Você está na página 1de 285

aIIe1 moi e] el:W±1 1 t II 1

CIP-Brasil. Catalogaço-na-Fonte
Câmara Brasileira do Livro, SP

Alencar Filho, Edgard de, 1913-


.
1 353e Elementos de algebra abstrata / Edgard de Alencar
Filho. -- So Paulo : Nobel, 1978.

Bibliografia.

1 Álgebra abstrata 2 Álgebra abstrata - Problemas,


exercicios etc. I. Titulo.

17. CDD-512.8
18. -512.02
JA
17. -512.8076
18. -512.02076

78-1208

Iridices para catalogo sistematico


1 Álgebra abstrata 512.8 (17.) 512.02 (18-)
2. Exercicios Álgebra abstrata 512.8076 (17.)
512.02076 (18.)
LIVRARIA NOBEL S.A.
iJJ EDITORA- DISTRIBUIDOHA

Er1
MATRIZ RUA MARIA ANTONA. 108 PBX 257 2144
FILIAL: RUA DA CONSOLACÃO, 49 -. FONE 259-3237
CAIXA POSTAL. 2373 - 01 222 SÃO PAULO
ÍNDICE

Parte 1 - OPERAÇÕES

Cap.tuIo 1 - OPERAÇÕES. NOÇÕES FUNDAMENTAIS


1.1 Operação num conjunto .......................... 9
1 .2 Notaçes ........................................ 10

1 .3 Grupide ....................................... 11

1.4 Exemplos de grupcides .......................... 11

1.5 Tábua de uma operaço .......................... 16

1.6 Parte fechada em relaço a uma operaçao. Sub-


grupoide ....................................... 19

1.7 Composto de um numero finito de elementos 21


1.8 Notaçes ........................................ 23

1.9 múltiplos e potências .......................... 23

Exercícios ....................................... 25

Capitulo 2 - PROPRIEDADES DE UMA OPERAÇÃO


2 .1 Comutativa ....................................... 27

2 .2 Associativa, semi-grupo ......................... 29

2 .3 Compostos num semi-grupo ....................... 35

2 .4 Distributiva ................................... 36

Exercicios ...................................... 43

Capítulo 3 - ELEMENTOS NOTÁVEIS DE UM GRUPÓ IDE


3.1 Elementos idempotentes ......................... 46

3.2 Elemento absorvente ............................. 47

3.3 Unicidade do elemento absorvente ............... 48


3.4 Elemento neutro ................................
3.5 Unicidade do elemento neutro .................... 49
3.6 Potências com expoente zero • 52
3.7 Elemento zero e elemento unidade .................53
3 .8 Elementos simplificveis ..........................53
3 .9 Elementos simetrizveis .......................... 57
3.10 Elementos permutáveis. Centro de um grupide 60
Exercicios ........................................ 62

Capitulo 4 MONÓIDES
4.1 Conceito de moriide e...•t......sIê ................ 66

4.2 Propriedades de um monóide 67


4 .3 Submonide ....................................... 71

4.4 Pot&ncias e múltiplos num monide ................ 72


7
4.5 Potências ,com expoente negativo ...................
4.6 Elementos permutveis de um monóide ............... 76
Exercícios .......................................... 77
Cap{ tulo 3 - HOMOMORFISMOS DE GRUPÓ IDES
5 .1 Homomorfismo ..................................... 79

5.2 Propriedades dos homomorfismos ................... 80

5 .3 Núcleo de um homomorfismo ........................ 82

5.4 Composiço de homomorfismos ..................... 83


5.5 Isomorfismo, monomorfismo e epimorfismo .......... 83

5.6 Isomorfismo reciproco de um isomorfismo .........., 86


5.7 Composiço de isomorfismos 87
5.8 Endomorfismo e automorfismo 88

Capitulo 6 - COMPATIBILIDADE
6.1 Compatibilidade de uma operaço com uma re1aço .. 90
6.2 Compatibilidade de uma operaço com uma re1aço de
equiva1ncia . ....................................... 91
6.3 Propriedades da operaço-quooiente ............... 92
6.4 Números inteiros congruentes ..................... 94
6 .5 Congruência modulo rn ............................. 95
6.6 Compatibilidade da adiço era Z com a congruncia
modulo m ............................................ 95
6.7 Compatibilidade da multiplicação em Z com a COfl-
g rüncia modulo m ................................. 9b

Cadtuto 7 - CLASSES RESiDUAIS


7.1 Classe residual modulo m ......................••.• 97
7.2 Adição modulo rn ................................. 100

7.3 Propriedades da edição modulo m ................... 101


7.4 multiplicação modulo m .......................... 1 02
7.5 Propriedades da multiplicação modulo rn ......... 103

Parte 11 - GRUPOS

Capitulo 8 -. GRUPOS. NOÇÕES FUNDAMENTAIS


8.1 Conceito de grupo ................................ 1 04
8.2 Grupo comutativo ou abeliano ...................... 104
8.3 Grupos finitos e infinitos. Ordem de um grupo 105
8.4 Grupos aditivos e multiplicativos ................. 105
8.5 Exemplos de grupos ................................ 1 06
8,6 Grupo aditivo das classes residuais modulo rn 111
8.7 Grupo dos elementos simetrizaveis de um monoid.e 112
8.8 Tábua de um grupo finito 113
Exercícios 114

f) DDfl1D?T'flAfl1 WQ (LMTDn

9.1 Unicidade do elemento neutro 117


9.2 Unicidade do sixntrico de um elemento ...........117
9.3 Simétrico de um composto de dois elementos 117
9.4 Elementos simplificáveis 118
9.5 Equações num grupo ............................... 119
9.6 Translaçes num grupo ............................. 121
Exercícios ....................................... 124

Capitulo 10 GRUPOS DE PERMUTAÇÕES


10.1 Permutação de um conjunto .......................125
10.2 Grupo das permutaçes de um.. conjunto 127
10.3 Grupo das simetrias do trianguio equilátero , 130
10.4 Grupo das simetrias do quadrado 131
10 .5 Ciclos ...........................................133
Exercícios .................................. ...... 136

Captu10 11 - SUBGRUPOS
11.1 Conceito de subgrupo ............................ 141
11.2 Subgrupos proprios e improprios 142
11 .3 Exemplos de subgrupos ............................ 142
11.4 Caracterizaço de um subgrupo ................... 14 5
11.5 Centro de um grupo ................................. 147
11.6 Interseço de subgrupos ......................... 14 9
11.7 Relaçes de equivalncia associadas a um subgrupo 150
Exercícios ....................................... 1 51

Capitulo 12 - GRUPOS CÍCLICOS


12.1 subgrupo cíclico .................................153
12.2 Grupo cLciico .....................................15 4
12.3 Propriedades dos grupos cíclicos finitos ........156
12.4 Ordem de um elemento ............................15 8
12.5 Subgrupos de um grupo cíclico ...................16 1
Exercícios .......................................162

Capitulo 13 - CLASSES LATERAIS TEOREMA DE


LAGRANGE
13.1 Conceito de classe lateral 165
13.2 Propriedades das classes laterais à esquerda 170
13.3 Propriedades das classes laterais . direita 174
13.4 Teorema de LAGRANGE .............................175
13.5 Consequncias do teorema de LAGRANGE .............176
13.6 ±ndice de um subgrupo ............................177
Exercícios ......................................128
Capitulo 14 SUBGRUPOS NORMAIS. GRUPOS
QUOCIENTES
14.1 Subgrupo normal ................................. 1 79
14.2 Caracterização de um subgrupo normal ............ 181
14.3 Produto de subconuntos de um grupo .............. 182
14.4 Produto de classes laterais 184
14.5 Notaço ......................................... 185
14.6 Grupo quociente .................................. 18 5
14.7 Ordem do grupo quociente ........................ 18 7

14.8 Exemplos de grupos quocientes ................... 18 7

Exercícios ....................................... 190

Capitulo 15 - HOMOMORFISMOS E ISOt4IORFISMOS DE


GRUPOS
15.1 Homomorfismo .................................... 192

15.2 Exemplos de homomorfismos ....................... 192

15.3 Imagem e nicleo de um homomorfismo .............. 19 4


15.4 Propriedades dos homomorfismõs .................. 1 95

15.5 Isomorfismo, monomorfismo e epimorfismo ......... 198

15.6 Caracterizaço de um monomorfismo 201


15.7 Teorema de CAYLEY 202
15.8 Endornorfismo e automorfismo ..................... 203
15.9 Teorema fundamental do homomorfismo ............. 204
Exercícios 20

Parte III - ANÉIS E CORPOS

Capitulo 16 - ANÉIS. NOÇÕES FUNDAMENTAIS


16.1 Conceito de anel ................................... 209
16.2 Anel comutativo. Anel unitrio .................. 210

16.3 Anel com as notaçes aditiva e multiplicativa 211

16.4 Exemplos de anais. ....... . ....................... 212

Exerc.cios ....................................... 217


Capitulo 17 - PROPRIEDADES DOS ANÉIS
17.1 Propriedades elementares de um anel .............. 221
17.2 Outras propriedades de um anel ...................222
17.3 Elementos inversiveis de um anel .................225
17.4 Divisores de zero ................................22 6
17.5 Elementos simplificáveis ...........................22 8
17.6 Anéis de integridade ..............................229

17.7 Característica de um anel .......................23 0


Exercícios .......................................23 1

Capitulo 18 - SUBANÉIS E IDEAIS


18.1 Conceito de subanel .............................. .233
18.2 Subanis prprios e imprprios ..................234
18.3 Exemplos de subanis ............................23
18.4 Caracterizaço de um subanel ....................235
18.5 Interseço de subanis ..........................23?
18.6 Conceito de ideal ..................................237
18.7 Exemplos de ideais ................................23 8
18.8 interseço de ideais .................................239
18.9 Anel quociente ....................................2 40
18.10 Propriedades dos anis quocientes ...............241
Exercícios 242

Capítulo 19 - HOMOMORFISMOS E ISO1ORFISMOS DE


ANEIS
19.1 Homomorfismo 245
19.2 Exemplos de homomorfismos 25
19.3 Imagem e nucleo de um homotnorfismo 247
19.4 Propriedades dos homomorfismos 248
19.5 Isomorfismo, monomorfismo e epimorfisrno 250
19.6 Caracterizaço de um homomorfisxno 254
19.7 Propriedades dos epimorfismos ..................... 254
19.8 Endomorfismo e automorfismo .....................255
19.9 Teorema do homomorfismo . .
Exerc.cios ....................................... 258

Capitulo 20 - CORPOS. NOÇÕES FUNDAMENTAIS


20.1 Conceito de corpo ............................... 2 60
20.2 Exemplos de corpos .............................. 261

20.3 Propriedades elementares dos corpos ............. 26L

20.4 Outras propriedades dos corpos .................. 26 5


20.5 Quocientes num corpo ............................ 2 66
20.6 Propriedades dos quocientes ...................... 26?
Exercícios ........................................ 26 9

RESPOSTASDOS EXERC±CIOS ......................... 271

BIBLIOGRAFIA.................................... 282
Parte 1 - OPERAÇÕES

Cap.tuIo 1
OPERAÇÕES. NOÇÕES FUNDAMITAIS

1.1 Operação num conjunto

Consideremos um conjunto no vazio A(A 4)) e o PRODUTO CARTE-


SIANO A A = A 2 de A por si mesmo.

Definiço

Chama-se OPERAÇÃO INTERNA EM A ou apenas OPERAÇÃO EM A toda a fun


ço f A x A ­~ A do produto cartesiano A x A em A.

Portanto, uma operaço f em A faz corresponder a todo par ordena-


do (a, b) de AXA um único elemento cafb de A, isto é, sim-
bolicamente:
f: (a,b)E AxAF_— c=afbEA

(:(a, b) Me = af b

Diz-se, entao, que o conjunto A se acha MUNIDO da operaço f e o


conjunto produto Ax A chama-se o DOMÍNIO da operaço f.

A imagem c=afb do elemento (a,b)EAxA denomina-se o COMPOS-


TO de a e b pela operação f; por sua vez, a e b dizem-se os
TERMOS do composto afb = c, sendo a o PR:MEIRO TERMO ou TERMO DA
ESQUERDA e b o SEGUNDO TERMO ou TERMO A DETA.
lo

Por ser f uma operaço com DOIS termos, a e b, e uma OPERAÇÃO BI-
!,, RIA; alem disso f uma OPERAÇÃO INTERNA, porque, tanto os ter-
mos a e b como o composto afb = o so elementos de um mesmo. con-
5unto A (a,b,cEA).

1e2 Notaçes

Para designar o COMPOSTO afb de a e b relativo à operaçao f,


usa-se colocar no lugar da letra f um sinal tal como

, , -r
isto e, em lugar de afb escreve-se:

a * b ("a estrela b"); ao b ("a circulo b")

aTb ("a truc b") ; a b ("a antitruc b")

aDb ; ab

So também usuais as duas seguintes notaçges:

(i) NOTAÇÃO ADITIVA, que consiste em designar o composto afb por


a+ b (f=+), que se l: "a mais b". Neste caso, a operaçao

(a,b) 1 a + b = c

denomina-se ADIÇO e c diz-se a SOMA das PARCELAS a e b.

NOTAÇ0 MULTIPLICATIVA, que consiste em designar o composto


afb por a.b (f = ou por ab, que se l: "a multiplicado
por b" ou "a vezes b". Neste caso, a operaço:

(a,b) 1 - a • b = c

denomina-se MULTIPLICAÇO e e diz-se o PRODUTO dos FATORES a


e b.

NO T A

Sejam a, b e e trs elementos quaisquer de um conjunto A MUNIDO da


oeraço *. Como o COMPOSTO de dois elementos . ÚNICO, se a = b.
11

ía*c =b*d
a b e e =d

1.3 Grupide

DEFINIÇÃO

Seja A um conjunto no vazio (i 4,) munido da operaço * Chama-


se GRUPÓIDE ao par ordenado (A, *),

Num grupide (A, *), se o conjunto A é finito, ento diz-se que


(A, *) é um GRUPÓIDE FINITO. E se, ao invs, o conjunto A é infi-
nito, diz-se que (A, *) é um RUPÓIDE INFINITO.

Um grupide (A, +), cuja operação é indicada pela notaço aditi-


va, chama-se GRUP6IDE ADITIVO, e um grupide (A, ), cuja operaço
indicada pela notaço multiplicativa, chama-se GRUPÔIDE MULTIPLI
CATIVO.

1.4 Exemplos de grupides


(1) A igualdade a*b a+b define uma OPERAÇÃO EM R: ADIÇÃO de
números reais. Logo, (R, +) um GRUPÓIDE ADITIVO.

Analogamente, a igualdade aTb = a.b define uma OPERAÇÃO EM R:


VIULTIPLICAO de numeros reais. Logo, (R,. e um GRUPÓIDE MULTIPLI
CATIVO

(2) A igualdade a b a define uma OPERAÇÃO EM N POTENCIAÇO

de nCimeros naturais. Logo, (N,* é um GRUP6IDE.


12

() A igualdade a*b mdc(a,b) define uma OPERAÇÃO EM N: MAXI-


MAÇO de nCuneros naturais. Logo, (N, mdc) é um GRUPÓIDE.

Analogamente, a igualdade aib= mmc(a,b) define uma OPERAÇO EM


N: MINIMAÇO de nCtmeros naturais. Logo, (N, mmc) é um GRUP6IDE.

() A igualdade a* b = a + 2b define uma OPERAÇÃO EM Z (conjun


to dos nmeros inteiros). Logo, (z, *) é um GRUPÓIDE,
Neste grupide, temos, p.ex.:

* 7 = - + 2.7 = 10
5*0=5+2.0=5 9 etc.

(5 Seja A um conjunto no vazio qualquer. A igualdade a* b= a de


fine uma OPERAÇÃO EM A. Logo, (A, *) é um GRUP6IDE.

Se A = R, temos, p.ex.:

(6) Seja o conjunto p = {2n 1 n z} dos nCmeros inteiros PARES.


A igualdade a* b = a+ b define uma OPERAÇO EM P ADIÇO em P,
porque a SOMA de dois números inteiros pares é um n.'imero inteiro
par. Logo, (P, +) é um GRUPÓIDE ADITIVO.

Analogamente, a igualdade aDb= a.b define uma OPERAÇÃO EM P


MULTIPLICAÇO em P, porque o PRODUTO de dois nCimeros inteiros pa-
res e um numero inteiro par. Logo, (p, .)é um GRUPÓIDE MULTIPLI-
CATIVO.

(7) Seja o conjunto 1 = {2n+1 1 nEz} dos numeros inteiros ÍM-


PARES. A igualdade a* b a.b define uma OPERAÇÃO EM 1: MULTI-
PLICAÇO em 1, porque o PRODUTO de dois n(lmeros inteiros impares
Uil nmero inteiro ímpar. Logo, (1, .) é um GRUPÔIDE MULTIPLICATI
vn
13

A igualdade aeb= a+b NO DEFINE UMA OPERAÇÃO EM 1, isto e,


a ADIÇO na0 é uma operação em 1, porque a SOMA de dois números
inteiros impares é um nCimero inteiro par. Logo, (19 +) NO É UM
GRUPÓIDE,

(8) Seja o conunto Z jXEZ 1 X' <o dos nrneros inteiros


nao positivos. A igualdade a*b = a + b define uma OPERAÇO EM
1 : ADIÇAO em 1, parque a SOMA de dois números inteiros nao posi
tivos é um número inteiro nao positivo. Logo, (z, +) um GRUPÓI-
DE ADITIVO.

A igualdade a.Lb= a.b NO DEFINE UMA OPERAÇÃO EM z, isto é9 a


MULTIPLICAÇÃO no e uma operação em Z, porque o PRODUTO de dois
ntmeros inteiros nao positivos 4 um
é niimero inteiro nao negativo
O). Logo, (Z, .) NO f GRUPÓIDE.

(9) Seja P(E) o CONJUNTO DAS PARTES de um conjunto mao vazio


E(E

As igualdades:

A * B = AflE, ATB= AUB

AJ..B = A B, ADB= AB

definem OPERAÇ6ES EM P(E) : INTERSEÇO EM P(E), REUNIÃO EM P(E),


DIFERENÇA EM P(E) e DIFERENÇA SIMÉTRICA EM P(E). Logo, os • pares
ordenados:

(P(E), fl ), (p(s), U ), (P(E), .), (p(), )

5a0 GRUPÓIDES.

(10) Seja o conjunto S= {AB 9 cD} cujos elementos sao os conjun


tos:

{a 9 b} , c = { a,c} , 2 = (a,b,c}
14

A igualdade X *Y = X U define um-a, OPERAÇÃO EM S: REUNIÃO em s,


porque a REUNIÃO de dois elementos quaisquer de 5 é um elemento de
S. Logo, (s, U) é um GRUP6IDE

A igualdade X±Y= x Y NÃO DEFINE UMA OPERAÇO EM S, isto ,


a INTERSEÇÃO no é uma operação em S,. pois, temos EflC = (a) S.
Logo, (s, fl) NO É UM GRUPOIDE

(11) seja o conjunto A [a + b 'f 1 a,bEZ}. A igualdade


x *y = x.y define uma OPERAÇO EM A MULTIPLICAÇÃO EM A, pois,
quaisquer que sejam os elementos a+b F2 e c+d V2 de A, te-

mos:(a + b )(c+d ) = (ao + 2bd) + (ad + bo) F2 (A

Logo, (A, ) e um GRUPÓIDE MULTIPLICATIVO

(12) Sejam A um conjunto no vazio (A 4) e A o conjunto de


todas as funçes de A em A:

AA = jflf : A__A}

A igualdade f * g = go f define uma OPERAÇÃO EM AA : composição de


FUNÇ6ES EM AA, porque a FUNÇO COMPOSTA das funçes f,g E AA a
funço gof A definida por (gof)(x) = g(f(x)) para todo xEA.
Logo, o par ordenado (AA, o) é um GRUPÓIDE.

(13) Sejam A um conjunto no vazio (A ) e RA conjunto de


todas as FUNÇ6ES REAIS DEFINIDAS EM A:

RA={fl f:A___.R}

A igualdade f * g = f+ g define uma OPERAÇXO EM RA : ADIÇÃO DE


FUNÇES REAIS EM RA, porque a SOMA das funçes f,g (RA a fun-
çao f + g E RA definida por (f+ g)(x) = f(x) + g(x) para todo
X E A. Logo, (R,A +) é um GRUPÓIDE ADITIVO.
15

Analogamente, a igualdade fLg= f define uma OPERAÇO EM RA


MULTIPLICAÇO DE FUNÇES REAIS EM RA, porque o PRODUTO das funçes
A' A
f,g (R e a funçao fgER definida por (fg)(x) = f(x)g(x) pa-
ra todo x EA Logo, (RA, )é uni GRUP6IDE MULTIPLICATIVOS

(iL) Seda M2 (R) o conjunto de todas as MATRIZES REAIS QUADRADAS


DE ORDEM 2:

abi
M (R)= j a,b,c,dER
2
d e

A igualdade:

e f

:] * E: : :] +

define uma OPERAÇÃO EM M 2 (R): ADIÇO DE MATRIZES EM M2 (R), pois,


quaisquer que sejam

[a bi [e ri
1' !EM2(R)

L 0
dj 9 hJ

temos:

ra [e i [a+e b+f1
bi
+ 1 = M 2 (R)
Le dJ g hJ c+g d+hJ

Logo, (M 2 (R), +) é um GRUPÓIDE ADITIVO

Analogamente, a igualdade:

ra bire 1 [a bi [
Lc dJ L9 hJ [c d1 9 h

define uma OPERAÇÃO EM M 2 (R): MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES EM


pois, quaisquer que seãam
16

ra i,1 re fi
1EM 2 (R)
[o dj [g hJ

temos:

ra bi re fi rae + b af + bhl

[e dj [g
1 =
ef + dhj
E M(R)
2
hJ [ce + dg

Logo, (M2 (R), ,) é um GRUPÓIDE MULTIPLICATIVO.

(15) A igualdade:

(a,b) * (c,d) : (a + e, b + d)

define uma OPERAÇÃO EM R 2 : ADIÇA9 DE PARES ORDENADOS EM R 2 , pois,


quaisquer que sejam (a,b), (c,d) E R 2 , ternos (a+ e, b + d) E R 2 .Lo
go, (R 2 , +) é um GRUPÓIDE ADITIVO.

Analogamente, a igualdade:

(a,b) (c,a) = (ac, bd)

define uma OPERAÇO EM R 2 : MULTIPLICAÇO DE PARES ORDENADOS EM


pois, quaisquer que sejam (a,b),(c,d)E R 2 , temos (ae, bd) E R 2 0Lo
go, (R 2 , .) é um GRUPÔIDE MULTIPLICATIVO.

(16) A igualdade a*b = max Lb} define uma OPERAÇO EM R, por


que, quaisquer que sejam a,b 1ER, o max {ab} E R. Logo,(R,maX)
um GRUPÓIDE.

1.5 Tábua de uma operaço


Uma operaoo * num conjunto FINITO A = iala2#..a
pre ser definida mediante uma TABELA DE DUPLA ENTRADA que indique
J pode sem-

o composto correspondente a cada par ordenado (a.,a.) de elemen-


tos de A, denominada TÁBUA DA PAÇAO * EM A.
17

A leitura é feita linha por coluna, isto é, o COMPOSTO a. *a.=a..


1 3 13
encontra-se na INTERSSÇAO da linha i (termo a. da esquerda) com a
coluna j (terno a da direita).

Os elementos com dois Indices iguais constituem a DIAGONAL PRINCI-


PAL (a 11 ,a22 ,,. A linha (a1 ,a2 , .,a.,. ,a) e a colu
na (a. ) qe começam logo após o simbolo * daope
1 . 1 fl
raço so chamadas LINHA E COLUNA FUNDAMENTAIS

EXEMPLOS:
riT
(1) A tabela de dupla entrada ao lado define 1*1 O l2
uma operação * no conjunto FINITO A= 0,1 9 O OI?
2} , pois, temos 1 1I2O

U L) u'j.j. j -

101 1, 1 2=0

2*0=2 . 2*1=0 2*2=1

Logo, o par ordenado (A {0,12 , * ) é um GRUPÓIDE.


15

(2) A tabela de dupla entrada ao lado O 1 _J


a TÁBUA DA OPERAÇc _L EM O o o_L .J
A = 0,112 1 l 1 1
definida por ab= a. Por,, tanto g te- 2
mos:

II1 0=1_Ll=li.L2=1
2 1 O = 2 _L 1 2 2 2

() Seja o conjunto A = {,a,b} , com a b. As TÁBUAS DAS OPERA


ÇE5 fl (interseço) e U (reun1o) em
P(A) ={ , {a} , { b1 , A}
sao:

ri {a} [b} A
iiE {b} }A

{a} {b }A

[a} {a} {a} A A

jb} ct cl::i b) jb} 1 {b {b} A {b} A

( b} A A A' A A.

(4) Seja o conjunto A =Ja,b , com a b. As TÁBUAS DAS OPERA-


Ç6ES (diferença) e (diferença simétrica) ,em
P(A) ={ , [a}, b}, A}
sao:

- [a J tb A

{aJ [b4 A

{a a} {a} fa} a A

{bJ bJ fb} {b};{b}

A A Jb} fa} A
19

(5) Seja o conjunto A = f12}. A TÁBUA da operação "o" de COMPO


SIÇO DE FUNÇÕES no conjunto A de todas as funçes de A em A é a
seguinte:

o ; f3 f 2
f
/1 2
=1
2
fi 1 2 3 CL \1 2)
\
f2 '2 1 2\
f3=( f=
f3 f3 f3 f3 f3 1 1)
),
-
2 2

4 4 A
4
-
=Jf, f 0 , f, f
41
1,6 Parte fechad em relação a uma oporaço.
Sub-grupoide
seja (A, *) um grupide seja E uma PARTE no vazia do Conjunto
ECA).

DEFINIÇO

Diz-se que E é FECHADA EM RELAXO À OPERAÇÃO * EM A se e somen


te se o composto a * b de dois elementos quaisquer a e b de E
um elemento de E (a*bEE, V a,bEE)

claro que isto equivale a dizer que a funço f : E— E defi-


nida por f(a,b) = a*b é uma OPERAÇXO EM E, que e denominada
RESTRIÇÃO DA OPERAÇÃO * EM A À PARTE FECHADA E e também mdi
cada habitualmente por * (f

O par ordenado (E,*) é um grupide, denominado SUB-GRUP6IDE DE


(A, *).

Também se cõstuma dizer que um conjunto A MUNIDO de uma operaçao


*e FECHADO em relação a operaço *
20

EXEMPLOS:

(i) O conjunto

P = {2n 1 n EN}

dos nmeros naturais PARES é uma PARTE de N(PC N) FECHADA em re-


laco às operações de ADIÇO (+) a de MULTIPLICAÇ) (.) em N Lo-
go, (P, +) e (P, ) so SUB-GRUPÓIDES respectivamente de (N, +) e
(N, .).

(2) O conjunto

i [n _i n(N}=

dos n.meros naturais ÍMPARES e uma PARTE de N(IC N) FECHADA em


relao à operaço de MULTIPLICAÇÃO (.) em N. Logo, (i, •) e um
• SUB-GRUPÓIDE de (N, •).

Observe-se que esta mesma PARTE 1 de N NO E FECHADA em relaço


operação de ADIÇÃO (+) em N, porque a soma de dois nmeros natu-
rais ÍMPARES é um nunero natural PR e,portanto, no pertence al.

• (3) Os conjuntos N, Z e Q = [x E Q 1 x ..o} so PARTES do con-


P
junbo Q dos nu meros racionais (N,Z,QC Q) FECHADAS em relação às
operaçes de ADIÇO (+) e de MULTIPLICAÇÃO (.) em Q. Logo, (N, +),

(Z, +) e +) so SJJS-GRUP6IDES de (Q, +) e (N, .), (Z, .) e


(o, .) são SUB-GRUPÓIDES DE (Q, .).

(4) Os conjuntos:

so PARTES do conjunto Z dos nimeros inteiros FECHADAS em relaço


operaqo de MULTIPLICAÇÃO (.) em Z. Logo, os pares ordenados:

•' i-'°'}
21

sio todos SUE-GRUPÓIDES de (Z, .)

(5) O conjunto E = {-1919-ici } d j2:: -i uma PARTE do


conjunto C dos ncuneros complexos (ECO) FECHADA em relaço à ope-
raçõ de MULTIPLICAÇÃO (.) em C, conforme deixa ver claramente a
TÁBUA desta operação em E. Logo, (E, .)e um SUE-GRUPOIDE de
(o,.).
-1 1 -i ±

1 -1 1 •-± ±

Esta mesma PARTE E de O tambm e FECHADA em relação a operação de


DIVISO (:) em C.

1,7 Composto de um número finito de elementos

Seja (A, *) um grupide. O COMPOSTO dos elementos de ume TERNA


ORDENADA (a,b,c) de elementos de A é definido pela igualdade:

a*b*c = (a*b)c

onde (a* b) * e significa que se deve determinar primeiro o com


posto de a e b e depois o composto de a * b e e;

Uma outra maneira de "ASSOCIAR" os elementos a, b e e (nesta or-


dem) e a * (b * c) e significa que se deve determinar primeiro O

composto de b e e e depois o composto de a e b * e.

Os Compostos (a *b) e e a * (b * c) so, em geral, DISTINTOS.

OCOMPOSTO dos elementos de urna QUATERNA ORDENADA (a,b,c,d) de ele


mentos de A é definido pela igualdade:
22

a*b*c*d = ( a *b*C)¼d

onde a b *e indica o COMPOSTO dos elementos da TERNA ORDENADA


(a,b,c), isto :

a*b*c*d=((a*b)*c)*d

Todas as distintas maneiras de "ASSOCIAR" os elementos a,b,c e d


(nesta ordem) so:

(a * b * e) d (). ((a * b) 41 e) d (2)


a * (b * e * d) (3) a * ((b * e) * d) (4)
(a * (b * e)) * d (5) a * (b * (c * d)) (6)
(a*b)*(c*d) (7)

Pela definiço de COMPOSTO dos elementos de urna TERNA ORDENADA, os


compostos (1) e (2), (3) e (4), so IGUAIS, mas os compostos (2)9

(4) 9 (5) 9 (6) e (7) so, em geral, DISTINTOS dois a dois.

De modo geral, o COMPOSTO dos elementos de uma nUPLA ORDENADA(a 19


a2,,.., an) de elementos de A é DEFINIDO pela igualdade:

* a2 * ... * a = (a1 * a2 * ... * an_i) * a

Portanto, para se obter este COMPOSTO há que efetuar sucessivamen-


te as n-1 operações seguintes:

* a2) * a3) * a4) * ...) * a1) *

Todas as distintas maneiras de "ASSOCIAR" os elementos


..., a (nesta ordem) se obtem mediante distribuiçes diferentes
dos parêntesis. Assim, p.e., uma da-s. maneiras de "ASSOCIAR" os SETE
elementos a1 , a2 , ..., a7 (nesta ordem) é a seguinte:

(a1 * (( a8 * a3) * (a4 * a5))) * (a6 * a7)

onde a ESTPSLA da última operaço é a única EXTERNA a todos os P


rnte ais.
,8 Notações

O composto a1 * a2 * * a tambm se indica pela notação, ()

O composto a1 * a2 * * a com a NOTAÇÃO ADITIVA (* = escreve-


se:

a1 + a + a OU a
2 +

e e denominado SOMA dos elementos a 1 ,a2 ,... ,a (nesta ordem)

Analogamente, o composto a1 * a2 * * a com a NOTAÇO MULTIPLI-


CATIVA (* = ) escreve-se

a1 a2 a ou
i=l a

e e denominado PRODUTO dos elementos a 1 ,a 2 , ,a (nesta ordem)

Com estas notaçes temo', por definição:

n-1
(*a ) = (*a ) * a (i)
1 fl
1=1 i=1

I a+a (2)

n n-1
a. = tT a. a (3)
i=1

1.9 Múltiplos e potências

O COMPOSTO:

a * a * • * a (n termos)

indica-se por (*a), a SOMA:

a + a+ •.. + a (n parcelas)
2'+

indica-se por n • a (ou, apenas na) e o PRODUTO

a•a a (n fatores)

indica-se por a n

Diz-se que na é o MÚLTIPLO DE a SEGUNDO O NÚMERO NATURAL neque


a e a POTNCIA n-SIMA de a (a e n chamam-se respectivamente BA
SE e EXPOENTE de ao ).

Assim sendo, temos:

a+a=2a, aa=a2

a*a*a = (*a) 3 , a+a+a+ = 3a 9 aaa = a 3 , etc.

Consoante as igualdades (1), (2) e (3), temos:

n n-1 n ri-].
(*a) = (*a) * a, na (nl)a + a, a =a •a

Por definiço, para n=l, temos:

1
(*a) 1 a, la a e a = a.
25

t$ikiJ.

IP
l No grupide (N, *) a operação * definida por a* b ab 2 .
Calcular 2 * 3 9 (2 * 3) * 2 e 2 * (3 * 2)

2 No grupide (z,L) a operaço J. e definida por a..Lb -

a a + b + 3ab. Calcular: (-1) -L (2) e ((-3)L )J_(-9)

2 Nos grupides (z, *) e (z, T ) as operaçes * e T so


definidas por

a * b = min ta,b} e a T b = (a* b) + 2

Calcular , 4T7, 25T9 e 6T6

Seja o conjunto A = tl2,39812} Mostrar que a MAIMAÇO


no uma operação em A

5 Seja o conjunto s={ A,B,C,D} cujos elementos são os conjun


tos A= d, B = {a q b } T c = { b g cl , 1) = a,b,c}

Mostrar que a INTERSEÇ (fl) NO E UMA OPERAÇO EM S

6 Resolver em I'i a equação:

(3 * (x * x)) + (2 * x) = 160

sendo * a operaço em N definida por a*b = a'+b+ab.

7. Construir a TÁBUA da operaço D em A 11,2 9 5} assim defi-


nida: ab por
a b = RESTO da diviso de

8. Seja o conjunto s= [ ABCD} cujos elementos so os conjun


tos:
= {a} , c = fa,b} , D = {a,b,c

Mostrar que a REUNIO (U) e a INTERSEÇO (o ) so operaçes


em S e construir as TÁBUAS destas operaçes.
26

9 Completar as TÁBUAS:

ir A B -- A
=_

A B C [D A E1

10. Seja o conjunto A= [0,19293 }. Mostrar que A é uma PARTE de


Z que NO E FECHADA em relação a operação * em Z definida
por a*ba+b_ab.

11 Sem as PARTES de N:

E = { E N 1 x é
x primo }
{x l = 2,
F = x rEN}

Dizer se E e F so FECHADAS em relação à operação de MULTIFLI-


• CAÇ0 (.) em N.

12. Mostrai que o numero de õperaçes sobre um conjunto FINITO com


(2)
ri elementos e igual a ri

13. Seja o grupcide (Zx Z, -T- ), a operaço T em z Z sendo de-


finida por
(a,b) T(c,d) = (ac, ad + b

Calcular: (3,4) T(i,2) e (-1,3) T(5,2).


Capitulo 2
PROPRIEDADES DE UMA OPERAÇÃO

Num grupide (A, *), a operaço * pode ter certas PROPRIEDADES


que vamos definir e exemplificar.

21 Comutativa
DEFINIÇÃO:

Seja (A, *) um grupide. A operação * diz-se COMUTATIVA se e so-


mente se, quaisquer que sejam os elementos a e b do conjunto A,se
tem a*b = b*a..

Um grupcide (A, *) cuja operação *é comutativa diz-se COMUTATI-


VO,

EXEMPLOS:

(1) As operaçes de •ADIÇXO e de MULTIPLICAÇO em R so COMUTATI-


VAS:
a+b = b+a e a,b = b.a, \ç'a,bER

Logo, (R, +) e (R, .) so GRUP6IDES COMUTATIVOS.

(2) A operaço ii * em R definida por a * b = (a+ b) é COMUTATIVA:

ab = (a + b) (b + a) = b* a, a,b(R

Logo, (R, *)é um GRUPÓIDE COMUTATIVO.

(3) A operação O em R definida por a O b = COMUTATI-


VA:

aEb= bO a, Va,b (R

Logo, (R, D )é um GRUP6IDE COMUTATIVO


28

(4) A operaço T em R definida por a T b = a + b + ab é COMUTATI


VA:

aTb= a+b+ab = b + a + ba = bTa, Va,bER

Logo, (R, T) e um GRUPÓ IDE COMUTATIVO

(5) As operaçes de INTERSEÇXO e de REUNIO em P(E) sao COMUTATI-


VAS
AflB= BÍ1A e AUB= SUA, VA,BP(E)

Logo, (P(E), fl ) e (P(E), U ) so GRUP6IDES COMUTATIVOS

(6) A operaçao e em R x R = R 2 definida por

(a,b) ED (c,d) (a + o, b + d)

e COMUTATIVA

(a,b)e (c,d)=(a+c, b + d) = (c + a, d+b)=(c,d) e(a,b)

Logo, (R 2 , e ) e um GRUPOIDE COMUTATIVO

(7) Seja M2 (R) o conjunto de todas as MATRIZES reais quadradas de


ordem 2 A operaçao de ADIÇÃO em M 2 (R) e COMUTATIVA

[a bi re fi [a+e b+f [e+a f+bl

L dj + Lg hj L+8 d+h Lg+c h+dj

[e f1 ra b
=1
[g hj Lo d

Logo, (M (R), +)é um GRUPÓIDE COMUTATIVO.


2

(8) A operaço J. em R definida por aLb= mm {a,b} COMUTATI


VA:
aLb= min {a, b} = min {b, a} = b

Logo, (R, L) um GRUP6IDE. COMUTATIVO.


29

(9) A operaço de SUBTRAÇO em R NO t COMUTATIVA:

7 - 5=2 9 -2 = 5 - 7

Logo, (R, -) é um GRUPÓIDE NO COMUTATIVO.

(lo) A operaço * em N definida por ab = ab_POTENCIAÇO EM N,


NO É COMUTATIVA:

2*5= 2 = 32 25 = 525*2

Logo, (R, *) é um GRUPÔIDE NO COMUTATIVO.

(II) A operação J. em R definida por a±b= a NO É COMUTATIVA:

3L5=35=5L3

Logo, (R,L) um GRUP6IDE NO COMUTATIVO.

(12) O em R definida por a 0 = a+ b 2 NO E COMUTATI


VA:
305 = 3+52 = 28 e 5D3=5+32=11+

isto é:

305 5 03

Logo, (R, O ) é um GRUPÓIDE NO COMUTATIVO.

(13) A operação * em A = {0,1} , definida * O


pela tábua ao lado, NO É COMUTATIVA:
O O O
0*1 = O 9 1=1* Q

2.2 Associativa. Semigrupo

DEFINIÇAO:

Seja (A, ) um grupide. A operaço * diz-se ASSOCIATIVA se e so-


mente se, quaisquer que sejam os elementos a, b e o do conjunto
A, se tem:
30

(a * b) * e = a * (b * e)

Um grupo ide (A, *) cuja operaço * associativa diz-se ASSOCIATI


VO ou que e um SEMI-GRUPO. Portanto, SEMI-GRUPO e um par ordenado
(A, *) formado por uni conjunto no vazio A e uma operaço ASSOCIA-
TIVA * em A.

Num semi-grupo (A, *), o COMPOSTO dos elementos de uma terna orde-
nada (a,b,c) de elementos de A no depende da maneira de"ASSOCIAR"
os elementos a, b e o (nesta ordem), isto e q os parntesis das ex-
pressoes:

(a * b) * c e a * (b * e)

podem ser suprimidos, o resultado comum sendo indicado por a*b*c:

(a*b) * 0= a * (b * c) = a*b * e

Um semi-grupo (A, *) cuja operação *é comutativa diz-se COMUTATIVO.

EXEMPLOS:

(1) As operaçes de ADIÇO e de MULTIPLICAÇÃO em R so associati-


vas:

(a + b) + c = a + ( b+c),

(a.b).c = a.(b.c), V a,b,cER


Logo, (R, +) e (R, .) so SEMI-GRUPOS COMUTATIVOS.

(2) A operaço J_ em R definida por a±b= a é ASSOCIATIVA:

(aJb)±c = ai.o = a = a = a ..L(bJ.. e), V a,b,c E R

Logo, (R, .i) é um SEMI-GRUPO NO COMUTATIVO.

(3) A operação * em R definida por ab=a+b+ab e ASSOCIATIVA:


31

(a*b)*o_(a+b+ab)*c=a+b + ab+c + (a+b+ab)c=

= a+b+c+ab+ae+bc+abc (1)

a*(b*o)a*(b + c + bc)a + b + c + bc + a(b + c + bc) =

a + b + e + ab + ao + bc + abe (2)

Comparando (1) e (2), resulta:

(a*b)*c = a*(b*c), Va,b,cER

Logo, (R, *)é um SEMI-GRUPO COMUTATIVO.

(14) As operaçoes de REUNIO e de INTERSEÇÃO em P(E) so ASSOCIATI-


VAS:
(A UB) Uc = AU(BL)C), VA,B,CEP(E)

(AflB)flc = Afl(BflC), A,B,CP(E)

Logo, (P(s),U) e (p(s),fl) so SEMI-GRUPOS COMUTATIVOS.

(5) A operaço * em A {0 9 1 9 2 9 3}
Hr-;1- 2j1
definida pela TÁBUA ao lado
O O 1 2 3
ASSOCIATIVA. Assim, p.ex.,:
1 1 2 '3 O

(1 * 2) * 3 = 3 * 3 = 2
3 3 O 1 2
1*(23) =1*1=2 LJL._1

Esta mesma operaço * em A também é COMUTATIVA. Logo, (A, *)


um SEMI-GRUPO COMUTATIVO (ver-se-á mais adiante que (A, *)
um GRUPO CÍCLICO).

(6) A operaço "o" de COMPOSIÇO DE FUNÇES no conjunto A de to-

das as funçes de A em A é ASSOCIATIVA:

(fog)oh = fo(goh), Vf,g,h(AA

Logo, (AA, o) e um SEMI-GRUPO NO COMUIAIIVO.


32

(7) A operaçao O em R definida por a Db = max fa,b} e ASSO-


CIATIVA:

(aDb) Dc = mc {a,b,c} = a D(bDc), Va,b,cER

Esta mesma operaço O em R também e COMUTATIVA Logo,(R, o)


e um SEMI-GRUPO COMUTATIVO

(8) A operaçao * em RXR = R definida por

(a,b) * (c,d) = (a + e, b + d)

ASSOCIATIVA:

((a,b*(c,d))*(e,f) = (a+c, b+d) * (e,f)=(a+c+e,b+d+f)

(a,b) ((c,d) * (e,f)) = (a,b) * ( 0+ e, d+ f) = (a+ c+ e, b+ d+ f)

Logo, (R 2 , *)
e um SEMI-RIPC COMUTATIVO.

(9) Seja M2 (R) o conjunto de todas as MATRIZES reais quadradas de

ordem 2. A operaço de ADIÇO em M 2 (R) e ASSOCIATIVA:

([a bi re fi
ri j [a+ e b+fl [1
]
[c aj [g h) Lk m c+g d+hJ Lk mJ

(b+f)+jl ra+(e+i) b+(f+j)1

(0+)*k (d+h)+mj
L C
d+(h+m)j

r a
r 1
1
e
bI e+i f+j a bI f + [i j

Le d i g+ k h + mJ e dj g hJ Lk m
i/

Logo, (M 2 (R), +) um SEMI-GRUPO COMUTATIVO.

(10) A operaço de SUBTRAÇO em Z NO É ASSOCIATIVA:


2=-32 = -5
5 ) = 56 = -1
Logo, (z, -) NAO UM SEMI-GRUPO.
33

(ii) A operaço de DIVISÃO em R* NO É ASSOCIATIVA:

(12 : 6) : 2 = 2 2 = 1

12 (6 : 2) = 12 : 3 4

Logo, (R*, :) NO E UM SEMIUPO,

(12) A operaço * em N definida por a*b ab POTENCIAÇÃO EM N,


no é ASSOCIATIVA:

(2 * 3) * 2 = 2 * 2= 8 *'2 = 82 6

2 * (3* 2) = 2 3= 2*9=2 512

Portanto:
2
(2*3)*242*(3*2),ist o (23)2 2(3
:

Logo, (N q NO É UM SEMIGRUPO
e
b
NO T A Por convençao: a = a

(13) A operação * em R definida por a*b = a+ 2b NO É ASSOCIATI-


VA:
(a * b) e = (a + 2h) * e a + 2b + 2c

a * (b * e) a * (b + 2c) = a+ 2h + 4c

Logo, (R, ) NO É UM SEM!-GRUPO.

(14) A operação * em R definida por a4b = (a+ b) no é . ASSO-


CIATIVA:

(a*b)*c = (a+b)e = (- (a+b)+e) (a+b+2c)

a*(b*e) = a + 1 (b+c) (a+ (b+c)) = (2a+b+c)

Logo, (R, ) NO Ê UM SEMI-GRUPO.


(15) A operaço J. em A = t1,2,3} definida
J_ 3
pela TÁBUA ao lado NÃO É ASSOCIATIVA:
1 l2 3

(2 J1)..L 3

2(l3)2±3=2
3 j3 i
± ±1±
Logo, (A
= t 1,2,3} ±) NO É UM SEMI-GRUPO.

NOTA. - Se * é urna operaço ASSOCIATIVA num conjunto A e se


E e uma PARTE de A FECHADA em relação a esta operação, ento
a operação * em E tamberi e ASSOCIATIVA. Analogamente, se * e
uma operação COMUTATIVA em A.

(16) As operaçes de ADIÇO e de MULTIPLICAÇÃO no conjunto RA de to


das as FUNÇ&ES REAIS definidas em A so ASSOCIATIVAS:

(f + g) + h =f + (g+h),
f,g,hRA
(f.g).h = f.(g.h),

Cora efeito, consoante a propriedade ASSOCIATIVA da adiço e de


mu1tip1icaço em R, temos, para todo xEA:

((f+g)+h)(x) = (f+g)(x) + h(x)=(f(x) + g(x)) + h(x)

= f(x) + (g(x) + h(x)) = f(x) + (g + h)(x)

(r+ (g+ h))(x);

((f.g).h)(x) = (f.g)(x).h(x) (f(x).g(x)).h(x) =

=f(x).(g(x).h(x)) =f(x).(g.h)(x) =

= (f. (g.h))(x)

Logo, (RA, +) e (RA, .) sao SEMI-GRUPOS COMUTATIVOS.

(1?) A operaço DIFERENÇA SIMÉTRICA () em

AB= (A - E) U(B - A), VA,5(5)


35

ASSOCIATIVA:

(AAB)c = A(BIC)

Esta mesma operaço à em P(E) também é COMUTATIVA:

ALB= BA.
Logo, (P(E) 9 L) é um semi-grupo comutativo.

(18) A operaço * es N (conjunto dos nimeros naturais) definida


por
a * b = max ja,b} - min {ab}

NO E ASSOCIATIVA:

(3*5)*9 = (5..3)*9 = 2*9 = 9-2 = 7

3*(5*9) = 3* (9_5) = 3*4 - 4-3 = 1

Logo, (N, *) NO É UM SEMI-GRUPO.

2.3 Compostos num semi—grupo


Num semi-grupo (A, *),todos os COMPOSTOS que se podem formar "AS-
SOCIANDO" de diferentes maneiras n elementos a 1 ,a2 ,. . . ,a do con-
junto A, nesta ordem, so IGUAIS ao composto a *a 2 * ... *a dos
elementos da n-upla (a 1 ,a 2 ,... ,a) e, portanto, todos estes com-
postos so iguais entre si. Assim, p. ex., temos:

Com efeito:

a1 *a2 *... *a = (a 1 * a 2 *,.. *a ) * a 7 -

=((a 1 *a2 *a 5 )*a 6 )*a7 (a1 *a*...*a 5 )*(a 6 *a7 )

Por outra parte, temos:

a1 * a2 * * a 5 = (a1 * a2 * a * a) * a5
_((a*aa)*a)_(a*a*a)*(a*a)=

= (a1 (a2 * a3)) * (a 4 a1 * ((a * 83) * (84 * a))


*a 5

Portanto:

a1 *a2 * * a _( a *(( a * a )*( a * a )))*(a 6 *a)

Como se ve atravea- este exemplo, num semi-grupo e supérfluo usar


parntesis para indicar agrupamentos. de elementos de um composto,
mas nio se tem o direito de ALTERAR A ORDEM segundo a qual os ele-
mentos esto sendc considerados

Se o semi-grupo (A, *) é COMUTATIVO, ento o composto


a a
1 2
dos elementos da n-upla ( 81 ,8 2, .., a) INDEPENDE DA ORDEM DES-
SES ELEMENTOS Assim, p ex , temos:

a1 *a2 *a 3 *a4 = a3 *a1 *a4 *a2

Com efeito, comecemos por levar 83 para o primeiro lugar

ai * a * 83 * 8 4 =,a 1 * (a2 * 83) * a 4 = a1 * (a3 * 82) * a 4 =

(a1 * 83) * (a2 * 84 ) = a3 *a 82 * a4

Por outra parte, temos:

a 3 * a1 * a2 *a(a 3 *a).(a*a 4 )(a*a*(a 4 a

Portanto:

81* 8 * 83 * 8 4 = 83 * a4

2,4 Distributiva

Seja (A, *, T )um conjunto A munido de duas operaçoes, * e T


3?

DEFINIÇAO I.

Diz-se que a operaço * e DISTRIBUTIVA A ÈSQLIERDA EM RELAÇÃO A OPE


RAÇO T se e somente se, quaisquer que sejam , os elementos a, b e
o do conjunto A, S€ tem:

a * (b T c) = ( b) T (d *

DEVI STI! AO 2

Diz-se que a operaço * DISTRIIJTIVA A DIREIA EM RELAÇÃO A OPE-


RAÇ( T se e somente se, quaisquer que sejam os elementos a, b e
e do conjunto A, se tem

(b T e) * a - (b * a) T (e * a)

DEFI'IÇO 3

Diz-se que a operaço *é DISTRIBUTIVA EM RELAÇO A OPERAÇÃO T


se e somente se * e distributiva a esquerda e a direita em re -
ço a operaço T

Em outros termos, a operaço e DISTRIBUTIVA EM RELAÇO P OPERA


ÇAO T se e somente se, quaisquer que secam os elementos a, b
do conjunto A, se tem:

a * (b T e) = (a * b) T (a * e)
e
(bTe) * a = (b * a)T(c * a)

NOTA Se a operaço * e distributiva a esquerda em re1açc a

operaço T e se e COMUTATIVA, então * tambem e distributiva a


direitr em relaço a operaço T Com efeito

(b Tc` * a = a * (b T o) = (a * b) T (a * e) = (h a) ( * a)
Analogamente, se a operaço * è distributiva à direita, em raia- =
ço a operaço T e se *e COMUTATIVA, ento * tambem e distributi
vã a esquerda em relaço a operaçao T Com efeito

a * (b T c) = (b Te) * a (b * a) T (e * a) (a * b) T (a * e)

Portanto, quando a operaço * e COMUTATIVA, a distributividade uni


lateral de * em relação a uma operação T implica a distributivi-
dade de * em relação à operação T

EXEMPLOS:

(1) Em (R, +, .), a MULTIPLICAÇÃO É DISTRIBUTIVA em relaço à ADI


ÇAO:

a(h+c) = a.b + a..c e (b+c).a = b.a+c.a

(2) Em (R, -., .), a MULTIPLICAÇÃO É DISTRIBUTIVA em relação à SUB


TRAÇÃO:

a.(b-c) = a.b-a.c e (b-c).a = b.a - c,a

(3) Em (R*, +, :), aDIVISQ É DISTRIBUTIVA À DIREITA em relaço


ADIÇÃO:

(b+c) : a = (b:a) + (e a)

(4) Em (R*, -, :), a DIVISÃO É DISTRIBUTIVA À DIREITA em relação


SUBTRAÇÃO:

(b -c): a = (b : a) - (e: a)

(5) No conjunto N dos nmeros naturais, munido da operaço de


MULTIPLICAÇÃO e da operação * definida por a* b =a b - POTEN-
CIAÇÃO em N, a POTENCIAÇÃO É DISTRIBUTIVA À DIREITA em rela-
ço à MULTIPLICAÇÃO:
39

(ab)*c =(a.b) ° = ( a° ).(bm ) = (a*c),(b*c)

No mesmo conjunto N, a POTENCIAÇÃO NO E DISTRIBUTIVA A ES-


QUERDA em reiaçao a MULTIPLICAÇÃO

c*(ab)_ca a+b (Ca)(Cb) (e a) (c b)

(6) Em (F(E), fl,U), a INTERSEÇÃO É DISTRIBUTIVA em relação a REU


NIÀO e vice-versa:

Afl(BUC) = (AflB) U(Aflc) e (BUC)flA = ( BflA)U(CflA)

A U(Bflc) = ( AUB) fl(AUc) e (Bflc) UA = (BUA)fl(CUA)

(7) Em (P(E), fl , ), a INTERSEÇÃO É DISTRIBUTIVA em relação À DI-


FERENÇA SIÜTRICA:

Afl(BLC) (AflB)(AflC) e (BC)flA = (BflA)(CflA)

48) No conjunto Z dos rn'imerõsinteiros, munido da operaço de ADI-


ÇÃO e da operação O definida por aDb = a 2 b, a operaço
O e DISTRIBUTIVA A ESQUERDA em relação a operação de ADIÇO

aD(b+o)=a 2 (b+c)=a2b+a2 c=(aDb)+(aDC)

No mesmo conjunto Z, .a operao O NO É DISTRIBUTIVA. À DIREI


TA em relação a operação de ADIÇ7O, pois, temos:

2
(b+c)Oa= (b+c) 2 a = ab +2abc + ao 2

e
(b O a) + (e O a) = b 4 a + c2 a

isto :

(b+c)Da (bDa)+ (cOa)

(9) No conjunto E dos nmeros inteiros munido daoperaço de SUR


40

TRAÇÃO é da operaçao definida por ae b a, a operaçao


DISTRIBUTIVA À DIREITA em re1aço a operaço de SUBTRA
ÇAO:

(b - c) ED a = b - c = (boa) - (ca)

No mesmo conjunto Z, a operaço N0 É DISTRIBUTIVA À ES-


QUERDA em re1açõ a operaço de SUBTRAÇ0, pois, temos:

ae(b -c)a e (ab)-(ac)a-a=0

isto :

a® (b - c) (a e) - (a(Dc)

(lo) Consideremos o conjunto A = 1 7 2 9 3,4} munido da operaço O


definida por
operaço J
a O b = a e da
definida pela
L
112_3
23

TÁBUA ao lado. 4
2 2 1 3

Temos :

(a .i. b) 0 = a±b = (a Dc)..L(b O o)

isto e, a operaço OÉ DISTRIBUTIVA À DIREITA em relaço


. operaço .1

Por outro lado, temos:

O (a j b) = c e (e O a) .1. (e E] b) = e ..j.

E como a igualdade o 1 =c somente é verdadeira para o ele


mento 1 EA (lJl = i), segue-se que, em geral, se tem:

e O (a±b) (e Da)±(c Db)

Logo, a operaço O N0 É DISTRIBUTIVA À ESQUERDA em reiaçao


operaçao J
41

No conjunto ZxZ = Z2 , munido das operaçes T e O tais


que
(a,b) T (c,d) = (ac,O)

(a,b) 0 (c,d) = (a +e b+ d)'

a operaçÃo T É DISTRIBUTIVA em relação a operação O

Com efeito, a operação T eO COMUTATIVA e, ale:ri disso, e DIS-

TRIBUTIVA À ESQUERDA em relaço à operação O , pois, temos:

(a,b) T ((c, d) o (e,f))(a,b)T (c+e, d+f)=(ae4ae, O)


e

((a,b)T (c,d)) O ((a,b) T (e,?)) (ae,O) O (ae, O) = (ae+ae,O)

isto e:

(a,b) T ((c,d) O (e,f)) = ((a,b) m (c,d)) O ((a,b) T (e,f))

(12) No conjunto RA das funçes reais definidas em A munido das


operaçes de ADIÇÃO (+) e de COPOSIÇÃO (o), a operação de
COMPOSIÇÃO É DISTRIBUTIVA À DIREITA em relação À operaçÃo de
ADIÇÃO, pois, quaisquer qu sejam as funçÃes f,g,hERA e pa-
ra todo x E A, temos:

[(g+h)of] (x)(5+h)(f(x))=g(f(x))+h(f(x))

= (of)(x) + (h o f)(x) = (go f + h o f)(x)

isto :
(g+h)of=gof+hof

No mesmo conjunto RA, a operaço de COMPOSIÇÃO NÃO É DISTRIBU


TIVA À ESQUERDA em relação a operaço de ADIÇÃO Com efeito,
p.ex., para as furiçÃes f, g ,hERA definidas por f(x) = 3,
g(x) = x e h(x) = x 3, temos:
42

[fo(g+h)] (x)=f((g+h)(x))=f(g(x)+h(x))

f(x + x - 3) = f(2x - 3) = 2x

(f o g + foh)(x) = (fog)(x) + (foh)(x)

= f(g(x)) + f(h(x)) = f(x) + f(x - 3) =

(x+3) + (x-3+3) = 2x+3

isto : fo(g+h) fo + foh.

(13) No conjunto RA das FUNÇ6ES REAIS definidas em A munido das


operaçes de ADIÇO (+) e de MULTIPLICAÇÃO (.), a multiplica-
ço é DISTRIBUTIVA em re1aço à adiço. Com efeito, a multi-
piíaçTo em R COMUTATIVA e, alem disso,e DISTRIBUTIVA À
ESQUERDA em re1aço . adiço em RA , pois, quaisquer que sejam
as funçges f g g,hE R e para todo xEA, temos:

(f.(g+h))(x) = f(x).(+)(x) = f(x).(g(x)+h(x)) =

f(x).g(x) + f(x).h(x) (f.g)(x) + (f.h)(x)

= (f.g+f.h)(x)

isto :

f.(g + h) f.g + f.h


43

EXERCÍCIOS

L Mostrar que so COMUTATIVAS as operaçes * em R assim defini.-


das

a)á*b=1ab
a+b

e) a*b = (ab) 2 +1 d' ab a2 -ab + b2

2 Mostrar que so COMUTATIVAS as operaçes T em R x R = R 2 as -

sim definidas:

a) (a,b) T (c,d) = (a + o, bd)

b) (a,b) Y (e,d) = (ao bd, ad + be)

3 Completar a TÁBUA ao lado de


2 3
modo que ela defina uma ope
1 1 2 3
raço COMUTATIVA * sobre o
conjunto

A = {1,234}

4 Mostrar que so ASSOCIATIVAS as operaçes * em R assim defini


das:

a)ab=O b)a*b= F2­~ b2


c)ab=3ab d)a*b=a+bl

5 Mostrar que s ã o ASSOCIATIVAS as operaçes J. em RxR =R as -

sim definidas:

a) (a,b) £. (c,d) = (ao, be + d)

b) (a,b).i. (c,d) = (ao bd, ad+bc)


44

Ó. Seda (A, *) um SEMI-GRUPO. Mostrar que é ASSOCIATIVA a opera


çao O em A definida por aD b = b * a.

7. Sejam (A, *) e (B,T)dois SEMI-GRUPOS. Mostrar que e ASSO-


CIATIVA a operação O em Ax B assim definida:

(a,b) O (c,d) = (a * c, b T d)

8. Resolver em Q a equação 2 * X * 3 = 17, a operação * em Q sem


do definida por a*b = a+b+ab.

9. sejam (A, ,*) um SEMI-GRUPO, a uni elemento do conjunto A e T


a operação em A definida por x T y = (x * a) * y. Mostrar que
• (A, -[- ) tambm e um SEMI-GRUPO.

10, Construir as T.BUAS de todas as operaçges * sobre o conjunto


A = {a,b que sio COMUTATIVAS.

11. Em (z .., *), a operação * sendo definida por a*b=2ab, moa


trar que a operação *e DISTRIBUTIVA em relação a ADIÇO.

12. No conjunto Q dos nÇ,mmeros racionais, munido das operações O e


definidas por aDb= ab/2 e ab = 2a+2b, mostrar que a
primeira operação é DISTRIBUTIVA em relação a segunda.

13. No conjunto R dos números reais, munido das operações ..L e -O


tais que a b = 3a+2b e aDb= 4ab, mostrar que a segun-
da operaço é DISTRIBUTIVA em relação a primeira.

14. No conjunto Z dos números inteiros, munido das operaçes T e


O definidas por

aTb=a+b+2 e aDbab+2a+2b+2

mcrar que a operaço n. é DISTRIBUTIVA em relaçao à opera-


ç T
5. Mostrar que num SEMI-GRUPO COMUTATIVO (A, *) se tem:

i) a * (b * e) = e * (b * a)

(a*b)*(Õ*d) d*(e*(b*a))

quaisquer que sejam os elémentos a,b,c,dE A.

16. Mostrar que em todo SEMI-GRUPO (A, *) se tem:

i) (a b) * (e * d) a * ((b * o) * d)

ii) ((a*b)*e)*d=a*(b*'(c*d))

quaisquer que sejam os elementos a,b,c,d E A.

17, Seja (A, *) um SEMI-GRUPO COMUTATIVO. Demonstrar:

(*(a * b))2 = (*a) 2 * (*b)2, V a,b .A

18. Seja (R, *) um GRUPÓIDE, a operaço * em R sendo definida


por
x * y = kx + y

Determinar k de modo que (R, ) seja um SEMI-GRUPO.


Capitulo 3
ELEMENTOS NOTÁVEIS DE UM GRUPÓ IDE

3.1 Elementos idempotentes

DEFINIÇÃO.

Seja (A, *) um grupide. Diz-se que a A é um ELEMENTO IDEMPOTEN


TE para a operação * se e somente se a * a = a.

Quando todo elemento do conjunto A é idempotente para a operação *


o
ento diz-se que a OPERAÇÃO * E IDEMPOTENTE.

EXEMPLOS:

(i) Seja - o grupide (R, +). Para aER, temos:

a+a=a 2a =a a

Logo, O é o ilmico ELEMENTO IDEMPOTENTE para a operaço de ADI-


ÇÃO emR.

(2) Seja o grupide (R, .). Para aER,temos:

a.a = a a2 = a : a(a-l)=O a=O ou a=l

Logo, O e 1 sio ELEMENTOS IDEMPOTENTES para a operação de MUL


TIPLICAÇO em R.

(3) Seja o grupide (R,-), a operaço..L sendo definida por


aJ..b= ab - (a+ b ) + 2.

Para aER, temos:


47

aJa= a a.a-(a+a)+2=a $r= a2 -3a + 2 = O

(a-l)(a-2) = O 4===> a 1 ou a = 2

Logo, 1 e 2 so ELEMENTOS IDEMPOTENTES para a operaço _L em


R.

(4) Seja o grupide (R, T), a operação T sendo definida por aTb=
= (a+ b). Para aR, temos:

aTa= a (a+a) = a 4== a=a

Logo, todo ricunero real a (aE1) é ELEMENTO IDEMPOTENTE para


a operação T em R, ou seja, a operação T em R e IDEMPOTEN-
TE.

(5) Sejam os grupides (P(E), u) e (P(E) n). Para todo XEP(E),


temos:
xLjx=x e xflx=x

Logo, as operações de REUNIO (u) e de INTERSEÇÃO (fl)emP(E)


so IDEMPOTENTES.

3.2 Elemento absorvente

DEFINIÇÃO.

Seja (A, *) uni grupide. Diz-se que aEA é um ELEMENTO ABSORVEN-


TE para a operaçao * se e somente se, para todo xEA, se tem:

a * x =x * a a

Observe-se que a igualdade a* x x* a é sempre verdadeira quan-


do a operaço * é COMUTATIVA.

Se a e ELEMENTO ABSORVENTE para a operação '', ento temos a* x = a


para todo XEA. Em particular, para xa, obtemos a*a=a, isto

a também é ELEMENTO IDEMPOTENTE para a operaço


48

3 3 Unicidade do elemento absorvente

TEOREMA.

Se a e a' so ELEMENTOS ABSORVENTES para a operação * do grupol-


de (A, *), então a = a'.

DEM.- Com efeito, para todo XE A, temos:

a*x =a (1). e x*aI = a' (2)

Fazendo x=a' em (i) e x=a em (2), temos

a*a =a e a* a' = a' a=a'

EXEMPLOS:

(1) Seja o grupoide (R, ) Para todo XE R, temos

O.x = x.O = O

Logo, O e o ELEMENTO ABSORVENTE para a operaço de MULTIPLICA-


Ç70 em R.

(2) Sejam os grupides (P(E), fl ) e (P(E), U). para todo


XEP(E), temos:

fl x =X no= e EUX = XUE = E

Logo, o conjunto vazio 0 e o ELEMENTO ABSORVENTE para a opa-


raçao de INTERSEÇÃO (fl) em P(E) e o conjunto E é o elemento
ABSORVENTE para a operaço de REUNIO (U) em F(E).

(3) Seja o grupoide (p, O ), a operação O sendo definida por

aDb= a+b - ab. Como esta operação e COMUTATIVA, se aE R e


o ELEMENTO ABSORVENTE, ento, para todo xR:
49

aDa :; a+x-ax =a (1-a)x=O a

Logo, 1 e o ELEMENTO ÀBSORVENTE para a operação EJ em R.

3.4 Elemento neutro

DEFINIÇÃO.

seja (A, *) um grupide•. Diz-se que eEA e um ELEMENTO NEUTRO pa


rã a operação * se e somente se, para todo xEA, se tem:

e * x =x * e = x

Observe-se que a igualdade e* x = x *e é sempre verdadeira quan-


do a operação * e COMUTATIVA.

Se e e ELEMENTO NEUTRO para a operaço *, ento e*x x para


todo x EA. Em particular, para x = e, obtemos e *e = e, isto é1

e tambm e ELEMENTO IDEMPOTENTE para a operação *.

3.5 Unicidade do elemento neutro


TEOREMA

Se e e e' são ELEMENTOS NEUTROS para a operação *do grupide


(A, *), ento e = e'.

DEM.- Com efeito, para todo x(A, temos:

e*x = x (i) e x*el = x (2)

Fazendo x =e' em (1) e x =e em (2), obtemos:

e*et =e' e e*e? =e ==e' =e

Com a notaço (A, , e) indica-se um grupide para o qual e é o


ELEMENTO NEUTRO para a operaço .
50

EXEMPLOS:

(1) Sejam os grupoides (p, +) e (R, ) Para todo xER, temos

O + x = x + O x e 1.x = x.1 = x

Logo, 0 e o, ELEMENTO NEUTRO para a operação de ADIÇO em R e 1


o ELEMENTO NEUTRO para operação de MULTIPLICAÇÃO em R.

(2) Sejam os grupides (p(E),fl) e (P(E),U). Para todo XE P(E),


temos:

EflX =XflE =X e U = X U$ =X

Logo, o conjunto E e,o ELEMENTO NEUTRO para a operação de IN-


TERSEÇ0 (fl) em P(E) e o conjunto vazio e o ELEMENTO NEU -
TRO para a operação de REUNIÃO (U) emP(E).

(3) Seja o grup,ide (R, ), a operado * sendo definida por ab=


= a+ b+ ab Como esta operação é COMUTATIVA, se eER é ELE
MENTO NEUTRO, énto, para todo XER:

e*x=x : e+x+ex = x (1+x)e = O :: e=0

Logo, O e o ELEMENTO NEUTRO para a operação * em R.

(1) Seja o grupide (ZxZ, O), a operaço O sendo definida por

(a,b) O (c,d) = (ac, ad. b) -

Se (e,f) é o ELEMENTO NEUTRO, ento, para todo (a,b)EZxZ:

(e,f) O (a,b) = (a,b) ; (ae, be + f) = (a,b)

: ae=a e be+f = b e=1 e f=O

E como (a,b) O (1,0) = (a, b), segue-se que (1 9 0) o ELEMENTO


NEUTRO para a operação 0 em ZxZ.
51

í_ )
(5) Seja o grupide (. 1'2'_ J' --
- *1' 1 2 3
a operaçao * sendo definida pe-
la TÁBUA ao lado. 1 2 3. 1
j —
O ELEMENTO NEUTRO para esta ope _L _
- 311 213
raçao e 3 9 pois, temos:

3*1I1*3 9 3*222*3

3*3=3

(6) Seja o grupide (M (R), +), sendo M 2 (P) o conjunto de toas


2
as MATRIZES reais quadradas de ORDEM 2. Para toda matriz:

ra bl
jEM2 (R)
Lo dJ

temos:

i r bI [a bl flo o [a bl

O 0e d c dl [o 01 o d

Logo, a MATRIZ NULA DE ORDEM 2 e o ELEMENTO NEUTRO para a ope-


raçode ADIÇO em M 2 (R).

(7) Seja o grupide (AA, o), sendo "o" a operaço de COMPOSIÇÃO

DE FUNÇÕES no conjunto A ' do todas as runçes de A em A.

Para toda função tE AA, temos:

IAOf f olA

Logo, a FUNÇÃO IDNTICA DE A, 1A' o ELEMENTO NEUTRO para a


operaço de C0MPOSIÇO DE FUNÇ6ES no conjunto A'.

(8) Seja o grupide (N, se eEN é o ELEMENTO NEUTRO,ento,


para todo xEN:

e*x=x+e =x e =0
52

E como ON, segue-se que a operação de ttDIÇO em N N() ADMI-


TE ELEMENTO NEUTRO

(9) Seja o gruptide (z, -) Se eEL e o ELEMENTO NEUTRO, ento,


para todo XE Z:

e - x=x e x - e=x

Da segunda igualdade resulta e = O, e corno a igualdade O-x =


= x somente e verdadeira para x = O, segue-se que a operação
de SUBTRAÇÃO em Z NO ADMITE ELEMENTO NEUTRO

(lO) Seja o grupide (R*, :). Se eER* é o ELEMENTO NEUTRO, en

tio, para todo xER*:

e:x =x e x:e=x

Da segunda igualdade resulta e 1, e como a igualdade 1 x =x


somente é verdadeira para x=+l, segue-se que a operaço de
DIVISÃO em R NO ADMITE ELEMENTO NEUTRO.

NOTAS.- (i) Se e é o ELEMENTO NEUTRO para urna operaço*num


conjunto A e se E é urna PARTE de A FECHADA em relaço a esta
operaço e tal que eKE, ento e também é o ELEMENTO NEUTRO
Para a operação * em E.
Ui) Para urna operaço * num conjunto FINITO, defi-
nida por uma TÁBUA, o ELEMENTO NEUTRO, caso exista, se encon-
tra na INTERSEÇÃO da linha e coluna de mesma ordem que so res
pectivamente iguais à linha e à coluna que começam logo após o
símbolo * da operação (LINHA E COLUNA FUNDAMENTAIS).

3.6 Potências com expoente zero


Num grupide (A, *)'Com ELEMENTO NEUTRO e, para todo x A, a po-
°
tucia (* x ) com EXPOENTE O define-se pela igualdade: (*x) = e. °
Com as notaçes ADITIVA ( = e MULTIPLICATIVA (* = .)estaigual
dade escreve-se:
Ox =e, x ° =e

3,7 Elemento zero e elemento unidade


Para uma operação num conjunto A indicada com a NOTAÇÃO ADITIVA(+),
isto , num GRUP6IDE ADITIVO (A, +), o ELEMENTO NEUTRO e, se exis
te, chama-se ELEMENTO ZERO ou apenas ZERO, e representa-se por
0(e =0), quando nao importa confundir com o NÚMERO O. Então, para
todo xEA, se tem:

x+00+xx e Ox=O

Analogamente, para uma operação num conjunto A indicada com a NOTA


ÇÀO MULTIPLICATIVA (.), isto é, num GRUPÔIDE MULTIPLICATIVO (A,.),
o ELEMENTO NEUTRO e, se existe, chama-se ELEMENTO UNIDADE ou ape-
nas UNIDADE, e representa-se por 1 (e =1), quando no fizer mal
confundir com o NUMERO 1. Ento, para todo XEA, se tem:

O
X.1 1.x =x e x =1

3.8 Elementos simplificáveis


DEFINIÇO 1.

Seja (A, *) um grupide. Diz-se que um elemento aEA é SIMPLIFICA


VEL À ESQUERDA (ou REGULAR À ESQUERDA) se e somente se, quaisquer
que sejam os elementos b e e do conjunto A:

a*b=a*c , b=c

Passar da primeira igualdade para a segunda é o que se chama SIM-


PLIFICAR À ESQUERDA POR a.

Quando todo elemento de A é SIMPLIFICÁVEL À ESQUERDA diz-se que e


VALIDA A REGRA DE SIMPL1FICAÇO À ESQUERDA PARA A OPERAÇÃO * -EM A.
54

DEFINIÇÃO 2.

Seja (A, *) um grupoide Diz-se que um elemento aE A e SIMPLIFI-


C.VEL À DIREITA (ou REGULAR À DIREITA) se e somente se, quaisquer
que sejam os elementos b e e do conjunto A

b * a = c * a 2 b = c
,1

Passar da primeira igualdade para a segunda e o que se chama SIM-


PLIFICAR À DIREITA POR a.

Quando todo elemento de A e SIMPLIFICAVEL A DIREITA diz-se que E


VALIDA A REGRA DE SIMPLIFICAÇÃO A DIREITA PARA A OPERAÇÃO * EM A

DEFINIÇO 3.

Seja (A, *) um grupide. Diz-se que um elemento a€A é SIMPLIFICÁ


VEL (ou REGULAR) se e somente se a e simplificável a esquerda e a
direita.

Em outros termos, a.EA é um elemento SIMPLIFICÁVEL (ou REGULAR)


se e somente se, quaisquer que sejam os elementos b e c do conjun-
to A:
a*b=a*c == b
e
Jb * a = c a : b

Passar de uma das igualdades da esquerda para a igualdade b =c é o


que se chama SIMPLIFICAR POR a

Quando todo elemento de A é SIMPLIFICÁVEL diz-se que é VALIDA A RE


GRA DE SIMPLIFICAÇO PARA A OPERAÇÃO * EM A

Obviamente, se a operaço * é COMUTATIVA, todo elemento simplifi-


cavei a esquerda ou simplificável a direita e simplificável.
55

O ELEMENTO NEUTRO e para a operação , se existe, é SIMPLIFICÁ-


VEL, porque

e = e*c •b e b*e = o b=e

EXEMPLOS:

(1) No grupide comutativo (R, +), todo nmero real x e SIMPLIFI-


CÁVEL:
a =b+x == a=b, VxER

(2) No grupide comutativo (R, .), todo nmero real x O SIMPLI


FICÁVEL:

a.x b,x a=b, VxER*

(3) No grupide (A, *), a operaço * sendo definida por a*b=a,


todo elemento XEA e SIMPLIFICÁVEL A DIREITA:

a*x = b a= b, VXEA

Mas elemento algum XE A e SIMPLIFICÁVEL À ESQUERDA, pois, te


aos x * a = x * b quaisquer que sejam x, a, bE A.

(4) No grupide (N, *), a operação * sendo definida por a*b =


ab POTENCIAÇO em N, todo número natural x 1 e SIMPLI-
FICÁVEL:

x*a=x*b e b __
• x =x ; a
x
a b a = b : a b

Note-se que 1 * a = 1* b ou 1 - 1b no implica a b, por


que se tem 1a quaisquer que sejam a,bEN.

1
Como a * 1 b * 1 a =b, a= b, segue-se que 1 e elemen
te SMPLIFICÁVEL À DiREITA.
56

(5) No grupoide (R, *), a operaço * sendo definida por e *b


= a-b + ab, temos, para xER

x*a = x*b : x-a + ax = x-b * bx (xl)(a-b) = O

a*x = b*x , a-x + ex = b-x + bx = (x+1)(a-b) = O

Logo, todo numero real x + 3. é SIMPLIFICÁVEL, isto e , so


SIMPLIFICÁVEIS todos os elementos do conjunto

(6) No grupoide (P(E),fl), somente o conjunto E e elemento SIMPLI


FICÁVEL, porque, se X g E, xflA =XflB no implica A=B

No grupoide (P(E),U), somente o conjunto vazio e elemento


SIMPLIFICAVEL, porque, se X Ø , xUA = xUB no implica
A = I3

(7) Seja o grupoide (AA, o), sendo "o" a operaço de COMPOSIÇÃO DE


FUNÇ6ES no conjunto AA de todos as funçes de A em A

(i) Toda FUNÇO INJETORA hEAA e SIMPLIFICAVEL A ESQUEPDA,is


to e, quaisquer que sejam as funções f,gEAA

hof = hog : f - g

Com efeito, para todo xEA

hof=hog (hof)(x)(hog)(x) == h(f(x))=h(g(x))

f(x) = g(x) f=g

(ii) Toda FUNÇÃO SOBREJETORA hEAa SIMPLIFICÁVEL À DIREITA,


isto é , quaisquer que sejam as funçes

foh = goh : f = g

Com efeito, seja x um elemento qualquer de A(xEA) Sendo h


SOBREJETORA, existe YE A tal que h(y) = x e, portanto:
5?

foh=goh : (foh')'y)=(oh' ( y' =fh'y)).g(h'y')

= f(x) g(x) f

0.9 Elementos simetrizveis

Seja (A, *, e) uni grpoide com ELEMENTO NEUTRO e

DEFINIÇÃO 1.

Diz-se que uni elemento aEA é SIMETRIZAVEL A DIREITA se e somen-


te se existe um elemento a'E A tal que a * a' = e.

O elemento a' é denominado SIM É TRICO À DIREITA DE a.

DEFINIÇ ÃO 2.

Diz-se que um elemento aEA e SIMETRIZVEL À ESQUERDA se e somen


te se existe um elemento a'EA tal que a' = e.

O elemento a' é denominado SIM É TRICO À ESQUERDA DE a.

DEFINIÇ Ã O 3.

Diz-se que um elemento aEA é SIMETRIZ$.VEL se e sômente se a ad-


mite um mesmo s±mtrico a' à direita e a esquerda.

Em outros termos, aEA é SIMETRIZÁVEL se e somente se existe -


a? E_ A tal que
~

aa' = a*a = e

O elemento a' é denominado SIMÉTRICO DE a,

Obviamente, se a operaçao * é COMUTATIVA, ento todo elemento SI-


METRIZÁVEL À DIREITA ou SIMETRIZÁVEL À ESQUERDA é SIMETRIZÁVEL.

O conjunto de todos os elementos SIMETRIZÁVEIS do grupide (A,*,e)


indica-se por
58

Das definiçes anteriores resulta:

(1) Se a' é simtrico de a de um lado, então a é simtrico de a'


do outro lado.

(2) Se a é SIMETRIZÁVEL, ento seu SIMÉTRICO a' também é SIMETRIZÁ


VEL e a e SIMÉTRICO de a', isto : (a')' = a.

(3) O ELEMENTO NEUTRO e é SIMETRIZÁVEL e o prprio e e seu SIrTRI


CO, pois, e*e = e, isto : e' = e.

NOTA . Quando o sirnbolo da operação em A é + (* = +, NOTAÇÃO ADI


TIVA), a' denomina-se OPOSTO DE a e é indicado por -a (a' =-a).Lo
go:
a+ (a) = (-a) + a = O e -(-a) = a

Quando o simbolo da operaço em ,A é NOTAÇÃO MULTIPLICATI


VA), a' denomina-se INVERSO DE a (a diz-se agora INVERSÍVEL) e
indicado por a (a' = a). Portanto:

-1 -1
a.a =a .a=l e (a ) =a

EXEMPLOS:

(1) No grupide (N,,., 1), o único elemento SIMETRIZÁVEL (ou INVER


SÍVEL) o ELEMENTO NEUTRO 1, isto , U . (N) ={lJ.

(2) No grupide (z, .., O), o único elemento SIMETRIZÁVEL e o ELE


MENTO NEUTRO O, isto é, U(z) =[o}

(3) No grupide (z, +, O), todo nmro inteiro é SIMETRIZÁVEL, is-


to e, u(z) = Z.

(4) No grupoide (z, ., 1), os únicos elementos SIMETRIZAVEIS (ou


INVERSÍVEIS) so -1 e o ELEMENTO NEUTRO 1 9 isto é,

u(z)
59

(5) No grupide (Q, , 1) 9 todo número racional diferente de zero


SIMETRIZAVEL (ou INVERSÍVEL), isto , u(o) = Q*.

(6) PIrlipóide (P(E),fl, E), o in±co elemento SIMETRIZVEL é o


ELEMENTO NEUTRO E, porque, dado AEP(E) e A E, flo exis-
te XEP(E) tal que AflX = E. Logo, U(P(E))={E}.

(?) No grup±de (P(E),U,), o único elemento SIMETRIZVEL é o


ELEMENTO NEUTRO , porque, dado A6-P(E) e A , flo exis
t XEP(E) tal que AUX 'd» Logo,

(s) grupide (p(E),i,), todo elemento XE.P(E) é SIMETRIZÁ-


VE1, e seu SIMÉTRICO é o próprio X, pois, xLix = Logo,
U ()) = P(E).

(9) No grupide (R, *, o), a operação * sendo definida por a* b=


= a+b - ab, se aER e SIMETRIZVEL e admite a'ER por SI-
MTRICO, ento:

a * a' = O a + q' - aa' = O === a' = (a / 1)

Logo, todo número real al e SIMETRIÚVEL e tem por SIMTRI


CO isto é, U(R) = R

(lo) No grupide (R, *, o), a operação * sendo definida por


a*b = a+b-2a2 b2 , se aER é, SIMETRIZ.VEL e admite a'ER
por SIMÉTRICO, ento:

Corno 1+8a 3 .0 implica a > -1/2, segue-se que todo nume-


ro real a O e tal que a ) -112 SIMETRIZVEL e admi-
te DOIS SIMÉTRICOS, exceto -1/2 que admito apenas UM SIMfTRI
C', L Assim, p.ex., 1 é SIMETRIÚVEL e admite DOIS SIMTRI-
60

COS, 1 e -112. Portanto:

U(R) =[aER* 1 a >/ _1/2}

(II) Consideremos ,o grupide (A, *), *o 1 2 3


no qual o conjunto A={O,l,2,3}
e a operaçao * e definida pela
H
TABUA ao lado. 1 O 1 2

2 2 O 2
Néste grupide, cujo ELEMENTO
o
NEUTRO e 1, existem as TRÊS E . SPÉ
CIES de elementos SIMETRIZÁVEIS:
3
L 1

a) Os elementos O, 1, 2 e 3 sao SIMETRIZÁVEIS À ESQUERDA:

2*0=1, 1*11, 3*2=1, 3*3=1

b) Os elementos 1, 2 e 3 são SIMETRIZÁVEIS À DIREITA:

1*1=1, 2*1=1, 3*2_3*31

c) Os elementos 1 e 3 so SIMETRIZÁVEIS:

1*1=1*1=1, 3*3=3*3 = 1

Observe-se que o elemento 3 tem DOIS SIMÉTRICOS À DIREITA, 2


e 3.

3.10 Elementos permutweis.


Centro de um grupoide.

DEFINIÇO.

Seja (A, *) um grupide. Diz-se que dois elementos a e b de A


sao PERMUTÁVEIS se e somente se a * b = b * a.

Se o grupide (A, *) COMUTATIVO, ento dois elementos quaisquer


de A so permutaveis,
61

Um elemento 'c EA que e, PERMUT.VEL com qualquer elemento de


A(c*xx*c, Vx(A) chama-se ELEMENTO CENTRAL do grupide
(A, *).

O ELEMENTO ABSORVENTE a e o ELEMENTO NEUTRO e para a operaço


*, caso existam, so ELEMENTOS CENTRAIS do grupide (A, *), pois,
temos;

a*x=x*a =a e e*x=x*ex, VXEA

• O conjunto de todos os ELEMENTOS CENTRAIS de um grupóide (A, *)


diz-se o seu CENTRO e indica-se por C(A). Portanto, simbolicamen
te:

c(A) =[CEA 1 ex = xc, VXEA}

Obviamente, se o grupide (A, *) é COMUTATIVO, ento C(A) =A.


62

EXERCÍCIOS

1. Determinar os ELEMENTOS IDEMPOTENTES para a operaço * em A


nos seguintes casos:

a) A=Z, a*b=ab 2

b) AR, a*b =

c) p = Q , a*b = a 2 + b2 + 2ab

2. Mostrar que a operaçao T em R definida por a b a e IDEM


POTENTE.

3. Determinar o ELEMENTO ABSORVENTE para a operaço * em Q defi-


nida por .=ab = ab/2.

. Determinar o ELEMENTO ABSORVENTE para a operação O em R defi


nida por aDb= ab-(a+b) + 2.

5. Determinar o ELEMENTO NEUTRO para a operaço * em A nos se-


guintes casos:

a) A , a*b=ab/2

b) A=R , a *ba + b
+ 1 + ab
c) A=Z , a*b = a+b+4

6. Mostrar que a operaço * em R definida por a *b = e+ b 2 no


admite ELEMENTO NEUTRO.

7. No. grupide (A, *, e) com ELEMENTO NEUTRO e subsiste a igual-


dade:
63

quaisquer que sejam os elementos a, b, e e d do conjunto A.


Demonstrar que a operaço * OMUTATIVA e ASSOCIATIVA.

Construir a TÁBUA da operaço O em A={l23J definida pe-


las seguintes propriedades:

i) xDxx, X(A

2) 2 é o ELEMENTO NEUTRO

3) 1 é o ELEMENTO ABSORVENTE

9. seja (A, *,T) um conjunto A munido das duas operaçes *e T


tais que cada uma delas é DISTRIBUTIVA em relação a outra e
cujos ELEMENTOS NEUTROS respectivos so e e f. Demonstrar:

a) eTe=e e f*f =f

• b) x*xxTx=x, VxEA

10. Mostrar que a operação J. em R definida por aLb = a no ad-


mite ELEMENTO NEUTRO.

11. Sejam (A, , e) e (B,.i. , f) dois grupides cujos ELEMENTOS


NEUTROS respectivos so e e f. Determinar o ELEMENTO NEUTRO
da operaço O em A B assim definida:

(a, b) O (c, d) = (a*c, b.Ld)

12. Seja (A, *) um grupide. Diz-se que eEA (resp., fEA) é um


ELEMENTO NEUTRO À ESQUERDA (resp., À DIREITA) para a operação
* se e somente se, para todo xEA, se tem
e,* x =x (resp., x*f =x).

Mostrar que, se a operaçao * tem ELEMENTO NEUTRO À ESQUERDA e


e ELEMENTO NEUTRO À DIREITA r, ento estes elementos so
IGUAIS: e=f isto é, a operaço admite ELEMENTO NEUTRO.
C-4

13. Determinar os ELEMENTOS NEUTROS À ESQUERDA ou À DIREITA para a


operaço * do grupide (A, *) nos seguintes casos:

a) A = N, a*b=a b)A=Z, a*b = a2 +b

c)AZ, a*b.a_b d) A = Z, a*b=2a+ab

14. Mostrar que todo numero real diferente de zero é SIMPLIFIC A M


para a operaç ã o * em R definida por a *
b = a2b

15. No grupide (A,T), o conjunto

A = ((ab) 1 a,bER e a o}
e a operaço T em A é definida por

(a,b) T (c,d) = (ao, bc + d).

a) Mostrar que a operaço T NO É COMUTATIVA.


b) Determinar o eELEMENTO NEUTRO para a operaço T
e) Determinar o SIM É TRICO do elemento (2 1 6)E A.
d) Resolver em A a equaç ã o (2, 3)T (x,y) = (1/2,4).
-

16. Nos grupides (A,T) e (A,D), o conjunto A={1,2,3} e as


operações T e O so definidas pelas TÁBUAS abaixo:

F~~T 1 2 3 O 1 1 2 3

1 1 2 3 1 1 2 3

2 2 2 1

3 3 1 2

a) Determinar o ELEMENTO NEUTRO de cada uma das operaçes T e


o.
b) Mostrar que no grupide (A,T ) o elemento 2 é SIMETRIZVEL
e tem DOIS SIMÉTRICOS e que no grupide (A,o) cada elemen-
to de A é SIMETRIZÁVEL e admite um único SIM É TRICO.
65

17. Seja o grupói de (N *), a operaço * em N (conjunto dos nGme


ros naturais) sendo definida por a*b = mmc(a,b).

a) Calcular: 4 * 6, 3*5 9 * 18 e 1 *6.


b) Mostrar que um SEMI-GRUPO COMUTATIVO.
(N, *)
c) Achar o ELEMENTO NEUTRO para a opéraçao *.
d) Determinar U(N).

18. Seja o grupide (Q, *), .,a operaço * em Q(conjunto dos nume
ros racionais) sendo definida por a * b = a+ b - ab,

a) Calcular: 3 4 2*(5) • e
b) Achar o ELEMENTO NEUTRO para a operaço .

C) Achar os SIMÉTRICOS dos elementos 3 9 i e -2.


d) Determinar U(Q).

19. No grupide (A, *), o conjunto A = [123,4 1 6} e a opera-


ço * & definida por a*b = mdc(a,b). Mostrar que (A, *)
um SEMI-GRUPO COMUTATIVO com ELEMENTO NEUTRO.

20. Mostrar que o grupide (R 2 ,Q), a operaço O sendo definida


por

(a,b)D(c,d) (a+c, b+d+2bd)

um SEMI-GRUPO COMUTATIVO com ELEMENTO NEUTRO.


Capfítulo 4
MONÓIDES

41 Conceito de monóide

DEFI NIÇO.

Chama-se MONÓIDE todo SEMI-GRUPO (A, *) cuja operaço * tem ELE-


MENTO NEUTRO

Era outros termos, MONÓIDE e todo grup&Lde (A, *) cuja operação *


o
ASSOCIATIVA e tem ELEMENTO NEUTRO

Portanto, em todo MONÓIDE (A, , e) se tem

(E1 ) (a*b)*c = a*(b*c),

a = e*a = a, VaEA

Se a operaço * comutativa, ento o monóide diz-se COMUTATIVO.

EXEMPLOS:

(i) Os grupides (R, +) e (R, .) so MONÓIDES COMUTATIVOS, por-


que as operaçges de ADIÇO e de MULTIPLICAÇO em R so ASSO-
CIATIVAS, COMUTATIVAS e cada uma delas tem ELEMENTO NEUTRO.

(2) Os grupides (P(E),fl), (P(E), e (p(E),i) so MONÓI-


DES COMUTATIVOS, porque as operaçes de INTERSEÇÃO, REUNIAO

e DIFERENÇA SIMTRICA em P(E) so ASSOCIATIVAS, COMUTATIVAS e


cada uma delas tem ELEMENTO NEUTRO.

(3) Seda A o conjunto de todas as funçes de A em A, isto :

A =f 1 f: A A}
6?

A operaço "o" de COMPOSIÇÃO DE FUNÇ&ES em AA ASSOCIATIVA e


admite ELEMENTO NEUTRO a FUNÇÃO IDÊNTICA DE A, IA A',pois,
temos:

(f o g) o h = fo(goh),

foIA=IAof = Í, VrEA

Logo, o grupo (AA, o) um MONÓIDE.

(L) O grupide (M (R), +), onde M (R) o conjunto de todas as MA-


2 2
TRIZES reais quadradas de ordem 2 9 é um MONÓIDE COMUTATIVO,por
que a operaqo de ADIÇXO em M 2 (R) é ASSOCIATIVA, COMUTATIVA e
tem ELEMENTO NEUTRO a MATRIZ NULA de ordem 2.

(5) Seja o conjunto A {a+ b V2 1 a,bEZ) O grupide multipli


cativo (A, . um MONÓIDE COMUTATIVO, porque a operaço de
MULTIPLICAÇÃO em A é ASSOCIATIVA, COMUTATIVA e tem ELEMENTO
NEUTRO e = 1+ O. \T.

4.2 Propriedades de um monóide


TEOREMA 1.

Num mon±de, todo elemento SIMETRIZÁVEL SIMPLIFICÁVEL.

DEM.- Sejam (A, *, e) um monóide e aEA um elemento SIMETRIZA


VEL. Portanto, existe a'EA tal que

a ai a*a = e

Cumpre demonstrar:

b*a = c*a ==5 b = c, Vb,cEA

b*b = ac ===> b = e, Vb,cA

Cora efeito, se b*a = c* a, ento:


68

(b * a) * a' = (c * a) * a'

ou seja, por ser a operaço * ASSOCIATIVA:

b* (a* a') =e* (a * a')

ou, por ser a* ai = e

b*e = c*e ou b=c

Portanto, aEA e SIMPLIFICAM, A DIREITA

Analogamente, se a*b = a*c, ento

a' * (a * b) = a' * (a * e)

(a' * a) * b = (a' * a) * c

e*b=e*c ou b=c

Portanto, aEA e SIMPLIFICVEL À ESQUERDA.

Sendo aEA simplificável à direita e a esquerda, aA é SIMPLI-


FICÁVEL.

TEOREMA 2.

Num monóide, todo elemento SIMETRIZÁVEL admite um ÚNICO SIMfTRICO0

DEM.- Com efeito, suponhamos que no monóide (A, *, e) o elemento


aEA admite DOIS SIMÉTRICOS, a' e a", o que implica

a* = a' * a = e e a * a" = a" a = e

Usando estas relaçes e a propriedade ASSOCIATIVA da operação ,


calculemos de DUAS MANEIRAS o composto a" * a a':

a" * a * a' = (a" * a) * a' = e * a' = a'

a?* a * a a li *(a*a') = aU*e = a"


Por consequancia: ai= a".
69

TEOREMA 3.

Se a e b são elementos SIMETRIZÁVEIS de um monide cujos SIMÉTRI-


COS respectivos são a' e b', ento o composto a*b e SIMETRIZVEL
e o seu SIMÉTRICO e b' * a'.

DEM.. Com efeito, por ser a operação * ASSOCIATIVA, temos:

(a * b) * (b' * a') =a* (b *b') * a* =a* e * a' =a* a' = e

(b' * a') * (a * b) = b' * (a' * a) * b = b' * e * b = b' * b =e

Logo, o composto a*b e SIMETRIZÂVEL e o seu SIMTRICO

(a * b)' = b' * a'.

Observe-se a ORDEM em que se compor os simtricos de a e b para .ob


ter o simtrico de a* b. O simtrico de b*a é a' *b.

Em particular, se o monide é COMUTATIVO, entao:

(a* b) 1 (b *a) , a' *bV = b I

Consoante o Teorema 1 9 a * b e b' * a' so elementos SIMPLIFICÁ-


VEIS do monóide.

Na NOTAÇO ADITIVA (* = +), o Teorema 3 ensina que, SE a E b so


SIMETRIZÂVEIS, ENTRO a+b e SIMETRIZÁVEL E SE TEM:

-(a+ b) = (.b)+

Na NOTAÇO MULTIPLICATIVA (* .), o mesmo Teorema 3 ensina que,SE


a e b SÃO INVERS±VEIS, ento a.b É INVERSÍVEL E SE TEM:

(a.b) =b .a

Em particular, num monide COMUTATIVO, as duas fórmulas anteriores


podem escrever-se sob as formas habituais:
70

-(a+ b) = (-a) + (-b)

(a b) = a b 1

Deste Teorema resulta por INDUÇÃO SOBRE n a proposiÇao

COROLRIO 1.

Se a1 , a2 ,..., a so elementos SIMETRIZVEIS de um monóide cujos


SIMÉTRICOS respectivos so at q a, ..., a', erito o composto
a * a * * a e SIMETRIZAVEL e o seu SIMÉTRICO e
1 2 ri
a' a' * *a.
ri ri-]. 1

Na NOTAçXO ADITIVA (* +), este corolario 1 ensina que,se

so elementos SIMETRIZÂVEIS de um rnonide (A, +, e), ento


a +a +..+a
1 2 n
e SIMETRIZAVEL e se tem:

-(a1 + a2 + + a) = (_ar) + (_a 1) + + (-a1 )

Na NOTAÇÃO MULTIPLICATIVA (* = .), este mesmo corolario 1 ensina


que, se a1 ,a2 , , a so elementos SIMETRIZAVEIS de um monói-
de (A, ., e), ento a • a......a EL e se tem:
SIMETRIZÂV
1 2 ri

-1 -.1 -1 -1
(a .a.. ....a) a • a .. .. ... .a
1 2 ri ri ri-.].

COROLÁRIO 2.

Se a e elemento SIMETRIZÁVEL de um monide e a' é o seu SIMTRICO,


ento (*a), com ri numero inteiro no negativo (n(Z),e SIMETRI-

ZAVEL e o seu SIMÉTRICO é (*a)

DEM.- Com efeito, se n >0, temos:

(a) = a * a * * a (n termos)
71

Logo, pelo corolario 1, (*a) e SIMETRIZÁVEL e admite por SIMTRI-


CO:

a' * a' * * a' (ri termos) = (* )ri

Se n=O, o coro1rio é evidente, pois, temos


(*a)nn= e = (*a)

Na NOTAÇÃO ADITIVA (* = *), este eoro1rio 2 ensina que, se a e


elemento SIMETRIZÁVEL de um monóide (a, +, e), ento na,com nEZ,
SI?'1ETRIZÂVEL e ..(na) = n(-a).

Na NOTAÇÃO MULTIPLICATIVA (* •), este mesmo corolrio 2 ensina


que, se a elemento SIMETRIZÁVEL de um monóide (A, ., e),
é ento
com nEZ, SIMETRIZÁVEL e (a) ( a )r1

4.3 SUBMONÓIDE
Seja (A, *) um monóide e seja E uma PARTE no vazia do conjunto A
FECHADA em relaço a operaço .

DEFINIÇÃO

Diz-se que (E, *) um SUBMON6IDE do monóide (a, *) se e somente


se (E, *) também é um monóide,

Todo sub-grupide (E, *) do moriide (A, *) é um SEMI-GRUPO e, por


tanto, para que (, *) seja um submon,ide de (A, *) é preciso e
bastante que (E, *) admita elemento neutro, o qual pode ser DIS-
TINTO do elemento neutro do monóide (A, *).

EXEMPLO

O conjunto A = (a,b,c,d} muni-


do da peraço * definida pela b b b o Id
TÁBUA ao lado e um monóide pa-
ra o qual a e o ELEMENTO MEU- d d d í b 1e
TRO
72

A PARTE E = Ib,c,d} de A FECHADA em relaço - operaço , e


como (E, *)é um semi-grupo que admite .b para ELEMENTO NEUTRO, Se
gue-se que (E, *) um SLBMONOIDE de (A, *)

Observe-se que os ELEMENTOS NEUTROS do monóide (A, *) e do seu


submon±de .(E,*) são respectiVamente a e b, DISTINTOS.

TEOREMA.

Num monóide (A, *) em que todo elemento e SIMPLIFICAVEL,todo SUB-


MONÓIDE de (A, *) tem o mesmo ELEMENTO NEUTRO que (A, *).

DEM. — Sejam e e e' os ELEMENTOS NEUTROS respectivos do monide


(A, *) e de um submonide qualquer (E, *) de (A, *). Então, para
todo aEF, temos

a*e a*e = a

donde, simplificando por, a: e' = e.

4.4 Potências e múltiplos num monóide


TEOREMA 1-

Num monóide (A, *, e), para todo aEA, se tem:

* (*a) = (*a)m (1)

quaisquer que sejam os nimeros inteiros no negativos rn e ri (ri,


nEZ).
+

DEM.-. Caso 1: m > O e ri > O. Ternos:

M.
* (*a)ri = (a * a .. * a) * (a * a . * a)

com r termos no 1Q parntesis e ri termos no 20 parntesis. E como


a operaço ASSOCIATIVA, temos:
73

ri ri m+fl
() * ( a) = a * a,* * a (a + ri termos) = (*a)

Caso 2: mO e n>O. Temos:

* (*a) = (*a) 0 * (*a) e * (* 8 ) (* a) =

Caso 3: ri >0 e ri = O. Temos:

* (*a) (* a )ri * (*a)° (* a )ri * e (* a ) ri ( *a )ri+fl

Caso 4: mn0. Temos:

* (*a) (* a ) 0 4. (*a) ° e * e e = (*a) °

NOTA. Com es notaçes ADITIVA (=+) e MULTIPLICATIVA (* =


a igualdade (1) escreve-se:

ri ri
ma+ na, =(m+n)a e a .a =a m+n

TEOREMA 2

Num monide (A, , e), para todo aEA g se tem:

(*a)ru (2)

quaisquer que sejam os ricimeros inteiros ruo negativos ri e n


(m,riE z).

DEM.- Caso 1: m>O e n>O. Temos:

* (* a )ri * ... * (* a ) ri (ri termos)

ou seja:

com n parntesís no 2Q membro e em cada perntesis rn termos. E Co-


mo a operaço e ASSOCIATIVA S temos:
74

(*(*a) ) = a mn
*... *a (mn termos) = (*a)

Caso 2 m=0 e n>0 Temos

(*(* a )m )m (()O)fl (*e) = e = (* 8 ) 0 ()mn

Caso 3: m>0 e n=0. Temos:

(*(* a )m) n (*(* a )8 ) O e = (*a) 0

Caso 4: m=n=O. Temos:

((8)m)fl (*(* a )° ) 0 = (*e) ° e (*a)° (mn

N0TA Com as rtotaçges ADITIVA (* = +) e MULTIPLICATIVA


igualdade (2) escreve-se:

m rnn
n(ma) = (mn)a e (a ) a

4.5 Potências com expoente negativo


Num monóide, (A, *, e), para todo elemento SIMETRIZVEL a(A e to
do numero natural n (nEN), a potncia (*a) com EXPOENTE NEGATI-
VO -n define-se pela igualdade:

nn
= (* 8 )

onde a' e o SIMÉTRICO de a.

Com as notaçes ADITIVA (* +) e MULTIPLICATIVA (* .), esta


igualdade escreve-se:

-n -1 ) n
(-n)a = n(-a) e a = (a

TEOREMA 1.

Num monóide (A, *, e), para todo elemento SIMETRIZÂVEL aEA,se tem
75

* (*a) = (* a f'
quaisquer que sejam os numero.., inteiros m e ri (ri, ri EZ)

DEM- - O teorema já esta demonstrado para m>O e n)0

C&so 1: m<0 e n>0. Fazendo m=-r, com r>0 temos:

()m (*) n (*a) * (*a) (*a)' *

OU sE,ja:

( *a )ri * (*) (a' * a' * * a') * (a * a * * a)

com r termos no 1Q par?ntesis e ri termos no 2Qparntesis Por con-


sequancia:

(i) n>r (*a) (*a)ri= (*a) n-r = (*a) n+m

n<r : (* a ) ri * (*a) (* a ,) r = (* a )

Caso 2: ri >0 e n<0. Demoristraço análoga.

Caso 3 m<0 e n<0 Fazendo m=-r e n=-s, com r>0 e s>0,


temos:

()m (*a) = (*a)' * (* a )S (* a ,)r* (* a ) S

ou seda:

* (*a) (*a? )r+s (*a)ri

TEOREMA 2.

Num monóide (A, , e), para todo elemento SIMETRIZVEL a(-_A 5 se

t em:

qaisqer que sejam os nuneros inteiros is e ri (m,nEZ)


DEM.- O teorema já esta demonstrado para mO e n)O.

Caso ]. m<O € n>O Fazendo m=-r, com r> 0 9 temos

) rn =
= (*(*a)') (*(*a ) r )n (*

_(*a) rn = (*a) (*a)mm

Caso 2 m>O e n<O Fazendo n= -s, com s>O, temos

(* a ,)ms (* a )m (*a)m (-s) (* a )mr

Caso 3 m<O e n<O Fazendo m=-r e n=-s, com r)O e s>O,


temos

(*(*a)- 5 = (*(* a ,)r) 5 = (* a) '5 =

= ((* a ,),)rs (*a)= (*a) (*a)mn

4.6 Elementos permutáveis de um monóide'


TEOR EM A

Sejam a e t dois elementos PERMUTÁVEIS de um monóide (A, , e);


temos:

(i) se a e b são SIMETRIZAVEIS, então os seus SIMÉTRICOS respecti


vos a' e b' sio PERMUTÁVEIS;

(11) se b e SIMETRIZAVEL, ento a e o SIMÉTRICO b' de b so PERMU-


ÚVEIS.

DEM.- (i) Temos:

a' * b' = (b * a)' = (a * b)' t' * a'

(ii) Ternos:
ÉXERC icios

1. No grupide (A, *), o conjunto A = [1 9 2 9 3 9 ,6} e a operação


* definida por a * b = mdc(a,b). Mostrar que (A, *) um

MON6IDE COMUTATIVO

2. Mostrar que o grup'ide (R 2 ,D ), a operaço O sendo definida


por

(n,b) .0 (c.,d) = (a + e, b + d + 2bd)

um MONÓIDE. COMUTATIVO.

3. Seja A O,l',.a,l+a} um conjunto munido da operação V defi

nida pela seguinte TÁBUA:

O . O' O O. O

1 O 1 a 1+a
-__- -----

Mostrar qOe '(A,, 7 e um MONO1D COMUTATIVO.

4. Seja * a opraço'no conjunto O .dos números racionais defini


da por,
78

Mostrar que (Q, )é um MONÔIDE COMUTATIVO.

2
5. Mostrar que (R 0) um MONÓIDE COMUTATIVO, a operaço o
sendo definida por (a,b) O (c,d) (ac, bd).

6. Mostrar que (Z2, *) um MONÓIDE COMUTATIVO, a operaço seri


do definida por

(a,b) * (c,d) (ac -bd, ad+ be)


Capitulo $
HOMOMORFISMOS DE GRUPÓ IDES

5.1 Homornorfismo

DEF1NIÇO.

sejam (A, *) e (B, T ) dois GRUP&DES. Chama-se HOMOMORFISMO (ou


MORFISMO) de (A, *) em (B, T) toda funç& f: A -a- E tal que

f(a*b) = f(a)T f(b)

quaisquer que sejam os elementos a e b do conjunto A.

EXEMPLOS:

(i) Sejam os grupidos (N, +) e (N, .). A funçc f: N - N defi-


nida por f(x) = 2X um HOMOMORFISMO DE (N, +) EM (N, .), pois,
qualquer que sejam os ntmeros naturais a e b, temos:

a +b 2a 2
f(a+b) = 2 b

(2) Sejam os grupoides (P(E),U) e (P(E),fl). A funço


f: P(E) — P(E) definida por f(x) = E-X é um HOMOMORFISMO DE
(P(E),U) EM (P(E),fl), pois, quaisquer que sejam as PARTES A e E
de conjunto E, temos:

f(AUB) = E - (ALJE) = (E-A)fl(E-B)=f(A)flf(B)

(3) Sejam os grupides. (A, *) e (A 2 ,T), a operaçoT em A2 sendo


definida por

(a, b) T (c,d) = (a * c, h * d)
80

A fnço
u f: A 2 — A tal que f(xy)x e um HOMOMORFISMO DE
(A 2 ,T) EM (A, *), pois, quaisquer que sejam os pares ordenados
(a,b) e (c,d) de A 2 temos:

f((a,b) T (c,d)) f(a c, b * d) a*c = f(a,b) * * d)

(4) Sejam os grupides (R* .) e (R, +). A funçao f: R* _ R de


finida por f(x) = logx é um HOMOMORFISMO DE (R*, .) EM (R, +).
pois, quaisquer que sejam a,b E R* , temos:

f(a,b) log(a.b) = loga+ logb= f(a) + f(b.)

5.2 Propriedades dos hornomorfismos


Seja f: A B um HOMOMORFISMO DE (A, *) EM (B, T).

(P1 ) A IMAGEM f(E) DE UMA PARTE E DE A(ECA) FECHADA PARA A OPE-


RAÇÃO * EM A É UMA PARTE DE E FECHADA PARA A OPERAÇÃO T EM B.

DEM.- Quaisquer que sejam os elementos a 1 e a2 de f(E) existem ele


mentos a e b de E tais que f(a) = a 1 e f(b) = b 1 .

Como a e b são elementos de E, o composto a * b tarnbm e um ele-


mento de E, porque E e PARTE de A FECHADA para a operaço * em A.
Portanto, f(a*b) um elemento de f(E).

Por outra parte, sendo f um homomorfismo de (A, *) em (8, T), te-


mos:

f(a * b) = f(a) T f(b) = a1 T b 1 E f(E)

COROLÁRIO

A IMAGEM f(A) D^J ROMOMORFISMO f É UMA PARTE DE E FECHADA PARA A


OPERAÇÃO T EM B.

flo f(E)Cf(A), segue-se que f(E) tambem uma PARTE de f(A) FE


CHADA para a operaço T em f(A).
81

SE A OPERAÇÃO * EM A COMUTATIVA, ENTRO A OPERAÇÃO T EM


f(A) TAMBÉM É COMUTATIVA,

DEM.- Quaisquer que sejam os elementos a 1 e b 1 de f(A) existem


elementos a o b de A tais que f(a) =a e f(b) = b 1 .

Se a operaço * em A é COMUTATIVA temos:

5*b = b*a e f(a*b) = f(b*a)

ou seta, por ser f um homomorfisxno de (A, *) em (B,T):

f(a) T f(b) =f(b) T f(a), isto é ,. a Tb= b 1 Ta1


1

(P3) SE A OPERAÇÃO * EM A É ASSOCIATIVA, ENTÃO A OPERAÇÃO T EM


f(A) TAMBÉM É ASSOCIATIVAS

DEM.- Quaisquer que sejam os elementos a1 ,b1 e e, de f(A) existem


elementos a, b e c de A tais que f(a) a 1 , f(b) = b 1 e f(e) = e 1 .

Se a operação * em A é ASSOCIATIVA, temos:

(a*b)*c = a*(b*c) e f((9*b)*c)f(a*(b*c))

ou seja, por ser f um homomorfismo de (A, *) em (B, T):

f(a * b) T f(c) f(a) T f(b * e)

(f(a) T f(b)) T r(c) f(a) T (f(b) T f(c))

isto :
(a 1 Tb1 ) Te 1 = a1 T (b 1 T e 1 )

(P4) SE A OPERAÇÃO * EM A ADMITE O ELEMENTO.NEUTRO e, ENTÃO A OPE-


RAÇÃO T EM f(A) ADMITE O ELEMENTO NEUTRO f(e).

DEM.- Qualquer que seja o elemento a 1 de f(A) existe a.EA tal que
82

Se a operaço * em A admite o ELEMENTO NEUTRO e, temos

a* e =e* a a e f(a * e) f(e * a) = f(a)

ou sena, por ser f um homomorfismo de (A, *) em (E, T)

f(a) T f(e) = f(e) T f(a) = f(a)

isto e
a1 T f(e) = f(e) T a1 = a1

(P 5 ) SE a EA E SIMETRIZAVEL E a' E A E SIMÉTRICO DE a, ENTÃO


f(a)Ef(A) e SIMETRIZAVEL E f(a')Ef(A) E SIMÉTRICO DE f(a)

DEI - Se a EA e SIMETRIZAVEL e a' A e SIMÉTRICO DE a, temos:

a* at a*a=e

sendo e o ELEMENTO NEUTRO para a operaço * em A Portanto

f(a * a') = f(a' * a) = f(e)

ou seja, por ser f um homomorfismo de (A, *) em (B, T)

f(a) Tf(a') = f(a')T f(a) = f(e)

Como f(e) é o ELEMENTO NEUTRO para a operaçao T em f(A), esta


igualdade demonstra P 5 .

5.3 Nic1eo de um homomorfismo


Seda (A, *) um grupide cuja operaço * admite o ELEMENTO NEUTRO
e, ,e seda f um homomorfismo de (A, *) em (s,T). Ento, pela pro-
priedade P 4 , a operaço T em f(A) admite o ELEMENTO NEUTRO f(e).

DEFINIÇÃO

Chama-se NÚCLEO DO HOMOMORFISMO f o conjunto dos elementos de A


83

cujas IGES po- f so o ELEMENTO NEuRO f(e

O NÚCLEO DE ,f indica-se pela notaço N(f) Portanto, simbolicamen-


te:

= {xEA f(x) = f(e)}

Obviamente, N(f) 1é um subconjunto de A e eE'(f)

5.4 Composição de hornornorfismos


TEOREMA.

Se f A - B e um hoiromorfismo de (A, *) em (B,T) e se


g: E - C é um homomorfismo de (,T) em (C,D ), ento a FUNÇÃO
COMPOSTA g f : A - e é um homomorfismo de (A, *) em (C 1 0 )

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam os elementos a e b do conjun


to A, temos:

(gof)(a*b)=gf(d*b')=g(f(a)f(b )

= g(f(a)) O g(f(b)) = (go f)(a) O (go f)(b)

5.5 Isomorfismo rnonomoi fismo e epinioi fsrno


Seja f: A B um homomorfismo de (A, *) em (E, T ).

DEFINIÇÃO 1.

Diz-se que o homomorfismo f é um ISOMORFISMO DE (A, *) em (B,T)


se a funço f é BIJETORA.

Portanto, uma funço f: A -~ E é um ISOMORFISMO DE (A, *) EM

(B,T) se e somente se so válidas as duas seguintes condiçes

(i) f(a * b) = f(a) T f( Va,b EA

(ii) ('y. EB)( ]x E A)l f(x) y


8L-

Um isomorfismo f de (A, *) em (B,T) também. è denominado HOMOMOR-


FISMO BIJETOR f DE (a, ") E'1 (B, T)

DEFINIÇÃO 2

Diz-se que o howomorfismo f e um MONOMORFISMO DE (A, *) em (B, T )


se a função f e INJETORA

Portento, uma funço f A 5 e um MONOMORFISMO DE (A, *) EM


(B, T) se e somente se são validas as duas seguintes condiçes

(i) f(a * b) =f(a)T f(b), Va,bA

(11) a 4 b ==* f(a) g f(b), a,b A

Um monomorfismo f de (A, *) em (,T) também e denominado HOMOMOR-


FISMO INJETOR f tE (A, *) EM (B,T)

DEFINIÇÃO 3

Diz-se que o hotromorfismo f e um EPIMORFISMO DE (A, *) em (B,T)


se a funço f e SOBREJETORA

Portanto, uma funço f A B e um EPIMORFISMO DE (A, *) EM


(E, T) se e somente se são validas as duas seguintes condiçoes

(i) f(a * b) = f(a) T f(b), Va,b €A

(ii) f(A) =

Um epimorfismo f de (A, *) em (B,T) também e denominado HOMOMOR-


FISMO SOBREJETOR DE (A, *)EM (B, T )

Consoante estas 'definições, ISOMORFISMO, MONOMORFISMO e EPIMORFIS-


NO sio HOMOMOFISMOS ESPECIAIS
85

EXEMPLOS

(1) A funçio f R'—'- R definida por f(x) = logx e um ISOMOR-


FISMO de (R*, ) em (R, porque f e um HOMOMORFISMO DE
(R:, ) EM (R, +)

'(a b)=log(a b)=loga+ lob- f(c+f(b), a,bER*


1v1

e a função £ e BIJETORA

2) A função f P(E) - P(E) definida por f(X)=E-X e um ISO-


MORFISMO DE (P(E),U) EM (P(E),fl), porque f e um HOMOMOR-
FISMO DE (P(E),u) EM (P(E)j))

f(AUB)=E-(AUB)=(E-A)fl(E-B)=f(A)flf(B), VA,BEP(E)

e e função f é BIJETORA.

(3) Sejam os conuntos A - {0,1 1 2,3} e E = {a,b} , munidos res-


pectivamente das operações * e T definidas pelas TÁBUAS
abaxo:

O O 1 2 3 a ab 1
2

LI1LJ \
3 3 O 1 2

A funço f: A - E definida pelo diagrama acima um EPIMOR


FISMO DE (A, *) EM (E. T), porque f é um HOMOMOPFISMO DE(A,*)
EM (B,T):

f(O f(i = b T b = f(O) T 4(j

f (1* 3) = f(0) =a Tb i) T f(3), etc.

e a funço f ' SOEREJETORA: f(A) = {,b}


a =
86

A função g: B A definida por g(a) = O e g(b) = 2 eum


MONOMORFISMO DE (B, T) EM (A, *), porque g e um HOMOMORFISMO
DE (B,T) EM (A, *)

g(a T b) = g(b) = 2 = O * 2 = g(a) * g(b)

g(bTb) g(a) = O = 2 2 (b) * g(b), etc

e a função g e INJETORA: a b : g(a) = O2

(4) Sejam os grupides (Z, +) e ( {_ i,iJ, .). A funçe

f(x) = 1 se x e par
f: Z - {_l,lj tal que
f(x) = -1 se x e impar

um EPIMORFISMO DE (z, +) EM ( {_l ,l}, .), porque f e uní HO.-


MOMORFISMO DE (z, +) EM

1 se a e par e b e par, ento a+ b e par, o que implica

f(a+b) = 1 = 1.1 = f(e) f(b)

2. se a e ímpar e b e par, ento a+ b é irnpar, o que implica:

f(a+b) = -1 = (-l).l

3. se a é impar e b é impar,ento a+b é par, o que implica:

f(a+b) = l=(-l).(-l)=f(a).f(b)

E a função f e SOBREJETORA: f(Z)

5.6 Isomorfismo reciproco de um isomorfismo

TEOREMA.

Se ±: A B é um isomorfismo de (A, *) em (B, T), ento a PUN-


ÇÃO RECIPROCA f.-1 : 3 A de f é um isomorfismo de (B,T) em
( P *
.h, i.
8?

DEM.- As funçes f e f sio ambas BIJETORAS e, portanto,quaisquer


que sejam os elementos a 1 e b1 de E existem e são JNICOS os ele-
mentos a e b de A tais que

f(a)a 1 e f(b)=b 1 ou af(a 1 ) e b=f(b 1 )

Por outra parte, sendo f um ISOMORFISMO, ternos:

f(a * b) = f(a) T f(b)=a T

ou

a * b = f(a 1 T b 1 )

ou seja:

T b 1 ) = f(a1) * f(b1)

Logo, f e um HOMOMORFISMO DE (B,T) EM (A, *)e como afunçofT 1


BIJETORA, segue-se que fe um ISOMORFISMO DE (B,T ) EM (A *),
denominado ISOMORFISMO RECÍPROCO ou ISOMORFISMO INVERSO do isomor-
fismo f.

5.7 Cornpos1ço de isomorfi.srnos


TEOREMA

Se f: A B é um isomorfismo de (A *) em (B,T) e se g: E
um isomorfismo de (B, T) em (C, O ), ento a FUNÇÃO COMPOSTA
g f: A C é um isomorfismo de (A, *) em (C 1 O ).

DEM.- Com efeito, a FUNÇÃO COMPOSTA go f: A - C é um HOMOMOR-


FISMO DE (A, *) EM C, o ). Alrn disso, esta funo é BIJETORA,
por ser a composta das funçes BIJETORAS f e g. Logo, gof: A - C
um ISOMORFISMO DE (A, *) EM (c, o ).
88

5.8 Endomorfismo e automorfismo

DEFINIÇAO 1.

seja (A, *) um grupide. Chama-se ENDOMORFISMO DE (A, *) todo ho-


momorfismo de (A, *) em (A, *).

Portanto, uma funço f: A - A um ENDOMORFISMO DE (A, *) se e


somente se, quaisquer que sejam os elementos a e b de conjunto A,
se tem:

f(a * b) = f(a) * f(b)

DEFINIÇO 2.

Seja (A, *) um grupoide. Chama-se AUTOMORFISMO DE (A, *) todo iso


morfismo de (A, *) em (A, *)

Portanto, uma funço f: A - A é um AUTOMORFISMO DE (A, *)se e


somente se, quaisquer que sejam os elementos a e b do conjunto A,
se tem:

i) f(a * b) f(a) * f(b)

ii) f e BIJETORA

Obviamente, todo automorfismo é um endomorfisrno.

EXEMPLOS:

(i) Seja o grupide (P(E),U). A funço f: P(E) - P(E) defi-


nida por r(x) = XUA, sendo A um elemento FIXO de P(E), um

ENDOMORFISMO DE (P(E),u), pois, quaisquer que sejam


X,YEP(E), temos:

f(XUY) = ( XUY)UA = ( xUA)U(YUA) f(X)Uf(Y)

(2) Seja o grupide (z, +). A funço f: Z - Z definida por


89

f(x) = 3x e um AUTOMORFISMO DE (z, +), pois, quaisquer que


sejam os ni'imeros inteiros a e b, temos:

+ b) = 3(a + b) = 3a + 3b f(a) + f(b)

e a funço f e BIJETORA.

(3) Seja o grupide (R, .). A funço f: R—. R definida por


f(x) XI—
X é um AUTOMORFISMO DE (R, .), pois, quaisquer que
sejam a,bER, temos:

f(a,b) = Vã-
.b f(a).f(b)

e a funçao f e BIJETORA.

(4) Seja o grupide (z, +). A funço f: Z - Z definida por

f(x) = x 4 2 NÃO É UM ENDOMORFISMO DE (z, +), pois,quaisquer


que sejam a,bEZ, temos:

f(a+b) = (a+ b)+2 = a + b + 2

f(a) + f(b) = a * 2) + (b + 2) = a b + 4

isto é.
f(a+b) 4 f(a)+f(b)
Capitulo 6
COMPATIBILIDADE

6,1 Compatibilidade de urna operação


com urna relação

DEFINIÇÃO

sejam (A, *) um GRUPOIDE e R uma RELAÇÃO EM A Diz-se que a OPERA


ÇO * E COMPATIVEL COM A RELAÇÃO R se e somente se, quaisquer que
sejam os elementos a, a', b e b' do conjunto A

(aRa' e bRb') (a*b)R(a*b

EXEMPLOS

(1) Sejam o monóide aditivo (, +) e a RELAÇÃO DE ORDEM NATURAL


EM R

Quaisquer que sejam os numeros reais a, a', b e b'

(a a' e b< b') - a+ b . a + b'

Logo, a ADIÇÃO EM R É COMPATÍVEL com a ORDEM NATURAL "


EM R.

Entretanto, a MULTIPLICAÇO EM R NÃO E COMPiTIVEL com a OP-


DEM NATURAL " " EM R, pois, -1 < O e -2.< 3, mas
(-1).(-2) > O

(2) Sejam o monóide multiplicativo (Z, .) e a RELAÇO DE DIVISIEI


LIDADE " 1 " EM Z

Quaisquer que sejam os rimeros inteiros a. a', b e b:

(a 1 a' e b b ab 1 a'b'
91

Logo, a MULTIPLICAÇÃO EM Z E COMPATÍVEL com a RELAÇÃO DE DI-


VISIBILIDADE "1 " EM Z.

(3) Sejam os monóides comutativos (P(E),U ) e (P(E),fl ) e a


RELAÇÃO DE INCLUSXO " c 0 em P(E)
Quaisquer que sejam A, A', B, B'E.P(E)

(ACA' e BCB') AUBCA'UB


e

(ACA' e BCB') AflBCA'flB'

Logo, e REUNIÃO E A INTERSEÇO LM P(E) SÃO COMPATIVEIS com a


RELAÇÃO DE INCLUSO OCIf EM P(E).

6.2 Compatibilidade de uma operaçao


com uma relação de equivaioncia

Seja (A *) um GRtJPOIDF cuja OPERAÇÃO *f COMPATIVEL com uma RE-


LAÇO DE EQUIVALENCIA E EM A Portanto, quaisquer que, Sejam a,
a' ,b,b'E A

(a a' e bb' (mod R)) a*b_a'

Seda A/R o CONJUNTO-QUOCIENTE de A pela re1aço de equivalencia


R:
A/R= (à 1 a(A

sendo a a CLASSE DE EQVIVALNCIA SEGUNDO E DE aEA:

xA 1 xRa}

A CORRESPONDÊNCIA DE (A/R) 2 EM A/E tal. que (, ) H— a*b


uma FUNÇÃO, porque se a' e b' so REPRESENTANTES quaisquer das
classes a e b, ento:

(aa e bab' (modR)) h


02

isto é, a IMAGEM de (, ) no depende dos REPRESENTANTES escolhi-


dos para as classes a e i. Esta FUNÇÃO é uma OPERAÇÃO rio conjun-
to-quociente A/R, denominada OPERAÇÃO-QUOCIENTE DE * PELA RELAÇÃO
DE EQUIVALÊNCIA R e indicada por * Tarnbern se diz que O a
OPERAÇO INDUZIDA EM A/R PELA OPERAÇÃO *

Portanto, quaisquer que sejam as classes de equivalncia e de


A/R, se tem:

a*Rb=a*b (l'

A FJNÇO CANÔNICA g A -- A/R definida por g(a) = para todo

aEA e um EPIMORFISMODE (A, *) EM (A/R, ), porque g e 50-


BREJETORA e, consoante a relaço (1):

g(a) * g(b) = g(a*b), Va,bEA

Em resumo, temos a seguinte PROPOSIÇÃO:

(i) Seja (A, *) um GRUP6IDE. Para toda RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA R


em A, COMPATÍVEL COM A OPERAÇO , a re1aço:

*Rb = V A/R

define uma OPERAÇÃO *R EM A/R, denominada OPERAÇÃO-QUOCIENTE


DE * PELA RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA R ou OPERAÇÃO INDUZIDA EM
A/R PELA OPERAÇÃO .

(ii) A FUNÇÃO CANÔNICA g: A -A/R e um EPIMORFISMO DE (A, *) EM


(A/R, *R ), chamado GRUPÓIDE-QUOCIE
NTE.

6.3 Propriedades da operação- quociente


(p 1 ) Se o grupide (A, *) admite o ELEMENTO NEUTRO e, eflto a das
se de equivalncia o ELEMENTO NEUTRO do .grupide-quoci-
erte (A/R, *)
DEM.- Com efeito, qualquer que seja EA/R, ternos:

a* e =a* e =a

e R a= e * a =

(P2) Se o grupide (A, *) .um SEMI-GRUPO, ento o grupide-quoci-


ente (A/R, *) tambm é um SEMI-GRUPO,

DEM - Com efeito, quaisquer que sejam as classes de equivaiancia


e de A/R, temos

( ) *R * = (a * b) * c =a *

_abc_aLb*c)

(P3) Se o grupoide (A, *) e COMUTATIVO, ento o gruoide-quociente


(A/R, *R) também e COMUTATIVO

DEM. - ,Com efeito, quaisquer que sejam as classes de equivalenca


e5 de A/R, temos

* R b =a * b =b * a =b *

(P4) Se o grupide (A, *) é um MONÓIDE, ento o grupide-quociente


(A/R, *R) também um MONÓIDE, denominado MON6IDE-QUOCIENTE.

DEM.- É consequência imediata das propriedads P1 e

(P c ) Se o grupide (A, *) é um monóide e se a(A é SIMETRIZVEL,


ento o elemento EA/R do MONÓIDE-QUOCIENTE (A/R, * R ) tam-
bm e SIMETRIZVEL e o seu SIMÉTRICO e a.

DEM.- Com efeito:

a* a =a' *a =e ==4 a' =a », a=e


94

64 Números inteiros congruentes

Sejam x e y dois números inteiros quaisquer (x,y€Z) e seja a um


número inteiro dado (mEZ)

DEFINIÇO

Diz-se que x CONGRUENTE A y MÓDULO a se e somente se a dife-


rença x y é um múltiplo de a.

Com a notação x y (mod.m) indica-se que x é CONGRUENTE A y MÓ-


DULO a e, portanto, a notaço x (mod. a) significa que x NO
2 CONGRUENTE A y MÓDULO a. Temos, pois, simbolicamente:

xy (mo d.m) kEZ 1 xy =km

No caso em que m=0 ternos:

x (mo d.0) x=y

isto éq dois rnmeros inteiros quaisquer x e y so CONGRUENTES MÓ


DULO O (zero) se e somente se so IGUAIS: x = y. Por isso, e habi-
tual supor o modulo a O.

Obviamente, x-y e múltiplo de rn se e somente se x-y e multi


pio de -m, isto :

x (mod.m) : x (mod.-m)

EXEMPLOS:

3824 (mod. 7), porque 38 -24 = 14 2.7

6-9 (mod. 5), porque 6 - (-9) = 15 3.5

20 47 (mod. 9), porque 20-47 = -27 = (-3).9

-l6-24 (mod.-4), porque


95

6.5 Congru6ncia modulo m

TEOREMA.

A re1aço R em Z definida por

xRy xy (mod, m)

uma RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA EM Z.

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam os números inteiros x, y e


z, temos:

(R) xRx, porque x - x O = O.m

(s) xpy ; x .-y = km y -k )m ==5 yRx

(T) xRy e yRz. == x y = km e y - z = ha

==x -z = (x y)+ (y - z) = (k+ h)m === .xRz

Logo, a re1aço considerada R em Z é REFLEXIVA, SIMÉTRICA e TRANSI


TIVA, ou seja, R UMA RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA EM Z.

Esta re1aço de equivaiarcia R em Z é denominada "CONGRUÊNCIA M6DU


LO rn".

6,6
.6 Compa t i b i. li. da de , da adição em Z com
a con.gruencia modulo m

TEOREMA.

A adiço em Z compat.ve1 com a congruancia mduio rn, isto :

( aa' e b — b- 1 (mod, e)) a+ba + b (mod. e)

DEM.- Com efeito, por hiptee:

kEZ, a - a

h b -h=hm
96

donde, por aaiçao:

(a+ b) - (a' + b') = (k + h)m


o que demonstra:

a+ba' + b' (mo d. m)

6.7 Compatibilidade da multiplicação em Z


com a congruencia modulo m
TEOREMA.

A mu1tip1icaço em Z e competivel com a congruência modulo m, isto


e:

(aa' e bb' (mod. m))== aba'b' (mod. m)

DEM.- Com efeito, por hipótese:

1JkEZ, a a' = km

hEZ, b - b' = hm

E como
ab - a'b' = (a - a')b + (b - b')a'

temos:
ab - a'b' (k.b+ha')m

o que demonstra:

aba'b' (mod. m)
Capitulo 7
CLASSES RESIDUAIS

7,1 Classe residual rndulo rn

Toda CLASSE DE EQUIVALÊNCIA EM Z determinada pela CONGRUÊNCIA MO-


DULO rn chama-se CLASSE RESIDUAL MÓDULO rn ou INTEIRO MÓDULO TU.

A CLASSE RESIDUAL MÓDULO rn de um nCunero inteiro a (a€Z) é o con-


junto de todos os numeros inteiros x tais que x == a (mod. m), ou
seja, tais que x-a = km (kEz), e representa-se por , que se
"a barra" Portanto, simbolicamente:

= {x xa (mo d, zn)}
ou

f x 1 x = a + km, kEZ}

As classes residuais modulo ai so particulares classes de equiva-


lncia e por conseguinte gozam das propriedades fundamentais des-
tas, isto e

(1) a

(2) = E :: ab(mod. ai)

(3) E flE=
(4) n E
O CONJUNTO-QUOCIENTE DE Z pela CONGRUÊNCIA MÓDULO iri, isto ,o con
junto de todas as classes residuais modulo rn indica-se por Z/(m) -
Portanto, simbolicamente

Z/(m) aEZ
98

EXEMPLOS:

(1) Se a O, para todo sEZ, temos:

x = a+k.O, kEZ} =tx x = a} = {a}

Logo, cada conjunto unitrio faj , com aEZ, é uma CLASSE RE


SIDUAL MODULO O, isto e:

z/(o) =f{a} 1 aEzJ

(2) Se a = 1, para todo aEZ, temos:

= {x 1 xa+k.l, kZ} fx 1 x=a+k, kEZ) z

Logo, existe uma unica CLASSE RESIDUAL MODULO 1 9 que e o pro-


prio conjunto Z, isto z/(i) ={z}.

TEOREMA.

O CONJUNTO-QUOCIENTE Z/(m) DE Z PELA CONGRUÊNCIA MÓDULO rn (m >1)


ENCERRA a CLASSES RESIDUAIS DISTINTAS.

DEM.- (i) As classes residuais dos números inteiros x que satisfa


sem a condiço x E [o, m-l] so todas DISTINTAS, porque, se a e b
so dois quaisquer deles, então:

a - b l<ni ab(mod, a) = /

(ii) Por outra parte, dado um número inteiro qualquer


y(y EZ) tal que y [ o, ml] , efetuando a DIVISÃO de y por a
acha-se um QUOCIENTE q e um RESTO r (q, rEZ) tais que:

y - r = mq, com O.r<in

Portanto, yr (mod. rn), com r E [o, m-l], e =


99

(iii) Como existem apenas m números inteiros x que satisfa-


zem à condição xE [o, m_l] ,que so: 0,1,2. ..,(m-l), segue-se
que a congruncia modulo rn decompõe o conjunto Z em rn CLASSES RE-
SIDUAIS DISTINTAS: 5 9 T, 2 9. ., i, isto e, o conjunto-quociente
Z/(m) de Z pela congruência modulo tu encerra rn CLASSES RESIDUAIS
DISTINTAS:

Z/(m)

Observe-se que, salvo o caso particular de m = 0, z/(m) é um con


junto FINITO, embora Z no o seja.

NOTA. Para achar a classe residual modulo tu de um numero intei-


ro qualquer y, basta achar o RESTO r da diviso de y por m, pois,
, conforme se ve pela demonstraço do tecrema.

Seja, p.ex., achar a classe residual modulo 5 de 714 Come o REST)


da diviso de 74 por 5 é 4, temos 744 (mod5) e, portanto:

={x:x=5k+4, kEZJ

EXEMPLOS:

(1) Se tu = 2, temos DUAS classes residuais:

5 jx i x =2k, kEZ } = {...,


_6,_11,_2,0,2,L,,6,

Ï =[x 1 x=2k+i, kZ}=[..., -51-39-19193959 ,,,}

Portanto: Z/(2) = 1 õ, ï}
(2) Se m=, temos TRÊS classes residuais:

5 x3k, kEZ} -9,-69-350,3,699, .,.}

x=3k+1, kQZ

=x x=3k+2, kEZJ=[...
100

Portanto: z/(3)

(3) Se m = 4, temos QUATRO classes residuais

5 =jx 1 4k, kEZ} [9.6, -129-81--490,4,8,129


}
i =jx 1 x = 4k+1, kc- Z

=.jx i x - 4k+2 kEZJ= [ ,-lO,-6,-2,2,6,10 14


}
3 =jx 1 x = kI+ 3 9 kEZJ

Portanto: z/(4)

(4) Se m = 5, temos CINCO classes residuais:

5 = [x 1 x=5k, kEZ} = [...,_15,_1o,_5,o,5,lol5...}

= [xix 5k+1, kEZ} f -14,_9,_4,1 1 6 1 11

= [x 1 x=5k+2, kEZ}

3 (xl x=5k+ 3, kEZ}

= [x 1 x = 5k+4, kEZ} =

Portanto: z/(5)

7.2 ADIÇÃO MÓDULO m


A ADIÇÃO (+) EM Z e COMPATÍVEL com a CONGRUÊNCIA MODULO it e,por-
tanto, INDUZ uma opereço no conjunto-quociente Z/(m)definida pe-
la re1aço:

a+b a + b, V,Ez/(m)

denominada ADIÇO M6DJLO rn.

Denotando por r o RESTO da diviso de a+b por xn, temos:

a + t, = r =a + b a+b = r

ss p.ex., e temos
101

125 + =4 0 3 x x = 5k+ 3, k =

=1...,

As TÁBUAS de adiço modulo m para m =4 e rri 5 so:

0 0 1 2)3

1 õ
õ 1
iH±
LL 3
L
1

úbua de adiço em
Tbua de adiçio em z/(5)

7.3 Propriedades da adição modulo m


(p 1 ) Como (z, +, o) é um MONÓIDE COMUTATIVO, segue-se que (Z/(m),
+, ) também é um MONÓIDE COMUTATIVO, isto é, a ADIÇO MÓDULO
rn e uma opera--o em Z/(m) que COMUTATIVA, ASSOCIATIVA e com
ELEMENTO NEUTRO Õ. Portanto, quaisquer que sejam as classes
residuais modulo rn, , e , se tem:

a4b=b+a

= +

Como todo nimero inteiro ae SIMETRIZVEL para a ADIÇÃO EM Z,


segue-se que toda classe residual modulo rn. a, também e SIME-
TRIZVEL para a ADIÇÃO MÓDULO rn em 1/(m), isto é, se tem:

+- - + =õ
102

7.4 Mú1tip1icaço m6dulo in

A MULTIPLICAÇO (.) EM Z é COMPATÍVEL com a CONGRUNCIA MÓDULO rn


e, portanto, INDUZ uma operaçao no conjunto-quociente z/(m) defini-
da pela relação:

V,SEz/(m)

denominada MULTIPLICAÇO MÓDULO rn.

Denotando por r o RESTO de diviso de ab por ia, temos:

a.br = =

Assim, p.ex., em Z/(5), temos:

kEZ}=

9 -10 9 - 51,0 9 5,10,15, ...


= {",, -15

As TÁBUAS de multip1icaço modulo rn para m=5 e m=6 so:

r -

2
-

3
-

H o o o 6 6 6 6
1 O 1 2 3 4 T 1i
6 5 65 65 :4]

F~ 4 3 2 tHfiff+
1bua de mu1tip1iceço em
Z/(5)
Li iIfIIiI
Tbua de multiplicaçao eia z/(6)
103

7.5 Propriedades da mu1tip1icaço módulo rn

Como (7, , 1) e um MONÓIDE COMUTATIVO, segue-se que


1) tambem é um MONOIDE COMUTATIVO, isto e, a MULTIPLICAÇÃO
MÓDULO m é uma operação em Z/(m) que é COMUTATIVA, ASSOCIATI-
VA e com ELEMENTO NEUTRO 5 Portanto, quaisquer que sejam as
classes residuais modulo rn, , e , se tem:

a• =

( ) ( )

a. 1=1.a = a

(p2 ) A multiplicaçao modulo rn é DISTRIBUTIVA em relação a adiçao


modulo si, isto e

+ = E+

DEM - Com efeito, consoante a definiço de SOMA e de PRODUTO em

Z/(m), temos

a + a.c = a,b + a.e


Parte II - GRUPOS

Capítulo 8
GRUPOS NOÇÕES FUNDAMENTAIS

8.1 Conceito de grupo

DEF. IÇAO

Chama-se GRUPO um conjunto no vazio G(G munido de uma opera


çao * que possui as seguintes propriedades

(G1) ASSOCIATIVA

(a*b)*c=a*(b*c), Va,b,c€G

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO e

a*e = e*a = a, VaEG

(G3) Para todo elemento aEG existe uni elemento a'EG tal que

a * a' = a' * a = e

Em outros termos, GRUPO e um monoide (G, *) em que todo elemento


de G e SIMETRIZAVEL para a operação *

8.2 Grupo comutativo ou abeliano


Se (G, *) é um grupo e se a operação * e COMUTATIVA, isto e

a*b = b*a, Va,bEG

diz-se que (G, *) e um GRUPO COMUTATIVO ou GRUPO ABELIANO (do nome


de NIELS HENRIK ABEL, matemtico norueguas do scu10 XIX (1802 -
1829)).
105

8.3 Grupos finitos e infinitos.


Ordem de um grupo.

Num grupo (G, ), se o conjunto G é finito, diz-se que (o, )um


GRUPO FINITO, e o número de elementos de G e a ORDEM do grupo,que
se indica peia notaço 0(G). No caso contrario, diz-se que (G,)
um GRUPO INFINITO e que a sua ORDEM e INFINITA.

Todo GRUPO FINITO (G, *) tal que 0(G) < 6 ABELIANO.

8.4 Grupos aditivos e multiplleativos

um grupo (G, +), cuja operaço é indicada pela notaço aditiva,


chama-se GRUPO ADITIVO, e um grupo (o, ,), cuja operação é indica
da pela notaço multiplicativa, chama-se GRUPO MULTIPLICATIVO.

A NOTAÇO ADITIVA para indicar a operaço de um grupo é geralmen-


te usada quando o grupo e ABELIANO.

Em todo GRUPO ADITIVO (G, +), a operação + possui as propriedades:

(G1) (a+b)+c = a+ (b+ c), Va,b,c (G

(G2) a+O =O+a = a 9 VaG

(G3) V EG, 3 (a) E G 1 a+ (-a) = (a) + a = O

No caso de um GRUPO ADITIVO ABF.LIANO (G +) valem estas trs pro


priedades para a operaço + e mais a seguinte:

(G4) a+b = b+a, Va,b EG

Analogamente, em todo GRUPO MULTIPLICATIVO (o, ,), a operação. pos


sui as propriedades:

(1) (a,b),c = a.(b.c) Va,b,cEG

(2) a.? 1.8 = a,

(3) VaEG, aEG aa = CR


106

No caso de um GRUPO MULTIPLICATIVO ABELIANO (G, .) valem estas trs


propriedades para a operaço e mais a seguinte:

(G) a.b = b- a, Va,bEG

Daremos a seguir vrios exemplos simples de GRUPOS.

8.5 EXEMPLOS DE GRUPOS

(1) Os grupides (z, .,), (Q, +) e (R, +) são GRUPOS ADITIVOS ABE-
LIANOS, porque a operaçao de ADIÇÃO em Z, O ou R possui as quatro
seguintes propriedades:

(G1) (a+b) + c = a + (b + c)

(G2) a+0 = O + a = a

(G3) a+ (-a) = (-a) + a = O

(G4) a+b=b+a

quaisquer que sejam a, b e e em Z, Q ou R.

Os grupos (Z, +), (O, +) e (R, +) so denominados, respectivamen-


te: GRUPO ADITIVO DOS NÚMEROS INTEIROS, GRUPO ADITIVO DOS NMEROS
RACIONAIS E GRUPO ADITIVO DOS NÚMEROS REAIS.

O grupóide (N, +) NO É UM GRUPO, porque a Operaçao de ADIÇÃO EM N


no admite ELEMENTO NEUTRO.

(2) Os grupides (N, .), (z, .), (Q, .) e (R, .) NO S Ã O GRUPOS,


porque, em (N, .) o único elemento INVERSÍVEL é 1, em (z, .) os
unidos elementos INVERSÍVEIS so -1 e 1, e em (O, .) e (R, .) o
elemento O NO É INVERS±VEL.

(3) Os grupides (Q*, .) e (R, .) sio GRUPOS MULTIPLICATIVOS ABE-


LIANOS, porque a operaço de MULTIPLiCAÇ0 em Q* ou R possui as
quatro seguintes propriedades:
107

(G1) (ab).c = a.(b,c)

(G2) a.l l.a = a


•J -1
(G3) a.a =a •a=l

(G4) a.b ba

quaisquer que sejam a, b e c em 0* ou R*.

Os grupos (q, ) e (, ) são denominados, respect i vamente, GRU-


PO MULTIPLICATIVO DOS NÚMEROS RACIONAIS e GRUPO MULTIPLICATIVO
DOS NÚMEROS REAIS

(4) Os gruptides (Q*, ) e (R*, .) so GRUPOS MULTIPLICATIVOS ABE-


+ +
LIANOS, porque a operação de MULTIPLICAÇO em Q ou R* possui as
quatro propriedades (G 1 ), (G 2 ), (G 3 ) e (G 4 ) do exemplo anterior,
quaisquer que sejam a, b e c em Q* ou R*
+ +

Os grupos (*, ,) e (R*, .) são denominados, respectivamente, GRU-


PO MULTIPLICATIVO DOS NÚMEROS RACIONAIS POSITIVOS e GRUPO MULTI-
PLICATIVO DOS NÚMEROS REAIS POSITIVOS

(5) Seja o grupoide (Q*, O ), a operaçao O sendo definida por


aOb=ab/2.

A operação O possui as seguintes propriedades:

(G1) ASSOCIATIVA:

abe bc
(aob)De =C = = ao = a o (bDc)

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO:

ae
aOe=eOa=a =a e=2

(G ) Todo ntmero racional aEQ* (a>O) SIMETRiZVEL:


3 +
108

aa' 4
a?[]a= 2 - - = 2 8'
2 a

(G 4 ) COMUTATIVA

ba
13 b ab bOa

Portanto, (Q*,c ) um GRUPO ABELIANO.


+

(6) Seja o grupoide (R,T ), a operaçoT sendo definida por aTb=


=a+b-5.

A operaçao T possui as seguintes propriedades

(G1) ASSOCIATIVA:

(aTb)Tc = (a+ b - 5)Tc = a+ b 5+c 5= a+ b+ e -10 (1)


aT(bTe)aT(b+c-5)a+b+c-5-5a+b+c-10 (2)

Dê (1) e (2) resulta: (aTb)Tc aT(bTc).

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO

aTe=eTa=a - a+e-5=a== e=5

(G3) Todo número real a (aER) é SIMETRIZVEL:

aTa' = a'Ta = 5 : a+a'-5 = 5 - a'=lO-a

(0 4 ) COMUTATIVA:

aTb = a + b - 5 = b + a - 5 =bTa

Portanto, (R,T) é um GRUPO ABELIANO.

(7) Seda o grupide (R'xR,D ), a operaço o sendo definida por

(a,b) D (c,d) = (ao, oc +


109

A operação O possui as seguintes propriedades:

(G1 ) ASSOCIATIVA

(c,d)) O (e,f) = (ac, be + d) O (e,f) =

(ace, bce+de+f) (1)

(a,b) O ((c,d) O (e,f)) = (a,b) O (cc, de + f) =

= (ace, bce + de f) (2)

De (1) e (2) resulta:

((a,b) O (c,d)) O (e,f) = (a,b) O ((c,d) O (e,f))

(G2 ) Admite ELEMENTO NEUTRO

(a, b) O (c,y) (a, b) (mc, bx +y) = (a, b)

=ax=a, bx+y=b ==m> xl, y

(x,y) O (a,b) (a,b) (ax, ay + b) (a,b)

==+axa,ay+b=b =4X=l, y

Loo, o par ordenado (1 9 0)ERxR o ELEMENTO NEUTROS

(G 3 ) Todo par ordenado (a,b)ERxP SIMETRIZÁVEL:

(a,b) O (a,b)(l,0) (aa', a'b+b') = (1 1 0)

= cc' =1, a'b+b' = 0 ====> a' =1/a, b' =-b/a;

(a',b') O (a,b)=(1,0) (aa', ab'+b) = (1 1 0)

a 1, a ' + b = 0 a' 1/a, b' = -b/a

Logo, todo par ordenado (a,h)ER'xR é SIMETRIZVEL e


tem por SIMÉTRICO o par ordenado (l/a,b/a)ER*xR,
110

(G 4 ) N0 É COMUTATIVA:

(1,2) O (3 9 4) = (3 9 10) ( 9 6) (3 9 4) O (1 9 2)

Portanto, (R*xR,D ) um GRUPO NO ABELIANO.

(8) O grupide (P(E),6 é um GRUPO ABELIANO, porque a operaço


L (DIFERENÇA SIMÉTRICA) em P(E) possui as seguintes propriedades:

(G1) ASSOCIATIVA:

(AB)c A(BAc), VA,B , C EP(E)

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO - o conjunto vazio

=A= A, VAEP(E)

(G3) Todo elemento AEP(E) é SIMETRIZVEL e tem por SIMÉTRICO


ele prprio:

AA = , VAEPE

(G4) COMUTATIVA:

AB = BAA, A,BEP(E).

(9) O grupide (M 2 (R), +), sendo M 2 (R) o conjunto de todas as


MATRIZES reais quadradas de ORDEM 2 um GRUPO ABELIANO, porque a
operaçao de ADIÇO em M 2 (R) possui as seguintes propriedades:

(G1) ASSOCIATIVA:

(A + B) + C = A + (B + c), VA,B , CEM 2 (R)

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO - a MATRIZ NULA O de ORDEM 2:

A + 0 = 0 + A = A, VAEM2(R)
111

(G 3 ) Todo elemento AEM 2 (R) SIMETRIZÁVEL e tem por SIMTRI-


CO a MATRIZ OPOSTA -AEM(R) da matriz A:

A+ (-A) = (-A) + A = O, VAEM2(R)

(G) COMUTATIVA:

A 5 5 + A, VA,EEM2 (R)

8.6 Grupo aditivo tias 2.lasses residuais


modulo rn
A ADIÇÃO MÓDULO rn (m >,1) é uma OPERAÇO no conjunto Z/(m) de todas
as CLASSES RESIDUAIS MÓDULO rn que possui as seguintes propriedades:

(G1) ASSOCIATIVA:

(a b) + + ( + ), V à, ic Z/(m)

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO - a CLASSE RESIDUAL 6

+-6+;, VEz/(m)

(G3) Toda classe residual Z/(m) é SIMETRIZÁVEL:

V/(')

(0 4 ) COMUTATIVA:

+9=9+,

portanto, (Z/(m), +) um GRUPO ABELIANO DE ORDEM in, denominado


GRUPO ADITIVO DAS CLASSES RESIDUAIS MODULO m ou GRUPO ADITIVO DOS
INTEIROS MÓDULO rn.
112

8.7 Grupo dos,elemeutos simetrizveis


de um monoide

O conjunto u(A) de todos os elementos SIMETRIZVEIS de um MONÓI-


DE (A, ", e) é uma PARTE de A FECHADA em re1eço à operaço * em
A, porque, se a e so dois elementos SIMETRIZVEIS do MONÓIDE
(A, , e), então o composto a*b também é SIMETRIZVEL e, por-
tanto, a,bEU(A) implica a*bEU * (A). Assim sendo,, * uma

OPERAÇÃO em U(A) e esta OPERAÇÃO possui as seguintes propriedades:

(G1) ASSOCIATIVA, porque a associatividade da operaço * em A


garante a assõcatividade desta operação em toda PARTE DE A FECHADA.

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO e, porque e é o ELEMENTO NEUTRO pa


ra a operaço * em A e eEU(A).

(G3) Todo elemento de u(A) é SIMETRIZVEL para a operação *


em u(A), pois, se BEA é 5IMETRIZÁVEL para a operaço * em A
(aEU(A)), ento o seu SIMÉTRICO a'EA também e SIMETRIZÂVEL pa-
ra esta operaço (a'EU(A)), isto í,
é se aEU(A), então existe
a'E U(A) tal que se tem a* a' = a' *a = e.

Portanto, U(A), *, e) é um GRUPO, denominado GRUPO DOS ELEMENTOS


SIMETRIZÁVEIS DO MONÓIDE (A, , e).

EXEMPLOS:

(1) O GRUPO DOS ELEMENTO SIMETRIZVEIS (ou INvERs±VEIs) do monóide


(z, ., 1) e ({_l,lJ, ., 1).

(2) Os GRUPOS DOS ELEMENTOS SIMETRIZVEIS (ou INVERSÍVEIS) dos ao-


nides (Q:, ., 1) e (R, ., 1) são os GRUPOS MULTIPLICATIVOS
1) DOS NÚMEROS RACIONAIS e (R*, ., 1) DOS NÚMEROS RE-
AIS.
113

88 Tábua de um grupo finito

DEFINIÇÃO

Chama-se TÁBUA DE UM GRUPO FINITO (G, *) a tábua da operaçao * em


G
* o a b c
Sejam o conjunto FINITO G e,a,b,c 1 a b c
L ) e e
e a operação * em G definida pela TÁ-
a 1 a e c b 1T
SUA T ao 1ado
b b c e a
Esta operação * e COMUTATIVA, ASSOCIATI
o cJ ae
VA, admite ELEMENTO NEUTRO e e todo ele
manto de G Á SIMETRIZÁVEL, Logo (G9 a)

Á um GRUPO FINITO ABELIANO, denominado GRUPO DE KLEIN, e a sua TÁ


SUA Á T

As três TÁBUAS abaixo tambÁm so TÁBUAS DE GRUPOS FINITOS ABELIA-


NOS:

-: e a b FC-11
e e a e e a b e o a b e

jJ a

b
aJbfe

b a
a

b
a

b
b

c
e

e
e

o c e a b

Num grupo valem as REGRAS DE SIMPLIFICAÇO À ESQUERDA E À DIREITA


e, portanto, na TÁBUA T de um grupo finito (G, a) cada elemento de
G comparece exatamente UMA VEZ em cada linha e em cada coluna de T.
Alem disso, o ELEMENTO NEUTRO e do grupo se encontra na interseção
da linha e coluna de mesma ordem (em geral, de ordem 1) da TÁBUA T
que são respectivamente iguais à linha e à coluna que começam logo
após o simbolo * de operação do grupo (linha e coluna fundamen-
tais)
114

Se o grupo finito (G, *) ABELIANO, entao a sua TÁBUA T é SIMTRI


CA em relação à DIAGONAL PRINCIPAL de T.

No existe regra pratica que permita testar a validade da proprie-


dade ASSOCIATIVA de operaçao * de um grupo finito (G, *) pelo sim.-
pies exame de sua TÁBUA T, sendo necessrio verificar que

(a*.b)*c = a*(b*c)

quaisquer que sejam os elementos a, b e c de G.

EXERC1CIQS

1. Mostrar que sao GRUPOS os grupcides:

a) (f3k 1 kEZ}, +) b) ({2k kEZ}, .)

2. Mostrar que (R-{i}, T) é um GRUPO ABELIANO, a operação sen


do definida por aTb =a+ b - ab.

3. Mostrar que ([1,-i,i,_i} , .), onde i 2 e um GRUPO.

. Seja o conjunto G = {i, (-1 + i \ f)/2, (-1 - i \T)/2} , sendo i a


UMIDADE IMAGINÁRIA (i 2 =-.i). Mostrar que (G, .) e um GRUPO.

5. Mostrar que (R, O ) é um GRUPO ABELIANO, a operação O em ,R sen


do definida por
3[3
3
aOb= va +b

6. seja o conjunto G = {+ b \fi ER a,b E Q. Mostrar que


(G, .) um GRUPO ABELI ANO.
115

7. Seja o conjunto G =[, , 8, 12 C z/(16). Mostrar que


(c, +) um GRUPO.

8. Seja T a operaçao sobre o conjunto Q jxER i<x<iJ de


tinida por aTb = (a + b)/(1+ab). Mostrar que (G, T) um
GRUPO COMUTATIVO.

9. Mostrar que (R2, *) um GRUPO ABaIANO, sendo a operaço


em R 2 definida por (a,b) (c,d) = (a+ c, b+ d).

10. Sejam as tunçes f 1 ,f 2 ,f 3 ,f 4 : R* R assim definidas:

x, f 2 (x) , f 3 (x) = -x, fk(x) = -

e o conjunto G = {t 1 ,t 2 ,r 3 ,t 4 } . Mostrar que (o, o) é uinGRU-


P0, sendo "o" a operaço de COMPOSIÇÃO DE FUNÇES.

11. Seja G o conjunto cujos elementos so as SEIS funçes:

R - { o,i} R

assim definidas:

f(x)x f(x)= f(x)=1-x


7
1 2 x
x-1 (X
x 1
f

Mostrar que (G, o) é um GRUPO NO ABELIANO, sendo "o" a opera-


ço de COMPOSIÇÃO DE FUNÇ&ES, e construir a ÚBUA deste grupo.

12. Sejam (G, *) um grupo e L a operaço em G definida por a.Lb=


b* a. Demonstrar que (G,_.) é um GRUPO (denominado GRUPO
OPOSTO DE (G, *))

13. Sejam (G 1 ) e (G2 ,T) dois grupos. Demonstrar que (G x G 2 ,


o e um GRUPO, sendo O a operaço no PRODUTO CARTESIANO
G, x G definida por
2
a,b) O (c,d) = (ac, b Td)
116

O grupo (G1 xG2 ,Q ) chama-se GRUPO-PRODUTO DOS GRUPOS (G1, *)


e (G2 ,T).

14. Seja o conjunto G fr, ,L , , ) C z/(?). Construir


a TÁBUA do grupo (G, .) e achar os SIMÉTRICOS dos elementos
2, 3 e 6.

15. Seja o grupo (G, .), sendo Z/(18).


Construir a TÁBUA deste grupo e achar os SIMÉTRICOS dos ele-
mentos , e

16. Seja O a operaço em R* assim definida:

ab se a>O
aDb =
a/b se a<O

Mostrar que (R*, O )é um GRUPO.

17. Seja o conjunto:

i r ol[l o1[ .l o]
G-= [
01
L° iJ L0-li L° -'Jj
Mostrar que (G, .) e um GRUPO ABELIANO.
Capitulo 9
PROPRIEDADES DOS GRUPOS

9.1 Unicidade do elemento neutro


TEOREMA.
Num grupo (G, *), o ELEMENTO NEUTRO e ÚNICO.
DEM. - Em todo grupide o ELEMENTO NEUTRO e, se existe, é ÚNICO.

9.2 Unicidade do simétrico de um elemento


TEOREMA.

Num grupo (G, *), cada elemento aEG admite um ÚNICO SIMÉTRICO.

DEM.- Pela definição de grupo, cada elemento aEG e SIMETRIZÃVfl,


e como todo grupo e um MONÓIDE, ento, cada aEG e elemento SIME
TRIZVEL de um MONÓIDE O, portanto, admite um ÚNICO SIMÉTRICO
a' E G.

COROLRIO

Nua grupo (G, *), para todo elemento aG e cujo simtrico a',
se tem (a')' a.

DEM.- Com efeito: a' * a a * a' =e q isto e: (a')' a.

Em.particular, num GRUPO ADITIVO (G +) se tem: e num


GRUPO MULTIPLICATIVO (G, ,) se tem: (a)= o.

9.3 Simtrico de um composto de dois


elementos

TEOREMA.

Num grupo (, ), o SIMÉTRICO do composto a * b dolo elementos


auaisuer a e b de G e b' *
118

(a* b) 1 = b' *

DEM.- Pela definiço de grupo, os elementos a,bEG sO SIMETRI-

ZAVEIS, e como todo grupo e um MONOIDE, segue-se que a,bE G so

elementos SIMETRIZAVEIS de um IvIONOIDE e, portanto, o composto a*b

tambem e SIMETRIZAVEL e O Leu SIMÉTRICO (a *b)? =b' *a?

Em particular, num GRUPO ADITIVO (o, +)

-(a + b)=(-b) + (-a)

e num GRUPO MULTIPLICATIVO (G, )

-
(a.b) =b .a

9,4 Elementos simplificáveis

TEOREMA

Num grupo (G, *), todo elemento aG e SIMPLIFICÂVEL, isto e

(i) a*b = a* e == b = c, Vb,CEG

(11) b*a = ca == b = c, Vb,cG

DEM.- Pela definição de grupo, todo elemento aEG à SIMETRIZÁVEL,

e como todo grupo é um MONÓIDE, segue-se que todo aEG elemen-

to SIMETRIZÁVEL de um MONÓIDE e, portanto, aEG é SIMPLIFICÁVEL.

Assim, num grupo (G, *),valem as REGRAS DE SIMPLIFICAÇAO À ESQUER-


DA E À DIREITA PARA A OPERAÇÃO * DO GRUPO.

Em particular, num GRUPO ADITIVO (o, +):


a+b a+e b c
\/ a,b,c€ O
b+ a =c + a b =c

e num GRUPO MULTIPLICATIVO (G, .):


119

ab=a.c b=c1

b.a=c,a b j

9.5 Equações riuii grupo

TEOREMA

Num grupo (G, *), a CJNICA soluço da equaço x x x=e.

DEM.- Com efeito

X*XX = ( x*x)* x = x *xt : x*(x*x') x

xe e = x = e

Por outra parte, se xG e OUTRA SOLUÇXO da equaço x = x,


isto e x x = x , temos:
o o o

x =e*x (x*x )*x x' * (x *x ) x' * x = e


o o o o o o o o o

Assim num grupo (o, *), o ELEJTc NEUTRO e e o unico ELEMENTO


IDEMPO ENTE para a operaçao * do grupo

Em particu1r, num GRUPO ADITIVO (o, +

x+x=x x

e num GRUPO MULTIPLICATIVO (G,

x.x = x x=1

TEOR EMA

Num grupo (G *), quaisquer que sejam a,bEG, cada urna des.equa-
çes:
a*x=b (1)

v*a b (2)

admite Urna t3NICA soluço no conjunto G


120

DEM.- Com efeito:

a x b : a' * (a * x) = a' * b (a' * a) * x = a b

=== e a' *b x=a' *b

Por outra parte, se xE G e OUTRA SOLUÇÃO da equaço a * x b,


e to a*x=b e, portanto, temos:

a' * ( a * x) a' * b ; (a' * a) * x = 8' * b


o
== e = a' *b x = a' *b
o o

Analogamente:

y*a=b (y * a) * a' = b * a' y * a * a') = b * a'

_4 y* e = b*a ; y b*a

Por outra parte s se yE G e OUTRA SOLUÇO da equaço y * a =b l


ento y *a = b e, portanto, temos:

(y * a) * a' = b * a' : y * (a * a') = b * a'

y * e = b * a' y = b * a'

se o grupo (G, *) ABELIANO, entío cada uma das equaçes (1) e(2)
admite soluço ÚNICA dada por

x = y = a' * b = b * a'

Num GRUPO ADITIVO (G, +), cada uma das equações:

a+x =b, y+a =b (3)

admite so1uço ÚNICA dada por

x = (-a) + b, y = b+ (-a)

e num GRUPO MULTIPLICATIVO (G, c), ceda uma das equaçes:

a.x = b, y.a b (1+)


121

admite soluço ÚNICA dada por

-1 -1
x=a .b, y=b.a

Em particular, se os grupos (G, +) e (G, ) so ambos ABELIANOS,


antao ceda uma das equaçes (3) admite soluço ÚNICA dada por

xy=(a)+b=b+(-a)ba

e cada uma das equaçes (4) admite solução ÚNICA dada por

-1b
x y a b = ba

COROLRIO 1.

Num grupo (G, *), qualquer que soja aEG, cada uma das equaçes:

a*x = a, y*aa

admite so1uço ÚNICA dada por x = y e.

COROLÂRIO 2

Num grupo (G, *), qualquer que seja aEG, cada uma das equaçes:

a*x=e, *a

admite solução ÚNICA dada por x = y a'.

9,6 TRANSLAÇÕES NUM GRUPO

DEFINIÇÃO 1.

Seja (G, *) um grupo. Para cada elemento e EG, a funço f:G G


definida por

fa m*x, Vx(G

chama-se TRANSLAÇO A ESQUERDA EM (a, *) DEFINIDA POR a.


i22

O conjunto de todas as trans1açes a esquerda em (o, *) indica-se


por T(G). Portanto, simbolicamente:

Te(G) =[f 5 1 aG}

DEFINIÇÃO 2.

Seja (G, *) um grupo. Para cada eiemento aEG, a função g 8 :G-


definida por

x* a, VxG

chama-se TRANSLAÇO À DIREITA EM (o, ') DEFINIDA POR a-

0 conjunto de todas as translações . direita em (o, *) indica-se


por Td(G). Portanto, simbolicamente:

Td(G) aEG}

TEOREMA 1.

As funções f e g so BIJETORAS.
a a

DEM.- A funço f é SOBREJETORA, porque, se xG, então:

x = a * (a' 11 x) = f(e' * x)

A função f tambm e INJETORA, põrq'e, se x,yEG, coxa


a
então a*x = a *y e, portanto, x = y.

Logo, a função f a e BIJETORA. Analogamente, se demonstra que a


função g a e BIJETORA.

TEOREMA 2.

O par (T(G), o), sendo "o" a operação de composição de funçoes,e


um GRUPÓIDE.

DEM.- Com efeito, uaisuer que sejam f a .f T(G) e para todo


b
XEG, temo:
123

a O fb f ab a **

= (a*b)'x

e isto significa que t a 0f b *bETe Portanto, o par

(T e (G) o) é um GRUPÔIDE.

Analogamente, se demonstra que o par (Td(c)9 o) e um GRUPÓIDE.

TEOREMA 3.

Os grupides (T(G). o) e (Tj(G), o) so GRUPOS.

DEM.- A operação "o" de composiço de funçes em Te(G) possui as


seguintes propriedades:

(G 1 ) ASSOCIATIVA:

a 0 fb) 0 f c fac b°0' Vfa9fbÍ'cETe)

Com efeito, para todo x(G, temos:

('o 'b ° 'c< = a0

0
a b fX
f(0 b

(02) Admite ELEMENTO NEUTRO:

f of f
a * e
=f =f
e * a f af , f ET (o)
a e a e a a e

sendo, e o ELEMENTO NEUTRO do grupo (G, *),

(G ) Toda funço fE T
e (G) è SIMETRIZVEL
3

f o =f aa =f =f *5
of
a' e = E' 5

Portanto, (T(G), o) é um GRUPO.

Analogamente,se demonstra que o grupide (Td(0fr o) um GRUPO.


124

EXERCÍCIOS

1, Seja (G, *) uni grupo tal que x * x e para todo xEG. Deflofls

trar que o grupo (a, *) é ABELIAI\O,

2. Seja (G, *) um grupo tal que b' * ' * b* a = e, quaisquer que

sejam a,bEG. Demonstrar que o grupo (G, *) é ABELIÁrO.

3. Seja (a, .) um grupo tal que (a.b) 2 =a 2 .b2 , quaisquer que se-
jam a,bEG. Demonstrar que o grupo (G, ) é ABELIANO.

4. Seja (a, .) um grupo. Demonstrar:

(a,b)' = e = (b. )n = e (1 g nEN)

5. Seja (a9 ) um SEMI-GRUPO cuja operaço * possui as seguintes


propriedades:

(P1 Existe e (G tal que a * e = a para todo aEIG.


(p 2 ) Para todo aEG existe a'G tal que a*av =e.

Demonstrar que (G, *) é um GRUPO.

6. Resolver a equação a x * a = b, sabendo que *e a operaço de


um grupo (G, *) e que a,b,xEG.

7. Resolver a equação x * a * b * x * o = b * x a num GRUPO ABELIANO


(G, *).

8. Seja (G, .) um grupo e sejam a e b c.ois elementos de G tais que


a 5 =e e a.b = b. Demonstrar que a 2 .b = b.a e
Demonstrar a.b3 =
32
= b .a
Capítulo 10
GRUPOS DE PERMUTAÇÕES

10.1 Permutação de um conjunto


DEFINIÇÃO

Seja A um conjunto no vazio (A ). Chama-se PERMUTAÇÃO DE A T3


DA FUNÇÃO BIJETORA f DE A EM SI PRÓPRIO (f: A A).

Se o conjunto A é finito, toda função INJETORA ou SOEREJETORA


f: A A é BIJETCJRA e, portanto, f é uma PERMUTAÇÃO DE A.

A FUNÇÃO IDÊNTICA DE A, isto é, a função 'A A —A


-- tal que
IA(x) = x para todo xEA, é BIJETORA e, portanto, 'A uma PER-
MUTAÇÃO DE A, denominada PERMUTAÇO IDÊNTICA DE A.

Quando seja A = {1,2,3. - .,n} , uma PER!BJIAÇO f DE A indica-se


pela notaço:

7 1 2 3 ---
f= 1
\\ f(l) f(2) f(3) f(n)

Com esta notaçZo, a PERMUTAÇO IDÊNTICA DE A escreve-se:

(1 2 3n

2 3. n

EXEMPLOS:

(1) Seja o conjunta A4l2,3,45J Uma PERMUTAÇO DE A a FUN

çKo BIJETORA f: A A:
126

2 3 4 5

43152)
J
.4

tal que
f(l)=4, f(2)=3, f(3) 1 1 f(4) = 5, f(5) 2

Há outras maneiras de escrever a funço f, tais como,

34 5 1 2\ (2 4 3 5 1
f
=1 5 2 4 3) (\3 5 1 2 4

A PERMUTAÇÃO IDÊNTICA DE A

2 3 4 5
IA=(
\\ 1 2 3 4 5

A PERMUTAÇO INVERSA DE f e a FUNÇÃO EIJTORA f: A - A:

3 1 5 2 '\ (1 2 3 4 5
1
1 2 3 4 5) = \3 5 2 1 4

(2) Seda o conjunto Á = [1,234} As duas seguiütes FUNÇÕES BIJE


TORAS f,g: A A sao PERMUTAÇÕES DE A:

(1 2 3 4 (1 2 3 4
g= (
3 1 4 3 4 •1 2

Ás FUNÇÕES COMPOSTAS fog: A e gof: A- A são BIJETORAS


e, portanto, são PERMUTAÇÕES DE A:
127

4\\

fog=(
(1 2 3 4\
o'
71 2 3 /1 2 3 4

3 1 4/ 4 1 2) \\ l 4 2 3

(1 2 3 4\ (i 2 3 4\ (i 2 3 4
gof=j 1 o (
3 4 1 2/ \2 3 1 4) \\4 1 3 2

Observe-se que fog í gof, isto é, A OPERAÇZO DE COMPOSIÇO DE


PERMUTAÇ6ES NO É COMUTATIVA.

(3) A função f: RR definida por f(x) = 3x+2 é uma PERMUTA


CÃO DE P, porque f é BIJETORA.

(4) A funço: f: P(A) - P(A) definida por f(X) = A-X para to


do XEP(A) é BIJETORA e, portanto, f é urna PERMUTAÇÃO DO CON
JUNTO P(A) DAS PARTES DE A.

Esta permutaçao f COINCIDE com a sua INVERSA f 1 (f=f 1 ), is


to e, 1' e uma INVOLUÇÃO DE P(A).

10.2 Grupo das permutações de um conjunto

O conjunto de todas as PERMUTAÇÕES DE UM CONJUNTO A inlica-sepor


S(A). Portanto, simbolicamente;

S(A) {f: A—.. A 1 f é bietora}

Se o conjunto A nJ, ento, em lugar de E(A) escreve-


se 5
ri

TEOREMA 1.

O par (s(A), o), sendo "o" a operaço de composição de funçes,


um GRUPÔIDE.

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam as PERMUTAÇ5S f E g DE A,


128

isto é . f,g ES(A), a FUNÇO COMPOSTA Co g: A e BIJETORA,


porque a FUNÇÃO COMPOSTA de duas funçes BIJETORAS também é BIJETO
RA. Logo, fog uma PERMUTAÇO DE A: fogES(A), isto é,a com
posiçeo de permutaçes de ,A é uma .OPERAÇÃO "o" no conjunto s(A) e,
portanto, o par (s(A), o) é um GRUPÔIDE.

TEOREMA 2.

O grupide (5(A), o) um GRUPO.

DEM. - Com efeito, a operaço "o" de composiço de permutaçes em


1
S(A) possui as seguintes propriedades:

(01) ASSOCIATIVA:

(fog)oh = fo(goh), f,g,hEs(A)

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO a PERMUTAÇÃO IDÊNTICA DE A,

I A ES ( A):

f olA IA0f = f, VfSA)

(G3) Todo elemento fES(A) é SIMETRIZVEL e tem por SIMÉTRICO


a PERMUTAÇO INVERSA f -1 E S(A) de f:

fof = fES(A)
= 'A'

Portanto, o grupide (s(A), o) um GRUPO, denominado GRUPO DAS


PERMUTAÇ6Es DO CONJUNTO A ou GRUPO SIMÉTRICO DO CONJUNTO A.

O GRUPO SIMÉTRICO (s, o) DO CONJUNTO A=jl,2,3,..., n} e de


ORDEM n! = 1.2.3...... (n-l) e NO É ABELIANO para todo n>2.

EXEMPLO

Seda o conjunto A=fl,2,33. As PERMUfAÇ6ES DC CONJUNTO A={1,23}


sao 5— 5: 3! 123 6 seguintes funçes:
129

2 3\ 2 3 ' 1 2 3
1 2
\ 1 2 3)' 1 3 2 /! ' 2 1 3)

(i 2 3\ 71 2 3\ 2 3
) f5 ( ) f6 (
72 3 1 / 73 1 2 / 73 2 1

Portanto, o GRUPO S1MTRICO DO CONJUNTO Á=1,2,3J e o par:

(s3 =[ o)

e tem por ELEMENTO NEUTRO a PERMUTAÇO IDNT1CA

Este grupo N3 É ABELIANO, pois, temos:

71 2 3\ 71 2 3 /1 2
fof=(
3 cz
3 2) 72 1 3/ 73 1 2/

2 3\ 71 2 3\ / 1 2 3\

72 1 3/ \1 32/ H \ 2 31/
)f 4

isto e:

fof 3 f 5 g f 4 = f 3 of

A TÁBUA do GRUPO SIMTRICO (s 7 , o) a seguinte:

i fl f2 f3 'L 5 f6

l 5 c3
'2 f
f_
f3 f3 f4 l 2 £5

£4 -
f5 S f
6 2
£4
6 f6f 2_-
130

10. 3) Grupo das simetrias do tr-itigu10


equilátero

Consideremos um trianguio equilá-


tero de vrtices 1, 2 e 3. Os DES
LOCAMENTOS que aplicam este trian 1

guio sobre si mesmo so, como


bvio, as ROTAÇÕES r2
r , r e r

seu CENTRO oea:SIMETRIAS


s2 e s em reieço as suas MEDIA- 0j
NAS. Obtemos, desta maneira, um 3 • 2

conjunto S com SEIS elementos:

S
t
=fr, r 1 , r2, s, s 2 , s 3 }

Estes seis elementos so definidos pelas PERMUTAÇ6ES do conjunto


j 123}

(1 2 3 1 2 3\ (i 2 3
r1 r2
(\3
2 3) \2 3 11 2
)

71 2 3 1 2 3 1 2 3
1 $3
1 2
3 2) 3 2 ) \\ 2 1 3

que formam o GRUPO SIMÉTRICO (s 3 , o)4 portanto, o par (se, o),sen


do "o" a operaço de composiç de permutaçes em S, e um GRUPO
cujo ELEMENTO NEUTRO é r, denominado GRUPO DAS SIMETRIAS DO TRI
ÂNGULO EQUILÁTERO.
131

1084 Grupo das simetrias do quadrado

Consideremos um QUADRADO d.e verti \ 2 V


ces 1, 2, 3 e 4 Os DESLOCAMEN-
/

TOS que aplicam este quadrado so- /


/

/
bre si mesmo s ão, cone é obvio, /

/
os seguintes:
H

(1) asROIAÇES r ,r 1 ,r2 e r 3 de


O , 90 , 180 e 270 em torno do /
/
-)

seu CENTRO O. /

(2) as SIMETRIAS s 1 e s em relação as retas 01 e 02 que cortem as


2
DIAGONAIS do quadrado

(3) as SIMETRIAS S e s em relaçao as retas OH e 0V9 paralelas


aos lados do quadrado e passando pelo seu CENTRO O.

Ottemos, desta maneira, um con j unto S q com OITO elementos

'S
S = { ro rl,r 9r39s1,
2 5s2~sh J
Estes oito elementos s ão definidos pelas seguintes PERMUTAÇ6ES do

con j unto

(l234. (1234 /1234


r =1 r r
O 1 \}4l2
)12 34) \4l2 3)

/1234 /123 4\ /123


r = s. a
\2 341 ' \1 32) \ 14)

2 3 4\ 2 3

32 \2 143)
132

O par (S q' o), sendo "o" a operação de COmpQS±ÇG de permutaç€s


em S e um GRUPO, porque o COMPOSTO de dois elementos quaisquer
de S é um elemento de S q 9 a operação "o" ASSOCiATiVA e admite
o
ELE2ENZO NEUTRO a ROTAÇÃO 1DNTICA r, e todo elemento de Sq e
S111ETRIZAVEL. Este grupo e denominado GRUPO DAS SiMETRIAS DO QUA-
DRADO.

A TUA deste grupo e a seguinte -

o r 1 r1 r2 r3 s1 s2 S

r r r1 r2 r3 S1 S
2
r1 r1 r2 r3 r S S S s1
v 2
r r r r r 5 S S S
2 2 3 o 1 2 1 v h
___ r r2 sV

s1 s s2 Sh r r2 I' 3
1
S s s s s r r r. r
2 2 h 1 v 2 o 1 3

Sh si s2 r1 r3 r r
s
E s s s s. r r r
v v 2 h 1 3 1 2 o

Os SIMÉTRICOS dos elementos r ,r ,s ,s,., sh e s sio eles prprios


0 2 1 v
e para os elementos r 1 e r 3 cada um deles e o SIMÉTRICO dc outro.
Alem disso, subsistem as relaçes:

2 3 4 \ 2 3 4
3 =
r1 = = r , r1 =
4 1 2/ 2 3 4 1

2 2 2 2
71 2, 3
2 h
23 4)=r

Portanto:
- 2 3
q =tr o r1 . o In
2 v
133

O grupo das simetrias do quadrado NO É ABELIANO, pois, ternos:

r3O o r3
= s1

10.3 Ciclos

DEFINIÇÃO

Sejam a 1 ,a 2 , ,. a os do ccnUnto
elementos distint

A permutaço fEs 1 assim definida

f(a1) =a.2' f(a 2 ) = a 3 , , f(a 1) a, f(a) =

e
f(x) = x se x fa1 a2, , a r}

chama-se um CICLO DE COMPRIMENTO r ou um r-CICLO de S

Tal permutaço indica-se peL MOTAÇO CÍCLICA, (a a a )


1 r

Em particular, todo CICLO DE COMPRIMENTO 2 denomina-se TRANSFOL


ÇXO e todos os CICLOS DE COMPRIMENTO 1 so iguais a PERMUTAÇÃO

IDNTICA 1
a
= n)

Dois ciclos f (a a 2 a) e g = (b 1 b 2 b) de 5 tais


ri
que

b}
f a19 d2 a} {b 1 ,b 2

dizem-se DISJUNTOS.

EXEMPLOS

(1) As perrnaçes
(1 2 3 4\ /i 2 3
4 2) e (2 4)
\ 3142) \i 532

soe respectivamente um 4-CICLO DE e um 3-CICLO DE S 6

(2) A permutaçao

2 3 4
= (13 5 4)
2 5 1 4)

um 4-CICLO DE

Observe-se que

(1 3 5 4) (3 5 4 1) (5 4 1 5),= (4 1 3 5)

(3) Os ciclos (1 4 5 6) e (2 1 5) de s na notação habitual das


permutaçes escrevem-se:

(1 2 3 4 5 6
(14 5 6)
4 2 3 5 6 1

2 3 4 5 6
(2 1 5) =
1 3 4 2 6

Portanto, temos:

(1 2 3 4 5 6
(1 4 5 6)o(2 15) =
6 4 3 5 2 1

(1 2 3 4 5 6
(21 5)0(1 4 5 6) =
\4 1 3 2 6 5

Como nenhuma dessas duas permutaces e um ciclo de S 6 , segue-se

o COMPOSTO de dois ciclos no e necessariamente um ciclo


135

(4) Seja a permutaço:

2
3 4 56? 8\
JES
5
3281 5? 64/

Temos:

f(1)3, f(3)8, f(8)4, f(4)1 = ciclo f 1 =(1384)

f(2) = 2 : ciclo f 2 (2)

f(5) = 5 : ciálo f, = (5)

f(6) 7, f(7) = 6 ==f 4 = (6 7)

Cozo e fci1 verificar, subsiste a igualdade:

f 2 f 3 o f 4 = (1 3 8 4) 0 (2) o () o (6 7)

ou seja, suprimindo os 1-ciclos:

f =f 1 o f 4 (1 3 8 4)o (6 7)

Este resultado mostra que a permutaço f E 7 e o COMPOSTO de dois


ciclos DISJUNTOS de comprimentos 4 e 2 de

Como a COMPOSIÇO de CICLOS DISJUNTOS e, obviamente, COMUTATIVA,po


demos tambm escrever:

= fof 1 = (6 7)o(1 3 8 4)

o
De modo geral, toda PERMUTAÇO f ES e um ciclo ou pode ser ex-
pressa como um COMPOSTO de dois ou mais ciclos de S mutuamente
DISJUNTOS e de COMPRIMENTO r2, e esta decomposiço ÕNICA, a
menos da ORDEM em que os ciclos so compostos

Observaremos ainda que todo r-ciclo (r2) de S pode ser expres


r.
sol embora no de modo unicc, como um COMPOSTO DE TRANSPOSIÇES
pois, como é fácil verificar, subsiste a igualdade:
136

(a1 a2 ... ar) (a1 ar) o (a 1 a 1) o 0 (a1 a 0 )

Assim, p.ex., temos

(1 3 8 4) = (1 4) o (1 8) o (1 3)

(1 3 8 4) (3 8 4 1) = (3 1) o (34) o (38), etc.

e, portanto:

= (1 4)o (1 8 ) o (1 3) o (6 7) =

(3 i) o (3 4) o (3 8) o (6 7)

isto é, a permutaço fES 7 e um COMPOSTO DE TRANSPOSIÇOES.

De modo geral, toda permutaço fES (n2) é uma TRANSPOSIÇO OU

pode ser expressa como um COMPOSTO DE TRANSPOSIÇÕES.

Uma permutaço fC S diz-se PAR ou ÍMPAR segundo pode ser expres


sa como o composto de um numero par ou de um numero ímpar de trans
posiçes, respectivamente

Em particular, a PERMUTAÇO IDÊNTICA mE Sn PAR, pois, temos

i = (1 2) o (1 2)

EXERCÍCIOS

1. Sejam as permutações:

/i23456\ fl2346
), g=(
1 4 5 6 2/ 2 4 1 3 6 5

(1 2 3 4 5 6
h=(
24316
-1
Calcular: gof, g of, noi.2 f og e cgof.
137

2 Escrever na NOTAÇO CICLICA as seguintes peiTu*açges

2 3 4 l 2 3 4
r2Ç
142)' 2 4 53)

' 1 2 3 4. 1 2 3
f
' 2 14) 3 14256

3 Escrever na NOTAÇO DE DUAS LINHAS as seguintes permutaçes

f=(2 3)E5 4 , g=(6 3 4 2)E S7 , h = (8 2 4 3 5)e S 8

4 Sejam as permutaçes de S 4 :

f=(1342), g(l3), h=(12)o(34)

Calcular f g 6, dando o resultado na NOTAÇO CICLICA

5 Calcular os seguintes COMPOSTOS DE CICLOS

a) (12 3 4 5) o (2 34)

b) (3 6 2)o (1 5)0(4 2)

6 Calcular os seguintes COMPOSTOS DE CICLOS que são PERMUTAÇ5ES


DE S 5 :

a) (1 3 2 7) o (4 8 6)

b) (2 5 7) o (7 8) o (1 4 5)

e) (7 2 8 1 5) o (2 1) O (4 7 8) o (1 2)

7. Exprimir cada uma das seguintes permutaçes como um COMPOSTO DE


CICLOS DISJUNTOS:

7 2 3 L 5

2 1 L b 5 3 ..
/
138

2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
34
51362) ' 6 5423 i)

/1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 8

1 24/
1' 6(
8 4
5 3 7 6 \3 5 7 1 6 2)

S. Escrever na NOTAÇO DE DUAS LINHAS as seguintes permutaçSes:

a) (1 3) o (2 14 5)

b) (135)0(2 46)

C) (12)o (3 4) o (5 6)

9. Exprimir cada uma das seguintes permutaçes como um COMPOSTO


DE TRANSPOSIÇES:

a) (135)

b) (i 2 3 14 5)

c) (254673)

10. Exprimir cada uma das seguintes permutaçes como um COMPOSTO


DE CICLOS DISJUNTOS e como um COMPOSTO DE TRANSPOSIÇES:

(1 2 3 4 5 6 7\ 2 3 4 5 6 7 8
f1=
2 4 6 1
1' f
2
5 lj
5 7 3/ 8 2 6 3 7 4

/1234 5678\ (123 456? 8


f3=( ), f4
3 6 14 1 8 2 7) \3 1 4 7 2 5 8 6)

11. Classificar em PAR ou ÍMPAR as seguintes PERMUTAÇ6ES:


139

2 3 4 5

2 4 1 5

7i 2 3 4
f
2
\\ 5 , k 2

2 3 4 5 6
f3
1 2 3 4 5/

ff 12 3 4 •5 6
f 4 =(
6 4 3 2 1

= (i 2 3) o (4 5) o (6 7 8)

f 6 =(1 3 5)o(2 4 6)

12. Mostrar que toda TRANSPOSIÇÃO (r a) é a sua prpria INVERSA,


isto :

(r s) = (r s)

13. No grupo (S, o) das simetrias do quadrado, achar todas as


permutaçes de S que so CICLOS.

14. No grupo (s 9 o) das simetrias do triângulo equilátero, achar


t
todas as per ,,rutaçgeá de S que so TRANSPOSIÇES.
140

i5 Demonstrar:

(a1 a 2 a 1 (a a a2 a1 )

1€ Demonstrar que no existe uma permutaço Í' tal que

(1 2 3) o f = (1 3) o (5 7 8)

17 Demonstrar que no existe uma permutação g tal que

2)og = (34)0 (15)


C3p1 tal 11
SUBGRUPOS

Id 1 Conceito de subgrupo

DEFINIÇÃO

Sejam (G, *) um grupo e H uma PARTE no vazia do conjunto


G( HCG) O par (H, *) diz—se um SUBGRUPO do grupo (o, *) se
e somente se (H, *) também é um GRUPO.

Em outros termos, chama-se SUBGRUPO de um grupo (G, *) todo par


(H, *) que satisfaz as duas seguintes condiçes:

(s 1 ) H é uma PARTE no vazia de G( HCG) FECHADA em rela-


çao à operaço * do grupo, isto :

V a,b a*b

(H, *) também e um GRUPO, isto e, a operação * em H e AS-


SOCIATIVA, admite ELEMENTO NEUTRO eEH e todo elemento de H e SI
METRIZVEL para a operação *

A associatividade da operação * em G garante a associatividade des


ta operação em H, porque H.CG.

TEOREMA.

O ELEMENTO NEUTRO e de. um grupo (o, *) também é o ELEMENTO NEUTRO


de todos os seus subgrupos

DEM.- Seja (H, *) um suLgrupo qualquer de (G, *) e seja eH o

ELEMENTO NEUTRO de (H, Como eHEG, temos:

*e=e (1)
COROLRIO.

O SIMÉTRICO de qualquer elemento aEH no subgrupo (H, *) COINCI-


DE com o SIMTRICO de aE.G no grupo (G, *).

DEM.- Seda e o ELEMENTO NEUTRO de (o, *) e, portanto, de (H, *),


Denotando por a e a 1 os SIMÉTRICOS respectivos de a em (o, *)
e (H, *), temos:

a*ae=a*a ==a=a 1

11.2 Subgrupos pr6prios e impróprios

Todo grupo (o, *) em que o conjunto O tem mais de um elemento admi


te pelo menos DOIS subgrupos: o prprio grupo (o, *)e ((e; ,
nominados subgrupos triviais ou subgrupos impróprios. Os demais
subgrupos de (o, *), se existem, chamam-se SUBGRUPOS PRÓPRIOS

11.3 Exemplos de subgrupos

(1) O grupo aditivo (p, +) dos nmeros inteiros PARES é um SUBGRU-


PC do grupo aditivo (z, +) dos números inteiros.

O par (1, +), onde 1 denota o conjunto dos nrneros inteiros IMPA-
RES, NO E UM SUBGRUPO DE (z +), porque 1 C NÃO É FECHADA em
relço à operaço de ADIÇO em Z (3,5E1 e 3+ 5 = 82
143

O par ({ oJ, +) um SUBGRUPO TRIVIAL dos grupos aditivos (P, +)e


(z, +).

(2) O grupo aditivo (z, +) dos números inteiros e um SUBGRUPO do


grupo aditivo (Q, +) dos nmeros racionais e este por sua vez
um SUBGRUPO do grupo aditivo (R, +) dos nuneros reais.

(3) O grupo multiplicativo (Q*, .) dos nhlmeros racionais é um SUB-


GRUPO do grupo multiplicativo (R*, .) dos n(.meros reais.

(4) O grupo multiplicativo (Q, .) dos n:meros racionais positi-


vos e um SUBGRUPO do grupo multiplicativo (Q*, .) dos números ra-
cionais.

Analogamente, o grupo multiplicativo <R*, ,) dos n(imeros reais


positivos e um SUBGRUPO do grupo multiplicativo (R*, .) dos nime-
ros reais.

(5) O grupo multiplicativo {_1, 1} , ,) é um SUBGRUPO do grupo


multiplicativo ( {_ l,l,_i,i} .), onde i 2 = l.

O par ({l , .) é um SUBGRUPO TRIVIAL dos grupos multiplicativos


t .) e

(6) O único SUBGRUPO PRÓPRIO do grupo aditivo (z/(4), +) das elas


ses residuais modulo 4 o par

O par ( { 5, }, +) NO É UM SUBGRUPO DE (z/(4), +), porque


[5, } & uma PARTE nao vazia de z/(4) e NO FECHADA em rela-
ço a operação de ADIÇO em z/(4), pois, temos:

+3

(7) Os únicos SUBGRUPOS PRÓPRIOS do grupo aditivo (z/(6), +) das


classes residuais modulo 6 sio os pares:
[5, J, +) e
14

As TÁBUAS respectivas destes dois SUBGRUPOS e o DIAGRAMA LINEAR de

todos os SUBGRUPOS do grupo aditivo (z/(6), +) so:

; 0 :

5T
(8) Os únicos SUEGRUPOS PRÓPRIOS - - -
* e a b e
do grupo de KLEIN, cuja TA— -
SUA e dada ao lado, so: e e a b o

({e,a}, *), ({e,b}, *)

L
([e, e } * )
e o bjaje

O par ([e,a,b},*)NO UM
SUBGRUPO do grupo de KLEIN,
porque (e,a,b NO É FECHA
{e,a} [e,b} {e,c}
DA em relação a operaço ,
pois, temos:

a*b = e je,a,b}

A figura acima é o DIAGRAMA LINEAR de todos os SUBGRUPOS do

grupo de KLEIN.

(9) O GRUPO o) DAS SIMETRIAS DO TRIÂNGULO EQUILÁTERO, onde

S = [r, r,,r 2 s, 's

contam QUATRO SUBGRUPOS PRÓPRIOS:


145

({r,s 2 }, o)

((r,s 3 J, o), jr,r 1 ,r2 }, o)

(lo) o GRUPO (S q o) DAS SiMETRIAS DO QUADRADO, onde

3q ={rQ,rl,r2,r3,sl,s2,sh,sV}

contam OITO SUBGRUPOS PRÓPRIOS:

o), ([r,s 1 },o), ({r,s 2 }, o)

(tr,sh}, o), ({r,s}, o), ({r,r 1 ,r 2 ,r 3}, o)

({r,r 2 ,s 1 ,s 2 }, o), ({r,r2,sh,s}, o)

11.4 Caracterização de um subgrupo

TEOREMA 1.

Sejam (G, *) um grupo ie H uma PARTE nao vazia de G. O par (H, *)


um SUBGRUPO de (G, *) se e somente se sao validas as duas seguin
tes condições:

(i) abEH

(-) VaEH a'E H

DEM. ( ) Seja (H, um SUBGRUPO de (o, *). Ento, H uma

PARTE mao vazia de G( FICO) FECHADA' em relação à operação *

dogrupo e a implicação (i) é verdadeira.

Por outra parte, como (G, *) e (H, *) tm o mesmo ELEMENTO NEUTRO,


o SIMTRICO a' de todo elemento aEH em (G, *) tarnbm e o SIM-
TRICO de a em (FI, *) e a impiicaçao (11) e verdadeira

( ) Seja H uma PARTE no vazia de G verificando as con


diçes (i) e (ii) Ento pela condigo (i), urra OPERAÇO era H.
146

e esta operação e ASSOCIATIVA, porque a operação * em G e ASSOCIA


TIVA e HCG

O ELEMENTO NEUTRO e do grupo (G, *) também e o ELEMENTO NEUTRO P-


ia a operação * em E, pois, segundo (i) e (iL), temos

aEH ==a'EH : a*aP = eEH

Finalmente, todo elemento aEH admite um SIMETRICO a'EH segundo


a condiçao (ii), isto é,, todo elemento aEH e SIMETRIZAVEL para a
operação * em H.

Portanto, o par (E, *) e um SUBGRUPO de (G, *)

TEOREMA 2.

Sejam (G, *) um grupo e E uma PARTE mao vazia de G. O par (E, *)


um SUBGRUPO de (G, *) se e somente se é válida a condição:

V a,bEH : a *bEH

DEU.- () Seja (E, *) um SUBGRUPO de (G, *), Ento, pelo teote


ma 1 e por ser * uma operação em H, temos:

Va,bEH ====> a,b'E E a * b'E E

isto é, a condiçao do enunciado é valida.

() Seja H uma PARTE nao vazia de G( HCG) verificando


a condiçao do enunciado.

O ELEMENTO NEUTRO e do grupo (G, *) pertence a E, porque sendo


H , existe aE E e, portanto:

V a,b = a E H a * a' = e€H

ritao a conãiçao (ii) do teorema 1 é satisfeita, pois, temos:

VaEH
Finalmente 9 a condiço (i) do mesmo teorema 1 também taisfeita,
pois, temos

\fa,hEi ==a,b'EH==a * (b')' = a * b

Portanto, o par (H, a) é um SUBGRUPO de (G, *)

EXEMPLO

Consideremos o grupo aditivo (R 2 , +), a operaço a em R sendo a


ADIÇO de pares ordenados de nmeros reais

(a, b) + (c,) = (a a e, b + d)

e o conjunto
H {(x.y)ER 2 y=2x}

Vamos mostrar, aplicando o teorema 2, que (ti, a) e um SUBGRUPO do

grupo (R 2 , a)

O conjunto FI e uma PARTE no vazia de R 2 ( d) HCR 2 ), porque


2 pela própria definiçeo de H (um elemento (a,b)
(1,2)EH e HCR
de R 2 pertence a H se e somente se b 2a)

Posto isto, cumpre mostrar:

(a,b), (c,d)H =+(a,b)+(c,d)EH

Com efeito

(a,b), (c,d)EH=b 2a e d = 2c bd = 2(aC)

115 Centro de um grupo

DEFINIÇO

Chama-se CENTRO de air grupo (o, a), e indica-se por C(C),o cor

iunto de todos os elementos de G que mao PpJ\ II com qual-


TkS

quer elemento de G

Portanto, simbolicamente:

C(G)fcEG;1 e x C 9 VXEG}

O ELEMENTO NEUTRO e de um grupo (G, *) pertence ao seu CENTRO C(G),


porque e*x = x*e, VxEG. portanto, C(G) nunca é vazio, is
to e, c(G) Além disso, c(G) c G pela sua própria defini
qao.

J.

imediato que um grupo (G, *) é ABELIANO se e somente se C(G) =


G .

EXEMPLO

No GRUPO (S q o) DAS SIMETRIAS DO QUADRADO, temos:

C(S)=[r,r
o q o 2J
c q

TEOREMA

O par (C(G), *) e um SUBGRUPO de cada grupo (o, *).

DEM.- O conjunto C(G) uma PARTE no vazia de G(j C(G)cG).


Portanto, o par (C(G),*) é um SUBGRUPO de (G, *) se a irnplicaço:

Va,bEc(G) a * b'EC(G) (1)

verdadeira. É o que vamos demonstrar. Com efeito, quaisquer que


sejam a,bEC(G) e para todo XE G, temos:

(a*b)*x = a*(b? *x) = a*(xt *b)t =

= a*(b*xt)? = a*(x*b') =

= (a *x) * b? = (x * a) * be =x*(a*bt)

o que implica a*bEC(G). Assim sendo, a implicação (1) e ver-


dadeira e o teorena fica demonstrado.
149

11.6 Interseçio de subgrupos

TEOR EMA

Se N ) e (K, *) so SUBGRUPOS de um BF4PO (G, *), ertao


(0K, *) também é um SUEGRUFO de (o, *),

- Suponhamos OLC (H, *) e (K, è) so SUBGRUÍPOS de ) Lu-


t0, se e e o ELEMENTO NEUTRO do grupo (G *), temos

eEp e eK eHflK

Alem disso, temos

HCG e KCG = HflKCG

Logo, HflK e uma PARTE no vazia de G

Por outra parte, como (II, *) e (i<, ') so SUBGRUPOS, temos:

e a,bEX

.a*bEH e abtEKa*bEHflK

portanto, (HflK *) e um SUBGRUPO do grupo (o, )

NOTA. - A proposiço análoga para a REUNIO e FALSA: (HUK, *)


um SUBGRUPO de (G, *) se e somente se HCK ou KCH.

EXEMPLO.

Consideremos o GRUPO (s, o) DAS SIMETRIAS DO QUADRADO e os seus


dois SUBGRUPOS:

H=({r, r 1 , r 2 , r 3 }, o) e K ([r, r8,


5h'

Temos:

(['-a 2 °
u e um SUBGRUPO de (, o), C. 0 r. e sabidoS mas c pc:
150

-'
"UK, o) = ((r , rl , r2 9r3 , s h,s} °

no é um SUBGRUPO de (s q , o)

.117 Re1açes de equiva1ncia


associadas d um subgtupo
TEOREMA i

Se (H, *) um SUBGRUPO do grupo (G, *), ento a relaço R em G as


w definida:

aRb ==4 a' * bEH

e uma RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA EM G

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam a,b,OEG, ternos

(R) aRa, porque a' *a = eEH

(s) aRb ===* a' * b EH : (a' * b)' = b' * a H bRa

(R) aRb e bRo a'*bEH e b*cEH

=a*b*bt*c=a*cEH==aRc

Logo, a re1aço R em G e REFLEXIVA, SIMÉTRICA e TRANSITIVA,ou


seda, R é uma RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA EM G.

TEOREMA 2

Se (H, *) é um SUBGRUPO do grupo (G, *), ento a re1aço S em G as


sim definida
aSb : a*bEH

uma RELAÇO DE EQUIVALÊNCIA EM G

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam a,b,cEG, temos

(R) asa, porque a*av eEH

(5) aSb *b?EH (a*b')e = b*aH ==== 5 bs


151

(T) aSb e bSc =a*bES e b*eES

a*cEH ==aSc

Logo, a relação S em G e REFLEXIVA, S1MTRICA e TRANSITIVA, ou se-


ja, S e uma RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA E211 G.

EXERCÍCIOS

([2fl
1. Mostrar que 1 nEZ}, .) é um SUBGRUPO do grupo (Q*,

2. Mostrar que ([ , , , }, +) é um SUBGRUPO do grupo aditivo


-/(12),
(7 +) das classes residuais modulo 12.

3. Mostrar que (12z, +) é um SUBGRUPO dos grupos (z, +), (R, +) e


(3z, +).

4. Mostrar que (6fl n€z}, .) é .um SUBGRUPO dos grupos


e
+

5. Mostrar que ({(1,x) 1 XE R), T )é um SUBGRUPO do grupo


(RxR, T ), a operação T em R x R sendo definida por

(a,b) T (c,d) (ac, bo + d)

6. Sejam (H, ') e (K, *) dois SUBGRUPOS do grupo ABELIANO (G, ) e


seja J o conjunto:

J 1 xEFJ e yEK}

Mostrar que (j, *) é um SUBGRUPO de (G, *),


152

'. Determinar todos os SUBGRUPOS PRÓPRIOS dos seguintes grupos:

a) (z/(8), +)

b) (z/(9), +)

C) (z/(iO), +)

8 Sejam (H, *) um SUBGRUPO de (G, *) e (K, *) um SUBGRUPO de


(H, *). Demonstrar que (K, *) é um SUBGRUPO de (G, *).

9. Sejam (n, *) e (K, *) SUBGRUPOS de um grupo (G. *). Demonstrar


que (HuK, *) um SUBGRUPO de (G, *) se e somente se HCK ou
K C H.
Capítulo 12
GRUPOS CÍCLICOS

12.1 Subgrupo cíclico

sejam (G, *) um grupo,a um elemento de G(aEG) e [a] o oonjunco


de todas as potncias (*a)k com expoente k inteiro:

[a] = f(* a ) k 1 kEZ}

TEOREMA.

O par ([a] é um SUBGRUPO ABELIANO do grupo (G, *).

DEM..- Seja e o ELEMENTO NEUTRO do grupo (G, *). Temos:

O
e =(*a) E [a] [a]
e
(*a)G VkEZ - [a]CG

portanto, [a] • uma PARTE rio vazia de G(4) [aJCG).

Por outra parte, quaisquer que sejam x,y E [a] existem r,s E Z
tais que
x = (*a) r e y = (*a) 5

o que implica:

X * y(* af' * (,
)S (*I'

Logo, o par ([a] *)é um SUBGRUPO de G*) e este SUBGRUPO

ABELIANO, pois, temos:

r r*s (* (a)
155

=[ )k
=

Neste oaso,óiz-se que a EG é um EL EM, ENTO GENA::CP DO GRUPO cícli-


co

Portanto, num GRUPO CíCLICO (G *), para o qual aG ELEDENTO


GERADOR, qualquer que seda xG e±sto kEZ taj que

Todo GRUPO CÍCLICO (G, *)é ABELIANO, pois, quaisquer que sejam os
elementos x (*a)r e y - (*a) 5 de G, temos:

r+s
x*y = (*a) (*a)

EXEMPLOS:

(1) O grupo aditivo (z, +) dos nuneros inteiros é CÍCLICO, pois,


temos:
iz = { l.k 1 kZ} = z

Logo, 1EZ é um ELEMENTO GERADOR de (Z, +). Outro ELEMENTO GERA-


DOR de (Z, +).e -1Q Z, pois, temos:

az = t(-1).k 1 kEZ} = z

(2) O grupo multiplicativo ( j i,-i,i,_±J, ), onde i ° -1, e C±


CLICO sendo ium ELEMENTO GERADOR, pois, temos:

.2 .3 .
-, i = 1

Outro ELEMENTO GERADOR deste mesmo GRUPO CÍCLICO

(3) O grupo ({35,7,9} *) d€finido

pela TÁBUA ao lado a CÍCLICO, =====


5 2
sendo 5 um ELENENTO GERADOR , 33
pcis temos:
• -'
(2 = 7 71
157

a e um ELEMENTO GERADOR, se tem:

(*a)ri = e

sendo e o ELEMENTO NEUTRO de (G, *).

m
DEM.- Suponhamos que (*a) e para algum numero natural m<n.
Ento, se xEG, existe kEZ tal que x (*)l, porque (G, *)
um grupo ciclico GERADO por a.

Pelo algoritmo da diviso em 7,, existe um inico par (q,r) de nme


ros inteiros tais que

k =mq+r e Or<m

e, portanto:

(*a)k = (()m) *
x (*a) (*(*a)

)r ()r
* (*a )r = e* (*a

Assim sendo, x é um dos ra elementos:

(*a) 0 , (* a)1, ( * ) 2 , ... ,

isto e, G tem, quando muito, m elementos (m< ri), o que é IMPOSSÍ-


VEL, pois, por hipótese, G tem precisamente n elementos (o(G)=n).
Logo, (*a)m e para todo número natural m<n.

COROLÁRIO.

Num GRUPO CÍCLICO FINITO de ORDEM ri, para o qual a um ELEMENTO


GERADOR, ri o MENOR número naturai tal que (*a) = e.

TEOREMA 2.

Num GRUPO CÍCLICO FINITO (G, de ORDEM n (o(G) = ri), para o


a m ELEMENTO GERADOR. se
12.4 Ordem de um elemento

DEFINIÇO

Sejam (G, *) um grupo e a um elemento de G(e EG) Chama-se ORDEM


DE a a ORDEM do subgrupo cíclico ([a] , *) GERADO por a.

A ORDEM de a indica-se por o(a). Portanto:

o(a) = c(a] )
159

Se o subgrupc e.clico ([a] , ) gerado por a é FINITO, ento a


ORDEM DE a E FINITA. Caso contrrio, a ORDEM DE . a E INFINITA.

Todo elemento de um grupo FINITO (G, *) tem ORDEM FINITA, porque


[a] é uma PARTE de G, qualquer que seja aG, mas a RECÍPROCA
FALSA.

TEOREMA.

Num grupo (G, *), se um elemento aEG tem ORDEM FINITA, ento a
ORDEM DE a e o MENOR numero natural n(nN) tal que (*a) = e.

DEM.- Com efeito, se o(a)=n(nEN), énto o subgrupo cíclico


([a] , ) gerado por a é FINITO e de ORDEM n. Logo, pelo teorema
1, no MENOR numero natural tal (*a) ° = e.

EXEMPLOS

(1) No grupo multiplicativo (R*, .) dos numerós reais, a ORDEM do


elemento -1ER* é 2 9 porque o subgrupo cclico GERADO por -1
e

e a sua ORDEM é 2. Logo, -1 TEM ORDEM FINITA.

Observe-sé que 2 é o MENOR ncimero natural tal que (_l)2 = 1 5 ELE-

MENTO NEUTRO do grupo (R*, .).

(2) No grupo aditivo (z/(6), +) das classes residuais modulo 6, a


ORDEM do elemento EZ/(6) é 3, porque o subgrupo cclico GE-

RADO por :

([], +) = ([õ,

e a sua ORDEM 3. Logo, TEM ORDEM FINITA.

Observe-se que 3 e o MENOR numero natural tal que 3. = 6,LEMEN-


TO NEUTRO do grpo (Z/(6), +).
160

As ORDENS respectivas dos demais elementos O, 1, 3, e de z/(6)


sao:

0(5) = 1, o(!) = o() = 6

o(!) = 2, o() = 3

como e fácil verificer.

(3) No GRUPO (S, o) DAS SIMETRIAS DO QUADRADO, a ORDEM do elemen-


to r 3 ES q e 4, porque o subgrupo c.clico GERADO por r 3

([r], o) = ([r,r,r 0 ,r}, o)

e a sua ORDEM é 4. Logo, r 3 TEM ORDEM FINITA.

Observe-se que 4 é o MENOR ninero natural tal que r = r,ELEMEN-


TO NEUTRO do grupo (5, o).

As ORDENS respectivas dos demais elementos r,rl,r2,sl,s2,sh e


de 5 são:
q

o(r) = 1, o(r 1 ) = 4
o
o(r 2 ) = 0(s 1 ) = 0(s2) = o(sh ) = o(s) = 2

como e facil verificar.

(4) No GRUPO SIMÉTRICO (s, o), a ORDEM do elemento f 5 ES 3 e 39


porque o subgrupo ciclico GERADO por f 5

([f 5 ], o) = ({f 1 ,f4 ,f 5 }, o)

e a sua ORDEM é 3. Logo, f 5 TEM ORDEM FINITA.

Tambm aqui 3 é o MENOR número natural tal que f = f 1 , ELEMENTO


NEUTRO do grupo (s 3 , o), e as ORDENS respectivas dos demais elemen
tos f 1 ,f 2 ,f 3 ,f 4 e f 6 de S 3 so:
161

0(f1 ) = 1, o(f 4 ) = 3

o(f 2 ) = o(f 3 ) = 0(f )= 2


6
corno é fcil verificar

12.5 Subgrupos de um grupo cc1ico


TEOREMA

Todo subgrupo de um grupo ciclico é ciclico.

DEM.- Sejam (G, *) um grupo Jclico GERADO por aEG e (H, *) um


subgrupo de (G, *)

Se H = je}, ento (H = [e], *) ciálico com GERADOR e. E se, ao


é

inves, H {e}, ento cada elemento de H e da forma (* a ) k, por


ser (H, *) um subgrupo de (G, *) Neste caso, sejam rn o MENOR nume
ro natural tal que (*a)mE 1-1 e seja (*a)' um elemento qualquer de
H. Pelo algoritmo da diviso em z, existe um unico par (q,r) de nu
meros inteiros tais que

k=mq+r e Or<rn

e, portento

- ()k_m (* a )k * ()_m (* a )k * (*(* a )m)

Como (* a )k * (*(*a)m)E H, porque (*a) FI e (*a)mE H, segue-se


que (*a)r(H Se r O, ento (*a)'e. H e O<r<m, o que e IMPOS-
SÍVEL, porque rn e o MENOR número natural tal que (*a)mE H. Logo,
r = O e k = mq, o que implica:

isto é, qualquer elemento (*a) de H urna POTÊNCIA de (*a)m,e por


conseguinte (FI, ) é um GRUPO CÍCLICO GERADO POR (*a)m.
162

EXERC lc los

1. Determinar os SUBGRUPOS CÍCLICOS do grupo (Z, +) GERADOS pelos


elementos 5 e 7 de Z.

2 Determinar os SUBGRUPOS CÍCLICOS do grupo (Z/(12),+) GERADOS


pelos elementos 3 e 8 de z/(12)

3 Determinar todos os SUBGRUPOS PROPRIOS do grupo cielico (z/(6),

4. Determinar todos os ELEMENTOS GERADORES dos grupos cíclicos


e (j6P

5 Seja (G, ) um GRUPO CÍCLICO de ORDEM 8 GERADO por a Determi-


nar os elementos do conjunto G

24
6. Seja o GRUPO CÍCLICO (G = ja,a 2 ,a 3 , ,., a e} .) de ORDEM
24 GERADO por a. Determinar ó SUBGRUPO de (G, .) GERADO pelo
elemento a de G

7. Seja (G, .) um GRUPO CÍCLICO de ORDEM 18 GERADO por a. Determi-


nar a ORDEM do elemento a 3 de G.

8. Achar o SUBGRUPO CÍCLICO do grupo simtrico (S 3 o) GERADO por


cada elemento de S.

9. Achar o SUBGRUPO CÍCLICO do grupo (z/(20), +) GERADO pelo ele-


mento 5 de Z/(20).

10. Seja o conjunto G ={ Cz/(1e). Determinar os


SUBGRUPOS CÍCLICOS do grupo (G, .) GERADOS pelos elementos 5 e
1 3deG.
163

11 Seja o grupo (G, ), sendo G = [i, , , 5, } C z/(?)


Achar os SUBGRUPOS CCLICOS de (o, .) GERADOS pelos elementos
2 e 3 de G e a ORDEM de cada um destes elementos.

12. Seja grupo (O, .),sendo o = [i, ,171) C z/(12). Achar


os SUSGRUPOS CÍCLICOS de (o, .) GERADOS pelos elementos de G e
a ORDEM de cada um destes elementos.

13 Secam as PERUTAçS

(12 3 4 12 34
e
342 - \2 431

a) Determinar fog, gof, f 2 e

b) No grupo simetrico (s 4 , o), achar ,a ORDEM dos elementos f,g


e fog de S 4

14 Sejam as PERMUTAÇES

(1 2 3 4 '\ (i 2 3 4
f
1 2
'\l 2 3 4 2 3 4 1

(' 1 2 3 4 '\ '1 2 3


f3=
\\ 3
1 4=
\ 4 12 3!
412/

Mostrar que({f 1 ,f 2 ,f 39 f 4 }, o) e um GRUPO CÍCLICO e achar os


ELEMENTOS GERADORES deste grupo

2
15. Seja o grupo multiplicativo (o = tl,-1,i,-1}, .), onde i
Determinar a ORDEM de cada um dos elementos de O.

16. Construir a TÁBUA do subgrupo cíclico de (S 5 , o) gerado por

f (1 2 4) c (3 5)
164

17. Seda (G; *) um grupo e sejam a e b elementos de G(a,bEG). De-


monstrar:

i) o(a) = o(a')

ii) o(a*b) =o(b*a)

18.. seja (G, *),um grupo ABELIANO e sejam a e b elementos de G


(a,b(zG).. Exprimir o(a*b) em funço de o(a) e o(b).

19.. Sejam (G, *) um grupo ,e a um elemento de G(aEG) tal que


o(a) = n. Determinar a ORDEM de (*a)m,

20.. Seja (G, *) um grupo e sejam a e elementos de G(a,b€G). De-


monstrar que o(a*b*at) = o(b).

21.. Seja (G, *) um grupo ABELIANO. Demonstrar que, para todo nEN,
o par (H = [xEG 1 o(x)1 nJ, *)é um SUBGRUPO DE (G, *).
,Capitulo 13
CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE

13.1 Conceito de classe lateral

Sejam (H, *) um SUBGRUPO do grupo (G, ) o a um elemento de


G(aEG).

DEFINIÇÃO 10

Chama-se CLASSE LATERAL À ESQUERDA DE H EM O, DEFINIDA POR a, o con


junto cujos elementos so todos os COMPOSTOS formados por a e cada
um dos elementos de H.

Este conjunto indica-se por a* H. Portanto, simbolicamente:

a*H = (a*h 1 hEH }

Com as notaçes ADITIVA (* .ê) e MULTIPLICATIVA (* = .), esta


igualdade escreve-se:

a+H ja+h 1 hEH}

a,H =a.h 1 hEHJ

DEFINIÇÃO 2.

Chama-se CLASSE LATERAL A DIREITA DE H EM G, DEFINIDA POR a, o


conjunto cujos elementos so todos os COMPOSTOS formados por cada
um dos elementos de H e a.

Este conjunto indica-se por H * a. Portanto, simbolicamente:

Ha j* hEHT
• 16

Com as notações ADITIVA (* = e MULTIPLICATIVA (* = •), esta


igualdade escreve-se:

H + a =[h+ a t hEH}

H.a ={h.a 1 hEH}

Se (G. *) um grupo ABELIANO, então é óbvio que se tem:

a = H* a, VaEG

Se e e o ELEMENTO NEUTRO do grupo (G, *), erito e*H = H*e = II,


J.

isto e, as classes laterais à esquerda e à direita de H em G, defi


nidas por e, so iguais ao prprio conjunto H.

Toda classe lateral de H em G e, pela sua propria definiçao, um

SUBCONJUNTO de G.

EXEMPLOS:

(1) Consideremós o SUBGRUPO (H={e,a}, )


do grupo de KLEIN (G=je,ab,c}, *)
cuja TÁBUA é dada ao lado.

As CLASSES LATERAIS •À ESQUERDA DE U EM G flD


so os conjuntos UDDfl
UUIDD
e * H =je*e, e* a} ={e,a} = H

a*H =[a *e, a*a} = {a,e}

b*H=[b*e, b*a}=jb,c}

c = [c*e, c*a}=[cb}

Analogamente, as CLASSES LATERAIS À DIREiTA DE H EM G so os con-


to s:
16?

H*e={e*e, a*e}(e,a=H

H*a={e* a , a*a}={a,eJ

1-1 * b = [e * b, a * b}={b,cJ

e*c, a*c}={c,b}

Observe-se que as classes laterais à esquerda e à direita defini


das por um mesmo elemento de G são IGUAIS porque o grupo de KLEIN
ABELIANO.

(2) Consideremos o grupo aditivo (z, +) dos números inteiros e o


seu SUBGRUPO ( 14z, +), sendo 4Z o conjunto de todos os números
inteiros que so MÚLTIPLS DE 4:

4z = {4k 1 kEZ} -8-,0,4,8,

As classes laterais a esquerda e à direita de 4z em Z definidas pe


los n(imeros inteiros 0,1,2 e 3 so os conjuntos:

o + tz = 4z + o

1 + 4z = { ...,-7,-3,l,5,9,... } =4z + 1

2 * 4z = =4z + 2

3 + 4Z = . . ,-5,-1,3979119... } =4Z + 3

(3) Consideremos o SUBGRUPO (H = [ 5, à, 4 }, +) do grupo aditivo


(z/(6), +) das classes residuais modulo 6.

As classes laterais a esquerda e a direita de H em z/(6) so os


conjuntos:

5 +H [5 + 5, 5 + , 5 + }=[5, , }= H + O
1 + H ={T + 5, Ï + + }= f , , }= H+

2+ H 2+ 2}=f, , 5}=H+2
168

3 + H =[3 + 0, 3 + 2, 3+
}=I' 5, 1}= H + 3

+ n + 21
+ }={, 5, j= H+

H 5, + , 1, H+
={+ +

Observe-se que todas as classes laterais tem o mesmo numero de ele


mentos e que [[5 v , I}, {t, urna PARTIÇÃO de z/(6).
,

(4) Consideremos o SUBGRUPO (H [r1 ,f 3 } , o) do GRUPO SIMÉTRICO


={f 1 ,f 2 , ' f 6} o).

As CLASSES LATERAIS À ESQUERDA DE H EM S 3 so os conjuntos:

= [f 1 o f 1 , fi o f3 }•= [f 1 ,f3
J
f 2 oH=[f 2 of 1 ,
f 2°3J=12951

f 3 oH = {f 3 of 1 , f3of3 }= {f3,f1

f 4 oH =[f 4 of 1 , f4 f 3 J=jf f6 }
0 49

f 5 o H =f 5 of1 , f 5 of 3 )[f 5 ,f2 }

f 6 oH={f 6 of 1 , f6
0
f 3 }={f
69
f4 J
Analogamente, as CLASSES LATERAIS À DIREITA DE H EM S 3 5o os con-
juntos:

Ho f = f1
0
f1 , f 3 o f1 } = {r 1 ,f 3}

Ho f = ff o f2 , f 3 o f2 } =

Ho f = { f 1 o f 3 , f 3 o f3 } = [f f1 }
39

Ho f = {f 1 o f f 3 o f4 } = {f 4 ,f 2 }
41

:o f5 = {í':0 f 5 f3 0 f5 J =
169

Hof 6 = [ o, f 3 f 6 } =[f 6 f 5 }
fl. 0

Observe-se que xo H Ho para x 4 e que os conjuntos:

f H, f2 oH, f 4 oH} =
{1 f 1 ,f 3 } , [f 2 ,f 5 } , {f 4 ,f 6 }

e
Hof2 , Hof 5 } = 11f, 3 } , ,

so PARTIÇÔES do conjunto S3 =tf19f29'.*'f6}.

(5) Consideremos o SUBGRUPO (H = jr,s 1 }, o) do GRUPO (S , o) DAS


q
SIMETRIAS DO QUADRADO.

As CLASSES LATERAIS À ESQUERDA DE H EM S so os conjuntos

r oH=r or, r os 1=rs}


O Lo o o 1) LO 1

r1 H = fr 1 0 r, r10 rl , sh}
s } =

H = [r 2 o r, r2o r2s2}
s }={

r 3 oH ={r 3 or, ros}={r 3 s}

oH s 1 o r, o SI} S ,r
={ s1 ={ I }

= {S
2
or, s 0
5 = [
s2,r2
J
H = {so s
h
SO h r, h
50 1 } = j sh , rl}

so =ís o , 5 05 1=s ,r
v lv o v li LV 3

Analogamente, as CLASSES LATERAIS À DIREITA DE H EM sao os CO


5
juntos:
170

Ho r = [r or , s or r ,s }
o o o 1 o) { o 1

H o r1 = { r o r1 , s1 o r1 r1 , s }
} {

,Ho r2 {ror 29 51 or 2 }={r 2 9s 2 }

Uor 3 = [ror 39 s1or3} = 1r 3 ,s h }


Ho s1 =
{
r os
, S10
s1
J ={
s r
J

Ho s2 = [r o s2, s os2
i 1 = { s29r2}
Hosh = tr00 5h' S io S bi ={sh , r3}

Hos =r os, s os I=fs ,r


v o v 1 vi iv 1

Observe-se que os conjuntos:

r,s1} , [rl,sh} ' Ir 2's2) , {r 3 s}}


{
e
{{r 9 s 1 } , {r19s [r
}
,
2 's 2 } , {r3,sh}}

so PARTIÇ6ES do conjunto Além


S {rO,rl,r2,r3,sl,s2,sh,sV}.
disso, temos xoH = Hox para todo xE.H.

13.2 Propriedades das classes laterais


a esquerda
(p 1 ) se (H, *) é um subgrupo do grupo (G, *), ento aEa* H qual

quer que seja o elemento a de G.

DEM.- O ELEMENTO NEUTRO e(--H e, portanto, temos:

a*e E a* H, VaEG
ou seja:

aEa*H, VaEG
172

(_) Reciprocamente, suponhamos que a' *bEH. Então, pela


propriedade P 39 temos:

(a' * b) * }1 = 11

Portanto, para todo hEH existe k(-'_H tal que

h = (a' * b) * k a * h = b * k

Assim sendo, cada elemento a* h E a* H e igual a um elemento b * k


de b*11, e vice-versa. Logo, a*H = b*H.

NOTA. - Uma consequncia imediata desta propriedade P 4 e que todo


eleruerito a de uma classe lateral à esquerda a * H DETERMINA esta
classe. De fato, se a1 E a * 1-1, ento existe h 1 E 11 tal que
a1 =a*h 1 , o que implica:

a' * a1 = a' * a * h 1 a' * a1 = 1i a' * a1 E FI

a = a1 *H

Assim, todo elemento a 1 de uma classe lateral a esquerda a * H


um REPRESENTANTE desta classe.

(P 5 ) Se (H, *) é um subgrupo do grupo (G, *), ento as classes la-.


terais a * H e b* H so DISJUNTAS ou COINCIDENTES:

a*Hflb*H = ou a b

DEM.- Suponhamos que a*H e b*H tem algum elemento COMUM cEG
(cEa * Hflb * H). Então, existem h,kEH tais que c = a*h e
c = b*k, o que implica:

a = b*k = a' * a h kI = a' *b*k*k

= a' *b
E como o composto h k' EH, segue-se que a' * bEH. Logo, pela
propriedade P. , temos a * H = b * H.
r? 3

(P6) Se (H,*) um subgrupo do grupo (G, *), ento a funço f de H


em a*H (f: H—. a*H) tal que f(h)a*h para todo hEHeo
BIJETORA.

DEM. - A funço f e INJETORA, porque

f(h1 ) f(h) : a * h1 = a * = h, h 1 ,h 2 E H

A funço f e SOBREJETORA. porque

f(H) ={f(h)Ea * H 1 h(H}= a * H

A funço f sendo INJETORA e SOBREJETORA é, por definiço, BIJETORA.

NOTA.-Uma consequancia imediata desta propriedade P 6 e que a elas


se lateral a* H. e o conjunto J-i so EQUIPOTENTES, qualquer que se-
ja a€G, isto e, simbolicamente:

Se (G, *) um grupo FINITO, ento, para todo aEG, a classe late


ral a * H e o conjunto H tm o mesmo número de elementos, isto e:

n(a*H) = n(H), a

(P7) se (H, *) um subgrupo do grupo (G, *), ento as CLASSES DE


EQUIVALÊNCIA segundo a RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA R EM G defini-
da por
aRb 4= a' *bEH

so as CLASSES LATERAIS À ESQUERDA DE H EM G.

DEM.- Com efeito, a CLASSE DE EQUIVALÊNCIA segundo R de um elemen-


to aEG é o conjunto:

C1R(a) = {x G1 aRx } {x e 1 a' * x E H }

={xEGl a*H=x*H}=a*H
(p 8 ) se (, )e um subgrupo do grupo (G, ), ento o conjunto de
todas as classes laterais ck esquerda de 1-1 ea G e uma PARTIÇO
do conjunto G.

Dem. - Pela propriedade P 7 , o CONJUNTO-QUOCIENTE G/R de G pela rola


ço de equivalncia R em G definida por

aRb4==a*bEH

o conjunto de todas as classes laterais à esquerda de H em G,is--

te

G/R = (a*H 1 aEG}

Este conjunto-quociente G/R e uma PARTIÇÃO de G. Com efeito:

(i) Toda classe lateral a * H , .por definiço, una PARTE NO VA-


ZIA DE a * HCG).

(2) Todo par de classes laterais DISTINTAS, a * II e t * 1-1, sao DIS-


JUNTAS (a* H b * H == a * H flb * H = )

(3) Todo elemento de G esta CLASSIFICADO (VaEG == aEa*H, pro-


priedade P 1 ). Logo, a REUNIÃO de todas as classes laterais
esquerda de H er G e o conjunto G.

Assim sendo, o CONJUNTO-QUOCIENTE G/P e uma PARTIÇÃO de G, denomi-


nada PARTIÇO DE G ASSOCIADA AO SUBGRUPO (H, *)

13.3 Propriedades das classes laterais


direita
Se (H, *) um SUBGRUPO de grupo (G, ), ento as CLASSES LATE-
RAIS À DIREITA DE H EM G possuem propriedades inteiramente ana-- -

iogas aquelas que vimos de demonstrar para as CLASSES LATERAIS À


ESQUERDA DE R EM G, e aue a segir vamos enunerar, deixando as
demonstracoes respectivas como exercicio
174

Nesta decomposição do conjunto O, cada classe lateral à esquerda


tem r elementos, porque o conuno H tem r elementos (0(H) =r), e
cada elemento de G figura numa ÚNICA dessas k classes, porque sao
DISTINTAS. Assim sendo, o conjunto G tem r.k elementos, isto :

n r.k OU 0(G) = o(H).k

Logo, a ORDEM 0(H) = r do SUBGRUPO (H, *) é um DIVISOR da ORDEM


o(G) = n do GRUPO FINITO (G, *).

NOTA. - A RECÍPROCA do teorema de LAGRANGE É FALSA, pois, um gru-


po finito (o, *) no tem necessariamente um subgrupo de ordem r se
r é um DIVISOR de 0(G). Assim, p.ex., existe um grupo de ordem 12
que nao possui subgrupos de ordem 6.

O teorema de J.L.LAGRANGE (1736-1813) é de fundamental import&ncia


porque introduz RELAÇÕES ARITMÉTICAS na Teoria dos Grupos.

13.5 Consequricías do teorema de Lagrange

TEOREW? 1.

Num GRUPO FINITO (G, *) de ORDEM n (o(G) n), se tem:

(*a) = e, VaEG

DEM.- Seja a um elemento de G(aEG). Então, o SUBGRUPO CÍCLICO DE


(G, *) GADO POR a é (H, *), sendo

H [(*a) 1 kEz }

se o(H) = a, erito .(*a)m e (12.3, Teorema 1). Além- disso, pelo


o
teorema de LAGRANGE, 0(H) =m divide o(G) n, isto , n = rnq, com
q E N.

Portanto:
= () mq = (()m\q(q
e
177

TEOREMA 2.

A ordem de cada elemento de um GRUPO FINITO (G, *) é um DIVISOR da


ordem de (o, *)

DEM - Seja a um elemento de G(E E G) A ORDEM DE a e, por defini-


ço, a ordem do subgrupo ciclico (H, *) gerado por a: o(a) o(H),e
pelo teorema de LAGRANGE 0(H) e um DIVISOR da ordem de (o, *). Lo-
go, o(a) é um DIVISOR da ordem de (G, *), isto o(a)Io(G.

TEOREMA 3.

Se a ordem de um GRUPO FINITO (G, *) um niunero PRIMO p, ento


(G, *)é CÍCLICO, e cada elemento de G, distinto do EENTO NEU-
TRO, e um GERADOR de (G, *).

DEM - Qualquer eleento a de G, distinto do ELEMENTO NEUTRO e do


grupo (G, *), tem ORDEM p, porque os únicos DIVISORES de p são 1
e p. Logo, o subgrupo cíclico (H, *) gerado por atem ORDEM p. As-
sim sendo, HG e o grupo (G, *) é CÍCLICO com GERADOR a.

NOTA. - Um GRUPO FINITO (o, *) cuja ORDEM um numera PRIMO no


possui SUBGRUPOS PRÓPRIOS.

13.6 Índice de um subgrupo


DEFINIÇÃO.

Chama-se ÍNDICE de um subgrupo (H, *) de um GRUPO FINITO (G, *) o


_mero de classes laterais à esquerda (ou à direita) DISTINTAS de
H em G.

Indica-se pelo simbolo iG(H), que se 1: "indicede H em G".


Consoante a demonstraçio do teorema de LAGRANGE, temos:

/o(a)
= (H).o(H)
178

EXERC ÍC lOS

1 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do subgrupo (H={,}, +)


do grupo aditivo (z/(J+), +)

2 Determinar todes as CLASSES LATERAIS do subgrupo (H{-1,l}, )


2
do grupo multiplicat vo (G=[_l,1,_i,i onde i
}, -1
),

3 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do subgrupo (H={f 1 ,f'2 },o)


do grupo simetrico (s 7 , o)

2 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do SUBGRUPO CICLICO do gru


P0 (Z/(20), +) GERADO pelo elemento EZ/(20)

5. Determinar todas as CLASSES LATERAIS do SUBGRUPO CÍCLICO do gru


P0 (z, +) GERADO pelo elemento 5E Z.

6 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do subgrupo (H =(5,,J,+)


do grupo aditivo

7 seja (i-i, *) um subgrupo de um grupo (G, *) Demonstrar

(c * a) * H = (c*b)*H == a*H b*H

8 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do subgrupo (3z, .4.) do gru


po aditivo (Z,.+).

9 Determinar todas as CLASSES LATERAIS do subgrupo

({a4,aa12 = e}, J do grupo CÍCLICO ( {a,a2,...,a12 = e),.)

de ORDEM 12 GERADO por a.


Capitulo 14
SUBGRUPOS NOR\AIS, GRUPOS QUOCIENTES

14.1 Subgrupo uorrn1

DEFINIÇÃO.
Seja (H, *) um SUBGRUPO do grupo (G, *). Diz-se que (H, *) um
SUBGRUPO NORMAL DE (G, *) se e somente se a seguinte condiço e ve
rificada:
a*H = H* a, Va€c

Se (o, *) e um grupo ABELIANO, ento todo subgrupo de (o, *) é um


SUBGRUPO NORMAL DE (G, *), mas a reciproca FALSA.

Para todo grupo (o, *) os SUBGRUPOS TRIVIAIS ({e}, *) e (G, )


são SUBGRUPOS NORMAIS DE (o, *),

Um SUBGRUPO NORMAL de um grupo (G, *) também é denominado SUBGRUPO


INVARIANTE DE (o, ).

Indica-se que (H, )é um SUBGRUPO NORMAL DE (G, *) pela notaço:


H1G.

EXEMPLOS:

(1) Consideremos o grupo aditivo (z/(4), +) das classes residuais


mdulo 4 e o seu SUBGRUPO (E = 5, 5), +). Temos:

5 {5 +
+ + 5, + 5= {T, fl = E + Ï
5+ = 5, 5 + 5 } = fS, 5 } = E + 5
3 +5)={. I=E+3
180

Logo, (H = {, }, +) é um SUBGRUPO NORMAL de (z/(4), +), como de-


via ser, porque o grupo (z/(4), +) é ABELIANO.

(2) Consideremos o GRUPO SIMTRIC0 (5 3 = (f 1 ,f 2 ,.. . ,f 6 J, o) e os


seus dois SUGRUP0S:

= {f 1 ,f 3 }, o) e (K = ff1 ,f 4 ,f 5 J, o)

Para o SUBGRUPO (H = {f 1 ,r 3 }, o), temos, p.ex.:

f2 oH={f2 of1 , f2 of 3 J={f 2 f 5 }

Hof 2 = {f 1 of2 , f3of2 }= k2 }

isto éq f 2 oH Hof 2 . Logo, (H {f 1 ,f 3}, o) NO É UM SUEGRUPO


NORMAL DO GRUPO SIMÉTRICO (S 3 o).

Para o subgrupo 0< {f1 ,f,f 5 }, o), temos:

f1 oK = f 4 oJ< = f 5 ol< = {f1 ,f4 ,f 5 } = Kof1 = K0 4 = Kof 5

= f 3 oI( = f 6 oJ< ={f2,f3,f6J J<OÍ'2 Kof 3 Kof6

Logo, (1< = {f 1 ,f f 5 }, o)e um SUBGRUPO NORMAL DO GRUPO SIMÉTRICO


41
(s 3 , o).

(3) O SUBGRUPO (H = { r ,r 2 }, o) do GRUPO (S q , o) DAS SIMETRIAS DO


o
QUADRADO e um SUBGRUPO NORMAL DE (S q' o), pois, temos:

r oH =r OH ={r ,r }=Hor =Hor


o 2 o2 o 2

r1 oH = r 3 oH ={r 1 ,r 3 }= Hor1 =Hor 3

s1 oH 2 Hos1 = Hos 2
50H
f'-
l2

s Ho
h o H = soH ={h'}= Ho
181

14.2 Caracterizaçio de uni subgrupo normal

TEOREMA.

seja 0,*) um subgrupo do grupo (G, *) Se e valida a condição:

a*h*atEH, \IaG e

então (H, *) e um SUBGRUPO NORMAL DE (G, *)

DEM - Cumpre demonstrar que a*H H*a, aEG Com efeito,se-


ia a * h um elemento qualquer de a * H Corno a * h * a' E H, segue
seque
(a*h*a)*aEfi*a

ou seja:
a*hEH*a aHCHa (1)

Seja, agora, h*a um elemento qualquer de H* a. Como a' G, se-


gue-se que
= a*h*aEH

Portanto:

h * a (a *a o* h * a)
( a * (? * h * a)E a * H

=H*aCe*H (2)

Das incluses (1) e (2) resulta: a*H=H*a, VaEG. Logo, (H,*)


um SUBGRUPO NORAL DE (G, *).

COROLÁRIO

Sejam (G, *) um grupo e C(G) o seu CENTRO. O par (c(G),*)


um SUBGRUPO NORMAL DE (G, *).

DEN.- Com efeito, o par (c(G), *) é um SUBGRUPO de (G, *)


e qualquer que seja aG e para todo cEC(G) temos:
182

= c*a*a =e = c€c(G)

Logo, (c(G), *) um SUBGRUPO NORAL DE (G, *).

14.3 Produto de subcorijurit.os de um grupo

Seja (G, *) um grupo e sejam A e E SUBCONJUNTOS de G(A,BCG).

DEFINIÇÃO

Chama-se PRODUTO DE A POR B o conjunto cujos elementos são to-


dos os COMPOSTOS x* y quando x descreve A e y descreve B.

Este produto indica-se por A.fl ou apenas por AS. Portanto, simboli
camente:

A.E = fx*yEG 1 xA e YEBJ

imediato que, se (G, *) é uni grupo ABELIANO, ento A.B=B.A,


quaisquer que sejam os subconjuntos A e E de G.

Se P = [ai , o conjunto formado por todos os COMPOSTOS a * y quari


do y descreve E indica-se por a.B (em vez de {a} . B):

a.B = [ a*YEG 1 yEB

Analogamente, se 3 = {b} , o conjunto formado por todos os COMPOS-


TOS x b quando x descreve A indica-se por Lb (em vez de
A.jb}):

A.b={xbEGI xEA}
83

EXEMPLOS:

(1) Consideremos o grupo [ea 1 b o d 1 í'


(G = {e,a,h,c,d,f}, *) definido
e e a b c1d f
pela TÁBUA ao lado e os dois - -
a a b e df e
SUBCONJUNTOS A e E de G seguin - -
- b b e a f c d'
tes:
e o f ci e a
A=a,d} e B=tb,c} ci ci c a e b
Í' f d bate
Temos:

A E ={a *b, a*c, d*b, d*c} = te,d,f,a}

E ={b *a, b*d, C*a, c*d} = te,c,f,bJ

(2) Consideremos o grupo aditivo (Z/(6), +) das classes residuais.


modulo 6 e os dois SUBCONJUNTOS A e B de z/(6) seguintes

e B

Temos:

A B ={ + + , + , 2 + , 2 + +
e
B.A = A.E

porque o grupo (Z/(6), +) é ABELIANO.

NOTA.- Num grupo (G, *), a igualdade A..LB = A.B, onde A e E so


SUBCONJUNTOS de G, define uma OPERAÇÃO EMP(G), denominada MULTI-
PLICAÇÃO DE SUBCONJUNTOS DE (o, *), porque A.BEP(G) quaisquer
que sejam A,B€P(G). portanto, (P(G),J) um O-RUPÓIDE.
184

14.4 Produto de classes laterais

TEOREMA

Se (H, *) e um SUBGRUPO NORMAL DO GRUPO (G, ) ento

(a H) (b H) (a*b)*H, Va,bEG

DEM.- Seja

x (a * h) * (b * k) = a * (h * b) * k

onde a,bEG e h,k(H, um elemento qualquer de (a*H) . (b*H).

Como b* 11 H* b, existe k 1 E H tal que b * k h * b. portanto,


temos:

x=a*(b*k 1 )*k=(a*b)*(k 1 *k)E(a*b)*H

o que implica:

(a H) (b*H)C(ab)*H (1)

Seja, agora,

y=(a*b)*k, onde a,bG e kEH

um elemento qualquer de (a* b) *H.

Para todo hEH, temos:

y = (a*b)*k=((a*(h*h)*b)*k) =

= ((a * h) * (h' * b)) *

Corno b* H=H*b, existe k 1 EH tal que h' * b = b*k 1 . Portanto,


temos:

y (a*h)* ((b *k) * k) = (a* h) * (b * (k 1 * k)) =

= (a h) * ( * k 2 E (a * H) . (h * 9)
)
185

porque k k *kH, o que implica


2

(a*b)*HC(a*H) (b H) (2)

Das incluses (i) e (2) resulta

(a*H) (b*H) (a*b)**H

14.5 Notação
Seja (H, *) um SUBGRUPO NORMAL do grupo (G, *) O conjunto de to-
das as classes laterais DISTINTAS de H em G indica-se por G/H, is-
to e

G/Hta*H=H*al aEG}

EXEMPLOS

(1) Para o SUBGRUPO NORMAL (H={f 1 ,f 4 ,f 5 }, o) do GRUPO SIMÉTRICO


,f 6 }, o), temos
(83 = t1'2'

G/H=j{fl,fk,fS} {f2,f3,f6}}

(2) Para o SUBGRUPO NORMAL (H= {r ,r 2} o) do GRUPO (S q' o) DAS


SIMETRIAS DO QUADRADO, temos:

G/H={{rr 2 } , {r 1 ,r 3 3 , { 5 1,5}' ísh'sv)}

14.6 Grupo quociente

Seja (H, *) um SUBGRUPO NORMAL do grupo (G, *). A igualdade:

(a * H) o (b * H) = (a * H) (b * H), Va,bEG

define uma OPERAÇÃO em G/H, porque o produto

(a ) (b * H) (a * b) H E G/H
86

qu isquer que sej (


Li), (b e alem disso

&*H c *H e t=b H
1 1

implica:
(a * H) (b * H) = (a * b) * 1-1

(a1 * b1) * H = (a1 * x) (b1 H)

TEOR ENA

Seja (H, ) um SUBGRUPO NORMAL do grupo (G, *) O grupoide (G/H,


O ) e um GRUPO

com efeito, a operaço O em G/H possui as seguintes proprie


dades:

(G) ASSOCIATIVA
* H) o (b H)] o (c * H) ((a * b) * H) O (e *

= (a * H) O ((b * c) * H) (a * H) O [(b * H) o (e H)]

(G2) Admite ELEMENTO NEUTRO - d classe lateral R e * H

* H) o (e * ) = (a * e) h a* j

= (e * a) * H = (e * ui) O (a * H)

(G3) Todo elemento a* H (G/H e SIMETRIZ!VEL e tem por SIMTRI


CO a' * HEG/H, onde d t e o SIMÉTRICO de a em (, *)

(a * H) O (a' * H) = (a * ai) * H = e*

= (a' * a) * H = (a' * . (a * p)
18?

DEFINIÇÃO.

O grupo (G/H,D) denomina-se GRUPO QUOCIENTE de (G, *) pelo SUB-


GRUPO NORMAL (H, *),

14.7 Ordem do grupo quociente

TEOREMA

seja (H, *) um SUBGRUPO NORMAL do GRUPO FINITO (G, *). O GRUPO QUO
CIENTE (G/H,D) é FINITO e o(G/H) = o(G)/o(H).

DEM.- Os elementos de G/H sio as classes laterais à esquerda (OU a


direita) DISTINTAS de FI em G. Logo, aORDEM de (G/H,D) é o ÍNDICE
de (FI, *), isto é (§ 13.6):

o(G)
o(G/H) = 1 G(F1 ) =

14.8 Exemplos de grupos. quocientes

(1) O GRUPO QUOCIENTE do GRUPO SIMÉTRICO (S 3 ={f 1 ,f2 , ... ,f 6 }, o)


pelo seu SUBGRUPO NORMAL (Fr=f 1 ,f 4 ,f 5 }, o) :

(s 3 /H,D) ( [í 1 0 H= H, roN), o) =

, {f f f 6 }} o )
= 29 39 9

A TÁBUA deste GRUPO QUOCIENTE é a seguinte:

OH f2 oH

H H -- Í' 2 OH

f 2 oH H

(2) O GRUPO QUOCIENTE do grupo (Z/(4), +) pelo seu SUBGRUPO NOR-


MAL (FI = {, 1, +) :
188

((z/(L))/H, o)= ([5 H =H,

} ,

A TÁBUA deste GRUPO QUOCIENTE a seguinte:

O H Ï+H

[+ +H H

(3) Consideremos o grupo aditivo (z, +) dos nCmeros inteiros e o


seu SUBGRUPO NORMAL (4z, +), sendo 4Z o conjunto de todos os ní.me
ros inteiros que sao múltiplos de 4;

[4k 1 kE z}

As classes laterais DISTINTAS de 4Z em Z so:

O + 4z = ( 1-81--49014,8,... } = 4z + O

1 + 4z =[...,_?,_3,1,5,9,...}= 4z 1

2 4z ={...,6,_2,2,6,1o, ...} = 4Z + 2

3 + 4z =f...,-5,_1,3,7,11,
...J = +3

Logo, o GRUPO QUOCIENTE do grupo (z, +) pelo seu SUBGRUPO NORMAL


(4Z, +) :

(z/4z,0) = (fo+4z = 4Z 1 1+4Z, 2+4Z, 3+4ZJ, O)

A TÁBUA deste grupo quociente é a seguinte:


189

O 42Z 1,+ 4Z 2+4Z 3+4Z

4z 4Z 1 + 4z 2 + 4z 3 4z

1+4z 1+4z 2+4Z 3+4Z


1 4z

2+4Z 2+4Z 3+4Z 4z 1+4z

3+4Z 3+4Z 4Z 1+4Z 2+4Z

(4) Consideremos o grupo CÍCLICO ,a12 = e}, )


(G a,a2 , de
4
ORDEM 12 GERADO por a e oseuSLIBGRUPO NORMAL (H= [a ,a8 ,a12 =e}, .)
GERADO por a4

As classes laterais DISTINTAS de H em G são:

í 4 r 5
H=1e,a,a 8ji , F!.a=ta,a ,a 9

6 lO 11
H.a3 =
2 2 3 7
H.a = 1a a a , a a

Logo, o GRUPO QUOCIENTE do grupo (G, .) pelo seu SUBGRUPO NORMAL


(H, .) :

(G/H2O)= (H t H. a, H.a2 , H.a 3 }, O)

A TÁBUA deste GRUPO QUOCIENTE é a seguinte:

O H H.a H.a2 H.a 3

2
H.a H.a H.a 3

fl.a H.a H.a2 H.a 3 H

H.a2 H.a2 H.a 3 H.a

H.a 3 H.a 3 H * H.a H.a

(5) sejam o grupo multiplicativo (G {1,-1,i,-i, .) e o seu SUE


GRUPO NORMAL (H = {i,_ij., .).
19C

As classes laterais DISTINTAS de H em G so:

H = {:L,_l} e i.H =

Logo, o GRUPO QUOCIENTE do grupo (G, .) pelo seu SUBGRUPO NORMAL


(H,.):

(G/H, o) = (1H , i.u},.) = ( 1t1,-1} , ti,_i)}, o)

A TÁBUA deste GRUPO QUOCIENTE é a seguinte:

L o
H
ii
i.H
H

i.H H

EXERCÍCIOS

1. Calcular, no GRUPO SIMÉTRICO (5, o), os PRODUTOS AB, f 3 .A e


A.f 3 , sendo A = [f2 ,f 6 } e B = [f,f 5 }.

2. Sejam (H, *) e (K, *) SUBGRUPOS NORMAIS de um grupo (G, *), De-


monstrar que (HflK, *) também é um SUBGRUPO NORMAL de (G, *).

3. Sejam (R, *) um SUBGRUPO NORMAL e (<9 *) um subgrupo qualquer


de um grupo (G, *). Demonstrar que (H flK, *) é um SUBGRUPO 14 R-
MAL de (G, *).

4. sejam (H, *) e (K, *) SUBGRUPOS de um grupo (G,*). Demonstrar


que, se (H, ) ou (K, *) um SUBGRUPO NORMAL de (G, *), ento
(H.K, *) é um SUBGRUPO de (G, ).
191

5. Sejam (H, *) e (x, ) SUBGRUPOS NORMAIS de um grupo (G, $). De


monstrar que (H.K, *) também é um SUBGRUPO NORMAL de (3, *)•

NOTA.- Se (H, *) e (x, *) so subgrupos quaisquer de (G, *),

então (H.K, *) no é necessariamente um subgrupo de (3, *).

6. Sejam (G, *) um grupo FINITO de ORDEM PAR 2n e (H, *) um sub-


grupo de (G, *) de ORDEM n. Demonstrar que (H,*) é um SUBGRUPO
NORMAL de

7. Seja (H, *) um subgrupo deum grupo (G, *) tal que iG(H)=2.De


monstrar que ) é um SUBGRUPO NORMAL de

8. Sejam (G, *) um grupo ABELIANO e (H, *) um SUBGRUPO NORMAL de


(G, *). Demonstrar que o GRUPO QUOCIENTE (G/H,D) é ABELIANO.

9. sejam (H, *) e (K, *) dois SUBGRUPOS NORMAIS de um grupo (G,*)


tais que HflI< je}. Demonstrar:

h k = k * h, e kEK

10. Construir o GRUPO QUOCIENTE (GIM, O ) e a sua respectiva T$BUA


em cada um dos seguintes casos:

a) (3 = Z, +), (H = 3Z, +)

b) (G Z/(12), +), (s
Capítulo 13
HOMOMORFIS\OS E ISOMORFISMOS DE GRUPOS

15.1 Homomorfismo

DEFINIÇÃO

Sejam (G, *) e (G 1 , T) dois GRUPOS Chama-se HOMOMORFISMO (ou MOR-

FISMO) de (G, *) em (G 1 , T) toda função f G tal que

f(a * b) = f(a) Tf(b)

quaisquer que sejam os elementos a e b de G

*
(a,b) ab

/ b
a*b_J_ f

U
(a)Tf T
(f(a),f(b)) f(ab) =
(G, *) =f(a)Tf(b)
T)

15.2 Exemplos de homornorfismos

(1) Sejam (G, *) e (0 1 ,T) dois grupos quaisquer e seja e 1 o ELE-


MENTO NEUTRO de (G 1 ,T). A FUNÇÃO CONSTANTE f: G —G 1 definida

por f(x) e1 um HOMOMORFISMO DE (o, *) EM (G1 ,T), pois,qua±s

quer que sejam a,bEG, temos:

f(a * b) = e1 = e 1 T e 1 f(a) T f(b)

(2 Sejam, os grupos aditivo (R, +) e multiplicativo (R, .). A fun


2
çao f: R_R* definida por f(x) um HOMOMORFISMO DE (+)
193

EM (R*, .), pois, quaisquer que sejam os numeros reais a e b, te-


mos:
2 a+b 2a2b
f(a+b) f(a).f(b)

(3) Sejam os grupos aditivos (z, +) dos nun€ros inteiros e


(Z/(m), +) das classes residuais modulo in. A funço f: Z
definida por f(x) é um HOMOMRFISMO DE (z, +) EM (Z/(m),

pois, quaisquer que sejam os ntmeros inteiros a e b, temos:

f(a+b) b= = f(a) m f(b)


ih

(4) Sejam os grupos aditivos (M (R), +) e (R, +), onde M (R) deno-
2 2
ta o conjunto de todas as MATRIZES reais quadradas de ORDEM 2. A
funço f: M 2 (R)—R definida por

([a bl\
f=I =s+d
\C dJ 1'

um homomorfismo de (M (R) 9 +) em (R, +), pois, quaisquer que se-


2
jam as MATRIZES reais quadradas de ORDEM 2:

[a bi [m ni
e 3=
L° dj ip qj

temos:

([a bJ Fm mi /ra+m b+nl


f(A+B) = f ( = f 1 =
\\ C dJ L qJ/ \\Lc+P d+qj

= a + rn + d + q (a + d) + (m + q ) =

(ra b (rm i\
f ) + f( ) = f(A) + f(B)
\_P qJ1
194

(5) Sejam (G =[a,a2 ,...,a 8 =e}, •)o GRUPO CÍCLICO de ORLEM 8 GE


RADO por a e (z/(2+), +) o grupo aditivo das classes residuais mdu
1') 4. A funço f: G —Z/(k) assim definida:

a) = 1, f(a2 ) = 2 1 f(a 3 ) = 3 9 f(a 4 ) = O

f(a5 ) = 1, f(a6 ) = 2, f(a7 ) 3, f(e) O

um HOMOMORFISMO DE (G, .) EM (z/(4), +), pois,quaisquer que se-


iam a ' ,a 5 EG, temos:

r s r s
f(a .a ) = f(a ) f(a )

Assim, p.ex.:

f(a2 a 5 ) = f(a7 ) = = = f(a2) + f(a5)


+

f(a.a 3 ) = f(a4 ) = 6 = 1 +4 = f(a)


+4 f(a3)

15.3 Imagem e nc1eo de um homomorfismo


Sejam (G, *) e (0 1 ,T) dois GRUPOS e seja f: G -G 1 um HOMOMOR-
FISMO DE (G, *) EM (G 19 T).

DEFINIÇÃO 1.

Chama-se IMAGEM DO HOMOMORFISMO f G G1 o conjunto:

f(G) ={f(x)EG1 1 xG}

isto éq a IMAGEM de funço f que define o homomorfismo.

Obviamente, f(G) uma PARTE de G 19 isto : f(G) CG 1 .

DEFINIÇÃO 2.

Chame-se NÚCLEO DO HOMOMORFISMO f: G G1 o conjunto de todos os


elementos de G cujas IMAGENS por f so o ELEENTO NEUTRO e, 1 de
195

(G T).

Este conjunto indica-se pela notaçao N(f. Portanto, simbolicamen


te;

N(f)jxG f(x) =

imediato que N(f) e um SUBCONJUNTO de G, isto : N(f) CG.

15.4 Propriedades dos 11i)moIllOrfisluOs

Sejam (G, *) e (G, T) dois GRUPOS cujos ELEMENTOS NEUTROS respec


tivos so e e e 1 , e seja f: G G 1 um HOMOMORFISMO DE (O, *) EM
(G 1 ,T).

TEOREMA 1.

A IMAGEM f(e) do elemento neutro e de (a, *) o elemento neutro


o
e 1 de (G1 ,T), isto : f(e) = e 1 .

DEM.- Com efeito, para todo aEG, temos:

a * e = a f(a * e) = f(a)

Pela definiço de homomorfismo:

f(a) T f(e) f(a * e) f(a).

Portanto:

T f(e) f/) Y e 1 f(e)

TEOREMA 2.

A IMAGEM do SIMTRICO de qualquer elemento a G e igual ao SIM-


TRICO da IMAGEM de a, isto :

f(a') = (f(a))', aEG


196

DEM.- Com efeito, para todo aEG, temos:

a * a' = e ==:=>f(a * a') f(e) = e 1

Pela definiço de homomorfismo:

f(a) Tf(a') = f(a * a') = e 1

ou seja:

f(/) Tf(a') = f(/) T(f(a))' f(a') = (f(a))'

(G,*)
T)

TEOREMA 3.

O par (f(G), T é um SUBGRUPO de (G 1 , T).

DEM.- (i) Como f(e) = e1 , segue-se que e 1 € f(G) 9 isto ,


f(G) .

Logo, f(G) é uma PARTE no vazia de G f(G)CG 1 ).

(ii) Quaisquer que sejam, a,bEf(G), existem c,dEG tais

que f(c) = a e f(d) = b, e temos:

a Yb' = f(e) T (f(d))' = f(c) -I- f(dl) = f(c t d')

Como f(c'd')Ef(G), porque c*dEG, segue-se que aTb'Ef(G).


Logo, (f (G). T) é um SUBGRUPO de (G 1 , T).
197

TEOREMA 4.

O par (N(f), *) e um SUBGRUPO de (G *)

DEM.- (i) Coiro f(e) = e 1 , segue-se que eEN(f), isto e,


Logo, N(f) e uma PARTE no vazia de G(4 N(f)CG)

(ii) Quaisquer que sejam a,bN(f), temos, por definiço,


f(a) f(b) = e1 e, portanto:

f(a*b) = f(a) Tf(b') = f(a) T (f(b))' =

= e1 T (e 1 )' e1 T e1 = e1

o que implica a*bEN(f) Logo, (N(f), *) e um SUBGRUPO de


(G, *)

TEOREMA 5

O subgrupo (N(f), *) de (G, *) e um SUBGRUPO NORMAL DE (G, *)

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam aEG e hEN(f), temos, pe


lã definição de homomorfismo:

f(a*h *at) = f(a) T f(h) Tf(a') f(a) Te1 T (f(a))'

f(a) T (f (a))' = e 1

õ que implica a*h*aEN(f). Logo, (N(f), *) é um SUBGRUPO NOR-


MAL DE (G, *).

NOTA- O GRUPO QUOCIENTE de (G, *) por (N(f), *) e

(G/N(f), O) = ({a * N(f) 1 aEG}, O)

= ({a* x aEG, xEG e f(x) = e1 ), )


198

15 .5 Isonio.rLis1110, monomorfismo e epiiorii -sitio

Sejam (G, ') e (G 1 , T) dois GRUPOS e seja f: G G1 um HOMOMOR-


FISMO DE (G, *) EM (G 1 , T).

DEFINIÇX() 1.

Diz-se que o homomorfisrno f é um ISOMORFISMO DE (G, *) em (G 1 , T )


se e somente se a função f BIJETORA.

Em outros termos, uma funço f: G - G 1 e um ISOMORFISMO DE (G, *)


EU (G1 ,T) se e somente se so validas as duas seguintes condiçes:

(i) f(a * b) = f(a) Tf(b), Va,b(-, G


(ii) ( ' yG1 ) 31 xG) 1 f(x) = y

Quando existe um tal isomorfismo f: G--- G1 também se diz que o


GRUPO (o, *) É ISOMORFO AO GRUPO (G 1 ,T), o que se indica pela no-
taço (G, *) (G1,T).

Um •isomorfismo f de (o, *) em (G1 ,r) também é denominado HOMOMOR-


FISMO BIJEIOR f DE (G, *) EM (G 1 ,T).

DEFINIÇO 2.

Diz-se que o hmomorfismo f e um MNOMORFISMO DE (G, *) EMi (0 1 ,T)


se e somente se a funçao f e INJETORA.

Em outros termos, urna funço f: G--G 1 um MONOMORFISMO DE (G,*)


T) se e somente se são válidas as duas seguintes condi-
çoes:

(i) f(a*b) = f(a) Tf(b), Va,bEG

(ii) a b . f(a f(b), Va,bE.G


199

Um monomorfismo f de (G, *) em (G1 ,T) também denominado HOMO-


MORFISMO INJETOR f DE (G, *) EM (Gil T).

DEFINIÇÃO 3.

Diz-se que o homornorfismo f é um EFIMORFISMO DE (G, *) EM (G 1 , T )


se e somente se n funço f é SOBREJETORA.

n outros termos, uma funço f: G G1 é um EPIMORFISMO DE (G,*)


EM (G1 ,T) se e somente se so validas as duas seguintes condi-
çes

(i) f(a b) f(a) Y f(b), Va,bEG

(ii) f(G) =

Um epimorfismo f de (G, *) em (G1 , T) também,é denominado HOMOMOR-


FISMO SOBREJETOR f DE (G, *) EM (G 1 , ).

Consoante estas definiçes, ISOMORFISMO, MONOMORFISMO e EPIMORFIS-


NO sao HOMOMORFISMOS ESPECIAIS. Além disso, todo ISOLIOKFISMO é NO-
NOMORFISMO e EPIMORFISMO.

EXEMPLOS:

(1) Sejam os grupos aditivo (z/(4), +) e multiplicativo (G, .), on


de G = fi,_i,i,_i} e i2 -1, cujas TÁBUAS respectivas so:

l• 1 2 5 -1 -1 1 -i i
200

A funçao f: z/(+) --G


assim definida: 7 o.
= 19 f(ï)=i

f(2) = -1, f()=-i \ /


\ --/
e um ISOMORFISMO DE
(z/(4), +) EM (G, .), z/(4) G
pois, temos:

f( + = f(ï) i = (-l).(-i)=f().f(), etc.

o
e, alem disso, a funçao f e BIJETORA.

Portanto, temos: (Z/(k), +) (G, .).

Observe-se que este no é o Gnico isomorfismo de (z/(), +) em


(G, .): p.ex., a função g: z/(k) —.-G definida por

g(6) = 1, g(Ï) -i, g() = -1, g() = i

IP

tarnbm e um ISOMORFISMO DE (z/(L), +) EM (G, .).

(2) Sejam os grupos multiplicativo (R*, .) e aditivo (R, +). A


funço f: R*_.R definida por f(x) = logx é um ISOMORFISMO DE
(R*, .) EM (R, +), pois, temos:

f (a. b) log(a. b) = loga+ logb= f(a)+f(b), Va,b€R:

e, alem disso, a funço f e BI.JETORA. Portanto

(R:, .) (R, +).

(3) Sejam o grupo C±CLICO (3 = a,a2 ,a 3 e}, .) de ORDEM 3 GERADO


por, o grupo aditivo (:/(3), *) das classes residuais modulo 3,
cujas IEAS respectivas sao:
201

5 5

ï ï 5

A função f: G Z/(3) assim definida:

f(a) = 1, f(a 2 ) = , e) = 5

um ISOMORFISMO DE (G, .) EM (z/(3) 9 +), pois, temos:

f(a.a2 ) f(e) O = 1 + 2 = f(a) + f(a 2 )

f(a2 .a 3 )f(a 2 ) = = f(a) + f(a 3 ), etc.

e, alem disso, a função f é BIJETORA. Portanto:

(G, ) ( z/(3)4 +)

15,6 Caracterizaço de uni monomorfismo

TEOREMA.

sejam (G, *) e (G 1 , T) dois GRUPOS e seda e o ELEMENTO NEUTRO DE


(G, *). Um homomorfisxno f: •G G1 e um MONOMORFISMO se e somen-
te se N(f) ={e}.

DEM.- () Suponhamos que N(f) je}. Ento, se a e bsao dois


elementos de G (a,bEG) tais que a) = f(b), temos:

f(a*b) a) T f(b') = a) T (f(b))' =

f(a) T (f(a))' = e

o que implica ab'EN(f) ={e}. Portanto:


202

a*bt = e = a*bl *b = e'b == a = b

Assim sendo, a funço f é INJETORA. isto éq o homomorfismo


f: G - G 1 e um MONOMORFISMO DE (G *) EM (G 1 , T).

( ) Reciprocamente, se f: G --~ G 1 e um MONOMORFISMO DE


(G, *) EM (G1 , T), ento e função f e INJETORA e, portanto, se
aN(f), temos:

f(a) = f(e) = e1 === a ===N(f) = (e)

15.7 Teorema de Caylcy

Num grupo (G, *), para cada elemento aEG, temos a TRANSLAÇO À
ESQUERDA EM (G, *) DEFINIDA POR a, isto é, a função f a: G G de
finida por f(x) = a + x, XEG, e o par (T(G), o), sendo
• T(G) o conjunto de todas as trans1açes a esquerda em (G, *):

T(G) {Í'a 1 aEG}

e "o" a operação de composição de funçes, e um GRUPO (9.6).

• TEOREMA DE CAYLEY.- Os grupos (G, *) e (Te(G) o) 5a0 ISOMORFOS:


(G, ) (T(G), o).

DEM. - Com efeito, a funço f: G - Te(G) definida por f(a)


a+x para cada aEG é um ISOMORFISMO DE (G, *) EM (T (G), o),
pois, temos:

(i) f(a*b) = a*b = a°b = f(a)of(b)


'
A funço f e BIJETORA. De fato, f é SOBREJETORA pela sua
prpria definição, e também é INJETORA, pois, temos:

f(a) f(b)' a = b*x, VXEG


' a =b

Em particular:
a =a * e =b * e =b
203

1.5.8 Eudomorfisnio e automorfisnio

DEFINIÇÃO i.

Seja' (G, *) um grupo. Chama-se ENDOMORFISMO DE (o, *) todo homo-


morfismo de (G, *) em (o, *)

Em outros termos, ENDOMORFISMC' DE (G, *) toda funço f:G-.--G tal


que

f(a * b) = f(a) * f(b), Va,bEG

DEFINIÇÃO 2.

Seja (o, *) um grupo. Chama-se AUTOMORFISMO DE (G, *) todo isomor-


fismo de (o, *) em (o, *)

Em outros termos, AUTOMORFISMO DE (G, *) é toda função BIJETORA


f: G —'G tal que

f(a * b) = f(a) * f(b), Va,bE. G

EXEMPLOS:

(1) Seja o grupo aditivo (z, +) dos números inteiros. A funço f


de Z em si mesmo (f: Z — -z) definida por f(n) = 2n para todo nEZ
um ENDOMORFISMO DE (z, +), pois, temos:

f(a+b) = 2(a+b) = 2a+2b = f(a) + f(b), Va,bZ

(2) Seja (G, *) um grupo. A funço f: O --G definida por f(x) x


um AtJTOMORFISMO DE (G, 'O, pois, f e BIJETORA.e temos:

f(a*b) a*b = f(a) '' f(b), Va,bEG


15 .9 Teorema funddrncut)1 do liornomorfi uo

Sejam (G, *) e (G 1 , T) dois GRUPOS, f G G1 um EPIMORFISMO DE


(G, *) EM (G 1 ,T) e (G/N(f) 1 o ) o GRUPO QUOCIENTE de (G, *) pelo
seu SUBGRUPO NORMAL (N(f), *) Nestas condiçes, a função

g G/N(f) - G

definida por
g(a * N(f)) f(a), aEG

e um ISOMORFISMO DE (G/N(f), o ) EM (G1 T), isto e

o ) ' ( G1 T)

DEM.- (i) A função g e um ROMOMORFISMO DE (G/N(f),D )EM (G 11 T).

Com efeito, quaisquer que sejam os elementos a1 * N(f) e 82 * N(f)


de G/N(f), temos

g((a1 * N(f)) O (a * N(f))) = g((a1 * a2) * N(f)) =

= f(a1 * a 2 ) f(a 1 ) T f(a2 ) = g(a1 * N(f)) T g(a2 * N(f))

(ii) A funço g é SOBREJETORA Com efeito, para todo


existe kEG tal que f(k) k 1 , porque, por hipótese s a função f
SOBREJETORA. Portanto:

k * N(f) E G/N(f) =. g(k * N(f)) = f(k)

(iii) A funço g e INJETORA Com efeito, sejam a 1 N(f)e


a2 *N(f) dois elementos de G/N(f) tais que

Entao, f(a 1 ) = f(a 2 ) e, portanto:

f(a1 ) T (f(a 2 ))' = e 1 ; f(a 1 ) f(a) = e 1

f(a 1 a) = e 1 a1 a; (f

a1*N(f) = a2*N(f)
205

Consoante (i), (ii) e (iii), a funço C, é um HOMOMORFISMO B1JETOR 1


isto e, um ISOMORFISMO, e o teorem. demonstrado.

COR0LRIO.

A funço h: G -G/N(f) tal que h(aa*N(f) pra todo aEG,

UM, OMOORFO DE (G, ) (G/N(f),2 , ).

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam a, bEG, temos:

h b) = (a * b) j(f) (a * !(f)) O (b * N(f))

h(a) O h(b)

Este homoxnorfisirio h chama-se HOMOMORFISMO CANÔNICO (ou NATURAL) de


(G, *) em (G/N(f), O).

Este HOMOMORFISÏO CANÔNICO h é tal que goh = r, pois, temos:

(gob)(a)= (h(a)) = g(a * N(f)) f(a), a

O EPIMORFISMO f, o ISOMORFISMO g e o f
G --___
HOMOM ORFISMQ CA N ÔNICO h podem ser 1

visualizados pelo diagrama ao lado.


h
g

G/N(f)

• EXERCidOS

1. Seja o grupo multiplicativo (R i , ).. Mostrar que a funço f de


em si mesmo (f: R*_R*) definida por f(x) = Uni ENO-

M0RFIS0 DE .).
206

2. Sejam os grupos multiplicativos (R*, .) e (p*, •). Mostrar que


funço g: R*__.R* definida POIS g(x) 1 x 1 é um HOMOMOR-
FISMO DE (1*9 .) em (R*, .).

3. Sejam os grupos aditivos (z, +) e (Z/(5), +). Mostrar que a fun


ço f: Z —Z/(5) definida por f(x) = um I-iOMOMOPFISMO
DE (z, +) EM (z/(5), +).

4. Sejam o grupo CÍCLICO (G = {a,a2 3 .. = e}, .) de ORDEM 8 GE-


RADO por a e o grupo aditivo (Z/(12), +). Mostrar que a funço
g de G em Z/(12) assim definida:

6
g(a) = g(a 5) = 3, g(a2 : = g(a ) 6

7
7 14
g(a) g(a ) = 9 g(a ) g(e) = O

um HOMOMORFISMO DE (G, .) EM (z/(12), +).

5. Sejam o grupo aditivo (Z/(3), +) e o subgrupo (H={f 13 f 43 f 5 },o)


do grupo simtrico (s 3 , o). Mostrar que e funçõ g: Z/(3) — H
definida por

E( 5 ) f 19 g(i) f 49 g() =

um ISMORFISMO DE (z/(3), +) EM (H, o).

6. Achar um EPIMORFISMO DE (p*, .) EM

7. Sejam o grupo aditivo (z/(8), #) e o grupo C±CLICO (G={a,a 2 ,...


., a6 = e }, . ) de ORDEM 6 GERADO por a. Mostrar que a fun-
ço f de z/(8) •em G(f: Z/(8)---- G) assim definida:

f(õ) f() f() = f() = = e

f() r() f() = f() =

um HOMOMORFISMO DE (z/(8), +) EM (G, .).


2O

8 Seja o grupo tbeliano (z2, *), a operaço * em sendo de-


finids por

(a,b) * (c,d) (a + e, b + d)

a) Mostrar que a função f Z 2—.-Z definida por f[(a,b)]= 8

e um EPIMORFISMO d€ (z2, *) em (z, +)

b) Determinar o NÚCLEO deste epimoifismo f

c) Mostrar que (H=((a,) 1 aEZ}, ) e um SUBGRUPO de (z 2 ,*)

d) Mostrar que a funço f e um ISOMORFISMO de (ii, *) em (z, +)

9, sejam os grupos (Z, +) e (G = (1,_i,i,_i}, .), onde


Mostrar que a função f: Z - O definida por f(n) = i ' para to
do nEZ e um EPIMORFISMO de (z, +) em (G, ) e determinar o
seu NcTCLEO.

10. Seja Aut(G) à conjunto de todos os AUTOMORFISMOS de um grupo


(G, *). Demonstrar que (Aut(G), o) é um GRUPO (denominado
GRUPO DOS AUTOMORFISMOS DE (G, *)).

11. Sejam (, ) um grupo e a um elemento de G(aEG). Mostrar que


a funço fa: G — G assim definida:

f(x) a*x*a, xEG

um AUTOMORFISMO DE (o, ).

Este autoorfismo é denominado AUTOMORFISMO INTERNO DE (o, *)


DETERMINADO PELO ELEMENTO a.

12. Seja A.(G) o conjunto de todos os AUTOMORFISMOS INTERNOS de


um grupo (o, "e ). Demonstrar que (A(G) o) é um GRUPO (denomi-
nado GRUPO DOS AUTOMORFISMOS INTERNOS DO GRUPO (O, *))

l sejam (G, ) um grupo e f G--G uma funço SOBREJETORA defi


nida por f(s)=a, VaEG Demonstrar que f é um ENDOMORFIS-
'O DE (o, ') se e somente se (G, *) e ABIA1\O
1. O rupo (G, *) ABELIANO e ISOORFO ao grupo (G,, T). Demons-
trar que o grupo (G 1 , -T- ) também e ABELIANO

15 Sejam (G, *) um grupo e f G—.-G um ENDOMORFISMO DE (G, *)


Demonstrar que ( [aEG 1 f(a) = a }, *) e um SUBGRUPO de (G, *)

16 Sejam (G, *) e (G 1 T) dois grupos, f um HOMOMORFISMO


DE (G,*) EL (G 1 ,T) e (H, *) um SUBGRUPO de (G, *)• Demons-
trar que (f(H), r) e um SUBGRUPO de (G 1 , T)

17 Sejam (G, *) e (0 1 ,T) dois grupos, um HOMOMORFISMO


DE (G, *) E (G 1 ,T) e (K,T) um SUBGRUPO NORIt.zAL de (G 1 ,Y)
Demonstrar que (f(K), *) e um SUBGRUPO NORMAL de (G, *), sen
do f -1 (K) =jao 1 f(a)EK}

18 Demonstrar que dois grupos FINITOS quaisquer de ORDEM 2 so


ISOMORFOS

19. Sejam f,g: G dois HONOMORFISMOS de um grupo (G, *) num


grupo ABELIANO (0 1 ,T) Demonstrar que a função h G—.-G 1 de-
finida por h() = f(a)Tg(a) também e um HOMOMORFISMO DE
(G, *) EM (G1 , T)

20 Mostrar que o g- po aditivo (R, +) e multiplicativo (R*, )


no so isomorfos
Parte III- ANÉIS E CORPOS

Capitulo 16
ANEIS. NOÇÕES FUNDAMENTAIS

16.1 Conceito de anel

seja (A, *, T) um conjunto no vazio A (A ) MUNIDO de duas op6


raçes, * e T

DEFINIÇÃO

Diz-se que (A, *, T) e um ANEL se e somente se as operaçes * e


T possuem as seguintes propriedades:

(A1) A operação * é ASSOCIATIVA:

(a*b)*c=a*(.b*c), Va-,b,cEA

(A2) A operação admite ELEMENTO NEUTRO eEA:

a * e = e*a = a-, VSEA

Todo elemento de A e SIMETRIZAVEL para a operação *

aEA, a * a' =a' * a,= e

(A 4 ) A operaçao é COMUTATIVM

a*b = b* 'V'a,bEA

() A operação T e ASS)CIATI A

- t 1a,b
210

(A 6 ) A operaço T é DISTRIBUTIVA em relação à operação *:

a T(b*c) = (a Tb) *(aTc

(b * c) Ta = (bTa) * (c T a)
V a q b,cEA
Em outros termos, a terna ordenada (A, * t -7- )é um ANEL se e somen-
te se so v1idas as trs seguintes condições:

() (A, *) um GRUPO ABELIANO;

(II) (A, T)é um SEMI-GRUPO;

(III) A operaço T é DISTRIBUTIVA em re1aço à opexaço *

O ELEMENTO NEUTRO e para a operaço , isto éq o ELEMENTO NEUTRO e


do grupo abeliano (A, *), chama-se ELEMENTO NEUTRO DO ANEL (A,*,T).

o GRUPO ABELIANO (A, *) e o SEMI-GRUPO (A, T) so chamados comu-


mente de GRUPO e SEMI-GRUPO DO ANEL (A, * , T).

16.2 Anel comutativo. Anel unitário

Seja (A,. *, -F )um ANEL. se a operaço T é COMUTATIVA:

(A7 ) aTb= bTa, Va,bEA

diz-se que (A, *, T) é um ANEL COMUTATIVO.

Se a opEraçao T admite ELEMENTO NEUTRO f € A:

(A 8 ) aTf= fTa= a, aEA

diz-se que (A, *, T é um ANEL UNITÁRIO.

Portanto, num ANEL UNITÁRIO (A, , T), o semi-grupo (A, T )é um


MONÓIDE, e num ANEL COMUTATIVO UNITÁRIO (A, , T ),o semi-grupo
(A, ) um MONÓIDE COMUTATIVO.
211

16,3 Anel com as notações aditiva e


multipi. 1 cat1v

As operaçes * e T de um anel (A, *, T ) podem ser indicadas pe-.


las notaçes ADITIVA e MULTIPLICATIVA, respectivamente (* +,T .1

Ento, o anel escreve-se (A, +, .) e, portanto, as operaçes+ (adi


ço) e . (multiplicação) possuem as seguintes propriedades:

(A1) (a+b)+c = a+(b+c), Va,b,cE A

(A2) a+O=O+a=a, VEA

(A3) VaEA, (-a)E A 1 a* (-a) = (-a) + a = O

(A4) a + b b + a, Va,btA

(A5) (a.b).c = a.(b.c), Va,b,CEA

a.(b+c) = a.b + a.c

(A6) (b+o).a = b.a + c.a

Logo, a terna ordenada (A, +, ,) é um ANEL se e somente se so va-


lidas as tr&s seguintes condições:

(1) (A, +) é um GRUPO ABELIANO;

(II) (A, .)é um SEMI-GRUPO;

(III) A multiplicaço (.) é DISTRIBUTIVA em relaço à adiço(+)

O ELEMENTO NEUTRO OEA para a operaço + (adiço) chama-se ELEMEN


T() ZERO ou apenas ZERO do anel (A, +,

O GRUPO ABELIANO (A, +) e o SEMI-GRUPO (A, ) so chamados habitu-

almente de GRUPO ADITIVO e SEMI-GRUPO MULTIPLICATIVO do anel


(A, +,

Num ANEL COMUTATIVO (A, +, .), a operaço (multiplicaço) COMU


TATIVA:
212

(A.» a b = b , Va,bQ A

Num ANEL UNITÁRIO (, +, ), a operaço (multiplicação) admite


ELEMENTO NEUTRO 1 E A

(A 8 ) a.1 = 1.a = a, VaA

que e denominado ELEMENTO UNIDADE ou apenas UNIDADE do anel


(A,+ )

16.4 Exemplos de aneis

(1) As ternas (z, +, ), (Q, +, ) e (R, +, ) sio ANÉIS, pois,


para cada uma delas, so válidas as trs seguintes condições.

(1) (z, +), (Q, +) e (R, +) so GRUPOS ABELIANOS,

(II) (Z, ), (Q, ) e (R, ) so SEMI-GRUPOS,

(iii) ii MULTIPLICAÇÃO ( ) em Z,Q e R e DISTRIBUTIVA em re1acx


ADIÇO (+) em Z, Q e R

Alem disso, a operação de multip1icaço ( ) em Z, Q e R e COMUTATI


VA e admite ELEMENTO NEUTRO 1

Portanto, (Z, +, ), (Q, +, ) e (R, +, ) so ANÉIS COMUTATIVOS


COM ELEMENTO UNIDADE, denominados, respectivamente ANEL DOS NUME-
ROS INTEIROS, ANEL DOS NJMEROS RACIONAIS e ANEL DOE, NÚMEROS REAIS

(2) A terna (2z, +, ), onde 2Z denota o conjunto dos numeros in-


teiros PARES, e um ANEL, pois, so validas as trs seguintes condi
çes

(1) (2Z, -iV ) e um GRUPO ABELI O,

(:1) (2z, ) e um SEMI-GRUPO,

V II:) A M ULTIPLICAÇZ0 ) e DISTRIBTI/A em r.='» a adição


(+).
213

Alem disso, como a opera ,,, de mu1tip1icaço (.) em 2217 e COMUTATI-


VA, mas no admite ELEENTO NEUTRO, segue-se que (2z, +, .) um
ANEL COMUTATIVO SEM ELEMENTO UNIDADE.

(3) A terna (P(E), 6, O ) é um ANEL, pois, são validas as tr&s se-


guintes condiçes:

(1) (P(E), A )é um GRUPO ABELIANO:

(II) (P(E), O )é um SEI-GRUPO;

(II) A INTERSEÇÃO ( fl )e DISTRIBUTIVA em relação a DIFERENÇA


sIr:TRICA ( ).

Alem disso, a operação de interseçao ( fl ) em P(E) é COMUTATIVA e


admite ELEMENTO NEUTRO o conjunto E.

Portanto. (P(E), fl )é um ANEL COMUTATIVO UNITÁRIO.

(4) A terra (Z7 /(m), +, .), rnde zn>i, e um ANEL, pois, so vali-
das as trs seguintes condiçes:

(i) (Z/(m), e um GRUPO ABELIANO;

(II) (Z:'(rn), .) é um SEMI-GRUPO;

(III) A MULTIPLICAÇÃO MÓDULO a (.) é DISTRIBUTIVA em re1aço


ADIÇO MÓDULO a (+).

Por outro lado, a multip1icaço mdu10 rn (.)é COMUTATIVA e admi-


te ELEMENTO NEUTRO-a classe residual Ï.

Portanto, (Z/(rn), +, .) um ANEL COMUTATIVO COM ELEMENTO UNIDADE,


denominado ANEL DAS CLASSES RESIDUAIS MÓDULO m ou ANEL DOS INTEI-
ROS MÓDULOm.

(5) Seja o conjunto A {a + b a,bEZ. A terna (A, +, .)


um AUEL. pois. temos:
214

(i) (A, +) um GRUPO ABELIANO;

(II) (A, .) t um SEMI-GRUPO;

(III) A MULTIPLICAÇÃO (.) é DISTRIBUTIVA em relço à ADIÇÃO


(+).

Por outro lado, a muitipiicaçao (.) em A é COMUTATIVA e admite ELE


MENTO NEUTRO: 1 = 1 + o. 'f E. A.

Portanto, (A, é um ANEL COMUTATIVO COM ELEMENTO UNIDADE.

(6) Seja RR o conjunto de todas as FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL:

= [f 1 f

A terna (RR, +, .) e um ANEL, pois, temos:

(1) (RE, +) é um GRUPO ABELIANO;

(II) (R' , .) é um SEMI-GRUPO;

(iii) A MULTIPLICAÇÃO (.) é DISTRIBUTIVA em relação à ADIÇÃO


(+).

Por outro lado, a multiplicação (.) em RR e COMUTATIVA e admite


ELEMENTO NEUTRO - a FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL, CONSTANTE,
R —=R, definida por lR(x) = 1, VxE.R, denominada FUNÇÃO
UNIDADE EM R.

Portanto, (RR, +, .) e um ANEL COMUTATIVO COM ELEMENTO UNIDADE.

E interessante notar que a terna (RR, , o), onde "o" denotanope-


raço de COMPOSIÇO DE FUNÇÕES, NO E UM ANEL, porque a operação
de composição neTo é distributiva à esquerda em relação à operaÇO
215

de adiço:

f'o(g h) fog + foh

(7) Seja M 2 (R) o conjunto de todas as MATRIZES reais quadradas de


ORDEM 2 A terno (M 2 (R), +, ) e um ATJEL, pois, temos

(1) (M 2 (R), +) é um GRUPO ABELIANO;

(II) (M2 (R), .) é um SEMI-GRUPO;

(iii) A MULTIPLICAÇÃO ( ) e DISTRIBUTIVA em re1aço a ADIÇÃO

Alem disso, a operaço de muitipiicaço (..) em M 2 (R) NO COMUTA-


TIVA:

o
F1 [3 [5
'1 [3 1 [i 01
[2 iJ L' 01 L7 2][i oJ[i O 2 iJ
mas admite ELEMENTO NEUTRO-a MATRIZ UNIDADE DE ORDEM 2, 12:

A.I 2 = I 2 .A = A, VAEM2 (R) e 1 2= 0]L

[231

Li 9j
r'
Lo iJ
olri
Lo
01 r2 Li
31[2
9J Li
31

9J
ii
Portanto, (M 2 (R), +, .) um ANEL NO COMUTATIVO COM ELEMENTO UNI-
DADE.

(8) A terna ({OT , +, .) é um ANEL, PORQUE ({o} , +) é um GRUPO


ABEIANO (ft} , ) e um SEMI-GRUPO e a MULTIPLICAÇ0 ( ) e r 1'-
TRIBUTIVA em re1aço a ADIÇÀO

0.(0 + O) = 0.0 + 0.0 = O

(0+ O).O 0.0 + 0.0 = O


216

Por outro lado, a niultipl±caço (.) em {o} é COMUTATIVA e admi-


te ELEMENTO NEUTRO: O. Portanto, ([o} +, .)é um ANEL COMUTATI-
VO COM ELEMENTO UNIDADE, denominado ANEL NULO.

(9) Seda (A, +) um GRUPO ABELIANO. Munindo o conjunto A de uma ope


ração de MULTIPLICAÇÃO (.) definida por

a.b = O, Va,bEA

a terna (A, +, .) é um ANEL COMUTATIVO SEM ELEMENTO UNIDADE, deno-


minado ANEL TRIVIAL associado ao grupo ebeliano (A, ).

Com efeito, o grupide (A, .) é um SEMI-GRUPO:

(a.b).c O.c = O = a.O = a.(b.c), Vã, b,c EA

e a multiplicação (.) é COMUTATIVA (a.b = b.a = O) e DISTRIBUTIVA


em relaço à adiço (+):

a.(b+c)= 0 0 + 0 = a.b + a.c,


21?

EXERCÍCIOS

1. Mostrar que a terna (Z, *, T e,um ANEL COMUTATIVO UNITRIO,ás

operaçes * e T em Z sendo definidas por

ab=a+b-1 e aTb=a+b - ab

2. Mostrar que a terna (Q, *,T) um ANEL COMUTATIVO UNITÃRIO,as


operaçes * e T em Q sendo definidas por

a*b=a+b_3 e aTb=a+b - ab

3. Seja o conjunto Z( í2 {a + h F2 i a,bEZ}. Mostrar que a


terna (Z( v'), +, é um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO UNIDADE.

4. Mostrar que a terna (z 2 , O , ® )é um ANEL COMUTATIVO, as opera


çes O e em Z sendo definidas por

(a,b) O (c,d) = (a + o, b + d)

(a,b) (c,d) (ac, O)

5. Mostrar que a terna (Z, *,T) é um ANEL COMUTATIVO UNITÁRIO,

as operaçes * e T em Z sendo definidas por

(a,b) * (c,d) = (a + c, b + d

(a,b) T (c,d) = (ac - bd, ad + bc)

6. Sejam (A, +, .) e (E, *, T) dois ANEIS COMUTATIVOS UNITÁRIOS.


Mostrar que a terna (Ax E, O , ( g ) tarnbm e um ANEL COMUTATIVO
UNITÁRIO, as operaçes O e ® no PRODUIG CARTESIAO A E sen-
do definidas por
218

(a,b) O (c,d) = (a + c, b * d)

(a,b) ® (c,d) = (a.c, b T d)

7. Mostrar que a terna (z2, *, T )é um ANEL COMUTATIVO UNITÁRIO,


as operaçes * e T em Z2 sendo definidas por

(a,b) * (c,d) (a + c, b + d)

(a,b) T (c,d) (ac, ad + be)

Mostrar que a terna (tO,1}, ,T) é um ANEL COMUTATIVO UNITÁ-


RIO, as operaçes * e y em {o,i} sendo definidas pelas TÁ-
BUAS:

* o 1 T O 1

o i o o o
±LL 1 íi±±

9. Mostrar que a terna ({0,1 1 2,3} , O , Ø )é um ANEL que NÃO


COMUTATIVO nem UNITÁRIO, as operaçes O e ® em [0,1,2,3}
sendo definidas pelas TÁBUAS:

O O 1 2 3

O• •0 1 2 3

1 1 O 3 2

2 2 3 O 1

3 3 2 1 O

10. Seja M 2 (R) o conjunto de todas Rs MATRIZES reais quadradas de

ordem 2 da forma
219

r5
bI
aj

Mostrar que a terna ~ , ) e um ANEL COMUTATIVO coir, ELE


MENTO UNIDADE.

11 Seja o anel (z/(30), +, ) das classes residua i s modulo 30 De


terminar:

(±) -, - e -T

(. ) 1 ()_1 e
(2.1)

12. Resolver a equaço ()2 + 2. + =6 no anel (z/(6), +,

13. Mostrar que a terna (R 2 , *,T) é um ANEL COMUTATIVO UNITÁRIO,


as operaçes * e T em R 2 sendo definidas por

(a,b) * (c,d) = (a+ c, b + d)

(a,b) T(c,d)ac, ad+bc+bd)

14 Mostrar que a equaço (x) + 2 + - 6 no tem soluçao no


anel (z/(6),

() 2 +
o
15 Resolver a equaço no anel (z/(12) 9 +, )

16. Resolver a equaço 2.() 2 + i+. + =5 no anel


(z/(io), +, .).

(1J Seca o conjunto A =[a + b \f+ e V a,b,c(Z Mostrar ,


que a terna (A, +, .) NO É UM ANEL
Capitulo I
PROPRIEDADES DOS ANÉIS

17.1 Propriedades elementares de um anel

Seja (A, +, .) um ANEL. Como (, +) é um GRUPO ABELIANO, ternos as


seguintes PROPRIEDADES ELEMENTAREs para o anel (A,

(p1 ) Qualquer que seja aEA, se tem: -(-a) = a.

(P2) Quaisquer que sejam a,b A, se x+ a b, ento


x + (-a) = b - a.

Em particular:
(i) x+a=a - x

x+a=O -= x=-a

(P3) Todo elemento aEA é SIMPLIFICÁVEL para a operaço de ADI-


(+):

a+b = a+c b=c b,cEA

NOTA. - Estas propriedades elementares para o anel (A, *,T) são:

(a')' = a, YaEA

(p2 ) x = b, x = bta',' Va,bEA

(i) x = a x = e

(ii) x * a e ===x a'

(p 3 ) a*b = a*c bc, a,b,cEA


222

17.2 Outras propriedades de um anel

TEOREMA 1.

Num anel (A, +, .), qualquer que seja o elemento aEA, se tem:

= O.a = O
DEL- Como a multiplicaço (.) é DISTRIBUTIVA em relação à adiço
(+), temos:
a/ + a.O = a.(O + o) = a.O = a,Á+ o

ou sea, SIMPLIFIcANDq o elemento a.OEA:

a.O O

Analogamente, temos:

+ O.a = (O + O).a O.a= + O ; O.a = O

Portanto, EM TODO ANEL, O PRODUTO POR O É O.

NOTA.- Num anel (A, *,T), se tem:

aTe= eTa= e, Va

onde e denota o ELEMENTO NEUTRO do anel.

T)REMA 2.

Num anel (A., +, .), quaisquer que sejam os elementos a,bEA, se


tem:
a.(-b) (-a).b = -(a.b)

DEM.- Como a multiplicaço (.) é DISTRIBUTIVA em relaço à. adição


(+) e (-b) + b = O, temos:

a.(-b) + a.b = a.((-b) .i. b) = a..O = O

Logo, a.(-b) o OPOSTO de a.b, isto :


223

a.(-h)-(a.b)

Analogamente, temos:

(-a).b+a.b = ((-a) + a).b = O.b O ===(-a).b = .-(a.b)

Em particular, num anel (A, +, com ELEMENTO UNIDADE, temos:

-a, VaEA

NOTA.- Num anel (A, *,T), se tem:

aTb' = a' Tb = (aTb)', Va,bE A

onde a', b' e (a Tb)? so os SIMÉTRICOS respectivos dos ele-


mentos a, b e aTb de A para a operaço '.

COROLRIO

Num anel (A, +, .), quaisquer que sejam os elementos a,bA, se

tem:
(-a).(-b) = a.b

DEM. - Com efeito:

-((-a).b) = -(-(a.b)) = a.b

Era particular, num anel (A, +, .) com ELEMENTO UNIDADE, temos:

NOTA.- Num anel (A, *,T), se tem:

a' Tb' = aTb, Va,b EA

onde a' e b' so os SIMÉTRICOS respectivos de a e b para a opera


224

TEOREMA 3

Num anel (A, +, .), quaisquer que sejam os elementos a,b,cEA, se


tem:

a.(b-c) = a.b - a.c

(b-c).a=b.a-c.a

DEM.- Como a multiplicaço (.) distributiva em relaço a adiço


(+), temos:

a.(b - o) = a.(b + (-c)) a.b + a.(-c) =

= a.b + (-(a.c)) = a.b - a.c

Analogamente, tios:

(b - c).a = (b - (-c)).a = b.a +

b.a + (-(c.a)) = b.a - c.a

Portanto, num anel (A, +, .), a MULTIPLICAÇÃO (.)é DISTRIBUTIVA


em relaço . SUBTRAÇO (-).

TEOREMA 4.

Num anel (, +, .) com elemento unidade e tal que A {o} , os ele


mentos O e 1 são DISTINTOS.

DEM.- Sendo A fo}, existe necessariamente aEA, com a O.Po:


tanto, se fosse 1 = O, teriarnos:

a = a.l = a.O O

o que é ume contradiço. Logo, 1 O.

NOTA. Observe-se que 1 O implica:

x = x.]. = x.O O, Vx E A
isto e, A = ( o} e (A, +, .) = ( [ o} , +, .) é o ANEL NULO.
225

1.7.3 Elementos invcrsiveis de um miei


Seja (A, +, um ANEL NO NULO (A {O})com, ELEMENTO UNIDADE. Nes
te caso, o semi-grupo (A,.) é um MONÓIDE, e um elemento aEA des-
te monóide é INVERSÍVEL se e somente se

-1 -1

Pois bem, todo ELEMENTO INVERSÍVEL do monide (A, .) diz-se ELEMEN


TO INVERS±VEL DO ANEL (A, +,

O conjunto U(A) de todos os ELEMENTO INVERSÍVEIS DO ANEL (A, +,


munido da opEraçao de .multiplicaçc (.) constitui pois um GRUPO
(u(A), .), denominado GRUPO DOS ELEMENTOS INVERSÍVEIS DO ANEL (A,
+,

Obviamente, o ELEMENTO UNIDADE (i) do anel (A, +, .)é INVERSÍVEL


(1u(A)), mas o ELEMENTO ZERO (o) do anel (A, +, .) NO É INVERS.
VEL (OU(A)), porque

O.xxO.Ol, VXEA

Portanto, temos:
U(A)CA*

EXEMPLOS:

(1) Nos anais (Z, +, .), (Q, +, .) e (R, +, .), temos:

U(z) = [-i,i} , u(Q) = 0*, U(R) =

(2) Consideremos as operaçes de adiçao (+) e de multipiicaço (.)


em Z 2 assim definidas:

(a,b) + (c,d) = (a + c, b + d)
226

A terna (Z 2 , +, *),e um ANEL COMUTATIVO COM ELEMENTO UNIDADE


(1,1) no qual

u(z 2 ) =

(3) No anel (Z/(12), +, ), COMUTATIVO e com ELEMENTO UNIDADE Ï,te


mos:

u(z/(12))

174 Divisores de zero

DEFINIÇÃO

Seja (A, um ANEL NÃO NULO (A fo} ) Dois elementos a e b de


A (a,bA) tais que

aIO, bO, a.b=O

chamam-se respectivamente DIVISOR DE ZERO À ESQUERDA e DIVISOR DE


ZERO À DIREITA do anel (A, +, Também se diz que a e b sio DIVI
SORES DE ZERO do anel (A, +,

Obviamente, num ANEL COMUTATIVO todo DIVISOR DE ZERO de um lado


também o é do outro lado

EXEMPLOS:

(1) O anel comutativo (Z, +, .) NÃO POSSUI DIVISORES DE ZERO, por


que no existem dois inteiros a e b diferentes de zero cujo produ-
to a.b seja igual a zero:

a.b =O=a =0 ou b =0

(2) No ANEL COMUTATIVO (z/(6), +, ) das classes residuais modulo


6 9 cujo ELEMENTO ZERO 5, temos:
22?

Logo, , 3 e 4 so DIVISORES DE ZERO do anel (z/(6), +,

NOTA. - O ANEL COMUTATIVO (Z/(rn), +, .) das classes residuais m-


dulo m no possui. DIVISORES DE ZERO quando o numero ir. e PRIMO.

(3) No ANEL COMUTATIVO (z 4 , +, .), as operações de adição (+) e de


multiplicaço (.) em Z sendo definidas por

(a,b) + (c.d) = (a + c, b + d)

(a,b).(c,d) = (ac, bd)

cujo ELEMENTr ZERO é o par ordenado (0,0), temos:

(1 9 0) Á (0,0), (0,1) (0,0), (l,o).(O,l) = (0 9 0)

Logo, os pares ordenados (1 1 0) e (0,1) so DIVISORES DE ZERO do


2
anel (z , +,

De modo geral, todo par ordenado (a,O), com a 0, é DIVISOR DE


ZERO do anel (Z ' , +, ), porque, para todo inteiro d O, temos

(a,O).(O,d) = (0,0)

Analogamente, todo par ordenado (0,b), com b 0, é DIVISOR DE ZE


e
RO do anel (z , +,

Por consequência, o conjunto D(Z 2 ) dos DIVISCRES DE ZERO do anel


2
(z , +, e: •)

D(Z 2 ) = (a,b)EZ 2 1 a=O ou b=0}

() No ANEL COMUTATIVO (P(E),, fl), o ELEMENTO NEUTRO para a ope-


ração (DIFERENÇA SIMÉTRICA) o conjunto vazio . Logo, dois
elementos A e E de P(E) tais que
228

B4, AflB=

so DIVISORES DE ZERO do anel (P(E),,fl)

1.7,5 Elementos sirnp1ificveis


No anel (Z/(5), +, .), SEM DIVISORES DE ZERO, e VERDADEIRA (v) a
proposiço:

isto , o elemento 9-z/(5) é SIMPLIFICÁVEL para a operação de


multiplicaço (.). Mas no anel (z/(4), que POSSUI DIVISORES DE ZE-
RO, é FALSA (F) a proposição:

2.1 2.3 l=3

isto é9 o elemento 2EZ/(4) NO É SIMPLIFICÁVEL para a operação


de multiplicaçao (.)

TEOREMA

Num anel (A, +, ,), SEM DIVISORES DE ZERO, todo elemento nao nulo
a de A(O 9 aEA) é SIMPLIFICÁVEL para a operação de multiplicação
(J, isto :

a.b = a.c ou b.a a c,a ===> b = c, (b ,c E A)

DEM. Suponhamos ab = a.e. Ento:

a,(b e) = a.b a.c = O

Como a O e o anel (A, +, .) no possui DIVISORES DE ZERO, se-


gue-seque b-c0 ou b=c.

Analogamente, se ba = c.a, ento:

(b-e).a = b.a - e.a = 0 === b - e = 0 ou b = e


229

17.6 Anis de int.eridade

DEFINIÇÃO

Chama-se ANEL DE INTEGRIDADE todo anel COMUTATIVO (,., +, ) cow


ELEMENTO UNIDADE e SEM DIVISORES DE ZERO

Em outrDs termos, ANEL DE INTEGRIDADE todo anel COMUTATIVO

(A, +, .) com ELEMENTO UNIDADE no qual é VERDADEIRA (v) e proposi-

çao:

a A O e b O ab O, Ya,bA

ou seja:

a b=O ; a = O ou b O, a,bzA

Num ANEL DE INTEGRIDADE (A, +, ), toco elemento no nulo aEA e

SIMPLIFICÁVEL para a operaço de multiplicaço ( ), isto e

ab=ac=4b=c, a, t, e aO

EXEMPLOS

(1) As ternas (Z, + ), (Q, +, ) e (R, +, ) so ANES DE INTE-


GRIDADE, porque so ANEIS COMUTATIVOS com ELEMENTO UNIDADE e SEM
DIVISORES DE ZERO

ab=ba, a1=1aa abO==a=O ou b

quaisquer que sejam os elementos a, b, c de Z, Q ou P

(2) A terna (6Z, +, ) NO E UM ANEL DE INTEGRIDADE, porque e ulf


ANEL COMUTATIVO SEM ELEMENTO UNIDADE

6x .e = 6x C-

(3) A terna (Z/(m), +, ) e um ANEL De INTEGÍRIDADEque-não o P)D)LO


230

1
m é um numero PRIMO, porque e um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO UNI-
DADE e SEM DIVISORES DE ZERO

17 7 Caricleristica de um anel

DEFlNIÇO

Chama-se CARACTERÍSTICA de um anel (A, +, ) o MENOR numero natu-


ral n(nN), se existe, tal que n a = O para todo elemento aEA
Se isl numero natural n no existe, diz-se que o anel (A, +.)tem
CARACTERÍSTICA ZERO (o)

Num anel (A, +, ) com ELEMENTO UNIDADE 1 e de CARACTERÍSTICA n> 0,


o produto n,l = O.

A CARACTERÍSTICA de um anel (A +, .) indica-se por

EXEMPLOS

(1) Ceda um dos aneis (z, +, ), (Q, +, ) e (R, +, ) tem CARAC


TERISTICA O, porque

na o, VnN e aEZ, 0, R

(2) o anel (z/(6), +, .) tem CARACTERÍSTICA 6, porque 6 é o MENOR


número natural tal que 6 = O, qualquer que seja a classe resi
dual aEZ/(6).

(3) O anel (P(E),L,fl) tem CARACTERISTICA 2, pois, temos

xx =, VXEP(E)
231

EXERCÍCIOS

1. Achar os eleientos INvERsÍvEIs do anel (z/(10) 1 +,

2. Achar todos os DIVISORES DE ZERO do énel (z/(iO), +,

3. Chama-se ANEL DE BOOLE todo anel. (A, +, .) tal que á 2 a


para todo aEA. Mostrar que (z/(2), +, .).e (P(E),,fl)são
ANIS DE BOOLE.

4. Num anel (A, .'., .), um elemento aEA diz-se NILPOTENTE se e


somente se existe nEN tal que a O. Demonstrar que num
ANEL DE INTEGRIDADE o ELEMENTO ZERO e o unico elemento NILPO-
TENTE.

5. Mostrar que num anel com ELEMENTO IDENTIDADE nenhum DIVISOR DE


ZERO é INVERSÍVEL.

6. Sejam (A, +, .) um anel e s9 b, c e d elementos de A.Demons


trar:

(ii) (a b).(c • d) a.c + b.c + a.d + b.d

7. Seja (A, •, .) um ANEL DE INTEGRIDADE. Demonstrar:

(i) Se ar_- A e a2 = 1, ento a = 1 ou a =

(ii) Se a(--A e a 2 = a, ento a = O ou a =1.

8. Seja (A, +, ,) um ANEL DE BOOLE. Demonstrar:

(i) ab+ba=O, Va,bEA

(ii) a+a2aO, VaEA


232

9. Demonstrar que todo ANEL DE BOOLE é COMUTATIVO.

10. Demonstrar que um anel (A, +, .) é COMUTATIVO se e somente se

(a+b) 2 =a2 +2.b+b2 , Va,b.EA

11. Achar os elementos INVERSÍVEIS dos anais:

(i) (z/(4) 9 +,

(ii) (z/(5),

12. Seja (A, +, .) um anel tal que (A, +) um GRUPO CÍCLICO. De-
monstrar que (A, +, .) um ANEL COMUTATIVO.

13. Achar os elementos NILPOTENTES do anel (Z/(12), +,

14. Determinar todos os DIVISORES DE ZERO do anel (z/(8),

15. Determinar todos os DIVISORES DE ZERO do anel (R 2 , as


operaçes * e T em R sendo definidas por

(a,b) * (c,d) = (a + c, b + d)

(a,b) T (c,d) = (ao, ad + bc + bd)

16. Demonstrar que todo DIVISOR DE ZERO de um anel mao e INVERSI-


V EL.

17. Demonstrar que a CARACTERÍSTICA de um ANEL DE INTEGRIDADE


(A, +, .)é ZERO ou um nCimero natural PRIMO.
Capitulo 18
SUIJA\ÊJS E IDEAIS

18.1 Conceito cio Subne1

DEFINIÇÃO

sejam (A, +, ) um ANEL e E uma PARTE no vazia do conjunto


A( d) 4 E CA) A terra (E, .s, ) diz-se um SUEA"EL de anel
se e somente se (E +, ) tairbeir e um ANEL

Em outros termos, chama-se SUBANEL de uxr anel (A, +, ) toda terna


(E, +, ) que satisfaz duas seguintes condições:

(s1) E e uma PARTE não vazia de A( ECA FECHADA em reis


çao as operaçes (+ e ( ) do anel, isto e

a+b e a bEB, Va,bEP

(s2) (E, +, ) também e um ANEL, isto e

(1) (E, +) e um GRUPO ABELIA!'O,

(II) (E, ) e um SEMI-GRUPO,

(III) A muitipizcaçao ( ) e DISTRIBUTIVA em relaçao a


ediçao (+)

Em A, a aàiçao (+),é COMUTATIVA e ASSOCIATIVA, e a multiplicação


( ) e ASSOCIATIVA e DISTRIBUTIVA em reiaçao a adiçao (+), porque
A, + ) e um anel, e porconseguinte
a. o mesmo ocorre eu, E, por-
que EA

Se o alei (A. e COMUTPTIVO ertao toaos os seus SUBANEIS tam


bem so cow_:TIvos Porque a comutatividade da. multip 1eaç90 ( 2
234

em A garante a comutatividade desta operação em E, porque B CA.

Como B CA e (E, +) um GRUPO, segue-se que (3, +) um


SUBGRUPO do grupo abeliano (A, +), e por conseçuancia podemos tam-
bm dizer que um SUBANEL de um anel (A, +, .) é toda terna (,+,.)
que satisfaz as duas seguintes condiçes:

(T1) E é uma PARTE no vazia de A 4 B CA) FECHADA em ré-


laço à operaço de multiplicação (.) do anel;

(T2) (B, +) é um SUBGRUPO do grupo (A, +).

Pela condiço (T 2 ), o ELEMENTO NEUTRO O do anel (A, +, .) tainbxn


o ELEMENTO NEUTRO de todos os seus SUBANIS.

18.2 Subanis pr6prios e impróprios

Todo anel no nulo (A, +, .) admite pelo menos dois subanis:o pr íõ

prio anel (A, +, .) e o ANEL NULO ( [ o} , +, .), denominados SUB-


ANEIS TRIVIAIS ou SUBANIS IMPRÓPRIOS. Os demais subanis de (A,
+, .), se existem, chamam-se SUBANIS PRÓPRIOS.

18.3 Exemplos de subartis


(1) A terna (2z, +, .) um SUBANEL do ANEL (z, +, .), porque o
conjunto 2Z dos números inteiros PARES é uma PARTE no vazia do
conjunto Z dos mímeros inteiros 2ZCZ) FECHADA em relaço
.s operaçges de adição (+) e de multiplicaço (.), pois, tanto a
SOMA como o produto de dois números inteiros PARES é uni nmero in-
teiro PAR. Alem disso, a terna (2z, + ,) também e um ANEL.

Observe-se que o subanel (2z, +, ,) no contam o ELEMENTO UNIDADE


1 do anel (z, +, •), porque 1 é um número inteiro ÍMPAR (l 2z).

(2) Seja o conjunto B = fa+b '31 a,bEZ}. A terna (E, , .)


um SUBANEL do ANEL (R, .), porque o conjunto E e uma PARTE no
235

vazia do conjunto R dos números reais (BCR) FECHADA em rela-


ço às opersçes de adiço (+) e de multiplicaço, pois, temos:

(a + b v) + ( o + d T) (a + c) * (b + d) 'í-3- EB

(a + b (o + d f) = (ao + 3bd) + (bc + ad) \TE

Alem disso, a terna (E, +, .) tambm é um ANEL.

(3) A terna ( 6,
}, , ,um SUBANEL do ANEL (Z/(6), +,
.) das classes residuais módulo , porque o conjunto 16, 3 1 }
uma PARTE no vazia de z/(6) = j5. i, , , , } FECHADA em ré
laço às operaçes de adiço (+) modulo 6 e de mult.iplicaço (.)m
dulo 6, como mostram as ÚBUAS:

+ 6
6 6 6
11 --
I õ 6

Além disso, a terna ( { 6, , } , +, • ) tambm é um ANEL.

18.4 Caracterizaçó de um subanel

TEOREMA

Sejam (A, +, •) um anel e B uma parte no vazia de A.A terna


(E, +, .) é um SUBANEL de (A, +, se e somente se so válidas as
duas seguintes oondiçes:

(i) Va,bEE == a - bEB

(ii) \/a,bB a EB

DEM.- (===) Seja (E, +, •) um SUBANEL de (A, +, •). Então, E


uma PARTE no vazia de A ( E CA) FECHADA em relaço às opera-
236

çes (+) e (.) do criei e, portanto, a impiicaço (ii) VERDADEIRA


(v).

Por outra parte, como (E, +) é um SUBGRUPO do grupo abeiiano(A,4),


temos:

Va,bEB ', a + (-b) O


ou seja:

Va,bEB ==a-b

isto e, a ixnplicaço (i) também VERDADEIRA (V).

(== ) Seja B uma PARTE rio vazia de A(jg BCA) verifican-


do as condiçes (i) e (ii). Ento, pela condiço (ii), E e FECHADA
em relaço à operaço de multiplicação (.) do anel, e pela condi-
ção-(i), (B, +) é um SUBGRUPO do grupo abeliano (A, +).

Portanto, a terna (E, +, éum SUBANEL de (A, +, .).

EXEMPLOS:

(1) Seja a um numero inteiro (aEZ) e az k.a i k z} o conjun-


to, de todos os múltiplos inteiros de a. A terna (aZ, +, .) é um
SUBANEL do anel (z, +,

Com efeito, quaisquer que sejam x,yEaZ, temos x k.a e y=k 1 .a,
com k,k 1 EZ, o que implica:

x-.y = (k-k ).aEaZ e x.y = (k.a.k1 ).aEaZ


1

(2) Seja o conjunto s= { a/3 1 a,nEZ}. A terna (S, +, .) é um


SUBANEL do anel <Q, +,

Com efeito, quaisquer que sejam x,y ES, temos x = a/3 e y -


com a,b,n,m EZ, o que implica:
m nn+m n+m
x-y (a.3 -b.3 )/3 E s e x.y (&.b)/3 E S
23?

18.5 Iuterseço de subnis

TEOREMA

Se (B, +, .) e (c, +, .) so SUBANIS de um anel (A, +, .), ento


(ï5flC, +, .) também um SiJBANEL de (A, +,

DEM.- Suponhamos que (B, +, .) e (c, +, .) sã o SUBANhSde (A,+,.).


Então, temos:

OEB e 0 = OBflC

BCA e CCA ==BflCCA

Logo, BflC uma PARTE no vazia de A.

Por outra parte, temos:

Vã, b€Bflc=a,bEB e a,bEC


(a - bEB, a.bEB) e (a - b(-,C, a.bEC)

- b€BÍC e a.bEBflC

Portanto, (BflC, +, .) é um SUBANEL do anel (A, +,

NOTA. - A proposição anloga para a REUNIO e FALSA (F), isto e,


a terna (Buc, •) no é necessariamente um SUBANEL de (A, +,

18.6 Conceito de ideal

DEFI NIÇ2(O

Se5s (1, + um SUBANEL do anel (A 9 +, .). O subanel (1, +,


diz-se um IDEAL do anel (A, +, .) se e somente se é valida a condi
çao:

e VaEI x.ai e a.x(I

Portanto, se (A, +, .) é um anel e se 1 uma PARTE naa vazia do


238

conjunto A () 1 CA), ento a terna (1, +, .) é um IDEAL do anel


(A,+, .) se: e somente se so validas as duas seguintes condiçes:

(i) Va,bEI - a - bEl

VXEA e VaEI x mEl e a xEI

No caso em que o anel (A, +, .) seja COMUTATIVO, no consequente da


condiço (ii) basta que se tenha x.aEI, porque ax = x.a.

Sio IDEAIS de qualquer anel (A, +, .) os seus dois SUBANIS TRIVI-


AIS ([o}, +, .) e (A, +, .), denominados IDEAIS IMPRÓPRIOS.

18.7 Exemplos de ideais


(i) .o subanel. (22, +, .) do anel COMUTATIVO (z, +, .) um IDEAL,
porque, quaisquer que sejam o nimero inteiro x e o nCmero inteiro
PAR a, o produto x a é um n.mero inteiro PAR, isto e

VXE.z e V8E22 x.aE2Z

(2) O subanel (z, .'-, .) do anel COMUTATIVO (Q, +, .) NO EUM IDEAL,


porque, p.ex.:

EQ e 2E.Z,mas .2 =Z

Analogamente, o subane]. (0, +, .) dc anel COMUTATIVO (R, +,


UM IDEAL, porque, p.ex.:

VER e 1EQ, mas V.l = 'TQ

Portanto, existem aneis para -tais nem todo subanel 3 um ideal.

(3) Consideremos o anel COMUTATIVO (RR, onde RR denota o.


conjunto de todas as FUNÇES REAIS DE VARIÁVEL REAL, e o conjunto
1 assim definido:
i= o}
239

A terna (i, +, um IDEAL do anel (RR, pois, quaisquer


que sejam as funçes f,gEI e hERR, temos:

(f g)(1) f(l) - g(l) o-o=o =f - gEI


e

(h.f)(l) = h(l).f(l) h(l).O = O ==== h.fI

18.8 Interseção de ideais

TEOREMA

Se (1, +, e (J. +, .) so IDEAIS de um anel (A, +, .), então


(Inj, +, .) também é um IDEAL de (A, ., .).

DEM.- Suponhamos que (1 9 +, .) e (J, +, . so IDEAIS do anel


(A, +, .). Ento, temos:

OEI e OEJ==OEIflJd

ICA e JCAIflJCA

Logo, IflJ e uma PARTE no vazia de A

Por outra parte, temos:

Va,bEInJ e VX€A == (a,b1 e a,bJ) e x

(a,bEi e xEA) e (a,b(J e xÁ)

(a - b, x,a, a.xEI) e (a-b, x.a, a,xEJ)

= a - b, x.a, a.xEIflJ

Portanto, (xn, +, um IDEAL do anel (A, +,

EXEMPLO

As ternas (2Z, +, .) e (3z9 +., .) so IDEAIS do anel (Z, +, .) e,


portanto, a terna:
2+O

(2zn3z, +, .) = (6z, +,

também é um IDEAL do anel (z, +,

18,9 Anel quociente

Seja (1, +, um IDEAL do ANEL (A, +, .). Corno (A, +) é um GRUPO

ABELIANO, o par (1, ) é um SUBGRUPO NORMAL de (A, +), e por conse


guinte podemos construir o GRUPO QUOCIENTE (Ali, *) de (A, +) por

(1, +) Neste GRUPC QUOCIENTE, A/I é o conjunto de todas as CLAS-

SES LATERAIS distintas da 1 em A, isto :

Ali = ta 1 1 aEA }

sendo
a+1=1+ e a + i iEI

e a operaço * em A/I definida pela igualdade:

(a + 1) * (b ± i) = (a + b) + 1

Definamos uma segunda opereço T no conjunto A/I pela igualdade:

(8+1) T (b + I (a.b) + 1

Esta operaçac. T é ASSOCIATIVA:

((a + 1) T (b + 1)) T (e + i) = ((a.b) + 1) T (e + 1) =

= ((ab).c) + 1 = (a.(b.c)) + i = (a + 1) T ((b.c) + 1) =

= (a+ I)T((b+ I)T(c 1))

e DISTRIBUTIVA em relaço operaço :

(a+ 1) T ((b i) * (c+I)) = (a+I) T ((b+ c)+I) =

= (a.(b+c)) + 1 = ((a.b) + (a.c)) + 1 =

+ 1) * ((a.c) + :)
241

= ((a + 1) T(b + 1)) * ((a + 1) T (c + 1))

((b + i) * (c + 1)) T (a+ 1) = ((b c) + 1) T (a+ i)

= ((b + c).a) + 1 = ((b.a) + ( c.a)) + i =

= •((b.a) + 1) * ((c.a) +

= ((b + 1) T (a • 1)) * ((c + i) T (a

Portanto, a terna (A/I, *, m) é um ANEL, denominado ANEL QUOCIEN-


TE DO ANEL (A, +, .) PELO IDEAL (1 9 +,

O ELEMENTO NEUTRO do anel quociente (A/I, *,T) é a classe lateral


O + 1 = 1:

(a + 1) * (O + (a 0) + 1 = a + 1

e o SIMÉTRICO de 8+1 para a operaço * é (-a) + 1:

(a + 1) * ((-e.) + 1) = (a+ (-a)) + 1 = O + 1

EXEMPLO

Consideremos o IDEAL (5z9 +,,.) do ANEL (z, +, .) dos números in-


teiros. As classes laterais distintas de 5Z em Z so precisamente
as classes residuais modulo 59 isto :

Z/5Z x z/(5)

Portanto, consoante as definiçes das operaçes * e Tem Z/5Z, o


ANEL QUOCIENTE DE (z, +, .) POR (5z, *, •) :

(Z/5Z, ,T) = (z/(5), +,) ([6, 1 9 2,1 ,


} +,

18.10 Propriedades dos anais quocientes

TEOREMA 1.

Todo anel quociente de um anel COMUTATIVO tarnbm e COMUtATIV3


242

DEM - Sejam (A, +, ) um anel COMUTATIVO e (1, +, ) um IDEAL des-


te anel Quaisquer que sejam as classes laterais a+i e b+I de
AlI, temos

(a+I)T(b+I) = (a b)+I = (b a)+i = (b+I)T(a + 1)

TEOREMA 2

Todo anel quociente de um anel UNITÁRIO também e UNITÁRIO.

DEM - Sejam (A, +, ) um anel com ELEMENTO UNIDADE 1 e (I, +, )um


IDEAL deste anel. Qualquer que seja a classe lateral a+Ide AlI,
temos:

(l+I)T(a+I)=(l.a)+I=8+I

(a+I)T(l+I)=(al)+I=a+I

Observe-se que 1 + 1 1 se e somente se lI, isto e, 1 A

EXERCÍCIOS

1. Determinar os subanis próprios dos seguintes anais:

a) (z/(4), +, .) b) (Z/(12)9

e) (z/(15)9 +, .) d) (Z/(24),

2. Seja (i, +, .) um IDEAL de um ANEL (A,+, e) com ELEMENTO UNIDA-


DE 1. Demonstrar:

a) Se lEI, ento 1 = A.

b) Se BEA é INVERSIVEL e aEI, então 1 A


243

3 Mostrar que o conjunto dos elementos NILPOTENTES de um anel CO-


MUTATIVO (A q +, é um SUBANEL de (A, +

4 O CENTRO de um anel (A, +, ), denotado por C(A), é o conjunto.,

C(A) (c EA 1 c.x= xc,

Demonstrar que çC(A), +, ) e um SUBANEL de (A

5 sejam (i, +, e (J, +, )IDEAIS do anel (A, +, e1+Jo


conjunto assim definido:

1+ j {a + b 1. a.EI e b)

Demonstrar que (i+ J, +, ) tambm é um IDEAL do anel (A +,

6 Sejam (A, +, um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO IDENTIDADE, a


um elemento de A(aEA) e (a) o conjunto assim definido:

(a) ={k.a 1 IEA}

Demonstrar que ((a), +, .) é um IDEAL de (A, +, .) que contm o


elemento e, denominado IDEAL PRINCIPAL GERADO POR a,

7. Sejam (A, +, .) um ANEL COMUTATIVO, a um elemento do A(aA) e


1 o conjunto assim definido:

1 {xEA Lx.a = o}

Demonstrar que (1, +. .) é um IDEAL de (A,

8. Sejam (1, +, .) e (j, +, .)IDEAIs do anel (A, +, .) tais que

i n i= {o}. Demonstrar que a.bO, quaisquer que sejam aGI,


bEJ.

9. Sejam (1, +, .) e (j, +, .) IDEAIS de um anel (A +, .) Mos-

trar, mediante um exemplo, que (IUJ, +, .) no necessariamen

te uni IDEAL de (A, +,


2

10. Um ideal (1, +, .) de um ANEL COMUTATIVO (A, +, .) chama-se


IDEAL PRIMO se a.bEI implica aI ou bEl. Demonstrar que
(1, +, .)e um IDEAL PRIMO se e somente se o ANEL QUOCIENTE
um ANEL DE INTEGRIDADE.

11. Sejam (1, +, e (j, +, .) IDEAIS de um ANEL COMUTATIVO


(A, +, .) e 1: J o conjunto assim definido:

I:J=(aEA 1 a.bI, YbEJ}

Demonstrar que (I: J, ,-, .) tambme um IDEAL do anel (A,+

12. Sejam (A, +, .) um anel e a um elemento de A(aA). Demonstrar


que as ternas:

({a.x 1, xEA}, +, e (jx.a 1 xEA}, +,

so SUBANhS de (A, +,

13. Sejam (A, +, .) um anel com ELEMENTO UNIDADE 1 e (i, +, um


IDEAL PRÓPRIO de (A, +, .). Demonstrar que lI e que se a€A
INVERS±VEL, ento aI.
Capitulo 19
HOMOMORFISMOS E ISOORFI SAIO S DE ANÉIS

(i) f(a + b) = f(a) * f(b)

(ii) f(a.b) = f() T f(b)

quaisquer que sejam os elementos a e b de A

Em outros termos, urna função f A --~ B é um HOMOMORFISMO DE (A,


., .) EM (B, *,T) se e somente te f é um HOMOMORFISMO do grupo
abelianõ(A, +) no grupo abeliano (E, ) e um HOMOMORFISMO do se-
mi-grupo (A, .) no semi-grupo (B,T),

19.2 Exemplos de homomorfismos

(1) Sejam (A, +, e (E, *, T) dois anais quaisquer e seja O


ELEMENTO NEUTRO de (E, *,T) A FUNÇÃO CONSTANTE f: A—B defi
nida por f(x) = 0* é um HOMOMORFISMO DE (A, +, .) EM (B,
pois, quaisquer que sejam a,bEA, temos:

i- b) = 0* = 0 * 0 •= f(a) * f(b)

f(a.b) = O = 0TO f(a)Tf(b)

(2) Sejam os anais (z, +, .) dos números inteiros e (Z/(D, +


246

das classes residuais modulo m. A função f: Z--Z/(m) definida per


f(x) = e um HOMOMORFISMO DE (z, +, ) EM (Z/(rn), +, ), pois,
quaisquer que sejam os numeros inteiros a e b, temos

f(a + b) = a + b = f(a)
m 4m

f(a b) f(a' f(b)


m m

(3) Sejam os aneis (z, +, •) dos nGmeros inteiros e (2Z, +, .) dcs


numeros inteiros PARES A funço f Z—.2Z definida por f(x)=2x
NO É UM HOMOMORFISMO DE (z, +, .) EM (2:, +, ., pois, quaisquer
que sejam os nimeros inteiros & e b, temos:

f(a.b) = 2(a.b) (2a).(2b) = f(a).f(b)

isto é, a funço f no satisfaz a condiço (ii) da definiço de ho


inomorfismo de aneis.

(4) sejam os anais (z, +, .) dos nCuneros inteiros e (Z2, , T),a&


operaçes * e Tem Z 2 sendo definidas por

(a,b) * (c,d) = (a + e, b + d)

(a,b) T (c,d) = (ac, bd)

A funço f: definida per f(x) = (x,O) é um HOMOMORFISMO


DE (z, +, .) EM (z 2 , *,T), pois, quaisquer que sejam os nmeros
inteiros a e b, temos:

f(a+b) = (a+b, O) = (a,O)*(b,O) = f(a)*f(b)

f(a.b) = (a.b, O) = (a,O) T (b,O) = f(a) Tf(b)


• 24?

19.3 Imagem e níieieo de um homomorfismo

Sejam (A, +, .) e (B, *,T) dois ANÉIS e seda f: A—B um HOMO


MORFISMO DE (A, +, .) EM (6, *, )

DEFINIÇÃO 1.

Chama-se IMAGEM DO HOMOMORFISMO f: A-B o conjunto:

• f(A) tf(x)EB XEA}

isto e9 a IMAGEM da funço f que define o homomorfismo.

DEFINIÇÃO 2.

Chama-se NÚCLEO DO HOMOMORFISMO f: A—B o conjunto de todos os


elementos de A cujas IMAGENS por f so o ELEMENTO NEUTRO O do anel
(E, *9)

Este conjunto indiease pela notaço N(f). Portanto, simbolicamen-


te:
N(f) =[XEA 1 f(x) = O*}

Observe-se que N(f) também o NÚCLEO do houiomorfismo f: A—.B do


grupo abeliano (A9 +) no grupo abeliano (E, *).

Obviamente, f(A) e ç(f) 5a0 SUBCONJUNTOS respectivamente do Be A,


isto :
f(A)Ç8 e N(f)CA.

EXEMPLO

Sejam os an.is (Z, +, .) dos niuneros inteiros e (z/(5), +, .) das


classes residuais modulo 5. A funço f: Z - Z/(5) definida por
f(x) um HOMOMORFISMO DE (z, +, .)EM (z/(5), +, .) cuja IMA
GEM é o conjunto:
2+8

f(Z) = (z/(5) xcz Z/(5)

e cujo NÚCLEO é o conjunto:

N(f) ={xz 1 x = 5={XEZ 1 x 5k g kEZ} =

, -159-101--5,0,5,10,15, 5Z
=[ }

19.4 Propriedades dos homomorfismos

sejam (A, + .),e (E, *,T) dois ANEIS cujos ELEMENTOS NEUTROS res
pectivos so 0 0*, e seja f: A —.E um FIOMOMORFISMO DE (A, +,

.) EM (E, *,T).

A função 1': A --B também um HOMOMORFISMO do grupo abeliano (A,


no grupo abeliano (B, *) e, portanto, temos as seguintes pro
priedades (§ 15.3):

(i) f(0) _o*

f() -f(a), VaEA

De (ii) resulta, quaisquer que sejam a,bEA

f(a - b) = f(a + (-b)) = f(a) * f(-b)

ou seja:

(iii) f(a - b) = f(a) - f(b)

TEOREMA 1.

A terna (f(A) 1 *T) é um SUBANEL de (B,

DEM. - Como f(0) = 0*, segue-se que OE f(A), o que implica


f(A) isto e, f(A) e uma PARTE no vazia de B() f(A)CB)
Alem disso, f(A) e FECHADA em re1aço a operação T do anel (B, ,
T).po±s, quaisquer que sejam abf(A), existem c,dEA tais
que f(c) = a e f(d) = b, e temo:
2

aTb= f(c) Tf(d) f(c.d)Ef(A)

Por outra parte, como a funçao f: A--B também é um .HOMOMORFISMO


do grupo abeliano (A, +) no grupo abeliano (E, *), segue-se que
(f(A), *) é um SUBGRUPO de (B,

Portanto, a terna (f(A), *,T) é um SUBANEL de (B, *,.T)..

TEOREMA 2.

A terna (N(f), 4, .)e um SIJEANEL de (A, +,

DEM.-. Como f(0) 0, segue-se que OEN(f), o que implica N(f)


isto é, N(f) uma PARTE no vazia de A(d N(f)CA). Além
disso, N(f) é FECHADA em relação à operaço de rnultiplicaço (.)
do anel (A, +, .), pois, quaisquer que sejam a,b EN(f), temos:

f(a.b) = f(a) Tf(b) = 0 4 T0 = 0 . a.bN(f)

Por outra parte, corro a funço f: A — -B também é um HOMOMORFISMO


do grupo abeliano (A, +) rio grupo ebeliano (E, *), segue-se que
(N(f), +) é um SUBGRUPO de (A,

Portanto, a terna (N(f), é um SUBANEL.de (A, +,

COROLÂRIO

A terna (N(f), +, .) um IDEAL de (A,,+,

DEM.- Com efeito, (N(f), .., .) é um SUBANEL de (A, +, .) e, além


disso, quaisquer que sejam xEA e. aEN(f), temos:

f(x.a) f(x) Tf(a) .= f(x)T 0 = 0== x.aEN(f)

f(a.x) = f(a) T f(x) = 0 4 T f(x) 0 a.x EN(f)


250

19e5 Isomorfisrno, monornorfismo e epimorfismo


Sejam (A, +, .) e (E, *,T) dois ANÉIS e seja f: A_~ B um HOMO-
MORFISMO DE (A, +, .) EM (E, *,T).

DEFINIÇÃO 1

Diz-se que o homomorfismo f um ISOMORFISMO DE (A, +,.) EM (3,*9

T ) se e somente se a funço f e BIJETORA

Em outros termos, uma função f: A—.- B e um ISOMORFISMO DE (A,+,


) EM (E, *,T) se e somente se so validas as tres seguinte con-
dições:

(i) f(a + b) = f(a) * f(b), Va l b€A

(ii) f(a . b) = f(a) Tf(b), a,bEA

(VyB) (]xEA) 1 f() =

Quando existe um tal isomorfismo f: A — E também se diz que o


ANEL (A, +, isomorfo ao anel (B, *,T), o que se indica pela
notaço (A, +, ) (, *,T)

Um isomorfismo f de (A, +, em (E, *,T) tamtm denominado HO-


MOMORFISMO BIJETOR f DE (A, +, .) EM (E, *,T).

DEFINIÇÃO 2.

Diz-se que o homomorfismo f é um MONOMORFISMO DE (A, +, .) EM (E,


', T) se e somente se a função f é INJETORA.

Em outros termos, uma furiço f: A--.E é um MONOMORFISMO DE (A,


+, .) EM (E, *,T) se e somente se sio válidas as trs seguintes
condiçges:

(i) f(a + b) = f(a) " f(b), Va,b EA


251

f(a . b) = f(a) Tf(b), Va,b EA

a b , f(a) f(b), Va,bEA

Um monomorfismo de f de (A, +, .) em (E, *,T) também denominado


HOMOMORFISMO INJETOR f DE (A, +, .) EM (B, '1'9 T).

DEFINIÇXO 3.

Diz-se que o homomorfismo f é um EPIMORFISMO DE (A,+, ) EM (E, ,


T) se e somente se a função Í' e SOBREJETORA.

Em outros termos, uma função f: A--B e um EPIMORFISMO DE (A, +,


•) EM (E, *,T) se e somente se sao válidas as trs seguintes com-
diçes:

(i) f(a + b) = f(a) * f(b), Va,bEA

f(a . b) f(a) T f(b), Va,b E.A

f(A) = E

Um epimorfismo f de (A, +, .) em (B, *,T) teinbm é denominado HO-


MOMORFISMO SOER EJETOR f DE (A, +, .) EM (B,

Consoante estas definiçes, ISOMORFISMO, MONOMORFISMO e EPIMORFIS-


MO sio homomorfismos especiais. Além disso, todo ISOMORFISMO é MO-
NOMORFISMO e EPIMORFISMO

EXEMPLOS:

(1) Sejam os anais (R, +, .) e (R, *,T), as operações * e T em


R sendo definidas por

a*b = a+b+1 e aTb= a+b ab

A funço f: R - R definida por .f(x) = x - 1 e um ISOMORFISMO


DE (R, +, .) EM (R, *,T), pois, quaisquer que sejam os nameros
reais a e b, temos:
252

f(a) ' f(b) = (a.- 1) * (b 1) = (a -1) + (b -1) + 1 =

= a + b - 1 = f(a + b);

f(a)Tf(b) = (a-1) T (b-1)=(a-1) + (b -é (a-1)(b-1) =

=ab-1=f(a.b)

e, alem disso, a fungo f e BIJETORA. Portanto-

(R? +, .) (, *,).

(2) Sejam os anais (R, +, .) e (A, *,T), as operações * e T no


conjunto A = j(a,a) 1 aERJ sendo definidas por

(a,a) * (b,b) = (a+b, a + b)

(a,a) T(b,b) = (ab, ab)

A funço f: R —A definida por f(x) = (x,x) é um ISOMORFISMO


DE (R, +, .) EM (A, *,T), pois, quaisquer que sejam os números
reais a e b, temos:

f(a+b) = (a+ b, a+ b) = (a,a) * (b,b) = a) * f(b)

f(a b) = (ab, ab) = (a,a) T (b,b) = f(a) T f(b)

e, alem disso, a funço f é BIJETORA. Portanto:


(R, +, .) (A,

(3) Sejam os anais COMUTATIVOS (P(A),, fl) e (z/(2),


do A um conjunto UNITÁRIO (A = {a}). A funo f: P(A) - Z/(2) as
sim definida:
f() = 6 e f(A) = Ï

um ISOMORFISMO DE (p(A),,fl) EM (z/(2) +, .), pois, temos


e

fl =f f()

f(t fl A) = f()) f(A)

f(A fl A) = f(A) Ï = f(A) f(A)

AIin disso, a funçao f e BIJETORA.

(4) sejam os anéis (z, +, .) e (Z, *,T), as operaçes,* e T em


sendo definidas pc

(a,b) * (c,d) = (a + c, b +d)

(a,b) T (c ,d) = (ao, bd)

A funço f:, Z 2 -- Z definida por f(x,y) = x e um EPIIVIORFISMO

de (Z 2 , *,T) em (z, +, , pois, quaisquer que sejam (a,b) e(c,d)


2
em Z , temos:

f((a b) * (c,d)) = f(a + c, b + a) = a + c=f(a,b)+f(c,d)

f((a,b) T (e l a)) - f(c, bd) = ao = f(a,b) f(c,d)

Alem disso, a funço f e SO3REJETORA, porque VZEZ, EXISTE

(z,I)(Z 2 tal que f(z,1) = z

A funço g z— z 2 definida por f(x) = ( x,O) e um HOMOVOR'IS-


iO DE (z, +, ) EM (Z 2 , *,T), conforme vimos i er.orrLt e
e como INJETORA

f() = f() .' (,O)=çy,O) x=y, x,yEZ

Segue-se que a funo g Z Z e um MIONOMORFISP,10 DE L2, ,

LZ
254

Observe-se que N(g) = jx Qz 1 (x,O) = ( o,o)} {o}.

19,6 Caracterização de uni monomorfismo


TEOREMA

Um homornorfismo f A—'- B de (A, +, ) em (, *,T) e um MONO-


MORFISMO se esomente se N(f) = { oJ.

DEM,- ( ) Suponhamos que N(f) {o} Erito, se a e b so dois


elementos de A (a,bEA) tais que f(a) = f(b), temos:

f(a - b) = f() - f(b) = 0* =.=* a - b EN(f) = to}

==a - b =0 a =b

Assim, a funço f e INJETORA, isto éq o homomorfismo f: A—'- 3


um MONOMORFISMO DE (A, +, •) EM (s, , T)

(===) Reciprocamente, se f: A—B e um MONOMORFISMO DE


(A, +, •) EM(B, *,T), ento a funço £ é INJETORA e, portanto,
VAEN(f) temos:

f(a) = 0 = f(0) ,- a = O N(f) ={o}

19.7 Propriedades dos epimorfismos


Sejam (A, +, e (B, *,T) dois ANÉIS e seja f: A — B um EPI
MORFISMO DE (A, +, .) EM (3, *,T).

TEOREMA 1.

Se (A, +, .) é COMUTATIVO, ento (3, *,T) também é COMUTATIVO

DEM.- Com efeito, quaisquer que sejam os elementos c,dB ? EXIS-

TEM a,bA tais que f(a) = e e f(b) = d, porque a funço f a


SOBREJEIORA, e temos

e Td = f(a) T f(b) = f(a.b) = f(b.a) = f(b) T f(a) = d Te


255

TEOREMA 2.

Se 1 o ELEMENTO UNIDADE de (A, +, .), ento f(1) é o ELEMENTO


UNIDADE de (13, *,T),

DEM.- Com efeito, pira todo bEB EXISTE aEA tal que f(a) = b,por
que a fun;o f e SOBREJETORA, e temos:

f(1)Tb = f(1)Tf(a) = f(1.a) = f(a) = b

bT'(1) = f(a)Tf(1) = f(a.1) = f(a) = b

TEOREMA 3.

Se 1 o ELEMENTO UNIDADE de (A, +, .) e se aEA é INVERSÍVEL


(EXISTE a), ento f(a) também é INVERS±VEL para a operaç& T de
(B, *,T) e f(a) 1 = f(a).

DEM.- Com efeito, pelo teorema anterior, f(1) é o ELEMENTO UNIDADE


de (E, *,T). Por outra parte, temos:

f(a)Tf(a 1 ) f(a.a) f(1)

f(a)Tf(a) = f(sT 1 .a) = f(l)

isto é, f(s) é. INVERSVEL e o seu INVERSO f(a) f(a).

19.8 Endomorfismo e autornorfi.smo

DEFINIÇÃO 1.

Seja (, +, .) um ANEL. Chama-se ENDOMORFISMO DE (A, +, .) todo


homomorfismo de (A, +, .) em si mesmo.

Em outros termos, ENDOMORFISMO DE (A, etoda funço f:A--A


tal que

(i) f(a + b) = f(a) + f(b), Va,bEA

(ii f(a.b) f(a) . f(b), 'a,bEA


256

DEFINIÇO 2.

Seja (A, +, .) um ANEL. Chama-se AUTOMORFISMO de (A, +, .) todo


isomorfismo de (A, +, .) em si mesmo.

Em outros termos, AUTOMORFISMO DE (A, +, .) é toda funço BIJETORA


f: A tal que

(i) f(a + b) = f(a) + f(b), Va,bEA

(ii) f(a . b) = f(a) f(b)., a,bEA

Portanto, AUTOMORFISMO tambm todo ENDOMORFISMO BIJETOR

19.9 Teorema do honiornorfismo


Sejam (A, +, .) e (, ,T) dois ANÉIS, f: A --B um EPIMDRFISMO
DE (A, .) EM (E, ,T) e (A/N(f),o ,) o ANEL QUOCIENTE DE
(A, +, .) pelo seu IDEAL (N(f), +, .), onde N(f) é o NÚCLEO de
epimorfismo f. Nestas condições, a função

g: A/N(f) - B

assim definida:
g(a N(f)) f(a), Va

um ISOMORFISMO DE (A/N(f),o ,Ø) EM (E, ,T).

DEM.- Quaisquer que sejam as classes laterais a+ N(f) e b+ N(f)


de A/N(f), temos:

(i) g((a+N(f))D (b + N(f))) = g((a + b) + N(f))

= f(a+b) = f(a) * f(b)=g(a + N(f)) * g(b + N(f))

E((a + N(f)) ® (b + N(f))) = g((a.b) + N(f)) =

f(a.b) = f(a) -7- f(b) = g(a + N(f)) T (b + N(f))

(±±i A função g e BIJETORA,pois, g• INJETORA:


25?

+ N(f)) = g + N(f)) .r(a) f ) , f(a) - f(b)

= f(a - b) 0' a - bEN(f) : a+ N(f) b+ N(f)

e g e SOBREJETORA, porque, sendo f; A um EPIMORFISMO, para


todo bEB EXISTE aEA tal que f(a) = b, e considerando a das-
se lateral a+ N(f), temos g(a+ N(f)) = f(a) = b.

Consoante (i), (i±),e (iii). a funço g é um HOMOMORFISMO BIJETOR,

isto é, um ISQMORFISM3 9 e o teorema fica demonstrado.

COROIiR 10

A funço h: A—.-A/N(f) tal que h(a) = a+N(f), \/a EA, um


EPIMORFISMO DE (A, +, .) EM (A/N(f),o ,®).

DEM.- Com efeito, temos:

h(a+b) = (a+b) + N(f) = (a+N(f)) O (b+N(f)) h(a) O h(b);

h(a. b) = (a,b) + N(f) (a+ N(f)) ® (b+ N(f)) = h(a) ® (b)

e a função h é, obviamente, SOBREJETORA.

Este HOMOMDRF1SMO SOBREJETOR h chama-se HOMOMORFISMO CANÔNICO (ou


NATURAL)de (A, +, .) EM (A/N(f),D,®),

Este HOMDMORFISMO CANÔNICO h é tal que goh = f, pois, temos:

(goh)(a) = g(h(a)) = g(a + N(f)) f(a), VaCA

O EPIMORFISMO f, o ISOMORFISMO g e f
3
HOMOMORFISMO CANÔNICO h podem ser
visualizados pelo diagrama ao lã
h g

A/N(f)
253

EXERCÍCIOS

1. seja o anel (z( '6), z( '6) a+b '6 abEZ}.


sendo
Mostrar que a funço f: z( 'J)- z( '6) definida por

+ b '6) = a - b '6

J.

um ENDOM(RFISMO DE (z( \1), +,

2. Sejam A—.-A uni ENDOMDRFISMO do anel (A, +, .) e B o con-


junto assim definido:

= faA 1 f(a) .= a}

Demonstrar que (B, .)é um SUBANEL de (A, +,

3. Sejam (A, +, .) e (E, *,T) dois ANÉIS, f: A um HOMOMOR-


FISMO de (A, +, .) em (B, *,T) e aEA um elemento NILPO TENTE.
Demonstrar que a IMAGEM f(a) de ,a tambm e um elemento NILPOTEN
TE.

+. Sejam os anais (z/(24), +, .) e (z/(4), +, .). Mostrar que a


funço

f: Z/(2+) - z/(L) definida por f( 2 )

um HOMOMORFISMO DE (Z/(24) 9 +, .) EM (z/(1+), +,

5. Seja o conjunto A = a+ bi 1 a,bZ, i 2 -ii . Mostrar que a


funço f: A — A definida por f(a+bi) = a-bi é uni ENDOMOR
FISMO do anel (A, +,
Capítulo 20
CORPOS NOÇÕES FU\DAMENT4IS

20.1 Conceito de corpo

DEFINIÇÃO

Chama-se CORPO todo ANEL COMUTATTVO (c, +, ) com ELEMENTO UNIDADE


e tal que todo ELEMENTO NO NULO de C e INVERSIVEL para a operação
de multiplioaço ( )

Em outros termos, CORPO e toda terna ordenada (C, +, ) tal que


sio validas as trs seguintes condiçes

(1) (C, +) é um GRUPO ABELIANO,

(II) (r*, ) é um GRUPO ABEIANO (C* = C -

(III) A multiplicação ( ) e DISTRIBUTIVA em relação a adiço


(+)

Portanto, num CORPO (c, +, ), a operação de ADIÇXO (+) possui as


seguintes propriedades:

(c 1 ) ASSOCIATIVA

(a + b) + o = a + (b + o), a,b,c¼C

Admite ELFMENTO ZERO (o)

a+O O + a = a, a

3 ) Todo elemento de C e SIMETRIZAVEL

a -c (.-a)c a (-a) = (-a) + a = O


261

(c 4 ) COMUTATIVA

a+ b =b + a, \'a,bEC

e a operaço de MULTIPLICAÇÃO ( ) possui as seguintes propriedades

(1 5 ) ASSOCIATIVA

(a b) c = a (b e), \/a,b c .0

(C 6 ) Admite ELEMENTO UNIDADE (1):

ai =la=a, VSEc

(c7) Todo elemento NO NULO de C e INVERSIVEL

aa=aa=i, a€c, a3

(c8) COMUTATIVA

ab=ba, Va I bC

(c9) DISTRIBUTIVA em relaço a adiço (+)

a (b+c) = a b + a c, Va,b

Os grupos abellan3s (c, +) e (c, ) chamam-se respectivamente


GRUPO ADITIVO GRUPO MULTIPLICATIVO do corpo (C, +, )

20.2 Exemplos de corpos

(i) Em cada uma das ternas (Q, +, ) e (R, +, ) so validas as


trs seguintes condiçes

(1) ( +) e (R, +) so GRUPOS ABELIArOS,

(II) (Q*, ) e (p*, ) so GPPOC A3ELIMNOS

(III Em O e R a multiplica ;0 ' DiTE TI TA em relaço a


adiço (+)
22

Portanto, (Q, +,.) e (R, +, .) so CORPOS, denominados, respectiva


mente, CORPO DOS NÚMEROS RACIONAIS e CORPO DOS NÚMEROS REAIS.

(2) A terna (z, +, .) NO É UM CORPO, porque -1 e 1 so os únicos


elementos flo nulos de Z INVERSÍVEIS para a operação de multiplica
ço (.).

(3) A terna (Z/(m), +, .), com o MODULO rn nmero natural PRIMO,


um CORPO, porque (Z/(m), +) e (z*/(m), .) sao GRUPOS ABELIANOS e
em Z/(m) a multip1icaço (.) DISTRIBUTIVA em relação à adiçao
W.

(Li) A terna (P(E),Ê, fl) N) É UM CORPO, porque o par


fl) no é um grupo.

(5) A terna (Q( '[), +, .),sendo Q( 'J) a + b 'IT


1 a,b EIQ } ,
um CORPO. porque (Q( +, .) ), é um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO
UNIDADE 1-= 1 + O V e no qual todo elemento NO NULO
o b \[ (a,b O) de Q( 'f) é INVERSÍVEL para a operação de
multipiicaço (.), pois, temos:

[) _l - 1 - a
(a + b + C3 tQ ( \T )
2
a+ b \13 a2 - 3b2 _ 3b

onde a2 - 3b 2 O, porque a2 -. 3b2 = O implica \f = EQ, isto


, \r3 nmero racional !!!.

Observe-se que a terna (z( \f). +, .) NO É UM CORPO, porque o


elemento

a +
-b
- v3
2 2 2 2
a - 3b a - 3b

no pertence necessariamente a z( f) = [ a + b \[3 1 a,b EZ.


2€

() Seja o conjunto C í a,b,c} MUNIDO das operaes de adiço


(+) e de multiplicaço (.) definidas pelas TÁBUAS:

+ i a b o a b o

T
a

bíb
ab

e
c

a
aa aj a

b a b e

LdicLliJ L e

A terna (c, eum CORPO porque (c, +) e (c _{a} , .) so


GRUPOS ABELIANOS e a multipiic•aço (,) é DISTRIBUTIVA einrelaço a
adiço

(7) A terna (R 2 , +, .), as operaçes de adiç& (+) e de multiplica


ço (.) em R 2 sendo definidas por

(a,b) + (c,d) = (a + e, b + d)

(a,b) (c,d) (ac - bd, ad + bc)

um CORPO, porque (R 2 9 +, um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO


UNIDADE (1 9 0) e no qual todo elemento (a,b)R
E ,2DISTINTO do seu
ELEMENTO ZERO (0,0), e INVERSVEL para a operaço de multiplicaço
pois, temos:

(a,b) . (x,y) (1 9 0) (ax - by, ay + bx) (1,0)

isto
ax-by =1 e ay+bx =0

donde
a -b
2 2 ' ' 2
a +b a +.h 2

Portanto:
a -b
2
a a
26

NOTA. - Qualquer que seja o elemento (a,b) R 2 , temos:

(a,b) = (a,0) + (b,O) . (0,1)


onde
(0,1)2 = (04) . (0.1) = (-1 7 0)

Introduzindo o conhecido s.mbo10 ± para designar o par ordenado


(0,1) 9 temos:
(a,b) = (a,0),+ (b 9 0) ±

Convencionando representar todo par ordenado da forma (a,O) pela


sua primeira componente a, obtemos para o par ordenado (a,b) de
a seguinte representação:

.2
(a,b) = a + bi, onde

Nestas condiçes, (R 2 , +, ,) o CORPO DOS NÚMEROS COMPLEXOS.

20.3 Propriedades elementares dos corpos

Seja (C, +, .) um CORPO. Como (c, +, .)é um ANEL COMUTATIVO, te-


mos as seguintes PROPRIEDADES ELEMENTARES para o corpo (c, +,

x + a b ====> x = b - a

a + b = a + c b c

(iv) a.0 = O.a = O

(v) a.(-b) = (-a).b = -(a,b)

(vi) (-a). (-b) = a.b

(vii) a.(b - c) = a.b - a.c

quaisquer que sejam os elementos a,b,c EC.


265

20 .4 Outras propriedades dos corpos

TEOREMA I.

Todo corpo (c, +, .) no possui DIVISORES DE ZERO.

DEM.- Cumpre demonstrar que a igualdade a.b = O implica a=O ou


b O, quaisquer que sejam os elementos a,b C.

Com efeito, se a = O, nada há que demonstrar, e se a O, ento,


pela defiriiço de CORPO, o elemento NO NULO aEC e INVERSÍVEL,
isto éq possui INVERSO C, e temos:

b = l.b = (a . a) b = a . (a.b) = a . O O

TEOREMA 2.

Todo corpo (C, +, .) é um ANEL DE INTEGRIDADE.

DEM.- Com efeito, consoante a definiço de CORPO e o teorema ante-


rior, (c, +, .) O
e um ANEL COMUTATIVO com ELEMENTO UNIDADE e sem DI
VISORES de zero. Logo, (c, +, .)é um ANEL DE INTEGRIDADE.

COROLÁRIO

Num corpo (C, +, ,),todo elemento NO NULO aEC é SIMPLIFICVEL


para a operaçao de muitipiicaçao (,), isto :

a.b = a.c == b = o, Va,b,cC, a O

TEOREMA 3.

Todo ANEL DE INTEGRIDADE FINITO é uir CORPO.

SEM.- Seja (A, +, um ANEL DE INTEGRIDADE FINITO, onde o conjun-


to A = a, ,a, ..., a tem n elementos.
fl) -

uai que r que seja a el.eento NO NULO aA. o n aemeOtos:


266

aa aa2 , , aa

so todos DISTINTOS, porque, sendo a 0, a igualdade a a=a


implica a = a Assim sendo, o conjunto

{ aa, aa 2 , aa}=A

e um dDs seus elementos, digamos a.a., e o ELEMENTO UNIDADE 1 do


anel (A, +, ), isto e, a ak = 1, e isto significa que o elemento

akEA é o INVERSO de a

Fica assim demonstrado que todo elemento NO NULO de A e INVERS-


VEL, ou seja, que o ANEL DE INTEGRIDADE FINITO (A, +, )é um COR-
PO

TEOREMA 4

Todo corpo (c, +, ) no possui IDEAIS PRÓPRIOS.

DEM.- Suponhamos que o corpo (C, +, ) possui um IDEAL PRÓPRIO


(1, +, ), isto è9 ,,DISTINTO dos seus dois IDEAIS IMPRÓPRIOS
(jo} , +, ) e (C, Ento, ifo} e i c, e isto sig-
nifica que existe aEI, com a g O Como aC, porque ICC, e
(C, +, ) e um corpo, segue-se que a e INVERSIVEL, isto e, existe
• INVERSO aE C Logo, pela definição de IDEAL, temos

a a = lI e (VxEC)(l x = xCI) ====> C = 1

• que e uma CONTRADIÇÃO, pois, 1 g c Portanto, o corpo (c, +, )


no possui IDEAIS PRÓPRIOS e o teorema fica demonstrado

20 5 Quocientes num corpo

TEOREMA

Num corpo (o +, ), a equaço b x = a, com a,bEC e b O ad-


rni - e uma urj.ca soluço no conjunto C
2E?

DEM.- Com efeito, multiplicando por b, temos

b (b x) b a (b b) x = a b

1 x = a b = x = a b -

Por outra parte, se xE C e OUTRA SOLUÇO da equaço bx a, en-


tão b x a e, portanto, multiplicando por b, temos

b (b x) b a -== (b b) x = a b

,-1
==* l.x a.o == x = ao = x
o o

O PRODUTO a.b 1 de um elemento a€C pelo INVERSO b de outro


elemento NO NULO b EEC, soluço inica da equaço b.,x = a, indica-
se pelo simbolo , denominado QUOCIENTE DE a por b. Logo, por defi-
niço:

a
a.b-1

Alem disso, a operação -- em C definida por a--b = chama-se


DIVISO

20.6 Propriedades dos quocientes

As propriedades mais importantes dos QUOCIENTES de elementos a, b40 9


a e d O de um corpo (c, +, ,) so as seguintes:

(i) = a d = b e

a c ad+b.c
-+
b --------
=- b,d

i Md

o
268

DEM. - Com efeito:


269

EXERCÍCIOS

1. No corpo (z/(5), +, .), calcular:

- , 3/ e

2 Resolver a equação 3.x + = 3 no CORPO (z/(5)9 +, )

3. Resolver a equaço 5.x . =.x+ no CORPO (Z/(11),,

4. Mostrar que a terna (R,, T) é um CORPO, as operaçes * e T em


R sendo definidas por

a*b=a+b-1 e aTb=a+b -ab

5. Mostrar que a terna '( [o,i}, *, T) & um CORPO, as operaçes *


e T em o,i} sendo definidas pelas TÁBUAS:

rr

6. Seda o conjunto
C ta + b a,bEQ j

Mostrar que a terna (c, +, .) NO É UM CORPO.


RESPOSTAS DOS EERCÍCIOS

7. ' 0!1
l 5

1 1 1 1
22 1 5 72

5 2 1 2

A A B

B
( A E U A E 1 O

A A B}C A A A O

E E BC' B A E O

C o ejc O O O O

10. 2*3 = -1A

11. E no é fechadae F & fechada.

13. (3 1 4)T (1 9 2)= (3,10)

(-1 1 3) T (512)

CAPÍTULO 2

3. * 123 4

1 1 2 3 4

2 2 4 1 3

3 31 4 2

4 4 1 3 2 1
2?

C'P1flLo 3

1. (a) -1,0 e 2 (b) O (o) O e 1 11 4

2 aTa= a, a - R

3. O

1+ 1

5 (a) e = 2 (b) e = O (c) e=

8 Jl j 23l

1_l 1il

11. (e,f)

13. (a) Todo nmero natural é elemento neutro direita.


(b) =O (c) f = O (d) f = -1

1 19
15 (b) (1,0) (c) (1/2 1 -3) (d) x = e y

16 (a)lel

17 (a) 4* 6 = 12 3 * 5 = 15, 9 * 18 - 18, 1 *6 6

(o) 1
(d) u(N) =

18. (a) 3* 4 -5, 2 * (.5) 7, 7 =4

(b ) 0
(c) 3/2, -.1/3, 2/3
(a) U( j}
11.
Í4 (r 2 3 f 6 )(x) = f 2 (f 6 (x)) =

1 ) 1
f2(1
- -

fr 6 =1 x = f 3 (x)
f3

+
f3

f' 4
f4

f3
f1

f
f2

f6
f6

f2
1 nl
5

Portanto o f6 =

1 s 3 i f2

f5
=
6f
f
2 íf

14. 56

r 13
ii

gJ —-1----

15. 1 5 7 11 13 17 =

( •i =

5 5 17 11 E
(T) =T7
7 17 13 - 1 11
L2_ 5

11 11 1 5 13 17 7

5
275

CAPÍTULO 10
/1 2 5 4 5 6 /1 2 3 4 5 6\
2
1 gof= , gof=
2 3 6 5 4/ ~2 4 1 5 6 3

2 3 4 5 6 ']- 2 3 4 5 6\
2 t —2
hoft , f o=
3 4 1 62 5' \5 1 62 4 3

—1 ,1 2 3 4 5
f ogof =
6 1 5

2 f1 =(1342), f2 =(345), f 3 =(13) f 4 =(1342)

(i 2 3 4\ '1 2 3 4 5 o
3 ' =t ,

7/
1 3 2 4/ 6 4 2 5 3

(i 2 3 4 5 6 7 8\
h=I
1 4 5 3 a 6 7 2/

4 fogoh =(24 3)

5 (a) (1 2 4 3 5) (b) (1 5)0 (24 36)

6 (a) (1 3 2 7) D (486) (b) (1 47 S 2 5)


(e) (157)0(284)

7. f 1 = (1 2) o (3 4) o (5 6), = (1 5) o (2 4 3 6)

(1 4) o(256), f 4 = (16)0 2 5 34)

(1 5 o 2) o (4 7), = (1 3 8 2 5) o (4 7 6)

2 L
5\
8 (a) 1
-
- -/
276

71 2 3 4 5 6
(o)
2 1 4 3 6 5

9. (a) (1 5) o (1 3) (b) (1 5) o (1 4) o (1 3) o (1 2)

(c) (23)0(27)0(26)0(24)0(25)

10. f = (1 2 4) o (3 6 7) (1 4) o (1 2) o (3 7) o (3 6)
1

= (1 8) o (3 6 4) o (5 7) (1 8) o (3 4)o (3 6) o (5 7)

(i 3 4)o (2 6)o (5 8 7) = (1 4) o (1 3) 0 (2 6)o (5 ?)o (5 8)

f 4 = (1 3478652 ) = (12 )o (1 5) o (1 6) o (i 8) o (i 7) o(1 4)


o (1 3)

11, f' 1 , f 4 e f 6 o pares; f 2 , f 3 e f5 sao Lnpares.

13. r, r1 , r 3 , s1 e s 2

14. s, s2 e s 3

CAPÍTULO 12

1. ([5k1 kEZ}, + ) = (5z, +)

({?k 1 kEZ}, +) = (7z, +)

2. ( {, , , ,+) e ( {6, I, g}

3. (,},+) e ( [, , }, +)

4. 6e-6; 6e1/6

- r 2 3 8
5. G=ia,a,a, ...,a =e}
4 6 2 16 20 24
b t&.Eis a ,a 9&
277

3 -
7. o(a ) =

8. (tf 1} o), ({f 1 ,f 2 }, o), (fr1 ,f, o),

4`
f °) ({f 1 ,f 4 ,f 5 },

9. ({,5 , T, },
+)

10. (0, .) o ({i, 7 13}, .). Portanto, (G, .' oc1ico.

11. ({t, , }, .) e (G, .). Portanto, (G, .)é ciclico.

o() = 3 e o() 6

12.

o(Ï) = 1, o) = o() o(T) = 2

13. (a) fog(4 1 2 3), gof=(3 1 4 2), f 2 =(2 1 4 3)

= (4 3 1 2)

(b) o(f) 4, o(g) 3 e o(fog)= 4

14.

15. o(1) = 1, o(-1) 2, o(i) = o(i) = 4

0 1
16.
r4

fi fi f2 f3 f4 f5 f

f2 f2 f3 f4 f5 f fi

f3 f3 f4 f f f f2

f : f L) fi
f* f+ f f

f5 f5 f fl[
2?8

CAPITULO 13

1 e

2. {_i,i} e {_i,i}

, {r3,4} , jf 3 f 5 , [ 5 ,f 6 }

{,i , Ï, 1-
8 , ï1, 5
, {•,

5. {...,-10,-5,095,101.*.} = j5k 1 kEZ}

= {sk + 1 1 kEZ}

= {sk + 2 1 kEz}

= 5k + 3 1 kEZ}

- )
= L
5k + 4 1 kEZ 1

6. {, , } , TT, , ,. {, , T}
8. to, +3 1 +6, +9,
... J , 11,_2,,_5,7-8, ...}
{ 2,-1,5,-4,8,-?,... }

J4 8 r 5 9 2 6 10) ç 3 7 11
9.{ea ,a , ja,a ,a , ,a ,a ta ,a ,a
,
279

CAPÍTULO 14

1 AB= e f 3 A = A.f 3 = ff ,f 5 }

10. (a) (Z/3Z 1 o) =( {3z, 3Z + 1, 3Z + 2}, O);

3Z=10,4-31+6,+99 ...}

3Z + 1 = {i, -2 9 4, -59 7, -89 .

3Z + 2 [2 -1, 5 9 -4, 8, -7 9 ...

O H H+1 H+2

H li H+1 H+2

H+1 H+1 H+2 H

L _H+2
_H+2 H

(b) ((z/(12))/H, o) ( [, 1 + H, 5 + H, +H},

8 = 13, À . 1 + Ii=

8 = {, , T5} , +8= , , TT}

O 8 Ï+H +H 3+8

8 8 1+8 2+H 3+8

1+8 1+8 2+8 3+8 8

2±H 2+H +H 8 1+8

3 +8 +H 8 .+H i 2+8
21

rb}, +,

({, , 12 1 18}, +, ), ([a , , j, Y29 ,

({9 12, T, T, T}, +, )


, , T,
({, 5, , r2- 9 1-
49 Y-6 9 18— 9 , 52 +, )

CAPITUlO 20

2. x=3

3. x=

8. x = x

Você também pode gostar