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RELATÓRIO
TÉCNICO
1 – INTRODUÇÃO
Figura 01- Vista representativa da Revitalização da Fachada de Vidro do Prédio da Justiça Federal
2 – OBJETIVO
O objetivo deste relatório será de fornecer elementos para o Parecer Técnico quanto a aceitação
do posicionamento das chapas metálicas para fixação dos pilares em perfil “I”, visando a
reconcretagem dos blocos de coroamento para construção de Estrutura da Torre de Vidro e ACM do
Prédio da Justiça Federal – Seção Judiciária do Pará, sito na Av. Domingos Marreiros nº 598 –
UMARIZAL - Município de Belém – PA, conforme figura 01 mostrada abaixo.
3 – DOCUMENTOS CONSULTADOS
3.1 – Projeto Arquitetônico , elaborado pela ABL – CBK – Engenharia, Arquitetura e Meio Ambiente
– Arqtº Alexandre Ferreira CREA 4393 - D;
3.2 – Projeto Estrutural – representadas pelas Pranchas EST 01/05; EST 04/05 e EST 05/05 ,
elaborado pela ABL – CBK – Engenharia, Arquitetura e Meio Ambiente – Arqtº Alexandre Ferreira
CREA 4393 - D;
3.3 – NBR 14323- Dimensionamento de Estruturas de Aço constituídas por perfis formados a frio;
3.4 – American Institute of Steel Construction (AISC). Column base plates. AISC, 1990 (Steel Design
Guide Series, n1)
4 – ANÁLISE DESENVOLVIDA
Portanto diante de tudo o que já foi exposto, quanto ao projeto de fundação das estacas de
Estrutura da Torre de Vidro e ACM do Prédio da Justiça Federal – Seção Judiciária do Pará, sito na
Av. Domingos Marreiros nº 598 – UMARIZAL - Município de Belém – PA segue o lay-out conforme
apresentado a seguir:
FACE
ARRIMO EXISTENTE
B7 - 60x60cm
.32
.50
B1 - 60x60cm
.60
E7
.03 .60
E1
ESTACA RAIZ
.20
.60
A A
EIXO
1.19
B2 - 60x60cm B3 - 60x120cm
.07
E3 B4 - 60x120cm B5 - 60x120cm
E4 E5 B6 - 60x120cm
E6
.60 2.03 .58 .32 1.83 .58 .29 1.93 .58 .28 2.09 .15 .60
11.18
Com base no posicionamento das estacas e consequentemente na execução dos respectivos blocos
de coroamento, foram registradas as seguintes fotos no dia da realização da visita técnica no local.
Foto 01 – Blocos 04 já com o rebaixamento realizado, Foto 02 – Bloco 03 já com o rebaixamento realizado,
superfície limpa e ferragem reposicionada superfície limpa e ferragem reposicionada
Foto 03 – Blocos 06 já com o rebaixamento realizado, Foto 04 – Bloco 06 com os parafusos de fixação da chapa
superfície limpa e ferragem reposicionada metálica chumbados no bloco de coroamento
Com base em tudo o que foi observado e conforme a configura da estrutura, conforme Figura
01 abaixo, recomenda-se que em caso de necessidade de qualquer tipo de intervenção nos blocos já
concretados que sejam tomados os seguintes cuidados.
PERFIL METÁLICO
CHAPA METÁLICA
O
ENT
IN TAM
DE C
VIGA
ESTACA RAIZ
ESTACA RAIZ
Figura 01 – Travamento da Estrutura dos Blocos de Coroamento das Estacas, impedindo a ação de Esforço Momento no
topo das estacas
Martelo;
Martelete elétrico;
Escova com cerdas de aço ou lixa de ferro;
Aparelho de hidrojateamento de alta pressão;
Máquina de corte com disco adiamantado (makita elétrica);
Pincel (para aplicação da argamassa inibidora de corrosão).
Técnica operatória
a) Localiza-se a área afetada através de teste à percussão, utilizando um martelo, feito sobre a
superfície onde há fissuração ou sob a qual há suspeita de haver concreto comprometido
(mesmo não havendo fissuração). Ao fazer a percussão com um martelo, será ouvido um som
cavo, devido à expansão interna e consequente perda de aderência entre o concreto e o aço.
04 – Localização
Figura das áreas afetadas através de teste à percussão. Fonte:
EMMONS, 1993.
(a) (b)
Figura 05 – Escarificação mecânica usando martele elétrico, conforme (a) e (b). Fonte: (a) EMMONS,
1993; (b) AGUIAR, 2011.
c) Delimita-se o contorno da área de reparo através de corte da superfície, utilizando a makita elétrica,
conforme Figura 3.5. Emmons (1993) recomenda que as áreas de reparo não devem acompanhar o
contorno exato da superfície degradada, mas devem ser delimitadas em layouts mais simplificados, em
formatos quadráticos ou retangulares, por exemplo, de acordo com a Figura 05 –
Figura 06–: Layouts recomendados para superfícies de reparo. Fonte: EMMONS, 1993.
Figura 07 – Delimitação da área de reparo usando makita elétrica, conforme (a), (b) e (c). Fonte: (a)
EMMONS, 1993; (b) e (c) AGUIAR, 2011.
e) Efetua-se a limpeza do pilar danificado, desta vez usando escova com cerdas de aço ou lixa de ferro,
conforme Figura 11.
(a) (b)
Figura 08 –: Limpeza do aço corroído através de escova com cerdas de aço, em (a) e (b). Fonte:
AGUIAR, 2011.
f) Realiza-se o tratamento e proteção das armaduras expostas. Dentre várias opções disponíveis no
mercado, recomenda-se a aplicação da argamassa cimentícia polimérica Archdrbond da Quartzolit,
inibidora de corrosão, destinada à proteção de armaduras na região dos reparos localizados no
concreto. Depois de preparada esta argamassa, aplica - la diretamente sobre as armaduras, usando
pincel (Figura12).
segmento
de pilar
a ser preenchido
{ Pilar preenchido
com Supermassa
de Graute
Espaço a ser preenchido
com Massa a base de Epóxi
sob pressão
Figura 10 – Aplicação da argamassa Super Grautec para preenchimento da zona afetada do pilar, com acabamento das
aberturas menores com a massa a base de epóxi.
i) Depois de saturado o substrato, faz-se a mistura (Figura 15), aplicação (Figura 16) e o acabamento
(Figura 17) da argamassa polimérica Sika monotop 622-BR , recomendada por Aguiar (2011) para
preenchimento das cavidades. Durante o preparo, deve-se utilizar todo o conteúdo de argamassa em
cada saco, o qual deve ser misturado à quantidade exata de água recomendada pelo fabricante.
Figura 11 –: Mistura da argamassa polimérica para preenchimento, conforme (a), (b) e (c). Fonte:
AGUIAR, 2011.
Figura 12–: Aplicação da argamassa polimérica para preenchimento. Fonte: (a), (b) e (c) AGUIAR,
2011.
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(a) (b)
j) Efetua-se, então, a cura da superfície acabada (preenchida de argamassa polimérica), podendo ser
úmida ou química, conforme
A cura deve ser feita de forma correta, durante o período de tempo adequado, para que, ao final, a
superfície não apresente trincas e nem fissuras por retração, conforme Figuras 18 e 19.
(a) (b)
Figura 14 –: Cura úmida (a) e química (b) da superfície recuperada. Fonte: AGUIAR,
2011.
Figura 15 –: Não pode haver trincas no aspecto final da superfície recuperada. Fonte: AGUIAR,
2011.
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Indicação:
Chumbamento de máquinas;
Temperaturas de trabalho:
Preparação da base:
Umedecer as formas antes da aplicação do Grautec. Verificar se existem vazamentos nas formas. A
aplicação deve ser realizada pelo menos 24 horas após o assentamento de alvenaria de acordo com a
NBR 8798. Em casos de aplicação de regularização de pisos, a base deve estar limpa, isenta de
partículas soltas, óleos e gorduras.
Dados Técnicos:
250 500
1 dia ----- 19 M Pa
7 dias 15 M Pa 27 M Pa
14 dias 22 M Pa 39 M Pa
28 dias 27 M Pa 52 M Pa
Misturar com água limpa na proporção indicada na embalagem conforme modo de uso. Adicionando
água aos poucos, até se obter consistência adequada para aplicação. Misturar no máximo 3 a 4 minutos
e utilizar no prazo máximo de 25 minutos para temperatura ambiente, em caso de temperaturas
maiores, diminua a prazo para aplicação. O endurecimento tem início 50 minutos após a aplicação.
Para evitar bolhas de ar é necessário a existência de furos de visita ao pé de cada trecho à grautear,
para garantir o preenchimento dos vazios de acordo com a NBR 8798. Após a aplicação do
grauteamento fechar os furos das saídas. Proteja a aplicação em áreas externas por 3 dias mantendo
com curo úmida com meios que garantam o umedecimento constante (serragem ou área úmida).
Para grandes volumes de aplicação (Espessuras superiores a 6 cm deve-se adicionar até 50 % do peso
da embalagem com brita até 19 mm, ou até mesmo utilizar concreto convencional).
Estocagem: local seco e arejado, sobre estrado em pilhas com no máximo 2 m de altura.
Segurança:
Utilizar EPIS : óculos, luvas e botas de borracha. Manter longe do alcance de crianças e animais. Em
caso de contato com os olhos ou ingestão acidental, procurar imediatamente um médico, levando esta
embalagem.
Estocagem:
Sobre estrados em local coberto, seco e arejado, distante 30 cm da parede. As pilhas devem ter no
máximo 1,5 metros de altura
Prazos:
Trav. 9 de Janeiro, Vl – Lúcia, c/01-B – Entre Av. Conselheiro Furtado e Mundurucus
Tel./Fax: (091) / 3249-5275 / 9984 – 5538 / 8113-7228
e- mail : alphageo.fundacoes@gmail.com
ALPHAGEO Fundações Ltda
Projetos, Consultoria e Investigações
RELATÓRIO TÉCNICO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto anteriormente e com base nas recomendações técnicas citadas, considera-se que
satisfatória o desempenho estrutural da ligação entre as fundações em estacas, infraestrutura, e a
estrutura metálica, superestrurua.
Recomenda-se que a Construtora elabore periodicamente um Relatório Fotográfico da Realização
de todas as etapas referentes a quaisquer intervenção que venha a ser realizada nesta fase da obra.
____________________________
Wandemyr Mata dos S. Filho
CREA – 8875 – D (M. Sc. Geotecnia)