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Operações Especiais
Lealdade e irmandade é o que nos une
Seja aqui ou em qualquer lugar
Sempre com o mesmo destino
De treinar, lutar e triunfar!
Organização 19
Nossa doutrina 22
ÍNDICE
Histórico operativo 28
Nossos símbolos 31
Defesa pessoal 39
Do check à entrada 40
Operações Rurais 46
Paraquedismo 50
Proteção de autoridades 51
A Companhia Antibombas 52
Gerenciamento de Crises 59
TEN CEL PM Paulo José Reis de Azevedo Coutinho
Supervisão Geral
NTTEE
MAJ PM Cledson Conceição Sousa
Direção/Texto
EN
Revisão
SD PM Lamberto Viana
Fotografia
DIE
Diagramação/Capa/Design
TEXTOS
ED
CAP PM Erico de Carvalho
Símbolo de união e companheirismo, esses nobres guerreiros demonstram a cada dia que uma unidade
de operações especiais deve estar sempre focada no compromisso e respeito ao próximo e com base nisso
que observamos a sua evolução no êxito das operações das quais participaram.
O Batalhão de Operações Especiais baiano é referência nacional, pois tem o reconhecimento pela exce-
lência nas suas ações em ocorrências de alta complexidade, contribuindo positivamente para a redução e
controle da criminalidade em nosso Estado.
Para concretização deste sonho, ao longo desses dois anos de criação foram investidos mais de R$ 7,5 mi-
lhões com capacitação e especialização de policiais militares, aquisição de simulador de tiro, armamentos,
equipamentos de paraquedismo policial e caminhão antibombas, além das obras da 1ª etapa das instalações
do Batalhão, cujo investimento chegou a meio milhão de reais. Mas isso ainda não é tudo: só com armamen-
tos, o investimento ultrapassou a ordem de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Entretanto, este Secretário entende que ainda é pouco e, ciente dos desafios impostos ao Poder Público,
em todas as suas esferas de atuação, no tocante aos assuntos relacionados à Segurança Pública em nosso
País, o Governo do Estado da Bahia, através do Programa Pacto Pela Vida, em parceria com esta Secretaria,
vem envidando esforços no sentido de viabilizar ações que possam expandir a atuação do BOPE, através da
concretização de novos Cursos de Operações Policiais Especiais, a fim de recompor o efetivo desse valoroso
Batalhão, e da expansão de suas instalações, dando continuidade a este honroso ofício.
De mais a mais, é importante dizer que nestes dois anos muito foi feito nesse sentido, com resultados
concretos, obtidos a partir das iniciativas desta Secretaria e do esforço governamental.
Temos muito a comemorar, mas, sem sombra de dúvidas, temos muito mais a agradecer a estes nobres
policiais, que deixam suas famílias em prol da segurança pública, desempenhando seus ofícios com um pro-
fissionalismo e competência nunca vistos antes.
É com satisfação que parabenizo essa organização, cuja essência é proteger e servir ao cidadão e que tem
como principal missão a exclusividade no atendimento de ocorrências não convencionais de alto risco.
Portanto, senhores, ter a honra de deixar essa mensagem traduz o meu orgulho com essa organização
policial militar,pelo que desejo a cada um de seus integrantes muita luz e sabedoria no desempenho de suas
ações.Isso me traz a certeza de que estamos no caminho certo, ao tempo em que reforço o compromisso de
continuarmos trabalhando em prol desse valoroso Batalhão de Operações Policiais Especiais.
Parabéns!
Caros Caveiras,
Sua missão precípua, no âmbito Institucional, é planejar, coordenar e executar as missões inerentes a ocor-
rências de alta complexidade e intervenções de elevado risco, constituindo-se, estrategicamente, numa tropa
de reação deste Comandante-Geral.
Desde a sua criação, o BOPE tem realizado com eficiência o combate às quadrilhas de assaltantes de ban-
cos, de narcotraficantes e do crime organizado em geral, na capital e no interior do Estado, preservando a or-
dem pública nos eventos que envolvam alto risco, sobretudo nas ocorrências antibombas, antiterror e contra
terror, de gerenciamento de crises envolvendo reféns, de intervenções em estabelecimentos prisionais em
situações de crise, além de segurança de dignitários, dentre outras ações.
Devido ao seu brilhante desempenho ao longo dos dois anos de existência, a nossa tropa de elite já é
referência nacional, pelos resultados positivos das missões que lhe foram confiadas e pelo preparo de seus
integrantes, muitas vezes convidados por coirmãs para ministrarem aulas em cursos e palestras da área, es-
praiando a expertise adquirida na vivência da atividade de operações especiais.
Ademais, todo esse sucesso que o BOPE apresenta é fruto de uma criteriosa seleção daqueles policiais que
têm o perfil para a atuação em operações especiais, e de um contínuo aprimoramento técnico. Os policiais
militares do BOPE, ou “Caveiras”, como são apelidados, têm a característica de não sucumbir diante das ad-
versidades, até que a missão esteja cumprida com sucesso. Disciplina, lealdade, prontidão, destemor, rigor téc-
nico, preparo psicológico, integridade moral e profissionalismo são qualidades que bem definem o perfil dos
policiais militares integrantes desta unidade de elite.Homens honrados e verdadeiros combatentes, que em
muito contribuem para o engrandecimento desta Corporação e para o bem da sociedade, motivo de orgulho
para todos nós policiais militares.
Destarte, Caveiras, firmo meu compromisso com o Batalhão de Operações Especiais, de sempre fornecer
o apoio necessário para que continue sempre prestando esse importante serviço especializado à sociedade
baiana, reafirmando que essa unidade de elite é elo essencial na corrente do bem que criamos e estamos for-
temente unidos em prol da nossa instituição e na busca pela paz social.
Parabéns BOPE!
Que Deus abençoe a todos!
“PM e Comunidade na Corrente do Bem”
O Mestre falou:
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o guerreiro estava ficando mais e mais cansado
de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o guerreiro perguntou novamente:
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia, e a lua estava justamente surgindo no horizonte.
Ele disse:
– Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao
lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior:
“Porque me sinto inferior diante de você?”. Esta árvore é pequena e aquela é grande – este é o fato, e nunca
ouvi sussurro algum sobre isso.
E o Mestre replicou:
– Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta:quando você não compara, toda a inferioridade
e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande
e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das
estrelas. Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: nin-
guém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único!
As sábias palavras do Mestre nesta parábola intitulada de “O Guerreiro e o Mestre” servem para expressar
a importância do autoconhecimento. Quanto mais nos dedicamos ao aprimoramento da nossa condição
humana, por certo, estamos contribuindo para nos tornamos melhores filhos, irmãos, pais, amigos e profis-
sionais.
Uma inquietante verdade é que nós, seres humanos, perdemos uma boa parte das nossas vidas procu-
rando pela felicidade, buscando pela paz, perseguindo a fama, sonhos, e, até mesmo, seguindo cegamente a
outras pessoas, na vã esperança de nos realizarmos.
O mais irônico nisso tudo é que o único e verdadeiro lugar onde devemos procurar é sempre dentro de
nós mesmos. Dentro de nós residem as principais respostas para a superação de qualquer adversidade. Indis-
cutivelmente, aquele que conhece os outros é um sábio, mas aquele que conhece a si próprio é um indivíduo
preparado para vida. Por isso, adote um estilo e escolha o seu caminho. Seja você mesmo antes de tudo.
SER DIFERENTE!
Muitos almejam ser... é o sonho de qualquer combatente, mas poucos, bem poucos conseguem esse desejo.
Por isso, conclamo a todos que quando virem um companheiro ostentando uma CAVEIRA NO P
EITO
não o olhem com inveja, mas com admiração e respeito, assim como eu faço.
BOPE...Mais um ano.
Nesses dois anos de existência, o BOPE sempre se destacou nas missões que lhe foram confiadas,
a exemplo da atuação nos Jogos Olímpicos, em desarmes de artefatos explosivos e em grandes operações
contra o crime organizado na capital e interior do Estado. Muitos desafios ainda estão por vir!!!
Unidade altaneira, com alto padrão de profissionalismo dos seus operadores, estão sempre prontos
para qualquer missão, a qualquer hora, em qualquer lugar.
Como comandante das tropas especializadas, pude constatar que, nos momentos de crise, em que
há a necessidade de emprego de recursos humanos e materiais de alto desempenho, eis que a equipe tática
se apresenta de forma altamente técnica e com a responsabilidade de agir com precisão, sem falhas. Os re-
sultados alcançados em cada ação sempre são motivo de orgulho e satisfação ao alto escalão da Corporação
(e não poderiam ser diferentes).
Hoje, esta verdadeira tropa de elite representa um dos grandes destaques da Polícia Militar da Bahia,
possuindo em seu “turno” grandes especialistas que têm elevado o conceito e a credibilidade da Instituição,
ao garantir com excelência a segurança de milhares de baianos e turistas todos os dias.
Vida longa à Unidade Especializada...Vida longa aos profissionais do BOPE, nossos destemidos CA-
VEIRAS. Que Deus Pai Todo Poderoso possa sempre protegê-los no caminho que fazem, ao preservar vidas
e aplicar a lei, nunca temendo, sempre respeitando, fazendo manter a lei a ordem.
“
de 2015, a Continuemos trilhando esse caminho
história do
Batalhão de Vocês me orgulham dos vocacionados e abnegados a servir
em ocorrências limites, pois toda Cor-
Operações pelo exercício pleno de poração, para fazer frente a situações
Policiais Es-
peciais na
lealdade e a fidelidade pontuais e adversas, precisa ter em seus
quase bi- que destinam aos quadros integrantes fiéis ao mando ins-
titucional, devidamente capacitados com
centenária nossos mandamentos.” valores e coragem que são peculiares aos
PMBA. Co- bravos Caveiras.
mandava à
época o Batalhão de Polícia de Choque, que tinha no Vida longa a esse grupo de homens espe-
seu orgânico a tropa de Operações Especiais, quan- ciais!
do fui consultado pelo então Comandante Geral, o “Avante, Bope, Avante...”.
Exmo. Sr. Cel PM Alfredo Castro quanto à criação
de uma CIOE ou do BOPE, já que existiam opiniões “Vocês me orgulham pelo exercício pleno de
divergentes na área sistêmica. lealdade e pela fidelidade que destinam aos nossos
mandamentos”.
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“
Somos Operações
Especiais, a missão
”
é o que nos define.
A responsabilidade de formar
e treinar este Pelotão foi dada ao então
2º Ten PM Renato de Azevedo Neto,
que no ano de 1979 havia retornado
do Centro de Instrução de Guerra na
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dimento de ocorrências não conven- população baiana. campo de atuação, e isso se torna pa-
cionais, características às Operações tente no momento em que outros Esta-
Especiais, anteriormente atribuída ao A busca por melhorias e o en- dos da Federação passam a enviar seus
PELOPES, mas, nesse novo contexto, tendimento que se fazia necessário à policiais, oficiais e praças, para os cur-
com expectativa de crescimento e aper- formação de uma doutrina sólida e pró- sos aqui realizados.
feiçoamento. pria motivou a nossa Instituição a bus-
car cada vez mais o intercâmbio com Com o tempo, vislumbrando
Antes mesmo de ser executa- outros Estados e inclusive com outros que a estrutura funcional de uma su-
do o projeto da criação do BPChq, a países. bunidade de Batalhão não comporta-
PMBA já vislumbrava a Atividade de va mais as demandas e a evolução das
Operações Especiais como algo extre- Com este sentimento, oficiais e Operações Especiais no âmbito institu-
mamente importante para a instituição. praças baianos romperam as fronteiras cional, tais como o aumento do efeti-
Isto fica claro, quando, no ano de 1981, estaduais e nacionais para se forma- vo especializado, os investimentos em
o então 1º Ten PM Jalon é enviado para rem em operações especiais, técnicos equipamentos e o atendimento de pro-
fora da Bahia, com a missão de con- explosivistas, atiradores policiais de tocolos nacionais e internacionais de
cluir o Curso de Operações Especiais precisão, além de participarem de se- Segurança Pública, dois oficiais mate-
(COEsp), na Policia Militar do Estado minários e vários outros eventos rela- rializaram a intenção de elevar a Com-
do Rio de Janeiro. cionados às Operações Especiais na panhia a uma unidade independente,
Segurança Pública. que tivesse condições de se preocupar
O1º Ten PM Jalon, retorna à apenas com as Operações Especiais.
Bahia tendo concluído o III COEsp/ O amadurecimento técnico/
PMERJ, onde logrou a primeira co- profissional da COE nas décadas de 80 No final do ano de 2010, os
locação, entrando para a história das e 90 culminou, no ano de 2002, na reali- então tenentes Fábio Boaventura Bor-
Operações Especiais da PMBA como zação do primeiro Curso de Operações ges, lotado na Companhia de Opera-
o primeiro Caveira do Estado, e com a Policiais Especiais da Polícia Militar ções Especiais, e Marcelo Pereira das
obrigação de implementar o viés técni- da Bahia – I COPES, sendo coordena- Neves de Oliveira, lotado na Academia
co das Operações Especiais como uma do pelo então Cap PM Antônio Carlos de Polícia Militar da Bahia, mas que
máxima para esta atividade. Silva Magalhães, oficial baiano forma- também já havia integrado o efetivo da
do no Curso de Montanhas, Fronteiras Companhia, apresentaram à instituição
Ao longo do tempo, a Com- e Limites, Carabineiros de ¬Chile, no um estudo de situação que justificava
panhia de Operações Especiais foi ano de 1992. A dedicação às ¬Opera- a criação do que futuramente seria o
ganhando notoriedade, devido não ções Especiais, demonstrada pelo Cap Batalhão de Operações Policiais Es-
apenas à capacidade técnica do efeti- Magalhães, fez com que o COPES se peciais. Esse estudo foi recepcionado,
vo, mas também pela demonstração de transformasse na prova de que a uni- já no ano de 2011, pelo Subcomandan-
compromisso para com a instituição e a dade estava pronta para galgar novos te-Geral da época, o Cel PM Carlos
objetivos.
táticas.
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Sebastião Eleutério Filho, que, de ime- peciais, através da publicação da Lei nº 29.458, de 24 de janeiro de 1983,
diato, acolheu a ideia e determinou que Estadualnº 13.201, de 09 de dezembro foi criado o então Batalhão de Polícia
fosse criada uma comissão para elabo- de 2014. de Choque – BPChq, tendo como uma
rar o projeto de viabilidade e criação do de suas subunidades, a Companhia de
Batalhão. Contudo, o Batalhão de Ope- Operações Especiais - COE.
rações Policiais Especiais apenas é im-
A necessidade de ter uma plementado em 27 de março de 2014,
unidade forte, que pudesse atender as com a nomeação do primeiro coman-
exigências dos grandes eventos inter- dante, o Ten Cel PM Paulo José Reis
nacionais recebidos pela Bahia, e a de Azevedo Coutinho, especialista em
vontade do Estado de dar uma efetiva Operações Especiais, historicamente
resposta à crescente onda de violên- sendo o quarto especializado fora do
cia, fez com que o Alto Comando da Estado e o primeiro a nível internacio-
PMBA, no ano de 2014, conseguisse nal.
junto ao Governo do Estado a criação
do Batalhão de Operações Policiais Es- Em 1983, através do Decreto
B A
P M
-
B O P E
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JUBILOSA EVOLUÇÃO
”
lhão – BOPE.
S into-me regozijado ao ver o Ba- missão de comandá-lo e aprestá- de prestígio no seio da sociedade bra-
talhão de Operações Policiais -lo desde o período de formação. De- sileira pelas ações aguerridas e efi-
Especiais (BOPE) como realida- siderato do qual me desincumbi com cientes empreendidas pelas Unidades
de que é, pois, fruto de uma evolução júbilo, pois era a oportunidade, ain- que as ostentam, despertando respeito
natural e necessária à Polícia Militar da como Segundo Tenente, de atuar no cidadão ordeiro e temor no celera-
da Bahia, à sociedade e ao Estado numa tropa de emprego em operações do.
Federado, que goza de grande impor- tipo militar, portanto, condizente com
tância geopolítica e geoeconômica no a minha vocação – único motivo pelo À época, tratava-se de ope-
conjunto da União, além, é claro, do qual ingressei nas fileiras da PM. rações de defesa interna; atualmente
fato de vivenciarmos um crescendo cuida-se de operações de defesa so-
da criminalidade comum com grande Com as transformações so- cial, porém, as táticas e as técnicas são
dose de ousadia, destemor e sofistica- ciais e políticas, as necessidades fo- as mesmas, diferenciando-se a moti-
ção. ram se impondo, particularmente na vação dos agentes marginais.
área da segurança pública.
Iniciou-se essa caminhada a Na atual quadra, sinto-me
02 de fevereiro de 1979, quando da Então, vimos o crescimento, gratificado por ter contribuído de al-
solene conclusão do Curso de For- com qualidade, de o PELOPES alçar guma maneira com um trabalho pro-
mação de Soldados do Grupamento à condição de Companhia de Opera- fícuo, cujo resultado é a existência
de Recrutas, adredemente preparados ções Especiais, incorporada ao Bata- dessa importantíssima Unidade que é
para constituir o Pelotão de Operações lhão de Polícia de Choque, quando da o BOPE.
Especiais (PELOPES) da Companhia sua criação, e recentemente guindada
Independente de Polícia de Choque à fração de tropa valor Batalhão – Saudações milicianas!
(Cia PChq). BOPE.
H
omens treinados para ma- de dez semanas, foi contemplada com
tar? Sim... Mas, acima de uma vaga, para a qual o 2º Ten Jalon
tudo, treinados para salvar Oliveira, esse que subscreve, então
vidas, para acertar o alvo com 25 anos, integrante da Compa-
com precisão, para não se acovardar nhia de Choque, teve a sorte e o pri-
diante do perigo e para pôr em risco vilégio de ser selecionado para repre-
as suas próprias vidas, na defesa de sentar o nosso estado.
um ideal maior: garantir a segurança
pública de milhões de pessoas, en- Até então, nenhum policial militar
B A
uma gama de meliantes que desafiam responsabilidade para mim era mui-
o poder do Estado. to grande. Concentrei e, com a ajuda
de colegas da então Companhia de
Tornaram-se tão famosos os cur- Choque, intensifiquei os treinamen-
-
sos, que as vagas oferecidas eram dis- tos físicos, as práticas de tiro e de-
putadas por policiais militares locais e fesa pessoal, e os exercícios táticos
B O P E
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de 1977, e a intimidade que tinha com Momento crucial ocorreu quando minhada entre as Serras de Petrópolis
a natação e o mergulho livre, foram, fui parcialmente atingido, numa incur- a Teresópolis, sob frio intenso e longas
sem dúvidas, os maiores trunfos que são de patrulha, por uma granada de horas de imersão em pequenos lagos
levei para o curso. gás lacrimogêneo, de arrebentamento, congelados, tendo que dormir molha-
que me causou algumas queimaduras dos à noite, sem poder acender foguei-
O aguardado e excitante início, de primeiro grau, e que quase me des- ras, nos dava a sensação de invenci-
numa área de cerimonial descampada ligou do curso. Fui levado ao atendi- bilidade. Aos poucos nós, integrantes
do NuCOE, próximo ao Campo dos mento médico, para fazer curativos e do curso que ainda resistíamos, apenas
Afonsos (RJ), com 66 piquetes bran- tomar medicação para uma febre que treze, começamos a sentir uma agra-
cos, fincados, contendo os números não cedia. De madrugada, fugi do dável sensação de vitória e o respeito
das “novinhas” - como eram chama- atendimento e retornei ao curso, ten- dos instrutores, que já reconheciam ali
dos os aspirantes ao brevê da caveira, do que assinar um termo, assumindo o nascimento dos mais novos Caveiras
ao som de detonações de explosivos a responsabilidade por qualquer con- do BOPE.
e da irritante provocação dos instru- sequência, isso para garantir a minha
tores, repetindo a cantilena “peça pra continuidade no curso. A notícia de ter obtido a pri-
sair”, “nunca será caveira, zero meia” meira colocação no tão temido curso
- que era o meu número, “baiano só é Técnicas de sobrevivência foi uma das maiores alegrias da minha
homem até o meio-dia”, e tantas ou- na selva, na caatinga e no mar, eram vida. Recebi o certificado de conclu-
tras, intercaladas por repetidas cajada- práticas constantes, cercadas de bas- são das mãos do então Secretário de
das de cipó-caboclo nas nossas cabe- tante perigo e stress. Muito aguarda- Segurança Pública do Rio de Janeiro,
ças, e os mais chulos impropérios, foi da e temida era a oficina de “Fuga e Dr. Valdir Muniz, e o brevê da ”Faca
definitivamente apavorante. Evasão”, um dos momentos mais difí- na caveira” das mãos do lendário Maj.
ceis do curso, em que éramos coloca- Amêndola, mentor da saga dos Cavei-
O objetivo dos instrutores era dos como prisioneiros em um local de ras naquele Estado. Passei então a ser
forçar os fracos a desistirem do curso charco, bastante inóspito, submetidos carinhosamente tratado pelos compa-
logo na primeira semana, para só de- a castigos físicos e afogamentos, sen- nheiros como o “zero um da Bahia”, e
pois iniciar a instrução especializada. do obrigados a fugir pra um azimute tive, para minha honra e glória, meus
Todos de cabeças raspadas, sem no- predeterminado, andando camuflados dados gravados no aço, no painel de
mes, apenas um número, sem noção por muitos quilômetros, sem se deixar entrada dos guerreiros do BOPE da
de tempo, submetidos à estafa física capturar pelos instrutores, o que pode- PMERJ, onde se encontra até hoje,
e mental, com fome, sede, dores por ria corresponder ao desligamento do como o “Caveira 20”, demonstrando
todo o corpo e a cruel incerteza de curso. que nos dois COESP anteriores, ape-
continuar ou desistir antes de se ma- nas dezenove PMs haviam conseguido
chucar seriamente, ou ser desligado. Uma das mais preocupantes, con- concluir o curso.
Optei por não desistir. tudo, era a chamada oficina do “Por-
radão”, teste final de lutas, onde tínha- Fico feliz em perceber que os co-
Ao pedir pra sair voluntariamente, mos que enfrentar grupos de mestres nhecimentos de operações especiais
ou ao ser desligado do curso por deixar em artes marciais convidados para o que trouxe comigo para a PMBA, e que
de cumprir qualquer atividade, o ex- evento, que nos batiam “pra valer”, transmiti para uma geração de PMs,
-aluno era levado a pregar uma madei- testando nosso aprendizado em téc- durante mais de 15 anos, como instru-
ra branca no piquete com seu número, nicas de defesa de faca, de armas de tor da Academia de Polícia Militar e
formando uma cruz, onde depositava fogo e de bastão. Lembro que saímos do Centro de Formação de Sargentos,
seu gorro e alguém colocava uma ins- muito machucados dessa oficina, sen- deu excelentes resultados, e despertou
crição do tipo “aqui jaz um merda”. O do atendidos por uma equipe médica o interesse de jovens e talentosos guer-
medo de não conseguir honrar a con- previamente posicionada para os cura- reiros, como o atual Cmte. do BOPE
fiança e de não trazer para a Bahia o tivos. da PMBA, Ten. Cel. Paulo Coutinho,
primeiro brevê de “comandos”, era o que tive o privilégio de ter como aluno
que mais me atormentava e ao mesmo Muita adrenalina também fluía e depois como amigo, para o exercício
tempo me revigorava para seguir em nas operações com helicópteros, nas dessa nobre missão.
frente. incursões de montanhismo, nas esca-
ladas e desescaladas do morro do Pão Parabéns ao Batalhão de Opera-
Mais difíceis ainda foram as ins- de Açúcar, da Pedra da Gávea, da Ca- ções Especiais – BOPE, da PMBA,
truções especializadas das semanas beça do Imperador, do Dedo de Deus, pelo projeto de construção da sua nova
seguintes, com estágios nas Forças da Pedra do Cantagalo, das missões de sede e pelos relevantes serviços que
Especiais do EB, nos Comandos Anfí- patrulhas nas densas florestas da Serra vem prestando ao nosso Estado. Avan-
bios da Marinha - COMANFs, e no Es-
B A
do Mar e Serra dos Órgãos, e de tantas te na defesa da nossa gente, com faca
quadrão Aeroterrestre de Salvamento outras que eram dadas como missões nos dentes e sangue nos olhos... sem
– Para-Sar, da Aeronáutica. Tínhamos de “diversão” para os finais de sema- dar tréguas à marginalia.
que, diariamente, enfrentar estafantes na. Quanto gás lacrimogêneo inala-
P M
seções de defesa pessoal, krav maga, mos, nas câmaras de gás, nas pistas de “Viver sem perigo, é
corrida equipada e tiro de combate. As ação e reação, nas pistas de combate triunfar sem glória”.
aulas de explosivos e demolições, sa- em localidades, e nas horas de repou-
botagem, técnicas de acompanhamen- so, em barracas de campanha, com as “Caveeeiiira!!!”.
-
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ORGANIZAÇÃO
Descubra como o BOPE funciona por dentro.
A mesma portaria em seu Art. 36, são. dade e intervenções de alto risco,
ainda estabelece que: constituindo-se, ainda, numa tropa
Pautamos nossas ações nos princí- de reação do Comando-Geral
Ao Batalhão de Operações Policiais pios da legalidade, proporcionalida-
Especiais, compete a execução de de e necessidade. (...)
atividades de preservação da ordem
pública que envolvam alto risco, São Mandamentos das Operações II - Batalhões Especializados de Po-
atuando como tropa de reação do Especiais: lícia Militar, compreendendo:
Comando Geral, especialmente ins-
Agressividade controlada; (...)
truída e treinada para emprego em
ocorrências de alta complexidade, Controle emocional; f) Batalhão de Operações Policiais
cabendo-lhe realizar ações anti- Especiais, responsável por planejar,
bombas, ações antiterror, ocupação Disciplina consciente; coordenar e executar o atendimen-
de pontos sensíveis e críticos para to de ocorrências de alta complexi-
restauração da ordem, emprego de Espírito de corpo; dade e intervenções de alto risco,
alternativas táticas no gerenciamen- constituindo-se, ainda, numa tropa
to de crises em que haja refém lo- Flexibilidade; de reação do Comando-Geral; (gri-
calizado,intervenções sem estabe- Honestidade; fos nosso)
lecimentos prisionais em situações
de crise, operações de combate ao Iniciativa; Os dispositivos da legislação supra-
crime organizado, apoio à Defe- citada foi regulamentada em dezem-
sa Civil, nos casos de calamidade Lealdade; bro de 2015 através da Portaria n.º
pública, além de outras missões de 070 - CG/15, a veio regulamentar a
alto risco determinadas pelo Co- Liderança; Organização Estrutural e Funcional
mandante-Geral. Perseverança; da Polícia Militar da Bahia, além de
dar outras providências.
Versatilidade.
O Art. 3º dessa normatização admi-
MISSÃO nistrativa estabelece como estrutura
organizacional do BOPE:
No âmbito institucional é DA ORGANIZAÇÃO
responsável por planejar, coorde- 3º - A Polícia Militar tem a seguinte
nar e executar o atendimento de No final do ano de 2014 estrutura básica:
ocorrências de alta complexidade foi publicada a Lei nº 13.201, a
e intervenções de alto risco, consti- qual reorganiza a Polícia Militar (...)
tuindo-se, ainda, estrategicamente, da Bahia, e inova com a criação do
numa tropa de reação do Comando- BOPE, dispondo o seguinte: XXXII – Batalhão de Operações
-Geral. Policiais Especiais:
Art. 42 - As Unidades Operacionais
VISÃO Policiais Militares, subordinadas a) Comando;
aos seus respectivos Comandos, na b) Subcomando:
Ser referência nacional na forma do parágrafo único do art. 16
atividade Operações Especiais, no- desta Lei, têm por finalidade a exe- c) Coordenação de Suporte Opera-
tadamente no atendimento de ocor- cução das missões de polícia osten- cional;
rências de alta complexidade, pela siva, dentro de suas especialidades,
B A
difusão doutrinária, lealdade ao e terão atuação em todo o Estado da d) Coordenação de Estudos, Instru-
mando institucional e sentimento Bahia ou em região definida em re- ção e Treinamento:
de cumprimento de missão. gulamentação.
P M
to;
nidade humana, a ética, a lealdade, Batalhão de Operações Policiais
B O P E
a disciplina, o profissionalismo, Especiais, responsável por planejar, 3. Seção de Educação Física, Des-
a humildade, o pertencimento e o coordenar e executar o atendimen- porto e Defesa Pessoal.
sentimento de cumprimento de mis- to de ocorrências de alta complexi-
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e) Seção de Operações de Inteligên- 5.1º Pelotão de Operações Urbanas; 8.1º Grupo de Intervenção Tática
cia e Antiterrorismo; ALFA;
5.2º Pelotão de Operações Rurais.
f) Corregedoria Setorial e Ouvido- 8.2º Grupo de Intervenção Tática
ria; 6. 3ª Companhia de Operações Es- BRAVO;
peciais:
g) Formação Sanitária; 8.3º Grupo de Intervenção Tática
6.1º Pelotão de Operações Urbanas; CHARLIE.
h) Coordenação de Planejamento
Operacional: 6.2º Pelotão de Operações Rurais. 9. Companhia Antibombas:
4. 1ª Companhia de Operações Es- 7. 4ª Companhia de Operações Es- 9.1º Grupo de Busca e Inspeção;
peciais: peciais:
9.2º Grupo de Contramedidas;
4. 1º Pelotão de Operações Urbanas; 7.1º Pelotão de Operações Urbanas;
9.3º Grupo de Pós-explosão, Pes-
4. 2º Pelotão de Operações Rurais. 7.2º Pelotão de Operações Rurais. quisa e Instrução.
5. 2ª Companhia de Operações Es- 8. Companhia de Intervenções Tá- 10. Pelotão de Comando e Serviços.
peciais: ticas:
B A
P M
-
B O P E
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- 23 -
NOSSA DOUTRINA
Em 36 anos de atividade de operações policiais especiais, a PMBA sempre buscou a atualização constante da doutrina de OE.
N
esta seção vamos falar semestres com uma carga horária Comandos em Operações Especiais
dos cursos que contri- de 144 horas semanais, abordando e Antiterrorismo na Polícia Nacio-
buíram para formação os seguintes temas: Técnicas de Ar- nal Colombiana. O curso com du-
doutrinária do Batalhão mamento e Tiro, Tiro de Precisão, ração de cinco meses é dividido em
de Operações Policiais Especiais. Inteligência e Assalto Tático Con- fase básica e fase especializada. Na
tra Terror, Explosivos, Investigação primeira fase os temas abordados
Em 36 anos de atividade de Pós-Detonação, Operações com são: Direito Internacional Humani-
Operações Policiais Especiais, a Agentes QBRN, Mergulho Autô- tário e Direitos Humanos, Comuni-
PMBA sempre buscou a atualiza- nomo, Geografia Matemática, Téc- cações, Tiro e Balística, Primeiros
ção constante da doutrina de OE. nicas Paramédicas, Enfermaria de Socorros, Defesa Pessoal, Explosi-
Desta forma, vem possibilitando Combate, Paraquedismo, Proteção vos, Combate Rural e Preparação
aos seus policiais a procura do que de Pessoas Importantes, Psicologia Física. Sendo aprovado, o aluno
B A
há de melhor no mundo na ativida- Aplicada a Operações Especiais, passa para a fase especializada, e
de, seja em território nacional ou no Operações em Montanha, Opera- integra as disciplinas de Tiro, Pre-
exterior. ções Aeromóveis, Técnicas Inver- paração Física, Proteção de Dig-
P M
No ano de 1992, o então Ten PM nais de Sobrevivência na Neve, nitários, Operações Aeromóveis,
Coutinho, e em 2014, o Cap PM Pi- Operações no Deserto, Contraguer- Combate Aproximado, Atirador de
-
- 24 -
nico Profissional em Explosivos, Erico e o Cb PM Cidreira, ambos (COPES).
ministrado pela Escola de Investi- da Cia Antibombas, e atendendo
gação Criminal da Polícia Nacio- os pré-requisitos, foram indicados Com a realização de seis edições
nal da Colômbia. Com duração de para participarem do Curso de Ope- do COPES nos anos de 2002, 2004,
14 meses, e abordando os temas rações com Armas de Destruição 2008, 2012, 2013 e 2014, sempre
de Criminalística, Composição e em Massa na cidade de Colorado se atualizando com novas técnicas,
Manejo de Explosivos, Estruturas Springs, EUA. O curso foi promo- procedimentos e equipamentos, a
de Artefatos Explosivos, Eletri- vido pela Agência de Redução de atividade de operações especiais
cidade e Eletrônica Aplicada aos Riscos do Governo Americano e na PMBA já formou 92 (noventa e
Explosivos, Impacto Ambiental tinha como objetivo habilitar espe- dois) Caveiras, sendo 72 da Bahia
dos Explosivos, Química Aplicada, cialistas em desativação de explosi- (01 da PRF), 03 do Mato Grosso,
Criminologia, Direito Penal Cons- vos a identificar, quantificar, prote- 08 do Mato Grosso do Sul, 01 de
titucional, Direitos Humanos, Se- ger e responder aos incidentes com Goiás, 03 do Amapá, 01 do Ama-
gurança Industrial, Idiomas I e II, armas improvisadas de destruição zonas, 01 da Paraíba e 01 do Pará.
Metodologia da Investigação Cien- em massa envolvendo agentes quí-
Com a finalidade de registrar e
tífica, Preparação Física, Detecção micos, biológicos, radiológicos e
ter um controle efetivo, o Cel PM
e Desativação de Artefatos Explo- nucleares (QBRN) e produtos peri-
Anselmo Brandão, Comandante
sivos, Demolições, Investigação gosos (HAZMAT).
Geral, publica no BGO nº 071, de
Pós-Incidental, Prática Pericial,
Física Aplicada, Investigação Judi- No mesmo ano o BOPE realiza 14 de abril de 2015, o Almanaque
cial, Vitimologia, Provas Judiciais, o primeiro Curso Técnico Explo- composto do rol de policiais milita-
Direito Processual Penal e Ética, sivista Policial, formando 18 poli- res especialistas em Operações Es-
o curso capacita o policial a atuar ciais militares, sendo 13 da Bahia peciais na PMBA: Os Verdadeiros
em ocorrências com explosivos nas (todos do BOPE), 01 do Pará, 01 de Caveiras.
atividades pré-incidentais, pós-in- Sergipe, 01 de Alagoas, 01 do Ama-
Vale ressaltar que, além dos in-
cidentais e de contramedidas. pá e 01 da Paraíba.
tegrantes do Batalhão de Operações
Em 2014, o Cap PM Silva Cruz Os cursos mencionados e o in- Policiais Especiais da PMBA, ou-
participou do Curso de Intervenção tercâmbio com outras coirmãs esta- tros policiais militares foram espe-
Marítima Antiterrorismo na cida- duais, Forças Armadas e Polícia Fe- cializados em outras instituições
de de Moyock, Carolina do Norte, deral contribuíram para formação fora do Estado ou País, conforme
EUA. O curso foi disponibilizado doutrinária da atividade de Opera- Almanaque.
pela Embaixada Estadunidense a ções Policiais Especiais na Polícia
m 36 anos de atividade de ope-
policiais de unidades especializadas Militar do Estado da Bahia, possi-
rações policiais especiais, a PMBA
que atuaram nas cidades sedes dos bilitando a realização dos Cursos
sempre buscou a atualização cons-
Jogos da Copa do Mundo de Fute- de Operações Policiais Especiais
tante da doutrina de OE.
bol FIFA 2014. A ênfase
do curso foi a retomada
de embarcações, tendo
como disciplinas: Le-
gislação e Direito Inter-
nacional Marítimo, Pla-
nejamento Operacional,
Primeiras Respostas em
B A
sa Pessoal, Combate em
Ambiente Confinado,
Abordagem, Identifica-
-
ção e Conhecimentos
sobre Embarcações, e
B O P E
Socorros de Urgência.
Em 2015, o Cap PM
- 25 -
ALMANAQUE
RELAÇÃO DOS FORMADOS EM OPERAÇÕES ESPECIAIS
SALVADOR-BA
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu;
Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher o que se plantou.”
Eclesiastes .3:1-2
1º SD PMBA Henrique Hermogenes da Silva Júnior 30.214.958-6 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
2º 1º SGT PMBA Mario Carapiá Bandeira 30.270.655-8 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
3º SD PMBA Erick Dantas Brito 30.246.434-2 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
4º SD PMBA Jurandir Freitas L. Júnior 30.340.321-8 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
5º SD PMBA Ricardo Monte Verde dos Santos 30.308.914-5 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
6º SD PMBA Joelson dos Santos Anjos 30.309.031-6 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
7º 1º SGT PMBA Sandro César Simões Lima 30.345.108-3 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
8º SD PMBA Wanderley Oliveira Lima 30.309.032-4 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
9º SD PMBA Marcio Ferreira de Lima 30.283.556-9 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
10º 1º SGT PMBA José Lázaro Almeida dos Santos 30.267.163-0 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
11º 1º SGT PMBA Aderbal Xavier Júnior 30.345.706-3 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
12º SD PMBA Arivaldo da Cruz Silva 30.339.796-2 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
13º SD PMBA Hélio Marcio S. Oliveira 30.271.011-7 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
14º SD PMBA César Augusto J. Santos 30.339.930-4 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
15º SD PMBA Gilmar Santos de Oliveira 30.302.424-2 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
16º 1º SGT PMBA Hélio Bonfim Valadares Santos 30.120.276-3 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
17º SD PMBA Josenilton Nunes Santos 30.340.255-5 COPES COE/PMBA 2002 BGO 099 – 24/05/02
18º 1º TEN PMBA Roan Oliveira Santana 30.337.378-0 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
19º SD PMBA Marcio Cristiano de Souza 30.388.203-0 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
20º 1º SGT PMBA Ivan Paulo dos Santos Júnior 30.270.370-4 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
21º SD PMAP Eder Morais Martins 2650 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
22º 1º TEN PMBA Denílson Bonfim Oliveira Sousa 30.289.897-3 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
- 26 -
ORD POSTO/GRAD NOME MAT. CURSO/INSTITUIÇÃO ANO Nº BGO / BIO
23º SD PMBA Josimar Henrique Soares 30.388.405-8 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
24º SD PMBA Lúcio Mario Santos Souza 30.340.278-3 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
25º SD PMBA Robson Costa de Vasconcelos 30.388.376-9 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
26º SD PMBA Silvio Alves Barbosa 30.292.513-6 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
27º SD PMBA Luís Antônio de Santana 30.267.414-1 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
28º SD PMMS Rodrigo Moreira de Moraes 207.010-3 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
29º 1º SGT PMBA Jorge Eduardo de Jesus Silva 30.241.443-6 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
30º 2º SGT PMAP Joaquim Pereira da Silva 2857 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
31º SD PMMS Edson da Rocha Raimundo 207.031-6 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
32º SD PMBA Rubem Martins Santos Filho 30.267.532-5 COPES COE/PMBA 2004 BGO 236 – 22/12/04
33º 1º TEN PMBA Fabio Boaventura Borges 30.366.539-9 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
34º CAP PMMT Fernando Giroto Santiago 880.721 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
35º SD PMBA Gerlon Mendes de Souza 30.389.894-2 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
36º 1º SGT PMBA Sérgio Ricardo Almeida Lima 30.242.153-0 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
37º SD PMMS Lindomar Domingos da Silva 208.023-0 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
38º 1º TEN PMBA Cleiton de Jesus Carvalho 30.376.008-4 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
39º CAP PMMS Marcos Paulo Gimenez 206.025-6 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
40º SD PMBA Roberto Fernandes dos Santos 30.428.768-1 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
41º SD PMBA Ronaldo Freitas de Carvalho 30.340.274-1 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
42º 1º TEN PMMT Gleber Cândido Moreno 880.783 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
43º CAP PMMS Marcus Vinicius Pollet 208.023-0 COPES COE/PMBA 2008 BGO 218 – 21/11/08
44º 1º TEN PMBA Érico de Carvalho 30.390.575-7 COPES COE/PMBA 2011 BGO 043 – 02/03/12
45º 1º TEN PMBA Rodrigo Pinheiro de Azevedo Lopes 30.430.570-6 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
46º SD PMBA Saad Cruz de Souza 30.480.275-8 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
47º SD PMBA Thiago Henrique Silva Pitanga 30.480.432.8 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
48º 1º TEN PMBA Claudijan Silva dos Anjos 30.414.753-0 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
49º 2º TEN PMMS Rigoberto Rocha da Silva 208.110.51 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
50º SD PMBA Lamberto Viana de Oliveira 30.388.897-1 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
51º SD PMBA André Luiz Cidreira Coelho 30.284.546-7 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
52º SD PMBA Ícaro Santos de Oliveira 30.480.309-7 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
53º SD PMBA Zenildo Souza da Silva 30.308.973-9 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
54º SD PMBA Everton Dias dos Santos 30.482.174-4 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
55º 1º TEN PMBA Ícaro Santiago da Silva Cruz 30.413.427-8 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
56º SD PMBA Eder de Freitas Bispo 30.482.360-7 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
57º SD PMBA Gildásio de Jesus Pereira 30.339.372-2 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
58º SD PMBA Silvando Porto de Oliveira 30.292.610-8 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
59º SD PMBA Augusto Mario Guimarães dos Santos 30.339.880-3 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
60º SD PMBA Tarcísio Ferreira Silveira 30.389.727-1 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
61º SD PMBA Sandro Messias de Brito 30.388.947-2 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
62º SD PMBA Clécio Silva Santos 30.268.022-3 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
63º SD PMBA Everton Cristiano de Souza Silva 30.482.155-8 COPES COE/PMBA 2012 BGO 043 – 02/03/12
64º SD PMBA Jadson Novais Silva Ribeiro 30.481.530-3 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
65º CAP PMBA Fernando Afonso Cardoso Borges 30.341.681-3 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
66º 2º TEN PMMT Saulo Pellegrini Monteiro 883.786 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
67º SD PMBA Diogo Figueiredo Oliveira de Almeida 30.507.224-1 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
68º CAP PMBA Luiz Henrique Guedes Pires 30.366.481-4 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
69º PRF BR Frederick Alheiros Dias do Nascimento 153.489.0 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
70º SD PMBA Juscelino Pereira Nascimento 30.390.910-9 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
71º 2º TEN PMGO Rodrigo Hebert Corrêa 3277-6 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
- 27 -
ORD POSTO/GRAD NOME MAT. CURSO/INSTITUIÇÃO ANO Nº BGO / BIO
72º 3º SGT PMMS Alexandre Pacheco Paduan 208.170.9 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
73º SD PMAM Elizeu da Paz Souza 18970 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
74º SD PMAP Wendell Barbosa Soares 101.315.7 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
75º SD PMPB Django Alves Pequeno de lima 522.790.9 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
76º SD PMBA Murilo Brandão Santos 30.480.910-8 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
77º 1º TEN PMBA Jandir Silva de Jesus 30.455.241-8 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
78º SD PMBA Pedro Guilherme Sales Ferreira 30.390.713-1 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
79º SD PMBA Luciano Alves Pereira dos Santos 30.506.166-4 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
80º SD PMBA Elton Barbosa de Oliveira 30.389.113-6 COPES COE/PMBA 2013 BGO 151 - 14/08/13
81º CAP PMPA Francisco Anilson Moraes Almeida 5.755.352-1 COPES COE/PMBA 2013 BGO151 - 14/08/13
82º 1º TEN PMBA Esdras Boson Almeida 30.486.202-5 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
83º SD PMBA Cláudio Oliveira Pinto da Silva 30.507.802-7 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
84º 1º TEN PMBA Victor de Menezes Souza 30.443.157-3 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
85º SD PMBA Francisco Costa da Silva Júnior 30.480.305-5 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
86º SD PMBA Rodrigo Nogueira Mota 30.505.935-8 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
87º SD PMMS Shalmon Havner Carvalho Sunakozawa 208804-5 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
88º SD PMBA Agenaldo Gama Silveira Júnior 30.505.858-0 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
89º SD PMBA Luiz Adriano Souza Gonçalves 30.528.003-0 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
90º SD PMBA Elton Silva Agapito 30.481.380-6 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
91º SD PMBA Jonata Silva de Jesus 30.506.640-2 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
92º SD PMBA Herlei de Jesus Silva 30.487.544-2 COPES COE/PMBA 2014 BGO 178 – 25/09/14
RELAÇÃO DE POLICIAIS MILITARES DA BAHIA QUE POSSUEM CURSO DE OPERAÇÕES
POLICIAIS ESPECIAIS PROMOVIDOS POR OUTRAS INSTITUIÇÕES
POSTO/ CURSO CURSO
ORD GRAD NOME MAT. ANO NºBGO/BIO
BRASIL EXT.ERIOR
1º 2º TEN PMBA Jalon Santos Oliveira 30.083.495-7 COESP BOPE/PMERJ 1981 BGO PMERJ 180 - 12/06/81
2º 1º TEN PMBA Josemar Pereira Pinto 30.171.010-6 COESP COE/PMESP 1991 BGO PMSP 120/91
3º 1º TEN PMBA Josenário Barbosa Alves 30.177.188-5 COESP COE/PMESP 1991 BGO PMSP 120/91
4º 1º TEN PMBA Paulo José Reis de Azevedo Coutinho 30.201.417-1 GOPE CHILE 1992 BIO 01 – 04/01/93
5º 1º TEN PMBA Carlos Renato da Silva Lima 30.218.660-1 COESP BOPE/PMGO 1997 BIO 198 – 15/10/97
COPES
6º 1º TEN PMBA Reinaldo Souza Santos 30.227.310-7 2001 BGO 222 – 23/11/01
OLOMBIA
C
COPES
7º 1º TEN PMBA Cledson Conceição de Sousa 30.269.879-7 2001 BGO 222 – 23/11/01
COLOMBIA
COPES
8º 1º TEN PMBA Ednaldo Siqueira Vieira 30. 255.300-2 2003 BGO 124 – 03/07/02
COLOMBIA
COPES
9º 1º TEN PMBA Henrique José Moreira Borri 30. 233.832-1 2003 BGO 124 – 03/07/02
COLOMBIA
CEOE BMRS 2005 BGO 177 – 22/09/05
10º 1º TEN PMBA José Manoel Lusquinhos de Almeida 30.255.311-7 COPES 2006 *Sem publicação
OLOMBIA
C
COPES
11º 1º TEN PMBA Denílson Bonfim Oliveira Sousa 30.289.897-3 2007 BIO 157 – 31/12/07
COLOMBIA
COPES
12º 1º TEN PMBA Cis de Paula Bahiense 30.337.305-7 2007 BIO 157 – 31/12/07
COLOMBIA
COPES
13º 1º TEN PMBA Fabio Boaventura Borges 30.366.539-9 2011 BGO 242 – 23/12/11
COLOMBIA
14º CAP PMBA Cleiton de Jesus Carvalho 30.376.008-4 COT PF 2013 BGO 122 – 04/07/13
15º 1º TEN PMBA Rodrigo Pinheiro de Azevedo Lopes 30.430.570-6 GOPE CHILE 2014 BIO 31 – 23/02/15
- 29 -
HISTÓRICO OPERATIVO DO BIÊNIO 2015/2016
Principais ações operativas
- 30 -
Varredura anti- Desativação de artefato explosivo
bombas na ALBA, (Camamu - BA) – 15/10/2016;
Salvador - BA –
16/06/2016; Operação de atendimento a ocorrên-
cia de assalto a bancos (São Caetano,
Desativação de ar- Salvador - BA) – 16/10/2016;
tefato explosivo (Ita-
puã, Salvador - BA) Desativação de artefato explosi-
– 17/06/2016; vo (São Caetano, Salvador - BA) –
16/10/2016;
Recolhimento de
material explosivo Operação de atendimento a ocorrên-
(Itapuã, Salvador - cia de assalto a bancos (Iraquara - BA)
BA) – 17/06/2016; – 09/11/2016;
- 31 -
B O P E - P M B A
- 32 -
NOSSO SÍMBOLO
Um Raio X da caveira.
E
nas ações e capacidade letal, ca- militar de operações especiais, já
racterísticas que devem ser pró- que o emprego da força deverá ser
scu- do portu- prias do policial militar especiali- consequência desses atributos, e o
guês em sable, filetado zado em Operações Especiais. seu tom em arjante traduz a pu-
de prata, cortado, for- reza e a integridade que deve ser
A inscrição “BOPE” constan- própria daqueles que executam as
mando dois campos, sendo o pri- te no primeiro campo (chefe por
meiro constituído pelo chefe (por ações de operações especiais.
extensão do escudo) é uma sigla
extensão), no qual consta a ins- que abrevia a designação institu- A faca cravada na caveira re-
crição (sigla) “BOPE” em fonte cional da OPM: “BATALHÃO presenta a unidade de comando
Arial e em ouro; o segundo cam- DE OPERAÇÕES POLICIAIS que deve existir nas missões de
po é constituído pelos flancos, ESPECIAIS”, conferindo à mes- operações especiais, o sigilo que
abismo e ponta (por extensão) do ma autonomia administrativa e deve nortear essas ações e a vitó-
escudo, contendo ao centro quatro operacional, sendo o seu tom em ria que deve ser buscada sobre a
figuras sobrepostas, estando em ouro, caracterizador da excelên- morte.
primeiro plano, um par de ramos cia, valor e nobreza de cada mem-
de carvalho, em sinople, simetri- bro desta Unidade. A inscrição (sigla) “PM” sig-
camente dispostos e entrelaçados nifica “POLÍCIA MILITAR” e
pela base de seus ramos; em se- No interior do segundo campo a “BA” significa “BAHIA”; efe-
gundo plano, um par de pistolas (flancos, abismo e ponta por ex- tuando o liame com a instituição à
clássicas cruzadas (bulcaneiros), tensão), consta em primeiro pla- qual pertence a Unidade e estabe-
em prata; e no terceiro plano, um no, o par de ramos de carvalho, lecendo nível de subordinação ao
crânio humano (caveira), em ar- simbolizam os louros da vitória seu comando maior.
jante, disposto em ângulo frontal, no cumprimento das missões, que
estando cravada em sua estrutura, é um objetivo indissociável das A inscrição “OPERAÇÕES
em sentido latitudinal, de baixo ações dos grupos de operações ESPECIAIS” nomina e define a
para cima, uma faca com punho especiais, sendo que o seu tom natureza da atividade especializa-
em escarlate e lâmina de prata, em sinople remete às virtudes da da desenvolvida pela OPM.
B A
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B O P E - P M B A
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- 35 -
B O P E - P M B A
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SUPORTE DA ENGRENAGEM
contamos com equipes versáteis de apoio e de operações especiais, com elevado nível de treinamento e em condições.
torre de aborda-
gem.
B O P E
D a n d o
continuidade à
- 37 -
mação de novos especialistas em
operações especiais, aumentando a
qualidade na prestação de serviço,
mensurada no cumprimento de mis-
sões demandadas pelo Mando Institu-
cional, bem como nos acionamentos
para atendimento de ocorrências de
alta complexidade, tendo êxito em to-
das as operações.
Com a criação do BOPE, em
dezembro de 2014, todos os oficiais
especialistas disponíveis a servir a
Unidade foram reunidos, as missões
são definidas conforme o Novo Qua-
dro de Organização da PMBA. Sen-
do assim, foi relacionada em reunião
uma lista de prioridades, em que con-
templava a estrutura física do BOPE,
dando início ao processo de constru-
ção de um anexo administrativo de
um projeto que já se encontra pron-
to na Secretaria de Segurança Públi-
ca. Vale salientar, que esse anexo foi
projetado pelos técnicos do Centro de
Arquitetura e Engenharia (CAENG)
do Departamento de Apoio Logístico
(DAL) da PMBA e executado pelo
Comando de Policiamento Especiali-
zado (CPE).
B A
P M
-
B O P E
- 38 -
A TECNOLOGIA NA SEGURANÇA PÚBLICA
Simulador de Ocorrências
O
Sistema de Treinamen- dade de reação do policial diante de Com pouco mais de 2 anos de uti-
to com Armas Portáteis, o uma ocorrência convencional. lização, já foram realizados treina-
STAP 180, também conhe- mentos para mais de 1000 policiais
cido como “Simulador de Ocorrên- O BOPE é a única unidade (entre militares, civis e federais), o
cias”, é uma tecnologia brasileira operacional da Federação a admi- que representou uma economia de
que tem agregado na formação, trei- nistrar este equipamento, tendo em aproximadamente 70 mil cartuchos,
namento e aperfeiçoamento do pro- vista que as Escolas de Formações, com objetivo de possíveis correções
fissional de segurança pública em sejam elas para oficiais e praças da no que tange as dificuldades com os
mais de 7 Estados do Brasil, no que Polícia Militar, bem como das polí- fundamentos de tiro e reação diante
tange a qualidade de tiro e capaci- cias civis. uma abordagem, avaliando princi-
palmente a verbalização e postura
do policial.
B A
P M
WWW.ADVICEGROUP.COM.BR
-
B O P E
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DEFESA PESSOAL
Algumas adaptações foram feitas para uma melhor adequação as ações desenvolvidas pela Polícia.
- 41 -
DO CHECK À ENTRADA
A rotina de um grupo tático
5
, 4, 3, 2, 1... Uma brecha disparos precisos que visam cessar cerrando apenas nesta. Par e passo
explosiva bem escorvada é uma ação ou neutralizar aquele in- ao que na nossa atividade denomi-
acionada; uma porta de ma- divíduo que atenta contra a vida denamos entrada tática, desenvolve-
deira maciça arrebentada possíveis vítimas, bem como des- mos atividades não menos impor-
que agora permite iluminar o obs- tes nobres operadores especiais, natantes como as de patrulha urbana e
curo do local a ser (re)tomado. A busca pelo domínio pleno daquele rural, as quais exigem, além de um
equipe tática inunda os cômodos local, outrora, sob controle de in-processo de treinamento contínuo
com a árdua missão de, em alguns fratores. e específico, a escolha do opera-
segundos, aliar técnica, disciplina dor adequado, aliada à necessidade
tática, discernimento, velocidade Talvez consideremos esta nar- de equipamentos e armamentos de
na ação, entre tantos outros crité- rativa descrita como uma das mais tecnologia avançada, possibilitan-
rios, no reconhecimento de possí- complexas missões de um grupo tá- do uma evolução na qualidade do
veis ameaças naquele insipido am- tico dentro da atividade de Opera- serviço prestado à sociedade.
biente, realizando, se necessário, ções Especiais, todavia não se en-
Essa tríade que descreve o per-
feito alinhamento entre homem x
treinamento x equipamento, nota-
damente intrínseca da doutrina de
operações especiais mundialmente
disseminadas, denota a essência
que buscamos no dia-a-dia. Ho-
mens dotados de uma capacidade
técnica elevada, fortificados pela
B A
- 42 -
rências de destaque nacional ou
mundial, e treinamentos físicos
voltados ao fortalecimento e con-
dicionamento específicos a ativi-
dades desenvolvidas por nossos
operadores nas missões a serem
desempenhadas. Ademais, há as
inúmeras instruções ministradas
aos diversos núcleos de instrução,
tropas convencionais e especiais
da nossa instituição e de coirmãs,
bem como a outras instituições pú-
blicas e privadas afetas à área de
segurança.
O terreno da atividade de uma
equipe tática nem sempre é o dos
mais planos. Na verdade, inúme-
ros são os acidentes encontrados
ao longo do percurso, quer seja
e, sobretudo, continuidade perpassando por minuciosas che- pelo planejamento mal realizado,
como forma de corre- cagens de equipamentos coleti- pela ausência de treinamento (roti-
ção, aprimoramento vos e veículos componentes na) adequado ou mesmo por falhas
técnico e busca pela da frota, aferição e limpeza operativas durante a ação. Decer-
excelência (operar, dos armamentos de porte
to, o que se almeja para a ideia de
treinar e dar treina- e portáteis (todos de car-
grupo tático não é a ostentação de
mento). Equipamen- ga individual), treinamen- um uniforme diferenciado, adorna-
tos e armamentos tos individuais específicos do de brevês, sobrepostos de armas
com qualidade e tec- como o do Atirador diversificadas, mas sim do respeito
nologias avançadas e Policial de Pre- ao manto negro que é o uniforme
adequadas às especifi- cisão (APP) que nos representa; nosso símbolos
cidades da atividade, e dos ex- e ritos, reflexos de superação, a de-
os quais auxiliem o plosivistas dicação ao cumprimento das mis-
emprego de técnicas policiais
sões confiadas e, acima de tudo, a
e táticas especiais na sua
certeza de que o sucesso do nosso
necessárias à seara
trabalho depende do que pensamos,
obtenção da anti-
vivemos e executamos a cada dia: o
solução bomba, nosso ideal de vida.
mais acei- treina-
tável na mentos “A disciplina é a parte mais
resolução técni- importante do sucesso”
de eventos cos e (Truman Capote).
críticos. táti-
Para além do
que foi tratado, a rotina de um gru- cos de grupo - for-
B A
de relevância com
cumprimento de um tempo-respos- emprego da nossa
ta necessário ao atendimento de tropa, ou até mes-
uma ocorrência de elevado risco; mo de outras ocor-
- 43 -
UM ÚNICO TIRO, PARA SALVAR VIDAS.
O curso é altamente técnico, são ministradas instruções de fundamentos do tiro de precisão através de fórmulas matemáticas, para o “tiro cirúrgico”.
A
e, desde sua formação, ele é
atividade do Atirador Po- atua em conjunto com outro Atira- observado e testado por ou-
licial de Precisão (APP) dor (Spotter), que, também munido tros atiradores e pelo comandante
na Polícia Militar da Bahia de um fuzil de precisão e equipa- da unidade. São vários os critérios
está inserida no Batalhão mentos de observação, o auxilia. para a escolha de um Sniper Poli-
de Operações Policiais Especiais, cial; dentre eles, podemos citar: ser
unidade que responde por missões Em caso de intervenção, o Sni- voluntário, não ter uma vida que
de alta complexidade no contexto per manterá sua posição para prote- prejudique a atividade, ter inteli-
da segurança pública em todo ter- ger os integrantes do Grupo Tático. gência acima da média e um vasto
ritório do Estado. A utilização do Havendo a necessidade do tiro de conhecimento em armas e muni-
Atirador de Precisão está voltada comprometimento, essa ordem par- ções, gozar de ótima qualidade de
para situação de crise, proteção de tirá do escalão superior e chegará saúde, ter uma boa visão etc.
autoridades em grandes eventos e até o APP através do comandante
nas patrulhas urbanas ou rurais das do Grupo Tático - somente esse tem O curso para formação de
Operações Especiais, onde o mes- contato restrito direto com o Atira- Atirador Policial de Precisão é al-
mo se fará presente com o fuzil de dor. Esse tiro de comprometimento tamente técnico, tem uma duração
precisão, um armamento específico terá o único objetivo de salvaguar- média de 30 dias, onde são minis-
com luneta especial e ajustado para dar a vida dos integrantes do GT, do tradas instruções de fundamentos
cada Atirador. Nas situações de cri- refém ou vítima. do tiro de precisão através de fór-
ses, onde um indivíduo faz uma ou mulas matemáticas, para chegar a
Quando a missão se resume um objetivo que é o “tiro cirúrgico”.
várias pessoas reféns (como garan-
em patrulha, o
tia de barganha) ou vítimas (que
Atirador de Poli-
não são garantias de barganha), o
cial de Precisão
Atirador Policial de Precisão atua
estará inserido
B A
o final da crise.
ger a patrulha de
A comunicação do APP é úni- ameaças que não
ca e exclusiva com o comandante são observadas
-
Após o término do curso de Por vezes, a falta de conhe- Em seguida, o APP executa-
Atirador Policial de Precisão, o ope- cimento da verdadeira missão de rá outros exercícios, onde o mesmo
rador estará legalmente apto para um Atirador Policial de Precisão fará disparos com distâncias varia-
assumir sua função. Não é o curso acaba levando essa atividade à ba- das. O treinamento do APP inclui
que transforma o indivíduo em um nalidade. Muitos fazem adaptações disparos com ajustes de cálculos de
exímio atirador, mas seu constante em fuzis que não são de precisão, velocidade de vento, temperatura
treinamento e aptidão para ser um com o objetivo de se “fantasiar de atmosférica, umidade relativa do ar,
Sniper”. Claro pressão atmosférica e altitude. Os
que não é sua disparos são feitos em várias posi-
culpa. Devido ções e ambientes complexos, como
à imagem do nos telhados das edificações ou
B A
- 45 -
mento, o Atirador de Precisão deve trulha urbana ou rural, já que não é e munições extras.
proteger os operadores. apenas o fuzil que ele carrega, mas
também colete balístico e mochila O tiro de comprometimento é
Munido de um vasto conheci- com equipamentos. Essa mochila o último recurso numa situação de
mento e treinamento à altura, para contém todo material necessário crise. No Brasil, a doutrina que se
prega é a do esgotamento de todas
as alternativas táticas possíveis de
negociação. Quando o Atirador de
Precisão necessita fazer o tiro de
comprometimento, ele será infor-
mado através do comandante do
GT, e, ao perguntado sobre estar
pronto, o Atirador, dentro de todas
as normas técnicas avaliadas por ele
- possibilidade de disparo, cálculos
de ajustes feitos e tendo o alvo no
retículo da luneta do seu fuzil -,
responderá que sim, então vem o
“sinal verde”, momento de gran-
de tensão e expectativa, já que, ao
acionar o gatilho, não haverá mais
volta, e esse tiro tem que ser único
e cirúrgico, para não ocorrer desvio
que impossibilite instantaneamente
o perpetrador de qualquer reação ou
espasmo muscular, levando-o ime-
diatamente à neutralização.
velocidade de vento
O PSG1 é um e pressão atmosférica
fuzil semi-automá- interferem no tiro de
-
A
Associação Brasileira Operações Especiais do Brasil; para desenvolvimento e aprimora-
de Operações Especiais mento tecnológico dos materiais
(ABOpEsp) é um sonho guardar, aprimorar e perpetuar a com a finalidade de melhor atender
que veio sendo construído doutrina e as tradições históricas as necessidades dos operadores que
ao longo de anos por diversos pro- das Operações Especiais; atuam nas Operações Especiais do
fissionais de Segurança Pública e de Brasil; realizar convênios com em-
projetar a verdadeira imagem do presas e pessoas que valorizam e
Defesa do Brasil, porém, somente
que é ser Operações Especiais pe- reconhecem a dedicação dos inte-
no mês de Março de 2017, especi-
rante a mídia e a sociedade em ge- grantes das Unidades de Operações
ficamente na cidade de Corumbá -
ral; Especiais do Brasil, e que tenham
MS, durante o Encontro Nacional
dos Profissionais de Operações Es- estabelecer protocolos para ativida- interesse em apoiar o crescimento
peciais, é que a ABOpEsp foi mate- de operacional e padrões mínimos da ABOpEsp, desde que o intuito
rializada. de capacitação e aperfeiçoamento seja promover bem-estar aos asso-
de profissionais denominados Ope- ciados, mantendo e fortalecendo os
A ABOpEsp já nasceu gigante, com princípios fundamentais e valores
rações Especiais; estabelecer requi-
representação imediata nas regiões essenciais os quais fazem parte do
sitos operacionais mínimos para os
Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul verdadeiro espírito de Operações
materiais bélicos e demais equipa-
e Sudeste, guardando para eternida- Especiais.
mentos utilizados por operadores
de de sua história 251 sócios-funda-
que atuam nas Unidades de Opera- Um dos trechos marcantes de nos-
dores, todos devidamente formados
ções Especiais do Brasil; facilitar sa oração traz os seguintes dizeres:
em Cursos de Operações Especiais
intercâmbios e aproximação entre “Que jamais envergonhemos nossa
realizados em Unidades Militares
unidades do Brasil e de outros paí- fé, nossas famílias ou nossos cama-
reconhecidamente fiéis aos prin-
ses; radas”, e será com esse azimute na
cípios e valores doutrinários das
Operações Especiais militares mo- promover encontros e seminários bússola que a patrulha da ABOpEsp
dernas. com a finalidade de aprimorar co- irá avançar no terreno. Em espe-
nhecimentos e difundir boas prá- cial, neste momento em que nosso
A razão de existir da ABOpEsp é país vive uma profunda crise moral
ticas entre a comunidade de Ope-
a promoção do bem-estar geral e e política, nós, homens da Forças
rações Especiais; articular com as
o fortalecimento dos laços entre os Especiais, nos mantemos como últi-
indústrias nacionais e internacio-
profissionais pertencentes à Comu- mo recurso para combater tudo que
nais, de materiais e acessórios bé-
nidade de Operações Especiais do promova o mal, para que se possa
licos, bem como de proteção indivi-
Brasil, tendo como objetivos espe- glorificar a verdade e a justiça, pro-
dual e coletiva, para que comissões
cíficos: movendo o bem-estar da pátria e da
compostas por especialistas estejam
humanidade, e que nossos feitos em
servir como voz dos homens de disponíveis para realização de tes- vida possam ecoar pela eternidade.
tes com equipamentos, bem como,
B A
P M
-
B O P E
- 47 -
OPERAÇÕES RURAIS
PATRULHAMENTO POLICIAL EM
QUALQUER BIOMA DO ESTADO DA BAHIA.
D
entre as competências do BOPE
está a prestação de apoio às ou-
tras unidades da PMBA no aten-
dimento de ocorrências não con-
vencionais, notadamente as que envolvem a
atuação de grupos criminosos no tráfico de
drogas e na realização de crimes contra insti-
tuições financeiras.
Nesse sentido, o histórico de ocorrências
e emprego do BOPE no último biênio apon-
ta diversos acionamentos e operações conjun-
tas, com o fim de combater o tráfico de drogas
realizado por facções criminosas, que adotam
como modus operandi a formação de acampa-
mentos em área de mata próximos aos grandes
centros urbanos, a fim de dificultar e evitar o
acesso do policiamento local. Por
outro lado, também houve algu-
mas operações de enfrentamento
de quadrilhas de roubo a banco, as
quais geralmente adotam como mo-
dalidade de fuga a prática de homi-
ziar-se em área rural, repercutindo
no acionamento de efetivo deste
Batalhão de Operações Policiais
Especiais para realização de buscas
e captura dos criminosos.
- 50 -
infiltração por meio de transporte aé-
reo, através do GRAER/PMBA, ou
também por meio de transporte aquá-
tico, com embarcações do tipo bote
de dotação desta Unidade especiali-
zada.
B A
P M
-
B O P E
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PARAQUEDISMO
“Nós, os paraquedistas, sabemos porque os pássaros cantam”.
O
do orgânico do BPChq, 21 policiais tor Júlio Ribeiro Marques.
paraquedismo é uma da Companhia de Operações Espe-
ciais - COE e 04 policiais do Grupa- Muitos esforços foram envidados
atividade que faz parte
da rotina da maioria das mento Aéreo da PMBA – GRAER pela equipe do BOPE responsável
tropas especiais do mun- concluíram o I COPqd. Em 2015, pela idealização, projeto e execução
do. Constitui-se em uma técnica de já como unidade independente, o do COPqd. Não foi fácil, contudo,
infiltração que permite o lançamen- BOPE realizou o II Curso de Ope- em momento algum foi aventada a
to do operador em locais de difícil rações Paraquedistas Policiais – II possibilidade de desistência – de-
acesso e atrás das linhas inimigas. COPqd, onde concluíram o curso, sistir não faz parte do cotidiano do
A atuação das forças militares e os com aproveitamento, 26 policiais homem de Operações Especiais. O
resultados obtidos através da infil- do BOPE/PMBA, 08 policiais do I COPqd foi realizado sem equipa-
tração de paraquedistas para o cum- GRAER/PMBA e 02 policiais do mento próprio, porém, no II COPqd
BOPE/PMERJ. foi concretizada a aquisição de 10
primento de missões consolidou o
equipamentos da marca Aerodyne,
uso desta técnica.
O Curso de Operações Paraque- modelo M9, nos tamanhos de 250’,
Para além de ser uma excelente distas Policiais – COPqd é dividido 270’ e 290’.
forma de emprego de tropa de Ope- em duas fases, teórica e prática. A
fase teórica visa instruir os alunos O GRAER foi e é um parceiro
rações Especiais, a adoção de um
sobre todas as técnicas necessárias forte do BOPE e sem sua ajuda e o
esporte de altíssimo risco, porém
calculado, como o paraquedismo para a prática segura do paraque- empenho do Comando de Policia-
reside em se atingir um alto nível dismo, incluindo o funcionamento mento Especializado – CPE, certa-
de estresse, onde o combatente tem do paraquedas, suas partes, posi- mente, o paraquedismo na PMBA
de lidar com situações extremas. ção de queda livre, pilotagem do estaria distante de acontecer. A
Poucas atividades desportivas po- paraquedas (navegação) e todos os equipe de paraquedistas do BOPE,
dem desencadear no combatente procedimentos de emergência, den- composta de Oficiais e Praças Ca-
essa reação natural do organismo – tre outras matérias. A fase prática é veiras, busca sempre interagir com
o estresse, em níveis tão elevados, realizada em 08 níveis, onde os alu- outras tropas, através de intercâm-
decorrentes das mudanças psico- nos aprendem e executam todas as bios, para atualizar seus conheci-
B A
- 52 -
PROTEÇÃO DE DIGNATÁRIOS
Uma valorosa incumbência, garantir a segurança do líder humanitário Sri Sri Ravi Shankar durante a visita aqui na Bahia.
A
s atividades de escolta, (EB). Seguro. O efetivo também foi em-
acompanhamento, segu- pregado em vistorias antibombas,
rança de autoridades, pro- Neste ínterim, o Batalhão de na Copa do Mundo e Olimpíadas,
teção à pessoa surgiram em respos- Operações Policiais Especiais onde asseguramos a integridade
ta às investidas contra a integridade (BOPE) conta como uma de suas dos atletas e delegações esporti-
física, psicológica e política a pes- missões institucionais a promoção vas em suas instalações e meios de
soas que detinham o poder institu- de segurança a autoridades civis e transporte terrestre e marítimo.
cional, econômico ou com relevan- militares, sendo realizada através
te prestígio social. de determinação do comandante Outra atuação valorosa foi à
geral PMBA. incumbência de garantir a segu-
Elas devem ser empregadas de rança do líder humanitário Sri Sri
forma proativa, cuja principal fina- Treinar, operar e dar treinamen- Ravi Shankar durante a visita aqui
lidade é a prevenção de ações con- to são pilares norteadores das ope- na Bahia, o indiano fora respon-
tra o protegido. Para tanto, faz-se rações especiais, os quais servem sável por diversos acordos de paz
necessária a qualificação dos pro- para as diversas atividades desem- no mundo – recentemente mediou
fissionais empregados na atividade, penhadas pelo batalhão. Seguindo o acordo de paz firmado entre o
os quais devem estar dispostos a tal mister, podemos analisar algu- governo Colombiano e as FARCs.
darem suas próprias vidas em prol mas missões das quais participa- O Guruji, assim chamado por seus
daqueles que estão sob seu aparato mos, onde empregamos o conheci- seguidores, trouxe técnicas de res-
de segurança. mento adquirido na prática. piração para diminuição do estres-
A começar pela nobre missão se na atividade policial, bem como
B A
A especialização é iniciada no
Curso de Operações Policiais Es- de fazer o acompanhamento do pregar a paz entre as pessoas.
peciais (COPES) com um módulo comandante geral da PMBA em Nesse contexto, aprendemos
P M
de proteção de autoridades. Pos- eventos de grande porte, tal como que todo conhecimento tem prazo
teriormente, busca-se aprofundar Carnaval e Lavagem do Bomfim. de validade e que doutrina e prá-
o conhecimento através de cursos Ademais, tivemos missões pon- tica sofrem mudanças histórico-
-
específicos da atividade, ofertados tuais como a escolta do presidente -culturais, para tanto necessitamos
B O P E
por instituições parceiras como do Tribunal de Justiça da Bahia, acompanhá-las na busca contínua
a Casa Militar do Governador quando a então Companhia de pelo aprimoramento das técnicas
(CMG) e o Exército Brasileiro Operações Especiais, realizou seu para atingirem suas finalidades.
translado de Salvador para Porto
- 53 -
ANTIBOMBAS
80% dos casos de ataque terrorista, utilizam explosivos para causarem pânico, destruição e mortes.
A atividade antibombas, por sua te da COE, Cap PM Boaventura, PM Castro, entendeu a necessida-
natureza, está ligada diretamente despertaram para dados que preo- de, e com o apoio do Governo do
às Operações Especiais, tendo em cupavam e necessitavam de uma Estado, autorizou a aquisição de
vista que em ocorrências envolven- atenção especial: o grande aumento equipamentos para a unidade de
do bombas e ou explosivos, se faz de ocorrências com utilização de Operações Especiais, bem como
necessário um certo grau um processo de especialização dos
de conhecimento técnico, Caveiras, notadamente nas área
equipamentos específi- de explosivos que, até o momen-
cos agregados com expe- to, possuía apenas o então soldado
riência do operador. Na Martins capacitado.
Bahia, como na maioria
dos outros Estados bra- Vários Caveiras foram envia-
sileiros, a Polícia Militar dos para
é o órgão principal para especiali-
atendimento em ocorrên- zarem-se
cias que envolvam bom- em explo-
bas e explosivos. sivos, ini-
“Com explosivo só
ciando em
A Companhia Anti- 2012, quan-
bombas iniciou com um do o Capi-
grupo antibombas da en-
tão Companhia de Opera- se erra uma vez”
ções Especiais – COE, do Batalhão
tão Érico de
Carvalho,
foi enviado
explosivos, entre os anos de 2010
de Choque. Caveiras desbravado- a 2012 - um aumento de 700%, para a Polí-
res com conhecimentos básicos, números alarmantes. Além desses cia Nacional
nenhum equipamento e muita boa dados, se preocuparam com a apro- da Colôm-
vontade iniciaram essa atividade, ximação de grandes eventos inter- bia, para
B A
e depararam-se com ocorrências nacionais, notadamente a Copa das realizar o curso de explosivista des-
complexas, como um cinto de bom- Confederações, a Copa do Mundo ta instituição, com duração de um
bas no gerente do banco na cidade de Futebol e os Jogos Olímpicos, ano e meio, bastante reconhecido
P M
de Caetité - BA, e com uma bom- que, por sua notoriedade, eram pos- mundialmente; o Capitão Claudijan
ba instalada em um posto elevado síveis alvos de atentados terroris- foi enviado para realizar o curso de
de observação da Polícia Militar tas, os quais em sua grande maioria explosivista na Polícia Militar do
-
no carnaval de Salvador no ano de (80% dos casos), utilizam explosi- Distrito Federal; em 2013 os en-
2010. tão soldados Cidreira e Fernandes
B O P E
- 54 -
enviado ao Peru. No ano de 2014 o Em dezembro de 2014, com a e Rondônia), sendo um curso com
Tenente Jandir e o soldado Ronaldo criação do Batalhão de Operações nível técnico elevado, conciliando
foram enviados para o curso de ex- Policiais Especiais - BOPE, nasce teoria e prática, com um grupo de
plosivista do Rio Grande do Norte e também a Companhia Antibombas instrutores experientes e renomados
o então soldado Clécio para a Polí- do BOPE. Com a companhia cria- na áreas de explosivos do Brasil.
cia Militar do Mato Grosso. da, efetivo capacitado e equipado,
seguiu-se as missões nas atividades, Na área de pós-explosão, foi feita
Ao tempo em que os Caveiras se pré-incidentais, de contramedidas e uma parceria com o Departamento
especializavam, chegavam os equi- pós incidentais. de Polícia Técnica da Bahia, em que
pamentos, ofertados a todos Esta- os explosivistas do BOPE realizam
dos que sediaram os jogos interna- Os exercícios pré-incidentais das um relatório técnico dos explosivos
cionais. Com robô, raios-X, canhão atividades antibombas são de funda- que são apreendidos, no qual iden-
disrutor, traje antifrag- mental tificamos o tipo de explosivo, a ori-
mentação, entre outros, a impor- gem, se oferece risco, dentre outras
unidade se equipou com tância, informações técnicas que auxiliam
quase três milhões de traba- nos laudos dos peritos, bem como a
reais em equipamentos. lhando destruição do material apreendido.
Acessório às novas fer- na pre-
ramentas, foi adquirido venção, As atividades de contramedidas,
um caminhão antibom- nas var- as que oferecem mais risco, são
bas, um veículo custo- reduras as missões onde artefatos, objetos
mizado de acordo com a n t i - suspeitos ou explosivos falhados
a necessidade da unida- bombas são localizados, e requerem a inter-
de, com capacidade de e, prin- venção do explosivista para identi-
transportar os equipa- cipal- ficação e neutralização da ameaça.
mentos, com gerador de mente, na Com as capacitações, os equipa-
energia, câmeras e outros utensí- divulgação da doutrina - saber como mentos, o treinamento constante e
lios. Tínhamos uma unidade com agir e não agir em incidentes com a experiência dos explosivistas da
total autonomia para atender qual- bombas ou ameaças de bombas. Cia, chegamos ao patamar de mais
quer ocorrência com explosivos. Dentro dessa filosofia, a Cia Anti- de 100 ocorrências atendidas desde
bombas identificou uma carência no a nossa criação, com ocorrências
efetivo da Polícia Militar da Bahia, com um grau um pouco maior de
de conhecimentos sobre bombas, complexidade, como o episódio do
explosivos ou ameaças, desde a cinto-bomba em um gerente de uma
simples identificação até o procedi- instituição financeira na cidade de
mento diante de uma situação de tal Barreiras - BA, ou mesmo de um
natureza, o que colocava em risco carro bomba em um posto de gaso-
não só a sociedade, como também lina em Barra de Pojuca - BA, com
o próprio policial. Iniciou-se então o cumprimento de todas as nossas
o processo de disseminação da dou- missões com êxito, sem nenhum
trina e do conhecimento, sendo cria- acidente ou incidente, preservando
do o Curso de Primeiras Respostas a vida da sociedade baiana.
em Ocorrências com Bomba e Ex-
E assim vamos seguindo, cum-
plosivos, bem como instruções em
prindo nossas missões e encarando
cursos de formação, capacitação,
novos desafios, sempre utilizando
nivelamento e palestras para outras
a técnica, os equipamentos, a ex-
instituições e o público civil, sendo
B A
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OCORRÊNCIA BOM JESUS DA LAPA
Relato das vítimas socorridas pelos Bopeanos
“Irmãos, é uma honra estar entre os prudente pernoitar naquela cidade para Foi neste momento que, mais uma vez,
melhores - vejo isso a cada dia. Ressal- que o retorno ocorresse em segurança o homem de Operações Especiais mos-
to que os Caveiras que estavam comigo na manhã seguinte. Decidido isto, a trou quem ele é e o porquê de se exigir
foram simplesmente extraordinários e guarnição se deslocou até um sítio, na uma forja, tão robusta e árdua, para sua
me sinto muito honrado em fazer parte entrada de Bom Jesus da Lapa, onde formação. Não é pelo uniforme preto
e ter contribuído para que nos tornás- realizaram o jantar e, em seguida, re- e um brevê no peito que se conhece
semos um grupo tão profissional como tornariam à cidade para pernoitar em um Caveira, e sim por suas atitudes,
esse. Força e honra até a morte, Cavei- uma pousada. por sua coragem, por sua técnica, por
ra!” seu conhecimento, por sua lealdade e,
No deslocamento à cidade, a guarni- principalmente, por sua bravura, por
“Quatro cursos representados em uma ção se deparou com um grupo de cri- não abandonar seus irmãos de farda e/
mesma viatura e no mesmo confronto. minosos fechando a estrada com um ou a população a quem jurou defender,
Cada componente naquele momen- caminhão atravessado em cima de uma mesmo quando sua própria vida esteja
to teve participação decisiva para que ponte. Ao perceber a aproximação da em risco.
saíssemos com vida e obtivéssemos guarnição, os marginais emboscaram
êxito na missão. A reflexão que fica a viatura efetuando vários disparos de Ao perceber a emboscada, lançando
nesse momento é que, independente fuzil, inclusive atingindo-a no para-bri- mão de muito equilíbrio e destreza, a
do ano de formação, da numérica de sas, na altura da cabeça do comandan- guarnição desembarcou, abrigando-
Caveira e da edição do curso, quando te. -se no acostamento, momento em que
a Caveira cobra de verdade, a
forma é a mesma, somos Opera-
ções Especiais. Dessa maneira,
sou grato a quem nos precedeu e
desejo sucesso a quem nos suce-
derá! Vitoria sobre a morte! Deus
acima de tudo! Caveira!”
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se iniciou uma intensa troca de tiros. nição progrediu
Em meio ao “fogo”, enquanto revida- até o caminhão
va aos tiros dos marginais, a guarnição atravessado na
do BOPE percebeu a aproximação de ponte, e lá perce-
um veículo ocupado por um casal, que, beu um dos mar-
atordoado pelo barulho dos tiros e dos ginais baleado
quatro pneus estourados, acabou paran- e sem aparentes
do o carro na linha entre os bopeanos e sinais vitais, por-
os marginais. tando uma vasta
quantidade de
É nessa hora que, mais uma vez, o Ca- munições, além
veira se apresenta. Em um ato de puro de estar portando
heroísmo, segundo relato do próprio colete balístico e
casal, estes bravos milicianos saíram balaclava. Após
de seus abrigos, rastejando sob rajada verificar que o
de tiros, que passavam muito perto, local encontra-
para resgatá-los e os levar para um lo- va-se seguro, a
cal seguro. guarnição conseguiu atravessar a ponte havia tentado sitiar aquela localidade
e seguir até a cidade, onde tomou co- para explodir os cofres dos bancos, e
Dando sequência aos fatos, após ter nhecimento que uma quadrilha com- que confrontaram com o efetivo local,
deixado o casal em local seguro, a guar- posta por cerca de quarenta marginais ferindo gravemente um policial e le-
vando outros dois como reféns.
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GRATIDÃO TESTEMUNHADA
Vivemos momentos de horror e devemos nossas vida a esses quatro heróis.
R
etornando de Porto Seguro e acreditamos que se tratava de um nos identificamos. Os mesmos pedi-
– BA, com destino à Goiâ- roubo, estando a situação já contro- ram que apagássemos o pisca-alerta
nia – GO, no dia 22 de lada, pelo que descemos do carro ali- e retirássemos o carro da pista, pelo
janeiro de 2017, por volta viados e ficamos em pé, parados no que nos retiraram do local em sua
das 22h40 entramos na cidade de meio da pista, atrás da viatura. Foi viatura, nos levando a uma fazenda
Bom Jesus da Lapa, para abasteci- quando ouvimos um barulho vindo próxima, fora da linha de fogo, antes
mento e pernoite. Durante o abaste- do barranco à nossa direita. Era um da cama de pregos, por uma estrada
cimento no Posto da Gruta, do nosso dos policiais que se aproximou de de chão.
carro, um Renault Duster de cor pra- nós, rastejando pelo meio do mato,
ta, ouvimos uma caminhonete, tam- e se identificou como sendo da Po- Após nos deixarem nesse local,
bém de cor prata, buzinando muito em segurança, se dirigiram para a
lícia, nos dando ordem para entrar-
em uma das bombas de combustível, cidade, que estava sitiada sob fortes
mos no veículo e sairmos do local,
como se estivesse com muita pressa. saraivadas de tiros. Na fazenda, os
pois ali estavam sob troca de fogo. O
Após o abastecimento, resolvemos proprietários foram recebendo notí-
mesmo nos pediu para ligarmos para
seguir viagem, mas entramos na ci- cias via telefone, de que um policial
o 190 e informasse que eles estavam
dade por engano, e fizemos o retorno cercados. estava baleado e dois estavam como
após cerca de quinhentos metros, em reféns do bandidos. Nos áudios rece-
direção à rodovia BR-349, sentido Entramos no carro e saímos em bidos pelos proprietários da fazenda,
Santa Maria da Vitória. marcha ré, porém, como não tínha- ouvimos os relatos das pessoas da
mos mais pneus, o carro andou pou- cidade em desespero, contando que
Logo após a ponte do Rio São cos metros e parou. A partir desse haviam vários carros com muitos
Francisco, surgiram, de uma estra- momento, identificamos o tiroteio e bandidos (cerca de quarenta) atiran-
da paralela, duas motos, cada uma chegamos a ouvir as balas zunindo do para todos os lados. Conseguía-
com um carona e todos mos ouvir os barulhos
os quatro sem capace- “Vivemos momentos de horror e devemos nossas dos tiros no áudio. Con-
te (um deles estava de tavam que havia roubo
short e camiseta amare- vida a esses quatro heróis. Homens de coragem de veículos, queima de
la), em alta velocidade. que nos defenderam e colocaram suas próprias carros e muitos tiros por
Achei a atitude suspeita
e acelerei, ultrapassan-
vidas em risco para nos salvar e salvar uma cidade toda a cidade, em todos
os bairros, e dava para
do os mesmos. Logo em inteira de uma quadrilha de bandidos fortemente ouvirmos os disparos da
seguida, existem duas armados e dispostos a tudo.” fazenda.
pequenas pontes; à bei-
ra da segunda pequena Por volta das 04h da
ponte havia um caminhão baú, para- no mato ao nosso redor. Do momen- manhã os quatro policiais retorna-
do, com os faróis acessos. to que entramos na cama de pregos ram à fazenda, para averiguar se es-
até esse momento, minha esposa es- távamos bem e em segurança, e nos
Mais à frente, nos deparamos tava tentando entrar em contato com tranquilizaram informando que a si-
com objetos na pista, que, a princí- o 190, porém sem sucesso. tuação estava sob controle. Na ma-
pio, achamos que eram vidros, e só nhã seguinte, já na cidade, ficamos
depois nos demos conta que se tra- Pouco tempo depois, avistamos sabendo que os dois policiais leva-
tavam de pregos de três pontas - ha- um carro saindo da linha de tiros dos como reféns haviam sido covar-
viam vários baldes jogados na pista. em alta velocidade, passando por demente assassinados, e vimos pelas
Temendo ser um assalto, retornamos nós. Não sabíamos se era a Polícia paredes da cidade várias marcas de
em direção à cidade, já com os pneus ou os bandidos. Esse mesmo carro tiros.
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ro, devido a situação dos pneus; foi momento não sabíamos quem eram.
quando avistamos o caminhão, já Eles desceram do veículo, se iden- heróis, homens de coragem que nos
atravessado, bloqueando a estrada, tificaram como da Polícia, nos de- defenderam e colocaram suas pró-
e um outro veículo, parado de fren- ram ordem para que saíssemos do prias vidas em risco, para nos salvar
-
te para o caminhão, com as portas carro com as mãos pra cima e que e salvar uma cidade inteira de uma
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RELATO DE UM COMBATENTE
A crença leva o homem ao impossível e ela também irá nos carregar nessa batalha!
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DEPOIMENTO
Ocorrência com refém.
E
ra uma manhã de quar- às viaturas para o deslocamento. Foram horas de negociação, até
ta-feira. Assumi serviço Nesse tempo, desloquei-me à sala que o PEC correspondeu ao con-
no Grupo de Intervenção do Comandante, para que as últi- tato do negociador. Após mais
Tática. Após check da mas orientações fossem passadas. algumas horas, o PEC resolveu
nossa frota de viaturas e equipa- se entregar e sair do apartamen-
mentos, fizemos nossa oração e A equipe composta de ne- to. Nesse momento, nosso time
pedimos ao Todo Poderoso que gociadores e grupo tático deslo- tático adotou um novo posiciona-
tivéssemos êxito nas ocorrências cou com brevidade. Atravessa- mento. Após descer e se entregar
vindouras. mos a cidade até chegar no local no playground, identificamos o
da ocorrência, Cidade Jardim, PEC e realizamos procedimentos
Por volta das 09h, como pre- no bairro de Brotas. Já no local, de segurança, encaminhando-o
via o quadro de trabalho semanal, existia uma viatura do policia- ao SAMU, para as devidas pro-
iniciamos o treinamento de rapel, mento convencional. vidências.
seguido de entrada tática e dis-
paros reais, treinamento intenso, Nos certificamos de tudo e A senhora, mãe do mesmo,
onde exercitamos várias verten- planejamos nossa linha de ação. estava em estado de choque, cho-
tes do assalto tático, desde a exe- Confirma- rando copio-
cução de um descenso a precisão mos que o
“Preservando
samente. Ela
de disparos com a arma de porte. p e r p e t r a - nos agradeceu
dor sofria muito e reve-
A equipe encerrou o trei- de trans- lou que ele
namento e fomos almoçar. Du- t o r n o s
rante esse período, fizemos o mentais e
vidas” sofria de trans-
tornos men-
debriefing do ocorrido pela ma- fazia sua tais, aliado ao
nhã. Quando, repentinamente, o mãe refém em um dos cômodos uso de drogas, confessando que
telefone funcional do Oficial de do apartamento. De imediato, a todo tempo ficou com medo de
Operações toca: era o Coman- preparamos todos os instrumen- morrer, pois não era o primeiro
dante do Batalhão, o Ten Cel PM tos de menor potencial ofensivo e ataque dele - sendo que, em si-
Coutinho, ordenando o desloca- posicionamos o time para invasão tuações passadas, ela já havia
mento para atender ocorrência tática. No mesmo momento nosso sofrido ferimentos causados por
envolvendo perpetrador mental- negociador estabeleceu o contato. ele. Nosso Time Tático executou
mente perturbado, que fazia sua todo o planejamento e, ao final
No início, o PEC (provoca-
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Crises.
ca saiu do refeitório em direção çando cortar o pescoço da vítima.
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GERENCIAMENTO DE CRISES
O desafio na preservação da vida e aplicação da lei.
“
É o processo de iden- em ocorrências de alta com- relevantes em relação ao ponto
tificar, obter e aplicar plexidade, dentre elas as oca- de vista defendido”.(MARIO-
os recursos necessários sionadas por Provocadores TINI, Paulo Ricardo, 2010) ,
à antecipação, preven- do Evento Crítico motivados, 20% com a utilização de ar-
ção e resolução de uma criminalmente ou mentalmente mamentos e equipamentos de
crise” (Conceito de Gerencia- perturbado, em manter reféns menor potencial ofensivo,
mento de Crises do FBI) , as- ou vítimas sob ameaça, vindo a como a Pistola de Condução
sim se define o Gerenciamento unidade atuar de forma técni- Elétrica TASER (M26) e espin-
de “ ...um evento ou situação ca, utilizando as alternativas garda calibre 12 com munição
crucial que exige uma respos- táticas com o objetivo de PRE- de elastômero e os 20% com a
ta especial da Polícia, a fim de SERVAR VIDAS E APLICAR A Intervenção Tática através do
assegurar uma solução acei- LEI. Grupo Tático.
tável.” (Conceito de Crise do
FBI). Desde sua criação, o A dedicação, grau de
BOPE tem o percentual de profissionalismo e, acima de
Com a responsabilida- 100% na preservação da vida tudo, o sentimento de cum-
de de “...planejar, coordenar de todos os envolvidos, sendo primento de missão, fazem da
e executar o atendimento de que 60% das ocorrências fo- Tropa de Operações Especiais
ocorrências de alta comple- ram solucionadas através da o último recurso do Estado,
xidade e intervenções de alto Negociação, que “É uma troca sempre na busca pela excelên-
risco, constituindo-se, ainda, de convencimentos, onde uma cia dos atendimentos.
numa tropa de reação do Co- parte persuade a outra apre-
mando Geral.” , o BOPE atua sentando os benefícios mais
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