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DIFERENCIAL E INTEGRAL II
07:30 08:20
08:20 09:10
09:20 10:10
10:10 11:00
11:00 11:50
13:30 14:20
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16:10 17:00
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19:50 20:40
i
Conteúdo
1 INTEGRAL DEFINIDA 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Partição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Soma Superior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.4 Soma Inferior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.5 Função Integrável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5.10 Teorema do Valor Médio para Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.6 Teorema Fundamental do Cál
ulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.6.6 Fórmulas Clássi
as para Resolver Integrais (Revisão) . . . . . . . . . 20
1.7 Integrais Impróprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.8 Integral de uma função des
ontínua num ponto c ∈ [a, b] . . . . . . . . . . . 23
1.9 Área em
oordenadas retangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.10 Área delimitada por
urvas es
ritas em equações paramétri
as (op
ional) . . 32
1.11 Área de um setor
urvilíneo em
oordenadas polares . . . . . . . . . . . . . . 34
1.12 Comprimento de Ar
o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.12.1 Comprimento de Ar
o em Coordenadas Cartesianas . . . . . . . . . . 38
1.12.3 Comprimento de um ar
o em
oordenadas paramétri
as . . . . . . . . 41
1.12.7 Comprimento de ar
o em
oordenadas polares . . . . . . . . . . . . . 43
1.13 Volume de um Sólido de Revolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
1.13.5 Rotação em torno de uma Reta Paralela a um Eixo Coordenado . . . 48
1.14 Exer
í
ios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
1.15 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
1.16 Revisão de Coordenadas Polares no R2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
ii
2.10 Extremos de uma Função de duas Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
2.10.1 Ponto Críti
o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
2.10.3 Ponto de Máximo e Ponto de Mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
2.11 Derivadas de Funções Implí
itas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
2.12 Exer
í
ios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
2.13 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
iii
5.13 Séries de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
5.13.2 Convergên
ia de séries de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
5.14 Séries de Potên
ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
5.14.4 Pro
esso para determinar o intervalo e o raio de
onvergên
ia de uma
série de potên
ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
5.14.8 Série de potên
ias
entrada em x=a . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
5.14.11 Continuidade da soma de uma Série de Funções. . . . . . . . . . . . . 201
5.14.13 Derivação de uma série de funções
ontínuas . . . . . . . . . . . . . . 202
5.15 Diferen
iação e Integração de Séries de Potên
ias . . . . . . . . . . . . . . . 203
5.16 Séries de Taylor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
5.17 Série de Ma
laurin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
5.18 Fórmula geral do binmio de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210
5.19 Exer
í
ios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
5.20 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
iv
Capítulo 1
INTEGRAL DEFINIDA
Objetivos (ao nal do apítulo espera-se que o aluno seja apaz de):
6. Resolver exer í ios que envolvam integrais impróprias de funções des ontínuas;
13. Resolver problemas através da integral nas áreas de físi
a, produção, e
onomia entre
outras apli
ações;
A prova será
omposta por questões que possibilitam veri
ar se os objetivos foram atin-
gidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formulação
das questões é o modelo adotado na formulação dos exer
í
ios e no desenvolvimento teóri
o
desse
apítulo nessa apostila.
1
1.1 Introdução
Neste
apítulo estudaremos a integral denida. Uma das prin
ipais apli
ações da integral
denida en
ontra-se em problemas que envolvem
ál
ulo de área e volumes. Por exemplo,
seja f : [a, b] → R uma função
ontínua tal que f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b]. Nosso
propósito é determinar a área da região delimitada pela
urva y = f (x), pelo eixo x e pelas
retas x=a e x = b,
onforme Figura 1.1 abaixo:
a y b
a y c b
Deste modo obtemos um polígono
ir
uns
rito a região R
uja área é dada pela soma
da área dos dois retângulos. Como a base é a mesma, podemos dizer que a área é dada
X2
por Mi ∆x, onde Mi = Max{f (x) : x ∈ [xi−1 , xi ]}. Vo
ê a
ha que podemos
omparar a
i=1
2
área da região R representada pela Figura 1.1 e a região formada pelos retângulos da Figura
1.2? A diferença é muito grande? O que a
onte
eria
om esta diferença se dividíssemos o
intervalo [a, b] em n subintervalos
om n = 3, 4, 5, 6, · · ·?
A denição formal de integral denida envolve a soma de muitos termos pequenos (dife-
ren
iais),
om a nalidade de obter-se uma quantidade total após esta operação. Assim há
uma
onexão entre o
ál
ulo integral e diferen
ial, onde o Teorema Fundamental do Cál
ulo
rela
iona a integral
om a derivada. As integrais estão envolvidas em inúmeras situações:
usando a taxa (derivada) podemos obter a quantidade (integral) de óleo que vaza de um
tanque durante um
erto tempo; utilizando a leitura do velo
ímetro de um nibus espa
ial é
possível
al
ular a altura atingida por ele em um dado intervalo de tempo. Assim, pode-se
usar a integral para resolver problemas
on
ernentes a volumes,
omprimentos de
urvas,
predições popula
ionais, saída de sangue do
oração, força sobre uma represa, potên
ia
on-
sumida e a energia usada em um intervalo de tempo na
idade de Joinville, et
.
y y
a b x a b x
E desta forma, a área total desejada será obtida pela soma das áreas retangulares quando
suas bases se tornam
ada vez menores, isto é, quando ∆x → 0 (ou equivalentemente, quando
o número de retângulos se torna
ada vez maior, isto é, n → ∞). Vo
ê
onsegue formalizar,
matemati
amente, este resultado?
Para dar iní
io a essa formalização, veremos algumas denições auxiliares.
1.2 Partição
DEFINIÇO 1.2.1 Seja [a, b] um intervalo. Denominamos partição de [a, b] ao
onjunto
ordenado de pontos
P = {x0 , x1 , x2 , ..., xi , ..., xn }
tais que
a = x0 < x1 < x2 < ... < xn = b
e que dividem [a, b] em n-subintervalos, a saber,
[x0 , x1 ] , [x1 , x2 ] , [x2 , x3 ] , ..., [xi−1 , xi ] , ..., [xn−1 , xn ] ,
3
denominados intervalos da partição. Além disso, denotamos o
omprimento de
ada subin-
tervalo por
|[x0 , x1 ]| = x1 − x0 = ∆x1
|[x1 , x2 ]| = x2 − x1 = ∆x2
|[x2 , x3 ]| = x3 − x2 = ∆x3
···
|[xi−1 , xi ]| = xi − xi−1 = ∆xi
···
|[xn−1 , xn ]| = xn − xn−1 = ∆xn .
uma partição de [1, 12]. Os intervalos dessa partição são [1, 2], [2, 4], [4, 8] e [8, 12].
Naturalmente, temos 1 = x0 < 2 = x1 < 4 = x2 < 8 = x3 < 12 = x4 .
DEFINIÇO 1.3.1 Seja f : [a, b] → R uma função limitada e seja P = {x0 , x1 , x2 , ..., xi , ..., xn }
uma partição de [a, b],
om a = x0 < x1 < x2 < ... < xn = b. Seja Mi o valor supremo de f
no intervalo [xi−1 , xi ] , onde i = 1, 2, 3, · · · , n. Denominamos soma superior de f em relação
à partição P e denotamos por S(f, P ) à expressão:
n
X
S(f, P ) = M1 (x1 − x0 ) + M2 (x2 − x1 ) + .. + Mn (xn − xn−1 ) = Mi (xi − xi−1 ). (1.3.1)
i=1
1.4 podemos ver o grá
o de uma soma superior referente a uma partição
omposta por 15
pontos. Já uma soma superior referente a uma partição
om maior número de pontos (80
pontos), é ilustrada pela Figura 1.5.
4
y
f(x)=xsen x
x
f(x)=xsen x
x
Figura 1.5: Soma Superior, S(f, P ), P
om 80 pontos: A = 1, 746 u.a.
EXEMPLO 1.4.2 Considere a função f : [0, 2] → R denida por f (x) = xsenx. Na Figura
1.6 podemos ver o grá
o de uma soma inferior referente a uma partição
omposta por um
número reduzido de pontos (15 pontos) e na Figura 1.7 de uma soma inferior referente a
uma partição
om maior número de pontos (80 pontos).
Note que, aumentando o número de pontos de [a, b] a soma inferior S (f, P ) vai se apro-
ximando da área sob o grá
o de f (x) = x sin x no intervalo [0, 2].
5
y
f(x)=xsen x
f(x)=xsen x
x
Figura 1.7: Soma Inferior, S(f, P ), P
om 80 pontos: A = 1, 718 u.a.
ou seja, se
n
X n
X
lim mi (xi − xi−1 ) = lim Mi (xi − xi−1 ),
n→+∞ n→+∞
i=1 i=1
OBSERVAÇO 1.5.2 As somas superiores e inferiores a
ima denidas são
asos parti
ulares
n
X
de Somas de Riemann, que são quaisquer expressões da forma S = f (wi ) ∆xi , onde
i=1
wi ∈ [xi−1 , xi ] não é ne
essariamente um máximo ou um mínimo de f em
ada subintervalo
6
da partição
onsiderada, nem ∆xi é ne
essariamente
onstante. No entanto, em nossos
propósitos, não iremos
onsiderar esses
asos mais gerais.
Ainda,
omo f (x) pode ser negativa,
ertos termos de uma soma superior ou inferior
também podem ser negativos. Consequentemente, nem sempre S(f, P ) e S(f, P ) irão repre-
sentar uma soma de áreas de retângulos. De forma geral, estas somas representam a soma
das áreas dos retângulos situados a
ima do eixo-x (onde f ≥ 0)
om o negativo das áreas
dos retângulos que estão situados abaixo deste eixo (onde f ≤ 0).
Solução: Tomamos P = {x0, x1 , x2 , ..., xn } uma partição do intervalo [0, 4],
onforme ilustra
a Figura 1.8
Como os subintervalos da partição podem ser quaisquer, podemos admitir que todos
possuem o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x1 = ∆x2 = ... = ∆xn . Portanto, temos que
4−0 4
∆x = = e podemos atribuir valores para
ada xi ∈ P
omo sendo
n n
x0 = 0, x1 = ∆x, x2 = 2∆x, x3 = 3∆x, ..., xn = n∆x.
7
Seja Mi o supremo de f (x) = x2 + 1 no intervalo [xi−1 , xi ]. Como neste exemplo temos
uma função
res
ente, o máximo de f em
ada subintervalo o
orre no seu extremo direito,
ou seja, Mi = f (xi ). Assim, a soma superior de f é dada por
S(f, P ) = M1 ∆x + M2 ∆x + M3 ∆x + .... + Mn ∆x
= f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + f (x3 )∆x + ... + f (xn )∆x
= f (∆x)∆x + f (2∆x)∆x + f (3∆x)∆x + ... + f (n∆x)∆x
= ∆x[(∆x)2 + 1 + (2∆x)2 + 1 + (3∆x)2 + 1 + ... + (n∆x)2 + 1]
= ∆x[1 + 1 + ... + 1 + (∆x)2 + 4(∆x)2 + 9(∆x)2 + ... + n2 (∆x)2 ]
= ∆x[n + ∆x2 (1 + 22 + 32 + ... + n2 )]
2 n(n + 1)(2n + 1)
= ∆x n + ∆x
6
2
4 4 n(n + 1)(2n + 1)
= n+ 2
n n 6
64 (n + 1)(2n + 1)
= 4+
6 n2
32 3 1 64 32 32
= 4+ 2+ + 2 =4+ + + 2.
3 n n 3 n 3n
Z 4
2 64 32 32 76
(x + 1)dx = lim 4 + + + 2 = .
0 n→+∞ 3 n 3n 3
Agora, se desejarmos en
ontrar a soma inferior de f, quais modi
ações deveremos efetuar
nos
ál
ulos a
ima? Sugere-se que o estudante refaça este exer
í
io, prestando bastante
atenção no que o
orre
om as alturas dos retângulos ins
ritos e nas
onsequên
ias deste fato.
EXEMPLO 1.5.5 Usando a denição de soma inferior, en
ontre a área delimitada pelas
urvas
y = 16 − x2 , x = 1, x = 4 e y = 0 (sabendo que a função é integrável).
Solução: Tomamos P = {x0, x1 , x2 , ..., xn } uma partição do intervalo [1, 4],
onforme ilustra
a Figura 1.9
8
Como os subintervalos da partição podem ser quaisquer, podemos admitir que todos
possuem o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x1 = ∆x2 = ... = ∆xn . Portanto, temos que
4−1 3
∆x = = e podemos atribuir valores para
ada xi ∈ P
omo sendo
n n
x0 = 1, x1 = 1 + ∆x, x2 = 1 + 2∆x, x3 = 1 + 3∆x, · · · , xn = 1 + n∆x.
S(f, P ) = m1 ∆x + m2 ∆x + m3 ∆x + .... + mn ∆x
= f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + f (x3 )∆x + ... + f (xn )∆x
= f (1 + ∆x)∆x + f (1 + 2∆x)∆x + f (1 + 3∆x)∆x + ... + f (1 + n∆x)∆x
= [16 − (1 + ∆x)2 + 16 − (1 + 2∆x)2 + 16 − (1 + 3∆x)2 + · · · + 16 − (1 + n∆x)2 ]∆x
= 16n∆x − [1 + 2∆x + (∆x)2 + 1 + 2 · 2∆x + (2∆x)2 + 1 + 2 · 3∆x + (3∆x)2 +
+ · · · + 1 + 2 · n∆x + (n∆x)2 ]∆x
= 16n∆x − n∆x − 2(1 + 2 + 3 + · · · + n)(∆x)2 − (12 + 22 + 32 + · · · + n2 )(∆x)3
n(n + 1) n(n + 1)(2n + 1)
= 15n∆x − 2 · · (∆x)2 − · (∆x)3
2 6
3 n2 + n 2n3 + 3n2 + n
= 15n · − 9 · − 9 ·
n n2 2n3
9 27 9 45 9
= 45 − 9 − − 9 − − 2 = 27 − − 2
n 2n 2n 2n 2n
Portanto, a área desejada é dada por
Z 4
2 45 9
(16 − x )dx = lim 27 − − 2 = 27.
1 n→+∞ 2n 2n
OBSERVAÇO Até o momento não exigimos que a função seja
ontínua. Isso porque a
1.5.6
ondição de
ontinuidade não é ne
essária para que uma função seja integrável. Daqui para
frente só trabalharemos
om funções
ontínuas. A integrabilidade de funções não
ontínuas,
usando a denição, não será objeto do nosso estudo.
Z b
i. Se f (x) é uma função
onstante, isto é, f (x) = c, então cdx = c(b − a).
a
Z b Z b
ii. Se k é uma
onstante, então kf (x) dx = k f (x) dx.
a a
Z b Z b Z b
iii. [f (x) + g (x)]dx = f (x) dx + g (x) dx.
a a a
Z b Z b
iv. Se f (x) ≤ g (x) para todo x ∈ [a, b] , então f (x) dx ≤ g (x) dx.
a a
9
Z b
v. Se m ≤ f (x) ≤ M para todo x ∈ [a, b] , então m (b − a) ≤ f (x) dx ≤ M (b − a) .
a
Z b Z c Z b
vi. Se c ∈ [a, b] , então f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
a a c
vii. A tro
a dos limitantes de integração a
arreta a mudança no sinal da integral denida,
ou seja,
Z b Z a
f (x) dx = − f (x) dx.
a b
Z a
viii. f (x)dx = 0.
a
intervalo [−1, 2]. A seguir, utilize-as para
al
ular a área da região situada abaixo do grá
o
de f e entre as retas y = 0, x = −1 e x = 2.
Solução: A Figura 1.10 ilustra o grá
o da soma superior de f referente a uma partição
omposta de 15 pontos. Observe que as alturas dos retângulos
ir
uns
ritos não possuem
o mesmo
omportamento em todo o intervalo. Isso o
orre porque a função é de
res
ente
no intervalo [−1, 1] e
res
ente em [1, 2]. Para obter a expressão para a soma superior de f
usaremos a Propriedade vi. Tomaremos uma partição para o intervalo [−1, 1] e outra para
o intervalo [1, 2].
y
P = {x0, x1 , x2 , ..., xn } uma partição do intervalo [−1, 1], de tal forma que todos os
Seja
subintervalos deP possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x1 = ∆x2 = · · · = ∆xn .
1 − (−1) 2
Portanto, temos que a base de
ada um dos retângulos é dada por ∆x = = e
n n
assim podemos atribuir valores para
ada xi ∈ P
omo sendo
Agora vamos determinar as alturas dos retângulos
ir
uns
ritos. Seja Mi o supremo de
f (x) = x2 − 2x + 2 no subintervalo [xi−1 , xi ]. Como neste intervalo a função é de
res
ente o
10
máximo de f em
ada subintervalo o
orre no seu extremo esquerdo, ou seja, Mi = f (xi−1 ).
Assim, a soma superior de f é dada por
S(f, P ) = M1 ∆x + M2 ∆x + M3 ∆x + · · · + Mn ∆x
= f (x0 )∆x + f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + · · · + f (xn−1 )∆x
= f (−1)∆x + f (−1 + ∆x)∆x + f (−1 + 2∆x)∆x + · · · + f (−1 + (n − 1)∆x)∆x
= ∆x{5 + (−1 + ∆x)2 − 2(−1 + ∆x) + 2 + (−1 + 2∆x)2 − 2(−1 + 2∆x) + 2 +
+ · · · + (−1 + (n − 1)∆x)2 − 2(−1 + (n − 1)∆x) + 2 }
= ∆x{5 + (1 − 2∆x + (∆x)2 ) + 2 − 2∆x + 2 + 1 − 4∆x + 22 (∆x)2 + 2 − 4∆x + 2 +
+ · · · + 1 − 2(n − 1)∆x + (n − 1)2 (∆x)2 + 2 − 2(n − 1)∆x + 2 }
= ∆x{5 + 5 − 4∆x + (∆x)2 + 5 − 8∆x + 22 (∆x)2 +
+ · · · + 5 − 4(n − 1)∆x + (n − 1)2 (∆x)2 }
= ∆x 5n − 4∆x (1 + 2 + · · · + (n − 1)) + (∆x)2 1 + 22 + · · · + (n − 1)2
" 2 #
2 2 n(n − 1) 2 (n − 1)n (2n − 1)
= · 5n − 4 · · + ·
n n 2 n 6
2
2 2 2n − 3n + 1
= · 5n − 4(n − 1) + ·
n 3 n
8 4 3 1 14 4 4
= 2+ + · 2− + 2 = + + 2.
n 3 n n 3 n 3n
SejaQ = {x0, x1 , x2 , ..., xn } uma partição do intervalo [1, 2], de tal forma que todos os
subintervalos de Q possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x1 = ∆x2 = · · · = ∆xn .
2−1 1
Portanto, temos que a base de
ada um dos retângulos é dada por ∆x = = e assim
n n
podemos atribuir valores para
ada xi ∈ Q
omo sendo
S(f, Q) = M1 ∆x + M2 ∆x + M3 ∆x + · · · + Mn ∆x
= f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + f (x3 )∆x + · · · + f (xn )∆x
= [f (1 + ∆x) + f (1 + 2∆x) + f (1 + 3∆x) + · · · + f (1 + n∆x)]∆x
= {[(1 + ∆x)2 − 2(1 + ∆x) + 2] + [(1 + 2∆x)2 − 2(1 + 2∆x) + 2] +
+[(1 + 3∆x)2 − 2(1 + 3∆x) + 2] + · · · + [(1 + n∆x)2 − 2(1 + n∆x) + 2]}∆x
= {[1 + (∆x)2 ] + [1 + (2∆x)2 ] + [1 + (3∆x)2 ] + · · · + [1 + (n∆x)2 ]}∆x
= n∆x + (12 + 22 + 32 + · · · + n2 )(∆x)3
3
1 n(n + 1)(2n + 1) 1 4 1 1
= n· + · = + + 2
n 6 n 3 2n 6n
Portanto, a soma superior de f
[−1, 2] é
em
14 4 4 4 1 1 9 3
S(f, P ∪ Q) = + + 2+ + + 2 =6+ + 2.
3 n 3n 3 2n 6n 2n 2n
11
Para determinar a soma inferior de f, basta en
ontrar as alturas dos retângulos ins
ritos.
A Figura 1.11 ilustra o grá
o da soma inferior de f referente a uma partição
omposta de
15 pontos. Observe que as alturas dos retângulos ins
ritos não possuem o mesmo
omporta-
mento em todo o intervalo. Isso o
orre porque a função é de
res
ente no intervalo [−1, 1] e
res
ente em [1, 2]. Para obter a expressão para a soma inferior de f usaremos novamente a
Propriedade vi, tomando uma partição para o intervalo [−1, 1] e outra para o intervalo [1, 2].
Considere a partição P tomada a
ima. A altura dos retângulos ins
ritos, mi , o
orre no
extremo direito de
ada subintervalo [xi−1 , xi ], i.e., mi = f (xi ).
Assim, a soma inferior de f em [−1, 1], relativa a partição P, é dada por
S(f, P ) = m1 ∆x + m2 ∆x + m3 ∆x + · · · + mn ∆x
= f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + f (x3 )∆x + · · · + f (xn )∆x
= f (−1 + ∆x)∆x + f (−1 + 2∆x)∆x + f (−1 + 3∆x)∆x + · · · + f (−1 + n∆x)∆x
= ∆x (−1 + ∆x)2 − 2(−1 + ∆x) + 2 + (−1 + 2∆x)2 − 2(−1 + 2∆x) + 2 +
+ · · · + (−1 + n∆x)2 − 2(−1 + n∆x) + 2
= ∆x 1 − 2∆x + (∆x)2 + 2 − 2∆x + 2 + 1 − 4∆x + 22 (∆x)2 + 2 − 4∆x + 2 +
+ · · · + 1 − 2n∆x + n2 (∆x)2 + 2 − 2n∆x + 2
= ∆x 5 − 4∆x + (∆x)2 + 5 − 8∆x + 22 (∆x)2 + · · · + 5 − 4n∆x + n2 (∆x)2
= ∆x 5n − 4∆x (1 + 2 + · · · + n) + (∆x)2 1 + 22 + · · · + n2
" 2 #
2 2 (n + 1)n 2 n(n + 1) (2n + 1)
= · 5n − 4 · · + ·
n n 2 n 6
2
2 2 2n + 3n + 1
= · 5n − 4(n + 1) + ·
n 3 n
8 4 3 1 14 4 4
= 2− + · 2+ + 2 = − + 2.
n 3 n n 3 n 3n
12
Soma Inferior para o intervalo [1, 2]
Considere a partição Q tomada a
ima. A altura dos retângulos ins
ritos, mi , o
orre no
extremo esquerdo de
ada subintervalo [xi−1 , xi ], i.e., mi = f (xi−1 ).
Assim, a soma inferior de f em [1, 2], relativa a partição Q, é dada por
S(f, Q) = m1 ∆x + m2 ∆x + m3 ∆x + · · · + mn ∆x
= f (x0 )∆x + f (x1 )∆x + f (x2 )∆x + · · · + f (xn−1 )∆x
= f (1)∆x + f (1 + ∆x)∆x + f (1 + 2∆x)∆x + · · · + f (1 + (n − 1)∆x)∆x
= ∆x{1 + (1 + ∆x)2 − 2(1 + ∆x) + 2 + (1 + 2∆x)2 − 2(1 + 2∆x) + 2 +
+ · · · + (1 + (n − 1)∆x)2 − 2(1 + (n − 1)∆x) + 2 }
= ∆x{1 + [1 + (∆x)2 ] + [1 + (2∆x)2 ] + · · · + [1 + ((n − 1)∆x)2 ]}
= n∆x + [12 + 22 + · · · + (n − 1)2 ](∆x)3
3
1 (n − 1)n(2n − 1) 1 4 1 1
= n· + · = − + 2.
n 6 n 3 2n 6n
14 4 4 4 1 1 9 3
S(f, P ∪ Q) = − + 2+ − + 2 =6− + 2.
3 n 3n 3 2n 6n 2n 2n
Finalmente, utilizando a soma superior de f, obtemos que a área da região desejada é
dada por
Z 1 Z 2
2
A = (x − 2x + 2)dx + (x2 − 2x + 2)dx
−1
1
14 4 4 4 1 1 14 4
= lim + + 2 + lim + + 2 = + = 6.
n→+∞ 3 n 3n n→+∞ 3 2n 6n 3 3
13
A área da região R pode ser interpretada
omo sendo a área da região R1 menos a área da
regiãoR2 , onde R1 é a região retangular limitada pelas
urvas y = g(x), y = 0, x = −3 e
x − 0 e R2 é a região limitada pelas
urvas y = f (x), y = 0, x = −3 e x − 0.
Z 0
Área de R1 : AR1 = 9dx = 9[0 − (−3)] = 27u.a. (usando as propriedades de integral
−3
denida).
Área de R2 : Os retângulos ins
ritos na região R2 estão representados na Figura 1.13. A
Z 0
área de R2 é dada por AR2 = x2 dx usando somas de áreas de retângulos ins
ritos to-
−3
mamos uma partição P = {x0 , x1 , x2 , · · · , xn } do intervalo [−3, 0], de tal forma que todos
os subintervalos de P possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x1 = ∆x2 = ... = ∆xn .
0 − (−3) 3
Portanto, temos que a base de
ada um dos retângulos é dada por ∆x = = e
n n
assim podemos atribuir valores para
ada xi ∈ P
omo sendo
Agora vamos determinar as alturas dos retângulos ins
ritos. Como neste exemplo temos uma
função de
res
ente,
ada retângulo ins
rito atinge sua altura no ponto xi , i = 1, 2, · · · , n,
2
ou seja, a altura de
ada retângulo é g(xi ) = xi . Assim, a soma de Riemann de g relativa a
partição P e
om as alturas denidas é dada por
n
X n
X
S(g, P ) = g(xi )∆x = x2i ∆x = (x21 + x22 + · · · + x2n )∆x
i=1 i=1
= [(−3 + ∆x)2 + (−3 + 2∆x)2 + · · · + (−3 + n∆x)2 ]∆x
= 9 − 6∆x + (∆x)2 + 9 − 6 · 2∆x + (2∆x)2 + · · · + 9 − 6 · n∆x + (n∆x)2 ∆x
= 9n∆x − 6(∆x)2 (1 + 2 + · · · + n) + (∆x)3 (12 + 22 + · · · + n2 )
54 n(n + 1) 27 n(n + 1)(2n + 1)
= 27 − 2 +
n 2 n3 6
1 9 3 1
= 27 − 27 1 + + 2+ + 2
n 2 n n
27 9
= 9+ + 2
2n 2n
14
Portanto, usando retângulos ins
ritos obtemos que
27 9
AR2 = lim 9 + + = 9u.a..
n→+∞ 2n 2n2
Agora vamos determinar as alturas dos retângulos ins
ritos. Como neste exemplo temos
uma função de
res
ente e negativa,
ada retângulo ins
rito atinge sua altura no ponto xi−1 ,
i = 1, 2, · · · , n, ou seja, a altura de
ada retângulo é f (xi−1 ). Assim, a soma de Riemann de
15
f relativa a partição P e
om as alturas denidas é dada por
n
X
S(f, P ) = f (xi−1 )∆x
i=1
= [f (x0 ) + f (x1 ) + f (x2 ) + · · · f (xn−i )]∆x
= −1 + [−(∆x)2 − 1] + [−(2∆x)2 − 1] + · · · + [−((n − 1)∆x)2 − 1] ∆x
= −n∆x − [12 + 22 + · · · + (n − 1)2 ](∆x)3
3
4 (n − 1)n(2n − 1) 4
= −n · − ·
n 6 n
2
32(2n − 3n + 1) 64 32 32
= −4 − 2
= −4 − + − 2
3n 3 n 3n
Portanto, usando áreas de retângulos ins
ritos obtemos que
Z 4
2 76 32 32 76
(−x − 1)dx = lim − + − 2 =− .
0 n→+∞ 3 n 3n 3
Assim,
√
76 16 4 3
c2 + 1 = ⇒ c2 = ⇒c=± .
4·3 3 3
√ √
4 3 4 3
Observe que c=− não está no intervalo que pro
uramos a solução. Portanto, c=
3 3
satisfaz a
on
lusão do Teorema 1.5.11.
O Teorema do Valor Médio para Integrais tem uma interpretação geométri
a interessante
Z b
se f (x) ≥ 0 em [a, b]. Neste
asof (x)dx é a área sob o grá
o de f de a até b, e o número
a
f (c) do Teorema 1.5.11 é a ordenada do ponto P do grá
o de f
om abs
issa c (veja a
Figura 1.15) Traçando-se uma reta horizontal por P a área da região retangular limitada
por essa reta, pelo eixo x e pelas reta x = a e x = b é f (c)(b − a) e que, pelo Teorema 1.5.11,
é a mesma que a área sob o grá
o de f de a até b.
se f for uma função
onstante então qualquer número c pode ser utilizado.
Z b
1
OBSERVAÇO 1.5.14 O número f (x)dx é dito valor médio de f em [a, b].
b−a a
16
y y=f(x)
P(c, f(c))
a c b x
Figura 1.15: Interpretação geométri
a do Teorema 1.5.11
Caso f (t) seja sempre positiva, então F (x) será numeri
amente igual a área do trapezóide
urvilíneo da Figura 1.16.
F(x)
F( x+ x) f(x)
a x x+ x x
TEOREMA 1.6.1
Z x Seja f : [a, b] → R uma função
ontínua no intervalo [a, b], então a
função F (x) = f (t) dt é uma primitiva da função f , ou seja, F ′ (x) = f (x).
a
17
DEMONSTRAÇO: Utilizando a denição de derivada, temos que
F (x + ∆x) − F (x)
F ′ (x) = lim
∆x→0 ∆x
Z x+∆x Z x
1
= lim f (t) dt − f (t) dt
∆x→0 ∆x a a
Z x Z x+∆x Z x
1
= lim f (t) dt + f (t) dt − f (t) dt
∆x→0 ∆x a x a
Z x+∆x
1
= lim f (t) dt,
∆x→0 ∆x x
porém, pelo Teorema 1.5.11, sabemos que existe c ∈ [x, x + ∆x] tal que
Z x+∆x
f (t) dt = f (c) (x + ∆x − x) = f (c)∆x
x
e portanto
F ′ (x) = lim f (c)
∆x→0
quando ∆x → 0 temos que c→x
omo f é
ontínua, obtemos que f (c) → f (x) e assim
a demonstrado que
F (x + ∆x) − F (x)
F ′ (x) = lim = f (x) .
∆x→0 ∆x
COROLÁRIO 1.6.2 Se f : [a, b] → R for
ontínua no intervalo [a, b], então F : [a, b] → R é
derivável em (a, b) e F ′ (x) = f (x) .
G(x) = F (x) + c.
Assim,
Z b Z a Z b
G(b) − G(a) = [F (b) + c] − [F (a) + c] = f (t)dt − f (t)dt = f (t)dt
a a a
18
Tro
ando t por x obtemos
Z b
f (x)dx = G(b) − G(a)
a
omo queríamos demonstrar.
A notação usual é
Z b
b
f (x)dx = G(x) .
a
a
O teorema fundamental do
ál
ulo permite que sejam determinadas as integrais denidas
das funções
ontínuas em intervalos fe
hados sem usar o método visto para en
ontrar somas
superiores e inferiores.
EXEMPLO 1.6.4 Utilizando o Teorema Fundamental do Cál
ulo en
ontre a área sob o grá
o
de f : [0, 4] → R denida por f (x) = x2 + 1.
Z 4
4
x3 64 76
A= 2
(x + 1)dx = + x = +4= .
0 3 0 3 3
EXEMPLO Cal
ule a área da região situada entre o eixo x e a
urva f (x) = 81 (x2 −2x+8),
1.6.5
Z 4
4
1 2 1 x3
A = (x − 2x + 8)dx = ( − x + 8x)
2
−2 8 8 3 −2
3 3
1 4 2 (−2) 2
= − 4 + 8(4) − − (−2) + 8(−2)
8 3 3
1 64 8 60 15
= − 16 + 32 + + 4 + 16 = = u.a.
8 3 3 8 2
19
1.6.6 Fórmulas Clássi
as para Resolver Integrais (Revisão)
Para utilizar o teorema fundamental do
ál
ulo, é essen
ial que se saiba obter a primitiva
(anti-derivada) de uma função. Vamos então relembrar, do
ál
ulo I, alguns pro
essos
lás-
si
os de integração que serão muito úteis na resolução de problemas que envolvem integral
denida.
i. Mudança de Variável
TEOREMA 1.6.7 Sejam f : [a, b] → R uma função
ontínua e g : [α, β] → R uma função
derivável tal que g é integrável e g ([α, β]) ⊂ [a, b] e, além disso g (α) = a e g (β) = b. Então
′
Z b Z β
f (x) dx = f (g (t)) g ′ (t) dt.
a α
Z b
f (x) dx = F (g (β)) − F (g (α)) .
a
(F ◦ g) (t) : [α, β] → R
Z β Z b
′
f (g (t)) g (t) dt = F (g (β)) − F (g (α)) = f (x) dx.
α a
Z 5
√
x−1
EXEMPLO 1.6.8 Cal
ular a integral denida dx, usando o Teorema 1.6.7.
1 x
√
Solução: Primeiro vamos en
ontrar a função g (t). Seja t = x − 1 (note que t ≥ 0), então
2 2 ′
podemos es
rever x = t + 1 e assim obtemos g (t) = t + 1,
uja derivada é g (t) = 2t.
Vamos agora determinar os valores de α e β . Como temos que g (α) = a = 1 e g (β) = b = 5
segue que
α2 + 1 = 1 ⇒ α2 = 0 ⇒ α = 0
β 2 + 1 = 5 ⇒ β 2 = 4 ⇒ β = 2.
√
x−1
Na sequên
ia, determinaremos f (g (t)). Como f (x) = , obtemos
x
p √
g (t) − 1 t2 + 1 − 1 t
f (g (t)) = = = .
g (t) t2 + 1 t2 + 1
20
Finalmente, vamos determinar o valor da integral, usando o Teorema 1.6.7, obtemos:
Z 5
√ Z 2 Z 2 Z 2 2
x−1 t t2 t +1−1
dx = 2
2tdt = 2 2
dt = 2 dt =
1 x 0 t +1 0 t +1 0 t2 + 1
Z 2 2 Z 2 Z 2
t +1 1 dt
= 2 2
− 2 dt = 2 dt − 2 2
=
0 t +1 t +1 0 0 t +1
2 2
= 2t − 2 arctan t = 4 − 2 arctan 2.
0 0
u = f (x) ⇒ du = f ′ (x)dx
dv = g ′ (x)dx ⇒ v = g(x)
Z b Z
b b
udv = uv − vdu.
a a
a
Z π
3
EXEMPLO 1.6.10 Determine o valor da integral sin3 xdx.
0
e en ontramos
Z π Z π
π 3
3
3 2 3
sin xdx = sin x(− cos x) − − cos x(2 sin x cos x)dx
0 0
0
π Z π
3
2 3
= − sin x cos x + 2 cos2 x sin xdx
0
0
π
2 3
2 3
= (− sin x cos x − cos x)
3
0
3 1 1 2 5
= − · − + = .
4 2 12 3 24
21
1.7 Integrais Impróprias
DEFINIÇO 1.7.1 Seja f : [a, ∞) → R uma função
ontínua para todo x ∈ [a, +∞). De-
nimos Z +∞ Z b
f (x) dx = lim f (x) dx,
a b→+∞ a
desde que o limite exista.
Z +∞
1
EXEMPLO 1.7.2 En
ontre o valor numéri
o da integral dx.
0 1 + x2
x
1
Figura 1.18: Área sob o grá
o de f (x) = 1+x2
Solução: Veja o grá o de f na Figura 1.18. Pela denição 1.7.1 temos que
Z Z b
+∞
1 b
1
dx = lim dx = lim arctan x
0 1 + x2 b→+∞ 0 1+x2 b→+∞
0
π
= lim (arctan b − arctan 0) = lim arctan b = .
b→+∞ b→+∞ 2
DEFINIÇO 1.7.3 Seja f : (−∞, b] → R uma função
ontínua para todo x ∈ (−∞, b].
Denimos Z Z
b b
f (x) dx = lim f (x) dx,
−∞ a→−∞ a
Z Z 0
0
1 0
1
dx = lim dx = lim arctan x
−∞ 1 + x2 a→−∞ a 1+x2 a→−∞
a
π π
= lim [arctan 0 − arctan a] = − lim arctan a = − − = .
a→−∞ a→−∞ 2 2
DEFINIÇO 1.7.5 Seja f : (−∞, ∞) → R uma função
ontínua para todo x ∈ (−∞, +∞).
Denimos Z Z Z
+∞ c b
f (x) dx = lim f (x) dx + lim f (x) dx,
−∞ a→−∞ a b→+∞ c
22
Z +∞
1
EXEMPLO 1.7.6 En
ontre o valor numéri
o da integral dx.
−∞ 1 + x2
Z +∞ Z 0 Z b
1 1 1
dx = lim dx + lim dx
−∞ 1 + x2 a→−∞ a 1 + x 2 b→+∞ 0 1 + x2
0 b
= lim arctan x + lim arctan x
a→−∞ b→+∞
a 0
= lim (arctan 0 − arctan a) + lim (arctan b − arctan 0)
a→−∞ b→+∞
= lim arctan a + lim arctan b
a→−∞ b→+∞
π π
= − − + = π.
2 2
x
1
Figura 1.19: Área sob o grá
o de f (x) = x2
23
Solução: O integrando é
ontínuo em todo ponto perten
ente ao intervalo [−1, 1] , ex
eto
em x=0 (observe a Figura 1.19). Pela denição 1.8.1, temos que
Z 1 Z α Z 1
1 1 1
dx = lim− dx + lim dx
−1 x2 α→0 −1 x
2 β→0+ β x2
α 1
−1 −1
= lim− + lim+
α→0 x β→0 x
−1 β
−1 −1 −1
= lim− − + lim+ −1 −
α→0 α −1 β→0 β
= [+∞ − 1] + [−1 + ∞] = +∞
1
Consequentemente, a função f (x) = não é integrável no intervalo [−1, 1].
x2
OBSERVAÇO 1.8.3 Quando os limites que apare
em nas denições anteriores existem e são
nitos, dizemos que a integral imprópria
onverge. Caso
ontrário, ou seja, quando um dos
limites não existir, dizemos que a integral imprópria diverge.
EXEMPLO 1.8.4 Classique as integrais abaixo em
onvergente ou divergente.
Z +4
(a) |x|ex dx;
−∞
Z π
sin x
(b) dx.
0 cos2 x
Solução (a):
Z +4 Z 0 Z 4
x x
|x|e dx = lim −xe dx + xex dx
−∞ a→−∞ 0
a
0 Z 4 Z
0 4
x x x
= lim −xe − −e dx + xe − ex dx
a→−∞ a 0
a 0
= lim 0 + aea + e0 − ea + 4e4 − 0 − (e4 − 1)
a→−∞
Solução (b):
Z π Z a Z π
sin x sin x sin x
dx = lim dx + lim dx
0 cos2 x a→ π2 − 0 cos x
2
b→ π2 + b cos x
2
" a # " π #
1 1
= lim− + lim
a→ π2 cos x b→ π2 + cos x
0 b
1 1
= lim − 1 + lim −1 −
a→ π2 − cos a b→ π2 + cos b
= +∞ − 2 + ∞ = +∞
ou seja, a integral diverge.
24
1.9 Área em
oordenadas retangulares
Vimos que, se uma função f for não negativa, isto é, f (x) ≥ 0 para todo x no intervalo
[a, b], então a área da região delimitada pelas
urvas x = a, x = b, y = 0 e y = f (x) é dada
por
Z b
A= f (x) dx.
a
No
aso mais geral, estaremos interessados em
al
ular a área da região situada entre os
grá
os de duas funções f e g,
om f (x) ≥ g(x) para todo x ∈ [a, b], de a
ordo
om a Figura
1.20.
y
y=f(x)
y=g(x)
a b x
Z b Z b Z b
A= f (x)dx − g(x)dx = [f (x) − g(x)] dx.
a a a
Z b Z b
A= [0 − g(x)] dx = − g(x)dx.
a a
EXEMPLO Cal
ule a área da região situada entre o eixo x e o grá
o da função f (x) =
1.9.1
Z Z Z Z 0 2
0 2 0 2
A= (0 − 2x)dx + (2x − 0)dx = −2xdx + 2xdx = −x2 + x2 = 8 u.a.
−2 0 −2 0
−2 0
Logo, a área sob o grá
o da função f (x) = 2x, no intervalo [−2, 2] , é igual a 8 unidades de
área.
25
y
√
EXEMPLO 1.9.2 Cal
ule a área da região delimitada pelas
urvas y = x2 e y = x.
Solução: Nesse exemplo não foi espe
i
ado o intervalo em que está situada a região deli-
mitada pelas
urvas. Devemos determinar este intervalo en
ontrando os pontos de interseção
das
urvas.
x2
y =√
Para isso, basta resolver o sistema de equações . É fá
il ver que a solução
y= x
√
vem da igualdade x2 = x x
que tornam essa sentença verdadeira são x = 0
e os valores de
√
e x= 1. Desse modo, a região delimitada pelas
urvas y = x2 e y = x
a determinada se
x ∈ [0, 1].
y
x
√
Figura 1.22: Região delimitada por y = x2 e y= x.
De a
ordo
om a Figura 1.22, podemos observar que a área desejada pode ser obtida
√
através da diferença entre as áreas das regiões situadas sob o grá
o de y = x e sob o
2
grá
o de y = x ,
om x ∈ [0, 1] .
Assim, temos que
Z 1
1 √ 2 1 2 1 1
2 3
3
A= x − x dx = x − x = − = u.a.
2
0 3 3 3 3 3
0
1
Portanto, a área desejada é igual a unidades de área.
3
EXEMPLO 1.9.3 Cal
ule a área da região ha
hurada na Figura 1.23.
Solução: Primeiro vamos identi
ar a lei que dene as funções lineares presentes no grá
o.
1
Uma reta passa pelos pontos (0,0) e (1,1) e a outra passa pelos pontos (0, 0) e (2, ). Portanto
2
26
y
Z 1 Z 2
1 1 1
A = x − x dx + − x dx
0 4 1 x 4
Z Z 2 Z
3 1 1 1 2
= xdx + dx − xdx
4 0 1 x 4 1
1 2
3 2 1 2
= x + ln |x| − x
8 0 8 1
3 1 1
= + ln(2) − − ln(1) −
8 2 8
4 1
= − + ln(2) = ln(2) u.a.
8 2
Portanto, a área desejada é igual a ln(2) unidades de área.
27
y
32
Portanto, a área desejada é igual a unidades de área.
3
EXEMPLO 1.9.5 En
ontre o valor da área delimitada pelas
urvas y = x2 , y = 2 − x2 e
y = 2x + 8.
Solução: Ini
ialmente vamos fazer uma representação grá
a,
onforme ilustra a Figura
1.25. Na sequên
ia, vamos en
ontrar as interseções das
urvas.
28
em três partes, a saber:
Z −1 Z −1
2 8
A1 = (2x + 8 − x2 )dx = ,
(2x + 8) − (x )dx =
−2 −2 3
Z 1 Z 1
38
A2 = (2x + 8) − (2 − x2 )dx = (2x + 6 + x2 )dx = ,
−1 −1 3
Z 4
A3 = (2x + 8) − (x2 )dx = 18.
1
8 38 100
A = A1 + A2 + A3 = + + 18 = u.a.
3 3 3
EXEMPLO 1.9.6 Cal
ule, de duas formas distintas, a área da região delimitada pelas
urvas
x = y + 1 e x = y 2 − 1.
Solução: Ini
iamos
om a representação geométri
a da região, que está esboçada na Figura
1.26. A seguir, devemos en
ontrar os pontos de interseção entre as
urvas, igualando suas
equações, obtendo
y2 − 1 = y + 1 ⇒ y2 − y − 2 = 0 ⇒ y = −1 e y=2
e ainda,
y = −1 ⇒ x = 0 e y = 2 ⇒ x = 3.
Uma primeira forma de
al
ular a área desejada é pro
eder
omo nos exemplos anteriores,
onde tomamos x
omo variável de integração. Para isso, devemos isolar y em função de x,
obtendo
√
y =x−1 e y = ± x + 1.
Note que o sinal positivo na última equação
orresponde à porção da parábola situada
a
ima do eixo x e o sinal negativo
orresponde a parte situada abaixo do eixo.
29
Como o
orre tro
a na limitação inferior da região, devemos tomar uma soma de integrais
para
al
ular sua área,
onforme segue
Z 0 Z 3
√ √ √
A = x + 1 − (− x + 1)dx + x + 1 − (x − 1)dx
−1 0
Z 0 Z 3
√ √
= 2 x + 1dx + ( x + 1 − x + 1)dx
−1 0
0 3
4p 2 p x 2
= (x + 1)3 + (x + 1)3 − + x
3 3 2
−1 0
4 16 9 2 9
= + − + 3 − = u.a.
3 3 2 3 2
Uma segunda maneira de
al
ular esta área é mantendo y
omo variável independente e
tomar a integração em relação a y. Neste
aso, a
urva superior está situada à direita,ou seja,
2
é a reta x = y + 1 e a
urva inferior está situada à esquerda, ou seja, é a parábola x = y − 1.
Como desta forma não o
orre tro
a de limitação, podemos
al
ular a área tomando uma
úni
a integral
Z 2
A = (y + 1) − (y 2 − 1)dy
−1
Z 2
2
y y 2 3
2
= (y − y + 2)dy = − + 2y
−1 2 3
−1
8 1 1 9
= 2− +4− − − 2 = u.a.
3 2 3 2
Observe que a tro
a da variável de integração resultou numa expressão
uja integral
era mais simples de ser resolvida. Desta forma, é importante saber es
rever integrais que
permitem
al
ular áreas tomando tanto x quanto y
omo variáveis de integração, para depois
optar por resolver aquela que se mostrar mais simples.
30
y
x
√
Figura 1.27: Região delimitada por y= x − 2, x + y = 2 e x + 2y = 5
√
para a reta superior, y = 2−x para a reta inferior e y = x − 2 para a parábola, que também
é um limitante inferior. Como o
orre tro
a na limitação inferior em x = 2, pre
isamos de
duas integrais.
Z 2 Z 3
5−x 5−x √
A = − (2 − x) dx + − x − 2 dx
−1 2 2 2
Z2 Z 3
1+x 5−x √
= dx + − x − 2 dx.
−1 2 2 2
(b) Tomando integração em relação a y , devemos isolar x em função de y, obtendo x = 5−2y
2
para a reta superior, x = 2 − y para a reta inferior e x = y + 2 para a parábola, que neste
aso também é um limitante superior. Como o
orre tro
a na limitação superior em y = 1,
ne
essitamos também de duas integrais.
Z 1 Z 3
2
A = (y + 2) − (2 − y) dy + [(5 − 2y) − (2 − y)] dy
0 1
Z 1 Z 3
2
= (y + y)dy + (3 − y) dy.
0 1
Neste exemplo, as duas expressões obtidas envolvem soma de integrais. Mesmo assim,
é fá
il notar que a expressão na qual y é a variável independente é a mais simples de ser
resolvida. Assim, se o enun
iado soli
itasse que fosse
al
ulado o valor numéri
o da área em
questão, deveríamos optar por resolver esta expressão.
EXEMPLO 1.9.8 A área de uma determinada região R pode ser
al
ulada pela expressão
Z 2 Z 4
2
√ √
A= (2x ) − (2 x) dx + (−2x + 12) − (2 x) dx.
1 2
31
Figura 1.28: Região R
Logo, temos que a região R é delimitada superiormente pelas
urvas y = 2x2 , y = −2x + 12
√
e inferiormente por y = 2 x e sua representação geométri
a está sombreada na Figura 1.28.
Z 4 2 r Z 8 r
y y 12 − y y
A= − dy + − dy.
2 4 2 4 2 2
Z b Z b
A= f (x) dx = ydx.
a a
Z β
A= ψ(t)φ′ (t)dt.
α
32
x2 y 2
EXEMPLO 1.10.1 En
ontre a área delimitada pela elipse + 2 = 1.
a2 b
Solução: As equações paramétri
as da elipse dada são
π
φ (α) = 0 ⇒ a cos α = 0 ⇒ cos α = 0 ⇒ α =
2
φ (β) = a ⇒ a cos β = a ⇒ cos β = 1 ⇒ β = 0.
Agora, para obter a área total interna à elipse basta utilizar a simetria da região e obter
que
Z 0 Z 0
A = 4 b sin t(−a sin t)dt = −4ab sin2 tdt
π π
2 2
Z π π2
1 2 1
= 4ab (1 − cos 2t) dt = 2ab t − sin 2t
0 2 2
0
π 1
= 2ab − sin π − 0 = abπ.
2 2
x = 2 cos t
EXEMPLO 1.10.2 Cal
ular a área da região que é interior a elipse E1 = e
y = 4 sin t
x = 2 cos t
exterior a elipse E2 = .
y = sin t
Solução: A região
uja área desajamos
al
ular pode ser vista na Figura 1.29. Novamente,
podemos utilizar argumentos de simetria e
al
ular a área da região situada no primeiro
quadrante do plano xy e multipli
ar o resultado por quatro. Neste quadrante, temos que
x ∈ [0, 2]. No entanto
x = 0 ⇒ 2 cos t = 0 ⇒ t = π2
x = 2 ⇒ 2 cos t = 2 ⇒ cos t = 1 ⇒ t = 0,
33
logo, para des
rever a região que nos interessa, em
oordenas paramétri
as, devemos integrar
de t = π2 até t = 0. Assim, notando que neste exemplo devemos tomar a diferença entre as
áreas sob as elipses E1 e E2 , obtemos
Z 0 Z 0
A = 4 [4 sin t(−2 sin t)dt − 4 sin t(−2 sin t)]dt
π π
2 2
Z 0 Z 0
2 2
= (−32 sin t + 8 sin t)dt = −24 sin2 tdt
π π
2 2
Z π π2
2 1 12
= 24 (1 − cos 2t)dt = 12t − sin 2t = 6π u.a.
0 2 2
0
Sejam ∆θ1, ∆θ2, ∆θ3, ..., ∆θn os subar
os da partição X e seja ri o
omprimento do raio
orrespondente a um ângulo ξi ∈ ∆θi , isto é, θi−1 ≤ ξi ≤ θi .
A área do setor
ir
ular de raio ri e ar
o ∆θi é dada por
1
Ai = (ri )2 ∆θi
2
e a área aproximada área da região delimitada por r = f (θ) é dada por
P
n
An = 1
2
(ri )2 ∆θi .
i=1
34
Seja |∆θ| o subintervalo de maior diâmetro da partição X. Então, se n tender a innito
teremos que |∆θ| tenderá a zero. Desse modo poderemos es
rever
n
X Z β
1 2 1
A = lim An = lim (ri ) ∆θi = r 2 dθ
n→∞ |∆θ|→0
i=1
2 2 α
ou seja,
Z β
1
A= r 2 dθ, (1.11.1)
2 α
que nos forne
e uma expressão para o
ál
ulo de áreas delimitadas por
urvas em
oordenadas
polares.
Figura 1.31: Região delimitada por um ardióide e por uma ir unferên ia.
Como esta região é simétri
a em relação ao eixo x, podemos
al
ular o dobro da área
da porção situada no primeiro quadrante do plano xy. Neste quadrante, temos que o ângulo
polar θ varia no intervalo [0, π2 ]. Ainda, devemos notar que a área desejada é dada, em
oordenadas polares, pela diferença entres as áreas da
ir
unferên
ia e da
ardióide. Assim,
usando a expressão 1.11.1, obtemos
Z π Z π Z π
2 2
2 2 2
2
2
A = 1 dθ − (2 cos θ − cos2 θ)dθ
(1 − cos θ) dθ =
2 0 2 0 0
Z π
π
1 1 1 2 π
2
= 2 cos θ − (1 + cos 2θ)dθ = 2 sin θ − θ − sin 2θ = 2 − .
0 2 2 4 4
0
π
Portanto, a área desejada é igual 2− unidades de área.
4
EXEMPLO 1.11.2 Es
reva, em
oordenadas polares, a integral que
al
ula a área da região
simultaneamente exterior à
ir
unferên
ia r = 1 e interior a rosá
ea r = 2 cos(2θ).
Solução: A Figura 1.32 ilustra a região desejada. Para determinar os pontos de interseção
das duas
urvas fazemos
1 π π
2 cos(2θ) = 1 ⇒ cos 2θ = ⇒ 2θ = ⇒ θ = ( no 1o quadrante).
2 3 6
35
Figura 1.32: Região delimitada por uma rosá
ea e uma
ir
unferên
ia
Z π Z π
1 6
2 2
6
A=8· [(2 cos(2θ)) − (1) ]dθ = 4 (4 cos2 (2θ) − 1)dθ.
2 0 0
36
limitação para o raio polar, ne
essitamos de uma soma de integrais para
al
ular a área
desejada
Z √π Z π
1 6
2 1 2
A = (5 3 sin θ) dθ + (5 cos θ)2 dθ
2 0 2 π6
Z π Z π
1 6 2 1 2
= 75 sin θdθ + 25 cos2 θdθ.
2 0 2 π6
EXEMPLO 1.11.4 A área de uma determinada região R pode ser al ulada, em oordenadas
√
Solução (b): Interseção de ρ = 2 sin θ e ρ= 2 é a solução de:
ρ = 2√
sin θ π 3π
=⇒ θ = ou
ρ = 2 4 4
37
(i) Integração em relação à variável x:
Z 1 √ √ Z 1 √ √
I= ( 2− x2 −1+ 1− x2 ) dx ou I =2 ( 2 − x2 − 1 + 1 − x2 ) dx
−1 0
1.12 Comprimento de Ar o
y
f(xi) M0 Mi
Δy
f(xi-1) Mi-1 Δs
M1 Δx
Mn
a x1 xi-1 xi b x
Figura 1.35: Comprimento de ar
o
Vamos dividir o ar
o d
AB em subar
os por meio da partição
X = {M0 , M1 , M2 , ..., Mn }
38
em que
A = M0 < M1 < M2 < ... < Mn = B
ujas abs
issas são
x0 , x1 , x2 , ..., xn .
Tra
emos as
ordas
M0 M1 , M1 M2 , · · · , Mi−1 Mi , · · · , Mn−1 Mn
AM0 M1 · · · Mn−1 B
ao longo do ar
o d
AB
ujo
omprimento aproximado é dado por
ou seja,
P
n
ln = ∆Si . (I)
i=1
Mas ∆Si é a hipotenusa do triângulo de lados ∆xi e ∆yi , de modo que podemos es rever
ou seja,
s 2
∆Si ∆yi
= 1+
∆xi ∆xi
e assim s 2
∆yi
∆Si = 1+ ∆xi . (II)
∆xi
Agora,
omo
f (xi ) − f (xi−1 )
= f ′ (ξi ) .
xi − xi−1
Portanto, obtemos que
39
∆yi
= f ′ (ξi ) . (III)
∆xi
Substituindo (II) em (I) resulta que
r 2
P
n
∆yi
ln = 1+ ∆xi
∆xi (IV )
i=1
n q
P
ln = 1 + (f ′ (ξi ))2 ∆xi .
i=1
Z bq
l= 1 + (f ′ (x))2 dx. (1.12.1)
a
√
EXEMPLO 1.12.2 Determinar o
omprimento do ar
o da
urva des
rita por y = x,
om x
no intervalo [0, 4] .
Solução: A Figura 1.36 ilustra o
omprimento de ar
o
onsiderado.
√
Figura 1.36: Ar
o de f (x) = x
√ 1
Como y = f (x) = x temos que f ′ (x) = √
2 x
. Apli
ando a fórmula 1.12.1, obtemos
s 2
Z bq Z 4
2 1
l = 1 + (f (x)) dx = ′
1+ dx √
a 0 2 x
Z 4r Z 4r Z √
1 4x + 1 1 4 4x + 1
= 1 + dx = dx = √ dx.
0 4x 0 4x 2 0 x
Note que esta última integral é imprópria, pois o integrando não é
ontínuo em x = 0. No
entanto, neste exemplo não será pre
iso apli
ar limites para resolver a integral, pois podemos
2
utilizar uma mudança de variáveis. Fazendo a substituição t = x, en
ontramos dx = 2tdt e
omo x ∈ [0, 4], obtemos que t ∈ [0, 2] . Logo
Z √ Z 2√
1 2 4t2 + 1
l= √ 2tdt = 4t2 + 1dt.
2 0 t2 0
40
Como o novo integrando agora é
ontínuo no intervalo de integração, podemos utilizar o
teorema fundamental do
ál
ulo e a té
ni
a de substituições trigonométri
as para en
ontrar
que
1 √ 2 1 √ 2
l = t 4t + 1 + ln 2t + 4t2 + 1
2 4
0
√ 1 √
= 17 + ln(4 + 17) u.c.
4
′ dy ψ ′ (t) dt ψ ′ (t)
f (x) = = ′ = ′ .
dx φ (t) dt φ (t)
Z β q
l= (φ′ (t))2 + (ψ ′ (t))2 dt. (1.12.2)
α
EXEMPLO Mostre, usando
oordenadas paramétri
as, que o
omprimento de uma
ir-
1.12.4
Z 2π p Z 2π q Z 2π
l= (−r sin t)2 + (r cos t)2 dt = 2
r 2 (sin t + cos2 t)dt = rdt = rt|2π
0 = 2πr.
0 0 0
41
y
3
-3 3 x
-3
Z π q p Z π
2
2 2 2
2
l = 4 (−9 cos2 t sin t) + 9 sin t cos t dt = 4 · 9 cos4 t sin2 t + sin4 t cos2 tdt
0 0
Z Z π
π q
π 2
2 2
= 36 2 2
cos2 t sin t cos2 t + sin t dt = 36 cos t sin tdt = 18 sin2 t = 18 u.c.
0 0
0
EXEMPLO 1.12.6 As equações paramétri
as do movimento de uma partí
ula no plano são
dadas por x = 3t e y = 2t 2 . Qual será a distân
ia per
orrida pela partí
ula entre os instantes
3
t = 0 e t = 1?
Solução: A distân
ia per
orrida pela partí
ula é igual ao
omprimento de ar
o da
urva
que des
reve a sua trajetória. Apli
ando a fórmula 1.12.2 para
3
x = φ(t) = 3t e y = ψ(t) = 2t 2
Z 1 q Z 1
1 √
l = 32 + (3t )2 dt =
2 9 + 9tdt
0 0
Z 1
1 √
3
= 3 1 + tdt = 2(1 + t) 2
0
0
3 3 √
= 2(2) − 2(1) = 4 2 − 2 u.
.
2 2
√ Portanto, a distân
ia per
orrida pela partí
ula entre os instantes t=0 e t=1 é igual a
4 2 − 2 unidades de
omprimento.
42
1.12.7 Comprimento de ar
o em
oordenadas polares
Sejam φ (θ) = r cos θ e ψ (θ) = r sin θ as
oordenadas polares da
urva r = f (θ),
om θ∈
[α, β]. Substituindo r por f (θ) nas equações paramétri
as vem
e assim
Agora
2 2 2 2
(φ′ (t)) + (ψ ′ (t)) = (r ′ cos θ − rsenθ) + (r ′ senθ + r cos θ)
que após apli
ar os produtos notáveis e simpli
ar, resulta em
2 2 2
(φ′ (t)) + (ψ ′ (t)) = (r ′ ) + r 2 .
Z β q
l= (r ′ )2 + r 2 dθ. (1.12.3)
α
43
a a 1 a
2e2θ = a ⇒ e2θ = ⇒ 2θ = ln ⇒ θ= ln
2 2 2 2
1 a
Portanto, a porção da espiral que nos interessa é des
rita Ainda, por θ ∈ 0, ln .
2 2
omo temos r = 2e2θ segue que r ′ = 4e2θ e assim, substituindo na expressão 1.12.3 obtemos
o
omprimento em
oordenada polares
Z 1
ln a
p Z 1
ln a
√
2 2 2 2
l = (4e2θ )2 + (2e2θ )2 dθ = 20e4θ dθ
0 0
Z 1 ln a
1
ln a
√ √ 2 2 √ a
2θ
2 2
= 2 5e2θ dθ = 5e = 5 − 1 u.c.
0 2
0
y
y Cálculo do elemento de volume
y=f(x)
y=f(x)
a b x a b x
z dx
dV=π r²dx
dV=π[f(x)]²dx
Seja P = {x0 , x1 , · · · , xn } uma partição do intervalo [a, b] e sejam ∆x1 , ∆x2 , · · · , ∆xn
os subintervalos da partição. Se ξi ∈ ∆xi , então o volume do
ilindro de raio f (ξi ) e altura
∆xi é dado por
Vi = π [f (ξi )]2 ∆xi
e o volume aproximado do sólido será dado pela soma dos volumes dos n − cilindros, isto é,
n
X
Vn = π [f (ξi )]2 ∆xi .
i=1
Xn Z b
2
V = lim Vn = lim π [f (ξi )] ∆xi = π [f (x)]2 dx.
n→∞ |∆θ|→0 a
i=1
44
EXEMPLO 1.13.1 A m de que não haja desperdí
io de ração e para que seus animais estejam
bem nutridos, um fazendeiro
onstruiu um re
ipiente
om uma pequena abertura na parte
inferior, que permite a reposição automáti
a da alimentação,
onforme mostra a Figura 1.39.
Determine, usando sólidos de revolução, a
apa
idade total de armazenagem do re
ipiente,
em metros
úbi
os.
2m
4m
cilindro
cone 6m
Solução: Vamos en
ontrar o volume do
ilindro (V1 ) e do
one (V2 .) Assim, o volume total
será dado por V = V1 + V2 .
Para determinar V1 vamos rota
ionar a reta y=2 em torno do eixo x (Figura 1.40).
y
y
x x
z
-2
Já para o
one,
omo temos um raio r=2 e altura h = 6, obtemos a reta y = 13 x para
rota
ionar em torno do eixo x (Figura 1.41).
y y
x x
Z 6
6
1 2 1 3 63 π
V2 = π x dx = πx = = 8π.
0 9 27 27
0
45
EXEMPLO 1.13.2Cal
ule o volume do sólido gerado pela rotação da
urva f (x) = x3 ,
om x
no intervalo [1,2℄, em torno do eixo x.
Solução: O sólido desejado pode ser visualizado na Figura 1.42.
y y
r
x x
z
Figura 1.42: Sólido gerado pela rotação de y = x3 em torno do eixo x
Z Z 2
2
3 2
2
6 πx7 127π
V =π x dx = π x dx = = u.v.
1 1 7 1 7
x x
Figura 1.43: Sólido gerado pela rotação de uma região plana em torno do eixo x
Solução: Nesse exemplo não foi espe
i
ado o intervalo em que está situada a região delimi-
tada pelas
urvas. Para determinar este intervalo, devemos en
ontrar os pontos de interseção
das
urvas dadas. Igualando suas equações, obtemos
x2 = x + 2 ⇒ x2 − x − 2 = 0 ⇒ x = −1 e x = 2.
A Figura 1.43 indi
a que o sólido desejado está situado entre duas superfí
ies. Assim,
seu volume é dado pela diferença entre os volumes externo e interno. De a
ordo
om 1.13.1,
46
temos que
Z 2 Z 2
2
2
V = π (x + 2) dx − π x2 dx
−1 −1
Z 2
= π (x2 + 4x + 4 − x4 )dx
−1
2
1 3 1 72
= π x + 2x2 + 4x − x5 = π u.v.
3 5 5
−1
(x − 2) + y = 1 em torno do eixo y.
2 2
-1 1 2 3 x
-1
Observe que o volume do sólido desejado é formado pelo volume obtido pela rotação da
p
urva x = 2 + 1 − y 2 em torno do eixo y, menos o volume obtido pela rotação da
urva
p
x= 2− 1 − y2. Portanto, o volume desejado é igual a
V = V1 − V2 ,
onde Z 1 p
V1 = π (2 + 1 − y 2)2 dy
−1
e Z 1 p
V2 = π (2 − 1 − y 2 )2 dy
−1
ou seja,
Z 1 p p Z 1 p
2 2 2 2
V =π [(2 + 1 − y ) − (2 − 1 − y ) ]dy = π 8 1 − y 2 dy.
−1 −1
47
Z π
p
2
V = π 8 1 − sin2 θ cos θdθ
− π2
Z π Z π
2 2
2
= 8π cos θdθ = 4π (1 + cos 2θ)dθ
− π2 − π2
π
2
= π[4θ + 2 sin (2θ)] = 4π 2 .
π
−2
y
y
y=c
r
y=f(x)
y=c
r
a b x
y=f(x)
a b x
Figura 1.45: Sólido obtido pela rotação y = f (x) em torno da reta y=c
Neste
aso, o raio do
ilindro innitesimal é igual à distân
ia entre a
urva e o eixo de
revolução, ou seja, é dado por
r = c − f (x)
e o volume do sólido resultante é dado por
Z b
V =π (c − f (x))2 dx.
a
De forma semelhante, se a
urva x = g(y),
om y ∈ [a, b], for rota
ionada em torno da
reta x = c, o volume do sólido resultante é dado por
Z b
V =π (c − g(y))2dy.
a
Note que quando c=0 temos novamente a revolução em torno dos eixos oordenados.
48
EXEMPLO Cal
ule o volume do sólido obtido quando a porção da pará bola y = 2 − x2
1.13.6
x x
z
Figura 1.46: Curva geratriz e sólido de revolução obtido pela rotação de y = 2 − x2 em torno
de y = 3.
Como rota
ionamos em torno de uma reta paralela ao eixo das abs
issas, devemos efetuar
a integração em relação a x. O intervalo de integração, denido aqui pela parte da parábola
√ √
situada a
ima do eixo x, é des
rito por x ∈ [− 2, 2].
Já o raio de rotação, dado pela distân
ia entre a
urva e o eixo de rotação, é dado por
r = 3 − (2 − x2 ) = 1 + x2
e assim, o volume desejado é dado por
Z √ Z √
2 2
94 √
V =π √
(1 + x2 )2 dx = π √
(1 + 2x2 + x4 )dx = 2π.
− 2 − 2 15
EXEMPLO 1.13.7 Es
reva as integrais que permitem
al
ular o volume do sólido obtido quando
49
x2 = 2x ⇒ x(x − 2) = 0 ⇒ x = 0, x = 2 ⇒ y = 0, y = 4.
No item (a), rota
ionamos em torno do eixo das ordenadas e, por isso, devemos tomar a
integração em relação a y. Como o só lido resultante será vazado, devemos tomar a diferença
entre os volumes dos sólidos externo e interno.
√
O raio externo, denido pela parábola, é dado por x= y. O raio interno é denido pela
y
reta e é dado por x= . Assim, o volume desejado é
al
ulado pela integral
2
Z 4 Z 4 Z 4
√ 2 y y2
V =π ( y) − π ( )2 dy = π y− dy.
0 0 2 0 4
Já no item (b),
omo rota
ionamos em torno de uma reta paralela ao eixo das abs
issas,
devemos tomar a integração em relação a x. Novamente o sólido resultante será vazado e
devemos tomar a diferença entre os volumes dos sólidos externo e interno.
O raio externo, denido pela distân
ia entre a parábola e o eixo de rotação, é dado por
r = 5 − x2 e o raio interno, denido pela distân
ia entre a reta e o eixo de rotação, é dado
por r = 5 − 2x. O volume do novo sólido é
al
ulado pela integral
Z 2 Z 2
2 2
V = π (5 − x ) dx − π (5 − 2x)2 dx
0 0
Z 2
= π (25 − 10x2 + x4 ) − (25 − 20x + 4x2 )dx
0
Z 2
= π (−14x2 + x4 + 20x)dx.
0
Por m,
omo no item (
) rota
ionamos em torno de uma reta paralela ao eixo das
ordenadas, devemos tomar a integração em relação a y. Mais uma vez devemos tomar a
diferença entre os volumes dos sólidos externo e interno.
y
O raio externo, neste
aso, é denido pela reta e é dado por r =2− e o raio interno,
√ 2
agora denido pela parábola, é dado por r =2− y.
Assim, o último volume desejado é
al
ulado pela integral
Z 4 Z 4
y 2 √
V = π (2 − ) dy − π (2 − y)2 dy
0 2 0
Z 4
y2 √
= π (4 − 2y + ) − (4 − 4 y + y)dy
0 4
Z 4 2
y √
= π (−3y + + 4 y)dy.
0 4
1
EXEMPLO 1.13.8 Seja R a região sob o grá
o de f (x) = √ e a
ima do eixo x
om x ∈ [0, 4].
x
Determine:
(a) a área da região R, se existir;
(b) o volume do sólido obtido pela rotação da região R em torno do eixo x, se existir.
(
) o volume do sólido obtido pela rotação da região R em torno do eixo y, se existir.
50
Solução (a):
Z Z 4
4
1 4
− 12
√ √ √
A = √ dx = lim x dx = lim+ 2 x = lim+ (2 4 − 2 a) = 4u.a.
0 x a→0+ a a→0 a→0
a
Solução (b):
Z 2 Z 4
4
1 4
1
V = π √ dx = π lim+ dx = π lim+ ln x = lim+ (ln 4 − ln a) = +∞
0 x a→0 a x a→0 a→0
a
51
1.14 Exer
í
ios Gerais
1. Dadas as funções f, g : [1, 3] → R denidas por f (x) = x + 2 e g (x) = x2 + x en
ontre
S (f, P ) e S (g, P ) .
4. Utilize somas superiores para
al
ular a área da região situada entre as
urvas y =
x4 + 2, x = 0, x = 1 e y = 0.
Z 3
5. Utilize a denição de integral denida,
om retângulos ins
ritos, para
al
ular (x2 −
1
2x)dx.
Z 4
6. Utilize soma de áreas de retângulos
ir
uns
ritos para
al
ular (−x2 − 1)dx.
0
7. Utilize soma de áreas de retângulos
ir
uns
ritos para determinar a área sob o grá
o
3
de f (x) = x + 1, para x ∈ [0, b], onde b > 0 é arbitrário.
8. Cal
ule, usando somas superiores, a área da região situada entre o grá
o de f (x) = ex
e o eixo x, entre as retas x = −1 e x = 2.
9. Utilize somas inferiores para
al
ular a área da região situada entre a
urva x = y2 e
o eixo y,
om y ∈ [0, 2].
Z 3
10. Considere a integral I= (4 − x2 )dx.
−1
(b) Es
olha uma das par
elas obtidas no item (a) para resolver a integral
orrespon-
dente usando retângulos ins
ritos na região de integração.
o
12. Um metereologista estabele
e que a temperatura T (em F ), num dia de inverno é dada
1
por T (t) = t(t − 12)(t − 24), onde o tempo t é medido em horas e t = 0
orresponde
20
à meia-noite. A
he a temperatura média entre as 6 horas da manhã e o meio dia.
Sugestão: utilize o teorema do valor médio para integrais.
13. En
ontre uma função f
ontínua, positiva e tal que a área da região situada sob o seu
3
grá
o e entre as retas x=0 e x = t seja igual a A(t) = t , para todo t > 0.
52
Z x
14. Determine uma função f diferen
iável, positiva e tal que f (t)dt = [f (x)]2 para todo
0
x ∈ R+ .
15. Seja f : R → R uma função
ontínua e dena uma nova função g : R → R por
Z x5
g(x) = f (t)dt. Cal
ule o valor de g ′(1), sabendo que f (1) = 2.
x3
dg
16. (ENADE) Considere g : R → R uma função
om derivada
ontínua e f a função
Z x dt
dg
denida por f (x) = (t)dt para todo x ∈ R.
0 dt
Nessas
ondições avalie as armações que seguem.
(a) I, apenas.
( ) I e III, apenas.
(e) I, II e III.
Z 1 Z 4 Z 3
3 1 x
(d) x sin xdx (e) √ dx (f ) √ dx
0 3
4
x 1 + x2 0 x+1
Z 2 Z π Z 4
√ 1 √ 3 x
(g) x+ √ + x dx
4
(h) tan xdx (i) √ dx
1
3
x 0 1 2 + 4x
19. Classique as seguintes integrais
omo
onvergentes ou divergentes.
53
Z 1
√ 1
(a) x+ x− √ dx Z 4 Z +∞
0
3
x x 1
Z 2 (i) √ dx (p) dx
16 − x2 −2 (x + 1)2
(b) x2 ln(x)dx Z0 +∞ Z +∞
arctan x
Z0 +∞ (j) xe−x dx (q) dx
1 1 0 −∞ x2 + 1
(
)
2
cos dx Z +∞ Z π
1 x x 1 2
Z 2√ (k) √ dx (r) sin(2x)dx
2 1 1 x x2 − 1 −∞
(d) √ dx Z 1 Z 9 √x
1 − x2 1 e
0
Z 0 (l) √ dx (s) √ dx
1−x x
(e) xex dx Z0 1 0
Z π
cos x
Z−∞∞
(m) ex dx (t) √ dx
−∞ 0 1 − sin x
(f ) xe−|x−4| dx Z 1 Z +∞
−∞ 1 ln(x−1 )
Z 5 (n)
4
dx (u) dx
1 −1 x 1 x2
(g) √ dx Z 1 Z 6
1 5−x 1 1
Z +∞ (o)
3
dx (v) √ dx
0 x
3 x2 − 9
3 x
(h) e−x dx
0
20. Os engenheiros de produção de uma empresa estimam que um determinado poço pro-
−1t
duzirá gás natural a uma taxa dada por f (t) = 700e 5 milhares de metros
úbi
os,
onde t é o tempo desde o iní
io da produção. Estime a quantidade total de gás natural
que poderá ser extraída desse poço.
Z +∞
1
21. Determine todos os valores de p para os quais dx
onverge.
1 xp
Z +∞
1
22. Determine para quais valores de p∈R a integral dx
onverge.
e x(ln x)p
23. Em equações diferen
iais, dene-se a Transformada de Lapla
e de uma função f por
Z +∞
L(f (x)) = e−sx f (x)dx,
0
para todo s∈R para o qual a integral imprópria seja
onvergente. En
ontre a Trans-
formada de Lapla
e de:
25. (ENADE) Considere a função f :R→R denida por y = f (x) = x4 − 5x2 + 4, para
ada x ∈ R. A área da região limitada pelo grá
o da função y = f (x), o eixo Ox e as
retas x = 0 e x = 2 é igual a:
16
(a) unidades de área.
15
54
38
(b) unidades de área.
15
44
(
) unidades de área.
15
60
(d) unidades de área.
15
76
(e) unidades de área.
15
26. En
ontre a área da região limitada pelas
urvas:
Z 2 h p i
A= (y + 6) − ( 4 − y 2) dy.
0
28. Cal ule a área de ada região delimitada pelas urvas dadas abaixo através de:
29. Represente geometri amente a região uja área é al ulada pela expressão
Z 2 Z 4
2
2 62 − 15x 2
A= 2x − dx + − dx.
1 x 2 4 x
30. Estabeleça a(s) integral(is) que permite(m)
al
ular a área da região ha
hurada na
4
gura abaixo, delimitada simultaneamente pelas
urvas y = x, y = x2 e y = ,
x−1
mediante:
55
31. En
ontre uma reta horizontal y = k que divida a área da região
ompreendida entre
2
as
urvas y = x e y = 9 em duas partes iguais.
32. A área de uma determinada região R pode ser al ulada pela expressão
Z √
2
√ √
2
2
A= √ 1− x2 − 2x dx.
− 2
2
33. Represente geometri
amente a região
uja área, em
oordenadas paramétri
as, é dada
por
Z 0 Z 0
A=2 3 sin t(−3 sin t)dt − 2 3 sin t(−2 sin t)dt.
π π
34. Uma
i
lóide é uma
urva que pode ser des
rita pelo movimento do ponto P (0, 0) de
um
ír
ulo de raio a,
entrado em (0, a), quando este
ír
ulo gira sobre o eixo x. Pode-
se representar esta
i
lóide através das equações x = a(t − sin t) e y = a(1 − cos t),
om
t ∈ [0, 2π]. Determine a área da região delimitada pela
i
lóide.
2 2 2
35. Uma
urva de equação x3 + y 3 = a3 é
hamada astróide. Cal
ule a área da região
delimitada pela astróide obtida quando a = 5.
36. Cal
ule a área da região situada simultaneamente no interior dos seguintes pares de
urvas:
38. Cal
ule a área da região simultaneamente interior à
urva r = 4 + 4 cos θ e exterior à
r = 6.
39. Cal
ule a área da região simultaneamente interior à
urva r = 1 + cos θ e exterior à
r = 2 cos θ.
40. Cal ule a área da região simultaneamente interior às urvas r = sin(2θ) e r = sin θ.
42. Es
reva a integral que permite
al
ular a área sombreada entre as
urvas
√ r = sin(2θ)
e r= 3 cos(2θ), dada na gura abaixo.
56
43. Seja R a porção da região simultaneamente interior às
urvas r = 2 cos θ e r = 4 sin θ
que está situada no exterior da
urva r = 1. Es
reva as integrais que permitem
al
ular:
(a) a área da região R;
(b) o
omprimento de ar
o da fronteira da região R.
44. Cal ule a área das regiões sombreadas nas guras abaixo:
1
(a) r=1 e r = 2 cos(2θ) (b) r = 2e 4 θ (
) r = sin(3θ) e r = cos(3θ)
45. Es
reva a(s) integral(is) que permite(m)
al
ular a área da região sombreada na gura
√
abaixo delimitada pelas
urvas r = 2 + 3 sin θ e r =2+ 3 cos θ.
46. Represente geometri
amente a região
uja área, em
oordenadas polares, é dada por
" Z π Z π #
1 6 1 4
I =2 sin2 θdθ + cos2 (2θ)dθ .
2 0 2 π6
47. Monte a(s) integral(is) que permite(m)
al
ular a área ha
hurada na gura abaixo,
delimitada pelas
urvas r = 2 + 2 cos θ, r = 4 cos(3θ) e r = 2.
57
48. Cal
ule o
omprimento de ar
o das
urvas dadas por:
(a) x = 31 y 3 + 1
4y
,
om 2 ≤ y ≤ 5;
(b) x = 3 + t2 e y = 6 + 2t2 ,
om 1 ≤ t ≤ 5;
(
) x = 5t2 e y = 2t3 ,
om 0 ≤ t ≤ 1;
(d) x = et cos t e y = et sin t,
om 0 ≤ t ≤ π2 ;
(e) r = e−θ ,
om 0 ≤ θ ≤ 2π;
(f ) r= cos2 21 θ,
om 0 ≤ θ ≤ π;
49. Determine a distân
ia per
orrida por uma partí
ula que se deslo
a entre os pontos
√
A(2, 3) e B(0,√3)
uja posição, no instante t, é dada por x(t) = 1 +
os(3 t) e
y(t) = 3 − sen(3 t).
50. A posição de uma partí
ula, num instante t, é dada por x(t) = 2 cos t + 2t sin t e y(t) =
2 sin t − 2t cos t. Cal
ule a distân
ia per
orrida por esta partí
ula entre os instantes
t = 0 e t = π2 .
9
51. Suponha que as equações x(t) = 4t3 + 1 e y(t) = 2t 2 des
revam a trajetória de uma
partí
ula em movimento. Cal
ule a distân
ia que esta partí
ula per
orre ao se deslo
ar
√
entre os pontos A(5, 2) e B(33, 32 2).
52. Cal
ule a distân
ia per
orrida por uma partí
ula que se deslo
a, entre os instantes
5 5
t=0 e t = 4, de a
ordo
om as equações x(t) = 1 + 2 cos(3t 2 ) e y(t) = 5 − 2 sin(3t 2 ).
53. A
urva des
rita por x(t) = 3e−t cos 6t e y(t) = 3e−t sin 6t,
hamada de espiral logarít-
mi
a e está representada geometri
amente na Figura 1.48. Mostre que o ar
o des
rito
por esta espiral, quando t ∈ [0, +∞), possui
omprimento nito.
54. En
ontre o
omprimento das
urvas que limitam a região formada pela interseção das
√
urva r= 3 sin θ e r = 3 cos θ, situada no primeiro quadrante.
58
55. Represente gra
amente o ar
o
ujo
omprimento é
al
ulado pela integral
Z π
p Z π
p
6 2
2
l= 2
48 cos θ + 48 sin θdθ + 16 sin2 θ + 16 cos2 θdθ.
π
0 6
57. Cal
ule o volume do sólido obtido pela revolução da
urva yx2 = 1,
om x ≥ 1, em
torno do eixo x.
x2 y 2
58. Determinar o volume do sólido de revolução gerado pela rotação da
urva + =1
a2 b2
em torno do eixo x.
59. Determinar o volume do toro gerado pela rotação do
ír
ulo de equação x2 + (y − b)2 =
a2 em torno do eixo x, supondo 0 < a < b.
60. Obtenha o volume do sólido obtido pela revolução da região delimitada por:
√
(a) y= 4 − x, 3y = x e y = 0, em torno do eixo x;
2
(b) y = |x| + 2, y = x , x = −2 e x=1 em torno do eixo x;
2
(
) y=x e y = 2, em torno da reta y = 2;
(d) y = 1 − x2 e x − y = 1, em torno da reta y = 3;
(e) x+y =3 e y + x2 = 3, em torno da reta x = 2.
61. Determine o volume do sólido obtido quando a região situada sob a
urva y = ex e
a
ima do eixo x,
om x ≤ 0, é rota
ionada em torno da reta y = 2.
62. Um hiperbolóide de uma folha de revolução pode ser obtido pela rotação de uma
hipérbole em torno do seu eixo imaginário. Cal
ule o volume do sólido delimitado
2 2
pelos planos x = −3, x = 3 e pelo hiperbolóide obtido pela rotação de 9y − 4x = 36
em torno do eixo x.
63. Quando uma determinada região R é rota
ionada em torno do eixo y, o volume do
sólido resultante pode ser
al
ulado pela expressão
Z " 2 2 #
2
7 − 3y 1
V =π − dy.
1
3
2 y
59
65. Es
reva as integrais que permitem
al
ular o volume do sólido obtido quando a região
2
delimitada pelas
urvas y = x − 4 e y = x − 2 é rota
ionada em torno:
66. Considere a região R delimitada pelas
urvas y = x3 e y = 2x, que está situada no
primeiro quadrante e abaixo da reta y = 2 − x.
(a) Determine o volume do sólido obtido quando a região R é revolu
ionada em torno
do eixo x.
(b) Es
reva as integrais que permitem
al
ular o volume do sólido obtido quando a
região R é revolu
ionada em torno da reta x = −1.
67. Mostre, via volume de sólidos de revolução, que o volume de um
one de raio r e altura
2
πr h
h é V = .
3
68. Mostre, via volume de sólidos de revolução, que o volume de uma esfera de raio a é
4
V = πa3 .
3
60
1.15 Respostas
2 38 10 4
1. S (f, P ) = 8 + e S (g, P ) = + + 2
n 3 n 3n
175 133 133
2. S (f, P ) = − + 2
3 2n 6n
8 3 1 8 3 1
3. S (f, P ) = + − 2 e S (f, P ) = − − 2
3 2n 6n 3 2n 6n
11 1 1 1
4. S (f, P ) = + + 2−
5 2n 3n 30n4
2
5.
3
6. − 76
3
1 4
7.
4
b +b
8. e2 − e−1
8
9.
3
10. .
(a) Para resolver essa integral usando retângulos ins
ritos devemos separar em três
regiões: x ∈ [−1, 0], x ∈ [0, 2] e x ∈ [2, 3].
Espera-se que o aluno justique isso argumentando sobre o
omportamento da
função:
res
ente, de
res
ente e negativa, desenhando os retângulos ins
ritos em
ada região e indi
ando onde as alturas são assumidas.
Z 2
16 4 4
(b) Resolução da par
ela x ∈ [0, 2]. Assim, S(f, P ) = − − 2 e (4 − x2 )dx =
3 n 3n 0
16 4 4 16
lim − − 2 = .
n→+∞ 3 n 3n 3
(
) Não, pois integral I tem a par
ela para x ∈ [2, 3] que é negativa. A área da região
de integração é dada por
Z 2 Z 3
2
A= (4 − x )dx − (4 − x2 )dx.
−1 2
11. Di
a para os itens (a) e (b): use propriedades para quebrar o lado esquerdo em duas
integrais, use a denição de função par (ou ímpar) e use a substituição de variáveis
u = −x para rees
rever uma das integrais.
16. Item ( )
61
Z 1
1
17. f (x) dx = π
0 2
18. . √ √
(a) 12 e−1 − 21 e−2 (b) 23 10 − 43 2 (c) 31
(d) sin 1 − cos 1 (e) 0, 405 (f ) 38√
(g) 3, 202 (h) ln 2 (i) 32 2
19. .
1
(a) I =−
3 (i) I =4 (p) D
8 ln(2) 8
(b) I = − 3 9 (j) I =1 (q) I =0
(
) I = sin 1 (k) I = π2 (r) D
(d) I = π4 (l) I =2 (s) I = 2e3 − 2
(e) I = −1 (m) I =e (t) I =0
(f ) I =8 (n) D (u) I = −1
(g) I =4 (o) D (v) I = 0, 027
(h) I =1
20. 3500 m3
25. Item d.
√ 125
26. (a) 2 2 − 2 (b) 22 (c) 6
(d) 2 − 2 sin 1 (e) 17
27. .
y
x
√
125 32−4 2 23
28. (a) 6
(b) 16 (c) 3
(d) 6
Z Z 8 √ !
2
62 − 4y 2 62 − 4y 2y
29. A= − dy + − dy
1
2
15 y 2 15 2
30. .
Z 2 Z 1+
√
17
4 2
(a) A = x2 − x dx + − x dx
1 2 x−1
Z 1+
√
17 Z 4
2 √ y+4 √
(b) A = (y − y) dy + √ − y dy
1 1+ 17
2
y
62
9
31. k= √
3
4
32. .
Z √
2 √ Z 1 p
2 y
(a) A = 2 √
4
dy + 2 √ 1 − y 2 dy
0 2 2
2
Z π Z √
2
√
4 2
2
(b) A = − sin tdt − √ 2t2 dt
3π 2
4
− 2
33. .
y
34. 3a2 π
3πa2
35.
8
5π
√ √
36. (a) 4
(b) 54 π − 2 (c) 12 (π − 2) (d) 1 − 2
2
(e) 6π − 8 2
37. 4π
√
38. 18 3 − 4π
π
39.
2
1 3
√
40.
4
π − 16
3
π
41.
2
−1
Z π Z π Z π
4 1 √ 6 1 4 1 √
A= ( 3 cos 2θ)2 dθ + (sin 2θ)2 dθ + ( 3 cos 2θ)2 dθ
0 2 0 2 π
6
2
Z 1 Z π
1 arctan 2 2 1 3
43. (a) A = (16 sin θ − 1)dθ + 4 cos2 θ − 1 dθ
2 arcsin 41 2 arctan 21
Z arctan 1 Z π Z π
2 3 3
(b) l = 4dθ + 2dθ + dθ
1 1 1
arcsin 4
arctan 2
arcsin 4
√ 9π 5π π
9 3 1
44. (a) − π4
8
(b) 4e 4 − 8e 4 + 4e 4 (c) π
8
− 4
R π h (2+√3 cos θ)2 (2+3 sin θ)2 i
45. A = 06 2
− 2
dθ
63
46. .
Z π Z π
1 9 2 1 2
2
A = (2 + 2 cos θ) − (4 cos 3θ) dθ + (2 + 2 cos θ)2 − 4 dθ
2 0 2 π
9
Z π Z π
1 9 1 6
+ 4dθ + (4 cos 3θ)2 dθ
2 0 2 π9
48. . √ √
1563 68 250
(a) 40
(b) 24 5 (c) 27
34 − 27
√ π √ √
(d) 2e 2 − 2 (e) 2(1 − e−2π ) (f ) 2
49. π u. . (observe que a resolução da integral envolve uma integral om des ontinuidade)
π2
50.
4
352
√ 250
51.
27
22 − 27
52. 192
√
53. O
omprimento desejado é nito e igual a 333.
1
√ π
54.
3
3π + 2
Z π
p Z π
p
6 2
2
56. l=2 9 cos2 θ + 9 sin θdθ + 2 cos2 θ + (1 + sin θ)2 dθ
π
0 6
π
57.
3
4πab2
58.
3
59. 2π 2 a2 b
√
60. (a) 32 π (b) 92π
5
(c) 64
15
2π (d) 162
5
π (e) 12 π
64
7
61.
2
π
62. 32π
410
63.
27
π − 6π ln 6
Z r !
1 √ 1 −4 32
64. (a) l= 1 + 9x4 + 1+ x 3 dx (b) V = 35
π
−1 9
Z 0 Z 1
√ 2 3 2
√
(
) V =π (1 − 3
x) − (1 − x ) dx + π (1 − x3 )2 − (1 − 3
x)2 dx
−1 0
65. . Z Z
2 2
4 2
(a) V = π (x − 9x + 4x + 12)dx (20 − 13x2 − x4 + 8x)dx (b) V = π
Z −1
0 p Z −3 p
−1 Z 0
(c) V = π (y + 8 + 4 y + 4)dy − π (y + 8 − 4 y + 4)dy − π (y 2 + 8y + 16)dy
−4 −4 −3
Z Z 4
1
√ 2 y 2 3
y 2
66. (a) 134
189
π (b) V = π (1 + 3
y) − 1 + dy + π (3 − y)2 − 1 + dy
0 2 1 2
67. Di
a: Note que um
one tal
omo desejado pode ser obtido pela rotaç ão em torno do
h
eixo y da reta y = x,
om x ∈ [−r, r] e y ∈ [0, h].
r
68. Di
a: Note que a esfera pode ser obtida pela rotação da
ir
unferên
ia x2 + y 2 = a2 em
torno de qualquer eixo
oordenado.
65
1.16 Revisão de Coordenadas Polares no R2
No sistema de
oordenadas polares, as
oordenadas
onsistem de uma distân
ia e da
medida de um ângulo em relação a um ponto xo e a uma semirreta xa. A Figura 1.49
ilustra um ponto P num sistema de
oordenadas polares. O ponto xo, denotado por O, é
θ
o
A
hamado pólo ou origem. A semirreta xa OA é
hamada eixo polar. O ponto P
a bem
determinado através do par ordenado (r, θ),
onde r representa a distân
ia entre a origem e o
ponto P, e θ representa a medida, em radianos, do ângulo orientado AÔP. O segmento OP ,
é
hamado raio.
Relação entre o Sistema de Coordenadas Cartesianas Retangulares e o Sistema
de Coordenadas Polares
x = r cos θ
y = r sin θ
r 2 =px2 + y 2 .
r = x2 + y 2
y
tan θ =
x
Algumas equações em
oordenadas polares e seus respe
tivos grá
os
Retas
1. θ = θ0 ou θ = θ0 ± nπ, n ∈ Z é uma reta que passa pela pólo e faz um ângulo θ0 ou
θ0 ± nπ radianos
om o eixo polar.
π
2. r sin θ = a e r cos θ = b,
om a, b ∈ R, são retas paralelas ao eixo polar e θ = 2
,
respe
tivamente.
2. r = 2a cos θ é uma
ir
unferên
ia de raio |a|,
om
entro sobre o eixo polar e tangente
π
ao eixo θ = de modo que
2
66
π
3. r = 2b sin θ é uma
ir
unferên
ia de raio |b|,
om
entro sobre o eixo θ= 2
e tangente
ao eixo polar de modo que
Limaçons
Equações do tipo r = a ± b cos θ ou r = a ± b sin θ, onde a, b ∈ R o grá
o varia
onforme
os
asos abaixo.
2. se b = a, então o grá
o tem o formato de um
oração, por isso é
onhe
ido
omo
Cardióide. Veja a Figura 1.51.
3. se b < a, então o grá o não tem laço e não passa pelo pólo. Veja a Figura 1.52.
67
Rosá
eas
Equações do tipo r = a cos(nθ) ou r = a sin(nθ), onde a∈R e n∈N o grá
o varia
onforme os
asos abaixo.
r = acos(4θ) r = asin(4θ)
Lemnis
atas
Equações do tipo r 2 = ±a2 cos(2θ) ou r 2 = ±a2 sin(2θ), onde a ∈ R. É pre
iso prestar
atenção ao domínio de
ada uma das lemnis
atas. Os grá
os para
ada
aso estão na Figura
1.55.
68
r²=-a²sin(2θ)
r²=a²sin(2θ) r²=-a²cos(2θ)
r²=a²cos(2θ)
Espirais
As equações seguintes representam algumas espirais.
r=e
aθ r= θ r=- θ
69
Capítulo 2
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS E
DIFERENCIAÇO PARCIAL
Objetivos (ao nal do apítulo espera-se que o aluno seja apaz de):
3. Usando a denição mostrar que o limite de uma função de duas variáveis existe;
5. En
ontrar derivadas par
iais e interpretá-las geometri
amente quando a função for de
duas variáveis independentes;
8. Resolver problemas que envolvam derivadas par iais omo taxa de variação;
10. Resolver problemas que envolvam diferen iais par iais e totais;
A prova será
omposta por questões que possibilitam veri
ar se os objetivos foram atin-
gidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formulação
das questões é o modelo adotado na formulação dos exer
í
ios e no desenvolvimento teóri
o
desse
apítulo, nessa apostila.
70
2.1 Introdução
Um fabri
ante pode
onstatar que o
usto da produção C de um determinado artigo de-
pende da qualidade do material usado, do salário-hora dos operários, do tipo de maquinaria
ne
essário, das despesas de manutenção e da supervisão. Dizemos então que C é função de
in
o variáveis, porque depende de
in
o quantidades diferentes. Neste Capítulo estudare-
mos as funções de várias variáveis,
omeçando
om o
aso de funções de duas variáveis e
estendendo então a um número arbitrário de variáveis. Como exemplo de função de duas
variáveis podemos utilizar a área de um retângulo, função esta muito
onhe
ida.
Consideremos o retângulo de base a e altura b. A área desse retângulo é
A = ab.
Por outro lado, se a for uma variável x podemos es
rever a área desse retângulo em função
de x, isto é,
A (x) = xb.
Desse modo, temos a área
omo função de uma variável. Podemos também, fazer variar
a base e a altura simultaneamente. Nesse
aso, tomando b=y teremos a área dada por
A(x, y) = xy,
V = abc.
Por outro lado, se a for uma variável x podemos es
rever o volume desse paralelepípedo
expresso
omo função de uma variável x, isto é,
V (x) = xbc.
V (x, y, z) = xyz.
3
A função é denida para toda tripla de pontos perten
entes ao espaço R e a
V (x, y, z)
3
imagem é um número real. O
onven
ional é es
rever V : R → R. Vejamos um exemplo
que envolve mais do que três variáveis.
EXEMPLO 2.1.1 Suponhamos que uma pessoa vá a um supermer ado e a nota de ompras seja
71
Nota de
ompras
Produtos Unidades Preço por unidade Total
Leite 2 pa
otes 1,00 2,00
Pão 10 0,10 1,00
Laranja 2kg 0,50 1,00
Maçã 2kg 2,50 5,00
Açú
ar 5kg 0,60 3,00
Total a pagar 12,00
T (x, y, z, w, t) = x + 0, 1y + 0, 5z + 2, 5w + 0, 6t.
A função T é uma função de
in
o variáveis. Para en
ontrar o total a pagar referente a
tabela anterior, fazemos
72
y
onde (x1 , x2 , · · · , xn ) ∈ Rn .
A equação de uma superfí
ie pode ser es
rita na forma implí
ita ou explí
ita, em função
de duas variáveis, isto é, F (x, y, z) = 0 ou z = f (x, y).
EXEMPLO 2.2.8 A equação da esfera
entrada na origem pode ser es
rita
omo segue
• Impli
itamente: x2 + y 2 + z 2 − R2 = 0.
p
• Expli
itamente em função de x e y,
om z = ± R2 − x2 − y 2.
73
Representação Grá
a de uma Superfí
ie
Para representar gra
amente uma superfí
ie pro
ede-se
omo segue:
3. Determina-se as simetrias
( ) em relação à origem
4. Se
ções e Extensão: Quando os traços prin
ipais não forem su
ientes para
ara
te-
rização da superfí
ie, re
orre-se a determinação de se
ções
om planos paralelos aos
planos
oordenados. Para isso fazemos
74
Solução: Vamos pro
eder
onforme os passos listados a
ima.
x2 y 2
• Sobre o plano xy : Fazendo z = 0 tem-se a hipérbole − + = 1 (Figura 2.3).
52 42
y2 z2
• Sobre o plano yz : Fazendo x=0 tem-se a hipérbole − =1 (Figura 2.4).
42 32
2 y2 z2
3. Simetrias: Expli
itamente, a equação − x52 + 42
− 32
=1 pode ser es
rita
omo
r r
x2 z 2 x2 z 2
y =4 1+ 2 + 2 ou y = −4 1+ +
5 3 52 32
logo, é simétri
a em relação aos planos
oordenados, aos eixos
oordenados e à origem.
• Por exemplo, fazendo z=3 temos a equação de uma hipérbole (Figura 2.5)
x2 y 2 32 x2 y 2
− + − = 1 ⇒ − + = 2.
52 42 32 52 42
75
Figura 2.5: Traço sobre o plano z = 3.
x2 (±8)2 z 2 x2 z 2 x2 z 2
− 2+ − 2 = 1 ⇒ − 2 − 2 = −3 ⇒ + = 3.
5 42 3 5 3 52 32
5. Construção da superfí
ie. Os elementos forne
idos pela dis
ussão a
ima permitem
onstruir a superfí
ie hipebóli
a de duas folhas,
onforme a Figura 2.7.
y
x
OBSERVAÇO Note que a gura a
ima não é o grá
o de uma função de duas variáveis,
2.2.10
é a representação
r geométri
a de uma superfí
ie
r
uja equação é dada expli
itamente pelas
x2 y2 x2 y2
funções: z = −3 −1 − + e z = 3 −1 − + .
25 16 25 16
p
EXEMPLO Considere a função de duas variáveis f (x, y) = 4 − 4x2 − y 2. Determine
2.2.11
76
y2
Solução: D(f ) = {(x, y) ∈ R2 / 4x2 + y 2 ≤ 4} = {(x, y) ∈ R2 / x2 + ≤ 1}, ou seja, o
4
y2
domínio de f (x, y) é o
onjunto de pontos do plano xy no interior da elipse x2 + = 1.
4
O grá
o de f (x, y) é uma superfí
ie, ou seja, um
onjunto de ponto em R3 dado por
2 y2 z2
Figura 2.8: Ramo z≥0 do elipsóide x + + =1
4 4
urvas de nível em 1, 2, 3, 4, 5.
77
Solução: As
urvas de nível são as
ir
unferên
ias x2 + y 2 = k. Um mapa de
ontorno de f
pode ser visto na Figura 2.9.
Embora não possamos visualizar o grá
o de uma função de três variáveis w = f (x, y, z),
podemos
onsiderar as superfí
ies de equações f (x, y, z) = k, que são
hamadas de superfí
ies
de nível de f. Ainda, toda superfí
ie denida por uma equação em x, y, z pode ser
onsiderada
omo uma superfí
ie de nível de alguma função de três variáveis. Por exemplo, o hiperbolóide
2 2 2
x y z
da Figura 2.7 é a superfí
ie de nível g(x, y, z) = 1 onde g(x, y, z) = − 2
+ 2 − 2.
5 4 3
q
||P − A|| = (x1 − y1 )2 + (x2 − y2 )2 + · · · + (xn − yn )2 .
78
EXEMPLO 2.2.17 Sejam A (1, 1, 2) e δ = 1. Então, a bola aberta
B((1, 1, 2) , 1) = P (x, y, z) ∈ R3 ; ||(x, y, z) − (1, 1, 2)|| < 1
y
x
lim f (x, y) = L.
(x,y)→(x0 ,y0 )
Solução: Devemos mostrar que, dado ε > 0, existe δ > 0 tal que |f (x, y) − 11| < ε sempre
que 0 < ||(x, y) − (1, 3)|| < δ. Assim
e obtemos que
2 |(x − 1)| + 3 |(y − 3)| < ε. (I)
Por outro lado, de 0 < ||(x, y) − (x0 , y0 )|| < δ, segue que
q
0 < (x − 1)2 + (y − 3)2 < δ.
79
Agora, pela denição de módulo, temos que
p q
|x − 1| = (x − 1)2 ≤ (x − 1)2 + (y − 3)2 < δ
e q
p
|y − 3| = (y − 3)2 ≤ (x − 1)2 + (y − 3)2 < δ
e assim
2 |(x − 1)| + 3 |(y − 3)| < 2δ + 3δ = 5δ. ( II )
Portanto, de (I) e (II) podemos formar o sistema de inequações
2 |(x − 1)| + 3 |(y − 3)| < ε
2 |(x − 1)| + 3 |(y − 3)| < 5δ
ε
Assim, podemos admitir que 5δ = ε e en
ontrar que δ = .
5
ε
Logo, dado ε > 0 existe δ = tal que |f (x, y) − 11| < ε sempre que 0 < ||(x, y) − (1, 3)|| <
5
δ, o que prova pela denição que lim 2x + 3y = 11.
(x,y)→(1,3)
OBSERVAÇO No Cál
ulo 1, vimos que para existir o limite de uma função de uma va-
2.3.3
riável, quando x se aproxima de x0 , é ne
essário que os limites laterais lim+ f (x) e lim− f (x)
x→x0 x→x0
existam e sejam iguais. Já para funções de duas variáveis, a situação análoga é mais
om-
pli
ada, pois no plano há uma innidade de
urvas (
aminhos) ao longo das quais o ponto
(x, y) pode se aproximar de (x0 , y0 ) . Porém, se o limite da Denição 2.3.1 existe, é pre-
iso então que f (x, y) tenda para L, independentemente do
aminho
onsiderado. Essa ideia
nos forne
e uma importante regra (Teorema 2.3.4) para investigar a existên
ia de limites de
funções de duas variáveis.
TEOREMA 2.3.4 Seja f uma função de duas variáveis denida numa bola aberta
entrada
em A (x0 , y0 ), ex
eto possivelmente em A (x0 , y0 ) . Se f (x, y) tem limites diferentes quando
(x, y) tende para (x0 , y0) por
aminhos diferentes, então
xy
EXEMPLO 2.3.5 Vamos mostrar que lim não existe.
(x,y)→(0,0) x2 + y2
0·y
lim f (x, y) = lim f (0, y) = lim = 0.
(x,y)→ (0,0) (0,y)→(0,0) y→0 02 + y2
C1
80
Mostramos então que
xy
e
om isso,
on
luímos que lim não existe.
(x,y)→(0,0) x2 + y2
3x2 y
EXEMPLO 2.3.6 Vamos mostrar que lim existe.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
Solução: Primeiro vamos veri
ar se, por
aminhos diferentes, o limite tem o mesmo valor
numéri
o. Considerando C1 = {(x, y) ∈ R2 ; y = kx} , o
onjunto de retas que passam pelo
ponto (0, 0) temos
3x2 kx
lim f (x, y) = lim f (x, kx) = lim
(x,y)→ (0,0)
C1
(x,kx)→(0,0) (x,kx)→(0,0) x2 + (kx)2
x3 k xk
= lim = lim = 0.
x→0 x (1 + k ) x→0 1 + k 2
2 2
3x2 kx2
lim f (x, y) = lim f x, kx2 = lim
(x,y)→ (0,0)
C2
2
(x,kx )→(0,0) 2
(x,kx )→(0,0) x2 + (kx2 )2
3x4 k 3x2 k
= lim = lim = 0.
x→0 x2 (1 + k 2 x2 ) x→0 1 + k 2 x2
81
Solução: Ini
iamos investigando a existên
ia do limite, utilizando diferentes
aminhos que
passam pelo ponto (0, 1).
Utilizando os
aminhos lineares C1 = {(x, y) ∈ R2 ; y = kx + 1} temos que
Portanto,
omo obtemos limites diferentes por
aminhos distintos,
on
luímos que o limite
não existe.
(x + 2y + z)3
EXEMPLO 2.3.8 Cal
ule, se possível, o valor de lim .
(x,y,z)→(3,1,−5) (x − 3)(y − 1)(z + 5)
Solução: Ini
iamos investigando a existên
ia do limite. Como temos uma função de 3 va-
3
riáveis, devemos usar
aminhos em R . Se v = (a, b, c) são as
oordenadas de um vetor diretor
de uma reta que passa pelo ponto (3, 1, −5), podemos utilizar as equações paramétri
as para
denir o
aminho retilíneo
C1 = (x, y, z) ∈ R3 ; x = 3 + at, y = 1 + bt, z = −5 + ct .
Para nos aproximarmos de (3, 1, −5) por C1 , basta fazermos o parâmetro t→0 e assim
82
(
) lim [f (x, y) .g(x, y)] = lim f (x, y) · lim g (x, y) .
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(xo ,yo ) (x,y)→(x0 ,y0 )
lim f (x, y)
f (x, y)
(d)
(x,y)→(x0 ,y0 )
lim [ ]= desde que lim g (x, y) 6= 0.
(x,y)→(x0 ,y0 ) g(x, y) lim g (x, y) (x,y)→(x0 ,y0 )
(x,y)→(x0 ,y0 )
n
(e) lim [f (x, y)] = n
lim f (x, y) para todo n ∈ Z∗+ .
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )
PROPOSIÇO 2.3.10 Se g é uma função de uma variável,
ontínua num ponto a, e f (x, y)
é uma função tal que lim f (x, y) = a, então lim (g ◦ f ) (x, y) = g(a), ou seja,
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )
lim g(f (x, y)) = g lim f (x, y) .
(x,y)→(x0 ,y0 ) (x,y)→(x0 ,y0 )
f (x, y) = x2 + xy − 1 e g(u) = ln u,
temos que lim f (x, y) = 2 e que g é
ontínua em u = 2. Apli
ando a proposição a
ima,
(x,y)→(1,2)
obtemos
x2 − y 2 x2 + 2xy + y 2
EXEMPLO 2.3.12 Se lim · f (x, y) + ln +1 = −2, determine
(x,y)→(2,−2) x+y x+y
lim f (x, y).
(x,y)→(2,−2)
= 4· lim f (x, y)
(x,y)→(2,−2)
1
logo, lim f (x, y) = − .
(x,y)→(2,−2) 2
83
x2 − y 2
EXEMPLO 2.3.13 Seja f (x, y) = p .
(x − y) 4y − x2
1. Des
reva e represente geometri
amente o domínio de f (x, y).
2. Cal
ule lim f (x, y).
(x,y)→(1,1)
x2
• 4y − x2 > 0 ⇒ y > 4
• x − y 6= 0 ⇒ y 6= x
x2
Logo, D = {(x, y) ∈ R2 / x 6= y e y > 4
}, ou seja, os pontos no interior da parábola
4y = x2 em que x =
6 y. O domínio está representado na Figura 2.12.
Solução (b):
x2 − y 2 x+y 2
lim f (x, y) = lim p = lim p =√
(x,y)→(1,1) (x,y)→(1,1) (x − y) 4y − x2 (x,y)→(1,1) 4y − x2 3
PROPOSIÇO 2.3.14 Se lim f (x, y) = 0 e g(x, y) é uma função limitada em alguma
(x,y)→(x0 ,y0 )
bola aberta de
entro (x0 , y0), ex
eto possivelmente em (x0 , y0), então
lim f (x, y).g(x, y) = 0.
(x,y)→(x0 ,y0 )
x2 y
EXEMPLO 2.3.15 Mostre que lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
xy
Solução: Consideremos f (x, y) = x e g(x, y) = .
x2 + y2
Sabemos que lim x = 0, então basta mostrar que g(x, y) é limitada.
(x,y)→(0,0)
Es
revendo g em
oordenadas polares, temos que
xy r 2 cos θ sin θ
g(x, y) = = = cos θ sin θ.
x2 + y 2 r2
Evidentemente, |cos θ sin θ| ≤ 1 e portanto temos que g(x, y) é limitada. Logo, pela
x2 y
proposição anterior, lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
84
Outra maneira de resolver usando ainda a Proposição 2.3.14.
x2
Sejam f (x, y) = y e g(x, y) = . Então lim f (x, y) = 0 e
x2 + y 2 (x,y)→(0,0)
x2
|g(x, y)| = ≤1 para todo (x, y) 6= (0, 0),
x2 + y 2
ou seja, g(x, y) é limitada para todo (x, y) 6= (0, 0), logo pela Proposição a
ima temos o
resultado desejado.
2x2 y 2 − 2xy 3
EXEMPLO 2.3.16 Cal
ule, se existir, lim .
(x,y)→(0,0) 3x2 + 3y 2
Solução: Usando as propriedades temos:
2x2 y 2 − 2xy 3 2x2 y 2 2xy y 2
lim = lim −
(x,y)→(0,0) 3x2 + 3y 2 (x,y)→(0,0) 3 x2 + y 2 3 x2 + y 2
2x2 y2 2xy y2
= lim · 2 − lim ·
(x,y)→(0,0) 3 x + y 2 (x,y)→(0,0) 3 x2 + y 2
2x2 2xy y2
Como lim = 0, lim = 0, e 2 é uma função limitada numa vizi-
(x,y)→(0,0) 3 (x,y)→(0,0) 3 x + y2
nhança da origem, ex
eto em (0, 0), temos pela Proposição 2.3.14
( xy
se (x, y) 6= (0, 0)
EXEMPLO 2.4.2 Verique se a função f (x, y) = x2 + y2 é
ontínua
0 se (x, y) = (0, 0)
em (0, 0) .
85
4
x − (y − 1)4
se (x, y) 6= (0, 1)
EXEMPLO 2.4.3 A função denida por f (x, y) = x2 + (y − 1)2 é
on-
0 se (x, y) = (0, 1)
tínua em (0, 1)?
Solução: Devemos veri
ar se f satisfaz as
ondições da Denição 2.4.1.
(ii) Vamos veri
ar se lim f (x, y) existe e é igual a zero (se for diferente a função não
(x,y)→(0,1)
será
ontínua no ponto)
3x2 y
(ii) Como vimos no Exemplo 2.3.6, lim = 0, a segunda
ondição está satisfeita.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
Portanto, as três
ondições da Denição 2.4.1 estão satisfeitas. Logo, f (x, y) é
ontínua
em (0, 0) .
EXEMPLO 2.4.5 Utilize argumentos
onsistentes para determinar, se existir, o valor de b que
86
Solução (a) 1: Queremos determinar, se existe, lim f (x, y). Para tal, primeiro veri-
(x,y)→(0,0)
aremos se por
aminhos diferentes obtemos o mesmo valor numéri
o para este limite.
Como por C1 e C2 obtivemos o limite
omo sendo 0, há probabilidades que o limite exista.
Para
onrmar devemos mostrar que dado ǫ > 0, existe δ>0 de modo que
|f (x, y)| < ǫ sempre que 0 < k(x, y) − (0, 0)k < δ.
Por propriedades modulares temos
2 2
xy 2 2 2 4 2
|f (x, y)| = 4 = x y ≤ x (x + y ) = x2 ≤ x2 + y 2 < δ 2
x + y 2 x4 + y 2 x4 + y 2
√
assim, es
olhendo δ = ǫ, provamos usando a denição, que lim f (x, y) = 0. Portanto,
(x,y)→(0,0)
es
olhendo b=0 temos que a função f (x, y) é
ontínua em todos os pontos (x, y).
x2 y 2 2 y2 2 y2
lim f (x, y) = lim = lim x = lim x · lim
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0) x4 + y 2 (x,y)→(0,0) x4 + y 2 (x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0) x4 + y 2
y2
Como lim x2 = 0 e é uma função limitada numa vizinhança da origem, ex
eto
(x,y)→(0,0) x4 + y 2
em (0, 0), temos que
y2
lim f (x, y) = lim x2 · 4 = 0.
(x,y)→(0,0) (x,y)→(0,0) x + y2
Portanto, es
olhendo b = 0 temos que a função f (x, y) é
ontínua em todos os pontos
2
(x, y) ∈ R .
Solução (b): Queremos determinar, se existe, lim g(x, y). Para tal, primeiro veri-
(x,y)→(0,5)
aremos se por
aminhos diferentes obtemos o mesmo valor numéri
o para este limite.
87
Considere o
aminho C2 = {(x, y) ∈ R2 / y = kx2 + 5}
2 x3 k 2 x4 k2 k2
lim g(x, y) = lim g(x, kx + 5) = lim = lim =
(x,y)−→(0,5) (x,kx2 +5)→(0,5) x→0 2x7 + 3k 4 x8 x→0 2 + 3k 4 x 2
C2
Como pelo
aminho C2 obtivemos o valor do limite dependendo de k temos que para valores
distintos de k obtemos respostas distintas para o valor do limite, logo lim g(x, y) não
(x,y)→(0,5)
existe. Portanto, não existe b de modo que g(x, y) seja
ontínua no ponto (0, 5).
∂f g(x) − g(x0 )
(x0 , y0) = g ′ (x0 ) = lim
∂x x→x0 x − x0
f (x, y0 ) − f (x0 , y0 )
= lim
x→x0 x − x0
f (x0 + ∆x, y0 ) − f (x0 , y0)
= lim
∆x→0 ∆x
De modo análogo, xando x0 podemos
onsiderar a função de uma variável h(y) =
f (x0 , y). A derivada desta função no ponto y = y0 , quando existe, denomina-se derivada
par
ial de f, em relação a y, no ponto (x0 , y0 ) e indi
a-se por
∂f ∂z
(x0 , y0 ) ou (x0 , y0 ).
∂y ∂y
Assim,
∂f h(y) − y(y0)
(x0 , y0 ) = h′ (y0 ) = lim
∂y y→y0 y − y0
f (x0 , y) − f (x0 , y0 )
= lim
y→y0 y − y0
f (x0 , y0 + ∆y) − f (x0 , y0 )
= lim
∆y→0 ∆y
Assim, denimos
DEFINIÇO 2.5.1 Seja f : D ⊂ R2 → R uma função real de duas variáveis reais e (x, y) ∈
D. As derivadas par
iais de primeira ordem ∂f
∂x
e ∂f
∂y
de f em (x, y) são dadas por
∂f (x, y) f (x + ∆x, y) − f (x, y)
= lim
∂x ∆x→0 ∆x
e
∂f (x, y) f (x, y + ∆y) − f (x, y)
= lim .
∂y ∆y→0 ∆y
88
EXEMPLO 2.5.2 Seja f (x, y) = x2 y + xy 2 en
ontre ∂f (x,y)
∂x
e ∂f (x,y)
∂y
.
Solução: Apli
ando a Denição 2.5.1 obtemos
∂f (x, y)
= 6xy + 2y cos xy
∂x
∂f (x, y)
= 3x2 + 2x cos xy.
∂y
OBSERVAÇO 2.5.5 No
aso de f ter mais de duas variáveis, são
onsideradas
onstantes
todas as variáveis em relação a qual f não está sendo derivada.
EXEMPLO 2.5.6 Seja f (x, y, z, t) = 3x2 yz 3 t2 + 2 sin x2 yz 3 t2 . En
ontre as derivadas par
iais
∂f ∂f ∂f ∂f
, , e .
∂x ∂y ∂z ∂t
Solução: Fazendo y, z, t
onstantes podemos derivar par
ialmente em x:
∂f (x, y, z, t)
= 6xyz 3 t2 + 4xyz 3 t2 cos x2 yz 3 t2 .
∂x
Agora, fazendo x, z, t
onstantes, obtemos a derivada par
ial em relação a y:
∂f (x, y, z, t)
= 3x2 z 3 t2 + 2x2 z 3 t2 cos x2 yz 3 t2 .
∂y
Tomando x, y, t
onstantes temos a derivada par
ial em z:
∂f (x, y, z, t)
= 9x2 yz 2 t2 + 6x2 yz 2 t2 cos x2 yz 3 t2 .
∂z
Finalmente, mantendo x, y, z
onstantes, en
ontramos
∂f (x, y, z, t)
= 6x2 yz 3 t + 4x2 yz 3 t cos x2 yz 3 t.
∂t
89
2.5.7 Interpretação Geométri
a das derivadas par
iais
No estudo de funções de uma variável real vê-se que a derivada de uma função num ponto
pode ser interpretada
omo a in
linação da reta tangente ao grá
o da função no referido
ponto, veremos que para funções de duas variáveis as derivadas par
iais podem ser estudadas
omo in
linação de retas tangentes a superfí
ie que representa o grá
o da função z = f (x, y).
Seja f (x, y) uma função de duas variáveis e seja y = y0 . Então, z = f (x, y0 ) des-
reve uma
urva C1 sobre a superfí
ie S. Mar
amos um ponto P (x0 , y0 ) sobre C1 e traça-
mos uma reta t1 tangente à
urva neste ponto
om
oe
iente angular m = tgα. Então,
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
= tgα, ou seja, é o
oe
iente angular da reta tangente à
urva C1 no
∂x ∂x
ponto P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) . Na Figura 2.13 estão representadas a
urva C1 e a reta tangente
ujas equações são
(
y = y0 y = y0
C1 : e t1 : ∂f (x0 , y0 )
z = f (x, y0 ) z − f (x0 , y0 ) = (x − x0 )
∂x
∂f
Figura 2.13: Interpretação Geométri
a de
∂x
∂f (x0 , y0 )
Analogamente, é o
oe
iente angular da reta
∂y
x = x0
t2 : ∂f (x0 , y0 )
z − f (x0 , y0 ) = (y − y0 )
∂y
x = x0
tangente à
urva C2 : no ponto P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) ,
onforme ilustra a
z = f (x0 , y)
Figura 2.14.
90
al no
vertic
Eixo x = x0
o
plan
,y)
= f(x0
c u rva z = x0
A x
lano
no p y0
x0
x
(x Re
0 ,y ta
0 ) tan
ge
Ei nte
xo
pla ho
no riz
x = ont
x0 al n β
o
∂f
Figura 2.14: Interpretação Geométri
a de
∂y
este plano é o plano tangente à superfí
ie z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )).
Além disso, se C é outra
urva qualquer
ontida na superfí
ie z = f (x, y) que passa pelo
ponto P, então a reta tangente à
urva C passando por P também perten
e ao plano π. Na
Figura 2.15 estão desta
adas no grá
o de uma função de duas variáveis as duas
urvas e
suas retas tangentes para uma melhor visualização.
z
t2
t1
C2
C1
x0
y0
β y
x α
Para determinar a equação do plano tangente pre isamos do vetor normal ~n ao plano e
91
de um ponto que perten
e ao plano. Como t1 e t2 são retas
ontidas no plano π temos
que o vetor normal ~n é dado pela produto vetorial dos vetores diretores destas retas e
P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) é um ponto que perten
e ao plano π. Assim,
∂f ∂f ∂f ∂f
~n = v~1 × v~2 = 1, 0, (x0 , y0) × 0, 1, (x0 , y0 ) = − (x0 , y0), − (x0 , y0 ), 1 .
∂x ∂y ∂x ∂y
Usando as
omponentes do vetor normal e as
oordenadas do ponto P, obtemos que a equação
do plano π tangente à superfí
ie z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , f (x0 , y0 )) é dada por:
∂f ∂f
(x0 , y0)(x − x0 ) + (x0 , y0)(y − y0 ) − (z − z0 ) = 0. (2.5.1)
∂x ∂y
∂f (x0 , y0 )
z − z0 = (x − x0 ) = 2x0 (x − x0 ),
∂x
ou seja,
z − 5 = 2(x − 1) ⇒ z = 2x + 3, no plano y = 2.
Da geometria analíti
a, temos que o vetor diretor desta reta tangente é dado por b~1 =
(1, 0, 2). Da mesma forma, fazendo x = 1, obtemos a
urva z = f (1, y) = 1 + y 2 ,
uja reta
tangente, em P, é dada por
∂f (x0 , y0)
z − z0 = (y − y0 ) = 2y0 (y − y0 ),
∂y
ou seja,
z − 5 = 4(y − 2) ⇒ z = 4y + 3 no plano x = 1.
Assim, en
ontramos o vetor diretor b~2 = (0, 1, 4). Agora podemos obter o vetor normal
ao plano tangente desejado, tomando
i j k
~b = b~1 × b~2 = 1 0 2 = (−2, −4, 1).
0 1 4
Portanto, a equação geral do plano desejado é dada por
−2x − 4y + 1z + d = 0.
Como este plano deve passar por P (1, 2, 5), substituindo suas
oordenadas na equação
a
ima, obtemos d = 5. Portanto, o plano tangente ao parabolóide z = x2 + y 2, no ponto
P (1, 2, 5), tem equação −2x − 4y + z + 5 = 0.
92
EXEMPLO Considere a superfí
ie z = x2 + y 2 . Determine o(s) ponto(s) onde um plano
2.5.9
π, que passa pelos pontos (1, 1, 1) e (2, −1, 1), é tangente a esta superfí ie.
π : −2x0 x − 2y0y + z + d = 0.
2 2
Queremos en
ontrar o ponto P (x0 , y0 , z0 ) que perten
e ao plano π e a superfí
ie z = x + y ,
2 2
isto é, z0 = x0 + y0 , e sabemos que os pontos P1 (1, 1, 1) e P2 (2, −1, 1) perten
em ao plano
π. Logo, substituindo os pontos P, P1 e P2 na equação de π temos o seguinte sistema para
resolver
−2x0 x0 − 2y0 y0 + x20 + y02 + d = 0 d = x20 + y02
−2x0 − 2y0 + 1 + d = 0 ⇒ −2x0 − 2y0 + 1 + d = 0
−4x0 + 2y0 + 1 + d = 0 x0 = 2y0
d = 5y02 y0 = 1 y0 = 51 P1 (2, 1, 5)
2 2
⇒ 5y − 6y0 + 1 = 0 ⇒ x0 = 2 OU x0 = 5 ⇒
0
x0 = 2y0 z0 = 5 z0 = 51 P2 25 , 51 , 51
2 1 1
Portanto, há dois pontos de tangên
ia P1 (2, 1, 5) e P2 , , que satisfazem as hipóteses
5 5 5
e
onsequentemente dois planos tangentes.
93
∂ ∂ ∂f ∂3f
• = é a ter
eira derivada par
ial de f em relação a y;
∂y ∂y ∂y ∂y 3
No
aso da função f ter mais de duas variáveis a notação segue a mesma lógi
a. Por
exemplo, se temos f (x, y, z, t) tem-se
∂ ∂ ∂ ∂f ∂4f
• = para representar a quarta derivada de f , primeiro
∂t ∂z ∂y ∂x ∂t∂z∂y∂x
em relação a x, depois em relação a y e assim su
essivamente.
∂4f
EXEMPLO 2.6.1 Seja f (x, y, z, t) = x3 y 4 z 5 t2 en
ontrar .
∂x∂y∂z∂t
Solução: Derivamos ini
ialmente em relação a t, obtendo
∂f
(x, y, z, t) = 2x3 y 4 z 5 t,
∂t
a seguir, derivamos em relação a z
∂2f
(x, y, z, t) = 10x3 y 4 z 4 t,
∂z∂t
para após derivarmos em y
∂3f
(x, y, z, t) = 40x3 y 3 z 4 t,
∂y∂z∂t
e nalmente derivarmos em x e obter
∂4f
(x, y, z, t) = 120x2 y 3 z 4 t.
∂x∂y∂z∂t
∂2u
EXEMPLO 2.6.2 Uma função de duas variáveis u é dita harmni
a se satisfaz a equação +
∂x2
∂2u
2
= 0,
onhe
ida
omo equação de Lapla
e em R2 . Mostre que a função
∂y
u(x, y) = ex sin y + ey cos x
é uma função harmni
a.
Solução: Tomando as derivadas par
iais su
essivas de u, temos
∂u
= (sin y) ex − (sin x) ey
∂x
∂2u
= (sin y) ex − (cos x) ey
∂x2
∂u
= (cos x) ey + (cos y) ex
∂y
∂2u
= (cos x) ey − (sin y) ex .
∂y 2
Substituindo na equação de Lapla
e, obtemos que
∂2u ∂2u
+ = (sin y) ex − (cos x) ey + (cos x) ey − (sin y) ex = 0.
∂x2 ∂y 2
Como a função u dada satisfez a equação de Lapla
e, mostramos que ela é uma função
harmni
a.
94
2.7 Derivada de uma Função Composta
Antes de dis
utir a derivada de uma função
omposta, vamos falar sobre
omposição de
funções de duas variáveis.
Consideremos as funções u(x, y) = x2 y + y e v (x, y) = x + y 2. Podemos denir uma nova
2
função F por F (u, v) = 2u + 3v. Rees
revendo F em função de x e y temos:
e assim,
F (u(1, 2), v (1, 2)) = 2 (1)4 (2)2 + 4 (1)2 (2)2 + 5 (2)2 + 3 (1) = 47.
Ou,
omo
u(x, y) = x2 y + y e v (x, y) = x + y 2
segue que
e então
F (u(1, 2), v (1, 2)) = F (4, 5) = 2 (4)2 + 3 (5) = 47.
∂F ∂F
Nosso interesse é en
ontrar
∂x
e
∂y
. A função
95
∂z (x, y) ∂F (u, v) ∂u(x, y) ∂F (u, v) ∂v(x, y)
= +
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y
uma nova função z por z (x, y) = F (u, v) = 2u2 + 3v. En
ontre as derivadas par
iais de z
em relação a x e y.
Solução: Ini
ialmente, determinamos as derivadas par
iais das funções u(x, y), v(x, y) e
F (u, v) :
∂F ∂u ∂v
= 4u, = 2xy, = 1,
∂u ∂x ∂x
∂F ∂u ∂v
= 3, = x2 + 1, = 2y.
∂v ∂y ∂y
e utilizando a regra da
adeia (Denição 2.7.1), obtemos as derivadas par
iais
∂z (x, y) ∂F ∂u ∂F u ∂v
= +
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x
∂u ∂v
= 4u +3
∂x ∂x
= 8x3 y 2 + 8xy 2 + 3
e
∂z (x, y) ∂F ∂u ∂F ∂v
= +
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y
∂u ∂v
= 4u +3
∂y ∂y
∂F ∂F p
EXEMPLO 2.7.3 Determine e para F (x, y) = ln 5 (x4 + 2xy + y 3 ) + (2xy + 3x2 ).
∂x ∂y
Solução:
1
Podemos rees
rever a função F
omo F (u, v) = ln(u + v) 5 , onde
u(x, y) = x4 + 2xy + y 3
e
v(x, y) = 2xy + 3x2 .
Usando a regra da
adeia, temos:
96
∂F ∂F ∂u ∂F ∂v
= +
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x
1 1 ∂u 1 1 ∂g
= +
5 u + v ∂x 5 u + v ∂x
1 (4x3 + 2y) + (2y + 6x)
=
5 x4 + y 3 + 4xy + 3x2
6x + 4y + 4x3
= .
20xy + 15x2 + 5x4 + 5y 3
O
ál
ulo da derivada em relação a y é deixado
omo exer
í
io para o estudante.
97
2.8 Derivada Par
ial
omo Taxa de Variação
∂f
Suponhamos que f é uma função de duas variáveis. Então, a derivada par
ial (x0 , y0 )
∂x
nos dá a razão instantânea de variação de f, no ponto P (x0 , y0 ) , por unidade de variação
de x. Isto é, a taxa de variação de f por unidade de x no ponto P (x0 , y0 ) . Analogamente,
∂f
(x0 , y0 ) nos dá a taxa de variação de f por unidade de y.
∂y
EXEMPLO 2.8.1 Sabendo que a pressão P (em quilopas
als), o volume V (em litros) e a
temperatura T (em kelvins) de um mol de um gás ideal estão rela
ionados pela fórmula
P V = 8T, en
ontre a taxa de variação instantânea de V por unidade de P, quando T = 300k
e V = 100L.
Solução: Estamos interessados na taxa de variação instantânea de V por unidade de P, de
modo que devemos es
rever V em função de T e P, ou seja,
8T
V (T, P ) = .
P
A taxa de variação instantânea da pressão P por unidade de T é dada pela derivada
par
ial
∂V (T, P ) 8T
= − 2.
∂P P
Para determinar P usamos a relação
P V = 8T
e obtemos
8 · 300
P = = 24kP a.
100
Portanto,
∂V (300, 24) 8 · 300
=− = −4, 17.
∂P (24)2
EXEMPLO 2.8.2 A altura de um
one
ir
ular é 100
m e de
res
e a uma razão de 10
m/s.
πr 2 (t)h(t)
V (t) = ,
3
logo, pela regra da
adeia, temos que
dV ∂V dr ∂V dh 2πrh dr πr 2 dh
= + = +
dt ∂r dt ∂h dt 3 dt 3 dt
2π50.100 π(50)2
= (5) + (−10)
3 3
50000π 25000π 25000π
= − = cm3 /s.
3 3 3
98
2.9 Diferen
ial
No Cál
ulo I foi visto que sendo f : D ⊂ R → R diferen
iável numa vizinhança do ponto
′
a ∈ D, então df = f (a)∆x é uma boa aproximação de ∆f = f (x + ∆x) − f (a), ou seja
df ≈ ∆f para pontos próximos do ponto a. Geometri
amente isso signi
a que para valores
de x próximos a a o grá
o da
urva y = f (x) aproxima-se do grá
o da reta tangente a
esta
urva no ponto x = a. Para funções de duas variáveis a situação é análoga
om o uso do
plano tangente. O plano tangente ao grá
o de uma função z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , z0 )
omo foi visto em (2.5.1) é dado por
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
(x − x0 ) + (y − y0 ) − (z − z0 ) = 0
∂x ∂y
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
(z − z0 ) = (x − x0 ) + (y − y0 )
∂x ∂y
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
z= (x − x0 ) + (y − y0 ) + z0
∂x ∂y
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
z= (x − x0 ) + (y − y0 ) + f (x0 , y0 ).
∂x ∂y
Fazendo z = L(x, y) temos que para
ada ponto (x, y) ∈ R2 , z = L(x, y) nos forne
e
a
orrespondente
oordenada z do ponto P (x, y, z) que está em
ima do plano tangente à
superfí
ie z = f (x, y) no ponto P (x0 , y0 , z0 ). Chamaremos a função L(x, y) denida por:
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
L(x, y) = (x − x0 ) + (y − y0 ) + f (x0 , y0 )
∂x ∂y
de linearização da função z = f (x, y). Portanto, para pontos P (x, y), próximos de P (x0 , y0 ),
L(x, y) é uma boa aproximação de f (x, y). Seja f uma função de duas variáveis tais que
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
(x0 , y0) ∈ D(f ) e além disso existem as derivadas par
iais e . Então,
∂x ∂y
a variação de f em P (x0 , y0 ) é dada por
Sabemos que f (x, y) ≈ L(x, y) logo f (x0 + △x, y0 + △y) ≈ L(x0 + △x, y0 + △y) e
omo
f (x0 , y0 ) = L(x0 , y0 ) temos que
∂f (x0 , y0 ) ∂f (x0 , y0 )
△f ≈ △x+ △y
∂x ∂y
99
De modo análogo dene-se a diferen
ial para funções de n variáveis,
om n ≥ 2.
Vemos assim que a diferen
ial de f é uma aproximação para a variação de f no ponto
P (x0 , y0 ).
EXEMPLO 2.9.2 Usando diferen ial, determine a variação do volume do re ipiente mostrado
na Figura 2.16, quando sua altura aumenta em 3% e seu o raio de res e em 1%.
cone 5
cilindro
2
−4 3
V1 = πR2 h, R = 4, h = 2, dR = = −0.04; dh = 2 = 0.06
100 100
e no
one, temos
πR2 H −4 3
V2 = , R = 4, H = 5; dR = = −0.04; dH = 5 = 0.15.
3 100 100
Portanto a diferen
ial do volume total é igual a
dV = dV1 + dV2
∂V1 ∂V1 ∂V2 ∂V2
= dR + dh + dR + dH
∂R ∂h ∂R ∂H
2πRh πR2
= 2πRhdR + πR2 dh + dR + dh
3 3
2π · 4 · 5 16π
= 2π · 4 · 2 · (−0, 04) + π · 16 · (0, 06) + (−0, 04) + (0, 15)
3 3
1, 6π 2, 4π 0, 8 ∼
= −0, 64π + 0, 96π − + = 0, 32π + π = 0, 59π.
3 3 3
EXEMPLO Vamos
onsiderar uma lata
ilíndri
a fe
hada,
om dimensões r = 2
m e h =
2.9.3
onde 2πrh representa a área lateral da lata e πr 2 a área da base e da tampa. Quando o raio
de base sofre um a
rés
imo de 10%, passa de 2 para 2, 2 cm, portanto ∆r = 0, 2. Quando
100
a altura sofre um a
rés
imo de 2%, passa de 5cm para 5, 1cm, portanto, ∆h = 0, 1. Vamos
usar a diferen
ial para en
ontrar o valor aproximado do a
rés
imo do
usto
∂C ∂C
dC = dr + dh
∂r ∂h
= 0, 81(2πh + 4πr)dr + 0, 81.(2πr)dh
= 0, 81(10π + 8π)0.2 + 0, 81.(4π)0, 1 ≅ 10, 17.
Portanto, o valor aproximado do a
rés
imo no
usto da lata quando as dimensões são
modi
adas é de R$10, 17, ou um a
rés
imo de 14, 28%.
Para saber o valor exato do a
rés
imo no
usto da lata, temos que
al
ular
∆C = C(2, 2; 5, 1) − C(2, 5)
= 0, 81 2π(2, 2) · (5, 1) + 2π(2, 2)2 − 0, 81(20π + 8π) ≅ 10, 47.
Assim, o valor exato é de R$10, 47, ou um a
rés
imo de 14, 7%. Observamos, assim, que
o erro do
ál
ulo aproximado foi de 0, 42 pontos per
entuais.
8
m e 12
m. Sendo a espessura das paredes 0,2
m, do fundo 0,3
m e da tampa 0,1
m, fazer
uma estimativa em
m3 do volume de material ne
essário a ser usado na
onfe
ção da
aixa.
Solução: Vamos usar a diferen
ial total para fazer a estimativa soli
itada. Sejam x = 6,
y=8 e z = 12. Como a espessura das paredes é 0,2
m temos
dx = dy = 2 (0, 2) = 0, 4
dz = 0, 3 + 0, 1 = 0, 4.
∂V ∂V ∂V
dV = dx + dy + dz
∂x ∂y ∂z
= yzddx + xzdy + xydz
= 8.12.0, 4 + 6.12.0, 4 + 6.8.0, 4 = 86, 4 cm3 .
p
EXEMPLO 2.9.5 Use diferen
iais para estimar o valor de (0, 01)2 + (3, 02)2 + (3, 9)2.
p √
Solução: Considere a função w = f (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 , temos que f (0, 3, 4) = 25 =
5. Queremos determinar uma aproximação para f (0.01, 3.02, 3.9) e pela teoria de diferen
ial
temos que
f (0.01, 3.02, 3.9) ≈ f (0, 3, 4) + dw,
∂w ∂w ∂w
onde dw = dx + dy + dz,
om dx = 0, 01, dy = 0, 02 e dz = −0, 1. Assim,
∂x ∂y ∂z
x y z 3 4
(0.01, 3.02, 3.9) ≈ f (0, 3, 4)+ ·(0, 01)+ ·(0, 02)+ ·(−0, 1) = 5+0+ ·(0, 02)− ·(0, 1) = 4, 932.
w w w 5 5
101
2.10 Extremos de uma Função de duas Variáveis
Seja f uma função de duas variáveis. Dizemos que f tem um máximo relativo no ponto
(a, b) se existir um bola aberta de
entro (a, b) e raio ǫ > 0 tal que, para todo (x, y) perten-
ente à bola, tem-se f (x, y) ≤ f (a, b) . Por outro lado, se f (x, y) ≥ f (a, b) para todo (x, y)
perten
ente à bola, dizemos que f tem um ponto de mínimo relativo no ponto (a, b) .
Os pontos de máximos e de mínimos de f são denominados pontos extremos de f. A
imagem de um ponto de máximo é
hamada de valor máximo de f, da mesma forma que a
imagem de um ponto de mínimo é denominada valor mínimo de f.
Então:
(i) se ∆ > 0 e Θ < 0, a função f tem um máximo relativo em (a, b) ;
(ii) se ∆ > 0 e Θ > 0, a função f tem um mínimo relativo em (a, b) ;
(iii) se ∆ = 0, nada podemos armar;
(iv) se ∆ < 0, a função f tem um ponto de sela em (a, b) .
EXEMPLO En
ontre os pontos
ríti
os das funções abaixo e
lassique-os
omo pontos
2.10.5
Solução (a): Vamos ini iar en ontrando os pontos ríti os. Como as derivadas par iais são
∂f (x, y) ∂f (x, y)
= 4y − 4x e = 4x − 4y
∂x ∂y
e estão sempre bem denidas, os pontos
ríti
os de f são dados por
4x − 4y = 0
⇒ x − x3 = 0 ⇒ x(1 − x2 ) = 0 ⇒ x = 0; x = ±1
4y − 4x3 = 0
102
Assim os pontos
ríti
os são P (0, 0), Q(1, 1) e R(−1, −1). A seguir, vamos analisar o
delta. Como
−12x2 4
△(x, y) = = 48x2 − 16,
4 −4
temos que
∂f (x, y) ∂f (x, y)
= 12x3 e = 8y 3
∂x ∂y
e estão sempre bem denidas, os pontos
ríti
os de f são dados por
12x3 = 0 x=0
⇒
8y 3 = 0 y=0
Assim, o úni
o ponto
ríti
o é P (0, 0). Logo,
−36x2 0
△(x, y) = 2 2
2 = 864x y ⇒ △(0, 0) = 0.
0 24y
Portanto, de a
ordo
om o Teorema 2.10.4, nada podemos
on
luir. Analisando os valores
da função observamos que f (0, 0) = 0 e f (x, y) > 0 para todo (x, y) 6= (0, 0). Portanto, (0, 0)
é um ponto de mínimo da função f (x, y) = 3x4 + 2y 4.
EXEMPLO Determine as dimensões de uma
aixa retangular sem tampa destinada ao
2.10.6
a
ondi
ionamento de 108 cm3 de volume se queremos usar a mínima quantidade em material
para sua
onfe
ção.
Solução: Sejam x o
omprimento da base, y a largura da base e z a altura da
aixa, S a
superfí
ie e V o volume da
aixa. Então podemos es
rever o sistema
S(x, y, z) = xy + 2xz + 2yz
V (x, y, z) = xyz
A função S(x, y, z) pode ser es
rita
omo uma função de duas variáveis, se z for substi-
V
tuído por . Desse modo temos
xy
2V 2V
S(x, y) = xy + + .
y x
Apli
ando o Teorema 2.10.4, vamos determinar os pontos
ríti
os de S. Ini
ialmente,
devemos resolver o sistema de equações denido pelas derivadas par
iais. Como
103
∂S 2V
∂x (x, y) = y − x2
∂S 2V
(x, y) = x − 2
∂y y
temos que
2V
y − x2 = 0
yx2 = 2V
⇒ ⇒ yx2 = xy 2
2V xy 2 = 2V
x− 2 =0
y
omo sabemos que x, y 6= 0, podemos dividir ambos os lados da última igualdade por xy e
3
en
ontrar que x = y. Portanto, obtemos que 2V = x e
omo V = 108, segue que x =
p3
2 (108) = 6 e y = 6. Logo, o ponto (a, b) = (6, 6) é úni
o ponto
ríti
o da função S(x, y) =
2V 2V
xy + + .
y x
Na sequên
ia, vamos
lassi
ar este ponto
ríti
o. Para isso, pre
isamos obter os valores
de ∆(6, 6) e Θ (6, 6) . Tomando as segundas derivadas, temos que
∂2S ∂2S
(x, y) = 1 donde vem (6, 6) = 1,
∂x∂y ∂x∂y
∂2S ∂2S
(x, y) = 1 donde vem (6, 6) = 1,
∂y∂x ∂y∂x
Portanto,
2 1
∆ = =3
e Θ = 2.
1 2
Como ∆=3>0 Θ = 2 > 0, pelo segundo item do Teorema 2.10.4, obtemos que f
e
tem um mínimo relativo no ponto (6, 6) . Logo, as dimensões da base da
aixa são x = 6cm
V 108
e y = 6cm. Ainda,
omo z = segue que z = = 3.
xy 6 (6)
Portanto, as dimensões da
aixa, para que o
usto de fabri
ação seja mínimo, são x =
6 cm, y = 6 cm e z = 3 cm.
EXEMPLO Um fabri
ante faz 2 modelos de um item, padrão e de luxo. Custa R$ 40, 00
2.10.7
para fabri
ar um modelo padrão e R$ 60, 00 para o de luxo. Uma rma de pesquisa de
mer
ado estima que se o modelo padrão for vendido por x reais e o de luxo por y reais, então
o fabri
ante venderá 500(y − x) do item padrão e 45000 + 500(x − 2y) do de luxo a
ada
ano. Com que preços os itens devem ser vendidos para maximizar o lu
ro?
104
Solução: A função lu
ro é dada por:
∂L(x, y)
= 1000y − 1000x − 10 000
∂x
e
∂L(x, y)
= 1000x − 2000y + 85 000
∂y
Como as derivadas estão sempre bem denidas, para en
ontrar os pontos
ríti
os de L
devemos fazer
∂L(x, y) ∂L(x, y)
=0 e =0
∂x ∂y
1000y − 1000x − 10 000 = 0 −1000x + 1000y = 10000 x = 65
⇒ ⇒ .
1000x − 2000y + 85000 = 0 1000x − 2000y = −85000 y = 75
Portanto, o úni
o ponto
ríti
o é (65, 75). Vamos analisar se este ponto
ríti
o é um ponto
de máximo. Como
∂2L ∂2L
= −1000, = −2000,
∂x2 ∂y 2
e
∂2L ∂2L
= 1000, = 1000,
∂x∂y ∂y∂x
temos que
−1000 1000 ∂2L
△ = = 106 > 0
e Θ= = −1000 < 0.
1000 −2000 ∂x2
Portanto, o ponto P (65, 75) é, de fato, um ponto de máximo. Logo, o item padrão será
vendido por R$ 65, 00 e o de luxo por R$ 75, 00.
f (x, y) = x2 + y 2 + x2 y 2 + 4xy + 4.
105
Para en
ontrar os pontos
ríti
os de f, tomamos
∂f (x, y)
= 2x + 2xy 2 + 4y
∂x
e
∂f (x, y)
= 2y + 2x2 y + 4x.
∂y
Como as derivadas par
iais sempre estão denidas os pontos
ríti
os de f são as soluções do
sistema
∂f (x,y)
∂x
= 0 2x + 2xy 2 + 4y = 0
⇒
∂f (x,y)
∂y
= 0 2y + 2x2 y + 4x = 0
Temos que P1 (0, 0) é uma solução do sistema. Para as demais soluções do sistema, multipli-
ando a primeira equação por x e a segunda por y obtemos
2x2 + 2x2 y 2 + 4xy = 0
⇒ 2x2 − 2y 2 = 0 ⇒ y = ±x.
2 2 2
−2y − 2x y − 4xy = 0
Se y=x voltando na primeira equação temos,
x = 0
3
2x + 2x + 4x = 0 ⇒ ou ⇒ x = 0 ⇒ P1 (0, 0).
2
x +3 = 0
Se y = −x voltando na primeira equação temos,
x = 0 x = 0
3 P2 (1, −1)
2x + 2x − 4x = 0 ⇒ ou ⇒ ou ⇒ .
2 P3 (−1, 1)
x −1 = 0 x = ±1
Portanto, temos três pontos
ríti
os P1 (0, 0), P2 (1, −1) e P3 (−1, 1). Usaremos o teste da
segunda derivada para
lassi
á-los. Temos que
∂ 2 f (x,y) ∂ 2 f (x,y)
∂x2 ∂y∂x 2 + 2y 2 4xy + 4
∆(x, y) = =
∂ 2 f (x,y) ∂ 2 f (x,y) 4xy + 4 2 + 2x2
∂x∂y ∂y 2
= 4(1 + y )(1 + x ) − 16(xy + 1) = 4 + 4x2 + 4y 2 + 4x2 y 2 − 16xy − 16
2 2
e
∂ 2 f (x, y)
Θ(x, y) = 2
= 2 + 2y 2.
∂x
Apli
ando nos pontos
ríti
os, obtemos:
∆(0, 0) = −12 < 0 ⇒ P1 (0, 0) é um ponto de sela de f (x, y).
∆(1, −1) = 16 > 0 Θ(1, −1) = 4 > 0 ⇒ P2 (1, −1) é ponto de mínimo de f (x, y).
e
∆(−1, 1) = 16 > 0 e Θ(−1, 1) = 4 > 0 ⇒ P3 (−1, 1) é ponto de mínimo de f (x, y).
Assim os
andidatos a para o ponto Q são: P2 (1, −1, 1), e P3 (−1, 1, 1). Substituindo na
expressão da distân
ia ao quadrado obtemos:
106
2.11 Derivadas de Funções Implí
itas
Seja y
= y(x) uma função denida impli
itamente pela equação F (x, y) = 0. Por exemplo,
x + y − 9 = 0 ou x2 y 3 + x3 y 2 + xy + x + y − 9 = 0. A equação x2 + y 2 − 9 = 0 pode ser
2 2
x2 y 3 + x3 y 2 + xy + x + y − 9 = 0,
obtendo
dy 2xy 3 + 3x2 y 2 + y + 1
y′ = =− 2 2 . (I )
dx 3x y + 2x3 y + x + 1
Sendo F (x, y) = x2 y 3 + x3 y 2 + xy + x + y − 9, obtemos as derivadas par
iais de F, dadas
por
∂F (x, y)
= 2xy 3 + 3x2 y 2 + y + 1
∂x
e
∂F (x, y)
= 3x2 y 2 + 2x3 y + x + 1.
∂y
Observando estes resultados e
omparando
om (I), podemos es
rever a fórmula
∂F (x, y)
dy ∂x
=−
dx ∂F (x, y)
∂y
107
Solução: Es
revendo F (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 − 9, obtemos
∂F (x, y, z)
= 2x,
∂x
∂F (x, y, z)
= 2y,
∂y
∂F (x, y, z)
= 2z.
∂y
Agora, substituindo
onvenientemente na fórmula a
ima, en
ontramos
∂F
∂z 2x x x
= − ∂x = − = − = −p ,
∂x ∂F 2z z 9 − (x2 + y 2 )
∂z
∂F
∂y 2x x x
= − ∂x = − = − = −p ,
∂x ∂F 2y y 9 − (x2 + z 2 )
∂y
∂F
∂x 2z z z
= − ∂z = − = − = −p .
∂z ∂F 2x x 9 − (y 2 + z 2 )
∂x
x z
EXEMPLO 2.11.2 Uma função z(x, y) é dada impli
itamente por uma equação do tipo F , =
y x2
∂F
0, onde F (u, v) é uma função diferen
iável tal que 6= 0. Mostre que z satisfaz a equação
∂v
∂z ∂z
diferen
ial par
ial x + y = 2z.
∂x ∂y
Resolução: Como z depende impli
itamente de x e y, devemos utilizar a expressão para
derivação implí
ita
∂F ∂F
∂z ∂z ∂y
= − ∂x e =−
∂x ∂F ∂y ∂F
∂z ∂z
x z
Agora, para obter as derivadas de F, denimos u= ev= 2 e utilizamos a regra da
y x
adeia para obter
∂F ∂F ∂u ∂F ∂v ∂F 1 ∂F −2z 1 ∂F 2z ∂F
= + = + 3
= − 3 ,
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x ∂u y ∂v x y ∂u x ∂v
∂F ∂F ∂u ∂F ∂v ∂F ∂F 1 1 ∂F
= + = .0 + 2
= 2 ,
∂z ∂u ∂z ∂v ∂z ∂u ∂v x x ∂v
∂F ∂F ∂u ∂F ∂v ∂F −x ∂F −x ∂F
= + = + .0 = 2 .
∂y ∂u ∂y ∂v ∂y ∂u y2 ∂v y ∂u
108
Portanto, substituindo nas derivadas implí
itas de z, obtemos
∂F 1 ∂F 2z ∂F ∂F
− 3
∂z ∂x y ∂u x ∂v x2 ∂u + 2z
=− =− =−
∂x ∂F 1 ∂F y ∂F x
∂z x2 ∂v ∂v
e
∂F −x ∂F ∂F
3
∂z ∂y 2
y ∂u x
=− =− = 2 ∂u .
∂y ∂F 1 ∂F y ∂F
∂z 2
x ∂v ∂v
Portanto, substituindo na equação dada, temos
∂F ∂F ∂F ∂F
∂z ∂z x2 2z x3 ∂u −x3 x3
x +y = x − ∂u + + y 2 = ∂u + 2z + ∂u = 2z.
∂x ∂y y ∂F x y ∂F y ∂F y ∂F
∂v ∂v ∂v ∂v
109
2.12 Exer
í
ios Gerais
1. Determine, des
reva e represente geometri
amente o domínio das funções abaixo:
√
xy − 5 x+y+1
(a) f (x, y) = p ; (b) f (x, y) = ;
2 y − x2 x−1
√ p
(
) f (x, y) = x ln(y 2 − x); (d) f (x, y) = y − x − 1 − y;
s
2x2 − y
(e) f (x, y) = ; (f ) f (x, y, z) = ln(16 − x2 − y 2 − 4z 2 ).
4 − x2 − y 2
6. Em
ada exer
í
io abaixo verique se lim f (x, y) existe. Justique a sua resposta.
(x,y)→(0,0)
x2 x2 y 2 x3 + y 3
(a) f (x, y) = (b) f (x, y) = (c) f (x, y) =
x2 + y 2 x2 + y 2 x2 + y 2
x2 + y x2 + y 3 x−y
(d) f (x, y) = (e) f (x, y) = (f ) f (x, y) =
x2 + y 2 x2 + y 2 x+y
7. Cal
ule, se possível, o valor dos limites abaixo. Justique a sua resposta.
(x + y + z − 3)5 x2 y 2 z 2
(c) lim (d) lim
(x,y,z)→(2,1,0) (x − 2)(y − 1)z 3 (x,y,z)→(0,0,0) x6 + y 6 + z 6
8. Cal
ule o valor dos seguintes limites usando as propriedades:
sin(x2 + y 2)
(b) lim ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
cos(x2 + y 2) − 1
(
) lim ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
s
x2 − 2
(d) lim√ ;
(x,y)→( 2,1) x2 y + x2 − 2y − 2
x+y−1
(e) lim √ √ ;
(x,y)→(0,1) x− 1−y
110
(f ) lim (x2 + y 2 ) ln(x2 + y 2);
(x,y)→(0,0)
(x − y)g(x, y) 1
lim 2 2
+ cos(x − y) = .
(x,y)→(4,4) x −y 2
10. Se lim {xf (x, y) + ey−x [ln(x2 − y 2 ) − ln(x − y)]} = ln 2, determine o valor de
(x,y)→(1,1)
lim f (x, y).
(x,y)→(1,1)
11. Em
ada item verique se a função f é
ontínua, justi
ando sua resposta.
p 2xy , se (x, y) 6= (0, 0)
(a) f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
(x + y + z + 1)2
, se (x, y, z) 6= (1, 0, −2)
(b) f (x, y, z) = (x − 1)2 + y 4 + (z + 2)2
1, se (x, y, z) = (1, 0, −2)
x + y , se (x, y) 6= (0, 0)
(
) f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0)
5xy 2 − 3x2 y
, se (x, y) 6= (0, 0)
(d) f (x, y) = 2x2 + y 4
0, se (x, y) = (0, 0)
x2 y 2
, se (x, y) 6= (0, 0)
(e) f (x, y) = x2 + y 4
0, se (x, y) = (0, 0)
xy − 2x
, se (x, y) 6= (−1, 2)
(f ) f (x, y) = 2 2
x + y + 2x − 4y + 5 .
0, se (x, y) = (−1, 2)
3y 4(x + 1)4
, se (x, y) 6= (−1, 0)
(g) f (x, y) = (y 4 + x2 + 2x + 1)3
0, se (x, y) = (−1, 0)
5x2 (y − 2)
, se (x, y) 6= (0, 2)
12. Determine se a função f (x, y) = x2 + y 2 − 4y + 4 é
ontí-
b, se (x, y) = (0, 2)
nua em (0, 2) para algum valor de b ∈ R. Justique sua resposta
om argumentos
onsistentes, expli
itando o valor de b e uma relação entre ε e δ, se for o
aso.
111
2
x + 3x2 y + y 2
, se (x, y) 6= (0, 0)
13. Determine se a função f (x, y) = 2x2 + 2y 2 é
ontínua
b, se (x, y) = (0, 0)
na origem para algum valor de b ∈ R. Justique sua resposta
om argumentos
onsis-
tentes, expli
itando o valor de b e uma relação entre ε e δ, se for o
aso.
(x − 3)(y + 2)(z − 1)2
, se (x, y, z) 6= (3, −2, 1)
14. Determine se a função f (x, y, z) = (2x + y − 3z − 1)4
b, se (x, y, z) = (3, −2, 1)
é
ontínua em (3, −2, 1) para algum valor de b. Justique sua resposta
om argumentos
onsistentes.
15. Utilize argumentos
onsistentes para
al
ular, se existir, o valor de f (0, 0), onde f :
R2 → R é uma função
ontínua dada por
x2 − y 2
f (x, y) = 1 + xy se (x, y) 6= (0, 0).
x2 + y 2
16. Es
reva as funções abaixo na forma de funções
omposta e en
ontre as derivadas par-
iais em relação a x e y.
√
2
(a) z = ln x2 e2y + x2 e−2y (b) z = ln (ex+y )2 + x2 + y
q
(c) z = x2 cos2 y + 2x2 sin y cos y + x2 sin2 y (d) z = x + y 2 + (x2 e−2y )3
−z
24. Determine uma equação para o plano que é tangente à superfí
ie −2x2 + y 2 = , no
2
ponto P (−1, 1, 2).
112
25. En
ontre a equação do plano tangente à superfí
ie −12x2 + 3y 2 − z = 0, no ponto
P (1, 4, 36).
26. En
ontre um ponto da superfí
ie z = 3x2 − y 2 onde seu plano tangente é paralelo ao
plano 6x + 4y − z = 5.
29. Determine a equação do plano π que passa pelos pontos (1, 1, 2) e (−1, 1, 1) e que seja
tangente ao grá
o de f (x, y) = xy.
113
38. Sejaw = f (x2 − at) + g(x + at2 ), onde f e g são funções diferen
iáveis e a ∈ R. Cal
ule
∂ w ∂2w
2
e .
∂t2 ∂x2
39. Seja w = f (u)+g(v) uma função diferen
iável, onde u(x, t) = x2 +t2 e v(x, t) = x2 −t2 .
Mostre que
∂2w ∂2w df d2 f d2 g
2
+ 2 = 4 + 4(x2 + t2 ) + .
∂x ∂t du du2 dv 2
40. Seja w = f (x, y) uma função diferen
iável, onde x(r, θ) = r cos θ e y(r, θ) = r sin θ.
Mostre que
2 2 2 2
∂w 1 ∂w ∂w ∂w
+ 2 = + .
∂r r ∂θ ∂x ∂y
∂f
41. Considere a função g(t) = t · (2t, t3 ), em que f (x, y) é uma função de duas variáveis
∂y
om derivadas par
iais de primeira e segunda ordem
ontínuas. Determine g ′(t).
42. Sejam f (u, v) uma função de duas variáveis diferen
iável e F (x, y) uma função de duas
variáveis denida por
F (x, y) = f (sin x, cos y).
∂f ∂f ∂F ∂F
Sabendo que (0, 1) = (0, 1) = 2,
al
ule (0, 0) e (0, 0).
∂u ∂v ∂x ∂y
43. Sejam f (u, v) e g(x, y) funções de duas variáveis que admitem derivadas par
iais de
√ p ∂f
primeira ordem. Se g(x, y) = f ( x3 + ln(y) + 1, cos(x) + y 2 + 3), (1, 3) = 6 e
∂u
∂f
(1, 3) = 2, determine a equação do plano tangente a superfí
ie z = g(x, y) no ponto
∂v
(0, 1, 10).
44. A areia é derramada num monte
ni
o na velo
idade de 4 m3 por minuto. Num dado
instante, o monte tem 6 m de diâmetro e 5m de altura. Qual a taxa de aumento
da altura nesse instante, se o diâmetro aumenta na velo
idade de 2 centı́metros por
minuto?
E
45. A resistên
ia R, em ohms, de um
ir
uíto é dada por
I
R =
, onde I é a
orrente
em amperes e E é a força eletromoriz em volts. Num instante, quando E = 120V e
I = 15A, E aumenta numa de velo
idade 0, 1V /s e I diminui à velo
idade de 0, 05A/s.
En
ontre a taxa de variação instantânea de R.
47. Um reservatório de areia tem o formato de uma pirâmide invertida de base quadrada.
3
A taxa de vazão da areia deste reservatório diminui a uma velo
idade de 40π cm /min.
Esta areia forma no
hão um monte
ni
o. O volume total de areia no reservatório
3
era 243π cm . Determine a velo
idade
om que aumenta a altura do
one quando um
114
terço da areia já
aiu do reservatório. Sabendo que neste instante a altura do monte é
3 cm e o raio aumenta uma taxa de 0, 3 cm/min.
(a) Qual deverá ser a variação na resistên
ia para que a energia
onsumida nesse resistor
que prati
amente inalterada quando a voltagem sofrer um de
rés
imo de 0, 2 volts?
(b) Se esse resistor
onsumir 3% a mais que a energia desejada quando sua resistên
ia
for 1% menor que a desejada, qual será a variação per
entual da sua voltagem?
π
Num dado instante temos que x = 40
m, y = 50
m e θ= rad.
6
(a) Se o
omprimento x e o ângulo θ aumentam a uma taxa de 3
m/s e 0.05rad/s,
respe
tivamente, e o
omprimento y diminui a uma taxa de 2
m/s, determine a
taxa de variação da área deste triângulo em relação ao tempo.
(b) Suponha que ao realizar a medida dos
omprimentos dos lados, x e y, e do ângulo,
θ, foi
ometido um erro. Em relação a qual destas variáveis o valor da área é mais
sensível? Justique sua resposta usando diferen
iais.
51. O ângulo
entral de um setor
ir
ular é 80◦ e o raio desse setor é 20 cm. Qual deverá ser o
a
rés
imo a ser dado no raio para que a área deste setor
ir
ular que aproximadamente
◦
inalterada quando o ângulo
entral sofrer um de
rés
imo de 1 ?
53. A fórmula do tamanho do lote de Wilson em e
onomia diz que a quantidade mais
q
2KM
e
onmi
a Q de produtos para uma loja pedir é dada pela fórmula Q= h
, onde
K é o
usto do pedido, M é o número de itens vendidos por semana e h é o
usto
semanal de manutenção de
ada item. Se K = 2, M = 20 e h = 0, 05, determine:
115
(b) a variação do número de itens vendidos por semana se Q e K aumentam 10% e
o
usto semanal de manutenção de
ada item permane
e
onstante.
54. Um pintor
obra R$12, 00 por m2 para pintar as 4 paredes e o teto de uma sala. Se as
medidas do teto são 12m e 15m e altura 3m,
om um erro de até 0, 05m em todas as
dimensões. Aproxime o erro, usando a diferen
ial, na estimativa do
usto do trabalho,
a partir dessas medidas.
V2
55. A energia
onsumida num resistor elétri
o é dada por
R
P =
watts. Se V = 120 volts
e R = 12 ohms,
al
ular através da diferen
ial um valor aproximado para a variação
de energia quando V de
res
e de 0, 001V e R aumenta de 0, 02 ohms.
56. Um material está sendo es
oado de um re
ipiente, formando uma pilha
ni
a. Num
dado instante, o raio da base é de 12
m e a altura é 8
m . Obtenha uma aproximação
da variação do volume, se o raio varia para 12, 5
m e a altura para 7, 8
m. Compare
o resultado da variação obtida
om a variação exata do volume.
57. Um funil
ni
o (sem tampa) de dimensões h=4m e r=3m será
onstruído para
auxiliar o armazenamento de grãos. Sabendo que o material utilizado na
onstrução
2
desse funil
usta R$ 150, 00 por m . Usando diferen
ial, responda qual será o a
rés
imo
de
usto na
onstrução desse funil se aumentarmos seu raio em 5% e sua altura 3%.
(a) Se um engenheiro de
ontrole de qualidade pre
isa assegurar que essas embalagens
tenham o volume
orreto, ele deverá se preo
upar mais
om variações no raio ou
na altura? Justique sua resposta
om argumentos usando diferen
iais.
(b) Se o
usto de fabri
ação destas embalagens for de 20
entavos por cm2 , obtenha
uma estimativa para o a
rés
imo (ou de
rés
imo) no
usto ao fabri
ar-se emba-
lagens
om altura 2% maior e raio 3% menor em relação ao original.
116
x+y−1
62. Considere a função de duas variáveis dada por f (x, y) = √ √ .
x− 1−y
(a) Determine e represente geometri
amente o domínio de f (x, y).
(b) Usando as propriedades de limite
al
ule lim f (x, y).
(x,y)→(4,−3)
(a) a equação do plano tangente a esta superfí
ie no ponto P (3, −2, 9);
(b) a
lassi
ação do ponto P (3, −2, 9), se possível,
omo extremo da superfí
ie.
1 5
64. Determine os pontos
ríti
os da função f (x, y) = 2 ln(x2 y) + x4 − x2 − y + 5 e
4 2
lassique-os, se possível,
omo pontos de máximo, mínimo ou de sela.
3
65. Uma
aixa retangular tem volume 20 m . O material usado nas laterais
usta R$ 1,00
por metro quadrado, o material usado o fundo
usta R$ 2,00 por metro quadrado e o
material usado na tampa
usta R$ 3,00 por metro quadrado. Quais as dimensões da
aixa para que o
usto de
onfeção seja mínimo?
66. Sejam A(0, 0), B(4, 0) e C(3, 3) os vérti
es de um triângulo. En
ontre o ponto P (x, y)
tal que a soma dos quadrados das distân
ias do ponto P aos vérti
es seja a menor
possível.
67. Determine as dimensões relativas de uma
aixa retangular sem tampa que possua uma
2
área total de 300 cm e que
omporte o máximo possível de volume.
68. Uma empresa de embalagem ne
essita fabri
ar
aixas retangulares de 128 cm3 de vo-
lume. Se o material da parte lateral
usta a metade do material a ser usado para a
tampa e para o fundo da
aixa, determinar as dimensões da
aixa que minimizam o
seu
usto de produção.
69. Uma
aixa retangular é
olo
ada no primeiro o
tante,
om um dos seus vérti
es na
origem e três de suas fa
es
oin
idindo
om os três planos
oordenados. O vérti
e
oposto à origem está situado no plano de equação 3x + 2y + z = 6. Qual é o volume
máximo possível de tal
aixa? Quais serão as suas dimensões?
70. Uma
erta indústria produz dois tipos de ligas metáli
as. O
usto total da produção
2 2
dessas ligas é expresso pela função C(x, y) = x + 100x + y − xy e a re
eita total
2
obtida
om a vendas dessas ligas é dada pela função R(x, y) = 100x − x + 2000y + xy,
onde x e y representam a quantidade de toneladas de
ada uma das ligas. Determine
o nível de produção que maximiza o lu
ro dessa indústria.
71. Determinada empresa produz 2 produtos
ujas quantidades são indi
adas por x e
y. Tais produtos são ofere
idos ao mer
ado
onsumidor a preços unitários p1 e p2 ,
respe
tivamente, que dependem de x e y
onforme equações p1 = 120 − 2x e p2 =
200−y. O
usto total da empresa para produzir e vender quantidades x e y dos produtos
2 2
é dado por C = x + 2y + 2xy. Admitindo que toda a produção seja absorvida pelo
mer
ado, determine a produção que maximiza o lu
ro.
117
72. Uma loja vende dois tipos de
asa
os A e B. A
usta R$ 40,00 e o
asa
o B
O
asa
o
usta R$ 50,00. Seja x o preço de venda do
asa
o A e y o preço de venda do
asa
o
B. O total de vendas feito pela loja foi de (3200 − 50x + 25y) unidades do
asa
o A
e (25x − 25y) unidades do
asa
o B. En
ontre os valores de x e y para que o lu
ro
obtido pela loja seja o maior possível.
2 2 2
74. Suponha que a temperatura em um ponto qualquer da esfera x + y + z = 4 seja
2
dada, em graus, por T (x, y, z) = xyz . Em quais pontos desta esfera a temperatura é
máxima? Em quais pontos da esfera a temperatura é mímima?
75. Determine o valor máximo para a soma dos
ossenos dos ângulos internos de um
triângulo.
76. Determine a equação do plano que é tangente a superfí
ie denida impli
itamente por
z 3 − (x2 + y 2)z + 2 = 0 no ponto P (1, 2, 2).
77. Sabe-se que a equação x2 + z 3 − z − xy sin z = 1 dene impli
itamente uma função
z = f (x, y)
ujo grá
o passa pelo ponto P (1, 1, 0). Determine a equação do plano
tangente ao grá
o de f no ponto P.
78. Seja y = y(x) uma função denida impli
itamente por x = F (u, v), onde F é dife-
dy
ren
iável, u = x2 + y e v = y2. Determine em função de x, y e das derivadas de
dx
F.
79. Seja z = z(x, y) uma função denida impli
itamente por F (xy, z) = 0, onde F é uma
∂z ∂z
função diferen
iável. Mostre que x −y = 0.
∂x ∂y
118
2.13 Respostas
1. (a) Todos os pontos do plano xy a
ima (ou no interior) do grá
o de y = x2 .
(b) Todos os pontos do plano xy à direita (ou a
ima) e sobre a reta y = −1 − x
ex
luindo a reta x = 1.
(
) Todos os pontos do plano xy à esquerda (ou no exterior) do grá
o de x = y 2.
(d) Todos os pontos do plano xy que estão abaixo da reta y =1 e à esquerda (ou
a
ima) da reta y = x.
2 2
(e) Todos os pontos do plano xy
que estão no interior da
ir
unferên
ia x + y = 4
2
e abaixo ou sobre o grá
o de y = 2x ou todos os pontos que estão no exterior
2 2 2
de x + y = 4 e a
ima ou sobre o grá
o de y = 2x .
x2 y2 z2
(f ) Todos os pontos (x, y, z) que estão no interior do elipsóide + + = 1.
16 16 4
2. .
(a) esf era de raio 5 (b) hiperbolóide de uma f olha
(c) plano (d) cone circular
1 1
3. As
urvas de nível são
ir
unferên
ias de raio 2, 2
e , respe
tivamente.
3
ε ε
5. (a) δ = (b) δ =
5 6
6. . √ ε
(a) não existe (b) L = 0, com δ = ε (c) L = 0, com δ = 2
(d) não existe (e) não existe (f ) não existe
Também pode-se justi
ar os itens (b) e (
) usando a Proposição 2.3.14.
8. .
(a) ln 4 (b) 1 (c) 0
√
2
(d) 2
(e) 0 (f ) 0
1
(g) 32 (h) − π
9. lim g(x, y) = −4
(x,y)→(4,4)
11. .
ε
(a) contı́nua, com δ = 2
(b) descontı́nua
119
ε
12. f é
ontínua para b=0 e, neste
aso, δ= .
5
1 2ε
13. f é
ontínua para b= 2
e, neste
aso, δ=
3
14. f é sempre des
ontínua, independente do valor de b.
√
15. f (0, 0) = 1. Justi
a-se pela denição,
om δ= ε ou usando a Proposição 2.3.14.
16. .
∂z 1 ∂z e2y − e−2y
(a) = e = 2y
∂x x ∂y e + e−2y
2 2
∂z 2(e2(x+y ) + x) ∂z 4ye2(x+y ) + 1
(b) = 2(x+y2 ) e = 2(x+y2 )
∂x e + x2 + y ∂y e + x2 + y
∂z ∂z
(c) = 2x(1 + sin(2y)) e = 2x2 cos(2y)
∂x ∂y
∂f 2x + 2 + 2xy 2 ∂f 2y + 2x2 y
(b) = =
∂x 3(x2 + y 2 + 2x + x2 y 2) ∂y 3(x2 + y 2 + 2x + x2 y 2)
18. Basta derivar e substituir na equação diferen
ial dada.
20. Basta tomar as derivadas par iais de segunda ordem de z e substituir na equação dada.
22. Basta tomar as segundas derivadas par iais de u e substituir na equação dada.
23. .
∂3f ∂3f ∂3f
= 6y 4 z 5 = 24x2 yz 5 − xz 3 cos yz = 60x3 y 4z 2 − xy 3 cos yz
∂x3 ∂y 3 ∂z 3
120
28. Basta obter a equação do plano tangente num ponto P (a, b, f (a, b)) qualquer e mostrar
que a origem satisfaz sua equação.
29. x + 6y − 2z − 3 = 0
x2 y 2
32. (a) Os pontos do plano xy que estão no interior ou sobre a elipse + = 1;
4 9
y√ = 2
(b) 9
z− 11 = − 11 (x − 1)
√
33. k=0 e k = − 12
y−x z−y
36. Chame u = , v = e utilize a regra da
adeia para mostrar que a soma
xy yz
desejada é zero.
y x
37. Utilize a regra do produto juntamente
om a regra da
adeia,
om u= , v = e
x z
z
t= .
x
38. Se u = x2 − at e v = x + at2 obtém-se, pela regra da
adeia e do produto:
∂2w 2
2d f df d2 g ∂2w 2
2 2d g dg 2
2d f
= 4x + 2 + = 4a t + 2a + a .
∂x2 du2 du dv 2 ∂t2 dv 2 dv du2
39. Utilize regra da adeia e regra do produto para obter as derivas segundas.
∂f ∂2f ∂2f
41. g ′(t) = (2t, t3 ) + 2t · (2t, t3 ) + 3t3 2 (2t, t3 ).
∂y ∂x∂y ∂y
∂F ∂F
42. (0, 0) = 2 e (0, 0) = 0.
∂x ∂y
43. 7y − z + 3 = 0
dh
44. ≃ 0, 39m/min
dt
dR 1
45. = ohms por segundo
dt 30
dV
46. =3 volts por segundo
dt
121
47. 1, 28
m/min
48. 0, 4
51. 0, 125 m
54. dC = 55, 8
55. dP = −2, 02
57. dC = 616, 38
58. dV = 100, 4 m3
59. (a) O engenheiro deve dar maior atenção à variações no raio, pois o volume é 10 vezes
mais sensível à variaões no raio do que à variações na altura.
44
(b)
135
2447
(
)
350
y22 2
61. (a) Df = {(x, y) ∈ R / x + ≥ 1}, ou seja, os pontos no exterior e sobre a elipse
9
2
2 y
de equação x + =1
9
(b) 4,06
( ) 5,02
64. P1 (−2, 2) e P2 (2, 2) são pontos de sela e P3 (−1, 2) e P4 (1, 2) são pontos de máximo.
65. x = 2, y = 2, z = 5
122
7
66. x= 3
e y=1
67. x = y = 10, z = 5
68. x = y = 4, z = 8
69. x = 23 , y = 1, z = 2, V = 4
3
71. x = 10, y = 30
72. x = 84, y = 89
73. x = 43 , y = − 11
3
, z= 22
3
√ √
74. A temperatura é máxima em
√ √ (1, 1, ± 2) e (−1, −1, ± 2) e a temperatura mínima em
(−1, 1, ± 2) e (1, −1, ± 2). Note, no entanto, que existem ainda outros 5 pontos de
sela.
3
75.
2
76. −4x − 8y + 7z + 6 = 0
77. z = x−1
∂F
dy 1 − 2x
78. = ∂u
dx ∂F ∂F
+ 2y
∂u ∂v
79. Utilize derivação implí
ita e regra da
adeia.
123
Capítulo 3
INTEGRAIS DUPLAS
Objetivos (ao nal do apítulo espera-se que o aluno seja apaz de):
A prova será
omposta por questões que possibilitam veri
ar se os objetivos foram atin-
gidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formulação
das questões é o modelo adotado na formulação dos exer
í
ios e no desenvolvimento teóri
o
desse
apítulo, nessa apostila.
124
3.1 Introdução
No estudo das funções de várias variáveis, ao
al
ularmos derivadas par
iais es
olhíamos
uma das variáveis independentes para derivar f em relação a ela e admitíamos que as demais
eram
onstantes. O mesmo pro
edimento será adotado para integração múltipla. Antes de
estudarmos a integração múltipla propriamente dita vamos ver alguns exemplos.
Porém, nesse
aso, a
onstante C é uma função de y. Pode ser por exemplo, C (y) =
3
ay + by 2 + cy + 3 e uma das primitivas de f será
F (x, y) = 4x3 y 3 + ay 3 + by 2 + cy + 3.
Note que
∂F (x, y)
= 12x2 y 3.
∂x
EXEMPLO 3.1.2 En
ontre a primitiva da função f (x, y) = 12x2 y 3 em relação a y.
Solução: Agora vamos admitir x
omo
onstante e integrar em relação a y. Portanto,
Z
12x2 y 3 dy = 3x2 y 4 + K.
Nesse
aso, a
onstante K é uma função de x. Pode ser por exemplo, K (x) = ax3 + bx2 +
cx + 3 e uma outra primitiva de f (x, y) = 12x y será F (x, y) = 3x2 y 4 + ax3 + bx2 + cx + 3.
2 3
Note que
∂F (x, y)
= 12x2 y 3.
∂y
Z x+1
EXEMPLO 3.1.3 En
ontre o valor da expressão 24xydy .
x
Z x+1
x+1
24xydy = 12xy 2 = 12x (x + 1)2 − 12x (x)2
x
x
= 12x3 + 24x2 + 12x − 12x3 = 24x2 + 12x.
Z
R x+1 x+1
Como podemos observar
x
24xydy é uma função de x, ou seja, F (x) = 24xydy =
x
24x2 + 12x.
Z 2 Z x+1
EXEMPLO 3.1.4 En
ontre o valor numéri
o de F (x) dx onde F (x) = 24xydy.
1 x
125
Solução: No exemplo anterior vimos que
Z x+1
F (x) = 24xydy = 24x2 + 12x.
x
Z Z 2
2 2
F (x) dx = 24x2 + 12x dx = 8x3 + 6x2
1 1
1
3 2 3 2
= 8(2) + 6 (2) − 8 (1) + 6 (1) = 74.
Z 2 Z 2 Z x+1
F (x) dx = 24xydy dx
1 1 x
ou simplesmente
Z 2 Z 2 Z x+1
F (x) dx = 24xydydx.
1 1 x
Dessa forma, obtemos um exemplo de integral dupla. Note que a variável dependente é
a primeira a ser integrada e a variável independente a última. O pro
esso de solução é dado
abaixo.
Z 2 Z x+1 Z 2 Z y=x+1
24xydydx = 24xydy dx
1 x 1 y=x
y=x+1
Z 2
2 dx
= 12xy
1
y=x
Z 2
= 24x2 + 12x dx
1
2
3 2
= 8x + 6x = 74.
1
Z 4 Z 3x √
EXEMPLO 3.1.5 En
ontre o valor da integral I = 3 16 − x2 dydx.
0 x
Solução: Apli
ando o Teorema Fundamental do Cál
ulo primeiro integrando em relação a
y e depois em relação a x.
Z Z 3x Z
4 3x √ 4 √
2 2
3 16 − x dydx = 3 16 − x y dx
0 x 0
x
Z 4 √
= 3 16 − x2 (3x − x) dx
0
Z q 4
√ 4
= 6x 16 − x2 dx = −2 (16 − x2 )3
0
0
q q
= −2 (16 − 42 )3 + 2 (16 − 02 )3 = 128.
126
3.2 Interpretação Geométri
a da Integral Dupla
A denição de integral dupla
omporta uma interpretação geométri
a semelhante à de-
nição de integral denida simples, asso
iando-a ao problema de
ál
ulo de um volume (ver
Figura 3.1) da mesma forma que a integral denida é asso
iada ao
ál
ulo de área. Assim,
a denição formal da integral dupla envolve a soma de muitos volumes elementares, isto é,
diferen
iais de volume,
om a nalidade de obter-se o volume total após estas somas.
127
Figura 3.3: Volume aproximado
Assim, a integral dupla de uma função f denida numa região R é dada por
ZZ n
X
f (x, y) dxdy = lim f (xi , yi ) Ai ,
|P |→0
R i=1
desde que este limite exista (note que a soma a ima é uma soma de Riemann).
base é a região plana R e
uja altura é dada por z = f (x, y) = 1. Como o volume de um
ilindro é dado pelo produto de sua base pela altura, temos neste
aso, que V = AR , ou seja,
a área da região R é dada por ZZ
AR = dxdy.
R
128
Figura 3.4: Região de Integração do Exemplo 3.3.1
Limitantes de Integração
Curvas Funções
urva à esquerda x=0
urva à direita x=1
urva inferior y = x2
√
urva superior y= x
As
urvas à esquerda e à direita são os limitantes que
ompõe o primeiro símbolo de
integração e as
urvas inferior e superior o segundo. Assim,
ZZ Z Z √ Z 2y=√x
1 x 1
24xydxdy = 24xydydx = 12xy dx
0 x2 0 2
R y=x
Z 1 Z 1
= 12x(x − x4 )dx = 12x2 − 12x5 dx
0 0
1
= 4x3 − 2x6 = 2.
0
O
ál
ulo da integral no Exemplo 3.3.1 foi desenvolvido tomando x
omo variável inde-
pendente. Vamos re
al
ular esta integral tomando agora y
omo variável independente.
Primeiramente obteremos a tabela de limitantes da região da Figura 3.4, tomando y
omo
variável independente.
Curvas Funções
urva à esquerda y=0
urva à direita y=1
urva inferior x = y2
√
urva superior x= y
129
A
urvas à esquerda e à direita são os limitantes do primeiro símbolo de integração e as
urvas inferior e superior do segundo. Assim,
ZZ Z Z √ Z x=√y
1 y 1
2
24xydxdy = 24xydxdy = 12yx dy
0 y2 0 2
R x=y
Z 1 Z 1
= 12y(y − y 4 )dy = 12y 2 − 12y 5 dy
0 0
1
3 6
= 4y − 2y = 2.
0
Muitas vezes a região de integração não é delimitada apenas por quatro
urvas. Nesse
aso, a es
olha da variável independente adequada pode diminuir o trabalho durante o pro-
esso de integração. Vejamos um exemplo.
RR
EXEMPLO 3.3.2 En
ontrar o valor da integral dxdy, onde R é a região situada no interior
R
da parábola y = x2 e delimitada por y = 6 − x e y = 1, tomando:
(a) x
omo variável independente;
(b) y
omo variável independente.
(a) Tomando x
omo variável independente, vemos que a região de integração deve ser
subdividida em três regiões para que o
ál
ulo possa ser efetivado. Portanto, temos a seguinte
tabela:
130
e a integral dupla será dada por
ZZ ZZ ZZ ZZ
dxdy = dxdy + dxdy + dxdy
R R1 R2 R3
Z −1 Z 6−x Z 1 Z 6−x Z 6−x
= dydx +
dydx + dydx dint21
−3 x2 −1 1 x2
Z −1 6−x Z 1 6−x Z 2 6−x
= y dx + y dx + y dx
−3 2 −1 1 2
1
Z −1 x Z 1 x
Z 2
2
= (6 − x − x )dx + (6 − x − 1) dx + 6 − x − x2 dx
−3 −1 1
22 13 39
= + 10 + = .
3 6 2
(b) Tomando y
omo variável independente, vemos que agora a região de integração pode
ser subdividida em apenas duas sub-regiões para que o
ál
ulo possa ser efetivado. Portanto,
a tabela de limitantes é dada por
EXEMPLO Es
reva a integral que representa a área da região delimitada pelas
urvas
3.3.3
x = y , y − x = 1, y = 1 e y = −1, tomando:
2
131
Figura 3.6: Região de Integração do Exemplo 3.3.3
(b) Tomando y omo variável independente, basta onsiderar uma úni a região:
OBSERVAÇO É pre
iso tomar
uidado
om o uso de simetrias, não é su
iente que
3.3.4
a região seja simétri
a, é pre
iso que a função do integrando, tenha a mesma simetria da
região.
RR
EXEMPLO Cal
ule o valor de I =
3.3.5
R
(x + 2y)dA, sendo R a região delimitada pelas
urvas y = 2x e y = x2 + 1.
2
Solução: Exer
í
io. Observe que se for fazer o uso de simetria o resultado será diferente.
Isso o
orre devido a observação a
ima.
32
Resposta: I = .
15
132
Figura 3.7: Partição em
oordenadas polares
n
X
V ≈ f (rki , θki ) ∆ri ri ∆θi .
i=1
ou seja,
Z β Z r2
V = f (r, θ) rdrdθ.
α r1
Z x2 Z y2 Z β Z r2
f (x, y) dxdy = f (r cos θ, r sin θ) rdrdθ.
x1 y1 α r1
EXEMPLO 3.4.1 Es
reva a integral, em
oordenadas polares, que
al
ula a área sombreada na
Figura 3.8.
133
Figura 3.8: Região de Integração do Exemplo 3.4.1
Z π Z 4 cos θ
3
A= rdrdθ.
0 2
1 π 5π
4 sin θ = 2 ⇒ sin θ = ⇒ θ= ou θ= .
2 6 6
A tabela de limitantes é dada por
Limitantes Equações
ar
o inferior α = π6
ar
o superior β = 5π
6
raio inferior r=2
raio superior r = 4 sin θ
134
Assim, a área da região é dada por
Z Z Z 4 sin θ
r 2
5π 5π
6
4 sin θ 6
A = rdrdθ = dθ
π
2 π 2
6 6 2
Z 5π Z 5π
6 6
= 8 sin2 θ − 2 dθ = (2 − 4 cos(2θ))dθ
π π
6 6
5π
6
= (2θ − 2 sin(2θ))
π
6
10π 10π 2π 2π 4 √
= − 2 sin − − 2 sin = π + 2 3.
6 6 6 6 3
Z π Z 2
2
Transforme a integral dupla I = 5er drdθ de
oordenadas po-
2
EXEMPLO 3.4.3
2
0 cos θ+2 sin θ
lares para
oordenadas
artesianas, utilizando:
(a) x
omo variável independente; (b) y
omo variável independente.
Solução: Dos limitantes de integração, temos que θ ∈ [0, π2 ], o que nos indi
a que a região
de integração está situada no primeiro quadrante do plano xy. Temos também que r ∈
2
[ cos θ+2 sin θ
, 2] o que nos diz que o raio polar varia desde a reta x + 2y = 2 até a
ir
unferên
ia
2 2
x + y = 4. Assim, obtemos a região de integração mostrada na Figura 3.10.
2 2 2
r2 5er 5ex +y
5e drdθ = rdrdθ = p dydx.
r x2 + y 2
Portanto,
(a) Tomando x
omo variável independente temos
Z Z √
2 4−x2 2 2
5ex +y
I= p dydx.
0 2−x
2
x2 + y 2
(b) Tomando y
omo variável independente, é ne
essário uma soma de integrais, já que
o
orre uma tro
a de limitação para x, isto é
Z 1 Z √4−y2 2 2 Z 2 Z √4−y2 2 2
5ex +y 5ex +y
I= p dxdy + p dxdy.
0 2−2y x2 + y 2 1 0 x2 + y 2
135
Z 9 Z 3
EXEMPLO 3.4.4 Considere a expressão I = √
y 2 cos(x7 )dxdy.
0 y
(a) Inverta a ordem de integração de I, ou seja, rees
reva esta expressão tomando x
omo
variável independente.
(b) Rees
reva esta expressão usando
oordenadas polares.
(
) Cal
ule o valor numéri
o de I, utilizando uma das expressões anteriores.
Solução:
√
Ini
ialmente, devemos esboçar a região de integração de I. Como y ∈ [0, 9] e
x ∈ [ y, 3] obtemos a região representada na Figura 3.11.
(a) Para inverter a ordem de integração, é ne
essário tomar x
omo variável independente.
A partir da Figura 3.11 podemos fa
ilmente notar que x ∈ [0, 3] e y ∈ [0, x2 ]. Assim
Z 3 Z x2
I= y 2 cos(x7 )dydx.
0 0
(b) Para transformar I para
oordenadas polares,
omeçamos transformando as
urvas que
delimitam a região de integração
sin θ
y = x2 ⇒ r sin θ = r 2 cos2 θ ⇒ r = = tan θ sec θ
cos2 θ
3
x = 3 ⇒ r cos θ = 3 ⇒ r = = 3 sec θ.
cos θ
Na interseção destas
urvas (x =3 e y = 9), temos que
tan θ = 3 ⇒ θ = arctan 3.
Como a região de integração está situada no primeiro quadrante do plano xy, temos
que θ ∈ [0, arctan 3]. E
omo o raio polar varia desde a parábola até a reta, temos que
r ∈ [tan θ sec θ, sec θ]. Lembrando que, em
oordenadas polares, temos x = r cos θ, y = r sin θ
e dxdy = rdrdθ, obtemos que
Z arctan 3 Z 3 sec θ
I= r 3 sin2 θ cos(r 7 cos7 θ)drdθ.
0 tan θ sec θ
(
) Para
al
ular o valor numéri
o de I, devemos optar por sua melhor expressão. Analisando
as três expressões disponíveis, per
ebemos que a integral do item (a) é a mais simples de ser
136
resolvida. Portanto, temos que
Z Z Z x2
3 x2 3
y 3
2 7 7
I = y cos(x )dydx = cos(x ) dx
0 0 0 3
0
Z 3
3
x6 1 1
= cos(x7 )dx = sin(x7 ) = sin(2187).
0 3 21 21
0
137
3.5 Exer
í
ios Gerais
1. Cal
ule as integrais duplas dadas abaixo:
Z 1 Z 3x+1 Z 1 Z 3y+1 Z 4 Z 1
2
(a) xydydx (b) xy dxdy (c) xexy dydx
0 x 0 y 0 0
Z π Z 4 cos θ Z π Z y2 Z ln 2 Z y
2
r2 x 2 y2
(d) cos θ sin θ re drdθ (e) cos dxdy (f ) xy 5 ex dxdy
π
6
0 0 0 y 0 0
2. Es
reva as integrais duplas que permitem
al
ular a área da região R delimitada si-
multaneamente pelas
urvas dadas abaixo, tomando ini
ialmente x
omo variável in-
dependente e após tomando y
omo variável independente.
(a) y = x2 − 1, y = 1 − x, y = 4x3 + 12 e y = 12 − 9x
2
.
(b) y = 4x3 + 38 , y = −2 − x, y = x2 − 2 e y= 16
3
− 4x
3
.
3. Esbo
e a região de integração e
al
ule as integrais duplas dadas abaixo, tro
ando a
ordem de integração, se ne
essário.
Z 2 Z 4
(a) x sin(y 2 )dydx.
0 x2
Z 1 Z π
√
(b)
2
cos x 1 + cos2 xdxdy.
0 arcsin y
4. Nos problemas a seguir, esbo
e geometri
amente a região de integração e utilize
oor-
denadas polares para
al
ular as integrais.
ZZ p
(a) 14 − x2 − y 2 dxdy onde R é a região dada por 4 ≤ x2 + y 2 ≤ 9.
R
ZZ p
(b) 14 − x2 − y 2 dxdy onde R é a região dada por x2 + y 2 ≤ 4
om x ≥ 0 e
R
y ≥ 0.
Z 3 Z √9−x2
(
)
2 −y 2
√
e−x dydx.
−3 − 9−x2
Z 2 Z 0
1
(d) √
p dydx.
0 − 4−x2 4 + x2 + y 2
Z √
0 Z 2+ 4−x2
xy
(e) √
p dydx.
−2 2− 4−x2 x2 + y 2
ZZ
1
(f) dxdy onde R é a região dada por 4 ≤ x2 + y 2 ≤ 9.
(x2 + y 2 )3
R
138
6. Es
reva a(s) integral(is) dupla(s) que permite(m)
al
ular a área da menor região
2 2 2
delimitada pelas
urvas x + y = 20 e y = x , usando:
Z 2 Z √
2x−x2
p
x2 + y 2
7. Considere a expressão I= dydx.
1 0 x+y
(a) Rees
reva a expressão dada, invertendo sua ordem de integração.
Z √
2 Z √1−y2
2 2x + 4y
9. Considere a expressão I= p dxdy.
0 y x2 + y 2
(a) Rees
reva a expressão dada, invertendo sua ordem de integração.
(b) Transforme a expressão dada para
oordenadas polares.
(
) Utilize uma das expressões en
ontradas nos itens anteriores para
al
ular o valor
numéri
o de I.
Z π Z 1
2
10. Transforme a integral I = r 3 drdθ de
oordenadas polares para
oordenadas
π
4
0
artesianas, tomando:
(b) Cal ule o valor numéri o de I, adotando a melhor expressão para isso.
Z Z √ p Z Z √2y−y2 p
1 1− 1−y 2 2
x2 + y 2 x2 + y 2
I= dxdy + dxdy.
0 0 x2 + y 2 1 0 x2 + y 2
(a) Rees
reva esta expressão, invertendo a sua ordem de integração.
139
RR
14. Cal
ule (x + 3y)dA, onde D é a região triangular de vérti
es (0, 0), (1, 1) e (2, 0).
D
RR 1
15. Cal
ule √ dA, sendo D a região do semiplano x>0 interna à
ardióide r =
x2 +y 2
D
1+ cos θ e externa à
ir
unferên
ia r = 1.
140
3.6 Respostas
9 103 e12 − 13 4
1. (a) (b) (c) e4 − 5 (d) (e) π (f ) 81 (eln 2
− ln4 2 − 1)
4 60 64
2. .
Z −2 Z 4x
+12 Z 0 Z 4x
+12 Z 1 Z 12− 9x Z 2 Z 12− 9x
3 3 2 2
(a) A= dydx + dydx + dydx + dydx
−3 x2 −1 −2 1−x 0 1−x 1 x2 −1
Z 3 Z √
y+1 Z 8 Z 24−2y Z 12 Z 24−2y
9 9
A= dxdy + √
dxdy + dxdy
3y
0 1−y 3 − y+1 8 4
−9
Z 0 Z 4x+8 Z 1 Z 4x+8 Z 4 Z 16
− 4x
3 3 3 3
(b) A= dydx + dydx + dydx
x x
−2 −2−x 0 2
−2 1 2
−2
Z 0 Z 2y+4 Z 4 Z 4− 3y
4
A= dxdy + dxdy
3y−8
−2 −2−y 0 4
√
1 − cos 16 2 2−1
3. (a) (b)
4 3
4. . √ √ √ √
10π
(a) 3
(2 10 − 5) (b) π3 (7 14 − 5 10) (c)π(1 − e−9 )
−64 65π
(d) π + 4π ln 2 − 2π ln 6 (e) (f )
15 2592
Z 2 Z √
3x−1 Z 3 Z √9−x2
5. (a) A= √
dydx + √
dydx
1
3
− 3x−1 2 − 9−x2
Z √
5 Z √9−y2
(b) A= √
dxdy
y 2 +1
− 5 3
Z Z √
2 20−x2
6. (a) A= dydx
−2 x2
Z 4 Z √ y Z √
20 Z √20−y2
(b) A= √
dxdy + √ dxdy
0 − y 4 − 20−y 2
Z Z Z π Z √
arctan 2 tan θ sec θ 2
20
(
) A=2 rdrdθ + 2 rdrdθ
0 0 arctan 2 0
Z Z √ p
1 1+ 1−y 2
x2 + y 2
7. (a) I= dxdy
0 1 x+y
Z π Z 2 cos θ
4 r
(b) I= drdθ
0 sec θ cos θ + sin θ
Z 3 Z √9−x2 Z 3 Z −√3x−x2
y y
8. I= √ 2 2
dydx + √
dydx
0 3x−x2 x + y 0 − 9−x2 x + y2
2
141
Z √
2 Z Z Z √
x 1 1−x2
2 2x + 4y 2x + 4y
9. (a) I= p dydx + √ p dydx
0 0 x2 + y 2 2
2
0 x2 + y 2
Z π Z 1
4
(b) I= (2r cos θ + 4r sin θ)drdθ
0 0
1
√
(
) 2− 2
2
Z √
2 Z √
2
1−x2
10. (a) I= (x2 + y 2)dydx
0 x
Z √
2 Z y Z 1 Z √1−y2
2
(b) I= (x2 + y 2 )dxdy + √ (x2 + y 2)dxdy
2
0 0 2
0
11. (a)
1
(b) I= sin 1
2
Z πZ 2
4
12. I= r 3 cos θ sin θdrdθ
0 1
Z 1 Z √
1+ 1−x2
p
x2 + y 2
13. (a) I= √
dydx
0 2x−x2 x2 + y 2
Z π Z 2 sin θ
2
(b) I= drdθ
π
4
2 cos θ
√
(
) I =2 2−2
14. I=2
15. I=2
142
Capítulo 4
INTEGRAIS TRIPLAS
Objetivos (ao nal do apítulo espera-se que o aluno seja apaz de):
9. Montar uma integral tripla nos três sistemas de
oordenadas e de
idir qual o sistema
mais adequado para resolvê-la;
10. Fazer a maquete de uma gura delimitada por superfí ies e en ontrar seu volume.
A prova será
omposta por questões que possibilitam veri
ar se os objetivos foram atin-
gidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formulação
das questões é o modelo adotado na formulação dos exer
í
ios e no desenvolvimento teóri
o
desse
apítulo, nessa apostila.
143
4.1 Introdução
As integrais triplas, apli
adas sobre sólidos no espaço xyz , são denidas de forma análoga
às integrais duplas apli
adas sobre uma região do plano xy . Não é nosso objetivo dis
utir
os pormenores da denição, pois estes fazem parte do
onteúdo de um texto de
ál
ulo
avançado. Vamos esboçar apenas as ideias prin
ipais.
144
OBSERVAÇO 4.2.1 Se f (x, y, z) = 1 então a massa m e o volume V do sólido tem o mesmo
valor numéri
o. Portanto, o volume de um sólido, em termos de integrais triplas, é dado por
ZZZ
V = dxdydz.
S
Tabela de limitantes
Limitante Equações
Curva à esquerda x=a
Curva à direita x=b
Curva inferior y = y1 (x)
Curva superior y = y2 (x)
Superfí
ie inferior z = f (x, y)
Superfí
ie superior z = g(x, y)
A integral tripa de uma função
ontínua f (x, y, z) sobre o sólido S é dada por
145
Figura 4.3: Projeção no plano xy.
Limitantes Equações
Curva à esquerda x=0
Curva à direita x=4
Curva inferior y=0
Curva superior y = 2 − x2
Superfí
ie inferior z=0
Superfí
ie superior z = 8 − 2x − 4y
Assim, o volume desejado é dado por
Z Z Z 8−2x−4y
Z Z
4 2− x2 8−2x−4y 4 2− x2
V = dzdydx = z dydx
0 0 0 0 0
0
Z 4 Z 2− x Z 4 2− x
2
2
= (8 − 2x − 4y)dydx = (8y − 2xy − 2y 2 ) dx
0 0 0
0
Z 4 2 Z 4
1 1 1 32
= 16 − 4x − 2x 2 − x − 2 2 − x dx = (8 − 4x + x2 )dx = u.v.
0 2 2 0 2 3
EXEMPLO Cal
ule o volume do sólido delimitado pelos
ilindros z 2 +x2 = 9 e y 2 +x2 = 9
4.3.2
146
Limitantes Equações
Curva à esquerda x=0
Curva à direita x=3
Curva inferior y=√0
Curva superior y = 9 − x2
Superfí
ie inferior z=√0
Superfí
ie superior z = 9 − x2
Z Z √ Z √ Z Z √
3 9−x2 9−x2 3 9−x2 √
V = dzdydx = 9 − x2 dydx
0 0 0 0 0
Z √9−x2 Z 3
3 √ 3
x3
= 2
y 9−x dx = (9 − x2 )dx = 9x − = 18 u.v.
0 0 3
0 0
2 - Projetando no plano xz usamos y
omo variável espa
ial (ou variável totalmente de-
pendente) e x ouz
omo variável independente. A projeção sobre o plano xz é a parte da
ir
unferên
ia x + z 2 = 9 que está no primeiro quadrante, logo temos as limitações e as
2
integrais:
√ √ √
y ∈ [0, √9 − x2 ] Z 3 Z 9−x2 Z 9−x2
(i) x
omo variável independente: z ∈ [0, 9 − x2 ] ⇒ V = dydzdx
0 0 0
x ∈ [0, 3]
√ √ √
y ∈ [0, √9 − x2 ] Z 3 Z 9−z 2 Z 9−x2
(ii) z
omo variável independente: x ∈ [0, 9 − z 2 ] ⇒ V = dydxdz
0 0 0
z ∈ [0, 3]
3 - Projetando no plano yz usamos x
omo variável espa
ial (ou variável totalmente depen-
dente) e y ou z
omo variável independente. A projeção sobre o plano yz é o quadrado
limitado por y = 0, z = 0, y = 3 e z = 3, porém
om esta projeção não podemos usar
apenas uma integral, pois há tro
a de limitação na variável x e esta tro
a o
orre no plano
2 2 2 2
y=z obtido pela interseção dos
ilindros x + y = 9 e x + z = 9, logo temos as limitações
e as integrais:
147
p √
x ∈ [0, 9 − y 2 ] 2
[ x ∈ [0, 9 − z ]
(i) y
omo variável independente: z ∈ [y, 3] z ∈ [0, y]
y ∈ [0, 3] y ∈ [0, 3]
Z 3 Z 3 Z √9−y2 Z 3 Z y Z √
9−z 2
⇒ V = dxdzdy + dxdzdy
0 y 0 0 0 0
p √
x ∈ [0, 9 − y 2] 2
[ x ∈ [0, 9 − z ]
(ii) z
omo variável independente: y ∈ [0, z] y ∈ [z, 3]
z ∈ [0, 3] z ∈ [0, 3]
Z 3 Z z Z √9−y2 Z 3 Z 3 Z √
9−z 2
⇒ V = dxdydz + dxdydz
0 0 0 0 z 0
EXEMPLO 4.3.4 En
ontre o volume do sólido delimitado pelas superfí
ies z = 9−x2 , z = 5−y,
y = 0 e y = 5.
Solução: Ini
iamos
om a
onstrução do sólido de a
ordo
om a Figura 4.5.
z
z
x y
y
x
Figura 4.5: Sólido do Exemplo 4.3.4.
Limitantes Equações
Curva inferior y=0
Curva superior y=5
√
Curva à esquerda x=− y+4
√
Curva à direita x= y+4
Superfí
ie inferior z = 5−y
Superfí
ie superior z = 9 − x2
148
Figura 4.6: Projeção no plano xy .
Z Z √ Z Z Z √ 9−x2 Z 5 Z √y+4
5 y+4 9−x2 5 y+4
2
V = dzdxdy = z dxdy = 4 − x + y dxdy,
− y+4
√ √ √
0 − y+4 5−y 0 0 − y+4
5−y
y+4
√
Z 5 Z √ Z 5
y+4
x3
V = 2 4 − x2 + y dxdy = 2 4x − + yx dy
0 0 0 3
0
q
Z 5 p (y + 4)3 p Z 5 p
8 2 p
= 2 4 y+4− + y y + 4 dy = 2 y + 4 + y y + 4 dy
0 3 0 3 3
5
32 p 8 p 32 p
= (y + 4)3 + (y + 4)5 − (y + 4)3
9 15 9
0
5
8p 8 √ √ 8 8 1688
= (y + 4)5 = ( 95 − 45 ) = (35 − 25 ) = (243 − 32) = u.v.
15 15 15 15 15
0
ZZZ
EXEMPLO 4.3.5 Cal
ule o valor numéri
o de I = x dV, sendo S o sólido do Exemplo
S
4.3.4.
Solução: Na resolução do exemplo a
ima temos a tabela de limitantes então basta es
re-
vermos as integrais iteradas.
Z 5 Z √
y+4 Z 9−x2 Z 5 Z √
y+4 Z 5
3
I= √
xdzdxdy = √
(9x − x − 5x + xy)dxdy = 0dy = 0.
0 − y+4 5−y 0 − y+4 0
Observe que o resultado é zero, o que não faria sentido se estivéssemos
al
ulando a massa
do sólido, porém observe que a função de integração f (x, y, z) = x assume valores negativos
no domínio de integração (o sólido S ), portanto ela não pode representar a densidade deste
sólido. Então, neste
aso apenas resolvemos uma integral tripla de uma função sobre um
domínio. Além disso, observe que
Z 5 Z √
y+4 Z 9−x2 Z 5 Z √
y+4 Z 9−x2
I= √
xdzdxdy 6= 2 xdzdxdy,
0 − y+4 5−y 0 0 5−y
(a primeira dá zero e a segunda é diferente de zero), neste
aso não podemos usar simetria,
pois apesar do domínio de integração, o sólido S, ser simétri
o em relação ao eixo y a função
no integrando não é simétri
a. Portanto,
uidado
om o uso de simetrias.
149
EXEMPLO 4.3.6 Faça a tabela de limitantes e es
reva a integral que permite
al
ular a massa
do sólido delimitado pelas superfí
ies x2 + y − 16 = 0, x + y − 4 = 0, y = 2x + 13, z = 0
e z = 10, sendo a densidade dada por d (x, y, z) = x2 yz.
Solução: O sólido desejado situa-se entre os planos z=0 e z = 10. A base do sólido, que
está situada no plano xy, está representada na Figura 4.7.
Como o
orre tro
a na limitação superior, devemos dividir esta região em duas sub-regiões,
R1 e R2 . Assim, pro
edendo, obtemos a tabela
Limitantes R1 R2
Curva à esquerda x = −3 x=1
Curva à direita x=1 x=4
Curva inferior y = 4−x y =4−x
Curva superior y = 2x + 13 y = 16 − x2
Superfí
ie inferior z=0 z=0
Superfí
ie superior z = 10 z = 10
Logo, a massa desejada é dada por
Z 1 Z 2x+13 Z 10 Z 4 Z 16−x2 Z 10
2
M= x yz dzdydx + x2 yz dzdydx.
−3 4−x 0 1 4−x 0
150
R1
R2
Assim,
a montagem
√ das integrais é dada por √
0 ≤y≤ 16 − 4z 2 Z 2 Z 6−3z Z 16−4z 2
2
6−3z
(1) 0 ≤x≤ 2
⇒ I= dydxdz
0 0 0
0 ≤ z ≤ 2
√ √
0 ≤y≤ 16 − 4z 2 Z 3 Z 6−2x Z 16−4z 2
3
6−2x
(2) 0 ≤z≤ 3
⇒ I= dydzdx
0 0 0
0 ≤x≤ 3
Projetando no plano yz, temos a região representada na Figura 4.11.
151
√
0 ≤ x ≤ √6−3z
2 Z 4 Z 16−y 2 Z 6−3z
2 2
(3) 16−y 2 ⇒ I= dxdzdy
0 ≤z≤ 2
0 0 0
0 ≤y≤ 4
√
0 ≤ x ≤ √ 6−3z
2
Z 2 Z 16−4z 2 Z 6−3z
2
(4) 0 ≤y≤ 16 − 4z 2 ⇒ I= dxdydz
0 0 0
0 ≤z≤ 2
Tabela de limitantes
Curvas Equações
Ar
o inferior θ = θ1
Ar
o superior θ = θ2
Raio interno r = r1 (θ)
Raio externo r = r2 (θ)
Superfí
ie inferior z = f (r, θ)
Superfí
ie superior z = g (r, θ) .
Uma integral tripla, que em
oordenadas
artesianas se es
reve
omo
Z bZ y2 (x) Z g(x,y)
I= f (x, y, z) dzdydx
a y1 (x) f (x,y)
152
EXEMPLO 4.4.1 Determinar o volume do sólido delimitado superiormente pelo parabolóide
y 2 +x2 +1−z = 0, inferiormente pelo plano z = 0 e lateralmente pelo
ilindro x2 +y 2 −2y = 0.
x
Figura 4.14: Projeção no plano xy .
153
Em
oordenadas
ilíndri
as, o volume é dado por:
EXEMPLO 4.4.2 Represente gra
amente o sólido
ujo volume é dado pela integral
Z 2π Z 2 Z 4−r 2 cos2 θ
V = rdzdrdθ.
0 0 0
154
EXEMPLO 4.4.3 Es
reva em
oordenadas retangulares a integral
Z π Z 2 cos θ Z 9−r 2
2
I= r 2 dzdrdθ.
0 0 0
Solução: Ini
ialmente, devemos interpretar geometri
amente o sólido de integração. Vamos
onstruir a tabela de limitantes.
Z Z √ Z
2 2x−x2 9−x2 −y 2 p
I= x2 + y 2 dzdydx.
0 0 0
155
EXEMPLO 4.4.4 Construa e
al
ule o volume do menor sólido delimitado simultaneamente
√
por y = 0, y = 4, x2 + z 2 = x e x2 + z 2 = 3z.
Projeção no plano zx :
x
θ=π/3
Sendo a projeção uma região entre
ir
unferên
ias usaremos o sistema de
oordenadas
ilíndri
as em relação ao plano zx para resolver a integral. Assim temos:
x = r sin θ
2
z = r cos θ
x + z 2 = √x r = √sin θ
y = y ⇒ 2 2 ⇒
x +z = 3z r = 3 cos θ
x + z2
2
= r2
x
tan θ = z
r = √sin θ π
⇒θ= .
r = 3 cos θ 3
156
Montagem e resolução da integral em
oordenadas
ilíndri
as:
Z π Z Z Z π Z √ Z
3
sin θ 4 2
3 cos θ 4
V = rdydrdθ + rdydrdθ
π
0 0 0 3
0 0
Z π Z π
3 2
2
= 2 sin θdθ + 6 cos2 θdθ
π
0 3
Z π Z π
3 2
= (1 − cos(2θ))dθ + 3 (1 + cos(2θ))dθ
π
0 3
π3 π2
sin(2θ) sin(2θ) 5π √
= θ− +3 θ+ = − 3 u.v.
2 2 π 6
0 3
dρ
dq
df
f
ρ
y
q
ρ0 ≤ ρ ≤ ρ1 θ0 ≤ θ ≤ θ1 φ0 ≤ φ ≤ φ1 .
Seja f (x, y, z) uma função denida em todos os pontos do sólido S e
ada ponto P (x, y, z)
pode ser es
rito em
oordenadas esféri
as f (ρ, θ, φ) . Então, podemos es
rever
Z x 1 Z y1 Z z 1 Z θ2 Z φ2 Z ρ2
f (x, y, z) dV (x, y, z) = f (ρ, θ, φ) dV (ρ, φ, θ),
x0 y0 z0 θ1 φ1 ρ1
157
dθ atribuídos às variáveis ρ, φ e θ, respe
tivamente,
onstrói-se o elemento innitesimal de
volume em
oordenadas esféri
as
omo observamos na Figura 4.19.
z ρ senf dq
ρ senf dρ
ρ df
ρ
f
y
q
dq
P (ρ, θ, φ)
Q (ρ, θ, φ + dφ)
R (ρ, θ + dθ, φ)
T (ρ + dρ, θ, φ) .
ρsenϕdθ
ρdϕ
z dρ
R
ρ P
ϕ T
θ Q
x
dθ
y
V
U
temos que o elemento de volume de
oordenadas esféri
as pode ser interpretado
omo o
paralelepípedo innitesimal
urvilíneo
om dimensões sendo o
omprimento dos ar
os d
P R e
d
P Q e do segmento PT,
ujo volume aproximado é
d
d
dV = P T P R P Q .
158
É fá
il verP T é a variação do raio ρ entre os pontos P e T e, portanto, P T = dρ.
Como P e Q perten
em ao
ír
ulo de raio OP = OQ = ρ e o ar
o P d Q subentende um
ângulo
orrespondente a variação de φ, segue que
d
P Q = ρdφ.
d
dV = P T P
d Q P R = dρ (ρdφ) (ρ sin φdθ) = ρ2 sin φdρdφdθ.
Portanto,
Z x1 Z y1 Z z1 Z θ2 Z φ2 Z ρ2
f (x, y, z) dzdydx = f (ρ, θ, φ) ρ2 sin φdρdφdθ.
x0 y0 z0 θ1 φ1 ρ1
EXEMPLO 4.5.1 Mostre, usando
oordenadas esféri
as, que o volume de uma esfera de raio r
4πr 3
éV = .
3
Solução: 2
Vamos utilizar uma esfera
entrada na origem, de equação x + y
2
+ z 2 = r 2 . Sua
2 2 2
projeção no plano xy é a
ir
unferên
ia x + y = r e portanto temos que 0 ≤ θ ≤ 2π e
0 ≤ φ ≤ π. Assim, o volume da esfera é
al
ulado por
Z 2π Z π Z r
4
V = ρ2 sin φdρdφdθ = πr 3 .
0 0 0 3
159
Figura 4.21: Sólido do Exemplo 4.5.2.
x2 + y 2 + x2 + y 2 = 4 e x2 + y 2 + 3x2 + 3y 2 = 4
2x2 + 2y 2 = 4 4x2 + 4y 2 = 4
x2 + y 2 = 2 x2 + y 2 = 1.
O volume do sólido será dado pela diferença entre o volume do sólido delimitado pela
2 2 2 2 2 2
esfera x + y + z = 4 e o
one z = x + y e o volume do sólido delimitado pela esfera
2 2 2 2 2 2
x + y + z = 4 e o
one z = 3x + 3y . As tabelas de limitantes são:
Limitantes Sólido 1 Sólido 2
√
Curva a esquerda x=√ − 2 x = −1
Curva a direita x= √ 2 x=1√
Curva a inferior y=√ − 2 − x2 y=− √ 1−x
2
Curva a superior y = p2 − x2 y = p1 − x2
Superfí
ie inferior z = px2 + y 2 z = p3x2 + 3y 2
Superfí
ie superior z = 4 − x2 − y 2 z = 4 − x2 − y 2
Portanto, o volume será dado por
Z √
2 Z √
2−x2 Z √4−x2 −y2 Z 1 Z √
1−x2 Z √4−x2 −y2
V = √ √ √ dzdydx − √ √ dzdydx
− 2 − 2−x2 x2 +y 2 −1 − 1−x2 3x2 +3y 2
Como podemos per
eber, a resolução desta integral é trabalhosa. Vamos es
revê-la em
oordenadas esféri
as.
ρ = 2. Como as
A variação do raio esféri
o vai da origem até a esfera de raio 2, isto é,
projeções no plano xy são
ir
unferên
ias
om
entro na origem temos que o ar
o θ varia de
2 2 2
zero a 2π. O ângulo φ varia entre os dois
ones. O
one de equação z = x + y equivale a
π 2 2 2 π
φ = 4 . Já o
one de equação z = 3x + 3y equivale ao ângulo φ = 6 . Portanto, a tabela de
limitantes do sólido em
oordenadas esféri
as é dada por
160
Assim, o volume será dado por
Z Z Z Z Z 2
ρ3
π π
2π 4
2 2π 4
V = ρ2 sin φdρdφdθ = sin φdφdθ
0 π
0 0 π 3
6 6 0
Z π
2π Z π
2π Z 4
8 4 −8
= sin φdφdθ = cos φ dθ
0 π 3 0 3 π
6
6
Z √ √ ! 2π
2π
−8 2 3 4 √ √ 8π √ √
= − dθ = (− 2 + 3)θ = 3− 2 u.v.
0 3 2 2 3 3
0
Z 2π Z π Z 5
2
EXEMPLO 4.5.3 Considere a expressão I = 2 dρdφdθ dada em
oordenadas
0 ar
tg( 34 ) 3
senφ
esféri
as.
1. Des
reva e represente gra
amente o domínio de integração de I.
2. Rees
reva I usando
oordenadas
ilíndri
as.
Solução: (a) Identi
ação do domínio de integração (o sólido S ):
omo a expressão I está
multipli
ada por "2"existe simetria.
0 ≤ θ ≤ 2π
Limitantes em
oordenadas esféri
as: ar
tg( 43 ) ≤ φ ≤ π
2
3
senφ ≤ρ≤ 5
Convertendo para
oordenadas
artesianas, temos:
ρ=5 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 25 ⇒ esfera
3
ρ= senφ ⇒ x2 + y 2 = 9 ⇒
ilindro
p
φ = ar
tg ( 43 ) ⇒ z= 4
3
x2 + y 2 ⇒ semi-
one
Observando que o
one só dá a variação do ângulo φ que
omeça no
one e vai até o plano
xy. Na Figura 4.22 temos representado o
ilindro e a esfera des
ritos a
ima, pela limitação
2 2 4
do raio esféri
o e pela simetria temos que o sólido S é interior à esfera x + y + z = 25 e
2 2
exterior ao
ilindro x + y = 9.
161
y
(b) Para es
rever I em
oordenadas
ilíndri
as devemos des
rever o sólido S
om limita-
ções
ilíndri
as, identi
ar a função de integração e
onverter-lá para
oordenadas
ilíndri
as.
A projeção no plano xy está representada na Figura 4.23
0 ≤θ≤ 2π
Limitantes de S usando simetria: 3 ≤ρ≤ p 5
0 ≤z≤ 25 − ρ2
1
Função de integração em
oordenadas esféri
as: f (ρ, θ, φ) =
ρ2 senφ
1
Função de integração em
oordenadas
artesianas: f (x, y, z) = p p
x2 + y 2 + z 2 · x2 + y 2
1
Função de integração em
oordenadas
ilíndri
as: f (ρ, θ, z) = p
√
ρ ρ + z2
2
Z 2π Z 5 Z 25−r 2
1
Logo, I =2 p dzdρdθ.
0 3 0 ρ2 + z 2
EXEMPLO 4.5.4 Es
reva, nos sistemas de
oordenadas
artesianas,
ilíndri
as e esféri
as,
Resolução:
p
2 2
O
ilindro x + y = 2y delimitada lateralmente o sólido desejado, enquanto o
p
one z= x + y delimita-o inferiormente e o
one z = 3x2 + 3y 2 superiormente. Veja
2 2
Para obter a integral em
oordenadas
artesianas, basta observar que a altura do sólido
p p
z ∈ [ x2 + y 2 , 3x2 + 3y 2], e a projeção do sólido no plano
varia entre os dois
ones, isto é,
xy é dada pela Figura 4.25.
162
y
Agora, rees
revendo as equações dos
ones em
oordenadas
ilíndri
as, obtemos que
√
z ∈ [r,
3r]. Como a projeção no plano xy o
orre apenas no primeiro e segundo quadrantes,
θ ∈ [0, π], enquanto o raio
ilíndri
o varia da origem (r = 0) até a
ir
unferên
ia
temos que
x + y = 2y, que em
ilíndri
as se es
reve
omo r 2 = 2r sin θ, ou seja, r = 2 sin θ. Assim,
2 2
Z Z Z √
π 2 sin θ 3r
V = rdzdrdθ.
0 0 r
Em
oordenadas esféri
as, temos que θ ∈ [0, π] e que o ângulo verti
al varia entre os
ones. Transformando para esféri
as, obtemos
p √ √
z = 3x2 + 3y 2 ⇒ ρ cos φ = 3ρ sin φ ⇒ tan φ = 33 ⇒ φ = π
p 6
z = x2 + y 2 ⇒ ρ cos φ = ρ sin φ ⇒ tan φ = 1 ⇒ φ = π4
portanto, en
ontramos que φ ∈ [ π6 , π4 ]. Resta então obter a limitação para o raio esféri
o, que
varia desde a origem (ρ = 0) até o
ilindro
ir
ular, que devemos transformar para esféri
as,
omo segue:
Note que, se desejássemos obter o valor numéri
o deste volume, devemos optar por resol-
ver a integral es
rita em
oordenadas
ilíndri
as, devido a sua simpli
idade em
omparação
às demais integrais.
163
4.6 Exer
í
ios Gerais
RRR
1. Cal
ular I= (x − 1)dV, sendo T a região do espaço delimitada pelos planos y = 0,
T
z = 0, y + z = 5 e pelo
ilindro parabóli
o z = 4 − x2 .
x y z
2. Determinar o volume do sólido delimitado pelas superfí
ies
a
+ b
+ c
= 1, x = 0,
y=0 e z = 0,
om a, b, c > 0.
4. A gura abaixo mostra o sólido ujo volume pode ser al ulado pela expressão
Z 1 Z 2−2x Z 4−z 2
V = dydzdx.
0 0 0
Rees
reva esta expressão
omo uma integral tripla equivalente, usando
oordenadas
artesianas de
in
o formas distintas.
5. Represente geometri amente o sólido ujo volume pode ser al ulado pela expressão
Z 4 Z √
4−z Z 8−2z
V = dydxdz.
0 0 0
A seguir, rees
reva esta expressão,
omo uma integral tripla equivalente, usando
oor-
denadas
artesianas de
in
o formas distintas.
6. Represente geometri amente o sólido ujo volume pode ser al ulado pela expressão
e a seguir rees
reva esta expressão utilizando uma úni
a integral tripla em
oordenadas
artesianas.
164
7. Rees
reva a expressão
Z 1 Z x2 +4 Z 1−x2 Z 1 Z 5 Z 5−y
I= dzdydx + dzdydx
−1 0 0 −1 x2 +4 0
omo uma úni a integral tripla em oordenadas artesianas, de três formas distintas.
16. Seja S z = 0, x2 + y 2 = a√
o sólido delimitado pelas superfí
ies
2 2
e z = x + y .
2
18. Nos itens abaixo es
reva em
oordenadas retangulares as integrais dadas em
oorde-
nadas esféri
as.
Z π Z π Z 3 p
(a) I = 2
2
9 − ρ2 sin φdρdφdθ.
0 0 0
Z π Z π Z 4 p
(b) I =
2 3
4 − ρ2 ρ sin φdρdφdθ.
π
0 6
0
165
19. Represente geometri
amente o sólido
ujo volume pode ser
al
ulado pela expressão
Z 2π Z π Z 2
3
V = ρ2 sin φdρdφdθ.
0 0 1
20. Utilize
oordenadas esféri
as para
al
ular a massa do sólido situado a
ima do
one
z 2 = x2 + y 2 e interior àp 2 2 2
esfera x + y + z = 4z, sabendo que sua densidade de massa
é dada por d(x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 .
Z √
3 Z √
3−x2 Z √4−x2 −y2
z
I= √ √
p dzdydx.
− 3 − 3−x2 1 x2 + y 2(x2 + y 2 + z 2 )2
22. Represente geometri
amente o sólido
uja massa é
al
ulada, em
oordenadas esféri
as,
pela expressão
Z 2π Z π Z q
5
6 cos2 φ+2 sin2 φ
M= √ ρdρdφdθ.
3
0 0 cos φ
23. Represente geometri
amente o sólido
uja massa pode ser
al
ulada, em
oordenadas
ilíndri
as, pela expressão
Z Z √ Z √
2π 3 10−3r 2
M= (r + z)dzdrdθ.
r2
0 0 3
24. Es
reva, em
oordenadas
artesianas e em
oordenadas esféri
as, a integral que permite
al
ular o volume do menor
sólido delimitado simultaneamente pelas superfí
ies x +
2
2 2 2 2 2
y + z = 16 e x + y + z = 8z.
25. Cal
ule o volume do sólido que está situado a
ima de z = 0 e que é simultaneamente
2 2 2 2 2 2
interior à esfera x + y + z = 9 e ao hiperbolóide de uma folha x + y − z = 1.
2 2
26. Considere o sólido delimitado inferiormente por z = 2x + 2y e superiormente por
x2 + y 2 + z 2 = 3. Es
reva a integral que permite
al
ular o volume deste sólido em
oordenadas
artesianas,
ilíndri
as e esféri
as.
p
27. Considere o sólido delimitado inferiormente por
p 2z = x2 + y 2 e superiormente por
z = 6 − x2 + y 2 . Es
reva a integral que permite
al
ular o volume deste sólido em
oordenadas
artesianas,
ilíndri
as e esféri
as.
28. Es
reva, em
oordenadas
artesianas,
ilíndri
as e esféri
as, as integrais que permitem
2
al
ular a massa do sólido situado simultaneamente no interior das superfí
ies x +
1p 2
y 2 + z 2 = 4z e z =1+ x + y2, sabendo que sua função densidade é f (x, y, z) =
2
2 2 2
(x + y )z
.
cos(x2 + y 2 + z 2 )
166
ZZZ
29. Es
reva I = f (x, y, z)dV, em três sistemas de
oordenadas distintas, sendo S
S p
sólido situado simultaneamente no interior de x2 + y 2 + z 2 = 2z e de z = 2− x2 + y 2
x2 +y 2 +z 2
e
e f (x, y, z) = .
x+y+z
30. O volume de um sólido S é dado pela expressão
Z 2 Z q
4
−x2 Z 6−a2 x2 −a2 y 2
a a2
V = q √ dzdydx,
4
0 − −x2 a x2 +y 2
a2
167
4.7 Respostas
1. I = − 544
15
abc
2. V = 6
u.v.
3. M = 400u.m.
Z 2 Z 2−z Z 4−z 2
2
4. V = dydxdz
0 0 0
Z 4 Z √
4−y Z 2−z
2
V = dxdzdy
0 0 0
Z 2 Z 4−z 2 Z 2−z
2
V = dxdydz
0 0 0
Z 1 Z −4x2 +8x Z 2−2x Z 1 Z 4 Z √
4−y
V = dzdydx + dzdydx
0 0 0 0 −4x2 +8x 0
Z 4 Z 1− 21
√
4−y Z √
4−y Z 4 Z 1 Z 2−2x
V = dzdxdy + √
dzdxdy
0 0 0 0 1− 12 4−y 0
Z 2 Z 4−x2 Z 8−2z
5. V = dydzdx
0 0 0
Z 4 Z 8−2z Z √
4−z
V = dxdydz
0 0 0
Z 8 Z 8−y Z √
4−z
V = 2 dxdzdy
0 0 0
Z 8 Z √y Z 8 − y Z 8 Z 2 Z 4−x2
2
V = 2 dzdxdy + dzdxdy
√y
0 0 0 0 2
0
Z 2 Z 4−x2 Z 6−z
6. V = dydzdx
0 0 0
Z 1 Z 1−y Z 8−x2 −y 2
7. I= ydzdxdy
0 y−1 0
Z 1 Z 1−x2 Z 5−z Z 1 Z √
1−z Z 5−z Z 1 Z 5−z Z √
1−z
8. I= dydzdx = √
dydxdz = √
dxdydz
−1 0 0 0 − 1−z 0 0 0 − 1−z
9. M = 44u.m.
2a2 b(3π−4)
10. V = 9
u.v.
√
4π(8 2−7)
11. V = 3
u.v.
168
32a3
12. V = 9
u.v.
13. V = 3π u.v.
16a3
14. V = 3
u.v.
192π−256
15. V = 9
u.v.
16. a=3
Z √
2 Z √
2−x2 Z 4−x2 −y 2
p
4 + x2 + y 2 − z
17. M= √ √
p dzdydx
− 2 − 2−x2 x2 +y 2 x2 + y 2
Z 3 Z √
9−x2 Z √9−x2 −y2 p
9 − x2 − y 2 − z 2
18. (a) I= √
dzdydx
−3 − 9−x2 0 x2 + y 2 + z 2
Z √12 Z √12−x2 Z √16−x2 −y2 p
4 − x2 − y 2 − z 2
(b) I= q p dzdydx−
0 0 x2 +y 2
3
x2 + y 2 + z 2
Z 2 Z √4−x2 Z √16−x2 −y2 p
4 − x2 − y 2 − z 2
√ p dzdydx
0 0 3x2 +3y 2 x2 + y 2 + z 2
Z Z √ Z √ Z Z √
3 Z √
2π 3 4−r 2 2π 2
1−r 2
19. V = √ rdzdrdθ − √ rdzddθ
3 3
0 0 3
r 0 0 3
r
Z Z √
3 Z √ Z Z √ Z √
2π 2
4−r 2 2π 3 4−r 2
ou V = √
rdzdrdθ + √ √ rdzdrdθ.
3 3
0 0 1−r 2 0 2 3
r
16
√
20. M= 5
π
8 − 2 u.m.
√
21. I = 31 π 2 − 41 3π
Z Z Z √
2π 1 5−2r 2
22. M= √
dzdrdθ
0 0 3
Z 2π Z π Z q
10 Z 2π Z π Z 3 cos φ
3 cos2 φ+3 sin2 φ 2 sin2 φ
2
23. (sin φ+cos φ)ρ dρdφdθ+ (sin φ+cos φ)ρ2 dρdφdθ
π
0 0 0 0 3
0
Z √
12 Z √
12−x2 Z √16−x2 −y2
24. Cartesianas V = √ √ √ dzdydx
− 12 − 12−x2 4− 16−x2 −y 2
Z 2π Z π Z 4 Z 2π Z π Z 8 cos φ
3 2
2
Esféri
as: V = ρ sin φdρdφdθ + ρ2 sin φdρdφdθ.
π
0 0 0 0 3
0
32
25. V = 18π − 3
π u.v.
Z √
3 Z √ 3 −y2 Z √3−x2 −y2
2 4
26. Cartesianas V = √ √3 dzdydx
− 23 − 4
−y 2 2x2 +2y 2
Z Z √
3 Z √
2π 2
3−r 2
Cilíndri
as V = rdzdrdθ
0 0 2r 2
169
Z Z π Z √ Z Z π Z 1
2π 6
3 2π 2 2
cot φ csc φ
2
Esféri
as: V = ρ sin φdρdφdθ + ρ2 sin φdρdφdθ
π
0 0 0 0 6
0
Z Z √ Z √
4 16−x2 6− x2 +y 2
27. Cartesianas V = √ √ dzdydx
x2 +y 2
−4 − 16−x2 2
Z 2π Z 4 Z 6−r
Cilíndri
as V = rdzdrdθ
r
0 0 2
Z Z Z 6
2π arctan 2
Esféri
as V = cos φ + sin φ ρ2 sin φdρdφdθ
0 0 0
Z Z √ Z √
2 4−x2 2+ 4−x2 −y 2
(x2 + y 2 )z 2
28. Cartesianas M= √ √ dzdydx
−2 − 4−x2 1+ 12 x2 +y 2 cos(x2 + y 2 + z 2 )
Z Z Z √
2π 2 2+ 4−r 2
r3z2
Cilíndri
as M= dzdrdθ
0 0 1+ 12 r cos(r 2 + z 2 )
Z 2π Z π Z 4 cos φ
4 ρ6 sin3 φ cos2 φ
Esféri
as M= 2 dρdφdθ
0 0 cos(ρ2 )
2 cos φ − sin φ
Z 1 Z √
1−x2 Z √ 2− x2 −y 2 2 2 2
ex +y +z
29. Cartesianas I= √ √ dzdydx
−1 − 1−x2 1− 1−x2 −y 2 x+y+z
Z 2π Z 1Z 2−r 2 2
er +z
Cilíndri
as I= √
rdzdrdθ
0 0 1− 1−r 2 r cos θ + r sin θ + z
Z Z π Z 2
2π 2
4
cos φ + sin φ eρ
Esféri
as I= ρ sin φdρdφdθ
0 0 0 sin φ cos θ + sin φ sin θ + cos φ
Z 2π Z π Z 2 cos φ 2
2 eρ
+ ρ sin φdρdφdθ
0 π
4
0 sin φ cos θ + sin φ sin θ + cos φ
Z π Z a Z 6−a2 r 2
2 2
30. (a) rdzdrdθ (b) a=1
− π2 0 ar
170
Capítulo 5
SEQUÊNCIAS E SÉRIES
Objetivos (ao nal do apítulo espera-se que o aluno seja apaz de):
A prova será
omposta por questões que possibilitam veri
ar se os objetivos foram atin-
gidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formulação
das questões é o modelo adotado na formulação dos exer
í
ios e no desenvolvimento teóri
o
desse
apítulo, nessa apostila.
171
5.1 Introdução
Neste
apítulo estudaremos séries innitas, as quais são somas que envolvem um número
innito de termos. As séries innitas desempenham um papel fundamental tanto na mate-
máti
a quanto na
iên
ia. Elas são usadas, por exemplo, para aproximar funções trigonomé-
tri
as e logarítmi
as, para resolver equações diferen
iais, para efetuar integrais
ompli
adas,
para
riar novas funções e para
onstruir modelos matemáti
os de leis físi
as (Anton, 1999).
ou
1 2 3 n
I= (1, ), (2, ), (3, ), · · · , (n, ), · · ·
3 5 7 2n + 1
é denominado
onjunto dos termos da sequên
ia f (n).
Geralmente, o
onjunto I é es
rito
∗
de forma simpli
ada. Isto é, I é representado pelas imagens de n ∈ N de forma que a
posição que determinada imagem de f o
upa no
onjunto dos termos da sequên
ia f (n) é
∗
determinada pelo elemento n ∈ N , ou seja,
1 2 3 4 5 n
I = {f (1), f (2), f (3), · · · , f (n), · · · } = , , , , ,··· , ,··· .
3 5 7 9 11 2n + 1
5
Podemos observar que o termo é imagem de n = 5, pois o
upa a quinta posição no
11
n
onjunto dos termos. O termo f (n) = é denominado termo geral da sequên
ia. A
2n+1
n n
forma usual de representar o termo geral de uma sequên
ia é un = ou xn = ou
2n+1 2n+1
n
yn = 2n+1 et
. Passaremos agora à denição formal de sequên
ia. Nesse
aso, temos o
onjunto I = {u1 , u2 , u3 , · · · , un , · · · }.
DEFINIÇO 5.2.1 Sejam N∗ = {1, 2, 3, 4, · · · } o
onjunto dos naturais, R a reta real. De-
nominamos a apli
ação u : N∗ → R,
om u(n) = un , de uma sequên
ia numéri
a.
EXEMPLO 5.2.2 Para melhor ompreensão, vamos supor que o res imento diário de uma
linhagem de suínos é dada em função do
res
imento total pela sequên
ia un = n+13 n
onde
n
orresponde ao número de dias de vida do suíno e lim un o tamanho de um suíno adulto.
n→∞
Assim, o
onjunto 141 , 152 , 163 , 174 , 185 , · · · , n+13
n
, · · · representa o tamanho diário do suíno em
relação ao tamanho nal.
Gra
amente podemos observar a
urva de
res
imento,
ujo limite é representado pela
assíntota y=1 (Figura 5.1).
172
Figura 5.1: Cres
imento da linhagem de suínos
Como podemos observar a assíntota y=1 representa o limite de
res
imento do suíno.
Isso signi
a que podemos levantar questões
omo por exemplo, qual o número mínimo de
dias que o suíno deve
ar em tratamento para atingir, pelo menos, 80% de seu tamanho
nal?
No Figura 5.2 podemos observar uma estimativa em torno de 50 dias.
A questão agora é:
omo fazer uma estimativa em termos matemáti
os? A resposta será
dada pela denição de limite de uma sequên
ia.
Solução: Devemos mostrar que, dado ε > 0 podemos en
ontrar K > 0 tal que para todo
n>K vale a desigualdade |un − a| < ε. Agora,
n n − n − 13 13
|un − 1| =
− 1 = = < ε.
n + 13 n + 13 n + 13
173
De modo que podemos es
rever
13 13 − 13ε
<ε ⇒ 13 < nε + 13ε ⇒ < n.
n + 13 ε
13−13ε
Consequentemente, podemos tomar
ε
K=
e a Denição 5.2.4 estará satisfeita.
Comparando os dados do Exemplo 5.2.2
om a Denição 5.2.4
on
luímos que ε = 0, 2
representa a diferença entre o
res
imento almejado e o
res
imento total dos suínos. Por
outro lado, K é o número mínimo de dias que os suínos devem permane
er em tratamento
para atingir, pelo menos, 80% de seu
res
imento total.
EXEMPLO Determine o número mínimo de dias que um lote de suínos,
ujo
res
imento
5.2.6
13 − 13ε 13 − 13 · 0, 2
(a) K= = = 52 dias
ε 0, 2
13 − 13ε 13 − 13 · 0, 1
(b) K = = = 117 dias
ε 0, 1
13 − 13ε 13 − 13 · 0, 05
(c) K = = = 247 dias
ε 0, 05
Outra
on
lusão que podemos tirar é que, a partir de um determinado tempo, a variação
do
res
imento é muito pequena em relação à quantidade de ração que o suíno
onsome.
Portanto, o produtor deve estimar o tempo mínimo de tratamento em dias para obter o
máximo de lu
ro.
TEOREMA 5.2.11 Seja u : N∗ → R uma sequên
ia em R,
om u(n) = un, tal que lim un
n→∞
existe, então este limite é úni
o.
DEMONSTRAÇO: Suponhamos que u : N∗ → R é uma sequên
ia em R,
om u(n) = un , tal
que lim un existe e suponhamos que a e b,
om a 6= b, são limites dessa sequên
ia. Então
n→∞
dado ε > 0 podemos en
ontrar K1 > 0 e K2 > 0 tal que para todo n > K1 tenhamos
|un − a| < 2ε e para todo n > K2 tenhamos |un − b| < 2ε . Agora seja K = max{K1 , K2 }.
Então podemos es
rever, para todo n > K
174
|a − b| = |a − un + un − b| = |−(un − a) − (un − b)|
≤ |un − a| + |un − b| < 2ε + 2ε = ε.
Como a e b são
onstantes, teremos |a − b| < ε para todo ε > 0 se, e somente se
|a − b| = 0, isto é, se a = b. Logo, o limite de un , se existe, é úni
o.
EXEMPLO A sequên
ia un = (−1)n é divergente, pois admite subsequên
ias que
on-
5.3.4
175
5.5 Sequên
ias Numéri
as Monótonas
Neste parágrafo analisaremos algumas propriedades das sequên
ias em R.
DEFINIÇO 5.5.2 Seja un uma sequên
ia de valores reais. Então un é denominada monó-
tona se perten
er a um dos tipos des
ritos na Denição 5.5.1.
Solução: Devemos mostrar que un perten
e a um dos tipos des
ritos na Denição 5.5.1.
(n+1)+1
Temos que un = nn+1 n+2
2 +2 e un+1 = (n+1)2 +2 = n2 +2n+3 . Veri
aremos se un+1 ≤ un
n+2 n+1
≤
n2+ 2n + 3 n2 + 2
2
⇔ (n + 2)(n + 2) ≤ (n + 1)(n2 + 2n + 3)
⇔ n3 + 2n2 + 2n + 4 ≤ n3 + 3n2 + 5n + 3
⇔1 ≤ n2 + 3n.
n+1
A última desigualdade é verdadeira para todo n. Logo, un = n2 +2
é de
res
ente e, assim,
monótona.
DEFINIÇO 5.5.4 Sejam un uma sequên
ia numéri
a, C e K dois números reais. Dizemos
que C é limitante inferior de un se C ≤ un para todo n e que K é limitante superior de un
se K ≥ un para todo n.
DEFINIÇO 5.5.6 Seja un uma sequên
ia numéri
a que possui limitantes inferiores e supe-
riores, então un é dita sequên
ia limitada.
OBSERVAÇO Note que uma sequên
ia, para ser limitada, não pre
isa ter limite. Por
5.5.7
(i) n→∞
lim c = c;
176
(ii) n→∞
lim cun = ca;
(iii) n→∞
lim (un ± yn ) = a ± b;
(iv) n→∞
lim un yn = ab;
(vi) n→∞
lim nck = 0, se k é uma
onstante positiva.
A sequên
ia un ,
ujos innitos termos são somados, é
hamada de termo geral ou n−ésimo
termo da série.
S1 = u1
S2 = u 1 + u 2 = S1 + u 2
S3 = u 1 + u 2 + u 3 = S2 + u 3
···
Sk = Sk−1 + uk
formam uma sequên
ia,
hamada de sequên
ia de somas par
iais. Se esta sequên
ia
onvergir, ou seja, se existir S tal que lim Sk = S, dizemos que a série dada
onverge para
k→∞
∞
X
S e denotaremos un = S.
n=1
177
Se não existir tal S, diremos que a série diverge, signi
ando que não podemos obter
um valor nito para a soma das innitas par
elas da série.
Para melhor entendimento, vamos
onsiderar e analisar um exemplo.
X∞
20000 10000 5000 2000 10000 2500
= 10000 + + + 1000 + + + +···
n=1
n(n + 1) 3 3 3 21 7
Os primeiros termos das somas par iais desta série são dadas por
S1 = u1 = 10000,
40000
S2 = S1 + u 2 = ,
3
S3 = S2 + u3 = 15000,
S4 = S3 + u4 = 16000
Agora, pre
isamos determinar uma expressão para o termo geral desta soma. Para isso,
rees
revemos o termo geral da série usando de
omposição em frações par
iais, tomando
20000 A B A (n + 1) + Bn A + (A + B)n
= + = =
n(n + 1) n n+1 n(n + 1) n(n + 1)
e obtendo que
A = 20000
⇒ A = 20000 e B = −20000.
A+B =0
Desse modo a série dada pode ser rees
rita
omo
X∞ ∞
X
20000 20000 20000
= −
n=1
n(n + 1) n=1 n n+1
178
e
omo podemos simpli
ar alguns termos intermediários, obtemos que
20000
Sk = 20000 − ,
k+1
ou seja,
20000k
Sk = .
k+1
O leitor poderá veri
ar que as somas par
iais determinadas anteriormente
orrespondem
às forne
idas por esta expressão.
Como a solução para a questão (i) do exemplo
orresponde à sexagésima soma, temos
que
20000 · 60
S60 = = 19672.
61
Desse modo, após 60 meses, o estudante terá re
ebido um montante de 19672 unidades
monetárias.
Passaremos agora a responder a segunda questão. Na Figura 5.3 podemos ver o
ompor-
tamento para o
res
imento da soma da série.
Sk
k
Figura 5.3: Estimativa para o
res
imento da série
179
P∞ 20000
EXEMPLO 5.6.6 Considere a série obtida no Exemplo 5.6.3, dada por . Mostre
n=1 n(n + 1)
P∞ 20000
que = 20000.
n=1 n(n + 1)
Solução: Como vimos a
ima, a sequên
ia de somas par
iais da série dada é Sk =
20000k
k+1
.
20000k
Devemos então mostrar que lim = 20000, ou seja, que dado ε > 0 podemos en
ontrar
k→∞ k+1
N0 > 0 tal que para, se k > N0 então |Sk − 20000| < ε. Como
20000k 20000k − 20000k − 20000 −20000
|Sk − 20000| = − 20000 = =
k+1
k+1 k+1
temos que a desigualdade desejada será válida se
20000 20000 − ε
< ε ⇒ 20000 < kε + ε ⇒ < k.
k+1 ε
20000 − ε
Consequentemente, podemos tomar N0 = e a Denição 5.6.1 estará satisfeita.
ε
Suponhamos que se deseja saber a partir de qual par
ela a diferença entre o montante
e o total a re
eber será menor do que 300 u.m.. Para obter a resposta tomamos ε = 300 e
20000 − 300
obteremos N0 = = 65, 667. Isso signi
a que em todas as par
elas, a partir da
300
sexagésima sexta, a diferença entre o montante e o limite é menor do que 300 u.m..
Suponhamos que se deseja saber a partir de qual par
ela a diferença entre o montante
e o limite é menor do que 200 u.m.. Para obter a resposta tomamos ε = 200 e obteremos
20000 − 200
N0 = = 99. Isso signi
a que em todas as par
elas, a partir da par
ela de
200
número 99, a diferença entre o montante e o limite é menor do que 100 u.m..
20000k
lim Sk = lim = 20000.
k→∞ n→∞ k + 1
P∞ 2n
EXEMPLO 5.6.10 Determine se a série n−1
é
onvergente ou divergente.
n=1 5
Solução: Devemos veri
ar se a sequên
ia de somas par
iais desta série tem limite. Todas
as séries que apresentam esse modelo (séries geométri
as) podem ser resolvidas
onforme o
modelo que segue.
(i) Es
revemos a soma dos k primeiros termos:
22 23 24 2k
Sk = 2 + + 2 + 3 + · · · + k−1
5 5 5 5
180
2
(ii) Multipli
amos Sk por
5
2 22 23 24 2k 2k+1
Sk = + 2 + 3 + · · · + k−1 + k
5 5 5 5 5 5
(iii) Tomamos a diferença entre os resultados de (i) e (ii), obtendo
2
2 22 23 2k 2 23 2k 2k+1
Sk − Sk = 2+ + 2 + · · · + k−1 − + 2 + · · · + k−1 + k
5 5 5 5 5 5 5 5
ou seja,
3 2k+1
Sk = 2 − k
5 5
ou ainda,
k
10 5 2k+1 10 10 2
Sk = − k
= −
3 3 5 3 3 5
2
e
omo < 1, temos que a
5
k
10 10 2 10
S = lim Sk = lim − = .
k→∞ k→∞ 3 3 5 3
P∞ 2n 10
Consequentemente, a série
n−1
onverge para .
n=1 5 3
∞
X −4
EXEMPLO 5.6.11 En
ontre o termo geral da sequên
ia de somas par
iais da série .
n=1
(2n + 3)(2n − 1)
A seguir, determine se a série
onverge ou diverge, obtendo o valor de sua soma, se possível.
∞
X −4 1 1
Solução: Note que = − , assim temos que
n=1
(2n + 3)(2n − 1) 2n + 3 2n − 1
∞
X X ∞
−4 1 1
= − .
n=1
(2n + 3)(2n − 1) n=1 2n + 3 2n − 1
k
X
1 1
Sk = −
n=1
2n + 3 2n − 1
1 1 1 1 1 1 1
= −1 + − + − + − +···+
5 7 3 9 5 11 7
1 1 1 1 1 1
+···+ − + − + −
2k − 1 2k − 5 2k + 1 2k − 3 2k + 3 2k − 1
1 1 1
= −1 − + +
3 2k + 1 2k + 3
4 1
Portanto, o termo geral da sequên
ia de somas par
iais da série dada é Sk = − + +
3 2k + 1
1
.
2k + 3
181
Por denição a série
onverge se lim Sk existe e a soma da série é o valor do limite.
k→∞
Como
4 1 1 4
lim Sk = lim − + + =− .
k→∞ k→∞ 3 2k + 1 2k + 3 3
A série dada
onverge e sua soma é S = − 34 .
Observações:
1. Uma das propriedades das séries innitas é que a
onvergên
ia ou divergên
ia não
é afetada se subtrairmos ou adi
ionarmos um número nito de termos a elas. Por
exemplo, se no Exemplo 5.6.3 o estudante só
omeçasse a re
eber a primeira par
ela
X∞
20000
após 5 meses, a série seria es
rita
om n=6 no primeiro termo, ou seja, ,
n=6
n(n + 1)
e a soma seria S = 20000 − S5 . Se por outro lado, o seu pai de
idisse nos primeiros 10
meses dar uma mesada xa de 2000u.m. por mês e ini
iar o pagamento
om n=1 no
20000k
dé
imo primeiro mês, a soma seria S = 2000(10) + lim . Em ambos os
asos a
k→∞ k + 1
série
ontinuará
onvergente.
P
∞ P
∞ P
∞
2. Se a série un é
onvergente e a série yn (un + yn ) é
é divergente, então a série
n=1 n=1 n=1
P∞ P∞ P∞
divergente. No entanto, se as séries un e yn são divergentes, a série (un + yn )
n=1 n=1 n=1
pode ser
onvergente ou divergente.
P
∞
3. Se un é uma série
onvergente de termos positivos, seus termos podem ser reagru-
n=1
pados de qualquer modo e a série resultante também será
onvergente e terá a mesma
soma que a série dada.
P
∞
TEOREMA 5.6.12 Seja un uma série e α ∈ N∗ . Se a série
n=1
∞
X
un = uα + uα+1 + uα+2 + · · ·
n=α
182
Propriedades
Sejam
∞
X
un = u1 + u2 + u3 + · · · + uk + · · ·
n=1
e
∞
X
yn = y1 + y2 + y3 + · · · + yk + · · ·
n=1
duas séries que
onvergem para S e S ′, respe
tivamente, então são válidas as seguintes
propriedades.
P
∞ P
∞ P
∞
(i) kun = k un para todo k ∈ R, ou seja, a série kun
onverge para kS.
n=1 n=1 n=1
P
∞ P
∞ P
∞ P
∞
(ii) (un ± yn ) = un ± yn , ou seja, a série (un ± yn )
onverge para S + S ′.
n=1 n=1 n=1 n=1
P
∞
TEOREMA 5.7.1 Se un é uma série
onvergente, então lim un = 0.
n→∞
n=1
P
∞
DEMONSTRAÇO: Suponhamos que a série un
onverge para S, então podemos armar
n=1
que lim Sk = S, de modo que, pela Denição 5.6.8, dado ε > 0 podemos en
ontrar N0 > 0
k→∞
ε ε
tal que para todo k > N0 vale a desigualdade |Sk − S| < 2
e |Sk−1 − S| < 2
. Como
Sk = Sk−1 + uk , temos que uk = Sk − Sk−1 e assim,
P
∞ P
∞
COROLÁRIO 5.7.2 Seja un uma série tal que lim un 6= 0, então
n→∞
un é divergente.
n=1 n=1
P
∞
EXEMPLO 5.7.3 A série 2n+2
3n+5
é divergente já que lim un = lim 2n+2
= 2
6= 0.
n=1 n→∞ n→∞ 3n+5 3
183
P
∞
EXEMPLO 5.7.4 A série 1
n
é tal que lim un = lim 1
= 0, isto é, possui a
ondição ne
essá-
n=1 n→∞ n→∞ n
ria para
onvergên
ia. No entanto, não podemos, sem apli
ar outros testes de
onvergên
ia,
armar se ela é
onvergente ou divergente.
OBSERVAÇO 5.7.5 Portanto quem atentos, se o lim un 6= 0 prova-se que a série é diver-
n→∞
gente. Mas, se lim un = 0 a série pode
onvergir ou divergir, para isso ne
essitamos estudar
n→∞
ritérios para fazer tal veri
ação.
Veremos, na sequên
ia, alguns resultados que permitem veri
ar se uma série é
onver-
gente ou divergente
A série harmni
a é uma das séries mais importantes da matemáti
a. Seu nome surge
em
onexão
om os sons harmni
os produzidos pela vibração de uma
orda musi
al.
A série harmni
a, embora possua a
ondição ne
essária para
onvergên
ia, é uma série
divergente. A divergên
ia da série harmni
a não é trivial. Sua lenta divergên
ia se tornará
evidente quando examinarmos suas somas par
iais
om maior detalhe. Na verdade, vamos
mostrar que a sequên
ia de somas par
iais Sn da série harmni
a não
onverge, pois admite
subsequên
ias divergentes. Para isso, vamos
onsiderar as somas S2 , S4 , S8 , S16 , S32 , · · ·
ujos
índi
es são sempre potên
ias de 2, formando a subsequên
ia S2n de Sn . Temos que
1 1 1 2
S21 = S2 = 1 + > + =
2 2 2 2
1 1 1 1 1 3
S22 = S4 = S2 + + > S2 + + = S2 + >
3 4 4 4 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 4
S23 = S8 = S4 + + + + > S4 + + + + = S4 + >
5 6 7 8 8 8 8 8 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1
S24 = S16 = S8 + + + + + + + +
9 10 11 12 13 14 15 16
1 1 1 1 1 1 1 1 1 5
> S8 + + + + + + + + = S8 + >
16 16 16 16 16 16 16 16 2 2
n+1
e assim su
essivamente, de forma que podemos intuir que S2n > para todo n ∈ N∗ .
2
Desta forma, temos que
n+1
lim S2n ≥ lim = ∞,
n→∞ n→∞ 2
o que nos diz que S2n é uma subsequên
ia divergente de Sn . Com isso, temos que Sn também
diverge, pois do
ontrário iríamos
ontrariar o Teorema 5.3.3. Como a sequên
ia de somas
par
iais da série harmni
a diverge,
on
luímos que a própria série harmni
a diverge.
Vejamos algumas somas par
iais da série harmni
a, obtidas
om auxílio do MAPLE 6,
que nos mostra a forma lenta
om a qual a soma da série tende ao innito.
184
5.8.3 Série geométri
a
P
∞
DEFINIÇO 5.8.4 Denominamos série geométri
a à toda série da forma a1 q n−1 , onde q
n=1
é denominada razão.
EXEMPLO 5.8.5 En ontre a soma da série geométri a e estude sua onvergên ia.
∞
X
a1 q n−1 = a1 + a1 q + aq 2 + · · · + a1 q n−1 + · · ·
n=1
Sn = a1 + a1 q + aq 2 + · · · + a1 q n−1 .
qSn = a1 q + a1 q 2 + a1 q 3 + · · · + a1 q n
(q − 1)Sn = a1 q n − a1 = a1 (q n − 1),
a1 (q n − 1)
Sn = .
(q − 1)
Para estudar a
onvergên
ia dessa série devemos
onsiderar três
asos:
a1 (q n − 1)
(I) Se q=1 então lim Sn = lim =∞ e a série é divergente. Se q = −1 então
n→∞ n→∞ (q − 1)
Sn tem dois valores para o limite e, portanto, a série é divergente.
a1 (q n − 1)
(II) Se |q| > 1 então lim Sn = lim =∞ e a série é divergente.
n→∞ n→∞ (q − 1)
a1 (q n − 1) a1 q n −a1 −a1
(III) Se |q| < 1 então lim Sn = lim = lim + lim = e a
n→∞ n→∞ (q − 1) n→∞ q − 1 (q − 1) (q − 1)
série é
onvergente.
185
5.9 Critérios de Convergên
ia de Séries
Quando
onhe
emos o termo geral da soma de uma série, é fá
il fazer a veri
ação da
onvergên
ia. Podemos veri
ar se uma série
onverge usando
ritérios para
onvergên
ia
que passaremos a estudar a seguir.
A demonstração deste teorema poderá ser estudada em qualquer um dos livros
onstantes
na bibliograa.
EXEMPLO 5.9.3 Verique as hipóteses do teste da integral e utilize-o, se possível, para analisar
∞
X
a
onvergên
ia da série ne−n .
n=1
Z ∞ Z b
−x
I = xe dx = lim xe−x dx
1 b→+∞ 1
b Z
b
= lim −xe−x + e−x dx
b→+∞ 1
1
−b −1 −b −1
2 b 1 2
= lim −be +e −e +e = + lim − b − b = .
b→+∞ e b→+∞ e e e
∞
X
Como a integral imprópria
onverge, pelo teste da integral a série ne−n também
onverge.
n=1
186
Vamos utilizar o Teorema 5.9.2 para estudar a
onvergên
ia da série p.
P∞ 1 1 1 1 1
EXEMPLO 5.9.6 Estude a
onvergên
ia da série p
= 1+ p + p + p +···+ p +··· .
n=1 n 2 3 4 n
1
Solução: Considerando f (x) = , temos que f é positiva,
ontínua e de
res
ente, satisfa-
xp
zendo todas as
ondições do Teorema 5.9.2, de modo que podemos tomar a integral
Z ∞ Z n
1 1
dx = lim dx.
1 xp n→∞ 1 xp
Temos três
asos a
onsiderar:
Z Z n
∞
1 n
1
dx = lim dx = lim ln x = lim (ln n − ln 1) = ∞.
1 x n→∞ 1 x n→∞ n→∞
1
P
∞ 1 P∞ 1
Consequentemente, quando p=1, a série p
= é divergente. Note que neste
n=1 n n=1 n
aso, temos a série harmni
a.
Z Z n 1−p
∞
1 n
1 x1−p n 1
dx = lim dx = lim = lim − = ∞.
1 xp n→∞ 1 xp n→∞ 1 − p n→∞ 1 − p 1−p
1
P
∞ 1
Consequentemente, se p<1, a série p
é divergente.
n=1 n
Z Z n 1−p
∞
1 n
1 x1−p n 1 −1
dx = lim dx = lim = lim − = .
1 xp n→∞ 1 xp n→∞ 1 − p n→∞ 1 − p 1−p 1−p
1
P
∞ 1
Consequentemente, se p>1 a série p
é
onvergente.
n=1 n
P∞ 1
(b) √ divergente, pois é uma série-p
om p = 1
2
< 1.
n=1 n
187
5.9.8 Critério da
omparação
P
∞ P
∞
TEOREMA 5.9.9 Seja un uma série e seja yn uma série
uja
onvergên
ia queremos
n=1 n=1
estudar, então:
P
∞ P
∞
(i) Se un for uma série
onvergente e 0 ≤ yn ≤ un para todo n, então a série yn é
n=1 n=1
onvergente.
P
∞ P
∞
(ii) Se un for uma série divergente e yn ≥ un ≥ 0 para todo n, então a série yn é
n=1 n=1
divergente.
P
∞ P
∞
DEMONSTRAÇO: (i) Sejam un uma série
onvergente e yn uma série tal que 0 ≤ yn ≤
n=1 n=1
P
∞
un para todo n. Como un é uma série
onvergente, a sequên
ia de suas somas par
iais Sn
n=1
tem limite L, de modo que u1 + u2 + u3 + · · · + uk + · · · < L. Como 0 ≤ yn ≤ un para todo
n, segue que
0 ≤ y1 + y2 + y3 + · · · + yk + · · · ≤ u1 + u2 + u3 + · · · + uk + · · · < L.
P
∞
Consequentemente, a sequên
ia de somas par
iais de yn é limitada e, além disso,
n=1
P
∞
monótona. Logo, pelo Teorema 5.5.8 é
onvergente e, assim, a série yn é
onvergente.
n=1
P
∞ P
∞
(ii) Sejam un uma série divergente e yn ≥ un ≥ 0 para todo n. un é uma
Como
n=1 n=1
série divergente a sua sequên
ia de somas par
iais Sn não tem limite, de modo que dado um
número L > 0, existe K > 0 tal que u1 + u2 + u3 + · · · + uk + · · · > L para todo n > K.
Como yn ≥ un para todo n, segue que
y1 + y2 + y3 + · · · + yk + · · · ≥ u1 + u2 + u3 + · · · + uk + · · · > L.
Solução: Conforme o Teorema 5.9.9, devemos en
ontrar uma série que sabemos ser
onver-
gente ou divergente e fazer a
omparação do termo geral dessa série
om a série em estudo.
Um pro
edimento usado para en
ontrar um termo geral adequado é majorar o termo geral
da série proposta. Vamos des
rever o pro
esso.
(i) Temos duas formas de majorar um quo
iente: aumentando o denominador ou dimi-
nuindo o denominador. No termo geral da série em estudo, vamos diminuir o denomi-
nador passo a passo
n n n 1
< 3 < 3 = .
n3 + n2 +n+1 2
n +n +n n +n 2 n(n + 1)
188
P∞ 20000
No Exemplo 5.6.3, vimos que a série é
onvergente. Como podemos es
rever
n=1 n(n + 1)
P∞ 20000 P∞ 1 P
∞ 1
= 20000 , segue (pela propriedade i), que também é
n=1 n(n + 1) n=1 n(n + 1) n=1 n(n + 1)
onvergente.
n 1
(ii) Vamos veri
ar que, de fato, ≤ para todo n ∈ N∗ .
n3 + n2+n+1 n(n + 1)
n 1
≤
n3 n2
+ +n+1 n(n + 1)
⇔ n2 (n + 1) ≤ n3 + n2 + n + 1
⇔ n3 + n2 ≤ n3 + n2 + n + 1
⇔ 0 ≤ n+1
P
∞ n
que é válido para todo n. Logo, pelo Teorema 5.9.9, a série é
onvergente.
n=1 n3 + n2+n+1
P
∞
(ii) A série un diverge se L > 1;
n=1
un+1 un+1
− (q − L) < −L< q−L ou − (q − L) + L < < q.
un un
Da última relação
on
luímos que un+1 < un q. Dessa relação temos que
un+1 < un q
un+2 < un+1 q < un qq < un q 2
un+3 < un+2 q < un q 2 q < un q 3
···
un+k < un+(k−1) q < un q k−1 q < un q k
e assim su
essivamente, de forma que
189
Note que un q + un q 2 + un q 3 + · · ·
é uma série geométri
a,
om razão |q| < 1 e, portanto,
P∞
onvergente. Assim, pelo Teorema 5.9.9, a série un
onverge se L < 1.
n=1
un+1
Por outro lado, suponhamos que lim = L > 1, então obteremos un+1 > un para todo
n→∞ un
n e, desse modo, lim un 6= 0. Consequentemente, a série não possui a
ondição ne
essária
n→∞
P∞
para
onvergên
ia. Logo, a série un diverge se L > 1.
n=1
un+1
A parte (iii) do Critério de D'Alambert diz que, se lim = 1, então este
rité-
n→∞ un
X∞ X∞
1 1
rio é in
on
lusivo. Observe isso
onsiderando os exemplos: e . Para ambas
n=1
n2 n=1
n
un+1
lim = 1, porém a primeira é uma série p,
om p = 2,
onvergente e a segunda é a série
n→∞ un
harmni
a que sabemos ser divergente.
2n 2n+1
Solução: Temos que un = e un+1 = . Logo,
n n+1
un+1 n2n+1 n2n 2 2n
= n = n =
un 2 (n + 1) 2 (n + 1) (n + 1)
un+1 2n
L = lim = lim = 2 > 1.
n→∞ un n→∞ (n + 1)
P∞ 2n
Consequentemente, a série é divergente.
n=1 n
P∞ 1
EXEMPLO 5.9.14 Estude a
onvergên
ia da série .
n=1 n!
1 1
Solução: Temos que un = e un+1 = e então
n! (n + 1)!
un+1 n! 1
L = lim = lim = lim = 0 < 1,
n→∞ un n→∞ (n + 1)! n→∞ n+1
P∞ 1
portanto a série
onverge, pela
ritério de D'Alembert.
n=1 n!
190
P
∞
(i) A série un
onverge se L < 1;
n=1
P
∞
(ii) A série un diverge se L > 1;
n=1
P
∞ 1 1 1 1 1
EXEMPLO 5.10.2 A série (−1)n−1 p
= 1 − p + p − p + · · · + (−1)n−1 p + · · · é um
n=1 n 2 3 4 n
exemplo de série alternada.
191
5.10.3 Convergên
ia de uma série alternada
Infelizmente todos os
ritérios de
onvegên
ia vistos até o momento não são válidos para
séries alternadas, pois eles exigiam que os termos da série fossem todos positivos. A seguir,
passaremos a ver alguns resultados que são válidos para séries de termos positivos e negativos.
tal que
(i) u1 > u2 > u3 > u4 > · · · (ii) lim un = 0.
n→∞
Então são válidas as seguintes
on
lusões:
(a) A série alternada é
onvergente.
(b) A soma par
ial Sn da série alternada é tal que 0 < Sn < u1 .
DEMONSTRAÇO: (a) Consideremos a soma dos 2n primeiros termos da série alternada.
Suponhamos que os termos de ordem ímpar da série são positivos e os de ordem par são
negativos. Se, por a
aso o primeiro termo for negativo, ini
iaremos a
ontagem em u2 , pois
a retirada de um número nito de termos não afeta a
onvergên
ia da série. Desse modo, o
termo u2n−1 é positivo e o termo u2n é negativo. Assim, pela
ondição (i) temos que
(u1 − u2 ) > 0, (u3 − u4 ) > 0, · · · (un − un+1 ) > 0, · · · (u2n−1 − u2n ) > 0
de modo que
Consequentemente as somas de ordem ímpar tem a mesma soma dos termos de ordem
par. Finalmente, mostraremos que lim Sn = S.
n→∞
Como lim S2n = S, dado ε>0 podemos en
ontrar K1 > 0 tal que |S2n − S| < ε sempre
n→∞
que 2n > K1 .
192
Como lim S2n+1 = S, dado ε > 0 podemos en
ontrar K2 > 0 tal que |S2n − S| < ε
n→∞
sempre que 2n + 1 > K2 .
Tomando K = max {K1 , K2 } , para todo n > K vale a desigualdade |Sn − S| < ε. Logo,
P
∞
lim Sn = S e a série (−1)n−1 un é
onvergente.
n→∞ n=1
Solução: Vamos veri
ar se un satisfaz todas
ondições do Teorema 5.10.4. O termo geral
n+2
da série é un = > 0 para todo n ∈ N∗ . Agora, vamos veri
ar se un > un+1 para
n (n + 1)
todo n natural. Temos que
n+2 n+3
>
n (n + 1) (n + 1) (n + 2)
⇔ (n + 2) (n + 1) (n + 2) > n (n + 1) (n + 3)
⇔ n3 + 5n2 + 8n + 4 > n3 + 4n2 + 3n
⇔ n2 + 5n + 4 > 0,
que é verdadeiro para todo n natural. Assim, a primeira
ondição do Teorema 5.10.4 está
satisfeita. Ainda,
n+2
lim un = lim = 0.
n→∞ n→∞ n (n + 1)
e então todas as exigên
ias do Teorema 5.10.4 estão satisfeitas. Podemos
on
luir então que
a série
∞
X n+2
(−1)n−1
n=1
n (n + 1)
é
onvergente.
As séries alternadas são asos parti ulares das séries de termos de sinais quaisquer.
P
∞ √ √ √ √
EXEMPLO 5.11.2 A série sin( nπ
6
) = 21 + 2
3
+1+ 2
3
+ 21 + 0 − 12 − 2
3
−1− 2
3
− 21 + 0 + · · ·
n=1
é um exemplo de série de termos de sinais quaisquer.
Veremos na sequên
ia um teorema que permite veri
ar se uma série de termos de sinais
quaisquer é
onvergente.
P
∞ P
∞
TEOREMA 5.11.3 Seja un uma série de termos de sinais quaisquer. Se a série |un |
n=1 n=1
P
∞
for uma série
onvergente então a série un também será
onvergente.
n=1
193
P
∞
No entanto, se a série |un | for divergente, nada poderemos armar sobre a
onvergên
ia
n=1
P
∞
da série de sinais quaisquer un .
n=1
P∞ (−1)n−1 n + 2
EXEMPLO 5.11.4 Vimos no Exemplo 5.10.5 que a série é
onvergente. Po-
n=1 n (n + 1)
P∞ (−1)n−1 n + 2 P
∞ n+2
rém, a série = não é
onvergente. O leitor pode veri
ar
n=1 n (n + 1) n=1 n (n + 1)
essa armação usando o
ritério da
omparação.
P∞ (−1)n−1
EXEMPLO 5.11.5 Usando o Teorema 5.11.3, estude a
onvergên
ia da série .
n=1 n3
∞
P
(−1)n−1 P
∞
Solução: Temos que n3 = 1
n3
. Como podemos observar, esta é uma série p
om
n=1 n=1
P
∞
(−1)n−1
p=3>1 e, portanto,
onvergente. Logo,
n3
é
onvergente. A
onvergên
ia desta
n=1
série também pode ser estudada pelo teorema de Leibnitz.
∞
X
∞
sin(nx) + 3 cos2 (n) X |sin(nx) + 3 cos2 (n)|
=
n2 n2
n=1 n=1
∞
X X∞
|sin(nx) + 3 cos2 (n)| 4
≤
n=1
n2 n=1
n2
P
∞
4
para todo n natural. Como
n2
é uma série p
onvergente (p = 2 > 1), temos que a série
n=1
∞
X
sin(nx) + 3 cos2 (n)
n2
n=1
194
5.12 Séries absolutamente
onvergente e
ondi
ionalmente
onvergentes
Antes de denir séries absolutamente
onvergente e
ondi
ionalmente
onvergentes vamos
onsiderar os exemplos abaixo.
já mostramos que esta série é divergente. Porém, a série harmni
a alternada, dada por
∞
X 1 1 1 1 1
(−1)n−1 = 1 − + − + · · · + (−1)n−1 + · · ·
n=1
n 2 3 4 n
P
∞ 1
é
onvergente, pelo teorema de Leibnitz. Vamos mostrar que a série (−1)n−1
onverge
n=1 n
sob
ondições, isto é, podemos interferir na sua forma de
onvergir.
P
∞ 1
Solução: Para modi
ar o valor de
onvergên
ia de (−1)n−1
basta reagrupar os termos
n=1 n
desta série, separando a soma dos termos de ordem ímpar da soma dos termos de ordem par,
onforme segue:
1 1 1 1 1 1 1
Sn = 1+ + +···+ +··· − + + +···+ +··· .
3 5 2n − 1 2 4 6 2n
Como o leitor pode observar, podemos es
rever
∞
X X 1 ∞
1
Sn = −
n=1
2n − 1 n=1 2n
e,
ada uma destas sub-somas é divergente. Logo, temos que Sn = ∞ − ∞, isto é, a soma é
indeterminada, signi
ando que, se es
revermos
∞
X 1
(−1)n−1
n=1
n
na forma
∞
X
n−1 1 1 1 1 1 1 1 1
(−1) = 1+ + +···+ +··· − + + +···+ +···
n=1
n 3 5 2n − 1 2 4 6 2n
nada podemos armar sobre a sua onvergên ia. Isso o orre porque a série
∞
X
∞
(−1)n−1 1 X 1
=
n=1
n n=1 n
não
onverge.
Com base no exemplo anterior, vamos denir séries absolutamente
onvergente e
ondi-
ionalmente
onvergente.
195
P
∞
DEFINIÇO 5.12.2 Seja un uma série de termos de sinais quaisquer, então:
n=1
P
∞
(i) Se |un |
onverge, a série é denominada absolutamente
onvergente.
n=1
P
∞ P
∞ P
∞
(ii) Se un
onverge e |un | diverge, então a série un é denominada
ondi
ional-
n=1 n=1 n=1
mente
onvergente.
1 P
∞
EXEMPLO 5.12.3 A série
(−1)n−1 , estudada no Exemplo 5.12.1, é
ondi
ionalmente
n=1 n
P sin(nx) + 3 cos2 (n)
∞
onvergente enquanto que a série , estudada no Exemplo 5.11.6, é
n=1 n2
absolutamente
onvergente.
P∞ (−1)n−1 n2
EXEMPLO 5.12.4 Classique a série numéri
a
omo absolutamente
onver-
n=1 n3 + 4
gente,
ondi
ionalmente
onvergente ou divergente.
P∞ (−1)n−1 n2 P
∞ n2
Solução: Temos que
n3 + 4
=
3
, e esta é uma série divergente, pois a
n=1 n=1 n + 4
x2 √
função f (x) = é
ontínua para todo x 6=
3
−4, em parti
ular para todo x ≥ 1, é
x3 + 4
√ x(8 − x3 )
positiva para todo x≥ 3
−2, em parti
ular para x ≥ 1, e
omo f ′ (x) = > 0 para
(x3 + 4)2
todo x > 2, ou seja, logo a função f (x) é de
res
ente para todo x ≥ 2, e assim podemos
apli
ar o
ritério da integral, e deste segue que
Z Z b
+∞
x2 b
x2 1
3
dx = lim dx = lim ln(x + 4) = +∞,
2 x3 + 4 b→+∞ 2 x3 + 4 b→+∞ 3
2
n2 (n + 1)2 n2
lim =0 e un+1 = ≤ = un , para todo n≥2
n→+∞ n3 + 4 (n + 1)3 + 4 n3 + 4
x2
pois a
ima veri
amos que a função f (x) = é de
res
ente para todo x ≥ 2.
x3 + 4
Portanto a série dada é
ondi
ionalmente
onvergente.
196
Apli
ando o teste da raiz, temos
s
2n 2
L = lim n
n
= lim = 0.
n→∞ (ln n) n→∞ ln n
∞
X 2n
Como L < 1 a série
onverge. Logo, pelo teste da
omparação, a série dada
n=2
(ln n)n
onverge absolutamente.
(b) Analisando a
onvergên
ia absoluta temos
(−1)n 2 2 2
√
4 n3 + 2n = √
4 3
n + 2n
≤ √
4
n3
,
om isso nada podemos
on
luir, pois a série dada é menor que uma série p divergente.
Porém, observe que
2 2 2
√
4
= 2 1 = 3
2 14
n3 + 2n [n3 (1 + n2
)] 4 n (1 +
4
n2
)
2 1 1
e 1 ≤ (1 + 2
)4 ≤ 34 . Logo,
n
2 2
√
4
≥ √ 3 ,
n3 + 2n 4
3n 4
e, por
omparação, a série dada não
onverge absolutamente.
Analisando a
onvergên
ia
ondi
ional, usando o Teorema de Leibnitz, pois a série dada
2 2
é alternada, temos lim √
4
=0 e an = √
4
é de
res
ente.
n→∞ n3 + 2n n3 + 2n
Portanto, a série dada é
ondi
ionalmente
onvergente.
DEFINIÇO 5.13.1 Denominamos série de funções a toda série na qual o termo geral é uma
função da variável real x e a denotaremos por
∞
X
un (x) = u0 (x) + u1 (x) + u2 (x) + · · · + un (x) + · · ·
n=0
197
de
ada valor de x numa série de funções é uma série numéri
a que pode ser
onvergente ou
divergente. Por exemplo, para
ada valor de x, a série
∞
X
xn = 1 + x + x2 + x3 + x4 + · · · + xn + · · ·
n=0
é uma série geométri
a e, portanto,
onverge se |x| < 1 e diverge
aso
ontrário. Já sua soma
1
será a função S (x) = , se |x| < 1. Isso signi
a que uma série de funções
onvergente,
1−x
onverge para um determinado
onjunto de valores de x, denominado domínio ou intervalo
de
onvergên
ia.
P
∞
DEFINIÇO 5.13.3 Seja un (x) uma série de funções. Denominamos domínio ou inter-
n=0
valo de
onvergên
ia da série ao
onjunto de todos os valores de x para os quais a série é
onvergente e denominamos raio de
onvergên
ia à distân
ia entre o
entro e as extremidades
do intervalo
onvergên
ia.
P
∞
EXEMPLO 5.13.4 O raio de
onvergên
ia da série xn é R = 1 e o seu intervalo de
onver-
n=0
P
∞ 1
gên
ia é I = (−1, 1) . Para todo x ∈ (−1, 1) tem-se que xn = .
n=0 1−x
P∞ cos(x) + sin(x)
EXEMPLO 5.13.5 Determine o intervalo e o raio de
onvergên
ia da série .
n=1 n4 + n
Solução: Analisando a
onvergên
ia absoluta da série, temos que
cos(x) + sin(x) |cos(x) + sin(x)| |cos(x)| + |sin(x)| 2 2
= ≤ ≤ 4 ≤ 4
4
n +n 4
n +n 4
n +n n +n n
P∞ 2
e
omo
4
é uma p-série
onvergente,
on
luímos, por
omparação, que a série dada é
n=1 n
P∞ cos(x) + sin(x)
absolutamente
onvergente. Ou seja, a série
onverge para todo valor
n=1 n4 + n
real de x. Assim, o intervalo de
onvergên
ia desta série é R e seu raio de
onvergên
ia é
innito.
DEFINIÇO 5.14.1 Uma série de potên
ias é uma série
ujos termos envolvem apenas po-
tên
ias de x multipli
adas por
oe
ientes
onstantes cn , ou seja, uma série de potên
ias é
es
rita na forma
∞
X
cn xn = c0 + c1 x + c2 x2 + c3 x3 + · · · + cn xn + · · · .
n=0
198
P
∞
EXEMPLO 5.14.2 A série xn do Exemplo 5.13.4 é uma série de potên
ias onde todos os
n=0
P∞ cos(x) + sin(x)
oe
ientes cn são iguais a 1. Já a série do Exemplo 5.13.5 não é uma
n=1 n4 + n
série de potên
ias, pois seus termos não envolvem apenas potên
ias de x.
OBSERVAÇO 5.14.3 Para que os resultados anteriores possam ser usados sem mudanças nas
notações, vamos admitir que un(x) = cn xn para o
aso das séries de potên
ias.
1
R= .
L
OBSERVAÇO Como o
ritério de D 'Alambert é in
on
lusivo quando o limite da ra-
5.14.5
zão é igual a 1, nada podemos armar se |x| L = 1. Assim, devemos veri
ar se a série
1 1
onverge para x = e x = − . Feita esta veri
ação, pode-se estabele
er o intervalo de
L L
onvergên
ia.
∞
X 3n xn
EXEMPLO 5.14.6 Determine o intervalo e o raio de
onvergên
ia da série .
n=0
5n (1 + n2 )
Solução: Apli
ando o
ritério de D'Alambert para a
onvergên
ia absoluta, temos que
3 n+1 n+1
x
n n n
un+1 5n+1 1 + (n + 1) 2
5 3 3x x (1 + n2 )
lim = lim = lim n
n→∞ un n→∞ 3n xn n→∞ 5 5 (n2 + 2n + 2) 3xn
5n (1 + n2 )
3x (1 + n2 ) 3 (1 + n2 ) 3
= lim = |x| lim = |x|
n→∞ 5 (n2 + 2n + 2) n→∞ 5 (n2 + 2n + 2) 5
3
Assim, a série
onvergirá se |x| < 1, ou seja, se |x| < 53 . Portanto, o raio de
onvergên
ia
5
é R = 53 .
5 5
Na sequên
ia devemos veri
ar se a série
onverge para x=− e x= .
3 3
199
5
• Se x=− , temos a série
3
∞ n ∞ ∞
X 3n − 35 X n 3n 5n X 1
2
= (−1) n 2
= (−1)n .
n=0
n
5 (1 + n ) n=0 5 (1 + n ) 3 n
n=0
(1 + n2 )
5
• Se x= temos a série
3
∞ n ∞ ∞
X 3n 35 X 3n 5n X 1
2
= 2
= .
n=0
n n
5 (1 + n ) n=0 5 (1 + n ) 3 n
n=0
(1 + n2 )
P
∞ 1 P∞ 1
2
≤ 1 + 2
.
n=0 (1 + n ) n=1 n
P
∞ 3n xn 5
Con
lusão: O raio de
onvergên
ia da série
n 2
é R= e o seu intervalo
n=0 5 (1 + n ) 3
5 5
de
onvergên
ia é − ≤x≤ .
3 3
P
∞
EXEMPLO 5.14.7 Determinar o intervalo e o raio de
onvergên
ia da série n!xn .
n=0
Assim, a série dada
onverge apenas quando x = 0. Portanto, o seu intervalo de
onver-
gên
ia é I = {0} e R=0 é o seu raio de
onvergên
ia.
P∞ 2 (x − 5) n
EXEMPLO 5.14.10 Determinar o raio e o intervalo de
onvergên
ia da série 2
.
n=0 n + 3
P∞ 2 (x − 5) n P∞ 2z n
2
= 2
.
n=0 n + 3 n=0 n + 3
200
2z n+1
un+1 2 (n2 + 3) 2z n+1
(n + 1) + 3
lim = lim = lim
n→∞ un n→∞ 2z n n→∞ (n + 1)2 + 3 2z n
n2 + 3
(n2 + 3) |z| n2 + 3
= lim 2 = |z| lim 2 = |z|
n→∞ (n + 2n + 4) n→∞ n + 2n + 4
X∞ ∞
X ∞
2z n 2 (−1)n X 2
2
= 2
= (−1)n 2
n=0
n + 3 n=0 n + 3 n=0
(n + 3)
X∞ ∞
X ∞
X
2z n 2(1)n 2
2
= 2
= 2
.
n=0
n + 3 n=0 n + 3 n=0 (n + 3)
P
∞ 2 2 P∞ 2
2
≤ + .
n=0 (n + 3) 3 n=1 n2
P
∞ 2z n
Con
lusão: O raio de
onvergên
ia da série é R = 1 e o seu intervalo de
2
n=0 n + 3
onvergên
ia é −1 ≤ z ≤ 1. Substituindo z por x − 5, obtemos
4 ≤ x ≤ 6,
P∞ 2 (x − 5) n
que é o intervalo de
onvergên
ia da série
2
.
n=0 n + 3
1 1 1 1 1
1 1
Sn (x) = x − x + x − x + x − x + · · · + x
3 5 3 7 5 2n+1 −x 2n−1
1
e eliminando os parênteses, obtemos que Sn (x) = −x + x 2n+1 . Assim,
201
1
1 − x, se x 6= 0
S(x) = lim Sn (x) = lim −x + x 2n+1 =
n→∞ n→∞ 0, se x = 0.
Portanto, lim Sn (x) existe para todo x ∈ R e a série de funções dada é
onvergente.
n→∞
Note que a soma desta série é uma função des
ontínua em x = 0, enquanto que
ada um
de seus termos era
ontínuo. Observe ainda que a série em questão não é uma série de
potên
ias.
P∞ sin(n4 x)
EXEMPLO 5.14.14 Considere a série . Mostre que esta é uma série
onvergente e
n=1 n2
que a série de suas derivadas é divergente.
Solução: Como |sin(n4 x)| ≤ 1 para todo n natural e todo x real, segue que
sin(n4 x) |sin(n4 x)| 1
n2 = n2
≤
n2
e por
omparação
om uma p-série
onvergente (p = 2), podemos
on
luir que a série dada é
absolutamente
onvergente. Ainda, esta série
onverge para todo valor real de x. Seja S(x)
a soma desta série, ou seja,
202
5.15 Diferen
iação e Integração de Séries de Potên
ias
P
∞
A soma de uma série de potên
ias é uma função f (x) = cn (x − a)n ,
ujo domínio é
n=0
o intervalo de
onvergên
ia da série. Dentro deste intervalo, a derivação e a integração de f
o
orre termo a termo, ou seja, pode-se derivar e integrar
ada termo individual da série, de
a
ordo
om o resultado abaixo.
P∞
TEOREMA 5.15.1 Seja cn (x − a)n uma série de potên
ias
om raio de
onvergên
ia
n=0
R > 0. Então a função f denida por
∞
X
2
f (x) = c0 + c1 (x − a) + c2 (x − a) + · · · = cn (x − a)n
n=0
P
∞
(ii) f ”(x) = 2c2 + 6c3 (x − a) + · · · = n(n − 1)cn (x − a)n−2
n=2
Os raios de
onvergên
ia das séries das equações (i), (ii) e (iii) são todos iguais a R.
OBSERVAÇO 5.15.2 Embora o teorema anterior diga que o raio de
onvergên
ia permane
e
o mesmo quando uma série de potên
ias é diferen
iada ou integrada, isso não signi
a
que o intervalo de
onvergên
ia permaneça o mesmo. Pode o
orrer de a série ini
ial
onvergir em um extremo enquanto que a série diferen
iada diverge nesse ponto.
1
EXEMPLO 5.15.3 Expresse
omo uma série de potên
ias e determine seu raio de
(1 − x)2
onvergên
ia.
Solução: No Exemplo 5.13.4 vimos que, se x ∈ (−1, 1) então
X ∞
1
= 1 + x + x2 + x3 + · · · = xn .
1−x n=0
X ∞
1 2 3
= 1 + 2x + 3x + 4x + · · · = nxn−1 .
(1 − x)2 n=1
Podemos deslo ar o índi e do ontador tro ando n por n + 1, es revendo a resposta omo
X ∞
1
2
= (n + 1)xn .
(1 − x) n=0
203
x5
EXEMPLO 5.15.4 Expresse
omo uma série de potên
ias e determine seu intervalo
(1 − 3x)2
de
onvergên
ia.
Solução: No Exemplo 5.15.3 vimos que, para x ∈ (−1, 1) é válido que
X ∞
1
= (n + 1)xn .
(1 − x)2 n=0
X ∞ X ∞
1 n
= (n + 1)(3x) = 3n (n + 1)xn
(1 − 3x)2 n=0 n=0
1 1
e essa série
onverge se ou seja, se x ∈ (− , ). Agora, para obter a série
3x ∈ (−1, 1), 3 3
5
desejada basta multipli
ar a série a
ima por x , obtendo
X∞ X∞
x5 5 n n
= x 3 (n + 1)x = 3n (n + 1)xn+5 .
(1 − 3x)2 n=0 n=0
X ∞
x5
2
= 3n−5 (n − 4)xn
(1 − 3x) n=5
X ∞
′ −1
f (x) = = −xn
1 − x n=0
e integrando ambos os lados dessa equação,
om o auxílio do Teorema 5.15.1, obtemos que
Z X∞ X∞
−1 −xn+1 xn
f (x) = dx = C + =C− .
1−x n=0
n+1 n=1
n
∞
X xn x2 x3
ln(1 − x) = − = −x − − −··· .
n=1
n 2 3
X 1 ∞
1 1 1 1
ln 2 = + + + +··· = .
2 8 24 64 n=1
n2n
X∞
1
Ou seja, usando esta série de funções obtivemos a soma da série numéri
a .
n=1
n2n
204
5.16 Séries de Taylor
Considere uma função f (x) e seja a um real qualquer. Pretende-se en
ontrar uma série
P∞
de potên
ias da forma cn (x − a)n que
onvirja para f, ou seja, tal que
n=0
∞
X
f (x) = cn (x − a)n .
n=0
donde vem
f (a) = c0 .
205
f (n) (a)
• Prosseguindo dessa forma, en
ontraremos cn = , de modo que podemos rees-
n!
rever a série
omo segue
∞
X f (n) (a)
f (x) = (x − a)n .
n=0
n!
∞
X X∞
sin a cos a
sin x = (−1)n (x − a)2n + (−1)n (x − a)2n+1 .
n=0
2n! n=0
(2n + 1)!
Solução: No Exemplo 5.16.1 desenvolvemos f (x) = sin x em série de Taylor. Fazendo a=0
nesse desenvolvimento, obtemos
206
sin 0 2 sin 0 4 cos 0 3
sin x = sin 0 − (x − 0) + (x − 0) + · · · + cos 0 (x − 0) − (x − 0) + · · ·
2! 4! 3!
ou seja,
x3 x5 x7 x9
sin x = x − + − + +···
3! 5! 7! 9!
ou ainda,
P
∞ x2n+1 n
sin x = (−1) .
n=0 (2n + 1)!
O leitor poderá veri
ar, sem grandes di
uldades, que o intervalo de
onvergên
ia desta
série é toda a reta real, ou seja, esta série
onverge para todo valor real de x.
Ainda, esta série pode ser apli
ada para determinar o valor de
onvergên
ia de séries
π
numéri
as. Por exemplo, substituindo x = na série a
ima, temos que
6
π 3 π 5 π 7 π 9
π 6 6 6 π 61
− + − + = . + · · · = sin
6 3! 5! 7! 6 9!
2
Z
sin x
EXEMPLO 5.17.2 Desenvolver em série de Ma
Laurin a função f (x) = dx.
x
Solução: Primeiro dividimos ada termo obtido no Exemplo 5.17.1 por x, en ontrando
sin x x2 x4 x6 x8
=1− + − + +···
x 3! 5! 7! 9!
A seguir, integramos a série termo a termo e obtemos
Z Z Z Z Z Z
sin x x2 x4 x6 x8
dx = dx − dx + dx − dx + dx + · · ·
x 3! 5! 7! 9!
x3 x5 x7 x9
=x− + − + +···
3!3 5!5 7!7 9!9
P
∞ (−1)n x2n+1
= ,
n=0 (2n + 1)! (2n + 1)
x3 x5 x7 x9 x2n+1
sin x = x − + − + + · · · (−1)n +···
3! 5! 7! 9! (2n + 1)!
e então
x3 x5 x7 x9 x2n+1
sin x − x = − + − + + · · · (−1)n +··· .
3! 5! 7! 9! (2n + 1)!
207
Dividindo ambos os lados por x3 , en
ontramos
sin x − x 1 x2 x4 x6 n x2n−2
= − + − + + · · · (−1) +··· .
x3 3! 5! 7! 9! (2n + 1)!
Portanto
sin x − x 1 x2 x4 x6 n x2n−2 1
lim 3
= lim − + − + + · · · (−1) +··· = − .
x→0 x x→0 3! 5! 7! 9! (2n + 1)! 6
x3 x5 x7 x2n+1
sin x = x − + − + · · · (−1)n +···
3! 5! 7! (2n + 1)!
tro
ando x por 2x nesta série, obtemos
23 x3 25 x5 27 x7 22n+1 x2n+1
= 2x − + − + · · · + (−1)n +···
3! 5! 7! 2n + 1
P∞ (−1)n 22n+1 (x)2n+1
= .
n=0 (2n + 1)!
Uma das prin
ipais apli
ações das séries de Taylor e de Ma
Laurin o
orre na integração
de funções. Newton frequentemente integrava funções expressando-as primeiro
omo uma
série de potên
ias e depois integrando a série termo a termo.
−x2
Por exemplo, a função g(x) = e não pode ser integrada pelas té
ni
as do Cál
ulo 1,
pois sua antiderivada não é uma função elementar. No exemplo a seguir usaremos a ideia de
Newton para integrar essa função.
Z
Expresse e−x dx
omo uma série de potên
ias
entrada no ponto 0.
2
EXEMPLO 5.17.5
f (n) (0) = e0 = 1 ∀n ∈ N∗
P∞ f (n) (0) P∞ xn x2 x3
x n
e = x = =1+x+ + +··· .
n=0 n! n=0 n! 2! 3!
Pode-se mostrar fa
ilmente que esta série
onverge para todo x real e que seu intervalo
2
de
onvergên
ia é innito. Tro
ando x por −x neste desenvolvimento, obtemos que
208
que também
onverge para todo x. Agora podemos integrar esta série termo a termo, de
a
ordo
om o Teorema 5.15.1 e obter ∀n ∈ R
Z ∞
X
−x2 (−1)n x2n+1 x3 x5 x7
e dx = C + =C +x− + − +···
n=0
(2n + 1)n! 3 5.2! 7.3!
Z 1
Cal
ule e−x dx
om uma pre
isão de três
asas de
imais.
2
EXEMPLO 5.17.6
0
Solução: Apli
ando o Teorema Fundamental do Cál
ulo à expressão obtida no exemplo
anterior, temos que
Z 1
(−1)n x2n+1
1 ∞
X ∞
X
−x2 (−1)n
e dx = C + = .
0 (2n + 1)n!
n=0
(2n + 1)n!
n=0
0
Z 1 ∞
X
−x2 (−1)n 1 1 1 1 1 1
e dx = =1− − + − + +···
0 n=0
(2n + 1)n! 3 10 42 216 1320 9360
e observamos que a partir do sexto termo desta expansão, todos os demais possuem módulo
1
menor que
1320
< 0, 001 e assim, ao somarmos os
in
o primeiros termos da expansão teremos
uma aproximação
om pre
isão de até 3
asa de
imais
Z 1
2 1 1 1 1
e−x dx ≈ 1 − + − + ≈ 0, 7475.
0 3 10 42 216
EXEMPLO 5.17.7 Utilize desenvolvimento em séries de Ma
Laurin para
al
ular
arctan(x) − sin x
lim .
x→0 x3 cos x
Solução: Começamos
om o desenvolvimento em série de potên
ias de f (x) = arctan x.
Como
1
f ′ (x) = = (1 + x2 )−1
1 + x2
′
é mais simples ini
iar pelo desenvolvimento de f . No Exemplo 5.18.1 obtemos que
(1 + x)−1 = 1 − x + x2 − x3 + x4 + · · · + (−1)n xn + · · ·
x3 x5 x7 (−1)n x2n+1
sin x = x − + − +···+ +··· (II)
3! 5! 7! (2n + 1)!
209
Tomando a diferença entre as equações (I) e (II) obtemos
3 −1 1 5 1 1 2n+1 (−1)n (−1)n+1
arctan x − sin x = x + +x − +···+x + +···
3 3! 5 5! 2n + 1 (2n + 1)!
Podemos obter a série de Ma
Laurin para cos x fa
ilmente, basta derivar termo a termo
a série de sin x desenvolvida a
ima, obtendo
x2 x4 x6 x2n
cos x = 1 − + − + · · · + (−1)n +··· .
2! 4! 6! (2n)!
Agora podemos tomar o quo
iente desejado e simpli
ar, para obter que
3 1 −1 1 1 52n+1 (−1)n (−1)n+1
x +x − + +···+x + +···
arctan(x) − sin x 5 5! 3 3! 2n + 1 (2n + 1)!
=
x3 cos x 3
x2 x4 (−1)n x2n
x 1− + +···+ +···
2! 4! (2n)!
−1 1 2 1 1 2n−2 (−1)n (−1)n+1
+ +x − +···+x + +···
3 3! 5 5! 2n + 1 (2n + 1)!
=
x2 x4 x6 x 2n
1− + − + · · · + (−1)n +···
2! 4! 6! (2n)!
Finalmente, podemos apli
ar o limite em ambos os lados dessa igualdade e en
ontrar que
−1 1
+ +0
arctan(x) − sin x 3 3! −1 1 1
lim = = + =− .
x→0 x3 cos x 1+0 3 6 6
n (n − 1) 2 n (n − 1) (n − 2) 3
(1 + x)n = 1 + nx + x + x +···+
2! 3!
n (n − 1) (n − 2) · · · (n − k + 1) k
+ x +··· (5.18.1)
k!
210
Esta série,
hamada de série binomial, é um
aso parti
ular da Série de Ma
Laurin. Como
o leitor poderá veri
ar, através do Critério de D'Alembert, a série binomial é absolutamente
onvergente para todo x real tal que |x| < 1. Pode ser provado que esse desenvolvimento
é verdadeiro para todo n. A prova pode ser en
ontrada nos livros
itados na bibliograa.
Es
revendo em forma de somatório, temos que
∞
X
n n (n − 1) (n − 2) · · · (n − k + 1)
(1 + x) = 1 + xk se |x| < 1.
k=1
k!
1
EXEMPLO 5.18.1 Desenvolver em série de funções a função f (x) = .
1+x
Solução: Temos que
1
f (x) = = (1 + x)−1 .
1+x
Portanto, basta substituir n = −1 na fórmula da série binomial. Assim,
ln(x + 1)
EXEMPLO 5.18.2 Expresse
omo uma série de potên
ias a função f (x) = .
x
1
Solução: Vamos analisar ini
ialmente a função ln(x + 1). A sua derivada é igual a , e
x+1
no exemplo anterior mostramos que
X ∞
1
= 1 − x + x2 − x3 + x4 + · · · + (−1)n xn + · · · = (−1)n xn ,
x+1 n=0
Z X ∞ Z ∞
X
1 n xn+1
ln(x + 1) = dx = n
(−1) x dx = (−1)n .
1+x n=0 n=0
n+1
ln(x + 1)
Como queremos f (x) = , devemos dividir todos os membros por x, donde,
x
∞
ln(x + 1) X xn
= (−1)n .
x n=0
n+1
1
EXEMPLO 5.18.3 Desenvolver em série de funções a função f (x) = √ .
1+x
Solução: Temos que
211
1 1
f (x) = √ = (1 + x)− 2 .
1+x
Portanto, basta substituir n = − 12 na fórmula da série binomial. Assim,
1 1 − 12 −1
2
− 1 2 − 12 − 12 − 1 − 12 − 2 3
√ = 1+ − x+ x + x +···
1+x 2 2! 3!
− 21 − 12 − 1 − 12 − 2 · · · (− 12 − k + 1) k
+ x +···
k!
1 3 1 3 5
− − − − −
1 2 2 2 2 2 2 3
= 1− x+ x + x +···
2 2! 3!
1 3 5 1 − 2k
− − − ···( )
2 2 2 2
+ xk + · · ·
k!
1 1 1·3 2 1·3·5 3 1 · 3 · 5 · ... · (2k − 1) k
√ = 1− x+ 2 x − 3 x + · · · + (−1)k x +···
1+x 2 2 2! 2 3! 2k k!
1
EXEMPLO 5.18.4 Desenvolver em série de funções a função f (x) = √ .
1 − x2
Solução: Podemos aproveitar o resultado do Exemplo 5.18.3 substituindo x por (−x2 ) .
Teremos então
1 1 1·3 2 1 · 3 · 5 3
p = 1− −x2 + 2 −x2 − 3 −x2 + · · ·
1 + (−x2 ) 2 2 2! 2 3!
1 · 3 · 5 · · · (2n − 1) n
+ (−1)n n
−x2 + · · ·
2 n!
1 1 2 1·3 4 1·3·5 6 1 · 3 · 5 · ... · (2n − 1) 2n
√ = 1+ x + 2 x + 3 x +···+ x +···
1 − x2 2 2 2! 2 3! 2n n!
EXEMPLO 5.18.5 Desenvolver em séries de funções a função f (x) = arcsin x.
1
Solução: Como a derivada da função f (x) = arcsin x é f ′ (x) = √ podemos aprovei-
1 − x2
tar o resultado do Exemplo 5.18.4 e integrá-lo termo a termo, obtendo
Z Z Z Z Z
dx 1 2 1·3 4 1·3·5
√ = dx + x dx + 2 x dx + 3 x6 dx + · · ·
1 − x2 2 2 2! 2 3!
Z
1 · 3 · 5 · ... · (2n − 1)
+ x2n dx + · · ·
2n n!
que resulta em
212
5.19 Exer
í
ios Gerais
1. Determine os quatro primeiros termos de
ada uma das sequên
ias dadas abaixo. Cal-
ule também lim un ,
aso exista.
n→∞
√
n (−1)n (−1)n n 100n
(a) un = 4n+2
(b) un = 5−n
(c) un = n+1
(d) un = 3
n 2 +4
n+1 ln n 1
n 2
(e) un = √
n
(f ) un = n
(g) un = ln n
(h) un = 5n+3
n 2
(i) un = cos nπ
2
(j) un = arctan n (k) un = 1 − n2 (l) un = n2n
3n √
(m) un = e2n
(n) un = 1 + (−1)n (o) un = n n (p) un = 7−n 3n−1
4. Suponha que un seja uma sequên
ia monótona tal que 1 ≤ un ≤ 5. Esta sequên
ia
deve
onvergir? O que mais pode ser dito sobre o seu limite?
5. Suponha que un seja uma sequên
ia monótona tal que un ≤ 5. Esta sequên
ia deve
onvergir? O que mais pode ser dito sobre o seu limite?
√
1 k
6. Pode-se obter aproximações de k utilizando a sequên
ia re
ursiva un+1 = 2
un + un
,
onde u1 = 12 .
√
(a) En
ontre as aproximações u2 , u3 , u4, u5 , u6 para 10.
√
(b) Mostre que, se L = lim un , então L = k.
n→∞
7. Uma das mais famosas sequên
ias é a sequên
ia de Fibona
i (1710-1250), denida
pela re
orrên
ia un+1 = un + un−1 , onde u1 = u2 = 1.
(a) Determine os dez primeiros termos desta sequên
ia.
un+1
(b) Os termos da nova sequên
ia
un
xn =
dão uma aproximação para o igualmente
famoso número de ouro (ou razão áurea), denotado por τ. Determine uma aproximação
dos
in
o primeiros termos dessa nova sequên
ia.
√
(
) Supondo que τ = lim xn , mostre que τ = 21 (1 + 5).
n→∞
8. En
ontre o termo geral da sequên
ia de somas par
iais de
ada uma das séries abaixo.
A seguir, determine se a série
onverge ou diverge, obtendo o valor de sua soma, se
possível.
213
P
∞ 1 P
∞ 8
(a) (b)
n=1 (2n − 1) (2n + 1) n=1 (4n − 3) (4n + 1)
P
∞ 2n + 1 P
∞ n
(c) 2 (d) ln
n=1 n2 (n + 1) n=1 n+1
P∞ 2n−1 P
∞ 1
(e) n
(f ) p √ √
n=1 5 n=1 n (n + 1) n+1+ n
P
∞ 1 P
∞ 3n + 4
(g) (h)
n=1 1.2.3.4.5. · · · .n.(n + 2) n=1 n3 + 3n2 + 2n
9. Analise se as armações abaixo são verdadeiras ou falsas. Justique seus argumentos,
exibindo
ontra-exemplos para as armações falsas ou provando as armações verda-
deiras.
P
∞ (n3 + 1)2
(j) A série é uma série numéri
a
onvergente.
4 2
n=1 (n + 5)(n + 1)
Z x
2
(k) Desenvolvendo a função g(x) = t2 e−t dt em série de potên
ias obtém-se g(x) =
0
P∞ (−1)n x2n+3
.
n=0 n!(2n + 3)
P
∞
(l) A série de potên
ias (−1)n 3n xn é
onvergente no intervalo (− 13 , 31 ) e sua soma é
n=1
−3x
igual a S= .
1 + 3x
P
∞
(m) Se a sequên
ia un
onverge então a série (un+1 − un ) também
onverge.
n=1
P∞ (−1)n (3x − 5)2n
(n) O raio de
onvergên
ia da série da série é innito.
n=0 22n (n!)2
P∞ 36
(o) A série 22n 91−n é
onvergente e sua soma é igual a .
n=1 5
P∞ 1
(p) O
ritério da integral garante que
onverge.
n=3 n ln n ln(ln n)
214
P
∞ 4
10. En
ontre o termo geral da soma da série e verique se ela é
onvergente.
n=1 4n2 −1
11. En
ontre a soma das séries abaixo, se possível.
n
P
∞ 1 P
∞ 5 P
∞ 1 P∞ −1
(a) (b) (c) 2
(d) √ √
n=1 5 n=1 (5n + 2)(5n + 7) n=1 n + 6n + 8 n=1 n+1+ n
12. Usando o teste de
omparação verique se as séries abaixo são
onvergentes ou diver-
gentes.
√
P∞ 1 P
∞ n P∞ 1 P
∞ n2
(a) n
(b) 2
(c) n
(d) 3
n=1 n3 n=1 n + 1 n=1 n n=1 4n + 1
P
∞ 1 P∞ |sen(n)| P
∞ n! P
∞ 1
(e) √ (f ) (g) (h) √
n=1
2
n + 4n n=1 2n n=1 (2 + n)! n=1 n3 +5
P
∞ 1 P
∞ 1 P
∞ n P∞ 2n
(i) √ (j) √ (k) 3
(l)
n=1 4n + n + 1 n=1 (2n)!
2
n=1 n n + 5 n=1 n + n+5
√ √ √
P∞ n+1+ n P∞ 1 + n42n P∞ 2 + cos n P
∞ n
(m) √ (n) (o) (p)
n=1
3
n n=1 n5n n=1 n2 n=1 n + 4
P∞ 1 + 2n P∞ n + ln n
(q) n
(r) 3
n=1 1 + 3 n=1 n + 1
13. Usando o teste de D 'Alambert verique se as séries abaixo são
onvergentes ou diver-
gentes.
P∞ n+1 P∞ n! P
∞ 1
(a) 2 n
(b) n
(c) n+1
n=1 n 2 n=1 e n=1 (n + 1)2
P
∞ 3n P
∞ 3n P
∞ n!
(d) √ (e) n 2
(f )
n=1 n3 + 1 n=1 2 (n + 2) n=1 2n (2 + n)!
P
∞ 1 P∞ n+1 P
∞ n
(g) (h) (i)
n=1 n + 5 n=1 n4
n
n=1 4n2
+n+1
P∞ 3n + 1 P 3
∞ n P∞ n! P
∞ 2n−1
(j) (k) 2
(l) 3
(m)
n=1 2n n=1 n + 2 n=1 (n + 2)
n
n=1 5 (n + 1)
14. Usando o teste de Cau
hy, verique se as séries abaixo são
onvergentes ou divergentes.
∞ (ln n) n
n n
P P∞
n n+1 P∞ n+1 P∞ n4n − n
(a) n (b) 2 (c) (d) √
n=1 n 2 n=1 n2 n=1 n2 2n n=1 n10n + 1
15. Usando o teste da integral verique se as séries abaixo são
onvergentes ou divergentes.
P∞
−n
P
∞ ln n P∞ 1 P∞ 1
(a) ne (b) (c) p (d)
n=1 n=1 n n=2 n ln n n=1 (n + 1) ln (n + 1)
P∞ arctan n P
∞ P
∞ P∞ earctan n
2
(e) 2
(f ) ne−n (g) n2 e−n (h) 2
n=1 n + 1 n=1 n=1 n=1 n + 1
P
∞ 1 P
∞ 1 P
∞ 1
(i) (j) √ (k) 2
n=1 4n + 7 n=1 n(1 + ln n)
2
n=1 n n + 1
215
16. Use o teste da integral, se possível, para determinar para quais valores de p > 0 a série
+∞
X 1
onverge.
n=2
n(ln n)p
17. Verique se as séries abaixo são absolutamente
onvergente,
ondi
ionalmente
onver-
gente ou divergente.
P
∞ 2n P
∞ 1 P
∞ n2
(a) (−1)n−1 (b) (−1)n−1 (c) (−1)n−1
n=1 n! n=1 (2n − 1)! n=1 n!
n
P
∞
n−1 2 P
∞ n! P
∞ 1
(d) (−1) n (e) (−1)n−1 (f ) (−1)n−1
n=1 3 n=1 2n+1 n=1 n2 + 2n
P
∞ 3n P
∞ n2 + 1 P
∞ nn
(g) (−1)n−1 (h) (−1)n−1 (i) (−1)n−1
n=1 n! n=1 n3 n=1 n!
P
∞ 1 P
∞ nn 2n P
∞ n4
(j) (−1)n−1 2 (k) (−1)n−1 (l) (−1)n−1
n=1 n +n
3 n=1 (2n − 5)n n=1 en
P
∞
n−1 n P
∞
n−1 n P
∞ (−1)n
(m) (−1) 2
(n) (−1) 3
(o) √
n=1 n +1 n=1 n +3 n=1 2n2 − n
18. Classique as séries numéri
as abaixo
omo absolutamente
onvergente,
ondi
ional-
mente
onvergente ou divergente, justi
ando sua resposta.
P
∞ (23n+4 − n) P∞ n cos(nπ) P
∞ (−1)n
(a) (−1)n−1 (b) (c) p √
n=1 en n3n 2
n=1 n + n + 1 n=1 n+ n
19. Determine o raio e o intervalo de onvergên ia das séries de potên ias abaixo.
216
P∞ xn P∞ (−1)n−1 xn P∞ (3x − 2)n
(a) √ (b) (c)
n=1 n n=1 n3 n=0 n!
P
∞ P∞ (−2)n xn P∞ (−1)n xn
(d) (−1)n n4n xn (e) √ (f ) n
n=1 n=1
4
n n=2 4 ln n
P∞ n(x + 2)n P
∞ √ P∞ (−1)n (x + 2)n
(g) (h) n(x − 4)n (i)
n=0 3n+1 n=0 n=1 n2n
P
∞ P
∞ xn ∞ (4x − 5)2n+1
P
(j) n!(2x − 1)n (k) √ n (l) 3
n=1 n=1 n n3 n=1 n2
P
∞
21. A partir da soma da série geométri
a xn , para |x| < 1, en
ontre as somas das séries
n=1
abaixo.
P
∞ P
∞ P∞ n P
∞
(a) nxn−1 (b) nxn (c) n
(d) n(n − 1)xn
n=1 n=1 n=1 2 n=2
P∞ n2 − n P∞ n2 P∞ (−1)n xn P
∞ (−1)n
(e) (f ) (g) (h)
n=2 2n n=1 2
n
n=1 n n
n=0 2 (n + 1)
22. En
ontre uma representação em série de potên
ias,
entradas em zero, para as funções
abaixo.
1 1 x
(a) f (x) = (b) f (x) = (c) f (x) =
1 + x3 4 + x3 9 + 4x2
x2 x3
(d) f (x) = 2
(e) f (x) = 2
(f ) f (x) = ln(5 − x) (g) f (x) = x ln(x2 + 1)
(1 − 2x) (x − 2)
23. Expresse as integrais indenidas abaixo
omo uma série de potên
ias,
entradas em
zero.
Z Z Z Z
x ln(1 − x2 ) x − arctan x
(a) dx (b) dx (c) dx (d) arctan x2 dx
1 − x8 x2 x3
24. Utilize a representação em série de potên
ias,
entrada em zero, de f (x) = arctan x
para provar a seguinte expressão para π
omo soma de uma série numéri
a: π =
√ P ∞ (−1)n
2 3 .
n=0 3n (2n + 1)
P∞ xn
25. Mostre que a função f (x) = é solução da equação diferen
ial f ′ (x) = f (x).
n=0 n!
217
∞ (−1)n x2n
P P∞ (−1)n x2n+1
26. Mostre que as funções f1 (x) = e f2 (x) = são soluções
n=0 (2n)! n=0 (2n + 1)!
da equação diferen
ial f ”(x) + f (x) = 0.
P∞ 2n (x − 2)n
28. En
ontre o raio e o domínio de
onvergên
ia da série
n 2
.
n=0 5 (1 + n )
P∞ (3x − 5)n
29. Determine o intervalo de
onvergên
ia da série .
n=1 7n n
P∞ (−1)n x2n
30. Mostre que a série de potên
ias é
onvergente no intervalo (−3, 3) e que
n=0 32n
9
sua soma é igual a S= .
9 + x2
31. Determine o intervalo de
onvergên
ia da série de potên
ias que representa a função
4
f (x) = expandida em torno de a = 1.
x2
32. Desenvolva a função f (x) = cosh(x3 ) em série de Ma
Laurin, determinando o termo
geral de sua expansão e o seu intervalo de
onvergên
ia.
218
38. Utilize séries numéri
as e/ou séries de potên
ias para en
ontrar os valores reais de k
que tornam válidas
ada uma das igualdades abaixo.
4
P
∞
nk e−x − cos(x2 )
(a) e =9 (b) lim =k
n=0 x→0 x4
39. Desenvolver em série de Ma
laurin as seguintes funções:
1 1 1
(a) f (x) = (b) f (x) = √ (c) f (x) =
1−x Z 1+x 1Z + x2
1 sin x 2
(d) f (x) = √ (e) f (x) = dx (f ) f (x) = e−x dx
Z 1−x
2
x
ln(1 + x) 1+x
(g) f (x) = dx (h) f (x) = ln (i) f (x) = arcsin x
x 1−x √
(j) f (x) = arccos x (k) f (x) = arctan x (l) f (x) = 3 1 + x
Z t
1
40. Cal
ule a integral √3
dx utilizando expansão em série de potên
ias,
entrada
0 1 + x4
em zero. Determine o termo geral desta expansão ou faça o seu desenvolvimento
om
pelo menos 5 termos não nulos.
219
5.20 Respostas
1. .
1
(a) 4
(b) 0 (c) 0 (d) 0 (e) ∄ (f ) 0 (g) ∄ (h) ∄
π
(i) ∄ (j) 2
(k) e−2 (l) 0 (m) 0 (n) ∄ (o) 1 (p) 0
2n−1 (−1)n−1 2n−1 2n−1 n−1
2. (a) un = 3n
(b) un = 3n
(c) un = 2n
(d) un = n2
3. .
(a) decrescente (b) decrescente (c) decrescente (d) decrescente
(e) decrescente (f ) crescente (g) decrescente (h) não-decrescente
4. A sequên
ia
onverge, pois é uma sequên
ia monótona limitada. Seu limite L é tal que
1 ≤ L ≤ 5.
k (k + 2)
(c) Sk = . Converge para 1 (d) Sk = − ln(k + 1). Diverge
(k + 1)2
1 2k 1 1
(e) Sk = − . Converge para (f ) Sk = 1 − √ .Converge para 1
3 3.5k 3 k+1
1 1 1 5 2 1 5
(g) Sk = − . Converge para (h) Sk = − − . Converge para
2 (k + 2)! 2 2 k+1 k+2 2
9. .
(a) F (b) F (c) F (d) F (e) V (f ) V (g) F (h) F
(i) F (j) F (k) V (l) V (m) V (n) V (o) V (p) F
2
10. Sk = 2 − . A série
onverge para 2.
2k + 1
1 1 7
11. (a) S = (b) S = (c) S = (d) A série diverge
4 7 24
12. Legenda: C (
onvergente), D (divergente), I (in
on
lusivo):
(a) C (b) C (c) C (d) D (e) D (f ) C (g) C (h) C (i) C
(j) D (k) C (l) C (m) D (n) D (o) C (p) D (q) C (r) C
220
13. Legenda: C (
onvergente), D (divergente), I (in
on
lusivo):
(a) C (b) D (c) C (d) I (e) D (f ) C (g) I (h) C (i) I (j) C (k) D (l) D (m) C
17. .
(a) absolutamente (b) absolutamente (c) absolutamente
(d) absolutamente (e) divergente (f ) absolutamente
(g) absolutamente (h)
ondi
ionalmente (i) divergente
(j)
ondi
ionalmente (k) divergente (l) absolutamente
(m)
ondi
ionalmente (n) absolutamente (o)
ondi
ionalmente
18. .
(a) absolutamente (b)
ondi
ionalmente (c)
ondi
ionalmente
(d) absolutamente (e) absolutamente (f ) absolutamente
(g) divergente (h) absolutamente (i) divergente
19. I é o intervalo de
onvergên
ia e R é o raio de
onvergên
ia
(a) R = 1, I = [−1, 1) (b) R = 1, I = [−1, 1] (c) R = ∞, I = (−∞, ∞)
1 1 1 1 1 1
(d) R = 4 , I = (− 4 , 4 ) (e) R = 2 , I = (− 2 , 2 ] (f ) R = 4, I = (−4, 4]
(g) R = 3, I = (−5, 1) (h) R = 1, I = (3, 5) (i) R = 2, I = (−4, 0]
1
(j) R = 0, I = { 2 } (k) R = 3, I = [−3, 3] (l) R = 41 , I = [1, 23 ]
(m) I = [4, 6), R = 1 (n) I = (−4, 0), R = 2 (o) I = (1 − e, 1 + e), R = e
(p) I = [− 23 , − 12 ], R = 21 (q) I = [0, 2], R = 1 (r) I = ( −3 , 3 ), R = 32
2 2
21. .
1 x 2x2
(a) (b) (c) 2 (d)
(1 − x)2 (1 − x)2 (1 − x)3
(e) 4 (f ) 6 (g) − ln(1 + x) (h) 2 ln 32
22. .
P
∞ P∞ (−1)n x3n
(a) f (x) = (−1)n x3n (b) f (x) =
n=0 n=0 4n+1
∞ (−1)n 4n x2n+1
P P n−1 n+1
∞
(c)f (x) = (d) f (x) = 2 nx
n=0 9n+1 n=1
P nx
∞ n+2 P
∞ xn+1
(e) f (x) = n+1
(f ) f (x) = − n+1
n=1 2 n=0 (n + 1)5
P∞ (−1)n x2n+3
(g) f (x) =
n=0 n+1
23. .
P∞ x8n+2 P
∞ x2n−1 P∞ (−1)n+1 x2n−1
(a) +K (b) − +K (c) +K
n=0 8n + 2 n=1 n(2n − 1) n=1 4n2 − 1
P
∞ (−1)n x4n+3
(d) +K
n=0 (4n + 3)(2n + 1)
221
√
P∞ (−1)n x2n+1 3
24. Di
a: Mostre que arctan x = e depois faça x= .
n=0 2n + 1 3
25. Di
a: derive termo a termo, desloque o índi
e do somatório e substitua na equação
dada.
P
∞
31. (−1)n (4n + 4)(x − 1)n , intervalo de
onvergên
ia: 0 < x < 2.
n=0
P∞ x6n
32. cosh(x3 ) = , que
onverge para todo x∈R
n=0 (2n)!
P∞ x2n−1
33. Desenvolvimento em séries de Ma
Laurin : f (x) = que
onverge para todo
n=1 n!
x ∈ R, ou seja, o raio de
onvergên
ia é innito.
2 2 7
37. (a) (b) − (c) 2 (d) − 5 (e) − 1 (f ) 2 (g) − 3 (h) −
3 3 2
8 1
38. (a) k = ln (b) k = −
9 2
222
39. Desenvolvimento em Séries de Ma
Laurin
P
∞
n
P∞ (−1)n 1.3.5. · · · .(2n − 1)xn
(a) x (b) 1 +
n=0 n=1 2n n!
P
∞ P∞ 1.3.5. · · · .(2n − 1)x2n
(c) (−1)n x2n (d) 1 +
n=0 n=1 2n n!
P
∞ (−1)n x2n+1 P∞ (−1)n x2n+1
(e) +C (f ) +C
n=0 (2n + 1)!(2n + 1) n=0 (2n + 1)!
223
BIBLIOGRAFIA
ANTON, H. Cál ulo: um novo horizonte. Volumes 1 e 2. Porto Alegre: Bookman, 2000.
PISKOUNOV, N. Cál ulo Diferen ial e Integral. Porto: Lopes e Silva, 1992.
THOMAS, G. B. Cál ulo. Volumes 1 e 2. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009.
224