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Gilvânia Feijó
Vice diretora
Sumário
Atividade 1
Medicamentos na prática clínica: o que precisamos saber sobre eles?.................................. 7
Atividade 2
Técnica da prescrição de fármacos: regulamento,
tipos de prescrição e técnicas de preenchimento.....................................................................14
Atividade 3
O Uso Racional de Medicamentos e a adesão ao medicamento ...........................................36
Atividade 4
Prescrevendo na Atenção Básica................................................................................................46
Atividade 5
Rename e Farmácia Popular........................................................................................................ 54
Referências Bibliográficas............................................................................................................65
Glossário.........................................................................................................................................68
Apresentação da Unidade Didática
4
A Unidade é composta por cinco atividades
que abordam os seguintes temas:
5
Objetivos Introdução
Convidar os participantes a refletirem sobre seu papel na prescrição de Um dos maiores desafios da prática médica atual é a decisão da melhor
fármacos e a desenvolverem uma postura mais ativa para o uso racional prescrição terapêutica com a gama de possibilidades ofertadas pela
de medicamentos. indústria farmacêutica nos mercados nacional e internacional.
7
Segundo a Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 2010b)
Fármaco Droga Medicamento
é sinônimo de droga. É o princípio é qualquer substância química capaz de é a droga ou a preparação com drogas
ativo que será preparado pela farmácia produzir efeito farmacológico, isto é, de ação farmacológica benéfica quando
de manipulação ou pela indústria capaz de provocar alterações somáticas ou utilizada de acordo com as suas indicações e
farmacêutica. Mais especificadamente, de funcionais, benéficas (medicamentos) ou propriedades. Medicamentos são produtos
estrutura química bem definida. maléficas (tóxico). químicos utilizados com fim terapêutico.
é o medicamento equivalente
terapêutico de um medicamento
Medicamento
de referência, comprovados, O próximo passo para saber mais sobre tantos conceitos
intercambiável
essencialmente, os mesmos efeitos envolvidos com os medicamentos é conhecer e explorar
de eficácia e segurança. uma publicação da Anvisa que aborda essa temática:
O que devemos saber sobre medicamentos. Ela está
disponível em sua biblioteca.
é o medicamento equivalente
terapêutico de um medicamento
Medicamento magistral de referência, comprovados,
essencialmente, os mesmos efeitos
de eficácia e segurança.
10
Em geral, a prescrição é expressa mediante a elaboração de uma receita, quer seja de formulação
magistral, quer seja de produto industrializado, por um profissional legalmente habilitado.
São vedadas as prescrições ou as notificações ilegíveis ou
com rasuras, que possam induzir ao erro ou à troca de
medicação, ou ainda em código (BRASIL, 1973; BRASIL,
1974; BRASIL, 2001a). Quanto às prescrições em código,
somente são permitidos o seu aviamento em farmácias
privativas de instituições (por exemplo, farmácia
hospitalar) e a sua prescrição por profissional vinculado à
unidade hospitalar (BRASIL, 1973; BRASIL, 1974).
É vedado ao médico receitar, atestar ou emitir laudos de E lembre sempre: o médico não pode receitar de maneira
forma segreta ou ilegível sem a devida identificação de secreta ou ilegível, com rasuras, ou emitir receitas em
seu número de registro no Conselho Regional de Medicina branco com assinaturas.
da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas
de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros
16 documentos médicos.
Retinoides
No quadro ao lado apresen- Medicamentos Entorpecentes Psitrópicos Anorexígenos
sistêmicos
tamos um resumo muito
didático com os medica-
mentos a serem prescritos Listas A1, A2, e A3 B1 B2 C2
com Notificação de Receita,
segundo sua lista, os tipos
de notificação de receita, a Em todo o
Abrangência Na Unidade da Federação onde for concedida a numeração
quantidade máxima por re- território nacional
ceita, o período máximo de
tratamento e a responsabi-
23
lidade da impressão do ta- Cor da Notificação Amarela (oficial) Azul Azul Branca
lão de notificação.
24
NOTIFICAÇÃO
DE RECEITA “B” –
PSICOTRÓPICOS - COR
AZUL
NOTIFICAÇÃO DE
RECEITA “B2” –
ANOREXÍGENOS - COR
AZUL
25
NOTIFICAÇÃO DE
RECEITA “C2” -
RETINÓIDES SISTÊMICOS
- BRANCA
Vamos fazer uma pausa agora...
Que tal exercitarmos o preenchimento de uma notificação de receita?
Veja a situação que virá a seguir.
26
Quem imprime
o talão da O profissional O profissional O profissional O profissional
notificação
Prescrição
E agora, exercitamos o pre-
A Resolução RDC MS/ANVISA enchimento de uma receita
nº 441, de 26 de outubro de de controle especial?
2010 estabelece o controle Animad@s? 29
de antimicrobianos, de uso
sob prescrição médica que só Veja a situação a seguir:
podem ser dispensados com
escrituração nas farmácias e
retenção da receita médica.
O Uso Racional de
Inicialmente, vamos situar esse
Medicamentos e a tema historicamente, pois algu-
mas datas e alguns documentos
adesão ao medicamento são marcos importantes. Já con-
versamos sobre eles em lições an-
teriores; aqui, vamos recordá-los
e apontar sua relação com a URM.
http://www.ufrgs.br/pnaum
Estratégias na promoção do uso
mais racional de medicamentos
● Estabelecimento de um corpo nacional multidisciplinar
que coordene as políticas de uso de medicamentos;
● O uso de diretrizes terapêuticas;
● O desenvolvimento de uma lista nacional de medicamentos
essenciais;
● O estabelecimento de comissões de farmácia e terapêutica
(municipais, estaduais e em hospitais);
● A inclusão de treinamento em farmacoterapia baseada
em problemas em currículos de graduação;
● Educação médica em serviço como requerimento para
licenciar profissionais de saúde; 39
● Supervisão, auditorias e retroalimentação do perfil de
URM;
● Uso de informação independente sobre medicamentos;
● Educação sobre medicamentos dirigidos a indivíduos, a
famílias e a comunidades;
● Evitar incentivos financeiros perversos;
● Uso de regulação apropriada e de enforced;
● Gasto governamental suficiente que garanta disponibilidade
de medicamentos e de recursos humanos.
42
Atividade 4
Prescrevendo na
Atenção Básica
tornado um problema, tanto
do ponto de vista humanístico
quanto o econômico (TEIXEIRA;
LEFÈVRE, 2001).
A prescrição de medicamentos
para essa população envolve
necessariamente o entendimen-
to das mudanças estruturais ou
funcionais dos vários órgãos e
sistemas relacionados à idade,
implicando alterações na farma-
cocinética e farmacodinâmica
A prescrição médica é conside- Temos também o atributo da muito suscetíveis à polimedica-
de vários medicamentos.
rada racional sempre que o tra- competência cultural que vai ção, aos efeitos adversos e à in-
tamento farmacológico seja de contribuir muito para a tomada teração medicamentosa.
O desconhecimento dos pacien-
fato o indicado, o medicamento de decisão – a forma como as 47
tes a respeito de suas doenças
prescrito seja eficaz para tratar o pessoas utilizam suas medica- Os pacientes idosos, com já afir-
e dos tratamentos implica uma
quadro clínico da pessoa e seja ções é muito variável e está for- mamos, são os principais consu-
das três considerações a seguir:
utilizado na dose e período ade- temente influenciada pelas suas midores e os maiores beneficiá-
os pacientes não são totalmen-
quado e a alternativa farmaco- crenças e postura. rios da farmacoterapia moderna.
te informados; a situação não
terapêutica seja a mais segura e Mais de 80% tomam, no mínimo,
é claramente explicada; ou se
de menor custo (OZÓRIO et al., Outro ponto de destaque na um medicamento diariamente.
explicada, os pacientes não en-
2012). Atenção Básica é a oportunida-
tendem a terminologia médica
de de aproximação e de acom- Esse grupo etário, no entanto,
usada pelo prescritor (TEIXEI-
Na Atenção Básica, temos a panhamento das pessoas idosas apresenta maior risco de de-
RA; LEFÈVRE, 2001).
oportunidade de conhecer me- e das crianças, dois grupos po- senvolver reações adversas, e
lhor a pessoa que estamos aten- pulacionais que exigem especial estas são responsáveis por 10%
dendo e o tempo está a nosso cuidado para a tomada de deci- a 20% das admissões hospitala-
favor – podemos rever e “bus- são e a prescrição. res agudas.
car” nosso paciente sempre que
preciso (pois o conhecemos e Os idosos são consumidores em O uso inapropriado de medi-
sabemos onde encontrá-lo). potencial de medicamentos, camentos por idosos tem-se
Já as crianças exigem uma Mesmo entre os entrevistadores
atenção especial, pois as for- que eram universitários, houve
mulações, as dosagens e a ad- incompreensão da letra pres-
ministração são aspectos que crita. Outros fatores estavam
exigem uma adequação na relacionados ao médico, tais
hora da prescrição. Além des- como a utilização de símbolos/
ses aspectos, crianças e alguns abreviaturas, a letra ilegível e as
idosos dependem de um res- orientações fornecidas apenas
ponsável para a administração verbalmente (SANO et al., 2002).
correta da farmacoterapia.
Em outro estudo, observou-se
Como já discutimos anterior- que as principais informações
mente, a prescrição deve ser ausentes nas prescrições ana- Disponibilizamos, em
realizada com letra legível, com lisadas foram a forma farma- sua Biblioteca virtual, o
inscrição, subinscrição e indica- cêutica (84,0%), a concentra- artigo “Acidentes com
ção realizados de forma com- ção (61,5%), as abreviaturas os medicamentos: como
48 pleta e com clareza. Prescrições mais utilizadas na via de admi minimizá-los?”.
incompletas, ilegíveis ou com nistração (37,2%) e a posolo-
rasuras impedem a eficiência gia (35,3%). A denominação Essa revisão apresenta
da dispensação, acarretam ris- genérica esteve presente em e discute os problemas
co de troca de medicamentos e 63,4% e a identificação do relacionados aos
de dosagens, levando ao com- prescritor estava ilegível em acidentes envolvendo
prometimento no tratamento 88,0% das prescrições (GEYSA medicamentos, da
farmacoterapêutico. et al., 2006). prescrição ao uso, as
etapas críticas e as
Em um estudo realizado em Segundo Ozório e colaborado- estratégias para minimizá-
um ambulatório de pediatria, res (2012), a falha de comu- los. Disponível
concluiu-se que os fatores re- nicação durante a prescrição na videoteca
lacionados à não compreensão pode levar ao desconforto e à desta unidade.
da prescrição pediátrica foram desconfiança quanto à medi-
o baixo nível socioeconômi- cação prescrita, ao descrédito
cocultural do acompanhante/ no médico, ao sistema e à falta
responsável. de adesão ao tratamento.
Você pode estar se Vamos a essas dicas valiosas para Prescrição Médica (Artmed, 1998). Segundo Arrais e colaboradores
uma prescrição na Atenção Básica Esse manual apresenta ao estudante (2007), o Guia para a Boa Prescrição
perguntando: racional e de qualidade. o seguinte modelo normativo para a Médica da OMS nos indica que,
farmacoterapia racional: após selecionar o tratamento me
Na anamnese, você deve incluir dicamentoso e escrever a receita, o
O que eu posso fazer informações sobre o uso de fár No curso do desenvolvimento de médico deve informar ao paciente:
para realizar uma macos, não apenas às questões seus medicamentos, os estudantes
melhor prescrição na mais formais em si, como história são ensinados a consultar proto (a) os objetivos a curto (ou a longo)
de alergias, o uso regular ou even colos de tratamento nacionais e prazo do tratamento instituído; (b)
Atenção Básica? tual de algum fármaco, o uso de internacionais, formulários, livros- como, quando e por quanto tempo
algum por conta própria, etc. texto e outras fontes de informação deve tomar o medicamento; (c)
sobre medicamentos. seus benefícios e riscos (interações
Ozório e É preciso muita atenção aos as medicamento-medicamento ou me
colaboradores (2012) pectos inerentes à pessoa: suas Em seguida, eles são ensinados a dicamento-alimento, reações ad
crenças individuais sobre a doença aplicar o conjunto de medicamen- versas, intoxicações); (d) procedi
indicam-nos alguns e a medicação, suas ideias e preo tos-I a problemas específcos de mentos a seguir se surgirem alguns
passos e conselhos cupações, sua expectativa sobre pacientes, usando um esquema de efeitos adversos; (e) forma de 49
úteis que eles o diagnóstico e o tratamento são resolução de problemas composto guardar os medicamentos; e (f) o
pontos-chave para uma boa co por 6 passos: que fazer com as sobras.
desenvolveram. municação, a qual certamente re
fletir-se-á na prescrição. 1. definir o problema do paciente;
2. especificar o objetivo terapêutico;
Além disso, eles Tenha certeza de que a comunicação 3. verificar a conveniência de seus O medicamento é
destacam alguns inadequada é um fator relevante medicamentos e escolher o tra-
um produto que,
dos erros mais que contribui para erros na me tamento para esse paciente indi-
dicação como vários estudos apon vidual; acompanhado de
frequentemente taram para essa realidade. 4. escrever a prescrição; informação, facilita o seu
cometidos e sugerem 5. informar e instruir o paciente;
uso correto.
A OMS desenvolveu um manual sobre 6. monitorar e/ou interromper o
algumas atividades os princípios da prescrição racional tratamento. A leitura desse livro
preventivas e de para estudantes de Medicina, o Guide é uma excelente dica para todo
to Good Prescribing, traduzido para prescritor!
educação. o português como Guia para a Boa
PASSOS PARA A TOMADA DE DECISÕES
EIS UMA DICA PRECIOSA!
COMPARTILHADAS COM A PESSOA
● Antes de prescrever uma medicação ou conduta, deve-se ● Levar em consideração o custo-benefício dos medicamentos ao
conhecer e procurar evidências de seu uso. prescrevê-los.
● Descrever, de forma compreensível e detalhada, as medidas não ● Prescrever somente medicamentos que venham ao encontro das
medicamentosas que fizeram parte da prescrição. necessidades da pessoa e nunca para sua própria conveniência
ou simplesmente porque a pessoa os requer.
● Prescrever, na medida do possível, somente uma medicação.
Evitar a polifarmácia. ● Acordar com a pessoa o retorno da consulta para acompanhamento.
● Esclarecer à pessoa e/ou ao acompanhante tudo o que for ● Prescrever medicação não licenciada ou fora dos termos de sua
imprescindível sobre o medicamento prescrito: dose, duração licença (off-label) somente se necessário. 51
do tratamento, interações medicamentosas, reações adversas e
riscos durante e depois de seu uso, forma de armazenamento. ● Renovar receitas, desde que as condições da pessoa estejam
monitoradas.
● Na prescrição de crianças, conhecer a dose recomendada de
acordo com o peso, a idade, a apresentação do medicamento e o ● Estabelecer comunicação com a pessoa, levando em consideração
estado nutricional. suas crenças, preocupações e atitudes.
● Na prescrição de gestantes, conhecer de forma empírica e ● Registrar as prescrições no prontuário da pessoa para que se
procurar sempre uma justificativa clínica consistente. possa conferir, no retorno, se as orientações foram cumpridas.
● Escrever a receita médica de forma legível, completa, sem ● Utilizar, se disponível, prescrição eletrônica. Isso tem sido pro
abreviaturas, com a inscrição no CRM. Datar e assinar. Utilizar o posto como uma estratégia importante para reduzir erros com
nome genérico ou a denominação comum brasileira (DCB). medicações, melhorar a qualidade do cuidado com a pessoa e
reduzir os custos na área da saúde.
ERROS MAIS FREQUENTES COMETIDOS
● Uso de medicamentos que trazem mais riscos que benefícios, ou de custo elevado,
quando existem alternativas mais seguras e acessíveis.
de apresentar facilitadores ● Prescrições inapropriadas (subprescrição – não prescrever medicamentos que são
para sua prescrição na necessários, principalmente no caso de pessoas idosas, ou prescrever por tempo
insuficiente; superprescrição – prescrever um ou mais medicamentos do que é
Atenção Básica, destacamos clinicamente necessário, ou por tempo prolongado; sobreprescrição – prescrever dois
no quadro alguns dos erros ou mais medicamentos para a mesma finalidade).
52 mais frequentes cometidos, ● Prescrições incorretas: ambíguas (medicamentos antagônicos), ilegíveis, incompletas
segundo proposto por (ausência de via de administração, forma farmacêutica, concentração, duração do
tratamento, posologia e data), com uso de abreviações ou, ainda, rasuras, com falta de
Ozório e colaboradores assinatura ou CRM.
(2012).
● Prescrições que não levam em consideração as características individuais das pessoas (função
renal ou hepática reduzida, história de alergia, uso de outros fármacos, gestação, etc).
Rename
e Farmácia Popular
58
Disponível
na Biblioteca virtual desta unidade.
farmácias e drogarias,
medicamentos.
A primeira diferença está no No caso do “Aqui Tem Farmácia Essa ação, denominada “Saúde
número de itens disponibilizados Popular”, o Governo federal esta não tem preço”, ampliou bastante
nas redes próprias do programa e beleceu um valor de referência. o número de atendimentos rea
Algumas diferenças o elenco subsidiado pelo Governo O MS subsidiará 90% desse valor, lizados no Programa em rel a
Federal nas farmácias e drogarias ficando o usuário responsável pelos ção ao ano anterior. Conforme
são encontradas entre credenciadas ao Programa, sendo 10% restantes e pela diferença dados apresentados pelo MS,
os elencos da rede o primeiro maior. Também há di que porventura houver entre o o crescimento não se deu
ferença no valor pago pelo usuário valor de referência e o valor de apenas para os medicamentos
própria de farmácias e do serviço. venda efetivamente praticado. indicados para essas doenças,
o “Aqui Tem Farmácia A partir de fevereiro de 2011, os tendo havido também aumento
No caso da rede própria, os valores medicamentos indicados para o no número de dispensações dos
Popular”. dos medicamentos e preservativos tratamento da hipertensão e do outros. Esse crescimento pode
são estabelecidos pela Fiocruz, diabetes constantes do elenco ser observado em todo o país,
já embutidos nestes os custos das duas versões do programa o qual pode ser atribuído tanto
de aquisição e a logística de passaram a ser dispensados sem à ação quanto à capilaridade
distribuição. custos para o usuário. atingida pelo Programa.
61
Esperamos que você se sinta mais confiante para abordar os temas aqui discutidos
e que eles sejam úteis na sua prática profissional.
64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. em 27 de novembro de
2015 Revoga a Portaria nº 492/SAS/MS, de 23 de setembro de 2010. Epilepsia - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Uso racional de medicamentos: temas selecionados / Ministério
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o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências.
66
______. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema
Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.
______. Portaria n. º 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
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GLOSSÁRIO
Dose Efetiva Mediana (DE50): É a base para produzir determinada intensidade de um efeito em 50% dos indivíduos. Doses outras que produzem a
mesma intensidade do efeito em outras proporções percentuais são designadas DE20, DE80 etc. Quando o efeito observado é a morte dos animais de
experimentação, registra-se a dose letal. DL50 significa que morreram 50% dos animais com a dose empregada; DL20, que morreram 20% dos animais
e assim por diante.
Acredita-se, hoje, que o teste de determinação da DL50, anteriormente considerado como parâmetro fundamental para a definição da toxicidade
química, tenha perdido grande parte de sua credibilidade, especialmente em relação à fármacos destinados aos usos terapêuticos.
Devido aos problemas relacionados abaixo, ele mede apenas a mortalidade e não a toxicidade subletal:
A DL50 varia muito entre as espécies e não pode ser extrapolada com segurança para seres humanos;
Ele mede apenas a toxicidade aguda produzida por uma dose única e não mede a toxicidade a longo prazo;
68 Ele não mede as reações idiossincrásicas (reações que ocorrem a uma dose baixa em uma pequena proporção dos indivíduos), embora essas reações
sejam mais relevantes para a prática do que a toxicidade de doses altas;
Ele requer o uso de muitos animais e acarreta um sofrimento desproporcional em relação ao conhecimento obtido.
________________________________________________________________
O Índice Terapêutico (IT): É definido pela relação DL50/DE50. Vários autores ainda transmitem a ideia de que, quanto maior o Índice Terapêutico de uma
droga, maior é a sua margem de segurança, pois ele indica a distância entre a Dose Letal mediana e a Dose Efetiva Mediana. Erlich definiu inicialmente o
Índice Terapêutico como: IT = Dose máxima não tóxica/Dose mínima eficaz; infelizmente, a variabilidade entre indivíduos não é levada em conta nessa
definição, portanto, esse conceito caiu em desuso. O conceito de IT = DL50/DE50 ainda é amplamente utilizado, apesar de hoje reconhecermos que
este apresenta limitações claras.
O IT é capaz de dar uma ideia da margem de segurança no uso de um fármaco, mas não é efetivamente um guia útil para a segurança de um medicamento
no uso clínico. As razões para isso são as seguintes: O tipo de efeito adverso, que limita, na prática, a utilidade clínica de um fármaco, tende a passar
despercebido no teste de DL50; A DE50 pode não ser definida, dependendo da média da eficácia utilizada. Por exemplo, pode ser necessário administrar
os fármacos analgésicos em doses diferentes de acordo com a natureza da dor; Algumas formas muito importantes de toxicidade são idiossincrásicas.
Em outros casos, a toxicidade depende muito do estado clínico do paciente. Assim, o propranolol, por exemplo, é perigoso para pacientes asmáticos
em doses que são inofensivas para um indivíduo normal.
Janela terapêutica: Significa a área (ou faixa) entre a dose eficaz mínima e a dose máxima permitida. Portanto, corresponde a uma faixa plasmática
aceitável, na qual os resultados terapêuticos são positivos. Por exemplo, para crianças com peso inferior a 20 Kg, a dose diária do fármaco amoxicilina
pode variar de 20 a 40 mg por quilo de peso; portanto, se a criança tiver 10 Kg de peso corporal, a dose diária pode ser, no mínimo, de 200 mg
(dividida em três doses de 8 em 8 horas), e, no máximo, de 400 mg do fármaco (dividida em três doses de 8/8 horas). Assim, a janela terapêutica (dose
recomendada) diária do medicamento amoxicilina para crianças com o peso corporal de 10 Kg varia de 200 mg a 400 mg.].
________________________________________________________________
Mnemônico: É um conjunto de técnicas utilizadas para auxiliar o processo de memorização. Consiste na elaboração de suportes, como os esquemas,
os gráficos, os símbolos, as palavras ou as frases relacionadas ao assunto que se pretende memorizar.
________________________________________________________________
Denominação Comum Brasileira (DCB): É a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada no órgão federal responsável
pela vigilância sanitária;
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Denominação Comum Internacional (DCI): É a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada na Organização Mundial
de Saúde. 69