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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA


E DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ
AJUDÂNCIA GERAL
ADITAMENTO AO BOLETIM GERAL Nº 128 V
08 DE JULHO DE 2021
Para conhecimento dos Órgãos subordinados e execução, publico o seguinte:

I PARTE (SERVIÇOS DIÁRIOS)


● SEM REGISTRO

II PARTE (ENSINO E INSTRUÇÃO)


● SEM REGISTRO

III PARTE (ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS)

1 - ASSUNTOS GERAIS
A) ALTERAÇÕES DE OFICIAIS
● SEM REGISTRO
B) ALTERAÇÕES DE PRAÇAS ESPECIAIS
● SEM REGISTRO
C) ALTERAÇÕES DE PRAÇAS
● SEM REGISTRO
D) ALTERAÇÕES DE VETERANOS
● SEM REGISTRO
E) ALTERAÇÕES DE SERVIDORES CIVIS
● SEM REGISTRO

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2 – ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS)

● ATO DO COMANDANTE GERAL


RESOLUÇÃO Nº 275 de 07 de junho de 2021 – EMG.
Estabelece os princípios e as regras para criação,
organização e funcionamento dos Canis da Polícia Militar do
Pará – PMPA.

CAPÍTULO I
DO CONCEITO, FINALIDADE E MISSÕES.

Art. 1º A presente Resolução institui princípios e regras de criação, organização e


funcionamento dos canis da Polícia Militar do Pará - PMPA, estabelecendo:
I – a utilização de cães;
II – a criação e organização dos Canis:
III – a aquisição de cães;
IV – o adestramento de cães;
V – a inclusão de cães no patrimônio da PMPA;
VI – a exclusão de cães do patrimônio da PMPA.
Parágrafo Único – Os termos técnicos utilizados na presente Resolução seguem o
previsto em leis e normas técnicas específicas.

Art. 2º Os canis da PMPA têm por finalidade a execução de policiamento ostensivo,


preventivo e repressivo, com emprego de cães, atuando mediante planejamento próprio,
isolado ou em apoio a outras Unidades Operacionais de Polícia Ostensiva.

Art. 3º Os cães poderão ser utilizados nas seguintes missões:


I – policiamento ostensivo;
II – operações de busca, captura, resgate e salvamento;
III – demonstrações de cunho educacional e recreativo;
IV – serviço de cinoterapia;
V – policiamento em praças desportivas;
VI – controle de distúrbios civis;
VII – formação de célula com apoio de cães;
VIII – conduta de patrulha com apoio de cães;
IX – provas oficiais de trabalho e estrutura;
X – controle de rebelião e fuga de presos;
XI – formaturas e desfiles de caráter cívico-militar;
XII – detecção de entorpecentes, armas, munições, artefatos explosivos e afins;
XIII – operações de resgate e salvamento em áreas colapsadas e afins;

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XIV – assalto tático com apoio de cães.


Parágrafo Único – Os cães poderão ser empregados em outras missões para as
quais estejam treinados, desde que sejam relacionadas às atividades da Corporação.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS CANIS
Seção I
Do Canil Central

Art. 4º O Canil Central consiste no Batalhão de Ações com Cães – BAC que
centraliza a gestão administrativa e operacional do emprego de cães na PMPA.

Art. 5º O Canil Central é responsável pela difusão da doutrina de treinamento e


emprego dos cães na PMPA, bem como pelas orientações técnicas, fornecendo, em caso de
disponibilidade, animais para os Canis Setoriais, mediante solicitação.
§1° O canil central será comandado preferencialmente por Oficial Superior do posto
de Tenente Coronel QOPM possuidor do curso de Cinotecnia, ou equivalente reconhecido
pela PMPA ou coirmãs.
§2º O Canil Central realizará, periodicamente, visitas técnicas aos Canis Setoriais,
com a finalidade de prestar apoio e orientação.
§3º As orientações de saúde aos Canis Setoriais serão de responsabilidade do
Centro Médico Veterinário da PMPA.
§4º O plantel mínimo para a atuação do BAC deverá ser de 28 (Vinte e oito) cães
adestrados e prontos para o serviço policial militar, preferencialmente, certificados por
instituição habilitada e responsável pela certificação de cães de atuação policial, sendo: 10
(dez) cães de faro de entorpecentes e/ou duplo emprego, 10 (dez) cães de patrulhamento
ostensivo, 04 (quatro) cães de faro de explosivos e 04 (quatro) cães de busca.

Art. 6º O Canil deverá ter boxes individuais para habitação dos cães, construídos em
alvenaria, e com as seguintes especificações:
I – dimensões:
a) largura: 02 metros;
b) comprimento: 04 metros;
c) altura: 2,20 metros;
d) parte coberta: 03 metros quadrados;
e) parte descoberta (solário): 5 metros quadrados;
II – bebedouro com água encanada e esgoto canalizado;
III – tablado de Madeira nas medidas de 1,50 x 1,50 metros;
IV – porta de grade, com tela e tranca de segurança;
V – piso em cimento rústico com caimento de 3% a 5% na direção do escoador;
VI – luz elétrica;

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VII – comedouro e bebedouro de metal ferro fundido.


Parágrafo Único – Para fins desta Resolução, box é o espaço físico construído com
unidade arquitetônica básica para o abrigo e demais atividades dos cães.
Art. 7º Além dos boxes individuais, os canis deverão ter instalações próprias para:
I – área de treinamento;
II – dependências administrativas e alojamentos;
III – dependências para armazenamento de alimentos (ração);
IV – dependências para armazenamento de materiais;
V – dependências para atendimento médico-veterinário.

Seção II
Do Canil Setorial

Art. 8º O Canil Setorial consiste na estrutura da atividade do emprego de cães nas


Unidades Operacionais de Polícia Ostensiva, com gestão administrativa e operacional
exercida pelo Comandante da Unidade.
§1º A estrutura dos Canis Setoriais compreende as instalações físicas do canil, os
recursos materiais, o pessoal empregado regularmente, os bens semoventes destinados à
ação policial e à gestão operacional, bem como as demais atividades previstas no art. 3 desta
Resolução.
§2º Os Canis Setoriais serão numerados de acordo com a data de sua
implementação, em ordem crescente, e terão como denominação o nome do município sede.

Art. 9º Os Canis Setoriais serão criados por autorização do Comandante Geral,


mediante proposta do Comandante do Comando Operacional Intermediário – COINT a qual a
Unidade Operacional de Polícia Ostensiva pertencer.
§1º A proposta deve estar de acordo com requisitos previstos nesta Resolução.
§2° Os Canis Setoriais serão obrigados a cumprir doutrina, métodos e conceitos
adotados pelo Canil Central.

Art. 10. A gestão administrativa do Canil Setorial nas Unidades Operacional de


Polícia Ostensiva deve ser realizada por Policiais Militares com formação em Cinotecnia ou
equivalente, graduados com formação em Cinotecnia ou equivalente em instituições militares
coirmãs, sendo no mínimo na graduação de 3º sargento.

Art. 11. Os Canis Setoriais deverão ser criados em Batalhões ou Companhias


Independentes, devendo possuir as seguintes condições:
I – possuir, no mínimo, 04 (quatro) cães da Corporação, sendo obrigatoriamente 03
(três) farejadores de entorpecentes, prontos para atividade policial-militar;
II – possuir Policiais Militares com curso de Cinotecnia ou equivalente em
instituições militares coirmãs;

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III – cumprir todas as orientações do Centro Médico Veterinário – CMV no que diz
respeito a alimentação e saúde dos animais;
IV – promover o transporte dos animais até o CMV sempre que se fizer necessário,
ou for solicitado;
V – oferecer instalações aprovadas pela Comissão Examinadora de Cães.

Art. 12. Para criação dos Canis Setoriais, nos termos dos art. 6 e art. 7, o
Comandante do COINT interessado encaminhará proposta, justificada tecnicamente, via
cadeia de Comando, para avaliação e aprovação prévia do Comandante Geral.
§1° Havendo a aprovação prévia do Comandante Geral, o expediente será restituído
ao COINT interessado para prosseguimento do processo nos termos do art. 9 desta
Resolução.
§2° Após a adoção das medidas previstas no art. 9, o COINT interessado remeterá o
expediente ao Canil Central, juntando proposta de criação do referido Canil Setorial.
§3° O Canil Central, após a adoção das providências que lhe competem, remeterá o
processo ao Estado-Maior Geral (EMG), para autorização do Comandante Geral.
§4° Após autorização do Comandante Geral, os documentos serão processados
pelo EMG da PMPA para a confecção da Portaria de criação.

Art. 13. Os Canis Setoriais deverão seguir os parâmetros estabelecidos no art 6


desta Resolução para construção dos boxes individuais para habitação dos cães.

Art. 14. Além dos boxes individuais, os Canis Setoriais deverão possuir as
instalações necessárias a manutenção dos cuidados e da qualidade de vida dos cães,
conforme o art 7 desta Resolução.

Seção III
Da Comissão Examinadora

Art. 15. A Comissão Examinadora de Cães tem por finalidade acompanhar a


aquisição de cães, examinar e acompanhar periodicamente as condições de saúde dos cães
da Corporação.
Parágrafo Único – A Comissão será designada para cada ato pelo Comandante do
Canil Central.

Art. 16. A Comissão Examinadora de Cães supervisionará semestralmente as


atividades dos Canis e encaminhará relatório para o Comandante do Canil Central para
análise e deliberações, conforme Manual de Redação Oficial da PMPA.
Parágrafo Único – A Comissão será constituída de 01 (um) Oficial do BAC
cinotécnico, 01 (um) Oficial Médico Veterinário e um Policial Militar Combatente do BAC

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especialista em cães farejadores, cabendo a presidência ao de maior posto e/ou antiguidade,


sendo os demais membros.

Seção IV
Da Avaliação Médico-Veterinária

Art. 17. Os canis devem ter a supervisão permanente de 01 (um) Médico Veterinário
para controle da saúde dos cães e demais providências que se fizerem necessárias.
§1º Medidas de profilaxia serão tomadas nos Canis, sob orientação do Centro
Médico Veterinário;
§2º Todo e qualquer medicamento somente deverá ser administrado sob prescrição
do Centro Médico Veterinário;
§3º Quando se fizer necessário o atendimento presencial ou for solicitado pelo
Médico Veterinário, o animal deverá ser transportado para o Centro Médico Veterinário para
atendimento em estrutura completa de ambulatório e centro cirúrgico;
§4º Um Médico Veterinário deverá estar disponível para eventual acionamento pelo
Comando da Unidade;
§5° O Comandante da Unidade deverá remeter para o Corpo Militar de Saúde –
CMS mapa mensal, redigido e assinado por Médico Veterinário, acerca da saúde dos cães da
Corporação e das condições sanitárias do canil.

Art.18. O Canil Central deverá possuir, no mínimo, 04 (quatro) auxiliares veterinários


prontos, e os Canis Setoriais, no mínimo, 02 (dois) auxiliares veterinários prontos.
Parágrafo Único – A atividade de auxiliar veterinário poderá ser exercida por
qualquer policial militar, desde que seja capacitado por um Médico Veterinário para exercer tal
tarefa.

Art.19. O espaço dos canis é exclusivo para semoventes pertencentes ao patrimônio


da PMPA e os casos previstos no art. 55 desta Resolução, que executem atividades descritas
no art. 3 desta Norma.

CAPÍTULO III
DO EFETIVO CANINO
Seção I
Da Aquisição de Cães

Art. 20. A aquisição do efetivo de cães dar-se-á:


I – por compra;
II – por criação própria;
III – por doação à Corporação.

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Art. 21. Os cães adquiridos devem ser considerados capacitados para os serviços
descritos no art. 3 desta Resolução pela Comissão Examinadora de Cães nomeada para esse
fim.

Art. 22. A seleção dos cães deverá ser realizada pela Comissão Examinadora a
partir dos seguintes aspectos:
Físicos: a comissão examinadora deverá avaliar ausência de deficiências físicas,
porte, estrutura e raça do cão;
Genéticos: deverá ser observada a árvore genealógica do cão;
Psicológicos: cães de temperamento equilibrado e drive para o trabalho.
§1º A PMPA deverá adquirir cães da linhagem de trabalho conforme os padrões
estabelecidos pela Federação Cinológica Internacional (FCI) e pela Confederação Brasileira
de Cinofilia (CBKC), sendo os cães preferencialmente das raças Pastor Alemão, Pastor Belga
de Malinois e Labrador Retriever, para os serviços descritos no art. 3 desta Resolução.
§2º Outras raças poderão ser utilizadas para atender missões específicas, conforme
necessidade do serviço policial-militar.
§3º Os cães adquiridos por compra deverão possuir Certificado de Registro de
Origem (CRO).

Art. 23. Os cães deverão ser inspecionados pela Comissão Examinadora de Cães
para inclusão em carga ou alienação, após completado o período de treinamento de 24 (vinte
e quatro) meses para cães de guarda e proteção e para cães de faro e demais especialidades
de detecção.

Art. 24. A partir da data da inclusão na carga da Unidade, todos os cães deverão ter
resenha individualizada, instaurada pelo Médico Veterinário.
§1º A resenha mencionada no caput deste artigo é a ficha de registro minucioso das
informações referentes ao cão, incluindo aquele que esteja em observação, na qual deverá
constar os seguintes dados:
I – data da aquisição e da inclusão na carga da Unidade;
II – forma de aquisição;
III – preço de compra ou de avaliação;
IV – idade, no ato da aquisição;
V – pelagem, marcas peculiares no animal;
VI – filiação e raça;
V – nome do proprietário anterior.
VI – avaliação médico veterinária;
VII – treinamento/emprego na atividade policial.
§2º O preenchimento da resenha será realizado por Oficial Médico Veterinário ou
Médico Veterinário, que irá preencher e assinar este documento, para a inclusão em acervo
patrimonial.

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§3º A resenha será arquivada no Canil. Nos Canis Setoriais, cabe ao Comandante
da Unidade encaminhar cópia para o Canil Central.
§4º A resenha deverá ser revista anualmente, na primeira quinzena do último mês do
ano, com a finalidade de atualizar e averbar na resenha anterior as novas características e
peculiaridades adquiridas pelo cão.

Seção II
Da Compra dos Cães

Art. 25. A compra dos cães será realizada pela PMPA, nos termos da legislação em
vigor, bem como observará o Manual de Gestão de Patrimônio Mobiliário do Estado do Pará.

Art. 26. A compra dos cães poderá se processar em qualquer lugar do território
nacional ou, se as condições forem favoráveis, no exterior.

Art. 27. No ato da compra dos cães, os animais adquiridos deverão ter realizado os
exames elencados por Médico Veterinário da PMPA.
Parágrafo Único – O Comandante Geral poderá nomear Comissão Avaliadora de
Cães para participar da compra dos cães, respeitando o estabelecido no Parágrafo Único do
art. 16 desta resolução.

Art. 28. Os cães adquiridos serão imediatamente incluídos no acervo patrimonial da


Corporação.
§1º A Diretoria de Apoio Logístico deverá nomear Comissão própria para receber os
cães, na forma do Manual de Gestão do Patrimônio Mobiliário do Pará.
§2º A Comissão deverá elaborar o Termo de Recebimento e Exame de Material –
TREM para avaliar previamente se as condições do animal adquirido estão em consonância
com o Termo de Referência presente no edital de licitação.

Seção III
Da Criação Própria de Cães

Art. 29. A criação própria de cães na Corporação é o resultado do nascimento de


filhotes oriundos de matrizes pertencentes aos canis da PMPA.
§1º É vedada a reprodução de matrizes no primeiro cio, bem como é obrigatório o
intervalo de 1 cio de descanso entre gestações;
§2º O acompanhamento Pré-natal e do parto ocorrerá nas dependências do BAC e
do Centro Médico Veterinário da PMPA, sendo, portanto, a reprodução de animais
exclusividade do Canil Central.
§3º O Canil Central pode a qualquer momento solicitar matrizes ou padreadores dos
Canis Setoriais, devendo substituir por um animal que não esteja destinado à reprodução;

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§4º O nascimento de animais no Canil Central ocorrerá em boxes específicos para a


maternidade, isolados dos galpões dos semoventes ativos no serviço policial-militar,
preservando o isolamento sanitário;
§5º É imprescindível a presença do Médico Veterinário durante todo o trabalho de
parto.
§6ºO acasalamento por monta natural só ocorrerá mediante autorização do Médico
Veterinário, que avaliará tanto a saúde da matriz e padreador classificando-os como aptos a
reprodução, quanto a viabilidade da formação do casal (proporção macho/fêmea);
§7º A inseminação artificial somente será realizada por Médico Veterinário.

Art. 30. Os padreadores podem ser oriundos de canis de outras forças, bem como
de canis particulares, desde que respeitado o Termo de Acasalamento (Anexo I).

Art. 31. Os filhotes provenientes da criação própria permanecerão em constante


treinamento para as atividades previstas no art. 3 desta Resolução, até passarem por
avaliação de acordo com o prazo previsto no art. 23 desta Resolução.
§1º Na hipótese de inservibilidade do cão para os serviços policiais-militares ou
missões específicas, observada pela Comissão Examinadora de Cães, o animal poderá ser
doado, conforme o Capítulo IV, Seção III desta norma, antes de completer a idade para
inclusão em carga.
§2º Quando do nascimento, todos os filhotes serão avaliados por Oficial Médico
Veterinário, que observará a presença de anomalias incompatíveis com o serviço policial
militar, recomendando assim que possível, a doação dos filhotes em questão, de acordo com
o previsto no art 39 desta Resolução.
§3º Os filhotes concluirão o protocolo vacinal aos 120 (cento e vinte) dias de vida,
quando poderão ser transferidos para o galpão central ou canil setorial de destino, e liberados
para treinamento em localidades externas a OPM.

Seção IV
Da Doação dos Cães à Corporação

Art. 32. A doação poderá ser realizada por pessoas físicas ou jurídicas, de direito
público ou privado, nacional ou estrangeiro, de acordo com a legislação e demais normas em
vigor.

Art. 33. Os cães doados à PMPA deverão apresentar as seguintes condições:


I – idade máxima de 12 (doze) meses;
II – estar apto clínica e profilaticamente;
III – ser de raça pura, preferencialmente comprovada por meio de Certificado de
Registro da Origem;
IV – ser compatível com as missões contidas no art. 3 desta Resolução.

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Parágrafo Único – Em casos excepcionais e mediante parecer da Comissão


Examinadora de Cães poderão ser aceitos animais com idade maior de 12 (doze) meses,
desde que estejam devidamente adestrados ou se destinem aos acasalamentos para criação
própria da Corporação.

Art. 34. Os cães doados permanecerão em observação e constante treinamento


pelo período mínimo de 12 (doze) meses após a data da doação, ou até o 24 (vinte e quatro)
meses de vida no caso de o cão doado ser um filhote ainda inapto para adestramento.
§1º O treinamento visa à preparação do cão para as missões descritas no art. 3
desta Resolução.
§2° Após o tempo referido no caput deste artigo, os animais deverão ser
inspecionados pela Comissão Examinadora de Cães para inclusão em carga ou doação a
terceiros.
§3° Na hipótese de inservibilidade do cão para as missões policiais militares ou
específicas, observada pela Comissão Examinadora de Cães, poderá este ser devolvido ao
doador, o qual poderá também indicar pessoa interessada em receber o animal, no prazo
definido pela Comissão Examinadora.
§4° Na hipótese de inexistência de indicação de doador previsto no parágrafo
anterior, cabe à Corporação indicar os interessados em receber o animal.

CAPÍTULO IV
DA EXCLUSÃO DOS CÃES
Seção I
Das Formas de Exclusão

Art. 35. O cão será excluído do acervo patrimonial da PMPA nas seguintes formas:
I – por reforma;
II – por doação;
III – por desaparecimento;
IV – por morte.

Art. 36. Deverá ser lavrado um Termo de Exame e Averiguação de Material – TEAM
para a exclusão do cão, o qual deverá ser encaminhado à Diretoria Apoio Logístico para fins
de deliberação e providências.

Seção II
Da Reforma de Cães da Corporação
Art. 37. A reforma do cão é o ato administrativo prévio, designado ao cão que não
mais atenda aos requisitos mínimos para o emprego na PMPA previsto no art. 3 desta
Resolução, e que será excluído posteriormente do acervo patrimonial da Corporação,
podendo ser mantido pelo Estado e/ou doado a terceiros.

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Art. 38. Os cães que pertencem ao patrimônio da Corporação serão reformados nos
seguintes casos:
I – por idade, ao atingir 08 (oito) anos;
II – por inservibilidade.
§1º Ao atingir 08 (oito) anos de idade, o cão será avaliado pela Comissão
Examinadora de Cães, que por intermédio de parecer poderá estender sua permanência por
até 02 (dois) anos.
§2º A reforma por idade será efetuada pelo Comandante Geral, por meio da
homologação do relatório confeccionado pela Comissão responsável pelo TEAM.
§3º A inservibilidade ocorrerá quando o cão apresentar qualquer alteração que
inviabilize sua utilização para as missões previstas no art. 3 desta Resolução.
§4º Os cães em observação somente poderão ser considerados inservíveis
mediante prévia inspeção realizada pela Comissão Examinadora de Cães, a qual deverá ter
um policial militar lotado da Seção de Patrimônio da DAL, um policial militar cinotécnico e
Médico Veterinário, mediante TEAM.
§5º O relatório final do TEAM deverá informar acerca da servibilidade ou não do
animal, atendendo o Parecer Técnico nº 43/2014-SEAD (Processo nº 2014/274960), quanto à
utilização de semoventes.
§6º Para fins do disposto no parágrafo anterior, a Comissão deverá seguir o contido
no Manual de Gestão do Patrimônio Mobiliário do Estado do Pará.

Seção III
Da Doação de Cães da Corporação

Art. 39. As doações serão processadas pela Diretoria de Apoio Logístico com a
autorização do Comandante Geral da Corporação.
Parágrafo Único. As doações deverão ser publicadas em Boletim Geral da
Corporação ou Boletim Específico, nos termos previstos para reforma de cães.

Art. 40. Os cães reformados poderão ser doados obedecida a seguinte prioridade:
I – ao adestrador do cão a ser doado;
II – aos componentes dos Canis Central e Setoriais;
III – aos componentes da PMPA;
IV – a particulares.
§1º Os cães reformados que não forem objeto de doação serão mantidos pelo
Estado e isentos de qualquer prestação de serviço ou atividade até o fim de sua vida.

Art. 41. A doação será sempre onerada e com os seguintes encargos:


I – o donatário deverá ser pessoa idônea, reconhecidamente dedicada aos animais e
ter condição financeira para bem cuidar do cão doado;

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II – o donatário deverá dedicar ao animal a atenção necessária, fornecendo-lhe


todos os cuidados quanto a tratamento Médico-Veterinário, higiene e alimentação. Uma vez
que o animal seja doado a corporação fica isenta de quaisquer custos relacionados a
manutenção desse;
III – o donatário fica impedido de participar, com o animal doado, de provas de
adestramento, exposições ou atividades semelhantes;
IV – o donatário deverá atentar para que o animal não seja utilizado em qualquer ato
ilícito, previsto na legislação vigente.
§1° Os donatários ficam sujeitos à fiscalização exercida pela Corporação, a qual se
reserva ao direito de anular a doação e retomar o animal, caso se verifique quaisquer
descumprimentos desse artigo.
§ 2° O animal retomado poderá ser novamente doado, desde que não seja para a
mesma pessoa de quem foi retomado.
Art. 42. A qualquer donatário dar-se-á sempre competente documento comprobatório
conforme anexo II desta Resolução, Termo de Doação.

Seção IV
Da Morte de Animal

Art. 43. A morte do animal, em serviço ou não, deverá ser apurada por intermédio de
Sindicância a ser instaurada pela Unidade a que pertencer o animal.
§1° O procedimento administrativo deve conter, dentre outros documentos, o Laudo
da Necrópsia do cão, quando realizada, bem como fotografias de corpo inteiro e da cabeça do
animal.
§2° O cão será sepultado em área própria destinada para tal fim, definida pelo
Comandante de Unidade, após realizada a Necrópsia.
§3° Após a conclusão do procedimento apuratório de que trata esse artigo e da
homologação em Boletim Geral da Corporação, o cão será excluído do acervo patrimonial da
PMPA.

Seção V
Da Eutanásia de Animal

Art. 44. A eutanásia de animal consiste na indução da cessação da vida animal por
meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando os
princípios éticos e atos definidos nas Resoluções nº 714/2002-CFMV, 722/2002/CFMV e
1.000/2012/CFMV do Conselho Federal de Medicina Veterinária, aplicando-se aos cães nas
condições específicas e nos seguintes casos:
I – em virtude de acidente, o cão for julgado irrecuperável e sua sobrevivência seja
apenas motivo para sofrimento;

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II – for acometido de moléstia contagiosa ou epidemia que torne perigoso o seu


alastramento a outros animais ou para seus adestradores;
III – situações não previstas nos incisos anteriores, desde que o parecer Médico
Veterinário assim aconselhe.
§1º O Termo de Eutanásia será lavrado e assinado pelo Médico Veterinário, com
objetivo de exclusão do cão do acervo patrimonial da PMPA, conforme anexo III desta
Resolução.
§2º O Médico Veterinário encarregado pela eutanásia animal deverá seguir os
procedimentos contidos na Resolução mencionada no caput deste artigo, bem como solicitar
autorização ao Comandante Geral da PMPA para o procedimento, conforme o Anexo IV,
Autorização para Eutanásia.
§3º Após a eutanásia do animal, será lavrado o respectivo Termo, conforme Anexo
III, o qual será anexado ao Termo de Imprestabilidade do Animal, Anexo V, e ao TEAM, o que
for instaurado.

Seção VI
Do extravio de Animal

Art. 45. O cão será considerado extraviado quando desaparecer e não for
recuperado após o prazo de 10 (dez) dias.
§1º O Comandante da Unidade deverá instaurar procedimento administrativo
cabível, após tomar conhecimento do extravio do cão.
§2º O cão localizado após o décimo dia será reincluído mediante comunicação ao
respectivo Comandante.

Art. 46. Nos casos de morte, eutanásia e extravio de animal, o Comandante da


Unidade dará imediata ciência do ocorrido ao Comandante do Comando de Missões
Especiais - CME, ao Comandante do COINT a que estiver subordinado e à DAL.
§ 1° Para fins de exclusão do acervo patrimonial, os extravios deverão ser avaliados
por meio de Comissão própria.
§ 2° A documentação referente ao fato deverá dar entrada na Unidade respectiva
após a apuração para fins de publicação em Boletim Interno.

CAPÍTULO V
DO ADESTRAMENTO DE CÃES
Seção I
Do adestramento
Art. 47. Os cães selecionados e considerados aptos para iniciarem o adestramento
deverão ser submetidos à responsabilidade do grupo de instrução e adestramento o qual é
encarregado pela realização da manutenção e avaliação periódica do adestramento dos
semoventes do BAC.

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Art. 48. Os cães deverão passar pelo processo de adestramento de acordo com o
protocolo metodológico de adestramento e treinamento adotado pelo BAC.
Parágrafo único. Após completado o período de treinamento de 24 (vinte e quatro)
meses, tanto os cães de guarda e proteção quanto os cães de faro serão avaliados por
cinotécnico responsável.

Art. 49. Os cães selecionados e considerados aptos para o trabalho, após o


processo de treinamento serão submetidos à avaliação para certificação.
Parágrafo Único. O cão preferencialmente deverá ser certificado para ser utilizado
nas atividades de policiamento.

Seção II
Dos adestradores

Art. 50. Mediante autorização do Departamento Geral de Educação e Cultura –


DGEC serão realizadas regularmente no Canil Central atividades formativas, com prioridade
de vagas para os policiais militares pertencentes às Unidades que possuam Canis Setoriais
ou estejam em vias de criá-lo.

Art. 51. As atividades formativas poderão ser frequentadas por policiais militares de
outros estados, desde que autorizados pelo Comandante Geral da PMPA e respeitadas as
prioridades do constante do artigo anterior.

Art. 52. Somente poderão conduzir cães da Corporação em via pública, policiais
militares que possuírem capacitação específica nas atividades formativas realizadas pelo
Canil Central ou Instituição equivalente.

Art. 53. Os policiais militares dos Canis, sempre que possível, deverão executar
atividades policiais militares que lhes competem acompanhados do respectivo cão.

CAPÍTULO VI
Das prescrições diversas

Art. 54. A proposta para a criação de Canis Setoriais deverá ser elaborada mediante
remanejamento interno de vagas do âmbito da Unidade interessada.

Art. 55. O Oficial integrante dos Canis poderá, após a aprovação do Comandante da
Unidade, manter durante o período em que estiver lotado na respectiva unidade, 01 (um) cão
de sua propriedade, a expensas da Corporação, desde que esse seja de raça compatível com
os cães previstos para os canis da PMPA, e empregado nas missões previstas no art. 3 desta
Resolução.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Art. 56. Será terminantemente proibida a utilização de cães que não estejam
adestrados e/ou incluídos em carga da PMPA no serviço operacional da Corporação.

Art. 57. Encontram-se anexos a esta Resolução: Termo de Acasalamento (Anexo I);
Termo de Doação (Anexo II); Termo de Eutanásia Animal (Anexo III); Autorização Para
Eutanásia (Anexo IV); e Termo de Inservibilidade e Avaliação de Animal (Anexo V).

Art. 58. Todos os cães pertencentes à PMPA que estejam em carga deverão ser
adestrados para dar cumprimento às missões que lhes são afetas, com exceção apenas
daqueles destinados à reprodução.

Art. 59. Ficam revogadas as disposições em contrário, em especial a Resolução Nº


028/2017, publicada no BG n° 049, de 13 de março de 2017.

Art. 60. Os casos omissos serão resolvidos pelo Chefe do Estado-Maior Geral.

Art. 61. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
Registre-se, publique-se e cumpra-se.
Quartel em Icoaraci-PA, 07 de junho de 2021.
JOSÉ DÍLSON MELO DE SOUZA JÚNIOR – CEL QOPM
COMANDANTE GERAL DA PMPA

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

ANEXO I

TERMO DE ACASALAMENTO

Pelo presente instrumento de Autorização de Cobertura o Médico Veterinário e


demais Membros da Comissão Examinadora legitimal estarem aptos ao acasalamento os
cães:
1. MATRIZ
NOME DO ANIMAL
NASCIMENTO
RAÇA
PEDIGREE
Nº DE REGISTRO
PERTENCENTE:
CARACTERÍSTICAS DO ANIMAL

2. PADREADOR
NOME DO ANIMAL
NASCIMENTO
RAÇA
PEDIGREE
Nº DE REGISTRO
PERTENCENTE:
CARACTERÍSTICAS DO ANIMAL

Atestam ainda no termo a avaliação positiva dos seguintes itens:


a) Carteira de vacinação em dia;
b) Chapa de Displasia Coxo Femural, para as raças que tenham necessidade;
c) Exame veterinário.
O presente termo é intransferível, irrevogável e irretratável.

Belém-PA, _____ de ___________ de __________.

__________________________ __________________________
MÉDICO VETERINÁRIO MEMBRO DA COMISSÃO

__________________________ _________________________
MEMBRO DA COMISSÃO MEMBRO DA COMISSÃO

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

ANEXO II

TERMO DE DOAÇÃO

Cidade, ____ de _________ de ________.

Aos XX dias do mês de XXX de XXXX, em (LOCAL), Estado do Pará, na presença das
testemunhas abaixo relacionadas, pelo fato do cão (NOME DO CÃO) da raça XXX, nascido em XXXX,
(SEXO), (PELAGEM, PORTE, PESO, ALTURA E DEMAIS CARACTERÍSTICAS DO ANIMAL). Forma
de aquisição: XXXX. Registro: XXXXX, (JUSTIFICATIVA PARA A DOAÇÃO), faço a doação do cão
acima referenciado ao (NOME DO RECEBEDOR), portador do CPF: XXXXXXX, RG: XXXXXX, residente
em (ENDEREÇO), não podendo o esse vender, alugar, emprestar, doar ou submeter à carga de trabalho
o cão, e, em caso de óbito, tem a obrigação de informar de imediato a PMPA, para que seja constatada a
veracidade da informação, após o que, lavrei o presente termo que assino juntamente ao beneficiário e
testemunhas.

_______________________________________________
RECEBEDOR

_______________________________________________
TESTEMUNHA I

_______________________________________________
TESTEMUNHA II

_______________________________________________
COMANDANTE DO BAC

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

ANEXO III

TERMO DE EUTANÁSIA ANIMAL Nº ….../ANO

Atesto que no (dia, mês e ano), às (hora), foi submetido à eutanásia animal, nas
dependências do (informar a OPM e município), o Cão de matrícula Nº xx, identificado pela
resenha que segue:

(descrever o animal, com número da matrícula, nome, idade, altura, pelagem, e


outras informações técnicas determinantes para individualizá-lo).

CAUSA DETERMINANTE: (informar resumidamente).

CAUSA MORTIS: (relatar a causa mortis).

MEIO EMPREGADO NA EUTANÁSIA ANIMAL: (informar o meio previsto na


Resolução nº 1000/12-CFMV).

Cidade, ____ de _________ de ________.

________________________________
MÉDICO VETERINÁRIO

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

ANEXO IV

AUTORIZAÇÃO PARA EUTANÁSIA

DADOS DO ANIMAL

NOME DO ANIMAL:______________________________________________
RAÇA:_________________________________________________________
PORTE: _______________________________________________________
COR: __________________________ SEXO: _________________________
NASCIMENTO:__________________________________________________

Para fins de ordem legal, DECLARO que, por minha livre iniciativa, AUTORIZO a
eutanásia do animal acima descrito, nos termos dos arts. 2, 4, 8 e 10 da Res. nº: 714/2002,
que dispõe sobre procedimentos e métodos da eutanásia, de acordo com a legislação federal
brasileira vigente.
Por tratar-se de procedimento realizado rigorosamente dentro dos padrões da
bioética, não haverá questionamentos posteriores.

Belém-PA, _____ de ___________ de __________.

_____________________________________
COMANDANTE GERAL DA PMPA

_____________________________________
MÉDICO VETERINÁRIO

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

ANEXO V

TERMO DE INSERVIBILIDADE E AVALIAÇÃO DE ANIMAL

Aos (dia, mês e ano), nesta cidade de (município), Estado do Pará, na (OPM), os
(Posto / Graduação, RG e Nome de todos os integrantes da comissão avaliadora)
elaboraram o levantamento e inspeção do cão pertencente à carga da (OPM), sendo
constatado o seguinte: (descrever o animal, com número da matrícula, nome, idade,
altura, pelagem, e outras informações técnicas determinantes para individualizá-lo).

PARECER TÉCNICO: (descrever a condição de inapto do animal para o serviço


a qual se destina, e as causas de inaptidão).

__________________________________________________
OFICIAL CINOTÉCNICO

__________________________________________________
MÉDICO VETERINÁRIO

_________________________________________________
MEMBRO DA COMISSÃO

_________________________________________________
MEMBRO DA COMISSÃO

_________________________________________________
MEMBRO DA COMISSÃO

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

RESOLUÇÃO Nº 276 de 07 de junho de 2021 – EMG/PM1.


Dispõe sobre a aprovação da “Doutrina do Batalhão de
Ações com Cães (BAC)”: fonte doutrinária que regula e
padroniza as atividades internas, e dá outras providências.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO PARÁ, no exercício de suas


atribuições previstas no art. 8º, I e VIII da Lei Complementar nº 053/2006;
Considerando a necessidade de implementação e execução de iniciativas previstas
no Planejamento Estratégico da Corporação, como a elaboração de projetos de criação de
manuais de doutrina operacional e rotinas administrativas, e o fomento por ações de pesquisa
científica no desenvolvimento de competências profissionais, com foco em programa de
capacitação continuada;
Considerando a necessidade de proporcionar suporte didático e doutrinário para o
efetivo da Unidade, bem como, balizamento para as atividades operacionais de execução das
atividades do Batalhão de Ações com Cães na busca pela manutenção da paz e ordem social
no Estado do Pará;
RESOLVE:
Art. 1° APROVAR a “Doutrina do Batalhão de Ações com Cães”, como um
instrumento norteador das atividades operacionais e didáticas do BAC, nos termos do Anexo
Único.
Art. 2° Está Resolução entrará em vigor na data de sua publicação;
Registre-se, publique-se, cumpra-se.
Quartel em Icoaraci/PA, 07 de junho de 2021.
JOSÉ DÍLSON MELO DE SOUZA JÚNIOR – CEL QOPM
COMANDANTE GERAL DA PMPA

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Doutrina do Batalhão de Ações com Cães Da PMPA

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

FICHA CATALOGRÁFICA
 
SILVA, Luis Marcelo Bilóia da. HANNEMANN, Ildefonso Gonçalves. SOARES, João
Douglas Ferreira. MARTINS JÚNIOR, Mário José. NASCIMENTO, Jairo Chagas do
Filho. RIBEIRO, Patrícia Brandão. SOUSA, Jonathan Wesley Castro de. COUTINHO,
Marina. NATALINO, Raimundo. RODRIGUES, José. COSTA, Cristopher. VALENTE,
Brenda Yasmim.
Doutrina do Batalhão de Ações com Cães /SILVA, Luis Marcelo Bilóia da.
HANNEMANN, Ildefonso Gonçalves. SOARES, Douglas Ferreira Gonçalves. MARTINS
JÚNIOR, Mário José. NASCIMENTO, Jairo Chagas do Filho. RIBEIRO, Patrícia
Brandão. SOUSA, Jonathan Wesley Castro de. COUTINHO, Marina de Brito. SIQUEIRA,
Raimundo Natalino dos Santos. RODRIGUES, José Maria da Silva. COSTA, Cristopher
da Silveira. SOARES, Brenda Yasmim Valente. – 1ª Ed. Belém, 2021. 66 p. il. color.:
29cm.

 
Doutrina do Batalhão de Ações com Cães – Polícia Militar do Estado do Pará,
Batalhão de Ações com Cães – BAC, Belém, 2021.
 
  Supervisor: TEN CEL QOPM LUIS MARCELO BILÓIA DA SILVA

  I. Polícia Militar. 2. Cães de polícia. 3. Doutrina.

I. Doutrina do Batalhão de Ações com Cães. II. TEN CEL LUIS MARCELO. III. Batalhão
de Ações com Cães.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Comissão Organizadora
TEN CEL QOPM RG 12884 LUIS MARCELO BILÓIA DA SILVA
MAJ QOPM RG 31152 ILDEFONSO GONÇALVES HANNEMANN
MAJ QOPM RG 33479 JOÃO DOUGLAS FERREIRA SOARES
MAJ QOPM RG 33509 MÁRIO JOSÉ MARTINS JÚNIOR
CAP QOPM RG 37970 JAIRO CHAGAS DO NASCIMENTO FILHO
CAP QOSPM RG 39738 PATRÍCIA BRANDÃO RIBEIRO
1º TEN QOPM RG 38885 JONATHAN WESLEY CASTRO DE SOUSA
2º TEN QOSPM RG 40891 MARINA DE BRITO COUTINHO
2º SGT 27743 RAIMUNDO NATALINO DOS SANTOS SIQUEIRA
3º SGT PM RG 28447 JOSÉ MARIA DA SILVA RODRIGUES
CB PM RG 39050 CRISTOPHER DA SILVEIRA COSTA
SD PM RG 40929 BRENDA YASMIM VALENTE SOARES

EQUIPE TÉCNICA:
SUPERVISÃO
TEN CEL QOPM RG 12884 LUIS MARCELO BILÓIA DA SILVA

REVISÃO JURÍDICA – CONSULTORIA JURÍDICA DA PMPA.


CEL QOPM RG 27044 RICARDO ANDRÉ BILÓIA DA SILVA
MAJ QOPM RG 33524 ADRIANO NAZARENO GÓES DA SILVA

AUTORES
TEN CEL QOPM RG 12884 LUIS MARCELO BILÓIA DA SILVA
MAJ QOPM RG 31152 ILDEFONSO GOLÇALVES HANNEMANN
MAJ QOPM RG 33479 JOÃO DOUGLAS FERREIRA SOARES
MAJ QOPM RG 33509 MÁRIO JOSÉ MARTINS JÚNIOR

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

CAP QOPM RG 37970 JAIRO CHAGAS DO NASCIMENTO FILHO


CAP QOSPM RG 39738 PATRÍCIA BRANDÃO RIBEIRO
1º TEN QOPM RG 38885 JONATHAN WESLEY CASTRO DE SOUSA
2º TEN QOSPM RG 40891 MARINA DE BRITO COUTINHO
2º SGT 27743 RAIMUNDO NATALINO DOS SANTOS SIQUEIRA
3º SGT PM RG 28447 JOSÉ MARIA DA SILVA RODRIGUES
CB PM RG 39050 CRISTOPHER DA SILVEIRA COSTA
SD PM RG 40929 BRENDA YASMIM VALENTE SOARES

COLABORADORES

SUB TEN QPMP-6 RG 19450 ERMÊ BENAMOR RODRIGUES BARBOSA


2º SGT PM RG 12611 HUMBERTO MÁRIO GUIMARÃES DOS SANTOS
3º SGT PM RG 25578 EDUARDO GOMES FERNANDES
3º SGT PM RG 25881 ALTEMAR FERREIRA DOS SANTOS
CB PM RG 34884 DIOGO LEONARDO PINTO DE CARVALHO
CB PM RG 40253 NATHAN DA SILVA MARTINS LOPES
CB PM RG 3953 DIOGO FRANCISCO SOUZA DE MORAES

FOTOS - ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PMPA

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

AGRADECIMENTOS
Agradecemos em primeiro lugar ao General de todos os Exércitos, nosso DEUS.
Prestamos os agradecimentos especiais as Vossas Excelências o Governador do Estado do
Pará Helder Zahluth Barbalho e o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social Ualame
Fialho Machado por dedicarem-se a gerir este Estado de dimensões continentais, e assim o
fazem de maneira eficiente e por fornecer ao Batalhão de Ações com Cães os investimentos
necessários à atuação. Tal dedicação e investimento refletem no bom serviço que o BAC e a
Polícia Militar do Estado do Pará, como um todo, têm prestado à sociedade.
A Vossa Excelência CEL QOPM José Dílson Melo de Souza Júnior, e Vossas
Senhorias CEL QOPM Marcelo Ronald Botelho de Souza, CEL QOPM Pedro Paulo dos
Santos Celso, CEL QOPM RR Sidney Profeta da Silva, CEL QOPM Edivaldo Santos Souza,
CEL QOPM André Henrique Costa Marques e MAJ QOPM Ildefonso Gonçalves Hannemann
por acreditarem e confiarem em nosso trabalho diário no combate à criminalidade; por
viabilizarem, investirem e auxiliarem a ação do cão como eficiente ferramenta na atuação
policial.
Ao CEL QOPM REF Flaviano Gomes de Melo, que no ano de 1974, foi o primeiro
comandante da unidade de Canil da Polícia Militar do Estado do Pará, por idealizar e fundar o
ponto de partida para toda a história de nossa unidade.
Por fim agradecemos a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a
evolução do Batalhão com a presente Doutrina.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

SUMÁRIO DE IMAGENS

1. Organograma ………………………………………………………………….13
2. Brasão ………………………………………………………………………….22
3. Escudo ………………………………………………………………………… 23
4. Colar de elos …..……………………………………………………………….27
5. Guias …………………………………………………………………………... 28
6. Coleira tática …………………………………………………………….……..28
7. Peitoral tático …………………………………………………………………..28
8. Clicker …………………………………………………………………………. 29
9. Rasqueadeira ………………………………………………………………….29
10. Borrifador ……………………………………………………………………….30
11. Braçadeiras …………………………………………………………………….30
12. Brevê do curso de Cinotecnia ………………………………………………..33
13. Brevê do curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores……..34
14. Manicacas ……………………………………………………………………...35
15. Faca tática ……………………………………………………………………...36
16. Maleta e materiais de primeiros socorros para o cão ……………………...56

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

SUMÁRIO
17. Apresentação 09
18. Disposições gerais 09
19. Subordinação operacional 12
20. Estrutura organizacional do BAC 12
20.1. Companhia de patrulhamento e operação com cães 14
20.2. Companhia de emprego de cães de detecção 15
20.3. Grupo de instrução e adestramento 16
20.4. Setores administrativos 17
21. Histórico do Batalhão de Ações com Cães 17
22. Missão/ visão/ valores 18
22.1. Missão 18
22.2. Visão 19
22.3. Valores 19
23. Simbologia 21
23.1. Brasão do BAC 21
23.2. Escudo do BAC 22
23.3. Juramento do Cinotécnico 24
23.4. Canção do Canil 24
23.5. Cerimônias 26
23.6. Uniforme 26
23.7. Material 27
23.8. Braçadeira 30
23.9. Cursos e estágios operacionais 30
23.10. Manicaca 34
23.11.Faca Tática 35
24. Embasamento jurídico para atuação do cão policial 37
24.1. Dos dispositivos legais que amparam os animais 40
24.2. Poder de polícia 43
24.3. Policiamento com cães 44
25. Composição das guarnições 48
25.1. Policiamento com cão de patrulha e/ou de duplo emprego 48
25.2. Missão específica de detecção de entorpecente 49
25.3. Missão específica de detecção de artefatos explosivos 50
25.4. Missão específica de faro de busca 51
25.5. Policiamento ostensivo a pé com cães 51
25.6. Policiamento em praça desportiva com cães 52
25.7. Controle de distúrbio civil com cães 53
25.8. Formação de células com cães 53
25.9. Ações de cunho social 53
26. Rotina do Batalhão 54
27. Atribuições veterinárias 55
27.1. Reprodução de cães 57
28. Treinamentos e qualificações 57
28.1. Treinamento do policial 57
28.2. Treinamento dos semoventes 60
28.3. Treinamento físico militar 61
29. Considerações finais 62
30. Referências Bibliográficas 64

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

1. Apresentação
A doutrina do Batalhão de Ações com Cães foi criada com o intuito de manter
alinhados os conceitos e valores carregados no seio desse Batalhão, sendo o conjunto
coerente de ideais e fundamentos das unidades de atuação com cães da Polícia Militar do
Estado do Pará, transmitindo assim continuamente esses conhecimentos.

Considerando todo o arcabouço teórico e legal do emprego do cão na atividade


policial, se faz necessário a organização de maneira sistemática e padronizada da atuação
dos policias militares dessa unidade. Bem como tornar público informações como histórico,
valores, visão, missão, simbologia, rotinas operacionais e organizacionais do quartel etc.

Ressalta-se ainda a importância do conhecimento acerca das situações ideais para a


atuação, o manejo, o adestramento e o treinamento dos cães e dos policiais militares,
advindos de pesquisas científicas na área da segurança pública, do direito, da Cinotecnia e
das demais áreas afins de relevância à atuação do Batalhão, por meio de um levantamento
bibliográfico e considerando a experiência diária do treinamento e atuação com cães de
trabalho na área policial.

Uma vez que se verificou a diferença entre o conjunto doutrinário e o conjunto de


procedimentos operacionais e administrativos padrão, o presente documento apresenta uma
relação rigorosa dos conceitos e valores que nortearão a atuação dos policiais militares do
Batalhão de Ações com Cães e Canis Setoriais. Quanto a temas pormenorizados, os quais
facilmente podem ser atualizados e modificados, tais como adestramento, conhecimentos
básicos e específicos de detecção de odores, guarda, proteção, seleção dos cães, atuação
operacional padronizada, dentre outros, serão abordados em resoluções e manuais futuros.

2. Disposições gerais
As especificações da atuação de todas as unidades da PMPA cujo cão seja
empregado como ferramenta devem ser regidas pelas normas estabelecidas nesta doutrina e
nos demais documentos emitidos pelo BAC, que é o Canil Central, fonte de todos os
protocolos de adestramento e manejo, manuais de policiamento e afins.

De acordo com a Norma Técnica de Padronização para Canis de Segurança Pública


da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP, 2011), o cão é utilizado nas
instituições de segurança pública como ferramenta e instrumento complementar a atuação
consuetudinária dessas: “atualmente todas as Unidades Federativas possuem canis ou
projetos de canis, em pelo menos, uma das instituições de segurança pública” (SENASP,
2011, p. 7).

Essas unidades apresentam uma resposta pontual e direcionada a ocorrências que


digam respeito, dentre outras, a tráfico de entorpecentes, artefatos explosivos, salvamento ou

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

captura de humanos, possuindo, assim, ao mesmo tempo um caráter de enfrentamento e


também preventivo. Além disso, a utilização do animal preserva vidas, diminuindo as chances
de óbitos nas ocorrências, uma vez que o cão, quando bem utilizado, lesiona de maneira
menos gravosa e exerce com maior eficiência a função de conter, debilitar ou incapacitar
temporariamente o cidadão em desacordo com a lei.

Ressalta-se ainda a importância de situações ideais para a atuação, o manejo, o


adestramento e o treinamento dos cães e dos policiais militares nessas unidades
operacionais. Para que essa atuação se dê a contento, deve-se observar a correta seleção do
militar, do semovente e, consequentemente, do binômio, observando ainda, a correta
classificação de funcionalidade de cada um desses, de acordo com características e aptidões
próprias de ambos:

Identificamos que a capacidade do trabalho é influenciada


por um lado pelo tipo de trabalho, raça utilizada, base
genética, nível de adestramento e seleção de filhotes; e por
outro lado, pela aptidão de trabalhar com cães, nível de
escolaridade e capacitação em cursos para o exercício da
cinotecnia.
Ressaltamos que a capacidade produtiva do cão tem relação
com questões ligadas ao treinamento e atitudes do
cinotécnico em relação ao parceiro canino. (SENASP, 2011.
p. 10).

Destaca-se ainda que os profissionais cinotécnicos devem ser “profissionais de


segurança pública devidamente treinados e habilitados para o serviço com cães” (SENASP,
2011. p. 14). Para que o serviço com os cães seja realizado com sucesso é preciso que esses
especialistas sejam consultados e tenham autonomia em relação a decisões de questões
precípuas de adestramento, utilização e policiamento com cães:

O efetivo, preferencialmente, deve ser distribuído por


especialidade em virtude de se alcançar um nível de
excelência nos treinamentos, bem como nas operações.
Além disso, as condições climáticas e geográficas para o
emprego do semovente canino devem ser observadas,
visando proteger a integridade física dos cães, bem como as
condições sanitárias desses. O local de emprego deverá ser
avaliado pelo cinotécnico, tendo em vista que irá influenciar
na operacionalidade do semovente canino. (...) Quaisquer
acontecimentos fora da rotina operacional que incorra em
riscos para a saúde dos cães e dos cinotécnicos, ou que
possam atrapalhar de alguma forma as tarefas a serem
desempenhadas, devem ser comunicadas ao superior ou
supervisor, bem como a unidade médico veterinário para
avaliação e considerações (SENASP, 2011. p. 14).

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Dessa forma a seleção e a classificação dos profissionais das unidades operacionais


devem obedecer a tais preceitos e as normas estabelecidas em manuais produzidos pelo
BAC, sempre de acordo com as normas nacionais de atuação.

Assim é fundamental para o bom desempenho das unidades de canil, não utilizar para
quaisquer dos empregos previstos em norma o cão que não esteja devidamente adestrado e/
ou possibilitado de realizá-los, seja por incapacidade física ou técnica. Bem como não se
deve desviar de maneira arbitrária a função para a qual o cão fora adestrado, sendo
importante a avaliação previa da atuação.

A Norma da SENASP estabelece ainda a infraestrutura básica de equipamentos e


espaço físico necessária para o desenvolvimento do trabalho, apresentando como pontos
fundamentais o transporte com viaturas adaptadas para as unidades de canil: “veículos
adaptados com gaiolas, climatizadores e condicionadores, para transporte de cães e
acomodação dos condutores” (SENASP, 2011, p. 16); material de adestramento, treinamento
e trabalho com os cães (desde Kongs até os elementos do trabalho mais avançado com
odores), incluindo, ainda, o equipamento de proteção e condução canina e canastra
veterinária. As especificações da utilização desse material devem ficar a cargo de manuais
atualizados em consonância com o mercado de produtos de adestramento e treinamento.

Os espaços físicos das unidades de canil da PMPA devem seguir as diretrizes


publicadas na Resolução que se pormenoriza a estrutura física do quartel que de acordo com
as Normas Regulamentadoras, em destaque todas as unidades K9 1devem ter área
administrativa, área de alojamentos, setor Médico Veterinário, área de treinamento, depósito
adequado para alimentos do semovente e depósito adequado para substâncias controladas.

3. Subordinação operacional
O Batalhão de Ações com Cães subordina-se operacionalmente ao Comando de
Missões Especiais (CME), o qual é responsável pela coordenação, controle e emprego das
unidades operacionais de recobrimento especial em todo o Estado do Pará, bem como pela
seleção de militares que servirão nas Unidades de Missões Especiais, com base no perfil
necessário para o profissional da área, acompanhamento e treinamentos específicos em
operações especiais, negociação, gerenciamento de crise, controle de distúrbios civis, entre
outros. É ainda responsável pela atuação e emprego das Unidades especializadas com sede
na capital paraense.

1 K9: Abreviatura de canino em inglês, nomenclatura internacional adotadas pelas forças policiais ao redor do mundo para identificar as
unidades de atuação com cão.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Nesse sentido o BAC, subordinado ao CME, compõe a tropa especializada da Polícia


Militar do Estado do Pará com a especificidade da prática com cães. Opera no policiamento
ostensivo e na preservação da ordem pública, utilizando-se das particularidades dos cães
policiais na sua atuação, como detecção de odores, visão em baixa luminosidade e audição
mais aguçadas em relação aos do ser humano, além do impacto psicológico em
demonstração de força e supremacia nas ocorrências policiais.

4. Estrutura organizacional do BAC


Cabe ao Estado a criação de setores especializados dentro do quadro da PMPA,
assim o fortalecimento das instituições públicas está diretamente ligado ao combate do crime
organizado.
Segundo Cotta (2009), em Protocolo de Intervenção Policial Especializada:

No final da década de 1970, a maioria das polícias militares


brasileiras especializou parte de seu efetivo para o
atendimento de situações que extrapolassem o poder de
resposta do patrulhamento preventivo cotidiano. Assim foram
criados grupos especiais, geralmente inseridos nos batalhões
de polícia de choque, para intervenções em situações que
envolvessem o “combate” à guerrilha e a atos terroristas.
Esses grupos receberam treinamento de táticas e técnicas
oriundas do modelo de “comandos” das Forças Armadas. A
formação era fundamentalmente militar e o foco estava na
proteção do Estado e na manutenção da ordem pública,
tendo como suporte a “doutrina ou ideologia de Segurança
Nacional” (COTTA, 2009. p.53).

As Polícias Militares segundo a Constituição da República Federativa do Brasil de


1988, no Art. 144, passam a figurar entre os órgãos de segurança pública, sendo responsável
pela preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio. O Art. 5º,
inciso XXI, retira da União a competência de legislar privativamente sobre a instrução militar
das Polícias Militares, contudo manteve a de instruir normas gerais sobre a organização,
efetivo, material bélico, garantias, convocação, mobilização.

Com isso, a aplicação do planejamento estratégico de uma instituição Policial Militar


ficou sob responsabilidade dos respectivos Comandos Gerais (ou Comandos Policiais
Militares de um determinado Batalhão), sendo esses responsáveis em elaborar estratégias e
aplicá-las em suas ações diárias.

O Batalhão de Ações com Cães é classificado como órgão de execução e apresenta


a seguinte estrutura organizacional, como demonstrado em organograma da Figura 1.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Figura 1 – Organograma do BAC.

Fonte: Lei de Organização Básica da PMPA – LC 053 de 07 de Fevereiro de 2006.

Em se tratando das unidades especializadas do Comando de Missões Especiais, o


ideal é que os Comandantes, tanto dos Batalhões quanto das Companhias Independentes,
possuam especialização militar voltada à área de conhecimento que abarque a atividade
operacional fim que estas desempenham.

Assim, no tocante ao Policiamento com Cães, é imprescindível que os Comandantes


e Subcomandantes à frente das Unidades sejam cursados em Cinotecnia ou Curso
equivalente realizado pelo próprio OPM ou por coirmãos, todos reconhecidos pela PMPA e
que preferencialmente tenham servido à Unidade nos postos de Oficial Subalterno ou
Intermediário.

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Os Batalhões são constituídos de Companhias Orgânicas compostas por pelotões


formados por grupos de Polícia Militar. As Companhias Orgânicas dos Batalhões
subordinadas aos Comandos de Policiamento Regionais serão comandadas por Oficiais no
posto de Major ou Capitão do Quadro de Oficiais Policiais Militares.

Dessa forma deve-se manter o plantel mínimo para a atuação do BAC de cães
adestrados e prontos para o serviço policial militar, preferencialmente, certificados por
instituição habilitada e responsável pela certificação de cães de atuação policial: 10 (dez)
cães de faro de entorpecentes e/ou duplo emprego, 10 (dez) cães de patrulhamento
ostensivo, 04 (quatro) cães de faro de explosivos e 04 (quatro) cães de busca;

Além do efetivo policial apto ao serviço condizente com o quantitativo designado


para Batalhão de Polícia Militar, previsto na Resolução Nº 004 de 04 de abril de 2014, a qual
versa sobre o quadro organizacional dos órgãos que compõem a organização básica da
PMPA, a fim de atender a abrangência de demanda de serviço.

Assim o BAC é composto por duas Companhias: Companhia de Patrulhamento e


Operações com Cães e Companhia de Emprego de Cães de Detecção, e ainda o Grupo de
Instrução e Adestramento – Grupo Técnico Especializado ligado a 3ª seção do Batalhão.

As Companhias e Grupos desempenham atividades distintas, tem-se com isso o


objetivo de dividir as especificidades a fim de dinamizar a ação do Batalhão dentro da própria
corporação, visando aprimorar a técnica desempenhada e aperfeiçoamento de seus
operadores, direcionando a tropa para atuar nas distintas ocorrências que fogem à
capacidade de intervenção das demais unidades policiais.

Dessa forma, cada Grupo Operacional do BAC é especificado separadamente,


vislumbrando o funcionamento e compreensão da dinâmica operacional do Batalhão.

4.1. Companhia de Patrulhamento e Operações com Cães


A referida Subunidade tem por incumbência realizar o patrulhamento tático com
cães, em regra, com cães de Guarda e Proteção, e em casos específicos definidos pelas
missões, com cães de duplo emprego ou de faro, promovendo abordagens nas vias do
estado, em especial, a região metropolitana de Belém.

Valendo-se da doutrina de abordagens com cães, realiza o policiamento ostensivo a


pé com cães, a cinoterapia e as ações de cunho social, além das demais operações que
realiza o Comando de Missões Especiais, como controle de distúrbio civil em apoio ao
Batalhão de Choque, apoio a revistas em casas prisionais, reintegrações de posse, formação
de células com cães e assalto tático com cães em apoio ao BOPE.

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A Companhia deve ter à frente um Major ou Capitão QOPM cursado em Cinotecnia


ou curso equivalente. Essa deve ser dividida em cinco grupos, cada um composto por no
mínimo duas equipes de patrulhamento e Operações com cães, que desempenham sua
atividade-fim, tendo dias específicos e restritos a treinamentos voltados às ações de sua
finalidade, visando o treinamento do binômio homem-cão nas mais diversas situações e
terrenos.

4.2. Companhia de Emprego de Cães de Detecção


A Companhia de Emprego de Cães de Detecção tem por finalidade principal o
emprego de cães farejadores nas mais diversas modalidades de trabalho em que o olfato do
cão pode ser aplicado. Conforme a Norma Técnica de Padronização para Canis de
Segurança Pública (SENASP, 2011):

Para fins desta Norma considera-se o trabalho de faro toda e


qualquer atividade desempenhada pelo semovente canino
em que esse faça uso da sua capacidade olfativa para
realizar seu trabalho.
O faro serve tanto para detecção de substâncias como
entorpecentes, armas, explosivos, como também na busca
de pessoas - resgate e salvamento e captura. (SENASP,
2011. p. 12).

Essa Companhia é de grande importância para o Batalhão, uma vez que é essa
atuação que implica diretamente no combate ao tráfico de entorpecente, apresentando com
isso os resultados positivos esperados. Além disso, de acordo com a Norma Técnica de
Padronização para Canis, tem-se: “os eventos de caráter internacional exigem do país-sede a
presença de cães farejadores como um dos elementos fundamentais relativos à segurança”
(SENASP, 2011. p. 6). Demonstrando, assim, imprescindível a participação das unidades de
Canil nas diversas áreas de segurança pública.

Dentro do atual cenário da Odorologia, ciência forense que estuda o odor, sabe-se
que qualquer substância que emita partículas de odor, mesmo que de forma mínima, pode ser
detectada pelo cão. É válido ressaltar que até o presente momento, não existe uma
ferramenta tão completa, adequada e ágil para realizar trabalhos de detecção quanto o cão.

É de exclusividade do BAC e dos Canis Setoriais a especialidade do trabalho com


cães de guarda, busca e faro de entorpecentes, já reconhecido em todo o Estado do Pará por
sua efetividade, e faro de explosivos, realizando missões em apoio ao BOPE ou na prevenção
em grandes eventos ocorridos no Pará, tais como visitas presidenciais, eventos esportivos,
entre outros.

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Além das atividades de faro já citadas, tem-se a expertise de outras modalidades de


detecção, como o faro de busca de pessoas e trabalho de busca e captura.

A Companhia deverá ter à frente um Major ou Capitão QOPM cursado em Cinotecnia


ou curso equivalente em instituições militares coirmãs e Forças Armadas e Curso de Cães
Farejadores. Na impossibilidade de o militar possuir o curso, esse deverá, posterior a sua
nomeação, realizar o curso de Cães farejadores.

A Companhia é dividida em cinco grupos, cada um composto por no mínimo duas


equipes de emprego de cães farejadores, que desempenham sua atividade-fim, tendo dias
específicos e restritos a treinamentos voltados às ações de sua finalidade, vislumbrando o
treinamento do binômio homem-cão nas mais diversas situações e terrenos.

4.3. Grupo de Instrução e Adestramento


O Grupo de Instrução e Adestramento contará com o efetivo mínimo de 05 (cinco)
policiais militares do BAC, sendo supervisionados pelo Chefe da 3ª Seção do Batalhão. Será
responsável pela elaboração de instruções, protocolos de adestramento, disseminação da
doutrina do Policiamento com Cães, elaboração de planos de cursos e estágios de
capacitação, bem como a realização da manutenção e avaliação periódica do adestramento
dos semoventes do BAC.

4.4. Setores administrativos


As seções do BAC da PMPA são estruturadas da seguinte maneira: P/1 – Pessoal;
P/2 – Inteligência e correção; P/3 – Planejamento, Instrução e Operações; P/4 – Logística.
Essas seções desempenham as suas respectivas funções. A fim de cumprir as missões
administrativas decorrentes ao bom funcionamento do Batalhão, tal como se responsabilizar:
a) Pelos encargos relativos à coordenação e ao controle das atividades
relacionadas com gestão de pessoal – P1;
b) Pelas ações de inteligência, correição e estatística – P2;
c) Pela realização de planejamento, instrução e operações – P3;
d) Pela logística do material da unidade – P4.
A Lei Complementar nº 053, de 7 de fevereiro de 2006, a qual dispõe sobre a
organização básica e fixa o efetivo da PMPA rescreve no Art. 35 § 14 e § 16 respectivamente,
que:
As seções dos Batalhões do Regimento de Polícia Montada e
dos Grupamentos Aéreos serão chefiadas por oficiais no
posto de capitão ou tenente do Quadro de Oficiais Policiais
Militares, salvo a P/4 – Administração, que será chefiada por
capitão do Quadro de Oficiais de Administração;
O Secretário dos Batalhões e do Regimento de Polícia
Montada será 2º Tenente do Quadro de Oficiais de
Administração;

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Por conseguinte o efetivo empregado no serviço do Batalhão, o qual cumpre horário


de expediente regulamentado pela Corporação, deve suprir as necessidades de demanda
administrativa diária de modo a organizar o gerenciamento, planejamento e emprego do
efetivo operacional para a dinamização de atividades que forem responsáveis.

5. Histórico do Batalhão de Ação com Cães


No dia 12 de outubro de 1974 foi criado o Canil Central da PMPA, lotado, à época,
na extinta Companhia de Rádio Patrulha. Inicialmente seu plantel era composto por sete cães
da raça Pastor Alemão, sendo três oriundos de doações da Polícia Militar do Estado de São
Paulo e os demais de doação de uma entidade civil. Estes seriam os cães: Átila, Harlen, Ludi,
Hudsen, Bremmer, Apolo e Sunder.

Em 25 de maio de 1977 as instalações do Canil Central foram transferidas para o


Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, onde permaneceu até dezembro de 2000,
com a denominação de Pelotão Canil, até se mudar para um canil particular situado no bairro
de Águas Lindas, na cidade de Ananindeua.

O Decreto Lei nº 3.670, de 07 de outubro de 1999, criou o Comando de Missões


Especiais (CME), com isso o Pelotão Canil, à época, lotado na ilha de Caratateua (Outeiro),
passou a ser subordinado operacionalmente a esse grande comando, que por sua vez, tinha
como objetivo atuar com suas unidades em toda área do Estado do Pará em missões de
grandes complexidades, sendo o Canil a segunda unidade mais antiga desse comando.

O CME era composto pelas seguintes unidades: Regimento de Tropa Montada


(RPMONT), PELOTÃO CANIL, Batalhão de Polícia de Choque (BPCHOQ), Companhia
Independente de Policiamento Fluvial (CIPFLU) e Comando de Operações Especiais (COE).

No dia 27 de março do ano de 2001, através do Decreto n° 4.560, foi criada a


Companhia Independente de Policiamento com Cães, tendo como primeiro Comandante o
CEL QOPM ANTÔNIO RODRIGUES CAVALCANTE.

No dia 14 de janeiro de 2020, a Companhia Independente de Polícia com Cães foi


elevada a Batalhão de Ações com Cães, tendo como primeiro Comandante o TEN CEL
QOPM LUÍS MARCELO BILÓIA DA SILVA.

O BAC da PMPA é a unidade do Comando de Missões Especiais, responsável pelo


adestramento, treinamento e atuação dos cães policiais. Desempenhando papel fundamental,
principalmente nas ocorrências de tráfico de entorpecentes. Atuando também em diligências
de busca e captura, rádio patrulha com cães de guarda e proteção, e ainda com cães de faro
de artefatos explosivos em missões em conjunto com o Esquadrão antibombas do Batalhão
de Operações Policiais Especiais (BOPE).

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6. Missão/ visão/ valores


6.1. Missão
Promover a segurança pública com a utilização dos cães policiais na sociedade
paraense, considerando os princípios legais de atuação da Polícia Militar do Estado do Pará,
respeitando os Direitos Humanos e os aspectos técnicos do Batalhão, bem como zelando
pelo bem-estar dos cães policiais.

6.2. Visão
Atuar como unidade operacional de referência nacional na atividade policial com a
utilização de cães, apresentando resultados expressivos por meio do uso dessa ferramenta.
Além de produzir conhecimento na área da cinotecnia e afins, aprimorando técnicas de
emprego de cães policias.

6.3. Valores
Os valores seguidos pelo BAC são voltados não somente para atuação, atividade-fim
que esses militares exercem, mas também relacionados ao manejo com os cães de trabalho.
Devem ser seguidos por todos os militares do BAC e dos canis setoriais. São eles:

6.3.1. Amor pelos cães


O primeiro de todos os valores é o amor pelos cães, pois é em função dos cães de
trabalho que o BAC existe. Essa parceria tem como base a cumplicidade, amor e lealdade do
homem para com o animal, que retribui sempre na mesma proporção. Todos os policiais que
têm a pretensão de pertencer às unidades de canil da PMPA devem ter amor aos
semoventes.

6.3.2. Técnica
O valor técnico diz respeito a uma área importante para o trabalho com cães, uma
vez que o conhecimento técnico-científico desse campo de estudo é muito específico, vasto e
relativamente recente, por isso se faz necessário o aprimoramento constante e contínuo dos
cinotécnicos e de todos aqueles que atuam nas unidades de canis da PMPA.

6.3.3. Eficiência, eficácia e efetividade


A eficiência demonstra um processo técnico para o alcance dos objetivos. A eficácia
é o alcance das metas, ou seja, do resultado. A efetividade traduz a satisfação do interesse
público. Esses são os valores e os princípios que regulam a busca pelo bem comum da parte
dos agentes de segurança pública recorrendo ao exercício da sua competência de forma
imparcial, neutra, transparente, participativa e sem burocracia, fundamentando-se na adoção
de critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos materiais
e de pessoal disponibilizado pela administração pública de maneira a garantir a qualidade e a
excelência na prestação do serviço.

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6.3.4. Respeito
Respeito para com o ser humano, uma vez que a própria atuação da polícia militar é
voltada para a defesa dos direitos fundamentais de todos os cidadãos. Bem como respeito
aos pares, superiores e aos cães, pois os animais apresentam limites e limitações no
aprendizado e no trabalho, e se faz de fundamental importância respeitá-los.

6.3.5. Sabedoria
Outro valor fundamental para atuação com cães é a sabedoria de distinguir os
diversos sinais que os cães emitem, tanto em relação aos seus limites laborais, como em
relação aos seus instintos e percepções os quais são treinados para indicar. A sabedoria
também se faz necessária para distinguir quando utilizar ou não o cão policial.

6.3.6. Lealdade
Qualidade inerente aos cães, mais que fiéis amigos, são leais companheiros,
demonstra-se com esse valor toda a dedicação que devemos ter para com a sociedade,
companheiros e semoventes, para que esses confiem em nós como agentes que não falham
com o compromisso de servir-lhes, defender e protegê-los, demonstrando alto grau de
integridade, honestidade, confiabilidade, probidade, honra e decência.

6.3.7.Honra
Ter como princípios de comportamento a justiça, a bondade e a dignidade, para
sempre sermos merecedores da confiança de cumprir nosso juramento de servir e proteger.

6.3.8. Ética
Agir sempre de maneira a cumprir os princípios éticos que exige a carreira policial.
Atuar pautado na deontologia e legalidade das ações, bem como na moralidade, caráter e
valores intrínsecos ao policial militar.

6.3.9. Disciplina
Manter a disciplina, em especial a disciplina consciente, é o ato constante de atuar
de acordo com as leis, normativas e regras, obedecendo-as e apresentando boa conduta no
cumprimento das ordens e exigências específicas de atuação no Batalhão e nas unidades
setoriais.

6.3.10. Dedicação
Dedicar-se a tal ofício até alcançar um nível elevado de excelência para o bom
desempenho da atuação com cães. Bem como ser disciplinado e dedicado ao ato sucessivo
de treinamento incansável – pessoal e dos cães.

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7. Simbologias
7.1. Brasão do BAC
De acordo com a Resolução Nº 227 do Estado-Maior Geral da PMPA, de 29 de julho de 2020 e
publicado no Boletim Geral da PMPA Nº 142, de 05 de agosto de 2020, o qual consta a criação do Brasão
de Armas do Batalhão de Ações com Cães, tem-se:
I – ESCUDO: Inspirado no modelo francês moderno tem no Cantão Direito do Chefe as iniciais
“PM” na cor branca, com fundo do escudo na cor vermelho (goles), onde a sigla refere-se à Polícia
Militar. No Centro do Chefe as “Garruchas Bucaneiras”, na cor dourada, com o fundo do escudo na cor
branca, símbolo esse que representa as Polícias Militares do Brasil. No Cantão Esquerdo do Chefe as
iniciais “PA” na cor branca, com fundo na cor azul (blau), onde a sigla significa Estado do Pará.
II - SÍMBOLOS: A “Coroa Mural” em metal prata, com 06 (seis) torres ameiadas com 03 (três)
ameias, 01 (uma) porta e 02 (duas) janelas, da direita para esquerda, sendo 04 (quatro) torres aparentes,
representando a patente de Tenente Coronel PM, nela possui 04 (quatro) aros lisos e arestas de pedraria,
com 02 (dois) “Rubis”, retratando as Companhias Integrantes do Batalhão; Abaixo da coroa, 01 (um)
“Anelete” estilizado, em forma de colar de elos, representando o controle do homem sobre o cão;
Inserido no “Anelete”, em primeiro plano, 01 (uma) “Flor de Lis” estilizada, em três divisões, em
vermelho (goles) nas pétalas das pontas e azul (blau) na pétala central, retratando o poder e a insígnia de
Tenente Coronel Comandante de Batalhão, com a cabeça do cão como elemento central que simboliza a
outra metade do homem de canil; Servindo de suporte ao Anelete, os cães Pastores Alemães que são o
símbolo dos cães policiais do mundo, representando firmeza, equilíbrio e fidelidade; Na base os “Ramos
de Louro”, na cor verde, representando a vitória dos seus integrantes; Iniciando no Cantão Direito da
Ponta até o Cantão Esquerdo da Ponta, encontra-se um “Listel” dourado, com a inscrição “BATALHÃO
DE AÇÕES COM CÃES”, em preto; No Centro da Ponta, o ano de criação da Unidade “2020”, em azul
(blau).
Figura 2 – Brasão BAC.

Fonte: Boletim Geral da PMPA Nº 142, de 05 de agosto de 2020.

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7.2. Escudo do BAC


O escudo do BAC é o logotipo da unidade, sendo representação gráfica/visual,
idealizado para identificar o Batalhão. De autoria do CB PM RG 40253 Nathan da Silva
Martins Lopes. Tem por função fundamental a assimilação imediata das viaturas,
fardamentos, certificados, bandeiras, estandartes, braçadeiras e demais casos que possam
surgir, a critério do comando do Batalhão.
Aplica-se a simbologia à representatividade de valores e honrarias carregados pelo
Batalhão, identificando a história e os méritos desse em linguagem visual onipresente e
universal, já representados no Brasão da unidade.
O escudo tem as seguintes características heráldicas: apresenta-se na cor azul em
plano principal, representando o céu e os rios do Pará, fazendo menção, ainda, à Bandeira do
Brasil; e em preto quando necessário, para fins de adaptação à camuflagem, utilizada nos
uniformes e viaturas rajadas. Tem formato peninsular, cortado em traço horizontal, na parte
superior do flanco direito ao esquerdo do escudo, proporcional em ¼ do tamanho total desse,
nessa subpartição há a sigla “BAC” em caixa alta e centralizada.
Na parte inferior da subpartição há duas garruchas bucaneiras cruzadas, símbolo
das policias militares do Brasil, entre uma coroa de louros há o busto do cão Átila, da raça
Pastor Alemão, o qual foi precursor, o primeiro cão policial da Polícia Militar do Estado do
Pará, representando o ponto de partida da unidade de Polícia com cães na PMPA.
Abaixo, há uma estrela dourada representando a estrela Spica – pertencente à
constelação de Virgem, sendo a mais brilhante dessa, por isso denominada de Alfa Virgem. A
estrela está presente na simbologia da Bandeira do Brasil como uma das vinte e sete
pertencentes ao globo celeste do pavilhão nacional, representando a unidade federativa do
Estado do Pará, sendo a única estrela acima da faixa central que expressa o lema “Ordem e
Progresso”. Tal posição justifica-se pela referência do posicionamento das constelações no
céu, sendo o Estado do Pará, no ano de 1889, correspondente ao maior território acima do
paralelo do Equador. O escudo finaliza-se com a sigla “PMPA” em uma faixa logo abaixo da
estrela.
Figura 3 – BAC: Escudo.

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7.3. Juramento do Cinotécnico

Prometo que cumprirei os desígnios a mim atribuídos


Com respeito e lealdade
Buscando aperfeiçoar o binômio, homem-cão.
Aplicando o conhecimento adquirido
No curso de Cinotecnia da PMPA
Para o desenvolvimento de técnicas
No policiamento ostensivo com cães
Tendo como compromisso
A segurança da sociedade
O respeito
A sanidade
O bem-estar
A integridade física e mental dos semoventes
Prometo tudo isso a fazer
Com o máximo respeito
À ordem pública
E aos cães
Porque sem eles
Não existiria o Batalhão
E tampouco
O curso de Cinotecnia.
Aos cães
Todo o nosso respeito.
Lealdade e Honra!
BAC!

AUTOR: 3º SGT PM RG 25881 Altemar Ferreira dos Santos

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7.4. Canção do Canil


A Portaria Nº 002/EME/2010, publicada no BG Nº 097, de 25 de maio de 2010,
aprovou a “CANÇÃO DO CANIL”, para uso nesta PMPA, de autoria da Sub Ten QPMP-6 RG
19450 Ermê Benamor Rodrigues Barbosa, desta PMPA.

Canção do Canil
A força que vem do canil
E que realiza um grandioso trabalho
Para segurança da sociedade
Vem de cães valorosos e adestrados
À frente desse grupamento, soldados valentes
São os cinotécnicos
Que executam essa nobre missão
Para orgulho da nossa gloriosa Nação

Coro
Promovem encantos, risos, gritos de alegria!
Quando estão demonstrando o que fazem com ousadia!
Estão sempre a postos
Aguardando o comando que é dado
E fazem a festa arrancando os aplausos!

Coro
Com esforço a cada dia são treinados
Com cuidados e dedicação são preparados
Para com garbo, energia e prontidão
Agirem com raça no desempenho da sua função!
À frente desse grupamento, soldados valentes
da Polícia Militar
São os que executam esta nobre missão
Para orgulho da nossa gloriosa Nação.

Coro
Traz o cão com orgulho no brevê
Como troféu que não é fácil de obter
Rala, sofre, mas tem coragem e conquista
Com treino e esforço o controle da guia
Somente os que têm no peito a vocação
Encaram essa nobre missão
De fazer parte do nosso canil
E com lealdade fazer a diferença, sendo varonil!

Composição Música e Letra: SUB TEN QPMP-6 RG 19450 Ermê Benamor Rodrigues Barbosa.

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7.5. Cerimônias
Aos militares que destacarem-se no serviço prestado ao Batalhão, seja ele
operacional ou não, em ocasiões especiais, tais como promoções e demais circunstâncias
extraordinárias, bem como aqueles cuja carreira encerre-se no BAC e que tenham uma
contribuição valorosa para a unidade, os quais carreguem durante as suas carreiras a
doutrina do BAC e seguido os princípios éticos, de valores e técnicos desse quartel, para
todos esses se prestarão uma justa homenagem, reconhecendo a contribuição do referido
policial militar. Assim, como aos cães que desempenharem papel de destaque em sua
atuação durante sua passagem na unidade prestar-se-á uma cerimônia de homenagem
quando o cão for para reserva ou em caso de falecimento desse.

Será apreciado a cerimônia em homenagem ao cão que mais se destacar durante o


ano, a fim de dar ênfase ao trabalho operacional desse, a partir de critérios a serem definidos
pelo comando do BAC, em especial em relação à produtividade que o cão efetuar durante o
ano, para tal deve-se manter atualizado os dados de produtividade e atividade dos cães do
BAC. Ao cão elegido como destaque deve-se dar o reconhecimento devido em uma
solenidade pública exaltando os feitos operacionais desse cão, além da homenagem, deve-se
oferecer-lhe um dia especial de privilégios e atividades para fins de lazer do cão policial.

Todo o merecimento das cerimônias pertinentes ao efetivo do quartel será deliberado


pelo Comandante da unidade.

7.6. Uniforme
No Art. 3º do Regulamento de Uniformes da Polícia Militar do Pará – RUPMPA – tem
o seguinte dispositivo: “Art. 3º O uso correto dos uniformes é fator primordial para a boa
apresentação individual e coletiva do policial militar, contribuindo para o fortalecimento da
disciplina e identidade institucional.”
Portanto pretende-se enquadrar e adequar às normas vigentes a atuação do BAC no
âmbito da utilização dos uniformes. Para o policial militar pertencente ao efetivo do BAC que
estiver de serviço deverá estar com o fardamento em prontidão. De acordo com o RISG tem-
se:
Art. 464. A ordem de prontidão importa em ficar na unidade
preparado para sair do quartel tão logo receba ordem, para
desempenhar qualquer missão dentro da respectiva GU ou à
distância tal que permita sejam atendidas suas necessidades
com os recursos da própria unidade.
Art. 465. Da ordem de prontidão resultarão as seguintes
medidas:
I – Avisados os militares, esses ficam responsáveis pelo
comparecimento ao quartel no mais curto prazo possível;
II – Todos os militares permanecerão uniformizados,
equipados e armados;

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A partir disso todos os policiais militares lotados no BAC deverão ter um conjunto de
uniforme completo na unidade, para ocasião de prontidão e permanecer, quando de serviço,
fardados de acordo com as especificações dadas pelo comando.

Além disso, é passível a utilização do uniforme de Treinamento Físico Militar (TFM)


preto para fins de treinamento com o cão e afins, uma vez que tal treinamento requer
diversidade em terreno e condições climáticas e de ambiente, podendo, com isso, ocasionar
em danos ao uniforme de TFM branco, previsto pelo RUPMPA.

Outro ponto fundamental para a identidade do policial militar pertencente ao BAC é a


braçadeira e o emborrachado posterior do colete para fins de identificação e diferenciação
das demais unidades pertencentes ao CME.

7.7. Material
A fim de um melhor desempenho de suas funções, de não ocasionar acidentes na
execução da atividade e para fins de padronização, o material obrigatório para todos os
militares lotados no Batalhão de Ações com Cães e nas demais unidades que utilizem o cão
de serviço na PMPA são (imagens ilustrativas):

1. Colar de elos de material resistente e de tamanho condizente aos cães de


médio e grande porte;

Figura 4 : Colar de elos

Fonte: arquivo Assessoria de Comunicação da PMPA.

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2. Guias de 1,5m, 5m e 10m na cor preta de material resistente com


mosquetão confeccionado em latão tipo de modelo inglês;

Figura 5: Guias.

3. Coleira tática na cor preta

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

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4. Peitoral tático na cor preta;


Figura 7: Peitoral tático.

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

5. Clicker;
Figura 8 - PMPA: Clicker

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

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6. Rasqueadeira de alumínio ou material similar;


Figura 9: Rasqueadeira

Fonte: arquivo pessoal.

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

7. Borrifador.
Figura 10: Borrifador.

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

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7.8. Braçadeiras
A braçadeira do BAC é um elemento de identificação, bem como o emborrachado
posterior do colete, segue os padrões de braçadeiras estabelecidos no RUPMPA e é
composta por: no centro do Braçal haverá o escudo do BAC emborrachado, na parte frontal
haverá um conjunto de letras formando a palavra BAC em metal latão prata para praças e
latão dourado para oficiais. O emborrachado posterior do colete apresenta o nome POLÍCIA
MILITAR e logo abaixo dessa a sigla BAC.

Figura 11 – ASCOM - PMPA: Braçadeiras e emborrachado

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

7.9. Cursos e estágio operacionais


Os cursos operacionais de extensão e capacitação policial têm por finalidade
habilitar os policiais militares da instituição a exercerem as suas funções em unidades
especializadas da PMPA. O Oficial responsável pela coordenação do curso de Cinotecnia
deverá obrigatoriamente ser possuidor do curso de Cinotecnia, e os Estágios de Adaptação
Policial poderão ser coordenados por Oficial Cinotécnico ou equivalente; para o Curso de
Adestramento e Emprego de Cães Farejadores, o Oficial deve ser possuidor do curso de faro
realizado nessa instituição, coirmãs e/ou reconhecido pela PMPA, bem como todos os
componentes da coordenação dos cursos do BAC deverão ter um curso militar na área de
cinotecnia.

É primordial o aprimoramento constante do conhecimento de todos os militares que


exerçam suas atividades profissionais no BAC, incluindo o médico veterinário, tanto na área
da saúde animal quanto na área cinotécnica, uma vez que se faz necessário o conhecimento
comportamental dos cães de trabalho.

A realização de um curso é um momento de absorção de conhecimento técnico,


prático e profissional, além de preparar o militar para a atividade-fim do BAC e dos Canis

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Setoriais. A Norma Técnica de Padronização para Canis de Segurança Pública da SENASP


apresenta:
A formação e o aperfeiçoamento dos profissionais que atuam
com semoventes devem ser de caráter dinâmico e
ininterrupto, de natureza técnica, operacional e gerencial, e
deve incluir sem prejuízo de outras, as disciplinas como:
 Cinologia (Etnobiologia, anatomia, fisiologia e
comportamento canino);
 Cinotecnia;
 Emprego do cão policial;
 Treinamento físico;
 Enfermagem veterinária; administração hospitalar
aplicada a canil;
 Zoonoses.
Essas disciplinas devem estar integradas com os conteúdos
humanísticos relativos a Direitos Humanos, ética e cidadania.
Conteúdos de planejamento e gestão devem ser
disponibilizados para aqueles que desempenham funções de
coordenação e supervisão. A organização curricular deverá
promover uma visão sistêmica e integrada e estar pautada
por uma metodologia participativa, dialogal e vivencial.
(SENASP, 2011. p.15).

Nesse sentido, o Batalhão de Ações com Cães dispõe dos seguintes Cursos e
Estágio:

7.9.1. Cinotecnia
O Curso visa capacitar, habilitar e instruir Policiais Militares (Oficiais e Praças) da
PMPA e das Polícias Militares Coirmãs, militares das Forças Armadas (FFAA) e demais
servidores públicos ligados à área da segurança pública, para desenvolver o adestramento e
emprego do cão nas diversas missões policiais de preservação da Ordem Pública, bem como
zelar pelo treinamento, saúde, higiene do cão e de seu ambiente, deixando os militares aptos
ao trabalho e futuras especializações, sendo o curso de Cinotecnia (ou equivalente nas
coirmãs e Forças Armadas), curso obrigatório e básico para demais cursos de especialização
na área (faro e outros cursos).

Tem a finalidade de se aprofundar em estudos que tratam das técnicas de utilização


de canídeos em diversas modalidades, desde seus protocolos veterinários, comportamental,
de manejo e, principalmente, no que diz respeito ao emprego policial, sendo esse, em várias
áreas de atuação essenciais nas atividades de segurança pública.

Além de proporcionar tais conhecimentos, o Curso de Cinotecnia habilita, viabiliza e


respalda o policial militar a exercer suas atividades no Batalhão de Ações com Cães e/ou

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unidades afins (coirmãs e canis setoriais da PMPA). Permitindo aos concluintes do curso
trilhar um caminho a desenvolver pesquisas na vasta área de cinotecnia, aperfeiçoando-se e
especializando-se no adestramento e manejo animal.

O distintivo para os concluintes do curso deve obedecer ao Boletim Geral Nº 105, de


07 de junho de 2016 nos uniformes operacionais, confeccionados em material emborrachado,
e nos uniformes de passeio e representação, em metal esmaltado, conforme a legislação em
vigor. Possuindo as seguintes características heráldicas: Constitui-se de um escudo formato
em elipse. O distintivo possuirá duas apresentações: em base metálica esmaltada e
emborrachada, com dimensões de 8 x 5,3 cm com fundo na cor preta, ao centro, o desenho
do perfil de um cão da raça Pastor Alemão com colar de elos. Abaixo duas garruchas
cruzadas e uma coroa de louros. No centro à esquerda a sigla “PM” e no centro à direita a
sigla “PA”. Acima a palavra “CINOTECNIA”.

O distintivo para Oficiais terá o contorno do distintivo e das garruchas na cor


dourada. Para as Praças haverá o contorno do distintivo e das garruchas na cor prateada.

Figura 12 – PMPA: Brevê do curso de Cinotecnia.

Fonte: Boletim Geral Nº 105, de 07 de junho de 2016

7.9.2. Curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores


O Curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores tem por finalidade
habilitar Oficiais e Praças da Instituição para desenvolver a combinação de estudos que trata
das técnicas de utilização de canídeos na detecção de odores específicos, como por
exemplo, armas de fogo, drogas, artefatos explosivos e pessoas, bem como ao estudo do
comportamento químico e físico dos odores, influências do meio e compreensão do sistema

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olfativo canino, visando consolidar o emprego do cão policial em operações realizadas pela
Polícia Militar no combate à criminalidade em geral.

O curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores é uma especialização na


área cinotécnica, devendo o candidato ao curso já possuir curso de cinotecnia ou
equivalentes reconhecidos pela PMPA.

O distintivo do Curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores, a ser


utilizado exclusivamente pelos concluintes desse, nos uniformes operacionais,
confeccionados em material emborrachado, e nos uniformes de passeio e representação, em
metal esmaltado.

O distintivo do Curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores da PMPA


possuirá as seguintes características heráldicas: escudo de formato em elipse, composto
somente com fundo na cor cinza, contendo os símbolos: ao centro, a cabeça de um cão da
raça Labrador Retriever até a linha inferior do pescoço, na cor preta, com a cabeça voltada
para a direita. Abaixo do altivo busto, estão duas garruchas bucaneiras na cor dourada,
símbolo das policias militares do Brasil. Uma coroa de louros, na cor verde. No centro à
esquerda a sigla “PM” que significa a Instituição Polícia Militar e no centro à direita a sigla
“PA” que se refere à Unidade da Federação, o Estado do Pará, todos na cor preta. Abaixo a
frase “CÃES FAREJADORES” em letras pretas. Os distintivos devem ter 7,5 cm de
comprimento 4,5 cm de altura.

Figura 13 – PMPA: Brevê do curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores

Fonte: BG nº 034, de 16 de fevereiro de 2017.

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.9.3. Estágio de Adaptação Policial


Na impossibilidade da realização dos cursos operacionais pelo período de um ano,
faz-se necessária a habilitação do policial militar transferido para a unidade, para que esse
tome conhecimento de todas as atividades consuetudinárias do BAC.
Tal habilitação será realizada a partir de um Estágio de Adaptação Policial (EAP)
com a grade curricular semelhante ao curso de Cinotecnia, no entanto com a carga horária
reduzida para 200 horas-aula, que abarque todos os conhecimentos básicos e específicos da
atuação do Batalhão, a fim de qualificar e habilitar o policial militar ao manuseio dos
armamentos característicos da unidade, bem como para o trato com o cão. Sendo o efetivo
mínimo para a realização do estágio cinco policiais militares.

7.10. Manicaca
A utilização da manicaca seguirá o padrão estabelecido no RUPMPA e será
consentida aos policiais concluintes de Cursos, Capacitações, Estágios ou Nivelamentos com
identificação de BAC. Para os concluintes do curso de Cinotecnia será permitida a utilização
da manicaca com a identificação de CINOTÉCNICO, e aos concluintes do curso de Curso de
Adestramento e Emprego de Cães Farejadores será permitida a utilização da manicaca de
CÃES FAREJADORES.
Figura 14 – PMPA: Manicacas

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

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7.11. Faca Tática


As figuras representativas e mitológicas são importantes para enaltecer o brio e as
conquistas do policial militar, além de perpetuar a mística da unidade a qual esse pertence e
concebe.

A faca Anúbis tem por simbologia a mística da operacionalidade do Batalhão de


Ações com Cães e é destinada àqueles que concluírem o curso de Cinotecnia da PMPA, ou
ainda por policiais militares da PMPA possuidores do Curso de Cinotecnia em Coirmãs,
obedecendo a numeração do almanaque de Cinotécnicos da referida instituição.

Demonstrando que tal militar foi digno de sua posse por passar por todas as
provações do curso operacional de Cinotecnia e, por conseguinte, a supremacia sobre cada
uma dessas provações. Demonstra ainda sua coragem, força, inteligência, astúcia,
resistência, lealdade e honra.

Anúbis, na Mitologia Egípcia, é um dos principais deuses. O deus com corpo de


humano e cabeça de chacal (nome utilizado para se referir a algumas espécies de canídeos,
que também incluem lobos, coiotes e cães domésticos). Esta figura mitológica tinha, no Egito
antigo, a função de proteger as Pirâmides e é associado também à função daquele que
conduz as almas ao reino dos mortos.

Tal representatividade nos remete a atuação do BAC, uma vez que os cães têm, por
natureza, o instinto de guardião, nesse caso, os cães e militares são treinados para guardar a
sociedade de todo malfeitor, sendo os cães uma demonstração de força, operacionalidade,
supremacia e imponência. Além disso, representa nosso binômio: a junção perfeita do cão e
do homem, tornando-se um a extensão do outro.

O cinotécnico só poderá adquirir a faca mediante autorização do Comandante do


BAC. Essa deverá obedecer ao seguinte arquétipo: a faca tática deve ter aproximadamente
33 cm de comprimento e 5 mm de espessura, ter a lâmina em aço inoxidável com serra no
dorso e revestida com pintura negra fosca, para evitar reflexos. Cabo monobloco com
empunhadura em corda preta. A extremidade superior do cabo apresenta a cabeça de chacal,
bem como nas duas extremidades laterais do final do cabo. No início da lâmina e centralizado
deve aparecer o brasão do curso de Cinotecnia e abaixo desse escrito “ANÚBIS”. Ao centro
da lâmina deve conter: “Curso de Cinotecnia Policial – PMPA”, o número relativo ao
cinotécnico presente no almanaque de cinotécnicos da PMPA e o nome do cinotécnico. No
verso da faca, no início da lâmina e centralizado deve-se conter o escudo do Batalhão de
Ações com Cães, e no centro da lâmina o lema “LEALDADE E HONRA”. A bainha será
confeccionada em couro na cor preta e deverá possuir um passador de cinto e ilhós para a
sua fixação na perna.

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Figura 15 – BAC: Faca tática

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA. .

8. Embasamento jurídico para atuação do cão policial


A Constituição da República Federativa do Brasil, nos artigos 5º e 6º apresentam a
segurança como um direito social, sendo o Art. 5º da Carta Magna cláusula pétrea, a qual não
se pode ser retirada da CF. Essa apresenta em seu Art. 144, § 6º os órgãos responsáveis
pela segurança pública no território Brasileiro, dentre eles, destacam-se as Polícias Militares,
sendo atribuição dessas, o exercício da atividade de polícia ostensiva, bem como a
preservação da ordem pública.

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No âmbito do Estado do Pará, o Art. 198 da Constituição do Estado do Pará de 1989


estabeleceu, pelo princípio da Simetria, as mesmas atribuições à Polícia Militar do Pará,
sendo ainda considerada força auxiliar e reserva do Exército.

Nesse sentido as Polícias Militares são responsáveis pelo exercício da polícia


ostensiva, visando à preservação da ordem pública, e dentre as atividades de polícia
ostensiva, destaca-se o policiamento ostensivo. Essa atividade é conceituada de acordo com
o Decreto Federal 88.777/83, como a “Ação policial em cujo emprego o homem ou a fração
de tropa, engajados, sejam identificados de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento,
armamento ou viatura”.

Além disso, no âmbito do Estado do Pará, a Lei complementar estadual que trata da
Organização Básica da Polícia Militar do Pará, estabeleceu em seu Art. 4° as atribuições da
Polícia Militar do Pará, dentre as quais, destacam-se:
II – Executar, com exclusividade, ressalvadas as missões
peculiares às Forças Armadas, o policiamento ostensivo
fardado para prevenção e repressão dos ilícitos penais e
infrações definidas em lei, bem como as ações necessárias
ao pronto restabelecimento da ordem pública
(...)
IV – Atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em locais ou
áreas específicas em que se presuma ser possível e/ou
ocorra perturbação da ordem pública ou pânico;
V – Atuar de maneira repressiva em caso de perturbação da
ordem, precedendo eventual emprego das Forças Armadas;

O policiamento ostensivo, portanto, é atividade material realizada pela polícia militar


visando à preservação da ordem, atuando de forma preventiva e repressiva, sendo essa
atuação realizada por meio de diversas modalidades de policiamento, como a motorizada, a
pé, com emprego de semoventes/ou de cães, dentre outras.

A atuação de cães de serviço é presente em várias instituições de renome, sejam


elas militares ou não. Em um resgate histórico pode-se entender a relação que liga o ser
humano e o cão. Ainda nos primórdios de tal relação é possível observar a disponibilidade
que o cão apresenta naturalmente para servir e ajudar o ser humano em suas tarefas.

Essa disponibilidade adveio de uma relação de cooperação mútua, em que o cão


auxiliava na caça, na guarda e proteção do território em que jaziam os nômades, em
contrapartida, o homem o alimentava e oferecia companhia e segurança junto a uma “matilha”
mais forte. Com o passar do tempo o homem aprendeu a desenvolver o manejo dos animais
e tirar proveito das qualidades inerentes a esses para o trabalho.

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Segundo Miranda (2011):


Nos Estados Unidos a partir dos anos setenta começa-se a
desenvolver técnicas para a atividade de polícia com cães.
Atualmente, os cães policiais são reconhecidos como parte
vital da força da lei e seu uso tem crescido rapidamente nos
últimos anos. Cães também são utilizados na atividade de
polícia para o faro de explosivo, faro de drogas, captura e
policiamento em geral, (...) a aplicação do cão como uso da
força, sendo de forma persuasiva e/ou ativa. O cão de
polícia, hoje já é utilizado como tipo de força, só ainda não
está bem classificado e nem com critérios objetivos para
disciplinar, tais ações. (MIRANDA, 2011, p.18)

De acordo com o Art. 144 da Constituição Federal de 1988, no qual se refere à


segurança pública, em seu parágrafo 6º apresentam as polícias militares como forças
auxiliares e reserva do Exército Brasileiro, e pelo artigo 47 do Decreto Nº 88.777, de 30 de
setembro de 1983, o qual versa sobre o regulamento para as Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares (R-200), tem-se:

Sempre que não colidir com as normas em vigor nas


unidades da Federação, é aplicável às Polícias Militares o
estatuído pelo Regulamento de Administração do Exército,
bem como toda a sistemática de controle de material adotada
pelo Exército. (BRASIL, 1983, p. 13).

Desse modo utilizou-se o Caderno de Instrução de Emprego de Cão de Guerra – 1ª


Edição 2013 EB70-CI-11.002 para a fundamentação jurídica e de atuação do cão na atividade
policial: “O cão de guerra deve ser utilizado, essencialmente, como cão de serviço policial, em
situações de paz ou de conflito.” (EXÉRCITO, 2013, p.1).

Podendo considerar ainda o cão como equipamento de menor potencial ofensivo


pela Portaria Interministerial Nº 4226, de 31 de dezembro de 2010, amparada pela Lei nº
13.060 de 22 de dezembro de 2014, em que estabelecem as diretrizes sobre o uso
diferenciado da força pelos agentes de segurança pública.
No âmbito da legislação da PMPA, a Resolução 028/2017- EMG é o documento que
instituiu os princípios e regras para criação, organização e funcionamento dos Canis da
Polícia Militar do Pará:
Art.1º A presente Resolução institui princípios e regras de
criação, organização e funcionamento dos canis da Polícia
Militar do Pará - PMPA, estabelecendo:
I– A utilização de cães;
II– A criação de Canis Setoriais;
III–A aquisição de cães;
IV– O adestramento de cães;
V– A inclusão de cães no patrimônio da PMPA;
VI– A exclusão de cães do patrimônio da PMPA.

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E ainda:
Art.2° Os canis da PMPA têm por finalidade a execução de
policiamento ostensivo, preventivo e repressivo, com
emprego de cães, atuando mediante planejamento próprio,
isolado ou em apoio a outras Unidades Operacionais de
Polícia Ostensiva.
Art.3º Os cães poderão ser utilizados nas seguintes missões:
I– Policiamento ostensivo;
II– Operações de busca, captura, resgate e salvamento;
III– Demonstração de cunho educacional e recreativo;
IV– Serviço de cinoterapia;
V– Policiamento em praças desportivas;
VI– Controle de distúrbios civis;
VII– Formação de célula com apoio de cães;
VIII– Conduta de patrulha com apoio de cães;
IX– Provas oficiais de trabalho e estrutura;
X– Controle de rebelião e fuga de presos;
XI– Formaturas e desfiles de caráter cívico-militar;
XII– Detecção de entorpecentes, armas, munições, artefatos
explosivos e afins;
XIII– Operações de resgate e salvamento em áreas
colapsadas e afins;
XIV– Assalto tático com apoio de cães.
Parágrafo Único – Os cães poderão ser empregados em
outras missões para as quais estejam treinados, desde que
sejam relacionadas às atividades da Corporação.

A Resolução apresenta toda a organização básica necessária para as unidades de


ação com cães. Todas as unidades, em especial as atribuições de atuação dessas, obedecem
ao referido documento, incluindo essa Doutrina e demais manuais, os quais pormenorizam os
artigos do documento acima citados de forma a descrever os procedimentos pertinentes a
Resolução:
Art.5º O Canil Central é responsável pela difusão da doutrina
de treinamento e emprego dos cães na PMPA, bem como
pelas orientações técnicas, fornecendo, em caso de
disponibilidade, animais para os Canis Setoriais, mediante
solicitação.

Os documentos apresentados nesta doutrina legitimam e regem toda a atuação da


tropa especializada que atua com os cães, dessa forma, os policiais pertencentes a essas
unidades devem estar sempre atualizados no assunto, todas as prescrições e decisões legais
que ampararem tal atuação necessitam de constante estudo e domínio de tais conhecimentos
por parte dos agentes.

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8.1. Dos dispositivos legais que amparam os animais


A preocupação de legislar sobre os direitos dos animais desponta como novo e
fundamental ramo do Direito; em especial o direito deles à vida, liberdade, inibindo a
violência, maus-tratos e crueldade. Desde os mais antigos documentos datados de VI a.C.
Pitágoras já fazia considerações sobre o devido respeito que deveria ser despendido aos
animais, ao passo que Aristóteles entendia os animais como seres menos evoluídos na
escala natural em relação ao homem. Percebe-se, com isso, a controvérsia no entendimento
desse assunto desde os primórdios do Direito, dessa forma durante séculos o direito dos
animais foi ignorado.

A primeira legislação contra crueldade animal data de 1635 na Irlanda, a qual proibia
arrancar pelos das ovelhas e amarrar arados nos rabos dos cavalos, desde então é possível
observar a evolução do entendimento de Direito dos animais, grandes pensadores como Jean
Jacques Rosseau e Voltaire entendiam o animal, e o ambiente como um todo, parte de uma
lei natural maior. Posterior a isso o filósofo Jeremy Bentham apresenta o entendimento de que
o que deveria ser referenciado como parâmetro para o tratamento de outros seres é a
capacidade de sofrer, independentemente do nível de consciência e racionalidade.

No século XIX, na Inglaterra surge acentuado interesse da proteção animal. Contudo


nenhum direito animal era levado a sério até o século seguinte, em que no ano de 1933 o
partido nazista aprovou uma série de leis que versavam sobre a proteção animal na
Alemanha (contrastando com a grande lacuna de dignidade humana realizada pelo mesmo
partido). Esse foi o primeiro ato do Estado na tentativa de quebrar barreiras legais entre as
espécies.

No cenário de pós-Segunda Guerra Mundial, em que fora crescente o consumo de


produtos de origem animal, observou-se uma piora no tratamento despendido aos animais.
Diante disso, no ano de 1978, a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e
a Cultura – UNESCO estabeleceu a Declaração Universal dos Direitos dos Animais a fim de
estabelecer posicionamento das Nações Unidas e elevar a causa de proteção dos animais em
favor da equidade na condição de existência dos animais, a qual apresenta em seu texto:
Preâmbulo: Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses
direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer
crimes contra os animais e contra a natureza; Considerando
que o reconhecimento pela espécie humana do direito à
existência das outras espécies animais constitui o
fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo
homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está
ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;

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Considerando que a educação deve ensinar desde a infância


a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais.
Artigo 1.º Todos os animais nascem iguais perante a vida e
têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2.º Todos os animais têm o direito a ser respeitados.
O homem, como espécie animal, não pode exterminar os
outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o
dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
Todos os animais têm o direito à atenção, aos cuidados e à
proteção do homem.
Artigo 3.º Nenhum animal será submetido nem a maus tratos
nem a atos cruéis. (...)
Artigo 7.º Todo o animal de trabalho tem direito a uma
limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a
uma alimentação reparadora e ao repouso. (...)
Artigo 14.º Os organismos de proteção e de salvaguarda dos
animais devem estar representados a nível governamental.
Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os
direitos do homem. (ONU, 1978, p.1)

No Brasil o Código Civil de 1916 apresenta em seu artigo 593 os animais como
coisas, bens semoventes, objetos de propriedade e outros interesses alheios. No entanto, o
avanço significativo para o entendimento do Direito ambiental ocorreu com a CF/88 na qual
em seu artigo 255 apresenta:
Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
§1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
poder público:
(...) VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei,
as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
a crueldade. (BRASIL, 1988, p. 131)

Entende-se por Fauna termo coletivo que se refere à vida animal de uma
determinada região ou de um período de tempo. De acordo com a Portaria IBAMA Nº 93 /
1998, de 07 de julho 1998, tem-se:
III - Fauna Doméstica: Todos aqueles animais que através de
processos tradicionais e sistematizados de manejo e/ou
melhoramento zootécnico tornaram-se domésticos,
apresentando características biológicas e comportamentais
em estreita dependência do homem, podendo apresentar
fenótipo variável, diferente da espécie silvestre que os
originou. (IBAMA, 1998, p.11)

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O direito direcionado aos animais, que outrora era apenas um pensamento filosófico
ganha agora estruturas em normas escritas, valendo-se dos imperativos da lei e
estabelecendo sanções para aqueles que desrespeitarem. Os animais, em suas mais
diversas categorias, fazem parte da ampla variedade dos seres que integram a biosfera cujas
garantias constitucionais no Brasil estão amparadas pela Lei Nº 9605, de 12 de fevereiro de
1998 (Lei de Crimes Ambientais). A qual em seu Art. 32 apresenta:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência
dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins
didáticos ou científicos, quando existirem recursos
alternativos.
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as
condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de
2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.
(Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020).
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre
morte do animal. (BRASIL, 1998)

Nas pesquisas realizadas por especialistas das áreas de neurociência cognitiva,


neurofarmacologia, neurofisiologia, neuroanatomia e neurociência computacional, os quais se
reuniram na Universidade de Cambridge no Reino Unido resultando na Declaração de
Cambridge sobre a Consciência, em 7 de julho de 2012, na Conferência sobre a Consciência
em Animais Humanos e não Humanos, tem-se:
A ausência de um neocórtex não parece impedir que um
organismo experimente estados afetivos. Evidências
convergentes indicam que animais não humanos têm os
substratos neuroanatômicos, neuroquímicos e
neurofisiológicos dos estados de consciência juntamente com
a capacidade de exibir comportamentos intencionais.
Consequentemente, o peso das evidências indica que os
humanos não são os únicos a possuir os substratos
neurológicos que geram a consciência. Animais não
humanos, incluindo todos os mamíferos e aves, e muitas
outras criaturas, incluindo os polvos, também possuem esses
substratos neurológicos. (ONU, 2012)

A Lei Nº 6.833, de 13 de fevereiro de 2006, institui o Código de Ética e Disciplina da


Polícia Militar do Pará. Na qual traz em seu Art. 37, inciso LXVI, como transgressão à
disciplina “castigar a montada ou o cão empregado no serviço”. Posto isso, todos aqueles
militares, cuja conduta não seja condizente com o tratamento digno aos animais, não devem
pertencer às unidades de ações com cães da PMPA, e, caso seja necessário, ser
admoestado e/ou punido com o rigor dos dispositivos legais disponíveis.

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8.2. Poder de polícia


Não se pode confundir o “poder da polícia” com o “poder de polícia”. O primeiro é
inerente ao próprio exercício da atividade policial, considerando a competência constitucional
que tem o aparelho policial para coibir e apurar infrações criminais, competências essas
estabelecidas pela Constituição Federal em seu Art. 144, conforme verificado acima.
Em relação ao Poder de Polícia recorremos à definição constante do Art. 78 do
Código Tributário Nacional:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Segundo o clássico conceito de Hely Lopes Meirelles (1996, pág 115), poder de
polícia “é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o
uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade”. Para
Celso Antônio (2009), poder de polícia é:
A atividade da Administração Pública, expressa em atos
normativos ou concretos, de condicionar, com fundamento
em sua supremacia geral e na forma da lei, a liberdade e a
propriedade dos indivíduos, mediante ação ora fiscalizadora,
ora preventiva, ora repressiva, impondo coercitivamente aos
particulares um dever de abstenção (“non facere”) a fim de
conformar-lhes os comportamentos aos interesses sociais
consagrados no sistema normativo.(MELLO, 2009. p.795)

O poder de polícia caracteriza-se por uma verdadeira limitação a direitos


fundamentais, notadamente liberdade e propriedade em detrimento ao interesse estatal.
Marinela (2007 p,164) define poder de polícia como “um instrumento conferido ao
administrador que lhe permite condicionar, restringir, frenar o exercício de atividade, o uso e
gozo de bens e direitos pelos particulares, em nome do interesse da coletividade”.

O poder de polícia constitui um complexo de atividades administrativas mais


abrangentes do que as atuações de segurança pública. Assim, o poder de polícia não é
privativo das polícias. Segundo José dos Santos Carvalho Filho (2007) quando agentes
administrativos estão executando serviços de fiscalização em atividades de comércio, ou em
locais proibidos para menores, ou sobre as condições de alimento para consumo, ou ainda
em parques florestais, essas atividades retratam o exercício de polícia administrativa.

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Especificamente com relação à segurança pública, o professor Alexandre Mazza


(2020, p154) apresenta a seguinte divisão nas atuações de segurança pública em polícia
administrativa e polícia judiciária:

Tabela 1 – atuação da polícia administrativa e judiciária

Polícia Administrativa Polícia Judiciária

Tem caráter predominante Sua atuação preponderantemente


preventivo, atuando antes de o tem natureza repressiva agindo
crime ocorrer, para evitá-lo. após a ocorrência do crime para
Submetendo-se essencialmente às apuração da autoria e
regras do Direito Administrativo. No materialidade. Sujeita-se
Brasil, a polícia administrativa é basicamente aos princípios e
associada ao chamado normas do Direito Processual
policiamento ostensivo, sendo Penal. No sistema atual, a Polícia
realizado pela Polícia Militar. Civil e pela Polícia Federal.

Fonte: Mazza (2020, p154)

Portanto verifica-se que a atuação da PMPA é de natureza administrativa, no


exercício do policiamento ostensivo, submetido às regras emanadas pelo direito
administrativo, dentre eles o princípio da legalidade.

8.3. Policiamento com cães.


Considerando o leque das atividades exercidas, por meio do policiamento ostensivo,
a Diretriz Geral para Emprego Operacional da PMPA (2014), que estabelece as diretrizes
básicas do Comando-Geral para o planejamento, execução, coordenação, controle e
otimização das atividades operacionais de polícia ostensiva legalmente atribuídas à PMPA,
informa quais os tipos de policiamento desenvolvidos, conforme se verifica abaixo:
4.5.1 Quanto ao tipo, são qualificadoras relacionadas ao
escopo das ações e operações policiais; a legislação
específica a ser empregado, o ambiente de atuação e, os
principais bens jurídicos tutelados. Podem ser: a)
Policiamento Ostensivo Geral; b) Policiamento Ostensivo de
Trânsito; c) Policiamento de Trânsito Rodoviário; d)
Policiamento de Meio Ambiente; e) Policiamento de Guardas;
f) Policiamento Penitenciário; g) Policiamento Escolar; h)
Policiamento Turístico; i) Policiamento Assistencial; j)
Policiamento Montado; l) Policiamento com Cães; (grifo
nosso)

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Nessa perspectiva, a Polícia Militar do Pará, diuturnamente, atua na preservação da


ordem pública, por meio dos diversos tipos de policiamento ostensivo, dentre eles o
policiamento com cães. Indo além, em todas as modalidades e tipos de policiamento, nos
quais o agente policial é empregado, bem como os meios de utilização para o labor diário, há
necessidade da observância de preceitos legais mínimos para o emprego, principalmente, do
policiamento ostensivo com cães.

Destaca-se que a Legalidade, como princípio do direito administrativo, informa que


todos os atos da Administração têm que estar em conformidade com os princípios legais.
Carvalho Filho (2007, p 27) informa que “o princípio da legalidade é certamente a diretriz
básica da conduta dos agentes da Administração. Significa que toda e qualquer atividade
administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a atividade é ilícita. Tal postulado,
consagrado após séculos de evolução política, tem por origem mais próxima a criação do
Estado de Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as próprias leis que edita”

Em observância a atuação conforme a lei, o cão poderá ser usado ativamente, ou


seja, indo mais além do que a ação preventiva e ostensiva, sendo utilizado como um
instrumento de menor potencial ofensivo, bem como ferramenta de detecção no combate ao
tráfico ilícito de entorpecentes.

Preliminarmente, quanto ao uso do cão como instrumento de menor potencial


ofensivo, faz-se necessário destacar os parâmetros legais para utilização da força e suas
alternativas pelos agentes policiais.

O Uso da Força na atividade policial militar está intimamente ligado ao nível de


resistência apresentado ao agente de segurança pública ou outrem, conforme a legislação em
vigor. De acordo com a Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, o uso
da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência.

Além disso, a Diretriz Geral de Emprego Operacional da Polícia Militar do Pará nº


001/2014 DGO/PMPA, a qual estabelece as missões nas quais os cães poderão ser
empregados, conforme o item 6.2.2.10, apresenta relevantes considerações quanto ao uso da
força, como demonstrado logo abaixo:
Assim deve estar sempre claro para todos os policiais
militares que o uso da força é um instrumento de trabalho da
polícia. Conhecer as leis que balizam o seu uso, bem como
as várias circunstâncias e intensidades disponíveis do uso da
força, é uma necessidade. Observar-se-á o uso diferenciado
da força. Entende-se por uso diferenciado de força, o
resultado escalonado das possibilidades da ação policial,
diante de uma potencial ameaça a ser controlada. Essas

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

variações de níveis podem ser entendidas desde a simples


presença e postura correta do policial militar (devidamente
fardado, armado e equipado) em uma intervenção, bem
como o emprego de recurso de menor potencial ofensivo e,
em casos extremos, o disparo de armas de fogo. O emprego
de todos os níveis de força nem sempre será necessário em
uma intervenção. Na maioria das vezes, bastará uma
verbalização adequada para que o policial controle a
situação. Por outro lado, haverá situações em que devido à
gravidade da ameaça, o uso de força potencialmente letal
deverá ser imediato. É fundamental que o policial mantenha-
se atento quanto às mudanças dos níveis de resistência do
abordado para que selecione corretamente o nível de força a
ser empregado. A decisão entre as alternativas de força se
baseará na avaliação de riscos e é importante considerar a
relevância da formação e do treinamento de cada policial.
Dessa maneira, o policial observará uma classificação dos
níveis para o uso diferenciado de força. Essa classificação
será tratada pormenorizadamente em documento específico
relativo ao tema.

O cão policial poderá ser utilizado para conter ou incapacitar temporariamente


pessoas, uma vez que pode ser descrito como um instrumento/equipamento de menor
potencial ofensivo, nos termos da Lei nº 13.060/2014, para que a ação do seu condutor seja
amparada nas excludentes de ilicitude do nosso Código Penal (do Art. 23 ao 25).

Ao tratar da utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de


segurança pública, a Lei n. 13.060, de 22 de dezembro de 2014, apresenta a seguinte
conceituação: “Art. 4º Para os efeitos desta Lei, consideram-se instrumentos de menor
potencial ofensivo aqueles projetados especificamente para, com baixa probabilidade de
causar mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente
pessoas.” A mesma lei informa quais princípios que nortearão a utilização de instrumentos de
menor potencial ofensivo:
Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a
utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo,
desde que o seu uso não coloque em risco a integridade
física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos
seguintes princípios:
I – Legalidade;
II – Necessidade;
III – Razoabilidade e proporcionalidade.

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É possível para os agentes encarregados da aplicação da lei recorrer ao atributo


administrativo da coercibilidade a fim de preservarem a paz social em benefício da
coletividade e do interesse do próprio Estado. Entre esses estão os agentes de segurança
pública, os quais portam a permissão para o uso da força e das armas. Entende-se como
força “como toda intervenção compulsória sobre o indivíduo ou grupo de indivíduos, reduzindo
ou eliminando sua capacidade de auto decisão” (SENASP, 2006).
Essas alternativas de controlar e direcionar o suspeito – que
vão desde a simples presença policial até a utilização de
força letal – compõem os níveis do uso progressivo da força,
a serem utilizados de acordo com o risco enfrentado pelo
policial. Num caso concreto, o agressor será o "start" da
seleção que o policial deve fazer para usar e decidir que nível
de força vai usar naquele contexto de confrontação
(MIRANDA, 2009, p.5).

Posto isso, se entende a atividade das unidades de atuação com cães direcionada
para a especialização do trabalho seletivo da força, já que se desenvolve o cão como
ferramenta de uso menos letal dos níveis de força apresentados pelos abordados. A
Secretaria Nacional de Segurança Pública apresenta um modelo de uso seletivo da força,
baseado no comportamento apresentado pelo abordado e/ou agressor:
1. Presença física: é a simples presença policial, diante de
um comportamento de normalidade por parte do agressor,
onde não há necessidade da força policial;
2. Verbalização: é a comunicação, a mensagem transmitida
pelo policial, utilizada diante de um comportamento
cooperativo por parte do agressor, que não oferece
resistência e obedece às determinações do policial.
3. Controles de contato: são as técnicas de conduções e
imobilizações, inclusive por meio de algemas, utilizadas
diante da resistência passiva do agressor, que age em um
nível preliminar de desobediência (ele não acata as
determinações, fica simplesmente parado).
4.  Controle físico: é o emprego da força suficiente para
superar a resistência ativa do indivíduo, o qual desafia
fisicamente o policial, como num caso de fuga. Cães e
agentes químicos podem ser utilizados.
5. Táticas defensivas não-letais: é o uso de todos os
métodos não-letais, por meio de gases fortes, forçamento de
articulações e uso de equipamentos de impactos, como os
bastões retráteis, diante de uma agressão não-letal pelo
agressor, que oferece uma resistência hostil, física (contra o
policial ou pessoas envolvidas na situação).
6. Força letal: é o mais extremo uso da força pela polícia e só
deve ser utilizado em último caso, quando todos os outros
recursos já tiverem sido experimentados. Nesse caso, o
suspeito ameaça a vida do policial ou de terceiros. (SENASP,
2006. p.33).

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Portanto os níveis de força apresentados farão com que o policial selecione a forma
de emprego do cão, ou seja, use da forma mais adequada ao nível de resistência
apresentada, tendo por base a legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade.

9. Composição das guarnições


Todas as especificidades de atuação dos militares pertencentes ao efetivo do BAC e
canis setoriais da PMPA obedecerão aos manuais formulados por esta unidade.
Manuais esses que deverão conter informações a respeito de procedimentos
operacionais padrão para cada situação de policiamento, sempre respeitando o período de
tempo de trabalho estabelecido para atuação do cão, bem como as limitações físicas e de
saúde dos animais.
As guarnições do batalhão de Ações com Cães podem assumir as seguintes
disposições:

9.1. Policiamento com cão de patrulha e/ou de duplo emprego


Quatro policiais militares e um cão de duplo emprego. Em que o patrulheiro 01 é o
comandante da guarnição, posiciona-se no banco da frente ao lado do motorista onde possui
amplo campo de visão à frente e à lateral direita da viatura, observa a retaguarda através do
espelho retrovisor direito, a ele cabe comandar, coordenar e controlar as ações da guarnição,
cabendo-lhe ainda a verbalização em casos de abordagem, efetua o acionamento da sirene e
do giroscópio, quando necessário, e realiza a comunicação na rede rádio.

O patrulheiro 02 é o motorista da guarnição, é responsável pela verificação das


condições da viatura, como óleo, combustível, pneus, dentre outros. No patrulhamento o seu
campo de visão é à frente e à lateral esquerda da viatura, também faz o uso dos espelhos
retrovisores externos para auxiliar no patrulhamento da retaguarda; no momento do
desembarque fica sempre próximo à viatura fazendo a segurança desta, durante as
abordagens fará a segurança da retaguarda e interferirá no trânsito, quando necessário.

O patrulheiro 03 acumula diversas funções como segurança, anotador, operador de


busca e vistoria; posiciona-se atrás do banco do motorista, tendo como campo de
responsabilidade a lateral esquerda da viatura; observa os nomes dos logradouros pelos
quais a VTR se desloca; nas abordagens posiciona-se para efetuar a segurança da GU e
realiza a busca pessoal e veicular, realiza as pesquisas gerais nos sistemas disponíveis de
acordo com a necessidade da abordagem.

O patrulheiro 04 é o condutor do Cão policial e segurança, deve possuir curso de


cinotecnia, curso equivalente, ou estágio, para conduzir o cão na viatura – nesse caso
somente para os cães que atuam na área de guarda e proteção, os cães de faro deverão,
exclusivamente, ser manuseados por policiais militares cursados no curso de Adestramento e
Emprego de Cães Farejadores.

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Posiciona-se atrás do Comandante da guarnição; tem como campo de


responsabilidade a lateral direita da VTR, observa os nomes dos logradouros pelos quais a
viatura se desloca; na abordagem avalia a necessidade de empregar o Cão.

9.2. Missão específica de detecção de entorpecente


A guarnição de emprego de cão farejador de drogas é composta por quatro policiais
e um cão farejador de entorpecentes, realizando além do patrulhamento tático, análogo ao
cão de patrulhamento, esta guarnição também se desloca para cumprir missões específicas
de combate ao tráfico de entorpecentes através do apoio às Unidades da PMPA, bem como
através da apuração de denúncias da população quanto ao tráfico de drogas.

A configuração da viatura de emprego de cão farejador de drogas segue o mesmo


dispositivo e as mesmas funções citadas no item de policiamento com cão de patrulha e/ou
de duplo emprego, contudo o patrulheiro 04 deve possuir curso de Adestramento e Emprego
de Cães Farejadores, ou equivalente. O policial atua como segurança e condutor do Cão
farejador de drogas e tem, juntamente ao comandante da guarnição, a faculdade de
discricionariedade técnica de decidir utilizar ou não o cão de faro.

Posiciona-se atrás do Comandante da guarnição, tem como campo de


responsabilidade a lateral direita da VTR, observa os nomes dos logradouros pelos quais a
viatura se desloca. Na abordagem, apenas descerá o cão da viatura caso seja avaliado pelo
Comandante da guarnição e pelo patrulheiro 04, condutor do cão, a necessidade do emprego
do cão farejador de drogas, para busca de material entorpecente; em tais missões, deve-se
conduzir o cão farejador no ambiente realizando sempre o plano de busca, controle do
ambiente e a vistoria de segurança.

O condutor do cão farejador de drogas deverá, após cada busca, elaborar relatório
do desempenho do semovente durante o trabalho de faro de drogas e se possível,
levantamento de vídeo e imagens fotográficas, devendo esse ser entregue a 3ª Seção do
Batalhão para que seja avaliado pela equipe de adestramento da Unidade para levantamento
estatístico, estudo e solução de possíveis inconsistências.

9.3. Missão específica de detecção de artefatos explosivos


O BAC atua sempre com duas equipes de condução de cão farejador de explosivo.
A equipe de emprego de cão farejador atua em varreduras antibomba e contrabomba, sempre
em conjunto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), ou outros órgãos
como a Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal e afins, quando necessário.
As equipes de condução de cão farejador de explosivos não realizam patrulhamento
com o cão farejador e devem, durante seu turno de serviço, estar em prontidão na base do
Batalhão.

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Cada equipe de condução de cão farejador de explosivos é comandada por um


graduado, preferencialmente sargento possuidor de curso de Adestramento e Emprego de
Cães Farejadores, ou equivalente. A guarnição deve seguir o mesmo dispositivo citado nos
itens anteriores dentro de uma viatura pick-up para atender ocorrências, nas quais as funções
dos patrulheiros 03 e 04 atendam às seguintes especificações:

- O patrulheiro 03 acumula diversas funções como segurança, anotador, operador


de busca e vistoria; posiciona-se atrás do banco do motorista, tendo como campo de
responsabilidade a lateral esquerda da viatura; observa os nomes dos logradouros pelos
quais a VTR se desloca; é o auxiliar direto do Condutor do cão farejador de explosivo, além
de durante o processo de varredura realizar a segurança da equipe.

- O patrulheiro 04 é o condutor do Cão Policial farejador de explosivos e segurança.


Deve possuir curso de Adestramento e Emprego de Cães Farejadores, ou equivalente, e é o
responsável por conduzir o cão farejador durante a varredura. O cão deve trabalhar com
peitoral e sem guia, jamais deve ser utilizada guia para esse tipo de trabalho.

As equipes devem levar consigo em cada viatura o Equipamento de Proteção


Individual Característico da Unidade, além de luva tática, lanterna, guias, peitorais e recursos
para hidratação dos cães.

9.4. Missão específica de faro de busca


A guarnição de emprego de cão farejador de busca é composta por oito policiais e
dois cães farejadores, essa se desloca para cumprir missões específicas de busca mediante
acionamento.

O condutor do Cão policial de busca deve possuir curso de Adestramento e


Emprego de Cão Farejador, ou equivalente. Ele tem, juntamente ao comandante da
guarnição, a faculdade de discricionariedade técnica de decidir utilizar ou não o cão de faro,
caso seja avaliado pelo Comandante da guarnição e pelo patrulheiro 04, condutor do cão, a
viabilidade do emprego do cão farejador no ambiente da missão; deve-se conduzir o cão
farejador preferencialmente com guia longa de 5 (cinco) ou 10 (dez) metros no ambiente,
realizando sempre o plano de busca e análise de ambiente.

O condutor do cão de busca deverá posteriormente à missão, elaborar relatório


minucioso do desempenho do semovente durante o trabalho e se possível, levantamento de
vídeo e imagens fotográficas, devendo esse ser entregue a 3ª Seção do Batalhão para que
seja avaliado pela equipe de adestramento da Unidade a fim levantamento estatístico, estudo
e solução de possíveis erros.

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9.5. Policiamento ostensivo a pé com cães


O policiamento ostensivo a pé é realizado por um conjunto, o qual é composto por
dois policias militares do BAC e um cão, em que o condutor do cão policial deverá ser
cursado em Cinotecnia, Faro, curso realizado nas Forças Armadas ou possuir o Estágio de
Adaptação Policial do BAC. Nos deslocamentos, o cão deverá ser conduzido entre os dois
policiais, isso para que o condutor possa ter um controle mais efetivo sobre o cão em
situações de transeuntes ou outros animais passarem pelo semovente inesperadamente,
correndo, gesticulando, em condições que possam ocasionar algum acidente. Sendo o cão
conduzido com a guia na posição 2 de policiamento ostensivo, prevista em manual.

9.6. Policiamento em praça desportiva com cães


O policiamento em praça desportiva com cães tem por objetivo principal coibir ações
em desacordo com a legislação e que interfiram no bom andamento do desporto em questão.
O emprego mais comum do BAC em eventos de praças desportivas é relativo à segurança
interna de jogos de futebol, em apoio às unidades responsáveis pela segurança geral do
evento, atuando na segurança interna do gramado, e objetiva impedir invasões por parte de
torcedores e atentados à segurança de partícipes do desporto e arbitragem.

Considerando a segurança interna, o efetivo é empregado preferencialmente no


entorno do campo, podendo ser distribuído ao longo do perímetro, uniformemente, em
distâncias que respeitem a segurança, de modo a ocupar estrategicamente o terreno, em
posições fixas ou em patrulhas com liberdade de locomoção nos setores previamente
determinados, seguindo a divisão em quadrantes do perímetro do campo. Podendo também
ser empregado na ocasião de entrada e saída do evento, e posteriormente ser deslocado
para o setor principal de atuação da tropa.

A tropa será composta de acordo com a necessidade e proporção do evento,


contendo o efetivo mínimo de 4 (quatro) conjuntos (8 policiais militares do BAC e 4 cães) no
qual um policial será o Homem-Cão e o outro o segurança, equipado com armamento longo
tipo espingarda Cal.12 e bornal, para eventos de grande porte, contando ainda com um
motorista para o condutor de tropa e um comandante, totalizando a atuação mínima de 10
(dez) policiais militares do BAC.

Em casos específicos de impossibilidade da atuação da tropa, seja por questões


climáticas, seja por outras situações que o comandante do efetivo do BAC observar, as quais
comprometam a integridade física e a saúde dos cães, esse deverá imediatamente comunicar
ao comandante da operação, a fim de retrair a tropa para lugar abrigado até que seja cessada
a situação, ou se possível, adaptar o policiamento à ocasião; ou, se for o caso, encerrá-lo.

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9.7. Controle de distúrbio civil com cães


Distúrbio civil é definido como conflito humano ocorrido nas ruas, no qual se tem a
paz social alterada mediante atos de violência ou desordem prejudiciais à manutenção da
ordem pública.
Além da utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo (armamentos e
poder químico) já empregado de maneira habitual no choque tradicional, o cão atua de
maneira psicológica em relação à intimidação dos causadores da turba, despertando nesses
o temor.
Conforme consta em Norma Técnica de Padronização para Canis da SENASP: “O
emprego do cão policial em controle de distúrbios civis será exclusivamente realizado em
apoio às Unidades Especializadas quando houver necessidade iminente, imperiosa e como
meio de complementação da ação policial a ser realizada.” (p.12), portanto a tropa
pertencente ao Batalhão de Ações com Cães opera por via de acionamento em apoio ao
Batalhão de Choque em casos de Controle de Distúrbio Civil, prevendo sua atuação em
manuais.

9.8. Formação de célula com cães


Como a exemplo da atuação de CDC pela tropa do BAC, a formação de célula com
cães é uma modalidade que abarca todas as atuações do choque tradicional, diferenciando-
se desse pela versatilidade e agilidade da atuação da célula. A formação de célula com cães
realizada pelo BAC dá-se em situações e composições específicas previstas em manuais,
com a utilização preferencial de cães de busca e captura.

9.9. Ações de cunho social


As ações de cunho educacional e as demais ações sociais de integração têm por
finalidade aproximar a sociedade da Polícia Militar e desenvolver instruções em que o
Batalhão participe de forma ativa nas demonstrações, falando sobre a importância da atuação
do cão na atividade policial, com isso pretende-se esclarecer dúvidas sobre o trabalho
desenvolvido pelos cães de detecção e demais cães da unidade.
As demonstrações de cunho educacional são uma importante ferramenta para coibir
o crime organizado, em especial o tráfico de drogas, não pela maneira ostensiva, mas sim
pelas vias de instruções educacionais.
Deve-se atuar em atividades que abordem temas transversais, como violência e uso
de entorpecentes, bem como ministrar instruções para crianças, adolescentes e demais
atores sociais (pais, professores, comunidade em geral) sobre os malefícios que os
entorpecentes ocasionam, realizando com isso, um trabalho preventivo, instruindo e
repassando informações e conhecimento para que a sociedade esteja ao lado da Polícia
Militar no combate à criminalidade. Além de realizar demonstrações do cão como ferramenta
de detecção e equipamento de menor potencial ofensivo, sempre obedecendo aos manuais
de atuação para demonstração do BAC.

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10. Rotina do Batalhão


A escala de serviço ideal para a Unidade é a de 24 (vinte e quatro) horas de serviço,
seguido de 06 (seis) horas, na saída do serviço, para a realização de instrução, treinamento e
adestramento dos cães e dos policias militares, por 66 (sessenta e seis) horas de descanso,
instituindo a escala de 24 por 72, em que o policial militar ficará de sobreaviso em sua
residência para eventual acionamento. Baseado no item 14 da Portaria Interministerial Nº
4226 de 31 de dezembro de 2010, o qual versa:
As atividades de treinamento fazem parte do trabalho
rotineiro do agente de segurança pública e não deverão ser
realizadas em seu horário de folga, de maneira a serem
preservados os períodos de descanso, lazer e convivência
sociofamiliar. (p. 5)

Ao assumirem o serviço, os policiais militares deverão hastear a Bandeira Nacional e


a tropa em forma deverá prestar continência à Bandeira. Em seguida, será bradada a oração
do Cinotécnico, após isso o Oficial/Fiscal de Dia fará a preleção e orientação da tropa para o
serviço que virá, e por fim, dar-se-á o devido destino às guarnições empregadas.

No decorrer do serviço, o Oficial/Fiscal de Dia terá a responsabilidade pelo


andamento do serviço, missões, operações e dependências do quartel, será o elo de
comunicação da guarnição com o subcomandante da Unidade, além de ficar à frente da
sanidade física e psicológica dos cães e dos policiais militares de serviço. Determinará o
horário vespertino para a realização da profilaxia dos boxes dos cães e fará a fiscalização em
seguida.

Às 18h00, deverá ser arriado o Pavilhão Nacional e de acordo com a necessidade, a


realização de outra preleção ao efetivo, a fim de orientar sobre o período noturno do serviço e
as missões nele previstas.

O horário da alvorada será determinado pelo Oficial/Fiscal de Dia, de modo que às


06h00, deverá ser iniciada a profilaxia dos boxes e das dependências do quartel para a
passagem de serviço. Após a passagem do serviço serão iniciadas as 06 (seis) horas
destinadas à instrução, realização de treino físico militar (TFM), manejo e adestramento dos
Cães, conforme Quadro de Trabalho Semanal (QTS) previsto pela 3ª Seção do BAC.

O serviço administrativo do Batalhão será de segunda-feira a sexta-feira e deverá


obedecer ao horário previsto pela Instituição, o andamento e a atuação das Seções dar-se-á
conforme determinado pelo Comandante do BAC e por seus respectivos Chefes.

Fica vetado o translado de policiais militares pertencentes ao efetivo do BAC fardado


ou com partes de fardamentos da PMPA à mostra fora das dependências do quartel no

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momento da folga, incluindo-se também o translado para assumir ou retornar do serviço,


salvo em veículo automotor com vidros devidamente peliculados.

A rotina e a escala do Batalhão de Ações com Cães são passíveis de mudanças


e/ou adequações em virtude da necessidade ou determinações superiores.

11. Atribuições veterinárias


Para excelência no desempenho do serviço de cão policial, paralelamente ao
adequado treinamento técnico é primordial que se zele pela sanidade do semovente, para
que ele esteja sempre apto a desenvolver sua função da melhor forma possível. A
responsabilidade pela rigidez do animal é do Médico Veterinário, que deve estar à disposição
do Batalhão de Ações com Cães em período integral, estando a postos para prestar
atendimentos emergenciais quando necessário. É de suma importância ressaltar que o
sucesso de procedimentos nos animais está diretamente relacionado à capacitação de todos
os policiais militares pertencentes ao Batalhão.
Posto isso, todos os policiais militares do BAC ou canis setoriais, habilitados a
conduzir cães em serviço, devem passar por treinamento para atendimentos emergenciais
dos cães, a fim de serem capazes de dar suporte à vida do animal e proporcionar-lhe os
primeiros socorros em acidentes em embates até que o Médico Veterinário se desloque para
prestar atendimento.
Faz-se necessário, ainda, que equipamentos básicos de primeiros socorros
acompanhem os condutores, incluindo materiais para curativos e fármacos de emergência,
que serão disponibilizados sob orientação do Oficial Veterinário.

Figura 16 – BAC: Maleta e materiais de primeiros socorros para o cão.

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Fonte: Assessoria de Comunicação da PMPA.

1- Luva de procedimento 10- Compressa


2- Termômetro 11- Álcool
3- Solução fisiológica 12- Clorexidina
4- Equipo 13- Injetáveis
5- Seringas 14- Antitóxicos
6- Agulhas 15- Sonda uretral
7- Cateter 16- Material cirúrgico básico
8- Esparadrapo 17- Fio de sutura
9- Gaze 18- Atadura

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11.1. Reprodução de cães


A reprodução é uma das formas para manutenção do efetivo canino do BAC por
possibilitar o nascimento de filhotes a qualquer momento que for necessário. Através dela é
possível além de manter um plantel compatível com efetivo de batalhão, alimentar canis
setoriais e fornecer para forças coirmãs.

Como em todos os aspectos relacionados ao manejo dos cães, a reprodução


também requer dedicação e esforço para que os resultados esperados sejam alcançados. É
primordial o aprimoramento constante do conhecimento médico veterinário, que envolve
desde a seleção dos padreadores e matrizes, passando por todo acompanhamento pré-natal,
até o acompanhamento do parto e manejo dos neonatos.

Os cuidados necessários para o processo de reprodução de cães na corporação são


estabelecidos por oficial médico veterinário, devendo ser rigorosamente cumpridos por todos
os militares envolvidos no manejo, e estão descritos nos manuais da unidade.

12.Treinamentos e qualificações
12.1. Treinamento do policial militar
O policial militar pertencente ao efetivo das unidades de atuação com cães da PMPA
deverá ter um perfil condizente para desenvolver as atividades realizadas por essas unidades,
uma vez que o trabalho diário com cães exige especificidades do agente que influenciam
diretamente no êxito do adestramento e treinamento dos cães. Um policial que não possua
conhecimento, competência devida e até a aptidão para o bom trato com o animal pode
causar dano irreversível no cão.

Por isso, além de o policial ter conhecimento dos protocolos técnicos de


adestramento e treinamento aplicados, espera-se que tal militar apresente as seguintes
características:
a) Ter autocontrole;
b) Buscar constantemente pelo conhecimento e aprimoramento intelectual na área
de atuação com cães;
c) Estar em boa forma física, possuir boa saúde e bom condicionamento físico;
d) Ter calma, respeito, paciência e persistência;
e) Ter força de vontade, perseverança, ser disciplinado, inteligente e perspicaz
f) Ser ético;
g) Ser proativo.

O treinamento do agente de segurança pública é imprescindível para a eficácia da


atuação da corporação. Esse treinamento vai desde instruções, reciclagens e capacitações
periódicas até cursos operacionais e especializações na área da atuação policial com cães.

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Tendo em vista que o BAC é uma tropa operacional especializada de terceiro


esforço, se faz necessário que o policial militar lotado na unidade esteja psicológico, técnica e
fisicamente alinhado à atuação do Batalhão.

Os treinamentos periódicos da tropa devem obedecer às seguintes recomendações


da Portaria Interministerial Nº 4.226 de 31 de dezembro de 2010:
16. Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação
para o uso de cada tipo de arma de fogo e instrumento de
menor potencial ofensivo que incluam avaliação técnica,
psicológica, física e treinamento específico, com previsão de
revisão periódica mínima.
17. Nenhum agente de segurança pública deverá portar
armas de fogo ou instrumento de menor potencial ofensivo
para o qual não esteja devidamente habilitado e sempre que
um novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial
ofensivo for introduzido na instituição deverá ser estabelecido
um módulo de treinamento específico com vistas à
habilitação do agente.
18. A renovação da habilitação para uso de armas de fogo
em serviço deve ser feita com periodicidade mínima de 1
(um) ano.
19. Deverá ser estimulado e priorizado, sempre que possível,
o uso de técnicas e instrumentos de menor potencial ofensivo
pelos agentes de segurança pública, de acordo com a
especificidade da função operacional e sem se restringir às
unidades especializadas.
20. Deverão ser incluídos nos currículos dos cursos de
formação e programas de educação continuada conteúdos
sobre técnicas e instrumentos de menor potencial ofensivo.
21. As armas de menor potencial ofensivo deverão ser
separadas e identificadas de forma diferenciada, conforme a
necessidade operacional.
22. O uso de técnicas de menor potencial ofensivo deve ser
constantemente avaliado. (BRASIL, 2010)

A partir da análise desses itens e, considerando ainda o cão como equipamento de


menor potencial ofensivo, conforme exposto no mesmo documento: “Equipamentos de menor
potencial ofensivo: todos os artefatos, excluindo armas e munições, desenvolvidos e
empregados com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas,
para preservar vidas e minimizar danos à sua integridade.” (BRASIL, 2010) – tem-se o
treinamento e qualificação técnica periódica como imprescindível no cerne do BAC.

O policial militar pertencente ao BAC deve qualificar-se e sempre se atualizar na


área de cinotecnia policial realizando os cursos do Batalhão e/ou cursos equivalentes nas
Forças Armadas e coirmãs; e, quando for o caso, o estágio de adaptação e demais
treinamentos e instruções que o quartel oferece. Não será admitido que o policial permaneça

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na unidade sem habilitação para condução do cão policial ou qualificação na área de atuação
com cães.

Além do treinamento do policial para atuar com o cão como equipamento de menor
potencial ofensivo, também é necessário a qualificação periódica de tiro policial, tanto para
armas de fogo, quanto para os demais instrumentos de menor potencial ofensivo, bem como
treinamentos e simulações de situações reais, a fim de levar os policias a práticas
preventivas.

O treinamento de atendimento de primeiros socorros ao animal deve ser obrigatório


a todos os policiais militares habilitados em conduzir cães no serviço, uma vez que o condutor
do animal deve estar preparado para preservar a vida desse. É comum a participação do BAC
em ocorrências e missões distantes da Unidade, por vezes em terrenos de difícil acesso,
situações nas quais o pronto atendimento ao animal pode ser vital para o sucesso do
atendimento veterinário quando esse for possível. Tais instruções devem ser repassadas por
Oficial Médico Veterinário pertencente à PMPA.

Outro ponto fundamental de treinamento para o bom andamento do serviço é a


instrução e prática de direção, uma vez que uma das atividades precípuas do BAC é a ronda
ostensiva embarcada com cão. Portanto, todos os policiais habilitados ao serviço de
patrulheiro devem realizar constantemente treinamentos e simulações que envolvam as mais
diversas e possíveis ocorrências, baseando-se nos princípios legais, em cursos como o de
Direção Defensiva, na doutrina e manuais do BAC, e demais documentos relacionados a esta
área de atuação.

12.2. Treinamento dos semoventes


A qualificação técnica é um fator fundamental para a atuação do Batalhão, uma vez
que tal qualificação e aprimoramento devem ser contínuos e seguir uma lógica evolutiva, já
que os cães precisam de treinamentos e cuidados diários.

O policial militar lotado no BAC e nos canis setoriais, além dos cursos, estágios e
outros meios de qualificação técnica, devem acompanhar o processo evolutivo do cão que for
de sua responsabilidade de adestramento, a partir dos manuais elaborados e/ou de técnicas
que surgirem posteriormente.

Por isso, faz-se necessário incluir na escala o tempo direcionado para a instrução e
treinamento diário dos cães. Tem-se, de acordo com o item 16 da Portaria Interministerial Nº
4.226: “Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de
arma de fogo e instrumento de menor potencial ofensivo que incluam avaliação técnica,
psicológica, física e treinamento específico, com previsão periódica mínima”.

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ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

Os manuais de adestramento apresentam o procedimento administrativo de


treinamento dos cães, que devem ser seguidos de maneira metodológica e sistemática. Todos
os cães do BAC e dos canis setoriais precisam obedecer aos planos e protocolos de
adestramento, treinamento, avaliações e certificações.

O aprendizado dos cães deve ocorrer a partir de um adestramento e treinamento


rígido que busque a excelência, pois o cão não pode apresentar comportamentos
indesejáveis no decorrer do serviço, devendo esse ser avaliado semestralmente pela equipe
de adestramento de acordo com as necessidades apresentadas para o serviço operacional, a
fim de verificar a eficiência e efetividade do aprendizado e atuação do cão policial.

Os cães de faro e de duplo emprego necessitam de especial atenção no seu


treinamento, pois devem ser treinados em padrões nacionais de atuação, obedecendo ao
princípio da eficiência da administração pública – presente no Artigo 37 da CF/88,
especialmente no trabalho de detecção de entorpecentes. Uma vez que o cão de faro
treinado consegue, em menor tempo e com maior precisão, auxiliar o agente de segurança
pública na detecção de odores.

Faz-se necessária a manutenção de um centro de treinamento para a excelência no


adestramento dos cães, o qual conte com pista de agility e de ambientação. Bem como os
materiais utilizados para o treinamento dos cães devem obedecer aos padrões de excelência
do cenário de cinotecnia, tanto na área de guarda e proteção quanto na área de detecção de
odores; deve-se sempre atualizar o conhecimento na área e manter-se alinhado aos
panoramas nacionais e internacionais de atuação e de materiais utilizados.

12.3. Treinamento Físico Militar (TFM)


A saúde física está dentre as competências técnicas comuns a policiais militares e
cães pertencentes ao BAC. O TFM como recurso para garantia de boas condições vitais e
desempenho profissional é um auxílio na busca por melhor estrutura física, corporal e mental.
Além de sua especial contribuição através das práticas de exercícios físicos no tratamento de
doenças, no aspecto preventivo. As Forças Armadas de todo o mundo reconhecem a
importância do TFM na preparação, liderança e atuação de suas tropas, segundo Manual de
Campanha de Treinamento Físico Militar EB20-MC-10.350.

Faz-se necessário realizar treinamentos técnicos e táticos relacionados à atividade


de segurança pública, tais como musculação, alongamento, corrida, treinamentos de circuito,
artes marciais e atividades em meio líquido, tornando o profissional de segurança e seu cão
habilitados a zelar pela saúde, oferecendo atendimento de qualidade durante o serviço ativo e
permanecer com tal qualidade de vida no decorrer da sua inatividade (reserva).

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Enfatizar com isso, os três pilares básicos do preparo físico (treino, nutrição e
descanso). Atentando-se aos cuidados prévios com a saúde como noções de higiene e
conscientizar a manutenção do condicionamento físico como requisito para o bom
desempenho das atividades profissionais e melhor qualidade de vida do homem e do cão.
Além disso, um melhor condicionamento físico possibilita suportar com mais eficiência as
situações de estresse inerentes à atividade militar. Diante das dificuldades cotidianas da
atividade profissional é essencial que condutor e cão apresentem vigor físico, resistência,
agilidade, equilíbrio emocional, força e destreza.

Por fim, os exercícios da Saúde Física possibilitam desenvolver a disciplina e o


espírito de equipe, conhecer o organismo humano e animal e entender suas disfunções,
potencializar e melhorar o laço de amizade entre homem e cão.

13. Considerações finais


A Doutrina do Batalhão de Ações com Cães apresenta a expertise da atuação do
Batalhão, e por ser uma unidade além de operacional, voltada para as especificidades
técnicas de adestramento e manejo canino é que se faz necessário um conjunto doutrinário
abrangente que especifique cada pormenor dessa atuação.

O cão policial possibilita uma gama de atuação vasta: pode auxiliar em abordagens,
em que sua mera ação de presença se impõe de maneira coercitiva ao abordado,
demonstrando superioridade, imponência e força. Com o faro apurado e treinado combate à
criminalidade e auxilia com eficiência e precisão o condutor a identificar odores que esse não
seria capaz de sentir. Ainda na expertise de faro, ele consegue auxiliar a equipes de busca e
resgate e de busca e captura a encontrar pessoas perdidas ou em situação de fuga. O cão
também tem o atributo natural de aproximar a sociedade da corporação, sendo ferramenta
importante no combate preventivo à criminalidade, aumentando a popularidade e
aceitabilidade da população para com a Polícia Militar.

Desse modo há a fundamental importância da uniformização da atuação do


Batalhão, bem como que esta padronização esteja alinhada aos modelos nacionais das
unidades de atuação com cães, e também às necessidades e particularidades do estado do
Pará, a fim de orientar e apontar os panoramas ideais para o êxito das missões, preservar
vidas e atuar de maneira eficiente e segura para todos.

Vale ainda ressaltar que a não observância dos panoramas ideais, em especial aos
protocolos de treinamentos e adestramento canino, pode ocasionar vários problemas, como
prejuízos aos drives do cão. A execução incorreta do processo de treinamento e atuação pode
acarretar acidentes, uma vez que a partir da inobservância desses protocolos, coloca-se em
risco não somente o resultado da missão, mas também a segurança de policias e demais
pessoas envolvidas.

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Na área de cinotecnia as fontes de conhecimento, pesquisa, aprimoramento e afins


são dinâmicas e extensas, por isso esse documento apresenta aos moldes atuais de
conhecimento os parâmetros ideais de atuação nesta área, não findando nesse caderno
doutrinário suas orientações, uma vez que há em curso processos de construção e evolução
do conhecimento na área do trabalho com cães.

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PMPA/AJG Pág. 83
ADITAMENTO AO BG N° 128 V, de 08 JUL 2021

IV PARTE (JUSTIÇA E DISCIPLINA)


● SEM REGISTRO

___________________________________________________________________
ASSINA:

CARLOS DÓRIA SANTOS - CEL QOPM RG 26309


AJUDANTE GERAL DA PMPA

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