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22/09/2022 08:46 Legislação: Resolução SAA - 38, de 20/05/2021 | Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo

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Paulo.
DEFESA
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Resolução SAA - 38, de 20/05/2021


Publicado em 22/05/2021 | Sancionado em 20/05/2021

Ementa
Dispõe sobre criação do Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos no âmbito do Estado de São Paulo e estabelece
procedimentos para controle de doenças e de trânsito dos equídeos no âmbito do Estado de São Paulo, e dá providências
correlatas

Status
• Revoga Resolução SAA - 31, de 30/04/2013
• Altera Resolução SAA - 1, de 17/01/2002

Texto Integral
O Secretário de Agricultura e Abastecimento, em conformidade, especialmente, com o previsto na Lei estadual 10.177/1998
e no Decreto estadual 43.142/1998, e
Considerando o Decreto 45.781/2001, artigos 3º, c/c os artigos 52 e 70, que regulamenta a Lei 10.670/2000, que dispõe
sobre a adoção de medidas de defesa sanitária animal no âmbito do Estado de São Paulo e dá outras providências
correlatas;
Considerando o Decreto 45.782/2001, artigo 3º, que aprova os Programas de Sanidade Animal de Peculiar Interesse do
Estado;
Considerando a Instrução Normativa 45/2004, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento que aprova as Normas
para a Prevenção e o Controle da Anemia Infecciosa Equina - A.I.E.;
Considerando a Resolução SAA 48/2012, que considera a Influenza Equina (Gripe Equina), doença dos equídeos de
peculiar interesse do Estado;
Considerando a Instrução Normativa 6/2018, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que aprova as
diretrizes gerais para prevenção, controle e a erradicação do Mormo no território nacional, no âmbito do Programa Nacional
de Sanidade dos Equídeos (PNSE),
Considerando a Resolução SAA 28/2021 que considera o Mormo (Burkholderia mallei), doença dos equídeos, de peculiar
interesse do Estado,
Considerando a necessidade de proteção do rebanho equídeo paulista mediante adoção de medidas de defesa sanitária
animal no Estado de São Paulo;
Resolve:
Artigo 1° - Aprova o Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos - PESE - no âmbito do Estado de São Paulo e
estabelece procedimentos para controle de doenças e de trânsito dos equídeos no âmbito do Estado de São Paulo.
Artigo 2° - Para efeitos desta Resolução consideram-se as seguintes definições:
I. Aglomerações de animais: eventos de concentração animal para prática de leilão, feira, exposição, esporte, cavalgada ou
romaria;
II. Animais de interesse econômico: todo aquele considerado animal de produção ou aqueles cuja finalidade seja esportiva e
que gere divisas, renda, empregos, mesmo que sejam também considerados como animais de produção;
III. Animais de peculiar interesse do Estado: criados ou mantidos com finalidades econômicas, sociais, de lazer ou de
sustento familiar, que representem riscos à saúde pública e/ou animal, ou que desempenhem importante papel social ou
ambiental;

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IV. Animais de produção: todo aquele cuja finalidade da criação seja a obtenção de carne, leite, ovos, lã, pele, couro e mel
ou qualquer outro produto com finalidade comercial;
V. Abate sanitário: abate de equídeos portadores de Anemia Infecciosa Equina em abatedouros com Inspeção Federal, sob
prévia autorização do Serviço de Sanidade Animal da Unidade Federativa - UF de origem dos animais;
VI. Anemia Infecciosa Equina (A.I.E.): doença infecciosa causada por um lentivírus, podendo apresentar-se clinicamente sob
as seguintes formas: aguda, crônica e inaparente;
VII. Cavalgada: manifestação cultural em forma de passeio realizada por grupo de pessoas montadas em equídeos, que
podem ser realizadas por motivos religiosos, cívicos, diversão, esporte, ou associação de duas ou mais dessas atividades;
VIII. Contraprova: exame laboratorial para diagnóstico da Anemia Infecciosa Equina (A.I.E.) realizado a partir da amostra
original, identificada, lacrada e conservada a -20ºC (vinte graus Celsius negativos), para fins de confirmação do diagnóstico;
IX. Detentor: toda pessoa física ou jurídica, aquele a quem o proprietário confiou o animal ou aquele que possui a guarda do
animal;
X. Doenças de notificação obrigatória: são as doenças constantes na lista da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),
além de outras que possam comprometer o rebanho equídeo nacional, a economia, a saúde pública ou o meio ambiente;
XI. Doenças de peculiar interesse do Estado: doenças e pragas que afetem os animais de peculiar interesse do Estado;
XII. Evento de concentração de animais: aglomerações de animais para prática de leilão, feira, exposição, esporte,
cavalgada ou romaria;
XIII. Esporte: tipo de evento de concentração de animais com prática competitiva de atividades de montaria ou de
cronometragem, em que entramem julgamento a habilidade do ser humano em dominar o animal, com perícia e elegância,
assim como o desempenho do próprio animal;
XIV. Equídeo: qualquer animal da Família Equidae, incluindo equinos, asininos e muares;
XV. Eliminação de foco: conjunto de medidas de defesa sanitária animal, definidas e aplicadas pelo Serviço Veterinário
Oficial, com o objetivo de eliminar as fontes de infecção em uma unidade epidemiológica e impedir a sua transmissão e
dispersão;
XVI. Estabelecimento: qualquer local, rural ou urbano, público ou privado, onde são mantidos equídeos para qualquer
finalidade;
XVII. Eutanásia: indução do animal à morte, utilizando método que ocasione a perda rápida e irreversível da consciência e
promova analgesia total do animal, sem representar risco ou causar angústia ao operador, sempre respeitando o conceito de
bem estar animal;
XVIII. Exposição: tipo de evento de concentração de animais cujo tema principal éa exposição e julgamento para
qualificação de dados zootécnicos de animais de peculiar interesse do Estado;
XIX. Feira: tipo de evento de concentração de animais com reunião de vendedores e compradores em determinado local e
hora, com a finalidade de comércio de animais de peculiar interesse do Estado;
XX. Foco de Anemia Infecciosa Equina (A.I.E.): toda propriedade onde houver um ou mais equídeos com resultados
positivos em laboratórios credenciados;
XXI. Foco de mormo: presença de pelo menos um caso de mormo, confirmado pelo Serviço Veterinário Oficial, em uma
unidade epidemiológica;
XXII. Influenza Equina (Gripe Equina): doença viral do trato respiratório dos equídeos, altamente contagiosa;
XXIII. Isolamento: manutenção de equídeo portador em área delimitada, de acordo com a determinação do serviço
veterinário oficial, visando impedir a transmissão da doença a outros equídeos;
XXIV. Isolamento e identificação bacteriana: obtenção de culturas isoladas de bactérias, como por exemplo de
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\"Burkholderia
mallei\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\", empregando-se métodos adequados
para o seu isolamento e caracterização fenotípica;
XXV. Laboratório Credenciado: laboratório público ou privado, homologado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) para realizar ensaios e emitir resultados em atendimento aos programas e controles oficiais;
XXVI. Laboratório Oficial: laboratório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Laboratório Federal de Defesa
Agropecuária - LFDA);
XXVII. Lacre numerado: lacre inviolável, com identificação numérica;
XXVIII. Leilão: tipo de evento de concentração de animais com venda pública de animais de peculiar interesse do Estado,
sob pregão de leiloeiro, em que os arremata quem oferece maior lance; arrematação, hasta, leiloamento;
XXIX. Lote de animais: grupo de animais alojados em um mesmo estabelecimento ou unidade epidemiológica;
XXX. Médico veterinário habilitado: médico veterinário que atua no setor privado e que, tenha sido aprovado em capacitação
específica sobre o PNSE e habilitado por portaria do MAPA;
XXXI. Médico veterinário oficial: médico veterinário da Coordenadoria de Defesa Agropecuária;
XXXII. Mormo: trata-se de uma zoonose, doença contagiosa e geralmente fatal, causada pela bactéria Burkholderia mallei,
de curso agudo ou crônico, que acomete principalmente os equídeos, podendo ou não vir acompanhada por sintomas
clínicos, e para qual não há tratamento eficaz para a eliminação do agente nos animais portadores;
XXXIII. Propriedade: qualquer estabelecimento de uso público ou privado, rural ou urbano, onde exista equídeo dentro de
seus limites, a qualquer título ou finalidade;
XXXIV. Proprietário: toda pessoa física ou jurídica que tenha, a qualquer título, um ou mais equídeos, sob sua posse ou
propriedade;
XXXV. Relatório de ensaio: documento no qual constam os resultados de cada teste ou série de testes realizados pelos
laboratórios;
XXXVI. Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária: rede de
laboratórios constituída pelo LFDA e laboratórios privados credenciados pelo MAPA;
XXXVII. Reteste: exame laboratorial para diagnóstico da A.I.E. realizado em laboratório oficial, a partir de nova colheita de
material de animal com resultado positivo;
XXXVIII. Romaria: cavalgada com fins religiosos;
XXXIX. Serviço Veterinário Oficial (SVO): serviço responsável pelas ações oficiais de defesa sanitária animal, constituído
pelas unidades do MAPA e dos Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (OESA);
XL. Teste Complementar: são testes com alta especificidade, com finalidade de confirmar resultados reagentes, em testes de
triagem;
XLI. Teste de Triagem: são testes com alta sensibilidade, que podem identificar indivíduos assintomáticos;

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XLII. Unidade epidemiológica: grupo de animais com probabilidades semelhantes de exposição a determinado agente
etiológico de doenças. Dependendo das relações epidemiológicas estabelecidas e da extensão da área das propriedades
rurais envolvidas, pode ser formada por uma propriedade rural, por um grupo de propriedades rurais (ex.: assentamentos
rurais ou pequenos vilarejos), por parte de uma propriedade rural (ex.: currais ou estábulos), ou por qualquer outro tipo de
estabelecimento onde se aglomeram animais susceptíveis à doença (ex.: recintos em um parque de exposições ou leilões,
em jóquei clubes ou haras);
XLIII. Vínculo epidemiológico: possibilidade de transmissão do agente infeccioso entre casos confirmados da doença e
outros animais susceptíveis, localizados ou não em um mesmo estabelecimento. Pode ser estabelecido pela movimentação
animal, pela proximidade geográfica que permita o contato entre casos confirmados e outros animais susceptíveis ou pela
presença de outros elementos capazes de carrear o agente infeccioso. A identificação e a caracterização do vínculo
epidemiológico são de responsabilidade do SVO, fundamentando-se em análises técnicas e avaliações de campo,
XLIV. Zoonose: doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos.
Artigo 3° - O PESE tem como objetivo, prevenir, controlar ou erradicar doenças de peculiar interesse do Estado, que
acometem os equídeos, nos rebanhos paulistas.
Artigo 4° - A estratégia de atuação do PESE será baseada nas seguintes atividades:
I - educação sanitária;
II - estudos epidemiológicos;
III - fiscalização e controle do trânsito de equídeos;
IV - cadastramento, fiscalização e certificação sanitária de estabelecimentos; e
V - intervenção imediata quando da suspeita ou ocorrência de doença de notificação obrigatória.
Artigo 5º - Compete à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento:
I - executar os serviços de controle das doenças de peculiar interesse que acometem os equídeos no Estado, e
II - registrar todas as notificações de suspeitas de doenças de notificação obrigatória e o acompanhamento das
investigações realizadas através de sistemas e formulários constantes em atos normativos da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA/MAPA).
Artigo 6º - Compete aos Diretores dos Escritórios de Defesa Agropecuária, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária:
I - determinar o isolamento ou interdição de estabelecimento, público ou privado, ou área, face à ocorrência da doença;
II - estabelecer, face à ocorrência da doença, restrições e proibições ao trânsito e à concentração de equídeos;
III - determinar a eutanásia ou abate sanitário de equídeos e outras medidas de defesa sanitária animal;
IV - determinar a realização de exames e testes sorológicos de equídeos;
V - providenciar a realização de exames e testes sorológicos de animais nos casos de recusa por conta do proprietário, ou
em casos de denúncia,
VI - fundamentar a determinação de uma unidade epidemiológica com análises técnicas e avaliações de campo, e no caso
de envolver mais de uma propriedade rural, deverá ser considerada a existência de contiguidade geográfica.
Parágrafo único - Nos focos e vínculos epidemiológicos das doenças, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária executará,
às suas expensas, as medidas de defesa sanitária que forem necessárias.
Artigo 7° - Compete aos proprietários de equídeos:
I - manter atualizado o cadastro junto a Coordenadoria de Defesa Agropecuária;
II - comunicar imediatamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária qualquer alteração significativa da condição sanitária
dos animais;
III - utilizar somente insumos agropecuários registrados no MAPA, respeitando as indicações de uso,
IV - observar o disposto nas normas sanitárias, em especial às exigências para o trânsito de equídeos e para participação
em eventos de concentração de animais.
Artigo 8° - O médico veterinário do setor privado que atua junto ao PESE deve observar o disposto nas normas sanitárias,
em particular no que se refere à colheita de amostras biológicas e requisição de exames para diagnóstico laboratorial.
Artigo 9° - A execução das atividades do PESE se darão de acordo com as normas constantes dos ANEXOS desta
Resolução.
Parágrafo único - As exigências com relação ao trânsito de equídeos para a prevenção e o controle sanitário de doenças
serão tratadas em resolução específica de trânsito animal e guia de trânsito animal - GTA.
Artigo 10 - A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) poderá baixar normas complementares para regulamentar
procedimentos técnicos e administrativos não estabelecidos nesta resolução, previstas no Decreto 45.781/2001.
Artigo 11 - Os casos omissos e as dúvidas suscitada na aplicação desta Resolução serão dirimidas pela Secretaria de
Agricultura e Abastecimento.
Artigo 12 - O artigo 3º da Resolução SAA 28/2021, publicado no D.O. em 24-04-2021, que considera o Mormo (Burkholderia
mallei), doença dos equídeos, de peculiar interesse do Estado, passa a vigorar com a seguinte redação:
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\"Artigo 3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, especialmente, as Resoluções SAA 19/2013 e 31/2013. (SAA- -
PROC2020/10577)\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\" (NR)
Artigo 13 - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando o Anexo I da Resolução SAA 1 de 17-01-
2002 e as Portarias 33/2013 e 34/2013. (SAAPRC2020/10577)

ANEXO I
ESTABELECE AS NORMAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
Artigo 1º - A Prevenção e o Controle da Anemia Infecciosa Equina (A.I.E.) no Estado de São Paulo serão executados de
acordo com as normas constantes no presente Anexo.
Artigo 2º - Os testes laboratoriais a serem empregados para o diagnóstico de A.I.E. no Estado de São Paulo, seguirão as
normas constantes nos atos normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA/MAPA).
§1º - Os testes para fins de trânsito de equídeos serão realizados em laboratórios credenciados e serão custeados pelos
proprietários ou detentores dos animais.
§2º - Os testes para fins de investigação epidemiológica de suspeitas ou para a eliminação de focos serão realizados em
laboratórios oficiais ou públicos credenciados e sem ônus aos proprietários.
§3º - As colheitas de amostras realizadas dentro do estado de São Paulo para os testes com finalidade de trânsito de
equídeos serão realizadas somente por médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina
Veterinária.

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Artigo 3º - É de responsabilidade do médico veterinário requisitante:
§1º - A identificação do animal e da amostra colhida;
§2º - O envio da amostra de soro ao laboratório credenciado, devidamente identificada, acondicionada e conservada,
acompanhada de formulário para requisição de exame de A.I.E. corretamente preenchido, sendo o mesmo responsável legal
pelas informações prestadas e;
§3º - Prestar informações e atender às convocações da Coordenadoria de Defesa Agropecuária para treinamento ou quando
surgirem dúvidas na documentação ou identificação dos animais.
Artigo 4º - A Coordenadoria de Defesa Agropecuária poderá baixar normas complementares para regulamentar os
procedimentos técnicos e administrativos para inclusão de requisições de exames e resultados de ensaio em sistema
informatizado próprio.
Artigo 5º - Havendo resultado diferente de negativo de um animal ou lote de animais, no teste realizado em laboratório
credenciado, o mesmo deverá encaminhar, em até 24 (vinte e quatro) horas após o resultado final, os relatórios de ensaio e
requisições de todos os animais testados a Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
Artigo 6º - Quando o resultado do exame laboratorial for positivo, poderá ser solicitado, junto ao Serviço de Sanidade Animal
da Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, no prazo
máximo de 8 (oito) dias, contados a partir do recebimento da notificação do resultado, teste de contraprova, ou de reteste.
§1º - A contraprova poderá ser requisitada pelo proprietário do animal e será efetuada no laboratório credenciado que
realizou o primeiro exame, a partir da amostra original, identificada, lacrada e conservada a -20ºC (vinte graus Celsius
negativos).
§2º - O reteste poderá ser requisitado pelo proprietário, ou pelo serviço oficial, para fins de perícia e será realizado em
laboratório oficial, com nova amostra colhida pelo serviço oficial.
Quando da realização de reteste, todos os equídeos da unidade epidemiológica também serão testados.
§3º - Em caso de resultado positivo e havendo a decisão do proprietário em requerer contraprova ou reteste, o animal
deverá permanecer isolado até o resultado final, quando serão adotadas as medidas preconizadas nesta Resolução.
Artigo 7º - Em caso de foco de A.I.E., a Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá:
§1º - Determinar a interdição da unidade epidemiológica onde se encontra o equídeo positivo para anemia infecciosa equina,
quando deverá ser lavrado termo de interdição em conformidade com modelo estabelecido pela Coordenadoria de Defesa
Agropecuária.
§2º - Realizar a eutanásia ou abate sanitário do(s) equídeo(s) positivo(s), conforme estabelecido no Art. 8º.
§3º - Realizar investigação epidemiológica para identificar possíveis vínculos epidemiológicos, determinados de acordo com
a possibilidade de transmissão do agente infeccioso entre casos confirmados e outros animais susceptíveis, seja pela
movimentação animal nos últimos 180 (cento e oitenta) dias, pela proximidade geográfica, propriedades circunvizinhas, ou
pela presença de outros elementos capazes de carrear o agente infeccioso.
§4º - Realizar colheita de amostra, de todo efetivo equídeo existente, na(s) unidade(s) epidemiológica(s) no prazo máximo
de 15 (quinze) dias após a eutanásia do(s) animal(is) positivo(s).
Estas amostras serão enviadas aos laboratórios oficiais para investigação sorológica, e caso seja detectado outro animal
positivo, devem ser repetidos os procedimentos descritos no §2º deste artigo.
I - A unidade epidemiológica com animal positivo para A.I.E. somente será desinterditado após o sacrifício do último animal
positivo, e após a realização de dois exames laboratoriais negativos consecutivos, com intervalo entre os exames de 45
(quarenta e cinco) a 60 (sessenta) dias.
§5º - Realizar investigação sorológica nos estabelecimentos com vínculo epidemiológico;
I - Após a realização da investigação sorológica nos vínculos epidemiológicos, estas unidades serão desinterditadas se
todos os exames tiverem resultados negativos para A.I.E. Caso seja detectado algum animal positivo, a unidade
epidemiológica será considerada um novo foco. A desinterdição será realizada após serem adotadas as medidas
preconizadas para foco no artigo 7º deste Anexo.
Artigo 8º - Nos casos confirmados de A.I.E., a eutanásia será realizada pelo serviço veterinário oficial, sem ônus ao
proprietário, no estabelecimento onde o animal se encontra, de acordo com os procedimentos e métodos aprovados pelo
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), no prazo máximo de 15
(quinze) dias, a contar da notificação ao proprietário do animal, dentro dos preceitos de bem estar animal.
§1º - Deverá ser lavrado o termo de eutanásia, assinado pelo médico veterinário da Coordenadoria de Defesa Agropecuária,
pelo proprietário do animal ou seu preposto e, no mínimo, por uma testemunha.
§2º - Cabe ao proprietário do animal eutanasiado proceder o enterrio do cadáver no próprio local, sob a supervisão do
veterinário oficial que acompanhou a eutanásia, e arcar com as despesas deste procedimento.
§3º - Na impossibilidade da eutanásia ou do enterrio serem realizados no estabelecimento onde o animal se encontra, estes
poderão ser realizados em outro local previamente aprovado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária ou em abatedouro
com Serviço de Inspeção Federal. O transporte deverá ser em veículo apropriado, com lacre numerado aplicado na origem,
e o proprietário do(s) animal(is) deverá arcar com todas as despesas decorrentes do transporte.
Artigo 9° - O equídeo, com idade inferior a 6 (seis) meses, filho de animal positivo, deverá ser isolado por um período mínimo
de 60 (sessenta) dias e, após este período, ser submetido a 2 (dois) exames para diagnóstico de A.I.E. e apresentar
resultados negativos consecutivos com intervalo de 45 (quarenta e cinco) a 60 (sessenta) dias, antes de ser incorporado ao
rebanho negativo.
Artigo 10 - Não caberá indenização na hipótese de eutanásia de equídeos portadores de anemia infecciosa equina, por
tratar-se de doença considerada incurável e letal.
Artigo 11 - Havendo recusa, por parte do proprietário ou seu representante legal, no cumprimento das ações previstas neste
anexo desta Resolução, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá acionar a força de segurança pública e o
Ministério Público Estadual, além de imputá-lo às sanções previstas nas legislações vigentes.
Artigo 12 - O reconhecimento e a manutenção de propriedades livres de A.I.E. no Estado de São Paulo, devem seguir as
diretrizes preconizadas pela MAPA.

ANEXO II
ESTABELECE AS NORMAS PARA PREVENÇÃO, CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO NO ESTADO DE SÃO
PAULO.
Artigo 1º - A prevenção, controle e erradicação do mormo no Estado de São Paulo será executado de acordo com as normas
constantes no presente Anexo.

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Artigo 2º - Os testes laboratoriais a serem empregados para o diagnóstico do mormo no Estado de São Paulo, seguirão as
normas constantes nos atos normativos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA/MAPA).
§1º - Os testes para fins de trânsito de equídeos serão realizados em laboratórios credenciados e serão custeados pelos
proprietários de animais
§2º - Os testes para fins de investigação soroepidemiológica de suspeitas ou para a eliminação de focos serão realizados
em laboratórios oficiais ou públicos credenciados e sem ônus aos proprietários.
§3º - As colheitas de amostras para os testes com finalidade de trânsito de equídeos serão realizadas somente por médico
veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Artigo 3º - Considera-se médico veterinário habilitado o profissional devidamente registrado no Conselho Regional de
Medicina Veterinária de São Paulo e que tenha sido aprovado em capacitação específica do PNSE e habilitado por portaria
do MAPA.
§1º - A Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá baixar normas complementares para regulamentar a capacitação do
PNSE.
§2º - A lista dos médicos veterinários habilitados de que trata o caput será disponibilizada em sítios eletrônicos do MAPA -
www.agricultura.gov.br
Artigo 4º - É de responsabilidade do médico veterinário habilitado:
§1º - A identificação do animal e da amostra colhida;
§2º - O envio da amostra de soro ao laboratório credenciado, devidamente identificada, acondicionada e conservada,
acompanhada de formulário para requisição de exame de mormo corretamente preenchido, sendo o mesmo responsável
legal pelas informações prestadas e;
§3º - Prestar informações e atender às convocações da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, para treinamento ou
quando surgirem dúvidas na documentação ou identificação dos animais.
Artigo 5º - A Coordenadoria de Defesa Agropecuária poderá baixar normas complementares para regulamentar os
procedimentos técnicos e administrativos para inclusão de requisições de exames e resultados de ensaio em sistema
informatizado próprio.
Artigo 6º - Qualquer caso suspeito de mormo no território do Estado de São Paulo é de notificação obrigatória a
Coordenadoria de Defesa Agropecuária no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas.
Artigo 7º - Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar pelo menos uma das seguintes condições:
§1º - Resultado diferente de negativo no teste sorológico de triagem realizado em laboratório credenciado; o qual deve
realizar as seguintes ações:
I - o laboratório credenciado deverá encaminhar o(s) relatório(s) de ensaio e a(s) requisição(ões) do(s) animal(is) diferente(s)
de negativo e de todos os animais testados no mesmo lote para Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
II - as amostras deverão ser encaminhadas pelo laboratório credenciado ao LFDA correspondente, em até 3 (três) dias úteis,
para a realização de prova complementar.
III - compete a Coordenadoria de Defesa Agropecuária a notificação dos resultados diferentes de negativo aos proprietários
dos animais.
§2º - Quadro clínico compatível com mormo ou diagnóstico clínico inconclusivo de doença respiratória ou cutânea, refratária
a tratamentos prévios ou com recidivas; ou
§3º - Vínculo epidemiológico com caso confirmado da doença.
Artigo 8º - Todas as notificações de casos suspeitos de mormo deverão ser registradas e atendidas pela Coordenadoria de
Defesa Agropecuária a partir de seu registro, e deverá:
§1º - Quando a suspeita se enquadrar no § 1º do artigo 7º, determinar a interdição da unidade epidemiológica em que se
encontra o equídeo suspeito e o isolamento do mesmo, quando deverá ser lavrado o termo de interdição em conformidade
com modelo estabelecido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. A unidade epidemiológica permanecerá interditada
até a conclusão das investigações.
§2º - Quando a suspeita se enquadrar nos § 2º e § 3º do Artigo 7º, determinar a interdição da(s) unidade(s)
epidemiológica(s) até a conclusão das investigações; determinar o isolamento do(s) caso(s) suspeito(s), quando necessário;
e submeter os animais suspeitos a testes laboratoriais.
§3º - Notificar a suspeita de ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública.
Artigo 9º - Diante de suspeita descartada de mormo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá desinterditar a(s)
unidade(s) epidemiológica(s) imediatamente, quando deverá ser lavrado o termo de desinterdição em conformidade com
modelo estabelecido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
Artigo 10 - Será considerado caso confirmado de mormo o equídeo que apresentar resultado positivo nos testes de triagem
e complementar de diagnóstico ou somente no teste complementar.
Artigo 11 - Diante de foco confirmado de mormo, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá:
§1º - Manter a interdição da(s) unidade(s) epidemiológica(s);
§2º - Realizar a eutanásia do(s) equídeo(s) positivo(s), conforme Art. 12 deste Anexo.
§3º - Realizar investigação epidemiológica, incluindo a avaliação da movimentação dos equídeos do estabelecimento pelo
menos nos últimos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a identificar possíveis vínculos
epidemiológicos;
§4º - Realizar colheita de amostra de todo efetivo equídeo existente na unidade epidemiológica no prazo máximo de 30
(trinta) dias após a eutanásia. Esta deve ser realizada por médico veterinário do serviço oficial e encaminhada ao laboratório
oficial para investigação sorológica. Caso seja detectado outro animal positivo, deverá ser repetido o procedimento descrito
no § 2º deste artigo.
I - potros com idade inferior a 6 (seis) meses de idade, filhos de éguas positivas para mormo deverão ser examinados
clinicamente e, caso não apresentem sintomas de mormo, devem ser mantidos isolados e submetidos a testes sorológicos
ao completarem 6 (seis) meses de vida.
II - a unidade epidemiológica com animal positivo para mormo somente será desinterditada após o sacrifício do último animal
positivo e após a realização de dois exames laboratoriais negativos consecutivos, com intervalo entre exames de 21 (vinte e
um) a 30 (trinta) dias.
III - a critério da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, durante a eliminação de foco de mormo, poderão ser definidas
novas unidades epidemiológicas com vistas a melhor representar a situação epidemiológica e de manejo dos animais na
referida propriedade ou unidade.
§5º - Supervisionar a destruição do material utilizado para cama, fômites e restos de alimentos do animal infectado e orientar

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22/09/2022 08:46 Legislação: Resolução SAA - 38, de 20/05/2021 | Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo
sobre medidas a serem adotadas para descontaminação do ambiente;
§6º - Realizar investigação clínica e sorológica nos estabelecimentos com vínculo epidemiológico;
I - Após a realização da investigação sorológica nos vínculos epidemiológicos, estas unidades serão desinterditadas se
todos os exames tiverem resultados negativos para mormo. Caso seja detectado algum animal positivo, será considerado
um novo foco e a desinterdição será realizada após serem adotadas as medidas preconizadas para foco no Art. 11 deste
Anexo.
§7º - Notificar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas a ocorrência de caso(s) confirmado(s) de mormo às autoridades locais
de saúde pública.
Artigo 12 - A eutanásia nos casos confirmados de mormo será realizada pelo serviço veterinário oficial, sem ônus ao
proprietário, no estabelecimento onde o animal se encontra, de acordo com os procedimentos e métodos aprovados pelo
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação ao
proprietário do animal, dentro dos preceitos de bem estar animal.
§1º - Deverá ser lavrado o termo de eutanásia assinado pelo médico veterinário da Coordenadoria de Defesa Agropecuária,
pelo proprietário do animal ou seu preposto e, no mínimo, por uma testemunha.
§2º - Cabe ao proprietário do animal eutanasiado proceder o enterrio do cadáver no próprio local e a desinfecção das
instalações e fômites, sob a supervisão do veterinário oficial que acompanhou a eutanásia, e arcar com as despesas deste
procedimento
§3º - Na impossibilidade da eutanásia ou do enterrio serem realizados no estabelecimento onde o animal se encontra, estes
poderão ocorrer em outro local previamente aprovado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. O transporte deverá ser
em veículo apropriado, com lacre numerado aplicado na origem e o proprietário do(s) animal(is) deverá arcar com todas as
despesas decorrentes do transporte.
Artigo 13 - Não caberá indenização na hipótese de eutanásia de equídeos portadores de mormo, por se tratar de doença de
interesse de saúde pública, considerada incurável e letal.
Artigo 14 - Havendo recusa, por parte do proprietário ou seu representante legal, no cumprimento das ações previstas neste
anexo desta Resolução, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária deverá acionar a força de segurança pública e o
Ministério Público Estadual, além de imputá-lo às sanções previstas nas legislações vigentes.
Artigo 15 - O reconhecimento e a manutenção de zonas livres de mormo no Estado de São Paulo, assim como o
restabelecimento da condição sanitária após o reaparecimento da doença, devem seguir as diretrizes preconizadas pela
OIE, com a condução do processo sendo de responsabilidade do MAPA.

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