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QUESTÕES DAS AULAS DE DIREITO MILITAR, LC 87 E ESTATUTO DAS POLICIAIS MILITAR PB

LEI COMPLEMENTAR 87/2008

1. Referente a Lei Complementar nº87/2008, todas as alternativas estão corretas, exceto:


A. É um órgão da Administração direta
B. Está vinculada à Secretaria de Segurança
C. É subordinada diretamente ao Secretário de Segurança Publica
D. A PMPB tem como base a hierarquia e a disciplina

Comentário:
A polícia militar é subordinada diretamente ao Governador do Estado da Paraíba
GABARITO: QUESTÃO C
2. A respeito dos princípios que norteiam a polícia militar estão certos os elencados
abaixo, exceto:
A. Legalidade
B. Eficácia
C. Moralidade
D. Impessoalidade
E. Probidade

Comentário:
Art.3º São princípios basilares a serem observados pela Polícia Militar do Estado da
Paraíba:
I A hierarquia;
II A disciplina;
III A legalidade;
I A impessoalidade;
II A moralidade;
III A publicidade;
IV A eficiência;
V A promoção, o respeito e a garantia à dignidade e aos direitos humanos;
VI O profissionalismo;

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VII A probidade;
VIII A ética.

GABARITO: QUESTÃO B

3. Referente a Lei Complementar nº87/2008, compete a polícia militar do Estado da


Paraíba, dentre outras atribuições:
A. Planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar e controlar as ações de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública
B. Executar, com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares às Forças Armadas, o
policiamento ostensivo fardado para prevenção e repressão dos ilícitos penais, exceto as
infrações definidas em lei
C. Atender a convocação do Governo Federal em caso de guerra externa ou para prevenir
ou reprimir grave subversão da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se ao
Presidente da República
D. Realizar a segurança interna e externa do Estado.

Comentário:
Art.4 Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, dentre outras atribuições previstas
em lei:
XVII. Realizar a segurança interna do Estado;
GABARITO: QUESTÃO D

4. Referente a Lei Complementar nº87/2008, são órgãos de direção estratégica:


A. Comissões
B. Ouvidoria
C. Diretoria
D. Comando Geral

Comentário:
Art. 9º Os órgãos de direção estratégica compreendem:
I. Comando Geral; (Coronel)
II. Subcomando Geral; (Coronel)
III. Estado-Maior Geral; (Coronel)
IV. Corregedoria; (Coronel)
V. Ouvidoria; (Coronel)

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VI. Comandos Regionais; (Coronéis),
VII. Comissões;
VIII. Procuradoria Judiciaria;
IX. Assessorias.
GABARITO: QUESTÃO C

5. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, O Centro de Educação, instituição que


compreende o ensino em todos os níveis previsto na legislação federal e estadual, é o órgão
que tem como finalidade a gestão da política educacional da Corporação por meio do
planejamento, supervisão. É constituído de:
A. Gabinete do Diretor
B. Conselho de disciplina
C. Núcleo Setorial de Saúde
D. Órgãos Executivos do Ensino

Comentário:
Art.34 O Centro de Educação,
§1º O centro de Educação é constituído de:
I. Gabinete do Diretor;
VII. Núcleo Setorial de Saúde
VIII. Órgãos Executivos do Ensino:
GABARITO: QUESTÃO C

6. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, São praças especiais:


A. 2º tenente PM
B. Cadete
C. Subtenente
D. Soldado

Comentário:
Art.49º As Praças Especiais são:
I. Aspirante-a-Oficial PM;
II. Cadete PM.

GABARITO: QUESTÃO B

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7. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, O Comandante-Geral da Polícia Militar


da Polícia Militar, nomeado por ato do Governador, compete:
A. Nomear e exonerar militares estaduais no exercício das funções de direção, comando e
assessoramento, nos limites estabelecidos na legislação vigente
B. Promover Praças e Oficiais
C. Presidir as Comissões as Promoção de Oficiais e de Julgamento do Mérito Policial
Militar
D. Autorizar militares estaduais e servidores civis da Corporação a se afastarem do Estado
e do país.

Comentário:
Art. 12º Compete ao Comandante-Geral:
IX. Promover Praças e declarar Aspirante-a-oficial;
As promoções dos postos de Oficiais são de competência do Governador
GABARITO: QUESTÃO B

8. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, As Unidades Operacionais são


subordinadas aos CPRs, dentre as alternativas qual Unidade Operacional é subordinada
diretamente ao Comandante-Geral:
A. BPAmb
B. BPTran
C. RPMont
D. BOPE

Comentário:
Art. 43º O Batalhão de Operações Especiais – BOPE, com atuação em todo o Estado e
subordinação direta ao Comandante-Geral, realizara as missões especiais do Comando
Geral, e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia Militar, acrescido de
suas Subunidades Especiais.
Art. 44º O Comando de Operações Aéreas – COA, com atuação em todo o Estado e
subordinação direta ao Comandante-Geral, é responsável pelo comando, treinamento,
segurança, manutenção e controle das atividades aéreas, além de apoio as atividades de
defesa civil
GABARITO: QUESTÃO D

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9. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, As Unidades de Comando são


subordinadas aos CPRM, CPR I e CPR II, dentre as opções, marque a Unidade de
Comando que está subordinada diretamente ao CPR1:
A. 6º Batalhão de Polícia Militar
B. 12º Batalhão de Polícia Militar
C. 5º Batalhão de Polícia Militar
D. 10º Batalhão de Polícia Militar

Comentário:
Art. 22º O Comando do Policiamento da Regional I, com sede em Campina Grande, é o
órgão responsável pelo emprego e atuação da Corporação nas regiões do Estado
polarizadas pelos municípios de Campina Grande e Guarabira, de acordo com as
diretrizes emandas do Comando Geral, e será integrado pelos 2º, 4º, 8º, 9º, 10º e 11º
Batalhões de Polícia Militar.
GABARITO: QUESTÃO D
10. A respeito da Lei Complementar nº87/2008, A Ajudância Geral é constituída de:
A. Secretaria
B. Arquivo Geral
C. De Tecnologia da Informação
D. Presidio da Polícia Militar

Comentário:
Art. 16º A Ajudância Geral tem a seu cargo as funções administrativas, de segurança e
de controle do efetivo do Quartel do Comando Geral, bem como a administração do
Presidio e do Museu da Polícia Militar.
Parágrafo único. A Ajudância Geral é constituída de:
I. Gabinete do Ajudante-Geral;
II. Gabinete do Ajudante-Geral Adjunto;
III. Museu da Polícia Militar
IV. Presidio da Polícia Militar
V. Secretaria -AG/1
VI. Arquivo Geral – AG/2
VII. Companhia de Comando e Serviços – CCSv.

GABARITO: QUESTÃO C

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11. Os Comandos Regionais são órgão de Execução, no que concerne à eficiência nas
missões de policiamento ostensivo, de acordo com as necessidades de preservação da
ordem pública, marque a alternativa correta
A. O CPRM será integrado pelos 2º, 4º, 8º, 9º, 10º e 11º Batalhões de Polícia Militar
B. O CPR I será integrado pelos 2º, 4º, 7º, 9º, 10º e 12º Batalhões de Polícia Militar
C. O CPRM será integrado pelos 1º, 2º e 5º Batalhões de Polícia Militar
D. O CPR II será integrado pelos 3º, 6º, 12º, 13º e 14º Batalhões de Polícia Militar.

Comentário:
Art. 21º O Comando do Policiamento da Região Metropolitana da Capital, e será
integrado pelos 1º, 5º e 7º Batalhões de Polícia Militar.
Art. 22º O Comando do Policiamento da Regional I, e será integrado pelos 2º, 4º, 8º, 9º,
10º e 11º Batalhões de Polícia Militar.
Art. 22º O Comando do Policiamento da Regional II, e será integrado pelos 3º, 6º, 12º,
13º e 14º Batalhões de Polícia Militar.
GABARITO: QUESTÃO D
12. As comissões destinam-se à execução de estudos e trabalhos de assessoramento direto
ao Comandante-Geral e terão caráter permanente ou temporário, são comissões de caráter
permanente exceto;
A. A Comissão de Promoção de Oficiais
B. Comissão de Promoção de Praças
C. A Comissão Permanente de Licitação
D. Comissão de Mérito

Comentário:
Art.25º As comissões destinam-se à execução de estudos e trabalhos de assessoramento
direto ao Comandante-Geral e terão caráter permanente ou temporário.
a) A Comissão de Promoção de Oficiais – CPO, presidida pelo Comandante-
Geral, e a Comissão de Promoção de Praças – CPP, presidida pelo Subcomandante
Geral, cujas composições e competências serão fixadas por regulamentos, aprovados por
Decretos do Chefe do Poder Executivo;
GABARITO: QUESTÃO D

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13. Os órgãos de execução da Polícia Militar constituem as Organizações Policiais


Militares que executam a atividade fim da Corporação, com atribuição de realizar os
seguintes tipos de policiamento exceto.
A. Policiamento de guarda, que tem a seu cargo a segurança interna dos estabelecimentos
prisionais, das sedes dos poderes estaduais e, em particular, de estabelecimentos públicos;
B. Policiamento de trânsito urbano e/ou rodoviário;
C. Policiamento suplementado pelo uso de cães
D. Policiamento velado. (Policiamento sem o uso de uniforme)

Comentário:
A segurança realizada nos presídios do Estado da Paraíba, são de maneira externa, pois
cabe aos policias penais a segurança interna.
GABARITO: QUESTÃO A
14. Das unidades operacionais relacionadas abaixo, qual que não tem como sede a cidade
de João pessoa.
A. Batalhão de Operações Especiais – BOPE
B. 6º Batalhão de Polícia Militar
C. 13º Batalhão de Polícia Militar
D. 4° Batalhão de Polícia Militar

Comentário:
Essa questão basta ler o Art. 36 São unidades Operacionais – UOp:
XVI. Batalhão de Operações Especiais – BOPE, com sede em João Pessoa;
GABARITO: QUESTÃO

15. A polícia militar do Estado da Paraíba possui várias Unidade Operacionais, algumas
subordinadas diretamente ao Comandante Geral, qual das descritas abaixo é subordinada
diretamente.
A. Comando de Operações Aéreas
B. Batalhão de Polícia Ambiental
C. Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário
D. Regimento de Polícia Montada

Comentário:
Art. 43º O Batalhão de Operações Especiais – BOPE, com atuação em todo o Estado e

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subordinação direta ao Comandante-Geral, realizara as missões especiais do Comando


Geral, e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão de Polícia Militar, acrescido de
suas Subunidades Especiais.
Art. 44º O Comando de Operações Aéreas – COA, com atuação em todo o Estado e
subordinação direta ao Comandante-Geral, é responsável pelo comando, treinamento,
segurança, manutenção e controle das atividades aéreas, além de apoio as atividades de
defesa civil, tendo a seguinte estrutura:
GABARITO: QUESTÃO A
16. A polícia Militar do Estado da Paraíba – PMPB é instituição permanente, força
auxiliar e reserva do Exército, organizada com base na hierarquia e na disciplina militares,
órgão da administração indireta do Estado, com dotação orçamentaria própria e autonomia
administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social
Certo
Errado
Comentário:
Art.1º A polícia Militar do Estado da Paraíba – PMPB é instituição permanente, força
auxiliar e reserva do Exército, organizada com base na hierarquia e na disciplina
militares, órgão da administração direta do Estado, com dotação orçamentaria própria e
autonomia administrativa, vinculada à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa
Social – SDES, nos termos da legislação estadual vigente.
GABARITO: QUESTÃO ERRADA
17. São princípios basilares a serem observados pela Polícia Militar do Estado da Paraíba,
a moralidade, a publicidade e a eficiência
Certo
Errado

Comentário:
Art.3º São princípios basilares a serem observados pela Polícia Militar do Estado da
Paraíba:
I. A hierarquia;
II. A disciplina;
III. A legalidade;
IV. A impessoalidade;
V. A moralidade;
VI. A publicidade;

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VII. A eficiência;
VIII. A promoção, o respeito e a garantia à dignidade e aos direitos humanos;
IX. O profissionalismo;
X. A probidade;
XI. A ética.
GABARITO: QUESTÃO CERTA

18. Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, dentre outras atribuições previstas em
lei, exercer a polícia administrativa do meio ambiente, nos termos de sua competência, na
constatação de infrações ambientais, na apuração, autuação, perícia e outras ações legais
pertinentes, quando assim se dispuser, conjuntamente com os demais órgãos ambientais
Certo
Errado

Comentário:
Art.4 Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, dentre outras atribuições previstas
em lei:
VII. Exercer a polícia administrativa do meio ambiente, nos termos de sua competência,
na constatação de infrações ambientais, na apuração, autuação, perícia e outras ações
legais pertinentes, quando assim se dispuser, conjuntamente com os demais órgãos
ambientais, colaborando na fiscalização das florestas, rios, estuários e em tudo que for
relacionado com a fiscalização do meio ambiente;
GABARITO: QUESTÃO CERTA
19. Compete a polícia militar apoiar, quando possível, o Poder Judiciário e o Ministério
Público Estadual, no cumprimento de suas decisões
Certo
Errado

Comentário:
Art.4 Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, dentre outras atribuições previstas
em lei:
XXI. Apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário e o Ministério Público Estadual, no
cumprimento de suas decisões;
A questão está errada, pois esse apoiar, quando requisitada é convocatório
GABARITO: QUESTÃO ERRADO

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20. A polícia miliar da Paraíba possui 3 órgãos de direção estratégica que são: Comando
Geral, Subcomando Geral e Estado-Maior Geral
Certo
Errado

Comentário:
Art. 9º Os órgãos de direção estratégica compreendem:
I. Comando Geral; (Coronel)
II. Subcomando Geral; (Coronel)
III. Estado-Maior Geral; (Coronel)
GABARITO: QUESTÃO CERTA
21. A Corregedoria da Polícia Militar tem finalidade de correição das infrações penais
militares e do regime ético-disciplinar.
Certo
Errado

Comentário:
Art. 18º A Corregedoria da Polícia Militar tem finalidade de correição das infrações
penais militares e do regime ético-disciplinar, apurando, acompanhando, fiscalizando e
orientando os serviços da Corporação, em articulação com as Corregedorias Setoriais.
GABARITO: QUESTÃO CERTO

22. A Procuradoria Jurídica é o órgão que presta assessoramento jurídico-administrativos


direto ao Comandante-Geral, tendo a seguinte composição: Gabinete do Procurador
Jurídico, Seção de Estudos e Pareceres, Seção de Projetos Normativos e Seção de Apoio
Administrativo.
Certo
errado

Comentário:

GABARITO: QUESTÃO
23. Nos termos da Lei Complementar Estadual nº 87/08, são princípios basilares a serem
observados pela Polícia Militar da Paraíba, EXCETO:
A) A probidade e a eficiência, dentre outros.

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B) A publicidade, resguardados os casos de sigilo.


C) A impessoalidade, salvo casos previstos em lei.
D) A hierarquia, ainda que em detrimento da legalidade.

Comentário:

GABARITO: QUESTÃO
Aplicação e especificações da lei penal militar
24. Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade.
Certo
Errado
Comentário:
Comentários: Vimos que o art. 5° traz disposição idêntica ao que determina o Código
Penal quanto ao tempo do crime. O CPM adota a teoria da atividade, assim como o CP.
É importante que você se lembre, porém, que quanto ao lugar do crime, o CPM adota
disposições diferentes do CP.
GABARITO: CERTO

25. Lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido
no Código Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultratividade
da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei penal mais benigna.
Certo
Errado
Comentário:

Comentários; O regramento quanto à lei excepcional ou temporária em ambos os códigos é


o mesmo. O art. 3° do CP é reproduzido integralmente no art. 4° do CPM.
GABARITO: ERRADO
26. No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense,
consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros,
onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados
por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. É também
aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios
estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as
instituições militares.

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Certo
Errado
Comentário:

Comentários; Primeiramente, a expressão “castrense” se aplica a qualquer coisa


relacionada à vida militar. É um adjetivo muito utilizado por causa da paranoia jurídica de
se evitar a repetição do mesmo termo... Agora vamos ao que importa: a regra trazida pela
assertiva é a mesma dos parágrafos do art. 7°, quase que ipsis litteris. Por mais que eu
tenha deixado claro que, do ponto de vista prático, esses dispositivos não fazem muito
sentido, uma assertiva que traga o texto da lei deve ser sempre marcada como correta, ok?
É a tal questão “blindada”.
GABARITO: CERTO
27. Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior
a quinze dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova,
mais severa e redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será
aplicada a lei referente ao momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto
o CPM determina o tempo do crime de acordo com a teoria da atividade.
Certo
Errado
Comentário:

Quando estivermos diante de crime permanente ou crime continuado, a retroatividade da


lei penal mais benigna é mitigada, nos termos da Súmula n° 711 do STF. Nestes casos,
aplica-se a lei em vigor na cessação da permanência ou da continuidade, ainda que seja
mais severa. Existe alguma controvérsia na jurisprudência sobre o fato de o crime de
deserção ser permanente, mas estes detalhes nós veremos mais adiante no nosso curso.
GABARITO: ERRADO
28. O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente a instituição
militar comete, de acordo com a legislação penal militar, crime militar.
Certo
Errado
Comentário:

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é uma das hipóteses de definição de competência, prevista no art. 9°, III do CPM. A alínea
a define como crime militar aquele praticado contra o patrimônio sob a administração
militar, ou contra a ordem administrativa militar, ainda que o agente seja militar da reserva,
reformado ou mesmo civil. Chamo sua atenção para o art. 9°, talvez ele seja o dispositivo
mais importante de toda a aula de hoje.
GABARITO: CERTO
29. De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são considerados crimes
comuns e são julgados pelo tribunal do júri os crimes dolosos contra a vida cometidos por
militar contra civil.
Certo
Errado
Comentário:

esta é a exceção prevista no §1o do art. 9°. A regra geral, porém, é de que o crime
praticado por militar de ativa contra militar da reserva, reformado, ou contra civil, seja
considerado crime militar, de acordo com a alínea b do inciso II do art. 9°. Lembre-se de
que a intenção do legislador com esta exceção foi retirar da competência da Justiça Militar
os homicídios praticados por milícias e grupos de extermínio. Existem ainda as exceções
da exceção, previstas no §2o.
GABARITO: CERTO
30. De acordo com a legislação penal militar, os crimes culposos contra a vida, em tempo
de paz, praticados or militar em serviço são considerados crimes militares.
Certo
Errado
Comentário:

os crimes culposos contra a vida não são contemplados para exceção trazida pelo parágrafo
único do art. 9° do CPM. Falei também que os crimes praticados por civil com culpa
também não são considerados crimes militares. Como você pode ver, a assertiva menciona
crime culposo contra a vida, cometido por militar em serviço. Neste caso, estaremos diante
de um crime tipicamente militar.
GABARITO: CERTO
31. Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado nas forças armadas e um
militar em serviço tenham-se recusado a obedecer a ordem do superior sobre assunto ou
matéria de serviço. Nessa situação, somente o militar é sujeito ativo do delito de

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insubordinação, que é considerado crime propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo
na qualidade de coautor.
Certo
Errado
Comentário:

primeiramente, quero deixar bem claro para você que não existe mais a figura do
assemelhado, que era o servidor civil que se subordinava aos princípios da hierarquia e da
disciplina, típicos das forças armadas. Hoje os servidores civis lotados em órgãos das
forças armadas são perfeitamente iguais a quaisquer outros servidores estatutários, e não
considerados militares de forma alguma. A Doutrina e a Jurisprudência mais recentes
entendem que o civil não pode cometer crime propriamente militar, ainda que em conluio
com o militar. Cuidado com isso, pois no passado já houve julgados tanto do STM quanto
do STF em sentido diverso.
GABARITO: CERTO
32. Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da
ubiquidade, ao considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do
agente quanto o momento em que se produziu o resultado.
Certo
Errado
Comentário:

em relação ao tempo do crime, tanto o Código Penal quanto o Código Penal Militar adotam
a teoria da atividade. A teoria da ubiquidade é adotada parcialmente quando tratamos do
lugar do crime, como vimos na aula de hoje.
GABARITO: ERRADO
33. Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidade militar, tenha
praticado crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação,
classifica-se a sua conduta como crime propriamente militar, porquanto constitui violação
de dever funcional havida em recinto sob administração militar.
Certo
Errado
Comentário:

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essa questão está um pouco desatualizada, mas é importante conhecê-la, pois a mudança
promovida no Código Penal Militar no final de 2017 alterou radicalmente esse
entendimento. O crime de abuso de autoridade é tipificado numa lei específica, e não está
previsto no CPM. Até a mudança promovida pela Lei 13.491, o entendimento era
pacificado no STJ através Súmula n° 172: “Compete à Justiça Comum processar e julgar
militar por crime de abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço”. Com a
mudança, essa súmula perdeu aplicabilidade. Então, hoje em dia, esse crime é considerado
crime militar e de competência da Justiça Militar, com base no novo art. 9, II, do CPM.
GABARITO: E (Na época)
Conceito de crime militar

34. O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime,


adotou o princípio da equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, o
qual se contrapõe à teoria monista adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de
pessoas.
Certo
Errado
Comentário:

Vimos na aula de hoje que o CPM, assim como o CP, adota a teoria monista temperada no
que tange ao concurso de pessoas: haverá apenas um crime, ainda que haja vários
coautores e partícipes, mas a pena será aplicada individualmente. Também é verdade que o
CPM adota a teoria dos equivalentes causais, ainda que haja também algumas
manifestações da teoria da causalidade adequada (concausa relativamente independente). O
erro da questão está em dizer que uma teoria se contrapõe à outra, pois cada uma trata de
um assunto diferente.
GABARITO: ERRADO
35. A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios violentos por
parte do comandante para compelir os subalternos a executar serviços e manobras
urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o saque.
Certo
Errado
Comentário:

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esta é exatamente a causa excludente de antijuridicidade inominada, prevista no parágrafo


único do art. 42 do CPM, chamada por alguns de excludente do comandante.
GABARITO: CERTO
36. Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui
disciplinamento singular, entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados
crimes, é correto afirmar que, havendo participação de oficiais em crime militar, ainda que
de menor importância, para todos os efeitos penais, eles devem ser considerados como
“cabeças”.
Certo
Errado
Comentário:

Lembre-se! O oficial que participar em crime de concurso de pessoas necessário junto com
praças será considerado cabeça em razão de sua posição de comando, ainda que tenha
contribuído pouco para a consecução do crime, nos termos do art. 53, §5° do CPM.
GABARITO: CERTO
37. STM – Analista Judiciário – 2004 – Cespe. O CPM, ao adotar o princípio da
participação de menor importância, estabeleceu uma exceção à teoria monista do concurso
de agentes.
Certo
Errado
Comentário:

essa questão é um pouco polêmica, mas é verdadeira. O princípio da participação de menor


importância determina que a individualização da pena leve em consideração a medida em
que cada agente participou da conduta típica. Por essa razão dizemos que o CPM adota a
teoria monista temperada.
GABARITO: CERTO
38. STM – Analista Judiciário – 2004 – Cespe. O CPM estabelece que não se comunicam
as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando elementares do crime, o
que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um
militar, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM.
Certo
Errado
Comentário:

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é justamente o contrário, não é mesmo? O civil que comete crime propriamente militar
juntamente com o militar responde por crime militar. A circunstância especial (ser militar)
é elementar do tipo e, por isso, comunica-se ao civil. Lembre-se de que, como falamos na
aula passada, esta regra apenas se aplica desta maneira à Justiça Militar da União, uma vez
que a competência estabelecida pela Constituição para a Justiça Militar Estadual não
abrange o julgamento de civis.
GABARITO: ERRADO
39. STM – Analista Judiciário – 2004 – Cespe. O CPM, ao estabelecer que aquele que, de
qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em
matéria de concurso de agentes, a teoria monista.
Certo
Errado
Comentário:

ficou fácil né? Não esqueça! O CPM adota a teoria monista temperada, pois há exceções.
GABARITO: CERTO
40. No CPM, as circunstâncias que atenuam a pena incluem a prática de crime sob coação
a que poderia ter resistido ou em cumprimento de ordem de autoridade superior.
Certo
Errado
Comentário:

haverá atenuação de pena, nos termos do art. 41, se a ordem emitida pelo superior
hierárquico não era manifestamente ilegal, ou se houve coação à qual era possível resistir.
A estrita obediência a ordem de superior hierárquico, bem como a coação irresistível,
isenta o agente de pena, de acordo com o art. 38. A banca tentou confundir o candidato
misturando o conteúdo dos dois dispositivos.
GABARITO: ERRADO
41. CBM-DF – Oficial Bombeiro Militar – 2011 – Cespe. A posse, por militar, de
substância entorpecente, independentemente da quantidade e do tipo, em lugar sujeito à
administração castrense, não autoriza a aplicação do princípio da insignificância.
Certo
Errado
Comentário:

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Lembre-se da nossa discussão sobre a inaplicabilidade do princípio da bagatela no Direito


Penal Militar. O entendimento mais recente do STF é no sentido da inaplicabilidade do
princípio, ainda que ele já tenha sido aceito no passado.
GABARITO: CERTO
42. Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos antecedentes causais
(conditio sine qua non), consideram-se cabeça, nos crimes de autoria coletiva necessária,
os oficiais ou inferiores que exercem função de oficial
Certo
Errado
Comentário:

os oficiais que cometerem crime juntamente com praças serão considerados cabeças
juntamente com os praças que tiverem efetivamente exercido o comando da ação
criminosa.
GABARITO: CERTO
43. MPE-ES – Promotor de Justiça – 2010 – Cespe (adaptada). No sistema penal militar, o
estado de necessidade segue a teoria diferenciadora do direito penal alemão, que faz o
balanço dos bens e interesses em conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante ou
justificante. O primeiro é causa de exclusão da culpabilidade e o segundo, de exclusão de
ilicitude.
Certo
Errado
Comentário:

Diferentemente do Direito Penal comum, o Direito Penal Militar adotou a teoria


diferenciadora alemã no que tange ao estado de necessidade.
GABARITO: CERTO
44. À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação
da lei penal, imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética:
Durante operação conjunta das Forças Armadas, um sargento danificou patrimônio militar.
Em sua defesa, ele argumentou que agiu em estado de necessidade, não tendo podido, por
esta razão, evitar o dano causado. Assertiva: Nessa situação, o estado de necessidade, se
comprovado, será considerado excludente do crime, independentemente da valoração do
bem sacrificado.

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Certo
Errado
Comentário:

Errado! O Código Penal Militar adotou a Teoria Diferenciadora Alemã, pela qual o estado
de necessidade poderá ser justificante (afastando a ilicitude) ou exculpante (afastando a
culpabilidade). Tudo dependerá de uma valoração prévia entre o bem jurídico protegido e o
bem jurídico sacrificado. Em consequência, se o bem jurídico protegido for de valor igual
ou inferior ao bem jurídico sacrificado, haverá estado de necessidade justificante. Do
contrário, se o bem jurídico protegido for de valor superior ao bem jurídico sacrificado,
teremos estado de necessidade exculpante. A partir dos termos utilizados pelo CPM, tem-
se que o estado de defesa justificante é uma excludente do crime (art. 43), ao passo que o
estado de defesa exculpante é causa excludente da culpabilidade (art. 39). A questão,
portanto, está incorreta, pois a depender da valoração do bem sacrificado, o estado de
necessidade poderá ser excludente do crime ou excludente da culpabilidade.
GABARITO: ERRADO
45. DPU - Defensor Público Federal – 2017 – CESPE Acerca da aplicação da lei penal
militar, dos crimes militares e da aplicação da pena no âmbito militar, cada um do item que
se segue apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Um
oficial foi preso em flagrante delito pelo cometimento de crime militar que não se
consumou por circunstâncias alheias à sua vontade, tendo sido denunciado e se tornado réu
em ação penal militar. Nessa situação, a depender da gravidade, o juiz poderá aplicar a
pena do crime consumado, sem diminuí-la.
Certo
Errado
Comentários; Certo! Em regra, ao crime tentado será aplicada a mesma pena do crime
consumado, todavia, diminuída de um a dois terços a depender do quão próximo o agente
chegou da consumação. Ocorre que a parte final do art. 30, inciso II, do CPM, excepcionou
a regra e permite que o juiz, diante da gravidade do fato, aplique a tentativa a mesma pena
do crime consumado. Assim, está correto o item.
Art. 30. Diz-se o crime: I - consumado, quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal; II - tentado, quando, iniciada a execução,
não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo
único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de
um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a

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pena do crime consumado.

GABARITO: CERTO
46. PM-MG – Soldado- 2018 – PM-MG Em relação ao crime militar, é CORRETO
afirmar:
A. Nos casos previstos no Código Penal Militar, não há punição em relação ao crime
tentado.
B. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um
a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime
consumado.
C. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, sempre
diminuída de um terço.
D. Nos casos previstos no Código Penal Militar, em relação à tentativa, é vedada a
aplicação da pena correspondente ao crime consumado.
Comentários; Resposta: letra B. A alternativa B está correta, uma vez que pela redação do
art. 30, inciso II, parágrafo único, do Código Penal Militar, se pune a tentativa com a pena
correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de
excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. Letra A: errada! De acordo
com o art. 30, inciso II, parágrafo único, CPM, pune-se sim a tentativa. Letra C: errada! O
art. 30, inciso II, parágrafo único, do CPM, prevê que se pune a tentativa com a pena
correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços e não apenas de um terço. Letra D:
errada! É possível, na tentativa, a aplicação da pena correspondente ao crime consumado,
no caso de excepcional gravidade (art. 30, II, parágrafo único, do CPM).
GABARITO: B
47. Um adolescente com dezessete anos de idade que, convocado ao serviço militar, após
ser incorporado, praticar conduta definida no CPM como crime de insubordinação
praticado contra superior será alcançável pela lei penal militar, a qual adotou, para os
menores de dezoito e maiores de dezesseis anos de idade, o sistema biopsicológico, em que
o reconhecimento da imputabilidade fica condicionado ao seu desenvolvimento psíquico.
Certo
Errado
Comentários; é verdade que o CPM adotou o critério biopsicológico no art. 51, mas vimos
também que este dispositivo não foi recepcionado pela Constituição de 1988. Qualquer
menor de dezoito anos, independentemente de ter sido incorporado ao serviço militar,
responde por infrações nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

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GABARITO: ERRADO
48. É inimputável o agente que pratica o fato criminoso sem capacidade de entendimento e
sem determinação, em razão de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou
retardado.
Certo
Errado
Comentários; Estes são exatamente os termos do art. 48 do CPM. Lembre-se das regras
que vimos a respeito do procedimento para declaração de inimputabilidade, previstos no
art. 159 do CPPM. Além disso, é possível também que a pessoa seja considerada semi-
imputável, devendo a pena ser aplicada de forma atenuada.
GABARITO: CERTO
49. A embriaguez patológica recebe o mesmo tratamento que a embriaguez voluntária ou
culposa no CPM, segundo o qual ambas isentam de pena o agente, por não possuir esta
consciência no momento da prática do crime.
Certo
Errado
Comentários; A embriaguez patológica decorre do alcoolismo, e é tratada como doença,
podendo levar o agente à inimputabilidade, nos termos do art. 48 do CPM. Lembre-se de
que o art. 49 trata da embriaguez acidental, decorrente de caso fortuito ou força maior, que
exclui a culpabilidade do agente ou o torna semi-imputável.
GABARITO: ERRADO
50. À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação
da lei penal, imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética:
Um cabo das Forças Armadas escalado para serviço na organização militar a que servia
compareceu e assumiu a incumbência em estado de embriaguez, tendo ingerido,
voluntariamente, grande quantidade de bebida alcoólica momentos antes de se apresentar
no serviço. Todavia, seu estado não foi notado, e, nas primeiras horas da atividade, ao
discutir com um militar que também estava em serviço, disparou sua arma de fogo na
direção deste, matando-o instantaneamente. Assertiva: Nessa situação, será considerado
inimputável o cabo, se ficar comprovado que, naquele momento, sua embriaguez era
completa e que ele era plenamente incapaz de entender o caráter criminoso do fato.
Certo
Errado
Comentários; Errado! Conforme o art. 49 do CPM, apenas a embriaguez completa e
oriunda de caso fortuito ou força maior torna o agente inimputável. O enunciado da

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questão é claro ao indicar que o cabo das Forças Armadas ingeriu voluntariamente grande
quantidade de bebida alcoólica. Sendo assim, era o agente completamente imputável ao
tempo da ação criminosa, devendo ser devidamente responsabilizado por sua conduta. Em
complemento, ressalto que o Código Penal Militar, assim como o Código Penal comum,
adotou a teoria da actio libera in causa (ação livre na causa), segundo a qual não se torna
inimputável quem, de modo voluntário ou culposo, se colocou na posição de incapacidade
de entender o caráter ilícito do fato, isto é, na posição de inconsciência ou de incapacidade
autocontrole.
GABARITO: ERRADO

Penas de crimes militares

51. Considere que João, dentista civil, tenha sido condenado pela justiça militar da União
à pena de quatro anos de reclusão, pelo crime de violência contra militar em serviço. Nessa
situação, o condenado deve cumprir a pena em penitenciária militar.
Certo
Errado
Comentários; nos termos do art. 62 do CPM, o civil cumpre a pena aplicada pela Justiça
Militar em estabelecimento prisional civil, ficando ele sujeito ao regime conforme a
legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar.
GABARITO: ERRADO
52. As medidas de segurança pessoal são não-detentivas e detentivas, sendo estas fixadas
na mesma quantidade das penas privativas de liberdade cominadas abstratamente nos tipos
penais.
Certo
Errado
Comentários; A previsão do CPM é de aplicação das medidas de segurança detentivas
entre 1 e 3 anos, e não no tempo abstratamente cominado para as penas.
GABARITO: ERRADO
53. A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é executada por fuzilamento
e que, nessa situação, o condenado militar deverá deixar a prisão com o uniforme sem as
insígnias, e o condenado civil deverá estar vestido decentemente, devendo ambos os
condenados estar de olhos vendados no momento da execução, salvo se o recusarem.
Certo

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Errado
Comentários; esta questão mescla o conhecimento do conteúdo do CPM e o do CPPM
acerca da pena de morte. Justamente por isso essa questão foi anulada pela banca, pois o
programa da matéria de Direito Penal Militar não incluía esta parte do CPPM. Entretanto,
todas as informações estão corretas.
GABARITO: CERTO
54. A pena acessória de exclusão das Forças Armadas prevista no CPM será
obrigatoriamente aplicada à praça cuja condenação à pena privativa de liberdade for
superior a dois anos.
Certo
Errado
Comentários; A pena acessória de exclusão das Forças Armadas decorre da sentença
condenatória a pena privativa de liberdade por período superior a dois anos, nos termos do
art. 102 do CPM.
GABARITO: CERTO
55. A indignidade para o oficialato é sanção administrativa disciplinar e sua aplicação
ocorre no âmbito administrativo disciplinar. A incompatibilidade para o oficialato é sanção
penal acessória e somente poderá ser aplicada pelo Poder Judiciário, mediante
procedimento próprio.
Certo
Errado
Comentários; Você não precisa saber de muitos detalhes acerca das penas acessórias. Esta
questão pode ser facilmente respondida por você, pois tanto a indignidade para o oficialato
quanto a incompatibilidade para o oficialato são penas acessórias, previstas no art. 98 do
CPM.
GABARITO: ERRADO
56. A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a qualquer crime militar, próprio
ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa pena obsta o exercício das funções
policiais e militares pelo prazo mínimo de dois anos, submetendo o apenado, quando se
tratar de oficial, à pena acessória de perda do posto.
Certo
Errado
Comentários: O impedimento é pena principal, prevista apenas para o crime de
insubmissão. Além disso, a descrição feita pela assertiva nada tem a ver com esta pena. O
impedido fica restrito às dependências da unidade militar em que serve, participando

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normalmente da instrução militar. A Doutrina diz que essa pena tem nítido caráter
educativo e ressocializador.
GABARITO: ERRADO
57. De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do civil a pena
privativa de liberdade superior a dois anos implicam, respectivamente, a exclusão do
militar das Forças Armadas e a perda da função pública do civil.
Certo
Errado
Comentários: O art. 102 do CPM determina que a praça que for condenada a pena privativa
de liberdade superior a dois anos será excluída das Forças Armadas. Já o art. 103
determina que o civil que for condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido
com abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública, ou que for condenado
por qualquer crime a pena privativa de liberdade superior a dois anos, perderá a função
pública.
GABARITO: CERTO
58. O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e impróprios, e sobre
infrações disciplinares militares. Entre as sanções penais, está expressa a possibilidade de
se aplicar a pena de multa nos casos de delitos de natureza patrimonial ou de infração penal
que cause prejuízos financeiros à administração militar.
Certo
Errado
Comentários: Entre as penas previstas pelo CPM não há pena de multa.
GABARITO: ERRADO
59. No direito penal militar, as penas principais são: morte, reclusão, detenção, prisão,
impedimento, reforma e suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função.
Certo
errado
Comentários: Esta questão está perfeitamente de acordo com o art. 55 do CPM, apesar de a
Doutrina indicar que a pena de reforma não foi recepcionada pela Constituição.
GABARITO: CERTO
60. Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes militares a
cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e de multa, conforme
também prevê o Código Penal comum.
Certo
Errado

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Comentários: Mais uma questão dizendo que o CPM prevê pena de multa. Essa você não
erra na prova, hein?
GABARITO: ERRADO
61. O CPM prevê, entre outras, as seguintes penas acessórias:
a. Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão dos Direitos
Políticos.
b. Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o Oficialato e Inabilitação para
o exercício de função pública.
c. Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para o exercício de
função pública.
d. Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da Função Pública.
Comentários: A única que traz apenas penas acessórias previstas no art. 98 do CPM é a
alternativa B. Não existem as penas de transferência compulsória, reforma administrativa,
e nem exação.
GABARITO: B
62. Se, no distrito da culpa de militar condenado, por crime militar, ao cumprimento de
pena privativa de liberdade de oito anos de reclusão, não houver penitenciária militar, a
execução da pena deverá ocorrer em estabelecimento civil comum, ficando a sua execução
a cargo do juízo de execuções penais, sob a égide da legislação penal comum.
Certo
Errado
Comentários: Este é o conteúdo do art. 61 do CPM.
GABARITO: CERTO
63. A extinção da punibilidade dá-se, entre outras causas, pela prescrição, a qual, no curso
da ação penal, é interrompida pela instauração do processo, pela sentença condenatória
recorrível e pela prática de outro crime pelo acusado.
Certo
Errado
Comentários: Os casos de interrupção da prescrição estão previstos no art. 125, §5°, do
CPM: I - pela instauração do processo; II – pela sentença condenatória recorrível. A prática
de outro crime pelo acusado não é causa interruptiva da contagem do prazo prescricional.
GABARITO: ERRADO
64. A prescrição da ação penal militar, de regra, regula-se pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de causa extintiva da
punibilidade. Entretanto, no crime de deserção, o sistema do CPM configura duas

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hipóteses para a questão da prescrição, ora aplicando a norma geral, ora estabelecendo
norma especial, previstas igualmente no estatuto castrense.
Comentários: O crime de deserção tem norma especial quanto à prescrição, prevista no art.
132. Este dispositivo determina que deve ser aplicado o prazo prescricional comum, mas a
extinção da punibilidade somente ocorre quando o desertor atinge a idade de 45 anos (se
praça) ou de 60 anos (se oficial).
GABARITO: CERTO
65. As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM, incluem a
reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o perdão judicial.
Certo
Errado
Comentários: Lembre-se de que o CPM não prevê como causas de extinção da
punibilidade o perdão judicial, e nem a graça.
GABARITO: ERRADO
66. No CPM, há crimes em que se procede somente mediante representação.
Certo
Errado
Comentários: Esta questão trata da ação penal pública condicionada. Entretanto, no CPM a
condição exigida não é a representação do ofendido, e sim requisição do Comando Militar
ou do Ministro da Justiça.
GABARITO: ERRADO
67. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, está só extinguirá a
punibilidade quando o desertor atingir a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de
sessenta. Essa regra aplica-se apenas aos desertores foragidos.
Certo
Errado
Comentários: O texto do art. 132 trata da prescrição para o crime de deserção,
determinando os desertores foragidos. A Jurisprudência, entretanto, entende que esta regra
especial de prescrição só é aplicável aos foragidos.
GABARITO: CERTO
68. No sistema penal militar, a ação penal deve ser, via de regra, pública incondicionada,
salvo em relação a determinados crimes, previstos de forma expressa e excepcional, que
impõem a observância da requisição ministerial; admite-se, ainda, a ação penal privada
subsidiária da pública.
Certo

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Errado
Comentários: Em regra, a ação penal é pública incondicionada. Em algumas situações,
porém, é necessária a requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Se, em
qualquer dessas situações, o Ministério Público for omisso no oferecimento da denúncia,
surge o direito de o particular (a vítima ou seu representante legal) interpor a ação penal.
Neste caso pode haver ação penal privada subsidiária da pública.
GABARITO: CERTO
69. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – 2018 – Cespe. À luz do Código Penal
Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação da lei penal, imputabilidade
penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética: O oficial encarregado pelo
setor financeiro de determinada organização militar foi indiciado em inquérito policial
militar, por suspeita de ter cometido dolosamente crime de peculato. No curso da
investigação, ele assumiu a autoria do que lhe estava sendo imputado e ressarciu
integralmente o dano. Assertiva: Nessa situação, o indiciado não poderá ser denunciado,
pois o ressarcimento realizado configurou a extinção da punibilidade.
Certo
Errado
Comentários: Errado! O ressarcimento do dano somente configurará causa extintiva da
punibilidade na hipótese de peculato culposo. Na questão, é narrado que o oficial foi
indiciado em inquérito policial militar, por suspeita de ter cometido dolosamente crime de
peculato. Vejamos o art. 123, inciso VI do Código Penal Militar: Art. 123. Extingue-se a
punibilidade: (...) VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º).
GABARITO: ERRADO
70. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – 2018 – CESPE A respeito dos crimes
militares em tempo de paz, julgue o item subsequente. Militar que cometer crime de lesão
corporal leve poderá ser beneficiado pelo perdão judicial, com a consequente extinção da
sua punibilidade.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Em matéria militar, as causas extintivas da punibilidade estão
previstas no art. 123 do CPM, dentre as quais não se inclui o perdão judicial. Portanto, em
regra, o Código Penal Militar não admite o instituto em análise. Uma exceção seria o crime
de receptação culposa cujo art. 255, parágrafo único, do CPM fixa que “se o agente é
primário e o valor da coisa não é superior a um décimo do salário-mínimo, o juiz pode
deixar de aplicar a pena.” Lembre-se que o perdão judicial é o instituto por meio do qual o

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juiz, embora reconhecendo a prática do crime, deixará de aplicar a sanção penal, quando
configuradas condições excepcionais previstas em lei e que tornam inconvenientes ou
desnecessárias a imposição de pena ao réu. Há controvérsia sobre a natureza jurídica da
sentença que concede o perdão judicial, de todo modo, o que não se pode negar é que a sua
aplicação tem como efeito incontestável a extinção da punibilidade do agente, que não
mais será submetido a qualquer pena.
GABARITO: ERRADO
71. Acerca da aplicação da lei penal militar, dos crimes militares e da aplicação da pena
no âmbito militar, cada um do item que se segue apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada. Em uma festa de confraternização nas dependências
de um quartel, alguns militares, conscientemente, ingeriram bebida alcoólica. Lá mesmo,
apresentando sintomas de embriaguez, um deles cometeu crime militar e foi preso, o que o
tornou réu em ação penal militar. Nessa situação, o estado de embriaguez do militar será
considerado circunstância para atenuar a pena.
Comentários: Errado! Em se tratando de embriaguez incompleta e voluntária, não prevê o
Código Penal Militar qualquer atenuante para o crime praticado nesta hipótese. Ao
contrário, configura circunstância agravante da pena, conforme o art. 70, inciso II, alínea c.
Art. 70.
GABARITO: ERRADO
72. À luz do direito penal militar, julgue o item a seguir, relativo à suspensão condicional
da pena, livramento condicional, penas acessórias e extinção da punibilidade. O
cometimento de crime de traição, espionagem ou cobardia, ou outros elencados no CPM,
sujeita o oficial infrator, independentemente da pena aplicada, a declaração de indignidade
para o oficialato.
Certo
Errado
Comentários: Certo! A indignidade para o oficialato é uma pena militar acessória, ou seja,
trata-se de sanção não autônoma que somente poderá ser imposta quando presente a
aplicação de uma pena principal. No art. 100 do CPM, encontra-se exatamente o que foi
narrado no enunciado da questão. Assim: Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade
para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição,
espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243,
244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. Ressalto que as penas acessórias estão previstas
em rol taxativo no art. 98 do CPM,
GABARITO: CERTO

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73. DPU - Defensor Público Federal – 2017 – CESPE À luz do direito penal militar,
julgue o item a seguir, relativo à suspensão condicional da pena, livramento condicional,
penas acessórias e extinção da punibilidade. O CP prevê prazo máximo para prescrição da
ação penal de vinte anos, assim como prevê o CPM para os crimes cometidos em tempo de
paz.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Realmente, no Código Penal comum, o prazo máximo para a
prescrição da ação penal é de 20 (vinte) anos. (Art. 109, inciso I, CP) Todavia, em relação
ao Código Penal Militar é preciso ter uma maior diligência. O art. 125, inciso II, do CPM,
também fixa 20 (vinte) anos como o prazo máximo para a prescrição da pretensão punitiva
para os delitos cometidos em tempos de paz. Ocorre que, nos crimes de deserção, a
prescrição pode ultrapassar esse prazo. É que o art. 132 do CPM estipula que “no crime de
deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, está só extingue a punibilidade quando
o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta”. Muita
atenção também com o art. 125, inciso I, que dispõe que a prescrição da ação penal
ocorrerá em 30 (trinta) anos, se a pena é de morte. Cuidado, porque a pena de morte
somente é aceitável em tempos de guerra e o enunciado da questão está exigindo os prazos
prescricionais para os delitos que foram realizados em tempos de paz.
GABARITO: ERRADO
74. DPU - Defensor Público Federal – 2017 – Cespe. À luz do direito penal militar, julgue
o item a seguir, relativo à suspensão condicional da pena, livramento condicional, penas
acessórias e extinção da punibilidade. Situação hipotética: Em tempo de paz, durante uma
instrução e na presença de outros militares, um soldado desrespeitou o sargento
responsável pela atividade, tendo sido processado, julgado e condenado a um ano de
detenção, por desrespeito a superior. Assertiva: Nessa situação, a execução da pena poderá
ser suspensa pelo período de dois anos, a depender dos antecedentes do infrator.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Por previsão expressa do art. 88, II, a, do CPM, não se admite a
suspensão condicional da pena em relação ao crime militar de desrespeito. Art. 88 do CPM
- A suspensão condicional da pena não se aplica: II - em tempo de paz: a) por crime contra
a segurança nacional, de aliciação e incitamento, de violência contra superior, oficial de
dia, de serviço ou de quarto, sentinela, vigia ou plantão, de desrespeito a superior, de
insubordinação ou de deserção.

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GABARITO: ERRADO
75. No que se refere aos crimes militares e às medidas de segurança adotadas nesses casos,
julgue o item subsecutivo. O CPM não admite medida de segurança patrimonial, como, por
exemplo, a interdição de sede de associação e o confisco.
Certo
Errado
Comentários: Errado! As medidas de segurança conforme o art. 110 do CPM podem ser
pessoais ou patrimoniais. Sendo patrimoniais, podem implicar em interdição de
estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou associação (art. 118, CPM),
ou ainda, em confisco (art. 119, CPM).
GABARITO: ERRADO
76. No que se refere aos crimes militares e às medidas de segurança adotadas nesses casos,
julgue o item subsecutivo. O militar que cometer homicídio contra outro militar dentro de
um quartel cometerá um crime propriamente militar, pois o ato terá sido praticado nessa
condição.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Em suma, crimes propriamente militares são aqueles que visam a
tutela de bens jurídicos exclusivos da vida militar como, por exemplo, a autoridade, a
disciplina e a hierarquia. Em regra, somente miliares poderão praticá-los, correspondendo a
ilícitos previstos apenas na legislação penal militar. De outro lado, são crimes
impropriamente militares os que tem como objeto de proteção interesses típicos da vida
militar se relacionando com outros bens jurídicos comuns a vida civil. São crimes previstos
tanto no Código Penal Militar quanto nas leis penais comuns, podendo ser praticados tanto
por civis quanto por militares. O fato narrado na questão, por todas as suas circunstâncias,
é um crime impropriamente militar que está previsto tanto no Código Penal Militar quanto
no Código Penal comum.
GABARITO: ERRADO
77. À luz do direito penal militar, julgue o item a seguir, relativo à suspensão condicional
da pena, livramento condicional, penas acessórias e extinção da punibilidade. O livramento
condicional de sargento, primário, condenado por crime militar contra o patrimônio estará
condicionado ao cumprimento de metade da pena, à reparação do dano, salvo
impossibilidade de fazê-lo, e a outros requisitos previstos na lei penal militar.
Certo
Errado

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Comentários: Certo! É o que prevê o art. 89 do CPM: Art. 89. O condenado a pena de
reclusão ou de detenção por tempo igual ou superior a dois anos pode ser liberado
condicionalmente, desde que:
I - Tenha cumprido:
metade da pena, se primário;
dois terços, se reincidente;
II - Tenha reparado, salvo impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pelo crime;
III - sua boa conduta durante a execução da pena, sua adaptação ao trabalho e às
circunstâncias atinentes a sua personalidade, ao meio social e à sua vida pregressa
permitem supor que não voltará a delinquir.
GABARITO: CERTO
78. São penas principais previstas no Código Penal Militar - CPM, EXCETO.
A. Exclusão das forças armadas.
B. Prisão.
C. Morte.
D. Detenção.
Comentários: De acordo com o artigo 98, inciso IV, do Código Penal Militar, a pena de
exclusão das Forças Armadas é uma pena acessória e não uma pena principal, como
solicitado pela questão. Letras B, C e D: por disposição expressa do artigo 55 do CPM, a
prisão, a morte e a detenção são penas principais.
GABARITO: A
Crimes militar em tempo de paz

79. “Praticar o militar ato de hostilidade contra país estrangeiro, expondo o Brasil a
perigo de guerra”, constitui o seguinte crime previsto no Código Penal Militar:
A. provocação a país estrangeiro.
B. violação de território estrangeiro.
C. hostilidade contra país estrangeiro
D. sobrevoo em local interdito.
E. turbação de país estrangeiro.
Comentários: O crime em questão é o de hostilidade contra país estrangeiro, tipificado pelo
art. 136.
GABARITO: C
80. O Motim se caracteriza quando reunirem-se militares ou assemelhados:
I. Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la.

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II. Recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando
violência.
III. Assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em
comum, contra superior.
IV. Ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, hangar,
aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles
locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência
a ordem superior.
A. Todas estão corretas.
B. Apenas II e IV estão incorretas.
C. Apenas I e IV estão corretas.
D. Todas estão incorretas.
Comentários: A questão traz quatro assertivas, que correspondem quase perfeitamente aos
quatro incisos do art. 149 do CPM. Minha única observação diz respeito à redação da
assertiva IV: a conduta tipificada é ocupar estes locais ou bens e utilizá-los para meio de
transporte para ação militar ou prática de violência em desobediência a ordem superior, ou
em detrimento da ordem ou da disciplina militar. A assertiva não mencionou a última frase
do inciso, e isso não a torna incorreta, mas quero chamar sua atenção para este caso, em
que é possível que haja o crime de motim mesmo sem a desobediência de uma ordem
superior direta.
GABARITO: A
81. Considere as seguintes situações hipotéticas.
I. Um agrupamento de militares armados, em concurso com civis, ocupou
estabelecimento militar em desobediência a ordem superior.
II. Reunidos, militares agiram contraordem recebida de superior, negando-se a cumpri-
la, todavia, sem a utilização de armamento.
Nesse caso, a situação I configura crime de revolta, sendo que os civis não ingressam na
relação jurídico-penal castrense, nem mesmo como coautores, e a situação II tipifica o
crime de motim, sendo elemento diferenciador entre as duas situações a existência de
armas.
Certo
Errado
Comentários: Lembra de quando eu disse a você que o Cespe segue a doutrina de Célio
Lobão e não considera possível a coautoria entre civis e militares no crime de motim? Pois

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bem, aí está a questão na qual me baseei. Lembre-se de que motim é crime cometido sem
armas, e revolta com armas.
GABARITO: CERTO
82. Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é irrelevante o
fato de o agente ter ou não conhecimento da condição de superior do outro militar atingido
e consciência de que está infringindo as regras de disciplina e a hierarquia militar.
Certo
Errado
Comentários: Falamos por diversas vezes que os crimes em que a ascendência hierárquica
faz parte do tipo somente podem ser cometidos se o criminoso tiver conhecimento da
relação hierárquica.
GABARITO: ERRADO
83. O Código Penal Militar incorpora dentre as figuras típicas, alguns delitos
inimagináveis na legislação comum. Em verdade, o rigor da hierarquia e da disciplina
predispõe que o policial militar tenha comportamentos irrepreensíveis em relação à
instituição e em relação aos seus superiores, pares e subordinados. Analise as afirmativas
abaixo:
I. Os crimes de Motim e Revolta se diferenciam se diferenciam em dois aspectos. No
Motim os militares que se reúnem decididamente não portam armas, enquanto na Revolta,
por serem utilizadas armas de fogo, a pena é aumentada em até um terço para os “cabeças”
ou líderes;
II. As penas aplicáveis aos crimes de Motim e Revolta são aumentadas em até um terço
se resultarem lesão corpora grave e em até dois terços se resultarem morte;
III. A disciplina militar determina que a violência praticada contra o Comandante é
considerada mais grave do que praticada contra outro superior qualquer.
Assinale a alternativa CORRETA.
A. Apenas a afirmativa III está correta.
B. Apenas a afirmativa II está correta.
C. As afirmativas I, II e III estão incorretas.
D. As afirmativas I, II e III estão corretas.
Comentários: A assertiva I está correta no que tange à utilização de armas. Por outro lado,
tanto no motim quanto na revolta a pena dos cabeças é aumentada em um terço. quanto à
assertiva II, não existem qualificadoras nos crimes de motim e revolta. A assertiva III está
correta em face da qualificadora prevista no §1º do art. 157 do CPM. O referido dispositivo

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trata do crime de violência contra superior, e qualificadora determina pena mais grave se o
superior agredido for comandante ou oficial general.
GABARITO: A
84. O crime de recusa de obediência (art. 163 do CPM) é espécie do gênero
insubordinação.
Certo
Errado
Comentários: O crime de recurso de obediência faz parte do capítulo V, intitulado “Da
insubordinação”. É importante que, além de compreender os crimes, você também tenha
uma boa ideia de como a parte especial do CPM está estruturada.
GABARITO: CERTO
85. O crime de violência contra superior somente se caracteriza como delito material com
a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do agente, tendo como bem jurídico tutelado
a integridade física do militar que exerce as funções de comando. Somente o militar em
atividade poderá ser autor desse delito.
Certo
Errado
Comentários: Vimos que, não só no delito de violência contra superior, mas em qualquer
dos crimes tipificados no COM que envolvam violência, é necessário que haja contato
físico, mas não é necessário que haja lesão decorrente da violência.
GABARITO: ERRADO
86. Considere a seguinte situação hipotética. O comandante de um batalhão do Exército,
após a prisão de um suboficial por policiais civis, determinou a invasão da delegacia de
polícia, a fim de livrar o suboficial da custódia, considerada, por esse, como irregular.
Apesar da determinação do superior, não houve aquiescência da tropa, que permaneceu
aquartelada sem sujeição às ordens do comandante. Nessa situação hipotética, a conduta do
comandante caracteriza a figura típica de movimentação ilegal de tropa e ação militar,
sendo indiferente o cumprimento ou não da ordem emanada.
Certo
Errado
Comentários: A questão é imprecisa quanto ao nome do crime, mas isto não faria com que
você errasse a questão, não é mesmo? Na realidade, o crime previsto no art. 169 é chamado
de operação militar sem ordem superior. Vimos na aula de hoje que movimento de tropa é
o seu deslocamento de um lugar a outro, enquanto ação militar é o emprego da tropa em

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finalidades planejadas. Também vimos que o crime está consumado quando o comandante
emite a ordem irregular, não sendo necessário que a tropa a dê cumprimento.
GABARITO: CERTO
87. Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado nas forças armadas e um
militar em serviço tenham-se recusado a obedecer a ordem do superior sobre assunto ou
matéria de serviço. Nessa situação, somente o militar é sujeito ativo do delito de
insubordinação, que é considerado crime propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo
na qualidade de coautor.
Certo
Errado
Comentários: O posicionamento mais recente é no sentido de que o civil não pode cometer
crimes propriamente militares na condição de coautor, mas somente como partícipe.
GABARITO: CERTO
88. Pedro e Paulo, tenentes da Polícia Militar, reuniram-se para espancar antigo desafeto.
Durante a agressão, os dois militares estavam de posse de pistolas de propriedade da
Polícia. Não se pode dizer, entretanto, que os dois tenentes praticaram crime de
organização de grupo para a prática de violência, pois para tal seria necessário que
houvesse pelo menos três militares reunidos.
Certo
Errado
Comentários: O tipo penal previsto no art. 150 do CPM é expresso quanto à quantidade de
pessoas necessárias para que o crime seja praticado: dois ou mais militares. Além disso,
eles precisam portar armamento ou material bélico quando praticam a violência.
GABARITO: ERRADO
89. (inédita). Juliano, Capitão do Exército Brasileiro, tem forte admiração pelo Major
Cláudio, em razão de ocasião em que este, demonstrando grande bravura, reuniu outros
militares para questionar os desmandos de um antigo comandante de sua unidade. Em
razão da convocação da reunião, o Major Cláudio foi peso, e, em solidariedade, o Capitão
Juliano pronunciou-se publicamente no quartel em sua defesa, enaltecendo seus feitos. O
Capitão Juliano, na situação em questão, praticou o crime de apologia de fato criminoso ou
do seu autor.
Certo
Errado
Comentários: A conduta do Major Cláudio é tipificada no art. 165 (Reunião Ilícita).
Quanto à conduta do Capitão Juliano, o militar que faz apologia à fato criminoso ou a seu

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autor incorre no crime de apologia, mencionado na questão. Lembre-se, porém, que a


apologia só é crime quando praticada em local sob administração militar.
GABARITO: CERTO
90. (inédita). No crime de violência contra superior, a utilização de arma é causa de
aumento de pena. Não é necessário, porém, que a arma seja efetivamente utilizada, mas
apenas que o agente esteja de posse dela.
Certo
Errado
Comentários: Na realidade a majorante aqui é a utilização de arma na prática de violência.
Se o ofensor apenas está de posse da arma, mas não a utiliza, portanto, não há que se falar
em aumento de pena.
GABARITO: ERRADO
91. Mariano, sargento da Polícia Militar da Paraíba, em momento de revolta motivado
pelo fracasso da campanha salarial dos policiais, rasgou e pisou na bandeira da Paraíba
diante da tropa. A conduta do Sargento Mariano constitui crime militar, a saber, o
desrespeito a símbolo nacional.
Certo
Errado
Comentários: Apenas a bandeira do Brasil é símbolo nacional, e não as bandeiras dos
estados. Lembre-se de que o tipo penal não pode ser aplicado ao caso em questão porque a
analogia não é permitida na lei penal militar.
GABARITO: ERRADO
92. O subordinado que se recusa a cumprir ordem emitida por superior hierárquico incorre
no crime de recusa de obediência, exceto se a ordem for ilegal, caso em que seu
descumprimento é justificável.
Comentários: O Direito Penal Militar rejeita o princípio da obediência cega: se a ordem for
ilegal, não é necessário cumpri-la.
GABARITO: CERTO
93. Considere que militares do Exército brasileiro, reunidos em alojamento militar,
tenham criado uma coreografia ao som de uma versão funk do Hino Nacional, além de
terem filmado a dança e divulgado o vídeo na Internet. Nessa situação, segundo
entendimento do Superior Tribunal Militar, a conduta dos militares não constitui crime de
desrespeito a símbolo nacional, devendo ser tratada, na esfera disciplinar, como brincadeira
desrespeitosa.
Certo

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Errado
Comentários: Esse foi um caso real, julgado pelo STM em 2013. O crime aqui cometido é
o tipificado no art. 161. Perceba que a conduta foi praticada dentro da organização militar,
o que nesse caso é elemento do tipo.
GABARITO: ERRADO
94. O art. 162 do Código Penal Militar (CPM) trata do crime de “Despojar-se de uniforme,
condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio”. Em relação à
pena e seu aumento, é CORRETO afirmar:
e. A pena é de reclusão, de um a dois anos. Se o fato é praticado durante solenidade
militar, a pena é aumentada de um terço.
f. A pena é de até seis meses de detenção. Se o fato é praticado diante da tropa, a pena é
aumentada da metade.
g. A pena é de detenção, de seis meses a um ano. Se o fato é praticado diante da tropa, ou
em público, a pena é aumentada da metade.
h. A pena é de seis meses de detenção. Se o fato é praticado diante da tropa, a pena é
aumentada de um terço. Comentários
A resposta é a letra C, uma vez que de acordo com o art. 162, caput e parágrafo único, do
Código Penal Militar, a pena para o crime de despojamento desprezível, é de detenção, de
seis meses a um ano. Contudo, caso o fato seja praticado diante da tropa ou em público, a
pena será aumentada da metade.
GABARITO: C
95. No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença irrecorrível, acarreta a
extinção da punibilidade do agente, tanto no CP como no CPM.
Certo
Errado
Comentários: A extinção da punibilidade neste caso está prevista tanto no art. 303, §4º,
quanto no art. 123, VI. Lembre-se, porém, de que esta hipótese apenas é aplicável ao de
peculato culposo.
GABARITO: CERTO
96. O crime militar de corrupção passiva não tipifica a conduta de solicitar para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em
razão dela, vantagem indevida, nem a conduta de aceitar promessa de tal vantagem.
Certo
errado

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Comentários: O art. 308 do CPM não tipifica a conduta de “solicitar”, mas a conduta de
“aceitar promessa” está prevista no tipo penal militar.
GABARITO: ERRADO
97. As causas extintivas de punibilidade, previstas na parte geral do CPM, incluem a
reabilitação, o ressarcimento do dano no peculato culposo e o perdão judicial.
Certo
Errado
Comentários: Esta questão não é exatamente sobre o crime de peculato, mas serve para que
eu possa enfatizar a importância de conhecer o conteúdo dos parágrafos do art. 303 do
CPM. A assertiva está errada porque o art. 123 do CPM não menciona o perdão judicial.
GABARITO: ERRADO
98. É considerado insubmisso o brasileiro, do sexo masculino que, tendo sido convocado
para prestar serviço militar, não comparece ao local designado para a incorporação. Aquele
que comparece e ausenta-se antes do ato oficial pratica a forma qualificada do crime de
insubmissão.
Certo
Errado
Comentários Tanto o que não comparece ao local designado quanto aquele que comparece
e ausenta-se antes do ato oficial de incorporação incorrem no crime de insubmissão. Este
crime não tem forma qualificada, mas apenas um caso assimilado, previsto no §1º do art.
183.
CASO ASSIMILADO: § 1º Na mesma pena incorre quem, dispensado temporariamente da
incorporação, deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento.
Adicionalmente, chamo sua atenção para duas hipóteses de diminuição de pena, aplicáveis
quando o insubmisso não tinha perfeita compreensão acerca dos atos de incorporação, ou
quando o criminoso se apresenta voluntariamente.
GABARITO: ERRADO
99. O jovem do sexo masculino que, no ano em que completa dezoito anos de idade, deixa
de apresentar-se para seleção do contingente das forças armadas, não comete crime militar,
mas apenas irregularidade administrativa.
Certo
Errado
Comentários Este jovem é chamado de refratário. Também comete ilícito administrativo
aquele que se apresenta, mas não completa o processo de seleção.
GABARITO: CERTO

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100.Aquele que simula incapacidade física para ser dispensado fraudulentamente do


serviço militar obrigatório comete crime capitulado no Código Penal Militar. Todavia, se o
agente sofre lesão real, ainda que por ele provocada, não haverá crime, uma vez que o
Direito Penal não pune a autolesão.
Certo
Errado
Comentários Nesta hipótese estamos diante do crime de criação ou simulação de
incapacidade física. Perceba que a criação da incapacidade também faz parte do tipo, sendo
possível neste caso, a título de exceção, a punição da autolesão.
GABARITO: ERRADO
101.A pessoa que concede abrigo ou emprega insubmisso comete crime o crime militar de
favorecimento a convocado. Todavia, se esta pessoa for ascendente, descendente, cônjuge
ou irmão do criminoso, ficará isento de punição.
Certo
Errado
Comentários Este é o teor do art. 186 do CPM. Chamo sua atenção para o fato de que a
assertiva menciona o insubmisso, mas na realidade o tipo menciona todos os crimes
previstos no Capítulo I: • Insubmissão; • Criação ou simulação de incapacidade física; e •
Substituição de convocado.
GABARITO: CERTO
102.A deserção é crime permanente, crime praticado pelo militar que se afasta sem licença
do local em que desempenha suas atividades. Este crime, entretanto, apenas se consuma
com a decorrência de pelo menos oito dias contados da primeira ausência, sendo este prazo
conhecido como período de graça.
Certo
Errado
Comentários Por meio desta assertiva podemos relembrar vários aspectos do crime de
deserção: é um crime permanente, a conduta tipificada é o afastamento sem licença do
militar do serviço por MAIS DE oito dias, sendo este ínterim conhecido como período de
graça.
GABARITO: ERRADO
103.Ao militar que é transferido é normalmente concedido período de trânsito, ao fim do
qual deve apresentar-se na unidade militar de destino. Se o militar não se apresenta na data
determinada, estará configurado o crime de deserção.
Certo

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Errado
Comentários reste bastante atenção aos detalhes. É verdade que pode haver deserção nesta
situação. Entretanto, neste caso também haverá período de graça. Apenas haverá deserção
após a decorrência do prazo de oito dias contados da data em que o militar deveria ter se
apresentado na unidade de destino. O período de graça apenas não existe no caso da
deserção especial (art. 190). Gostaria também que você relembrasse as demais hipóteses de
casos assimilados à deserção.
CASOS ASSIMILADOS
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - Não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou
férias; II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias,
contados daquele em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é
declarado o estado de sítio ou de guerra;
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV - Consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando
incapacidade.
GABARITO: ERRADO
104.(inédita). Jurandir é policial militar designado para realizar patrulha em determinado
bairro. Caso Jurandir se ausente sem autorização antes de concluir o serviço, terá cometido
o crime de abandono de posto.
Certo
Errado
Comentários Este é um dos exemplos citados pela Doutrina quando trata do crime de
abandono de posto. Chamo sua atenção para o fato de que neste crime não é necessário que
haja um local físico determinado em que o militar esteja desempenhando suas funções.
Neste caso a conduta se enquadra na hipótese de abandono de serviço, também prevista no
art. 195 do CPM.
GABARITO: CERTO
105.(inédita). O militar que se apresenta embriagado para o serviço comete o crime
capitulado no art. 202 do CPM, independentemente do tipo de droga utilizada, e ainda que
sua embriaguez seja decorrente de caso fortuito ou força maior.
Certo
errado
Comentários A embriaguez pode resultar da utilização de várias drogas diferentes. Para a
configuração do delito, é irrelevante o tipo de entorpecente utilizado. Entretanto, se a

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embriaguez resultar de caso fortuito ou força maior, estaremos diante da chamada


“embriaguez involuntária”, que é excludente de culpabilidade.
GABARITO: ERRADO
106.(inédita). O oficial que adquire ações de sociedade empresarial comete crime, pois o
exercício de comércio por oficial é vedado.
Certo
errado
Comentários O exercício de comércio por oficial é, em regra, proibido. O mesmo se aplica
ao oficial que toma parte na administração ou gerência de sociedade comercial ou dela
participa. Há, entretanto uma exceção: a aquisição de cotas ou ações de sociedade anônima
ou cotas de responsabilidade limitada.
GABARITO: ERRADO
107.Pedro, tenente da Polícia Militar, profere palavras desrespeitosas, questionando a
autoridade do Tenente- Coronel Márcio, comandante de sua unidade militar. Neste caso
haverá crime de desacato a superior, ainda que Márcio não esteja presente na ocasião.
Comentários: A Doutrina majoritária entende que apenas há crime de desacato quando o
superior está presente. Não é necessário, entretanto, que o desrespeito ocorra “face a face”,
mas somente que o superior perceba a ofensa. É possível que haja, por exemplo, desacato
quando a atitude desrespeitosa ocorrer por meio de videoconferência. Lembre-se também
de que a pena por desacato a superior é agravada se o superior é oficial general ou o
comandante da unidade.
GABARITO: ERRADO
108.Comete crime o militar que emite cheque sem suficiente provisão de fundos em favor
de outro militar.
Certo
Errado
Comentários A emissão de cheque sem fundos é crime nas seguintes circunstâncias:
quando o cheque for emitido por um militar em favor de outro militar, ou quando o fato
atentar contra a administração militar, nos termos do art. 313 do CPM.
GABARITO: CERTO
109.(inédita). O responsável por procedimentos relacionados ao alistamento militar e
convocação que, por negligência, deixa de incluir qualquer nome em lista, comete crime
militar.
Certo
Errado

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Comentários Este é um exemplo do tipo penal de não inclusão de nome em lista. NÃO
INCLUSÃO DE NOME EM LISTA Art. 323. Deixar, no exercício de função, de incluir,
por negligência, qualquer nome em relação ou lista para o efeito de alistamento ou de
convocação militar: Pena - detenção, até seis meses.
GABARITO: CERTO
110.A respeito dos crimes militares em tempo de paz, julgue o item subsequente. Comete
crime propriamente militar o cidadão alistado para o serviço militar que, convocado à
incorporação, apresenta-se dentro do prazo, mas ausenta-se antes do ato oficial de
incorporação.
Certo
Errado
Comentários Certo! Em suma, crimes propriamente militares são aqueles que visam a
tutela de bens jurídicos exclusivos da vida militar como, por exemplo, a autoridade, a
disciplina e a hierarquia. Em regra, somente miliares poderão praticá-los, correspondendo a
ilícitos previstos apenas na legislação penal militar. De outro lado, são crimes
impropriamente militares os que tem como objeto de proteção interesses típicos da vida
militar se relacionando com outros bens jurídicos comuns a vida civil. São crimes previstos
tanto no Código Penal Militar quanto nas leis penais comuns, podendo ser praticados tanto
por civis quanto por militares. Exemplo clássico seria o furto, que por ter sido cometido
por um militar ou em determinado local de proteção militar passa a ser classificado como
crime impropriamente militar. Na questão, temos a configuração do ilícito de insubmissão,
crime propriamente militar que encontra previsão no art. 183 do CPM. art. 183. Deixar de
apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou,
apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação: Pena - impedimento, de
três meses a um ano.
GABARITO: CERTO
111.Acerca da aplicação da lei penal militar, dos crimes militares e da aplicação da pena
no âmbito militar, cada um do item que se segue apresenta uma situação hipotética,
seguida de uma assertiva a ser julgada. Hélio, que é soldado, desertou e, antes de ele se
apresentar ou ser capturado, o CPM foi alterado para aumentar a pena do crime de
deserção. Nessa situação, caso seja capturado futuramente, Hélio estará sujeito à nova
pena.
Certo
Errado

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Comentários Certo! Prevalece na doutrina e jurisprudência militar que a deserção é um


crime permanente, e sendo assim, a ele se aplica a súmula n° 711 do STF. Vejamos:
Súmula n. 711-STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Em suma, o crime permanente é aquele em que o momento da sua consumação se prolonga
no tempo por vontade do agente, logo, enquanto o desertor não for capturado ou não se
apresentar voluntariamente, o crime está em consumação. O que a súmula está dizendo é o
seguinte: se lei penal mais grave (ex.: lei que aumenta pena) entrar em vigor antes da
cessação da permanência, ou seja, antes do desertor se apresentar ou for capturado, ela que
será o diploma legal a reger a conduta do agente infrator. Por sua vez, se a lei penal mais
grave entrar em vigor após a cessação da permanência, isto é, após o desertor se apresentar
ou for capturado, não será aplicada, pois lei penal mais grave não pode retroagir.
GABARITO: CERTO
112.A respeito dos crimes militares em tempo de paz, julgue o item subsequente. Situação
hipotética: Durante a formatura em determinada unidade militar, na presença da tropa, um
sargento desacatou o comandante da subunidade a qual pertencia. Assertiva: Nessa
situação, a pena prevista para o crime de desacato a superior será agravada em razão da
pessoa ofendida. Comentários Errado! Pela literalidade do art. 298, parágrafo único, do
CPM, o crime de desacato somente terá a pena agravada quando a ofensa for dirigida a
oficial general ou comandante da unidade a que pertence o agente ofensor. No caso, o
sargento desacatou comandante da subunidade a qual pertencia. Olha o que diz o
dispositivo legal: Art. 298. Desacatar superior, atendendo-lhe a dignidade ou o decoro, ou
procurando deprimir lhe a autoridade: Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não
constitui crime mais grave. Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é oficial
general ou comandante da unidade a que pertence o agente.
GABARITO: ERRADO
113.Sobre a deserção, nos termos do Código Penal Militar, analise as assertivas abaixo, e
marque a alternativa CORRETA.
I. O crime de deserção se consuma quando o militar se ausenta da unidade em que serve
por oito dias.
II. Tanto o oficial como a praça têm a mesma pena cominada quando cometerem a
referida infração penal.
III. Se uma praça deixar de proceder contra desertor, sabendo onde este se encontra,
cometerá o crime de omissão de militar.

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IV. Um tio que der asilo a seu sobrinho, que é militar desertor, cometerá o crime de
favorecimento a desertor.
i. Somente 01 (uma) alternativa é falsa.
j. Somente 02 (duas) alternativas são verdadeiras.
k. Todas são verdadeiras.
l. Somente 01 (uma) alternativa é verdadeira.
Comentário: A resposta é a letra D. Somente o item IV está correto. Analisemos cada
alternativa: Item I: errado! Pela redação do art. 187 do Código Penal Militar, o crime de
deserção se consuma quando o militar se ausenta da unidade em que serve por MAIS de
oito dias. Item II: errado! Nos termos do art. 187 do Código Penal Militar, no crime de
deserção a pena do oficial é agravada. Item III: errado! O crime de omissão oficial é
cometido por oficial e não por praça como diz a alternativa (art. 194 do Código Penal
Militar). Item IV: correto! De acordo com o art. 193 do Código Penal Militar, configura o
crime de favorecimento a desertor “dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou
proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte ou meio de ocultação, sabendo ou tendo
razão para saber que cometeu qualquer dos crimes” previstos no Capítulo de Deserção.
GABARITO: D
Crimes militares contra a pessoa
patrimônio e adm. militar
114.Fraudar o cumprimento de decisão da Justiça Militar caracteriza o crime militar de
fraude processual.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, este é o crime de desobediência à decisão judicial
art. 349 do CPM.
115.Ano: 2016, Banca: VUNESP, Órgão: TJM-SP, Prova: Juiz de Direito Provocar a ação
da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, só
caracterizará o crime militar de “comunicação falsa de crime” se o autor da conduta sabe
que o crime comunicado não se verificou.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está correta, o crime de comunicação falsa de crime consiste em
provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição
militar, que sabe não se ter verificado. (Art. 344).

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116.Acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar, praticado por


outrem, é fato atípico no âmbito penal militar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, autoacusação falsa é crime previsto no art. 345 do
CPM. Este crime consiste em acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição
militar, inexistente ou praticado por outrem.
117.O militar que se acusar, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição militar,
inexistente, não incorre em crime em virtude da atipicidade da sua conduta.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, autoacusação falsa é crime previsto no art. 345 do
CPM. Este crime consiste em acusar-se, perante a autoridade, de crime sujeito à jurisdição
militar, inexistente ou praticado por outrem.
118.Provocar a ação da autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime sujeito à
jurisdição militar, que sabe não se ter verificado, caracteriza o crime militar de
denunciação caluniosa.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, o crime é o de Comunicação falsa de crime previsto
no art. 344 do CPM. Este crime consiste em provocar a ação da autoridade, comunicando-
lhe a ocorrência de crime sujeito à jurisdição militar, que sabe não se ter verificado.
119.Julgue se a alternativa indica um crime propriamente militar, de acordo com a
denominada Teoria Clássica. Dano em navio de guerra ou mercante em serviço militar (art.
263 do Código Penal Militar).
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, o crime de dano é crime impropriamente militar e
pode ser perpetrado por qualquer pessoa. É crime que admite a tentativa por ser
plurissubsistente, além disso os crimes de dano simples, dano atenuado e dano qualificado
são admitidos apenas na forma dolosa.
120.Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: TJ-MS, Prova: Juiz Substituto Se o agente
consuma o homicídio, mas não obtém êxito na subtração de bens da vítima por
circunstâncias alheias à sua vontade, responderá por crime de homicídio qualificado
consumado.

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Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, estamos aqui diante do crime de latrocínio. Aqui
cabe destacar o crime de latrocínio previsto no §3º do art. 242. É importante destacar que
ocorrendo a morte dolosa em decorrência da violência, estaremos diante do tipo penal de
latrocínio, já no caso de ocorrer a morte dolosa em decorrência da ameaça do emprego de
violência, estaríamos diante de um concurso de crimes (roubo simples + homicídio
doloso), o que resulta numa pena mais grave, decorrente de uma conduta menos gravosa. É
irrelevante se a lesão patrimonial deixa de consumar-se.
121.Ao furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa,
ou com abuso de confiança, mediante emprego de chave falsa ou por concurso de duas ou
mais pessoas não se aplicam a atenuante do pequeno valor da coisa e a causa de
diminuição de pena pela restituição do bem, pois há maior desvalor da ação.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, é qualificado o furto se é praticado: com destruição
ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança ou mediante
fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa ou mediante concurso de duas
ou mais pessoas. Neste caso é possível a aplicação da atenuante do §2º do art. 240 que diz
respeito à atenuação pela reparação do dano ou restituição da coisa antes do recebimento
da denúncia, por força do §7º deste mesmo dispositivo.
122.Em determinada missão militar de treinamento, foram utilizados diversos aparelhos de
localização por satélite, de propriedade das Forças Armadas, sob a supervisão e vigilância
do sargento Z, responsável pela instrução. No fim do dia, depois de cumprida a missão, no
momento da restituição dos equipamentos, o soldado X manteve em seu poder o
equipamento que lhe fora entregue para a o exercício, tendo, em conluio com o soldado F,
falsificado de forma grosseira a assinatura do sargento M, responsável pelo recebimento do
patrimônio, na guia de restituição de patrimônio. Ao conferir todos os bens utilizados, o
diligente militar imediatamente percebeu a ausência do equipamento em questão e a
falsificação de sua assinatura no documento. Prontamente, ele comunicou o fato ao oficial
responsável pela missão, que ordenou a revista em todos os militares participantes da
instrução. O equipamento foi, então, encontrado na mochila do soldado X. Este, por sua
vez, confessou o fato e disse que pretendia apenas utilizar o equipamento em uma trilha
particular e que o restituiria logo em seguida. O soldado F declarou ter assinado o
documento a pedido do soldado X, por ter a letra parecida com a do sargento M, mediante

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a promessa de ser posteriormente compensado pelo auxílio. O bem foi avaliado em mil e
duzentos reais. O crime perpetrado pelos militares foi o de furto qualificado mediante
fraude e concurso de agentes, na forma tentada.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está correta. É qualificado o furto se é praticado: com destruição
ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança ou mediante
fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa ou mediante concurso de duas
ou mais pessoas.
123.De acordo com preceito expresso do CPM, o furto praticado contra o patrimônio da
fazenda nacional é sempre qualificado, o que não afasta, por si só, a possibilidade de
incidência do privilégio em razão do pequeno valor da coisa subtraída e o arrependimento
posterior consistente na reparação do dano ou restituição do bem.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está correta, importante notar aqui que o Código Penal Militar
preferiu restringir esta qualificadora à afetação do patrimônio da Fazenda Nacional e não à
Fazenda Pública. A pena cominada ao crime será de reclusão de dois a seis anos, podendo
também ser aplicadas as atenuantes dos §§ 1º e 2º do art. 240.
124.Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito A agravante
decorrente do furto perpetrado no período noturno não se encontra prevista de forma
expressa no CPM. O escopo de legislador na norma penal comum foi proteger a casa onde
repousa o indivíduo, não se aplicando, portanto, tal agravante à pena pelo furto de
patrimônio sob a administração militar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, este crime não só está previsto no CPM como é
tratado de maneira mais rígida que no Código Penal comum que prevê o aumento de pena
durante o repouso noturno (22h às 6h). Repouso noturno não se confunde com noite. Noite
se configura como o período entre o pôr do sol e o amanhecer. No Código Penal Militar,
portanto, a qualificadora ocorrerá simplesmente pelo fato do delito ter sido cometido
durante o período noturno.
125.CPM não admite a figura do furto qualificado-privilegiado.
Certo
Errado

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Comentário: A assertiva está incorreta, no Código Penal Militar há diversas formas de


formas qualificadas do furto. Vale ainda destacar (Art. 240, §7º) que embora o crime se
encaixe em hipóteses de agravação isso não impede a aplicação de atenuantes, existindo,
portanto, o crime de furto qualificado-privilegiado.
126.Ano: 2013, Banca: CESPE Órgão: STM, Prova: Juiz de Direito Extinguir-se-á a
punibilidade do crime de furto simples se o criminoso, sendo primário, restituir a coisa ao
seu dono ou reparar o dano causado, antes de instaurada a ação penal.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, outra hipótese de atenuação se dá no caso em que o
criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de
instaurada a ação penal. (Art. 240)
127.Em relação ao crime de furto, o CPM admite que incida o arrependimento posterior,
com a substituição da pena de reclusão pela de detenção ou a sua diminuição de um a dois
terços, ou, ainda, que se considere a infração como disciplinar, desde que o agente seja
primário e, antes de instaurada a ação penal, restitua a coisa ao seu dono ou repare o dano
causado. Nesse caso, para a incidência da causa de diminuição de pena ela reparação ou
restituição do bem, não se levará em consideração o valor do bem subtraído, sendo
admitida, de forma diversa do CP, a extensão desse benefício ao coautor e ao partícipe, por
se tratar de circunstância de natureza objetiva.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, outra hipótese de atenuação se dá no caso em que o
criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono ou repara o dano causado, antes de
instaurada a ação penal. (Art. 240). Esta causa de diminuição leva em consideração o valor
do bem subtraído. Vejamos a redação do §1º: Furto atenuado § 1º Se o agente é primário e
é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar.
Entende-se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto
salário-mínimo do país.
128.Tratando-se do crime de furto, se o agente for primário e for de pequeno valor a coisa
furtada, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a
dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Para esse fim, entende-se como
pequeno o valor que não exceda a quantia mensal correspondente ao mais alto salário-
mínimo do país.

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Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, vejamos a redação do §1º: Furto atenuado § 1º Se o
agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como
disciplinar. Entende-se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do
mais alto salário-mínimo do país.
129.No sentenciamento do agente que tiver praticado crime de furto, se o valor do bem não
exceder ao décuplo o valor do salário-mínimo vigente no país, o juiz poderá diminuir a
pena de um a dois terços, podendo, ainda, deixar de aplicar a pena e conceder o perdão
judicial, considerando o fato apenas como infração disciplinar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, nesta alternativa o examinador fala em perdão
judicial. Há apenas uma modalidade de perdão judicial no CPM, que é na receptação
culposa. Além disso, décuplo é diferente de décimo. Décuplo significa 10x mais diferente
do que a lei propõe (1/10). Vejamos A Redação Do §1º: Furto atenuado § 1º Se o agente é
primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela
de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar.
Entende-se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do mais alto
salário-mínimo do país.
130.São constitui crime militar a subtração de coisa alheia móvel para fim de uso
momentâneo, desde que seja imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se achava.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, este crime tem como conduta nuclear “subtrair”, ou
seja, tirar, tomar, sacar sem o conhecimento e consentimento da vítima, invertendo-se a
posse da coisa. Essa subtração deve ser de coisa alheia móvel e deve ter o propósito de
permanecer com a coisa, ainda que temporariamente, ou entregá-la a outra pessoa. Não
configura o delito de furto simples a subtração momentânea com ânimo de devolução
imediata, este se chama furto de uso, fato atípico no Direito Penal comum e crime
autônomo no Código Penal Militar. O furto de uso está tipificado no Código Penal Militar
(art. 241), estando José sujeito a uma pena de detenção até seis meses, sendo aumentada da
metade por ter sido a coisa furtada veículo motorizado.

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131.No crime de furto de uso, se a coisa infungível é subtraída para fim de uso
momentâneo, e, a seguir, vem a ser imediatamente restituída ou reposta no lugar onde se
achava, responderá o agente por pena de detenção de até seis meses e pagamento de trinta
dias-multa.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, este crime tem como conduta nuclear “subtrair”, ou
seja, tirar, tomar, sacar sem o conhecimento e consentimento da vítima, invertendo-se a
posse da coisa. Essa subtração deve ser de coisa alheia móvel e deve ter o propósito de
permanecer com a coisa, ainda que temporariamente, ou entregá-la a outra pessoa. Não
configura o delito de furto simples a subtração momentânea com ânimo de devolução
imediata, este se chama furto de uso, fato atípico no Direito Penal comum e crime
autônomo no Código Penal Militar. O furto de uso está tipificado no Código Penal Militar
(art. 241), estando José sujeito a uma pena de detenção até seis meses, sendo aumentada da
metade por ter sido a coisa furtada veículo motorizado.
132.Sargento que, valendo-se da facilidade que lhe proporcionava o fato de ser responsável
pela sala de meios da Organização Militar, se utiliza de computador ali existente, copiando
fotos pornográficas de revistas e digitando textos de igual conteúdo, produzindo panfletos
pornográficos, que eram impressos no local e mantidos em armário pessoal do graduado,
comete o crime de escrito ou objeto obsceno (CPM, art. 239).
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está correta, escrito ou objeto obsceno: O sujeito ativo deste crime
pode ser tanto o militar (reformado, da reserva, da ativa, etc.) quanto o civil, este último
restrito à esfera federal em face das limitações constitucionais no que concerne as Justiças
Militares Estaduais. Este crime deve ser cometido em local sujeito à administração militar
através da produção, distribuição, venda, exposição à venda, exibição, aquisição ou ter em
depósito para o fim de venda, distribuição ou exibição, livros, revistas, escritos, pinturas,
gravuras, imagens, desenhos ou qualquer objeto de caráter obsceno.
133.Um policial militar, da ativa, que, durante deslocamento de uma viatura ônibus, retira
seu órgão genital para fora da farda, exibindo-o aos demais militares presentes no ônibus,
pratica o crime militar de “ato obsceno” por encontrar-se em lugar sujeito à administração
militar.
Certo
Errado

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Comentário: A assertiva está correta, do ato obsceno: Busca tutelar o pudor público, a
moral pública que é violada quando da prática do ato obsceno. É importante notar, também
que, diferentemente do que dispõe o art. 233 do Código Penal Comum, o art. 238 do
Código Penal Militar não contém na descrição típica o local público, mas sim o local
sujeito à administração militar, no caso o ônibus de propriedade da PM.
134.A simples condição de oficial, quando da prática de qualquer dos crimes sexuais,
resulta na incidência da causa de aumento de pena, pela metade, com a consequente
sujeição do agente à declaração de indignidade para o oficialato.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta O art. 237 indica que a condição de oficial, quando
da prática de qualquer dos crimes sexuais, é considerada uma agravante e não indica que o
aumento seria de metade da pena.
135.Constitui crime militar a prática de ato libidinoso em lugar sujeito a administração
militar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta, para a configuração deste crime é necessário que
sempre participem dele dois ou mais sujeitos sendo pelo menos um deles militar da ativa
em lugar sujeito à administração militar. Não necessita ser em público, mas apenas no
interior de lugar sob a Administração Militar.
136.Um Soldado da Polícia Militar que, em serviço de policiamento, dolosamente ofende a
integridade corporal de um civil terá praticado o crime comum de lesão corporal.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta estamos aqui falando do crime militar de lesão
corporal já que praticado por militar. O delito pode ser cometido tanto por militar da ativa
(federal ou estadual) ou ainda pelo militar inativo, ou mesmo pelo civil. O sujeito passivo é
a pessoa atingida pela conduta, que pode ser civil ou militar.
137.Em se tratando do crime de ameaça, só haverá caracterização de delito militar se a
motivação da ameaça decorrer de razões referentes a serviço de natureza militar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta Ameaça: Este crime tem idêntica tipificação no
Código Penal comum, em seu art. 147, sendo praticado por quem procura incutir medo

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através da palavra, escrito ou gesto, prometendo à vítima que lhe fará mal injusto e grave.
Essa comunicação pode ser endereçada à própria vítima ou mesmo a outra pessoa com a
qual ela tenha especial cuidado. O mal prometido deve ser verossímil, ou seja, deve ser
possível perpetrá-lo. A lesividade da conduta está justamente na possibilidade de a ameaça
vir a ser perpetrada, resultando num posterior crime. A motivação da ameaça só é
importante para fins de aumento de pena, mas não é elemento do tipo penal. O Código
Penal Militar traz ainda, no parágrafo único do art. 223, uma causa especial de aumento de
pena que não existe na legislação penal comum: a pena será aumentada em um terço se a
ameaça for motivada por fato referente ao serviço de natureza militar.
138.O Sargento reformado da Polícia Militar que, mediante processo técnico, viola o
direito à intimidade pessoal de uma Soldado da Polícia Militar, da ativa, filmando-a nua no
interior da residência desta comete o crime de “violação de recanto”.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta Só é crime militar, como já dissemos se praticado
por militar da ativa contra militar da ativa, o que, inclusive, reforça o caráter de assunto
particular, não vinculado ao serviço, para que se caracterize o crime e mostra que há crimes
militares de militar contra militar, mesmo que nada tenha a ver com o serviço.
139.Todos os crimes sexuais atentam contra a liberdade sexual da vítima, por violarem o
direito desta de dispor do próprio corpo e de escolher livremente seus parceiros.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta. Na realidade há crimes sexuais que não tem
possuem uma vítima direta, ou seja, violam apenas a disciplina militar, como exemplo:
Escrito ou Objeto Obsceno (239).
140.A figura do estupro passou a punir o constrangimento de alguém (homem ou mulher),
mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que
com ele se pratique outro ato libidinoso (que anteriormente caracterizava o atentado
violento ao pudor), revogando o art. 233 do Código Penal Militar.
Certo
Errado
Comentário: A assertiva está incorreta. Primeiramente temos que o Código Penal Militar
descreve no art. 232 o crime de estupro como "Constranger mulher a conjunção carnal,
mediante violência ou grave ameaça". Até o ano de 2009, antes de vigorar a Lei n. 12.015,
de 07/08/2009, o crime tinha a mesma definição tanto no Código Penal comum quanto no

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Código penal Militar. Dessa forma, a citada lei alterou o texto do art. 213 do Código Penal
comum para "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso". Com a nova
redação para o crime comum tanto o agente quanto a vítima pode ser homem ou mulher e a
prática do ato não se restringe mais à conjunção carnal, pois inclui outro tipo de ato
libidinoso. Essa lei, ao revogar o art. 214 do Código Penal comum, que previa o crime de
atentado violento ao pudor, incorporou ao artigo do crime de estupro o termo “outro ato
libidinoso”, que antes da lei caracterizava atentado violento ao pudor. Já no Código Penal
Militar o crime de estupro continua com a mesma redação, tendo como sujeito ativo
somente o homem, sujeito passivo mulher, e a consumação se dá mediante conjunção
carnal. Não houve revogação do crime no Código Penal Militar, que continua com a
mesma redação.

Crimes militares em tempo de guerra


141.Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra:
A. os crimes praticados por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra
militar na mesma situação ou assemelhado.
B. os crimes praticados por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar
sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado,
ou civil.
C. os crimes praticados por militar durante o período de manobras ou exercício, contra
militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil.
D. os crimes praticados por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o
patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar.
E. os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos no Código
Penal Militar, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território
estrangeiro, militarmente ocupado.
Comentários: Esta questão cobra do candidato conhecimento acerca do art. 10 do CPM, e
ao mesmo tempo tenta fazer você confundir crimes militares em tempo de guerra com a
definição de crimes militares. Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de
guerra:
Os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra;
I. Os crimes militares previstos para o tempo de paz;
II. Os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei
penal comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: em território

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nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; em qualquer lugar, se comprometem ou


podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de qualquer
outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la a perigo;
III. Os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste
Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território
estrangeiro, militarmente ocupado.
GABARITO: E
142.Oficial – 2015 – EB (adaptada). Se, em tempo de guerra, o Capitão-Tenente John, da
Marinha, num acampamento localizado na capital do país inimigo, já conquistada e
ocupada por tropas brasileiras, espanca o Marinheiro Star para obter confissão de um furto
que teria sido realizado no acampamento, estará praticando um crime militar de tortura.
Comentários: Todo crime previsto no CPM ou no CP, quando praticado em zona de
efetivas operações militares ou em território estrangeiro militarmente ocupado será
considerado crime militar, nos termos do art. 10, IV.
GABARITO: CERTO
143.Sobre o Código Penal Militar, analise as afirmativas abaixo.
I. Diz-se crime praticado na presença do inimigo, quando praticado em território
estrangeiro.
II. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra, dentre outros, os crimes
militares previstos para o tempo de paz.
III. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as
penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de metade.
IV. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a
declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização, se
nele estiver compreendido aquele reconhecimento, e termina quando ordenada a cessação
das hostilidades.
Estão corretas apenas as afirmativas
A. I e III.
B. I e IV.
C. II e III.
D. II e IV.
Comentários: A assertiva I está incorreta porque, segundo o art. 25 do CPM, se diz crime
praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivas operações
militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. A assertiva III está incorreta

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porque o aumento na pena em razão de o crime ser praticado em tempo de guerra é de um


terço.
GABARITO: D
144.Um crime de porte ilegal de arma, que não é previsto no Código Penal Militar, se
praticado em território estrangeiro militarmente ocupado pelo Brasil é considerado crime
militar em tempo de guerra.
Certo
Errado
Comentários: Uma das hipóteses de caracterização dos crimes militares em tempo de
guerra é justamente a de crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não
previstos no CPM, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em
território estrangeiro, militarmente ocupado.
GABARITO: CERTO
145.Os crimes militares previstos para o tempo de paz são considerados crimes militares
para o tempo de guerra.
Comentários: Perfeito! Na aula de hoje estudamos diversos crimes que encontram previsão
tanto para o tempo de paz quanto para o tempo de guerra. Além desses há uma previsão
genérica de que qualquer crime militar em tempo de paz também será crime quando
praticado em tempo de guerra, com acréscimo de um terço na pena inicialmente prevista.
GABARITO: CERTO
146.De acordo com o Código Penal Militar (CPM), assinale a opção que NÃO apresenta
crimes militares em tempo de guerra.
A. Os especialmente previstos no CPM para o tempo de guerra.
B. Os crimes militares previstos para o tempo de paz.
C. Os crimes previstos no CPM, embora também o sejam com igual definição na lei penal
comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente, em território
estrangeiro militarmente desocupado.
D. Os crimes previstos no CPM, embora também o sejam com igual definição na lei penal
comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente, em qualquer lugar, se
comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares
ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou podem expô-la
a perigo.
E. Os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos no CPM,
quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado.

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Comentários: O erro está na alternativa C. Poderia até passar despercebido, mas a banca
trocou “ocupado” por “desocupado”, referindo-se ao território de país estrangeiro. Esse
pequeno detalhe tornou a alternativa incorreta.
GABARITO: C
147.Com relação aos crimes militares em tempo de guerra, julgue o próximo item. Em
tempo de guerra, há previsão de pena de morte para crime cometido contra o patrimônio.
Certo
Errado
Comentários: Certo! Nos termos do art. 383 do Código Penal Militar, aquele que, em
tempos de guerra, praticar ou tentar praticar os crimes de dano em material ou
aparelhamento de guerra (art. 262), dano em navio de guerra ou em navio mercante em
serviço militar (art. 263) e o de dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em
estabelecimentos militares (art. 264), visando beneficiar inimigo ou comprometendo ou
podendo comprometer a preparação, a eficiência ou as operações militares, será submetido
a pena de morte ou de reclusão de 20 (vinte) anos. Nestes termos: Art. 383. Praticar ou
tentar praticar qualquer dos crimes definidos nos arts. 262, 263, §§ 1º e 2º, e 264, em
benefício do inimigo, ou comprometendo ou podendo comprometer a preparação, a
eficiência ou as operações militares: Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos,
grau mínimo.
GABARITO: CERTO
148.De acordo com a Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado da Paraíba,
assinale a alternativa que não representa uma competência do juiz de direito da Vara
Militar:
A. Presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar, com voto inicial e direto, os processos
respectivos.
B. Delegar ao conselho da Justiça Militar o cumprimento de carta precatória relativa à
matéria de sua competência.
C. Expedir todos os atos necessários ao cumprimento das suas decisões e das decisões dos
conselhos da Justiça Militar.
D. Exercer o poder de polícia durante a realização de audiências e sessões de julgamento.
Comentários: Essa questão cobra a literalidade da Lei, sendo assim a questão resposta é a
Letra C.
149.Consideram-se crimes militares, em tempo de paz, os Crimes previstos no Código
Penal Militar e legislação penal, quando praticados:

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A. Por militar em situação de inatividade, contra militar na mesma situação ou


assemelhado.
B. Por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da ativa, ou
reformado, ou assemelhado, exceto contra civil.
C. Por militar em situação de inatividade, contra o patrimônio sob a administração militar,
ou mesmo guarda, ou a ordem administrativa militar.
D. Por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar,
ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da
reserva, ou reformado, ou civil.
Comentários: Essa questão cobra a literalidade da Lei, sendo assim a questão resposta é a
Letra C.
150.Segundo a lei processual penal militar, o princípio da imediatidade é aplicado aos
processos cuja tramitação esteja em curso, ressalvados os atos praticados na forma da lei
processual anterior. Caso a norma processual penal militar posterior seja, de qualquer
forma, mais favorável ao réu, deverá retroagir, ainda que a sentença penal condenatória
tenha transitado em julgado.
Comentários: O Código de Processo Penal Militar é expresso no sentido de que a norma
processual deve ser aplicada a partir de sua vigência, inclusive aos processos pendentes de
julgamento. É importante que você compreenda bem que a regra da retroatividade da lei
penal mais benigna é do Direito Penal, mas não se aplica ao Direito Processual.
GABARITO: ERRADO
151.O CPPM dispõe expressamente a aplicação de suas normas, em casos específicos, fora
do território nacional ou em lugar de extraterritorialidade brasileira. Nesse ponto, o CPPM
difere do CPP.
Certo
Errado
Comentários: A regra adotada pelo CPPM, bem como pelo Direito Penal Militar é a
extraterritorialidade incondicionada. Esta regra é diferente daquela adotada pelo Direito
Processual Penal comum, em que a extraterritorialidade pode ser condicionada ou
incondicionada.
GABARITO: CERTO
152.sistema processual penal castrense veda, em qualquer hipótese, o emprego da
interpretação extensiva e da interpretação não literal.
Certo
Errado

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Comentários: Eu disse a você que a palavra “castrense” era muito utilizada né? Pois bem, a
interpretação literal é a regra geral para a hermenêutica dos dispositivos do CPPM. A art.
2°, todavia, autoriza “a interpretação extensiva ou a interpretação restritiva, quando for
manifesto, no primeiro caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo, que é mais
ampla, do que sua intenção”. Lembre-se, porém, que há a exceção da exceção, não sendo
permitida a utilização da interpretação extensiva ou restritiva quando cercear a defesa
pessoal do acusado, prejudicar ou alterar o curso normal do processo, ou lhe desvirtuar a
natureza, ou desfigurar de lano os fundamentos da acusação que deram origem ao
processo.
GABARITO: ERRADO
153.Se, na aplicação da lei processual penal militar a caso concreto, houver divergência
entre essa norma e os dispositivos constantes em convenção ou tratado de que o Brasil seja
signatário, prevalecerá a regra especial da primeira, salvo em matéria de direitos humanos.
Certo
Errado
Comentários: O candidato que não estudou bem a matéria poderia marcar esta alternativa
como correta, pois ela soa muito bem, não é mesmo? Sabemos que os tratados e
convenções internacionais que tratam de Direitos Humanos são sujeitos a um regramento
especial e tudo o mais, mas isso não tem NADA A VER com o Direito Processual Penal
Militar. Se houver conflito entre a norma do CPPM e a de qualquer convenção ou tratado
internacional, deve ser aplicada a norma internacional.
GABARITO: ERRADO
154.Os casos omissos na lei processual penal militar serão supridos pelo direito processual
penal comum, sem prejuízo da peculiaridade do processo penal castrense. Nesses casos, o
CPPM impõe que haja a declaração expressa de omissão pela corte militar competente,
com quorum qualificado.
Certo
Errado
Comentários: A primeira parte da assertiva está correta: a aplicação subsidiária da norma
processual penal comum é possível nos casos de omissão do CPPM, mas não pode ofender
as principais características do processo penal castrense, notadamente os princípios da
hierarquia e da disciplina. Por outro lado, não é necessária nenhuma declaração de omissão
pelo órgão julgador. O examinador tentou confundir o candidato misturando o nosso
assunto com o controle de constitucionalidade difuso, não é mesmo?
GABARITO: ERRADO

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155.No processo penal militar, o termo juiz denomina somente o juiz togado e não, os
militares, os quais são chamados membros do conselho de justiça, como os jurados nos
processos do tribunal do júri.
Certo
Errado
Comentários: Vimos que nos Conselhos de Justiça o juiz togado é um juiz de carreira,
aprovado em concurso público de provas e títulos. Os outros quatro juízes que compõe o
conselho são militares de carreira, mas também são chamados de juízes.
GABARITO: ERRADO
156.Nos crimes militares, a ação penal é, em regra, pública, condicionada ou
incondicionada e promovida pelo Ministério Público Militar; excepcionalmente, é privada,
promovida pelo ofendido, quando a lei assim dispuser.
Certo
Errado
Comentários: Nos crimes militares a regra geral é de que a ação penal seja pública
incondicionada. O CPPM é expresso no sentido de que a ação penal somente pode ser
promovida por meio de denúncia apresentada pelo Ministério Público Militar. Claro que
isso não exclui a possibilidade da ação penal privada subsidiária da pública, que é de cunho
constitucional, e protege a vítima de crime da desídia do Ministério Público.
GABARITO: ERRADO
157.O processo penal brasileiro é regido pelo Código de Processo Penal que abrange todo
território nacional, aplicando-se, inclusive, aos processos de competência da Justiça
Militar.
Certo
Errado
Comentários: A competência para julgar crime militares é conferida pela Constituição à
Justiça Militar. Para tal, há dois ramos especializados do Direito: o Direito Penal Militar e
o Direito Processual Penal Militar.
GABARITO: ERRADO
158.A transação penal pode ser proposta nos crimes de competência da Justiça Militar.
Certo
Errado
Comentários: Não vimos isto em detalhes, mas o art. 90-A da Lei n° 9.099/1995 exclui do
âmbito de aplicação deste diploma legal os órgãos da Justiça Militar. Isto significa que
nenhuma disposição relacionada aos juizados especiais é aplicável, incluindo aí a

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possibilidade da proposição de transação penal pelo Ministério Público. Vários concursos


já cobraram questões acerca da aplicabilidade da Lei dos Juizados Especiais à Justiça
Militar.
GABARITO: ERRADO
159.O contraditório e a ampla defesa devem ser sempre assegurados ao litigante ou
acusado, tanto em processo judicial quanto administrativo. Este direito é assegurado pela
Constituição Federal, e deve ser observado tanto no processo penal militar quanto no
inquérito policial militar.
Certo
Errado
Comentários: O inquérito policial é inquisitório, e não pode, por si só, ter como
consequência a condenação do investigado. Na realidade, podemos dizer que formalmente
não há nem sequer um acusado, pois a função do inquérito é levantar indícios da prática de
crime, para subsidiar a propositura da ação penal por parte do Ministério Público. Por essas
razões, não é necessário observar o contraditório e a ampla defesa no inquérito policial
militar.
GABARITO: ERRADO
160.Os órgãos julgadores do primeiro grau da Justiça Militar da União atuam em regime
de escabinato, sendo formados por um juiz de carreira e quatro juízes militares, que devem
ocupar posto superior ao do acusado ou, caso ocupem o mesmo posto, ser mais antigos.
Certo
Errado
Comentários: Você já ouviu falar do escabinato? Este regime é aquele que ocorre quando o
órgão julgador é formado por juízes leigos e togados. É exatamente o caso dos Conselhos
de Justiça, não é mesmo? Além disso, você já sabe que os conselhos são formados por um
juiz togado e quatro juízes militares, que precisam ocupar posto superior ao do acusado, ou
ser mais antigos, caso ocupem o mesmo posto.
GABARITO: CERTO
161.A polícia judiciária militar exerce funções idênticas à polícia judiciária, e ambas têm
como uma de suas finalidades o colhimento de elementos que indiquem a autoria e
comprovem a materialidade do delito.
Certo
Errado
Comentários: Veja bem. Essa questão gerou um pouco de polêmica na época, pois diz que
as atribuições da polícia judiciária militar são idênticas às da polícia judiciária comum. Ao

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pé da letra, nem todas as atribuições previstas no art. 8° são exercidas também pela polícia
judiciária comum, a exemplo da possibilidade de requisitar pesquisas e exames às
autoridades policiais civis. Entretanto, esta diferenciação é muito preciosista, e a maioria
dos doutrinadores diz que não há diferenças na natureza da atividade desempenhada pela
polícia judiciária militar e pela polícia judiciária comum. Por essa razão, a questão foi dada
como certa.
GABARITO: CERTO
162. À polícia judiciária militar, que é exercida pelas autoridades militares, cabe auxiliar as
polícias civil e federal na apuração de infrações penais militares, dado que são estas que
detêm a exclusividade na apuração de quaisquer infrações penais.
Certo
Errado
Comentários: Viajou né!!? A coisa é muito mais simples do que isso. A polícia judiciária
militar investiga o cometimento de crimes militares, enquanto a polícia judiciária comum
(civil ou federal) investiga crimes comuns. Simples assim. Por favor relembre o conteúdo
do art. 8° do CPPM, especialmente a alínea A.
GABARITO: ERRADO
163. Em se tratando do Inquérito Policial Militar, é importante saber que
A. o posto do indiciado induz a competência para instauração do procedimento, mas não a
delegação de instrução.
B. em regra, o Poder de Polícia Judiciária Militar é exercido pelos Oficiais e eventualmente
pode ser delegado às praças.
C. ainda que a delegação para a instrução não tenha ocorrido, os Oficiais responsáveis pelo
Comando quando da incidência de crime militar devem proceder de ofício as providências
preliminares de investigação.
D. a solução do Inquérito é providência essencial para que a autoridade instauradora possa
prolatar o Relatório do IPM.
Comentários: Esta questão é bem interessante porque trata de diferentes aspectos
relacionados ao IPM. A alternativa A diz que o posto do indiciado influencia apenas a
instauração do procedimento, mas não a delegação da instrução. Isso não é verdade, pois o
delegado (chamado pelo CPPM de encarregado) também precisa ocupar posto superior ao
do indiciado, nos termos do art. 7°, §§1° e 2°. Além disso, lembre-se de que o art. 15
determina que o encarregado deve ocupar, sempre que possível, posto não inferior ao de
capitão. A alternativa B diz que a instrução do IPM pode ser delegada para praças. Na
realidade, o art. 7°, §1° é bem claro no sentido de que a delegação só pode ser feita em

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favor de oficiais da ativa. Adicionalmente, o art. 15 determina que o encarregado deve


ocupar, preferencialmente, posto não inferior ao de capitão. Quanto à alternativa C, as
providências preliminares da instrução são aquelas previstas no art. 12, e estão
relacionadas à preservação do local do crime, apreensão de objetos, colheita de provas e
prisão do infrator. Esses procedimentos devem ser adotados pelo oficial responsável por
comando, direção ou chefia, mesmo que a delegação ainda não tenha sido formalizada. A
alternativa D menciona a solução do inquérito, que é de responsabilidade da autoridade que
delegou as atribuições investigativas. O relatório, por outro lado, é preparado pelo
encarregado. A alternativa inverte essas atribuições.
GABARITO: C
164. O magistrado da justiça militar da União, com lastro no CPPM, poderá requerer
diretamente à autoridade policial judiciária militar a instauração de inquérito policial
militar, em analogia à requisição revista no CPP.
Certo
Errado
Comentários: A alínea D do art. 10 menciona a possibilidade de instauração de IPM em
virtude de decisão do STM, mas essa hipótese não é mais aplicável, pois a Constituição de
1988 conferiu independência ao Ministério Público, e hoje não há mais como o Poder
Judiciário determinar, por si só, investigações, ou dar início à persecução penal sem a
atuação do MPM.
GABARITO: ERRADO
165. O inquérito policial militar (IPM) caracteriza-se por exigir sigilo absoluto, previsto de
forma expressa no CPPM, de modo que, veda-se ao advogado e ao investigado o acesso
aos autos do procedimento investigatório.
Certo
Errado
Comentários: Vimos na nossa aula que o IPM, em regra, é sigiloso, mas que esta regra
comporta exceções, a exemplo dos pedidos de vista do advogado do indiciado, nos termos
do art. 16. Lembre-se, porém, que o advogado somente poderá ter acesso às informações
acerca das ações investigativas já realizadas. Não faria sentido, por exemplo, o advogado
ser informado de que o encarregado do IPM solicitou ao Poder Judiciário a concessão de
mandado de busca e apreensão. Lembre-se também de que o assunto é tratado pela Súmula
Vinculante n° 14.
GABARITO: ERRADO

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166. Um oficial-general da ativa, do último posto e mais antigo da corporação, praticou


crime definido como militar, gerando dúvidas sobre quem presidirá o inquérito policial
militar para a completa apuração dos fatos, em face da inexistência de outro oficial da ativa
de maior antiguidade. Nessa situação, deve ser convocado oficial-general da reserva do
último posto, pois prevalece a relação de antiguidade entre militares no serviço ativo e na
inatividade.
Certo
Errado
Comentários: Trata-se de questão polêmica, uma vez que a regra do art. 7°, §5° determina
que seja convocado oficial General da reserva do último posto. Todavia, hoje o dispositivo
não é mais aplicável, pois o Estatuto dos Militares determina que não há hierarquia entre
militares da ativa e da reserva de mesmo posto. No entanto, o verdadeiro erro da questão é
a questão da relação de antiguidade entre militares no serviço ativo e na inatividade, que
inexiste.
GABARITO: ERRADO
167. O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, em tese, criminoso e de sua
autoria, não tendo, no entanto, valor jurídico os exames e as perícias realizados que não
forem repetidos em juízo, durante o processo.
Certo
Errado
Comentários: O art. 9° determina que o IPM é a apuração sumária de fato que configure
crime militar e de sua autoria. Em regra, os atos praticados em sede de IPM são repetidos
na fase penal, a exemplo da oitiva de testemunhas. Todavia, o parágrafo único determina
que alguns atos devem ser considerados como efetivamente instrutórios da ação penal: os
exames, perícias e avaliações realizadas por peritos idôneos e com obediência às
formalidades do CPPM.
GABARITO: ERRADO
168. As medidas preliminares previstas para o IPM são taxativas e devem ser todas
cumpridas, em qualquer caso e circunstância, na sua integralidade, sob pena de ofensa ao
princípio constitucional do devido processo legal.
Certo
Errado
Comentários: O caput do art. 12 tem sua redação concluída com a expressão “se possível”,
pois em algumas ocasiões não será possível que o oficial investido em função de comando
adote as providências previstas.

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GABARITO: ERRADO
169. Na tramitação de IPM, assegura a norma de regência, de forma peculiar e garantidora,
o direito do investigado de ser ouvido apenas na presença do advogado por ele próprio
indicado ou de ser assistido por defensor público.
Certo
Errado
Comentários: Veja bem, não há dispositivo no CPPM que assegure esse direito ao
indiciado, em que pesem as posições jurisprudenciais no sentido de que a assistência de
advogado na oitiva é um direito do indiciado, assegurado pela Constituição.
GABARITO: ERRADO
170. No sistema processual castrense, não há previsão para o juiz requisitar a instauração de
IPM, entendendo a doutrina e a jurisprudência ser vedado ao juiz requisitar ou ordenar a
instauração de procedimento investigativo.
Certo
Errado
Comentários: O CPPM traz no art. 10, alínea D, a possibilidade de instauração do IPM por
força de decisão do STM, mas não há previsão de instauração por ordem de juiz. Mesmo
essa possibilidade, entretanto, é entendida pela Doutrina e Jurisprudência como
inaplicável, como vimos na aula de hoje.
GABARITO: CERTO
171. O CPPM e o procedimento investigativo pré-processual comum tratam do
arquivamento de IPM de forma distinta, uma vez que o CPPM prescreve hipóteses
taxativas de arquivamento e disciplina expressamente as possibilidades de arquivamento
implícito e de ofício de autoridade judiciária militar.
Certo
Errado
Comentários: A redação dessa questão ficou bem confusa. Ela dá a entender que há uma
norma além do CPPM que trata do inquérito policial militar, e isso não é verdade.
GABARITO: ERRADO
172. No âmbito do IPM, em face da especialidade do sistema investigativo castrense, é
assegurada a possibilidade de se manter incomunicável o investigado, por ato devidamente
fundamentado do encarregado do IPM, pelo prazo máximo de três dias. Essa possibilidade
vem sendo corroborada pela jurisprudência pátria.
Certo
Errado

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Comentários: A Constituição de 1988 proibiu expressamente a incomunicabilidade do


preso, nos termos do art. 136, §3°, IV. O art. 17 do CPPM, portanto, não foi recepcionado.
GABARITO: ERRADO
173. À luz do Código Penal Militar, julgue o item a seguir, no que diz respeito a aplicação
da lei penal, imputabilidade penal, crime e extinção da punibilidade. Situação hipotética:
Um soldado das Forças Armadas, no cumprimento das atribuições que lhe foram
estabelecidas pelo ministro de Estado da Defesa, cometeu crime doloso contra a vida de
um civil. Assertiva: Nessa situação, o autor do delito deverá ser processado e julgado pela
justiça militar da União.
Certo
Errado
Comentários: Certo! É o que exprime o art. 9º, §2º, inciso I do Código Penal Militar. Trata-
se de parágrafo recentemente incluído pela lei n° 13.491/2017 e que excepciona a regra
geral do art. 9º, §1º do CPM, pela qual os crimes dolosos contra a vida praticados por
militar contra civil são de competência da Justiça comum (Tribunal do Júri). Portanto,
muita atenção com essa inovação! Aqui, também quero que perceba que o soldado era das
forças armadas e que estava cumprindo atribuições fixadas pelo ministro de Estado da
Defesa. Posto isso, vejamos a redação do §2º do art. 9º: Art. 9º (...) § 2º Os crimes de que
trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças
Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no
contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) I – do cumprimento de atribuições que
lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da
Defesa;
GABARITO: CERTO
174. À luz do Código de Processo Penal Militar, julgue o item a seguir, com relação à
polícia judiciária militar, à ação penal militar e seu exercício, ao juiz e à denúncia. As
atribuições de polícia judiciária militar são indelegáveis aos oficiais da reserva
remunerada.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Em regra, a delegação das atribuições de polícia judiciária militar é
realizada para oficiais da ativa. Em se tratando de inquérito policial militar, a delegação
deverá recair sobre oficial de posto superior ao do sujeito indiciado. Não sendo possível a
designação de oficial de posto superior, poderá haver delegação para oficial do mesmo
posto, desde que mais antigo. Todavia, se o indiciado ocupar posto e antiguidade de modo

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que não exista nenhum outro oficial em posto superior ao dele ou nenhum outro oficial
mais antigo no mesmo posto que o dele, o art. 7º, §5º do CPPM permite ao ministro
competente designar oficial da reserva de posto mais elevado que a do indiciado para a
instauração do IPM. Caso o inquérito já tenha sido iniciado, o ministro irá avocá-lo e irá
designá-lo para o oficial da reserva de posto mais elevado. Há aqui, portanto, uma exceção
à regra geral.
GABARITO: ERRADO
175. À luz do Código de Processo Penal Militar, julgue o item a seguir, com relação à
polícia judiciária militar, Situação hipotética: Em determinada unidade, o comandante
instaurou inquérito policial militar para apurar possível crime de prevaricação cometido
por um oficial que lá servia. Ao receber os autos do inquérito, o Ministério Público Militar
promoveu o seu arquivamento, sob o fundamento de que a materialidade do delito não foi
comprovada. Assertiva: Nessa situação, será incabível a propositura de ação penal privada
subsidiária da pública.
Certo
Errado
Comentários: Certo! A ação penal privada subsidiária da pública somente se torna possível
diante da inércia do Ministério Público, ou seja, quando ao receber os autos do inquérito
policial militar o órgão de acusação não oferece denúncia, não requer novas diligência e
nem promove o arquivamento. Uma vez que promoveu o arquivamento, o Promotor não se
quedou inerte, logo inviável a ação penal privada subsidiária da pública. Conforme o art.
24, §2º do CPPM “o Ministério Público poderá requerer o arquivamento dos autos, se
entender inadequada a instauração do inquérito.” Obs.: muitos alunos ficaram em dúvida
quanto a utilização pelo examinador do termo “promover” e não “requerer”, assinalando a
questão como incorreta, pois ao órgão de acusação não compete determinar o
arquivamento do IPM, mas apenas solicitar a medida ao juiz. Entendo que “promover” é
palavra polissêmica que abriga variados significados, entre os quais o de solicitar, requerer,
mover, acionar, propor, não havendo qualquer erro na questão.
GABARITO: CERTO
176. Cada um do item a seguir, que tratam de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada. Um general, ao ser informado
da prática de crime militar em uma organização militar a ele subordinada, sediada em outro
estado da Federação, determinou ao comandante da unidade, por via radiotelefônica, a
instauração de IPM. Nessa situação, mesmo considerando o caráter de urgência que a
medida exigia, a ordem foi indevida em razão do meio de transmissão empregado e

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também pelo fato de que a única autoridade competente para determinar a instauração do
IPM seria o próprio comandante da unidade onde ocorreu o crime militar.
Certo
Errado
Comentários: Errado! Agiu bem o general ao ordenar ao comandante da unidade a
instauração do IPM por via radiotelefônica. Isto porque, consoante o art. 10, alínea b, do
CPPM, o inquérito poderá ser iniciado mediante portaria após determinação ou delegação
da autoridade militar superior (no caso, o general). Em caso de urgência (como era o caso
do fato narrado na questão), tal determinação poderá ser efetuada por via telegráfica ou
radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício. Art. 10. O inquérito é iniciado
mediante portaria: b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que,
em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada,
posteriormente, por ofício;
GABARITO: ERRADO
177. Cada um do item a seguir, que tratam de IPM e(ou) ação penal militar, apresenta uma
situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada. Em determinada organização
militar, um major cometeu crime militar e o comandante da unidade, dada a
indisponibilidade de oficial de posto superior ao do indiciado, designou outro major, o
mais antigo da unidade, para apurar os fatos por meio de IPM. Nessa situação, o ato de
designação deverá ser considerado nulo: o IPM só poderá ser conduzido por oficial de
posto superior ao do indiciado.
Certo
Errado
Comentários: Errado! O inquérito policial militar, como regra, deve ser delegado à oficial
da ativa de posto superior ao do indiciado. Não sendo possível, poderá haver a designação
de um oficial do mesmo posto, desde que mais antigo que o indiciado. É o que se extrai do
art. 7º, §§2º e 3º do CPPM. O comandante da unidade agiu corretamente, pois dada a
indisponibilidade de oficial de posto superior ao do indiciado (major), designou outro
major, o mais antigo da unidade. Uma observação importante para a sua prova: o critério
da antiguidade não precisará ser observado quando o indiciado é oficial da reserva ou
reformado. (Art. 7º, §4º, CPPM)
GABARITO: ERRADO
178. No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à
organização da justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o
item que se segue. Coronel da reserva remunerada que cometer crime militar será

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submetido ao Conselho Especial de Justiça, que é constituído por um juiz federal e quatro
juízes militares.
Certo
Errado
Comentários: Certo! Em primeiro lugar, é preciso destacar que nos termos do art. 13 do
CPM o militar da reserva, ou reformado, “conserva as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando prática ou
contra ele é praticado crime militar.” Posto isto, destaca-se que os Conselhos de Justiça são
órgãos da Justiça Militar. De acordo com art. 16 da lei n° 8.457/1992 são divididos em
duas espécies: o Conselho Especial de Justiça e o Conselho Permanente de Justiça. Na
alínea a, do art. 16, é fixado que o Conselho Especial de Justiça será constituído por um
Juiz Federal e quatro Juízes militares, sob a presidência, dentre estes, de um oficial-general
ou oficial superior, de posto mais elevado que o dos demais juízes, ou de maior
antiguidade, no caso de igualdade. Ao Conselho Especial de Justiça compete processar e
julgar os oficiais, exceto oficiais-generais, nos delitos previstos na legislação penal militar
(art. 27 da lei n° 8.457/1992) Sendo o coronel um oficial, a competência para julgá-lo
quando da concretização de crime militar é do Conselho Especial de Justiça. Assim, está
perfeito o enunciado da questão.
GABARITO: CERTO
179. Acerca do processo penal militar, julgue o seguinte item. No âmbito das Forças
Armadas, compete à Polícia Judiciária Militar o exercício das funções de polícia judiciária,
de polícia investigativa e de polícia de segurança.
Certo
Errado
Comentários: Errado! De acordo com o art. 8º do CPPM, a autoridade de polícia judiciária
militar exerce as funções de polícia judiciária e de polícia investigativa, mas não de polícia
de segurança. Essa função em geral cabe aos batalhões de polícia de cada uma das Forças.
No Exército, por exemplo, há os batalhões de polícia do Exército.
GABARITO: ERRADO
Acerca do processo penal militar, julgue o seguinte item. O objeto do inquérito policial
militar é a apuração sumária de fato que configure crime militar, bem como de sua autoria.
Se ficar evidenciado que a infração penal cometida não configura crime militar, o
encarregado do inquérito deverá comunicar o fato à autoridade policial competente.
Certo
Errado

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Comentários: Certo! Preceitua o art. 9º do CPPM que o objeto do inquérito policial militar
“é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua
autoria.” Por sua vez, no art. 10, §3º, também do CPPM, é determinado que se a infração
penal não for, evidentemente, de natureza militar cabe ao encarregado comunicar o fato à
autoridade policial competente.
GABARITO: CERTO
180. Acerca do processo penal militar, julgue o seguinte item. A ação penal militar é
pública e somente o Ministério Público Militar poderá promover a denúncia, devendo
demonstrar provas da materialidade e indícios da autoria delitiva, sob pena de inadmissão.
Certo
Errado

Comentário:
Certo! A ação penal militar é pública, sendo o Ministério Público Militar o dominus
litis, isto é, o “senhor da ação”, “o dono da lide” somente a ele competindo promovê-la
quando presente a justa causa (prova da materialidade e indícios de autoria) Em regra,
tais elementos serão alcançados por meio do inquérito policial militar, procedimento
cuja finalidade precípua é a de colher elementos necessários à propositura da ação
penal.
GABARITO: CERTO

181. Militar do Exército brasileiro cometeu crime de furto dentro de sua unidade.
Consumado o delito, o comandante do batalhão determinou a instauração de inquérito
policial militar, a fim de apurar o fato e a sua autoria. Considerando essa situação
hipotética, julgue o item a seguir. Na hipótese de o indiciado ser oficial do Exército e estar
na situação de inatividade, a autoridade policial militar poderá delegar um oficial da ativa
do mesmo posto do indiciado para ser o encarregado do inquérito policial militar,
observado o critério de antiguidade.
Certo
Errado

Comentário:
Errado! Em tais hipóteses, a autoridade policial militar deverá delegar a função de
instauração do IPM para oficial da ativa que ocupe posto superior ao do indiciado. Esta
é a regra presente do art. 7º, §2º do CPPM e independe de o indiciado ser oficial da

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ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado. Somente se não for possível a


designação de oficial de posto superior ao do indiciado, poderá, excepcionalmente, ser
feita a de oficial do mesmo posto, não sendo preciso observar o critério de antiguidade
quando o indiciado é oficial da reserva ou reformado, consoante o art. 7º, §4º do
CPPM.
GABARITO: ERRADO

182. Militar do Exército brasileiro cometeu crime de furto dentro de sua unidade.
Consumado o delito, o comandante do batalhão determinou a instauração de inquérito
policial militar, a fim de apurar o fato e a sua autoria. Considerando essa situação
hipotética, julgue o item a seguir. Se o indiciado for um cabo, a autoridade policial militar
poderá nomear um oficial da ativa de qualquer posto superior ao de cabo como
encarregado do inquérito policial militar.
Certo
Errado

Comentário:
Certo! A regra do art. 7º, §2º do CCPM é que a autoridade policial militar ao fazer
delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá nomear oficial da ativa
que ocupe posto superior ao do indiciado. Se o indiciado for um cabo, a autoridade
policial militar poderá nomear um oficial da ativa de qualquer posto superior.
GABARITO: CERTO

183. Julgue o seguinte item, relativo ao inquérito policial militar, à ação penal militar e à
suspeição. Diferentemente do inquérito policial civil, o inquérito policial militar é um
procedimento sigiloso, razão por que o advogado do indiciado não tem acesso ao inquérito
nem aos elementos de provas em andamento.
Certo
Errado

Comentário:
Errado! Tanto o inquérito policial civil quanto o policial militar são sigilosos, mas
em ambos são garantidos o acesso do advogado. No civil, a súmula vinculante 14 é
clara nesse sentido. No militar, tem-se o expresso no art. 16 do CPPM. Vejamos:
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome

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conhecimento o advogado do indiciado. Súmula vinculante n. 14


É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.
GABARITO: ERRADO

184. A denúncia no processo penal militar difere da denúncia no processo penal comum,
primordialmente, por exigir que o Ministério Público explicite as razões de convicção ou
presunção de delinquência.
Certo
Errado

Comentário:
Um dos requisitos do art. 77 é de que a denúncia contenha as razões de convicção ou
presunção da delinquência. O CPP que, em seu art. 41 trata dos requisitos da denúncia,
não menciona este especificamente.
GABARITO: CERTO
185. O rol de testemunhas é um dos requisitos da denúncia. Se não estiver presente, portanto,
a denúncia deve ser rejeitada, ainda que não haja necessidade da produção de prova
testemunhal.
Certo
Errado

Comentário:
O rol de testemunhas é um dos requisitos da denúncia, mas o parágrafo único do art. 77
autoriza sua dispensa quando o MPM dispuser de prova documental suficiente.
GABARITO: ERRADO
186. Caso falte algum dos requisitos da denúncia, deve o magistrado, antes de rejeitá-la,
remeter o processo ao órgão do Ministério Público para que sane as impropriedades no
prazo de 3 dias.
Certo
Errado

Comentário:

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A denúncia não pode ser rejeitada de plano pelo Poder Judiciário. O §1º do art. 78 do
CPPM determina que o juiz deve conceder ao MPM a oportunidade de completar os
requisitos faltantes.
GABARITO: CERTO

187. O prazo legal para oferecimento da denúncia no Processo Penal Militar é, quando o
acusado estiver preso, de 5 dias contados do recebimento dos autos do Inquérito Policial
Militar. Caso o acusado esteja solto, este prazo será de 15 dias, sendo possível sua
prorrogação, excepcionalmente, por no máximo o dobro.
Certo
Errado

Comentário:
A assertiva está correta, exceto pela possibilidade de prorrogação do prazo, possível
apenas quando o acusado está solto. Esta prorrogação pode ser realizada ao dobro ou ao
triplo do prazo inicial.
GABARITO: ERRADO

188. Quanto ao foro militar em tempo de paz, assinale a alternativa correta.


A. Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça militar encaminhará
os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
B. Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça comum encaminhará
os autos do inquérito policial à justiça militar.
C. Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Autoridade de Polícia
Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
D. Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a justiça militar
encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.
E. Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra militar, a Autoridade de Polícia
Judiciária Militar encaminhará os autos do inquérito policial militar à justiça comum.

Comentário:
A regra acerca do crime doloso contra a vida praticado contra civil é de que a Justiça
Militar encaminhe os autos do inquérito policial militar para a Justiça comum, pois esta
é competente para julgar este tipo de crime, mesmo quando praticado por militar.
GABARITO: A

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189. Sobre a competência no âmbito do Direito Penal Militar, analise os conceitos infra
relacionados:
I - A competência, de modo geral, é determinada pelo local da infração. Contudo, em
crimes em que haja mais de um local de consumação, a competência é exercida pela sede
do lugar de exercício funcional do policial militar.
II - A prerrogativa de posto ou função inibe a utilização de outro critério para a
determinação da competência.
III - Na ocorrência de continência ou conexão, o princípio da unidade do processo é regra,
exceto quando há cumulação de competências da Justiça Comum e Justiça Militar.
Assinale a alternativa CORRETA.
A. As afirmativas I, II e III estão corretas.
B. As afirmativas I, II e III estão incorretas.
C. Apenas a afirmativa III está correta.
D. Apenas a afirmativa I está incorreta.

Comentário:
A assertiva I está correta quando diz que a competência é determinada, em regra, pelo
local da infração. A atribuição de competência em razão do local de serviço do militar,
entretanto, não ocorre quando o crime se consuma em mais de um local, mas sim
quando o lugar da infração não pode ser determinado, nos termos do art. 96.
GABARITO: D

190. Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida,
praticado por militar do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade
inerente às funções institucionais das Forças Armadas.
Certo
Errado

Comentário:
Tivemos uma série de mudanças legislativas que ocorreram entre a aplicação desta
questão e o nosso momento atual. O art. 82 do CPPM prevê o contrário do que consta
no enunciado dessa questão, mas com as alterações promovidas no CPM, mais
precisamente no art. 9º, parágrafo 2º, entendemos que a resposta atual dessa questão é
CERTO.

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GABARITO: CERTO

191. Falece competência à justiça militar da união para processar e julgar civis.
Certo
Errado

Comentário:
Esta é bem batida, não é mesmo? A Justiça Militar da União julga tanto civis quanto
militares que praticarem crimes militares, definidos em lei. Já a Justiça Militar dos
Estados não tem competência para julgar civis.
192.
GABARITO: ERRADO
193. Um processo foi instaurado perante a Circunscrição Judiciária Militar de Curitiba, contra
várias pessoas, entre elas um coronel da Aeronáutica da ativa. Diante da impossibilidade
de compor o conselho especial, devido à inexistência de oficiais em número suficiente, foi
concedido pelo STM o desaforamento do processo para circunscrição judiciária militar de
outro estado. Todavia, no decorrer da instrução, o coronel foi excluído do processo por
força de habeas corpus e outro corréu excepcionou a competência da circunscrição
judiciária, sob o argumento de haver cessado o motivo do desaforamento. Nessa situação,
continua competente o juízo que recebeu o processo desaforado, mesmo que a exclusão de
um dos acusados possibilite a composição do conselho de justiça no juízo militar de
origem.
Certo
Errado

Comentário:
Vimos que o posicionamento da Doutrina e do Cespe é no sentido de que, uma vez
concedido o desaforamento, não é possível haver a devolução do processo. O
“reaforamento” só será aceito em situações excepcionais.
GABARITO: CERTO

194.Com relação à competência, a conexão e a continência impõem a unidade de processo,


salvo no concurso entre a jurisdição militar e a comum.
Certo
Errado

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Comentário:
Lembre-se que para o Cespe uma assertiva incompleta não está necessariamente errada.
O art. 102 do CPPM traz duas hipóteses de separação obrigatória dos processos em que
há conexão ou continência: concurso entre a jurisdição militar e a comum; e concurso
entre a jurisdição militar e o Juízo de Menores. Apesar de a assertiva não mencionar a
hipótese do Juízo de Menores, deve ser marcada como correta.
GABARITO: CERTO

195. Considere a situação hipotética em que um grupo de 20 militares integrantes das forças
armadas brasileiras, em missão junto às forças de paz da ONU, no Haiti, em concurso de
pessoas com diversos outros militares pertencentes às forças armadas da Itália e da França,
tenha cometido diversos crimes militares no Haiti. Nessa situação, a competência para
conhecer, processar e julgar os militares brasileiros pelas infrações penais militares é da
Justiça Militar da União, cujo exercício jurisdicional é o da auditoria da capital da União.
Certo
Errado
Comentário:
O Direito Penal Militar adota a territorialidade e a extraterritorialidade. Dessa forma,
mesmo os crimes praticados no exterior são de competência da Justiça Militar. Neste
caso, o art. 91 do CPPM determina que a Auditoria competente será uma das
localizadas em Brasília.
GABARITO: CERTO
196. Celso, soldado da polícia militar do estado do Espírito Santo, foi preso em flagrante
delito pelos crimes de peculato e falsidade de documento público, praticados contra a
administração militar. Oferecida denúncia perante a auditoria militar do estado, Celso será
processado e julgado. Caso os crimes descritos fossem praticados contra civil, estando o
agente no exercício da função policial, a competência para processar e julgar seria do
Conselho Permanente de Justiça.
Certo
Errado

Comentário:
A questão encontra-se incorreta, pois como Celso é militar do Estado, os crimes
praticados contra civis são competência do Juiz Singular, os demais crimes são de

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competência do Conselho Permanente de Justiça, nos termos do art. 125, § 5º da


CF/88: § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar,
singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra
atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz
de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
GABARITO: ERRADO

197. A competência para a apuração de crime militar será determinada, em regra, pelo local da
infração e, no caso de tentativa de crime, pelo local de residência ou domicílio do acusado.
Certo
Errado

Comentário:
A questão nos exige o conhecimento do art. 88, segundo o qual competência será, de
regra, determinada pelo lugar da infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução.
GABARITO: ERRADO

198. Situação hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade sediada em Porto


Alegre praticou crime militar na Argentina, durante exercício militar. Assertiva: Nessa
situação, de acordo com o CPPM, o crime deverá ser processado na Auditoria da capital
federal, sediada em Brasília – DF.
Certo
Errado

Comentário:
Segundo o art. 91 do CPPM, os crimes militares cometidos fora do território nacional
serão, em regra, processados em Auditoria da capital federal.
GABARITO: CERTO

199. À luz do Código de Processo Penal Militar, julgue o item a seguir, com relação à polícia
judiciária militar, à ação penal militar e seu exercício, ao juiz e à denúncia. Situação
hipotética: O Ministério Público Militar ofereceu denúncia em desfavor de um oficial das
Forças Armadas. Todavia, o crime prescreveu. Assertiva: Nessa situação, o juiz deverá

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receber a denúncia e declarar, de ofício, extinta a punibilidade, independentemente da


oitiva do órgão ministerial.
Certo
Errado
Comentário:
Errado! A prescrição tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade. Sendo
assim, o juiz deveria ter rejeitado a denúncia, conforme art. 78, alínea c, do CPPM. Art.
78. A denúncia não será recebida pelo juiz: (...) c) se já estiver extinta a punibilidade;
Cuidado! Caso a prescrição tivesse ocorrido após o recebimento da denúncia, no curso
do processo penal militar, ao juiz caberia declará-la de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, ouvido o Ministério Público, se deste não tiver emanado o pedido,
nos termos do art. 81 do CPPM.
GABARITO: ERRADO

200. Com relação à competência da justiça militar federal, a medidas preventivas e


assecuratórias e a citação, intimação e notificação, julgue o item subsequente,
considerando as disposições do Código de Processo Penal Militar. Situação hipotética:
Sargento das Forças Armadas furtou material de organização militar no Rio de Janeiro –
RJ. Todavia, possui residência em São Paulo – SP e serve em quartel na guarnição de
Manaus – AM. Foragido, acabou sendo preso em Natal – RN. Assertiva: Nessa situação, a
competência para processar e julgar o sargento será da justiça militar da União no Rio de
Janeiro – RJ, porém, se o local do furto fosse desconhecido, o foro competente seria o de
Manaus – AM.
Certo
Errado

Comentário:
Certo! A regra é que a competência será fixada em razão do local da infração (Rio de
Janeiro), conforme o art. 88 do CPPM. Sendo militar da ativa e desconhecido o local do
crime, o art. 96 do CPPM determina que a competência será fixada a partir do local da
unidade, navio, força ou órgão onde o militar estiver servindo. No caso, seria Manaus-
AM, pois é onde está situado o quartel em que o Sargento das Forças Armadas serve.
GABARITO: CERTO

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201. No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à
organização da justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o
item que se segue. Se um tenente que sirva em organização militar sediada no Rio de
Janeiro – RJ cometer crime militar em Manaus – AM, à auditoria da circunscrição
judiciária do Rio de Janeiro competirá processá-lo e julgá-lo.
Certo
Errado
Comentário:
Errado! A regra é que a competência será fixada em razão do local da infração (Manaus-
AM), conforme o art. 88 do CPPM. Somente em se tratando de militar da ativa e sendo
desconhecido o lugar da infração é que a competência passará a ser determinada pelo
local onde está situado o órgão em que o militar serve, nos termos do art. 96 do CPPM.

GABARITO: ERRADO
202. Acerca do processo penal militar, julgue o seguinte item. A competência para a apuração
de crime militar será determinada, em regra, pelo local da infração e, no caso de tentativa
de crime, pelo local de residência ou domicílio do acusado.
Certo
Errado

Comentário:
Errado! A competência será, de regra, determinada pelo lugar da infração, e, no caso
de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. (Art. 88 do
CPPM)
GABARITO: ERRADO

203. Julgue o próximo item, relativo à denúncia no direito processual militar e à competência
da justiça militar federal. Situação hipotética: Um capitão-de-corveta que serve em unidade
sediada em Porto Alegre praticou crime militar na Argentina, durante exercício militar.
Assertiva: Nessa situação, de acordo com o CPPM, o crime deverá ser processado na
Auditoria da capital federal, sediada em Brasília – DF.
Certo
Errado

Comentário:

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Certo! O art. 91 do CPPM estipula que em se tratando de crimes militares cometidos fora
do território nacional, a competência para julgamento, em regra, será da Auditoria da
Capital da União. Como se sabe, a “capital da União” é Brasília. Lembre-se que o CPPM
é de 1969, motivo pelo qual ainda utiliza a equivocada expressão. No art. 18, §1º da
CF/1988 corretamente é previsto que Brasília é a Capital Federal.
GABARITO: CERTO

204. Julgue o próximo item, relativo à denúncia no direito processual militar e à competência
da justiça militar federal. Situação hipotética: Militares do Exército, em concurso,
praticaram quatro crimes: um na Circunscrição Judiciária Militar (CJM) em Brasília – DF,
dois na CJM em São Paulo – SP, e um na CJM em Belém – PA. A pena prevista para um
dos crimes praticados na CJM paulista é a grave. Durante a instrução, foi concedido habeas
corpus que trancou a ação penal relativa a esse crime. Assertiva: Nessa situação, a
competência do juízo da CJM de São Paulo – SP continua inalterada para o julgamento dos
demais ilícitos.
Certo
Errado

Comentário:
Certo! O caso narrado, conforme o art. 99, alínea a, do CPPM, é de conexão, pois
presente uma pluralidade de infrações praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. Nestas
circunstâncias, havendo jurisdições concorrentes, prevalecerá a competência do lugar
da infração para a qual é cominada a pena mais grave (art. 101, inciso II, alínea a) que,
na hipótese, é São Paulo. O art. 104, por sua vez, determina que, ainda que no processo
da sua competência própria o juiz profira sentença absolutória ou desclassifique a
infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará ele competente
em relação às demais infrações. Esclareço que o habeas corpus é medida excepcional
para o trancamento da ação penal, somente sendo admissível quando constatado nos
autos, de forma inequívoca, a inocência do acusado, a atipicidade da conduta ou a
extinção da punibilidade, todas elas circunstâncias equivalentes a absolvição. Portanto,
correto o item.
GABARITO: CERTO

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205. Julgue o próximo item, relativo à denúncia no direito processual militar e à competência
da justiça militar federal. Em se tratando de processo penal militar, o prazo para
oferecimento da denúncia é improrrogável se o denunciado estiver solto, podendo ser
triplicado, se estiver preso.
Certo
Errado
Comentário:
Errado! Sempre por ordem judicial, o prazo para o oferecimento da denúncia poderá ser
prorrogado ao dobro tanto na hipótese de denunciado solto quanto na de denunciado
preso. Excepcionalmente, e somente se o denunciado estiver solto, poderá ser
prorrogado ao triplo. É a redação do art. 79, §1º do CPPM: Art. 79. (...) § 1º O prazo
para o oferecimento da denúncia poderá, por despacho do juiz, ser prorrogado ao dobro;
ou ao triplo, em caso excepcional e se o acusado não estiver preso.
GABARITO: ERRADO

206. No sistema penal militar, a ação penal deve ser, via de regra, pública incondicionada,
salvo em relação a determinados crimes, previstos de forma expressa e excepcional, que
impõem a observância da requisição ministerial; admite-se, ainda, a ação penal privada
subsidiária da pública.
Certo
Errado
Comentário:
Em regra, a ação penal é pública incondicionada. Em algumas situações, porém, é
necessária a requisição do Comando Militar ou do Ministro da Justiça. Se, em qualquer
dessas situações, o Ministério Público for omisso no oferecimento da denúncia, surge o
direito de o particular (a vítima ou seu representante legal) interpor a ação penal. Neste
caso pode haver ação penal privada subsidiária da pública.
GABARITO: CERTO

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