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O SAPO NO POÇO NÃO CONHECE O GRANDE OCEANO

provérbio japonês que tem origem numa conhecida fábula chinesa (O sapo no fundo
do poço) imortalizada por Zhuang Zi, filósofo taoista do século IV a.C.

Reza a fábula que um sapo vivia no fundo de um poço esconso, a partir do qual se
divisava apenas, no topo, alguma luminosidade e um pequeno pedaço do céu. Um
dia, passou pelo poço uma tartaruga a quem o sapo contou que ali tinha vivido toda a
sua vida e como estava feliz no poço, contente com a vida que levava, pois possuía o
poço inteiro e podia fazer o que quisesse: ali cantava, dançava, descansava nas fendas
dos tijolos do poço, divertia-se com o lodo e o musgo, e como era feliz por ser dono
da água e dono do poço. A tartaruga perguntou-lhe porque não saía do poço e ia ver
o mundo. O sapo sorriu com desdém: "Que mais poderia haver? A que mais poderia
aspirar?" Para ele, o poço, e o pedaço de céu que via do poço, eram o mundo inteiro.
A tartaruga condoeu-se da vida e da estreiteza de vistas do sapo e falou-lhe da
imensidade do mundo do lado de fora do poço, enorme, variado e colorido, com
espécies sem conta; falou-lhe do sol, da lua, das estrelas, da areia, das florestas
marinhas e terrestres; e contou-lhe sobre as maravilhas que vira nas suas viagens por
lagos e oceanos a perder de vista. E só então o sapo compreendeu como o seu poço
era insignificante, tendo ficado atordoado na sua ignorância, ao realizar como a sua
visão das coisas era limitada.

Em vários países do Extremo Oriente, todas as crianças conhecem esta fábula desde
tenra idade.

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