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10 de Oliveira San1os, 40 - (027) 222-1227 - que d e Cuins. 540 - 2• s/20 1 - Calçadao - RJ - Rfo dt J■ndro: A v. Prcsldcntc Vnrgas, 529,
AC - lllo e...,co, Pedro Vicente Costa Sobrinho Conj. .302 - CEP 29,00Q, CEP 58.000 - (083) 226-4066. 9' - CEP 20031 (021) 221-2333.
- Rua Alegra. 70 - Bosqu.c -CEP 69.900.. CO - GolAoJa: Po.ulo Arruda Vilar- Av. U niver• PR - Curlllba: Tânia Marn lzidora Pereira - RO - Porto Velho: João Teixeira de Melo- Av,
AI.- M-'6: Geraldo de Majcll• - Av. Moreira Rua Marechal Floriano ('clxoto. 50 - 8' s/801
U:n1. l&-CEP 57.000 - (082) 221-74 14. . útária . 208 - CEP 74.000 - (1162) 223-5450 -
C.. Postal. 1.344. - CEP 80.000 - (041) 234-2492. ~th~~1o~r~ch_:'_d1~ ;is ~ ~np fs.~ Brasília -
AM - M - Ja<eflruva Filho- Rua TopaJós. PE - Rcclre: Paulo Cavalcantí - Rua Eduardo SC- Florlanópolll: Gorclnimo Wanderlcy Macha•
18'1 -Ccnlfo -Manaus - CEP 69.000 - (O'J2) MA - 5'o Lafs: Tomu-Josi dot San10s - Rua de Carvalho . 32 - Boà Vistn - CEP ~ -()()() - do - Pça. Pereira Oliveira, 6 - Sala 9 - CEP
'. 34-134(, Nazart, 329 - Centro - CEP :;s.ooo (098) (081) 231-0859. 88.000.
Semanário Nacional A~ - " ' - ' ' Jost Fcmapdo de Medeiros -
221-41'.33. • PI - Ttresln1: Flávio Mor.ocs - Run Lcõnd o SE - Araaúu: Wcllington Dnntas Mangucira_-
~Jh~!;:. Varps. 2449 - CEP 68.900 ;--
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vimento que surgiu de maneira ,do governo a opinião pública c~ss1~ade de abandonar os ter-
espontânea a partir dos cam- do Estado de Israel e também, i:itónos ocupados.
pos de refugiados, este:adendo- a 0pinião. pública da Diáspora VU: E o Partido Comunista de
jucfaica nos EUA e na Europa
,s
t
r
se progressivamente ao con-
junto da população e elaboran-
do as 1mas próprias Lide.ranças,
que sempre constituíram, nos
m0mentos de perigo para a na-
Israel?
LZ: Apesar das dificuldades de
sua açã0, vem crescendo moral
, constituídas principalmente de
jove ns. Jovens que eram bebês
ção israelense, a base de apoio
político e financeiro essenciais.
e fisicamente. Com·o sabem ,
nós sempre defendemos o qi-
,
~ no momento da ocupação em
1967 ou que nasceram durante
VlJ: Mas, essa virada da opi-
nião pública já se m_a nifestou
reito à autodeterminação do
povo palestino. É necessário
~
a ocupação. E ntretanto. ape- Até quando estas cenas se repetirão? em atos concretos? ·lembrar que o nosso Partido e
sar dessa juventude, a lideran- LZ: Seguramente. Nós assisti- o PCP eram um único Partido
~
ça se inspira nas mesmas forças equipado com as armas mais Isso, no conjunto, isola .inter- mos atu'almente a um cresci- no tempo da ocupação inglesa,
e correntes que constituem a modernas, exigindo o fim da nacionalmente o governo de mento de organizaçõe-s como e que palestinos e judeus luta-
,,'r OLP: a Fatah, o Partido Co-
munist a Palestino , a F rente
ocupação e o, direito à auro-
determinaç~o da- p0vo pales-
Israel que já sofreu, indusive, Paz Agora, surgida durante a
derrotas importantes.na õNU. guerra do Líbano, que vem,
ram lado a lado pela indepen-
dência ... Nós somos favoráveis
,,
r
Popular Democrática, entre
outras. O que se assiste atual-
tino.
VU: Como definir es_sa nova si-
VU: Essa situação nova tam- por exemplo, convidando ora-
bém se exprime em Israel? dores palestinos para partici-
à criação de um E ~tado pales-
tino autonômo, das negocia-
1
, mente é, principalmente, uma
mudança radical nas caracte-
rísticas da luta. A população
tuação? ·
LZ: A importância das de-
mo nstrações e manifestações
LZ: Exatamente. E esse é tal- par em seus· comícios e mani-
vez o aspecto mais importante festações. Outras organizações.
na fase atual do eonflito. É evi- têm surgido como Há um Limi-
ções diretas entre Israel e pa-
lestinos representados pela
OLP. Somos a favor da nego-
1 dos tenitórios ocupados., du- populares e a violência da re- dente que todas as pessoas de te, que vêm se manifestançio ciação para o restabelecimento
rante muitos ~os, assistiu às pressão pelo exército israelen- bom senso em Israel percebem pelo fim d~ ocupação. Dessas da paz na região, da criação
''
J
tentativas da OLP no plano mi-
litar e político sem intervir ati-
vamente de modo substancial.
se chocam a opinião pública in-
ternacional, .reforçam a solida-
riedade dos países árabes, dos
que não é possível manter a
ocupação militar para sempre
ações se originaram já duas lis-
tas de militares reservistas, a
de garantias de existência para
os Estados da região, evidente-
~
e que é necessário encontrar segunda com mais de 150 no- mente do Estado de Israel, mas
Desiludida com o impasse cria- países socialistas e dos países uma solução política. Por ou- mes, incluindo capitães e ma- també°m de um Estado pales-
r
do, tanto no plano militar, co- do Terceiro Mundo em favor tro lado, as cenas de violência jores, que se recusam a servir tino. Essas negociações deve-
mo no plano político, a popu- da luta do povo palestino. Mes- da repressão que o cidadão de · nos territórios ocupados. A pu-. rão se realizar com a partici-
lação decide tomar nas mãos mo nos EUA e n0s países da Israel vê na sua televisão criam bJicação dessas hstas na im- pação de todas as nações da
o encaminhament0 de seu fu- E.uropa Ocidental, uma grande um conflito moral que vai iso- prensa provocou, como era de região e das grandes potências
turo, por uma ação coletiva es- corrente de simpatia se desen- lando, progressivamente, o go- se esperar,' uma grànde reper- que permitam o estabeleci-
petacular, em que o povo de- volve em favor dos palestinos, verno de sua opinião pública. cussão. Organizações sionis- mento de paz e cooperação
sarmado enfrenta corajosa- diante das cenas diárias de vio- Os judeus, que vêm sofrendo tas, co:mo o Mapam, passam com garantias de segurança pa-
mente um exército moderno e lência da repressão israelense. perseguições, injustiças e mas- a defender a necessidade de ra todos.
,
1 SÃO TOMÉ EPRjNCIPE ¼ TURQUIA
1
Fascistas
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J
~
No dia 8 de março último
{uma terça-feira), no meio da
1 ções com outros bandos anna-
prendem dirigentes
dos, tais como a Unita e a Re-
r madrugada, 41 indivíduos ar- namo. Segundo suspeitas le-
~
mados davam início a uma in- vantadas pelas autoridades
r
vasãc em território de São To-
mé e Príncipe. Dois deles eram
de nacionalidade norte-ameri-
s~o-tom_enses, esse grupo rece-
b)a _tremamento militar na
comunistas
t Afnca do Sul. Seu objetivo
"fla, sendo que um foi detido proclamado era o de derrubar O Supremo Tribunal de Se- nomeadamente de "tentarfun-
i
pelas autoridades locais e o ou- o regime presidido por Manuel gurança do Estado da ditadura dar um Estado marxista-leni-
tro morto durante um tiroteio. Pinto da Costa. turca pediu 65 anos e seis me- nista e dirigir um partido com
O grupo era integrado por Após o desmantelamento do ses de prisão para Haydar Ku- este objetivo", atentarem
1D.ercenários de diversas nacio- gr~po m_ercenário, iniciaram- tlu e N1hat Sargin, secretários- "contra a unidade nacional da
nél!idades africanas e comanda- se m~estigações a partir de de- gerais respectivamente do Par- Turquia", e de terem "injur_i~-
do 1-1or Afonso dos Santos, um núncias de que a invasão come- tido Comunista Turco (na clan- do o Estado turco e seus dm-
ex-militar do exercíto culonial çou na base naval sul-africana destinidade desde sua funda- gentes".
português e dirigente da autó- de Walvys Bay, na Namíbia ção). e d0 Partido Operário da Rresos em novembro, quan-
proclamada 1'Frente de Resi- PresldenteManuelPlntodaCosta ocupada. Em .troca do apoio, Tur9.uia (ilegalizado depois de do desciam do avião no aero-
tência Nacional de São Tomé os mercenários, se vitoriosos, 1980). porto internacional de Anca-
e Príncipe". Junto com ele, A "Frente" atua abertamen- dariam São Tomé COJilO ,base Kutlu e Sargin são acusados ra os dois dirigentes comunis-
mais dois dirigentes foram pre- te a partir de território portu- de operações conira o litoral . de tere~ violado seis artigos ta~ viviam no exílio· desde o
sos. guês ç . tem estreit~s vincqJ.a.-. norte, de Angoia. , d<:> Código Penal da. 'f.UJQuj3,. golpe.fascista de 1980., ... , _,
, --
, _' 31 /03 /88 a 06/04/88 CULTURA
Que os sinos dobrem uma máquina trituradora costas o povo brasileiro e o do n9ssa juventude, e a desenvol-
moendo o povo e alguns "ma- Terceiro Mundo - o " avanço ver espírito crítico em muitos
rajás" recebendo o resultado social" , a reforma agrária, os adultos. Breguetes é uma expo-
final: o dinheiro sujo da escra- salários, a saúde, a educação, sição de antologia que deve ser
por Pellegrino vidão. Ou1ro objeto destacável os direitos da mulher, os pro- vista pelo público todo, e pode-
é O Runtlista Caiado, que vi- blemas de ·habitação, aposeJl· ria se transformar numa expo-
sualiza o latifundiário Caiado tadoria, etc. -é represe.ntada sição itinerante e, assim, per-
O incansável crítico da Sociedade sentado numa pilha de dinhei- numa montagem de caixotes . correr as escolas e galerias do
Theo Santiago Brasileira de Psicanálise. O de- ro, cuidando do gado, com me- • numa carroça puxada por bois. Brasil inteiro.
nuneiador dos crimes conietidos
pelo médico-torturador Lobo ,
MorreuHélio Pellegrino. Foi-se agente da repressão nos calabou-
um pedaço da nossa esperança. ços da Barão de Mesquita.
Morreu o escritor, o poeta, o . O Brasil está cada vez mais po-
O"outro" Noel Rosa
polítieo socialista, o psicanalista, bre desde o final do ano passado Morreu no Rio aos 67 anos , xou mais de 50 composições, Eden Silva, o Falem de mim,
o Homem Hélio. O Hélio deste- até esse iníéio sombrio de 1988. de insuficiência cardíaca, na entre as quais O nequinho e a sucesso do carnaval ·de 1949,
merado, vibrante, corajoso, ami- Foram-se o Cláudio Abramo , a madrugada de quinta-feira, dia senhorita, A~im não é legal e que ·diz: "Falam de mim/mas
go, carinhoso. Ficou sua voz no Maria Julieta, Carlos Drummond sambas-enredo como Chica da
disco "O~ q~tro mineiros" que, de Andrade, o Henfil, o Luís An- 17, o autor de Vem chegando eu não ligorTodo mundo sabe/
numa noite fria de São Paulo. no tonio Martinez Correa, Cacaso, o a madrugada e Falem de mim, Silva (campeão com o Salguei- qu~ eu sempré fui amigo/V m
MASP ,ganhei de presente das Chico. Agora o Hél_io. • entre outros clássicos do samba ro em 1963), Homenagem a Ge- rapaz como eu/não merece es-
mãos dos quatro:"Sou filho deDo- Na última carta, ainda esse mes, carioca: Noel Rosa de Olivei- túlio Vargas (sua estréia, em sa ingratidão/Falam de mim/
na Assunta ...marxista e ateu" . que rece.pi.de Otto i:ara R~sende ra. Compositor da escola de 52, ainda pela Unidos do Sal- Falam de mim/Mas quem fala
Foi-se o Hélio que em19.68 esta- ele me pedia para nao mais falar samba Ac~dêmicos do Salguei~ gueiro, sua escola original) e não tem razão". O nome de
va,à frente da passeata dos100.000 em mortes: "a carpa ançl~ solta.:. ro, que aJudou a fundar em Quilombo dos Palmares (1960, Noel Rosa de Oliveira não tem
no Rio e que chegou em Brasilia o r"aio está cada vez mais prÓXl·
.para entrevistar-se com as" autori- mo". 1954 - quando houve a fusão também campeão da avenida, nenhuma relação com o de
dades'' e esqueceu o paletó e a das três esco)as existentes no de parce ria com Anescarzi- Noel de Medeiros Rosa, que
Mas "tudo vale a pena qµand~ morro-, Noel não pôde reali- nho ). A arte de Noel Rosa de quando ele nasceu, em 15 de
grav~ta. a alma não é pequena". Que sai-
O Hélio de 1978 quando, junto bamos levar adiante aquilo qu~ o zar plenamente o sonho de tan- Oliveira , como demonstram julho de 1920, tinha pouco
co~ Dalva e Fernando Gasparian, ~élio Pellegrino nos deixou. Pnn- tos outros artistas genuina- seus sambas mais conhecidos, mais de dez anos de idade.
eu editava os Ensaios jle Opinião eipalmente a dignidade. A luta pe- mente populares: viver de sua estava longe de se restringir" à Mais tarde, porém, teve que
e publicamos o se~ ai:tigo "Adi~- lo sonho possível do socialismo. música. Com a música seu co- criação um tanto burocrática corresponder, na roda dos
lética da tortura: direito ve~us di- Estamos mais pobres. Que d~- ração sempre pulsou , desde do carnaval: ele foi um autên- bambas , · à responsabilidade
reita". Artigo que _nenh~ Jornal brem em finados os sinos das Mi- menino. Mas, desde cedo, teve. tico cronista da vjda do morro, que o nome sugeria. Corres-
na época queria edi!ar, ~1s_fala~a n~s Gerais: de São João Del Rey muitas vezes que deixar a inspi- que aprendeu a cantar como pondeu. Se as novas gerações
com coragem do epJs~~10 D1aféna a Sabará, de Diamantina a Ouro ração de lado para encarar a mascote da roda de partido al- não sabem, não é por falta de
("Herói. MortO. Nós 2- Preto. Que dobremos sinos da Sé to do. morro. arte e competência, e sim devi-
Morreu O incansáv~J ~atalbador de Mariana em homenagem a uni dura luta pela sobrevivência.
pela campanha da amstia, ampla, de}eus maiores filhos. do â marginalização que o sam-
geral, irrestrita. Um dos fundado- Restam os-restos, resta o resto Ainda assim Noel, que se E ainda não tinha trinta anos ba enconúa em sua própria' ca-
res do Partido aos Trah3'badqr~ resta li ebra-." . - ,. ' aposentou há algugs.anos, .dei- quando compôs, com Aníbal e . sa. (C.J) ·
,
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J
EPÍLOGO DEPOIS DO FATO
1888.. 1988
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~
Este é o último capítulo do livro
AAbolição, da historiadora
ABOLIÇAO Emffia Vioti da Costa, editado
pela Global, em São Paulo, i982.
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p
!'
r
cadas, e que tinham tentado, até o últi-
. mo instante, impedir o processo. Os
fazendeiros viram a Abolição sob um
prisma diferente. Culparam o Impera-
vel mundial: o desenvolvimento d0 ca-
pitalismo e a Revolução Industrial
condenaram a escravidão como forma
de trabalho. Antes mesmo de a Aboli-
zendeiros tinham até se tornado adep-
tos ,d0 trabalho livre.
Com 0 passar do tempo, o grupo dos
que se opunham a qualquer mudança
sociedade lhe assegurasse mínimas con-
dições de vida, esse depoimento de um
escravo que tinha saudades da escra-
vidão não deve ser entendida como um
dor pelo apoio que dera à causa da
r ção ter-se tornàdo uma aspiração nacio- comentário a favor da escravidão. Ele
,f
~
emanci~ação. Acusaram os abolicionis-
tas de mesponsáveis e o governo de
imprevidente. Ressentidos com a Abo-
nal, a escravidão fora condenada, tanto
do ponto de vista econômico, quanto
do ponto de vista moral, nos países mais
tornara-se cada vez menor. Tinham
surgido na sociedade grupos men?s vin-
culados à escravidão e mais inclinados
é, de fato, um testemunho eloqüente
das con~ções de vida em que se encon-
a dar ouvidos à propaganda abolicio- tram ~~tos ex-escravos, para os quais
r lição, muitos aderiram ao Partido Re- desenvolvidos. O Brasil era, na segun- a Abobçao representara apenas o direi-
publicano. nista. Para estes, a campanha em favor
da metade do século XIX, um dos pou- da Abolição seria um mstrumento n_a to_ de_ser livre para escolher entre a
Cinqüenta anos depois., ainda era
m1s~na e .ª opressão em que viveram
!,
cos países onde ainda havia escravos. luta contra as oligarquias com as_qua1s
possível ou.vir o eco dessas vozes. Os Mas, n essa época, a escravidã0 passan1 mantinham relações cada vez mais am- (e ainda VJVem) um grande número de
abolicionistas "eram os comunistas de a ser identificada com ignorância e atra- trabalhadores brasileiros.
hoje, sempre prontos a repartir o bíguas. Nesse sentido, a campanha ab~.-
so e a emancipação, com progresso e licionista pode ser vista como expressao Dessa forma, a Abolição foj apenas
alheio", diria uma descendente de se- civilização.
nhores de escravos. "A Lei de 13 de da luta de classes que -se trav~va no u~ primeiro passo em direção à em~-
Tão importantes quanto as transfor- País no final do sécul0. ~ara os m~ele~- c1pação do povo brasileiro. o.ar~ítno,
maio, se foi humanitária para o escra- mações ocorridas no exterior, foram as tuais O abolicionismo foi fon~e demsp1- a ignorância, a violência, a rruséna 1 os
vo1 não deixou de ser desumana para
r os senhores", dizia o filho de um fazen-
transformações pelas quais passara o
.;1aís. Estas contribuíram para tomar a
raçã~. Para os polít!~os, um mst~u.me~-
to d'e ascensão pohhca. O a_bo_hc1oms-
preconceitos que a sociedade escra~tsta
criou ainda pesam sobre n~s. Se é J~sto
'r deiro, cuja fortuna , avaliada em mais
de cem contos de réis em 1885, ficou
escravidão uma forma de trabalho su-
perada em várias regiões.
mo deu a0 intelectual um publico e ao
político, um eleito~a_do.. .
comemorar O Treze de Maio, é preciso,
no entanto, que a co.memoração não
~ red uzida a trinta contos de réis depois
da Abolição.
Na década de oite nta, u.m grande nú-
mero de proprietários de escravos tinha
O discurs0 abohc1001sta unificou os
grupos mais diversos e deu expressão
a
nos ofusquem pont? de t~anSform~-
mos a: liberdade que ~mboliza num ~ 1-
,r Hoje, quase um século depois, sopi-
tadas as paixões do passado , é possível
encontraeo fontes al ternativas de mào-
de-obra. Se bem que a maioria conti-
aos interesses mais va,riadQs. A coni-
'véncia de amplos setores da sociedade
to,a serviço da opressao e da exploraçao
do trabalho.
-
•o
São Paulo. 31/03 a 06/04/88 Aos leitores
Suplemento Sindical n~10
Voz da Unidade Convidamos nossos leitores, df,-i,
gentes e ativistas sindicais de todo> o
Rua Bento Freitas. 362 4~andar · País_ e: das mais diversas categorias a
Tel.: 231-2926 CEP 01220 pa ry1c1pare~ do Festão 88 da Voz~
Unidade, dias 8, 9 e 10 de abril -na
Telex: (011) 32006 VOZ SP Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio J)e
Janeiro. Alé m de uma festa de ami-
zade e congraçamento, será a oportu-
nidade de debater, em diversos scitii-
nário~, questões culturais, econõmibas
e políticas do Brasil e do mundo. .:
;
Aforça da FSM ·. 1
Representantes de 75 A Federação Sindical M~ndlaÍ r°'
criada no imediato pós-guerra, em:.:
mffhões de camponeses, 1945, reunindo entidades sindicais lle
todos os países particlp81:)tes da ;.
aliança anti-hitlerista.. Algum anOll
eassalariados 111rais após, no bojo da guer.ra fria, haveª8
a cisão de sindicatos de países '..,
capitalistas, com os EUA à frente, que
de todo omundo se •criaram a CIOSL - .Coníederaçág-,
1nternacional das {)rganizações ~:
reuniram em Praga. Sindicais Livres.
Hoje, a FSM r epresenta mais d e;
~,-
zoo milhões de trabalhadores e tem
Nesta página, suas onze subdivisões setoriais, uma das
quais a UlSTAFP. A~nas esta, . ,
congregando 75 entidades miadas ele
lutas, direitos., a 70 paí.seS, representa 78 milhões de-
trabalbadores, tanto quanto o
ecologia e aação das conjunto da CIOSL. A ESM é a tínléa
central sindical internacional que :
reúne entidades tanto dos países :•
muHinacionais no campo. capitalistas como dos socialistas. ;
e amponeses e trabalha-
dores rurais são diaria-
mente assassinados
nos países do chamado Terceiro
da' UISTAFP; Alofsio CameÚJ',
diretor da Contag - Confede!,8·
ção Nacional dos Trabalbadom.
na Agriculura; João Pedro St.iµ-
le do Movimento dos Trabalba•
Mundo na luta pela terra e por d; res Rurais Sem-Ten:a e por Ra•
~ondições de t!abaho. Enquanto nulfo da Silva, da CUT. :•
JSso, a produçao para exportação Em relação aos problemas 4ps
aumenta ~m detrimento dos pro- trabalhadores rurais ~a Am~nca
dutos agncolas dos mercados in- Latina, a Conferénc1a partiu de
ternos; as. multinacionais da ali- um dado bastante esclarecedbr:
mentação e da agricultura mani- · 60% das ter:ras produtivas est~
pulam os preços internacionais hoje em m ãos de 1 % dos propfie-
depredam o meio ambiente e con: Jesus Carlos - Agência F 4 tários, que incluem diversas mui·
tamin~m os trabalhadores e a po- tinacionais (veja matéria n~!tB
pulaçap com o uso de agrot6xieos. págin~)- Estas mesmas mu!tJl!B·
Mas os sindicatos dos trabalha- cionais, den tro da estratégia lllJ·
dores rurais de todo o mundo es- perialista global de aprofundar a
tão unidospara enfrentar as estru- dependência dos países em desen-
turas atrasadas do latifundio e a volvimento, forçam a ado_ção de
expleração que sofrem dos trustes palíticas agrícolas que estJmubpil
comQa Nestlé ou das "bananei- a produção para exporoção, em
ras" Standard Fruit e l.fnited detrimento do consumo intemo.
Brands. Para mudar este quadro, a solu-
Voz Sh}dical traz nesta edição ção é uma só: fechar as veif!S a~-
- mclus,ve como subsídio funda- tas da América Latina latifundi'·
!~:J:1b á ltf t~ dos trabalhadores
rasile1ros - uma reporta- ria com uma reforma agrária ~·
mocrática, que assegure a redis·
1~1f'e:::::J:~eta1d~ J()ii_Co1:teréncía tribuição dos trabalhadores ao
Trabalhad~i-es e Smd1c_atos de desenvolvimento rural. Segundo
Flore.stas e Plan~ª :1-gneul~ura, a constatação da eorµerência, li
entre os últimos dJ~es, as 15realizada
a 18 de exceção de Cuba e N1caráSf!ª• t:S•
març<? em Praga, na Tchecos/o- ta_ reforma agrária no contin"Dte
váqwa. A Conferência, promoví- arnda não passou das pala firas, es-
J,.JJSTAFP_- União lntc:c- ·cir,,J~cnrc.• ,Ypós ~ Jiqflidaç,ão dll6
Direitos sindicais e democracia O imperialiSrno
tico. Tanto é ál;sim que lemora o di- Segundo dados divulgados pela 10" produto nacional bruto depende aplicação intensiva de produtos qiií·
Já em seu preâmqulo, a Carta dos cional ou filiar-se a ~ssas organiza- essencialmente da agFicultura. Os
reito que os trabalhadores têm de exi- conferência da UISTAFP - FSM micos nas plantações. A agressão das
Direitos Sindicais e Liberdades De- ções; determinar liwremente os pre- as empresas transnaciônais centro: créditos na área agrícola concedidos
cedimentos para eleição de delega- gir de seus parlamentos e govemos transnacionais inclui crianças e o~-
mocráticas dos Trabalhadores Rurais a ratificação e aplicação na íntegra Iam entre 65 a 90% dàs exportáções pelo FMI e Banco Mundial são subor- junto da população: a empresa~
d~ 19• Confer~ncia Internacional dos dos, dirigentes e órgãos executivos,
da Convenção 141 e d._a Rec_o menda- dos produtos agrícolas dos países em dinados a eliminação de qualquet ra (francesa) utiliza c~anç~ _na~
Smd1catos de Trabalhadores da Agri- bem como organizar sua gestão inter- desenvolvimentó. 0u seja, entre três o_bstá~ulo legal á ação das tr-ansna-
na e for,tnular seu programa de ação. çãe 149 da Organização Intemacional lheita, a Nestlé vende tngo radioattvo
cultura, Florestas e Plantações traz de Trabalho, relativos aos trabalha- e seis empresas como a Standart ctonais nos·campos e flor.estas.
O documento lembra também o di- Fruit, a United Brands, a Coca-Cola _ Como consequência dessa situa- no 1:;',gito.
algu~as observa~ões gue merecem a dores rurais e seu .papel no desenvol-
atençao dos brasileiros no momento reito de convocação de reuniões, fó- e a Unilever repartem entre si o mer- ça~, po1; e:xemple, em 1986, as 33
runs, oonferências: congressos e de vimento económico e social, bem co- prmc1pa1s empresas norte-america. Apesar da propriedade da terra ~i-,
em que se discute a reforma agrária mo a apiicaçáo integral da Declara- cado mundial do trigo (85 a 9Q%),
manifestações; lembra o direito de lo- do açucar (60%), do café (85 a 90%), nas madeireiras tiveram um lucro su- retamente por parte das, transnact~
em noss9 País: "Os direitos sinilicais ção de Princípios e do P,rograma cte nais estar sendo substituída ~r ~-
e as liberdades democráticas são de cais permanentes e invioláveis· direi- do arroz (70%), do cacau (85%), do perior a US$ 3 bilhões, explorando
Ação ªfrovados pela Conferência para isso mais de meio milhão de as. tratos de exploração temporária, ape_-
grande importância para os trabalha- to de ~d~ca~~o e ~p~citação de qua- Mundia sobre a Reforma Agrária e chá (80%) e da banana (65%) entre
dros ~1~d1calistas;d_n:e1to de circulação os J?rodutos alimentícios, além de rna- salariados. Nesse mesmo ano, a Uni. nas a empresa Unilever poss_ui 92.000
dores rurl!is do mundo inteiro" , lem- Desenvolvimento Rural de 1979. O ted Brands, empregando 39 mil tra. bectare.s em 14 países da Afrfoa; e
brando que os monopólios e as em- de dmgentes e ffilhtantes aos locais Brasil nunca ratificou essas recomen· téna-prima de origem agrícola como
de tr-abalho e alojamentos· direito de o tabaco (85 a 90%) e o algodão (85 ~adores (principalmente em planta. Ásia. Em 1985, na diminuta ex-co- .
presas transnacionais, e tam~ém ~s tações! Não seria esta também uma çoes de bananas na América Central lónia inglesa de Belize, na Am~rii:a
governos a l serviço destes, mten~1- negociar salários e condições de vida luta unitária CUT-CGT-USI? a 90%). (Fonte: ONU e FAO - Central, a Coca Cola comprou 25.000
e d~ t!a~alJio; direito de represen- 1986. el!l países como Honduras e Costà
ficam sua ofensiva contra as conquis- Levantando vários aspectos do Rica, as famosas " r~publiquetas de hectares em plena selva _para planqu-
taçao mdlVldual é coletiva dos asso- f>roblema dos trabalhadores rurais, a Operando na América Latina laranja. No Brasil, ··a ( Volkswagen
tas e os direitos sindicais. África e Sudeste asiático através d~ banana", como retratou Woody
"Por outro lado", continua o docu- ciado~ diant7·d a Justiça; direito á ela- Carta lembra também o direito de possui milhares de hectares e a trans-·
mento, " a experiência demons~ra que
não pode haver um. verdadeiro de-
b~r~çao da )1~a e na gestão·das insti-
tu1ço_e s ~octa1s rurais, em particular
participação na f?~ulação, adoção,
execução e avallaçao dos planos e
contratós de produção, as transnacio-
nais não se interessam pelos cultivos
Allen em seu primeiro filme "Bana.
n~s"), obteve um lucro de US$ .S4
nacional Michelin é acusada _d e assas-
sinar posseiros para I tomar-lhe,s !as
senvolvimento rural , nem reforma de pre~tdência social e capacitação programas ru~ais em to~os_ os níveis, tr31dicion~is de consum_o das popula- milhões.
profissional. · ~es rurais desses çontmentes como tenas. ;·
.agrária, sem a participação d~mocrá- mclusive nacional; o direito ao fo-
tica dos u::abalhadores rurais nesse A Carta dos Direitos Sindicais dos mento e apoio á c9operação econó- inilh?, ma_ndieca ou legumi'nosas. Reagindo contra esta exploraÇ~0 . t
processo, sobre a base do ~leno res- Trabalhadores Rurais lembra tam- mica em proveito comum entre os Seus mvesumentos na melhoria de se- os !15Salariados rurais têm promoV\clÓ Com sua orientação "de lucre ni4-
peito á lib~rd~d~s,?emoc_ráticas e aos bé,rn o direito gue as entidades tê~ países em desenvolvimento e os· paí- mentes e produção se restringem aos greves na Costa Rica (em 1984, repti~ ximo em t(lmpa. mí~o", as trapsrta-
direitos sindicais . Assim, o docu- de desenvolver miciativas em matéoa ses desenvolvidos, no espírito de uma pro~utos de exportação, como a soja, mida pela políçia e pelo exército), Pa. cionais favo.tecem a degrada§ãQ ~ i
mento faz o elenco dos direitos dos de legislagão social e de serem cons~l- Nova Ordem Económica Internacio- o tngo e grãos oleaginosos. namá, Filipinas e Honduras. A te. meio ambiente: as empresas ma4e·
trabalhadores rurais: liberdade de or- tada quando da elaooração de proJe- nal· combater as concepções da em- . Detendo pr_at~camente O monopo- pressão aos movimentos é feroz: em reiras já destruíram ~ q~ase ~º!,~.
ganização sem intervenção de gever- tos de lei e normas concernentes aos pre~as transnacionàis, das_ forç~s do lio na comerc1al1_zaç~o desses produ- um único dia foram assassinados 30 dade dos bosques trop;cais ~a ~nua
nos; direito de_ re~ão; direito de fi- trabalhadores rurais. Isso existe no imperialismo e da b1:1riues~a nacional tos, as transnaCJona1s manipulam a dirigentes· sindicais de plantações ele Ocidental e do Sudeste As1átJço,. o
liação a or~an~a~es livremente es- Brasil? As exijências do sindicalis!Do que se opõem á part1c1paçao das mas- seu !avor os p~eç'?s do mercado inter- que também vem ocorrendo no Brúil
colhidas; ~ire~to d~ ~ivulgação de
suas or:garuzaço~s; drre1to de ação em
d~fe;sa de seus. mteresses e reivindi-
rural vão ma.is longe: liberdade de im-
prensa; direito a receber dos empre-
g_adores toda informação ace~ca da
sas trabalhadoras no desenvolvimen-
to económico e social do campo.
O documento lembra o direito das
nacional, pre1ud1cando diretament
os países em desenvolvimento cu· e
' JO
bananas na Colombia.
Outra luta dos trabalhadotes.flltais
é contra a intoxicação causada Pela n.
.
desde a implantação do "projeto ~•-
.,_, '
caçoes econ~IJ!icas e sociais; direito situação e orientação em maténa eco- or~anizações de trabalhadores de se
,..... ·
Metalúrgicos
se demitem
Banco· Central
adia greve
DIA DE ADVERTÊNCIA Seminário
da Contag
.·, Numa plenária que estiveram Lutar sempre
·,..Apoiando-se no artigo 483 da Con- greve nacional dos funcionários representados 96 sindicatos, os di-
do anco Central pelo adiamento do Trabalb~dores e pequenos produ-
soJidação das Leis do. Trabalho, que rigentes sindicais de São Paulo de- Da plenária, duas conclusões tores rurais de todo o País estarão
c;hz que os trabalhadores podem pedir 40 , por conta da ~provação do Pla- cidiram se unir em -torno de um definitivas. A primeira, d_e eJC!re- r~unidos em Brasüia nos próximos
.d~missão se tratados com injustiça e no e Cargos e Salários foi adiada dia de advertência c0ntra a polí- ma importância, a data histór~ca, dias 5, 6 e 7 de abril, para discutir
:r~ceber as indenizações como se ti- pa o próximo dia 07 de abril. Os tica de arrocho do ministro Maíl- da união dos trabalhadores acima um programa de política agrícola pa-
vess·e m sido demitidos, 370 empre- . fu ·onários do Banco Central resol- son da Nobrega. Centrais sindi- de todas divergências políticas, ra o setor. O evento é promoviao pela
·gados da Comerit, que produz rebites . ve m adiar a greve de advertência por seu interesse comum. Como Contag e federações de trabalhadores
cais, federações e sindicatos, uni- na agricultura, com representantes de
e ilhoses, pediram demissão, âpoian- à era de definições da política sala- dos pela manutenção da URP e disse Cidão, "a hora é insupor-
ri todos os estados.
: do 17 companheiros dispensados pela reposição das ~<:rdas sala- tável para todos. A unidade é fun- A orientação básica do IV Con-
! imotivadamente. riais, prete~dem mobilizar para o damental". gresso dos Trabalhadores Rurais -
Sindicatos protesto todos os trabalhadores,
A segunda, defendida por Eníl-
até badalada no governo da Nova Re-
pública e--é a instituição de uma polí-
Frentistas · e teatros estatais, metalúrgicos, bancários,
son Simões de Moura, o Alemão, tica agrícola diferenciad!l para pegue-
químicos, urbanísticos, onde pre-
adiam gre~e valecerá a força da classe traba- por Jair Meneghelli, Henos Amo- nos produtores. O ex-~mstro Dílson
projeto Teatro nos Sindica tos, rina e Joaquinzão: " Nunca mais Funar,o chegou a ahnhavar alg-~.ns
lhadora unida. · pontos das proP.~stas das categonas,
, Cerca de 70% da categoria (17 300 do nstituto Municipal. da Arte e Cul- acabar a manifestação, ir embora
para casa e esquecer. A luta é am- mas não as viabilizou. ~ Cont~g, por
: frentistas) do Rio de Janeiro pararam tu! Rio Arte, no Rio de Janei~o, As decisões da luta unificada sua vez ainda não havia dedicado a
: na grey,1: realizada no dia 24 passado. c'! eçou na semana passada no Sm- pla, deve prosseguir".
vém avolumando-se desde que as atençãd necessária à políti~ agrícola,
: Agç,ra, esperam que nos próximos 15
: dias os patrões melhorem a proposta.
5.10 d·o s Urbanitários com As .o~- estatais saíram na frente e convo- Segundo Alemão, "nós temos como O faz com as questoes traba-
~• !!Is de uma Criança, de Mart_ms caram o seu Encontro Nacional , que parar de correr atrás do pre- lhistas, mas, há cerca 'de dois anos,
Os frentistas querem um piso salarial Pt. o projeto quer rest_a urar a vida . em Brasília, que resultou no dia juízo. Um dia corremos atrás do a atual diretoria vem formando uma
f de. Cz-$ 21.240 ,00 e reajuste de c Ural dos sindicatos, dtz o ~tor co- nacional da estatais contr,a o arro- gatilho, pode acontecer de novo equipe específica para tratar do. as-
j 105,8%, enquanto a renovação do m nista, presidente da. JRioArt~, cho, no próximo dia 75 d_e ~arço. Joaquim dos Santos Andrade, o sunto, tendo sempre.ª fr~nte o VIce-
com a Ul\P. Se o governo deter-
l acordo coletivo prevê piso de Cz$ F t ancisco M1Jan1 Em seguida, os m~trov1ános de Joaquinzão , Antonio Rogério mina reajuste trimestral agora presidente Ezídio Pmhelf_O, co~ 0
: 11,3 mil e 41 , 68% de reajuste. São Paulo convocaram para urna Magri.e Paulo de Azevedo (pela apoio total de José Fraoe1sco e e-
um dia ainda faremos greve pel~ mais diretores. _
Anticomunismo reunião todas as entidades traba- estatais) , Jair Meneghelli, Jorge
manutenção da trimestralidade. Coincidindo com a mobilizaçao do
lhadoras, no sábado, 27, q_uando Coelho, Gilmar Carneiro, Henos
Aumenta o em Londrina Amorina, da Federação dos Apo- Temos que mostrar propostas e PCB nesse mesmo sentido, vão·ap_ós
ficou acertada essa plenána ( em continuar" . o seminári0, realizar encontros reg10-
desemprego 30 de março). sentados de São Palo, Aparecido nais no Nordeste, Centro-Norte e
as eleições do Sindicato dos ~an- Alves Teoório, o Cidão, dos me- A convocação para as manifes- · Centro-Sul para dis~utir doc~ment~
Clfios de Londrina, fraude e a~t1co- Segundo Paulo de Azevedo, talúrgicos de Santos, e Walter Ba- ~çõ~s deve se feita pelos próprios do seminário de abnl, qu..e vai subsi-
O mês de fevereiro acabou com JJltnismo. Provocando a anulaçao do r~lli, dire_to~do Dieese. Na plená- diar a proposta final a ser elaborada
presidente do Sindicato dos Me- s1~d1~at?s, ~m cada região. A co-
'. mais 31 mil demitidos na Grande-São P~meiro turno das votações P?r ter troviários de São Paulo, todas a na, -96 smdtcatos, 5 associações no encontro nacional nos dias 29 e
nussa~ _md1~a0a, no dia 7, para
, Paulo, o que significa uma elevação friudado as votações, os candidatos manifestações foram antecipadas estc1duais, o Par-tido Comunista 30 de junho.
a mob1hzaçao permanente não fa-
no índice de desemprego para 9,9%. P~a Chapa 2 ainda ~cus_a~ a Chapa para evitar que a medidas do go- Brasileiro, o PC do B, o PT e rá isso. Desta vez, os trabalha-
' Quem mais sofreu foram as mulhe- 1 üe "comunismo' ', 1ust1f1cando que verno atropelem a datas. Assim, até a União Nacional dos Estu- dores estarão todos juntos, uni- Inédito: pistoleiros
; res, que representam 8,1 %,'enquao- e' s candidatos são "coordenados e aconteceu a plenária. Na mesa, dantes. dos por suas aspirações. condenados
: to.que os homens 2,6%. E o SEADE fiianciados por pessoas d0 PCB", en-
! p~evê : março não trará melhoras ... t1 outro~.
~
~ - ~-FGTS-fu;-u-~~~~~~ção {g~~ ~~~~~r::: r~~e;rr:v: ~~;~~;-o . Rio de Janeiro (docorrespondente) - delária para a Cinelândia, no dia 7 preside nte do Instituto Municipal de autores do ato .físico. O t>rincipal res-
ã caderneta de poupança. HoJe, o "Um, dois, três, quatro, cinco mil, de abril. O mo vime nto decidi u tam- Arte e Cultura Rio Arte, represento u ponsável também ( e pnncipalme nte
FGTS tem s6 a correção monetária se retirarem a URP nós paramos o bém exercet pressão sobre os consti- o P artido Comunista Brasileiro. " O ) deve ser punido - o proprietário
. mais 3% de juros anuais. Treinar Brasil", com este coro cerca de 8 mil tuintes no sentido de reverter todas arrocho salarial a que foi submetida da fazenda e o principal suspeito de
ter sido o mandante. A fazenda Ca-
para negociar traqalhadores aprovaram o estado de as demissões de tra balhadores moti- a classe trabalhado ra , neste 3 anos
tanduva fica no município de Ara-
greve e,m asse"8bl~ia realiµ da na Ci- de Nova República , é de total ordem
Canavieiros nelândia, com a participação de asso-·
vadas f.º r sua luta contra o a rrocho
salaria . que seriam p.reciso 20 anos de re a- puana.
dão basta Cerca de 30 diretorês de áreas de ciações de empregados nas est_atais justes mensais supe riores e m 5% ã
Recursos Humanos do ABC paulista e de inúmeros-sindicatos. R evolta inflação real p ar a que recuperásse-
mos o poder de compra de nosso salá- Reforma agrária
::~os 450 mil cortadores de cana do estão participando·de um curso para rio. Só no ano 2008 (Die ese)", era exige mobilização
Aassemb.léiaintercate~orias comq O ato foi convocado pela CGT,
estado de São Paulo podem parar em aprender a negociar corri os sindica- foi classificada, aprov9u amda a reali- CUT, Forum das Estatais e inúmeros o que estava inscritó em milhares de
maio. Atualment_e, eles ganham uma tos. A partir de simulações, os em- p anfletos dist_ribuídos na Cinelândia.
zão éle uma passeata-monstro da Can-_ sindicatos. O ator Francisco Milani,
diária de C7.$ 177 ,36 mais Cz$ 14,00 presários já tiveram de enfrentar Na reta final , e mais que nunca,
por to~elada de cana ceifada. Real• tuis Carlos Ferreira, presidente dos refdrma agrária só com m o bilização
,mente, uma fortuna ... Mas os cana- metalúrgicos de Santo André e Enil- Portugal parando Protesto agrícola Boa experiêbcia popular. Depois da derrota do parla-
vieiros se organizam e querem um son Simões, líder da CGT no ABC
'\)Bulista.
mentarismo por uma maioria gntante
(que incluiu os vetos do PT e do
reajuste de 625%, o que elevaria a ~rta• pani Voz Slndlc.l, Na Banto Dois milhões de t:J!abalhadores - Cerca de 50 mil trabalhadores da Já no 54!tlmo mês do prfmelro ano PDT), e coin a presença inédita das
diária para Cz$ l .l 0S,30%. A. decisà~ l'tel~~~i "°andar C~01220Telex quue 50% da população ativa portu• aaiicuJtura Ozeram rnanJCestações de de vida, circula na re~ o de Baui'u
---•-·-•-a...-..,..- ~ . t..ç1.:J'i._.u,v:>I ata]-,, Vóz Sl' (011) 32·ooa·'re1: 23f"2926 guesa-- pm:aram•na greve geral do 5 59 membro s d a A ssembléia N a cio-
~ protesto no d i a 2& pas·sado em todo SP, o Jornal tablólde L1ga~o Sindiêã/ nal Constituinte., está cJaro, segundo
I dla 28; Foi_~ maior greve de Portugal o Rio Grande do Sul. Foi o Dia do - A Voz do Trabalhador. E um órgãQ a ava\iaç.ão do \ide,: do t>CB , R o -
desde 1974, quando a Revolução dos Alerta, para que as dívidas bancárias informativo de d istribuição gratuita berto Freire, que o eixo político da
Cravos derrubou a ditadura fascista sejam prorrogadas por 24 meses, com com notícias sobre dez sindicatos da Constituinte mudou, e o percurso que
de 40 anos. 0 motivo principal da pa- doze de carfncia e sem correção mone• cidade: metalúrgicos, saúde, adminis-
rallsaç~o é a nQva legislação traba- resta para a nova Constituição p ode
tárla. O evento foi organizado pela tração escolar, alimentação, gráficos, ser muito acidentado .
. Previdência lbls~, que facilltarla demissões e con-
tratos de trabalho por tempo indeter-
Fetag-Federação dos Trabalhadores condutores, jornalistas, professores,
na Agrlculturra. O movimento foi mais eletricitàrios e no comércio de minério
É nC:cessário le mbrar que , antes da
votaçao d efinitiva do m andato do
· e Direito minado. Além. disso, tem também a
llmftação imposta pelo governo de um
forte em Pelotas, ~ova Bassano e Can- e derivados de petróleo. Ligação Sin-
guçu. Em Passo Fundo, 31 mil mani- dical é um bom exemplo da impor-
;:itual preside nte da R e pública, tere· ·
m?s o capí~ulo da o rdem econ ôro.ica,
· dó Trabalho reajuste salarialde no máximo 6%nes-
te ano. ·u, como cá, luta sempre há.
festantes saíram em passata pela cida- tância dos órgãos de informação sindi-
de. cal. Contatos : (0142) 22-3866.
que é a esp mha dorsal para viabilizar
todos os p equenos ava nços j á alcan·
çado_s nas direitos dos trabalhado res .
. ~ ao parece estar correta a supo-
Diretor ResPOnsóVal: Luiz Carlos Azedo Redação: Rua·Bento Freitas, 362, $ andar Tel.: 231-2926 CEP 01220 Telex: VOZ SP (011) 32006
"Para atender uma exigência do FMI, muito mais que aliviar seu
suíoco de caixa, o Governo decidi~ congelar a URP do funcionalismo ~
e dos trabalhadores das estatais por dois meses. O confisco é a '-
senha para acabar com a URP, tanto no setor público como no setor -
privado. Os sindicatos já se mobilizam contra a medida e podem
ir à greve. A palavra de ordem é: "Abaixo o arrocho". Pág. 2.
Agra idez /
pro1 ~ida
PROBLEMA DE TODOS denunciar a d~nça. O ootidiano da mulher trabalhadora é sufoco só: mais responsabilidade em casa
em nosso PalS -:-, e salário menor. As conquistas da Constituinte, como a de ser 1nãe integrà1 por
Em entrevista ~s afirma que a ques~o 120 dias, estão ameaçadas. O patronato resolveu ''proibir'' a maternidade.
,giaas centrais, a .
:ed,ca Va\éria Petra, não diz respe1~0 Voz Sindical,
apenas as
uma das maiores minorias:
autondades todos cor~em
so\ll'e ~,os perigo,
nolra~- mais ainda
to\e\a a os pobres.
\)f\11\e\ra
pessoa a
2 07104188 ª 13/04/88 W2
.,
E preciso derrotar
Para construir o novo bloco esse novo arrocho
s mais recentes aconte- na linha do horizonte. buscam restabelecer e conso-
O
Quando esta-edição já estava fechada, o gover-
cime n tos políticos , lidar sua hegemonia. no anunciou - quinta-feira passada - o congela-
endo assim, convém es-
dentre eles a aprovação
S mento da Unidade de Referência de Preços . 1
e 0mo o PCB ven;i dizen- Isso d~pende muito mais das sao um mero pretexto para escamotear a verda-
tema de alianças anti-ditatorial d~ir~ origem do brutal arrocbo e o empenho dos
do, caminhamos para o que foi vitorioso - ao contrá- palavras de ordem e formas de m1mstros da área económica no sentido de trans-
Estado de direito demo- rio do que aconteceu com as luta que se depreendem das formar o congelame nto da URP em sua elimi-
crático, apesar d e todos os proposições aventureiras e ir- necessidades vitais das massas nação pura e simples e , mais, estender a medida
conflitos e contradições, em responsáveis da ultra-esquer- e de sua capacidade de luta em a todas as categorias de trabalhadores, o que so-
particu1ar nas relações entre o mente não ocorreu ainda porque não foi possível
da num passado ainda recente. cada momento, do que de um
unir o grande empresariado em torno •da idéia,
governo do presidente Samey mirabolante assalto ao Planal-
e a Contituinte. Porém, o rata-se, isso sim, de de- to. E pressupõe a defesa pal-
ao contrário do que aconteceu no governo.
de lhe dar sustentação. E sem- cionários e de novo neutralizar no delicado momento p0Ut1co sive as mais avançadas, como é o caso da greve
l
1
cque o .Brasil atraves~a·. , , , , , , , , • 1em ipre~araçã0 •n0.-s~ror. público:.,., , · , .....,,
pre bom assiila:l«r. ~•que está, ( es ·set0r.es conse•rvadores.qu.e
1
- - ~- - ---~----
Y!1Z 1.,7 :(}4/88 o 13/04/88
NAGIONAL 3
BASTIDORES
Corrupção
Renovação está na ordem do di3
A última investida do Palácio Salomão ~111!8, ef!1 artigo publicado na Revista Internacional,
do Planalto contra a CP/ da cor- cuja edição bra~•~ ~ralla esta ~ana, defénde a renovação política
rupção. instalada no Seoa_do paro
apurar irregularidades ao ,nterme: e ideológica do Partido Comunista Brasleiro.
diaçào de verbas do SEPLAN. foi
as dedarações do consultor-gerol
da R epública. Saulq Rf1111os. de
que íi CP! é incoosatucional._ El~
A proble~ática de renovação
. . do Partido Comunista B Fa-
Grac:lela Magnonl
· num patamar novo, e mbora seja
alegou que seu argumc_nto_ se JIJS_tl- um processo que - com dificul-
stlei~o ~stá recolocad a no plane dades de toda ordem - " vem sen-
fíça porque a CP/ nao m ~est1ga !eónco-1deológico e no plano da
um fato espea!ico. ~ '- nao pro- do inte ncionalmente ·perseguido
u:itervenção prática, afirma o pre- há três décadas" . A natureza des-
cede. pois as 1nvest1gaçoes da co- . s1de~te nacional do PCB , Salomão
missão cen!11l111-St: no cas0 da pre- se novo patamar , segundo ele , é
feitura de Valen_ça. Na . verdade, ~alma, em artigo p ublicado ne úl- dete rminada por um quadro real-
todo o barulbo visa a eritar a con- timo número da Revista Interna- mente inédito tanto po[ seus com-
vocaplo do ex-ge11Io do presiden- cional, e~ição brasileira, que co- ponentes nacionais como interna-
te, Jorge Murad, para depor, mas meça a circular esta semana. cionais. •
pt:!o menos !]Ove dos 11 membros " A renovação do PCB - sua
da CP! contmuam com a firme dis- est ratégia, suas concepções táti- (:resdmento
posíçaõ de chamá-lo. cas, sua estrutura organizacional
e seu estilo de fazer política - é Após apreciar os traços essen-
Suplentes um processo intrincaçfo e só tem ciais das mudanças no plano inter- ·
sentido e validez na escala em que nacional, dentre elas a glasnost e
O preside_nre ~a Constituinte, significa:- um aprofundamento e a perestroika empreendidas pelo
Ulysses Gwmaraes, resolveu j o - uma particularização dos parãme- ..... --..... .. PCUS, e o mosaico de contradi-
ffel.I pesado na aceleração das vota-
tros teórico-ideológicos da dou- ções enfeixadas pelo quadro brasi-
ções. Irritado com as ausências em trina marxista-leninista no contex- leiro , Salomão Malina enfoca a
plenário, ele passou os feriados de to específico da sociedade brasi- singularídade do momento qu~ o
P'á~coa assessorado p elo jurista \eira contemporânea'' , sustenta o
dirigente comunista.
Mallna, PCB atravessa, tanto no plano po-
Mi~el Reale Jr. , em busca de lllttldenle lítico como orgânico. "O processo
doPCB de renovação do PCB, agora de-
uma fórmula d.e punição aos falto- Vicissitudes
sos que não pudesse ser derrubada senvolvendo-se em novas condi-
em recurso dos punidos ao STF. tica reemergiu com toda a força. no Brasil pela via de uma demo- ções, foi rigorosamente tematiza-
Na segunda-feira, estava em sua tinaNoresgata longo artigo, Salomão Ma- di vidindo águas - registrando cracia de m assas". do em nosso VIII Congresso (Ex-
mesa projeto de resolução pelo rica da Declaração a importáncia histó- tanto o êxito político dos comu- Para ele, o documento é simul- traordinário)" . Ele incide es_pe·
qual os suplentes serão con voca- 1958, de Março de nistas ao traçar a linha corre ta de taneame nte um ponto de chegada, cialmente na renovação política,
dos -e o faltoso suspenso - após vaçãoaocomo apontar o rume dà reno-
o caminho pa ra a
combate ao regime ditadorial. a
política de frente de mocrática, co-
na medida em que o documento
do VII Congresso compreendia a
no plano do dese.nvolvimento teó-
um determinado número de au- rico e comp reensão da realidade,
construção de um partido de novo mo também os constrangimentos formulação política, estratégica e e no exerc1cio da prática política,
séncias às sessões. tipo, rompendo a partir da denún- impostos ao avanço do processo tática a que o coletivo alçou-se o que envolve a estrutura de orga-
cia do culto à personalidade, obra de renovação. com a análise _d as mudanças sócio- nização, o estilQ de direção e os
Ce/1$Ura do XX Con~resso do PUCS. os económicas vividas pela sociedade próprios referenciais ideol9gicos.
elos que tolhiam a susperação dos
Apesar dos esforços, a moção problemas Novo Momento brasileira nos últimos 20 anos. Neste contexto, o crescimento
próprios particulares Ponto de partida, na medida em do Partido é vital. "Não realiza-
de censura individual a ministrai; uu f\..~, u\m·n~ des u uugmaci:.- S-d1omàw Matina. no arcigo. des- que , "ª"' comli~ões de liberdades ·: emos a nossa renovação pela con-
de E stado, aprovada por 213 da mo e o sectarismo que o impediam políticas e alargamento do proces- ·versão em Partido revolucionário
Ctlmara dos Deputados, foi man- apreender a realidade brasileira e taca o papel do VII Congresso do
tida no novo texto constitucional. superar PCB e a orientação traçada e m so de transição democrá tica expe- de massas sem nos renovar, mas
a rendência à cópia de Uma Alternativa para a Cnse Bra- rimentado pelo País (notadamen- não nos renovaremos se não nos
O mecanismo, inspirado no parla- " modelos". sileirª. que, ao caracterizar o está- te com o advento da Nova Repú- transforma rmos em Partido de
mentarismo,naverdade funcionará
como um gel'ador de crises, uma da Depois de apreciar o impacto
Declaração de Março na traje-
gio contemporâneo do processo
revolucionário brasileiro como de
blica), a renovação p olítica do
PCB, pàra avançar, já não pode
massas. O ponto de menor resis-
tência para romper este círculo
vez que o ministro derrubado terá tória do PCP nos últimos 30 anos. ca ráte r demoerático e nacio nal restringir-se à formulação teórico- problemático é o crescimento or-
na verdade, atrás de si, a força Salomão Málina analisa as vicissi- apontando ao socialismo, situa ideológica" . . gânico, por u ma política de orga-
do presidente da República que tudes do p rocesso de renovação inovadoramente o papel do PCB : O presidente do PCB sustenta nização nitidamente definida e di-
o escol.heu. após o golpe de 1964 - no exame " um Partido re volucionário de que a problemáti~ da renovação namizado por uma intervenção
Defesa
das causas da derrota de abril, a massas, marxista-leninfsta, que vi- do Partido , depois do VIH Con- P9lftica incidente sobre os espaços
centralidade da questão democrá- ~uaJiza a transiç~o ao socialismo gresso (Extraordinário), situa-se cfuciais das lutas de classe".
Outro item também man t;'do,
apesar das resistências das forças
democráticas, foi a Criação do
a maioria dos revoluc1onanos . Abriu-se, ass,m. uma nova era grandes, e só dep<;>is, ao lo~go. das d~c~das, e que
A Declaração de Março de para o PCB. Em 1960,sob o gover- 1
Partindo delas organizou-se. de 1958 a sua elaboração e a conse- no de Juscelino Kubtscheck, foi pos- foram surgindo emi.,resas cap1tahstas me~ias e peque-
um lado, a Aliança Nacional Li-
bertadora (ANL) como frente po-
quen'te aprovação como linha p0l_í- sível realizar o V Congresso (aber- nas. Do mesmo modo, no campo se partm ~a granA de ;d
t1ca do Partido só fo:am poss1ve1s tamente. em 11ora o Partido não propriedade - e só nas últimas décadas e que t~m
pular democrática de libertação após a crise que ocorreu no movi- fosse legal) no qual a Dedaração
nacional, mas de outro. o PCB surgido no campo propriedades _pequenas e médias
mento comunista inte rnacional de Març.o serviu ie modelo à linha
aprovou e~ _conferência . nacional com a denúncia do culto à perso- política aprovada. Finalmen•e, o com peso significativo. Em terceiro lugar, apesar d_a
a linha poLitica que apoiava essa nalidade. ou seja. dos fatos revela- VI Coniresso. efetuado em 1967. estrutura oligopolista e carteliz8:da. dos r~m0s mais
tendência, porém admitia e prefe- dos pelo )(X ~ongress? do PCUS. sob a ditadura militar. re,.firmou modernos da economia, n0 Brasil ~mda nao s~ com-
re"!ciava a possibilidade de uma Mas. não foi o ocorrido no XX e desenvolvel as principais teses
ação direta, de luta armada desfe- p letou o processo de fusão do cap1tad~ baéncálno com
Congresso a causa exclusiva da apresentadas em março de 1958, . . d . a passagem o s cu o passa-
chada pelo Partido. Esta últ_ima profunda crise que em 1956 aba- além de consagrar . no estatuto o capital m ustna1, que n V lho Mundo o capital
posição foi definitivamente pnon- lou o PCB. em partir••lar sua dir~- aprovado, os novos métodos de
zada a partir de sua aprovação por · ~o par8: este séc~l~J:r~uf:~ d! que no presente do
ção. Foi. sobretudo , a _fa!~a pos!- trabalho de direção igualmente es-
representantes do C0mitê Central ção política programát_1ca qu~ vi- tabelecidos por aquela Declara- fman_ce1!º· Há, : assado de escravidão e o colo-
do PCB à reunião da I.C. e. por nha orientando o Partido ate en- ção. B_r~~1l amdJ fs~~a~~~ ~ontar os diferentes p_apéis do
esta última não somente confirma- tão. dogmátiça e sectána ao extre- ma ~smo. iro ue hoje a rigor faz parte da estru-
da c om o incent iv ada . mo. desvinculada da realidade na- doAtualmente. após a realiz.t~ão
Vll I Coni ·esso do PCB (ex- capital est!a~ge . ' q do País e sem contar os dife-
Resultado da aplicação dessa li- cional. im;,osta soh métodos d~ traordinario). constata-se w m sa- tura econom1ca interna , .. f 1
nha foi a derrota do movimento/ trabalho incorretos e às vezes ate tisfação que a linha política apro- ,. do capital estatal. E isso sem a ar, tam-
annado de novembro de 1935 que. irracionais~ re_ntes 1:~~~~ado setor informal da eco~?m~a.
entre outras graves consequê~- vada não desautoriza a essência
Em 1956, logo após havfilem si- bemE? 1,1 mp"i·cada situação, com deseqmlíbnosentre
do difundidas as resolt:ções do XX da tática precunizada pela Decla- 11
c1as determinou o desaparec1- ssa· -co e dentro •-
de cada regiao, Ie:va a que a cont ra-
tneni-o da ANL e a quase elimi- ração de Março.
nação do PCB como força política
Congresso. ante a desi~formaçã?
e confusão dos comumsras brasi- a partirPor sua vez. quando se assiste. ~~ r~gioet~~ a burgu~ci::i e o proletariado se desenvvlva
organizada. do XXVIí Ccngresso do içao etnamente no Brasil de maneira extremamente
leiros. foram convocadas duas PCUS. a lançamento de novo elan concre - IA ·
A reorganização reuniões tio Comitê Central. Em revolucionário ~ubs~anciado pela licada. Em cada qu< stao po emica, que m~xe
ambas apresentou-se quadro de- perestroika e a glasnost, é confor- comp ada uma da~ complicadas estruturas que mta-
Nos ano~ de 1942-43. após o solador: prt.dominãncia de clim~ tante constatar que a Declaração
loJ1go penodo da ditadura do Es- com c e formam arcos de alianças que são diferentes
emocional e negativista. perplexi- de Março continha elementos que
tado Novo.corn os resultados favo- dade. lamentações e retraimento, permitiram ao , artido elaborai' a ~~\~cos de alianças que_se form_am em cada uma
ráveis d;, (ic::gunda Guerra Mun- nenhuma t>xplicaçâ" lógica. Por- sua atual linha política e acolher das outras questões polem1cas~ Assim , o mesm_o set?r 11
dial. surgiram condições de reor- tanto, duas reuniões inócuas. Co- as fecunda r ' 'éias dessa notável é progressista null'a questao, pode ser reac10náno ' 1
ganizar o PCB e seu trabalho de mo consequência. nenhum_docu- vi rada que. em nossos dias, se ~s- i~e outra. Nossa- tarefa é mobili_z ar, em ~ada uma
direção a nível nacional. A Confe- mento foi produzido que c. nentas- siste no movimento comunista in-
rência da M.Jnt1queira (1943) não das uestões, todo o campo que, e prog~ess1sta n~~s~
se os militantes de base confun- te rnacional.
sli consti tu iu passo marcante para didos pela agressiva propaganda que~ão e assim pvr diante. Isso e complicado e ~1flc1l
l!Sse objeti.'&,, como a ela co~res- adversa. de ente,,.;er, mas essa co~plicação tem uma ongem
pondeu a tarefa de elaborar a ~n~a material e não pore ,s er deixada de lado.
poütica do PC:I:$ em COf ~On~nc1a Novo Projeto Dinsrco Reis é membro da Olreçªo
co~ a novbsitu_aç~o poht1ca rnter- Nesse estado de desorientaç~ão Nacional e presidente da Comissao
naCJonaj;r , ,i;a~1~ tH ,,,. ~iq º' r. i'l!,B,\,\Sf nc.i;j1~y-fe~Rql)s~Pi'id~~~ pi- 1 ,~e, Cpnt~<?!~1.fl t ~l~d~.Pf~· •♦ 1 :_ , 1 . , ._,.,_ l'I J .I • 1 1,1h-!
1 I f,. • r • ..
sléria Petri- ... Acho que nenhuma de rudo. perseguidoJ pela idéia c'lo exter- 1
V civilização ou sociedade esperava es-
sa agressão. Uma coisa que nossa
ünaginaçjo sequer chegou a conceber trans-
minio como solução para suas mazelas inte- ~
riores.
Voz - E quanto à homossexualidade femi- 0e
~
dermi
formou-se numa realidade equivalente ao nina:' ·
estrago que seria produzido pela incúria ra- Vsléria Petri - Na questão da A IDS. é Me
diativa. Uma-doença que mina a resistência bobagem questionar a mulher homosse-
dos indivíduos. que os transforma numa es- xual. O problema primário desse tipo de auto
pécie de expc'riência viva da natureza, de as ·ociação é que as pess0as ligam doenÇçJ
animal de laboratório. com homossexualidade como um todó. Na
verdade. a A JDS não tem a ver com a ho- a pri1
'!oz - E essas campanhas .de alerta têm mossexualidade. mas com certas práticas
surtido efeito ou simples_mente aumentam que fazem pan e do comportamento homos- deA
oplinicu? sexual masculino. que favorece o apareci-
Vsléria Petri - Acho que surtem efeito mento de doenças. Sabe-se. por exemplo. tem~
- as pessoas passam a se interessar pelo que certos tipos de parasitoses intestinais
problema. ou a hepatite B, ou a sífilis e outras doenças
Voz - A revista Imprensa publicou ums fo• sexualmente transmissíveis são muito co- em
to que mostra um doente, uma foto proibida muns entre homossexuais masculinos. ,r
em outro órgão de imprensa. Por que escon- Voz - Então, é uma questão moralista em entr
der a verdadeira face da coisa.? r relação à mulher?
Vs/éria Peiri - Isso não acrescenta nada Petri
às fobias. A imaginação das pessoas já é
suficiente para deixá-las fóbicas. Se nós pe- "Todo o favorecimento à miséria, à
gamos as fotografias simplesm_ente para im- incl11
pressionar. estaremos f;;::::ndo um equiva-
subnutrição, à falta de escolas, isso é
lente ao que as revistas eróticas comerciais produto da promiscuidade política". vêm
fazem - de làto. o que erotiza não é a
posição ginecológica. não é? A demonstra- éum
ção da miséria humana. por .~i só. como Valéria Petri - Por uma questão de rnnço
moralista interior. colocIJmos a questão da
'
algo impressionante. é um equivalente da
violência. homossexualidade feminina como também afavi
Voz - E o que caracteriza a violência contra p;issível de punição. Nenhum;1 formil de se•
as pessoas consideradas de grupo de risco? xualidade. digamos. que sati.~foç11a ambos ; pouco,
Valêria Petri - Bem. a noção de grupo os·parceiros pode ser passivei de punição.
de risco está um pouco abalada p0rque não principalmente quando se: tem como refe-
só existe. algum exrravas,1mento desses com- rencial os textos h1nlicos que foram feitos
parrimen{cis que parecem estanques - e' por homens falíveis e qur: li.Jrnm utiliz,1dos
mio o são. realmente. O índice de doenças ,1rnirrariamente através do tempo. u
sexualmente tram;misslveis entre hcml()sse- Voz - A Igreja terá que repemar certos
xuai_ç está reduzindo baslilntc:. Se untes im;1- dogmas...
gimiw1mos pnra cnda indivl(:Juo dv~nre cem Valéria Pelrí - Não enrt;ndo nada de Gino-
pb's._çoas conramin,1das. hoje. cvm relação nes. dr: dogm;is eclesiásticos. m11s ucho que ....
aos grupo., de homosst!xunis masculinas. ex,:,;te. um discurso eclesiástico que muita.~
presume-se vinte pessoas contamin:1das pa- vezes n:io é hem interpretado. A Igreja é
ra um doenre conhecido. Uma reduq;io qua- umtt instituição política respeitãvel pela sua
..
se que drástica em poucos anos-. em função inl7ut5ncia. mas t' também falível. Então.
da mudança real de cvmporfilmento entre o que n ós temos que entender é q ue as
os grupos muito visados. à exceção dos opçôes dr:_ comportamento sexual têm que não cheira a algo antidemocrático:' de falso argumento. O saber médico engor- \
usuários de drogas. Estes mudam muito ser harmonizadas. Existe uma doença fatal Valéria Petri - Nada democráúco. E o da esse fa lso argumento. os maus políticos
pouco - e não exLçtc: muit.1 ah@rdagem. inrerposra entre os prazeres humanos. e isso mundo está crivado de coisas antidemocrá- engordam esse falso argumento, porque
porque existe uma certa falta de coragem precL~11 :.er combatido. O fato de se optar ticas. Existem duas vertentes políticas para têm o terreno fértil do medo.-
e profundidade para se lidar diretament,' pela ma_çcurbação. pela utilização de doí. ã questão: uma. a que acredita que devemos Voz - E as mudanças que ocorrem no seio
com o ass1into. · rre~~ preservativos. pela abstinência. isso é fazer uma campanha terrorista. uma espé- da juventude, no âmbito cultural, ideoló•
Voz - Por que isso? função da escolha de cada um. <!Ít' de policiamento mental dos indivf<Juos. gico?
Valéri_a Petri - Porque o qu'e comanda na Voz, - A _AJDS representaria o que a .'iílilis do policiamento da razão: outra. o policia- Valéria Petri - Isso está ocorrendo em ní-
relação com as drogas é o poder económico. representou no século XVI? Ou mesmo até mento do impulso sexual. o mais irascível vel mundial. A descrença é muito grande.
Se os governos panilham do tr.ifice das dro- o começo deste? possível. E os goi'ernos intituem esse tipo Nesse sentido, vemos várias repercussões
gas. quc:m somos nó_ç P:Yª modificar esse Valéria Petri - A sífilis matava cpm uma de mentalidade - são irascíveis e preten- disso. Aqui. temos o aumento do consumo
estado de coi!ias? violencia sem nenhum precedente: provo- dem só uma atitude polltica de superfície. de drogas e em outros pafses. os desenvol-
Voz - E a questão da violência contra os cou uma epidemia devastadora na Europa. atitude política que não é voltada para a vidos, aumento do consumo de drogas, do
homossexuais? · ·a promiscuidade era bastante intensa - e formação dos cidadãos. mas para alguns niilismo. do suicídio juvenil. Pode parecer
Yaléria Petri - É uma violênda determi- apesar de todas as foeueiras. nada mudou. poucos beneflcios que certamente serão in-
nada pelo seríssimo estigma que persegue Voz - Á AIDS pod/gerar uma espécie de dividuais. Hitler acharia a mesma coisa.
os indivíduos que são homos,5exuais e que Inquisição? Voz - Isso nos remete à condução polftíca "Se o nosso universo social é regido
são cpntaminados. E o fato de individuas Valéria Petri - Nós temos uma mentali- dos países. por um egresso de West Point, não temos
que se relacionam com esses homossexuais dade inquisitorial latente com a qual se Valéria Petri - Não temos muitas coisas
não terem a estrutura e o estofo moral para compactua diariamente. A gente se perce- boas para aéreditar. Não podemos acreditar; condições de decidir nosso destino".
arcarcJm a sua própria hpm0sseKualidaqe be. de vez em quando. tendo uma atitude na condução pollticá dos destinos dos p~1-
- então. o que fazem é simplesmente uma ·inquisitorial com relação a indivíduos que ses. não podemos acreditar na coflduça~
"queima de arquivos ... tt'pica dos psicopa- têm vida sexual nómade. chamando-a de política do armamentismo. Não temos m~1- utópico - e estou lidanao com um tema
tas. promicu,1. Não se pensa que promiscuidade ta fé nas coisas. Num mundo recnocrát1co de grande complexidade de maneira até su-
Exíste uma grande quantidade de ho- existe em outras atividades humanas - to- que oferece poucas opçõ~s de fé, o que faze- perficial - , mas se o nosso universo social
mens que vivem subterraneamente manten- do o favorecimento à miséria. à subnutri• mos é simplificar as c01sas. por exemplo é regido por um egresso de Wesr Po_int,
do sua _,i;ude .KJt.w l de heterossexuais. mas ção. à falca de escolas. à falta de cultura. c•neordando a nossa fobia pela AIDS. Isso que está agora decidindo o quanto va, ga-
- , verdade sti, hnmossexuais. A,.Jguns são roda a sobrevivencia dessas mazelas é pro- vai representar u~a espécie de cast~aç;Io nhar com a venda de armas - portanto,
..:a11azes de IJS!iBf.Sinar homossexuais. ssào du~o de profunda promiscuidade pohíica. meneai. castração ,nduz1da pela mora!tdade quais ·as guerras que têm que ser Hli':1~n-
pessoas doentr:s. paranóicas. homossexuais Voz - Em alguns países, o teste para detec• que pretende encobrir a imoralidade políti- tadas - então, nós não temos cond1çoes
que não podem arcar com a própria /Jomos- taro vírus da AIDS é obrigatório. Do ponto c,1. a imoralidade dos ·baixos salários. da de decidir sobre os nossos desc1"?1os. Esu1-
sexunlidade em rermos. sociais. S.iQ. além de ••ista médico. pode ser interessante. mas falta de opções. E nón:ntramos,.nesse tipo mos iludido~ se a ciues(~O de o.l11;i e l~aq_ue.
ENTREVlSTA 7
aham uma vida agitada, esse era um engano Voz - O medo mostrou-se visfttel nos médi- Valéria Petri - A cidadã Valéria Petri nem
~ria Petri, paulistana, 40 anos! bem claro. O modelo de rransmissão des_-sa cos, muitos rechaçaram ·doentes... tem importância. É mais um indivíduo que
doenÇJ é o modelo sexual, e iss._o ultrapassa Valério Petri - Isso aconrece ainda hoje. trabalha. que tem consciência profissional.
~sta, protes,ora da Escola ~ulista de qualquer fronteira - e a chance de difusão A questão dos médicos é igual à de todos entre tantos que estão perdidos. por aí -
é muito maior enrre as classes menos favo- os seres humanos, ou todos os outros indiví- e olha que existe muita ênfase nos erro.~
, ~~=-:.1...-M uma das maiores recidas. Nos Estados Unidos. as mulheres duos que precisam enrrar na linha de frente. médicos. nas falhas de estrutura.
a, eCOffl!HUIJ"- e crianÇJs que mais adoecem são as das Existem muitas dúvidas. existe um retardo
es do País em matéria de""AIDS. Foi classes pobres e as mulheres negras. E lá
está bem definido o problema social e racial
muito grande na formação das pessoas. de
tal sorte que dois ou três anos depois do "A idéia central é que tem importância;
- lá existem os guetos da maior miséria problema ter surgido - há seis anos - ain-
pessoa adenunciar o primeiro _caso humana possível. inseridos numa sociedade da havia pessoas que achavam que aquilo vive-se e morre-se por ela. Se não, essa
riqulssima. Entre os homossexuais, nos Es- era coisa de minoria, portanto alguns espe- vida é uma sucessão de estupidez".
1 Brasl, há seis anos. De lá para cá, tados Unidos, a doença foi pratieamente cialistas se encarregariam do assunto. En-
- . ... .
~ - contro/ada. mas entre os usuários de drogas tão. qs casos passaram a ser triadas por
não existe ·nenhum controle. Aqui. nós te- meia dúzia de pessoas. que ganharam uma ...E uma população desassistida...
icado com profundkl:ade ao problema mos a repercussão no terreno da miséria enorme experiência. enquanto a maioria fi-
Voz -
humana e da degradação, da degradação cou achando que era um problema de mi- Valéria Petri - ... Uma população que en-
gole p11ulas e nunca perguntou por que.
. . - cientifico e social. Nesta oferecida pelo escapismo das drogas entre
as classes menos favorecidas.
noria.
Voz - E atualmente?
·
Uma população que não sabe por que estão
Voz - E como tem sido a atuasíiodo Minis- Vsléria Petri -Ainda temos que lidar com lhe p0ndo na mesa de operação: tiram-lhe
onceclida a \.~ís Avelima, Valéria tério da Saúde bnlSileiro? questões primárias. até mesmo explicar pa- o apéndice para ganhar um pouco mais.
Valéria Petri- Muito distanciada. Por mais . ra médicos que a contaminação não se pro- sem necessidade nenhuma. Uma população
n q ~ ~e grande importância, que exista empenho em se resolver uma cessa por meios muitos banais. que recebe sangue nas veias sem explica•
ção... Uma população desassistida. sim, que
questão dessas, nós temos ai uma série de Voz - E a questão dos bancos de sangue?
requer que muitos )rofissionais tenham a
,mbatendo detenninados tabus que priondades de saúde pública que não per-
consciência de fazer declarações públicas.
mitem que o Ministério seja plenamente Valéria Petri - Não trabalho com banco
dedicado a essa questão. de sangue, pPrisso não posso afinnarmuita Então. a cidadã x ou o cidadão y não têm
alimentados. Para ela, a AIDS não Voz - Notám-se muitas efasivas da parte coisa. Mas. é uma problemática enonne - importância. A idéia central é que tem im-
dos órgãos públicos quando são abordados e trata-se de muitas doénças que se trans- portância. que é fundamental. é pôr ela que
~ de minoria, pois a miséria tende sobre o tema. rpitem por via sanguínea. Quer dizer. você a gente tem que viver e morrer. se não essa
Vs/éria Petri - Os pequenos escapes... pode fazer uma transfusão de sangu·e e não vida vira uma sucessão de estupidez e gros-
"Nós estamos tomando providências etc. e pegar AIDS. mas pode adquirir malária. seria.
;ua expansão. Mesmo mostrando-se tal"... Só que essas providências tardam doença de chagas. sífilis. hepatite B. Então. Voz- Mas, a senhora ésempre muito requi-
muito a serem tomadas. principalmente a problemática do banco de sangue agora
1, Valéria diz que "é ptedso restituir num Pais em que a miséria econômica pre- vem à tona como uma enorme sujeira. uma
sitada pars falar sobre o assunto - como
enorme promiscuidade - a preocupação aqui, neste semanário. E os outros profls-
domina. .úonais?
que a luta para
,, combater o mal "é Voz - E a situação dos hospitais? Estão constante com a promiscuidade sexual deri-
aptos a aknder o aidético? Existe uma espé- vou para a promiscuidade sanguínea... E te- Valéria Petri - Mas. qualquer profissional
irra. As outras guerras são mera cie de "educação em serviço" para médicos mos também a promiscuidade dos dentistas de saúde que pelo menos domine parte des-
e pessoal paramédico? de periferia. que não têm como pagar as se tema é muito procurado. Se de um lado
Va/érla Petri - Não existe nenhum prepa.- agulhas descartáveis porque a Previdência é gratificante~ porque é o reconhecimento
estu~, produto ro, a não ser em hospitais muito bem equi- não paga nada descartáveL. .Então. o me- de um esforço-. por outro é muito desgas-
pados, caríssimos. com p ossibilidade de fa- lhor é descartar o cidadão. não é mesmo? tante. Tenho certeza de que boa parte des-
icompetência política dos zer a cobertura económica de tudo através Voz - E como aconteceu de a senhora detec- ses profissionais gostarià de dividir esse tra-
de uma clientela ultra-selecionadã. Então. tar o vírus da AIDS? balho. de formar novos grupos e auxiliar
as equipes de saúde são muito mal prepa- Vsléria Petri - Ocasionalmente. Existiram na formação de equipes, para distribuir essa
govemantes". radas - elas começam a se preparar muito pelo menos dois médicos que viram cas_os responsabilidade que nos tirn o pouco que
tardiamente. Existe muita confusão mental de AIDS anres. mas não fizeram comuni- sobra de possibilidade de descanso.
ou a Irlanda do Norte ou Israel. se isso por parte de que faz assistência a esses pa- cação, talvez porque .na época não fizeram
seja uma questão de se sentarem à mesa cientes. Voz - Por fim, a senhora gostaria de dizer
associação com o que estava acontecendo mais alguma coisa?
de negociação - é mera ilusão. nos Estados Unidos. Eu fui alertada por
Voz - No CJJSO da AIDS, o que contaria colegas .da universidade, que na época da
é a autopresenllfào? Só isso? E a mudança "0 modelo de transm~o ultrap~ discussão do nosso caso cllnico tiveram a Valéria Petri - Bem, espero que isto que
de comportamento_?. · perspicácia de perceber que estava come- acabo de dizer não dê-a idéia de que existam
Valéria Petri - Eu acredito. que a· maior
qualquer fronteira. Achance de difusão médicos ou profissionais de saúde, equipes
çando a acontecer em nàsso meio. Isso en-
parte vai optar pela autopreservação. Uma é maior entre as claMeS desfavorecidas". volvia uma população muito complexa, a paramédicas, que possam estar sendo sacri-
~inoria vai optar por insistir na possibi- de homossexuais masculínos, enéo'berta por ficados. O maior sacrificado ainda é o doen-
lidade de suicídio. Nós acreditamos que a um véu de discrição. O que nós fizemos, te: ele é o mais visado, é aquele que vive
mu~ança de comportamento possa estar Voz - E existe muita gente se oferecendo quando havia dois casos de AIDS no Brasil, se agarrando a qualquer filete de vida, gas-
mwto mais associada à existência de uma como voluntária para éuidar desses pacien- em 1982 e inicio de 83, foi sentarmos com tando o que tem e o que não tem para
doença física, engordada pela fobia gerada tes. os dois pacientes e dizermos: "Temos que sobreviver. Ele ainda é a pessoa mais sacri-
pela descrença. Valéria Petri - Mas uma porcentagem mí- abrir isso para a população, de maneira se- ficada de todo um sistema perverso, maldo-
Voz - AI cbega o casal Masú:1:&Jobnson nima dessas pessoas realmente persiste no rena. concreta, que possa induzir os órgãos so, que omite as coisas. Não esl'Ou falando
dizelldo que o beijo é uma forma de contá- atendimento. Osprob/emas são os mais va- públicos a pensar, no assunto, de maneira do sistema como um iodo, com S maiúsculo
gio... riados. desde o indivMuo que vê naquilo que se desenvolva um trabalho de saúde - estou falando do nosso meio, de nossa
Valéda Petri - Pois é, dois decrépitos fa- uma fonte de renda, até aquele que.se dedi- pública, pois se ela é uma doença sexual- pequenez toda. O doente ainda é o mais~
18J!..<!...º do beijo para engordar sua conta ban- ca de uma fonna samaritana - este que mente transmissível_:. e as doenças sexual- esquecido. Hoje ele está sozinho, ou em
cária. Esses também pl.antaram no terreno querpagar seus pecados, passando as noites mente transmissíveis são .normalmente ne- casa, ou no,hospit-al. Ele é a pessoa de quem
fértil do m~do_, do irr~cional. Nós precisa- em claro. entrando num ,processo de estafa gligenciadas - então ela pode vir a ser um tiram vários pedacinhos sem explicação al-
mos é restituir a razao! Isso consiste em absoluta.só para fazer crédito coft] Deus. agravo para a saúde da população". O se- guma. Na hQra em que ele morre. as pessoas
restaurar a moralidade polftíca no sentido É claro que tem que existir um serviço cretário estadual da Saúde da época, João dão graças da Deus,.porque estava '.'dando
de n ão fazermos uso de falS-Os argumentos de peso, de ótimo nfvel. que possa preparar Yunes, teve a coragem de assumir a questão muito trabalho",, fazendo com que as pes-
para satisfazer nossas mazelas interiores. psicologicamente as pessoas que trabalham. - uma atitude que acabou concedendo a soas "perdessem o seu tempo". Nisso tudo,
Voz - Existe a caraclttrlzapio de uma classe seja médico, seja enfer:meiro ou ate?dente São Paulo o papel de vanguarda e que faz pare, J que existem pessoas sacrificadas,
socialmais atingid a pela doença, uma classe de enfermagem. Mas essas pessoas tem que com que as pessoas tenham mais coragem achando que porque são solicitadas esta-
em que as pessoas não ti m moradia, sanea- ser muito bem remuneradas. ter descanso de avançar nessa luta. Uma luta bastante riam cumprindo uma obrigavão de guerra.
mento básico e alimentaç ão decentes? ap.ropriado, lazer apropriado. Além de tu- inglória e sofrida. Mas, é uma guerra! Uma guerra que vale
Valéria Pelrí...,. Esta é sem dúvida a classe do, tem que ser uma equipe muito especial, a pena as pessoas se empenharem. A s ou-
mais afetado. Se no com eço se p ensava .em muito bem pensada - coisa que não acon- Voz - E a cidadã Valéria Peú:i, como é tras guerras são mera estupidez, produto
t.ermos de in4ivfduos que viajavam, que Ji- tece. que fica diante dessas côisas?_ ·da incompetência p olítica dos gÓvernantes.
.. . ,,,._ ,
PCB , 1·•• 07104/liB a 13/04/88 WJZ
DO LEITOR
Imprensa partidária festança foi um sucesso. dirigente nacional Teodoro
Melo no último dia 25. E m
• A Câmara Municipal de Belé m, no mesmo dia, com
O Direlório .Regional do Rio Toledo, no oeste paranaen- a presença do presidente
C3 rande do Sul continua editan- se, por requerimento do ve- Regional do PCB/SP, Anto-
Mais respeito peles leis eco- - e os comunistas brasile i- reador comunista Luís Car-
nômicas ros precisam urgentemente do se u boletim. que está no nú- nio Rezk, o tema foi discu-
mero 3. sempre tratando do as- los Schroede r, apresentou tido pelo secretário estadual,
compreender isso.- é ter congratulações ao PC B pe-
Apesar da perestroika. na mais resl'eito pelas leis da sunto mais premente do mo- do Trabalho Romero Xime-
economia, como propõe men t0 para as a tividades do los seus 66 a nos de vid a, nes, pelo deputado estadual
hora de definir prioridades constituindo-se no mais a n-
e tarefas ainda não fazemos Go,rbatchov, observando os Partidão. Esta terceira edicão do PT Edmilson R odrigues,
probleipas de se u próprio tráz a discussão sobre um pl~no tigo Partido brasileiro. pelo presidente do Instituto
outra coisa que recorrer a
medidas demagógicas, mé- país, a União Soviética. suplementar de finanças que dê • Também em Campos, Cultural Brasil-União So-
todos ultrapassados , posi- A Direção Nacio nal do conta das novas necessidades no ,Rio de Janeiro, os mili- viética Ney Koschek e pelo
ções populistas, que estão PCB já destacou a necessi- de um Panido em crescimento tantes e amigos do Partidão vereador comunista Arnal-
totalmente em desacordo dade de compreendermos e· acentuado, com gastos muito comemoraram seus 66 anos do Jordy. O debate foi reali-
com o marxismo-leninismo. aplicar a perestroika, o que mais elevados em sua organi- de luta. Na oportunidade, zado na Câmara Municipal
É o caso de um recente quer dizer acabar de vez zação. representando a Executiva de Belém.
artigo pt]blicado aa Voz, on- co m o vóluntarismo na
de um economista argu- aborda~em de problemas
menta que, para resolver os eeonõm1cos e políticos. tro- o COSTA I O ~JE vc,ci <;elco to>~
Wr Mil,)j,IA- IOAoE
'i,~)(O e 80M
problemas de sua região (o car o populismo pelo com- •O ~HII 00 ~ t,ift 7 l<I'\ QI/M.4)IIE/2
Nordeste), se ria preeiso premisso com a 9.ualidade
~ 7 ~~ l'/to4'~G41NPf\
" mudar o discurso conser- e com a eficiência. Caso ::::,
ftOf'!(,A.,il>A
:-e
1
-e- I..IJG-lrt(
-C:-
~~ ~
vador" trocando "a política contrário, nunca voJrare-
o
~
do luêro" pela " política do mos a ocupar o lugar de van-
,~
emprego", no interesse das guarda que nos está reser- o
-8
"grandes maiorias". vado, e que , por comodis-
Ora, o fato é que, espe- mo e incompetência , nos re- õ
cialmente naquela região., cusamos a assumir. cn
não se faz nem uma coisa Pedro Scuro Neto, São Pau-
nem outra. O que é preciso lo (SP)
-;r~~
AC - Rio Branco: Pedro Viecncc C,su, Sobrinho 10 d~ 0livclro Sancos, 4-0 _ (027 ) 222• 1227 _ que de Caxias, 540 - 2• s/201 - Calçadão - !}-CRlo de ludro, Av. Prcsldenrc Va,ps. 529.
- Rua Alegria, 70 - Bosque - CEP 69.900. ConJ. 302 -CEP'29.000. CEP 58.000 - (083) 226-4066. . • r - EP 20031 (021) 221-2333.
"!,- Ml<d6: Gcn>ldodc Majclla-Av. Moreira G oá :- ~ : Paulo Arruda Vilar - Av. Univcr• PR _ C•rltiba: Tànla Mara l21dora Pc_rc,ra - 11;0 - . Porto V..,, loto Teiuira de Melo - Av.
Uma, 18 - CEP 57.000 -(082) 221-7414 s1e na ...,. CEP 74 000 (062) 223 Rua Marechal Aoríano, Pcixoro, 50 - 8' s/801 Pinheiro Machado - Etquina e/ Rua Brullia -
AM - Mlaaus: Josc Í'àiva l'llho - Rua T~p~ Cx, Posral, Ü44. ' - · 5450 - _ CEP 80.000 - (04&234-24!!2, Ed. do Loiro - 1• s/8 - CEP 78.900,
~-P,Scnrro - Manaus -CEP 69.000 - ( ) MA _ Slo Lu!J, Tomaz Jo·, ' dos Sancos _ Ru·• PE _ Rttlfe: P:iulo valcanto - Ruo Eduardo SC- t'lo<tudpc,llo: Gerõnimo Wandcrlcy Macba·
.,..., N t 329 "" de Carvalho, 32 - Boa Vista - Ci:EP 50.000 - do - Pça. Pereira Oliveira, 6 - Sola 9 - CEP
Semanário Nacional AP - Macapi: Jost Fernando de. Medci, os _
Av Prcsídencc Vargas, 2449 _ CEP 68.900 _
22~~Í3:i.
MS Cam G
- Cenrro - CEP 65 .000 (098) (081) 231.0859, ·
PI _ Tensloa: Flávio Moracs - . Rua Lcõncio
88.000.
SE - Ar-i,,, Wcllingtoo oanw Manauclr■ -
(096) 231-4566. - :fc° rude: Ma ria Helena Branchcr Fcnn, 1260 - Baino Morada do Sol - CEP Trav. Quintilhiano da f'onscca, 232-0Ef49.000
BA - Sllvador. Hcicor Casaise Suvu- Rua Mou• <Õ6;u;J~ 1.lulh o. 2526 -- I• CEP 79.005 -
20 64.000 - (086) 232-1851. - (079) 224-7811;
Conselho Editorial rario, 51-0,P 40.000 - (071) 241.{,256. RN - Natal: Ver. ~ rgio O ieb-Rua Sancô Anco- - Propriedade da Edlrora Novos Rumos Leda:
Luiz Carlos Azedo CE - Fortalaa: Joaquim Rodrigues Souza- Rua
24 de Maio. 885-CE:P 60.000 - (085) 231·0734.
111T - Culab,: J~ Corlos de Caro,atho de Souza.
PI\,- Btlim, 'RJ!imundo J i,kmJ!:".- Ruo dos Ta•
nio ,664 - CEP 59.000 - (084) m -8792.
RS - Po~ Akp,,: Jo:lo Avelino - Av. Borges
R. Bcnro Frci1u, 362 - o4' -CEP 01; 220 - rei.
(01 1)231·2926(Adminlltraçio). Tele• (011) ~2006
João Aveline DF - BnslllA, Cario> Albcno - SCS - Bloco
mo1os. 1592 - CEP 66.0m - (ll'JI) 222•?Ul6.
PB - Campina Grande: Hermano N. de Araõjo
de Mcdc,ros, 308 - Con. 62 - Ci:EP 90 000 _
(9512) '26-3661 -28-34911. .
- Voz SP - Co?.'fi ~ t-Up e Fotohto -
PAZ Fotocompc•i o e Focolico - R. Frcdcric?
Noé Gertel f,;;-,9.".•.dr.t 5~- Lofa 26- CE~ 7,0.CXJO , i06!) . - Rua Cardoso Vieira. 113 2·• - Cailll Postal l,IG - Bdo H.oruook: E. Garcia - Ru, S!o Steldcl 229 sobrclo a 1 ronc: 2217590 - l mprC100
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_S '-'B. Laurdes-CEPJ0,000-(031) nas oficinaa da_Cia.-E<litora Jonih -ilua Cardeal·
28- Vf16ria: Dnrcy dc.Souz.a Filho- RuaAll>cr• PB- Joio P....1: lrcmnr Bronuado -Ruo Du• =-
337 Arcovcrdc. 2.978 -Sio Paulo.
J
7
~ 07 /04188 a 13/04/88 9
São Paulo
FICHA NA MAO
Ponta Grossa dispara
Considerada um dos re• do amplame nte a m et a d e
Explosãode filiaçõesna Capital
dutos nacionais da direita e 572. Para o p reside nte do
do que há de mais conser- PCB local , José d a G uia La-
vador , Ponta Gross~ de· roca, o município é bast a nte Já são ~ ais de 10 mil os filiados em São Paulo, capital,
monstrou que não exi_stem avançado d o po nto d e vista
povos ou cidades reaetoná· capitalist a, com indústrias e
rias. Contando em outub_ro u ~versidades e, p o rta nto, e o ânimo da militância já indica a nova meta: conseguir l
de 1986 com apenas 10 fiha• nao pode ser r e acion á rio 1
dos hoje O PCB local co~ta politicamente . 50 mil mem~ros para o Partido até o final do ano.
coa: 839 filiados, cumpnn·
l
1
Mais três no Pará Uma explosão. Esta é a
melhor palavra para descre-
tório Municipr Luís Car-
los Moura, esta ascensão se . l
Os município s de Ananin-
deua (segundo colégio elei-
são 12 mun icípios e m ais de
4 mil filiações realizad as, d e
ve r o crescimento do Par-
tido Comunista Brasileiro
deve a vários motivos.
l
toral e primeiro centro in- uma meta de 18 cidades e pa capital paulista, centro Fatores impo rtantes fo.
dustrial do Pará) , Santa Isa-
bel e Moju já cobrir am su as
5. SOO filiados. Os paraenses
esperam cobrir a cota rapi-
nacio nal da classe operária
e coração eco nómico do
ram as quatro reuniões rea-
lizadas nas diversas regiões
11
cotas da Campanha N acio- damente : País, com mais de 11 mi-
nal de Filiação do "PCB. lá
lhões de habitantes e sete
milhões de eleitores. Já são
da cidade com os membros
d a Direção Naçion a l d o
PCB , a concentraçho reali-
l1
10.162 fili a do s, com as
quartas-vias das fichas em
zada no centro da éidade no
dia três de fevereiro e o pro- l
poder da Direção Munici- grama de televisão do PC B.
lá "'ão 1 f§J os ü \iados nes- lntegr ação, o que já vem pal , o que significa que o ' A quinzena de filiações que·
ta cidade do interio r gaú- sendo feito. Agora , os mili· Partidão paulistano cobriu procedeu ao programa de-
cho, das 230 que compu· taotes de Alegrete, junta- integra lme nte a primeira ram os primeiros resultados
nh am sua meta. Agora, o mente com os de Livramen• etapa de sua campanha de significativos. e daí em dian•
trabalho é organizar os n ú- to, São Borja e Bagé desen- filiações: realizar 50% do te a coisa foi de vento em
cleo s de dinamização parti- volverão o trabalho nas de- número total até 31 de mar- ' popa .
dária e ministrar o Curso de mais cidades da região. ço , ou seja, cumprir 10.115
filiações das 20.230 que a
atual lei dos partidos políti· Colaborou muito para is-
750 em Santa Catarina cos exige p.ara a concessão to a lqcalização, por parte:
,fa Di rec;ãn Municipal, de lí-
du regislru delinilivu.
de ranças de bairros da peri-
R ealizada , no último dia nau com 62 e, nas demais Além de cobrir integral•
cidades, 84 filiações , o que feria, que entraram de fato
26 , a reunião de controle da mente sua ineta na Capital
ca iypanb a d e fi liação de dá um total de 750. A meta para o Partido e desenvol-
SarHa Catarina, com a pr e• como um todo, vários dos
do PCB no estado é a filia- veram com todo o gás a ca-
sença do secretário nacional 35 zonais em que se divide
ção d e 8 mil cararinenses em minhada. Também foi ela•
de organização Givaldo Si- a cidade - são como 35 ci-
40 municípios. Destacam-se bo rado um plano especial
q ueira, os resultados foram dades reunidas em um só -
n a camp anh a a mfütante de finanças para a campa-
os seguin tes: Joinville com Lúcia Scharzmann, com 239
já totalizaram suas metas fi. nha, inclusive com a cober-
305 filiados, Criciúma com filiações, e Jorge Magnanin.
na is. como Campo Limpo tura de despesas para mais
110, São José com 99, Flo- com 89. (1.027 filiados), Casa Verde de d uas dezênas dê militan•
riaoópolis com 90, Blume• tes dedicaram-se integral•
(736). Santana (937) e Fre- Campanha de filiação em São Paulo
guesia do ó (630). Há qua- me nte ao trabalho ·de filia-
tro zonais que deverão cum- ções. Foi comprado um mi-
Filiando prir suas cotas finais ainda cró-ô nibus, de vida mente
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Pouco ânimo, muito dinheiro emitiu uma declaração sobre a gime, a repressão é a principal po-
conjuntura política nesse i:afs, da lítica estatal. O organizador tem
qual extraímos comentários sobre poucas chances de perder.
algumas das principais idéias. É um plano de Washington,
da a dinheiro das mais diversas Partido Democrata. Porém, após Pinochet resolveu organizar no- preocupado pelo desgaste da sua
Carlos Alberto Noronha procedências. a realização das primárias de Co- vo plebiscito. Não sobre os proble- criatura, que procura criar ilusões
Sem definições aparentes. os nnecticut, o pastor negro Jessse mas que envolvem quase a totali- eleitorais com o falso pleito, en-
candidatos a candidato vêm o tem- Jackso n praticamente empatou dade dos chilenos, condições de torpecer a sociedade, dividir a
Nos dias 21 de julho, em Atlan-
po correr com um certo desânimo em número de delegados com Du- vida. desemprego , falta de mora- oposição com o objetivo de man-
ta, e 18 de agosto, em Nova Or- kakis. dia e serviços médicos, libertação ter a economia no bolso das trans-
leans, saem respectivamente os por parte dos eleitores. Afinal, os de presos políticos, retorno dos nacionais. Alguns setores políticos
Jackson é um fenómeno político
candidatos democrata e republica- nomes que se apresentam são figu- exilados, legalização dos partidos locais colaboram com o empenho
ras importantes da vida política curioso . Ex-assessor de Martin e fim das torturas. O assunto é autolegitirnador da institucionali-
no às eleições presidenciais norte- Luther King, ele defende a criação se haverá ou não candidato único dade fascista . .
americanas em 8 de novembro dos EUA.
de um Estado palestino, o não pa- para as eleições de 1989. . . . Só a ampla e combativa partici-
deste ano. Pelo lado dos republicanos, · o gamento da dívida externa por O regulamento é a const1tu1çao pação das massas trará para o Chi-
Até lá, os finalistas terão gasto nome mais forte é o do vice-pre- parte dos devedores latino-ameri- pinochetista de 1980: milhares de le a urgente e merecida aurora de-
cada um cerca de 20 milhões de sidente George Bush. Até pouco canos, propõe a formação de asso- cidadãos presos ou expulsos do mocrática.
dólares, pego centenas de crianci- tempo. mostrou-se de uma fideli- ciação energética com o México
nhas no colo e posado para milha- dade incomum ao presidente Rea- e Venezuela e se ofereceu como
res de fotos que ilustrarão uma das gan. O recente escândalo Irá-con- mediador na crise entre os EUA INDONtslA
mais caras campanhas eleitorais tras comprometeu bastante s ua e o Panamá . Dentro do quadro
de toda a história dos EUA. imagem . Há indícios de que Bush político norte-americano,. ele é ti-
Por enquanto, a diversão são as
primárias, uma espécie de preli-
está atolado até o pescoço e negar
ou admitir sua participação no epi-
do como de "esquerda".O proble-
ma do pastor Jackson é que ele
Ditadura fuzila comunistas
minar das convenções nacionais, sódio funcionaria corno um torpe- é negro, e dificilmente a sociedade
onde os candidatos somam delega- O regime ditatorial indonésio Muitos outros, na prisão, conti:
do na sua candidatura. Além do dos EUA aceitaria um presidente do general Suharto executou se-
dos para poderem ser ungidos co- nuam aguardando execução. "Es-
mais, conta a lenda que dificilmen- que não fossse branco. A questão cretamente , em 17 de novembro te regime", salienta o PC indoné-
mo os aspirantes à Casa Branca. te um vice-presidente consegue racial nos Estados Unidos ainda passado , dois membros do Partido sio, " viola os direitos civis e demo-
O Partido Republicano e o Par- chegar à presidencia pela força do está longe de sua superação. Comunista da Indonésia, segundo cráticos do povo da Indonésia e
1 tido Democrata formam a base
desse mito chamado de " democra-
voto. Pelo lado dos democratas,
há uma situação bastante curiosa.
Na política externa , a nebulo- foi recente mente divulgado na.Eu- oprime com brutalidade as forças
sidade é total. Bush seria uma con- ropa. de oposição". .
cia americana·•. Embora os de- Se a eleição fosse hoje, o vencedor tinuidade de Reagan, colocando As duas vítimas, conhecidas Os comunistas indo_nésio~ lan-
mais partidos possam participar da - segundo as pesquisas de opi- em risco os recentes acordos de apenas como Suwandi e Sukhar- çam um apelo à comum~adeOmte~-
1 campanha (entre eles o PC norte-
americano), apenas os dois gigan-
nião - seria o ex-governador de
Massachussets, Mic:1ael Dukakis,
desarmamento com a URSS e o man, estav~ detidas há quase 20 me
cessar-fogo negociado entre o go- anos na pnsao de Pamekasan na
nacional para que pres_sione regi-
de Djakarta (a cap1ta1), no sen-
tido de pôr fim à repressao e assas-
[ tes têm chance de vencer, os ou-
1ros somente fazem figuração.
um descendente de imigrantes
gregos que conta com o apoio e
verno sandinista e os "contras" em ilha Mhadura, a leste de Java.'
Sapoá. Jackson, por sua vez, é do-
sinatos políti~os, r~staurar todos
Durante os últimos três anos , os direitos cívicos, hbc;rtar os_pre-
1 Não há, fo~ça_política, capaz de siJJ1patia da pode rosa çlã dos Ke- no de uma retórica esquemática a ditaaurlJ assassinou numerosos sos políticos e devolver 'a's· hber-
ba11;ç:ár. O$ g14st.()p fa,b,~QSQ~. cppi 11neqYf,, ,e,.issç,. S:Ágn,ffic~ÂlQà, p1;14e e pfi!uao ieriginalf•qu~ 111\qiwaz,11~· presos políticos - com\miatas: e Eladé's demberát\cas"paflif1'toélb"õ
unia campa·nna presidénciaf, rega- da engrena.gern da máquina do nhumã certeza de paz. outros democratas e sindicalistas. povo.
______________.,.._________ -1
· ,, CLl~TIJR~. 1
,
1 11
ANA DE IIOUANDA
os quilom6óS-
átea na qual se organizavam. Por
isso, embora a maioria praticasse
a agricultura, em face da grande
.
, ..,~"
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.) .,
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• I
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r - ----- ---- - -~ _----~ - ~---_- -.:-=--=--:-:::---------.- ---- -=.---- ... .__ --- ---------F'- - ·--- -
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"
DICAL
Tel.: 231-2926 CEP 001220 insiste no congelamento do paga~nto da
URP por dois meses, um confisco i{ála rial.
Telex: (011) 32006 VOZ SP Todo cuidado é pouco. É pr~iso
intensificar a mobilização, avalianl:lo bem
as experiências do Dia de Adveriencia.
quinta-feira passada. '::,
.·
,:
DA MULHER TRABALHADORA , ;;
. -.
..,_ ' - f
07/04/88 a 13/04/88 ~
Filhos do medo
--- --:---:------------------~- - ----''------------·-
tribuído para a riqueza e o progresso
desta Nação."
Jogando para a lei ordinária, os di-
-. ·Fundos de Pensão 3
Folbetim·de Roniwalter Jatobá
- Na arrumaçãQ: Amanhã vou de tanto tempo; João o conhecia
reitos dos trabalhadores rurais po-
dem recuar à legislação atual.
.. ,
,.,
.,: ..,.. .-
.~' .··,
,
r BANCÁR\OS PALESTINOS
1
1
O M ovimento de Unidade
'
&:mcó rto-M UD, de oposição, O escritor Paulo C0vaieonti
deverá vencer as eleições poro mostra o lrrecionolldade da
o Sindicato dos Bancórlos do ação de Israel nos territórios
Rio de Janeiro. nesta terço-feira. ocupad0s do Faixo de Gaza e
defTOlando sindicalistas da CUT
ligados ao PDT e à
Convergênc ia Soclo llsto. o PCB
DA Cisjordânia . verdadeiro
holocausto o que são
submetidos os polestlnes. E
apoia a Chapo 2-MUD de
OJ:)OSÍÇÕO.
N2 390 - Sã o Paulo , 15/04 a 21/04/88 - CzS 40,00
UNIDADE mostra o perigo Glo volta do ·
a nti-sem ltlsmo
V oz Sindical M aAaus, Boa Visto, Sa ntarém : Cz$ 52,00 Página 4
.Diretor ResPOl'ISavel: Luiz Ca rl~ Azedo Re d a ção: Rua Bento F~eltos, 362, ~ andar
Queda de braço_
pot mais receita
~ C,()~\\.\\\\u.\t
dtvttá transferir de 23% a 19% da receita da
"Onião \)Ma os Estados e Municíl>ios, apesar da oposição
.,, do governo federal. Os governadores articulam a aprovação da
reforma tributária na Constituinte e não aceitam o
corte dos financiamentos para os Estados no novo pacote.
Página 3
~ - Petroleiros, metalúrgicos, urbanitários, bancários efuncionários públiçós lideram a luta contra o arrocho.
. Greve de protesto está sendo preparada para 27 de abril.
Páginas 2, 10 e Sindical Gracfafa Magnonf
-
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1
I •
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2
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Y.!JZ EDITORl~L 15/04 a 21/04/88
BASTIDORES
Afronta e ofensa
U~ião e Estado·brigam pela receita
O deputl1do Carlos A/br:to Coó
O Palácio do Planalto e os gov_ernadores ago!a es~ão em p0 ~ições ~~stas,
(PDT-RJ) pediu inquérito crimi-
nal à delegacia espeâalizada de
lutando para ver quem fica . com o maior qumhão dos impostos
Belo Horizonte para apur.u: e res-
ponsabilizar os responsáveis peja De 19 ª 23 % da receita atual Sudeste, negociação que tem dos Estados e Municípios e é ro ), Waldir Pires (Bahia) e Mi-
Cartilha C omemoralit'a aos JOO do gove~o federal d everão ser a supesta participação da Re- e~se prncesso de descentraliza- guel Arraes {Pernambuco)
Anos de .4bofiçáo disrnõwôa P.ela transferJdo~ ª?S Estados pela ceita Federal. O gpverno tra- çao da receita fiscal pelo qual ,que trabalharam intensamen-
Secretaria de Educoçôo de Míoas nova a a stituição ' quando for b a 1ha com o argumen~o
Con . .n d e que
Gerals. _4 a,rr,tha ronra um~ len- \ ~F°ctv a O C! texto do caJ?ítulo os Estados do Sul e Sudeste se- os municipalistas lutaram por te pelo mandato de quatro
da seeuntfo 11 qual Deus ~nou. o t~ntos anos", afirmou ao anun- anos para 0 presidente José
o pro1et o constitucional rão beneficiados com 60% do cia~ _que pretendia processar a Samey, também estão empe-
branco. o Diabo. com lf ve1a .
crmu o n,,gro - e po_r ai_ afora. q_ue trata do Sistema Tributá~ que for arrecadado, enquanto l!rua0 por suspender os ·finan- nhados na reforma tributária.
e;10 ,vm1d,m1 a p ubltcaçao uma TI_? e Orçamentos, numa vota- a União pode desenvolver uma
··,f1<1ntJ e uma ofensa··, lembrán- tªº
d~qu,· o nrwo te:-c:to consti~ucio f!al
que vem opondo ·o Palácio política de t r an sferência d e
0 Planalto aos governadores. parte desses recursos para o
c1a m en tos destina dos a São Sem ela, será praticamente im-
Paulo. Com essas me didas re- possfv~l sobreviver às retalia-
centes do governo federal, os ções praticadas pelo governo
wn.<id,·ra a racismo o cnme nn- O c~oque de interesses e ntre d esenvolvimento do Norte e planos de gove~o de Quér~a federal, com objetivo tle prati-
pr~w·n'tivel. infi~çável e sujeíto 0 presidente José Sarney e os Nordeste. nas á reas de Hab1taçã0, Justiça camente ~n~quilar toda e qual-
,; pena de ceclusao. . go vernadores foi acirrado ain- O problema de certa forma e Segurança e Transporte fica- quer poss1b1µd ade de execução
da mais na última quarta-feira, existe, mas todos sabem que ram praticamente estagnados. dos respectivos programas de
Atração parlamentar quando o governador de São o governo usa os recursos de O utros governadores, como governo, submetido a uma die-
P ~ ulo, Orestes Quércia, anun- . que dispõe para manter os go- Moreira Franco (Rio de Janei- ta de " pão e água"
Apc- O lançamento do manifes- c1ou que pretende não só tra- vernadores, l)rincipalmente os
'" Jv Bloco Independente do balliar a bancada para repassar dos Norte e Nordeste inteira-
PAfDB , com 93 assinaturas está 23% da receita da União para mente submissos eu{ função
havendo uma blitz para atrair par- os Estados ~o~o _v~i e ntrar dessas verbas. É a política do
lamentares para um novo partido
Entre os mais procurado~ Sandr~ com ~~a açao 1ud1c1al contra " pires na mão", cómo afirmou
Caval~anti (PFL-RJ), Geraldo a dec1Sao do go':'erno de sus- Francisco DorneUes (PFL-
Bulhoes e Ren an Cavalheiros ~ender os financiamentos des- RJ), um d0s articuladores .da
EscândalO
(ambos de Alagoas, ligados ao go- tmados aos Estados no pacote reforma tributária e profundo O secretário particular do pre: vinha sofrehdo de parte do go-
vef"!lador Fe_rnando Collor), Joa- que corta os gastos públicos. conhecedor de problema, pois sidente da República, Jorge Mu- verno pela forma como vem apu-
.qwm Francisco (PFL-PB, o mais tanto esteve à frente da Recei- rad, deverá mesmo comparecer rando o eséândalo da Seplan.
votado naquele estado) e até o ex- Negociação ta Federal como do Ministério à Comissão Parlamentar de In-
deputado Nelson M archezan da Fazenda. - quérito (CPI) que investiga a A data do depoimento ainda
(PDS-RS) e o empresário Anto- corrupção no govemo para pres- não foi marcada, mas o Palácio
m·o E rmfrio de Moraes. A transferência de 23% da Retaliação tar depoimento. A decisão de do Planalto já não reage mais
receita da União para os Esta- convocar Murad e o consultor- à convocação dos assessores di-
Rejeição parlamentar dos , conforme proposta d0 Desta vez é o governador geral da República, Saulo Ra- retos do presipeote Samey. As
substitutivo do Centrão, pode- Orestes Quércia, de São Pau- mos, foi anunciada na terça-feira pressões feitas contra a CP/ aca-
p<,lo presidente da CP/, senador baram transformando-se num
Irritados com a blirz, os depu- rá ser reduzida para 19% por lo, que lidei:a o movimento pa- José Ignáâo Ferreira, apesar das dçsgaste a mais do governo junto
tados do MUP, que assínaram em um aeôrdo que está sendo arti- ra transferir receita da União fortes pressões que a Comissão à opinião pública.
bloco o manifesto dos indef!eO- culado entre as bancadas do aos Estados. "A reforma tribu-
dentes e foram osprimeiros a f alar Norte e Nordeste e do Sul e tária me/hora a arrecadação
na criação de um hovo partJdo.
e.<:,t?.o dLc:.c\ltirulo a,nm;sibilidade de
romper com o Bloco Independen-
te do PMDB: com os citados aci-
ma, seria um novo PMDB, um sa-
Acordo garantirá Mais autonomia para
co de gatos - não valeria a pena
ir para um11 nova sigla. eleições municipais • o Ministério Público
Articulação parlamentar Bras17ia (do corresponde1Tte)- desvinculação do Ministério Pú-
QrasJ1ia {do correspondente} - A
Persistem as discussões interpar- blico do Poder Executivo, que lhe
. autonomia funcional, administra-
Mas. um dos articuladores do tidárias sobre o projeto de regula-· ·cabe fiscalizar.
tiva e financeira do Ministério Pú·
novo p artido, deputado Pimenta mentação das eleições municipais Além disso , embora o tex to
blico foi aprovada pela Constituin-
da Veiga, garante que não haverá de novembro, a partir de um acor- aprovado não tenha criado especi-
te na terça-feira, 12, com 350 votos
vetos e explica q ue, com aprova- do de todas as lideranças para en- ficamente a figura do "defensor
favoráveis e aplausos d~ plenário.
do povo", incluiu disp.ositivo que
O acordo, que enfrentou dificul-
~º da Carta de Princípios (perma- caminhar o assu nto no plenário
permitirá aos procuradores esta-
dades para ser firmai:lo, melhora
nentes) e do Progama (atualizá- em regime de urgência.
O texto inicial , elaborado com duais algumas das funções do de-
o substantivo apresentado pelo
vel). s6 participariam os que os fensor , garantindo um intermediá-
..,. "aceitarem, o que evitana confu- a fusão de 15 projetos e sugestões Centrão, mas não cons,..eguiu man- ·
apresentados, incluiu itens do pro- rio entre a sociedade civil e o po-
ter todos os avanços aprovados na
sões. S6 que o MUP alega que der do Estado.
•'já viu o programa d o pr6prio jeto apresentado pelo líder do fase da Comissão de Sistematiza-
PCB, Ro berto Freire, um dos pri- •ção. Quanto ao Conselho Nacional
PMDB ser desrespeitando". de Justiça, o autor da proposta,
meiros a articular os diversos par- As forças democráticas sofre-
tidos no sentido de evitar as argu- deputado Nelson Jobirn (PMDB-
. ram, ainda, derrota importante ao
Alegria de outros RS), lamentou sua rejeição cha-
não conseguir aprovar a criação
mentações golpisJas que preten-
diam prorrogar os mandatos de mando a atenção para o fato de
do Conselho Nacional de Justiça,
Quem ficou contente com os que os novos poderes atríbuídos
órgão que fiscalizaria o Judiciário,
problemas que estão cercando o prefeitos e vereado res atuais. Ulysses: dificuldades para novo partido
ao Judiciário são muitos ,e even-
e que enfrentou lobby contrário
novo partido _foram o presidente tes da eleição, e realização de con- tualmente, poderão ser. ~sados
por parte de magistrados eJ.uizes. ...
do PSB. lami/ Haddad, e o líder Inovações venções a partir de 15 de agosto O PCB votou favoravelmente àdiscricionariamente, uma vez que
do f'!. ~uJ.a. O PSB e o PT são até dois meses antes do pleito. O o Judiciário será fiscalizado por si
críação do €:NJ e aó acordo sobre
os pnn.cipa1s candidatos e angariar o Ministério Público. · mesmo. O senador gaúcho José
11<?"º~ membros, na hipótese de Uma das principais inovações texto prevê, ainda , mandaro de
do projeto e a possibilidad~ de quatro anos para prefeitos e verea- Paulo Bisol, também do PMDB,
a 1dé1a do novo partido gorar. Pelo Autonomia sem fiscalização argumentou que a fiscalização de
menos, absorvesão os desconten- participação no pl~~to de pa~t1d<;>s dores e realização de segundo tur-
com registro defimuvo, prov1sóno no em municípios com mais de 200 um poder po( um órgão adminis-
tes ~go_ra com a nova sigla, que Entre as inovações aprovadas trativo implicaria no esvaziamento
estao JU~tamente entre os mais ou, ainda, aque les que estejam mil eleitores, nos casos em que ne~
prqgress1tas. com processo de registro em anda- nhum candidato alcance màioria para o Ministério Público estão a desse poder, mas Jobim discordou
mento no TSE. Aléin disso, o pra- absoluta na primeira votação. O elaboração de uma lista tríplice, afirmando que o Conselho Nacio-
Ausência justificada zo de filiaçãb e domicílio eleitoral, segundo turno, realizado entre os pelos ministérios públicos esta- nal de Justiça fiscalízaria o Judi-
ª? projeto, foi reduzido pàra 90 dois mais votados, elegerá o que duais, para a escolha do procura- ciário ~ão no exercício de seu po-
~has. Exatamenteºpor isso, o pro- obtiver maioria dos votos. dor-geral, nomeado pelo chefe do der de Julgar, mas em suas funções
O deputado A ug usto Carvalho lf:lO~ nesses termos, sofreu resis- A data prevista pelo projeto pa- executivo para mandato de dois administrativas e disciplinares.
(PCB-DF) justificou sua ausêncía tenc1a por parte do presidente .d o ra as eleições é 15 de novembro anos, e que poderá ser destituído· O própri0· senador, entretanto,
do Fest.ão da Voz por ter softido P~DB, deputado Ulysses Guima- (primeiro turno) e 11 de dezembro apenas por deliberação da maioria reconheceu que, do jeito como fi-
wna violenta crise de asma, mal raes, de v~z ~ue seu partido será de 88 para o segundo turno, cem ~bsoluta das Assembléias Legisla- co~, o texto ~ fathp. O sen~dor
que frenquentemente o ataca. O um dos pnnc1pais fornecedores de posse a 1~ de janeiro de 89. A in- 11,vas. Igualmente a nomea~ão e gaucho defendia que fosse atnbuí-
deputado já estava até com passa- quadros para a nova sigla. clusão dos analfabetos fez com . ctéstitui_çã? do procurador-geral ~o ao Legis_l~tiv_o o poder de fisca-
gem marcada para C! Rio (J_Uf!.f!do O .g:?Jeto inicial prevê ainda a que o projero propusesse, ainda, cf.i Repúbhca dependerão de apro- • hzar o Jud1c1áno, ll)ªS a emenda
sofreu a crise que o 1mpossibilJtou
de viajar.
fº~ 11dade_ de coligações, rêgis-
ro os candidatos até 60 dias an- ~
a utilização de cores, fotos ou sím· Wção do Senado Federal. Esses sob(e o assunto também não foi
bolos nas cédu/as eleitorais. elem.ent9s têm P,eso importante na . H,ap~ovada. 11
- .,, • ) ~ ' ,. J •• 1 1 J' 11,•t-
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4 PONTO DE VISTA 15/04 a 21/04/88 WJZ!
Operigo da volta ao anti-se~itismo CONVERSA DE BALCÃO
Neste apaixonado àttigo, o escritor Paulo Cavalcanti relata todo o horror em que se
transformou a vida dos palestinos e chama à razão os judeus. As tarefas de a·gora,
lo próprio, onde possam c0n5rruir
as tarefas de sempre
E m 1948 da tribuna da As-
sembléia Legislativa do Es-
tado de Pernambuco, eu, na con-
sua pátria. .
Es~e genocídio, que_nao poupa RENATO POMPEU
dição de deputado comunista, re- nem mulheres, nem criança~, ere-
queri que os parlamentares, atra- cisa acabar, em nome dos Dire~tes
O?ando examinamos a situação brasileira atual, é .l
vés da Mesa, dirigissem um apelo Humanos em nome da JuSltça,
ao eresidente da República, ao em nome de qualquer religião_q~e preciso prestar atenção em todos e em eada um dos
mimstro das Relações Exteriores se preze. Para a gl?r-ia_da co?~•çao d~talhe~, a c_urto (? mé.dio prazo, mas é preciso mais
e ao ministro da Justiça, no sen- humana, os jornais dao oot1c1a de
que, mesmo em Israe_l,_grupos de
ainda ?8:º deixar que os detalhes impeçam de alcançar
tido de que o representante do
Brasil na ONU pasasse a defender políticos e jovens ofimais do Exér- uma v1sao ge~al, a longo prazo. Assim, é importante
o direito dos judeus ã existência cito já se erguem cont.ra tam~~as prestar atençao nos detalhes a curto prazq, como o
de uma pátria livre, num Estado atrocidades. Muitos desses milita- confronto entre-o Legislativo ·e o Executivo federais
autónomo. Por essa época, nem res se negam a levàntar suas_armas
os Estados Unídos, nem a Ingla- contra palestinos, nos conflttos de representad~ pela CPI da Corrupção, be·m assim o~
terra. viam com bons olhos a causa rua em que se defrontam fuzis, pr~blemas mt_ernos d? P_MDB 1 onde as lideranças
dos jude~ esquivando-se de atri- .metralhado,ras e granadas, de um mais progressistas estao msatisfeitas com os rÍIJDos
tar-se com os árabes, por causa lado, com bodoques ou estilin-
do petróleo. Foi, historicamente, gues, de outro. '.!'ais atrocidades do governo Sarney.
a União Soviética a campeã dessa cometidas pelos soldados israelen- Mais a médio prazo, é importante prestar atenção
causa, acompanhada na ONU pe- ses estão sensibilizando o mundo. em como, apesar de tudo, apesar do Centrão e das
los demais países socialistas. Agora mesmo, sete famosos inte-
lect'uais judeus, residentes nos derrotas das forças progressistas mais consequentes,
Não era possível delongar a luta
de um povo de cultura milenar pe-
EUA, assinaram um manüesto . observar como da Constituinte está saindo um novo
pedindo ao governo de Telavive Brasil, bastante diferente do Brasil do Regime Mili-
la conquista de um solo onde pu- que negocie politicamente <:om os
desse censtruir uma pátria sobe- palestinos sobre a retirada dos ter- tar, principalmente nos ~aipos político e social, um
rana. Sobretudo de um povo que ritórios ocupados de Gaza e da
havia, participado tanto quanto os Brasil mais democrático. E, igualmente a médio prá-
outros, da luta contra as forças do Cisjordânia, pertencentes histori- zo, é importante prestar a atenção como os rumos
camente aos árabes. Esse mani-
nazi-fascismo, morrendo aos mi- conservadores e re•acionários da política econômica
festo, de repúdio ao uso da vjoJên-
lhões nos campos de concentração cia, mereceu a adesão de Isiah
que Hitler diss.eminara por toda ultimamente adotada pelo governo Sarney estão fatal-
Berlin, famoso filósofo judeu, de
a Eirropa. '
Arnold Goodman, um tios mais .mente levando a confrontos com as massas populares,
Pierre van Paassen, no seu fa. ·
m.;iso }ivro "D Aliado Esqueci- brilhantes advogados do~ EUA, primeiro com as massas do funcionalismo e dos setores
do", clamava pelo reconhecimen- do rabino-chefe da Grã-Bretanha estatais, mas logo com toda,s as massas assalariadas,
to da contribuição dos judeus na Immamnuel Jakobovist. do barão
Elie de Rothschild, do escritor e em razão cfa ofensiva contra a URP . Fica claro, nesse
derrota do eixo Roma - Berlim - prémio Nobel de literatura Saul p<:mto, como se equivocavam as lideranças populares
Tóquio, diante da indiferença de Bellow e do célebre violinista
certas nações que, passada a guer- que insistiam na pura .e simple~ livre negociação sala-
fsaac Stern. Outros quinhentos ar-
ra, menosprezavam os filhos de Is- tistas de cinema, rádio e televisão rial, pois nesta o que vale é o me·r cado nu e cru
rael, num.a injusta demonstração da Europa se dirigiram ao primei- da Jllão-de-obra, onde as grandes massas estão em
de preconceito, ou de inte resses ro ministro de Israel Yitzhac Sha-
mercantilistas contrariados. posição de desvantagem, embora haja setores mais.
mir, clamando por uma solução,
Associando-me , como parla- P,ac{fica para o conflito do Oriente qualificados que detenham posições estratégicas nesse
mentar, à causa judaica, cons~gui Médio. A tudo isso o goverrto de mercado e possam assim ser beneficiado.s pela .livre
que o plenário da Assembléia Le- Telavive responde com mais vio-
gislativa, por sua unanimidade, re- mundo testemunharam . ante o negociação salarial.
lência e se "penaliza" oom a morte
clamasse do governo brasileiro olhar revoltado de milhões de es- de um soldado israelense contra Mas, se temos de prestar atenção nessas questões
uma atituôeclara, na ONU, sobre pectadores. cento e um combarences palesti- a curto é mé dio prazo, se temo~ ainda de levar em
a existência do E stado de Israel. Segundo o depoimento de 16 nos, massacrados nos incidentes
Por tê-lo obtido, fui homenageado médicos sanitaristas brasileiros conta a necessidade de definição da duração do man-
de rua. ,
pela comunidade judaica no seu que visitaram recentemente a área Em 1953, conheci, em Cracó- dato do presidente S~rney e da ~a9ão. do prazo de
clube social, então localizado 11a conflagrada da Palestina, os solda- via, na Polónia, o campo de con- convocação das eleições presidenc1a1s çhretas, temos
Rua da Glória. dos israelenses usam um tipo de , cen tração de Auschwitz, hoje também ao mesmo tempo de levar em ~ont~ as ques-
Em face disso , com essa autori- bomba de gás laorimogêneo, de
daae, e mais ainda, como velho moderníssima fabricação america-
am.igo dos judeus do Recife, desde na, de terríveis efeitos no orga-
os tempos em que,.menioe, eu re- nismo humano. provocando abõr-
sidira na Rua dos Prazeres, na Boa tos, lesões hepáticas e outras en-
transformado
1
num museu do
' horror nazista", onde foram aS-
sassinados, em câmara de gás ou
nos muros de fuzilamento , pelo
tões a longo prazo, represe~ta?as bas~came~te pela
dupla crise da.economia ~ra~tleua, a cnse cíclica pró-
pria do capitalismo brasile_1ro_ que se dá_ dentro de
-·-
Vista, güêto israelita de Sa:ras, fermid<!des. A delegação médica menos dois milhões de judeus. uma crise estrutural do capitalismo mundial. .
Não há, quem possa visitar esse
Moisés, Salomões, Saus e brasíleira comprovou ainda que a campo sem c)lorar. Vi salões de E nisso temos ae ter uma visão cl<l:"ª• se~ sentimen-
Abraões, elas, bonitas, eles, es- tortura sofrida pelos palestinos brinqu.edos decrianças e de óculos talismos nem emocionalismo: os nscos sao grand~s
beltos, cheirando à cebola e alho, obedece a criténos "científicosl',
é que venho protestar contra o ge-
de pessoas míopes - destroços de O Brasil ficar definitivamente para trás em relaçao
num tipo de "extermínio dirigi- dos que partiram para os fornos
nocídio que se está pratica.n do do". Assim é que os golpes de cas- de incineração. Vi barras de sabão à econo~ia mundial, !ªl com? aconteceu por exemplo
oontra os palestinas, nes territó- seteres, quando usados, se con- feiro com a gordura humana de com a. Bolívia a partir da cnse dos an0s 30. De um
áos ocup ados de Gaza e Cisjor- centram nos órgãos genitais dos judeus. Vi pedaços de ossos huma- lado O Brasil precisa reformular todo o seu parque
dânia, soô a proteção cúmplice do insurretos da Cisjordânia e Gaza, nos calcinados, servindo de aterro
governo de Israel. Na hora e m, com o propósito de !omá-1<?~ est~- nos pant.anais de Auschwitz. Para indu~trial , .para não ficar atrás na re~ova_ç ã? te~no-
que eS<--revo estas palavras de in- . reis. Segundo Márc1a Arau.Jo, di- Salomão Kelner, meu velho am,i- lógicá que está ocorrendo nas econom1_as mais adian-
dignação, Gento e dez palestinos retora do Sindicato dos Médicos go do Recife, trouxe a triste recer- tadas. Sem promover essa reformulaçao ~o seu_ par-
já foram assassinados pelos ju- do Rio de Janeiro, o gás contido dação de um pedaço de tíbia, reco-
deus, em combates de.rua, numa nas bombas lacrimogéneas é do ti- e industrial, e também de sua ·tecno.log1a agncola,
lhido por mim dos ateFTes do cam-
luta em que os palestinos se lev~- po que os nazistas utilizaram con- P,O polenês. ~ºBrasil ficará para trás. Mas1 e isso é mais dramático
tam pa:ra reclamar - eomo os JU· tra os jude us, nas câmaras de tor- E em nome desse terror nazista, ainda, se essa re_formulaçã~ do parque industrial e
deus o fizeram durante séculos! - tura dos campos de concentração que todos nós, democratas, e rgue- da tecn0logia agncola do Pais se der _de forma conser-
o direito a uma pátria livre. O mais na n Grande Guerra. mos o apelo aos judeus honrados
revoltante é que esses crimes se O fanatismo dos sionistas de Is- e livres do mundo inteiro: pare- vadora, co.m a manutenção das atuais_estruturas eco-
revestem da maior monstruosida- rael - para quem nós o utros, 'de mos com o genoçfdio dos _pale.s- nómicas do Btasil e com a manutençao do papel su-
de: jovens palestino~ ent~rrado~ grupos étnicos diferentes, não pas- tinos de Gaza e 'Cisjordâm~! Ou bordinado do País no cenário mundial, o 9-ue teremos
ainda vivos (como foi obngado a samos-de " raças inferiores'', desde teremos de assistir, constrang1d0s,
reconhecer, penitenciando-se, o que f ies, os judeus ortodox?s, se é que se instalará no Brasil um setor mais moderno,
a volta ao anti-semitismo genera-
próp.rio governo de Israel). ou autoCllassificam de " povo ele1to:de . lizado. porém às custas cla expulsão das gra~des mas~~s. do
combatentes indefesos que tive- Deus" - vai ao extremo de ma- País para uma economia atrasada e miserável. E tSS<?
ram seus braços e pernas quebra- tar como se mata cão hidrófobo,
dos a golpes de pedra por ~o~dados os 'palestinos que !ut~m táo so- Paulo Csvalcantl, jornalista e escritor, mem- que temos de enxergar a loQgo prazo.
bro da Direção Nacional do PCB ·
,~r,~1.e1;1~~, ff!/:P,Q .~ J~l~X~We& dp ,ftl~l~1Pá:J'lliq'CffiPJflflJQ·~ ui,n,s~- # -· 1
Uma festa .de cor, som.e alegria Fotos: Gracltla Magnonl e Oamar Bustos
'>
6 15/04 Cl 21/04/88
' 1
1
.1
ara o! ''
trações para todos os gostos / 1
A achavam-se de sobra no Festão ai
Voz 88. Desde os bonecos ~ ,
pernambuca~os às acrobacias/~'
soviéticas; d0 ilusionismo ao som t
contagiante do fricote baiano. E o poVP,
esbaldou-se. _Pouco in~p0rtava até 1:1es1;
o soJ que pmtou radiante no dommgo ..,,
convidando a todos para a praia. O que-
comandava mesmo era o vermelhão .··
tremulando, refletido nas águas da Lag6~~
R~drigo de Freitas. As bauacas, vindas ~
Sara Gonza1es d1fe.rente.~ :stados brasi_leiros, faziam ~ f
~omp~t.lçao salutar: do picante aca~aJei!;1
Na barraca da Bahla, muita animação sempre
baiano a adoçicada água de côco pot1guar
Lecl Brandão passando para a batida amapaense , todos,
se fartaram. Como dizia o fapuloso . ...
Tumumba, velho militante lá dos ládos·da
l\ha do Governador, preocupado com_o
trabalho de ft1iação: "a festa está de
arrepiar·! "; ou mesmo o incansável Stbepan
Nercessian que se esforçava ao máximo
para que todos pudessem se divertir.
Na verdade, o alto astral começou logo
na sexta-feira à noite quando da abertura
da festa. Nem mesmo a chuva que batia
insistente impedia os ânimos. 1
tão 88 da Voz da Unidade, apesar Depois do debate, o responsável cubano Jorge Ferreira, Frei CiYc~::i · 1
de algumas improvisações. O de- pela Seção Juvenil do PCB, Tib~- cantora cubana Sara Rosa Gonzales, 0
bate sobre a Perestroika e a Glas- rio Canuto, juntamente com o d1- , argentino Roberto Grana. , '
nost, realizado no dómingo, foi ri~ente nacional Paulo Elisiário, Os músicos soviéticos deram um show
um dos mais concorridos, e contou reiterou a decisão do Partido em à parte: 0s dançarinos Dina Konstantinovha
com a presençado vice-diretor do caminhar para a reálização de _uma Dolgaµov a, l\!an Yladimirotitch
Pravda Boris Mijailo_vitch Orejov, Conferência Nacional Juveml do . Mozjukhina; a malabarista Marina 1
de Moacyr Félix e Enio Silveira. PCB e para-a. construção de uma
organização juvenil autônoma e Evguenievna Bartachova, os músicos
A sinceridade das intervenções do Evgueni ~emionovitch Budanov, Vladirrii_r
jornalista do Pravda - bem no de massas. O debate despertou a
participação ativa da juventude de Anatolievitch Dudnik, os ilusionistas Iun .
estilo da transparência - impres- Aleksandrov.itch e Litfia Abuba Kirovna,i
sionou os presentes. FaJando cla- todo Ç> Pais.
)
ramente a respeito da luta interna a cantora Ekaterina Feoktistovna i ,
na sociedade soviética, Mij'<lilo- Cultura Chavrina, e os ginastas Galimov Vladimir i
vitch disse que não poderá haver Jlidarovitch, D ogadkit Dmitrim Kriptsov,
retrocesso, pois a democratização Também se discutiu _a políti_ca Andrei Valerievitch, Bitcheriva Olg~,
está alcançando respaldo em mi- e o papel dos intelectuais na soc1~- Mostenanova Olga Yasj]jevna, Dechkma
lhões e milhões de trabalhadores. dade brasileira. O debate, real:· Tatiana Vladimir0vna, Chugai Lada,
zado no doming<? pela_ manha,
Moacyr Félix, como sempre, contou com a part1c1paçao de S~- Chabanova Elena, 0 en.xaêlrista Alexandr
agitou um pouco o debate, lendo vio Tendler, João das Neves e Mil- Rocha) Borisovitch.
trecno do seu poema "O poeta da ton Temmer. Esteve també~ em O espetáculo foi seguido pel?s arti!tas
cidade no tempo", do livro O pão Debate sobre aperestrolka: avanços na sociedade soviética
debate O jornal ".oz d~ _Umdade e grupos brasileiros Banda MoeJO, ln~s de
e o vinho, escrito em 1955, onde bém de não-jovens - para a dis-.nistas de todo o País intervieram enquanto sen:ianáno pohttco e, em Ljma,'Therezinha de Jesus, Marcelmo
o poeta sugere a perestroik.a: cussão da questão juvenil. em de- sobre o tema e discutiram com 0 discussão mais demorad~ e caloro- Buru, Mac Dony Band Popketn, Força da .
"muitos morreram para que o ho- bate coordenado por Tibério Ca- p~ofessor Gonzaga Mona, estu- sa, 0 resgate da memóna cultural Gravidade, Alma Púrpura , Garganta
mem surgisse do homem/ a vida nuto, membro da Direção Nacio- dioso da questão. brasileira, que é funda~~ntal e de-
surgisse da vida ..." ve ser bandeira das at1v1dades do Profunda, Leci Brandão (que improvisou
nal do PCB. Após uma palestra Foi discutida amplamente a ju- um pagode de homenagem ao Partido)
do professor da Universidade de ventude dos anos 80, com aborda- Partido. Tatvéz por fa!ta de C?Or-
Juventude Brasília, Gonzaga Motta, que tia-· gens de vários ângulos sobre a apa- denação, ~ -deba\e na~ surgiu o Noca da Portela, Rild0 Hora (qúe toco~
tou de alguns aspectos da juven- rente desmobílização e apatia des- efeito desejado: d1scussoes parale- na gaita a Internacional), Martinho da Vila
O circo montado na área,qo Fes- tude brasileira hoje, a discussão ta juventude, oom sintomas como las fizeram dispersai; o tema prin- e su~ filha M~rtinália, acompanhado de
táo se encheu de jovens - e tam- foi aberta a todos. Jovens comu- o individualismo exacerbado, a in- cipal. pass1stas e baianas da Esc0la de Samba
'
PCB
-
-- ~---------------..-=-- -~-
7
l
1
1
e 1
l
ias l1
Ünidos da Vila I sabel. Sónia Santos,-
lmu ndo Fagner. Zé Ramalho e ~oraes
Folot: Gracllla llllgnonl e Oamar 8u11')s
,l
oreira. Eoc-err.'.llldo a parte m usical, a
tora cubana Sara G-onzales e o Grup o
avaC811 consc~ esqu<:n tll! m ais
,
1
f
1
·ainda a platéla, q ue ped1a bis
incansavelmente. 1
,"ios camarins, Leci _Brandão, Sónia
ntos e Moracs Moreira mostrav am-se ,
1
1tusiasmados com suas participações.
·~rt\nno da Vila, na ausência de Ruça
1
t
--.e "e muso do Partidão'_'. De rest~,
0 Ã.r.ê espafüadô pelas noites cariocas,
incipaJmen1c durante a h?menagem
~ ao grande compos1tor 'João do
1,·. que ora \la<,,sa \)Ol: momentos de
l
1
1
~;canõ.e õ.fücu\dade. ·
:. uem bem o ~estão da Voi caminhava
.ra o nna\, ~á se fa.\ava em rea\i"z.á-lo no
l
ximo ano na c1-ç\a~e de "Be\o Horizonte,
futm:amente am~\'i.á-\o por todo o País,
l
orque, como diz o cantor 'Paulinho da l
~
Viola, "a importância ainda reside na
procura , no grande interesse q ue está Allematlva para os Jovens · Opúblico sempre empolgado
spertando entre as pessoas. Aqui no Rio
l
~ Janeiro, as pessoas querem saber o que
· uma festa do PCB. O sucess© que está
correndo é uma coisa muito importante.
porque reflete o interesse cada vez
Preparando o Brasil do pós-transição
Depois de defender a necessi- PSB, Marcelo Ce rqueira. O pn;si- analisou rapidamente a transição
l
·1
1·escente em relação às coisas do PCB. ãs 1
dade de concluir a transição. con- dente do PMDB e da €:onstituin- democrática, fase difícil e compli-
coisas dos países socialistas. Agora, o
1portante é que ele se estenda por outros
·tados. Já imaginou o Festão na Bahia?•·
No do.mingo, as pessoas uão se
solidando a democracia e enfren-
rando a crise econômica com um
programa capaz de atender as exi~
gências mais imediatas do povo,
te, Ulysses Guimarães. enviou re-
legrama.
Em sua interve nção, José Cola-
grossi, representando o governa-
cada da vida nacional, que culmi-
nará com a promulgação da nova
Constituição e instâlará um Esta-
do de direito·democrático no Bra·
l
!
~ i'i'NJ'S ~i.'l.i:l~ &~.'S~. ~\.,."',Tu-v;s' ,"S&~, ~a\c11nãr, Mal.ma. pTe._,ckPh• na- dru Moreira Franr.o. feJir,itou os s1l. Mali na disse que ns cnmunistlls
lmpre mais. As crianças também tiveram cional do PCB, durante o ato poli- comunistas pela festa e afirmou estavam com a consciência tran-
tico realizado no Festão da Voz que ··o evento é uma demonstra- qüila por lutarem pelo parlamen-
1eus momentos: muita pipoca, teatro de da Unidade, anunciou que o PCB ção de democracia. pois Oflde há ta rismo e pelos quatro anos, e cha-
~ntocbes e, como não poderia deixar de vai mesmo atingir a meta de 300 Partido Comunista legalizado há mou a atenção para algumas ques-
1 faltar, as faosas ··maçãs do amor". míl filiados até o final deste ano tam bém democracia". O prefeito tões imediatas: a manutenção das
. Mas a noite caia, as luzes do Rio e que esta é a tarefa mais impor- em exercício da cidade, Jó Resen- eleíções municipais ainda este ano
)riibavam, um vento frio circuJava pelo ranteoomomentoparaqueosco- de, disse em nome da cidade do eagarantia dosavanços daConsti-
:stádio do Remo; no céu um espetáculo munistas·brasileiros possam influi r Rio de Janeiro e do Partido Socia- tuinte contra as iniciativas dos se-
r de rara beleza: fogos de artifícios mais na vida nacional. lista Brasileiro (PSB), que sentia- ~ tores conservadores no segundo
poucavam esvaindo-se em legendas: "Paz O ato político - entre um show se honrado em participar da festa turno.
Socialismo", "Viva o 52 Festão ela Voz" . e outro, na noite de sábado - foi dos comunistas, chamando a aten- A seguir, o presidente do PCB
t o desenho da força e do martelo onde aberto pelo diretor da Voz da Uni-
dade, Luiz Carlos Azedo, que des-
ção para o fa to de que as conver- Salomão Mallna
gências das forças democráticas e
se referiu ao período P.ós-transi-
ção , no qual- na opimão dos co-
estava escrito: ·'Junte-se a nós!". taeou a importância polítiea e cul- progressistas são muito maio res Constituinte, "que apesar de _ter munistas - será necessário cons-
As delegações estaduais começavam a se turaJ do Festâo da Voz, assinalan- que as divergências e que estas for- apenas três companheiros é tão truir um novo bloco pol(tico, com-
1despedir do Rio de Janeiro, mas com a do que esta era uma festa " para ças devem procurar somar as suas eficie nte como se fossem trinta prometido com a democracia e
:rteza de um novo dia, \JID novo dia cada renovar esperanças num desfecho igualdades. No mesmo sentido, o parlamentares". Dirigindo-se ao com o combate à crise baseado no
rez mais consciente. Tetmínava o Festão positivo da transição demoerática líder do PT, o Lula, ressalto u que presidente do PCB, Salomão Ma• crescimento económico" e na ur-
a Voi 88. Na boca de cada um, entre e uma vida melhor para todos os as lutas que unem o PCB e o PT lina, 1.ula falou da delicadeza da gente redistribuição de renda, des-
braços iá saudosos: "De norte a sul, no brasileiros". Além de parlamen- são muito mais fortes ql!e as dis- situação do Brasil de hoje, e colo- ta vez em favo_r de quem até hojr
tares e dirigentes do Partidão - cordâacias ocasionais. ''Quando o cou o desejo "de minha parte e pagou pelo progresso do Brasil
's i!)t~iro:, que viva o Partido Co)l1unista destacadamente o líder do PCB PT e o Pç:B brigam, os grandes de meu partido que o PCB cresça Na ocasião, Malina assumiu
rasile~o! . De um grupo d e comunistas na Constituinte, Roberto Freire, empresários, os banqueiros e os muito e volte a ocupar o espaço coml?romisso de apresentar n1
unpat1zantes elevou-se Ullla voz: "Devia
, 1l
~ e o deputado baiano Fernando latifundiários - ·nossos verdadei- que lhe cabe na sociedade brasi- próx1mos dias o programa econ
~r sempre assim - tcdo mundo junto, nos Santana - , est'<lvam presentes: o ros inimigos e adversários - mor- leira" . mico que podia servir de base pll
1 dias de festa e nos dias de luta". prefeito em exe rcício do Rio de rnm de rir". L ula, em seu discurso, Fechando o ato, o presidente a construção deste bloco polítil
Janeiro, Jó Resende; José Cóla- elogiou a bancada do PCB na nacional do PCB, Salomão Malina P ara ele, não haverá democrac t
grossi, o vice-governador do ~ sta- estável no Brasil enquanto persit l
do Francisco Amaral; o pres1den- tir a teróvel situação das massas t
te da A ssem bié ia Legislativa do "Esia luta é parte fundamental pa- !
Estado Gilberto Rodrigues, o se- ra a consecução do projeto polí-
cretáriJ estadual de saúde, José tico niais amplo dos comunistas,
Noronha; o presiden te _do lnsti- ou seja, a construção do socialis-
tuto de Previdência Social, Jo rge mo no Brasil, pois só este sistema
Moura; o líder da bancada do Par- resolverá as questões de base que
tido do$ Trabalhadores (PT) na afligem o nosso povo" .
Constituinte, Luís Inácio Lula da Concluindo , Malina disse que
Si\va; o prefeito de Olinda, José este projeto somente é vjável coin
Arnaldo Amaral; e os constituin- ·a existência de um grande Partido
tes Paulo Ram os (PMDB-RJ~, Comunista, equeeste Partidoestá
Ana Maria Ratte (PMDB-RJ , sendo construído. " Chegaremos
Heloneida Studart (PMDB-RJ , aos 300 mil filiados muito antes
Benedita_da Silva (PT-RJ), Moe- de êlezembr01' , disse Malina, "e
ma Santiago (PDT-RJ) ; Car los a tarefa mais importante do· mo-
Alberto de Oliveira (PDT-RJ) mento é esta: construir um grande
Márcio Braga (PMDB-RJ) , Mil~ Partido de massas que se coloque
ton Temmer (PSB-RJ ), Wilson d,r à altura das tarefas que estão pela
"'uito Alé no Fdo Souza (PMDB-SC), e o líder do Lu/ae/ogfou abancada comunfsta: tr~s deputadosvalemportrlnta. frente" .
1
l·
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PCB 15/04 a 21/04/88 ~
8
l
xadrez, treinador e mérito da Partidos enviaram calorosa
delegações estrangeiras partí-
cipes do Festão da Voz 88. UR~S ~ principal jornalista es- saudações ao fCB e para a Vo·
Jô Resende, vice-prefeito da peciahzatjo em xad rez da da Unidade. E o caso do PCP
cidade do Rio de Janeiro, re- URSS. Fez palestras nos clu- que imprimiu uma pequen
presentando o prefeito Satur- bes ~e xadrez e ~isputou duas "edição" do Avante, específic
nino Braga, deu boas vindas sessoes de partidas _si~ultâ- para 0 Festao, aue entre outra
aos estrangeiros: '·Estamos neas. D~ntro do Fes~o, Jogou coisas afirma: ' 1Com os nossos
aqui, em nome do prefeito Sa- no_dommgo contra vmte enxa- profundos sentimentos solidá-
turnino Braga, em nome da ci- dnstas amado~es, vencendo a rios e fraternais acompanha-
dade do Rio de Janeiro, para As delegações estrangeiras num almoço
todos n?m penado de duas ho- mos 0 vosso duro combate, es
dar as boas vindas, abrir as nos- r~s de Jogo: ~o entanto, três tamos ao vosso lado no enfren·
sas portas e nossos corações às pos da Paz, Laura Austregé- do da nossa festa as delegações dias -~?tes, JOg?u uma partida tamento dos obstáculos que as
delegações estrangeiras que silo, Enio Silveira, Moacyr Fé- da Argentina, República ~e- no_T1Juca Tên_1s Cll!be c~mtra forças hostis à Democracia
vêm nos honrar, honrar a cida- lix, Arthur José P0emer, Mil- mocrática Alemã, Bulgána, qumze enxadnstas J~venis fe- brasileira e â independência
de do Rio da Janeiro, com as too Gonçalves, Francisco Mi- Romênia, Portugal , Angola, derados, perdendo tres, emea- nacional do povo irmão do
suas. presenças. Esta festa que lani, Luis Carlos Azedo, Laer- Coréia Democrática e Japão. tando quatro e vencendo oito Brasil tentam levantar no ca-
tradicionalmente tem se reali- te Vieira de Melo, deputados Entre os estandes havia um do partidas. Antes de partir, Ro- minho do progresso social e da
zado em São Paulo, será uma Benedita da Silva, Heloneida Chile, onde os companheiros chal comentou que teve ~ c~r- Paz por que lutais".
festa muito bem sucedida, que Studart, Milton Temmer, Ro- que atualmente residem no teza de que o xadrez brasileiro O CC do Partido Comunista
contará com a simpatia, com berto Freire e Fernando San- Japonês salientou em sua men-
a alegria e com a fraternidade tana. sagem o momento que o nosso
de povo desta cidade." As delegações Partido está vivendo: " Nós de-
Salomão Matina, presidente
nacional do PCB, agradeceu:
"Há pessoas que afirmam que
Foram dez as delegações es-
trangeiras presentes ao Festão
88. Algumas delas, além dos
\ .. •
sejamos de coração que os co-
munistas do PCB tenham gran-
des êxitos. em vossa campanha
no Brasil nada mudou. Eu des- responsáveis políticos, trouxe- de crescimento do Partido para
confio que esta reunião aqui, ram atrações artísticas e espor- chegar à militância de 300 mil.
com a nossa presença, ilustra tivas. Foi o caso da delegação Que com essa nova força con-
de uma forma bem eloqüente soviética que chegou ao Rio de solid em e desc;nvolvam a liber-
que muita coisa mudou. O nos- Janeiro com dezessete atletas, dade e a democracia no Bra-
so Partidu está presente, parti- enxadristas, músicos, bailari- sil."
cipa da vida política brasileira, nos, ilusionistas e o vice-dire- O Partido Comunista da
ela vida pública brasileira, tem tor do Pravda, Bóris Mijailo- China, o Partido Comunista
um espaço. Naturalmente, co- vitch Orejov. Fr ancês, o Partido Socialista
mo ainda não somos bastante Os cubanos vieram com da Austrália, o Partido Comu-
forte, não ocupamos todo o es-
paço que desejamos, mas va-
atrações de alto nível: a canto- nista Grego e o Partido Pro-
gressista do Povo da G uiana
j
ra Sara Goozales e o Conjunto
mos construir o Partido que
precisamos."
"Gu ayacan" , expoentes do
movimento da "Nueva Tro-
A festa foi um sucesso enviaram saudações e descul-
pas pelo não comparecimento. 1
Numa avallaçlo de caráter prellmlner de Armando Sampaio, da
Seguindo-se aos discursos, va", composto por José Anto- coordenação do FeatAo e presidente do PCB-Rlo, a festa se
O jornal Neus Deutschland,ór- j
os soviéticos Ekateiina Feok- nio Huerco Rodrigues, José constituiu num grande sucesso tendo em viste que cerca de 15 gão central do PSUA, também 1
tistovna Chavrina, Vladimir André Ordaz Aguil.lera, Maira mil pessoas circularam durante os três dias pelo Estádio de Remo, mandou um telegrama assina-
Anatolievitch Dudnik, e E v- Ibarra Miranda, José César conseguindo-se um número expressivo de filiações, do por Herbert Naumann , di- 1
gueoi Semionovitch Budanov, Valcance Gregório, José Luis destacando-se a do músico R!!go Hora e a da pedagoga Marie retor do jornal, que diz: "Por
deram um show de canto e mú- Sousa Lopes, Gaston Joia Ri- Helena da Silveira. Para Armando, é evidente que houve algumas ocasião do Festão 88 da Voz
sica. seguindo-os o violonista berón e Júlio Tomas Sandino falhas de organização, problemas de som, de hospedagem, mas da Unidade , transmito para
Sebastião Tapajós, num verda- Saldiva. Apesar de jovens, re- não se podia esperar muito "Já que se teve somente 45 dias para vocês em nome da redação do
preparar o evento''. Para ele, um dos pontos que há de se destacar jornal 'Neus Deutschland' ca-
deiro acorde de brasilidade. presentam a mesma geração de é que,desde 1979,não acontecia no Rio de Janeiro uma festa política
Entre os presentes à recep- compositores consagrados co- lorosas saudações de luta. De-
que tivesse tão ampla participação de artistas de qualidade. Outro sejamos muito sucesso, novos
ção encontravam-se José No- mo Sílvio Rodrigues, Pablo - dado Importante é que os próprios militantes do Partido
ronha, o ator Ma.rio Lago, José Milanez, Noel Nicola e Mirian mostraram-se multo entusiasmados com o resultado da fest a -
impulsos na luta pelos direitos
Arnaldo , prefeito de Olinda, Ramos. " o que vai refletir-se na campanha de filiação" - além do prestigio
dos trabalhadores, por um
Marcando presença, já tra- alcançado pelo Partido com as outras forças políticas. mundo de paz e de progresso
Carlos Alberto Muniz, Modes- social."
to da Silveira, Antonieta Cam- dicional, estiveram participan-
1
A delegação soviética encantou a festa
\
r ~ 15!04 a 21/04/88 PCB 9
PARANÁ
PARTIDÃO PELO PAfS
/J/Ol'(I polftico para mais de- p al de Belém debate sobre bro de 1986 para 839, cum- co ta traz uma grande res- a luta está apenas no início ,
mocmda e justiça soeial", _ a J>erestroika, do qual parti- prindo amplamente a meta ponsabilidade para a mili-" e não faltam disposição e
aprovado recentemen te pe- cipar am Edmilson R odri- de 572 filiações. José da Gula Larocca . tâ ncia diz o presidente do g_a r ra p a ra co nstrµ ir um
la Direção Nacion al. Coor- gues, d'? PT; Ney kaosbek, PCB local. " Pretendemos grande Partido re volucioná-
Segundo o presidente do deslancho u depois de uma ser um_a organização mode- rio dé massas que seja ins-
denada por Raimundo Jin- do Instituto C ultural Brasil- PCB no município, José da reunião em que se discutiu lo, o nde cada companheiro t rume nto de impo rt an,tes
k.ings, presidente regional . U~ião Sovié."'ica; R ome ro G uia Larocca, a campanha 0 desconten tamento popu- e fa milia res te nham ta m- conquistas para o povo.
do PCB, a reunião foi muito Ximenes, secretário do Tra-
nca e não b.ouve restrições balho , e Arnaldo Jordy, 've- SÃO PAULO
;J{) d~m ento. No dia 25,
reador d9 PCB .
1• 1o de Oliveira Snncos. 40 - (027) 222·1227 - ~uc dt Caxias. 540 .- 2• 11201 - Calçadõo - RJ - Rio de Janeiro: Av. Prcsiden1e Va(gas, 529,
AC - Rio Branco: Pedro Viccn1c CoslU S~nho Conj. 302 - CEP 29.tJoo. CEP 58.000 - (083) 226-4066. 9'-CEP20()31 (021) 221-2333.
- l\u- Alegria 70 - Bosque - CE P 69. · . GO- GolAnla: Paúlo Arruda Vilar- Av. Unlvcr- PR - CurlUbo: Tânia Mnru lzldom Pcreim - RO- Porto Velho: João Teíxcirn de Melo- Av.
Al - Ma<d6: Óeraldo de Majclla -Av. Moreira sitdria. 208 - CEP 74.000 - (062) 223-5450 - Rua Marethal Floriano Peixoto. 50 - 8• s/801 Pinheiro Machado - Esquina e/ Rua BrnsOia -
L,ma.18~CEP 57.000-(082) 221 -71,J-4, .
AM - Mal\811., : JOSt Paivu Filho - Rua Tap(~Jf)·
1119 -Centro-Manaus -CEP 69.íl00-
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MA - Sdo Luís: Tomaz José dos Santos - 8un
Nazaré. 329 - Ce ntro -CEP 65,000 (098)
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PE - Rttlft: Paufo Cavnlcanti - Run Edunrdo
de Cnrval~o. 32 - Boa Visco - CEP 501(1()() -
(O.SI l 231·0S-59. •
Ed. do Loiro - 11 s/8 - CEP 78.900.
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do - Pçn. Pereira Oliveira, 6 - Saln 9 - OEP
88,000. · .
,
ll14131 . pj - Tereslno: Fli!vio Mames - !lua L,:õnc,o SE - AraeJ1Ju: Wcllinglon Dantas Mangueira - 1
AP - Macapá: Josc! Fcrnnndo de Medeiros -
Semanário Nacional Av Pmidcme Vaig;i~. 2449 - CEP 68.900 -
(0%) 231-4566
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Trnv. Quinlilhiano dn Fonseca, 231-CEP 49,00(l
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1
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BA - Salvador: Heitor Casnis eS!lv~ - Rua Mou- RN- Natal: 1/er. Sérgio Dlcb- Rua Snnlo Anlo•
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CE- Forlalrn: Joaquim Rodrigu.e~ Souza - Rull PA _ Béllm: Raimundo Jinkings - Rua dos ra- RS - Porto Alegre: João Avdlnc - Av. Borges (01 ll 231-2-926 (Admlnlstração)i Telex (Q~l)32006
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Noé Geríel l13-S<l44 356 ~CEP 58.ICHJ-(08ln22-2278. rauln. 1895- B. Lourdcs- CEP 30.000 -(031) nas oficinas da Cin. Editora Joruês- Run Cardeal
Arcoverdc. 2.97R-Sdo Paulo.
ES Vltdrla: DarevdcSouza Filho- Ru;, Alber- PB _ João p~ a!.1remar Bronzcodo - Run Du• 337-9954.
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10 ECONOMIA 15/04 a 21/04/88 ~
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FRANÇA
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cada formação histórica corresponde um a se converterem e agentes de transformações radi- perpetuôu a ordem antiga· no momento mesmo em
nível distinto das forças produtivas e das cais. Não possuíam a consciência que desempenha que a negava. A antiga classe dominante se metamor-
\ Aos leitores
Uma grande g,-eve nacional de 24 ·,
horas na admiuistração ~ireta ,: nas .
empresas e~lata1~ e..~tá _"C-11<1-i pr ·para- ~
São Paulo, 15/04 a 21/04/88 da para o dia 27 ,.k .1\11 .l _, t .,, J,l
Suple me nto Sindic al n2 12 movimento. sem perder •.ll- , 1,, t , "" _
jerivos de manter o r0<i~1 ..q,,· •vo' .
Voz da Unidade do trabalh&dor e repuóiar a ..11\1.,I polt-.
Ruo Bento Freitas, 362, 42 andor rica econõrnica, dependerá de muita-
Tel: 231-2926 CEP 01220 organização, unidade e habilidade na
Telex: (011) 32006 VOZ SP utilização das formas de luta.
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m e n to João B a tista de gravíssimo, o fünc1onahsmo vai
Abreu 1 o dia do decreto do ter uma perda de 35% enquant?
arrocho no funcionalismo federal disparam os preços das men~ali-
e nos tra balhadores das estatais dades eseolares, dos remédios,
dos combustíveis e dlts tarifas. Proc<.'SSadorés de dado~ d:i l);, •
foi '·o mais feliz" da sua vida. rarm:c t! du Dàt:s1m:v ·'
Uma semana depois, o s0rriso nu- Como vamos fazer?" , pe;rguntava
ma face do governo virou lágri- o militar. Vão Parar
mas em outra: o presidente .d o Em vias de superar divergên- As grt:1rcs prc-.,~ta~ ,'ltc; o final
Banco Central, E lmo Camões , li- cias o movimento sindical brasi- do me, Sl!O:
teralmente chorava perante par- leir~ já planeja o que fazer: neste • Bancários dni; uneu<- parllcu•
lamentares que lhe pediam a re- sábado reúnem-se no Rio repre- lares, daa '.!8. ·
vogação das punições contra gre- sentant~s de 140 entidades sindi- • Bancos oíl ·1· • "' ' mai·- csrn- •
vistas, o presidente do IBGE Ê d- taii.. din 27.
son Nunes e ra demitido fi>elo pre-
cais li~adas aos trabalhadores das
Fnm:ionallsmo publko r~1l'- .'
estatais e aos servidores públicos rlll, dia 27. •.
sidente Sarney ,por não ampliar para a preparação da greve do dia
punições que já haviam atingido • Engenhefros. arquitetos, WQ-
mais de 50 funcio ná rios - demis-
27, numa plenária nacio~al que
deve tirar uma Coordenaçao Am-
nomos e geólogDli d1, nu ú <lo cr ,
Rio, dia 1~-
são precedida de outra , Dorothea. pliada do movimento para buscar • Cnrrtb lrO!i J,l Rio. d111 .2 i
Wemeck, secre tária de empre.go negociar com o go".erno e yara • Motorhl&'i dt: Nitc11 , d1,1 20.
e salários do Ministé rio do Traba- obter apoio dos partidos pohticos • Fuadombios da CJa. Volt! Uo
lho, que pediu afastame nto por e da sociedade. JUoDo«, dia 15.
discordar do pacote - e o presi- • Elttric:ltário d1: ur11c1" ,n
dente da Petrobrás Ozires Silva, Nesta edição de Voz Sindical, próximo emuna.
buscava meios de "contornar" o com os detalhes de toda a movi- to Emprca,,cf.o!; d E r,1h1 cll.: , Q,1
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1. 15/04 a 21/04/88W1Z
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SõO Paulo 0 7 04 a 13,04/88
SUpleriento
Vc;: da Unidade
Ruo Bento Freitas. 362 4! anaor
Tel· 231-2926 CEP 01220
Telex: (011) 32006 VOZ SP
,,
11
Começa mrus um presidente nacional do
Festão da Voz da PCB, Salomão
Unidade , evento que já é Matina. Hoje , impõe-se a
tradicional, chamando necessidade das
atenção de milhares de organizações
pessoas, comunistas e não democráticas
comunistas ~de todo o enfrentarem os
Braszl. O Festão 88 problemas que a crise
promete, novamente, coloca para toda a
muito entusiasmo, sob o população , para que esta
signo da liberdade e da crise tenha uma solução
alegria, das favorável aos
manifestações culturais trabalhadores.
ricas e diversas, dos Diz Malina: "Este
debates democráticos, do Festão é também·um
esporte e da política. momento de balanço do
Enfim , sob a aura da PCB, um marco a partir
democracia e da do qual a atuação dos
esperança de uma vida comunistas se dê em um
melhor para todo~. novo patamar. Somente
São pessoas de todas as um grande e influente
regiões do Brasil, Partido Com unista
trazendo seu artesanato e poderá contribuir no
sua cultura, processo político e
proporcionando a económico de maneira
deliciosa sensação de positiva para a solução da
nacionalidade, às vezes crise, e este Partido está
até esquecida. São sendo forjado, em grande
pessoas de dezenas de parte pela campanha de .
países estrangeiros, filiações que agora
revelando que a luta pela desenvolve. O Festão
paz, pela democracia e também é reflexo disto".
pelo socialismo não é Festa nacional, evento
privilégio de um só povo, político-cultural,
mas de toda a confraternização
humanidade. democrática. É festa
O Festão tem corno popular; nela, o povo
característica, também, manda, deita e rola.
expressar a realidade
• •poiftica- de.cada , · ·
momento, como diz o que a festa é sua!
t" - - --~~ l
2 07/©4/88 o 13/04/88 w
Veja aqui o programa completo do Festão da Voz- 88, com brinc~deiras pa~a crianças, de
pela paz, dem@cracia e socialismo. Uma festa com muito som
presentações culturais
sAB
viético , onde o virtuosismo não
A
do País, a festa da liberdade
do primeiro time. É is- e da esperança. destrói os conteúdos.
to e muito mais que os Este ano, a delegação sovié-
cariocas e as delegações de to- Além de tudo, o Festão tem tica apresenta também uma
do o País poderão ver nos três um espetáculo que nenhuma agradável surpresa. Trata-se
dias de Festão por apenas Cz$ outra festa apresenta: os artis- de um casal de mágieos, arte.
100. De todo o Brasil se organi- tas soviéticos. Quem já viu, muito difundida na ·união So-
zam caravanas para invadir o mesmo que seja em cinema ou viética. O casal Iuri e Lydia
Festão, como por exemplo o televisão, sabe que o espetá- Mozjukhin, por sua maestria,
grupo LigAçãoSindieal, de culo dos artistas soviéticos é são reconhecidos até pelo Clu-
Bauru, que reuniu sindicatos um show à parte, inesquecível. be Britânico de Prestidigitado-
da região e lotou um ónibus, Na tradicional balalaica vai es- res, do qual são sócios honorá-
cedido pelo prefeito de Avaí, tar o instrumentista Evgueni rios. Vale a pena conferir!
para ir ao Rio. Semionovitch Budanov, 48 E ainda tem mais. Um dos
anos, natural de Rizan, acom- mais famosos grupos de música
Nada mais justo para assistir panhando a cantorà Ekhateri- popular cubana, o Guecan,
Paulinho da Viola, Martinho na Feoktistovna Chavrina , promete arrepiar a galera com
da Vila, Lobão, Fagner, Gon- uma voz popular altamente so- muita música latina, e muito
zaguinha , Moraes Moreira , fisticada. Ao som do acordeão ritmo da terra, do povo e da
Noea da Portela, Rildo Hora, de Vladimir Dudni.k e Alexan- cultura latino-americana e cu-
Leci Brandão, Robertinho do dre Tsiskin, o Balé Voronej , bana. E ainàa há teatro de ma-
Recife e Rosinha de Valença, dirigido por Dina Dov,galena e rionetes, mostra de cinema ...
entre muitos outros que vão·ra- Ivan Spíridonov, vaí mostrar Só resta mesmo a,parecer e
Lecl Brandão
zer uma das festas mais alegres toda a graciosidade do balé so- ~roveitar!
SEMINÁRIOS
SEXTA 9b - No auditório , se-
minário sobre "A ques-
17h - Coquetel para .tão juvenil", co"ordena-
recepção das delega- · do pelo profess_or-Gon-
ções estrangeiras. zaga Mota, da Univer-
sidade de Brasília
19h - Abertura oficial (UnB).
com a Banda da Policia
Civil da Cidade do Rio 16h- No auditório, se-
de Janeiro, que exeGU- mi;iário sobre "A ques-
tará o Hino Nacional, tão do negro na socie-
o tema Cidade Maravi- dade brasileira" , com
lhosa e A Internacio- Januário Garcia, Zulu,
nal. WUma Lúcia, Abigail
Pascoal, Pedrina de Je-
19h30 - O dir~tor da sus, Geraldo Ródrigues
Voz da Unidade, Luís dos Santos e Bernar-
Carlos Azedo, abre a des.
festa.
2 Oh - Show Com Lobão fecha o show ESPORTE
Águas Claras (Jazz), 10h - Simultânea de
Delegações estrangeiras Quinta Trilha (rock),
. Casa_Verde, Mac Do-
xadrez com o · mestré
· Alexandr Rochal Bori_-
Além das representações dos estados brasileiros, até o nys Band Pop Ketu sovitch , da União So-
dia cinco último estavam conf'armadas dez delegações es-
trangeiras para o Festão 88. São elas a da União Soviética, (reggae), Força da Gra- viética.
a da República Democrática Alemã, Caba, Bulgária, Romé- vidade, Alma Púrpura,
nia, C(}réia Démocrátíca, Portugal, Chile, Argentina e Ja- Garganta Profunda e, 15h - Nb palco princi-
pão. De ,,vários países estão chegando artesanatos típicos, encerrando o show, Lo- pal , apresentação do
já conhecidos por quem freqüentou algum Festão., Esta é bão e banda. · grupo de capoeira Elo,
uma boa oportunidade, também, para fazer compras ,por 23b - Baile para varar com o mestre Bianca,
preços que não se encontram no mercado normal. E só com maculelê e roda dé
aparecer para conferir. a noite com Mário Pe-
reira e seu conj~nto. samba.
1 ..
', , V "' I '
' ,. .' /
3
ESTÃO
es, cinema, teatro, demonstrações esportivas, shows e bailes, além de wn ato político
>res reunindo comunistas e não comunistas de todo o País ...
' '
CULTURA
13h - No circo, apre-
sentação dó grupo fol-
clórico cubano. CRIANÇA
13h30 - No auditório,
mostra de filmes. Por toda a manhã, ati-
15b30- Show no palco vidades infantis diver-
principal, apresentam- sas, CQm bonecos, pa-
se Olga de Jesus can- lhaços, brincadeiras,
tando Clementina, Jor- etc.
d M ·d d A 9h - No auditório, se-
ge.te ª oci ª e e g- minário sabre econo-
bara Dudu.
Salomão Mallna, 18h _ No palco princi- mia, coordenado por
presidente do pal, show com Terezi- Flávio Araújo.
PCB, feré o
discurso nha de Jesus, Cadinhos l0h30 - No auditório,
principal no ato
polftlco do Cor dasÁguas,Milena, seminário sobre "A
Festão. Julinho do Acordeão, questão · cultural"'
Apresenteré
propostas para Inês Lima, homena- coorden!1do por Fer- Go·nzagulnha no show de encerreniento
enl!entar acrise.
gem a João do Vale, nando Peixoto.
Noca da Portela, Marti- t5h3o - No ª nditório, 14h - No palco princi- gosto Jatobá. •
nho da Vila e Paulinho semin~rio sobre ª Pe; pai, show com o grupo . 20h - Grande queima
da Viola. rest roika eª Glasnost , éhileno Ara ucania, de fogos de artifício.
19h45 - Rildo Hora coordenado . por Ênio grupo sertanejo Man- 20h30 - Show de err-
toca ·A Internacional. Si~veira, com participa- tovani, Leopoldo· Ra- cerramento do Festão
20h30- Show no palco Ção do vice-diretor do · com a mu's·c
c1er. '
1 a gau- · · 1,
88 no palco pnnc1pa
principal, apresentan- Pravda Boris Mihhailo- ch a e Sóma · p razeres. ·
com Vicente da Viola,
do-se Marcelino Buru, . vitch. 17b - -1,hl... 0 palco pnnc1-
. . B
. anasses e · and a, R o- ·
M '
S.ô nia Santos Leci CULTURA pal, espetáculo.com ar- sinha de Valença, Rai-
Brandão' e a c~mpeã tistas e espoitistas so- mundo Fagner, Gonza-
Escola de Samba da Vi- 14h15 _ No auditório, viéticos, e mais GeFal- guinha, Robertinho do
la Isabel. Teatró de Bonecos Da- du Spíndola, Zedu, Recife, Zé Ramalho e
~~--~-~----····- •. .- ·
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• •.•• _1 ç,.)'.> •.•.•.•• .••.• _
23~.- baile ~ J.I._•
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Já são oito anos de tradição
Evento
e
já é tradicional
de Gregório Bezerra Giocon- m_oção <:?ordenada por um ór- ficou pequeno, sendo o Festão soas para as atividades. Em
do Festão da Voz da Unidade, do Dias, as doze horas de festa gao de imprensa de notória organizado no Parque da Água 1987, comemoraram-se os 70
que vai ampliando a cada ano representaram um n0vo alento vinculação com uma organiza- Funda, em São Paulo, por o~- anos da Revolução Russa em
o seu espaço como evento de para as correntes democráticas ção partidária proscrita". Os de passaram mais c_ie 50 mil grande Festa da Glasnost no
congraçamento dos comunis- e sua luta pela democracia e Policiais Militares e o DOPS pessoas participfil!do de even- Parque da Água Branca, na re-
tas e democratas de todo o Bra- pelalegalidadedetodosospar- ocopamaáreadafesta,emati- tos de todos os tipos: mostra giã© central de São Paulo,
sil e do mundo, além de rara tidos. Além do lançamento da tude que despertou a solidarie- de filmes , música popular com evento também marcado por:
oportunidade para participar Voz, esta festa - ainda que dade de inúmeros setores de- inúmeros artistas, debates so- suas características nacionais e
de atividades culturais tão ricas modesta - representou o mocráticos para com os corou- bre os mais variados temas, · internacionais e pela presença
quanto diversas. reencontro dos comunistas nistas. Do evento, sobrou a pa- barracas d~ todo o País, muitas de milhares de pessoas.
Na Europa e nos países so- com o povo. lavra de ordem «Eles proíbem personalidades políticas etc. O Agora, 0 Festão vai ser reali-
cialistas, as festas dos jornais O segundo Festão seria nos a nossa festa, mas não calam Festão ia assumindo sua face zado no Rio de Janeiro, come-
dos Partidos Comunistas re- dias 13 e 14 de dezembro de a nossa Voz". de grande ev~nto nacion~l, ca- morando os 66 anos de ativi-
presentam verdadeiros mo- 1980, na Sociedade Paulista de paz dê catahzar a,atençao de dade do Partido Comunista
mentos de encontro nacional , Trote, na Vila Guilherme, com Outra festa somente seria centenas de milhares de pes- Brasileiro e os oito anos de cir-
m.arcados com carinho nos ca- mais de 60 barracas, prevista organizada em 1984, no Giná- soas e de todas as forças demo- culaç~o da .Voz da Unidade. O
lendários dos p0vos. Mas, aqui a presença de 20 mil pessoas, sio do Pacaembu, em São Pau- cráticas. Festão vai para o Rio em clima
no Brasil, nem tudo foram fio- participação confirmada de lo, com o lema "Pelas diretas, de final de transição dem0crá-
res na história do Festão. Paulinho da Viola e João Bos- pela Constituinte e pela Jiber- O Festão de 1986 contou tica, com o PCB legalizado e
A primeira festa foi em 1980, co. Seria, pOique a reação ain- dade de associação político- com um elemento fundamental crescendo rapidamente em nú-
quando do lançamento do jor- da encontrou fôlegoparadesfe- partidária". Foi um sucesso, a m~is: ·a partici~ação_ de d~le- mero e organização por todo
nal , no antigo Circo dosBancá- char mais um golpe contra a com a presença de mais de 20 gaço_es estrang~uas, mclus~ve o ~rasil. Vai ser a f~sta ~a ale-
rios, na rua Voluntários da Pá- democracia, proibindo a reali- mil pessoas, dezenas de políti- de gmastas; artista~ campeoes gna e da confra_termzaç~o, co-
tria em São Paulo. O PCB saía zação do evento. Nos relató- cos de todas as tendências•de- do mundo - e ate um astro- mo sempre, e amda mais. Par-
.•.·~.dé-'ümã w-é-'tté'..i1õiós 'góÍp'e's . ríó.s·àid>c,1íoia ·F'ederai-;'a' '1jus'..!"•'iti.'Õ'crattcas;- 1ídetés 's1btlil:a!S .. ,·naur~: <4tle'tr0~xera111 tlJJ~,novo· . timpePPotlé vir'·q:ue··a festa ~ 1 1 : ' \ •
e revezes e. com as presenças tificativ,a": "Trata-se de pro- etc. Para 1985, o Pacaembu Já colando e mais de 60 mil pes- sua!
AFEGANISTÃO ' - INQUÉRITO
A regularização d a sifuaçoo A CPI do Sencid0, Ji)ara além
no Afeganistão. com os acordos do bdte-boca,eAtre mlnlstr0s
de Genebra, reforça a nova e ex-ministros, desnuda uma
mentolldoCiJ!e dlplomátlco no
enfoque dos conflitos regionais.
a melhoria das relações enfre 0
DA face J,>eNersa da ahJal ordem
administrativa, (llue precisa
ser corrigida. Os Interesses
União Soviética e os Estadas
Unidos, o desarmamento e O paz.
Leia na página 2. ~ 391 - São Paulo, 22/04 a 28/04/88 - CzS 40,00
UNIDADE
Manaus, Boa Visto. S0ntarém: CzS 52;00
priv0dbs não podem
subordinar as decisões
púmllcas. Editorial na póglAa 2.
Congresso mais
Um amplo acordo entre as lideranças partidárias na Constituinte lançou por terra a proposta
forte emendará de adiar, mais uma vez, a realização de eleições municipais em quinze de novembro próximo.
os orçamentos O compromisso permite também a formação de novos partidos até o dia 15 de julho.
Página 3
BASTIDORES
l'aução de Lucros
,Acordo assegura eleições municipais
·'
.4 Constiruinte aprol'ou ;ulidofJJI
de Imposros de Renda p:zro res.,O:l"
As \ideranças partidárias na Constituinte fecharam acordo para garantir a realiz.ação das eleições
físicas ou ;uridicn.s que renh,7m lu- municipais este ano, possibilitando a formação de novos partidos.
cros, ganhos ou rendimen1115 ~ ca~
pitaL A mxa seni cobr,ubpellJ.5 e::3
dos no valor de 5$ do IR P:1~ neceu foi a p0.5Síbilidade de par- vez que. é recente a transferên-
l I dos J l'í1i'io. O adiao- Cyn\hia Peter
ticipação dos partidos que te- g cia de seu tíruJo de Caruaru para
penalos en~~p\~d~,tm"enre sobre o
recJJfll ,,,...,,.. e provo- nham apena<; o registro provi- : a capital pernambucana. Tam-
mere2do /ifl3/la'ilV, 0 qu'. • rasilia - Será vmado possí-
cou forre !?!3Çio t.le algum; setor~,
eJe,osdepuf3dosA.ifDormn-
67~(R.-SP) r: GeTSOD Peres (PDS-
B
vel1:11ente esta semana o
· •pro1et0 de regulamentação
sório. Quanto à partidpação doo ::
novos partidos, há maior núme- ~
rode exigências. O panido deve ~
bém o candidato p.redilero do
governador Pedro Simon à Pre-
feitura de Porto Alegre terá pro-
~ que.~ud<Ju o resulmdo da vo- das eleições municipais. Até o cer se organizado em "tempo blemas, pois Sérgio Zambasi.
;f:'iO com P°:5 obscenos às ba.n- fech~emo desta edição, a dís- bábíl", comando com um míni- transferiu seu título pàra a cida-
at/2~ demõcriacas. cµssao girava em tomo da inclu- mo de 30 integrantes do Con- de de Canoas e, mesmo que re-
.\bis H.ccursos são ou não, no bojo do projeto, gresso Nacional, que pedirão nha revenidoà tran.<;ferência, te-
dos itens relativos à propaganda regístro provisório a ser conce- rá perdido o prazo estipulado
:-Jo bojo do éapítulo sobre tribu- eleitoral, um dos p0nros mais dido num prazo.máximo de cin- no projeto.
mção, a Consticuint~ aprovou, ain- polêmicos em todas as negocia- co dias, instruído com a publi- Uma negociaçío com o pbje-
da. m:oorei rr.msierêneias de recur- ções. cação de manifesto, programa tivo de estender a regulamen-
,Ç/1< »· OG!dos e municípios. O
O representante do PFL, de- e estatuto . raçío de eleições municipais pa-
~ de repasse da União pa-
no fundo de Participação dos fura-
-puudo Inocêncio de Oliveira, Como a dara das convenções ra os pleito.s nos novos estados
dos subiu de 14 para 21,5%, e para ameaçava não assinar o pedido foi alterada para entre 15 de ju- aserem criados epara o Distrito
o Fundo de Participação dos Muni- de m:gênóa para o prnjeto e in- lho e até 90 dias antes do pleito Federal, encabeçada pelo depu-
cípios, de 17 para 22,5%. Todo o viabilizar a votação por acordo (antes era 60), isso significa que rado Sigmaringa Seixas (PMDB-
capírulo sobre sistema tributário re- de.liderança, caso a propaganda o prazo máxímo para os novos DF), não obteve sucesso. As elei-
presentou uma derrota do governo, não fosse incluída no texto. Na partidos apresentarem seu pe- ções ocorrerão. apenas nos mu-
que pretendia deixar inalcerados as verdade, o PR. briga pela redu- dido de-registro provisório será Roberto,Freire, lider do PC8 niápio.s aiados até 15 de junho
'
índices e adminiscração dos recur- çío do horário gratuito de. em tomo do dia 9 de setembro. dos o número de candidaros per deste ãno. O depurado tentará,
sospela União. duas para uma hora, no primei- As_coligações continuam permi- derá ser acrescido de 100%. ainda, apresentar emenda em
ro rumo, e de 1 h para 30 minu- tidas, ranrcrpara as eleições pro- plenário para garantir a regu]a-
ros no segundo, o que viria a porcionais rnmo para as majori- O prazo de Íiliaçío panidária mentação das eleições também
Aumentaram qe n ovo as pres- prejudicar os pequenos parti- tárias, vedadas coligações dife- foi ampliado de 90 (projeto ini- para o Distàto Federal, arrisca-
sões contra a CP/ da Corrupção, de- dos. rentes para cada eleição. Cada cial) para 120 dias, mas ainda das de se inviabilizarem mesmo
pois que os senadon?S começaram partido poderá registrar o triplo é menor do que o previsto arual- se as disposições tramitórias as
a cogitar a convoaJçio do COMul- Aregulamentação de candidatos que os lugares a meme (1 ano). Entreranro, o aprovarem, _por demora na pro-
_10.t.9enl da Repúblie'A✓ Simlo Ra- pree.ncher na Câmara:, ma.<; o.-. prazo de domio1io eleitoral foi mulgação da nova Cana
mos, suspeito de parcidpação em De qualquer forma, já estão percentuais em caso de coliga• mantido conforme a legislação O projeto a ser votado man-
decreros ilegais do gôvemo conce- acordados os pontos que dizem ção aumentaram, em relação ao atual, de l ano, ~quanto o pro- tém a realização do segundo
dendo reajustes retraativos a seus respeito à eleição propriamente projeto inicial. Coligações de jeto inicial o previa de 90 dias. turno nos muniápios com mais
fo.r:neredores. O mioisuo Antonio dita, e há algumas alterações em dois terão direito a mais 40% E.s.<;a medida, que gerou polê-
Carlos Magalhães voltou à carga,
de 200 mil eleit0res, e ttansfere
desta vez assumindo a informação relação ao projeto inicial, divul- de candidatos; de três partidos, mica, inviabilizará, por exem- a realização do 7ft rumo para 15
de que o governo disporia de um gado pela Voz na semana JD35Sa- 60%; de quatro, 80%, e em coli- plo, a ,candidatura de Fernando de dezembro, mantendo a pos-
dossiê de acusações contra os da. O pomo comum (Jue pe rma- gações de mais de quatro parti- Lyra à prefeitura de Recife, uma se a 12 de janeiro de 89.
membros da CPL E o próprio presi-
deme Samey determinou à Procu-
radoria Geral da Ílepúbliea adocar
pr ovidéndas cantrã o ex-miniscro
Bresser Pereira, que dedarou na
CP/ haverpessoas corruptas próxi-
Emenda Santana entra em votação
mas a0 presidente. Mais enxuta e ampla, a emenda comunista sobre distribuição de petróleo continua
Decretos gerando polêmica nos trabalhos da Constituinte.
Apesar da.,; pressões, entretanto, um caminhão alugac.Jo, as distribui• revendedores e ~ . que so-
...,, a CPI cominua as invesdgações, e
o que começou cg_mo apuração cte B
da
ra5ília (do correspondeme) -
Um dos remas mais polêmlcos
Consáruinte ser.!. votado esta se·
tanto , a polêmiC'à gerada a partir
de sua aprovação favoreceu os inte- doras fornecem os pedidos cfos mam cerca de 500 empresas no
resses nacionalistas na questão. Há grandes censumidores. Além disso, P:ilij, de pone médio e pequeno e
irregularidades na incermediaçao mana, possivelmeme, com a apre- uma aniculação que vem sendo fei- possuem oucras vantagens, de pra- com predo minância de cip)ral na-
de verbas da SEPLAN agora envolve ciação do art. 207, que dispõe sobre ra, com apoio, inclusive, das lide- 7..0S de pagamento e de recolhimen- cional. Os TRR não operam com
diretamente o Paládo do Planalro o monopóHo estatal do petróleo. ranças do PMDB, no senúdo de to de imposros, que lhes peno.item álcool e gasolina, o que'permiária,,
na a~inarura de decretos danaso.5 O inciso V desre artigo consiste na uma fusão de emendas que reúra ,, grandes lucros no mercado flnan- também, que os postos revendedo-
aos interesses da União Pelo me- e m enda do deputado Fernando das multinaci.onais a 'faáa de mer- ceíro. res nacionais passassem a alender
nos quarro membras da CPI consi- Santana (PCB-BA), que nacionaliza cado relativa aos grandes consumi- A fusão de emendas benefióaria os grandes consumidores neste se-
deram o preslderue Samey como a d1stribuição d os d e rivados ror- do res ('«lcima de 20 mil litros /mês), especialmente os tranSpOrtadores, cor.
"diretamente respon'iável" ~os por iniciativa do deputado Max Ro-
decreros ilegais. Até o momenro, só nando-a monopólio da União, fa-
se deceaa uma aparen1e defecção cultada a delegação de desempe- senmann (PMDB-PR)
nho a empresas nacionais. Atualmente, o sistema de distri-
nesse bloco, a do senador M3rcon-
des ~delba (PFI.-PB), que tenrou Surpreendenremente ~pr o_vad o buição priv.ilegia as grandes clistrr-- O cardeal, o comunista e o Céu
amen.rzar o ato do presideme distri- na ComisSão de Sistemauzaçao. o lDuidoras - vale dizer, as multina-
cionais - que revendem o produto ·'.A Verrbde de Cada UiJJ ·; programa ckJminicJ/ da 7VUniversitária
buindo cópia de reajust.es conce. dispositivo provoco u u~_a _das de Recife, regist.rou para o público pémambucano e a história de
didos pelo Senado a seus fornece- ma1ores campanhas contrarias !1ª aos grandes consumido res, aos
postos revendedores e aos t.rans• nosso.País um emocio nanrediálogoemreDom HelderCãmara, a-arce-
dores, com base no mesmo dccre- grande imprensa, e o Cent r ao bispo de Olinda e Recife, e o dirigente comunista e escritor Paulo
co. apressou-se em apresentar um portadores, revendedores e reta-
lhistas, que por sua vez fo rnecem Cavalcanti Foi duroncc ufT111 encrevist.a ckJ cardeal, em que Paulo Caval-
substitutivo que o elimina. O çlepu- canti era um dos convidados-
No,-o Partido ia<lo comunista, entretanro, preven - aos pequenos consumidores. A fu-
são pretende que apenas a revenda - Dom f-leldec, eu sóu um reconhecickJ comwúst.a em Pemam-
do a aprovação em bl oco d esse bucu. Nunca nwei ninguém. Nunca roubei ninguém. Ccnsidero-me
Até agora os defensores do no~u subsmutivo, reapresentou a emen- possa ser reaUzada pelas c.listribui-
do ras. o que as impediria de forne- um d efensordas rrabalhadores. Sou pela sisteiwítica defesa dos direitos
partido contavam como provJveis da, apena.,; enxugando o texto, e hu1113nOS. Sou pela reforma agrária e luto pela paz. Mas, antes de
quadros seus os governadores Car- tn\lMlrá na votação pel0 ple nário . cer diretamente aos grandes consu- a1enderà pergunm que a 7V Universir:fria mesclicira. faço a V. Reveren-
io.~ Bezerra, Miguel Arraes, Valdir midores. dís sima uma confissão.- sori marcriali,513 e não sei mais rezar. Agora,
Pire.S e Pedro SJman. Um almoço Os grandes consumidores repre- Dom Heldcr, eis a perguma: "Pelo que fifi, pelo que sou, pelo que
de fim-de-semana, en1ret111Jto, reu- se nr.am, ho je, 30% do mercido de serei até o fim da vida, quando morrer eu írfa par.1 o Inferno?" -
nindo O goveroador .f!enrlque San- _~ r do:. csforc;os e arcicula- distribuição de de rivados, e são indagou Paulo Cava1auui.
tillu, Fernando .f/ennque Cardoso, çoes, nao J>âo Rrandes as probabi, operados a custo pralicamem e zero A rt$p0Sfa do a.rr:ebispO foi imediara e rax:aliv;J:
Piméntacfa VeigaeF.rancoMoocoro I.Jdades_ de aprovaçât> da e menda pelas distribu idoras. Segundo de- - Vocx', Paulo Qwalcanli, vai "de.rero ·· pro Céu! - disse, p:1171
abriu P<,lf.'ilbilídades de que o go- comurul>~a, d~'Vido a grande prt:ssão núncia do deputado Fernando San- a.rrcrm11ar.- "Você é meu ímrJo Você é camp:mheir v dás mcsm:'5 Juras
ien·,dor de Goiás também migre das mulunacionai.~ e mesmo c.Je se- rana, apenas com 11m te lefone. uma pelo:, direitos do Homem·:
par:, a nov;; S.Í/JÍil. . • ~ , • i • , , tor~ nacionais priva1is1as. Enire- secrecária, um bloco pe faturas e
,_•. ·t. :..:·.. ', ... \ .,/ J ,,,..:,,, • -_7, 1 , •• • 1 , , •·.
1, ."'.t- ','• : ,. ,.,. ~ ' f '·' ' •' ·'' r, .. , : • •'• ~ ,~: .. •i. , L ,f r J,,J ·.•ifl F , t i} f, u:.. t )
r
A enganosa ·eficácia da escola partic11lar deve ser desmistificada. Com o poder aquisitivo
As duras lutas contra
de nossa população, a escola não pode ser rentável e eficiente ao mesmo tempo. asolução reacionária
são necessários homens que po- Os pais devem saber que os c~r- RENATO POMPEU
Evandro Emílio Souza Lima nham a funcionar uma (orça práti- rículos das escolas visam essenaal-
ca". Na escola, esta força são os alu- mente a Universidade, onde pou- Independente do fato de existirem em possibi-
té a década de 501 os alunos nos e, principalmente, seus .pais. cos serão os escolhidos e destes,
A das escolas públicas gaú- Na divisão do trabalho imema-
chas apresentavam melhor ci0oal que.as nações capitalistas de-
após completarem seus eScudos,
muitos não conseguirão emprego,
mesmo nas-especialidades mais ca-
lidade uma solução progressista e uma solução popu-
lista de direita para a atual crise do capitalismo brasi-
leiro, o fato é que, çle imediato e a curto prezo, o
desempenho nos diversos exames senvolvidas procuram nos impin-
de admissão às escolas superiores gir , a pane que nos caberia da pro- rentes, quando comparados cor_n os que se faz presente no cotidiano das grand€s massas
que os alunos das particulares. Hoje dução não necessita de um número padrões das nações desenvolvidas. é a possi~ilidade da solução conservadora e reacionária
em dia, em qualquer lugar do pais, proporcionalmente grande de téc- Temos apenas 3% do número de
engenheiros que os EEUU, mas 0 da crise. E essa solução conservadora e reacionária que
isco é praticamente impossível. nicos capacitados. Assim, as multi- está sendo a~ almente encaminhada pelo governo Sar-
Ape!T3S os alunos dos colégios mili- nacionais que dominam a nossa in- desemprego e subemprego alcan-
tares, de outros tradicionalmente dúslria não têm grande interesse
çaram ateas taxas entre os nossos ney, por me10 da submissão ao FMI e aos credores
mantidos pelas elires e alguns cursi- na_formação de técnicos; Por exem- jovens formados. internacionais e por meio de um arrocho ainda maior
A enganosa eficácia da escola par- nos salários; por meio ainda da instalação de platafor-
ohos, esres com a finalidade precí- plo, dado o caráter essencialmeme
ricular deve ser desmistificada.
pua, conseguem ingressar na Uni- montador da indústria de origem
versidade. estrangeira que abiscoita cerca de
Se após 1964 houve um aumento 70% do nosso mercado de informá-
no número de escolas públicas, ele tica, ela emprega muito menos pes-
Com o poder aquisitivo de nossa
população, a escola não pode ser
rentável e eficiente ao mesmo tem-
po. Os laboratódos das escolas Pé!f·
·
mas de exportação com tecnologia de média ponta
comandadas por multinacionais.
Aqui temos de insistir no seguinte: como já aconte-
ceu no·passado, no regime militar, uma solução conser-
-
foi acompanhado de uma queda na soal técnico que a indústria de ori-
qualidade do ensino. Por exem~lo, gem nacional, que fic-<1 com os 30% ticulares geralmentesão caricaruras vadora e reacionária da crise, na situação brasileira,
o projeto de ensino profissionali- restantes. Isto, apesar da parcela de que só servem para fins propagan-
dísticos. Mesmo com este tipo tle
em especial na siruçtção atual, só pode se concretizar
zante serviu apenas para prom0ver empresários nacionais, maus brasi- se ocorrer um retrocesso na atual fase de maior demo-
o Governo e o imeügeme Ministro· leiros, que ao invés de apostar no ensino verbalista, urna pequeníssi-
da Educação da época Alguns colé- investimento em tecnologia, prefe- ma percentagemde esrolas particu- cratização por que passa _a sociedade brasileira. Uma
gios pú15licos lutaram com a falta re contrabandear, burlando dessa
lares s.e sobressai. A maioda é es- solução conservadora e reacionária, que passe pelo ar-
de recursos materiais e human0S, maneira a nossa lei de r eserva de sencialmente fonte de lucro, onde rocho salarial, pelo aumento do desemprego e subem-
professores com salários aviltados
porém. nesres. várias remativas ho- mercado conseguida apó~ uma l9 n- st desdobram em um .número <11.r prego, só é possíve l manter-.~e e avançar se não for
nestaS foram fe icas. A esco la parti- ga lura política. obstaculizada pela reação dos movimentos sociais, tanto
surdo de aulas. A comparação do
01\ar ~ccebeu rapidamente a in- IJma o utra parcela considerável
~ abilidade econômica Ql!.que le ti- do empresariado nacional rambém
número de ações na justiça movidas por pane dos assalariados co mo do desempregados
por professor.es co ntra as escolas e Gomo ainda de setores de pequena e média burguesia
po de ensino. Só o segmento rico prefere o tipo de pr0dução sim- particulares é centena ~e vezes su- prejudicados pela solução conservadora. .
da nossa socie dade ( hoje talvez plesmente monradol'l!, e nco nr:ran- perio r ao das eseolas públicas. O
nem a classe média alra) podería do-se fonemeote depe n<::lenre ela Sinruaato de Professores do Rio de & atamente por isso é que os setores conserva-
pagar as alras me nsaHdades neces- temologia estrange ira. Assim, da dores e reacionários vêm defendendo não só o mandato
Janeiro possui 10 advogados ccaba-
sárias para comi:>ensar os Investi- mesma maneira q ue o <capital es- lhando em tempo integral, tra_tando de seis anos para o presidente Samey, como tárobém
. mentos em laborató rios, ofic ina e
pessoal; no e ntanto, aos filhos deste
a:angeiro, e la não cem g rande inte-
resse no nível do nosso e nsino.
exclusivamente de questões com as
escolas particulares. No caso das es-
o cancelamento das eleições municipais deste ano. Uma
segmento, a profissio nalização a ní- Somando esta falta de inte resse, colas públicas elas têm s1do todas
das táti.cas para os setores conservadores e reacionáàos
vel m édí0 não inte res-sa;_e les p rocu- aos interesses egoístas dos donos reso lvidas a níveis aclminisn;ativos, conseguirem esses objetivos tem sido exatam_en~e- o
ram os cu rsos que lhes pecmjcam de es<rolas paniculares, e me nde-se ames de chegar na justiça. lsto de- retardameato da pr_o mulgação da nova Consntmçio.
t maís facilmente se tomarem execu-
tivos. .
Estes foram os princip:us mouvos
.
porque um Estado de capitalismo
dependente não consegue propor-
mo nstra que o grau de insatiSfação
com o trabalho é muito maior na
Isso porque, assim que a nova ~o~s_tituição for prom?l-
gada, mesmo com uma Consnru1çao grandem~nte J_?-
ci0 nar um ruve.l de educação dig no escola particular.
de abando no daque le pro jeto de para !>-ua população . Q magistério é uma .das ativida-
fluenciada pelo Centrão , o País entr~ n ~ s1tuaçao
ensino 13roflssi0 nalizance em nosso nova mais democrática do que a s1tuaçao atual, que
Todas as questões sociais presen- des cujo desempe nho depe nde es-
país. É importante o bservar q ue es-
te prQC~o deu-se ainda quando
tam-se como ciclos viciosos. Temos sencialmente ela vontade do indiví- já é ~ ais democrática do que o regi~e ~litar_- embo-
um péssimo ensino; assim a nossa
duo. Mas é necessário que os país ra, naturalmente, a nova Co,~titui_çao nao ~ ser; _uma
o regime militar era absoluro e 0 população é mantida culluralme nre
saibam identificar q uais os profes- democracia como a necessana para o Bras1l, mesmo
-1
maio r panido do oc;:ideme domi- atrasada e, conseq uente me nte, nã0
nava a cena política. sores que rende nd0-se à real.idade, porque a liberdade não se -recebe de presente, ela é
pernebe a neczessidade de re invi-
N ingué_m c;iuvidava dos m ér itos to rnaram-se seus cúmplices. Com 1
dicar um ensino melho r. Cabe às conquistada. . .
d o ens ino profission a lizante . A maior grau de culpabilidade vêm
questão não era técnica, mas poli-
pessoas que procuram rransformar
os dire tores e"administrado res q ue Mas temos de enxergar mais longe do q~~ 1ss0.
a nossa realidade descobrir quais
tica, de jogo de inte resses. 50 pari os cordões principais que sendQ
praticam o democralismo, que pre- Se os quadros progress~stas em ge1'.11 ~ os m1~tantes
comparar: em 1927, existiam 1 53 ferem a sombra à luta honesta. sindicais em p articular tJve_rem o obJ:tlvo de SJmples-
manipulados permitem des emba- Estes são apenas alguns traços rá-
milesco las técnico-p ro fissí0nais na raçar os pós. No caso do e nsino me nte e ncaminhar a reaçao à ~oluçao conservad~ra
URSS; em l941, 602 miL Quase qua- de 1~ e 2':' graus, os esfo rços devem pidos dos nossos pro ble mas. Na
prática e les e muitos o utros apre -
e reacionária da crise através das espontâneas reaçoes
driplicou e m 14 anos, durante urna ser feitos com 0 o bje tivo de trazer de massa provocadas pela agudização da ~rise econô-
é poca de vertiginoso dese nvo lvi- sentam-se Imbricados, mascarados,
os pais para a escola. reque rendo que a realidade de ca- mica isso será suficiente e inoperante. E claro que,
me nco daque l.e país, pois havia o E essencial dar uma seq üê ncia
inte resse por estas esc0las de prati- de prio ridade às ta re fas políticas.
da escola seja analisada e formas eeon~roicamente, só poderão reagir contra a crise as.
adequadas de lura desenvolvidas, categorias de trabalhadores que tenham alto poder de
camente toda a pópulaçao soviética. No XXI Congresso Nacio nal da Con- mas sempre sem perder de vista
Esta lição dev:e ser aprendida por fe deração dos ProfesS0res do Brasil o o bjetivo principal de levar os pais
barganha no mercado de mão-de-obra. Se é esse o
rodos os que procuram mudar as - GPB, realizado re ceme menre em caso e m algumas categorias, em especial das qualifi-
ao conhecime nco de todos _os pro-
nossas co ndições de e nsino do 1'! Brasília, com cerca d e 2500 delega- ble mas. cadas, não é o caso da grande maioria dos trabalhadores
e 2~g raus. Enquam0 se gmen1os im- dos de todo o pais, as questões mais
portantes da nossa população não
Só com os pais lu tando pe lo do País, em grande parte sequer inseridos na economia
de batidas fo ram a filíação à CUT, exercício da cldaqanJa, e::onseguire -
tive re m fo rça para im i,ier não só a unicidade da filiação sinrucal, o
moderna. Por tanto, há necessidade de politizar as rea-
mos a força prática capaz de fortale -
o planejameru0, como a e xecução ensino relig ioso, o estatuto da CPB cer a escola pública, ~ única viável
ções à solução consetvadora e reacionária da crise,
dos projetos governamentais, estes e as e le ições em 88 Ne nhuma delas no contexto brasile iro , de prople ia r há necessidade de fazer as massas incorporarem em
se.râo deixados a margem e se rão está relacio nada com vistas a faó- aos jovens um e nsino ao nível exigi- sua consciência e em sua prática um amplo programa
dadas prio ridades a o utros, que tra- litar a mobilização dos pais. 1Jgu- do pe la atual revolução ré c nico - de mudanças no País. E, além disso, há necessidade
gam lucros imediatos aos segmen- mas fo ram pre maturamente coloca- cientifica. também de a reae;ão à solução m nservadora e reacio-
tos das classes dominantes q ue de- das e agem no sentido da desunião
té m o poder de Estado. Mais uma e, consequente m ente , dím inuinc.Jo
nária não levar águas para o moinho da solução popu-
Evandro Emílio Souza Uma, engenheiro el&- lista de direita - e sim para a solução progressista.
vez vemos, q4e "as idéias nada po- a capacidade de concre tizar-se esra trõnlco e doutor em Automéllca, é professor
dem, rf;<!Hzar,. Para.realizar a 5 idé i~ ;n9 bilizllçãq. da Unlversldllde de Brasllla..
.•'. l , ~ i ....,. ·I
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r.1ol'l'PITt'JU'•
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~t.t..\ <. "...\'~.. -...\,-\~""'\"~"" , .."' "j"'-..tt,• ,•~T---~,>.J...,
7
TOME NOTA
Aumentos, aumentos
{- Juros semestrais: vantagem
A gasolina e o álcool rol~
a aumentar. A partir de 19 de abt:il,
o litro da gaso/iIU p;lSSOll ~ -Czl
ou piada de mau gosto?
6ef,30 CZI 74./,0, a)11$11(1Jlf1do
um a~de J6.)/%.Já o álcool grandiloqüentes d0 presidente Sar-
aumenu de Czl !2,00 para Czl Edmi\son Costa ney na televisão, anuncJando a mo-
48. lO. num re;zjuste de 19,95~. ratória, criticando os banqueiros,
Altm dis50, aumentaram ~ m denunciando a sangria de recursos
e prometendó uma negociação pa-
ospn:çosdoquerOfelledeamçao,
oófeoC()IJ1ÓUSlÍl'e/, a11âft3pemquí-
míaJ, {filtre oucros derivados de pe-
tróko-
O-
minisrro da Fazenda voltou
muito empolgado dos Esta-
dos Unidos, após uma sema-
ra vale r , para verificarmos com
mais clareza a intensidade da mu-
dança operada pelo Planalto. O que
na de amenas conversas com os aconteceu nesse período? Muda-
Escola inflacionária banqueiros- internacionais. Falando ram as condições internacionais?
A Ordem das Economistas de aos jomalisras, ele revel0u os moti- Mudaram os banqueiros ou foi o
São Paulo divulgou o índice de cus- vos do seu estado de espírito: já govern~ que deu marcha. a ré e re-
está quase tudo acertado para um
lO de rida para classe média refe. solveu capirular diante dos usuários
,,_.;a/tll paulisra: 18,23%, supe- acordo definitivo sobre a dívida ex- de olhos azuis? São questões que,
tema brasí\eira, só restando pen- com certeza, devem incomodar
ntr portanto ao índice oficial do
dentes á\gumas C\lle5tões técnicas tto de um país espç>liado , mas os se não fosse na verdade um tremen- bastante o Planalto.
.IBG.E (16,01% ). O índice da Ordem
e \uridicas. · banquei.ros Internacionais, que es-
é calculado com base nos gastos
Mas o que foi. mesmo que o con- tão fuzendo um negooio da China.
do hum0r negro com o povo b~ -
leiro . lsso se toma mais dramático
O mais desastroso disso rudo é
que, na est~ira d os acordos com·
das pessoas que ganham entre 6
e 33 salários mín1moo. O item que fesso burocrata do pnmei.ro esca- No en~to, nesse Brâsi.\ de final de quando o ministro ainda tem a cara os banqueiros, vêm as ordens de
ma.is pesou no custodevida da das-
\ão conseguiu? Os banqueiros festa do governo da Nova Répúbli- de pau de _afirmar ~e o País ecçmo- negociações com o FM1 e a aceita-
cone0rdaram em ampliar de um c:a, é dl.J.I'.0 constatar que os inte- nuzará USS 600 milhões com isso. ção de seu receituário fún ebre.
: se média foi o reajuste das mensali-
dades escolares. para dois anos e meio as linhas de resses de um ministro de um país Realmente, só muita sensação de Causa espanto o ministro anunciar
.finandameruodecwtoprazopara soberano coincidem com os de impunidade faz um ministro de E.5- que em breve será feito o acordo
exportações e importações. Além seus algo?eS. tado dizer estripolias dessa ordem. com o FMJ, quando o País sequer
de
Imposto reada disso, o nosso esforçado minisrro Não é demais reafirmar que esse curou as feridas provocadas por
Foi prorrogada até o di1l 25 de conseguiu uma rgJrogramação do Afinal, nã0 se trata de nenhuma acordo que está sendo eosturado · acord0 semelhante realizado no
maio a dara do recolhimento áo pagamento dos juros: a partir de çlácliva a ampliação das Unhas de pel0 ministro Mailson é uma afron- tempo da ditadura. Está bem fresco
adicional do Imposto de Renda pa- agora, o cheque será enviado se- amo prazo. Os próprios banqu.ei- ta à soberania do País, tendo em ainda na memó ria dos brasileiros,
ra as contTibUÍJ1les com mais de mestralmente e nãn mais de três ros sabem disso. F.ssas linhas de fi- vista que não só não resolverá o especialmente dos assalariados,
dois empreJ!OS. O prazo anterior em três meses, além de outros pe- nanciamencó são rentabilíssimas e problema da dívída, como também aquele terrivel período, aquela bru-
era Z9 de ahriJ Todos ru: CC\D!ri- queao~ i.te.m,. os banqueiros ganham ri.os de di- põe m:iis 11m:i ve.1. o País soh a~ t:11 re.ce.ssllo (Jue :iumenrou o de-
buíntes que ãverem rendimenro ao Como se estivesse e::ometendo nheiro financiando imp0ttações e bocas do capital financ~iro interna- semprego e, conseqüenrememe, a
trimestre inferior a Czl 300 mil, um ato falho, o ministro se encarre- exportações brasileiras. Além disso, cional. miséria entre as grandes massas da
bem como aqueles em que a soma gou de esclarecer que os con es nos como o País poderia pagar os juros Como todos sabemos (inclusive cidade e do campo.
dos rendimentos secundários foi gastos públicos não estão sel!do feí- escorchames se não tivesse finan- os banqueiros), essa dívida, dentro Entretanto, essa lembrança cruel,
infecior a 10% do tOl3I estanio in- ros por recomendação do FMI o.u clamenro para as exportações? çlas regras aruais imposras à Nação, aliada ao clima de maior liberdade
senro.s do IR trimestral. dos bancos privados: "Nós estamos Quando os banqueiros ameaçaram é impagável, quer do ponto de vista vivida pelo Pa(s, ce~mente serão
adotando essas medidas p9r-que conar as linhas de cun9 pra20, nos político, económico ou social. Só elementos que possibilitar-ao uma
elas são fundamentais para recupe. tempos da moratól'ia, era apenas mesmo um governo que já perdeu resistência o rgani:zada dos trabalha-
rar a capacidade de poupan~ do uma jogada polltica e um instru- a refêrência em relação aos com- dores. Da mesma forma como os
Pais, desregulamentar a econorrúa, mento a mais de chantagem, uma promissos assumidos em pra~ pú- trabalhadores ajudaram a derrocar
privatizar as estatais e abrir, espaço vez que esse negócio rend~ bem. blica - e que agora caminha na a ditadu,ra e o arrocho salarial, desta
para Õ desenvolvimento". - Agora, anunciar como vantagem conrramão do País - é capaz de vez, num clima de maior liberdade,
Quem devia' estar muito feliz 0 pagamento semestral dos juros, assinar um acordo tão 00dvo aos lutarão com mais afinco em defesa
cõm o encaminhamento dessas ne- em vez de pagá-los a cada três me- interesses da Nação. de uma vida digna e um País sobera-
gociações não deveria ser o minis- ses, parece uma piada sew graça, Basta compararmos as aparições no.
Inflação à americana
O déiidt comercial americano
A privatização da Caraíba Metais
atingiu, em fevereiro, 13,8 bilhões cada, o concentrado de cobre, que O plano consiste e m privatizar de cobre da mina çleJaguarari. Afir-
de dólares. contra uma expeaativa sofreu uma elevação d e quase apenas o setor mais lucrativo da ma o órgão q ue ela se esg0tará em
de USI ll,5 bilbões. Além disso, Eduardo Rocha
100% no mercado intemaçional. O emJ:>resa, ou stja: o da meraJ\Jrgia sete anos e tem e;obce para abaste-
para complicar ainda mais a situa- preço de cobre da Caraíba - em- qu e funciona em Gamaçari - BA Foi cer a metalurgi:/. apenas por 18 me-
Çio, 3 inBação de março alcançou presa e0ntrolada pelo Banco Nacio- ne!;te sentido que o BNDESPar for- ses. Essa afirmação é contestada por
0,6~. comra uma expectativa de o deputado Fernando Santana nal de Desenvolvlment0 Econõmi- mallzou, em ftns de jaI)eiro últimq sindicalistas · e geólogos;· segundo
0.,3%, 0 que si8J]ilica que, a cpati- ( PCB-BA) vem afirmando ul~a- co e Social Panicipações. - , hoje, o processo de desmembramento ~tes a mina te111 ainda 12 anos de
nuar essa Cend6Jcia, poderá fechar rnente que há um processo delibe- ainda está defasado em 35% e bem da,s unidades de mineração e meta- vida útil. Independentemente des-
o ano com n de inl'lzjo.Esses rado vi.sando a desestabilização e, abaixo do cobrado no mercado in.- lurgia A partir deste mês, o BNDES sas afirmações, um dado é ceno:
dois resultados, por sua 11!'2, le11a- através "de uma ação entre am.i- 1emadonal. O cobre importaElo, publicará os editais para os grupos a produção de Jaguarari - 20% do
cam à queda do dólar oo mercado g05":a pdvatização da caraíba M~- inte.mado, custa ho je USS ~:200,00
úJternadonal e reavivaram a ~ - interessados na cõmpra da empre- cons_umo da Caraíba - não pode
tais, estaraJ que detém o_ m_ooo_P6lio a tonelada, enquanto a Caraíba está sa. Estima-se que o patcimê mio da ser minimizada, pois representa
pecáva de uma srancJe-recess.io. da produção e comerGia11zaçao do vendendo a US$ 2.600,00. Desse jei- Caraíba Merals seja c~rca de US$ 60 mllhões que ficám no país.
cobre do país respondendo por to, não há caixa que aguente tama- USS 1,5 bilhõés, mas, dentro da es-
'l'erra arrasada 5096 do abast~mento das indús; nha distorção e impossível se torna Fe rnando Santana, em vá'rlos ·
tratégia de privatizá-la, seu valor de
u:ias de tranSformação. pronÚnciamentos na Câmara, vem
Quem ima_ginava que· o governo
cencrolar o seu défkit. venda seria bem inferior, variando
afirmando que devido à posição es-
brasileiro já estaria encerrando sua (sic) entre 70 e .US$ 350 milhões.
Para entender a afirmação do d e- Essa ação desestabilizadora faz tratégica da empresa, única p rodu-
ofensiva contra os gastas públfcos putado, que vem sendo um dos pane da estratégia arqu iterada para Outro fato imJ:)Ortante, aliás, sã0 tora de cobre no país, possui gran-
~ rer ficado prolúndamence de- mais atuantes na defesa da estatal privatizá-la A Caraíba Metais é por- os grupos interessados na compra, de valor para a econ0mla brasileira,
sapor:ttado. AgOr.l, o m.iDJsrro da fa conu-a a privati:zação, basta tomar tado ra de u111a das meraJurgias mais nada mais que as multinacionais Pí- sua privatização coostirui um aten-
u:nda, M,aJ4on da N6brega, está conhec1meruo de alguns números. modernas do mundo; calcula-se telll, Eluma e Embrac. Cálculos re- rad0 contra os interesses econõmi-
querendo corou mais cerca de USI As comas do balanço da empresa q ue, apesar da capacidade ,nominal velam que os, comJ:>radores da em- cos do país.
600 a 7(X) milhões de CUSTeio e in- do ano passado deve registrar urna' da planta ser de 150 mll toneladas/ presa pagariam a dívida com 0 pró- Já o lfder do PCB na Ol.mara, de-
vesti,meato cofJlidas no orçamento perda da ordem de CzS 1,4 biJhões. ano, este ano serão produzidos 160 prio lucro obtido pela e mpresa pu tado Robe rto Freire (PCB-PE),
da União. se a poUdca de terr.1 arra- O CIP (Conselho lntemdnistedal mil toneladas. Cálculos mostram num prazo entre àois e crês anos disse que devido a toda essa sirua-
&lda do minfsuo .não fãr conâda de Preços) Vinha mamendo 0 preço ainda que dentro de mais ou me.nos - é, sem dúvida, um grande negó- ção "cabe as forças democráticas
a rempo, a economiapodeni1êchar do cobre anlfidalmeme baixo des- três anos ela rem que passar a pro- . cio para as mulâs. barrar to da e qualquer te ntativa· de
o ano deJfltl8 com um aescimt:nto de novembro de 1.986, ao ponto duzir d e 300 a 400 mil toneladas! privatização da estatal, pois contra-
IJe/l2IM), o que s ~ n : r ~ de que o seu prec;o eslava mais bai- áno para cumprir sua Função de ô ucra ~c;stão Intrigante é a posi- ria os interesses nacionaís"·, con-
~~ e illSCÚJil.tdide 50dal io do que a 111a1éria-pcÍllla impor- subsdtuídora de importação. ção do BNDES q uanro às reservas duJu.
22/04 a 28/04/88
6
Jand6n (ex-<ÓDSUi geral pana- jã .inftui no desenrolar dos aconrecimen-
B- -
menbo nos Estados Unidos, N
da R) dec/aQ que o senhor de-
fende Noriega porque neces-
sita do Panamá para "lúrar" o
bloqueio none.-ameriamo. Nonega ce/á-
to.5 na região. Cceio que ele despertou
o sentimento de independência dos go-
vemo5 centr0-ameácanos, em maior ou
menor grau. Acho que o governo da Gua-
temala vem tendo uma política indepeo-
bora mm seu governo p a r a ~ ca- denre, e também o da Costa Rica Então,
marão ou rabaroparaomen:adonozre-a- são três governos com uma política cons-
mericano? trutiva: Cosia Rica. Guaremala e Nicará-
Fii:lel Castro - Essa é a maior das men- gua De certa forma, El Salvador, uma
tiras que ele disse. Preocupa-nos a situa- vez que tem dentm de país um forte
ção do Panamá por razões políticas. Sim- movimento. revolucionário, estava iote-
pati7.ávamos com Torrijos. e coma Guar- .res.sado tunbém em ver que vantagens
día Naci~ p0rsua luta parriótic:a, pelo podia obter do Plano. O governo de
seu esforço de recuperar a soberania do
Canal. Sempre nos preocupamos com . ' '
isso e não porque remos empresas mis- ''Eu iria aos &fados Unidm para
w noPanàmá. Temos empresas em mui- discutir com o Senado inteiro
tos lugares. Norieg:a nunca no.e; ajudou temas como a btie de Goantaoamo,
a vender para os Estados Unidos, nem
O' bloqueio, O imperialismo DO
seria .necessário. Nós nos consideramos
com direito de lutar contra o bloqueio; TG"l'eiro Mondo, o interdmbio
parere-oos m01'31 eJegítimo lutar. E faze- desigual".
mos túdo o que podemos fuzerpara bur- [.,, ..
lar' o bloqueio. se necesfilt3Dlos de um
medicamento, de um equipamento. Honduras, muito dependente. foi o que
O grupo aJlombiano jamais II3.irou mais fracamente apoiou o Plano Árias.
drogas atrallés de Cuba em direção aa; MasC(eio que o paí,c; que mais tem contri-
Estados Unidos? buído é a Nicarágua É o país agredjdo,
•Fide) - Jamais~ Jamais! Nós somos o vítima de uma guerra suja que custou
país que mais tem per.;eguido e comba- em vidas o qµe seria equivalente a três
tido a droga nesre hemisfério. E digo milhões d e ~ nos Estados U~dos,
_ que os F.sta~ Uoi~ nunca vão ganhar em teimos de população relativa.:. E uma
a batalha oorura a droga porque real- espécie de Girón ( invasão mercenária
mente nenhum outto país latino-ame- na Baía dos Porêos, financiada e apoiada
ricano está em condições de ganhá-la. pela CTA, em 1961, N. da R.) continuado,
Mas rudo que é droga que vem parar oom maior duração. E apesar dissó a Ni-
por aqui.nós apreendemos. De 1970para carãgua faz concessões, permitiu a rea-
cá, capturamos 375 traficanres, 108 deles bemu:a de jornais que estão a serviço
norte-americano.5. da contra-revolução e dos F..51ados Uni-
O senhor admitiu a hipótese de ir aos dos para expressar sua boafé e boa von-
Est:ldos Unidos bJar sobre as acusações tade.
deBland6n. .. O senhor compara a guerra. da Nicará-
F.idel - Eu iria aos F.sa3do5 Unidos gua çom a Pc3ia Gir6n?
para discutir rom o Senado inteiro temas Fidel - A guerra suja contra a Nicarã- r, ~ • 6 •":■-
Caminhos'Pâra
queio, a políticaimperialista 00 Terceiro O senhor mendonou a imprensa de
Mundo, o iorercl:mbio desigual Posso opasíçiip na Nicarágua. ..
falar rudo o que os séoadores queiram Fickl - ...Uma impren.sa cootQ-revo-
- mas que ponham o ~ do Blao- lucionária. a serviço da política norte-a-
dón em último lugar. Mas, se querem mericana..
falar somente sobre essas ca)fmias, então ..Jsso é algo que não existe aqui. Por ·.. :,. .. . . . . ' . \
e i'f âtêrDí':!:,.!l l
ção nessa campanha toda são as droga.5. na Nicatágua é diferente. Dentro de uma
Seu país quer é liquidar o p,rocesso torri- o o ~ de economia mista e de pluri-
jista, quer ficar com o Canal.. Para isso, partidaósmo,, concebo natural.mente os
precisa afa.5tar a Guacdia Nadonal do~ partidos cbamadoo de oposição - que
go político. estio na verdade contra a revalução -
E por que o senhor agora apóia talltQ
Noriqp?
e a imprensa contra-revolucionária man-
tidapelos F.stado5 Unidos- pois o ~pel
..;·. ;. ·L'· "<, :t .. ,.-..:~~\f
Fidel - Simplesmente não eslOu
apoiando Noriega.- estou apoíando o
e o dinheiro do La Prensa vêm dos Esta-
dos Uni~-
Em meio à~~ ~ue os_E~tados U~ provocaram Df> P~,' i!s·toâ}~:. ,
Tratado Torrijos-Carter sobre a sobera- O senhor disse que sua política em 0gov~rno•imsta e os I contras e ao desembarque,de mab,,tropas norte•am
nia do Panamá Não é a pessoa de Natie- relação aos Estados Unidos foi correca; em Honduras, ó presidente Fidel Castro conctdeu uma longa entrevista lrepó~ ,
ga o que mlJ)Ol13; mas sim a indepen- Não houve nenhum erro nesses trinta Shriver, da rede 1U11erkana NBC, Em três horas de conversã·:.....aqui resumidâ, em
dência, a soberania, os direitos do Pana- anos de poder? de Hide.lo Sato, correspondente da Voz em Havana - Fidel fálõu·da América;
másobre o Canal, o movimenro rorrijista. Fidel - Efros estratégicos, não. Dera.-
que a nosso juízo é progress.ista, patrió- lhes táticos, sim. das relações com os ~d.os U~dos, do nartotrf~,-~ngola,°t9roj~.~
tico, nacionalista. Se o PianoÁriaspedisse, osenhoresta- Falou ainda de glasno~, de m~lVlduahsmo e indMdu~i~_e;·~~ ~oHdãoJ!ô":pm,I
Mudando de tema, o senhor acredita .Iia disposto a retirar seu apoio milir.ar idé1as de hberdade, igualdade e frâteníidade.: .. ·. ·· -~\.: -
a• nJ.__."6 ~..--1 .-·rt--~-f"!-"
Ar.,,,._,~,.,,,,:,;)
que o Plano.Áriaspara a América Central ....... '·
0 !
•. .
r..
. !?J .
-■- •· . •
dará certo? Fidel - N""ao temos tropas na Nicará-
Fidel - Bem, o Plano Árias já vepi_ cum- gpa O ~~- ~~-~-~-~ -~r-~ -r,■~-:,111 ...-:
1_
p ~ WJ) pape1. Abriu n e g ~-e- .insttumeotos milicaces. N0$3 ajuda a Nl-
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2 ENTREVISTA 7
cartfgua está na área civil, em saúde, edu- partes: na Eu ro p a, nos Estados Unidoo, em tortura, são uma pane apenas, esses mice o desen VÇJ}vimento individua/. Por
a1ção, fornecimento de produios de con- na América Latina, nos países socialisr.as, que contam com respaldo para divulgar que não sé pode avançar nesse sentido
sumo etc. ~clusive Cub a Mas nós emendemos que suas calúnias. O que dizem o contr"ario também?
E em Angola, camo ,e,olver o con- as mudanças na União Soviética são para nã? têm espaço "livre". Aqui h0 uve mi- Fidel - Mas que crescimento indi"9i•
Oito' corrigir erros soviéticos. Os erros sovié- lhares de p resos em virtude da legislaçJ.0 dual não se permite? Empresa privada?
Fidel - Não remos nenhum inte resse ticos são difer entes dos nossos erros, e de julgamento, os que desembarcaram Iss0 não, não _permitimos. Nós só admiti-
estratégico, não somos u~a grande _po- q ue também estamos procurando com- em Girón, p or exemplo:
.~- . - em05 nenhum mteres.se eco- mos a-propriedade pessoal, a casa, o au-
.c:ucta, 030 1 ó ·ect d bater através do processo de ~ficação; tomóvel, o de LISO pessoal etc. Mas noo
~ ·co não remos uma s p ropn a e
Angola. Nunca fcomos contra·
O
nnu. a his tória soviética é diferente da nossa meios de produção,_não.
em n os à
história; a idiossmcrasia do povo sovié- "Cuba é uma sociedade - O conct;ito do indivíduo fora do siste-
solução polidca em Angola. Nós apoia-
mos as decisões do governo angolano tico é diferente da nossa; as instituições revolucionária,unida,eem ma não existe? '·
e queremos que se chegue a um acordo. soviéticas são diferentes das instituições Fidel - Acredito que devemos pro-
cubanas. Eu creio que toda revoluçãC? ce~ aspectos mais aberta que mover 0 llorescim~nto da capaçidade in-
Nesse momento, a,<; negociações entre as sociedades ocidentais, porque
Angola e África do Sul, com a interme- te m de retificar erros, inclusive porque dividual. Não são inconciliáveis o espí•
diação dos Estados Unidos, avançam le n- as revoluções socialísras são muito novas wemos realidade e ~íveis muitas das rito social, de colaboração, e o desenvol-·
tamente. e erram também. Agora, isso não signi- aspirações populares". vime nto máximo das faculdades ftSicas
O secretário-geral. Gorbaccbov falou fica que o que se faz na União soviética e intelectuais do indivíduo. Isso nós pro-;
recenrem ente sobre a necessidade de te nha de ser copiado aqui Nós remos ·movemos. Não o egoísmo individual,
que as- países d o bloco comu oisca ado- tido um crité rio muito independente, e Os cubanos q ue criticam o g overno, mas o desenvolvimento pleno da perso-
rem 1f11 enfoque mais flexível sobre os v.imos seguindo, ao longo dos anos, a escrevem conrra o g ovem o, são contra- nalidade . Você viu aquelas càanças nas
crJIJ.i1tos n.o .m undo : Afeganiscão, Ango- política de aproveitar todas as experiên- revoludonários? Vão presos? escolas - essas crianças vão ser persona-
la.,. O senhor compartilha d essa opinião? d as úteis dos demais países revolucio- Fidel - De mane ira n e nhuma. Eu lidades muito s uperiores ãs desta gera-
Fidel - Esto u d ~ acordo com essa nários. Q uer dizer, nós respeitamos o mesmo falo contra o govern0 , muita gen- ção. A nossa juventude atual é muito me-
opinião. peosamento de todos os demais partidos te fala contra e faz críticas. Criticar o go- lhor que a velha geração. Isso é muito
Mas o senhor com p arte o desejo de revolucion ários, de todos os partidos vemo é diferente de p raticar atentados dificil de entender numa soéie dade que
Gorbatcbov d e que devemos sair dos marxiscas-lerunistas. e sabotageas terro ristas. Essa gente que se caracteriza p elo individualismo. E não
conflitru em rodo o mundo? Cuba é uma sociedade aberta?Não n e- está presa é porque praticou atividades é a mesma coisa o individualismo é a
Fidel - Sem d úvida nenhuma. Esta- cessica de glasn osc? e de litos contra-revolucionários. individualidade. Nos.sa ·co ncepção não
mos de acordo em b uscy uma distensão
Fidel - Cuba é uma sociedade revo- O govemo cubano tem p ermitido a re nde culto ao individualismo; pode r:en;
lucionária, unida, e em cenos aspecros indivíduos &e diferences organizações de r culto ao indivíduo, à sua capacidade,
a nível internacional e trabalhar na busca
mais aberta que as sociedades odden- de direitos humanos visitar os p resídios ao crescimento de seu níve l cultural, a
de soluções para os problemas regio-
tais, porque fazemos realidade e pos.sí- de Cuba, mas a Cruz Vermelha nunca
nais. Mas não basta o enfoq ue da Uniã0
veis muitas das aspirações populares q!-1e esceve aqui. O senhor a deixaria vir?
Soviética, é n ecessário também um enfo-
ainda não são realidades nos países oci- Fidel - Não te mos objeção. Só não
que doo Estados Unidos. Se os Estados
dentais. aceitamos é que alguém se arrogue o · "Continuamos mantendo o mais
Unidos querem a p az com_a União Sovié - escrupuloso respeito aos
O que é a liberdad~ para o senhor? dire ito de nos inspecionar.
tica e guerra contra Cuba, Nicarágua, An-
gola, e ntão con tinuaremos lutando co-
Fidel - Ora, o que o nos.so p ovo Nós sabemos o que os Estados Unidos direitos twmanOJ de todos os
te m hoje. Dignidade, direitos, igualdade gostariam que Cuba .izesse p ara que as cidadãos. Essas campanhas sobre · .
mo sempre fizemos. .
O senhor sence que esrá sendo deixa- de Op<'munidades. E não me vão dizer relações encre os doi s p aíses melhorem. abusos, violência, são absolutamente
' do de lado com essa aproximação ena-e que têm a Jnesma liberdade o milionário Ago.ra, o que Cuba gost3ria que os Esta-
e o favelado, os que têm milhões nos dos Unidos fizessem?
mentirosas, são calúnias terríve~..."
União Sovi ética e F.stados Unidos?
Fidel - De maneira nenhuma. Nós bancos e os que do rmem debaixo da • Fidel - Pergunta dificiJ, pois teria de
nos alegramos profundamente, porque
ponte e m Nova York. m e converte r em as.ses.sor de Reagan,
Nos Estados Unidos, tanto o milioná- o u. de seu suces.sor ...Mas, e u diria que suas qualidades morais. Pensamos maís
rodo que beqeficie a paz internacional,
rio com o o pobre podem expressarsuas os Estados Unidos devem se resignar à com um sentido de família, de união;
indiretamente nos beneficia a nós tam-
opiniões livremente, de cciticar a admi- existência de um país independente e de' frate rnidade . A Revolução Francesa
niscração. soberano, resignar-se à existência de um falo u de três grandes coisas: liberdade,
Fidel - Isso é o que está na C0nsti- _ país socialista na Amé rica e çleixar de fraternidade e igualdade, mas nunca con-
"Simplesmente não estou apoiando tuição, mas há uma desigualdade espan- lado a idé ia de nos impoi: co ndiçées. seguiu implantar nem .a igualdade, nem
Noriega - estou apoiando o rosa. Quando não há igualdade, o:ão p& O senhor, por exemplo, jamais admi- a fraternidade. A revolução socialista
Tratado Torrijos-Carter sobre a de haver liberdade , nem democracia tiria mudar suas relações com a União complementa as idéias de liberdade da
soberania do Pãnamá. Não é a Mas o milionácío e o pobre têm ames- Soviética? revolução liberal burguesa, porque ao
ma liberdade de éxpr essar suas opiniões F idel - Não, porque seria ingratidão, lado da liberdade promove a ldéia da
pessoa de Noriega o que importa,
e críticas. oportunismo-e estupidez. Jamais as rela- igualdade e da fraternidade entre os ho-
mas sõo a soberania do Panamá". Fidel - Ah, é? Onde? Nunca vi um ções entre Cuba e E.stados Unidos pode- mens.
favelado nas grande redes de televisão rão te r o caráter das relações com a Umapergunca final: seu amig o, o escri-
dos Estados Unidos. União Soviética, F>Orque estas ·s e base iam tor Garda Marquez, diz que o senhor
bém. A. politica e as iniciativas d e paz Pessoas q ue passam fome n os Estados em princípios de solidarjedade.
é um exemplo de solidão n o poder.
.soviética são úteis para tGcla a humani- Unidos fazem críticas ao governo. Mas há alg o que pudess.e mudar as
clade· Se o que a Uruao ·- <>UVle
0 ~
tlca e os
·, • F'd 1 el - Vocês coi!llun
-"'· d em libe
. rdad e relações EUA-Cuba p ara que os dois paí- Fidel - Isso são teorias .do Garc1·a
demais países socialistas são obrigados de imprensa com liberdade de proprie- ses p ossam deixar de ser inimigos? Marquez, com as quais não concorçlo.
ª ~tar. é economizado, eles pode rão dade sobre os meios ãe comunicação. Fidel _ E necessário ter vontade de Eu absolutame nte não sinto es.sa solidão .
~licar lSSO em seu próprio desenvol- s e 0s proprietários c:la NBC não quise- melhorar as relações. Nós, dê nossa par- Eu esto u junto com o povo, falo com
vimento e_na colaboração com os paíse s . re m , você não faz o programa; se eles te , estamos dispostos a is.so. .milhares de pessoas todos os meses.
d~ Terceiio Mundo. E se isso acelera quiserem, contratam outro e não a põem o sephor tem expressado p J"eocupa- Mas-o poder não é solitário?
~ ~~:':nnto efitc~1~amºolos'.gico da URSS, m ais para fazer o programa ções sobre a economia cubana. A per - Fidei - Um dia eu disse ao Garcia
O sen1ior acredica que os Estados Uni- ,,.,...,,,,,ndo aos direiras- humanos - en- gunta é - · '-. ,., ·
orvi r.au : vao conanuar Olerecenuo servi- Marquez: "Tenho vontade de sentar-me
d0S pensam invadir Cuba? r.ão não tem havido m udanças no com - ços p úblicos grátis; o Estado terá con di- ali no Malecón, o u parar numa esquina".
Fidel :- Não penso. Sabe pôr quê? poaamen to do g o verno rubano em rela- ções de continuar? Isso é ve rdade, e ele escreve u no prólo-
Por q ue nao podem, porque se resolvem ção a isso? , Fidel - Não só vamos continuar, mas go de um livro - porque às vezes a
vão q uebrar os dentes. Necessitariam cl~ Fidel - Contin uamos mantendo o também amp liar e aperfe içoar cada vez gente sente vontade de fazer as eoisas
milhões de _s01dados, teriam que pagar mais escrupuloso resp eito ª00 direitos mais. que todos fazem, as coisas simples. Mas
um preço taG alto que, penso, o povo humanos d e todos os cidadãos. Essas Tudo com ajuda soviética? fax muitoque estouresignad~a este mo-
norte -americano nãe permitirla isso campanhas so bre abuso s, vi~lênci~ ~o F idel - Com os sovié ticos temos boas do de vida, o q ue n ão me faz se ntir infe -
. O senhor sabe que Gorbatchov i~tro- absolutamente m e ntiro sas, ~ao caluruas relações e intercâmbio comercial, isso Jiz. Eu conheço muita gent~ há milhões
duziu m udanças na União Soviética . te rríve is que á máq uina p u~lidtária dos que vocês chamam de s ubsídio e q ue de pessoas magníficas no me io do Pº'!"º·
Glasnost, uma soci edade mais abena .. Estados Unidos e d o 0 ::ide nte tratam de se trata, simplesmente , de relações jus- Eu me sinto fe liz em contato com essa
Que inDuênda tem tido esse processo ampliar. taS. gente. N0ssO povo tem grandes virtudes
em Cuba? __ Ou seja, os presos políticos que estive- O sistema criado per vocês p ermite e grandes q ualidades. Por isso, não sinto
~-1:J~~~
__ . . -~id~l.:: ~~'::,1•_:u~?-9.~ ~ S?~~~-.. -~ presos aqui estão m entindo? r eafiz.ar _m ui.Ia c?isa p ara muita gem e, apenas .;impatia, mas também admiração
11ca fü-exe.-ce· ,nfruênoa em iõdãs as · Ftdel·=·Nã@-wo: tecles U9' q a ~•i•~RRnreso--ct1ríC:JDrpurql.f{:-Dicrpee ... ~ vefê>'J'Mc>-'CllbálY~."'"~.,.,.._...:.:+1.!.'~··•='i
8 INTERNACIONAL 22104 ª 28104188 WlZ
NICARÁGUA
~
reconhece= o governo que eles
e seus padnnhos americanos pre-
. . . -- .. . -
.. , .
. . . - .. -
.. as negociações, foi 0porruna e pro- a Nicarágua e tenham sempre man-
dutiva, dando evidente deinonscra- tido sua embaixada em Manágua,
cendiam depor. Agora sé lidta, co-
: . ... .. ... . . ... . .. . . -.,:,:.• ... :- ... ·-·
... çfo de independénda e de com- os E UA, na realidade, não se com-
1
mo disse o presidente Daniel Orte-
ga, que os E[fA normalizem suas
re/:Jções com a Nicarágua. Seria o
.
. . . . . ... ..... --' .. - - - . - :.' ... .. .. ....-. .. ,. ..,. ., ....-.... :.
. - .. ,. . . -.
prometimehco com a vontade de portam como se considerassem a
paz e entendimento na América Nicarágua pais soberano, nem co-
Central, rei~eradamente manifesta- mo se respeitassem seu governo
reconhedmenco ela soberania a da empalartras e açõespela esmaga- constituído. Daí a necessidade ur-'
que a Nicarágua tem direito inalie- dora maioria das crês Américas. gente de recompor essa posição,
nável. já não conI11vam com o pleno apoio gua sempre aimnou seu desejo de longe dos tempos em que se ali- indefensável juridicamence. E, por
O governo nica.raguense, por ou- dos EUA. Os próprias dirigentes re- 1racar diretamente com o chefe dos nhava invariavelmente à política incrível que pareça, é o agredido
tro lad0, também reconheceu o beldes diziam que tinham sido ·contraS·; o governo americano, imperial ·dos EUA, a OEA de hoje que tenta, por todos os meiospolíti-
movimento rdx:lde, mudando sua ''àban<loaada;'' pdus ãIJJt:riGJIJus. qvt:gasrou c.vm des, dur;Ime todos nflo abriu mau, em nenhum mu- cos e institucionais, convencer o
dedsaõ anterior de não ace,u;ar ne- Isso retira o amfrer inremadonal esces a.nos, mais de 200 tDilhões de menco, d0 respeito aos prinápios agressor a mudar sua conduca. Ain-
gociação direm com os "contras''. do conflito e o redeffue como COn· dólares, armando-as, cremando-os da soberania e não imervenç:io, ad- da bem que a comunidade intema-.
Mas o fez no instante em que eles Biw interno. O go•eroo de Maná- e Sl!JStet113JXlo.os mrei.ramence. Co- mde que só a enobrece. Não por dona], sem dúvida, lhe e solidária.
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AM - Moas: Josc Paiva À lho - Rua Ta p~)·
789 - Ccnllo - Mumus- CEP 69.000 - ( MA - S. Lm: Tomu Jmt doo-Santos - Rm PE - lltt&: l'lmlo Canlcanti - Rua E<âlardo se- f1oriandpolis:.Gcrõnlmo Wandcrlcy M•ch.a· l
234-1~, Nauré. 329 - Cent ro - CEI' 65.0 00 (0981 de Carvalbo. 32 - Boa V"1>ta - CEP 50,000 - do - Pça. Pen,lru Oliveira. 6 - Sala 9 - CEP
AP - Mlap6: Jost Fernando de Medeiros - 221~ JJJ . (081)231~ . 88.000. 1
Semanário Nacional Av Pr<lldcntc Vargas, 2449 - CEP 68.900 - MS - ~ C . - Maria Hc:lcm Blmldicr fl - T.,...._ FUYio Moracs - Rua Lcõnâo
Fc,-. 1260 - Bairro Monida do Sol - CEP
SE - A ~: Wcllington Danw Mangueira -
T rav. Q uintilhiano da Fonseca, 232-CEP 49.000
1
(096) 231-45<,6. - Rwi 14 de Jalbo. 2S1J6 - l • CE! 79..CIOS - 1
BA - Solntlar: Heitor Cuaisc Silr.1- Rua Mou- (061) 384-3201 . _ 64.000-(086) m -1ss1. - (079) 224-7811.
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MT - Calal,6: JOK Carlos de Carnlboclc Soou.a. nio.(,64 - CE.P .59.0(j) -(08♦) 222-8792. R. Bcol-0 Frcltu, 362 -4'-CEP 01.220 - tel:
Luiz Carlos Azedo CE- For1Aloza;Joa_quim RodrigucsSouu - Ru• PA - Jldla: R.aimando liamJs - Raaa dca Ta - IIS- ,._,. ~ João Avclinc - A~. 8ofgcs
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24 de Ma,o. 885-CEP 60.000- (0&5) 231-0734. (011) 231-2926 (Adminutraçto). Tele~ (011)32006
moios 1592 -GEP 66.IXXI - (091) 222-7286. de Mcdci,... 308 - Can. 62 - CEP 90.000 - - voz SP - Compasiçlo/Past•Up e Fotolito -
Joio A veline ª'"""
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.õr - a.-, G r1os A1bcr1" - ses - PB - Caaplu ~ Heanuo S . de AnJf,o (llSUj 26-J«il - 211-3499. PAZ Fotocomposl~~ e Fotolito - R. Frederico
C-0..tra S- Loja 26-CEP70.000 - (061 ) _ R ua Cardmo V"J cia, 83 - 2..- - C'aio POSIÍÍl
Noé Gertel 156 - CEP SB.100- (1113) l22-ZZ78,
MG - Ido H...-e; E . Garcia - R11.1 Sfo
P&ulo, lffl- 8. Lowdc:s-CE.PJO,ooJ-(031)
Stcidel 229 sobrcloJ• 1 fonc: 2217590 - lmprcsao
n:u olicinuda Ci• . Editora 1oruts-Rua Q mlcal
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iO CULTURA 22/04 a 28/04/88 ~
e om encerramento no dia
2 de maio, a Paixão de
porque arte é pol[tica e política
_é arte, e tudo fica mais fácil
I nacredítável. Mas o Ballet
Stagium renasceu das profun-
dezas em que se atolou em_ 19~?,
Cristo de Nova Jerusalém, no quando um tal Partido vê na onde o fúnebre e a contannnaçao
foram a tónica (respectivamente,
interior pernambucano, tem a_rte l!m mo"?e~!º d~ conscien- Alma Brasileira e Cisio 137 -
atraído anualmente cerca de 50 llZaçao política ; diz Welling- qualquer semelhança com o aci-
mil pessoas em uma semana de ton. dente em Goiânia não será-mera
espetáculo noturno, onde 5'00 Integrante da Fundação de fi~ção).
atores e figurantes viv!!m o dra- Cultura de_Caruaru., ele já
ma bíblico num cenário de 10 ·atuou no filme A Peleja do _Tamanho milagre que, nuína
km2. Bumba-meu-Boi contra o V-am. atitude pouco vista nestes últimos
É ali, no maior teatro ao ar piro do Meio-Dia (documentá- ·e1!1 anos, foi diversas vezes aplaudido
cena aberta, no teatro 1'rocó-
livre do mundo, que se encon- rio sobre a invasão cultural e p10 Fe_rreira, dia 27 de abril-últi-
tra entre os apóstolos o comu- resistência da cultura popular) mo dia da primeira apresentação
nista Wellington Branco, ator e em O Auto das Sete Luas de do ano - com a estréia nacional
e teatrólogo, interpretando"' Barro, de Vital Sântos, indica- de Que ~udade, E/is!, do coreó-
Tomé, além de interpretar o ção de melhor espetáculo ptira grafo e diretor artfstieóDécio Ote·
o Prêmio Moliére, e melhores- ro. O tlt1flo é 6bvio demais,para
papel de ancião e de uma teste- ser explica_do; basta dizer que fo-
munha de Caifás. petáculo, segundo a crítica ram es_colh,dos nove canções, parà
Desde 1983 atuando no dra- paulistana. É autor, ainda, do treze mtegrantes que compõem o
ma, Wellington Branco na ver- texto As trapaças do Negro Be- atual elenco {número inferior ao
dade é confundido com o pró- nedito,- para mamulengo, e da ano passado), dessa companhia
prio ator José Pimentel, intér- peça Dupla Padrão, em parce- parti<?ular quê tem dezessete anos
prete de Cristo. Aos 31 anos, ria com Beto Siqueira. de nda: E , se o Stagium correu
Welling1Dn Brinco: "A ate é polfticl epolítica é ~!" um sério risco por essas colagens
ele avalia a Paixão de Cristo Um de seus sonhos é mesmo musicais de E/is, soube tirar pro-
do agreste pernambucano co- ça do nordestino no campo cul- Wellington viu no PCB o Par- interpretar Cristo. No caso, se- veito daquela que foi considerada
mo um grande momento do tural, sobretudo através dos tido que melhor rêpresenta, rá uma l>romoção l>ara o talen- a maior cantora brasileira.
teatro brasileiro: "A Paixão é textos de teatro", afirma. E é através de sua bistóóa, a defe- to artístico.e consciência políti- Antes da estréia dt! Que sauda-
muito mais do que um evente por possuir esta arraigada de- sa da cultura brasileira como ca. Provavelmente, o primeiro des, Ells!, o balé Quadrílba, ums
turístico. Ela representa a for- fesa _de cultura popular que um todo. ''Me filiei ao Partidão Cristo comunista do Brasil ... reapresentação, abriu o progra-
ma. Que nada mais é do que uma
chatíssima brincadeira ao som de
Ocaminho do ator completo Oíndio:_ esse um poema de Carlos Drummond
de Andrade. E a primeira grata
surpresa de Em -m i a. ilnmin,UJ,ãn
AMnolima
, Y, r
guardião·da vida precisa, suave e sem efeitos mira-
bolantes, numa simpliddade até
tico Frei Lourenço, em Te cuida, índio. Um dia que, segundo bém os antigos ensinaram para por esta luz, desfilam plltes, duas
Romeu, que Julieta apareceu, tex- Paiakam, üder dos Caiapós, as nós que o homem branco ia che- e trios com figurinos igualmente
to de Maurício de Souza montado nações indígenas brasileiras, tão gar aqui e ia trazer muita coisa. despojados de muita. "produção",
com adaptação pelo grupo Grana- sofridas, param os seus cantos Mas, que ele ia acumular detri- e ao que parece ser mtenção de
da, o ator e bailarino Bruno Perei- e suas festas para reflexão. Re- tos com detritos sobre o seu lei- Décio, para d_ar lugar aos corpos
ra Maia, 18 anos, se prepara para flexão de uma situação, de uma to, como louco, e que um dia elásticos uma
de seus bailarinos em
movimentação fluida.
subir ao palco novamente, onde realidade sempre ocultada em li- ele iria morrer asfixiado nas sua.s
representará um dos marinheiros vros, nos dismusos oficiais, sem- próprias fezes. Essa é a profecia E/is recria mom~ntos alegres,
em busca da ''menina Maribel", pre colocada ã margem pela so- "desbundados", guand.o se ouve
no clássico infantil de Maria Clara ciedade. antiga do nosso povo. E, en-
Marambaia, com três casais exe-
Machado Pluft, o fantasminha, Bruno llala, ator banamansense Fica claro que não bastam as quanto nosso povo puder cantar cutando uma sátira. Acontece
que está sendo remontado pelo e dançar,' a terra vai continuar aquilo que se espera de um coreó-
grupo " nóS.O. Snus", de Barra difícil tarefa, ou seja, contribuir mensagens, as falas carregadas viva, o universo vai continuar grafo: o encadeamento de passos.
Mansa, RJ. na tentativa de se construir uma de retórica. Mas, nada mais im- em hannonia. Tem algumas pa- O que, infelizmente, nomovimeg-
Trabalhando cerno comerciário entidade cultural forte e represen- portante do que a fala do índio . to seguinte está ausente, porque
em uma loja de produtos agrope- tativa, "que lute pela conquista de Ailton Krenak, filho da peque- la'lras em muitos .dos nossos Edgar Duprat (filho de Márika)
cuários, Bng10 Maia tem apenas seu espaço mereçido e traga a co- na Náção Krenak que habita a idiomas que significam equilí-
os sábados e domingos para se de- munidade a participar do teatro, região do Vale do Rio Doce em brio, harmonia, mas que ta~- executa sosso. -
um solo inexp_ressivo e ln-
masgraças a Santa Luzia,
dicar ao teatro. E quem pensa que não apenas como platéia, m_as Minas. Gerais. e coorden~dor bém poderiam significar resp:1-
ele está greso somente aos ensaios também como parte integrante geral da UNI - União das Na- to. E é isso que orienta a relaçao protetora dos ol~os, é JX:q'!eno.
de Huftéstá completamente enga- deste movimento cultural" . ções Indígenas: do povo indígena com o mun~o O melhor momento do balé li-
nado. Carregando a preocupação Para concretizar esta idéia, Bru- ~'Eu podia falar muita coisa em q_ue vivemos. ~ ter.ra nao cou por conta de Tatiana Cobbert,
de se tornar "um ator completo", no Maia disse fer alguns planos, a cer~ da ~portância de que é um lote· a terra nao é um pla- qu7arrazou dançando um trio, pa-
Bruno na prática dança e parti- como por exemplo, levar aos bair- neta solt~ no cosmo. E o dia ra interpretação de Saudosa Mslo-
cipa, como aluno, das oficinas de ros periféricos de Barra Mansa en- o Brast_l contmue tendo o indíge- em que ela for atingida profun- ca. Tatiana destoa do elenco.numa
teatro do Sesc de Barra Mansa, quetes de espetáculos em fase de na aqw, mas o que eu tenho.de- explosão frenética. Nessa home-
além de estar disposto a aceitar produção e chamar os moradores sejo mesmo de dizer é que, anti- damente no seu seio, a ~ida não nagem a E/is, os bailarinos desli-
o convite feiro pele grupo Passa- a participar - "não só enchendo gamente, _há muito tempo, esse vai existir mais. E nós ~ao pode-
zam em movimentos de dança mo-
porte, de Volta Redonda, para fa. cadeiras nas apresentações - dos lugar aqu, não se chamava Bra- mos falar sobre a vida como derna (usam a técnica de Nina
zer parte do elenco de Nós no Nos- ensaios". Viável ou não esta idéia, sil, e essa região do mundo não quem negoc~a um lote de te~ra Verchinina~ esta, uma das pionei-
so Lodaçal. nosso jovem ator, agora dirigente se chamaya América, e as nos- sobre O balcao. Nós, o povo in- ras da dança no Brasili que recebia
Apesar do tempo escasso, das cultural, dá mostras de ser possí- sas famílias, grandes viviam dígena, nós guardamos esses lu- infundados comentários das "ser-
noites mal dormidas e, conseqüen- vel, pelo menos, buscar o resgate aqui. OÇriadõ..r, quando fez o gares sagrados da terra. É por pentes" de que estava fazendo or-
temente, do cansaço, Bruno Maia cultural junto à comunidade. nosso povo, ele ensinou pro nos- isso que eu firo pensando que gia sexual em suas aulas... ), clás-
vê outros problemas, em sua opi- Segundo Bruno Maia, "as pes- so povo que nós devemos amar talvez valha a pena o "Brasil, as sica (não "cola" muito bem), bole-
nião, mais graves, para poder se soas não vão ao teatro porque não pessoas, entenderem que o po- ros em que a forva criativa de Dé-
levar a sério a questão cultural nu- têm acesso" e este fator contribui e protege,r esse lugar como vo indígçna não quer nada, só cio voltou a verificar.Mas, é neces-
ma cidade do interior. Os espaços para o desinteresse, assim como quem protege um filho; e que sário que o grupo elimine alçuns
culturais são poucos e o apoio lo- também r,ara estimolar os precon- tudo o que acontece contra esses quer continuar sendo guardião vícios prejudiciais, como a insis-
_gís cico quase não existe. ceitos. 'Estamos lutando para lugares, que são sagrados, aten- da vida. Nenhum povo indígena tência em monopolizar as coreo-
Como diretor da Associação unir os artistas e trazer as pessoas tava contra a vida. Não contra quer ter um banco, uma 'compa- grafias, acabar com a hierarquia
Barramansense de Teatro Ama- a se manifestarem culturalmente. a vida do branco, ou contra a nhia de aviação, ser dono de familiar. Bom sentir que Dédo e
dor (ARTA), eleito recentemen- Só assim conseguiremos criar um vida do índio; mas atentava con- uma cidade ou de uma avenida. Márika estão deix,1ndo de se ave11.
- .. . " ... .
te, Bruno Maia assurnc.~}lJ:tVil ,<: , movimentoJorte".
t ,.,, • .. \. ,° '\ ·)~~. ')•-'·
- \ ~, \ -.,11 • , •..,,(;j·
tra a vida. Contra a v~da do seu
'\'- •.:!.· .....,\'\ t. ,:lt ' \.. ~ ·._•...h'il,. •
O povo indígena quer viNer'.'. . turar Bm,mal~bari-smos.té.cniços.,
..... './l ·.?..'. ,'. ./.,. "',r',i."',.."' ..\';,,, ,f',f,\ ., t.'\ :ql'.."•'/: •·l /-:.,., •..!'J'4",,•st•,· ,
, ~, , .~
... .. ' , (. .....
W2 22/04 o 28/04/88 CULTURA 11
-----------
Uma revista pàra os latino-a~ericano~ . . _
t:5lá regularmente nas ban cas, Eª· m ericanos uma revista séria, sem mwta. d1vulgaçao cien_tffica p ara çao c_rentffica f!0S_D1Tet6n os_Estu-
.losé Yonsenat Filho ra o.f.gulho de quem cultiva a cién- s lucrativos, m as com compe-
f_i n seduzir as novas ger'!çoes a m uda- dantrs e A cadem1cos, A ssocrações
da no Brasil. E agora em j ulh o, tência e qualidade - com o Ciên- rem a face do conl_!nen,tc cr:;1!1 os de D ocentes, c_Jubes de Ci~ncia,
estará. comemorando seis anos de d a Hoje já 0 dem on strou - para frutos da . revoluçao c1ent1'ffca e etc. Um _dos edrto_res, E. Krieger,
publieação ininterrup ta já tendo enfrentar airosamente a conc0r- tecn ol 6grca em curso ho;e no com mwta propnedade, Jembroú
C .
iê~ J!oje ·trabalha para
cnar_Ciencia Hoy. O físico
Enmo Candolti, vice-pre-
s1de11fe . da SBPC - Sociedade
alcançado a tiragem m; nsal de 85
mil êxemplares e mais de 30 mil
fiéis assinantes.
réncia'desigua1 das publicações co-
merciais da chamada indústria cu/-
turâl dos oronop61ios internacio-
nais, dona de recursos ilimitad0s.
mundo. Sem o~ reeursos.da ciência
e da tecnologw, seni imposslvel
resol ver os agudos problem as so-
ciais que atonnentam a maioria de
que "é multipllcando os times de
várzea que se chega a uma boa
seleção de futebol ".
A s inúm eras p ublieações de ca-
Bras1Je1ra para o Progresso da
Ciêneia e editor de Ciência Hoje O50nbo de integração Mas quem participou das bata- nossos_ p oros. E sem •pesq.uisado- ráter científicoexistentes noBrasil
p artiu há dias para Buenos Aire; lhas p ara o lançam ento de Ciência res e crentrstas em grande número, decidiram , na m edida do posslvel,
onde rtai ficar no mínimo uns sei; Talvez o m esm o êxito contem- Hoje, como eu, s6 tem m o tivos ficaremos sempre sujeitos ao inte- se associar, esp ecialmente no se-
meses, com a missão de implantar ple Ciencía Hoy, embora o p aís p ara crer na santa teim osia do resse dos que_comandam o mer- for gráfi co e de distribuição, visan-
a edição de Ciencia Hoy, obvia- seja o utro, tão complícado o u Ennio, que, em instantes cruciais, cado internac10nal do saber. do reduzir custos e aumentar a
mente em espanhol, que, a partir mais do que o noss0, e a falta de tem o dom de se transfigurar em qualid9de e a p en etr_açáo de cada
da Argentina, teot.ará chegar a to- recursos ainda maior. Não sei de tanque e sair rompendõ o cami- Da rárzea à Seleçio uma. E uma id éia a ser implan tada
dos os países da Amécica Latina. quê alquimia econ ómico-financei- nho, e arrastando consigo um ge- ' sem demora.
· E um plano ambicioso e di&il, ra se valer-ão Enm·o e seus no vos n e roso e eficien te exército de Hoje, no Brasil, eom o anunciou Ennio Candotti escre veu no In-
mas sem dúv.ida nobre e provavel- companheiros de sonho p ara reali- Brancaleon e, capaz de mi ~agres. a reunião de editores de revi'stas forme-Boletim Informativo da
m en te viável. Quando Ennio, zarem, ~ nd~ em 1988, este lança- Não há problem~s que o detenha. cientificas, efetuada em Ribeirão SBPC: ''A informação - a eirc.u-
Darcy de Almeida, Roberto Lent, mento inédito no continente. Afi- D afque seus amigos e colegas c0n- Preto de 8 a 10 de março, ap enas lação e p ubliGIJção dos resultados
A lberto Passos Guimarães Filho n~I. trat~-se de criara prime ira r e- fiam no seu taco. E agora mais 1% do orçamento para p,esq'uisa de pesquisa - é tão esseneial à
e outros desbravadores. toma~am VISta l~tmo-ameticana de divulga- do que isso: confiam e torcem . (Finep e CNPq) é destinado àspu- vida científica quanto às p róprias,
a peito a concretização do pro1eto ção científ!ca elaborada graças à Tem que dar certo. Na realidade, blicações cientificas. Os edito,re,s pesquisas. Seu fom ento, seu finan-
"Ciencia H oje ':, acalentado du- eolaboraçaq e_ ao trabalho conjun- 0 contin ente inteiro deveria est;µ- que p articiparam do encontro es- · ciament0, são questões tão rele-
rante tAnto tempo, também se de- to ~as_ ro1;11unidades cieut{.ieas dos n esta torcida. Po rque Cienc'ia ta'beleceram como meta para o pe- vántes quanto o desenvolvim ento
frontaram com dificuldades que pnnc1pa1s p~ses da região. Um Hoy, sem nenhum exage.101 tem rí0do 1988/89 elevar. este índice a ep finan ciam11ento do trabalho de
pareciam int-ransponíveís. ~as o pr00ess_o dem tegraçã9 que poderá - muito do ideal boliv.anano, que 2%. · investigação.
grupo não se deu por- ,vencido e
foi superando ,um a um os obstá,
aceleré!I o desenvolvimento das busca levar beneficias a todos os
pesqws.as qesta Á/ea <to Tercy:iro pafses latin(!•8J11erif11DOS. . .
Assumiram, também , o com -
, promisso de incentivar a proJife'.
E isso é válido p ara toda a A mé-
rica [Jaüna. Por ~rS(!, !1º.ª, forte,' \
aúos. O resultado deste· esforço Mundo, ofer~ ndo aos latino-a- A Aménca Latma_preç1sa de ração de publicaçõés de divulga- Clencla Hoy! ·
r
7 DE MAfO. (...) Chegou Em 1960, o então o grito ·daquela mais remo que eu já recebi até
1 um caminhão aqui na fa-
vel.à. O motorista e o seu
ajudante jogam umas lâtas. É lin-
repórter de O
Cruzeiro Audálio
gente sofrida o
livro tomou-~e um
hoje.
.. .As oito e meia da noite eu
já estava na favela respirando 0 ·
guiça enlatada Penso: É assim · Dantas descobriu dos maiores odor dos excrementos gue mes-
<i}Ue fazem esses comerdarues sucessos literários cla com o barro podre. Quando
insaciáveis. Ficam esperando os em meio à miséria
da época, vendendo estou na cidade renho a impres-
preços subir oa gananda de ga- da favela do são que estou na sala de visita
nhar mais. E quando apodrece Canindé, em São milhares de (.'.Om seus lustres de cristais, seus
jogam fora para os corvos e os Paulo, acatadora de exemplares em mais tapetes de viludos, almofadas de
infelizes favelados. sitim. E quando estou na favela
Não houve briga. Eu até estou papel Carolina de 40 países. É deste
tenho a impr:essão que sou um
achando isto aqui monótono. Maria de Jesus, que livro-denúncia que objeto fora de uso, digno de es-
Vejo as criançac; abrir as latas de
confidenciou-lhe publicames alguns tar num quarto de despejo.
linguiça e exclamar sapsfeiras:
- Hum! Tá gostosa! estar. escre~endo trechos,
(.. .)
A Dona Alice deu-me uma pa- um livro onde descrevendo uma ,
ra experimentar. Mas a lata está retratava o dia-a-dia situação 8 DE AGOSTO ....Morreu um
estufada. Já está podre. desesperadora·- e menino aqui na favela. O sepuJ;
19 DE MAIO. Deixei o leito as dos favelados. Daí tamenro foi as 9 horas. Os ne-
5 horas. Os pardais já estã0 ini- surgiu Quarto de hoje, trinta anos gros que iam acompanhar o ex-
ciando a sua sinfonia matinal, Despejo, lançado depois, são milhões tinto alugaram um caminhão e
As aves deve ser mais feliz que levaram violão1 i:>andeiro e pin-
nós. Talves entre elas reina amic em 1960, traduzido de favelados só na ga. O Zirico dizia:
zade e igualdade.( ...) O mundo em 13 idiomas, capital de São Paulo. - Japonês quando morre os
das aves deve ser melhor do que · levando aos quatro CaF0lina morreu em vives cantam. Então vamos can-
dos favelados, que deitam e não tar tambem.
dormem porqt1e deitam-se sem cantos -do mundo fins dos anos 70. ...A pior praga da favela atual-
comer. mente são os ladrões. Roubam
...0 que o senhor Juscelino a noite e dormem durante o dia.
tem de aproveiravel é a voz. Pa- nos arvoredos gue existe no ini- os saparos já estão fracos e atu- a Policia Feminina. que me deu Se eu fosse homem não deixava
rece um sabiá e a sua voz é agra- cio cla rua Pedro Vicente. As fo- ram só 6 dias. Amigamente, isto a noticia doJosé Carlos que esta- os meus filhos residir nesta es-
davel aos ouvidos. E agora, o llaas movia-se. Pensei: elas estão é de 1950 até 1956, os favelados va lá na ruaAsdrubal Nascimen- pelunca. Se Deus auxiliar-me
sabiá está residinclo na gaiola de aplaudindo este meu gesro de cantavam. Faziam batucadas. to. Que alivio! Só quem é mãe hei de sair daqui, e não he_i de
oam '?)1P.. i-. n í..are..re. f.:11i.darlo amor a minha Parria_(.. ) Too,11ei 1957., 1958, a vida foi ticand(,) é que pnde âltviar. o lhar para trá.s.
sabiá, para não perder esta gaio- o carrinho e fui buscar mais pa- causticante. Já não sobra dinhei- ... Eu,dirigi para a rua Asdrubal
la, porque os gat0s quanclo es- peis. A Vera ia sorrindo. E eu ro para eles rnmpra pinga. As Nascimento . Eu não sei andar ( ...)-
tão com fome contempla as aves pensei no Casemiro de Abr:eu, batucadas foram cortai:ido-se até a noite. A fusão das luzes des-
nas gaiolas. E os faveJados são que disse: "Ri criança. A vida é extinguir-se. Quero dia eu en- viam-me do roteiro. ,Preciso ir 3 DE NOVEMBRO.... Catei uns
os gatos. Tem fome. bela... Só se a vida era boa na- contrei um soldado. Perguntou- perguntando. Eµ gosto da noite ferros. Deixei um pouco no de-
...Deixei de rriecürar quando ou- quele tempo. Porque agora a me: só para contemplar as estrelas posito e outro pouco eu trouxe.
vi a voz do padeiro: epoca estâ apropiada para dizer: - Você ainda moi:a na favela? sinúlantes, ler e escrever. Du- Quando passei na banca de jor-
- Olha o pão doee, que est-á "Chora criança. A vida é amar- -Porque? rante a noite há mais silencio. nais li esre slogan dos escudan-
na hora do café! ga" - Porque vocês deixaram a Cheguei na rua Asdrubal Nas- tes:
Mal sabe ele que na favela é ... Eu ando tão preocupada Radio_Patrulha em paz. cimento, o guarda mandou-me
a minoria quem toma café. Os que ainda não contemplei os - E o dinheiro que não sobra esperar. Eu contemplava as Juscelin o esfola!
favela dos comem quando arran- jardins da cidade. É epoca da~ para a aguardente. crianças. Umas choravam, ou- Adhemar rouba!
jam o que comer. Todas as fanti- flores brancas, a cor que predo- .. .Deitei o João e a Vera e fui tras estavam revoltadas com a Jânío maca!
bas que residem na favela tem mina. É o mês de Maria e os procurar o José Carlos. T~Jefo- interferencia da Lei que não A Câmara apóía!
filhos. Aqui residia uma espa- altares deve estar adornados nei para a Cemral. Nem sempre lhes permite agir a sua vonrad~- E o povo pagai .
nhola Dona Maria Puerta. Ela com flores brancas. Devemos o telefone resolve as coisas: To- 0 José Carlos escava d10rando.
comprou um terreno e come- agradecer Deus, ou a Natureza mei o bonde e fui. Eu não semia Qilll.Ddo óuviu a minha voz ficou ...Parei na linha do trem para
çou ecooomisar para fazer a ca- que nos deu as estrelas para frio. Parece que o meu sangue alegi:e. Percebi o seu contenta- ·pegar umas latas porque eu ha-
sa. Quando terminou a constru- adornar o céú, e as flores para escava a 40 graus. Fui falar com mento. Olh0u-me. E foi o olhar via deixado peno da gurira e pe-
ção da casa os filhos esravam fra- adornar os prados e as varzeas di ao guarda para guardar. O
cos do pulmão. E são oiro crian- e os bosques. guarda perguntou quanto eu ia
ças. Quando eu seguia na Avenjda receber das latas. Respondi que
...Havia pe-ssoas que nos visitava Cruzeiro do Sul ia uma senhora era 300,00. Que já estGu· fana
e dizia: com um sapato azul e uma bolsa de biscates. Ele disse que antes
- Credo, para viver num lu- azul. A Vera disse-me: isso do que nada. Eu disse-lhe
gar assim só os porcos. Isto aqui -Olha mamãe. Que mulher que as latas de oleo eram a 70;00
é o chiqueiro de São Paulo. bonita! Ela vai no meu carro. e agora está a 60,00. Ele diSSe:
...Eu estou começando a per- É que a mihha filha Ver-a Euni- - Em vez de subir, desce.
der o interesse pela existeocia. ce diz que vai comprar um carro Disse que a vida está muito
CGmeço a revoltar. E a minha só para carregar pessoas boni- cara. Que até as mulheres estão
revolta é justa. tas. A mulher sorrio e a Vera caras. Que quando ele quer dar
...Lavei o assoalho porque es- prosseguiu: uma f... as mulheres quer tanto
tou esperando a visita de um - A senhora é cheirosal dinheiro que ele acaba desistin-
futuro deputado e ele quer que Percebi que a,minha Olha sa- do.
,, eu faça uns discursos para ele. be bajular. A mulher abriu a bol- PingLque nã© ouvi, p0rque
Ele disse que pretende conhe• sa e deu-lhe 20 cruzeiros. eu nãofalo pomografia. Saí sem
cer a favela, que se for eleito ...Aqui na favela qúase rodos agradecê-lo.
há de abolir as favelas. · lmam com dificuldades para vi- Dei um banho nos filhos. Eles
foram deitar-se.
...Comtemplava exrasiado o ver. Ma5 quem manifesta o que
céu cor de anil. E eu fiquei com- sofre é só eu. ~ faço isco em 1
preencienQQ que çu (l<lorp p prol dos ourros. Mu,içqs qi.çam N11J?ut1 -Asdmb:µ Nasdmenw fun .
o]Ui1.ado cle Menores.
méu Br.asíJ. O mt1U olhar pósou sapato no lixo prum c-alçat. Mãs ciona
--- - - --------,
r,
Aos leitores ,.
Ames da greve convc::icad~ .,.
para o dia :;, uma data ~tó n _ca
São Paulo, 22/04 o 28/04/88 mt:rece atenç:lk• total: o Prf!11eJI O
de ,\.raio. Comemoraçoes
Suplemento Sindical n213 ::1mplas _e unitárias, de teclas a..~
AL
Voz do Unidade cate~orias, d;\ri'io m ais força ao
m ovImenro do funcionalismo e
1
Ruo Bento Freitas, 362, 42 a ndar
trabalhadores das es12tais; _,
Tel: 231-2926 CEP 10220 facilitando a preparação <la
g reve de prntestó.
Telex: (011) 32006 VOZ SP
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A
q uem a vi tória m ais imp0ccance até ú m o- BR ( Pe(rob r:l< Dlsr.rihuidoro} Ceotrais E.lérrtcas d o Sul do
3 e 4 de maio - mas só ela não
m enco foi a unidad e obtida 1::ncre CUT, CGT - 4.096 funcibnáclos. 3.458 nn. Brusil SIA - .Elecrosul - 4.376
,basra paro, derrorar o pacote que opcrJção e 638 mI ad m in is1r.1- funci on:í rlos.
e i ndepen dentes e o própr io c,11.Jrer da g r e- ç io.
;,rr?Ch~u ?s salários de mais de Cia. J-JJdreléu·i ca d o São Fran-
· dois nulhoes de funcionários p ú- ve, "'polf cica n ),IS de fundo econ órnico ': Perruqulmica Uni:ío SIA - cisco - Chesf - 11.198 funcio-
blicos federnis e das eSlatais. Esta f0i a prin- ·'Tem os é que den:orar .1 polítiareconômia r Com 1.311 emp regados, pcoces- nários.
su bor d inad a ao Fi'vfl e não im ;igi narmo.,; 1,-u naftu e o utros de rivados do Espírito Samo Ceno:als Elé tri- ·,._
cipal conclus;Io da p lenári;, das esratais, que l>t!tró leo na refinaria d e Capu:tva cas S/A - E;scelsa - 2 .172 fun- ~ ~
reuniu 165 entidades sindicais de todo o uma greve p t1n 1derrubar o gçwerno o u coi- (SP)
s,1p arecid;1. Afinal quem mio segu,n i o rnbq
CiOJJários. · "'
P:1fs no sábado. dia 16, no Rio de Janeiro 1n1egram es,1e setor ainda as !"Urnas Cenrrafs Elétricas S/A • •.•
e dtdíberou, além dn dara da· pnralisaçiio: d o garo mio pode p recend er am ;1rrar ; 1 seguintes em p r esas: Alcunorrt! - Furnas - 9.075 funcioJJários., •
trom b:r do elemnre ·; ,1r gum enruu \'(li/liam , ( RN ). Cia 1Yao011al dt:: Alcil is. Pt:• ~U g ht - Servi ços de Eletcici- • •
realizar m:mifescações e passeataS em todas trcJmisa, Fosférril , Nícroférf'l1.
as principais e/dardes brasileiras no próxi- O sindicali sc:t ai nd a observou que a p rópri o GCJiasterr/1, Indústria Carboquí-
dade S/A - 13.984 funcionários. .
Neste sewr, há mais 27 con-' :;.
mo dia 22, enviar sua. coordenar;-Jo a Brasília governo esrá d i vid ido na q ~esrf{o d o ;1rro- mica Càwn'nense, Pecroférril . Ul- cessionár ias eswduais de ener- ., •
11 parrir do dia 25 em busca de negociação
cbu: '"Os m ai s di\(ersos presi dentes das_ esca- rrafértil, Braspeuv Alg erie, Bm- g.i a el étrica
wi,5 se posiciomirnm cancro o congelamenw soil, Brasper.ro, In rerbr:ís Cay-
com o governo e:de apoío dós consdtuinte.5 man Com panJ,, l merbnfs Fronce, Rede Ferro\lilirítl ., •
e dos parrid<:JS políticos, além de entidades da URP, indu.~i ve o p r esi dente da Perrob cás,
ln remqr Tmde Inc., Jmerbrás. Red~ Ferroviária Federal S/A • •
cMs como a OAB e enUdades parronais; Ozires Si lva, Pela p rimeira vez na á_rea d o Seagu/1 Tmding Company, cv-- _ Rf'FS,1 - 63.878 funcioná- :
rea/Jzar manifest:tções unitárias no dia J9 petróleo. o p esso;1I de nível mais_elevado; pesul, Peuvquisa. Per.roflex, ~ -
, rio~ . . •
de Maio, como a que já escá marcada paro com o os engenheirm;, wu agora tom ar cer - troc1uímicu União SIA Cla. Brasile11::1 de 1 rens Urba- .,
:1 Qufnm da Boa Vism, no Rio de Jane.iro, veja no boceco com os operários e dizer no~ - CB11'-- 19.171 funcla- .• •.
Setor de Míneraçno
organiz;rcú1pela CUT e pela CG-T. que a luca é de rodo_,,;·; finalizou Wi1lü1111. nái-10!'
Cia. V:ile do R,o Duce - Empresa de Treqs Ur b:mos d e ,
Nesra ecli<i"âO, al ém ela coberrura comple- CVDR, te m 23.540 e m p regado~ Porto Akgr..:: S/A- TFensurb -
"Nós podemos e devemos pressionar o ta ela Plenária Nacional das Eswmis e cio (20.882 na- open1ção) e real tw 1 304 funcion~rios. ·
Congresso NaC'lonal para a rejeição deste balaar.;o d,rs p erdas salari.1is segundo o o apr oveitamento de jvJdns m i- Rt1de Ferrodária de Armazéns
EJieese - t"oz Sindical rr:iz um perfil do nerais e o tr:m~porce, e mbarque Gerais Ferroviár ios S/A - Age/
pacuce, como aliás oeorreu em plena díra- e cornércio de m inér ios mr..ivés _ - 16 funcionários.
dura militar com o famigerado decrow do Paralisações são antlarrocho seror estaral da economia brasileira, com de mais 15 subsidlãrias:Alum in:1
arrocho 2045. Temos que cobrar uma posi- Grosso e Mato Grosso do Sul, Dm1d Z.1111, "Épossível derromr esce pacóre se conse- a relação de quase rodas as emp resas esca- do Non;e, -Albr:fs. Fermag, FRD- Grupo Portobrõs
ção dos nossos conslituintes, para que nã0 numa lembrança opontma. já que as perd:1s guirtn0,5 unir amplos s~gmenco1; da socie- rais com o respeco'vo núm ero de empre- S4, ImCJO, Nan:tg:ir;;Jv do Ri<> Do-
ce, Rio Doce Amt!r ica. Rio Duce
E111pres1 de Pon os do BrasU • •
gados, pm11 que se tenha a dimensão m ais A - Porrobctis - 3.479 funcio-
fiquem só nos díscur-sa5•; aflrm0u à Voz aw ais com a Neva República são bem maio- dade como l!fS governantes, representantes Fin:wc:e. Docr.>gft{!), Rio Doa: In- ~ri~ -
Sindical o vice-presidente d:1 Federação res que as do cempa dà dicadura (1•-er tabelas do comércio e da pequena e média empre- exata possível das pmporções que a.,~,;11me lemational, Rio Doce JJda, Se.1- Gia. Docas do Estado d e São
dos Btmcários dv Estado de São Paulo, Mato doDieese) ,,a, "expJic:1 wrr/liam Sanmna, presideme du o movimenco ;u11;i;1r-rochu. mar, Doet·n:ivt·, \ ':llt: :Vurrtt e ,:1- .P.iul v - Codc.--sp - 11209 fun- ·'
le Sul. c,onári~
Cm DocL-;_d1,> RiQ de Janei ro
Grupo Siderbrru CDR} - 3.362 func1onári.os. ~
Grupo Nuclebrás
·
ru
"A supremacia não vingou, prev-.tlecendo enren der:im.
ção do movimento no final do primeiro n.'lrlos. Empresas Nudeares Brasllei- '
·o de Janeiro ( do correspondente) - a unidade do movimento" , di1;5e o pre-i- cu rsos inclusive de slndicalisias com unis- Citl, SiâerúrglCB flt! Alogi dtlS
CGT, CUT, 85 Sindicatos. 15 federa- dia da paralisação. tas, qu'e a greve de 3 e 4 de mai0 n~o é
r.,s S,A - Nuclebrás ~ - tem
dentt do Sindicato dos Pe1rolt'lros c.le Ca- Cruzes (SP) - Cosln - 755 fun- 2.916 li.lncionârlos e inéôrpem
ões nacionais, duas confederações, Engajamento xias, Willian Roberto Santana. Para ele, o msurredonal e camb~m nào se 1ràta de uma c;lonários. .is s.:guintes subsidlárJas, N u-
63 8S.5oclaçôes de traballtadores, num toial campanha salarial. "Trata-se de um movi- Cia $1dcrú[8ic.J de Tub.riiv dan, Nuclemon, Nuclen, Nuclel
1
"Muitos de nossos sindicalista~ aimla não adiamamcruo da grev1t possibilitou a aber
de 165 ~ntidades e 242 del~ados, r~unidos (ES) - CST - 6.360 funcioru\·
L: --•• ·. -··-- ••..:..... l , ~ n , ,.....J ft1 1W\t, , 1 li1..<J '-& \-i..1â! _ tum ,.Jo lernu ,de nu 111 riai: mre 11:i! llinh.1111
t '\.I .... __111~!nrll r,ara ~1,-_orar_J! FK>lilica econômlca
clo governo imfx>sta pelo FMl . E urna greve · ·Cii Sillen1rgfca- Mlcional-~ - --- - ~---_.---- ---: : t·-
nó"""!>lffllfeatO aos IeRIDnR:os;-no ma i.O, - ~- 'O'"~--... ..---,.-- - -· ...- - '
condições para ;;-gre~. além.de acenar com
entenderam que, ll>3-f3 o êxito da greve na- João Carl0s Araüjo dos Santos, o Negão, perspecrivas para o engajamento no movi- política", observo u Luíz Antonio Gato, .vice- CSN de Volta Redonda (~ ) - Setor'F'~ · :: :
cional dos empregad0S nas estatais e fun- _secretário-geral da CGT-RJ e membro da pcesidente do Sindicato dos Trabalhadores 22.241 funcionários. B anco d~ Bras,1 SI ~ - ., - :
aonalismo público, o melhor seria transfe- Direção Nacional do-PGB. mento dos trabalhadores do setor privado. Cia.. Siderúrgica Paulisra _ . 118.281 funo0nã.t:Jos. ~ ~.
em Empresas de Processamento de Daçlos €:osipa, de Cubatão (SP) _ Caixa Económ1~ Fep_eral - .,, ,,.
ri-la do dia 27 (data fixada pela assembléia d9 Rio de Janeiro. '
da semana anterior, no Sambódromo).para 15.327 funcionários. CEF - 46.7~ funoo~os. ~ -
O Comando Nacional dos Trabalhadores · Usina Siderúrgica da Balúa SI !htegram ameia_o setor finan-
o J!)róximo dia 3 de maio. em Empresas Escatais e Funcionalismo Pú- A- Usiba- 1.528 funcionários. ce1ro: BNDES, Fmame, BNDS-
0 presidente da CUT, Jair MenegueUi, blico terá mais dos integrantes - ·um servi- · l Usin a Siderúrgica de Min~ PAR, Banco do No_rdesre qo ]!ra• -
procurou os sindicalistaS da CGT - dentre Gerais - Uslminas _ 1 4_732 sil - BNB, Brazilian Atnencan
dor da CUT e um da CGT - por decisão funciQoários. Merchanr Bank, Ban<IO da Ama·:
eles os comuniscas-para um entendimen- da assembléia - e irá a Brasília para cooca- Além desras usinas siderurgi- ZC?nia SIA - B_asa, Banco "'!~-
to, depois de sentir que a sua entidade sozl- . cos com os constituintes. No Congresso Na-• ca estatais, integram O grupo Si- dional do !3rasil, BN_G_C, !'lendia;- ••
nha não tinha condições de levar adiante cional, o Comando vai pressionar os parla- derbrás as seguintes empresas: n1!1 Cr édito _1mo_bil iá170, Men-
0 movimenco de pr9re.sro contra a política meneares para apressar a vocação do pacote Carbonffer:a Próspero SIA, Co- di0nal_Créd1to Fmana amenro '!
de arrocho salarial do presidente Samey brap, Fábrica de Estruturas Melil- Ihvesom~~ro, Banco de Rorai-
Sam~y-Maflson, com o propósito de derro- licas 5/A e o setor administrativo "!ª• Men d1on1!1 _Banco ? e,lhves•
e do ministro Mailso,n da Nóbrega Os sindi- car a p()Mticade arrocho·salarialdetemunada do próprio grupo )Siderbrás, umenro, M~n dional_C1a de ~ •
caliscas da CGT pretendiam que a Plenária
Nacional dos Trabalhadores em Empresas
pelo FMl . 1 com 244 funcionários próprios -guros
Gerais, M erfdional Distn ,
Na -Plenár ia oo Sin~icaco dos Telefônicos, e mais 196.692 contratados por b1!1.dora de Tf" !l os_ e ~aloresM<>s_:
Estatais e 'Funcionalismo Público aprovasse ficou acercado o 1~ de Maio Unificado, e terceiros o u conveniados. bil iários, BB Discnb~ ?º:3 de Tf. .
rolos e Valor es Mobiliários, Ban-
o adJamamento da greve do dia 27 para da mesa participaram João Garlos Araujo Grupo Telebnls \co Habitasul .o/A, Habir.asul Díst
3 de maio, por 24 horas, mas a cur insistill dos Santos, Cyro Garcia, Aparecido Alves '\ Emb.rarel - 11.849 funcioná- de Tírulos e Valores Mob, Meri-
na paralisação de 48 horas. Meneguelli acei-1 Tenório, Gerson de Almeida, Arlindo Bor- l rios em todo o País. Integram dional Leasing, Meridi onal Cor-
t0u as ponderações dos sindicaliscas da CGT ges Pereira, Carlos Santana, Flávio Ramos ' am~ CJ grupo 24 empresas esta- rerora e Fundação do Banco do
e a Plenária aprovou a greve de dois dias, Ruy Calandrini, Jair Meneguelli.e Antoni~ \ duais de tel~comunicações. en- Brasil.
mas com uma ressalva: será feita uma avalia- Garl0s de_Andrade.
Por ·Ministérios
DIEESE DENUNCIA Aeronáutica Esgotos e Eletriddade de ·
Cia-Eletromecãnica, Embraer Roraima e Amapá e Cia de
(8.592 funcionários, em São José ,\ Colonizaçiio do Nordestt;.
TPC - lodice de Preços ao Consumidor, de cada mês, sob a denominação de LNPC, (1) (2) (3) (4) (5) ' (6) (7 ::-5+ 3) CiEocio e Tecoologio Ide Dados da Previdência ~-869 -
.~;;;~~~~':;/~)
que serve de base a0 reajuste dos salários. lndíae Nacional de Preços ao Consumidor, Cobm - Compumdores e lfunc.), LBA ( 8.777), Flln:i.bem .
empregad0 para reajustar ouu:os valores da Ir " 1(2.693) . L-lPAS (25.835), InDmps
A denúncia ê do Dieese - Depanamemo 1 1 Sistemas BcttSilelros S!A (2.879
l nterslndical de Estatísticas e <le Estudos econ omia que não os salári0s (cademeras Mal/87 Jun/87 226,94 23,21 226,94 23, 21 ,; - fun,) ( 124 11:m. .INPS(3J.292) e as
\Sódo-Econômicos, que explica como, a de poupança, por exemplõ). ·
1-
Jurl/87 aul/Br 286,07 16;06 -zr5,59 I 21,44 "7",6~ Comuni<açdc,
f
JuY87 Ago/87 294,80 3,05 303,28 -2,88 Empresa Brasileira de e
,•partir de junho de 87 com o chamado Plano 10,05
Ago/87 313,55 6,36 318,72
' 5,09 -1,65 €orreios e Telegt;áfos _ ECT Vossa Senhora da
/Bresser, foram supridos 15 dias nos cálcu- A tabela anexa, do Dieese, comparando Sel/87
(7.4.586 func.) Conceição(RS).
/!ºs, acarretando a partir daí perdas salariais as variações do IPC com as do lNPC, mosrrn
as perdas salariais na última coluna, que
Sel/87
Oul/87
Out/87
Nov/87
331,36
361,78
S,68
9,18
1
341,51
378,67
7,15
10,88 t'
-3,06
-4,67 'I Radiodifusão -
Empresa B~ ileira de Transportes
para todas as caregorias que já tiveram dara- Radi obrás _ Cia de Navegação Lloyd
se acentuaram mês a mês, prejudicando so- Novi87 Dez/87 408,23 12,84 435,21. 14,93 11 ~ ,61 (l.On)
base, e que chega a atingir, por este motivo, Br-,isl/eiro (2.840 func.),
bretudo as categorias que tiveram sua daca- Dez/87 Jan/88 465,96 14,14 496,00 13,97 ~ ,45 Exército
uma diferença de 8,7% para quem teve rea- Empresa de Na'l--egaçio da Bacia
base após secembr0 do an0 passado. O eco- Jon/8S Fev/88 542,89 16,51 590,10 18,97 -8,70 - Indústria de Material Bélico do PraI:J. e Valec - Comérde
juste salarial n0 último mês de fevereiro.
nomista limar Ferreira Silva, do D.leese, ex- Fev/88 Mar/88 640,40 683,39 15,81 ~ .71 'Cio Brasil - lmbel - (3.636 func) e Serviços Ltda ( encarregada da
17,i e Prólogo S/A
plicou ainda à Voz Sindical que mesmo o Ferrovia None-Sul).
De março de 86, data do Plano Cruzado, índice calculado pelo JNPC difere, para me- 1
. Fazenda Sepiao
acé as véspepis da edição do Plano Bresser, nos do lndlce calculado pelo Dieese: no Acesita EnergérJca 51A (5.213 Cara1ba M eG1ls 5/A (3,649
lndltt: Base - Dez/86~= 100,00 funcJ, Casa da M oeda do Brosil
o IBGE calculava apenas um índice - IPC últi~o mês cte março, a Inflação foi de 16,01 func.), Cía Brasile ira do Cobre
- rujo period0 de coleta ~e P!eç0s c_0c_res- para o IBGE e de 2l ,91% segundo o Dleese. (2.488 func.), Cia Aços Especiais (1,058 fu nc,). Mafe rsa
Ilmar Fel't'eira alerta cambém sobre os efei- Itabi ro (8.038 func.), D:Jmmec SIA(3.0001), Usimec(2,958), C1a
pondia ao mes civil, do p_r,1~e1r_o ao u!W?º
dia d0 mês de referência (o mdice de Janei- tos da greve do IBGE no cálculo dos índices
ro representava então a varia§âo de p.reços de abril: "O Interventor Celso Lopes já
As perdas nas estatais SIA - Sistema de
Pr0eessamemo de Dados (3.236
ru. de Zinco eMJneraçiio
nçasa.
em relação ao mês anterior, de dezembro, anunciou que pretende fazer uma projeção 1 func.), Serpro (20.414 func.) Cultura
A tabe.la ao lado, elaborada pelo econo- Alumínio 5/A Exrrusão ' Empresa Brasileira d e Fimes
por exemplo). Com o Plano Bresser, 0 cál- dos preços coletados antes da greve para mista limar F~rreira Silva, do Dieese, mo$- DATA-BASE SALÁRIO REAL PERDA 1
~
15 dias. , de perdas com a Flesp, eslã0 fazend0 suas 0 Cia Slderúcgfca da Amazónia, Justiça
reivindicações com base n0 JNPC e não n9 ment0 da URP, mas com e le terá uma •. ABRIU88 68,31 31;69 Cia Nordestina de Sondagens e Empresa Brasileira de
perda total de 67,7896. - Perfura,;ões, Cia de Artesunato ticia~ (EBN) - 719
Esta ''mágica" lesíV'.t ao bolso de rodosl IPC, ou seja, não aceitam o "s1,1miço'' dos 1do NQrdeste , e~ . de ÁBU:i.s,
tionário~
1os assalaria~ brasileiros_ - sem contar !? 9ias nos cálrulos dos seus salários, -
L- - - - - - - -
ww---~----
--~------•~wcww-~~---------
B </ SINDICAL 2.2/04 a 2.8/04/88 ~
PAULINHO
"Quando você fala na sua própria
· história, nego diz que é nostalgia!'
Perfile
entrevista
_ com Paulinho·
da Viola- .nas
páginas
centrais
..,
Gades: arte
apaixonada do
TRABALHADO
cb.ão andaluz FIRMES NA L .,..
Página 11
1
Em todo o Pais o movimento sindkal r~aliz-ará
comemorações do lt de Maio, préparando a greve
do setor público marcada para este dia 3.
Página 4 e Voz Sindieaf
Propaganda na
TV gera impasse
entre partidos
Página 3
2 EDITORIAL 29/04 a 04/05/88 ~W,Z
...
Empresários
reuniões mais tranquilas dos últi-
mos tempos", comentou o líder do
PCB, Roberto Freire, ao avaliar as
lando interesses do empresariado
nadonal e das ,ISSodações naGiaa;,-
listas e sindicatos de trabalhadores.
Lima, da Aeronáutica; o general Bay-
ma Denis, da Casa Militar, e com
o _bHgadeiro Paulo Robeno Cama-
bidos, com exceção dos Já ceie.bra-
dos com a Petrobrás.
Divergências acerca ela explora-
j
N0S dias anreriores à votação d;1
Ordem Económica, empresários de
negociações. ''Todos escavam com
disposição de negocfar, até porque
Na reta de chegada da votação,
quando surgiu o impasse com o
rinha, chefe do Escada Maior das
Forças Armadas, revelat'31TJ que as
ção do petróleo e da distribuição
de seus derivados não foram supe-
j
vários setores e estados reun.i.ram- os que não tinham essa disposição Cenrráo, os p:irlament:1res decidi- propostas do Centrão sobre a em-
se com represenamtes do Centrão, não compareceram. O acordo foi radas durante as negociações, fican-
ram formar uma romissãopara esra- pres.1 nadonal, a e\p/oração de mi- do estabelecido que as emendas
para prestar-lhes apoio kresffico a bom e não creio que não haja nin- belecer enrendimenros com os mi· nerais e o monopólio esratal do pe-
seu substitutivo, O Centrão aceitou guém que tratam da questão - dentre
frustrado com o que ficou nistTOS milir;u:es, que acé então vi- rróleo preocupavam o Conselho de
que os empresários publie2ssem Segurança Nacional.
elas, a do deputado comunista Fer-
definido", concluiu o parlamentar nham sisremacicamente apoiando as
noras paga~ na imprensa em apoio nando Santana (PCB-BA) - deve-
comunista. rão ser encaminhadas à vocação.
às suas emendas, e passou a contar
com as j:ltinhos de codo.s eles para
CTãZerem o.. depurada<; à Brasília.
Partidos negociam propaganda na TV Comité intensificará
Confronto
Brasília (do correspondente) - do tempo entre os partidos. O líder mo critério.
campanha
Por coora disso, o líder dp PfL, Ainda sem solução, até meados da do PCB, Roberto Freire, defendeu Havia, entretanto, mais duru; pro- Brasília ( do correspondente)-Pe:
d_epu13do José Lourenço, uma das semana passada, a questão da pro- na reunião de Uderanças que cada postas. Uma, delas, do deputado la primeira ve~ a reunião do Co-
lideranças mais r:idjcais do Cen- paganda eleitoral, impedindo a vo- partido, com ou sem representação Saulo Queiróz (PR.), sugeria a divi• micê Suprapartidário por Diretas
crão, en1rou asemana p35$3da repu- cação do projeco de regulamenta- no Congresso, e inclusive os novos, são equitativa de 30% do tempo ro- 88, realizada dia 26 para uma reco-
di,!Wdo qualquer ripo de negoda- ção das e ldções municipais deste recebessem um mínimo de 3 minu- tai entre todos os panidos com re- mada da campanha, cransformou-se
ÇJO ou acordo 'iObre a Ordem Eco- ano. O PCB defende horário gra- tos, e o restante do horário fosse presentação. Outra, apresentada num verdadeiro ato político, com
nómica: "Eles que vão negociar ruito de 2 horas diárias, durante 60 divldidô entre as agremiações pro- pelo PL, sugeria um máximo de 5 apresença dos govem;idores V;1/dir
com os raios que os partill11. ·· Apala- dias, mas esbarra na íncransigê.ncia porcionalmente às representações a 6 minucos a ser dividido pelos Pires (BA) e Fernando Collor (AL),
vra de oroem do Cenrrao era bacer do PR., que não abre mão de redu- na Câmara Federal e nas Assem- partidos sem represemaç-:io, e todo além das prindpais lide.ranç-JS do
chapa, e só_ negociil! se compro- zir o tempo para apenas 1 h. bléias Legislativas, A proposr-à tem o resto do tempo distribuído pro- Piv!DB, encre elas, os senadores Má-
vado que nao fX)SSUlam maioria O Uder do PMDB, depurado Ib· como objetivo viabilizar os novos porcionalmente às- representações rio Covas, José Richa, Fernando
.Poderio sen Pinheiro, apresentou no início partidos, favorecendo também aos dos partidos no parlamenro. · Henrique Cardoso e o prefeito de
da semana projeco tentando acordo pequenos. Outras questões Cui;ibá, Dante de Oliveira. ·
°Mais do que nunca se compro- (pr0posra de 90 minutos diárias du- O projeto de Jbsen Pinheiro, en-
v.?Ya, na semana passada, a pressão rante 45 dias), mas encontrou resis- cretanro, adotava outro critério. Ele Sobre outros tópicos do projeto, Partidpar;J.m, também, diversas
que o poder econômico pode ar- tência de ambos os lado~. A expec- propunha 3.0 minums cliários divi- as negociações correram mais fá. entidades de dasse, coordenadas
mar para a defesa de seus interes- tativa é que o texto final defina 90 didos entre os partidos.sendo 30" cels. O próprio líder do PMDB su- pela OAB. O gove17?ador Miguel Ar-
ses. Além das caravanas de frendsras minutos diários durante 60 dias. As para os particjos sern represenração geriu que, nos municípios que pos- raes, bem como os ex-governado-
de _postos de gasolina, .inanciadas negociações são indispensáveis congressual e um mínimo de um suirern estação geradora de rádio res Franco Moncoro e Leonel Brizo--
pelas mulrinadonais, e das quase porque, sem elas, oPFL ameaça boi- mfnuto e máximo de 3· para os que ou tv, a programação política seja !a, enviaram telegramas justific-àl1do
duas mil pessoas plane/adas pela cotar ~ votação do projeto global tivessem representação. Isso pode- local, obedecida a, lei geral, e o tem- a ausência e prescand0 solidarieda-
lJDR para acompanharem as vota- pelas Lideranç-as, Inviabilizando sua ria implicar, em alguns casos, em po de cada partido seja adminis- de ao movimento, chegando a a.fir-
ções da Ordem Económica, tam- aprovac;:ão. falra de tempo para codos os parti• trado locafmenre pelas agremia- mar que apoiariam qualquer deci-
bém esl8vam advOS os grandes la- dos sendo descontado o que faltas- ções. Isso visa a evitar que municí- são adotada na reunião. Pelo PCB
Polemica se do rempo proporcional de ~ada pios do interior sejam obrigados a parrldpardl11 os depucados Fernan-
boratórios da indústria farmacêu-
tica e as mineradoras - r.anto na- (?utra polêmica important~ no partido. ~o ~o de sobra 9e tempo, veicular programação dos candida- do Santana (BA) e Augusto Carvalho
pro1eco de propaganda é a divisão a redismbu1çao obedeceria ao mes- tos das capitais. (DF).
donals como multinacionais.
~,
"'
4 PONTO DE VISTA 29.'04 a 04/05/88 W1Z
ção da jornada de trabalho, as férias imediata de seus salários, de suas de levar em conta que essa solução conservadora e
remuneradas, os clireitos da mu- das eleições municipais e a pers- condições de vida e de seus empre-
lher, a proteção ao menor, a previ- pectiva de mais um ano de mandaco gos. A continuidadé de uma política reacionária não é politicamente viável na atual situação
dência socia.1, entre outras; à freme para o atual presidente, contrarian- econômica alheia aos interesses do de maior democracia (em relação ao regime militar),
da luta dos povos·por sua libertação do os anseios da Nação, configurnm povo e cujo único instrumento é democracia que, ainda que limitadamente, deverá se
nacional os a:abali1adores infringi- um quadro político que exige a a recessão, fecha à Nação a perspec-
r-amsérias derrotaS ao colonialismo transformação do Primeiro de Maiu tiva <lo progresso econômico e so- ampliar a partir da vigência da nova Constituição. Sendo
e ao neocolonialismo; e nos países deste ano em rele-'. :1me evento de cial, e põe em risco o próprio pro- a solução conserva9ora e reacionária economicamente
socialistas, os trabalhadores liqui- mobilização dos m, h;1111adores com cesso de consolidação e ampliação viável e politicamente inviável, os setores ·conservado-
daram a exploração do homem pe- vistas à grandt:s jornadas de lura das liberdades democráricas.
lo homem e garantiram a melhoria que se avizinham, tendo-se como Mais do ~ue nunca, é necessário res e reacionários vão, é claro, procurar atacar a demo-
radical das condições da vida mate- referência, inclusi\'e, a greve nacio- reforçar a unidade do movimento cracia Daí, a necessidade de defender a democracia.
rial e culrural dos cidadãos - com nal nas estatais convocada para o sindical, buscando-se a ação co-
Por que a solução conservadora e reacionária não é
novos avanços fuvorecidos hoje pe- dia 3 de maio próximo. mum conrra o arrocho salarial e
la "perestroika" e a "glasnosc" - Contrariando os compromissos a recessão independente de con- politicamente viável nas atuais circunstâncias? Porque
e contribuíram decisivamente para assumidos com o povo nos primór- cepções político-ideológicas. E é ela beneficia apenas setores restritos da população, pre-
a manutenção da paz mundial. <.Lios da Nova República e acenden- também essencial que o movimen-
to sindical seja capaz de se articular
judicando as grandes massas, que na democracia têm
Em nosso País, em que pesem do aos interesses do imperialismo,
as atuais cfükuldades enfrentadas dos monopolisrns, dos banqueiros com amplos serores da sociedade, condições de se contrapor aos objetivos dos setores
pela classe trabalhadora, também e latifundiários, o governo federnl fuvorecendo a formação do bloco reacionários e conservadores.
há razões substanciais para a come- abdica do tratamento soberano da de forças políticas e sociais demo-
questão da dívida externa e subme- cráticas e progressistas, cujo inte-
No e ntanto, a luta contra a solução conservadora
moração festiva do Primeiro de
Maio. A transição democrática camí- te-se às pressões dos credores in- resse comum é a consolidação da e reacionária da crise pode levar, se for mal conduzida,
nha para o seu término com a pro- , ternacionais e ao receituário reces- democracia no País e a re0riencação ao reforço de uma solução populista de direita. Um
mulgação de uma Constituição que, sivo preconizado pelo FMl Com da economia no sentido do cresci-
atf! o momento, permite a instiru- uma política econô01ica cujo obje- mento da produção e da distribui- goverrio populista de direita, que pode até mesmo ser
cionalização de liberdades públicas tivo central - antinacional. e anti· ção da renda, para melhoria das eleito em eleições diretas, por insuficiêf.lcia no esclare-
fundamentais criando novas e me- popular - é a geração de divisas condições de vida da população. cimento político das grandes massas, pode adotar uma
lhores condições para a5 luras dos para o pagamento dos escorchantes Neste 'Primeiro de Maio, os co-
lfabalhadores e garante significati- juros da divida, o gbverno procura munistas participam da dura luta poütica de criação de empregos, por exemplo na indús-
vos avanços sociais. Tais avanços, restringir ainda mais o consumo que os trapalbadores travam contra tria armamentista; pode reagir contra o FMI e os bancos
e mbo ra estejam aquém das aspira- popular e enfraquecer a ação das o grande capital e a polírica econô- credores, pod€ mexer na estrutura agrária, mas ao mes-
ções populares, coostin1em inequí- empresas estatais - instrumentos mica e m vigor, reafirmando sua
vocas conquistas, como a redução _ históricos do desenvolvimento eco- plena confiança de que, com unida- mo tempo teria de agir contra os setores mais politi-
da jornada de trabalho para 44 ho- nômico nacional - de modo a ga- de e amplas ações de massas, será zados e organizados das massas operárias e assalariadas
ras a hora extra 50% acima da hora ranti r mais exportação e me nos im- possível barrar o arrocho e o de-
semprego e compatibilizar as con-
em geral, impedindo a democracia e a liberdade de
oo;mal, a indenização para demis- portação.
sões proporcionalmente ao H:mpo Impossibilitado de conúnuar ex- quistas democráticas alcançadas organização de manifestação. Foi mais ou menos isso
de serviço, a licença materrudade plicando o arrocho salarial pela ne- com efetivas mudanças econômi- que aconteceu com o fascismo e o nazismo. Atenção
de 120 dias e a de pate rnidade de ces.c;idade de controle da inflação cas.
portanto para que, ao se combater a solução conser-
8 dias, a gratificação de !érias cor- - já que a URP sequer recompõe
respondente a 113 do salario, o 13v o poder aquisitivo dos salários em-
vadora e reacionária, oãe se leve água para o moinho
P'dra os aposentados, a jornada de bora os preços continuem aumen-
1
Geraldo Rodrigues dos Sentos é mem- da solução populista de direita.
6 horas para turnos de rodízio, a tando - o governo inventa uma bro da Comissão Executiva Nacional do ~
PCB. '
extensão ao trabalhador rural dos nova farsa que eoloca o Estado co-
.,
1-
WIZ 29/04 ª 041os1aa ECONOMIA 5
TOME NOTA
Nova versão sobre
Política industrial visa crescimento
a Coreia do Sul
Uma proposta estraté~ca, que aposta no resgate das altas taxas de crescimento e
Esrudo realizado pelos réal/C().)"
do BNDES rendo à frente .1!:m3 de
na modernização do parque produtivo, é a opção em estudos no governo federal
Fátima Dib e Paulo 5ergio Ferra-
doli, lança por tem mdo o qu~
r;-em sendof.úadoso/J.re:1ecanom~a
• - • .1 ~mdo os d01s
G rande expectativa está sendo
g~~ada nos meios e mp resa-
nais e entre os economistas do Ladeira abaixo
da Coréia do :,w .,.,~~- _, P'IB ' - ,
3% de ue,cítT1éfl_lO uo co- '"Pais em tomo d
os 1 3rdbuidos ao pia- política 1 · nd ·ºa1ºovo proieto de O secor de bens de capital deverá
reanodereniser . . ustn que o governo
oepmenrod:uvecumpndo, a cap1- pretende anunciar, pois especula- encerrar o ano com uma queda de
·,f/30<Jna1sfórreseinvestimencos se que os técnicos do Ministério 20% do seu fâruramento em relação
:; de5eJJrcMmenro teCf!ológico e da Faze~da ,encarregados de sua ao ano passado, anunciou o presi-
n:I educaçia Além disso, à p r es~n- elaboraçao não pretendem adotar dence da Assodação Brasileira de
ÇI do Estl1dona economia, conrrole qualquer visão imediatista, optando Máquinas e Equipamentos (Abi-
Jas impomções e rígido sistema por fomentar um deselvolvimento maq)(Luís Carlos Deloon Leite, pre-
de enrrada das multinacionais no de largo prazo. vis,io relacionada com a sensível re-
país As duas zonas de pro cessa- O eixo da nova política industrial dução dos índices de desenvolvi-
º:
m.enio de exportações criadas por em elaboração pelo governo será
lã, em_I?,7 1~72, P~ e_spanr_o a _moder~çãoclo parque indus-
dJ opiJlí10 P blica brasileira, sao tnal, com conquista tecnológica e
mento do País'. Já no ano passado,
apesar de aumento de 2,6% na pro-
cfução em relação a 1986, o setor
tPlp-.m~e ~~5~: frustrando as maior competitividade. Apoia-se a regiscrou uma queda de 8,2% nas
c:Apectattvas truaais, rep:esencam proposta na queda das taxas de in- ve,ndas, delvando as empresas em
apenas 2% das exportaçoes corea- vestimentos reduzidas de 2396 do situação difícil.
nas. Os dois técnicos foram "ver Produco lnt~rno Bruto na década Em janeiro deste ano, a queda
para cre(' e ~~~m d~men~do de 70 parà 16% ao ano. O parque de crescimento no secor foi de
alguns sab1does da vida nac19.naI, industrial brasileiro, segundo os 12,8%, aumentando para 16,6% em
como Roberto Campo.s e José Gui- técnicos, esr.á sendo praticamente fevereiro. Dois setores vêm sendn-
lherme Mequior sucareado, com a utilização de tec- será possível duplicar o atual volu- nistério da Fazenda, entretanto, é do mais duramente essa queda: má-
nologia obsoleta. me de eJ\'POrtações brasileiras. o fato de que a curto prazo o pro- quinas agrícolas, com 50% de redu-
Programas setoriais integrados, grama prevê o aumento das impor- ção de vendas, e mecânica pesada,
Ingresso aa mão para A proposra dos técnicos do Minis· com redução de impostos e maio- tações, com impacto sobre o supe- que caiu 39%. Nos serores dá indús-
o clube dos retardados 'tério da Fazenda é possibilicar um res facilidades para exportação e rávit comercial brasileiro - cuja cria seriada, o nível de odosidade
crescimemo mínimo do PIB indus- importações, serão parte deste pro- elevação é estimulada atualmente d1ega a 26%. O desemprego no se-
0 economista e depurado consd- triai de 7 a 8% ao ano, durante os jeto, que pretende privilegiar os se- para o pagamento dos serviços da car, que já é uma dura realidade
tuinte José Serra, analisando o de- próximos dez anos, resgatando tores de tecnologia de ponta e tam- dívida externa. Os investimentos para os trabalhadores, somente não
se.mpenho da economia brasileira uma caxa média histórica. Há um bém criar programas de exporta- em projetos industriais, na opinião é maior na ár ea do pessoal espeda-
no.s últimosaaos, demonstra defor- consenso de que essa taxa é indis- ção, com ênfase no setor marítimo. dos técnicos que elaboram o plano, lizado, que as empresas evitam dis-
ma dam, simples e objeriWJporque pensável para recuperar a defasa- A grande conr.radição dos escu- são um ínstrumenro mais eficiente pensar porque enconrraiii difi-
S\ .Bo.si\ ,i5. ffill}nml, _-.e..1, jt»l,:e~',f\ s..e.m \t.cr!1.1J\f;:s.\.u ~\t.ntt. e.. mm dos rea\iiadm. mm a atua.\ po\\tica f'\lrll rnmh;\TP.r o r\éflc.it púl:ilico e culdade para recuperar a mão-de.-
e agora sófalra consumar sua enrra- base nesse objerivo, em dez anos económica desenvolvida pelo Mi- criar riquezas no País. obra depois''.
da no dube da5 reíardados econó-
micos, ;unto com outr0s países co-
mo Uruguai, Chile e Argentina. A
queda das raxas de crescimento da
economia brasüeinl colocou de for -
Acelerado o programa de privatização
ma dramática a questão da neces-
sidade deinvestimentos. É possível
cr(:Scerpor breveperíodo ulilizan
flOIIE DA O.RESA 1COIIIROUOOR
AOONISTA OBSERVAi;o-Es 1I~ EDUARDO ROCHA
ra S/A - Telebrás; Petrobrás Distri-
buidora S/A, além da Usina Siderúr-
,. PROCESSOS COCI.Ui:JOS gica de Minas Gera.is S/A - esta
do a capaddade ociosa, mas sem
I
novos .i1JveslÚ11entos na expansão
da capaéidade prcxluliva is.so é im-
possfve/ porperíodos mais largos
Clo......,dtTecilolllmAúa
Einp,lll~e01MS.O!wa&pedD&a
TIWf~iJE~ACIOll,(fljo
BNOES
OHER
=- Alitt11do lO ª"""'
Calag....1 Lfopoldlna
Uq,idlçioom»(!Hl
A Secretaria do C0nselho lnter-
ministeriaJ de Privati.7..ação, coorde-
nada pelo Ministério do Planeja-
última, arualmente uma das princi-
pais produtora de aço das Américas. •
Trata-se, na verdade, do desman-
Para ele, os /atores que bloqueiam
o crescimento são a queda dos in-
vesrimencospúblicos, a retrP.ção do
investidcr priVãdo e o b l oqueio dos
.inandamenros exrernos.
lllllruSoc:ildldtÃndlilll
IMq,ilnaPh!ilhglU
11iqui>a PhlímpdolbdtlllU
Sillnirgica,.::_t
C1a.
Cla.lllilnfna
~~-li
dll Cnml -COSIII
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Fffllla...,._U•ftr'Btg
8HOES
IINOESl'AII
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SlllfABRÃS
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AeroniU1lcl
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Emia.doanllçio
Em lut dunllse cadullal
Ellllutdtlll9odaçio
Ellludt=
llldlda~ttlvo•
Edital p
Elll lut dt0ft111s de
ela!Jorado
PrtÇOs
lllplaçiottUl1dlfflflllD
mento, elaborou- recentemente a
lista de empresas sob controle acio-
nário do Estado incluídas no Pro-
grama de Privatização. A VU pública
parte da lista nesta edição.
Atualmente, há uma forte tendên-
telamento de considerável parte do
setor produtivo estatal. São empre-'
sas lucrativas (almejadas pela inicia-
tiva privada) que serão vendidas a
valores jnferiores ao seu real valor
patrimonial e produtivo.
Centnltdt~do&pilloSnoli
c,ntnis dt Ab t 1 :-te... c.,,pilla U COBAL
Nlgoclaçiotm tndamenlo cia· de acelerar o processo de passar Privatizando a privatização
"'9o<~tt11 tndamen1D
1
Câmara denuncia Cnbl llttlilli-hlmlatCoill«cà> BHDESPAR E.a)dtlln para o comrole privado, nacional O Conselho loterministerial de
CBC
sucateamento da Cosipa C1a. 8/IIDlhdtDnco·CSZ(Cnba)
CAAAIBA
Eaddlnlçio
Emdlfinlçto e escrangeiro, importantes.e 7estraté- Privatização esruda a introdução de
llinenpocntllll.ld&.=J CBC E.ti dtflnJçio gicas empresas do Setor Pi:odutivo uma terceira personagem externa
~ Cll!lltc Uda. f J
Os vereadores de Sancos, com
base nas discussões realizadas na-
~ c . i - Udl,(c:n!IIJ
C1a. 8mllih dtCollrl· C8C (Caraila)
~Clrlnl.lda.("'c:.
~PAR
C
~=
CAAAIBA
BA
CARABA
o
to
Emdtllnlçto
EmdeflnJçio
.Estatal, marerializando assim a fu-
nesta idéia que, "com grande Jm-
no processo: o intermediário, que
poderá ser um banco de investi-
=~
:;.,:Clrzàlllol.ldL( ) lnd.tCom. Emdefinlç6o pulso na privatização das estatais, mento, uma <!orrerora, um banco
quel~ Câmara Municipal sobre a si- FUI ~ dt.&lnlllnS lldMlcu U CSN
lnd.1Com. Emdeflnlçio
ruaçao da COSipa, aprovaram docu- llllnaSldtnilgfc:ldl lblllo U • SISA
lnd.1Co111, EIII definJçio estará se dando uma forte eoncen- de negócios ou um consultor espe-
~ Anos P1i1ti11 U-AFP cializado nesta área.
m~to denominado "Cam da Cos/- 8rlsfllndl~ ~ -COSIW'I SIOER'S~ lnd.eCom.
111d.tCoJn,
Ellldtllnlçio ção do déficit público".
a,. Ftm, e Açodt ítdril• COfAVI SIOEAB Ellldeflnlçto
pa o_nde af'mnam que a empresa a., Sillwgjcldl Amazdma· Sl)EIIAIIA IINIÃO lnlfflol
Em=
O programa prevê, por exemplo, "Se atingirmós este objetivo po-
estaria com a produção normal e BHOES PIIJltpfflento a transferência do controle a'cioná- deremos multi plicar o nosso poten-
fiibr:icando aços de exceJenie quali-
dade se o governo não tivesse cona-
ÜIIIÚlll llidnlcaU · USllll:C
fóllakelltlU·FASA(:L_
~~BadldoPrlll -SHBP
IIMglliodoSio Fraoclsco-FRAHAVE
~Oaiios.A.
AIITA
u o
u o
flllftda
PETROOUISA
T11111pom
Transportu
lllnueE/lt(9.
E=
EIIIBcllaçio
Ptndtntt dtdtllnlçio
rio de empresas como a Garaíba
Metais SIA, detentora do monopólio
cial de venda, atraindo, inclusive,
a iniciariv-,1 privada na área de con- j
do os apones de capical programa- M.Cirt,aqaioltlCmrlne!l•·ICC
PROfEATlL tllnastEnt,v.
lnd.tCom.
Ptndtnlt dt dtlinlç(o e comerciali1..ação do cobre no País; sultoria e intermediação para auxi- j
dos. Os vereadores aCtJSam o gover-
no de uólizar as Irregularidades =-~"'.°S::.:feflloctssanenlo dl Oodos
Coln-~•Sllttsu Srulflim $.A.
CSH
CEf
BHOESICEF
Fmnd1
Ci!nelieT«n.
l'tndtflle dt dtllnlçio
Ptndtnle de dt!inljfo
Pffldtnlt dt dtflnlçio
Usina Siderúrgica da Bahia - USJ-
BA, importante produtora de aços
liar o comprador n_a montagem da
engenharia financeira. Privatizaría-
j
BNDESISIIDG P~lo Ptndtn!t dt delnlçJo
ocorridas na empresa para jui;cificar tTaliat=U
~•bllil·Acala
O. BRASIL Fmndt Ptndentode dtlfnlçto
Pendtnlt dtdtfll1lçfo
planos; Cobra Compuradores e Sis- mos, assim, o próprio processo de j
a intervenção, sem entreGlflro ado.- ACESITA
ACESITA
Fmnd1
Fmnd1 Ptndtnte dtdtllllçio temas Braslleiros S/A, empresa es- privatização", argumenta David Ca-
cu- medidas para superar a grJve -....;.~s!:;~{Acaill) Lratégica no setor de informática; semiro Moreira, secretário-executi-
siwação llnanceinl da empresa e so- EIPIIUAsEtlllCO!IPoAAÇÃO/ACERVOS EII LIOUIDAÇÃO Cia. de Aços Jtabira - Acesita, pro- vo do Co nselho lnterministerial de
ludonar os seus problemas admi- dutora de aços de sofisticada tecno- Privatização.
nistrativos. •~ missão interJJentora EIII tue dt llqulSaçfo Tudo indica que a iniciativa pri-
~~MidtWcatln$lwn!IÇi)s.A. E.IIBRAER Aerunl utlea logia; e Perropesquisa S/A, empresa
deixa dara o seu caráter policia- a..-...:""-·Copase UHIÃO
PORT,OBRÁS
FmndJ
lnd.eCom.
Elllestudo
Em fm dt lnco,p. p~obril que responde por 80% da fabrica- vada, que não perde a oportuni-
&u.-11o11'TO~ Eltlntudo
lesco, gerando medo e insegurança Cil.llnslleh11o~liil1londPtn11 UHIÃO 'fmnd1
Emnludo ção de produtos químicos no País dade para proferir discursos contra
Fmnda
enrre os trabalhadores. "A Coslpa, UHIÁO encre outras. a interferência do Estado, não esta-
segundo eles, corre séria ameaça Elll'IIWsOES!WAol.S O programa inclui, também, as rá disposta a se auto-financiar. Ela
==
~lll!IIROCAP!TAL
_,
6 .. .. ...
" "
iz-
Rogério Marques.
Não é de hoj e a preocu~ção
Overdadeiro cidadão-sai
com a perda de espaço da música aparentada mm aYelha guarda e o Ou seja. sua música le,'a a ma
brasileira p ara a m úsica estrangeira Carlos Jurandir choro. tem a cor das tendinhas, das
- prindpalmente a non e-americana -
genuína arte popular. que n~
roupas secando nos rarais dos nostálgica e não para no t~
nas rádios, 7Vs e até nos jamais. Como
é que vocé vê o problema? Dificilmente outro sambista morros e conjuntos habitacionais embora esteja interessad~
Paulinho - O que se sab·e, o que tera a ,·isão geral do mundo do dos arrabaldes. dos terreiros das em se foru lecer pela ba.,c.
é muito claro - e é engraçado, porque samha e da ,ida cultural que" escola.~de samba. mas tambem a É·por isso que a roz de
isso não é comentado, mesmo a impren-.
sa não roca muito no assunto, parece·, caracteri1.a a produção artisticl l'rudição mmical que o aproximou. Paulinho. sua maneira de toe:
até um acordo de cavalheiros - , o que e as opiniôc., de Paulinho da Yiola. por exemplo. de maestros como riolão e caraquinho ~sim COI
é voz corrente é que há um controle Sua musica refinada: sempre Rad:Jme" <,natalli e Guerra Peiw. estilo de compor. são ticlo~~
absoluto da m:ídia, um controle dos ele- uma ·espécit dc padrão. O
mentos de comunicação.como FMs, AMs,
televisão e tudo o mais. É uma coisa onde d~s~;1,·oh-imen10 da arte de P;,
os interesses em jogo são maiores do da Viola corresponde ao prôpl
CiJUe a preocupação em saber como está ·-== · • ,: 1e~e1!v_z}~imc.nt~ ~ músi~ .
a cultura brasileira, a arte brasileira -
não existe mais isso. . :.- . ~- ·:.~~v~~·1.~t~~3: e_ y~
, mera.final da campanha de
.filiações do PCB no escado.
depois de Caxias. Em Ro-
t) número tle füliados ao
munista Brasileiro realiza-
Panid:ío. 4ue \':ti se organi-
rá, de forma regionaliza-
1.andn com força. É isso aí,
da, o ativo nacional de con-
,,~ sário, que possui 35 mil cearens~s! trole da campanha de filia-
ção. Em quatro capitais es-
,, Acidade
Duque de Caxias tarão presentes represen-
ranres das organizações
. de Du- do PCB mun icipal, Os- comunisras de todos os es-
que de Caxia.s continua •mundll Bezerra, filiou 103 tados da União, discutindo
~ avançando a passos largos ekicores no PCB. O muri- altm da questão dafüiação
rumo ao cumprimenro de râl) :-e deu no distrito de - a conjuntura nacional e
~ sua mera.Já passam de 900 Gramacho. de grande con- as eleições de 1988. Na ci-
,t
r os filiados, sendo que de:--- cenrrnção operária. As ati- dade de São Paulo, se reu-
ras filiações aproximad:t- \'id:1de s em Gramacho nirão comunistas do Rio
,
r
mente 200 são de títulos rnnrinuarão, pois a região Grande do Sul, Santa Cata-
eleitorais da capital do Rio é enorme e com uma re- rina, Paraná e Mato Grosso
de Janeiro. SGmeme em cepri\·ic.lade muito grande do Sul, além dos paulistas;
'~ um domingo, um grupo aos comunistaS. Agora, se- no Rio de Janeiro, estarão
de 30 militantes. com a rá abordada a área do Sa- representados Mjnas Ge-
presença do preside.me rapuí. rais,Espírjro Santo e o pró-
~ Aquidauana dobra
prio Rio; em Recife, parti-
ciparão Bahia, Sergipe, O secretariado da Dire- base foram estruturadas
r fundamental o empenho
Alagoas, Paraíba,Rio Gran- das direções estaduais e o ção Nacional d1J PCB está com os novos filiados;
Em apenas um murirão, Ribeiro Orro e Ênio Ca- de d0 Norte, Ceará, Piauí, comparecimento de todas recomendanc:0 que as di- quantidade de operários e
o número de filiados em bral, e despertou o inte- Maranhão e Pernambuco; as organizações à reunião, reções estaduais que se- mulheres filiados no pe-
Aquidauana, cidade a 135 resse dos meios de comu- finalmente, em Brasília es- pois nesta se discutirá am- diam os encontros convi- ríodo da campanha; nú-
f km. da capital do Maro nicação local. O vereador tarão prêsentes as organi- plamente o andamemG dem, para estas reuniões, mero de filiados que parti-
,~
Grosso do Sul, Campo comunista concedeu duas zações de Go iás, Pará, nacional da campanhae se militantes das diversas zo- ciparam do Curso de Inte-
Grande. pasc;nu de 30 para eiiu-c::vi:,~ para c::r□i:;:;urd!i
Amapá, Amazonas, Rondô- retiracio os elementos pa- nas eleito rais das Otpitais gração Partidária; quanti-
61, e caminha-se para o nia, Acre, Mato Grosso e ra uma ainda maior d ina- e também dos municípios. dade de volantes, cartazes,
cumprimento da mera de de rádio locais, e o muti- do Distrito Federal. mização, além da sistema- O n úmero•de represen- murais, filipetas etc que fo-
!'
Santa Catarina Direção Nacional.
No começo de março, parridár1a. No interior, a te n do as info r mãções
os comunistas da capital campanha também avan- principais do <desenvolvi- Depois do balanço na-
cional, e com todos estes
baiana contavam mais de ça. Em fpíaú, mais de 100
pesseas se reuniram para
Já são mais de mil filiados mento do trabalho de filia-
ção, ta is como: número dados, será possível visua-
400 filiações, e a curva de
! crescimenro da campanha assistir à palestra do diri-
gente comunista Sinval
Flurianópolis, $C (do cur-
re:,pondenre ) - Os comu-
partici pação do Partido na
próxima elei ção m unicipal
exato de fichas entregues
aos ju ízes ele itorais da ca-
lizar o q uadro exato da
campanha, seus êxitos e
indic~ que cada vez mais nistas c:uarinenses escão co- (veja matéria acima). p ital e dos municípios do resistências, o q ue é a base
f Galeão sobre a Perestroi-
,
t
~
eleitores passarão a fazer
parte das fileiras do Parti-
oo ComuniSta Brasileiro.
ka e o avanço do socia-
lismo na União Soviética.
memorando se~s primei ros
resu l tados na campanha de fi.
liação: já passam de 1 mi l os
Os 1.089 filiados em Santa
Gatarina (nos Planos da Cam-
panha Nacional de Filiação, o
interior; número de zonas
e leitorais das capitais e de
indispensável para sea
aprimoramento. A Voz pu-
blicará todos os resultados
foram formadas novas co- el eitores do esrado filiados PCB necessica cumprir um
m uni cípios do interior
r Para auxiliar na organiza- nos quais atingiu-se,ª ~nte- destas reuniões, ac0mpa-
missões provisór ias em ao Partido Comunista Brasi- míni mo de 8 mil filiados em nhando a luta do Partidão
ção dos novos füiados, es- vários municípios, entre leiro. ea organl zac;ão começa 40 municípios) estão distri- gridade da meta m mima;
a se consolidar po r todo o es- número das m esmas re - por seu registro definitivo
tão sendo ministrados vá- eles Ubatã, Vale nça e Ita- buídos assim, 385 em Joinvi-
e pela construção de um
rios cursos de integração nhém. tado, importante por sua pro- le, 180 em São José, 140 em giões e leitorais ond": o tra-
dução induStrial e agrícola. Cr iciúma, 132 em Florianó- balho está 50% realizado; , grande Partido de massas
Da mesma forma, em Floria- polis, 89 em Palhoça, 62 em quantas organizações de e revolucionário.
Alagoas na luta nópol is os comuniscas estão Bl umenau e 10,J em outros
1 A comunidade de Joa- em Maceió), Eduardo Pe- debatendo com entusiasmo a municípios.
,'
r
t
lo Partido no município.
com a presença dos diri-
gentes estaduais Freitas
PSB, PT, PTB, PDS e PFl.. O
dia seguinte ao qebate foi
dedicado integralmente
Avanços no interior gaúcho Os números da primeira fasé
,'
p
Neco (também ve reador às atividades de .filiação.
Na terrn natal de Érlco Ve-
clsslmo , Cruz Alta, a campa-
dos conjuntos Ecossistem~ e
Raízes Proletárias, e da musi-
.vaml RN (do •correspon-
dente) - A capital poliguar
j.í cumpriu e ultrapassou a
uma meta final de 50.
No Ri<:> Grande do Norte,
o PCB jâ cem ComissõeS Mu-
Faleceu Maria Prestes Maia nha de fillação do PCB já atín- ca típica gaúcha - fech o u sua coca para a primei ra eta- nicipais Provisórias em 50%
!
com chave de o uro o Curso pa da campanha de .filiação: do número de municípios
No·fechamento desta edlçáo da Voz, os co- giu seus objetivos: 235 filia-
e.los 276 filiados previstos, o exigidos por lei,-ea avaliação
munistas receberam uma notícia muito triste: dos, ultrapassa ndo os 215 de Jntegração Part_ll~ária!. que da Ojreção Estadual é.que as
conto u com a parncipaçao c.lc Partidão de Natal tem hoje
el~itores de sua cota. Mas a
falecera Maria de Lurdes Prestes Maia, mulher 28 integrantes. Com a pr~sen- 360 novos filiados. Mas Natal possi bilidad es são mui co
campanha não pára por ai,
de grande vinculação com os movimentos po- com inuando em riuno imen- ça do presidente do D ire~ó- não foi o úni co a u l1rapassar boas.
Onde o Partido tinha
pulares, especialmente com os comunistas, sua meta. Mossoró, de uma
!,
so para aumentar o número rio Estadual gaúcho, J?ornir~- um mínimo de orgânização,
i sc_unu -se_ ~
os Tód e r o . d _ primeira cota de 126, regisrra
mesmo durante a clandestinidade. Quando de filiados e militantes do 220; Ceará Mirim, de 30 pos- a cam panha se desenrolou
chamada de "primeira dama" da cidade, ela rea- Partidão. Destaca-se na cam - ~ rnpanha d e fihaçao. Caraz1-
nho deve cumprir sua cota sui 46; Macau, de 24 alcançou :;atisfaroriamence. E os comu-
gia: "sou a primeira operária". Sempre solicita panha o militante Caro l Ma-
em breve e trabalhará!. tam- 63; o município de Alto do nistas poúguan::s avisam que
aos ativistas populares, Maria de Lurdes deixa jewski, incansável na, filiação, Ro drigues já cumpriu io da a vão até o final, rnmo ao cum-
assistência e c rie.mação aos bém, para a orga111zaçao de
aberto um vazio que dificilmente será preen- no mínimo quatro. ~?".as c~- sua meta, chegando a 52 filia- p rimento de toda a sua meta
novos integrantes do P;irtido. que. é a íll iação de 4 mil elei:
chido. Na próxima semana, a Voz publica um Em Carazlnho 1 uma galeta- missões nos rnu111c1p10s d,1 dos, de uma meta de 45; Pen-
perfil da vida desta lutadora. · região. dências já cem 42 filiados, de lOres em 31 muriicipios.
<la - aC<)mpanhada e.lo ruck
7
1
l
9
W2 29/04 a 04(05188 PCB
l
1
PARTIDÃO PELO PAÍS Lutando pela Serra do Lenheiro DO LEITOR. 1
1
S;io J oão dei Rey, MG ( do .O PCB e a Perest[pika 1
Aliança em FlorianópoUs co rrespon dente) - No dia do
24 último, a população desta De )')Ois da pub liee:ação da
ReUJlidas no último dia elabor:JçiO ~e _u m pr~ra- cidade histó rica do interio r
m3 de prinapros ger:us, a Pe rescro ika, de Gorbatchov,
25, as direções partídári.1S ser m ineiro foi às ruas e m pas- pe rcebe-se a necessidade de
p ubh cado em bre~e e seara . O m 0tivo da manifesra-
do PDT, PCdoB, PSB. PT. ,ubmc:ddoaos respeco vos mudanças no programa e na
ção fo i a depredação assassi-
PCB e PV aprovur:Il11 um p,1rtidos. Esra comissão naqu e ocorre na Serra do Le-
linha política do PCB. Citan-
cro n ograma de rr.1b.-1(htJ rambém esrá encarregada i t\\,ico H do I,e nin, o secretário-geral
nheiro, nas imediações da ci- do Co mitê Central do PCUS
conjunco 1efs:indv ;1 cvl~/!3· de organizar um debace dade . Além de sua beleza na- Um paraíso ecológico ameaçado pela General Eletrlc
- artidária fXll:' ·Lf e/e1• reafirma a prioridade dos in -
çao p . J~íé' wu inrerparddário alieno ao ru ra.l, a Serra rep resenta um racrerização d a Serra do Le- perigo o acervo histó rico de te resses comuns à hu manida-
ções mumdp:11. uc-, '., co mplexo bio lóg ico forma-
.__, Clf"Jnnense. FIO· público, cen do eomo re - do por riach os , olhos d 'água
nh eiro, causada por ativida- São João de i Rey. d e sobre os inte resses d e
na cap1till .,- for· m as o p rograma.político e des de e xploração de arela de d asse. Diz acreditar que ha-
. ó ,ú:c. ,VJ reuJ]/30, . e cach oeiras inconrá ve is ,
;::1,,/:Í,ud.1 u'!'~ conus-
administrativo da coliga-
ção.
com uma fabu losa vege tação,
rudo e m avançado esrado de
q~~ rzo e d e s llício e pela po-
lu1çao das us inas s iderú rgi-
.A passeata do di? 24 foi um
su cesso, e nela os comunistas
verá p aíses nos quajs , e m
condjções favoráveis, os tra-
s,io /ntc',p:lrt1dlm a para a cas d a.região . As grand es be- tiveram o seu papel, apoia n- balhado res poderão to mar o
destnüção devido à explora- n_eflciá rias d esta devasração
ção predató ria da região po r do a luta contra a devastação poder por vias revolucioná-
Ativo secundarista sao as com panhias multina- da n a níreza, lotando p e la rias, enquanto outros povos
pane das companhias mine- cionais, como a Gene ral Ele- preservação do ecossistema poderão conseguir a liberda-
radoras. crie ( GE?, que e xpo rta o p ro- do )')atrimô nio cultural mi- de po r meio do evolucionis-
5ef:í realizado nos dias nia. No m omento, o m ovi- Uma Comissão d e Sindi - duto rea rad o , matéria básica ne iro. Destacaram-se no Mo- mo .
28 e 29 de maio, em Brasí- men co secundarista - cância da Câmara Municipal p ara a p ro duç-J.o de co mpo- vime nto pró -To mbainento O PCB, com seus 66 anos
lia, o Arivo Nadonal Se- de São João dei Rey, e m seu ne ntes e le trô nicos. Esta de-
além de suas históricas de- relató rio , constatou a desca-
da Serra do Le nheiro Lígia Ve- d e e xisrê ncia, ganho u uma
cundari.,ra do PCB, onde bilidades estruturais - vastação , inclus ive, põe e m lasco e Rorné rio l.{ômulo. gr a nde exp eriê ncia, e sabe
çer:J discuc.ida a polfti ca
_ sofre profunda crise p oJí- como pe nsa e age o wvo bra-
JzJ secundaristas comu-
nisras para o movim e nto e
tica, agravada pelo sucgi-
menro d e uma entidade
Duas perdas e dois exemplos sileiro . Porém, amplos seto-
res da classe operária pe rma-
necem passivos e alheios à lu-
asua intervenção n o XXVII paralela à UBES. O aloja- Ens inava o companhe iro do e m 1964 quando, me m- ta, rejeitando a o rganização
Congresso da União Brasi- m ento, em Brasília, esrá ~nnlbal femandes Marques que o direito atual b ro atuante do CGT, e ra pre- até e m sindicatos. Como ela-
leira dos Estudantes Se- garantido para codos os está velho, m o fado e m or i- sidente do S.T.I. Mate rial Plás- borar um programa, um esta-
c u ndaristaS ( UBES), que p articipantes doAtivo, que bundo . Te mos para ele , con- tico de São Paulo, de que fora rum e uma linha política jus-
será realizado de 30 de ju- arcarão com suas despesas Duas perdas abrem vazios tudo, alternat iva, inclus ive ainda fundador. A cassação e taS nestas condições?
nas fileiras do sindicalismo nas entre lif\has do pró prio as perseguições 11ão o abala- Sou de opinião que nunca
lh0 a 3 de agosto, em Goiâ- de alimencação. brasileirp , nas suas vanguar- velho dire ito . A grande tarefa ram: seguiu avante e m novas tivemos e m nosso País um
das. Em dezembro de 1987, dos advogados comprometi- luras. fone Partido maoosta-leni-
em estúpidoearéceno p0nco dos com as lu tas popula res A morre de Miguel o apa- nisra, pela razão de não esru-
Vereador comunista inexplicável acide nte rodo- consiste e m operarem, p o r nho u , já muito doe nte mas da rmos o suficie nte, e esta
viário , faleceu o companhei- assim dizer, co mo parte iros não ·ine rte, como panicip an- negligência se reflere no estas
O trabalho do PCB na mento, luca-se pela consti- ro Nilson Marques, quando para que nasçam novas re la- te das luras dos aposentados, do do PCB nos dias de hoje.
C.ima.ra Municipal de To- cuição de uma Junca de se dirigia a llaboraí, no Rio de ções jurídicas. Quanto à pos- em especial na Associção cios O Panido não tem capacida-
ledo, no Paraná, através da Con ciliação e Julgamento Janeiro para seu concorrido se e à p ropriedade, o legado Apose ntados na Indústria de de de ganhar os melhores fi-
ação do vereador Luíz Car- em Toledo, pois na atual plamii0 no Sindicato dos Tra- de Nilson Marque s e ns ina Plásticos, que funcio na na se- lhos d a classe operária, das
l os Sd1roeder, cem alcan- situação - o órgão judi- balhadores Runiis. que aquela é de valor sup e- de da e ntidade sindical, co- grand es e mpresas, PªIª as
çado vários furos. Um de- dá.rlo mais próximo fica Num opósculo come ntan- rior à propriedade, posto que mo dirigente das associações idéias dos comunisras. E im-
Jesfoi a ir1sdmâona/Jz:1çio· em Cascavel - .ica in- do a obra de Marques sobre muito con creta, enquanto a de bairro de lcaquera e como periosa a necessidade de mo-
do Conselho Municipal da posse e propriedade - , pois propriedad e é s imples figu ra mentor de núd eo para a ree- bJUzar os nossos intelectuais
viabilizada a m aioria das
~ Ç\ \'ó.\~c\\.\.("I~t·t\. ~m\\\~\\\.~e.\~~- i\\%~Â\,'\. tlucaç.i\a de me.no.resabando- e fazê-los compreender que
L-'õnulçaõ l:'êITJJiui:Ja, man- redâmações dé pequeno cialista em direito agrârio -, Eis o pe rfil da p r1m e ira nados. seu lugar é junto aos operá-
1 tido com verbas p róprias valor. Miguel Pressburges escreve u perda. A o utra é a do compa- São duas perdas e no rmes, r ios. Sabemos das dificulda-
do gabinece do p refeito. O vereador l uta para um "p refácio com muita tris- nheiro e també m amigo Mi- mas q ue deixam para os que des para cumprir esta tarefa,
consignadas no orçamen- que a justiça seja para ro- teza e dor", dando uma súmu- guel Pe reira Lima, operário fi cam luminosos e xemp los porém ela é necessária.
co do município. No mo- das. la da posição e da tese de Nil- da indúsrria de mate rial plás- d e vida, dareanc.lo as veredas Ad;unascor Fernandes,
son Marques. tico, já aposentado. Foi cassa- de novas conquistas. Jundiaí (SP)
Parabéns,Partidão
A Câmara Mumcipal de dor es. O r equerimen co,
Imprensa partidária Costa, o Cuecão
Cubarão aprovou, no co- de aUloria do vereador Jo- CoS,~, SABiA <f)út J'A' A B\)RQic.E.
sé Fernandes Florentino, O Rio Grande do Norre
meço de abril , voto de continua desracando-se na
COMUN iS/110 SéCU~t\ fJAOTtt-'1 C.UR1/
congratulação à Dir eção foi apresentado à Câmara . C0}.-1 • PoRRl\1)~ ?.'
Nacional do PCB, p or oca- acompanhado de um le-
pro d ução regio nal da im-
prensa panidária Desta vez,
J '
T
VâJJCâJTJenro da acuação do 1
sião dos seus 66 anos de o sucesso chama-se Folha Po- 1
atividade, sempre a se.rvi- PCB ao longo dos seus 66 pular , resgatando o nome de ';
l
çod3s causas dos trabalha- anos de exiscênda. u m dos mais combativos jor-
nais porlguares, que de 1945
a 1949 era um influente infor-
-' L;;
que de Caxias. 540 - 2• sn OI - Calçadúo - RJ - Rio de Jonelro: Av. Presidente Vargns. 529.
10 de Oliveira Santos, 40 - (027) 222-1227 - 9, - CEP 20031 (021)221·2333.
AC - Rio Branto: Pedru Viccn1c Costa Sobrinho Conj . 302-CEP 29.000. CEP SS.(X)(l - (1133) 226-4066. • .
- Ruo Alegria. 7tl - Bosque - CEP 69.900.. l'R - Curillba: Tânia Marn [z,dorn Pereira - RO - Porlo Velho: Jofio Teixeira de Melo- A v.
GO - Golânla: Paulo Arruda Vilnr- Av Univcr· Pinheiro Machado - Esquino d Rua Brasília -
AL- Mattl6: Gernldo de Majella- Av. Moreir:t si1ârin. 2tlR - CEP 74 000 - (1162) 223-54511 - Ru:t Mnrcchal Florinno Peixoto . 50 - 8• s/80 1
\.11\1._ IS- CEP 57.000 - (082) 22 1-7414. . - CEP R0.1100 - (04!) 234-24~2. Ed do Loiro - I• s/8 - CEP 78.!IOO.
Cx. Posinl. 1344. se·- ~1 orlanópolls: Gcrõnimo Wanderley Macha•
t.M- Mansus: J* P11iva Filho - Rua TnpaJós. PE - Reeií•: Paulo Cavalcanu. - Rua EduBrdo
1l'll-C.:n1to - Manaus - CEP 69JJOO- (092) MA - Sdo Luís: Tomai Jo.<! dos Santo! - Ruu i!c C:11valho. 32 - Bon Visto - CEP 50.000 - do - Pça. Pereira Olívclra. 6 - Sala 9 - CEP
~ -1'!46 Nnznrt. 329 - Centro - CEP óS 1100 (09~) (llft l) 2.11-0R$9. . . . 88.IJOO. •
221-4133 SE - Aracaju: Wclling1on Dan1as Maogucara -
Semanário Nacional AP - Mll<>pi: José Fcrnondo de Medeiros -
/w P1c.1dcn1c Vacps. 2449 - CEP 68,900 - MS - Campo Grande: Muri• Helêna Branoher
PI - Tert$lna: Flávio Mornes - Rua Leõnc,o
Fc:rm1.. 12611 - Bairro Mornda do Sol - CEP Trav. Quinlilhiano da Fonseca. 232 - CEP 49.000
- (079) 224-7811.
lil'l6) 'lll-lS61i _ Ruo J4 de Julho. 2516 - I• CEP 711.!lllS - M .IMXI - (086) 232-185 1.
(067) 384-3201 . RN - Nntal: Ver. Sérgio Oieb - Ruo Stinlo AnlO· _ Propriedade du Edi1orn Novos Rumos Lido.
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PAZ Fotocomposição e. Foíoli10 - R. Frederico
João A veline DF - emrua, e.rios Alb<no - ses - Bloco PB _ Campina Gnmde: Hermano N . de Amu1n (llmJ 2ó-366I - 28-3499. S1cidcl 229 sobrel0JO 1 lone: 221'7590 - lmprciso
~i:°&lldra 5-l.oja 26-CEP 70.000- (061) _ Rua Cardoso Vieira, 83 - 2-• - Cam POJ<lnl MG - Uelo Horfaonle: E. Gnrcin - R'ua Súo nns oficínns do Cio. Edi1orn Joruds - Rua Cardeal
Noé Gertel E.S- Yltdlia: D•rcvde Sou,a Filho - Rua Alher-
JS6 -CEP 58.JOO- (083) 322-2278.
PB _ João Pessoa: fn,mnr Bronzeado - Rua Do•
l'nuló. IH95 - 8 . Lo urdes- CEP 30.000-(031)
.l.l7•'1'J54. Arcoverde . 2.978 - S~Q Paulo.
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10 INTERNACIONAL 29/04 a 04/05/88 W1Z
ALBÂNIA
No final de 1986, sua rede ferro- sejo da Albânia é revelado por uni dentais ainda não st: descongela- Pe rgunta: Caso chegue· à presi -
viácia passou a integrar a rede euro- passo de caráter económico, à pr:i- ram os com.atos com a GriFBrera- denda, como iria enc.1r.1r ,1s r ela-
péia. Começou a funcionar um no- roéu-a vista. em l 986, 00 Ministério nha, por causa também de uma ções enrr e os Estad os Unidos e
vo pOSto de controle fronteiriço de As.sumos Estrangeiros foi criado conseqüênc.ia da guerra. A Grã-Bre- Américn Latinét. e mais parrk ular -
com a Grécia Foi e:;Labelecida uma o departamento Economia, e no Mí- tanha pede uma indenlzaçilo a Albâ- mence a questão da Nirnrágua?
comunicação [X)r mar com a ltália. nistério de Comérico Tua:erior co- nia por ter chocatlo dois bare0s de }esse Jackson: Na América Cen-
Inaugurou-se uma nova linha imer- meçou a funcionar o departamento sua marinha contra minas em águas tral, e s0bren1do na Nicarágua, acre-
nacional de tranS_porte aéreo, assim Colaboração. albanesas. E Londres segue de pos- ditamos que é necessário pôr um
como novus celecomunicações. se do ouro albanês que mantém fim à política beligerante aplicada
Esses fatos são a ell.-pres.-,""âo mate- Novas relações- desde a guerra alé hoie, O instrumento adequado
rial da "abertura da Albânia em.rela- A fó rmula "Albânia concede para solucionar o pfoblema é o
ção à Europa e ao mundo" à qual, Albânia e Grécia travaram a guer- grande importância às relações Grupo de Contadora. Sabemos que
ullimameme, se referem os comen- ra mais longa na história européia com seus vizinhos balcànicos" apa- muitOS povos latino-americanos
l'aci.staS estrangeiros? Em Tirana do século 20, uma guerra no papel, rece em quase todos os documen- vêern os Estados Unidos como seu
ninguém.qualificaria o processo co- félizmeme. No ano passado, a Gré- tos de política exterior. Hoie, no inimigo. Nós acreditamos que a Ca-
mo tal. É um faro que 0 país imegra cia pôs .fim ao conflito armado for- entanto, é evidente o desejo do país sa Branca deve substituir a confron-
a ONU desde 1955 e mantém refa- mal oo qual ambos países se encon- de intensificar sua atividade polí- tação pela colaboração para trazer Jesse Jae1tson
ções diplomãàcas com 110 Estados, travam desde a Segunda Guerra tica, o-que se_ fez p,areme c0m o soluções aos problemas do subde-
observando rigidamente a poli,:ica Mundial. Asuperação deste anacro- comparedmemo da Albânia ao en- senvolvimenro. Conhecemos as inte rnacional na conquista de um
de oeucralidade. O que, segundo nismo foi possivel graças ao rápido contro dos ministros de Assuntos graves conseqüências da dlvida ex- verdadeiro fim da corrida arma-
os observadores albaneses, caracre- fomento das relações entre os dois Exteriores dos países balcânicos terna e nossa política deve ser de mentista com redução dos arsenais
ci.za a polític;a exterior do pais é_ Estad0.5. em Belgrado, um fato bastante elo- cooperação. A paz e o entendimen- nucleares. E para isso temos que
a conúnuidade.O rumo da colabo- Liquidando a herança da guerra qüente, tendo-se em conta que an- to são impossíveis sem a justiça. oferecer argumentos sérios e reais.
ração consoutiva que corresponde (o problema das reparações) foi teriormeme a Albânia não compa- P: Este, prop ósitos de enrendi- As proposcas do líder soviético Mik-
aos interesses nacionais foi craçado possível também desenvolver os receu a esses foros. mento mútuo deveriam estender- hail Gocbatchov em matéria de su-
por Enver Hoxha e jamais contra- contaras com RFA. Faz pouco tem- Shipêrise, o piis das águias, é co- se a Cub4? pressão das provas atômicas são sé-
ri0u o conceito de buscar apoio nas po chegou a Tirana o primeiro em- mo os albaneses chamam sua pá- JJ: Se temos vínculos com a rias e positivas.
pr óprias Jorça.s. vaiAaó©r ah:rnãu-ució emat 1'am- tria. h pexia oo 1.giiia e e, 1'tr11ti11.: , União SoVÍêtica e a Rep ffb1lca Popu- I': A admini:,Tr.fçiíu Jkag-dll tem
A intensa atividade e eficiência bém foram promovidas a nível de foram sempre as armas da diplo- lar da China, por que não tê-los insistido, p ermanememenre, na p o-
diplomática ooo últimos três anos embaixadas as re\ações com a RDA. macja. com Cuba? O respeito e a nego- lítica do "compromisso conscrud-
ciaç-Jo devem marcar os caminhos vo" com o reg ime súl-afrlcano.
para redefinir estas relações. Qual é sua opinião sobre este tema?
ARGENTINA JJ: O apartheid é uma imorali-
P: Corno concebe o fururo dos
acordos de des,irmam enco enrre dade e sua existência uma vergonha
!~
milítar de ultra-direita, responsável
por atos de terrorismo em solo outro grupo autodenominado Glà- , Chipre (Akel), Ezekias Papaimu:i_nu,_
francê.5 e argelino. dius que distribu i livremente seus .morreu víti ma de ataque ca~di_aco Papaioannu nasceu em 1908 em
A repetição desse úpo de proce- pàníleLOs anti-governamentais nas numa clínica de Nicósia, no ultimo Kellaki, uma aldeia situada ao non e
dimento por parte de militares in- unidades militares. Ainda não está di~ 11. do porto de Limassol, na costa sul
t :mbordínados ao poder civi.l e cons- d : 1 r.:1 qual é sua viarulaçào com o , Papaioannu ei:crou p~ra. a Ak~l de Chipre. Combateu na guerra ci-
r tirucional volta a ocorrer, desta vez ENO, e os diversos grnpos de ultra- em 1931 , tendo sido eleito secreta- vil da Espanhaconrra as forças fran-
,r na Argentina Após a tentativa de
levantamento mfütar de janeiro
direita que aruam nas mas da Ar- rio-geral ~m 1949. N~ r:iês passad?, qu istas e esteve a serviço da fo rça
gentina. pôs O cargo ,à <l.isposu;ao e de~ena aérea britânica na Segunda Guerra
t passado e a priSâo do "ijder'' Aldo De qualquer maneira, a existên- ser nomeado presidente depois do Mundial.
t
,.
1 Rico, alguns oficiai.,; implicados di-
retamente naque les insucessos pas- _g
saram à clandesrinidade.
cia desses comandos clandestinos
é uma amem,"a à democracia. Um,
por não reconhecerem nem o pre-
ETrÓPIA/ SOMÁLIA
l'
13
Em geral são oficiais jovens, vete- ., 1
canos da guerra das Malvinas, pro- ~
fundamente anúcomuoislas, e que
sidente e nem a arual cúpula do
exército como autoridades legais;
dois, porque pregam abertamente
Fim das tensões
professam um nacionalismo apeli- o golpL~mo e a violência; três, se AELió pia e a Somália vão resrábe- ao seu vizinho".
lecer suas relações diplomâticas e Está igualmente prevista a ffoca
t dado de "fundamentalista". Todoo "( ...) que padece com impotência recusam a admitir que as forças ar-
e amargura uma nova rrustação, o madas argentinas quando estavam retirar as respectivas tropas esracio- de prisioneiros entre as duas na-
estiveram comprometidos com a nacl.as na fronteira comum, nos ter- ções. A assinatura desre acordo
prática de torturas e assassinatos desalento diante do materialismo, no poder mergulharam o país no
!
r
r
durante a repressão no período da a imoralidade e a corrupção (...)", rerroc.
ditadura militar. Acreditam piamen- diz um recente comu nicado do Tal como na França, esses grupo_s
te que Alfonsfn conduzirá o pais "Exército Nacional em Operações". à margem da legalidade democra-
ao comunismo e que apenas a sua Os cabeças mais conhecidos des- úca subsistem porque encontram
mos de um acordo as.~inado pelos constitui um fato importante para
dois paises no começo deste .mês. a nom1alização das relações ·emre
Nos termos do acordo, cada país os, dois países, que se deterioraram
vai ''terminar com as atividades sub- desde a independência da Somália
ewJora dos quartéis. versivas e com a propaganda hostil em 1960. '
ação salvará a Argentina e seu povo se comando secreto são o ex-tenen-
, -- - -
- -1
A
a pinturn, o cinema podem iamo ,exprimir for-
emulruo é tunliém a meramorfose mas de conscienc1a religiosa e polflica como
de umu fonn~ de alienação a rn11ra outras maneiras de compreender, acei1ar ou re•
'la es<Ta\'lntra. o escr.11'0 é alíenn- jeitar a condição de raça subalterna na qual o
Jo no pro.luto de seu rr:ibalh0 e negro foi posto pelobr:inco.São várias as moda-
em sua pe.ssoa. Eé n~ condição que ele reela-
lidades de consciência que o negro tem sido
bora ou recria elemento.- da culrum africaro. lei-ado a formular e desenvolver, Como tendên-
em combm:çio <'.Om a culmr.1 da sua própria cia. há umaconsdêncin pol!tica que se sobrepõe,
condição es<nl'a. Ne.5Se contexto, areligião, ma-
gi:i, mm. íoldore elíngua tomam-se ae.\l)res-
ou Cóm~a a sobrepor-se, às outras.
Esse processo de politização da raça negra
sio de um empenho em garantir um universo caminh_a de forma variável, conforme o pais da
SóciO<Uhur:tl rôtrito, no qual o (ro'31'o se refu- Améri.ca Latina e Caribe. No México, Colômbia,
gia, exprl!SSI, afirma e~te âculturada escravi- Venezuela, Peru e11lguns outros países da Amé·
dão ACl;i!:1 ~ senhoresmnced~ esse reni~o. rica Latina, os grupos negros estão obrigados
lildUSi1-e toma esse unll'erso sócio-culrural ro- asubordinarem asua atividade religiosa, an!stica
mo prova de que aosta dos escr:ivos é de fruo e politica às estruturas criada1e dominadas por
wtra raça. Adespeito di$0.~ relações. o, valo- brancos: ou brancos, indios e mestiços. No Brasil
res e as e51IUIUJ'3S anfcu!Jtlos em romo da reli- também ocorre a mesma subordinação, m~
gi.;io, magia, mü.~!ca, folclore e lingua :u::tbam com ~lguma.'i pel·uliaridades. Emalgu1l1Jl.5 :!reli
por tomar-se o unl\'erso sócilX'Ulrural l'!ll que do pai~, como por exemplo nas cidades de Safra•
1
j
o esm.o se refugia e gu31'da a sua r~bel<lm, dor._Rio de Janeiro, São Paulo e Pórto Alegre,
o seu pro1es10, J SUJ nega.,"io da condição escra- as auv1dades religiosas, arúsricas epoll1icas pare-
va. Aqui, o negro e o mubuc estão ~ub.,um1dos cem desenvolver-$e c:ida vez mais. E hri mesmo
na contl!çio l!SCT3l'll. da C2bct esml\':t Ao passo· indíci05 de que o negro e o mulam se v~m
que na sock'Cbdc de ela.~ o negro é um traba- de (~rma cada 1•e1. mais nírida, cómo caregorlas
lhador livre •.\pesar dJs condições ach·ersas nas soc1a1s e políricas potenciais. A alienação racial
quais ele dreula no mercidc de fol'Çl de U'3ba- produ1. desenvoh·imentos políliros, a despeiro
lho (quando éobrigndo acompt:lir com obran- do vigoroso predomínio do mi10 da élemocracia
ro, índio, mei!iço ou outra categoria racial J na meia!. que confunde brancos. negros e mulatos.
soeiedade. de cla.,;scs o negro pode llt!;!?ociir a E claro que a situação é diversa em algumas
su:i força de trab:llhó. Como ~a. ~ formal- sociedades do Caribe. nas quais a população
ame livre Éum cimdão, amda que de segunda negra e mulata é maioria ou está no governo.
dassi!,.ousub:ütemo. Mas éalienado no produto Nes.ses casoo, os movimentos polílicosde nc6 ros
de seu trabalho (quando manado) e na sua e,mulatos adquirem alguma, ou ampla, autono-
oondiçio de cidadão: é negro ou mulato, ade- mia, em face da religião e outras fonnas de orga•
m:IJS de assalanado. Além de-operârio ind~trial aização da consciência soe.ia!. Além disso. recha-
ou :igricola funduruirio ou cn1pregido. ele e çam_as propostas polltic:is dos brancos. ou so-
negro ou mularo Nessi condiçjo no,-amente 'brepõem-se a elac;, Mas as.sumem o ;ioder poli·
rema e reelahora ~ elementos euhurais da sua lico sem aherar a estruturação de cla~s em
condiçio SOCill eraebl Como negro, ou rnularo, qu~ se dividem negros e mula1os. Nesses casos, ·1
eJ.SWJJriado, ele recria ereelabor.i oselemenros s.io os negros e mulatos que se defromam direra j
aiJwrJJ.i âJ .\IJJ w11tli(i1<1 t'k: à:i= r: ÍJO /it'U e exp'fJC'.ul!mtme com aúupra ;/í1tnaç'dO em qut 1
~"ldo ~cr.wo A. aperiéncia coleuva e histó- foram produzidü'i l1istoricamente: eles próprios
rica de escra1 por JoL~, triis tiu quatro secul°", acham-se es1ruturados em classes sociais hiernr- ·1
é recri:ldl e retl:ibõr:id.1 juruame111e (\)m l eifJõ, quizat.las.sem haver superado as subdivisões ra,
ôêocia pr6ent" dr n~ro ou mulato menhm dais. em negros e mulm<Xi - ou negros emula-
da <lasse opelJllJ ( urbana e rur.ú I da ~e tos pobres e negros e mulmos ricos - produ-
médiJ. peqi1cm-buigu~ia ou outra Citegoriu zidas nas suas relações passadas e recentes com
socr.tl os brancos. colonizadores ou não. Nesse caso.
Na$00edade <kcb.o es, nuséculo XX, porllll· a condiç-.io rJcial pode ·ubsumir-se à condiçio
to. as ionnas de ((1RS(Wlci3 <leal1enaÇio podem de classe, de forma paulatina ou rápida, confor·
~r nl3l.s diferendacl:is. Éverdade que a ~l1gião, me o con1ex10 das relações de interdependên-
amagia, amúsíca, o folclore. alíngua conunuam cia, alienaç:iu e antagonrSmo geradas com a re-
a .er ~fms de um uni1-erso sócio-cultural 1m- produção das es1ru111ras politico-e~onômicas_
1x.mame \t,s a.-., ~igruficai,iies ~o-cuhum\ e Ocorre que o negro reage 1an10 as cond1çOC$
polúicasdesse urmw:.U s5odad:is pelas relações reais de vida em que se acha como à ideologia
ck- iruerdtpendêncin. alienação e aongonismo racial do branco. finquamo operário negro, por
das dasse- sooai.l Acondiç-.ió de raça e cla,'le exemplo, ele não desfruta dos mesmos direitos
sub~1llllem-se n:dprocameme. do operàrlo branco que se acha em idêntica.
Os conteúdos políLicuS da condição social situação. Para ser igual a um operário branco,
(politiro-ecooõmiCI) do negro. entret:tntO, não o operário negro precisa ser melhor do que
se desenvoll'em a não ser de forma irregular, o operário branco Na esrrurura ocupacional e
contradflória m~mo. A condição duplamente na escala de salários, o negro esiá em piores
subalterna da maiona da população negra e mu dls próprias condições de vida polírlcas em candidatos negr~ Não possuem o que tem sido a dupla condição de vida da condições. 'Além disso, ele sofre o preronceito,
Iam, em quase todos os paLr:es da América Latina Adupl,t alienação em que se acha o negro, um panido. o que é proibido pela constituição maioria dentre os negros e mulatos . . a discriminação ou também a segregação. Isto
e C21'1ôe, dificulta b:lslante a trJnsição de uma em quase rodos os paises cb América Latina e :id01ada pelo &?1-emo em 1969. Mas os grupq:; · É ób1io que ac; mudanças das ~ond,çoes de é, o negro se 1·e em condição subalterna. tanto
conscienda "ingênua" (ou mesmo alienada) da Caribe. tem datlo origem a várias modalidade.,; negrt,5. em 1-.lr1~ d~ esiados emque se orga- consciência social não são homogenea.i nem se- pr:\tic-.i como ideologirnmeme.A ideologiaracial
alienação, p:ira uma consciência :idequach. poli- de reações Além da religião e ane em geral. ru1.1 Jdn1m1s1rnm':lmeme u país. tem elei10 l'e• melhal)tes nos 1:nrio.s palses da Ameri? Lati~a de branco o rejelta ou confunde; mas não o
ticamente organizada, critica Onegro e o mu- também nas organizaçoo polilicas (assodDções, refd<.,~es. deputados estaduai1 euepumd~fede- e do Caribe. Em cada um, a formaçao soc1_al considera igual. Opaternalismo, aambigüidade,
wo com frequência >ão duplamente alienado,, sindiaua;, partidos) o negro es{á oiganiwndo r.us Ifa um;t e11dente politiZLtçiodo,Igrupos ne- capi1alis1aassume uma feiçãosingu)a~. Alêm drs- o mito da democracia raciale ouu-as expres.sões
porque são alkn:idus como membM de uma a ~ua consciência e prárica J)0lítka No Brnsil. gnl.l. tamo tl'> prolctJrios como os que ingres- :;o, sio divers:is as esmuuras sociais em cada da dominaç-jo exercida pelo br.inco confundem
raÇ3 diferente, mítnor. em face do branco tt por exemplo, ele organizou na década d~ anos ~rnm nu COml!C3111 J lagr~r nas ctas.lt!S mé- wc:íedade: distinguem-se os gr.ius de urbam· ou irritam o negro. Édiante dessa situação. prá·
rumo membr~ de uma dJS.<e SOCJJl tan1bém trima a Freme N~r.1 BrJ.JilttirJ, que foi e.x1inta úía1 •.;., conjunru, e tll1 pcr.speç1i1-a hiitórica. z:iç:\o. industriali7.ação. desenl'oh•1memo agrá- tlca e ideológica, que o negro toma consciência
~ubordinldi 3 oUlra. na qual a maioria pode pela ditadurn insiaurada em 1931, por Getulro o 1\1.>gru br.i,ile1rn el'Olui .tle uma suuaçâo dt:' rio. :e; composições demog_r.lfi.cas (~iegroo, mula- da sua dupla alienação: como r:1ç, ecomo mem-
:,r.r btanca. ffáCIS(,sem que a5ituaçjo se compli• \'a~ Erure aabolição da escr.n--aturJ e a cna- da.,-re l)eplas eh aboliçio, ocvrrida em 1888. to:.. br:mcos, índio~. mes11ços.-tm1grantes, des- bro de c/,1.'iSe Nes.,;e _1e01ido. p:rr:i reduzir ou
ca,poi!- que a mah,nJ negr:i é ,uhordioad1 a çio de um movimenro ma~ e;<plicita11tc::me ~Jli- l'Ol r.1rt,1.1 p.1rt~ úo Jlli, o negro tôrnúu-,e um cendemes de eumpt:us. ;isiáticos e1c) eas distri- eliminar as condiç0es da sua :dienação. da sua
gru~ hrancu, i: mulatos ' uro surgem v.í1i1~ mnnift.'Staçóe~ bns1;1JJte ~1gnr- desempregado. emt.~mo lumpezinou-se devido buições das rlÇ:Ls pelns dao;ses sociais ~o con• condit;:io duplamente subahern.1. o negro é l<,.i•
• '.'Íe$1S cuooi((,(:S, da lm'limJ fotma que emn: 6(am;i, .1.> rondi.;ôc!, J<Wtlõa.l que precisou enfrentar, 1011111 . no en1an10. p11rece evidente a prog~sslm do a elaborar uma conscit'nri.1 polilir.1 uúplicc.
outr.i., raçi.~ e ~ ;uhal1~r11J.S. com• o; r.l'· A mm1r témpu, o lk.'grO br.1.,1leiro re-Jli7~ na mmpelição com o branca. o imigránte. o 1ransição de umamn.1·dl}nci,1 rel(gio.,;;1 da condi- êle1'3doapór-sediamcJes! mesmu~Jü br:inco
gnJS ~ mul:u-~, 3 wn~itlKia dr alienação não llJll)tl'e~ del>Jtb e di.~ies, pm rdomnr i1allano,o alemão e outras c11egorla1 do ambien• ç-jo do negro para uma 0111ro'§no:1 polhíc.1. NO· como membro de outrar.r1~1.e memhro Je 01Ur:1
!.I! apr~111:r 1meúiltaml!n1t: n·mo uma cons- ~ruh cr oo Jprofundar a ;inah~ do:. :,tu., iNt qu~ a 1ransiçào da con.ciênda religi~ da.~,;e Enquanto membro Lle raça. ést:I ~ó. e
te r,1cial br.bile1ro \e;,sa éJm.1 de é tall'ei o
~,er, 1a 1()lfu.-a lim todã C:U<"5tirra social ~~l- pwblemas. em face du branco e t.lc s1 mt:,mn prirKtpll elemento do emcito de trab:llhadol'e$ p.'lrJ a cvn.\c1êncin polluca não significa, em ne- prc:cisa lutar a p:mir Je~-.1 condição. Enquanto
1ema. J com~~LJ polí;irJ <b .1i1uai:,io 1~111.k Também organlZJ mo1•imtnlll< aní.'!in~- t"l11ll(, dé Wtf\j Dep1ri!-. pouco a pouco. 1'á1 )endo nhum1 hipótese. a subs!Íluiçiiô de uma por ou- membro de clt1S.o;e. e~t~ m~ladLl rom membros
a .iparl.'Cer me-...±idz wm demt'lll!J', rthgJ<_j)(_~, tt'íl1ru. dançi eutllr0>. p,rJ rl'Cnart d~., Jwr ,hw1id11 11a, ocu1r.irot".; a.s:.;~\1riadas que ,e tra Ela., não s:io nem exdusÍVil.1 nem ún,~ de outros. raç:is. e precisa lurar a p;inrr des,,;a
moms, lu,J1CU\ t' outru, o, pn:,prio, ,-ruo~ J ,uJ cria1i,1da<le e marcar a indi1i1ltuhJJdt• muluplicam e diferenetam. com a 11rh3ni1.a(;ã1) 11:\. por cxemplt1. rnanrfe~ta~ões artístia\S qut.' condiçitJ NL>s.-ie con1ex10. rnça e da.1se subsu-
po/W("'-5 1.1a~ r,!\.IS 00 cla,'\l' UOOllllWllt'S ill\ã e on~inalidade ela ~ua ml'ira de 1~·tr ~nlir e a mJu.,1ri3\i1.açiu A.<.S1m puurn a. pouco. ele podem cxpre),S;lr ou1r:i ou OUtr.lS modalidades mem-se rcciprOCI e cominuamen1c. tomando
!klll epeflllclam a c1Jn.sciência-Jos ,uf:Jllérru.l' pen.'11', /a,.er fm :!0()$ recentt5. c:n:rc 19'6 ~ ...., tr,111,tprma em nl!g10 upcririo. llil inúú:.ir!a de consciênci:1 da condição alienada em que m.11S complexü ~ cqn.~~iênciu eapráric-a poiiril-as
W5, 1, negru br~ileiro tem votado na1 dct,,(-. tlll na agrícu\\ur,1 :'lule-st. nl!8fV e oper.lrio. se sente o newu. Apuesia. o te;nro, 3 m(1sica, do ne11ro
llll't<fandow tvníuntlindo a ~ua O'Jlllprt.'t11.5âo 1
,,. . Aos leitores
J A greve dos tunclonórtos dos
~o Paulo. 29/b4 a 04/05/88 empresas estalais e servidores
Suplemento Sindical n214 · públicos federalsp~e ser. um
movimento v1loncso. De~
Voz da Unidade respeitar o nfve\ de moolllzaçao
Rua Bento Freitas. 362. 42 andar de caea ootegorla, combinando-se
com manifestações e atos po!ltlcçs
Tel: 231-2926 CEP 10220 amplos. que artlculem todos Çll
prejudicados pelo pacotaço.
Telex: (011) 32006 VOZ SP
;-
"
final, que é o Primeiro de iantes anarco-sindicaJistas de primeira cidade b_rasi- Em 79, em meio à greve no
\
. dor, pam celebrar a exis:
tênda da pessoa que en•
~lquece o capitalista (este, aliás,
tem dia no ano para celebrar
ALUTA EA LIÇÃO
conflito de onde resultaram qua-
tro monos..Oias depois, os mes-
de Maio foi Santos, no li-
ror:;11 de São Paulo, em
mos anarco-,ifldlcaliscas r.euni- 1895. O aro, em l oa:al fechado,
ram-se em grande manifestação foi uma inidaliva do "Cencro So-
SANTOS (MAl'O) 1895 Sindicaco dos Mecalúrgicos de
São Bernardo, u J9 Maio volta
a ser comemorado autônoma e
unicariamente pelos trabalhado-
~ sim mesmo)? No Brasil, a data pacifica de prOlesto, mas assim da/isca·; que havia sido fundado res no Estádio de Vila Eudides,
J,ena com efeito o dia "do traba- mesmo a pollda voltou e dissol- em 1889 por Sóter ~úfo, Car- finalizado por uma missa campal
ll;lad0r·•, uma vez que é feriado entrou em fase de profunda de- dade de salários mais altos resol- veu o aio, ao custo de dez vidas los Escobar e Sil vério Fonces, es- arualidade, destinada a desapa- inldados com "Trabal hador es na qual o mecalúrgi'"? Jb~é Fer-
e se comemora a natureza pa1er- pressão: afirmava-se o sistema verem codos os problemas da mais a de um sargento. Segui-s; te úllimo o primeiro socialisra recer para q ue reine a p:v. e a do Brasil" - o 1 9 de Maio sem- reira da Sil va, o Frei Chico do
nalls1a do regime, que traia o rabrll, a máquina, e o trabalho dasse trabalhadora. um. processo Judicial, rápido e brasileiro de tendénda marxis- felicidade entre os povos civili- pre foi marcado por l utas da PCB, le.u a homllia e 0 poe.ra Vini-
trabalhador como um coicadi- que exigia pouca ou nenhuma A recessão prejudicou menos fraudulento, que culminou com ra, ·seg,mdo o fundador do PCB zados''. dasse operária nas prindpais d- dus de Morais. recitou seu poe-
nllo, ou moleque travesso, não qualificação. Isso levou à uma a Ordem, entr0sada com todos a execução de quatro slndlcalis- Ascroglldo Pereira. dades brasileiras, - com o na m a "Operário em Construção''.
lJIS, dois dos quais nem haviam Em 1906, rompendo com se-
põe dinheiro nc- seu bolso e dráslica__r,edução no nlvel dos sa- os segmentos da classe trabalha- Em 1901, a assoe/ação operá- tores reformisr.as e anarquisras, greve de 1953 em São Paulo - Em 80, encre n ova greve de me-
lários e à crise dos sindJcacos or- dora, qualificad0S ou não, que comparecido à manlfes:mção ria "Clube 1ncern.1donal Filhos lndtJsive com morres de traba- ca/úrglcos e prisões de seus líde-
nem o considera como cidadão surge no Rio de Janeiro .7 COB
com plenos direitos e deveres. ganJzados por profissão. pode assim organizar greves vi·
1oriosas e Jacralr a simpatia da
As consequências para o mo- do Tmbalho •; criada em Sãu ln-
vimento sindical none-america- sé do Rio Pardo (SP), lança um - Confederação Operária Bra- lhadoresem confrontos com a res, 100 mil pessoas enfren'!Jffl
a polloa - armada com caes,
Dia do Trabalho? [,)ara de cele- - C5 movimemo sindical estava sileira, que em sua resolução de polida. Depois, nos 15 pr'JJJCi•
opinião públiea. Foi, todavia, no foram nefastas: a Ordem salu documento de autoria do escri- ros anos da diradura militar, de merralhadoras e he/icóprecos - ·
bração metafisica do suor e do dividido. À esquerda estavam os muito enfraquecida e acabou tor Eut:lides da Cunha, em que fundaç;io assinal a: ''.A origem
· sacrlffclo, da tmdiçãe reacioná- anarco-sindicalisras, preocupa · apanhada de surpresa por uma histó rica do 1 • de Maio, n o sacri- M a 79, 3,5 comemorações pas- e conseguem lâzer uma passeara
manobra demagógica dos sindl- perdendo terreno para o sindi- o cdadbr de "Os Senões" con- vitoriosa em coroo do P.:lço M u-
ria da nossa cultura octdemal, dos em virar a mesa, criar condi- cal.ismo de direi1a, que repudia- dama, flcio das vitimas Inocentes de sam a ~lnco fechado nas sedes
caros de direita, que Intimaram . dos sindicatos, n:Io sem craun!as: nidpal de São Bernardo, con-
que dignifica o esforço fislco das ções de resistência a.rmada ~°:5 os patrões a conceder Jornada va a organização dos trabalha- "Fesia exdusivamente popu-
Chicago e na lura peí;is olco ho-
dulda com noro ato no Escádio
massas e esconde o ócio das eli- caplraJJsras, denunciapdo a auv1- dores nas fábricas ( uma siJuação lar, ela se destina a preparar o ras de trabalho, impede que esra em 67 o operário textil Olavo
ces? Conjeturas. O Primeiro de de. crabalho de oico horas a 10dos daca seja mtstificada pelas festas H_ansen é arrancado pela repres• de Vila Eudides.
dade poll1Jco-partidárla e usan• 05 trabalhadores, caso comrárlo que só mudou nes anos 30, acra- advento da mais nobre e fecun-
MaJo é data histórica na luta da do os sindJcatos meramente co- vés de John L Lewis, llder dos da das aspirações humanas: a favorecidas por interessados na sao da festa na sede do sindicato Nos anos seguintes, ft[ prenun-
classe trabalhadora, mas luta no dia 1.0 de maio de 1886 J:tave- resignação e na imobilidade do em,São Paulo e assassinado. Em
mo veícrulo de sua pregação, Ao mineiros e do sinçlJcalismo "in- reabillfação do prol eWiado pa- dando ·t r divisão q ue viria a re-
contra o quê e por quais objeti- centro estava a N0bre Ordem ria greve geral. proletariado. " No ano seguinte, 68, na única cencativa de um ato sultar nas atuais cenu:ais CUT e
Houve alguma adesão, :-:ias o dustrial'' americano, e cufa per- ra a exua distribuição de Justiça,
vos? Não é dia de celebração al- dos CaVâleiros do Operariado, sonalidade é traçada no livro p0 • cuja fórmul a suprema consisre 1907. tropas·armadas ocupam a aberro, na Praça da Sé - por CGT. os aros se dividem1 ~ult;m..
guma, é mà1S um marco que um movimemo redundou em fra- Praçi da Sé, em São Paulo, para lniclariva dos slndicallst.1S que
uma estrutura poderosa o~ani- casso e retardamento no avanço der, de Howard Fest). Por ouiro em dar a cada um Q que cad.7 do a $er unitários na maioria dos
dia de glória, uma lembrança 1.ada nos moldes da maçonaria, làdo, o sindicalismo de esquer- um mtrece. Daí a aboliç-Jo des impedir, a manifesração de J~de integravam o MIA (Movimento esrados a partir de 85, em espe.
amarga, uma lição ainda não da organização política e sindi- Intersindical Antiarrocho) e
secreta e riruaJlstica, mas pro- cal dos trabalhadores none-a- da, selYagemence perseguido privilégios derivados quer da
Maio, que é então realizada na dai no Rio deJaneiro. Na Qwnc:a
completamen1e assimilada. fu ndameme democrática e praticamente nunca mais assen'. fbrtun;J. quer da força. -Para este sede da Federação Operári,1, lo- com o apoio do eni.io governa- da Boa Visca, na capital flumi.
Assim como multas ouiw coi- preocupada com a unJdade do merlcanos, que levaram décadas, tr1da. dor Abreu Sodré, ocorre um tu·
p:ira recuperar-se. .H0je, o que tou pé no sei0 da_organização fim, é misrer pro.mover a solida- nen.se, el e ser:A novamente co-
sas ímponames na história da movlmentO sindical, com a in- dos trabalhadores dos Estados riedade entre todos os que for- mul to: quando Sodré chega ao memorado este ano, a partir das.
classe trabalhadora, o Primeiro fluência do movimenco na v.ida sobrou foi a lembrança - geral- À exceção do período do lista- palanque, militantes uJcraes-
de Maio penence orlglnalmeme mente glorificada além'das me- llnldos. A hls1órla continua, mas mam a lmenS3 maioria dos opri- do Novo (1939 · 45) - quando 9 horas em promoção confunca·
polllic-.i do p:ils A direita eslll· fica a necessidade de reflexão midos, sobre quem pesam ,as as com~moraç6es públ icas se
querdlscàs começam a, apedre- da CTJf, CGT e Sindicatos inde- .
à e.:xperlência do movlmenro vam os s1nd1ca1os "de cesullll· didas - daquele fariclíc;o Primei- p-lo, o governador é aángido e , pendenres.
sindical norte-:tmerlcano A par- ro de Maio, quando a poifda de sobre o Primeiro de MaJo. gr.mdei; injustiças dJls institui• restringem aos discursos de Ge-
dos" da époa!, acreditru1do fer- 1 a manlkstm;iío termina em pan•
tir de 1884, a indúStrla do pais ChkaBo separou aos tlro5 mili- PEIIIO SCUAONETO' ções e preconceitos sociais da túlio Vargas, lnvnriavelmenre cad:uf3. . HERBERT CARVALHO '
vocosamome na mágica capaci·
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DE OLHO
Caixa não abre no junto às come mo rações de de maio ,
12
entrega de medalhas aos sócios mais
TERRA LIVRE
A superterça dagreve Are,tomada no campo
Rio Grande do SuJ antigos. Dep ois, bailão ...
Enchova: omissão da Petrobrás O Encontro Nacional de Campo, or-
ganizado peli) Partido Com~nis~ Bra-
sileiro, nos dias 23 e 24 de abnl, em
Cerca d e 80% dos 4,7 míl empre- O vazamenra de gás da plataforma marítima de Enchova, no Rio de
. gados da Caixa Econó mica Estadual d o As domésticas Janeiro, foi causado pela cransferênda de maquinário e técnicos especia- Olinda, significa uma retomada das
Rio Grande do Sul pararam à zero hora grandes iniciativas do Partido nas lutas
: do sábado, dia 23,. reivindicando um
têm o seu Dia lizados para serares exclusivamente deprodução em decrimento da,perfu.
rurais, em todos os níveis, na 0rgani-
ração, pela falm de investi mentos na manutenção e na segurança d9S
: reajuste d e l 48,65% sobre os salários trabalhadores nas plarafom1as. . . zação, no assentamento, inicrlativas io-
~ de janeird. A Caixa aume ntou de 60 Dia 27 de abril foi o dia das e mpre- A denúncia foi feira pelo Sindicara dos Petroleiros de Campo. Segundo cerrompidas de algum modo pelo gol-
para 80% o reajuste, de p o is que os gadas do mésticas. Um dia come mo ra- o Sindicara, as plataformas marítimas da Pecrobrás, fixas, parariam de pe milirar de 64. Segundo José Raimun-
• ,funcionários deflagraram o movimen- do se m fescas, mas com o mesmo tralDa- produzir se o que está escrico em rermos de normas de, o~raç-Jo da do da Silva, do Secretariado Nacional
f 1@ que paralisou l 90 agências no esta- grev d os dias 3 e 4, terça do PCB, isso não quer dizer que du-
:J fo gaúcho.
..
lho co tidiaoo que elas não pude ram
largar para poder festejar. Elas estão
A e q u ru·..a-feira, está engatilha-
escacai fossem de lâw aplícadas. E diz cambém que as denunaas cte làl ra
de manutenção adequada das placaformas já foram feicas, pelo p róprio rante esse período o Parrido tenha dei-
~do suas atividades no campo- "isso
....~--
~
,.. a,abalhando também para a realização . d a. A coordenação nac ional Sindicato, via imprensa antes do addente que põe em risco centenas
nao, mas agora reromamos uma articu-
t·- Comando de greve d o seu 6gCongresso Nacional dos Em- d os tra b alhad o r es n as estara.is en- de vidas-e milhares de dólares em investimentos.
pregados D0m ésticos, que será em ja- lação a nível nacional e essa articu-
...;:.· treg0u , na terça-fe ira, d ia 26, um Agora, representantes dos rrabalhadores de cad~ plac_:form~ da Bada lação rem de ser oom ~ visão do PCB,
está mais forte
r·-·.
neiro de 89, e m São Paulo. A maio r d ocu m e nto ao che fe d o gabinete de Campos vão fazer relatórios detalhados da sm1açao da segurança,
luta, ho je: 0 recon hecime nto como ca- demomltica e ampla, af;>rangeodo 0S
d e Maílso,n d a Nobrega confirman- e enviarão à .Comissão Interna de Prevenção de Addentes da Pecrobrás. pequenos pro.ducores e assalariados
v O Comando Nacional da Greve das tegoria p refissio nal. d o a g reve dos fun cio n á r ios em os fund onários aproveimm o :id denre e fazem denúncias da.reP_ressã~ cõmunisras e não-comunisras, setor~
.estatais fo i reforçad o com um servido r que vem ocorrendo, inclusive com demissões. Há pouco tempo, fo, dem1- e.la Igreja e da CUT".
~ público Ugado à CGT e com o utro liga- estatais e d o s servid o res públicos
cid0 o secret.ário da Associação dos Petroleiros da plataforma Namorado Do Encontro, que reuniu mais de
• do à CUT Os representantes dos servi- Bancários do Rio: fe d e rais . Nesse dia, també m , o co-
J. E desse poscoparrem outras denúncias, como a inexistênda de cabinas dez delegações de vários estados, in-
: do res são, pela CGT, Raimundo Nona- m ando n acion al d e greve instalou-
! to Cruz, p residente da Confed e ração menos de 40% votam se n a Co nfe d e ração Nacio n al dos anti-roído, reivindicada há cerca de dois anos, e aprecariedade dos equipa- cluindo associaçqes de pequenos pro-
~ dos Servidores PúbUcos do Brasil. Trabalh ad o re s n a Indústria. mentos, onde até incêndios já houve. prietários rurais e políticos, foi úrada
Segundo a avaliação d e Jo ão Car- uma conclusão central de todas as dis-
Dos 70 mil banc.1riosdo RiodeJanei- cussões que foram feitas: é preciso
Menos salário, ro, some nte 26 746 vo taram nas últi-
los Araújo dos Santos, secretário- d ia 27, e dos metalúrgicos da Em- Dia 22, no Rio de Janeiro, ce rca continuar rodas as discussões. Estas, no
Geral d a CGT, a g reve, ap esar de presa Brasileira de Aeronáutica - de 5 mil trabalhadores em empre-
mais desemprego mas e leições que de ram a vitória para
uma m o bilização e m rit m o dife- Embraer, em São José dos Campos.
Encontro, tiverain como imeive mores
a Chapa 1, com os e leito res listados sas estatais e funcio nários públicos (ou debatedores) Roberto Freire, líder
chegando a 38 mil Os vitoriosos tive- re n c iado e ntre as categorias, já p os- Segundo José Magno Leandro, da participaram da passeara da Cande- do PCB ru: constiruime, em nome da
1 o des emp rego e m fevereiro foi ram 13.6 18 votos, enquanto que a Cha- sui b ase real para a e x p ressividade d iretoria d o Sindieato, "do je ito lária à Cinelândia, contra o arrocho DJreç-Jo Nacional do Pa.rtido;José Fran-
13 ,9% a ma is que o de janeiro , disse pa 2 teve 10.086. Mas as denúncias d o m ovime nto . que está, adesão será de 120% .'' e a indefin ição da politica salarial. cisco da Silva, o presidenre da Confe-
: 0 rBGE. Isso sign ifica qu e, se 3,80% não são po ucas - dizem q ue pelo me - Se aJghlffias 'c ategor ias es ca vam Em Pernambuco, o dire tor A marufestação, e mbora pacífica, deração Brasildra dos Trabalhadores
• d a p o p ulação econom ic-.une me . ativa nos 10 mil bancários não voraram po r- inde finidas, o ur ras que riam anteci- do Sindicato dos Unbanitárrios, Tito teve a vigilãnaia de 450 ho mens Agrícolas; o deputado consrltt1inre Vi-
, nacional estavam d ese mp regados, o que a urna não passou e m suas agê n- p a r-se ao m ovime nto . Es te fo i o Cavalcanti, disse que espera uma do Batalhã0 de Choque .da Polícia cenre Bogo ( PMDB-RS); Raquel Capi-
:-índice subiu para 4,3396. Ou seja, se ciàs, o u passe>u e m ho rá rios imp ró - caso, p or exe/np lo, d o s funciona- paralisação e m massa dos 20 mil Militar, que esrava Já, segundo um beribe (PSB-Amapá), Oswaldo LimaJú-
; 0 crabalhad o r b ras ilei ro já vem ga- prios... nior, ex-ministro da Agricukura e atual
rios d a Re vap - Refina ria d 0 Vale urbanítários do estado, c0m expec- coro ne l, "ap e nas para garamir o
: nhando mal, agora ainda pe rde em - relaror da subcomissão de política
d o Pa raíba, que ad iaram uma g reve tativas de prosseguir o movime nto êxito da passeara". Greve 00s dias
: prego. agrícola, agrária e refonna agrária; e
Os e]evadores que se inicia r ia já n a quarta-fe ira, após ó d ia 4. 3 ·e 4, foi a palavra de ordem. Albério Luiz Gonçalves, professor da
Os vigilantes Universidade de Brasília, com estudos
ainda parados sobre a realização de reforma agrária
.i atentos em A1
Cerca d e 3500 funcionários de 31
Cinema: Associação quer serSindicato em v-ários países.
Fantástico: saiu
·Jna;J;;;o;~c;;:s:::í:r:~ e:k!~~:
autonomia, embo ra seja- tindo para uma condição
reintegram anistiados -- com1swo se1amnómó1ogaaos pelos·
estados. Tudo isso, segundo José Rai-
mundo, para não ferir a soberania de
mos reconhecidos aos ar- que nos impõe gerir a nos- cada es tado, llemocratizando as lleci-
associando-se à s o PCV da Asdetran tistas ( prefe rimos dize r sa pró pria vicia, já que o
(Rio de Janeiro, d o cor- vento ra e demais aparares, sões:
manífesta ções deste respondente) - O Mo vi- que demiriu muiros dos Fo ram camadas outras medidas,
Primeiro de Maio arores), por consentire m nosso Sindicato falará ou- mento d os Anístiados do seus funcionários. Com a u ma delas um apelo dos sindicalistas
reafirmo sua q ue ficássemos encostados era língua: a língua dos tra- Sindicam (MAS-19) denun- anistia, uma assembléJa da
A Associação dos Funcionários do comuniscas no campo à Assembléia Na-
disposição ele lutar Depanameoto de Trânsito do ruo de à sua entidade até que su;- balhadore.<; na indú::tria ci- ciou, em p lena campanha categoria deliberou a rein-
gissem as esperadas condi- nemarográfica". cional Coostiruince, para que a furui;-a
ao lodo dos demais · Jirneiro diz tudo, na ediç-Jo especial para e leições do Sindícaro tegração desses funcioná-
trabalhadores pela ellmlnoção ções de saída'', diz à ce rta Ro que co nclui ,.,1rman- Constiruição represenre de rato avanço
de seu j0mal interno: "Valeu a pena dos Bancários no Rio deJa- rios. O MAS-19, coordena-
de todos as Injustiças sociais. altura o presidente . do que "queremo.. conri- neiro , que a entidade não nas questõ es da terra.
esperar. A sensibilidade e o alto es pí- do por Walter Steme Po m - As d iscussões ta mbém avançaram
rilO público do presidente do Derran, Ro q ue Araujo e xplica nuar a ver os at01 · _; em reco nheceu os direitos dos P,eu, distribuiu cerca de 5
que há dissidência, mas frente a nossas câm . .. a.<;, na seus funcioná rios arbitra- bas tante; p o r exemplo , a influência
VIVA ODIA José Alves de Brito, possibilitaram, afi.
nal, a realização do grande sonho dos não há inte nç_ãe de coo- ribalta, no pícadeiro a faze- riamente demitidos e m 64,
mil m emo riais no seto r
bancário, ex.igindo a reinte-
que a o rganização dos latifundiários
e g candes proprle rários de te rra, re-
INTIINACIONAL funcionários do órgão: a elabo ração
do Plano de (argos e Vencimentos".
fronto po r parte da maioria
dos técnicos, e acresce nta
rem suas artes co mo tão
bem as sabem fazer. Nós
mas anis tiados em 1986. gra~ão, mas esclar.ecendo
que não havia nenhum p ro -
pre~encados pela União Demo crática
Ruralista, de Ro naldo Caiado, vem ren-
Em 64, o Sindieato dos
DO.l'RABALHADOR! Desse modo, 0S dois mil funcio nários
do Derran-Rio esperam a sua aprova-
que "há, de direito e de fa.
to, uma divergência funcio-
faze mos cinema e vídeo,
atividades que certamente
Bancários do Rio deJaneiro
pósito el~iroml: "Seja qual
for o resultado da presenre do subre os peque nos pro prie tários.
sofreu uma vio lenra inter- As- disc ussões p e rmearam política
ção definitiva de anteprojeto na A<;Sem- na! claramente ident ificá- são mais abrangentes do e leição, nossa luta só cessa- agrária e reforma agrária, e a ç co nse -
bléia Legislativa do estado, Ele prevê ven~o, co.m inrerrogató- rá com o i,ileno reco nhe-
vel na cla5sificação rraba- que pode parecer a incau- i:ios, invasões, junca imer- quências. Discutiu-se a ligação da defi-
que o quatlro geral de pessoal do ór- lhis ta: nós, trabalhadore:; , 105,, · cimento do at0 de anis tia ''. ciência nos tran<;po n es e os pro b le ma.,;
gão será formado por um quadro pro- da terra, a vio lê ncia nas cidades causa-
vis0rio e um permanente. A Asdetran
está considerando uma das su.ts maio-
res conquistas o enquadramento nas
categorias funcionais, "observantlo-se
Filhos do Medo da - e m parre - pela miséria no cam-
po, o a<;semame nco e a assistê ncia que
vem se ndo dada aos recém-assemados
A
tui me aprovou, não representa a em frente ao bar escutando conversas Elvira escava no po rtão. Tinha vi:m> O ~ ssoal afa.~t()u-se, João volrou sa-
assíduo.~ le iwres, que de- melho r saída. de Teodoro. Teodo ro era um rapaz Jacinro passar correndo e viu ago ra 1isfeito. e um comuni:-ta fui seu primei ro presi-
vem le mbràr os come ntá- Nem sempre a última contribui- de m~ - Lyndo lpho Silva. Os s indíca-
. -rios que já fizemos nesta coluna :-o- ção represent:mí a renda mensal do tos agrícolas també m foram iniciativas
bre a Rentla Mensal Inicial-RM1, isto trnbalhado r, e o segur0 .social deve SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS do Partido (um dos prime iros fo i em
,representa a primeira prestação tio co rresponder o be nefício com a 'sarrelros, Pe rnambuco), antes que os
: beneficio previde nciário, e, na ~po- co ntribuição me nsal. Po namo, de- METALÚRGICAS MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO 1'iindica1os fossem reconhecidos pe lo
semadoria é calculnda sobre<.> :sal.\-
rio-Bencü~io mal$ um iluSt re per-
fendem0~ que as últimas <.loze con- DE SANTOS, SÃO VICENTE, CUBATÃO E GUARUJÁ Minis té rio do Trabalho, o que d e u o ri-
ge m às i:npo rtame Ligas Camponesas.
trlbuições, ou até mesmo as últimas
sonagem de ~0:;sa previdência; . rrinta e seis, <.levem servir para a Mas, a valo rizaç-:io d'..)S Mndlcacos nirais
É bom esclarecer que u Saiam)· avaliação ti() benefício. Porém, to- Os metalúrgicos de Santos não podem deixar este 12 de Maio passar como me lho r forma tle o rgani7-ar o.~
trabalh:1do res assala r.iados e pequ e nos
, Renetkio diferencia-se do Salário das e las devitlameme corrigidas,
dt Contribuição, até mesmo na notem, totlas corrigidas, e, devlcl:1- em brancas nuvens. produto res d o cam po acabou i,irevale-
mente cm rigidas. Afinal, se enquan- cendo.
''moeda" usada para calcular Por
exemplo. o crabalhador autónomo r0 seguro social, não se deve rece-
Nossa resposta à inflação, às demissões, ao arrocho salarial e às " Po r iSS(), ti:nte nde mu.<; q ue com essa
• calcula u seu Salário de Contribui- ber mais tio que se paga, 0 conir.í- nossas precárias condições de trabalho é a preparação, nesta data reto mada é pos ível que nós venha•
mos a te r efetiva cooperaç-.lo com as
' ção sobre Salário-Mlnimo, o u seja, rio também não é jus10.
• a percentagem é calculada sobre Para 1ermínar, é preciso aplaudir magna dos trabalhadores de todo o mundo, da greve unitária no outras fo rças que amam no campo. a.--
fo rças da Igreja. da Central Única clos
um m1mero de Salários-Mínimos, a cJeierminação da Comissão de S1s• próximo dia· 3 em repúdio à política econômica que oprime os Traba lhadores e do PT Porque nós não
com l>S tlevitlos reajustes mensaís 1ematil.llção quanro ao reajusre re.il
faz.emos t..Hscrim lnações. O ex-mi nis-
que a inflação exige. Porém, o Salá- dos be ne flclos pre vlden cíários, assalariados. tro Oswaklo Lima fez. até pregações
-rio-Beneflclo é calculado em cru1..a- mante ndo o ganho e o poder aqui-
no Encontro, mas reconheceu 0 a-aba-
do, utili:r.ando-se as trinta e seis últl- sitivo d9s inativos, e trabalhar para VIVA A UNIDADE DOS TRABALHADORES BRASILEIROS lho dos nos:;o constiruintes, em rela-
m;is contribuições do trabalhador, que is~6 seja aprovatlo na Censri- ção ao cam po". com pletaJosé Raimun-
com as vinte e quatro mais recuadas tuinte.
VIVA O PRIMEIRO DE MAIO do .
.. .
REAJUSTES DESARMAMENTO
Como looo o impienso. fomos No dl0 8 de maio, comemoro-se
rovcmente obngooos o reafustcr os 43 anos do fimdo li Guerra
~ de copo e dos ossinafuros.
Mundl0I, no expectotlv0 de novos
A.o mesmo fe!JlPO. l~mos como ovqnços nas negociações entre o
prpmoçôJ um plano especial de vendas
de ass,f!Q/uros e pacotes do Voz
poro Sllldicollstcs e slrdicatos. Mais
DA URSS e os EUApor0 redução dos
orm0mentos estratégicos. Mesmo
que não haja novo acordo. todos
esperam resui!0clos positivos do
011X1: odolomos medidos poro
n:lcionollz.or o cfistilbuiçõo,
atendendo dlrelamente os munfClPIOS.
N2 393 - São Paulo, 06/05 0 11/05/88 _ Cz$ 60,00
.UNIDADE encontro. este mês0lndo,
emM~ --
Manaus, Boa Vista, Santarém: Cz$ 80,00
2
Diretor Responsóve/: LLJ/z Carlos Az.
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~ : Rua Bento Freltas. 36
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Um programa
•
para a crise·
·RENATO POMPEU
ditatorial tentou-se construir uma dicmomia Pesquisas da Petrbbrás, também n0 Fundão. Hoje, reitor da univ.ersidade eleitp p~l9 voto d~
muito clara entre a atividade de gradução O pólo de biotecnologia e o centro de pes-
- que ~ financiada pelo recurso orçamen- quisas vão incluir duas mil pessoas-pós-gra-
de professores, esJudantes. e fu~si~ilan os, cont1
tário do Ministério da Educação - e a ativida- duadas, sendo que o primeiro envolverá em-
de do ensino de pós-gradução, que é finan- preendimentos de cerca de du,zentas empre-
liderando a comumdade universitana,,Tcomo n~J
ciada pelos recursos orçamentários das enti- sas. Além disso, queremos que o nos.so nú- do último· dia 3 de março, quando a uFRJ mai~,
dades financiadoras, como Finep, CNPq e cleo de computação adquira uma caraaerís-
.1.gora pelo Ministério de Ciência e Tecno- tica de pessoal não apenas para elaboraçio
vez parou, em protesto contra o congelamen~o da;
logia Do ponto de vista acadêmrco, essa dico- de p rograma5, mas para a própria arquitetura E também destaca~se_ no Conselho dos Reitore~
tomia não se realiza; mas do ponto de vista de computador.
Universidades Brasileiras - o CRUB - onde
dos inconformado,,s. com ~ situação da educaçãc
económico, sim. Então, a universidade não A UFRJ participa diretamente do Conselho
pode formular uma política de pós-gradua- Económico do munlcípio, juntamente com •
ção porque não está em seu poder o controle o reitor da Universidade do Estado do Rio.
das verbas das entidades financiadoras, que E com o governo estadual, remos rido inicia- Brasil, um µ,.ag~~o e mtrans.1gent~ d~fensor
se entendem dlreramente com os g rupos de tivas interessantes, como por exemplo na autonomia un1versitana e do ensino P.ubhco e gr,
pesquL5a O que se tenta fazer é a univer- área de irrigação da Baixada de Campos, e
sidade participar ativamente do processo de queremos ajudar oa preservação e apr0veita- para todos. Ne~ta eµtrevista à Voz da Unid~de
novos quadros para pesquisa de pós-gradua- menro mais racional da bacia do Paraíba. fala de uma umversidade que qüer se aproxuna
ção mediante a única política correra, a de E remos ainda a experiência aqui na favela
bolsa para os estudantes. Hoje nós es1amos da Maré, ao lado da Universidade. São cerca
povo.
com cerca de três !Tlil boi~ - o que não de cem mil pessoas que, depois âe resiStên-
' .• f • , : r :
ENTREVISTA
7
• d de,er.mfi;JJ1Ç3S, rêm interagido com nova ofensiva contra o ensino público gra- C? problema é um exemplo claro do que pulação. Não faço ilusão nenhuma de que
aasu, .,:r.,icJadt:. remos lá um escritório detuito? a ditadura fez na área social. Não por acaso a composição da Constituinte é predominan-
a /lJ
a...'iSiSlena:i 'd ' . d
1un ,ca - com apoio e profes- se massacrou todo o setor Hberal, um setor temente conservadora, mas também não te-
sorr!S e alunos da Faculdade de Direito e Horácio Macedo -Acho que não esoonde de pensamento razoavelmente democrático. nho ilusão de que com a pressão de massas
ál J'rOt"llflldoria do Estado-, cursos de edu- - é uma clara continuação da ofensiva. Os Não por acaso se cassou o Hermes Lima Eva- se possa fazer com que a Constituinte assuma
airJo fisica, de dança, espon es, lutas etc. E movimentos dos servidores e dos docentes risto de Moraes, Santiago Dantas. ' posições progressistas e benéficas para o fu-
aunbém otprograma de treinamento profis- obtiveram, no início de 1987, uma grande A maioria dos professores que está na·UnJ- turo do País. O que significa? Garantir a de-
sional de adolescentes: o pessoal é selecio- vitória de caráter económico, a lei da isono- versidade ingressou nela na época da ditadu- mocracia plena no Brasil.
nado pela própria comunidade vem aqui mia, vencendo resistências do MEC. Os salá- ra, e isso trouxe os maus hábitos da época.
para a Univers idade e faz um c~rso de um rios dos servidores cécn.ico-adminiscrativos, Era uma coisa inevitável. NiLlguém pode ter Voz - Como o sr. vê as perspectivas do
semesrre. pela lei dá Wsonomia votada pelo Congresso, a ilusão de que, num passe de mágica, uma desenvolvimento do País?
pelas tabelas discutidas com o MEC, ficaram pessoa que foi criada na idéia do "mi.lagre Horácio Macedo- Eu gostaria de ver, real-
Vaz - O sr. assumiu a reitoria da UFRJ multiplicados por fatores da ordem de 4 a brasileiro" possa, de uma hora para outra, mente, a perspecciva socialista. A gente \·ê
'7llllla e\eiç_ão direta, e nesse período está 10, o que foi realmente um ganho enorme. se tomar dedicada a esse processo de elabo- que, historicamente, é a única solução. Mas
sendo realizada uma série de experiências Mas, esse ganho ficava embutido no processo ração cultural do País~ Por outro lado não não vejo a possibilidde de nós, a médio pra-
novas. Como isso repercute na estrutura de enquadramento. O MEC não percebeu tenho ilusão nenhuma de que se possa ~ me- zo, obtermos essa estrutura socialis1a no País.
da "velh~" UFRJ? Há tensões na UFRJ? , que, no processo de enquadramento, é que çar a transformar isso sem uina instabilidade Nós não conseguimos formular o nosso pro-
_Horácio Macedo ~Há dois tipos de ten- esses ganhos salariais iriam se manifestar. na situação universitária. jeto de País socialista. Nós temos a pala\Ta
sa.o: entre a UFRJ e o Ministério da Educação Quando tiouve os e nquadramentos, isto é, geral, mas não sabemos como caminhar para
Voz - Como resolver o problema da de-
e a interna. São resultados da nova postura a passagem dos servidores do plano antigo isso. Toda vez que se tentou caminhar para
dicação do corpo de professores, principal-
que a reitoria assumiu. O primeiro tipo de para o p~o novo, aí é que o MEC percebeu isso, ou se fez uma formulaç;io muito radical
mente dos mais gualiflcados, ao ensino de
tensão: a UFRJ sempre foi um apoio do ponto que o aume nro das despesas era realmente - incapaz de agrupar todas as forças pro-
graduação e à pesquisa científica?
de vista institucional da política do MEC. Ho- grande. Então, aproveitou-se do argumento gressiscas - ou se fez uma formulação muiro
je, est.a Universidade cem úma outra postura; para de novo continuar a política contra as f!orácio Macedo - Não é uma questão geral, um apelo sentimental que não 1~ :a
a reitoria se contrapõe com toda clareza e institu.iÇGeS de ensino superior federa.is, di- uniforme. Em algumas áreas, a dedicação dos à organização. Por isso mesmo, eu acho • n-
aniculadamente a essa política do MEC, o zendo que elas eram responsáveis pelo délt- professores é cõmpleta - por exemplo, nu- poname garantir-se a democracia, par,1 1r
que cria uma fone tensão. Uma tensão que dt público. ma área tecnológica não se justifica o pro- tempo às forças progressistas de armar e e
se traduz, às vezes, em ações unilaterais do O orçamento do Ministério da Educação fes_sor-não se dedicar integralmente, porque programa. Um programa que seja unitát ·,i,
MEC claramente retaliatórias à política que é algo em rorilo de 19% do orçamento global existem todos os recursos para que se dedi- que passe pela classe operária, pelas reivin li-
a reitoria execura, criticando - como criti- do País. Destes 19%, vem para a5 universi- quem. Então, nesta área se pode fazer um cações _dessa classe enquanto classe oprimi-
cou dara e abertamente - o projeto do Geri, dades apenas a metade e não 80% como se processo de cobrança enérgico. Em áreas on- da, fazendo com que essa classe sinta que
que queria tranSformar a universidade num tliz. Enlão, o que é que o MEC quer? Quer de não há material suficiente, onde os recur- pode assumir o poder.
grande escolão; como critica abertamente o reduzir a despesa com universidades e quer sos são menores,ocipode cobrança é outro.
pacote económico do ministro Maílson, que também fazer com que as universidades fede- Mas, é errôneo achar que a maior parte dos Voz - Quer dizer que o sr. tem espe-
vai contribuir para um fone esvaziamento rais sejam somente insLituições de ensino e professores não tem uma dedicação razoável. ranças renovadoras no marxismo e no sot ·1-
das universidades federais. não de ensino e pesquisa Qual a política lismo?
Temos defendido claramente o ensino pú- para isso? Não é cortar no custeio, é cortar Voz - E o problema do aproveitamento
Horádo M;1cedo - Embora muitas r --
blico gratuito, por mais verbas públicas para no pessoal. do corpo discente?
soas tligam que o marxismo morreu, eu a~ >
as universidades públicas, pela autonomia da Horádo Macedo - També m não é uma que o marxismo é hoje a única corrente
universidade ( que defendeu essa proposta Voz - Qual a posição do Crub-Consclho questão uniforme. Em algumas áreas o ensi- pensamento que tem uma estrutura do po1 >
junto à Constituinte e até contribuiu para que dos Reitores das Universidades Brasileiras no é muito bom, com gnmde dedicação do de vista de proporcionar uma forma de p, ,_
ela ficasse explícita na Comjssão de Sisrema- com relação a isso? sar seja a ciência natural, seja um aspfü o
corpo discente. Em outras áreas, onde o mer-
tização) . .Esse tipo de problema tem que ser Horádo Macedo - O Crub se opõe clara- cado de trabalho sofreu uma série de disror- cultural. Uma vitaHdade do marxismo é a i-
gerido com muito cuidado, pois, afinal, o mente a essa política E a última reunião do pacidade de aglutinar o pensamento cie1 í-
ç~. o processo de cólocação é o processo
MEC é o "dono" do dinheiro Crub, em Brasília, tomou dara posição contra geral de colocação tio profissional de nível fico e o pensamento social. O fato de o m,u--
Outcos tipos de tensões acontecem, mas o pacotão do Maílson. xismo ser um tipo de p~nsamento predomi-
de caráter interno. Mudando-se a univers.i- SUP,el'ior. Apesar disso, ainda o profissional
da UFRJ encontra uma qualificação muito nante numa gnmde área do mundo faz com
dade, muda também a repartição dos diver- Voz - As universidades estão rebeladas?
boa. Eu vejo também área5 detertoradas, co- que eu tenha uma gmnde esperança de que
so.s poderes acadêmicos. Então, em algumas Horário Macedo - Estão. Em lugar de
o futuro nasça coerentemente das idéias ôe
mo a de licenciatura de professor de 22grau,
áreas se nota uma nítida reação aos processos ponto de apo~, há ponto de divergência com ·Marx.
em que o mercado ficou relaxado, onde o
de mudança - e às vezes são grupos que, o MEC, tão grande que dizem que um reitor Mas, o fato de que a própria direção da
profissional encontra dificuldades.
em nome de uma defesa do processo de foi empossado com o compromisso de ir URSS esteja fazendo o que se chama peres-
De uma maneíra geral, e u digo que a quali-
desenvolvimento tecnológico, assumem ati- para o Crub tentar fazer com que este mo- troika mostra que o marxismo não pode ficar
difique a sua posição. dade tios nossos estudantes não pioro1J com
tudes profundamente conservàdor.as. essa época da ditadura; o que piorou for a sujeito àquelas formas dogmáticas e estreitas,
Por outro lado, o fato de a reitoria assumjr que*na realidade são símbolo do antimar-
quafidatle de formação desses estudantes.
uma posição democrática, na defesa dos inte- Voz - E existe resistência a essas mudan- xism9. Existe a esperança de que na URSS
Vêm para a universidade côm hábitos e pen-
resses dos professores, dos servidores e dos ças no corpo docente da UFRJ. O que houve s.1.mentos muito conservadores, ou _f.)elo me- se cons.iga produzir um tipo de pensamento
esrudantes, contrapondo-se à polírica·conse r- na Faculade de Direito? social mais flexível, mais abeno - mas eu
nos muito desligados de uma idéia culrur.1.I
vadora do govemo, faz com que a reitoria tenho mais esperança ainda de que nós, no
progressista mais avançada. Fazer com que
acabe por exercer um papel que antes e ra Horácio Macedo- Este é um caso dpico eles tenham essa idéia cultural progressista· Br-dli i!,sejamos capazesde criar formas especí-
exclusivo de movimentos organizados. do resultado da política da ditadura. Ponanto, mais-avançada é a tarefa tia gr-.iduação, e não fica~ do marxismo, usando o marxismo como
a posição da reitoria não é a de condenar só de formar um bom profissional. processo de pensamento, como instrumento
Voz - A reitoria se propõe a assumir nenhum segmento da faculdade, mas sim-
de formulação da resolução dos prôblemas
a frente desse processo de renovação da pl~mente constatar uma situação real, e ten-
Voz - Como é que o sr. vê essa situação sociais.
univer~idade brasileira - isso muda a ma- tar modificá-la. Por isso, o Conselho Univer-
que o País está enfrentando?
neira das coisas se desenvolverem? sitário resolveu mudar a direção daquela fa- Voz - Qual a impressão gue o sr. tem
Horácio Macedo - Eu vejo com preocu- de Gorbatchov?
Horácio Macedo_ - A reitoria não se pro- culdade.
A Faculdade de Direito foi, em primeiro pação, porque é óbvio que a participação I-Iorádo Macedo - Tenho uma boa im-
põe- ela assume isso realmente. E a institui-
ção, enquanto reitoria, pode as.'iumi r es.-;e pa- lugar, destruída fisicamente e, em segundo maior das forças populares na determinação pressã0. Foram muitos anos de um processo
do futuro tio País, a pressão que as c.imadas de pensar muito fechado, no sentido de que
pel com muito maior rapidez, o que St!ria lugar, des truída academicamente. Há dois
diferente e.lo:, movimento~ que têm uma dinâ- ano e meio quando assumi a reitoria, o pré- operárias fazem, a pressão que a sociedade não tinha. mais surpresas - e a geme tem
dio da Fac~ldadP escava numa êlilapidação civil organizada exerce, fazem com que os que ter surpresas.
mica mais lenta
inenarrável. Tomamos providências e, hoje, setores mais reacionários, mais conservado-
ele está recuperado. Do ponto de vista acadê- res, fiquem extremamente preocupados eco- Voz - Diz Gorbatchov que não se pu .:
Voz--A tendência a transformar a estru- mico, a reitoría fez um enorme esforço de mecem a se organizar. Isso tutlo passa por mais recuar .. .
tura universitária do País num dos bodes recupt:ração, e isso encontro u resistência in- nós conseguirmos 1er uma Constituição que Horácio Macedo - ... Sim, isso é impur-
expiatórios do déficit público esconde uma terna. responda o mais possível aos desejos tia po- tante, Mui10 importante.
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8 INTE~NACIONAt'' 06tos ª 111os,~aWlZ
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Perestroika: a--lei" e oCidadão de vid.J do ~0vo. -Mas Stálin
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hail Gbrbatchov, ao intervir,.em
pouco t~'!1po após o falecimen~ 18" de fevereiro deste ano, no
r t0 de Lêrun, fez GGm -que O país Plenário dô CC do PCUS. "Mui~
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r tálin escreveu no crepús·
mex~se outra vez ni:l.cna
, tuaÇio de emergência.
tos não estão habituados a fazê.
lo. Y.erão·de se habituar. Tartfa
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S cu.lo da sua vida (princi• ·
pio.s da década de 50) uma
pequena obra intitulada Proble- A ID
Legalidade socialista
. , ·sró,r,-ia. repudia coni·ecru.
nossa é consolidar firmemente
ps alicerees 1uríclicos da peres•
troika e, adma de rude, prote•
mas ecooômfoos do socialismo
na URSS. EscreV€u•a à maneira ras upo o que sucederia se ,gerd a lei da empresa estatal e
não...' .Tudo quanto há na nossa os emais atos jurídicos enqua•
~ muito sua, em estilo claro e
compreensível a qualquer pes-
ê drados na reforma econômiea ·
liístória - xi~os, fracassos, jÓ• fa.ce ao perigo da sua erosão me•
'
r soa, independentemente de ní·
vel de instrução. Interpretou as
bilo e dor - e nosso patrimô- di
nio nacional. Temos de apren• .ante prescrições departamen•
der c;om as lições do passado tais. de todo O gênero. A estra·
r leis da economia da .forma tão - mesmo que sejam dolorosas tégia .de democratizaç-ão prô·
simples que eliminou todas as
i ... dúvidas acerca da pos.sibilidade
e aflitivas, porém curativas - gress1va da sociedade pressµ•
, de as dominar e manipular à
vontade.
_poe o fortalecimento perseve·
para o presente e para o futuro. rante da legalidade socialista. o
A lição número um é a Oni· poder p9pular implica 0 triunfo
O próprio Stállil já não duvi• presença da lei, a única forma total e absoluto da Jeí que expri•
r dava, àquelas alruras, da sua éa· de totalitarismo que convém ao me a vontade do povo''.
N
·
taçã.o d o Sudoeste Afri- p a r a agredir ~ &º}ª• assi~
cano (.Swapo) inau gu - . com o os demais pa1ses ela Li-
rou r ecentem ente sua repre- nha d e F ~e me (Bo~ a,
dução ou co,:esriio com o c:1pitalismo?
~
se que enquanto o r egime na URSS será acreditada' jun-
d e Pretoria se recusar a man- to ao Comitê de Solidarieda- os ideais do socialismo. Antes, basea-
ter conversações com a o rga- de Soviética, igual ao Con- dos na experiê ncia realizada na União
Soviética e em ouLros p aíses, podemos
nização do povo namibiano, g resso Nacio nal Africano
a luta armada continuará a (ANC) da África do Sul. (AN-
ser o único m eio eficaz p ara GOP)
dizer q ue, de uma esratização integral
dos meios de produção, pode até mes-
mo surgir disfunções no perfil de gera-
l
ções, graves, do ponto de vista de prin-
ápios da democracia e do socialismo.
J
1
O que nós consideramos essencial é, 1
Eleição no segundo turno seja a existência de um setor público,
de uma pane dos meios de produção
Napolitano: "Élmpoltanta a consollda.ção das novas democracias na AL".
,,1
buscando assim realizar objetivos da .
O p rimeiro rumo das e lei- vidade, seja u ma programação demo- demo cracia económica e não somente é que se resol ve essa concradição no
ções equato rianas, realizadas crática da economia, através da qual da democracia social. processo de desenvol viinenco gradual
em 31 d e janeiro pàssad o , o poder democrático possa influenciar da democrada?
aré mesmo nas decisões de grupos ca- VU:Como o PC! entende os proces- 1
defiaíJJ o~ rln is candidacos
par a o segu n d o turno do =
ptcalJscas, em gc::r.ú da:, c::mµ1 µli va-
das, seja uma participação de trabalha-
,r::volucionários d o Terceiro Mun
:,o;,
do, onde, para impor a democracia,
Ciorgjo N ApolitAnn, O ÔP..<;envolvi-
memo da democracia significa tam-
l
p leico a realizar-se dia 8 de
maio (domingo): Rodrigo
Borja, do Partido da Esquer-
da Dem ocrática (social-de-
dores na questão, um controle de tra-
balhadores, de sindicatos, sobre a ges-
tão de empresas e, em geral, sobre
o pr oletariadoJem que implantar uma
ditadura democrática e revoludonária,
como é o caso da Nicarágua?
bém o desenvolvime nto em condições
de liberdade do conflito de classes, do
conflito social em todos os terrenos,
l
m ocrata), e Abdala Bucaram,
do Partido RoJdosista ( cen-
a gestão da economia
Giorgio Napolitáno: No caso ela Ni-
e também no terreno cultural, ideal,
dos meios de co municação, dos pro- i
tro-esquerda).
O grande de rrotado foi o
atual pres idente Leó n Fe-
bres -Corde ro, um intrans-
VU: O Esl;Jdo do Bem-"Escar Social
- Welfare Srate-pode serenrendi do
como um primeiro momenco para a
rransiçiio paélfica e gradual do socla-
lismo, ou é uma alremadva capicalisra
carágua, abriu-se um caminho q ue tem
representado uma reação obrigató ria
frente a um regime como o de Somoza.
Foi uma ruptura revolucionária No e n-
tanto , mesmo na Nicarágua, o p roble-
cessos educativos. é uma luta aberta.
~ Não acreditamos que exista lfma
chave para resolver esta luta em favor
da classe operária, das massas trabalha-•
doras, das forças de esquerda, das for-
l
-,
genre defensor da p o lítica com a parridpação operária? ma atual é o de passar de uma fase ças de inspiração socialista Pode-se
externa d e Reagan, respon- ela ditadura, o u pelo ,m enos de demo- pensar que a chave seja a conquista
sável tambem pela aplicação ag ora apóia o candidato Bor- Giorgio Napolitano: A experiência cracia revolucionária, a uma fase de de todo poder por parte da classe ope- 1
de uma política econ ómica ;a que, caso vença o segundo do Welfare State é uma experiência democracia pluralista, como condição rária, com meios revolucionários. To-
conservadora com resulta- rumo ( e é esse o resulrado importante do pomo de viSta político de uma ·convivência padficà no país, davia, viu-se que em numerosas situa-
dos negativos paFa o país. e social em muitos países europeus. e como condlção ~ ra por fim à inter- ções, esta chave rujo funcionou, esta
das mai s r ecentes pesqui-
Nós acredltamos que não seria conce- ferência americana. Não creio que ho je estratégia não levou à vitória Antes, 1
O PCE, que panicipou da sas); deverá tomar posse em bível esta soma de conquiscas sociais, sé trate, de nossa parte, de indicar re- terminou favorecendo o aparecimento
primeira etapa elas eleições, agosto. se não existisse um movimento operá- ceitas para o Terceiro Mundo . Aqui, dos regimes auto ritários militares. Por-
rio o rganizado, capaz de afirmar com na .América Latina, vemos c0mo uma tanto, se trata de fazer uma política
a lura os seus direitos. Não há dúvida, coisa muito importante a consolidação sobretudo de aliança o u de unidade
BOLÍVIA entre todas as forças de esquerda que
portanto, q ue as instituições de dlreito, das novas democracias que surgiram
do Welfare State representaram um do poder de longos anos de ditad ura de qualquer forma representem , ex-
Solidariedade com Panamá- importante progre~so num caminho
qu e pode ser o d a afirmação crescente
militar. pressem o mundo do trabalho, as mas-
sas trabalhadoras populares, o ideal d o
Foi formado em La Paz o d os ideais do socialismo. Naturalmen- VU: Com relação agradualismo, co- progresso democrático, do socialismo
manifesto denunciando a in- e, através desta aliança, um vasto arco
Comitê Bolivíano de SoHda- gerência dos EUA nos assun- te, n ão precisa acabar com o Welfare mo é que os comuniscas imlianos en-
de forças possa conduzir à luta no pla:
riedade com os Povos (CO-
BOSOL), i n t egrado p e las
mais importantes o rg aniza-
tos mrernos daqpele pais.
Uma elas decisões tomadas
pelo Comitê recém formado
State . H oje, é preciso acé mesmo de-
fendê-lo do ataque destrutivo das for-
ças d e d ireita, das forças conservado-
tendem uma questão que é cencral pa-
ra os comuniscas brasileiros, que é a
questão do poder de dasses, na m edi -
no sindical, no plano poUtico, nas insti-
tuições, entre as massas, no plano cul-
,
ções sociais do país e perso- é a de convocar, no menor e
ras· p reciso inová-lo, porque até mes-
md
da em que, mesmo.asfon;as mais avan-
çadas da democrada burguesa man -
tural, para m odificar o equi\Jbrio de
classes no exercício do poder, a favo r
l
nal.idades políticas e culru- espaço de tempo possível, O Welfare State sofre de uma bu- das classes trabalhadoras, das massas
raiS. um encontro ame:lcano de rocratização grave q ue afastou inclu- rem como elemenrds n ecessários o po-
solidariedade com O Pana- der da burguesia, que se expressa n o populares. É uma estratégia a longo
sive um a parte d as massas rrabaJhado-
Na re união cons ticuciva foi
formada a Comissão de Soli-
dariedade com o Panamá,
má, tendo como lema "O Ca-
nal é do Panamá, o mar para
ras, e faci litou o acaque destrutivo de
d ireita É pre ciso d efendê-lo, inová-lo;
control e dos meios de produção, de
comunicação de massas, do aparelho
p razo, é uma estratégia complexa, mas
creio que, em muitas situações, não
existe alternativa para esta estratégia.
j
que de imediaro lançou u m a Bolívia", é preciso ir alé m do We/far e State, ideol ógico, em especial do sistema
l1
l
1
10 PCB 06/05 GI 11/05/88 Y!2
FICHA NA MÃO
No caminho de um novo bloco, Fluminenses adiantados concentram-se esforços para
a imensificaçã0 da campanha
Os comunisras do Rio de nos zonais 4, 17, 6, 19, 24
=-
AC - Rio Branco, Pt.>dro VTccme Cu<in Sohrfnhu PB _,;,..., PcssollJ ln :m:ir Urunx.t!:idll- Rua f)uqw 221· 23U
j()Í - CEP 29,000. RQ - Porto V~lho, J<>~\l Telx<lr:1 úe Melu - /\\'.
- Ru:J Alegria. 70- ~ e - CEP 69,900 de evc1:>.,. ~o - z.·no1- Ç;tlc;-. Klio -CEP 5/l.OOO
A.L - Mac:elcl, Ger21tlo de M•/cfü - Av MurefrJ
CO - Goilni>, i'>Uli\ Arrud:! Vibr - Av. llnh·cr· l'lnlk!Tr<J Moctl3úo - E.<qulna e/ Ruu llr:cslli:1 - Eu
Llml, lff-CEI' 57.000 - (082) 221-7414. 1
~-CHP 74.000-(062,) 223•54'i0- C.. ;ii<~32:~t;!~;\n"1 Mar• l:tit.luru Perelr:1 - Ru:r
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LuTru - 1~ .<Ili - 'é:EP 78.91JO.
SC - Florlanópolis, '.'lllúu J1>sc, Mn11ln.\ - P,,1 f'c.
A.M - Monaus: Mé 1'21,-. Filho - Ru• Top:,l<)o.. 1131 Florl:lnll Pell(utu, 50 - ff. :ll!IOI - CP.P
MA - Sio Luu, Tom:,, J<l.'lé <llJS Santos - Rua Mnrl!( 041) 234-2492. reira O li,,e lra, 6 - "'9 - CEP Hll.000 - (041111
789 - Cemm - M:in:iu, - CP.P 69.00o - (0')2)
23-1·1.346 :sia>.Jré. .129 - ~ ntm - CEP 65.000 - l 09R1
2214133
~OIO R !ifc· !':lulu Cnv:rlcuul - Ru.1 &luunlu de &791>9. .
SE - AractjU: wcmn~on n:ml:Lot Manjtut:lr:t -
t":;;iho~ 32 :_ 11<>:t V-0<13 - CEP 'i0.1100 - (OHI J
Semanário Nacional A.I' - Mocap, , }olé Ferrund11 de ~lcJcirll< - M:
Prc:sídén1.c Varg2.,, 2449 - CEP 68.900 - (096)
Mil - Be)o llorixonlc: E. GJtclJ - R. Tomé de
Suu,:i, ffl0/202 - ll, funciun!rh> - CEP 10,140 i,{ ~f:~~in,u
1 F1~\·lu Mur.t\.~ - Ru~ 1.xt"\ndu F~r-
Tra\'. QUlntllhano <l:J F,,n.-.;a"a. 2!'12 -
- (079) 234-7811.
CEP -19,00()
contra humilhação
Indignação
~eado em farta documentação
0fiaal e ~ tatísticas confiáv . A
"ó . b e is,
~ora_, na _so erana é um trabalho
mentífico 1mponante, com o qual
oU autor
. se dóutorou na uru·camp,
ruversidade Estadual de Campi-
nas. O debate em torno da questão
é ~eno, fugindo à complexidade
do e~onomês" hermético para os
moruus -:-- sem , contudo, perder
em qualidade e profundidade na
abordagem do problema
A dívida externa brasileira é im-
pagável e incobrável. Petrfü1jo flor-
- tella Filho não fica na retórica Ele
demonstra que isco é factível, quao•
do \:tá vontade. O contrário seria
mantec a Nação humilhada e seus
Re\na\do »ies\t\ne\
O gesto -e a dignidadé
es(\Uetda, mas uma atitude tecnica- Wall Streec em grau cada vez mais
mente viáve\ e benéuca ao desen- escandaloso. A divicia ei-.,erna custa
volvimento do País. A tese é defen- ao Brasil. hoje, mais do que ac; inde-
dida pelo piauiense Pecrônio P0ne- oi,.ações de guerra custaram para
lla Filho, n© livro á moratória sobe- a Alemanha. Seu cancelamento pu-
rana (A alternativa do cbnfronto ex- ro e simples prejudicaria somente ·
terno: seus cusros, perspectivas e as armas e os gestQS militares. você é amante daArte, não deve- le nto que merecia atenção). Se-
mitos), que a Editora Alfa-Omega O caráter ''leonino" dos acordos
Alexandre M. Tostes Simen rá deixar de assisú-lo. rá uma o bra-prima do expres-
está cokicando nas principais livra- e cartas de inteuç-:-to assinados n0 E foi com upia nova rol_lpa- sio nismo se for "enxugado" em
lha, cá entre nós, que os gem cenre mporãn ea, eclética seus 10 minutos finais, e se a
rias do Brasil.
goni consciruém-se em afr0nta à so- <ilefinido de simplesmente ma- tantâneas, Suzaaa utiliza músi- · do para um único plano numa
dá notícia da existência de dívidas
ravilhoso? ca do alemão Te leman, que, única iluminação.
externas com o a brasileira que, ha- berania nacional e à dignidade da
Nação. Vale a transcrição de seis das Está se falando do Ópera apesar do tíruio nos levar ao rá- · Seria desonesto e até precon-
vendo sido contta.idas de maneira
dáusulas do r eferido acordo: Paulista em sua primeira estréia pido esquecimento, é um balé ceituoso n ijo mencionar a bele-
tão irc:egular, tenham sido cobradas ·z a lírica de Brazília B0tellio, 0
de forma cão arrogante, com efeicos · "O Brasil renuncia a qualquer di- do ano, semana retrasada, ·no cle sequências harmónicas entre
reito de alegar quesrões de sobe- teatro Sérgio C"3rdoso, e que a música e o movimento. Este, talento sedutor de Cláudia De-
tão daoosos para a economfa nacio- cara, e a magnética luz de Key
nal", anoca o auror (pág. 73). rania na discussão do acorclo e, coo- ag~ra se apresenta de 12 -a 20, repetido e m algumas minúcias
sequencemenre, à imunidade juris- no madequado palco do Centro cbm os bailarinos em rolamen- Sawao - que prova q ue tama-
\>oneUa Filho observa que ó pa- Cultural São Paulo. Depois, se- - tos pelo chã©, tem o ritmo ágil, nho não é documento.
gamento da dívida, nas condições dicionaL
O Brasil aceira o foro judjcial de gundo informa a diretora Ânge- com passado e o esrudo da orga- E n o mar de lamas atolado
em que vem sendo exigidas, é um la Nolf, seguirã0 ainda. neste se-' rúcidade espacial é bem expio - da dança brasileira, o Ópera
processo autofágico "que compro- Nova Iorque e de Londres para dis- mestre para Brasília, Belo Hori- rad0. Pode-se afiFm ar, também, Paulista emerge numa dan~ de
cussão e julgamento do acordo.
mete de forma irreversível o nosso
O Banco Central ac~ra que, em zonte e para o 62 Festival de qu e é um trabalho onde a perso- comprovada qualidade.
preseme, ao mesmo rempo em que
empurra para o futuro discante a
caso de execução, a penhora recaia Dança de Joinville, Sanca Cara- nalidade e nergétic~ de Yamau-
sob,re seus bens usados em ativida- rina. chi começa a solid ificar. Ballet Opera-Raulista - Coordena-
resolu(f.lo dt um problema que se O grupo surgiu oficialme0te Depois do inte rvalo, surge m ção Artfstica: Ângela Nolf; Marketing:
torna cada vez. maiS gra_ve". Paira ele, des comerciais. Pau.lo-Branca; Coreógrafos: Suzana Ya-
05 esqu~as criados para a cobran- o Banco Cenrral aceírn o foro in- em ~. e teve em 85 um ano no palco, ·durante trima minu-
mauohi e Bebeto Cidra; Ass.i stcntes:
~l~n oso, culminand_o com o o tos, quatro personagens inquie- Ar\a Luiza Seelaender, Cláudia 0ecara
ça da divida ext<!rna legitimaram ternacional e, ma is, consenre, de 1,1ru~o relDres~rame brasileiro cantes representados por um e Angela Nolf; Luz e Som: Pe1er Rlner-
um processo de usurpáçã0 "que jã forma irrevogável, que e m caso de no Forum de lal;)anse", e m Pa- ho m e m s01itârio e m confronto peck ; G~avação: Marinho Murano;
foi denunciado até mesmo poJ se- Htígio, possa ser citado pelo cor- ris. Mas até parece pr~ga deJeah com crês egos femininos. É o Elenco: Angela Nolf, Brazília B01elho,
tores ultraconse,;vado•es" ( ,. reio, no exrerior ou no BrásJI ( des- Bebelo Cidra, Cláudia Decara, Débora
2ô7). ' pag. prezando assim r9da a jurisprudên- Genet porque, dessa dara até o hipnótico Nostalgia (esta Voz, Furquim, Jorge Filio, Key S_awao, Marta
ano passado, tomou doril. E'se em 87, apontava-o como um ca- César e Sllvia Machado.
Dep~is de analisar em detalhes cia do Supremo Tribunal Federal
a questao do crescimento alucinan- - nota do Autor). .
O Banco Central obriga-se a for-
1e da divida externa e da necessi-
dade - mais do que a sua própria necer, mensalrne nce, as alterações
viabilidade - da moratória bras- salariais decorrentes da politica de
Jornalismo da URSS na ABI
leJra, o autor co,ndui: "A indepen- correção conforme os reajustes cal- O vice-presideme da União dos Na oportunidade, foram debati- Os jornalistas sovié1Jcos, que vie-
dência económica, tanto quanto a culados com base no INPC". Jornalistas da Uniªº Soviétie::a, Ivan dos "p0nc0s com uns exisrenres en- ram ao Rio de Janeiro a convite 'do
Instituto cte. Cul tura Fundação
ir).dependência intelectual, .não irá . Sobram motivos para ind Jgna- Zubkov, acompanhado d0 Ghefe de tre a5 duas entidades da imprensa
Re lações lntemacíonais <:la entida- brasileira e soviética, com visras a RioArte, presidido por Francisco
reque~r isolamento nem subver- çao.
de, Vital i Chestakov e do eorrespon- unir esf0Fços i,>ara a causa da paz, Milaru, estiveram iaml;iém com o
são mas tão somente trabalho e co- 11 dente no Brasil da Agência de ·ún-
'::Jrrut!fria soberana (A altemariva do da democracia, do socialismo e da prefeito Satumioo Braga, que viaja-
rag~m : o trabalho de se libertar dos
co n.mu'. c.~remo: seus CIJSfOS. pers- prensa Novosti, Vladislav Drntitren- liberdade de imprensa". Ivan Zub- rá nos próximos dlas a Moscou e
enraizados bábiros da submissão; a ~~~ m110$), de Peminiu Ponella ko, foram recebidos, na semana
kov disse à Voz que o encontro com Leningrado,. a convite dos soviéti-
coragem de volcar as costas aos fan- ~ $ tui-,1 Alfa-Ome;::.,. 277 páginas. passada, pelo presJdence da ABJ,
iasmas do passado e simplesme nte dfü 17 980i!'/n.:·:inyimc:ncv em S:ío P,wlo Barbósa Lima Sobrinho, e pelo es-
a P.81 fui de grande utilidaele para cos. De acordo com decretos de
a compreensão mútua entre os po• Sacurnino, Rio de Jane iro e Lenin-
caminhar para fora do círculo de d; Cultura. tu, : s 18,3() hcm,~, nu l.lvr,,- critor Josué de Almeida, um dos
avenid:, _Pu~l~~~cCcm111nru /1/urnm:J/ du conselheiros da entidade. vos. grado são cidades_-innãs.
glz" (pág. 270).
..... -
J
)
No começo dos anos 60, foi publicada - pela Brasiliense, de situação política econômica e social de no~a gente. Entre os
São Paulo - uma série de livros sob o título geral História Nova. colaboradores d~ série Nelson Werneck Sodré, um dos pioneiros
Propunha-se - e conseguiu - redi~cutir a história da historlogtafia marxi~ta no Brasil autor de alguns dos nossos
e a historiografia brasileira, tomando-se um marco já clássico~ estudos. Aqui, a ConcI/isão de um capítulo de Wemeck
- na contribuição da intelectualidade Sodré dedicado à questão do escravismo com título dado p.ela
para iluminar os muitos aspectos da redação deste periódico. ' ,
1
....~ - - --- ---- - -- -:: - -. - ------:"':"Ili
AOS LEITORES
Todo solld0riedode aos demitidos:
15 no peno de Santos. 8 na
São. Paulo, 06/0S"a 11/05/88 Dotomec em i<eclfe. 3 r .a Datomec
em Porto Alegre, 20 na Vale do Rio
Suplemento Sindical n2-15
Doce em Vitórla e 20 no Vale do
Voz da Unidade Rio Doce em CaroJós. No
Rua Bento Freitas, 362. 42 andar fecnamento da edição. havia
rumores de mais demissões,
Tel : 231-2926 CEP 102;20 inclusive de que uma listo Jó eslava
Telex: (011) 32006 VOZ SP
ern discussão no Pelrobrós.
I
'SINDICAL 06/05 a 11/05/88'\ICIZ
B·
DE OLHO A trágica história do salário Dlínimo TERRA LIVRE
de gascos com habitação, saúde, higíe- O ma.is imIDressioname de •tudo isso
20 ctias, reivincticaodo um piso sa- ne, vestuário e transp0rce. De termina- é que a economia cresceu muito nestes
I Petrobrás causa EdmllsopCosta
va ai nda que a ração básica alimentar 48 anos. O Brasil transform0 u-se no Que cinismo!
,I larial de Cz$ 700,00 por bora-aula. o itavo PIB da pane capitalista do mun-
do trabalhado r seria composta dos se-
demissões em Natal No mesmo c;esrnac, os alunos tam- guintes ingredientes: • do. Enquanto isso, o salário mínimo,
E
m. cadeia nacional de i:ádio e tele: Há cerca de 15 dias, constiruintes
bém estão paraçtos protescanqo visão, o presidente Sar,ney anun- "6 quilos de carne; 4,5 quilos de fel- em. vez de acompanhar o d esenvo l-
Como a Petrobrá5 não renovou contra o aumento de mensalida- progressis tas e democráticos junµ-
ciou pom~ameme o novo salá- jão; 3 quilos de arroz; 1,5 quilos de vimento do País, teve os seus valores
co ntratos com duas empreiteir'.15 des. Os 300 mil estudantes pagam farinha e massas; 6 quilos de batata; rea.i~ depreciados para·menos da meta- ram-se às lideranças do PCB, PDT, PT,
que a serviam e m Natal, no R10 rio mJnimo (Piso Nacional de Salários) PC do B, PSB e PMDB (le ia-se 1\-1ári.o
Cz$ 4500,00 m ensais. Como ctiz o ~ parti r de primeiro çle maio: CzS 9 quilos de legumes; 3 quil0s de açú- de. E evidente que a riqueza produzida
Grande do Norte, estas demitiram frevo, "onde está o dinheiro, o gato car; 7,5 litros de le ite; 600 gramas d e ao lo ngo dess.e período foi e mbolsada Covas) e à diretoria da Contag para
8.712,00. Acrescentou ainda que o mí-
mais· de 300 funcionários. O sindi- comeu"! nimo vem senoo wrrigido acima da café; 750 gramas de banha (óleo); 6 ~ las classes dominantes. desrrinchar as a lcernaciwas viáveis e '
cato dos petroleiros desse estaclo inflação e que o compromiss0 de seu quilos de pão; 750 gramas de manteiga; Realmente, é uma brutalidade. Por passíveis de n egociação junto ao fami-
e frutas (90 unidades) ." isso mesmo é que o· País possui hoje g~rado Centrão. Foram reuniões p0lé-
prevê que o número de demitidos .Ferroviários de PE governo é dobrá-lo até o final do-man-
·c~rca de 7? ~!hões de ,p_e ssoas que m1cas e nervosas diante da irreduti-
deve aumentar ainda, nas próximas dato. Cerramente é uma atitude posi- Não se trata evidentemente de um
semanas.
têm novo fôlego . tiva a correção do mínimo acima da banquete desces que a burguesia reali-
Vivem na m1séna absoluta e uma dívida bitidade dos representantes da UDR
inflação, tendo em vista não só a anial' ~ocial das mais ter.ríveis do planeta. que insistem em não aceitar que, ·se
O Sindicato dos Ferroviários de za com básrante frequência. Mas, já era Mas, o Brasil não está condenado a
•. Em Teresina, Dia das ofensiva contia a URP, como também um pontapé inicial, pelo men0s na a cerra não cum pre função social, é
Pernambuco ·elégeu uma nov,a cti- que cerca de 30% dos trabalhadores viver eternamente. nessa condição. O
área da c0mida. Caso tod0 .brasileiro País é viável: inviável é essa estrutura passível de àesapro,LDriação.
·~· Mães é dia de luta reto ria, representada nas eleições vivem com esse salário. · integrame da popul~ção economica- Mas, o deputado Jorge Viana (PMDB-
pela chapa 2. A Chapa teve 1.356 No entanto, se analisarmos mais pro- ê:le ?º~ção que tem como produto
mente ativa conseguisse pelo menos mais acabado essa selvageria social. BA), constituinte cacauicultor e produ-
...N as comemorações do Dia das votos, contra 1.104 da chapa 1, e fundamente a trajétoria do salário mí- isso hoje não teríamos a morcaHdade
Mães as mulheres de Teresina, no Diante dessas questões, torna-se tor,de dendê (agroindustrial) diz não
421 cla chapa 3, nas vocações do nimo veremos com mais precisão a infa~úl nos níveis e m qu_e está, ne m .
Piau( mostram númer9s crimino- brutalidade e a selvageria com que a fundame ntal para todas as forças que poder aceitar ·que u ma área que não
19 turno. No segundo turnQ, 1906 as dezenas de doenças o riginárias da lutam por um País desenvolvido, de- cumpre o item de proteção ao meio
sos. Desde a aprovaçao dos 120 votos para a Chapa 2 contra 1.084 burguesia realizou a acumulação no fome.'
País. Em outros te~m0s, a história do m ocrátie0, soberano e 'C'Om justi§a so- ambiente, ao poluir um rio, por exem-
dias para gestantes, no primeiro da Chapa 1. Segundo a nova direto- cl_al, a contribuição ativa para a forma-
salário mínimo brasileiro é um ve.i;da- Como v1mos, os 220 mil réis corres- plo, seja portanto desapropriada. O de-
turno da Constituinte, de janeiro ria, "a vitória se tom a ainda mais çao de um amplo bloco p>olític0 demo-
deiro libelo contra as classes dominan- pondentes ao primeiro salário mínimo pu tadó não cÓ1;1sidera também que,
a março foram demitidas quase 400 si~cativa quando se sabe dos ti- hoíe valem Cz$ 35.868,84. Mas, _a per?3 crátic~ e pr(!gressista, capaz de abrir
mulheres. E os patrões de lá são tes. Basta dizer que se fosse aplicado
fronteiras para a construção de um no- mesmo infringindo a lêi de proteção
pos de manobras que a pelegada hoíe, obedecendo os mesmos parâme- não está apenas nesta proporçao. Veia-
criativos: exigiram aigo ainda des- v0 modelo econõmieo no País. Desde do meio ambiente. seja em qualquer
normalmente com e te nessas ho- tros de quando foi . promulgado em mos agora como se c0mporcaram 0s
<i'onhecido do repertório fascista: pfeços das mercadorias da cesta básica já, é necessário compreender que, da- lugar do planeta, 9 infrator deva ser
rasu. 1940, estaria valendo (dados do final
agora, só trabalham mulheres vir- em relação à jo mada de trabalho. Em da a tenaz resistência que as forças con- mµltado o u interditado. No caso de
de março, sem computar a inflação de
gens. 1959 quando o salário mínimo teve sel"(adoras sempre opõem a qualquer desapropriação, por esse único moti-
Brastemp (brrrrl) 19,28%de abril) Cz$ 35.868,84, ou seja,
o maior poder de compra de sua histó- mudança na área económico-social, as vo, só se houve,; co nflito.
mais de quatro vezes o atual salário
Sindicatos lutam congela empregos mínimo. ria o trabalhador necessitava batalhar conquistas a serem obtidas por esse O parágrafo único do artigo 218 do
Vale lembrar que o salário mínimo 65 horas e cinco minutos para comprar novo bloco deverão advir da pressão texto da Sistematização - que foi n,e-
pela URP na Justiça A Brastemp SA., uma das maio- foi criado em 1938, mas só efetivado os alimentos ·da cesta básica No final e da luta organizada tle milhões e mi-
gociado e aprovado, na ép,o ca, diz: " A
res fabricantes de e letrodomésti- em 1940. O decreto que criava o míni- do ano passado, por ,exemplo, par.à lhões de trabalhado res, aliada a uma
comprar a mesma quantidade de m e r- postura política que viabilize esse no- função social é cumprida quando, si-
Baseado em par ecer que de- cos do País, demitiu, em· um só mo, assinado por Getúlio Vargas, asse-
cadorià, 0 r.rabalhador teria que traba- vo patamar de desenvolvimento do mult.a neamente, a pro priedade (f) é
monstra a inc_onsticucio nalidade cdia, 800 dos seus 6 mil emprega- gurava ao trabalhador e à sua família
um consumo alimentar mmimo, além lhar 208 horas e 28 min!-)tOs. País. racionalmente aproveitada; ( li) con-
d0 _deeret0 2 425, (Iue congela 'por dos. Ao chegarem a empresa, os serva o s recursos namra.is e pre.ser" a
dois meses a URP, três entidades trabalhadores e ncontraram, ao in-
síndieais - o Sindicáto dos Médi- o meio ambiente; (UI) observa as dis-
vés do seu can ão de poRto, uma posições legais que regulam as rela-
cos do Rio de Janeiro, dos Petro-
leiros e a Federação Nacional dos
Urbanitários - decidiram entrar
luz verme lha que indica as demis-
sões. E 120<rfun0ionários ainda po-
dem ser demitidos. ,
A questão democrática no 12 de Maio ções de trabalho; (N ) favorece O bt:".1-
estar dos proprietário.s e dos cr;iballla-
dores ".
coro u ai mandato de segurança
contra o decreto. Ajustiça no Bra Isso. Primeiro, temos que fazer todos os
sil é um caminho di,ãcil, mas tudo
Metalúrgicos ~orços para que os direit0S dos mtbalha- Diteita raivosa
te m de ser tentado. parados em SP dores, principalmente o direito de greve,
sejam mantld0s na votação do segund0 rur-
500 metalúrgkos da Toi;meck e no. E depois, quem tem o hábito de rasgar G c::iput desse ::i.11.igo diz: "Ao dire ito
Coopergran paga outros 500 da estamparia São To- a Constituinte é a direita como fez cassan- de propriedade tia ce n11 correspo nde
do o registro d0 PGB ém 47, depois da
suas dívidas, ora! más, ambas e m São Paulo, parali- Constituição votada em 46".
uma função social". Como não atre lar
saram suas atividades clesde o fim Os padeir0S também comemor.irnm ? a :lllsêocta de dire ito da posse e o
Da dívida de 32.778,80 01N que de abril. Na Tormeck, os metalúr- 1° de mai0 numa manlfesraçã<:> mais c:isei- proprierãrib não acende a funçãó da
a Cooperativa Mista dos Trabalha- gicos reivindicam 20% de reposi- ra, exibindo vídeos sobre a lutn operlirla. rerra? É como se admitissem o seu uso
d o res da Grande São Paulo Ltda. ção salarial, transporte, alimema- para uma centena de presentes. para especulação e, o qt1e é p ior, num
tinha em março de 85, já foram te}..'10 constitucio nal. Incomoda, igual·-
~ão IT!encm €ara; na São Tomás, Unidade necessária
pagas 29.ll 2,8l! OTN. Isso quer di- mente, quem vive nessa luta pela terra,
z.e r, entre outra'> coisas, que em
1596 de reJ')Osição, mais café da ma- ' . d J . (d correspondente) -
nhã. 8 io e ane1ro s!~dicais e políticas que o re u·ocesso que o Cenrrão e'Stabelece
87 a Cooperativa apresentou um Toda.~ as lideranças d M . unificado na com suas propostas. A maio ria do.-; seus
bom s uperávil, cUz sua diretoria - RJ:
rodoviários participaram clo 1• e aio •d' d
Quinta cla Boa Vlst:a, defenderam a um a e militantes são politicos que, nos anos
·'e com isso tornou-se possíve l co- querem aumento já dos trabalhadores, numa festa que contou da repressão, eram conside raclos de
meça_r a formação de estoques e oom a resenç:i.de mals de 15 mil pessoas.
ampliar e baratear o fornecimento Os rodoviários do Rio deJanei.ro J- No 6 J1 do ato político, houve um sh? w
com a Orquestra Tabajara_, de Severmo
esque rda e progressistas: Roberto Car-
doso Alves, Jorge Viana, Rosa Prata en-
çle Cesta Básica". deve m parar. Eles só estão espe- Acaujo do cantor e c0mpos1tor Domlngul- tre outros, e sem me n cio nar que o
rando os patrões definirem as pro-1 nho, da Escola de Samba Estáci0 de Sá, PFL s urgiu da dissidência do PDS con -
Lula fala de postas para votarem a greve. Se- e, Roberto Silva e Conjunto Exp<.m a Sambi:
Juliano flomem de Siquelrn, da Direçao cra o regimt: aui:oritário. Ho je fuzem
gundo o Sinclicato dos Roooviárlos
circo e peixe morto do Rk1 de Janeiro, os donos das
Nacional, lhlou C:lJ'll nome do PCB. Em ve,..._
mente d i scurso O dlrig,mcc <.lo Partid:io
pn iposras que estão aqué m d o Esta tuto
da Tt::rra, e laborado \1)elo p rimeiro go-
Em rncuperação da o pcraçãQ no e mpresas estão condlcionantl~ o
api:!.ndln·, o prc,:;,dcme nadnnal <.lu rcaj~ste ao aumcmto das tarifa:;, pa-
i:~t,<lo do~ ~·rahalha~lnr<!is , l.uh _ra nao ~ rcJcr__(> lu..:ro é_C!>l<K:\!'cm
Na Pr.1ca da Sé. 11~) neutro éJe SJlo Paulo,
v ;om comandado pcl-1 Ctrr e pela "corrente
d.11,'"'·•· tia C<.õl'. lldc:r.tda pele> PC do B,,
condcmou C>S qu~ :ilntla 1nsl~1cm ..-m Jh-iillr
o movimenco "'"-tonal c.Jc.>.< 11:at>alhack1re,
<-"<>Otra a polític:l de .tIT<lChu ,alaria! do p re-
ve rno da ditadura militar
Até 0 iníd d'- ..·- ~ - .-,,-aia 4 -
7
- _ - -~ __, _ _e: .,., r · la-1.tnll• . ~..... rt ~k, li 1 ' _. ...
--inacw LllJÉ!.!qã~JVíi. JTIM~gg~~ ~~~dS~~'::,-""' '' º '"''_'"" 'v-- lhadQ~J fun'l.lameníill na con~ç-Jo um~ greve,ge!11 í\? J lja _da vqll!sãõ do sÇM \t.fmn:&3,,, ,j@X>sfà ~ lo fun~ Monecano • dQ CfPini/0 ~ 0 WJI - ( na rer--
acordo -feJto entre smoiaws~ li- p'bWãrios mtauu. do regrc:,,e democrático. Isso esteve nos qis- mandato pela G:o~stltu1pte ~.h~g~u a ser_ t~ãõonaj- .., , .
ça-feira não h ouve. votação pe\a ausên-
O presidente da Ctrr, Jalr Meneguelli,
r ados por Lu_ís Antonio de Me-
de_ SP.· defici'enfes cursos de todos, de l'al.7.ianouo a Gilmar
Carneiro (CUT-SP).
propos.ta - e os lideres do smd1calismo
de resultados", Amonio Rogério Magri e disse que com o congelamento da URP o cia de acordo), o cüma, eom o disse
deiros e O presidente Sarney para , tr b lh Na rua Caliio, no bairro da Lapa, em São Luís Antonio de Medeiros, cujos no mes fo- governo transfo rmou os trabalhadores e m Francisco Urbano, diretor da Comag
a manutenção da URP para os traba- querem a a ar Paulo onde está sendo concluída uma sub- ram vaiados cada vez que pronunciados. cidadãos de segunda classe e desafio u as era de su spe~e: "Fi(s}ue de o lho, e
Jh·a dores foi, na verdade, "fazer um . . , sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Na Praç-J da Sé estiveram cerca de 5 mil autoridades govemamentals a acabat com quando você enxergar uma fumactnha,
cire0 p,ara vender peixe morto". Na tarde de terça-feira, dJa 3, de- Paulo, cerca qe 1.000 pessoas participaram pessoaa e, encre outros, lá escavam o ex-se- as mordomias e com a corrup<;ão.
Ruy Çallandrini (CGT-RJ), Cyro Garcia o acordo estará selado".
• b. flcientes físicos q ue trabalham no das comem0r:u;ões1 que teve chopp, e ~ cretário-geral d~ ~CB, Lu~s. Carlos Presres,
°
Segund Lll1a, 0 gelVerno sa ia que
não po d_e ria tomar outra medida,
centro de São Pa lo saíram em pas-
u .
_presença de Magrl eluís_Antonio deM~de,-
ros, presidente do sindicato, e o ministro
afrrmando q11e ,s_ao os m1h!3-ntes que sus- (ClJf-RJ),José Frejat ePSB), EemandoLopes
tentam ~Jll_p0louca ?,e _Mailson e _Sarney, (PDT), Edmilson Valentim (PC do B), Alan
Até as 13 h oras, a maio ria do Centrão
já . havia concordado em n ão mante r
·-sob pena de o País ser tomado por seata contra a prefeitura, que pre- do Trabalho Almlr Pa7.zianono. como pec- de subm1ssao ao FMI , l1der.mças sindicais Covert (Federação Sindical Mundial), Jairo um parágrafo à função social dizendo
~greves do Arro io ao Chuí... te nclé úrá-los dali. Os deficie ntes sonagens centrais, Lá, se comemor.iv-J o 1• da CLJ1' nacional e São Paulo, os deputados Coutinho ( representando as escatais) e inú-
físicos acusam a administração mu- de maio do "sindicalismo de resultados", federais Lui1:.Gushken (PT-SP) e AldoAran- meras e ntidades - Fam~tj. UNE, Movimen- que ficaria proibida a desapropriação
c ·
esmac pa'ra · · 1d II d · , 1 'd s
mapa . ~ preten er re t1~a- os o
segundo faixas e discursos, a inauguração
de uma sede na Lapa, e principalmente "o
tes (PC do B-GO). to Negro, e ntre dezenas - apoiaram o 1°
A necessidade de o ti::-Jt>alhadoc agrr pela de Maio unificado, conclamando os tr-.iba-
de te rras produtivas, m esm 0 que não
cumpram a função social. Houve acor-
em Pernambuco seus locais para monopo lizar oco- nosso presidente Luis:io, que foi lá em Br:t· democ,&cia !llmbém foi a tónica das come- lhadores a se unirem pela vitórias de suas
do quanto a não d esapropri ação de
mércio €1lle eles praticam na re- sília buscar a URP par:1 todos os trabalha- mor:ações do 1" de maio na Sé. O presi- reiv.indicações.
- i>.rofessoresdo Centto de Esruclo gião sob falsos pretextos da cam- dores brasileiros··. Almir Pa1.1.ianotto, ali dente da cur -S_!', Jo_rge Coelho , disse que O secretário estadual de Trabalho. Jorge pequenas e m édias propriedades e cri-
Superior de Maceió, Cesmac, para- panha
• 'AI· , b • ara presemepor "sesentir emcasa·•tem alusfto ·•se a Cons1lrt11çao nao aten~er os rrabalha- Gama, Carl9s Alberro da. Silva, o Caó(POT), té rios da função social excl uindo o
imento mais arato P aos seus anos de advogado sindica)). falou éfoires, v-.im0s rnsgá-la e queimá-la em praça Vivaldo Barbosa (PDT)1 Jorge Bitar (PT) e
lisaram suas atividades há mais Ele proveito pró prio". da imponância ~ no dever de o trabalhador públlca'': M~nos rndiC?,11 Lulz (?~hken ~izla . o Comltê de SoUdarteaade ao Povo Pales- ítem 1. Apenas a direita raivosa m anti-
nacional garanur a transição democrática. à Voz Sindical que e p re CJp1tado dizer tino também prestl~iãram o l • de Maio na nha-se irredutível
1 Quinta da Boa Vista. ·
foi uma versão em escda menor da fa. da direita fa;císta comandada por Le Pen
m~ "batalha da Praça da Sé •·. de 1934, na.França. Seg~ndo um levanramenco feiro pe-
quando"imegralistas e anarquiscas se envol-
veram em violento choque, que deixou um
A reação foi imediara. Seguranças da Clff
e populares presentes à manifestaçio avan- O que é "integralismo" lo Cep1s -:- Centro ~e Educação Popu -
lar d o Jnsuruto Sedes Sapienrae -nos
saldo de divers6.i ferido~. Este novo inci- çaram comr:i os provocadores, que saii:arn arquivos do Movimento Sem Terra
dente do J!lde maio de 1988, em São Paulo, correndo em meio a chutes e safanões. A Ação lmegraUsta Bmsilefrn, versão C:Jbo-
também não alcançou as proporções da ''A honra da classe 0perária te m que ser cla do nazismo alemão e do fasdsmo.iraliano, · Comissão Pastor-ai da Terra e Coi1rag '
pancadaria generalizada de vime anos au:fas, defendida, na porrada se preciso fõ r", apro- foi fundada por Pllnio Salglldo em 1934. sob a Confederação Nacional dos Tra balha~
quando, na mesma data e local., o então veitou para dize r Aldo Arantes da tribuna, o lema '1Deus, Pátria e Família". "Eu cheguei d ores na Agricultura, morreram no Pa-
governador paullsta, Abreu Sodré, foi apce- enquam0 n~ o utra \eXlre rnidade da praça, a gosrar e qu:ise me f!Uel, pcis pensei que
era 'Adeus, pátria e família" , c1ísse na época rá, entre 82 e 85, p e lo m enos 155 traba-
dreJado por manifestantes. opos1a à ca,tedral da Sé, a policia millcar o comunista Aparício Torelly, o mordaz Ba-
De qualquer maneira, fo i o episódio fazia um arr.istão dos provocadores e m fu- lhadores rurais.
rão de hararé. Em vez da suástica de Hitler,
mais marcante das três horos,de ato públ.ico ga, conseguindo deter de;,: pessoas. Esse número é pequeno, entre os
PREVIDÊNCIA E DIREITO DO TRABALHO em comemoração ao Dia do Trabalhador. "Tomaram nossa bandeirn e bateram na
usavam o slgriÍa como slmbolo, a expressão
"anauê" com o braço erguido substitula o 4 13 que rno r(era:m ofici a lmente ne
Ocupava a rr-lbuna o deputado federal 1\Jdo geme. Não fizemos nada, só gricàmCDs con- "Heil Hitler" e, em vez das "camisas preras"
m esm o período. O lévamamemo não
Arames (PC do, B - GO), quando cerca tra esses comunisl3s", disse um jovem sem dos fascisras de Mussolini, usavam caml,;as
A
(01''.>. O u seja. n e nhum estad o deixou
brerudo com a Nova Re públi- que o trabalhado r poderia reclamar ra1.zo; tl)ho-de-uma-arro mbacla como lice depressa, e ncostados na parede do
ca, em cópia fiel da Ve lha, de.c;- seus direitos, só poderia ser c@nta- Olha aqui Teodoro seu Nelito lá na Nirroquímica; e fuJa- muro, beijando-lhe o cangore cheiroso
de tei, seus m ortos e m questões agr.1-
rias. São dados de l 985. m as a questão
coniando seu déficit nos trabalha- élo a partir da rescisão comnuual. v-am do serviço muito como Fernando de cheiro Diamante Azul. Quatro d ias ela ce rra está lo n ge de fazer pane do
do res congelando a URP de "seus Na Gomíssã0 de Sisremarização, Pai sempre chegava no fim da tarde, e , ganho que a té Cilava) se quisesse, pra de!X)iS disso e le sentiu o mijo d e le
empr~gados" e acenando ''!:>ondo· rom a intenção de diminuir o velho passado. A rerorma agrária só func io na ,
escurecem.lo. Veze,~ ele apareol;i com fuzer um pé-de-meia com o Teodoro. sair doído, dor fina e aguda. Pensou
quando funciona, onde o trabalhador
sarnente" com a rnanutençao para hábito, foi aprovado um adicional · as vistas fundas do serviço corrido de Em casa, passand@ os dias. Quando que la ficár capado, o u ron colho, assim
os "outros'', nada mais jus.to q~e de 100% para as horas extraorc!J- rural sem te rra luta. E muita luta é en-
todo dia, com aquela tosse que acom- 0 aplco dà \fitro qulmicaacordavao r.es- aleijado pr0 resto Cila vlda. E chorou
uma te,•e e ainda que superfic ial nárias, mas osconstltuimes resolve-
mm só dar a metade.
panhava ele desde que a mudança des- co do
mundo, o lhava pra cam a cleles: dentro do banheiro enquanto lá fora frentada.
avaliaçãG dos dire iws dos trabalha- carregou-se aqui. mãe ressonava; pai já Linha saído, agora gritavam que tinha mais genre que re n - No Ceará, por exe mplo, n a cidade
dores na finu ra Constiruiçã~- . _ Pols bem, sem esperar demais de Ita nguá, 19 famílias vem send0 agre-
- Jacinto! Cadê Jacinr0? Onde se se \'endo importante na promessa de do usar a privacla, ·q u e tlnh~ geme lá
Co m relação à atual Coosutu1çao, do segundo turno de votações, é
socou? - mãe gritando nas perguntas. ser feitor. dentro cagando pedra Depo1~, Teodo- didas regu larm ente com depreciações
sem dúvida existem avan~os, e P': bom observarmos as questões pre- Novamcinte , rondando nas cardes fu- ro descobriu que Doralice,_n<1 s ua be- e m edo consrante das ameaças de mor-
Ela chamando com aquele g rltO co-
nbeéido lá dentro do qu lntal, sem pisar gindo do calo r sufocante d e d e ntro de 1eza d e mulhe
demos citar como exeJTiplos o ad!- videndárias que agora emram e m r tinha tra7,uflo para o
e o en~pestiame ntO d0 mun- re - que valem inclusive para mulhe-
cional de 50% nas horas extraordi· pauta. Além do «álculo da Renda
na rua: que viesse para dentro antes casa. Aí, passava pelo quano de Teodo - seu sangu res e crianças. E las trabalham num sí-
nárias, a licença remunera~ de 120 Men.~al Inicial, que fo i ce rna do nos-
de reu pai chegar· saísse da rua, nada ro, a porta aben a pegando a fresca do do. . Te0 d e r o conrava sorrindo tio, por s istema de parceria, n o velho
dias para a gestante, e mesmo o so último trabalho nesta coluna
de jogo no campÍnho; num brJncasse vento, eu encrava, e le falava de uma Assim, ças histó r ias passadas sis tema do pouco para o trabalhador
aumento pârn cinco anos do pr~o existe a proposta de·garamlr a dire'. junto à ágµa que ,corria fedorenta, ~ tória que ora conto: na quela prec i- elas suas l<:n~:;! e~ estsu cava calado
prescricional com relação às açoes ção do órgã0 previt:lenciárlo com e muito para o dono d à te r ra. Quando
doentia, reme ao muro da casa. sa0 de m1Jlher andou pela Rua 3 era clele aqut, versas tão difere ntes elas
Lrabalhisras. Porém, se o bservar- uma comissão triparute, oom repre- - Janê! - aquele chamamento já ~ badoi]á únha pago o quano, ia ~om aquelas con a i oe mãe ne m se fa la. resolveram re iVindlcar uma repartição
sentantes do governo, das e mpre-
mos estas matérias a parúr do texto das an,Jzades. dinheiro 110 boJso, conheceu Doralice presas ~r~ 0 0 e mbuziamemo de- cle acordo c o m o Estatuto cla Terra,
do anteprrifeto de Co nstituição da sas e dos tr;ibalhadores. Nã0 temos Agorn, rondando os bares. Pas.sando na maurugada de domingo. Amoir0u- Calad~~ e u esmo sem, fazer m a l feito, começaram as represálias.
Comissão "Afonso Arinos" - o u, dúvida~ de que funcionaria melhor perto do quano de Teodoro. No quar- se com eta atrás do muro da estrada la, Po1 Ulllr01de c ulpa:
se preferirem, dos 'llorávels - e do que agora. to tinha Tino, tinha Fe~oando, que se de ferro. E la, D0ralice1 assustada da só~J~c1nco, teu pai te matai
agrupavam ali no apego deles e coma- polícia qtte semJ')re passava àli procu-
CONSTllUINTE: OESPAÇO DO ,,
Angola negocia
Raízes do atraso em posição firme
omeme a derreta do parla- agrária e o conceito de terra pro- vência e de integra~o à atividade
T
como se os problemas da região fossem causados
do cuja reversão no segundo sição legal que ainda possa favore- rificar também com o as elites do- pelo governo da longínqua Moscou e não pelo
turno das votações é difícil cer a luta dos trabalhadores sem minantes, especialmente es seto- apartheid. A segunda visa fazer crer que a organi-
mas não é de todo impossível. Por terra, justificando nova escalada de res conser,vadores db governo, do zação terrorista Unita também tem participado das
outro lado, o texto aprovado - wolências das oügarquias no cam- negociações, mediante a divulgação de falsos conta-
parlamento e da sociedade civil tos entre autoridades angolanas e representantes
ao contrário do que procuram di- po a pretexto de garantir manu são prisioneiros dessa parceria do mercenário Jonas Savimbi.
fundir o Centrão e a UDR, outra militari a propriedade da terra. com o que há de mais atrasado. O governo soviético, em março passado, já havia
vez fazendo jogo de pal~vras - Essa parceria não tem nada a ver desmentido os contatos com a África do Sul, reite-
éfmc1.líra mas n'flo inv'Jioll.iz.a uma O episúáio âa voraç1m óa refor- com o Brasíl moderno, ela está em rando que as causas óo conflito na África l\ustra\
reforma agrária, mesmo que ve- ma agrária é chocante não só pelo são o apartheid, a ocupação ilegal da Namíbia pela
conflito aberto com as forças de- África do Sul e as agressões de Pretória aos países
nha a ser mantido no texto final. aspecto da frustração imposta a mocráticas e proguessistas do País vizinhos, principalmente Angola· e Moçambique.
Por duas razões: primeiro, ainda mHfuões de brasileiros que no e não apenas com os trabalhado- Além disso, no último dia 25 de março o chanceler
há que se elaborar a legislação or- campo lutam pelo seu direito à res rurais que estão sendo priva- soviético· Eduard Shevardnadze declarou, em Lis-
dinária, que detalhará a reforma terra, como condição de s0brevi- dos do acesso à terra. boa, que a URSS mantinha sua ajuda militar à Luan-
da. A União Soviética está disposta a contribuir para
a so1uçao · d"v ..,, ._,,_,,...,,w, 11d
nrnblo.?"-., - "'----~'"'
, c~1au, ~ "': nao
111.c; ; ..., aceita
·
Novo partido
Centrão manobra e vence
Mu\ti.\)\ic:un-se as d i l i ~ o.<Of83!1l'
~ do 00\'0 partido.
a ir,uur de ~ ~
~~
·
na reforma agrária
Além da ~ de Vlys.<l!:i ~uiJD;lt.it!s,outra tares mais progressistas. Partindo
diliculdadeéo ~ 0 dl /,deJ;uly1 ~ Má- Cynthia Peter
• ~ ~ o que cootrlbw para do que as entidades ligadas aos tra-
00 111 balhadores consideravam como pa-
. --"--' do se:tldor antes de aban-
012Jote< ,e.....,.., ra.mar mínimo de negociações -
do!Ut ó_q!U plltido. Atinai, cresrendo, Covas
9!fiJ O ,~ ~ r de Ulysses à frente do
fNI)/1 G raças a um a manobra regi-
me ntal, embo ra sem comple-
tar o quó rum mínimo de 280
votos e sem sequer obter maioria
o texro da Sistematização - esses
parlamemarescentarain todas as al-
ternativas que permitissem um
acordo, sempre rejeitado no últim.o
Congelament., dos votos em plenãrio o Centrão momento pelo Cenu-ão, devido à
conseguiu, na última te~ça-feira, al- poderosa influência do lobby da
terar o texto do relator Bernardo UDR Desde o inicio, aliás, o presi-
~bral sobre a reforma agrária, eli- dente dessa entidade, Ro naldo
minando a possibilidade de desa- Caiado, anunciava alto e bom som
propriação das propriedades pro- que um acordo não lhe interessava,
dutivas mesmo quando não cum- e sim a disputa pelo voto.
pram a sua função social. Nessas negociações, as forças de-
O resultado significou uma der- mocráticas aceitaram a regulamen-
rota para as forças comprometidas tação da função social das proprie-
com a reforma agrária (leia Terra dades segundo "critérios e graus" Sandra Cmilclntl (PFt-RJ): c:on1r11 UDR
LiVTe, na Voz Sindical). Ficou com- fixados pela lei ordinária, a exclu-
provado, entretanto, que o Centrão são das pequenas e médias proprie-
definitivamente não dispõe de dades das desapropriações para centenas de modos de "maquiar", rães, o presidente ela Constituinte
maioria no plenário, o que reforça. fins de reforma agrária e mesmo ou seja, falsificar uma aparente pro- resolveu aceitar reglmentalmente o
a possibilidade de retomar a luta o tratamento especial para as gran- dutividade de terras lnaproveitadas. requerimento de destaque para vo-
e recuperar o espaço perdido du- des propriedades produtivas. Para A partir da semana anterior, tação em separado e o Centrão,
As p~isóes maiS oúmisus, com base emre- rante a elaboração e votação da le- a UDR, entretanto, nada disso foi quando o Pfl. e o PL a mando da após assegurar-se dessa interpreta-
vamamentos da secretaria-geral da Mesa da gislação ordinária, cuja aprovação suficiente, de vez que seu verda- UDR recusaram o acordo já feito ção, apresento u seu destaque pou-
Constituinte, indicam que o fim ~ trabalhos depende apenas da maioria sim- deiro objetivo era abrir uma possi- aceito por dez partidos, criando o co antes da meia-noite, segunda-fei-
da Assembléia ocorrerá II0.5 úllimos dias de ju- ples. bilidade de manter intocável a pro- primeiro "buraco negro" na Consti- ra, 9, último prazo para recebimen-
nho. Entretanto, dificilmenre es.se cronograma O desfecho da reforma agrária priedade--f)rodutiva. Isso, evidente- ruinte, poucas esperanças restaram to de·emendas. Em plenário, Covas,
sera 01mprido, pois além dos eruraves havidos frustrou, igualmente, mais de três mente, é a melhor maneira de im- de obter um texto razoável para a respeitando a praxe tendo em vista
comaquestão da reforma agrária, ~ -se mui- semanas de tentativas de negocia- pedir a desapropriação de qual- reforma agrária. Lutava-se, então, acordos futuros, aprovou requeri-
13 celeuma em tomodos capírulos Saúde, EduCl- ção comandadas pelos parlamen- quer propriedade, pois existem para manter algum texto sobre o mento de destaque·, embora tenha
çio e Comunicações. No primeiro caso, ,cir01Ja tema na Constiruição, pois o pró- votado contra o seu mérito. Os en-
, muiro o profes.sor Sérgio ArouC1, da Fiocruz, prio líder do PR., deputado José caminhamentos do senador Ronan
RJ, comandando os de(ensores da implantação Lourenço, afirmava que, caso a re- Tito (PMDB) e da deputada Sandra
do Sistema Único de Saúde, pl'Op(Nll defendida
l)elo PCB. Na á,rea da EduC!Ç?O, a principal ban·
Relator não respeita acordo sobre forma agrária não constasse na futu-
ra Carta, "o País não perderia nada
Cavalcanti (PFL-RJ) garantiram a
maioria dos votos para o texto de
iJeira éae<Íucaçâo públiCI egrarui13 e a excJUSi·
viifíõê deveffiz pillillcas para a rede pública eleições com isso".
O texto do relator Bernardo Ca-
bral partiu do acordo já existente,
Cabral, mas o quorum de 280 votos
não chegou a ser alcançado. Assim,
embo ra o Centrão tenha obtido
Brasdia (do correspondente) - De fXJUCO adianauam as longas su:ivi7~ndo :iinda mais a linguagem, apenas 253 votos contra 268 dados
Índios negociações em tomo do projeto de regulamentação das eleições çle forma a preservar ao máximo ao rexto de Cabral, obteve o que
munidpais de novembro, pois o parecer do relator Cid Carvalho as propriedades p_rodutivas. Parale- queria, ou seja, cortou do texto a
Umabaao-~ em defesa da causa indi- (PMDB-MA) desconsiderou alguns dosprincipaispontos acordados, _lamente,. a liderança do PMDB na possibilidade de desapropriação de
gena está sendo encaminhado a todos as consti- gerando polêmica, irritação e a apresentação de umasérie de emen- Constituinte, acõmpanhada pelas propriedades _produtivas.
ruillles, jumando~inaruras de iodigenistaS his- das do [(:xtO. esquerdas, reapresentou o cexto in-
wriros, romo as irmãos Villas Boas, sociólogos Designado pelopresidente do PMDB, Ulysses Guimarães, o depu- tegral do acordo com 324 assina- Após a votação, lid~ral}ca'i . do
cooio Herbert de So111.a, religiOSQS progressistas tado Cid Carvalho não se areve ao texto negociado, e apresentou curas colhidas até mes mo em PMDB e o senador Mário Covas
romo Frei Bello eD. Tomás Balduíno, anuopó- subsdtutivo alterando o mérito do projeto quanto à participação aviões. O Centrão, que obtivera consideraram que o panido des-
qas eanlstaS de renome. O capítulo não che- dos novos partidos nas próximas eleições e quanto ao prazo do apenas 292 assinaturas para sua cumpriu seu compromisso hlstóri,
gou a ser votado na Comissio de Sistematização domicilio eleitoral. Tal atitude, inédita, foi recebida com acrimonia emenda coletiva, optou por não co, e aprovado em convenção, dé
~ auma manobra do Cenmio, que atr3SOU por t<Xlos os líderes partidários, que a COl15ideram um desrespeito apresentá-la, preferindo partir para lutar pela reforma agrária As contas
tt. trabalho.s esgcxanoo e pr.izo para apreciaçio às negociações. a manobra regimental. Essa mano- indicam que 41,3% do PMDB vota-
tia méi;,. AP,rindJXU reivindicação é a contida bra consistia em apresentar um des- ram contra a orientação do líder,
n a ~ 'terras imemoriais", dando aas ín· Novo parboo taque para votação em ·separado de abstiveram-se ou ausentaram-se. Is·
dins direitos sobre as term que eles ocupam. Na verdade, as lideranças atribuíram as alterações a uma manobra parte do rexto de Cabral, justamen- so, segundo o senador, aumenta
~ porque,segundoas pesquisas, nenhum ín- do próprio Ulysses, que não esrá interessado em facilitar a vida te o que permitiria a desapropria- sua insatisfação com o PMDB. Ele
dio atualmente habita suas terras imemoriais, dos novos partidos, uma vez que seu PMDB deverá ser o prindpal ção de propriedades produtivas considerou, entretanto, positiva .a
\:KlÍS for.im deslocarlos por pressão da sociedade fom ecedor de quadros da nova agremiação. Sob sua influência quando não cumprissem a função manutenção da reforma agrária no
emmere. teria agido o deputado Cid Carvalho ao eliminar, exatamente, o social. O destaque para votação em texto da Constituição, ao contrário
parágrafo que escabeleda apossibilidade de panlclpação dos novos separado Implica em manter a ma- do que desejava o Centrão, pois isso
partidos na eleição, desde que possuissem 30 parlamentares no téria aprovada glo\)almente. já impede a pura aplicação do anlgo
Congresso e tivessem dado entrada no pedido de regíscro. Apesar dos concatos do senador 69 já aprovado, que prevê todas as
lAP promove debates Mário Covas com Ulysses .Guima- indenizações pagas ém dinheiro.
,: • ♦-
4 PONTO DE VISTA 12/05 a 19/05/88 WIZ
muito, o poder de compra d os seus ordem de l 6 bilhões de dólares fed e rais, n o seu conjunto, repre-
Abelardo Bailar da Rocha funcionários. Em última instância, anuais. Falo dos custos dos serviços seniam uma parcela substancial das
toda esta "jogada" imp lica, no pe- da dívida, e não da dívida p ropria- classes médias brasileiras. Não se
ríodo de abril de 1988 a junho de mente dica. Portanto, os serviços da esqueça de q ue quem perde, de
O
Bras il vem camin hando na trialização brasile ira do pós-guemi to, quando as viúvas da ditadura fa.
\l3(jooali7.ação do subsolo, da não definição da contra-mão d a história nesta Iam ho je que a ida ao FMI e a reces-
em diante, para constatarmos a dra-
\mlJmlidade indígena e dos grandes proje1os . d écada de 80, comprometen- 1981 -3,4% -5,7 maticidade da situação atual. O ca- são e ram uma fatalidade, na verc.la-
~ dedesesrati7.ação e assentamentos d o não só o futuro do País enquamo de estão confessando um crime
pitalismo industrial brasileiro for.-
~ ~ pela perguma: o.5 interessados nação industrial, co mo também o 1982 0,9% ·1,5 mou-se basicame nte na década de contra a Nação , pois há outras alter-
s e ~ al'OflJputar nos seus custos o "ma- des tino de várias gerações. Esse 50, praticamente centrado na subs- nati va de viabilização do cresci-
oe;;i ~ profundo do ambienre? Particu- p r ocesso de marcha-à-ré - que in- 1983 ·2,5% -4,9 tituição das impo n ações. Com o mento além do ajuste recessivo.
lmneme, na esrala e no ri1mo que as multina- clus ive já ocorre u na vizinha Argen- golpe de 64, o País e ntrou na fase Uma década de estagnação eco-
~:os~~ monopolisras nado- tina um a nação que já teve um PIB 1984 5,7% 3,1 nómica como a que estamos viven-
da modernização dependente. Des-
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l"Ul'9.IO irm;,ondo,acho impoosível. mai;r que o do Brasil - se não se período até meados da década do é um atentado contra povo. Num
•~ iieliamenle esiá-sepensando em desenvol- for r evertido, nos leverá a um re tro- 1985 8,3% 5,6
de 70, manteve elevados rirmos de mundo em que os progres.5os tec-
' : &\obil da região amazónica, devemo.5 cesso econ ômico de cal nível q ue 1986 8,2%
crescimento, muito embora os fru- nológicos estão cada vez mais de-
_ ~de11100 sobre as escalas de produ- o pr o jeto d e um a g rande nação in- 5,6 tos do p rogresso te nham sido e m- senvolvidos, em que as nações cen-
os tipos de indústrias e dustrializad a e desenvolvida terá si- 1987 2,9% 0,8
bolsados de maneira selvagem pe- trais cada vez ficam mais agressivas
,,...w,., .._ e, y~113lmeme, como conse- d o apen as um sonho . las classes do minantes, ramo que na conquistas d e me rcados, uma
'1..........,......, {Wr.-eis O\)\iles,se.a q a não o salário mínimo vale ho je me nos década de estagnação significa um
acaba ~~ um.CUllo-bene!íeio IO\iável sem Da Segunda G ue rra Mundial até Média 2,8% 0,5
da metade do que valia quando foi suiddio eçonó mico .
uma espeoe de ~ \)alrimonial mead os da décad a de 70, o País
1
•
promulgad o na década de 40. Senão, vejamos. Segundo o Stra-
rooswue ~ definit~ do ~ islo e: ~e cresceu a caxas m é dias d e 7% ao reu um aumento de 3,0%, e da de tcgic Study of tbc Macbinc Tool
um valor mer~ a naruren ~ a caJ.egoria ano . No entanto, a partir d~ 1_981, 70, quando o cres'Gimento da renda No entanto, a crise económica
Industry, há u ma tendência mun-
valor-trabalho oao computa passa a convjver com baiX1Ss1mas per -capita foi de 6,0%. que se instaurou com a falência do
dial de crescimento das máquinas
O que ocorre é que se gm ll\lllal (lue nãu taxas de crescim ento, ressalcando- "milagre", após o breve fô lego dos
de comandos numéricos na Indús-
só oão se especíalíza onde é &eraiki-úaM!or- se que, pela p rime ira vez n o pós- Realmente, é poloroso cónsratar a110s 79-80, se manifesrou com
tria. "Po r vo lta de 1995, nas nações
mado, como 3C3fl'eta mesmo uma dei!rect~ guerra, verificaram-se ín dices n ega- q ue um país ião .rico em recursos maior virulência a partir de 1981.
centrais, 80% d os tornos, 70% das
social bárbara - são verdàdei~ i~ter- tivos de crescimemo do PIB - e m naturais, com terra, água e mão-de- Vale ressaltar que os problemas
fresadoras, 60% das .retificadoras e
cicócio, nações de miséria edevastaç3o, quando 1981tivemos -3,4%, em 1983 ·2,5% obra abundantes, com um parq ue que o País vem enfrentando após
50% das prensas serão dotadas de
sabemos que aAmaz.ônia pode ser uma ~ihi• e em 1982 apenas 0,9% posirivos. industrial moderno, tenha seu futu- 1980 foram fruto dire10 das imposi- controle numé rico". Assim, como
[idade ímpar para o Brasil produzir teo1ologias ções do capital financeiro interna-
N? global, entre 1981 e 1987 a mé- ro comprometido em função da im-
l
pode o Brasil competir no mercado
Borestais globais e conhecim~nros vali~ de dia de cresdmenro do PTB foi de posição do capital financeiro in ter- cional, particularmente dos Estados internacio nal parado no tempo d u-
manejas nos rrópicos. Esces, s,m, püSS11-c1s de ª~asde?,8%, o que significa uma nacional e de um grupelho de i?n- Unidos, através do Fundo Monetá- rante uma década? Pelo visto, ce m
serem exportadas e companilhalfo.~ para o de- ver ª ira estagnação económica rreguisras q ue amealho u o poder. rio Jnternacional, que vem fazendo muita gente no governo ( em função
semolvimen10 do Terceiro Mundo. t~
nd0 em visra que a média de cres~ Mais doloroso, ainda, é constatar o papel de xerife dos banqueiros da atual política recessiva) saudosa
l
Evaristo de Castro Júnior, omemo da populaça·o foi de 2 3% q u e m esmo aqueles governantes internacionais. dos te mpos da agro -eiqxmação.
füo de Janeiro, RJ Em
. outra~Paiavras OPaís ficou 'pra-· que s ubstituíram os restas-de-ferro É bom lembrar ainda que nosso No entanto, m esmo com roda a
LJcamenre Par<1do ~estes- sete anos do e nrreguismo agora escejam rea- País não es1ava conde nado de ante- adve rs idade, tem os ésperança de
NB, lt!ri,mos que :,s artIIS não conren/Jam mais com o agravante da renda pe . , lizando uma política mui10 sem e- mão a per der uma d écad a. Em q ue essa grande Nação e seu povo
"d r €ap1ra
<h (}JC 2IJ linhas de 70 lwid3s. Do contr.irio. são r~r cresci o apenas o.s,ao concrá- lhan te àquela dos te mpos da dita· 1959, por exemplo, no governo J. não p ermitirão a continuidade des-
{ll1Siras de~ ki/D$peb ft'Ú;JÇi(J. no da década de 60, quando ocor- dura. Kubirschek, o País rambém tinha se desastre por muito mais tempo.
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reforma educacional que indúísse não , ~ilton Santos - Não penso que seja
apenas as modalidades formais de edu- uul transformar um problema social
cação, mas as modalidades informais, de num problema geográfico. Não é o cr~-
modo que o homem comum, o homem cimento da cidade em si que gera tudo
da rua, tivesse acesso, pudesse com- isso. O que se deu foi que o crescimento
preender os mecanismos que são muito económico brasileiro criou, paralela-
mais complexos, i;nulto mais intrinca?OS mente, a grande cidade e a grande po- desejamos, porque ela é um momento
Em dezembro de 1964, por força da na vida de hoje. A complexidade da vida, breza, ao mesmo tempo em que criava da vida do País, um quadrilátero de for-
ordem autoritária estabelecida 110 País do cotidiano, se multiplicou porque se a chamada revolução da esperança cres- ças. Por conseguinte, ela representa o
oprofessor Milton Santos saiu da Bahia' cientificou. Então, o entendimento do cente, sem uma resposta a essas esperan- equilíbrio de forças pré-existentes. O im-
mundo e das coisas que nos cercam é ças. Passado o "milagre brasileiro", a portante é que a Constituinte abra as con-
llllle lecionava na Universidade Federal' dições para que se continue lutando; que
e partiu. para a Europa. Lecionou em' muito mais dificultado. O pobre, o pa-
vão, tem sensibilidade mais aguçada do
m..-:iioria da população viu que não estava
incluída nesse milagre; viu que dificil- ela seja um instrumento, não de fecha-
universidades como Toulouse, Bordeaux que as classes médias em geral - o que mente ia ter lugar mesmo no mundo ~~nto, mas de abertura de novas possi-
e Sorbonne, na França, na Universidade
• de E\ Salan, na África, na Universidade
de Co\umbía em Nova Yorque, e na
ele não tem é a capacidade cientifica e
técnica de entender os processps, a for-
ma como esses processos se dão.
do trabalho. Assim, boa parte da chama-
da delinquência não é outra coisa que
novas formas de atividade profissional,
onde os indivíduos buscam a sua sobre-
bilidades de prosseguir lutando sobre
problemas específicos, que podem ser
tratados nas leis ordinárias. A gente não
tem que esra_r triste com a Constituinte;
a gente tem e que estar austero em rela-
-
Uni\lersidáde de Engenharia de Lima. "O povão tem a sensibilidade muito mais vivência através dessa atividade desagra- ·
dável até para muitos deles. É uma nova ção ao conjunto das condições da vida
Voltou ao Brasil em 1977, radicando-se aguçada, o que ele não tem é a capacidade nacional; carregar as baterias para quan-
guerrilha urbana que só pode ter remé-
em São Paulo, onde é professor titular científica e técnica de entender como os· dio se a sociedade como um todo for do chegar a discussão mais profunda da
de GeQgrafia Humana na Faculdade de proc50S se dão." levada em coma, e não somente eles. questão urbana, da divisão territorial, da
questão dos impostos ...
Filosofia da USP. Voz - Vol{3[Jdo ao seu tema pr:efe- Voz - Como geógrafo, como o sr.
Aos 60 anos de idade, Milton Santos rido, como poderia ser p ossível huma- rem visro a quesrão ecológica? Voz - Para terminar, que mensagem
continua empenhado naluta por um náa.r uma ddade como São Paulo?
Milton Santos- Eu gosto de respon-
Milton Santos - O ecológico tem vá- o sr. daria neste 13 de M;Jio?
Milton Santos - É preciso que este
espaço verdadeiramente humano para o der a essa pergunta p orque muita geme rias dimensões. Ele tem uma dimensão
histórica mais profunda, mais longa, isto ano deixe de ser um ano de promoções.
homem, com uma obra que é imagina que a solução da problemática é, agravos seculares que estão dando re- Eu tenho recusado participar de ativida-
caracterizada pela reflexão séria, urbana vai ser buscada em bases que s ultados, como é o caso da Serra do Mar, des com eS-Se caráter promocional por-
científica, com a ambição de contribuir são muito mais do domínio da utopia e tem aspectos históricos mais de curto que é uma s ubordinação à mídia, ao mar-
do que da realidade. As cidades são gran- prazo, onde há uma aceleração dos pro- keting. Eu penso que, ainda que o Brasil
para que o indivíduose torne um cidadão áes, as n ossas c idades vão continuar cessos. cresça eco nomicamente, os negros vão
pleno neste País, sempre eofocando grandes por muito tempo. A geme vai ficar na pior situação. Se houver cresci-
ter que pensar a igualdade social, a felici- Voz - E as campanhas ecológicas? mento , mais rapidamente se verá a situa-
questões relacionadas com a cidade ecom dade geral conseguida também a panir
o subd.esenvolvimento~ das grandes eidades. Nós temos que par- Milton Santos- Boa parte da campa- ção de inferio ridade social do negro no
nha ecológica evacua a questão do mo- Brasil. O que eu quero dizer com isso
tir de uma realidade, e não de uma uto- delo económico e trata a questão como é que para situações seculares não há
Nesta entrevista concedida a Luís pia ou de um desejo. Na aglomeração se fossse algo de autónomo, quando a remédios conjunturais, só há remédios
de São Paulo, a gente tem periferias mais sociedade inteira é responsabilizada, em estruturais. Tenho ouvido com frequên-
Avelima, eJe fala com objetividade sobre ou menos bem dotadas de serviço. Escas vez de enfrentar aqueles que direta ou cia as pessoas dizerem que os negros
a cidadania, a vida urbana, o socialismo periferias são aquelas em que, em pri- indiretamente criaram a questão ecoló- devem en<::omrar urna melhor solução
e a questão negra. meiro lugar, o nivel médio de salário gica, como as enchentes na cidade de dentro da sociedade brasileira, através
é maior; segundo, a densidade de m1ba- São Paulo, os desmoronamentos de m0r- de urna evolução normal, como aque la
lhadore.s é maior ; e terceiro, a proximi- ros no Rio de Janeiro, desligando-se do que serve para toda a sociedade. Eu dis-
dade geográfica do trabalho é maior, o que a gente chamaria de economia polí- cordo frontalmente dessa maneira de
que permite a transformação daquilo tica. Quer dizer, a economia e a política pensar. Creio que, se não houver medi-
que a gente costuma chamar de quanti- conjugadas num certo tipo de resultado. das que busquem reverter os privilégios
dade em qualidade. Se os brasileiros de- Há, por acaso, enchentes importantes d_ados aos outros, não haverá solução pa-
cidissem que os operários, os trabalha- onde moram as classes abastadas? Aonde ra a questão negra no Brasil. Você pode
dores , deviam ganhar decenteme nte, vão os investimentos públicos na cidade, ir a uma universidade como a USP, como
muitos dos problemas que hoje existem no sentido de regularizar os fluxos da a de Brasília, ou qualquer outra grande
não existiriam. natureza, de controlar a força da naru- universidade, você não encontra negro,
reza e dar uma dornestiéada na natureza já não digo ensinando, mas es tudando.
Voz - A questão da emigração é mui- em benefício do homem?
to discutida. O nordesrino é visro p or Voz - Mas outras camadas estão con-
muíros com o desfigurador da paisag em , seg uindo S!..!cesso ...
causa d os m ales da cidade grande, da Voz - Tem havido uma tolerância Milton Santos- Não sei se vale a pe na
quanro às punições aos infratores. falar nisso , mas a questão da mulhe r,
violência...
Milton Santos - Isso é bobagem. Pri- Milton Santos - Sim, os próprios or- por exemplo, os progressos que elas ob-
me iro n os ú ltimos anos o grosso da emi- ganismos de defesa do me io ambiente, tiveram, foram obtidos pelas mulheres
graçã~ não é ape nas de nordestüJOS, mll§ cuja função é a defesa da ecologia, são das classes altas e médias, que tinham
de sulistas - p aranaenses e gauchos. E muito tolerantes com relação às grandes a quem falar. O negro não tem a quem
tanto que se e n contra nas periferias de firmas. Há uma grande tolerância, e não falar. O negro não tem a quem reclamar;
São Paulo muita gente loura, de olhos há punições re larivas aos agravos. De as mulheres tiveram. Não sou contra as
azuis, pedindo esm o l~. O _nú~e ro de modo que , para as grandes e mpresas, mulheres, e u estou apenas te ntando uma
paulistas que vêm do 1nte ~1o r e grande. indústrias, é melhor pagar as multas a análise objetiva da formação social brasi-
Veja a população dos cornços, onde há que são sujeitas e ficarem onde estão. leira. Toda vez _q ue um negro protesta,
grande quantidade d e p auliscas._A_ qu:s• Enquanto isso, os responsáveis mantêm ele é mal visto. E tanto que a maior parte
tão toda é q ue a sociedade deo~1u nao um discurso ecológico que na realidade de nós, que tivemos possibilidade de
é hipócrita. at esso à asce nsão social, foi pelo fato
dar importãncia aos pobres, se1am de
onde for. de não termos protestado - por termos,
Voz- Com o o d dadão Milron Santos no máximo, sorrido diante das dificul-
. Voz_- E com o é q ue pode viver um está vendo a Consriluiace' dades. O sorriso como arma foi uma eta-
cidadao numa cidade com o São Paulo, Milton Santos- Desde cedo , eu tinha pa das conquistas negras no Brasil, que
onde <? crescim ento acelerado o sufoca, a quase certeza de que a Constituinte foi s ubstituído por uma vontade de cer-
o expoe à vi0lêncía... · não iria dar as resposta s rodas q ue nós rar os denres.
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