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G\ O\ B\ S\ C\
GRANDE ORIENTE DE NAVEGANTES
Aug\ e Resp\ Loj\ Simb\ Luz de Navegantes n° 3033

SÉTIMA PEÇA ARQUITETÔNICA:

“DIA DO MAÇOM”

A\ M\ Rafael Diogo Theiss – CIM n° 295142


Navegantes – SC
15/08/2016
A presente Peça Arquitetônica trata-se de síntese acerca de uma breve
pesquisa realizada sobre o feriado de 20 de agosto, ou seja, “Dia do Maçom”.
A intenção deste trabalho é de forma objetiva trazer algumas
peculiaridades sobre referido feriado maçônico e principalmente, transmitir uma singela
mensagem aos Nobres e amados Irmãos.
Segundo a Constituição do Grande Oriente do Brasil, no seu art. 134,
consigna que são oficialmente considerados feriados maçônicos o dia dezessete de
junho, como o Dia Nacional do Grande Oriente do Brasil e o dia vinte de agosto, como
Dia do Maçom.
Não há porém, qualquer alusão ao ano de instituição de referida data,
sendo que em razão de divergentes fontes históricas, a data é tida um tanto quanto
controvertida.
Segundo José Castellani, o Dia do Maçom foi instituído tendo em
vista fato ocorrido no dia 20 de agosto de 1822, em alusão ao movimento de Maçons
brasileiros, como José Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim Gonçalves Ledo, que
em sessão do Grande Oriente, aclamava Don Pedro I como Imperador do Brasil e
consequentemente, impulsionava o movimento pela independência do Brasil em relação
a Portugal.
Dessa forma, o dia 20 de agosto é um símbolo da luta da Maçonaria
Brasileira em favor do povo, sendo até os dias de hoje um verdadeiro exemplo de
patriotismo.
Em que pese existam divergências sobre essa data histórica, essa é a
data oficial consignada na Constituição do Grande Oriente do Brasil, não cabendo muita
discussão.
Assim sendo, uma vez que no dia 20 de agosto comemoramos o Dia
do Maçon, é necessário que elevemos nossa prospecção para refletirmos o seguinte: o
que é ser Maçom?
Nessa curta jornada de aprendizado, eu não me atreveria a responder
de forma absoluta, até mesmo porque a definição de “Maçom” de forma subjetiva,
enquanto homem, pode despertar diferentes entendimentos entre os Irmãos.
Nobres e estimados Irmãos! Convido a todos para que ouçam algumas
humildes e sinceras palavras de alguém que a pouco era profano, e agora, tem a
oportunidade de sentar lado a lado com os mais nobres homens que habitam a terra.
Diante de mim, encontram-se homens justos e de muita honra,
médicos, advogados, engenheiros, empresários, uns jovens e outros mais experientes,
mas todos com enorme coração, que transmitem extrema admiração.
Mas se eu perguntar a um dos Irmãos presentes: o que é ser Maçom?
Se me responderes apenas que ser Maçom é ser homem livre e de bons costumes,
conforme consta do manual, então deveis refletir um pouco mais antes de responder.
Digo isso, porque a pouco era profano e agora vejo um abismo entre o
homem que antes era.
Mas por que essa diferença?
Nos tornamos diferentes porque passamos a ter a capacidade de ver as
asperezas do nosso próprio ser, temos a possibilidade de reconhecer nossos erros, mas
jamais devemos nos acostumar com eles.
Errar meus irmãos, é normal, é comum, é humano, mas permanecer no
erro pode até ser comum e humano, mas não para um Maçom, que deve buscar pelo
aprimoramento pessoal constantemente.
Devemos nos espelhar em nós mesmos, aqui e agora, buscando
incessantemente sermos melhores em tudo, com tudo. De nada adianta fazer a
apresentação de uma brilhante peça arquitetônica, ocupar o mais alto grau no oriente, se
quando nos despirmos do avental, nos tornamos mais um qualquer, um homem que
reclamada de tudo e de todos, que nada faz para alcançar mudança, que não é um bom
marido, um bom amigo, um bom pai.
Na minha humilde visão, ser Maçom não é apenas ser um aprendiz,
companheiro ou mestre em loja, vestir um avental, fazer soar o malhete, ser Maçom é
ser sim justo, honrado, de bons costumes, mas também é ser amigo, quando preciso for
e não quando nos convier, ser um bom marido e rogar pela família, ser um bom pai e se
sacrificar pelo filho amado, é ser um homem capaz de tornar esse mundo um lugar
melhor.
Maçonaria não é um título que se guarda numa estante, é um direito
que se exerce a cada segundo, ser Maçom é reconhecer que as nossas ações não podem
ser distintas enquanto usamos ou não o avental.
Para tornarmos o mundo a nossa volta um lugar melhor, é preciso
começarmos por nós mesmos. Para isso, deixemos de lado o título, o avental, a insígnia,
não para sermos considerados iguais, mas principalmente para sermos diferentes, pois
não é aquilo visível aos olhos que nos torna capazes mudar, mas aquilo que todos aqui
agora comungam em silêncio.
Esclarecimento!!!
Todos aqui sabem o que é preciso fazer, o que é preciso mudar na sua
própria vida. Por isso meus amados Irmãos, com todo o meu respeito, sendo
inexperiente, imaturo, considerando aquilo que eu mesmo preciso fazer, peço que
reflitam e façam o mesmo.
Não deixeis que as luzes do templo se amortizem em vossos corações
ao final da sessão, não esqueceis do som do malhete ao te ocupares com as amarguras
da vida. Levai teu espirito fervoroso para além dessa porta, fazeis da nossa sociedade,
da nossa cidade, do nosso país um lugar melhor.
Fazei com que teu filho sinta orgulho de vós, fazei com que o teu
próximo a vós queira ser igual, não porque sois melhor, mas porque sois “Maçon”,
aquele que além de ser o filiado na Instituição Maçônica, é o idealista que busca o
próprio aperfeiçoamento, ou seja, burilar de tal forma a “pedra” que ele representa para
torná-la apta a participar da construção do templo; não de um edifício arquitetônico de
alvenaria, mas do recinto dentro de si próprio, onde possa estar em comunhão com o
Criador e com os seus Irmãos.
Que no dia 20 de agosto, todos aqui possamos comemorar o dia do
Maçom exercendo a verdadeira Maçonaria. Repedindo as palavras de um valoroso
Irmão, que ela adentre em vossos corações e reacenda a chama que jamais deve se
apagar.

_______________________________
A.: M.: Rafael Diogo Theiss

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Referência Bibliográfica:
CAMINO, Rizzardo da. Dicionário Maçônico. 4ª ed. São Paulo: Ed. Madras, 2013.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom. São
Paulo, Editora A Gazeta Maçônica, 1997.
RITUAL do 1º Grau – Aprendiz Maçom – Rito Brasileiro – GOB. 2009.
CONSTITUIÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - 2009 (Revista e atualizada
pelas Emendas Constitucionais ns. 1, de 1º de dezembro de 2007; 2 a 4, de 15 de março
de 2008; 5, de 22 de setembro de 2008; e 6 e 7, de 23 de março de 2009)

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