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Envio: Ayanna Keepers
Tradução: Ayanna Keepers
Revisão Inicial: Ayanna Keepers
Segunda Revisão: Ayanna Keepers
Leitura: Aysha Keepers
Formatação: Aysha Keepers

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Sinopse

Agora a Besta me encontrou.


E ele nunca vai me deixa ir.

JADE
As mulheres não estão seguras na Terra, desde o Grande Erro.
Por aqui, há uma regra: não entre na cidade. É aí que os homens estão.
Eu moro escondida com Zoey, Dev e Makayla. É uma vida difícil, mas fazemos
funcionar. Ou nós fizemos, até Zoey ficar doente. Agora não tenho escolha a
não ser ir para a cidade. Não posso me sentar e vê-la murchar.
Eu devo encontrar uma cura para ela.
Meu disfarce falha, meus olhos me revelam. E os homens descem sobre mim
como um bando de lobos raivosos. Então um guerreiro alienígena selvagem se
aproxima. Com dois metros e 20 de altura, músculo, chifres e garras.
A besta me joga por cima do ombro e me carrega como se fosse meu dono, eu
não tenho idéia de quais são os seus desejos, mas o olhar pensativo em seus
olhos alienígenas me faz tremer e temer o pior…

VUKAROR
Kysus está em ruínas. A doença devastou nosso povo, nossas mulheres são
estéreis.
Eu sou o rei deles. E devo salvar meu povo.
Eu necessito de um herdeiro.
Eu preciso encontrar uma companheira.
A Terra é minha última esperança. Se eu não encontrar uma mulher
adequada, Kaizon morrerá.
Ela está no primeiro assentamento humano que me deparo, em um ritual de

Acasalamento em grupo.
Uma fêmea humana.
Bem torneada. Curvilínea.
Ela é macia e tão perfeita.

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Entro no ritual e a tomo. Ela é especial. Não quero apenas reivindicar o corpo
dela. Eu quero a sua alma.
Ela vai se submeter a mim. E estará grávida antes da próxima lua.
Isso eu juro.

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Capítulo 1

VUKAROR

A sala do trono está vazia e deserta.


Lembro-me de quando este lugar era cheio de vida. O tempo em que meu pai
se sentou no trono, real e invencível. Quando todo o planeta, toda a galáxia
pertencia aos Kaizon!
Isso foi antes que a Calamidade nos destruísse. Um vírus tão esmagador que
até nossos melhores cientistas não conseguiram achar a cura. E tão mortal
que arruinou toda a nossa civilização no período de uma única geração.
A ilusão de invencibilidade foi brutalmente destruída. Meu Pai foi um dos
primeiros a morrer, deixando o reino em minhas mãos. Toda a minha vida me
preparei para esse momento, a minha Ascensão ao trono - mas eu nunca
esperava nada disso. O caos. O desespero. A luta interna.
O legado do meu clã escorregou por entre meus dedos.
Como o meu pai fez isso? Como ele manteve toda uma raça pura, sedenta de
batalha e guerreiros temíveis?
— Guie-me, pai... — Eu sussurro na escuridão enquanto corro os dedos pelo
seu trono vazio, deixando um rastro no pó.
— Pedindo orientação aos espíritos, Vukaror?
Drarsan entra na sala do trono, sorrindo. — Eles não responderão você sabe.
— Confie em mim. Eu tentei.
— É bom ver você, irmão. —Eu digo, batendo meus chifres contra os dele em
saudação. — Como foi sua jornada para Juntor?
— É um planeta bonito, mas está completamente deserto. Muito parecido com
este quarto.
Ele se senta em seu assento familiar, o da minha esquerda. Há oito assentos
aqui, cada um cortou a própria rocha negra. Um para cada filho.
— Como nos velhos tempos. —Diz Drarsan.
Se ao menos isso fosse verdade.
meus outros irmãos - Febakur, Wranar, Surlok - entram, um por um, e
tomam seus respectivos lugares depois de me cumprimentar calorosamente.

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Torbok e Narbok entram juntos, como esperado. Nada poderia separar os dois
gêmeos.
Apenas Kerax esta faltando.
— Típico. — Wranar rosna.
— Ele estará aqui. —Diz Drarsan.
Eu tomo meu lugar de direito no trono e espero meus dedos batendo na rocha
fria.
Um momento depois, as portas gigantescas que conduzem à sala do trono se
abrem a pesada madeira rangendo. Kerax está parado na porta, uma figura
enorme e imponente, seus olhos vermelhos focados em mim.
Ele caminha em minha direção, ombros empurrados para trás, chifres
elevados, com o som dos seus passos ecoando nas paredes. Meu irmão mais
novo pode ser o único guerreiro Kaizon forte o suficiente para me desafiar pelo
trono.
Ele tentou uma vez. Eu quebrei um de seus chifres. Ele não tentou de novo.
— Por que você nos chamou aqui? —ele rosna impaciente. — Não temos tempo
para
Encontros. Está um inferno lá fora!
— Você acha que não sabemos disso? — Pergunta Wranar. — Você não é o
único tentando manter este mundo longe das ruínas, irmão.
— Vejo que o lixo da ninhada também chegou aqui. —Diz Kerax enquanto
toma seu lugar, ao lado do trono. — Como está o assento do pai, Vukaror?
Agradável e confortável?
— Você ainda não perdoou Vukaror por ter nascido primeiro, não é? —
Drarsan ri.
— Você está com tanta fome de poder?
Kerax empurra os ombros largos para trás e levanta o queixo alto. — Eu acho
que o reino de Vukaror fala por si.
— Sim, porque todos sabemos que se você estivesse sentado naquele trono, à
doença já teria sido curada, certo? — Wranar morde. —Nosso pai teria você
enforcado por traição por esse tipo de conversa. Ou, pelo menos, lhe daria
uma boa surra!
— Você não vai aceitar, não é? — Narbok e Torbok gritam. Os gêmeos parecem
prosperar no caos, e eles estão sempre causando problemas. Inofensivos

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quando éramos crianças, mas um Kerax enfurecido pode causar sérios
danos...
— Podemos nos concentrar na tarefa em questão? — Surlok pergunta. — Se
apenas passarmos por mais uma questão, estou voltando para o laboratório.
— Como se isso nos fizesse algum bem. —Diz Kerax.
Febakur fica de fora da briga, olhando para longe, a maior parte do rosto
escondido sob seus cabelos negros. De todos os meus irmãos, é ele, o sétimo
filho, a quem nunca fui capaz de obter uma leitura de seu comportamento.
Nada parece perturbá-lo - ele continua sendo um mistério para mim.
Surlok é mais fácil de ler. Ele é facilmente o mais brilhante entre nós, e é por
isso que lidera nossa divisão científica. Na última década, meu irmão está
tentando curar a doença, e eu acho que Surlok não dormiu uma noite desde
então. Mesmo que ele seja um dos irmãos mais novos, parece mais velho do
que qualquer um de nós. Sua barba já está ficando prateada.
— Silêncio. —Eu rosno. Meu rosnado baixo atravessa a sala do trono, e todos
os olhos se voltam para mim. Estes são meus irmãos, meus parentes, e sinto
meu coração inchar quando os olhos, um por um. Nem sempre estamos de
acordo, mas eu mataria por todos os homens nesta sala.
A responsabilidade de pastorear esse grupo louco recai sobre meus ombros
largos. Meu respeito por nosso pai cresce a cada dia que passa – os ancestrais
sabem que eu poderia usar sua sabedoria e força agora!
O futuro de nossa espécie depende disso.
— Nós somos Kaizon! — Eu rosno. — Nós somos guerreiros. Somos lutadores.
Nós somos fortes! Nossa Casa uniu os Sete. E trouxemos paz e prosperidade
para o nosso planeta de Kysus, e para a própria galáxia.
Meus irmãos gritam de alegria.
— Houve um tempo em que fomos indomáveis, irmãos. Uma época em que
fomos invencíveis! Infelizmente… esse tempo passou. A ciência falhou
conosco. A devastação causada por essa doença causou grandes perdas ao
nosso povo. A guerra consome as casas. Nossas grandes cidades estão em
ruínas. Este castelo, uma vez que foi o orgulho de nossa casa, a sede do nosso
poder, é agora apenas uma relíquia do passado. Um triste lembrete do que já
tivemos de tudo o que perdemos.
— O que é isso, um velório? — Pergunta Kerax. — Todos sabemos que as

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coisas vão piorar. Você está tentando nos derrubar?
— Não. — eu digo. — Estou dizendo que estes são tempos desesperados,
irmãos. E eles pedem medidas desesperadas.
Um mapa holográfico do universo preenche a sala, com vários planetas acesos
em vermelho brilhante. A sala está cheia de murmúrios.
— Não reconheço esses sistemas estelares. — diz Surlok, olhando de soslaio
para o mapa. O que nós estamos olhando?
— A última esperança para nossa espécie e suas próximas missões. —Digo.
— O quê é? — Kerax late.
— Deixe-o terminar! — Wranar diz.
— Me obrigue.
— Silêncio! — Eu ordeno. — Esses planetas... Eles têm a maior probabilidade
de conter formas de vida compatíveis com a nossa espécie.
Pela primeira vez, Febakur olha para cima. — Você quer dizer…
Companheiras em potencial, eu digo.
Dou tempo para que minhas palavras os façam refletir. — Todos nós
desejamos uma companheira, uma Nera. Alguém com quem possamos
compartilhar corpo mente e alma. Uma conexão única na vida. Essa é a maior
alegria que um Kaizon pode ter, mas a Calamidade tomou essa possibilidade
de todos nós. Temos que enfrentar os fatos. — digo.
— Nosso tempo em Kysus acabou. Nossa civilização tem caído. Se não
partirmos para vasculhar o universo, toda a nossa espécie morrerá. Neste
momento, ainda temos a tecnologia necessária para procurar o que é nosso,
para alcançar vários mundos alienígenas.
— E a cada mês que passa, nossos números diminuem. Quanto tempo até que
não possamos sequer comandar mais nossas naves, e até que as linhas de
suprimentos acabem completamente?
É uma pílula difícil de engolir para os meus irmãos. Somos um grupo
orgulhoso, arrogante que alguns podem até dizer que é excessivo até para nós,
e eles não estariam errados. Foi o mesmo orgulho e arrogância que trouxeram
a grandeza à nossa família.
E agora, pode ser apenas a nossa ruína.
— Você abandonaria nosso mundo natal? — Kerax rosna. — Isso é traição!
— Eu vou nos salvar. —Eu respondo.

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— Fugindo?
— Ao encontrar um novo lar. Lá fora. Você quer afundar com o barco?
— É a única coisa honrosa a fazer.
— E é tolice.
— Essas coordenadas... — Surlok interrompe. — Eles estão a anos-luz de
distância. É território desconhecido. O tempo que leva para viajar até lá é...
Substancial.
— Significa meses gastos em criogenia, sim. É o único caminho.
— E se um casulo falhar? — Pergunta Febakur.
— Você morre. — respondo com sinceridade. — E acontecerá o mesmo se
ficarem aqui.
— Como você sabe que existem companheiros em potencial nesses mundos?
— Surlok pergunta. — Nós não temos dados concretos sobre esses mundos,
não é?
Eu me movo no meu lugar. Surlok se concentrou na parte mais fraca do meu
plano imediatamente. — Você não sabe disso. Não tenho certeza. É uma
aposta. Um risco calculado. Um que temos que tomar.
Kerax joga as mãos para cima em frustração. — Você quer que abandonemos
nossa responsabilidade, e para procurar ama coisa que nem ao menos
sabemos se existe... Tudo por nada?
— Nós poderíamos morrer cada um de nós sozinhos, presos em alguma rocha
desabitada e inóspita, se fizermos o que você está sugerindo.
— Esse é um risco que estou disposto a correr. — digo friamente. — Se
ficarmos aqui, morreremos. E isto é dado como certo.
— Mesmo que seus sonhos se tornem realidade - e eu duvido disso, irmão -
você está falando sobre diluir a nossa linha – nossa espécie. O que o nosso pai
pensaria disso? — Kerax diz.
— Nosso pai está morto. —Eu digo. — Tomado pela doença, que nos poupou a
todos - por enquanto. Ele foi pego pela enfermidade que matou noventa e
cinco por cento da nossa espécie. O mesmo vírus que reduziu a nossa outrora
grande civilização a escombros. A mesma doença que tornou todas as nossas
fêmeas restantes inférteis. Por mais que tentemos, não demos um passo mais
perto da cura. É simples. Se ficarmos aqui, morremos.
Kerax cruza os braços enormes, fazendo uma careta. Meus outros irmãos

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acenam pensativos.
— Se viajarmos, poderemos apenas continuar vivos. —contínuo. — Essa é
uma chance que estou disposta a aproveitar.
Meus olhos se concentram em um mármore azul-esverdeado, parado no céu
holográfico.
— É aí que eu irei primeiro. —eu digo. — Para este ponto azul pálido chamado
Terra.

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Capítulo 2

VÁRIOS MESES DEPOIS

JADE

— Eu estou indo para Irontown.


É uma decisão que vem se formando no fundo da minha mente a semana
toda. Eu já vi isso acontecer antes. Eu assisti alguém ficar cada vez mais fraco
a cada dia, enquanto não fazemos nada além de esperar que eles melhorem.
Eu sei como essa história termina. O último ataque de tosse de Zoey me
empurrou para o limite.
— Ela claramente precisa de remédios ou ela vai morrer. E eu vou conseguir
para ela.
Não importa os riscos.
— Já conversamos sobre isso antes, Jade — Makayla diz com firmeza
enquanto olha para ela. — Isso é impossível. Mesmo se você passar dos
invasores perseguindo a floresta – e esse é um grande se - e daí? Eles só vão
lhe dar um remédio e te mandar embora? Pouco provável.
— Vou fazer uma troca por isso.
— Com o que? Seu corpo?
Eu examino nosso pequeno esconderijo aconchegante. Meus olhos pousam em
um pequeno espelho dobrável, o único que conseguimos manter intacto. Era a
coisa favorita de Dev em todo o mundo. Se eu pegar, ela ficará furiosa
comigo...
— Eu vou descobrir algo.
— Por favor. Escute-me Jade. No momento em que perceberem que é uma
garota, e vão perceber isso, você será acorrentada e enviada ao governador. E
isso se for seu dia de sorte. E você deve entender que o mundo não é seguro
para nós, mulheres. Não, só temos que esperar.
— Estou cansada de esperar. — Digo enquanto pulo da minha cama. Pego
uma bolsa e começo a enchê-la com a minha parte das disposições. — Estou
cansada e doente disso. Eu não vou sentar aqui e esperar até Zoey morrer, ok?

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Eu simplesmente não vou. Então não tente me parar.
— Você está falando sério, não está? — Makayla diz.
Zoey interrompe nossa conversa com outro forte ataque de tosse.
— Falando sério. Não ficarei aqui sem fazer nada apenas esperando Zoey
morrer. Eu já fiz isso antes. Nunca mais vou repetir esse ato.
— Você tinha catorze anos. — Makayla diz suavemente. — Isso foi há seis
anos. Jade você não pode continuar se culpando pela morte de seu pai. Ele
nos proibiu estritamente de obter ajuda, lembrar?
— Não me culpo pelo que aconteceu com meu pai. —Minto. — Mas não
poderei viver
Comigo mesma se eu deixar isso acontecer novamente. Você tem que ficar
aqui e cuidar de Zoey e Dev, ok?
— Quem vai cuidar de mim? — A voz cantada de Dev enche o vagão
abandonado do metrô que transformamos em nossa casinha aconchegante.
Eu meio que gostaria de ter sido capaz de escapar sem ter que dizer adeus a
ela.
Não há como Dev entender.
Ela coloca uma cesta cheia de frutas aos pés e descansa as mãos nos quadris.
Dev é a garota mais baixa da nossa turma, mas sua personalidade é maior que
a vida. — O que são vocês estão sussurrando?
— Vou para Irontown. — digo, encarando o problema de frente. — Preciso
encontrar remédios para Zoey.
O olhar no rosto de Dev é revelador e muda em um instante. — Você está indo
embora?
— Não vou embora, eu vou voltar. — Digo, tentando convencer tanto Dev
quanto eu. Na
Verdade, a estrada está cheia de tantos perigos, nem tenho certeza de que
destino horrível me assusta-me mais.
— Você não pode ir. É muito perigoso. — Diz ela resolutamente, com as mãos
apoiadas nas laterais do corpo. — E é minha decisão final.
ela é a caçula de nossa pequena gangue de sobreviventes, mas Dev tenta agir
com seriedade. Geralmente eu acho fofo quando ela dá um suspiro de
frustração quando discorda de mim ou Makayla, mas não hoje.
Hoje vou ter que partir o coração dela.

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— Eu não tenho escolha, Dev.
Lágrimas brotam em seus olhos e ela sai, amaldiçoando-me baixinho. Dizer
adeus a ela assim simplesmente quebra meu coração.
— Ela vai te perdoar. —Diz Makayla.
— É mais fácil o mar secar. — Eu rio. — Ela pode guardar rancor como
ninguém. Eu só espero que ela me culpe, e não a Zoey.
— Você não precisa ir pra mi salvar. — uma voz baixa range. — Zoey! — Eu
caio de joelhos e pego sua mão febril.
— Shhhhh! Você precisa de sua força. Apenas descanse ok?
— Eu estou bem, diz ela. Eu ficarei bem. Eu prometo.
Eu descanso minha mão em sua testa, escovando seus cabelos loiros para o
lado. Ela está quente como uma fornalha. — Apenas descanse ok? — Eu digo,
plantando um beijo suave na cabeça dela. Volto antes que você sinta minha
falta.
Viro-me para Makayla, que está mordendo o lábio inferior. — Corte meu
cabelo, Kay. — eu digo. — Eu vou precisar para o meu disfarce.
— Eu posso cortar seu cabelo tão curto quanto você quiser, — diz Makayla,
balançando a cabeça enquanto agarra uma faca. — Mas como você vai
esconder todas essas curvas?
— Camadas. Camadas e mais camadas de roupas.
Minha amiga passa os dedos pelos meus longos cabelos escuros. — Você tem
certeza? É um desperdício…
— É apenas cabelo. —Eu digo, encolhendo os ombros. — Corte-o.
Observo Kay trabalhar através do pequeno espelho que seguro na palma da
minha mão. O único espelho que nos resta e um dos nossos bens mais
valiosos. Alguns minutos mais tarde, meu cabelo comprido sumiu, substituído
por um corte feito às pressas.
— Não é o meu melhor trabalho, — diz Makayla — mas será necessário. Você
gosta disso?
— É horrível. Eu amei isso.
Sem Makayla perceber, pego o espelho e deslizo no meu bolso. Perdoe-me, Dev.
Abraço minha melhor amiga com força, aproveitando esses últimos momentos
de paz e segurança.
— Eu realmente tenho que ir agora, antes que escureça.

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— Eu vou te acompanhar. — diz Makayla, enquanto ela agarra sua lança para
afastar as criaturas que vivem nos túneis abandonados do metrô.
Caminhamos juntos em silêncio, evitando as muitas armadilhas que criamos
para nos proteger, seguindo o caminho inclinado para cima enquanto os ratos
guincham e se embaralham enquanto passamos.
O túnel se abre para o deserto, onde a luz do dia nos recebe. A natureza
recuperou os trilhos, e o crescimento excessivo ajudou a esconder a entrada
do nosso santuário.
— Prometa que não vai me procurar se eu não voltar dentro de uma semana.
— Você sabe que não posso fazer essa promessa.
— Estou falando sério, Kay.
— Eu também. — diz ela severamente. — E é melhor levar a sério.
Minhas mãos já estão suadas, medo escorrendo pela minha espinha como
uma gota fria de chuva. Eu não viajei muito para fora da nossa pequena bolha
protetora desde que cheguei com meu pai, anos e anos atrás. Só saímos para
forragear quando a época do ano é certa, vivendo de enlatados que
armazenamos o resto do tempo. Não é uma vida fascinante, mas ei... Pelo ao
menos somos livres.
O mesmo não pode ser dito para a maioria das mulheres.
Desde o desastre, as mulheres se tornaram raras. Papai costumava me contar
histórias sobre o velho mundo, onde homens e mulheres eram iguais, tanto
em número quanto em direitos...
Esse tempo já passou. Apenas um em cada cem bebês nasce menina. Eu não
se sei o porquê. Papai me disse, mas eu era jovem demais para entender
corretamente na época.
Algo sobre manipulação genética e corporações globais... Palavras que não têm
significado para mim.
Tudo o que sei é como sobreviver. Como ficar fora da vista. Como evitar os
homens.
E estou prestes a ir em direção a uma cidade cheia dele

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Capítulo 3

VUKAROR
Lá está ela.
Terra.
Os meses se passaram em um instante enquanto eu dormia no sono
criogênico, perdido no limbo entre vida e morte. É bom estar acordado mais
uma vez, mas não serei verdadeiramente feliz até sentir chão sólido debaixo
dos meus pés.
Um guerreiro Kaizon não é feito para ser contido em pequenas caixas de
metal.
Meus sensores captam inúmeros satélites que orbitam o planeta verde
azulado. Isso significa que eles são uma espécie avançada - bom. Eu temia
que eles pudessem ter se destruído, assim como muitas outras espécies
menores já fizeram antes deles.
Todas as informações que tenho sobre eles, coletamos em um banco de dados
que humanos lançaram no espaço profundo há muitas e muitas décadas.
Juntamente com algumas imagens e palavras, nos informando as
coordenadas de seu mundo natal.
E agora estou aqui, prestes a entrar em sua atmosfera, talvez encontrando o
futuro lar para minha espécie. Meu coração dispara com a perspectiva de
encontrar uma companheira, mas sei que devo permanecer calmo.
Fiquei decepcionado inúmeras vezes antes.
Novas leituras chegam a minha nave, as muitas luzes piscando e meu
estômago cai.
Houve um evento cataclísmico na história recente da Terra, reduzindo
bastante à população. Meus scanners de longo alcance apenas pegam
pequenos bolsos de civilização. Suas grandes cidades estão vazias e
abandonadas.
Desvio a energia dos meus escudos para os meus scanners, estendendo seu
alcance até possível. Talvez apenas um hemisfério que foi abandonado? Ou
talvez eles se mudaram para o subsolo, onde sua sociedade prospera?
Os sensores de longo alcance estão se esforçando ao máximo, mas não parece

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nem um pouco diferente. Sinto a familiar amargura da decepção na parte de
trás da minha língua. Era bom demais para ser verdade: um mundo saudável,
cheio de mulheres disponíveis... Não, parece que o destino para os Kaizon é
morrer. Não na mão de um inimigo superior, mas por um doença invisível. Até
a glória de uma morte honrosa nos abandonou!
— Aviso: lançamento de míssil detectado. Impacto em 3… 2…
O que?
A adrenalina bombeia instantaneamente em minhas veias, diminuindo o
tempo de resposta enquanto, meus olhos disparam pela tela. Kaizons como eu
podem entrar em transe de batalha em um momento, todos os muitos
músculos do nosso corpo se preparam para o combate em segundos.
Não me faz muito bem, ficar trancado nesta minúscula nave espacial de metal
nessa situação. O que me ajuda é entender que estou bem e realmente fodido.
Um dos satélites humanos ainda está operacional e equipado com uma defesa
antimísseis. Isso me confundiu com uma ameaça e disparou um míssil
nuclear contra mim.
Eu estava tão obcecado em encontrar uma companheira, em encontrar um
novo lar para minha espécie, que fiquei imprudente. Meus escudos estão
baixos, todo o meu poder está desviado para os meus scanners.
E simplesmente não há tempo suficiente para colocá-los novamente online.
Porra.
A explosão branca e quente me derruba. Meus chifres batem contra os
controles, sangue escorre pelo meu rosto enquanto luto para permanecer
consciente.
Minha nave está agora descendo em direção a uma das enormes massas
terrestres que cobrem o planeta. Limpo o sangue dos meus olhos, ignoro a dor
aguda em todos os meus membros e agarro os controles.
Atrás de mim, ouço o som frenético do ar escapando e o tremor das chamas.
Eu ignoro e me concentro na tarefa em questão.
Meus propulsores estão danificados, mas ainda operacionais. Boa. É a única
Coisa maldita que ainda funciona.
— Aviso: Na velocidade atual, a nave colidirá com o solo em menos de vinte e
nove segundos.
Ah, os alto-falantes ainda parecem funcionar também. Como se eu não

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percebesse que estou acelerando em direção a minha morte.
O chão se aproxima para me encontrar. Primeiro, as montanhas, depois a
floresta e depois árvores grandes se tornam visíveis para mim. Ainda tenho
uma jogada final, mas preciso aguardar o momento exato para realizá-lo. Um
momento muito cedo ou muito tarde e serei pulverizado.
Agora!
Atiro os propulsores com toda a força que resta, apontando os respiradores de
fogo para a terra. Minha descida diminui, até ficar perfeitamente imóvel no
ar... Por um segundo ou dois.
Então, todas as minhas telas escurecem. Eu usei todo o poder que minha
nave tinha. Deslizo em direção a este mundo alienígena, mantendo a nave o
mais estável possível, avisto a boca grande de uma caverna, e decido pousar
lá.
Com um baque pesado, toquei a Terra, minha nave deslizando nos últimos
dois metros na superfície, deixando um rastro de sucata atrás de mim.
Eu chuto o escudo da frente da armação com força e saio da nave. Estou
ferido, mas estou vivo... E preso neste mundo alienígena.
Hora de ver se tudo valeu a pena.

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Capítulo 4

JADE

O caminho para Irontown é longo e difícil.


Eu localizo as trilhas que papai e eu usamos todos esses anos atrás, quando
estávamos fugindo, tentando ficar o mais longe possível de Irontown. Os
caminhos estão agora cobertos, a natureza retomando tudo o que
reivindicamos dela, mas há indicadores o suficiente para me guiar de volta
para aquele inferno. Atravesso córregos rasos e subo sobre troncos caídos,
meus ouvidos constantemente detectando sons de homens que se
aproximam… mas tudo o que vejo são pássaros cantando, esquilos subindo ou
árvores farfalhando.
Você pode até chamar de pacífico.
No entanto, sinto-me tudo menos tranquila. Meu coração corre e meu corpo
quer fugir. Cada passo que dou em direção a Irontown aumenta a minha
determinação. Minha mente volta para as memórias que afastei por anos, mas
quando a fumaça das forjas ardentes de Irontown aparece, eu sei que tenho
que confrontar esses pensamentos sombrios de frente.
Quando eu era jovem e ingênua, encontrei alguns caçadores na floresta. Eu
estava jogando lá fora na chuva, ignorando as advertências do meu pai para
ficar dentro da segurança da caverna enquanto ele saía para caçar. Lembro-
me daquele dia como se fosse ontem: o cheiro de terra molhada, a sensação de
fortes gotas de chuva descendo no meu pescoço enquanto eu desenhava
figuras na lama com um graveto, foi o rosnado baixo dos homens que me
assustou, e que despertaram minha curiosidade.
Apesar de tudo o que meu pai já me disse para fazer, eu segui o som. Haviam
dois deles, homens de aparência grosseira e barbas cheias. Um deles tinha
uma cicatriz profunda correndo bem através do olho esquerdo. Fiquei
intrigada com o estranho e colorido símbolo costurado nas camisas deles.
Uma caveira vermelha dentro de um triângulo.
Um símbolo que eu conheceria muito bem em breve...
Os caçadores me pegaram, é claro. Eles me cheiraram, amarraram-me a um

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tronco e me carregaram para Irontown, enquanto descreviam com detalhes
vívidos todas as coisas horríveis e repugnantes que iam fazer comigo. Eles
eram homens do governador Livingston, e o crânio era sua marca…
Literalmente. Toda mulher em seus domínios era marcada como gado.
Meu pai me resgatou a tempo. Os homens pararam para descansar, com
Irontown no horizonte, debatendo se eles deveriam me usar antes de me
entregar ao governador como um presente. Meu pai os atacou, brutalmente
esmagando suas cabeças com uma rocha. Aquele com a cicatriz fugiu depois
de uma luta selvagem, amaldiçoando-nos, sangrando pesadamente, jurando
que ele me caçaria até a borda da Terra.
Desde aquele dia, meu pai andou mancando. Ele nunca me culpou por isso,
mas eu era velha o suficiente para saber que a culpa foi minha. Foi a minha
confusão que causou isso.
Nunca esqueci o som da cabeça do caçador se abrindo como um ovo, ou a
visão de seu corpo sem vida. Isso me fez feliz, mas também me aterrorizou. Eu
ainda acordo a noite suando frio de vez em quando, absolutamente
assombrada. Sonho com um homem com cicatrize pairando sobre mim. Eu
não o vi desde então, mas ele assombra meus sonhos.
Irontown.
É de onde ele era, e é para onde eu vou. Meus pés estão cansados e ando
pesadamente pela lama, suor fazendo minhas roupas grudarem nas minhas
costas. Estou desidratada e com fome, meu suprimento de frutas e água doce
se acabou há muito tempo, mas não paro para descansar. Eu não parei uma
vez desde que parti.
Quanto mais rápido eu chegar a Irontown, mais rápido conseguirei o remédio
para Zoey... E mais rápido eu posso dar o fora dali.
Uma bola de fogo ilumina brevemente o céu. Uma estrela cadente? Ou um
cometa? Aperto os olhos, mas já se foi antes de eu pudesse ver melhor. Vou
contar a Makayla sobre isso. Ela está sempre olhando as estrelas - quando
não está com o nariz enterrado em um livro, é claro. Aquela garota apenas
absolve o conhecimento como uma esponja.
Ela está tentando me convencer a começar uma horta na floresta, mas eu
tenho sempre vetado. Quanto menos traços deixarmos na natureza, melhor.
Ninguém sabe que existimos. Eu gostaria de continuar assim.

21
Enquanto penso em Kay, minha mão instintivamente entra no meu bolso para
verificar se o pequeno espelho ainda está lá. Eu solto um pequeno suspiro de
alívio quando meu dedo escova contra a fria superfície.
Dobro a curva e Irontown aparece. Meu corpo fica tenso e minha respiração
trava em minha garganta quando vejo a bandeira do governador Livingston
balançando ao vento.
Uma estrada de terra leva a uma ponte levadiça de madeira, atravessando um
rio preto e poluído como o coração dos homens que chamam esse lugar de lar.
Uma paliçada de madeira oferece mais proteção contra as várias gangues
foragidas que vagam pela floresta.
Abro o capuz, em fio as mãos nos bolsos e saio.
Quando chego perto, os sons dos homens me alcançam. Suas vozes baixas
fazem os cabelos da parte de trás do meu pescoço se levantam. Um vagão
sacode, um machado morde a lenha, um moinho de água com seus rangidos
me atordoa.
Estou entrando na cova do diabo.
Eu mantenho meu olhar baixo e evito fazer contato visual com alguém. No
momento em que eu passo pelo portão da cidade, todos os meus sentidos são
atacados. Há muito para ver, muitas coisas para ouvir, muito para cheirar.
Tanto que eu quero comer. Pão fresco. Um ensopado, fervendo sobre um fogo.
Queijo.
Queijo.
Faz anos desde que provei algo parecido com queijo de verdade. Eu
provavelmente poderia trocar o espelho por uma refeição adequada para um
rei... Não, claro que não. Estou com tanta fome que estou tremendo, mas
nunca trairia Zoey.
Não faria isso. Nem por todo o queijo do mundo.
Todo o queijo do mundo? Uma pequena voz indiferente diz. Você sabe que é
um monte de queijo, certo? O suficiente para tomar banho. Poderíamos encher
uma banheira inteira com queijo! Ou água quente, isso seria agradável
também. Deus seria bom relaxar, deixar meus pés de molho por um minuto.
— Fora do meu caminho, vagabundo.
Um rosnado baixo me assusta, e um braço peludo me empurra para fora do
caminho, quase agarrando meu peito no processo.

22
A ação me sacode de volta à realidade. Chega de devaneios sonolentos. Eu
andei por todo o caminho até aqui, e não era para fantasiar sobre devorar em
uma montanha de Gorgonzola.
Ando pela cidade, procurando algo parecido com um posto comercial ou um
consultório médico, apenas para me encontrar nos degraus da taberna local.
O Burro Sedento, o sinal lá fora diz. Se alguém souber onde posso encontrar
algum remédio, é aqui.
Abro a porta e o cheiro de frango assado me envolve completamente, junto
como cheiro distinto de suor e sujeira que se apega a tudo em Irontown.
Mesas e bancos de madeira enchem a sala e há mais de uma dúzia de homens
dentro, comendo, bebendo, jogando ou cochilando. Ninguém presta atenção
em mim.
Abro o capuz um pouco mais e vou para o bar. Um rugido de riso bêbado me
faz estremecer.
— Importa-se de tirar o capuz? — O barman careca zomba. — Ninguém nunca
te ensinou que isso é grosseiro? Claro que não, você é um vagabundo, a julgar
pela sua aparência. Boas botas embora. Tenho que te dizer. Vou servir a
melhor refeição que você já teve na sua vida, mas você terá que me dar às
botas primeiro. Um depósito, por assim dizer. Você não vai se arrepender.
Minha comida é lendária por essas bandas. Reginald é o homem, eles dizem! E
aí?
— Não estou interessado em sua comida, — eu minto, mantendo minha voz o
mais baixa possível e meus olhos o evitado. — Estou procurando um remédio.
Sabe onde posso encontrar alguns?
— Não está interessado em minha comida? Agora, por que você tem que
mentir para mim assim?
— Por que você quer esse remédio, afinal? Você está carregando algum tipo de
doença? Eles sempre dizem isso sobre vocês, tipos vagabundos, mas eu pensei
que eles estavam apenas sendo paranoicos. Você sabe nesta cidade eu nunca
vi um viajante, mas nunca estive fora destes muros, temendo tudo isso lá fora.
Você está me dizendo que há um núcleo de verdade nesses rumores, garoto?
Você está doente?
— Não é da sua conta. — Eu resmungo. Este barman está fazendo muitas
perguntas também rapidamente. Não falo em voz alta há dias, mal consigo

23
acompanhar. A qualquer momento eu posso ser exposta.
— Você está na minha estalagem, então agora acabou de fazer da minha
conta. E tire esse maldito capuz da sua cabeça, eu não vou mandar de novo!
— Esse vagabundo está lhe dando problemas, Reggie?
Meu estômago congela com medo frio enquanto outro homem entra na
conversa. Não ouso olhar para ele, mas vejo seus braços apoiados no bar -
peludos, tatuados, com veias.
— É Reginald! Kanie quantas vezes tenho que lhe contar? E sim, de fato, ele
está. Provavelmente escondendo algumas feridas sob esse capuz!
Tudo acontece tão rápido que mal posso reagir. —Kane— pega meu capuz e o
arranca. Meu coração pula na minha garganta enquanto a adrenalina percorre
minhas veias, meus punhos estão prontos para começar a distribuir socos, se
necessários. O barman careca dá uma boa olhada em mim, e eu olho para trás
dele, piscando rapidamente.
O primeiro homem que eu vi de perto em anos. Seu rosto é redondo, suas
bochechas vermelhas, um espesso bigode cobre seu lábio superior. Ele quase
parece... Amigável.
Esse não é um pensamento que eu costumo associar aos homens.
— Ah, você estava apenas escondendo esse seu corte de cabelo de merda! —
Reginald diz, seguido por uma risada profunda. — Você me preocupou amigo.
Estou aliviada e ofendida por poder me passar por um cara tão facilmente,
mas o alívio que toma é grande demais.
— Você ganha uma cerveja por conta da casa, é cortesia do Reginald aqui, e
podemos continuar conversando sobre como podemos trocar essas suas botas
chiques. O estranho - o barman continua falando.
Sentindo-me um pouco mais confiante, eu me viro para encarar esse
personagem Kane.
Grande erro.
Quando noto a cicatriz correndo pelo olho esquerdo, meu sangue é substituído
por gelo. O rosto que passei a última década temendo, e que assombrou meus
próprios sonhos, está olhando de volta pra mim.
Está tudo lá. O nariz afiado, os cabelos oleosos, os lábios odiosos e finos, os
olhos maus e redondos. A cicatriz profunda. Os anos tornaram essa cara
ainda mais cruel do que antes. Enquanto ele olha de volta para mim, vejo o

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reconhecimento surgir dentro dele, como água rompendo uma represa.
— Esses seus olhos verdes, — diz ele, pensativo. — Eu já vi isso antes. Não
tenho?
— Você está enganado — Eu digo, enquanto me levanto. Meu coração está
batendo como um tambor. Eu tenho que cair fora daqui. Agora.
— Qual é a pressa, estranho? — Kane pergunta enquanto agarra meu pulso.
Seus dedos têm um aperto forte em mim. — Fique aqui e tome uma bebida
comigo. Eu insisto.
Ele bate meu braço sobre a mesa com muita força e faço uma careta de dor,
sufocando um grito que certamente teria me delatado.
— Agora, eu me lembro de uma coisa bem jovem, com olhos como os seus tão
verdes quanto à relva.
Eu tento puxar minha mão, mas o aperto dele é muito forte. O barman me
entrega uma caneca completamente inconsciente do que está acontecendo na
sua frente. Eu pego com minha outra mão. Que está tremendo de medo.
— O que isso tem a ver comigo? — Digo. — Sou apenas um estranho tentando
aproveita sua cerveja. Deixe-me em paz.
— Você não é um estranho, olhos verdes. Você é a putinha sorrateira que
matou meu companheiro!
— Você é uma mulher...
Esmago a caneca de cerveja no rosto dele. Ele tropeça para trás e eu f saio
correndo para a porta.
— MULHER! — Ele grita no topo de seus pulmões, sua voz cheia de ódio. —
PEGUEM ELA!
Eu não dou dois passos para fora da taverna antes que uma dúzia de mãos
me puxe de volta. Meu casaco foi rasgado do meu corpo, minha camisa
retirada por mais mãos do que eu posso contar suas patas sujas em mim,
seus dedos arranhando minha pele.
— Saiam de cima de mim! — Eu grito. — Deixe-me ir! — Eu nem consigo ouvir
minha própria voz sobre os rugidos de sua risada desenfreada.
No momento em que meus seios são expostos, a multidão fica em silêncio por
um momento. Todos os olhos estão em mim.
— É verdade! — Um deles late, sua respiração cheirando a álcool. — Uma
mulher!

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As mãos tateando pousam sobre mim novamente, arranhando-me com
renovado vigor, um frenesi tomando conta dos homens. Eu luto, bato, chuto e
dou um soco, mas tudo o que consigo fazer é me cansar. No meu melhor dia,
ainda não seria páreo para uma dúzia de homens, e não estou no meu melhor
hoje. Estou no fim de minhas últimas forças, exausta e faminta.
Por mais que eu tente, não sou páreo para esses homens. Suas mãos fortes
estão me segurando, e meu coração parece prestes a explodir no meu peito.
Toda a minha vida eu estive em fuga, toda a minha vida temi esse momento...
E agora finalmente chegou.

26
Capítulo 5

JADE

— Olhe para esses peitos!


— Onde você esteve na minha vida toda, garota?
— Saiam de cima de mim idiotas.
— Foda-se.
— Eu não ligo para quem vai primeiro, desde que eu tenha a minha vez!
Comentários lascivos voam enquanto inúmeras mãos seguram meu corpo
preso ao chão, me expondo ao mundo. Fecho os olhos e finjo que estou em
outro lugar, esperando com cada fibra do meu corpo que este seja apenas um
sonho muito, muito ruim, mas quando eu sinto dedos sujos correndo pela
minha pele, eu sei que isso não é verdade.
Não importa. Nada importa mais. Eu tentei salvar Zoey e falhei. Assim como
eu falhei em salvar o meu pai. Eu sou uma boba.
Tudo o que posso fazer agora é manter a boca fechada e proteger Zoey, Faith e
Makayla. Se estes homens percebem que há mais garotas por aí na natureza,
eles viravam todas as pedras da à floresta até encontrá-las.
— Fora do caminho. —Uma voz fria zomba. — Ela é minha.
A multidão se separa, e Kane dá um passo à frente, com um sorriso gelado no
rosto. Os olhos dele estão mortos. Só existe miséria e ódio dentro dele. Para
provar meu argumento, ele coloca sua bota suja na minha coxa e me morde
até eu gritar de dor.
— Isso mesmo, grite sua putinha.
Eu me contorço no chão de madeira, fazendo o meu melhor para chutá-lo,
mas eu só acabo agindo como um animal ferido. Os homens riem de mim.
— Eu vou me divertir muito com você, olhos de cobra.
— Por favor. —Eu digo.
— Por favor, o que? Por favor, deixe a vila inteira usar meu corpo? Por favor,
deixe-me compensar por matar Kurt? Por favor, escreva seu nome na minha
carne pálida e intocada?
A multidão está ansiando por mim. Seus olhos estão cheios de fome e raiva, e

27
eu serei a destinatária de sua luxuria. Seus olhos disparam em direção a
Kane, como se estivessem esperando ele desse a eles o sinal para atacar. Ele
deve estar no comando de Irontown.
Apenas minha sorte podre e fedorenta.
— Kane puxa uma faca enferrujada. Estou esperando esse momento há tanto
tempo, pequena, por tanto tempo, você não faz ideia.
Ele se ajoelha ao meu lado e coloca a lâmina fria no meu pescoço. Eu tremo
incontrolavelmente, e tudo o que ele faz é rir.
— Você não está saindo tão fácil, olhos de cobra. Não, eu vou fazer isso durar.
Kane rasga o que resta das minhas roupas em pedaços. Camisa, calça e tudo.
Eu fiquei nua e exposta, a multidão de homens olhando para mim. Ele até tira
minhas botas.
— Kane, vamos lá. Você sabe que não pode fazer isso.
A voz da razão vem do estalajadeiro, Reginald o homem de rosto redondo. Uma
lasca de esperança me enche - ele vai parar todos eles? Meu pesadelo
terminará antes de realmente começar?
— Você sabe que todas as mulheres envolvidas nessas partes são propriedade
do governador Livingston — Reginald continua. — Você deveria trazê-la para a
mansão dele. Não quero mais problemas em Irontown, não é necessário. Nós
já temos os invasores; Não preciso que você faça de Livingston um inimigo
também!
Meu último lampejo de esperança morreu ai. O estalajadeiro não está
interessado em me salvar - ele só quer salvar sua própria pele. E só tem medo
do governador. Aquele cuja bandeira acena em cima de cada prédio.
Eu me sinto idiota por sequer pensar por um segundo que alguém iria cuidar
de mim.
— Foda-se Livingston. — Diz Kane. — Ele esconde todas as mulheres como
um dragão escondendo seus ovos - por que essa porra gorda velha precisa de
um harém inteiro? Já era hora de apreciarmos nossa parte dos despojos!
A multidão aplaude em uníssono, canecas erguidas no alto, lambendo os
lábios enquanto seus olhos voltam a meu corpo nu e exposto. — Basta olhar
para aquela linda bucetinha rosa. — Diz Kane lascivamente.
Ele força minhas pernas a abrirem com sua bota suja. — Isso não apenas faz
você querer afundar seu pau certo? Você não quer senti-la se contorcer

28
debaixo de você? Mesmo você tem que concordar certo, Reggie?
— Kane, seja razoável. Livingston vai colocar sua cabeça em um poste. —
Alerta Reginald.
— Quem vai contar a ele? Você vai, não é, seu porco imundo?
— É isso aí. Fora da minha taberna! Todos vocês! Você não vai falar assim
comigo apesar de ser do meu próprio sangue!
— Falando um gordo fedorento e ganancioso - este filho da puta mantém toda
a sua cerveja trancada!
Kane diz, cutucando o estalajadeiro no peito. A multidão murmura com
aprovação. Eu acho que merecemos um banquete hoje à noite, com toda a
buceta e cerveja que pudermos suportar!
O grupo de homens bêbados e com excitação dispara com energia. — Sim! Ele
tem razão!
— Seu filho da puta rabugento — Reginald bufa as bochechas agora
vermelhas. — Eu te levo pra morar comigo, te dê um teto, deixo você beber
sem pagar nada, e é assim que você retribui?
O punho voador do barman se conecta ao lado do rosto de Kane. Nesse
momento, o inferno se abre. A pousada inteira se transforma em uma briga
total e, no caos, eu rastejo para longe, minha barriga raspando no chão
enquanto eu fico o mais invisível possível.
A praça da cidade fica logo ali, perto da porta da frente. Tudo o que tenho a
fazer é levantar, e então parar de tremer. Eu não sou tão forte quanto eles,
mas sou rápida. Ainda é um longo caminho até a floresta, mas é a única
chance que tenho.
Mais três metros até eu estar fora da multidão.
Dois.
Mais um!
A adrenalina surge nas minhas veias, cada músculo do meu corpo se
preparado para esta finalidade, uma corrida desesperada. Eu pulo e começo.
Alegria desenfreada inunda meu sistema quando meus pés tocam a terra
encharcada, a pousada agora ficou atrás de mim enquanto atravesso a praça
da cidade. A Ponte aparece à vista e meus pensamentos se voltam para meus
amigos. As histórias que poderei contar a elas! Elas não vão acreditam em
mim. Makayla ficará furiosa comigo. Dev rirá; ela ficará encantada com a

29
minha emocionante aventura. E Zoey... Vou ter que me desculpar por ter dado
falsas esperanças, por não conseguir o remédio de que tanto precisa.
E então uma mão firme agarra meu cabelo e me puxa para trás com tanta
força que vejo estrelas. A dor me cega e, quando recupero a visão, vejo um
homem com cicatrizes sorrindo para mim.
— Pensei que você estava indo para algum lugar, olhos de cobra?
— Deixe-me ir. — Eu grito, lançando meus punhos o mais forte que posso no
peito de Kane.
— Mal-humorada. — Diz ele. — Eu gosto disso. Torna tudo mais divertido
para mim.
— E o governador? — Eu me pego dizendo.
Kane sorri para mim, mas seus olhos estão mortos. Eu não quero ir ver esse
governador – não, ninguém me possui - mas ele é um perigo distante. E Kane
e seu bando de homens desordeiros... Eles estão muito, muito perto.
— Você é uma coisinha rápida. Você não quer fazer parte do harém de
Livingston, acredite em mim... Mas você será dele. Eventualmente. No entanto,
vamos nos divertir um pouco com você primeiro, e então cortarei sua língua
para que você não possa contar a ele.
— Eu posso escrever idiota, e eu mordo.
— É bom saber, — diz Kane enquanto agarra meus dedos e os dobra para trás
até eu chorar de dor. — Me certificarei de quebrá-los também.
Ele me deixa ir e eu caio de joelhos, esfregando meus dedos doloridos
enquanto engulo a dor. Um sentimento de frio toma conta do meu estômago e
eu perco a última esperança que tive.
— Vamos limpá-la primeiro; você parece uma merda. Se vamos festejar, estão
vamos fazer isso direito - eu quero que sua boceta seja tão lisa quanta
manteiga quando eu afundar meu eixo.
O pensamento de suas mãos sujas em mim me deixa fisicamente doente, mas
eu me forço a ficar alerta. A situação é terrível pra caralho, mas eu vou ficar
alerta. Ele vai escorregar cedo ou tarde.
— Mike, Tom, leve-a para meus aposentos. — Diz Kane. — E se você tocar na
mercadoria, eu vou arrancar sua mão, entendeu?
— Sim, senhor. —Os dois homens respondem.
Cada um deles agarra um braço e me arrasta para uma das maiores casas da

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pequena cidade. A estalagem está cheia de risos e música, os habitantes da
cidade se preparando para um banquete…, em que eu sou o prato principal.

VUKAROR

Estou viajando por esses bosques sem fim há horas, mas parece que são dias
para mim.
Cada colina escalada revela apenas mais árvores, um mar de verde até onde
os olhos podem ver.
Kysus, meu mundo natal, é rochoso, montanhoso, árido. Os dois sóis que
orbitam nosso mundo significa que fica escuro apenas uma vez a cada doze
anos - donkermoet - uma noite de celebração e prazeres carnais.
Foi assim uma vez. Com a doença se espalhando por nossas fileiras como fogo
e nossas mulheres se tornando inférteis, a última donkermoet passou batida.
Este lugar é diferente. À noite, o mundo fica escuro como breu, apenas as
estrelas e a lua para iluminar o caminho.
Enquanto a escuridão neste mundo cresce, minha mente se volta para meus
irmãos, para minha família.
Com os que eu falhei.
Meu pai confiou o futuro de nossa espécie para mim. Toda árvore que vejo me
faz pensar se isso não foi um grave erro. Estou condenado a vagar em círculos
até o fim dos tempos, com apenas os fantasmas do passado me fazendo
companhia?
Pouco antes da minha raiva contra as injustiças sofridas pelo meu povo
crescer forte o suficiente para me deixa louco, eu vejo uma luz ao longe.
Civilização!
Subo mais uma colina para ter um melhor ponto de vista. Um pequeno
povoado, cercado por paredes de madeira e um rio escuro, estão à minha
frente.
A reivindicação me preenche. Minha aposta vai dar certo; Eu sinto isso nos
meus chifres. Eu irei lá e encontrarei as respostas que eu procuro. Pelos
ancestrais, encontrarei uma fêmea lá, e quando a encontrar a farei minha!

31
Capítulo 6

JADE

— Raspe sua boceta.


Kane me entrega uma navalha, sorrindo para mim enquanto olha para o meu
corpo nu. Estou submersa em uma banheira de água quente. O primeiro
banho quente que tomei em uma década.
— E o resto também, enquanto você está nisso.
Por mais agradável que a temperatura esteja não posso aproveitar um
segundo do banho. Muito para o desgosto de Kane.
— Sorria para mim. — Ele exige, estacionando sua bunda em uma cadeira
macia, de antes da guerra, pela aparência disso. Deve valer uma fortuna. Ele
toma um gole de sua bebida enquanto vê esfregarem a sujeira de minha pele.
Depilo-me enquanto planejo minha vingança em Kane. Não acredito que o
palhaço conseguiu tornar-se prefeito desta cidade esquecida por Deus. Toda
vez que a lâmina toca minha pele, imagino como seria afundá-la no pescoço de
Kane.
Tudo o que ele precisa fazer é chegar um pouco mais perto…
— Eu poderia ter deixado àquela multidão feroz te usar, você sabe. Você está
sendo tratada melhor do que qualquer garota que já passou por Irontown,
confie em mim.
— Sim, você é um verdadeiro herói. — Respondo sarcasticamente.
Seus lábios finos se enrolam. — Você não será tão mal-humorada quando eu a
fizer pagar por suas ações e deixar todos em Irontown que se interessarem por
você a usar.
— E você não ficará tão convencido quando eu cortar sua garganta com esta
navalha e rasgar sua traqueia com minhas próprias mãos.
Ou talvez você goste desse tipo de coisa, Jade pense consigo mesma. Agora
que não há outros homens por perto, Kane deixa de lado o perfil de machão
difícil e finge ser um aristocrata, com sua cadeira chique e sua bebida chique.
não sei qual das duas performances eu odeio mais.
— Foi por isso que você veio à cidade? Almejando o toque de um homem?

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Vocês meninas selvagens, vivendo nos bosques como selvagens, você é um
mistério para mim. Há quanto tempo você vive assim de qualquer forma?
— Muitas estações - Murmuro enquanto me corto com a lâmina por acidente.
Muito mais seguirá.
— Ah, certo. Você não usa um calendário. — Ele ri. — Difícil acreditar que
você sobreviveu há todos aqueles anos lá fora no deserto. Qual é o seu nome,
olhos de cobra?
— Isso importa?
— Isso não. Bom, já estou começando a ver que você está aceitando seu lugar
como um corpo a ser usado. Eu gosto disso. Levante-se.
Eu sigo o seu comando e me levanto na banheira, segurando a navalha nas
minhas costas. Gotas de água deslizam pela minha pele nua, acentuando
minhas curvas e minha figura hipnotiza Kane completamente.
— Agora olhe para isso. — Diz ele, seus olhos focados nos meus seios
redondos e mamilos rosados. — Uma forma tão simples, tão elegante e ainda
assim... Tão gostosa. Eu estive esperando por anos para provar. O governador
nunca saberá...
Kane se empolga, a fome em seus olhos cresce a cada segundo, junto com a
protuberância nas calças. — Está dentro dos meus direitos provar as
mercadorias; afinal, sou o prefeito — ele murmura. — Reginald estúpido teve
que ficar todo valente e poderoso; agora eu tenho que encontrar um novo
barmen… primeiro nos banqueteamos, sim? Sim.
Este é o meu momento.
Kane abaixa a cabeça, a língua molhando os lábios, pronta para atacar meus
mamilos.
Suas defesas caíram.
Eu ataquei.
A navalha corta sua garganta, rasgando sua pele e tirando sangue. Ele
cambaleia para trás, os olhos arregalados de choque e raiva.
— Você! — Ele suspira o sangue escorrendo para o peito. Eu dei um bom
corte, mas não o suficiente para matá-lo. — Cadela!
Não espero que ele termine me xingando. Já estou fora da porta, pulando para
fora da banheira e correndo em direção à escada, meus punhos estão cerrados
enquanto meu coração bate com cada passo.

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Eu chego às escadas - e congelo.
Uma multidão enfurecida está reunida ali embaixo. Eles estão gritando com os
guardas, que estão mantendo a multidão de volta, mas apenas por pouco.
Seus grunhidos baixos deixam claro o que eles querem.
Eu.
Não há como eu abrir caminho através dessa multidão. Atrás de mim, ouço os
passos frenéticos e a respiração difícil de Kane, chegando mais perto a cada
segundo. Só há uma maneira de sair daqui. É estúpido e perigoso, mas antes
que eu possa falar comigo mesma estou fora disso, meu corpo já está em
movimento.
A multidão ofega quando me veem pular da varanda e pegar o lustre. O tempo
parece diminuir a velocidade, o vento correndo pelos meus cabelos curtos
enquanto meus dedos se estendem.
Se eu errar meu salto, cairei para a morte... O que, comparado com o que
multidão quer fazer comigo, pode ser a melhor opção... Esses pensamentos
correm pela minha mente a uma velocidade vertiginosa enquanto meus dedos
encontram o frio toque do lustre. Eu balanço no ar como um acrobata e salto.
Eu fiz isso. Eu pulei sobre a multidão; Eu voei como um pássaro!
Meus pés descalços pousam no chão frio.
E então uma dor intensa, aguda e profunda passa pelo meu tornozelo, e eu
desmaio. Minha cabeça bate no chão de pedra. Eu quebrei a porra do meu
tornozelo e me tenho uma concussão ao mesmo tempo. Sou muito estúpida
para ser um artista de fuga.
— Peguem ela! — Kane grita. O sangue cobre sua camisa, seus olhos cheios de
puro ódio. A multidão enfurecida ficou em silêncio enquanto todos me
olhavam me contorcendo de dor no chão. Eu não estou certa do que dói mais -
minha cabeça, meu tornozelo ou meu orgulho. Estou perdida em um mar de
mágoa, mas a dor real ainda está por vir.
leve-a para a praça! — Kane grita. — Eu vou fazer essa vadia pagar!
A multidão encontra sua voz novamente, torcendo loucamente enquanto mãos
masculinas descem sobre mim.
Eles me levantam e me vejo surfando com um mar de mãos me tateando. Eu
mantenho minhas pernas fechadas firmemente, esperando afastá-los, mas é
inútil. Eles me levam para a praça da cidade, onde o pior me esperam.

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Porra.
Eu tentei fugir de novo e de novo, mas está tudo acabado agora. Meu tornozelo
está fodido, minha cabeça está girando e meu espírito está quebrado. Não há
como escapar agora. Minha cabeça e braços são amarrados a postes. Minha
bunda nua encara a multidão, meu corpo completo e totalmente exposto.
Eu descanso todo o meu peso no meu tornozelo bom, a madeira áspera
raspando contra o meus pulsos. Eu posso ouvir a multidão sussurrando
animadamente, rindo, o som quase afogado pelo meu coração batendo.
A madeira range abaixo de mim. Eu posso sentir as tábuas mudarem. Alguém
está atrás de mim. Segundos depois, roupas são removidas. Um cinto cai no
chão.
Mordo o lábio inferior, me preparando para a dor que virá. Não é assim que eu
imaginei que minha primeira vez seria. Eu prendo a respiração...
E nada acontece.
De fato, percebo que a multidão ficou em silêncio. Minha cabeça ainda está
latejando de dor, então eu não percebi no começo, mas o mundo inteiro está
parado por um momento. Tem a visão da minha feminilidade exposta
petrificou a multidão?
A própria terra treme. Novamente. E de novo. Seja o que for, está chegando
mais perto.
É um daqueles tremores de terra que Makayla sempre tem nos avisando?
Não, isso é diferente.
Alguém está se aproximando. Estendo o pescoço e olho para cima, mas o que
vejo não tem sentido. Eu vejo um homem, mas ele é grande o suficiente como
dois. Além disso, há chifres na testa. Chifres maciços e ondulados. Seu cabelo
é branco e atinge seus ombros largos. Sua pele é cinza escuro, como aço
escovado.
E seus olhos são tão amarelos quanto o próprio sol, suas sobrancelhas largas.
A armadura é diferente de tudo o que eu já vi cobre seu corpo imensamente
amplo.
Eu devo ter batido minha cabeça com força, porque o homem que eu estou
olhando é muito, muito alienígena.

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Capítulo 7

VUKAROR

A fêmea pálida e indefesa olha para mim com puro terror em seus olhos
verdes. Fúria me atinge ao vê-la com dor. Uma engenhoca grosseira de
madeira segura seu corpo nu no lugar, forçando-a a uma posição de
acasalamento perfeita.
Parece que me deparei com um ritual de acasalamento em grupo. E a julgar
pelo quão difícil ela está lutando contra suas restrições, não é por seu livre
arbítrio.
— Que porra de merda é essa?
Os machos humanos apontam e gritam comigo em sua linguagem absurda.
Esse assentamento é primitivo, feito de madeira, argila e tijolo. Eu esperava
encontrar tecnologia suficiente para reparar minha nave aqui, mas uma
olhada neles me diz que será impossível.
A única coisa boa dessa vila desolada é a mulher, eu encontrei a mulher que
tenho procurado! Minha jornada não foi em vão. Eu viajei longe através das
estrelas, passando por inúmeras galáxias e nebulosas e sistemas solares
procurando uma companheira compatível, procurando ajuda para salvar
Kaizon, e me salvar também.
Quando meu pau cresce sob minha armadura de couro, percebo que posso tê-
la encontrado.
— Ataquem! — Grita um homem com uma cicatriz profunda no rosto. —
Ataquem!
Os homens locais não me dão o tempo necessário para apreciar a forma fina e
curvilínea a minha frente. Eles são agressivos. Imprudentes. Estúpidos. Atacar
um Kaizon sem armas de alta potência, sem armadura de poder? Eles tem um
desejo de morte.
Um dos homens puxa as calças e corre direto para mim. Meu punho esquerdo
se conecta com a mandíbula dele. Seus ossos quebram. Seu corpo flácido é
jogado de volta para a multidão, derrubando vários dos homens junto com ele.
O cheiro do sangue humano enche o ar. A raiva da batalha flui pelas minhas

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veias, meus olhos assumindo um brilho vermelho profundo. Eu empurro meus
ombros para trás e solto um rosnado baixo que aterroriza aos machos. E me
elevo sobre esses pequenos humanos, e eles estão tremendo.
Vários outros correm para mim. Eu quebro seus ossos sem suar, um único
golpe é o suficiente para derrubar os seres fracos, lascar suas costelas,
quebrar seus egos.
— Continuem vindo. —Eu rosno na minha língua nativa. — Eu poderia
praticar um pouco.
Os humanos se afastam lentamente, para consternação do homem com a
cicatriz. Com esses patéticos homens fora de meu caminho volto minha
atenção novamente para a fêmea. Estou atraído por ela, hipnotizado por seu
cabelo escuro bagunçado, nariz bonito, olhos verdes radiantes. Nunca vi uma
forma alienígena tão... Cheia de curvas. Tão indefesa, e nua e, no entanto,
absolutamente perfeita.
Meu pênis me envia sinais fortes. Eu poderia acasalar com ela aqui, agora, e
mostrar a esses homens locais como é um verdadeiro acasalamento. O desejo
é forte, mas não seria direito. A fêmea está tremenda de medo, com lágrimas
escorrendo pelo rosto. Ela vai se submeter a mim, eu me assegurarei disso,
mas será por vontade própria.
Afasto a engenhoca, a madeira que está a mantendo prisioneira, a madeira se
lasca debaixo do meu aperto firme. A mulher chora e cai de joelhos. Ela tenta
se levantar e correr em direção à floresta, mas seu tornozelo cede e ela cai no
chão.
Ela é fraca e está ferida. Afasto a decepção.
Nós Kaizon não estamos em posição de discutir. Eu preciso de uma
companheira para continuar minha linhagem. Encontrar uma fêmea
alienígena com a força bruta de uma mulher Kaizon sempre iria se provar
difícil.
E devo admitir, as curvas dessa fêmea humana fazem meu pau endurecer só
olhando para ela. Ela está deitada na grama, sua nádega nua no ar, e eu
tenho que lutar contra o desejo de afundar meu pau nela aqui e agora.
O formato dela é diferente do que eu estou acostumado e, no entanto, isso
torna ainda mais sedutor. Fraca ou não eu vou ficar com ela. O futuro da
minha espécie depende disso.

37
— Calma rosa. Você está segura. — Digo enquanto estendo minha mão em
sua direção.
A julgar pelo olhar desconcertado que ela está me dando, a mensagem não
está chegando. Seus olhos verdes estão fixos nos meus chifres, e ela luta para
formar uma frase. Não que eu possa entender isso. Com a falta de
comunicação recorro a uma abordagem mais direta. Eu agarro seu corpo nu e
facilmente a jogo por cima do meu ombro. Meus dedos fortes afundam em sua
pele, e ela treme ao meu toque.
Ando em direção à floresta, abandonando a pequena cidade e sua população
aterrorizada. Preciso viajar em direção a minha nave e examiná-la - devo saber
se somos compatíveis.
Pois se formos... ela estará grávida antes da próxima lua.

38
Capítulo 8

JADE

Eu devo estar perdendo a cabeça.


Não há outra maneira de explicar isso. Quando eu bati minha cabeça no chão
de pedra depois do meu salto, devo ter sofrido algum tipo de lesão cerebral
traumática. Ou estou inventando tudo para não precisar enfrentar o trauma
de ser brutalizada, e de estar sendo compartilhada com uma cidade inteira
cheia de homens.
Porque alienígenas simplesmente não existem.
Eles simplesmente não podem.
Então, por que esse bruto está me carregando pela floresta, como se eu fosse a
heroína nessas histórias atrevidas que Makayla gosta de ler?
Oh Deus. Espero que ele não pense que eu vou fazer sexo com ele, porque isso
não é uma opção.
Ao longe, Irontown desaparece entre os galhos, a floresta escura está nós
engolindo. Os gritos de raiva dos homens desaparecem, até que tudo o que
ouço são os sons das corujas e o farfalhar das árvores.
— Ei, você pode me deixar ir agora! — Eu tento. — Obrigado por me salvar e
tudo mais, mas eu realmente tenho lugares para ir, pessoas para ver. Você
sabe como é, certo?
A única resposta para o meu pedido é um golpe duro no meu traseiro nu e
exposto. O sangue corre para o local do seu toque, meu coração batendo forte
- assim como meu sexo.
Espera ai.
Eu não posso estar excitada com esse... ser.
Não importa quão alto, forte ou heroico ele seja.
— Eu vou pedir para você educadamente me colocar no chão dessa floresta
apenas uma vez! Você meio que está testando minha paciência grandalhão. —
Tento novamente.
outro golpe atinge minha bunda exposta, e isso me faz gritar de dor. Eu mordo
minha língua para impedir que o som se espalhe. A última coisa que quero

39
fazer é atrair a atenção de Irontown, ou um dos assaltantes perseguindo essas
terras. Parece que meu sequestrador quer que eu fique quieta. Eu nunca fui
de ouvir.
— Droga, deixe-me ir, seu bruto!
Eu bato meus punhos nas costas largas dele, mas é inútil. É como martelar
contra uma parede, como se ele fosse feito da rocha mais dura que existe. Sua
pele é cinza escuro, mas quase parece brilhar ao luar.
Outro tapa atinge minha bunda. Uma onda de exaustão profunda me cerca,
com o ritmo dos passos do alienígena me embalando para dormir. Eu quero
ficar acordada, eu quero lutar, e desejo desafiá-lo, mas antes que eu perceba,
estou apagando.

VUKAROR

Não paro de andar até a estrela central deste planeta surgir no leste.
A sensação da pele pura e quente da fêmea humana descansando contra a
minha é absolutamente perfeita. Isso me dá energia para continuar, passo a
passo. A promessa de um futuro com nossa prole junto a promessa ainda
mais tentadora de enterrar meu pau todo o caminho dentro dela me enche de
determinação.
Seu estômago ronca - seu tipo deve comer com frequência, presumo. Em sua
forma macia não há espaço para estômagos extras, para órgãos redundantes,
ou para armazenar nutrientes e líquidos, caso a caçada a alimentos não ter
sucesso.
Eu posso sobreviver por semanas sem uma gota de líquido ou um pedaço de
comida, pois eu sou Kaizon. Eu fui criado para a caça, criado para a guerra. A
sobrevivência é o meu único instinto. Essa fêmea humana... ela foi criada para
acasalar.
Ela foi feita para o meu pau.
Quando chegamos a uma clareira adequada, eu a deito delicadamente na
grama macia e envolvo seu corpo tremendo na minha capa quente. Enquanto
meus dedos roçam contra a pele nua dela, seus mamilos duros e rosados
implorando para serem tocados, uma sacudida de pura excitação passa
através de mim como se tivesse sido atingido por um raio.

40
Por um breve segundo, é preciso todo o meu autocontrole para me impedir de
afundar minhas presas bem no ombro dela e a tomá-la aqui mesmo na grama.
Eu luto contra o desejo, e passa tão rápido quanto veio.
Eu respiro fundo e me acalmo. Meu coração está acelerado, meu pau está
totalmente duro e meu saco palpita de energia, querendo nada além de
esvaziar minha carga potente dentro dela. Pelos chifres, nunca experimentei
um sentimento tão poderoso, tão forte, tão urgente. Nem mesmo quando me
perdi no meio da raiva da batalha, me senti tão fora de controle.
Essa fêmea... ela poderia pela minha nera1?
O que meu kai escolheu?
Eu vim para a Terra procurando por uma companheira compatível, com quem
eu pudesse criar descendentes, mas até aí eu não me atrevi a sonhar em
encontrar uma alma gêmea neste mundo.
Ainda é cedo, muito cedo para dizer, mas a fome, a pura necessidade que sinto
por essa mulher, é chocante para mim. Mas, primeiro, devo fornecer uma
refeição para ela, para que a fêmea possa recuperar suas forças.
Quando tenho certeza de que estamos sozinhos e que ela está segura, vou
para a floresta. Volto momentos depois com um animal da floresta que matei.
As criaturas aqui não são páreas à minha velocidade, agilidade ou força. Não
me dá honra matar esses animais, mas eu sou grato pelo alimento que eles
fornecem. Inclino a cabeça em um momento de gratidão, antes de esfolar o
animal e assar sua carne no fogo.
A fêmea humana se mexe enquanto dorme, chamando minha atenção. Sua
capa cai para o lado, expondo um seio redondo e cheio, o mamilo rosa se
projetando como o topo de uma montanha. Saliva instantaneamente molha
meus lábios, meu pau fica mais duro a cada segundo enquanto eu a olho.
eu esperava encontrar um companheiro biologicamente compatível neste
planeta. Nunca ousei sonhar que ela seria tão bonita, tão absolutamente
perfeita.
Não consigo resistir a tocá-la por nem mais um momento. Meus dedos roçam
contra o suave inchaço de sua barriga. Ela é tão... suave. Então o
completamente oposta de mim, ou as mulheres Kaizon, que são altas, magras
e musculosas. Muito diferente de seus colegas humanos. Nenhuma mulher

1
Companheira

41
Kaizon jamais me fez sentir o que essa humana está me fazendo sentir neste
exato momento.
Minha pele pinica com o calor, meu pau está totalmente ereto, a refeição da
manhã completamente esquecida. Toda a minha atenção está focada na visão
branca leitosa na minha frente.
Meu polegar roça seus mamilos cor de rosa, e ela se mexe, um pequeno sorriso
aparece em seus lábios. Um cheiro forte me atinge e faz meu coração disparar.
A boceta dela!
Abro a capa ainda mais e respiro fundo quando vejo suas coxas pálidas, que
me levam até a coisa mais linda que eu já vi. Suas pernas se abrem para mim,
expondo seu sexo delicado. Os lábios de sua boceta estão brilhando, e eu os
traço com os dedos.
Até a boceta dela é macia e suave. Vulnerável e bonita, como uma linda
flor. E, como uma linda flor, seu cheiro é tão divino que quero enterrar
meu rosto ai.
Afasto seus lábios e olho para sua beleza. Percebo um pequeno nó macio e
parece muito tentador para não tocar. Meu polegar escova.
Um gemido suave escapa de seus lábios, e então a fêmea humana abre os
olhos. Ela parece atordoada por um momento, seus olhos verdes se ajustando
à visão à sua frente.
E então, ela grita.

JADE

Estou tendo o sonho mais maravilhoso. Estou flutuando, e o homem mais

Lindo do mundo está acariciando levemente meu corpo, desde os mamilos


sensíveis até o meu sexo molhado. Seus dedos são como mágica, cada toque
aumenta minha excitação até que eu esteja me contorcendo de prazer e
ofegando por libertação.
Eu nunca me senti assim antes. Homens são perigosos. A lição mais
importante que aprendi é que devo ficar longe deles. E, no entanto, na
presença deste alto, sombrio, estranho misterioso, sinto-me completamente e
totalmente segura. Tenho certeza que ele vai cuidar de mim e me proteger.

42
Que ele me ama.
Sua mão desliza ainda mais, acariciando minhas dobras molhadas em lugares
que nunca foram tocados por ninguém além de mim. Seu polegar poderoso
bate no meu clitóris inchado, e é como se um interruptor fosse acionado. As
ondas de prazer percorrendo minhas veias são tão fortes que me despertam do
meu sono, e a névoa se eleva lentamente.
Abro os olhos e vejo...
Chifres.
Dois chifres absolutamente enormes, colados na testa de um homem com pele
da cor de uma nuvem de tempestade. Cabelo branco escorre pelos ombros,
emoldurando seu rosto esculpido e olhos pensativos olhando para mim.
Eu grito.
Este homem, este homem incrivelmente grande, não é deste mundo. Nenhum
homem humano tem quase dois metros e meio de altura. Nenhum macho
humano tem um torso tão grande, ou bíceps do tamanho das minhas coxas,
ou chifres crescendo na testa!
Apesar de seu tamanho impressionante, o homem também é tão rápido
quanto um raio. Antes que eu possa piscar, ele abafou meu grito, colocando a
mão sobre a minha boca. Eu mordo tanto quanto eu posso, mas ele nem se
mexe.
— Styz — O homem diz em sua linguagem gutural e alienígena. Enquanto olho
em seus olhos, eles lentamente mudam a cor, de um branco leitoso a um
laranja suave e brilhante. As memórias de ontem à noite volte para mim.
Irontown.
Este homem, este... Animal... Salvou-me. Os homens de Irontown queriam me
estuprar. Todos eles. Este homem não fez– ainda. Embora ele estivesse me
tocando sem minha permissão, mas ao contrário dos machos humanos que
me tateavam, seu toque era... sensual.
Ouso dizer, agradável.
Isso ainda não lhe dá o direito de me tocar, é claro, mas quando eu olho de
volta para ele seu rosto esculpido, seus olhos poderosos que exigem minha
atenção, sinto um baque de prazer, de desejo, no meu sexo. Mesmo que minha
mente tenha medo, meu corpo ainda está pronto para ir, ansioso para
continuar com o que ele estava fazendo.

43
E ele estava fazendo isso tão bem também.
Nunca fui tocada assim...
Não.
Afasto meus desejos e tento pensar racionalmente.
Ele é um homem. Um macho alienígena, talvez, mas ainda assim um homem,
e eu sei como eles são. Todos querem me controlar. Possui. Me usar neste
mundo, para eles, eu não sou nada além de um lugar para despejar o
esperma, um receptáculo de esperma. Eu evitei esse destino toda a minha
vida, e não vou começar agora, muito obrigado.
Mesmo que meu intestino esteja me dizendo que esse homem é diferente. Eu
me sinto segura com ele ao meu lado, tão estranho quanto isso soa. Mesmo
que a mão dele ainda esteja cobrindo minha boca, a outra mão descansa na
minha coxa nua, seus dedos perigosamente perto de deslizar de volta entre
minhas pernas, onde eu as quero. Meu subconsciente tira o melhor de mim e
eu mexo a minha perna, esperando que sua mão viaje para baixo, mas seu
aperto em mim é firme.
Este homem está no controle. Eu posso sentir isso, ver nos olhos dele. Tudo o
que o Alien faz, ele realiza com convicção e propósito. E o homem lentamente
tira a mão da minha boca, seu corpo impressionante ainda no limite, cada
músculo pronto para atacar se eu fizer outro movimento assim.
Eu tenho tantas perguntas a ele que nem sei por onde começar. Quem é ele? o
que é ele? De onde ele veio? Para onde ele está me levando?
— Qual é o seu nome? — Pergunto. Vamos começar no início.
Ele inclina a cabeça para o lado, a testa franzida. Seus olhos mudam de cor
novamente – agora eles são de um azul profundo. É absolutamente fascinante.
— Você não entende uma palavra que estou dizendo, entende?
Silêncio.
Ele volta sua atenção para os meus seios, que se erguem para cima e para
baixo a cada respiração que eu tomo. Típico. Enrolo meu cobertor, que agora
percebo ser a capa que ele estava usando antes, ao redor do meu corpo
firmemente, protegendo minha nudez de sua visão.
Devo admitir que, no fundo da minha mente, sinto um pouco de orgulho que
esse colosso absoluto de homem, mais lindo do que qualquer coisa que eu
possa imaginar, está interessado em mim. Mas ele não precisa saber disso.

44
— Aqui em cima, tempestuoso. Obrigado por me salvar e tudo mais, mas como
eu disse, tenho lugares para ir, pessoas para ver. Então, eu vou sair de fininho
se você não se importa, antes que você me arraste para sua caverna sexual e
me dividir ao meio.
Ele responde com um rosnado alienígena, um som que eu nunca espero
replicar. E posso até sentir reverberar na minha caixa torácica. Eu tento me
levantar, e ele cai em cima de mim como um predador, suas mãos fortes
pressionando meus pulsos na grama.
Veja, ele é um animal, como eu pensava! E até se inclina e cheira meu
pescoço, seus chifres raspando minha pele. Pelo canto dos meus olhos, eu
posso ver suas presas afiadas, e sem dar um segundo pensamento, eu dou
uma joelhada bem entre as pernas o mais forte que posso.
E eu choro de dor.
É como enfiar o joelho em uma parede dura como pedra!
Sua mão cobre minha boca e ele rosna para mim novamente, sua sobrancelha
forte franzindo.
— Styz!
— Saia de cima de mim, seu bruto. — Eu estalo, me irritando enquanto tento
esquecer o tamanho perturbadoramente grande do pacote que eu apenas senti
entre as pernas dele.
— Styz!
— Sim, sim, e você também! — Eu luto minha voz abafada. Por mais que eu
tente, não sou capaz de movê-lo nem uma única polegada.
Ele já teve mais do que suficiente da minha teimosia, pois com o movimento
de pulso, o homem me vira de barriga para baixo, me puxa para o colo e dá
um tapa poderoso bem na minha bunda nua e exposta. Se não fosse a mão
que cobre minha boca, eu choraria de dor, mas sua força me obriga a me
submeter.
Eu luto para me libertar, e toda vez que eu bato e gemo ele me golpeia de
novo, de novo e de novo, até minha pele queimar, até meu coração disparar e
prazer se misturar com a dor, até que eu percebo que estou realmente
levantando meus quadris de boa vontade, implorando por outro toque firme,
desejando sua disciplina, cada palmada enviando ondas de prazer através do
meu corpo, a sensação do seu pau alienígena duro pressionando contra mim

45
enquanto eu estou espalhada lascivamente em seu colo, tornando-o ainda
mais intenso.
Caro senhor... o que aconteceu comigo?
Se ele vai fazer isso comigo toda vez que eu o desobedecer... bem, digamos, eu
vou ser um punhado…

46
Capítulo 9

VUKAROR

A marca de minha mão vermelha e firme queima intensamente em seu traseiro


branco e pálido. Se ela continuar desobedecendo minhas ordens, eu a farei
ouvir no único idioma que nós dois vamos no entender.
O físico.
Ela continua fazendo barulhos que atrairão nossos inimigos. Sua linguagem
soa como um miado, um cervo para mim. Devo levá-la de volta a minha nave
imediatamente. O computador de bordo poderá ensiná-la meu idioma,
supondo que a mulher seja inteligente o suficiente para entender os meandros
de Kaizon. Não tenho dúvidas de que ela é inteligente e engenhosa o
suficiente. Os olhos dela, o mais encantador tom de verde, me dizem que há
um mundo rico de pensamentos naquela cabeça lindamente modelada dela.
Mal posso esperar para ouvi-la falar e compartilhar a história do meu povo
com ela. Ela sentirá orgulho de ser escolhida por mim, Vukaror, rei de Kaizon.
Ela ainda não sabe que ela é a escolhida, que me dará muitos, muitos filhos, e
que daremos início a uma nova era de ouro em Kaizon.
Eu quero explicar tudo isso para ela, quero ouvir seus pensamentos, quero
conhecê-la e a todos os seus pensamentos. Infelizmente, isso terá que esperar
até chegarmos a nave. Tudo o que posso fazer agora é conhecer o corpo dela.
Sua bunda macia e flexível está embalada na minha mão, meus dedos
afundando em sua pele. O cheiro de sua boceta é forte, sua umidade é
inegável. Eu bato em sua bunda de novo, o tapa tão alto que pode chamar a
atenção, mas eu não me importo mais.
Não estou mais fazendo isso para puni-la. Estou fazendo isso para meu
próprio prazer. Assistindo suas curvas balançando a cada golpe e ouvindo
seus gemidos fracos escaparem de seus lábios são as coisas mais quentes que
já experimentei. Meu pau está latejando com desejo, o que certamente ela
pode sentir a pressão contra seu estômago, minha armadura mal contendo

47
Minha protuberância.
Eu deveria ser o responsável. Aquele que exige a punição, aquele exercendo a
disciplina. Eu não tinha contado com seu perfume almiscarado. Isso me deixa
absolutamente selvagem.
A fêmea humana está empurrando sua bunda contra a minha mão. Ela quer
minha disciplina. E anseia pelo meu toque. Se todas as mulheres da Terra são
assim, os ancestrais nos ajudaram... Eu encontrarei a minha prometida na
terra!
Eu devo recuar, mas não estou mais no controle dos meus próprios desejos.
Minha mão escorrega entre suas pernas, sentindo a umidade. Meus dedos se
movem para o ponto sensível logo acima de suas dobras, e ela bate contra a
minha mão como um cavalo selvagem. Eu encontrei a fonte de seu prazer.
Esfrego ritmicamente, e sinto a tensão em seu corpo se desenvolver.
Observando-a se contorcer de prazer, sua pele pálida ficou vermelha, me
deixando orgulhoso. É também cedo para dizer se ela é minha nera, minha
companheira escolhida, mas a onda de alegria que sinto em meus dois
corações é mais forte do que qualquer coisa que eu já senti antes.
Também acho que nunca estive tão duro antes. Minha boca enche de água
com a ideia de provar sua boceta, de enterrar meu rosto entre aquelas pernas
celestiais dela, suas coxas descansando em meus ombros, meus chifres
pressionados contra sua pele macia, enquanto minha língua explora cada
centímetro dela.
Vou esperar e saborear a antecipação. No momento, ela está ansiosa pela
liberação e, tanto quanto eu gostaria de recuar nesse momento e fazê-la
implorar por isso, não temos o luxo do tempo.
Nossa trilha ainda é fresca. Quando os machos humanos encontrarem suas
bolas, eles podem decidir perseguir e me desafiar por essa fêmea. Não posso
deixá-los me surpreender.
Por esse motivo, acelero meu ritmo até que minha mão fique molhada e a
fêmea tremendo como um navio pronto para decolar. Seus fracos gemidos se
transformaram em gritos de prazer, e cubro a boca com a mão livre para
reprimir os sons.
Ela atinge o orgasmo, sua bela forma nua estremecendo com ondas de prazer,
Seus quadris se chocam contra mim, seus dentes afundando na minha mão.

48
Somente quando o último tremor de libertação celestial passaram por seu
corpo macio, eu puxo minha mão para trás e a deixo escapar do meu alcance.
Meus dedos estão cobertos com seus sucos. Eu os levo até o nariz e respiro
fundo apreciando o aroma sensual, a fragrância rica. Meu pau palpita com
antecipação, minhas bolas implorando por liberação, minha língua querendo
nada mais do que afundar-se nessa boceta molhada e festejar em seu néctar,
mas tenho que manter o controle. E devo ficar vigilante.
Coloco as costas na minha capa, que a protege da grama molhada, e ela olha
para cima para mim com um brilho atordoado e satisfeito em seus olhos
verdes. Eu deixei meus olhos banquetearem-se com seu corpo nu quando o
cheiro de carne queimada chega às minhas narinas.
Nosso café da manhã!
Perdida no mar de excitação esqueci tudo sobre a criatura que peguei. Está
queimando
Sobre o fogo esse tempo todo. Felizmente, apenas um lado virou carvão. Eu
removo a carne do espeto e passo o pedaço bom para minha fêmea, mantendo
a parte queimada pra mim mesmo.
Ela precisará ser forte para concluirmos a longa jornada de volta a minha
nave.

JADE

Vaca sagrada.
É tudo o que consigo pensar neste momento. Pequenos tremores de prazer
ainda viajam pela minha espinha e fazem meus dedos do pé se curvarem
incontrolavelmente, mesmo agora, minutos depois.
Meu orgasmo foi devastador. Nunca na minha vida experimentei algo assim.
Esse homem - eu nem sei o nome dele - tem algumas habilidades sérias.
Quando ele colocou o seus dedos em mim foi como uma sobrecarga de
energia, senti como se minha mente tivesse derretido. Todos os pensamentos,
todas as dúvidas simplesmente desapareceram. Éramos apenas eu e ele.
Juntos.
Num momento eu estava lutando com ele, e no outro meu corpo e mente
apenas... se submeteu. Ele é forte demais para desafiar. Seu aperto é como

49
um torno, mas agradável ao mesmo tempo. Quando ele estava me segurando,
não me senti ameaçada.
Pela primeira vez em anos, me senti segura.
Logicamente, isso não faz sentido. Ele não é deste mundo, claramente. Ele é
um alienígena. Não há outra explicação para seus chifres, sua linguagem,
seus olhos que mudam de cor, e tudo mais.
Então, por que estou tão atraída por ele?
Eu gostaria que meu sexo parasse de pulsar e de enviar ondas de felicidade
pós-orgástica a cada fibra do meu ser, e parasse de me fazer sentir tão
malditamente feliz e satisfeita.
Eu não estou acostumada a isso. Estou acostumada a ter medo. A ser
ansiosa. Estar o tempo todo em guarda. É tudo o que conheço. Essas novas
sensações... vou levar algum tempo para me acostumar.
Esses pensamentos ainda estão girando em minha mente quando meu amante
/ sequestrador com chifres me entrega um pedaço de carne bem passada.
— Você ainda não gozou. —Eu digo.
Talvez eu não seja a mais experiente, mas eu sei o que é cortesia comum. Ele
acabou de me fazer ver estrelas, e o mínimo que pude fazer é retornar o favor.
— Tyyb. —Diz ele, ainda segurando o espeto na mão.
Meus olhos disparam em direção à protuberância absolutamente enorme em
sua armadura, e minha boca fica seca. Estou morrendo de vontade de saber o
que ele está escondendo lá embaixo. Será que ele tem dois lá embaixo, ou é
anormalmente grande mesmo?
Se ele é realmente um alienígena, as possibilidades são infinitas. O cheiro
saboroso da carne faz meu estômago roncar, recupero um pouco do meu bom
senso. Se eu o convencer a soltar sua besta, quem sabe o que vai acontecer a
seguir? Eu deveria reabastecer minha energia antes de fazer algo louco.
Como entregar minha virgindade a um alienígena cujo nome eu nem sei.
— Tyyb. —Ele rosna impaciente.
Eu aceito o espeto e afundo meus dentes nele. O gosto é muito bom. Durante
a semana passada, eu vivi de coletar bagas e cogumelos, comendo apenas o
que a floresta pode me fornecer. Não tive tempo para caçar e, para ser sincera,
também não tenho estômago para isso. Eu sei que é matar ou ser morto aqui,
mas isso não significa que eu tenha que gostar.

50
Só depois que eu devorei minha refeição eu percebi que ele me deu a melhor
parte do animal, enquanto ele está comendo todos os restos queimados.
— Qual é o seu nome? — Pergunto.
É estranho perguntar isso depois do que ele acabou de fazer comigo, mas hoje
foi um dia estranho.
Ele rosna.
— Eu sou Jade. — Eu digo, batendo no meu peito. — Jade. Jaaadeee.
Ele aponta um dedo para mim. — Yja-deh.
Perto o suficiente. — Sim. Jade - Concordo com a cabeça e aponto para ele. —
E você é…?
— Vukaror - Ele responde, batendo orgulhosamente em seu peito enorme e
marcado. — Foda-se um se não foi um rugido!
Algo deve estar se perdendo na tradução aqui. Eu não acho que o nome real
dele seja um rugido. Apesar da conexão que senti anteriormente, percebo o
quão difícil será me comunicar com esse grandalhão sem poder falar sua
língua.
— Mais como Foda-me, certo?
— Vu-ka-ror. — O alien rosna, expondo suas presas afiadas para mim. Minha
pobre tentativa de humor é perdida por ele, é claro. Não sei o que estava
esperando. Sabendo a minha sorte, eu poderia apenas ofendeu sua honra.
Eu tento pronunciar o nome dele corretamente, mas é quase impossível. A
linguagem dele é tão gutural, tão dura, tão simplesmente... alienígena.
— Eu vou te chamar de Vuka, ok? — Eu digo. — Ou então vou conseguir falar
sua língua. Você Vuka. Eu, Jade.
Eu aceno, e ele acena de volta.
Olhe para mim, fazendo contato interespécies! Eu sou a primeira humana a
se comunicar com um alienígena?
Ou seria meu primeiro espancando um contato real?
Acho que não quero que isso esteja nos livros de história...
À medida que a comida reabastece meus níveis de energia esgotados, meus
pensamentos voltam a minha missão. De volta a Zoey.
Enquanto eu estive aqui, deixando essa besta alienígena me bater e me
masturbar, e enquanto eu estive apreciando esta refeição e nossas tentativas
de conversar, sonhando acordada em ser algum tipo de socióloga

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intergaláctica, minha melhor amiga está morrendo.
Makayla e Dev devem estar preocupados comigo. Eu apenas rezo para que
elas não façam nada tolo como vir me procurar. A culpa me atinge com força,
e meu estômago revira. Eu preciso voltar para o nosso esconderijo.
— Olha Vuka, obrigado pela refeição, mas na verdade eu preciso ir. E eu
prefiro que você não me ataque de novo, ok? Vamos manter esse nosso
pequeno segredo.
Abro as palmas das mãos para mostrar a ele que não estou falando mal, pois
me levanto lentamente, mantendo a capa enrolada firmemente em volta do
meu corpo pressionando meus cotovelos contra o meu corpo.
— Agradeço por isso, a propósito. Não estou ansiosa para fazer caminhadas de
volta aos túneis abandonados do metrô usando nada além dessa capa, mas é
melhor do que estar nua.
A única coisa que mais me irrita - além de quase ser torturada, estuprada e
escravizada - é que aqueles bastardos de Irontown pegaram minhas botas. A
chance de encontrar um bom par como aquele pendurado em uma árvore é
quase nulo.
Levanto-me devagar, meus pés nus tocando a terra macia e úmida e
instantaneamente uma dor aguda me faz morder meu lábio inferior com tanta
força que sai sangue.
Droga. Meu tornozelo está fodido.
Eu caio e Vuka me pega antes que eu caia no chão. — Vohzig. — ele rosna.
Parece que ele esta me castigando por colocar todo o meu peso no meu
tornozelo machucado.
percebo que estou à mercê de Vuka, para o bem ou para o mal. Eu não posso
fugir mesmo que eu queria.
— Sim, sim, eu não sei, sou um idiota. — Desabafo quando ele me guia de
volta para o chão, seus grandes braços envoltos protetoramente em volta de
mim. Um segundo depois, as lágrimas começam a chegar.
Zoey precisa da minha ajuda, e eu falhei com ela. Eu falhei completamente
com ela. Inferno, mesmo se eu fizesse tudo o caminho de volta para o
esconderijo, o que é improvável, eu ainda não teria o remédio maldito.
Eu poderia ter feito outras coisas, no entanto, recolher ervas ou preparar
refeições. Agora elas estão apenas preocupadas comigo. Eu basicamente as

52
abandonei. Eu fiz Makayla prometer que ela não viria me procurar, mas ela é
tão teimosa quanto eu.
Jesus, como eu estraguei tudo isso? Tudo o que tento termina em desastre...
A única esperança na minha vida agora é Vuka, por mais estranho que possa
parecer. Ele está me segurando com força enquanto as lágrimas fluem,
proferindo palavras suaves e estranhas no meu ouvido, o que me ajuda a lidar
com a culpa esmagadora e dolorosa ...

VUKAROR

A fêmea está ferida.


Só tenho uma carga do meu spray de cura - usei as outras para curar minha
própria lesão do acidente. Deve ser o suficiente para curar o tornozelo, mas
para que funcione corretamente, ela precisa estar devidamente descansada.
Não é uma boa ideia ficar parado por muito tempo tão perto do assentamento
humano. Meus sentidos já estão captando sons à distância.
Enxugo as lágrimas antes de apagar o fogo. Suas emoções estão uma bagunça
e ela precisará se acalmar para que o spray faça seu trabalho.
— Venha. — Eu digo, ajoelhando-me na frente dela, oferecendo minhas costas
largas para ela descansar. A mulher hesita por um momento e depois sobe.
Eu a tomo de costas e a carrego, sua pele nua pressionando contra mim. eu
gosto da sensação de seu calor que está irradiando de sua pele enquanto eu
caminho pelo floresta.
O tempo todo, meu pau palpita de desejo.
Até agora, resisti a me esvaziar dentro dela ..., mas não sei quanto mais posso
resistir.

JADE

A primeira coisa que noto quando acordo é o pulsar no meu coração. Uma
gota da minha umidade está deslizando pela minha coxa.
Vuka cheira o ar, e a vergonha faz minhas bochechas queimarem. Adormeci
novamente enquanto ele me carregava em suas costas. E por algum motivo,
acordei me sentindo mais excitada do que nunca. Deve ser o perfume viril que

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despertou meus hormônios. Maldito alien e seus Feromônios!
O sol já passou do seu pico e agora está começando sua lenta descida. Vuka
ainda está na sua longa e entediante caminhada através da grama alta, suas
longas pernas se movendo duas vezes mais rápido que eu poderia. Eu não
reconheço o ambiente - nunca estive tão longe de casa. E os grandes passos
de Vuka vão mais longe que os meus poderiam.
Paramos ao lado de um pequeno lago de água doce. Eu forcei meu cérebro
tentando pensar onde havia um lago próximo, mas não consigo pensar em
nenhum. A menos que ele tenha andando mais de sessenta e cinco
quilômetros desde a última vez que fechei os olhos, mas isso é impossível.
Deveria ser impossível.
Não tenho mais certeza em que acreditar.
Vuka desaparece na floresta e volta com uma lebre recém-capturada um
momento depois. Ele fecha os olhos, as palmas das mãos apoiadas no peito
enquanto ele fica em silêncio por um momento. Então ele pelou o animal e
assou antes de me oferecer seus órgãos.
— Não, obrigado. —Eu digo. — Eu só quero as partes carnudas, muito
obrigada.
Eu não vou morrer de fome com ele por perto, com certeza! Se eu quisesse
comer alguma coisa além de cogumelos ou frutas, eu teria que armar uma
armadilha ou afiar um pau em uma lança e ir caçar - de qualquer forma é um
Trabalho duro, do tipo que me custará mais energia do que uma lebre proverá.
Mas não para Vuka. Ele caça mais rápido do que eu posso piscar.
— Eu gostaria que tivéssemos você por perto mais cedo, você sabe. — Eu digo
enquanto aceito a carne que ele está oferecendo para mim. — Com seus
reflexos rápidos, tenho certeza de que você também será ótimo na pesca. Você
poderia pegá-los na água, como um urso! Não precisaríamos procurar comida
enlatada. Estamos quase sem nada.
Ele inclina a cabeça enquanto afunda as presas no coração da lebre. Eu tento
não estremecer.
— E não faria mal ter músculos por perto. Com você, estaríamos seguras.
Zoey teria medo dele, sem dúvida. Makayla estaria interessada em um
perspectiva intelectual. Ela gostaria de cutucá-lo e observa-lo, para aprender
tanto quanto ela pudesse sobre sua espécie.

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E Dev... bem, Dev provavelmente comentaria sobre como ele é gostoso. Quão
amplo seus ombros são, o quão quadrado é seu queixo, o quão pensativo seus
olhos são.
Uma pontada de ciúme me come por dentro.
Estamos a dezenas de quilômetros de distância do nosso esconderijo e, no
entanto, sinto-me culpada por pensar nisso. Não faz sentido, mas eu sinto que
este alienígena gostoso... ele é meu.
Com a refeição consumida, Vuka se levanta e afrouxa a alça da armadura.
Minha boca seca instantaneamente e minha frequência cardíaca aumenta. Ele
acabou de ler minha mente? Isso é uma coisa que ele pode fazer?
Com um baque pesado, sua armadura cai no chão da floresta. Ele está nu.
Não sei o que esperava, mas certamente não foi descobrir que ele esta
completamente nu por baixo de todo esse metal e couro esse tempo todo.
Meus olhos vagam lentamente sobre sua imensa estrutura, absorvendo cada
centímetro dele e armazenando na minha memória permanente. Seu peito está
coberto de cicatrizes, linhas leves contrastando fortemente com sua pele cinza
escura. Cada parte dele é musculosa e forte, todo esculpido com perfeição.
Meu olhar pousa na lança maciça pendurada entre as pernas dele. Ele é
grande. Com nervuras nas laterais, a base de seu pênis é da mesma cor
escura que sua pele, no entanto, seu membro fica dourado enquanto meus
olhos viajam ao longo do comprimento. A cabeça brilhante tem o tom do sol
poente, e eu tenho que lutar contra o desejo de morder meu lábio inferior e
suspirar melancolicamente.
Suas bolas são... bem, se não me engano, o que eu muito bem poderia estar
vendo como a fisiologia alienígena não é um dos meus pontos fortes, parece
haver quatro delas. Quatro bolas. A quantidade de sêmen que deve produzir...
um arrepio percorre minha espinha com esse pensamento e eu não tenho
certeza se é por medo ou por antecipação.
Ele paira sobre mim, uma figura enorme e perfeita, seus chifres ondulantes
lançando sombras. Eu sinto que estou ficando molhada só de olhar para ele
em toda a sua glória, meu núcleo batendo com desejo.
Se ele fizesse um movimento para cima de mim, eu ficaria impotente. Eu não
posso correr, e neste ponto, não tenho certeza se quero.
Vuka se vira, mostrando-me sua bunda perfeitamente esculpida, enquanto

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caminha em direção ao pequeno lago. O alívio toma conta de mim, seguido de
decepção.
Observo atentamente enquanto ele afunda na água fria. Eu enterro meus
dedos dos pés na grama enquanto eu penso em me juntar a ele. Mesmo
apenas contemplando é um pensamento maluco, mas depois de tudo o que
aconteceu recentemente não foi absolutamente louco.
O que é mais uma decisão tola?
Antes que eu tenha que me decidir, Vuka decide por mim. Ele sai do lago com
gotas de água deslizando sobre cada músculo perfeito em seu corpo colossal.
Ele estende a mão para mim.
Tremendo de medo e antecipação, aceito. Minha mão tem quase metade do
tamanho da dele, e ele me levanta e me carrega sem esforço. Em seus braços
fortes, sinto-me leve, o que não é uma sensação com a qual estou
familiarizada.
A água está fria, mas seu toque é quente. Eu me enrolo contra ele enquanto
ele caminha lentamente na água, as duas sensações de quente e frio me
fazendo esquecer todos os meus problemas. Fecho os olhos e me deixo ficar
em paz.
Suas mãos firmes viajam pelo meu corpo, massageando todos os nós, toda a
minha tensão saindo do meu corpo. Seu toque é pura magia, e logo minha
boca está aberta em êxtase enquanto flutuo na água fria, desfrutando
plenamente de sua presença poderosa.
Minhas mãos flutuam livremente na água fria e acontece: meus dedos roçam a
dureza dele. Meus olhos se abrem, um sorriso malicioso se forma nos meus
lábios. Não sei se suas mãos fortes que me colocaram nesse estado altamente
excitado, ou se eu perdi todo meu bom senso desde que bati minha cabeça,
mas lentamente enrolo meus dedos em volta de seu grosso pau alienígena.
O sinto pulsar na minha mão, meus dedos mal conseguem agarrar sua
circunferência espessa, enquanto seus dedos o tocam minha respiração
acelera fazendo meu coração disparar ainda mais rápido. Meus dedos viajam
todo o caminho, o que é mais longo do que eu previa. Eu nem consigo descer
até a base, flutuando como eu estou na superfície da água. Eu viro meu corpo
ansioso para sentir seu pau em minhas duas mãos, mas ele me levanta pela
cintura e me coloca em uma pedra à beira da água.

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Vuka olha para mim, seus olhos vívidos ardendo de desejo. Suas mãos fortes e
escuras empurram minhas pernas me expondo completamente a esse
guerreiro alienígena.
Eu cutuquei a fera... e agora ele vai me cutucar.
Vuka se inclina e respira fundo, bem entre as minhas pernas. Ele abaixa a
cabeça e sorri, aparentemente saboreando meu cheiro.
— O que você está fazendo? — Pergunto, horrorizada. Eu nunca fiquei tão
envergonhada. Eu tento fechar minhas pernas, mas ele não me deixa. Seus
dedos cavam na minha pele macia, e não há absolutamente nada que eu
possa fazer para detê-lo.
Ele se inclina de novo, seus chifres roçando nas minhas coxas enquanto sua
longa e bifurcada língua desliza para fora de sua boca. Eu nem tinha notado
isso antes, e agora está a centímetros de minha buceta quente exposta. - eu
juro, parece quente o suficiente para que o vapor suba a partir dele.
Vuka beija minhas coxas, suas presas afiadas me cutucando, enquanto ele
viaja para a minha vagina. Minhas mãos agarram seus grossos cabelos
brancos, meus polegares roçando seus chifres enquanto ele me chupa
habilmente.
Todo o senso comum, toda a modéstia agora saiu pela janela. Estou ofegando
e praticamente implorando por seu toque. Seu hálito quente faz meu clitóris
palpitar, e mexo lascivamente meus quadris.
Ele me dá um sorriso antes de arrastar sua língua quente e molhada pelas
minhas dobras. Eu instantaneamente explodo de prazer, meus olhos se
fecham como um sentimento diferente de tudo que já senti antes percorre
minhas veias. Meu coração está acelerado, minha respiração pesada, minha
pele corada enquanto Vuka me devora, sua língua explorando cada centímetro
do meu sexo.
Eu li que o sexo seria bom, mas ninguém nunca descreveu algo assim. O
pulsar do meu clitóris, as sensações, as ondas de prazer chegando cada fibra
do meu ser, a pura felicidade de tudo!
E pensar que é apenas a língua dele que está fazendo isso comigo. Eu mal
posso imaginar como seria ser completamente preenchida por esse enorme
pau entre as pernas dele...
Porra. Quero isso.

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— Me dê seu pau, Vuka. — Eu respiro, meus dedos circulando seus dois
chifres. — Eu quero isso!
Ele balança a cabeça como se pudesse me entender - talvez pau seja uma
palavra universal. É mais provável que meus gemidos devassos estejam
deixando muito claro o que eu quero.
Meu orgasmo se aproxima com cada golpe de sua língua, e logo minha visão
se transforma em estrelas. Eu seguro seus chifres com a minha vida enquanto
grito seu nome.
Meus quadris dobram loucamente quando eu chego, puro prazer batendo em
mim, onda após onda, minha voz ficando rouca enquanto tremo e ofego
incontrolavelmente.
Com um suspiro feliz, abro meus olhos para ver Vuka se elevando sobre mim,
seu espesso pau descansando em sua mão. Meu coração dispara quando ele
solta um rugido baixo e primitivo, e depois de alguns golpes, ele vem, jatos
grossos de porra cobrindo meu corpo nu.
Sua semente branca e perolada cobre meus seios completamente, as pesadas
gotas deslizando pelas minhas curvas. Observar seu pau alienígena disparar
sua carga sobre mim é a visão mais incrível que eu já tive na minha vida.
Hipnotizada, eu assisto seu pau pulsar e pulsar, suas bolas trabalhando duro
para esvaziar-se completamente.
Um fio de sua semente desliza entre as minhas pernas, pingando no meu
monte, e no momento em que o esperma dele toca minha boceta, é como se
meu corpo estivesse pegando fogo.
Tremo incontrolavelmente quando chego ao orgasmo sem sequer ser tocada,
todo o prazer das sinapses no meu cérebro disparando continuamente, minha
consciência desaparecendo com puro prazer e me consumindo inteira. O
último pensamento coerente que tenho antes de gozar é que eu nunca quero
que esse momento pare. Eu quero que ele se descarregue dentro de mim,
então eu não terei apenas uma gota desse sentimento - quero ser
completamente preenchida, sentir seu pênis expandir e pulsar dentro de mim,
para sentir seu esperma onde pertence...

VUKAROR

58
Minha semente quase a matou. Apenas alguns fios perdidos de porra tocando
a boceta da mulher foi o suficiente para enviar seu corpo para um choque
induzido por prazer.
Se eu me descarregasse dentro dela, isso teria significado seu fim, com
certeza!
Puxo o corpo dela na água e a lavo enquanto me castigo internamente, eu quis
deixá-la relaxada, para que usar o spray curativo fazer o seu trabalho, mas,
em vez disso, piorei as coisas.
É o corpo dela; Eu não consigo resistir. Seu cheiro é fantástico, seu gosto
requintado.
Ela aprenderá a levar todas as minhas sementes com o tempo. A quantidade
demasiada de uma vez a matará, até que ela esteja devidamente treinada e
seu corpo se acostumar. Vai levar muito tempo..., mas tudo valerá a pena no
final.
Deitei-a no meu casaco e uso a última carga do spray de cura no ferimento em
seu tornozelo. Rezo para que o prazer não tenha minado muito sua força.
Por mais que eu queira ficar aqui, perto deste lago idílico, e explorar cada
centímetro do seu corpo cheio de curvas, é hora de seguir em frente. Estamos
chegando perto da minha nave.
Até agora, os painéis solares que coloquei na floresta devem ter uma carga
completa. O suficiente para alimentar minha nave e acessar o computador de
bordo. Ela não está em condições de voar, mas espero que os processadores
médicos e linguísticos não tenham sido danificados no meu pouso de
emergência.
Eu quero poder falar com essa linda criatura; e preciso saber se somos
fisicamente compatíveis. Eu sinto que ela pode ser minha companheira, mas
devo ter certeza.
Eu a vejo dormir, seu peito subindo a cada respiração e, pela primeira vez em
muito tempo, eu me permito relaxar. As coisas... podem dar certo. Ainda
temos um longo caminho a percorrer, mas sinto-me cautelosamente otimista.
Por um segundo, fecho os olhos e expiro profundamente….
E então o problema começa.

59
Capítulo 10

JADE

Um grito me acorda do meu sono. Abro os olhos para ver o caos puro e
absoluto. Os homens do vilarejo nos encontraram.
Uma dúzia de machos humanos cercando Vuka, tochas na mão, seus rostos
magros nublados em sombras e chamas.
O rosto fino e marcado de Kane se destaca com puro ódio.
Toda a paz interior que senti o otimismo que lentamente se apoderou de mim
desapareceu como um balão que acabou de ser estourado.
— Afaste-se dela, seu animal! — Kane grita. — Essa cadela é minha!
Vuka abre bem os braços, sua grande figura nua projetando uma grande
sombra. Ele lança um rugido baixo que faz a própria terra tremer, e me afasto
até ter minhas costas pressionadas firmemente contra a base de uma árvore.
Durante minha corrida apressada, percebi que meu tornozelo não dói mais. A
dor se foi completamente — Vuka você fez isso?
Instintivamente, meus olhos disparam em direção à borda da floresta. Com a
perna curada, posso finalmente correr. Em qualquer outro momento, Vuka me
caçaria facilmente, mas agora ele está distraído.
Todos os homens estão olhando para ele, uma mistura de medo e reverência
em seus olhos. Este é o meu momento. Se eu quiser fugir, tenho que fazê-lo
agora.
Meus pensamentos se voltam para Zoey, Dev, Makayla. Elas são meu povo,
minha tribo, minhas irmãs. Não posso deixá-las sozinhas. Eu já estou longe
há muito tempo.
Antes de me dar outro momento para pensar, me levanto e deslizo entre as
árvores, me escondendo na capa escura da noite. Atrás de mim, eu posso
ouvir os homens ainda gritando com Vuka para sair do caminho deles, e
ninguém parece ter notado minha partida.
Perdoe-me, Vuka.
Você é diferente de qualquer outro homem que eu já conheci. Ou algum
dia conhecerei, provavelmente, considerando o triste estado em que a

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Terra está. Você é um alienígena perigoso, sim, mas também foi gentil e
cuidadoso.
Além disso, você tem um corpo de matar.
... Estou cometendo um erro, não estou?
Eu me viro para dar uma última olhada. Imaginei que me sentiria aliviada
quando escapasse do gigante com chifres, mas em vez disso sinto um enorme
vazio. Tudo o que ele fez foi me proteger, e eu fujo na primeira oportunidade?
Que tipo de pessoa faz isso?
Para meu horror, assisto Kane puxar uma arma do cinto. A pele de Vuka é
dura, mas não tenho certeza se ele pode sobreviver a um tiro.
Não vou me arriscar.
— Ei, bastardos! Sim, estou falando com você! Procurando por mim? — Eu
grito no topo dos meus pulmões. — Aqui estou!
Tenho um truque na manga que, com certeza, chamará a atenção deles. Sem
pensar sobre isso, abro minha capa e mostro rapidamente ao grupo de
homens meu corpo nu.
Suas bocas se abrem e eu até chamei a atenção de Kane por um breve
segundo. E esse segundo é tudo o que Vuka precisa.
Ele se lança para frente, movendo-se tão rapidamente que não passa de um
borrão cinza escuro e corta a arma da mão de Kane com um som repugnante.
Kane cai no chão, segurando o toco sangrento que resta. Os homens se
dispersam, em pânico e com medo, Kane manca atrás deles enquanto
amaldiçoa e chora. Rezo para que seja a última vez que vejo esse covarde
fugir.
— Você está bem? — Eu pergunto enquanto corro para o lado de Vuka.
Ele me puxa para perto e, sem aviso, me dá um tapa na bunda. Seus fortes
braços me envolvem enquanto Vuka me abraça com força, suas presas
afundando nos meu ombro, seu enorme pau pressionando contra o meu
estômago.
Parece que ele quer me marcar, reivindicar como dele, e eu jogo minha cabeça
para trás e o deixo fazer isso, deixando a dor e o prazer se fundirem.
Seu corpo musculoso está subindo e descendo, o suor escorrendo pelo ombro
e o cheiro viril dele me deixando louca.
— Me desculpe, eu quase fugi. — eu sussurro feliz por que ele não pode me

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entender. — Eu não poderia deixar você sozinho... e conhecendo você, você
não vai me deixar ir de novo, como você está?
Ele rosna uma resposta bem no meu ouvido que eu interpreto como não, –
nunca. Eu nunca vou deixar você ir, humana. Você é minha.
E por mais estranho que isso pareça...
Isto me faz feliz.

62
Capítulo 11

VUKAROR

Minha companheira quase morreu por minha causa!


Ando pela floresta com passos furiosos, arrancando galhos do meu caminho
com furiosos cortes. Se os machos humanos não respirassem tão alto, eles
poderiam ter me surpreendido realmente.
E isso significaria o fim para nós dois - e o fim do meu povo!
É claro que, quando abri meus olhos, eles eram homens mortos andando.
Suas insignificantes armas antigas que carregavam não eram páreo para mim.
Esmaguei a mão o cara com cicatriz, transformando o osso em pó fino. Eu
poderia ter terminado sua vida completamente se quisesse ou se tivessem
machucado um fio de cabelo na cabeça da minha nera, eu teria feito isso sem
um segundo pensamento.
Minha mulher... ela é engenhosa. Ela os distraiu com seu corpo cheio de
curvas. Um plano desonesto, mas totalmente eficaz.
Um que me irritou muito também. O corpo dela é meu e só meu! Eu quase
acasalei com ela por raiva, meu desejo de marcá-la como minha, mas resisti
aos meus impulsos. – Por pouco, quanto antes chegarmos a nave, melhor.
Minha companheira está andando na minha frente, minha capa enrolada em
seu corpo cheio de curvas, mas eu ainda posso ver seus quadris balançando a
cada passo. Nossa comunicação está começando a melhorar, ainda é
principalmente apontando e grunhindo, mas sinto que ela está começando a
confiar em mim.
O som de vozes masculinas à distância me impede de seguir minhas trilhas.
Pego o braço de minha mulher e faço sinal para ela ficar em silêncio.
Ela me dá um olhar interrogativo a princípio, mas eventualmente sua
expressão muda quando ela ouve o som também. A audição humana deve ser
bastante subdesenvolvida, se ela apenas ouviu o exército vindo tão tarde.
Existem vozes masculinas. Botas, batendo no chão. Correntes de metal sendo
arrastadas no chão.
O rosto da minha mulher fica branco como cinza.

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— Merda. —Ela sussurra.
Faço um sinal para ela subir nas minhas costas. Ela faz isso de bom grado,
sem uma pitada de protesto desta vez.
Eu amo a sensação do seu corpo nu pressionado contra o meu, as sensações
dos seus duros mamilos na minha pele, suas pernas macias enroladas na
minha cintura. Se dependesse de mim, eu a carregaria por todo o dia, mas a
mulher é inflexível em tirar algum proveito dela com seu tornozelo recém-
curado.
Ela segura firme enquanto eu subo na árvore mais alta à vista. Minha mulher
respira fundo à medida que subimos mais e mais. Eu chego à ponta em
segundos, fornecendo uma excelente vista do nosso redor.
E o que vejo faz meu sangue gelar.
É uma multidão!
Uma longa fila de fêmeas, nuas e acorrentadas, está sendo conduzida através
da floresta, ladeada por ambos os lados por guardas de armadura com
grandes fuzis.
A implicação é clara: todos esses são escravos.
Minha companheira desce das minhas costas e sobe em um galho para ter
uma visão melhor. Ela treme com raiva, seus punhos cerrados com força, seus
lábios carnudos agora uma linha tensa. Parece que as fêmeas neste planeta
estão longe de ser livres. Que mundo primitivo.
Quando meu povo descer sobre este mundo, tudo isso mudará. As fêmeas
estarão livres para escolher seus companheiros - e elas escolherão
sabiamente, tenho certeza. A conexão do destino entre dois que estão
destinados a ficar juntos... nem mesmo uma fêmea humana pode ser tola o
suficiente para ignorar isso.
Minha atenção se volta para os guardas armados.
Sua armadura de metal é adornada com um símbolo estranho: uma caveira
vermelha dentro de um triângulo. Esses homens - eles são os primeiros que
encontrei com a tecnologia que está além da idade das trevas. Eu preciso
Consertar minha nave para enviar uma mensagem para alcançar meus
irmãos, e precisarei de tecnologia nova para fazer isso.
Esses homens são a melhor chance que tenho.
Minha mulher muda seu corpo um pouco mais para perto do meu. Envolvo

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meu braço em volta do ombro dela e a puxo para perto. Não quero nada mais
do que libertar essas fêmeas, mas proteger minha companheira é minha
principal prioridade. Vou levá-la para a segurança de minha nave, e depois
seguirei a trilha destes homens.
A tecnologia deles será minha.
Suas fêmeas estarão livres.
Este mundo será dos Kaizon.

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Capítulo 12

JADE

A visão das escravas ainda me deixa cambaleando. Se Vuka não aparecesse


quando apareceu, eu estaria nessa linha também. Todos eles estão marchando
em direção a mansão do governador Livingston. E o que acontece lá...
ninguém sabe.
As meninas são enviadas para lá às dezenas. Ninguém jamais retornou. Minha
pele se arrepia com o pensamento. Felizmente, eu tenho Vuka.
Ele está liderando o caminho, abrindo uma trilha através da floresta coberta
de vegetação para mim. Não posso ajudar, mas admiro sua força e ritmo; é
uma luta acompanhá-lo.
Na verdade, tenho tanta sorte de tê-lo que me sinto culpada. Por que fui
resgatada? Eu sou apenas uma ninguém. Por outro lado, ainda não tenho
certeza para onde ele está me levando ou quais são suas intenções..., mas se
ele fosse me machucar, ele poderia ter feito isso há muito tempo. Ele não me
mostrou nada além de bondade.
E seu pau alienígena gigante. Ele me mostrou isso também.
Meu destino está em suas mãos agora, para melhor ou para pior, e tudo o que
posso fazer é confiar nele. Se eu pudesse encontrar uma maneira de conversar
com ele, e aprender sua língua... então poderíamos realmente ter uma chance.
A resistência pode se tornar mais do que um sonho que Makayla está sempre
tagarelando quando ela toma cidra demais.
Ele é uma máquina de matar gigante com chifres. Tão rápido quanto um raio,
tão forte quanto uma dúzia de homens. Ele é nosso ás na manga. Com ele ao
nosso lado, poderemos realmente lutar contra o governador, contra Kane,
contra os atacantes, contra todos.
Eu vou aprender o idioma dele. É assim que eu posso salvar todos. Pode levar
meses, até anos, mas isso é maior do que apenas eu. Isto é por todas as
mulheres do planeta.
Vuka para na grama e brinca com alguma coisa. Leva um momento para
perceber que ele escondeu algum tipo de máquina na grama. Ele abre e pega

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uma caixa grande. Isto lembra vagamente algo que Makayla me mostrou uma
vez. Um controle - ela chamou.
Eu nunca entendi o que o controle tinha a ver com aquela pequena caixa e o
que aconteceu ao bater os botões, mas, novamente, eu nunca entendi as
convenções de nomes do século XXI para começar.
Normalmente, quando Makayla me diz outra mentira aleatória, eu sorrio,
aceno e finjo entender a tagarelice que ela acabou de dizer. Sim, armas novas
e perigosas causaram o nosso quase fim.
Você está certo, se pudéssemos colocar nosso dongle2 na nuvem
ajudaria.
Absolutamente. Eu também gostaria de ter um livro de rostos.
Eu não quero que ela pense que sou burra, então repito o que ela está
dizendo. Ela é tão brilhante, eu não conseguia entender tudo isso, mesmo que
tentasse. História, ciência, ficção – ela devora todos os tipos de livros como se
a vida dela dependesse disso.
E talvez sim. Ela sempre alegou que começaria a Revolução, e é por isso que
Makayla está estudando civilizações, agricultura e física e tudo mais em que
ela pode colocar as mãos. Secretamente, pensei que era apenas uma maneira
dela se ocupar, de aliviar o estresse do perigo real em que estamos todos os
dias. Eu sonho com um mundo perfeito sempre que tenho chance, um mundo
em que não precisamos mais nos esconder, onde todos nós podemos ser livres.
Eu pensei que isso seria um sonho para sempre.
Com Vuka do nosso lado, as coisas podem mudar.
Meu sequestrador alienígena me leva em direção à boca de uma grande
caverna. Eu nunca estive nesta parte da floresta antes, fica a quilômetros de
distância da nossa casa. Seu passo acelera, e eu luto para acompanhá-lo.
Onde quer que ele esteja me levando, devemos estar perto.
— Eu sei que você curou meu tornozelo, mas isso não significa que eu posso
andar tão rápido como você, tempestuoso. — Eu bufei. — Você pode diminuir
a velocidade por um minuto?
Vuka se vira e rosna animadamente, apontando algo à frente. Aperto os olhos.
Isso não pode ser real.
Aquilo é uma…

2
Dongle, ou hardlock, é um dispositivo externo conectado a um computador, utilizado para restrigir o
uso de um determinado programa.

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Uma nave espacial.
— O que? — Eu gaguejo como uma tola. — Isso é o que eu acho que é?
Vuka agarra meu braço e me puxa para mais perto do navio, marchando
duramente em direção à engenhoca de metal longa e brilhante. Tem o formato
de uma agulha, longa e elegante. Eu acho que já viu dias melhores – lá há
marcas de queimadura por todo o lado e alguns painéis estão faltando.
— Espere aquela bola de fogo voadora que vi acima de Irontown. Era você! —
Eu digo, lutando para contenha minha emoção.
A única vez que vi algo assim é nos livros de figuras. Eu sabia o tempo todo
que ele era alienígena, mas ver sua nave espacial realmente confirmou isso.
Ele é de outro mundo.
Vuka abre uma escotilha e desliza para dentro. A nave acende com um
zumbido suave, ronronando como um gato.
— Espere, não vamos sair, não é? — Digo. — Nós não podemos ir. Eu preciso
de você. Aqui.
O gigante alienígena gesticula para eu entrar. Cruzo os braços e continuo
parada desafiadoramente.
— Não vou a lugar nenhum, digo. Não vou dar as costas aos meus amigos.
Nem mesmo por você. Ou pela chance de ir para o espaço e deixar esse mundo
escuro e horrível para trás...
Enquanto digo, sinto o puxão no meu coração. Como seria maravilhoso
simplesmente ir. Deixar tudo para trás. Kane, Irontown, o governador
Livingston - tudo isso.
Quem sabe que tipo de mundos existem, entre as estrelas? Eu pensei que
estávamos sozinhos, mas agora eu sei. Tenho certeza de que Makayla, Dev e
Zoey me diriam para aproveitar esta chance, escapar...
Mas não posso.
Não as abandonarei. Se eu for, todas elas vão. Elas são minhas irmãs, e isso é
definitivo.
Vuka vem até mim, agarra minha cintura e me joga por cima do ombro.
— Ei, pare com isso! — Eu grito meus punhos batendo em suas costas. —
Quero dizer, eu não estou indo a lugar nenhum!
Minha declaração cai em ouvidos surdos. Vuka não me entende, ou ele
simplesmente não se importa, porque ele marcha pela passarela comigo me

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arremessado por cima do ombro.
Ele puxa minha capa para o lado e faz um ataque dando umas palmadas bem
no minha bunda exposta.
— Pare com isso! Não vamos fazer isso de novo!
Outro golpe atinge minha bunda. Mordo meu lábio inferior, tentando o meu
melhor para não deixar as endorfinas obscurecem meu julgamento.
Não podemos passar por isso novamente. A surra, o orgasmo alucinante - não
podemos. Estou delimitando uma linha aqui. Não importa o quão bom este
alien de três metros de altura possa empurrar meu botões, não importa o quão
hábil seja sua língua.
Minhas irmãs são mais importantes que isso.
Tapa!
Outra tapa atinge minha bunda. Eu nem estava lutando com Vuka naquela
época. Ele só está fazendo isso por seu próprio prazer neste momento! Engulo
o nó na garganta, me preparando para ficar focado, não importa o quê.
Meu captor alienígena me coloca de volta no chão e aponta para um monitor.
Ao invés de seguindo suas instruções vagas, eu me escondo entre suas pernas
e corro para a saída o mais rápido que meus pés descalços podem me
carregar.
Podemos ter essa conversa quando estivermos fora desta nave!
Vuka leva meio segundo para envolver seus braços fortes em volta da minha
cintura e me puxar para trás. Por seus grunhidos, sinto sua agitação e, no
momento seguinte, ele aperta meus tornozelos e pulsos em ligações de ferro.
— De onde eles vieram? — Eu digo, lutando contra as correntes. Elas voam,
Deixando-me pendurada indefesa no ar, completamente suspensa, nua e
disponível.
Minha boca fica seca. Ele vai-me foder assim, quando eu estiver
Absolutamente desamparada?
Os olhos de Vuka mudam de cor quando ele olha para o meu corpo nu e
exposto. A protuberância debaixo de sua armadura de couro é grossa, e meu
coração dá um pulo quando vejo o contorno de seu pênis se contraindo.
Eu não deveria gostar de ser amarrada por este guerreiro alienígena. Eu
deveria estar furiosa com ele - e eu estou, ou pelo menos uma parte de mim
está - mas a maior parte de mim está ligada além da minha vontade.

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Sua garra traça através da minha coxa e depois aponta para a tela
decisivamente. Uma
luz pulsante verde no monitor chama minha atenção e, quando olho para ele,
o resto do lugar parece desaparecer.
Caio em um buraco hipnótico, pois o tempo parece lento. Na beira da minha
visão, vejo símbolos e hieróglifos estranhos, e ouço vozes, tantas vozes
diferentes, que me faz querer gritar. Fecho os olhos e tento bloquear tudo, mas
não há como parar isso. Sinto que estou ficando louca com séculos de
conhecimento sendo transferidos para meu cérebro.
— Transmissão linguística completa. —Diz uma voz plana.
— Quem disse isso? — Eu gaguejo, piscando. Minha visão ainda está
embaçada. Lenta mas seguramente, a nave volta ao foco. Um formigamento na
parte de trás do meu crânio se espalha para a frente.
— Como você se sente, Yja-deh? — Vuka me pergunta.
— Estive melhor. — Eu digo. Há um gosto metálico na parte de trás da minha
língua, e eu ainda posso ver pontos onde os hieróglifos apareceram. Só que
agora não os vejo como estranhos e desconhecidos glifos alienígenas. Eu vejo
palavras. Tópicos.
Assuntos. Histórias inteiras.
Kaizon.
Kysus.
Vukaror.
Calamidade.
Nera.
Estas são apenas algumas das palavras que acabei de ver, palavras que não
tinham significado para mim antes, mas agora sinto o conhecimento
formigando na parte de trás do meu crânio, como se eu tivesse acabado de
abrir uma enciclopédia.
Kaizon é como seu tipo é chamado. Kysus é seu mundo natal, um planeta
inteiro cheio de guerreiros como ele, embora ele seja especial por si próprio.
Vukaror é o Grande Rei, o lider das Sete Casas, e de seu povo. Uma doença
trouxe seu mundo à beira do colapso, e é por isso que ele veio à Terra.
Para encontrar sua nera. Para me encontrar. Aquela que o completará, que lhe
dará filhos, isso salvará sua espécie...

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Espere o que?
Olho para os olhos preocupados e em constante mudança de Vuka com um
olhar chocado.
— A transferência pode custar muito. — Diz ele. Sua voz é um murmúrio
alienígena baixo, o mesmo como sempre, agora, de repente, sei o que está
dizendo. — Fico feliz em ver que você possui a inteligência necessária para
uma transferência bem-sucedida. Eu suspeitava, mas ver isso me deixa ainda
mais orgulhoso de te chamar de minha nera.
Há palavras saindo da boca dele... palavras que eu entendo.
Essa é nova.
— O que os diabos estão acontecendo? — pergunto, arrepiada.
Vuka se ajoelha, para que fique nivelado comigo, e eu não estou apenas
olhando para sua virilha.
— Você acabou de aprender minha língua, Yja-deh.
— É Jade. —Eu digo.
— Yadeh.
— Jade.
— Yade.
— Perto o suficiente.
Ele arqueia uma de suas grandes e impressionantes sobrancelhas.
— Então, eu não estou ficando louca? — Pergunto. — Isso não foi uma, muito,
muito longa alucinação?
— Posso garantir que sou tão real quanto as estrelas centrais e as estrelas
Distantes. —Responde Vuka.
— Agora, precisamos que o computador médico da nave faça uma varredura
em você.
— Você não vai me soltar primeiro?
— Não. —Ele diz resolutamente.
— Por que não?
— Você tentou fugir.
— Para ser justa, você está meio que me sequestrando.
O rosto dele não revela emoções. — Eu salvei você, mulher.
— Talvez, mas não estou deixando a Terra!
— Nem eu.

71
— Boa. Então você pode me deixar ir, agora que estamos entendidos.
Ele pensa por um momento. — Não. Você precisa ficar parada para a
digitalização.
— Por quê? — Eu respondo, fechando os olhos. O latejar na minha cabeça não
vai desaparecer. Eu aprendi mais nos últimos dois minutos do que nos vinte
anos anteriores. Minha cabeça parece que vai explodir.
— Porque eu preciso saber se a sua fisiologia é compatível.
— Por quê? — Eu pergunto, embora, no fundo da minha mente, eu já saiba a
resposta.
—Porque, para que você possa me dar filhos, é claro. —Diz ele. — Isso não
estava claro?
Sua mão desliza pela minha coxa, suas unhas afiadas arrastando pela minha
pele macia.
— O futuro dos Kaizon depende disso. Se formos compatíveis, podemos
começar o processo de acasalamento imediatamente. Quanto antes você se
acostumar com a minha semente, melhor.
— O que? Agora? — Eu gaguejo, tentando entender as palavras que ele acabou
De dizer.
Processo de acasalamento?
Aclimatação de sementes?
Ele está falando sobre...
— Sexo! — Eu grito alto.
Vuka assente. — Essa é uma maneira de descrevê-lo, correto.
Seus olhos assumem um brilho laranja que agora reconheço como seus olhos
de luxúria enquanto ele se delicia com o meu corpo nu.
Meus pensamentos se voltam para os momentos que já compartilhamos. A
maneira como ele me espancou, então autoritariamente, de forma dominante.
E, claro, como eu poderia esquecer a maneira como ele me comeu e depois me
cobriu com sua semente?
A sensação de prazer foi tão grande que eu desmaiei - literalmente.
Eu sabia o tempo todo para onde isso estava indo, mas acho que tenho me
enganado.
Vuka deixou bem claro o que ele quer agora. Colocar um bebê alienígena
dentro de mim.

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— Fora de questão! Eu mal te conheço!
— Você é minha nera. —Ele rosna ferozmente. — Minha companheira
predestinada, minha verdadeira parceira! Eu sinto com todas as fibras do meu
corpo. Você sente isso também, não é, Yade? A conexão que temos, tanto
espiritual e físico. A saudade. O desejo. A necessidade.
Todas as palavras que ele está dizendo são verdadeiras. Eu sinto uma
conexão. Eu sinto uma atração mais forte do que a necessidade de respirar. E
é exatamente isso que me assusta. Nunca senti nada parecido. E é
absolutamente aterrorizante.
— Acho que você entendeu errado. — digo. — Eu sou apenas uma ninguém.
Eu definitivamente não sou á última esperança do seu tipo. Eu não posso nem
ser responsável pelo meu próprio café da manhã!
Com um movimento do pulso, as correntes se movem e giram, de modo que
agora estou pendurada de cabeça para baixo, minha bunda nua no ar. Sua
Palma aberta dá um tapa na minha bunda exposta com força.
— Ninguém fala sobre minha nera assim. —Ele rosna. — Nem mesmo você.
— Mas... Eu estou falando sobre... mim.
— Sim. E você é forte. Inteligente. Engenhosa. Você sobreviveu neste mundo
onde as fêmeas não estão seguras. Acertei?
— Bem, sim.
— Isso não deve ser fácil.
— Não é.
Ele levanta as sobrancelhas como se dissesse que acabou de vencer a
discussão. Não acredito que estou discutindo sobre como sou inútil com um
alienígena de mais de dois metros e quarenta de altura, apenas para
convencê-lo a que eu realmente não quero mais nada além ele calar a boca e
me levar, mas aqui estamos nós.
A vida trabalha de maneiras misteriosas.
— Eu tive a ajuda de minhas amigas. E elas precisam de mim agora.
Vuka se inclina para frente, seus chifres roçam nas minhas coxas, enquanto
ele cheira minha umidade. Eu não posso me ajudar - estar atada assim está
fazendo meu corpo reagir.
— Navio, escaneie a fêmea humana — Ele comanda.
— Afirmativo. — Responde uma voz plana.

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Eu sou momentaneamente banhada em luz brilhante.
— Digitalização concluída. As fêmeas humanas são cem por cento compatíveis
com a fisiologia de Kaizon.
— Perfeito.
A armadura de Vuka cai no chão com um baque pesado. Meus olhos viajam
por suas pernas musculosas, incapaz de desviar o olhar. Aí está.
Seu grosso, longo, sulcado, dourado, perfeito pau alienígena.
Duro, veemente e palpitante de desejo. Meu corpo fica molhado à simples
visão dele, apesar das minhas objeções mentais.
Vuka se inclina para frente e enterra o rosto entre as minhas pernas, suas
mãos segurando um forte aperto me segurando quando sua língua entra em
mim.
— Seu perfume me deixa louco. — Ele rosna entre beijos molhados e
desleixados. — Eu não posso resistir a você.
Meus olhos rolam para a parte de trás da minha cabeça enquanto ele me
lambe. Sua língua bifurcada atinge em todo lugar, toda dobra, toda fenda,
todo ponto sensível. E estou absolutamente desamparada, tudo o que posso
fazer é aproveitar.
— Eu vou levá-la. — Ele rosna, suas palavras apenas fazendo meu núcleo
queimar mais forte. — Eu vou fazer você minha.
A cabeça do seu pau roça na minha bochecha. Abro meus olhos para ver seu
pênis grosso balançando a centímetros do meu rosto. Superada pela luxúria,
faço a única coisa sensata.
Inclino-me para frente e pego a cabeça do seu pênis Kaizon na minha boca.
Ele rosna com prazer quando minha língua o envolve. Sua enorme garra é
colocada no meu pescoço, segurando-me no lugar enquanto ele empurra para
frente, forçando polegada após polegada de seu pau grosso pela minha
garganta.
— Seus buracos foram feitos para o pau Kaizon. — diz ele. — No momento em
que te vi, eu sabia que ia fazer você minha.
Concordo com a cabeça enquanto engulo seu comprimento, saboreando o
sabor e a sensação. Sim eu sou sua, penso comigo mesma. Use-me, seu
bruto alienígena.
Sua língua me traz cada vez mais alto enquanto ele lambe ritmicamente com

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batidinhas o meu clitóris inchado. O sentimento de sua língua na minha
buceta e seu pau na minha boca, está me fazendo ver estrelas. Tremendo e
delirando, eu venho, gritando seu nome.
Não há descanso para os ímpios, no entanto. Vuka me vira, para que eu esteja
deitada horizontalmente, minhas pernas abertas pelas correntes, meu corpo
completamente disponível para ele.
O guerreiro alienígena coloca a cabeça grossa de seu pau contra a minha
entrada molhada, batendo ele contra o meu clitóris dolorido, e estremeço de
prazer. Apesar de estar molhada, não sei se posso aguentar essa espessura.
Vuka se inclina, seu corpo enorme se elevando sobre mim. Eu olho para ele,
Nossos olhos se encontram e, naquele momento, sinto uma profunda conexão
espiritual. Ele se inclina e me beija, sua língua invadindo minha boca, e eu o
recebo. Congratulo-me com a sua língua bifurcada, suas presas afiadas
pressionando contra meus lábios, seus chifres batendo contra minha testa. Eu
dou as boas-vindas ao seu pau entrando em mim, me abrindo quando ele
empurrou seus quadris.
Eu grito seu nome em uma mistura de prazer e dor, enquanto sou preenchida
por um homem pela primeira vez na minha vida. E não qualquer homem, mas
um de mais de dois metros e meio de puro músculo, uma perfeição de
alienígena.
Nossas línguas se encontram quando seus quadris se movem, cada impulso
enterrando outro centímetro de seu pau profundamente dentro de mim. Suas
mãos fortes se movem para a minha cintura e ele me segura no lugar
enquanto martela a si mesmo em mim.
Sua pele cor de nuvem de tempestade contrasta lindamente com a minha
enquanto nos acasalamos, enquanto nos rendemos aos nossos desejos mais
primitivos.
Cada impulso envia onda após onda de prazer percorrendo minhas veias. Eu
teria subido nele desde a primeira noite se soubesse o quão bom seu pênis
seria dentro de mim!
— Você vai gozar dentro de mim? — Eu pergunto, delirando de desejo.
Ele sorri. — Este é apenas o começo, minha nera.
Vuka me vira com um movimento rápido. Antes de me orientar, ele já está
dentro de mim, me fodendo por trás como um animal. Parece tão profundo

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nesta posição, ele desliza em mim todo o caminho até o punho. Seu quad, o
saco pesado que carrega suas quatro bolas, dá um tapa no meu clitóris a cada
impulso, e eu me pego implorando por sua libertação. As mãos poderosas dele
batem na minha bunda até minha pele ficar vermelha, as sensações me
levando quase a enlouquecer de tanto prazer.
Depois do que parece uma hora de prazer contínuo, meu amante alienígena dá
um passo para trás. As correntes me viram de novo automaticamente, agora
estou de frente para ele. Seu corpo está pingando suor, seu pau com nervuras
Em pé ferozmente, pulsando para cima e para baixo. Meus olhos estão focados
como um laser nele, comprometendo essa visão a minha memória
permanente.
— Você vai vir agora? — Eu imploro. A lembrança da última vez que ele veio
em mim é ainda fresca em minha mente, e meu corpo anseia por uma
repetição.
Vuka acaricia lentamente a base de seu pênis enquanto olha para mim
através da abertura, olhos cor de pôr do sol.
— Não quero mais nada. —Diz ele. — Mas seu corpo... não está pronto.
— O que você quer dizer?
— Minha semente é potente. Ele agarra seu quadrilátero para ilustrar. Eu
tenho medo que seu corpo humano frágil pode não ser capaz de lidar com todo
o meu poder.
— Tente. —Eu mordo, soprando uma mecha de cabelo do meu rosto. — Eu
não sou uma flor frágil, você sabe. Você pode me foder. Você pode explodir
toda a sua carga dentro de mim, eu posso aguentar.
Vuka joga a cabeça para trás e ri. — Você está cheia de surpresas, minha
nera. Todas as mulheres da Terra são tão ferozes quanto você?
— Pode apostar.
— Então meus irmãos vão gostar de conquistar este planeta.
Eu molhei meus lábios secos. — Conquistar?
Ele assente, uma mão ainda acariciando preguiçosamente sua ereção maciça.
— Meu povo virá, e eles levarão as fêmeas, e juntos, começaremos um novo
Mundo.
Estou com muito tesão para pensar direito. Uma invasão de alienígenas cheios
de tesão? Isso é uma coisa ruim? Parece bom para mim agora, espalhar as

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pernas, pingando sucos, mas eu talvez não seja a observadora mais neutra
neste momento.
— Você vai ficar ai e se gabar o dia todo, ou vai me foder? Eu pergunto.
As sobrancelhas dele se abrem. — Você se atreve a me desafiar?
— Eu não te desafio, te desafio em dobro.
— O quê? — Ele rosna.
Ele dispara para frente, uma mão deslizando ao redor do meu pescoço, a outra
segurando minha cintura enquanto ele coloca a cabeça de seu pau duro
contra a minha entrada molhada.
— Faça isso. — Eu assobio, com tesão e o desejo.
Com um impulso pesado e duro, ele se enterra completamente dentro de mim,
seu pênis encaixado em mim todo o caminho até o punho, centímetros e
centímetros de nervuras, de seu pau Kaizon me fazendo ver estrelas. Envolvo
minhas pernas em volta de sua cintura o melhor que posso com meus
tornozelos acorrentados e o puxo mais fundo.
Eu quero ele todo o caminho dentro de mim.
Eu quero sentir seu pênis gozando.
Quero cada gota do seu potente esperma.
Eu quero tudo.
Vuka afunda suas presas afiadas no meu ombro enquanto ele empurra como
um selvagem, seu quadril contra a minha bunda a cada golpe profundo e
primitivo.
— Sim. — Eu ofego lascivamente. — Oh, porra!
Ele me pega com um beijo, nossas línguas se entrelaçam enquanto Vuka
explode profundamente dentro de mim com um rugido pesado e baixo. Seu
pau bate e pulsa enquanto ele bombeia carga após carga de seu calor, que
bate profundamente dentro de mim. Sou instantaneamente levada ao
orgasmo. Meu corpo inteiro treme e treme, cada gota de seu esperma
parecendo o néctar dos deuses para mim.
Vuka me beija de novo e de novo, uma mão apoiada na minha bochecha. Eu o
beijo de volta, meus olhos rolando para longe quando eu gozo novamente, e
novamente, meu corpo inteiro tremendo ferozmente.
Ele estava certo - eu não aguento. Seu quadrilátero produz uma quantidade
profana de semente, e eu sinto minha consciência desaparecer, o prazer

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simplesmente grande demais para meus neurônios.
Se é assim que vou morrer, de tanto gozo? Meu alienígena faz valer a pena,
será uma boa morte.

78
Capítulo 13

VUKAROR

A fêmea humana é teimosa. Eu disse a ela que não podia lidar com minha
semente potente, queria dominá-la. E a mulher não ouviu. Ela me desafiou. E
me desafiou duas vezes.
Ninguém ousa desafiar um guerreiro Kaizon.
Ousadia dupla... isso é inédito.
Ela é imprudente. Preciso domar minha nera se quisermos reconstruir a
sociedade Kaizon. Eu olho para a frente. Não será fácil, com alguém tão
selvagem quanto ela, mas eu aprecio a oportunidade.
Levanto o cobertor e olho para sua pele pálida e bonita. Seu peito sobe a cada
respiração, seus mamilos rosados projetando-se para cima. Se eu não tivesse
administrado um tranquilizante, ela teria tido orgasmos até a morte. Yade até
tentou me impedir; o prazer foi ótimo para ela. É um jogo perigoso que
estamos jogando.
Meus dedos descem por seu pescoço, passando por seus seios e sua barriga,
até sua linda e hipnotizante boceta. Esta delicada flor rosa guarda o futuro da
minha espécie e o maior prazer que já desfrutei.
Eu devo sentir o cheiro.
Eu beijo meu caminho pelo seu corpo nu. Yade se mexe enquanto dorme, mas
ela não acorda até minha língua estar entre as pernas dela.
— O quê? — ela meio boceja, meio geme, enquanto seus dedos se movem
para o meu cabelo. — Oh merda, esse é o lugar.
— Bom dia. —Eu digo, dando um grande beijo em suas dobras molhadas. —
Eu não pude resistir.
— Você é insaciável. —Diz ela.
— Você é deliciosa.
Eu a tenho vindo em questão de minutos, usando meus dedos e minha língua
para trazê-la gozar. Felizmente, desta vez não preciso tranquilizá-la.
Meus lábios traçam seu caminho pelo corpo dela, e ela agarra meu pescoço e
me beija profundamente.

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— Você é incrível. —Ela declara. — O que eu fiz para merecer um homem
como você?
— Eu posso pensar em algumas boas razões. —Eu rosno, meu pau
descansando contra suas coxas macias. Eu não quero nada além de abrir as
pernas e deslizar de volta, mas tenho grandes planos para hoje. Não posso
desperdiçar muita luz do sol.
— Conte-me.
— Não.
— Por que não? — Ela diz.
— Seu ego vai ficar muito grande.
— Meu ego? — Ela ri. — E o seu, senhor eu sou o maior guerreiro que já
existiu?
— Isso é diferente.
— Como isso é diferente?
— Porque isso é um fato.
Yade joga a cabeça para trás e ri. Pego a mão dela e a conduzo aos chuveiros,
onde ensaboo seu corpo cheio de curvas, apreciando cada centímetro de seu
corpo perfeito, Pura perfeição.
— Por que você está me olhando assim? — Ela pergunta timidamente.
— Assim como?
— Como se eu fosse a coisa mais linda que você já viu.
— Porque você é a coisa mais linda que eu já vi.
— Absurdo. Você vem do espaço sideral. Tenho certeza de que existem
paisagens mais requintadas do que meu corpo.
Eu puxo seu corpo molhado e nu para perto e descanso meus chifres contra
sua testa. Eu tenho certeza que seus olhos verdes estão focados em mim e só
em mim.
— Eu viajei pelas planícies de Kysus. Eu escalei o Monte Alrox, naveguei
através do mar interior e assisti ao pôr do sol. Eu vi tudo o que há para ver, e
você precisa acreditar em mim quando digo que nunca vi nada tão bonito
Quanto você. Seu nariz enruga quando você sorri o jeito que seus lábios
carnudos ficam abertos quando eu lambo seu botão de prazer, a maneira
como sua bunda ondula quando eu bato nela - eu trocaria todas as visões da
galáxia por isso.

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—Humm! —Diz ela, suas bochechas queimando em vermelho brilhante de
vergonha. — Eu não sabia que você poderia ser tão poético. Exceto pela última
parte, sobre o...
— Você quer dizer o jeito que sua bunda e coxas balançam quando eu as
golpeio? — Eu digo. — Ou o como sua boca fica aberta quando deslizo meu
pau em você e vejo seus olhos vidrados, seus lábios se curvam para cima, seu
corpo se rende.
— Sim, exceto essa parte. —Diz ela, sua respiração agora pesada. — Isso não é
poético. Isso é apenas quente.
Sua mão desliza pelo meu corpo nu em direção ao meu pau duro latejante.
Tudo isso reanimou minha ereção e meu corpo está pronto para partir.
— Você é ruim, sabia disso? — Diz Jade. — Um garoto mau. Eu sou virgem.
Ou eu era. E agora você me fez querer o seu pau alienígena. Toda a minha
vida me perguntei como seria o sexo. Eu nunca imaginei que pudesse ser tão
bom.
Ela desliza em direção aos joelhos e olha para mim, seus lindos olhos verdes
cheios com reverência. Sem quebrar o contato visual, Jade se inclina para a
frente e beija meu eixo. As mãos dela movendo-se para a base do meu pau
enquanto ela me adora oralmente, plantando beijos por todo o meu pau
latejante. — Agora é minha vez de fazer você se sentir bem. —Diz ela entre
beijos.
Agarro seu cabelo curto e escuro e a alimento com meu pau, centímetro após
centímetro dele. Assistindo seus lábios carnudos engolindo meu pau, e sua
língua envolvendo minha cabeça dourada, é uma visão que eu nunca irei
esquecer. Uma mão brinca com meu quadrilátero enquanto a outra acaricia
minha base, seus lábios colados em meu pau.
Os sentimentos familiares constroem dentro de mim, e desta vez não recuo.
Eu solto um gemido primitivo quando entro na boca da minha nera. É demais
Para ela engolir, embora ela faça o seu melhor, e minha semente escorre pelos
cantos da boca. E Jade abre a boca para respirar e meu pau escapa, os
últimos fios do meu potente esperma quente pintando seus seios redondos e
cheios, cobrindo completamente os mamilos duros.
— Puta merda. —Diz ela, lambendo os lábios e esfregando meu sêmen em sua
pele. — Seu esperma tem gosto de morangos.

81
Eu a puxo para seus pés e dou um beijo profundo em seus lábios. — Minha
semente é para sua boceta. —Eu rosno enquanto eu a acaricio. — Não
devemos desperdiçá-lo na sua boca.
— Você não gostou do que fiz?
— Sim, gostei muito.
— Você tem porra suficiente para me bater vinte vezes - Ela ri. — Eu não
penso que um pouco aqui e ali será um problema. Além disso, eu também
gosto muito do sabor.
Não consigo reprimir um sorriso. — Você está com tesão, minha nera.
— Estou com tesão? — Ela dá um tapa de brincadeira nos meus dois chifres.
— Você é quem tem chifres reais aqui, — Ela acena. — Além disso, é o seu
ridículo pau alienígena que está me fazendo agir dessa maneira descarada.
Não ponha a culpa em mim. É tudo você!
— Vamos fazer uma trégua. —Digo enquanto entrego uma toalha a ela. —
Devo pedir a nave que crie uma roupa para você?
— Oh Deus, sim. —Diz Jade. — Estou ficando muito cansada de ficar nu o
tempo todo.
— Não digas mais nada.
Eu assisto contente enquanto minha nera saboreia seu café da manhã. Ela vai
precisar de toda a nutrição possível para nossos filhos crescerem dentro dela.
— O que você acha da roupa?
Ela olha para a armadura de couro que adorna seu corpo bem torneado. —
Não é exatamente o que eu tinha em mente quando você disse roupa, mas é
funcional. Vamos manter assim.
— Você parece uma rainha guerreira feroz.
— Sinto que estou prestes a me juntar a uma gangue de motoqueiros.
Eu levanto minha cabeça. — O que é isso?
Ela acena meu comentário. — Algo que Makayla gosta de ler, é uma velha
Coisa da terra. Esqueça isso. Há coisas mais urgentes sobre as quais quero
falar.
— Vai ter que esperar. — Digo enquanto olho pela janela. — O sol já atingiu
seu ponto alto. Perdemos o dia fornicando. Todo dias que não envio um sinal
para os meus irmãos é aquele em que a destruição total de nossa espécie se
aproxima. Eu preciso enviar um sinal.

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— O que você quer dizer? A nave está funcionando bem, certo?
— Não. A energia está ligada, sim, mas o chip de comunicação está danificado.
— O que isso significa?
— Isso significa que não posso enviar uma mensagem de volta para casa. Eu
pretendo caçar as caveiras vermelhas e invadir sua base. Eles parecem
possuir o máximo de tecnologia.
— O que, homens do governador Livingston? Você pretende ir para lá? Você
está falando sobre os escravos, certo?
— Correto.
— Você não pode fazer isso. Ele tem canhões reais. Ele fará você em pedaços!
— Você não aprendeu nada, humana? Eu sou Kaizon! — Eu rosno. Como ela
pode duvidar de mim? Eu bato no peito com o punho para ilustrar meu
argumento.
— Sim, mas você também é mortal. Pelo menos, eu acho que você é? Estou
certa? Sim você é. Mas ainda assim não quero vê-lo reduzido a pó.
— Você fala como se tivesse uma escolha no assunto.
Seus olhos verdes brilham com fúria. — Você está dizendo que não?
— Afirmativo. Você ficará aqui. Este mundo é muito perigoso para você.
— Do que diabos você está falando! — Ela cospe. — Primeiro não sou sua para
ficar trancada em algum lugar. Eu não troquei uma prisão humana por uma
Kaizon, entendeu?
Eu inclino minha cabeça para o lado. O desafio contínuo da mulher me
intriga. — É seguro aqui. —Eu digo. — Seria imprudente você sair. Você tem
tudo o que precisa aqui.
— Eu tenho Tudo? Você tem certeza disso? — Ela bufa. — Para o seu registro,
tudo o que já fiz é imprudente. Essa é minha marca registrada. Foi assim que
acabei aqui com você, milhas longe de casa, longe das pessoas que precisam
de mim. Sim, isso é certo, eu tenho pessoas também. Zoey. Dev. Makayla.
Minhas irmãs. E elas precisam da minha ajuda. Mas você não pensou em
perguntar sobre elas, pensou? Não me interpretem mal, a coisa toda
alienígena que você tem falo sobre salvar sua espécie, é fascinante, realmente,
mas eu tenho uma vida também. E você não é o centro disso.
— Já ouvi mais do que suficiente. Eu não tenho tempo para isso. Eu sou
Vukaror, Grande Rei...

83
— Não vai falar assim comigo.
— Você vai ficar aqui. —Eu rosno. — E ponto final.
Ela ainda está me xingando quando tranco a nave atrás de mim. Vou ouvir a
história dela depois, mas minha missão não pode esperar.
Ao partir para a floresta, ouço a voz de Wranar na parte de trás da minha
cabeça, meu pequeno irmão me dizendo que eu sou teimoso e, às vezes,
completamente errado. Ele é o caçula, mas é um consultor inestimável.
Cale a boca, Wranar. Você não está aqui para ajudar. Eu tenho que
domar essa fêmea humana do meu próprio jeito.
E eu estou fazendo uma bagunça.

84
Capítulo 14

JADE

Eu não posso acreditar nesse idiota arrogante!


Ele é um deus na cama, um anjo da guarda quando necessário, mas um bom
ouvinte, Vuka, não é. Ele me trancou nesta nave, tudo porque eu não
concordo com ele, porque eu tenho uma vida e tentei alertar sobre o perigo. Eu
realmente pensei que ele iria me ajudar, mas talvez o alien não seja tão
diferente dos machos humanos, afinal.
Bem, se ele acha que eu vou sentar e ser sua esposa humana mansa e
obediente, ele sequestrou a mulher errada.
— Computador, abrir portas. Computador. Computador? Ativar. Solte as
travas da porta. Abri-te sésamo. Destranque a porta. Deixe-me sair.
— Não. — o computa da nave responde categoricamente.
— O que você precisa para abrir a porta?
— A fechadura está codificada com o DNA de Vukaror.
— Droga. Se ao menos eu tivesse...
Espere um minuto quente. Hoje de manhã, Vuka deixou seu DNA, bem, em
cima de mim. Vale a pena uma tentativa.
Inclino-me para frente e planto meus lábios na tela de toque ao lado da porta.
— Porta destrancada! — O navio emite um bipe feliz.
Funcionou!
Agora vou encontrar Vuka e dar a ele o troco. Sua trilha fica óbvia na grama
alta, e eu sigo o caminho que ele traçou. Enquanto isso, eu ensaio meu
discurso na minha cabeça. Como você se atreva! Quem você pensa que é?
Se eu sou realmente sua nera, como você diz, então você pode começar
usando seus grandes ouvidos e escutar pela primeira vez! Algo parecido.
Eu entendi que ele quer entrar em contato com seus irmãos, mas eles estão no
meio do universo, e minhas irmãs estão aqui e precisam de ajuda agora.
Enfiar isso através de seu crânio grosso será um grande desafio, no entanto.
Conhecendo Vuka, ele provavelmente apenas vai rasgar minhas roupas e me
foder de novo.

85
Eu tenho que ter certeza de não o deixar fazer isso. Ou aproveitar tanto
enquanto ele assume o controle. Ambas são tarefas excepcionalmente difíceis.
Meu coração palpita quando vejo o corpo maciço de Vuka agachado atrás de
um tronco de árvore. O alivio enche meu peito e marcho em sua direção, e ele
se vira para mim, seus olhos radiantes crescendo de surpresa, antes de o alien
faz um sinal para eu ficar quieta. Por cima do ombro, vejo outro procissão de
escravos passar na estrada principal, um novo lote de meninas sendo
conduzidas à sua destruição.
— Como você escapou? —Ele sussurra.
— Longa história.
Meu estômago se transforma em pedra enquanto observo as meninas
capturadas passando por nós. A marca de Livingston está queimado nas
costas de algumas garotas. Elas estão marcadas como vacas! A visão me deixa
com tanta raiva que começo a tremer, meus punhos cerrados.
— Você vai atacá-los? — Pergunto.
— Vou segui-los. —Responde Vuka - E atacar durante a noite.
— Vai demorar muito! — Eu sussurro de volta tão alto que posso estar
gritando. — Elas precisam de ajuda agora!
Um guarda se aproxima de nós, atraído por nossas discussões. Esses homens
não são nada como os rufiões em Irontown. Esses guardas estão usando uma
armadura completa de metal. Apesar de quão legais eles possam parecer, eu
sei que eles são os homens mais perigosos do mundo. Vuka empurra minha
cabeça para baixo, e nós fazemos parecer o menor possível. Através da grama
alta, vejo o frasco pendurado no cinto do guarda, o líquido preto dentro
chamando toda a minha atenção. O remédio!
Depois de todo esse tempo, toda essa dificuldade, e aí está. Tudo o que tenho
a fazer é alcançar isso. Então, eu faço exatamente isso. Sem pensar mais, eu
alcanço e agarro, tirando-o do cinto. O guarda olha para mim, de olhos
arregalados apontando o rifle dele.
Eu pulo para fora dos arbustos, de braços abertos, chamando a atenção de
Todos. — Eu estou bem aqui, caras! — eu grito.
— O que você está fazendo? — Vuka rosna.
— Forçando a situação. —Eu falo enquanto corro para a floresta o mais rápido
que minhas pernas podem me carregar.

86
Os guardas me perseguem, armas levantadas. O som de seus rifles faz com
que os cabelos na parte de trás do meu pescoço se levantam. A cada segundo,
espero que suas balas me rasguem - mas então ouço um grito e um som que
só posso descrever como um tomate sendo esmagado.
Olho por cima do ombro e vejo dois corpos sem vida e sem cabeça caída no
chão.
Vuka está se elevando sobre eles, respirando pesadamente, seu corpo coberto
de sangue. O olhar em seu rosto é primitivo, animal. Ele parece ainda mais
alto, ainda maior agora, mostrando suas presas, seus olhos completamente
brancos. E o Alien ruge tão alto que me assusta, e corre para o outros
guardas, movendo-se tão rapidamente que ele não passa de um borrão.
Não há como detê-lo.
Ele rasga os homens em pedaços com as próprias mãos antes que eles tenham
a chance de usar seus rifles. A estrada fica vermelha com o sangue deles.
Volto, pronta para confortar as meninas, mas elas estão espalhadas quando
eu volto. Elas correm para longe de mim e Vuka tão rápido quanto possível.
Quando olho para ele, o sangue escorre por seus chifres, seu peito enorme
subindo a cada respiração, não posso dizer que as culpo. Se fosse a primeira
vez que eu o visse, ficaria aterrorizada também.
— Você! — Ele rosna. — Por que você não escuta?

87
Capítulo 15

VUKAROR

— Você é imprudente! — Eu rosno, adrenalina correndo pelas minhas veias.


Estou no meu estado de batalha, meu corpo se transformou em uma pura
máquina de matar. Eu tive que proteger minha companheira. Eu a tranquei -
ela constantemente se põe em perigo.
Mesmo ficar parado é pedir demais.
— Eu peguei o remédio, não foi? — Ela diz me mostrando o frasco de líquido
escuro. — Você não faz ideia do quanto isso é importante para mim, porque
você nunca me deixa terminar de falar.
Mesmo no meu estado de batalha, com todos os meus músculos aumentados,
minhas pupilas brancas como a neve, ela não parece com medo de mim. A
mulher vai se arrepender disso. Meus músculos não são a única coisa que
está em alerta - meu pau está latejando de desejo e ansioso para distribuir
punição própria.
— Você é teimosa. —Eu rosno.
— Oh, isso é um doce! Você é o mais teimoso! E com certeza não é o meu
dono, então não fale comigo assim.
— Você não conhece seu lugar, mulher.
— E você não sabe quando calar a boca.
Agarro seu braço e a puxo para perto. Eu posso sentir o cheiro do cabelo dela,
suor, boceta. E isso me deixou louco. Toda vez que ela fala comigo, isso me faz
querer puni-la mesmo mais.
— Você é minha. — Eu rosno, enquanto arranco sua armadura de couro, a
despindo no meio da estrada aberta. No momento em que vejo seus seios
redondos e cheios à vista, minha mente está fora. Estou transando com ela
aqui, agora.
— O que você está fazendo? — Ela gagueja enquanto cruza os braços sobre o
peito.
— Tomando o que é meu. —Eu respondo enquanto a levanto pela cintura com
uma mão, a outra afrouxando a alça da minha armadura para puxar meu pau

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duro e latejante.
— Puta merda. —Ela engasga quando vê o estado do meu pau, os cumes agora
são ainda mais pronunciados, as veias grossas bombeando sangue e fazendo
meu tremer pau, meu quadrilátero ainda mais inchado do que o habitual.
Não ligo para o fato de estarmos no meio da estrada aberta, que segundos
atrás esse lugar foi um campo de batalha, ou que o sangue dos meus inimigos
ainda esteja grudado em mim. Tudo o que me importa é transar com minha
companheira humana até a submissão.
Com um impulso poderoso dos meus quadris, eu entro, meu pau encontrando
seu caminho em sua molhada boceta. Apesar de seus protestos, ela está
quente e pronta, e sua boceta se estende para acomodar meu tamanho.
Yade joga a cabeça para trás, olhos fechados, mas eu agarro seus cabelos
curtos e a forço a olhar para baixo.
— O que você vê? — Eu resmungo com meu pau no meio do caminho dentro
dela.
— Seu pau alienígena... é ... humm... me separando ...
— Isso é o que acontece quando você desobedece. —Eu rosno a sensação de
sua buceta molhada deslizando pelo meu pau me enchendo de prazer. Pego
seus quadris com as duas mãos e a bato para baixo, forçando todo meu pau
nela com um empurrão duro.
Yade grita em uma mistura de dor e prazer enquanto eu a fodo
incansavelmente, usando-a como meu brinquedo pessoal. Desta vez, não me
importo com o orgasmo dela ou com o seu prazer.
Eu apenas a uso.
A sensação familiar se acumula no meu quadrilátero enquanto eu golpeio sua
boceta molhada.
— Eu vou te encher. —Eu digo, afundando minhas presas em seu ombro com
tanta força que eu tiro sangue.
— Oh sim. —Ela grita, delirando.
Com um rugido profundo, eu gozo, explodindo profundamente dentro dela.
Minha semente a enche. Yade goza incontrolavelmente, todo o seu corpo
tremendo enquanto meu potente esperma inunda seu ventre.
À medida que a adrenalina desaparece, a realidade da minha situação me
toma. Levanto e a pressão no meu quadril se foi, e o arrependimento se infiltra

89
em mim como uma gota de água fria deslizando pelas minhas costas.
O que eu fiz?
Eu deixei minha luxúria de batalha me controlar. Eu fodi minha nera com
tanta força que poderia tê-la matado. Os olhos de Yade estão revirados, um
sorriso de prazer em seu rosto enquanto seu corpo treme e treme,
aparentemente sem fim.
Devemos voltar imediatamente para a nave.

90
Capítulo 16

JADE

Eu acordo me sentindo grogue. Meu corpo todo está dolorido, mas


especialmente meu sexo. Quando abro os olhos, o interior da nave de Vuka
aparece e as lembranças retornam instantaneamente.
Peguei o remédio!
E então Vuka me fodeu tanto que perdi a consciência. Seu esperma me envia
direto para um mar de prazer, onde sou capaz de me afogar. Meu núcleo ainda
formiga, na verdade. Eu prometi que não deixaria que ele me levasse, ou que,
no mínimo, não iria aproveitar, mas eu falhei em ambos os aspectos.
Corri para um campo aberto cheio de guardas armados.
E eu queria que ele me punisse por isso, apesar dos meus fingidos protestos.
Não sei o que aconteceu comigo. Talvez eu devesse perguntar a Makayla. Ela
está lendo um monte de livros de psicologia ultimamente - tenho certeza de
que minha amiga pode explicar os meandros da meu trabalho interior fodido
para mim.
Se eu puder ser sincero com ela sobre o quanto estou atraído por Vuka. Essa é
uma tarefa difícil.
Dizer a ela que beijei um cara já vai me fazer corar. Como vou conseguir dizer
que acho que sou viciada no pau dele. Ele me faz sentir segura e protegida.
Quando ele não está sendo idiota. Ah sim, e seu esperma tem gosto de
morangos e me faz tremer como uma árvore em uma tempestade. E o alien
também afirma que eu sua companheira e vamos salvar a espécie dele. Eu
acho que fodendo muito. Existe um capítulo sobre isso no DSM?
Eu nunca posso dizer isso.
Falando no diabo, Vuka está ao meu lado, dormindo. Ele se vira para mim,
roncando,
Parecendo tão fofo quanto um botão. Eu resisto ao desejo de levantar o
cobertor e olhar para o seu corpo nu. Se eu fizer isso, estou perdida.
Não, eu tenho que levar o remédio para casa. Salvar a raça de Vuka, ou, no
mínimo, conversar com ele sobre comunicação adequada e respeito aos

91
limites, terá que vir mais tarde. Zoey esperou o suficiente por mim.
Levanto-me, visto minha armadura de couro, pego o frasco e saio. O sol já
começou sua ascensão, a floresta está mergulhada em um brilho laranja. Os
pássaros estão assobiando enquanto eu começo minha jornada.
Eu me sinto meio mal por me esgueirar e deixar Vuka assim, mas ele fez sua
própria cama. O alien é tão teimoso que não me deixaria ir, não importa o quê.
Ele está tentando salvar seu povo, claro, mas eu também.
Eu sigo o sol nascente e vou para o oeste, meio que esperando Vuka vir
correndo me agarrar, mas isso não acontece. Felizmente, ele aprenderá uma
lição. Eu não serei sua prisioneira. Sei que Vuka me ama, mas agora o
guerreiro alienígena está me sufocando, eu passo no campo de batalha sobre
os cadáveres sem olhar muito de perto para eles, decido levar um rifle comigo,
apenas por proteção.
Depois de um longo e difícil dia de caminhada, chego ao nosso esconderijo. O
túnel de entrada para o metrô parece tão discreto como sempre. A natureza
recuperou completamente este bairro do subúrbio, e a entrada está escondida
sob uma espessa camada de trepadeiras.
Ou, deveria estar escondido, mas as videiras foram empurradas para o lado, a
entrada está claramente visível. Humm! Dev provavelmente se esqueceu de
esconder quando saiu, espero. Ou talvez ela esteja caçando ou coletando
algumas frutas antes de sair novamente.
Entro nos túneis, ensaiando minha história na minha cabeça. Elas não vão
acreditar em tudo que aconteceu comigo. Eu conheci um estranho. Um
alienígena! E então, bem, as coisas aconteceram. Algo sobre salvar sua
espécie. Você não vai acreditar como ele quer conseguir isso. Isso é muito para
jogar nas cabeças delas.
Estão — Oh! Meu Deus! — Eu grito quando entro em nossa casa saqueada.
Eu deixei o rifle cair no chão enquanto observo o caos.
Nossa casa foi reduzida a escombros. Tudo está quebrado, mesa e cadeiras
quebradas, as fotos na parede rasgadas ao meio. Vidro quebrado por toda
parte.
E sangue. Muito sangue.
O símbolo de Livingston foi pintado com spray na parede, junto com uma
mensagem para mim.

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AS SUAS AMIGAS ESTÃO COMIGO OLHOS VERDES VENHA ME
ENCONTRAR.
Meu sangue corre frio. Estou atrasada. Elas foram levados. Zoey. Dev.
Makayla. Elas foram todos levadas. Escravizadas. Por minha causa.
A realização me bate como um soco.
Quando Kane não conseguiu me encontrar, ele foi procurar minhas amigas.
Eu nunca disse um pio sobre elas, mas ele não é estúpido. Sobreviver sozinho
na natureza é quase impossível.
Claro que eu tinha que ter um grupo de amigos para me apoiar.
Não mais.
Agora estou sozinha.

93
Capítulo 17

VUKAROR

Meu sono é longo e profundo. A raiva da batalha cobrou seu preço do meu
corpo, e cai no sono por umas boas doze horas enquanto recupero minhas
forças. Nem mesmo um terremoto poderia me acordar.
Acordo para encontrar minha cama e minha nave vazias. A raiva retorna
instantaneamente — Ela saiu?
Um segundo depois, minha raiva é substituída por tristeza e arrependimento.
Claro que ela foi embora. Eu a fodi, eu a peguei grosseiramente, sem nenhuma
preocupação com seu bem-estar. Eu mostrei a ela o que eu realmente sou.
Kaizon. Guerreiro. Fera.
Ela causou minha raiva na batalha com sua imprudência, mas talvez ela
estivesse certa. Eu não tenho prestado atenção suficiente aos seus desejos. Eu
estava tão focado em salvar minha própria família, que eu esqueci a dela.
Eu sou egoísta.
Eu sou teimoso.
Eu sou tudo o que meus irmãos sempre me acusaram.
Por muito tempo, afastei suas preocupações, confundi-as com ciúmes, mas
minha nera me mostrou que não sou tão infalível quanto pensei.
Eu não mereço uma companheira como ela.
Tudo o que posso fazer agora é me desculpar. Vou encontrá-la e corrigir tudo
de alguma forma. Suas trilhas são fáceis de seguir, seu perfume ainda está
fresco para mim. Meu coração está acelerado por toda a jornada. E se
aconteceu alguma coisa com ela, nunca vou me perdoar.
Estou surpreso com o quão longe ela viajou. Jade é mais dura do que eu
pensava. Depois de várias horas seguindo seus rastros, encontro um túnel,
escondido sob uma densa vegetação de trepadeiras.
Há muito mais aroma aqui, feminino... e masculino.
A adrenalina flui direto para os meus músculos. Os machos são problemas.
entro no túnel escuro e úmido. Os ratos fogem enquanto eu avanço sem fazer
sons. O cheiro da minha companheira é forte agora, e eu me preparo para o

94
pior. Viro a esquina e a encontro sentado no chão. Choro. Estou
simultaneamente aliviado por encontrá-la vivo e entristecido por sua dor.
— Yade. — Eu digo baixinho, para não a assustar.
— Eles pegaram elas! — Ela diz, virando-se para mim. Ela não parece nem um
pouco surpresa que a encontrei aqui. — Eles as pegaram, Vuka! Tudo por
minha causa. Eu sou um fracasso, uma merda de um desastre. Você nunca
deveria ter me resgatado. Eu deveria ter morrido em Irontown. Nada disso
teria acontecido se você não aparecesse!
Eu me ajoelho ao lado dela, meus dois corações se sentindo doloridos ao vê-la
assim, tão machucada e quebrada.
Existem sinais óbvios de luta aqui. A julgar pelo sangue, as meninas não se
renderam sem uma luta forte.
— Conte-me sobre elas - Eu digo. — Eu quero saber sobre suas amigas.
— Não importa.
Pego um desenho descartado do pôr do sol e o entrego a minha companheira.
Que me olha com humor.
— Era da Zoey. Ela é excelente em desenhar. — Diz ela. — Eu me lembro do
dia em que ela chegou em casa com isso. Você pode ver a fumaça de Irontown
ao fundo. O que significa que ela saiu do perímetro de segurança. Eu a
repreendi, ela me disse que eu não era a mãe dela, brigamos, rimos, fizemos
as pazes… e penduramos esse desenho juntas mais tarde.
— Quem mais morava aqui?
Yade se senta um pouco mais ereta. — Makayla e Dev. Eles são minhas
melhores amigas, minhas irmãs. Makayla é uma viciada em livros, enquanto
Dev gosta de sujar as mãos.
Lentamente a persuadi para contar sua história. Ela me conta tudo sobre a
vida difícil que ela teve todos os problemas pelos quais passou, e tudo o que
faço é assentir e ouvir.
Isso é tudo que posso fazer.
E o que eu deveria ter feito há muito tempo.
Yade me conta como Zoey ficou doente e como ela partiu em busca de
remédios.
— E agora eu tenho. —Ela termina sua história, mostrando-me o pequeno
frasco. — E estou atrasada. Elas foram levadas, tudo por minha causa.

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— Nada disso é sua culpa. —Eu rosno. — Vamos rastreá-los e eu juro que vou
achá-las, mas primeiro, eu devo pedir desculpas.
Ela olha para mim, seus olhos verdes agora vermelhos de lágrimas.
— Você estava certa em ficar com raiva de mim. —Eu digo. — Você é forte. Eu
te retive contra a sua vontade. Eu fiz exatamente o que Kerax sempre me
acusou de fazer! Arcar com todos os encargos, querer controlar tudo. Eu
estava tão focado em mim, em meus próprios problemas, que não pensei em
perguntar sobre os seus. E por isso peço desculpas.
Ela me lança um olhar estranho. — Eu tenho que dizer, não achei que um
alienígena teimoso e orgulhoso como você poderia ser tão... vulnerável.
— Nem eu, admito, mas vou mudar. Por você. Porque eu quero que você seja
feliz, e que seja livre. E se eu devo mudar para que isso aconteça, então por
meus chifres eu vou.
— Isso é muito gentil da sua parte, Vuka, mas isso não importa.
Pego a mão dela e a beijo. — Nós as encontraremos, Yade. Eu prometo a você
isso.
— Seu perfume ainda é fresco. Juro pela estrela central; Não vou descansar
até ter libertado as suas amigas.
Ela me abraça com força e planta seus lábios nos meus. Eu saboreio a
sensação que eu temia nunca mais sentir.
O que estamos esperando? Ela pergunta com um sorriso irônico. Vamos pegá-
las

96
Capítulo 18

JADE

Irontown.
Eu temia esse lugar há anos. Não mais.
A partir deste dia, os homens aqui vão me temer.
Meu rifle está descansando em minhas mãos, pronto para liberar seu fogo do
inferno. Vuka está logo atrás de mim, enquanto a pequena cidade do mal
aparece no horizonte. Nós dois concordamos que furtividade não é exatamente
meu estilo. Não, nós vamos causar um impacto.
— Ei, Kane! — Eu grito quando me aproximo do portão. Eu puxo o gatilho e
desencadeio uma chuva de balas que esmagam a paliçada de madeira em
pedaços. Os homens na parede saem correndo, gritando, deixando a ponte
levadiça aberta para nós. Nós caminhamos para a cidade, e todos os homens
saem para nós olhar. Eles ficam boquiabertos com Vuka enquanto ele marcha
atrás de mim.
— Onde está Kane? —Pergunto, apontando meu rifle para a multidão. — Eu
quero fazer uma pergunta a ele ou duas.
A multidão recua, alguns apontando para a maior casa desta cidade empoeira.
— Alguém vá buscá-lo. Não tenho vontade de andar.
A multidão está congelada no lugar.
— Não vou pedir novamente! Meu amigo aqui está com muita fome. Ele come
carne de homem.
Vuka mostra suas presas, e isso coloca uma dúzia de homens em ação. Eles
correm em direção a mansão sem dizer nada, amaldiçoando Kane até a praça
da cidade.
— Vocês são covardes! — Ele diz quando a multidão o empurra para frente. —
Traidores!
— Cale a boca, Kane. —Diz um homem careca. — Você viu o tamanho daquele
animal?
— Ele poderia arrancar seu braço com apenas o mindinho dele, alguém se
junta.

97
— Ouvi dizer que ele bebe apenas sangue.
— Não seus idiotas, esses são vampiros.
— Como você sabe como são os vampiros? Você já viu um?
— Cale a boca, ele está olhando para você.
— Oh Deus.
Kane faz uma careta para mim. A mão dele está em bandagens de onde Vuka
a esmagou, mas ele também tem um grande olho preto inchado.
— Você me pediu para te encontrar. — Eu digo. — Então aqui estou. Agora
onde estão minhas amigas?
— Você está atrasada. —Ele cospe. — O governador as levou. Seus homens me
deram esse olho roxo como um pequeno lembrete sobre sua propriedade. O
que significa que alguém aqui me entregou.
Ele olha para os habitantes da cidade reunidos.
— Vou descobrir qual porquinho fez isso e vou espetá-lo!— Ele grita.
— Ele está dizendo a verdade? — Pergunto à multidão.
Eles murmuram de acordo. O olhar temeroso nos olhos deles garante que eles
estão dizendo a verdade.
— Vá em frente com Livingston. — Diz Kane amargamente. — Não há nada
para você aqui.
Eu aponto meu rifle diretamente para ele. — Oh, eu posso pensar em alguns
assuntos inacabados.
Meu dedo está apoiado no gatilho, mas não consigo puxar, mesmo que esse
monstro absolutamente mereça. E, no entanto, se eu apertar esse gatilho e
executá-lo a sangue frio, isso não me tornaria um monstro também?
Abaixo minha arma novamente.
— Tranque esse homem na prisão. —Digo à multidão. — E me aponte a
direção da mansão do nosso querido governador. Vou fazer uma visita a
Livingston.

98
Capítulo 19

VUKAROR

O governador Livingston vive em um castelo real.


Yade me contou tudo sobre ele. O homem que aparentemente controla essa
parte do mundo se esconde atrás das grossas paredes de pedra, deixando seus
guardas fazerem seu trabalho sujo, capturando mulheres e as trazendo aqui.
Ele acha que essas paredes vão mantê-lo seguro.
Ele está errado.
Seu reinado está prestes a terminar.
— Aí está. —Diz Yade, enquanto olhamos para as paredes de pedra de uma
colina próxima.
Há homens por toda parte, e todos estão carregando rifles de alta potência. Eu
também vejo alguns na torres de aparência perigosa acima do portão da
frente.
Parece que esse déspota tem o monopólio da tecnologia. É daí que o poder dele
vem - ele é capaz de levar uma arma para uma luta de facas. Se ele pode jogar
sujo, nós também podemos.
— Podemos entrar por lá. —Digo enquanto aponto para uma entrada lateral.
— Os esgotos? — Jade torce o nariz.
— É a nossa melhor chance de entrar.
— Esperaremos até a noite cair. — Minha companheira finalmente concordou
comigo que invadir pelo portão da frente não é a melhor solução, considerando
a quantidade de guardas e armas. Eu estou feliz, nossa comunicação está
começando a melhorar.
O fedor dos esgotos é terrível, mas minha determinação me dá força. Nós
dirigimos para dentro, Yade a minhas costas enquanto ando pela imundície.
Os sons e as vistas que nos cumprimentam quando subimos uma escada são
horríveis.
As mulheres gritam sem parar. Um ferreiro trabalha sua ferramenta, sem
dúvida criando mais correntes, mais chicotes e mais armas. Os quartos são
escuros e fedidos - estamos no fundo da masmorra agora.

99
Sinto Yade endurecendo de raiva.
— Temos que resgatar todas essas meninas. — Ela sussurra.
— Vamos fazer isso derrubando o líder. — Digo. — Sem ele, os homens vão
desmoronar.
Nos corredores escuros, é fácil esgueirar-se contra os guardas de patrulha e
desacordá-los com um golpe rápido. Eu não os mato, mesmo que seja
realmente mais difícil controlar minha força, em vez de arrancar suas cabeças,
mas não quero que Yade me veja como um monstro. Ela já me viu nos meus
momentos mais violentos, e não quero repetir isso.
— Veja! É Makayla! — Ela sussurra animadamente, apontando para o
corredor.
Lá, em uma sala diferente, vejo uma mulher nua, de pele escura, acorrentada
pelos tornozelos e pulsos. Ela foi segurada por dois guardas, enquanto um
terceiro homem segurava um ferro em brasa nas mãos. Está brilhando em
vermelho com o calor.
— Fique quieta, sua vadia. — O homem resmunga. — Eu vou marcar essa sua
bunda tão doce e todo mundo vai saber a quem você pertence. Isso vai te
ensinar a cuspir na cara do governador!
— Pare eles! — Yade assobia, mas eu já estou a caminho. Em três passos
rápidos, estou na sala. Um golpe da minha mão esquerda racha o crânio do
homem empunhando o ferro. Eu agarro o ferro de sua mão e o giro, batendo
na cabeça dos outros dois homens com um único golpe.
A mulher acorrentada olha para mim com olhos selvagens, a boca aberta em
choque, pego suas correntes e as quebro com minhas próprias mãos. Ela corre
para o canto da cela protegendo seu corpo nu da minha vista, tanto quanto
possível.
Yade corre para o lado dela, e o alívio no rosto da minha companheira aquece
meu coração. Nós salvamos uma fêmea Só falta um castelo inteiro.

JADE

— Jade? Jade? Você está brincando comigo? É você? Sério?


— Sou eu e sou real — eu digo enquanto abraço minha melhor amiga.
— Como? O que? Quem é?!

100
— Isso. — Eu digo, olhando por cima do ombro para Vuka. Ele está despindo
um dos guardas, e quando levanto as sobrancelhas, giro em direção a minha
amiga nua.
— Este é meu, hum, amigo. E ele está liberando a armadura daquele homem
para você.
— Amigo? Esse sujeito de aparência monstruosa é seu amigo?
— Ele não é um monstro, ele é um alienígena. E ele não é exatamente meu
amigo, ele é, bem, é complicado.
— Complicado como?
— Sim, bem...
Meu rosto fica vermelho. Eu quero gritar que ele é meu companheiro, que eu
sou loucamente apaixonada por ele, e que há uma boa chance de eu estar
grávida de seu filho neste exato momento, mas isso é um pouco demais para
começar. Vou apenas manter as coisas simples por agora e explicar que esse
alienígena com chifres, garras e aparência aterrorizante está realmente do
nosso lado.
— Você está bem? — Pergunto. — Vamos focar em você por um momento.
Vuka me entrega a roupa do guarda, e Makayla aceita com gratidão.
— Sim, sim, eu estou bem. — Ela responde enquanto entra e fecha as várias
as travas da roupa. — Desculpe como você me encontrou?
— Longa história. Agora, quero encontrar Zoey e Dev.
Os lábios de Kay se transformam em uma linha fina. — Então você terá que
encontrar o governador em pessoa porque elas estão com ele. Na sua sala do
trono. Você terá que lutar com de todo um contingente de guardas.
— Desafio aceito. —Eu digo, levantando minha arma.
— O que? Isso é loucura? — Diz Makayla. — Quero resgatá-las mais do que
qualquer coisa, mas se subirmos as escadas, morreremos com certeza.
— É preciso um exército inteiro para derrubar Vuka. Apenas assista.
Corremos em direção à sala do trono. O corpo de Vuka é um borrão cinza
quando ele pula de um guarda para o outro. Ele é pura força e poder bruto
agora, enquanto ele abre seu caminho corpo após corpo.
— Continue sem mim — Ele rosna quando um novo esquadrão sobe as
escadas sinuosas em nossa direção. — Vou segurá-los.
— Você tem certeza?

101
— Vai!
Com Makayla logo atrás de mim, subo as escadas correndo e chuto a porta. A
sala é diferente de tudo que eu já vi antes. É todo ouro e mármore,
extravagante e desagradável. Uma mesa de madeira está cheia de mais comida
do que eu já vi na minha vida. Pinturas antigas da Terra decoram as paredes.
Duas estátuas de metal gigantes estão no canto da sala.
No centro, há um trono, sobre o qual se senta um homem velho de cabelos
grisalhos. Duas garotas estão ajoelhadas no chão vestindo biquínis dourados
berrantes - Zoey e Dev.
— Livingston? — Eu ligo.
— Jade? — As meninas chamam. — Kay?
— O que é isso? — O homem diz. — Mais entretenimento?
De todas as histórias, imaginei que o governador Livingston fosse forte. Em vez
disso, encontro um homem frágil que se apega à vida, se apega à riqueza e ao
poder.
Não mais.
Eu levanto meu rifle e aponto direto para ele.
— Pense de novo, velho. Seu tempo terminou. A revolução está aqui!
— Ah? Acho que não — Ele diz calmamente.
Como ele não tem medo? Estou apontando uma arma para ele!
— Você acha que essa foi a primeira revolta que tivemos? Garota boba. Você
não é a primeira e não será a última.
— Eu não teria tanta certeza disso. —Respondo ao ouvir Vuka correndo pelas
escadas atrás mim. Ele entra na sala, parecendo tão majestoso como sempre,
seu torso enorme coberto de sangue humano. Ele tem alguns restos, cortes e
contusões, mas sem ferimentos graves, graças as estrelas.
Livingston fica pálido como um fantasma quando vê meu companheiro.
— Está certo. Aposto que você nunca teve que lidar com um Kaizon antes.
— Isso é novo. — Diz Livingston. —Mas ainda não é páreo para os meus robôs
de batalha!
O velho estalou os dedos e as estátuas de metal nos cantos da sala de repente,
ganham vida. Estou pregado no chão com medo enquanto as engenhocas
gigantes avançam em minha direção.
— Caçadores-assassinos. — Makayla suspira atrás de mim. — Eu pensei que

102
eles tinham sido todos destruídos!
— Como eu os paro? — Eu sussurro de volta.
— Mísseis Nucleares!
— Qualquer coisa que eu realmente tenha?
— Não. —Diz Makayla, exasperada. — Eles foram construídos pelo governo,
bem após a Catástrofe, para manter a população sob controle. Eles foram
supostamente destruídas quando começaram a funcionar mal, mas... Acho
que não.
As palavras de sabedoria de Makayla não estão me fazendo sentir
particularmente esperançosa.
— Antes que a Velha Terra fizesse uma bagunça em tudo. — Livingston ri. —
Eles fizeram algumas invenções bacanas, não é? Faz muito tempo desde que
tive o prazer de assistir um ser humano sendo despedaçado por eles.
Ele está praticamente salivando com a perspectiva, sentado na beira do trono
como os caçadores-assassinos correndo em minha direção. Eu levanto meu
rifle e puxo o gatilho. As balas voam, mas não fazem nada para destruir a
armadura dos robôs assassinos.
Vuka solta um rugido baixo e avança, atingindo um deles com os chifres, e
então os joga do outro lado da sala.
— Cuidado atrás de você! — Eu grito enquanto outro corre às suas costas,
segurando um zumbido de serra.
Vuka gira e pula, garras estendidas. Com dois golpes, ele rasga os braços do
caçador imediatamente e depois o desativa.
Uma escotilha no braço do robô se abre tamanha a força aplicada, revelando
um computador com um chip escondido dentro.
— O chip! — Vuka rosna.
— O que?! Como? — Livingston diz, em pânico. — Meus robôs! Isso é
impossível!
Aponto meu rifle para o governador. — Seu tempo acabou! A revolução está
aqui! Esse lugar se tornará um farol de liberdade e esperança!
— Sua idiota. — Xinga o Governador Livingston. — Você acha que os outros
governadores permitirão isso? Você acha que uma vitória mudará alguma
coisa? Eles virão atrás de vocês, onda após onda de homens baterão à sua
porta, e você será reduzida a pó. Mesmo que seu monstro não poderá salvá-la.

103
— Vamos ver isso.
— Sim, acredito que sim!
Ele aperta um botão em seu trono e todo o assento desaparece em um túnel
com uma saída de emergência escondido no chão. Eu corro em direção a isso,
mas é tarde demais. A escotilha já fechou. Ele já está longe.
Não posso ficar com raiva por muito tempo, porque estou muito aliviada por
ver Zoey e Dev novamente. Com a ajuda de Makayla, removemos as correntes
e as lágrimas fluem livremente enquanto nos abraçamos com força.
— Sinto muito por ter partido. —Gaguejo. — E sinto muito. É o que deve ter
levado os homens até você. Eu espero que vocês três possam me perdoar, mas
se não, eu entendo completamente.
— Você está louca? — Dev diz. — Você acabou de salvar nossas bundas.
Estou tão feliz por poder beijar você!
— Zoey, como está se sentindo? — Pergunto enquanto ri de alívio. — Eu
estava com medo de que fosse tarde demais...
— Eu estou bem. — Ela sorri. — Acontece que eu não seria de muito uso para
o governador se estivesse morta, então eles me deram uma dose. Mas tenho
uma pergunta mais premente - quem diabos é seu amigo?!
Todos nos viramos para Vuka, que está admirando o braço do robô que ele
arrancou, cutucando e cutucando o chip lá dentro.
— O que você pegou aí? — Pergunto a ele em Kaizon.
— Chip. —Ele resmunga. — Pode enviar mensagem de volta para casa. Talvez.
Todas as meninas olham para mim como se eu fosse absolutamente louca.
— O que?
— O que você acabou de fazer? — Zoey diz. — Você falou como... eu nem sei
como descrever.
— Como se você tivesse bolas de gude na boca e estivesse grunhindo muito
alto. —Diz Dev.
— É assim que eu descreveria.
— Nossa, obrigada. — Eu rio. — Isso não é ofensivo. Esse minhas irmãs, é
Vuka, e ele é, bem, meu nera.
— Você é o que agora? — Makayla pergunta.
— Meu companheiro predestinado.
— Destino? — Zoey diz.

104
— Sim.
— Companheiro? — Dev diz.
— Sim.
—Como em…?
— Sim.
— Você e ele?
— Uh-huhum.
— Fazendo. — Dev logo pensa em obscenidades, é claro.
— Bem, sim.
— E ele se encaixa?!
Eu levanto minha sobrancelha. — Muita informação Dev!
— Não, também estou curiosa, na verdade. — Makayla diz. — De uma
perspectiva científica.
— Sim, eu também. — Zoey se junta.
— Se vocês realmente querem saber, a resposta é sim.
— Onde você encontrou um pedaço suculento como ele? — Dev pergunta.
— Sim, existe mais dele? — Zoey pergunta suas bochechas coradas.
Fico feliz que eles não o veem como um monstro aterrorizante; isso me deixa
extremamente feliz. No fundo da minha mente, eu temia que elas pudessem
me julgar por isso, poderiam me deixar sozinha, mas elas não estão nada além
de felizes por mim.
— Ele me encontrou na verdade. —Eu respondo.
— Oh. — Diz Dev, decepcionada.
— Mas podemos estar, como você diria, pedindo apoio?
— Oh! — Dev diz, batendo palmas de alegria.
Eu senti falta disso. Fofocar com minhas amigas, fingindo que não há nenhum
problema no mundo. Estou tão feliz que quero chorar. E assim faço, enquanto
minhas irmãs me abraçam com força. Eu sei que deveríamos provavelmente
seguir em frente, mas acho que mereço um momento de paz.
Whicka-whicka-whicka
—Que som é esse? Pergunto.
— Um helicóptero! — Makayla grita.
Uma engenhoca de metal aparece na frente da janela, impossivelmente imóvel
no ar. É como um pássaro gigante de metal, com asas que criam um ruído

105
infernal. Livingston está sentado atrás dos controles, um olhar louco em seu
rosto.
— Um foguete! — Vuka grita. — Abaixe-se!
Debaixo do helicóptero, uma escotilha se abre e um míssil é disparado em
nossa direção. O tempo parece desacelerar enquanto eu assisto rastejar em
nossa direção. Vuka corre à velocidade máxima, com os braços abertos e ele
agarra todas nós. Enquanto nos segurava em seus braços, o braço decepado
do robô ainda agarrado ao punho, ele pula pela janela.
O vidro se despedaça e, uma fração depois, sala explode em uma nuvem de
fogo e fumaça. O calor é insuportável. Nós caímos Vuka girando seu corpo
para ficar debaixo de nós.
Nós nos conectamos com o chão com uma crise de angústia.
Nós, meninas, estamos todas ilesos devido ao sacrifício de Vuka. Nós
pousamos no pátio. Ao nosso redor há pânico enquanto os guardas fogem do
prédio em chamas, sem prestar atenção. Grossas nuvens de fumaça negra se
elevam no céu noturno, as chamas vermelhas fazendo o helicóptero parece
ainda mais ameaçador.
— Você está bem? — Pergunto a Vuka, meu coração disparado.
— Eu estou bem. —Ele geme. Ele fica quieto. Imóvel.
O helicóptero giro pronto para abrir fogo contra nós mais uma vez.
— Temos que correr. —Diz Makayla. — Agora!
— Vuka está machucado! Não podemos deixá-lo!
Eu tento movê-lo, mas eu poderia muito bem estar tentando levantar uma
montanha. Ele não se move nem sequer se um centímetro. Eu me ajoelho ao
lado dele, minhas mãos descansando em suas bochechas.
— Baby, temos que ir, eu digo. Você pode se levantar por mim?
— Deixe. —Ele resmunga. — Vá em segurança.
— Eu não vou deixar você.
— Você morrerá.
— Então vou morrer lado a lado do homem que amo mais do que o mundo
inteiro.
Seus olhos se arregalam de surpresa, assumindo um brilho turquesa
vulnerável.
— Mesmo depois da forma como eu te tratei? Quão egoísta eu tenho sido?

106
— Você estava tentando salvar sua espécie. Nós dois somos teimosos, você...
sua grande nuvem de tempestade.
Eu me inclino e o beijo. No momento em que nossos lábios se tocam, é como
mágica. Eu sinto uma desenfreada energia correndo pelas minhas veias,
movendo-se através de mim como eletricidade.
Quando volto a mim é só porque Makayla está gritando freneticamente comigo
para sair do caminho do portador da morte voador.
Vuka sorri para mim, seu nariz pressionado contra o meu.
— Você me dá força, nera.
Em um movimento rápido, ele pula de pé, vira-se e, com uma explosão de
força bruta, Vuka joga o braço robótico direto no helicóptero que gira para a
direita, colidindo com a sala do trono em chamas. Um segundo depois, uma
explosão muito, muito maior, abala a própria terra. Eu protejo meus olhos da
luz intensa e brilhante, o calor tão perto que parece que minhas sobrancelhas
estão sendo queimadas.
Pedaços de detritos caem no pátio.
— Salve as fêmeas. — Comanda Vuka. — Elas estão nas masmorras!
rapidamente, antes que o fogo consuma tudo!
— Vamos lá!
Pego uma arma entre os escombros espalhados e instruo minhas irmãs a
fazerem o mesmo. Nós corremos para dentro do castelo em chamas, armas
prontas, quatro rebeldes com uma causa.
Nenhum dos guardas lutou. Eles estão muito ocupados fugindo para salvar
suas vidas deixando todas aquelas garotas na masmorra para morrer.
Covardes.
Passamos pelas salas, uma a uma, destrancando cada cela com força bruta,
disparando nas trancas quando necessário, salvando todos que pudermos.
— Vamos lá, Makayla. — Grita sua voz quase inaudível sobre o rugido do fogo.
— Temos que ir! Este lugar está caindo aos pedaços!
— Não vou embora até verificar todos os quartos! — Digo.
— Eu já estive naquele corredor antes, está limpo!
— Estou checando!
Eu desço o corredor exatamente quando há outra explosão. O teto desce, uma
pedra grande me derruba, e um segundo depois o mundo fica escuro enquanto

107
eu sou enterrada debaixo de uma pilha de escombros.

Capítulo 20

JADE

Deve ser assim que o céu se parece.


Uma luz brilhante... e o rosto bonito de Vuka.
Seus olhos vívidos. Suas maçãs do rosto afiadas. Aqueles chifres
enormes dele. Adoro quando ele os pressiona contra mim - isso me faz
sentir tão segura, tão protegida.
Essas são coisas que eu nunca pensei que teria. Agora terei tudo isso e muito
mais, por tuda a eternidade…
— Jade, você está bem? Jade?
As palavras lentamente me alcançam. Claro que estou bem garotão, penso
comigo mesmo. Você estava lá.
De repente, volto à realidade com Vuka me puxando dos escombros e me
abraça firmemente.
— Minha nera, eu pensei que tinha perdido você. —Diz ele enquanto beija meu
pescoço. — Por que você tem que ser tão corajosa o tempo todo?!
— Não posso evitar. —Eu rio tossindo. Todo pedaço de mim dói, mas desde
que eu tenha Vuka, eu sei que tudo ficará bem.
— Ela está bem! — Ouço Zoey chorar freneticamente. — Ela está bem!
— Oh, graças a Deus! — Dev diz, com a voz trêmula. Eu acho que nunca a
ouvi ser assim.
— Vamos antes que ocorra outra explosão. — Makayla argumenta friamente.
— Podemos nós abraçar quando não estivermos em uma paisagem de fogo e
inferno.
Vuka me carrega para fora dos destroços e leva nossa tropa de volta a nave
dele.
Eu amo esse homem, eu percebo. Eu o amo tanto.
— Gostaria que as meninas não tivessem fugido. —Diz Zoey. — Eu esperava
que todas pudéssemos nos unir. Há força nos números, você sabe.

108
Poderíamos ter sido capazes de usar o castelo para nos defender também.
— Eu teria fugido também. —Diz Makayla. — Sem ofensa a Vuka, mas
imagine correr de um castelo em chamas e vê-lo esperando por você. Um
alienígena gigante, com chifres, garras, coberto de sangue. Eu me viro e corro!
— Suponho que você esteja certa. Eu só espero que elas estejam seguras.
— Nenhuma de nós está segura. —Diz Makayla sombrio.
— Nós estaremos. —Eu falo. — Com a ajuda de Vuka, estaremos.
Ele é meu salvador. Não é um cavaleiro de armadura brilhante; ele é mais um
animal, mas eu o amo ainda mais por isso. Ele veio por mim e meus amigos, e
agora é hora de enviar uma mensagem de volta ao seu mundo natal usando o
chip que retiramos do caçador.
— Como você está se sentindo? — Pergunto a ele.
— Nunca estive melhor. — Ele faz uma careta.
— Quer descansar? Você me carregou o caminho todo.
— Apresse-se agora, descansaremos depois. —Ele resmunga. Os restos do
braço do robô estão agarrados na mão dele. Está muito marcado pela
explosão. Ele o sacrificou - e possivelmente o futuro de toda a sua espécie -
por mim. Me sinto culpada e honrada.
— Você acha que vai funcionar?
Ele olha para ele. — Talvez sim. Talvez não.
— Se não, sinto muito, Vuka. Você não precisava me salvar nem a minhas
irmãs, mas você arriscou tudo por nós, todas às vezes. Eu quero que você
saiba que eu sou extremamente grata.
Vuka balança a cabeça e ri. — Vocês mulheres humanas. Do que você está se
desculpando agora? Mesmo se o chip estiver frito, eu faria tudo de novo. Eu
teria arrancado meu próprio braço e atirado naquele helicóptero, se fosse
necessário.
— Estou feliz que não foi necessário. —Eu rio.
— Eu também. — Ele responde. — Seria difícil você agarrar e transar com você
assim.
Olho por cima do ombro para minhas amigas, que estão fofocando entre si
apenas um alguns passos atrás de nós. Eles me pegam olhando e riem. Sem

109
Dúvida, eles estão falando sobre Vuka.
Felizmente, eles não falam Kaizon, para que possamos conversar em paz.
— Isso seria uma pena, mesmo.
— Isso me lembra que devo me desculpar. — Diz Vuka.
— Do que você poderia pedir desculpas? — Pergunto. — Você acabou de salvar
minha vida duas vezes!
— Sim, mas ainda assim, eu... eu não deveria acasalar com você com raiva,
quando eu estava perdido no meio da minha batalha, em transe. Eu nunca
pretendi machucá-la, minha nera. Você é minha estrela. Meu tudo. Quando eu
estou perdido na fúria da batalha, mal consigo controlar minhas ações. É tudo
primordial. Todo instinto. E meu desejo mais primitivo é reproduzir na sua
boceta.
— Isso não é nada para se desculpar. — Digo com um sorriso atrevido
enquanto as memórias voltam para mim. Minha buceta lateja com o
pensamento de quão áspero e selvagem ele me levou, rasgando minhas
roupas, me levando no meio da estrada sem se importar com a decência.
— Você meio que teve razão. Eu estava sendo teimosa e me coloquei em perigo
nós dois, e... bem, eu também meio que gostei de quão duro e dominante você
foi.
Rapaz estou feliz que as meninas não possam entender uma palavra do
que estamos dizendo!
— Verdadeiramente? — Ele pergunta sobrancelhas levantadas.
— Sim. —Eu respondo meu coração acelerando. — Verdadeiramente. Na
verdade, você tem minha permissão para, como você diz, reproduzir na minha
boceta sempre que quiser.
Minha pele formiga com o calor, minhas mãos estão úmidas. Se não fosse
pelas minhas irmãs, eu com certeza pediria que ele me fodesse aqui e agora.
— Concordo. — Vuka rosna com um sorriso malicioso. — Anotado.
— É ISSO... VACA SANTA.
As três garotas ficam atordoadas em silêncio quando chegamos à nave
espacial de Vuka.
— Isso é incrível. —Diz Makayla. — Surpreendente! Me mostre tudo neste
segundo!
Vuka pega o chip danificado e começa a trabalhar imediatamente, enquanto

110
eu mostro à nave as meninas.
— Para que serve esse espaço? — Dev pergunta, apontando para o local onde
Vuka e eu tivemos nosso primeiro acoplamento.
— Essa é a, uh, sala de interrogatório. —Eu componho na hora.
Sim. Definitivamente não é a câmara de sexo! E esses painéis na parede, eles
definitivamente não são o tipo de painel em que as correntes voam para
prendê-lo, então um Kaizon guerreiro pode martelar com seu pau alienígena,
capaz de socá-lo implacavelmente sem você se afastar.
Não. É uma sala de interrogatório.
Faço uma pequena refeição usando o que encontrei na cozinha enquanto
esperamos Vuka terminar seu trabalho. Essas bolhas roxas e pegajosas têm
um sabor muito melhor do que parecem, posso dizer.
Depois de uma hora, Vuka sai coberto de óleo, parecendo tão masculino como
sempre.
— E? — Eu pergunto em Kaizon. — Funciona?
— O chip foi danificado, mas… acho que pode enviar um sinal. Depois disso, o
chip estará frito — Ele diz com uma careta.
Eu o sigo até o painel de controle, onde ele se senta em sua cadeira de
comando. Vuka respira fundo antes de inicializar o sistema. A nave ganha vida
e suas mãos voam sobre o teclado enquanto ele compila uma mensagem.
Minhas mãos estão descansando em seus ombros, enquanto eu rezo para que
isso funcione.
— Aqui vai.
Depois de um último suspiro pesado, Vuka acerta enviar.
A luz do teto explode em pedaços. Vidro quebrado voa por toda parte. A nave
desliga e ficamos em silêncio total enquanto a fumaça sobe lentamente.
— Funcionou?
Vuka se levanta e se vira para mim. — Eu... eu não sei, minha nera. É
possível. A nave agora está frita - eu tive que fazer um overclock3. Tudo o que
podemos fazer agora é esperar, enquanto minha mensagem atravessa o
universo.
— E se não acontecer?

3
O overclock é, basicamente, um processo no qual a velocidade de componentes específicos de um
computador pessoal é manualmente aumentada, através de configurações e instruções diretas para o
hardware.

111
Ele agarra minha cintura e me levanta, minhas mãos grandes descansando no
meu traseiro.
— Então vamos começar uma família da mesma forma. — Diz ele antes de me
beijar.
— Ei, arrumem um quarto para vocês dois! — Makayla grita brincando do
corredor.
— Nós temos um, você está aí. —Eu jogo de volta com uma risada.
— Tenho que admitir que estou curioso para saber o que ele está escondendo.
—Diz Dev. — O que? Vocês estão pensando nisso também! Estou apenas
falando isso.
Escalo os braços do meu companheiro e jogo a porta na cara delas quando
Vuka pressiona contra mim por trás, sua protuberância aninhada entre as
minhas bochechas.
—Não podemos. —Lamento. — Aqui não.
— Sua boceta é minha para procriar quando eu quero. —Ele rosna em meu
ouvido. Suas mãos ásperas deslizam pelo meu corpo, me deixando louca.
— Isso... será verdade... em breve! — Eu prometo enquanto abro a porta e
saio. — Em breve!
As meninas olham para mim enquanto eu corro para fora da nave, meu rosto
tão vermelho quanto o sol.
— Isso foi rápido. — Dev ri.
— Cale a boca. —Eu rio. — Olha, nós temos uma decisão importante a tomar
sobre para onde ir daqui.
— Você não está nos deixando, está? — Zoey diz, seu rosto cheio de choque. —
Digo, eu entendo se vocês dois precisarem de privacidade, mas...
— Não, não, eu quero ficar com vocês! — Eu digo rapidamente. — Eu só
estava com medo que você não fique bem em adicionar um macho à mistura.
— Acho que ele se provou dez vezes mais do que útil. —Diz Makayla. —
Concordam?
— Sim; — Diz Zoey.
— Concordo cem por cento. — Dev diz. — Você sabe que temos as suas costas.
— Obrigado, meninas. Isso significa muito para mim.

112
Epílogo

UM ANO DEPOIS

JADE

Eu acordo ao lado de Vuka, o cheiro de pão fresco flutuando pela casa. Eu me


enrolo debaixo do lençol para me aconchegar em meu companheiro. A vida
não poderia ser melhor. Vuka nos construiu esta casa do zero no deserto,
muito, muito longe de qualquer civilização.
Somos apenas nós aqui. Somos tão livres quanto podemos ser. Makayla tem
trabalhado na horta, fornecendo a melhor e mais fresca comida que já tive na
minha vida. Zoey pratica seu desenho, enquanto Dev dedica seu tempo a
aprender a tocar um violão improvisado que Vuka esculpiu de uma árvore.
Finalmente temos a casa que sempre desejamos.
Vuka se vira para mim, seu pau grosso pressionando contra minha bunda. Ele
dorme nu, e eu não posso dizer que me importo.
— Oh, bom dia. — Eu rio enquanto me viro para encará-lo. Uma coisa não
mudou: Vuka está mais apaixonado do que nunca. Até o fato de eu estar
grávida não o atrasou um momento. Se alguma coisa, faz com que ele queira
acasalar ainda mais.
— Você está pronto para o café da manhã? — Pergunto.
— Sim. — Ele rosna. — Sim eu estou.
Pelo brilho laranja em seus olhos, eu já sei do que ele está falando.
— Não é isso que eu quero dizer — Antes que eu possa terminar minha frase,
ele já está com minhas pernas no ar enquanto sua língua mergulha em
minhas dobras.
— Oh Deus. —Eu digo, agarrando seus chifres enquanto ele vai direto para o
meu clitóris imediatamente.
— Toda manhã! Você - há - nunca se cansa disso?
— Nunca. —Diz ele entre beijos molhados. — Nunca.
Vuka me fez morder meu punho para me impedir de gritar seu nome enquanto
sua língua talentosa deixa minha respiração cada vez mais pesada a cada

113
segundo. As meninas sabem ágora que não devem bater à porta logo de
manhã. Eu acho constrangedor, mas Vuka não dá a mínima. Ele construiu
esta casa com suas próprias mãos e ele vai me foder sempre que ele quiser,
tanto quanto ele diz respeito.
Eu sinceramente sou obrigada a concordar.
— Oh Deus, eu ofego, Oh Deus, eu sou, sim, sim, eu sou, Ohhh!
Tremo e tremo quando chego. Antes que eu possa recuperar o fôlego, ele está
em cima de mim, seu peso pressionando em mim quando seu pau encontra
seu caminho para dentro, abrindo meus lábios, me enchendo totalmente,
completamente, perfeitamente.
Eu agradeço.
— Manhã ocupada?— Dev sorri enquanto nos sentamos à mesa do jantar
para o café da manhã. Meu cabelo uma bagunça, mas eu não me importo
mais. Eu tentei andar na ponta dos pés sobre a insaciável fome de Vuka por
mim no começo, mas isso nunca iria durar.
— Pode ser. —Eu digo. — Quais são os planos de todos para hoje?
— Vou fazer uma caminhada. —Responde Dev.
— Posso me juntar a você? — Zoey pergunta.
— Certo.
— Vou procurar algumas sementes. —Responde Makayla. — E você?
— Estou pensando em me juntar a Vuka para sua viagem mensal até a nave.
— Tem certeza de que é uma boa ideia? Estando grávida e tudo?
— Eu vou ficar bem, eu digo. Eu tenho Vuka comigo, certo?
*****************************************************************
— É uma longa caminhada. — Vuka me avisa quando partimos. — Seria mais
fácil para você ficar.
— Eu quero passar algum tempo sozinha com você, querido. —Eu digo,
respirando fundo ar fresco. Eu amo a sensação do ar frio da manhã e a visão
do sol nascente através das folhas. — Isso não é óbvio?
— Justo.
Vuka faz essa viagem todo mês, uma árdua caminhada de três dias, com
muitas reviravoltas para afastar qualquer rastreador. Ele esculpiu um símbolo
Kaizon na parede da caverna. Se a nave for encontrada por algum de seus
irmãos, eles saberão deixar uma marca deles próprios.

114
Três dias depois, encontramos a nave imperturbável, exatamente como a
deixamos. Nenhuma marcação na parede.
— Tudo por nada. — Vuka rosna. — Vamos voltar imediatamente, enquanto
ainda está seco.
— Não tão rápido. —Eu digo, enquanto entro na nave. — Eu sei que está
desligada, mas você lembra das cadeias de —interrogatório—? Eles ainda
funcionam?
— Sim, eles deveriam. Por quê?
Deixei minhas roupas caírem no chão, mostrando meu corpo nu e curvilíneo
para minha surpresa e do meu companheiro. Ele ama minha barriga de
grávida e seios cheios, seus olhos instantaneamente assumindo isso familiar
brilho de excitação.
— Este bebê vai chegar mais cedo ou mais tarde. —Eu digo, minhas mãos
descansando na minha barriga.
— Eu mal posso esperar! — Vuka diz com um olhar orgulhoso. — Você me
dará o maior presente em todo o mundo.
— De acordo. Mas antes que essa ocasião alegre chegue, quero aproveitar
todos os prazeres que você pode me dar mais uma vez... quem sabe quanto
tempo levará quando o bebê chegar?
— Você está falando sobre…
Abro os painéis e agarro os laços, deslizando-os de bom grado pelos pulsos.
— Eu estou lhe dando permissão para usar esse seu pau para me foder em
todos os meus buracos, até você estar completamente e totalmente gasto. Está
claro o suficiente para você, querido?
— Como um Crystal. —Ele rosna enquanto tira a armadura. Seu pênis de ouro
ganha vida, veias latejante, todo o seu ser duro e pronto para mim.
— Mais uma coisa. Quero que você entre no seu transe de batalha —Digo. —
Eu quero você em todo sua glória primordial.
— Não quero machucá-la. —Diz ele, hesitando.
— Você não vai. Eu sei que você não vai.
— Mas não estamos em perigo.
Eu levanto minhas sobrancelhas. — Eu desafio você a me foder, Vuka
Ele aperta o ombro e joga a cabeça para trás. — Você está brincando com fogo,
humana — Ele diz, sorrindo.

115
— Oh, acho que não. Eu não acho que você tem isso em você. Na verdade,
acho que você está assustado. Você não pode...
Com um passo rápido, Vuka está perto de mim, e ele me vira e me bate em
meu traseiro exposto.
— Você é uma garota má. —Ele rosna sua voz ficando mais profunda quando
ele entra em seu estado primordial.
— Eu sei que sou. —Eu respondo.
Ele agarra meu cabelo e enfia seu pênis de ouro na minha boca.
— Eu te dei permissão para falar?
Ele espanca minha bunda vermelha enquanto fode minha boca, me usando
para o seu prazer. Eu me entrego aos seus caprichos, todo golpe, fazendo
minha boceta queimar mais forte. Eu absolutamente amo o quão dominante
Vuka pode ser, e como eu posso me deixar ser absolutamente livre com ele,
como posso deixar de lado todo o julgamento, e simplesmente abraçar e me
render a meus desejos mais primitivos.
Sua mão forte mergulha entre as minhas pernas, minha umidade apenas o
estimulando a ficar mais áspero. Não há prazer maior do que um guerreiro
Kaizon devastando seu corpo, posso dizer a você.
— Você quer vir? — Ele rosna.
— Oh sim. —Eu imploro. — Sim!
— Implore por isso.
Eu olho para ele, com os olhos lacrimejando, o pau na minha boca
dificultando a conversa.
— Por favor?
— Eu não consigo ouvir você —Diz ele, empurrando seu pau mais fundo.
Se você me dissesse há um ano que eu deixei um alienígena letal com chifres
usar minha boca assim, eu te chamaria de louco. No momento, no entanto,
não há lugar que eu preferiria estar a com minha boca do que entre as pernas
de Vuka.
— POR FAVOR! — Eu grito, minha voz abafada.
Seu polegar sacode meu clitóris e eu fico dura, minha visão se transformando
em estrelas, meu corpo inteiro tremendo, meu mundo inteiro está completo.
— Oh Deus. — Eu ofego quando desço. — Isso foi incrível.
— Estamos longe de terminar. — Vuka rosna quando me vira e coloca a

116
cabeça de seu tremendo pau na minha entrada. Ele descansa a testa na
minha, seus chifres esbarrando em mim, enquanto ele sussurra palavras
deliciosas e sujas. — Eu não vou deixar você ir até você estar dolorida, até que
reivindiquei cada centímetro de você, até que minha semente Kaizon esteja
pingando da sua boca e boceta!
Meu corpo inteiro formiga com antecipação. — É uma promessa?
— Promessa.
*****************************************************************

Enquanto isso, do outro lado do universo ...

KERAX

Um alarme despertador me acorda do meu sono. Parece que minha nave


recebeu uma mensagem de urgência. Esfrego o sono dos meus olhos enquanto
a aciono.
Minha boca se abre com surpresa.
Aquele bastardo realmente fez isso.
Ele encontrou uma companheira. Uma perfeita, ele afirma. O futuro de nossa
espécie está na Terra. Eu instantaneamente traço um curso para o planeta.
Preciso chegar lá antes que meus outros irmãos o façam.
Eu serei o único a liderar o futuro de nossa espécie - não Vukaror. Ele é suave
e fraco. Eu o conheço muito bem. Ele tentará negociar com os habitantes
Locais, integrar, cooperar...
Eu, por outro lado, conquistarei a Terra.
Os homens serão mortos.
As mulheres serão minhas.
E com meu exército de filhos governarei a galáxia...
Obrigado pela dica, irmão. Vejo você em breve.

117
Nota da Autora

Obrigada por ler meu livro!


O livro 2, ALPHA, será lançado em 10 de maio! Se você assinar para receber
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Obrigada novamente,
Luna.

118

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