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Fernando Haddad

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Nadia Campeão
VICE-PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

José de Filippi Jr.


SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE

Mariana Neubern de Souza Almeida


CHEFE DE GABINETE

Rejane Calixto Gonçalves


COORDENADORA DA ATENÇÃO BÁSICA

COORDENADORES REGIONAIS:
Alberto Alves Oliveira – NORTE
Alexandre Nemes Filho – OESTE
Claudia Maria Afonso de Castro- LESTE
Karina Barros Calife Batista – SUDESTE
Sonia Maria Trassi – CENTRO
Tania Zogbi Sahyoun – SUL
PAVS
Manual Orientador das
Ações do Agente de
Promoção Ambiental (APA)

Agosto de 2015
SUMÁRIO
Apresentação .........................5
Introdução .................................7
Portaria .......................................10
Orientações ...........................23
Procedimentos ....................32
Anexos ......................................35

Parque Raposo Tavares


1.
APRESENTAÇÃO
Esse
documento é um manual que
visa facilitar a organização e
o entendimento do fluxo de
trabalho e das atribuições
relacionadas ao APA, a fim
de melhorar continuamente
as ações realizadas nas Uni-
dades Básicas de Saúde e no Viaduto do Chá
seu território de abrangência.

Aqui são fornecidas orienta-


ções técnicas, metodológicas
e de procedimento de traba-
lho a fim de guiar o APA em
suas atividades dentro do
Programa Ambientes Verdes
e Saudáveis (PAVS), conforme
a sua atribuição em Portaria
Municipal – Gabinete SMS, nº
1573, de 03 de agosto de 2011.

Esse material reflete a


riqueza de discussões entre
todas as partes envolvidas no
PAVS: equipe municipal, equi-
pe regional e local, represen-
tantes das coordenadorias
regionais de Saúde e repre-
sentantes das instituições
parceiras do Programa.

Grupo de trabalho para


o Manual Orientador das
Ações do APA.
5
2.
INTRODUÇÃO
FIQUE DE OLHO!
Essa caixa vai aparecer
sempre que tiver uma dica
importante para você!

Museu do Ipiranga

A cidade de São Paulo conta âmbito individual e coletivo,


hoje com uma sólida rede de que abrange a promoção e
serviços municipais de saúde a proteção da saúde, Uma
que estruturam a base do SUS das estratégias de organiza-
– Sistema Único de Saúde. O ção, expansão e consolida-
município possui aproximada- ção da Atenção Básica é a
mente 11.581.798 habitantes e Estratégia Saúde da Família
1.521.101 km² de área territorial, (ESF), que se fundamenta na
que administrativamente está atuação de equipes multipro-
dividido em seis regiões no fissionais que desenvolvem
âmbito da Saúde, cada qual ações no âmbito da assistên-
com a sua Coordenadoria cia primária, de prevenção e
Regional de Saúde – CRS. São promoção da saúde em um
aproximadamente 963 equi- determinado território.
pamentos/serviços municipais
de saúde que, complementa- Presentes nas regiões de
dos pela assistência oferecida maior vulnerabilidade social,
pelos ambulatórios e hospitais as Unidades Básicas de Saúde
estaduais e serviços privados, (UBS) com Estratégia Saúde
compõem a maior rede de da Família desenvolvem ações
saúde do Brasil. que visam à promoção de
saúde e prevenção de agra-
Nesta complexidade de ser- vos. Neste contexto, está inse-
viços, a Atenção Básica (AB) rido o Programa Ambientes
caracteriza-se por um con- Verdes e Saudáveis (PAVS),
junto de ações de saúde, no que tem como objetivos:

7
O que o Programa prevê?
Desenvolver políticas
de saúde ambiental no
âmbito da Estratégia O Programa prevê o
Saúde da Família;
desenvolvimento de proje-
Fortalecer a atuação tos e ações socioambientais
intersetorial a partir das necessidades
e intersecretarial; do território visando
incorporar as questões
Proporcionar a
sustentabilidade das ambientais nas ações de
intervenções promoção da saúde.
no território;
Desenvolvidos junto às
Fomentar o
empoderamento e a
equipes de saúde, os
efetiva participação projetos são organizados
da comunidade. em sete eixos temáticos
que se interrelacionam.

EIXOS TEMÁTICOS PAVS

Biodiversidade
e Arborização

Horta e
Cultura e Alimentação
Comunicação Saudável

Promoção da Saúde

Educação para a Sustentabilidade

Revitalização Intersetorialidade
de Espaços Água,
Públicos Ar e Solo
Cultura Paz

Gerenciamento
A3P de Resíduos
Sólidos

8 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


3.
PORTARIA Nº
1573/2011 SMS-G
O Secretário Municipal
da Saúde, no uso de suas
atribuições, e Conside-
rando as responsabili- A Portaria é o documento que Institui o
dades e atribuições dos PAVS na Estratégia Saúde da Família
(ESF), na Coordenação da Atenção
Municípios aprovadas no Básica da Secretaria Municipal da
Pacto da Saúde 2006/ Saúde (SMS) do Município de São Paulo.

Pacto pela Vida/Pacto de


Gestão do SUS, no que se
refere à gestão, planeja-
mento, programação e
execução de ações inte-
gradas de Promoção em
Saúde e Fortalecimento
da Atenção Básica;
Considerando no Pacto
da Saúde 2006/Pacto de
Gestão do SUS, o repas-
se fundo a fundo como
uma das modalidades
preferencial de transfe-
rência de recursos entre
os gestores;
Considerando a compe-
tência delegada pela Lei
Municipal nº 13.563 de
24/04/2003 que dispõe
sobre o Fundo Municipal
de Saúde;
Considerando o processo
de construção de uma Po-
Praça da Sé
lítica Pública Integrada na
Cidade de São Paulo;

10 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


FIQUE DE OLHO!
Considerando a SMS,
como gestora do SUS no Intervenção – Num
contexto do PAVS, a
Município, que formula e intervenção pressupõe
implanta políticas visando a mudança de uma
realidade. Mas, quando
promover, proteger e recu- você faz uma fala sobre
perar a saúde da popula- alimentação saudável no
ção, em consonância com grupo de hipertensos, a
condução de uma oficina
as diretrizes traçadas pelo no grupo de artesanato da
Ministério da Saúde; unidade, a participação
em um projeto de plantio
Considerando a Coordena- no bairro, você está
fazendo uma intervenção.
ção da Atenção Básica, por Se você está fazendo
meio das Coordenadorias alguma atividade junto
com sua equipe, seja na
Regionais de Saúde (CRS) Unidade ou no território,
e Supervisões Técnicas de você está fazendo
uma intervenção.
Saúde (STS), como respon-
sável pelo acompanhamen-
to das unidades, visando Considerando o
qualidade e otimização dos desenvolvimento
recursos e as adequações de ações integra-
necessárias para a correta das com enfoque
execução da ESF, firmada na construção de
nos termos de convênio e uma agenda saúde
contratos de gestão; e meio ambiente no
Considerando a dimensão e âmbito da Atenção
complexidade das questões Básica/ Estratégia
ambientais presentes nos ter- Saúde da Família;
ritórios das Unidades Básicas Considerando o forta-
de Saúde (UBS). lecimento da atuação
Considerando o território das intersetorial e interse-
Unidades de Saúde como espa- cretarial no território
ço preferencial de intervenção das Unidades Bási-
de ações de Promoção à Saúde; cas de Saúde;

11
Considerando a susten- das no Município de São
tabilidade das interven- Paulo, através de uma
ções no território, fomen- agenda de ações integra-
tando o empoderamento das com enfoque para o
e efetiva participação da desenvolvimento de polí-
comunidade; ticas de saúde ambiental
Considerando a neces- no âmbito da Estratégia
sidade de compatibilizar Saúde da Família, visan-
desenvolvimento urbano e do fomentar o desenvol-
humano com preservação vimento de uma nova
e proteção ambiental na prática de saúde que se
concepção de ambientes- traduz em valores de res-
saudáveis e sustentáveis; ponsabilidade cidadã em
torno da defesa da vida
Considerando os Agentes e da proteção ambiental,
Comunitários de Saúde tendo como eixos nortea-
como atores de multiplica- dores o fortalecimento da
ção na Promoção da Saúde; atuação intersecretarial e
Considerando o processo intersetorial, a sustenta-
de capacitação dos Agen- bilidade das intervenções
tes comunitários de saúde no território e o empode-
para o desenvolvimento ramento e efetiva parti-
de projetos socioambien- cipação da
tais nas Unidades Básicas comunidade.
da ESF, resolve: § 1º. A coordenação do
Art. 1º. Instituir o Progra- Programa Ambientes Ver-
ma Ambientes Verdes e des e Saudáveis – PAVS é
Saudáveis – PAVS na Es- atribuição da Coordena-
tratégia Saúde da Famí- ção da Atenção Básica.
lia, com objetivo de con- § 2º. A execução do pro-
tribuir na construção das grama é atribuição das
políticas públicas integra- equipes da ESF nas UBS

12 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


e será implementado em
articulação com as Insti-
tuições Parceiras da Es-
tratégia Saúde da Família
da Secretaria Municipal da
Saúde, com apoio da Se-
cretaria Municipal do Ver-
de e Meio Ambiente e de
outras Secretarias afins.
Art. 2º. O Programa Am-
bientes Verdes e Saudá-
veis contará com estrutura
organizacional contem-
plando na sua equipe:
Gestores municipais na
equipe da Coordenação
da Atenção Básica;
Gestores regionais atu-
ando nas coordenadorias
regionais de Saúde;
Gestores locais atuando
no âmbito das unidades
básicas de saúde;
Agentes comunitários de
Saúde (ACS) nas Equipes
da Estratégia Saúde da
Família das unidades bá-
sicas de saúde;
Agentes de Promoção
Ambiental (APA) nas uni-
dades básicas de saúde.
Museu do Ipiranga

13
FIQUE DE OLHO!
Evento – Evento não é vento
Monitorar e avaliar o PAVS
que sopra de repente. Precisa no âmbito da SMS;
de planejamento e trabalho
em equipe! Você vai perceber Fomentar as ações interse-
que durante todo o ano vão toriais, intersecretariais e
acontecer ações especiais na
Unidade ou no território em entre as Instituições Parcei-
que você, como APA será ras da ESF;
convidado a colaborar.
Campanhas de prevenção de Contribuir para o fortaleci-
doenças, datas comemorativas
do bairro, seminários, mento da ESF na rede de
atividades em escolas, entre atenção na SMS;
outras. Os eventos são, por
assim dizer, todas aquelas Contribuir para o fortaleci-
atividades que não acontecem
rotineiramente, mas que mento da Atenção Básica no
exigem também planejamento Município de São Paulo, com
e muito trabalho de equipe.
ênfase na intersetorialidade.
Art. 3º. Sobre as atribui- § 2º. São atribuições dos
ções dos profissionais Gestores Regionais do Pro-
envolvidos no Progra- grama Ambientes Verdes e
ma Ambientes Verdes Saudáveis:
e Saudáveis:
Fazer a articulação do
§ 1º. São atribuições dos Programa entre os níveis
Gestores Municipais do central e local, e com as
Programa Ambientes instituições parceiras da
Verdes e Saudáveis: ESF, seguindo as diretrizes
Coordenar o PAVS no estabelecidas pela SMS;
âmbito da SMS, elabo- Fomentar a articulação das
rando e definindo di- ações e atores do PAVS nos
retrizes básicas para a diferentes territórios da Coor-
execução do Programa; denadoria Regional de Saúde;
Articular ações com as Estabelecer parcerias no
Instituições Parceiras território para o desenvol-
da ESF; vimento dos projetos PAVS,

14 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


em articulação com as CRS
e instituições parceiras;
Realizar, acompanhar e
apoiar capacitações técnicas
do PAVS no âmbito da CRS e
junto aos gestores locais;
Apoiar a organização de
eventos locais e regionais;
Acompanhar e monitorar
os projetos socioambien-
tais no âmbito da CRS;
Coordenar, apoiar e super-
visionar as ações desenvol-
vidas pelos gestores locais
no território das Unidades
Básicas de Saúde;
Identificar fontes financia-
doras de projetos socioam-
bientais e facilitar o proces-
so de captação de recursos
junto aos gestores locais;
Participar de reuniões/ca-
pacitações e outras ativi-
dades afins quando convo-
cados pela Coordenadoria
Regional de Saúde e ou
Coordenação do Programa;
Contribuir para o apri-
moramento do PAVS e da
Parque Linear Água Vermelha
ESF na SMS.

15
§ 3º. São atribuições dos
Gestores Locais do Programa
Ambientes Verdes e Saudáveis:
Apoiar, fomentar e monito-
rar as ações locais do PAVS
junto aos Agentes Comuni-
tários de Saúde e aos Agen-
tes de Promoção Ambiental,
seguindo as diretrizes esta-
belecidas pela SMS;
Articular e mediar as ações
e os atores do PAVS no ter-
ritório das unidades bási-
cas de saúde (nível local);
Acompanhar e monitorar
os projetos PAVS nas uni-
dades básicas de saúde;
Apoiar a elaboração e
execução de novos pro-
jetos PAVS nas Unidades
Básicas de Saúde;
Envolver e apoiar os geren-
tes e equipes das unidades
básicas de saúde na im-
plantação/implementação
dos projetos PAVS;
Estabelecer parcerias no
território, em articulação
com o Gestor Regional e a Parque do Carmo
Instituição Parceira, para

16 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


o desenvolvimento dos § 4º. São atribuições dos
projetos PAVS; Agentes Comunitários de
Elaborar projetos socioam- Saúde no Programa Am-
bientais com vistas à cap- bientes Verdes e Saudáveis:
tação de recursos no âmbi- Identificar as necessidades
to das instituições parceiras; do território para elabo-
Participar de reuniões/ca- ração e implantação de
pacitações e outras ativi- projetos socioambientais;
dades afins quando convo- Elaborar, em conjunto
cados pela Coordenadoria com demais membros da
Regional de Saúde e/ ou equipe da ESF e da UBS,
Coordenação do PAVS e/ apoiados pelo gestor local
ou instituições parceiras; e gerência da UBS, pro-
Capacitar os Agentes Comu- jetos socioambientais de
nitários de Saúde, os Agen- intervenção local;
tes de Promoção Ambiental Desenvolver os projetos so-
e os demais integrantes das cioambientais nas Unida-
Unidades Básicas de Saúde des Básicas de Saúde e na
para o desenvolvimento de comunidade, com a parti-
ações e projetos socioam- cipação da equipe da Uni-
bientais nos eixos temáticos dade seguindo as diretrizes
do Programa, em conso- estabelecidas pela SMS;
nância com a gerência da Participar de reuniões do
UBS, STS, CRS e Instituições PAVS na Unidade de Saú-
Parceiras; de e na comunidade, em
Monitorar as ações dos consonância e anuência
APA no desenvolvimento da gerência da UBS;
do projetos PAVS; Participar das capacitações
Contribuir para o apri- promovidas pelo PAVS, em
moramento do PAVS e da consonância e anuência da
ESF na SMS. gerência da UBS;

17
Estabelecer articula- apoio das equipes da ESF
ção sistemática com o e demais profissionais da
Gestor Local do PAVS e Unidade Básica de Saúde;
com os Agentes de Pro- Atender as solicitações do
moção Ambiental no Gestor Local do PAVS, jun-
desenvolvimento dos tamente com as equipes
projetos socioambientais; envolvidas nos projetos
Contribuir para o apri- PAVS da UBS, com a devi-
moramento do PAVS e da da ciência da gerência da
ESF na SMS. Unidade Básica de Saúde;
§ 5º. São atribuições dos Zelar pelos materiais
Agentes de Promoção Am- PAVS (materiais de apoio,
biental do Programa Am- instrumentais de acom-
bientes Verdes e Saudáveis panhamento, insumos
Participar da identifica- de projetos, ferramentas,
ção, elaboração e desen- entre outros) na Unidade
volvimentos dos projetos Básica de Saúde;
socioambientais de in- Elaborar relatórios das
tervenção local na UBS e atividades do PAVS de-
no território; senvolvidas na Unidade
Apoiar e desenvolver Básica de Saúde, de acor-
ações locais do PAVS na do com a solicitação da
Unidade Básica de Saúde gerência da Unidade e do
e na comunidade, junto às Gestor Local PAVS;
equipes da ESF e demais Participar de reuniões téc-
profissionais da UBS; nicas da Unidade Básica
Auxiliar e contribuir na de Saúde quando solicita-
elaboração e organiza- do pela gerência da UBS
ção de dados, planilhas e ou em reuniões específicas
relatórios do PAVS com o do PAVS;

18 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


Participar de fóruns, reu-
niões, atividades, projetos,
capacitações e /ou even-
tos PAVS desenvolvidos
no território da Unidade
ou em outros territórios,
quando solicitados pelo
Gestor Local, com a devi-
da ciência da Gerência da
Unidade Básica de Saúde;
Apoiar o Gestor Local
na identificação e ma-
peamento de potenciais
parceiros para o desen-
volvimento das ações
do PAVS no território,
juntamente com as equi-
pes técnicas da Unidade
Básica de Saúde;
Contribuir para o apri-
moramento do PAVS e da
ESF na SMS.
Art 4º. O Agente de Pro-
moção Ambiental está
subordinado ao gerente
da UBS e planeja e desen-
volve suas atividades em
articulação com o Gerente
da UBS, o Gestor Local do
PAVS e os Agentes Comu- Parque Cidade de Toronto
nitários de Saúde.

19
Art. 5º. Os gerentes das
Unidades Básicas de Saú-
de da Estratégia Saúde da
Família são corresponsá-
veis pelo desenvolvimento
do Programa Ambien-
tes Verdes e Saudáveis
na Unidade Básica de
Saúde e no seu território
de abrangência e deve-
rão adotar as providên-
cias necessárias para
sua viabilidade.
Art. 6º. Definir que o PAVS
deverá fomentar a inter-
face com os demais Pro-
gramas afins no âmbito
da SMS.
Art. 7º. Definir que nas
várias formas de divul-
gação/apresentação do
PAVS deverá constar obri-
gatoriamente o logotipo do
Programa, da SMS/PMSP
e da Instituição Parceira.
Art. 8º. Definir que o PAVS
poderá também ser im-
plantado nas demais uni-
Parque Linear Guaratiba dades de Saúde da Secre-
taria Municipal da Saúde.

20 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


Art. 9º. Para a consecução
dos objetivos do Programa
poderão ser firmados os
seguintes instrumentos:
I - termos de cooperação
e convênios com entes
públicos ou privados, ob-
servados os princípios da
impessoalidade, isonomia,
moralidade e publicidade;
II - parcerias com outros
órgãos públicos responsá-
veis pela administração de
próprios municipais, esta-
duais ou federais.
Art. 10º. Definir que os re-
cursos orçamentários para
o desenvolvimento deste
Programa onerarão as
dotações orçamentárias
e fontes próprias da ESF,
respeitando a disponibi-
lidade orçamentária de
cada exercício financeiro.
Art. 11º. Esta Portaria en-
tra em vigor na data da
sua Publicação.
Parque Linear Rio Verde

21
4.
ORIENTAÇÕES
PARA A AÇÃO
DO AGENTE DE
PROMOÇÃO
AMBIENTAL
4.1 Visitas Socioambientais (nº 02 e 09)

As visitas socioambien-
FIQUE DE OLHO!
tais são ferramentas para
Sensibilizar - A Sensibilização diagnóstico e sensibiliza-
Ambiental tem como objetivo
informar e esclarecer as pessoas
ção e devem ser planeja-
sobre os problemas ambientais das e orientadas em con-
que causam impactos negativos junto com o gestor local.
à saúde da população e seus
possíveis enfrentamentos,
procurando transformar os Visita Socioambiental no
cidadãos em participantes Território – VAT
ativos na proteção dos valores
naturais. A sensibilização é O APA realiza VAT com os
por isso um componente
fundamental para a reflexão de seguintes objetivos:
um modelo de sociedade mais
sustentável, indispensável para Conhecer e mapear as
se exercer uma cidadania plena, potencialidades e fragi-
visando à preservação
do meio ambiente. lidades socioambientais
do território;
Visita Socioambiental Conhecer e mapear
Domiciliar – VAD os potenciais parceiros
O APA realiza VAD acom- do território;
panhado de um profissional Zelar pelas parcerias
da ESF, com o objetivo de: estabelecidas;
Orientar e sensibilizar Orientar e sensibilizar
as famílias para as para as questões de
questões de saúde e saúde e meio ambiente;
meio ambiente;
Divulgar ações socioam-
Divulgar para as fa- bientais de promoção
mílias ações socioam- da saúde.
bientais de promoção
da saúde.

23
4.2 Participação em grupos da UBS (nº 02)

O APA deve: O APA pode:


Integrar-se nos grupos Motivar a formação de
de saúde realizados pelos novos grupos em parceria
profissionais da UBS, sendo com os profissionais da
na própria Unidade, na sua equipe de saúde. Apoiar e
área de abrangência, no integrar-se nos grupos e
território e outros locais com- atividades de promoção de
patíveis com a proposta dos saúde, podendo conduzir
grupos. A participação pode atividades de práticas cor-
ser por meio da divulgação e porais, alimentação sau-
realização de oficinas, rodas dável e plantas medicinais,
de conversa, eventos, ati- desde que capacitado,
vidades e intervenções no certificado para esse fim
território, com temas relacio- e subsidiado pela referida
nados à promoção da saúde área técnica.
e meio ambiente. No caso do Núcleo de Pre-
venção à Violência da UBS,
a participação do APA deve
ser como apoiador.

FIQUE DE OLHO!
Oficina - Ensinar com a prática. As oficinas educativas são
aquelas ações em que usamos atividades práticas como fio
condutor para abordar o tema que queremos conversar com o
grupo. Por exemplo: para tratar sobre a alimentação saudável e
os benefícios do consumo de alimentos cultivados em casa, por
que não usar uma oficina de horta em pequenos espaços?
Enquanto o grupo troca as experiências, saberes e tecnologias,
vamos sensibilizando a turma para pensarmos juntos maneiras
econômicas de obter produtos mais saudáveis.

24 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


FIQUE DE OLHO!

Roda de Conversa - Geralmente nas atividades que vamos


realizar nas unidades levamos temas que podemos pensar ser
novo para o grupo que vamos trabalhar. Mas ao invés de chegar
derramando todo conhecimento que você adquiriu pelas suas
experiências e cursos que participou, que tal ouvir um pouco o
que os participantes têm a dizer? A roda de conversa é uma das
formas de fazer este trabalho. Como próprio nome já diz,
organizado em uma roda propomos o tema da conversa para o
grupo e vamos ouvindo, interagindo, aprendendo e ensinando
com cada um dos participantes para que no final da atividade
todos nós possamos sair conhecendo
um pouco mais sobre o assunto.

4.3 Materiais PAVS (nº 05)

O APA deve: Organizar/preparar em


Zelar por todos os mate- tempo hábil o local e os
riais (de apoio, educativos, materiais a serem utiliza-
pasta PAVS, ferramentas, dos nas atividades propos-
entre outros). tas, bem como deixá-los
organizados após o térmi-
no destas.

25
4.4 Organização de dados,
planilhas e relatórios do PAVS (nº 06)

O APA deve: Preencher o calendário men-


Preencher o Registro de sal com os dados do plane-
Atividade Diária (ANEXO 1) jamento prévio realizado e
e o Descritivo de Atividade atualizá-lo diariamente;
Diária (ANEXO 2) com dados Garantir o registro dos parti-
do período de 01 a 31 do mês cipantes nas atividades por
de referência. meio de lista de presença.
Preencher os instrumen- Utilizar o instrumental
tais de monitoramento de Orientação para Projeto
projetos, indicados pelo ges- Socioambiental-OPA (ANE-
tor local, com dados de 01 a XO 3), como ferramenta
31 do mês de referência. para elaboração de projeto.

4.5 Participação em reuniões, encontros,


seminários, capacitações e outras
atividades (nº 07 e 08)

O APA deve: Participar de reuniões de


Participar, quando solicitado Conselho Gestor;
e autorizado pelo Gestor Lo- Participar, quando solicita-
cal e/ou gerência da UBS, de do, das reuniões técnicas e
reuniões, seminários, encon- de equipes.
tros técnicos, capacitações e
outras atividades com temas Informar e compartilhar
relevantes ao Programa. as demandas e resultados
dos projetos desenvolvidos
Participar das reuniões na UBS em reuniões dos
gerais da UBS;

26 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


grupos, do Conselho Gestor Acordos e tomadas de deci-
de Saúde, reunião geral, sões oriundas dessas reuni-
nos espaços da Unidade ões, devem ser firmadas em
de Saúde e nos espaços da consonância com o gestor
comunidade. local e gerência da UBS.

4.6 Participação em atividades


intersecretariais/intersetoriais (nº 08)

O APA pode participar de Instituições e Equipamen-


atividades em: tos públicos e privados.
Unidades de ensino públi- Orienta-se que nestas ati-
cas e privadas; vidades intersecretariais/
Equipamentos Sociais e intersetoriais a participa-
Espaços da Comunidade ção seja por meio da reali-
(Abrigos, Casas de acolhi- zação de oficinas, rodas de
da, ocupações e moradias conversa, eventos, reuni-
coletivas, entre outros), ões, atividades culturais e
desde que com o objetivo intervenções no território
de desenvolver propostas, com temas relacionados
ações e projetos socioam- à promoção da saúde e
bientais. O APA deve estar meio ambiente. Acordos e
sempre acompanhado de compromissos devem ser
algum profissional da ESF firmados em consonân-
e/ou da rede local. cia com o gestor local e
Organizações não gover- gerência da UBS.
namentais (ONG) e redes
sociais locais (Agenda 21,
Conselho Participativo,
Conselho Municipal do
Meio Ambiente e Desen-
volvimento Sustentável -
CADES e outros).

27
5.
ORIENTAÇÕES
GERAIS
5.1 Uniforme e Crachá

É obrigatória a utilização mo em atividades externas


de uniforme, calçado fe- à área de abrangência
chado e crachá durante o da UBS.
horário de trabalho, mes-

5.2 Atividades administrativas da


Unidade Básica de Saúde
Não é atribuição do APA ofícios, atendimento na
realizar atividades admi- recepção, preenchimento
nistrativas que não estejam de carteiras de vacinação,
relacionadas as ações e manuseio de prontuários,
projetos do PAVS na UBS, dispensa de medicamen-
sendo elas: elaboração de tos, entre outros.

5.3 Atividades relacionadas


à horta e áreas verdes
Em ações de mutirão de Não é responsabilidade do
revitalização de jardins, APA realizar a limpeza e
áreas públicas, construção roçada das áreas verdes
e manutenção de hortas, o da UBS.
APA deve atuar de forma
compartilhada com os pro-
fissionais da UBS;

29
5.4 Atividades relacionadas à coleta e
destinação de resíduos
O APA deve: descarte de resíduos.
Realizar ações educativas Em relação ao Plano de Ge-
e sensibilizar os profissio- renciamento de Resíduos do
nais e usuários sobre as Serviço de Saúde (PGRSS) da
atividades relacionadas ao UBS, cabe ao PAVS apoiar as
gerenciamento adequado ações educativas relaciona-
de resíduos; das à sua implantação.
Buscar orientação com
o gestor local nas ques- Orientações específicas
tões referentes ao manu- para os casos de armazena-
seio, armazenamento e mento e descarte correto de:

Pilhas e baterias Óleo de cozinha usado


Usar luvas de proteção e Zelar pelo acondiciona-
evitar o contato direto com o mento do óleo e pela higie-
resíduo; ne do local;
Lavar as mãos após a retirada Contatar o parceiro res-
das luvas descartáveis; ponsável pela coleta para
a retirada do resíduo con-
Encaminhar adequadamente
forme o fluxo estabelecido
o recipiente de coleta.
na parceria.

FIQUE DE OLHO!
PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de
Saúde (PGRSS) é um conjunto de práticas, descritas em
um documento exigido pela ANVISA (segundo a RDC
306/2004). Seus principais objetivos são: minimizar a
geração dos resíduos de serviço de saúde; garantir que
esses sejam separados corretamente no momento do
descarte e que, ao final do processo, tenham uma
destinação final segura para as pessoas e o ambiente.

30 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


6.
PROCEDIMENTOS
DE TRABALHO
Os procedimentos de trabalho descritos abaixo são dire-
cionados ao APA e aos demais participantes que possam
vir auxiliar no desenvolvimento de atividades do PAVS na
UBS e no território. Desta forma, visam estabelecer dire-
trizes para o desenvolvimento das seguintes atividades:

6.1 Visita Socioambiental Domiciliar (VAD)


e Visita Socioambiental no Território (VAT)
A programação da VAD Durante a VAD e VAT é
e VAT deve ser registrada importante que o APA se
e atualizada na agenda proteja da exposição ao sol;
mensal e apresentada pelo A VAD deve ser realizada
APA ao gerente da UBS e sempre em companhia de
profissional da UBS;
gestor local do PAVS;
A VAT deve ser realizada
Na VAD e na VAT o APA sempre em companhia de
deve estar identificado com profissional da UBS ou par-
uniforme e crachá; ceiro do território.

6.2 Oficinas Educativas

A programação das oficinas tar identificado com unifor-


educativas deve ser regis- me e crachá;
trada e atualizada na agen- Antes do início das ativi-
da mensal e apresentada dades práticas da ofici-
pelo APA ao gerente da UBS na deve-se esclarecer ao
e gestor local do PAVS; público presente o objetivo
Em todas as atividades da mesma;
educativas o APA deve es- A participação dos presentes

32 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


deve ser comprovada por meio de lista de presença devidamente
preenchida e, se possível, por registro fotográfico. Para os registros
fotográficos ou depoimentos gravados deve ser solicitada ao gestor
local o modelo de autorização do uso de imagem e voz;

Prevenção de riscos e acidentes:

O responsável pela realização da oficina deve verificar se o local


não oferece riscos iminentes aos participantes;
O responsável pela oficina deve apresentar aos presentes os ma-
teriais que serão utilizados na atividade;
Em caso de uso de materiais perfurocortantes (ex: tesouras, estiletes,
agulhas de costura, pás, enxadas, podões, etc.), orientar a utilização
dos mesmos e os cuidados necessários;
O responsável pela oficina deve monitorar a utilização desses
equipamentos durante toda a atividade;
Nas oficinas realizadas a céu aberto o APA deve informar previamen-
te os participantes sobre a importância do uso de roupa e calçados
adequados, protetor solar e outros cuidados específicos de acordo
com a natureza da atividade;
O responsável pela oficina deve checar e guardar as ferramentas
utilizadas ao final das atividades;
Em atividades realizadas em área externa envolvendo mais de 10
crianças e adolescentes é necessária a participação de mais de um
responsável para auxiliar no monitoramento;
Em passeios e saídas externas com crianças e adolescentes é obri-
gatória a autorização por escrito dos pais e/ou responsáveis;
Em atividades em instituições de ensino é obrigatória a presença de
um profissional do local durante a realização das atividades. Caso con-
trário, a atividade não deve ser realizada;
Em atividades que exijam esforço físico é importante realizar alonga-
mento no início e no final, sempre respeitando o limite dos participantes;
Considerando-se a especificidade das atividades outros cuidados po-
derão ser tomados para garantir a integridade física dos participantes.

33
ANEXOS
ANEXO 1:
Instrumental Registro de Atividades Diárias - Frente

35
ANEXO 1:
Instrumental Registro de Atividades Diárias - Verso

36 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


ANEXO 2:
Instrumental Descritivo de Atividades Diárias

37
ANEXO 3:
Instrumental Orientação para Projeto Socioambiental (OPA)

38 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


ANEXO 3:
Instrumental Orientação para Projeto Socioambiental (OPA)

39
ANEXO 3:
Instrumental Orientação para Projeto Socioambiental (OPA)

40 Manual Orientador das Ações do Agente de Promoção Ambiental - APA


Secretaria
Municipal
da Saúde de
São Paulo
Equipe Técnica PAVS:
Eliana Sapucaia Rizzini (erizzini@prefeitura.sp.gov.br)
Kátia Maria de Almeira Correia (kcorreia@prefeitura.sp.gov.br)
Yamma Mayura Duarte Alves (yalves@prefeitura.sp.gov.br)

Projeto Gráfico:
CESCOM/SMS
2015
Este manual é uma construção coletiva
do grupo de trabalho formado por:
Alessandra Aparecida da Silva Santos Fabio Kinker C. Benzi
ASF/Gestor Local SPDM/Gestor Local

Almir dos Santos Amorim Gildelson Francisco Maciel


APS Santa Marcelina /Gestor Local Einstein/ Gestor Local

Ana Cristina Vaz Gisele Batista Chuang


CRS Oeste/ Assessora Técnica APS Santa Marcelina/Gestor Local

Andrea Tonda Hiromi Kano Uchida


Monte Azul/ Assistente de Educação CRS Oeste/ Assessora Técnica
Permanente
Jefferson dos Santos Rodrigues -
Bruno Nogueira Passos APS Santa Marcelina/ Gestor Regional Leste
UNASP/Gestor Local
Juliana Damiani
SPDM/ Coordenadora de Sustentabilidade
Camila Nali
ASF/Gestor Regional Norte
Jussara Cássia da Silva
OS Santa Catarina/ Coordenadora de
Claudio Alves de Castro
Relações Institucionais /Projetos Especiais
ASF/ Interlocutor PAVS
Kátia Maria de Almeida Correia
Daniela Ribeiro Barbosa SMS/Equipe Técnica PAVS
Einstein/Gestor Local
Maria Cecília Figueiredo
Deborah Monnerat CRS Leste/ Assessoria de Comunicação
FFM/Gestor Local e Imprensa

Eliana Sapucaia Rizzini Monica Furst Mastroianni


SMS/ Equipe Técnica PAVS ASF/ Gestor Regional Centro e Oeste

Eliane Cristina dos Santos Neusi Rolim


IRSSL/Gestor Local ASF/Gestor Local

Elisângela Alves Maia Rachel Eny A. Bonomo Costa


SPDM/ Gestor Local SPDM /Gestor Regional Sudeste

Elza de Santana  Renata Crivoi de Castro


ASF/Gestor Local ASF/ Gestor Regional Sul

Ester de Oliveira Freitas Silvia Rosito Oliani Pontes


Einstein/Analista de Informações Gerenciais SPDM /Gestor Local

Evelise Pereira Barboza Yamma Mayura Duarte Alves


SPDM /Gestor Local SMS/ Equipe Técnica PAVS
Anotações
Anotações
Anotações
prefeitura.sp.gov.br/saude

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