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Vinte mil léguas submarinas é um romance de ficção científica e fantasia

escrito pelo francês Júlio Verne e publicado, inicialmente e de forma mensal, em


uma revista, entre os anos de 1869 e 1870, e, posteriormente, como livro, no ano de
1871. Ele conta a história de um professor de história natural que trabalha no Museu
de Paris e seus companheiros de viagem: Conselho, seu criado, e Ned Land, um
baleeiro canadense; enquanto caçam o que supostamente deveria ser um narval
gigantesco que andava furando cascos de diversos navios e aterrorizando todas as
embarcações. No entanto, o professor Pierre Aronnax e os dois companheiros, são
jogados para fora de sua fragata durante um confronto com o suposto narval,
descobrindo, assim, tratar-se de um submarino, não um animal. Em tal situação, os
três não veem outra saída senão pedir asilo à tripulação do submarino, esperando
que suas vidas sejam salvas. São apresentados, então, o Capitão Nemo e o
submarino Náutilus.
Foi muito interessante conhecer o submarino, pois ele dispõe de tecnologias
tanto obsoletas quanto futuristas, pelo menos para a época na qual a história foi
escrita: ao lado de bússolas e astrolábios, o capitão apresenta sonares e medidores
de profundidade; coisas que poderiam ser comuns e populares hoje em dia, como
um tanque de oxigênio e uma roupa para mergulho que não só te deixa seco mas
também confortável enquanto caminha por horas pelo fundo do oceano, são algo
fantasioso e futurista dentro do livro; e o Capitão Nemo, como engenheiro, não exita
explicar suas tecnologias desconhecidas aos “convidados”.
Durante sua viagem ao redor do mundo, que nomeia o livro como “vinte mil
léguas submarinas”, dado que eles percorrem toda essa distância por mar, o
professor, que narra a história, observa comportamentos diferentes de peixes e
mamíferos que já conhecia, aprende mais sobre a fauna e a flora dos mares,
encontrando uma concha gigante no fundo de uma gruta no Golfo de Manar,
passeando por uma floresta submarina da Ilha Crespo, conhecendo o cemitério
onde o capitão enterra seus amigos e tripulantes dentro do mar, “protegidos dos
tubarões e dos homens”, segundo o capitão… também aprendi muito sobre a
História mundial em si.
À bordo do Náutilus, eles visitaram ilhas em que importantes marinheiros
naufragaram e, ou encontraram seus fins, ou se misturaram aos povos indígenas
locais, ou fundaram um novo porto ou cidade e ficaram famosos por isso. Mas, ao
mesmo tempo que os fatos estão ali, sendo expostos, também é contada a cena da
perspectiva do capitão, que vê as coisas de dentro da água, já que ele afirma jamais
pisar em terra firme. Recomendo que todos leiam este livro, porque ele não só
apresenta uma mistura de tecnologias reais com imaginárias, as vezes prevendo o
futuro, ele não só ensina sobre a história e a ciência dos mares, através de uma
ótica própria do século XIX, ele faz tudo isso enquanto apresenta situações de
aventura, fazendo você ter medo pela vida dos personagens, sentir as emoções
junto com eles e vontade de acompanhar essa navegação só para ver até onde isso
vai, em que lugares vão chegar, que povos vão conhecer, que costumes vão
aprender e se vão conseguir voltar à viver na terra ou passar o resto das vidas como
passageiros no Náutilus.

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