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A.˙. R.˙. L.˙. S.˙.

União Fraternal – 4655 – Rito Moderno

“ PORQUE NOS REUNIMOS EM LOJA”

“LUIZ CARLOS SORBARA” – A.·. M.·.


CIM – 327.571

Cascavel-PR, 06 de junho de 2023.


Introdução

Por que nos reunimos em loja? Quais os desafios?

O que é uma loja, seria algo relacionado ao comércio? Ao compararmos


o termo loja em idiomas português e inglês temos as seguintes definições.

No idioma em inglês lodge seria propriamente o que usamos hoje a


nossa loja ou alojamento. E o termo relacionado ao comercio seria store.

Por que dessa reunião? É justamente para termos suporte necessário


para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, e glorificar o
direito, a Justiça e a Verdade; para promover o bem estar da pátria e da
humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao vício.

Qual a finalidade das reuniões em loja?

Antigamente ao lado das grandes construções, eram construidos


pequenos espaços para se guardarem as ferramentas, e a este espaço, dava-
se o nome de loja, considerado o centro da vida dos maçons e nessas lojas os
pedreiros se alimentavam e era também o local de descanso ou pernoite,
principalmente para aqueles que moravam a longas distâncias. E quando
dentro dessas lojas o seu tamanho permitia também eram esculpidas pedras
que serviriam nas construções das catedrais.

A Maçonaria propriamente dita, é uma união de homens livres e de bons


costumes que fraternalmente se encontram para lapidar suas imperfeições,
praticar virtudes como tolerância, estudos e cooperação e para glorificar o
direito e a justiça. Somos indivíduos que buscamos a prática da correição de
costumes e o aprimoramento da vivência através da reflexão e da interação
com os ditames determinados por Deus, o Grande Arquiteto Do Universo.
Em suma, o maior intuito dessa fraternidade com os irmãos é de manter
o respeito á crença de cada um, onde desse principio, honramos nossas
famílias, nossos irmãos, sempre levando em conta o amor fraternal que deve
pairar em nossas lojas.
Diante dessa constante reunião em lojas, surgem as mais variadas
perguntas, porque deixamos nossos lares semanalmente ou mais dias para
procurar uma loja maçônica, ou mesmo visitar outras lojas, qual o verdadeiro
sentido, o que nos chama a atenção para estarmos aqui? Com qual razão e
qual o sentido da dedicação de irmos ao encontro de outros irmãos para
participarmos de sessões maçônicas. Mesmo em nossas famílias há
indagações parecidas que deixamos sem respostas simplesmente porque não
há muito o que dizer sobre a necessidade e vontade que sermos instados a
nos reunir em assembléias fraternas.

A história nos conta que tal episódio teria acontecido em uma cidade no
interior de Goiás, divisa com Minas Gerais, onde um velho maçon, iniciado em
sua fraternidade há mais de 50 anos, sendo muito ativo, visitava lojas e
procurava ficar sempre em contato com os irmãos. Veterano nas lutas,
aposentado em seu trabalho e viúvo, pois o Grande Arquiteto Do Universo
chamara para junto dele a amada esposa à qual ele dedicara a vida toda. Já
com os filhos formados, casados e com família constituída o velho maçom tinha
tempo de sobra para viajar para outras cidades e mesmo onde residia ia quase
que diariamente visitar lojas maçônicas. Era só esperar o fim da tarde para
pegar seus paramentos, seu elegante terno preto e ir para junto de eu irmãos .
Sua dedicação era tamanha, que geral curiosidade em seu neto que o
peguntou: “Vovô, o senhor já participou tanto de reuniões na maçonaria,
vivencia essa experiência há tantos anos, mas agora está velho e cansado,
porque ainda participa quase que todos os dias dessas reuniões?”. O velho
maçom, sapiente como sempre e paciente pelo amor que sentia, disse
serenamente para seu neto: “Meu filho, deixe passar mais um tempo que eu
lhe respondo isso”.

Passaram-se meses, e um dia estavam sentados, quando o avô pediu


ao neto um favor: “Meu filho, me faça um favor, pegue um balaio de palha
trançada que tem ali na despensa, ele está cheio de carvão para churrasco.
Pegue esse cesto e vá lá no rio e busque um pouco d’água para eu molhar
essas plantas, por favor”.
Muito prestativo, e para querer agradar o avô, foi atender o pedido.
Colocou o carvão no chão da despensa e foi até o rio pegar a água pedida pelo
velho. E como era de se esperar, a água vazava pelos inúmeros pontos de
escape que o cesto tinha e ele não conseguiu pegar água alguma. Com o
insucesso, o jovem foi até o avô pronto para reclamar e aumentou sua
insatisfação quando viu o velho homem com um sorriso maroto no rosto: “Meu
avô, o senhor me pregou uma peça. Me pediu para pegar água sabendo que o
cesto não ia segurar água alguma”.

O velho maçom olhou serenamente para o jovem, expressando a ternura


que somente os mestres possuem e disse com toda calma: “Meu neto querido,
não lhe preguei peça alguma. Apenas respondi à pergunta que me fizeste
quando queria saber porque vou sempre à maçonaria”. E continuou o sábio
avô: “Você deve ter notado que o carvão que estava no cesto o deixara bem
sujo, com muita fuligem. E cada vez que você tentou pegar água no rio, a água
escorria e levava com ela toda a sujeira herdada do carvão. E minha resposta é
essa que acontece comigo quando vou à maçonaria encontrar meus irmãos.
Todas as imundícies, sujeiras e asperezas que a vida me grudou eu tenho
oportunidade de aprender novas lições que me limpam a alma e o caráter.
Ouço experiências narradas por homens bons e as coloco no meu livro de
aprendizado. Convivo com bons irmãos que cultuam a liberdade e fazem da
vida uma glorificação da perfeita busca pela verdadeira luz. Enfim, eu limpo
minha alma e volto melhor para o convívio com vocês”.

Assim, o jovem entendeu bem a lição dada pelo avô, e de uma forma
muito simples nos colocamos diante da resposta. Ao nos reunirmos
fraternalmente, praticando o bem, a virtude e a verdade, limpando nossos
corações e retornamos em paz para nossos lares, levando amor, harmonia e
paz para os que amamos e para quem nos cerca. A maçonaria será sempre a
forma sublime para pregar a justiça e a verdade entre os seus e para a
humanidade, sendo esses os valores que buscamos praticar entre nós.
Bibliografia

www.pedroneves.recantodasletras.com.br

www.trabalhosmaconicos.blogspot.com

cavaleirostemplariosbhmg.blogspot.com

Ritual do Grau de Aprendiz. GOB- Brasil.

Nicolas Aslan In "Radioscopia da Maçonaria. 2ª Ed. 2013. Ed "A Trolha".

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