Vx, sendo “x” o
numero de Pontos de Mana gastos. Um morto-vivo
não tem conhecimento, mas sabe seguir ordens
simples como seguir, proteger, atacar... Em combate,
um morto-vivo sempre luta até ser destruído (ou
Esconjurado). Todos os mortos-vivos são imunes a
magias que tenham Telepatia como exigência, bem
como quaisquer outros poderes que envolvem
controle da mente, emoções ou sono. Mortos-vivos
criados com esta magia podem ser Esconjurados
normalmente, ou então Controlados por outra pessoa
(para retomar o controle, seu criador também terá que
usar Controle de Mortos-Vivos). Vale lembrar que,
na maioria dos mundos, criar mortos-vivos é um
crime horrível.
Desencantar
Exigências: Luz 5
Custo: 10 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Essa magia leva 10 minutos para ser lançada,
sendo por isso pouco eficaz em combate. Ela cancela
o efeito de qualquer magia ou maldição que esteja
afetando a vitima (como sono, controle da mente…),
mas não pode curar os danos de magias que já
aconteceram (como bola de fogo). Os Servos dos
Deuses podem lançar sobre si mesmo para ficar
protegido contra esses efeitos por 24 horas.
Dente de Serpente
Exigências: Água 2, Trevas 3, Espirito 2.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Com esta magia, o personagem pode conjurar uma
adaga curva (Jambia) ou retorcida (Kris) com lâmina
escura, impregnada com um tipo qualquer de veneno
definido pelo Mestre. Ela causa um dano de F+1,
mais envenenamento caso o alvo falhe em um teste
de Vigor com redutor de -1. Em geral, o veneno do
Dente de Setnepres pode ser curado normalmente pe-
los métodos habituais – a magia Cura Mágica ou a
perícia Medicina. Obviamente, esta magia é conheci-
da somente pelos servos de Setnepres.
Dom do Camaleão
Exigências: Fogo 2, Luz 3.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Não. O nome desta magia não faz referência al-
guma ao criminoso conhecido como Camaleão, o as-
sassino mais competente de Elltar – e mestre dos dis-
farces nas horas vagas. Boas coincidências à parte,
está mágica é particularmente útil para assassinos, la-
drões, trapaceiros, espiões e outros profissionais
igualmente "honestos" que saibam lidar com magia.
O Dom do Camaleão reproduz com exatidão as
habilidades miméticas dos camaleões e outros ani-
mais. A mágica permite ao lançador alterar a cor de
sua pele, permitindo a este se camuflar de acordo
com o ambiente. A magia funciona como uma Invisi-
bilidade, mas ela não pode ser utilizada em situações
de combate (exceto é claro, em emboscadas). Roupas
e objetos comuns portados pelo conjurador também
serão camuflados. Entretanto, a magia não conseguirá
disfarçar objetos maiores do que um livro – incluindo
armas – a menos que estes sejam guardados por baixo
da roupa ou dentro de uma bolsa. Caso o personagem
vista algum tipo de armadura metálica, a magia falha-
rá automaticamente.
Encanto da Prosperidade Alheia, O.
Exigências: Terra 3, Luz 3.
Custo: 2 pontos por alvo
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Quem é alvo desta magia costuma apresentar duas
sensações distintas: uma é satisfazer-se com os bene-
fícios recebidos pelos amigos graças a ela. Entretanto,
183
 Oito Luas
ele pode sentir uma grande inveja por ser o único per-
sonagem a não ser afetado pelos efeitos do Encanto
da Prosperidade Alheia. De fato, quando esta magia é
utilizada em alguém, todos aqueles próximos ao alvo
ganham um bônus de +1 em todos os seus testes. O
poder da mágica pode ser ampliado a cada dois níveis
de Focus adicionais, sendo que os valores máximos
permitidos são: Terra 7, Luz 7. Isto garantiria aos
personagens próximos ao alvo um bônus máximo de
+3 em todos os seus testes.
Alguns estudiosos arriscam dizer que o autor desta
magia foi à mesma pessoa que criou a Maldição do
Aziago, uma mágica cujos efeitos são opostos à do
Encanto da Prosperidade Alheia. Para estes estudio-
sos, tal pessoa seria um servo de Naster, com a inten-
ção de levar boa sorte às pessoas obedientes e bem-
intencionadas, assim como punir os iníquos tornando-
os capazes de provocar azar a quem se aproximar
deste. A maioria dos teólogos diz que os servos são
mais sensatos e equilibrados do que os demais. Entre-
tanto, como estes sacerdotes seguem um deus cuja
principal característica é a imprevisibilidade, não se
sabe por quanto tempo esta afirmação terá alguma va-
lidade.
Encorpar Item
Exigências: Água 3 ou Terra 3
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia é particularmente útil em grandes
campanhas, nas quais os personagens precisam lidar
com quilos e quilos de itens diversos (armas, cordas,
alimentos...). Com ela, a massa do item tocado é re-
duzida em 25% para cada três pontos de Focus em-
pregados na magia, até um máximo de 75% (com Fo-
cus 9). A versão oposta a esta magia, chamada de En-
corpar Item, faz exatamente o oposto. Ela torna o ob-
jeto alvo 25% mais pesado para cada três pontos de
Focus utilizados no feitiço. Com Focus 12, por
exemplo, um machado de guerra ficaria com o dobro
de sua massa original. Não há limites de efeito para
Encorpar Item, ao contrário de sua forma oposta.
Suavizar Item é uma magia muito apreciada pelos
conjuradores artífices, pois ela é empregada com fre-
quência na fabricação de armas e armaduras mágicas,
tornando-as mais leves e eficazes. Já Encorpar Item
tem grande apreço por conjuradores trapaceiros, cujo
passatempo favorito é divertir-se com o constrangi-
mento alheio.
Explosão
Exigências: Terra 6
Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Tendo o invocador como centro do efeito, a magia
explode o chão à sua volta, lançando objetos e
criaturas para o alto, a queda provoca 2d de dano (não
absorvidos). Além disso, a explosão enche o ar de
184 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
poeira e detritos, dificultando a visibilidade (todos na
área são considerados cegos).
Explosão Sônica
Exigências: Ar 4, Luz 2.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia sônica destaca-se por sua versatilidade.
Ela é capaz de provocar 4d pontos de dano e ignora
completamente a Armadura do alvo. Como efeito
adicional, este deve fazer um teste de Vigor. Se fa-
lhar, sofrerá um dos seguintes efeitos por 2d6 rodadas
(deve-se jogar um 1d6):
1-2) Surdez
3-4) Confusão (ver Caos Mental, mas contam-se
os efeitos 1, 4 e 5).
5-6) Paralisia
Por conta de suas características, a Explosão Sôni-
ca também é uma magia muito desejada por conjura-
dores de combate, ou outros apreciadores de mágicas
ofensivas.
Enxame de Trovões
Exigências: Ar 3, Luz 1.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com esta magia o conjurador pode disparar pelas
mãos um estrondo sônico, que ruma na direção do
alvo como pequenas lâminas giratórias luminosas.
Elas causam 2d pontos de dano e ignoram totalmente
o Vigor do alvo – a menos que tenha Armadura Extra
contra magia: neste caso, ele faz uma jogada de
Vigor.
Erupção
Exigências: Fogo 3, Terra 3.
Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A Erupção permite abrir um buraco no chão,
abaixo do oponente, e atingi-lo com um jato de lava
derretida que causa 6d de dano. Essa lava mágica
ignora o Vigor, a menos que ele tenha Armadura
Extra contra Calor/Fogo ou contra Magia: neste caso
ele pode fazer uma jogada de Vigor normal.
Fascinação
Exigências: Luz 4
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas ao toque
Diz à lenda que esta magia foi criada por um
artista frustrado, muito competente em mágica, mas
incapaz de produzir uma verdadeira obra de arte.
Lançada sobre uma pintura, escultura, traje ou outra
peça artística, ela exige de qualquer observador um
teste de Vontade. Se falhar, a vitima não consegue
 Oito Luas
tirar os olhos do objeto, totalmente encantada com
sua beleza.
O transe pode ser interrompido facilmente: basta
que a vítima receba qualquer dano ou apenas seja
sacudida (“Hei, acorda!”). Mortos-vivos, Construtos,
Criaturas Mágicas e seres com Vontade 2 ou mais são
imunes.
Embora pareça inofensiva, esta mágica pode ser
perigosa. Caso não seja arrancada de seu transe, uma
vítima pode observar o objeto de sua fascinação
durante dias, sem comer, beber ou dormir, até morrer
de inanição. Conta-se histórias de aventureiros
solitários que morreram em casas ou mansões
abandonadas, contemplando um quadro ou estátua até
a morte. Existe uma versão mais rara desta magia que
pode ser lançada sobre criaturas (apenas o próprio
conjurador). As exigências, efeito e testes para resistir
são os mesmos, mas ela funciona apenas em criaturas
do sexo oposto
Flecha Explosiva
Exigências: Ar 6
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria uma flecha de vento que é disparada contra o
alvo e explode ao contato causando 6d de dano (ou
antes, se o invocador assim preferir).
Fome da Terra, A.
Exigências: Terra 6
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta traiçoeira magia pode tornar movediça uma
área circular de 3 m de diâmetro. A aparência do solo
afetado continuará a mesma e as vítimas só percebe-
rão a armadilha quando perceberem os seus corpos
afundando lentamente durante seis rodadas, até serem
completamente tragados pela terra. A única forma de
escapar do solo movediço é com um teste de Força
bem sucedido, com penalidade de +1, para cada turno
após o primeiro. Se a vítima não conseguir escapar
até a sexta rodada, baú...
A Fome da Terra funciona em praticamente qual-
quer tipo de terreno, seja este um solo arenoso, pe-
dregoso, revestido com pisos etc. Ela só irá falhar ca-
so o chão seja composto por algum tipo de material
sem nenhuma ligação com o elemento Terra.
Forma Animal
Exigências: Água 2, Terra 1, Espirito 2.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
A Forma Animal permite ao conjurador assumir a
forma de um determinado tipo de animal, assim como
fazem os sacerdotes de Likky. A principal diferença
desta magia em relação ao feitiço Transformação é
que, no caso do primeiro, apenas o conjurador pode
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
ser alvo da mágica. No segundo caso, apenas outras
criaturas podem ser afetadas. O tipo de animal o qual
o conjurador vai se transformar é proporcional ao ní-
vel de Focus utilizado no feitiço. Com os valores mí-
nimos, o conjurador pode se transformar em um inse-
to, rato, gato ou, no máximo, em um cão doméstico.
Abaixo seguem alguns tipos possíveis de animais
os quais o conjurador pode se metamorfosear com o
auxílio da Forma Animal:
Focus 1: gato, cachorro, Espirito pequenos em ge-
ral.
Focus 2: raposa, cabra, ovelha.
Focus 3: lobo, javali, leopardo.
Focus 4: cavalo, zebra, antílope.
Focus 5: camelo, cervo, bovinos domésticos.
Focus 6: urso, girafa, grandes bovinos.
Focus 7: crocodilo.
Focus 8: rinoceronte, elefante.
Como acontece com a magia Transformação, o
conjurador será incapaz de falar, usar magias, armas,
objetos ou quaisquer habilidades especiais ou vanta-
gens inerentes à sua forma original. Ele só poderá
executar ataques típicos da espécie animal na qual es-
tá transformado (mordidas, arranhões, cabeçadas, en-
contrões etc.). Seus atributos na forma animal serão
calculados pelo Mestre e seguirão os padrões para a
espécie em questão.
Cada ritual permite a transformação do conjurador
em um tipo específico de animal. Ele precisa apren-
der ou desenvolver outras versões da Forma Animal
se quiser metamorfosear-se em outras espécies.
Forma Bestial
Exigências: Água 2, Terra 1, Espirito 1, Corpo 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia funciona de maneira similar à anterior,
mas ela possibilita ao conjurador transformar-se em
um tipo específico de monstro, da mesma forma co-
mo fazem os sacerdotes de Ruttra. Os rituais de trans-
formação mais comuns são aqueles que permitem ao
conjurador assumir a forma de monstros mais "vulga-
res", como kobolds e goblins. Já mágicas capazes de
fazer o conjurador transforma-se em monstros pode-
rosos (dragões, por exemplo) são muito raras, ou
mesmo inexistentes.
Abaixo seguem alguns exemplos de monstro nos
quais o conjurador pode se transformar através da
Forma Bestial:
Focus 1: insetos ou aracnídeos gigantes em geral,
kobolds, goblin, slark.
Focus 2: gnoll, orc.
Focus 3: lobo das cavernas (wurg), kill'bone,
hobgoblin.
Focus 4: dragonete, tumarkhân.
Focus 5: bugbears, dragoa-caçadora.
Focus 6: minotauro, ogre, lursh-lyin.
Focus 7: gigante (espécie menor), troll.
Focus 8: grifo, wyvern.
185
 Oito Luas
Quando estiver em sua forma bestial, o conjurador
só poderá utilizar os ataques relativos a cada monstro.
Algumas de suas vantagens, desvantagens ou aprimo-
ramentos originais podem ser substituídos por outros
mais adequados à forma monstruosa a qual o conju-
rador assumiu, enquanto outros podem manter-se
inalterados. Caso a espécie de monstro seja inapta pa-
ra a utilização de determinadas habilidades sobrena-
turais (como a magia), o conjurador não poderá con-
tar com elas enquanto a Forma Bestial permanecer
ativa. Os atributos do conjurador serão recalculados
pelo Mestre conforme as estatísticas da criatura na
qual o conjurador se transmutou.
Como acontece com a magia anterior, cada ritual
possibilita ao conjurador metamorfosear-se em uma
única espécie de monstro. Se ele quiser outras opções
de transformação, deverá aprendê-las com conjurado-
res especializados ou desenvolver tais feitiços por
conta e risco próprios.
Forma Espectral
Exigências: Espíritos 5
Custo: Padrão
Duração: Sustentável por 1 hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta mágica permite ao conjurador assumir uma
forma incorpórea, como a de um morto-vivo etéreo
(aparições, fantasmas...). Enquanto estiver nesta for-
ma, ele não poderá tocar coisa alguma, nem causar
dano físico. Em compensação, o conjurador também
estará imune a qualquer forma de ataque não mágico.
A vantagem da Forma Espectral é que, se conjurada
com Focus adicionais em outros caminhos específi-
cos, o feitiço torna-se mais poderoso. Eis os efeitos
possíveis:
Espíritos 1: Levitação.
Espíritos 2: Invisibilidade.
Trevas 2, Espíritos 3: o conjurador pode roubar 2
PVs de uma pessoa por turno caso a toque, como na
magia Roubo de Vida.
Trevas 2 Espíritos 3: Aura de Pânico com 5m de
raio (os efeitos são idênticos à da magia homônima).
Terra 2, Trevas 2: Toque do Envelhecimento. O
alvo ficará 1d6 anos mais velho caso seja tocado pelo
conjurador. Ele pode negar o efeito com um teste
bem-sucedido de Vigor. Todos os efeitos menciona-
dos acima são cumulativos. Entretanto, se o conjura-
dor acrescentar ao feitiço algum dos três últimos efei-
tos (Roubo de Vida, Aura de Pânico e Toque do En-
velhecimento), ele será considerado um morto-vivo
etéreo até o término da magia, com todas as suas van-
tagens e fraquezas, exceto a Dependência, por não se
tratar de um morto-vivo legítimo.
Forma Humanoide
Exigências: Água 1, Terra 1, Luz 1, Espirito 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
186 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Com esta magia, o conjurador pode assumir a
forma de uma determinada espécie humanoide exis-
tente em no mundo. Através da Forma Humanoide,
por exemplo, um conjurador elfo fugitivo poderia se
transformar em um anão para facilitar o seu trânsito
pelo Mundo sem correr o risco de sofrer comentários
maldosos a respeito de sua raça (se bem que dificil-
mente um elfo se transformaria em uma criatura tão
repugnante quanto um anão, segundo o ponto de vista
élfico). O conjurador pode se transformar em espé-
cies humanoides mais complexas caso invista mais
pontos de Focus na conjuração da magia. Cada ritual
possibilita a transformação de uma única espécie hu-
manoide (como acontece com as magias Forma Ani-
mal e Forma Bestial), o que torna necessário para o
conjurador pesquisar e aprender a respeito de outros
rituais se este desejar transformar-se em outras espé-
cies humanoides. Abaixo seguem alguns exemplos
possíveis de transmutações:
Focus 1: goblin, kobolds.
Focus 2: gnoll, humano, orc.
Focus 3: hobbit, hobgoblin, meio-elfo, meio-orc.
Focus 4: anão, elfo, seres-fada.
Focus 5: bugbear, troglodita.
Focus 6: minotauro, ogro.
Focus 7: gigante
Magias que permitem ao conjurador transformar-
se em humanoides raros e poderosos (meio-dragões,
meio-dríades...) são praticamente desconhecidos, e
aqueles que os sabem não têm o menor interesse em
divulgá-los.
Garras de Atavus
Exigências: Terra 1, Água 2, Espirito 1.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Lançada sobre uma criatura (o próprio conjurador
ou outra pessoa), esta magia faz crescer garras em
suas mãos para causar dano maior. Enquanto durar o
efeito, o alvo da magia pode causar dano igual à
Força +3 pontos (um personagem com Força 2 causa
5d dados de dano).
Garras das Trevas
Exigências: trevas 3, Espirito 1.
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esse poder reúne trevas em suas mãos e
antebraços para transformá-la em garras. As garras
atingem até 1,80m e provoca Força +1 de dano
agravado. Quaisquer itens mágicos (como anéis e
braceletes) são absorvidos temporariamente e seus
efeitos cancelados.
Golfada de Oacanymuli
Exigências: Fogo 2, Terra 2.
Custo: 1 ponto
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
 Oito Luas
Alcance: Padrão
Esta é uma magia ensinada aos servos de Oa-
canymuli quando estes já atingiram certo grau de ex-
periência. A Golfada de Oacanymuli consiste em um
disparo rápido de um jato de magma em direção a um
único alvo. O ataque causa 2d pontos de dano por Ca-
lor/Fogo que ignoram completamente a Armadura do
alvo – a menos que este possua Armadura Extra con-
tra Calor/Fogo ou Magia. Além disso, se a vítima uti-
lizar algum item de proteção comum (armaduras ou
escudos normais), ela deve fazer um teste de Arma-
dura. Se falhar, o item em questão sofrerá um redutor
de -1 em testes de Armadura, devido ao calor intenso
emanado pela Golfada de Oacanymuli. A propósito: a
razão para o curioso nome desta magia deve-se ao fa-
to dos servos de Oacanymuli expelirem-na pela boca,
sob a forma de uma golfada (vômito). "O ato é re-
pugnante de ser visto, mas pelo menos a consequên-
cia é eficiente", dizem os sacerdotes da deusa.
Imagem Turva
Exigências: Ar 2, Luz ou Trevas 2.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Lançada sobre uma criatura, esta magia torna sua
imagem difícil de enxergar – ela não pode ser vista
com nitidez, parecendo sem foco. Lutar com a
criatura afetada será bem mais difícil: o atacante sofre
uma penalidade de +1 nos testes. Personagens com
Sentidos Especiais de qualquer tipo não podem ser
enganados pela Imagem Turva, e atacam
normalmente.
Inferno de Chamas de Pireya, O.
Exigências: Fogo 4
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Ela é capaz de cobrir uma área de 3×3m² com
chamas de 1 m de altura. Quem estiver nesta área de-
ve fazer um teste de Vigor ou sofrerá 4d de dano. Se
a vítima permanecer na área de efeito, o dano será
aplicado automaticamente sem direito a mais nenhum
teste por parte dela. Para cada nível de Focus adicio-
nal, as dimensões das chamas são aumentadas em
1×1×1 m3 e o dano causado pelo fogo aumenta em
+1d para cada dois pontos de Focus adicionais.
Inferno de Gelo
Exigências: Água 2, Luz 2.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Instantânea
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
A verdadeira origem desta magia é controversa.
Alguns conjuradores afirmam que seus primeiros
usuários seriam bárbaros de uma tribo desconhecida,
que se escondem nos pontos mais remotos dos Picos
Brancos – mas histórias mais exageradas dizem que
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
eles receberam esta magia de um dragão branco que
supostamente vive ali.
Esta mágica permite ao usuário disparar pelas
mãos uma pequena salva de pontas de gelo, afiadas
como facas e gélidas como uma nevasca. O alvo sofre
2d de dano (que ignora totalmente a Armadura do
alvo, mágica ou não). Como efeito extra, o alvo deve
fazer um teste de Vigor: se falhar ficará congelado
durante uma rodada, incapaz de atacar, se esquivar ou
usar magia.
Invocação de Gosmas
Exigências: Água 1, Terra 1, Trevas 1. Espirito 1.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia permite ao conjurador invocar 1d6
gosmas de um tipo equivalente ao nível de Focus uti-
lizado.
Focus 1: Limo Verde (Força 0, Destreza 0, Vigor
2, PVs 5). Possui Invulnerabilidade contra todos os
ataques físicos (Força), à distância (Poder de Fogo),
magias e armas mágicas. Contudo, é vulnerável a ca-
lor/fogo, frio/gelo e magias de cura. Esta criatura não
pode se mover, mas age sempre de forma conjunta e
devora carne, madeira e metal com uma velocidade
espantosa. A vítima precisa fazer um teste de Vigor
quando for atacado por um grupo de limos verdes. Se
falhar, seu corpo será tomado pelas criaturas e sofrerá
1 ponto de dano por rodada. Novos testes estarão
submetidos a um redutor cumulativo de +1. Se a ví-
tima for morta por estas gosmas, ela se transformará
em outro limo verde em 2d6 rodadas.
Focus 2: Geleia Ocre (Força 2, Destreza 0, Vigor
4, PVs 10). Possui Armadura Extra contra-ataques
elétricos – quando afetada por um ataque desta natu-
reza, a geleia ocre divide-se em 1d6+1 outras meno-
res, cujos PVs são divididos igualmente (arredonda-
dos para cima) entre elas. O ataque básico desta cria-
tura consiste em envolver a vítima e infligir lhe dano
através de uma secreção corrosiva capaz de dissolver
carne e madeira. A secreção causa 2d pontos de dano
por rodada no alvo, a menos que ele tenha sucesso em
um teste de Força ou Destreza para tentar livrar-se da
geleia ocre.
Focus 3: Limo Cinzento (Força 1, Destreza 0, Vi-
gor 3, PVs 15). O limo cinzento é imune a ataques
baseados em calor/fogo e frio/gelo, mágicos ou não,
além de todos os ataques baseados em magia (como a
mágica Lança Infalível de Talude, por exemplo). O
limo cinzento só pode ser ferido por eletricidade e
ataques com armas, mágicos ou não. Esta criatura
ataca dando um "bote" em seus inimigos, causando-
lhes 6d pontos de dano. O ataque de um limo cinzen-
to degenera metais facilmente. Em uma rodada, por
exemplo, uma destas criaturas arruinaria uma cota de
malha comum.
Focus 4: Limo de Cristal (Força 2, Destreza 0,
Vigor 2, PVs 10). É imune a ataques químicos (água,
ácidos e venenos), baseados em calor/fogo e
187
 Oito Luas
frio/gelo, mas são vulneráveis a eletricidade e a projé-
teis mágicos, como flechas mágicas ou a magia Lança
Infalível de Talude, por exemplo. Ataques com armas
de corpo-a-corpo (inclusive mágicas) causam apenas
1 ponto de dano a estas criaturas. Toda arma que to-
car o corpo de um limo de cristal deve ser bem-
sucedida em um teste de resistência, ou será destruída
– no caso de armas mágicas, ela perderá 1 ponto de
seu bônus mágico.
O limo de cristal, assim como o limo cinzento,
ataca as suas vítimas com um "bote". Se funcionar,
causar-lhe-á 4d+2 pontos de dano. E mais, caso o al-
vo falhe em um Vigor, este será paralisado por 1d6
rodadas, ou até a criatura devorar-lhe completamente.
As investidas desta criatura não corroem metal, mas
provocam grandes estragos em madeira, tecido e car-
ne.
Focus 5: Cubo Gelatinoso (Força 1, Destreza 0,
Vigor 3, PVs 15). Este tipo de gosma é imune a ata-
ques elétricos e a magias ou habilidades que causem
medo, paralisia, transformação e sono. Possui Arma-
dura Extra contra frio/gelo – contudo, sua movimen-
tação é diminuída pela metade quando afetada por
ataques deste tipo, e sua frequência de ataques é re-
duzida a 1 golpe a cada duas rodadas. Estas gosmas,
por serem transparentes, são muito difíceis de serem
vistas pelos PCs (habilidade idêntica à vantagem In-
visibilidade, mas válida apenas em cavernas, mas-
morras e ambientes similares). Quando ataca, o cubo
gelatinoso causa 1d6 pontos de dano em suas vítimas,
mais paralisia durante 3d6 rodadas. O alvo deve fazer
um teste de Vigor para evitar este efeito adicional.
Focus 6: Geleia Vampírica (Força 1, Destreza 2,
Vigor 2, PVs 10). Possuem a vantagem Invisibilida-
de, mas ela é válida apenas em cavernas, masmorras e
ambientes similares. A geleia vampírica não possui
nenhuma defesa especial contra-ataques específicos.
Em compensação, ela é capaz de paralisar uma criatu-
ra por 12 horas com o seu ataque, se está a falhar em
um teste de Vigor. Após paralisar a vítima, está gos-
ma irá sugar-lhe o sangue até a última gota. Em uma
criatura de tamanho humano, este processo dura uma
hora.
Focus 7: Limo-Zumbi (Força 1, Destreza 0-1, Vi-
gor 2, PVs10). O limo-zumbi possui uma aparência
frágil e um ataque básico fraco – apenas 1d de dano.
Contudo, sua principal habilidade é hospedar-se em
corpos vivos ou mortos de outras criaturas, preferen-
cialmente aquelas de tamanho humano. Assim, os
atributos físicos do limo serão idênticos aos do corpo
hospedeiro. Criaturas vivas que forem vítimas desta
gosmas precisam ter sucesso em um teste de Vontade
para evitarem ser controladas. Para cada limo adicio-
nal, acrescente uma penalidade de +1 aos testes – é
comum que os limos-zumbi se unam para dominar
uma vítima quando esta se mostra muito relutante.
Limos-zumbi só podem ser afetados por ataques ba-
seados em calor/fogo, frio/gelo e projéteis mágicos.
Estas criaturas também sofrerão dano caso o hospe-
deiro seja atacado.
188 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Focus 8: Pudim Negro (Força 2, Destreza 0, Vi-
gor 5, PVs 25). Este tipo de gosma é imune a todos os
ataques químicos e baseados em frio/gelo, além de
possuir Armadura Extra contra eletricidade. Ataques
elétricos ou feitos com armas dividem a criatura em
outras partes idênticas. Apenas projéteis mágicos e
ataques baseados em calor/fogo são eficientes contra
os pudins negros.
O corpo destas criaturas é altamente corrosivo, as-
sim como a maioria das gosmas apresentadas aqui.
Uma armadura completa, por exemplo, seria pulveri-
zada em apenas duas rodadas caso entre em contato
com um pudim negro. O efeito é o mesmo em todo
tipo de material orgânico. O ataque de um pudim
causa 4d pontos de dano, sem outros efeitos adicio-
nais.
Focus 9: Geleia Mostarda (Força 2, Destreza 1,
Vigor 5, PVs 25). A geleia mostarda é a gosma mais
forte conhecida. Além de possuir um conhecimento
mediano, ela só pode ser ferida por armas mágicas e
ataques que não sejam baseados em eletricidade (con-
tra os quais é imune) ou frio/gelo (possui Armadura
Extra contra estes ataques). Estas geleias também
possuem as vantagens Resistência à Magia 1 e Invisi-
bilidade (válida apenas em cavernas, masmorras e ou-
tros ambientes subterrâneos). Com um teste difícil de
Conhecimento o personagem tiver a vantagem Faro
Aguçado, pode-se notar um leve odor azedo. Este si-
nal indica a presença de uma geleia mostarda nas
proximidades. Além de seu ataque básico, cujo dano
é 3d, a geleia mostarda é capaz de emitir uma névoa
de vapor venenoso com volume de 3x3x3 m3. Aque-
les que estiverem dentro da área de efeito devem ter
sucesso em um teste de Vigor ou terão sua movimen-
tação básica reduzida à metade. Assim, todos os tes-
tes baseados em Destreza das vítimas da névoa serão
considerados difíceis. Os efeitos desta letargia duram
duas rodadas. Como acontece com outras mágicas
deste tipo, as gosmas aparecem imediatamente no lo-
cal indicado pelo conjurador, sem a necessidade que
elas existem nas proximidades. As criaturas não obe-
decerão a ordens, e atacarão quaisquer alvos ao seu
alcance – inclusive aliados do conjurador, mas nunca
o próprio. Quando os oponentes forem derrotados, as
gosmas irão atacar quem as conjurou (!!!). A magia
termina caso não haja mais criaturas por perto. Neste
caso, as gosmas retornarão ao seu local de origem.
Nota-se que está magia pode ser extremamente peri-
gosa para o grupo de aventureiros caso seja conjurada
sem alguns cuidados preliminares – ficar bem longe
do local onde elas irão surgir, por exemplo.
Invocação do Dragão
Exigências: Veja abaixo
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia rara permite atrair a atenção de uma
espécie de dragão, desde que ele exista ao alcance. O
dragão leva 3d turnos para atender ao chamado.
 Oito Luas
Perceba que a magia apenas desperta seu interesse:
ela não concede qualquer controle sobre a fera, nem
garante que ela não vai atacar o invocador assim que
chegar...
Esta magia serve para atrair uma das seis espécies
de dragões elementais os mais comuns. A espécie
invocada depende do Caminho empregado:
Luz 5: Dragão Branco: este dragão glacial vive
apenas em áreas geladas, como os Picos Brancos.
Força 6, Destreza 6, Vigor 8, 25 PVs, Sopro 10
(frio/gelo). Focus 4 em Luz e 2 em todos os outros
Caminhos.
Invulnerável a ataques baseados em luz, frio ou
gelo, naturais ou mágicos.
Terra 5: Dragão Fada: este dragão com assas de
borboleta vive apenas em áreas florestais. Força 6,
Destreza 6, Vigor 8, 25 PVs, Sopro 10 (Paralisia).
Focus 4 em Terra e 2 em todos os outros Caminhos.
Invulnerável a ataques baseados em luz, frio ou
gelo, naturais ou mágicos.
Trevas 6: Dragão Negro: habitam pântanos e
cavernas. Força 8, Destreza 8 Vigor 8, 30 PVs, Sopro
12 (veneno). Focus 5 em Trevas e 3 em todos os
outros Caminhos. Invulnerável a ataques baseados em
ácido, veneno ou trevas, naturais ou mágicos.
Terra 7: Dragão Verde: vivem em montanhas e
florestas. Força 8, Destreza 10, Vigor 10, 25 PVs,
Sopro 12 (ácido). Focus 6 em Terra e 4 em todos os
outros Caminhos. Invulnerável a ataques baseados em
ácido, veneno ou terra, naturais ou mágicos.
Espirito 7: Dragão Quimera: podem ser
encontrados em todas as partes do mundo. Força 8,
Destreza 10, Vigor 10, 25 PVs, Sopro 12 (gas
venenoso). Focus 6 em Terra e 4 em todos os outros
Caminhos. Invulnerável a ataques baseados em ácido,
veneno ou terra, naturais ou mágicos.
Ar 8: Dragão Azul: dizem que estes dragões voam
eternamente e nunca precisam descer ao chão, mas
fazem seus ninhos nas montanhas. Força 10, Destreza
10, Vigor 10, 30 PVs, Sopro 14 (relâmpago). Focus 7
em Ar e 5 em todos os outros Caminhos. Invulnerável
a ataques baseados em ar e eletricidade, naturais ou
mágicos.
Água 9: Dragão Marinho: eles podem respirar
livremente sob a água e nadar tão bem quanto voam,
habitando o fundo dos oceanos e áreas costeiras.
Força 10, Destreza 12, vigor 12, 30 PVs, Sopro 14
(água). Focus 8 em Água e 6 em todos os outros
Caminhos. Invulnerável a ataques baseados em ácido,
veneno ou água, naturais ou mágicos.
Espiritos 9: Dragão Fantasma: vivem lifres sem
ter um lugar fixo. Força 10, Destreza 12, vigor 12, 30
PVs, Sopro 14 (Nuvem de Dreno de Energia). Focus
8 em Espiritos e 6 em todos os outros Caminhos.
Invulnerável a ataques baseados de Espiritos ou com
magias com esse caminho, naturais ou mágicos.
Fogo 10: Dragão Vermelho: o mais poderoso
dragão elemental, encontrado apenas em desertos e
crateras vulcânicas. Força 12, Destreza 12, Vigor 14,
35 PVs, Sopro 16 (fogo). Focus 9 em Fogo e 7 em
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
todos os outros Caminhos. Invulnerável a ataques
baseados em fogo natural ou mágico.
Corpo 10: Dragão Demonio: um dos mais
poderosos dragões, encontrado apenas em lugares
com fendas dimencionais. Força 12, Destreza 12,
Vigor 14, 35 PVs, Sopro 16 (Nuvem de Dreno de
vida) cajo uma vitima morra com este sopro, tornará
um zumbi ao comando do dragão. Focus 9 em Corpo
e 7 em todos os outros Caminhos. Invulnerável a
ataques baseados de Corpo e magias com esse
caminho.
Estas Características e Focus são típicos para
dragões jovens (os únicos que esta magia pode
invocar). Elas devem ser ajustadas em -2 para
filhotes, -1 para jovens, +1 para adultos maduros e até
+4 para dragões muito antigos.
Todos os dragões podem fazer até três ataques por
turno: duas garras (dano por Força), uma mordida
(dano por Força + 2d). Eles têm também Levitação,
Sentidos Especiais (todos), Telepatia e conhecem
praticamente todas as magias permitidas para seus
Focus. Todos os dragões têm a magia Pânico como
uma habilidade natural, que podem usar sem gastar
Pontos de Mana..
Cada Invocação corresponde a uma magia
diferente. Então, se você conhece as palavras mágicas
para invocar um dragão negro, este é o único tipo que
poderá convocar até aprender os demais tipos. Não se
conhece a existência de magias capazes de atrair
espécies mais raras.
Dragões são inteligentes e não aparecem
simplesmente diante de um bando de aventureiros
armados, esperando para serem mortos! Quase
sempre ele vai primeiro examinar a área de uma
distância segura com seus Sentidos Especiais, para ter
certeza de que não é uma armadilha, antes de se
revelar. No entanto, é certo que TODOS os dragões
possuem pelo menos um Código de Honra – e esse
pode ser seu mais importante ponto fraco, se os
aventureiros puderem descobri-lo...
Invocação do Elemental
Exigências: Corpo 3, Focus 2.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é muito semelhante à Criatura Mágica,
uma vez que faz surgir um ser mágico feito de um
único elemento. A grande diferença é que, em vez de
apenas criar uma forma animada e não vivente, a
magia invoca uma criatura viva de um outro plano.
Essas criaturas são conhecidas como elementais.
Todos os elementais são seres que possui
naturalmente as habilidades da magia Corpo
Elemental, sem limite de tempo ou gasto de Pontos
de Mana. Elementais invocados também podem ter
poderes extras por Focus elevados, dependendo do
Focus original do invocador. Os elementais são seres
inteligentes. Eles não precisam de supervisão
constante por parte do invocador para executar
189
 Oito Luas
ordens. Infelizmente, um elemental arrancado de seu
plano de origem tem como único desejo retornar o
mais rápido possível. Para isso ele tem duas opções:
cumprir uma missão para o invocador em troca de
liberdade, ou então matá-lo – o que provocaria o
cancelamento da magia, libertando a criatura. O mais
comum é que o elemental ataque primeiro e, se achar
que o invocador é poderoso demais para ser vencido,
só então vai seguir suas ordens.
Um elemental que tenha sido escravizado por
longos períodos pode tentar se vingar antes de voltar
para casa. Contudo, existem casos raros de elementais
que se tornam amigos do invocador e retornam
pacificamente sempre que ele chamar.
Cada Invocação de Elemental corresponde a uma
magia diferente. Existem versões raras desta magia
que permitem combinar tres Caminhos para invocar
elementais diferentes, muito mais poderosos:
A elementais do magma, do vácuo, do relâmpago
e outros. Esses seres têm os poderes e imunidades dos
dois Caminhos combinados.
Magias que não afetam Criaturas Mágicas também
não afetam elementais.
Invulnerabilidade
Exigências: Veja abaixo
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A Invulnerabilidade é uma magia rara, parecida
com Armadura Extra, mas melhor; sob seu efeito,
enquanto a magia durar, uma criatura é
completamente imune contra aquele tipo de dano.
Cada tipo de Invulnerabilidade corresponde a uma
magia diferente. Então, se você conhece as palavras
mágicas para Invulnerabilidade: Calor/Fogo, este é o
único tipo que poderá invocar até aprender os demais
tipos.
Cada tipo de Invulnerabilidade tem suas próprias
exigências:
Corte: Terra 3, Ar 2.
Perfuração: Terra 3, Luz 2.
Contusão: Terra 4
Explosão: Ar 4
Calor/Fogo: Fogo 4
Frio/Gelo: Ar 3, Trevas 2.
Luz/Raio Laser: Luz ou Trevas 4
Relâmpago/Eletricidade: Terra 4
Vento/Som: Ar 3, Terra 2.
Água/Ácido: Água ou Terra 4
Armas Mágicas: Focus 4 em três Caminhos
Qualquer ataque com Força: Focus 5 em três
Caminhos
Nenhuma destas raríssimas magias é ensinada por
Mestres.
Lança Purificadora de Oacanymuli, A.
Exigências: Luz 4, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
190 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia só está acessível aos devotos mais de-
dicados da deusa-sol. Com ela, o servo é capaz de
criar uma lança de arremesso com tamanho médio. A
lança apresenta um visual incrível, com vários enta-
lhes e inscrições gravadas, além de ser tão reluzente
quanto o ouro da Pirâmide do Sol. A Lança Purifica-
dora de Oacanymuli causa dano igual à 1d+2 pontos
de dano, por ponto de focus adicional. Entretanto, es-
ta magnífica arma mostra seu real poder contra mor-
tos-vivos e criaturas das trevas – que, diga-se de pas-
sagem, são seres protegidos pela deus Danever, ini-
migo mortal da deusa-sol. Como a Espada dos Justos,
a Lança de Oacanymuli é uma arma sagrada. Ela con-
fere ao seu portador um bônus de 1d6 nas jogadas de
dano ao lutar contra criaturas das Trevas para defen-
der-se contra ataques destas criaturas. Além destes
poderes especiais, a Lança Purificadora de Oa-
canymuli é capaz de curar maldições com um simples
toque, assim como a mágica Cura de Maldição. Esta
habilidade só pode ser utilizada uma vez por semana.
Lágrimas de Naster
Exigências: Luz 3, Terra 2, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta mágica pode ser lançada apenas sobre
aposentos. Uma vez realizada, qualquer ladrão em
seu interior terá suas habilidades reduzidas: todos os
testes envolvendo Crime ou suas Especializações
sofrem uma penalidade de +3, tornando muito difícil
um teste bem sucedido. Só os ladrões mais
habilidosos conseguem trabalhar nessas condições!
Lamina de Água
Exigências: Água 4.
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Magia que transforma a água em uma lamina
afiada que corta praticamente qualquer coisa,
causando um dano igual ao da arma +4. Só pode ser
usada em lugares onde há muita água.
Lança de Fogo
Exigências: Fogo 6
Custo: 3 Pontos de Mana ou mais
Duração: sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Essa magia forma uma lança de 2,00m de
comprimento. Ao atingir o alvo ela provoca um dano
de 6d. A magia também pode ser usada para acender
fogo.
Maldição do Aziago, A
Exigências: Terra 3, Trevas 3.
Custo: 2 pontos por alvo
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
 Oito Luas
Para o personagem que foi alvo desta magia, sau-
dações. Mas para aqueles que se aproximarem dele,
muito cuidado. Esta estranha e rara magia faz com
que o alvo esteja envolto por uma aura de azar. Ape-
sar dele próprio não sofrer efeito algum, todos aque-
les que estiverem perto dele sofrerão uma penalidade
de +1 em todos os seus testes. É possível aumentar os
efeitos desta magia a cada dois níveis de Focus adici-
onais, mas isto pode ser feito por mais duas vezes,
impondo àqueles que estiverem perto do alvo uma
penalidade de +3 em todos os seus testes. A Maldição
do Aziago é detectável por meios mágicos, mas ape-
nas as magias Desejo, Cura de Maldição e Cancela-
mento de Magia podem anulá-la.
Marca do Ímpio
Exigências: Luz 4, Corpo 1, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A Marca do Ímpio permite ao servo saber se uma
determinada pessoa cometeu algum tipo de crime
contra a integridade humana (estupro, lesão corporal,
assassinato...) durante um intervalo de três dias. Se is-
to for verdade, o alvo ficará envolto por uma aura
púrpura intensa e bastante chamativa (só para não di-
zer cafona...), a menos que tenha sucesso em um teste
de Vontade.
Marca do Ladrão
Exigências: Luz 4, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é uma versão da anterior. Ela é bastan-
te comum entre servos de tendência ordeira. A Marca
do Ladrão permite descobrir se o alvo furtou algum
objeto em um intervalo de três dias. Caso isto se con-
firme, o gatuno é envolvido por uma aura púrpura
idêntica à da magia anterior. O alvo tem direito a um
teste de Vontade se quiser evitar o constrangimento
de ser tachado como ladrão e, consequentemente, a
desconfiança das outras pessoas (especialmente das
autoridades, servos certinhos ou de aventureiros pen-
telhos com banca de herói).
Martelo Vigoroso de Seyller, O.
Exigências: Fogo 3, Terra 3, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
O Martelo Vigoroso de Seyller é uma dádiva da
deusa da coragem apenas aos seus devotos mais dedi-
cados e determinados. Esta magia permite ao servo
criar uma arma de contusão pesada, geralmente um
martelo, um mangual ou uma maça-estrela – qualquer
que seja o tipo, a arma deverá ser empunhada com as
duas mãos. A arma criada provoca F+7. Além disso,
a vítima precisa ter sucesso em um teste de Vigor ou
ficará atordoada por 1d6 rodadas. Neste estado, todos
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
os testes dela serão considerados difíceis, além de ser
incapaz de atacar, defender-se ou utilizar magias.
Membros Aderentes de Milliya, Os.
Exigências: Água 3, Espirito 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Conta-se que está magia foi utilizada pela primeira
vez por Milliya, uma sacerdotisa cruel que trouxe
problemas para o mundo há aproximadamente 300
anos. Segundo os relatos (escassos) da época, a prin-
cipal missão de Milliya era capturar seres humanos e
servi-los como oferenda à sua deusa, conhecida ape-
nas como a deusa-aranha (o verdadeiro nome da enti-
dade não consta nos registros oficiais).
Com esta magia, os membros do conjurador ga-
nham um incrível poder de aderência, assim como vá-
rios tipos de insetos e aracnídeos. Isto o permite esca-
lar paredes sem qualquer dificuldade. Ele pode, inclu-
sive, andar pelo teto de um aposento sem correr o ris-
co de queda. Caso alguém ou algo tente puxar o con-
jurador para fazê-lo descer, este último deve fazer um
teste de Força para continuar aderido à parede.
Para utilizar este feitiço, o conjurador não pode
segurar nenhum tipo de objeto (aliás, se isto aconte-
cer, o objeto ficará grudado nas mãos dele, e só sairá
caso o conjurador cancele a magia). Enquanto estiver
percorrendo por uma superfície qualquer, o conjura-
dor também não poderá invocar nenhuma magia que
exija alguma movimentação com as mãos, seja para
invocá-la, seja para dispará-la. Entretanto, ele pode
utilizar normalmente qualquer habilidade especial
que possa ser ativada com outras partes do corpo,
como olhos ou boca. Após Milliya ser derrotada por
um grupo de aventureiros, ninguém mais ouviu falar
da deusa-aranha, muito menos de seus sacerdotes.
Contudo, seria um tanto ingênuo supor que está di-
vindade tenha desaparecido. É provável que ela esteja
reclusa em algum local desconhecido, aguardando
uma nova oportunidade para atrair novos devotos e se
fortalecer.
Olho Vigilante de Oacanymuli, O
Exigências: Luz 6, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Esta magia é empregada pelos sacerdotes de Oa-
canymuli como uma defesa auxiliar em seus templos,
protegendo-os da ação de saqueadores e intrusos em
geral. O Olho Vigilante de Oacanymuli é uma espécie
de "versão" da própria deusa – uma esfera luminosa
com 30 cm de diâmetro, envolvida por uma coroa de
luz intensa, quase avermelhada.
Ao conjurar a magia, o servo precisa definir que
tipo de pessoas ou criaturas devem ser consideradas
"invasoras" – em geral, apenas os servos e combaten-
tes de Oacanymuli não o são. Todo o invasor que es-
tiver a uma distância igual ou inferior a 10 m do Olho
191
 Oito Luas
Vigilante será recebido com um raio luminoso (seme-
lhante ao raio laser dos cenários mais modernos), ca-
paz de provocar 6d pontos de dano por luz. A esfera
luminosa é capaz de fazer até três disparos por roda-
da, em todas as direções, mas sempre em alvos dife-
rentes. O Olho Vigilante de Oacanymuli possui 30
Pontos de Vida, Vigor 6, Invulnerabilidade contra
ataques de Luz e Elétrico, Armadura Extra contra Ca-
lor/Fogo e Frio/Gelo, Vulnerabilidade contra ataques
de Trevas.
Ossos Elásticos de Shariman, Os
Exigências: Água 3, Terra 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia também foi criada pelo conjurador
Shariman. Ao invocá-la, os ossos do conjurador tor-
nam-se tão flexíveis quanto borracha. Assim, ele tem
maior facilidade para realizar algumas proezas atléti-
cas. Conjuradores sob o efeito desta magia ganham
um bônus de +2 em testes de Escalada e Escapologia
(ou outras manobras atléticas a critério do Mestre), ou
podem realizar estas perícias mesmo sem conhecê-
las, através de um teste de Destreza.
Planta Carnívora Demoníaca
Exigências: Terra 4, Corpo 2
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
O usuário invoca uma planta demoníaca que tenta-
rá devorar o oponente. Cada sucesso (Inteligência +
Ocultismo) determina a categoria de tamanho e os
atributos físicos da planta. Ela ainda possui um ata-
que de mordida que adiciona um bônus de dois pon-
tos ao índice de dano letal. Pode-se invocar uma
quantidade de plantas igual ao seu Foco.
Permanência
Exigências: Terra 6
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma magia importante para fabricar itens
mágicos, mas também tem uma infinidade de outras
aplicações. Ela serve para tornar permanente qualquer
outra magia ou efeito, sem que os Pontos de Mana do
conjurador fiquem “presos’ nela. Então, um
conjurador pode usar Fogo 1 para criar uma espada
de chamas (com bônus de + 1 no dano) e depois
lançar sobre ela Permanência, para ter de volta o
Ponto de Mana que normalmente ficaria preso na
espada.
Permanência é usada para tornar criaturas mágicas
mais duradouras, aumentar a duração de ilusões, ou
ainda fixar um efeito mágico no corpo de uma
criatura.
192 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Com Terra 6, apenas magias e efeitos com Focus
1 podem receber Permanência; com Terra 7, apenas
magias e efeitos com Focus 2; e assim por diante.
O número máximo de magias ou efeitos que uma
criatura pode ter em seu corpo, através de
Permanência, é igual à sua própria Vontade.
Prisão em Espiral
Exigências: Focus 4
Custo: 2 pontos por alvo
Duração: Sustentável por 1d6 rodadas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia cria uma espiral capaz de imobilizar
um alvo de tamanho humano, como a vantagem Para-
lisia – para prender alvos maiores, o conjurador pre-
cisa gastar mais pontos de Focus. Se o alvo falhar em
uma disputa entre a Força contra a Força da magia,
ele sofrerá 2d pontos de dano e ficará imobilizado. A
Prisão em Espiral tem Força 4, e este valor aumenta
em 1 ponto a cada dois pontos de Focus. A cada nova
rodada, a vítima tem direito a um novo teste para li-
vrar-se da Prisão em Espiral. Se falhar, sofrerá 2d
pontos de dano por rodada. A espiral desaparece após
1d6 rodadas, ou se a vítima sofrer qualquer ataque,
seja físico ou mágico.
Por ter uma duração curta, a principal utilidade da
Prisão em Espiral é enfraquecer inimigos de forma
gradual, impedindo-o de agir e, simultaneamente, in-
fligindo dano a cada rodada.
Resplendor de Oacanymuli, O.
Exigências: Luz 5-8, Servo dos Deuses.
Custo: 5 pontos
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Conta-se que está magia é uma evidência cabal e
inequívoca do quanto Oacanymuli, a deusa-sol, gosta
de Danever, deus das trevas, da noite e dos mortos-
vivos.
O Resplendor de Oacanymuli é uma versão bem
mais potente da magia Luz. O servo é capaz de ema-
nar um intenso clarão luminoso com 5 m de diâmetro
para cada nível de Focus empregado na magia – mí-
nimo de 25 m. Quem for atingido por este clarão deve
fazer um teste de Vigor com uma penalidade de +1
ou ficará cego por 1d6 rodadas por nível de Focus
utilizado pelo servo no feitiço – no mínimo 5d6 roda-
das. Entretanto, o Resplendor de Oacanymuli só ma-
nifesta suas plenas características quando utilizado
contra mortos-vivos. Quando alguma destas criaturas
é afetada pela magia, além de precisar prevenir-se dos
efeitos da cegueira (cuja penalidade nos testes neces-
sários amplia-se para +2), deve fazer outro teste de
Vigor. Se falhar, sofrerá 2d pontos de dano por nível
de Focus empregado na magia – no mínimo, 5d6 de
dano. Se tiverem sucesso, este dano será reduzido à
metade. Caso o dano causado seja superior aos PVs
do morto-vivo, o corpo dele será desintegrado.
A utilização desta magia provoca muita raiva em
servos do Pai-Noturno e necromantes. Os primeiros,
 Oito Luas
por serem mortos-vivos, sentem-se intimidados com
um feitiço tão perigoso para suas vidas (ou seriam
não-vidas?). Os segundos, especialistas em criar mor-
tos-vivos, ficam profundamente irritados ao verem
suas criações – estas feitas à custa de muito trabalho,
suor e, principalmente, muito dinheiro – serem fulmi-
nadas em segundos por uma única magia.
Rocha Cadente, A.
Exigências: Ar 1, Terra 5.
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta temível mágica faz com que um meteoro caia
dos céus sobre a vitima, causando 6d de dano! O
conjurador não precisa de testes para acertar, mas a
vitima tem direito a uma tentativa de esquiva com um
modificador de +2. Por motivos óbvios, esta magia só
pode ser usada ao ar livre.
Qualquer criatura que tenha perdido mais da
metade de seus PVs com este ataque fica presa
embaixo do meteoro; vai precisar de um turno e um
teste bem sucedido de Força para se libertar. Se falhar
não sofre dano extra, mas só poderá tentar de novo no
turno seguinte.
Retardar Criaturas
Exigências: Terra 4
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: 1d6 rodadas, mais 1d6 por Focus adici-
onal.
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Também desenvolvida pelos conjuradores tempo-
rais, está poderosa magia é uma versão oposta de
Acelerar Criaturas, e também é igualmente desejada
por conjuradores guerreiros. Todos aqueles afetados
pela magia precisam fazer um teste de Vigor. Se fa-
lharem, o seu processo metabólico sofrerá um grande
retardo. Um personagem afetado por esta magia pode
se mover duas vezes mais devagar do que o normal,
seus testes de perícias envolvendo Destreza serão
considerados difíceis (incluindo ataques, esquivas e
manobras defensivas) e ganham um redutor de +2 em
suas jogadas de Iniciativa. O número de alvos e a du-
ração da magia seguem os mesmos princípios de
Acelerar Criaturas. Diferentemente de sua versão
oposta, Retardar Criaturas não provoca nenhum efeito
colateral em seus alvos, mas está magia demonstra
grande utilidade em combate, por submeter os adver-
sários a uma situação desvantajosa, e também em si-
tuações de fuga. Por isso, tanto conjurador ligados à
guerra ou a atividades criminosas (ladinagem, assas-
sinato...) desejam tanto aprendê-la.
Roubo de Vida
Exigências: Água 2, Trevas 2,
Custo: Padrão
Duração: Enquanto o toque durar (veja abaixo)
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Também conhecida como “A Mordida do
Vampiro”, esta magia permite ao conjurador roubar a
energia vital. O alvo deve fazer um teste de Vontade
com uma penalidade de +1: se falhar, ficará Insana
durante uma hora – ou menos, se a magia for
cancelada.
Semente da Morte
Exigências: Trevas 1, Terra 3
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular, Fetiche (semente)
Alcance: 1m por ponto de Foco
O personagem implanta uma semente no oponen-
te, que cria raízes que se espalham por todo o corpo
fazendo com que ele paralise e sofra uma morte rápi-
da, porém dolorosa. Siga o seguinte sistema:
- Implantar: Destreza + Arremesso + Terra resisti-
do por Vigor + Bloqueio. Se o alvo falhar no teste ele
não percebe a semente e não recebe o teste de resis-
tência para expeli-la.
- Brotando: A planta demora pelo menos 8 turnos
para brotar. Caso o alvo tenha percebido que está
com a semente, deve realizar um teste de Vigor +
Bloqueio e acumular um número de sucessos equiva-
lente ao nível de Terra do atacante, num teste prolon-
gado durante os turnos efetivos em que a semente es-
tiver brotando no adversário.
- Caso fracasse no teste, a semente paralisa ou ma-
ta o alvo, à escolha do personagem.
Soco Místico
Exigências: Ar 2, Água 2, Terra 2.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
O usuário pode aplicar um único golpe que causa
dano igual à Força + 2d. O ataque acerta
automaticamente, não sendo necessário teste algum.
Obviamente, esta mágica só pode ser utilizada contra
alvos que estejam a distancia de luta corpo-a-corpo.
Além de sofrer dano, a vitima do Soco Místico
deve ter sucesso em um teste de Destreza: se falhar,
será arremessada a uma distância igual a 10m para
cada ponto de dano que sofreu (após a jogada de
Vigor).
Teia de Aranha de Milliya
Exigências: Espirito 4
Custo: Padrão
Duração: Sustentável por 1 hora
Alcance: Padrão
A criação desta magia também é atribuída à sacer-
dotisa Milliya justamente por reproduzir uma habili-
dade aracnídea. A Teia de Aranha de Milliya permite
ao conjurador criar teias mágicas altamente adesivas
durante uma hora.
O conjurador pode utilizar está magia de duas ma-
neiras diferentes. Ele pode dispará-la sob a forma de
uma rede ou de um jato (cuja Força é 4), com capaci-
dade para imobilizar duas pessoas de tamanho huma-
no – para imobilizar mais alvos, o conjurador precisa
193
 Oito Luas
gastar dois pontos adicionais de Focus para cada alvo
extra. As teias mágicas também permitem ao conju-
rador deslocar-se de um ponto a outro por meio de fi-
os maleáveis disparados por suas mãos – a Força des-
tes jatos é 3. Personagens imobilizados pela Teia de
Aranha de Milliya não podem atacar, defender-se ou
utilizar magias que envolvam gesticulações. Os alvos
precisam ser bem sucedidos em um teste de Destreza
para evitá-la. Caso sejam presos pela teia, devem ter
sucesso em um teste de Força se quiserem livrar-se
dela. Dependendo da quantidade do material usada,
talvez o alvo precise fazer mais testes de Força para
escapar. A teia produzida por este feitiço é altamente
inflamável. Se alguém estiver imobilizado por uma
teia em chamas, suas chances de fuga serão maiores.
Entretanto, enquanto estiver preso, o alvo sofrerá
1d6+1 pontos de dano a cada rodada, sem direito a
testes de resistência.
Teleportação da Alma
Exigências: Espíritos 4
Custo: 2 pontos
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Magias de Nível Três
Abrigo de Kandara
Exigências: Ar 4, Luz 4, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Os locais encantados por esta magia são assidua-
mente frequentados em situações de guerra, assim
como em regiões assoladas por epidemias. Como
efeitos práticos, toda criatura alojada em um aposento
encantado pelo Abrigo de Kandara terá seus ferimen-
tos e doenças comuns curados com o dobro da velo-
cidade usual. Além disso, todas as magias de cura
conjuradas no local terão efeito máximo – não é ne-
cessário jogar os dados. Os fantásticos efeitos exerci-
dos pelo Abrigo de Kandara podem não funcionar
contra certas mazelas de origem mágica ou sobrena-
tural.
Amor Incondicional de Kandara
Exigências: Ar 4, Luz 4, Telepatia, Servo dos
Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Especial
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Esta é uma magia especial, conhecida apenas por
clérigos de Kandara muito dedicados em preservar o
amor entre as pessoas. É natural que estes clérigos te-
nham um espírito romântico e solidário.
194 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Esta magia possui as mesmas características da
magia Teleportação, mas apenas a alma do conjura-
dor é tele transportada. Se isto acontecer, seu corpo
será imediatamente transformado em pedra.
Na sua forma etérea, o conjurador só pode ser fe-
rido pelos mesmos meios efetivos contra mortos-
vivos etéreos. Entretanto, ele não pode ser esconjura-
do (afinal, não está morto. Apenas sua alma está "fa-
zendo um passeio" sem o corpo). Caso receba um fe-
rimento mortal enquanto está nesta forma, ou o corpo
petrificado seja destruído, a alma do conjurador será
imediatamente tele transportada para algum dos rei-
nos dos deuses. Obviamente, isto significa a morte do
conjurador. A Teleportação da Alma dura 1d4 horas.
Passado este tempo, a alma do conjurador será imedi-
atamente tele transportada de volta para dentro do
corpo. Após isto, o conjurador ficará esgotado, e seus
atributos físicos serão penalizados em -2 caso não
descanse por três horas consecutivas. Conjuradores
espiritualistas e teleportatores têm mais facilidades
para utilizar está magia. Eles precisam possuir Espíri-
tos 3. Além disso, eles podem conjurá-la gastando-se
apenas 1 Pontos de Mana.
Com o Amor Incondicional de Kandara, o servo
pode fazer com que uma pessoa alvo se apaixone por
outra, também à sua escolha. O afetado pela habilida-
de pode fazer um teste normal de Vontade para negar
o efeito. A cada 15 dias após o encanto, o alvo tem
direito a um novo teste. Caso o efeito permaneça por
90 dias, ele se tornará permanente. Os mensageiros
do amor, um tipo especial de bardo devoto de Kanda-
ra, podem utilizar está magia como uma habilidade
especial, sem custos, mas apenas uma vez por mês. Já
os servos da paz não possuem limites para o seu uso.
Contudo, nenhum seguidor da deusa autorizado a in-
vocar está magia pode fazê-lo por razões levianas
(com propósitos de manipulação, por exemplo). Isto
seria um pecado equivalente a qualquer violação das
Obrigações e Restrições às quais estes personagens
estão submetidos.
Árvore da Intenção Maligna
Exigências: Trevas 1, Terra 5, Corpo 1, Telepatia
1.
Custo: Padrão.
Duração: Sustentável.
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
O usuário cria uma planta parasita que atrai a ví-
tima com ilusões, fazendo-o ficar preso numa realida-
de angustiante até o momento de sua morte. Em ter-
mos de regra essa técnica é equivalente à Semente da
 Oito Luas
Morte. Se fracassar estará preso na ilusão para sem-
pre (ou até morrer).
Bomba de Luz
Exigências: Fogo 3, Luz 4.
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Esta magia lembra uma bola de fogo, mas
causando menos dano 2d. A bola tem 1m de
diâmetro, pode explodir em qualquer lugar, e não
queima, se pegar nos olhos provoca cegueira
temporária de 2d turnos.
Brilho do Espírito
Exigências: Espíritos 5
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Essa magia lança uma onda de choque que
ilumina com uma luz azul contra o alvo. Quando
causa dano, provoca a perda de PVs e também Pontos
de Mana na mesma quantidade. Causanda 10d de
dano.
Brilho Explosivo
Exigências: Fogo 5, Luz 2.
Custo: 7 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Uma bola de luz aparece na área alvo, criando
chamas azuis e brancas causando 10d de dano + Pon-
tos de Mana gastos.
Cajado em Cobra
Exigências: Trevas 3, Terra 2, Espirito 3.
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta mágica transforma um cajado, vara, galho de
árvore ou outro objeto de madeira semelhante em
uma cobra venenosa, totalmente sob seu controle. A
cobra tem Força 3, Destreza 4, Vigor 2, provoca 4d
de dano com mordida, mais veneno. Uma vitima
envenenada sofre um redutor de -1 em todas as suas
características e começa a perder 1 PV por turno até a
morte, ou até ser curada.
Caos Mental
Exigências: Trevas 8, Telepatia.
Custo: 1 ponto por criatura
Duração: Especial
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é uma das favoritas entre os conjura-
dores manipuladores de mente, pois quem for atingi-
do por ela estará praticamente a sua mercê. Ela tam-
bém é muito visada por conjuradores e servos loucos
ou com, no mínimo, um parafuso solto. Com o Caos
Mental, o conjurador pode fazer com que os alvos fi-
quem completamente desorientados. Caso falhem em
um teste de Vontade, seus reflexos começam a ficar
mais lentos, seu raciocínio torna-se confuso, seu cor-
po não reage direito às suas ordens e ficam incapazes
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
de realizar qualquer ação efetiva. Após a realização
da magia, o jogador que controla o conjurador deve
jogar o 1d6 para determinar o resultado exato do Ca-
os Mental em suas vítimas.
1) O personagem fica parado e executa alguma
ação sem relevância (coça a cabeça, espirra, boceja,
enfia o dedo no nariz...)
2) O personagem caminha em uma direção qual-
quer, determinada aleatoriamente pelo Mestre.
3) O personagem ataca um alvo qualquer (inclusi-
ve aliados)
4) O personagem age normalmente durante esta
rodada
5) O personagem perde o equilíbrio e cai (requer
uma rodada para se levantar)
6) Desmaio (o personagem sofre os efeitos da ma-
gia homônima)
A cada rodada, o personagem precisa fazer uma
nova jogada para determinar o efeito da magia. En-
quanto estiver confuso, todos os testes dos alvos se-
rão considerados difíceis. A duração do Caos Mental
é de 1d6 minutos para cada ponto de Focus utilizado
na magia.
Personagens com Destreza 1 ou menor, ou com
Conhecimento abaixo de 5 não têm direito a fazer tes-
tes de resistência para evitar esta magia. O Caos
Mental é inútil contra mortos-vivos e criaturas com-
pletamente sem conhecimento (mucos, gosmas...).
Cone de Gelo
Exigências Água 4, Ar 4.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Especial
Por ser um feitiço de nível avançado, o Cone de
Gelo é altamente cobiçado pelos conjuradores glaci-
ais e aficionados por mágicas ofensivas em geral.
Através dele, o conjurador fazem surgir de suas mãos
um cone feito de gelo com 10 m de comprimento por
5 m de diâmetro em sua parte maior. Quem estiver na
área de efeito deve ter sucesso em um teste de Vigor
(dificuldade 7) ou sofrerão 6d pontos de dano.
Além deste efeito, todos aqueles afetados pelo
Cone de Gelo devem fazer outro teste de Destreza –
independente de terem sofrido dano ou não. Se falha-
rem, ficarão congelados por 3d6 rodadas devido ao
frio. Personagens congelados não podem atacar, de-
fender-se ou lançar magias.
O conjurador se quiser, pode ampliar os poderes
do Cone de Gelo. Para cada ponto de Focus adicional,
o comprimento do cone aumenta em 2 m, e o seu di-
âmetro, em 1 m. O dano da magia e o tempo de con-
gelamento aumentam em 1d6 para cada nível de Fo-
cus investido. Por exemplo, um Cone de Gelo feito
com Água 5 e Ar 5 teria 12 m de comprimento por 6
m de diâmetro, causaria 8d6 de dano em seus alvos
e/ou congelá-los-ia por 4d6 rodadas.
Contra-Ataque Mental
Exigências: Fogo 4, Telepatia 4.
Custo: 2 Pontos de Mana.
195
 Oito Luas
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Uma versão mais poderosa e perigosa de
Armadura Mental, esta rara magia não apenas
bloqueia a mente do conjurador contra efeitos
telepáticos – mas também envia um golpe mental
como contra-ataque automático.
Quando uma criatura tenta usar Telepatia ou
qualquer magia mental contra um alvo com Contra-
Ataque Mental ativado, o atacante deve
imediatamente fazer um teste de Vigor. Falha resulta
em 1 d pontos de dano, que ignoram totalmente a
Armadura do atacante. Caso os PVs do atacante
cheguem a zero devido a esse contra-golpe, ele entra
em Coma (veja a magia de mesmo nome).
Corrupção do Fogo
Exigências: Fogo 2, Trevas 6.
Custo: 1-3 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular
Alcance: Padrão
Com esta magia o conjurador pode tirar o brilho
da chama de uma tocha, por exemplo. O conjurador
deve estar vendo a chama e então, deve falar e gesti-
cular; ao fazê-lo, a chama perderá seu brilho, porém
não perderá seu calor; ela irá começar a emanar escu-
ridão, ao invés de luz. Quanto maior a chama, mais
Pontos de Mana são necessários para poder mudá-la.
Caso o conjurador queira fazer isso com uma chama
de outro conjurador (que tenha convocado a chama),
deverá fazer um teste de Vontade contra Vontade; ca-
so vença, o conjurador perdedor não poderá mais
controlar sua chama (caso ela seja escurecida).
Criar Ovo de Verme
Exigências: Trevas 3, Espirito 4, Servo dos Deu-
ses.
Custo: 2 pontos
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
É considerada por muitos estudiosos como uma
das mágicas mais bizarras que existem. Com ela, um
servo pode criar um ovo a partir de tecidos orgânicos
do próprio corpo (conta-se que estes vêm do intestino
grosso). Quando pronto, o ovo é expelido pela boca
ou pelo reto. Este processo, além de hediondo, é ex-
tremamente doloroso para o servo e pode custar-lhe a
vida. Ele precisa fazer um teste de Vigor durante o
processo. Se for bem-sucedido, ele sofre 6d pontos de
dano e seu corpo fica muito debilitado (enquanto es-
tiverem assim, todos os seus testes são considerados
difíceis). Se falhar, o ovo rompe algum órgão ou teci-
do vital do corpo do servo acidentalmente, e este
morrerá de hemorragia interna em 2d6 rodadas se não
receber algum tipo de cura durante este período.
O ovo de um Verme leva uma semana para se
romper. Um filhote tem aproximadamente 30 cm de
comprimento, cujos atributos são F1, D0, V1, PVs 5,
cujos ataques causam 2d de dano, tanto a mordida
196 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
quanto o jato de veneno. Seu alimento favorito é ma-
téria orgânica viva ou morta. Um Verme atinge o li-
mite do seu crescimento em um ano, mas isto pode
acontecer mais rapidamente se este ingerir uma gran-
de quantidade de alimentos ao longo do tempo.
Esta magia pode ser usada em outro alvo além do
servo. Este servirá como hospedeiro da criatura, e so-
frerá no lugar do sacerdote as terríveis consequências
em geri-la. Para evitar esta horrenda situação, o alvo
precisa ser bem sucedido em um teste de Vigor com
penalidade de +1. As mágicas Cancelamento de Ma-
gia, Cura Total e Cura de Maldição também podem
livrá-lo dos efeitos nefastos desta magia.
Conta-se que um Verme gerado a partir desta ma-
gia é totalmente obediente àquele que o criou. No en-
tanto, isto nunca pôde ser comprovado. Para verificar
se tal afirmação é verdadeira ou não, o servo vai pre-
cisar tirar a prova (por sua conta e risco).
Cura de Maldição
Exigências: Luz 4, Água 4, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta poderosa magia pode curar aflições
normalmente munes a todas as outras formas de cura,
como a licantropia petrificação, envelhecimento
mágico e outras maldições – exceto a morte.
Qualquer doença que possa ser vencida com Cura
também pode ser erradicada com Cura de Maldição.
Contudo, esta magia não serve para restaurar Pontos
de Vida. Poucos servos têm poder para lançar esta
magia, e raramente o farão sem um bom motivo:
quase sempre um sacerdote vai exigir que um
aventureiro e seus colegas executem alguma missão
para sua ordem antes de remover uma maldição.
Dardos de Gelo
Exigências: Água 3, Ar 4.
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Faz com que o invocador atire numerosos dardos
de gelo diminutos. O dano é mínimo, 2d de dano, mas
causa muita dor (o alvo sofre um redutor de -2 em
suas habilidades até o fim do combate).
Defesa
Exigências: Luz 7
Custo: 10 Pontos de Mana, 1 ponto por turno.
Duração: sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria um escudo defensivo. Sua capacidade
defensiva é bem maior que a magia Criar vento
(Vigor + 20), mas usa muito mais poder mágico de
uma vez só. Por conta disso, só pode ser usada
poucas vezes por dia.
Destruir Espírito
Exigências: Espíritos 9
Custo: 30 Pontos de Mana.
 Oito Luas
Duração: instantânea tos. Desta forma, a veracidade dos depoimentos de
Ativação: Verbal, Gesticular. todos os presentes está praticamente assegurada.
Alcance: Padrão Explosão de Gelo
A mais poderosa magia espiritual envolve o alvo Exigências: Água 3, Ar 5.
em uma luz azul-esbranquicada, destruindo-o se ele Custo: 4 Pontos de Mana.
falhar em um este de Vontade (dificuldade 8). Afeta Duração: instantânea
somente criaturas dotadas de espírito. Precisa Ativação: Verbal, Gesticular.
concentre-se por 2 turnos. Alcance: Padrão
Domo da Serenidade Uma bola de gelo surge entre as mãos do
Exigências: Ar 4, Luz 4, Servo dos Deuses. invocador e pode ser lançada contra o alvo. Causando
Custo: Padrão 10d de dano criaturas reduzidas a 0 PVs ficam
Duração: Permanente até ser cancelada congeladas.
Ativação: Verbal, Gesticular. Explosão de Terra
Alcance: Apenas ao toque Exigências: Terra 7
Esta magia é utilizada na maioria dos locais sa- Custo: 4 Pontos de Mana.
grados dedicados a Eukary. Desta forma, qualquer Duração: instantânea
pessoa que entrar nestes locais terá de fazer um teste Ativação: Verbal, Gesticular.
difícil de Vontade. Se falhar, ela será incapaz de co- Alcance: Padrão
meter qualquer ato violento, seja através de ações, pa- Faz a terra sob o alvo explodir. Parecido com a
lavras ou pensamentos. Todos os templos da paz são Bomba de Terra, com a diferença que pode ser usada
encantados com uma versão mais potente do Domo em qualquer tipo de terreno. Como conseqüência,
da Serenidade – cujos requisitos necessários equiva- exige mais tempo de execução (2 turnos).
lem ao dobro da versão comum. Qualquer criatura Explosão Escura
que entre em algum destes templos não terá a mínima Exigências: Fogo 4, Trevas 4.
vontade de praticar qualquer violência, sem direito a Custo: 1-3 Pontos de Mana.
nenhum teste para resistir. Apenas altos servos de Duração: Instantânea
Eukary e os arautos conhecem está variante mais po- Ativação: Verbal, Gesticular.
derosa do Domo da Serenidade, e só podem utilizá-la Alcance: Padrão
ou ensiná-la a alguém com permissão da deusa. Em Esta é a versão negra da bola de fogo tradicional.
locais assolados pela guerra e pela barbárie, os tem- A magia é realizada da mesma maneira que o tradici-
plos da paz são amplamente procurados como refúgio onal, com a diferença de que as chamas serão negras
por fugitivos. Vítimas de alguma forma de violência (claro). Caso a vítima esteja num local escuro, ela não
também buscam abrigo e conforto nestes templos. poderá ver a bola de fogo negra vindo em sua dire-
Domo da Verdade Absoluta ção, logo, não terá direito a teste para se proteger,
Exigências: Ar 4, Terra 4, Servos dos Deuses. queimará sem saber o que está lhe matando...
Custo: Padrão Fios de Gelo
Duração: Permanente até ser cancelada Exigências: Água 4, Ar 3.
Ativação: Verbal, Gesticular. Custo: 3 Pontos de Mana.
Alcance: Apenas ao toque Duração: sustentável
Esta magia utilizada por servos dos mais diferen- Ativação: verbal, gesticular.
tes credos, mas todos eles são devotos de divindades Quando o invocador toca o chão ou uma parede,
ligadas à ordem, especialmente Muntus e Demian. fios de gelo correm através sa superfície tocada.
Assim como o feitiço Lágrimas de Naster, o Do- Causando 15d de dano todos aqueles em contato com
mo da Verdade Absoluta só pode ser lançado em apo- essa superfície, devem fazer um teste de Vigor
sentos. Após a conjuração da magia, toda criatura (dificuldade 8) ou se transformam em estatuas de
dentro do local encantado que quiser dizer uma men- gelo durante 1d horas.
tira precisará ser bem-sucedida em um teste difícil de Flecha Congelante
Vontade. Se falhar, não conseguirá dizê-la, por mais Exigências: Água 5, Ar 4.
que tente. Existe uma versão mais poderosa do Domo Custo: padrão
da Verdade Absoluta que, ao ser lançada em um apo- Duração: instantânea
sento, impede qualquer criatura que nele estiver de Ativação: Verbal, Gesticular.
proferir uma única mentira, sem direito a testes para Alcance: Padrão
resistir. Os requisitos para esta versão equivalem ao Varias flechas de gelo (uma por Pontos de Mana
dobro da versão comum, mas a forma plena do Domo gasto) aparecem em volta do invocador e voam em
da Verdade Absoluta só é conhecida por altos Servos direção do alvo.
de Muntus, Demian e de outras divindades ordeiras, Furacão Devastador
bem como por seus respectivos arautos. Altos servos Exigências: Ar 8-12
de Muntus costumam utilizar Domo da Verdade Ab- Custo: Padrão
soluta em prédios nos quais são realizados julgamen- Duração: 5 minutos
Ativação: Verbal, Gesticular.

Capitulo Seis: poderes MÁGICOS 197

 Oito Luas
Alcance: Padrão
Esta é uma das mais poderosas e destrutivas magi-
as da escola do Ar, embora seja dominada apenas por
uns poucos arcanos de nível avançado. Entretanto,
nenhum deles seria estúpido em invocá-la leviana-
mente, sob risco de perseguição por parte das autori-
dades ou de heróis sedentos por justiça. O Furacão
Devastador recebeu este nome devido aos grandes es-
tragos os quais é capaz de provocar. O conjurador é
capaz de criar um gigantesco turbilhão de ar com, no
mínimo, 20 metros de altura por 20 de diâmetro – pa-
ra cada ponto adicional de Focus, a altura e o diâme-
tro do furacão são aumentados em 5 m. O furacão é
capaz de arrastar qualquer coisa em um raio de 100 m
para o seu vórtice, com Força equivalente ao dobro
de Focus empregado na magia. Para evitar ser tragado
pelo furacão, o personagem deve fazer um teste de
Força com penalidade de +3 se o personagem estiver
a 20 m do centro – pessoas que estiverem em uma
distância inferior a esta não têm direito ao teste. Para
cada 20 m de distância do vórtice do furacão, o per-
sonagem ganha um bônus de +1 em seu teste. Ele
também receberá bônus no teste se conseguir algum
apoio firme e sólido (como se agarrar em uma cons-
trução de pedra). Quando alguém tenta movimentar-
se em uma área assolada por um furacão, ele o faz
com apenas 1/3 de sua velocidade normal. Criaturas e
objetos tragados pelo Furacão Devastador cairão de
uma altura igual à altura deste após os 5 minutos de
duração da magia. As consequências exatas provoca-
das no local de invocação são determinadas pelo
Mestre.
Fúria Guerreira
Exigências: Fogo 4, Telepatia 4.
Custo: 2 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Gesticular
Alcance: Padrão
Certos servos podem invocar sobre si mesmos
uma fúria guerreira que os favorece em combate.
Durante a fúria uma criatura luta melhor (Destreza +
1 e + 1d nos danos), mas não pode pensar claramente,
atacando o primeiro inimigo que vê pela frente. Além
disso, um personagem em fúria jamais pode se
esquivar, usar magia, usar uma Habilidade Especial,
ou qualquer outra Vantagem que conceda quaisquer
benefícios em combate. Esta magia permite
reproduzir esse efeito – seja lançando-a sobre um
guerreiro aliado para melhorar suas habilidades, seja
contra um inimigo para impedindo-o de usar outros
poderes. Criaturas que recebam a Fúria Guerreira
contra a sua vontade tem direito a um teste de
Vontade para negar o efeito. A Fúria só pode ser
invocada em situações de combate. Embora seja uma
magia sustentável, seu efeito cessa assim que a luta
termina; a criatura que estava em Fúria fica
imediatamente esgotada, sofrendo um redutor
temporário de +1 em todas as suas Características
durante uma hora.
Inversão de Valores
198 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Exigências: Luz 4, Trevas 4, Telepatia.
Custo: 2 pontos
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Esta é uma magia interessante tanto para conjura-
dores dominadores quanto trapaceiros. Ela altera
completamente a personalidade do alvo, fazendo com
que este aja de maneira contrária ao habitual. Uma
serva de Kandara solidária e prestativa agiria de for-
ma egoísta e individualista caso afetada por esta má-
gica. Uma pessoa dominada pela Inversão de Valores
é capaz de violar qualquer código de conduta que
possua, agindo sempre de maneira oposta.
Para evitar ser atingido por esta magia, o alvo pre-
cisa fazer um teste de Vontade com penalidade de +1.
Ele também pode livrar-se de seus efeitos caso o con-
jurador controlador assim o queira. Servos de deuses
ou personagens que possuam alguma Devoção ou
Código de Honra têm mais facilidade para ignorar os
efeitos do feitiço. Basta serem bem-sucedidos em um
teste de Vontade com bônus de +1.
Lança de Gelo
Exigências: Água 4, Ar 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Varias flechas congelante se juntam para formar
uma lança que ataca o alvo com mais frio.
Membros Elásticos de Shariman, Os.
Exigências: Água 4, Terra 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Atribui-se a criação desta magia ao lendário con-
jurador Shariman, um homem misterioso que combi-
na com perfeição suas habilidades mágicas com in-
críveis técnicas de malabarismo. Shariman é um ho-
mem Shaman, cujo único meio de sobrevivência é en-
treter as pessoas com seus números mágicos e artísti-
cos. Se por acaso você e seu grupo de aventureiros
encontrar um homem magro, pele morena, cujos úni-
cos itens de vestuário são um turbante e uma espécie
de sunga, ambos de cor branca, é muito provável que
tal pessoa seja o conjurador Shariman. Com esta ma-
gia, é possível esticar um membro qualquer do corpo
a até 10 metros de comprimento. O combatente pode
atacar seus alvos normalmente com socos e chutes,
mas estes golpes serão considerados como ataques à
distância.
Pânico
Exigências: Trevas 2, Telepatia 5.
Custo: 1 Pontos de Mana por criatura
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Quando esta magia é lançada contra uma criatura,
esta deve fazer um teste de Vontade. Se falhar, vai
 Oito Luas
ficar apavorada e tentar fugir do conjurador de
qualquer maneira, o mais rápido que puder. Uma
vítima em pânico não pode usar qualquer vantagem
ou magia - exceto aquelas que ajudem em sua fuga,
como esquivas, Transporte, Teleporte… O Pânico vai
durar até que a magia termine ou até que a vítima saia
do alcance da magia (o que pode ser difícil, se o
conjurador começar uma perseguição...). Personagens
ou criaturas que por algum motivo sejam imunes ao
medo – como certos servos, ou personagens sob
efeito de Fúria - nunca são afetados por esta magia.
Dragões, certos mortos-vivos e outras criaturas
têm esta magia como uma habilidade natural.
Petrificação
Exigências: Terra 7
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta é a temível magia que transforma criaturas
em pedra. Ela pode ser apenas ao toque. A vítima tem
direito a um teste de Vontade para negar o efeito.
Uma criatura transformada em pedra não esta
necessariamente morta: ela pode ser revertida ao
estado normal através de poções, pergaminhos ou as
magias Cancelamento de Magia, Cura de Maldição
ou Desejo. As “estátuas” de seres petrificados são
quase indestrutíveis, e não podem ser danificadas
com armas ou ataques normais – apenas por magia e
armas mágicas com Focus 5 ou mais. Caso sofra
qualquer dano, por mínimo que seja, uma criatura
petrificada estará morta.
Criaturas como a medusa, o basilísco, o cocatriz e
outros monstros têm a Petrificação como uma
habilidade natural, que podem usar livremente sem
gastar Pontos de Mana. Perceba que, nestes casos, a
petrificação NÃO é considerada uma magia – e,
portanto não poderia ser anulada com Cancelamento
de Magia.
Planta Sanguessuga
Exigências: Trevas 1, Terra 6, Corpo 2.
Custo: 5 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Foco
O conjurador invoca plantas terríveis que drenam
o sangue de suas vítimas. O sistema é o mesmo da
magia “Plantas Carnívoras Demoníacas”, porém adi-
cionalmente, caso consigam realizar um ataque bem
sucedido elas conseguem drenar uma quantidade de
pontos de vitalidade equivalente à metade do nível de
Plantas (arredondado para baixo) por turno. Até a
morte do alvo ou até a mágica ser cancelada.
O alvo deve realizar um teste de Força e obter um
número de sucessos iguais ao nível de Foco do ata-
cante de uma só vez (não cumulativo) para arrancar
essa planta. Pode-se invocar uma quantidade de plan-
tas igual ao Focus em Terra do conjurador.
Dano: Ver acima
Rajada de Magma
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Exigências: Fogo 6, Terra 3.
Custo: 1 Pontos de Mana
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com esta potente magia, os conjuradores do
magma destroem seus inimigos. Enquanto fala os
versos da magia, o conjurador de desenhar uma runa
em algum lugar do seu corpo (cabeça, mão, peito...);
a runa ficará marcada no corpo dele, enquanto o con-
jurador faz os gestos da magia. Ao terminar, a magia
explodirá, e soltará um jato de magma para a direção
que o conjurador apontar a runa; o jato causa 5d de
dano +2d por ponto de Focus adicional, do conjura-
dor.
Rastreio Visual
Exigências: Luz 3, Espíritos 5.
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma magia bastante útil quando você esti-
ver no escuro. O conjurador deve gesticular e invocar
as palavras mágicas; depois disso, o conjurador deve
escolher algo para que fique destacado em sua visão
(qualquer coisa que o conjurador já tenha visto); se o
conjurador escolher, ser humano (por exemplo), to-
dos as pessoas na visão do conjurador brilharão. A
escolha deverá ser de raça, gênero, etc.., mas nunca
algo específico (como a espada +4 de fulano) ou al-
guém específico (como o demônio chamado Astor).
A magia funciona para ver demônios ou vampiros ou
qualquer coisa que tenha corpo físico (espíritos estão
fora disso; mesmo que tenham possuído um corpo,
serão vistos como um homem comum; anjos em in-
vólucros também não são detectados).
Regeneração / Atrofiamento
Exigências: Água 4, Terra 4, Servo dos Deuses.
Custo: Especial
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Regeneração é uma das mais poderosas e incríveis
magias de cura, mas também uma das mais raras. Ela
possibilita a restauração completa de um membro
perdido por um alvo, não importando o tamanho ou
tipo. O processo é permanente e instantâneo, sem
quaisquer falhas no membro restabelecido. Ao reali-
zar a regeneração, o conjurador perde metade dos
seus Pontos de Mana, e precisa ser bem-sucedido em
um teste de Vigor com penalidade de +2 para não cair
desacordado. Em contrapartida, Atrofiamento provo-
ca a perda imediata de um membro caso o alvo seja
tocado pelo servo e falhar em um teste de Vigor com
penalidade de +1. A vítima não sofrerá dano nos PVs,
mas sentirá uma dor proporcional à perda do membro
– está normalmente violenta. Atrofiamento é uma
magia conhecida por altos servos de Skelkorn, Dane-
ver, Setnepres e divindades malignas em geral. Ne-
199
 Oito Luas
nhum servo ligado ao bem pode aprendê-la ou permi-
tir que alguém a utilize.
Regressão Mental
Exigências: Ar 3, Luz 3, Telepatia 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável por Focus×5 minutos
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia é utilizada não apenas por conjurador
desejosos em conhecer alguma informação importan-
te relativa ao passado de seu alvo, mas também por
arcanos dedicados em utilizar seus poderes para fins
terapêuticos. Com a Regressão Mental, é possível fa-
zer com que a mente do alvo volte ao passado. As-
sim, ele terá acesso às lembranças da época e se com-
portará da mesma maneira. Para cada ponto de Focus
utilizado, é possível fazer a mente do alvo regredir
1d6 anos. Este tem direito a um teste de Resistência
caso não queira ser afetado pela magia. A duração da
Regressão Mental é de cinco minutos por ponto de
Focus empregado nela. Após utilizá-la, o conjurador
fará uma série de perguntas relacionadas à época pas-
sada do alvo. Perícias de manipulação são altamente
recomendadas para fazê-lo responder a estas ques-
tões. Neste momento, o alvo tem direito a um teste de
Vontade. Se passar, ele não responderá à pergunta.
Conjurador ou servos com habilidades médicas cos-
tumam utilizar a Regressão Mental em pacientes ví-
timas de traumas profundos durante suas vidas. Com
a magia, pretende-se recuperar a época precisa na
qual este trauma surgiu, para em seguida tentar com-
batê-lo. Este tratamento não é 100% eficaz, mas trou-
xe resultados significativos em várias pessoas que o
experimentaram. Agora, elas podem dormir com
tranquilidade, sem pesadelos, crises de choro, para-
noia e outros efeitos decorrentes de traumas.
Retaliação
Exigências: Água 4, Trevas 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta estranha magia foi desenvolvida pelos conju-
rador probabilistas com o intuito de atormentar aque-
les personagens que dependem de ataques físicos para
causar algum dano. Com a Retaliação, toda vez que o
alvo causar algum dano físico (por Força ou Magias),
ele sofrerá imediatamente um dano igual, sem direito
a nenhum teste para preveni-lo. Para ativar a Retalia-
ção, o conjurador é obrigado a aproximar-se de seu
alvo e tocá-lo. Ele pode evitar os efeitos com um teste
de Vontade.
Retribuição
Exigências: Água 4, Trevas 3.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Semelhante à Retaliação, mas o próprio conjura-
dor é o recipiente desta magia. Toda vez que ele so-
200 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
frer algum dano físico, o atacante recebe imediata-
mente um dano igual, sem direito a testes de resistên-
cia para reduzi-lo e absorções por Armadura. As úni-
cas formas de a vítima sofrer um dano menor ou evi-
tá-lo completamente é se ela possuir Armadura Extra
ou Invulnerabilidade contra magia.
Qualquer ataque que atingi-lo seja por magia ou
armas, resultará em um contra-ataque fulminante e
inevitável. O atacante deve ser bem-sucedido em um
teste de Vigor com uma penalidade de +2 para sofrer
"apenas" 20 pontos de dano, ou morrerá instantanea-
mente. A magia Retribuição em sua forma mais po-
tente também possui um ponto fraco semelhante –
existirá sempre algum tipo de ataque ou criatura que
será capaz de vencê-la. Apenas os deuses do Panteão
podem lançar a versão absoluta da Retribuição. E di-
ficilmente (só para não dizer nunca) eles vão agraciar
algum mortal com este poder extraordinário.
Sono
Exigências: Luz 2, Terra ou Trevas 2, Telepatia 3.
Custo: 1 Pontos de Mana por criatura
Duração: Veja abaixo
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Uma versão mais poderosa da magia Desmaio, ela
consegue fazer suas vítimas adormecerem
profundamente se falharem em um teste de
Resistência +1. A magia dura dez minutos para cada
ponto de Focus do conjurador no Caminho
empregado (mas também pode ser Cancelada). Uma
criatura inconsciente conserva os Pontos de Vida que
tinha quando desmaiou, e vai despertar
automaticamente se sofrer qualquer dano. Mortos-
vivos, golens, Criaturas Mágicas e quaisquer outras
que não estejam vivas são munes a esta magia.
Criaturas com Resistência 5 ou mais também não
podem ser afetadas.
Sopro Congelante, O.
Exigências: Água 4, Ar 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável ou Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com o Sopro Congelante, o conjurador é capaz de
criar uma forte nevasca em uma área circular com 25
m de diâmetro. Quem estiver na área de efeito não
conseguirá enxergar coisa alguma – para efeitos de
jogo, considere que os personagens dentro da nevasca
estão cegos, com todas as penalidades inerentes a esta
condição. Além disto, eles devem fazer um teste de
Vigor para não serem imobilizados por 4d6 rodadas
devido ao frio intenso. Personagens congelados não
podem atacar, defender-se ou lançar magias. Há, con-
tudo, uma segunda utilidade para este feitiço. O con-
jurador pode concentrar todo o frio gerado pela mági-
ca na forma de uma grande bola congelante, capaz de
atingir todos em uma área de 1 m de raio para cada
nível de Focus – o raio mínimo, portanto, é de 4 m.
Quem estiver na área de efeito sofrerá 8d pontos de
dano.
 Oito Luas
Toque da Ametista
Exigências: Trevas 2, Terra 3, Espíritos 3.
Custo: 1 ponto por alvo
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Com esta magia, o conjurador pode transformar
qualquer coisa em uma pedra ametista (até o tamanho
de um barril); podem ser objetos ou seres vivos mé-
dios. Caso o conjurador queira fazer esta magia em
seres ou objetos maiores, a magia transformará o ser
ou objeto parcialmente (numa pessoa, a magia só
transformaria o braço ou perna em ametista). Espadas
e escudos podem ser cobertos por ametista, tornando-
os mais resistentes (as espadas ganharão um bônus de
+2 no dano). Esta magia não pode ser utilizada para
transformar pedras preciosas ou qualquer material
mais forte que a ametista (diamantes, rubis, esmeral-
das, etc..). Existe outra versão desta magia, mas que
transforma as coisas em topázio.
Toque da Aniquilação
Exigências: Trevas 4, Corpo 5, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Certamente, está magia é tão detestada pelos ser-
vos de boa índole quanto cobiçada pelos sacerdotes
malignos. O Toque da Aniquilação é a versão oposta
da Cura Total, e somente é conhecida por altos servos
de deuses como Skelkorn, Danever e Setnepres, e di-
ficilmente eles a ensinariam a qualquer pessoa sem
que está faça ao servo alguma proposta interessante
(pactos macabros, atos de vingança contra inimigos
do sacerdote ou qualquer coisa que a mente perversa
do servo possa imaginar). Ao ser atingida pelo Toque
da Aniquilação, o personagem deve fazer um teste de
Vigor. Se tiver sucesso, sofrerá os mesmos efeitos da
magia Desmaio. Contudo, se falhar, seus Pontos de
Vida serão reduzidos a zero. Se o alvo já estiver com
0 ou menos PVs, ele deverá fazer o teste com redutor
de –2/–20%. Se falhar, morrerá automaticamente.
Vale lembrar que, da mesma forma que a Cura Total,
o Toque da Aniquilação não pode ser usado duas ve-
zes em um mesmo alvo durante um prazo de 24 ho-
ras.
Assim como o Toque Doloroso e o Toque Profa-
no, está magia não funciona contra criaturas não-
vivas, como mortos-vivos, construtos e outras.
Toque do Unicórnio, O.
Exigências: Luz 3, Espirito 6, Código de Honra
(veja abaixo).
Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia pode ser usada apenas por personagens
que possuam o Código de Honra dos Heróis e / ou da
Honestidade – sendo muito raro encontrar
aventureiros com esta combinação. Através dela
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
pode-se invocar um unicórnio, uma das criaturas mais
nobres conhecidas.
Unicórnios têm tipicamente Força 6, Destreza 6,
Vigor 2, 20 PVs, Aceleração e Sentidos Especiais.
Eles possuem Cura e todas as magias de Teleportação
como habilidades naturais, que podem usar sem
gastar Pontos de Mana. Em estado selvagem, são as
criaturas mais ariscas do Mundo, sendo praticamente
impossível capturar ou mesmo se aproximar de um
deles.
Esta magia permite invocar o unicórnio apenas se
houver um deles ao alcance, geralmente nas florestas
remotas onde vivem. O unicórnio invocado surge em
2d turnos. Ele pode socorrer pessoas com seu poder
de cura ou teletransportar grupos, mas nunca vai se
envolver em combates; qualquer sinal mínimo de
agressão faz a criatura fugir.
Matar um unicórnio é um dos piores crimes que se
pode cometer contra a natureza, despertando a fúria
imediata da deusa Likky e Warguy: o criminoso
recebe imediatamente uma Maldição, sem ganhar
pontos por ela. Essa Maldição normalmente envolve
um bando de animais quaisquer que surgem do nada e
atacam a vítima todos os dias. (Ah, sim; vencer esses
animais em combate NÃO rende Pontos de XP.).
Voz de Warguy
Exigências: Ar 4, Espirito 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas o conjurador
A Voz de Warguy simula perfeitamente o Poder
Concedido básico dos servos da natureza. Através
desta magia, o conjurador pode conversar livremente
com qualquer tipo de animal. Os únicos problemas
que podem ocorrer durante esta comunicação vão de-
pender do conhecimento do animal. O servo pode
tentar utilizar está magia para estabelecer contato
com "monstros naturais", como grifos e dinossauros.
Contudo, as chances de sucesso desta tentativa são
bem menores (entre 25 e 30%). A magia Voz de Rut-
tra é mais eficiente neste caso.
Voz de Ruttra
Exigências: Ar 4, Corpo 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas o conjurador
Com o auxílio da voz de Ruttra, o servo pode se
comunicar com qualquer espécie de monstro inteli-
gente, assim como fazem os sacerdotes da deusa dos
monstros. Contudo, a compreensão nem sempre será
completa, pois isto vai depender exclusivamente do
conhecimento do monstro com o qual o conjurador
pretende estabelecer contato.
O servo pode utilizar a voz de Ruttra para tentar se
comunicar com animais. Contudo, a eficiência da
magia será bastante reduzida se empregada desta
forma (entre 25 e 30%). O feitiço Voz de Warguy é o
mais indicado neste caso.
201
 Oito Luas
Magias de Nível Quatro
Chamado para a Morte
Exigências: Terra 3, Água 3 Corpo 5.
Custo: 3 pontos por tentativa
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
A criação desta terrível magia é atribuída a Zaebe-
leth, dotada de uma mórbida curiosidade. Ela queria
saber o que as pessoas sentiam em seus momentos de
morte. Para alcançar este conhecimento, ela utilizava
um método no mínimo macabro, cujo procedimento
era provocar um ferimento mortal nas pessoas e per-
guntar a estas o que sentiam naquela hora. Zaebeleth
também costumava envenenar suas "cobaias" com es-
te mesmo intuito. O Chamado para a Morte afeta uma
área equivalente a 10×10×10m³. Quando invocada,
um personagem escolhido aleatoriamente é envolto
por uma aura púrpura durante algumas frações de se-
gundo. Após isto, outro personagem aleatório é esco-
lhido e acontecerá o mesmo. Em um determinado
momento, um dos personagens dentro da área de efei-
to será "eleito" pela aura. Se isto acontecer, ele deve
fazer um teste de Vigor penalidade de +2. Se tiver su-
cesso, sofrerá os mesmos efeitos da magia Sono. Do
contrário, morrerá instantaneamente.
Aviso: O Chamado para a Morte tem um efeito
colateral curioso e bem indesejável. O próprio conju-
rador realizador desta é igualmente afetado pela aura
púrpura, não importando se ele está ou não dentro da
área de efeito. Ou seja, existe o risco do próprio con-
jurador ser morto pela magia conjurada por ele mes-
mo. Conta-se que a Zaebeleth morreu durante os tes-
tes finais desta magia, sendo vítima de seus próprios
experimentos. Outros conjuradores que conheciam o
Chamado para a Morte também morreram acidental-
mente ao usá-la.
Chuva Congelante
Exigências: Água 6, Ar 4.
Custo: 10 Pontos de Mana.
Duração: permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Cria no ar uma formação esférica de gelo que
dispara continuamente pequenas estacas de gela na
área de efeito causando 15d (5d nas rodadas
seguintes). Todos na área (incluindo o invocador!)
sofrem o efeito da magia. Por ser uma magia
incompleta, a magia é permanente e o invocador não
tem nenhum, efeito sobre ela.
Coma
Exigências: Trevas 6, Telepatia 4.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
202 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
É uma felicidade que apenas uns poucos
conjuradores necromantes conheçam esta raríssima
magia, e menos ainda possam usá-la – apenas
telepatas. Caso consiga tocar a vitima (o que pode
exigir um teste bem sucedido de Destreza), ela deve
fazer um teste de Vontade -1. Se falhar, seus Pontos
de Vida caem imediatamente para zero e ela cai
inconsciente, ainda viva, mas em estado de
congelamento.
Sob efeito do Coma a vítima não envelhece, e
após um ano nesse estado a maioria das doenças,
venenos ou maldições deixam de funcionar. Por esse
motivo um conjurador pode usar o Coma sobre si
mesmo como medida de emergência, para preservar
sua vida (usada sobre si próprio, à magia não exige
Telepatia). Dizem que vários necromantes poderosos
podem estar escondidos em coma, esperando por
alguma pessoa ou evento que venha despertá-los.
Uma vitima desta magia não pode ser despertada
por meios mundanos, mesmo que receba dano.
Apenas Cancelamento e Desejo podem interromper o
Coma.
Conjurar Verme
Exigências: Terra 4, Trevas 4, Espirito 4, Servo
dos Deuses.
Custo: 5 pontos
Duração: Sustentável por 1 hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Com ela, é possível conjurar o Verme, uma ser-
pente terrestre de grande tamanho e com uma aparên-
cia hedionda. Tem uma boca enorme e repleta de
dentes grandes e afiados. Ele não possui olhos e se
orienta através de seu olfato aguçado. Os atributos de
um Verme são os seguintes: a criatura possui F7, D2,
V7, cujo ataque básico causa 6d de dano e pode expe-
lir um jato de veneno que causa 3d de dano. Ele tam-
bém produz uma gosma altamente pegajosa para faci-
litar sua locomoção quando não está no subterrâneo
(assim como as lesmas e caramujos). Se algum infeliz
tiver o azar de ser imobilizado pela gosma, ele preci-
sa ter sucesso em dois testes de Força para escapar.
Ao conjurar o Verme, o servo não mostra nenhum
controle sobre a criatura, que atacará tudo o que esti-
ver no caminho, exceto o próprio conjurador. O san-
gue de um Verme mostrou-se um veneno potente, ca-
paz de matar uma pessoa em segundos se tocar a pele
da vítima ou provocar morte instantânea se, de algu-
ma maneira, o veneno for ingerido. Um teste difícil
de Vigor seria a única forma de se evitar a contami-
nação. O envenenamento só pode ser anulado através
da magia Cura Total.
Corpo Elemental Secundário
Exigências: Focus 5 em dois caminhos não opos-
tos
 Oito Luas
Custo: Padrão
Duração: Sustentável por uma hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta é uma versão da magia Corpo Elemental, rea-
lizada com os Caminhos Secundários da magia, como
o magma, o gelo e a eletricidade. Apesar dos pré-
requisitos serem mais exigentes (Focus 5 em dois
caminhos), os poderes desta versão são maiores, pois
combinam as principais características dos dois ele-
mentos componentes deste feitiço. O conjurador, sob
efeito do Corpo Elemental Secundário, não precisa
respirar e torna -se imune a venenos e doenças, ata-
que físico comuns ou baseado em seus respectivos
elementos. Entretanto, pode ser ferido por ataques ba-
seados em por elementos opostos ou na combinação
entre eles, sejam estes comuns ou mágicos – um con-
jurador encantado com o Corpo Elemental do magma
é imune a fogo, terra e ao próprio magma, mas é vul-
nerável à água, ar e gelo. Esta é uma das principais
desvantagens da magia Corpo Elemental feita com
caminhos secundários: o conjurador torna-se vulnerá-
vel a um número maior de ataques.
Fumaça (Fogo+Ar): o conjurador pode se trans-
formar em fumaça pura, sendo capaz de atravessar
qualquer lugar que não esteja hermeticamente fecha-
do. Pode utilizar está forma para sufocar as suas víti-
mas (use as regras descritas na magia Asfixia para es-
te caso). Com Focus 6, pode voar como se tivesse à
vantagem Levitação. Com Focus 7, o conjurador se
torna uma nuvem incendiária, capaz de queimar tudo
o que estiver em seu alcance. Criaturas e objetos to-
cados pela nuvem sofrem 6d pontos de dano por ro-
dada enquanto estiverem na área de efeito.
Magma (Fogo+Terra): o conjurador pode se
transformar em magma líquido, sendo capaz de pene-
trar lugares estreitos com facilidade, além de provo-
car um dano de 6d em tudo o que tocar. Com Focus
6, o conjurador recebe Armadura Extra contra todos
os ataques feitos com Força e Magia de Fogo. Com
Focus 7, ele pode disparar rajadas de magma cujo da-
no é de 10d, sem nenhum custo em energia.
Cores e Brilhos (Fogo+Luz): o conjurador pode
alterar livremente a cor de sua pele para camuflar-se
– as roupas e pertences pessoais também mudam de
cor. Desta forma, pode ficar invisível em qualquer
ambiente. Ele também pode se transformar em uma
imagem pura, sendo capaz de atravessar brechas e
adentrar-se em superfícies transparentes – no caso de
superfícies translúcidas, o conjurador precisa ter su-
cesso em um teste de Destreza para conseguir atra-
vessá-la.
Com Focus 6, pode utilizar a sua habilidade para
manipular as cores e hipnotizar vítimas por 4d roda-
das. A vítima tem direito a um teste de Vontade para
resistir. Cada ponto de Focus adicional aumenta a du-
ração da hipnose em 1d rodadas e impõe um redutor
cumulativo de +1 nos testes de resistência do alvo,
até um limite de +3.
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Cinzas ou Fogo Negro (Fogo+Trevas): o conju-
rador recebe os mesmos benefícios do Corpo Elemen-
tal do fogo com alguns acréscimos: ele pode disparar
jatos de cinza que podem cegar um alvo por 1d6 ro-
dadas se atingi-lo. O conjurador também pode se
transformar em cinza pura e valer-se desta forma para
asfixiar suas vítimas (use as regras descritas na magia
Asfixia para este caso).
Gelo (Água+Ar): o conjurador se transforma em
gelo puro, cujo toque pode congelar rapidamente
quase tudo 4d. Com Focus 6, recebe Armadura Extra
contra ataques de Corte e Perfuração. Com Focus 7,
pode disparar fagulhas congelastes e afiadas com 10d
de dano.
Lama (Água+Terra): o conjurador se transforma
em lama. Neste estado, além de poder penetrar em
lugares estreitos, é capaz de esconder-se perfeitamen-
te em terrenos lamacentos, misturando-se ao material.
Seu corpo maleável permite ao conjurador envolver
inimigos e imobilizá-los por algumas rodadas (Parali-
sia). Com Focus 6, ganha Armadura Extra contra ata-
ques de Corte e Perfuração. Com Focus 7, pode dis-
parar bolas de lama capazes de imobilizar os alvos
por algum tempo se eles falharem em suas tentativas
de esquiva.
Vapor (Água+Luz): o conjurador se transforma
em vapor e pode entrar por qualquer brecha existente.
Com Focus 6, ganha a habilidade de voar (Levitação)
e pode regenerar 1 PV a cada dois turnos. Com Focus
7, pode fazer o mesmo em apenas um turno. Já com
Focus 8, o conjurador pode regenerar 2 PVs por tur-
no.
Veneno (Água+Trevas): o conjurador transforma
-se em veneno líquido. Um toque de suas mãos é o
bastante para infectar qualquer alvo com um forte ve-
neno, cujo efeito é provocar 1 ponto de dano na víti-
ma a cada dois turnos. Com Focus 6, a vítima sofre 1
ponto de dano por turno. Com Focus 7, o dano do ve-
neno é de dois pontos por turno. Para cada ponto de
Focus em que está magia é conjurada acima de 5, a
vítima sofre uma penalidade de +1 em seus testes de
resistência para evitar o envenenamento, até o limite
de +3.
Eletricidade (Ar+Luz): o conjurador torna-se
eletricidade pura, sendo capaz de mover-se a uma ve-
locidade muito maior que o normal (vantagem Acele-
ração), além de eletrocutar qualquer coisa que tocar
4d. Com Focus 6, pode voar como se tivesse à vanta-
gem Levitação. Com Focus 7, pode disparar descar-
gas elétricas com 10d. Com Focus 8, pode mover-se
na velocidade da luz e viajar normalmente através de
correntes elétricas. Nestas condições, recebe D+5 e a
vantagem Ataque Múltiplo.
Vácuo (Ar+Trevas): o conjurador torna-se uma
sombra incapaz de emitir qualquer ruído – desta for-
ma, não pode utilizar outras magias enquanto o Corpo
Elemental do vácuo estiver ativo. Ele pode sufocar
uma vítima, impedindo-a de pedir ajuda – como o
som não se propaga no vácuo, então a vítima não po-
derá gritar por socorro. Com Focus 6, ele pode voar e
203
 Oito Luas
recebe Armadura Extra contra ataques de Contusão e
Perfuração. Com Focus 7, pode tornar-se plenamente
invisível em locais escuros.
Cristais (Terra+Luz): o conjurador torna-se in-
teiramente feito de cristal, cuja principal vantagem é
refletir qualquer ataque baseado em energia de volta
para o oponente (Reflexão, mas efetiva apenas nestes
casos). Com Focus 6, ganha Armadura Extra contra
qualquer ataque baseado em Força ou Magia. Com
Focus 7, pode disparar pedaços de cristal afiados com
10d.
Pó/Corrosão (Terra+Trevas): o conjurador pode
se transformar em uma nuvem de poeira. Assim, é
capaz de penetrar por qualquer fresta ou sufocar opo-
nentes, matando-os de forma lenta e agonizante. Com
Focus 6, torna-se capaz de voar. Com Focus 7, o con-
jurador ganha à habilidade de degenerar qualquer ma-
terial que tocar – metais enferrujam, plantas definham
e carne apodrece se tocadas por alguém encantado
com o Corpo Elemental da corrosão. Em seres vivos,
o toque tem 2d de dano por rodada de exposição e,
além disso, os alvos precisam fazer um teste de Vi-
gor. Se falharem, as partes atingidas entrarão em ne-
crose.
Criar Área de Magia Caótica
Exigências: Água 5, Trevas 5.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Este é uma mágica conhecida por pouquíssimos
conjurador de Eydos. Através de vários estudos e ex-
periências, eles conseguiram reproduzir os efeitos das
áreas de magia caótica, embora com intensidade bem
menor.
Com este feitiço, todos os usuários de magia den-
tro de uma área de 5×5×5 m³ vão precisar lançar o d6
durante a conjuração de qualquer efeito mágico, da
mesma forma que os estranhos conjuradores do caos.
Para cada resultado obtido no dado, um efeito dife-
rente acontecerá:
1) Sucesso Máximo: a magia tem seu efeito má-
ximo e os alvos precisam fazer um teste de Vigor -1
para resistir a ela.
2) Sucesso: a magia funciona normalmente.
3) Efeito Inesperado: a magia funciona de uma
forma inesperada, talvez dando origem à outra magia
– o Mestre define os efeitos exatos.
4) Alvo Trocado: a magia funciona em outro alvo
próximo.
5) Falha: a magia não funciona, mas não é consu-
mida.
6) Falha Máxima: a magia não funciona e ainda
assim é consumida. O conjurador sofre um efeito ne-
gativo à escolha do Mestre.
Esta magia é utilizada pelos conjurador de Eydos
em conjunto com outros feitiços defensivos para
manter invasores e curiosos longe de locais conside-
rados importantes. Apesar de existirem chances das
magias lançadas pelos intrusos funcionarem com per-
204 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
feição (ou simplesmente funcionar), eles certamente
se sentirão receosos em conjurá-las caso percebam as
reações estranhas provocadas por Criar Área de Ma-
gia Caótica, especialmente quando aquela bola de fo-
go caprichada criada pelo conjurador do grupo atingir
o colega mais frágil, para sua surpresa e desespero (já
que, neste exemplo, não deve ter sobrado nada do al-
vo...).
Dádiva de Eydos
Exigências: Ar 4, Luz 6, Servo dos Deuses.
Custo: 1 ponto
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta espetacular magia é a versão oposta de Lá-
grimas de Eydos, dizem os clérigos deste deusa. Toda
criatura que for tocada por este feitiço receberá de
imediato 1 ponto de Focus ou o Aprimoramento Má-
gico A forma como estes pontos serão gastos fica a
cargo do lançador. Ao ser agraciado com estes pode-
res mágicos, o alvo pode desenvolvê-los de forma
normal, através da prática, treinamentos especiais, ar-
tifícios mágicos ou acordos com seres poderosos.
Criaturas que já possuam poderes arcanos não podem
ser alvos deste feitiço. Acredita-se que o mestre Kol-
cor e Gwen, arautos do deus da magia, sejam os úni-
cos seres em toda Elltar capazes de invocar a Dádiva
de Eydos. Eles só fariam isto com permissão do pró-
prio Eydos, e apenas se o alvo cumpriu alguma mis-
são importante para a ordem da magia ou, de alguma
forma, caiu nas graças da deusa.
Distorção Temporal
Exigências: Terra 6, Luz 4.
Custo: 3 pontos, mais 1 por Focus adicional.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é mais uma demonstração do quão é
poderosa a escola dos conjuradores temporais. A Dis-
torção Temporal possibilita ao conjurador avançar ou
recuar o tempo de uma área determinada em 1d6 mi-
nutos por nível de Focus utilizado. O espaço afetado
é de 3×3×3m³, mas ele pode ser ampliado conforme o
nível de Focus empregado na magia. Quando a Dis-
torção Temporal é utilizada para regredir o tempo,
todos os efeitos provocados pelas ações dos persona-
gens alvos serão cancelados, já que estas serão rever-
tidas e, em seguida, reiniciadas.
A única maneira de se evitar a magia é se os per-
sonagens forem bem-sucedidos em um teste de
Vontade com uma penalidade de +2. Se isto aconte-
cer, a Distorção Temporal deixa de funcionar instan-
taneamente.
Dominação Total
Exigências: Trevas 6, Telepatia 5.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
 Oito Luas
Esta é a mais poderosa magia de controle mental
conhecida, e felizmente poucos em Elltar têm poder
suficiente para usá-la. A vítima deve fazer um difícil
teste de Vontade. Se falhar, torna-se um escravo total
do conjurador, incapaz de desobedecer qualquer
ordem sua e capaz de sacrificar a própria vida em sua
defesa. Tudo que a pessoa Dominada era ou
acreditava não importa mais – sejam Devoções,
Protegidos Indefesos, Códigos de Honra ou qualquer
outra coisa. Entre as aventuras cantadas pelos bardos,
as mais difíceis envolvem resgatar um herói nobre ou
uma pessoa inocente escravizada por Dominação
Total, a serviço de algum vilão ou monstro (dragões
vermelhos são conhecidos por fazer escravos com
esta magia). O problema está em vencer essa pessoa
sem matá-la, ou reunir poder suficiente para Cancelar
a magia.
Fome Cadavérica
Exigências: Trevas 6, Espíritos 6, Telepatia.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Os infelizes afetados por este macabro feitiço te-
rão suas vidas transformadas em um grande pesadelo.
Se as vítimas da Fome Cadavérica falharem em um
teste de Vontade, eles sofrerão um tipo de Dependên-
cia característica dos mortos-vivos – alimentar-se de
sangue, carne fresca ou putrefata, energia vital etc. –,
bem como todos os defeitos provocados por esta des-
vantagem caso a fome não seja saciada. A espécie
exata de Dependência será definida pelo Mestre.
Frustração de Eydos
Exigências: Ar 6, Luz 6.
Custo: 6 pontos
Duração: Permanente até ser cancelada
Alcance: Apenas ao toque
O nome deste feitiço é bastante curioso. Alguns
seguidores de Eydos contam que seu deus fica contra-
riado toda vez em que está magia é utilizada, devido
ao fato desta última restringir a liberdade de prática
das artes arcanas nos locais encantados. A Frustração
de Eydos, assim como vários outros rituais vistos nes-
te grimório, só pode ser empregada em aposentos.
Enquanto um determinado local estiver sobre o efeito
desta magia, o poder mágico de quaisquer criaturas
ou itens será reduzido pela metade. Magias com Fo-
cus 1 terão falha automática, e seres com apenas 1
ponto de Focus nos Caminhos não poderão lançar
magias.
Fúria do Oceano, A.
Exigências: Água 10, Servo dos Deuses.
Custo: Especial
Duração: Especial
Alcance: Especial
Em diversas regiões costeiras de Elltar acredita-se
que o Zigyr irá castigar implacavelmente os seres do
mundo seco caso eles desrespeitem o mar e os seres
vivos que nele habitam. Este castigo viria sob a forma
de uma onda gigantesca capaz de varrer cidades intei-
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
ras do mapa. Apesar desta magia ser considerada co-
mo uma lenda pela maioria dos habitantes do litoral,
muitos deles preferem não arriscar a serem alvo das
severas punições que o Oceano destina aos ímpios e
exploram o mar de forma responsável – apesar de
existirem alguns "nós cegos" que ocasionalmente fo-
gem a esta regra. Bons meninos!
A Fúria do Oceano raramente foi utilizada por
servos dos mares. No entanto, as contáveis ocasiões
em que ela foi empregada entraram para a História,
pois todos os locais afetados pela onda gigantesca fo-
ram reduzidos a meras ruínas. O poder deste ritual
varia de acordo com as circunstâncias, ou melhor, o
humor do deus dos mares. A onda criada pela Fúria
do Oceano pode ser capaz de destruir "apenas" uma
pequena cidade. Entretanto, ouviu-se falar de um caso
no qual a onda foi capaz de devastar aldeias inteiras
em uma extensão de centenas de quilômetros. Após
conjurar este colossal feitiço, o servo perde metade de
seus Pontos de Mana. Por razões um tanto óbvias, ele
precisa estar próximo a uma região marítima para uti-
lizar a magia ou, do contrário, nada feito.
A Fúria do Oceano só pode ser invocada uma vez
por ano e apenas com autorização da própria deusa
dos mares. Se o servo tentar conjurá-la por razões le-
vianas será vitimado por uma terrível maldição, por
meio da qual será transformado em algum tipo sim-
ples de criatura subaquática, como um coral, um pó-
lipo ou uma reles alga marinha...
Invocação da Fênix
Exigências: Fogo 3, Ar 5, Luz 5.
Custo: 10 Pontos de Mana.
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Através dela é possível invocar o lendário pássaro
fênix, que leva 1 d turnos para atender ao chamado.
As aves fênix são criaturas muito inteligentes; nobres;
elas não obedecem a ordens, mas estarão sempre
prontas a lutar por uma causa justa. Uma fênix tem
Força 10, Destreza 12, Vigor 12, 35 PVs, Fogo 5, Luz
3, Ar 3, Água 3 (apenas para curar); Levitação e
Telepatia. Uma fênix sempre ganha a iniciativa em
combate. Em casos extremos a ave pode se sacrificar,
explodindo em uma chuva de chamas que provoca
dano de 10d de dano em todos os inimigos (mas não
aos aliados) a até 100m. Dessa chuva se originam 1d
jovens fênix, pois é assim que elas se reproduzem: a
fênix nasce apenas como fruto de um sacrifício
heróico.
Lágrimas de Eydos
Exigências: Ar 4, Trevas 6.
Custo: 1 Pontos de Mana.
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Dizem os servos de Eydos que seu deus verte
lágrimas cada vez que esta magia é lançada – pois ela
remove totalmente as habilidades mágicas de uma
criatura.
205
 Oito Luas
O alvo tem direito a um teste de Vontade -3 para
negar o efeito. Se falhar, suas habilidades de aprender
e lançar magias desaparecem para sempre (ele perde
todos os poderes).
Não é possível reverter à perda, somente com a
magia Desejo.
Muralha de Espinhos Venenosos
Exigências: Água 4, Trevas 4, Terra 4.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é utilizada por Especialistas selvagens
druidas ou conjuradores naturalistas para proteger lo-
cais considerados importantes por eles. Ela cria uma
muralha de espinhos com 50 m³ de volume, distribuí-
dos a critério do conjurador. Os espinhos que com-
põem a barreira mágica são altamente venenosos.
Quem os tocar deve fazer um teste de Vigor (dificul-
dade 8). Se passar, o personagem sofrerá 2d pontos
de dano por veneno. Em caso de falha, além de sofrer
este dano, ele começará a perder 2 PVs por rodada até
a morte.
O conjurador, se desejar, pode mudar a muralha
de lugar apenas com um simples pensamento – ela se
movimenta igual ao invocador, ou seja, o mesmo des-
locamento de quem invocou a magia. Ele também
pode fazer a muralha "disparar" os espinhos em todas
as direções, caso pretenda ferir vários alvos em posi-
ções diferentes – os alvos podem fazer um teste de
Destreza para escapar dos espinhos. Após o "dispa-
ro", a muralha criará novos espinhos em uma hora ou,
caso o conjurador gaste mais 2 Pontos de Mana, os
espinhos surgirão na rodada seguinte. Ao utilizar está
habilidade da Muralha de Espinhos Venenosos, o
conjurador só precisa tomar cuidado para não ficar no
caminho dos espinhos, senão as consequências serão
bem doloridas para ele.
Revelar Conhecimento
Exigências: Terra 5, Luz 5.
Custo: 5 pontos
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta magia é uma das maiores preciosidades da
ordem de Demian e, por isso, apenas os seus servos
mais experientes têm acesso a ela. Com Revelar Co-
nhecimento, o conjurador pode descobrir toda a ver-
dade sobre uma pessoa ou item apenas colocando a
mão sobre o alvo e proferir as palavras de ativação do
feitiço. Desta forma, o usuário terá informações ine-
quívocas e detalhadas sobre a origem, características
e fatos relacionados à pessoa ou item analisado. Se
esta magia for utilizada contra a vontade do alvo, ele
pode evitá-la se tiver sucesso em um teste de Vontade
com uma penalidade de +1. Apesar de seu poder evi-
dente, Revelar Conhecimento pode não funcionar
com determinados tipos de alvos, como artefatos ou
seres únicos e muito especiais. O conjurador só teria
206 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
acesso a informações precisas sobre eles se esta for à
vontade dos deuses.
Terremoto
Exigências: Terra 9.
Custo: 1 Pontos de Mana para cada 4d de dano
(veja abaixo)
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta magia é uma versão duas vezes mais
destrutiva de Explosão, mas, com efeito, apenas sobre
o solo. Para cada Ponto de Mana gasto em Terremoto,
ele causa 4d de dano no ponto de impacto. O dano se
reduz em 1d para cada 10m de distância do ponto de
impacto. Não existe limite para o dano máximo
provocado por esta magia, exceto o próprio Focus do
conjurador em Fogo e Terra.
O conjurador deve fazer um teste de Arqueirismo
para tentar atingir um alvo de forma certeira (o dano
é maior no ponto de impacto). Se falhar, ou se o alvo
conseguir uma esquiva, mesmo assim ele será
apanhado pelo terremoto – mas sofrerá menos 1d de
dano.
Como em Explosão, não é possível se esquivar
completamente do Terremoto e ele pode apanhar
muitos alvos ao mesmo tempo. A única falha desta
magia é que ela, obviamente, não afeta criaturas que
estejam evitando ou voando. Poucos conjuradores
conhecem esta magia, e não parecem interessados em
divulgá-la.
Cajo o conjurador Inclua impregue 4 poontos em
Focus em Fogo, podese fazer uma Erupção
Vulcanica acrescentando + 2d por ponto de Focus
em fogo empregado, com um consuma de + 1 Ponto
de Mana.
Terremoto Sônico
Exigências: Ar 5, Terra 5.
Custo: 1 ponto para cada 2d6 de dano
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta é uma variante da magia Terremoto cujo efei-
to principal é semelhante, mas a forma como este é
provocado é diferente. O conjurador emite uma forte
e intensa onda sonora capaz de provocar tremores de
terra no ponto determinado e adjacências. Dependen-
do do tipo de terreno, os efeitos para aqueles que es-
tiverem na área de efeito são variados. Eles podem fi-
car presos nas rachaduras provocadas pelo terremoto
ou mesmo caírem nas fendas quando estas forem
muito profundas (algo geralmente mortal). Em caver-
nas, os personagens podem sofrer dano por pedras ou
estalactites em queda. Em ambientes florestais, as ár-
vores podem não suportar ao poder das ondas sonoras
e cair em cima de quem estiver nas proximidades.
Através da descrição, nota-se que o Terremoto Sôni-
co não causa dano direto em nenhum ser vivo, mas as
consequências provocadas pela magia são bem peri-
gosas. Se algum personagem estiver no ponto de im-
pacto, ele não terá direito a nenhum teste para evitar
 Oito Luas
os efeitos decorrentes do terremoto. Caso esteja a 10
metros do ponto de impacto, ele poderá fazer um tes-
te de Destreza com uma penalidade de +1 para esca-
par. Para cada 10m de distância do ponto de impacto,
se ganha um bônus de +1nos testes necessários para
evitar as consequências provocadas pelo Terremoto
Sônico.
Esta magia é particularmente útil para destruir ou
fragilizar construções. Ela causa um dano de 2d6 no
ponto de impacto para cada ponto gasto na magia. O
dano é reduzido em 1d6 para cada 10m de distância
deste ponto.
Voz do Mar
Exigências: Ar 4, Espirito 4, Água 2.
Pontos de Fé
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal
Alcance: Apenas o conjurador
Esta magia imita perfeitamente um dos Poderes
Concedidos dos servos de Zigyr. A Voz do Mar per-
mite ao servo conversar com quaisquer tipos de cria-
turas marinhas, sejam animais, humanoides ou mons-
tros, não importando se estão dentro ou fora da água.
Nem sempre a compreensão do interlocutor será in-
completa. Isto vai depender do Conhecimento deste.
Vazio
Exigências: Luz 6, Trevas 6, Telepatia 6.
Custo: Padrão
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Magias de Nível Cinco
Buraco Negro
Custo: padrão
Exigências: Ar 7, Trevas 7.
Duração: instantânea
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Felizmente, muito poucos invocadores no mundo
têm poder suficiente para usar esta terrível magia.
Quando lançada em. Quando lançada em certo ponto,
esta magia cria um vácuo poderoso capaz de sugar
TUDO e TODOS que estejam nas proximidades
(incluindo o próprio invocador!). Para resistirá
sucção, quaisquer criaturas na área devem ter sucesso
em um teste de Força, com um bônus de + 1 para
cada 50m de distância do ponto central. Não se
conhece o destino das coisas e criaturas sugadas pelo
Buraco Negro, uma vez que elas jamais retornam.
Uns poucos estudiosos sugerem que as vítimas
podem ser enviadas para outros mundos.
Círculo de Proteção contra Criaturas
Exigências: Ver abaixo
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Lançada sobre um personagem, ela exige um
imediato teste de Vontade com uma penalidade de
+2; se falhar, ele vai perder a memória de quem é e
também esquecer a maioria de seus poderes, golpes e
habilidades especiais de combate, tornando-se quase
uma pessoa comum!
A vitima perde imediatamente TODAS as suas
Vantagens e Desvantagens, exceto aquelas
diretamente ligadas à aparência (Membros Extras,
Monstruoso...) ou raça (Elfo, Goblin, Centauro...).
Perícias e magias também são todas perdidas,
inclusive as magias iniciais. Na verdade, nenhuma
Vantagem ou Desvantagem é realmente perdida – a
vitima simplesmente não se lembra mais dela.
Algumas vão retornar sozinhas, com o tempo.
Mestres, Patronos, Aliados e Parceiros farão contato
cedo ou tarde (assim como Inimigos...). Boa e Má
Fama também serão recobradas logo. Outras devem
ser recuperadas por tentativa e erro. Sempre que
surgir uma oportunidade em que uma Vantagem é
absolutamente necessária, o jogador pode (com
permissão do Mestre) fazer um teste com a
Característica mais adequada. Em caso de sucesso,
ele recupera a Vantagem. Esse teste pode ser feito
apenas em situações de extrema emergência – por
exemplo, quando você está caindo em um abismo e
tenta descobrir se tem Levitação. Infelizmente para a
vítima, Desvantagens são recuperadas com muito
mais facilidade. Um Código de Honra esquecido vai
emergir sempre que você tentar violá-lo, e uma
Maldição vai reaparecer quando você menos esperar.
Custo: 5 pontos
Duração: Sustentável por 1 hora
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Estas poderosas magias protetoras foram desen-
volvidas pelos primeiros invocadores do Mundo.
Como a especialidade destes arcanos é a conjuração
de criaturas e forças misteriosas para a realização de
tarefas diversas, tornou-se essencial à criação de al-
guma forma de defesa caso alguma destas forças per-
ca o controle e ataque o seu invocador.
Os círculos de proteção são os rituais mais efica-
zes conhecidos para prevenir o conjurador de eventu-
ais danos provocados por criaturas ou forças sobrena-
turais conjuradas por magia. Ao recitar as palavras de
ativação, o conjurador é imediatamente envolto por
uma aura luminosa (cuja cor varia de acordo com os
Focus utilizados) com 2m de raio. Todos os ataques
físicos e mágicos feitos pela criatura contra o conju-
rador são plenamente bloqueados pelo círculo de pro-
teção.
207
 Oito Luas
Outras pessoas que estiverem dentro do raio de
ação da aura também são protegidas por esta magia.
Entretanto, o conjurador não pode mover-se enquanto
o feitiço estiver ativo. Se ele o fizer, a aura será can-
celada imediatamente.
Para cada tipo de criatura, os Focus necessários
para conjurar o círculo de proteção são diferentes.
Vejamos os requisitos para os círculos de proteção
mais comuns:
Espirito: Luz 6, Ar ou Terra 6, Espirito 6.
Corpo e similares: Luz 6, Trevas 6 e Corpo 6.
Elementais: Luz 6, Focus do Elemental 6.
Mortos-Vivos: Luz 6, Trevas 6 Espíritos 7.
Terra e criaturas de origem vegetal: Luz 6,
Água 5 Terra 6.
Círculos de proteção contra outros tipos de criatu-
ras podem exigir requisitos mais complexos que o
habitual. Por exemplo, se um conjurador quiser de-
senvolver um círculo de proteção contra goblinóides,
ele precisaria ter Luz 6, Fogo 4, Terra ou Trevas 6.
Converse com seu Mestre a respeito caso deseje criar
círculos de proteção que não se encaixem nas catego-
rias mencionadas.
Clonagem
Exigências: Água 6, Ar 5, Terra 2.
Custo: Especial
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, gesticular
Alcance: Padrão
Esta magia permite ao conjurador criar uma cópia
perfeita de uma criatura, inclusive dele próprio. To-
dos os detalhes físicos são idênticos ao do alvo, assim
como sua personalidade e memórias, exceto os pode-
res mágicos (o clone teria de adquiri-los por conta
própria). É uma magia extremamente desgastante pa-
ra o conjurador. Ele precisa gastar 10 Pontos de Mana
permanentemente para executá-la. Nenhum meio má-
gico ou mundano será capaz de recuperar os pontos
perdidos (talvez a magia Desejo possa solucionar is-
to, mas como não é todo conjurador que a conhece,
então...). O conjurador só pode criar um clone por
vez, visto que o processo para criá-lo é muito exigen-
te e cansativo. requer muitos poderes mágicos.
Desejo
Exigências: Focus 8 em pelo menos em dois
caminhos
Custo: 2 Pontos de Mana (ver descrição)
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Ilimitado
Esta é uma das mais poderosas magias existentes.
Infelizmente, para realizá-la, o conjurador deve gastar
dois Pontos de Mana permanentemente: esses Pontos
de Mana nunca mais serão recuperados, nem mesmo
com cura ou magia. Ou seja, seu total de Pontos de
Mana será reduzido. Entre outras coisas, um Desejo
pode ser usado para:
• Trazer uma criatura de volta à vida.
• Cancelar o efeito de qualquer doença, magia ou
maldição.
208 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
• Aumentar uma Característica em 1 ponto, até um
máximo de 5. (Para aumentar uma Característica até
6 são necessários TRÊS Desejos!).
• Pedir um objeto mágico qualquer.
• Ganhar uma Vantagem que custe 1 ponto.
Qualidades mais caras podem ser ganhas com mais
Desejos, ao custo de 1 ponto por Desejo.
• Eliminar um Defeito de até -1 ponto. Defeitos
mais caros podem ser perdidos com mais Desejos, ao
custo de 1 ponto por Desejo.
Um Desejo nunca pode ser usado para:
• Pedir algo que desafia a vontade dos deuses.
• Pedir a morte de alguém.
• Pedir mais Desejos.
Dia Incessante de Etherus, O.
Exigências: Terra 9, Luz 7.
Custo: 7 pontos
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Trata-se de uma das mais poderosas magias tem-
porais conhecidas, cujo efeito é tão grandioso quanto
Paralisar o Tempo. Ela foi criada pelo conjurador
Etherus, tido como o fundador da escola dos conjura-
dores do tempo espaço, e um dos arcanos mais pode-
rosos da história de Elltar, apesar de ser pouco co-
nhecido entre a população. Com esta magia (também
conhecida como Déjà Vu), todos aqueles dentro de
uma área equivalente a um quarteirão viverão infini-
tamente o mesmo dia. Suas ações, pensamentos, pa-
lavras ou sentimentos serão rigorosamente iguais, em
todos os sentidos, durante todo o dia. Ao acordarem,
as pessoas tornarão a viver tudo novamente. Um teste
de Vontade redutor de -2 é necessário para não ser
afetado por esta magia.
A única forma de se perceber o Dia Incessante de
Etherus após a sua conjuração é se o personagem com
maior Vontade for bem-sucedido em um teste com
redutor de -2. Se isto acontecer, ele começará a estra-
nhar a repetição frequente dos fatos e agirá normal-
mente. A magia será definitivamente cancelada se to-
dos os presentes na área de efeito forem convencidos
de que estão vivendo repetidamente um mesmo dia,
ou através de meios mágicos altamente poderosos.
O Dia Incessante de Etherus é uma magia conhe-
cida apenas pelos grandes mestres no assunto (Kol-
cor, Zagard, Toryus, Gwau...). Se perguntados a res-
peito, dirão apenas que tal mágica se trata de uma
lenda, assim como tantas outras comuns em Elltar.
Fecundação de Kandara, A.
Exigências: Água 6, Luz 6, Espíritos 6, Servo dos
Deuses.
Custo: Especial
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Segundo algumas histórias correntes em Elltar, é
com esta magia que a deusa Kandara fecunda as suas
sacerdotisas durante o ritual de ordenação. Esta ceri-
mônia, bem como os seus procedimentos, são segre-
 Oito Luas
dos muito bem guardados pelas servas da vida.
Quando questionadas a respeito, elas respondem de
forma vaga e evasiva, e procuram sempre mudar o
teor da conversa. Com esta magia, uma fêmea de
qualquer espécie viva existente em Elltar será fecun-
dada, mesmo que esta seja incapaz de gerar descen-
dente, seja por fatores congênitos, acidentais ou de-
correntes de mutilações. O tempo de gestação do feto
seguirá o ritmo normal de cada espécie, sem a míni-
ma chance de ocorrer imprevisto (um parto prematu-
ro, por exemplo). Ao nascer, a criatura gozará de ple-
na saúde física e mental, sendo impossível o nasci-
mento de seres “imperfeitos", ou seja, que apresen-
tem algum tipo de deficiência congênita. Uma carac-
terística importante da Fecundação de Kandara é que
há 95% de chance das criaturas nascidas por meio
desta magia serem do sexo feminino. Além disso, a
porcentagem de nascimento de seres em quantidades
acima do normal (uma fêmea humana possuir trigê-
meos, por exemplo) varia entre 5 e 20%, dependendo
da complexidade. Conta-se que as altas servas de
Kandara foram agraciadas com esta magia pela pró-
pria deusa da vida. Contudo, elas só poderiam usá-la
mediante a autorização expressa de Kandara. Isto se-
ria feito em situações urgentes, como, por exemplo,
em cidades com baixas taxas de natalidade, seja por
escassez de fêmeas ou por uma alta incidência de in-
divíduos idosos. A Fecundação de Kandara só pode
ser utilizada uma vez por ano, e ao conjurá-la, a serva
perde metade de seus Pontos de Mana. Ela precisa ser
bem sucedida em um teste de Vigor com penalidade
de +1, ou cairá desacordada. Três dias de descanso
ininterrupto são suficientes para se recuperar os pon-
tos perdidos com a invocação desta mágica.
Grito Estridente (e Destruidor) de Nessy, O.
Exigências: Ar 9, Trevas 7, Corpo 8.
Custo: 6 pontos
Duração: Instantânea
Ativação: Verbal
Alcance: Padrão
Obviamente, a autoria desta magia é atribuída à
lendária conjuradora Nessy. De acordo com os histo-
riadores, ela teria vivido ao leste em tempos antigos,
mas foi morta por uma misteriosa explosão. O local
onde isto teria acontecido é chamado de Istmo de
Nessy, o elo entre o Leste e o Oeste. Segundo as len-
das, a conjuradora podia emitir um potente grito ca-
paz de ser ouvido a quilômetros de distância. Ela fa-
zia isso em momentos de euforia ou quando estava
enfurecida por alguma razão. O Grito Estridente (e
Destruidor) de Nessy tem um altíssimo poder destru-
tivo. Vidros se estilhaçam, pedras racham, o solo vi-
bra com grande intensidade entre outros efeitos. Em
termos práticos, todos os infelizes dentro da área de
efeito precisam fazer um teste de Vigor com uma pe-
nalidade de +3. Se forem bem-sucedidos, ficarão
temporariamente surdos e paralisados por 1d6 roda-
das. Se falharem, poderão sofrer os seguintes efeitos:
1-2) 3d6 de dano + surdez permanente;
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
3-4) Insanidade permanente – escolha uma subdi-
visão de Insano ou um Aprimoramento Negativo si-
milar;
5) O alvo adquire um problema neurológico equi-
valente ao Mal de Parkinson (todos os testes físicos
serão considerados difíceis);
6) Colapso. O personagem tem direito a um teste
de Vigor -3. Em caso de sucesso, sofre os mesmos
efeitos da magia Sono. Se falhar, morre instantanea-
mente.
Nenhum conjurador de Elltar admite conhecer esta
magia. Informações a respeito dela são envoltas em
meio a muitos boatos e histórias fantásticas. Contudo,
suspeita-se de que Gwau, some-sacerdote de Eydos,
tenha conhecimento sobre esta terrível mágica (algo
bastante preocupante, diga-se de passagem). Há boa-
tos de que Gwau teria utilizado o Grito Estridente (e
Destruidor) de Nessy durante um massacre ocorrido
em tempos atrás, que culminou na destruição de todas
as escolas de magia administradas por Gwau e na
morte de discípulos deste, além do rapto da pequena
Mary Littefoot, cujas razões ainda são nebulosas.
Machado Fulminante de Skelkorn, O.
Exigências: Trevas 7, Corpo 7, Servo dos Deuses.
Custo: Padrão
Duração: Sustentável
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas o conjurador
Esta poderosa arma mágica é desejada por todos
os servos e guerreiros de Skelkorn, o deus da morte,
embora apenas os arautos e uns poucos discípulos a
conheçam. Trata-se de um machado grande com lâ-
mina curvada – assemelhando-se a uma foice. A apa-
rência da arma é assustadora, dando a impressão de
ser feita de ossos. Além das figuras de caveira enta-
lhadas na arma, alguns de seus detalhes são em cor
vermelha (vermelho-sangue, para ser mais exato). Is-
to simboliza o sangue das vítimas – preferencialmen-
te humanas e semi-humanas – que pereceram aos
golpes violentos e certeiros do Machado de Skelkorn.
O machado concede ao usuário um bônus de F+3.
Entretanto, se usada contra humanos, semi-humanos
e criaturas ligadas ao elemento Luz, o dano causado é
aumentado em +1. Se este dano reduzir os PVs da ví-
tima a um valor negativo, ela deve fazer um teste de
Vigor ou o seu corpo será reduzido a cinzas, impossi-
bilitando a ressurreição por meios convencionais. O
Machado de Skelkorn possui outra habilidade especi-
al. Se o portador conseguir tocar (ou ferir) o alvo com
a arma, deve invocar uma palavra de ativação. Caso a
vítima falhe em um teste de Vigor com bônus de +2,
ela morrerá instantaneamente – neste caso, o alvo po-
de ser ressuscitado pelos meios normais. Este poder
só pode ser utilizado uma vez por semana.
Paralisar o Tempo
Exigências: Terra 10, Luz 8.
Custo: 8 pontos
Duração: 1d6 rodadas
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
209
 Oito Luas
Esta é a magia mais cobiçada pelos conjuradores
temporais e por muitos outros. Ela permite congelar o
tempo em um espaço com volume 3×3×3 m³, por 1d6
rodadas. Para cada quatro pontos de Focus emprega-
dos na magia, tanto o tempo de duração quanto a área
afetada aumentam em progressão aritmética. Com
Terra 14 e Luz 12, por exemplo, uma área de 9×9×9
m³ ficaria congelada por 3d6 rodadas. Tudo o que es-
tiver na área efeito ficará paralisado, inclusive o pró-
prio conjurador. Um teste bem sucedido de Vontade
com penalidade de +2 pode evitar que o alvo fique
completamente paralisado por esta magia. Se o conju-
rador acrescentar Ar 3 aos Focus originais da magia e
gastar mais 2 Pontos de Mana, ele será capaz de en-
trar livremente no espaço afetado por Paralisar o
Tempo sem, contudo, ser vítima do próprio feitiço.
Conta-se que conjuradores extremamente poderosos
são capazes de utilizar está magia com duração sus-
tentável, o que permitiria a este congelar o tempo em
uma área determinada e mantê-la assim por quanto
tempo quiser.
Permuta de Corpos
Exigências: Ar 7, Luz 7, Espíritos 8.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Se por acaso alguma pessoa conhecida sua agir de
uma maneira diferente do habitual, é provável que ela
tenha sido alvo desta raríssima magia. Quando o con-
jurador toca um alvo qualquer, sua alma simplesmen-
te é transferida para o corpo da vítima, e vice-versa.
Ela pode tentar negar este efeito com um teste de
Vontade com penalidade +2.
Quando possui um corpo, o conjurador não tem
acesso a nenhuma de suas vantagens e desvantagens
físicas, visto que elas pertencem ao corpo original.
Entretanto, ele pode tentar utilizar as vantagens e
formas de ataque do corpo hospedeiro (garras, mor-
didas, golpes com a cauda...), se tomar conhecimento
destas e praticá-las por algum tempo. As desvanta-
gens físicas são automaticamente assumidas pelo
conjurador quando este troca de corpo. Exemplo: se
um conjurador humano "pegar emprestado" o corpo
de um ogre, ele assumirá automaticamente seus gran-
des valores de Força e Vigor, como também a des-
vantagem Monstruoso. As vantagens e desvantagens
mentais continuam disponíveis ao lançador, a menos
que estas possuam alguma relação com o corpo. Nes-
te caso, seus efeitos podem ser alterados ou mesmo
anulados. Por exemplo, um conjurador pode utilizar
seus poderes mágicos normalmente, mesmo fora de
seu corpo original. Contudo, retomando o exemplo
acima, como os ogres são inaptos a utilizarem magia,
o conjurador sofrerá redutores em seus Focus quando
tentar utilizar alguma habilidade mágica. A Permuta
de Corpos pode ser anulada com Cancelamento de
Magia ou Desejo, ou quando o conjurador assim qui-
ser.
Presente de Danever
210 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
Exigências: Água 5, Trevas 5, Terra 5.
Custo: 5 pontos
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Para a maioria das pessoas, está magia é uma mal-
dição terrível. Entretanto, para os devotos de Dane-
ver, ela se trata de uma dádiva concedida por seu
deus aos seres humanos. Apesar das opiniões confli-
tantes referentes a este feitiço, todos reconhecem o
quanto ele é poderoso. O Presente de Danever é a
magia necessária para transformar um ser humano em
um tipo qualquer de Licantropos à escolha do conju-
rador (lobisomem, homem-rato...). Caso o alvo seja
tocado pelo conjurador, ele precisa ser bem-sucedido
em um teste de Vigor com penalidade de +2 para evi-
tar contrair a "bênção". Caso contrário, ele ganhará
Outras características Licantropos, com todas as suas
características. Apenas humanos, meio-elfos e meio-
orcs podem contrair a licantropia. Se o alvo do Pre-
sente de Danever pertencer a alguma raça semi-
humana (elfos, anões, Hobbits...), ele morrerá caso
falhe no teste de Vigor. Membros de outras raças
humanoides (goblinóides, minotauros, ogres...) ou de
quaisquer outras espécies vivas são imunes a esta
maldição. A magia Cura de Maldição elimina plena-
mente os efeitos do Presente de Danever.
Ressurreição
Exigências: Luz 5, Espíritos 7, Servo dos Deuses.
Custo: Especial (veja abaixo)
Duração: Permanente
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Apenas ao toque
Esta poderosa mágica pode devolver à vida
qualquer criatura que tenha morrido por causas não
naturais (não funciona com criaturas que morreram
de velhice, seja natural ou mágica). Não importa a
quanto tempo a criatura está morta, desde que o servo
tenha á disposição grande parte do cadáver – ou, pelo
menos, o crânio. Criaturas completamente destruídas
(por ácido, lava, etc...) não podem ser devolvidas à
vida com esta mágica.
Para ser ressuscitada, a criatura deve ser bem
sucedida em um teste de Vontade. Ela então volta à
vida e recupera imediatamente todos os seus Pontos
de Vida. Infelizmente, esta magia nunca funcionara
duas vezes em uma mesma pessoa, mesmo que seja
lançada por outro servo; no entanto, essa criatura
ainda pode voltar ávida por outros meios mágicos.
Quando usa esta magia, o servo tem seus próprios
Pontos de Vida imediatamente reduzidos para 0; ele
não poderá ser curado com mágica, e vai precisar de
4d horas de descanso para recuperar 1 PV; a partir de
então pode se recuperar normalmente. Usada contra
mortos-vivos, esta magia exige da criatura um teste
de Vontade -2; falha resulta em sua destruição total.
Transferência de Memória
Exigências: Trevas 8, Espírito 8, Telepatia 4.
Custo: Padrão
Duração: Permanente
 Oito Luas
Ativação: Gesticular
Alcance: Apenas ao toque
Esta é a magia utilizada pelos servos de Demian
quando algum de seus companheiros morre. Por ele,
toda a memória e conhecimentos do morto são trans-
feridos para o conjurador. A Transferência de Memó-
ria também serve para roubar memória e conhecimen-
tos de pessoas vivas. Se o conjurador conseguir tocar
o seu alvo, este têm direito a um teste de Vontade. Se
falhar, ele sofrerá os mesmos efeitos da magia Vazio,
com a diferença que todas as suas lembranças serão
transferidas para quem o conjurador desejar (geral-
mente ele próprio). Para recuperar suas memórias
perdidas, a vítima deve seguir os procedimentos
mencionados na descrição da magia Vazio. Se a ma-
gia Desejo for utilizada para isso, as lembranças rou-
badas retornam imediatamente ao dono, e o ladrão as
perde automaticamente, além de ficar com uma baita
dor de cabeça por alguns dias...
Esta é uma magia muito poderosa e rara, conheci-
da por altos servos de Demian, que prudentemente
não a divulgam para qualquer um. Infelizmente, al-
guns conjuradores e servos sem escrúpulos e com
grandes poderes também têm conhecimento desta
magia, e eles também não têm a mínima vontade de
ensiná-la a ninguém.
Vínculo Maldito
Exigências: Ar 6, Terra 6, Trevas 6 Corpo 8.
Custo: Padrão
Duração: Permanente até ser cancelada
Ativação: Verbal, Gesticular.
Alcance: Padrão
Esta terrível magia é praticamente desconhecida
em Elltar, mas quem for afetado por ela passará a vi-
ver momentos de angústia constante. Através do Vín-
culo Maldito, a vida de uma pessoa estará ligada à de
outra pessoa. Caso uma delas morra, a outra terá o
mesmo destino. A única maneira conhecida de evitar
este vínculo é com um teste bem-sucedido de
Vontade com +2 de penalidade. Inexplicavelmente, a
mágica Cancelamento de Magia é inútil para quebrar
o Vínculo Maldito. Qualquer tentativa de se cancelar
este encantamento mostrar-se-á infrutífera (não se sa-
be se a magia Desejo tem algum efeito sobre este fei-
tiço). Conta-se que os membros do Grupo do Mal, os
assassinos mais temidos de Elltar, foram amaldiçoa-
dos por um conjurador maligno para o qual trabalha-
vam. Ele o teria feito após um gesto de traição dos
criminosos, que culminou na morte do conjurador.

Rituais
Isto é exatamente o que significa:
Os rituais, os costumes – todas as religiões.
Roman Castevet, O Bebê de Rosemary

Além dos Caminhos do aprendizado, um conjurador também pode utilizar rituais para aumentar seu poder.
Rituais são magias especificas mais poderosas, que são passadas de mestre para aprendiz através de livros de
Magia, Runas e Escrituras.
Para memorizar um ritual, o conjurador deve estudar o ritual e seus procedimentos até que a energia mágica
seja aprendida. Alguns rituais requerem uma liberação de magia constante, o que pode levar até alguns dias para
ser feito.
Rituais mais fortes podem produzir itens capazes de armazenar uma ou mais cargas de efeito desejado. Em
geral, estes rituais são executados por um grupo de conjuradores. Esta é uma das possibilidades dos rituais: a
união de poderes místicos.
Durante a execução de um ritual, o conjurador ou grupo de conjuradores não recupera Pontos de Mana. O
conjurador ou o grupo deve ter, no início do ritual, todos os pontos necessários para a conclusão do mesmo. Se o
conjurador o interromper a execução de um ritual por mais de uma hora (tempo suficiente para recuperar um
Ponto de Mana), o ritual estará rompido e será necessário recomeçá-lo do zero.

Brumas da Memória fazer a vítima esquecer que foi encantada.

Custo: 4 Pontos de Mana.
Duração: 10 rodadas
Este ritual bloqueia a mente da vítima a habilidade
de conscientemente recordar algum evento particular.
O conjurador que conjura este ritual deve jogar sobre
a vítima um punhado de areia fina enquanto recita os
versos de ativação. O conjurador deve ser capaz de
enxergar a vítima e recitar os versos em uma língua
que a vítima entenda. A vítima pode fazer um teste de
Vontade para resistir ao efeito.
Se o incidente a ser esquecido foi muito chocante
ou traumático, a vítima pode a ter pesadelos relacio-
nados com o incidente no futuro. O conjurador pode
Capitulo Seis: poderes MÁGICOS
Brumas de Revella
Custo: 3 Pontos de Mana.
Duração: 1 rodada
Este ritual permite ao conjurador conjurar uma
densa nuvem de vapores com volume máximo de um
raio de 4m. Os vapores podem ter a cor e a aparência
que o conjurador desejar, mas devem ser criados pró-
ximo ao conjurador. As pessoas dentro das brumas
fazem todos os testes de ataque com metade do valor
normal.
O conjurador que conjurou o ritual enxerga nor-
malmente dentro das brumas, salvo por outros efeitos.
211
 Oito luas
Couro em Pele
Custo: 5 Pontos de Mana, Pele do animal.
Duração: Até ser cancelada
Com este ritual o conjurador pode transformar-se
em um animal especifico, tendo que beber 1/3 do
sangue do animal em quanto estiver vestido com a
pele do mesmo, podendo-se se transformar sempre
que quiser, basta gastar os Pontos de Mana novamen-
te, os pertences do conjurador que estiverem dentro
da pele se transformam junto.
Crânio do Conhecimento
Custo: Todos os Pontos de Mana (deve estar ao
máximo)
Duração: ½ ciclo lunar (35 dias)
Este é um dos mais procurados rituais de Magia.
Por meio dele, os conjuradores podem aumentar a
quantidade de Pontos de Mana que possuem. Para re-
alizar o ritual, primeiro é necessário assassinar um
conjurador de linha diferente a sua (o conjurador não
pode assassinar seu discípulo, nem seu mestre, por
exemplo). Em seguida arranca-se o crânio da vítima e
o coloca sobre um altar previamente arrumado. En-
tão, o conjurador deve fazer um corte em seu dedo e
desenhar sua Runa em sangue sobre o crânio. O crâ-
nio passa a ser um receptáculo de Pontos de Mana,
que o conjurador pode drenar uma vez a cada 24 ho-
ras (a energia se dissipa em 24 horas, tempo que o
crânio leva para se recarregar). O crânio armazena 1
Ponto de Mana para cada 3 que o conjurador possuía
na hora da execução do ritual. Somente o conjurador
que realizou o ritual pode se beneficiar desses proce-
dimentos e não pode criar efeitos permanente com es-
ses pontos.
Desencantamento
Custo: 3 Pontos de Mana (por focus do objeto).
Duração: Permanente
É o ritual utilizado para retirar Pontos de Mana
acumulados em um receptáculo ou anular a sua pro-
priedade mágica. O conjurador desliza seus dedos so-
bre o receptáculo, enquanto recita os versos do ritual.
Além disso o conjurador deve ser capaz de ver o ob-
jeto de alguma maneira, ou ter uma ligação arcana
com ele.
Se o receptáculo for uma criatura, ou um efeito
controlado por outro conjurador, o receptáculo tem o
direito a um teste de Vontade para resistir ao desen-
cantamento.
Maldição de Petraak
Custo: 5 Pontos de Mana por noite
Duração: variável (até a morte da vítima)
Este ritual causa alucinações horríveis e pesadelos
na vítima, que pioram a cada noite, culminando com
a morte da vítima. O ritual consome 5 Pontos de Ma-
na do conjurador que está recitando a maldição por
noite, e um talismã especifico preparado também é
necessário para este ritual fazer efeito. O talismã deve
ser passado para a vítima sem que ela percebe.
A vítima perde um 1 PV e 1 Ponto de Vontade por
noite permanentemente, até a morte por loucura.
212 Capitulo Seis: Poderes Mágicos
O único modo de se livrar desta maldição é destru-
ir conscientemente o talismã, ou, em último caso ma-
tar o conjurador interrompe o ritual.
Ninho de Vermes das Trevas
Custo: 5 Pontos de Mana
Duração: 10 rodadas
Este ritual permite ao conjurador conjurar uma ni-
nhada de Vermes das Trevas diretamente dentro da
vítima. O ritual leva 3 rodadas inteiras para ser reali-
zado, e qualquer distúrbio cancela o ritual, apesar de
consumir os Pontos de Mana. O ritual faz todas as
veias dos braços do conjurador incharem durante todo
o ritual (1 ponto de dano por rodada)
A infestação causa a vítima muita dor, pois os
vermes se multiplicam muito rapidamente e começam
a rasgar uma saída até os orifícios da vítima (boca,
nariz, ouvidos e outros). A saída de todos os vermes
demora três rodadas, e a vítima sofre 2d pontos de
dano por rodada.
Pele em Couro
Custo: 20 Pontos de Mana, 35 dias.
Duração: Permanente
Este ritual faz com que o conjurador se torne uma
criatura estranha conforme sua busca por uma coura-
ça mais forte. Este ritual consiste em cozinhar por
trinta dias sangue de dragão, chifre de unicórnio e
penas de fênix, ao termino desse período o conjurador
deve entrar no meio do cozimento e ser cozinhado vi-
vo por mais sete dias.
Ao terminar este ritual a pele do conjurador tor-
nar-se bronzeada, por causa da pena de fênix; os ca-
belos ficam prateados, por causa do chifre de unicór-
neo; os olhos ficam com as pupilas em fenda, adquire
garras e a invulnerabilidade da espécie de dragão uti-
lizada no ritual; qualquer pele de animal colocado pe-
lo conjurador tornara-se sua pele, concedendo peque-
nas habilidades dos animais absorvido, mas deixando
uma característica do animal, na forma humanoide, e
possibilitando o conjurador a capacidade de se trans-
formar em um hibrido de todos os animais absorvi-
dos.
 Oito Luas

Capitulo Sete: Regras 213

 Oito luas

214 Capitulo Seis: Poderes Mágicos

 Oito Luas

Apítulo

Sete:
Regras
Deturpe uma vez a lei de sua autoridade
Para fazer um grande bem, fazer um grande mal.
E restrinja este demônio cruel da sua vontade.
- William Shakespeare, O Mercador de Veneza.
Sempre há uma chance na vida. Há uma chance que você ganhe na loteria, uma chance que
você passe por uma auditoria e uma chance que você morra de uma queda de um avião. A
sorte também representa um papel importante em Oito Luas. No entanto, nós usamos dados
para similar a duplicidade da caprichosa Sorte.
O sistema dos jogos de Narrativa consiste em jogar dados de 10 faces, que você pode
comprar em qualquer loja especializada em RPG. Se você é narrador, vai precisar de muitos
dados, pelo menos 10, apenas para você, como jogador, você também irá precisar de dados,
mas compartilhar seus dados com outros jogadores é possível.
Sempre que o sucesso de uma ação for incerto, ou quando o Narrador achar que há uma
chance de que você falhe, você terá que jogar dados. Isto oferece uma oportunidade a seu
personagem para que tanto seus pontos fracos quanto fortes se manifestem, revelando deste
modo algo sobre a natureza verdadeira do personagem, tanto para você quanto para os outros
jogadores.

Capitulo Sete: Regras 215

 Oito luas
Termos de jogo
Estes são diversos termos utilizados nas regras com os
quais jogadores iniciantes e Narradores novos podem não
estar familiarizado. Eles serão descritos melhor ao longo
do capitulo.
•Habilidade: Estas são as Características que descre-
vem o que um personagem conhece e aprende, ao invés de
sua constituição física e psicológica. As Habilidades são
Características como Intimidação, Arqueirismo e Ocultis-
mo.
•Ação: Uma ação é a realização de uma tarefa, que é
uma atividade consciente, física, social ou mental. Quando
um jogador anuncia que seu personagem está fazendo al-
guma coisa, ele está realizando uma ação.
•Vantagem: Esta é uma categoria geral que descreve
as Disciplinas místicas e os Antecedentes de um persona-
gem.
•Atributo: Uma Característica que descreve o que o
personagem é por natureza. Atributos são coisas como
Força, Personalidade e Conhecimento.
•Falha Critica: Um fracasso desastroso, que acontece
ao se obter mais uns que sucessos nos dados de 10 faces
lançados por jogada.
•Personagem: Cada jogador cria um personagem, um
indivíduo que ele personifica durante o curso da crônica.
Embora “personagem” possa significar qualquer indivíduo,
em Oito Luas isso sempre é usado para descrever os per-
sonagens dos jogadores.
•Parada de Dados: Termo que descreve os dados que
você tem na mão depois de somar suas Características dife-
rentes. E o número Máximo de dados que você pode lançar
em um turno, embora possa dividi-los entre ações diferen-
tes.
•Dificuldade: Um número entre 2 e 10 que mede a di-
ficuldade de uma ação que o personagem realiza. O joga-
dor precisa obter um número maior ou igual aquele em pe-
lo menos um dos dados lançados.
•Entreato: O tempo gasto entre cenas, em que nenhu-
ma representação é realizada e turnos não são usados.
Ações podem ser feitas, e o Narrador pode fornecer algu-
ma descrição, mas geralmente o tempo passa rapidamente.
•Ações Prolongada: Uma ação que requeira um de-
terminado número de sucessos para que o personagem seja
bem-sucedido.
Níveis
Um personagem é descrito por suas Características – as
habilidade e aptidões inatas e adquiridas que ele possui;
cada Característica tem um nível que varia de 1 a 4 expres-
sam o grau de competência do personagem numa Caracte-
rística especifica, com 1 corresponde a “fraco” e 5 a “ex-
traordinário”. Esta escala de 1 a 5 é o sistema de classifica-
ção por “estrelas” que foi tornado famoso por críticos de
cinema e restaurantes.
X Péssimo
1 Fraco
2 Médio
3 Bom
4 Excepcional
5 Extraordinário
Usa-se um dado para cada nível que o personagem te-
nha numa determinada Característica. Portanto, se você ti-
ver quatro níveis de Força, poderá jogar quatro dados. Se
tiver 1 de Percepção, poderá jogar somente um dado. Mas
216 Capitulo Seis: Sete:
Capitulo
•Vitalidade: Uma medida do quanto o personagem es-
tá machucado ou ferido.
•Ponto: A contagem temporária de uma característica
básica, como Vontade e Vitalidade.
•Renovar: Quando são readquiridos pontos numa Pa-
rada de Dados, diz-se que eles foram “renovados”.
•Nível: Um número que descreve o valor permanente
de uma Característica, na maioria das vezes um número
entre 1 e 5, embora ocasionalmente um número entre 1 e
10.
•Ação Resistida: Uma ação que dois personagens dife-
rentes realizam um contra o outro. Ambos comparam seu
número de sucesso e o personagem que os tiver obtido em
maior número vence.
•Cena: Um único episódio da história; um momento e
um lugar no qual as ações e os eventos ocorrem momento a
momento. Uma cena costuma ter um clima dramático da
história.
•O Contagem: O valor temporário de uma Caracterís-
tica ou combinação de Características usadas num único
lance de dados.
•Ação Simples: Uma ação que requer que o jogador
obtenha apenas um sucesso para ser bem-sucedido, embora
mais sucessos indiquem um melhor trabalho ou resultado.
•Narrador: A pessoa que cria e conduz a história as-
sumindo os papeis de todos os personagens não interpreta-
dos pelos jogadores e determina todos os eventos que eles
não controlam.
•Sistema: Um conjunto especifico de complicações
usado numa determinada situação, regras para ajudar a
guiar os lances de dados para criar a ação dramática.
•Característica: Uma Característica é qualquer Atri-
buto, Habilidade, Vantagem ou outro índice do persona-
gem que possa ser definido por um número.
•Grupo: O grupo de jogadores, incluindo o Narrador,
que jogam Oito Luas, normalmente com regularidade.
•Vontade: Uma das Características mais importantes é
a Vontade. Ela mede a autoconfiança e autocontrole de um
personagem. Porém, a Vontade funciona de forma diferen-
te da maioria das Características – costuma ser gasta, ao
invés de ser testada.
você quase nunca joga apenas com o número de dados
equivalente ao nível que tem um Atributo, que são as suas
capacidades intrínsecas. Normalmente, você precisa somar
o número de dados que possui num Atributo aquele que
possui numa Habilidade – as coisas que você conhece e
aprendeu.
Assim, se você quisesse que os jogadores realizassem
um teste para perceber os bandidos se arrastando atrás de-
les, você teria que fazer com que testassem Percepção +
Prontidão – um Atributo + uma Habilidade. Eles pegariam
em suas mãos um número de dados equivalentes à quanti-
dade de pontos em Percepção, e então pegariam um núme-
ro de dados equivalente à quantidade de pontos em Pronti-
dão, e também os colocariam em suas mãos. Eles podem
jogar um número Máximo de dados equivalentes ao total
de pontos em seu Atributo e Habilidade.
Esses dados são chamados de Parada de Dados, que
significam o número total de dados que você joga num
Poderes Mágicos
Regras
 Oito Luas
único turno – normalmente para testar uma ação simples,
embora você possa dividir a sua Parada de Dados para es-
tar apto a realizar mais de uma ação. Quase sempre se joga
o número de dados correspondente ao nível permanente da
Característica (os círculos), e não o seu nível atual (os qua-
drados).
Há muitas ações que não requerem, ou sequer corres-
pondem a uma Habilidade especifica, como quando se quer
derrubar uma porta. Nesses casos, para fazer a jogada usa-
Dificuldades
Agora você precisa descobrir o que procurar quando
for jogar um dado. O Narrador vai estabelecer um grau
de dificuldade, que é o número que você precisa obter
para ser bem-sucedido naquilo que está tentando fazer.
Uma dificuldade é sempre um número entre 2 e 10. Você
precisa obter um valor igual ou maior que este número
em pelo menos um dado para ser bem-sucedido. Toda
vez que você o fizer, isso será chamado de sucesso. Se a
dificuldade é 6 e você obtém 2, 3, 6,5 e 9, você terá con-
seguido dois sucessos. Embora você precise de apenas
um sucesso para ser realmente bem-sucedido, quanto
mais sucessos obtiver, melhor será seu desempenho.
Conseguir apenas um sucesso é considerado um sucesso
mínimo, enquanto que conseguir três sucessos é conside-
rado um sucesso completo, e conseguir cinco é um acon-
tecimento memorável.
Dificuldades
Três Fácil
Quatro Rotineiro
Cinco Equilibrado
Seis Médio
Sete Desafiador
Oito Difícil
Nove Extremamente Difícil
Margem de sucesso
Um Sucesso Mínima
Dois Sucessos Moderada
Três Sucessos Total
Quatro Sucessos Excepcional
Cinco Sucessos Fenomenal
Você pode ver que se a dificuldade for menor, torna-
se mais fácil obter um sucesso, e se for maior, será mais
difícil, o Narrador estabelecer dificuldades altas sempre
que a ação que você resolveu realizar for difícil ou desa-
fiadora, e permitirá que você faça algo automaticamente
(quando seus Atributos e Habilidades forem muito altos)
ou estabelecera uma dificuldade baixa se isso for particu-
larmente fácil.
Embora não estejam relacionados na lista acima, o
Narrador também pode estabelecer dificuldades de 2 ou
10. Entretanto, elas praticamente nunca devem ser usa-
das. A dificuldade dois é tão ridiculamente fácil que você
pode muito bem-sucedido sem desperdiçar tempo jogan-
do dados. A dificuldade 10 é tão difícil que há uma
chance igual de sofrer uma falha crítica (descrita a se-
guir) e de ser bem-sucedido, não importa quantos dados
o jogador esteja lançando. Um 10 está bem perto do im-
possível. Nas raras ocasiões em que atribuir um grau de
dificuldade de 10, certifique-se de que sabe o quanto vo-
cê está tornando impossível a chance de sucesso. Se um
jogador conseguir um 10, será um sucesso automático,
não importa o que aconteça.
A menos que o Narrador determine o contrário, a di-
ficuldade para uma tarefa especifica é sempre seis. Esta é
a dificuldade padrão atribuída.
Capitulo Sete: Regras
se apenas um número de dados correspondente ao seu nível
num Atributo apropriado – neste caso, a Força.
Não existe absolutamente nenhuma situação onde seja
possível adicionar mais de duas Características a sua Para-
da de Dados. Apenas uma Característica pode ser usada
quando ela possui um valor potencial de 10 (como a Força
de Vontade). Geralmente, é impossível para um ser huma-
no normal possuir mais de 10 dados numa Parada de Da-
dos.
A Regra do Um
A última coisa que você precisa saber sobre os lances de
dados 6 a “regra do um”. Sempre que você obtiver um “1”,
ele cancelara um sucesso. Ele o eliminara completamente.
Você remove tanto o dado do “sucesso” quanto o dado do
“1” e os ignora. Se você obtiver mais “1s” do que sucessos,
ocorre um desastre, e algo chamado falha critica acontece.
Não conte os “1s” que tiverem cancelado sucessos, e se
mesmo assim ainda sobrar um único “1” após todos os seus
sucessos serem sido cancelados, ocorre uma falha critica.
Conseguir um único “1” ou cinco “1s” tem mais ou menos as
mesmas consequências na maioria dos casos; as circunstan-
cias envolvendo a falha critica determinara se ela é catastró-
fica ou um mero deslize. Se não restar nenhum “1” ou suces-
so, você terá simplesmente fracassado.
Sucessos Automáticos
Você não quer jogar dados o tempo todo; isso pode atra-
palhar a interpretação. Oito Luas emprega um sistema muito
simples para sucesso automáticos, permitindo que os jogado-
res evitem fazer testes para ações que seus personagens po-
deriam realizar de olhos fechados.
Portanto, se o número de dados na sua Parada de Dados
se equivale ou excede a dificuldade estabelecida, seu perso-
nagem será automaticamente em sucedido. Este tipo de su-
cesso é considerado mínimo (o equivalente a obter apenas
um sucesso), portanto às vezes um jogador poderia querer
jogar os dados assim mesmo, numa relativa de obter ainda
mais sucesso. Mas para ações muito simples e frequentes, os
sucessos automáticos podem eliminar muito tempo perdido.
(Note que certas ações, como combates, são sempre proble-
máticas e não devem ser resolvidas com este sistema.).
As regras de sucesso automático podem ser usadas para
eliminar completamente os dados. Nestas situações, os su-
cessos automáticos não são uma questão de escolha. Ou você
é bom o bastante para ser bem-sucedido, ou não é. É simples,
mas brincar de polícia e ladrão também era, e nós gostamos
muito disso. A história era o importante; não as regras.
Este sistema possui até mesmo uma variação, para não o
tornar tão preto e branco. Um ponto de Força de Vontade
pode ser utilizado para obter um sucesso automático. Você
não quer fazer isso com frequência, mas poderá ser extre-
mamente vantajoso para determinadas ações. É lógico que o
gasto de Força de Vontade só conta como um sucesso se fo-
rem necessários sucessos múltiplos.
Complicações
Você já deve ter percebido que é bastante fácil obter um
único sucesso, mesmo quando se joga apenas um ou dois da-
dos. Lançando apenas dois dados numa jogada cuja dificul-
dade seja 6, sua chance de obter um sucesso mínimo é 75%.
Embora isso possa parecer fácil demais, existem várias for-
mas de se complicar as coisas, algumas das quais discutire-
mos a seguir.
Para grupos que estejam pegando pesado na interpretação
bastam testes simples e sucesso automáticos. Em geral, você
217
 Oito luas
irá aplicar uma complicação apenas se você ou os joga-
dores quiserem dar um tempo à interpretação, se você
quiser um resultado realístico ou se quiser fazer um jogo
baseado na ação. As complicações acrescentam drama a
história, evocando paixões e concentrando acontecimen-
tos.
Ações Prolongadas
Para ser totalmente bem-sucedido, de vez em quando
você precisara de mais de um sucesso – terá de acumular
três, sete ou até (raramente) 20 sucessos. Uma ação que
requer apenas um sucesso é chamada de ação simples.
As ações que requerem mais de um sucesso são chama-
das de ações prolongadas.
Uma ação prolongada permite que você jogue os da-
dos várias vezes durante turnos subsequentes na tentativa
de juntar sucessos suficientes para ser bem-sucedido. Por
exemplo imagine que seu personagem esta escalando
uma arvore. O Narrador pode anunciar que quando você
obtiver um total de sete sucessos, seu personagem terá
chagado ao topo. Ele eventualmente chegara até lá, mas
quanto mais vezes você rolar os dados, mais chances o
seu personagem terá de sofrer uma falha crítica ou se
machucar. Se ele estiver tentando descer da arvore por-
que ela está em chamas, a quantidade de tempo despren-
dido se tornara importantíssima.
Durante uma ação prolongada você pode continuar
tentando obter sucessos enquanto quiser enquanto quiser,
ou no mínimo até falhar em obter ao menos um sucesso.
Se você sofrer uma falha crítica, o seu personagem pode-
rá ter de começar de novo do princípio, sem sucesso
acumulados. O Narrador poderá inclusive decidir que o
personagem não pode tentar de novo.
Este tipo de ação é mais complicado que uma ação
simples, e não deve ser empregada frequentemente no
meio de uma interpretação intensa. Como Narrador você,
você deve decidir que tipo de ação é apropriada. Um
pouco de experiência o ajudara muito quando estiver
empregando essas regras.
Ações Resistidas
Ocasionalmente você executara uma ação em oposi-
ção a outro personagem. Vocês dois farão jogadas contra
uma dificuldade, frequentemente determinada por uma
Característica do outro personagem, e a pessoa que obti-
ver mais sucessos será o vencedor. Porém, considera-se
que você tenha obtido apenas o número de sucessos que
você conseguir acima do número alcançado pelo oponen-
te. Os sucessos do oponente eliminam os seus, assim
como fazem os “1s.” Por isso, é muito difícil, e raro, ob-
ter um sucesso excepcional numa ação resistida. Mesmo
se o seu oponente não puder derrotá-lo, ele poderá dimi-
nuir o efeito dos seus esforços. Nas ações que sejam a
um só tempo prolongadas e resistidas, um dos oponentes
precisa acumular uma determinada quantidade de suces-
sos para ser completamente bem-sucedido. Cada sucesso
acima do número total de sucesso do oponente, obtidos
num único turno é somado ao total de sucessos. O pri-
meiro a obter o número designado de sucessos vence a
disputa.
Trabalho de Equipe
Às vezes, os personagens podem trabalhar juntos para
acumular sucessos, o que ocorre com mais frequência
durante uma ação prolongada. Dependendo do critério do
Narrador, dois ou mais personagens podem lançar dados
separadamente e somar seu sucesso (embora eles não
possam somar suas Características individuais numa úni-
218 Capitulo Sete:
Capitulo oito: Regras
ca jogada). O trabalho de equipe é eficiente em algumas cir-
cunstancias, com combate, caçada, coleta de informações e
conserto de equipamentos. Em outro, ele pode ser realmente
um incomodo, como em muitas atividades sociais (onde isso
pode confundir o indivíduo).
Tentando Outra Vez
Frequentemente falhar pode ser aborrecido. Se você está
tentando acertar um alvo num combate e continua falhando à
medida que tenta, isso pode ser frustrante. Isso é refletido no
sistema de Narrativa aumentando-se a dificuldade de qual-
quer ação que seja tentada outra vez após o fracasso.
Sempre que um personagem tentar uma ação de aumentar
em um ponto a dificuldade de ação. Considere um persona-
gem tentando intimidar outra pessoa. Se a primeira tentativa
fracassar, será mais difícil consegui-lo na segunda vez, por-
tanto a dificuldade é aumentada em um. Se ele tentasse uma
segunda vez, sua dificuldade será aumentada em dois. Entre-
tanto, em casos como este o Narrador pode simplesmente
decretar que ele não pode nem mesmo tentar outra vez – co-
mo você intimida alguém que já percebeu o seu blefe?
A Regra de Ouro
Lembre-se de que no fundo só há uma regra real em
qualquer jogo da seria do Mundo das Trevas, incluindo Oito
Luas: não há regras. Você deve adaptar este jogo de acordo
com sua necessidade – se as regras o atrapalharem, então as
ignore ou mude-as. A verdadeira complexidade e beleza do
mundo real não podem ser captadas por regras; é preciso nar-
rativa e imaginação para fazer isso. Estas regras são projeta-
das para serem orientações, e você tem liberdade para usar,
abusar, ignorar e mudá-las da maneira que desejar. Jogado-
res, tomem nota: o Narrador é o arbitro final de qualquer
questão envolvendo regras.
Outros exemplos de quando usar esta regra incluem arro-
bar uma fechadura (Crime), escalar uma parede (Esportes) e
lembrar-se de uma palavra em uma língua estrangeira (Lin-
guística).
Às vezes, o Narrador não deve utilizar esta regra. Um
exemplo claro é durante um combate. Errar alguém na pri-
meira flechada não significa necessariamente que o arqueiro
está frustrado e terá uma chance maior de errar novamente.
No entanto, se o arqueiro já errou diversas vezes, especial-
mente se são tiros fáceis, a uma distância pequena…
Outros exemplos de quando não usar esta regra são: ver
algo pelo canto dos olhos (Prontidão) ou esquivar-se de um
ataque (Esquiva).
Experimente
Bem, aí está. Essas são as regras básicas. Este sistema de
dados é tudo que você realmente precisa saber para jogar es-
te jogo. Todas as outras regras são apenas esclarecimentos e
exceções. Desde que você tenha compreendido aquilo que
foi discutido aqui, não terá nenhuma dificuldade para enten-
der outra coisa. Se você não acha que entendeu tudo, leia es-
te capitulo outra vez; você verá que faz mais sentido na se-
gunda vez.
Agora vá em frente e faça alguns testes usando o modelo
de personagem do Capitulo Quatro. Anatole está tentando
escapar de um grupo de habitantes enfurecidos de uma cida-
de. Ele se agacha atrás de uma parede baixa, espetando que
eles passem sem velo. O Narrador estabelece uma dificulda-
de de 7 para esta proeza e decide que o teste apropriado é
Destreza + Furtividade. Pegue quatro dados porque o Atribu-
to Destreza de Anatole é 4, três dados extras porque sua Ha-
bilidade Furtividade é 3. Agora, você deve ter 7 dados em
sua mão – um bom numere, referindo a aptidão de Anatole
para a Furtividade. Jogue os dados e veja quantos sucessos
você tem, certificando-se de subtrair um sucesso para cada
Sistema
 Oito Luas
“1” que obtiver. Você conseguiu, fracasso ou ter uma fa-
lha critica? Quanto mais sucesso conseguir, melhor se
escondera. Apenas um sucesso pode significar que você
mal conseguiu se esconder a tempo. Dois podem signifi-
car que você conseguiu se abaixar com um pouco de fol-
ga. Três podem querer dizer que você o fez em silencio
completo, e que a multidão nem ao menos tem direito a
um teste de Percepção em oposição.
Em seguida, tente uma ação prolongada e resistida.
Um exemplo disso é uma disputa de bebedeira. Isso re-
quer uma serie indefinida de testes, cada um com uma di-
ficuldade diferente. Você precisa acumular cinco suces-
sos a mais que seu oponente para ganhar. Uma falha cri-
tica elimina todos os seus sucessos acumulados.
• Primeira jogada: Cada jogador testa Vigor; a
dificuldade é a Corpo do oponente + 3 (não deixe que ele
o intimide).
• Segunda e Terceira jogada: Cada jogador testa
Vigor; a dificuldade é o Vigor do oponente + 3.
• Quarta jogada (e todas as subsequentes): Ca-
da jogador testa Vigor; a dificuldade é a Força de Vonta-
de do oponente.
Exemplos de Jogadas
Cada Atributo pode ser combinado com uma Habili-
dade, permitindo 270 tipos de teste simples. Sem dúvida
você não terá frequentemente razão para testar Força +
Instrução, mas pode acontecer. A seguir estão alguns
exemplos de jogadas que podem acontecer durante o cur-
so de uma história.
• Você tenta impressionar o lorde de uma mansão
contando uma batalha. Teste Espirito + Artes (dificulda-
de 7).
• Você está tentando localizar uma erva rara que
pode salvar a vida de uma pessoa. Testa Percepção +
Herborismo (dificuldade 7).
• Você tenta assustar um inimigo com uma de-
monstração de capacidade física. Testa Força + Intimida-
ção (dificuldade 7).
• Enquanto tenta escapar de guarda do castelo,
você precisa pilar da torre mais alta para dentro do fosso.
Testa Destreza + Esportes (dificuldades 5).
• Você percebe o arqueiro escondido nas arvores
acima da estrada? Testa Percepção + Prontidão (dificul-
dade 9).
• Você quer reunir os camponeses numa revolta
contra o lorde local. Testa Espirito + Liderança (dificul-
dade 8).
• Uma linda e jovem dama chama sua atenção, e
você tenta impressioná-la durante a festa. Testa aparên-
cia + Etiqueta (dificuldade 8).
• Enquanto cavalga por uma trilha, você vê um
tronco na sua frente. Testa Corpo + Cavalgar (dificulda-
Capitulo
CapituloOito:
Sete:Sistema
de 7) para fazer com que o cavalo pule por sobre o tronco.
• Ao andar através do quintal, uma figura sombria pu-
la de trás de um arbusto e atira em você com uma besta. Tesa
Percepção + Esquiva (dificuldade 6) para evitar ser atingido
pela seta.
• Ao viajar, você encontra uma clareira no meio da flo-
resta. Testa Percepção + Ocultismo (dificuldade 8) para per-
ceber que é uma clareira de fadas.
• Você encontra um manuscrito de aparência antiga
no corpo de um monge. Testa Inteligência + Instrução (difi-
culdade 6) para traduzi-lo.
• Você está tentando envenenar a bebida de uma pes-
soa sentada ao seu lado. Teste Destreza + Crime (dificuldade
8).
• Um nobre vizinho se apodera de um de seus feudos.
Teste Corpo + Direito (dificuldade 6) para defender o seu ca-
so com sucesso para um duque e convencê-lo de que a terra é
sua por direito.
• Você deseja cavalgar num cavalo que não está fami-
liarizado com você. Teste Corpo + Empatia com Animais
(dificuldade 7) para superar o medo natural da besta contra
os desconhecidos.
• Você é condenado a morte e quer enganar as pesso-
as para que pensem que você está realmente morrendo. Teste
Vigor + Representação (dificuldade 7) para fingir sua morte
e permanecer parado até que todos tenham ido embora.
• Você está tentando invadir silenciosamente a casa
de sua vítima pretendida. Teste Destreza + Furtividade (difi-
culdade 6).
• Quão bem você compreende um emissário com um
sotaque nativo acentuado? Teste Percepção + Linguística (di-
ficuldade 9). Três sucessos permitem que você compreenda a
mensagem completamente.
• Você descobre um homem, atravessado por uma
flecha, estendido num campo. Teste Percepção + Investiga-
ção (dificuldade 9) para perceber que o ferimento foi feito
originalmente por uma faca, não flecha.
• Você deseja persuadir um grupo de nobres de que
seria do seu interesse juntarem-se a você numa campanha
contra o lorde vizinho. Teste Corpo + Política (dificuldade
7). Um sucesso significa que eles o apoiarão, mas não com-
prometerão nenhum homem; cinco ou mais significa que eles
se juntarão a você pessoalmente no campo de baralha.
Regras 219
 Oito luas

220 Capitulo oito: Sistema

 Oito Luas

Apítulo

Oito:
Sistema
Nossa vontade e sentido correm em sentidos tão contrários
Que nossos projetos ainda são destruídos, Nossos pensamentos
são nossos, seus fins em nada são nossos.
William Shakespeare, Hamlet.
Este capitulo cobre os sistemas de regras de Oito Luas, incluindo a evolução dos
personagens e Caminhos, assim como informação sobre como conduzir jogos combinando
temas podem ser encontrados em outros capítulos.
Você só deve utilizar um dos sistemas descritos neste capitulo se um teste for real-
mente necessário. Use a interpretação sempre que possível, ao invés de deixar tudo para
ser decidido na sorte. Como regra geral, o Narrador deve fazer com que o jogador reali-
ze um teste apenas quando há uma incerteza considerável em sua mente quanto ao perso-
nagem ser ou não bem-sucedido em sua ação. Se você puder admitir razoavelmente que
ele irá ser bem-sucedido, então simplesmente deixe-o fazer a ação.

Capitulo Oito: Sistema 221

 Oito luas
Tempo
Existem cinco maneiras diferentes de descrever o
tempo, variando da menor unidade para a maior.
• Turno – uma unidade de tempo dentro de uma
cena, variando entre três segundos e três minutos. Um
turno é o tempo suficiente para se executar uma ação
(discutida abaixo).
• Cena – Um período compacto de ação e inter-
pretação que ocorre em um único local. Uma cena é
composta de um numero variável de turnos (quantos
forem necessários para completá-la); a cena também
pode ser completada mediante uma interpretação di-
reta, sem qualquer uso de turnos.
• Capitulo – Uma parte independente de uma his-
tória, que quase sempre é representada em uma ses-
são de jogo. Ele se compõe de diversas cenas interli-
gadas por uma série de entreatos.
• História – Umas tramas completas, com introdu-
ção, desenvolvimento e clímax, que costuma levar
vários capítulos para ser finalizada.
• Crônica – Toda uma série de histórias ligadas
entre si pelas vidas dos personagens e talvez por um
tema e uma trama concebidos amplamente. Trata-se
simplesmente da história continua contada por você e
pelos seus jogadores.
O ritmo de um capitulo ou história é em grande
parte responsabilidade do Narrador, mas a duração de
um turno ou de uma cena é menos subjetiva.
Turnos
Para organizar e estruturar a sequência dos even-
tos, uma cena é dividida em turnos. Um turno é um
período de tempo variável durante o qual os persona-
gens realizam ações. Isso ajuda o Narrador a acom-
panhar o que está acontecendo e a garantir que cada
jogador tenha a sua oportunidade de fazer alguma
coisa. Em um turno, cada personagem deve estar apto
a fazer uma coisa. Além disso, cada um deve dispor
aproximadamente da mesma quantidade de tempo pa-
ra descrever o que deseja que seu personagem faça. A
cada turno, o Narrador deve ir ao redor da mesa em
ordem de iniciativa (veja abaixo), dando oportunida-
de para cada jogador estabelecer uma ação e então
passar para a próxima pessoa.
Realizando Ações
Realizar ações ao longo de um jogo não exigira
necessariamente nenhuma jogada de dados, e pode
ser simplesmente interpretado, como ao se interrogar
um prisioneiro ou ser apresentada ao príncipe da re-
gião. Porém, cenas de ação costumam quebrar esta
regra, exigindo testes frequentes. As ações básicas
que os personagens podem realizar em um turno sem
fazer testes são:
•Ceder: O personagem permite à pessoa com a
iniciativa imediatamente mais alta realizar a sua ação,
desta forma cedendo a sua vez. Ele pode ainda reali-
222 Capitulo oito: Sistema
zar a sua ação no fim desse turno. Se todos os perso-
nagens, inclusive os seus oponentes, também cede-
rem, ninguém faz nada durante esse turno.
•Curar: O personagem pode decidir não fazer
nada além de usar um Ponto de Mana para se curar.
Se nenhuma outra ação for realizada, um Nível de Vi-
talidade pode ser restaurado automaticamente por
turno.
•Mover: O personagem pode se deslocar cami-
nhando, marchando ou correndo. Se ele andar, poderá
mover-se sete – metros. Se ele marchar, poderão des-
locar-se 11 metros + Destreza.
Se correr, poderá deslocar-se 18 metros + (3x
Destreza). Não é necessário fazer nenhum teste, mas
este movimento é a única ação que o personagem po-
de realizar neste turno. Em – algumas situações po-
dem ser perigosas marchar ou correr, e um teste pode
ser exigido para se manter o equilíbrio quando houver
pedregulhos soltos pelo chão ou se estiver no meio de
uma chuva de flechas. Se o personagem quiser correr
para longe do conflito – ou de encontro, precisara se
esquivar, a não ser que esteja fora do alcance das ar-
mas ou protegido de alguma forma.
Diversos outros tipos de ações exigem testes. Al-
guns estão listados aqui:
•Ataque: Um personagem pode decidir atacar
com uma arma branca ou de projétil socar alguém. O
teste feito depende do ataque; por exemplo, um ata-
que com armas brancas requer um teste de Destreza +
Armas Brancas.
•Escalada: Esta ação requer um teste em Destre-
za + Esportes.
•Esquiva: Esquivar-se não apenas permite a um
personagem evitar um golpe, como também pode re-
tirá-lo completamente da linha de ataque. Um perso-
nagem pode fazer um teste de Esquiva imediatamente
depois de alguém tentar acertá-lo, desta forma evi-
tando o golpe (tomara!).
•Levantar-se: É preciso um turno para ficar de pé
sem ter que fazer um teste. Se um personagem quiser
fazer isso além de outras ações, deverá tirar dados de
sua ação anunciada e tentar obter pelo menos um su-
cesso em um teste de Destreza + Esportes (dificulda-
de no mínimo 4).
•Liderança: Um personagem pode dar ordens a
seguidores e fazer cm que eles obedeçam através de
um teste apropriado de Espirito (ou Corpo) + Lide-
rança.
•Aproximar-se Silenciosamente do Inimigo: Es-
ta ação normalmente requer um teste de Destreza +
Furtividade.
Ações Múltiplas
Um personagem pode realizar ações múltiplas em
um turno (como se esquivar e atirar uma flecha), mas
precisa dividir seus dados. Para repartir uma Parada
de Dados entre duas ações diferentes, o personagem
pega os dados relativos à Habilidade na qual é menos
 Oito Luas
habilidoso (aquela com a menor Parada de Dados) e
divide essa Parada entre as ações que deseja realizar.
Um personagem que irá executar ações múltiplas
realiza a sua primeira ação segundo a ordem normal
de iniciativa (a não ser que retarde a ação). Ele não
pode realizar mais de uma ação neste momento. De-
pois que os personagens tiverem completado sua pri-
meira (ou única) ação, os personagens com mais
ações podem agir novamente seguindo a ordem de
iniciativa. Depois que todos tiverem realizado sua se-
gunda ação, o jogo continua com a terceira ação e as
ações subsequentes em ordem de iniciativa, como
acima. Embora os personagens possam retardar suas
ações, eles precisam realizá-la antes do demais passar
para a ação seguinte, ou ela estará perdida. Contudo,
os personagens sempre podem fazer jogadas para se
esquivar, desde que possuam dados na Parada.
Cenas
Uma cena é um momento de uma história no qual
o grupo se concentra nos eventos imediatos e os re-
presenta como se estivessem realmente acontecendo.
Uma cena pode exigir apenas interpretação entre os
jogadores e o Narrador, ou pode envolver várias
ações diferentes, algumas exigindo testes.
Combate
É lógico que ele tem uma faca. Todos nós temos
facas. E 1183, e todos nós somos bárbaros.
— James Goldman, The Lion in Winter
No sistema de Narrativa, o combate procura cap-
turar o drama de um conflito sem amenizar a realida-
de cruel do que está acontecendo. Concentramos to-
dos os nossos esforços em criar um sistema à altura
da dinâmica, das limitações e da malignidade de um
combate de verdade, embora procurando deixar espa-
ço para os elementos bastante particulares acrescen-
tando pelos conjuradores.
Existem três tipos de combate. Todos usam o
mesmo sistema básico, mas guardam algumas dife-
renças entre si. São eles: combate com armas de pro-
jétil, combate com armas brancas e luta corporal.
•Um combate com armas de projétil é qualquer ti-
po de combate que use este tipo de armas, geralmente
arcos e bestas. Normalmente, os oponentes precisam-
se encontrar no campo de visão um do outro para se
engajarem neste tipo de combate.
•O combate com armas brancas diz respeito a lu-
tar com armas de mão, qualquer coisa desde pernas
de mesa a espadas de lamina larga. Os oponentes pre-
cisam se encontrar a uma distância de um ou dois me-
tros um do outro para se engajarem neste tipo de
combate.
•Uma luta corporal descreve uma batalha corpo a
corpo, travada com as mãos nuas. Para travar uma lu-
ta corporal, os oponentes precisam estar a uma dis-
tância de toque um do outro.
Os testes feitos no combate determinam se um
ataque é bem-sucedido ou não, se o alvo se esquiva e
Capitulo Oito: Sistema
Uma cena é como uma série de cenas de um filme,
no mesmo local e mesmo momento da história. E a
essência da interpretação, quando os jogadores des-
crevem as reações dos personagens a eventos ao in-
vés de explicar o que eles pretendem fazer.
O tempo da história que não é gasto numa cana é
chamado entreato. Ele pode ocorrer quando os joga-
dores estão viajando ou realizando pesquisas longas,
ou simplesmente pode ser um período durante o qual
não é necessário se interpretar cada momento. O en-
treato é uma pausa da intensidade da cena. Embora
não se deva abusar dele (pode ser relativamente tedi-
oso), você não deve evitá-lo completamente. Use os
entreatos para organizar os jogadores, direcionar a
história de modo mais preciso e fazer a trama avançar
com maior rapidez.
A história pode conduzir a uma cena em pratica-
mente qualquer momento. Normalmente, isso ocorre
de forma bastante natural, sem que ninguém perceba
o que aconteceu. Por exemplo, enquanto o Narrador e
os jogadores discutem como seus personagens pre-
tendem fazer a jornada até o castelo do vampiro vizi-
nho, você pode começar a descrever o que eles veem
no caminho. Você passou do entreato para uma cena.
a quantidade de dano que ele sofre. Quase todos os
turnos de combate duram cerca de três segundos, em-
bora eles levem um pouco mais de tempo para serem
resolvidos.
Deve haver apenas duas jogadas de dados envol-
vidas na parte do atacante em qualquer manobra de
combate: um teste de ataque e um teste de dano (ou
efeito). Todos os efeitos de manobras devem ser cal-
culados através desses dois testes. Uma exceção a es-
ta regra é uma manobra baseada no movimento.
Como em todas as cenas de ação, o combate co-
meça com um teste de iniciativa. Porém, como o
combate de vez em quando fica um pouco difícil, di-
vidindo turno em três estágios – iniciativa, ataque e
resolução – para facilitar o registro dos eventos.
Descrevendo a Cena
No começo de cada turno, o Narrador deve des-
crever a cena sub perspectiva de cada jogador. De vez
em quando, isso será necessário um resumo do que
aconteceu no turno anterior. Este tipo descrição cons-
tante é essencial para evitar confusões.
Esta é a chance que i Narrador de organizar e dis-
por as coisas de modo que tudo transcorra com tran-
quilidade quando os jogadores começarem a interagir
com o ambiente que ele criou. O Narrador deve tor-
nar a sua descrição a mais interessante possível, dei-
xando em aberto todos os tipos de possibilidades para
ações dos personagens.
Primeiro Estágio: Iniciativa
Neste estágio, os jogadores declaram suas ações.
Os personagens podem executar diversas ações dife-
rentes, desde pular para de trás de uma parede até ten-
223
 Oito luas
tar gritar um aviso. Cada jogador precisa declarar o
que o seu personagem está fazendo em todos os deta-
lhes que o Narrador pedir. Neste ponto, todos preci-
sam decidir que armas irão usar, caso cheguem a usar
alguma.
Os jogadores fazem testes de iniciativa, usando
Percepção + Prontidão (dificuldade 4, embora os Nar-
radores possam variar isso se quiserem), e o Narrador
faz os testes para qualquer personagem que não seja
dos jogadores envolvidos na cena. O personagem
com o maior número de sucessos age primeiro (ou
então aquele com a Destreza maior, se o Narrador as-
sim decidir), enquanto os personagens que obtiveram
menos sucessos executam suas ações em ordem de-
crescente de sucessos. Alguns personagens agirão si-
multaneamente porque obtiveram o mesmo número
de sucessos. Aqueles que não obtiveram sucessos
neste teste serão os últimos e uma falha critica signi-
fica que o personagem não pode agir naquele turno –
a corda do seu arco se rompe, ou ele tropeça e não
pode atacar ou esquivar-se.
Lembre-se de fazer os jogadores declararem quais
ações eles querem que seus personagens realizem du-
rante o turno de combate ante de passar para o estágio
de ataque. Um personagem dividindo sua Parada de
Dados também precisa declarar quantos dados devem
ser transferidos para cada ação.
A ação de um personagem ocorre quando é a sua
vez de agir. A única exceção a isso é a esquiva, que
um personagem pode realizar a qualquer momento,
enquanto tiver dados sobrando em sua Parada de Da-
dos.
Emboscadas
Ocasionalmente, será obvio quem é o primeiro,
como quando uma emboscada foi armada ou quando
uma pessoa é claramente pega de surpresa. No com-
bate, porém, se o Narrador quiser que os oponentes
surpreendam os personagens, ele deve permitir que os
jogadores façam um teste (difícil) de Percepção para
ver se reparam em alguma coisa, uns instantes antes
dos vilões aparecerem. A dificuldade depende do
quanto à emboscada foi bem armada (normalmente
8). O número de sucessos que o jogador obtém indica
o número de dados que eles podem usar na primeira
ação de cada um (normalmente esquivas).
Iniciativa Opcional para Combates com
Armas Brancas
Sem um dos oponentes tiver uma arma significati-
vamente mais comprida do que o outro (uma adaga
contra uma espada de mão-e-meia, por exemplo), e
nenhum dos oponentes está usando um escudo ou
arma para aparar, é virtualmente impossível para a
pessoa com a arma mais curta ganhar a iniciativa. Pa-
ra se colocar numa posição em que possa atacar, ele
precisa entrar no alcance da arma do oponente. Se o
Narrador desejar, ele pode decidir que num combate
um contra um, a pessoa com a arma mais longa sem-
pre age primeiro. Certamente é possível para a pessoa
224 Capitulo oito: Sistema
com a arma mais curta esquivar-se (ou aparar) o ata-
que com sucesso e depois realizar o seu próprio ata-
que, mas essa é praticamente a única maneira pela
qual ele pode diminuir a distância.
Segundo Estágio: Ataque
O ataque é a maior fatia do turno de combate. E
quando se determina o sucesso ou o fracasso de um
ataque, bem como parte de seu impacto potencial so-
bre o alvo.
Existem três tipos diferentes de testes de ataque; o
tipo de combate determina qual deve ser usado.
• Para combate com armas de projétil, teste
Destreza + Arqueirismo.
• Para combate com armas brancas, teste Des-
treza + Armas Brancas.
• Para luta corporal (sem armas) teste Destreza
+ Briga.
A arma ou ataque usado pelo personagem deter-
mina a dificuldade básica do teste. O número de da-
dos a ser lançado pode ser modificado pela cadencia
de tiro do arco, mas normalmente a dificuldade é mo-
dificada apenas pelas circunstancias que envolvem o
ataque. Se não forem obtidos quaisquer sucessos, o
personagem terá falhado em seu ataque e nenhum da-
no terá sido infligido. Se ocorrer uma falha crítica,
então o ataque não apenas fracassa, mas alguma coisa
horrível também acontece ao atacante; o Narrador
precisa inventar alguma coisa realmente terrível.
Dificuldade Terreno
2 Recuando um passo, o perso-
nagem está completamente
4
protegido.
O personagem precisa vencer
uma distância de mergulho
para ficar absolutamente pro-
tegido (um metro).
6 O personagem precisa vencer
uma distância de corrida para
ficar absolutamente protegido
(três metros).
7 O personagem precisa vencer
uma distância de corrida para
ficar parcialmente protegido
(três metros).
8 O terreno é plano e desprovi-
do de coberturas (o persona-
gem se atira no chão).
Esquiva
Sempre que alguém atacar o personagem, ele terá
a opção de se esquivar. De fato, um personagem pode
anunciar a qualquer momento que personagem está
usando uma ação (ou parte dela, dividindo sua Parada
de Dados) para se esquivar, simplesmente declarando
“Esquiva!” Antes do oponente realizar um teste de
ataque. Em alguns casos, não será permitida uma es-
quiva, como em ambientes fechados ou em situações
na qual o personagem tenha sido pego de surpresa. O
teste necessário é Destreza + Esquiva; cada sucesso
subtrai um sucesso do resultado do teste do atacante.
 Oito Luas
Um personagem pode até mesmo subtrair sucessos de
oponentes diferentes, embora isso signifique dividir
(ou distribuir) os sucessos entre eles.
A dificuldade para se esquivar de ataques com
armas brancas ou de luta corporal é basicamente 6,
mais um para cada oponente além do primeiro.
Em combates com armas de projétil, a dificuldade
depende da disponibilidade de cobertura próxima, por
de trás da qual um personagem pode se jogar para
evitar ser atingido. Cada sucesso remove um dos su-
cessos do oponente. Depois de uma tentativa de se
esquivar como essa, o personagem normalmente aca-
ba protegido por trás de algum tipo de obstáculo ou,
pelo menos, deitado no chão (se não for possível en-
contrar obstáculos).
A dificuldade para se esquivar durante um comba-
te com armas de projétil é determinada pela proximi-
dade do obstáculo
Terceiro Estágio: Resolução
Neste estágio, os personagens determinam o dano
infligido por seus ataques e o Narrador descreve o
que acontece no turno. É uma mistura de jogo e histó-
ria, pois embora os dados jamais mintam, o Narrador
pode interpretar o que a sorte declarou.
Tabela de Resumo de Combate
Primeiro Estágio: Iniciativa
•Teste Percepção + Prontidão (dificuldade 4). O
vencedor declara sua ação por último (depois de ouvir
as ações de todas as outras pessoas) e a realiza pri-
meiro.
•Declare a divisão da Parada de Dados caso esteja
realizando ações múltiplas.
Segundo Estágio: Ataque
•Para combates com armas de projeteis, teste Des-
treza + Arqueirismo.
•Para combates com armas brancas, teste Destreza
+ Armas Brancas.
•Para luta corporal (sem armas), teste Destreza +
Combate Corporal.
•Esquiva: teste Destreza + Esquiva. Um persona-
gem pode desistir de parte ou de toda sua Parada de
Dados para se esquivar a qualquer momento; cada
sucesso subtrai um dos sucessos do oponente (entre-
tanto, lembra-se de que mudar sua ação declarada
ainda remove um dado da sua Parada de Dados.).
Terceiro Estágio: Resolução
•Calcule o dano, determinado pela arma ou mano-
bra (dificuldade 6).
•Absorção de dano: teste Vigor (dificuldade 6).
Dano: Cada arma ou ataque permite que o seu
usuário faça um teste com um determinado número
de dados para causar danos (dificuldade 6). Cada su-
cesso significa que o alvo perde um Nível de Vitali-
dade. Os sucessos em combates com Armas Brancas
e em luta corporal não são acrescentados ao dano.
Absorção de Dano: Um alvo pode fazer um teste
para ver que quantidade de dano ele “absorve”, devi-
Capitulo Oito: Sistema
do a sua resistência natural. O alvo testa Vigor (difi-
culdade 6); cada sucesso reduz o dano em um. Uma
armadura pode acrescentar dados à parada de absor-
ção.
Observação: Os testes de avaliação de danos e de
absorção são os únicos em Oito Luas quer não estão
sujeitos a falhas críticas.
Combate Livre (Opcional)
O Narrador deve ser flexível ao arbitrar situações
de combate; nenhuma regra pode refletir a variedade
de situações encontradas no campo de batalha. O
Narrador tem liberdade para permitir que os jogado-
res criem regras para situações especiais que não são
cobertas por nenhuma das manobras de combate exis-
tentes. Quanto aos jogadores, eles devem se lembrar
de que o Narrador é o arbitro definitivo nesses tipos
de situações, e sua palavra é final.
Se isso resultar em combates com discussões ou
lentos, volte para as manobras básicas. Elas são am-
plas o suficiente para lidar com a maioria das situa-
ções. Um combate livre pretende adicionar profundi-
dade ao jogo, e não criar conflitos entre os jogadores
e Narradores.
Armamento Medieval
A maioria destas armas deve ser familiar, embora
uma ou duas possam ser novas para você.
Uma faca é uma ferramenta pequena, não maior
do que 15 ou 20 centímetros de comprimento, desti-
nada à alimentação, caça e alguns trabalhos manuais.
Uma adaga pode ser maior, até 30 centímetros ou
mais, e é projetada especificamente para apunhalar.
Uma espada de lamina larga é uma espada bási-
ca de uma mão, com uns 40 centímetros de compri-
mento, projetada para cortar. Uma espada de mão e
meia é ligeiramente maior (mais ou menos 60 centí-
metros), normalmente usada com as duas mãos; uma
pessoa forte (nível de Força 4 ou maior) pode usar
uma espada de mão e meia com uma só mão. Uma
espada longa pode ter qualquer comprimento até 1,8
metros, é utilizada com as duas mãos e não pode ser
usada a cavalo.
Uma 1ança é uma arma básica para camponeses
porque é muito barata. É simplesmente um bastão de
madeira com uma ponta afiada de metal, com um
comprimento total entre 1,5 a 2,4 metros. Uma lança
de justa é simplesmente uma lança longa, usada ex-
clusivamente por cavaleiros em suas montarias. Um
forcado é usado por fazendeiros para mover feno e
palha; é um bastão de 1,8metros de comprimento, di-
vidido numa forquilha com pontas afiadas numa das
extremidades, e além de um porrete é a única “arma”
disponível para os camponeses mais pobres. Um ma-
chado de batalha se assemelha ao machado para cor-
tar madeira e requer as duas mãos para ser empunha-
do. Um machado de mão é uma arma empunhada
com uma só mão, ligeiramente menor. Uma acha é
uma arma mais comprida, de duas mãos, normalmen-
te com 1,8 ou 2,1 metros de comprimento.
225
 Oito luas
Uma maça é um cabo de madeira com uma cabe-
ça de metal (talvez com pontas aguçadas ou contun-
dentes). Um mangual é como uma maça, exceto por
uma corrente que liga a cabeça ao cabo.
Um arco curto é uma arma de caça, com 0,9 a 1,2
metros de comprimento, que pode ser disparada a ca-
valo. Um arco longo tem aproximadamente 1,8 me-
tros de comprimento, e não pode ser disparado a ca-
valo. Uma besta é um aparelho mecânico, com um
arco horizontal preso a sua extremidade exterior; o
arco é puxado com um pé-de-cabra ou com a mão, a
flecha (ou virote) é colocada no arco. O arqueiro
aperta o gatilho para liberar o arco e a flecha.
Um bastão tradicional é “tão alto quanto o seu
usuário, e tão grosso quanto o seu punho”, mas qual-
quer vara, cano ou bordão que seja longo o suficiente
será o bastante. Geralmente, quanto mais pesado o
objeto, maior o dano que ele causa.
Observação sobre Armas
* 1: Lanças normalmente tem de 1,8 a 2,4 metros
de comprimento, e são empunhadas apontando-se pa-
ra o alvo antes de um ataque.
* 2: Lanças de justa são armas de cavalaria. O da-
no causado quando utilizadas a pé é apenas Força. Se
usada a galope ela inflige Força + 6 e automaticamen-
te concede ao usuário a iniciativa se for usada contra
oponentes com armas de mão normais. Se for usada
sobre um cavalo numa velocidade menor, a lança de
justa provoca menos dano (Força + 3, por exemplo) a
critério do Narrador.
*3: Uma acha normalmente tem uma seta pontuda
na cabeça do machado, e também pode ser usada co-
mo uma lança. As cabeças de algumas achas também
possuem características adicionais, como um gancho
usado para derrubar oponentes a cavalo de suas mon-
tarias.
*4: Falha critica com o mangual são especialmen-
te ruins. Geralmente, a bola ou corrente ficam emba-
raçadas em algum objeto inconveniente ou o perso-
nagem perde o controle da arma e acerta a si próprio.

Armas Brancas
Arma Dificuldade Dano Ocultabilidade Força Necessária
Faca 5 Força +1 B 1
Adaga 4 Força +1 T 1
Espada de Lamina Larga 6 Força +4 M 2
Espada de Mão e Meia 6 Força +5 M 4
Espada Longa 5 Força +6 N 1
Bastão 4 Força +1 ou +3 N 2
Lança, uma mão (*1) 7 Força +1 N 1.
Lança, duas mãos (*1) 6 Força +3 N 2.
Lança de justa (*2) 8 Força +6 N 1
Forcado (2 mãos) 6 Força +1 N 3
Machado de Mão 7 Força +5 M 3
Machado de Batalha 7 Força +6 N 3
Acha (*3) 7 Força +6 N 1
Maça 6 Força +4 T 1
Mangual (*4) 7 Força +6 M 1

Armas de Longo Alcance

Arma Dificuldade Dano CdT Ocultabilidade Força Necessária Alcance
Arco Curto variável 2 1/2 T 2 60m.
Arco Longo variável 4 1/2 N 4 120m.
Besta variável 3 1/4 N 2 90m.
Lança (arremessada) variável Força +2 N/D N 2 N/D
Faca (arremessada) variável Força N/D N 2 10m.
Pedras· variável Força –1 N/D B 2 10m.
Machadinha variável Força +1 N/D T 2 12m.

Ocultabilidade: B = pode ser escondida num
bolso (alfaiates medievais não fazem peças de vestuá-
rio com bolsos!); T = pode ser escondida nas dobras
de roupas como uma túnica ou manto pequeno; M =
pode ser escondido num manto ou casaco longos ou
nas túnicas de um monge; N = não pode ser escondi-
da.
Cadencia: 1/3 = requer três turnos inteiros para
ser recarregada. Um arco normalmente é disparado a
cada dois turnos. Um tiro rápido pode ser realizado
226 Capitulo oito: Sistema
com um arco longo ou curto, mas fazê-lo a arqueiro
precisa utilizar metade da sua Parada de Dados nor-
mal no teste.
Alcance: Você pode arremessar até p alcance in-
dicado, mas isso será considerado um tiro de longa
distância (com dificuldade maior).
Armas Arremessadas
Muitas armas podem ser arremessadas, incluindo
facas, machadinhas, lanças e pedras. A dificuldade
para se acertar uma arma ou objeto arremessado é de-
 Oito Luas
terminada dividindo-se a distância do alvo em metros
pela Força do personagem (metros/ Força). Portanto,
se um personagem com Força 3 arremessasse uma
pedra em um alvo a 16 metros de distância, a dificul-
dade do ataque seria 6 (sempre arredonde para cima).
A distância máxima para um personagem arre-
messar um objeto pequeno é sua Força x 10 em me-
tros. O peso que pode ser arremessado é de 1 quilo
por ponto de Força (ou mais se o objeto arremessado
for aerodinâmico). A Parada de Dados para se acertar
é constituída por Destreza + Esportes. A Força de-
termina a dificuldade, assim como o número de dados
na Parada de dano. O número de sucessos no teste de
ataque não aumenta o dano.
A critério do Narrador, um personagem pode fazer
trocas de um para um entre alcance e peso. Portanto,
um personagem com uma Força de 5 poderia arre-
messar um objeto com 4 quilos como se sua Força
fosse 6, ou um objeto de 6 quilos como se sua Força
fosse 4.
Também a critério do Narrador, se um persona-
gem errar um ataque de faca ou machadinha por um
sucesso, a arma acerta o alvo como cabo. A Parada de
Dados para o dano deve ser reduzida em cinco dados,
possivelmente não causando nenhum dano.
Pedras
As pedras são encontradas praticamente em qual-
quer lugar; elas são à base do sistema de armas arre-
messadas. Eles causam dano igual à Força.
Facas
As facas utilizam as regras de arremesso acima,
com uma exceção. Sempre trate uma faca arremessa-
da como se ela fosse meio quilo mais pesado do que
realmente é; isso representa o controle exigido para
se acertar o alvo com a lamina. Facas arremessadas
provocam Força +1 de dano.
Machadinhas
As machadinhas utilizam as regras de arremesso
acima; entretanto, uma machadinha é uma alavanca
natural para multiplicar a força. Adicione um Força
de um ataque com uma machadinha arremessada feito
por alguém com uma especialidade apropriada. Con-
tudo, as machadinhas são mais difíceis de controlar
do que as facas, portanto aumente a dificuldade de
um ataque com uma machadinha arremessada em 1
além de quaisquer outros modificadores.
Lanças e Dardos
Um dardo é uma lança pequena com aproximada-
mente 1,2 metros de comprimento. As lanças projeta-
das para serem arremessadas em geral também pos-
suem aproximadamente este comprimento.
Capitulo Oito: Sistema
Armadura
Os soldados no Mundo das Trevas Medieval nor-
malmente vestem armaduras de couro ou de metal pa-
ra se protegerem. Couros de grossuras diferentes po-
dem ser usados, forrados ou reforçados com anéis ou
tacha, em camadas, reforçados ou endurecidos. Mui-
tas variedades diferentes de cotas de malha podem ser
combinadas com placas talhadas de metal; existem
dúzias de combinações possíveis.
No entanto, para manter o sistema bom e simples,
vamos admitir que existam apenas quatro classifica-
ções diferentes para armaduras medievais.
• Armadura Leve: Peças de couro, talvez endu-
recidas ou forradas, talvez com um capuz. Estas rou-
pas são visivelmente diferentes das roupas de lã nor-
mais vestidas pelas pessoas comuns. Esta categoria
inclui armaduras utilizadas por guardas de portões,
fora-da-lei, vigias de cidades e por soldados em guar-
nição durante épocas de paz. Ela também inclui o for-
ro usado por cavaleiros e soldados por baixo de suas
armaduras de metal.
• Armadura Composta: Uma mistura de tipos
diferentes de armadura, composta basicamente por
peças de couro reforçado por tachas e anéis, talvez
incluindo um elmo surrado e pedaços de uma cota de
malha enferrujada. As armaduras compostas normal-
mente foram montadas saqueando-se os mortos após
as batalhas e comprando ou improvisando partes es-
tranhas peça por peça. Ela normalmente é usada por
bandos de mercenários ou bandidos bem-sucedidos.
• Armadura Pesada: Cotas de malha ou couras
muito reforçadas, normalmente usadas com uma co-
bertura de metal semelhante a um elmo, com forro de
acolchoamento apropriado por baixo. O rosto conti-
nua exposto, e às vezes o pescoço e as mãos também
são vulneráveis. Elas sito vestidas por soldados e no-
bres empobrecidos quando estão esperando por uma
luta. Ela pesa pelo menos 45 quilos, e só é usada
quando se acredita que há perigo por perto.
• Armadura de Cavaleiro: Uma cota de malha
cobre todo o corpo, incluindo o pescoço, com mano-
plas volumosas nas mãos e um elmo grande e pesado
sobre a cabeça. (O elmo parece um balde com abertu-
ras para que se possa ver de dentro.) Ela pode pesar
mais de 90 quilos, e apenas os nobres mais ricos tem
os recursos para comprar e manter este tipo de veste.
O índice de Proteção indica o número de dados
adicionados à Parada de Dados para “absorver” o da-
no.
As modificações de Destreza e Percepção se apli-
cam enquanto a pessoa usar a armadura (embora ne-
nhum dos Atributos possa ser reduzido para um nível
menor do que 1 devido a estas penalidades).
A Força mínima indica o nível mínimo de Força
que o personagem precisa possuir para usar a arma-
dura.
Os efeitos exatos da utilização das armaduras são
descritos na tabela abaixo.
227
 Oito luas

Armadura Proteção juste de Destreza juste de Percepção Força Mínima

Armadura Leve 1 - - 1
Armadura Composta 2 -1 - 1
Armadura Pesada 3 -1 -1 2
Armadura de Cavaleiro 4 -2 -2 3

Usando Escudos teste de resistência. Este teste frequentemente exigira

Um personagem usando um escudo é mais difícil
de ser golpeado em combate do que um personagem
que não a está utilizando. Entretanto, os escudos são
objetos pesados e volumosos, feitos de madeira, cou-
ro ou metal. Os escudos são carregados apenas em
épocas de guerra ou sérias agitações civis, e não são
ocultáveis. Existem duas variedades principais de es-
cudos medievais:
Escudos de Infantaria são redondos ou triangula-
res, com 30 a 90 centímetros de diâmetro. Qualquer
um n que lute contra um personagem que estiver
usando um escudo de infantaria tem suas dificuldades
para ataque com Armas Brancas aumentadas em um.
(Portanto a dificuldade para golpeá-lo com um ma-
chado de batalha aumenta de 7 para 8.).
Escudos de Cavalaria são escudos longos e finos,
frequentemente em forma de pipa. Eles normalmente
são usados por soldados da cavalaria; tiras de couro
presas aos ombros do cavaleiro sustentam o peso
considerável do escudo.
Se for usado por um personagem que não esteja a
cavalo, o escudo de cavalaria aumenta as dificuldades
para ataques com Armas Brancas dos inimigos em
dois (por exemplo, a dificuldade para golpeá-lo com
um machado de batalha aumenta de 7 para 9). Se for
usado por personagens a cavalo, a eficácia do escudo
dependera do lado pelo qual ele está sendo atacado.
Como o escudo cobre o lado esquerdo do persona-
gem, inimigos a esquerda tem suas dificuldades em
Armas Brancas aumentadas em 3. Contudo, o escudo
não pode ser movido para o lado direito, de modo que
os ataques à direita do personagem são resolvidos
normalmente.
Observe que escudos não protegem um persona-
gem de ataques vindos de trás.
Manobras Especiais
Do mesmo modo que todos os testes, a dificuldade
básica para qualquer manobra é 6. Se a manobra for
destinada a enganar um oponente, a dificuldade nor-
malmente é igual a Inteligência do oponente com um
modificador constante de + 4 ou, raramente, um Atri-
buto do oponente mais uma Habilidade (corno +
Combate Corporal), no caso em que o modificador
constante não é usado.
Testes de Resistência
Às vezes, um personagem pode resistir a um ata-
que contra ele, seja se esquivando, realizando uma
ação evasiva ou usando outra manobra. O Narrador
deve decidir quando um combatente deve realizar um
228 Capitulo oito: Sistema
que o combatente dívida sua Parada de Dados caso
deseje atacar naquele turno.
Sucessos
Geralmente, um ataque só precisa de um sucesso
para que acerte o alvo; o dano é testado em seguida.
Porém, em algumas circunstancias, um número defi-
nido de sucessos são necessários, como quando um
personagem tenta agarrar um oponente; ele precisa
obter mais sucessos do que o nível de Força do opo-
nente.
Dano (Efeito)
Use a Tabela de Briga para determinar o dano e a
partir dela faça ajustes para as condições especiais.
Se o efeito é enganar ou confundir um oponente, a
regra geral é de que cada sucesso no teste de ataque
subtrai um dado da Parada de Dados do oponente.
Neste caso, somente o teste de ataque é realizado; não
há um teste separado para dano.
Ações Múltiplas: Como sempre, um personagem
devera dividir sua Parada de Dados para realizar
ações múltiplas em um turno.
Movimento: Normalmente, um personagem não
pode se mover e atacar durante a mesma ação. O Nar-
rador pode permitir que seja realizada uma manobra
baseada no movimento com as seguintes orientações:
Se um personagem estiver realizando uma façanha
acrobática, corno saltar, balançar num candelabro,
etc., um teste de Destreza + Esportes também pode
ser necessário. A dificuldade depende da complexi-
dade da manobra. Um teste simples para determinar a
distância de um salto tem uma dificuldade de apenas
3, enquanto saltar de uma carruagem que está prestes
a se chocar para cima de um cavalo em movimento
pode ter uma dificuldade tão alta quanto 9. O perso-
nagem precisa dividir sua Parada de Dados entre o
teste acrobático e o teste de ataque. Entretanto, o Nar-
rador deve usar a regra do sucesso automático sempre
que possível.
Há algumas exceções a essa regra, no interesse da
licença dramática. Se o personagem já assistiu a mui-
tos filmes de capa e espada e quer usar manobras ex-
travagantes similares, o Narrador pode permitir que
ele se balance num candelabro e ataque sem ter que
dividir a sua Parada de Dados.
Complicações Gerais
•Mudar de Ações: A dificuldade aumenta em 1.
• Imobilização: A dificuldade para acertar um al-
vo imobilizado diminui em 2.
 Oito Luas
• Atordoamento: Quando o dano nos Níveis de
Vitalidade excede o nível de Vigor, o alvo é atordoa-
do e não pode agir no próximo turno.
Complicações de Combate com Armas
Brancas e Combate Corporal
• Oponentes Múltiplos: Caso um personagem es-
teja lutando contra oponentes múltiplos em combate
próximo, o grau de dificuldade dos testes de ataque e
esquiva desse personagem será aumentado em 1 por
cada oponente (até o Máximo de 10).
• Ataques Laterais e Pelas Costas: A dificuldade
de um ataque lateral é reduzida em 1, enquanto a difi-
culdade de um ataque pelas costas é reduzida em 2.
Complicações de Combate com Armas
Brancas
• Desarme: Esta manobra é uma tentativa de der-
rubar a arma da mão de um oponente. O personagem
testa Destreza + Armas Brancas; adicione 1 à dificul-
dade normal da arma. Se pelo menos três sucessos fo-
rem obtidos, ele deve testar o dano da arma; se ele
obtiver mais sucessos do que o nível de Força do
oponente, então este é desarmado. Uma falha critica
normalmente significa que o personagem derruba sua
própria arma.
Teste: Destreza + Armas Brancas Dificuldade: +1
Dano: Especial Ações: 1
• Ataque Duplo: Golpes de faca não baseados na
velocidade e no reflexo. Um personagem usando esta
especialização pode dividir sua Parada de Dados en-
tre dois ataques contra o mesmo alvo. Cada Parada de
Dados de ataque recebe um dado adicional. A difi-
culdade para cada ataque é 5. O dano é determinado
normalmente após cada ataque. A Destreza + 1 do
personagem é o número máximo de dados eles po-
dem ser usados para cada ataque.
O número máximo de ataques adicionais é deter-
minado dividindo-se a perícia do personagem por
dois. Se um personagem possuir seis pontos em Ar-
mas Brancas, ele pode atacar três vezes em um turno
dividindo sua Parada de Dados de três modos. Des-
treza + 1é o número de dados que pode ser emprega-
do em qualquer ataque. Além disso, as dificuldades
para todos os ataques aumentam para 7.
Teste: Destreza + Armas Brancas Dificuldade: + 1
Dano: Especial Ações: 1
• Aparar: Um personagem usando uma arma
branca pode decidir aparar um ataque, usando sua
arma para bloquear o golpe. Como uma esquiva, uma
tentativa de aparar pode ser realizada a qualquer mo-
mento, desde que o personagem ainda tenha dados
em sua Parada de Dados. Um personagem não pode
aparar com uma arma tão pequena quanto uma faca,
mas pode usar uma espada ou machado. Ele testa
Destreza + Armas Brancas (dificuldade 6). Cada su-
Capitulo Oito: Sistema
cesso subtrai um do número de sucessos do ataque do
oponente.
Uma falha critica num teste de aparar normalmen-
te significa que a arma utilizada é derrubada da mão
do personagem.
Teste: Destreza + Armas Brancas Dificuldade: 6
Dano: nenhum Ações: Especial
• Arremesso Lateral: Esta técnica poderosa, mas
difícil, é usada melhor com armas de arremesso pe-
quenas, como adagas e machadinhas. Ao invés de
usar o arremesso sobre o ombro, como normalmente
é visto em competições de arremesso de facas, esta
técnica envolve girar o braço em torno do lado do
corpo quando se arremessa, soltando a arma num giro
horizontal. Isso utiliza muito mais grupos de grandes
músculos do corpo (inclusive as pernas e os quadris,
quando realizado corretamente), resultando num ar-
remesso mais longo e forte. As desvantagens para es-
te estilo são a de que um personagem precisa de es-
paço para girar seu braço amplamente, e a precisão é
muito menor. Quando um personagem estiver usando
um arremesso lateral, sua Força efetiva é aumentada
em dois, mas sua Destreza efetiva é reduzida em um.
Teste: (Destreza -1) + Esporte Dificuldade: 8
Dano: Força + 2 Ações: 1
• Rasteira: Os bastões podem ser utilizados para
“varrer” as pernas do oponente desequilibrando-o
numa luta. Trate esta manobra como um arremesso
no qual o oponente cai no mesmo lugar onde estava –
mas com a vantagem adicional de que o personagem
não precisa se aproximar do oponente.
Teste: Destreza + Armas Brancas Dificuldade: +1
Dano: Especial Ações: 1
Complicações de Combate Corporal
• Bloquear: Um personagem pode decidir blo-
quear ao invés de se esquivar. Como uma esquiva, o
bloqueio pode ser realizado a qualquer momento,
desde que o personagem ainda tenha dados em sua
Parada de Dados. Os bloqueios só podem ser feitos
contra socos, chutes e armas contundentes. Uma ação
de bloqueio não pode bloquear uma espada ou flecha.
Teste Destreza + Briga (dificuldade 6); cada sucesso
subtrai um do número de sucessos do ataque de um
oponente.
Teste: Destreza + Bloqueio Dificuldade: 6
Dano: nenhum Ações: Especial
• Encontrão: Um personagem investe para frente,
jogando seu peso contra o seu oponente. É possível
sofrer danos devido a este ataque; os corpos não fo-
ram feitos para serem usados como aríetes. Um per-
sonagem preciso de três sucessos para desequilibrar
um oponente. Ele causa um Nível de Vitalidade de
dano em si mesmo para cada sucesso inferior a três.
Se o ataque for bem sucedido, o oponente perde o
equilíbrio e as dificuldades para o restante de suas
ações durante este turno ficam aumentadas em dois.
Além disso, se o oponente não for bem sucedido num
teste de Destreza + Esportes (com dificuldade igual
229
 Oito luas
aos sucessos do oponente + 3), ele cai no chão. O da- sucessos pode imobilizar o outro. Se ambos marca-
no básico causado pelo atacante equivale a sua Força; rem o mesmo número de sucessos, nenhum dos dois
cada sucesso marcado no teste de ataque acima do obtém vantagem sobre o outro neste turno.
mínimo somo um a este valor. Se o atacante não obti- Teste: Destreza + Apresamento Dificuldade: 6
ver pelo menos três sucessos, esta manobra fracassa. Dano: Força Ações: 1
Ele cai no chão e é tratado como se não tivesse mais • Chutar: Um chute pode variar de um simples
dados em sua Parada. chute frontal atem giros aéreos. Dependendo da cir-
Teste: Destreza + Bloqueio Dificuldade: 7 cunstancias modificadores de dificuldade e dano pode
Dano: Especial Ações: 1 ser aplicado (a critério do Narrador).
• Agarrar: Um atacante pode tentar agarrar um Teste: Destreza + Soco Dificuldade: 7
oponente, na tentativa de imobilizá-lo ou para conse- Dano: Força + 1 Ações: 1
guir uma chance melhor para enfeitiçá-lo. Se o ata- • Socar: O atacante aperta a mão para formar um
cante obtiver mais sucessos que a Força do oponente, punho firme e golpeia com toda a sua força. O Narra-
o atacante poderá imobilizá-lo. No turno seguinte, ele dor pode ajustar a dificuldade e/ou permitir dados
pode começar a infligir dano. Qualquer personagem adicionais se o atacante decidir que tipo de soco ele
atingido por este atacante perde seus ataques durante deseja realizar: gancho, arrasa-quarteirão, etc.
o turno em andamento. Teste: Destreza + Soco Dificuldade: 7
Se o atacante errar completamente (por falhar no Dano: Força Ações: 1
teste de Destreza + Briga), ele é derrubado, sendo • Garra: Apenas aqueles com Garras Estendidas,
obrigado a gastar uma ação para ficar de pé. podem tentar esta manobra.
Para se manterem agarrados durante cada turno Teste: Destreza + Soco Dificuldade: 6
depois do primeiro, os combatentes precisam fazer Dano: Força + 2 Ações: 1
disputas de Força + Briga. Aquele que acumular mais
Tabela de Manobra
Manobra Iniciativa Teste Precisão Dano
Agarrar -1 Força + Agarrar 0 Força
Encontrão 0 Força + Agarrar +1 Especial
Bloquear - Destreza + Bloqueio - 0
Chutar 0 Destreza + Chute 0 Força +1
Socar 0 Destreza + Soco 0 Força
Garra 0 Destreza + Soco 0 Força +2

Magias Magias com quatro caminhos dificuldade +14

Toda vez que uma magia for empregada, um Ma-
na deve ser gasto e um teste de Inteligência precisa
ser feito.
Magias com um caminho dificuldade 10, - 1 para
cada ponto no caminho principal.
Magias com dois caminhos dificuldade +2
Magias com três caminhos dificuldade +5
Magias com quatro caminhos dificuldade +9
Magias com cinco caminhos dificuldade +14
Dano da magia 1d6 (por ponto de Focus) + Mana.
Complicações de Combate magico.
Oponentes múltiplos: Caso um personagem este-
ja lutando contra oponentes múltiplos, o grau de difi-
culdade dos testes de ataque e esquiva desse persona-
gem será aumentada em 1 por cada oponente.
Bloquear: um personagem pode decidir bloquear
ao invés de esquivas. Como uma esquiva, o bloqueio
pode ser realizado a qualquer momento, desde que o
personagem ainda tenha dados em sua Parada de Da-
dos. Os bloquei só podem ser feitos com os Mesmos
caminhos utilizados ou com os Caminhos Opostos.
Testa Inteligência
Magias com um caminho dificuldade 12, - 1 para
cada ponto no caminho principal.
Magias com dois caminhos dificuldade +7
Magias com três caminhos dificuldade +9
Magias com cinco caminhos dificuldade +20
Bloqueio da magia 1d4 (por ponto de Focus) +
Mana. Caminhos Iguais.
Bloqueio da magia 1d6 (por ponto de Focus) +
Mana. Caminhos Opostos.
Aparar Magia: Um personagem pode decidir
aparar uma magia, usando uma magia ou equipamen-
to magico. Como uma esquiva, uma tentativa de apa-
rar pode ser realizada, desde que o personagem ainda
tenha dados na sua Parada de Dados. Ele desta Des-
treza + Bloqueio (para armamento); Inteligência +
Focus (para Magia de Bloqueio). A dificuldade é a
mesma que bloquear. Sendo que o personagem con-
siga + de 6 sucessos que a magia a ser bloqueada o
personagem pode manda-la para outra direção.
Cavalos
No Mundo das Trevas Medieval, os cavalos são
usados mais ou menos da mesma forma que os veícu-
los motorizados no mundo moderno – para permitir
que os mortais viajem mais rapidamente e com me-
nos esforço. Contudo, eles não são meros veículos
como carros e motocicletas, nem autômatos sem
consciência. Eles são criaturas vivas, frequentemente
e com personalidades reconhecíveis. Tenha isso em
mente.

230 Capitulo oito: Sistema

 Oito Luas
Os cavalos se assustam facilmente. Eles também
se espantam com barulhos altos e podem entrar em
pânico e fugir se forem assustados ou confrontados
com uma situação perigosa (como um Lupino enfure-
cido ou uma batalha em progresso). Eles odeiam os
cães. Alguns possuem hábitos irritantes, como uma
tendência a morder ou dar coices, uma antipatia por
um tipo particular de pessoa (por exemplo, homens,
mulheres, crianças), uma recusa em pular cercas ou
valas, uma tendência a deter-se para comer um poço
de capim apesar do esforço do cavaleiro em apressá-
lo, etc. Os Personagens também devem observar que
os cavalos não são suicidas e não vão querer galopar
a noite, especialmente através de bosques ou sobre
estradas medievais irregulares. Eles também precisam
de muitos cuidados (geralmente pelo menos duas ho-
ras por dia para cada cavalo).
Os Narradores devem tratar os cavalos dos perso-
nagens como indivíduos, com seus próprios defeitos e
características. Os Personagens podem ser capazes de
treinar um cavalo até certo ponto (como treinar um
cavalo a dar coices quando comandado, ou a perma-
necer calmo em situações assustadoras), mas os Per-
sonagens nunca devem ser capazes de fazer com que
seus cavalos se comportem corno maquinas.
Combate Montado
Lutar sobre um cavalo não é fácil. Algumas armas
simplesmente não podem ser usadas por combatentes
a cavalo. Os Narradores devem ficar desconfiados de
jogadores que afirmam que seus personagens estão
balançando espadas longas ou armas de haste enor-
mes a cavalo. Os arcos longos não podem ser puxa-
dos totalmente por arqueiros a cavalo.
De qualquer maneira, a habilidade de um persona-
gem para lutar sobre um cavalo é limitada pela sua
Habilidade de Cavalgar. Quando os Ataques de um
personagem a cavalo forem resolvidos, use a Habili-
dade Armas Brancas ou Cavalgar, o que fornece a
menor Parada de Dados.
Portanto, se um personagem tiver uma Destreza de
3, Armas Brancas 4, mas apenas 1 em Cavalgar, ele
pode jogar quatro dados para resolver o ataque, e não
sete. Apenas se o seu Cavalgar se equivaler ou supe-
rar o seu nível de Armas Brancas ele poderá jogar sua
Parada de Dados inteira de Destreza + Armas Bran-
cas para atacar.
Evolução do Personagem
Este item discute as maneiras pelas quais um per-
sonagem pode aumentar (ou diminuir) seus poderes e
habilidades.
Conferindo Pontos de XP
Determinar pontos de XP requer que se alcance
uma harmonia entre recompensar os jogadores e man-
ter o equilíbrio do jogo. Se você seguir as orientações
abaixo, provavelmente não enfrentara muitos pro-
blemas, mas sinta-se à vontade para experimentar do
modo que considerar adequado.
Capitulo Oito: Sistema
XP
Durante uma história, os personagens aprendem
muitas coisas. Muito do que aprendem não é o tipo de
coisa que possa ser registrada em planilhas de perso-
nagem, mas sim alguma coisa que os jogadores sim-
plesmente guardam na mente a partir de então. Ele
pode nunca mais deixar uma janela entreaberta com
um grimório na mesa durante o dia, ou nunca andar
num beco escuro com uma luz ás suas costas. No en-
tanto, às vezes o que eles aprendem pode ser registra-
do.
No fim de cada história, o Narrador concede pon-
tos de XP a cada personagem, normalmente conce-
dendo a mesma quantidade para cada um. Os jogado-
res simplesmente anotam os pontos na planilha de
personagem. Eles podem ser usados mais tarde para
aumentar os níveis nas Características.
O custo para aumentar esse nível varia amplamen-
te; consulte os detalhes na tabela abaixo. O custo
quase sempre consiste em se multiplicar o nível atual
por certo número. Assim, se o personagem tiver um
nível de Prontidão igual a 2 e o jogador quiser au-
mentá-lo para 3, custara quatro pontos de XP para fa-
zê-lo. Se o personagem nem sequer possuir a Caracte-
rística, o custo estará listado como uma Característica
“nova”. O nível de uma característica só pode ser
aumentado em um ponto por história.
Interprete
Como Narrador você não deve permitir que um
jogador simplesmente gaste seus pontos de XP para
aumentar qualquer característica que quiser — é um
pouco mais complexo do que isso. A característica
aumentada precisa ser alguma coisa sobre a qual o
personagem teve uma chance de aprender durante a
história; ele obteve muito sucesso mediante o uso da
característica, ou cometeu um grande erro a partir do
qual aprende. No caso de Força de Vontade, 6 preciso
que tenha ocorrido alguma coisa que o tenha deixado
mais autoconfiante.
Você só deve permitir mudanças se elas ocorreram
na história ou se puderem ser inseridas nela. No mí-
nimo, as mudanças precisam fazer sentido em termos
de história, não se caracterizando como alterações
que o jogador deseje para o seu personagem porque
ele quer que este ganhe certos poderes ou perícias.
Quanto mais você forçar os jogadores a dar sentido ás
suas experiências, mais elas contribuirão para o de-
senvolvimento do personagem como um todo.
Fim de Cada Capítulo
Confira de um a cinco pontos de XP a cada perso-
nagem no final de cada capitulo (sessão de jogo). Se-
ja qual for o resultado, um ponto é concedido apenas
por terem participado (lembre-se de que às vezes
aprendemos apesar de nós mesmos).
231
 Oito luas
• Cinco pontos — Automáticos: Cada jogador Fim de Cada História
obtém cinco pontos depois de cada sessão de jogo. Ao fim de cada história você pode conferir de um
• Cinco pontos — nível de Aprendizado: O per- a três pontos adicionais de XP a cada jogador, além
sonagem teria aprendido alguma coisa com suas XPs dos vinte e cinco pontos recebidos por completar o
durante o capitulo. Peça ao jogador para descrever o capitulo.
que seu personagem aprendeu antes de lhe conceder • Cinco pontos — Sucesso: Os personagens fo-
os pontos. ram bem-sucedidos em sua missão ou objetivo. Tal-
• Cinco pontos — Representação: O jogador vez não tenha sido um sucesso completo, mas pelo
atuou bem — não apenas de forma divertida, mas de menos uma vitória parcial foi alcançada.
forma correta. Só conceda esses pontos se o jogador • Cinco pontos — Perigo: O personagem passou
tiver jogado excepcionalmente bem; os seus padrões por grandes perigos durante a história e sobreviveu.
de julgamento devem ser cada vez mais altos. Na • Cinco pontos — Sabedoria: O jogador (e, por-
maioria dos casos, dê este prêmio apenas aquele que tanto, o personagem) demonstrou grande raciocínio
realizou a melhor interpretação do grupo. ou variedade de recursos e teve uma ideia que possi-
• Cinco pontos — Conceito: O jogador represen- bilitou o sucesso do grupo.
tou muito bem o conceito do seu personagem. Caso você queira conceder ainda mais pontos de
• Cinco pontos — Heroísmo: Quando um perso- modo que os personagens se desenvolvam com mais
nagem se coloca em risco pelos outros, como ao blo- rapidez, simplesmente invente novas categorias a se-
quear diversos inimigos com tochas para que o resto rem premiadas. Elas podem até mesmo variar de his-
de seu grupo escape, conceda-lhe cinco pontos. Po- tória para história, e podem ser baseadas em circuns-
rém, não permita aos personagens tirarem vantagem tancias especificas de cada uma.
disto. Existe uma linha tênue entre heroísmo e estupi-
dez.
Tabela de XP
Característica Custo
Habilidade Nova 5
Caminho Novo 10
Habilidade de Classe nível atual x 3
Habilidade nível atual x 4
Atributo de Classe nível atual x 5
Atributo nível atual x 6
Técnica Nova 9
Técnica nível atual x 7
Caminho Principal nível atual x 10
Caminho (Conjurador) nível atual x 15
Caminho (Combatente) nível atual x 20
Aumentando e Diminuindo Características Antecedentes
Os custos para aumentar permanentemente as Ca- As Características de Antecedentes nunca mudam
racterísticas listadas abaixo estão listados na Tabela através do uso de pontos de XP. Ao invés disso, a
de XP mudança ocorre como um curso normal de eventos
Aumentando Caminhos durante a crônica. Mais adiante, o Narrador percebera
Os Caminhos provavelmente se caracterizam co- as mudanças e as Características do personagem au-
mo o aspecto mais difícil de um personagem que o mentarão. Um jogador pode querer perguntar ao Nar-
jogador deve desenvolver, embora seja certamente rador se um de seus Antecedentes deve ser mudado,
uma prioridade se ele quiser viver bastante – apenas o mas isto não deve ser feito com muita frequência. O
poder místico oferece segurança real e continua. Narrador pode planejar uma lista de coisas que os
Embora os personagens obtenham Caminhos me- personagens precisam fazer para aperfeiçoar seus an-
ramente gastando pontos de XP, o Narrador pode res- tecedentes — os jogadores podem ou não ver a lista.
tringir o processo um pouco mais. Por exemplo, se Para obter um novo lacaio, por exemplo, um perso-
um personagem deseja aprender um Caminho novo nagem precisa encontrar o indivíduo certo, tornar-se
na qual ele atualmente não possua um nível, talvez amigo dele ou dominá-lo, e treiná-lo nos deveres que
ele precise procurar um tutor ou descobrir um amule- o conjurador deseje que sejam executados.
to mágico que desperte seu Caminho latente. Cabe ao Desenvolvimento de Personagem.
Narrador decidir como isso funciona; a não ser que o A personalidade de um personagem pode mudar
Narrador diga o contrário, os jogadores podem sim- durante o curso da crônica, mas a maior parte das
plesmente usar pontos de XP para comprar Cami- mudanças ocorre através da interpretação e não sim-
nhos. plesmente mudando-se a planilha. Por exemplo, à
medida que o tempo passa as motivações do persona-

232 Capitulo oito: Sistema

 Oito Luas

gem também mudam. Decidir quando e como as mo- pode até mesmo ser criada em torno dessa transfor-
tivações de um personagem mudam podem aprofun- mação tumultuada. Da mesma forma, ocasionalmente
dar a interpretação. Contudo, quando o Comporta- pode simplesmente fazer sentir que a mudança na
mento de um personagem ou a sua Natureza autentica personalidade devera subitamente como uma reação
mudam, essas modificações também devem ser ano- ao que ocorreu com, ou em torno do personagem.
tadas na sua planilha. Nenhum aspecto de personali- Embora isso certamente caiba ao julgamento do Nar-
dade pode jamais ser alterado mediante o uso de pon- rador, uma mudança na Natureza ocasionalmente re-
tos de XP. sulta numa mudança de Virtudes.
Comportamento Estados Físicos
Embora o Comportamento anotado na planilha se- Estes sistemas discutem os parâmetros de Vitali-
ja simplesmente a forma com que o personagem se dade e a falta dela. Ferimentos e curas serão discuti-
apresenta com mais frequência, não se trata de um dos, assim como a diferença entre os corpos.
padrão absoluto de comportamento. Mudar o Com-
portamento de um personagem pode ajudar o concen-
Ferimentos
Existem várias formas diferentes de um persona-
trar-se na mudança de personalidade. Um jogador
gem receber ferimentos, mas em Oito Luas os feri-
pode alterar o Comportamento de seu personagem a
mentos são descritos de uma única forma: Nível de
qualquer momento do jogo, mas deverá contar ao
Vitalidade. Um jogador anota os ferimentos em ter-
Narrador que o fez ou tornara essa mudança evidente
mos de Níveis de Vitalidade; cada ferimento causa a
através de sua interpretação.
perda de um ou mais Níveis de Vitalidade. Simples-
Ocasionalmente o Narrador pode sugerir a mu-
mente marque os Níveis de Vitalidade à medida que o
dança depois de observar o modo como o persona-
personagem os perder, de modo que a última a marca
gem é representado, simplesmente como uma forma
feita seja o Nível de Vitalidade atual do personagem.
de alertar o jogador de que notou a mudança na per-
À medida que o personagem readquirir Níveis de Vi-
sonalidade. Tenha em mente que isso não é realmente
talidade, apague as mancas.
importante. O Comportamento é apenas ferramenta
Pense na Vitalidade como uma escala com Escori-
usada pelo jogador para enfocar e direcionar a inter-
ado numa extremidade e Incapacitado na outra. À
pretação. Se uma alteração de Comportamento for
medida que o personagem sofre ferimentos, ele decai
necessária ou parecer apropriada, o jogador deve sen-
na escala até que finalmente alcance Incapacitado.
tir-se à vontade para seguir em frente e mudar.
Quando se curar, ele simplesmente remove as marcas,
Natureza uma a uma, até que esteja outra vez com a saúde per-
Um jogador também pode mudar a Natureza de feita.
seu personagem, mas as regras para isso são um pou- Cada sucesso obtido por um oponente num teste
co mais restritivas que aquelas para a mudança do de avaliação de dano indica a perda de um Nível de
Comportamento. A Natureza de um personagem é o Vitalidade. Se o oponente obtiver (por exemplo) dois
âmago de quem e do que ele é – é a semente de seu sucessos, o jogador elimina dois Níveis de Vitalidade,
ser. Uma mudança na Natureza corresponde a uma al- começando com Escoriado e indo para Machucado.
teração de personalidade: tudo que fica diferente de- Quando um personagem alcança Incapacitado, ele
pois disso. Isso não deve ser decidido no calor do está a um Nível de Vitalidade da morte. Se ele for fe-
momento, mas sim considerado com extremo cuida- rido mais uma vez, ou se for impossível deter a he-
do. O Narrador deve forçar um jogador a interpretar a morragia, ele morrera.
mudança durante várias sessões de jogo: uma história
Cura
Os personagens têm o poder místico a seu favor. ações. Para ver se essa cura foi bem-sucedida, um
Podendo usar seus poderes para curar a si mesmo. personagem precisa testar Vigor + Sobrevivência (di-
Um Ponto de Mana recupera um Nível de Vitalidade; ficuldade 6). O sucesso indica que o personagem se
isto sempre demora um turno para ser feito. cura enquanto estiver realizando outras atividades.
Normalmente, um personagem permanece imóvel Um fracasso indica que o Nível de Vitalidade não é
enquanto se cura, não realizando qualquer outra ação; recuperado e o Ponto de Mana foi perdido. Uma falha
mas ele pode tentar se curar enquanto realiza outras critica provoca a perda de outro Nível de Vitalidade.
Nível de Vitalidade Pontos por Nível Tempo Para Recuperar
Escoriado 1 1 minuto
Machucado 2 10 minutos
Ferido 3 20 minutos
Ferido Gravemente 4 40 minutos
Espancado 5 1 hora
Aleijado 6 5 horas
Incapacitado 7 + 10 horas

Capitulo Oito: Sistema 233

 Oito luas
Ferimentos Agravados
Ocasionalmente, os personagens sofrem ferimen-
tos tão graves que não é possível simplesmente des-
cansar para curá-los. Esses são conhecidos como fe-
rimentos agravados, sendo normalmente causados por
armas mágicas. Os ferimentos agravados podem ser
curados apenas com magia.
Causas de ferimentos
Existem muitas formas de infligir dano a um per-
sonagem. Essas causas de ferimentos estão descritas
abaixo.
Combate
Os ferimentos em combates são abordados mais
extensamente acima. Cada sucesso no teste de avalia-
ção de dano de um oponente leva à perda de um Ní-
vel de Vitalidade.
Queda
Ocasionalmente, os personagens poderão cair.
Use a tabela abaixo para calcular os danos. Os perso-
nagens podem fazer um teste de Vigor para tentar
“absorver” o dano. A dificuldade é 8; cada sucesso
obtido significa que um Nível de Vitalidade a menos
é perdido. Uma falha critica significa que se perde
um Nível de Vitalidade a mais.
Estados Mentais
Esses sistemas de regras discutem as mudanças
que podem ocorrer na psique de um personagem. Eles
incluem condições como as diversas Perturbações
que os loucos estão sujeitos.
Perturbações
Alguns Personagens possuem ou escolhem diver-
sas peculiaridades, tendências neuróticas ou mesmo
psicoses que exigem muito tempo e esforço pana se-
rem superadas.
Os efeitos de uma Perturbação podem se caracte-
rizar de várias formas. Como e por que uma Pertur-
bação começa, em termos de história, é uma Capitulo
decisão Oito:lidade.
conjunta do jogador e Narrador. Normalmente, ela
começa logo depois de uma falha critica num teste de
Força de Vontade, mas pode ser precipitada por mui-
tos outros fatores.
Quando um personagem adquirir uma Perturba-
ção, o Narrador precisara determina o seu tipo. Pode-
se usar um dado para decidir qual Perturbação o per-
sonagem adquire, mas não recomendamos este méto-
do. Em muitas circunstancias, os jogadores mais ex-
perientes podem até mesmo criar suas Perturbações
exclusivas.
Interpretando Perturbações
Essas Perturbações não devem ser absolutamente
constantes, forçando o jogador a interpretá-las de
forma muito rígida. Elas foram projetadas para acres-
centar mais diversão e um pouquinho de realidade ao
jogo. Um personagem não precisa exibir a Perturba-
ção tempo todo, uma vez que as pessoas podem en-
trar e sair delas, e estas podem vir à tona apenas em
momentos particularmente tensos. A perturbação não
234 Capitulo Nove: Narrativa
tem de governa a mente do personagem – ela precisa
apenas influenciá-la.
Como Narrador, é sua a tarefa de garantir que as
coisas não saiam dos trilhos. Os jogadores possuem
dois maus hábitos relativos a Perturbações: ou eles
esquecem que as possuem, ou permitem que elas o
ponham tão fora de controle que as Perturbações to-
mam conta da história e da sessão de jogo.
Para impedir que um jogador esqueça convenien-
temente que possui uma Perturbação, simplesmente
diga-lhe de vez em quando que ele controlou com su-
cesso sua Perturbação, mas teve de gastar um ponto
de Força de Vontade pana consegui-lo.
Para evitar que um jogador perca o controle de
uma Perturbação, ás vezes será preciso usar métodos
mais persuasivos. Chame-o a um canto e diga-lhe que
embora você goste de seu senso dramático, ele está
exagerando um pouco. Se continuar a usar sua Per-
turbação para atrair todas as atenções, mude a Pertur-
bação pana uma que o force a um determinado grau
de isolamento do mundo — como a catatonia abaixo
estão 10 exemplos de Perturbações.
•Múltipla Personalidade: Você possui diversas
personalidades diferentes. Durante a manifestação da
Perturbação, você terá mais uma Natureza e, durante
a história, terá de oscilar entre suas personalidades.
Portanto, você se comporta de forma radicalmente
diversa em momentos diferentes, e readquire pontos
de Força de Vontade de formas diferentes em mo-
mentos diferentes. Durante esta época de desconfian-
ça, praticamente qualquer pessoa que esteja ciente
das suas mudanças de personalidade ira supor que
você está sendo possuído. E você pode ter certeza de
que não está?
• Fantasia: Você entra num mundo de ilusões on-
de é o herói incompreendido. Você satisfaz o seu de-
sejo de ser bom e puro mediante a realização de feitos
Sistema que ocasionalmente se sobrepõem a rea-
imaginários
• Regressão: Você se torna infantil, recuando pa-
ra um tempo de sua infância, quando possuía menos
responsabilidades; uma vez que as crianças do Mun-
do das Trevas Medieval assumem deveres de adultos
assim que forem capazes de realizá-los. E muito difí-
cil para você fazer qualquer coisa sozinho, e você po-
de precisar que os outros façam coisas por você.
• Perfeição: Tudo precisa ser perfeito em sua vi-
da. Toda a sua energia é direcionada pana impedir
que qualquer coisa saia errada. Quando isso acontece,
como inevitavelmente acontecera, você desmorona,
precisando de um teste de Força de Vontade para re-
sistir ao Pânico.
• Super Compensação: Você acoberta a sua fra-
queza moral enfatizando um dos pontos fortes da sua
moralidade ao extremo. Você acredita que é excepci-
onalmente moral e virtuoso de uma forma ou de outra
— que você é honrado, leal, corajoso, piedoso ou que
possui um imenso autocontrole. O seu comportamen-
to é, portanto, refreado pelo seu desejo. Você cons-
 Oito Luas
tantemente chama a atenção dos outros para as fra-
quezas morais deles, e demonstra arrogância extrema
sobre o que acredita serem os seus pontos fortes. É
claro que quando a realidade revela o vazio de sua
ilusão, o seu embaraço sena grande. Você não acredi-
ta que seja capaz de ceder ao pânico, e, portanto, não
fana nada para impedir ou evitar as situações que po-
deriam causá-lo.
• Obsessão: você se torna obcecado por algum in-
teresse como reação a algo que vivenciou. E algum
tipo de ambição perversa, como uma obsessão por
poder, por uma determinada pessoa, por amuletos ou
mesmo por sangue. Você precisa de alguma coisa na
qual se concentrar e que confira um sentido a sua vi-
da.
• Paranoia: Você está convencido de que está
sendo caçado e que não há fuga. Obcecado com aque-
les que acredita que o estão caçando, lança mão de
todos os tipos de procedimentos para se proteger. Ja-
mais acredita em ninguém, sob nenhuma circunstân-
cia, e mantém sob suspeita até mesmo seus amigos
mais íntimos.
• Amnésia: Para não pensar no que fez, você es-
queceu um segmento de seu passado — talvez até
mesmo a XP de tem se tornado um aventureiro. Isto
pode ocasionar coisas muito interessantes. Esta re-
pressão impede que memórias perigosas entrem em
sua consciência, e você simplesmente esquece que o
evento chegou a acontecer. Entretanto, mais do que
apenas um evento pode ser esquecido, e até mesmo a
amnésia total é possível. Além disso, em alguns casos
um personagem pode “esquecer” algumas Habilida-
des e ficar incapacitados de usá-las durante a Pertur-
bação.
• Melancolia: Você afunda em depressões pro-
fundas e intermitentes, não demonstrando qualquer
interesse em nada do que costumava capturar a sua
imaginação. Passa a ver o mundo como plano e cin-
zento, sem nada que o atraia. Você não é capaz de se
levantar para fazer nada por iniciativa própria, mas a
acompanhar os outros simplesmente porque não tem
energia para resistir. Da mesma forma, você é tomado
por explosões ocasionais de energia, que o fazem tra-
balhar em seus projetos por horas ou mesmo dias a
fio. Durante este tempo, você resistira até mesmo a
necessidade de dormir, à medida que gasta Força de
Vontade pana concretizar seus planos.
• Delírios de Grandeza: você se magma muito
melhor e maior do que realmente é — você adota um
auto ideal glorioso. Talvez você ache que é um prín-
cipe, ou acredite ser o prefeito ou um líder religioso.
Imaginando-se a salvo das coisas que teme, você evi-
ta o medo. Entretanto, sempre que a ilusão é quebra-
da, um teste de Vontade (dificuldade 5) precisa ser
realizado imediatamente pana vencer o personagem
entra ou não em pânico.
Sistemas Dramáticos
Descrevemos a seguir uma série de regras diferen-
tes pana resolver ações, ou, para colocar em termos
Capitulo Oito: Sistema
simples, várias maneiras de efetuar testes. Se você
preferir interpretar através de cenas dramáticas, sim-
plesmente veja essas regras como sugestões de que
tipo de coisa pode acontecer durante uma cena. As “4
regras dramáticas para ações físicas são as mais nu-
merosas, pois elas são as mais difíceis de serem re-
solvidas apenas através da interpretação”.
Físicas
Essas regras tratam de ações físicas e confronta-
ções, situações dramáticas nas quais os Atributos Fí-
sicos predominam.
Escalar
Quando um personagem tenta escalar algum tipo
de superfície (uma arvore, um penhasco ou um caste-
lo), peça ao jogador para testar Destreza + Esportes.
A dificuldade depende da rugosidade da superfície
que será escalada, do tipo da superfície e, em menor
grau, das condições climáticas. Cada sucesso indica
que o personagem escalou um metro e meio. Depois
que ele acumular sucessos suficientes para chegar
aonde quer, pode parar de fazer testes. Por exemplo,
Samuel está tentando escalar uma parede de sete me-
tros e meio, de modo que precisa de cinco sucessos
para chegar ao topo. Um fracasso indica que o perso-
nagem não conseguir nenhum progresso durante o
turno. Uma falha critica indica que o personagem
caiu e não pode tentar escalar de novo sem gastar um
ponto de Vontade.
2 Escalada fácil: uma arvore com muitos ga-
lhos rígidos
4 Escalada Simples: um penhasco com muitas
protuberâncias
6 Escalada arriscada: uma arvore com galhos
finos
8 Escalada traiçoeira: pouquíssimas protube-
râncias
10 Escalada dificílima: uma superfície muito lisa
Proezas Físicas
Em ações nas quais a Força bruta é tudo o que im-
porta, normalmente a Força de um personagem é usa-
da sem uma Habilidade. Este sistema funciona da
mesma forma que os sucessos automáticos. Se a For-
ça de um personagem igualar ou exceder a dificulda-
de do feito que ele está tentando, ele o realizara au-
tomaticamente. Só será preciso fazer um teste se a di-
ficuldade for maior que sua Parada de Dados.
Porém, quando o personagem fizer o teste, ele se-
na baseado em Força de Vontade, não em Força. Tra-
ta-se de um teste simples, de modo que o personagem
tem apenas uma chance de tentá-lo. A dificuldade
quase sempre é 9, embora possa variar de acordo com
as condições da superfície, a manejabilidade do obje-
to sendo erguido, e a vontade do Narrador. Cada su-
cesso eleva a Força efetiva do personagem em um ní-
vel na tabela abaixo (até um máximo de cinco). Por-
tanto, se um personagem possuir Força 4, mas quiser
virar uma carroça, precisara de três sucessos em um
teste de Vontade para fazer isso.
235
 Oito luas
Parada de Feito Peso sem que a pessoa perseguida saiba que o personagem
Dados está ali.
1 Rasgar uma saia de seda 20 kg Há dois componentes para a sombra — manter-se
2 Armar uma besta 50 kg informado sobre onde o indivíduo se encontra e certi-
3 Dobrar uma espada 125 kg ficar-se de que ele não perceba que está sendo segui-
4 Arremessar um barril de vi- 200 kg do. A perseguição pode ser realizada a pé ou a cava-
nho lo.
5 Arrombar uma porta de carva- 325 kg O personagem que estivem tentando ser o sombra
lho maciço precisa testar Percepção + Investigação. A dificulda-
6 Rasgar uma cota de malha 400 kg de costuma ser 6 (embora possa variar entre 5 e 9 de-
7 Dobrar uma barra de metal de 450 kg pendendo da densidade da multidão, das velocidades
2,5 cm de espessura relativas de viagem e das condições climáticas). Cada
8 Arremessa um cavalo de mon- 500 kg sucesso indica que o personagem foi seguido durante
taria um turno. É necessário um determinado número de
9 Socar através de uma armadu- 600 kg sucesso para seguir o indivíduo durante todo o per-
ra de placas de metal curso até seu destino. Um fracasso indica que o per-
sonagem perdeu temporariamente a pista do indiví-
10 Erguer uma ponte levadiça 750 kg
duo, as pode tentar novamente no turno seguinte. Se
11 Arremessar um cavalo de 1.000 kg
ele obtiver um segundo fracasso, terá perdido um in-
guerra
divíduo completamente de vista e a caçada terá cha-
12 Quebrar uma árvore pequena 1.500 kg
gado ao fim (a não ser que ele pense numa nova es-
13 Arremessar uma porta de pe- 2.000 kg tratégia). Uma falha critica indica que o personagem
dra de um sarcófago não apenas perdeu completamente o indivíduo, como
14 Socar através de uma parede 2.500 kg também está tão envolvido na perseguição que arran-
de pedra de 30 cm jou problemas – ele é atacado por bandidos, acusado
15 Arremessar uma catapulta 3.000 kg de roubar um nobre, ou seu cavalo perde a ferradura.
Saltar Embora o teste de Percepção seja o aspecto mais
Saltar requer um teste de Força, ou um teste de importante da perseguição, é preciso fazem também
Força + Esportes se for um salto horizontal e o perso- um teste de Furtividade para ver se o indivíduo per-
nagem correr para obter um impulso decente. A difi- cebe que está sendo seguido. A cada turno que se faça
culdade para um salto quase sempre é 3 (a não ser um teste de Percepção será preciso testar Furtividade.
que as condições climáticas estejam severas ou que o O jogador precisa testam Destreza + Furtividade (ou
espaço de aterrissagem seja estreito). O Narrador cal- Destreza + Cavalgar se o personagem estiver a cava-
cula quantos sucessos serão necessários para o salto. lo). A dificuldade é a Percepção + Prontidão do indi-
Não existem sucessos parciais em um salto; ou o jo- víduo, mas pode ser modificada em até 3 pontos para
gador é bem-sucedido num teste ou ele cai. mais ou para menos, dependendo das cimcunst5ncias
Tipo de Salto Metros por sucesso (ruas vazias ou multidões densas, por exemplo). Um
Vertical (para cima) 0,6 único sucesso indica que o sombra não foi detectado,
Horizontal 2,0 e cada sucesso adicional também dificulta para o in-
divíduo notar o sombra, mesmo que ele esteja tentan-
Perseguição do descobrir se o seguem. Um fracasso indica que o
Este sistema simples é usado quando um persona- indivíduo fica desconfiado e começa a olhar dissimu-
gem tenta alcançar outro. Um oponente começa com ladamente por sobre o ombro (e pode fazem seus
um determinado número de sucessos. Este número é próprios testes de Percepção; veja abaixo). Uma falha
indicado ou pelo Narrador (o método mais indicado) critica indica que o personagem revela completamen-
ou fazendo o personagem perseguido testar Destreza te sua presença e o individuo agora sabe que está
+ Espontes (dificuldade 6) para cada turno de diantei- sendo seguido.
ra que tiver sobre o perseguidor. Some o número de Se o indivíduo for alertado de alguma forma (pelo
sucessos obtidos. Este número de sucessos precisa ser fracasso do sombra no teste de Percepção + Furtivi-
acumulado pelo outro personagem antes que possa dade acima), ou simplesmente tentar ver se está sendo
alcançá-lo. Depois que o tiver feito, poderá tentar se seguido (talvez por habito), teste Percepção + Inves-
engalfinhar com a pessoa perseguida (veja regras de tigação. A dificuldade é a Furtividade + 5 do sombra.
combate). O perseguidor pode querer apenas se apro- Cada sucesso neste teste indica um nível mais alto de
ximar até cento ponto para ter uma chance melhor de suspeita. Os sucessos podem ser acumulados de turno
acertar o personagem perseguido com uma magia. para turno; consulte a tabela abaixo para ver o quão
Sombra alerta o indivíduo esta do fato de que o perseguem.
Um fracasso significa que nada de incomum é visto e
De vez em quando, um personagem terá de seguir
que o “valor de suspeita” do indivíduo vai a zero.
alguém em segredo. Para que a perseguição seja efe-
Uma falha critica indica que o indivíduo está conven-
tiva, precisara ser realizada da forma mais discreta
possível. E disso que trata a sombra — seguir alguém
236 Capitulo Nove: Narrativa
 Oito Luas
cido de que não o perseguem, e dessa forma não olha
mais para trás.
Sistema de Parceria: Dois ou mais personagens
podem compartilhar responsabilidades de persegui-
ção alternando turnos. Contudo, eles precisam antes
ter trabalho/treino juntos nesta técnica; de outro modo
as dificuldades de todos os testes para a dupla aumen-
tam em um. Um personagem realiza a perseguição
por um turno ou mais, e em seguida cede a vez ao
parceiro sempre que este fizer um sinal. Se a dupla se
mantiver revezando, o indivíduo não poderá acumular
sucesso por muito tempo, o que lhe dificulta muito
localizar os sombras.
Esgueirar-se
Quando um personagem tenta escondem-se nas
sombras ou se esgueiram até um guarda, ele terá que
testar Destreza + Furtividade (a dificuldade é a Per-
cepção + Prontidão do guarda). Pode ser considerado
guarda qualquer indivíduo que esteja de vigia ou pro-
curando por intrusos.
O personagem precisa acumulam uma determina-
da quantidade de sucessos para conseguir chegar on-
de quer. Um teste de Percepção + Furtividade pode
ser feito se o jogador quiser descobrir de quantos su-
cessos ira precisam; a dificuldade para isso costuma
ser 7.
Qualquer tipo de fracasso indica detecção.
Sociais
Estas regras envolvem a interação social entre
pessoas. Eles quase sempre requerem um teste de Es-
pirito, Corpo ou Aparência. Normalmente é melhor
que elas não sejam usadas, dando-se preferência à in-
terpretação para determinar o sucesso ou fracasso de
uma determinada interação social.
Credibilidade
Este sistema é usado quando um personagem tenta
convencer alguém de que está dizendo a verdade; por
exemplo, quando ele tenta convencem um guarda so-
bre sua identidade. O jogador precisa testar Corpo +
Liderança. A dificuldade é a Inteligência + Lábia do
outro personagem. Reduza a dificuldade em um a três
pontos se o personagem estiver dizendo a verdade
(isso faz a diferença). Cada sucesso indica um nível
de credibilidade. Cinco sucessos indicam que o alvo
está absolutamente convencido. Um fracasso indica
descrença, e uma falha critica significa que o perso-
nagem foi pego numa mentira (ou o alvo acredita que
o pegou numa mentira).
Tagarelice
A tagarelice é um meio de intimidar e confundir
alguém verbalmente a ponto de deixá-lo submisso.
Corpo + Lábia é o teste mais comum para este feito;
às vezes podem ser usados Espirito e Aparência. A
dificuldade é o Percepção + Crime do alvo.
Os sucessos indicam que o alvo se confundiu, e
estará inclinado a concordar com o indivíduo, pelo
menos momentaneamente. O fracasso indica que a
tentativa não convenceu, e o alvo pode tentar tomar
Capitulo Oito: Sistema
alguma atitude em sua defesa – uma tentativa de se
explicar, ou talvez até mesmo de retribuir a tagareli-
ce. Uma falha critica indica que o alvo não ficou con-
fuso, apenas zangado. A tagarelice tentada pelo per-
sonagem nunca mais será eficaz naquele alvo.
Pode ser preciso repetir os testes para confundir o
alvo. Como Narrador você precisa conduzir tentativas
de tagarelice de uma forma que seja consistente com
o clima de seu jogo. Elas podem ser tão brincalhonas
ou mortalmente serias quanto for necessário.
Pontos de Vontade podem ser gastos para resistir à
tagarelice.
Interrogatório
O interrogatório pode acontecer sob várias cir-
cunstancias diferentes. E uma forma de questionar,
não de torturar, embora certamente se aplique técni-
cas de intimidação. Pode-se usar tortura, mas você te-
rá que desenvolver suas próprias regras se quiser in-
cluí-las em sua crônica.
O personagem testa Corpo + Intimidação (a difi-
culdade é a Força de Vontade da vítima). O número
de sucesso indica a quantidade de informação obtida
(veja a tabela abaixo). Um fracasso indica que o per-
sonagem não fica sabendo nada de valor. Uma falha
critica indica que o indivíduo não diz nada ao perso-
nagem, e jamais lhe dirá alguma coisa – ou pior ain-
da, a alvo mente. Por esta razão o Narrador normal-
mente deve fazer o teste pelo jogador.
Sucessos Interrogatório
1 Apenas boatos
2 Alguns fatores relevantes
3 Muitas informações interessantes
4 O indivíduo fala sem parar
5 Tudo de importante é descoberto
Oratória
Você poderá usar este sistema se um jogador pre-
tende que seu personagem faça um discurso, mas não
quer realmente recitá-lo. Peca-lhe para descrever o
que seu personagem fala, e talvez lhe uma frase me-
morável que ele use – isso pode até mesmo fazer com
que ele interprete. A oratória sempre é difícil de re-
presentar, portanto nunca obrigue seus jogadores a
fazê-lo.
O jogador testa Espirito + Liderança. A dificulda-
de depende do humor da plateia, de sua disposição
em ouvir o que o orador tem a dizer, e de sua tendên-
cia a atirar vegetais podres (normalmente a dificulda-
de é 7). Se o orador tiver algum tipo de reputação vo-
cê pode querer modificar a dificuldade de acordo com
ela. O número de sucessos indica quão impressionada
a plateia fica. É um teste simples, de modo que o jo-
gador tem direito a apenas uma tentativa. Um fracas-
so indica que o personagem vai ser atacado pelos es-
pectadores irritados.
Se o discurso for vital para história, o jogador po-
de fazer vários testes. Se você quiser gastar algum
tempo nele, pode transformá-lo numa ação prolonga-
da, alternado cada teste com a interpretação. Capitulo
O perso-Oito: Sist
nagem pode gastar quantos turnos quiser na palestra;
237
 Oito luas
mas depois do terceiro turno a dificuldade aumente
em um a cada turno. Podem ser necessários mais do
que cinco sucessos para conquistar completamente a
plateia.
Sucessos Reação da plateia
1 Eles ouvem, mas não ficam
empolgados.
2 O personagem conseguiu de
certo modo convencê-los
3 A plateia é conquistada
4 A plateia fica completamente
hipnotizada
5 A plateia está na palma da mão
do personagem
Atuação
Este sistema é usado sempre que um personagem
praticar algum tipo de atuação, seja comedia, musica,
representação narração de história. Pode ser na corte
real ou numa esquina, e pode ser formal ou informal.
O jogador precisa fazer um teste do Espirito + Ar-
tes. A dificuldade se baseia no grau de receptividade
da plateia.
Um fracasso indica uma atuação sem brilho, con-
denada a ser esquecida imediatamente. Uma falha cri-
tica indica umas atuações miseravelmente ruins, que
não pode ser concluída – o instrumento quebra ou o
personagem é expulso do palco sob vaias.
O número de sucessos indica o quanto à plateia
está convencida. Esses sucessos determinam o mérito
artístico ou a verossimilhança técnica da peça.
Sucessos Sua Atuação Reação
1 Medíocre Aplaudiu por
educação
2 Media Aprovação
3 Bom Apreciação genuína
4 Superior Aplauso
5 Excepcional Reação extasiada
6 Soberbo Sensação imediata
7 Brilhante’ Milagre
Sedução
A sedução se distingue da conte, pois está sempre
é um processo mais lento, estendendo-se por semanas
ou até mesmo anos, enquanto a sedução é destinada a
dar resultados mais rapidamente, normalmente em
poucas horas, no máximo. A corte deve sempre ser
representada ao invés de ser confiada nos dados. Uma
sedução ocorre em etapas, e a não ser que a pessoa
seja bem-sucedida em cada uma delas sucessivamen-
te, todo o processo fracassara. Essas regras foram
projetadas para reduzir as atividades de uma pessoa
dominante sobre um indivíduo submisso. Se as emo-
ções e os motivos forem verdadeiros, então você deve
ignorar as regras e interpretar a situação.
Cantada inicial: O personagem testa Aparência +
Lábia. A dificuldade é o Percepção + 3 do indivíduo
(se for uma boa cantada, o jogador ganha de um a três
dados de bônus; se ela for muito ruim, ele perdera de
um a três dados). Cada sucesso adicional acrescenta
um dado extra no teste na etapa seguinte.
238 Capitulo Nove: Narrativa
Troca de charme: O personagem testa Percepção
+ Lábia. A dificuldade é a Inteligência + 3 do indiví-
duo. Novamente, concede-se bônus e penalidades de
acordo com a interpretação. Cada sucesso adicional
acrescenta um dado extra no teste da etapa seguinte.
Bate papo: O jogador faz um teste de Aparência
+ Empatia. A dificuldade é a Percepção do objetivo +
3. Os bônus de interpretação entram novamente em
jogo.
Intimidades: Neste ponto, o casal pode passar pa-
ra um local privado e se tornar fisicamente íntimo.
Não é preciso fazer nenhum teste.
Mentais
Estas regras dramáticas se referem no uso da men-
te e dos Atributos Mentais. Eles são empregados em
situações nas quais o drama é mais um fator da tensão
psicológica do que da ação.
Procura
Este sistema possibilita no personagem procurar
por alguma coisa numa área confinada, como uma sa-
la. Faça o jogador testar Percepção + Investigação; a
dificuldade depende do quão oculto estiver o objeto
(normalmente entre 7 e 10). Cada sucesso indica que
algo mais foi encontrado. Às vezes, é necessário um
determinado número de sucessos para se encontrar
algum objeto que esteja bem escondido. Se você qui-
ser, um número menor de sucessos poderia valer uma
dica ou uma pista de sua parte, desta forma encora-
jando a interpretação e certo grau de resolução de
enigmas. Na medida do possível, conduza o persona-
gem através da busca passo a passo. Faça-o descrever
onde irá procurar. Não o deixe ser bem-sucedido se
ele não procurar na área certa, e faça com que seja
bem-sucedido se a sua descrição for suficientemente
detalhada.
Rastrear
Este sistema é usado para rastrear pessoas e coisas
seguindo as pistas físicas que elas deixam. O jogador
testa Percepção + Sobrevivência. A dificuldade se ba-
seia nas condições climáticas, no terreno e na “idade”
dos rastros, mas costuma ser em torno de 8. Cada su-
cesso reduz em um ponto a dificuldade do teste se-
guinte.
O personagem precisa ser bem-sucedido durante
um determinado número de turnos; o número exato
depende da extensão da trilha. Cada turno costuma
durar cerca de cinco minutos. Se o personagem fra-
cassar num dos testes, ele poderá tentar novamente;
desta vez, contudo, a dificuldade será maior em um
ponto. Quando ultrapassar 10, o personagem perdera
a pista.
 Oito Luas

Capitulo Oito: Sistema 239

 Oito luas

240 Capitulo Nove: Narrativa

 Oito Luas

Apítulo

Nove:
Narrativa
É neste ponto, para falar curto e grosso,
Que cada um se vocês, para encurta nosso caminho.
Nesta peregrinação, deverão narrar dois contos.
- Geoffey Chaucer, the Canterbuy Tales.
Este capitulo é sobre a parte de contar histórias. Se você nunca fez isso antes, pode
parecer um pouco estranho no começo. Se você faz fez isso um número incontável de
vezes, devemos começar avisando que Oito Luas possui suas próprias virtudes e defei-
tos inerentes. Este jogo, como muitos RPGs, possui uma grande variedade de temas,
ambientes e ideias. Portanto, é bom termos uma estrutura que possamos usar para de-
senvolver histórias. Este capitulo esboça um mapa do território por vir. Explorar este
território depende de você e do seu grupo. Você é o navegador, o timoneiro e o capi-
tão. Você é o narrador.

Capitulo Oito: Sistema 241

 Oito luas
Lembra-se da última vez em que viu um filme re-
almente bom? Lembra-se de como se sentiu? Quando
assistimos a um filme que realmente gostamos, o
tempo parece parar. O resto do mundo é posto de lo-
do, e a experiência consome nossos sentidos. Da cena
de abertura até os créditos finai, o filme torna-se o
nosso mundo. Mais tarde, podemos dizer isso é “ape-
nas um filme,” mas, por outro ledo, um pedaço de nós
sabe que isso é bem a verdade.
Um filme é uma maneira de contar uma história.
Se for um filme realmente bom, encontraremos uma
razão para ficarmos envolvidos com ele. Talvez seja
um personagem com o qual nos identificamos ou uma
cena que nos faça sentir algo. Nós assistimos com a
esperança de encontrar algo de que gostemos.
Entretanto, os filmes têm uma grande desvanta-
gem – são uma experiência passiva. Alguém na pla-
teia pode escolher se coloca manteiga na sua pipoca
ou em que lugar do cinema ira se sentar, mas basica-
mente isso é tudo. Ele pode procurar por suas pró-
prias razoes para gostar do filme, mas outra pessoa
tem que dar um significado ao mesmo.
Muitas histórias são assim. Como livros ou peças
teatrais, programas de televisão ou histórias em qua-
O Narrador
Mas quando era meia-noite, Xeirazade acordou e
fez um sinal à sua irmã Duniazade, que se levantou e
disse, “Por Alá, oh, minha
irmã conte-nos alguma história nova, encantadora e
deleitável, com a qual possamos passar pelas horas
acordadas de nossas madrugadas”.
— The Arabian Nights Entertainment’s
Para os iniciantes, vamos começar com o básico.
Os jogadores têm um trabalho razoavelmente simples
– cada um se concentra em desenvolver um único
personagem. O Narrador é responsável por todo o
resto. Como se poderia imaginar, controlar o mundo
não é uma tarefa desprezível.
A primeira responsabilidade do Narrador é inter-
pretar o papel de qualquer pessoa que os personagens
encontram. Voltando à analogia dos filmes, seria co-
mo se os jogadores fossem os astros e o Narrador fos-
se responsável pelo elenco coadjuvante.
Em seguida, e muito importante para o estilo da
Idade das Trevas, vem o ambiente onde vicem os
personagens. O Narrador descreve as ruas onde eles
andam, as casas onde vivem e até mesmo a cultura
que eles desenvolveram.
A próxima responsabilidade é interpretar as re-
gras. Conforme os jogadores forem explorando o
mundo que você criou, você terá um conjunto de re-
gas para ajudá-lo a interpretar acontecimentos à me-
dida que eles ocorrem. Não importa se um persona-
gem está subindo numa arvore ou Dominando um
Duque, é bom um conjunto de regras para auxiliá-lo.
Estas regras devem permitir que você se concentre na
parte mais importante do seu jogo – sua história.
Além da matemática ou da mecânica, as regras ser-
vem como guia para descrever acontecimentos no jo-
242 Capitulo Nove: Narrativa
drinhos, o resultado final é o mesmo. Outra pessoa
qualquer conta a história, nós lemos ou assistimos a
ela, e recebemos aquilo que nos é oferecido. O me-
lhor que podemos esperar é encontrar nela algo que
não estava lá originalmente.
Os jogos de narrativa são outra maneira de se con-
tar histórias, uma maneira tão valida quanto os filmes
ou a televisão. Cada tipo de entretenimento tem os
seus próprios defeitos e qualidades, mas a narrativa
tem uma vantagem decisiva – é uma experiência pes-
soal. As pessoas envolvidas tecem-na como querem
que ela seja e modificam-na para si mesmos.
Com a ajuda de um grupo de jogadores e os con-
selhos deste livro, cada um de vocês pode dar vida há
suas próprias histórias. Você não irá representá-la na
frente de uma plateia de milhões de pessoas, nem irá
depender de um orçamento de milhões. Com alguns
dados, alguns amigos e talvez algumas fatias de piz-
za, você guiara seu grupo de jogadores numa jornada
que filme ou programa de televisão jamais poderá re-
produzir totalmente. Um jogo é apenas um jogo, mas
uma história bem contada é uma obra de arte.
go. O Narrador interpreta os números e as jogadas de
dados básicas e tece suas revelações dentro do jogo.
Se as regras estiverem atrapalhando, ele as simplifica
ou a deixa de lado. A história é o que importa.
A história em si é a última consideração, mas de
maneira alguma é a menos importante. Comece cada
capitulo com uma ideia básica sobre onde você quer
que a história vá e sobre o que você quer que ela diga
aos seus jogadores, então guie os personagens deles
dentro do mundo que você criou. As coisas nem sem-
pre acontecerão do modo que você planejou – os jo-
gadores criarão variações e mudanças que você nunca
considerou – mas esta é à parte da diversão dos jogos
de narrativa nos quais todos colaboram. Com um
pouco de pratica e um grupo prestativo, vocês pode-
rão transformar seus conceitos em histórias prontas
para serem usadas.
Este livro lhe fornece os elementos que você pre-
cisa para começar a montar uma história. Há um con-
junto der orientações para criar personagens, um ce-
nário elaborado para interagir ao seu ambiente, e um
conjunto de regas para guiá-lo através da história.
Quando tiver preparado tudo aquilo que precisa, você
poderá traçar o rumo de uma crônica. Leve aquilo
que quiser e deixe o resto para trás. É o seu mundo. É
a sua história.
O Grupo
Felizmente, você não irá realizar esta tarefa sozi-
nho; a narrativa é uma atividade interativa. Ao desen-
volver um personagem, cada jogador lhe deu algumas
sugestões sobre o tipo de história ele quer ouvir. A
história é romântica? E cheia de ação e violência?
Termina tragicamente? Os jogadores no seu grupo
não são a sua plateia – são seus colaboradores. Atra-
 Oito Luas
vés de um processo de dar e receber, você desenvolve
a história junto com eles.
Os jogadores lhe darão muita liberdade para criar,
mas nunca se esqueça de que eles também fazem par-
te do processo de criação. Cada um de vocês faz um
investimento de tempo e esforço quando jogam jun-
tos; qualquer um de vocês poderia estar lendo um li-
vro ou saindo para um encontro ao invés disso. Seus
jogadores estão de certo modo confiando em você,
esperando que você faça com que o investimento de
tempo deles valha à pena. E, naturalmente você o fa-
rá.
Isso não significa que você deva dar aos jogadores
tudo aquilo que eles quiserem. Se não houver nenhum
perigo ou conflito na sua história, não haverá nenhum
drama. Se a história parecer totalmente arbitraria, a
ilusão é desfeita. Existe um equilíbrio entre oferecer
obstáculos que os personagens deverão superar e per-
ceber quando o jogo fica fora de controle. Um bom
Narrador joga a partir daquilo que os personagens di-
zem e mantém um equilíbrio entre organização e im-
provisação. Isto requer certo nível de sensibilidade,
além de bom senso sobre o que serve ou não para
uma história.
É duro, mas recompensador; quando uma sala
cheia de pessoas esta cativada por uma história, o
Narrador pode sentir as suas reações. Os jogadores fi-
cam entusiasmados, e a sessão fica melhor graças a
esta energia. Há momentos na história em que ela se
torna tão interessante que as pessoas se sentem atraí-
das por ela. Os Narradores vivem para estes momen-
tos. O tempo para, e os mecanismos de jogo são pos-
tos de lado a medida que a história se torna “real.” se
você se lembrar de se assegurar que os jogadores es-
tão se divertindo, e de colaborar com o seu grupo pa-
ra criar uma boa história, este êxtase será a sua re-
compensa.
Contando Histórias
Mantenha a moderação, mantenha o objetivo em
mente, siga a natureza.
- Lucan
Antes de entrarmos nos aspectos práticos, você
deve dar uma olhada naquilo que realmente tentamos
obter ao contar histórias. O Narrador tem uma visão
de um ideal impreciso. A vida raramente corresponde
aos nossos ideais, mas ao persegui-los, especialmente
em nossas histórias, nos aproximamos de nosso obje-
tivo sobre o que deve ser uma Narrativa. Uma Narra-
tiva não é uma técnica ou um processo, mas uma arte
– uma jornada.
Ao longo dos séculos, certa palavra de quatro le-
tras foi corrompida e abusada. Essa palavra é mito.
Mito normalmente é definido como um conjunto de
mentiras sobre algo que não pode acontecer. Através
do desenvolvimento da narrativa, artesãos habilidosos
das palavras provaram que isso está errado. Um mito
não precisa ser acadêmico ou elitista. Um mito “real”
é uma história na qual podemos acreditar porque ela
fala de algo sobre o mundo. Os acontecimentos po-
Capitulo Nove: Narrativa
dem não ser verdadeiros, mas o tema por trás dos
acontecimentos é baseado em coisas verdadeiras.
Um mito é uma metáfora. Ao examinarmos os mi-
tos e construirmos os nossos próprios, compreende-
mos o que é importante para nós. Quando criamos
histórias – e aspiramos a criar mitos – pegamos os va-
lores do mundo real e os tecemos em nossas histórias.
A maior das inspirações frequentemente vem daquilo
que conhecemos, ou pelo menos daquilo que quere-
mos aprender. Se você puder pegar os sentimentos e
ideais que vivencia no mundo real e dar vida a eles
em sua história, você criou uma metáfora. O mundo
de sua história continua sendo uma ilusão, mas você e
seu grupo ainda dão valor aos personagens e aconte-
cimentos.
Infelizmente, de modo geral, o mundo nos diz que
é errado dar valor a uma história, ou mesmo reservar
tempo para um jogo sobre contar histórias. Mas se é
aceitável que nos interessemos por livros, filmes ou
programas de televisão, então certamente é plausível
que nos importemos com os jogos que jogamos. Criar
histórias e tecer a sua existência com um grupo é uma
experiência que nenhum método passivo pode dupli-
car.
A jornada que você empreende como um Narrador
estende-se tão longe quanto você quiser viajar. Por
exemplo, se tudo que lhe interessa é jogar um jogo
divertido por algumas horas, tudo bem. Se você joga
para ter um deposito onde despejar suas ansiedades,
certamente é uma escolha sua. Contudo, caso você
queira ir além disso, a oportunidade para criar uma
obra de arte está aqui.
Seria muita pretensão dizer que um jogo de repre-
sentação ira lhe mostrar as verdades existenciais. Po-
rém, a energia criativa que você gera com seu grupo é
algo que permanece com você mesmo depois que a
história acaba. Se você decidir empreender a jornada
da Narrativa, dedique-se ao máximo e procure o ele-
mento de verdade nos mitos que você cria, e você terá
feito algo mais do que apenas encontrar diversão. Se
você e seus jogadores dão valor aos personagens e
ideais que você leva ao mundo da Idade das Trevas,
então você está o tempo todo no centro dos aconteci-
mentos.
Crônica
Veja com bons olhos um começo ousado.
- Virgílio, Eclogues.
Agora que você viu o lado técnico por trás da Nar-
rativa, é hora que colocar isso para funcionar. O lado
prático de se preparar para um jogo envolve o plane-
jamento da sua crônica, uma serie de história interli-
gadas que levam a algo ainda maior. Se a história é
um capitulo num livro, a crônica é o romance com-
pleto ou a série completa.
Uma crônica pode ser tão longa quanto você qui-
ser, desde algumas poucas sessões até uma campanha
que leve anos para se desenvolver totalmente. Como
existem personagens no centro de uma história, sem-
pre há a possibilidade de desenvolver ainda mais uma
crônica. Se você criou um centro e um grupo coadju-
243
 Oito luas
vante completo, sempre haverá espaço para uma
“continuação” da história inicial. Com sorte, seus jo-
gadores acharão que a sua crônica é intrigante o sufi-
ciente para quererem desenvolvê-la ainda mais. Sem-
pre os deixe esperando por algo mais.
Bem antes dos jogadores criarem seus persona-
gens, aproveite a oportunidade para decidir em que
direção você quer que a crônica caminhe. Um ambi-
ente empolgante e intrigas interessantes são um bom
lugar para se começar. Ao longo do caminho, deve
haver assuntos a serem examinados, problemas a se-
rem resolvidos e lugares a serem descobertos, mas o
básico da sua crônica veja primeiro.
• Começando
Idade das Trevas é um jogo razoavelmente fácil de
conduzir uma vez que você conheça o território, mas
a preparação pode parecer intimidadora no início.
Afinal de contas, este é um jogo sobre monstros su-
gadores de sangue vivendo e morrendo numa época
com a qual você pode não estar familiarizado, numa
terra e local que você pode nunca ter visto ou ouvido
falar. Felizmente, se você resolver seus problemas um
a um, tudo será muito simples. Aqui estão algumas
dicas:
• Conceitue
Primeiro decida que tipo de história você quer
contar. Os personagens serão envolvidos por intrigas
da corte, traições de nobres e jogos de poder tão ado-
rados pelos anciões? Ou o seu feudo está se prepa-
rando para a batalha (contra humanos ou outros) e os
personagens são tenentes de guerra fieis aos seus se-
nhores? Eles possuem um lar permanente, ou vagam,
seja como criaturas miseráveis e suspeitas ou como
emissários de um conjurador poderoso? Defina a di-
reção como quiser. O resto flui a partir daí.
• Imagine
Agora chegou a parte divertida – fantasiar. À me-
dida que você reflete sobre a sua crônica, as coisas do
mundo real irão inspirá-lo. Qualquer coisa pode ser-
vir de inspiração – uma história no jornal, um encon-
tro no ponto de ônibus, uma intuição sobre outra pes-
soa, ou uma milícia que ficou na sua cabeça são al-
guns exemplos. Tome nota. Desenhe. Esboce. Visua-
lize. A sua criatividade ira conduzi-lo a partir daí.
Algumas coisas que podem ser planejadas neste
estágio incluem: antagonistas, aliados e subculturas
fortes, o ambiente geral, temas fundamentais que vo-
cê planeja explorar, e assim por diante. Conduzir um
jogo se torna muito mais fácil quando você sabe até
aonde quer ir com ele.
• Ouça sugestões
Certamente seus jogadores vão querer tomar al-
gumas decisões quanto ao jogo do qual farão parte.
Afinal de contas, se o grupo quer lutar e você quer
que eles fujam ou morram, seu jogo terá problemas
desde o começo. Afinal, os jogadores são os seus co-
laboradores. Ouça os comentários deles antes de co-
meçar.
Você não precisa dizer a eles o que tem em mente;
algumas informações erradas não são uma má ideia –
244 Capitulo Nove: Narrativa
um pouco dos seus planos reais misturados com cer-
tas fantasias podem impedir que os jogadores saibam
o que vil pela frente. Mantenha uma mente aberta
neste ponto; as sugestões que você recebera poderão
levar a algo melhor do que aquilo que você planejou
originalmente.
• Crie Limites
Obviamente, seu jogo não pode ser tudo para to-
dos. Quando você tiver uma boa ideia sobre a direção
da sua crônica, planeje consistentemente o que você
irá precisar (veja “Preparação,” abaixo), e deixe que
os jogadores saibam o que podem ou não interpretar.
Um grupo precisa de certo tipo de coerência. Se
você tem um de aventureiros que nunca ficaram jun-
tos sem um grupo de jogadores por trás deles, sua
campanha rira abaixo. Antes de começar, deixe que
os seus jogadores saibam que tipo de personagens
eles podem planejar. Se o jogo será repleto de comba-
tes, diga a eles para carregarem nas de perícias de lu-
ta; se for um mistério baseado em intrigas, os Atribu-
tos e Habilidades Sociais (ou a falta deles) serão im-
portantes. Acima de tudo, tente estabelecer algum ti-
po de razão pela qual os personagens trabalham jun-
tos – uma busca, um refúgio em comum, vingança
mutua, laços de família, interesses românticos, etc.
Faça com que eles tenham alguma motivação para
permanecerem unidos.
Acima de tudo, tenha certeza de que este laço em
comum seja forte, mas não limitante. Ninguém quer
participar de um jogo no qual eles serão escravos das
exigências do Narrador.
• Planeje a Primeira Cena
A primeira cena estabelecera o clima para a crôni-
ca inteira. Se começar como o usual “Ha, todos vocês
estão nesta taverna, sabe, e de repente começa uma
briga..., ” o jogo ira parecer de certo modo aleatório.
Entretanto, quando a primeira cena é forte: “As ruas
de Efferium estão cobertas por uma neblina densa e
fora de época, e a Grande Praça está cheia de huma-
nos cansados e cambaleantes, indo para suas casas
após um dia no mercado. Você alcança os degraus de
mármore da casa onde o Barão Von Sprenger, está
realizando uma reunião. À medida que você sobe os
degraus, uma figura corre à sua frente na escuridão,
jogando um pacote embrulhado sobre você. Ele cai
aos seus pés com um som de algo se quebrando. O
embrulho se desmancha com o impacto, revelando
um rosto ensanguentado e de uma palidez mórbida,
que você reconhece como a filha adotada pelo Ba-
rão…” – o conto começa com emoção, um tom e um
objetivo geral. Os escritores chamam isso de “gan-
cho; ” de ao seu jogo um gancho forte e você terá
começado bem.
Ambiente
Se eu estivesse presente durante a criação, terá
dado algumas dicas úteis para uma organização me-
lhor do universo.
- Alfonso, o Sábio.
Qualquer história precisa de um ambiente consis-
tente. Em Oito Luas, este pode ser o elemento mais
 Oito Luas
importante de sua crônica. É importante saber como
você irá lidar com os detalhes históricos e geográfi-
cos antes do jogo começar. Existem três modos bási-
cos de abordar este problema.
Você pode estabelecer sua crônica inteiramente
num país fictício criado por você mesmo (por exem-
plo, a Ruritânia Alta Idade Média). Isto lhe fornece
um controle total sobre os costumes, moeda, estrutura
política, ordem social, etc., e ainda permite que os
personagens dos jogadores venham de qualquer país
ou origens que desejar. A maior desvantagem é que a
única coisa que seus jogadores saberão sobre o ambi-
ente é aquilo que você lhes disser. Uma desvantagem
menor é que você terá que inventar um país inteiro e
planejar sua relação com o resto do Mundo das Tre-
vas.
Você pode ambientá-la num mundo real que você
conhece através de alguns livros, filmes de Hollywo-
od e da TV, e apenas criar os detalhes. A maioria das
pessoas poderia fazer um trabalho decente começan-
do sua campanha na Inglaterra de Robin Hood, por
exemplo. O importante, neste caso, é avisar aos seus
jogadores com antecedência que a história e a atmos-
fera estará acima de quaisquer conflitos ou detalhes
históricos. Se você está se baseando numa obra de
ficção especifica, deixe que os jogadores a vejam e
leiam para que todos tenham as mesmas expectativas.
E finalmente, você pode ambientá-la na versão
histórica da Europa, e observar atentamente os acon-
tecimentos mais importantes que afetam a região ou
cidade à medida que acontecem. Isto envolve muita
pesquisa se a área era importante, e tem a desvanta-
gem obvia que jogadores bem informados poderiam
desbancar os adivinhos mais precisos da cidade.
Um meio-termo entre os três provavelmente é o
melhor. Com uma linha de tempo histórica, cidades
fictícias, costumes de conhecimento geral e uma pos-
tura liberal quanto á exatidão por parte do grupo, uma
campanha poderia ir bem longe antes de ser atrapa-
lhada por manuais. Use referências históricas como
inspiração e tempero, mas nunca permita que você se-
ja reprimido por elas. A Bibliografia tem algumas su-
gestões para que você comece, mas você deve tomar
qualquer cidade como sua, com detalhes que se en-
caixem a sua crônica em particular.
Com tudo isso em mente, a área que os persona-
gens conhecem melhor, ou aqueles onde os persona-
gens passarão a maior parte do tempo, é o local onde
se concentrar primeiro. Escolha uma cidade, ou ima-
gine uma. Se os personagens estão inclinados a se
aventurar nas zonas inexploradas, pesquise ou invente
o território que a cerca.
À medida que pensa sobre o ambiente, você de-
senvolvera os detalhes. Pequenos detalhes podem ser
tão úteis quanto os maiores. Que lugares os persona-
gens visitarão frequentemente? Onde podem ir em
busca de boatos? Onde eles caçam? Onde podem
dormir em segurança? Planeje o básico. Se você tiver
uma variedade de elementos preparados de antemão,
passara por eles facilmente quando precisar. Se você
Capitulo Nove: Narrativa
não tiver preparado um detalhe especifico, conseguira
uma inspiração no momento em que for necessário,
mas ter algo para amortecer a queda o deixara mais
seguro.
Personagens Coadjuvantes
Adicione a este ambiente um grupo de persona-
gens coadjuvantes. Quem divide o inundo com os
personagens? Quem controla a área? Quais são as
ameaças sobrenaturais que permanecem escondidas?
Uma das tentações aqui é recorrer a estereótipos ou
escolher o obvio, mas os personagens vêm de perso-
nalidades, e não de planilhas. Se você ficar com o
obvio, sua crônica ira se tornar previsível e superfici-
al.
Até mesmo os pequenos detalhes podem ajudar
bastante a definir a personalidade de um personagem.
Como um personagem fala? O que inspira a sua con-
fiança? Qual a cor do manto que ele veste? Uma pes-
cadora desdentada e velha com os olhos de um falcão
e um nariz de “bruxa” pode ser um gancho melhor
para uma história do que o vendedor de informações.
Dar a vida ao personagem envolve dar a ele pequenas
peculiaridades e defeitos insignificantes, e qualquer
personagem, até um que seja sobrenatural, precisa ser
capaz de se relacionar com o mundo ao seu redor.
Para manter sua história realista, não se esqueça
de incluir o mundo “normal”. Antes de aumentar o
nível de perigo na sua campanha, lembre-se de que o
seu ambiente poderá ficar mais rico e consistente se
você der personalidade aos “mundanos. ” Se o seu
elenco coadjuvante for uma serie de estatísticas de
combate ou criaturas fantásticas, você não terá um
elenco coadjuvante. Terá um punhado de estereóti-
pos. Qualquer personagem precisa de um cento nível
de motivação e profundidade, mesmo um coadjuvan-
te.
A motivação coloca um personagem em movi-
mento. Considere isto: todo personagem tem um ob-
jetivo. Este personagem trabalha em prol deste obje-
tivo até que encontre uma oposição exterior. Na físi-
ca, “qualquer objeto em movimento permanece em
movimento... até que uma força oposta seja aplicada
sobre ele.” A mesma coisa se aplica ao seu elenco co-
adjuvante. A oposição exterior normalmente vem dos
personagens, os motivadores mais fortes da história.
Se a oposição não vier diretamente deles, ainda assim
pode ser resultado das suas ações. As coisas aconte-
cem por uma razão, e muitas vezes o racionalismo
“ela faz isso porque é malvada” não funciona. Para
dar verossimilhança a sua história, concentre-se em
tornar o elenco de apoio realista.
Isto também se aplica aos antagonistas. Se não
houver conflito, não há drama; os antagonistas forne-
cem a oposição. Não prepare uma serie de figuras
sem personalidade – dar uma motivação a um “vilão”
é um desafio. Um jogo ganha profundidade quando
os adversários são menos vilões do que personagens
com uns pontos de vista diferentes. Não pense neles
como homens de preto; a frase “moralidade alternati-
va” é muito útil neste caso.
245
 Oito luas
E difícil representar convincentemente um anta-
gonista se você não consegue entende-lo. Isso não
quer dizer que você deva concordar com ele, mas vo-
cê precisa ter uma ideia de como ele pensa. Isso torna
o jogo mais desafiador para os seus jogadores. Um
homem de preto é fácil de ser superado, mas um an-
tagonista detalhado, com seu idioma e ponto de vista
individual, é um adversário valoroso. Até mesmo os
adversários mais sombrios têm um elemento de hu-
manidade.
O Centro da Sua História
Deixe de lado a cronologia, os detalhes históricos,
os ambientes, conflitos e antagonistas. A essência da
sua história envolve pessoas. E pana os Narradores de
Oito Luas, a boa notícia é que o modulo básico não
mudou muito nos últimos anos. Independentemente
se eles obtêm suas notícias do camponês malcheiroso
e velho que lhes vende bacalhau seco no mercado.
As mais importantes entre elas são os personagens
dos jogadores. À medida que você pinta a rotunda in-
tricada do palco do seu drama, não esqueça que o
centro deste drama são os personagens dos jogadores.
E fácil cair na armadilha de desenvolver um ambiente
vasto onde não há lugar para os personagens. A crô-
nica precisa centrar-se nos personagens e nos confli-
tos pelos quais eles passam.
Estabeleça como os heróis se encaixam neste am-
biente. Por que eles estão ali? Por que eles estão ar-
riscando suas vidas para explorar seu teatro da mente
sombrio e perigoso quando podiam simplesmente fu-
gir ou se enfiar numa caverna em algum lugar? Se os
personagens não têm uma inovação para interagir
com o ambiente, você não tem nenhuma história. À
medida que os personagens se desenvolvem, tecer
uma aventura para eles torna-se mais fácil. Cada per-
sonagem é incompleto de alguma maneira; o mundo
traz a oportunidade de realização. Os jogadores tam-
bém lhe darão sugestões, seja direta ou indiretamente,
quanto ao tipo de histórias que querem jogar.
Ter um motivo para que os personagens trabalhem
juntos também é uma boa ideia. Eles fazem parte da
mesma prole, e então dividem um refúgio em co-
mum? Que motivos ligam os personagens uns aos ou-
tros? Família? Vingança? Redenção? Poder, dinheiro
e território? Uma vez que você e seus jogadores en-
contrem uma razão para que os personagens estejam
juntos, será mais fácil traçar uma rota para eles segui-
rem.
O significado por trás do Mundo das Trevas Me-
dieval não é o de que o mundo é sombrio. Isto é a at-
mosfera. O verdadeiro significado numa crônica vem
dos personagens.
Porcas e Parafusos
Onde a pele do leão não alcança, devemos re-
mendar com a da raposa.
- Plutarco, Vidas.
Não se sinta na obrigação de criar um mito mo-
derno da noite para o dia. Gaste o seu tempo. Quando
souber com mais certeza para onde deve ir, é apenas
246 Capitulo Nove: Narrativa
questão de começar nesta trilha. Não importa se você
estiver trabalhando para criar ante ou simplesmente
para oferecer entretenimento durante uma tarde, os
primeiros passos da jornada são os mesmos.
Primeiro, tenha certeza de que uma boa história
está sendo cantada. Isso não quer dizer que você deva
apenas contar uma história. O grupo cria junto com
você. Em cada capitulo, a Narrador leva a história pa-
ra o rumo que ele desejar que ela tome. Se você esti-
ver trabalhando junta com os seus jogadores (e não
apenas atuando para eles), eventualmente você terá
que se esforçar para acompanhar aquilo que eles que-
rem fazer, comentando e elaborando a que acontecera
ao invés de simplesmente planejar uma narrativa. O
resultado é um trabalho em conjunto, uma “realidade
consensual”.
Muitas vezes, a história será desviada dos seus
planos. Se você sentir que a história está fluindo natu-
ralmente rumo à outra direção, não force os seus jo-
gadores a seguirem os seus planos; trabalhe com eles.
Desde que a conto não se tome absurdo, continue
com ele. Normalmente você é o guia, mas muitas ve-
zes os elementos da história se encaixam naturalmen-
te. Um Narrador experiente frequentemente se sente
coma se a história estivesse fluindo quase que sem es-
forços. Da mesma maneira que os jogadores tentam
antecipar aquilo que você fará, tente antecipar as
ações dos personagens. Elas irão surpreendê-lo de
tempos em tempos, mas isso dá mais vida a história.
Preparação
Antes de começar, esteja preparado. Quando você
está começando, será muita mais fácil criar a história
se você gastar bastante tempo em sua preparação. Es-
tas preparações incluem criar um ambiente, visualizar
uma ideia básica da trama que você quer e estabelecer
alguns bons ganchos de trama. Um “roteiro” com de-
talhes importantes pode ser uma ajuda fundamental
para se conduzir um jogo tranquilamente. Os roteiros
podem incluir breves descrições de personagens (no-
me, papel na história, descrição física, motivações,
poderes ou perícias importantes, e relacionamento
com outros personagens) para consulta, um resumo
de combate (quem pode fazer o que, a média de dano
que eles provocam, armas que usam, quantidade de
dano que podem receber) e pequenas listas de lugares
e coisas importantes (a esquema de um bordel, a dis-
tância entre os pontos A e B). Uma tabela de relacio-
namento, se você puder criar uma, torna fácil a con-
sulta de personagens.
Você pode querer usar uma história já pronta, ou
uma adaptada de outro gênero ou sistema. Se a fizer,
leia algumas vezes a texto com antecedência, cuida-
dosamente. Tenha certeza de saber quando e ande ca-
da coisa acontece, quem está em que lugar e em que
momento, e assim por diante. Preste muita atenção
aos antagonistas principais, suas personalidades e
motivações, e em algumas maneiras de retratá-las
convincentemente. Você pode começar com uma
trama bem linear e simples; não há nada de errada
 Oito Luas
nisso. Primeiro, você deve aprender a básico; desafiar
a realidade e criar sonhos vem mais tarde.
Essas dicas são úteis, mas não são obrigatórias. À
medida que você se torna mais experiente, fica mais
fácil desviar-se daquilo que planejou. A estrutura que
você escolhe e as regras que você usa são a jogo; os
acontecimentos que você e seu grupo criam é que fa-
zem à verdadeira história. No final das cantas, a Nar-
rativa é o equilíbrio entre a história e as regras.
Regras
Este livro está cheio de regras. Quando você as lê,
pode parecer que está estudando para uma prova. Os
jogadores farão perguntas sabre elas, outros Narrado-
res vão discuti-las, e, por mais incrível que pareça,
algumas pessoas ficarão realmente entusiasmadas
com elas. Independente do fato de Oito Luas ser
apenas um jogo, algumas pessoas gostam de deixar a
si mesmas (e a outros) aflitas devido às regras deste
jogo.
Para começar, você deve ser coerente e justo. Al-
gumas pessoas interpretam isso coma se significasse
que você deve ser regido. Este não é a casa. Fizemos
o melhor possível para ter certeza de que estas regras
fossem coerentes, claras e úteis, mas você e o seu
grupo é que vão julgar a quanto elas servem para a
sua história. As regras gerais do jogo são o conjunto
de orientações que recomendamos e que servem co-
mo algo em comum para todos aqueles que partici-
pam do jogo. Você, como Narrador, deve perceber a
quão bem este sistema funciona (para o seu grupo.
Eventualmente, você irá padronizá-lo num tamanho e
numa forma que pareça melhor. Você é quem vai de-
cidir a que vai funcionar).
Dito isso, aqui vai um conselho – não se preocupe
excessivamente quanto às regras. Na Narrativa, como
em muitas coisas na vida, não há regras, apenas ori-
entações. O jogo não é um teste para a sua habilidade
de memorização. Aprenda primeiro o básico. Depois,
aprendera os e as partes que funcionam para você.
Você irá simplificar, expandir, alterar e incluir. Se
eventualmente inventar alguma coisa par si só, nin-
guém ira arrombar a sua parta e levar este livro em-
bora. Seu jogo pertence a você e a ninguém mais.
Não há uma maneira “oficial” de se jogar este jo-
go, apenas a maneira que funciona melhor para você
e para a seu grupa. As maiorias das pessoas que usam
regras se encaixam entre dois extremos. Suas prefe-
rências normalmente são uma questão de estilo.
Estilo
Se você já viu outras pessoas conduzirem jogos,
sem dúvida já viu uma variedade de estilos. A maio-
ria dos Narradores está entre o “advogado de regras”
e a “jogador de estilo livre”. Você não terá ideia de
qual forma funciona melhor para você até que come-
ce a jogar. O estilo vem com a experiência.
Um “advogado de negras” se baseia numa inter-
pretação e aplicação extremamente rígidas das regras
de jogo. Se a tabela da página 952 disser que um jo-
gador executando uma determinada ação deve fazer
Capitulo Nove: Narrativa
um teste de Corpo + Lábia e comparar o número de
sucessos contra uma jogada resistida de Força de
Vontade numa dificuldade de 8, então é assim que
deve ser. Os advogados de negras muitas vezes bus-
cam o “realismo”; e, por alguma razão, eles acham
que adicionar mais regras tornara a jogo mais realista.
Este extremo tem claras desvantagens. Se um ad-
vogado de regras fica tão envolvido em jogar dados e
procurar por regras que se esquece de se concentrar
na sua história, a história sofre com isso. Para nós, as
negras devem servir a história; a história não é apenas
uma desculpa fajuta para se usar as regras.
Alguns jogadores tendem a ser advogados de re-
gras também. Ao invés de se aterem aos conceitos
que fazem com que uma história seja boa, eles tenta-
rão solucionar os problemas usando as regras para a
seu proveito. A personalidade do personagem é posta
de lado, e a estrutura por trás do jogo torna-se mais
importante que a próprio jogo. A Narrativa deve ser
vista como uma atividade de colaboração, não uma
disputa entre o Narrador e os seus jogadores. O ideal
é que o grupo como um todo trabalhe para criar os
acontecimentos. Os jogadores do tipo "advogados de
regras” têm que aprender a interpretar o personagem,
e não as regras.
Um Narrador com um “estilo livre” extremo nem
precisa das regras. Se o jogo consiste apenas de ori-
entações, por que se preocupar com a estrutura ou
mecânica? A situação pode pedir que se jogue uma
moeda ou escolha um número aleatório, mas isso é
tudo. Se você tiver que jogar um dado, entra prova-
velmente algo saiu errada. As planilhas dos persona-
gens fornecem uma ideia básica daquilo que os per-
sonagens podem fazer, portanto os dados tornam-se
supérfluos. Se o grupo realmente quer que algo acon-
teça, isso acontece. Este tipo de jogo lembra mais a
um teatro de improvisação do que qualquer outra coi-
sa.
Embora esta abordagem seja válida, ela também
possui desvantagens obvias. Se qualquer coisa pode
acontecer de acorda com o capricho do Narrador, en-
tão tudo que acontecer é, par definição, completa-
mente arbitrário. Jogadores que gostam de algumas
regras gerais podem se sentir perdidos quando entra-
rem no reino do jogador de estila livre. Eles têm cer-
tas expectativas sabre a que deverá funcionar, e en-
contra-se numa situação em que a única medida de
sucesso é a sua habilidade de entreter e divertir o
Narrador.
Deixando o sarcasmo de lado, o melhor estilo para
você deverá se encaixar em algum lugar entre estes
dois campos. Ambos os extremos podem estragar o
jogo. A coerência é uma das melhores maneiras de se
construir esta mentalidade em particular. Uma vez
que os jogadores se sintam confortáveis com seus es-
tila, contar histórias vem naturalmente. Nunca mude
radicalmente o seu estilo sem avisar aos jogadores
que está experimentando. Se você está pensando em
fazer algo excêntrico com as regras, normalmente os
jogadores gostam de ser avisados com antecedência.
247
 Oito luas
Ajustando o Seu Estilo
É possível mudar um pouco o seu estilo durante
uma sessão para que ele se ajuste ao seu jogo. Com-
pare sua jornada através de uma história a pilotar um
carro de corrida. Quando você entra numa curva, vo-
cê diminui a marcha. Quando você está numa reta,
você muda para uma marcha alta outra vez. Durante a
sua história, por exemplo, se um combate critico esti-
ver se aproximando, você pode diminuir o ritmo e dar
mais alguns detalhes à luta. Uma vez que ela tiver
terminado, se você quiser que seus personagens se
concentrem na discussão sabre o que aconteceu
quando vasculhavam o prédio, você pode mudar de
marcha outra vez para uma velocidade maior, para
que os personagens não se distraiam com jogadas de
dadas. Desde que você não mude de marcha brusca-
mente no meio de uma sessão, você não vai estragar a
transmissão e parar as coisas. A maioria dos jogado-
res irá perceber a que você está fazendo e reagira.
Infelizmente, algumas pessoas são um inconveni-
ente em viagens longas de carro. Certos jogadores se
deliciam em tentar frustrar as regras do seu jogo.
Aqui, a objetiva é o pretenso “sucesso”. O sucesso
individual de um personagem torna-se mais impor-
tante que o sucesso do jogo. A estrutura que foi feita
para o jogo lhe dá certa proteção contra as advogadas
de regras, mas apenas as regras não são suficientes
para protegê-lo de um jogador evidentemente agres-
sivo. Uma opção é criar camadas de regras para res-
guardá-lo contra-ataques, mas então o jogo se torna
tão estruturado que o fluxo da história é sacrificado.
O melhor recurso é encontrar jogadores que traba-
lhem bem com você. Com a passar do tempo, você
encontrara maneiras de se ajustar aos diferentes tipos
de jogadores, e os bons jogadores farão um esforço
para se adaptarem a você. Quando isso acontecer, vo-
cê terá montado um grupo que vale a pena. Então,
você pode largar à volante... O resto é a mágica da
narrativa.
Não pode haver regras para tudo, mas você pode
encontrar um nível de detalhamento que lhe sirva. De
uma chance para que os jogadores deem sugestões
especialmente na conclusão de cada capitulo. Através
deste processo você desenvolvera um conjunto de
“regras da casa” que deixara todo mundo confortável.
Assim como você tece a história de um modo que a
seu grupo gaste, você descobrira a seu próprio estilo
individual de utilizar as regras. Desde que você seja
coerente, os jogadores não irão sentir que você está
sendo arbitrário. Regras coerentes e julgamentos ade-
quados revelam a trilha; drama e paixão fazem com
que a jornada valha à pena.
Dicas
Os ideais de estilo são bons e proveitosas, mas não
são nada sem a habilidade pratica pana auxiliá-las.
Aqui estão mais algumas ideias básicas para ajudá-la
ao longo do caminho...
• Os Dados devem Orientar e Não Controlar
você
248 Capitulo Nove: Narrativa
Os dados são um elemento aleatório, um instru-
mento útil para ser usado quando as histórias ficam
travadas ou quando o resultado deve ser decidido ao
acaso. No fundo, eles são uma ferramenta, nada mais.
Basicamente, o jogo é feito por seres humanos, não
por dados. Use jogada de dados pana inspiração, ou
para mediação quando realmente for necessário, mas
lembre-se de equilibrar o jogo e a história.
• Descreva Dramaticamente
Os aventureiros nunca devem ser tediosos. Sem
dúvida os seus jogadores colocarão tanto melodrama,
ansiedade, tragédia e poder em seus personagens
quanta forem capazes. Você precisa retribuir o favor
tornando o mundo ao redor deles equivalente.
Tente não cair em termas de jogo ou jogadas de
dado até que você realmente precise fazê-la. Enquan-
to estiver descrevendo a aparência de um nobre visi-
tante, tente ser o mais visual possível. Se suas roupas
são estranhas, não diga apenas isso – descreva seu
vasto manto de veludo azul com ornamentos de ouro
e pele de arminho, a túnica e a calça estreita de seda
negra em cortes perfeitos, e as botas de camurça azul
e botões de pérolas. Quando ele entra na taverna, não
diga aos personagens apenas que ele está usando sua
Presença pana atrair a atenção – diga a eles que todas
os olhos na sala estão sabre ele, e (como eles obvia-
mente estão olhando para ele também, se for necessá-
rio descrever) não lhes peça para fazer testes para
perceber isso até que alguns momentos tenham se
passada e a razão para pedir isso seja menos óbvia.
• Improvisação
O mundo de um aventureiro, como a do Narrador,
é cheio de surpresas. Intenções podem moldar a reali-
dade, mas a realidade muitas vezes tem as suas pró-
prias ideias. As jogadas de dados são uma maneira de
implantar este elemento de imprevisibilidade no jogo,
mas a que você pode fazer quando um jogador (ou
uma circunstância) surge com algo que nenhuma re-
gra cobre?
• Seja Criativo
Muitas questões podem ser resolvidas com um
pouco de imaginação. No entanto, se tudo falhar, faça
ajustes aos níveis de dificuldade ou ás paradas de da-
das. Gina quer seu Assassino se esgueire até a sua ví-
tima? Tudo bem. Apenas aumente a sua dificuldade
em +2 ou + 3. Adicionar ou subtrair modificadores
para descrições criativas também pode encorajar os
jogadores a serem inventivos, embora isso passa ficar
fora de controle. As regras sugerem um ajuste máxi-
mo de + ou -3. Você pode usar isto como base, mes-
mo que apenas pelo bem da sua própria sanidade
mental.
Técnicas
Uma vez que você já conhece a básico, ainda há
mais para se desenvolver. Quando você tiver estrutu-
rado sua trama, estabelecido a ambiente e preparado
as personagens, certas técnicas podem intensificar a
experiência. Para começar, um jogo bem feito deve
 Oito Luas
ter certa atmosfera para evocar um determinado cli-
ma.
Criando Climas e Atmosferas
O que os personagens fazem é uma parte da aven-
tura; o que eles sentem é quase tão importante. A
evocação destes sentimentos é alcançada através da
atmosfera. Se a elenco estiver no centro do palco que
você preparou, então a atmosfera é a iluminação. Se
for malfeita, todos irão tropeçar no escuro; se for
exagerada, os atores irão suar e sofrer. Se for desen-
volvida de maneira correta, a atmosfera trará o clima
apropriado. Se estiver sem nenhuma vela de cera,
existem outras ferramentas que você pode usar para
criar o clima e a atmosfera de uma cena:
• Lembre-se de Todos os Cinco Sentidos
Realidade “virtual” normalmente é uma denomi-
nação imprópria. Um ambiente não é virtual a não ser
que ele afete todos os cinco sentidos. Os Narradores
sabem disso há milênios. Um cenário pode ser tão
simples quanto um quarto esboçado, mas a atmosfera
se lança sobre todos os sentidos de uma vez. Uma ce-
la de um calabouço comum pode ser descrita como
um aposento com algumas correntes e um balde, mas
uma cela de um calabouço assustador pode estar in-
festada com o cheiro de gangrena e fezes; o som da
sala do torturador na porta ao lado; as pedras duras;
palha apodrecida e restos de ocupantes anteriores que
cobrem o chão; o sangue do rato comedor de cadáve-
res que se transforma em seu pequeno lanche, e a luz
pálida das estrelas entrando pela pequena janela com
barras voltadas para o sul. O primeiro exemplo é um
mapa; o segundo exemplo é um ambiente.
• Use Analogias
Se você quer criar um sentimento para a cena, os
acontecimentos acidentais podem criar pistas sutis
para o clima que você deseja obter. Um incidente pe-
queno pode ser usado como analogia para o clima da
cena. Por exemplo, suponhamos que a atmosfera que
você deseja criar para a cena é de uma esperança frá-
gil. O cenário pode ser um trecho desolado de uma
rua perto dos muros da cidade, três haras antes do
amanhecer. Folhas amareladas esvoaçam vagarosa-
mente com a brisa leve e o luar luta para conter a noi-
te. Os personagens passam por dois mendigas esfre-
gando as mãos sabre uma pequena fogueira. Então,
um dos personagens percebe a silhueta de dois jovens
namorados de mãos dadas a distância. No meio da
rua, os namorados param, se abraçam e então andam
por caminhas diferentes. Nenhum desses elementos
tem que estar ligado à trama de qualquer maneira,
forma ou jeito que seja, mas eles contribuem com a
cena ao oferecer sugestões. Se os seus jogadores as
perceberem, eles responderão, ajustando a sua inter-
pretação para se encaixarem no clima.
• Varie o Tom
A maneira com que você usa a voz é outra suges-
tão. Isto pode parecer uma observação obvia, mas
muitos Narradores esquecem a versatilidade da voz
humana. Sussurrar suavemente para chamar a atenção
Capitulo Nove: Narrativa
dos seus jogadores, diálogos frenéticos para acelerá-
los, descrições diretas para deixar uma cena estéril ou
uma barulheira tumultuada para descrever uma mul-
tidão violenta são apenas alguns exemplos.
Outra técnica efetiva é usar um tom que é exata-
mente o oposto daquele que os jogadores esperavam.
Descrever uma cena intima em terceira pessoa sem
nenhum embelezamento pode sugerir que um encon-
tro supostamente romântico pode ser apenas uma ten-
tativa de seduzir alguém. Se você estiver descrevendo
uma cena de crime em que uma família foi assassina-
da, relatar as condições dos brinquedos das crianças
pode tornar a cena muita mais sinistra do que os cli-
chês normalmente associados com sangue. Menos
certamente é mais, e uma aproximação inesperada
pode dar à descrição rotineira uma atmosfera intri-
gante.
• Detalha os Personagens Coadjuvantes
O detalhamento dos personagens coadjuvantes
também pode ser um acréscimo à atmosfera de uma
cena. Qualquer humano tem pequenas peculiaridades
e defeitos que revelam parte de sua personalidade. Se
um personagem secundário foi normalmente identifi-
cado junto com um local especifico, suas pequenas
peculiaridades podem conter sugestões sabre esse lo-
cal. Imagine que você quer que as personagens sin-
tam remorso pela destruição de um servo de seu ini-
migo. Se eles esbarrarem com a viúva em prantos,
Beatrice, retornando à sua cabana depois do velório,
seguida de crianças e adolescentes, talvez eles pen-
sem duas vezes antes de matar toda e qualquer pessoa
associada ao seu inimigo.
Estas pequenas sugestões também podem alterar a
visão de um personagem sobre um grupo de pessoas.
Imagine um bárbaro, que odeie a nobreza e tudo as-
sociado a ela devido a sua filosofia, este escondido
próximo ao jardim do palácio do rei quando as damas
da propriedade colhem flores para sua ama real. Ele
vê que as garotas são muito jovens, muito bonitas, e
ouve sua conversa exaltada sobre o embaixador que
irá os visitar. A mais jovem parece ter chamado a
atenção do homem, e as outras duas ajudam-na a pra-
ticar sua dança em preparação para o entretenimento
daquela noite. Nosso Bárbaro idealista pode compre-
ender a situação – mas ele irá agir a tempo de salvar a
vida da garota nobre e rica, ou deixara que a nobreza
se alimentasse de si mesma e irá esperar até que seus
planos estejam totalmente traçados? Há um compo-
nente emocional na cena… e é isso que faz o clima.
História
E então Merlin disse, “Deixe que todos se sentem
silenciosamente e não se mova, pois agora se inicia
uma era de maravilhas, e você verá acontecimentos
estranhos”.
- Sir Thomas Malary,
The Acts of King Arthur and His Noble Knights
Uma vez que você tenha avaliado a que fazer em
longo prazo em sua crônica, é mais fácil analisar os
objetivos de curto prazo. Mantenha em mente que
você pode jogar sem se comprometer com uma crôni-
249
 Oito luas
ca longa. A “história isolada” também é uma forma
de arte em si. Não importa se você está planejando
uma escaramuça ou um cerco, é bom lembrar dos ob-
jetivos fundamentais da crônica e da narração.
Estrutura, atmosfera, clima, tema e técnica são tão
úteis em capitulas breves quanta numa crônica exten-
sa. Por mais rudimentares que estes elementos pos-
sam parecer, nunca subestime o poder de uma rajada
de vento ou de um flashback melancólico na hora cer-
ta. Narradores ao longo do tempo sempre souberam o
valor deste tipo de requinte.
Para começar, qualquer história tem uma estrutu-
ra. A estrutura básica de uma crônica consiste de dois
passos: uma serie de capítulos (ou sessões) canta uma
história, e uma série de histórias compõem uma crô-
nica. Costumamos dar preferência a uma analogia li-
terária para isso, mas qualquer analogia pode servir.
Você pode preferir ver a história como uma série de
atos, coma numa peça de teatro ou num show de tele-
visão. Ou talvez as cenas sejam como sessões de uma
minissérie de histórias em quadrinhos ou uma série
de movimentos de uma sinfonia. Use a metáfora que
lhe servir. Se você puder utilizar-se do seu conheci-
mento de outra forma de arte, poderá desenvolver sua
compreensão sabre o processo de criar histórias.
Temas
O tema é uma das coisas difíceis de serem desen-
volvidas numa história. Você não precisa fazer uma
pregação quando está conduzindo uma história ou
crônica, mas há temas definidos que virão de uma
crônica de Idade das Trevas. Você não tem que fa-
zer com que anjos desçam dos céus para derramar la-
grimas de sangue devida à beleza de sua história, mas
um tema forte, ou uma serie de temas, elevara seu jo-
go acima das simples caçadas contra criaturas.
A sutileza funciona. Se não pudemos no identifi-
car com as motivações dos personagens ou dos anta-
gonistas, a história, como alguém já disse, é “apenas
um punhado de coisas que aconteceram”. Você pode
trabalhar os temas escolhidos dentro do jogo com
personagens (cujas personalidades, motivações ou
circunstancias forçam os jogadores a pensar), situa-
ções (que as colocam em dilemas), relacionamento
(que incorporam ambos) e símbolos, presságios ou
fantasias mentais que enfatizem o tema. Mas lembre-
se – vá com calma.
Alguns temas comuns para crônicas de Idade das
Trevas incluem:
• Sobrevivência
Uma crônica que descreva uma luta pela sobrevi-
vência baseia-se em mais do que Níveis de Vitalidade
e jogadas de Habilidade. A própria existência deve
ser uma provação. Os personagens vivem numa área
perigosa, na qual a sobrevivência é um desafia do dia
a dia, que pode ser qualquer coisa desde uma área
selvagem até um sacerdote fervoroso que deseja li-
vrar a mundo dos malfeitores. O mundo não se preo-
cupa se eles viverão ou morrerão, e a não ser que as
personagens lutem e aprendam, truques bacanas com
Magias não serão o suficiente para salvá-los. Isto re-
250 Capitulo Nove: Narrativa
quer mais do que força bruta. Na verdade, uma histó-
ria baseada na sobrevivência não precisa nem mesmo
envolver força. Se você quiser tornar a vida dos per-
sonagens mais difícil, é mais efetivo fazer isso atra-
vés da astúcia do que fazer com que alguém bata na
cabeça deles. Também há outras definições de “so-
brevivência”: Que acordos fazemos na vida para so-
breviver? Permanecer vivo requer um preço; os idea-
listas enfrentam esta tentação e apesar disso são bem-
sucedidos.
• Espionagem
Os personagens podem estar entre duas facções ri-
vais, ou podem estar tentando sabotar o governo de
um príncipe poderoso. De qualquer maneira, será di-
fícil determinar em quem se pode confiar, e um erro
pode ser fatal. O que acontece quando você não pode
confiar em ninguém? O que acontece quando a para-
noia sobrepujar a razão?
Conceitos de Histórias
Agora entramos no reina da história. Há um nú-
mero interminável de histórias que você pode condu-
zir, mas algumas ideias são mais obvias do que ou-
tras. Se você precisa aprimorar suas inspirações, os
suplementas para este livro de regras e as sugestões
abaixo são um bom lugar para se começar. Se você
quiser partir das formulas que valem à pena, esta é
outra opção. No entanto, espera-se que você passe do
obvio para o inovador.
Conclusão
Nenhuma história está completa sem uma conclu-
são. Os acontecimentos da história podem ter ficado
com partes do enredo no ar, e o antagonista não pode
ter sido totalmente derrotado, mas a história ainda as-
sim pode acabar com uma sensação de desfecho.
Uma crônica também precisa chagar a alguma con-
clusão. Numa crônica ideal, essa conclusão surge
quando o significado por trás da série da história fica
bem clara. Nem toda crônica alcança este auge, ou
precisa alcançá-lo, por falar nisso, mas o desfecho
trás um sentimento de realização e satisfação.
Alguns Narradores se perdem ao longo do cami-
nho. Fugir cada vez mais do conceito original da crô-
nica é uma distração comum. Esta é uma aproxima-
ção válida, mas a manutenção de um enredo assegura
a longevidade da crônica. O contrário pode ser uma
sensação cada vez maior de obrigação em terminar
todas as partes do enredo, não importa quão peque-
nas. Neste caso, vale à pena repetir uma lição: a pro-
fundidade é melhor do que o detalhe.
Lembre-se de um conceito fundamental: os perso-
nagens principais são a essência das histórias que vo-
cê conta. Neste jogo, e nos outros da série, há uma
ênfase muita grande para se definir e desenvolver um
personagem. Se um jogador puder se identificar com
aquele personagem e torná-lo “real, ” então o perso-
nagem se assemelha a uma pessoa real. E uma pessoa
real nunca para de aprender e de se desenvolver.
Obviamente, mesmo que as histórias estejam sen-
do concluídas, uma crônica completa pode in mais
 Oito Luas

longe. Se os seus personagens se mantiveram no cen-

tra da crônica, qualquer conclusão que você escolher
é, no fundo, apenas temporária, (Se você se importar
com os personagens, sempre haverá novos caminhos
pelos quais você poderá levá-los. Se um personagem
tem ideal, ele sempre pode encontrar alguma maneira
de aperfeiçoar ainda mais estes ideais. Desde que os
seus personagens tenham autenticidade, uma crônica
pode continuar, mesmo que por muito tempo após
você tê-la deixado de lado...
… E se você trouxer consigo a força do idealismo
e a energia de contar uma história de volta para a
mundo real, sempre haverá uma maneira para voltar a
isso, muito tempo depois do joga ter sido posto de la-
do.
Resumindo, então. Quando contar uma história,
siga alguns princípios básicos:
Crie mitos. Inspire ideais. Entretenha. Conjure as
trevas. Intensifique a luz. Evoque a paixão. Use a
sensibilidade. Oriente a história.
O resto é apenas detalhes.

Capitulo Nove: Narrativa 251

 Oito luas

252 Capitulo Nove: Narrativa

 Oito Luas

Apítulo

Dez:
Apêndice
O Mundo de Kallidox
Como alguém que num caminho solitário
Anda com medo e pavor,
E tendo virado uma vez, continua a andar,
E não vira mais sua cabeça:
Pois sabe que um demônio pavoroso
Caminha próximo, através dele.
- Samuel Taylor Coleridge,

Capitulo Dez: Apêndice 253

 Oito luas

The kime of the Ancient Mariner

Cronologia
? A? - O dia do despertar, quando a deusa da luz veio tornou-se consciente ao mundo
que era muito hostil para desenvolvê-las nele.
? A 10.000 - O tempo do modelamento, quando a deusa moldou o mundo dividindo-o
em 3 partes e com o sopro de vida criou as 3 primeiras divindades representado cada
elemento no qual o mundo foi dividido, Likky (Flora), Warguy (Fauna), Zigyr (Mar).
- 10.000 a 7000 - Surge à primeira comunidade organizada que se tem notícia, formada
de elfos tutelados por Likky, esta comunidade mais tarde se tornara a maior capital élfica
batizada a Cidadela da Dama das folhas "kliz zu tornelyks" na linguagem élfica em ho-
menagem a sua deusa patrona.
- 7000 a 6500 - Surgem traços de novas civilizações criadas no centro do continente re-
latos afirmam que foi nessa época que tivesse notícia da à primeira fortaleza anã constru-
ída sobre o monte Zonurlock e batizada de coração da terra "Zorn ko kuluf" sua língua
nativa, qual cidade realmente foi construída primeiro as dos elfos ou dos anões, foram e
são motivo de muita discussão entre estas raças e no passado foi motivo até de guerras.
- 6500 a 6000 - Surge Demian divindade da sabedoria, "o grande juiz" e Kandara deu-
sa da vida.
- 6000 a 5900 - Warguy admirado pelo o progresso dos elfos com a ajuda de sua irmã
Likky decide criar uma raça que seria o que os elfos foram para sua irmã, assim surgem
os Saymos.
- 5900 a 5400 - Surge Eydos divindade da magia e Ruttra divindade das bestas e mons-
tros.
- 6500 a 3000 - Período em que os humanos deixavam seus estilos de vida nômades pa-
ra iniciarem as primeiras comunidades humanas, ao fim desse período a primeira grande
capital humana Holozof
- 3000 a 2700 - Sylmor deus das tempestades.
- 2700 a 2300 - E construída a 2 maior capital humana do continente Haizer junto com
o surgimento de Ayra deusa da ambição humana.
- 2300 a 1000 - Surge Seyller deusa da força e da coragem.
- 1000 a 300 - Depois de desfrutarem de um longo período de produtividade e cresci-
mento começa a surgir um clima de atrito entre as duas grandes nações humanas.
- 300 a 100 - Ambas as nações começaram a aumentar o seu poderio militar e as rela-
ções ficavam cada vez mais inflamadas, surge Muntus deus da guerra.
- 100 a 30 - Assassinado o príncipe de Holozof, tem início a guerra entre as nações hu-
manas.
- 70 a 20 - Surge Skelkorn deus da morte.
- 20 a 0 - A guerra termina com a completa erradicação de ambas as nações, somado a
isso a apresentação de Danever deus das trevas aos demais deuses, acredita-se que Dane-
ver teve participação direta no conflito que levou a destruição de ambas as nações, mas
essa informação nunca foi confirmada.

254 Capitulo Nove:

Capitulo dez: Narrativa
apêndice
 Oito Luas
0 a 200 - Os sobreviventes das duas nações espalham-se pelo continente criando várias
cidades e cidadelas. Surge Eukary deusa da paz.
Krillos
Conceito
“Hummm – Então é essa a famosa cidade de cria-
turas meio felinas, tomara que seja verdade o que di-
zem sobre como são tratados os visitantes. ”
-Farcor Kiloderan, recém-chegado em Krillos.
Criada para ser a porta de entrada do reino,
mostrando o esplendor dos Saymos em relação a
esse fato de compartilhar sua cultura com o mun-
do exterior. Sendo possível encontrar quase todas
as raças de Kallidox entre suas muralhas.
Mesmo sendo uma cidade pequena, comparando
com as grandes metrópoles Krillos é de uma visão
impressionante. Mesmo com tantas raças diferentes
em um único lugar, a cidade não é tão desorganizada,
quantas outras grandes cidades. Sendo administrada
Lady Kasca chefe da milícia da cidade, uma extraor-
dinária guerreira. A única unanimidade entre muitos
de Krillos é o culto a Warguy a divindade Saymos
que possui um belo e grande templo no centro da es-
cola de magia da cidade. Onde são ensinados para to-
dos os habitantes os desejos de Warguy.
Historia
"Que a graça, mais uma raça diferente que apa-
rece em nossa cidade, que sempre seja assim".
- Kalyna aprendiz do templo.
A cerca de 400 teve a formação da cidade por
efeito de uma caçada, em que usa saymos ajudou
uma criança élfica que estava sendo perseguida
por um bando de robgoblins e goblins. Com essa
intervenção no acontecimento surgiu à amizade
entra os elfos e os saymos, e com o passar do tem-
po as outras raças obtiveram também a amizade
dos saymos.
Como todos os saymos gostam de caçar, alguns
são mais audaciosos que outros e com isso muitos
não medem as consequências de seus atos. Em uma
tarde nebulosa uma jovem foi para as montanhas, ex-
plorar a procura de algum possível troféu, para au-
mentar sua coleção.
Ao chegar às montanhas, decidiu que estava na
hora de explorar além das delas, indo para o outro la-
do. Com isso ela descobriu uma passagem mais segu-
ra entre as montanhas em um grande planalto com
uma cachoeira que o dividia, e uma floresta ao norte,
e alguns gêiseres no planalto. Enquanto explorava a
região ficou caçando alguns animais, passando alguns
dias.
Quando ouviu um som diferente do normal do lo-
cal. Uma perseguição, um grupo de criaturas de pele
marrom avermelhado portando armadura e armamen-
tos correndo e gritando de alegria atrás de um filhote
de um de outra de criatura de pele cinza e cabelo
branco, sem qualquer tipo de proteção ou armamento.
Capitulo Dez: Apêndice
Ao ver essa cena, a saymos achou uma tremenda
de honra, tanto contra apenas uma e sem condições
de uma luta justa. Com isso esperou até que a criança
estivesse próxima para pular entre seus perseguido-
res, com essa aparição todos ficaram parados de sur-
presa, pois é a primeira vez que as criaturas viam um
saymos.
Depois de um breve momento as criaturas cinza
começaram a mostrar os dentes e rosnar de fúria por
ter interferido na caçada deles, meio que rindo e mos-
trando os dentes, as criaturas cinza começam o ata-
que, mesmo com as tentativas de aviso da pequena
criatura, a saymos avança via como essas criaturas ti-
nham noção de combate a corpo a corpo, sendo que a
saymos tinha também a do combate a distância.
Ocorreu uma luta sangrenta, onde muitas das cria-
turas saíram mortas enquanto a saymos e a pequena
criança saíram sobreviventes, mas muito feridas por
causa da batalha nenhuma das duas tinha condições
de voltar a seus lares, tiveram que ir se abrigar perto
da cachoeira onde encontraram uma caverna por trás
dela. Após alguns dias de descanso e muita tentativa
de comunicação por parte das duas, decidiram ficar
mais um tempo juntas para aprenderem mais sobre as
duas culturas.
Com isso decidiram formam uma comunidade de
amizade entre as duas raças, e acharam que o melhor
lugar de a formar era justamente onde as duas passa-
ram seus dias de dificuldade, no planalto em frente à
cachoeira. Cada uma voltou a sua própria comunida-
de para comunicar a descoberta de novos povos tão
diferentes do que já conheciam. Com essa decisão al-
guns poucos de cada comunidade se instalou no pla-
nalto perto da cachoeira, com isso formaram a cidade
de Krillos “Amizade” em O´Say idioma Saymos.
População
Aproximadamente 12.500 habitantes. 80%
saymos, 15% Elfos das Rochas, 5% outras raças.
Deste contingente, boa parte constitui-se de hob-
bit, humanos e anões.
Cada raça tem algumas obrigações com a cidade.
Os Saymos são os principais responsáveis pela segu-
rança da cidade, sendo que com ajuda de alguns
membros das outras raças, escolhido em um torneio
com os melhores alunos da Escola de Combate. Os
elfos das rochas são responsáveis pelas plantações da
cidade, somente com sua autorização é permitida a
entrada em suas plantações. Os anões são responsá-
veis pela construção e manutenção da cidade junto
com os elfos das rochas. Os humanos são incumbidos
com a criação dos animais de pasto junto com os
saymos. Essas responsabilidades são feitas por algu-
mas famílias importantes e influentes na cidade. As-
sim não é qualquer pessoa que possa fazer uma des-
sas importantes funções. Os hobbit são os vigias da
cidade, aproveitando de sua mobilidade podem assim
que verem algo de errado correrem para as autorida-
des informado, entre outras funções menores.
255
 Oito luas
Geografia
"- Cuidado onde andas, pois, um passo em falso e
só lá embaixo é que você vai parar, e com certeza is-
so vai doer e muito”.
- Katiry, patrulhe ira saymos.
Única cidade dos Vales, que todas as raças têm li-
vre passagem.
Situada nas margens das montanhas mais escarpa-
das, com muitos gêiseres sempre ativos, que com
muita frequência, deixam a região levemente nebulo-
sa. É uma cidade com aproximadamente 12, 000 ha-
bitantes.
Krillos se situa em um grande planalto escarpado
tendo ao fundo uma floresta com três vulcões extin-
tos. Esta floresta é habitada por gorilas, tigres e ani-
mais de pequeno porte e a maior parte do solo é com-
posta por vegetação rasteira. Boa parte da cidade se
situa em platores na montanha sul, com acesso apenas
por escadas feitas na rocha. À única entrada é pela
encosta dos ventos que tem uma estrada acidentada
que varia de 10 a 15 metros de largura.
O governante dessa cidade é uma hábil guerreira
respeitada por todo o povo da cidade, Kasca, Presa de
Marfim.
A cidade possui ruas pavimentadas e um sistema
de esgoto complexo que aproveita algumas das câma-
ras subterrâneas que foram descobertas após uma ex-
ploração mais detalhada da cocheira.
No centro da cidade se encontra a Escola de Ma-
gia que fica logo a baixo da cachoeira que abastece a
cidade, uma belíssima e grandiosa obra, sendo o mai-
or prédio de Krillos. A Escola também serve de tem-
plo, naturalmente, para os ritos de devoção ao Deus
Warguy. Ao redor da Escola se encontra um lugar de
belos passeios e exuberantes jardins que adornam a
morada dos nobres e poderosos de Krillos, esse local
é conhecido como Bela Villa, que fica logo no pata-
mar abaixo da escola cercada pelas águas que saem
da escola.
No Nordeste, se concentra a comunidade de cria-
ção de animais, essa área é vigiada constantemente
contra criaturas das montanhas e estrangeiros, e onde
ocorre o treinamento armado, é o único lugar onde
um saymos pode aprender a usar outros tipos de ar-
mas no reino e onde as outras raças tentam aprender
as técnicas de arremesso dos saymos, sendo um
aprendizado mutuo.
No Sul, se impõe a área de plantio da cidade e on-
de fica o limite da cidade, justamente onde fica o mu-
ro para o desfiladeiro. Onde somente pessoas autori-
zadas podem trafegar, pois esta área é de responsabi-
lidade dos elfos das rochas, e somente quem conse-
gue a sua confiança pode conhecer suas plantações.
No Sudeste, se impõe a área de criação de animais
da cidade e onde fica o limite da cidade, justamente
onde fica o muro para o desfiladeiro. Nesta área toda
podem em determinadas épocas treinar suas técnicas
de arremesso, nos animais doentes. E treinar táticas
256 Capitulo Dez: Apêndice
de combate em meio a obstáculos vivos. Essa área é
de responsabilidade dos humanos.
Fora dessas áreas especificas todos tem livre aces-
so a qualquer parte da cidade. Os forasteiros geral-
mente ficam livres de qualquer suspeita, caso alguma
suja, é de lei que ele tenha que provar que é inocente
na arena no portão da cidade.
Datas importantes em Krillos
"Para nós é uma honra, como recém-chegados, já
termos nos integrado a Krillos de modo promissor,
vencendo a Corrida da Água Vermelha"
-Mordred, detido algum tempo depois
por ter furtado o prêmio dos magos que
lhe ajudaram na conquista da prova.
10/05 – Dia dos Predadores - Prova esportiva em
honra de quem é o melhor caçador. Os competidores
buscam encontrar a caça para oferecer a Warguy. O
vencedor governa a cidade por um dia e é o homena-
geado principal no Dia das Feras.
15/03 - Dia das Feras - Comemora-se durante
uma semana a luta que gerou a amizade entre as raças
dos saymos e dos elfos das rochas. Nesta semana são
oferecidos festejos para os três caminhos ensinados
na Escola de magia.
53/07 - Dia do Grande Encontro - Fundação de
Krillos, data comemorada principalmente pelos
saymos e elfos das rochas festas são realizadas neste
dia, sendo que também é uma ótima oportunidade de
resolver problemas com alguém e fortalecer uma
amizade.
Personalidades de Nota
"- Conheci hoje uma pessoa muito interessante.
Algo nela me intriga".
- Pester, investigador-pessoal
de Lady Kasca.
Kasca, Presa de Marfim
Fundadora da cidade junto com Jasnice, a Ro-
cha. Juntas comandam a cidade de maneira justa
para todos os moradores, sendo muito cautelosa
com os visitantes para evitarem problemas poste-
riores.
Kasca é uma saymos única, todos na cidade sabem
identificá-la, sendo que é muito respeitada. Pode ser
encontrada principalmente ensinando os novatos da
escola pela manhã onde aprendeu a dominar os cami-
nhos dos Animais, Espíritos e Corpo, à tarde na sede
do governo da cidade, onde atua como prefeita. Sen-
do quem em alguns momentos ela pode ser encontra-
da andando pela cidade junto com um pequeno con-
tingente da milícia, fazendo a ronda. Administra a ci-
dade de uma maneira justa para todos, sendo morado-
res ou não. Com o contato com outras raças Kasca
adquiriu o habito de usar armadura e uma Enrrykito,
e seus chakran dos lados das pernas. Sempre alerta
para qualquer momento se precisar.
O que costuma dizer:
 Oito Luas
“-O poder é de Warguy, eu apenas tenho uma pe-
quena força de sua Vontade”, ”-Enquanto estiver
com a vontade de Warguy serei forte”.
O que dizem sobre ela:
“-Nunca a deixe nervosa, pois na arena ela nunca
perdeu e nem sei se isso é possível”.
Jasnice, A Rocha
Outra fundadora da cidade, junto com Kasca
comanda a cidade. Uma das suas principais fun-
ções na cidade é na Escola de Magia, sendo a res-
ponsável por toda a educação mística da cidade.
Governa a cidade com uma vontade invejável.
Quem conhece Jasnice, acha que ela não governa
acidade, pois parece mais uma conselheira do que
governante. Sempre que tem que tomar alguma deci-
são fala como se fosse um conselho.
Sua aparência é comum para uma elfa das rochas,
pela branca e brilhante como o mármore polido com
ranhuras, cabelo cinza como a rocha, e olhos total-
mente pretos. Ela afirma que ainda é jovem, mas nin-
guém sabe a idade que ela tem. Com isso sempre tem
olhares masculinos interessados na governante da ci-
dade.
Jasnice costuma ser encontrada na escola de ma-
gia, ao mesmo tempo em que em outras partes da ci-
dade, assim parece que ela consegue vigiar a cidade
inteira, com isso está sempre informada com o que
acontece na cidade, somente algumas pessoas sabem
como ela faz isso.
O que costuma dizer:
“-Gosto de olhar tudo o que está acontecendo na
minha cidade”,” Poder todos tem, mas a magia é um
conhecimento para poucos”.
O que dizem sobre ela:
“-Ela sabe de tudo, inclusive o que dizem contra
ela”, “Quer saber algo sobre Jasnice, pergunte a
Presa Branca, se a derrotá-la é claro”.
Kaus, o Garra Negra
Parente direto de Kasca, foi pedido que fosse
morar na cidade a pedido sua prima para coman-
dar a milícia da cidade, muitos o veem como um
servo fiel a governante, ou nem tanto.
Kaus ao chegar à cidade foi nomeado quase que
imediatamente como chefe da milícia da cidade, no
intuito de protegê-la, sendo essa função que o faz até
os dias de hoje. Alguns moradores acham estranho a
chegada dele tão de repente assumindo um cargo tão
importante como este.
Kaus é um enorme saymos loiro, um combatente
impressionante mais pela pouca idade que tem do que
pelas habilidades de combatente, Kaus é uma pessoa
muito simpática, muitos moradores adoram sua pre-
sença e se sentem mais seguros com ela, poucos
acham muito suspeito as atitudes dele.
Kaus geralmente está fazendo ronda pela cidade
ou na escola de magia aprendendo mais sobre sua ha-
bilidade mágicas. Ou conversando com várias pesso-
Capitulo Dez: Apêndice
as pela cidade. Muitas pessoas acham estranho essas
atitudes de um guardião.
O que costuma dizer:
“-A cidade é a minha vida, por isso minha vida
está na cidade”, “Se prejudicar a minha cidade, eu
prejudicarei você com minhas mãos”.
O que dizem sobre ele:
“-Parece que ele quer comandar a cidade, no lu-
gar da Kasca”, “Evite maltratar seu bem mais queri-
do, pois ele maltratara quem o fizer”.
Condessa Calissadra di Supervica
Sua chegada à cidade ocorreu há aproximada-
mente 5 anos, seu passado ainda é um mistério pa-
ra todas as pessoas importantes da cidade. Desco-
nhecida da maioria dos habitantes da cidade, e se
depender desta mulher isso ainda vai durara mui-
to ainda.
Essa mulher chegou à cidade com o título de Con-
dessa não se sabe de onde, sendo que ao chegar se es-
tabeleceu na parte nobre da cidade, promovendo
grandes bailes para mostrar todos, o poder de influên-
cia para seus moradores, conseguir que alguém a siga
é uma coisa fácil para essa mulher obter.
Condessa Calissandra di Supervica procura ter ca-
da vez mais influência na cidade. Muitos acham que
ela quer comandar a cidade, a maioria da população
acha que é a condessa que comanda a cidade e não
Kasca, cada vez buscando mais poder entre as fileiras
mais importantes da cidade.
A condessa controla parte do submundo da cidade.
Principalmente sobre contrabando do que é encontra-
do, mas cavernas e nas minas, sendo boa parte de ma-
teriais preciosos e semipreciosos, podendo arrumar
qualquer coisa ilegal na cidade.
O que costuma dizer:
"- Amo Esta cidade, por isso eu é que tenho que
tomar conta dela".
O que dizem sobre ela:
"- Ninguém sabe o que ela quer, mas sabem que
sempre quer mais. ” “- Poder é a única coisa que ela
quer, e fará tudo que for possível para ter isso”.
Mediador Jinz Alfere
Sem dúvida a figura mais controversa da cida-
de. Foi indicado ao cargo de mediador com glorias
e pompas, mas corre a boca pequena que na ver-
dade ele pleiteava por um cargo mais valioso.
Altivo e audaz, conquistou vários amigos e inimi-
gos em pouco tempo na cidade. Com as mudanças
empregadas por ele na cidade. Realizou várias obras e
proporcionou certo bem-estar para a sociedade. Com
isso, ganhou o respeito de muito dentro do os Garras.
Seu mais ferrenho opositor é o anão Kurilin Dan.
Mas Jinz tem seus próprios planos, deseja con-
quistar as boas graças da milícia e aumentar seu pres-
tigio com o resto da população para, assim, expulsar
Kasca e declarar que Krillos é uma cidade-fortaleza
para conquistar todo os territórios além das monta-
257
 Oito luas
nhas. Aproveitando da cultura da cidade, aplicar sua
doutrina expansionista.
Para conquistar seus objetivos, Jinz já arregimen-
tou alguns aliados entre os generais e soldados. Entre-
tanto, suas maiores proezas foram ter conseguido a
ajuda do Garra Negra.
O que costuma dizer:
"- Para o bem de Krillos!".
O que costumam dizer sobre ele:
"- Vendido, quer tripudiar sobre a carcaça mori-
bunda de nossa bela cidade".
Kurilin Dan, líder da comunidade anã, durante
uma reunião de clã.
Senhora Morphia Seridini, Sacerdotisa da Sa-
grada da Ordem da Fortaleza de Lykki
Dona de uma reputação idônea que possui boa
passagem em todos os círculos sociais da cidade e
uma boa aceitação de suas sabias palavras em to-
do os lugares. Certamente, possuir uma ordem de
clérigos devotos de Lykki e naturalmente belicosos
legitimando seu posto de comando ajuda muito.
A senhora Morphia geralmente atua como concili-
adora nos conflitos da cidade, sempre distribuindo
sabedoria e oferecendo os serviços do templo para
quem precise.
Mas o que ninguém sabe é que Morphia vêm so-
frendo influência de um ídolo de Ruttra, encontrado
durante uma busca pelas cavernas. A partir desse en-
contro, Morphia começou a cobiçar o comando da ci-
dade em benefício próprio e em nome de sua deusa.
Isso motivou sua escusa aliança com o mediador Jinz
Alferre.
O que costuma dizer:
"- Sejam a gloria de Krillos!".
O que costumam dizer sobre ela:
"- Perdoe-me, portadora da palavra. Traga sua
redenção para que os filhos de Warguy".
Litania de agradecimento para quando Morphia
resolve algum conflito.
Lord Tonerre
O senhor Tonerre é uma figura misteriosa. Ar-
cano respeitado, sendo inclusive o mais poderoso
em Krillos, é uma autoridade versada na ciência
da Necrobiologia, que alia conhecimentos de Ne-
cromancia e Ciências Naturais, como a biologia.
Lord é uma pessoa reclusa, sendo que a única pes-
soa que o visita com frequência é a maga Avoris, que
apesar de não se interessar pela Necrobiologia acha
Lord uma pessoa fascinante. Ainda assim, Tonerre
mostrou inúmeras vezes ser dono de uma grande
compaixão paras os menos afortunados sem geral,
tendo doado ajudas substanciais para alguns de seus
vizinhos e ajudado pessoalmente vítimas de um ata-
que do de algum monstro ou forasteiro.
O necrobiologista vive na maior e mais sinistra
mansão da Moratio Servae e, oficialmente, vive de
uma pequena loja de poções e materiais mágicos. Po-
rem comenta-se que o mago possua um grande tesou-
258 Capitulo Dez: Apêndice
ro no porão de sua propriedade, devidamente protegi-
do por diversos necróbios muito poderosos (mortos-
vivos).
O que costuma dizer:
"- O limiar entre a vida e a morte é tão tênue, que
não pratica elas se confundem".
O que costumam dizer sobre ele:
"- Você pode achar estranho, mas Lord é a única
pessoa com a cabeça no lugar por esses lados". Avo-
ris, a maga, mostrando as características dos cidadãos
locais para que a perguntar.
Avoris
Uma das figuras fáceis e acessíveis de Krillos.
Pode ser encontrada tomando vinho na Armadura
Quimérica, conversando com servos na Moratio
Servae ou estudando como um clérigo de Demian
na biblioteca do templo.
Riso fácil, sempre é prestativa e amigável com to-
dos. Avoris procura manter vários contatos em todas
as classes sociais, porem usa as informações que re-
cebe com parcimônia. Ao invés de fuxicar ou derra-
mar perfídias durante uma conversa de bar, a maga
guarda para si o que sabe e prefere declamar o resul-
tado de seus diferentes estudos. Ao contrário de mui-
tos magos, obcecados com o estudo da arte arcana,
Avoris possui vasto conhecimento sobre várias ciên-
cias naturais e senso comum.
O que costuma dizer:
"Sabe como isso acontece, é por.". Avoris come-
çando mais uma de suas explicações.
O que costuma dizer sobre ela:
"Essa divertida criança só possui um poder mági-
co: a onipresença". Lord Tonerre.
Theos
O mais conhecido e respeitado membro da bela
raça dos elfos das rachas em Krillos, Theos é um
sábio escondido sob o sorriso maroto e fala sim-
ples de um peregrino cansado de vagar. Encon-
trou em Krillos um lar e alguns amigos. Sendo
uma pessoa humilde que é julgada erroneamente
como apenas mais um exilado, Theos é, na verda-
de, um descendente de uma sabia e poderosa famí-
lia élfica desfeita depois da cisma. Entretanto pou-
cas vezes Theos transpareceu a altivez que um dia
fora sua marca registrada. Não renega ajuda a
qualquer um de sua raça e recebe os elfos que
chegam a Krillos.
Por demonstrar ser digno de confiança, Theos fica
sabendo de muita coisa importante que acontece na
cidade e revela algumas vezes alguma informação si-
gilosa se for questionado astutamente. Experiente
mestre no manuseio e fabricação de arcos e flechas,
Theos é muito solicitado para prestar ajuda e ensinar
técnicas para o os Garras sendo que um de seus maio-
res companheiros em um copo de vinho é, surpreen-
dentemente, o instrutor-general Kaus, o Garra Negra.
O que costuma dizer:
"Isto é tão certo como o poente".
 Oito Luas
O que costumam dizer sobre ele:
"Um elfo especial, sua existência é a prova que
uma longa vida pode algumas vezes acentuar as vir-
tudes, e não somente os defeitos". Kaus, Garra Negra.
Cultura
A influência da comunidade saymos é forte na
cidade, com isso quase tudo é decidido na base de
quem é mais forte. Mas é nos guetos que isso é
mais verdade ainda, podendo até mesmo em al-
guns pontos disputas de força, ser empregadas
com apostas ilegais.
Um dos fatores mais marcantes da cidade é o fator
que todos adoram resolver suas diferenças na base de
quem é o mais forte. Independente do assunto empre-
gado. Em Krillos qualquer discussão acaba sendo
motivo para uma briga, um dos hábitos mais comuns
são duelos ao nascer e ao pôr-do-sol, quando o assun-
to é leve, quando o motivo da briga é muito grave a
luta acaba sendo realizada na arena da cidade onde
todos possam ver e quando permitido também apos-
tar. Com a chegada das novas raças essa cultura da
cidade está se tornando um problema, pois os estran-
geiros cada vez mais estão entrando em discussão
com os moradores. Graças à milícia a cidade, está en-
trando nos conformes das necessidades do povo que
está morando e com um pouco de tempo poderá aju-
dar quem está pretendendo fazer moradia na cidade.
Com a integração de novos povos alguns hábitos
da cidade estão se renovando, como o ensino de vá-
rios idiomas e culturas das regiões mais distantes,
com o início da rota comercial que passa pela, para
entrar nos Reinos dos Vales.
Pontos de Interesse
Escola de Magia: Tríade Unida dos Elementos.
Na parte alta da cidade, logo abaixo da Cachoeira
dos Poderes fica a Escola de Magia, que simboliza a
união dos saymos com os elfos. Serve como centro de
magia do reino, e oferece apoio logístico aos conjura-
dores que passam pela cidade, inclusive abrigando
alguns por período curto de tempo, sendo que uma
das formas de pagamento pela estadia é uma cópia
dos arquivos de magia que o conjurador carrega. A
Escola é o ponto de acesso mais restrito da cidade
sendo que apenas quem tem afinidade com os ele-
mentos ensinados na escola podem adentrá-la, existe
uma barreira mística que impede qualquer um com
outra afinidade passe por seus muros. No decorrer de
toda a extensão do muro pode-se ver em baixo relevo
de vários corpos de todas as raças, animais e espíri-
tos. Em seu interior encontram-se várias estatuas des-
sas mesmas criaturas.
Na escola ensinam-se principalmente estes cami-
nhos, quando passa algum outro tipo de conjurador, o
conselho da escola pode-se que fique por um período
de tempo ensinado sobre os outros caminhos da ma-
gia. Sendo que isso é raro que aconteça, o convidado
tem que ser qualificado para poder ser chamando para
o cargo, são poucos que o aceitam. Nesta cidade situa
Capitulo Dez: Apêndice
o único templo de Magia com tutores do Caminho da
Magia do Corpo e Espíritos e um caminho de Invoca-
ções. Para se entrar no templo usa-se de três portas
dispostas em três de seus muros, cada porta represen-
ta um dos elementos ensinados no templo, e durante
boa parte do tempo somente quem for do elemento
respectivo de cada porta pode entrar. Essa magia é
desfeita somente nos fins de semana para poderem
receber visitantes, ou com um amuleto que só é for-
necido com a aprovação dos três grandes mestres da
escola.
Um prédio de 5 andares construído em meio a
uma cachoeira. O prédio possui relevos que represen-
tam batalhas lendárias, sendo ornamentado nas cores:
Amarela, Vermelho Sangue e Branco Azulado, e é
circulado por um fosso de 50m de largura onde são
criados alguns peixes. O pátio possui inúmeras esta-
tuas que representam posturas de lutas e heróis lendá-
rios. Existem mais três templos que são utilizados pa-
ra outras práticas. Quem comanda a Escola é uma
Feiticeira Humana de nome Lidianne Morphis de La
Magra
Templo Dourado: É utilizado para as práticas de
invocação de animais e arremessos de todos os tipos
de armas, que tem finalidade de desenvolver e apri-
morar técnicas especifica. São utiliza sacos de areia,
troncos de madeira para treinar e bonecos de madeira
para refinamento de técnicas, imitando movimento de
alguns animais, aprendendo a compreender e entrar
em sintonia com os animais, tanto física quanto psi-
cologicamente. E aprender todos os segredos das ar-
mas de arremesso.
A Grande mestra desse templo se chama Kylenna
Aridian.
Templo Sangue: É utilizado para os estudos de
criaturas que não se encaixa de seres naturais, tanto
modo de vida como habito desse tipo de criatura, no
campo de treino marcial possibilita que seus pratican-
tes se transformem em algumas dessas criaturas.
Usando manoplas qualquer um pode entender e em-
pregar os poderes desse caminho.
O Grande mestre desse templo se chama Akrael
Naydiar.
Templo Azul: Esse é utilizado por estudantes inte-
ressados em contato com os espíritos de todos os pla-
nos. Tanto para contato amistoso quanto para contro-
le. Os estudantes desse caminho mexem com cadáve-
res, conversam com espíritos, e os combatentes desse
caminho podem usar poderes especiais contra o espí-
rito dos seus adversários, tendo que usar armas de
lamina com curvatura, desde machados até a espada
circular dos Saymos.
O Grande mestre desse templo se chama Kalidox
Ylenna.
Arena Dakor as Dalorror (Morte ou Sobrevi-
vência)
Na parte baixa da cidade se situa a arena da cida-
de, onde os grandes torneios são realizados, assim
como os problemas da cidade são resolvidos todos os
domingos com hora marcada assim toda a população
259
 Oito luas
pode torcer por seus amigos, enquanto eles decidem
quem é o mais forte e dar fim no combate, nestes
combates não são até a morte, assim pode ser que um
dia o derrotado possa duelar de novo.
Nesta arena, durantes alguns torneios sediados pe-
la Escola de magia já surgiram grandes figuras da ci-
dade, assim como grandes problemas, todos são per-
mitidos na arena, dês que tenha um motivo para estar
nela, ao apenas fique na arquibancada. Sendo uma
área pública a arena também é um museu contendo
toda a história registrada dos saymos e dos elfos das
rochas, assim como todos os campeões que já apare-
ceram na arena.
O Rio
Este rio que corta a cidade foi alterado o curso pa-
ra a necessidade para abastecer toda a comunidade
assim como a agricultura do local, sua nascente fica
no alto da montanha, que acaba em uma cachoeira
bem na parte de atrás da escola de magia, dentro da
propriedade da escola o rio se divide para os dois la-
dos da cidade.
Casas Noturnas
Entre as outras casas noturnas uma fica em desta-
que a “Alors Enfants” destaca-se por ser a sede in-
formal da principal agremiação de aventureiros de
Krillos. Originalmente ponto de encontro de cinco
bardos amigos que ali partilhavam suas aventuras e
suas bebidas, a Alors Enfants passou a incentivar esse
tipo de reunião pelo fluxo de negócios que a presença
dos bardos trazia. Com o passar do tempo e o cresci-
mento do grupo, os bardos decidiram organizar (bem,
mais ou menos) a participação dos vários candidatos,
restringindo o direito de contar e comentar as aventu-
ras ali relatadas em prosa ou verso aos participantes
de uma lista oficial de membros. A qualquer tempo
que se vá à Alors Enfants, sempre haverá pelo menos
três membros da Liste des Fréres (literalmente, “Lista
dos Irmãos”, às vezes chamados por seus desafetos
como “Clube do Irmão Aventureiro”) envolvidos em
algum fantástico relato de suas experiências por Kal-
lidox. Anualmente, nos primeiros dias do outono, um
megaencontro dos membros torna a taverna muito,
mas muito barulhenta.
Organizações de Nota
"Ser parte de algo é ser alguém. Assim, teremos
um futuro por qual morreremos sorrindo".
Instrutor-general Kaus, em sua preleção aos no-
vos recrutas.
Garras Sangrentas (Milícia de Krillos)
A simples menção deste grupo é capaz de tra-
zer muito medo ao coração do que qualquer outra
criatura. Sendo que muitos heróis poderosos va-
gam pelo mundo – mas como equipe poços trazem
tanto medo no nome do os “Garras Sangrentas”.
Conhecido por todos os reinos do lado Leste da
Cordilheira.
Os Garras são divididos basicamente em três clas-
ses, a burocracia, o regimento e o comando. A buro-
cracia é composta por soldados veteranos que tiveram
260 Capitulo Dez: Apêndice
que abandonar o combate e sua função é organizar es-
truturalmente os Garras, mas sua presença em Krillos
é bem diminuta. O regimento é formado pelos solda-
dos em geral, sendo o grupo que forma o contingente
básico dos Garras em praticamente qualquer lugar. O
comando é responsável pela unidade e liderança nos
Garras, muitos nobres integram o comando e seu ex-
poente máximo é a Regente da cidade.
Em Krillos, o regimento é subdividido em quatro,
devido aos diferentes batalhões que se utilizam, em
sua maioria, da coesão étnica dos seus soldados. Sen-
do elas:
Os Leões é à força de elite saymos, formada ape-
nas por sete experientes guerreiros que se alistaram
após o surgimento da cidade, sendo que são conheci-
dos de Kasca. Consideram-se superiores aos outros
membros do regimento e geralmente provocam seus
colegas de armas.
Os Tigres, formados por selvagens de vários lo-
cais diferentes, ao todo são trinta guerreiros, são uma
verdadeira força da natureza. Em batalha, formam a
primeira onda de ataques gerando, assim, uma grande
baixa nas forças inimigas. Para batalha, esses guerrei-
ros vestem armaduras de couro, usando escudos se
essa for à preferência, e são armados com um arsenal
variado desde machados de guerra até grandes lanças.
Durante o período de paz, são grandes fanfarrões que
vivem bebendo, festejando e arrumando confusões,
internas ou não.
Os Pumas arqueiros. A Artilharia é formada pelo
pelotão de arqueiros (dez ao todo), que vem de várias
regiões do Conglomerado, porem o destaque cabe aos
arqueiros dos Vales, que possuem grande tradição em
ataques a distância no seu reino e que é aliada muitas
vezes à habilidade mágica de alguns dele. Mesmo
nesta casta os saymos usam o chakran. A arma típica
é o arco longo, sendo que a elite da Artilharia usa ar-
co longo composto.
O Linces é o nome recebido pela cavalaria (quinze
integrantes), e apesar da bravura de seus combatentes
não se compara com a selvageria dos selvagens.
Qualquer cidadão residente na cidade pode se in-
tegrar aos Garras para uma carreira militar.
A Sagrada Ordem da Fortaleza da Sagrada
Caçada.
A igreja de Warguy só funciona, na cidade de
Krillos e prega que a redenção se encontra através
do caminho das caçadas e da coragem. Esses pre-
ceitos formam duas correntes de pensamento so-
bre a real natureza de Saymos. Os Saymos afir-
mam que Warguy é um poderoso Deus, natural-
mente a senhora Kasca é partidária desse pensa-
mento. Por outro lado, existem as outras raças que
pregam em suas discussões que os seguidores de
Warguy na verdade estão divididos entre Muntus
e Seyller.
Quase todos na cidade, civis e militares, são se-
guidores da Sagrada Ordem da Fortaleza de Warguy.
Ultimamente, tem se notado que a maioria dos novos
 Oito Luas
acólitos da ordem é do sexo feminino, provavelmente
por causa da decisão da senhora Kasca.
O portfólio de Warguy é basicamente a coragem
em caçada e que somente os bravos podem liderar o
povo, analogicamente a cidade de Krillos, para a glo-
ria e a superação dos problemas.
A arma favorecida de Warguy como deidade é a
Enrrykito (Disco da Morte), porém seu uso segundo
as doutrinas só é obrigatório em batalhas cerimoniais,
sendo que outras armas podem ser usadas normal-
mente. A questão da Enrrykito nos remete a primeira
grande batalha do povo Saymos. O dogma reza tam-
bém que o portador da Sagrada Enrrykito Alada é a
representação encarnada de Warguy. Atualmente, o
paradeiro da Enrrykito Alada é desconhecido, apesar
de muitos acreditarem que ela se encontra em algum
ponto no templo de Warguy, muito bem protegida.
Nestes tempos atuais, os jovens estão usando mais o
chakran como arma principal.
Os Fantasmas.
Sendo uma cidade em expansão, também é co-
mum o surgimento de oportunistas de aliviar a
cargas dos transeuntes (ladinos).
Os fantasmas é uma guilda especializada em furtar
peças de valor de que está na rua, ou aproveitar o
descuido de moradias desprotegidas. Umas das ma-
neiras de se subir no comendo da guilda é a aquisição
de item cada vez mais raros, ou com mais dificulda-
des de se obter. Todos os moradores afirmam que não
existe tal entidade por traz dos roubos na cidade. A
milícia vez ou outra contrata aventureiros para inves-
tigar sobre a possível existência dessa organização
criminosa.
Encontros
Krillos em si é um lugar bastante sossegado.
Normalmente o pior que pode acontecer é encon-
trar-se com um bêbado da noitada anterior ainda
procurando confusão, mas a Milícia costuma cui-
dar rapidamente de tais desordeiros (Conselho:
não seja um dos tais desordeiros, pois a cadeia lo-
cal, chamada La Jalla, não está entre as Dez Me-
lhores Cadeias do Conglomerado). Entretanto,
muito esporadicamente um interno escapa de seu
confinam... digo, tratamento, e pode dar algum
trabalho à Milícia ou a heróis dispostos a ajudar.
Mortos-vivos, animais ferozes e versões gigantes
de insetos e aracnídeos são tão comuns quanto em ou-
tras partes do reino, sendo parte do treinamento dos
milicianos cuidar apropriadamente destas ameaças
quando surgem. Aparecem com mais frequência atrás
da cidade na floresta próxima a cachoeira. Nas mon-
tanhas pode-se encontrar com alguns seres monta-
nhosos tipos de carneiros, lagartos (incluindo gigan-
tes), predadores de vários tipos. A incidência de
monstros nas proximidades da cidade é muito baixa
graças à milícia que faz patrulha com certa regulari-
dade.
Capitulo Dez: Apêndice
Aventureiros
Praticamente todos os aventureiros vindos de
Krillos não são tão sofisticados ou “civilizados”
como em outros reinos.
Selvagens são uma imensa maioria, Shaman e
combatentes marciais. Mas o Reino dos Vales tam-
bém possui um grande número de caçadores, que ser-
vem também como batedores.
Servos podem ser encontrados mais afastados da
cidade, não raríssimas vezes como aventureiros, as-
sim como os feiticeiros. Praticamente não existem ga-
tuno, trovador, guerreiro, porque esses conceitos são
muito “novos” e razoavelmente contrários as tradi-
ções dos saymos, que aos poucos isso está sendo mu-
dado.
Personagens Nativos
Além das capacidades inatas de qualquer nati-
vo dos vales, todo nativo de Krillos recebe um bô-
nus quando luta com uma criatura nitidamente
superior em combate. (+2d).
Por sua natureza de se provar ser o mais forte, os
habitantes dos vales sempre acabam percebendo que
podem superar suas habilidades quando lutam com
mais afinco, quando lutam em desvantagem, tanto em
poder quanto em habilidade.
Considerações Finais
Combatentes, aprendizes e modelos são incen-
tivados a se instalarem na cidade, com medidas
fiscais (abatimento de impostos sobre moradia e
produção artística avalizada pela Condessa Calis-
sadra di Supervica, a possibilidade de apadrinha-
mento pelos diversos mecenas endinheirados e
mesmo a simpatia do povo local por tais profissio-
nais. Residências de temporada, por outro lado,
recebem tantas taxações extras que apenas os mais
ricos cidadãos do Conglomerado podem suportar
mantê-las, como realmente o fazem alguns.
Krillos é progressista, alegre, agradável, mas co-
mo todo lugar tem seu lado negro; Mediador Jinz Al-
fere articula roubos de obras de arte dos aventureiros
que chegam de suas missões contratadas pela Con-
dessa Calissandra de Supervica; Kaus e seus colegas
às vezes conseguem impedir os planos de Mediador
Jinz Alfere, às vezes não... E aventureiros têm muita
oportunidade de ganhar alguns Krins honestamente,
ou talvez nem tanto. Pois se à noite todos os gatos são
pardos, algumas garras, no entanto são mais afiadas
do que outras.
Boatos
"Juro que é verdade. Eu mesmo vi!"
- Frase muito ouvida nas tavernas.
Muito do que foi dito sobre as pessoas e suas in-
terações pode ser apenas canastrices ditas para
confundir os mais ingênuos. Mas a população não
se contenta com pouco, ainda existe muito para ser
ouvido quando se quer descobrir o lado podre de
Krillos.
261
 Oito luas
- Lord Tonerre rouba todos os cadáveres da cidade
e está construindo um os Garras de zumbis a serviço
de seus verdadeiros mestres, sendo que ninguém sabe
quem seria estes mestres.
- A Cachoeira dos Poderes é na verdade um portal
dimensional para um reino desconhecido, mas so-
mente pela mestra da Escola de Poderes.
- A Enrrykito Sagrada está perdida e quem a en-
contrar será aclamado como novo regente do Reino
dos Vales, e a sua localização dizem que está em
Krillos.
- Todos soldados, aldeões, milicianos, viajantes e
segundo alguns mais fantasiosos também alguns
saymos e dois demônios já tiveram o serviço de
Tchoka, uma prostituta humana de ascendência orien-
tal, que encanta a todos machos. Muito se fala dos
seus conhecimentos sobre bruxaria e feitiçaria malé-
fica, como também se especula sua verdadeira identi-
dade, sendo que ninguém conhece seus verdadeiros
objetivos.

262 Capitulo Dez: Apêndice

 Oito Luas

1º Nin 2º Gou
Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8
10 11 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 16 17
19 20 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 25 26
28 29 30 31 32 33 34 35 36 27 28 29 30 31 32 33 34 35
37 38 39 40 41 42 43 44 45 36 37 38 39 40 41 42 43 44
46 47 48 49 50 51 52 53 54 45 46 47 48 49 50 51 52 53
55 56 57 58 59 60 61 62 63 54 55 56 57 58 59 60 61 62
64 65 66 67 68 69 70 71 72 63 64 65 66 67 68 69 70 71
73 72 73

3º Maku 4º Zanchi
Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13 14 15 16 7 8 9 10 11 12 13 14 15
17 18 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 23 24
26 27 28 29 30 31 32 33 34 25 26 27 28 29 30 31 32 33
35 36 37 38 39 40 41 42 43 34 35 36 37 38 39 40 41 42
44 45 46 47 48 49 50 51 52 43 44 45 46 47 48 49 50 51
53 54 55 56 57 58 59 60 61 52 53 54 55 56 57 58 59 60
62 63 64 65 66 67 68 69 70 61 62 63 64 65 66 67 68 69
71 72 73 70 71 72 73

5º Zan 6º Eian
Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn
1 2 3 4 5 1 2 3 4
6 7 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 12 13
15 16 17 18 19 20 21 22 23 14 15 16 17 18 19 20 21 22
24 25 26 27 28 29 30 31 32 23 24 25 26 27 28 29 30 31
33 34 35 36 37 38 39 40 41 32 33 34 35 36 37 38 39 40
42 43 44 45 46 47 48 49 50 41 42 43 44 45 46 47 48 49
51 52 53 54 55 56 57 58 59 50 51 52 53 54 55 56 57 58
60 61 62 63 64 65 66 67 68 59 60 61 62 63 64 65 66 67
69 70 71 72 73 68 69 70 71 72 73

7º Gya 8º Kife
Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn Danshi Shin Tousuy Qya Qyoko Sanky Shu Eiga Kyn
1 2 3 1 2
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 Oito luas

264 Capitulo Dez: Apêndice