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'lf!2. 31/03/88 a 06/04/88 PCB 9 1


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1

Estudantes nas ruas Pedro de Toledo l


l
~ontra os aumentos
tos em algumas esC?las e fa-
culdades, entendime ntos
Na luta pela reforma agrária
liarcos Perioto nio Mendes, e continua:
estes que possi~ilitaram os André
estudantes segwr o curso e "Foi, então, através da
Dez mil estudantes na rua as escolas reporem parte do visita dos co,mpanbeiros
em Sio Paulo. Três mil em
Santo André . Manifes~a-
ções em diversas capitaJs.
seu capital carcomido pela
inflação.
tantes
P
edro de Toledo, ci-
dadede 12 mil habi-
no interior do esta-
Moacir de Oliveira e-An-
tónio de Souza que eu ti-
!Eis a resposta dos i:scudan· ve conhecimento do
ltes contra o decret~ ª~
Lutar por aumentos do de São Paulo, onde PC:B, e a partir desse mo-
95. 720 que institui a "hber- negociados 60% da população vivem mento aconteceu a inte-
dt!de vi ada" dos aumentos na condição de trabalha- gração partido-movi-
das me:salidades escolare~. Pelo que parece, a velha dores bóias-frias dos mento sem terra, e o pri-
Pode-se dizer que, pela pn- fórmula defendida pelas grandes latifúndios pro- meiro trabalho foi trazer
meira vez desde as gra~des correntes que hoje com- dutores de banana, desde a imprensa para ouvir os
manifestagões estudantis do põem a Diretoria da UNE 1~85 vem se organizando
final dos anos 70, os ~stu- ou seja: 1) lutar pelo índi~· trabalhadores.
dantes entraram em sinto- de 0% on congelamento se- na luta pelo assentamen- Com isso, as notícias
nia com suas entidades e fo. não, 2) boicóte às men~ali- to das famílias sem ter- de que os trabalhadores
ram il luta. Na realidade, al- dades até a vitória, para, 3) ras. eram perseguidos por ja-
gumas mudanças de com- com a falência das escolas/ Essa luta teve início gunços, que invadiam
portamento das " lideran- facu\dades lutar pela fede- quando um grupo ~e tra- suas casas e tocavam fogo
ç,as'' estudantis possibilita- ralização, foi para o espaço. balhadores rurais da ci- nelas, ganharam as pri-
ram as gran~es manifesta- Depois de sucessivas derro- dade, liderados por An- meiras páginas de todos
ções da semana passada, es- tas da "fórmula mágica" - tónio Mendes - atual os jornais do estado e as-
pecíalme-ct\ a de C\Uarta-foi- os estudantes acabav11m pa- presidente do PCB em
rn, 16, em,. \>au\o·. ~ "Qa\a- gando as mensalidades atra- Pedro de Toledo - for- sus:avam os "grandes da
vra de otdem foi reduz.ir o -r,adas com juros e correção cidade". Toda essa ten-
aumento, neiodação, ao monetária - a direção da mulou um documento são vivida pelõs trabalha-
ccmtráno do conie\amento UNE parect ~ue pôs os pés_ onde havia uma relação dores rurais de Pedro de
\á esiana\)ado. \>or outro no chão e foi para· a nego- de terras devolutas e a Toledo fez com que os Os bóias-lrlas começam a conquistar vitórias.
\ado, o decreto assinado pe- ciação com o MEC (pro- quantidade de famílias técnicos do Ministério da
\o presidente Sarney , ao pondo .. revoga~o do de- sem terra, vivendo sob a Reforma Agrária fossem passado - data da des~- CPT (Comissão Pastoral
atenqer as reivindicações creto) e articulando mobili- mais absoluta miséria. até a cidade, e após estu- propriação para cá, o da Terra) acha que o tra-
dos_proprietários e mante- zações nas escolas por au- Este documento, então, dos concluíram que a fa- PCB tem atuado frente balho não se enquadra
nedoras das escolas e fácul- mentos calculados pela va- foi remetido ao ministro zenda São P~ulo, com
dades, possibilitou aumen- riação da URP. Como dis- da Reforma Agrária, na
aos órgãos públicos liga- com o sistema da igreja,
tos que alcançaram 30'0% semos acima, esta propostà épocaDante de Oliveira, três mil hectares impro- dos à Reforma Agrária, "porque a nossa linha é
em algumas instituições. tem alcançado vitórias con- dutivos de propriedade para que o assentamento contra a ·invasão pura e
Meteram a mão em nossos cretas e, além disso, reforça para gue tomasse conhe- particular, deveria ser se dê o mais rápido possí- sim.pies da terra e contra
bolsos... e a reação foi po- a antiga proposta defendida cimento cJa situação e as ãesapropriada. Imedia- vel e não fique tropeçan- o eonfronto armado",
derosa: açáo comum e uni- pelo~ estudantes comunis- devidas pl:ovidências. tamc:::ntc:::, a Assul.áai,:ãu dt:: do de mesa em mesa óus expfü.:a Menóes. D ilm·ce
dade entre pais e estupan- tas da necessidade de nego- Com a notícia da en- Moradores, o PCB e os gabinetes públicos. Para dessa luta, o trabalho dos
tes, pressão contra a libera- cfa.r, ao nível de cada insti- trega desse documento, técnicos do Mirad fize- isso os trabalhadores ru- comunistas em Pedro de
ção dos aumentos, manifes- tuição, aumentos compatí- os membros do grupo co- ram o cadastramento de rais de Pedro cte Toledo ·Toledo é fazer uma pres-
tações, grev~s, boicotes às veis com as posi.ibilidades meçaram a sofrer perse- mais de 500 famílias para
mensalidades , as quais , da maioria dos estudantes, guições. " Diversas vezes têm contado apenas com são contínua sem que . o
quando bem encaminhadas, ou seja, articulados com o tive que fugir da região assentamento nas terras o ilPOio do PCB , ômâvez processo de assentamen-
geraram ente a dii)'.lentos índice de aumento dos salá- improdutívas de Pe dro que as demais organiza- to se desencadeie logo e
acerca do índice de aumen- rios. para não ser morto por de Toledo. ções na cidade não estão possam partir para bri-
Jagunçosu, afirma Antô- De outubro do a no colaborando. A próJ:>iia gas de outras terras·.

Partidão pelo País


Conferência na Babia Processamento de dados
Rio de Janeiro ( do correspondente) - O Departa- mento dos participantes do Ativo para <? Ri? e tam-
Nos dias 12 e 13 últimos progressistas, que apoie na mento Trabalhista da Direção Nacional do PCB está bém as refeições ficarão por conta das d1reçoes esta-
foi realizada a Conferência eleição para prefeito um no- convocando a todos os milita ntes do setor de proces- duais do PCB. A bospedagem no Rio dos partici-
Mu nieipal extraordinária me de consenso e compro-- samento de dados para um Ativo Nacional, que se pantes de outros estados será nas casas de militantes
do PCb em Salvador, que metido com as lutas popula- realizará, no Rio, no dia 9 d e abril , das 9 , às 18 que atuam no seto r de processamento de dados. li
elegeu nova Direção Muni- res. As articulações eome- horas, na sede da Direção Municipal , Rua ~1".aro Gato ress?Jtou que a área de in formática foi conside-
cipal e definiu as dfretrizes çam a se desenvolver, e o Alvim, 21, 8° andar. 0s interessados em part1c1par rada como de concentração no último Congresso do
da atuação do partid o de PCB oferece o nome do ve- do Ativo devem avisar com antecedência a Luiz An- PCB . Para o AtivQ do dia, 9 é fundamental que
novembro. reador Paulo Fábio como tonio-Oato, pelos telefones 262-5580, após às 14.ho- cada Direção Estadual envie pelo menos um repre-
candidato desta frente. Para sentante , mesmo que o indicado não atue na área
ras, e 242-6462, após às 22 horas, ou a Orlando Tho-
Os 75 delegados decidi- a Câmara Municipal, for.lID mé, no telefone 285-1687, à noite. · de processamento de dados.
ram pela proposta da for- indicados Aleinaldo Batista Na pauta do Ativo, haverá debate sobre o balanço Ele chamou a atenção para o fato de o movimento
mação de uma frente popu- e Beth Wagne-i como candi- ser formado pelos sindicatos dos empregados ·nas•
é1a parti~~~º do PCR no último congresso da cate-
lar composta pelos partidos datos. goria re · do em Salvador, em setembro do ano empresas de processamento de dados e pelas associa-
passado; propostas e organização do Partido q~anto ções dos profissionais ~e process_ament~ ~e d ados.
''Projeto Alegria" na Vila Maria à sua participação no próximo congresso em Julho , Portanto podem participar d o Ativo o m1htante que
no Rio Grande do Sul, e campanha salarial unificada trabalha ~m empresa que tenha atividade-fim o pro-
• Rock, funk., MPB, tudo do PCB. Já estão confirma- nas três empresas estatais - SERPRO, DAT AMEC cessamento de dados(,exemplo: a D atamec) ,qualquer ·
reunido em amóiente de das as bandas Andas-, Re- e DATAPREV. que seja a sua profissão. E também o milit~nte , pro-
descontração e cultura. É o bento e outras atrações, e fissional de processamento d e dados (analistas, pro-
projeto "Alegria, alegria a Sociedade fica na Rua Jo- Organização
gram::idores, digitadores, operadores de computa-
São Pc1ulo", promovido pe- sé Alves de Oliveira 256, Luiz Antonio Gato explic0uà Voz que o desloca- dor) , qualquer que seja a empresa onde trabalha.
la Sociedade Amigos de Vi.- Bele.nzinho. Todos estão
la Maria Zélia com o apoio convidados.

10 de Oliveira San1os, 40 - (027) 222-1227 - que d e Cuins. 540 - 2• s/20 1 - Calçadao - RJ - Rfo dt J■ndro: A v. Prcsldcntc Vnrgas, 529,
AC - lllo e...,co, Pedro Vicente Costa Sobrinho Conj. .302 - CEP 29,00Q, CEP 58.000 - (083) 226-4066. 9' - CEP 20031 (021) 221-2333.
- Rua Alegra. 70 - Bosqu.c -CEP 69.900.. CO - GolAoJa: Po.ulo Arruda Vilar- Av. U niver• PR - Curlllba: Tânia Marn lzidora Pereira - RO - Porto Velho: João Teixeira de Melo- Av,
AI.- M-'6: Geraldo de Majcll• - Av. Moreira Rua Marechal Floriano ('clxoto. 50 - 8' s/801
U:n1. l&-CEP 57.000 - (082) 221-74 14. . útária . 208 - CEP 74.000 - (1162) 223-5450 -
C.. Postal. 1.344. - CEP 80.000 - (041) 234-2492. ~th~~1o~r~ch_:'_d1~ ;is ~ ~np fs.~ Brasília -
AM - M - Ja<eflruva Filho- Rua TopaJós. PE - Rcclre: Paulo Cavalcantí - Rua Eduardo SC- Florlanópolll: Gorclnimo Wanderlcy Macha•
18'1 -Ccnlfo -Manaus - CEP 69.000 - (O'J2) MA - 5'o Lafs: Tomu-Josi dot San10s - Rua de Carvalho . 32 - Boà Vistn - CEP ~ -()()() - do - Pça. Pereira Oliveira, 6 - Sala 9 - CEP
'. 34-134(, Nazart, 329 - Centro - CEP :;s.ooo (098) (081) 231-0859. 88.000.
Semanário Nacional A~ - " ' - ' ' Jost Fcmapdo de Medeiros -
221-41'.33. • PI - Ttresln1: Flávio Mor.ocs - Run Lcõnd o SE - Araaúu: Wcllington Dnntas Mangucira_-
~Jh~!;:. Varps. 2449 - CEP 68.900 ;--
MS - Campo Grude: Maria Heleno Bnincher
- Rua 14 de Julho. 2526 - I• CEP 79.00S -
f erniz. 1260 ·- Bairro Morada do 591 - GEP
64.000 - (086) 232-1851.
Tiav. Quintilhiano da f onsccu. 232-CEP49.000
- (079) 224-7811.
(1167) 384-3201, RN - Natal: Ver. S~rgioD icl.>-Run Santo Anto- - Propriedade do Editora Novos Rumos Ltd,_..
Comelbo Editorial BA_- Sabedor. Heitor Casaisc.Silv-a - Rua Mou-
"'""•s1-cep .a.ooo - c011i 241-6256. MT- Culab,: Josc! Carlos de Carvalho de Souza. nio.664 - OEP 59.000 - (084) 222-8792. R. Bento Freitas, 362 - 4 ' -CEP 01.220 - tcl:
Luiz Carlos A'udo 9'-·- l'ortalua: Joaquim Rodrigues SouD- Rua PA - Bd<!m: Raimundo Jinkin,&S_ - Rua dos Ta· RS - Porto Alegn: João Avdinc - Av. Borges
de Medeiros, 308 - Co n. 62 - CEP 90.000 -
(0J 1)231-2926(Adminisrraçío). Telex (01 1) 32006
- VOZ SP - Composíç6o/Post•Up e Fotolito -
.,, de Molo. 885-CEP 60.000 - 1085) 23) --073-4. mofcn 1592 - CEP 66.000- (U9l) 222-7286.
João A veline OF - e.-., Cvlos Albcno - Ses - Bloco
0

·pa - CamplaJI Grande: Hermano N. ~e Arn~jo (0S12l 26-J661. - 28-3499. PAZ Fotocomposi~do e Fotolit~ - R . Frederico
MG - Belo fforlzonl<: .E. Oaroia - Rua 540 Srcldcl 229 sobrclOjU 1 /one: 2217590-lmprcsso
Noé Gertel ~ j:°&•dra5 - Loj• 26-CEP 70.000-(061) - Rua Ou-dow Vieira 83 - 2-• - Catxa Postnl
356 - CEP S8. JOO-,(/Jr.J)322•227F. , Paulo. 189S-ll. Lourdes-CEP30.000-(0Jl j nas oficinns dn Cin. Edltoro Jorues - Rua Co rdc:sl
PB João J',soaa; lrcmar Bronzeado - Rua Ou• 337.9954_ Arcovc rdc . 2.978 - São Poulo.
ES - Vlldria: Ducy de Sou:za Filho Rua Albcr•

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10 INTERNACIONAL 31/03/88 a ,(?6/04/88 W2
ISRAEL

''A repressão é intolerável moralmente para os judeus"


f Durante a realização do 12º Congresso- do Partido Comu~fsta da Espanha, esteve representando
1
o PCB o dirigente nacional e destacado cientista de renome intemac1onal luiz ffildebrando. Na ocasião, conversou
'ri com Leon Zaha"i z membro do CC do Partido Comunista de Israel (Rakah), sobre as manifestações palestinas nos
t erritórios ocupados ilegalm ente pelos israelenses. Es!iéi con!ersa se t ransformou numa entrevista
exclusiva para a Voz da Umdade:
''t
1 Voz da Unidade: Como o PCI sacres há ce?tenas de anos, de ~a na,9ão para o pc:_>vo pales-
t encara a situação de c0nflitos repente ass1s~em, atônitos , 0 tino, embora ainda dentro de
r violentos nos territórios ocupa- . Estado qlle diz re presentá-los uma solução jordaniana, ·mas
~ dos da Cisjordânia e de Gaza? empenhado numa repressão evoluindo claramente para a
selvagem contra um povo em
,'
~
Leon Zahavi: Os conflitos
atuais demonstram a existência
de uma sit u ação n o va no
luta pela sua inde pendência ~
autodeterminação. É uma in-
versão de situações intolerável
noção de autodeterminção ...
D_entro da própria direita, do
Likud, se assiste um conflito

,1 Oriente Médio. Um movimen-


to popular, de extensão nunca
vista anteriorme nte , com a
moral e ü:1telectualmente para
0s judeus, que têm uma alta
consciê ncia da sua história. Es-
de opiniões. Direitistas como
Kahane e Shacon defendem o
prosseguimento da repressão;
particip ação ge ral contra a
f ocupação israelense. É unnno- se problema, portanto, afasta
outras figuras, como o prefeito
de :fel Aviv, defendem a ne-

''r
vimento que surgiu de maneira ,do governo a opinião pública c~ss1~ade de abandonar os ter-
espontânea a partir dos cam- do Estado de Israel e também, i:itónos ocupados.
pos de refugiados, este:adendo- a 0pinião. pública da Diáspora VU: E o Partido Comunista de
jucfaica nos EUA e na Europa
,s
t
r
se progressivamente ao con-
junto da população e elaboran-
do as 1mas próprias Lide.ranças,
que sempre constituíram, nos
m0mentos de perigo para a na-
Israel?
LZ: Apesar das dificuldades de
sua açã0, vem crescendo moral
, constituídas principalmente de
jove ns. Jovens que eram bebês
ção israelense, a base de apoio
político e financeiro essenciais.
e fisicamente. Com·o sabem ,
nós sempre defendemos o qi-
,
~ no momento da ocupação em
1967 ou que nasceram durante
VlJ: Mas, essa virada da opi-
nião pública já se m_a nifestou
reito à autodeterminação do
povo palestino. É necessário

~
a ocupação. E ntretanto. ape- Até quando estas cenas se repetirão? em atos concretos? ·lembrar que o nosso Partido e
sar dessa juventude, a lideran- LZ: Seguramente. Nós assisti- o PCP eram um único Partido
~
ça se inspira nas mesmas forças equipado com as armas mais Isso, no conjunto, isola .inter- mos atu'almente a um cresci- no tempo da ocupação inglesa,
e correntes que constituem a modernas, exigindo o fim da nacionalmente o governo de mento de organizaçõe-s como e que palestinos e judeus luta-
,,'r OLP: a Fatah, o Partido Co-
munist a Palestino , a F rente
ocupação e o, direito à auro-
determinaç~o da- p0vo pales-
Israel que já sofreu, indusive, Paz Agora, surgida durante a
derrotas importantes.na õNU. guerra do Líbano, que vem,
ram lado a lado pela indepen-
dência ... Nós somos favoráveis

,,
r
Popular Democrática, entre
outras. O que se assiste atual-
tino.
VU: Como definir es_sa nova si-
VU: Essa situação nova tam- por exemplo, convidando ora-
bém se exprime em Israel? dores palestinos para partici-
à criação de um E ~tado pales-
tino autonômo, das negocia-

1
, mente é, principalmente, uma
mudança radical nas caracte-
rísticas da luta. A população
tuação? ·
LZ: A importância das de-
mo nstrações e manifestações
LZ: Exatamente. E esse é tal- par em seus· comícios e mani-
vez o aspecto mais importante festações. Outras organizações.
na fase atual do eonflito. É evi- têm surgido como Há um Limi-
ções diretas entre Israel e pa-
lestinos representados pela
OLP. Somos a favor da nego-
1 dos tenitórios ocupados., du- populares e a violência da re- dente que todas as pessoas de te, que vêm se manifestançio ciação para o restabelecimento
rante muitos ~os, assistiu às pressão pelo exército israelen- bom senso em Israel percebem pelo fim d~ ocupação. Dessas da paz na região, da criação

''
J
tentativas da OLP no plano mi-
litar e político sem intervir ati-
vamente de modo substancial.
se chocam a opinião pública in-
ternacional, .reforçam a solida-
riedade dos países árabes, dos
que não é possível manter a
ocupação militar para sempre
ações se originaram já duas lis-
tas de militares reservistas, a
de garantias de existência para
os Estados da região, evidente-
~
e que é necessário encontrar segunda com mais de 150 no- mente do Estado de Israel, mas
Desiludida com o impasse cria- países socialistas e dos países uma solução política. Por ou- mes, incluindo capitães e ma- també°m de um Estado pales-
r
do, tanto no plano militar, co- do Terceiro Mundo em favor tro lado, as cenas de violência jores, que se recusam a servir tino. Essas negociações deve-
mo no plano político, a popu- da luta do povo palestino. Mes- da repressão que o cidadão de · nos territórios ocupados. A pu-. rão se realizar com a partici-
lação decide tomar nas mãos mo nos EUA e n0s países da Israel vê na sua televisão criam bJicação dessas hstas na im- pação de todas as nações da
o encaminhament0 de seu fu- E.uropa Ocidental, uma grande um conflito moral que vai iso- prensa provocou, como era de região e das grandes potências
turo, por uma ação coletiva es- corrente de simpatia se desen- lando, progressivamente, o go- se esperar,' uma grànde reper- que permitam o estabeleci-
petacular, em que o povo de- volve em favor dos palestinos, verno de sua opinião pública. cussão. Organizações sionis- mento de paz e cooperação
sarmado enfrenta corajosa- diante das cenas diárias de vio- Os judeus, que vêm sofrendo tas, co:mo o Mapam, passam com garantias de segurança pa-
mente um exército moderno e lência da repressão israelense. perseguições, injustiças e mas- a defender a necessidade de ra todos.
,
1 SÃO TOMÉ EPRjNCIPE ¼ TURQUIA
1

Mercenários pagos por Pretória


r

Fascistas
,,
J

~
No dia 8 de março último
{uma terça-feira), no meio da
1 ções com outros bandos anna-
prendem dirigentes
dos, tais como a Unita e a Re-
r madrugada, 41 indivíduos ar- namo. Segundo suspeitas le-

~
mados davam início a uma in- vantadas pelas autoridades
r
vasãc em território de São To-
mé e Príncipe. Dois deles eram
de nacionalidade norte-ameri-
s~o-tom_enses, esse grupo rece-
b)a _tremamento militar na
comunistas
t Afnca do Sul. Seu objetivo
"fla, sendo que um foi detido proclamado era o de derrubar O Supremo Tribunal de Se- nomeadamente de "tentarfun-

i
pelas autoridades locais e o ou- o regime presidido por Manuel gurança do Estado da ditadura dar um Estado marxista-leni-
tro morto durante um tiroteio. Pinto da Costa. turca pediu 65 anos e seis me- nista e dirigir um partido com
O grupo era integrado por Após o desmantelamento do ses de prisão para Haydar Ku- este objetivo", atentarem
1D.ercenários de diversas nacio- gr~po m_ercenário, iniciaram- tlu e N1hat Sargin, secretários- "contra a unidade nacional da
nél!idades africanas e comanda- se m~estigações a partir de de- gerais respectivamente do Par- Turquia", e de terem "injur_i~-
do 1-1or Afonso dos Santos, um núncias de que a invasão come- tido Comunista Turco (na clan- do o Estado turco e seus dm-
ex-militar do exercíto culonial çou na base naval sul-africana destinidade desde sua funda- gentes".
português e dirigente da autó- de Walvys Bay, na Namíbia ção). e d0 Partido Operário da Rresos em novembro, quan-
proclamada 1'Frente de Resi- PresldenteManuelPlntodaCosta ocupada. Em .troca do apoio, Tur9.uia (ilegalizado depois de do desciam do avião no aero-
tência Nacional de São Tomé os mercenários, se vitoriosos, 1980). porto internacional de Anca-
e Príncipe". Junto com ele, A "Frente" atua abertamen- dariam São Tomé COJilO ,base Kutlu e Sargin são acusados ra os dois dirigentes comunis-
mais dois dirigentes foram pre- te a partir de território portu- de operações conira o litoral . de tere~ violado seis artigos ta~ viviam no exílio· desde o
sos. guês ç . tem estreit~s vincqJ.a.-. norte, de Angoia. , d<:> Código Penal da. 'f.UJQuj3,. golpe.fascista de 1980., ... , _,
, --
, _' 31 /03 /88 a 06/04/88 CULTURA

História de amor reabre o O protesto visual de Hugo Maia


Teatro Odeon Ventura de la Fuente

desespero- frente injus-


ã
O tiça que ~resce no fog?
criador dos artistas, dos sens1-
veis se reflete claramente nes-
te iande "chargista tridimen-
Tamara Taxman, sional" , como ele gosta de ser
Rogério Froes e qualificado, este «montado r"
Leonardo Frlmoo: de brinquedos-esculturas que é
atores e diretor 'Hugo Maia, ex-publicitário de
de O võo dos
Pássaros Selvagens 66 anos, mais de trinta de ativi-
dade sócio-oultura'l e toda uma
Diogo Franco nard0 é produtor e diretor de ví- vida de sensibilidade e com-
deo, cinema e fotografia, em sua promisso. _
produtora Tábata Produções Ar- No Centro Cultural de São
. tísticas, que também produz este Paulo, Hugo Maia está apre-
Depois de passar por u.ma espetáculo. sentando uma cuà0sa e ag-ra-
irandereforma,. o --r:_eatro Odeon A única montagem no Brasil dável coleção destes objetos-
~rua t>.uroca, 753, Sao Paulo) rea- deste texto de Aldcimar Conrado brinquedos-esculturas, até 10
bre suas po~ co~ novas msta\a- se deu em 1975. A atual m0nta- de abril, com a possibilidade
ç6e.S e nova filosofia de trabalho. gem segundo o release resulta em
São 270 lugares com -po\tron_a~ ~s- ~ ~ petáculo sólto, l~ve e emo- de se estender por mais tempo,
tofadas e n.~e,:adas, ar condic10- c1onante, que discute o amor de visto a freqüência do público . .
nado! serv1.1,o de bar e todas as várias formas. Através da história Estes objetos formam uma
oondili)es técnicas -pa,:a a realiza- de Mário e Maria - um casal re- série de pretextos visuais con-
ção de (lua\quer trabalho artístico. presentande outros em busca do tra a dominação intelectual ,
Mar~ando ;'>\la reabertuta, dia 6 prazer - mostra-se uma obra es- económica e social dos podero-
de abtil estré\a o espetáculo O V óo pecial que remoo ta aos primórdios sos, os dominadores, os opres- A Máquina, uma das peças expostas por Hugo Mala
dos Yássaros Selvagens, de Aldo- do teatro na busca da que há de sore-s. contra tudo aquilo que
mar Conrado e sob a direção do mais verdadeiro e contundente altera a harmonia da liberdade tralhadora nas mãos ôbservan- Uqia Fauna para Lamentar nos
ator Rogério Froes, tendo cerno nas relações amorosas em todas e igualdade.
atores Tamara Taxman e Leonar- as suas modalidades. do outra pilha de caveiras insi- leva ã coleção de animais e
do Franco. A dire_ção foi confiada a Rogé- Utilizando diversos mate- nuando a mortal escravidão do monstros que habitam a capital
Esta é a primeira vez que Tama- rio Fcoes, que realizou um espetá- riais, bonecos, fios, arames, agro. do Brasil e, sobretudo, aos pa-
ra Taxman produz seu próprio es- culo cujo resultado é um " trián- máquinas, plásticos, moedas, Não podíamos deixar de des- lácios das decisões.
petáculo. Com uma vasta expe- guio amoroso'' entre atores, luz papéis e tampas de privada, tacar O Horroratório, um san- Hugo Maia se compromete,
riência em cinema, teàtro e televi- e som. A iluminação (Kary Lage) Maia retrata a cosmogonia dos tuário a Satanás, cuja coroação nos alerta, nos convida à vigí-
são, ela se diz orgulhosa de poder- e a sonoplastia (Andrea Zen e Xo- oprimidos e faz piada da " cafo- é .um retrato do ditador chileno lia , ã análise profunda dos
montar este texto: "Este é um mo- dó) têiµ função primordial. O ce- ruce" cultural de alguns setores Augusto Pinochet; excelente " porquês" e dos " quandos" ,
mento muito importante na minha nário, assinado por José Dias, é de nosso povo, o aborto, as ,::elação de personagens... A in- nos exise posições com seus
vida profissional(... ). Pela primei- totalmente despojado, utilizando- drogas e a tra~sição democrá- vasão cultural de baixo nível belos bnnquedos, que em nada
ra vez, escolho e defino o que de- se mais de elementos cenográfi-
sejo fazer". Leonardo F ranco é cos. tica. As Breguetes de Maia são está representada por outro se assemelham aos ready-made
' um jovem ator, safdo da Escola Após a temporada paulistana, elementos de humor muit0 ne- santuário, bastante " kitch", de Duchamps, que verdadeira-
de Arte Dramática do Rio de Ja- o espetáculo cumprirá ag_enda de gro perante nossa realidade na- dedicado a Julio Iglesias e sua mente representam brinque-
neiio, e estt é seu scgumlo uaba- oomprnmi:1:10 pelo imeóor do es- cional e intç_macional. Entre as •música não menos cafoila. Seu <los-es1.:ulturns de protesto vi-
Jlio em teatro. Além de ator, Leo- tado. Breguetes de Hugo destacamos título: A celebração brega. sual, mu.ito brasileiro, que aju-
A Máquina, que representa A terrível carga que leva nas dam a criar consciência -em

Que os sinos dobrem uma máquina trituradora costas o povo brasileiro e o do n9ssa juventude, e a desenvol-
moendo o povo e alguns "ma- Terceiro Mundo - o " avanço ver espírito crítico em muitos
rajás" recebendo o resultado social" , a reforma agrária, os adultos. Breguetes é uma expo-
final: o dinheiro sujo da escra- salários, a saúde, a educação, sição de antologia que deve ser
por Pellegrino vidão. Ou1ro objeto destacável os direitos da mulher, os pro- vista pelo público todo, e pode-
é O Runtlista Caiado, que vi- blemas de ·habitação, aposeJl· ria se transformar numa expo-
sualiza o latifundiário Caiado tadoria, etc. -é represe.ntada sição itinerante e, assim, per-
O incansável crítico da Sociedade sentado numa pilha de dinhei- numa montagem de caixotes . correr as escolas e galerias do
Theo Santiago Brasileira de Psicanálise. O de- ro, cuidando do gado, com me- • numa carroça puxada por bois. Brasil inteiro.
nuneiador dos crimes conietidos
pelo médico-torturador Lobo ,
MorreuHélio Pellegrino. Foi-se agente da repressão nos calabou-
um pedaço da nossa esperança. ços da Barão de Mesquita.
Morreu o escritor, o poeta, o . O Brasil está cada vez mais po-
O"outro" Noel Rosa
polítieo socialista, o psicanalista, bre desde o final do ano passado Morreu no Rio aos 67 anos , xou mais de 50 composições, Eden Silva, o Falem de mim,
o Homem Hélio. O Hélio deste- até esse iníéio sombrio de 1988. de insuficiência cardíaca, na entre as quais O nequinho e a sucesso do carnaval ·de 1949,
merado, vibrante, corajoso, ami- Foram-se o Cláudio Abramo , a madrugada de quinta-feira, dia senhorita, A~im não é legal e que ·diz: "Falam de mim/mas
go, carinhoso. Ficou sua voz no Maria Julieta, Carlos Drummond sambas-enredo como Chica da
disco "O~ q~tro mineiros" que, de Andrade, o Henfil, o Luís An- 17, o autor de Vem chegando eu não ligorTodo mundo sabe/
numa noite fria de São Paulo. no tonio Martinez Correa, Cacaso, o a madrugada e Falem de mim, Silva (campeão com o Salguei- qu~ eu sempré fui amigo/V m
MASP ,ganhei de presente das Chico. Agora o Hél_io. • entre outros clássicos do samba ro em 1963), Homenagem a Ge- rapaz como eu/não merece es-
mãos dos quatro:"Sou filho deDo- Na última carta, ainda esse mes, carioca: Noel Rosa de Olivei- túlio Vargas (sua estréia, em sa ingratidão/Falam de mim/
na Assunta ...marxista e ateu" . que rece.pi.de Otto i:ara R~sende ra. Compositor da escola de 52, ainda pela Unidos do Sal- Falam de mim/Mas quem fala
Foi-se o Hélio que em19.68 esta- ele me pedia para nao mais falar samba Ac~dêmicos do Salguei~ gueiro, sua escola original) e não tem razão". O nome de
va,à frente da passeata dos100.000 em mortes: "a carpa ançl~ solta.:. ro, que aJudou a fundar em Quilombo dos Palmares (1960, Noel Rosa de Oliveira não tem
no Rio e que chegou em Brasilia o r"aio está cada vez mais prÓXl·
.para entrevistar-se com as" autori- mo". 1954 - quando houve a fusão também campeão da avenida, nenhuma relação com o de
dades'' e esqueceu o paletó e a das três esco)as existentes no de parce ria com Anescarzi- Noel de Medeiros Rosa, que
Mas "tudo vale a pena qµand~ morro-, Noel não pôde reali- nho ). A arte de Noel Rosa de quando ele nasceu, em 15 de
grav~ta. a alma não é pequena". Que sai-
O Hélio de 1978 quando, junto bamos levar adiante aquilo qu~ o zar plenamente o sonho de tan- Oliveira , como demonstram julho de 1920, tinha pouco
co~ Dalva e Fernando Gasparian, ~élio Pellegrino nos deixou. Pnn- tos outros artistas genuina- seus sambas mais conhecidos, mais de dez anos de idade.
eu editava os Ensaios jle Opinião eipalmente a dignidade. A luta pe- mente populares: viver de sua estava longe de se restringir" à Mais tarde, porém, teve que
e publicamos o se~ ai:tigo "Adi~- lo sonho possível do socialismo. música. Com a música seu co- criação um tanto burocrática corresponder, na roda dos
lética da tortura: direito ve~us di- Estamos mais pobres. Que d~- ração sempre pulsou , desde do carnaval: ele foi um autên- bambas , · à responsabilidade
reita". Artigo que _nenh~ Jornal brem em finados os sinos das Mi- menino. Mas, desde cedo, teve. tico cronista da vjda do morro, que o nome sugeria. Corres-
na época queria edi!ar, ~1s_fala~a n~s Gerais: de São João Del Rey muitas vezes que deixar a inspi- que aprendeu a cantar como pondeu. Se as novas gerações
com coragem do epJs~~10 D1aféna a Sabará, de Diamantina a Ouro ração de lado para encarar a mascote da roda de partido al- não sabem, não é por falta de
("Herói. MortO. Nós 2- Preto. Que dobremos sinos da Sé to do. morro. arte e competência, e sim devi-
Morreu O incansáv~J ~atalbador de Mariana em homenagem a uni dura luta pela sobrevivência.
pela campanha da amstia, ampla, de}eus maiores filhos. do â marginalização que o sam-
geral, irrestrita. Um dos fundado- Restam os-restos, resta o resto Ainda assim Noel, que se E ainda não tinha trinta anos ba enconúa em sua própria' ca-
res do Partido aos Trah3'badqr~ resta li ebra-." . - ,. ' aposentou há algugs.anos, .dei- quando compôs, com Aníbal e . sa. (C.J) ·
,
~
J
EPÍLOGO DEPOIS DO FATO
1888.. 1988
p

,i
~
Este é o último capítulo do livro
AAbolição, da historiadora
ABOLIÇAO Emffia Vioti da Costa, editado
pela Global, em São Paulo, i982.
'
t
p

~ A 13 de maio, os-escravos eram


finalmente emancipados. Nas
ruas, o povo celebrou a vitória.
" Foi o único delírio popular que. me
permitiu às camadas populares e aos
escravos se mobilizarem na luta contra
a escr~vidão. Foi essa mobilização que
,r lembro de ter visto", disse Machado
de Assis, descrevendo as manifestações
levo~ a aprovação da Lei Áurea. Nesse
s~nt1_do, e~ta foi , conio bem registrou
i
r
populares.
O processo que conduziu a esse festi-
um Jornalista do tempo, uma vitória
do povo e - poderíamos acrescentar
vo desenlace fora, no entanto, longo - uma conqwsta dos negros livres e
r escravo.
e difícil. Para nós, hoje, parece possível

~ atribuir-lhe um sentido, uma direção · Estes, no entanto, não escreveram


e uma lógica. Para aqueles que partici- a sua história. Por isso, ela foi contada
param desse processo, ele foi muitas por outros. A história que se acabou
,~ vezes incompreensível, cheio de incer-
tezas, angústias e frustações. Isso foi
por fixar nos livros didáticos valorizou
a aç~o parlamentar e as leis abolicio-
nistas. Estas foram descritas como dá-

,r verc;iade tanto para os a90Jicionistas,
quanto para os que se opuseram à Abo-
lição.
divas das classes dominantes. Heróis
foram os que, num País onde apenas
~~ As celebrações de 13 de maio fizeram
com que as cenas de violência que pre-
trinta por cento da população era alfa-
betizadâ, tinham o pnvilégio de saber
j ceder am a Abolição fossem esquecidas. escrever e puderam contar sua própria
~ Os vinte anos de campanha parlamen- história. Ignorados ficaram um sem-nú-
r tar em favor da ema:icipação, os acalo- meros de devotados abolicionistas,
'
1
rados debates que terminavam sempre
em um compr0misso do qual o escravo
brancos, pretos e mulatos - heróis
anónimos da nossa História - sem os
r pouco se beneficiav~ os. conflitos, por quais a Abolição jamais teria sido con-
vezes sangrentos, a perseguição aos quistada.
'~ abolicionistas, o terror e a ira dos pro-
prietários, tudo isso ficou esquecido. A
A Abolição não correspondeu nem
aos receios dos escravistas, nem às ex-
13 de maio, a Abolição aparecia como
'~ uma vitória dos aboliciomstas, uma dá-
diva da Princesa Isabel, um ato gene
pectativas dos abolicionistas. Não foi .
catástrofe nem redenção.
r G~egório Bezerra çonta, em suas me-
roso do Parlamento, uma cqnquista do mórias, a, história de um preto que era
1
povo, mas, acima de tudo, como um
!l preito de homenagem prestado à civili-
i.ação do século. As contradições que
feitor numa fazenda do nordeste, onde
Bezerra trabalhou quando menino (na
'primeira década deste século). " Ele ti-
1
tinham empurrado o proce.sso oculta- nha sido escravo e continuava pior que
vam-se por trás de uma conclusão bem reconstituir o processo com maior cla- escravo" escreve ,B ezerra: E tinha sau~
sucedida. nuasse _a defender a instituição, porque
f reza. Nem a v0ntade de um punhado o escravo ainda representava um capi- dade da escravidão, porque, segundo
Os lç>Uvores e as aclamações abafa- de homens, nem a força de uma idéia, ele, naquela época comia carne, farinha
ram os protestos daqueles para quem tal que não queriam perder, podiam
1
nem o apoio do Imperador são suficien- encarar a Ab0lição mais calmamente e feijão à vontade e agora mal comia
a Abolição significaria a ruína. No meio um pr~to de xerém com água e ~al".
1 da alegria geral era impossível se ouvir
tes para explicar a Abolição. Fatores do que.seus antepassados queicin~üen-
os mais diver sos contribuíram para que ta anos antes, se tinham oposto à sus- Fruto do desespero de um homem
'
r
a voz dos fazendeiros cujas fortunas já
estavam abaladas, as fazendas hipote-
esta fosse possível. Alguns tinham a ver
eom as transformações ocorridas ao ní-
pensão do tráfico de escravos.Nas déca-
das. anteriores à Abolição, alguns fa-
que depois da Abolição fora abando-
nádo à sua própria sorte, sem que a

!'
r
cadas, e que tinham tentado, até o últi-
. mo instante, impedir o processo. Os
fazendeiros viram a Abolição sob um
prisma diferente. Culparam o Impera-
vel mundial: o desenvolvimento d0 ca-
pitalismo e a Revolução Industrial
condenaram a escravidão como forma
de trabalho. Antes mesmo de a Aboli-
zendeiros tinham até se tornado adep-
tos ,d0 trabalho livre.
Com 0 passar do tempo, o grupo dos
que se opunham a qualquer mudança
sociedade lhe assegurasse mínimas con-
dições de vida, esse depoimento de um
escravo que tinha saudades da escra-
vidão não deve ser entendida como um
dor pelo apoio que dera à causa da
r ção ter-se tornàdo uma aspiração nacio- comentário a favor da escravidão. Ele
,f
~
emanci~ação. Acusaram os abolicionis-
tas de mesponsáveis e o governo de
imprevidente. Ressentidos com a Abo-
nal, a escravidão fora condenada, tanto
do ponto de vista econômico, quanto
do ponto de vista moral, nos países mais
tornara-se cada vez menor. Tinham
surgido na sociedade grupos men?s vin-
culados à escravidão e mais inclinados
é, de fato, um testemunho eloqüente
das con~ções de vida em que se encon-
a dar ouvidos à propaganda abolicio- tram ~~tos ex-escravos, para os quais
r lição, muitos aderiram ao Partido Re- desenvolvidos. O Brasil era, na segun- a Abobçao representara apenas o direi-
publicano. nista. Para estes, a campanha em favor
da metade do século XIX, um dos pou- da Abolição seria um mstrumento n_a to_ de_ser livre para escolher entre a
Cinqüenta anos depois., ainda era
m1s~na e .ª opressão em que viveram

!,
cos países onde ainda havia escravos. luta contra as oligarquias com as_qua1s
possível ou.vir o eco dessas vozes. Os Mas, n essa época, a escravidã0 passan1 mantinham relações cada vez mais am- (e ainda VJVem) um grande número de
abolicionistas "eram os comunistas de a ser identificada com ignorância e atra- trabalhadores brasileiros.
hoje, sempre prontos a repartir o bíguas. Nesse sentido, a campanha ab~.-
so e a emancipação, com progresso e licionista pode ser vista como expressao Dessa forma, a Abolição foj apenas
alheio", diria uma descendente de se- civilização.
nhores de escravos. "A Lei de 13 de da luta de classes que -se trav~va no u~ primeiro passo em direção à em~-
Tão importantes quanto as transfor- País no final do sécul0. ~ara os m~ele~- c1pação do povo brasileiro. o.ar~ítno,
maio, se foi humanitária para o escra- mações ocorridas no exterior, foram as tuais O abolicionismo foi fon~e demsp1- a ignorância, a violência, a rruséna 1 os
vo1 não deixou de ser desumana para
r os senhores", dizia o filho de um fazen-
transformações pelas quais passara o
.;1aís. Estas contribuíram para tomar a
raçã~. Para os polít!~os, um mst~u.me~-
to d'e ascensão pohhca. O a_bo_hc1oms-
preconceitos que a sociedade escra~tsta
criou ainda pesam sobre n~s. Se é J~sto
'r deiro, cuja fortuna , avaliada em mais
de cem contos de réis em 1885, ficou
escravidão uma forma de trabalho su-
perada em várias regiões.
mo deu a0 intelectual um publico e ao
político, um eleito~a_do.. .
comemorar O Treze de Maio, é preciso,
no entanto, que a co.memoração não
~ red uzida a trinta contos de réis depois
da Abolição.
Na década de oite nta, u.m grande nú-
mero de proprietários de escravos tinha
O discurs0 abohc1001sta unificou os
grupos mais diversos e deu expressão
a
nos ofusquem pont? de t~anSform~-
mos a: liberdade que ~mboliza num ~ 1-
,r Hoje, quase um século depois, sopi-
tadas as paixões do passado , é possível
encontraeo fontes al ternativas de mào-
de-obra. Se bem que a maioria conti-
aos interesses mais va,riadQs. A coni-
'véncia de amplos setores da sociedade
to,a serviço da opressao e da exploraçao
do trabalho.
-
•o
São Paulo. 31/03 a 06/04/88 Aos leitores
Suplemento Sindical n~10
Voz da Unidade Convidamos nossos leitores, df,-i,
gentes e ativistas sindicais de todo> o
Rua Bento Freitas. 362 4~andar · País_ e: das mais diversas categorias a
Tel.: 231-2926 CEP 01220 pa ry1c1pare~ do Festão 88 da Voz~
Unidade, dias 8, 9 e 10 de abril -na
Telex: (011) 32006 VOZ SP Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio J)e
Janeiro. Alé m de uma festa de ami-
zade e congraçamento, será a oportu-
nidade de debater, em diversos scitii-
nário~, questões culturais, econõmibas
e políticas do Brasil e do mundo. .:
;

Aforça da FSM ·. 1
Representantes de 75 A Federação Sindical M~ndlaÍ r°'
criada no imediato pós-guerra, em:.:
mffhões de camponeses, 1945, reunindo entidades sindicais lle
todos os países particlp81:)tes da ;.
aliança anti-hitlerista.. Algum anOll
eassalariados 111rais após, no bojo da guer.ra fria, haveª8
a cisão de sindicatos de países '..,
capitalistas, com os EUA à frente, que
de todo omundo se •criaram a CIOSL - .Coníederaçág-,
1nternacional das {)rganizações ~:
reuniram em Praga. Sindicais Livres.
Hoje, a FSM r epresenta mais d e;
~,-
zoo milhões de trabalhadores e tem
Nesta página, suas onze subdivisões setoriais, uma das
quais a UlSTAFP. A~nas esta, . ,
congregando 75 entidades miadas ele
lutas, direitos., a 70 paí.seS, representa 78 milhões de-
trabalbadores, tanto quanto o
ecologia e aação das conjunto da CIOSL. A ESM é a tínléa
central sindical internacional que :
reúne entidades tanto dos países :•
muHinacionais no campo. capitalistas como dos socialistas. ;

va membro do Conselho Diretor

e amponeses e trabalha-
dores rurais são diaria-
mente assassinados
nos países do chamado Terceiro
da' UISTAFP; Alofsio CameÚJ',
diretor da Contag - Confede!,8·
ção Nacional dos Trabalbadom.
na Agriculura; João Pedro St.iµ-
le do Movimento dos Trabalba•
Mundo na luta pela terra e por d; res Rurais Sem-Ten:a e por Ra•
~ondições de t!abaho. Enquanto nulfo da Silva, da CUT. :•
JSso, a produçao para exportação Em relação aos problemas 4ps
aumenta ~m detrimento dos pro- trabalhadores rurais ~a Am~nca
dutos agncolas dos mercados in- Latina, a Conferénc1a partiu de
ternos; as. multinacionais da ali- um dado bastante esclarecedbr:
mentação e da agricultura mani- · 60% das ter:ras produtivas est~
pulam os preços internacionais hoje em m ãos de 1 % dos propfie-
depredam o meio ambiente e con: Jesus Carlos - Agência F 4 tários, que incluem diversas mui·
tamin~m os trabalhadores e a po- tinacionais (veja matéria n~!tB
pulaçap com o uso de agrot6xieos. págin~)- Estas mesmas mu!tJl!B·
Mas os sindicatos dos trabalha- cionais, den tro da estratégia lllJ·
dores rurais de todo o mundo es- perialista global de aprofundar a
tão unidospara enfrentar as estru- dependência dos países em desen-
turas atrasadas do latifundio e a volvimento, forçam a ado_ção de
expleração que sofrem dos trustes palíticas agrícolas que estJmubpil
comQa Nestlé ou das "bananei- a produção para exporoção, em
ras" Standard Fruit e l.fnited detrimento do consumo intemo.
Brands. Para mudar este quadro, a solu-
Voz Sh}dical traz nesta edição ção é uma só: fechar as veif!S a~-
- mclus,ve como subsídio funda- tas da América Latina latifundi'·
!~:J:1b á ltf t~ dos trabalhadores
rasile1ros - uma reporta- ria com uma reforma agrária ~·
mocrática, que assegure a redis·
1~1f'e:::::J:~eta1d~ J()ii_Co1:teréncía tribuição dos trabalhadores ao
Trabalhad~i-es e Smd1c_atos de desenvolvimento rural. Segundo
Flore.stas e Plan~ª :1-gneul~ura, a constatação da eorµerência, li
entre os últimos dJ~es, as 15realizada
a 18 de exceção de Cuba e N1caráSf!ª• t:S•
març<? em Praga, na Tchecos/o- ta_ reforma agrária no contin"Dte
váqwa. A Conferência, promoví- arnda não passou das pala firas, es-
J,.JJSTAFP_- União lntc:c- ·cir,,J~cnrc.• ,Ypós ~ Jiqflidaç,ão dll6
Direitos sindicais e democracia O imperialiSrno
tico. Tanto é ál;sim que lemora o di- Segundo dados divulgados pela 10" produto nacional bruto depende aplicação intensiva de produtos qiií·
Já em seu preâmqulo, a Carta dos cional ou filiar-se a ~ssas organiza- essencialmente da agFicultura. Os
reito que os trabalhadores têm de exi- conferência da UISTAFP - FSM micos nas plantações. A agressão das
Direitos Sindicais e Liberdades De- ções; determinar liwremente os pre- as empresas transnaciônais centro: créditos na área agrícola concedidos
cedimentos para eleição de delega- gir de seus parlamentos e govemos transnacionais inclui crianças e o~-
mocráticas dos Trabalhadores Rurais a ratificação e aplicação na íntegra Iam entre 65 a 90% dàs exportáções pelo FMI e Banco Mundial são subor- junto da população: a empresa~
d~ 19• Confer~ncia Internacional dos dos, dirigentes e órgãos executivos,
da Convenção 141 e d._a Rec_o menda- dos produtos agrícolas dos países em dinados a eliminação de qualquet ra (francesa) utiliza c~anç~ _na~
Smd1catos de Trabalhadores da Agri- bem como organizar sua gestão inter- desenvolvimentó. 0u seja, entre três o_bstá~ulo legal á ação das tr-ansna-
na e for,tnular seu programa de ação. çãe 149 da Organização Intemacional lheita, a Nestlé vende tngo radioattvo
cultura, Florestas e Plantações traz de Trabalho, relativos aos trabalha- e seis empresas como a Standart ctonais nos·campos e flor.estas.
O documento lembra também o di- Fruit, a United Brands, a Coca-Cola _ Como consequência dessa situa- no 1:;',gito.
algu~as observa~ões gue merecem a dores rurais e seu .papel no desenvol-
atençao dos brasileiros no momento reito de convocação de reuniões, fó- e a Unilever repartem entre si o mer- ça~, po1; e:xemple, em 1986, as 33
runs, oonferências: congressos e de vimento económico e social, bem co- prmc1pa1s empresas norte-america. Apesar da propriedade da terra ~i-,
em que se discute a reforma agrária mo a apiicaçáo integral da Declara- cado mundial do trigo (85 a 9Q%),
manifestações; lembra o direito de lo- do açucar (60%), do café (85 a 90%), nas madeireiras tiveram um lucro su- retamente por parte das, transnact~
em noss9 País: "Os direitos sinilicais ção de Princípios e do P,rograma cte nais estar sendo substituída ~r ~-
e as liberdades democráticas são de cais permanentes e invioláveis· direi- do arroz (70%), do cacau (85%), do perior a US$ 3 bilhões, explorando
Ação ªfrovados pela Conferência para isso mais de meio milhão de as. tratos de exploração temporária, ape_-
grande importância para os trabalha- to de ~d~ca~~o e ~p~citação de qua- Mundia sobre a Reforma Agrária e chá (80%) e da banana (65%) entre
dros ~1~d1calistas;d_n:e1to de circulação os J?rodutos alimentícios, além de rna- salariados. Nesse mesmo ano, a Uni. nas a empresa Unilever poss_ui 92.000
dores rurl!is do mundo inteiro" , lem- Desenvolvimento Rural de 1979. O ted Brands, empregando 39 mil tra. bectare.s em 14 países da Afrfoa; e
brando que os monopólios e as em- de dmgentes e ffilhtantes aos locais Brasil nunca ratificou essas recomen· téna-prima de origem agrícola como
de tr-abalho e alojamentos· direito de o tabaco (85 a 90%) e o algodão (85 ~adores (principalmente em planta. Ásia. Em 1985, na diminuta ex-co- .
presas transnacionais, e tam~ém ~s tações! Não seria esta também uma çoes de bananas na América Central lónia inglesa de Belize, na Am~rii:a
governos a l serviço destes, mten~1- negociar salários e condições de vida luta unitária CUT-CGT-USI? a 90%). (Fonte: ONU e FAO - Central, a Coca Cola comprou 25.000
e d~ t!a~alJio; direito de represen- 1986. el!l países como Honduras e Costà
ficam sua ofensiva contra as conquis- Levantando vários aspectos do Rica, as famosas " r~publiquetas de hectares em plena selva _para planqu-
taçao mdlVldual é coletiva dos asso- f>roblema dos trabalhadores rurais, a Operando na América Latina laranja. No Brasil, ··a ( Volkswagen
tas e os direitos sindicais. África e Sudeste asiático através d~ banana", como retratou Woody
"Por outro lado", continua o docu- ciado~ diant7·d a Justiça; direito á ela- Carta lembra também o direito de possui milhares de hectares e a trans-·
mento, " a experiência demons~ra que
não pode haver um. verdadeiro de-
b~r~çao da )1~a e na gestão·das insti-
tu1ço_e s ~octa1s rurais, em particular
participação na f?~ulação, adoção,
execução e avallaçao dos planos e
contratós de produção, as transnacio-
nais não se interessam pelos cultivos
Allen em seu primeiro filme "Bana.
n~s"), obteve um lucro de US$ .S4
nacional Michelin é acusada _d e assas-
sinar posseiros para I tomar-lhe,s !as
senvolvimento rural , nem reforma de pre~tdência social e capacitação programas ru~ais em to~os_ os níveis, tr31dicion~is de consum_o das popula- milhões.
profissional. · ~es rurais desses çontmentes como tenas. ;·
.agrária, sem a participação d~mocrá- mclusive nacional; o direito ao fo-
tica dos u::abalhadores rurais nesse A Carta dos Direitos Sindicais dos mento e apoio á c9operação econó- inilh?, ma_ndieca ou legumi'nosas. Reagindo contra esta exploraÇ~0 . t
processo, sobre a base do ~leno res- Trabalhadores Rurais lembra tam- mica em proveito comum entre os Seus mvesumentos na melhoria de se- os !15Salariados rurais têm promoV\clÓ Com sua orientação "de lucre ni4-
peito á lib~rd~d~s,?emoc_ráticas e aos bé,rn o direito gue as entidades tê~ países em desenvolvimento e os· paí- mentes e produção se restringem aos greves na Costa Rica (em 1984, repti~ ximo em t(lmpa. mí~o", as trapsrta-
direitos sindicais . Assim, o docu- de desenvolver miciativas em matéoa ses desenvolvidos, no espírito de uma pro~utos de exportação, como a soja, mida pela políçia e pelo exército), Pa. cionais favo.tecem a degrada§ãQ ~ i
mento faz o elenco dos direitos dos de legislagão social e de serem cons~l- Nova Ordem Económica Internacio- o tngo e grãos oleaginosos. namá, Filipinas e Honduras. A te. meio ambiente: as empresas ma4e·
trabalhadores rurais: liberdade de or- tada quando da elaooração de proJe- nal· combater as concepções da em- . Detendo pr_at~camente O monopo- pressão aos movimentos é feroz: em reiras já destruíram ~ q~ase ~º!,~.
ganização sem intervenção de gever- tos de lei e normas concernentes aos pre~as transnacionàis, das_ forç~s do lio na comerc1al1_zaç~o desses produ- um único dia foram assassinados 30 dade dos bosques trop;cais ~a ~nua
nos; direito de_ re~ão; direito de fi- trabalhadores rurais. Isso existe no imperialismo e da b1:1riues~a nacional tos, as transnaCJona1s manipulam a dirigentes· sindicais de plantações ele Ocidental e do Sudeste As1átJço,. o
liação a or~an~a~es livremente es- Brasil? As exijências do sindicalis!Do que se opõem á part1c1paçao das mas- seu !avor os p~eç'?s do mercado inter- que também vem ocorrendo no Brúil
colhidas; ~ire~to d~ ~ivulgação de
suas or:garuzaço~s; drre1to de ação em
d~fe;sa de seus. mteresses e reivindi-
rural vão ma.is longe: liberdade de im-
prensa; direito a receber dos empre-
g_adores toda informação ace~ca da
sas trabalhadoras no desenvolvimen-
to económico e social do campo.
O documento lembra o direito das
nacional, pre1ud1cando diretament
os países em desenvolvimento cu· e
' JO
bananas na Colombia.
Outra luta dos trabalhadotes.flltais
é contra a intoxicação causada Pela n.
.
desde a implantação do "projeto ~•-
.,_, '

caçoes econ~IJ!icas e sociais; direito situação e orientação em maténa eco- or~anizações de trabalhadores de se

Em defesa do meio ambiente


de grevei du-e1to ás recomendações nômica, financeira e técnica da eJT\· filiar a organizáções internacionais,
e_ convêruos da Organização Intema- presa; paralisj!ção,do traball!.o em lu- incluindo o direito de manutenção
ctona! do Tra_balho que lhes digam gares que..ame·acem a vida ou a saúde dessas organizações, de participar de
respeito. dos trabalhadores; participação na sua direção, intercâmbio de delega-
A primeira vist3'-, a legislação brasi-
leira contempla isso tudo. Mas não
elaboração e execuçã9 de medida de
transfoFmação agrária (inclu~ive _as
ção etc. Evidentemente, essas ques-
tões se desdobram também na neces-
Os delegados da 1()8 Conferê .
da UISTAFP _ FSM
d .
neta
aprovaram
balhadores e de toda 8 papul~~o na
,lho nos bosques aumentando,
mesmo tempo, a segurança e garan•

é bem assim. Uma leitura atenta do eSfera dos problemas ecológico '. na
de caráter radical e democrático, m- sidade de garantir os direitos sindicais uma 1:c1araçba? final sobre a proteção tindo a capacidade de renovação dai ·
documento revela o quanto as oigani- dispensáveis par.a a·eliminagão das e~- e liberdades democráticas, na necess~ , d o me10 aro 1ente no qual . exploração dos recursos flore~~s
I e florestas; no caso de exportação ele
zações dos trabalhadores rur~is ~rasi- t~uturas feudais e semifeudais); partl· dáde de garantir o cumprimento efe- dos governos de se~s países r:~~;m no melhoramento do meio slll nte madeira dos países em desenvolvi•
1 em todo o seu conjunto" .
leiros precisam lutar para atmgtr sua cipação, a nível nacional, da formu- tivo, sem discriminaçãe dos direitos de proteção às florestas água! as mento, deve se observar uma planifi•
meta. ]>or ·exemplo; no capítulo dos lação da política habitacional, de saú- civis, políticos e económicos, sociais solo1 f~tores intimameC:te lig dar e ·111e caçã@ que preserve os r~ursos tlo~-
direitos das organ1zaçõe~, o docu- def de proteção social e promoção e culturais dos trabalhadores rurais; proauçao agrícola a os, à . U~ alerta especial ao ~~:1c0~to (ais, através do replantJO permanente
mento jlembra19u~1asor_garuzaçõeslda~ cu _tural em favor da população rural,
a fim de reduzjF e eliminar as diferen-
o.a errad~cação de toda forma de ex- a
smdicaI dos trabalhadores li&'..: é e de outras medidas.
e mpresas rurais, 111clus~ve 1, e~pre~as ploração dos povos e do homem a Conclamaodo a união das O • dado no sentido de "se por fíll\ de- Fioalm_ente, a declaFação estabe~-
transnacio,nais de agro1~du_stna e m- ças que existem nessa esferas entre e_!jmif!ação do colonia_lismo e do n~o- zações sindicais e de trabalhad rgam- predação dos recufSOS flore~\111renos ce que a proteção ambiental e a eli.oii·
as áreas rurais e o resto do País. · • ores a países em desenvoh•imentori ue~~
dústria florestal têlll <? dtretto d_e ela-
borar e aprovar' sem mtervençao pa-, De fato, a Conferência Inter,nacio-
eofumal_ij.ffll.o, do fascismo nazismo
sion~~mo, ~ do apartbeid 'e de tod~
níve1 mternac1onal _ independ
mente de orientação política O ente-
9
mendapdo: a exploração das 1,ea -
nação do desemprego de milhões de
,pessoas nos campos, são metas vín~-
tronal ou esta tal, seus estatutC?s ~ re- nal dos Sindicatos de Trabalhadores polínca e ideologia contrária aos fins vieção ideológica o doeu.meu u con- florestais deve t:iasear-se na aPA ~o
da Agricultura, Florestas e Planta- ladas ti limitação da corrida arma•
gulamentos; dire~t<? de C?nst!twr-se e princípios das Naçt>es Unidas. " a correspondente educaça·0 tdo prega de tecnologia maquinaria e O:, ttats- mentista . ·
em f:ed<:rações 10 ,;rus, regionais e na- ções tem também um caráter didá· ostra- mos modemo's, que faciliteJTI a-
B 31 /03/88 a 06/04/88 W1Z

DE OLjO DIA 7: AUNIDADE NO · TERRA LIVRE

,..... ·
Metalúrgicos
se demitem
Banco· Central
adia greve
DIA DE ADVERTÊNCIA Seminário
da Contag
.·, Numa plenária que estiveram Lutar sempre
·,..Apoiando-se no artigo 483 da Con- greve nacional dos funcionários representados 96 sindicatos, os di-
do anco Central pelo adiamento do Trabalb~dores e pequenos produ-
soJidação das Leis do. Trabalho, que rigentes sindicais de São Paulo de- Da plenária, duas conclusões tores rurais de todo o País estarão
c;hz que os trabalhadores podem pedir 40 , por conta da ~provação do Pla- cidiram se unir em -torno de um definitivas. A primeira, d_e eJC!re- r~unidos em Brasüia nos próximos
.d~missão se tratados com injustiça e no e Cargos e Salários foi adiada dia de advertência c0ntra a polí- ma importância, a data histór~ca, dias 5, 6 e 7 de abril, para discutir
:r~ceber as indenizações como se ti- pa o próximo dia 07 de abril. Os tica de arrocho do ministro Maíl- da união dos trabalhadores acima um programa de política agrícola pa-
vess·e m sido demitidos, 370 empre- . fu ·onários do Banco Central resol- son da Nobrega. Centrais sindi- de todas divergências políticas, ra o setor. O evento é promoviao pela
·gados da Comerit, que produz rebites . ve m adiar a greve de advertência por seu interesse comum. Como Contag e federações de trabalhadores
cais, federações e sindicatos, uni- na agricultura, com representantes de
e ilhoses, pediram demissão, âpoian- à era de definições da política sala- dos pela manutenção da URP e disse Cidão, "a hora é insupor-
ri todos os estados.
: do 17 companheiros dispensados pela reposição das ~<:rdas sala- tável para todos. A unidade é fun- A orientação básica do IV Con-
! imotivadamente. riais, prete~dem mobilizar para o damental". gresso dos Trabalhadores Rurais -
Sindicatos protesto todos os trabalhadores,
A segunda, defendida por Eníl-
até badalada no governo da Nova Re-
pública e--é a instituição de uma polí-
Frentistas · e teatros estatais, metalúrgicos, bancários,
son Simões de Moura, o Alemão, tica agrícola diferenciad!l para pegue-
químicos, urbanísticos, onde pre-
adiam gre~e valecerá a força da classe traba- por Jair Meneghelli, Henos Amo- nos produtores. O ex-~mstro Dílson
projeto Teatro nos Sindica tos, rina e Joaquinzão: " Nunca mais Funar,o chegou a ahnhavar alg-~.ns
lhadora unida. · pontos das proP.~stas das categonas,
, Cerca de 70% da categoria (17 300 do nstituto Municipal. da Arte e Cul- acabar a manifestação, ir embora
para casa e esquecer. A luta é am- mas não as viabilizou. ~ Cont~g, por
: frentistas) do Rio de Janeiro pararam tu! Rio Arte, no Rio de Janei~o, As decisões da luta unificada sua vez ainda não havia dedicado a
: na grey,1: realizada no dia 24 passado. c'! eçou na semana passada no Sm- pla, deve prosseguir".
vém avolumando-se desde que as atençãd necessária à políti~ agrícola,
: Agç,ra, esperam que nos próximos 15
: dias os patrões melhorem a proposta.
5.10 d·o s Urbanitários com As .o~- estatais saíram na frente e convo- Segundo Alemão, "nós temos como O faz com as questoes traba-
~• !!Is de uma Criança, de Mart_ms caram o seu Encontro Nacional , que parar de correr atrás do pre- lhistas, mas, há cerca 'de dois anos,
Os frentistas querem um piso salarial Pt. o projeto quer rest_a urar a vida . em Brasília, que resultou no dia juízo. Um dia corremos atrás do a atual diretoria vem formando uma
f de. Cz-$ 21.240 ,00 e reajuste de c Ural dos sindicatos, dtz o ~tor co- nacional da estatais contr,a o arro- gatilho, pode acontecer de novo equipe específica para tratar do. as-
j 105,8%, enquanto a renovação do m nista, presidente da. JRioArt~, cho, no próximo dia 75 d_e ~arço. Joaquim dos Santos Andrade, o sunto, tendo sempre.ª fr~nte o VIce-
com a Ul\P. Se o governo deter-
l acordo coletivo prevê piso de Cz$ F t ancisco M1Jan1 Em seguida, os m~trov1ános de Joaquinzão , Antonio Rogério mina reajuste trimestral agora presidente Ezídio Pmhelf_O, co~ 0
: 11,3 mil e 41 , 68% de reajuste. São Paulo convocaram para urna Magri.e Paulo de Azevedo (pela apoio total de José Fraoe1sco e e-
um dia ainda faremos greve pel~ mais diretores. _
Anticomunismo reunião todas as entidades traba- estatais) , Jair Meneghelli, Jorge
manutenção da trimestralidade. Coincidindo com a mobilizaçao do
lhadoras, no sábado, 27, q_uando Coelho, Gilmar Carneiro, Henos
Aumenta o em Londrina Amorina, da Federação dos Apo- Temos que mostrar propostas e PCB nesse mesmo sentido, vão·ap_ós
ficou acertada essa plenána ( em continuar" . o seminári0, realizar encontros reg10-
desemprego 30 de março). sentados de São Palo, Aparecido nais no Nordeste, Centro-Norte e
as eleições do Sindicato dos ~an- Alves Teoório, o Cidão, dos me- A convocação para as manifes- · Centro-Sul para dis~utir doc~ment~
Clfios de Londrina, fraude e a~t1co- Segundo Paulo de Azevedo, talúrgicos de Santos, e Walter Ba- ~çõ~s deve se feita pelos próprios do seminário de abnl, qu..e vai subsi-
O mês de fevereiro acabou com JJltnismo. Provocando a anulaçao do r~lli, dire_to~do Dieese. Na plená- diar a proposta final a ser elaborada
presidente do Sindicato dos Me- s1~d1~at?s, ~m cada região. A co-
'. mais 31 mil demitidos na Grande-São P~meiro turno das votações P?r ter troviários de São Paulo, todas a na, -96 smdtcatos, 5 associações no encontro nacional nos dias 29 e
nussa~ _md1~a0a, no dia 7, para
, Paulo, o que significa uma elevação friudado as votações, os candidatos manifestações foram antecipadas estc1duais, o Par-tido Comunista 30 de junho.
a mob1hzaçao permanente não fa-
no índice de desemprego para 9,9%. P~a Chapa 2 ainda ~cus_a~ a Chapa para evitar que a medidas do go- Brasileiro, o PC do B, o PT e rá isso. Desta vez, os trabalha-
' Quem mais sofreu foram as mulhe- 1 üe "comunismo' ', 1ust1f1cando que verno atropelem a datas. Assim, até a União Nacional dos Estu- dores estarão todos juntos, uni- Inédito: pistoleiros
; res, que representam 8,1 %,'enquao- e' s candidatos são "coordenados e aconteceu a plenária. Na mesa, dantes. dos por suas aspirações. condenados
: to.que os homens 2,6%. E o SEADE fiianciados por pessoas d0 PCB", en-
! p~evê : março não trará melhoras ... t1 outro~.

As mul_h eres FGV: greve


Pela manutenção do poder de compra Pela primeira v«?z1 a j_ustiç~ brasi-
leira condena à p~~ao p1Stoleu:os as-
sassinos de um religioso envolvido na
se defendem vitoriosa As duas federações empresarias conquista da classe trabalhadora e luta pela terra. No último dia 16. ô
nomia da Fiesp-Ciesp, Walter Sacca, tribunal do júri de Cuiabá condenou
mais importantes de São Paulo, a das não elimina nenhuma hipótese 'de o "governo também já foi cham~do os pistoleiros Deuzélio Gonçalves e
: 'Mulheres trabalhadoras de quase Indústrias do E stado de São Paulo greve. para o acordo, não quis, e se vier, A)tamiro Flaozino a 24 e 25 anos de
Os trabalhadores da Fundação Ge- (Fiesp) e a do Comé rcio ~0 Estado
• todas entidades sindicais se reuniram tGlio Vargas, no Rio de J~ne~ro, após Abram Szajman chegou mesmo a terá de cumprir a parte dele n~,sse prisão respectivamente. Eles assas-
• e aprovaram, em São Paulo, um pla- de São Paulo (FCESP), ~.ssmaram um acordo, o que não costuma fazer • sinara:n , em junho de.1985, o padre
4a horas de greve e negoc1açoes , con- documento conjunto com os metalúr- dizer que "entre capital e trabalho
no de ação contra- as violências que há muito mais convergência que di- O compromisso foi assinado por italiano Ezequiel R!3111m, da Congre-
5tgufram, além da aplicação da URP gicos de São Paulo, O~asco e G_uaru- Luís Antonio Medeiros, dos ~eta- gação dos Comt><?manos, e t«;ntaram
vêm sofrendo desde a aprovação da 06,19% ) , antecipação de 40% sobre lhos visando a garantir mecamsmos vergências". Francisco Cardoso Fi-
lho, o Chicão , presidente do Sindi- lúrgicos de São Paulo, pel0_pr~Stden- assassinar o presidente do S'mdicato
licença maternidade de 120 dias e 8 0 s salários de fevereiro. Ao todo, 0 eficientes de reajustes de salários. te do Sindicato dos Metalurg1co~ de des Trabalhadores Rurais de Cacoal
dias para os pais. Partirão, inclusive, O acordo assinado, na realidade , cato dos, Metalúrgicos de Guaruthos
reajuste foi de 62,66%. A data-base rebate dizendo que nã·o, e o acord~ Guarulhos Francisco Cardoso Filho (Rondónia).
. para as manifestações nas portas das . da categoria é 1-º de maio'. só define uma posição : a necessidade
é o "primeire tem~o, mas chutado e pelo pr;sidente do Sindicato de o julgamento durou 21 horas e foi
. fábricas e no Congresso Nacional pa- da manutenção do poder de compra pelos trabalhadores '. Osasco, Cláudio de Camargo Crê. Só considerado uma vitória, até mesmo
do trabalhador, para que ele compre, os metalúrgicos de São Paulo somi:;n pelo próprio juiz Simão de Barros Fi-
ra a' manutenção dos seus direitos.
Greve geral a indústria produza e o c0mércio ven-
da uma vez que,' segundo Mário
Em verdade, a única coincidência 400 mil trabalhadores. O acor t° lho. O padre Ramin foi morto numa
entre empresários e trabalhadores é ocorre às vésperás de um novo p~co-e emb?~cada, quan~o voltava de uma
Mudanças se URP cair Ar:iat0 a recessão nas fábricas já é a oposição ao governo e súa política económico, que ameaça de exnnçao reumao de posse1ros que ocupavam
(ate co~sumado. L~s Anton~o Me- recessiva. " O ~ovemo é um péssimo a URP após o p~irneiro mês em que uma. área da fazend~ de propnedade
noFGTS R epresentando cerca de JOO _mil deiros no entanto, diz que é impor- administrador' • füz Chieão. Segundo ela superar a taxa de inflação (mar- de Os_mar ~runo Ribeiro. Dois ou-
trabalhadores portuários. petroleiro_s tante ·que fique claro que isso é uma o diretor do Departamento de Eco- ço). tros p1stole1Tos eneontram~se foragi-
A Associação Nacional dos Fun- e urbanitários, Arlindo'Bor~es Pere1- dos, Jo_sé de Paula 'Brandão e outro,
d o n á rio~ d o B a n co d o Bra.-;d e btá en- M . ai Caldas e Mau.rít 10 Helena conheCJdo como C hica Preta
cal1\inhal\d<> a liclcnmc;w. pu\lliclUI du
( -<l9A'iF-Qa N~~IJ,B ~ - - ,k.
'::.n ~•:llisçram uo minis tro do Tra- "Sem URP, nós paramos q~
Brasil" . ~....... _,._:_ _. . . ... -&--- ,. . ,._ _.. . . . _ _._
Os istoleiros receberam Cz$ 4()()
-- -- - - - --- ------- - - - - -- - ~ --- - -- - - -- -- - - - - ~- .. - -~ - ---uui;- l:"-'--XV-'--1.."1.~ ~ --n.n:-ca:u---u·y ~;:;x:n1~ ~

~
~ - ~-FGTS-fu;-u-~~~~~~ção {g~~ ~~~~~r::: r~~e;rr:v: ~~;~~;-o . Rio de Janeiro (docorrespondente) - delária para a Cinelândia, no dia 7 preside nte do Instituto Municipal de autores do ato .físico. O t>rincipal res-
ã caderneta de poupança. HoJe, o "Um, dois, três, quatro, cinco mil, de abril. O mo vime nto decidi u tam- Arte e Cultura Rio Arte, represento u ponsável também ( e pnncipalme nte
FGTS tem s6 a correção monetária se retirarem a URP nós paramos o bém exercet pressão sobre os consti- o P artido Comunista Brasileiro. " O ) deve ser punido - o proprietário
. mais 3% de juros anuais. Treinar Brasil", com este coro cerca de 8 mil tuintes no sentido de reverter todas arrocho salarial a que foi submetida da fazenda e o principal suspeito de
ter sido o mandante. A fazenda Ca-
para negociar traqalhadores aprovaram o estado de as demissões de tra balhadores moti- a classe trabalhado ra , neste 3 anos
tanduva fica no município de Ara-
greve e,m asse"8bl~ia realiµ da na Ci- de Nova República , é de total ordem
Canavieiros nelândia, com a participação de asso-·
vadas f.º r sua luta contra o a rrocho
salaria . que seriam p.reciso 20 anos de re a- puana.
dão basta Cerca de 30 diretorês de áreas de ciações de empregados nas est_atais justes mensais supe riores e m 5% ã
Recursos Humanos do ABC paulista e de inúmeros-sindicatos. R evolta inflação real p ar a que recuperásse-
mos o poder de compra de nosso salá- Reforma agrária
::~os 450 mil cortadores de cana do estão participando·de um curso para rio. Só no ano 2008 (Die ese)", era exige mobilização
Aassemb.léiaintercate~orias comq O ato foi convocado pela CGT,
estado de São Paulo podem parar em aprender a negociar corri os sindica- foi classificada, aprov9u amda a reali- CUT, Forum das Estatais e inúmeros o que estava inscritó em milhares de
maio. Atualment_e, eles ganham uma tos. A partir de simulações, os em- p anfletos dist_ribuídos na Cinelândia.
zão éle uma passeata-monstro da Can-_ sindicatos. O ator Francisco Milani,
diária de C7.$ 177 ,36 mais Cz$ 14,00 presários já tiveram de enfrentar Na reta final , e mais que nunca,
por to~elada de cana ceifada. Real• tuis Carlos Ferreira, presidente dos refdrma agrária só com m o bilização
,mente, uma fortuna ... Mas os cana- metalúrgicos de Santo André e Enil- Portugal parando Protesto agrícola Boa experiêbcia popular. Depois da derrota do parla-
vieiros se organizam e querem um son Simões, líder da CGT no ABC
'\)Bulista.
mentarismo por uma maioria gntante
(que incluiu os vetos do PT e do
reajuste de 625%, o que elevaria a ~rta• pani Voz Slndlc.l, Na Banto Dois milhões de t:J!abalhadores - Cerca de 50 mil trabalhadores da Já no 54!tlmo mês do prfmelro ano PDT), e coin a presença inédita das
diária para Cz$ l .l 0S,30%. A. decisà~ l'tel~~~i "°andar C~01220Telex quue 50% da população ativa portu• aaiicuJtura Ozeram rnanJCestações de de vida, circula na re~ o de Baui'u
---•-·-•-a...-..,..- ~ . t..ç1.:J'i._.u,v:>I ata]-,, Vóz Sl' (011) 32·ooa·'re1: 23f"2926 guesa-- pm:aram•na greve geral do 5 59 membro s d a A ssembléia N a cio-
~ protesto no d i a 2& pas·sado em todo SP, o Jornal tablólde L1ga~o Sindiêã/ nal Constituinte., está cJaro, segundo
I dla 28; Foi_~ maior greve de Portugal o Rio Grande do Sul. Foi o Dia do - A Voz do Trabalhador. E um órgãQ a ava\iaç.ão do \ide,: do t>CB , R o -
desde 1974, quando a Revolução dos Alerta, para que as dívidas bancárias informativo de d istribuição gratuita berto Freire, que o eixo político da
Cravos derrubou a ditadura fascista sejam prorrogadas por 24 meses, com com notícias sobre dez sindicatos da Constituinte mudou, e o percurso que
de 40 anos. 0 motivo principal da pa- doze de carfncia e sem correção mone• cidade: metalúrgicos, saúde, adminis-
rallsaç~o é a nQva legislação traba- resta para a nova Constituição p ode
tárla. O evento foi organizado pela tração escolar, alimentação, gráficos, ser muito acidentado .
. Previdência lbls~, que facilltarla demissões e con-
tratos de trabalho por tempo indeter-
Fetag-Federação dos Trabalhadores condutores, jornalistas, professores,
na Agrlculturra. O movimento foi mais eletricitàrios e no comércio de minério
É nC:cessário le mbrar que , antes da
votaçao d efinitiva do m andato do
· e Direito minado. Além. disso, tem também a
llmftação imposta pelo governo de um
forte em Pelotas, ~ova Bassano e Can- e derivados de petróleo. Ligação Sin-
guçu. Em Passo Fundo, 31 mil mani- dical é um bom exemplo da impor-
;:itual preside nte da R e pública, tere· ·
m?s o capí~ulo da o rdem econ ôro.ica,
· dó Trabalho reajuste salarialde no máximo 6%nes-
te ano. ·u, como cá, luta sempre há.
festantes saíram em passata pela cida- tância dos órgãos de informação sindi-
de. cal. Contatos : (0142) 22-3866.
que é a esp mha dorsal para viabilizar
todos os p equenos ava nços j á alcan·
çado_s nas direitos dos trabalhado res .
. ~ ao parece estar correta a supo-

Estabilidade para Filhos do Medo siçao de q ue o m andato de J osé Sa r-


I?ey ~oderá ser d~ 4 anos. Toda mo bi-
lizaçao para os cmco a nos apr o vados
aconte5eu e m f un_çã~ do atual gover-

a m.ulher grávida Folhetim de Roniwalter Jatobá


no. Nao ser á nas dISp osições transi-
tórias que i rá m udar.
O fantasm a de golpe, fechamento
d~ Congresso, renúncia, pro mulga-
2 de casamer1to· e moldurado sobre O home m lembrou-se d as pulgas
.. ' o sofá. Volto u à calçada. que o inca m odaram n a no ite p as-
çao do texto de Saulo R amos, co nti-
~ua_ rondando todas as cabeças, cons-
Eles se chamam nós! Jacinto irt e ntrar, reluto u , crio u sada . E sperou que o cão passasse ti!umtes ou não. E o pder económico
co ragem e segurou n a c a lça do com difié uldades p e lo vão cria d b nao perderá opo rt unidade de mos-
Serglo Pardal Frtudenthal a c~)çada da casa um ho- p o r s u as p ern as e chuto u com for-
N mem, uma mulher e um me-
nino nessa hora. Não se olham,
homem.
-Pai, e o nosso ca cho rro? V a - ça as a n cas d o animal. E le ga niu
alto e vo ltou corre ndo para a rua .
trar , força é!-liada q ue é dos setores
reac io n á rios , q ue é t ão p er-igos~
quanto u.ma possível vit ó ria de Bn·
•A existe
final, pela legislação_ ~ti/ai,
ou não a estabilidade
Correspondendo ao tec:ipo do des-
canso remunerado.
mudos na tarde moma . Perto, um
cachorro magro e velho sonhava
mos levar e1e:?
· O homern notou o a nimal. En-
costou o bjC:o d o sap a to n as costas
a rua.
- D eixa ele na rua pra se a cos-
zola através de e leições diretas em
88 é ~ ~missão imediata .. da posse, a
para a mulher ~rávida? A resposta pois bem, agora é aprovada na deitado na rua. Nesse instante , a tumar. Amanhã e le va i ter que defiruça_o de fu nção social trente a de-
i\ssembléia Nacional Constituin- do cachorrei deitad a e m s ua fre nte
é um simples nao, confo r~e se ve- mulher resolveu entr,ar e o ho- procu rar comida aí p e los montu- ~apro pnação de terras o u mesmo a
rifica observando-se os diplomas te uma licença remunerada de 120 e empurrou-o . O a nima l g a niu 11_1deruzação em títulos d a dívida agrá-
d~s "sem prejuízo do emprego e mem a seguiu com o oJ.har até baixo e no.,,am e nte deito u . ros!
legais. A Constituição atual_ap:e· quando ela deu o primeiro passo Jacinto o lho u p a r a o anima l n a. T udo parece velta r à estaca zero,
senta em seu artigo 165, mc1s0 dq salário". Lembrando que a es- - Vamo; deixa r essa pr.aga po~ até m.esmo a tarefa de distribuição
XI d "descanso remunerado da tabilidade para a ge~tante existe no degrau da porta. aí. Amanhã no caminhão ne m vai que t inha se deitado no meio d a
- Onde vai, E lvira? p oeira da rua e co ço u a c a b eça. de terras com títulos de propriedade.
ges'tante, antes e depois do 1Rarto, • Para algumas categonas, constan- darpra cabe r a mobília. Só se vo- Sem pressão pepu.lar, vai ser difícil
sem prejuízo do emprego e dosa- do' em acordos, convenções ou dis- E la parnu, se abaixou, coçou cê ficar e ele ir? Que r assim? - P ai, lá pra o nde a ge nte vai qua lquer avanço.
' lário" tentando representar uma siJios coletivos, a trabalhadora a perna e tro~_e um~ pulga esmi- Jacinto olho u baixo. é bo m ?
pretei-:sa estabilidade durante um qJe não tem, nas normas de sua galhada com raiva. Lunpou a mão - Deus me livre ! O ho m e m não respo nde u . D e -
período "antes e depois''. do parto. categoria, tal matéria, continua na saia. po is: . _
-~ rendo o risco do despedimen- O animal olhou condoída <::om
A Consolidação das Leis do Tra- - Vou arrumar melhor aque- seus olhos ~emice gos, desdo brou _ Vá a Juda r tua m ae, Jacinto ! Caiado apela
balbo, em seu artigo 391, dete~- to recebendo ~ salário_relativo -grito u . no debate
mina que o m_atrim~~io e a gr~vi- w 120 dias de licença e 1ntegran- les pratos!
Primaver a de folhinha. Era
as pernas e lambe u as .patas.
J ae;in~o assus tou-se e, logo, s u-
dez não conshtuem Justo motivo <1rJ por longo tempo a lista dos de- E a casa- pai? Com o é lá? -
para a rescisão do contrato de tra- Selpregados. um verão de começo de dezem- perguntou .Íacinto. biu ltge1ro o s d egrau s d a porta Caiado esteve debate ndo (ou se ba-
balho da mulher", como se hol!-• ara quem acha que não existi- bro, soprava pouco v~nto. O ho- O homelJl coçou-se, tossiu e p assou p e la_ sala - m ãe? _ e e n ~ tendo?) com Roberto Freire a refor-
vesse necessidade de "justo mot1- lia outra saída, yale re_le'!}brar 0 mem olhou para o fim da rua e cuspiu na rt1a. tro o na cozinha. F ora, 0 ho m em ma agrária na TV Manchete dia 29-
vô" para o despedimento da traba- ,\~ projeto de Const!tu1ção da viu que as luzes já tinham se acen· E minha -- r etificou - é ne ssa! p e rm a n eceu d ~ pé n a calç ada Gestos teatrais, fotos e muito 'barulh~
lhadora. Por fim , a Súmula 142 "('l~issáo Afonso Ann<?s", ou, <lido. o lhando a es~un dao d a n o ite sem fora m as arm as do presiden te ~
Se1' eferirem, o Anteproieto dos
Já dá pra (J1ora r m a is aind a falta {!D R . No extremo oposto. it!!⺠;
do Tribunal Superior do Trabal~o - Vá ajudar tua mãe, Jacinto! fazer algul]'.la coisa. C o isa pouca . lua, a luz bnlhante d as estre l .
esclarece o assunto, quando dis- ~tpáveis, 'lue_ apresenta em seu gico e metódico , o líder d~ P n_
ar, 343 mc1s0 IX, uma norma - disse o homem e subiu no de- Nos domingos d e folga a ge nte T iro u um maço d e cigarros a m~: Constituinte, Roberto Freira m o~
põe que " emprega?ª gestante, faz.
dispensada sem moovo ante;s do q~ ºa1ém'de fác~ entendimento, grau da porta. R esmungou que sados, pro~urou o fó sforo 0 0 bol- trou com calma e firmeza cT""que .
período de seis ~~anas antenor:s aia~ é auto-aplicável: " ... des- a mulher não servia para nada Jacinto bala nçau a cabe ça e m so d a c~m1sa, acende u e fumo u r~forma agrária significa para mt·
ao parto, tem dir~1to à Rercepç~o cà%~ remunerado da gestante, pois nem a luz tinha_ coragem de sinal de aprovação e c hamou o at~ q~eunar-lh e s os d e dos . D e- lhões de brasHeiros.
Se se tratasse de fotografias, todos
do salário-maternidade • ou s~Ja, an e depois do parto; com ga- acender. Passou a mao na parede cachorro. p01s, fieou vendo a pequ ena b rasa
t\ lts de estabUldade no emprego, nós temos vistos milhares delas sobre
não há estabilidade alguma, e 5"'!• até achar o interruptor. Ligou e - Peri, já pra dentro! Jogada na rua se a p a gando e acen- miséria , doenças, genocídios, ~ usa-
unicamente, o direito ao ~eceb1- "t.111 início da gravidez até 60
mento do auxflio-matermdade, S
~ eº ,pós O part"o .
a luz no ar iluminou as paredes
limpas de objetos. E le viu cadei-
O animal prontamente a tende u
ao chamadCt e , amedronta do, d o -
dendo çomo as _luzes d a cid ade
bem perto ;_ a~c1oso q ue a noj te
das pela propriedade latifundiária , no
Brasil e em boa parte do m undo.
ras sobre cadeiras e o seu retrato brou o corp4> ao passar pela porta. andasse mais hgeira.
l
FESTÃ0-88
A renovação política e Um grande acontecimento
orgônico do PCB encontro-se cultural e polllico, de expressãe
num novo patamar, asseguro o nacional. o Festão da W,z do
prasídenle naciona l do Partido. Unidade neste fim de semana,
Salomão Molína. em longe
a11go publicado na Revista
tntemoc/0001, cujo mais recente
DA no Estádio de Remo da Legoa,
reúne pelítlcos e artistas, além
de dez delegações
edlçóO brosllelro c lrcula esta
semana. Ele anol1sa o trajelória
raeente dos comunistas. Póg/na 3 ~}-São Pauto, 07/04 a 13/04/88 - UNIDADE estrangeiros. Émais uma
Iniciativa vltorf0SCl dos
comunistas brasileiros.
~ ~ CzS 40,00 Manaus, Boa Vista, Santarém: CzS 52,00

Diretor ResPOnsóVal: Luiz Carlos Azedo Redação: Rua·Bento Freitas, 362, $ andar Tel.: 231-2926 CEP 01220 Telex: VOZ SP (011) 32006

"Para atender uma exigência do FMI, muito mais que aliviar seu
suíoco de caixa, o Governo decidi~ congelar a URP do funcionalismo ~
e dos trabalhadores das estatais por dois meses. O confisco é a '-
senha para acabar com a URP, tanto no setor público como no setor -
privado. Os sindicatos já se mobilizam contra a medida e podem
ir à greve. A palavra de ordem é: "Abaixo o arrocho". Pág. 2.

Agra idez /

pro1 ~ida
PROBLEMA DE TODOS denunciar a d~nça. O ootidiano da mulher trabalhadora é sufoco só: mais responsabilidade em casa
em nosso PalS -:-, e salário menor. As conquistas da Constituinte, como a de ser 1nãe integrà1 por
Em entrevista ~s afirma que a ques~o 120 dias, estão ameaçadas. O patronato resolveu ''proibir'' a maternidade.
,giaas centrais, a .
:ed,ca Va\éria Petra, não diz respe1~0 Voz Sindical,
apenas as
uma das maiores minorias:
autondades todos cor~em
so\ll'e ~,os perigo,
nolra~- mais ainda
to\e\a a os pobres.
\)f\11\e\ra
pessoa a
2 07104188 ª 13/04/88 W2
.,
E preciso derrotar
Para construir o novo bloco esse novo arrocho
s mais recentes aconte- na linha do horizonte. buscam restabelecer e conso-

O
Quando esta-edição já estava fechada, o gover-
cime n tos políticos , lidar sua hegemonia. no anunciou - quinta-feira passada - o congela-
endo assim, convém es-
dentre eles a aprovação
S mento da Unidade de Referência de Preços . 1

clarecer novamente al- ão se trata, também do


do pr esidencialismo e do man-
dato de cinco anos na Consti-
tuinte , reforçaram - confor-
me afuma a recente nota da
gum as posições do
PCB. O seu compromisso com
o Estado de direito democrá-
N bloco histórico dei'no-
crático e naci?nal que
pretendemos construu ao lon-
(URP) por dois meses - abril e maio - pára
todos os funcionários públicos da administração
direta e indireta, inclusive militares, o Judiciário
e_ o Le~isl~tivo. Para compensar o confisco sala-
nal, foi cnado um abono de 25% do salário míni-
tico é pra valer, pois "quem go de um processo complexo
Comissão Executiva Nacional quer marchar para o socialis- e longo~ para cóncluir as tare- mo de referência (um irrisório adicional de Cz$
- a necessidade de um novo 1.233,00) , .ªº invés da reposição da URP nos me-
m? por um caminho que não fas antiimperialistas, antimo- ses posteriores. Os funcionários com data-base
projeto político nacional e do nopolistas e antilatifundiárias
bloco de forças democráticas e seJa o da democracia política em _abril e maio terão a URP congelada nos meses
chegará, inevitavelmente a da revolução e construir o so- ~~ Junho e ju[h?, recebendo o abono neste perío-
progressistas capaz de lhe dar cialismo em nosso País. Con- . Outras medidas também foram adotadas mas
sustentaç ão. conclusões absurdas e rea~io- esses
h . são os pnnc1ap1s
· · · mtrumentos
· do brutal 'arro-
nárias, tanto do ponto de vista fundir as duas coisas seria sim- c · 0 unpos.to ao funcionalismo e aos trabalhadores
~co~ô_mico quanto I?Olítico", plificar demais a saga histórica das esta tais.
Essas são exigências nas do proletariado brasileiro. E
condições atuais , do próprio Já dlZla o velho Lênm. A de-
mocracia para os comunistas muito menos enfrentaria, do Dep<;>is de 4o dias de estudos e negociações,
processo político br asileiro, ponto de vista prático, o pro- as medidas propostas pelos ministros da Fazenda,
par~ c~:m cl~r a transição , é estratégica, não deve ser ob- Maílson ~a Nobrega, e João Batista de Abreu,
jeto de instrumentalização tá- blema de hegemonia. O prole- do P.la.neJamento, teoricamente têm o objeóvo
mstJ.tuc1onalizar e consolidar tariado só se toma classe diri-
uma democracia moderna e tica. Ele é parte da concepção d~ aliviar a pressão de caixa do governo ''econo-
de revolução brasileira que o gente e dominante na medida m~ando Cz$ ~00 bilhões este ano" . Al; gam que
encaminhar soluções para os em q_ue consegue desenvolver assim , será evitado o colapso financeiro do gover-
graves problemas atuais com PCB defende.
um sistema de alianças que lhe no, cuja folha de pagamento deste mês absorveu
afirmação da soberania,' reto- Reiterada a centralidade da 92% da recei:~ dispo•nível. Esse foi o principal
questão democrática, convém permite mobilizar a maioria da argumento ut1hzado para dobrar a resistência ãs
mada do desenvolvimento e população trabalhadora. Nun-
melhores condições de vida também afirmar que o novo medidas no interior do governo, sobretudo a do
bloco de forças democráticas ca devemos esquecer que he- °;1iaistros do Trabalho, da Administração e espe-
para o povo brasileiro , em es- gemonia é capacidade de dire- cialmente a oposição dos militares.
pecial os trabalhadores. e progressistas não representa
~ma ruptura com a nossa polí- ção, de conquistar alianças, de
tica de frente democrática, sis- construir base social. _Os problemas de caixa do governo, entretan to,

e 0mo o PCB ven;i dizen- Isso d~pende muito mais das sao um mero pretexto para escamotear a verda-
tema de alianças anti-ditatorial d~ir~ origem do brutal arrocbo e o empenho dos
do, caminhamos para o que foi vitorioso - ao contrá- palavras de ordem e formas de m1mstros da área económica no sentido de trans-
Estado de direito demo- rio do que aconteceu com as luta que se depreendem das formar o congelame nto da URP em sua elimi-
crático, apesar d e todos os proposições aventureiras e ir- necessidades vitais das massas nação pura e simples e , mais, estender a medida
conflitos e contradições, em responsáveis da ultra-esquer- e de sua capacidade de luta em a todas as categorias de trabalhadores, o que so-
particu1ar nas relações entre o mente não ocorreu ainda porque não foi possível
da num passado ainda recente. cada momento, do que de um
unir o grande empresariado em torno •da idéia,
governo do presidente Samey mirabolante assalto ao Planal-
e a Contituinte. Porém, o rata-se, isso sim, de de- to. E pressupõe a defesa pal-
ao contrário do que aconteceu no governo.

agravamento da crise econô-


mica e social - ainda mais
agora, com a "política feijão
T senvolver a mesma con-
cepção de frente única
nas novas condições criadas
mo a palmo das conquistas de-
mocráticas obtidas após duros
anos de luta renhida e sua am-
A verdadeira origem da medida é uma dura
exigência dos bancos credores internacionais, que
transformaram as negociações do governo brasi-
com arroz" do ministro da Fa- pelo avanço democrático e que leiro com o Fundo Monetário Internacional numa
enfeixam duas questões: con- pliação. Há meio século Dimi- brincadeira de criança. O Brasil pagou generosa-
zenda Mai1son da Nóbrega - trof já ensinava que '"para sa- mante os serviços da dívida, mas não obteve os
constitui um elemento sempre solidar e ampliar a democracia
política e promover mudanças ber enlaçar a luta pelos direitos empréstimos que pretendia. Obteve, sim, foi no-
desestabilizador do processo, democráticos com a luta da vas exigências dos banqueiros, dentre elas a mu-
seja pelo verdadeiro massacre econômicas e sociais (reorien- dança· da política salarial atual. E essa pressão
~do a economia para o cres- ~lasse o_P.erária para o socia- vem sendo exercida de forma implacável, tendo
que impõe às massas trabalha- hsmo, há que renunciar, antes
doras, com desemprego .em cunento com redistribuição de o ministro Maílson da Nobrega, da Fazenda -
renda mais favorável ao po- de tudo, a abordar de modo por omissão ou incompetência - como um dos
massa e alta desenfreada do esquemático o problema da seus instrumentos mais eficientes.
custo de vida, ou pelo desgaste vo), a primeira abrindo cami-
nho e condicionando a segun- defesa da democracia burgue- O brutal arrocho nos salários do funcionalismo
a que submete a política, os sa". e dos trabalhadores das estatais representa uma
partidos e os políticos. da.
etapa decisiva na implantação de uma orientação
Esse novo bloco político não rge, portanto, encarar
Este contexto, aqui breve- .é uma "frente de esquerda",
mente abordado, impõe a con- como alguns vêm interpretan-
cl usão da nova Constitni- do, embora seja o campo mais
U as três tarefas mais ur-
gentes com combativi-
dade e posição política clara.
econôroica que somente atende aos interesses dos
Q(igopóli0s e círculos financeiros , sacrificando o
povo e a própria economia do País, pois congela-
me.nto da URP e cortes nos investimentos públi-
ção,um programa de emergên- favorável para a unidade da- cos significam também mais recessão e mais de-
Nestt sentido, as alianças elei- semprego. São problemas, portanto, de todos os
eia para enfrentar a crise num quelas forças de esquerda - torais de caráter local - por trabalhadores, ainda mais porque a medida é gol-
sentido favorável ao povo e a sobretudo- entre comunistas e ma!s flexível que seja a nossa pe certeiro e pode desdobrar-se na adoção de
realização de eleições este ano, socialistas - que romperam tática - ' são principalmente medidas idênticas para o setor privado.
ainda que apenas as,nunici- efetivamente com o populismo parte integrante da aplicaç~o É predso enfrentar a nova situação, organizar
pais. São, pois, três tarefas e a aventura golpista. Trata-se de nossa política nacional. Nao um amplo movimento de resistência a0 arrocho,
prioritárias, objetivos claros e de um sistema de alianças mais podem ser subterfúgios para envolvendo o funcionalismo e os trabalhadores
plenamente ao alcance das for- amplo, essencialmente de for- diluição da linha políti~~' a das estatais em todos os escalões atingidos, além
ças democráticas e progressis- ças políticas, que pretende sim pretexto de duvidosas facihda- dos trabalhadores do setor privado. O movimento
sindical não pode ceder diante desta nova ofensiva
tas, que condicionam a viabili- direcionar amplos movimen- des eleitorais o que represen- contra o povo. Deve reforçar sua unidade, orga-
dade de todos os demais, in- tos sociais, mas jamais excluir ta na verdad~ uma inaceitável nizar e mobilizai' os trabalhadores e buscar uma
clusive do novo projeto nacio- democratas e liberais. Essa é capitul~ção di3:nte dos obstá- saída que combine firmeza na busca de objetivos
nal e do bloco político ,capaz a condição para isolar os rea- culos que precisamos sup~~ar e habilidade na adoçã0 de formas de lúta, inclu- 1

de lhe dar sustentação. E sem- cionários e de novo neutralizar no delicado momento p0Ut1co sive as mais avançadas, como é o caso da greve

l
1
cque o .Brasil atraves~a·. , , , , , , , , • 1em ipre~araçã0 •n0.-s~ror. público:.,., , · , .....,,
pre bom assiila:l«r. ~•que está, ( es ·set0r.es conse•rvadores.qu.e

1
- - ~- - ---~----
Y!1Z 1.,7 :(}4/88 o 13/04/88
NAGIONAL 3

BASTIDORES
Corrupção
Renovação está na ordem do di3
A última investida do Palácio Salomão ~111!8, ef!1 artigo publicado na Revista Internacional,
do Planalto contra a CP/ da cor- cuja edição bra~•~ ~ralla esta ~ana, defénde a renovação política
rupção. instalada no Seoa_do paro
apurar irregularidades ao ,nterme: e ideológica do Partido Comunista Brasleiro.
diaçào de verbas do SEPLAN. foi
as dedarações do consultor-gerol
da R epública. Saulq Rf1111os. de
que íi CP! é incoosatucional._ El~
A proble~ática de renovação
. . do Partido Comunista B Fa-
Grac:lela Magnonl
· num patamar novo, e mbora seja
alegou que seu argumc_nto_ se JIJS_tl- um processo que - com dificul-
stlei~o ~stá recolocad a no plane dades de toda ordem - " vem sen-
fíça porque a CP/ nao m ~est1ga !eónco-1deológico e no plano da
um fato espea!ico. ~ '- nao pro- do inte ncionalmente ·perseguido
u:itervenção prática, afirma o pre- há três décadas" . A natureza des-
cede. pois as 1nvest1gaçoes da co- . s1de~te nacional do PCB , Salomão
missão cen!11l111-St: no cas0 da pre- se novo patamar , segundo ele , é
feitura de Valen_ça. Na . verdade, ~alma, em artigo p ublicado ne úl- dete rminada por um quadro real-
todo o barulbo visa a eritar a con- timo número da Revista Interna- mente inédito tanto po[ seus com-
vocaplo do ex-ge11Io do presiden- cional, e~ição brasileira, que co- ponentes nacionais como interna-
te, Jorge Murad, para depor, mas meça a circular esta semana. cionais. •
pt:!o menos !]Ove dos 11 membros " A renovação do PCB - sua
da CP! contmuam com a firme dis- est ratégia, suas concepções táti- (:resdmento
posíçaõ de chamá-lo. cas, sua estrutura organizacional
e seu estilo de fazer política - é Após apreciar os traços essen-
Suplentes um processo intrincaçfo e só tem ciais das mudanças no plano inter- ·
sentido e validez na escala em que nacional, dentre elas a glasnost e
O preside_nre ~a Constituinte, significa:- um aprofundamento e a perestroika empreendidas pelo
Ulysses Gwmaraes, resolveu j o - uma particularização dos parãme- ..... --..... .. PCUS, e o mosaico de contradi-
ffel.I pesado na aceleração das vota-
tros teórico-ideológicos da dou- ções enfeixadas pelo quadro brasi-
ções. Irritado com as ausências em trina marxista-leninista no contex- leiro , Salomão Malina enfoca a
plenário, ele passou os feriados de to específico da sociedade brasi- singularídade do momento qu~ o
P'á~coa assessorado p elo jurista \eira contemporânea'' , sustenta o
dirigente comunista.
Mallna, PCB atravessa, tanto no plano po-
Mi~el Reale Jr. , em busca de lllttldenle lítico como orgânico. "O processo
doPCB de renovação do PCB, agora de-
uma fórmula d.e punição aos falto- Vicissitudes
sos que não pudesse ser derrubada senvolvendo-se em novas condi-
em recurso dos punidos ao STF. tica reemergiu com toda a força. no Brasil pela via de uma demo- ções, foi rigorosamente tematiza-
Na segunda-feira, estava em sua tinaNoresgata longo artigo, Salomão Ma- di vidindo águas - registrando cracia de m assas". do em nosso VIII Congresso (Ex-
mesa projeto de resolução pelo rica da Declaração a importáncia histó- tanto o êxito político dos comu- Para ele, o documento é simul- traordinário)" . Ele incide es_pe·
qual os suplentes serão con voca- 1958, de Março de nistas ao traçar a linha corre ta de taneame nte um ponto de chegada, cialmente na renovação política,
dos -e o faltoso suspenso - após vaçãoaocomo apontar o rume dà reno-
o caminho pa ra a
combate ao regime ditadorial. a
política de frente de mocrática, co-
na medida em que o documento
do VII Congresso compreendia a
no plano do dese.nvolvimento teó-
um determinado número de au- rico e comp reensão da realidade,
construção de um partido de novo mo também os constrangimentos formulação política, estratégica e e no exerc1cio da prática política,
séncias às sessões. tipo, rompendo a partir da denún- impostos ao avanço do processo tática a que o coletivo alçou-se o que envolve a estrutura de orga-
cia do culto à personalidade, obra de renovação. com a análise _d as mudanças sócio- nização, o estilQ de direção e os
Ce/1$Ura do XX Con~resso do PUCS. os económicas vividas pela sociedade próprios referenciais ideol9gicos.
elos que tolhiam a susperação dos
Apesar dos esforços, a moção problemas Novo Momento brasileira nos últimos 20 anos. Neste contexto, o crescimento
próprios particulares Ponto de partida, na medida em do Partido é vital. "Não realiza-
de censura individual a ministrai; uu f\..~, u\m·n~ des u uugmaci:.- S-d1omàw Matina. no arcigo. des- que , "ª"' comli~ões de liberdades ·: emos a nossa renovação pela con-
de E stado, aprovada por 213 da mo e o sectarismo que o impediam políticas e alargamento do proces- ·versão em Partido revolucionário
Ctlmara dos Deputados, foi man- apreender a realidade brasileira e taca o papel do VII Congresso do
tida no novo texto constitucional. superar PCB e a orientação traçada e m so de transição democrá tica expe- de massas sem nos renovar, mas
a rendência à cópia de Uma Alternativa para a Cnse Bra- rimentado pelo País (notadamen- não nos renovaremos se não nos
O mecanismo, inspirado no parla- " modelos". sileirª. que, ao caracterizar o está- te com o advento da Nova Repú- transforma rmos em Partido de
mentarismo,naverdade funcionará
como um gel'ador de crises, uma da Depois de apreciar o impacto
Declaração de Março na traje-
gio contemporâneo do processo
revolucionário brasileiro como de
blica), a renovação p olítica do
PCB, pàra avançar, já não pode
massas. O ponto de menor resis-
tência para romper este círculo
vez que o ministro derrubado terá tória do PCP nos últimos 30 anos. ca ráte r demoerático e nacio nal restringir-se à formulação teórico- problemático é o crescimento or-
na verdade, atrás de si, a força Salomão Málina analisa as vicissi- apontando ao socialismo, situa ideológica" . . gânico, por u ma política de orga-
do presidente da República que tudes do p rocesso de renovação inovadoramente o papel do PCB : O presidente do PCB sustenta nização nitidamente definida e di-
o escol.heu. após o golpe de 1964 - no exame " um Partido re volucionário de que a problemáti~ da renovação namizado por uma intervenção
Defesa
das causas da derrota de abril, a massas, marxista-leninfsta, que vi- do Partido , depois do VIH Con- P9lftica incidente sobre os espaços
centralidade da questão democrá- ~uaJiza a transiç~o ao socialismo gresso (Extraordinário), situa-se cfuciais das lutas de classe".
Outro item também man t;'do,
apesar das resistências das forças
democráticas, foi a Criação do

Bloco susta êxodo no PMDB


1
Conselho de Defesa N acional. ◄
presidido pelo p residente da
República. O Conselho de Defesa
terá militares em 50% de suas ca-
deiras, e teme-se que ele funcione Brasília (do co rrespo nre) - de m fo rtalecer as iniciativas de
como uma espécie disfarçada de Um movimento importante mar- Ulysses Guimarães no sentido de
conselho de segurança. cou, na sema na passada, o real.i- apressar as votações, e atuar como
nhamento de forças na Censrituin- um Ccjlalizader de fo rças pa ra
Independentes te após a aprovação do presiden- manrer as conquistas pbtidas até
cialismo e do mandato permanen- agora nas votações do seg undo
. Embora o manifesto do bloco te d e cinco anos: foi a organização turno .
mdependente do PMDB esteja do ' 'bloco ind epe nde nt e '' d o Uma primeira avaliaçâo da or-
sendo assinado somente por parla- PMDB cujo manifesto de lança- ganização do bloco independente
mentares, sabe-se que alguns go- mento defend e o rompimento do do PMDB aponta no sentido -do
vernadores estariam interessados partido com o governo Sarney e esvaz:amento de um novo partido,
em por seu nome na lista_ Por ou- a fi~ção d e qua t ro a nos para se u conforme o pretendido pelos par-
f!<>, /~do, alguns parlamentares, no mandato . . lamentares qu(; já deixaram a si-
mlClo da semana passada, não se O manifesto conta com mais de gla. Entretanto , a médio prazo,
conformav8Il! com a idéia de per- 80 assinaturas, entre deputados e a formação do bloco pode ser vista Covas adia aaída 8 pres,alona Ulyaaea
manecer mais tempo no PMDB. se nador es. j un ta ndo hde~anças como um recado muito claro de
E ntre eles, Ana Maria Rartes e expressivas como a d~ Mán o €o- que todos esses parlamentares es- deverá tardar muito, pois o novo a favor da emend a Humberto Lu-
Paulo Ramos, do Rio de Janeiro. vas e Fernando Henrique Cardo- tão dispostos a deixar o PMPB partido participará das próximas cena, e pode ocorrer realmente na
so . Esse grupo de parla mentares se o partido não retomar seus ru- eleições municipais. votação do mandato de Sarney,
Socialistas está disposto a permane cer no mos históricos Tudo leva a crer , portanto , que nas disposições transitórias.
PMDB, pelo menos até o fi m da Por outro lado, o deputada Pi- o bloco independente surge como De qualquer forma, o bloco in-
O PSB não tem conseguido con- Constituinte, mas admite que po- menta da Veiga (ex-PMDB-MG) uma etapa pré-migratória de seus dependJ;:nte surge como uma clara
vencer os exilados do PMDB a de i:nudar de posição se ficar carac- tem declarado enfaticamente que integrantes para outras siglas. O me n sage m a o preside nte d o
.aderirem à sua sigla. Em compen- ten~ado que os conse rva d':)res o novo partido "sai rá de qualquer próprio Mário Covas admite , inti- P.MDB, Ulysses G uimarães, pois,
sação, 0s p arlame_ntares que ante- commuarão a dominar o parudo. jeito", com ou se m o acompanha- mamente, que deixará a liderança se de um lado busca fortalecê-lo,
rio rme nte ha VJam trocado o mento dos demais históricos do do PMDB no primeiro momento na medida e m que mant~m o par-
PMDB pel0 Partido Socialista, Objetivo PMDB . Na semana passada. o em que a maioria do partido votar tido como o maior da Constituin-
que eram esperados para e!1gros- . :?
objetivo principal de bloco
sar as .ileiras do n o110 partido em ~n epe~deme, segundo o deputa-
grupo que saiu do PMDB realizou contra sua orientação. Isso 9uase
diversas reuniões leva nta ndo as aconteceu na vot:1ção do pres1den-
te, de outro indica claramente que
as w ncessões sistemáticas aos
gestação, afirmam que oãq deixa- o p_auJista Robson Marinho é ga- exigências legais para o registro de cialismo, qua ndo 49% dos parla- co nse rvad ores do pa rt ido são
rão o PSB sob pen/Jpma h1p.ó,tese_. rannt a Copstituinte. Eles p1eten.- 11m,a. nova agrem iação. o q ue não__ - roem11.resi R.eimedebist.as votaram i_ál:}Ull,S pQS_,SJ3pa~'..,' 1'1.'t', ',\•.:
4 PONTO DE VISTA 91104188 ª 13/04/88 WlZ_
Os labirintos de uma mudança CONVERSA DE BALCÃO
A Declaração de Março de 1958 foi a gran~....e virada na tra.i!:tória política
do PCB marco na luta contra o dogmatismo e o soctansmo.
Dinarco Reis conta como foi elaborado o históriC9 documento. 1
Os aliados

D esde sua fundação em 1922,
até o seu 3e Congresso reali-
zado em 1928-29. o PCB seguiu
A vitória e~·,1agadora das for-
ças armadas s?viéti_cas e aliada_s
imposta ao nazi-fascismo determi-
nou no Brasil, :ondições para a
rigente )or parte do Comirê Cen-
tral, de..:01 . ram os anos de 1956
e 57. Pr rém, no início de 1958 -
urn grupo n 7 di:igentes. num es-
que precisamos
o modelo determir:iado _eela Inter-
nacional Comuntsta (l.C.) aos derr'ota e 1iquicação da ditadura forço a ticulado pelo camarad_a
Partidos Comunistas das nações para-fascista do Estado Novo. Gioconro Dias. passou a se reumr
subdesenvolvidas e dependentes dando lugar1l f'fetiva abertura de- em busc · de umz solução para 0 RENATO POMPEU
do impeáalisro~. O Pa~~do ado- mocrática, limitacl1 porém 11s con- impasse dominantt'. Foi tomada.
tou, então, a linha poht1ca g~ral ctições espe1..dicas brasili:ir!ls- então, a :..:cisc10 de elaborar um
anti-imperialista e democráttca, Seguira~-se $Tandes :x!tos po- projeto de documentr, capaz de
visando completar o process<;> re- líticos, ele1t : ra1s e o rgan1cos do fornecer 1emf'ntos de um·a nova A curto prazo, o movimento popular no Brasil vai
v o l u cio n ár i o democrat1co- P€B. mas lamentavelmente a es- linha poli ica. ter de enfrentar duas ofensivas das forças retrógradas.
burguês. orientado pelos princí- sência da linha política prosseguiu Dessas euniões. participaram. De um jado, o governo Sarney vai tentar encaminhar .,
pios leninistas de organização par- sendo dogmática e sectária, isto além do camarada Dias (coorde- a soluçao conservadora e reacionária da crise econô-
tidária. é, o Partido seguiu orientando-se nador das m smas). Mári? ~lv~s mica, através do arrocho salarial e da entrega do co- 11
Duas tendências pela concepção de ..classe contra e Jacob G )render (seus pnncipai_s
classe'", agora com a agrav~nte de mando cla economia nacional ao FMI. De outro lado
Em 1930 acontecimentos inter- redatores). Alberto Passos Gui-
uma direção que se considerava marães (e :i e •jo apanamento s_e na Constit•;inte, o Centrão - Direitão vai tentar eli~
nacionais e'no País determinaram a conquistador::. dos êxitos de minar, na segunGa votação (que é a definitiva) , as
marcante ascenso político com realizaran, os encontros)• e mais
1945. Assim pensando, os dirigen- Armênio Guedes. Dinarco Reis e conquistas que as forças progressistas têm conseguido,
evidente repercussão nas massas tes sobretudo a Lxecutiva Nacio-
populares nacionais. Qaí e até Orestes Timba,:t1a. . notadamente na ordem social. Aqui temos de notar
nal', passaram a orienta_r o trab~- Conê:luiuo o documento. deci-
1934, acentuou-se, no plano mun- lho de direção de maneua autori- di u-se apre~entá-lo a Prestes. es-
que, nesses dois campos, o da crise econômica e o
dial , a polarização entre iis forç'.15 tária. mandonista prevalecendo o da c;>rdem constitucional, se formam diferentes corre- 11
da democracia e as barbáne fascis- perando que este o apoiasse, o que
arbítrio elitista e dventureiro. Evi- efetivamentr aeontece u. Em se- l~ções de forças , por~m uma das J?rincipais consta'-
ta, situação esta que atingiu':? B~a- denciaram-se manifesta·ções de
sil. Por sua vez, duas tendenc1as violação do centralismo-democíá-
guida.a De..:laração devia ser sub- tações é 0ue, nos dois campos, alem das forças de
metida ao , :omitê Central. o que esquerda , outra5 forças também se opõem as ofensivas
políticas passaram a pre~ominar
no movimento comumsta mtema- nalidade.
ª"
tico e de estínulo cu Ito à perso- se ve rificoL diz· depois. . do governo Sarney e do Centrão - Direitã_o. . .
cional, partindo da próp[!a I_. C .. No contato com Prestes. Dias
que a té então era o principal
Destas nefastas visões e atitudes propôs-lhe apresentar o documen- E de novo temos de repetir: no Brasil, nao funcio-
encontrnvam-se ' •--,pregoadas as to elabor,ado r-elo grupo como nam na prática os conceitos abstratos e nítidos que
orientador desse movimento. decisões da direção partidária.
De um laJo, prosseguia a con- substitutivo ao redigido pela co- funcionaram em ot:tros países e em outras épocas.
tornando-se rnarc::.1tc::s sobretudo missão desigriada p~lo CC. Preste_s
cepção da de nominada luta de a partir de 1947. quando o Partido O Estado e a Nação, no Brasil, talvez sejam as form_a-
"classe contra classe". na qual o concordou e assim procedeu. Ini-
Partido Comunista em cada nação
teve os mandatos dos seus parla- ciada a reum:io do CC - e apre- ções econômico-sociais mai~ co~plexas de toda .ª hi_s-
mentares cassados e determinada sentando o J ocumento de aber- tória do capitaiismo. Em p~1me1ro lugar, no terntóno
era considerado o fator necessário sua ilegalidade. lniciou:se aí \ongo
e suficiente para a conquista do período de crescente 1lcgahsmo.
tura da eomissão. lido por todos nacional tão somente unificado pelo mesr,10 Estado ,
poder pelas massas trabalhadoras. - Prestes (antes que se iniciassem existem diferentes e complexas formações , d~ve~sas
prevalecendo o espí1110 de seita e os debares) j)rop<"s apresentação
tanto na etapa da revolução demo- de subjetivismo r 11 '> nálise da rea- regiões, em cada uma_das quais o mo_do cap1tahsta
crátieo-bu rguesa como na con- lidade concreta. do substitutivo. Após a leitura do
quista uu suáaiismu. Puroutru 111- no•,o texto. ho1•ve tumultuado de- de produção se combina de ~orm~s ~•ferentes com
Os "Manifestos" de janeiro de bate . Sere11:idvs os ânimos. se- outros modos de produção, pre-car1tahsta_s e _pa;:a-ca-
do desenvolvia-se em alguns par- 1948 e de agosto de 1950. assim
tid~s a concepção da politica de como as resobções cio IV Con- guiu-se a votação. Venceu? subs- pitalistas. Em segundo _lugar, aqm o ~ap1tahsmo se-
frente única das massas ("Front
populaire ., , na França).
gresso. são expressõ.~ marcantes -
titutivo que pas ;ou a ser í:les1gnado
como a " Declaração de Março... guiu em grande parte um rumo contráno ao 9ue ocor- .I
dessas falsas cencepções . reu na Europa Ocidental, nos Estad?s Umdos e no
No Brasil, P.m 1934, essas duas Atualidade
tendências passaram a ~mp_o(gar A Crise Japão: aqui, o capitalismo começQ)l Já por em~resas 1

a maioria dos revoluc1onanos . Abriu-se, ass,m. uma nova era grandes, e só dep<;>is, ao lo~go. das d~c~das, e que
A Declaração de Março de para o PCB. Em 1960,sob o gover- 1

Partindo delas organizou-se. de 1958 a sua elaboração e a conse- no de Juscelino Kubtscheck, foi pos- foram surgindo emi.,resas cap1tahstas me~ias e peque-
um lado, a Aliança Nacional Li-
bertadora (ANL) como frente po-
quen'te aprovação como linha p0l_í- sível realizar o V Congresso (aber- nas. Do mesmo modo, no campo se partm ~a granA de ;d
t1ca do Partido só fo:am poss1ve1s tamente. em 11ora o Partido não propriedade - e só nas últimas décadas e que t~m
pular democrática de libertação após a crise que ocorreu no movi- fosse legal) no qual a Dedaração
nacional, mas de outro. o PCB surgido no campo propriedades _pequenas e médias
mento comunista inte rnacional de Març.o serviu ie modelo à linha
aprovou e~ _conferência . nacional com a denúncia do culto à perso- política aprovada. Finalmen•e, o com peso significativo. Em terceiro lugar, apesar d_a
a linha poLitica que apoiava essa nalidade. ou seja. dos fatos revela- VI Coniresso. efetuado em 1967. estrutura oligopolista e carteliz8:da. dos r~m0s mais
tendência, porém admitia e prefe- dos pelo )(X ~ongress? do PCUS. sob a ditadura militar. re,.firmou modernos da economia, n0 Brasil ~mda nao s~ com-
re"!ciava a possibilidade de uma Mas. não foi o ocorrido no XX e desenvolvel as principais teses
ação direta, de luta armada desfe- p letou o processo de fusão do cap1tad~ baéncálno com
Congresso a causa exclusiva da apresentadas em março de 1958, . . d . a passagem o s cu o passa-
chada pelo Partido. Esta últ_ima profunda crise que em 1956 aba- além de consagrar . no estatuto o capital m ustna1, que n V lho Mundo o capital
posição foi definitivamente pnon- lou o PCB. em partir••lar sua dir~- aprovado, os novos métodos de
zada a partir de sua aprovação por · ~o par8: este séc~l~J:r~uf:~ d! que no presente do
ção. Foi. sobretudo , a _fa!~a pos!- trabalho de direção igualmente es-
representantes do C0mitê Central ção política programát_1ca qu~ vi- tabelecidos por aquela Declara- fman_ce1!º· Há, : assado de escravidão e o colo-
do PCB à reunião da I.C. e. por nha orientando o Partido ate en- ção. B_r~~1l amdJ fs~~a~~~ ~ontar os diferentes p_apéis do
esta última não somente confirma- tão. dogmátiça e sectána ao extre- ma ~smo. iro ue hoje a rigor faz parte da estru-
da c om o incent iv ada . mo. desvinculada da realidade na- doAtualmente. após a realiz.t~ão
Vll I Coni ·esso do PCB (ex- capital est!a~ge . ' q do País e sem contar os dife-
Resultado da aplicação dessa li- cional. im;,osta soh métodos d~ traordinario). constata-se w m sa- tura econom1ca interna , .. f 1
nha foi a derrota do movimento/ trabalho incorretos e às vezes ate tisfação que a linha política apro- ,. do capital estatal. E isso sem a ar, tam-
annado de novembro de 1935 que. irracionais~ re_ntes 1:~~~~ado setor informal da eco~?m~a.
entre outras graves consequê~- vada não desautoriza a essência
Em 1956, logo após havfilem si- bemE? 1,1 mp"i·cada situação, com deseqmlíbnosentre
do difundidas as resolt:ções do XX da tática precunizada pela Decla- 11
c1as determinou o desaparec1- ssa· -co e dentro •-
de cada regiao, Ie:va a que a cont ra-
tneni-o da ANL e a quase elimi- ração de Março.
nação do PCB como força política
Congresso. ante a desi~formaçã?
e confusão dos comumsras brasi- a partirPor sua vez. quando se assiste. ~~ r~gioet~~ a burgu~ci::i e o proletariado se desenvvlva
organizada. do XXVIí Ccngresso do içao etnamente no Brasil de maneira extremamente
leiros. foram convocadas duas PCUS. a lançamento de novo elan concre - IA ·
A reorganização reuniões tio Comitê Central. Em revolucionário ~ubs~anciado pela licada. Em cada qu< stao po emica, que m~xe
ambas apresentou-se quadro de- perestroika e a glasnost, é confor- comp ada uma da~ complicadas estruturas que mta-
Nos ano~ de 1942-43. após o solador: prt.dominãncia de clim~ tante constatar que a Declaração
loJ1go penodo da ditadura do Es- com c e formam arcos de alianças que são diferentes
emocional e negativista. perplexi- de Março continha elementos que
tado Novo.corn os resultados favo- dade. lamentações e retraimento, permitiram ao , artido elaborai' a ~~\~cos de alianças que_se form_am em cada uma
ráveis d;, (ic::gunda Guerra Mun- nenhuma t>xplicaçâ" lógica. Por- sua atual linha política e acolher das outras questões polem1cas~ Assim , o mesm_o set?r 11
dial. surgiram condições de reor- tanto, duas reuniões inócuas. Co- as fecunda r ' 'éias dessa notável é progressista null'a questao, pode ser reac10náno ' 1
ganizar o PCB e seu trabalho de mo consequência. nenhum_docu- vi rada que. em nossos dias, se ~s- i~e outra. Nossa- tarefa é mobili_z ar, em ~ada uma
direção a nível nacional. A Confe- mento foi produzido que c. nentas- siste no movimento comunista in-
rência da M.Jnt1queira (1943) não das uestões, todo o campo que, e prog~ess1sta n~~s~
se os militantes de base confun- te rnacional.
sli consti tu iu passo marcante para didos pela agressiva propaganda que~ão e assim pvr diante. Isso e complicado e ~1flc1l
l!Sse objeti.'&,, como a ela co~res- adversa. de ente,,.;er, mas essa co~plicação tem uma ongem
pondeu a tarefa de elaborar a ~n~a material e não pore ,s er deixada de lado.
poütica do PC:I:$ em COf ~On~nc1a Novo Projeto Dinsrco Reis é membro da Olreçªo
co~ a novbsitu_aç~o poht1ca rnter- Nesse estado de desorientaç~ão Nacional e presidente da Comissao
naCJonaj;r , ,i;a~1~ tH ,,,. ~iq º' r. i'l!,B,\,\Sf nc.i;j1~y-fe~Rql)s~Pi'id~~~ pi- 1 ,~e, Cpnt~<?!~1.fl t ~l~d~.Pf~· •♦ 1 :_ , 1 . , ._,.,_ l'I J .I • 1 1,1h-!
1 I f,. • r • ..

W2 07/04/88 o 13/04/88 ,. ECONbMIA '


5
Tome nota
Fisa/izBçáo - O governo inicloU
Nova ofensiva para privatizar estatais
ama ampla campanha de flSCJlli•
zação, envolvendo J.800 rasca~, Copiando modelo ing!ês, ogoverno enviou projeto ao Congresso Nacional para privatizar tudas as
com o objetivo de ldentilicar pos.s•· estatais cuja existência não esteil assegurada pelo texto da nova Constituição,
veis sonegadores e l"fCllperar para
o Tesouro Público alada ~ ªº?
cerca de Cz$ 600 bifbões• O p~mea-
ro passo da aunpaaJul será a mves-
Nª véspera dos feriados da
Páscoa, 0 governo enviou ao
çou as estatais a se endividarem,
muito embora o dinheiro captado
tigação de 15 mil ~presas, deu~ ~ong_res~o Nacional um projeto servisse. em grande parte. para
dos seguiates crftérioS: ~ que oao te_ pnvatiz.ação das empresas esta- pagar os juros da dívida e não para
receberalD llsadiZBÇâo oos últimos a,s: _que muda completamente a investimentos produtivos.
5 anos: as que tiveram queda pol_itica governamental levada até
aFrupti d-0 recolhimento e as que ho1e no setor público e abre espa- Património
esláo rea,UJendo menos que o de- ço para que os grupos privados Apesar de todos os problemas,
darado. Na segunda rase, serão passem a controlar as estatais. De as estcltais se constituem um gran-
cruzadas as diversas informações acordo com os argumentos do Pla- de patrimônio nacio,1al. Atual-
pus se fdentiítcar os maiores sone- nalto, a transferência das empre- me!Jte. no setor produtivo elas são
gadores. Pelos cálculos da receita sas do setor público para os em- 176, atuando em vários ramos da
a evasão fiscal no País chega a atin~ pr:sários concorrerá para dimi- economia. inclusive com o mono-
gir cerca de 40%. Se o governo nuir o déficit público, promover pólio em vários produtos. No en-
\t1ar adiante realmente a campa- a disseminação da propriedade do tanto. mal o presidente enviou o
aba !Olltra os sonegadores, vai-se capital, facilitar a conversão e aca- decreto para o Congresso os gru-
.lllfLrtir a um verdadeiro mar de bar com o monopólio em várias mais de 5% das ações do capital amortecer. Todavia, paradoxal- pos de pressão já começaram a
lama; alma\, os etn\lteSárlas bnsi- áreas, exceto as constitucionais. votante, bem como o estabeleci- mente. quando a ::oisa está termi- funcionar. O próprio secretário de
\e~ \l:S\ão ~kiados ua sonega~o O mecanismo de privatização mento de estímulos à aquisição de nando no céntro é que começa a controle das Estatais. julio ((1-
àt.lln.\l()S\os. 'tomara (\Ue a campa- poderá ser realizado de duas ma- ações pelos empregados das em- ser efetivada na periferia. Até prá lombi. que deveria zelar pelo pa-
1\\\a ~\l~e até o fün. neiras: na primeira, tradicional, a presas. Autoriza também uma sé- copiar essa equipe é ruim. trimônio público para o qual foi
venda da estatal será realizada rie de modalidade de conversão Mas. o maior perigo dessas me- incumbido de cuidar, já começou
Grupo Delfim - tm 10 de janeiro através do processo de licitação, da divida externa para qualquer didas é a ampliação da participa- a festejar a possível de~estatiza-
de 19M, o Banco Central procedeu e a segunda se contitui na grande empresa estatal. ção do capital estrangeiro no País, ção. Para ele , as medidas são um
a liquidação extrajudicial do Gru• inovação , segundo o governo. com as conseqüências que iodos indício de que o Estado quer elimi-
po Delfim, composto por 17 empre- Trata-se das "ações ordinárias de Modelo inglês
conhecemos. Afinal, as estatais nar o espírito monopolista que to-
sas que deviam ao BNH cerca de classe espedaJ" (goldem share), Que realmente significam essas representam de certa forma um ma conta da economia brasileira.
. Cz$ 300 bilhões. Com a valoriza- pelas quais as empresas estatais medidas? O que se esconde por empecilho para penetração doca-
ção dos bens da massa falida, o poderão ser vendidas no mercado. trás desse decreto governamental? pital imperialista. bem como per-
Esse senhor se assemelha muito
àquela fábula, em que as raposas
Grupo agora tomou-se credor do Essa experiência já foi realizada Antes de tudo. é interessante no- mitem ainda ao Estado formular passam a cuidar do galinheiro.
mesmo Banco Central, em quantia na Inglaterra de Tha!cher e na tar que essas medidas são uma có- políticas econômicas de acordo Devagarinho, com o apoio do
1 de Cz$ 9,6 bilhões. Realmente, é França de Miterrand, mas com o pia maHeita do processo de priva- com o interesse da Nação. Quanto
muita habilidade para surrupiar os crash chr Bolsa houve uma esfriada tização realizado pelo governo mais o capital estrangeiro domina
Planalto, os g rupos entreguistas
avançam: já se fala mesmo que
~- .a,-puvu-. na pn'vau'zaçaü. conservau\n ..k M.s,-g.r.-..~l? Thm - .l eronruma de um p:>.ís, menos es- pelo menos R8 empresas estatais
Caba Ecooômlc11 - As Caixas A partir do momento em que cher, quando o monetarismo esta- sa nação tem independência para - 22 do grupo Petrobrás. 20 de
Econômicas estão enfrentando for desencadeado o processo de va com a bola toda .a nível mun- formular uma política soberana. Telebrás. 16 da CVRD. 8 da Ele-
uma grave ameaça: o Banco Cen- privatização, o governo pode abrir dial. Naquela época. a política de Como se sabe ~ não existe ne- trobrás. 8 da Portobrás, 4 da Refe•
tral, agorB chefütdo por represen- mão total ou parcialmente do capi• Reagan estava de vento em popa nhuma justificativa para a transfe• sa e 12 da Siderbrás - deverão
t.antes da iniciatJva privada, está tal da estatal, mas a lei reserva nos Estados Unidos e os países rência das estatais ao setor priva- ser privatizadas. Ou seja, Sarney
querendo sua extinção. Assim, ha• um mecanismo pelo qual ele pode centrais seguiram o caminho ame- do. No Brasil. as estatais nasceram planeja entregar para a iniciativa
verá mais facilidade para a obten- impugnar qualquer decisão dentro ricano. sob o signo de lutas populares em privada praticamente a metade
ção de lucro por parte dos banquei- da empresa ou mesmo a mudança A onda de privatização parecia defesa da soberania nacional e até das empresa estatais - rentáveis
ros privados, que pouco se impor• na pol.ítica, tanto no que se refere tomar conra do mundo. uma vez hoje cumprem um papel estraté- evidentemente. E, como sempre,
tam com o problema social, um ati- à ampliação de negócios. defini- que os monetaristas creditavam à gico no desenvovimento nacio,1al. os empresários não costumam ad-
vidade por excelência das Caixas ções de novos projetos ou fixação intervenção estatal na economia a Do ponto de vista estritamente quirir ems empresa§ pelo seu pre-
Econ6micas. de preços e tarifas. causa dos males do capitalismo. operacional. são bastantes lucra- ço de mercado. O que geralmente
Consta ainda do projeto a ressal- No entanto, com o fracasso do tivas. No entanto. vive m uma si- ·acontece é a transferência para a
Sllllirlos - "Livre Negociação". va de que nenhum acionista pode- monetarismo e a volta da crise a tuação difícil em função da política iniciativa privada a preço de ba-
Este é o novo balão de ensaio que rá exercer o direito de voto em moda da privatização c0meçou a irresponsável da ditadura , que for- nana. (·E.C.)
o Planalto está inffando contra os
trabalhadores. Com.o não deu para
emplacar a extinção da URP, ago-
ra Inventa-se um novo artiffcio pa-
ra arrochar os salários. Com ~
tal da "livre associação", num cli-
ma de desaquecimeoto da econ.o-
Governo bloqueia CPI da corrupção
mia, nem mesmo as categorias através da Mesa do Senado. Além s1ção para os esclarecimentos ne- que as investigações anteriormen-
mais fortes poderão resistir à oren-
Edmllson Costa disso, não pode requisitar à poli- cessários - e não o contrário, co- te realizadas estavam revelando
11iv1 dos patrões, muito menos as cia busca, apreensão ou condução mo está acontecendo. Tem um ve- apenas os "bagrinhos", sendo que
catqorias com menor poder de O governo parece que anda coercitivas de testemunhas. lho ditado popular que diz: quem os "peixes gordos" começa~am a
mob~ão. O resultado será a vendo fantasmas em cada esquina. Na prática isso significa que, a não deve não teme. Ora, se o go- aparecer a partir de agora. A pro-
compressão do poder de compra O último deles é a CPI da corrup- partir de agora, a burocracia vai verno não está comprometido pósito, o centro das investigações
dos tnbalbadores. Por isso mes- ção. Até recentemente, os traba- bloquear os trabalhos constituin- com a corrupção, por que temer era o decreto 94.233, que concedia
mo, é que o mevtmento sindical lhos dessa Comissão vinham sen- tes, uma vez que a requisição de o depoimento de seus auxiliares reajustes retroativos nos contratos
já fechou questão em torno da do desenvolvidos de maneira tran- documentos dessa forma é demo- a um órgão do poder legislativo? de fornecedores de obras e servi-
URP, Mesmo sabendo que esta quila, sem muitos problemas. No rada. Como o encerramento dos A explicação para a reação do ços d~ governo. Pelos cáli;ulos dos
funciona como um redutor de salá- entanto, quando as inves~i~açõ~s trabalhos da CPI está previsto pa- governo pode estar localizada no senadores que lidam com â CPI,o
rios, funciona como um tqulador se tomaram mais substanc1a1s, exi- ra o final de .maio, na prática o fato de que um dos próximos a decreto teria provocado ;,rejuízos
da relação capital-trabalho bem gindo o depoimento de a ltas figu- Palácio do Planalto está paralisan- depor seria o genro e secretário de US$ 600 milhões aos cofres pú-
mais aceitável do que a selvageria ras ligadas ao centro do poder, do as investigações. A coisa setor- particular do presidente, Jorge blicos. Comparado com as peque-
da chamada "livre negociação" imediatamente o Planalto come- na suspeita quando se verifica que Murad. Ao elevar o parentesco à nas ve~bas recebid~s pelas prefei-
num cenário de recessão. Por que çou a jogar bruto. as testemunhas agora poderão re- condição de impunidade, o Pla- turas, que eram o cnntro das inves-
os patrões não propuseram a livre O artifício para o emperramen· cusar-se a depor. nalto não só se desmoraliza pe• tigações até o mês passado, isso
negociação quando a economia es- to dos trabalhos é um parecer do Por que o governo ·age assim? rante à Nação, como deixa mais parece coisa de filho de Maria.
tava crescendo? Por que só agora, consultor-geral da República , Afinal, em qualquer nação demo• suspeitas de que existe algum pro- Talvez pelos rumos que as investi-
na r~o,é que eles vêm com es- Saulo_ Ramos, que considera in: crática, em que se tenha um míni- blema que não pode vir a público. gações estavam tomando é que· o
sa conversa fiada? Por trás dessa constitucional e trabalho da Co- mo de respeito à moralidade da Senão, por. q1_1e não deixar o rapaz governo resolveu bloquear os tra-
"liberdade", está uma velha ma- missão. Dessa forma a CPf não coisa pública, o chefe do governo depor e esclarece r os possíveis balhos da Comissão. No t·ntanto,
landragem das classes dominantes: ~de mais requisitar documentos deveria ser o primeiro a vir a públi- questionamentos? isso só reforçou o clima de suspeita
UJ)Jorar cada yn 111~~ os traba- .e, mf?1211ª~~~s diretamente nas re- co apoiar as investigações e por Pode se supor ainda, como res- que paira sobre a gestão dos negó-
lhadores. parfiçoes puf>licás, n-tas apénas seus auxiliares próximós à dispo- · ;sa~tdt.l b' sénhtlbr Ca'rlós· tli'~ârélli, cios públicos-"crll"B(asília'.' ' i ., '
6 0?104188 ª 13/04/88 V

sléria Petri- ... Acho que nenhuma de rudo. perseguidoJ pela idéia c'lo exter- 1
V civilização ou sociedade esperava es-
sa agressão. Uma coisa que nossa
ünaginaçjo sequer chegou a conceber trans-
minio como solução para suas mazelas inte- ~
riores.
Voz - E quanto à homossexualidade femi- 0e
~
dermi
formou-se numa realidade equivalente ao nina:' ·
estrago que seria produzido pela incúria ra- Vsléria Petri - Na questão da A IDS. é Me
diativa. Uma-doença que mina a resistência bobagem questionar a mulher homosse-
dos indivíduos. que os transforma numa es- xual. O problema primário desse tipo de auto
pécie de expc'riência viva da natureza, de as ·ociação é que as pess0as ligam doenÇçJ
animal de laboratório. com homossexualidade como um todó. Na
verdade. a A JDS não tem a ver com a ho- a pri1
'!oz - E essas campanhas .de alerta têm mossexualidade. mas com certas práticas
surtido efeito ou simples_mente aumentam que fazem pan e do comportamento homos- deA
oplinicu? sexual masculino. que favorece o apareci-
Vsléria Petri - Acho que surtem efeito mento de doenças. Sabe-se. por exemplo. tem~
- as pessoas passam a se interessar pelo que certos tipos de parasitoses intestinais
problema. ou a hepatite B, ou a sífilis e outras doenças
Voz - A revista Imprensa publicou ums fo• sexualmente transmissíveis são muito co- em
to que mostra um doente, uma foto proibida muns entre homossexuais masculinos. ,r

em outro órgão de imprensa. Por que escon- Voz - Então, é uma questão moralista em entr
der a verdadeira face da coisa.? r relação à mulher?
Vs/éria Peiri - Isso não acrescenta nada Petri
às fobias. A imaginação das pessoas já é
suficiente para deixá-las fóbicas. Se nós pe- "Todo o favorecimento à miséria, à
gamos as fotografias simplesm_ente para im- incl11
pressionar. estaremos f;;::::ndo um equiva-
subnutrição, à falta de escolas, isso é
lente ao que as revistas eróticas comerciais produto da promiscuidade política". vêm
fazem - de làto. o que erotiza não é a
posição ginecológica. não é? A demonstra- éum
ção da miséria humana. por .~i só. como Valéria Petri - Por uma questão de rnnço
moralista interior. colocIJmos a questão da

'
algo impressionante. é um equivalente da
violência. homossexualidade feminina como também afavi
Voz - E o que caracteriza a violência contra p;issível de punição. Nenhum;1 formil de se•
as pessoas consideradas de grupo de risco? xualidade. digamos. que sati.~foç11a ambos ; pouco,
Valêria Petri - Bem. a noção de grupo os·parceiros pode ser passivei de punição.
de risco está um pouco abalada p0rque não principalmente quando se: tem como refe-
só existe. algum exrravas,1mento desses com- rencial os textos h1nlicos que foram feitos
parrimen{cis que parecem estanques - e' por homens falíveis e qur: li.Jrnm utiliz,1dos
mio o são. realmente. O índice de doenças ,1rnirrariamente através do tempo. u
sexualmente tram;misslveis entre hcml()sse- Voz - A Igreja terá que repemar certos
xuai_ç está reduzindo baslilntc:. Se untes im;1- dogmas...
gimiw1mos pnra cnda indivl(:Juo dv~nre cem Valéria Pelrí - Não enrt;ndo nada de Gino-
pb's._çoas conramin,1das. hoje. cvm relação nes. dr: dogm;is eclesiásticos. m11s ucho que ....
aos grupo., de homosst!xunis masculinas. ex,:,;te. um discurso eclesiástico que muita.~
presume-se vinte pessoas contamin:1das pa- vezes n:io é hem interpretado. A Igreja é
ra um doenre conhecido. Uma reduq;io qua- umtt instituição política respeitãvel pela sua
..
se que drástica em poucos anos-. em função inl7ut5ncia. mas t' também falível. Então.
da mudança real de cvmporfilmento entre o que n ós temos que entender é q ue as
os grupos muito visados. à exceção dos opçôes dr:_ comportamento sexual têm que não cheira a algo antidemocrático:' de falso argumento. O saber médico engor- \

usuários de drogas. Estes mudam muito ser harmonizadas. Existe uma doença fatal Valéria Petri - Nada democráúco. E o da esse fa lso argumento. os maus políticos
pouco - e não exLçtc: muit.1 ah@rdagem. inrerposra entre os prazeres humanos. e isso mundo está crivado de coisas antidemocrá- engordam esse falso argumento, porque
porque existe uma certa falta de coragem precL~11 :.er combatido. O fato de se optar ticas. Existem duas vertentes políticas para têm o terreno fértil do medo.-
e profundidade para se lidar diretament,' pela ma_çcurbação. pela utilização de doí. ã questão: uma. a que acredita que devemos Voz - E as mudanças que ocorrem no seio
com o ass1into. · rre~~ preservativos. pela abstinência. isso é fazer uma campanha terrorista. uma espé- da juventude, no âmbito cultural, ideoló•
Voz - Por que isso? função da escolha de cada um. <!Ít' de policiamento mental dos indivf<Juos. gico?
Valéri_a Petri - Porque o qu'e comanda na Voz, - A _AJDS representaria o que a .'iílilis do policiamento da razão: outra. o policia- Valéria Petri - Isso está ocorrendo em ní-
relação com as drogas é o poder económico. representou no século XVI? Ou mesmo até mento do impulso sexual. o mais irascível vel mundial. A descrença é muito grande.
Se os governos panilham do tr.ifice das dro- o começo deste? possível. E os goi'ernos intituem esse tipo Nesse sentido, vemos várias repercussões
gas. quc:m somos nó_ç P:Yª modificar esse Valéria Petri - A sífilis matava cpm uma de mentalidade - são irascíveis e preten- disso. Aqui. temos o aumento do consumo
estado de coi!ias? violencia sem nenhum precedente: provo- dem só uma atitude polltica de superfície. de drogas e em outros pafses. os desenvol-
Voz - E a questão da violência contra os cou uma epidemia devastadora na Europa. atitude política que não é voltada para a vidos, aumento do consumo de drogas, do
homossexuais? · ·a promiscuidade era bastante intensa - e formação dos cidadãos. mas para alguns niilismo. do suicídio juvenil. Pode parecer
Yaléria Petri - É uma violênda determi- apesar de todas as foeueiras. nada mudou. poucos beneflcios que certamente serão in-
nada pelo seríssimo estigma que persegue Voz - Á AIDS pod/gerar uma espécie de dividuais. Hitler acharia a mesma coisa.
os indivíduos que são homos,5exuais e que Inquisição? Voz - Isso nos remete à condução polftíca "Se o nosso universo social é regido
são cpntaminados. E o fato de individuas Valéria Petri - Nós temos uma mentali- dos países. por um egresso de West Point, não temos
que se relacionam com esses homossexuais dade inquisitorial latente com a qual se Valéria Petri - Não temos muitas coisas
não terem a estrutura e o estofo moral para compactua diariamente. A gente se perce- boas para aéreditar. Não podemos acreditar; condições de decidir nosso destino".
arcarcJm a sua própria hpm0sseKualidaqe be. de vez em quando. tendo uma atitude na condução pollticá dos destinos dos p~1-
- então. o que fazem é simplesmente uma ·inquisitorial com relação a indivíduos que ses. não podemos acreditar na coflduça~
"queima de arquivos ... tt'pica dos psicopa- têm vida sexual nómade. chamando-a de política do armamentismo. Não temos m~1- utópico - e estou lidanao com um tema
tas. promicu,1. Não se pensa que promiscuidade ta fé nas coisas. Num mundo recnocrát1co de grande complexidade de maneira até su-
Exíste uma grande quantidade de ho- existe em outras atividades humanas - to- que oferece poucas opçõ~s de fé, o que faze- perficial - , mas se o nosso universo social
mens que vivem subterraneamente manten- do o favorecimento à miséria. à subnutri• mos é simplificar as c01sas. por exemplo é regido por um egresso de Wesr Po_int,
do sua _,i;ude .KJt.w l de heterossexuais. mas ção. à falca de escolas. à falta de cultura. c•neordando a nossa fobia pela AIDS. Isso que está agora decidindo o quanto va, ga-
- , verdade sti, hnmossexuais. A,.Jguns são roda a sobrevivencia dessas mazelas é pro- vai representar u~a espécie de cast~aç;Io nhar com a venda de armas - portanto,
..:a11azes de IJS!iBf.Sinar homossexuais. ssào du~o de profunda promiscuidade pohíica. meneai. castração ,nduz1da pela mora!tdade quais ·as guerras que têm que ser Hli':1~n-
pessoas doentr:s. paranóicas. homossexuais Voz - Em alguns países, o teste para detec• que pretende encobrir a imoralidade políti- tadas - então, nós não temos cond1çoes
que não podem arcar com a própria /Jomos- taro vírus da AIDS é obrigatório. Do ponto c,1. a imoralidade dos ·baixos salários. da de decidir sobre os nossos desc1"?1os. Esu1-
sexunlidade em rermos. sociais. S.iQ. além de ••ista médico. pode ser interessante. mas falta de opções. E nón:ntramos,.nesse tipo mos iludido~ se a ciues(~O de o.l11;i e l~aq_ue.
ENTREVlSTA 7

aham uma vida agitada, esse era um engano Voz - O medo mostrou-se visfttel nos médi- Valéria Petri - A cidadã Valéria Petri nem
~ria Petri, paulistana, 40 anos! bem claro. O modelo de rransmissão des_-sa cos, muitos rechaçaram ·doentes... tem importância. É mais um indivíduo que
doenÇJ é o modelo sexual, e iss._o ultrapassa Valério Petri - Isso aconrece ainda hoje. trabalha. que tem consciência profissional.
~sta, protes,ora da Escola ~ulista de qualquer fronteira - e a chance de difusão A questão dos médicos é igual à de todos entre tantos que estão perdidos. por aí -
é muito maior enrre as classes menos favo- os seres humanos, ou todos os outros indiví- e olha que existe muita ênfase nos erro.~
, ~~=-:.1...-M uma das maiores recidas. Nos Estados Unidos. as mulheres duos que precisam enrrar na linha de frente. médicos. nas falhas de estrutura.
a, eCOffl!HUIJ"- e crianÇJs que mais adoecem são as das Existem muitas dúvidas. existe um retardo
es do País em matéria de""AIDS. Foi classes pobres e as mulheres negras. E lá
está bem definido o problema social e racial
muito grande na formação das pessoas. de
tal sorte que dois ou três anos depois do "A idéia central é que tem importância;
- lá existem os guetos da maior miséria problema ter surgido - há seis anos - ain-
pessoa adenunciar o primeiro _caso humana possível. inseridos numa sociedade da havia pessoas que achavam que aquilo vive-se e morre-se por ela. Se não, essa
riqulssima. Entre os homossexuais, nos Es- era coisa de minoria, portanto alguns espe- vida é uma sucessão de estupidez".
1 Brasl, há seis anos. De lá para cá, tados Unidos, a doença foi pratieamente cialistas se encarregariam do assunto. En-
- . ... .
~ - contro/ada. mas entre os usuários de drogas tão. qs casos passaram a ser triadas por
não existe ·nenhum controle. Aqui. nós te- meia dúzia de pessoas. que ganharam uma ...E uma população desassistida...
icado com profundkl:ade ao problema mos a repercussão no terreno da miséria enorme experiência. enquanto a maioria fi-
Voz -

humana e da degradação, da degradação cou achando que era um problema de mi- Valéria Petri - ... Uma população que en-
gole p11ulas e nunca perguntou por que.
. . - cientifico e social. Nesta oferecida pelo escapismo das drogas entre
as classes menos favorecidas.
noria.
Voz - E atualmente?
·
Uma população que não sabe por que estão
Voz - E como tem sido a atuasíiodo Minis- Vsléria Petri -Ainda temos que lidar com lhe p0ndo na mesa de operação: tiram-lhe
onceclida a \.~ís Avelima, Valéria tério da Saúde bnlSileiro? questões primárias. até mesmo explicar pa- o apéndice para ganhar um pouco mais.
Valéria Petri- Muito distanciada. Por mais . ra médicos que a contaminação não se pro- sem necessidade nenhuma. Uma população
n q ~ ~e grande importância, que exista empenho em se resolver uma cessa por meios muitos banais. que recebe sangue nas veias sem explica•
ção... Uma população desassistida. sim, que
questão dessas, nós temos ai uma série de Voz - E a questão dos bancos de sangue?
requer que muitos )rofissionais tenham a
,mbatendo detenninados tabus que priondades de saúde pública que não per-
consciência de fazer declarações públicas.
mitem que o Ministério seja plenamente Valéria Petri - Não trabalho com banco
dedicado a essa questão. de sangue, pPrisso não posso afinnarmuita Então. a cidadã x ou o cidadão y não têm
alimentados. Para ela, a AIDS não Voz - Notám-se muitas efasivas da parte coisa. Mas. é uma problemática enonne - importância. A idéia central é que tem im-
dos órgãos públicos quando são abordados e trata-se de muitas doénças que se trans- portância. que é fundamental. é pôr ela que
~ de minoria, pois a miséria tende sobre o tema. rpitem por via sanguínea. Quer dizer. você a gente tem que viver e morrer. se não essa
Vs/éria Petri - Os pequenos escapes... pode fazer uma transfusão de sangu·e e não vida vira uma sucessão de estupidez e gros-
"Nós estamos tomando providências etc. e pegar AIDS. mas pode adquirir malária. seria.
;ua expansão. Mesmo mostrando-se tal"... Só que essas providências tardam doença de chagas. sífilis. hepatite B. Então. Voz- Mas, a senhora ésempre muito requi-
muito a serem tomadas. principalmente a problemática do banco de sangue agora
1, Valéria diz que "é ptedso restituir num Pais em que a miséria econômica pre- vem à tona como uma enorme sujeira. uma
sitada pars falar sobre o assunto - como
enorme promiscuidade - a preocupação aqui, neste semanário. E os outros profls-
domina. .úonais?
que a luta para
,, combater o mal "é Voz - E a situação dos hospitais? Estão constante com a promiscuidade sexual deri-
aptos a aknder o aidético? Existe uma espé- vou para a promiscuidade sanguínea... E te- Valéria Petri - Mas. qualquer profissional
irra. As outras guerras são mera cie de "educação em serviço" para médicos mos também a promiscuidade dos dentistas de saúde que pelo menos domine parte des-
e pessoal paramédico? de periferia. que não têm como pagar as se tema é muito procurado. Se de um lado
Va/érla Petri - Não existe nenhum prepa.- agulhas descartáveis porque a Previdência é gratificante~ porque é o reconhecimento
estu~, produto ro, a não ser em hospitais muito bem equi- não paga nada descartáveL. .Então. o me- de um esforço-. por outro é muito desgas-
pados, caríssimos. com p ossibilidade de fa- lhor é descartar o cidadão. não é mesmo? tante. Tenho certeza de que boa parte des-
icompetência política dos zer a cobertura económica de tudo através Voz - E como aconteceu de a senhora detec- ses profissionais gostarià de dividir esse tra-
de uma clientela ultra-selecionadã. Então. tar o vírus da AIDS? balho. de formar novos grupos e auxiliar
as equipes de saúde são muito mal prepa- Vsléria Petri - Ocasionalmente. Existiram na formação de equipes, para distribuir essa
govemantes". radas - elas começam a se preparar muito pelo menos dois médicos que viram cas_os responsabilidade que nos tirn o pouco que
tardiamente. Existe muita confusão mental de AIDS anres. mas não fizeram comuni- sobra de possibilidade de descanso.
ou a Irlanda do Norte ou Israel. se isso por parte de que faz assistência a esses pa- cação, talvez porque .na época não fizeram
seja uma questão de se sentarem à mesa cientes. Voz - Por fim, a senhora gostaria de dizer
associação com o que estava acontecendo mais alguma coisa?
de negociação - é mera ilusão. nos Estados Unidos. Eu fui alertada por
Voz - No CJJSO da AIDS, o que contaria colegas .da universidade, que na época da
é a autopresenllfào? Só isso? E a mudança "0 modelo de transm~o ultrap~ discussão do nosso caso cllnico tiveram a Valéria Petri - Bem, espero que isto que
de comportamento_?. · perspicácia de perceber que estava come- acabo de dizer não dê-a idéia de que existam
Valéria Petri - Eu acredito. que a· maior
qualquer fronteira. Achance de difusão médicos ou profissionais de saúde, equipes
çando a acontecer em nàsso meio. Isso en-
parte vai optar pela autopreservação. Uma é maior entre as claMeS desfavorecidas". volvia uma população muito complexa, a paramédicas, que possam estar sendo sacri-
~inoria vai optar por insistir na possibi- de homossexuais masculínos, enéo'berta por ficados. O maior sacrificado ainda é o doen-
lidade de suicídio. Nós acreditamos que a um véu de discrição. O que nós fizemos, te: ele é o mais visado, é aquele que vive
mu~ança de comportamento possa estar Voz - E existe muita gente se oferecendo quando havia dois casos de AIDS no Brasil, se agarrando a qualquer filete de vida, gas-
mwto mais associada à existência de uma como voluntária para éuidar desses pacien- em 1982 e inicio de 83, foi sentarmos com tando o que tem e o que não tem para
doença física, engordada pela fobia gerada tes. os dois pacientes e dizermos: "Temos que sobreviver. Ele ainda é a pessoa mais sacri-
pela descrença. Valéria Petri - Mas uma porcentagem mí- abrir isso para a população, de maneira se- ficada de todo um sistema perverso, maldo-
Voz - AI cbega o casal Masú:1:&Jobnson nima dessas pessoas realmente persiste no rena. concreta, que possa induzir os órgãos so, que omite as coisas. Não esl'Ou falando
dizelldo que o beijo é uma forma de contá- atendimento. Osprob/emas são os mais va- públicos a pensar, no assunto, de maneira do sistema como um iodo, com S maiúsculo
gio... riados. desde o indivMuo que vê naquilo que se desenvolva um trabalho de saúde - estou falando do nosso meio, de nossa
Valéda Petri - Pois é, dois decrépitos fa- uma fonte de renda, até aquele que.se dedi- pública, pois se ela é uma doença sexual- pequenez toda. O doente ainda é o mais~
18J!..<!...º do beijo para engordar sua conta ban- ca de uma fonna samaritana - este que mente transmissível_:. e as doenças sexual- esquecido. Hoje ele está sozinho, ou em
cária. Esses também pl.antaram no terreno querpagar seus pecados, passando as noites mente transmissíveis são .normalmente ne- casa, ou no,hospit-al. Ele é a pessoa de quem
fértil do m~do_, do irr~cional. Nós precisa- em claro. entrando num ,processo de estafa gligenciadas - então ela pode vir a ser um tiram vários pedacinhos sem explicação al-
mos é restituir a razao! Isso consiste em absoluta.só para fazer crédito coft] Deus. agravo para a saúde da população". O se- guma. Na hQra em que ele morre. as pessoas
restaurar a moralidade polftíca no sentido É claro que tem que existir um serviço cretário estadual da Saúde da época, João dão graças da Deus,.porque estava '.'dando
de n ão fazermos uso de falS-Os argumentos de peso, de ótimo nfvel. que possa preparar Yunes, teve a coragem de assumir a questão muito trabalho",, fazendo com que as pes-
para satisfazer nossas mazelas interiores. psicologicamente as pessoas que trabalham. - uma atitude que acabou concedendo a soas "perdessem o seu tempo". Nisso tudo,
Voz - Existe a caraclttrlzapio de uma classe seja médico, seja enfer:meiro ou ate?dente São Paulo o papel de vanguarda e que faz pare, J que existem pessoas sacrificadas,
socialmais atingid a pela doença, uma classe de enfermagem. Mas essas pessoas tem que com que as pessoas tenham mais coragem achando que porque são solicitadas esta-
em que as pessoas não ti m moradia, sanea- ser muito bem remuneradas. ter descanso de avançar nessa luta. Uma luta bastante riam cumprindo uma obrigavão de guerra.
mento básico e alimentaç ão decentes? ap.ropriado, lazer apropriado. Além de tu- inglória e sofrida. Mas, é uma guerra! Uma guerra que vale
Valéria Pelrí...,. Esta é sem dúvida a classe do, tem que ser uma equipe muito especial, a pena as pessoas se empenharem. A s ou-
mais afetado. Se no com eço se p ensava .em muito bem pensada - coisa que não acon- Voz - E a cidadã Valéria Peú:i, como é tras guerras são mera estupidez, produto
t.ermos de in4ivfduos que viajavam, que Ji- tece. que fica diante dessas côisas?_ ·da incompetência p olítica dos gÓvernantes.

.. . ,,,._ ,
PCB , 1·•• 07104/liB a 13/04/88 WJZ

Aquecendo as turbinas PARTlQ.ÃO PELO PAÍS

para as eleições 88 • Salvador comemorou


os 66 anos uo Partidão à ma-
neira da boa terra: cerveji-
nha gelada e um delicioso
Regional Juliano Siqueira
falou sobre a história do
Partido e sua proposta de
um novo bloco político em
~acalhau-martelo, especia- tbrno da consolidação de
Partido Comunista progressistas e de esquerda, processo eleitoral. cráticas, além de uma As- lidade do militante Sinval uma democracia pluralista e
O Brasileiro continua
sua preparação para as elei-
cuja influência nos setores
organizados da sociedade é Brasília
sembléia Legislativa com
uma composição majoritá-
Galeão. Isto combinado
com vídeos do' programa do
socialmente ampliada, com-
binada com desenvolvimen-
ções municipais deste ano, ponderável. "É necessário ria também democrática, e P~B em cadeia de TV e rá- to ec0nómico e justiça so-
Em resposta à aprovação
repudiando todas as tenta- a~air segmentos que ainda do presidencialismo e do que, portanto, a responsa- dt0 e do 82 Congresso, além cial.
tivas.de seu adiamento. Por nao compreenderam o mandato de cinco anos para bilidade das forças progres- de debate com o vereador • A prefeitura de Lenin-
todo o País, as organizações quanto é essencial para a es- os futuros presidentes da sistas é grande. Paul~ Fábio - candidato a grado, na União Soviética,
partidárias discutem o pró- querda brasileira a garai1tia República. o PCB no Di~- pr~f~1to, etc. Para quem de- em solidariedade às vítimas
ximo pleito com base no do- do processo de transição" . trito Federal propôs a todas Recife SeJa •.r ao Festão do Rio de
cumento "O PCB nas elei- Ja'!euo com a delegação das enchentes no Rio de Ja-
Colocando a necessidacle as forças progressistas a ela- neiro, enviou ao Brasil três
ções municipais", prepara- de súperação dos erros co- boraçãp de um programa Estiveram reunidos, no ~aiana, ª~
exigências são
toneladas·de donativos, in-
do pela Direção Nacional e, meti dos nas e leições de comum que seja a base da último dia 26, o prefeito Jar- simples: filiação de 30 novos
também, já iniciám os en- membros por militante ou cluindo 70 barracas de cam-
1?86, r~~alta-se a experiên- unidade destas forças para bas Vasconcelos e a Direção panha, 525 cobertores e 525
tendimentos políticos para cia pos1twa da Frente Rio, as próximas eleições. Lu- do PCB em Pernambuco, ve~da ?e 10 bónus ao preço
garantir uma expressiva vi- unttáno de Cz$ 100. E 0 Jogos de cama. O comuni-·
que muito contribuiu para tando pela realização de representada por Edva_ldo cado da doação foi feito pe-
tória das forças democráti- o. crescimento das fileiras e eleições diretas para presi- Gomes Robe·rto Freire , pessoal garante que baiano
cas neste processo eleitoral. é o que não vai faltar no Fes- lo cônsul soviético Ivan
das articulações do Partido. dente e também para gover- Paulo Cavalcanti, Byron tão 88. ~ssiouk aó prefeito Satur-
A proposta do Diretório nador do Distáto Federal Sarinbo e Raimundo Ma- mno Braga. A carga foi en-
Rio de Janeiro Municipal é a da rearticu- ainda em 1988, pode- se lheiros. Tratando da suces- • Em M:aceió, a festa foi
na sede central, com apre- tregue com algum retardo
O Partido Comunista lação da Frente .Rio , tendo construir uma importante são municipal, os dirigentes h~lo fato do governo brasi-
Brasileiro na capital carioca o PCB como pólo mais unidade. comunistas colocaram sua sença de mais de 300 pes- ei_r_o não permitir que os
se guiará pela tática apro- avançado e consequente A nota do PCB-DF afir- preocupação com a costura soas curtindo coq uetel e avioes da companhia aérea
vada no seu 8g Congresso desta frente única, e c0m ma que essa unidade deve da Frente Popular, que de- muita cerveja. O evento foi soviétic~, ~ eroflot, pousem
(Extraordinário) , ou seja, projeto poütico próprio. O se expressar numa coligação verá somar vários partidos presti~ado com a presença em terntóno naciona:.
"se empenhará para o forta- PCB-RJ lutará para que, a de partidos que represen- e setores em tomo de uma de d01s secretários de Esta-
lecimento da frente demo- do, Juca Sampaio e Cláudio • O Conselho Brasileiro
partir do núcleo principal da tem as forças democráticas candidatura, unitária, inclu- de Defesa da Paz (Conde-
crática, priorizando, em seu Frente formado em 1985, 0u e progressistas, consideran- sive já n0 primeiro turno das Humberto Rosa e Silva, do
conselheiro do Tribunal de paz) está em campanha para-
interior, a articulação das seja, o PSBJ PCB , PC do do que devem estar presen- eleições. Os comunistas co- ampliar o número de ieus
forças progressistas e de es- B e setores do PMDB, haja tes o PDT, o PT, o PC do municaram ao prefeito que Contas Geraldo Sampaio,
do presidente do Diretório associados. A campanha foi
querda". Reafirmando a um crescimento da amplitu- B, o PSB e o PV, sem ex- procurarão contribuir para lançada no Rio de Janeiro
necessidade de uma admi- de da Frente com organiza- cluir outras forças e perso- a solução eleitoral que me- Municipal do PT Ricardo
nistração de coalizão demo- Coelho e do presidente do em reunião na Associação
ções como o PT, o PV e se- nalidades partidárias, inclu- lhor atenda às' necessidades Brasileira de Imprensa, sob
crática - capaz de contri- tores do PDT que .rompe- sive do PMDB , cujos seto- políticas e eleitorais da Diretório Estadual do PSB
Ronaldo Lessa. João Sam- a presidência de Barbosa
buir para a ampliação das ram com o populismo. Lu- res progressistas foram der- Frente Popular, sem privile- ' Lima Sobrinho.
liberdades públicas e en- tando pela coligação, e con- rotados nas convenções zo- giar ou votar qualquer dos paio, candidato a prefeito
frentar os graves problemas centrando esforços em ape- nais realizadas recentemen- nomes colocados em discus- da capital alagoana pelo • Por todo o País, o PCB
da população - , os comu- ~ras um 1.:a.at.lit.laio a vere 'l- te. O PCB-DF alerca que es- são. mas b uscam.lo o mais PFL, taml:-ém e steve p 1·c- di scu te a perestroika e a
nistas cariocas consideram dor. os comurristas cariocas tá colocada a oport unidade adeq uado como fator de senti:, assim çomo muitos lí- glasnost e sua influênciana
uma tarefa premente conse- esperam coaq_ujg_ar um l! histórica de e leger um go- unidade e com condições de deres sindicais. Com " Para- conjuntura mundial. O Di-
guir a u.nidade das forças grande vitória política neste vernador das forças demo- êxito eleitoral. ' béns pra Você" e " A Inter- retório Municipal de São
naciona l", e muita reper- Paulo lotou sua sede para
cussão na imprensa local, a a discussão do tema com o

DO LEITOR
Imprensa partidária festança foi um sucesso. dirigente nacional Teodoro
Melo no último dia 25. E m
• A Câmara Municipal de Belé m, no mesmo dia, com
O Direlório .Regional do Rio Toledo, no oeste paranaen- a presença do presidente
C3 rande do Sul continua editan- se, por requerimento do ve- Regional do PCB/SP, Anto-
Mais respeito peles leis eco- - e os comunistas brasile i- reador comunista Luís Car-
nômicas ros precisam urgentemente do se u boletim. que está no nú- nio Rezk, o tema foi discu-
mero 3. sempre tratando do as- los Schroede r, apresentou tido pelo secretário estadual,
compreender isso.- é ter congratulações ao PC B pe-
Apesar da perestroika. na mais resl'eito pelas leis da sunto mais premente do mo- do Trabalho Romero Xime-
economia, como propõe men t0 para as a tividades do los seus 66 a nos de vid a, nes, pelo deputado estadual
hora de definir prioridades constituindo-se no mais a n-
e tarefas ainda não fazemos Go,rbatchov, observando os Partidão. Esta terceira edicão do PT Edmilson R odrigues,
probleipas de se u próprio tráz a discussão sobre um pl~no tigo Partido brasileiro. pelo presidente do Instituto
outra coisa que recorrer a
medidas demagógicas, mé- país, a União Soviética. suplementar de finanças que dê • Também em Campos, Cultural Brasil-União So-
todos ultrapassados , posi- A Direção Nacio nal do conta das novas necessidades no ,Rio de Janeiro, os mili- viética Ney Koschek e pelo
ções populistas, que estão PCB já destacou a necessi- de um Panido em crescimento tantes e amigos do Partidão vereador comunista Arnal-
totalmente em desacordo dade de compreendermos e· acentuado, com gastos muito comemoraram seus 66 anos do Jordy. O debate foi reali-
com o marxismo-leninismo. aplicar a perestroika, o que mais elevados em sua organi- de luta. Na oportunidade, zado na Câmara Municipal
É o caso de um recente quer dizer acabar de vez zação. representando a Executiva de Belém.
artigo pt]blicado aa Voz, on- co m o vóluntarismo na
de um economista argu- aborda~em de problemas
menta que, para resolver os eeonõm1cos e políticos. tro- o COSTA I O ~JE vc,ci <;elco to>~
Wr Mil,)j,IA- IOAoE
'i,~)(O e 80M
problemas de sua região (o car o populismo pelo com- •O ~HII 00 ~ t,ift 7 l<I'\ QI/M.4)IIE/2
Nordeste), se ria preeiso premisso com a 9.ualidade
~ 7 ~~ l'/to4'~G41NPf\
" mudar o discurso conser- e com a eficiência. Caso ::::,
ftOf'!(,A.,il>A
:-e
1
-e- I..IJG-lrt(
-C:-

~~ ~
vador" trocando "a política contrário, nunca voJrare-
o
~
do luêro" pela " política do mos a ocupar o lugar de van-

,~
emprego", no interesse das guarda que nos está reser- o

-8
"grandes maiorias". vado, e que , por comodis-
Ora, o fato é que, espe- mo e incompetência , nos re- õ
cialmente naquela região., cusamos a assumir. cn
não se faz nem uma coisa Pedro Scuro Neto, São Pau-
nem outra. O que é preciso lo (SP)
-;r~~

AC - Rio Branco: Pedro Viecncc C,su, Sobrinho 10 d~ 0livclro Sancos, 4-0 _ (027 ) 222• 1227 _ que de Caxias, 540 - 2• s/201 - Calçadão - !}-CRlo de ludro, Av. Prcsldenrc Va,ps. 529.
- Rua Alegria, 70 - Bosque - CEP 69.900. ConJ. 302 -CEP'29.000. CEP 58.000 - (083) 226-4066. . • r - EP 20031 (021) 221-2333.
"!,- Ml<d6: Gcn>ldodc Majclla-Av. Moreira G oá :- ~ : Paulo Arruda Vilar - Av. Univcr• PR _ C•rltiba: Tànla Mara l21dora Pc_rc,ra - 11;0 - . Porto V..,, loto Teiuira de Melo - Av.
Uma, 18 - CEP 57.000 -(082) 221-7414 s1e na ...,. CEP 74 000 (062) 223 Rua Marechal Aoríano, Pcixoro, 50 - 8' s/801 Pinheiro Machado - Etquina e/ Rua Brullia -
AM - Mlaaus: Josc Í'àiva l'llho - Rua T~p~ Cx, Posral, Ü44. ' - · 5450 - _ CEP 80.000 - (04&234-24!!2, Ed. do Loiro - 1• s/8 - CEP 78.900,
~-P,Scnrro - Manaus -CEP 69.000 - ( ) MA _ Slo Lu!J, Tomaz Jo·, ' dos Sancos _ Ru·• PE _ Rttlfe: P:iulo valcanto - Ruo Eduardo SC- t'lo<tudpc,llo: Gerõnimo Wandcrlcy Macba·
.,..., N t 329 "" de Carvalho, 32 - Boa Vista - Ci:EP 50.000 - do - Pça. Pereira Oliveira, 6 - Sola 9 - CEP
Semanário Nacional AP - Macapi: Jost Fernando de. Medci, os _
Av Prcsídencc Vargas, 2449 _ CEP 68.900 _
22~~Í3:i.
MS Cam G
- Cenrro - CEP 65 .000 (098) (081) 231.0859, ·
PI _ Tensloa: Flávio Moracs - . Rua Lcõncio
88.000.
SE - Ar-i,,, Wcllingtoo oanw Manauclr■ -
(096) 231-4566. - :fc° rude: Ma ria Helena Branchcr Fcnn, 1260 - Baino Morada do Sol - CEP Trav. Quintilhiano da f'onscca, 232-0Ef49.000
BA - Sllvador. Hcicor Casaise Suvu- Rua Mou• <Õ6;u;J~ 1.lulh o. 2526 -- I• CEP 79.005 -
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28- Vf16ria: Dnrcy dc.Souz.a Filho- RuaAll>cr• PB- Joio P....1: lrcmnr Bronuado -Ruo Du• =-
337 Arcovcrdc. 2.978 -Sio Paulo.

J
7
~ 07 /04188 a 13/04/88 9
São Paulo
FICHA NA MAO
Ponta Grossa dispara
Considerada um dos re• do amplame nte a m et a d e
Explosãode filiaçõesna Capital
dutos nacionais da direita e 572. Para o p reside nte do
do que há de mais conser- PCB local , José d a G uia La-
vador , Ponta Gross~ de· roca, o município é bast a nte Já são ~ ais de 10 mil os filiados em São Paulo, capital,
monstrou que não exi_stem avançado d o po nto d e vista
povos ou cidades reaetoná· capitalist a, com indústrias e
rias. Contando em outub_ro u ~versidades e, p o rta nto, e o ânimo da militância já indica a nova meta: conseguir l
de 1986 com apenas 10 fiha• nao pode ser r e acion á rio 1
dos hoje O PCB local co~ta politicamente . 50 mil mem~ros para o Partido até o final do ano.
coa: 839 filiados, cumpnn·
l
1
Mais três no Pará Uma explosão. Esta é a
melhor palavra para descre-
tório Municipr Luís Car-
los Moura, esta ascensão se . l
Os município s de Ananin-
deua (segundo colégio elei-
são 12 mun icípios e m ais de
4 mil filiações realizad as, d e
ve r o crescimento do Par-
tido Comunista Brasileiro
deve a vários motivos.
l
toral e primeiro centro in- uma meta de 18 cidades e pa capital paulista, centro Fatores impo rtantes fo.
dustrial do Pará) , Santa Isa-
bel e Moju já cobrir am su as
5. SOO filiados. Os paraenses
esperam cobrir a cota rapi-
nacio nal da classe operária
e coração eco nómico do
ram as quatro reuniões rea-
lizadas nas diversas regiões
11
cotas da Campanha N acio- damente : País, com mais de 11 mi-
nal de Filiação do "PCB. lá
lhões de habitantes e sete
milhões de eleitores. Já são
da cidade com os membros
d a Direção Naçion a l d o
PCB , a concentraçho reali-
l1
10.162 fili a do s, com as
quartas-vias das fichas em
zada no centro da éidade no
dia três de fevereiro e o pro- l
poder da Direção Munici- grama de televisão do PC B.
lá "'ão 1 f§J os ü \iados nes- lntegr ação, o que já vem pal , o que significa que o ' A quinzena de filiações que·
ta cidade do interio r gaú- sendo feito. Agora , os mili· Partidão paulistano cobriu procedeu ao programa de-
cho, das 230 que compu· taotes de Alegrete, junta- integra lme nte a primeira ram os primeiros resultados
nh am sua meta. Agora, o mente com os de Livramen• etapa de sua campanha de significativos. e daí em dian•
trabalho é organizar os n ú- to, São Borja e Bagé desen- filiações: realizar 50% do te a coisa foi de vento em
cleo s de dinamização parti- volverão o trabalho nas de- número total até 31 de mar- ' popa .
dária e ministrar o Curso de mais cidades da região. ço , ou seja, cumprir 10.115
filiações das 20.230 que a
atual lei dos partidos políti· Colaborou muito para is-
750 em Santa Catarina cos exige p.ara a concessão to a lqcalização, por parte:
,fa Di rec;ãn Municipal, de lí-
du regislru delinilivu.
de ranças de bairros da peri-
R ealizada , no último dia nau com 62 e, nas demais Além de cobrir integral•
cidades, 84 filiações , o que feria, que entraram de fato
26 , a reunião de controle da mente sua ineta na Capital
ca iypanb a d e fi liação de dá um total de 750. A meta para o Partido e desenvol-
SarHa Catarina, com a pr e• como um todo, vários dos
do PCB no estado é a filia- veram com todo o gás a ca-
sença do secretário nacional 35 zonais em que se divide
ção d e 8 mil cararinenses em minhada. Também foi ela•
de organização Givaldo Si- a cidade - são como 35 ci-
40 municípios. Destacam-se bo rado um plano especial
q ueira, os resultados foram dades reunidas em um só -
n a camp anh a a mfütante de finanças para a campa-
os seguin tes: Joinville com Lúcia Scharzmann, com 239
já totalizaram suas metas fi. nha, inclusive com a cober-
305 filiados, Criciúma com filiações, e Jorge Magnanin.
na is. como Campo Limpo tura de despesas para mais
110, São José com 99, Flo- com 89. (1.027 filiados), Casa Verde de d uas dezênas dê militan•
riaoópolis com 90, Blume• tes dedicaram-se integral•
(736). Santana (937) e Fre- Campanha de filiação em São Paulo
guesia do ó (630). Há qua- me nte ao trabalho ·de filia-
tro zonais que deverão cum- ções. Foi comprado um mi-
Filiando prir suas cotas finais ainda cró-ô nibus, de vida mente

•Em FortaJe-za,o 942 Zo-


e m a bril. como Ermilino
novas fichas do total de 901 Matarazzo (515 filiações das
Meta é filiar 20 mil decorado e com aparelha-
gem de som, que é um su-
nal foi o primeire a cobrir que co nstitue m s ua me ta. 662 necessárias), Capela do Para Luís Carlos Moura, a segunda etapa da campa• cesso po r tod a a cida de ,
sua cota de filiação, com 609 Em re união ampliad a para Soco rro (830 das 930 neces- o sucesso começou com a nha , que deve ser a o bten• além de um grande instru•
novos membr os do Parti- balanço da campanha no es- sárias. é o maior zonal da supe ração das resistências ção ainda em j unho d os 20 me nto para a c·a mpanha. Já
dão. A direção çfeste Zonal tad o , concluiu-se que um cidad e), G uaianases {488 pa ra a filiação, e que ainda mil filiados. Mas, a campa- foram ministrados mais •,,.
preP.ara para o dia 21 d e d os g randes problemas .da das 586) e Vila Maria (386 não estão totalmente e limi· nha não deve parar po r aí, dez C ursos de Integração
abril o Primeiro Enco n tro campanha é o preenchime n• d as 530). l sro representa pois no Segundo E nco ntro Pa rtidária entre os novos fi.
to errado das fichas de filia· que, ainda em abril, mais de nadas.
dos candidatos a ve reador , "Isto re vela q ue há ainda a Direção Municipal p ropo- liados, e dezenas de novos
quando serão discutidas as ção o que faz co m q ue de•
propostas do PCB e reali- ze n~s delas fique m mutÜi- 20% dos w nais de São Paulo por parte de alguns militan- rá q ue a meta a ser alcan· núcl eos de din a m ização
Játerãocumprido integral- tes e organizações partidá- çada até o final do ano seja pa rtidária são constituídas,
zadà uma reflexão sobre a zad as.
me n te suas metas. E há, r-ias resistê ncias à efetiva• de 50 mil filiados, procuran- muitas vezes em regiões on•
realidade da capital cearen- *Lagoa Santa ,cidade lo · ainda , quatro zonais que já
se. No 82u Zonal, foi eleita ção de ta re fas políticas e um do combinar da melho r ma• de sequer existia o Partido
nova direção. Existem 389 calizada na R egião Metro• ultra passar am os 50% de opo rtunismo muito grande . ne ira as eleições municipais organizado ante riormente,
filiados dos 599 da meta des- po li tan a d a G r a nde Belo suas cotas: Bela Vista ( 400 A filiação e transformação com a fi liação. Já está sendo c om o na Ca s a Ve rd e,
te Zonal. Horizonte, com fo rte pr~- das 6 14), Vila Prude nt e destes novos membros em preparada um a sistematiza- G uaianases, Capela do So-
sença da constr ução c1v_tl, (312 das 566). Jabaquara
º No Mato Grosso do Sul cumpriu a sua cota de filia· militantes é essencial para ção informatizada do perfil corro ,.C ampo Limpo, Jaba•
dois.fatos colaboraram par~ ções e caminh a pra a estr~- (287 das 566) e Cidade Ade- o Partido , que mesmo com dos novos filiados por sexo, quara , Cid ade Ademar etc.
a ~3!1cada da campanha: turação d efinitiva de se u Di- m a r (310 das 612). 300 mil filiados ainda será idade, profissão etc.
p n me1ro , a visita do ator retório Municipal. Dest a · pequeno êm relação as ta re- Será realizada para o Se-
Stepan Nercessian e, se_gun• cou-se na campanha Carlos fas que estão pela frente ". E m ais: o secretá rio de gundo Encontro dos Comu-
do. a palestra sob re Cuba Anésio dos San tos , co m O começo da explosão
" Mas. d e fo rma ge ra l , o organização, Yukitaka Mi- nistas da Capital, progra-
p ro m o vid a _pelo dirigente mais de 100 filiações. conjun to do P artido reagiu to , informa que os quaren ta m a d o pa r a 22 d e m aio ,
estadual Lu1z Carlos Rib.ei-
ro, tud o isto co ro ado por • A Voz solicita que todas N os princípios de feverei- a, atura
1 em t od a a c·dade
• mo nitores dos cursos parti· g ra n d e auv1
· ·d a d e e n t re os
uma grande festa para os 66 as notícias sobre a ca mpl!- e os mut,i róes se muh ipli· dá ri os tra nsfor ma ra n -se novos filiados. Ma.is de 10
anos de vida do PCB . Cam- nha de filiações se jam co- va somente ro , o PCB paulistano co.nta- cam, em uma média de dez também em organizadores ·1 t. d
com 30% de sua m, aerogramas es ao sen o
po Grande conta com 320 municadas à red ação , se ja por semana. das novas bases, dando a as• enviados e o número de de
filiados e toda a militância por carta, telex ou telefone. meta de conseguir a metade sisténcia devida e educando ' ·
fj. .ados até 3 1 de março Está convocada , para o legados para este encon tro
luta f~ª atingir a, meta de
2 mi filiações a te dezem-
A redação da Voz fica na de 11
Rua Bento Freitas 362 4t Em relação aos núme ros re-
dia 15 de maio, re união da os novos filiados sobre as
Direção Municipal, amplia· idé ias dos comunistas e sua
deverá ser aproximadamen-
te 400, bastante s upe 1ior
bro. andar, São -Paulo (SP), éEP gistrados nesta data, obser• da com a partici pação dos história. São os comunistas aos 70 do Primeiro E ncon•
01220, fone (011) 231-.2 9Úí va-se q ue há um ace lera- presidentes de todos os z 0 • paulistanos mostrando ser- tro , ma ntido o critéri9 de
'"Macei6 Já con ta com 444 telex (011) 32 006 '
mento da fi liação em pro- nais , q uando será discutida viço. re presentação de 1 delega•
gressão geométrica. Na opi· do pa ra cad a dez militantes,
• <· •• , Pil!Q do J?rpsidente do piçe_~ r u .-iti. _ - ~ ;

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PANAMA

Apertando o cerco Início d~ desmilitarização


As cidades de Waren an der breve, estimulando assim iniciati-
Mue ritz e Bischofswerda assisti- vas semelhantes no continente eu-
ca com a campanha desestabili~a- ram , pela primeira vez à retirada rop~u. Fica a expectativa, em to-
O s setores populares e demo-
cráticos panamenhos reivin-
dicam a descolonização do país e
dora coma ndada pelo empresana- dos mísseis soviéticos de curto al- das as partes, de uma rápida entra-
do local. e afirmou que os EUA cance, a ntes do tempo marcado da em vigor do citado acordo.
a administração nacional do Canal querem impor um governo ob_e- para e st as opera;ões. O embaixa-
em benefício da sociedade e do diente para perpetuar a ocupaçao dor ~o.lfga ~g M_e yer, porta-voz Mís.seis desmontados servem para
desenvolvimento económico; pe- do Canal. Pouco depois, o conse- do Mt~i sténo dos Negócios Es- fabricar guindastes
dem unidade, diálogo e um acordo lheiro comerdal da embaixada tran_ge1ros da República Demo-
crát1,~a Alemã, declarou à ADN Uma empresa mista, formada
patriótico. O governo dos EUA, norte-americana em Ciudad de que esta m~dida volta a testemu-
oposto ao pacifismo do Panamá Panamá, D. Miller, foi preso nhar a política construtiva de paz pela usina de guindastes Insurr~i-
ção de Janeiro, de Odessa, e a fir-.
na América Central , pretende quando participava de uma p_a~- levada a ca}Jo pel~ URSS, RDA
ma alemã-ocidental Liebhec, de
manter as suas 14 bases militares seata da direita. A "Cruzada CJVJ· e outros_pa~ses socialistas". Baden-Wuertemberg, vai utilizai
na Zona. Essa é a análise da maio- lista", responsável pelas desor- A agenc1a de notícias alemã os chassis dos mísseis SS-20, a se-
ria dos observadores políticos da dens antigovernamentais n? Pan~- acentuou que o fato constitui mais rem desmontados com base no
área. má é liderada pelo pedec1sta Ri- uma contnbuição concreta para a acordo de desarmamento EUA·
pronta retificação do acordo so-
O Canal é estratégjco para a po- cardo Arias, que prometeu limitar URSS, para a produção de guin-
viético-norte-ameri,;ano, celebra-
lítica belicista da administração os Tratados, e pelo ex-presidente do em 8 de dezemhro último e dastes de grande capacidade de
norte-americana, que ali mantém e veterano político pró- norte- que visa criar condições favoráv~is carga. Segundo a agência Nóvosti,
10 mil soldados permanentes e in- americano Amulfo Arias. o projeto preliminar e os cálculos
para sua materialização.
Em fevereiro, uma semana após dos e specialistas dos dois paíst:s
fra-estru tura para abastecer os General Manuel Norlega Com ese propósito, o embaixa- comprovaram a viabilidade técnt·
'·contra" nicaraguenses, o exérci- entrevistar-se com o secretário de dor Meyer realçou que a RDA ca da _idéia e a URSS já prepara
to salvadorenho, e coordenar gan, inimigo declarado deste com- Estado adjunto de Reagan, E . atua em conjunto com a União So- o PIOJeto definitivo do equipa-
ações na América do Sul. O ner- promisso e de Torrijos; o líder pa- Abrams, o então presidente Dei viética e outros países do Pacto mento.
vosismo aumenta com a proximi- namenho mor.·e em um discutido Valle nomeou outro oficial à fren- de Varsóvia, seguindo o princípio A empresa, que funciona desde
dade de 1990, data prevista nos acidente aéreo; sucedem-lhe go- te das FND. A Assembléia Nacio- de que não se deve dar tréguas setembro de 1987, fabricará, inde-
ao processo do desarmamento. pendente deste acordo, guindastes
tratados Torrijos-Carter para que vernantes e chefes militares liga- nal demitiu Dei Valle e ratificou
Erich Honecker, presidente do autopropulsionados com capaci-
os panamenhos comecem a con- dos à burguesia. Noriega. Diante do fracasso da Conselho de Estado da RDA e
da'de de 45 e 60 toneladas, com
trolar o Canal e para a gradual O atual chefe das Forças de De- manobra, o governo de Washing- secretário-geral do CC do PSUA tecnologia alemã e execução in-
retirada dos norte-americanos. fesa Nacional panamenhas, Ma- ton congelou os bens panamenhos - Partido Socialista Unificado da dustrial soviética. O volume da
t Em 1903, o Panamá separou-se nuel Noriega, reafirma o cumpri-
da Colombia, " protegido" pela mento dos Tratados e a exigência
no seu território e os pagamentos Alemanha - dirigiu carta ao produção deve alcançar 700 unida-
pelo uso do Canal (50 milhões de chanceler Helmut Kohl, da Ale- des anuais dentro de quatro anos.
marinha ianque; passados 15 dias, da saída das tropas do Comando dólares). suspendendo também manha Federal, apresentando Um outro modelo, com flecha te•
o governo dos Estados Unidos e Sul. rejeitando a pretensão do créditos e subsídios à exportação. uma série de propostas visando à lescópica e capacidade de 140 to-
um empresário francês (Tratado conselheiro de Segurança Nacio- Reforços militares norte-ameri- realização, em larga escala, do neladas, já foi aprovado nos testes
Hay-Buneau) negociaram a pro- nal dos Estados Unidos, J. Poin- canos foram enviados para o Ca- p,rocesso de desarmamento. de temperaturas extremas ( 40 2 ne-
Agora, em retribuição. os sovié- gativos e 4()'l posltivos) e também
1 priedade perpétua do Canal em dexter, para que o Panamá desse
construção. apoio logístico aos "contras" e
nal , durante as manobras denomi-
ticos aguardam a retirada dos mís- será produzido pela empresa mis-
nadas ·'Guerreiro total"; o exercí- seis norte -ame ricano.~, e m data ta.
Vitória diplomática do genecal abandbnai:re o Grupo de Conta- cio. com dura~o de um mês, in- ·
1 Torrijos, em 1977, foi o acordo dora. clui estacionamento de barcos de
com Washington para devolução No ano passado, o parlamento guerra em frente às costas e fogo CHILE
do Canal até 31 de dezembro de panamenho. e leito pelo povo, de- de aviação (com munição real) no
1999. Assume a presidência Rea- nunciou os vínculos da Casa Bran- espaço aéreo panamenho. (JP)
Nova armadilha.de Pinochet
Em inícios de fevereiro passa- país não participam, os meios de
do , o Partido Comunista do Chile informação são monopólio do re-

Pouco ânimo, muito dinheiro emitiu uma declaração sobre a gime, a repressão é a principal po-
conjuntura política nesse i:afs, da lítica estatal. O organizador tem
qual extraímos comentários sobre poucas chances de perder.
algumas das principais idéias. É um plano de Washington,
da a dinheiro das mais diversas Partido Democrata. Porém, após Pinochet resolveu organizar no- preocupado pelo desgaste da sua
Carlos Alberto Noronha procedências. a realização das primárias de Co- vo plebiscito. Não sobre os proble- criatura, que procura criar ilusões
Sem definições aparentes. os nnecticut, o pastor negro Jessse mas que envolvem quase a totali- eleitorais com o falso pleito, en-
candidatos a candidato vêm o tem- Jackso n praticamente empatou dade dos chilenos, condições de torpecer a sociedade, dividir a
Nos dias 21 de julho, em Atlan-
po correr com um certo desânimo em número de delegados com Du- vida. desemprego , falta de mora- oposição com o objetivo de man-
ta, e 18 de agosto, em Nova Or- kakis. dia e serviços médicos, libertação ter a economia no bolso das trans-
leans, saem respectivamente os por parte dos eleitores. Afinal, os de presos políticos, retorno dos nacionais. Alguns setores políticos
Jackson é um fenómeno político
candidatos democrata e republica- nomes que se apresentam são figu- exilados, legalização dos partidos locais colaboram com o empenho
ras importantes da vida política curioso . Ex-assessor de Martin e fim das torturas. O assunto é autolegitirnador da institucionali-
no às eleições presidenciais norte- Luther King, ele defende a criação se haverá ou não candidato único dade fascista . .
americanas em 8 de novembro dos EUA.
de um Estado palestino, o não pa- para as eleições de 1989. . . . Só a ampla e combativa partici-
deste ano. Pelo lado dos republicanos, · o gamento da dívida externa por O regulamento é a const1tu1çao pação das massas trará para o Chi-
Até lá, os finalistas terão gasto nome mais forte é o do vice-pre- parte dos devedores latino-ameri- pinochetista de 1980: milhares de le a urgente e merecida aurora de-
cada um cerca de 20 milhões de sidente George Bush. Até pouco canos, propõe a formação de asso- cidadãos presos ou expulsos do mocrática.
dólares, pego centenas de crianci- tempo. mostrou-se de uma fideli- ciação energética com o México
nhas no colo e posado para milha- dade incomum ao presidente Rea- e Venezuela e se ofereceu como
res de fotos que ilustrarão uma das gan. O recente escândalo Irá-con- mediador na crise entre os EUA INDONtslA
mais caras campanhas eleitorais tras comprometeu bastante s ua e o Panamá . Dentro do quadro
de toda a história dos EUA. imagem . Há indícios de que Bush político norte-americano,. ele é ti-
Por enquanto, a diversão são as
primárias, uma espécie de preli-
está atolado até o pescoço e negar
ou admitir sua participação no epi-
do como de "esquerda".O proble-
ma do pastor Jackson é que ele
Ditadura fuzila comunistas
minar das convenções nacionais, sódio funcionaria corno um torpe- é negro, e dificilmente a sociedade
onde os candidatos somam delega- O regime ditatorial indonésio Muitos outros, na prisão, conti:
do na sua candidatura. Além do dos EUA aceitaria um presidente do general Suharto executou se-
dos para poderem ser ungidos co- nuam aguardando execução. "Es-
mais, conta a lenda que dificilmen- que não fossse branco. A questão cretamente , em 17 de novembro te regime", salienta o PC indoné-
mo os aspirantes à Casa Branca. te um vice-presidente consegue racial nos Estados Unidos ainda passado , dois membros do Partido sio, " viola os direitos civis e demo-
O Partido Republicano e o Par- chegar à presidencia pela força do está longe de sua superação. Comunista da Indonésia, segundo cráticos do povo da Indonésia e
1 tido Democrata formam a base
desse mito chamado de " democra-
voto. Pelo lado dos democratas,
há uma situação bastante curiosa.
Na política externa , a nebulo- foi recente mente divulgado na.Eu- oprime com brutalidade as forças
sidade é total. Bush seria uma con- ropa. de oposição". .
cia americana·•. Embora os de- Se a eleição fosse hoje, o vencedor tinuidade de Reagan, colocando As duas vítimas, conhecidas Os comunistas indo_nésio~ lan-
mais partidos possam participar da - segundo as pesquisas de opi- em risco os recentes acordos de apenas como Suwandi e Sukhar- çam um apelo à comum~adeOmte~-
1 campanha (entre eles o PC norte-
americano), apenas os dois gigan-
nião - seria o ex-governador de
Massachussets, Mic:1ael Dukakis,
desarmamento com a URSS e o man, estav~ detidas há quase 20 me
cessar-fogo negociado entre o go- anos na pnsao de Pamekasan na
nacional para que pres_sione regi-
de Djakarta (a cap1ta1), no sen-
tido de pôr fim à repressao e assas-
[ tes têm chance de vencer, os ou-
1ros somente fazem figuração.
um descendente de imigrantes
gregos que conta com o apoio e
verno sandinista e os "contras" em ilha Mhadura, a leste de Java.'
Sapoá. Jackson, por sua vez, é do-
sinatos políti~os, r~staurar todos
Durante os últimos três anos , os direitos cívicos, hbc;rtar os_pre-
1 Não há, fo~ça_política, capaz de siJJ1patia da pode rosa çlã dos Ke- no de uma retórica esquemática a ditaaurlJ assassinou numerosos sos políticos e devolver 'a's· hber-
ba11;ç:ár. O$ g14st.()p fa,b,~QSQ~. cppi 11neqYf,, ,e,.issç,. S:Ágn,ffic~ÂlQà, p1;14e e pfi!uao ieriginalf•qu~ 111\qiwaz,11~· presos políticos - com\miatas: e Eladé's demberát\cas"paflif1'toélb"õ
unia campa·nna presidénciaf, rega- da engrena.gern da máquina do nhumã certeza de paz. outros democratas e sindicalistas. povo.
______________.,.._________ -1
· ,, CLl~TIJR~. 1
,
1 11
ANA DE IIOUANDA

Beleza e verdade intransferíveis


por Lu'8 Avellma
Gradeia llagnonl
80 quando entrou no PCB. Foi
aí que c6meçou a ter uma linha
política definida. O Partidão
á muito que se buscar para lhe deu a consciência de que,
H tecer o perfil desta ~u-
lher que antes -de tudo respira
como cidadã, tem q_ue estar in-
formada, ser participante. ·
vi&. Não basta simplesmen_!e A cantora mostra-se exul-
dizer que ela nasceu em S3:0 tante com as transformações
Paulo, no seio ~e ll11:1ª famíli_a q_ue vêm ocorrendo, com a cu-
que .marcou a históna da mu- nosidade que o Partido está
1 SJca brasileira, como também
a historiografia dest<: País.
despertando nas pe~soas, prin-
cipalmente entre os jovens. Fa-
l
Co1110 toda paulistana de
quatro costados, estudou no
la de perestroika. Tem ·uma
consciência profunda do que
l
.l)rs ()fseaux. Seu pai, conhe-
cido historiador, é uma lem-
isso tudo representa: "Gorbat-
cbov é uma figura simpática,
l
brança viva, constante . Dele, sensata. N'ão,dá mais para ou-
e\a herdou o gesto carinhoso vir aquela propaganda babaca
no ttat~ com as pessoas, o contra comurustas. Tudo está
amor à vida, o lado humanista.
Ana de Ho\\anda, 39 anos
muito transparente. "
O telefone toca constan te- 1
voz e as\)ecto de menina ad~ mente. Na porta, a empregada
q_urre seml)re um ai: de ~erie- atende um vendedor que insis-
dade a.o telembrar os entes te em falar com a dona da casa:
q_uendo':'., C\ua.ndo fa.\a do pai vender " ofertas" . Ana ri. Na
~ér~o Buat(\Ue de Ho\\anda' sala, pequena mas confortável, 1

da mãe Ma.ri.a Amélia, ou mes~ uma boa quantidade de foto- l


mo à.e seus irmãos, uma galeria
de gente famosa: Miúcha, Chi-
co, Cristina, mais os outros
três, todos importantes em
grafias, poste rs, pinturas: o
pai, o historiador Sérgio Buar-
que de H ollanda, retratado pe-
lo fabuloso Flávio de Carva-
l
suas devidas funções. lho; Fidel Castro sorridente
entre Ana e Fernando Peixoto,
-l
Um verdadeiro carretel de acontece? Parece que a ascen- Ana parece sempre estar ao balho que desenvolve em
lembranças é desenrolado na são do irmão começou a inibir lado de coísas verdadeiras, Osasco, onde é secretária da seu marido; o velho casarão do 1
casa da rua Kansas. Lembran-
ças que começam no velho ca-
as meninas, que decidem partir
para festivais, ou mesmo para
sempre buscando uma lingua-
gem adequada, coerente com
Cultura. Orgulha-se do q1Je
vem conseguindo fazer: ofici-
Pacaembu, em cores sóbrias,
evocando mil e uma lembran- l
sarão do Pacaembu, partem animação de festinhas. a ,sua pró pria linguagem. ças. Mas, nada assenta tão bem
nas, cursos, uma tentativa de naquela grande parede comq_ o
para Roma, deságuam no Rio Mas, como nem tudo é festa, Numa determinada época, informar e formar pessoas, de
de Janeiro. em 1968 o casamento aparece rosto de Ana, estampado em
atuou na periferia, trabalhan- forma que elas possam aplicar pre to e branco. Lembrando
Teve uma infância muito ri- na vida de Ana. Vai atuar em do em cima do real. Suas cons- esse aprendizado à vida práti- Torquato, um ar pessoal , in-
~- ~~ em teil\\.o~ matenai~ o\ltias á1ea.s. Arte~ plásticas. tantes atuações nesst1s regiões ca_ Ass1m, Ana de H ollanda
transferível.
1 - que isso pouco importa. por exemplo. Filhos aparecenl semere tinham sua razão de vai acumulando em sua pastâ'
Cresceu praticamente em meio do, o desejo de cantar aumen- ser. E uma região onde se sente de serviços uma série de reali- Quase meio-dia. Ana lem-
a intelectualidade, catedráti- tando. O vazio do som. E o bem, e muito bem: " Ali, aqui- zações que não têm o int~resse bra da Constituinte. Presiden-·
cos e mesmo entre boêmios do tempo passando, a vida desafo- lo tudo é tão real, tão mais ver- de agradar a ou b, mas de dire- cialismo? Parlamentarismo?
"A direita se organizou muito.
naipe de Vinícius de Moraes gando, a música ressurgindo, dadeiro ... Quando ia à perife- cionar as pessoas qu~ precisam É difícil dizer qualquer coisa,
e Paulo Vanzolini. "A música a idéia de fazer-se sozinha nas ria, não ·ia como turista, mas desenvolver suas aptdões. palpitar. Tá tudo muito bran-
apareceu bem cedo. Em casa, trilhas musicais. sempre fazer um trabalho es- Musa do Partidão? E por co".
nós tínhamos uma discografia Ana de Hollanda fala, gesti- pecífico, levar alguma coisa e que não? Não que se julg•Je, Bem, já que tudo está muito
fantástica. N0s anos 50, as mú- cula. Suas mãos parecem dan- não' apenas olhar como eram nem que tenha idéia de quem branco, meu caro leitor, que
sicas que eram executadas no çar um balé de graça e simetria. os pobrezinhos". a chamou assim. O lado polí- tal uma coloridinha? A foto
rádio não faziam as nossas ca- Tem um brilho nos olhos que
beças. Gostávamos mesmo era não é o das estrelas. É muito Hoje, essa mulher tem-se tico sempre existiu, embora só acima não é suficiente? E co-
de1.1m rock ou das músicas dos mais gue isso. Não tem disfar- atirado de corpo e alma ao tra- tenha se org•aniíado a partir de mo ...
anos 30 de autores como Noel ces. E o brilho da coerência,
Rosa, Mário Reis, Ismael Sil- da mulher de bem consigo mes-
va, Ataulpho e Chico Alves". ma, com a vida.
Chico solfejava, escrevinha- "Em 80, resolvi fazer um ba-
Chico no Flash que já não é um partido ..:...- pois,
va letras de músicas· Miúcha lanço da vida e percebi que e_ra E ntre os programas de varieda-
dedilhava um violão, ~antando chegada a hora de pensar sena- des que a televisão brasileira tem tá todo dividido - , vai sair com
uma bossa que tornou-se mais mente nas coisas que estavam apresentado, dois pelo menos me- um bloco mais à esquerda, mais
nova quando casou com João por fazer. Por exemplo, o tra- recem destaque. Um, pela serie- progressista e com um bom candi-
Gilberto; Ana e Cristina prer balho musica\. Um trabalho dade com que aborda os assuntos, dato, ou se o PMDB vai se manter
par_avam suas gargantas que , onde houvesse o selo da res- o outro pelo tom de descontração em cima do muro, etc e tal, e vai
~ai~ tarde, acompanhariam 0 ponsabilidade. Aí gravei o dis- de que a televisão_necessita. Tra- empurrar todo mund9 pro Brizo-
mnao em suas apresentações co Ana de Hollanda, onde reu- ta-se de Flash (Bandeirantes), co-· la:. Eu não sou brizolista, mas acho
"No início dos anos 60, Chie~ ní gente pratic~ente_ ~édita, mandado por Amaury Jr., e PerfJJ que ele tem certas qualidades, é
começava a compor, fazer es- não aceítando 1mpos1çoes de (Manchete) apresentado por O tá- uma pessoa autoritária, um pouco
petáculos em colégios ... Eu gravadoras". vio Mesquita. difícil. Por outro lado, se o PMDB
minhas duas irmãs mais nova~ Ana desenvolveu um traba- Na última quinta-feira, Ama11ry se mantiver numa posição autori-
e uma amiga o acompanháva- lho sério de técnica vocal, acre- Jr. logrou um tento: uma excelen- •tária, muito conservadora mesmo,
mos em suas apresentações. ditando em si mesma, sentin- te entrevista com Chico B11arque e vai cair todo mundo pro lado do
Formávamos o Chico e as 4 do-se Ana, e não apenas a irmã de Hollanda, que falou de sua vida .g Brizola ".
mais, mas quande> chega a vez de fulano ou sicrano, querendo artística, de seu show atual em São ~ Chico afirmou que jamais se
da televisão, mamãe entra em expandir seu próprio eco. Paulo, da família e de política. j candidataria a um cargo político,
cena: as meninas, não!" porque não tem nenhuma vocação
Quem não a ouviu cantando Perguntado sobre a questão do~
Mas, que mã_e, por mais_a~- "Amélia" e não se comoveu, presidencialismo, o cantor respon- para tal. Acha admirável a facili-
toritária que seJa, pode res1st1r está isento de sent:mento: deu que acha a história meio con- lamentável." Questionado sobre dade com que alguns artistas têm
à insistência dos filhos? Dona "Quem é essa mulher/ Que fusa. "Já se associou o presiden- Brizola e sobre quem seria seu em se dedicarem à política.
Maria Amélia cederia aos pe- canta como dobra o sino?/ cialismo a uma vitória do Sarney candidato à presidência , Chico O programa Flash vai ao ar de
didos insistentes do Chico, até Queria cantar pro meu meni- e dos cinco anos, e já se dá como respondeu: "Não sej C01!1,0 vai ser, segunda a sexta-fei ra das 00:00 à:;
o monJentQ,AIP. qu~..~s.t~.par.te ,.nof,Que•ele.,já•.não pD,ale •mais -éertá if perma'aê'fttla desse gover- nem que,m yai·ser oantlitiat1~
sp~JlOJ?~ª'9~f~{~; OdJp~ ~fllrlvri~
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Jrr,,'I ' •'i(j;:í/fti'~W•, wr,r!,,•l:;{J'71ÍI~'úih
s quilombos, confor· '
me já afirmamos, ti-
nham várias formas
de orga ni zação .
Muitos eram peque-
nos, outros maiores,
Como•se
organizavam
mas todos com o
mesmo objetivo: fugir do sistema
escravista. Em face da grande di-
versificação da economia escravir-
ta, muitas vezes os quilombos rt-
produziam internamente o tipo da

os quilom6óS-
átea na qual se organizavam. Por
isso, embora a maioria praticasse
a agricultura, em face da grande
.
, ..,~"
'>'
.) .,
.j,.
• I

tradição agrícola dos povos africa-


nos, não havia uniformidade na-
quilo que poderíamos atualmente
denominar modelos económicos.
Décio Freitas fez uma tipologia munidade e eram responsáveis por tradição oral africana), havia obe-
dos quilombos. Para ele houve, ela. diência incondicional àquele que
pelo menos. sete tipos fundamen- Como estavam sujeitos às inva- era escolhido como chefe pela co-
tais: a) os agdcolas, que prevale- sões periódicas das forças de re- munidade. Assim foi com Ganga-
ceram por todas as partes do Bra- pressão que agiam constantemen- Zumba e Zumbi, em Palmares, e
sil; b) os extrativistas.característi- te contra eles, os quilombos ti- assim foi também no quilombo do
cos do Amazonas, onde viviam de nham de organizar um tipo de po- Ambrósio. Ao que nos parece, is-
drogas do sertão; c) os mercantis, der capaz de defendê-los das in- so não decorreu de tradições afri-
também na Amazónia, que adqui- vestidas inimigas. No mais famoso canas, como alguns autores suge-
riam, diretamente de tribos indí- deles - a República de Palmares rem, num paralelismo culturalista
genas, as drogas para mercadejá- - havia um governo altamente contestável; mas da necessidade
las com- regatões; d) os minera- centralizado, uma monarquia ele- objetiva, permanente, de defen,-
dores em Minas Gerais, Bahia, tiva, como o define Édison Car- derem a integridade territorial e
Goiás e Mato Grosso; e) os pasto- neiro. Além disso, tinham de criar social dos quilombos das' perma-
ris, no Rio Grande do Sul, que formas de organização familiar, nentes ameaças das expedições
criavam o gado nas campanhas religiosa e, especialmente, econó- constantemente enviadas contra
ainda não apropriadafe ocupadas mica. eles.
por estancieiros; f) os de serviços. O binómio economia-defesa era
que saíam dos quilombos para tra- o eixo das preocupações mais im- Quilombos e resistência social
balhar nos·centros urbanos; e, fi- portantes dos dirigentes dos qui-
nalmente g) os predatórios, que lombos. Isso porque, se, de um As afií!llações acima levam-nos
existiam um pouco por toda parte lado. tinham de manter em ativi- a uma série de considerações ge-
e viviam dos saques praticados dade permanente grande parte da rais sobre a função dos quilombos
contra os bancos. Nos seis últimos mão-de-obra ativa da comunidade como nódulos de resistência per-
tipos, a agricultu_ra não estava au- na agricultura e em nutras ativida- m:i nente ao sistema escravistn.
sente. ,ua:, tlc:::.c:mpenbava um pa- des produtivas. de o utro, tinham Não podemos, por isso, deixar de
pel subsidiário1 • de manter um contingente de de- sali e n ta r que, durante todo o
Como vemos, a regionalização fesa militar permanente. a fim de transcurso de sua existência, eles
da economia colonial. inteiramen- preservar sua integridade territo- foram não apenas uma forc;a de
te dependeme do mercado inter- rial desgaste.atuando nos flancos do
nacional. teve como conseqüência Parece que no quilombo havia, s istema. mas, pelo contrário,
quilombos que reproduziam essa do ponto de vista religioso, mescla agiam em seu centro, isto é, atin-
economfa parcialmente, pelo me- de alguns valores do catolicismo gindo em diversos níveis as forças
nos quanto aos produtos. Tinham Este é o quarto capítulo de obras sobre a história dos popular com as religiões africanas. pro dutivas do escravismo e, ao
de executar uma economia interna Imagens de santos foram encon- mesmo tempo, criando uma socie-
que não dependesse da estrutura Quilombo, resistência ao negros brasileiros. Breve, tradas em Palmares. Já em regiões dade alte rnativa q ue , pelo seu
da sociedade abrangente. mas esta 8$Cl'lvismo, de Clóvis Moura, teremos a reedição de seu quilombolas de Minas Gerais, se- exemplo, mostrava a possibilidade
era refletida no nível daquilo que Editora Ática, Rebeliões da gundo podemos conjetura r, ba- de uma organização formada de
a economia quilombola produzia. São Paulo, 5enzala (4' ed.) seado em pesquisas arqueológicas homens livres. Essa perspectiva
Em outras palavras, os quilombos 1987. Clóvis 1888-1988 pela Editora recentes, não há vestígios de obje- q ue os quilombos apresentavam
ou se sujeitavam a uma economia tos de culto católico nos quilom- ao conjunto da sociedade da época
recoletora, o que não era possível, Mauraé Mercado Aberto, bos pesquisados? era um " perigo" e criava as pre-
sociólogo, e Sociologia
ou tinham de criar uma economia
que produzisse aquilo de que os professor ABOLIÇÃO do Negro
. No q uilo mbo do Ambrósio, em
Minas Gerais - que chegou a re u-
missas para refle xão de grandes
camadas da população oprimida ...
quilombos necessitavam e que era universitário, lktsleiro, nir mais de dez mil aquilombados Por isso mesmo.o quilombo era
r.egionalmentt: possível. de ácordo (afirma-se que sua população po• refúgio de muitos elementos mar-
com as possibilidades ecológicas e
presidente do Instituto pela Ática. Atualmente, o de ria ter chegado a 20 000) - , ginalizados pela sociedade escra-
as disponibilidades de matéria-pri- Brasileiro de Estudos sociólogo prepara o Dicionário localizado entre os municípios de vista, independentemente de sua
ma ou de sementes daquelas áreas Africanistas e autor de várias da Escravidão no Brasi. São Geraldo e Ibiá, havia, segun- cor. Era o exemplo da democracia
em que se formavam. Daí a diver- do o histo riador Waldemar de Al- racial de que tanto se fala, mas
sificação de sua estrutura. que Dé- A organização dos qujlombos lação produtora passava privações meida Baibosa, " um modelo de nunca existiu no Brasil, fora das
cio Freitas especifica. Isso. por cJU- era muito variada, dependendo do eno rmes. incluindo-se o pequeno organização e disciplina, de traba- unidades quilombolas.
tro lado, permitia uma econonua espaço ocur1, 'o. de sua população produtor, o branco pobre, o arte- lho comunitário". Para esse autor,
. de abundância, pois os quilorr ·,os inicial. da lidade do te rreno são e outras categorias. que eram os negros eram divididos em gru-
não se limitavam à monocultu ra em que se 11,,1"llavam e das possi- esmagados pela economia latifun- pos ou setores, " todos trabalhan- 1
Pa,:ticula-riza7ido -;;;;;class1//cação,
das planta rians. mas. pelo conr rá- bilidades d. ddesa cont ra as diário-escravocrata, nos quilom- do de acordo com a sua capaci- Déc,o Freitas afirma que a •·açncul-
tura (ormava a base da produçao eco-
cio, aproveitando-se dos recursos agressões da~ ;as escravistas. bos, o tipo de economia comuni- · dade". Uma particularidade do nómica. As roças se situavam o m ais
naturais regionais e de elementos Aproveitavam Jesses recursos tária ali instalado proporcionava quilombo do Ambrósio e m rela- pr6ximo possfve/ do quilombo, abran-
retirados das fazendas e dos enge- naturais regionais, e os explo ra- o acesso ao bem-estar de toda a ção à econo mia da República de gendo_a cultu~a de toda classe de géne-
nhos. dinamizaram uma agricul- vam o u industrializavam, dando- comunidade. Palmares era que nele se praticava ros al1mcntfc10s, numa variedade 9ue
a pecuária, através dos campeiros a sociedade escrovista dcsconbec,a ".
tura policultora-comunitária, que lhes. porém. uma destinação dife- ln: - O escravismo brasileiro, Porra
satisfazia às necessidades dos qu1- rente no setor da distribuição. Ao Organização política o u criadores, ao contrário da es- Alegre, Escola Superior de Teologia
lombos e ainda produzia um excc- invés de se centrarem na mono- dos quilombos trutura palmarina , onde e~sa ativi- de São Lourenço de . Brindes, J9lJO.
dent'! comerciável. cultura que caracterizava a agri- dade- não existia. A parte da popu- . p . 43.

1 Por esst: motivo. um poeta da


época, Joaquim José Lisboa, e:.-
cultura escravista, que também Para que isso acontecesse, havia lação agrícola encarregava-se dos
monopolizava a produção na mão necessidade de uma estrutura de e nge nhos, da plantação da cana
creveu: dos senhores, os quilombos prati- poder interna que dirigisse o qui- e da fabricação de açúcar e aguar- "J'Essas afirmaç&s baseiam-se ns pes-
t.ntrawm-~ pdo5 mlllJs cavam uma economia policultora. lombo. E le não era um simples dente; além disso, como produtos quis.1 de Guimaroes, Carlos
Danna, Ana lctfcia Duarr_e.
Mas:~;_
Af/ .
ecomo criam t plalltam. ao mesmo tempo distributiva eco- aglomerado amorfo , sem que seus complementares cultivavam man- logiu de quilombos em Mmas l 0 T!115 •
dinrtm•tt, brh>cam, ran1am. munitária. capaz de satisfazer as membros tivessem papéis especí- dioca para fazer farinha e fabri- Pesquisas; estudos </C A~quco OIJIB e
de oadJ fim f"'CÜO, necessidades de todos os se us ficos a desempe nhar. Isso não cavam azeite. Pré-Hisrdrin brpsilcira. SaoLeopoldo.
Vim • IIOile IG5 arraiais membros. Enquanto na economia ocorria. Quando os quilombos se Segundo podemos depreender 1980_ n. 32. E de se destacar nesse
trabalho pioneiro as rcprotjuçóes de
, com iDddstrf~ t t rttas. escravista a produção fundamen- cons ideravam já estabilizados, or· de documentos. da época (todos desenhos rupestres do qwlombo da
~UUIII afJWDU ntgr:11 tal e mais sign ifjcauva era enviada ganizavam tipos de governo que e l~s escr.i~os P,el!)S repressores, C;i/)JJÇII <! dcrnl/1ct1 do pDlf!el da ~rra
para o mercado ex{emo. e a popu- dete rminavam a harmonia da co- p~>Js os qu1lombolas ruantinham a da Gararuja feíros por qwlombolas. ••
com promtua dr ttS1r.

-
r - ----- ---- - -~ _----~ - ~---_- -.:-=--=--:-:::---------.- ---- -=.---- ... .__ --- ---------F'- - ·--- -
f ~ - •
-l.-· -- -
"

São Paulo, 07/04 a 13/04/88 Aos leitores . _


~ • fj.,.
Supl~mento Sindical n211
O impasse em tom o da política·talarial,
Voz da Unidade que felizmente divide o governo féderal,
continua. Mas o ministro, cfó
Rua Bento Freitas, 362, 42andar P lanejamento, João Batista de Abreu,

DICAL
Tel.: 231-2926 CEP 001220 insiste no congelamento do paga~nto da
URP por dois meses, um confisco i{ála rial.
Telex: (011) 32006 VOZ SP Todo cuidado é pouco. É pr~iso
intensificar a mobilização, avalianl:lo bem
as experiências do Dia de Adveriencia.
quinta-feira passada. '::,


,:

DA MULHER TRABALHADORA , ;;

'C ertidão de viuvez. Pior,


atestado médico de liga-
Ea representa 30% da mão-de-obra O drama da discriminaçãQ
dura de trompas. Ainda mais: ates- brasileira. Tem dupla jornada de ajudantes, quando na realidade elas
trabalho (pois também cuida da casa) A mulher trabalha, e muito. Traba-
tado de esterilidade , incapacidade de trabalham com? maq~is~as,. o que
gerar descendentes. Ou, então, o cú-
lha por sua satisfação, por seu salário
mulo da exibição de absorventes h.i-
e ganha menos que o homem. E precisa e mais ainda contra um·a série de obs- torna seus salários mais bruxos ainda
lutar muito para garantir algumas ~ác~los. Para se ter uma primeira em relação ao dos homens. Quanto
giênicos já utilizados comprovando a à saúde, as condições a que são sub-
menstruação e conseqüente não-gra- poucas conquistas na Constituinte, 1dé1a, tecnicamente o dia de trabalho
feminino é chamado "jornada dobra- metidas, em ambientes insalúbres,
videz, naquele mês. Normas de cam-
po de concentração? Não, apenas exi- dentre elas o direito de ser mãe em da", uma vez que se inser~ dentro jornadas qe trabalho excessivás,isso
só favorece de_term i~ados tip..os de
gência de patrões para boicotar mu- tempo integral por 120 dias. de um quadro de divisão sexual do
trabalho , Iefletido na divisão sexual doe nça. A ass1s tênc1a de que dis-
dan§SS acontecidas no di a 25 de feve- põem é a do INP_S. gue nós sa-t?emos
de papéis na sociedade. O u, no popu-
re iro passado . la r, em nossa sociedade machista e c0mo é. As smd1caJizadas proáuram
Naquela data, o ple ná rio da Cons- conservadora a mulher é, entre ou- os médicos do Sindicato." _:
tituinte aprovou 120 dias de licença tras, responsável única pe las tarefas
para gestantes, a licença-matem ida- · e serviços domésticos. No campo :,
de , e mais oito dias pa ra o pai acom- Segundo análises do convênio Sea-
panhar seu filho e sua com1;>anheira. de/U !licamp/Dieese, a mulher tem Existem , ~tu! lme nte, no ~rasil,
Antes, o pai tinha direito a somente uma Jornada de trabalho média me- cerca de 4 1mlhoes de trabaJbâdoras
um dia, e agora passou a ter reconhe- nor que a do homem. Mas é preciso no campo , em sua maior parfu con-
ressaltar: não é a extensão da jornada ce ntradas nos estados da Baltia;Para-
cida a função social de sua licença. ná, Rio Grande do_Sul e São-Paulo.
A vitória, no entanto, não é com- de trabalho da mulher que a faz ga-
nh~ ~e~os. Isso só tem relação com Só no estado de Sao Paulo eiistem
pleta: falta a aprovação nas votações a d1scnrnm ação. 217 mil trabalhadoras no CM!po (da-
do segundo turno, para o texto final Realizando as mesmas funções do de ~5). Essa fo rça é ~tilizadn, em
da Constituição. com a mesma eficiê ncia, as mulheres sua ma1or parte, nos penodos cJ,e pico
Mesmo assim, antecipando-se aos recebem um salário bem menor. Para de safra : cortar ou colher os prQ"dutos
"riscos" que a aprovação dos d ireitos comparar: na região da G rande São de grandes plant ações. O dia-a-dia da
traria, aJgumas empresas que empre- PauJo , em 1987, o rendime nto mensal mu!her qu: trabalha no cam,~~-é dos
gam em sua maior parte mão-de-obra médio total de mulheres ocup adas foi mais duros. geralmente, acordar duas
feminina trataram de demitir, ou fa- 46,5% menor que o rendimento men- horas ant~s do sol nascer parà prepà-
zer exigl!ncias absurdas para con tra- sal médio dos homens ocupados. rar a cormda para levar P!ifa q é-ampo.
A discriminação sofrida peldS mu- começar a trabalhar asstm que O sol
tar. Embora não sendo a primefra a lheres, que é maior nas camadas mais nasça e {)arar quando morrer·· Apo-
adotar tais medidas, a Usina de La- pobres da popuJação, não se resume sentadoria? Não dá para viver âuan-
goa Dourada, e m Dobrada, uma ci- ao salário. Este é uma conseqüência . do gr~vidas, algumas trabalhatn até
dadezinha a 300 km de São Paulo , E m American a , S ão Pa ulo há um dia antes do parto, outras nlio
foi a primeira a ter re percussão públi- 7000 mulhe res trabalhando e m in'd ús- agüentam e largam o trabalho ante~
ca exigindo atestados de esterilidade tria.:5 tê xteis (~5% do tot~I da popu- m esmo_ do 89 mês de gestação .
ou viuvez p ara contratar mulheres pa- laç_ao econom1came nte ativa da cida- E foi con tando essa história que
ra o cor te de cana-de-açúcar, c uja de ). Segundo H ermine Deme r te- o vídeo p roduzido pelo Conselho E~
época se a proxima . Para ganhar uma soureira do Sindicato dos Têxtei~ da tadual da Condição Feminina ~m S:'i(}
•✓• ·a CzS 177.36. is Cz$ .00 cidade, .l!clll dgs probl~m-ª~ (e um Pa1,1!0 anh ou doim rêmias nacionais.
por tonelada de cana ceifada - se - ' exemplo}ainâaéó da~''ctiapinha.''-;-- no ano passado: A Mulher no Cana-~
ganhar - a mulher não poderá ter um mecanismo de controle das idas vial.
filhos. prontamente rebatido· por outros le- ao banheiro. J á Francisca Gomes, di- As mulheres que migram para São
vimento para a manutenção dos dire-i- Quem sabe com o mesmo exemplo Paulo também sofrem muitas discri-
retora do Sindicato dos Trabalhado-
O primeiro caso foi mesmo na fá- vantados por entidades de defesa da tos conquista dos pela mu lhe r na de força que foi dado em Dobrada, res na Indústria de Fiação e Tecela- mi nações. Se compararmos os mi-
brica de checolates Garoto, em Vila mulhe r: a licença-maternidade de 120 Constituinte. Embora tenha manda- onde a Usina Lagoa D ourada não só gem de São Paulo,e sclarece que89% grantes que chegaram em São Paulo
Velha, cidade be irasmar do Espírito dias representa, em média, 0,09% da do a pauta e a convocação para a revogou as exigências para contratar do conjunto da categoria são forma- há, no máximo, três anos atn~s •.e que
Santo: demitiu-se cerca de 180 fun- folha de pagamento, enquanto que reunião a cerca de 200 sindicatos, so- as mulheres como enviou um telegra- dos por mulheres, exercendo traba- têm mais de 10 anos de idade~: vere -
cionários, sendo que 160 eram mulhe- a licença-paternidade o equivalente mente 18 entidades compareceram. ma ao Conselho Estadual. da Condi- lho e m todos os setores, seja na fia- mos que os homens estão duas;vezes
res e nada menos que 15 estavam grá- a 0,013%. Segundo Maria de Lurdes, em Bra- ção Femin ina em São Paulo, chegan- ção, na tecelagem, tinturaria, costura mais empregados. Assim tain]ém é
vidas. Em São Páulo, a União de Mu- sília já se vê a movimentação dos em- de a declarar-se a favor das recentes .e malharia. Para ela, muitas mulheres o índice de instrução, que de"§favo-
A mulher se organiza são prejudicadas, seja devido ao ba- rece muito menos aos hom-e~ que
lheres de São Paulo informa ter toma- presários, os lobbies, para derrubar conquistas sociais das mulheres, ne- rulho dos teares - que provoca dimi- às mulheres. ·
do conhecimento, também, de demis- Em São Paulo, a principal entidade as conquistas sociais. Poi: isso, já es- gando completamente as discrimina- nuição da audição e distúrbios men- Em 1987, os homens ana)f{l.betos
sões ocorridas em uma fábrica de centralizadora das lutas feministas é tão marcadas as ações: dia 20 de abril, ções feitas. tais -sem que as empresas providen- com mais de 10 anos tiveram: uma
plásticos, na Zona Lesté da Capital. um órgão do governo estadual. É o com manifes tações em.·cada estado, Mas, segundo a União de Mulheres ciem protetores auriculares, seja na taxa glob~I de participação q~~e três
Sindicatos já denunciaram , no Rio Conselho Estadual da Condição Fe- e a 7 de maio, Dia das Mães, além de São Pa ulo , as mulheres têm tam- seção de costura, onde muitas sofrem vezes maior que a das mullieq::s na
de Janeiro, as intenções dos super- minina, criado em 83, existente agora da presença em massa nas sessões de bém outro adversário: o medo - " a de problemas da coluna e visão, já mesma situação, em São Pal(lo..
mercados de demitir funcionárias , também em outros estados. Receben- trabalho dos cónstituintes nas vota- imprensa burguesa te m colocado as que têm que trabalhar de pé durante A discriminação racial é uoij)utro
uma vez que mais de 50% da sua do as denúncias, a Comissão Traba- ções do segundo turno. coisas de modo a assustar as trabalha- oito horas, enfrentando calor e poei- problema enfrentado pelas mÜlfjeres.
mão-de-obra é feminina. O que o pa- lho e Mulher do CECF, coordenada Na cidade de São Paulo, o local ra . Isso tudo além das horas extras, Francisca Gomes, dos Têxtei!t- lem-
doras, que ficam apavoradas. Mas,
que o patrão obriga a fazer o u pelo bra: " Fui impedida de entrar na~nossa
tronato alega é que a licença-mater- por Maria Lurdes Rodrigues, convo- mais provável para as manifestações isso já foi assim com a criação de 132 baixo salário que recebem: "As con- colónia de férias, porque a, fdncio-
nidade é demasiado longa, obrigando cou no final de março uma reunião será a movimentada avenida Paulista, salá.r io , a licença-maternidade de 90 dições de trabalho são péssimas - nária cismou que e u , por sei: (legra,
as empresas a contratar funcionários para discutir com entidades e sindica- em frente ao prédio da F ederação das dias , e não vai mudar. Vamos lutar diz Chica - , e é muito comum as era da favela, s endo preciso telefonar
para serviços temporários. O dado é listas as medidas e organizar um mo- Indústrias de São Paulo, a Fiesp. para gafantir nossos dire itos". empresas registrarem mulheres como para o Sindicato p ara a comproyação
de que eu era diretora". ~;

A necessidade de organização As lutas se resumem numa só: o direito -à cidadania


Há algumas conquistas na Consti- pelos sindicatos aos problemas do tra- Em todas as épocas e lugares, a para 12,7% em 1986 e par~ 11,8%
balho da mulher ainda é muito peque- mulher das camadas sociais direta- em 1987. Propo rcionalmente, o de-
tuição que ainda estão em perigo: as semprego feminino caiu 18,1% entre
na", embora essencial para os pro- mente ocupadas na produção de bens
licenças-maternidade de 120 dias e e serviços nunca foi alheia ao .traba- 1985 e 1986, e 7,1 % entre 1986 e
paternidade de 8 dias, que reconhece ,gressos nas lutas contra a ~iscri~i- lho. Tem ela contribuído para a sub- 1987. No conjunto do período , o de-
a função social da paternidade; cre- nação encontrada. Poucos sao os sm- sistência de sua fainília e para criar sempreio das mulheres caiu :23,9% .
che gratuita para crianças até 6 anos; -dicatos que possuem um departamen- a riqueza social, mas sempre contan- As atividades que mais absorveram
direito das mães presidiárias de per- to próprio para essa~ q~estões. Mas, do com desvantagem social , seja no as mulheres em 87 (em ordem decres-
manecerem com o filho no período ressalta: tanto em smd1catos, como r/ível superestrutural-com a subva- cente) foram os seiviçoes domésticos
de amamentação; garantia dos direi- em entidades feministas autónomas. 1.orização de sua capacidade - seja (16,3 % ) , o comércio (14,7%), indús-
ou em órgãos estaduais do governo, no plano estrutural, quando, à medi- tria do vestuário (9,6%), ihdúsrria
tos trabalhistas e previdenciários ao da e m 9ue se desenvolviam as forças meta lúrgicà (7.2%) e serviços de edu-
trabalhador doméstico. Não são pou- 8 organização da mulher é fundamen-
pcod~t1v~s, ela era progressivam e nte cação (6,8%).
cas, porém, as bandeiras de luta da tal. mar.gmahzada,
mulher. No Brasll existem, entre outros: o
Os dados ~xistentes ref elam que As chefes de famfila
Paralelamente aos trabalhadores Conselho Municipal dos Direitos da a concentraçao de mulheres, em cer-
constituintes, as lideranças feministas Mulher de Belém (PA), de Natal tas áreas dos empreendimentos eco- A s características das mulheris que
sindicais aprovaram em São Paulo (RN) e de Campina Grande (PB); nómicos_, variou segundo a estrutura mais participam do mercado de·traba-
propostas para alterações da CLT o Conselho Municipal da Condição económica da Nação e a constituição lho são as que estão em idade·entre
(Consolidação das Leis Trabalhis- Feminina de Curitiba (PR), de Ara- da formação econômico-social capi- 18 e 24 anos; chefes de famfüa~ mu-
tas), "capítulo mulher". A atual caju (SE), de Toledo (PR) e de Foz talista no Brasil liberou a força de lheres sem filhos e de níveis de instru-
CLT, segundo o Conselho Estadual de Iguaçu (PR); _C?nselho ~stadual trabalho feminina. ção mais elevados. '.:
da Condição Feminina, foi elaborada da Condição Fem1mna em Sao Paulo, D~ modo geral, todas as estadsticas
em 1943, numa,época em que o traba-
Do Império à indústria que envolvem comparações e~e sa-
do Paraná e Goiás; Conselho Esta- As preocupações pela consclentlzação das mulheres, visando à conquista de direitos lários, desemprego e condiçõl:s de
lho feminino era visto como simples dual de Defesa dos Direitos da Mu- De acordo com o primeiro recen- específicos, significou um grande avanço, conllrmado nos reglstros dos anos 40 e nas trabalho, na cida de ou no eámpo
complementação da renda familiar e lher de Alagoas, Ceará e Rio de Ja- seamento feito no Brasil, em 1872 1 atividades que se seguiram. Com uma série de entidades criadas que serviam como Instru- apontam para a discriminação da mu-
de_caráter provisório. Aliás, foj o pró- neiro, além do ~onselho Nacional as mulheres re presentavam 45,5% da mento mobilizador das mulheres em todos os estados, formou-se 11m verdadeiro elo de lher acentuando-se nos períodos de
pno CECF quem cenvocou lideran- dos Direitos da Mulher. . força de trabalho efetiva do País, sen- campanhas, permitindo a fundação, em 1949, da Federação de Mulheres do Brasil (foto), cris; ecenômica, o u mesmo quando
ças ~eminista~ para o encontro que A CGT e a CUT mantêm em corru- do que 33% se ocupavam no setor como resolução de um Congresso Nacional realizado no Rio de Janeiro, com participação se associam outros preconceitos so-
~eu~iu 35 entidades sindicais, 2 fede- tês estaduais e nacionais divisões que de serviços domésticos. Já em 1900, de representantes de vários estados brasllelros. Segundo Ana Montenegro em seu livro ciais, como nível de instrnção, idade
raçoes e 150 líderes sindicais, e apro- no alvorecer de um novo século, a Mulheres, participação.nas luf8s populares, o Estatuto da Federação de Mulheres do Brasil ou cor. Para Aida Marco Ãntonio
cuidam de questões da mulher ~rab_a- secre táiia do Estado d_o Menor, a si~
vou ª J?ropasta de mudanças na CLT. presença da _mulher na f?rça de traba- é pioneiro no sentido de colocar a preocupação pela consclentlzeção das mulheres e defini-
lhadora, assim como a Confederaça? lho economicamente ativa permane- ruação da mulher continua ruim . Ela
As principais críticas feitas à atual Nacional dos Trabalhadores na Agn- ções de seus objetivo. O livro de Ana é de grande Importância para se conhecer a luta
ceu praticamente a mesma. permanece em segundo plano ~a so-
CLT são o protecionismo com que cultura e federações de trabalhJ dores Em 1920, a economia nacional e m- de mulher através do tempo e também por resgatar nomes, como os de Aparecida Azedo, ciedade, no_ trabaJho e no lar. No Iro•
encara ª atividade feminina e a não em agricultura. Rece nte mé nte , um pregava 9,5 milhões de pessoas, entre Alice Tlblrlçá, Beatriz Bandeire, Rosa Blttencourt, Eugênla Álvaro Moreyra e Lydla da Cunha, balbo, cont10ua ganhando menos que
regulamentação de eategorias onde Congresso da Mulhei: A~v.o ?ada as quais, 15,3% de mulheres, ou seja, entre outras. os ho me ns, mesmo quando executa
há um contingente feminino concen- criou a OAB-Mull).e r, uma d1V1sao da 1,4 milhão. as mesm~ ta~efas; sua ascensãq_a car-
t~ado, como as empregadas domés- OIdem dos Advogados do Brasil para O grande surto industrial verifica• gos de dlfeçao e comando continua
heas. Na proposta de alterações as do no governo Juscelino trouxe con- 11eração. tística e Estudos Sócio-eco nômicos difícil. Arrematando a questil:o da
representar a mulher. .
mu~heres querem que todos os ítens Nas cidades brasileiras há muitas seqüências para o montante da força Hoje , no P aís, trabafüam 18 mi- (Dieese) e Universidade de Campi- mulhe r, Eva Blay! d?. Conselhe>:E ta-
- ª exceção de licença-maternidade de trabalho feminino ativa. Em 1960, lhões de mulheres, cerca de 30_% do nas (Unicamp), sobre a participação dual da Mulher, d12: . ~ mulher.prasi,
o rga ni zações a utónomas, des?e as mulheres representavam 17,9% do da mulher no mercado de trabal ho le ira trabalha ~as at1v1dades cte me-
e aposen~adoria por tempo de servi- aquelas formadas a partir de associa- total das pessoas e mpregadas nas ati-
ços - seJam estendidos aos homens total da mão-de-obra efetiva do País. "idades económicas , tornando -se na Grande São Paulo, corresponde n- nor remuneraçao e, paradoxalll,\entc
ções de bairros até movimento de co- Em 1970, o censo acusava uma par- 1>arte das estratégias famiUares de so- do a 1985-1987, os d~dos mostram chefia qu a~e 20% das f~mílias,justa:
,aos trabaJhadores do eampo e aos do'.
mésticos, munidades. Na cidade de São Paulo, ticipação feminina da orde m de 21 %, brevivê ncia, inserindo-se de ntro de que, estrutura lmente, em compara- mente as s1tuaqas nas faucas mat" bru-
bá a V nião de Mulheres de São Paulo representando, segundo sua posição 11m quadro de divisão sexual do traba- ção com os homens, a mulher se en- xas de renda. A opressão econômicn
Organizações e o Coletivo das Mulheres Negras, contra em posição desfa vorável. correspon_de uma perda da cidaclnnio.
de ocupação, as seguintes pe rcenta- lho. D e ac0rdo com o trabalho desen-
Maria Lurdes Rodrigues, coorde- que atua na Capital e em Santos, en- gens: 27% dos empregados; 10% dos ~olvido pala Fundação Sistema Esta- E a reaçao das mulheres colfleçou
nadera da Comissão Mulher e T raba- tre mais de 20 entidades autónomas autónomos; 4,1 % dos empregadores tlual de Análise de Dados (Seade), A taxa de desemprego das mulhe- exatame!lte pe!a }Jusca da recnpeni-
lho, acha que " a importância dada feministas. e 24% dos trabalhadores sem remu- J)epartame nto lntersindical de Esta- res e ra de 15,5% em 1985; passou ção da c1dadama .
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07/04/88 a 13/04/88 ~

DE OLHO Livre negociação é especulação Terra livre


Tudo começou com a iniciativa do estes mesmos líderes empresariais e
Petroleiros Condutores presidente do Sindicato d<;>s Met3lúr- sindicais e outros mais,con:io Rogério A Contag no
gicos de Guarulhos, Francisco Cardo-
contra punições q~erem aumento so Filho, 'o Chicáo, em procuur o
Magri, dos Eletricitários, e Hderanças
dos ~rabalh~dores e dos proprietãrios
Congresso da FSM
presidente da Federação do Co1,11ér- rurais de Sao Paulo, para sucessivas
·OI>ia Nacional de Luta das Es- cio do Estado de São Paulo, Abram reuniões no Palácio dos Bandeiran-
tjítài~ paralisou 222 trabalhadores Szajman , p ara um "entendimento''. tes·, nas quais se pro_pô.s a intermediar O diretor da Contag Aloísio Car·
na· refinaria Presidente Bernar- "A gente leu nos jornais declara- perante o presidente Samey um am- - neiro foi o representante da entidade,
des; eia Cubatão. Por isso, estão ções dele sobre as quedas das vendas plo acordo entre patrões e emprega- nos dias 15 a 18 de março, na lQl
a~ot~_,so~endo perseguições. •Os do comércio e em defesa da manu- dos na defesa do mercado interno Conferência Internacional dos Tra-
tenção do poder de compra do mer- contra a recessão. ' balhadores da Agricultura, realizada
. fún~opános estão discutindo for- em Praga, na Tchecoslováquia: "Ti-
v mas·de resistência contra as medi-
cado interno. Como a URP estava "Esta livre negociação pode até ha-
ameaçada pelos planos de arrocho do ~~m~s a oportunidade de trocar expe-
das .da diretoria da refinaria. governo federal o que, se fosse con-
vei', desde que seja mantido um me- nenc1as com sindicalistas de 160 paí-
canismo mínimo de reposição daquilo ses e, em nosso pronunciamento, co-
; Piauí: 30 dias cretizado, rebaixaria ainda mais o po- tKf116 que a inflação leva" , disse Chicão à locamos as duas questões do movi-
der de compra dos trabalhadores, fa. mento no Brasil, dos assalariados e
; :-··: sem professoi~s Piso salarial de Cz$ 60.500,00 lamos com ele e propusemos uma
Voz Sindical, comentando· declara-
da reforma ª~~ária. Nos debates, a
ções atribuídas à Mário Amato de
' 6 •estado - de greve decretado para motoristas e Cz$· 34.200,00. reunião. Nosso objetivo era preven- de compromisso para manter o poder que, acima de cinco pisos salariais, Contag se.pos1etonou contrariamente
desde os primeiros dias de março para cobradores, reajuste de tivo, promover uma articulação am- de c9mpra dos salários". ao pluralismo sindical previsto na
poderia haver o fim da URP com livre Convenção 87 da OIT".
se lr'ânsformou em movimento 429,51 % e um aumento rea_l _de pla que barrasse desde o início os pla- Na semana passada, a iniciativa negociação: "Para nós, isso é especu-
com 100% de paralisação no 20% , entre outros. São a s reivin- nos de arrocho. Tivemos sucesso, ex- pioneira - que da parte dos trabalha- Sobre uma possível filiação de
lação, incentivada pelo governo. O Contag a alguma central sindical in-
Piauí. Os professores estão reivin- dicações que o Sindicato dos Con- plica Chicão, comentando os êxitos dores contou ainda com a participa- que continua valendo é o documente ternacional, Carneiro lembrou que o
dicando uma revisão no estatuto dutores de Veículos e Anexos de de uma reunião que ele qualifi~ de ção de Luís Antonio Medeiros, presi- 42 Congresso da Contag foi contrário
do magistério. Nesse estado ,, 500 assinado. Aqui em nossa base, com
São Paulo está e ncaminhando à "histórica": " Foi nossa grande vitó- dente do Sindicato dos Metalúrgicos 75 mil operários em cerca de 700 em- aqualquer filiação, assim como ocor-
mil al.unos em idade escolar estão Companhia Metropolitana de ria. Pela primeira vez, dois grandes de São Paulo e de Cláudio de Camar- re com a CUT e a CGT, mas que
presas, mais ou menos a metade ga-
sem aulas. Transportes Coletivos (CMTC) e lídere s e mpresariais, do Comércio go Crê, o Magrão, pres\dente do Sin- isso não é definitivo: " Mudando o
nha acima dos cinco pisos. Além dis-
Transurb, que representa as em- (Szajman) e da Indústria (Mário dicato dos Metalúrgicos de Osasco - quadro político, creio que nosso des-
· Servidor~s presas particulares. Se o ônibus Amato , pr.esidente da Fiesp), senta- continuava rendendo frutos: o gover-
so, é preciso manter mecanismos que
protejam os trabalhadores filiados a
tino poderá ser a inscnção na Fede-
na Constituinte subiu tanto em São Paulo, por,: ram na mesma mesa com os trabalha- nador de São Paulo Orestes Quércia ração Sindical Mundial", concluiu.
sindicatos pequenos, com menor po-
que não os salários dos funcio- dores para firmar um documento se interessou pelo assuntó, convocou
der de bargan.h a", finalizou Chicão.
A Federação dos Servidores nários?
Públicos do Estado de São Paulo Fetape responde
discute estratégias para impedir a
tej~ição da e!11enda . ~ 2 47. Essa
emenâa preve e s tabilidade para
os servidores contratados pela re-
Petroquímicos:
mais de 7 dias
Há mais de uma se mana para-
CUT quer acordo com patrões "A Justiça jamais puniu os respon-
sáveis pela violência contra os tt:aba-
lhadores rurais, mas não acredito que
~Iamentação CLT. Se cair, 300 " Ã CUT amadureceu. Até os em- articulações que vêm sendo promo- vá me condenar por fazer denúncias,
dos, os petroquímicos da Compa-
mil servidores perdem o direito presários são unânimes em reconhe- pois essa é minha obrigação como lí-
nhia de Pesquisa de Recursos Mi- vidas por sindicalistas ,ligados a Luís
der sindical", disse José Rodrigues
à estabilidade. nerais (CPRM) estão exigindo a cer isso". · Antonio Medeiros, presidente do
A declaração é de Gilmar Carneiro da Silva, presidente da Federação dos
implantação de seu Plano de Sindicato dos Metalúrgicos de São •Trabalhadores na Agricultura de Per-
Banco Central Cargos e Salários. O Cise se nega dos Santos, recém-eleito presidente Paulo: ·11 0 Medeiros se reúne com nambuco (Fetape).
do Sindicato dos Bancários de São
pára no País a concedê-lo e os 4 mil empre-
Paulo e membro da Executiva N acio-
empresários para falar de intenções.
De boas intenções o inferno está
O processo por calú.nias que estão
movendo contra Rodrigues diz res-
gados da CPRM estão parados
. Reiv indicando os mesmos 40% nal d a Central Única dos Trabal.ha- cheio. É preciso propostas concretas, peito ao fato de o sindicalista ter res-
em todo o Brasil-: onsabilizado a empresa Agrimex
Éle reãjuste que os funcionários dores, que em entrevista à Voz Sindi- com reciprocidades bem definidas, e
cal analisou os entendimentos que Grupo João Santos) pelo assassinato
do .Banco do B.r asil conseguiram Aposentados têm sido mantidos entre sindicalistas
a efetiva vontade dos empresários em
~o trabalhador Jose Soares da Silva
no, peito, os funcionários do Ban-. assinar acordos" .
ço·Central paralisaram por 24 ho-
e Pazzianotto e empresários sobre a política salarial Sobre as propostas de livre nego•
e por ferimentos ~ aves em Genival
Martins, no murncípio de Condado
ras na quinta-feira. O BC tem Os aposentados e pensionistas e as perspectivas de unidade do movi- ciação, o dirigente cutista afirmou: (PE).
6.200 funcionários em todo o lançaram uma campanha nacio- mento sindical brasileiro a partir da " Eu acho jóia, sempre achei. Mas, Os trabalhadores participavam de
País. nal contra a proposta do atual mi- última plenária CUT-CGT realuada primeiro é preciso definir as regras um mutirão para limpar a terra que
ern São Paulo: do jogo. É preciso que haja liberdade ocupam há mais de 60 anos (Engenho
SP: Saúde nistro do Trabalho, Almir Pazzia-
"Hoje (terça-feira , 5) entregamos de organização sindical nos locais de Património). José Soares foi baleado
notto, de acabar com a Previdên- pelas costas
em campanha eia Social. Os aposentados e pen- nossa proposta de 1ninuta básic.a a trabalho, que não haja repressão nas
sionistas, tremendamente achata- mais uma entidade empresarial, a greves e que a Justiça do Trabalho
. }l~ivindicando, e ntre outros dos pela política salarial, acham CNI - Confederação Nacional da In- não intervenha para favorecer o pa- A terra no DF
.ite~, 85% de a umento real, salá- que O fim da Previdência não me- dústria. Embora num ritmo mais len- Gllmar Carneiro, "moderado" da CUT tronato como sempre faz. Em suma,
tio -norma tivo por função e 40 ho- lhorará nada. S6 piora : " ruim to do que desejaríamos, esta mesma CUT amadureceu e admitem inclu- a livre negociação pressupõe uma re-
A questão da terra no Distrito Fe-
tas-sem a nais, o s empregados da com ela, píor sem e la" . proposta já foi entregue aos minis- sive ainda não estarem preparados gulamentação, uma igualdade de di- deral não seria problema se o governo
á rea de saúde d a cida de São Paulo té rios da área económica, aos llan- para um debate neste nfvel". Clima reitos, senão fica como numa partida não cumprisse a legisl ação por ele
~stão e ntrando e m campanha sa- Bancários do Pará queiros atra vés da Fenaba m e aos semelhante , segundo o sindicalista de xadrez em que um lado joga .com mesmo efaborada. O Distrito Federal
l ari~L As reivin dicações serão en- denunciam J. ornais produtores ru.rais , além de diversas prevalece nos contatos CUT-ccn'. mais peças do que o outto" , diz Gil- é a única unidade da federação onde,
tregues a os pat rões após 0 dia 8, fede rações e mpresariais estaduai~. A " Não sentimos nenhuma rejeição da mar. por lei, é proibido privatizar propi:ie•
quand o a c a tego ri a fará a ssem - Os funcionários do Basa, Ban- minuta, a que damos o nome de '(.on- COT às nossas propostas. O ato pela Sobre dificuldades inter.nas na pró- dades na área rural. A terra é p úbhca
bléia. e0 da A.mazônia S/A, d e nuncia- -ve nção cole tiva'. tem seis pontos bá- manut~nç~o da URP neste dia 7 é pria CUT em reloçã0 a esta linha e aos produtores é permitido apenas
a concessão do uso. renovável âe 15
Elevadores •. con-a r a mos d ois jorna is d e m a io r c ir cu-
"., laç ão no P a r á, " O L iberal" e "A
s ico~: re pos ição d as p c ,:c:Jas sal~ia is,
rc a 1us le m e n s al pelo índice d0D1ccse,
um pn m c 1ro p asso p a'ra a unidade
Uma co missã o com lr<!s me b ·
" ama durecida'' e de " negooiaçócs" ,
que vem sendo criricad,1 cm docu- cm 15 anos. .
ários n o chão P v(ncia d o Pi:u-á". p e lo s eu s i- uni fica Ao dwi dutas-b au&e. lihc.-d a d c UT e r C GT m ros d a Não é o que acontece m1 rcall~adc.
me ntos de seto res curistas redicai11,
~J.Y.Índlcancto ti('I" 'O rc·,p
""~ ·~"'"'... mu>_.._...:.nlvP11'~~=..r:~=r::-!2 - ~- ____:'____~ , - - ~~~'!_~~ ~ lllfltil _ r:r raf.:~~!°!'rg;= Oshn a coe w ~ •~-
N :, .';flf.i W.I da Rc:oú blic;,, o númcr<>
ta ,_,, !li ...-.,..r-.line-..naS!lt:iro~
ção salan"àl, remiçaó na 1ornaaa descoberto em fevereiro. - - -~-~ ~~-~~ _...•.~~ - ~ - - - -;~-<Iai'r! expt1cou::· - - - - - - - - - ~upu. --~-e , - ~ n_nnun,.tl"dh nunonas. e a -exfünsão e qualíélaãedas terrás
para 40 horas e piso de três salá- - f d l ç ·_ r: . . G1lmar Carneiro, porém, faz. ques- El:s.~em o direito_ de expressar suas "tomadas" infinitamente superiores.
A s operaçoes rau u e ntas 1er Para .o presidente
rios mínimos, os 4 mil trabalha- • p •
t as por A ugus t o B arre1ra eretra,
. . do Smdicato
_ dos tao
- de ressal tar que existe
. uma "d"&
lte- op1ruoes
- nas reun,o
- ·es da CUT, isso
· Esse assunto será o tema principal
Bancán os a pnmeua reaçao dos em- ,, bá • . - faz. parte do 1·ogo democráti·co do discurso do constituinte comunista
dores de 21 indústrias de eleva- . t d e édit G l , . '« - . . ,, rença s1ca entre a mov1mentaçao , mas
ex- d ~re or _e r_ o era e e~- presanos e de curiosidade pela da CUT no meio em resarial e as depois têm que respeitar a decisão Augusto Carbalho (PCB) no grande
dores do Rio de Janeiro estão can- presidente mtenno do Basa, TJ.!1- proposta: " Eles reconhecem que a P da maioria", conclui Gilmar. expediente do dia 12 próximo.
sados da inflação nas alturas e o lham Blanco de Abrunhosa Tnn-
salário no térreo. Estão em cam- dade (Billy Blanco, o conhecido
p~nha salarial e podem parar. compositor da MPB) , Francisco Clima Tenso na CSN Dita~ura na Cosipa Apelo reiterado
--~- · Rio de Janeiro
:; . Carmo, José Ianuzzi, Augusto
Bara-eira Pereira :Ir. , entre outros, "A campanha salarial da categoria está apenas se ini- Ajunta ioterventora na Cosipa continua gerando protes- A Contag, Confederação dos Tra-
-..•;..-:.-· abre concurso foram simplesmente silenciadas ciando e os ânimos já começam a esquentar", afirma Luiz
Lopes, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta
tos. E não é para menos: desta vez, ela impediu gue dois
de seus diretores fossem à Câmara Municipal de Santos
balhadores na Agricultura,.insiste no
pelos jornais porque, segundo a apelo ao presidente da Assembléia
Segundo o secretário estadual Redonda.. Para ele, os seguranças da Companhia Siderúr- para falar da situação da própria empresa. O diretor de Nacional Constituinte, Ulysses Gui-
Associação dos -Empregados do
de Educação, Carlos Alberto Di- gica Nacional (CSN), além de ameaçarem os trabalhadores Produção, Sérgio Antunes Mattos, e o diretor de Engenha- marães, para que reveja o texto dos
Banco da Amazônia, Billy Blanco direitas dos trabalhadores que o Cen-
·reifo~ até o final de maio será rea- de morte, quebraram todo o equipamento de som, usado ria, Israel Arou Zylberman, foram ameaçados de serem
e Augusto Pereira são ligados aos - trão aprovou no início do mês e que
lizado um concurso público para durante as manifestações. · considerados insubordinados e, conseqüentémente, puni-
proprietários. BHly é irmão de consagra uma injustiça contra a classe
a contratação de seis mil profes- A falta de segurança dentro da empresa é uma das dos. Bem, se a junta interventors ataca desta maneira,
Milton Trindade, dono de "A trabalhadora rural.
sores. Uma contradição, quando Província", enquanto Pereira é li- coisas que mais vêm preocupando os metalúrgicos: "Hoje seus funcionários mais graduados, o que não fará em rela- Diz a nota da Contag: " Mais uma
se culpa o funcionalismo pelo (6 de março), houve duas mortes de funcionários que tra- ção aos trabalhadores? · vez, os trabalhadores rurais se véem
gado ao mesmo grupo econômico
rombo nas contas do Estado. balhavam a qunse sete metros de altura, simplesmente Os dois diretores ameaçados participariam de um ciclo discriminados, tratados como catego-
do dono de "O Liberal".
pel.a falta de segurança", acentuou Lopes. de debates sobre a siderúrgica, que envolveria antigos ria inferior. A igualdade de direitos
A direção do. Sindicato já se mobiliza para marcar uma trabalhadores e uma comissão de vereadores da cidade para os trabalhadores rurais e urba-
. ~· reuflião com a direção da CSN para discutir as seguintes de Santos. Em sinal de protesto, os presêntes usavam uma nos que diz o caput do art. 72 do texto
constitucional não é para valer. Se
reivindica.ções: reajuste salarial conforme as variações dos tarja negra, e muitos fizeram discursos emocionados,
.Previdência índices do custo de vida baseado no Dieest, 5% de produti- A semana de debates "Como salvar a Cosipa" acabou a constituinte avançou ao estabelecer
, e Direito vidade, 10% de aumento real sobre os salários reajustados. na sexta-feira, dia 8 de abril.
direitos para o trab!llbadordoméstico,
deixou por outro lado de fazer justiça
a 11 milhões de trabalhadores rurais,·
do Trabalho uma das categorias que mais tem con-

Filhos do medo
--- --:---:------------------~- - ----''------------·-
tribuído para a riqueza e o progresso
desta Nação."
Jogando para a lei ordinária, os di-

-. ·Fundos de Pensão 3
Folbetim·de Roniwalter Jatobá
- Na arrumaçãQ: Amanhã vou de tanto tempo; João o conhecia
reitos dos trabalhadores rurais po-
dem recuar à legislação atual.

e Previdência Todo animal


me mudar.
Calaram-se. Ouviu o apito das
desde quando aquele mesmo ho-
mem aderira a todos os movimen-
tos na fábrica e saíra perdedor em
Assentamentos
observa a noite dez horas de uma fábrica ao longo
suas reivindicações. Seus líderes "Só terra não é O suficiente", disse
da estrada de ferro . Da calçada,
tinham sido mortos, alguns expul- Francisco Urbano, diretor da Contag
ANNÍBAL FERNANDES - Amanhã vou-me embora Filinto olhou para dentro da casa sos do país, o sindicato sofrido no RN , lembrando que o trabalhador
dessa merda! certificando-se da mudança. intervenção, tornando-o um ho- precisa de política agrícola coerente
,~ . - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - -1- -- ·Cusupiu na c lçaâ= re~o=u~ - -- \lou-.-sair- dess~ purgat6rio 1
a-. _....1,~g=a~r= mem o 'tãâr.Mas :João sa01-:-.8.-....-.0...-r l- -•COm~a-,.sua realidade..par-a..wmeyar-:.-a-.~ - -
s fundos de pensão con- usar uma e xpressão antiiª• · "a _.. J -
O sistem em numerário ob- salvação à a l avoui:a
d
tido não só pela contribuição o dinheiro as mst1tu1çães e
· ·
" . ssun,
· d
novamente, "&ez catarro grosso e - p"'\sse
cuspiu longe e certeiro nas costas ·1· oao.d
1 mto na a respon eu .
do cachorro. 0 anun·ai levantou passado não muito distante p~s-
d um respeitQ das pessoas por Filinto
. .
que e 1e mve1ava pa11a si próprio.
produzir e garantir mudanças na sua
qualidade de vida.
A Federação dos Trabalhadores na
diret-a dos trabalhadores, mas previdência complementar é b d I t Lembrou-se da prisão de Filinto ~ricultura no Rio Grande do Norte
·
~inda as contribuições d as em- cana1·1zad o conforme as re~ras assustado e foi· dei·tar-se mai·s na sou pe•1así 1em • d ranças
• d e e· , sen
ó ·
iu depois da grande greve e que, (Feram) reuniu, em Mossoi:-ó e Açu,
do 1·ogo do sistema capitalista. frente , escondido pelo negrume um pnnc p10 e raiva e s1 pr pno agora, era um homem marcado representantes de todos os assenta-
p11esas, que as repassam ao cus- d da noi·te. por ter parado ali. Arrependi_·d_o pelos patrões daquelas pequenas mentos do estado ....:.. cerca de 15 -
to aa mercadoria e do serviç0. E então, para os serviçais o F
A ssim, o trabalhador paga a capitalismo eterno, a previd! n- - Bosta de lugar! , por ter íniciad0 a conversa, t 1m- fábricas que existiam ali perto, para discutir os problemas e reivindi-
conta, mesmo a da contribui- eia se toma aceitável, adminis- Sentou-se _no degrau da p0rta, to desceu da calçada. havendo em todas a mesma reco- cações de cada um, e acertar uma
conduta de trabalho comum com os
ção indireta como consumidor trável, porque lucrativa. .. as pernas est1radas na calçada. Fi- Olharam-se. João abaixou os mendação, como se houvesse no órgãos . de apoio aos assentamentos.
final. Esse mito acaba de cair por cou ali <:alado p 0 r um longo tem- olhos na calçada. saguão de entrada um grande le- "A proposta vai mais além" infor-
_ "'Esses recursos constjtuem terra. A rempestade que, a po, ouvmdo O barulho que vinha - Boa viagem.1 - resmung0 u treiro: "se entrar em politicagem ma Francisco José da Silva, presiden-
·1nvestimentos, como sistema partir dà crise geral do capita- da cozinha e pensando no deserto Filinto, a voz fria e seca. já está, despedido". ' te da Fetarn. O movimento sindical
'de previdência complementar tismo em processo de agrava- que era a rua. O cachorro rosnou mas perma- Esperou Filinto dobrar a esqui- está incentivando a formação de nú-
e privada. Vão para as Bolsas mento , se mstalou n a Bolsa de Um pouco depois das nove sur- neceu deitado. Na cozinha Elvira cleos de produção que serão assesso-
na da rua e sentou novamente no rados pelos sindicatos e federação, e
de Valores, servem deara a Wall Street, nas da Europa e giu um vulto neste final de mun- gritou com Jacinto. degrau da porta. Sentia-se satis- que poderão vir a se transformar em
· · - d a pr op'"t"eda
aq u1siçao •· e 1·mo
· - Oriente, chegand0 ao Japão, d º·. O cach orro avistou por pri- 4 feito por nunca ter, participado de cooperativas de pequenos produto-
biliária p elos dir~· e n_tes d0s liquefez, ao mepos parcial- metro e levantou latind0 . . nada e nada ter acontecido com res: " Não existe uma política definida
- o final , pa- mente' o patrimó nio de mi- -Qu1eto
. s· t . d
um ra;ãgª~is da~s!!~!~e~::..~
fund os d e pen sao.
. g~m-se os benefícios com as lhões de trabalhadores, cujas
contribuições constituem os .
desgraçado! - gritou
o passante e b
ateu o pé no chão.
lfüODia
tempo noturno
ele.
- Cada um é dono de si -
!~:~n~
Francisca José, que está condicionan-
'.re.nd as. " fundos de pensão". O anunal parou de latir e vol- pensou sem remorsos. do toda a mobilização a um processo
. A p rática, no exte rior ,. é t
muito difundida, em especial Aprenda-se a lição dos fatos. ou. Colocou um cigarro apagado Esticou as pernas na calçada. de educação e conscientização dos
n.o~ Estad0 s Unidos. " Perten- A solução dos proble mas dos - Quem ·muíto late não mor- ~egu,ro nos dentes. Ouviu os pas- Não tinha sono. A expectativa de trabalhadores e novos produtores.
. cem" , formalmente, aos tais trabalhadores e da previdência de! - 0 ~omem disse e depois : ~os de Filinto afastand0-~e, ores- que no alvorecer um caminhão " Eles pl"ecisam ter compreensão
'fundos, o controle acioná rio de social passa pela superação do - Bo~ noite, João! tolegar cansado de Peri e o baru- chegaria na porta da casa tirava- do que plantar e comercializar e, para
d El • isso, já temos uma equipe se dedi-
importantes corporações. Ou siste m a capitalista, suas práti-
ao menos, e le detêm o con~ case soluções. O re st0 são so-
Subm na calça da. João levan - lho de panelas vindo da cozinha.
tou do degrau?ª porta; enrugou - Esses tempos estão muda-
lhe o cansaço. Q uan °
vira gri-
tou lá dentro - João, os pratos,
cando ao planejamento_, agrícola e ca-
dastramento para identificar os can-
trole de percentuais importan- nhos desfeitos dos serviçais do os olhos? ª cl_anda de da luz vinda dos! - disse João para si ·,próprio tudo já tá arrumado! - ele nem didatos aos subsídios existentes,"
tes do total das açêes.delas. capitalismo, que pretendem a da sala ilummou o rosto do ho- -- um sujeito que era pra ter um escutou. Cochilava de olhos aber- conclui Francisco. Cerca de 743famí-
, ~ .Os " fundos de pensão" têm revisão de certas le is da Histó- mem. Era Filinto! grande futur0! tos olhando para o cachorro que lias já foram beneficiadas dentro des-
sido apresentados como , para ria e do desenvolvimento .. • -Ainda acordad o nessa hora Achou estranho aquele h0 mem_ abria a boca e abocanhava o no- se novo esquema.
home m? ' ter lhe dirigido a palavra depois turno da rua.
;- ; .. .
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r BANCÁR\OS PALESTINOS
1
1

O M ovimento de Unidade
'
&:mcó rto-M UD, de oposição, O escritor Paulo C0vaieonti
deverá vencer as eleições poro mostra o lrrecionolldade da
o Sindicato dos Bancórlos do ação de Israel nos territórios
Rio de Janeiro. nesta terço-feira. ocupad0s do Faixo de Gaza e
defTOlando sindicalistas da CUT
ligados ao PDT e à
Convergênc ia Soclo llsto. o PCB
DA Cisjordânia . verdadeiro
holocausto o que são
submetidos os polestlnes. E
apoia a Chapo 2-MUD de
OJ:)OSÍÇÕO.
N2 390 - Sã o Paulo , 15/04 a 21/04/88 - CzS 40,00
UNIDADE mostra o perigo Glo volta do ·
a nti-sem ltlsmo
V oz Sindical M aAaus, Boa Visto, Sa ntarém : Cz$ 52,00 Página 4

.Diretor ResPOl'ISavel: Luiz Ca rl~ Azedo Re d a ção: Rua Bento F~eltos, 362, ~ andar

Queda de braço_
pot mais receita
~ C,()~\\.\\\\u.\t
dtvttá transferir de 23% a 19% da receita da
"Onião \)Ma os Estados e Municíl>ios, apesar da oposição
.,, do governo federal. Os governadores articulam a aprovação da
reforma tributária na Constituinte e não aceitam o
corte dos financiamentos para os Estados no novo pacote.
Página 3

~ - Petroleiros, metalúrgicos, urbanitários, bancários efuncionários públiçós lideram a luta contra o arrocho.
. Greve de protesto está sendo preparada para 27 de abril.
Páginas 2, 10 e Sindical Gracfafa Magnonf

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Y.!JZ EDITORl~L 15/04 a 21/04/88

Umpacote desestabilizador Problemas da


o insistir na necessidade
de concluir os trabalhos
Ma11son da Nóbrega vem se reve-
lando um agente desse processo
luta contra o congelamento da
URP. d~ d~fesa do emprego e
do saláno, Joga um papeJ deci-
Casa_Européia
da Constituinte e garantir de desestabilização. Não é à toa O •·urso russo·• sempre teve olhos asiáricos,
a re"hzação de eleições -munici- que uma figura como o ex-mini~- sivo. A res1stêncià às medidas do na imagem criada para intimidar os europeu~. co-
p::us e k ano como pnoridades tro Delfin Neto. seu •·padrinho" pacoraço. ini~iact": pelo movi- menta o cronista soviético Alexandre lgnatov. ot,.
,:msoluras em relacão a· demais na alta burocracia brasileira. vem mento do func1onal1smo e traba- scrvando que 'até nos filmes ocidentais os anti-he-
tarefas das força democraticas e c;e apresentando como vibrante e lhadores das estatais. pode trans- róis sovietices tem olhos ~siáticos. Trata-se de
progress 1st"<!S - com o OllJetivo articulado defensor das novas formar-se numa barreira efetiva um recurso insistentemente empregado pela mi
de ass!m assegurar a mstitucio- medidas econômicas. a essa ofensiva conservadora e dia ele-trónica do Ocidente para isolar a União
na1ização do Estado d direiro reacionária, mobilizando atnplos Soviética da Europa. muito embora a Rússia seja
Esse traço desestabilizador é pane integrante da "Casa Européia" tanto por
democro.t1co - . o PCB também gritante. Não só pelo desprezo setores da sociedade. polarizan- razões geográficas como históricas e culturais
chama a atenção para o c:arater que o ministro demonstra a opi- do e articulando interesses inclu- Nunca houve motivos razoáveis para opó-la ao
desestab!lizador que o agra\ a- nião pública, como também por sive de governadores, dirigentes Velho Continente e a TI Guerra Mundial talvez
men to da crise económica e social essa tática de confrontação que de estatais e setores do próprio :<mha ~ido a prova mais eloquente de que não
pode apre!;entar. vem e mpregando na a plicação governo descontentes com a polí- e possivel um destino para a Europa apartado
da União Soviética.
~eja pelo verdadeiro massacre das medidas. Mai1son da Nóbre- tica de Maílson da Nóbrega.
que impõe às massas trabalhado- Embora a diplomacia soviética depare-se com
ga preten de impor aos dirigentes ara que i~s~ seja p~ssí".el,
ras. com desemprego em massa
e alta desenfreada do custo de
vida, ou pelo desgaste a que sub-
das estatais e ministros uma polí-
tica de dura repressão ao movi-
mento dos tra balhado res contra
P é necessan o em pn meuo
lugar articular a luta con-
tra o congelamento da U RP a
e normes d~ficul dades para equilibrar interesses
~orte-ame ncanos e dos demais países na sua po/í-
bc_a externa , c_o nsequência naturalmente da pró-
pna h~ge moma exercida pelos Estados Unidos
mete a política, os pªrtidos e os o pacote e para isso não hesitou uma proposta de ultrapassagem no Oc!~ente Çai!1da que em declínio)~ a política
políticos - como dizíamos no em demitir os presidentes do da Umao Sov1_ética nos últimos três a nos vem re-
da crise na perspectiva de recons- fo~çan~f par~1cularmente suas tendências euro-
editorial da semana passada - Banco do Brasil, ·Camilo Cala- trução da economia com cresci- pé1as. Cons1~eramo-nos sobretudo eurppeus",
a situação econôntica e social do zans, e o do IBGE, Edson Nunes. mento e distribuição de renda afirmou enfaticame nte Mikhail Gorbatcbov se-
País deve ser uma fonte de sérias Para cong_elar a URP, não va- mais favorável para o p0vo. cretário-geral do PCUS, ao secretário-gerai do
preocup ações para quem quer cilará em reduzir os efetivos do Além disso, combinar a adoção Partido Comunista Italiano, Alexandre Natta, du-
garantir um desfecho positivo à funcionalismo e das estatais de- de formas avan.çada-s de luta de rante recente encontro em Moscou.
transição democrática. golando em massa grevistas, dés- A mesma preocupação o líder soviético trans-
massas - como a greve nacional mitiu a Willy Brandt, da Internacional Socialista
anto pelas recentes medi-
T das adotadas para conter
os gastos pú blicos -prin-
de que tenha ç0ndições políticas
para isso.
rata-se de um comporta-
de 24 horas de todo o funciona-
lismo e trabalhadores das esta-
ao primeiro-ministro Wojciech Jaruzelski, da Po~
lônia, e ao dirigente iugoslavo Lazer Mojsov, em
cipalmente ó corte dos financia-
mentos dos Estados, as propostas
de privatização das estatais e este
T mento que deve ser des-
mascarado pelas forças
democráticas e progressistas.
tais, proposta para o próximo dia
27 de abril - com toda sorte de
iniciativas capazes de ampliar o
movimento, reforçando sua uni-
outros encontros. De fato, a maioria das inicia-
tivas das URSS foi destinada aos países e uro-oci-
dentais. O congelamento das explosões nucleares,
embora dirigido â Casa Branca, melhorou a situa-
brutal e inaceitável arrocho no Além de servir aos propósitos c;lo ção da Europa. Também o tratado de dezembro,
dade, organização e mobilização. em Washington, alivia• a situação européia, bem
funcionalismo - , q uanto por ou- Fundo Monetário Internacional, Finalmente, fugir à lógica do
tras de suas trapalhadas, dentre como as discussões sobre eliminação de armas
pois é a forma de viabilizar a "quanto pior, melhor" e do "con- químicas, redução de Forças Armadas e arma-
elas a liberação dos aumentos das orientação eeonômico-financeira fronto final" - que convém a mentos convencion:lis e refo rço das medidas de
anuidades escolares e essas estra- que preconiza, essas atitudes ser- Maílson da Nóbrega - para ado- confiança dizem respeito em primeiro lugar à se•
nhas e "infrutíferas" negociações vem no plano político aos propó- tar uma tática que combine audá- gurança européia.
com os credores externos ( em sitos golpistas das forças retrógra- cia f combatividade nas formas
O tema da "Casa Européia" é entretanto mais
gue pagamos juros aos banquei- amplo, pois coloca na ordem do dia a necessidade
das que querem conter o avanço de luta com habilidade e eãpaci- de integração , cooperação e convivência dos par-
ros e não conseguimos obter no- democrático. dade de avaliação política nas ne- ses da região , num contexto em que o Velho Con-
vos empréstimos), o ministro A pressão popular, partindo da gociações. tinente possa novamente ser o berço para uma
virada de século que coincida com o alvorecer
de um mundo novo. Considera-se em Moscou
que para esse processo existem condições favorá-
EMTEMPO veis, pois muitos inte resses económicos, cultu-
rais , científicos e desportivos unem os países da
região. · . .
Mas, a questão da segura nça é c:omplexa. Os
países e urope us não se sente m muito .ª vontade - ~ ~:

Globo crucifica Dias Gomes na Organização do Tratado do A tlântico Norte.


Quando os norte-americanos endurecem, sentem-
se envolvidos num._conflito alheio; quando avança
a discussão sobre desarmamento com Washing-
A mésma cruz que há 30 anos carre- da mini-série na TV Tizuka Yamazaki ton. consideram-se desprotegidos. Uma situação
tulos, que foram lidos por centenas ·de instável, que ve m preocupando <! diplomacia so-
gava o ingênuo personagem Zé do Burro e de rodas as entidades da cultura brasi- pessoas da emiss.,ra, também sem restri-
- protagonista de " O pagador de pro- leira, a tesoura global redµziu pa ra oito ções. Alegar que minha ve rsão não cor- vié tica.
messas" - foi utilizada na semana pas- os quinze capftulos inicialmente previs- responde ao texto original premiado in- Como não é possível pensar em integração mili-
sada em um triste espetáculo de intole- tos, cortando sem d6 nem piedade as ternacionalmente é no mínimo surrea- tar na E uropa, o único caminho possível é avançar
rância: a "crucificação " do autor da cenas que mostravam conflitos de terra lista, pois todos os textos foram escritos na redução dos a rmamentos, em particular os con-
obra, o Leatrólogo Dias Gomes, por um no interior da Bahia. Mas, essa obscu- por mim. Justificar'a mutilação de minha vencio nais , cuj a desproporção prqvoca preocu-
virulento e inédito editorial de primeira rantista caça ãs bruxas - relembrando obra como medida para defender a inte- pações. ldéias como "defesa não ofensiva" e "su-
página <io jornal "O Globo", destinado triste mente o macartismo a ceifar talen- gridade da mesm·a obra é um contra-sen- ficiência razoá vel" das Forças Armadas não dei-
a denegrir um mtelectual. tos na Hollywood da década de 50 - so que toca as raias do absurdo", argu- xam de introduzir es,sa discussão, bem como ini-
não parou por aí: cenfundindo sua con- mentou com clareza meridiana Dias Go- ciativas no sentido de notificar a realização de
Por trá~ das acusações do editorial, dição de lobbista do latifúndio com a mes em nota distribuída. exe rcícios militares e trocar informações, recente-
um propósito nada ingênuo, o de justi- de mero delator, Ronaldo Caiado pas- mente propostas pelo Pacto de Varsóvia, possibi-
ficar a mutilação da versão televisiva da sou a dar ficha política dos atores que _Porém, o que efetivame nte roca as litam esses avanços.
obra já consagrada no teatro e no cine- estrelam a mini-série; assim , Osmar Pra- ra1as do absurdo é a utilização do des- Um novo sistema de segurança internacional
ma. Num desafinado dueto em que se do te ria a "culpa" de ser militante do mentido poder de que desfruta e~ta con- pressupõe novos e importantes avanços no cami-
uniram as vozes do todo poderoso presi- PT, José Mayer do PC do B, enquanto cessionária de um serviço público _que nho do desarmamento por parte da União Sovié-
dente das Organizações Globo, Roberto Joel Barcellos , Jofre Soares e Mário La- é a Rede Globo - gigante monopohst~, tica e dos Estados Unidos, mas exige progressos
Marinho e do t rucule nto presidente da go seriam "velhos comunistas de cartei- que detém 40% de todas as verbas publi- na mes,ma direção entre os países da Europa, ob-
U DR R~naldo Caiado, a adaptação pa- rinha" . citárias do País e decide a seu bel-prazer jetivo particular de grande importância. Superada
ra aTV feita pelo próprio Dias Gomes "A idéia de adaptar " O pagador .. .V o que podem ou não ver 80 milhõe~ ~e a insegurança européia, ampliada a cooperação
foi taxada de " merchandasing ideológico para a TV foi por mim_propo~ta à Globo brasileiros - na tentativa de destru1ç_ao económica, científica e te~no16gica entre os países
a serviço da militância r.olítica" , nas p~- há um ano. Apresentei uma sinopse com de um intelectual brasileiro como D ias da região, o Velho Continente pode ser a base
tavras de Caiado, e de mensa~em. poh- a dê~crição dos conflitot 1 de terra em Gomes e outros artistas, a exemplo do para a construção de uma no·va ordem económica
tica subliminar" , na versão ed1tonaJ de Monte Santo e a luta heróica de seus que vem acontecendo com Jô Soares.
habitantes pela sobrevivência. Foi apro- Uma vã tentativa, pois isso nã~ f~i possí- ' internacional capaz_de contribuir para erradicar
O Globo. . vel nem com vinte a nos_de ditadura. em todo o mundo as sequelas do cólonialismo.
Sob protestos do a utor, da diretora vada sem restrições. Escrevi os 1~ capí-
r 'W2 15104 o 21 04/88 1
NACIONAL

BASTIDORES

Afronta e ofensa
U~ião e Estado·brigam pela receita
O deputl1do Carlos A/br:to Coó
O Palácio do Planalto e os gov_ernadores ago!a es~ão em p0 ~ições ~~stas,
(PDT-RJ) pediu inquérito crimi-
nal à delegacia espeâalizada de
lutando para ver quem fica . com o maior qumhão dos impostos
Belo Horizonte para apur.u: e res-
ponsabilizar os responsáveis peja De 19 ª 23 % da receita atual Sudeste, negociação que tem dos Estados e Municípios e é ro ), Waldir Pires (Bahia) e Mi-
Cartilha C omemoralit'a aos JOO do gove~o federal d everão ser a supesta participação da Re- e~se prncesso de descentraliza- guel Arraes {Pernambuco)
Anos de .4bofiçáo disrnõwôa P.ela transferJdo~ ª?S Estados pela ceita Federal. O gpverno tra- çao da receita fiscal pelo qual ,que trabalharam intensamen-
Secretaria de Educoçôo de Míoas nova a a stituição ' quando for b a 1ha com o argumen~o
Con . .n d e que
Gerals. _4 a,rr,tha ronra um~ len- \ ~F°ctv a O C! texto do caJ?ítulo os Estados do Sul e Sudeste se- os municipalistas lutaram por te pelo mandato de quatro
da seeuntfo 11 qual Deus ~nou. o t~ntos anos", afirmou ao anun- anos para 0 presidente José
o pro1et o constitucional rão beneficiados com 60% do cia~ _que pretendia processar a Samey, também estão empe-
branco. o Diabo. com lf ve1a .
crmu o n,,gro - e po_r ai_ afora. q_ue trata do Sistema Tributá~ que for arrecadado, enquanto l!rua0 por suspender os ·finan- nhados na reforma tributária.
e;10 ,vm1d,m1 a p ubltcaçao uma TI_? e Orçamentos, numa vota- a União pode desenvolver uma
··,f1<1ntJ e uma ofensa··, lembrán- tªº
d~qu,· o nrwo te:-c:to consti~ucio f!al
que vem opondo ·o Palácio política de t r an sferência d e
0 Planalto aos governadores. parte desses recursos para o
c1a m en tos destina dos a São Sem ela, será praticamente im-
Paulo. Com essas me didas re- possfv~l sobreviver às retalia-
centes do governo federal, os ções praticadas pelo governo
wn.<id,·ra a racismo o cnme nn- O c~oque de interesses e ntre d esenvolvimento do Norte e planos de gove~o de Quér~a federal, com objetivo tle prati-
pr~w·n'tivel. infi~çável e sujeíto 0 presidente José Sarney e os Nordeste. nas á reas de Hab1taçã0, Justiça camente ~n~quilar toda e qual-
,; pena de ceclusao. . go vernadores foi acirrado ain- O problema de certa forma e Segurança e Transporte fica- quer poss1b1µd ade de execução
da mais na última quarta-feira, existe, mas todos sabem que ram praticamente estagnados. dos respectivos programas de
Atração parlamentar quando o governador de São o governo usa os recursos de O utros governadores, como governo, submetido a uma die-
P ~ ulo, Orestes Quércia, anun- . que dispõe para manter os go- Moreira Franco (Rio de Janei- ta de " pão e água"
Apc- O lançamento do manifes- c1ou que pretende não só tra- vernadores, l)rincipalmente os
'" Jv Bloco Independente do balliar a bancada para repassar dos Norte e Nordeste inteira-
PAfDB , com 93 assinaturas está 23% da receita da União para mente submissos eu{ função
havendo uma blitz para atrair par- os Estados ~o~o _v~i e ntrar dessas verbas. É a política do
lamentares para um novo partido
Entre os mais procurado~ Sandr~ com ~~a açao 1ud1c1al contra " pires na mão", cómo afirmou
Caval~anti (PFL-RJ), Geraldo a dec1Sao do go':'erno de sus- Francisco DorneUes (PFL-
Bulhoes e Ren an Cavalheiros ~ender os financiamentos des- RJ), um d0s articuladores .da
EscândalO
(ambos de Alagoas, ligados ao go- tmados aos Estados no pacote reforma tributária e profundo O secretário particular do pre: vinha sofrehdo de parte do go-
vef"!lador Fe_rnando Collor), Joa- que corta os gastos públicos. conhecedor de problema, pois sidente da República, Jorge Mu- verno pela forma como vem apu-
.qwm Francisco (PFL-PB, o mais tanto esteve à frente da Recei- rad, deverá mesmo comparecer rando o eséândalo da Seplan.
votado naquele estado) e até o ex- Negociação ta Federal como do Ministério à Comissão Parlamentar de In-
deputado Nelson M archezan da Fazenda. - quérito (CPI) que investiga a A data do depoimento ainda
(PDS-RS) e o empresário Anto- corrupção no govemo para pres- não foi marcada, mas o Palácio
m·o E rmfrio de Moraes. A transferência de 23% da Retaliação tar depoimento. A decisão de do Planalto já não reage mais
receita da União para os Esta- convocar Murad e o consultor- à convocação dos assessores di-
Rejeição parlamentar dos , conforme proposta d0 Desta vez é o governador geral da República, Saulo Ra- retos do presipeote Samey. As
substitutivo do Centrão, pode- Orestes Quércia, de São Pau- mos, foi anunciada na terça-feira pressões feitas contra a CP/ aca-
p<,lo presidente da CP/, senador baram transformando-se num
Irritados com a blirz, os depu- rá ser reduzida para 19% por lo, que lidei:a o movimento pa- José Ignáâo Ferreira, apesar das dçsgaste a mais do governo junto
tados do MUP, que assínaram em um aeôrdo que está sendo arti- ra transferir receita da União fortes pressões que a Comissão à opinião pública.
bloco o manifesto dos indef!eO- culado entre as bancadas do aos Estados. "A reforma tribu-
dentes e foram osprimeiros a f alar Norte e Nordeste e do Sul e tária me/hora a arrecadação
na criação de um hovo partJdo.
e.<:,t?.o dLc:.c\ltirulo a,nm;sibilidade de
romper com o Bloco Independen-
te do PMDB: com os citados aci-
ma, seria um novo PMDB, um sa-
Acordo garantirá Mais autonomia para
co de gatos - não valeria a pena
ir para um11 nova sigla. eleições municipais • o Ministério Público
Articulação parlamentar Bras17ia (do corresponde1Tte)- desvinculação do Ministério Pú-
QrasJ1ia {do correspondente} - A
Persistem as discussões interpar- blico do Poder Executivo, que lhe
. autonomia funcional, administra-
Mas. um dos articuladores do tidárias sobre o projeto de regula-· ·cabe fiscalizar.
tiva e financeira do Ministério Pú·
novo p artido, deputado Pimenta mentação das eleições municipais Além disso , embora o tex to
blico foi aprovada pela Constituin-
da Veiga, garante que não haverá de novembro, a partir de um acor- aprovado não tenha criado especi-
te na terça-feira, 12, com 350 votos
vetos e explica q ue, com aprova- do de todas as lideranças para en- ficamente a figura do "defensor
favoráveis e aplausos d~ plenário.
do povo", incluiu disp.ositivo que
O acordo, que enfrentou dificul-
~º da Carta de Princípios (perma- caminhar o assu nto no plenário
permitirá aos procuradores esta-
dades para ser firmai:lo, melhora
nentes) e do Progama (atualizá- em regime de urgência.
O texto inicial , elaborado com duais algumas das funções do de-
o substantivo apresentado pelo
vel). s6 participariam os que os fensor , garantindo um intermediá-
..,. "aceitarem, o que evitana confu- a fusão de 15 projetos e sugestões Centrão, mas não cons,..eguiu man- ·
apresentados, incluiu itens do pro- rio entre a sociedade civil e o po-
ter todos os avanços aprovados na
sões. S6 que o MUP alega que der do Estado.
•'já viu o programa d o pr6prio jeto apresentado pelo líder do fase da Comissão de Sistematiza-
PCB, Ro berto Freire, um dos pri- •ção. Quanto ao Conselho Nacional
PMDB ser desrespeitando". de Justiça, o autor da proposta,
meiros a articular os diversos par- As forças democráticas sofre-
tidos no sentido de evitar as argu- deputado Nelson Jobirn (PMDB-
. ram, ainda, derrota importante ao
Alegria de outros RS), lamentou sua rejeição cha-
não conseguir aprovar a criação
mentações golpisJas que preten-
diam prorrogar os mandatos de mando a atenção para o fato de
do Conselho Nacional de Justiça,
Quem ficou contente com os que os novos poderes atríbuídos
órgão que fiscalizaria o Judiciário,
problemas que estão cercando o prefeitos e vereado res atuais. Ulysses: dificuldades para novo partido
ao Judiciário são muitos ,e even-
e que enfrentou lobby contrário
novo partido _foram o presidente tes da eleição, e realização de con- tualmente, poderão ser. ~sados
por parte de magistrados eJ.uizes. ...
do PSB. lami/ Haddad, e o líder Inovações venções a partir de 15 de agosto O PCB votou favoravelmente àdiscricionariamente, uma vez que
do f'!. ~uJ.a. O PSB e o PT são até dois meses antes do pleito. O o Judiciário será fiscalizado por si
críação do €:NJ e aó acordo sobre
os pnn.cipa1s candidatos e angariar o Ministério Público. · mesmo. O senador gaúcho José
11<?"º~ membros, na hipótese de Uma das principais inovações texto prevê, ainda , mandaro de
do projeto e a possibilidad~ de quatro anos para prefeitos e verea- Paulo Bisol, também do PMDB,
a 1dé1a do novo partido gorar. Pelo Autonomia sem fiscalização argumentou que a fiscalização de
menos, absorvesão os desconten- participação no pl~~to de pa~t1d<;>s dores e realização de segundo tur-
com registro defimuvo, prov1sóno no em municípios com mais de 200 um poder po( um órgão adminis-
tes ~go_ra com a nova sigla, que Entre as inovações aprovadas trativo implicaria no esvaziamento
estao JU~tamente entre os mais ou, ainda, aque les que estejam mil eleitores, nos casos em que ne~
prqgress1tas. com processo de registro em anda- nhum candidato alcance màioria para o Ministério Público estão a desse poder, mas Jobim discordou
mento no TSE. Aléin disso, o pra- absoluta na primeira votação. O elaboração de uma lista tríplice, afirmando que o Conselho Nacio-
Ausência justificada zo de filiaçãb e domicílio eleitoral, segundo turno, realizado entre os pelos ministérios públicos esta- nal de Justiça fiscalízaria o Judi-
ª? projeto, foi reduzido pàra 90 dois mais votados, elegerá o que duais, para a escolha do procura- ciário ~ão no exercício de seu po-
~has. Exatamenteºpor isso, o pro- obtiver maioria dos votos. dor-geral, nomeado pelo chefe do der de Julgar, mas em suas funções
O deputado A ug usto Carvalho lf:lO~ nesses termos, sofreu resis- A data prevista pelo projeto pa- executivo para mandato de dois administrativas e disciplinares.
(PCB-DF) justificou sua ausêncía tenc1a por parte do presidente .d o ra as eleições é 15 de novembro anos, e que poderá ser destituído· O própri0· senador, entretanto,
do Fest.ão da Voz por ter softido P~DB, deputado Ulysses Guima- (primeiro turno) e 11 de dezembro apenas por deliberação da maioria reconheceu que, do jeito como fi-
wna violenta crise de asma, mal raes, de v~z ~ue seu partido será de 88 para o segundo turno, cem ~bsoluta das Assembléias Legisla- co~, o texto ~ fathp. O sen~dor
que frenquentemente o ataca. O um dos pnnc1pais fornecedores de posse a 1~ de janeiro de 89. A in- 11,vas. Igualmente a nomea~ão e gaucho defendia que fosse atnbuí-
deputado já estava até com passa- quadros para a nova sigla. clusão dos analfabetos fez com . ctéstitui_çã? do procurador-geral ~o ao Legis_l~tiv_o o poder de fisca-
gem marcada para C! Rio (J_Uf!.f!do O .g:?Jeto inicial prevê ainda a que o projero propusesse, ainda, cf.i Repúbhca dependerão de apro- • hzar o Jud1c1áno, ll)ªS a emenda
sofreu a crise que o 1mpossibilJtou
de viajar.
fº~ 11dade_ de coligações, rêgis-
ro os candidatos até 60 dias an- ~
a utilização de cores, fotos ou sím· Wção do Senado Federal. Esses sob(e o assunto também não foi
bolos nas cédu/as eleitorais. elem.ent9s têm P,eso importante na . H,ap~ovada. 11
- .,, • ) ~ ' ,. J •• 1 1 J' 11,•t-
~,,./~/ ,.. , --.,,..; 1/.:J>'IU
• 1' ,.JrJI , ,,, , ,uJ , ' \.t. 1,.J.
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~
4 PONTO DE VISTA 15/04 a 21/04/88 WJZ!
Operigo da volta ao anti-se~itismo CONVERSA DE BALCÃO
Neste apaixonado àttigo, o escritor Paulo Cavalcanti relata todo o horror em que se
transformou a vida dos palestinos e chama à razão os judeus. As tarefas de a·gora,
lo próprio, onde possam c0n5rruir
as tarefas de sempre
E m 1948 da tribuna da As-
sembléia Legislativa do Es-
tado de Pernambuco, eu, na con-
sua pátria. .
Es~e genocídio, que_nao poupa RENATO POMPEU
dição de deputado comunista, re- nem mulheres, nem criança~, ere-
queri que os parlamentares, atra- cisa acabar, em nome dos Dire~tes
O?ando examinamos a situação brasileira atual, é .l
vés da Mesa, dirigissem um apelo Humanos em nome da JuSltça,
ao eresidente da República, ao em nome de qualquer religião_q~e preciso prestar atenção em todos e em eada um dos
mimstro das Relações Exteriores se preze. Para a gl?r-ia_da co?~•çao d~talhe~, a c_urto (? mé.dio prazo, mas é preciso mais
e ao ministro da Justiça, no sen- humana, os jornais dao oot1c1a de
que, mesmo em Israe_l,_grupos de
ainda ?8:º deixar que os detalhes impeçam de alcançar
tido de que o representante do
Brasil na ONU pasasse a defender políticos e jovens ofimais do Exér- uma v1sao ge~al, a longo prazo. Assim, é importante
o direito dos judeus ã existência cito já se erguem cont.ra tam~~as prestar atençao nos detalhes a curto prazq, como o
de uma pátria livre, num Estado atrocidades. Muitos desses milita- confronto entre-o Legislativo ·e o Executivo federais
autónomo. Por essa época, nem res se negam a levàntar suas_armas
os Estados Unídos, nem a Ingla- contra palestinos, nos conflttos de representad~ pela CPI da Corrupção, be·m assim o~
terra. viam com bons olhos a causa rua em que se defrontam fuzis, pr~blemas mt_ernos d? P_MDB 1 onde as lideranças
dos jude~ esquivando-se de atri- .metralhado,ras e granadas, de um mais progressistas estao msatisfeitas com os rÍIJDos
tar-se com os árabes, por causa lado, com bodoques ou estilin-
do petróleo. Foi, historicamente, gues, de outro. '.!'ais atrocidades do governo Sarney.
a União Soviética a campeã dessa cometidas pelos soldados israelen- Mais a médio prazo, é importante prestar atenção
causa, acompanhada na ONU pe- ses estão sensibilizando o mundo. em como, apesar de tudo, apesar do Centrão e das
los demais países socialistas. Agora mesmo, sete famosos inte-
lect'uais judeus, residentes nos derrotas das forças progressistas mais consequentes,
Não era possível delongar a luta
de um povo de cultura milenar pe-
EUA, assinaram um manüesto . observar como da Constituinte está saindo um novo
pedindo ao governo de Telavive Brasil, bastante diferente do Brasil do Regime Mili-
la conquista de um solo onde pu- que negocie politicamente <:om os
desse censtruir uma pátria sobe- palestinos sobre a retirada dos ter- tar, principalmente nos ~aipos político e social, um
rana. Sobretudo de um povo que ritórios ocupados de Gaza e da
havia, participado tanto quanto os Brasil mais democrático. E, igualmente a médio prá-
outros, da luta contra as forças do Cisjordânia, pertencentes histori- zo, é importante prestar a atenção como os rumos
camente aos árabes. Esse mani-
nazi-fascismo, morrendo aos mi- conservadores e re•acionários da política econômica
festo, de repúdio ao uso da vjoJên-
lhões nos campos de concentração cia, mereceu a adesão de Isiah
que Hitler diss.eminara por toda ultimamente adotada pelo governo Sarney estão fatal-
Berlin, famoso filósofo judeu, de
a Eirropa. '
Arnold Goodman, um tios mais .mente levando a confrontos com as massas populares,
Pierre van Paassen, no seu fa. ·
m.;iso }ivro "D Aliado Esqueci- brilhantes advogados do~ EUA, primeiro com as massas do funcionalismo e dos setores
do", clamava pelo reconhecimen- do rabino-chefe da Grã-Bretanha estatais, mas logo com toda,s as massas assalariadas,
to da contribuição dos judeus na Immamnuel Jakobovist. do barão
Elie de Rothschild, do escritor e em razão cfa ofensiva contra a URP . Fica claro, nesse
derrota do eixo Roma - Berlim - prémio Nobel de literatura Saul p<:mto, como se equivocavam as lideranças populares
Tóquio, diante da indiferença de Bellow e do célebre violinista
certas nações que, passada a guer- que insistiam na pura .e simple~ livre negociação sala-
fsaac Stern. Outros quinhentos ar-
ra, menosprezavam os filhos de Is- tistas de cinema, rádio e televisão rial, pois nesta o que vale é o me·r cado nu e cru
rael, num.a injusta demonstração da Europa se dirigiram ao primei- da Jllão-de-obra, onde as grandes massas estão em
de preconceito, ou de inte resses ro ministro de Israel Yitzhac Sha-
mercantilistas contrariados. posição de desvantagem, embora haja setores mais.
mir, clamando por uma solução,
Associando-me , como parla- P,ac{fica para o conflito do Oriente qualificados que detenham posições estratégicas nesse
mentar, à causa judaica, cons~gui Médio. A tudo isso o goverrto de mercado e possam assim ser beneficiado.s pela .livre
que o plenário da Assembléia Le- Telavive responde com mais vio-
gislativa, por sua unanimidade, re- mundo testemunharam . ante o negociação salarial.
lência e se "penaliza" oom a morte
clamasse do governo brasileiro olhar revoltado de milhões de es- de um soldado israelense contra Mas, se temos de prestar atenção nessas questões
uma atituôeclara, na ONU, sobre pectadores. cento e um combarences palesti- a curto é mé dio prazo, se temo~ ainda de levar em
a existência do E stado de Israel. Segundo o depoimento de 16 nos, massacrados nos incidentes
Por tê-lo obtido, fui homenageado médicos sanitaristas brasileiros conta a necessidade de definição da duração do man-
de rua. ,
pela comunidade judaica no seu que visitaram recentemente a área Em 1953, conheci, em Cracó- dato do presidente S~rney e da ~a9ão. do prazo de
clube social, então localizado 11a conflagrada da Palestina, os solda- via, na Polónia, o campo de con- convocação das eleições presidenc1a1s çhretas, temos
Rua da Glória. dos israelenses usam um tipo de , cen tração de Auschwitz, hoje também ao mesmo tempo de levar em ~ont~ as ques-
Em face disso , com essa autori- bomba de gás laorimogêneo, de
daae, e mais ainda, como velho moderníssima fabricação america-
am.igo dos judeus do Recife, desde na, de terríveis efeitos no orga-
os tempos em que,.menioe, eu re- nismo humano. provocando abõr-
sidira na Rua dos Prazeres, na Boa tos, lesões hepáticas e outras en-
transformado
1
num museu do
' horror nazista", onde foram aS-
sassinados, em câmara de gás ou
nos muros de fuzilamento , pelo
tões a longo prazo, represe~ta?as bas~came~te pela
dupla crise da.economia ~ra~tleua, a cnse cíclica pró-
pria do capitalismo brasile_1ro_ que se dá_ dentro de
-·-
Vista, güêto israelita de Sa:ras, fermid<!des. A delegação médica menos dois milhões de judeus. uma crise estrutural do capitalismo mundial. .
Não há, quem possa visitar esse
Moisés, Salomões, Saus e brasíleira comprovou ainda que a campo sem c)lorar. Vi salões de E nisso temos ae ter uma visão cl<l:"ª• se~ sentimen-
Abraões, elas, bonitas, eles, es- tortura sofrida pelos palestinos brinqu.edos decrianças e de óculos talismos nem emocionalismo: os nscos sao grand~s
beltos, cheirando à cebola e alho, obedece a criténos "científicosl',
é que venho protestar contra o ge-
de pessoas míopes - destroços de O Brasil ficar definitivamente para trás em relaçao
num tipo de "extermínio dirigi- dos que partiram para os fornos
nocídio que se está pratica.n do do". Assim é que os golpes de cas- de incineração. Vi barras de sabão à econo~ia mundial, !ªl com? aconteceu por exemplo
oontra os palestinas, nes territó- seteres, quando usados, se con- feiro com a gordura humana de com a. Bolívia a partir da cnse dos an0s 30. De um
áos ocup ados de Gaza e Cisjor- centram nos órgãos genitais dos judeus. Vi pedaços de ossos huma- lado O Brasil precisa reformular todo o seu parque
dânia, soô a proteção cúmplice do insurretos da Cisjordânia e Gaza, nos calcinados, servindo de aterro
governo de Israel. Na hora e m, com o propósito de !omá-1<?~ est~- nos pant.anais de Auschwitz. Para indu~trial , .para não ficar atrás na re~ova_ç ã? te~no-
que eS<--revo estas palavras de in- . reis. Segundo Márc1a Arau.Jo, di- Salomão Kelner, meu velho am,i- lógicá que está ocorrendo nas econom1_as mais adian-
dignação, Gento e dez palestinos retora do Sindicato dos Médicos go do Recife, trouxe a triste recer- tadas. Sem promover essa reformulaçao ~o seu_ par-
já foram assassinados pelos ju- do Rio de Janeiro, o gás contido dação de um pedaço de tíbia, reco-
deus, em combates de.rua, numa nas bombas lacrimogéneas é do ti- e industrial, e também de sua ·tecno.log1a agncola,
lhido por mim dos ateFTes do cam-
luta em que os palestinos se lev~- po que os nazistas utilizaram con- P,O polenês. ~ºBrasil ficará para trás. Mas1 e isso é mais dramático
tam pa:ra reclamar - eomo os JU· tra os jude us, nas câmaras de tor- E em nome desse terror nazista, ainda, se essa re_formulaçã~ do parque industrial e
deus o fizeram durante séculos! - tura dos campos de concentração que todos nós, democratas, e rgue- da tecn0logia agncola do Pais se der _de forma conser-
o direito a uma pátria livre. O mais na n Grande Guerra. mos o apelo aos judeus honrados
revoltante é que esses crimes se O fanatismo dos sionistas de Is- e livres do mundo inteiro: pare- vadora, co.m a manutenção das atuais_estruturas eco-
revestem da maior monstruosida- rael - para quem nós o utros, 'de mos com o genoçfdio dos _pale.s- nómicas do Btasil e com a manutençao do papel su-
de: jovens palestino~ ent~rrado~ grupos étnicos diferentes, não pas- tinos de Gaza e 'Cisjordâm~! Ou bordinado do País no cenário mundial, o 9-ue teremos
ainda vivos (como foi obngado a samos-de " raças inferiores'', desde teremos de assistir, constrang1d0s,
reconhecer, penitenciando-se, o que f ies, os judeus ortodox?s, se é que se instalará no Brasil um setor mais moderno,
a volta ao anti-semitismo genera-
próp.rio governo de Israel). ou autoCllassificam de " povo ele1to:de . lizado. porém às custas cla expulsão das gra~des mas~~s. do
combatentes indefesos que tive- Deus" - vai ao extremo de ma- País para uma economia atrasada e miserável. E tSS<?
ram seus braços e pernas quebra- tar como se mata cão hidrófobo,
dos a golpes de pedra por ~o~dados os 'palestinos que !ut~m táo so- Paulo Csvalcantl, jornalista e escritor, mem- que temos de enxergar a loQgo prazo.
bro da Direção Nacional do PCB ·
,~r,~1.e1;1~~, ff!/:P,Q .~ J~l~X~We& dp ,ftl~l~1Pá:J'lliq'CffiPJflflJQ·~ ui,n,s~- # -· 1

,rr,,JJJiJ"'-' •• , : . - -:; f .,:. 1~:Jt· t . i"'l'-."'\ , .. t. , ,._)


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e 1....._!,...•1l
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' ..·r'I),)' ! '• ....".....
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W2 15i04 a 21104 88 PCB 5
"

Uma festa .de cor, som.e alegria Fotos: Gracltla Magnonl e Oamar Bustos
'>

· o Rio de Janeiro C<_)ntinua


lindo. com suas praias, seu
verde intindo_, suas favelas -
paredão colondo. No entanto,
algo de novo aconteceu
durante três dias e três noites
-qo panorama carioca: o
vermelho das bandeiras do
PCB trem~lou na Lagoa
Rodngo de Freitas
mo~ificando a paisage~
_habitual da região: era o
Vestão da Voz 88,
acontec\Illento anual da
im\nensa comunista. Há oito
anos i:ea\iz.ado em São Paulo,
'Qe\a1)1:imeira vez tomou lugaT
em terras cariocas,
despertando grande interesse ,
principalmente da juventude,
que fez ecoar mais alto o grito
de 'Força, ação, aqui é o
Partidão!"
Próximo ao Clube de
Regatas Flamengo, o Estádio
de Remo da L agoa abriu suas
portas para o público,
recebendo cerca de t5 mü
pessoas, canocas e
A emoção de quem acredita
fluminenses e muita gente dos
mais diversos recantos do País
para prestigiar ou mesmo
na arte ~e no povo brasileiro
confirmar a garra com que o
PCB vem lutando. Ao somar U m dos momentos mais
marcantes e emotivos do
Festão da Voz foi a homena-
nuar escrevendo sua história.
Acho que ele já p.ode falar com
mais liberdade."
igualdades, mostrou a gem prestada ao grande com-
necessidade de renovar positor e cantor.João do Yalle, O compositor se sente emo-
cionado ao saber que lá fora
esperanças no avanço ~a uma homenagem que; não po- há uma boa quantidade de geh-
deria deixar de ser feita. te·querendo ouví-lo, abr-açá-lo.
""~ democracia no. País 5' a João do Valle, o João de Pisa
necessidade de se erguer uma na Fulô, com muitas músicas "Eu estou no hospital já faz
gravadas, tem uma vontade de um bom tempo fazendo fisiote-
frente suficientemente vi,ver tão grande que nem uma rapia , mas quero voltar para
~ coerente, suficientemente cadeira de rodas - onde está sentir o calor humano, o aplau-
weso em virtude de um derra- so das pessoas. Essa homena-
ampla para se entrar na me cerebral - o detém. Ro- gem me deixa até que meio
disputa e derrotar o inimigo. deado de cantores como Sônia sem jeito. Eu venho com toda
Barracas, circo, shows, um Santos, Leci Brandão, Marti- a boa vontade do mundo por-
nho da Vila, Theresinha de Je- que se trata de uma homena-
sem número de atrativos sus, Jnês de Lima, Julinho do gem do Partidão, desse Partido
contemplaram o público Acordeão, João nâo escondia que me quer bem. Um dia, eu
sua emoção. "Eu sou um com- ainda vou sentar e escrever
ptesent~. No amplo espaço positor com uma grande baga- uma música pro Párt.ido.
oferecido pelo Estádio de gem musical. Tenho 400 músi- No palco, rodeado de autori-
Remo, as barracas montadas cas gravadas-o que me deixa dades, João atende ao pedido
muito satisfeito-, cujos temas de Milton Gonçalves. É aplau-
eram uma alegre geografia do são mais 0u menos equivalen-, dido de pé, demoradamente.
País, com seus costumes suas tes à pregáção do Partidão". "Eu tô com o coraçã0 caído,
comidas típicas, seu fol~lore. João do Yalle sabe do poder porque antes de mais nada a
que emana da arte desenvol- homenagem.é do Partido ''.
E , como não poderiam faltar vida pelos negros, mas não sa-
os Partidos irmãos se fizera~ be se depois dess.as comemo- O Partido Comunista Brasi-
rações da Abolição continua- leiro deixava aberta mais uma
presentes através de sua rão a escrever esses cem anos, trilha, uma trilha comum a to-
literatura, de sua produção G:Om s ou com c. "Sou negro, dos aqueles ,que acreditam na
tenho origem afro. Sou da tur- música popular brasiJ.. ira, ou
c.,rtística: URSS , República
0

ma que luta pelo legal, pela melhor, na arter / brasileira, para


Democrática Alemã, pártit ip•açãõ do negro 1na vida
• • ' 1 \
que noss'os artistas naô se1am
_ , /

Bulgária, Japão e Romênia. João do Vali&: homenagem á vida


do País. O negro deve conri- esquecidos.
1

6 15/04 Cl 21/04/88

' 1
1

.1

ara o! ''
trações para todos os gostos / 1
A achavam-se de sobra no Festão ai
Voz 88. Desde os bonecos ~ ,
pernambuca~os às acrobacias/~'
soviéticas; d0 ilusionismo ao som t
contagiante do fricote baiano. E o poVP,
esbaldou-se. _Pouco in~p0rtava até 1:1es1;
o soJ que pmtou radiante no dommgo ..,,
convidando a todos para a praia. O que-
comandava mesmo era o vermelhão .··
tremulando, refletido nas águas da Lag6~~
R~drigo de Freitas. As bauacas, vindas ~
Sara Gonza1es d1fe.rente.~ :stados brasi_leiros, faziam ~ f
~omp~t.lçao salutar: do picante aca~aJei!;1
Na barraca da Bahla, muita animação sempre
baiano a adoçicada água de côco pot1guar
Lecl Brandão passando para a batida amapaense , todos,
se fartaram. Como dizia o fapuloso . ...
Tumumba, velho militante lá dos ládos·da
l\ha do Governador, preocupado com_o
trabalho de ft1iação: "a festa está de
arrepiar·! "; ou mesmo o incansável Stbepan
Nercessian que se esforçava ao máximo
para que todos pudessem se divertir.
Na verdade, o alto astral começou logo
na sexta-feira à noite quando da abertura
da festa. Nem mesmo a chuva que batia
insistente impedia os ânimos. 1

Além das apresentações que tiveram !


lugar no circo armado ao lado das barracas,
onde se apresentaram artistas, dançarinos,
entre eles o artista popular e technicolor
Tigre, Eduardo Boa-Ventura, Zeto
Cantador, Bia do Pagéu , Repolho e sua
Banda, as apresentações no grande palco 1

- que também deu lugar ao ato político 1


- , selaram com sucesso as festividades. 1

Tendo como apresentadores os atores


Milton Nascimento (às vezes substituído
por Sthepan Nercessian) e Jacyra Silva, a ,
participação dos artistas foi um dos :
momentos de grande efervescência para o
Moraes Moreira Martinho daVila público ávido de alegria, que fez do
gramado e das arquibancadas verdadeiras1
pistas de dança. .

Discussão fraternal, avanço democrático


Debate sempre combina com
No gramado, apreciando º. espetáculo
viam-se nomes como Márcio Braga, :.. i
Benedita da Silva, Fernaqdo Santana;-~
Paulinho da Viola, Ana de Hollanda, o
festa. Pelo menos foi assim no Fes- diferença política e o consumismo. 1

tão 88 da Voz da Unidade, apesar Depois do debate, o responsável cubano Jorge Ferreira, Frei CiYc~::i · 1

de algumas improvisações. O de- pela Seção Juvenil do PCB, Tib~- cantora cubana Sara Rosa Gonzales, 0
bate sobre a Perestroika e a Glas- rio Canuto, juntamente com o d1- , argentino Roberto Grana. , '
nost, realizado no dómingo, foi ri~ente nacional Paulo Elisiário, Os músicos soviéticos deram um show
um dos mais concorridos, e contou reiterou a decisão do Partido em à parte: 0s dançarinos Dina Konstantinovha
com a presençado vice-diretor do caminhar para a reálização de _uma Dolgaµov a, l\!an Yladimirotitch
Pravda Boris Mijailo_vitch Orejov, Conferência Nacional Juveml do . Mozjukhina; a malabarista Marina 1
de Moacyr Félix e Enio Silveira. PCB e para-a. construção de uma
organização juvenil autônoma e Evguenievna Bartachova, os músicos
A sinceridade das intervenções do Evgueni ~emionovitch Budanov, Vladirrii_r
jornalista do Pravda - bem no de massas. O debate despertou a
participação ativa da juventude de Anatolievitch Dudnik, os ilusionistas Iun .
estilo da transparência - impres- Aleksandrov.itch e Litfia Abuba Kirovna,i
sionou os presentes. FaJando cla- todo Ç> Pais.

)
ramente a respeito da luta interna a cantora Ekaterina Feoktistovna i ,
na sociedade soviética, Mij'<lilo- Cultura Chavrina, e os ginastas Galimov Vladimir i
vitch disse que não poderá haver Jlidarovitch, D ogadkit Dmitrim Kriptsov,
retrocesso, pois a democratização Também se discutiu _a políti_ca Andrei Valerievitch, Bitcheriva Olg~,
está alcançando respaldo em mi- e o papel dos intelectuais na soc1~- Mostenanova Olga Yasj]jevna, Dechkma
lhões e milhões de trabalhadores. dade brasileira. O debate, real:· Tatiana Vladimir0vna, Chugai Lada,
zado no doming<? pela_ manha,
Moacyr Félix, como sempre, contou com a part1c1paçao de S~- Chabanova Elena, 0 en.xaêlrista Alexandr
agitou um pouco o debate, lendo vio Tendler, João das Neves e Mil- Rocha) Borisovitch.
trecno do seu poema "O poeta da ton Temmer. Esteve també~ em O espetáculo foi seguido pel?s arti!tas
cidade no tempo", do livro O pão Debate sobre aperestrolka: avanços na sociedade soviética
debate O jornal ".oz d~ _Umdade e grupos brasileiros Banda MoeJO, ln~s de
e o vinho, escrito em 1955, onde bém de não-jovens - para a dis-.nistas de todo o País intervieram enquanto sen:ianáno pohttco e, em Ljma,'Therezinha de Jesus, Marcelmo
o poeta sugere a perestroik.a: cussão da questão juvenil. em de- sobre o tema e discutiram com 0 discussão mais demorad~ e caloro- Buru, Mac Dony Band Popketn, Força da .
"muitos morreram para que o ho- bate coordenado por Tibério Ca- p~ofessor Gonzaga Mona, estu- sa, 0 resgate da memóna cultural Gravidade, Alma Púrpura , Garganta
mem surgisse do homem/ a vida nuto, membro da Direção Nacio- dioso da questão. brasileira, que é funda~~ntal e de-
surgisse da vida ..." ve ser bandeira das at1v1dades do Profunda, Leci Brandão (que improvisou
nal do PCB. Após uma palestra Foi discutida amplamente a ju- um pagode de homenagem ao Partido)
do professor da Universidade de ventude dos anos 80, com aborda- Partido. Tatvéz por fa!ta de C?Or-
Juventude Brasília, Gonzaga Motta, que tia-· gens de vários ângulos sobre a apa- denação, ~ -deba\e na~ surgiu o Noca da Portela, Rild0 Hora (qúe toco~
tou de alguns aspectos da juven- rente desmobílização e apatia des- efeito desejado: d1scussoes parale- na gaita a Internacional), Martinho da Vila
O circo montado na área,qo Fes- tude brasileira hoje, a discussão ta juventude, oom sintomas como las fizeram dispersai; o tema prin- e su~ filha M~rtinália, acompanhado de
táo se encheu de jovens - e tam- foi aberta a todos. Jovens comu- o individualismo exacerbado, a in- cipal. pass1stas e baianas da Esc0la de Samba
'
PCB
-
-- ~---------------..-=-- -~-
7
l
1
1

e 1

l
ias l1
Ünidos da Vila I sabel. Sónia Santos,-
lmu ndo Fagner. Zé Ramalho e ~oraes
Folot: Gracllla llllgnonl e Oamar 8u11')s

,l
oreira. Eoc-err.'.llldo a parte m usical, a
tora cubana Sara G-onzales e o Grup o
avaC811 consc~ esqu<:n tll! m ais
,
1

f
1
·ainda a platéla, q ue ped1a bis
incansavelmente. 1
,"ios camarins, Leci _Brandão, Sónia
ntos e Moracs Moreira mostrav am-se ,
1
1tusiasmados com suas participações.
·~rt\nno da Vila, na ausência de Ruça
1

t
--.e "e muso do Partidão'_'. De rest~,
0 Ã.r.ê espafüadô pelas noites cariocas,
incipaJmen1c durante a h?menagem
~ ao grande compos1tor 'João do
1,·. que ora \la<,,sa \)Ol: momentos de
l
1
1
~;canõ.e õ.fücu\dade. ·
:. uem bem o ~estão da Voi caminhava
.ra o nna\, ~á se fa.\ava em rea\i"z.á-lo no
l
ximo ano na c1-ç\a~e de "Be\o Horizonte,
futm:amente am~\'i.á-\o por todo o País,
l
orque, como diz o cantor 'Paulinho da l
~
Viola, "a importância ainda reside na
procura , no grande interesse q ue está Allematlva para os Jovens · Opúblico sempre empolgado
spertando entre as pessoas. Aqui no Rio
l
~ Janeiro, as pessoas querem saber o que
· uma festa do PCB. O sucess© que está
correndo é uma coisa muito importante.
porque reflete o interesse cada vez
Preparando o Brasil do pós-transição
Depois de defender a necessi- PSB, Marcelo Ce rqueira. O pn;si- analisou rapidamente a transição
l
·1
1·escente em relação às coisas do PCB. ãs 1
dade de concluir a transição. con- dente do PMDB e da €:onstituin- democrática, fase difícil e compli-
coisas dos países socialistas. Agora, o
1portante é que ele se estenda por outros
·tados. Já imaginou o Festão na Bahia?•·
No do.mingo, as pessoas uão se
solidando a democracia e enfren-
rando a crise econômica com um
programa capaz de atender as exi~
gências mais imediatas do povo,
te, Ulysses Guimarães. enviou re-
legrama.
Em sua interve nção, José Cola-
grossi, representando o governa-
cada da vida nacional, que culmi-
nará com a promulgação da nova
Constituição e instâlará um Esta-
do de direito·democrático no Bra·
l
!
~ i'i'NJ'S ~i.'l.i:l~ &~.'S~. ~\.,."',Tu-v;s' ,"S&~, ~a\c11nãr, Mal.ma. pTe._,ckPh• na- dru Moreira Franr.o. feJir,itou os s1l. Mali na disse que ns cnmunistlls
lmpre mais. As crianças também tiveram cional do PCB, durante o ato poli- comunistas pela festa e afirmou estavam com a consciência tran-
tico realizado no Festão da Voz que ··o evento é uma demonstra- qüila por lutarem pelo parlamen-
1eus momentos: muita pipoca, teatro de da Unidade, anunciou que o PCB ção de democracia. pois Oflde há ta rismo e pelos quatro anos, e cha-
~ntocbes e, como não poderia deixar de vai mesmo atingir a meta de 300 Partido Comunista legalizado há mou a atenção para algumas ques-
1 faltar, as faosas ··maçãs do amor". míl filiados até o final deste ano tam bém democracia". O prefeito tões imediatas: a manutenção das
. Mas a noite caia, as luzes do Rio e que esta é a tarefa mais impor- em exercício da cidade, Jó Resen- eleíções municipais ainda este ano
)riibavam, um vento frio circuJava pelo ranteoomomentoparaqueosco- de, disse em nome da cidade do eagarantia dosavanços daConsti-
:stádio do Remo; no céu um espetáculo munistas·brasileiros possam influi r Rio de Janeiro e do Partido Socia- tuinte contra as iniciativas dos se-
r de rara beleza: fogos de artifícios mais na vida nacional. lista Brasileiro (PSB), que sentia- ~ tores conservadores no segundo
poucavam esvaindo-se em legendas: "Paz O ato político - entre um show se honrado em participar da festa turno.
Socialismo", "Viva o 52 Festão ela Voz" . e outro, na noite de sábado - foi dos comunistas, chamando a aten- A seguir, o presidente do PCB
t o desenho da força e do martelo onde aberto pelo diretor da Voz da Uni-
dade, Luiz Carlos Azedo, que des-
ção para o fa to de que as conver- Salomão Mallna
gências das forças democráticas e
se referiu ao período P.ós-transi-
ção , no qual- na opimão dos co-
estava escrito: ·'Junte-se a nós!". taeou a importância polítiea e cul- progressistas são muito maio res Constituinte, "que apesar de _ter munistas - será necessário cons-
As delegações estaduais começavam a se turaJ do Festâo da Voz, assinalan- que as divergências e que estas for- apenas três companheiros é tão truir um novo bloco pol(tico, com-
1despedir do Rio de Janeiro, mas com a do que esta era uma festa " para ças devem procurar somar as suas eficie nte como se fossem trinta prometido com a democracia e
:rteza de um novo dia, \JID novo dia cada renovar esperanças num desfecho igualdades. No mesmo sentido, o parlamentares". Dirigindo-se ao com o combate à crise baseado no
rez mais consciente. Tetmínava o Festão positivo da transição demoerática líder do PT, o Lula, ressalto u que presidente do PCB, Salomão Ma• crescimento económico" e na ur-
a Voi 88. Na boca de cada um, entre e uma vida melhor para todos os as lutas que unem o PCB e o PT lina, 1.ula falou da delicadeza da gente redistribuição de renda, des-
braços iá saudosos: "De norte a sul, no brasileiros". Além de parlamen- são muito mais fortes ql!e as dis- situação do Brasil de hoje, e colo- ta vez em favo_r de quem até hojr
tares e dirigentes do Partidão - cordâacias ocasionais. ''Quando o cou o desejo "de minha parte e pagou pelo progresso do Brasil
's i!)t~iro:, que viva o Partido Co)l1unista destacadamente o líder do PCB PT e o Pç:B brigam, os grandes de meu partido que o PCB cresça Na ocasião, Malina assumiu
rasile~o! . De um grupo d e comunistas na Constituinte, Roberto Freire, empresários, os banqueiros e os muito e volte a ocupar o espaço coml?romisso de apresentar n1
unpat1zantes elevou-se Ullla voz: "Devia
, 1l
~ e o deputado baiano Fernando latifundiários - ·nossos verdadei- que lhe cabe na sociedade brasi- próx1mos dias o programa econ
~r sempre assim - tcdo mundo junto, nos Santana - , est'<lvam presentes: o ros inimigos e adversários - mor- leira" . mico que podia servir de base pll
1 dias de festa e nos dias de luta". prefeito em exe rcício do Rio de rnm de rir". L ula, em seu discurso, Fechando o ato, o presidente a construção deste bloco polítil
Janeiro, Jó Resende; José Cóla- elogiou a bancada do PCB na nacional do PCB, Salomão Malina P ara ele, não haverá democrac t
grossi, o vice-governador do ~ sta- estável no Brasil enquanto persit l
do Francisco Amaral; o pres1den- tir a teróvel situação das massas t
te da A ssem bié ia Legislativa do "Esia luta é parte fundamental pa- !
Estado Gilberto Rodrigues, o se- ra a consecução do projeto polí-
cretáriJ estadual de saúde, José tico niais amplo dos comunistas,
Noronha; o presiden te _do lnsti- ou seja, a construção do socialis-
tuto de Previdência Social, Jo rge mo no Brasil, pois só este sistema
Moura; o líder da bancada do Par- resolverá as questões de base que
tido do$ Trabalhadores (PT) na afligem o nosso povo" .
Constituinte, Luís Inácio Lula da Concluindo , Malina disse que
Si\va; o prefeito de Olinda, José este projeto somente é vjável coin
Arnaldo Amaral; e os constituin- ·a existência de um grande Partido
tes Paulo Ram os (PMDB-RJ~, Comunista, equeeste Partidoestá
Ana Maria Ratte (PMDB-RJ , sendo construído. " Chegaremos
Heloneida Studart (PMDB-RJ , aos 300 mil filiados muito antes
Benedita_da Silva (PT-RJ), Moe- de êlezembr01' , disse Malina, "e
ma Santiago (PDT-RJ) ; Car los a tarefa mais importante do· mo-
Alberto de Oliveira (PDT-RJ) mento é esta: construir um grande
Márcio Braga (PMDB-RJ) , Mil~ Partido de massas que se coloque
ton Temmer (PSB-RJ ), Wilson d,r à altura das tarefas que estão pela
"'uito Alé no Fdo Souza (PMDB-SC), e o líder do Lu/ae/ogfou abancada comunfsta: tr~s deputadosvalemportrlnta. frente" .
1


.-..
'
'
PCB 15/04 a 21/04/88 ~
8

Prova de a~izaª~:.!!líre ·os povos .. .


· Brasil divulgavam a luta do po- vai ~er uma C?~~n}11dade_ mte~
N o fim da tarde de. sexta-
feira , com a presença de
inúmeras autoridades - artis-
vo chileno contra a ditadura.
Além dos shows de grande
envergadura, há que registrar
nacional, pois ha uma Juve~l
tuo7 que pode alcançar posto;
ma1or~s q~7 o alcançado po1
tas. políticos e intelectuais-, a _presença do enxadrista sovi- Mequmho. .
o Palácio da Cidade, no bairro é~1co Alexandr Rachai Boriso- Saudaçoes 1
de Botafogo. abriu suas portas v1tch , mestre internacional de Fora as presenças, algun
para oferecer um coquetel às

l
xadrez, treinador e mérito da Partidos enviaram calorosa
delegações estrangeiras partí-
cipes do Festão da Voz 88. UR~S ~ principal jornalista es- saudações ao fCB e para a Vo·
Jô Resende, vice-prefeito da peciahzatjo em xad rez da da Unidade. E o caso do PCP
cidade do Rio de Janeiro, re- URSS. Fez palestras nos clu- que imprimiu uma pequen
presentando o prefeito Satur- bes ~e xadrez e ~isputou duas "edição" do Avante, específic
nino Braga, deu boas vindas sessoes de partidas _si~ultâ- para 0 Festao, aue entre outra
aos estrangeiros: '·Estamos neas. D~ntro do Fes~o, Jogou coisas afirma: ' 1Com os nossos
aqui, em nome do prefeito Sa- no_dommgo contra vmte enxa- profundos sentimentos solidá-
turnino Braga, em nome da ci- dnstas amado~es, vencendo a rios e fraternais acompanha-
dade do Rio de Janeiro, para As delegações estrangeiras num almoço
todos n?m penado de duas ho- mos 0 vosso duro combate, es
dar as boas vindas, abrir as nos- r~s de Jogo: ~o entanto, três tamos ao vosso lado no enfren·
sas portas e nossos corações às pos da Paz, Laura Austregé- do da nossa festa as delegações dias -~?tes, JOg?u uma partida tamento dos obstáculos que as
delegações estrangeiras que silo, Enio Silveira, Moacyr Fé- da Argentina, República ~e- no_T1Juca Tên_1s Cll!be c~mtra forças hostis à Democracia
vêm nos honrar, honrar a cida- lix, Arthur José P0emer, Mil- mocrática Alemã, Bulgána, qumze enxadnstas J~venis fe- brasileira e â independência
de do Rio da Janeiro, com as too Gonçalves, Francisco Mi- Romênia, Portugal , Angola, derados, perdendo tres, emea- nacional do povo irmão do
suas. presenças. Esta festa que lani, Luis Carlos Azedo, Laer- Coréia Democrática e Japão. tando quatro e vencendo oito Brasil tentam levantar no ca-
tradicionalmente tem se reali- te Vieira de Melo, deputados Entre os estandes havia um do partidas. Antes de partir, Ro- minho do progresso social e da
zado em São Paulo, será uma Benedita da Silva, Heloneida Chile, onde os companheiros chal comentou que teve ~ c~r- Paz por que lutais".
festa muito bem sucedida, que Studart, Milton Temmer, Ro- que atualmente residem no teza de que o xadrez brasileiro O CC do Partido Comunista
contará com a simpatia, com berto Freire e Fernando San- Japonês salientou em sua men-
a alegria e com a fraternidade tana. sagem o momento que o nosso
de povo desta cidade." As delegações Partido está vivendo: " Nós de-
Salomão Matina, presidente
nacional do PCB, agradeceu:
"Há pessoas que afirmam que
Foram dez as delegações es-
trangeiras presentes ao Festão
88. Algumas delas, além dos
\ .. •
sejamos de coração que os co-
munistas do PCB tenham gran-
des êxitos. em vossa campanha
no Brasil nada mudou. Eu des- responsáveis políticos, trouxe- de crescimento do Partido para
confio que esta reunião aqui, ram atrações artísticas e espor- chegar à militância de 300 mil.
com a nossa presença, ilustra tivas. Foi o caso da delegação Que com essa nova força con-
de uma forma bem eloqüente soviética que chegou ao Rio de solid em e desc;nvolvam a liber-
que muita coisa mudou. O nos- Janeiro com dezessete atletas, dade e a democracia no Bra-
so Partidu está presente, parti- enxadristas, músicos, bailari- sil."
cipa da vida política brasileira, nos, ilusionistas e o vice-dire- O Partido Comunista da
ela vida pública brasileira, tem tor do Pravda, Bóris Mijailo- China, o Partido Comunista
um espaço. Naturalmente, co- vitch Orejov. Fr ancês, o Partido Socialista
mo ainda não somos bastante Os cubanos vieram com da Austrália, o Partido Comu-
forte, não ocupamos todo o es-
paço que desejamos, mas va-
atrações de alto nível: a canto- nista Grego e o Partido Pro-
gressista do Povo da G uiana
j
ra Sara Goozales e o Conjunto
mos construir o Partido que
precisamos."
"Gu ayacan" , expoentes do
movimento da "Nueva Tro-
A festa foi um sucesso enviaram saudações e descul-
pas pelo não comparecimento. 1
Numa avallaçlo de caráter prellmlner de Armando Sampaio, da
Seguindo-se aos discursos, va", composto por José Anto- coordenação do FeatAo e presidente do PCB-Rlo, a festa se
O jornal Neus Deutschland,ór- j
os soviéticos Ekateiina Feok- nio Huerco Rodrigues, José constituiu num grande sucesso tendo em viste que cerca de 15 gão central do PSUA, também 1
tistovna Chavrina, Vladimir André Ordaz Aguil.lera, Maira mil pessoas circularam durante os três dias pelo Estádio de Remo, mandou um telegrama assina-
Anatolievitch Dudnik, e E v- Ibarra Miranda, José César conseguindo-se um número expressivo de filiações, do por Herbert Naumann , di- 1
gueoi Semionovitch Budanov, Valcance Gregório, José Luis destacando-se a do músico R!!go Hora e a da pedagoga Marie retor do jornal, que diz: "Por
deram um show de canto e mú- Sousa Lopes, Gaston Joia Ri- Helena da Silveira. Para Armando, é evidente que houve algumas ocasião do Festão 88 da Voz
sica. seguindo-os o violonista berón e Júlio Tomas Sandino falhas de organização, problemas de som, de hospedagem, mas da Unidade , transmito para
Sebastião Tapajós, num verda- Saldiva. Apesar de jovens, re- não se podia esperar muito "Já que se teve somente 45 dias para vocês em nome da redação do
preparar o evento''. Para ele, um dos pontos que há de se destacar jornal 'Neus Deutschland' ca-
deiro acorde de brasilidade. presentam a mesma geração de é que,desde 1979,não acontecia no Rio de Janeiro uma festa política
Entre os presentes à recep- compositores consagrados co- lorosas saudações de luta. De-
que tivesse tão ampla participação de artistas de qualidade. Outro sejamos muito sucesso, novos
ção encontravam-se José No- mo Sílvio Rodrigues, Pablo - dado Importante é que os próprios militantes do Partido
ronha, o ator Ma.rio Lago, José Milanez, Noel Nicola e Mirian mostraram-se multo entusiasmados com o resultado da fest a -
impulsos na luta pelos direitos
Arnaldo , prefeito de Olinda, Ramos. " o que vai refletir-se na campanha de filiação" - além do prestigio
dos trabalhadores, por um
Marcando presença, já tra- alcançado pelo Partido com as outras forças políticas. mundo de paz e de progresso
Carlos Alberto Muniz, Modes- social."
to da Silveira, Antonieta Cam- dicional, estiveram participan-

1
A delegação soviética encantou a festa

\
r ~ 15!04 a 21/04/88 PCB 9
PARANÁ
PARTIDÃO PELO PAfS

Comem erando os 66 anos


dt· .,iividade do Partido Co-
Nova sede
s.:crettino-ge_ral qo PT em
Minas Ge_ra1s_. Tild_eu San-
O sucesso de Ponta Grossa Blanchl .
munista Brasileiro. os co-
munistas de Belo Horizonte
onta Grossa . PR (do
r,;?l!O e V,rg,110 Gmmarães
correspondente) -
de-bana1da pedsea na As~
N e ~ta cidade paranaense,
sembléia Legislativa loca{
P la r co·m os rumos econórni- ' bém alegres mo me ntos de
c0s do governo atual. B a- lazer. O PC B de P on ta
seados nisto, lançou-se um· G rossa será como um gran- l
inauguraram uma sed'! fl{}- 'Çllats uma vez fico u c0mpro-
va. adequada ao cn!SCtm'!n- além de representantes d~ manifesto que foi utilizado de clube, com muito espor- 1
to e organizaç.io do P;.JJT/do vado que não existem cida-
PDTe do Partido Verde. A na campa nha de porta em te , festa e camaradagem".
na capir.ai minem1. E~Cf_• e-
ram presentes na oca.•JdO 0
des- o u povos conservado-
nova sede fica na Rua São
res, mas sim governos que
Paulo, 1985.
não se colocam à altura de
porta, com êxito total.
L utando por este objeri-
Pa ra La rocca, a cidade é vo,' a militância trabalha pa-
,impo~tante do ponto de vis- ra coascientizar e organizar
l
Belém debate
A -ed,· do Partidão em cem~ presença do dirigente
suas po pulações. Conside-
rada um dos mais fortes re-
dutos da direita brasileira,
ta econó mico, portanto não os novos filiados, baseados
poderia ser reacioná ria poli- na premissa de q ue a criatu- ,
,l
8 ; 1C:, fiet1u /orada. _no últf- ,paulisca Ant-õnio Rezk. rr::a- em Ponta Grossa o Partido
mo dia Z?. para a discussao
do documento "U.m, novo lizou-se na Câmara M unici- Comunista Brasileiro pas-
sou de 10 filiados em outu-
ticamente. O fato de Po nta ra humana é a base da luta
Grossa ser a primeira cida- pe lo socialismo. Para os co-
' de do Pa raná a cumprir a munistas de Ponta Grossa,
,
l

/J/Ol'(I polftico para mais de- p al de Belém debate sobre bro de 1986 para 839, cum- co ta traz uma grande res- a luta está apenas no início ,
mocmda e justiça soeial", _ a J>erestroika, do qual parti- prindo amplamente a meta ponsabilidade para a mili-" e não faltam disposição e
aprovado recentemen te pe- cipar am Edmilson R odri- de 572 filiações. José da Gula Larocca . tâ ncia diz o presidente do g_a r ra p a ra co nstrµ ir um
la Direção Nacion al. Coor- gues, d'? PT; Ney kaosbek, PCB local. " Pretendemos grande Partido re volucioná-
Segundo o presidente do deslancho u depois de uma ser um_a organização mode- rio dé massas que seja ins-
denada por Raimundo Jin- do Instituto C ultural Brasil- PCB no município, José da reunião em que se discutiu lo, o nde cada companheiro t rume nto de impo rt an,tes
k.ings, presidente regional . U~ião Sovié."'ica; R ome ro G uia Larocca, a campanha 0 desconten tamento popu- e fa milia res te nham ta m- conquistas para o povo.
do PCB, a reunião foi muito Ximenes, secretário do Tra-
nca e não b.ouve restrições balho , e Arnaldo Jordy, 've- SÃO PAULO
;J{) d~m ento. No dia 25,
reador d9 PCB .

M11:is de 200 pessoas se


reuniram na sede da Casa
Caml.)O Mourão

Comeosto na sua maioria


do anive rsário do PCB.
O D i.retório do PCB em
Zonal de Pinheiros na luta
liações, isso numa área de
da Cultura destà cidade do por Jo vens, o debate des- Pinheiros lançou eom pleno aproximad am e nte quatro
interior paranaense no dia pertou ativa participação do vigor a Campanha de Filia- quarteirões apenas!
25 último, para pirticipar p úblico, que demonstrou ção a 0 .Partido naquele zo-
de palestra de-Expedito Ro- grande interesse pela histó- nal. Grupos de militantes Difícil não tem sido en-
cha, veterano militante co- ria e pela prtitica atual do estão sai'ndo para visitar as trar-na casa do homem e da
munista, em comemoração Partidão. mulh er brasileiros. d ifícil
moradias da região, pfi.nci- tem sido sair, tama nha a
palme nte os cortiços e pen- gentileza e atenção dispen-
PC Boletim sões populares, canteiros de sados, tão grande a vontade
obras de prédios em cons- de saber mais sobre o ·Par-
Os comunistas paraiàa- primento de seu papel: par- trução. bares freqüentados tido.
nos tem o seu próprio órgão ticularízar as posições do por trabalhadores,ofici nas.
de divulgação. Trata-se do PCB na realidade paraiba- etc. E ntre os recém-fili ados,
PCBoletim, de oito páginas na. colando-se- na realidade O res ult ado te m s ur- vários se engajam de ime-
e feito na base do xerox, que e nas lutas populares locais. preendido ,mesmo os mili- diato na campanha de filia-
já se encontra n o número É a imprensa partidária s,e tantes mais aniigos: não se ção, nomeadame nte lide- -
cinco, e é eficiente no cum- desenvolvendo. nota sombra de anticomu- ranças locais (do q uar tei-
nismo .no nosso p0yo. Nota- rão. do c.orriço, da escola de FIiiação nos cortiços de Pinheiros.
Cineclubistas se, sim, um descrédito.com sam ba da regiã0 etc.).
relação aos políticos de m0- ' Um fe nõ me no a salien- tando-se dezenas na fa ixa ~ nos colégios onde estudam,
Está marcado para os dias camente no cinema. (:) A ti- do gera\. uma desinf.onna- ta r, :tlém da composiç.iio ni• dos 16 aos l 8 anos, que após nas atividades cuJturais do
li e 12 de jlJ.llÍJo de 1988, vo sera·reafizado por repre- ção sobre o papel de. um tidamente popular das no- a aprovação da nova Consti- bairro (nas quais o Partido·
no Rio de Janeiro, o Ativo sentantes da áreas de cine- partido fora das eleições. vas filiações, é o grande nú- tuição passarão a ser eleito- tem tido uma destacada
nadonal dos comunistas da clubistas. técnicos e- cineas- Em dois dias de saídas â rua, mero de jo~ens interessados res-. Estes estão dispostos a atuação) e nas suas residên-
ár{!a do cinema, que deve foram feitas mais de cem fi- na.proposta do Partido, ci- fazer um intenso trabalho cias, junto a familiares, etc.
discudr a participação dos tas. e também por militan-
comumstas na área de cultu- tes ligados aos diversos 6r-
ra como um todo, e especifi- 1Jãos de cultura. Costa, o cuecão DISTRITO FEDERAL

OInstituto Astrojildo Pe-


Astrojildo Pereira
samentJJ de Gramscí, -com
4~lfi J);Z, (i)Uf: Festão filia mais 40
o +>Mo@ EStA' ~HAtJOo Sempre procurando ino- tacou o trabalho constituin-
reira, eorr;' sede na avenida inlcio dia 11 ; Introdução à vações que agreguem um te pela conquista da autono-
economia polfdca, com iní-
Gerúlio Vargas, 529, 9e an-
dar, Rio de Janeiro, está cio no dia 17; Aspectos so-
ciais e polltieos da drama-
T caráter inovador a suas ati-
vidades, o PCB do ,Distrito
mia f olítica do Distrito Fe-
dera , e o presidente local
promovendo os seguin~es Federal realizou este ano o do PCB, Carlos Alberto
turgia brasileira, come_çan- seu Festão da Voz da Uni- Torres, um ·dos responsá-
cursos para o més de mBJo, do dia-nove. Para maiores dade na cidade-satélite de veis pela or,ganização do
com taxa de inscrição de informações, telefonar para Ceilãnclia. Tradicionalmen- primeiro comitê pelo voto
Cz$1 mil:Ideolol{ia no pen- (021} 221-2333. te, o Festão é realizado em em Brasília. '
uma das praças centrais do
Médicos Plano Piloto. Coro muito Ceilândia é o segundo
forró, samba e cavaquinho, maior colégio eleitoral do
. Roberto Chabo, de Sin- sin dicatos estaduais e muni- foi eomemorado para valer Distrito Federal, e o traba-
drcaro dos Médicos do Rio cipais dos médicos_discut!- o aniversário do Partidão e lho cje ·organização do PCB
de Janeiro, foi reeleito du- ram dur{ll1te dois dws o Sis- realizaram-se, no ato, 40
rant~ o Primeiro Cong;esso tem sido realizado com mui-
tema Unificado e Descen- riovas filiações. to carinho. Já há cinco bases
Nacional do~ Médicos, para tralizaáo de Saúde (SUDS), No momento político da
a pr~s1dênc1a da Federação funcionando regularmente,
Lei Henfil, os resumos de festa, falaram o .deputado e as filiações continuam au-
Nacional Ja categoria. Os seu movimento siridical e os Augusto Carvalh_o, que,des-
130 re.presentanres de 33 mentando.
temas da conjuntura.

1• 1o de Oliveira Snncos. 40 - (027) 222·1227 - ~uc dt Caxias. 540 .- 2• 11201 - Calçadõo - RJ - Rio de Janeiro: Av. Prcsiden1e Va(gas, 529,
AC - Rio Branco: Pedro Viccn1c CoslU S~nho Conj. 302 - CEP 29.tJoo. CEP 58.000 - (083) 226-4066. 9'-CEP20()31 (021) 221-2333.
- l\u- Alegria 70 - Bosque - CE P 69. · . GO- GolAnla: Paúlo Arruda Vilar- Av. Unlvcr- PR - CurlUbo: Tânia Mnru lzldom Pcreim - RO- Porto Velho: João Teíxcirn de Melo- Av.
Al - Ma<d6: Óeraldo de Majclla -Av. Moreira sitdria. 208 - CEP 74.000 - (062) 223-5450 - Rua Marethal Floriano Peixoto. 50 - 8• s/801 Pinheiro Machado - Esquina e/ Rua BrnsOia -
L,ma.18~CEP 57.000-(082) 221 -71,J-4, .
AM - Mal\811., : JOSt Paivu Filho - Rua Tap(~Jf)·
1119 -Centro-Manaus -CEP 69.íl00-
234-13~
ex. Posrnl. 1344.
MA - Sdo Luís: Tomaz José dos Santos - 8un
Nazaré. 329 - Ce ntro -CEP 65,000 (098)
- CEP 80.000 - (041l 234-2492.
PE - Rttlft: Paufo Cavnlcanti - Run Edunrdo
de Cnrval~o. 32 - Boa Visco - CEP 501(1()() -
(O.SI l 231·0S-59. •
Ed. do Loiro - 11 s/8 - CEP 78.900.
SC- Florlnnópolls: Gerõnlmo Wandcrlcy Macha•
do - Pçn. Pereira Oliveira, 6 - Saln 9 - OEP
88,000. · .
,
ll14131 . pj - Tereslno: Fli!vio Mames - !lua L,:õnc,o SE - AraeJ1Ju: Wcllinglon Dantas Mangueira - 1
AP - Macapá: Josc! Fcrnnndo de Medeiros -
Semanário Nacional Av Pmidcme Vaig;i~. 2449 - CEP 68.900 -
(0%) 231-4566
MS _ Campo Grnndt: Mana Helena Brnncher
_ Run 14 de Julho. 2526 - t• CEP 19.005 - Ferraz, 1'260 - Balrrb Mornda do Sol - CEP
64.00I - (086) 2J2.l851.
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1
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10 ECONOMIA 15/04 a 21/04/88 ~

Averdade sobre opacotaço TOME NOTA


Até quando, senhores?
Preocupados com o desaqueci-
mento da indústria e com a queda
das vendas_no ~om_ércio, represen-
Onovo arrocbo no funcionalismo e nos trabalhadores das estatais apenas tantes da mdustna, do comércio
atende às imposições dos credores e não resolve o problema dodéficit. e da agricultura, reunidos na- sede
da Federação das Indústrias do
Medidas de Maílsonferema própria soberania nacional. Estado 'de São Paulo-Fiesp, mani-
festaram-se em defesa da URP,
enquanto não for criado um meca-
não vão resolver O problema nismo que assegure a manutenção
Edmilson Costa do déficit até mesmo porque do poder aquisitivo da populaçljo.
"Não se trata apenas de defender
est~ tem como causa não os sa- as nossas vendas. A manutenção
tendendo às imposições lános do setor público, mas os
A do Fundo Monetário Cn-
ternacional, o governo divul-
enca rgos financeiros da dívida 1
interna, os subsídios e incen-
dos salários é uma questão huma-
nitária e de sobrevivência", disse
Mário Amato, presidente daquela
gou na semana passada um pa- tivos fiscais destina9os aos em- entidade patronal. Será que os
cotaço económico com o su- presários. Mesmo se o go'verno el!}presános vão manter essa posi-
posto objetivo de reduzir o dé- demitisse todos os funcionários çao por muito tempo?
ficit público. Trata-se de um públicos, em poucos meses o
conjunto de medidas antina- problema estaria de volta por- Desemprego e rece~ão
cionais e antipepulares que, que suas causas são bem dife-
apesar de causarem imensos rentes das diagnosticadas pelo
sacrifícios aos trabalhadores pensamento conservador.
do setor público, não têm a mí- No entanto, a barragem de
nima condição de resolver o desinformação veiculada pelos
problema do déficit público.
Do conjunto de sete medi-
_. \ - meios dt; comunicação tem si-
do tal que, em muitos setores,
das, a principal delas foi o con- o mote de que os salários do
gelamento por dois meses, da setor público sã0 os responsá-
URP para todos os funcioná- veis pela inflação está pegan-
rios d0 setor público federal: do, muito embora essa falácia
administração direta e indire- espúria dos monetaristas· e do
ta, poderes Executivos, Legis- carão sem ~ llRP de junho e 'O nível de emprego voltou ·a
de serviço; e, para d0 urar a pí- · govemo não se sustenta nos fa- ,:a.irc;m m arçu, );t:gum.lo dados le-
lativo e Judiciário, incluindo os julho. lula, foi aumentad0 de 10 para tos. P elo contrário, cada vez vantados pela Fiesp, o que de-
semdores do Distrito Fede ral 15% o adícional d0 imposfo de mais são o brigados a sofisticar m onstra que o País vem apresen-
e Territórios. O governo anun- Também foi decidida a ado- renda para as instituições fi- a desinfo rmação para atingir tando sintom as claros de recessão.
ciou ainda um a bono fixo de ção de um plano de incentivo nanceiras. seus o bjetivos. Cerca de 5 mil trabalhadores fo-
25% (neste mês, Cz$1.233,00) ãs demissões v0lo n tár ias de Durante muito tempo, a m o- ram disp ensados de seu trabalho
sobre o Salário Mínimo de Re- funcionários com mais de dois da nessa área era dizer que os naquele mês. Isso significa que ,
Contra o País apesar do volume de demissões
ferência para todos os q ue ga- an0s de serviço; incentivos ã salários no seu conjunto eram n ão ser m uito elevado, deu-se
nham até cinco mínimos nessa aposent a d o r ia ao tec ipad a, O pacotaço conservad0r é os resP.onsáveis pela inflação. mais um passo em direção à reces-
faixa (Cz$ 24.660,00), a ser pa- com vencimentos pro po rcio- tão absurdamente antinacional No entanto, os salários for am são total.
go nos meses de abril e maio, nais ao tem po de serviço; corte q ue o próprio ministro admitiu arrochados e a inflação conti- ....
mas que não será inoorporado de gratificações e vantagens de que este vai contribuir para fa- nuo u aumentando. A ssim, os Pequenos trambiques
aos salários. A reposição será funcionários que não possuem cilitar um aeordb com os ban- arautos da reação µrndaram a
feita na próxima data-base de dedicação exclusiva ao Estado; cos credores e com o FMI. Pela primeira vez desde junho
tática: agora, sãci os salário~ do de 1987. o índice do custo de vida
cada categoria. No entanto, os proibição dos privilégios a enti- Além disso, é tão recessivo que setor públicq os responsáve is ultrapassou a barreira dos 20%.
trabalhadores que têm data- dades criadas na administração os próprios empresários estã0 pelo déficit que, por SU ? vez, - De acordo com o Dieese, o custo
base em abril terão a URP con- sem a autorização do Congres- se manifestando contra a extin- é a fonte ir.radiadora da infla- de vida da popu.laçiío do município
gelada em maio e junho, e os so Nacional; modificação do ção da URP no setor privado. ção. Os métodos m udaram , o de São Paulo aumentou 21.95%
que tém data-base em maio fi- cálculo do adicional por tempo Na verdade, essas medidas o bjetivo é o mesmo. em março, percentual bem supe-
rior ao divulgado pelo mGE, que
registrou 16,01 %. ~ diferença de
índice pode serexp/Jcada canto pe-

Grande truque contábil la diferença de data da coletii (o


• IBGE refere-se ao período entre
a segunda quinzena de fevereiro
e primeiro de março, enquanto o
Dieese comp uta o mês de março
O Mi.nistério da Fazenda vem tese de que a atual polftica econõ- contam todas as outras despesas. presaria.!. J.11s ramenre aque(es que in teiro) quanto pela metodologiEJ.
faze11do, nas últimas semanas. um nica está levando o Pai:~ à reces- Como essas despesas Ouros, subsí- mais gritam contra o défic1t. Os dois índices analisam classe de
verdadeiro te rrorismo com rela- são. dios, etc) são grandes, 0 que sabra R ealmente, os m inistros!1:1 área renda iguais, no entanto a matriz
ção ao saltfrio dos funcionários pú- realmente mal dá para pagar o econ óm ica, com sua po/Jtiea ?e de orça·mento do D ieese é de
blicos. Pelos seus cálcul0s, as des- O pr6prio eonceito de Receita funcionalismo. submissão ao capitBI es_trangeiro 1982183, enquanto a do m GE é
pesas com pessoal poderão alcan- Liquida Disponível par a a questão estão com etendo um crim e de le_- de 1974/75.
çar 108% de toda a Receita Lfqui- do funcionalismo já representa um Acontece que, se inverterm os sa-pátria, uma vez que essas "!.ed1-
da Dispom·vel. Para chegar a esse truque contábil. Ora, q ualquer das irão aprofundar_ a recessa0, o Vai-e-vem privatista
o rac1Õcín io, podere mos eleger
valor. foi projeu,da uma inflação aluno de economia sabe que, se peixes muito mais gordos como os desemprego e sacrificar a po~en-
ciaiidade do pa rque produt1v~, ção Nos três primeiros dias de atua-
de apenas 245,96%, um cresci- existe Receita Líquida, é porque respons~veis pelo déficit. Os jor- (e autuação) dos fiscais da R e-
mento negativo de 4,3% na receita há em contrapartida uma Receita nais (dia 1214) anunciam que a crim e também eont~a a economia ceita Federal junto a empresas do
do Tesouro e uma despesa com Bruta. Ora, um m[nimo de intelí- massa de subsídios e incentivos re- popular. te11doem v1staqueas me_- Rio de Janeiro e do Espírito San-
pessoal de 73% superior à inflação gêncía indica que a Receita Líqui- presentam cerca de Cz$ 6,3 tri- diáas provocarão cnotmes sacri- to, foram efetuadas autuações no
oficial. da foi subtraída da Receita Bruta lhões ou 9% do PIB projetado pa- fícios aos trabalhadores do setor valor de Cz$ 20 milhões. Som ente
Como diz um documento do junto com outros itens. Eis aqui ra este ano. Ou s~ja, s6 o corte público e não resolverão a questã<? uma das cinco empresas visitadas
Diecse. é díficil acreditar que as o segredo do truque: no caso, a da maioria dos subsídios e incen- do déficit. Além disso, a con v1- pelos fiscais tinha sonegado Cz$
despesas com o funcionalismo su- Receita Liquida só aparece depois tivos daria para resolver o proble- véncia do ministro Maflson da Nó- 18 mi//jões. Se a fiscalização conti-
perem a inflação oficial. uma vez que o governo subtrai da Receita ma. Se a esses valores contabili- brega com a ética fica bastante nuar nesse ritmo, em breve pode-
Bruta os j uros da divida interna, zarmos os j uros por conta da dfvi- prejudicada. uma vez que há pou- rem os ter uma noção do verda-
que os salários vêm apresentando cos meses ele dizia que a extinção deiro mar de lam a que é a sone-
reajustes inferiores à inflação. os subsídios, além de Outras Des- da interna então eneontrarem o,s
pesas. Ou seja, Receita Liquida os verdad,;iros culpados p elo défi- dn V RP significava uma traição gação de tributos pelos empresd-
Além disso, esperar uma receita aos trabalhadores. (E. C) rios no País. f '
negativa significa aceita.r a bipó- é o que fObra depois que se des- cit - os banqueiros e a. 'classe
,/ . em-
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~ 15/04 a 2104 88 INTERNACIONAL 11
FRANÇA

Nein tudo é feSta em Pari


prosseguiram a política de vistos para estrangeiros passa-
Cartas Alberto NDronM crcsci~emo dos lucros pela ram a enfrentar mais burocra-
au::.tendad.! sem crescimento cia. Por outro lado. a direita
da orodução, que continua es- · ·•xiita·•. rc:preSt'ntada por
1.:im~• ,í .i aomm- ~agn~~a a~ n1ve~ de 1980, e pe-
Jean-Marie I.e ·ren. da Frente
N O
,0 1 m .: e! • na França
/ ;:mmw 1nmo ~a elci-
ta utihzaçao pnoritária desses
lucros no crescimento financei-
Nacional. propõe uma ·'França
1510 para os francese:.''. O choque
çao I eÇiJ~n.:ral Pela impor- ro e especulativo. Os investi-
:1, o pais ocupa no ce-
se d,í contra o movimento
mentos e o depósito de dinhei- "SOS-Racismo' de Harlem
n~~ mrernru:iona!. -0 interesse ro no estrangeiro ultrapassa-
e mu1ro gr.wde. particulaT-
Désir, talvez uma das figuras
ram 130 bilhões de francos .!m mais populares do país.
menre no Bra.<:1!. onde a França dois anos, em detrimento do
ainda :;uscita suspiros de admi- desenvolvimento das capacida- O Partido Comunista vai
ração. des produtivas humanas e ma- concorrer CO!Jl André Lajoi-
O quadro económico, polí- nie, tentando elevar sua vota-
teriais nacionais ... "
tco e social não é -dos melho- Mitterand foi eleito e m ção. O 26 u Congresso do PCF
re~ Ha uma crise , embora par- 1981, derrotando o conserva- apontou os riscos do momento
re <la chamada g,rande imt)ren.- eleitoral: "( ... ) A grande bur-
dor Giscard d'Estaign. Em
sa 11etc'\l\e " \tlrt\ldes" inexisten- 1986, as eleições legislarivas fo- guesia atribui como objetivo
tes w nseimõ:a.s "\)e\a témnu_\a tam \lencidas pe\a direita atra- AAd!e LB\oinie,tând\da\odo PCF dispor , depois destas eleições,
"M.l_t\etantl-Cm1:ac. Ctescimen- vés da coligação RPR (Reu- de-um presidente com quem
to I estaulli.daue , etc. , etc ..É a nião pela República) e UDF Geral de E\etricidade , etc.) . O Chitac é em função das desna- possa contar, de uma maioria
moda dos "sucessos" econôm.i- (União Democrata Francesa). primeiro-ministro Jacqu es ci'ona\izações que foram feitas. alargada, de um movimento
cos. Itália e Boüvia são os mais Isso obrigou os socialistas a Chirac desenvolveu uma polí- Até a televisão, tradicional- popular dividido e desencora-
citados. formarem um gabinete PS- tica em sentido contrário. A mente a menina dos olhos do jado , num.a palavra,' de uma
Num artigo para a revista RPR, conhecido como "coabi- partir disso, a direita passou a Estado francês, entrou na onda correlação de forças sociais e
teórica do PCF, "Cahiers du tação". ser vista como um fator de "es- das privatizações. políticas que Lhe permita, sem
Communís me " , Be rnard tabilidade económica, diante Um dos grandes problemas grande risco, realizar os seus
Marx, responsável-adjunto pe- UmProjetoDestruidor do estatismo dos socialistas" . enfrentados por Mitterrand e projetos destruidores" .
la secção econômica do CC do - No crédito de Chirac está a gue ainda está longe de ser re-
PCF, demonstrou a lgumas Os primeiros anos da gestão diminuição da infl ação : de solv,ido é o do racismo. Após Até o momento, Mitterrand
com'.ri:1WÇÜeS' 4 ut: St: aàa~UI :.V- socialista possibifüaram a na- 5,8% para 2,1%. A estagnação a onda de a tentados te rro ristas é o_favoritu ~ a direita ou sej a,
b r e a s ociedade fr a ncesa: cion aJização de impor ta n tes do desemprego e m 10,3% é e m 86, C hirac a pertou os con- Chirac, está e m segundo. A
"(... )Na realidade, os dirigen- grupos i ndu striais (R h ô n e o utro mé rito discutível da di- troles sobre as minorias á rabe saída da crise, por sua vez, ain-
tes do país e o s das e mpre sas Poulenc, Saint Gobain, .Cia . reita . Essa badalação toda com e n egra . Houve expulsões e os da está distante .

PORTUGAL URSS

122 Congresso em marcha Perestroika é dever dos comunistas


Marcado para os primeir os dias
de dezembro, o 12~ Congresso do A abertura informativa, a bordo da renovação, provoca aceso debate
Partido Comunista Portug uês, po-
de-se afirmar, praticamente já co- · entre o ':Pravdaº' e o "Sovietskaia Rossia"..
meçou. D ecidida a 5-1~ta pelo Ç5>-
mitê Central na s ua úluma reum ao
de fevereiro, todo um processo de O Pravda de 5 de abril , no seu que as posições dos ;'lamurientos. o de garantir a suficiência em arti-
trabalho te ve início , culminando editorial intitulJidO "Princípios da do socialismo'' coincidem com a gos e se rviços. Patenteou-se uma
no Congresso p ropriamen re d jto. Perestroika: Mentalidade e Ações daqueles que se opõem a este sis- virada para a dinamização do de-
Ao mesmo tempo qu e tomou a Revolucionári as··, criticou a posi- tem no estrangeiro? Será que, ti- senvolvimen to da esfera social ,
decisão de dinamizar e agendar os Em setembro, Festa do ··Avante· ção dos que c0nsideram a peres- rando dos valores, ideais e princí- tendo sido tomadas decisões con-
respectivos trabalhos preparató- troika como uma ameaça ao socia- pios do socialismo a ferruagem do cretas de reestruturar o setor do
rios, o CC do PCP salientou a ne - madas já se insere neste processo. lismo. Essa polêmica se deu em burocratismo e erradicando dele ~nsino e da salide. Vem ganhandÕ
cessidade de '"harmonizar a prepa- desde as assembléias de organiza- ci ma de uma matéria publicada aquilo que não é humano, não li- corpo a reforma económica. radi-
ra~.º do Congresso com a intensa çõês regionais até E ncontro~ Na- pelo jornal Sovierskaía Rossia , bertamos as melh ores forças cria- cal, a principal alavanca das trans-
atividade e luta do Partido na atual cionais do PCP sobre os mais va- _que faz críticas contundentes à de- doras para lutar pelo socialismo, fonnações de grande envergadu-
conjuntura nacional" e de "inseri r riados assun tos (Saúde. E nsino, mocratização e abertura informa- os nossos valores e ideais?". ra"' .
simultaneamente na atividade cor- Agricultura, Pode r Local e ou- tiva que estão em curso na URSS. ·' A d emocracia é impossível
rente partidária, cómo contribui- tros) . . . Ao referir -se à história sovié- sem a liberdade de pensamento e
ção à Prl:P~~ç~o do Congresso, Como início das grandes at1v1- A preocupação do Pravda se tica, o periódico realça que os últi- expressão, uma polêmica ampla e
grandes tmc1at1vas políticas do dades visando o 12~ Congresso, em manifesta em relação às dúvidas mos anos são uma prova eloquen- aberta e um oJhar crítico para a , 1
Partido" . setembro ser á realizada a Festa do sinceras que estão na mente de to- te do inte resse sempre crescente nossa vida. H á que igualmente re- 1
Uma série de atividades progra- ''Avante" (dias 9, 10 e 11 ). dos os revolucionários. -Afi nal, nas amplas massas pelo passado. novar e Limpar a e~fera cultural.
"como é que devemos salvar o so- ''Fazendo hoje uma análise crítica Este processo decorrerá mais rapi-
cialismo?". interroga o órgão 'ofi- da nossa história, queremos traçar damente quanto mais profunda e
ESPANHA cial do PCUS. "Conservar os mé- melhor e mais plena mente as vias arivamentese fo rem incorporando
todos autoritários ae gestt0 e a do futuro. A verdade histórica ve- na vida do povo e do Partido os

Anguita agradece Malina prática do cumprimento ir~efleti-


do e repressão da [niciativa , ou
retoma r os princípfos leninistas
baseados na de.mocracia, justiça
rificou-se e m mui tos casos ser intelectuais" , ressalta o jornal.
amarela. Sile ncjar as questões do- " A perestroika é uma causa de
lorosas da nossa história significa todos os comunistas, o dever pa-
menosprezar a verdade e desres- triótico de cada cidadão. Podemos
O presidente nacional do PCB, ge(al do Partido Comunista da Es- social e respeito pela honra e dig- pejtaf a memória dos que sofre- e devemos fazer ressurgir o con-
Salomão Malina, rece beu do se- panha e faço votos para que as nidade da pessoa?". ram injustamente as arbitrarieda- ceito leninista de sociedade socia-
cretário-geral do Partido Comu- relações de amizade e cooperação O Pravda assinala que "os nos- des" , salienta o Pravda. li.sta, a mais humana e justa. Con-
nista da Espanha, Júlio Anguita, entre o ~C da Espanha e o Partido sos opositares ideológicos apos- Acent uando o ímpeto que vem tinuaremos a seguir firmemente os
a seguinte corr-espondé ncia: Comunista Brasileiro se fortale- ta m precisamente em identificar a ganhando o processo de reestrutu- princípros re volucionários da pe-
" Que rido camarada Salomão Ma- çam e desenvolvam no· interesse essência da socialismo com a velha ração, o Pravda es0reve: " Come- rest roika q ue significam ma.is
tina: agradeço sinceramente suas da paz, da democracia e o socia- men talidade, os métodos a utori- çamos a resolver devidamente abertura info.nnativa, mais demo-
fratci:nais saudações com motivo lismo. Saudo-o fra ternalmen te. tários e o abandono dos princípi?s problemas prioritários, como se- cracia e mais socialismo" , conclui
da mmha eleição para secretária- Júlio A nguita" . da socialismo. E não será óbvio jam o habitacional , o alimentar e o Pravda.

1
,

Este é~ trecho deEscravismo no Brasil, de Décio Freitas,


Edit~ra Mercado Aberto, Porto Alegre, 1982. Décio qualidade de sua obra" - é autor de vários trabalhos
. F~e1tas - sobre o qual Darcy Ribeiro disse ser "um sobre os negros brasileiros, desde que iniciou suas .
histonador de quem ouviremos falar cada vez mais pel~ pesquisas em 1965, quando viyia exilado em Montevidéu,
daí resultándo o livro Palmares -la guerriUa nepa.

cada formação histórica corresponde um a se converterem e agentes de transformações radi- perpetuôu a ordem antiga· no momento mesmo em
nível distinto das forças produtivas e das cais. Não possuíam a consciência que desempenha que a negava. A antiga classe dominante se metamor-

A classes antagónicas, e , em conseqüência,


a luta social se desenvolve em distintos
graus de consciência de classe. A forma
da revolução social será tanto mais desen-
volvida quanto mais elevado o nível das forças produ-
papel tão decisivo nas revoluções de tipo desenvol-
vido ou superior. Isto não é dizer, evidentemente,
que as lutas destes oprimidos e explorados não reves-
tissem um cunho revolucionário. Quandp os eseravos
resistiam nos quilombos ou lutavam nas ruas de Salva-
foseou e desta forma até conseguiu ampliar sua base
de dominação.
As revoluções deste tipo ofereciam um saldo es-
cassamente progressista .e pobremente libertário.
Marx tinha-as sem dúvida em mente· ao dizer que
1 - nas formações pré-capitalistas " todas as apropriações
tivas. Tal nível é que determinará a consciência, a
coesão e a energia da classe revolucionária. A revolu-
dor,
. . questionavam o sistema dominante , e isso confe-
n a as s ~as lutas um cunho revolucionário. Apenas, revolucionárias eram limitadas" . Os poucos negrns
ção social se dá, em uma palavra, de acordo com na medida em que não tinham capacidade de promo- que sobreviveram ao sistema genocida da escravidão
condições históricas concretas e determinadas. ver a ruptura total do sistema e em seu lugar c(iar não receberam mais que a emancipação civil, nada
outro mais progressista; deixavam de constituir uma ganhando no terreno económico e social. Sozinhos
Destá1Õrma, a profundeza e amplitude das trans- haviam trabalhado a terra por .três séculos e meio,
formações sociais operadas pelas revoluções capita- classe revo(ucionária. Em outras palavras, suas lutas
estavam pnvadas de perspectjvas. e no entanto saíram da escravidão sem uma nesga
listas ou socialistas foram o resultado de um desenvol- de terra. Seriam felizes se, depois de haver sido vendi-
vimento excepcional das forças produtivas. Forma- Provinha disso a fo.r,ma lenta e quase impercep-
dos, pudessem vender-se a si próprios num mercado
ções sociais desenvolvidas ou superiores produziram tível assumida pela substituição da.forma antiga pela
de trabalho capitalista. A nova sociedade de tipo feu-
revoluções correspo,ndentemente desenvolvidas ou nova. Talvez não se pudesse falar em transformações dal, porém, não os incorporou à vida económica;
superiores. A projeção destas formas históricas de- no sentido próprio da palavra, mas em uma série c0ndenouJOS ao lumpesinato. Sequer ganharam ores-
senvolvidas ou superiores de .revolução social sobre de pequenas e gr, duais metamorfoses, sem estrépido p'eito de que seriam merecedores pelo fato de have'-
formações sociais pré-capitalistas importa em extra- e sem lances espetaculares. Para dizer tudo- revolu- rem sido tanto 'tempo os únicos produtores de rique-
polação histórica q ue restringe a validez do conceito ção sem insurreição. za. O racismo que os pers~gue ainda hoje prova que
de revolução social e induz em última análise à nega- Em razão da inexistência de uma classe revolu- não se livraram das sobr evivências ideo.Iógicas de um
ção da sua ocorrência em formações subdesenvol- cionária, as classes dirigentes 11or sua vez estavam passado maldito.
vidas ou inferiores. em condições de evitar transf~~ações amplas e pro- A revolução semifeudal não produziu uma socie-
Os limites sociais da revolução sao fixados pelas fundas. Mantinham o controle do processo de tra ns- dade nov,a., moderna e dinâmica. Na medida em que
limitações objetivas do desenvolvimento das forças form ação. Em última análise o que faziam era um preservou múltiplos elementos da formação anterior,
produtivas. Não é dado aos agentes históricos supera- remanejamento da estrutura . Com sua proverbial lu- assumiu um caráter não apenas conservador, mas,
rem de maneira voluntarista estas limitações objetivas cidez, Joaquim Nabuco sublinhou esta característic~ na verdade, arcaico. Salvo melhor juízo, deve-se ao
- principalmente porque elas repercu tem na sua da transição operada no B rasil. " O moviment~ aboli- historiador russo S.I. Kovaliov a conceituação das
consciência. Seria absurdo supor que Zumbi no sécu- cionista foi (...) proeminentemente um movimento re;voluções pré-capitalistas como revoluções de tipo
lo XVII ou Babeuf no século XVTII pudessem realizar da própria classe dos proprietáríos" . arcaico, isto é, revoluções que apenas produziam so-
revoluções socialistas. Nas formações escravistas ou A mudança ficou inconclu;a. O novo sistema , ciedades atrasadas e con servadoras. Nisso consiste
a ~specificidade da ttansformação social operada no
feudais, os .oprimidos e explorados não podiam se em lugar de eliminar radicalmçnte o antigo, a~sor-
constituir em classes revoluci0nárias - classes aptas veu.o cm larga medida . A revolu9ão 1 a bem dizer, Brasil em eonseqüênoia da supr:essã0 'Cla escravatura.
=
(

\ Aos leitores
Uma grande g,-eve nacional de 24 ·,
horas na admiuistração ~ireta ,: nas .
empresas e~lata1~ e..~tá _"C-11<1-i pr ·para- ~
São Paulo, 15/04 a 21/04/88 da para o dia 27 ,.k .1\11 .l _, t .,, J,l
Suple me nto Sindic al n2 12 movimento. sem perder •.ll- , 1,, t , "" _
jerivos de manter o r0<i~1 ..q,,· •vo' .
Voz da Unidade do trabalh&dor e repuóiar a ..11\1.,I polt-.
Ruo Bento Freitas, 362, 42 andor rica econõrnica, dependerá de muita-
Tel: 231-2926 CEP 01220 organização, unidade e habilidade na
Telex: (011) 32006 VOZ SP utilização das formas de luta.

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m e n to João B a tista de gravíssimo, o fünc1onahsmo vai
Abreu 1 o dia do decreto do ter uma perda de 35% enquant?
arrocho no funcionalismo federal disparam os preços das men~ali-
e nos tra balhadores das estatais dades eseolares, dos remédios,
dos combustíveis e dlts tarifas. Proc<.'SSadorés de dado~ d:i l);, •
foi '·o mais feliz" da sua vida. rarm:c t! du Dàt:s1m:v ·'
Uma semana depois, o s0rriso nu- Como vamos fazer?" , pe;rguntava
ma face do governo virou lágri- o militar. Vão Parar
mas em outra: o presidente .d o Em vias de superar divergên- As grt:1rcs prc-.,~ta~ ,'ltc; o final
Banco Central, E lmo Camões , li- cias o movimento sindical brasi- do me, Sl!O:
teralmente chorava perante par- leir~ já planeja o que fazer: neste • Bancários dni; uneu<- parllcu•
lamentares que lhe pediam a re- sábado reúnem-se no Rio repre- lares, daa '.!8. ·
vogação das punições contra gre- sentant~s de 140 entidades sindi- • Bancos oíl ·1· • "' ' mai·- csrn- •
vistas, o presidente do IBGE Ê d- taii.. din 27.
son Nunes e ra demitido fi>elo pre-
cais li~adas aos trabalhadores das
Fnm:ionallsmo publko r~1l'- .'
estatais e aos servidores públicos rlll, dia 27. •.
sidente Sarney ,por não ampliar para a preparação da greve do dia
punições que já haviam atingido • Engenhefros. arquitetos, WQ-
mais de 50 funcio ná rios - demis-
27, numa plenária nacio~al que
deve tirar uma Coordenaçao Am-
nomos e geólogDli d1, nu ú <lo cr ,
Rio, dia 1~-
são precedida de outra , Dorothea. pliada do movimento para buscar • Cnrrtb lrO!i J,l Rio. d111 .2 i
Wemeck, secre tária de empre.go negociar com o go".erno e yara • Motorhl&'i dt: Nitc11 , d1,1 20.
e salários do Ministé rio do Traba- obter apoio dos partidos pohticos • Fuadombios da CJa. Volt! Uo
lho, que pediu afastame nto por e da sociedade. JUoDo«, dia 15.
discordar do pacote - e o presi- • Elttric:ltário d1: ur11c1" ,n
dente da Petrobrás Ozires Silva, Nesta edição de Voz Sindical, próximo emuna.
buscava meios de "contornar" o com os detalhes de toda a movi- to Emprca,,cf.o!; d E r,1h1 cll.: , Q,1

congela men lo da URP. mentação em todo o Brasil das JU'1ihn._ somana


Enquanto estes fatos ocorriam, principais categorias de trabalha- • MdllhlrslcoS do R.to, dia 2.\
dores e de suas entidades, incluin- t"ra,te~ dtt lunp(: , pií.
na qu arta-feira, dia 13, Brasília 1.v....,·""' Ri d 1'-
amanhecia agitada - com movi- do as centrais CUT e CGT, dois :rrabalhadores Combatem o arrocho
mentos de motoristas, professo- fatos se destacam nas declarações
res e funcionários públicos - mo- obtidas por nossa reportagem: 1) PLENÁRIA DAS ESTATAIS
bilização que se estendia por toda nem os partidos políticos, nem a
as principais cidades brasileiras
apontando para uma da ta deci-
siva: o próximo dia 27, quando
opinião pública, nem. me mbros
do pró[i>no governo aceitam a d~~:
culpa de "contenção do dé~c1t
para o aírocho - que eqmvale
Só entra credenciado
todos os trabalhadores das esta-
tais e servidores deve rão entrar
em greve por 24 horas, exigindo
a revogação do pacote.
ao trabalhador receber Cz$ 40 mil
num mês, Cz$ 33 mil no outro
e apenas Cz$ 26 mil no te rceiro
com papel timbrado
- para uma economia no ca i'X.a
Na mesma Brasília, com oito
mil soldados com Urutus e Casca-
véu, de prontidão, enquanto o de-
do T esouro que seria dobrada se
tivesse m sido cortadas, por exem-
"Apesar de ter sido uma plenána
convocadaàspressas-teriasidomc-
lhor qu e ela ocorresse nQ dta 23 e
não agora, no dia 16 - vamos traba
A pos1·ça""o da CGT
putado do PCB Augusto Carva- plo, os subsídios; 2) os trabalha-
lho falava para três mil pessoas dores brasileiros, do setor público U1ar para que suas decisões sejam uni- No momento imediato à edição do plJCOl!! do arrocho, houve desen-
em frenLe ao Ministér:io da Fazen- e privado, têm consciên cia dos tárias e façam o movimento ava11çar. contro em declarações dos dirigentes da CGT, em especial da parte
seus direit0s, estão unidos e não A seriedade é fund amental: vão cs1ar do presidente do Sindicato dos Elet11icitárlos de São Paulo, Rogél'io
da, o brigadeiro Camarinha, mi- reun idos re presentantes de 140 enli· Magri, que condicionou o apoio da CGT a "saber quem trabalha e
nistro-cheíe do Estado Maior das vão aceitar o papel de bois de pi- dades ligadas a ~odas as cmpn.:i.as es- quem não trabalha no funcionalismo público".
Forças Armadas, constatava que ra nha para o apetite do FMI. tatais do Brasil, alé m d e associações As dúvidas toram dirbnidas na terça-feira, dia 12, quando uma reunião
d~ funcionários púbJicos fe(,ferais· se da Executiva da entidade, em São Paulo, divulgou nota oficial apoiando
rão admitidos dois delegado~ por en sem !!"~ 3:11 l~t~~-~o func!°'!8!ismo e dos tr!l,balhadores das estatais,
- -- -- - - - - - - -- - - ---:..:~..::..:..'.:'.~.:::- - - - - - -- -- - - - -- -mraiJc,;.:Tc'l7Ttl-aTJrre-rm:t::re.,mmi:rnuus-,-z,;lm!mtl11'!IlrnrrRnnm,-,..,-rnllMu,e ,-onmm 1&1 sat, Ja que o 111ouç,o a1egaau;-
em pape l timbrado . A pauta é t.ma de contenção do déficit público, se resolve por corte de subsídios e

Medidas •são inconstitucionais só, a luta contra o paco1e. Hii certo


consenso para a greve no dia 27 , mas
que deve ser de um só dia, pois por
tempo indeterminado seria uma
eliminação de i~enções fiscais e não pelo arrocho dos salários. Esta farsa
foi para esconder a completa submissão do governo ao FMJ", diz a
nota lida pelo presidente da CGT, Joaquim dos Santos Andrade.
" O governo quis nos usar como co- aventura. E também só greve não re-
baias na aplicação das norinas de ar- ·so1ve, é preciso tirarmos uma coorde- ~s decisões da plenária , Negão adver- contatar com políticos e personalida- Eletrlcllárlos podem "apagar"a luz.
rocho do FMI. A discriminação com nação para buscar apoio de parla- tiu que "m1o se pode fazer um movi- des e a realização de passeata no dia
o funcionalismo público é odiosa e ment a re s e d e e ntid ades como a memo dessa envergadura pensando 27, como nova forma de mobilização,
vamos reagir contra o confisco com
mobilização, greves unitárias e até
com ações na Justiça, pois nos parece
claro que o decreto de congelame nto
OAB".

Este alerta quem faz e João C arlos


Araújo, o Negão. d irigente do Sindi-
apenas em termos do Rio ou de São
Pau ló. como alguns fazem". Para o
si ndicalista, tambt?m membro da di-
reção ncional do PCB, o último dia
para que não fique um vazio entre
a plenária do dia 16 e a greve do dia
.2 7", conclui Negão.
Arnaldo Gonçalves, preseidente
Tudo depende
da URP fere claramente o princípio
constituciona l da isonomia, já que a
esmagadora maioria dos servidores
cato dos Pe trole iros d e Caxias - RJ
e secre tá rio geral da CGT-RJ, ouvido
pe la Voz da Unidade após a reu,ião
7 foi um bom exemplo das dificul-
dades de organização: " Foi o mesmo
dia em que baixou o pacote. Estavam
do Sindicato dos Metalúrgicos de
Santos, concorda com Negão e diz:
" E~ta Coordenação das Estatais, que
da ação dos
federais é regjda pela CLT , portanto
cdm os mesmos direitos e deveres que
os trabalhadores do setor privado.".
A declaração é de Hé lio de Mello,
Hélio de Mello, presidente da UNSP.
conjunta entre m e mbros da GCT e
da CGT , que durnnte a sem a na deci-
diu convocar, para este sá bad o, no
previstas manifestações e passeatas,
mas mobilização mesmo para valer
só teve no Rio, com 50 mil pessoas
na rua. Por isso estamos avisando:
hoJe tem sete membros, sendo três
da CUT e três da CGT, precisa ser
ampliada, com critérios sindirais. Ex-
governa~ores
Sindicato d os T e lefônicos do Rio de pressivas entidades nacionais não po-
presidente da Unsp - União Nacio- da CGT, Rogério Magri, segundo o Jane iro, a re união plenária naci111al se quiserem tirar essa greve maluca dem deixar de figurar, com as Federa-
p~r tempo indeterminado, sem orga- A questão dos trabalhadores das
nal dos Servidores Públicos Civis do qual, antes d e apoiar a luta dos servi- das estatais para e nca minha r a luta ções Nacionais das Indústrias Urba- indústrias urbanitárias não depende
Brasil (entidade de base que tem 4Ó dores, era preciso ve r "quem é vaga- contra o a rro cho. nização, o pau vai quebrar. Vamos nas, lndustriária , de Portuário e de
defender só um dia de greve, a esco- do governo federa l. já que estas são
mil associados e m todo o Pa ís) e vice- bundo e quem realmente trabaJha": Marítimos, bem como os Comandos subordinadas aos governos estaduais
presidente da Confederação dos Ser- " Com esta atitude o Magri faz o . · Gara ntindo qu e a CGT vai apniar lha de uma coordenação ampla para dos Petroleiros e dos Bancários." e a decisão de congelar ou não a URP
vid ores Públicos do Brasil (que repre- jogo dos pat~ões e do go_vemo, divi- ainda não foi 1omada pela maioria
senta as centenas d e e ntidades do fun- dindo o movimento. Se na o mesmo
cionalismo público federa l espalha- que a gente ficar l'erguntando agora METALÚRGICOS, ,, dos governadores em relação às.esta-
tais de suas respectivas esferas.
das por todos os estados). quais os sindicahstas q ue lutam e
A nalisando para a Voz Sindical a
mobi lização dos servidores federais
em rodo o País, Hélio de Mellc;> disse
quàis os que se acomodam. Nós sem-
pre defendemos que a entra~a no ser-
viço público se desse e~clus1vamente
Siderúrgicas estatais vão aderir "Mas, este arrocho é um golpe con-
tra todos os trabalhadores, inclusive
das empresas privadas", disse à Voz -
q ue a organização do setor ainda~ por concurso. Foi a ditadura,_ em _es- Sindical o diretor do Sindicato dos
"incipi e nte" : "Som e nte agora a pecial ao final do governo F1gueue- Cosipa, Volta Redond a, U sim111as, Urbanitários do Rio de Janeiro. Val-
Ouro B ra nco. Tubarão, Usiba e Pira- Companhia Siderúrgica Nacional, ter Telles dos Santos, que acrescen-
Consti tuinte aprovou nosso direito à do , que contratou gente sel!l crité-
tini. Esta é a t rinc he ira das s iderúr- que "está pronta para explodir", se- tou: "A própria URP já foi um arro-
sindicalização, o que representará um rios. Mesmo o caso dos mara1ás, q~e gundo disse à Voz Sindical o diretor
grande avanço no futuro . No momen- existem e são minôria numa categona gicas est ata is_. já ~10bi li zac.las para cho nos. nossos salários, mas nesse
que soma hoje dois milhões de pes- greve do próximo d ia 27. segundo in- do Sindicato dos Metalúrgicos de momento não resta outra saída senão
to, a pressão do gove rno é grande. Volta Redonda, Luiz Lopes: ''A coi-
O ministro da Administração Aluísio soas, poderia acabar se o governo fi- formou o presidente e.l o Sindicato dos apoiá-la". O sindicalista, cuja entida- ,
zesse uma lei estabelecendo um teto Metalúrg icos de Sa ntos. Arnaldo sa está feía, porque sete trabalhado- de representa 50 mil funcionários de
A lves faz um jogo duplo , ora ele ne- res já morreram por falta de segu-
gocia co m as e ntida des e ora faz de salários, como aliás já foi feito pelo Gonçalves , após participa r <lu r.rite a 12 empresas, afirm.ou que "80% da
governo de São Paulo. Mas o que semana d e um a .reunião dos s1mlica- rança. dois deles na semana passada, nossa ca\egoria aprovam uma even-
ameaças. A esm agadora maioria dos • Almir de Freitas e José Antonio de
servidores está r evoltada , m.as condi- houve foi uma camponha <;>rq~estr_!1- listas do setor e m Be lo Hori zo nte. tual greve se não houver acordo com
da, que visa sobrerud? à pa~a tiz~ça? " A s dificuldades são g ra ndes. cm Carvalho. s upervisor de manute n- o governo do Estado sobre a manu-
ções para um movimento grevista vi- ção."
torioso existem ape nas e m Brasília, de estatais e do própno ser:v1ço pul?h- especial 11<\ Cosipa. onde a coisa está tenção da URP''. Ele garantiu ainda
mais delic.,d a pelas 275 dcmi,sõc~ O sindi~lista ?Cnuncio_u ainda que
Sát) Paulo. Rio de Janeiro e Rio co direto, e que chega a mflue nc!?! que j á ocorrcra_m . Ma,. a rcvnlt1 dos na 1crça-fc1ra. dm 12. dms operários
que " nossas metas mais ampl.ls serão •
G rande d o Sul. e ainda assim apenas u.m dirigente sindical como o Magn • cstabelecid:is na plenária da, c,rar:111-
parcialmente.·· Para ~élio de Mello, é um "segre- 1r_abalhadorcs 7_"':" o r . Van10,, urg(l- caíram c m um forno e sofrcrnm quei- do diu 16. porque II lut!l o.; d, todu,"
Ãr@-ut-ncn\ando que o éx\to do mo· do de polichinelo" que o governo pre- n,zn,: com .uc1c.:nc1a qu"-· n g.rt.·,c.· ,ai maduras de 2• e 3• grau. Além disso,
vimento para a rcver.;ito do paeote, tende privatizar , par exemplo, a pro- no dia 27. t:mt1c:-nán h uve nc· ~egu,:ido c l<:, n "direção da empresa J á Luíz Sérgio. diretor do Sindicato·
do arroch o depe nde sobretudo da vidência social: "Só que, como a re- ções para a g reve. fa remos ma, ifcs- e~tá 111trans1g~~te ~ não aceita nego- dos. Urban.iui.rios de Sanr~,di~se 4uc
unidade do movimento s indical , volta seria muito grande, isto está t~ções, passe atas e atos pLihli.:os··. ciar nossas re1vmd1cações". "o decreto é dúbio. não exp\ica com
"sem volun ta rismos", o presidente sendo feito por e tap as. O Jnamps está d1ss_e Arn a ldo, também ela d ireção . Na E~~1braer,_os emprégados já ini- clareza quem está enquallrado e
sendo esvaziado, o lapas passará para nacio na l d o PCB , à Voz Sindical. Ele Arnaldo Gonçalves ciaram _op~raçao tartaruga" e o dire- quem não está". Informou também -
da UNSP criticou declarações à im-
prensa do presidente do Sindicato dos a Receita Federal e o INPS acabará informou que na Cosipa já existem to_r do S1_nd1cato dos Metalúrgicos de que os'funcionãrios da Cesp, Sabcsp, •
E letricitários de São Paulo e dirigente entregue à seguradoras priva das". assembléias convocadas, cumprindo 19 e 22, para impulsionar a luta contra Sao Jose dos Campos, José Carlos Eletropau lo e Cetesb estão buscando
inclusive o complicado ritual c~tahe- Barbosa. afirmou à Voz Sindical: "A um acordo com o governador Orestes
o arrocho e pela readmissão dos de-
lecido na le i de greve d a djt;idur.1ain- mitidos. gente não pode ficar quieto, senão Quércia e que ·'casô haja dificuldades
BANCÁRIOS d a e m vigor , para os próx.im m dias A situação ta mbé m é grave na eles acabam tirando tudo dos traba-
lhadores."
nas negociaçõ~s, os trabalhadores já
est,io preparados para a greve".

Unidade para derrotar arrocho PETROLEIROS ..


Zaia fêz para a Voz Sindical um b!'-
'' O trabalhador, e m especia l o ban-
cáfio, tem clareza de que este arrocho
nao é medida isolada. faz parte de ·
~ plano maior da poHtica eco nó-
lanç~ da mobilização de s ua c,~tegon~
na luta contra o arrocho: V a m(?S
. . r da
pa rt 1c1pa · filenária . das estat.ais
f
Operação Padrão é preparação
mica do governo. s ubordinado às de- neste sábado, 6 , no Rio, ~n orme
!erminações do FMI. O governo va i d e cisão do Comando Nacional dos ''E_sr~do de gr7ve", com "operação ção padrão - observância rigorosa
Jogar pei.ado, por isso é preciso fazer Bancários que se reuniu em São Pa1:1- padrao , até o dia 27, quando vai ha- das nonnas de segu rança - causa a
w11a gra_nde_ ar1iculação para qu e a lo no últi~o dia 11. V_amos seguir ver "greve mesmo" . foram as medi- queda de 20 a 30% na produção. Ro-
greve seJa vnonosa , se não no dia se- o ue for decidido , p01s I?es t a luta das tomadas pelos petroleiros do Rio berto Santana disse que R greve, cm
guinte o movimento retrocede e as todo mundo tem que estar 1unto. Fa- de Janeiro como resposta ao pacote princípio marcada para o pró-x11110 dia
rep~esália-. serão impiedosas, como já re mos nova reunião do C0mand o Na- do arrocho , segu.ndo informou à Voz 27, não pode ser isolada: "Basta ver
sc viu pelas <.lcmi"~ões no Banco Cen- cio nal dos Bancários em São ~aulo Sindical o diretor do Sindipctro de o que aconteceu com os trabalhado-
tral ' no dia 23, para avaliar a extt:nsao do Duque de Caxias-RJ, Willian Rober- res <lo IBGE para se entender que
_Aco~panhando na últim a quarta- movime nto aos bancos part1culares, to Santana. todas as estatai devem estar uniêlns".
fclfa. dia 13. as dive rsas paralisações que e m princípio tem uma d~ta de A movimentação dos petroleiros José Carlos Ara~jo_. o Negão, t11.m-
d_e.!Jma ou duas horas nos bancos ofi- paralisação m a rcada para o dia 28. em todo o Pais está preocupando o bém diretor dp Sind11?~tro de Caxias.
c1~11s ~ ~anco do Brasil, Banco da Nos bancos privados, e ntregamos há próprio president~ da Petrobrás, Ozi- informou que represahas estão ocor-
Amazoma. l:iancu do Nordeste Me- meses nossa reivindicação aos ban- res Silva, que pediu "serenidade" aos rendo por parte da Perrobrás, como
nrliunal e Caixa Económica Federal queiros, de 47% de reposição sala- funcionários , garantindo crne es1á em Cubatão, onde, segundo o ~indi-
- o vicc-prt·sidcnte da Federação n a l, m as até agora não houv~ rc~po,~- buscando "fórmulas'' para :.contor- calis1a, 50fu~cionários foram ~U$pen-
dos Bam:ários de São Paulo, Mato ta nem foram a bertas negoc1açoes , nar" o congelamento da URP. sos por par11c1parcm elas mobiliza-
Grosso e Mato Grns:.o do Sul, David explicou. Segundo os sindicalistas, a opera- ções.
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1. 15/04 a 21/04/88W1Z

DE OLHO MUD - Bancário vai pras cabeças TERRA UVRE


io de Janeiro ( do correspon- Luiz Viégas - que presidiu ó
nisterial de Preços definiu esse au- R dente) -As eleições de 19,
20 e 21 de abril vão marcar a histó-
então forte Sindicato dos Bancá-
rios de 1958 a 1964, ex-secretá-
ocorrido no Sindicato é a pré-der-
rata nas lutas contra os banquei- Trabalhadores,
mento para 13 mil medicamentos. r?s . .Consciêne ia de que nosso
Destes, cerca de 300 terão um rea- ria do sindicalismo bancário no ri0-geral da Cootec e atu~I vice- Smdicato precisa voltar a ser am-
uni-vos
juste ainda maior: 30%, pa,~a "c9- Rio de Janeiro: a categoria se pre- presidente da Confederaçao B~a- pl~ !! aberto a todos para read-
brir defasagens de preços . Na0 para P.arà derrota~ ~ incompetên- sileira dos Aposentados e Pensio- qumr sua força para enfrentar os Muitos sindicalistas do movimento
se pode nem ficar doente . cia e 1Tresponsab1hdade do pes- nistas e dos Aposentados do Ban- banqueiros e ajudar a sociedade dos trabalhadores rurais já se dizem
soal do C1ro-BB/Barata-Banerj. co do Brasil - afirma: " Apóio e m sua luta péla democracia, pelo cansados de repetir e pre,gar a união
Rurais: muita É a primeira vez, em trinta anos, a Chapa 2 porque é a garantia bem-estar do povo e pelo s0cia- de todas as categorias. E fácil reco-
que um represeJJtante de banco lismo" . · nhecer todas as dificuldades que o
violência em AL particular - Adeílson renes, do
. de retorno do Sindicato às suas
movimento afravessa para se mobi-
Dois mil plantadores de cana mais gloriosas tradições de lutas A diretoria efetiva da CQapa 2, lizar em Brasília. Não existe a dispo-
do Nordeste, vindos de Pern3:m- B.radesco - deverá assumir a di- e vitórias; de dem0cracia sem par- que parte pras cabeças, está assim nibilidade de recursos que ·as classes
buco Paraíba, Alagoas, Se,rgipe reção de uma entidade que, por tidarismos; de administração de constituída: presidente , Adeíl- patronais têm. O apelo agora é a
e Ri~ Grande do Norte, ~ntr~r_am várias décadas, gozou de prestígio patrimônio com lisura , sobrieda- son, do Bradesco; secretário-ge- união dos trabalhadores rurais e ur-
cortflito com a polícia m1htar nacional. de e sem favoritismos". ral, Paulo Miranda , do BB; orga- bano~ e~ torno da situação criada,
em · · d"1cando um au- São inúmeros os depoimentos José Raimundo da Silva, fim- nização e patrimônio, Cartão, do no p~e1ro turno, de jogar para lei
alagoana. Re1vm or~mária questões relevantes dos di-
mento de quase 100% no pr~ç? de respeitáveis ativistas sindicais dador da Federação dos B ancá- Itaú; finanças, Sônia Helena, do
"LigAção Sindical" da tonelada de cana, eles part1c1- que apoiam abertamente a Chapa rios do Norte e N0rdeste e Fede- Banerj; jurídico, Alexandre, do reitos dos trabalhadores rurais.
Se os sindicatos urbanos colabora-
ligada no Festão pavam de manifestações em A:la- 2 MUD-B a ncário , encabe§ada ração dos Bancários de Alagoas, · Nacional; impre nsa, Paulo Jorge, rem, a pressão junto aos constituintes
goas bloqúeando uma estrada a por Adeílson Telles, e ntre e les - Pernambuco, Paraíba e Rio da CEF; form,ação sindical, Getú- poderá ser mais eficaz. É esse o ape-
U nindo cerca de 10 sindicatos
de Bauru , o LigAção S[nclical.le- 100 km de Maceió. Trezentos po- só para citar alguns - Fernando Grande do Norte - das quais foi lio, do Real. E a chapa que garan- lo: telegramas, visitas, telefonemas às
vou um ônibus ao ~estao da ~oz liciais desfizeram violentamente o Rodrigues, Salusso, João Bevilác- presidente - diz que "yo_t~r ~~ te , segundo Luiz Viégas, que " a litleranças políticas de todos os seg-
mentos, ao presidente da Assembléia
da Unidade,_ no_ Rio.
~e- J~elfo. bloqueio. qua , Edith Barros, Geraldo Fer-
nando Magalhães, Paulino Canu-
Chapa 2 é um ato de con~c1e!1cia. entidade de classes voltará a ser
Constituinte e das assembléias legis-·
o LigAção Smd1cl!~, m1ciattva dos Arroeho. Mas to Câmara,, Laura Jurandir de
Consciência de que o Smd1ca~o
deve representar uma categona
administrada por bancários, sem
esquecer a solidariedade aos de- !ativas e câmaras municipais, nas ba-
sindicatos da regiao , é formado ses, chamando a atenção para a últi-
por gráficos, condutores, jorna- avião no BB. Castro Leão , Luiz Viégas da Mot- inteira sem exclusão e sem pre- mais trabalhadores e dos proble-
ta Lima, Maria Emília Barbosa, conceitos". José Raimundo vai ma chance de se mudar esse quadro,
listas trabalhadores em indús- O salário cai a 50%, o arrocho mas de todo o povo brasileiro,
José Raimundo da Silva e Hum- no segundo e último turno, que pode-
trias de energia el~trica, comércio está instalado, o pretexto é o défi- mais longe : "Ato de consciência que tenham no banqueiro o seu rá ser d~cisivo para os trabalhadores
de minérios e ~envados de p etró- cit púbJjco que a folha de paga- berto Campbell. de que a partidarização que tem p1incipal adve rsário' '. rurais._ A luta,.companheiros urbanos
leo alimentaçao, empregados em mento causa. Mas, o ganco do e rurais - um-vos!
se~iços de_saú_de ~ _administração Brasil está alugando por um ano
escolar. Nao sao filiados a nenhu-
ma central sindical e se recusam
a fazê-lo. E m todos os movimen-
:tos, tudo s~ faz em co~junto, in-
um jato dos Estadas Unidos. Ve-
jam o nome: Lear Jett 55. Prova-
velmente, se traduzem alguns mi-
lhares de dólares. Função: via-
Em defesa da Previdência Social Reunião nacional
Reuniram-se na última quarta-foi- ,
L1,dz Viégas qúe o i:novimento dos aposenta~os_é bater o fisiologismo político-partidá- ra em Brasl1ia, na sede da Contag 1
clusive um Jornal (publicamos se- gens de sua diretoria pelo Brasil constituído - na sua imensa ma1ona rio que a corroe; exigir a apuração todas as entidades que fazem part~
mana passada). e exterior. Algumas críticas têm sido feitas ao - de ex-dirigentes ou militantes do das fraudes e a punição dos frauda- da campanha nacional de reforma
movimento dos aposentados em ra- movimento sindical de em.pregados dores; desnudar a posição demagó- agr~ia, para discutir a nov~ situaçãe
Metalúrgicos Banqueiros zã0 de seu posicionamento sobre que atuaram nas décadas de 30 até gica do governo que, além de não pobhca dentro da Assemblé1a Consti-
também choram questões previdenciárias que mais di- hoje e que participa~am, ativam~n_re, pagar o que legalmente lhe é impu-
estão acordando zem respeito aos trabalhadores e m das lutas pela conquista da prev1~en- tado, usa e abusa dos recursos obtidos
tuinte e sua repercussão na votação
do capítulo da Política Agrícola Fun-
O Sindicato dos Metalúrgicos Recebendo a comissá0 do 19 atividade. É o caso da defesa da apo- cia social. Se lutamos para conquistar com as contribuições suadas dos assa- diária e da Reforma Agrária.
de São Paulo vem fechando acor- demitidos pelo Banco Central, o sentadoria por tempo de serviço, a previdência social, :tá? p~dei:ios as- lariados, para fazer campanhas assis- Uma nova triagem foi feita em ci-
dos para tentar equilibrar as per- presidente Elmo de Araújo Ca- ameaçada ,de condicionamento à ida- sistir, passivamente, a hq,u1daçao des- tencialistas através da LBA, FUNA- ma das novas propostas dos partidos
d as co m a inflação. Os últimos mões chegou a chorar de emoção. de, e dos demais beriefícios, cujas fór- se: patrimônio dos trabalhadores. BEM e campanhas " integradas" de e, principalmente, do Centrão, que
a cordos garantem uma média de' Os bancários querem a revogação mulas de cálculo vêm sendo degra- Nesse posicionamento, estam?s_dan- .saúde; é, no entendimento dos apo- insiste em modificar o texto aprovado
5% (retroativo a março) além da dos processos adiministrativos dadas com prejuízos crescentes. do ênfase ao retorno da adm1mstra- sentados e pensionistas, defender o na Comissão de Sistematização. Es-
(JRP estipulada, para cerca de que sustentam as demissões. Reclamam tais críticos que deve- ção e fiscalização colegiadas, sem o património histórico - físico e moral palha-se a notícia de que todos os
3000 metalúrgicos da capital do ríamos concentrar nossa atividade na que - acreditamos - não serão s~pe- - dos trabalhadores, além de consti- constituintes que votaram pelos cinco
estado. Em São Bern,ardo do
Funcionalismo defesa dos interesses específicos da radas as graves distorções e deficiên- tuir atitude de inquestionável coerên- anos como mandato presidencial não
coletividade de aposentados e pensio-· cias do sistema.
C a~po, os metalúrgicos eonse- quer reajuste nistas, deixando ao movimento sindí- Lutar em defesa da previd~ncia so-
cia. deverão aprovar o referido texto -
g u Iram u~ aumento real de Já foram reiniciadás, as conver- cal a defesa dos demais problemas. pelo contrário, poderão votar em blo-
5,!7%, mais reposição de 50%, cial; reclamar seu retorno ao e atendi- _,Lulz Vlégas é o vice-presidente da Confederação co com o famigerado Centrão.
sações entre o governo do estado Mas, a questão não é bem essa. mento de suas reais finalidades; com- Brasileira de Aponsentados e Pensionistas.
atem de creche em todas as fábri- Recenteme nte pleiteamos, e con- Ezidio Pinheiro diz que não é ver-
de São Paulo e o funcionalismo dade: " Uma coisa independe da eu-
cas e um piso sa laria l de Cz$ público. Mas, nem bem se encon- seguimos, do Ministério da Previdên-
13 .568,00. tra;. temos C:º°:hecimentos de que
A miséricJ congelada
traram pe la primeira vez, no dia cia a constituição de comissão para
exame dos reajustes dos proventos muitos const1tumtes, apesar de mu-
Motoristas 14, e apareceram as diferenças. das aposentadorias e pensões, bem darem de posição quanto ao regime
conquistam Os professores querem, entre tri- como de 0utras reivindicações especí- Os aposentados podem, também,
de governo e mandato, permanecem
mestralidade e re.posições, 139%; ficas, como sejam o piso, as reposi- ter sua miséria congelada, conform'e te contra: "Se houver privatização, apoiando o texto da sistematização
~ do interior pautista vêm con- o govemo 0fereceu 4@%. Desta ções das perdas desde 1979, etc. Tam- o decreto-lei 2.425 e seu artigo J()J. guém acaba a aposentadoria, porque aínin- no caso da Refag. Para a diretoria
quJ.Sta~. Em Lençóis Paulista, os vez., no entanto, o governo pro- bém, no sentido de assegurar o resta- O congelamento teria de passar por dênciasterá dinheiro parll pagar previ-
as que exis-
da Contag, a situação está num limiar
ro~ton stas _de uma empresa de m~te convers3:r e não repetir os belecimento do poder de compra das regulamentação que está em estudos tem j á do Grupo como privadas.
Sl1vio Santos e o
tão frágil que a alteração de wna sim-
-ôJUbus J?articuiar fizeram greve e tristes acontecunentos de feverei- aposentadorias e pensões e de garan- nos laboratórios do ministro da Pre vi- Bmdcsco". ples vírgula pode significar um recuo
con.segu1ram melhorar um pouco ro. tir-se, para as pensionistas, o mesmo dt:ncia, Renato Arc.her. mai_or do que a ca!e.~oria já esrá sendo
Segundo u C af>op. ti sanegaç:'io obngadn a en~olu: . E conclui: ..As
a difere nça entre os enormes lu- val0r dn aposentadoria do falecido . Out1fquer m e dida tnmnd11 11,:.,tc ,, ~1...,·t,•ntc n.1 Prc.., .,.,.1( /c.:-.1,,·,a •.t:ioc:1.1I /4•ir.)
cros das emt>resas ( a Voz Sindical
Niterói: greve F.ntrctant.o. c1..)n10 c:slamo , convt:n~ sc•ntido. por,Frn. scrtf c..•spaJu,t1t-.1 . O '\ _l{)r; ,-m.
ft1c• -.·111c:1 4..._,.. ~•/.v lc·n1 ....·ua~
proposrus .Jc> _C cnrráo stlo mulic1tl:.ll!<,
ch.c,:1s de dub1cdndc: que,. s..• os con.~ri-
c u.los de que . a pa.nir de: 1964. foi
já mostrou) e seus salários. Os nos..transportes dese-uvo lvidcr um plano-·de-fuju1da~o- ~p;s;~t~'fft f~dce ·e~ /ti~dos.,queuu'i p,r. . .d(.ua..tdaL.k,..»r:r .vc1.nu·. tl!.J"-'':'S u ão CC:SUIJ'CQJ ~ ç,fc>, po.
nistradas - "e o que adianta a Previ- dem Jogar por terra o pouco que ain-
motoristas iniciantes passaram de Os moteristas e cobradores da da previdência social para substituí-la salário", diz o secretário-geral da Co- dência mostrar superávit, se isso não da resta" .
r,,t 7 Rílfl flfl nar"' r'7l ,., íVV'I ílfl r'nn1nonhia rio Tran~ rv-.riAC r~•P- pQr seguros privados; como. dentro b ,1 0. Confl•derac.in Rrn <:if,-irn d~ IÍ rl'•n.ac;;-4.'nrln n n.r..., n ~ '!'>nr\c-.-.,nf>~ - F-ntri~ J.t~ IM r ntuf,arl~ ,,,... ,-.....
, r • -- .-...----y---~~-:-mr.--'m:- --r--;~~--~~~- aesseplãnó, füi desenfolvicfoü.m pro~ - AJJQsentados. Albertino José da Cos- pensionístasf•. -, · -parte da cam-panha, estãêta cm',
, Ainda menos n_vos de N1ter~1 de~em p~ar no cesso de aJienaç~0 das di~eçóe~ sir_1di- ta. Se foram tomadas novas medidas de lNESC. 1base, GPT, CNBB. ClIT,
dí~ 20. Os patroes na~ estao cum- cais das questoes prev1denc1ánas, A medida, no entanto, poâe estar arrocho contra os aposentados, che- CGT, além da Contag, naturalmente.
empregos em SP pnndo o acordo coletivo da cate- com expressivo sucesso; como enten- escondendo um outro fantasma que garão a anular a portaria que o Minis-
A in"formação é da própria gotja_, que inclui, principalmente, demos que_~ deterioração dos valores já assusta também os aposentados: tério da Previdência j á havia inclusive
Fiesp: em março, o mercado de um piso de Cz$ 32.200,00. A CTC dos benef1c10s é parte desse plan~, a privatização da Previdência Social, mandado publicar no Diário Oficial, Fetaemg cobra
traballío paulista deixou de contar possui 800 empreg&dos e mais de a~hamos 1mpo~a nte d esenvolver at1- defendida inclusive pelo ministro do estabelecendo um novo piso de bene-
100 carros Vldade no sentrdo de alertar os com- Trabalho, Almir Pazzianotto. Segun-
com 5 •_150 postos, 0 que repre- · . panheiros da ativa, que serão os apo- do Albertino. a Cobap é radicalmen-
fícios, que passa de Cz$ 5.910,00 Representantes da diretoria da Fe-
senta _uma queda d~ 0,26%. So- Elevadores sentados de amanhã, para os risoos para Cz$ 6.645,00. deração dos Trabalhadores na Agri-
cultura do Estado de Minas Gerais
mente neste a~o, Sao Paulo teve para subir a que estão se expondo pela sua omis- (Fetaemg) marcaram audiência com
13.150 colocaçoes a menos e, nos são na luta.
o ministro Jader J3arbalho para co-
90% dos 4 mil trabalhadores
ú ltimos doze meses, os números
chegam a 82.100, o tamanho de em 21 empresas que fazem a ma-
Além disso, é predso ficar claro
Imprensa sindical: um passo a mais brar a desapropriação de 22 áreas,
,cujos processos estão parados no Mi-
uma pequena cidade . nutenção e reparos em elevadores
M · no Rio de Janeiro pararam no dia Falta de deputado
de
Está circulando o primeiro número tria militar brasileira e no mundo,
Sindical, revista quadrimes- com esclarecime ntos sobre a energia
rad. Além dessas, Eduardo Nas.ci-
mento, assessor, jurídico da Federa-
.ais caro 12 de abril. Eles reivindicam .uma •. A ausência de apenas cinco depu- traiApoio do Sindicato dos Metalúrgicos de nuclear e sobre a importânciá da luta ção, conta que apenas 18 áreas já fo-
ficar doente reposição imediata de 60% e já tados censtituintes comprometidos São José dos Campos, SP. Mais que pela paz. Endereço da Apoio Sindi- ram realmente desapropriadas, mas
.A partir do dia 19 deste mês, deram inclusive entrada no TRT com os interesses dos trabalhadores um órgão de comunicação entre os cal: rua Maurício Diamente, 65, Cone nas seguintes condições: 6 com unis-
os remédios estarão custando de pedido de instauração de dissí- impediu a aprovação da eleição dos trabalhadores, a publicação abre es- 21-5333, São José dos Campos, SP. são de posse e 12 contestadas pelos
15% a mais. O Conselho Intermi- dio coletivo. juízes classistas pelos filiados aos sin- paço para a pesquisa e a polêmica. ex-proprietáFios e paradas na Justiça.
dicatos das categorias, emenda apre- O tema básico deste número é a Desses 18 processos, alguns já foram
sentada pelo parlamentar Vicente paz: os trabalhadore·s e a indústria Professor comunista! assinados pelo presidente da Repú-
blica, mas inexplicavelmente não fo-
Bago (PMDB-MUP-RS). A propos- bélica, um estudo interessante, ba- E~c;J t·onnu:arlo um :11h o para o, profr., . ram publicados no Dário Oficial. Ou-
ta teve 275 votos, deixando de alcan- seado em· dados do Centro Ecumê- sorc, do l'CII ligados a n•clc ruhlica <1u<•
tros foram encaminhados ao Palácio
PREVIDÊNCIA çar, portanto, o quórum mínimo de n.ico de Informação e Documentação, aluam na -\l'EOESI'. S,•ra 1111 sahacl11. dia
aprovação. Os juízes classistas contí- entre outros, trazendo à tona dados 19 ,i, 111 hora,. na ,cd,· cio Estadual. na do Planalto e devolvido sem maiores
explicações (sem a assinatura do pre-
e DIREITO . nuarão_a se~ escolhidos pelos j uízes importantes. Por exemplo: metade rua Frcdcriro Slcicltl. 219. Sanra C,·nlia.
dos Tribunais d0 Trabalho, a par1ir dos tra balhadores daquela cidade Sl'ra di,cutidu. na ocasião. a n unp:rnha sidente Sarne;y).
Em nove1J1bro, uma caravana de
de listas tríplices e ncaminhadas pelas paulista trabalha em indústrias de ar- salarial do ,ci:undo lrimc,rrc e a .-1,·i\':io
DO TRABALHO diretorias dos sindicatos. mas. E traça um evolução da indús-
do t·tmsl'lho cl,· rcrn•scnla nh·,. trabalhadores se reuniu ,mm o minis-
tro e, de lá para cá, algumas reuniões
foram realizadas em Belo Horizonte.
A audiência com Jader Barbalho es-

Equipnração salarial Fjlhos do Medo Folhetim de Roniwaltei: Jatobá


tava sendo adiada pois a data coin-
cidia com a greve geral dos servidores
públicos no DF.

5 que era seu. Comprado com seu antigo de sua altura. O sol bri1ha- Covas e os rurais
suor. Falou que àndava cansado va sobre os trilhos da estrada de
SERGIO PARDAL FREUDENTHAL Nessa manhã estou de mudança daquele povo falador, daquela ferro e rajadas frias e fortes de A Contag apelou, mais uma vez,
em cedo, o caminhão, com
"S endoidêntica a função, o desentendimento que o ter-
B .seu brilho de turvar a vis,ta
na pmtura, chegou sacolejante,
bagunça ali, ,que todo mundo se vento na velocidade do caminhão
danasse com tanta língua grande. assanhavam o cabelo dele.
No final , caminhão já pronto, seu
para o \íder do PMDB na Constituin-
te , senãdor Mário Covas·. foi entre-
gue na semana passada um documen-
a todo trabalho de igual mo "mesma localidade" gera. parou no calçadão. Buzinou. Bo- Filinto passou de largo, sem cum- 1 to que exp\ka a incoerênc'la do Cen-
="'e"'"1 ffiufauÇ3S
~ - -"-- ~'!;tã"d a mcsm tn- in-a:t, ·•mesma lõcal.1daae"'"',ç-- ,--re-1 ca-~-ça-tte ra pe la Jane, tt== --11- tI.ão.em.,apro:vat..a..emenda--00-Seu \í
na rimentar;- i-Iem 11-. •
,forr--pra-n~-~ ri"'~=""'"'"e= v"i'a""'g'"e".-:m der Daso Coimbra, que joga para a
P~egador, mesma \oca\ida- utn termo abstrato, que pode- e ~0letre1 as palavras que, mal-es-
guém, n0 piso duro dele• olhar lei or~in_ária alguns pontos referentes
dc, corresponde rá igua\ salá- ria permitir o entendimento de cntas, borradas, tomavam <'JUase parado no que vem e m frente. Aba nei a mão até o earro entrar aos d1re1tos dos trabalhadores rurais
ri04 sem distinção de sexo, na- que a prestação de serviços em toda a porta: Fui em cima da carroceria. Ar- na estrada no fim da rua, j á longe. no artigo, cujo caput diz que os direi-
cionalidade o u idade", artigo prédios distintos, na mesma "MUDANÇAS" . regalei os olhos no ajuntamento Peri desceu a ladeira correndo, tos dos trabalhadores rurais e urba-
461 da Consolidação das Leis rua, afastaria a p!iocedência do o pouca de gente que vei0 se despe-. caind0 nas pedras, sendo eoberto nos são idênticos. Mais uma "fal.ha"
do Trabalho. O parágrafo pri- motoris ta somu· pelo vidro dir, vendo Peri lá embabm, assus- pela poeira fina, a velocidade do na elaboração do texto constitucional
pedido de equiparaçãa sala- desceu , tirou os grampos que se~ tado, ganindo, passear entre as ca rro me distanciando dele. E foi *ue dá m~riem a juristas como Saulo
meiro complementa , dispando rial. Vale destacar um acórdão
gu.i:av_ai:n a carroceria e, devagar, pernas das pessoas 0u arranhar sumindo . Cá, o vento forte, cami- amos cnttcarem a Constituinte. Na
que "trabalho de igual valor. '- do Tribunal Superior do Tra- com Je ito , soltou um lado. Vi 0 as unhas nas r0das do caminhã0. sa aberta no peito , mãe preocu- ve rdade, é o Centrão quem está fa-
será o que for feito com igual balho, em que o ministro Mar-
produtividade e com a mesma co Aurélio, cerno .relator, des-
guarda-roupa ser d esmancha do e
arrumado em eima do caminhão 6 d
pa a 5
ó d"
tzen
d
°
bem firme a penteadeira, senão
pra eu segurar
zendo da nova Carta uma verdadeira
colcha de retalhos, pois quer derru-
bar todos ~s pequ~nos avanços alcan-
perfeição técnica, entre pes- taca que o termo "mesma loca- com o sol quente, pelando; o es- b d
As estradas são es u.raca as quebrava o espelho . çados na S!Stemattzação. A qualquer
soas cuj a diferença de t~mpo tidade" deve ser observado de fo~ço e m arrumar da melhor ma- Com as rodas rangendo leve- O caminhão seguiu a 1.inha da preço. Talvez a proposta seja essa
de serviço não for supenor ª acordo com os aspectos econô-
mica\-fínanceiros, e , funda-
neira a penteadeira, suor d escen-
do: e mo lhando a camisa clara de
mente nas pedras o caminhão des- ferrovia. Sempre no acompanha-
ceu a ladeira da rua. mento dela. Nuns pedaços de ter-
mesma: " botar fogo no circo" como
diz um sindicalista. '
dois anos".
mentalmente, com a diversida- pai, trastes que m ãe diz que se - Cuidado aí, menino! - gri- ra, uma poeirinha lev~ntava atrás
E quiparação s alarial sempre for pro fim do mundo e Ja leva tou Elvfra, na cabina i;ntre João e vinha pra frente suiando a mu-
foi motivo para grandes _con~- de com relação ao mercado de Não ajudei n ada. Nem levantei e o motorista - essa penteadeira dança. D ei pra pensar, cerno era Itanguá violenta
sões. ·Nem mesmo o pnncíp10 trabalho. No c itado acórdão, p~ha que fosse. Logo, não tinha é melindrosa! lá?, a sa udade veio, nas le m!:'ran-
humanista "sem destinção de ó relator finaliza destacando pmgo_d~ vontade d e ir. Dona Zé- 0 caITo seguiu desviando dos ças fui acompanhando Pen, ele O Sindicato dos Trabalhadores Ru-
que "o t.ratamento diferencia- lia , v1zmha do lado, comentou buracos na rua de terra. Sacolejou longe mas perto agora no pensa- rais de Itanguá (CE) denuncia: 19 fa-
sexo nacionalidad e o u idade" mílias que moram e trabalham numa
do somente resta justificado que aquela _vila em São Miguel alto em um buraco maior, pegou mento ele correndo na minha
salv; es ta norma dos casuísmos área de 2500 hectares em sistemas de
quando os mercados de traba- q~e a gen~e 1a morar só dava ban- firme as rodas dianteiras, trepi- frente pelas ruas vizinhas, alegre
que seu parágrafo prime~r? parceria agócola, estão sofrendo vio-
lha são diversos~ Estando os dido, fábnca de química fedoren- dava muito . Assustado Jacinto e raivoso se fazendo nos rastros lências. Isso vem acontecendo desde
pe rmite , co.m "iguaJ produtm- estabelecimentos situados em ta, uma perdição, Deus me livre agarrou-se fortemente à pentea- de gatos , acuando urubus que que as famílias resolveram dividir
dade" e "mesma perfeição téc- municípios contíguos, como é e guarde! Prefiro ficar aqui no deira quando e la balançou entre sentava m no fundo de casa. com o dono da terra segundo o Esta-
nica" . .. •á S oieu c~~to, pelo menos tenno as cordas de amarração. Em cima do caminhão, mão ris- tuto da Terra. Desde então suas plan-
o caso d os d e G uaruJ e an- tranq~bdade. Pai escutou, disse -O~ha a penteadeira, Jacinto! cada de sangue arranhada na cor- tações vêm sendo destruídas, as vidas
Se " trabalho de igual valor" tos, a diversidade salarial mos- que nao e~a tanto assim não, con- ameaçadas - inclusive as mulheres
caus a dúvidas, imagine o leitor - o gnto forte de João. da a saliva desceu pela goela com
tra-se insustentável". yersas de Jornal. Mesmo se fosse, Entraram na estrada asfaltada, dificuldade, culpe i a poeira, quis
e as crianças - por pistoleiros.
importava é que ele ia morar no Jacinto agarrado àquele móvel chorar.

t
SõO Paulo 0 7 04 a 13,04/88
SUpleriento
Vc;: da Unidade
Ruo Bento Freitas. 362 4! anaor
Tel· 231-2926 CEP 01220
Telex: (011) 32006 VOZ SP

,,
11
Começa mrus um presidente nacional do
Festão da Voz da PCB, Salomão
Unidade , evento que já é Matina. Hoje , impõe-se a
tradicional, chamando necessidade das
atenção de milhares de organizações
pessoas, comunistas e não democráticas
comunistas ~de todo o enfrentarem os
Braszl. O Festão 88 problemas que a crise
promete, novamente, coloca para toda a
muito entusiasmo, sob o população , para que esta
signo da liberdade e da crise tenha uma solução
alegria, das favorável aos
manifestações culturais trabalhadores.
ricas e diversas, dos Diz Malina: "Este
debates democráticos, do Festão é também·um
esporte e da política. momento de balanço do
Enfim , sob a aura da PCB, um marco a partir
democracia e da do qual a atuação dos
esperança de uma vida comunistas se dê em um
melhor para todo~. novo patamar. Somente
São pessoas de todas as um grande e influente
regiões do Brasil, Partido Com unista
trazendo seu artesanato e poderá contribuir no
sua cultura, processo político e
proporcionando a económico de maneira
deliciosa sensação de positiva para a solução da
nacionalidade, às vezes crise, e este Partido está
até esquecida. São sendo forjado, em grande
pessoas de dezenas de parte pela campanha de .
países estrangeiros, filiações que agora
revelando que a luta pela desenvolve. O Festão
paz, pela democracia e também é reflexo disto".
pelo socialismo não é Festa nacional, evento
privilégio de um só povo, político-cultural,
mas de toda a confraternização
humanidade. democrática. É festa
O Festão tem corno popular; nela, o povo
característica, também, manda, deita e rola.
expressar a realidade
• •poiftica- de.cada , · ·
momento, como diz o que a festa é sua!
t" - - --~~ l
2 07/©4/88 o 13/04/88 w

Veja aqui o programa completo do Festão da Voz- 88, com brinc~deiras pa~a crianças, de
pela paz, dem@cracia e socialismo. Uma festa com muito som
presentações culturais

sAB
viético , onde o virtuosismo não
A
do País, a festa da liberdade
do primeiro time. É is- e da esperança. destrói os conteúdos.
to e muito mais que os Este ano, a delegação sovié-
cariocas e as delegações de to- Além de tudo, o Festão tem tica apresenta também uma
do o País poderão ver nos três um espetáculo que nenhuma agradável surpresa. Trata-se
dias de Festão por apenas Cz$ outra festa apresenta: os artis- de um casal de mágieos, arte.
100. De todo o Brasil se organi- tas soviéticos. Quem já viu, muito difundida na ·união So-
zam caravanas para invadir o mesmo que seja em cinema ou viética. O casal Iuri e Lydia
Festão, como por exemplo o televisão, sabe que o espetá- Mozjukhin, por sua maestria,
grupo LigAçãoSindieal, de culo dos artistas soviéticos é são reconhecidos até pelo Clu-
Bauru, que reuniu sindicatos um show à parte, inesquecível. be Britânico de Prestidigitado-
da região e lotou um ónibus, Na tradicional balalaica vai es- res, do qual são sócios honorá-
cedido pelo prefeito de Avaí, tar o instrumentista Evgueni rios. Vale a pena conferir!
para ir ao Rio. Semionovitch Budanov, 48 E ainda tem mais. Um dos
anos, natural de Rizan, acom- mais famosos grupos de música
Nada mais justo para assistir panhando a cantorà Ekhateri- popular cubana, o Guecan,
Paulinho da Viola, Martinho na Feoktistovna Chavrina , promete arrepiar a galera com
da Vila, Lobão, Fagner, Gon- uma voz popular altamente so- muita música latina, e muito
zaguinha , Moraes Moreira , fisticada. Ao som do acordeão ritmo da terra, do povo e da
Noea da Portela, Rildo Hora, de Vladimir Dudni.k e Alexan- cultura latino-americana e cu-
Leci Brandão, Robertinho do dre Tsiskin, o Balé Voronej , bana. E ainàa há teatro de ma-
Recife e Rosinha de Valença, dirigido por Dina Dov,galena e rionetes, mostra de cinema ...
entre muitos outros que vão·ra- Ivan Spíridonov, vaí mostrar Só resta mesmo a,parecer e
Lecl Brandão
zer uma das festas mais alegres toda a graciosidade do balé so- ~roveitar!

SEMINÁRIOS
SEXTA 9b - No auditório , se-
minário sobre "A ques-
17h - Coquetel para .tão juvenil", co"ordena-
recepção das delega- · do pelo profess_or-Gon-
ções estrangeiras. zaga Mota, da Univer-
sidade de Brasília
19h - Abertura oficial (UnB).
com a Banda da Policia
Civil da Cidade do Rio 16h- No auditório, se-
de Janeiro, que exeGU- mi;iário sobre "A ques-
tará o Hino Nacional, tão do negro na socie-
o tema Cidade Maravi- dade brasileira" , com
lhosa e A Internacio- Januário Garcia, Zulu,
nal. WUma Lúcia, Abigail
Pascoal, Pedrina de Je-
19h30 - O dir~tor da sus, Geraldo Ródrigues
Voz da Unidade, Luís dos Santos e Bernar-
Carlos Azedo, abre a des.
festa.
2 Oh - Show Com Lobão fecha o show ESPORTE
Águas Claras (Jazz), 10h - Simultânea de
Delegações estrangeiras Quinta Trilha (rock),
. Casa_Verde, Mac Do-
xadrez com o · mestré
· Alexandr Rochal Bori_-
Além das representações dos estados brasileiros, até o nys Band Pop Ketu sovitch , da União So-
dia cinco último estavam conf'armadas dez delegações es-
trangeiras para o Festão 88. São elas a da União Soviética, (reggae), Força da Gra- viética.
a da República Democrática Alemã, Caba, Bulgária, Romé- vidade, Alma Púrpura,
nia, C(}réia Démocrátíca, Portugal, Chile, Argentina e Ja- Garganta Profunda e, 15h - Nb palco princi-
pão. De ,,vários países estão chegando artesanatos típicos, encerrando o show, Lo- pal , apresentação do
já conhecidos por quem freqüentou algum Festão., Esta é bão e banda. · grupo de capoeira Elo,
uma boa oportunidade, também, para fazer compras ,por 23b - Baile para varar com o mestre Bianca,
preços que não se encontram no mercado normal. E só com maculelê e roda dé
aparecer para conferir. a noite com Mário Pe-
reira e seu conj~nto. samba.
1 ..
', , V "' I '

' ,. .' /
3
ESTÃO

es, cinema, teatro, demonstrações esportivas, shows e bailes, além de wn ato político
>res reunindo comunistas e não comunistas de todo o País ...
' '

Com vocês, o ouro dos soviéticos·..:


DO O esporte soviético - que arre-
batou a maioria das medalhas de
guiny, com quem se.casou recente- Anatoli Karpov. Aliás, o nome de
mente. Os demais componentes Rocha! está intimamente associa-
ouro aos recentes Jogos de Inver- da delegação, todos de Moscou, do ao de Karpov, de quem já foi
no, oo Canadá, e ameaça fazer o são: Vladimir Galimov, 17 anos, treinador e sobre quem escreveu
mesmo nas Olimpíadas de Seul, um dos três melhores colocados um liyro biográfico; ambos diri-
na Coréia do Sul - estará repre- do ú.ltimo campeonatQ de ginás- gem, ainda, a ma.is importante pu-
sentado no Festão 88 da Voz da tica da URSS; Anton Burbistrov, blicação especializada em ·xadrez
Unidade por seis campeões de gi- 16 anos, atleta do Dínamo de da URSS e do mundo, o sema-
nástica e por um mestre interna- Moscou ( o mesmo clube do lendá- nário "64" (tem esse nome porque
cional de xadrez. rio goleiro Lev Iachin), campeão são 64 as tasas do tabuleiro de xa-
Apesar da intensa pre,paração júnior de Moscou; Tatiana Duj- drez).
dos atletas soviéticos para aOlim- kina e Lada Chugai, ambas de 15 Rocha! é ãinda "treinador emé·
píada, o treinador Iuri Aivazian anos, vão dar o show na ginástica Tito" da Federação Soviética de
- chefe da delegação esp0rtiva artística. Xadrez. Trabalhando no 'Palácio
que ficará até o próximo dia 13 Já o mestre de xadrez Mexan- dos Pioneiros de Moscou , além de
oo Brasil - não teve maiores difi- dr Ro.c hal - que vai fazer pales- Karpov ele .ajudou a formar toda
culdades para formar um time do tras e disputar partidas simultâ- uma geração de jovens grandes
mais alto gabarito. A estrela prin- neas - exibe em seu currículo tí- mestres soviéticos, ·como Arthur
cipa!, urna ~Jl?écie_de !flUSa da gi- tulos invejáveis: laureado com o Yussupov e Rafael Vaganian . Ho-
násllca sov1et1ca, e a Jovem - e prêmio de jornalismo especializa- je com 52 anos, Rocha! j_á'foi, em
já veterana - Olga Bitcherova, do em xadrez, ele é o comentarista sua juventude, campeão mundial
de20 anos: em 1981 ela foi campeã enxadrístico da TV ~oviétiea, onde por equipes na categoria oe estu-
absoluta da Europa· e do mundo. analisa evéntos como o último dantes. _Esta é a segunda vez que
Para Olga, esta será uma i;spécie "match" de Sevilha pelo título · vem ao Brasil, pois em· 79 esteve
de "lua de mel'', pois ela vem em mundial de xadrez, quando o cam- também no Rio de Jan"eiro fazen-
companhia do também ginasta e peão Garry Kasparov conservou do a cobertura do " Torneio Inter-
campeão mundial Valentim Mol- seu título frente ao desafiante zonal de Xadrez''.

CULTURA
13h - No circo, apre-
sentação dó grupo fol-
clórico cubano. CRIANÇA
13h30 - No auditório,
mostra de filmes. Por toda a manhã, ati-
15b30- Show no palco vidades infantis diver-
principal, apresentam- sas, CQm bonecos, pa-
se Olga de Jesus can- lhaços, brincadeiras,
tando Clementina, Jor- etc.
d M ·d d A 9h - No auditório, se-
ge.te ª oci ª e e g- minário sabre econo-
bara Dudu.
Salomão Mallna, 18h _ No palco princi- mia, coordenado por
presidente do pal, show com Terezi- Flávio Araújo.
PCB, feré o
discurso nha de Jesus, Cadinhos l0h30 - No auditório,
principal no ato
polftlco do Cor dasÁguas,Milena, seminário sobre "A
Festão. Julinho do Acordeão, questão · cultural"'
Apresenteré
propostas para Inês Lima, homena- coorden!1do por Fer- Go·nzagulnha no show de encerreniento
enl!entar acrise.
gem a João do Vale, nando Peixoto.
Noca da Portela, Marti- t5h3o - No ª nditório, 14h - No palco princi- gosto Jatobá. •
nho da Vila e Paulinho semin~rio sobre ª Pe; pai, show com o grupo . 20h - Grande queima
da Viola. rest roika eª Glasnost , éhileno Ara ucania, de fogos de artifício.
19h45 - Rildo Hora coordenado . por Ênio grupo sertanejo Man- 20h30 - Show de err-
toca ·A Internacional. Si~veira, com participa- tovani, Leopoldo· Ra- cerramento do Festão
20h30- Show no palco Ção do vice-diretor do · com a mu's·c
c1er. '
1 a gau- · · 1,
88 no palco pnnc1pa
principal, apresentan- Pravda Boris Mihhailo- ch a e Sóma · p razeres. ·
com Vicente da Viola,
do-se Marcelino Buru, . vitch. 17b - -1,hl... 0 palco pnnc1-
. . B
. anasses e · and a, R o- ·
M '
S.ô nia Santos Leci CULTURA pal, espetáculo.com ar- sinha de Valença, Rai-
Brandão' e a c~mpeã tistas e espoitistas so- mundo Fagner, Gonza-
Escola de Samba da Vi- 14h15 _ No auditório, viéticos, e mais GeFal- guinha, Robertinho do
la Isabel. Teatró de Bonecos Da- du Spíndola, Zedu, Recife, Zé Ramalho e

~~--~-~----····- •. .- ·
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23~.- baile ~ J.I._•
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• -ji11111Í111Í1ilill11'_ _ _ _ _..ii'~·••' íÍ''íiiil<•ri,-.:•, j ~ f 11
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·~~•' _An_.f,,1111d. ·•~•H•·0111ll.a111n11,d•aàie•~•~l!l.·••M-º•..T•~~e•~·•M~or.•ie•i,•r,a, •■•■·.·.·_,
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Já são oito anos de tradição
Evento
e
já é tradicional
de Gregório Bezerra Giocon- m_oção <:?ordenada por um ór- ficou pequeno, sendo o Festão soas para as atividades. Em
do Festão da Voz da Unidade, do Dias, as doze horas de festa gao de imprensa de notória organizado no Parque da Água 1987, comemoraram-se os 70
que vai ampliando a cada ano representaram um n0vo alento vinculação com uma organiza- Funda, em São Paulo, por o~- anos da Revolução Russa em
o seu espaço como evento de para as correntes democráticas ção partidária proscrita". Os de passaram mais c_ie 50 mil grande Festa da Glasnost no
congraçamento dos comunis- e sua luta pela democracia e Policiais Militares e o DOPS pessoas participfil!do de even- Parque da Água Branca, na re-
tas e democratas de todo o Bra- pelalegalidadedetodosospar- ocopamaáreadafesta,emati- tos de todos os tipos: mostra giã© central de São Paulo,
sil e do mundo, além de rara tidos. Além do lançamento da tude que despertou a solidarie- de filmes , música popular com evento também marcado por:
oportunidade para participar Voz, esta festa - ainda que dade de inúmeros setores de- inúmeros artistas, debates so- suas características nacionais e
de atividades culturais tão ricas modesta - representou o mocráticos para com os corou- bre os mais variados temas, · internacionais e pela presença
quanto diversas. reencontro dos comunistas nistas. Do evento, sobrou a pa- barracas d~ todo o País, muitas de milhares de pessoas.
Na Europa e nos países so- com o povo. lavra de ordem «Eles proíbem personalidades políticas etc. O Agora, 0 Festão vai ser reali-
cialistas, as festas dos jornais O segundo Festão seria nos a nossa festa, mas não calam Festão ia assumindo sua face zado no Rio de Janeiro, come-
dos Partidos Comunistas re- dias 13 e 14 de dezembro de a nossa Voz". de grande ev~nto nacion~l, ca- morando os 66 anos de ativi-
presentam verdadeiros mo- 1980, na Sociedade Paulista de paz dê catahzar a,atençao de dade do Partido Comunista
mentos de encontro nacional , Trote, na Vila Guilherme, com Outra festa somente seria centenas de milhares de pes- Brasileiro e os oito anos de cir-
m.arcados com carinho nos ca- mais de 60 barracas, prevista organizada em 1984, no Giná- soas e de todas as forças demo- culaç~o da .Voz da Unidade. O
lendários dos p0vos. Mas, aqui a presença de 20 mil pessoas, sio do Pacaembu, em São Pau- cráticas. Festão vai para o Rio em clima
no Brasil, nem tudo foram fio- participação confirmada de lo, com o lema "Pelas diretas, de final de transição dem0crá-
res na história do Festão. Paulinho da Viola e João Bos- pela Constituinte e pela Jiber- O Festão de 1986 contou tica, com o PCB legalizado e
A primeira festa foi em 1980, co. Seria, pOique a reação ain- dade de associação político- com um elemento fundamental crescendo rapidamente em nú-
quando do lançamento do jor- da encontrou fôlegoparadesfe- partidária". Foi um sucesso, a m~is: ·a partici~ação_ de d~le- mero e organização por todo
nal , no antigo Circo dosBancá- char mais um golpe contra a com a presença de mais de 20 gaço_es estrang~uas, mclus~ve o ~rasil. Vai ser a f~sta ~a ale-
rios, na rua Voluntários da Pá- democracia, proibindo a reali- mil pessoas, dezenas de políti- de gmastas; artista~ campeoes gna e da confra_termzaç~o, co-
tria em São Paulo. O PCB saía zação do evento. Nos relató- cos de todas as tendências•de- do mundo - e ate um astro- mo sempre, e amda mais. Par-
.•.·~.dé-'ümã w-é-'tté'..i1õiós 'góÍp'e's . ríó.s·àid>c,1íoia ·F'ederai-;'a' '1jus'..!"•'iti.'Õ'crattcas;- 1ídetés 's1btlil:a!S .. ,·naur~: <4tle'tr0~xera111 tlJJ~,novo· . timpePPotlé vir'·q:ue··a festa ~ 1 1 : ' \ •

e revezes e. com as presenças tificativ,a": "Trata-se de pro- etc. Para 1985, o Pacaembu Já colando e mais de 60 mil pes- sua!
AFEGANISTÃO ' - INQUÉRITO
A regularização d a sifuaçoo A CPI do Sencid0, Ji)ara além
no Afeganistão. com os acordos do bdte-boca,eAtre mlnlstr0s
de Genebra, reforça a nova e ex-ministros, desnuda uma
mentolldoCiJ!e dlplomátlco no
enfoque dos conflitos regionais.
a melhoria das relações enfre 0
DA face J,>eNersa da ahJal ordem
administrativa, (llue precisa
ser corrigida. Os Interesses
União Soviética e os Estadas
Unidos, o desarmamento e O paz.
Leia na página 2. ~ 391 - São Paulo, 22/04 a 28/04/88 - CzS 40,00
UNIDADE
Manaus, Boa Visto. S0ntarém: CzS 52;00
priv0dbs não podem
subordinar as decisões
púmllcas. Editorial na póglAa 2.

Telex· V.OZ-SP- {01-!,l-3200p

Fort,lecido por mais uma decisão da


Constituinte, o Congresso Nacional
dMdi1Lem três o orçamento da União -
ka), de investimentos das empresas
eslBtais e da seguridade social - e terá
podens para emendar os projetos do
Executivo, além de fiscalizar e
JtllllPP8nhar \
Leia na

Congresso mais
Um amplo acordo entre as lideranças partidárias na Constituinte lançou por terra a proposta
forte emendará de adiar, mais uma vez, a realização de eleições municipais em quinze de novembro próximo.
os orçamentos O compromisso permite também a formação de novos partidos até o dia 15 de julho.
Página 3

Entrevista com olíder tuhlno nas págin~ centrais.


2 EDITORIAL _ 22104 ª 2810418a WlZ

1( Heranças da ordem perversa Novas realidades


s trab.. 'hos da Comissão Par- tanto, examinar com atenção o sig- privada, sobretudo dos grupos in-
e novos con.ceitos
O lamentar de Iaquérito do Se-
nado que apura o Caso Se-
plan, a chamada CPI da Corrup-
oificado político de rudo isso, in- reressad0s nesse modelo.
clusive _p orque a tradição parla- A própria. es_trutura da socieda-
mentar brasileira demonstra que de civil brasileira, em grande par- No último dia 15 cle abril, alcançou-se a regula-
ção, há duas semanas ocupam o algumas comissões parlamentares te, foi patrocinada por esse Estado rização política em tomo do Afeganistão, com assl-
noticiário político do País, tendo de inquérito que se estenderam autoritário, que fortalec;:eu as agên- oaruras de acordo entre representantes dos-gover-
como protagonisras ex-minisrros, até o fim provocaram fatos políti- cias das classes dominantes - es- nos do Afeganisrão e Paquistão, da União Soviética
assessores do governo e o próprio cos extraordinários - como o sui7 tão aí graAdes eoti?ad~s ~mpre- e Estados Unjdos, com a presença do secretário-
José Sarney, além dos senadores cídio de Getúlio Vaigas - mas, sariais e sua orgaruzaçao mterna ge1'.11 da ONU, Ja~er Perez de Cuelar. A resolução
que compõem a Comissão. N0vas como as demais, não foram capa- demonstrando isso - como me - pol itlca da siruaçao naquele pais não s6 alarga o
tensões poüticas, desta vez à mar- zes de provocar rigorosas senten- canismos de articulação desses in- diálogo entre o Leste e o Ocidente mas também
gem da elaboração da nova Consti- ças judiciais. teresses privados. Um sistema de am!_'lia a visão habitual das possibilidades de supe-
tuição, emergem na medida em Talvez a maior evidêneia lança- administraçã0 m.ontado para pres- raç~o dos conflitos regionais pela via pacífica e ne-
da pela Corn.issão Parlamentar de cindir da políti.ca e do jog0 demo- g?ciada, por meio de compromissos racionais e
que os depoimentos prestados na nao pela f0rça.
CPl e as entrevisras mos grandes rnquérito do Senado', ao revelar crático, que naruralmente é des1:_u- .
meios de comunicação revelam fa- depoimemos de ex-ministros e dado como foP111a de domioaçao • Durante recente discurso em. Mascou, o seerecá-
tos e reavivam conflitos ocorridos asessores do governo, seja de que permitida, na me~d~ em que o n o-geraJ do PCUS, Mikhail Gorbarchov, apreciando
no mterior do governo, gerando os mecanismos de tomada de deci- Brasil avança na direçao da.denlG- 0S resultados desses acordos, manifestou esperan-
ourros choques e contradições. são no Estado brasileiro - nos cracia. ças de qu~ o _'.1COnte.c lmemo venha a contribuir
P-artindo das trapalhadas do ex-
ministro Aruba! Teixeira, do PJane-
jamemo, a Comissão Parlamentar
quadros de uma ordem autoritária
- de fórma generalizada favore-
cem amplamente o arbímo, a irre-
M ais im(;)ortante que 0 ba~e-
boca em romo da questao
para a superaça0 de inúmeros conflitos regionais,
no castro aberto pelo encontro de Washingcon em
d:zembro ·passado, e as negociações para üq~da-
gularidade, o uso político dos re- e até mesmo qu~ os tarps çao de 50% dos armamemos nudeares e redu~o
de Inquérito aeabou ganhando de armas e forças militares c_on.veneionais na Eu-
uma repercussão política mulro cursos públicos. Órgâ0s superpos- mais im~diatos,_é seguJr,adiante rqpa.
maior que o Caso Seplan. Provo- tos, competências e normas coo- nesse d1agnést1eo e faze-10 em
cou uma nova contenda entre o tra.ditórias patrocinam o primado tempo hábil. A- Cor:1Stituinte pode "Participando como mediadores e fiadores ofi-
governo e o parlamento, que seria das decisões individuais, favõr1=--e-deve - particularmente agora, ciais na regularização do problema afegão, a URSS
evitada atS0 fosse unânime a com- cendo o erro e a irresponsabiü- quando diSGYte questões da or- e os EUA criam desta maneira um precedente de
preensão de que os senadores têm clade. dem econômi,ca, c0mo o sistema interaçãoc-eoostrutiva, tão necessária para o sanea-
margem do controle da socie- trib1:1tário e o Orçamel'lto da, Uniã0 mento geral das relações intema<::ionais. Se tercei-
o direito e o dever de apurar os
faros e as pessoas convocadas pelà
CPI a prerrogativa de prestar seus
esclarecimentos sem mácula da
À dade civil e do parlamento, - utilizar do episódio para en-
o conflito de interesses priva- frentar o problema da subordina-
dos no lotei:ior do Estado, condu- ção desses c@nflims e interesses
ros países o.btiver~ a possibilidade de ecfilicar
a sua política externa orientando-se para uma coo-
peração sensata e realista entre Moscou e Washing-
ton, em vez da rivalidade rotai entre eles, isto muda-
honra. zidos através dos órgãos públicos, privados às instituições democrá- rá muito o caráter dos-contatos internacionais. Nes-
exacerbação de ânimos entre determina a dinâmica da adminis- ticas. O Estado de direito demo- te caso, o pluralismo do mundo circundante não

A as partes envolvfdas nos traba-


lhos da Comissão Parlamentar
de Inquériw já é um nov.u faw po-
tração pública brasileira. É um apa- crático., para ser um instrumento
relbo montado durante vinte anos modem& e eficaz, exigirá a re:
de ditadura para servir a um deter- construção dos mecanismos de
significará uma pluralidade de antagonismos, mas
sim uma multiplicidade de possibil1dades para a
coexlscenda pacífica entre estados e povos", disse
lítico, que não pode sei; subesú- minado modelo económico c::iue decisão económica e órgãos públi- o líder soviético naquela oportunidade.
mada. Sobretudo porque, para agora está em crise e apresenta, cos de regulação de interesses cUs- Realmente, as coisas no mundo estão mudando
além do apurado, a poJêmka está como um dos seus mecánismos tinguindo o público do pd~ado. com mais velocidade, crlando alte_rnativàs novas e
sendo transformada em pano de de funcionamento, um sistema de Sem isso, seuá im(i)@ssí:vel qual- mais promissoras para o Ingresso da Humanidade
fundo para as forças interessadas administração que deixou de ser quer p0lítita séria de refor.mas, de no século XXI. Por enquanto, os Estados Unidos
em tumultuar o prqcesso _ qe tr.µ1- um órgão regula.dor para transfor~ recuperaçã0 econômlca, de resga- e Uniâ0 Soviética ainda implementam seus poten-
sição democrática. E preciso, por- mar-se num instrumento de áção te social, de mudanças reais. ciais científicos e tecnológicos para a oposição de ,
arsenais e annas terríveis. Mas, com a nova menta-
lidade p,olítica nas relações incemadonais, o pr.o-
EM TEMPO cesso de reestrururação económica em curso na
Ur.iã0 Soviéti<sa é um convite à elaboração de um
novo sistema de referência nas relações económi-

,_ Congresso fica mais forte


Apartir da entrada em vigor da nova
cas entre os dois países e ·entre os países socialisras,
as potências capitalistas e o chamado Terceiro Mun-
do.
Uruão foi assim dividido: o orçamento nitiva da lei orçrunentária. Caberá ao O caminhar do prol.'.esso, na medida emque
Constituição, as conras da União serão fiscal, referente aos poderes da União, Senado e à Camara apreciar conjunta- os esforços de paz vão dando resultados maJs con-
submetidas à prévia aprovação do seus fundos, órgãos e entidades de ad- mente o projeto de lei e a ele apre- cretós, aponta a necessidade de encarar de form~
Congresso Nacional, <l)Ue examma.rá os rnin1scração direta e indireta; o de in- sentar emendas. Atualmente, o Con- nova as realidades da economia mundial e, suas
três orçamentos em que elas foram vestimentos das empi.;esas estatais; e gresso só pode aprovar ou rejeitar o perspecrivas. A questão da formação de um mer-
dístribuidas - o fiscal, o de investi- o da seguridade social, abrangendo to- orçamento cla União. Mas as emendas cado mundial autenticamente moderno, nos qua-
mentos nas empresas estatais e o da das as,enticlades e órgãos a ele vincula- somente serão aprovadas quando se dros da !fltegração econômiça mundial, está colo-
seguridade social - , podendo emen- dos, da administração direta e indireta._ relacionai;em com investimentos e ou- cada na ordem do dia. Com .a defesa intranslgeme
dá-los. ·Es.5a foi uma das mais impor- A lei do pJano plurianual estabele- tras despes~ d~les dewrrentes, des<:1e do direito à autodeterminação- bandeira leninista
tantes questões aprovadas pela Consti- cerá objetivos e metas da administra- que compat1v~1s co~ o plano pluna: indispensável, para o enfoque comunista das rela-
tuinte na quarta-feira ~ada. ção pública fedeca1 para a distribuição nu~ e com a lei de ?lí~tr12es orçam:_ ções intemaeionais - essa nova mentalJdade inevi-
Além dos três orçamentos, o Poder de investimentos e a lei de direcri·zes tánas, e descle que mdi<guem os rec tavelmente terá de levar em cdnta a al'ticulação
Executivo elaborará a lei do plano plu- orçamentárias definirá meras e· priori- sos'_necessãr·ios ou se d esun · em à cor- existente entre o desannarnemo e o desenvolvi-
rianual e a lei 'de diretrizes orçamen- âades do governo federal para o exer- reçao de erros. d mento. Esras serão as grahdes linhas de ação (lara
tárias e igualmente cerá,de submetê-las c.íc.io financeiro subsequente e disporá Umacomi·ssao- mi.,
.,.tapermanente
· , e. os povos e governos democráticos.
ao Congresso Nacional Assim, ao con- sobre as alterações na legislação tr.ib _ senadores e deputados deverá ex_ami-
tária indispensáveis para a obtençto nar e dar parecer sobre. 0s _proiec_o~ São dois problemas cruciais, por exemplo, para
trário do que vem acontecendo atual- o futuro do Afeganistão e do Paquistão, na sequên-1
mente, o Congresso Nacional passará das receitas públicas. de lei, os programas naoo~aials,éreg~ eia do acordo assinado no último dia 14 e que .
a interferir diretamente na elaboração nais e setoriais do governo, m ~
A Constitµinte estabeleceu que o exercer o acompanhamento e ª fiscali- entrará em vig~r no ·r,róximo 15 de maio. A neces-
da política económica do governo, sidade de reorientar a económia mundial, de cons-
bem como examinar e emitir parecer proíeto de lei orçamémária deverá ser zação. Atuando eonjüntam~_nte co.m 0
enviado pelo governo federal até o en- Tribu0al de Conras da Umao, podec:á trui~ uma nova ordem económica internacional é
sobrç os planos e programas nacio- o desdoQramemo légico.dos avanços no caminho
nais, regionais ou setoriais do governo ·cerrament0 do perí0do legislativo. No a comissão inclusive sustar despesas
caso de não ser devolvido para sanção, não autorizadas do orçamento. Com do desacmamem0 e da melhoria das relações Inter-
federal, além de exercer acompanha- nacionais. Isso impõe aelaboração de novos concel-
mento e fiscalização orçamentária. o governo poderá executá-lo por de- essas modificações, fortaleceu-se ain-
creto. Porém, a sessão legislativa não da mais o Congresso Nacional na sua .tos e pollticas, mais compatíveis com essa realidade
O atuàJ orçamento unificado da será encerrada sem a apreciação defl- relação com o Executivo. que está sendo construida. . . ., .
~ 22104 a 28/04/88 NACIONAL 3
:::;); :r

BASTIDORES
l'aução de Lucros
,Acordo assegura eleições municipais
·'
.4 Constiruinte aprol'ou ;ulidofJJI
de Imposros de Renda p:zro res.,O:l"
As \ideranças partidárias na Constituinte fecharam acordo para garantir a realiz.ação das eleições
físicas ou ;uridicn.s que renh,7m lu- municipais este ano, possibilitando a formação de novos partidos.
cros, ganhos ou rendimen1115 ~ ca~
pitaL A mxa seni cobr,ubpellJ.5 e::3
dos no valor de 5$ do IR P:1~ neceu foi a p0.5Síbilidade de par- vez que. é recente a transferên-
l I dos J l'í1i'io. O adiao- Cyn\hia Peter
ticipação dos partidos que te- g cia de seu tíruJo de Caruaru para
penalos en~~p\~d~,tm"enre sobre o
recJJfll ,,,...,,.. e provo- nham apena<; o registro provi- : a capital pernambucana. Tam-
mere2do /ifl3/la'ilV, 0 qu'. • rasilia - Será vmado possí-
cou forre !?!3Çio t.le algum; setor~,
eJe,osdepuf3dosA.ifDormn-
67~(R.-SP) r: GeTSOD Peres (PDS-
B
vel1:11ente esta semana o
· •pro1et0 de regulamentação
sório. Quanto à partidpação doo ::
novos partidos, há maior núme- ~
rode exigências. O panido deve ~
bém o candidato p.redilero do
governador Pedro Simon à Pre-
feitura de Porto Alegre terá pro-
~ que.~ud<Ju o resulmdo da vo- das eleições municipais. Até o cer se organizado em "tempo blemas, pois Sérgio Zambasi.
;f:'iO com P°:5 obscenos às ba.n- fech~emo desta edição, a dís- bábíl", comando com um míni- transferiu seu título pàra a cida-
at/2~ demõcriacas. cµssao girava em tomo da inclu- mo de 30 integrantes do Con- de de Canoas e, mesmo que re-
.\bis H.ccursos são ou não, no bojo do projeto, gresso Nacional, que pedirão nha revenidoà tran.<;ferência, te-
dos itens relativos à propaganda regístro provisório a ser conce- rá perdido o prazo estipulado
:-Jo bojo do éapítulo sobre tribu- eleitoral, um dos p0nros mais dido num prazo.máximo de cin- no projeto.
mção, a Consticuint~ aprovou, ain- polêmicos em todas as negocia- co dias, instruído com a publi- Uma negociaçío com o pbje-
da. m:oorei rr.msierêneias de recur- ções. cação de manifesto, programa tivo de estender a regulamen-
,Ç/1< »· OG!dos e municípios. O
O representante do PFL, de- e estatuto . raçío de eleições municipais pa-
~ de repasse da União pa-
no fundo de Participação dos fura-
-puudo Inocêncio de Oliveira, Como a dara das convenções ra os pleito.s nos novos estados
dos subiu de 14 para 21,5%, e para ameaçava não assinar o pedido foi alterada para entre 15 de ju- aserem criados epara o Distrito
o Fundo de Participação dos Muni- de m:gênóa para o prnjeto e in- lho e até 90 dias antes do pleito Federal, encabeçada pelo depu-
cípios, de 17 para 22,5%. Todo o viabilizar a votação por acordo (antes era 60), isso significa que rado Sigmaringa Seixas (PMDB-
capírulo sobre sistema tributário re- de.liderança, caso a propaganda o prazo máxímo para os novos DF), não obteve sucesso. As elei-
presentou uma derrota do governo, não fosse incluída no texto. Na partidos apresentarem seu pe- ções ocorrerão. apenas nos mu-
que pretendia deixar inalcerados as verdade, o PR. briga pela redu- dido de-registro provisório será Roberto,Freire, lider do PC8 niápio.s aiados até 15 de junho

'
índices e adminiscração dos recur- çío do horário gratuito de. em tomo do dia 9 de setembro. dos o número de candidaros per deste ãno. O depurado tentará,
sospela União. duas para uma hora, no primei- As_coligações continuam permi- derá ser acrescido de 100%. ainda, apresentar emenda em
ro rumo, e de 1 h para 30 minu- tidas, ranrcrpara as eleições pro- plenário para garantir a regu]a-
ros no segundo, o que viria a porcionais rnmo para as majori- O prazo de Íiliaçío panidária mentação das eleições também
Aumentaram qe n ovo as pres- prejudicar os pequenos parti- tárias, vedadas coligações dife- foi ampliado de 90 (projeto ini- para o Distàto Federal, arrisca-
sões contra a CP/ da Corrupção, de- dos. rentes para cada eleição. Cada cial) para 120 dias, mas ainda das de se inviabilizarem mesmo
pois que os senadon?S começaram partido poderá registrar o triplo é menor do que o previsto arual- se as disposições tramitórias as
a cogitar a convoaJçio do COMul- Aregulamentação de candidatos que os lugares a meme (1 ano). Entreranro, o aprovarem, _por demora na pro-
_10.t.9enl da Repúblie'A✓ Simlo Ra- pree.ncher na Câmara:, ma.<; o.-. prazo de domio1io eleitoral foi mulgação da nova Cana
mos, suspeito de parcidpação em De qualquer forma, já estão percentuais em caso de coliga• mantido conforme a legislação O projeto a ser votado man-
decreros ilegais do gôvemo conce- acordados os pontos que dizem ção aumentaram, em relação ao atual, de l ano, ~quanto o pro- tém a realização do segundo
dendo reajustes retraativos a seus respeito à eleição propriamente projeto inicial. Coligações de jeto inicial o previa de 90 dias. turno nos muniápios com mais
fo.r:neredores. O mioisuo Antonio dita, e há algumas alterações em dois terão direito a mais 40% E.s.<;a medida, que gerou polê-
Carlos Magalhães voltou à carga,
de 200 mil eleit0res, e ttansfere
desta vez assumindo a informação relação ao projeto inicial, divul- de candidatos; de três partidos, mica, inviabilizará, por exem- a realização do 7ft rumo para 15
de que o governo disporia de um gado pela Voz na semana JD35Sa- 60%; de quatro, 80%, e em coli- plo, a ,candidatura de Fernando de dezembro, mantendo a pos-
dossiê de acusações contra os da. O pomo comum (Jue pe rma- gações de mais de quatro parti- Lyra à prefeitura de Recife, uma se a 12 de janeiro de 89.
membros da CPL E o próprio presi-
deme Samey determinou à Procu-
radoria Geral da Ílepúbliea adocar
pr ovidéndas cantrã o ex-miniscro
Bresser Pereira, que dedarou na
CP/ haverpessoas corruptas próxi-
Emenda Santana entra em votação
mas a0 presidente. Mais enxuta e ampla, a emenda comunista sobre distribuição de petróleo continua
Decretos gerando polêmica nos trabalhos da Constituinte.
Apesar da.,; pressões, entretanto, um caminhão alugac.Jo, as distribui• revendedores e ~ . que so-
...,, a CPI cominua as invesdgações, e
o que começou cg_mo apuração cte B
da
ra5ília (do correspondeme) -
Um dos remas mais polêmlcos
Consáruinte ser.!. votado esta se·
tanto , a polêmiC'à gerada a partir
de sua aprovação favoreceu os inte- doras fornecem os pedidos cfos mam cerca de 500 empresas no
resses nacionalistas na questão. Há grandes censumidores. Além disso, P:ilij, de pone médio e pequeno e
irregularidades na incermediaçao mana, possivelmeme, com a apre- uma aniculação que vem sendo fei- possuem oucras vantagens, de pra- com predo minância de cip)ral na-
de verbas da SEPLAN agora envolve ciação do art. 207, que dispõe sobre ra, com apoio, inclusive, das lide- 7..0S de pagamento e de recolhimen- cional. Os TRR não operam com
diretamente o Paládo do Planalro o monopóHo estatal do petróleo. ranças do PMDB, no senúdo de to de imposros, que lhes peno.item álcool e gasolina, o que'permiária,,
na a~inarura de decretos danaso.5 O inciso V desre artigo consiste na uma fusão de emendas que reúra ,, grandes lucros no mercado flnan- também, que os postos revendedo-
aos interesses da União Pelo me- e m enda do deputado Fernando das multinaci.onais a 'faáa de mer- ceíro. res nacionais passassem a alender
nos quarro membras da CPI consi- Santana (PCB-BA), que nacionaliza cado relativa aos grandes consumi- A fusão de emendas benefióaria os grandes consumidores neste se-
deram o preslderue Samey como a d1stribuição d os d e rivados ror- do res ('«lcima de 20 mil litros /mês), especialmente os tranSpOrtadores, cor.
"diretamente respon'iável" ~os por iniciativa do deputado Max Ro-
decreros ilegais. Até o momenro, só nando-a monopólio da União, fa-
se deceaa uma aparen1e defecção cultada a delegação de desempe- senmann (PMDB-PR)
nho a empresas nacionais. Atualmente, o sistema de distri-
nesse bloco, a do senador M3rcon-
des ~delba (PFI.-PB), que tenrou Surpreendenremente ~pr o_vad o buição priv.ilegia as grandes clistrr-- O cardeal, o comunista e o Céu
amen.rzar o ato do presideme distri- na ComisSão de Sistemauzaçao. o lDuidoras - vale dizer, as multina-
cionais - que revendem o produto ·'.A Verrbde de Cada UiJJ ·; programa ckJminicJ/ da 7VUniversitária
buindo cópia de reajust.es conce. dispositivo provoco u u~_a _das de Recife, regist.rou para o público pémambucano e a história de
didos pelo Senado a seus fornece- ma1ores campanhas contrarias !1ª aos grandes consumido res, aos
postos revendedores e aos t.rans• nosso.País um emocio nanrediálogoemreDom HelderCãmara, a-arce-
dores, com base no mesmo dccre- grande imprensa, e o Cent r ao bispo de Olinda e Recife, e o dirigente comunista e escritor Paulo
co. apressou-se em apresentar um portadores, revendedores e reta-
lhistas, que por sua vez fo rnecem Cavalcanti Foi duroncc ufT111 encrevist.a ckJ cardeal, em que Paulo Caval-
substitutivo que o elimina. O çlepu- canti era um dos convidados-
No,-o Partido ia<lo comunista, entretanro, preven - aos pequenos consumidores. A fu-
são pretende que apenas a revenda - Dom f-leldec, eu sóu um reconhecickJ comwúst.a em Pemam-
do a aprovação em bl oco d esse bucu. Nunca nwei ninguém. Nunca roubei ninguém. Ccnsidero-me
Até agora os defensores do no~u subsmutivo, reapresentou a emen- possa ser reaUzada pelas c.listribui-
do ras. o que as impediria de forne- um d efensordas rrabalhadores. Sou pela sisteiwítica defesa dos direitos
partido contavam como provJveis da, apena.,; enxugando o texto, e hu1113nOS. Sou pela reforma agrária e luto pela paz. Mas, antes de
quadros seus os governadores Car- tn\lMlrá na votação pel0 ple nário . cer diretamente aos grandes consu- a1enderà pergunm que a 7V Universir:fria mesclicira. faço a V. Reveren-
io.~ Bezerra, Miguel Arraes, Valdir midores. dís sima uma confissão.- sori marcriali,513 e não sei mais rezar. Agora,
Pire.S e Pedro SJman. Um almoço Os grandes consumidores repre- Dom Heldcr, eis a perguma: "Pelo que fifi, pelo que sou, pelo que
de fim-de-semana, en1ret111Jto, reu- se nr.am, ho je, 30% do mercido de serei até o fim da vida, quando morrer eu írfa par.1 o Inferno?" -
nindo O goveroador .f!enrlque San- _~ r do:. csforc;os e arcicula- distribuição de de rivados, e são indagou Paulo Cava1auui.
tillu, Fernando .f/ennque Cardoso, çoes, nao J>âo Rrandes as probabi, operados a custo pralicamem e zero A rt$p0Sfa do a.rr:ebispO foi imediara e rax:aliv;J:
Piméntacfa VeigaeF.rancoMoocoro I.Jdades_ de aprovaçât> da e menda pelas distribu idoras. Segundo de- - Vocx', Paulo Qwalcanli, vai "de.rero ·· pro Céu! - disse, p:1171
abriu P<,lf.'ilbilídades de que o go- comurul>~a, d~'Vido a grande prt:ssão núncia do deputado Fernando San- a.rrcrm11ar.- "Você é meu ímrJo Você é camp:mheir v dás mcsm:'5 Juras
ien·,dor de Goiás também migre das mulunacionai.~ e mesmo c.Je se- rana, apenas com 11m te lefone. uma pelo:, direitos do Homem·:
par:, a nov;; S.Í/JÍil. . • ~ , • i • , , tor~ nacionais priva1is1as. Enire- secrecária, um bloco pe faturas e
,_•. ·t. :..:·.. ', ... \ .,/ J ,,,..:,,, • -_7, 1 , •• • 1 , , •·.
1, ."'.t- ','• : ,. ,.,. ~ ' f '·' ' •' ·'' r, .. , : • •'• ~ ,~: .. •i. , L ,f r J,,J ·.•ifl F , t i} f, u:.. t )
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4 PONTO DE VISTA 22/04 a 28/04/88 ~

A(necessária) escola dos pais CONVERSA DE BALCÃO

A enganosa ·eficácia da escola partic11lar deve ser desmistificada. Com o poder aquisitivo
As duras lutas contra
de nossa população, a escola não pode ser rentável e eficiente ao mesmo tempo. asolução reacionária
são necessários homens que po- Os pais devem saber que os c~r- RENATO POMPEU
Evandro Emílio Souza Lima nham a funcionar uma (orça práti- rículos das escolas visam essenaal-
ca". Na escola, esta força são os alu- mente a Universidade, onde pou- Independente do fato de existirem em possibi-
té a década de 501 os alunos nos e, principalmente, seus .pais. cos serão os escolhidos e destes,
A das escolas públicas gaú- Na divisão do trabalho imema-
chas apresentavam melhor ci0oal que.as nações capitalistas de-
após completarem seus eScudos,
muitos não conseguirão emprego,
mesmo nas-especialidades mais ca-
lidade uma solução progressista e uma solução popu-
lista de direita para a atual crise do capitalismo brasi-
leiro, o fato é que, çle imediato e a curto prezo, o
desempenho nos diversos exames senvolvidas procuram nos impin-
de admissão às escolas superiores gir , a pane que nos caberia da pro- rentes, quando comparados cor_n os que se faz presente no cotidiano das grand€s massas
que os alunos das particulares. Hoje dução não necessita de um número padrões das nações desenvolvidas. é a possi~ilidade da solução conservadora e reacionária
em dia, em qualquer lugar do pais, proporcionalmente grande de téc- Temos apenas 3% do número de
engenheiros que os EEUU, mas 0 da crise. E essa solução conservadora e reacionária que
isco é praticamente impossível. nicos capacitados. Assim, as multi- está sendo a~ almente encaminhada pelo governo Sar-
Ape!T3S os alunos dos colégios mili- nacionais que dominam a nossa in- desemprego e subemprego alcan-
tares, de outros tradicionalmente dúslria não têm grande interesse
çaram ateas taxas entre os nossos ney, por me10 da submissão ao FMI e aos credores
mantidos pelas elires e alguns cursi- na_formação de técnicos; Por exem- jovens formados. internacionais e por meio de um arrocho ainda maior
A enganosa eficácia da escola par- nos salários; por meio ainda da instalação de platafor-
ohos, esres com a finalidade precí- plo, dado o caráter essencialmeme
ricular deve ser desmistificada.
pua, conseguem ingressar na Uni- montador da indústria de origem
versidade. estrangeira que abiscoita cerca de
Se após 1964 houve um aumento 70% do nosso mercado de informá-
no número de escolas públicas, ele tica, ela emprega muito menos pes-
Com o poder aquisitivo de nossa
população, a escola não pode ser
rentável e eficiente ao mesmo tem-
po. Os laboratódos das escolas Pé!f·
·
mas de exportação com tecnologia de média ponta
comandadas por multinacionais.
Aqui temos de insistir no seguinte: como já aconte-
ceu no·passado, no regime militar, uma solução conser-
-
foi acompanhado de uma queda na soal técnico que a indústria de ori-
qualidade do ensino. Por exem~lo, gem nacional, que fic-<1 com os 30% ticulares geralmentesão caricaruras vadora e reacionária da crise, na situação brasileira,
o projeto de ensino profissionali- restantes. Isto, apesar da parcela de que só servem para fins propagan-
dísticos. Mesmo com este tipo tle
em especial na siruçtção atual, só pode se concretizar
zante serviu apenas para prom0ver empresários nacionais, maus brasi- se ocorrer um retrocesso na atual fase de maior demo-
o Governo e o imeügeme Ministro· leiros, que ao invés de apostar no ensino verbalista, urna pequeníssi-
da Educação da época Alguns colé- investimento em tecnologia, prefe- ma percentagemde esrolas particu- cratização por que passa _a sociedade brasileira. Uma
gios pú15licos lutaram com a falta re contrabandear, burlando dessa
lares s.e sobressai. A maioda é es- solução conservadora e reacionária, que passe pelo ar-
de recursos materiais e human0S, maneira a nossa lei de r eserva de sencialmente fonte de lucro, onde rocho salarial, pelo aumento do desemprego e subem-
professores com salários aviltados
porém. nesres. várias remativas ho- mercado conseguida apó~ uma l9 n- st desdobram em um .número <11.r prego, só é possíve l manter-.~e e avançar se não for
nestaS foram fe icas. A esco la parti- ga lura política. obstaculizada pela reação dos movimentos sociais, tanto
surdo de aulas. A comparação do
01\ar ~ccebeu rapidamente a in- IJma o utra parcela considerável
~ abilidade econômica Ql!.que le ti- do empresariado nacional rambém
número de ações na justiça movidas por pane dos assalariados co mo do desempregados
por professor.es co ntra as escolas e Gomo ainda de setores de pequena e média burguesia
po de ensino. Só o segmento rico prefere o tipo de pr0dução sim- particulares é centena ~e vezes su- prejudicados pela solução conservadora. .
da nossa socie dade ( hoje talvez plesmente monradol'l!, e nco nr:ran- perio r ao das eseolas públicas. O
nem a classe média alra) podería do-se fonemeote depe n<::lenre ela Sinruaato de Professores do Rio de & atamente por isso é que os setores conserva-
pagar as alras me nsaHdades neces- temologia estrange ira. Assim, da dores e reacionários vêm defendendo não só o mandato
Janeiro possui 10 advogados ccaba-
sárias para comi:>ensar os Investi- mesma maneira q ue o <capital es- lhando em tempo integral, tra_tando de seis anos para o presidente Samey, como tárobém
. mentos em laborató rios, ofic ina e
pessoal; no e ntanto, aos filhos deste
a:angeiro, e la não cem g rande inte-
resse no nível do nosso e nsino.
exclusivamente de questões com as
escolas particulares. No caso das es-
o cancelamento das eleições municipais deste ano. Uma
segmento, a profissio nalização a ní- Somando esta falta de inte resse, colas públicas elas têm s1do todas
das táti.cas para os setores conservadores e reacionáàos
vel m édí0 não inte res-sa;_e les p rocu- aos interesses egoístas dos donos reso lvidas a níveis aclminisn;ativos, conseguirem esses objetivos tem sido exatam_en~e- o
ram os cu rsos que lhes pecmjcam de es<rolas paniculares, e me nde-se ames de chegar na justiça. lsto de- retardameato da pr_o mulgação da nova Consntmçio.
t maís facilmente se tomarem execu-
tivos. .
Estes foram os princip:us mouvos
.
porque um Estado de capitalismo
dependente não consegue propor-
mo nstra que o grau de insatiSfação
com o trabalho é muito maior na
Isso porque, assim que a nova ~o~s_tituição for prom?l-
gada, mesmo com uma Consnru1çao grandem~nte J_?-
ci0 nar um ruve.l de educação dig no escola particular.
de abando no daque le pro jeto de para !>-ua população . Q magistério é uma .das ativida-
fluenciada pelo Centrão , o País entr~ n ~ s1tuaçao
ensino 13roflssi0 nalizance em nosso nova mais democrática do que a s1tuaçao atual, que
Todas as questões sociais presen- des cujo desempe nho depe nde es-
país. É importante o bservar q ue es-
te prQC~o deu-se ainda quando
tam-se como ciclos viciosos. Temos sencialmente ela vontade do indiví- já é ~ ais democrática do que o regi~e ~litar_- embo-
um péssimo ensino; assim a nossa
duo. Mas é necessário que os país ra, naturalmente, a nova Co,~titui_çao nao ~ ser; _uma
o regime militar era absoluro e 0 população é mantida culluralme nre
saibam identificar q uais os profes- democracia como a necessana para o Bras1l, mesmo
-1
maio r panido do oc;:ideme domi- atrasada e, conseq uente me nte, nã0
nava a cena política. sores que rende nd0-se à real.idade, porque a liberdade não se -recebe de presente, ela é
pernebe a neczessidade de re invi-
N ingué_m c;iuvidava dos m ér itos to rnaram-se seus cúmplices. Com 1
dicar um ensino melho r. Cabe às conquistada. . .
d o ens ino profission a lizante . A maior grau de culpabilidade vêm
questão não era técnica, mas poli-
pessoas que procuram rransformar
os dire tores e"administrado res q ue Mas temos de enxergar mais longe do q~~ 1ss0.
a nossa realidade descobrir quais
tica, de jogo de inte resses. 50 pari os cordões principais que sendQ
praticam o democralismo, que pre- Se os quadros progress~stas em ge1'.11 ~ os m1~tantes
comparar: em 1927, existiam 1 53 ferem a sombra à luta honesta. sindicais em p articular tJve_rem o obJ:tlvo de SJmples-
manipulados permitem des emba- Estes são apenas alguns traços rá-
milesco las técnico-p ro fissí0nais na raçar os pós. No caso do e nsino me nte e ncaminhar a reaçao à ~oluçao conservad~ra
URSS; em l941, 602 miL Quase qua- de 1~ e 2':' graus, os esfo rços devem pidos dos nossos pro ble mas. Na
prática e les e muitos o utros apre -
e reacionária da crise através das espontâneas reaçoes
driplicou e m 14 anos, durante urna ser feitos com 0 o bje tivo de trazer de massa provocadas pela agudização da ~rise econô-
é poca de vertiginoso dese nvo lvi- sentam-se Imbricados, mascarados,
os pais para a escola. reque rendo que a realidade de ca- mica isso será suficiente e inoperante. E claro que,
me nco daque l.e país, pois havia o E essencial dar uma seq üê ncia
inte resse por estas esc0las de prati- de prio ridade às ta re fas políticas.
da escola seja analisada e formas eeon~roicamente, só poderão reagir contra a crise as.
adequadas de lura desenvolvidas, categorias de trabalhadores que tenham alto poder de
camente toda a pópulaçao soviética. No XXI Congresso Nacio nal da Con- mas sempre sem perder de vista
Esta lição dev:e ser aprendida por fe deração dos ProfesS0res do Brasil o o bjetivo principal de levar os pais
barganha no mercado de mão-de-obra. Se é esse o
rodos os que procuram mudar as - GPB, realizado re ceme menre em caso e m algumas categorias, em especial das qualifi-
ao conhecime nco de todos _os pro-
nossas co ndições de e nsino do 1'! Brasília, com cerca d e 2500 delega- ble mas. cadas, não é o caso da grande maioria dos trabalhadores
e 2~g raus. Enquam0 se gmen1os im- dos de todo o pais, as questões mais
portantes da nossa população não
Só com os pais lu tando pe lo do País, em grande parte sequer inseridos na economia
de batidas fo ram a filíação à CUT, exercício da cldaqanJa, e::onseguire -
tive re m fo rça para im i,ier não só a unicidade da filiação sinrucal, o
moderna. Por tanto, há necessidade de politizar as rea-
mos a força prática capaz de fortale -
o planejameru0, como a e xecução ensino relig ioso, o estatuto da CPB cer a escola pública, ~ única viável
ções à solução consetvadora e reacionária da crise,
dos projetos governamentais, estes e as e le ições em 88 Ne nhuma delas no contexto brasile iro , de prople ia r há necessidade de fazer as massas incorporarem em
se.râo deixados a margem e se rão está relacio nada com vistas a faó- aos jovens um e nsino ao nível exigi- sua consciência e em sua prática um amplo programa
dadas prio ridades a o utros, que tra- litar a mobilização dos pais. 1Jgu- do pe la atual revolução ré c nico - de mudanças no País. E, além disso, há necessidade
gam lucros imediatos aos segmen- mas fo ram pre maturamente coloca- cientifica. também de a reae;ão à solução m nservadora e reacio-
tos das classes dominantes q ue de- das e agem no sentido da desunião
té m o poder de Estado. Mais uma e, consequente m ente , dím inuinc.Jo
nária não levar águas para o moinho da solução popu-
Evandro Emílio Souza Uma, engenheiro el&- lista de direita - e sim para a solução progressista.
vez vemos, q4e "as idéias nada po- a capacidade de concre tizar-se esra trõnlco e doutor em Automéllca, é professor
dem, rf;<!Hzar,. Para.realizar a 5 idé i~ ;n9 bilizllçãq. da Unlversldllde de Brasllla..
.•'. l , ~ i ....,. ·I
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~t.t..\ <. "...\'~.. -...\,-\~""'\"~"" , .."' "j"'-..tt,• ,•~T---~,>.J...,
7

W1Z 22/04 a 28J04/88 ECONOMIA 5

TOME NOTA
Aumentos, aumentos
{- Juros semestrais: vantagem
A gasolina e o álcool rol~
a aumentar. A partir de 19 de abt:il,
o litro da gaso/iIU p;lSSOll ~ -Czl
ou piada de mau gosto?
6ef,30 CZI 74./,0, a)11$11(1Jlf1do
um a~de J6.)/%.Já o álcool grandiloqüentes d0 presidente Sar-
aumenu de Czl !2,00 para Czl Edmi\son Costa ney na televisão, anuncJando a mo-
48. lO. num re;zjuste de 19,95~. ratória, criticando os banqueiros,
Altm dis50, aumentaram ~ m denunciando a sangria de recursos
e prometendó uma negociação pa-
ospn:çosdoquerOfelledeamçao,
oófeoC()IJ1ÓUSlÍl'e/, a11âft3pemquí-
míaJ, {filtre oucros derivados de pe-
tróko-
O-
minisrro da Fazenda voltou
muito empolgado dos Esta-
dos Unidos, após uma sema-
ra vale r , para verificarmos com
mais clareza a intensidade da mu-
dança operada pelo Planalto. O que
na de amenas conversas com os aconteceu nesse período? Muda-
Escola inflacionária banqueiros- internacionais. Falando ram as condições internacionais?
A Ordem das Economistas de aos jomalisras, ele revel0u os moti- Mudaram os banqueiros ou foi o
São Paulo divulgou o índice de cus- vos do seu estado de espírito: já govern~ que deu marcha. a ré e re-
está quase tudo acertado para um
lO de rida para classe média refe. solveu capirular diante dos usuários
,,_.;a/tll paulisra: 18,23%, supe- acordo definitivo sobre a dívida ex- de olhos azuis? São questões que,
tema brasí\eira, só restando pen- com certeza, devem incomodar
ntr portanto ao índice oficial do
dentes á\gumas C\lle5tões técnicas tto de um país espç>liado , mas os se não fosse na verdade um tremen- bastante o Planalto.
.IBG.E (16,01% ). O índice da Ordem
e \uridicas. · banquei.ros Internacionais, que es-
é calculado com base nos gastos
Mas o que foi. mesmo que o con- tão fuzendo um negooio da China.
do hum0r negro com o povo b~ -
leiro . lsso se toma mais dramático
O mais desastroso disso rudo é
que, na est~ira d os acordos com·
das pessoas que ganham entre 6
e 33 salários mín1moo. O item que fesso burocrata do pnmei.ro esca- No en~to, nesse Brâsi.\ de final de quando o ministro ainda tem a cara os banqueiros, vêm as ordens de
ma.is pesou no custodevida da das-
\ão conseguiu? Os banqueiros festa do governo da Nova Répúbli- de pau de _afirmar ~e o País ecçmo- negociações com o FM1 e a aceita-
cone0rdaram em ampliar de um c:a, é dl.J.I'.0 constatar que os inte- nuzará USS 600 milhões com isso. ção de seu receituário fún ebre.
: se média foi o reajuste das mensali-
dades escolares. para dois anos e meio as linhas de resses de um ministro de um país Realmente, só muita sensação de Causa espanto o ministro anunciar
.finandameruodecwtoprazopara soberano coincidem com os de impunidade faz um ministro de E.5- que em breve será feito o acordo
exportações e importações. Além seus algo?eS. tado dizer estripolias dessa ordem. com o FMJ, quando o País sequer
de
Imposto reada disso, o nosso esforçado minisrro Não é demais reafirmar que esse curou as feridas provocadas por
Foi prorrogada até o di1l 25 de conseguiu uma rgJrogramação do Afinal, nã0 se trata de nenhuma acordo que está sendo eosturado · acord0 semelhante realizado no
maio a dara do recolhimento áo pagamento dos juros: a partir de çlácliva a ampliação das Unhas de pel0 ministro Mailson é uma afron- tempo da ditadura. Está bem fresco
adicional do Imposto de Renda pa- agora, o cheque será enviado se- amo prazo. Os próprios banqu.ei- ta à soberania do País, tendo em ainda na memó ria dos brasileiros,
ra as contTibUÍJ1les com mais de mestralmente e nãn mais de três ros sabem disso. F.ssas linhas de fi- vista que não só não resolverá o especialmente dos assalariados,
dois empreJ!OS. O prazo anterior em três meses, além de outros pe- nanciamencó são rentabilíssimas e problema da dívída, como também aquele terrivel período, aquela bru-
era Z9 de ahriJ Todos ru: CC\D!ri- queao~ i.te.m,. os banqueiros ganham ri.os de di- põe m:iis 11m:i ve.1. o País soh a~ t:11 re.ce.ssllo (Jue :iumenrou o de-
buíntes que ãverem rendimenro ao Como se estivesse e::ometendo nheiro financiando imp0ttações e bocas do capital financ~iro interna- semprego e, conseqüenrememe, a
trimestre inferior a Czl 300 mil, um ato falho, o ministro se encarre- exportações brasileiras. Além disso, cional. miséria entre as grandes massas da
bem como aqueles em que a soma gou de esclarecer que os con es nos como o País poderia pagar os juros Como todos sabemos (inclusive cidade e do campo.
dos rendimentos secundários foi gastos públicos não estão sel!do feí- escorchames se não tivesse finan- os banqueiros), essa dívida, dentro Entretanto, essa lembrança cruel,
infecior a 10% do tOl3I estanio in- ros por recomendação do FMI o.u clamenro para as exportações? çlas regras aruais imposras à Nação, aliada ao clima de maior liberdade
senro.s do IR trimestral. dos bancos privados: "Nós estamos Quando os banqueiros ameaçaram é impagável, quer do ponto de vista vivida pelo Pa(s, ce~mente serão
adotando essas medidas p9r-que conar as linhas de cun9 pra20, nos político, económico ou social. Só elementos que possibilitar-ao uma
elas são fundamentais para recupe. tempos da moratól'ia, era apenas mesmo um governo que já perdeu resistência o rgani:zada dos trabalha-
rar a capacidade de poupan~ do uma jogada polltica e um instru- a refêrência em relação aos com- dores. Da mesma forma como os
Pais, desregulamentar a econorrúa, mento a mais de chantagem, uma promissos assumidos em pra~ pú- trabalhadores ajudaram a derrocar
privatizar as estatais e abrir, espaço vez que esse negócio rend~ bem. blica - e que agora caminha na a ditadu,ra e o arrocho salarial, desta
para Õ desenvolvimento". - Agora, anunciar como vantagem conrramão do País - é capaz de vez, num clima de maior liberdade,
Quem devia' estar muito feliz 0 pagamento semestral dos juros, assinar um acordo tão 00dvo aos lutarão com mais afinco em defesa
cõm o encaminhamento dessas ne- em vez de pagá-los a cada três me- interesses da Nação. de uma vida digna e um País sobera-
gociações não deveria ser o minis- ses, parece uma piada sew graça, Basta compararmos as aparições no.

Inflação à americana
O déiidt comercial americano
A privatização da Caraíba Metais
atingiu, em fevereiro, 13,8 bilhões cada, o concentrado de cobre, que O plano consiste e m privatizar de cobre da mina çleJaguarari. Afir-
de dólares. contra uma expeaativa sofreu uma elevação d e quase apenas o setor mais lucrativo da ma o órgão q ue ela se esg0tará em
de USI ll,5 bilbões. Além disso, Eduardo Rocha
100% no mercado intemaçional. O emJ:>resa, ou stja: o da meraJ\Jrgia sete anos e tem e;obce para abaste-
para complicar ainda mais a situa- preço de cobre da Caraíba - em- qu e funciona em Gamaçari - BA Foi cer a metalurgi:/. apenas por 18 me-
Çio, 3 inBação de março alcançou presa e0ntrolada pelo Banco Nacio- ne!;te sentido que o BNDESPar for- ses. Essa afirmação é contestada por
0,6~. comra uma expectativa de o deputado Fernando Santana nal de Desenvolvlment0 Econõmi- mallzou, em ftns de jaI)eiro últimq sindicalistas · e geólogos;· segundo
0.,3%, 0 que si8J]ilica que, a cpati- ( PCB-BA) vem afirmando ul~a- co e Social Panicipações. - , hoje, o processo de desmembramento ~tes a mina te111 ainda 12 anos de
nuar essa Cend6Jcia, poderá fechar rnente que há um processo delibe- ainda está defasado em 35% e bem da,s unidades de mineração e meta- vida útil. Independentemente des-
o ano com n de inl'lzjo.Esses rado vi.sando a desestabilização e, abaixo do cobrado no mercado in.- lurgia A partir deste mês, o BNDES sas afirmações, um dado é ceno:
dois resultados, por sua 11!'2, le11a- através "de uma ação entre am.i- 1emadonal. O cobre importaElo, publicará os editais para os grupos a produção de Jaguarari - 20% do
cam à queda do dólar oo mercado g05":a pdvatização da caraíba M~- inte.mado, custa ho je USS ~:200,00
úJternadonal e reavivaram a ~ - interessados na cõmpra da empre- cons_umo da Caraíba - não pode
tais, estaraJ que detém o_ m_ooo_P6lio a tonelada, enquanto a Caraíba está sa. Estima-se que o patcimê mio da ser minimizada, pois representa
pecáva de uma srancJe-recess.io. da produção e comerGia11zaçao do vendendo a US$ 2.600,00. Desse jei- Caraíba Merals seja c~rca de US$ 60 mllhões que ficám no país.
cobre do país respondendo por to, não há caixa que aguente tama- USS 1,5 bilhõés, mas, dentro da es-
'l'erra arrasada 5096 do abast~mento das indús; nha distorção e impossível se torna Fe rnando Santana, em vá'rlos ·
tratégia de privatizá-la, seu valor de
u:ias de tranSformação. pronÚnciamentos na Câmara, vem
Quem ima_ginava que· o governo
cencrolar o seu défkit. venda seria bem inferior, variando
afirmando que devido à posição es-
brasileiro já estaria encerrando sua (sic) entre 70 e .US$ 350 milhões.
Para entender a afirmação do d e- Essa ação desestabilizadora faz tratégica da empresa, única p rodu-
ofensiva contra os gastas públfcos putado, que vem sendo um dos pane da estratégia arqu iterada para Outro fato imJ:)Ortante, aliás, sã0 tora de cobre no país, possui gran-
~ rer ficado prolúndamence de- mais atuantes na defesa da estatal privatizá-la A Caraíba Metais é por- os grupos interessados na compra, de valor para a econ0mla brasileira,
sapor:ttado. AgOr.l, o m.iDJsrro da fa conu-a a privati:zação, basta tomar tado ra de u111a das meraJurgias mais nada mais que as multinacionais Pí- sua privatização coostirui um aten-
u:nda, M,aJ4on da N6brega, está conhec1meruo de alguns números. modernas do mundo; calcula-se telll, Eluma e Embrac. Cálculos re- rad0 contra os interesses econõmi-
querendo corou mais cerca de USI As comas do balanço da empresa q ue, apesar da capacidade ,nominal velam que os, comJ:>radores da em- cos do país.
600 a 7(X) milhões de CUSTeio e in- do ano passado deve registrar urna' da planta ser de 150 mll toneladas/ presa pagariam a dívida com 0 pró- Já o lfder do PCB na Ol.mara, de-
vesti,meato cofJlidas no orçamento perda da ordem de CzS 1,4 biJhões. ano, este ano serão produzidos 160 prio lucro obtido pela e mpresa pu tado Robe rto Freire (PCB-PE),
da União. se a poUdca de terr.1 arra- O CIP (Conselho lntemdnistedal mil toneladas. Cálculos mostram num prazo entre àois e crês anos disse que devido a toda essa sirua-
&lda do minfsuo .não fãr conâda de Preços) Vinha mamendo 0 preço ainda que dentro de mais ou me.nos - é, sem dúvida, um grande negó- ção "cabe as forças democráticas
a rempo, a economiapodeni1êchar do cobre anlfidalmeme baixo des- três anos ela rem que passar a pro- . cio para as mulâs. barrar to da e qualquer te ntativa· de
o ano deJfltl8 com um aescimt:nto de novembro de 1.986, ao ponto duzir d e 300 a 400 mil toneladas! privatização da estatal, pois contra-
IJe/l2IM), o que s ~ n : r ~ de que o seu prec;o eslava mais bai- áno para cumprir sua Função de ô ucra ~c;stão Intrigante é a posi- ria os interesses nacionaís"·, con-
~~ e illSCÚJil.tdide 50dal io do que a 111a1éria-pcÍllla impor- subsdtuídora de importação. ção do BNDES q uanro às reservas duJu.
22/04 a 28/04/88
6
Jand6n (ex-<ÓDSUi geral pana- jã .inftui no desenrolar dos aconrecimen-

B- -
menbo nos Estados Unidos, N
da R) dec/aQ que o senhor de-
fende Noriega porque neces-
sita do Panamá para "lúrar" o
bloqueio none.-ameriamo. Nonega ce/á-
to.5 na região. Cceio que ele despertou
o sentimento de independência dos go-
vemo5 centr0-ameácanos, em maior ou
menor grau. Acho que o governo da Gua-
temala vem tendo uma política indepeo-
bora mm seu governo p a r a ~ ca- denre, e também o da Costa Rica Então,
marão ou rabaroparaomen:adonozre-a- são três governos com uma política cons-
mericano? trutiva: Cosia Rica. Guaremala e Nicará-
Fii:lel Castro - Essa é a maior das men- gua De certa forma, El Salvador, uma
tiras que ele disse. Preocupa-nos a situa- vez que tem dentm de país um forte
ção do Panamá por razões políticas. Sim- movimento. revolucionário, estava iote-
pati7.ávamos com Torrijos. e coma Guar- .res.sado tunbém em ver que vantagens
día Naci~ p0rsua luta parriótic:a, pelo podia obter do Plano. O governo de
seu esforço de recuperar a soberania do
Canal. Sempre nos preocupamos com . ' '
isso e não porque remos empresas mis- ''Eu iria aos &fados Unidm para
w noPanàmá. Temos empresas em mui- discutir com o Senado inteiro
tos lugares. Norieg:a nunca no.e; ajudou temas como a btie de Goantaoamo,
a vender para os Estados Unidos, nem
O' bloqueio, O imperialismo DO
seria .necessário. Nós nos consideramos
com direito de lutar contra o bloqueio; TG"l'eiro Mondo, o interdmbio
parere-oos m01'31 eJegítimo lutar. E faze- desigual".
mos túdo o que podemos fuzerpara bur- [.,, ..
lar' o bloqueio. se necesfilt3Dlos de um
medicamento, de um equipamento. Honduras, muito dependente. foi o que
O grupo aJlombiano jamais II3.irou mais fracamente apoiou o Plano Árias.
drogas atrallés de Cuba em direção aa; MasC(eio que o paí,c; que mais tem contri-
Estados Unidos? buído é a Nicarágua É o país agredjdo,
•Fide) - Jamais~ Jamais! Nós somos o vítima de uma guerra suja que custou
país que mais tem per.;eguido e comba- em vidas o qµe seria equivalente a três
tido a droga nesre hemisfério. E digo milhões d e ~ nos Estados U~dos,
_ que os F.sta~ Uoi~ nunca vão ganhar em teimos de população relativa.:. E uma
a batalha oorura a droga porque real- espécie de Girón ( invasão mercenária
mente nenhum outto país latino-ame- na Baía dos Porêos, financiada e apoiada
ricano está em condições de ganhá-la. pela CTA, em 1961, N. da R.) continuado,
Mas rudo que é droga que vem parar oom maior duração. E apesar dissó a Ni-
por aqui.nós apreendemos. De 1970para carãgua faz concessões, permitiu a rea-
cá, capturamos 375 traficanres, 108 deles bemu:a de jornais que estão a serviço
norte-americano.5. da contra-revolução e dos F..51ados Uni-
O senhor admitiu a hipótese de ir aos dos para expressar sua boafé e boa von-
Est:ldos Unidos bJar sobre as acusações tade.
deBland6n. .. O senhor compara a guerra. da Nicará-
F.idel - Eu iria aos F.sa3do5 Unidos gua çom a Pc3ia Gir6n?
para discutir rom o Senado inteiro temas Fidel - A guerra suja contra a Nicarã- r, ~ • 6 •":■-

como a base de Guaoraoamo, o blo- .gua é muito pior. t

Caminhos'Pâra
queio, a políticaimperialista 00 Terceiro O senhor mendonou a imprensa de
Mundo, o iorercl:mbio desigual Posso opasíçiip na Nicarágua. ..
falar rudo o que os séoadores queiram Fickl - ...Uma impren.sa cootQ-revo-
- mas que ponham o ~ do Blao- lucionária. a serviço da política norte-a-
dón em último lugar. Mas, se querem mericana..
falar somente sobre essas ca)fmias, então ..Jsso é algo que não existe aqui. Por ·.. :,. .. . . . . ' . \

que se dêem ao .incômode de vir até quê? .


aqui, en os recebo e lhes dou acesso Fidel - NãQ existe e não existirá Aqui
às provas de que disponho.
Então o senhor pema que são infun-
dadas as acusações dos Estados Unidas
contra o general Noriega?
Fidel - Os Estados Unidos não e;tão
perseguindo Noriega, nem sua motiva-
desapareceu a propriedade privada dos
meios de comunicaçã0.
O senhor entio-acredita que foi um
erro de Daniel Ortega permitir a t:eaber-
ruca do Ia Prensa? ,
Fidel - Não, não creio. A situação
liberdade,, igiJJªlt.t1,.
· > ··. . : -. . . .· ·.; .• ~/t ~;l>::-~ i : .·:fi__..~"h

e i'f âtêrDí':!:,.!l l
ção nessa campanha toda são as droga.5. na Nicatágua é diferente. Dentro de uma
Seu país quer é liquidar o p,rocesso torri- o o ~ de economia mista e de pluri-
jista, quer ficar com o Canal.. Para isso, partidaósmo,, concebo natural.mente os
precisa afa.5tar a Guacdia Nadonal do~ partidos cbamadoo de oposição - que
go político. estio na verdade contra a revalução -
E por que o senhor agora apóia talltQ
Noriqp?
e a imprensa contra-revolucionária man-
tidapelos F.stado5 Unidos- pois o ~pel
..;·. ;. ·L'· "<, :t .. ,.-..:~~\f
Fidel - Simplesmente não eslOu
apoiando Noriega.- estou apoíando o
e o dinheiro do La Prensa vêm dos Esta-
dos Uni~-
Em meio à~~ ~ue os_E~tados U~ provocaram Df> P~,' i!s·toâ}~:. ,
Tratado Torrijos-Carter sobre a sobera- O senhor disse que sua política em 0gov~rno•imsta e os I contras e ao desembarque,de mab,,tropas norte•am
nia do Panamá Não é a pessoa de Natie- relação aos Estados Unidos foi correca; em Honduras, ó presidente Fidel Castro conctdeu uma longa entrevista lrepó~ ,
ga o que mlJ)Ol13; mas sim a indepen- Não houve nenhum erro nesses trinta Shriver, da rede 1U11erkana NBC, Em três horas de conversã·:.....aqui resumidâ, em
dência, a soberania, os direitos do Pana- anos de poder? de Hide.lo Sato, correspondente da Voz em Havana - Fidel fálõu·da América;
másobre o Canal, o movimenro rorrijista. Fidel - Efros estratégicos, não. Dera.-
que a nosso juízo é progress.ista, patrió- lhes táticos, sim. das relações com os ~d.os U~dos, do nartotrf~,-~ngola,°t9roj~.~
tico, nacionalista. Se o PianoÁriaspedisse, osenhoresta- Falou ainda de glasno~, de m~lVlduahsmo e indMdu~i~_e;·~~ ~oHdãoJ!ô":pm,I
Mudando de tema, o senhor acredita .Iia disposto a retirar seu apoio milir.ar idé1as de hberdade, igualdade e frâteníidade.: .. ·. ·· -~\.: -
a• nJ.__."6 ~..--1 .-·rt--~-f"!-"
Ar.,,,._,~,.,,,,:,;)
que o Plano.Áriaspara a América Central ....... '·
0 !
•. .
r..
. !?J .
-■- •· . •
dará certo? Fidel - N""ao temos tropas na Nicará-
Fidel - Bem, o Plano Árias já vepi_ cum- gpa O ~~- ~~-~-~-~ -~r-~­ -r,■~-:,111 ...-:
1_
p ~ WJ) pape1. Abriu n e g ~-e- .insttumeotos milicaces. N0$3 ajuda a Nl-
.·.·-· .- , ~ . • · • . • • ·. . . . . -: ... ,,·•• , .•. , .' :::.-
.:!,.-·.'<.:.-- •.- {.: .· .·.•.·.·.·.-:.·.•·····--........... _.;._._,\. . •:f .l!)...!t~·
.
,7: •
·iiiik
\
2 ENTREVISTA 7
cartfgua está na área civil, em saúde, edu- partes: na Eu ro p a, nos Estados Unidoo, em tortura, são uma pane apenas, esses mice o desen VÇJ}vimento individua/. Por
a1ção, fornecimento de produios de con- na América Latina, nos países socialisr.as, que contam com respaldo para divulgar que não sé pode avançar nesse sentido
sumo etc. ~clusive Cub a Mas nós emendemos que suas calúnias. O que dizem o contr"ario também?
E em Angola, camo ,e,olver o con- as mudanças na União Soviética são para nã? têm espaço "livre". Aqui h0 uve mi- Fidel - Mas que crescimento indi"9i•
Oito' corrigir erros soviéticos. Os erros sovié- lhares de p resos em virtude da legislaçJ.0 dual não se permite? Empresa privada?
Fidel - Não remos nenhum inte resse ticos são difer entes dos nossos erros, e de julgamento, os que desembarcaram Iss0 não, não _permitimos. Nós só admiti-
estratégico, não somos u~a grande _po- q ue também estamos procurando com- em Girón, p or exemplo:
.~- . - em05 nenhum mteres.se eco- mos a-propriedade pessoal, a casa, o au-
.c:ucta, 030 1 ó ·ect d bater através do processo de ~ficação; tomóvel, o de LISO pessoal etc. Mas noo
~ ·co não remos uma s p ropn a e
Angola. Nunca fcomos contra·
O
nnu. a his tória soviética é diferente da nossa meios de produção,_não.
em n os à
história; a idiossmcrasia do povo sovié- "Cuba é uma sociedade - O conct;ito do indivíduo fora do siste-
solução polidca em Angola. Nós apoia-
mos as decisões do governo angolano tico é diferente da nossa; as instituições revolucionária,unida,eem ma não existe? '·
e queremos que se chegue a um acordo. soviéticas são diferentes das instituições Fidel - Acredito que devemos pro-
cubanas. Eu creio que toda revoluçãC? ce~ aspectos mais aberta que mover 0 llorescim~nto da capaçidade in-
Nesse momento, a,<; negociações entre as sociedades ocidentais, porque
Angola e África do Sul, com a interme- te m de retificar erros, inclusive porque dividual. Não são inconciliáveis o espí•
diação dos Estados Unidos, avançam le n- as revoluções socialísras são muito novas wemos realidade e ~íveis muitas das rito social, de colaboração, e o desenvol-·
tamente. e erram também. Agora, isso não signi- aspirações populares". vime nto máximo das faculdades ftSicas
O secretário-geral. Gorbaccbov falou fica que o que se faz na União soviética e intelectuais do indivíduo. Isso nós pro-;
recenrem ente sobre a necessidade de te nha de ser copiado aqui Nós remos ·movemos. Não o egoísmo individual,
que as- países d o bloco comu oisca ado- tido um crité rio muito independente, e Os cubanos q ue criticam o g overno, mas o desenvolvimento pleno da perso-
rem 1f11 enfoque mais flexível sobre os v.imos seguindo, ao longo dos anos, a escrevem conrra o g ovem o, são contra- nalidade . Você viu aquelas càanças nas
crJIJ.i1tos n.o .m undo : Afeganiscão, Ango- política de aproveitar todas as experiên- revoludonários? Vão presos? escolas - essas crianças vão ser persona-
la.,. O senhor compartilha d essa opinião? d as úteis dos demais países revolucio- Fidel - De mane ira n e nhuma. Eu lidades muito s uperiores ãs desta gera-
Fidel - Esto u d ~ acordo com essa nários. Q uer dizer, nós respeitamos o mesmo falo contra o govern0 , muita gen- ção. A nossa juventude atual é muito me-
opinião. peosamento de todos os demais partidos te fala contra e faz críticas. Criticar o go- lhor que a velha geração. Isso é muito
Mas o senhor com p arte o desejo de revolucion ários, de todos os partidos vemo é diferente de p raticar atentados dificil de entender numa soéie dade que
Gorbatcbov d e que devemos sair dos marxiscas-lerunistas. e sabotageas terro ristas. Essa gente que se caracteriza p elo individualismo. E não
conflitru em rodo o mundo? Cuba é uma sociedade aberta?Não n e- está presa é porque praticou atividades é a mesma coisa o individualismo é a
Fidel - Sem d úvida nenhuma. Esta- cessica de glasn osc? e de litos contra-revolucionários. individualidade. Nos.sa ·co ncepção não
mos de acordo em b uscy uma distensão
Fidel - Cuba é uma sociedade revo- O govemo cubano tem p ermitido a re nde culto ao individualismo; pode r:en;
lucionária, unida, e em cenos aspecros indivíduos &e diferences organizações de r culto ao indivíduo, à sua capacidade,
a nível internacional e trabalhar na busca
mais aberta que as sociedades odden- de direitos humanos visitar os p resídios ao crescimento de seu níve l cultural, a
de soluções para os problemas regio-
tais, porque fazemos realidade e pos.sí- de Cuba, mas a Cruz Vermelha nunca
nais. Mas não basta o enfoq ue da Uniã0
veis muitas das aspirações populares q!-1e esceve aqui. O senhor a deixaria vir?
Soviética, é n ecessário também um enfo-
ainda não são realidades nos países oci- Fidel - Não te mos objeção. Só não
que doo Estados Unidos. Se os Estados
dentais. aceitamos é que alguém se arrogue o · "Continuamos mantendo o mais
Unidos querem a p az com_a União Sovié - escrupuloso respeito aos
O que é a liberdad~ para o senhor? dire ito de nos inspecionar.
tica e guerra contra Cuba, Nicarágua, An-
gola, e ntão con tinuaremos lutando co-
Fidel - Ora, o que o nos.so p ovo Nós sabemos o que os Estados Unidos direitos twmanOJ de todos os
te m hoje. Dignidade, direitos, igualdade gostariam que Cuba .izesse p ara que as cidadãos. Essas campanhas sobre · .
mo sempre fizemos. .
O senhor sence que esrá sendo deixa- de Op<'munidades. E não me vão dizer relações encre os doi s p aíses melhorem. abusos, violência, são absolutamente
' do de lado com essa aproximação ena-e que têm a Jnesma liberdade o milionário Ago.ra, o que Cuba gost3ria que os Esta-
e o favelado, os que têm milhões nos dos Unidos fizessem?
mentirosas, são calúnias terríve~..."
União Sovi ética e F.stados Unidos?
Fidel - De maneira nenhuma. Nós bancos e os que do rmem debaixo da • Fidel - Pergunta dificiJ, pois teria de
nos alegramos profundamente, porque
ponte e m Nova York. m e converte r em as.ses.sor de Reagan,
Nos Estados Unidos, tanto o milioná- o u. de seu suces.sor ...Mas, e u diria que suas qualidades morais. Pensamos maís
rodo que beqeficie a paz internacional,
rio com o o pobre podem expressarsuas os Estados Unidos devem se resignar à com um sentido de família, de união;
indiretamente nos beneficia a nós tam-
opiniões livremente, de cciticar a admi- existência de um país independente e de' frate rnidade . A Revolução Francesa
niscração. soberano, resignar-se à existência de um falo u de três grandes coisas: liberdade,
Fidel - Isso é o que está na C0nsti- _ país socialista na Amé rica e çleixar de fraternidade e igualdade, mas nunca con-
"Simplesmente não estou apoiando tuição, mas há uma desigualdade espan- lado a idé ia de nos impoi: co ndiçées. seguiu implantar nem .a igualdade, nem
Noriega - estou apoiando o rosa. Quando não há igualdade, o:ão p& O senhor, por exemplo, jamais admi- a fraternidade. A revolução socialista
Tratado Torrijos-Carter sobre a de haver liberdade , nem democracia tiria mudar suas relações com a União complementa as idéias de liberdade da
soberania do Pãnamá. Não é a Mas o milionácío e o pobre têm ames- Soviética? revolução liberal burguesa, porque ao
ma liberdade de éxpr essar suas opiniões F idel - Não, porque seria ingratidão, lado da liberdade promove a ldéia da
pessoa de Noriega o que importa,
e críticas. oportunismo-e estupidez. Jamais as rela- igualdade e da fraternidade entre os ho-
mas sõo a soberania do Panamá". Fidel - Ah, é? Onde? Nunca vi um ções entre Cuba e E.stados Unidos pode- mens.
favelado nas grande redes de televisão rão te r o caráter das relações com a Umapergunca final: seu amig o, o escri-
dos Estados Unidos. União Soviética, F>Orque estas ·s e base iam tor Garda Marquez, diz que o senhor
bém. A. politica e as iniciativas d e paz Pessoas q ue passam fome n os Estados em princípios de solidarjedade.
é um exemplo de solidão n o poder.
.soviética são úteis para tGcla a humani- Unidos fazem críticas ao governo. Mas há alg o que pudess.e mudar as
clade· Se o que a Uruao ·- <>UVle
0 ~
tlca e os
·, • F'd 1 el - Vocês coi!llun
-"'· d em libe
. rdad e relações EUA-Cuba p ara que os dois paí- Fidel - Isso são teorias .do Garc1·a
demais países socialistas são obrigados de imprensa com liberdade de proprie- ses p ossam deixar de ser inimigos? Marquez, com as quais não concorçlo.
ª ~tar. é economizado, eles pode rão dade sobre os meios ãe comunicação. Fidel _ E necessário ter vontade de Eu absolutame nte não sinto es.sa solidão .
~licar lSSO em seu próprio desenvol- s e 0s proprietários c:la NBC não quise- melhorar as relações. Nós, dê nossa par- Eu esto u junto com o povo, falo com
vimento e_na colaboração com os paíse s . re m , você não faz o programa; se eles te , estamos dispostos a is.so. .milhares de pessoas todos os meses.
d~ Terceiio Mundo. E se isso acelera quiserem, contratam outro e não a põem o sephor tem expressado p J"eocupa- Mas-o poder não é solitário?
~ ~~:':nnto efitc~1~amºolos'.gico da URSS, m ais para fazer o programa ções sobre a economia cubana. A per - Fidei - Um dia eu disse ao Garcia
O sen1ior acredica que os Estados Uni- ,,.,...,,,,,ndo aos direiras- humanos - en- gunta é - · '-. ,., ·
orvi r.au : vao conanuar Olerecenuo servi- Marquez: "Tenho vontade de sentar-me
d0S pensam invadir Cuba? r.ão não tem havido m udanças no com - ços p úblicos grátis; o Estado terá con di- ali no Malecón, o u parar numa esquina".
Fidel :- Não penso. Sabe pôr quê? poaamen to do g o verno rubano em rela- ções de continuar? Isso é ve rdade, e ele escreve u no prólo-
Por q ue nao podem, porque se resolvem ção a isso? , Fidel - Não só vamos continuar, mas go de um livro - porque às vezes a
vão q uebrar os dentes. Necessitariam cl~ Fidel - Contin uamos mantendo o também amp liar e aperfe içoar cada vez gente sente vontade de fazer as eoisas
milhões de _s01dados, teriam que pagar mais escrupuloso resp eito ª00 direitos mais. que todos fazem, as coisas simples. Mas
um preço taG alto que, penso, o povo humanos d e todos os cidadãos. Essas Tudo com ajuda soviética? fax muitoque estouresignad~a este mo-
norte -americano nãe permitirla isso campanhas so bre abuso s, vi~lênci~ ~o F idel - Com os sovié ticos temos boas do de vida, o q ue n ão me faz se ntir infe -
. O senhor sabe que Gorbatchov i~tro- absolutamente m e ntiro sas, ~ao caluruas relações e intercâmbio comercial, isso Jiz. Eu conheço muita gent~ há milhões
duziu m udanças na União Soviética . te rríve is que á máq uina p u~lidtária dos que vocês chamam de s ubsídio e q ue de pessoas magníficas no me io do Pº'!"º·
Glasnost, uma soci edade mais abena .. Estados Unidos e d o 0 ::ide nte tratam de se trata, simplesmente , de relações jus- Eu me sinto fe liz em contato com essa
Que inDuênda tem tido esse processo ampliar. taS. gente. N0ssO povo tem grandes virtudes
em Cuba? __ Ou seja, os presos políticos que estive- O sistema criado per vocês p ermite e grandes q ualidades. Por isso, não sinto
~-1:J~~~
__ . . -~id~l.:: ~~'::,1•_:u~?-9.~ ~ S?~~~-.. -~ presos aqui estão m entindo? r eafiz.ar _m ui.Ia c?isa p ara muita gem e, apenas .;impatia, mas também admiração
11ca fü-exe.-ce· ,nfruênoa em iõdãs as · Ftdel·=·Nã@-wo: tecles U9' q a ~•i•~RRnreso--ct1ríC:JDrpurql.f{:-Dicrpee ... ~ vefê>'J'Mc>-'CllbálY~."'"~.,.,.._...:.:+1.!.'~··•='i
8 INTERNACIONAL 22104 ª 28104188 WlZ
NICARÁGUA

A paz está próxima Da América Central


.. ' - . . . - . . . .. - . . . . . , - mo agora eles não têm mais esse acaso, o secretário-geral da O&, o
re_spaldo, 0 acordo pôde ser feito embaixador brasileiro João C}e-
..
- J. :·
José Monsenlt Filho .. , ..... diretament~ com eles, sem que o mence Baena Soares, figura, ao lado
-. . .~ governo mc:a:aguense livesse que do CardealMiguel Obando y Bravo,
se cu_rvar diante da intervenção na comissão encarregada de verifi.-
governo da Nicãrágua fir- . . . .-: ·.. . . .. am,encana nos assuntos intemps do car o cumprimento da trégua. Por.
O mou acordo de trégua com
os "concras ·; quando estes já
não estavam recebendo ajuda mili-
pais. Tal _conduta ·reforça O /:)Jreito
isso, também, ele é forre candidato
Incemac10naJ,quedefende,intransi- a permanecer à frente da OEA per
gentemence, a soberania de t<Xlos mais um período. Felizmente, pare-
tar dos EUA As autoridades ameri- os países, grandes e pequenos e ce compensador colocar-se ao lado
canas sempre disseram que esra v direito indiscutível de cada um do Direito Internadonal e contra
ajuda tinha como objetivo pressio- , à autodeterminação, ao mesmo
lJIJT os sandimstas a negociarem. ·as arbitrariedades e violêndas nas
tempo em gue rechaça qualquer relações encre os países.
Agora se ve que issO era .iJ.Jso. forma de ingerênda externa unila-
A trégua foi alcançada no momento teral em seus negócios internos. . Enquanto o governo dos EUA he•
em que a pressão dos EUA atingiu s1ra em apoiar com firmeza o acor-
seu ponco mais baixo, graças à ne- í't trégua é positiva, ainda, ·p or- do de trégua, o governo da NJcar.11
gaciva do Congresso americano de que, já n0 primeiro ponto, vincu- · gua inicia a ofensiva diplómática pa-
aprovar mais auxílio em armas. /a-se expressamente aos compro- ra e srabelecer um diálogo direto
r
r Assinaram o acordo o governo missos do Acordo de Paz Esqui- '?m ª Casa Branca. Este diálogo se·
da Ni€11rágua e a chamada "Resis- pulas 2, firma.do no ano passado n a li.Jndamental para evüar um boi-
1 tl!noà Nicara}f[Tense" (RN). Assim, na Guatemala por ux:Jos os presi- cote ao acordo assinado por parte
os rebeldes reconheceram a legali- dentes cencro-americanos, que re- dos E~A e para lograr o pleno reco-
dade do atual governo nicaraguen- cebeu amplo apoio• Jnceroacional, nhecimento do governo nicara-
Sl'. liderado pe/:J Frenre Sandinista, indusi1,e da ONU e da Organização guense por parte do governo ame-
1 dos Estados Americanos. ricano, a exemplo do que os 'am-
principal força polícica na luta pela
...
~
r
derrub.1da da dimdura Somoza, em
julho de 19'19. Ou seja: os rebeldes . .. .. .
.. ..· -•.... -. -~
•·
'
Por lã/ar em OEA, sua panidpa- tras "acabam de .ilzer. Embora nun-
çío, acompanhando eprestigiando ca tivessem rompido relações com

~
reconhece= o governo que eles
e seus padnnhos americanos pre-
. . . -- .. . -
.. , .
. . . - .. -
.. as negociações, foi 0porruna e pro- a Nicarágua e tenham sempre man-
dutiva, dando evidente deinonscra- tido sua embaixada em Manágua,
cendiam depor. Agora sé lidta, co-
: . ... .. ... . . ... . .. . . -.,:,:.• ... :- ... ·-·
... çfo de independénda e de com- os E UA, na realidade, não se com-

1
mo disse o presidente Daniel Orte-
ga, que os E[fA normalizem suas
re/:Jções com a Nicarágua. Seria o
.
. . . . . ... ..... --' .. - - - . - :.' ... .. .. ....-. .. ,. ..,. ., ....-.... :.
. - .. ,. . . -.
prometimehco com a vontade de portam como se considerassem a
paz e entendimento na América Nicarágua pais soberano, nem co-
Central, rei~eradamente manifesta- mo se respeitassem seu governo
reconhedmenco ela soberania a da empalartras e açõespela esmaga- constituído. Daí a necessidade ur-'
que a Nicarágua tem direito inalie- dora maioria das crês Américas. gente de recompor essa posição,
nável. já não conI11vam com o pleno apoio gua sempre aimnou seu desejo de longe dos tempos em que se ali- indefensável juridicamence. E, por
O governo nica.raguense, por ou- dos EUA. Os próprias dirigentes re- 1racar diretamente com o chefe dos nhava invariavelmente à política incrível que pareça, é o agredido
tro lad0, também reconheceu o beldes diziam que tinham sido ·contraS·; o governo americano, imperial ·dos EUA, a OEA de hoje que tenta, por todos os meiospolíti-
movimento rdx:lde, mudando sua ''àban<loaada;'' pdus ãIJJt:riGJIJus. qvt:gasrou c.vm des, dur;Ime todos nflo abriu mau, em nenhum mu- cos e institucionais, convencer o
dedsaõ anterior de não ace,u;ar ne- Isso retira o amfrer inremadonal esces a.nos, mais de 200 tDilhões de menco, d0 respeito aos prinápios agressor a mudar sua conduca. Ain-
gociação direm com os "contras''. do conflito e o redeffue como COn· dólares, armando-as, cremando-os da soberania e não imervenç:io, ad- da bem que a comunidade intema-.
Mas o fez no instante em que eles Biw interno. O go•eroo de Maná- e Sl!JStet113JXlo.os mrei.ramence. Co- mde que só a enobrece. Não por dona], sem dúvida, lhe e solidária.

ÁfRICA 00 SUL PALESTINA

Deter aviolência racista Oassassinato


Pode um rribunal reco-
nhecer que os acusados não
entre o·Leste e o Oesle no
que diz respei10 aos direitos
se o governo soviético exer-
cesse uma pressão ainda
mJbià e a ajuda material aos
~ e s . Faz pouco, o em-
de Abu Jihad
estão implicados num deliro do homem, o seu conse- maior sobre a RAS e sobre báixador soviético na Grã-
e, ao mesmo temp0, conde- qüente desenvolvimento e a os Estados ocidentais que Bre1anba entregou, por in-
ná-los por esse deliw à pena solução dos problemas nessa contribuem com a sua polí- cumbência do governo so- O assassinatO do Líder e di- mo de Arafat Estava sob sua
de morte? Em se tcaLaJ1do da área - diz T. Huddleston. É tica para a sobrevivência do viético, 24 mil libras ester- rigente palestino Abu Jihad coordenação a ação organi-
África do Sul, pode. necessária esta cooperaÇão Apartheid Reiter0: fàzem fal. lma.s para as necey;idades do Oalil Wazir era seu nome zada dentro dos territórios
Isco é o que aconteceu para desmascarar o regime ra ações concreta.s e não só Fundo.~ meios são mui- real), em Túnis (capital da · ocupados, sa<rudldos por via-
com os chamados "Seis de da RAS pela violação desses paJID'IaS. Não é suficiente (0 opommos porque penna-
Tum.sia) coloca em evidência · lentas marufes1ações anti-is-
Sharpeville'; seis .sul-afriça- direitos, para que sejam li- acusar a RAS. O adiamento nenlemente não consegui- alguns aspecros bastante ten- raelenses. Para Israel, que so-
nos acusados de assassinar, bertados todos os presos po- da execução testemmma que mos alcançar iodo o dinhei- sos para a ·dificil situação no fre um tremendo desgaste
em 1984, o vice-prefei10 de lít.icos naquele país, para der- é possível obter-se restilados ro para defender nos tribo- Oriente Médio. com a repressão efetuada em
Sharpevil/e. Salvaram-se co- rubar o estado de emergên- desejados mediante a coope- ~ os presos políticos e ain- É quase certa a participa- Gaza e na Cisjordânia, a exis-
mo que por tiúlagre, 24 ho- óa imposto faz quase dois ração incermciona}, através da ajudar na subsistênóa de ção dos israelenses, via ~o- tência de uma liderança co-
ras antes do irreparável: a anes. Se for nec~o. im- da pressão de todos os pai.ses cenrenas e milhares de fami- mandos militares e o serviço mo a de Abu Jihad era pro-
Corre Suprema da RAS, que plementar sanções conjun~ contra o govemode-Pretótia. liares. secreto (Mossad), no atenta- fundamente incômoda.
examinava a apelaç:io, ronsi- contra a RAS. E hora de aca- Sobre nossa instrução do do contra .Abu Jihad. A rede
derou o fato de que as decla- bar com conversas e pas.53r Novidad~ de Mascou - O outro aspecro é que o
rações de uma restemunha
C3S<? dos seis, chegamos à de televisão norte-americana
recente assassinato inviabili-
às medidas concretas e efica- Sua organização realizou in- conclusão de que não exis- NBC confirmou que a opera-
foram obtidas sobpressão da zes contra o regime do Apar- vesrlgações iadepemlentes tem provas objetivas para ção conrou coin autoriza- za de vez o plano de paz para
ª·
polícia. Como resulcado, na lheid. sobre ,as drcunstân'Cias do ar.lpar a nenhum dos acusa-~ ção do premier Yitzhak Sha- a região proposto pelo secre-
véspera da exe01çã0 da sen- - Ouvi - prossegue caso 4os "Seis de Sba~'i- dos. Esperamos que o novo mir, do chanceler Shimon tário de Estado dos EUA,
cença deddlu-se eferuac nova Huddlescon - que também lle ''. Quais :JS condusões? iuizo anule as acusações con- Peres e do ministro da Defe- George Shultz. Israel desde
Jnscrução judicial. Os seis Gorbatchov interveio com Huddl.estoa - Ptimeiro, • tia os sei.5 africanos. sa, Yltzhak Rabin. o inicio rejeitara o plano, e
condenados receberam adia- um_a declaraçâo que cen.5UCa quero dizer que represento Nltl _ A morre recroce- O ·ministro da Indústria e a mone deJihad é o suficien-
meato in 1extremis. a polít.ica do atual governo duas Organizações: o Movi- deu... por um mês. Quais as te para provocar novas e vio-
Comércio, o ultradireit.ista
O semanário Nov1dades da RAS. Recebemos canas mento Bri1:mico Comra 0 previsões para O futuro dos lentaS manifestações nos ter-
de Moscou fez uma' emrevis- muito comoventes ele fumi.. Ariel Sharon, foi mais fundo
Apanheid, cpre_existe há mais acomedmencos? · ritórios 0CUpados. Com isso
ra ielefônica co.m o arcebispo lias dos seis reclusos, dizen- na questão: "Pela paz entre
de 27 aoo; e tem p0r obíetivo B uddlestoo - É possível justifica-se a repressão aos
árabes e israe!enses é pre- palestinos.
anglicano Trevor Huddles-- do que ficam muito grat06 a solidariedade com a bna do a 5~ do caso, com a
ciso eliminar os lideres 1er-
ton, presideme do Movímen- a todos os que conseguiram povo da África do Sul, e o libertação dos acusados. Mas
fO Bririnico contra o Apar- adiar a execução. A influên- FU1ldo Ememacioml\ de Apt- com isso não se acaba o Apar• roristaS... " Embora engenhosa, a táti-
theid, sobre essa questão. cia do líder soviético na polí- da e Defesa, qt1e tem e.orno theid. Enada mudará até que Abu Jihad era uma figura c;:a israelense é bastante evi-
- Hoje, mais do que nun- tica internacional é hoje nrui- propósito a proGeção dos essç regime não seja elimi- de destaque dentro da Oi.P dente e cruel. (Carlos A. No-
ca, é importante a cooperação ro grande. Ficaríamos gratOS presos polít.ia:16,na RAS e Na-- nado. e um assessor muito próxi- ronha)
7
Y.1Z 22/04 o 28/04/88 PCB
1
SÃOPAUW
PARTIDÃO PELO PA(S Rifa para
Agradecimentos de. que tomou posse durante t Plano de choque acelerà filia_ção a Voz da
O g o vernado r do Bahi .1
as lerias.
·B aseado na necessidade
de cumprir o mais ra-
conta com as maiores ci-
dades, o que transfonna
·São Paulo, com comissões Unidade
Waldir PireseosenadorMar- Presente provisórias em 103 muni- O núcleo partidário Or-
pidamente poo.sivel a l_e- o cumprimemo da meta ápios, 35 zonais da capital
ro Maciel envi:lr.UTI rele/!1:" gislação eleitóral para ~ um desafio para a mili.rân- lando Bonfim, do PCB de
_..,_~-A,, O COflVl(t:' O vereador comunista ee..eoótatos com mais 91
mas agrJCJCf.CIIUV "' da Freitas Neto, de Maceió, este- bilizar o registco definiti- cia paul.ista. Até ~ora, 22 Vitória, no F..5pírito Santo,
para o Fescio 88 da oz muniápios, o que dá um teve uma iniciativa que
Uoldade. e l3f1]êf1W11 a ,m- ve presente em n seções da vo do PCB, o Dire16rio E.5- l_!llUÚápios e quatro zo- coral de 239 possibilida- serve de exemplo para to-
possibilid:Jde Je seu rompa- Câmara Municipal no último tadual de São Paulo to- nais da capittl já cumpá- des de trabalho no -rumo
. enra rambém O Cen- mou uma decisão: im- rnm suas cotas. São eles: do o conjunto partidário:
semestre, das quais iRterviu do cumprimento da mera
rea.:1adcinuro Cândido de plantar um plano de d!o- Amparo, Bernardino de contribuir financeiramen-
trO· • F em 63, e apresentou 102 re- de 123 organizações defi- te para com o jornal Voz
Ol/t'f!ir.l p:l1,lben1ZOU O es- queamencos. Trabalho não que para a campanha de Campos, Caraguat:aruba, nitivas. Na avaliação do se-
lâlcou. filiação paulista, que ga- Cristais Paulista, Cabatão, da Unidade, o pona-voz
c:iv 88 cretário de organização dos comunistas de todo o
rama O cumprimento da Diadema, Franca, Guaru- do Dir~tório Estadual,
Palestinôs meta mínima ainda para já, lranhaém, ltaquaquece- Brasil. Por idéia do mili-
6lt aniversário Moacir Longo, o objetivo tante Vespasiano Meire:
0 final de junho. Trata-se tuba, Jand.ira, Mauá, Mogi é realizável, dado o núme-
João Mendes, do PCB do da formação de J 23 Dire- das Cruzes, Pedro de To- les, o conhecido Meireles,
Em Alegrete, no Rio Gran- ro de possibilidades. organizou-se uma rifa
de do Sul, ma-is de 500 pes- Guaruj~ e segundo secretá- tórios Municipais e Zo- ledo, . Piedade, Piquerobi,
rio d o Sindicato dos Empre-
O objetivo do trabalho com os resultados finan.
~ se reuniram para come- gados em Comérdo Hotelei- o.ais, cada um com o nú- Presidente Bernardes, Re- de o~ção do .Partido
mero mínimo de 0,5% do gísrro, Sorocaba, Suzano,
ceiros em prol da Voz, e
,nonro aniversário do Parti- em São Paulo sera; agora, o resultado foi excelente:
ro e Similares de Sancos, en- respectivo eleitorado filia- Teodoro Sampaio e Serra-
.Jit.J. em festa que conto u dentro do plano de cho- arrecadou-se Cz$ 30 mil
com a presença da orquestra cabeça o abaixo-assinado em
solidariedade ao povo pales-
do aoPCB. na, e os zonais da capittl que, mobilizar recursos e cruzados, que foram en-
da cidade e do prefeito Nilo tino, que será enviado à Casa Verde, Campo lim- quadros para o cumpri- tregues por Meireles ao
Soares Gonçalves. Terra na- ONU. São Paulo é o segundo po, ~aotana e Freguesia mento da metas também presidente do PCB, Salo-
tal de João Saldanha, Alegre- estado da União em nú- doO. nas cidades menores de mão Malina, durante o
te jã cumpriu sua cota na mero de municípios (de- O Partidão está espalha- cada região administrati- Festão 88 da Voz.
campanha de fiHações do
Farra do boi pois de Minas Gerais), e do por rodo o estado de va. franca, por exemplo, Meireles justifica: "É
PCB, e lá o Partido se desen- tem onze pequeno.s muni- um jornal muito bom,
volve rapidamente Na fesm, LuísO Tenório
vereador comunista
delima, de São
ápios em sua área; Presi- sempre ao lado dos traba-
fillou o vereador comlJf1ÍSCJ deõte Prudente, mais dez lhadores, que sempre aju-
Gil.marMamas, e Adauro Ob-
.veira represenr.ou o PDT.
Paulo, enviou aogovernador
de Santa Caauina, Pedro IIIO,
telegrama protestando can-
f Sorocaba que.r mil filiados cidades; Ourinhos, 13, e
assim sucessivamente no
dou o.s comunistas no E.s-
pírito Santo. O partido
Vale do Ribeira, Amparo, não fez mais do que a
eca a selvageria da ''f:m:a do
...
o dia .ame de abril marwu uma dara história para Ribeirão Preto etc. Em to- obrigação em ajudar a
Estelionato bo~ . o PCB em Sorocaba. Cumpriu 5lJ3 rota e lerou as fichas
para o Regiooal: ó89. O número de filiados, no encanto, das as grandes cidades do Voz, pois todos sabem~
O Ruvaiio em Campo foi estimado em ~ e a meta 3lé o .inaJ do ano é 1000. interior, o PCB encontra- da$ dili01ldades financei-
DenÚIJcia Tendo multiplicado por dez o seu quadro, desde que ~e formado e em pleno ras por que passa n~
Gr.m~ no Mato Grosso do
Sul, lu/2 fJ3r.J ~a sima- O govemo áJ listado de saJiJ dJ /leg-,J/i{Gltk, o P.utirb tan 4Jf0nt ~ ourms-~ desenvolvimento da cam- jorn:il." C:ontinuando,
çâo de 27famllias ameaçadas São Paulo comou conhed- A primeira é iniciar o assessoramenr.o às ddades vuinh;ls panha de filiação, o que Meireles ressaltou a im-
de perderem seus terrenas mento da denúnda do médi- que cêm mais di.iculdades em amtpr.ir suas rotas, COf!JO mo.ma o potencial do pla- portância e a utilídac:le do
e casas já pagas. O perigo ro e presidente do Direrório Capela do Alto, Ar;Jçoiaba, lperó, Mairioque e Sa/lo de Pira- no de choque. Como jornal no trabalho partidá-
Zonal do PCB na Vila Maria, 11.poio à campanha, foi lan- rio, afirmando que o jor-
nasceu da desollf311àação da
Rosa Soares Empreendimen- em São Paulo, Paulo Gnecco,
pora.A segunda é iniciar a organizição do Parti~ bair- fXJ: çada uma ri.fá que correrá nal abre novos espaços.
ro5, em Sorocaba, uma ddade d e ~ 400 mil !1abI~
tos Imobiliários, que penh<>- que comprovou as péssimas'
no interior de São Paulo. Essa orgamzaçao envolre a cnaçio no dia primeiro de junho, ''Todos deveriam utilizar
rou a área em íâvor do Con- condições de higiene do de uma Juvenwde Comunisu, ausos de i n t ~ ~dá- com o rateio de um vídeo- ' o jornal em .suas ativida-
sórcio Garavelo. O drama te- Cenrro de Saúde do bairro. ria a disaJssão da resolução e/eiroral da Dneçao Naaonal cassete. Os comuniscas des partidárias", afirmou.
ve ampla r epercussão na im- Nesce Cencro, mães com cb PCB e sua adaptação à realidade IOCilÍ, um Jevanramen10 paulistas vão à luta! É isso aí, capixabasl
prensa local crianças esperam atendi- da história do PCB em Sorocaba e a preparação de uma
mento, lado a lado, com lista dos candidatos a rereaoor pe:Jo PaJ.
· Reitor doenres de ha.nseníase e w - Outra iniciativa do PCB-Sorocaba é a realização de uma Costa, o Cuecão
_bercu/n.,;e pesquisa eleicoral na ddade, para tirar as ilusões de muita
gente; vamos fazer uma pesquisa demí.ia ~ afirma o Partido
O Partidão se solidariza Divisão em Sorocaba. Ainda OU1T3 meti: reforç;u o rrabalho entre COMOVcx.i ~
com a romunidade aadêmi- as metalúrgicos, que represenwn "1% das filiados em Uf1!3 fOMI\R E SE.~
ddade oonhedda nadonalmence par seu grande parque m-
ci da Universidade Federal
da Bahia (UFBa), para a qual
O Diretório Regiol].3Í do
PCB de Goiás divulgou nota dustrial. co..rtM o-fOMo?
foi indicado pelo presidente
/o.sé Samey um reitor repre-
seruativo do que há de mais
condenando a divisão qo es-
tado, com a formação de To-
candns.fàra o PCBgoiano,Js..
/Ofa•frm
]4 foi feiu uma festa em Saroc:aba, porocasião do aniver-
l
reuógado no cenário baiano . to inreres..i agora aos setores s4rio do P.utido Caml.UJist.l Bn,siJeiro, com mais de 300parti-
Trata-se de Rogério Vaf8ens, mais auasados e reacioná- dpanres. Agora, o PCB-Sorocaba querfazer uma ourragrande
penúltimo colocado de uma rias, oligarcas munidJJ3!5_ e festa para a entrega dos cupans de li1iação.
lista de seis nomes subme• esmduais ligados ao l.atiliín- A festa ainda não cem data, mas sed realizada antes 1
ádos ao VOlo da comunida- dio. do dia 21 de maio quando sedo entregues os prémios P3-f!l 1
os maiores âliatbres
do país. Nessa.ocasiãf?_também ~o
r------Leia e assin~=-----, lançados os nomes dos a,munJstls para .a Cãmar.l Municipal
de Sorocaba. O curioso damsrória é que a imprensa so~-
ban.a no pouro ~ que dedic.a à c:.amp:l_!1ha _d e tiliaçã.'!
'
1

Voz da Unidade do partido, ainda diz que-0 PCB-Soroc.aba ~ v.u ronsegwr


aimprir sua an. Não sbem que ji ronsegwu e esd espa-
i
lhando pela regJ,ão os seus milianres. l
AC - Rio Bnaco: Pedro Vla:nle Costa Sobrinho
-Rua Alegria 70 - Bosque - CEP 69. 900·
AL- Maa!6:Gc~ldo dc Majclla - A• . Moreira
Uma, 18- CE.P 57.000- (082) 221-7414. •
10 de 0 6veln San.... 40 - (QZ7J 222-tz27 -
Conj. JQZ - CEPl9.000 .
CO - CGII•: PauloArmda V.ilar-Aw. Un,vcr•
.
siwia. 208 - GEP 14.1100 - (Oli2j 22l-S450 -
Cx. Postal. 134'.
que de Cuin. 540 - :Z. s/201 - CalçadSo -
CEP .58.(Q)-(083) 27.6-4066.
PII - Ceritlba: Tinia Man lzidora Pcrcin -
Rua Maroc!w Aoriano Pci1010. 50 - 8' s/801
-CEP S>.000 - (OII) 234-2♦112.
RJ - Rlodr Judro: A•. Prcsidenlc Vargas, S29,
9' - CE.P 20031 (021) 221-2333.
RO- Porto Vdlao: Joio Tc ileira de ~ cio - A•.
Pinheiro Machado - Esquina e1 Rua BruOla -
Ed. do Loiro - 1• s/8 - CEP 78.900.
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AM - Moas: Josc Paiva À lho - Rua Ta p~)·
789 - Ccnllo - Mumus- CEP 69.000 - ( MA - S. Lm: Tomu Jmt doo-Santos - Rm PE - lltt&: l'lmlo Canlcanti - Rua E<âlardo se- f1oriandpolis:.Gcrõnlmo Wandcrlcy M•ch.a· l
234-1~, Nauré. 329 - Cent ro - CEI' 65.0 00 (0981 de Carvalbo. 32 - Boa V"1>ta - CEP 50,000 - do - Pça. Pen,lru Oliveira. 6 - Sala 9 - CEP
AP - Mlap6: Jost Fernando de Medeiros - 221~ JJJ . (081)231~ . 88.000. 1
Semanário Nacional Av Pr<lldcntc Vargas, 2449 - CEP 68.900 - MS - ~ C . - Maria Hc:lcm Blmldicr fl - T.,...._ FUYio Moracs - Rua Lcõnâo
Fc,-. 1260 - Bairro Monida do Sol - CEP
SE - A ~: Wcllington Danw Mangueira -
T rav. Q uintilhiano da Fonseca, 232-CEP 49.000
1
(096) 231-45<,6. - Rwi 14 de Jalbo. 2S1J6 - l • CE! 79..CIOS - 1
BA - Solntlar: Heitor Cuaisc Silr.1- Rua Mou- (061) 384-3201 . _ 64.000-(086) m -1ss1. - (079) 224-7811.
Conselho EditoriaJ ,.ril. SI - CEP 40.000 - (071) 241-62.S6, DI- N--= 1/a. ~ Dicb- Rua Santo Anto- - PropricdJ\clc da Editora Novos Ru.m os Ltda.
MT - Calal,6: JOK Carlos de Carnlboclc Soou.a. nio.(,64 - CE.P .59.0(j) -(08♦) 222-8792. R. Bcol-0 Frcltu, 362 -4'-CEP 01.220 - tel:
Luiz Carlos Azedo CE- For1Aloza;Joa_quim RodrigucsSouu - Ru• PA - Jldla: R.aimando liamJs - Raaa dca Ta - IIS- ,._,. ~ João Avclinc - A~. 8ofgcs

j
24 de Ma,o. 885-CEP 60.000- (0&5) 231-0734. (011) 231-2926 (Adminutraçto). Tele~ (011)32006
moios 1592 -GEP 66.IXXI - (091) 222-7286. de Mcdci,... 308 - Can. 62 - CEP 90.000 - - voz SP - Compasiçlo/Past•Up e Fotolito -
Joio A veline ª'"""
0

.õr - a.-, G r1os A1bcr1" - ses - PB - Caaplu ~ Heanuo S . de AnJf,o (llSUj 26-J«il - 211-3499. PAZ Fotocomposl~~ e Fotolito - R. Frederico
C-0..tra S- Loja 26-CEP70.000 - (061 ) _ R ua Cardmo V"J cia, 83 - 2..- - C'aio POSIÍÍl
Noé Gertel 156 - CEP SB.100- (1113) l22-ZZ78,
MG - Ido H...-e; E . Garcia - R11.1 Sfo
P&ulo, lffl- 8. Lowdc:s-CE.PJO,ooJ-(031)
Stcidel 229 sobrcloJ• 1 fonc: 2217590 - lmprcsao
n:u olicinuda Ci• . Editora 1oruts-Rua Q mlcal
~ -~"6ria:Oan:y dcSouu FUbo - Rw,Albcr- PB - Jojo,,_,baurBnmz.cado- Rw, Dit- 337-9954 Ara>vcrclc. 2.978 - Sio Paulo.
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iO CULTURA 22/04 a 28/04/88 ~

A Paixão segundo Wellington Uma C9mpanhia


Revitalizada
Em Nova Jerusalém, no interior pernambucano, o ator comunista Wellington Branco Alexandre M. Toª1es Sirrien
revive a Paixão de Cristo - um espetáculo de emoção e luz.

e om encerramento no dia
2 de maio, a Paixão de
porque arte é pol[tica e política
_é arte, e tudo fica mais fácil
I nacredítável. Mas o Ballet
Stagium renasceu das profun-
dezas em que se atolou em_ 19~?,
Cristo de Nova Jerusalém, no quando um tal Partido vê na onde o fúnebre e a contannnaçao
foram a tónica (respectivamente,
interior pernambucano, tem a_rte l!m mo"?e~!º d~ conscien- Alma Brasileira e Cisio 137 -
atraído anualmente cerca de 50 llZaçao política ; diz Welling- qualquer semelhança com o aci-
mil pessoas em uma semana de ton. dente em Goiânia não será-mera
espetáculo noturno, onde 5'00 Integrante da Fundação de fi~ção).
atores e figurantes viv!!m o dra- Cultura de_Caruaru., ele já
ma bíblico num cenário de 10 ·atuou no filme A Peleja do _Tamanho milagre que, nuína
km2. Bumba-meu-Boi contra o V-am. atitude pouco vista nestes últimos
É ali, no maior teatro ao ar piro do Meio-Dia (documentá- ·e1!1 anos, foi diversas vezes aplaudido
cena aberta, no teatro 1'rocó-
livre do mundo, que se encon- rio sobre a invasão cultural e p10 Fe_rreira, dia 27 de abril-últi-
tra entre os apóstolos o comu- resistência da cultura popular) mo dia da primeira apresentação
nista Wellington Branco, ator e em O Auto das Sete Luas de do ano - com a estréia nacional
e teatrólogo, interpretando"' Barro, de Vital Sântos, indica- de Que ~udade, E/is!, do coreó-
Tomé, além de interpretar o ção de melhor espetáculo ptira grafo e diretor artfstieóDécio Ote·
o Prêmio Moliére, e melhores- ro. O tlt1flo é 6bvio demais,para
papel de ancião e de uma teste- ser explica_do; basta dizer que fo-
munha de Caifás. petáculo, segundo a crítica ram es_colh,dos nove canções, parà
Desde 1983 atuando no dra- paulistana. É autor, ainda, do treze mtegrantes que compõem o
ma, Wellington Branco na ver- texto As trapaças do Negro Be- atual elenco {número inferior ao
dade é confundido com o pró- nedito,- para mamulengo, e da ano passado), dessa companhia
prio ator José Pimentel, intér- peça Dupla Padrão, em parce- parti<?ular quê tem dezessete anos
prete de Cristo. Aos 31 anos, ria com Beto Siqueira. de nda: E , se o Stagium correu
Welling1Dn Brinco: "A ate é polfticl epolítica é ~!" um sério risco por essas colagens
ele avalia a Paixão de Cristo Um de seus sonhos é mesmo musicais de E/is, soube tirar pro-
do agreste pernambucano co- ça do nordestino no campo cul- Wellington viu no PCB o Par- interpretar Cristo. No caso, se- veito daquela que foi considerada
mo um grande momento do tural, sobretudo através dos tido que melhor rêpresenta, rá uma l>romoção l>ara o talen- a maior cantora brasileira.
teatro brasileiro: "A Paixão é textos de teatro", afirma. E é através de sua bistóóa, a defe- to artístico.e consciência políti- Antes da estréia dt! Que sauda-
muito mais do que um evente por possuir esta arraigada de- sa da cultura brasileira como ca. Provavelmente, o primeiro des, Ells!, o balé Quadrílba, ums
turístico. Ela representa a for- fesa _de cultura popular que um todo. ''Me filiei ao Partidão Cristo comunista do Brasil ... reapresentação, abriu o progra-
ma. Que nada mais é do que uma
chatíssima brincadeira ao som de
Ocaminho do ator completo Oíndio:_ esse um poema de Carlos Drummond
de Andrade. E a primeira grata
surpresa de Em -m i a. ilnmin,UJ,ãn
AMnolima
, Y, r
guardião·da vida precisa, suave e sem efeitos mira-
bolantes, numa simpliddade até

A pós o bom desempenho ob-


tido ao representar o exó-
-N
o dia 19 de abril comemo- filho, contra a vida do, seu avô, - este, forrado por um linóleo
rou-se o Dia Nacional do contra geraçõe·s futuras. E tam- branco. Nesse espaço, banhado
que plástica que inundou o palco

tico Frei Lourenço, em Te cuida, índio. Um dia que, segundo bém os antigos ensinaram para por esta luz, desfilam plltes, duas
Romeu, que Julieta apareceu, tex- Paiakam, üder dos Caiapós, as nós que o homem branco ia che- e trios com figurinos igualmente
to de Maurício de Souza montado nações indígenas brasileiras, tão gar aqui e ia trazer muita coisa. despojados de muita. "produção",
com adaptação pelo grupo Grana- sofridas, param os seus cantos Mas, que ele ia acumular detri- e ao que parece ser mtenção de
da, o ator e bailarino Bruno Perei- e suas festas para reflexão. Re- tos com detritos sobre o seu lei- Décio, para d_ar lugar aos corpos
ra Maia, 18 anos, se prepara para flexão de uma situação, de uma to, como louco, e que um dia elásticos uma
de seus bailarinos em
movimentação fluida.
subir ao palco novamente, onde realidade sempre ocultada em li- ele iria morrer asfixiado nas sua.s
representará um dos marinheiros vros, nos dismusos oficiais, sem- próprias fezes. Essa é a profecia E/is recria mom~ntos alegres,
em busca da ''menina Maribel", pre colocada ã margem pela so- "desbundados", guand.o se ouve
no clássico infantil de Maria Clara ciedade. antiga do nosso povo. E, en-
Marambaia, com três casais exe-
Machado Pluft, o fantasminha, Bruno llala, ator banamansense Fica claro que não bastam as quanto nosso povo puder cantar cutando uma sátira. Acontece
que está sendo remontado pelo e dançar,' a terra vai continuar aquilo que se espera de um coreó-
grupo " nóS.O. Snus", de Barra difícil tarefa, ou seja, contribuir mensagens, as falas carregadas viva, o universo vai continuar grafo: o encadeamento de passos.
Mansa, RJ. na tentativa de se construir uma de retórica. Mas, nada mais im- em hannonia. Tem algumas pa- O que, infelizmente, nomovimeg-
Trabalhando cerno comerciário entidade cultural forte e represen- portante do que a fala do índio . to seguinte está ausente, porque
em uma loja de produtos agrope- tativa, "que lute pela conquista de Ailton Krenak, filho da peque- la'lras em muitos .dos nossos Edgar Duprat (filho de Márika)
cuários, Bng10 Maia tem apenas seu espaço mereçido e traga a co- na Náção Krenak que habita a idiomas que significam equilí-
os sábados e domingos para se de- munidade a participar do teatro, região do Vale do Rio Doce em brio, harmonia, mas que ta~- executa sosso. -
um solo inexp_ressivo e ln-
masgraças a Santa Luzia,
dicar ao teatro. E quem pensa que não apenas como platéia, m_as Minas. Gerais. e coorden~dor bém poderiam significar resp:1-
ele está greso somente aos ensaios também como parte integrante geral da UNI - União das Na- to. E é isso que orienta a relaçao protetora dos ol~os, é JX:q'!eno.
de Huftéstá completamente enga- deste movimento cultural" . ções Indígenas: do povo indígena com o mun~o O melhor momento do balé li-
nado. Carregando a preocupação Para concretizar esta idéia, Bru- ~'Eu podia falar muita coisa em q_ue vivemos. ~ ter.ra nao cou por conta de Tatiana Cobbert,
de se tornar "um ator completo", no Maia disse fer alguns planos, a cer~ da ~portância de que é um lote· a terra nao é um pla- qu7arrazou dançando um trio, pa-
Bruno na prática dança e parti- como por exemplo, levar aos bair- neta solt~ no cosmo. E o dia ra interpretação de Saudosa Mslo-
cipa, como aluno, das oficinas de ros periféricos de Barra Mansa en- o Brast_l contmue tendo o indíge- em que ela for atingida profun- ca. Tatiana destoa do elenco.numa
teatro do Sesc de Barra Mansa, quetes de espetáculos em fase de na aqw, mas o que eu tenho.de- explosão frenética. Nessa home-
além de estar disposto a aceitar produção e chamar os moradores sejo mesmo de dizer é que, anti- damente no seu seio, a ~ida não nagem a E/is, os bailarinos desli-
o convite feiro pele grupo Passa- a participar - "não só enchendo gamente, _há muito tempo, esse vai existir mais. E nós ~ao pode-
zam em movimentos de dança mo-
porte, de Volta Redonda, para fa. cadeiras nas apresentações - dos lugar aqu, não se chamava Bra- mos falar sobre a vida como derna (usam a técnica de Nina
zer parte do elenco de Nós no Nos- ensaios". Viável ou não esta idéia, sil, e essa região do mundo não quem negoc~a um lote de te~ra Verchinina~ esta, uma das pionei-
so Lodaçal. nosso jovem ator, agora dirigente se chamaya América, e as nos- sobre O balcao. Nós, o povo in- ras da dança no Brasili que recebia
Apesar do tempo escasso, das cultural, dá mostras de ser possí- sas famílias, grandes viviam dígena, nós guardamos esses lu- infundados comentários das "ser-
noites mal dormidas e, conseqüen- vel, pelo menos, buscar o resgate aqui. OÇriadõ..r, quando fez o gares sagrados da terra. É por pentes" de que estava fazendo or-
temente, do cansaço, Bruno Maia cultural junto à comunidade. nosso povo, ele ensinou pro nos- isso que eu firo pensando que gia sexual em suas aulas... ), clás-
vê outros problemas, em sua opi- Segundo Bruno Maia, "as pes- so povo que nós devemos amar talvez valha a pena o "Brasil, as sica (não "cola" muito bem), bole-
nião, mais graves, para poder se soas não vão ao teatro porque não pessoas, entenderem que o po- ros em que a forva criativa de Dé-
levar a sério a questão cultural nu- têm acesso" e este fator contribui e protege,r esse lugar como vo indígçna não quer nada, só cio voltou a verificar.Mas, é neces-
ma cidade do interior. Os espaços para o desinteresse, assim como quem protege um filho; e que sário que o grupo elimine alçuns
culturais são poucos e o apoio lo- também r,ara estimolar os precon- tudo o que acontece contra esses quer continuar sendo guardião vícios prejudiciais, como a insis-
_gís cico quase não existe. ceitos. 'Estamos lutando para lugares, que são sagrados, aten- da vida. Nenhum povo indígena tência em monopolizar as coreo-
Como diretor da Associação unir os artistas e trazer as pessoas tava contra a vida. Não contra quer ter um banco, uma 'compa- grafias, acabar com a hierarquia
Barramansense de Teatro Ama- a se manifestarem culturalmente. a vida do branco, ou contra a nhia de aviação, ser dono de familiar. Bom sentir que Dédo e
dor (ARTA), eleito recentemen- Só assim conseguiremos criar um vida do índio; mas atentava con- uma cidade ou de uma avenida. Márika estão deix,1ndo de se ave11.
- .. . " ... .
te, Bruno Maia assurnc.~}lJ:tVil ,<: , movimentoJorte".
t ,.,, • .. \. ,° '\ ·)~~. ')•-'·
- \ ~, \ -.,11 • , •..,,(;j·
tra a vida. Contra a v~da do seu
'\'- •.:!.· .....,\'\ t. ,:lt ' \.. ~ ·._•...h'il,. •
O povo indígena quer viNer'.'. . turar Bm,mal~bari-smos.té.cniços.,
..... './l ·.?..'. ,'. ./.,. "',r',i."',.."' ..\';,,, ,f',f,\ ., t.'\ :ql'.."•'/: •·l /-:.,., •..!'J'4",,•st•,· ,
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... .. ' , (. .....
W2 22/04 o 28/04/88 CULTURA 11

De Leipzig, Q.DA, a Gewandhaus, uma


das melhores orquestras do mundo '

- ---------- de seus dir~tores começou com


Reinaldo Mesft/ne/ o ~ompos1tor de songspiel e
m_ais tarde chantre da Igreja de
temporada internacional Sao Tomas, Johann Adam Hi-
A de cona:rr.os de 1988 em Uer. Os concertos do conjunto
São Paulo será aberta em gran- alcanç~ram sucesso na E uropa
de estilo neste fim de semana sob a direção de Feliz Mendels-
(dias 23 a 25), com a apresen- sohn Bartholdy, que trabalha
tação, no Teatro Cultura Artís- nesta função em Leipzig de
tica. da Orquestra Gewan - 18?>5 a 1847.
dhaus de Leipzig, RDA, sob Uma nova época de esplen-
a regência de Kurt Masur. dor para a orquestra deu-se a
A. Gewandliaus já é conhe- partir de 1844, marcada pela
cida do púbJico br-asile iro . Du- personalidade de grandes dire-
ral1fi: sua primeira turnê n a tores. A rthur Nikisch, que adi-
.-tmcn·c aLatina, a o r quest ra se1 1rigiu de 1895 até morrer, em
apresentou em 19 80 n o Rio de 1922, foi o primeir@ a abrir as ,
Omaestro Kurt
Janeiro , Belo Horizonte e São portas da Gewandhaus aos tra- Masur (à direita),
P aulo, executando Beethoven . balhade res a partir cle 1915, com os solistas·
F oi considerada pelos músicos pop ularizando o acess·o aos Theo Ad-"1S, Peter
e críticos como a melhor or- con~rtos. Schrefer e
Rosemarie l:ang
q \lestra que passou por São Nikisch Joi substituído pór
P aulo, suplantando, inclusive, Wilhelm Furtwanglen até 1928
a Filar.mônica de Viena. e a, partir de 1929, a Gewan- tler, Hermano Abendrôth, co- deado por aviões anglo-ameri- da RDA, sob a regência de
Embora. as raízes da Gewan- d.baus foi dirigida por BJiUno mo diretor, pr0curou conser- canos em fevereiro de 1944. Kurt Masur, t raze ndo uma
dbaos venham da ••C01legi0 Walter, que teve que se exilar var a tradição da orquestra, ldéias e projetos atração extra entre seus 120 in-
Musiea" , de princípios do sé- dep@is da implantação da dita- cultivando especialmente o re- tegrantes (na RDA, a orques-
culo 18 - cujGs diretores mais dura nazista na Alemanha, em pertório clássico. Mas a guerra D epois da derrota do nazi- tra é co~posta por 200 mem-
célebres foram GeoFg Phillip 1933. Durante o regime de Hi- nã0 poupou o reatre, bombar- fascismo , a orquestra voltou a bros) : o terceirotrompista Ro-
T eleman e Johann Sebast,i an interpretar os autores proiôi- berto Minczuk, q ue toea no
Bach - a verdadeira história dos por Hitler e readquiriu sua conjunto de Lejpiig desde a
do conjunto começou em 1743, fama sob a direção de Franz · temporada) 987/88 - ele· tem
quanda foi fundada G " G rosses Konvitchny (1949-1962) e Va- 21 an·os e é filho de uma família
Concert" (Grande CGncerto), clav Neuma nn ( 1964-1968). de músicos de São P aulo.
integrado por 16 músicos e pa- Desde 1970, ela é dirigida por Coincidindo com as apresen-
trocinado por burgueses e co- Kurt Masur . tações da Gewandhaus em São
merciantes de Leipzig amantes Na atualidade , com novas Paulo , ·a Associação Cultural
da. música. A orquestra ,r ece- idéias e projetos, já- instituci0- Bertolt Brecht vai exibir em
beu sua primeira sala de apre- nalizou o " Fes.tival Gewan- sua sede (Praça Benedito Ça-
sentações própr:ia em 1781, na dha us" , realizado t odos os lixto, 181, Pinheiros) um docu-
Bolsa de Tecidos. Nascia a Ór- an os em óutubro e que atrai mentário·sobre a orquestra, se-
questra GewandblUIS ( em al~- para Leipzig art istas e amantes guido de palestra por Enio
mão, " Gewand"' auer dize r da música de todas as partes Squeff, com a p·ar.ticipação de
"recicla" "vestidos'' e "Haus" do mundo. É com toda essa integrantes do conjunto ale-
significa "' casa"). moral que a -orquestra faz sua mão na dise.ussão; dia 24 de -
Importantes compositores e segund·a turnê no Brasil. No mfogo às 20h3Q, depois da
maestros contribuíram para a programa , o b.,ras de B rahms, ap rese ntação no Teatre de
fama do Gewandbaus. A série Onovo teatro da Gewandhaus, em Leipzig, inaugurado em 1981 com coral brasileiro e solistas · Cultura Artística .

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Uma revista pàra os latino-a~ericano~ . . _
t:5lá regularmente nas ban cas, Eª· m ericanos uma revista séria, sem mwta. d1vulgaçao cien_tffica p ara çao c_rentffica f!0S_D1Tet6n os_Estu-
.losé Yonsenat Filho ra o.f.gulho de quem cultiva a cién- s lucrativos, m as com compe-
f_i n seduzir as novas ger'!çoes a m uda- dantrs e A cadem1cos, A ssocrações
da no Brasil. E agora em j ulh o, tência e qualidade - com o Ciên- rem a face do conl_!nen,tc cr:;1!1 os de D ocentes, c_Jubes de Ci~ncia,
estará. comemorando seis anos de d a Hoje já 0 dem on strou - para frutos da . revoluçao c1ent1'ffca e etc. Um _dos edrto_res, E. Krieger,
publieação ininterrup ta já tendo enfrentar airosamente a conc0r- tecn ol 6grca em curso ho;e no com mwta propnedade, Jembroú

C .
iê~ J!oje ·trabalha para
cnar_Ciencia Hoy. O físico
Enmo Candolti, vice-pre-
s1de11fe . da SBPC - Sociedade
alcançado a tiragem m; nsal de 85
mil êxemplares e mais de 30 mil
fiéis assinantes.
réncia'desigua1 das publicações co-
merciais da chamada indústria cu/-
turâl dos oronop61ios internacio-
nais, dona de recursos ilimitad0s.
mundo. Sem o~ reeursos.da ciência
e da tecnologw, seni imposslvel
resol ver os agudos problem as so-
ciais que atonnentam a maioria de
que "é multipllcando os times de
várzea que se chega a uma boa
seleção de futebol ".
A s inúm eras p ublieações de ca-
Bras1Je1ra para o Progresso da
Ciêneia e editor de Ciência Hoje O50nbo de integração Mas quem participou das bata- nossos_ p oros. E sem •pesq.uisado- ráter científicoexistentes noBrasil
p artiu há dias para Buenos Aire; lhas p ara o lançam ento de Ciência res e crentrstas em grande número, decidiram , na m edida do posslvel,
onde rtai ficar no mínimo uns sei; Talvez o m esm o êxito contem- Hoje, como eu, s6 tem m o tivos ficaremos sempre sujeitos ao inte- se associar, esp ecialmente no se-
meses, com a missão de implantar ple Ciencía Hoy, embora o p aís p ara crer na santa teim osia do resse dos que_comandam o mer- for gráfi co e de distribuição, visan-
a edição de Ciencia Hoy, obvia- seja o utro, tão complícado o u Ennio, que, em instantes cruciais, cado internac10nal do saber. do reduzir custos e aumentar a
mente em espanhol, que, a partir mais do que o noss0, e a falta de tem o dom de se transfigurar em qualid9de e a p en etr_açáo de cada
da Argentina, teot.ará chegar a to- recursos ainda maior. Não sei de tanque e sair rompendõ o cami- Da rárzea à Seleçio uma. E uma id éia a ser implan tada
dos os países da Amécica Latina. quê alquimia econ ómico-financei- nho, e arrastando consigo um ge- ' sem demora.
· E um plano ambicioso e di&il, ra se valer-ão Enm·o e seus no vos n e roso e eficien te exército de Hoje, no Brasil, eom o anunciou Ennio Candotti escre veu no In-
mas sem dúv.ida nobre e provavel- companheiros de sonho p ara reali- Brancaleon e, capaz de mi ~agres. a reunião de editores de revi'stas forme-Boletim Informativo da
m en te viável. Quando Ennio, zarem, ~ nd~ em 1988, este lança- Não há problem~s que o detenha. cientificas, efetuada em Ribeirão SBPC: ''A informação - a eirc.u-
Darcy de Almeida, Roberto Lent, mento inédito no continente. Afi- D afque seus amigos e colegas c0n- Preto de 8 a 10 de março, ap enas lação e p ubliGIJção dos resultados
A lberto Passos Guimarães Filho n~I. trat~-se de criara prime ira r e- fiam no seu taco. E agora mais 1% do orçamento para p,esq'uisa de pesquisa - é tão esseneial à
e outros desbravadores. toma~am VISta l~tmo-ameticana de divulga- do que isso: confiam e torcem . (Finep e CNPq) é destinado àspu- vida científica quanto às p róprias,
a peito a concretização do pro1eto ção científ!ca elaborada graças à Tem que dar certo. Na realidade, blicações cientificas. Os edito,re,s pesquisas. Seu fom ento, seu finan-
"Ciencia H oje ':, acalentado du- eolaboraçaq e_ ao trabalho conjun- 0 contin ente inteiro deveria est;µ- que p articiparam do encontro es- · ciament0, são questões tão rele-
rante tAnto tempo, também se de- to ~as_ ro1;11unidades cieut{.ieas dos n esta torcida. Po rque Cienc'ia ta'beleceram como meta para o pe- vántes quanto o desenvolvim ento
frontaram com dificuldades que pnnc1pa1s p~ses da região. Um Hoy, sem nenhum exage.101 tem rí0do 1988/89 elevar. este índice a ep finan ciam11ento do trabalho de
pareciam int-ransponíveís. ~as o pr00ess_o dem tegraçã9 que poderá - muito do ideal boliv.anano, que 2%. · investigação.
grupo não se deu por- ,vencido e
foi superando ,um a um os obstá,
aceleré!I o desenvolvimento das busca levar beneficias a todos os
pesqws.as qesta Á/ea <to Tercy:iro pafses latin(!•8J11erif11DOS. . .
Assumiram, também , o com -
, promisso de incentivar a proJife'.
E isso é válido p ara toda a A mé-
rica [Jaüna. Por ~rS(!, !1º.ª, forte,' \
aúos. O resultado deste· esforço Mundo, ofer~ ndo aos latino-a- A Aménca Latma_preç1sa de ração de publicaçõés de divulga- Clencla Hoy! ·
r

7 DE MAfO. (...) Chegou Em 1960, o então o grito ·daquela mais remo que eu já recebi até
1 um caminhão aqui na fa-
vel.à. O motorista e o seu
ajudante jogam umas lâtas. É lin-
repórter de O
Cruzeiro Audálio
gente sofrida o
livro tomou-~e um
hoje.
.. .As oito e meia da noite eu
já estava na favela respirando 0 ·
guiça enlatada Penso: É assim · Dantas descobriu dos maiores odor dos excrementos gue mes-
<i}Ue fazem esses comerdarues sucessos literários cla com o barro podre. Quando
insaciáveis. Ficam esperando os em meio à miséria
da época, vendendo estou na cidade renho a impres-
preços subir oa gananda de ga- da favela do são que estou na sala de visita
nhar mais. E quando apodrece Canindé, em São milhares de (.'.Om seus lustres de cristais, seus
jogam fora para os corvos e os Paulo, acatadora de exemplares em mais tapetes de viludos, almofadas de
infelizes favelados. sitim. E quando estou na favela
Não houve briga. Eu até estou papel Carolina de 40 países. É deste
tenho a impr:essão que sou um
achando isto aqui monótono. Maria de Jesus, que livro-denúncia que objeto fora de uso, digno de es-
Vejo as criançac; abrir as latas de
confidenciou-lhe publicames alguns tar num quarto de despejo.
linguiça e exclamar sapsfeiras:
- Hum! Tá gostosa! estar. escre~endo trechos,
(.. .)
A Dona Alice deu-me uma pa- um livro onde descrevendo uma ,
ra experimentar. Mas a lata está retratava o dia-a-dia situação 8 DE AGOSTO ....Morreu um
estufada. Já está podre. desesperadora·- e menino aqui na favela. O sepuJ;
19 DE MAIO. Deixei o leito as dos favelados. Daí tamenro foi as 9 horas. Os ne-
5 horas. Os pardais já estã0 ini- surgiu Quarto de hoje, trinta anos gros que iam acompanhar o ex-
ciando a sua sinfonia matinal, Despejo, lançado depois, são milhões tinto alugaram um caminhão e
As aves deve ser mais feliz que levaram violão1 i:>andeiro e pin-
nós. Talves entre elas reina amic em 1960, traduzido de favelados só na ga. O Zirico dizia:
zade e igualdade.( ...) O mundo em 13 idiomas, capital de São Paulo. - Japonês quando morre os
das aves deve ser melhor do que · levando aos quatro CaF0lina morreu em vives cantam. Então vamos can-
dos favelados, que deitam e não tar tambem.
dormem porqt1e deitam-se sem cantos -do mundo fins dos anos 70. ...A pior praga da favela atual-
comer. mente são os ladrões. Roubam
...0 que o senhor Juscelino a noite e dormem durante o dia.
tem de aproveiravel é a voz. Pa- nos arvoredos gue existe no ini- os saparos já estão fracos e atu- a Policia Feminina. que me deu Se eu fosse homem não deixava
rece um sabiá e a sua voz é agra- cio cla rua Pedro Vicente. As fo- ram só 6 dias. Amigamente, isto a noticia doJosé Carlos que esta- os meus filhos residir nesta es-
davel aos ouvidos. E agora, o llaas movia-se. Pensei: elas estão é de 1950 até 1956, os favelados va lá na ruaAsdrubal Nascimen- pelunca. Se Deus auxiliar-me
sabiá está residinclo na gaiola de aplaudindo este meu gesro de cantavam. Faziam batucadas. to. Que alivio! Só quem é mãe hei de sair daqui, e não he_i de
oam '?)1P.. i-. n í..are..re. f.:11i.darlo amor a minha Parria_(.. ) Too,11ei 1957., 1958, a vida foi ticand(,) é que pnde âltviar. o lhar para trá.s.
sabiá, para não perder esta gaio- o carrinho e fui buscar mais pa- causticante. Já não sobra dinhei- ... Eu,dirigi para a rua Asdrubal
la, porque os gat0s quanclo es- peis. A Vera ia sorrindo. E eu ro para eles rnmpra pinga. As Nascimento . Eu não sei andar ( ...)-
tão com fome contempla as aves pensei no Casemiro de Abr:eu, batucadas foram cortai:ido-se até a noite. A fusão das luzes des-
nas gaiolas. E os faveJados são que disse: "Ri criança. A vida é extinguir-se. Quero dia eu en- viam-me do roteiro. ,Preciso ir 3 DE NOVEMBRO.... Catei uns
os gatos. Tem fome. bela... Só se a vida era boa na- contrei um soldado. Perguntou- perguntando. Eµ gosto da noite ferros. Deixei um pouco no de-
...Deixei de rriecürar quando ou- quele tempo. Porque agora a me: só para contemplar as estrelas posito e outro pouco eu trouxe.
vi a voz do padeiro: epoca estâ apropiada para dizer: - Você ainda moi:a na favela? sinúlantes, ler e escrever. Du- Quando passei na banca de jor-
- Olha o pão doee, que est-á "Chora criança. A vida é amar- -Porque? rante a noite há mais silencio. nais li esre slogan dos escudan-
na hora do café! ga" - Porque vocês deixaram a Cheguei na rua Asdrubal Nas- tes:
Mal sabe ele que na favela é ... Eu ando tão preocupada Radio_Patrulha em paz. cimento, o guarda mandou-me
a minoria quem toma café. Os que ainda não contemplei os - E o dinheiro que não sobra esperar. Eu contemplava as Juscelin o esfola!
favela dos comem quando arran- jardins da cidade. É epoca da~ para a aguardente. crianças. Umas choravam, ou- Adhemar rouba!
jam o que comer. Todas as fanti- flores brancas, a cor que predo- .. .Deitei o João e a Vera e fui tras estavam revoltadas com a Jânío maca!
bas que residem na favela tem mina. É o mês de Maria e os procurar o José Carlos. T~Jefo- interferencia da Lei que não A Câmara apóía!
filhos. Aqui residia uma espa- altares deve estar adornados nei para a Cemral. Nem sempre lhes permite agir a sua vonrad~- E o povo pagai .
nhola Dona Maria Puerta. Ela com flores brancas. Devemos o telefone resolve as coisas: To- 0 José Carlos escava d10rando.
comprou um terreno e come- agradecer Deus, ou a Natureza mei o bonde e fui. Eu não semia Qilll.Ddo óuviu a minha voz ficou ...Parei na linha do trem para
çou ecooomisar para fazer a ca- que nos deu as estrelas para frio. Parece que o meu sangue alegi:e. Percebi o seu contenta- ·pegar umas latas porque eu ha-
sa. Quando terminou a constru- adornar o céú, e as flores para escava a 40 graus. Fui falar com mento. Olh0u-me. E foi o olhar via deixado peno da gurira e pe-
ção da casa os filhos esravam fra- adornar os prados e as varzeas di ao guarda para guardar. O
cos do pulmão. E são oiro crian- e os bosques. guarda perguntou quanto eu ia
ças. Quando eu seguia na Avenjda receber das latas. Respondi que
...Havia pe-ssoas que nos visitava Cruzeiro do Sul ia uma senhora era 300,00. Que já estGu· fana
e dizia: com um sapato azul e uma bolsa de biscates. Ele disse que antes
- Credo, para viver num lu- azul. A Vera disse-me: isso do que nada. Eu disse-lhe
gar assim só os porcos. Isto aqui -Olha mamãe. Que mulher que as latas de oleo eram a 70;00
é o chiqueiro de São Paulo. bonita! Ela vai no meu carro. e agora está a 60,00. Ele diSSe:
...Eu estou começando a per- É que a mihha filha Ver-a Euni- - Em vez de subir, desce.
der o interesse pela existeocia. ce diz que vai comprar um carro Disse que a vida está muito
CGmeço a revoltar. E a minha só para carregar pessoas boni- cara. Que até as mulheres estão
revolta é justa. tas. A mulher sorrio e a Vera caras. Que quando ele quer dar
...Lavei o assoalho porque es- prosseguiu: uma f... as mulheres quer tanto
tou esperando a visita de um - A senhora é cheirosal dinheiro que ele acaba desistin-
futuro deputado e ele quer que Percebi que a,minha Olha sa- do.
,, eu faça uns discursos para ele. be bajular. A mulher abriu a bol- PingLque nã© ouvi, p0rque
Ele disse que pretende conhe• sa e deu-lhe 20 cruzeiros. eu nãofalo pomografia. Saí sem
cer a favela, que se for eleito ...Aqui na favela qúase rodos agradecê-lo.
há de abolir as favelas. · lmam com dificuldades para vi- Dei um banho nos filhos. Eles
foram deitar-se.
...Comtemplava exrasiado o ver. Ma5 quem manifesta o que
céu cor de anil. E eu fiquei com- sofre é só eu. ~ faço isco em 1
preencienQQ que çu (l<lorp p prol dos ourros. Mu,içqs qi.çam N11J?ut1 -Asdmb:µ Nasdmenw fun .
o]Ui1.ado cle Menores.
méu Br.asíJ. O mt1U olhar pósou sapato no lixo prum c-alçat. Mãs ciona
--- - - --------,

r,
Aos leitores ,.
Ames da greve convc::icad~ .,.
para o dia :;, uma data ~tó n _ca
São Paulo, 22/04 o 28/04/88 mt:rece atenç:lk• total: o Prf!11eJI O
de ,\.raio. Comemoraçoes
Suplemento Sindical n213 ::1mplas _e unitárias, de teclas a..~

AL
Voz do Unidade cate~orias, d;\ri'io m ais força ao
m ovImenro do funcionalismo e

1
Ruo Bento Freitas, 362, 42 a ndar
trabalhadores das es12tais; _,
Tel: 231-2926 CEP 10220 facilitando a preparação <la
g reve de prntestó.
Telex: (011) 32006 VOZ SP
1 1 • l 1 •• T-' •• 1· ..---
-
,, ..........
J '1)). -
l• !,:J..,~ ~~-- -~ ',,..--.1o...l.'

Onde está o pessoal

CGT ECUT CONVOCAM das empresa~ da União


Eles sãQcerca de um milhão de trabalhadores, distribuidos
por 200 empresas es~atais, cuj~ relação, setor·por setor,
é a segumte:
Por·setor econômico

AGREVE DAS ESTATAIS


gr eve esr~ marcada - para os dias
Sindicara dos Pecro leir@s d e' Caxias, p ara
Setor do Petróleo
Peuvbr:Is - 56.S I l funcioná-
rios. senc.Jo 43.998 •operadon:Iis.
5.535 em investimentos e 6.978
na administraçüo. s~irl$ três prin-
cfpais refinarias s:io as d e Duque
de Caxias ( RJ), Paulin ia (SP) e
Cubaião (SP),
ire as quuis se <lesracam : Tel~p
_ 25 532 funci0nários; ! eler, -
1 5.6Í g funcioflãriós; Telemig -
7.T'5
Grupo E(etrobrás
C<:!ntr.tis Eté rricas d0 Nor:te do
Brasll SIA - Eletronurre- -
4 4 16 funcic)ná rios, .

A
q uem a vi tória m ais imp0ccance até ú m o- BR ( Pe(rob r:l< Dlsr.rihuidoro} Ceotrais E.lérrtcas d o Sul do
3 e 4 de maio - mas só ela não
m enco foi a unidad e obtida 1::ncre CUT, CGT - 4.096 funcibnáclos. 3.458 nn. Brusil SIA - .Elecrosul - 4.376
,basra paro, derrorar o pacote que opcrJção e 638 mI ad m in is1r.1- funci on:í rlos.
e i ndepen dentes e o própr io c,11.Jrer da g r e- ç io.
;,rr?Ch~u ?s salários de mais de Cia. J-JJdreléu·i ca d o São Fran-
· dois nulhoes de funcionários p ú- ve, "'polf cica n ),IS de fundo econ órnico ': Perruqulmica Uni:ío SIA - cisco - Chesf - 11.198 funcio-
blicos federnis e das eSlatais. Esta f0i a prin- ·'Tem os é que den:orar .1 polítiareconômia r Com 1.311 emp regados, pcoces- nários.
su bor d inad a ao Fi'vfl e não im ;igi narmo.,; 1,-u naftu e o utros de rivados do Espírito Samo Ceno:als Elé tri- ·,._
cipal conclus;Io da p lenári;, das esratais, que l>t!tró leo na refinaria d e Capu:tva cas S/A - E;scelsa - 2 .172 fun- ~ ~
reuniu 165 entidades sindicais de todo o uma greve p t1n 1derrubar o gçwerno o u coi- (SP)
s,1p arecid;1. Afinal quem mio segu,n i o rnbq
CiOJJários. · "'
P:1fs no sábado. dia 16, no Rio de Janeiro 1n1egram es,1e setor ainda as !"Urnas Cenrrafs Elétricas S/A • •.•
e dtdíberou, além dn dara da· pnralisaçiio: d o garo mio pode p recend er am ;1rrar ; 1 seguintes em p r esas: Alcunorrt! - Furnas - 9.075 funcioJJários., •
trom b:r do elemnre ·; ,1r gum enruu \'(li/liam , ( RN ). Cia 1Yao011al dt:: Alcil is. Pt:• ~U g ht - Servi ços de Eletcici- • •
realizar m:mifescações e passeataS em todas trcJmisa, Fosférril , Nícroférf'l1.
as principais e/dardes brasileiras no próxi- O sindicali sc:t ai nd a observou que a p rópri o GCJiasterr/1, Indústria Carboquí-
dade S/A - 13.984 funcionários. .
Neste sewr, há mais 27 con-' :;.
mo dia 22, enviar sua. coordenar;-Jo a Brasília governo esrá d i vid ido na q ~esrf{o d o ;1rro- mica Càwn'nense, Pecroférril . Ul- cessionár ias eswduais de ener- ., •
11 parrir do dia 25 em busca de negociação
cbu: '"Os m ai s di\(ersos presi dentes das_ esca- rrafértil, Braspeuv Alg erie, Bm- g.i a el étrica
wi,5 se posiciomirnm cancro o congelamenw soil, Brasper.ro, In rerbr:ís Cay-
com o governo e:de apoío dós consdtuinte.5 man Com panJ,, l merbnfs Fronce, Rede Ferro\lilirítl ., •
e dos parrid<:JS políticos, além de entidades da URP, indu.~i ve o p r esi dente da Perrob cás,
ln remqr Tmde Inc., Jmerbrás. Red~ Ferroviária Federal S/A • •
cMs como a OAB e enUdades parronais; Ozires Si lva, Pela p rimeira vez na á_rea d o Seagu/1 Tmding Company, cv-- _ Rf'FS,1 - 63.878 funcioná- :
rea/Jzar manifest:tções unitárias no dia J9 petróleo. o p esso;1I de nível mais_elevado; pesul, Peuvquisa. Per.roflex, ~ -
, rio~ . . •
de Maio, como a que já escá marcada paro com o os engenheirm;, wu agora tom ar cer - troc1uímicu União SIA Cla. Brasile11::1 de 1 rens Urba- .,
:1 Qufnm da Boa Vism, no Rio de Jane.iro, veja no boceco com os operários e dizer no~ - CB11'-- 19.171 funcla- .• •.
Setor de Míneraçno
organiz;rcú1pela CUT e pela CG-T. que a luca é de rodo_,,;·; finalizou Wi1lü1111. nái-10!'
Cia. V:ile do R,o Duce - Empresa de Treqs Ur b:mos d e ,
Nesra ecli<i"âO, al ém ela coberrura comple- CVDR, te m 23.540 e m p regado~ Porto Akgr..:: S/A- TFensurb -
"Nós podemos e devemos pressionar o ta ela Plenária Nacional das Eswmis e cio (20.882 na- open1ção) e real tw 1 304 funcion~rios. ·
Congresso NaC'lonal para a rejeição deste balaar.;o d,rs p erdas salari.1is segundo o o apr oveitamento de jvJdns m i- Rt1de Ferrodária de Armazéns
EJieese - t"oz Sindical rr:iz um perfil do nerais e o tr:m~porce, e mbarque Gerais Ferroviár ios S/A - Age/
pacuce, como aliás oeorreu em plena díra- e cornércio de m inér ios mr..ivés _ - 16 funcionários.
dura militar com o famigerado decrow do Paralisações são antlarrocho seror estaral da economia brasileira, com de mais 15 subsidlãrias:Alum in:1
arrocho 2045. Temos que cobrar uma posi- Grosso e Mato Grosso do Sul, Dm1d Z.1111, "Épossível derromr esce pacóre se conse- a relação de quase rodas as emp resas esca- do Non;e, -Albr:fs. Fermag, FRD- Grupo Portobrõs
ção dos nossos conslituintes, para que nã0 numa lembrança opontma. já que as perd:1s guirtn0,5 unir amplos s~gmenco1; da socie- rais com o respeco'vo núm ero de empre- S4, ImCJO, Nan:tg:ir;;Jv do Ri<> Do-
ce, Rio Doce Amt!r ica. Rio Duce
E111pres1 de Pon os do BrasU • •
gados, pm11 que se tenha a dimensão m ais A - Porrobctis - 3.479 funcio-
fiquem só nos díscur-sa5•; aflrm0u à Voz aw ais com a Neva República são bem maio- dade como l!fS governantes, representantes Fin:wc:e. Docr.>gft{!), Rio Doa: In- ~ri~ -
Sindical o vice-presidente d:1 Federação res que as do cempa dà dicadura (1•-er tabelas do comércio e da pequena e média empre- exata possível das pmporções que a.,~,;11me lemational, Rio Doce JJda, Se.1- Gia. Docas do Estado d e São
dos Btmcários dv Estado de São Paulo, Mato doDieese) ,,a, "expJic:1 wrr/liam Sanmna, presideme du o movimenco ;u11;i;1r-rochu. mar, Doet·n:ivt·, \ ':llt: :Vurrtt e ,:1- .P.iul v - Codc.--sp - 11209 fun- ·'
le Sul. c,onári~
Cm DocL-;_d1,> RiQ de Janei ro
Grupo Siderbrru CDR} - 3.362 func1onári.os. ~

Plenária garante unidade para a vitória .JlÇO Mln:is Gemi.'i ':,,l -


Minas, 6.218 funclçmárlos.
Aços Finos Pir.Jtínl . •A (RS) -
2_., 14 funcionários
CJ:1 FeITo e Açu c.le l' itvri;1
A.;o lnt..::grJl11 o g rupo as Cias. de
Doais eh B3hiá, MaranMo, Para
e Rio Grandtc' do None.

Grupo Nuclebrás
·

(ÉS) - Cofavi - 2,023 funcl<>-


Os delegados após os d is-

ru
"A supremacia não vingou, prev-.tlecendo enren der:im.
ção do movimento no final do primeiro n.'lrlos. Empresas Nudeares Brasllei- '
·o de Janeiro ( do correspondente) - a unidade do movimento" , di1;5e o pre-i- cu rsos inclusive de slndicalisias com unis- Citl, SiâerúrglCB flt! Alogi dtlS
CGT, CUT, 85 Sindicatos. 15 federa- dia da paralisação. tas, qu'e a greve de 3 e 4 de mai0 n~o é
r.,s S,A - Nuclebrás ~ - tem
dentt do Sindicato dos Pe1rolt'lros c.le Ca- Cruzes (SP) - Cosln - 755 fun- 2.916 li.lncionârlos e inéôrpem
ões nacionais, duas confederações, Engajamento xias, Willian Roberto Santana. Para ele, o msurredonal e camb~m nào se 1ràta de uma c;lonários. .is s.:guintes subsidlárJas, N u-
63 8S.5oclaçôes de traballtadores, num toial campanha salarial. "Trata-se de um movi- Cia $1dcrú[8ic.J de Tub.riiv dan, Nuclemon, Nuclen, Nuclel
1
"Muitos de nossos sindicalista~ aimla não adiamamcruo da grev1t possibilitou a aber
de 165 ~ntidades e 242 del~ados, r~unidos (ES) - CST - 6.360 funcioru\·
L: --•• ·. -··-- ••..:..... l , ~ n , ,.....J ft1 1W\t, , 1 li1..<J '-& \-i..1â! _ tum ,.Jo lernu ,de nu 111 riai: mre 11:i! llinh.1111
t '\.I .... __111~!nrll r,ara ~1,-_orar_J! FK>lilica econômlca
clo governo imfx>sta pelo FMl . E urna greve · ·Cii Sillen1rgfca- Mlcional-~ - --- - ~---_.---- ---: : t·-
nó"""!>lffllfeatO aos IeRIDnR:os;-no ma i.O, - ~- 'O'"~--... ..---,.-- - -· ...- - '
condições para ;;-gre~. além.de acenar com
entenderam que, ll>3-f3 o êxito da greve na- João Carl0s Araüjo dos Santos, o Negão, perspecrivas para o engajamento no movi- política", observo u Luíz Antonio Gato, .vice- CSN de Volta Redonda (~ ) - Setor'F'~ · :: :
cional dos empregad0S nas estatais e fun- _secretário-geral da CGT-RJ e membro da pcesidente do Sindicato dos Trabalhadores 22.241 funcionários. B anco d~ Bras,1 SI ~ - ., - :
aonalismo público, o melhor seria transfe- Direção Nacional do-PGB. mento dos trabalhadores do setor privado. Cia.. Siderúrgica Paulisra _ . 118.281 funo0nã.t:Jos. ~ ~.
em Empresas de Processamento de Daçlos €:osipa, de Cubatão (SP) _ Caixa Económ1~ Fep_eral - .,, ,,.
ri-la do dia 27 (data fixada pela assembléia d9 Rio de Janeiro. '
da semana anterior, no Sambódromo).para 15.327 funcionários. CEF - 46.7~ funoo~os. ~ -
O Comando Nacional dos Trabalhadores · Usina Siderúrgica da Balúa SI !htegram ameia_o setor finan-
o J!)róximo dia 3 de maio. em Empresas Escatais e Funcionalismo Pú- A- Usiba- 1.528 funcionários. ce1ro: BNDES, Fmame, BNDS-
0 presidente da CUT, Jair MenegueUi, blico terá mais dos integrantes - ·um servi- · l Usin a Siderúrgica de Min~ PAR, Banco do No_rdesre qo ]!ra• -
procurou os sindicalistaS da CGT - dentre Gerais - Uslminas _ 1 4_732 sil - BNB, Brazilian Atnencan
dor da CUT e um da CGT - por decisão funciQoários. Merchanr Bank, Ban<IO da Ama·:
eles os comuniscas-para um entendimen- da assembléia - e irá a Brasília para cooca- Além desras usinas siderurgi- ZC?nia SIA - B_asa, Banco "'!~-
to, depois de sentir que a sua entidade sozl- . cos com os constituintes. No Congresso Na-• ca estatais, integram O grupo Si- dional do !3rasil, BN_G_C, !'lendia;- ••
nha não tinha condições de levar adiante cional, o Comando vai pressionar os parla- derbrás as seguintes empresas: n1!1 Cr édito _1mo_bil iá170, Men-
0 movimenco de pr9re.sro contra a política meneares para apressar a vocação do pacote Carbonffer:a Próspero SIA, Co- di0nal_Créd1to Fmana amenro '!
de arrocho salarial do presidente Samey brap, Fábrica de Estruturas Melil- Ihvesom~~ro, Banco de Rorai-
Sam~y-Maflson, com o propósito de derro- licas 5/A e o setor administrativo "!ª• Men d1on1!1 _Banco ? e,lhves•
e do ministro Mailso,n da Nóbrega Os sindi- car a p()Mticade arrocho·salarialdetemunada do próprio grupo )Siderbrás, umenro, M~n dional_C1a de ~ •
caliscas da CGT pretendiam que a Plenária
Nacional dos Trabalhadores em Empresas
pelo FMl . 1 com 244 funcionários próprios -guros
Gerais, M erfdional Distn ,
Na -Plenár ia oo Sin~icaco dos Telefônicos, e mais 196.692 contratados por b1!1.dora de Tf" !l os_ e ~aloresM<>s_:
Estatais e 'Funcionalismo Público aprovasse ficou acercado o 1~ de Maio Unificado, e terceiros o u conveniados. bil iários, BB Discnb~ ?º:3 de Tf. .
rolos e Valor es Mobiliários, Ban-
o adJamamento da greve do dia 27 para da mesa participaram João Garlos Araujo Grupo Telebnls \co Habitasul .o/A, Habir.asul Díst
3 de maio, por 24 horas, mas a cur insistill dos Santos, Cyro Garcia, Aparecido Alves '\ Emb.rarel - 11.849 funcioná- de Tírulos e Valores Mob, Meri-
na paralisação de 48 horas. Meneguelli acei-1 Tenório, Gerson de Almeida, Arlindo Bor- l rios em todo o País. Integram dional Leasing, Meridi onal Cor-
t0u as ponderações dos sindicaliscas da CGT ges Pereira, Carlos Santana, Flávio Ramos ' am~ CJ grupo 24 empresas esta- rerora e Fundação do Banco do
e a Plenária aprovou a greve de dois dias, Ruy Calandrini, Jair Meneguelli.e Antoni~ \ duais de tel~comunicações. en- Brasil.
mas com uma ressalva: será feita uma avalia- Garl0s de_Andrade.
Por ·Ministérios
DIEESE DENUNCIA Aeronáutica Esgotos e Eletriddade de ·
Cia-Eletromecãnica, Embraer Roraima e Amapá e Cia de
(8.592 funcionários, em São José ,\ Colonizaçiio do Nordestt;.

Estão faltando 15 dias de salário dos Campos - SP), Jnfraero


'(8.019), lnd. Ar:ronâudca Neiva
e Telecomunicações.
Aeronáuticas SIA
Mari.óba
/Empresa Gerencial de Projetos
1Navais - Emgepron
Minas e Energia
. Agricultura 1 Cia Auxiliar de Empresas
Cia Brasileira de Alimentos 1Elétr1c;as Brasil eiras, Jt3ip u

e orno se fósse um outro planeta -


' diferente da Terra - , o Brasil dos
1assalariad0s não cem, segundo o go-
verno federal, 365 dias no an0, mas apenas,
350, qu<; sã0 os dias <a:0ncabílizados pelo
Q fato·de que a URP, então instituída, não
repunha integralmente a corrosão pela in-
flação - tomou-se patente porque o mes-
mo IBGE continuou a calcular a inflação
do mês civ11, do primeiro ao último dia
MÊS DE
REFERÊNCIA
PERDAS NOS REAJUSTES SALA.RIAIS SEG,UNDO DATAS-BASE
DATA
BASE ÍNDICE
IPC
1
%
i
1
iNQICE
l
INP,C
1
%
DIFERENÇA -
%
(Cobal, com 8.922
funcionários),,Ciíl Brasileira de
Armazenamento ( Clbrazen, com·
4;765 fundonãrios) e mais 17
Ceasas regionais.
~inaciona/(2.574 func.) Cia dt!;
[~ás de São Paul o e Cia de Gás
µ\1Jnas Gerais. -
Previdência e Assistência Social
Dacaprev - Processamento

TPC - lodice de Preços ao Consumidor, de cada mês, sob a denominação de LNPC, (1) (2) (3) (4) (5) ' (6) (7 ::-5+ 3) CiEocio e Tecoologio Ide Dados da Previdência ~-869 -

.~;;;~~~~':;/~)
que serve de base a0 reajuste dos salários. lndíae Nacional de Preços ao Consumidor, Cobm - Compumdores e lfunc.), LBA ( 8.777), Flln:i.bem .
empregad0 para reajustar ouu:os valores da Ir " 1(2.693) . L-lPAS (25.835), InDmps
A denúncia ê do Dieese - Depanamemo 1 1 Sistemas BcttSilelros S!A (2.879
l nterslndical de Estatísticas e <le Estudos econ omia que não os salári0s (cademeras Mal/87 Jun/87 226,94 23,21 226,94 23, 21 ,; - fun,) ( 124 11:m. .INPS(3J.292) e as
\Sódo-Econômicos, que explica como, a de poupança, por exemplõ). ·
1-
Jurl/87 aul/Br 286,07 16;06 -zr5,59 I 21,44 "7",6~ Comuni<açdc,

f
JuY87 Ago/87 294,80 3,05 303,28 -2,88 Empresa Brasileira de e
,•partir de junho de 87 com o chamado Plano 10,05
Ago/87 313,55 6,36 318,72
' 5,09 -1,65 €orreios e Telegt;áfos _ ECT Vossa Senhora da
/Bresser, foram supridos 15 dias nos cálcu- A tabela anexa, do Dieese, comparando Sel/87
(7.4.586 func.) Conceição(RS).
/!ºs, acarretando a partir daí perdas salariais as variações do IPC com as do lNPC, mosrrn
as perdas salariais na última coluna, que
Sel/87
Oul/87
Out/87
Nov/87
331,36
361,78
S,68
9,18
1
341,51
378,67
7,15
10,88 t'
-3,06
-4,67 'I Radiodifusão -
Empresa B~ ileira de Transportes
para todas as caregorias que já tiveram dara- Radi obrás _ Cia de Navegação Lloyd
se acentuaram mês a mês, prejudicando so- Novi87 Dez/87 408,23 12,84 435,21. 14,93 11 ~ ,61 (l.On)
base, e que chega a atingir, por este motivo, Br-,isl/eiro (2.840 func.),
bretudo as categorias que tiveram sua daca- Dez/87 Jan/88 465,96 14,14 496,00 13,97 ~ ,45 Exército
uma diferença de 8,7% para quem teve rea- Empresa de Na'l--egaçio da Bacia
base após secembr0 do an0 passado. O eco- Jon/8S Fev/88 542,89 16,51 590,10 18,97 -8,70 - Indústria de Material Bélico do PraI:J. e Valec - Comérde
juste salarial n0 último mês de fevereiro.
nomista limar Ferreira Silva, do D.leese, ex- Fev/88 Mar/88 640,40 683,39 15,81 ~ .71 'Cio Brasil - lmbel - (3.636 func) e Serviços Ltda ( encarregada da
17,i e Prólogo S/A
plicou ainda à Voz Sindical que mesmo o Ferrovia None-Sul).
De março de 86, data do Plano Cruzado, índice calculado pelo JNPC difere, para me- 1
. Fazenda Sepiao
acé as véspepis da edição do Plano Bresser, nos do lndlce calculado pelo Dieese: no Acesita EnergérJca 51A (5.213 Cara1ba M eG1ls 5/A (3,649
lndltt: Base - Dez/86~= 100,00 funcJ, Casa da M oeda do Brosil
o IBGE calculava apenas um índice - IPC últi~o mês cte março, a Inflação foi de 16,01 func.), Cía Brasile ira do Cobre
- rujo period0 de coleta ~e P!eç0s c_0c_res- para o IBGE e de 2l ,91% segundo o Dleese. (2.488 func.), Cia Aços Especiais (1,058 fu nc,). Mafe rsa
Ilmar Fel't'eira alerta cambém sobre os efei- Itabi ro (8.038 func.), D:Jmmec SIA(3.0001), Usimec(2,958), C1a
pondia ao mes civil, do p_r,1~e1r_o ao u!W?º
dia d0 mês de referência (o mdice de Janei- tos da greve do IBGE no cálculo dos índices
ro representava então a varia§âo de p.reços de abril: "O Interventor Celso Lopes já
As perdas nas estatais SIA - Sistema de
Pr0eessamemo de Dados (3.236
ru. de Zinco eMJneraçiio
nçasa.
em relação ao mês anterior, de dezembro, anunciou que pretende fazer uma projeção 1 func.), Serpro (20.414 func.) Cultura
A tabe.la ao lado, elaborada pelo econo- Alumínio 5/A Exrrusão ' Empresa Brasileira d e Fimes
por exemplo). Com o Plano Bresser, 0 cál- dos preços coletados antes da greve para mista limar F~rreira Silva, do Dieese, mo$- DATA-BASE SALÁRIO REAL PERDA 1

1 Lamln açiio, B:mc.mde, Cia Bras. ~ - Embrofilme ( 490 func.)


culo passou a ser diferente, das duas última5 as semanas em que não houve coleta, o tra na primeira coluna a que percentual EM MAI0/88 o/o de lnfr:aestrucura Fazendária, / Delenwolvimento Urbano e
semanas do mês de referência e das duas que deve acarretar, nesta inflação ascen- ficou reduzido o p0der de compra dos
primeiras do mês em curso. Isw é, do dia dente, um indice subestimado. Esta subesti- JUNH0/87 32,22 , Copase, Focjas Acesita, Jnsticuro Meio-Ambiente
!salários do funcionalismo público fede ral 67,78
de Resseguros do Bmsil EB1V - Empresa Bfl\Silelra
15 de um mês ao d.ia 15 do outro mês, mação pode ser corrigi&! no mês seguinre e das-estatais, com o total das perdas na JUUf0/87 39,72 160,28
sendo que os primeiros 15 dias de junho com a coleta voltando ao n0rmal, mas quem AGOST0/87
1 Meridional ArTes orá.ials Uda, dos Traospenes Urbanos (610
s:-gunda coluna. Os índices de inflação 45,29 54,71 Meridional loformáaca, SiioJosé func.).
de 87, na modlílcação, "sumiram", isto é, tiver data-base em abril poderá sofrer as sao estimados ( c0mo percentuais mini- SETEMBR0/87 46,24 53,76 Armazéns e Turismo Sul
não foram considerados. Em tese, explica. consequências dur.ante um ano inteiro'', mos, que se não forem estes só poderão 1 OUTUBR0/87 1 Educação
46,75 53,25 Brasileiro. Hospital das Clínicas de 'Póno -.
ser maiores) em 20% em abril e 22% em
......
o DJeese, esta anomalia será sanada quando concluiu. NOVEMBR0/87 49,67 50,33 lndÚ5tria e CoDM!rdo
chegarmos ao dia 15 de junho de 88, mas maio. As perdas incluem o eongelamento (116).
l~ R0/87 ~ .95 49,05 Cia. Usinas Naciooo~ e
até lá, todos os períodos anuais !?ara efeito da URP nestes dois últimos meses: p0r 1 Embn1tur - Empres:t Brasileira
exemplo, um funcionário que teve. sua JANEIB0/88 52,52 47,48 ·a JrJ Desenll'Ol vimento do
de reajuste, nas data.s-bases de todas as cate• os metalúrgicos de São Paulo, Guarulhos 156,70 1de Turismo.
data-base em junho de 87 reria já uma . 1FEVERÉIR0/88 44,30 Yale do São Francisco
gorias, eStào sendo -caleulados sem estes e osasco, que estão negociando a reposição, MARÇ0/88 ' 56,03
Interior
perda de 56,2% mesmo sem o congela- . · 43,97

~
15 dias. , de perdas com a Flesp, eslã0 fazend0 suas 0 Cia Slderúcgfca da Amazónia, Justiça
reivindicações com base n0 JNPC e não n9 ment0 da URP, mas com e le terá uma •. ABRIU88 68,31 31;69 Cia Nordestina de Sondagens e Empresa Brasileira de
perda total de 67,7896. - Perfura,;ões, Cia de Artesunato ticia~ (EBN) - 719
Esta ''mágica" lesíV'.t ao bolso de rodosl IPC, ou seja, não aceitam o "s1,1miço'' dos 1do NQrdeste , e~ . de ÁBU:i.s,
tionário~
1os assalaria~ brasileiros_ - sem contar !? 9ias nos cálrulos dos seus salários, -
L- - - - - - - -
ww---~----
--~------•~wcww-~~---------
B </ SINDICAL 2.2/04 a 2.8/04/88 ~

DE OLHO Metalúrgicos ativam Confederação TERRA Ll'VRE


·, IBGE cede e ponto das professores foi cortado já Encontro de Olinda
e unidos e m ple nár ia e m Flo-
acaba a greve
no dia .11.
R rian ó p o lis, se, no último clia
lo , a im pede de tomar p osições da-
ras.
Aconteceu, neste final de sema-
i6, 97 s indicatos e m ais 5 federa- A Confe de ração , que n ão será
Varig perde ções resolveram co locar para fim- lig ada a nenhum a e nt idade sindi-
na, nos dias 23 e 24, 0 Enco ntro
Após o nze dias de paralisação, os cionar a Confe d e ra ção Nacional , Nacional do Campo, organizado pe-
quase oito mil funcionárias do Insd- para Justiça d os Tra balhad or es Metalúrg icos,
cal, terá n a p residência o próprio lo Partido Comunista Brasile iro,
p.ito Brasileiro de Geografia e Estatfs- Luís Antonio Med e iros 1 e na vice-
p ara defe nder e re p resentar os in- que reuniu mais de 100 delegados
p resid ê nc ia Jo ão Mac hado Mendes,
p ca cederam ,à vio lência com que o Po r de cisão da Junta de Conciliação teresses da categoria na Co nstituin- e representantes de t0d~ o País, lf.
e Julgamento do Rio de Janeiro, o pre- d os Metalúrg icos de Po rr,o Alegre.
governo trato u a greve, demitlndo on- te e lutar p e la m anute nç ão da URP. deres e militantes nas questões do ,
O secre tário-geral é o m esm o vice~
;ze funcionários e suspendendo mais sidente do Sindicato Nacional dos Ae- A CN1M exis tia já h á três anos, mas • presic,le nce d a Federação Ince rna- trabalho no campo, comunistaS e
;de 50. Desse modo, perderam, pelo ronautas, José Cae tano Lavo ~ to, foi s o m e nte agora foi ativada. não comunistas,
reintegrado à Varlg. Ele havia sido de- <::io na l dos Trabalh ad o res Metalúr-
)ni;:nos per enquanto os 26 06% do Segundo o presidente do PCB-
roilido na última greve, apesar da imu- gicos (Fe tlm),J o rge Norma m Nero ,
primeiro mês do Pl~rio .Br~ser. O Dessa forma, ce rca de 7096 dos dos m e talú rgicos de Mina Gerais. Pe rnambuco, Edvaldo Gomes çle
;icordo feito fico u no índice do go ver- nidade. Agora, o descumi;>rime nto da dois milhões d e m e talúrg icos do Souza, a importância d0 Ene0ntro
~o: 49,86%, em março. ordem da Junta ~plicará em multa País d e ixam d e ser re presentados se dá na medída em que possibilita
Entre os planos da CNTM, estão
diária de Cz$ 15.000,00. pela Co n federação Nacio n al dos a criação d e um jo rnal e de um "a o rganização de política para o
.. E Alagoasjá Trabalha d o r e s n a Indús tria , que campo, debatendo questões com-
. Contra demiss~o, congrega 65 federações e 1196 sin-
banco de dados, para cen(ar le var
informaçõ es à categoria e m to das plexas como a adesão dos peque-
fica advertida carteiros param dicatos, o que, segundo Luís Arno -, as regiõ es , inclusive àq ueles que nos pro prie cá_rios rurais à União
' nio Me d e iros, p residente d o Sindi-. trabalham e m multinacio nais, o u Democrática Ruralista (UDR)''.
Os servidores públicos alagoanos cato dos Me talúrgicos d e São Pau- m e lho r, e m trans nacio nais. No dia 23 de abril, as atividades
par-aram por por 24 ho ras no dia 20 Cerp de 600 funcionários da Em- do Enconrro foram a abertura sole-
passado , em caráter de advertência. O presa Brasileira de Correios e Telégra- ne, com personalidades pol.íticas e
fos, no Rio, de cretaram uma greve de sindicais, e o debate dos grandes
kovemo· estadual aceita dar até 160%
tle reajuste, mas excluindo as vanta- 24 horas n0 dia 15, em virtude da de- Govemonega Ellena Rangel volta atrás te mas em questão. Para o dia 24,
cpntinuaram os trabalhos dos gru-
~ns adquiridas po r tempo de serviço missão do diretor-tesoureiro da ~
~u especialização. A terra dos marajás
_pacle ficar -sem servidores...
ciação da catego ria. Duas agências de
correio ficaram compl~ente para-
privatização Quando o ex-secretário foi exo nerad0 do airgo no nancei.ras da Secretaria d0
pos e, à tarde, fol realizada uma
p lenária, de onde foi tirado um do-
do r rabaJh 0 d0 Rio de Ja, último d ia 13 pelo gover- Trabalho. cumento com a posi~o d11? Partido
lisadas.
Metálúrgicos de - da Portobrás nei.r0, Maurício Ellena Ran-
ge l, acusou o subsecretár io
nad0 r do .R.i0 de Jane ir0,
Mo i:e lra Franco, q ue nã0
Os acusad0s entraram
com uma q ueixa crime na
sobre o camf)o.
Na abertura solene, comparece-
- ..• ' SP querem mais... ' \ 'Grevilha de Trabalho élo Estado An-
to ni0 Carlos Batista e o se-
ace itou a deci~ão de Elle na
a0 demitir Álvaro Cunha.
10, Delegad a Po lícia!, em
Bmafogo. Ances que e la fos-
ram o deputado federal Roberco
-na Caixa Rio de Janeiro (do cor- creráuio-executivo de Siste- Na cerimónia de tran$fe- se julgada, Rangel retirou Freire, o presidente da Conrag,José
Francisco da Sílva, e o tesoureiro
respondente) - Devido à ma Nacional de Empregos rêneia de posse - e le foi as acusações. Segundo An-
- - 500 mil metalúrgicos de Sã0 Paulo, (Sine), Álvaro Cunha, não t_o nio Carlos Bacista, Rangel daque la entidade, Francisco Urba-
Guarulhos e 0sasoo estão rêivindican-· Os fund onál'ios da Caixa Econó mica mobilização dos trabalha- substituído por Jorge Gama
sabia q ue, meses de1;>ois, re- lez acusações pbr rer sido no de Araújo Filho. Foram conv'i-
do um reajuste de 15% a panlr de 1• Federá! do Rio de Janeiro· paralisaram d ores, atrav.és da Federac;ão - Blle na 8ange l acusou
Nacional dos Portuários, a ria de voltar auás e descul- exo ne rndo por incompe- dadas lideranças sindicais rurais de
de maio. A proposta já fo i entregue as suas atividades pe r duas horas, na par-se de suas acusações, Amonio Carlos Batista e Cu- tê ncia, uma vez que "fic0u to d0 Pais, inoluindó todas as cen-
quarta-feira (13), em advertê ncia con- P0 rto brás não será exti nta em acordo,judicial. nha de,p arriciparem de um 8 meses à frente da Secre-
à Fiesp, para que o grupo dos 14 repo- trais sindicais, e polítims, como Vi-
tra o congelamento da URP. Segundo ou privatizada, de aco rdo aco rdo de co b~ança d e mria do Trabalho e nada
nha a infla~o acumulada desde no- com te lex enviado à entida- cente Bog0, depurado federal pelo
o.s funcio nários, foi uma d emonstração Maurício Elle na Rangei 1096 sobre transações fi- realizou."
vembro (data-base) e as perdas da mu- de pelo chefe do gabln ete PMDB-RS, Raquel Capiberibe, do
dança do cálcúlo da inflação em junho da força dó movimento, se prevalecer PSB, Oswald0 Uma Júni0r, re lator
do min istro dos Transpor-
_passado. o arrecho. tes. O pres id,ente da Fede- Um dia de greve na escola da subcomissão de política agríco-
ração, Arlind0 Bo rges Pe- la, agrária e refonna agrária.
...E os cariocas Docentes têm reira, disse à Voz que a po- Ho uve também uma coletiva à
siqão do governo em re la- imprensa de Pernambuco com os
também querem nova diretoria ção à extinção ou ve nda da
Rio de Janeiro (do cor- também paralisaram as ati-
vidades, i:eivindicando re-
de esradual e municipal, e
os 20 mil profe5.5ores da re- deputados e os re!')resentantes do
reSfJODdente) - Os profes-
empresa estatal m udo u, de- sores da rede pública - posição de 203%, enquanto de panicular. Na re rça-fe i- Comitê Central do Partido Comu-
A AsSoCiação dos Docentes de Pes- pois do firme pro testo dos (do Estado e do Município) os do nos dos colégios só ra, d ia l 2, cerca de 8 mil nista Brasíle iro.
Reivindicando uma repooição sala-
quisa da Pohtlficia Unive rsida~e Cató· trabalhadores no congres- fize ram quarta-feira, dia 13, ofe receram 130%. estu.da n1es 0cupa ra m o Para garantir a representação am-
rial imediata de 60%, co rrespondente uma greve de 24 horas, em O movimento atingiu a centro do Rio em procesro
às perdas salariais desde no vembro, üca de Porto Alegre tem nova diretoria so n acio na l d a categoria, pla dos setores e grupos SOCiais, a
os metalfugic0S do ruo de Janeiro es- o presidente é o professor Júlio César realizado no Esp írito Santo, protesto contra as medidas cerca de 1,5 milhão de tra- contra o exto rsivo aumento
militância vinha dívulgando há me-
Boelra, que é Bifado ao PCB. Das 271 nos dias 12 e 13 deste mês. de arrocho . Os docentes balhadores incluindo-se os das mensalidades dos colé-
tão em estado de greve, assim como das escolas !')a rti cula re s 150 mil ed ucadores da fe- gios paniculares. ses o Enco ntro, fazendo inclusive
os de Volta Redonda, Apgra dos Reis
pessoas que votaram, 223 votos foram convites pessoais. Na sexca-feira,
para a chapa Renovação e Luta. Na pau- No d ia 14, Arlindo Bo r-
e Nlteró l, que cêm data-base dlferenc~. po r exemJ!llo, os pequenos agri<ml-
Não have ndo acordo, 0s metalúrgicos
do Rio param dla 27.
ta, a luta pela URP e negocia~o dire ta
entre patrões e empregados.
ges Pereira recebeu o te-
lex: "Em atenção ao te lex Os comunistas m~talúrgicos to res, que predominam na área do
4261 datado de hoje, este agreste, nos pólos de Pageú, Arco
Ministério não re conhece a Neste ú ltimo s ábado, ram o alto grau de pre paro e suas conseqüências para Verde e outros, fo ram novamente
Metroviários Estudantes procedê ncia das notícias re unjram-se na ca!')ital pau- dos metalú rgicos c0munis- os traball1adores. Visitados por militantes para asse-
lista as lideranças c0 munis- taS: eles foram os prime iros Característica básica das
demitidos 1,
prmestam veículadas em jo rnais so-
tas metalúrgicas db estado a perceber a anlrulação de quest0es e p r.oposras do
gurar a sua particlp,ação nos deba-
tes.
bre a extinção da Po rtobrás de Sã0 Paulo, representan- uma ampla ofensiva "neoli- Ativo foram a preocupação
e a p r ivati zação de suas do mais de um mllhão de beral" contra as empresas das lideranÇlJS comunistas
As diso.issões giraram em tomo
O Sindicato dos MetrOVJárlos de São Depois da passeara-monstro pelo rontroladas. O governo de- dos temas Política Agrária, Políti.ca
trabllhadores. Chegaram a estatais, e também os pri- e m re pudiar métodos po-
Paulo denunciou a demissão de 22 fun- centrb do Rio deJaneJro contra o abu- senvolve esforços no sen- l)leiros a supo rtar - c0 mo Agrícola, Po lítica Salarlal, Violência
impo rtantes co ncl usões p ulis ras e re ivindicações
d onútos do Metrô por motivOS poUti- sivo aumento das mensalidades, os es- ti.de de aperfeiçoar a adnti- acerca da questão sindical, foi o caso dos c.mbalhado- corporativas de scgmencos no Campo, Organização e Luta. Na
cos - entre o desentendimento do rudanres secundários voltaram às ruas - nistração e o peração dos da polírlca e da econo mia res na Coslpa e em V0lta !6olados e.la das.se trabalha- ocasião, també m a Ferape denun-
I>it'e\or de Tenninals e o Secr euriô de Nlteró l (RJ), dia 1 5. Os protestos portos, admitindo a colabo- do País. \ Redonda - os impactos dora, m antendo a ccnrrd.li- ciou o desaparecimenco de um tm-
de Neg6cio<s Meu-opolltanos. Segundo se repetem e m vtrlos pontos d o Pais. ração da iniciativa privad a Para ajudar a articular e dessa me.sma ofe nsiv11. O cl:!de tia que,~1ão dc:-m ocn'i- balh ador rural há 20 dias, causado
u S\.-.d~ da~ amg~ No Rlo~ p<>
.J>' ! ~ aderiu çom aplau- l1IICIU11u'aue ~ ucorrc nos o r11:n1,;1,r o 1r-.&!-mlho do Par- PCEl diS(:u cc iut,m, uuestiícs rlca. o.• amplo~ 1n1e r~~·:. p o r :t,;-Jn ~ ladfu~/os.
~ ~eS ,=~ UIIIJaJs;-serrrq~
u~o ~ ~ r;·o 7\:ITVO ~cte ~ -----raauvas;rpnvaa zà<;"ã"O,-a · ~ "UCJ pc ogr essa -uo--:PalS",7! a ~ ~· ~ N~âoertüra, t'm bdo1im dóal~ ' -
isto 1mp!19ue em quais• diu orgamzar uma fraçao n~cessidade d e moderniza- urgência de mu danças eco- memo do Partido (ver Voz Sindiaú
Microempresas quer pre1u1zos para o Po- estadual de representantes çao da indústria brasile ira nõ micas e sociais. n2 7, VU 385), onde foram coloca- ,
der Público ou aos traba- ele itos de Amparo, ·ABC, ·
Pernambuco_:a · pela URP liberada lhado res p o rtuá ri os. As
Capital, Guarulhos e San-
dos o seu posicionamento e uma '
visão teórica das mudanças capita-
greve prossegue conquistas dessa classe sãotos. As bases municipais e
A Flupeme-Federação Fluminense e serão sempre a preocu- dirigence_s sindi~ais presen-
pação prioritária deste rvu-
tes ao Auvo ac~ t ~ pro-
PCB convoca professores lisras no campo. Segundo Edvaldo
Gomes de Sou~, ''não se pode per-
· Há mais de 50 dias parados, os ,pro- de Pequen.as e Médias Empresas, a mitir que a UD.R seja o fórum de
mesma que há dias convidou o PCB rustério, que nunca lhes fal-
postas <;Ie 0rgan1zaçoes dos Professores da rede estadual de São Paulo convo-
fessores da rede estadual de Pemarn- tou com O apoio e com- ' c<;>mui:ustas d e ~uarulhos, cam todos os companheqos que atuam no movi- 0rganizaçã0 dos pequ~os propde-
~uco vêm sendo substiwfdos por esta- para um debate sobre crise econôml- preensão d1scuuram as dificuldades tários".
mento slndJcal para reunião dJa 30 de abril sábado
giãrios, uma vez que MJgilel Arraes já éa, está espalhando diversos out-doors · atuais para discussã0, a for-. às 14 h , à rua Frederico Stcldel; 219 - no ReglonaÍ
~nsidera esg0tadas as possibilidades pela cidade: "Re<::essão não, Brasil", maçã0 p·o Jítica e té cnica do PCB. Será dJscutJda a avaUação do movimento Quase parando
contra o arroch0 que afeta toda a massa José Robe rto Almeida dos simlicàlistas, alé m dos
de negociação. Qs profess0res querem para li preparação de wn documento e elclções para
trabalhadora do País. Neves - chefe do gabinete diversos aspectos das gues- o Conselho de Representantes da Apeoesp.
wna reposi~0 imediata de 102,5%. O do ministro dos Transpor- tões sindical e democrática. Os pequenos proprcietá.rios do
tes". As contl;jbuiçõ~ refleti-
Rio Grande do Sul continuam na
luta p0r suas reivindicações. A situa-
Previdência e Direito do Trabalho ção é crítica No último' dia 28, Dia
de Advertência, a Fetag e os- sindi-
Filhos do Medo catos mo bilizaram cerca de 50 mi~ 1
p equenos produtores do estad0,
que bl0quearam estradas e fecha-
Proc~sso de defasagem ------,------------"olhetim de Rooiwalter Jatobá _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _____

8 El vira s0rriu. rosco verme lho de sol que e u zanzava


ram agências bancárias. Nesse mes-
mo dia, en caminharam um doeu-
- Já vejo! pela rua. Mas ~u cava mesmo e ra pelos menco comendo todas as reivindi- ;1
dos aposentados De longe, a·vila de São Miguel
é bela
Vo ltaram. Jacinto alegrou-se. Pôde
perguntar:
- Pai, vou apre nde r a nadar nesse
monruros, perto dos trilhos tia linha
de São Migue l, o lhando do outro lado
a fábrica da vila, aciÓzenrada de sem-
caçoes ao governo estadual.
A informação é de que nenhuma
providência.fo i tomada. Os agricul-
etc. O Supremo Tribunal Federal, De,_pq)s de Ermelino Matarazzo ca- rio; _ b pre, sentado num carno, presen ciando tores farão assembléia no Ji)róximo
'ltlm definiu· instân • ~ O Joao ate u a porta do caminhão com a fumaça de química que cubia amare- dia 26 di ·di b
COmo u ªe va eia, minhão diminuiu a velocidade, ia mais iorça. lada todo dia. v para ª ª
r so re eonti-
tem negad0 todos os apelos do lenco como se estivesse adi'ando a che- V" nua~ão
1 . da luta. Estão previstas in-
INPS N l I é - e se segura dire ito essa pemea-
. os processos p one ros, gada. João reclamou da morosidade, deira! c us1ve caravanas a PoA:o Alegre e
chegada a hora da execuçã0 das o motorista deu 1.1 ·'e ombros. Quan·'o
1.1
O moton.sta 1·1gou o motor e e ngatou 10 Bras
- ília. Insistem em re ivindica-
·
sentenças • Sendo Ceno que uma ou
outra já foi executada e recebidos
dobrou a última curva da estrada 'o,·
,, ;l marcha e o caminhão rodou co m
N d d çpes que, na verdade, não são nada
o passar e ias! São Miguel é de tão e speci·a1, nada que não possa •
Jacinto quem viu primeiro as voltas do Jàcilidade na descida.
os valores. rio Tietê dividindo a vila. Aqui está São Migue l inundada de outra ser naturalmente atendido: prorro-
A jurisprudência só cem reconhe- - Pai, pai - grirou - daqui já vejo claridade. De ntro da cabina, Joa·o sen- gação d e d oze meses para paga-
cido como defasagem a ser cobena 5-ao Mi·gue l! · 1iu-se imponame quando o caminhão Nas ruas de São Miguel a tarde co- me mo d e déb itos,
· fi1ffi da correção
os seguinte.fpontos: primeiro, a re- E a1I· estava São Migue l. Do alto do .:omeçou a rodar pelas rnas da vila, meça a e mbaçar, o vento aumen.,, so- monetár"1ª•garantia · de preço míni-
su
, rre1cante
1979 da
e 1984, dos pe
ap1icação 1o JNPS,
salários en-
mfrli- morro a vi1a aparecia em roda a sua D braço dele pendido fora da jan e la, prando forte na d ireção da,; casas"'pró- 1 p~lo me nos para a batata, cebo-
mo
ANNiBAL FERNANDES . extensão, as cur:vas do rio Tietê desem- u cigarro aceso se que imando ao ven- xi mas ao rio Tietê. Nas n'e no re!" fr·1n- a, sumos e pêssegos, e a suspensão
- -1- - - - - - - - - - - - -- .mG&-VenGí~-c - 0mp0~
de reajUSle vigentes à época. Em xl • ......i.o-pelo-vnle'11berto, be,nrpnr
t--+.né: - íCr"- - - - - - - - - - - - - - --d-r.,....,...,-,n etnr,"c, c h e in ·rféri<lo-,h•f
• "
t:tl'l'l:aÇ"a-, da ·importação das cu\roras produ-
1987, a lei n• 7 .604,teve c:0m0 efelt0 m o,se rt:par:tindo emdo ls Pe rto da - Só JX)r ser m e u . :1q1.1i ci: multo d <.: químic a que. tu <.ln tnr<.le, sai das z-,a as n o e scaao.

e ompanhelros de vàrias cida·


des honram este escriba com
pergunw sobre como mo-
ver os processos contra o INPS para ·
osem
pagamento, semtipo
atrasos, desse
s.
acrcsclm0s e
de defasa-
gem. Mas, sempre há: diferenças a
reclamar em julzo, porque mesmo
vila o rio unia as duas partes e subia
com suas águas sujas e podres de resi-
duas das indústrias.
- Querem dar uma olh'acla daqui
,ne lho r!- disse para si r.iró r.irlu o lllan-
"" ,..
J o 0 so rriso sacjsfe ico de Elvira como
~e ela esrivesse escutando o seu pensa-
,ne mo .
g randes c h aminé s ,, ,.,., ,,·u~- no ce,,•~o
- ·o· =
e.la vila O sol se confunde com a füma-
ça e mais se amarela, amare lo-ouro,
doentio e bonüo, Domingo!
-.. Buraco Negro
EntJdades como a CPP (Co missão
Pastoral da Terra), J\:lovimenro d 0$
reaver a chamada "defasagem" dos quem recebeu sô viu principal de cima? - disse o mot0risca. Elvira levantou-se <la cadeira e foi Sem Te rra, Abra (&;saciação Brasi-
apQSentados. Vamos informar em
linhas gerais a respeito, ficando os
e sem atrasados. O
A contragosto J0ão consentiu com 9 fechár a jahela do quart0 para d ificultar leira d e Reforma Agrária) estão uni-
A segunda e última espécie de um balançar de cabeça. O caminhão a fede mjna q ue entrava casa adentro das c0m a Co ntag, trabalhando ar-
detalhes para com.ato ~al, se
necessário.
aefasagem existiu e existe, pois a parou e ele anlmou-se. f.stOU aqui em presença e ficava flutuando AO ·ambiente da cozl- duame nte na te ntativa de aprovar,
New Repu\)llqueta mantém-se à - Vamos lá, Elvjra! - chamou. nha. Recostado na cadeira,João seguiu nos próximos dias, a proposta da
Os prooessos são movid0s naJus- margem da le1 reajustando apenas Desceram. Foi bem assim. Mãe se m conte r e a mulhe r com 0s o lhos e ficou espe-
tiça Federal nas Capitais, 0u nas d- Gomissã0 de Sistematizaçã0 da
ptoporclonalmente1 quem não se - Daqui vejo melhor - afinílou riso fácil, p ai correndo pra lá e pra rando que ela volrasse para rerirar a
• dades do Interior 0nde houverJuiz Constituinte no que diz respeit0 à
aposentou no mês do salário núnl- Jac~to sobre a carroceria, e gritou - cá no arrumo da casa. Em toda hora água q ue fervia no fogão: A mulher refo rma agrária. As chances, n o en-
Federal. Nas demals cidades, o Juiz 01hª 0 trem, pai!
estadual é competente para essas mo. Nesse caso, o primeiro reajUste mãe me gritando pe lo no me , Jaci nto! voltou djze nclo : canto, são re m.o tas. O grupo reco-
ações, que se aconselha sejam cole- vem propor-dona! a0 tempo de go- O motorista abl'í.U a tampa do motor O povo daqui me.chamando de Jarrê . - Q ualq ue r d ia mo rre geme com nheee isso, mas esrá mo bilizado pa-
tivas, com um b0m número de au• w de beneficio. Por exemplo, apo- de caminhã0, o casal atravessou para A. casa, no começo., com precisão de esse chei ro de carniça. ra um verdadeiro corpo a c0rpo
tores cada uma A experiência indi- seruado'em maJo de 1986 teve rea- 0 outro lado da estrada. João adian• re paro. Pai dando um je ito ne la nas João aprumou-se na c-.tdeira, olhou
com os constiruintes - ainda que
ca um mfnJmo éle cinquenta e máxi- juste inicial em março de 1987 na tou-se e Bcou no enc0stament0 junco folgas de domingo. para Jacinto q ue mo rdla as unhas e
base de 1Qf12 e não 12/12. N ~ à descida d0 m0rro vendo o trem que Ajudava. Que je ito? Carregava água, fez q ue não ouviu a observação da mu- sejam constituintes a!Jados a gnipôs
mo de duzentos. Nada impede, no de dir:eit;a que pe lo me nos mante-
entanto, ações individuais 04 de casos, a diferença é maior que a ~ pouco partira da Estaçã0 de São no que tivesse n ecessidade. Casinha lhe r.
decorrente d0 uso do salário rnlnl- rvtiguel em direção ao Bnls. fo i, aos poucos, ficando com jeito de - Café dem0rado! - come nto u. nham sua palavra nos acordos -
maior número, mo vencJdo. . da- T~ vendo, Elvira?Olha lá no rnmo gente . A mulher mais apressou-se. para viabilizar o texto que dê res-
A jurisprudéncia da Justiça Fede- fábnca! O 1ugar, já me acosnimando. Parecia paldo a qualq ue r governo que re-
ral e oos Juizes estaduais de prl- Na prátl ca, os companheiros apo- - L0go sai - d isse.
nha intenção e decisão política de
sentados e pensl0nJstas devem or- Elvir~ ~ã0 e0nseguia visualizar a fim do mundo. Lame ira ou poeira se Espe rou sua mãe colocar o pano n0
mel.ra Instância, czonflrmada pelo ganir -se em associações, apoiar- c0 ?1P0 siçao perdida entre as casas ela o te mpo se desconfUt-asse na rua des- coador e, quando o che iro de café co- fazer reforma agrária.
Tribunal Federal de Recurs0s, em r, J advogado mais próximo dos ~d0S trilhos. Mas viu nitidamente calça. briu o 0dor <la quimica,Jacinto esguei- Reune m-se, diariame nte, para
Brasllla, para oqde vão os processos traoalhadores, e tocar os prO<:eSS0S, ª aça de química que subia ama- Pai desaparecend o de manhã, ne m r0u-se pela porta aberta da cozin ha, -an alisar as e m endas pr0p ostas,
com recurso do INPS, tem dacf9 ga- como instrumento de organização re_1a, chegando àS nuvens, das crês cha· bem clareand o, seguindo o apito que passou pelo corredor e sai u à m a. Nem idend.ficar as que imi abil.i2am a re-
nho de causa a aposentados de e fortalecimento das entidades de ~nés da?randefábricadeSão Miguel. acordava o mundo logo cedo. João nem Bivira preSSenciram. Ele esta- forma e até fazer verdadeiras fu.
qualquer época (EDCceto os traba- sões-, qu e tenham alguns p0ntos po-
inativos. Contlnuandoahave.rdúvi- : o conunu0u apontando com o de· Mãe calada, cuidando da casa se m va de olhos fechados, narinas aberras
lhadores ruraJs), pensionistas e em das é só escrever. se lastimar, pois e la era assim. Prosava cl1eirand0 o che iro forte de café e e la sitivos. Ainda ãsslm, corre o risco
goro de auxilio doen.ça, acidente 1
do- Lá, mulher! Vá seguindo o rumo pouco, sem amizad e na rua, e só se continuava, agora apressada, com o de cair no buraco negro.
meu dedo. chareaya q uando tranSparer i<1 no me u seu trabalho no fogão.
r- -- --1
coMUNISTAs
Com reuniões marcados para o d
IMPASSE
- As negociações entre a União
'' l
7 de maio. em São Palêllo, Rio de Soviética e os Estados Unidos para
Jane1ro, Recife e Porto Alegre. um acordo de redução de mísseis
as d/reçoes regionais, municipais
e o direção nocional do PCB farão
um amplo balanço da campanha
DA estratégicos estão num Impasse,
provocado pela Intransigência
norte-americana. Dlflcllmente
noclonal de flllação, paro
atingir 300 mil novos filiados
este ano e registro definitivo,
Pógloo 8 N2 392 - São Paulo. 29/04 a 04/05/88 - Cz$ 40,00
UNIDADE o acordo sairá em maio' próximo.
Ao encontro entre Gorbatchov
e Reogan, em Moscou.
Manaus, Boa Vista, Santarém: Cz$ 52,00 Póglna 2
Diretor Responsóvel: LuiZ Carlos Azedo Redação: Rua Bento Freitas, 362, 4~c;mdar Tel: 231-2926 CEP 01220 Telex: VOZ SP (011) 32006

PAULINHO
"Quando você fala na sua própria
· história, nego diz que é nostalgia!'
Perfile
entrevista
_ com Paulinho·
da Viola- .nas
páginas
centrais

O Centrão apostou no confronto e acabou derrotado: amplo acordo


g.antt1ti\l t1a Coustit\liç.ã.o C\~ \t\te.~e.~~e.~ e.tQt\Ômic.os. e.~trn.té.gic.os do País~
inclusive protegendo as empresas nacionais, isolando as principais
lideranças do grupo, como Delfim Neto, Roberto Campos e Afif Domingos.
Páginas 2 e 3

..,
Gades: arte
apaixonada do
TRABALHADO
cb.ão andaluz FIRMES NA L .,..

Página 11
1
Em todo o Pais o movimento sindkal r~aliz-ará
comemorações do lt de Maio, préparando a greve
do setor público marcada para este dia 3.
Página 4 e Voz Sindieaf
Propaganda na
TV gera impasse
entre partidos
Página 3
2 EDITORIAL 29/04 a 04/05/88 ~W,Z

Projeto moderno só com opovo Maria Prestes


o Maia, a·ativista
acordo sobre a ordem eco- uma alternativa verdadeira à c ri~ grandes monopo listas, nunca pa-
nômica celebrado na quar- se que o País atravessa. Elas não ra a maioria da p o pulação.
ta-feira levou ao isolamento são capazes de oferecer opções Vitó ria das forças democrá ti-
as forças. mais reacionárias e en- para a retomàda do crescimento cas e progressis tas do País - 0 Vivendo um exílio voluntário no município
treguistas da Constituinte, ao atendendo aos interesses d a que inclui as forças de esquerda de Tremembé, próximo a Taubaté, no interior
mesmo tempo em que assegu- maioria da população e, s imulta- e setores militares - , Q acordo paulisca, Maria Prestes Maia, viúva do ex-prefeito
neamente, da maioria do e mpre- oferece uma séria reflexão aos que de São Paulo Francisco Prestes Maia, fal~ceu a0s
rou um amplo leque de alterna-
prete ndem ela~orar a ltern~ti".'as 88 anos na noite de terça-feira, 26, em sua resi-
tivas para o desenvolvimento sariado brasileiro, sobretudo o dência, vítima de um derrame cerebral.
econômico do País. Afirmou-se, produtivo. reais para a soaedade ~rasde1ra Ponuguesa de Alenquer, Maria Prestes Maia
mais uma vez, a tendência à Não foi proibida a entrada do partindo do _mmprom1sso co~1 chegou ao Brasil na década de 30, com urna
aprovação de uma nova Consti- c:apüal estrangeiro, as empresas a coRsolidaçao do Estado·de di- companhia de teatro ( era corist.a) para uma tem-
reito democrático e voltadas p a - porada n o ~o de Janeiro, quando conheceu o
mição q ue assegure os direitos multinacionais que aqui· operam
Jov~m argu1teto e engenheiro Prestes Maia. ~
da cidadania, amplie as prerro-
gativas sociais dos trabalhadores,
não foram nacionalizadas, o capi-
tal financ€iro não passou às
ra retomada do crescimento
com redistribuição de renda. Os
.J
b1
1
mpanzante do Partido Comunistá Brasileiro,
epende~t~ e combativa, voltada para os pro-
episódio~'dessa semana n a Cons- e~as soaa1s, contrariando muiras vezes seu
institucionalize uma ordem polí-
tica democrática e não seja um
obstáculo às mudanças de estru-
mãos do Estado - a suposta "xe-
nofobia atrasadal nacionalista e
estatizante" que eles tanto apre-
tituinte representam de fato uma
derrota p oJitica para guem quer
manter a essencia do atual mo-
marido q~~d~ à ~ente do governo, Maria teve
uma paroc1paçao unportante em várias f rentes·
de _mass3:5,_ desta~ando-se em sua luta pela paz.
j
tura. goam não aconteceu. Apenas fo- Visi_tou v,mos pruses socialistas, Jndusive a Bul-
O desfecho previsto para o ca- ram aprovados dispositivos que delo econômico, a integração gáqa,_onde e~reve à convite do governo búlgaro.
resguardam os setores estrarégi- dependente, a "modernização" Mais !e~da no período de 1964 até início
pítulo que trata da ordem econó-
prussiana da agricultura, a exclu- de ~~80, se1a p_ela idade, seja pelas circunstâncias
mica na Constituinte barrou uma .cos para um desenvolvimento políucas, Mana Prestes Maia foi entusiasmada
bem arquitetada ofens iva dos se- económico soberano e auto-sus- são da grande massa do povo do participante da campanha das diretas. Nas elei-
tores monopolistas representa- tentado, uma opção a mais no seto r moderno da economia. ções de 1985, trabalhou na campanha do senador
dos pm Delfim Neto, Roberto leque de alternativas que a futura vida política está demons- Fernando He nrique Cardoso para a prefeitura
Campos e Guilh~rme Afif Do-
mingos, entre outros arautos do
" neoliberalismo" entreguista e
Constituição oferecerá como
possibilidades de estratégia eco-
nómica.
A trando, assim, que é p qssível
isolar esses setores e buscar
uma saída diferente para o Brasll.
de São Paulo.
Permaneceu sempre uma ativista, uma incon-
formada com as injustiças, capaz às vezes de
atitudes surpreendentes. A última delas foi em
privatizante. A fabulosa campa- pesar disso, a cantilena es- Sua viabilidade dependerá d a 1986, aos 86 anos de idade, quando irrompeu
nha de mídia eletrônica e os fan-
c:áscicos expedientes utilizados
pelos lobbies para dobrar os
A treguista e retrógrada conti-
nuou ap6s a votação. Em n o-
me do mode rno e do pluralista,
identificação dos interesses con-
trariados por essa e stratégia
"neoliberal" e uma ampla arti-
na sala do ministro Bresser Pereira, da Fazenda,
para protestar cnnrr::i a arin1rle dn prefeito J!ln.io
Quadros que exigia atestado de pobreza dos
idosos para que viajassem de graça nos ônibus.
constituintes fracassaram na ho- editoriais dos grandes jornais culação·po fífica em tomo d e uin
ra da v0tação. Toda a costura po- to.rpedeiam o acordo como o bra projeto nacional novo', mais
ütica do Centrão, formado exata- . da conjunção de inte resses totali- compatível com as condições
mente para representar esses in-
teresses na o rde m econômica,
ruiu como um castelo de canas.
tários, atrasados, corporativos e
cartoriais. Voltam a utilizar uma
retórica cujo objetivo claro é des-
emergentes no mundo contem-
porâneo e as vocações já delinea- ....
das do desenvolvimento brasilei-
Lygia Clark,
complexidade da econqmia m o ralizar os con stituintes, a ro. Um projeto que para ser efeti-
exemplo de criação
A brasileira, seus dramáticos
problemas revelaram que as
teses " neoUberais" apresenta-
Co nstituinte e a futura Co nstitui-
ção. Úm discurso pe rigoso para a
democracia, porque pretende
vamente moderno e pluralista
não pode prescindir da partici-
pação da maiorja do povo, tanto No dizer do poeta Ferreira GuUar, a mineira
Lygia Clark, participante do movimento neocon-
~
das durante os d e bates são sim- t:1m "estado democrático" so- no plano p o lítico como na ativi- cretista de 1959, desenvolvendo uma exp.eriên-
plistas demais para con stnrir mente para os interesses dos dade econômica. cia muito pessoal, conseguiu ultrapassar 0s limi-
tes da estética de seu tempo. A carreira iniciada
em 1947, sem nenhuma formação acadêmica,
EM TEMPO transformou-a numa das mais importantes artis-
tas do País, contribuindo decisivamente para a
renovação das artes plásticas brasileiras.
Impasse nas negociações entre URSS e EUA Avessa,a museus, contrária ao encastelamento
dos artistaS, Lygia Clark foi vanguarda sempre,
As forças da paz ao mundo coatempo-
preocupada ,com o exercício verdadeiro da li-
o futuro do desarmamento, mas nada de lizados para dificultar um acordo. Até berdade, liberdade do cidadão e liberdade do
rãneo mantêm sempre o otimismo e a concrero que 11>0ssibilirasse a assinatura mesmo o acordo sobre o Afeganistão, in-
esperan~ ao futuro da Humanidade, mas do acordo. Nenhum d_os grandes proble- ' discu1ível avanço nas relações entre os artista. Esse foi o grande recado de suas manifes-
as negociac;ões entre a União Soviética e mas foi abordado de modo a encomrnr dois países no encaminham,emo de solu- tações corpóreas, como nos Pa.rangolés criados,
os Estados Unidos para aprovação de um soluções satisfatofias, devido à intransi- ções para conflitos regionais, vem sendo juntamente com Hélio Oiticica, e também com
tratado de redução dos mísseis estraté- gêncía de Washington. Além disso, .a retó- pretexto utilizado pelos Estados Unidos seus Bichos, meio pintura, meio escultura, .uma
gicos estão frustrando expectativas: elas rica belicista de Reagan recrudesceu com para dificultar as coisas. Ronald Reagan, nova reviravolta promovida em 1969 por Lygia
entraram num lamentável lmpasse, que qov0s ataques à União Sovética, com o em discursos e declaràções, voltou a ex- Clark nas artes plásticas brasileiras, com reper-
pede impedir a assinatura do acord0 du- . argumem0 de que os recentes progressos por esdrúxulas teses soere a agressivida- cussão internacional inclusive. Seus "bichos"
cante .o próximo encontro do presidente no desarmamento foram fruto da lógica de e expansionismo soviético. correram o mundo e seu sonho era que eles
Roaald Reagan, dos I'.stados Unidos, e o de força imposta pelo programa "Guerra Essas aritudes acabaram provocan?O fossem o mais possível acessíveis ao povo, até
secretário-geral do PCUS, Mikhail Gorbar- nas Estrelas". Além disso, houve novas uma enérgica advertênda do secretáno- como "produtos industríalizados vendidos peJos
chov, no fln I de maio, em Moscou. ações imervencionisras norte-americanas geral do PCUS, Mikhail Go rbatchov, ao camelôs nas ruas" - nunca uma obra prisio-
Cinco Q, des questões estão na or- no Panamá, Nicarágua e Golfo Pérsico. governo dos Estados Unidos, durante s_eu neira dos grandes colecionadores ou confinada
1 dem-d,, .. das negociações, condicio- encopu:o com George Shulrz. "É preoso
As propoSt:as sobre os mísseis de cruzei- aos museus. ·
nando a .issinatura do acordo para redu- ros de estacionaniemo marítimo de gran- compreender de um~ vez para sempre Lygia Clark morou em París, na década de
ção de 50% das armas estratégicas dos de raio de ação apresentadas pela União que as sociedades soviética e norte-a~ e- 70, onde montou e dirigiu um ateliê experi-
dois países: a não rransposição recíprocra Soviética foram rechaçadas por George ricana têm diferences valores e renunciar mental, formando jovens artistas na utilização
dos limJtes estabelecidos pelo tra1ado de Scbuhz, bem come a de trocar informa- às tentativas de impor as suas ordens e das técnicas mais modernas. Sua última expo-
Washington, os mísseis aerotranspona- ções sobre forças armadas e armamentos concepções de bem e de mal. Todos os
dos, os míssei,s de cruzeiro de estaciona- países têm seus problemas numerosos; sição no Brasil foi no ano passado, na Sala Funar-
convencionais das duas potências estacio- ,,. te; no Rio de Janeiro. -Praticamente isolada de
mento marítimo de grande raio de ação, nados entre o Atlântico e os Urais. Essa deixemos que sejam_ eles a r~olve-los à
os misseis móveis lançados do solo e, fl. sua maneira. Isto nao exclui, m~s pelo tudo e de todos, nos últimos dois anos quase
úlrima recusa praticamente obs1rui todas não produziu. Faleceu no último dia 25 aos
nalmente, medidas eficazes de controle as negociações sobre redução de arma- contrário, pressüpõe o E:5tu~o ree1proco,
e verificação. mentos na Europa. o inte rdimbio cultural, c1ent1flco e outros. 68 anos de idade, em Copacabana, de um in.farto
Os recentes encontros ge George Q. ue ieiam os próprios _povos ~ avaliar no miocárdio. Deixou uma lição de vida e de
Segurança, problemas humanlracios e t0dos os probl~mas. Na? tencionamos
Shuftz com Mikhail Gorbatchov e Eduar- direitos do homem, problemas regionais arte. Provou que a criação é componente básico
do Schevardnadzeem Moscou, para crar.ar e bilaterais estão na pauta do ei;icontro converter os Estados Umdos nem reco- Rar'cl quem quer elaborar a própria existência. .
dessas e outras questões, produ1Jram de cúpula de Moscou, mas em todos os rthecemos o seu direito de nos conver-
avanç~ nas negociações rendo em vista campos expedientes mais diversos são uti- ter", disse o lider soviético.
'W1Z 29/04 a 04/05.188 NACIONAL 3
BASTIDORES
Quorum
Apesar das medidas punirii•a:;
Acordo protege a empresa nacional
. .
adal3das pelo presidente da consn-
n,ince, ulysses Guimacies, :1 AsScm- A tática d~ confrontodo Centrão !racassou e a Co~stituinte, através d~ amplo acordo, aprovou 0
bléia não regisrrou quorum n.1 .,-es- capitulo da ordem econôm1ca preservando mteresses democráticos e progressistas.
sio de segunda-feir.1. z ,;. C<,mo ~,
dr. Ulvsses resolrreu a,rrar no stM·
rio dé quem falr:u q11.1rrt' s,ssót!S epois de den·mar O Cem.rãa
consecutivas ou sere .tl:e{'Jl3tlf>, é
possível que :JS :1u.;ént"l:1;~ reKiSCJ?·
(ias se dei-~ m:JIS :1 ÇetJ_C1llll:J
D na terça_:-feira, impedindo a
aprovaçao do texto integral
de sua emenda por 290 votos contra
Mas, houve sim: o líder do PFL,
Jose fourençao, que apostara no
confronto permaneceu inconsolá-
São estes os principals itens do
acordo entre a liderança do PMDB,
os partidos de equerda e o Cemrâo,
vel com 0 desfecho da manobra tratando da ordem econômica e fi-
de negociar" i•flÍ<!/11 ea;I)O"f.lGl do 210 favorávei~ (com 27 abstenções que iniciou na segunda-feira e que
que a /iJJr,1.;p.'- ,pf'J.J/Tlente dims. e 43 ausências), a liderança do nanceira:
resultou na sua maior derrota até Empresa nadonaI -mantém a
rr.ibal.bador PMDB e os Partidos <.le esquerda agora na Constituinte, levando-se
na ~Onstituinte conseguiram isolar em conta que os interesses mono- élistinção existente entre empresa
\;t ,v? rh d,:pumdo Paulo Pairo as lideranças do agrupamento con- polistas na ordem económica origi- br.isileira.-:. que é constituida pelas
.PT-R~~-). o poem,1 "Operário em servador - principalmeme o líder naram o Centrão. Pnra ele, a derrota
leis brasileiras e tem aqui sede e
con.,rrvção ·; de Vinícius de Mo- do PR: José. Lourenço, e o depu• foi resultado de "uma aliança entre administração - e empresa brasi-
raes, er.VOI' peloplenário da Câma- tado Ricardo Fiuza (PFl-PE) - e os grupos de pressão dos setores leira de capital nacional, que gozará
r:1 Feder.ú. no sessão especial reali- C?Sturar um amplo acordo, garan- de quimica fina, informática, em- de benefkios especiais a serem de-
72da segunda-feira, 25, em home- undo a aprovação da definição da preiteiras, empresártios com posi- finidos por lei ordinária quando
nagem :10 /<' de maio. O deputado empresa nacional por 499 votos fa. ~ões canoriais e mi lhares naciona-
aruar em áreas consideradas estra-
Augu~to Carv;,lho, falando pelo varáveis, 16 contrários e 5 absten- HstaS". O Centrão não teve forças tégicas para a defesa nacional e o
PCl3.~.,v.1 vez, fez uma profissão ções. para manter sua lógica de confron- desenvolvimento do País. Essas em-
.r lê UI chegar o dia em que Foi a maior derrota do Cenrrão to e foi obrigado a negociar, para presas se caracterizam quando o
Joils.'i<: trabalhadora será a maioria até agora, depois de um complexo desencanto de José Lo urenço: controlador detiver, além da maio-
1/é'sca Casa, para instalar uma socie- processo de negociação, em que "Sempre que há acordo, o Jado em ria do capital votante, o exerdcio
dade justa e sem exploração do h o- os grupos de pressão funcionaram que esrou perde", criticava o líder de fato e de direito de gerir a em-
mem pelo homem." Nas cadeiras de ambas as panes. Na segunda- do PFl..Vitorioso, o líder do PM..)B, presa.
do plenário, presidentes de confe- feira, quando tudo indicava que ha- Mário Covas, defendia o acoruO: ReservJ de mercado - llcou per-
derações !'! federações de trabalha- veria um acordo, o líder do PFl.. "Não hoove vencedores". Santana: a perseverença mitida também uma reserva de
dores comandaram os aplausos. rompeu as negociações mandando mercado para a área de informática,
os progressistas "para os raios que pois só serão nacionais as empresas
Socialismo os panam". Foi um erro pqlitico que detiverem o poder dtcisório
"Desnecessário responder ao · que lhe custou caro, pois na varação Vitória da persistência para absorver ou desenvolver tec-
nologia.
PDS, que crilicou o socialismopor- do dia seguinte, o <::emrão sofreu
que só o conhece de leirura, e não sua maís dura derrota, perdendo O acordo com o Centr.io não re- ·proposcas do Cenrrfio. Na r euni:io Capical estrangeiro - os investi-
na prática. Se conhecesse na pnfd- o apoio de 71 par/amenw.res que sµ/tou de uma m:inobra mal suce- de /jder.mças para composição da mentos serão disciplinados de
ca, saberia que lá as problemas são integram o grupo, dos quais 50 vo- dida desre grvpo_, foi .fruro de um comiss:io, Roberto Freire, líder do acordo com interesse nacional.
muico m enores que no IP economia taram com a liderança do PMDB persisrenre rr.ib:úho desenvolvido PCB, indicou o nome de Fernando lncervenção do Esrado - O Esta-
mundial chamada BJ':ISil". A frase eospartidos de esquerda e 21 absti- pela Frente P'.ir/amentar Nadonalis- Sancana para inte_grá-la, recebendo do só poderá interver diretamente
é do Uder do PT, Lula, na tribana, veram-se. 1:1, que agrupa 140 deput1dos de ro- cocai apoio de Mário Cov.is, Jfder do na economia em casos de seguran-
~ndendo ao depumdo Gerson A derrota do Centrão abriu cami- das os panidos, dentre eles o depu- PMDB, e a aquiescéncla do "depu- ça nacional, ou de relevante inte-
Peres (PDS-PA}, que considerou nho para que os depurados José l11do comunisr:I Fernando Santana rado Ulysses Guimarães, presidente resse coletivo, a serem definidos
lJ01 areotado comemor.zr o /Y de Lins (PfL) e José Geraldo (PMDB), (PaB-BA) Alesmo no auge das ren- da Consdruinre. em lei.
sões p.roVOCidas pela VO{;Jção sobre
maio na Praça Vermeln~ em Mos- desautorizados na segunda-feira, Exploração de minérios- O ca-
coo, }')orqm: ul'nab t:.Xl5t~ u'ôeraà- .~~t'f!T'~"lttgociàçcib,com a5 , ~ e.d~<.we.rnoe..te.fl)oo.c\t>.m:in- .Dm:amr .o.~ entendimento.<; .fic.l\u pir&~ ~trdllgdro não poder.t mais
dato presidencial, o agrupamento mais ou menos evidente que os mi•
de ''.Lula conduiu sua resposta afir- lideranças do PMDB e os partidos progressism manteve suas ativida- oistros mi/irares esravam preocupa-
explorar os minedos considerados
mando que ':re lá não exiscem gre- de esquerda, já agora com a partiçi- des, num fXJdente mibalho que bus- dos com a quesriío e que o Cencr.io
estratégicos, de acorQo com lei or-
~es- e os trabalhadores não reivin- pação do senadorJarbas Passarinho anr.i neutralizar a mídia eleafJnica rião tinha apoi o para promover o
dinária a ser aprovada pelo Con-
dicam, ~ parque aY lucros são re- (PDS-PA), que trabalhou com efl. e os lobbies das multinacionais, es- confronto. Mais ainda: conversas gresso Nacional. ·
j
partidos. ciência pelo acordo. "Foi uma das clarecendo parlamentares, articu- com o brigadeiro .Octávio da Costa Concraros de risco - Ficam proi-

...
Empresários
reuniões mais tranquilas dos últi-
mos tempos", comentou o líder do
PCB, Roberto Freire, ao avaliar as
lando interesses do empresariado
nadonal e das ,ISSodações naGiaa;,-
listas e sindicatos de trabalhadores.
Lima, da Aeronáutica; o general Bay-
ma Denis, da Casa Militar, e com
o _bHgadeiro Paulo Robeno Cama-
bidos, com exceção dos Já ceie.bra-
dos com a Petrobrás.
Divergências acerca ela explora-
j
N0S dias anreriores à votação d;1
Ordem Económica, empresários de
negociações. ''Todos escavam com
disposição de negocfar, até porque
Na reta de chegada da votação,
quando surgiu o impasse com o
rinha, chefe do Escada Maior das
Forças Armadas, revelat'31TJ que as
ção do petróleo e da distribuição
de seus derivados não foram supe-
j
vários setores e estados reun.i.ram- os que não tinham essa disposição Cenrráo, os p:irlament:1res decidi- propostas do Centrão sobre a em-
se com represenamtes do Centrão, não compareceram. O acordo foi radas durante as negociações, fican-
ram formar uma romissãopara esra- pres.1 nadonal, a e\p/oração de mi- do estabelecido que as emendas
para prestar-lhes apoio kresffico a bom e não creio que não haja nin- belecer enrendimenros com os mi· nerais e o monopólio esratal do pe-
seu substitutivo, O Centrão aceitou guém que tratam da questão - dentre
frustrado com o que ficou nistTOS milir;u:es, que acé então vi- rróleo preocupavam o Conselho de
que os empresários publie2ssem Segurança Nacional.
elas, a do deputado comunista Fer-
definido", concluiu o parlamentar nham sisremacicamente apoiando as
noras paga~ na imprensa em apoio nando Santana (PCB-BA) - deve-
comunista. rão ser encaminhadas à vocação.
às suas emendas, e passou a contar
com as j:ltinhos de codo.s eles para
CTãZerem o.. depurada<; à Brasília.
Partidos negociam propaganda na TV Comité intensificará
Confronto
Brasília (do correspondente) - do tempo entre os partidos. O líder mo critério.
campanha
Por coora disso, o líder dp PfL, Ainda sem solução, até meados da do PCB, Roberto Freire, defendeu Havia, entretanto, mais duru; pro- Brasília ( do correspondente)-Pe:
d_epu13do José Lourenço, uma das semana passada, a questão da pro- na reunião de Uderanças que cada postas. Uma, delas, do deputado la primeira ve~ a reunião do Co-
lideranças mais r:idjcais do Cen- paganda eleitoral, impedindo a vo- partido, com ou sem representação Saulo Queiróz (PR.), sugeria a divi• micê Suprapartidário por Diretas
crão, en1rou asemana p35$3da repu- cação do projeco de regulamenta- no Congresso, e inclusive os novos, são equitativa de 30% do tempo ro- 88, realizada dia 26 para uma reco-
di,!Wdo qualquer ripo de negoda- ção das e ldções municipais deste recebessem um mínimo de 3 minu- tai entre todos os panidos com re- mada da campanha, cransformou-se
ÇJO ou acordo 'iObre a Ordem Eco- ano. O PCB defende horário gra- tos, e o restante do horário fosse presentação. Outra, apresentada num verdadeiro ato político, com
nómica: "Eles que vão negociar ruito de 2 horas diárias, durante 60 divldidô entre as agremiações pro- pelo PL, sugeria um máximo de 5 apresença dos govem;idores V;1/dir
com os raios que os partill11. ·· Apala- dias, mas esbarra na íncransigê.ncia porcionalmente às representações a 6 minucos a ser dividido pelos Pires (BA) e Fernando Collor (AL),
vra de oroem do Cenrrao era bacer do PR., que não abre mão de redu- na Câmara Federal e nas Assem- partidos sem represemaç-:io, e todo além das prindpais lide.ranç-JS do
chapa, e só_ negociil! se compro- zir o tempo para apenas 1 h. bléias Legislativas, A proposr-à tem o resto do tempo distribuído pro- Piv!DB, encre elas, os senadores Má-
vado que nao fX)SSUlam maioria O Uder do PMDB, depurado Ib· como objetivo viabilizar os novos porcionalmente às- representações rio Covas, José Richa, Fernando
.Poderio sen Pinheiro, apresentou no início partidos, favorecendo também aos dos partidos no parlamenro. · Henrique Cardoso e o prefeito de
da semana projeco tentando acordo pequenos. Outras questões Cui;ibá, Dante de Oliveira. ·
°Mais do que nunca se compro- (pr0posra de 90 minutos diárias du- O projeto de Jbsen Pinheiro, en-
v.?Ya, na semana passada, a pressão rante 45 dias), mas encontrou resis- cretanro, adotava outro critério. Ele Sobre outros tópicos do projeto, Partidpar;J.m, também, diversas
que o poder econômico pode ar- tência de ambos os lado~. A expec- propunha 3.0 minums cliários divi- as negociações correram mais fá. entidades de dasse, coordenadas
mar para a defesa de seus interes- tativa é que o texto final defina 90 didos entre os partidos.sendo 30" cels. O próprio líder do PMDB su- pela OAB. O gove17?ador Miguel Ar-
ses. Além das caravanas de frendsras minutos diários durante 60 dias. As para os particjos sern represenração geriu que, nos municípios que pos- raes, bem como os ex-governado-
de _postos de gasolina, .inanciadas negociações são indispensáveis congressual e um mínimo de um suirern estação geradora de rádio res Franco Moncoro e Leonel Brizo--
pelas mulrinadonais, e das quase porque, sem elas, oPFL ameaça boi- mfnuto e máximo de 3· para os que ou tv, a programação política seja !a, enviaram telegramas justific-àl1do
duas mil pessoas plane/adas pela cotar ~ votação do projeto global tivessem representação. Isso pode- local, obedecida a, lei geral, e o tem- a ausência e prescand0 solidarieda-
lJDR para acompanharem as vota- pelas Lideranç-as, Inviabilizando sua ria implicar, em alguns casos, em po de cada partido seja adminis- de ao movimento, chegando a a.fir-
ções da Ordem Económica, tam- aprovac;:ão. falra de tempo para codos os parti• trado locafmenre pelas agremia- mar que apoiariam qualquer deci-
bém esl8vam advOS os grandes la- dos sendo descontado o que faltas- ções. Isso visa a evitar que municí- são adotada na reunião. Pelo PCB
Polemica se do rempo proporcional de ~ada pios do interior sejam obrigados a parrldpardl11 os depucados Fernan-
boratórios da indústria farmacêu-
tica e as mineradoras - r.anto na- (?utra polêmica important~ no partido. ~o ~o de sobra 9e tempo, veicular programação dos candida- do Santana (BA) e Augusto Carvalho
pro1eco de propaganda é a divisão a redismbu1çao obedeceria ao mes- tos das capitais. (DF).
donals como multinacionais.

~,
"'
4 PONTO DE VISTA 29.'04 a 04/05/88 W1Z

O que está em jogo no 1!l de Maio CONVERSA DE BALCÃO

A atual política econômica fecha à Nação a perspectiva de progresso econômico e social


Contra a reação, contra o
e põe em risco o próprio processo de consolidação e ampliação das Liberdades democráticas. populismo de direita
RENATO POMPEU

stá bas~am~ ~lara a meta da solução conservadora


E e reac1onana da dupla crise por que passa o
capitalismo no Brasil a crise cíclica do capita-
lismo çrasileiro COlnbinada' com a crise estrutural do
capitalismo mundial. A solução conservadora e ceado-
/, . l
nana e~vo ve manter como estão a estrutura social e
e~onômica ~o País, particularmente a sua estrutura agrá-
na e ? seu ruvel de subordinação ao campo imperialista.
Para isso, os setores conservadores e reacionários têm
por objetivo, no campo das relações externas manter
a submissão ao FMI e aos bancos credores, a~avés do
j
direitos dos trabalhadores urbanos, mo vilão da crise: o combate ao
GERALDO RODRIGUES DOS SANTOS a prescrição das causas trabalhisras ·défidt público. Mas, a major tra~ - escorchamento representado pela dívida externa. Ao
somente após 5 anos, a liberdade parênda nas informações econõm1- mesmo tempo, os setores conservadores e reacionários
e a auronomia sindicais mantida a cas, outra invejável conquis a de-
unicidade, a qualificação do .racis- mocráúca, desmoraliza os argu- têm como objetivo abrir ainda mais o Brasil ao capital
s conquistas l:úsró ricas al- mo como crime inafiançável (no mentos oficiais, Em proporções in- estrangeiro, não porém para instalar empresas que de
A cançacias pela dasse operá-
ria e 0 ronjunto dos traba-
lhadores justificam plenamente o
ano em que se comemora o cente-
nário da Lei Áurea), e ntre outras.
Contudo, a nova ofensiva do go-
verno federal contra os salácios dos
feriores às de muíros países desen-
võlvidos, o défici1 público brasilei-
ro não está relacionado aos salários
do funcionalismo público e dos tra-
fato dinamizem o mercado interno e beneficiem as
grandes massas. E sim para a instalação de plataformas
de exportação, ou seja, tanto empresas ~•.ie exportem
caráter festivo da comemoração do
Primeiro de Maio em todo o mun- trabalhadores, com a suspensão da balhadores das esratais, os quais maté rias-primas como produtos acabados,. mais exata-
do, Através de poderosos rooví- URP por dois meses para o funcio- apresentam peso decrescente em
memos grevisras, grandes mobili- nalismo público e os empregados re lação ao PIB. Sua~ orígens esrão mente bens de consumo de tecnologia média e os
zações de massas e diversificadas da5 estatais, as punições e demis- nos grandes encargos dos juros das chàmados insumos (produtos como aço, a serem apro-
formas de lura, os trabalhadores im- sões aplicadas contra as lideranças dívidas interna e ex1erna, nos auxí- veitados industrialmente nos país~s importadores). Te-
puseram e continuam a impor ao dos movimentos re ivindicatórios, lios financeiros a empresas priva-
patronato consideráveis recuos nas os corres nos gastos e invesrimemos das falidas, nos incentivos fiscais, mos de reconhecer que essa solução é ecoriomica- .
práticas da exploração capitalista, das empresas escacais e a perspec- subsídios e favorecimemos inacei- mente viável, e pode .até ser apoiada por assalàriados,
obrigando-o a abrir mão de prMJé- tfva de sua privatização, a retração táveis, na baixa carga de 1riburos
gios e, muitos vezes, pondo em geral cias atividades produtivas e o sobre o capital e as altas re ndas e inclusive operários, que sejam beneficiados pelos pou-
questão o próprio poder do capital. alasrramenro do desemprego, a ar- no próprio aprofundamento da re- c0s empregos de alta renda que a solução conservadora
Nas duras comendas do dia-a-dia ticulação das forças reacionárias pa- cessão económica e suas repercus- e reacionária da crise poderia criar, desde que esses
nos países capira11sras, os trabalba- ra barrar, no 2° rumo das vocações, sões sobre a arreciclação.
as conqui::,w, iá obüda:;, na Gornü- Parn e,!> ,rnl:Jiilbatlc,rc:.; 1cm"1}&:.n:r., assalariados e m)erários não tenham desenvolvido uma
llurts arrc11101.nun a1.:1:, patrões c;on-
quistaS memoráveis, como a redu- tuinte e a implamaçã0 <la Reforma não está em jogo apenas a siruação visão política. Mas, a mesmo tempo, temos também 1
Agrária, as tentativas de adiamento
1

ção da jornada de trabalho, as férias imediata de seus salários, de suas de levar em conta que essa solução conservadora e
remuneradas, os clireitos da mu- das eleições municipais e a pers- condições de vida e de seus empre-
lher, a proteção ao menor, a previ- pectiva de mais um ano de mandaco gos. A continuidadé de uma política reacionária não é politicamente viável na atual situação
dência socia.1, entre outras; à freme para o atual presidente, contrarian- econômica alheia aos interesses do de maior democracia (em relação ao regime militar),
da luta dos povos·por sua libertação do os anseios da Nação, configurnm povo e cujo único instrumento é democracia que, ainda que limitadamente, deverá se
nacional os a:abali1adores infringi- um quadro político que exige a a recessão, fecha à Nação a perspec-
r-amsérias derrotaS ao colonialismo transformação do Primeiro de Maiu tiva <lo progresso econômico e so- ampliar a partir da vigência da nova Constituição. Sendo
e ao neocolonialismo; e nos países deste ano em rele-'. :1me evento de cial, e põe em risco o próprio pro- a solução conserva9ora e reacionária economicamente
socialistas, os trabalhadores liqui- mobilização dos m, h;1111adores com cesso de consolidação e ampliação viável e politicamente inviável, os setores ·conservado-
daram a exploração do homem pe- vistas à grandt:s jornadas de lura das liberdades democráricas.
lo homem e garantiram a melhoria que se avizinham, tendo-se como Mais do ~ue nunca, é necessário res e reacionários vão, é claro, procurar atacar a demo-
radical das condições da vida mate- referência, inclusi\'e, a greve nacio- reforçar a unidade do movimento cracia Daí, a necessidade de defender a democracia.
rial e culrural dos cidadãos - com nal nas estatais convocada para o sindical, buscando-se a ação co-
Por que a solução conservadora e reacionária não é
novos avanços fuvorecidos hoje pe- dia 3 de maio próximo. mum conrra o arrocho salarial e
la "perestroika" e a "glasnosc" - Contrariando os compromissos a recessão independente de con- politicamente viável nas atuais circunstâncias? Porque
e contribuíram decisivamente para assumidos com o povo nos primór- cepções político-ideológicas. E é ela beneficia apenas setores restritos da população, pre-
a manutenção da paz mundial. <.Lios da Nova República e acenden- também essencial que o movimen-
to sindical seja capaz de se articular
judicando as grandes massas, que na democracia têm
Em nosso País, em que pesem do aos interesses do imperialismo,
as atuais cfükuldades enfrentadas dos monopolisrns, dos banqueiros com amplos serores da sociedade, condições de se contrapor aos objetivos dos setores
pela classe trabalhadora, também e latifundiários, o governo federnl fuvorecendo a formação do bloco reacionários e conservadores.
há razões substanciais para a come- abdica do tratamento soberano da de forças políticas e sociais demo-
questão da dívida externa e subme- cráticas e progressistas, cujo inte-
No e ntanto, a luta contra a solução conservadora
moração festiva do Primeiro de
Maio. A transição democrática camí- te-se às pressões dos credores in- resse comum é a consolidação da e reacionária da crise pode levar, se for mal conduzida,
nha para o seu término com a pro- , ternacionais e ao receituário reces- democracia no País e a re0riencação ao reforço de uma solução populista de direita. Um
mulgação de uma Constituição que, sivo preconizado pelo FMl Com da economia no sentido do cresci-
atf! o momento, permite a instiru- uma política econô01ica cujo obje- mento da produção e da distribui- goverrio populista de direita, que pode até mesmo ser
cionalização de liberdades públicas tivo central - antinacional. e anti· ção da renda, para melhoria das eleito em eleições diretas, por insuficiêf.lcia no esclare-
fundamentais criando novas e me- popular - é a geração de divisas condições de vida da população. cimento político das grandes massas, pode adotar uma
lhores condições para a5 luras dos para o pagamento dos escorchantes Neste 'Primeiro de Maio, os co-
lfabalhadores e garante significati- juros da divida, o gbverno procura munistas participam da dura luta poütica de criação de empregos, por exemplo na indús-
vos avanços sociais. Tais avanços, restringir ainda mais o consumo que os trapalbadores travam contra tria armamentista; pode reagir contra o FMI e os bancos
e mbo ra estejam aquém das aspira- popular e enfraquecer a ação das o grande capital e a polírica econô- credores, pod€ mexer na estrutura agrária, mas ao mes-
ções populares, coostin1em inequí- empresas estatais - instrumentos mica e m vigor, reafirmando sua
vocas conquistas, como a redução _ históricos do desenvolvimento eco- plena confiança de que, com unida- mo tempo teria de agir contra os setores mais politi-
da jornada de trabalho para 44 ho- nômico nacional - de modo a ga- de e amplas ações de massas, será zados e organizados das massas operárias e assalariadas
ras a hora extra 50% acima da hora ranti r mais exportação e me nos im- possível barrar o arrocho e o de-
semprego e compatibilizar as con-
em geral, impedindo a democracia e a liberdade de
oo;mal, a indenização para demis- portação.
sões proporcionalmente ao H:mpo Impossibilitado de conúnuar ex- quistas democráticas alcançadas organização de manifestação. Foi mais ou menos isso
de serviço, a licença materrudade plicando o arrocho salarial pela ne- com efetivas mudanças econômi- que aconteceu com o fascismo e o nazismo. Atenção
de 120 dias e a de pate rnidade de ces.c;idade de controle da inflação cas.
portanto para que, ao se combater a solução conser-
8 dias, a gratificação de !érias cor- - já que a URP sequer recompõe
respondente a 113 do salario, o 13v o poder aquisitivo dos salários em-
vadora e reacionária, oãe se leve água para o moinho
P'dra os aposentados, a jornada de bora os preços continuem aumen-
1
Geraldo Rodrigues dos Sentos é mem- da solução populista de direita.
6 horas para turnos de rodízio, a tando - o governo inventa uma bro da Comissão Executiva Nacional do ~
PCB. '
extensão ao trabalhador rural dos nova farsa que eoloca o Estado co-

.,
1-
WIZ 29/04 ª 041os1aa ECONOMIA 5
TOME NOTA
Nova versão sobre
Política industrial visa crescimento
a Coreia do Sul
Uma proposta estraté~ca, que aposta no resgate das altas taxas de crescimento e
Esrudo realizado pelos réal/C().)"
do BNDES rendo à frente .1!:m3 de
na modernização do parque produtivo, é a opção em estudos no governo federal
Fátima Dib e Paulo 5ergio Ferra-
doli, lança por tem mdo o qu~
r;-em sendof.úadoso/J.re:1ecanom~a
• - • .1 ~mdo os d01s
G rande expectativa está sendo
g~~ada nos meios e mp resa-
nais e entre os economistas do Ladeira abaixo
da Coréia do :,w .,.,~~- _, P'IB ' - ,
3% de ue,cítT1éfl_lO uo co- '"Pais em tomo d
os 1 3rdbuidos ao pia- política 1 · nd ·ºa1ºovo proieto de O secor de bens de capital deverá
reanodereniser . . ustn que o governo
oepmenrod:uvecumpndo, a cap1- pretende anunciar, pois especula- encerrar o ano com uma queda de
·,f/30<Jna1sfórreseinvestimencos se que os técnicos do Ministério 20% do seu fâruramento em relação
:; de5eJJrcMmenro teCf!ológico e da Faze~da ,encarregados de sua ao ano passado, anunciou o presi-
n:I educaçia Além disso, à p r es~n- elaboraçao não pretendem adotar dence da Assodação Brasileira de
ÇI do Estl1dona economia, conrrole qualquer visão imediatista, optando Máquinas e Equipamentos (Abi-
Jas impomções e rígido sistema por fomentar um deselvolvimento maq)(Luís Carlos Deloon Leite, pre-
de enrrada das multinacionais no de largo prazo. vis,io relacionada com a sensível re-
país As duas zonas de pro cessa- O eixo da nova política industrial dução dos índices de desenvolvi-

º:
m.enio de exportações criadas por em elaboração pelo governo será
lã, em_I?,7 1~72, P~ e_spanr_o a _moder~çãoclo parque indus-
dJ opiJlí10 P blica brasileira, sao tnal, com conquista tecnológica e
mento do País'. Já no ano passado,
apesar de aumento de 2,6% na pro-
cfução em relação a 1986, o setor
tPlp-.m~e ~~5~: frustrando as maior competitividade. Apoia-se a regiscrou uma queda de 8,2% nas
c:Apectattvas truaais, rep:esencam proposta na queda das taxas de in- ve,ndas, delvando as empresas em
apenas 2% das exportaçoes corea- vestimentos reduzidas de 2396 do situação difícil.
nas. Os dois técnicos foram "ver Produco lnt~rno Bruto na década Em janeiro deste ano, a queda
para cre(' e ~~~m d~men~do de 70 parà 16% ao ano. O parque de crescimento no secor foi de
alguns sab1does da vida nac19.naI, industrial brasileiro, segundo os 12,8%, aumentando para 16,6% em
como Roberto Campo.s e José Gui- técnicos, esr.á sendo praticamente fevereiro. Dois setores vêm sendn-
lherme Mequior sucareado, com a utilização de tec- será possível duplicar o atual volu- nistério da Fazenda, entretanto, é do mais duramente essa queda: má-
nologia obsoleta. me de eJ\'POrtações brasileiras. o fato de que a curto prazo o pro- quinas agrícolas, com 50% de redu-
Programas setoriais integrados, grama prevê o aumento das impor- ção de vendas, e mecânica pesada,
Ingresso aa mão para A proposra dos técnicos do Minis· com redução de impostos e maio- tações, com impacto sobre o supe- que caiu 39%. Nos serores dá indús-
o clube dos retardados 'tério da Fazenda é possibilicar um res facilidades para exportação e rávit comercial brasileiro - cuja cria seriada, o nível de odosidade
crescimemo mínimo do PIB indus- importações, serão parte deste pro- elevação é estimulada atualmente d1ega a 26%. O desemprego no se-
0 economista e depurado consd- triai de 7 a 8% ao ano, durante os jeto, que pretende privilegiar os se- para o pagamento dos serviços da car, que já é uma dura realidade
tuinte José Serra, analisando o de- próximos dez anos, resgatando tores de tecnologia de ponta e tam- dívida externa. Os investimentos para os trabalhadores, somente não
se.mpenho da economia brasileira uma caxa média histórica. Há um bém criar programas de exporta- em projetos industriais, na opinião é maior na ár ea do pessoal espeda-
no.s últimosaaos, demonstra defor- consenso de que essa taxa é indis- ção, com ênfase no setor marítimo. dos técnicos que elaboram o plano, lizado, que as empresas evitam dis-
ma dam, simples e objeriWJporque pensável para recuperar a defasa- A grande conr.radição dos escu- são um ínstrumenro mais eficiente pensar porque enconrraiii difi-
S\ .Bo.si\ ,i5. ffill}nml, _-.e..1, jt»l,:e~',f\ s..e.m \t.cr!1.1J\f;:s.\.u ~\t.ntt. e.. mm dos rea\iiadm. mm a atua.\ po\\tica f'\lrll rnmh;\TP.r o r\éflc.it púl:ilico e culdade para recuperar a mão-de.-
e agora sófalra consumar sua enrra- base nesse objerivo, em dez anos económica desenvolvida pelo Mi- criar riquezas no País. obra depois''.
da no dube da5 reíardados econó-
micos, ;unto com outr0s países co-
mo Uruguai, Chile e Argentina. A
queda das raxas de crescimento da
economia brasüeinl colocou de for -
Acelerado o programa de privatização
ma dramática a questão da neces-
sidade deinvestimentos. É possível
cr(:Scerpor breveperíodo ulilizan
flOIIE DA O.RESA 1COIIIROUOOR
AOONISTA OBSERVAi;o-Es 1I~ EDUARDO ROCHA
ra S/A - Telebrás; Petrobrás Distri-
buidora S/A, além da Usina Siderúr-
,. PROCESSOS COCI.Ui:JOS gica de Minas Gera.is S/A - esta
do a capaddade ociosa, mas sem
I
novos .i1JveslÚ11entos na expansão
da capaéidade prcxluliva is.so é im-
possfve/ porperíodos mais largos
Clo......,dtTecilolllmAúa
Einp,lll~e01MS.O!wa&pedD&a

TIWf~iJE~ACIOll,(fljo
BNOES
OHER
=- Alitt11do lO ª"""'
Calag....1 Lfopoldlna
Uq,idlçioom»(!Hl
A Secretaria do C0nselho lnter-
ministeriaJ de Privati.7..ação, coorde-
nada pelo Ministério do Planeja-
última, arualmente uma das princi-
pais produtora de aço das Américas. •
Trata-se, na verdade, do desman-
Para ele, os /atores que bloqueiam
o crescimento são a queda dos in-
vesrimencospúblicos, a retrP.ção do
investidcr priVãdo e o b l oqueio dos
.inandamenros exrernos.
lllllruSoc:ildldtÃndlilll
IMq,ilnaPh!ilhglU
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Edital p
Elll lut dt0ft111s de
ela!Jorado
PrtÇOs
lllplaçiottUl1dlfflflllD
mento, elaborou- recentemente a
lista de empresas sob controle acio-
nário do Estado incluídas no Pro-
grama de Privatização. A VU pública
parte da lista nesta edição.
Atualmente, há uma forte tendên-
telamento de considerável parte do
setor produtivo estatal. São empre-'
sas lucrativas (almejadas pela inicia-
tiva privada) que serão vendidas a
valores jnferiores ao seu real valor
patrimonial e produtivo.
Centnltdt~do&pilloSnoli
c,ntnis dt Ab t 1 :-te... c.,,pilla U COBAL
Nlgoclaçiotm tndamenlo cia· de acelerar o processo de passar Privatizando a privatização
"'9o<~tt11 tndamen1D

1
Câmara denuncia Cnbl llttlilli-hlmlatCoill«cà> BHDESPAR E.a)dtlln para o comrole privado, nacional O Conselho loterministerial de
CBC
sucateamento da Cosipa C1a. 8/IIDlhdtDnco·CSZ(Cnba)
CAAAIBA
Eaddlnlçio
Emdlfinlçto e escrangeiro, importantes.e 7estraté- Privatização esruda a introdução de
llinenpocntllll.ld&.=J CBC E.ti dtflnJçio gicas empresas do Setor Pi:odutivo uma terceira personagem externa
~ Cll!lltc Uda. f J
Os vereadores de Sancos, com
base nas discussões realizadas na-
~ c . i - Udl,(c:n!IIJ
C1a. 8mllih dtCollrl· C8C (Caraila)
~Clrlnl.lda.("'c:.
~PAR
C
~=
CAAAIBA
BA
CARABA
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to
Emdtllnlçto

EmdeflnJçio
.Estatal, marerializando assim a fu-
nesta idéia que, "com grande Jm-
no processo: o intermediário, que
poderá ser um banco de investi-

=~
:;.,:Clrzàlllol.ldL( ) lnd.tCom. Emdefinlç6o pulso na privatização das estatais, mento, uma <!orrerora, um banco
quel~ Câmara Municipal sobre a si- FUI ~ dt.&lnlllnS lldMlcu U CSN
lnd.1Com. Emdeflnlçio
ruaçao da COSipa, aprovaram docu- llllnaSldtnilgfc:ldl lblllo U • SISA
lnd.1Co111, EIII definJçio estará se dando uma forte eoncen- de negócios ou um consultor espe-
~ Anos P1i1ti11 U-AFP cializado nesta área.
m~to denominado "Cam da Cos/- 8rlsfllndl~ ~ -COSIW'I SIOER'S~ lnd.eCom.
111d.tCoJn,
Ellldtllnlçio ção do déficit público".
a,. Ftm, e Açodt ítdril• COfAVI SIOEAB Ellldeflnlçto
pa o_nde af'mnam que a empresa a., Sillwgjcldl Amazdma· Sl)EIIAIIA IINIÃO lnlfflol
Em=
O programa prevê, por exemplo, "Se atingirmós este objetivo po-
estaria com a produção normal e BHOES PIIJltpfflento a transferência do controle a'cioná- deremos multi plicar o nosso poten-
fiibr:icando aços de exceJenie quali-
dade se o governo não tivesse cona-
ÜIIIÚlll llidnlcaU · USllll:C
fóllakelltlU·FASA(:L_
~~BadldoPrlll -SHBP
IIMglliodoSio Fraoclsco-FRAHAVE
~Oaiios.A.
AIITA
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flllftda

PETROOUISA
T11111pom
Transportu
lllnueE/lt(9.
E=
EIIIBcllaçio
Ptndtntt dtdtllnlçio
rio de empresas como a Garaíba
Metais SIA, detentora do monopólio
cial de venda, atraindo, inclusive,
a iniciariv-,1 privada na área de con- j
do os apones de capical programa- M.Cirt,aqaioltlCmrlne!l•·ICC
PROfEATlL tllnastEnt,v.
lnd.tCom.
Ptndtnlt dt dtlinlç(o e comerciali1..ação do cobre no País; sultoria e intermediação para auxi- j
dos. Os vereadores aCtJSam o gover-
no de uólizar as Irregularidades =-~"'.°S::.:feflloctssanenlo dl Oodos
Coln-~•Sllttsu Srulflim $.A.
CSH
CEf
BHOESICEF
Fmnd1
Ci!nelieT«n.
l'tndtflle dt dtllnlçio
Ptndtnle de dt!inljfo
Pffldtnlt dt dtflnlçio
Usina Siderúrgica da Bahia - USJ-
BA, importante produtora de aços
liar o comprador n_a montagem da
engenharia financeira. Privatizaría-
j
BNDESISIIDG P~lo Ptndtn!t dt delnlçJo
ocorridas na empresa para jui;cificar tTaliat=U
~•bllil·Acala
O. BRASIL Fmndt Ptndentode dtlfnlçto
Pendtnlt dtdtfll1lçfo
planos; Cobra Compuradores e Sis- mos, assim, o próprio processo de j
a intervenção, sem entreGlflro ado.- ACESITA
ACESITA
Fmnd1
Fmnd1 Ptndtnte dtdtllllçio temas Braslleiros S/A, empresa es- privatização", argumenta David Ca-
cu- medidas para superar a grJve -....;.~s!:;~{Acaill) Lratégica no setor de informática; semiro Moreira, secretário-executi-
siwação llnanceinl da empresa e so- EIPIIUAsEtlllCO!IPoAAÇÃO/ACERVOS EII LIOUIDAÇÃO Cia. de Aços Jtabira - Acesita, pro- vo do Co nselho lnterministerial de
ludonar os seus problemas admi- dutora de aços de sofisticada tecno- Privatização.
nistrativos. •~ missão interJJentora EIII tue dt llqulSaçfo Tudo indica que a iniciativa pri-
~~MidtWcatln$lwn!IÇi)s.A. E.IIBRAER Aerunl utlea logia; e Perropesquisa S/A, empresa
deixa dara o seu caráter policia- a..-...:""-·Copase UHIÃO
PORT,OBRÁS
FmndJ
lnd.eCom.
Elllestudo
Em fm dt lnco,p. p~obril que responde por 80% da fabrica- vada, que não perde a oportuni-
&u.-11o11'TO~ Eltlntudo
lesco, gerando medo e insegurança Cil.llnslleh11o~liil1londPtn11 UHIÃO 'fmnd1
Emnludo ção de produtos químicos no País dade para proferir discursos contra
Fmnda
enrre os trabalhadores. "A Coslpa, UHIÁO encre outras. a interferência do Estado, não esta-
segundo eles, corre séria ameaça Elll'IIWsOES!WAol.S O programa inclui, também, as rá disposta a se auto-financiar. Ela
==
~lll!IIROCAP!TAL

• de sucaceamento, porque não rece-


be novos capitllis do goveroo e é •111a1rn11nu..ta.EBAA!
~~Go!là-11;1111~
lllltÃO ComunfcaçMS
S!OfABRÁS ti,d.eCom,
Emdtflnlçlo
Emdtflnlçlo
empresas destinadas à "abertura de
capital'', eufem ismo para nào dizer
continuará a representar o papel do
filho que dama por liberdade, mas
obrigada a mancer preços irreais. 1 U-llll
PETR08~S lllnll eEnerg.
Ellldtfiniçto
a abertura pa!Q a torai privatização, no final élo mês vem pedir a me-
Pmllrll!l,nlcaU - ~ Emdtflnlçlo
PETROB S 11Jn111Enet9'i
Daí o seu estado de Jnsolv~nda. como a Telecomunicações Brasilei- sada.

_,
6 .. .. ...
" "

Paulinho da Viola,o cidadão-


samba, faz rolar estórias e
histórias nesta entrevista a

iz-
Rogério Marques.
Não é de hoj e a preocu~ção
Overdadeiro cidadão-sai
com a perda de espaço da música aparentada mm aYelha guarda e o Ou seja. sua música le,'a a ma
brasileira p ara a m úsica estrangeira Carlos Jurandir choro. tem a cor das tendinhas, das
- prindpalmente a non e-americana -
genuína arte popular. que n~
roupas secando nos rarais dos nostálgica e não para no t~
nas rádios, 7Vs e até nos jamais. Como
é que vocé vê o problema? Dificilmente outro sambista morros e conjuntos habitacionais embora esteja interessad~
Paulinho - O que se sab·e, o que tera a ,·isão geral do mundo do dos arrabaldes. dos terreiros das em se foru lecer pela ba.,c.
é muito claro - e é engraçado, porque samha e da ,ida cultural que" escola.~de samba. mas tambem a É·por isso que a roz de
isso não é comentado, mesmo a impren-.
sa não roca muito no assunto, parece·, caracteri1.a a produção artisticl l'rudição mmical que o aproximou. Paulinho. sua maneira de toe:
até um acordo de cavalheiros - , o que e as opiniôc., de Paulinho da Yiola. por exemplo. de maestros como riolão e caraquinho ~sim COI
é voz corrente é que há um controle Sua musica refinada: sempre Rad:Jme" <,natalli e Guerra Peiw. estilo de compor. são ticlo~~
absoluto da m:ídia, um controle dos ele- uma ·espécit dc padrão. O
mentos de comunicação.como FMs, AMs,
televisão e tudo o mais. É uma coisa onde d~s~;1,·oh-imen10 da arte de P;,
os interesses em jogo são maiores do da Viola corresponde ao prôpl
CiJUe a preocupação em saber como está ·-== · • ,: 1e~e1!v_z}~imc.nt~ ~ músi~ .
a cultura brasileira, a arte brasileira -
não existe mais isso. . :.- . ~- ·:.~~v~~·1.~t~~3: e_ y~

Voz - E como acontece esse controle, .. •· :lf~n,1cas,:2 _arf~º;S~r!to~q~


naprácica? ·: • ~ · percor~eu ~e~de·,·pp(exempl•
Paulinho - Existe um controle rígido, ·.· Noel Ros':.r. i>ot isso:él:Feilcat'
existem liscas de músicas que podem ser
tocadas e outras que não podem ser toca- ml{is P.Q{fuà' i~Ja~ida:cil<11!~
das. qualquer·,·estígio de_ . :
Voz - E isso apesar da exiscênda de · cs·pctaculosidade: Isso iião si
l ei est.abelecendo que um determinado ~ necessàriame.rfte sefcÔ~tido
percentual das músicas tocadas pelas rá-
dios deve ser brasileiro. .
Paulinho - Sim, existe uma lei com
esses percentuais - que eu nem sei
·-~· . ::;~d:';:~~~:t:!'°;,:~
_,...._ _', ~ ,amhal! de estrondo~o ~t~t
quais são - , mas faz-se uma coisa dife-
rente: cumpre-se a lei, só que no horário
· ,.\
<\. \ ~:.
·
i c~imo F~i um rio q~c p.:i.,.~ou
· r1d,1 - mas consequente. '
chamado não-nobre, por exemplo de
madrugada Fora desse horário é tocada . ✓.·· • . \ \. • Elnahe disso desde o comê
outra coisa. Isso até c;-.ie mudou um pou- .\ \ : - desde o Zicartola. o bar A!
co - já temos rádios que tocam música
brasileira. Mas havia uma fase em que _- :._:=~' \ da Carioca. no Rio. tspccitô
não se tocava nem o.e; clássicos da música , , \ cidadela do samba. em 196-,.
brasileira. começou a mostrar sua., mw
Voz - É impressionante como n.ão é por acaso que. ao lado do
se divulga a obra de compositores ge- trabalho rnmo compositor. ç
niais com o Canhoto da Parafba, que cere
um disco produzido por você, ou como mos!rar. como poucos. inici
Neilopes... · como :i a~lutinacán l. prew
Paulinho - São inúmeros artistas, ar- em disci> das rozcs da \'elha
tistas de peso como o Edu Lobo. Mesmo da Portela (Porref.1. p:m.1do
o Milton Nascimento não é executado
como antes. Djavan, Gilberto Gil, o pró- · . plorí.1; I970) e a gra\'ação e
prio Chico Buarque, são artistas que hoje estudio de um conjunto de
não têm a execução que tinham algum liderado pelo chorão K-Xim
tempo atrás. Isso é uma coisa pré-esta-
belecida, não foi porque o povo de re- aproreitado cm disco apôs ,
pente decidiu não mais ligar para esses ·dÓJlarinetista e saxofonista
nomes da música popular brasileira e Einbora desconhecido do g
resolveu curtir rock. Não, não é isso. ·pübli.co, K. Ximblnho é res
Existe realmente toda uma geração de
jovens que curte rock - o que é ótimo, ré\~ formação e desenrntv·
acho que é isso mesmo-, mas só lamen- gerações inteiras de mtisic
to que esses joveni; não conheçam, não liiâsiieiros.
tenham oportunidade de conhecer o i::1Qgc 'de se proclamai: por
que já se fez em termos de música brasi- .. r-::-.-.• . .
leira. Eu só lamento que eles não tenham .A~:sa111ba, ele.apenas age,
·• I r,:..
-~. t . ,'.,, •
A

essa oponunidade de escolha, de dizer "· · ·Gr:irnu.com o~ composlló{


"isso aqui é legal, jsso aqui não é". A ino·;ro:zê Ke.tti. ~e1;(ió Sàr
maioria dos jovens não rem essa infor- • Anescart.infio; Jair do Cara
mação porque é maciçamente bombar-
deada por esse tipo de música - agora . . .-t· ·.-; Ehon ~~dei~~s,·oscar Blg
exdusivamente de rock -, formando-se
ind usive um comportamento. Eu já vi
declarações de pessoas, ind usive de
compositores, geme ligada ao rock, de
que seme ódio, de que se sente mal
T:
··"4'
.··,l~ - '.Ir. -:~t ·. \
,;-.'!·h~. · . -~ • ~.t~
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•-'_'c9njµni<kCirico·crfouí~~1
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·. ~ 1'·:- '"'· •::•.· - .K'-,:...,..,.~ _.
1· .,... ...,.•,·~
emrdé particiP.af;
·--~~., '
.-x..4:._~~
7
RUMonos mas essa pr;oblemática é extremamente
complexa. E i.rpporrante fazer uma aná-
. VENTOS
A Ioda iJora ·
lise da situação brasileira, do quadro
económico, social, mas eu temo que
n..e e~so~
vu, - rola lll1Ja estó...J-
,s;i
.' pouca génte tenha esta análise na cabeça,
A todo ÍDs.'"'-• tlr àteoto temo que pouca gente esteja vendo essa
n.. ,cu,-e rola Ul1J coisa toda com clareza. Um fenômeno
Quem sahe rema:~-
vue l11Ut/a o l1U1l ,1,,._ l110J'/rot:oto

Vem chegando LJao estraoha


Yeotas decorrente de uma grande apreensão,
uma grande dificuldade - tudo caro,
quando ouve por exemplo um samba.
Isso foi dito inclusive por gente quedes- O jeito é criar ,:juz de Ul1J aoYo dia esse desemprego em massa... Acho que
filou em escola de samba - "Olha, eu ~ ~gara Fefha "°ktro sam/Ja tinha que hãver um projeto concreto em
relação a isso.
não curto essa não. Me chamaram, eu M_uJber, é issoaí tas/.a
Voz - V9cê é a favor do presiden-
tô aí, não sei ~ quê... " Só gue ele não &iotstea
Le-n,I Keote lllestr,o dalismo ou do parlamentarismo?
admite que outras pessoas que pensam .._<iOU11Jh3rto
Apesar do ag/fado .Pesado Paulinho - Eu sou pelo parlame n-
diferente se sintam incomo<iladas com tarismo. Não acredito em salvadores, .0ão.
um tipo de ritmo vertical que é a música SemaJuae lllar
Ao sa/Jor da .seu t:ocaato acredito que um cara chegue e diga: "eu
p111•w Jkm1uúo Bello de Carvalho, que ele faz. tenho um plano". Ninguém vai tirar carta
Em torno disso levanta-se ro<ila uma Mesmo aoKd4J'l?Dtaaia
n:i idralização do show Rosa de Ouro, Aleu CO!,..,r!i ~ tfa,110/te da manga - isso não existe. Acho q ue
falácia de que "moderno é isso aqui, o •«~o aao esfria .neste momento a sociedade e as forças
rmJo em meados da década de 60, ~tas que é out é aquilo, o <'1\le é in é isto", E (Jllaado o J'eJJdava/
wmhem e possin:l ouvi-lo · Acharemos,,,.,_ 1,L_ /Xl5Sar mais ínteressadas numa mudança, as for-
e:ssa história roda que a genre está cansa- Eaté ........,.uua ças m_ais:Sérias, mais honestas, poderia m
acompanhando o maestro·1:ladames _ do de ouvir. Existe toda uma pregação 'lllaJJdo Deus deá:u. chegar a um aco rdo em função dessa
de que isso é nostalgía, é saudosismo ~ º f (DCaatfo a Pida , lllU/ber
.ll\ ,;olão. no lp lançadô·pela transição, dessa mudança.
- quando você fala na sua própria histó- Voz - E qual seria?
iunarte em hofllenagem ao grande· ria, nêgo diz que é nosrálgia. E até uma Paulinho - Não sei. Todo mundo
musico brasileiro: morto · · falta de respeite para com um contin- ' ' quer uma mudança, e essa mudança po-
recentemente. Com a mesma dedicacão. gente de pessoas multo grande que já Paulinho - Bom, parece que existe deria s~r uma mudança de pre~idenre,
está noutra faixa etária, que estão vivas, um consenso na comunidade negra do porque esse pessoal que está aí não dá
foi durante an(?s - juntamente com que conso me m, que compram, e não Brasil de que não há o que eomemorar, rn:ais, não é? Está havendo uma disputa
. · _s,._~M'eiroÍi -~ õ acompanhador têm op0rtunidade de ouvir o que gos- há o que se r efletir sobre esses cem anos. de poder e a sociedade está meio larga-
afiei.ai da partideira Clementina de tam, o que querem. Não é à toa que Essa é também uma oportunidade para da. ·chegou-se a um tal ponto de frng-
}esus. co_m quem chegou à viajar ao o Chleo Buarque faz o sucesso que faz se refletir realme nte sobre tudo o que mentação, de descrédito, de degenere-
quando dá um show como este último fo i. fe ito co m a cultura negra, com o scência, que toda e qualquer medi~ mais
ex1erior. - é um artista respeitado pelo público, ho mem negro no Brasil a partir dessa concre ta, mais positiva no sc;ntido de
·Paulinho da Viola está longe respeitado por jovem, por velho, é isso Abolição. Mas me parece gue, com tudo mudar isso, pode resultar em nada. Essa
das fórmulas consumistas. mas que tem nêgo por aí que precisa enten- já conseguido pela comunic:4tde afro-bra- é a sensação que a geme tem. Diame
der. Pra quem manipula, pra quem con- sileira na discussão desses problemas,, disso é que eu acho que tem que hav,~r
também não embarca na canoa furada trolq esse esquema todo, t0dos esses o assunto ainda não ganhou a opinião um grande projeto.- e um consenso ces-
do purismo, A prova e Jin:Ji Fechado. convêniQS com a mídia, essas coisas não 'pública, ainda não está na massa, mesmo sas forças mais sérias com relação a e.<:sa
canção identificada com o cont.am mais, esses valores não contam. ·com a propaganda na televisão. mudança. Eu não me arrisco a dizer e, Je
vanguardismo dos anos 60. e a Voz - E você vé algum jeito de se Voz - E p or que isso? eu acho que a solução é "fulano ser el·ei-
acabar com essa siruaçãó? Paulinho - Porque está ocorrendo to". Isso está fora de canaz..
manifesta aproximação com o jàzz Paulinho - Ai é complicado, porque - uma crise geral, mesmà. Atualmente é ·voz - Neste momento em que G Jl.
que se verifica especialmente em quem controla isso tem um poder muito levantada uma questão da maior serie- berto Gil é candidato a prefeito de Saí va-
algun, do~arranjo~ de suas musicas •grande. Aqui o que se tem que discutir dade e, de repente, no dia seguínte ela dor, você não cem vont;1de de enuarp :.!Ia
em disco. em que pi~tons. saxe~ e ' é o problema dos meios de comunica- está atropelada por outra questão, e no a política?·
ção, mesmo, as conces:sõ~... .outro dia já vem outra - está todo mun- Paulinho-Nunca!Política é um dr: m,
trombones improvisam junto com o Voz - Paulinho, existem várias linhas do tomo eom isso. Não remos uma gran- tem que se ter talento, não é coisa p a
riolào e o cavaquinho. E uma de samba. Em qual delas você se encaixa, de questão isolada - temos inúmeras qualquer pessoa. O Gil é um cara takn-
lihertacão da maneira co111icb e qual a sua formação no samba? questões, esse é o quadro. E a gente tem toso, é um talento múltiplo. Já eu sr,u
mui10 sutil da improvisacão no Paulinho - Eu levei algum tempo pa- que transformar isso, temos gye ·colocar uma pessoa muito mole, vamos dizer '15·
ra aprender uma c0isa: na minha forma- em discussão e transformar. E ·evidente sim, muito mais para o sentimental, p~ra·
choro. re,trita ao acompanhamemo ~º•em matéria de música, a grande in- que para ,os negros essa reflexão sobre o emocional - e o político rião pode
do qual e um mestre .,eu pai. o fluência foi do choro e do samba que o Centenário da Abolição é uma coisa ser isso, o político tem que ser um 1t t'a·
violonista Benedi!O Ctsar Ramos não~ o samba da escola de samba, por- primordial, e existe um esforço nesse dor implacável. Eu chamo a política de
que o samba, cem diversas caras. O meu sentido, ·mas a comunidade negra não cocô de criança: cheira mal, mas ~, •::ê
de Faria. integrante do conjunto samba está muito mais para a escola do tem dinheiro, não tem organização forte não pode deixar de meter a mão, limr ·II',
l·puca de Ouro. o grupo de Jacob Geraldo Pereira, do Wilson Batista, do o suficiente para chegar e dizer: "Isso não tem outro jeito. A política exige ,n
dl• Bandolim. que Paulinho Araulfo Alves, do Ciro Monteiro, porque aquj tem que ser discutido, nós quere- sae::rificio muito grande, e tem que ::-!r
ajuctou a reestruturar, eu ouvia muito isso. O samba que se mos que entre em discussão". Mas as - feita com muito talento.
.fazia na casa do meu pai não era o de dise::ussões rolam, rolam à margem, às Voz - E quais são-seus planos p roais-
Paulinho da Viola. aliás escola de samba, era o que antigamente vezes eom apoio oficial. Tem muita gente sionàis imediatos?
Paulo Ce-,;1r Batisla de Faria. se chamava samba de m_eio de ano, o que está conseguindo fazer coisas, até Paulinho - Bom, tem quatro anos
1ambtm dt,envolveu uma poesia samba sincopado, o samba-canção. Já o gente que trabalha em órgãos do Estado que eu gravei meu último diseo. Desde .
samba da escola era uma outra coisa, - então eu acho que isso não vai passar então optei por fazer ,shows e viajar.
•~lrtiLlrntntc ligada à melodia
não era muito encontrado entre as famí- em branco. · Viajei muito, estive no Japão, Espanha,
tm <\ut '-' intenso aprimoramento lias, mesmo as mai;; pobres; era um sam- A questão da Abolição, da Lei Áurea, ·suíça, Martinica, ItáHa e por duas vezes
kcnilu ~ub\inha o lamento ba de bot~quim, do pessoal meio com merece também uma reflexão. Não se na França Foi o período da minha vida
crioulll. marca, de ~eu estilo. fama de malandro. Só depois de rapaz trata de uma coisa que possa, assim, vir em que mais viajei, e descobri que fa;.;er
:\ carpintaria da \i)?,acão da .é que eu procurei Q lance das escolas alguém dizer: "Isso ·não interessa pra disco não é uma coisa assim tão impr· ·s-
de samba - aí entrei num universo que gente". Sah>e-se, historicamente, que a cindível como eu imaginava. Nesse mdo
silaba com a nota musical. era completamente diferente. Quando abolição da escravatura atendeu m!,lito tempo recebi convites de diversas gravil•
outra heranca da ,·ttha -.:uarcta" que eu sai na União de Jacarepaguá eu era mais a inte resses econômieos do· que doras, mas eu estava tentando achar uma
ele preserva t de~em-oh t . t . como um apre ndiz, essa é que é a verdade. realmente a interesses humanitários - opção que não fosse esse tipo de coo-
escreveu Capinam. "uma put~ia que o samba da escola de samba é um outro mas·é preciso refletir sobre isso também, trato normal que as gravadoras têm. Eu
tem sempre a inttncau de não ~t toque, é um outro jeito de bater. !}eJ?ois, é preciso não jogar fora, ao descaso, do queria - e quero - alguma coisa que
quando fui para a Portela, e u Já tmh~ . desprezo. Acho mesmo que muita gente . me desse um poueo mais de vantagem
referir ao mundo de fonna am.ir!l,a. alguma exp<:_riê ~cia, mas e ra P<;>~ca, por- que trabalhou em função da Abolição e também um pouco mais de segurança·
embora co111en ha todo_o bforc_o que só a vivenc1a p ode te da~ isso ~do. merecia ser lembrada. em relação ao trabalho - não aquilo-
e crueldade de pensar sempre com Comigo foi assim - só d'e po1s da m_mha Voz - E a política? Qual é a saída de gravar um disco e pronto, "agora você·
rigor". São as palavras que militância na União d e Ja~epagua, na que você vé ,pára ess-a crise p olítico-ins- ,se vira", como cu encontrei nas grava-
Porte la é que e u fui assimilando aquele ticudonal? · doras por onde passei. Agora estou pe n-
'.:Omplemetl~ as suúlezas da mundo' e comecei a fazer parte dele e Paulinho - É difícil falar sobre isso. sane:fo em gravar nova.mente - tenho '
cadência, co_mo faer,i.m Candeia, dizer : agora sou um com positor, um Já estou aré evitando le r jocnal, porque sido cobrado pelo pessoal, "pó, cadê o
\ebon Cavaquinho e Cartola. Como compositor da Portela. é um verdadeiro massacre. Se você for disco? cadê o disco?" -, me u advogad0
fe-t \orL ' -ct '. ·· - Voz - E Q Centenário da Abolição?
O que 1rocé acha de cudo o que esrá
se influen ciar pelo que está ali1 cai numa
cade ira e não se levanta mais. E evidente
fez um proje to e nós vamos conversar_
com duas ou crês gr'c1vadoras. Pretendo
' ~, :_:~::.: ~ r 0 1ando em torno dís.so.l q ue toda a sociedade que r participar, gravar ainda este ano.
8 PCB 29104 ª 041os188 WlZ
•1
r
1 CamP.anha Nacional deFilia~
f FICHA NA MÃO
,'' Rosário cumpre
Grande balanço será em 7 de maio
,
t Rsta e.idade a 75 .km. u,,
capital cearense, Forcale-
hnhit:mres I! 16 mil eleito-
res. l'\lm T'5 km. quadra-
,,~ za, é a segunda do estado
1 cumprir inregralmenre :1
dos de .írea. pas:;a de 100 Está definido. No dia se-
te de maio, o Panido Co-

, mera.final da campanha de
.filiações do PCB no escado.
depois de Caxias. Em Ro-
t) número tle füliados ao
munista Brasileiro realiza-
Panid:ío. 4ue \':ti se organi-
rá, de forma regionaliza-
1.andn com força. É isso aí,
da, o ativo nacional de con-
,,~ sário, que possui 35 mil cearens~s! trole da campanha de filia-
ção. Em quatro capitais es-
,, Acidade
Duque de Caxias tarão presentes represen-
ranres das organizações
. de Du- do PCB mun icipal, Os- comunisras de todos os es-
que de Caxia.s continua •mundll Bezerra, filiou 103 tados da União, discutindo
~ avançando a passos largos ekicores no PCB. O muri- altm da questão dafüiação
rumo ao cumprimenro de râl) :-e deu no distrito de - a conjuntura nacional e
~ sua mera.Já passam de 900 Gramacho. de grande con- as eleições de 1988. Na ci-
,t
r os filiados, sendo que de:--- cenrrnção operária. As ati- dade de São Paulo, se reu-
ras filiações aproximad:t- \'id:1de s em Gramacho nirão comunistas do Rio

,
r
mente 200 são de títulos rnnrinuarão, pois a região Grande do Sul, Santa Cata-
eleitorais da capital do Rio é enorme e com uma re- rina, Paraná e Mato Grosso
de Janeiro. SGmeme em cepri\·ic.lade muito grande do Sul, além dos paulistas;
'~ um domingo, um grupo aos comunistaS. Agora, se- no Rio de Janeiro, estarão
de 30 militantes. com a rá abordada a área do Sa- representados Mjnas Ge-
presença do preside.me rapuí. rais,Espírjro Santo e o pró-
~ Aquidauana dobra
prio Rio; em Recife, parti-
ciparão Bahia, Sergipe, O secretariado da Dire- base foram estruturadas
r fundamental o empenho
Alagoas, Paraíba,Rio Gran- das direções estaduais e o ção Nacional d1J PCB está com os novos filiados;
Em apenas um murirão, Ribeiro Orro e Ênio Ca- de d0 Norte, Ceará, Piauí, comparecimento de todas recomendanc:0 que as di- quantidade de operários e
o número de filiados em bral, e despertou o inte- Maranhão e Pernambuco; as organizações à reunião, reções estaduais que se- mulheres filiados no pe-
Aquidauana, cidade a 135 resse dos meios de comu- finalmente, em Brasília es- pois nesta se discutirá am- diam os encontros convi- ríodo da campanha; nú-
f km. da capital do Maro nicação local. O vereador tarão prêsentes as organi- plamente o andamemG dem, para estas reuniões, mero de filiados que parti-

,~
Grosso do Sul, Campo comunista concedeu duas zações de Go iás, Pará, nacional da campanhae se militantes das diversas zo- ciparam do Curso de Inte-
Grande. pasc;nu de 30 para eiiu-c::vi:,~ para c::r□i:;:;urd!i
Amapá, Amazonas, Rondô- retiracio os elementos pa- nas eleito rais das Otpitais gração Partidária; quanti-
61, e caminha-se para o nia, Acre, Mato Grosso e ra uma ainda maior d ina- e também dos municípios. dade de volantes, cartazes,
cumprimento da mera de de rádio locais, e o muti- do Distrito Federal. mização, além da sistema- O n úmero•de represen- murais, filipetas etc que fo-

~ 200 novas filiações. A ativi- rão foi noticiado pela im-


dade foi acompanhada pe- prensa de Aqu.ida uana.
lo vereador comunista em Além da filiação, também
O responsáve l pel a
tização das informações
sobre os trabalhQs desen-
tantes por estado deve ser
comunicado à sede da Di-
ram confeccio nados para
a filiação, assim como in-
~ campanha nacional, Ama- volvidos nos diversos estas reção Nacional, no Rio de formações sobre a partici-
Campo Grande, Fausto fo.r am real izados vários ro Valentim, alerta que é dos. Janeiro. pação nos veículos de co-•

,1' Mato Grosso, por Yonne comatos políticos.


Todas as organizações
estaduais devem preparar
m un icação de massa Lo-
cais; quanto da cota de fi-
nanças estabelecida pelo
' Salvador filia um re latório escrito con- plano foram remetidas à

!'
Santa Catarina Direção Nacional.
No começo de março, parridár1a. No interior, a te n do as info r mãções
os comunistas da capital campanha também avan- principais do <desenvolvi- Depois do balanço na-
cional, e com todos estes
baiana contavam mais de ça. Em fpíaú, mais de 100
pesseas se reuniram para
Já são mais de mil filiados mento do trabalho de filia-
ção, ta is como: número dados, será possível visua-
400 filiações, e a curva de
! crescimenro da campanha assistir à palestra do diri-
gente comunista Sinval
Flurianópolis, $C (do cur-
re:,pondenre ) - Os comu-
partici pação do Partido na
próxima elei ção m unicipal
exato de fichas entregues
aos ju ízes ele itorais da ca-
lizar o q uadro exato da
campanha, seus êxitos e
indic~ que cada vez mais nistas c:uarinenses escão co- (veja matéria acima). p ital e dos municípios do resistências, o q ue é a base
f Galeão sobre a Perestroi-
,
t

~
eleitores passarão a fazer
parte das fileiras do Parti-
oo ComuniSta Brasileiro.
ka e o avanço do socia-
lismo na União Soviética.
memorando se~s primei ros
resu l tados na campanha de fi.
liação: já passam de 1 mi l os
Os 1.089 filiados em Santa
Gatarina (nos Planos da Cam-
panha Nacional de Filiação, o
interior; número de zonas
e leitorais das capitais e de
indispensável para sea
aprimoramento. A Voz pu-
blicará todos os resultados
foram formadas novas co- el eitores do esrado filiados PCB necessica cumprir um
m uni cípios do interior
r Para auxiliar na organiza- nos quais atingiu-se,ª ~nte- destas reuniões, ac0mpa-
missões provisór ias em ao Partido Comunista Brasi- míni mo de 8 mil filiados em nhando a luta do Partidão
ção dos novos füiados, es- vários municípios, entre leiro. ea organl zac;ão começa 40 municípios) estão distri- gridade da meta m mima;
a se consolidar po r todo o es- número das m esmas re - por seu registro definitivo
tão sendo ministrados vá- eles Ubatã, Vale nça e Ita- buídos assim, 385 em Joinvi-
e pela construção de um
rios cursos de integração nhém. tado, importante por sua pro- le, 180 em São José, 140 em giões e leitorais ond": o tra-
dução induStrial e agrícola. Cr iciúma, 132 em Florianó- balho está 50% realizado; , grande Partido de massas
Da mesma forma, em Floria- polis, 89 em Palhoça, 62 em quantas organizações de e revolucionário.
Alagoas na luta nópol is os comuniscas estão Bl umenau e 10,J em outros
1 A comunidade de Joa- em Maceió), Eduardo Pe- debatendo com entusiasmo a municípios.

,~ quim Gomes já conhece o


PCB. Isto foi resultado de
um debate O(gani7..ad o pe-
reíra e Heloísa Pedrosa.
Estiveram presentes re-
presentantes do PMDB, PL,
Rio Grande do Sul
Rio Grande do Norte

,'
r

t
lo Partido no município.
com a presença dos diri-
gentes estaduais Freitas
PSB, PT, PTB, PDS e PFl.. O
dia seguinte ao qebate foi
dedicado integralmente
Avanços no interior gaúcho Os números da primeira fasé
,'
p
Neco (também ve reador às atividades de .filiação.
Na terrn natal de Érlco Ve-
clsslmo , Cruz Alta, a campa-
dos conjuntos Ecossistem~ e
Raízes Proletárias, e da musi-
.vaml RN (do •correspon-
dente) - A capital poliguar
j.í cumpriu e ultrapassou a
uma meta final de 50.
No Ri<:> Grande do Norte,
o PCB jâ cem ComissõeS Mu-
Faleceu Maria Prestes Maia nha de fillação do PCB já atín- ca típica gaúcha - fech o u sua coca para a primei ra eta- nicipais Provisórias em 50%

!
com chave de o uro o Curso pa da campanha de .filiação: do número de municípios
No·fechamento desta edlçáo da Voz, os co- giu seus objetivos: 235 filia-
e.los 276 filiados previstos, o exigidos por lei,-ea avaliação
munistas receberam uma notícia muito triste: dos, ultrapassa ndo os 215 de Jntegração Part_ll~ária!. que da Ojreção Estadual é.que as
conto u com a parncipaçao c.lc Partidão de Natal tem hoje
el~itores de sua cota. Mas a
falecera Maria de Lurdes Prestes Maia, mulher 28 integrantes. Com a pr~sen- 360 novos filiados. Mas Natal possi bilidad es são mui co
campanha não pára por ai,
de grande vinculação com os movimentos po- com inuando em riuno imen- ça do presidente do D ire~ó- não foi o úni co a u l1rapassar boas.
Onde o Partido tinha
pulares, especialmente com os comunistas, sua meta. Mossoró, de uma

!,
so para aumentar o número rio Estadual gaúcho, J?ornir~- um mínimo de orgânização,
i sc_unu -se_ ~
os Tód e r o . d _ primeira cota de 126, regisrra
mesmo durante a clandestinidade. Quando de filiados e militantes do 220; Ceará Mirim, de 30 pos- a cam panha se desenrolou
chamada de "primeira dama" da cidade, ela rea- Partidão. Destaca-se na cam - ~ rnpanha d e fihaçao. Caraz1-
nho deve cumprir sua cota sui 46; Macau, de 24 alcançou :;atisfaroriamence. E os comu-
gia: "sou a primeira operária". Sempre solicita panha o militante Caro l Ma-
em breve e trabalhará!. tam- 63; o município de Alto do nistas poúguan::s avisam que
aos ativistas populares, Maria de Lurdes deixa jewski, incansável na, filiação, Ro drigues já cumpriu io da a vão até o final, rnmo ao cum-
assistência e c rie.mação aos bém, para a orga111zaçao de
aberto um vazio que dificilmente será preen- no mínimo quatro. ~?".as c~- sua meta, chegando a 52 filia- p rimento de toda a sua meta
novos integrantes do P;irtido. que. é a íll iação de 4 mil elei:
chido. Na próxima semana, a Voz publica um Em Carazlnho 1 uma galeta- missões nos rnu111c1p10s d,1 dos, de uma meta de 45; Pen-
perfil da vida desta lutadora. · região. dências já cem 42 filiados, de lOres em 31 muriicipios.
<la - aC<)mpanhada e.lo ruck
7
1
l
9
W2 29/04 a 04(05188 PCB
l
1
PARTIDÃO PELO PAÍS Lutando pela Serra do Lenheiro DO LEITOR. 1
1
S;io J oão dei Rey, MG ( do .O PCB e a Perest[pika 1
Aliança em FlorianópoUs co rrespon dente) - No dia do
24 último, a população desta De )')Ois da pub liee:ação da
ReUJlidas no último dia elabor:JçiO ~e _u m pr~ra- cidade histó rica do interio r
m3 de prinapros ger:us, a Pe rescro ika, de Gorbatchov,
25, as direções partídári.1S ser m ineiro foi às ruas e m pas- pe rcebe-se a necessidade de
p ubh cado em bre~e e seara . O m 0tivo da manifesra-
do PDT, PCdoB, PSB. PT. ,ubmc:ddoaos respeco vos mudanças no programa e na
ção fo i a depredação assassi-
PCB e PV aprovur:Il11 um p,1rtidos. Esra comissão naqu e ocorre na Serra do Le-
linha política do PCB. Citan-
cro n ograma de rr.1b.-1(htJ rambém esrá encarregada i t\\,ico H do I,e nin, o secretário-geral
nheiro, nas imediações da ci- do Co mitê Central do PCUS
conjunco 1efs:indv ;1 cvl~/!3· de organizar um debace dade . Além de sua beleza na- Um paraíso ecológico ameaçado pela General Eletrlc
- artidária fXll:' ·Lf e/e1• reafirma a prioridade dos in -
çao p . J~íé' wu inrerparddário alieno ao ru ra.l, a Serra rep resenta um racrerização d a Serra do Le- perigo o acervo histó rico de te resses comuns à hu manida-
ções mumdp:11. uc-, '., co mplexo bio lóg ico forma-
.__, Clf"Jnnense. FIO· público, cen do eomo re - do por riach os , olhos d 'água
nh eiro, causada por ativida- São João de i Rey. d e sobre os inte resses d e
na cap1till .,- for· m as o p rograma.político e des de e xploração de arela de d asse. Diz acreditar que ha-
. ó ,ú:c. ,VJ reuJ]/30, . e cach oeiras inconrá ve is ,
;::1,,/:Í,ud.1 u'!'~ conus-
administrativo da coliga-
ção.
com uma fabu losa vege tação,
rudo e m avançado esrado de
q~~ rzo e d e s llício e pela po-
lu1çao das us inas s iderú rgi-
.A passeata do di? 24 foi um
su cesso, e nela os comunistas
verá p aíses nos quajs , e m
condjções favoráveis, os tra-
s,io /ntc',p:lrt1dlm a para a cas d a.região . As grand es be- tiveram o seu papel, apoia n- balhado res poderão to mar o
destnüção devido à explora- n_eflciá rias d esta devasração
ção predató ria da região po r do a luta contra a devastação poder por vias revolucioná-
Ativo secundarista sao as com panhias multina- da n a níreza, lotando p e la rias, enquanto outros povos
pane das companhias mine- cionais, como a Gene ral Ele- preservação do ecossistema poderão conseguir a liberda-
radoras. crie ( GE?, que e xpo rta o p ro- do )')atrimô nio cultural mi- de po r meio do evolucionis-
5ef:í realizado nos dias nia. No m omento, o m ovi- Uma Comissão d e Sindi - duto rea rad o , matéria básica ne iro. Destacaram-se no Mo- mo .
28 e 29 de maio, em Brasí- men co secundarista - cância da Câmara Municipal p ara a p ro duç-J.o de co mpo- vime nto pró -To mbainento O PCB, com seus 66 anos
lia, o Arivo Nadonal Se- de São João dei Rey, e m seu ne ntes e le trô nicos. Esta de-
além de suas históricas de- relató rio , constatou a desca-
da Serra do Le nheiro Lígia Ve- d e e xisrê ncia, ganho u uma
cundari.,ra do PCB, onde bilidades estruturais - vastação , inclus ive, põe e m lasco e Rorné rio l.{ômulo. gr a nde exp eriê ncia, e sabe
çer:J discuc.ida a polfti ca
_ sofre profunda crise p oJí- como pe nsa e age o wvo bra-
JzJ secundaristas comu-
nisras para o movim e nto e
tica, agravada pelo sucgi-
menro d e uma entidade
Duas perdas e dois exemplos sileiro . Porém, amplos seto-
res da classe operária pe rma-
necem passivos e alheios à lu-
asua intervenção n o XXVII paralela à UBES. O aloja- Ens inava o companhe iro do e m 1964 quando, me m- ta, rejeitando a o rganização
Congresso da União Brasi- m ento, em Brasília, esrá ~nnlbal femandes Marques que o direito atual b ro atuante do CGT, e ra pre- até e m sindicatos. Como ela-
leira dos Estudantes Se- garantido para codos os está velho, m o fado e m or i- sidente do S.T.I. Mate rial Plás- borar um programa, um esta-
c u ndaristaS ( UBES), que p articipantes doAtivo, que bundo . Te mos para ele , con- tico de São Paulo, de que fora rum e uma linha política jus-
será realizado de 30 de ju- arcarão com suas despesas Duas perdas abrem vazios tudo, alternat iva, inclus ive ainda fundador. A cassação e taS nestas condições?
nas fileiras do sindicalismo nas entre lif\has do pró prio as perseguições 11ão o abala- Sou de opinião que nunca
lh0 a 3 de agosto, em Goiâ- de alimencação. brasileirp , nas suas vanguar- velho dire ito . A grande tarefa ram: seguiu avante e m novas tivemos e m nosso País um
das. Em dezembro de 1987, dos advogados comprometi- luras. fone Partido maoosta-leni-
em estúpidoearéceno p0nco dos com as lu tas popula res A morre de Miguel o apa- nisra, pela razão de não esru-
Vereador comunista inexplicável acide nte rodo- consiste e m operarem, p o r nho u , já muito doe nte mas da rmos o suficie nte, e esta
viário , faleceu o companhei- assim dizer, co mo parte iros não ·ine rte, como panicip an- negligência se reflere no estas
O trabalho do PCB na mento, luca-se pela consti- ro Nilson Marques, quando para que nasçam novas re la- te das luras dos aposentados, do do PCB nos dias de hoje.
C.ima.ra Municipal de To- cuição de uma Junca de se dirigia a llaboraí, no Rio de ções jurídicas. Quanto à pos- em especial na Associção cios O Panido não tem capacida-
ledo, no Paraná, através da Con ciliação e Julgamento Janeiro para seu concorrido se e à p ropriedade, o legado Apose ntados na Indústria de de de ganhar os melhores fi-
ação do vereador Luíz Car- em Toledo, pois na atual plamii0 no Sindicato dos Tra- de Nilson Marque s e ns ina Plásticos, que funcio na na se- lhos d a classe operária, das
l os Sd1roeder, cem alcan- situação - o órgão judi- balhadores Runiis. que aquela é de valor sup e- de da e ntidade sindical, co- grand es e mpresas, PªIª as
çado vários furos. Um de- dá.rlo mais próximo fica Num opósculo come ntan- rior à propriedade, posto que mo dirigente das associações idéias dos comunisras. E im-
Jesfoi a ir1sdmâona/Jz:1çio· em Cascavel - .ica in- do a obra de Marques sobre muito con creta, enquanto a de bairro de lcaquera e como periosa a necessidade de mo-
do Conselho Municipal da posse e propriedade - , pois propriedad e é s imples figu ra mentor de núd eo para a ree- bJUzar os nossos intelectuais
viabilizada a m aioria das
~ Ç\ \'ó.\~c\\.\.("I~t·t\. ~m\\\~\\\.~e.\~~- i\\%~Â\,'\. tlucaç.i\a de me.no.resabando- e fazê-los compreender que
L-'õnulçaõ l:'êITJJiui:Ja, man- redâmações dé pequeno cialista em direito agrârio -, Eis o pe rfil da p r1m e ira nados. seu lugar é junto aos operá-
1 tido com verbas p róprias valor. Miguel Pressburges escreve u perda. A o utra é a do compa- São duas perdas e no rmes, r ios. Sabemos das dificulda-
do gabinece do p refeito. O vereador l uta para um "p refácio com muita tris- nheiro e també m amigo Mi- mas q ue deixam para os que des para cumprir esta tarefa,
consignadas no orçamen- que a justiça seja para ro- teza e dor", dando uma súmu- guel Pe reira Lima, operário fi cam luminosos e xemp los porém ela é necessária.
co do município. No mo- das. la da posição e da tese de Nil- da indúsrria de mate rial plás- d e vida, dareanc.lo as veredas Ad;unascor Fernandes,
son Marques. tico, já aposentado. Foi cassa- de novas conquistas. Jundiaí (SP)
Parabéns,Partidão
A Câmara Mumcipal de dor es. O r equerimen co,
Imprensa partidária Costa, o Cuecão
Cubarão aprovou, no co- de aUloria do vereador Jo- CoS,~, SABiA <f)út J'A' A B\)RQic.E.
sé Fernandes Florentino, O Rio Grande do Norre
meço de abril , voto de continua desracando-se na
COMUN iS/110 SéCU~t\ fJAOTtt-'1 C.UR1/
congratulação à Dir eção foi apresentado à Câmara . C0}.-1 • PoRRl\1)~ ?.'
Nacional do PCB, p or oca- acompanhado de um le-
pro d ução regio nal da im-
prensa panidária Desta vez,
J '
T
VâJJCâJTJenro da acuação do 1
sião dos seus 66 anos de o sucesso chama-se Folha Po- 1
atividade, sempre a se.rvi- PCB ao longo dos seus 66 pular , resgatando o nome de ';
l
çod3s causas dos trabalha- anos de exiscênda. u m dos mais combativos jor-
nais porlguares, que de 1945
a 1949 era um influente infor-
-' L;;

Solicitação à Voz m a ti vo d e massa. A Folha.


agora, é relançada, tr.izendo
o nome de seus ti.indadores: ( 3 'e
A redação da Voz da
Unidade solicita que codas
pondênda para aRua Ben-
ro Freitas, 362, 4': andar,
as informações sobre a ati- São Paulo (SP), CEPOJ220,
Hiran de Lima Pereira e Luiz
Maranhão, dedicados mili-
cantes e d irigentes comunis-
((L"- -J
~-

vidade do PCB, por todo o po r r ei e f o n e ( O 1 1 )'


País, lhe sejam comunica- 231-2926 ou tel ex ( 01 1)
das, seja amivés de corres- 32006.
tas , desaparecidos pela re-
....p ressão n a d écada d e 70.
Com o seu núme ro três circu-
la ndo e m março deste ano, o julgar pelo seu passad o -
2i I
-;r06/i!. .T
d
futuro da Folha Popular - a prome te ser grandioso.

que de Caxias. 540 - 2• sn OI - Calçadúo - RJ - Rio de Jonelro: Av. Presidente Vargns. 529.
10 de Oliveira Santos, 40 - (027) 222-1227 - 9, - CEP 20031 (021)221·2333.
AC - Rio Branto: Pedru Viccn1c Costa Sobrinho Conj . 302-CEP 29.000. CEP SS.(X)(l - (1133) 226-4066. • .
- Ruo Alegria. 7tl - Bosque - CEP 69.900.. l'R - Curillba: Tânia Marn [z,dorn Pereira - RO - Porlo Velho: Jofio Teixeira de Melo- A v.
GO - Golânla: Paulo Arruda Vilnr- Av Univcr· Pinheiro Machado - Esquino d Rua Brasília -
AL- Mattl6: Gernldo de Majella- Av. Moreir:t si1ârin. 2tlR - CEP 74 000 - (1162) 223-54511 - Ru:t Mnrcchal Florinno Peixoto . 50 - 8• s/80 1
\.11\1._ IS- CEP 57.000 - (082) 22 1-7414. . - CEP R0.1100 - (04!) 234-24~2. Ed do Loiro - I• s/8 - CEP 78.!IOO.
Cx. Posinl. 1344. se·- ~1 orlanópolls: Gcrõnimo Wanderley Macha•
t.M- Mansus: J* P11iva Filho - Rua TnpaJós. PE - Reeií•: Paulo Cavalcanu. - Rua EduBrdo
1l'll-C.:n1to - Manaus - CEP 69JJOO- (092) MA - Sdo Luís: Tomai Jo.<! dos Santo! - Ruu i!c C:11valho. 32 - Bon Visto - CEP 50.000 - do - Pça. Pereira Olívclra. 6 - Sala 9 - CEP
~ -1'!46 Nnznrt. 329 - Centro - CEP óS 1100 (09~) (llft l) 2.11-0R$9. . . . 88.IJOO. •
221-4133 SE - Aracaju: Wclling1on Dan1as Maogucara -
Semanário Nacional AP - Mll<>pi: José Fcrnondo de Medeiros -
/w P1c.1dcn1c Vacps. 2449 - CEP 68,900 - MS - Campo Grande: Muri• Helêna Branoher
PI - Tert$lna: Flávio Mornes - Rua Leõnc,o
Fc:rm1.. 12611 - Bairro Mornda do Sol - CEP Trav. Quinlilhiano da Fonseca. 232 - CEP 49.000
- (079) 224-7811.
lil'l6) 'lll-lS61i _ Ruo J4 de Julho. 2516 - I• CEP 711.!lllS - M .IMXI - (086) 232-185 1.
(067) 384-3201 . RN - Nntal: Ver. Sérgio Oieb - Ruo Stinlo AnlO· _ Propriedade du Edi1orn Novos Rumos Lido.
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_ VOZ sr - Composlç50/Pos1-Up e Fotoh10_-
PAZ Fotocomposição e. Foíoli10 - R. Frederico
João A veline DF - emrua, e.rios Alb<no - ses - Bloco PB _ Campina Gnmde: Hermano N . de Amu1n (llmJ 2ó-366I - 28-3499. S1cidcl 229 sobrel0JO 1 lone: 221'7590 - lmprciso
~i:°&lldra 5-l.oja 26-CEP 70.000- (061) _ Rua Cardoso Vieira, 83 - 2-• - Cam POJ<lnl MG - Uelo Horfaonle: E. Gnrcin - R'ua Súo nns oficínns do Cio. Edi1orn Joruds - Rua Cardeal
Noé Gertel E.S- Yltdlia: D•rcvde Sou,a Filho - Rua Alher-
JS6 -CEP 58.JOO- (083) 322-2278.
PB _ João Pessoa: fn,mnr Bronzeado - Rua Do•
l'nuló. IH95 - 8 . Lo urdes- CEP 30.000-(031)
.l.l7•'1'J54. Arcoverde . 2.978 - S~Q Paulo.

~-
l
10 INTERNACIONAL 29/04 a 04/05/88 W1Z
ALBÂNIA

O país das águias em "A paz é impossível


~em a justiça"
busca de um novo papel Uma lógica man.isfesc.1ção do de-
são frnro de uma necessidade inter- d A indicação de Michael Dukakis para concorrer à presidência
NIKOLA KJTSEVSKI, na de novos equipamentos e tecno- senvolvimenco enrr~AlbànJa e Bul- 0 s,EUA, pelo ~ai:tido Democrata, está praticamente a~segurad~.
00 NOTIClAS DE SÓFIA logias para a economia albanesa em gária foi o acordo de 1anciro d1;51e Porem, º.qu: mais impressionou durante as primárias foi a atuaçao
tlt:!.-;envolvimemo - e de uma feliz ano para imercãmbio de emba1xa•
coinddencia nas relações com ou- dores. ·
e a ~ceitaçao do pastor negro Jesse Jackson. Em Chicago, num
os últimos- anos a Albânia E.5tão se consolidando os laços, breve mtervaJo da ca~panha, Victor HugoDuorot, da Prensa Latina,
N aderiu a todos os convê-
nios as.,;;inados no dom1n)o
do u-aosporte ferrmi:lrio europeu.
tros paíst:.'S. o que é um processo
consciente na diplomacia e depen-
de em grande medida do desejo
reciproco. Este cada vez maior de-
em especial os econõmlcos, com
os países socialista..~ da Europa. N~
relações com os Estados eu ro-oci-
falou r_apidamente com o reverendo Jackson.

No final de 1986, sua rede ferro- sejo da Albânia é revelado por uni dentais ainda não st: descongela- Pe rgunta: Caso chegue· à presi -
viácia passou a integrar a rede euro- passo de caráter económico, à pr:i- ram os com.atos com a GriFBrera- denda, como iria enc.1r.1r ,1s r ela-
péia. Começou a funcionar um no- roéu-a vista. em l 986, 00 Ministério nha, por causa também de uma ções enrr e os Estad os Unidos e
vo pOSto de controle fronteiriço de As.sumos Estrangeiros foi criado conseqüênc.ia da guerra. A Grã-Bre- Américn Latinét. e mais parrk ular -
com a Grécia Foi e:;Labelecida uma o departamento Economia, e no Mí- tanha pede uma indenlzaçilo a Albâ- mence a questão da Nirnrágua?
comunicação [X)r mar com a ltália. nistério de Comérico Tua:erior co- nia por ter chocatlo dois bare0s de }esse Jackson: Na América Cen-
Inaugurou-se uma nova linha imer- meçou a funcionar o departamento sua marinha contra minas em águas tral, e s0bren1do na Nicarágua, acre-
nacional de tranS_porte aéreo, assim Colaboração. albanesas. E Londres segue de pos- ditamos que é necessário pôr um
como novus celecomunicações. se do ouro albanês que mantém fim à política beligerante aplicada
Esses fatos são a ell.-pres.-,""âo mate- Novas relações- desde a guerra alé hoie, O instrumento adequado
rial da "abertura da Albânia em.rela- A fó rmula "Albânia concede para solucionar o pfoblema é o
ção à Europa e ao mundo" à qual, Albânia e Grécia travaram a guer- grande importância às relações Grupo de Contadora. Sabemos que
ullimameme, se referem os comen- ra mais longa na história européia com seus vizinhos balcànicos" apa- muitOS povos latino-americanos
l'aci.staS estrangeiros? Em Tirana do século 20, uma guerra no papel, rece em quase todos os documen- vêern os Estados Unidos como seu
ninguém.qualificaria o processo co- félizmeme. No ano passado, a Gré- tos de política exterior. Hoie, no inimigo. Nós acreditamos que a Ca-
mo tal. É um faro que 0 país imegra cia pôs .fim ao conflito armado for- entanto, é evidente o desejo do país sa Branca deve substituir a confron-
a ONU desde 1955 e mantém refa- mal oo qual ambos países se encon- de intensificar sua atividade polí- tação pela colaboração para trazer Jesse Jae1tson
ções diplomãàcas com 110 Estados, travam desde a Segunda Guerra tica, o-que se_ fez p,areme c0m o soluções aos problemas do subde-
observando rigidamente a poli,:ica Mundial. Asuperação deste anacro- comparedmemo da Albânia ao en- senvolvimenro. Conhecemos as inte rnacional na conquista de um
de oeucralidade. O que, segundo nismo foi possivel graças ao rápido contro dos ministros de Assuntos graves conseqüências da dlvida ex- verdadeiro fim da corrida arma-
os observadores albaneses, caracre- fomento das relações entre os dois Exteriores dos países balcânicos terna e nossa política deve ser de mentista com redução dos arsenais
ci.za a polític;a exterior do pais é_ Estad0.5. em Belgrado, um fato bastante elo- cooperação. A paz e o entendimen- nucleares. E para isso temos que
a conúnuidade.O rumo da colabo- Liquidando a herança da guerra qüente, tendo-se em conta que an- to são impossíveis sem a justiça. oferecer argumentos sérios e reais.
ração consoutiva que corresponde (o problema das reparações) foi teriormeme a Albânia não compa- P: Este, prop ósitos de enrendi- As proposcas do líder soviético Mik-
aos interesses nacionais foi craçado possível também desenvolver os receu a esses foros. mento mútuo deveriam estender- hail Gocbatchov em matéria de su-
por Enver Hoxha e jamais contra- contaras com RFA. Faz pouco tem- Shipêrise, o piis das águias, é co- se a Cub4? pressão das provas atômicas são sé-
ri0u o conceito de buscar apoio nas po chegou a Tirana o primeiro em- mo os albaneses chamam sua pá- JJ: Se temos vínculos com a rias e positivas.
pr óprias Jorça.s. vaiAaó©r ah:rnãu-ució emat 1'am- tria. h pexia oo 1.giiia e e, 1'tr11ti11.: , União SoVÍêtica e a Rep ffb1lca Popu- I': A admini:,Tr.fçiíu Jkag-dll tem
A intensa atividade e eficiência bém foram promovidas a nível de foram sempre as armas da diplo- lar da China, por que não tê-los insistido, p ermanememenre, na p o-
diplomática ooo últimos três anos embaixadas as re\ações com a RDA. macja. com Cuba? O respeito e a nego- lítica do "compromisso conscrud-
ciaç-Jo devem marcar os caminhos vo" com o reg ime súl-afrlcano.
para redefinir estas relações. Qual é sua opinião sobre este tema?
ARGENTINA JJ: O apartheid é uma imorali-
P: Corno concebe o fururo dos
acordos de des,irmam enco enrre dade e sua existência uma vergonha

Comandos clandestinos \'í'ashingron e Mascou?


JJ:Aco..ntinuidade da raça huma-
na é in_compativel com a possibi-
lidade de uma guerra nuclear. Te-
para a humanidade. Aúnica alterna-
tiva é terminar com essa brntalida-
de do regime sul-africano e para
isso temos que empregar todos os
te-coronel Anuro Félix Naya e os
Oex-coronel AIdo Rico mos que concentrar a ação política meios legais.
CARLOS ALBERTO NORONHA capitães
e seu sonho de dominação Emílio Pedro Morello e Er-
oesto.Larramendi, todos vivendo na
clandestinidade. Porém, demro de CHIPRE
r
,
r
1
Nos anos que antecederam a in-
dependência da Argélia, militares
de.scomenres com os rumos da po-
algumas unidades os "carapinra-
das" (por causa dos rostos pimados
durante as rebeliões) têm amplo A morte de Papaioannu
lítica colonial do general De Gaulle apoio para difundir suas idéias e
fundaraQl a Organização do Exér- ações, panicularmeme no Batalhão
1 cito Secreto (OAS), um grupo para- 601 de imeligência do Exército. O secre tári o-ge ral do Partido Comitê Central escolher novo se-
Mais recentemente surgiu um Progressista dos Trabalhad?res de cretário-geral.

!~
milítar de ultra-direita, responsável
por atos de terrorismo em solo outro grupo autodenominado Glà- , Chipre (Akel), Ezekias Papaimu:i_nu,_
francê.5 e argelino. dius que distribu i livremente seus .morreu víti ma de ataque ca~di_aco Papaioannu nasceu em 1908 em
A repetição desse úpo de proce- pàníleLOs anti-governamentais nas numa clínica de Nicósia, no ultimo Kellaki, uma aldeia situada ao non e
dimento por parte de militares in- unidades militares. Ainda não está di~ 11. do porto de Limassol, na costa sul
t :mbordínados ao poder civi.l e cons- d : 1 r.:1 qual é sua viarulaçào com o , Papaioannu ei:crou p~ra. a Ak~l de Chipre. Combateu na guerra ci-
r tirucional volta a ocorrer, desta vez ENO, e os diversos grnpos de ultra- em 1931 , tendo sido eleito secreta- vil da Espanhaconrra as forças fran-
,r na Argentina Após a tentativa de
levantamento mfütar de janeiro
direita que aruam nas mas da Ar- rio-geral ~m 1949. N~ r:iês passad?, qu istas e esteve a serviço da fo rça
gentina. pôs O cargo ,à <l.isposu;ao e de~ena aérea britânica na Segunda Guerra
t passado e a priSâo do "ijder'' Aldo De qualquer maneira, a existên- ser nomeado presidente depois do Mundial.
t
,.
1 Rico, alguns oficiai.,; implicados di-
retamente naque les insucessos pas- _g
saram à clandesrinidade.
cia desses comandos clandestinos
é uma amem,"a à democracia. Um,
por não reconhecerem nem o pre-
ETrÓPIA/ SOMÁLIA

l'
13
Em geral são oficiais jovens, vete- ., 1
canos da guerra das Malvinas, pro- ~
fundamente anúcomuoislas, e que
sidente e nem a arual cúpula do
exército como autoridades legais;
dois, porque pregam abertamente
Fim das tensões
professam um nacionalismo apeli- o golpL~mo e a violência; três, se AELió pia e a Somália vão resrábe- ao seu vizinho".
lecer suas relações diplomâticas e Está igualmente prevista a ffoca
t dado de "fundamentalista". Todoo "( ...) que padece com impotência recusam a admitir que as forças ar-
e amargura uma nova rrustação, o madas argentinas quando estavam retirar as respectivas tropas esracio- de prisioneiros entre as duas na-
estiveram comprometidos com a nacl.as na fronteira comum, nos ter- ções. A assinatura desre acordo
prática de torturas e assassinatos desalento diante do materialismo, no poder mergulharam o país no

!
r
r
durante a repressão no período da a imoralidade e a corrupção (...)", rerroc.
ditadura militar. Acreditam piamen- diz um recente comu nicado do Tal como na França, esses grupo_s
te que Alfonsfn conduzirá o pais "Exército Nacional em Operações". à margem da legalidade democra-
ao comunismo e que apenas a sua Os cabeças mais conhecidos des- úca subsistem porque encontram
mos de um acordo as.~inado pelos constitui um fato importante para
dois paises no começo deste .mês. a nom1alização das relações ·emre
Nos termos do acordo, cada país os, dois países, que se deterioraram
vai ''terminar com as atividades sub- desde a independência da Somália
ewJora dos quartéis. versivas e com a propaganda hostil em 1960. '
ação salvará a Argentina e seu povo se comando secreto são o ex-tenen-
, -- - -
- -1

'W2 29104 o ()4/()5/88 CULTURA 11


ANTONIO GADES
A revolução na
URSS atual
A. Rio Ane prepara o lam;.1met1~> d~
livro Glas110S1-Pere$11V1Ja. 110 ~1 l"é!-alu
9io culrunil. 140 pág11n- c1,: Juror,a de
-Osentimentoandaluz
Armando Sampllio O l.m~~!men;~ aooo• Luís Avelima
tecerá dia 9 dtt m3i,> pro,~imo, as i 9hs,
RO Esp:tço CuJmrJ/ -'<'flltt>_ Peno, na rua
H u m:iiti. Hi5. Rr.i de):me1to.
A. ~he mbi , Sã o Pa u lo , 1988.
~ uan cto ele surge no palco, é
0
Um• ,;urglll :ipós uma viagem clo au- . o rno se toda a platéia viesse
ror J c RSS. em de7.embro de 1987, abaixo, se esvaísse em aplausos. São
qu3JJdopôdtt presenciar o clima de de- geStos ~ápidos, palmas secas, sapa-
tx,re sobre .lS cr.msformações que esta- t~a~<?. vi~oroso, agressivo. As "gela-
mro ororrendo com o advento da glas- tinas dao urna co r especial. São lu-
nosreperest.roik :i_. Na 0portunidade, Ar- zes que mod ificam o tom narun1l
m:indo Sampaio encreVistou dezenas de das cores. Anto nio Gades, o domJo• . ,''·~
,ncefecru:iis soviéticos, tanto e m Mos- sé, o arr? game cigano andaluz que
oou c0mo em 'Baku, na Repú blica do vive um romance trágico e m Car-
~ ét\)ai'jão - artistas de teatro, \'itera- incompetência. Nem na dança, nem
mem , retorna ao Brasil, depois de na vida.
rum.ane<; plásticas, cinem a e \oma\isras
_ ll!('Oihenmo importante matecta\ 50• 22 anos, arrascando para seu espetá- Projetos novos? A a1beça não pá-
~ .l5 impressões. pessoais acer ca das
culo uma leva de admiradores. E is- _ra. Entre o utras coisas, um filme ·
rr.msk>rmac;ões ocoo:id as e m cada uma so está ocorrendo em todas as par- com Carlos Saura -que por pouco
dessas áreas. &rrnando recolheu ainda tes do mundo em que se apresenta. não veio ao Brasil-, completamen-
m:a.\et.\a\ vub \.icado sobre o tema, o que Mas, quem é Anronio Gades, esse te diference. da trilogia composca
\n.e -per-m.i.úu dados e e\e me mos para mago da dança flamenca, de ar arro- po r B od as de Sang ue, Carmem e
uma contlusão. game como sua personagem? Amor Brux o. Também pensa em or-
O \.i.vro tem '€)refátio de Ê nio Silveira Bolonha, 1975. Ele se prepara pa• ganizar uma quinzena de cinema la-
eoi:e\.h a de Ftancisco Milani.Já na intro• ra entrar no palco, quando recebe tino-americano na Europa, para
dução, o autor explica os motiv0S que a notícia de que o ditad0r fascista mostrar, principalmente à juventu-
o levaram a escrever a obra, detalhando Franco assinara a sentença de mor- de guerreiro. Aos 51 anos de idade, dais. Entre nós há uma relação séria, de, que em momentos difíceis hou-
inclusive sua vida como miLJtanre do re de cinco comunistas espanhóis, a lura remo mesmo sabor de outro- canro econômla1, artística como so- ve um trabalho verdadeiramente
PCB. Há um resumo do deba1e ~>Corrido e já ordenara a execução. lndigna- ª
ra. Não reme morte - essa coisa cial. Vivemos muítas hÓras juncos, importante, de valentia, na América
arnivés de uma ponte radiofónica Ri0- do, retira a maquiagem, joga tudo natural. Fuma, rosse, fumaíex-fuma. passamos muitas alegrias e tristezas Latina:-Éclaro que não faltará a obra
Moscou, quando participaram Francis- pro ar, e jura oão dançar nunca flebe como qualquer pessoa nor- juntos, portanto, remos no nosso de um de seus admiradores -
co Müani, Dina Sfar, Teorônio dos San- mais. Como homem decidido que mal (adora a caipirinha brasileirn e trabalho uma ideologia afim. Todos Glauber Rocha, que CD impressio-
tos, Arthur José Poerner e o próprio sempre foi, o-cumpre. lamenta que na Espanha não exista os lucros são repartidos'igualicaria- nou com Anconío das Morres.
Armando Sampaio; resumo de palestr:J Havana, 1978. Nessa :viagem, en- o nosso limão "galego"). Gosta de meme entre rodos. •· Vai continuar dançando, mos-
proferida por Salomão Malina na ABI contra a bailarina Alicia Alonso que, falar de seu passado. E honroso para Gades gosta mesmo é de falar em trando ao mundo a beleza do fla-
do Rio de Janeiro; duas ena:evisras feiras inconformada c0m sua decisão, lhe um homem cujas aspirações são da dança. Conta, em rápidas pincela- me,nco. Fascinar as pessoas com
em Baku com membros da União dos diz: "Cada revolucionário cem que seus movimentos de corpo, mão
maior grandeza: "Comecei a rraba- das, a tradição da çlança flamena1 -
Teatrólogos e Cineasr.as;rex10s m ais po• usar as armas de que dispõe, que lhar aos onze anos de idade, num um símbolo de festa. Acha graça que que exprimem sentimento, a ale-
\ ~\'-~-~~""' \. ~~t.~~ .oo\\\\<::J. \\i. Ll\e. sa-o prdp1rà:,. li Lua·, r{inu miJ, i e:mJufü 1'i::>tugrár'i'c!!>, cumu a1uuarne as pessoas :,e preocupem canco com gria, a dor e a felicidade clo povo an-
URSS; um estud0 das transformações'
tanto na literatura como no cinema e a dança!" de fotografia.Aos 15 anos, o fascínio o erótico nela contido. "Em toda daluz. "O homem tei;n que dançar
reatro; e uma conclusão. · As palavras da grande mestra o da dança. Mas já fizde tudo para sair manifestação humana, há uma gran- até morrer, pois a dança é uma ne-
Armando Sampruo, nasceu no Rio de atingem profundamente. Nesse da miséria: fui jogador de futebol, ci- de porcentagem de político e eróti- cessidade do ser humano. É como
Janeiro, é presidente do Diretório Mu- mesmo ano funda o BaJlet Nacional clista, toureiro, pugiLista... co. O flamenco, como uma dança rir, chorar, cantar."
nicipal do RJ, membro da execuLiva re- Espanhol. Dois anos depois, por Aimagem do pai está sempre pre- popular, que não qyer ser intelec- Antonio Gades despede-se de
gional e membro da Direção Nacional quesrões políticas, perde o lugar de sente. Foi defensor da República es- tual, é espontâneo. Seu erotismo Sá.o Paulo, mas estará no Brasil -
do PCB. diretor do ballec. Mas não se dá por panhola de 1936. Isso o faz orgulho- não é o do coque, do dialético, mas "essa terra alegre, cheia de música
O Jeiror vai ter uma boa 0porruni- vencido . De 1981 em diante, com so. "Pertenço ao Paftido-Co.o:iunisra do sentir." e de poetas, mas também marcada
dade para adquirir um livro sério, escri- seu própno gruyo, C'Omposto de 30 dos Povos de Espanha Uma coisa de pela miséria" - até 7 de maio,
co em l ing uagem acessível, que p ode bailarinos, viaja pelo mundo, mos- vida inteira. Nasci no seio de uma fa. Dançar até morrer quando fará sua última apresenta•
ajudar no em endimento das questões trando a beleza da dança tlamenca, mília comunista e fui muito influen- ção em Elorianópolis. Daí, seguirá
que se apresen tam. que ames de rudo é sentimenro, filo- ciado pelo pai. Hoje sou membro do Anronio Gades é perfeccionisca. para o Uruguai e Argentina. Apesar
sofia de vida do povo andaluz. Comitê Central.Luro e vivo por uma Ensaia sempre antes de cada apre- do mal-humor demonstrado diante

Alcione para Raízes doguerreiro


sociedade mais justa." É o que de-
monstra com sua Companhia de
dança. "Nós somos a única compa-
semação. Tudo tem que estar per-
feito, Considera-se grosso e mal-e-
ducado, nunca ditador, como di-
de parte dos jornalistas, diz-se con-
tente com a recepção dos brasilei-
ros: "Gosto muito do prestígio dado
Moscou sambar Filho de operários, esse artista
descoberto pela bailarina Pilar Lo-
nhia independente do mundo. Não
temos ajuda de nenhum tipo, nem
zem. É que quando alguém se dedi-
aJ. a alguma coisa, seja ela o que for,
por um povo que tem tanta tradição
popular musical. Isso me emocio-
Sucesso complero. E o que se pode pez, é aquilo que se pode chamar estatal, nem de empresas comer- tem que dar tudo de si. Não aceica na... "
ôedu1Jr do telex enviado pela agência
Tass sobre a estréia de Alcione na URSS.
O redator não poupou elogios, cradu-
Zll;do a excelente teceplividade do pó•
blíco moscovila q_ue acompanhou com
A questão negra em debate
palmas a cadêncra do samba. "É a p ri• Rio de Janeiro (do correspon• bramemo do Seminário Encontros
melra bem-vinda ~pós o restabeleci-
mento decoma1os culturais ativos entre
os nossos~... dl1. a agência, acen-
dente) - A convite da Secretaria
Esraduai de Relações Exteriores, es-
tarão desembarcando no início de
Estaduais de Conscientização Ne-
gra, que começou em 19 de março,
na sede do Clube de Regaras Fla-
,
1
l
1
tuando que o camlnho dos pioneiros
é sempre difícil, mas lambétn honroso" outubro, nésta Capiral, grandes no- mengo, na Gávea, e depois se esten- l
Depois da temporada em Moscou, AI:
ciooe fará uma turnê pelas prlnc,pais
mes 'internacionais da luta comra
o racismo, como o francês Harlen
derá por Campos, Nova Iguaçu, Pe-
crópolis, Cabo Frio e Vo.lra Redon- l
cidades sovlécicas ao longo de quase
qua.tro semanas, e pôr fim estará de vol-
Desirée (fundador do SOS Racis-
mo), o pasror negro norte-ameri-
da.
No Rio, nos dia 19 e 20 de março, l
ca à caplcaJ, por ocasião do 17 de maio,
na Praça Vermelha, num show come-
morativo.
Um público, que pouc-.is ve1.es ouviu
samba, delirou com a Banda do Sol que
c-.moJesseJackson, Winnie Mandela
(mulher do líder negro sul-africano
Nelson Mandela) e o jornalista Do-
nalds Woods, autor do livro Cr:y
Freedom, sobre a !um, agonia e
os negros cariocas discutiram o ra-
cismo no sistema escolar, as condi-
ções sociais e a política partidária,
mercado de tra0alho e a importân-
cia do atleta negro na história do
l'
acompanha a cancora. Aldone trouxe-
morre de Sreve Biko, líder negro Flamengo. Em Campos, realizou-se '
nos a sua ierra - disse um oitico, com-
pletando que ela veio com amor, com sul-africano que foi torturado oas nos d ias 23 e 24 de abril; em Nova
Iguaçu, está previsto para 14 e 15
l
i
força, com conveoclmenco. "O BrasU celas tio regime do aparthei~, e
brasileiro está aqui conosco. Ao ouvi-la que gerou o filme Um Grito de de maio; em Petrópolls, 18 e 19
cani:ar esquecemos que as Jí;iguas n_os Liberdade, em carn.1z nos cinemas de junho; em Cabo Frio, 2 e 3 de
brasileiros. julho e em Volta Redonda, 30 e 31 1
separam, porque o amo.r nao precisa 1
ser 1radu1.Jdo e sempre é sebe/atnente de julho. A coordenação do evento
percebido" Sua música, agora, é caro•
bém um pouco nossa, concluiu a Tass.
O grupo irá debater o racismo
no Brasil e no mundo, como destlo-
explica que as inscrições são gra-
tuitas. l
1
_J
r _
Capítulo do livro Escravidão e sociólogos brasileiros, com estudos
Racismo, de Octávio Ianni, publicados sobre as questões
Editora Hucitec, São Paulo, 1978. ·'---~. ÁBOLIÇÃÓ --: :,_~ culturais e políticas do Brasil e da
Ianni é um dos mais destacados . "'. - : América Latina.
ml!lamerfo:;e dil c-s.:r.11'1) 1!111 negru

A
a pinturn, o cinema podem iamo ,exprimir for-
emulruo é tunliém a meramorfose mas de conscienc1a religiosa e polflica como
de umu fonn~ de alienação a rn11ra outras maneiras de compreender, acei1ar ou re•
'la es<Ta\'lntra. o escr.11'0 é alíenn- jeitar a condição de raça subalterna na qual o
Jo no pro.luto de seu rr:ibalh0 e negro foi posto pelobr:inco.São várias as moda-
em sua pe.ssoa. Eé n~ condição que ele reela-
lidades de consciência que o negro tem sido
bora ou recria elemento.- da culrum africaro. lei-ado a formular e desenvolver, Como tendên-
em combm:çio <'.Om a culmr.1 da sua própria cia. há umaconsdêncin pol!tica que se sobrepõe,
condição es<nl'a. Ne.5Se contexto, areligião, ma-
gi:i, mm. íoldore elíngua tomam-se ae.\l)res-
ou Cóm~a a sobrepor-se, às outras.
Esse processo de politização da raça negra
sio de um empenho em garantir um universo caminh_a de forma variável, conforme o pais da
SóciO<Uhur:tl rôtrito, no qual o (ro'31'o se refu- Améri.ca Latina e Caribe. No México, Colômbia,
gia, exprl!SSI, afirma e~te âculturada escravi- Venezuela, Peru e11lguns outros países da Amé·
dão ACl;i!:1 ~ senhoresmnced~ esse reni~o. rica Latina, os grupos negros estão obrigados
lildUSi1-e toma esse unll'erso sócio-culrural ro- asubordinarem asua atividade religiosa, an!stica
mo prova de que aosta dos escr:ivos é de fruo e politica às estruturas criada1e dominadas por
wtra raça. Adespeito di$0.~ relações. o, valo- brancos: ou brancos, indios e mestiços. No Brasil
res e as e51IUIUJ'3S anfcu!Jtlos em romo da reli- também ocorre a mesma subordinação, m~
gi.;io, magia, mü.~!ca, folclore e lingua :u::tbam com ~lguma.'i pel·uliaridades. Emalgu1l1Jl.5 :!reli
por tomar-se o unl\'erso sócilX'Ulrural l'!ll que do pai~, como por exemplo nas cidades de Safra•
1

j
o esm.o se refugia e gu31'da a sua r~bel<lm, dor._Rio de Janeiro, São Paulo e Pórto Alegre,
o seu pro1es10, J SUJ nega.,"io da condição escra- as auv1dades religiosas, arúsricas epoll1icas pare-
va. Aqui, o negro e o mubuc estão ~ub.,um1dos cem desenvolver-$e c:ida vez mais. E hri mesmo
na contl!çio l!SCT3l'll. da C2bct esml\':t Ao passo· indíci05 de que o negro e o mulam se v~m
que na sock'Cbdc de ela.~ o negro é um traba- de (~rma cada 1•e1. mais nírida, cómo caregorlas
lhador livre •.\pesar dJs condições ach·ersas nas soc1a1s e políricas potenciais. A alienação racial
quais ele dreula no mercidc de fol'Çl de U'3ba- produ1. desenvoh·imentos políliros, a despeiro
lho (quando éobrigndo acompt:lir com obran- do vigoroso predomínio do mi10 da élemocracia
ro, índio, mei!iço ou outra categoria racial J na meia!. que confunde brancos. negros e mulatos.
soeiedade. de cla.,;scs o negro pode llt!;!?ociir a E claro que a situação é diversa em algumas
su:i força de trab:llhó. Como ~a. ~ formal- sociedades do Caribe. nas quais a população
ame livre Éum cimdão, amda que de segunda negra e mulata é maioria ou está no governo.
dassi!,.ousub:ütemo. Mas éalienado no produto Nes.ses casoo, os movimentos polílicosde nc6 ros
de seu trabalho (quando manado) e na sua e,mulatos adquirem alguma, ou ampla, autono-
oondiçio de cidadão: é negro ou mulato, ade- mia, em face da religião e outras fonnas de orga•
m:IJS de assalanado. Além de-operârio ind~trial aização da consciência soe.ia!. Além disso. recha-
ou :igricola funduruirio ou cn1pregido. ele e çam_as propostas polltic:is dos brancos. ou so-
negro ou mularo Nessi condiçjo no,-amente 'brepõem-se a elac;, Mas as.sumem o ;ioder poli·
rema e reelahora ~ elementos euhurais da sua lico sem aherar a estruturação de cla~s em
condiçio SOCill eraebl Como negro, ou rnularo, qu~ se dividem negros e mula1os. Nesses casos, ·1
eJ.SWJJriado, ele recria ereelabor.i oselemenros s.io os negros e mulatos que se defromam direra j
aiJwrJJ.i âJ .\IJJ w11tli(i1<1 t'k: à:i= r: ÍJO /it'U e exp'fJC'.ul!mtme com aúupra ;/í1tnaç'dO em qut 1
~"ldo ~cr.wo A. aperiéncia coleuva e histó- foram produzidü'i l1istoricamente: eles próprios
rica de escra1 por JoL~, triis tiu quatro secul°", acham-se es1ruturados em classes sociais hiernr- ·1
é recri:ldl e retl:ibõr:id.1 juruame111e (\)m l eifJõ, quizat.las.sem haver superado as subdivisões ra,
ôêocia pr6ent" dr n~ro ou mulato menhm dais. em negros e mulm<Xi - ou negros emula-
da <lasse opelJllJ ( urbana e rur.ú I da ~e tos pobres e negros e mulmos ricos - produ-
médiJ. peqi1cm-buigu~ia ou outra Citegoriu zidas nas suas relações passadas e recentes com
socr.tl os brancos. colonizadores ou não. Nesse caso.
Na$00edade <kcb.o es, nuséculo XX, porllll· a condiç-.io rJcial pode ·ubsumir-se à condiçio
to. as ionnas de ((1RS(Wlci3 <leal1enaÇio podem de classe, de forma paulatina ou rápida, confor·
~r nl3l.s diferendacl:is. Éverdade que a ~l1gião, me o con1ex10 das relações de interdependên-
amagia, amúsíca, o folclore. alíngua conunuam cia, alienaç:iu e antagonrSmo geradas com a re-
a .er ~fms de um uni1-erso sócio-cultural 1m- produção das es1ru111ras politico-e~onômicas_
1x.mame \t,s a.-., ~igruficai,iies ~o-cuhum\ e Ocorre que o negro reage 1an10 as cond1çOC$
polúicasdesse urmw:.U s5odad:is pelas relações reais de vida em que se acha como à ideologia
ck- iruerdtpendêncin. alienação e aongonismo racial do branco. finquamo operário negro, por
das dasse- sooai.l Acondiç-.ió de raça e cla,'le exemplo, ele não desfruta dos mesmos direitos
sub~1llllem-se n:dprocameme. do operàrlo branco que se acha em idêntica.
Os conteúdos políLicuS da condição social situação. Para ser igual a um operário branco,
(politiro-ecooõmiCI) do negro. entret:tntO, não o operário negro precisa ser melhor do que
se desenvoll'em a não ser de forma irregular, o operário branco Na esrrurura ocupacional e
contradflória m~mo. A condição duplamente na escala de salários, o negro esiá em piores
subalterna da maiona da população negra e mu dls próprias condições de vida polírlcas em candidatos negr~ Não possuem o que tem sido a dupla condição de vida da condições. 'Além disso, ele sofre o preronceito,
Iam, em quase todos os paLr:es da América Latina Adupl,t alienação em que se acha o negro, um panido. o que é proibido pela constituição maioria dentre os negros e mulatos . . a discriminação ou também a segregação. Isto
e C21'1ôe, dificulta b:lslante a trJnsição de uma em quase rodos os paises cb América Latina e :id01ada pelo &?1-emo em 1969. Mas os grupq:; · É ób1io que ac; mudanças das ~ond,çoes de é, o negro se 1·e em condição subalterna. tanto
conscienda "ingênua" (ou mesmo alienada) da Caribe. tem datlo origem a várias modalidade.,; negrt,5. em 1-.lr1~ d~ esiados emque se orga- consciência social não são homogenea.i nem se- pr:\tic-.i como ideologirnmeme.A ideologiaracial
alienação, p:ira uma consciência :idequach. poli- de reações Além da religião e ane em geral. ru1.1 Jdn1m1s1rnm':lmeme u país. tem elei10 l'e• melhal)tes nos 1:nrio.s palses da Ameri? Lati~a de branco o rejelta ou confunde; mas não o
ticamente organizada, critica Onegro e o mu- também nas organizaçoo polilicas (assodDções, refd<.,~es. deputados estaduai1 euepumd~fede- e do Caribe. Em cada um, a formaçao soc1_al considera igual. Opaternalismo, aambigüidade,
wo com frequência >ão duplamente alienado,, sindiaua;, partidos) o negro es{á oiganiwndo r.us Ifa um;t e11dente politiZLtçiodo,Igrupos ne- capi1alis1aassume uma feiçãosingu)a~. Alêm drs- o mito da democracia raciale ouu-as expres.sões
porque são alkn:idus como membM de uma a ~ua consciência e prárica J)0lítka No Brnsil. gnl.l. tamo tl'> prolctJrios como os que ingres- :;o, sio divers:is as esmuuras sociais em cada da dominaç-jo exercida pelo br.inco confundem
raÇ3 diferente, mítnor. em face do branco tt por exemplo, ele organizou na década d~ anos ~rnm nu COml!C3111 J lagr~r nas ctas.lt!S mé- wc:íedade: distinguem-se os gr.ius de urbam· ou irritam o negro. Édiante dessa situação. prá·
rumo membr~ de uma dJS.<e SOCJJl tan1bém trima a Freme N~r.1 BrJ.JilttirJ, que foi e.x1inta úía1 •.;., conjunru, e tll1 pcr.speç1i1-a hiitórica. z:iç:\o. industriali7.ação. desenl'oh•1memo agrá- tlca e ideológica, que o negro toma consciência
~ubordinldi 3 oUlra. na qual a maioria pode pela ditadurn insiaurada em 1931, por Getulro o 1\1.>gru br.i,ile1rn el'Olui .tle uma suuaçâo dt:' rio. :e; composições demog_r.lfi.cas (~iegroo, mula- da sua dupla alienação: como r:1ç, ecomo mem-
:,r.r btanca. ffáCIS(,sem que a5ituaçjo se compli• \'a~ Erure aabolição da escr.n--aturJ e a cna- da.,-re l)eplas eh aboliçio, ocvrrida em 1888. to:.. br:mcos, índio~. mes11ços.-tm1grantes, des- bro de c/,1.'iSe Nes.,;e _1e01ido. p:rr:i reduzir ou
ca,poi!- que a mah,nJ negr:i é ,uhordioad1 a çio de um movimenro ma~ e;<plicita11tc::me ~Jli- l'Ol r.1rt,1.1 p.1rt~ úo Jlli, o negro tôrnúu-,e um cendemes de eumpt:us. ;isiáticos e1c) eas distri- eliminar as condiç0es da sua :dienação. da sua
gru~ hrancu, i: mulatos ' uro surgem v.í1i1~ mnnift.'Staçóe~ bns1;1JJte ~1gnr- desempregado. emt.~mo lumpezinou-se devido buições das rlÇ:Ls pelns dao;ses sociais ~o con• condit;:io duplamente subahern.1. o negro é l<,.i•
• '.'Íe$1S cuooi((,(:S, da lm'limJ fotma que emn: 6(am;i, .1.> rondi.;ôc!, J<Wtlõa.l que precisou enfrentar, 1011111 . no en1an10. p11rece evidente a prog~sslm do a elaborar uma conscit'nri.1 polilir.1 uúplicc.
outr.i., raçi.~ e ~ ;uhal1~r11J.S. com• o; r.l'· A mm1r témpu, o lk.'grO br.1.,1leiro re-Jli7~ na mmpelição com o branca. o imigránte. o 1ransição de umamn.1·dl}nci,1 rel(gio.,;;1 da condi- êle1'3doapór-sediamcJes! mesmu~Jü br:inco
gnJS ~ mul:u-~, 3 wn~itlKia dr alienação não llJll)tl'e~ del>Jtb e di.~ies, pm rdomnr i1allano,o alemão e outras c11egorla1 do ambien• ç-jo do negro para uma 0111ro'§no:1 polhíc.1. NO· como membro de outrar.r1~1.e memhro Je 01Ur:1
!.I! apr~111:r 1meúiltaml!n1t: n·mo uma cons- ~ruh cr oo Jprofundar a ;inah~ do:. :,tu., iNt qu~ a 1ransiçào da con.ciênda religi~ da.~,;e Enquanto membro Lle raça. ést:I ~ó. e
te r,1cial br.bile1ro \e;,sa éJm.1 de é tall'ei o
~,er, 1a 1()lfu.-a lim todã C:U<"5tirra social ~~l- pwblemas. em face du branco e t.lc s1 mt:,mn prirKtpll elemento do emcito de trab:llhadol'e$ p.'lrJ a cvn.\c1êncin polluca não significa, em ne- prc:cisa lutar a p:mir Je~-.1 condição. Enquanto
1ema. J com~~LJ polí;irJ <b .1i1uai:,io 1~111.k Também organlZJ mo1•imtnlll< aní.'!in~- t"l11ll(, dé Wtf\j Dep1ri!-. pouco a pouco. 1'á1 )endo nhum1 hipótese. a subs!Íluiçiiô de uma por ou- membro de clt1S.o;e. e~t~ m~ladLl rom membros
a .iparl.'Cer me-...±idz wm demt'lll!J', rthgJ<_j)(_~, tt'íl1ru. dançi eutllr0>. p,rJ rl'Cnart d~., Jwr ,hw1id11 11a, ocu1r.irot".; a.s:.;~\1riadas que ,e tra Ela., não s:io nem exdusÍVil.1 nem ún,~ de outros. raç:is. e precisa lurar a p;inrr des,,;a
moms, lu,J1CU\ t' outru, o, pn:,prio, ,-ruo~ J ,uJ cria1i,1da<le e marcar a indi1i1ltuhJJdt• muluplicam e diferenetam. com a 11rh3ni1.a(;ã1) 11:\. por cxemplt1. rnanrfe~ta~ões artístia\S qut.' condiçitJ NL>s.-ie con1ex10. rnça e da.1se subsu-
po/W("'-5 1.1a~ r,!\.IS 00 cla,'\l' UOOllllWllt'S ill\ã e on~inalidade ela ~ua ml'ira de 1~·tr ~nlir e a mJu.,1ri3\i1.açiu A.<.S1m puurn a. pouco. ele podem cxpre),S;lr ou1r:i ou OUtr.lS modalidades mem-se rcciprOCI e cominuamen1c. tomando
!klll epeflllclam a c1Jn.sciência-Jos ,uf:Jllérru.l' pen.'11', /a,.er fm :!0()$ recentt5. c:n:rc 19'6 ~ ...., tr,111,tprma em nl!g10 upcririo. llil inúú:.ir!a de consciênci:1 da condição alienada em que m.11S complexü ~ cqn.~~iênciu eapráric-a poiiril-as
W5, 1, negru br~ileiro tem votado na1 dct,,(-. tlll na agrícu\\ur,1 :'lule-st. nl!8fV e oper.lrio. se sente o newu. Apuesia. o te;nro, 3 m(1sica, do ne11ro
llll't<fandow tvníuntlindo a ~ua O'Jlllprt.'t11.5âo 1
,,. . Aos leitores
J A greve dos tunclonórtos dos
~o Paulo. 29/b4 a 04/05/88 empresas estalais e servidores
Suplemento Sindical n214 · públicos federalsp~e ser. um
movimento v1loncso. De~
Voz da Unidade respeitar o nfve\ de moolllzaçao
Rua Bento Freitas. 362. 42 andar de caea ootegorla, combinando-se
com manifestações e atos po!ltlcçs
Tel: 231-2926 CEP 10220 amplos. que artlculem todos Çll
prejudicados pelo pacotaço.
Telex: (011) 32006 VOZ SP
;-

"

OPartido Comunista .Brasileiro luta pela manutenção das


- PCB associa-se aos trabalhadorgs da conquistas obtidas econsoHdação
cidade e do campo nas comemorações dos espaços democráticos,
dos que batalham contra aexploração por mais democracia ejustÍça social.
1
'{patronal epela democracia, apaz e Concretamente, aqui e agora, contrá
t aprogresso social- e dos que, no aextinção da URP epor melhores
só.da/ismo, constr6em um mundo novo, salários, por uma Conshtuição
~ de prosperidade e bem-estar, democrática epela realização de'
operação eamizade entre 0sfX)vos. d.riçqcs mUJ!icipais epara
~ - ~ - -verror-amus 'f:FFt:gmre 1IJJJJCM<r- --7,ces1uen,,te aa JfJJPlllJilca em
~ autoritário elutamos para novembro de$te ano.
b
n
inshtuciona]jzar e consolidar o Trabalhador,
~ Estado de direito democrático. Mas, menção especial fazemos aos
~ ainda não conseguimos mudar Q trabalhadores negros,,, neste
modelo econômko que nos foi centenáno da Lei Aurea:
imposto pela ditadura. .A Abolição nã0 foiplena. A luta
_ Opoder político de fato continua. Negros, brancos ou
continua nas mãos dos grandes pardos, todos juntos, faremos
capitalistas, estrangei!os e do BrasÍi um país livre,
naâonais. Não por acaso, o democrádco e socialista.
governo Sarney do Plano Trabalhador,
Cmzado-Funaro € da Reforma Agrán'a oPCB luta por um Brasll
se transformou no que /Joje ele é: sem foine, miséria e desemprego:
um govemo de arroc/Jo salarial, Por um Brasil democrátJ'co, moderno
um governo que faz apolftica do eplura]jsta, onde haja crescimento
grande cap1tal, embora mantenha com distribw'ção de renda, onde o
uma polftica externa positiva. · progresso social sejapara todo_s.
· Os comunistas conclamam os Esse BrasÍi só existiref com sua
trabalhadores aintensificar a part_icipação ç luta. Filie-se ao PCB.

final, que é o Primeiro de iantes anarco-sindicaJistas de primeira cidade b_rasi- Em 79, em meio à greve no

A MaJo? Dia do Trabalha- trabalhadores fura-graves, um


A l eira a comemorar o l'' ABC paulisra a Intervenção no

\
. dor, pam celebrar a exis:
tênda da pessoa que en•
~lquece o capitalista (este, aliás,
tem dia no ano para celebrar
ALUTA EA LIÇÃO
conflito de onde resultaram qua-
tro monos..Oias depois, os mes-
de Maio foi Santos, no li-
ror:;11 de São Paulo, em
mos anarco-,ifldlcaliscas r.euni- 1895. O aro, em l oa:al fechado,
ram-se em grande manifestação foi uma inidaliva do "Cencro So-
SANTOS (MAl'O) 1895 Sindicaco dos Mecalúrgicos de
São Bernardo, u J9 Maio volta
a ser comemorado autônoma e
unicariamente pelos trabalhado-
~ sim mesmo)? No Brasil, a data pacifica de prOlesto, mas assim da/isca·; que havia sido fundado res no Estádio de Vila Eudides,
J,ena com efeito o dia "do traba- mesmo a pollda voltou e dissol- em 1889 por Sóter ~úfo, Car- finalizado por uma missa campal
ll;lad0r·•, uma vez que é feriado entrou em fase de profunda de- dade de salários mais altos resol- veu o aio, ao custo de dez vidas los Escobar e Sil vério Fonces, es- arualidade, destinada a desapa- inldados com "Trabal hador es na qual o mecalúrgi'"? Jb~é Fer-
e se comemora a natureza pa1er- pressão: afirmava-se o sistema verem codos os problemas da mais a de um sargento. Segui-s; te úllimo o primeiro socialisra recer para q ue reine a p:v. e a do Brasil" - o 1 9 de Maio sem- reira da Sil va, o Frei Chico do
nalls1a do regime, que traia o rabrll, a máquina, e o trabalho dasse trabalhadora. um. processo Judicial, rápido e brasileiro de tendénda marxis- felicidade entre os povos civili- pre foi marcado por l utas da PCB, le.u a homllia e 0 poe.ra Vini-
trabalhador como um coicadi- que exigia pouca ou nenhuma A recessão prejudicou menos fraudulento, que culminou com ra, ·seg,mdo o fundador do PCB zados''. dasse operária nas prindpais d- dus de Morais. recitou seu poe-
nllo, ou moleque travesso, não qualificação. Isso levou à uma a Ordem, entr0sada com todos a execução de quatro slndlcalis- Ascroglldo Pereira. dades brasileiras, - com o na m a "Operário em Construção''.
lJIS, dois dos quais nem haviam Em 1906, rompendo com se-
põe dinheiro nc- seu bolso e dráslica__r,edução no nlvel dos sa- os segmentos da classe trabalha- Em 1901, a assoe/ação operá- tores reformisr.as e anarquisras, greve de 1953 em São Paulo - Em 80, encre n ova greve de me-
lários e à crise dos sindJcacos or- dora, qualificad0S ou não, que comparecido à manlfes:mção ria "Clube 1ncern.1donal Filhos lndtJsive com morres de traba- ca/úrglcos e prisões de seus líde-
nem o considera como cidadão surge no Rio de Janeiro .7 COB
com plenos direitos e deveres. ganJzados por profissão. pode assim organizar greves vi·
1oriosas e Jacralr a simpatia da
As consequências para o mo- do Tmbalho •; criada em Sãu ln-
vimento sindical none-america- sé do Rio Pardo (SP), lança um - Confederação Operária Bra- lhadoresem confrontos com a res, 100 mil pessoas enfren'!Jffl
a polloa - armada com caes,
Dia do Trabalho? [,)ara de cele- - C5 movimemo sindical estava sileira, que em sua resolução de polida. Depois, nos 15 pr'JJJCi•
opinião públiea. Foi, todavia, no foram nefastas: a Ordem salu documento de autoria do escri- ros anos da diradura militar, de merralhadoras e he/icóprecos - ·
bração metafisica do suor e do dividido. À esquerda estavam os muito enfraquecida e acabou tor Eut:lides da Cunha, em que fundaç;io assinal a: ''.A origem
· sacrlffclo, da tmdiçãe reacioná- anarco-sindicalisras, preocupa · apanhada de surpresa por uma histó rica do 1 • de Maio, n o sacri- M a 79, 3,5 comemorações pas- e conseguem lâzer uma passeara
manobra demagógica dos sindl- perdendo terreno para o sindi- o cdadbr de "Os Senões" con- vitoriosa em coroo do P.:lço M u-
ria da nossa cultura octdemal, dos em virar a mesa, criar condi- cal.ismo de direi1a, que repudia- dama, flcio das vitimas Inocentes de sam a ~lnco fechado nas sedes
caros de direita, que Intimaram . dos sindicatos, n:Io sem craun!as: nidpal de São Bernardo, con-
que dignifica o esforço fislco das ções de resistência a.rmada ~°:5 os patrões a conceder Jornada va a organização dos trabalha- "Fesia exdusivamente popu-
Chicago e na lura peí;is olco ho-
dulda com noro ato no Escádio
massas e esconde o ócio das eli- caplraJJsras, denunciapdo a auv1- dores nas fábricas ( uma siJuação lar, ela se destina a preparar o ras de trabalho, impede que esra em 67 o operário textil Olavo
ces? Conjeturas. O Primeiro de de. crabalho de oico horas a 10dos daca seja mtstificada pelas festas H_ansen é arrancado pela repres• de Vila Eudides.
dade poll1Jco-partidárla e usan• 05 trabalhadores, caso comrárlo que só mudou nes anos 30, acra- advento da mais nobre e fecun-
MaJo é data histórica na luta da do os sindJcatos meramente co- vés de John L Lewis, llder dos da das aspirações humanas: a favorecidas por interessados na sao da festa na sede do sindicato Nos anos seguintes, ft[ prenun-
classe trabalhadora, mas luta no dia 1.0 de maio de 1886 J:tave- resignação e na imobilidade do em,São Paulo e assassinado. Em
mo veícrulo de sua pregação, Ao mineiros e do sinçlJcalismo "in- reabillfação do prol eWiado pa- dando ·t r divisão q ue viria a re-
contra o quê e por quais objeti- centro estava a N0bre Ordem ria greve geral. proletariado. " No ano seguinte, 68, na única cencativa de um ato sultar nas atuais cenu:ais CUT e
Houve alguma adesão, :-:ias o dustrial'' americano, e cufa per- ra a exua distribuição de Justiça,
vos? Não é dia de celebração al- dos CaVâleiros do Operariado, sonalidade é traçada no livro p0 • cuja fórmul a suprema consisre 1907. tropas·armadas ocupam a aberro, na Praça da Sé - por CGT. os aros se dividem1 ~ult;m..
guma, é mà1S um marco que um movimemo redundou em fra- Praçi da Sé, em São Paulo, para lniclariva dos slndicallst.1S que
uma estrutura poderosa o~ani- casso e retardamento no avanço der, de Howard Fest). Por ouiro em dar a cada um Q que cad.7 do a $er unitários na maioria dos
dia de glória, uma lembrança 1.ada nos moldes da maçonaria, làdo, o sindicalismo de esquer- um mtrece. Daí a aboliç-Jo des impedir, a manifesração de J~de integravam o MIA (Movimento esrados a partir de 85, em espe.
amarga, uma lição ainda não da organização política e sindi- Intersindical Antiarrocho) e
secreta e riruaJlstica, mas pro- cal dos trabalhadores none-a- da, selYagemence perseguido privilégios derivados quer da
Maio, que é então realizada na dai no Rio deJaneiro. Na Qwnc:a
completamen1e assimilada. fu ndameme democrática e praticamente nunca mais assen'. fbrtun;J. quer da força. -Para este sede da Federação Operári,1, lo- com o apoio do eni.io governa- da Boa Visca, na capital flumi.
Assim como multas ouiw coi- preocupada com a unJdade do merlcanos, que levaram décadas, tr1da. dor Abreu Sodré, ocorre um tu·
p:ira recuperar-se. .H0je, o que tou pé no sei0 da_organização fim, é misrer pro.mover a solida- nen.se, el e ser:A novamente co-
sas ímponames na história da movlmentO sindical, com a in- dos trabalhadores dos Estados riedade entre todos os que for- mul to: quando Sodré chega ao memorado este ano, a partir das.
classe trabalhadora, o Primeiro fluência do movimenco na v.ida sobrou foi a lembrança - geral- À exceção do período do lista- palanque, militantes uJcraes-
de Maio penence orlglnalmeme mente glorificada além'das me- llnldos. A hls1órla continua, mas mam a lmenS3 maioria dos opri- do Novo (1939 · 45) - quando 9 horas em promoção confunca·
polllic-.i do p:ils A direita eslll· fica a necessidade de reflexão midos, sobre quem pesam ,as as com~moraç6es públ icas se
querdlscàs começam a, apedre- da CTJf, CGT e Sindicatos inde- .
à e.:xperlência do movlmenro vam os s1nd1ca1os "de cesullll· didas - daquele fariclíc;o Primei- p-lo, o governador é aángido e , pendenres.
sindical norte-:tmerlcano A par- ro de Maio, quando a poifda de sobre o Primeiro de MaJo. gr.mdei; injustiças dJls institui• restringem aos discursos de Ge-
dos" da époa!, acreditru1do fer- 1 a manlkstm;iío termina em pan•
tir de 1884, a indúStrla do pais ChkaBo separou aos tlro5 mili- PEIIIO SCUAONETO' ções e preconceitos sociais da túlio Vargas, lnvnriavelmenre cad:uf3. . HERBERT CARVALHO '
vocosamome na mágica capaci·

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DE OLHO
Caixa não abre no junto às come mo rações de de maio ,
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entrega de medalhas aos sócios mais
TERRA LIVRE
A superterça dagreve Are,tomada no campo
Rio Grande do SuJ antigos. Dep ois, bailão ...
Enchova: omissão da Petrobrás O Encontro Nacional de Campo, or-
ganizado peli) Partido Com~nis~ Bra-
sileiro, nos dias 23 e 24 de abnl, em
Cerca d e 80% dos 4,7 míl empre- O vazamenra de gás da plataforma marítima de Enchova, no Rio de
. gados da Caixa Econó mica Estadual d o As domésticas Janeiro, foi causado pela cransferênda de maquinário e técnicos especia- Olinda, significa uma retomada das
Rio Grande do Sul pararam à zero hora grandes iniciativas do Partido nas lutas
: do sábado, dia 23,. reivindicando um
têm o seu Dia lizados para serares exclusivamente deprodução em decrimento da,perfu.
rurais, em todos os níveis, na 0rgani-
ração, pela falm de investi mentos na manutenção e na segurança d9S
: reajuste d e l 48,65% sobre os salários trabalhadores nas plarafom1as. . . zação, no assentamento, inicrlativas io-
~ de janeird. A Caixa aume ntou de 60 Dia 27 de abril foi o dia das e mpre- A denúncia foi feira pelo Sindicara dos Petroleiros de Campo. Segundo cerrompidas de algum modo pelo gol-
para 80% o reajuste, de p o is que os gadas do mésticas. Um dia come mo ra- o Sindicara, as plataformas marítimas da Pecrobrás, fixas, parariam de pe milirar de 64. Segundo José Raimun-
• ,funcionários deflagraram o movimen- do se m fescas, mas com o mesmo tralDa- produzir se o que está escrico em rermos de normas de, o~raç-Jo da do da Silva, do Secretariado Nacional
f 1@ que paralisou l 90 agências no esta- grev d os dias 3 e 4, terça do PCB, isso não quer dizer que du-
:J fo gaúcho.
..
lho co tidiaoo que elas não pude ram
largar para poder festejar. Elas estão
A e q u ru·..a-feira, está engatilha-
escacai fossem de lâw aplícadas. E diz cambém que as denunaas cte làl ra
de manutenção adequada das placaformas já foram feicas, pelo p róprio rante esse período o Parrido tenha dei-
~do suas atividades no campo- "isso

....~--
~
,.. a,abalhando também para a realização . d a. A coordenação nac ional Sindicato, via imprensa antes do addente que põe em risco centenas
nao, mas agora reromamos uma articu-
t·- Comando de greve d o seu 6gCongresso Nacional dos Em- d os tra b alhad o r es n as estara.is en- de vidas-e milhares de dólares em investimentos.
pregados D0m ésticos, que será em ja- lação a nível nacional e essa articu-
...;:.· treg0u , na terça-fe ira, d ia 26, um Agora, representantes dos rrabalhadores de cad~ plac_:form~ da Bada lação rem de ser oom ~ visão do PCB,
está mais forte
r·-·.
neiro de 89, e m São Paulo. A maio r d ocu m e nto ao che fe d o gabinete de Campos vão fazer relatórios detalhados da sm1açao da segurança,
luta, ho je: 0 recon hecime nto como ca- demomltica e ampla, af;>rangeodo 0S
d e Maílso,n d a Nobrega confirman- e enviarão à .Comissão Interna de Prevenção de Addentes da Pecrobrás. pequenos pro.ducores e assalariados
v O Comando Nacional da Greve das tegoria p refissio nal. d o a g reve dos fun cio n á r ios em os fund onários aproveimm o :id denre e fazem denúncias da.reP_ressã~ cõmunisras e não-comunisras, setor~
.estatais fo i reforçad o com um servido r que vem ocorrendo, inclusive com demissões. Há pouco tempo, fo, dem1- e.la Igreja e da CUT".
~ público Ugado à CGT e com o utro liga- estatais e d o s servid o res públicos
cid0 o secret.ário da Associação dos Petroleiros da plataforma Namorado Do Encontro, que reuniu mais de
• do à CUT Os representantes dos servi- Bancários do Rio: fe d e rais . Nesse dia, també m , o co-
J. E desse poscoparrem outras denúncias, como a inexistênda de cabinas dez delegações de vários estados, in-
: do res são, pela CGT, Raimundo Nona- m ando n acion al d e greve instalou-
! to Cruz, p residente da Confed e ração menos de 40% votam se n a Co nfe d e ração Nacio n al dos anti-roído, reivindicada há cerca de dois anos, e aprecariedade dos equipa- cluindo associaçqes de pequenos pro-
~ dos Servidores PúbUcos do Brasil. Trabalh ad o re s n a Indústria. mentos, onde até incêndios já houve. prietários rurais e políticos, foi úrada
Segundo a avaliação d e Jo ão Car- uma conclusão central de todas as dis-
Dos 70 mil banc.1riosdo RiodeJanei- cussões que foram feitas: é preciso
Menos salário, ro, some nte 26 746 vo taram nas últi-
los Araújo dos Santos, secretário- d ia 27, e dos metalúrgicos da Em- Dia 22, no Rio de Janeiro, ce rca continuar rodas as discussões. Estas, no
Geral d a CGT, a g reve, ap esar de presa Brasileira de Aeronáutica - de 5 mil trabalhadores em empre-
mais desemprego mas e leições que de ram a vitória para
uma m o bilização e m rit m o dife- Embraer, em São José dos Campos.
Encontro, tiverain como imeive mores
a Chapa 1, com os e leito res listados sas estatais e funcio nários públicos (ou debatedores) Roberto Freire, líder
chegando a 38 mil Os vitoriosos tive- re n c iado e ntre as categorias, já p os- Segundo José Magno Leandro, da participaram da passeara da Cande- do PCB ru: constiruime, em nome da
1 o des emp rego e m fevereiro foi ram 13.6 18 votos, enquanto que a Cha- sui b ase real para a e x p ressividade d iretoria d o Sindieato, "do je ito lária à Cinelândia, contra o arrocho DJreç-Jo Nacional do Pa.rtido;José Fran-
13 ,9% a ma is que o de janeiro , disse pa 2 teve 10.086. Mas as denúncias d o m ovime nto . que está, adesão será de 120% .'' e a indefin ição da politica salarial. cisco da Silva, o presidenre da Confe-
: 0 rBGE. Isso sign ifica qu e, se 3,80% não são po ucas - dizem q ue pelo me - Se aJghlffias 'c ategor ias es ca vam Em Pernambuco, o dire tor A marufestação, e mbora pacífica, deração Brasildra dos Trabalhadores
• d a p o p ulação econom ic-.une me . ativa nos 10 mil bancários não voraram po r- inde finidas, o ur ras que riam anteci- do Sindicato dos Unbanitárrios, Tito teve a vigilãnaia de 450 ho mens Agrícolas; o deputado consrltt1inre Vi-
, nacional estavam d ese mp regados, o que a urna não passou e m suas agê n- p a r-se ao m ovime nto . Es te fo i o Cavalcanti, disse que espera uma do Batalhã0 de Choque .da Polícia cenre Bogo ( PMDB-RS); Raquel Capi-
:-índice subiu para 4,3396. Ou seja, se ciàs, o u passe>u e m ho rá rios imp ró - caso, p or exe/np lo, d o s funciona- paralisação e m massa dos 20 mil Militar, que esrava Já, segundo um beribe (PSB-Amapá), Oswaldo LimaJú-
; 0 crabalhad o r b ras ilei ro já vem ga- prios... nior, ex-ministro da Agricukura e atual
rios d a Re vap - Refina ria d 0 Vale urbanítários do estado, c0m expec- coro ne l, "ap e nas para garamir o
: nhando mal, agora ainda pe rde em - relaror da subcomissão de política
d o Pa raíba, que ad iaram uma g reve tativas de prosseguir o movime nto êxito da passeara". Greve 00s dias
: prego. agrícola, agrária e refonna agrária; e
Os e]evadores que se inicia r ia já n a quarta-fe ira, após ó d ia 4. 3 ·e 4, foi a palavra de ordem. Albério Luiz Gonçalves, professor da
Os vigilantes Universidade de Brasília, com estudos
ainda parados sobre a realização de reforma agrária

.i atentos em A1
Cerca d e 3500 funcionários de 31
Cinema: Associação quer serSindicato em v-ários países.

Os vigílames de Maceió pararam no emp resas de ma nute nção ele elevado-


último dia 15 e conseguiram um rea- res estão há mais de 15 dias p arados Rio de J,weir:o ( do cor - na indústria cinematográfi-
ljusre de 53%.A paralisação, que atingi u no Rio d e Janeiro, exigindo reposição r espondence) - O pres i-
d e nte da Associação d o s
ca, estamos enquad rados .Cineasta preso no Chile
1 80% da caL egoria, teve de e nfrentar a de 60% sobre os salários. Desse mo do, no 16'! Grupo da Confede-
• re pressão policial e a ímra.nsigê ncia 10 mi l el~ adores estão parad os no Rio Trabalhadores na Indús tria ração Nacional dos Traba- A Federação dos 'f.rabalhadores Latino-Americanos
: dos p atrões, principalme nte lo jas e por falta de manute nção, uma vez q ue Cine ma trográflca d o Esta- de Cinema (Fetralcine) enviou telex ao presidente do
ba nços. A greve do:, vig ilantes reve 90% da categoria ade riram ao mo vi- lhadores na Indústria, en-
d o d o Rio de Janeiro, ~o- q u anto os atores, trabalha- Sindicato dos Trabalhadores Cinematográficos de São
apoio do PCB, cujos dirigentes e.stive- me nto. q ue Ara ujo , e n viou carta à Paulo, Tony de Souza, solicitando o empenho desta
ram presentes no m ovimento - inclu- d or es que são em espetá-
Voz afirm ando q u e a s ua entidade no sentido de divulgar as graves condições
sive o ve reado r Freitas Neto. culos de d iversões, perten-
e ntid ade pr e tend e evoluir cem ao 22 Grupo da Confe- do jovem cineasta chileno Victor Diaz Caro, preso há
E o Cirp já 1 para um sindicato , conse- algum tempo pela ditadura militar daquele país, onde
deração Nacional dos Tra-
Guarulhos: festa está agindo... q üê n cia n ataral da conju n- b alhadores em E.<tabeleci- sua integridade física, moral e psíquica está ameaçada,
dos metalúrgicos tura q ue en volve a indús- m e ntos de Educação e Cul-
correndo ele ~isco de vida.
tria. Jorge Ventura, secretário-geral da Fetralcine e presi-
O Conse lh o JmermJniscedal de Re-
tura, o que pode ser infe- dente do Sindicato dos Trabalhadores Cinematográ- Passos dados
"Até a presente data, n ó s, rido da leitura do quadro
O Sindicato dos Me talúrgicos de muneração e Prove ntos, recém ativado ficos Argentinos, faz um dramático apelo à sociedade
os técnicos membros da ci-
Guarulhos, 11a Grande São Paulo, está para controlar salários de fundações anexo ao Are. 577, C.L.T. brasileira, principalmente à intelectualidade e aos pro-
comemorando 25 anos de a tividades. tada Associação, e s tamos Apesar de o Depanamemo Nacional
e autarquias fede rais já está mostrando Esclareée ainda o presi- fissionais de cinema para que envie m às auroridades
Atualme nte, sua base tem 30 mil traba- ao abrigo d os Si ndicatos de Tn1ball'lo no Campo ter ,sido criado
a que veio . A s ua Resolução ov I de te r- d e nte da Associação não ter chilenas gestões de solidariedacle ao compaohelro Yic- na pr.ltica em Olinda, ainda falra a sua
lhadores, ce rca de 45% deles sindicali- dos Artis tas, u ma e ntidade cabime mo a manute nção
mina que os funcionários púbUco s da de tra balh adores na área t()r Diaz Caro e denuneiem qualquer possível cenraLiva homologaç:io n(.)I; e tados para q ue se-
zados. A,; comemorações: no d ia 29, adm inistração dire ta, de fundações e da anomalia legal e jurídi- de t0rtura e mesmo de assassinato. ;n sub 111eu do à D1re<_, 1o \/Hclon .11 uv
c ultural. Em q ue p ese a ca, que é a Incorporação
autarquias não poderão ter rea1ustes aco lhida que nGJs tem dado Pttrri<Jo. AS!-im . p :tr:t :igiliwr J h omo Jo-
salariais maiores q ue a inflação. E se d os 1éroJco,\ e.te cinema ao w1ç~l o nos ,-~1.1d<'-~- f<>i <Tl.,<fa umn ru
O SINDICATO DOS
l fo.-em m e nor, como vem sen (.)o , ele;
1 t:
o SATED. ex istem fo rt<'-<; in-
- ._ - . . - .. .
1uru;<x.-s l c_aai.-, <.· fu n c•i• ,n ab;
. --
<iATED-RJ E q µc d~1.1 d1-
<.Y )IOIJJ~"~<,111~na- _
rtli!'.<.it.> d<t ç.i, .ir.: r pn "''-"'>ri,,. . ,ré <JU<:
,.~~~~@!IIIIIM__
~~~1i~~:0
......................~----~~
EANEXOS OE SAO PAULO
N •

Fantástico: saiu
·Jna;J;;;o;~c;;:s:::í:r:~ e:k!~~:
autonomia, embo ra seja- tindo para uma condição
reintegram anistiados -- com1swo se1amnómó1ogaaos pelos·
estados. Tudo isso, segundo José Rai-
mundo, para não ferir a soberania de
mos reconhecidos aos ar- que nos impõe gerir a nos- cada es tado, llemocratizando as lleci-
associando-se à s o PCV da Asdetran tistas ( prefe rimos dize r sa pró pria vicia, já que o
(Rio de Janeiro, d o cor- vento ra e demais aparares, sões:
manífesta ções deste respondente) - O Mo vi- que demiriu muiros dos Fo ram camadas outras medidas,
Primeiro de Maio arores), por consentire m nosso Sindicato falará ou- mento d os Anístiados do seus funcionários. Com a u ma delas um apelo dos sindicalistas
reafirmo sua q ue ficássemos encostados era língua: a língua dos tra- Sindicam (MAS-19) denun- anistia, uma assembléJa da
A Associação dos Funcionários do comuniscas no campo à Assembléia Na-
disposição ele lutar Depanameoto de Trânsito do ruo de à sua entidade até que su;- balhadore.<; na indú::tria ci- ciou, em p lena campanha categoria deliberou a rein-
gissem as esperadas condi- nemarográfica". cional Coostiruince, para que a furui;-a
ao lodo dos demais · Jirneiro diz tudo, na ediç-Jo especial para e leições do Sindícaro tegração desses funcioná-
trabalhadores pela ellmlnoção ções de saída'', diz à ce rta Ro que co nclui ,.,1rman- Constiruição represenre de rato avanço
de seu j0mal interno: "Valeu a pena dos Bancários no Rio deJa- rios. O MAS-19, coordena-
de todos as Injustiças sociais. altura o presidente . do que "queremo.. conri- neiro , que a entidade não nas questõ es da terra.
esperar. A sensibilidade e o alto es pí- do por Walter Steme Po m - As d iscussões ta mbém avançaram
rilO público do presidente do Derran, Ro q ue Araujo e xplica nuar a ver os at01 · _; em reco nheceu os direitos dos P,eu, distribuiu cerca de 5
que há dissidência, mas frente a nossas câm . .. a.<;, na seus funcioná rios arbitra- bas tante; p o r exemplo , a influência
VIVA ODIA José Alves de Brito, possibilitaram, afi.
nal, a realização do grande sonho dos não há inte nç_ãe de coo- ribalta, no pícadeiro a faze- riamente demitidos e m 64,
mil m emo riais no seto r
bancário, ex.igindo a reinte-
que a o rganização dos latifundiários
e g candes proprle rários de te rra, re-
INTIINACIONAL funcionários do órgão: a elabo ração
do Plano de (argos e Vencimentos".
fronto po r parte da maioria
dos técnicos, e acresce nta
rem suas artes co mo tão
bem as sabem fazer. Nós
mas anis tiados em 1986. gra~ão, mas esclar.ecendo
que não havia nenhum p ro -
pre~encados pela União Demo crática
Ruralista, de Ro naldo Caiado, vem ren-
Em 64, o Sindieato dos
DO.l'RABALHADOR! Desse modo, 0S dois mil funcio nários
do Derran-Rio esperam a sua aprova-
que "há, de direito e de fa.
to, uma divergência funcio-
faze mos cinema e vídeo,
atividades que certamente
Bancários do Rio deJaneiro
pósito el~iroml: "Seja qual
for o resultado da presenre do subre os peque nos pro prie tários.
sofreu uma vio lenra inter- As- disc ussões p e rmearam política
ção definitiva de anteprojeto na A<;Sem- na! claramente ident ificá- são mais abrangentes do e leição, nossa luta só cessa- agrária e reforma agrária, e a ç co nse -
bléia Legislativa do estado, Ele prevê ven~o, co.m inrerrogató- rá com o i,ileno reco nhe-
vel na cla5sificação rraba- que pode parecer a incau- i:ios, invasões, junca imer- quências. Discutiu-se a ligação da defi-
que o quatlro geral de pessoal do ór- lhis ta: nós, trabalhadore:; , 105,, · cimento do at0 de anis tia ''. ciência nos tran<;po n es e os pro b le ma.,;
gão será formado por um quadro pro- da terra, a vio lê ncia nas cidades causa-
vis0rio e um permanente. A Asdetran
está considerando uma das su.ts maio-
res conquistas o enquadramento nas
categorias funcionais, "observantlo-se
Filhos do Medo da - e m parre - pela miséria no cam-
po, o a<;semame nco e a assistê ncia que
vem se ndo dada aos recém-assemados

o tempo de serviço público estadual,


- - - -- -- - -- --Folhetim de Roniwalter Jatobá - .a. . =- - - - - - - -- -- ou pe quenos pro prietários, o pro ble-
ma de facilitar o acesso da cultura e
' Rua Pl~apltlngul, 75 - 1508 no cargo ou equivalente prestado s0b do progresso aos pequenos proprie-
(óne-211)..5333 - São Paulo qualquer regime jurídico". 11 gr.mcJalhão, falame, que sempre fica\ra quando seu marido apontou no come- tários e assalariados no campo, a poU-
Teodoro pouco ali conversando e brincando, passando ço da nia . Ele vinha afobado e em s ilê n-
o tempo das tardes de domingo. João · cio. Pisava fone no chão duro ameni-
tica d e preços e de finarn;:iame nto, en-
tre o utros. ·
respeita aut©fidade cheg0u junco àquele s homens, já exal- 7.ando a rn iv-..1. O vento apressav-.i os
PREVIDÊNCIA E DIREITO DO TRABALHO Contrnriando o h,ibito de tomar o rado. seus passos, rastros eno rmes rapida-
Isso liga-se dire tamente ao avanço'
da dire ita no campo . José Raimundo
rnfé bem queme, Joiio tleixou o copo - Eu ;ivisei que não qnero você meme apagados. explica: "Esse é o ce ntro do proble ma
li..1megan1e sobre a mesa. levamotHe aqui na rua. E ainúa mais na frente - Cadê aquele moleque 7 - não tive mos capacidade para ofere-
Renda Mensal Inicial e foi até o quan o. Quando ele volwu
foi i<Jgo gritando p;ira Ell'ira.
- Cadê facinro?
desses hares. Entrou em c.·asa. Elvira segurou a
Sentiu o me do lhe suspender a res- poma da saia e apenou-a forte mente
piração. Perturbado, Jacintú le vànrou- quando Jacinto t:!nfr<::ntou a vio lência
ctr saídas". Ago ra, a comissão formada
arriculará o movimento nacio nal e.los
comunistas no campo e promover:1es-
corrigí(Ja~ pela rabeia própria do A mulhe~ se fe7. de desentendida. se rapidame nte e saiu apre s:-;ado de tle se u pai. tudos sobre os vários ,t"ipectos dos pro-
MPAS e as úhimas doze conrribui- - Tava aqui agora mesmo! vol!a à casa. Seu pai o lho u para Tem.lo - Depois, o silê ncio. Elvira co ntinuo u blemas rurais. E po r isso mesmo se
çües sem correção, como se nesre Agorn, iníl:unou-se a ccílern de João. ro com jeito reprovador. mas e le comi- o trahalho na co zinha e Jacinto , acuatlo L'Ogita o "apoio de todos aqueles que
úlcimo anCJ mio houvesse inílação. Bebeu rnr id;uneme o café j:í frio e, nuou irnp:L~sível.João ia reti rar-se , mas atrús tia po rta do quarto , soluçava de qu~irarn l\ar apoio ao Parúuo" .
----,--- - - --11!~-,1',"f', - - - - ~ - - -º!""r'-:;1
~1 7p,=a.rn;...,.c°';
o1 "1"1'-'-'
ri/1JJjr_é_1Jt'~ ·sárjQ rnivo ~o saiu aré 11 po rr;i~ bamou· IeouuCl.)..Q.iSSe.:_- - - - - - - - - -oll'l0S-St:!€(.-)S-em lilgFimas. Logo,(•). vi?.i
corrigir, porém parn rt::cebo.:r. não. - Jacinto! - lsm é modo dece11te de cht:gar? nhos que tinham ido a li pám pn,:sen-
Observand~l que a previdê nc ia :"linguém re~p0ntleu. A rua estava - Ironizou: - faz uma ;aula p ro me - ciar a cena dispersaram -se . Quando Um pouco de história
social corrt:.~pomk ao seguro ohri- vazia. O vemo limpava o chão sujo de nino! João saiu pela ~ona da cozinha, em-
gatóriu do trabalhad()r, co mpreo:::n- poeira vermdha. o sol luzidio brilhm~1 Teutloro rc:spirou font:, to:sc-;iu <.: i;en- purro u um varal de roupas molhadas José Rai mundo da Sil va diz ainda
tle mos que a chamada apusemado- que nte nas p,1rede.i; caiada5 das cm;:is. tenciou: e gritou alto com uma forc;c1 col~rica: que os comunis rns. e nqtwnro ins tiruJ-
SERGIOPARDAL FREUDENTHAL ria Integral. no valor do úl1im<1salá- J<>ão bateu o portão co m fon;a e, logo, - Você també m é responsável por - Se i cuidar da minha casa. Vão <;ão, fo ram os pione iros e m d ttsenvol-
rio (:lú trabalhador, confo rme a Co- já dobrava a esquina tia rua 3. Depa- essa bosta de ar. Vive m cagando no raindo t:oni d aí qut! aqui não é casa ver ariv.idades no c;im po. A Confe dé-
missão tle Sistematização da Consti- rou-se com Jacinto sentado na calçaua muntlo! de puta! raçãu Brasile ira dos Trabalhado res
penas felemhrando nossos Agrícola~ foi funda(i;t p or c0muni. tàs,

A
tui me aprovou, não representa a em frente ao bar escutando conversas Elvira escava no po rtão. Tinha vi:m> O ~ ssoal afa.~t()u-se, João volrou sa-
assíduo.~ le iwres, que de- melho r saída. de Teodoro. Teodo ro era um rapaz Jacinro passar correndo e viu ago ra 1isfeito. e um comuni:-ta fui seu primei ro presi-
vem le mbràr os come ntá- Nem sempre a última contribui- de m~ - Lyndo lpho Silva. Os s indíca-
. -rios que já fizemos nesta coluna :-o- ção represent:mí a renda mensal do tos agrícolas també m foram iniciativas
bre a Rentla Mensal Inicial-RM1, isto trnbalhado r, e o segur0 .social deve SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS do Partido (um dos prime iros fo i em
,representa a primeira prestação tio co rresponder o be nefício com a 'sarrelros, Pe rnambuco), antes que os
: beneficio previde nciário, e, na ~po- co ntribuição me nsal. Po namo, de- METALÚRGICAS MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO 1'iindica1os fossem reconhecidos pe lo
semadoria é calculnda sobre<.> :sal.\-
rio-Bencü~io mal$ um iluSt re per-
fendem0~ que as últimas <.loze con- DE SANTOS, SÃO VICENTE, CUBATÃO E GUARUJÁ Minis té rio do Trabalho, o que d e u o ri-
ge m às i:npo rtame Ligas Camponesas.
trlbuições, ou até mesmo as últimas
sonagem de ~0:;sa previdência; . rrinta e seis, <.levem servir para a Mas, a valo rizaç-:io d'..)S Mndlcacos nirais
É bom esclarecer que u Saiam)· avaliação ti() benefício. Porém, to- Os metalúrgicos de Santos não podem deixar este 12 de Maio passar como me lho r forma tle o rgani7-ar o.~
trabalh:1do res assala r.iados e pequ e nos
, Renetkio diferencia-se do Salário das e las devitlameme corrigidas,
dt Contribuição, até mesmo na notem, totlas corrigidas, e, devlcl:1- em brancas nuvens. produto res d o cam po acabou i,irevale-
mente cm rigidas. Afinal, se enquan- cendo.
''moeda" usada para calcular Por
exemplo. o crabalhador autónomo r0 seguro social, não se deve rece-
Nossa resposta à inflação, às demissões, ao arrocho salarial e às " Po r iSS(), ti:nte nde mu.<; q ue com essa
• calcula u seu Salário de Contribui- ber mais tio que se paga, 0 conir.í- nossas precárias condições de trabalho é a preparação, nesta data reto mada é pos ível que nós venha•
mos a te r efetiva cooperaç-.lo com as
' ção sobre Salário-Mlnimo, o u seja, rio também não é jus10.
• a percentagem é calculada sobre Para 1ermínar, é preciso aplaudir magna dos trabalhadores de todo o mundo, da greve unitária no outras fo rças que amam no campo. a.--
fo rças da Igreja. da Central Única clos
um m1mero de Salários-Mínimos, a cJeierminação da Comissão de S1s• próximo dia· 3 em repúdio à política econômica que oprime os Traba lhadores e do PT Porque nós não
com l>S tlevitlos reajustes mensaís 1ematil.llção quanro ao reajusre re.il
faz.emos t..Hscrim lnações. O ex-mi nis-
que a inflação exige. Porém, o Salá- dos be ne flclos pre vlden cíários, assalariados. tro Oswaklo Lima fez. até pregações
-rio-Beneflclo é calculado em cru1..a- mante ndo o ganho e o poder aqui-
no Encontro, mas reconheceu 0 a-aba-
do, utili:r.ando-se as trinta e seis últl- sitivo d9s inativos, e trabalhar para VIVA A UNIDADE DOS TRABALHADORES BRASILEIROS lho dos nos:;o constiruintes, em rela-
m;is contribuições do trabalhador, que is~6 seja aprovatlo na Censri- ção ao cam po". com pletaJosé Raimun-
com as vinte e quatro mais recuadas tuinte.
VIVA O PRIMEIRO DE MAIO do .

.. .
REAJUSTES DESARMAMENTO
Como looo o impienso. fomos No dl0 8 de maio, comemoro-se
rovcmente obngooos o reafustcr os 43 anos do fimdo li Guerra
~ de copo e dos ossinafuros.
Mundl0I, no expectotlv0 de novos
A.o mesmo fe!JlPO. l~mos como ovqnços nas negociações entre o
prpmoçôJ um plano especial de vendas
de ass,f!Q/uros e pacotes do Voz
poro Sllldicollstcs e slrdicatos. Mais
DA URSS e os EUApor0 redução dos
orm0mentos estratégicos. Mesmo
que não haja novo acordo. todos
esperam resui!0clos positivos do
011X1: odolomos medidos poro
n:lcionollz.or o cfistilbuiçõo,
atendendo dlrelamente os munfClPIOS.
N2 393 - São Paulo, 06/05 0 11/05/88 _ Cz$ 60,00
.UNIDADE encontro. este mês0lndo,
emM~ --
Manaus, Boa Vista, Santarém: Cz$ 80,00

2
Diretor Responsóve/: LLJ/z Carlos Az.
~e<;:1
- --:º=======
R=e=
d=aç=ão
~ : Rua Bento Freltas. 36
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1_2::::

AUDR de Ronaldo Caiado não co~eguiu maioria na Constituinte para


'o\o~uear a teforma agrária. Tanto a liderança do PMDB e os partidos de
esquerda ~mo o Centtão, depois de duas votações na quinta-feira, foram
o\:m~;ado~ a \)arth pau.um acordo, em torno de um novo texto,
C\_\le \)O~sibili.te desal)IO\)riar terras produtivas não aproveitadas.
· 'Páginas 2, 3 e Voz Sindical

Universidade Bresser propõe


em briga para triplo choque
• •
servir ~o povo na economia
Oreitor Horácio Macedo, da Num encontro com dirigentes
Universidade Federal do Rio de comunistas, emSão Paulo, o
Janeiro-UFRJ, a segunda maior do ex-ministro da Fazenda 13resser
f>t11s, em emrevis(a nas páginai; Pereira, depois de analisará àistúria
centrais, fala das mudanças no campus. recente da economia brªsileira 1 disse
M0straas tensões externas e infernas que para resolver a situação de crise Com dois dias de greve,
que essas mudanças provocam e atual s0 existe um caminho: choque I milhão e 200 mil
discute ofuturoda educação triplo - na dívida e~terna, fiscal e_nos trabalhadores das estatais e
brasileira. preços. Página S funcionários públicos
balançaram a política de
arrocbo. Apesar de não
negociar, o governo garante
que o congelamento será .
suspenso no final do
próximo mês e a URP
continua para os
trabalhadores do setor
privado. Omovimento
Odeputado comunista Giorgio Napolitano, do PCI, esteve no Brasil, continua, reivindicando a
comersou muito com • os políticos e esclareceu as posições reintegração dos demitidos.
de seu partido. Página 8 Voz Sindical

•••
1\ 1
,,,... , , , •• , e '

2 EDITORIAL 06/05 a 11/05/88 ~

Separando o joio do trigo Estagnação


o contrário do q ue a esquerda ecoi;iômico oão é aproveitado. O de hectares agi:icultáveis. Outros e deillocracia
A falava na década de 50, in-
cluindo os comunista,;, a in-
dustrialização do Pais foi possível
Cenrrão - muito bem subsidiado
pe la nefanda Ul;:>R' - quer defen-
der o conceito de que toda te rra
84 mil ,proprie tários, na faixa de
mil a 1Omil h_e ctarns cada, contro-
lam mais 205,3 milhões de hecta-
A América Latina está perdendo a década de 80,
em fu nção da estagnação industrial, das transfe-
com dependência e latifúndio. Es- res de terras de boa qualidade. As rências brutais de recursos par.i os países cenrrais,
produthi'à não d eve ser desapro- cla carência c.Je investimentos, da inflação. Essa é
sa consratação, enrreranro, não de- priada. Com isso. somente• as ' propriedades m~di~ e peque nas, a conclusão de recente relatóri0 da Comissão Ec0-
ve justificar entre os setores pro- te rras improdutivas ( inaproveitá- somando 3,85 milhoes de proprie- nômica para a América Latifla - CEPA!. . ·
gressistas a idéia de que o Brasil \·eis economicame nte) seriam ob- tários, controlam apenas 87,3 mi- A dívida externa do conjunto dos países lallno-a-
- por ser um País industrializado jeto da reforma agrária. Isso l.'láO lhões de hecqires·, para 344,2 mi- mericanos está por volta de ust 410 bilhões e a
e predomiAantememe urbano nus é reforma agrária; não te m, tam- lhões em poder daque las duas fai~ transf~rência de recursos, por conta do pagamento
dias de hoje - pode prescindir bém, naçla de rí1odemo. xas. dos juros, atingiu t JS$ 145 bllhões entre 1982 e
de uma verdadeira reforma agrá. O levanram_em o fe ito pelo setor l 986, sangria capaz de inviabilizar o desenvolvi-
ria, como sempre costuma lem- artindo dessa realidade; a ~ enro e_c0nô~Jco da região, prlsi0neira da usura
de cadastro do Ministério da Re-
brar o professor Alberto Passos
Guimarães, ~ue ao completar 80
anos é um atualizadíssimo decano
forma e Desenvolvimento Agrário
(Mirad) identificou como grandes
lat.ifiúndios men.os de 170 mil pro-
. P a provação det dispos iti vo
constinucional que desfaça a
wnfusão e ntre a terra produtiva
0
mternac1onal. Os efeitos ela crise atual ele magni-
rude e tamanho sem precedentes, dever:i continuar
e, em ~lguns casos, se ampl'iar. Basta dizer·que
$1proveicada e não aprov~ita~a se- cresamemo da região, nos últimos anos foi de
na matéria. priedades. Outros 4.39 milhões fo. para o joio do tdgo. Conmbru-par~ 1% .incapaz
de ·•Vida. · de.. 1mped'ir a deterioração do 'padrão
A polêmica em rorno da expres- ram considerados médios e pe- dos launo-americanos".
são "propriedade produtiva'' que desartic11lar as aliaAças que a oLi-
quenos, _isentos de desaproptia- Pan1 cumpi·ir os compromissos com 05 credores,
obser.-vamos na Constituinte en- garguüt rural mais n~acionáda vi- a grande _n_,aioria dessas nações vêm implemen-
ção.Esses nó meros revelam que ©
cerra uma verdadeira encntzilha- nha teeendo, arravés da UDR, para tando pol1ucas de austeridade, baseadas no recei-
desenvolvimento capitalista no
da para aqueles que quere.Ql um bloquear. toda e qualquer reforma tu~rio do FMI,. q~e têm levado os povos latinos
campo nem de longe será amea-
Brasil democrático, moderno e so- çado pela reform~ agrária,mesmo 4gráda, às vezes -com a-involuA-
tár4a ajuda de lideranças que que-
a imensos sacrifícios. Geralmente, essas políticas
são direcionadas para a con,tração do m~cado in-
---
cialmente mais justo. Não é uma que ela venha a atingir a totalidade
rem a terra para "quem nela traba- terno, ~om obj~rivo de garan'tir excedenfes para
mera pendeóga semântica, como desses estabelecimenr0s. Muito exportação. Assim, com os superávirs comerciais,
procurou fazer crer o Centrão. pelo contrário. lha" mas não importam oR<de e eo-
mo. · esses paises pagam os juros da dívida externa. São
Quando se fala em ''terra produ- a1 obviedade levou o falecido números chocantes: dêsde 1980, o volume das ex-
tiva", explica o ex-presidente do
lnci:a, José Gomes da Silva, tr-'clta-se
mesmo das terras utilizadas satisfa-
T ministro Marcos Freire, com
base e m esrudos dos técnicos
do Mirad - dentre eles, os saudo-
Desarticular estas aliar,iças, tanto
n o· parlamento como no m9vi-
memo social, é uma real exigência
po11ações cresceu cerca de 30%, graças exclusiva-
mente ao enxugamento do mercado interno, pois
não houve crescimento da produção regional.
toriamente, seja pela área ocupada sos Ivan Ribeiro e José Eduardo da luta pela reforma agrária no O relatório da CEPAL mostra exatamente isso,
0u produtividade, ó q ue caracte- Vieira Raduan - , a concentrar os .Brasil. Ela passa por uma visã0 no- ao revelar que 30% das eJ,.-porcações ela América
riza o cumgrimento de sua função seus ·esforços nestas 170 mil pro- va, capaz de mmpatibilizai: 0 setor Latina são destinadas exclusivamente ao pagamento
social. priedades, que to~izam 399,8 mi~ moderno em expansão na nossa dos·juros da dívida, com o agravamento de que
as quando trata-se das "ter- lhões de hectares, num total 0e agricul'tura - que tanto inclui os preços das matérias-primas têm caído violenta-

M ras produtivas · não utiliza-


das" ou "área apcoveJ.tável
não expl<:>rada", na conceituação
601 milhões de hectares agricu'l-
r.á.veis do País~
O número de proprietários de
grandes propriedades como pe-
quenos e qlédi.ôs produtores, in-,
<dusive arrendatários eapitaliscas
mente. Nessas condições, a estagnação económica
é uma consequência quase inevitável: de 1981 a
1986 a percemagem elo procluw apllc:acla em inves-
timentos caiu de 24· para 1 6%. A panicipação da
oficial do IBGE e do Incra, respec- terra climinui sempre que aumen- que tainbém não têm a terra - indústria no produto bruto vem declinando acen-
tivamenre, está se falando exata- ta a faixa de concentração, a ponto com integração à atividade produ- tuadamente, agravando ainda mais o panorama com
mente das terras produtivas q 1:1e de permitir a identificação de 4,5 tiva e ao mercado de milhões de esta tendência "desindustcializante". Além disso,
não cumprem o seu papel social. mil' grandes p roprie tários, com trabalhadores sem terFa, que hoje como um perverso mecanismo de crans(erência de
Isto é, das terras férteis, cajDazes mais de 10 milhões de hectares vagam sem chãG pra plantar nem renda, de acumulação às custas de brutal arrocho
de produzir, mas cujo potencial cada, e0ntrolando 138,9 milhões pra doi:mir. ~ nos assalariados, a taxa de inflação na região atingiu
em 1987 a média de 185%.
· E.ssa década de estagnação económica coincide
com a democratização de diversos países la.tino-a-
EM TEMPO mericanos muitos dos quais historicamente marca-
dos pela instabilidade política, pela sucessão de
. golpes de Estado. São process0S democráticos ~ui-
ro diferences do que ocorreu, por exemplo, na Nica-
Paulistas apresentam sugestões anti~crise rágua _ tánt9 pela :nova situação internacional co-
mo pélas características próprias- de cada país. ~ã,
Uma delegação composta por sindlec contém vários pomos positivos, que fa. entretanto um traço comum a todos: os mecarns-
Agora, o d0cumento é frágil porque não mo~ de aj;sce económico para pagamento da dívida
lisras e empresários, liderada pelo gover- zem pane do acerY9 de reivindicação dos coca em problemas centrais da economia
nador de Sã0 Paulo, Orestes Quércia, este- setores !õ)cogressistas, especialrneme n0 brasileira, como a dívida ext€ma. Os seus (!}.'terna impostos pelos credores são hoje um sério
ve na semana passada com 0 presidente que se refere à redução dos subsídios e redatores bem sabem que qual~uer esta- fator de desescabjlização política nesses países.
1 Sarney, a fim de entfegar um documento incencivos fiscais e investimentos nas Nu m sentido contrárie ao apr0fundamento e
L· bilização e.conômlca passa pela e14uação
comendo uma série de diretrizes a serem áreas que mais absoJVem mão-de-obra. JX)Siáva.desses wroblemas. Sem rc;50lvê-los, consoUda~ão desses processos dem0crâtie0s, tais
implementadas pelo governo para tirar A parafernália de ince,;itivos e subsídi0s a economia vai c0ntinuar em crise, con- rlseos de desestabilização nã0 são consequência
o País da crise. O documento pede sacriIT- indi reros existentes na economia brasi- forme Já tivemos de comentar em várias do desespero e da revolta de massas. esfomeadas
cios iguais para todos es serores e propõe leira é um escã~dalo, e corresponde a ocasiôes. - embora haja muita fome e miséria em nosso
um acórdo entre os llãrios segmentos da lima transferência de recursos para 0 se- continente. Não, esse risco existe porque a lógica
sociedade. tor empresarial, principal beneficiado Tamb'ém é um equívoco - e isso só
desses instrumentos. No encanto, na práá(,ll l'ortalece os serores que estão contra uma do capital exige acumulação, exige crescimento
Entre os principais 1tens, desracam-se alternativa de desenvolvimento soberano após cada ciclo de estagnação e crise. E o desespero
a redução imediata e equilibrada dos 50% o que se vê é e governo co11ando o subsí-
dio do trigo, que adnge direrameme a da Nação - a privatização das e~presas • do grapde capital e das oligarquias, em circuns-
dos ince,mivos e subsídios, aumento da estatais. Todos ,sabem que a paruc11?ação tâncias como essa, pode até se·r sanguinário. A hlstó-
arrecadação u-Jbutária e combare ã sone- grnnde maioria da população. Por que, do Estado na ewnomia é uma reahdade
gação, investimentos nas áreas de habira- em vez de contar o subsidio do trigo, não dos tempos modernos. Os mentores des.ta ria da América Latina que o diga.
ção, transporte, saúde e educação, fecha- elimina o sul5sídio à grande maioria das campanha rambém sabem disso. Mas, na A alternativa imposta pelo!l círculos financeiros
mento das estatais dispensáveis e imple- emr.>resas ou às multinacionais da área do verdade, o que eles querem _é queb:J[. internacionais aos governos latino-americanos c0-
menração de um programa de privatiza• alumínio, que embolsam por ano US$ 3 o peso cilb E.stado na formulaçao da P . mo saída para a crise estimula a desescabilizaçã0
ção. bilhões? o cone dos subsídios deveria áca económica para assim, • • melho
· r aong1, r e as tendências golpistas. Ela implic-11 em mais
ati ngir aqueles que deles não wecisam, ' •
1 u O atual mode-
seus objetivos, porenc a zar de,,,endência dependência e maior marginalização de conside-
Propõe '<linda a liberação gradativa e e não o c0ntrário.
desregulamentação do comércio exterior, lo, ou seja,. aumentando ª " ráveis contingentes da população do setor produ-
É positivo um pi;ograma <le investimen• do País. tivo modern0. 'PI. solução positiva da eguae;ão tlívida
desburocratização dos investimentos, re• to nas áreas de habitação, saúde, tcans-
dução da matriz energética, manutenção forma a iniciativa de for- externa-crescimento económico, ao contrário, pas-
-porte, eclucac;ão, etc. Porque exatamente , o,e qua1:1ruer ment~ com medidas para sa cada vez m,als pela construçã0 de ·alternativas
da URP e eliminação de uma série de van, os serviços nesses setores beneficiam di- mu ar um .,.ocu · •• lbuJ
• da cr·,se é posmva e contr pollticas e económicas diferences, por maior inte-
ragens na área do funcionalismo público, retamente a população e aumentam o em· tirar o .. ra,;11
0

para a discussão sobre O curo


fu u O P·ú
' s.
aprimoramento do sistema financeiro, a~- 'prego, ampliando assim a demanda da so- gração entre os governos do continente - sempre
segurand<> maior competitividade no se- ciedade por prcrdutos. Em outras palavras, Um fururo que queremos mel~or e que tendo como premissa básica a necessidade de con-
na ponta da linha aju<la a reativar a eco- só cooqufstaremos quando ga.~h~rmos
tor. corações e mentes do povo brasileiro. solidar a democracia po lítica em caçla pafs.
O documento da delegação paulista n9mia.
I


,-
- -

W1Z 06/05 a 11/05/88 NACIONAL 3


BASTIDORES
Pacote No plenário, a batalha da terra
Lidos na segunda-feira, 2. ru1 Ci·
llh'\fa d os Deputados, os decrefOS Minoritário na 'lotação, o Centrão trabalhou todo o tempo para inviabilizar
do pacote fiscal do governo. Um
deles cancela gratificações e v;inra• um acordo e impedir a aprovação da função social da propriedade.
ge ns de servidor es pübfíL•o.-; _q ue
exerçam atividadesiór:i..ll JdrmnJs:
tração púb lica, e oumi c!Srr~ul~ as
dem issões volunt.lrr-' <!_e sern d o-
A
res, mediante: ;mlcm1i:1,;:1<?· A gran-
imr~n s igên c ia d u Cen ~r ão, diálogo chegou a ser travado:
m ou vada e m p arte pelo fogo
cerrado <las p ressões da UDR lha àqui!
de polêm1c:i. enUt!f:tnrc, e. sobre o - trou.x e de volta na semana passa-
; o,,em'da UDR- Ningué m traba-
.
Rtcha - Trabalhamos, sim s e-
dos quatro critérios que definem
a fun ção social da pro prie dade' '
(que são: aprove itamento racional,
çespeito à natureza, obediê ncia à
decreto qut>•'C)f1..L.rt:l:r_a URP dos ser- daª ~ ~ça do "b u raco negro" na nhor! Sou polftico há mais de 20 legislação trabalhista e promoção
-c1 rei dur.mr•· c/(.)1:, meses._ Pelos Const1tumte, na p o lêmica votação anos e se estou aqui é po rque seus do bem-eslar de proprietários e ti"',!- ,,
~ rc'!JJl11enLú,, as matérias p o- sobre a ~eforma agrária. pais ti,•eram confiança em nosso balhadores).
k .;er apreciadas até ago sro - ~POIS d e mais d uas votações, trabalh o.
°'
qu:inck> füodonários já terão·en- re1e1tando tamo o texto do Cenrrão Jovem da UDR - Vocês vão per-
Após o
Destituição
resultado da vo tação, a
ti'enwdo J inflação sem os r eajustes (237 votos a favor e 225 conrra.,co m de r a co nfiança se votarem com o
da URP 3? abstenções), como o da Co mis- comunista do Covas. tropa de cho que do latifúndio <!o-
sao de· Sistematização (365 votos Richa (re úranc.lo-se) - Sou ami- meçou imediatamente a "caça às
Eleições contra, 129 a favor e 27 abscenções) go do Covas há 30 anos e não vo u bruxas". Ro naldo Caiado classificou
a ConStin.ü.me adiou par-J te rça-fe i.ra ficar ouvindo uma bo bagem d estaS. grosse iramente o senado r José Ri-
cha de "obturndo" ( e m alusão à
um.acordo de lideranças, n a ú1ti- a definição sobre a refo m1a agrária, Não adianta que re r e mocionalizar sua profis.~ão de dentista), por este
ma te~ -f~, 3, aprovou o r e gi.me e n cai;regando o relato r Be rna rdo esta discussão.
rer denunciado que as negociações
.ieu~ c,a para a votação dos pro- Cabral de elaborar um subscitur.lvo Confronto "re riam se reso lvido sarisfacoria-
~ ô.e regulameát.ação das e\el-
q u e assegure a desaproprí~çâo de Este clima de rac.licalização partia
terras produtivas que não cum- naruralme meote se dependesse apenas dos
ções municipais de S8 e da pro pa:-
pre m o seu papel social. Até lá, no- chefão da me do todo poderoso políticos, se não tivessem sido em-
'i,ímà.a e\e\to ra\. hlnda e stá em dis- vo acordo será firmado. UDR, Ronaldo Caiado, perradas pela r,ressões externas
cussão, entt.etanto, o perio d o de Desde a segunda-feira, dia 2, a que auto-investida na condição de dos fazendeiros '. Um grupo destes
reaü:z:a.ção da pro paganda gratuita "batalha pela lerra" se desenrolava cacique políúco do Centrão cobra- mesmos fazendeiros gritava da ga-
de 9() mi.nums diários. A. dúvida ê nos bastidores. com intensa movi- va apoios dados na campanha elei- Centrão, 242 contrários e 37 absten- leria, como que comprovando as
entre 4':> e ')(} cüas antes do p leito. me.0taçâo dos lobbisias. toral e torpedeava todl!s as tenta- ções. Um resultado que, provocado palavras do senador: "comunlstas
"Fora Covas comunista", gritava tivas dos centristas moderados de pela intransigência, assinalava no- vagabundos".
demco da lanchonete da Câmara se chegar a um acordo, além de vas baixas nas fileiras do Centrão. Uma vítima graúda também che-
Urbana dos Deputados um grupo de doze não economizar adjetivos ra:ivos0S A vontade majoritár-ia do plená- gou a ser colhida nesta maré de
robusros jovens da UDR de Londri- contra o senador Mário Covas, líder rio por texto de consenso - como intolerância! O deputado Sarney Fi-
O líder do PCB, Roberto Freire, na, que chegaram abertamente a do PMDB, por ele ta'C3do c.le "far- o que se chegou por exemplo na lho (PR.-MA) foi destituido da ftm-
apresentou emenda garantindo provocar o senador José Richa sante e mentiroso". questão da nacional.ização dós mi-· ção de vice-líder do PFL pelo líder
que as desapropr-iações urbanas de (PMDB-PR) e a deputada Sandra Ca- Com o fracasso das negociações, nérios - já se to rnava evidente, José lourenço, por ter votado con-
casas de moradia, em caso de serem valcanti (PFL-RJ) . adeptos do enten- provocado pelo cLima de guerra · mesmo antes de que os números tra o texto do Ceotrão, o que aliás
o único imóvel do proprietário e dim_ento na questão crucial da revi- instigado pela UDR, o projeto do demonstrassem que nenhum dos já fizera na vocação dos miné rios
efetivamente destinadas à sua resi- são das enormes e seailares distor- Centrão - cuja ínregra representa lados dispunha de força suficiente e do sub-solo. O depÜrado Orlando
dência, fossem pagas em dinheiro. ções do sistema fundiário brasilei- visível retrocesso e m re lação ao para impor sua v0nta_de. O senador Bezerra (PFL-CE) chegou a dizer:
A emenG!a fo i ôerrot.ada por 177 vo- ro. " Por favor, me deixem comer", próprio Estatuto da Terra da c.lira- Jarbas Passarinh o (PDS,PA), defen- "Eu vim a Brasflla com clifiaildades
tos a 146, mas apesar dis.so o PCB disse Sandra em resposta a três es- du ra militar - foi à votação na dendo na tribuna ames da vocação e vejo que os traidores estão na
avaliou como avanço a definição , tudantes da Unive rsidade de Ponta quarca-fe ira. Uma explosão de júbi- o te>.'tO do C:encrão em nome do furn ília do presidente". O próprio
pela prime ira vez no texto co nstitu- Groi;sa - idades entre 16 e 30 anos lo percorreu o plenário quando o PDS. PFI.., PTB e PL, reconhecia, sob pai do "traidor" em questão, o prl;)•
cional, de um capítulo específico - que a acusavam de se aliar aos placar eletrónico registrou a der- aplausos gerais, que "discordava es- sideoteJosé Samey, consulraçlo por
sobre refo rma urbana. que garante, "comuoisras". roca do latifúndío nos números de pecialmente com a falra de exigên- telefone por José Louren<;o sobre
inclus ive, o instrumeruo do usyca.- Com o senador Richa, um ríspido 248 votos favoráveis ao pro jeto do cia do cumprimento simultâneo a. destituição, lavou as, .mãos.
pião.

Racha Assim foi derrotado o Centrão Lições da luta


Aprofundou-se o racha no PFL a
parrir da substiruição do senador
ram destaques a serem apreciados craras naçionalistas até hoje na
antifascista
Cynthia Peter em dererminados pomos polêmi- Con.srituinte. Q texto do acordo
Carlos Chiarem na liderança do cos. previa que seria nacionalizada ape-
partido no Senado por Marcondes No caso da empresa nacional, nas a exploração dos recursos mi- "Nós os conhecemos de sobra
Gadelha, da Paraíba. A substiruição Brasília - Em surpreendentes por exempl0, o acordo determinou nerais estratégicos, em faixas de e não devemos permitir que reini·
vem sendó considerada um verda- votações, o plenário da Constituinte a definição de "empresa brasileira fronteira e em áreas indígenas. Nas ciem suas atividades criminosis. ·
de.iro g0lpe do Planalto concra derrotou os prin_cipais pontos de- de capital nacional": aquela cujo negociações, os--progressistas obti- Assim começou na Alemanha e
Chíarelli, que é relator da CPI_da fendidos pelo Centrão nas votações controle efetivo esteja, em caráter veram o direítO de apresentar des- quem pagou a conta foram cin-
corrupção, a cada dia mais pró~ma dos prinóplos gerais e intervenção
da Presidência em suas invest.1ga· do Estado na economia, benefician-
permanente, sob titularidade direta
ou indireta de pe$S03S tisicas resi-
taque nacionalizando toda a explo-
ração míneral - e ganharam. Nas
quenta milhões de monos"- lem-
bra o veterano militante comunista 1j
r:pes. Isso porque a croca foi (e!ta do claramente. os interesses nacio- dentes e domiciliadas no País ou disposições transitórias será incluí- Murillo Melo, ao comentar o ressur-
sem qualquer reunião o u eleiçao nalisras e fortalecendo as forças de- de entidades de direito públíco in- do dispositivo preseI'Vando os gimento da Ação Integralista Brasi-
t? bancada, a partir de uma inicia• mocráticas no c.omexto geral de ne- terno. Garantido is.50, o texto básico atuais direitos por prazo determi- leira, que foi protagonista dos dis-
tiva do próprio Gadelha, Ligado a ainda previu que, a essas empresas; nado, após o que as mineradoras túrbios nas comemorações de.19 de
Samey, que conseguiu sete ~ioa- gociações o
na As.sembléla
"golpe de r,rusericórdia:· nos ~?iam ser concedidos proteção estrangeiras, para continuar aqui, Maio último, na Praça da Sé, em
tpras em apoie à sua indieaçlo. Sa- • interesses aliemgenas mediados e be 1eficios temporários, em seto- terão de se associar minoritaria" São Paulo.
be-~. também, que a cúpula do pelo'Cenrrão foi dado pela aprova- res estratégicos ao desenvolvimen- mente a emp,resas nacionais. Campeão das luras antifascistas,
parudo se: dividiu: AureUaoo Cha- to ou segurança do País. Este ponto ativista incansável que já atravessou
ves &OS\ou,e Marco Mactel detestou ção da emenda que nacio~z?u constituía a garantia de manutenção Nós contratos de risco de petró- duas ditaduras, Murlllo Melo chama
a troca de líderes. a exploração de r~os os mm~nos leo, o acordo deçeaninou a proi- atenção para o estilo da intervenção
em território nacional, na q~n~- da reserva de mercado para a infor- da Ação Integralista Brasileira, ·E o
feira, 28. Embora nem os mais oa- rnáçica e outros seto(es que devam bição de novos contratos, preser-
se beneficiar do mesmo instrumen- vados os atuais (8). O Centrão ga- mesmo de cinquenta anos atrás,
m.istas apostassem na vitória, o des- continuam ponando a odiosa ban-
Convenções taque do senador Márcio Lacerda to. O Cenirão era contrário à reser- nhou o direito' de votar destaque
va de mercado por leí ordinária, jegando a questão para a lei ordiná- deira do sigma". A mesma·Praça,da
(PMDB-MT) foi aprovad9 por 343 ria, e permitindo os contratos de Sé, em 7 de. novembro de 1934,
Podem ser adiadas as conven- vot9s a 126 e 17 absrençoes. conforme previsto no texto. E, en-
tão, ganhou o direito de apresentar cisco mediante autorização do Gon- foi palco de um violento choque
ções do PR e do .PMDB. Qs dois gresso. Perdeu. entre integralistas e membros da
partidos enfrentam crises internas destaque subordinando a cljação
Ganhos democráticos de reserva de mercado à leí com- O único ponto em que o Centrão Aliança Nacional Libertadora, que
e adiar as convenções nacionais é levou vantagem foi quanto à distri- resultou na mone - assassinado
a melhor maneira de evitar a forma- plementar (que exige quorum de
A vantagem das forças dem~- maioria absoluta - metade mais buição dos derivados do petróleo. pela polícia - do escudante de d,i-
lização dos rachas. Aconvenção do lica.5 começou a se d ~ ai~~ Atendendo ao lobby das multina- relto Décio Pinto de Oliveira, episó-
PMDB esr.á marcada para 5 de ju- nas negociações do acordo, inevita· um - para ser aprovada). No voco,
o Centrão perdeu. E perdeu, ainda, cionais, o Centrão conseguiu evita.e dio narrad9 com precisão ~lo mé-
nho, e Ulysses Guimarães anda em ve.is após a derrota do Cencrã~, ~e que o tema constas.se do texto cons- dico e escritor Eduardo Maffei, no
busca do apoio dos governadores tentou e não conseguiu, no JruCJO a votação de outro destaque, que livro A Batalha da Praça da Sé,
garantiu às empresas brasileiras de titucional. Os nacionalistas ainda
pâra transferir a data,ãlegando que daquela semana, aprovar na íntegra tentaram votar duas propostas - editado em 1984. Agora, 05 "gali- ,
não cabe discutir questões partidá- seu substirutivo. Nitidamente favo- capital nacional a prefer_ência na rÍbas verdes" estão de vol!,a - ve-
aquisiçã~ de bens e servrço~ pelo ambas fundindo vár,ias emendas, in-
rias antes de promulgar a Consti- rável às forças democráticas, o acor- clusive a do deputado comunista lhos com seus carçol!}!c!OS projetos
tuição. O PFI. tem convenção mar- do abriu um novo caminho para poder publico. reacionários e jovens brutamontes
Na questão da mineração houve Fernando Santana - mas foram
cada para 15 e 16 de maio, e discu- as vocações. Paralelamente ao texto derrotados. com cabeças peladas e afienadas.
tiu o adiamento na terça-feira, 3. básico, os negociadores determina• uma das maiores vitórias dos d~o-
.• 1 1 1,1
• 1 • H
4 PdNro DEVISTA 06/05 o 11/05/88 W2
, ''
CONVERSA DE BALCÃO

Um programa

para a crise·
·RENATO POMPEU

~o r muit0 importante que seja a Constituinte, por


· mais fundamentais que sejam as lutas que lá estão sendo
travadas, po r m ais Aecessátio ·que seja lutar inc::ansa-
velmente para _q ue a no.va Co nstituiçãb seja a mais avan-
çada poss1vel, a verdac;le é que a política também se
faz· fora da Constituinte. E isso é verdade e m vários
níveis. Em_J?ri~eiro lugar, sem uma ampla e •displici-
nada rnobihzaçao popular pa ra o avanço e o cump.ri-
mento das decisões mais p rogressistas da Constitui0te
os avanços r~gistrados po dem n ão se concretizar, po~
dem p~rmanecer letra m o rta. Em segundo lugar, já
se desenhám no ho rizonte as próximas eleições. Más,

Anova política da URSS .,


em terceiro e mais fundamental lugar,. o fato é que
a nova Constituição apenas estabelecerá as condições
mais gerais para a convivência entre as classes sociais
e os diferentes segméntos sociais e regionais da socie-
A nova mentalidade política desenvolvida pela diplomacia soviética sob a liderança de dade brasileira - mais precisamente, a Constituição
Mikbail Gorbatchov oferece alternativasreais de solução pacífica para os conflitos regionais. estabelecerá regras gerais para a luta de classes e as
É o (lUe demonstra este artigo, ao responder à pergunta "A retirada clas tropas soviéticas o,,u tras lutas sociais. Mas a Constituição não pode, por
do Afeganistão significa uma mudança real na política externa da URSS?". exemplo, indicar os caminhos concretos da solução
para a atual crise do capitalismo brasileiro, combinada
com a crise estrutural do ca pitalism o mundial, e até

S im. E5sa ação buscando elimi-


aar um dos rant0s conflitos re-
gionais existen(es no planeta
constirui pane importante de uma
ma5 nucleares, como condição "si-
ne qua non'' da sobrevivência da
humanidade.
À luta pela eliminação da"heca-
mo também das grandes p0tências.
A oova política externa soviética
tem. uma outra importante dimen-
são. Por ela, a velha e carcomida
com €rises em países que estão a .caminho do socia-
lismo.
Os· rumos concretos do e ncaminhamento das solu-
nova concepção pol1cica que vem tombe nuclear soma-se-a luta para
o;P..n do rle-;P.nvaJvida na União So- :iCJbar.. =- concepção do mundo dividido eo-
'li. oo,;,fürR.t r.~.tm:l.ô.G-, tt~ 4~ ~i~rJ.?S, ~ l l'e<:, ,de, 'il'êS
víétlca. Aperestroika, que consub~- que são feridas sangrenras, capazes truir o m\ .md0 e'rn p0ucas horas,
ções para a cri.se ecoonm ica te rã.o de ser decididos
no dia-a-dia da vida das grandes massas, vida que se
tancia uma política externa dom1- de originar, eomo disse Gorbat- começa a ser esvaziada por dentro.
nada pela ampliação e aprofunda- chov, "foC0S de Frgrena no corpo Não que 0 poderio militar dos Esta· clá evidemternente fora do recinto da Co nstituinte. E,
menro da democracia sociaHsta, da humarúdade' . Càda um desses dos Unidos e União Soviétíca de- tanto quanto se dão de um mo d o mais geral e mais
também vincula-se ~ implantação conflitos, quer seja os que envol- vamser desconsiderados, mas o de- abstrato dentrn da F>rópria ...,o nstituinte, as lutas em
de uma polilica externa ágil e mo- vem a Nicarijgua, os cont11as, o Irã sarmamento e a eliminação dos
dema, audaciosa e correspondente e o Iraque, Angola, Moçambique e conflitos regionais obrigatoi;iamen- tom o das·diferentes propostas para o encaminhamento
aos tempos dinãmic0s e complexos África do Sul, quer os do Oriente te deslocariam vários outros países de soluções para a crise se darão de forma concr<:_ta
que a humanidade vjve nos ruas Médio e do Campuchea, implica a da periferia para o centro da ·polí- e aguda, de forma rigorosamente material, se darao
correntes. dor, não só dos povos dlrecameme tica imemacion;d, reforçmclo, in-
' A atual política externa soviética envolvídos, como também a d0r de clusive, a posição das nações tercel- nas tuas nos·locais de trabalho, nos p o ntos de compras
é nova no sentido de ser assentada todos. romundistas. .,., e de en~ontto. É preciso <!-5Sim co m binar as duas lutas,
numa base científica e fugindo às Em tennos mais imeruatos, a AO- Talvez Q resultado mais signifi- a luta dentro da Constituinte para assegurar um qu~dro
improvisações ou simples reação às 113 i;iolítica externa desenvolvida pé- cativo do desacrnamenco e clo firo
ações p01íricas dos Estados Unidos La URSS ceve resultados concreros dos oonfütosTegionaJs, pretendido de maiores llberdades po líticas e par~ g~ an~r Paran:1e-
r
1
e demais países capitaliscas; nova na assinatura de um tratado com pela União Soviética, esteja relacio-
no sentido de procurar estudar e os Estados Unidos para a diminui- nado a um maior apoio dos países
trns mais ãvançados para os campes.economico e soCJal,
e a luta fora da Constituinte, para a busca .e_ a concre-
compreender o planeta mutante ção dos estoques de mísseis de cur- desenvolvidos aos países do Ter-
em que estamos navegando; nova to e médio alcance. Além do mais, ceiro Mundo. Tal comQ défende a tiização, de soluções progressistas para a crise econó-
no se.otid0 de enfrentar a realidade . Gorbatchov atua firmemente no URSS, o aeslocamemo de apenas
da politié:amundialc0memporânea sentido de ilim1nwr os efetivos mj. uma pane dos recurses gasros na miAca. . . e; m temos de insistir em que a luta fora
numa polltica ilinâm.ica, audaciosa litares estacionados na Europa, corrida ar:mamentista para investl- . qu1' po r ' . l d f, d
e inovadora. bem como as armas convencionais meJ;1tOS produtivos em regiões mais
da Con stituinte não se esgo ta na simp es e esa o
~çada há pouco mais de dois hoje em poder da Otan e do Pact0 atrasadas signifk,u-ia a possibilida- , 1 al · l e do nível de vida
ruve s ana ,
das classes trabalhadoras.
tal ·a1
anos, esta nova p01ftica exre_rna so- de Varsóvia. Como se vê, a postura de de se reduzir substancialmente Esta defesa também é fu.ro:iaJJ?en e esseno . ' COI?º
viética já mostrou seus aspectos nu- sovíética, agora com maior ampli- a •mii ria em nosso planeta estamos vendo agora no movimento dos func1o~ános
deares e que atraem a atenção de rude e repercussão na epinlão pú- Nao resta dúvicla que ainda é ce-
forças poUdcas e sociais as q:iais am- blica munilial, não vê outra alterna- do para fazer prevjsões mais con- ' bl . os e dos trabalhadores das empresas estata.ts em
pu ic de seus salários. Porém, esse ti.po d e 1uta nao -
pias em todo o mundo. A União tiva para a humanjdacle a não ser d usivas sobré 0s efeitos da posição d e f,esa
Soviédca, como os demais países o completo desarmamento. 1 . O ,
d ser O único e exc ~s1vo. que e tam m neces- bé
sovíérlca no contexto da polirica in-
socialisras, contrapõe-se, na teoda Na questão d0 Afeganisrã0, a flO- ternacional. Mas, pela primeira vez
e na pr-ática, à doutrina militad sta va poHrica externa soviética fica após o colaps0 da chamada guerra ft1i é passar do nível económico para o ~vel político. ::
que se baseia a partir de uma posi. bem cal1!cter.izada. Ao invés de-bus- fria, a paz começa a se constituir 0 que é necessário é qu~ ~ grandes _so!uçoe~ pr<;>gres-
ção de força Ela defende e mate- car uma posição de hegemonia ab- em um horizonte possível. Estamos ·sras para a crise do capitalismo brasdeiro,seiam mcor-
rializa uma nova mentalidade poli- solura sobre um pais vizinho, apóJa vivend0 um momento rico: o mun-
tica dentro de uma concepção de as negociações reaUzadas entre o do começa a perceber quem real-
sio; adas ao c0tidiano das grandes, r:z1assas, ?~ modo
"equilíbrio de interesses'' e de se- governo afegão e setores da oposi- mente esl'á a fav0r da humanidade ~ue a necessidad~ de mudan?IB pohtícas, so:i~ e eco-
gurança recíproca equitativa. ção interna, capazes de levar ao fim· e quem aposta na sua destruição. ô micas seja senada pelas grandes massas tao mtensa-
Esta nova polltica leva em conta o conflito que há alguns anos deixa ~ enre quanto ~las sentem ~ necess~dade _de defend~r
o fato essencial de que será impos- roda uma região sob suspense. A
sivel progresso na~ relações inter- solução da crise afegã e a iniciativa NR: Esre anig0 foi publicado na seção 0 seu nível de vic_la e o seu ruvel salarial. Se1_
a eI? ~elaça?
nacionais sem que se jDreserve a da Niearágua em negociar direta- "TcndênciâS/Debates" da Fol/Ja de S. à c o nstituinte, seja em relação às lu~as smdica.is, s:ia
paz mundial. Demro desta com- mente com os "contras" indícam Paulo, no dia 30 de abril pi1S$<1do. em relação à m obiüzação eleitoral, o importante é nao
preensão, carece de sentido falar claramente que os conflitos regio- perder de vista o 0bjetjvo maio r, o de dirigi~ as lutas
dos interesses de quem quer que nais podem ser resolvidos pela ne- Roberto João Pereira Freire, advogll·
seja à margem desta 1,1refa comum gocíação. Mas, para isso, é preciso do, é lfdcr da b11ncada comun ista m, de classes para a constn.1ção de uma nova sociedade.
- a de realizar um programa de vontade política não só dos gover-_ Const/rulnc_e e vlce-pré3Jdcme d,1 Exe-
avanço rumo a um mundo sem ar- nos e fac~ões neles envolvidos, co- curiva N.1cwn11J do PCB. '
W1Z. 06/05 a 11/05/88 ECONOMIA 5.
TOMENOTA
Sonegação
A Receita Federal aumentou em
Reforma bancária po~ baixo do pano;
10% a sua arrecadação, em-rela~º
à previsão de àbril, após a operaçio
esf)ecial de fiscalização desenca-
deada pelo órgão, segundo_0 ~r~
deoador do Sistema de Fiscaliza
uma alegria para os oligopólios
ção, Tardsio MedettOS bancosdava-seatravésdaampliação ~~o~l os diversos serviços hoje da a abertura de contas - e ao uso ·
EduardoRocha do número de agências, dos aumen- divtdidos entre inúmeras agêrtcias de outros serviços bancários, eliti-
tos dos depósiros à v.ista e da c,lien- de bancos comerciais, investimen- zando assim a clientela e colocando

=~ A el3 de défid t públie0 do go-


mfedeDÚ foi maiS uma vez alte-
conrrácio dos 4% ~m rela-
ção 30 PIB p~~ ro, ©S ministérios vtabilizaro
da área econ0l1l.lca passaram a tra-
a
O
Banco
entrar
Mundial
com
está
recursos
dis .
~r-
to
tela, 0~ grandes conglomeyad~\ tos, financeiras, créàito imobiliário à marge(Jl dos serviç0S do sistema ·
ban~osconsta{aramque,numde• e 9-ut:ra:s de uma mesma instiruição. financeiro boa parte da sociedade. ·
terminado m0mento, multas de .Elunlna assim diversas estruturas Outra c0nseqüênoia ~ve é a re-
_ d_e m de 'US$ l ,5 bilhão ara . suas ag~oclas ~assai:3m a c?ncorre'r pet;tencentes a cada.um .des.ses seg- dução do nív.el de empre~o, pois,
p rojetode "reforma ban- entre si pró,p~1as. Diante ~ to, per- mentas, criando em contrapartitla além desse "enxugamento' , 0s ban- ·
cária" elaborado pelo lfanco Ceh- ceberam entao que poder1.aI? au- de~artamentosúnicos.quearuariam cáríos terão pela frente uma expan-
txllhar 380ra com a meta de 4,1% tral,a ser impJamado ai da· - 0 menear sua taxa de lu?"3t1VJclade . ,em áreas respeaivas, mas dentro de são maior- da automação baBcárla,
do PIB. O ob jetivo é gararu.i.r õ°aum~~~6~ _ sem que fosse nece.ssána man~er a uma só instiruiçã0: o bancó múlti- com a informatlza~o estendendo-
Infl taxa de lucratividade dos bancos. Ao mesma es_u:u~ra, p~3:11do assim a . pio. ' se ainda mais na compensação de
ação que parece, essa "reforma" já come- fe~ ~genoas, ~ur pessoal_e E.sruda-se também ~ extinção das ·cheques como também em outros
A inflação de al:>r i l fie-ou çou, ainda que não formalmente re- re~recio~ar ?5 servi_ços para ?. ~- atua)s cartas patentes, aumentando- setores. Já o fechamento· de algu-
. e m gulamentada pelas a toridades mo- tre1t0 temtóno de cl1eof~ de- pn- se a exigência de uni capital social mas agências, principalmente no
\9).~, um p~uco abanco das esti- netárlas, l.s 05 b~cos estão cada melrís.5i;111a l.ifiha" ef!l fu~çào dosai- mínimo pai:a a aberru.i:3 cle novas interior dos estados, poderá au-
[1131ll'aS de vá.ti~ a~ent:es·ec~nômi- - vez. maiiracionalizando serviços, domédie, ~~m d~s1mp~ car estru- ag~ncias como para ~3:1ter as_í~ mentar o poder_de barganha dos :
~ -Com esse mdic.e de abn\ , ava- reduzindo custos administrativos e t11Cas admllllstrattvas, uni.fü:ar set~ ~ tentes. Além da rev1sao dos cn- banGos na política de crédito e cap-
naçao amm.u\ada n.os ú\\im.os doz.e operacionais, fechando agências e r~ ,alterar_po~tes de_e0m~ do e eh- 'tér,os de entrada do capital estran- . ta~o, através da(s) agência(s) que .
m~ c.n eiou a ~il ,l2%. iambé.m reduzindo pessoal do setór. mmar gerenc1as e diretonas. geiro~osistemafm3;?ceiro,o~an~? .permanecer(em) funcionando.
to\. a\\etaà.o O va\or n.om\na\ das Mundial defende a entrada livre . Para o presidente do Sindicato
arn, (.\Ue a~,ora -passarão pàra Cz$ Dado~ t?rnecidos {!)elo Banco Obanco múltiplo dos Bancários de Campinas, David
ll'~)21 j{\; as cade · d Cemralmd1camq_uede1.986al .987 . Possíveis conseqüências Zaia, diante deste quadro "a €atego-
· , · metas e pou- foram fechadas l.270 agêndas ban- O an1eprojet0 de "reforma" ban- ria bancária deve estar preparada
pan<? renderam 19,8761. _Os al~- cárias no Pais, 0 u seja, 1,7 depen- clria divulglld0 pelo Banco Central, Diante do,quadro delineado, tor- para enfrentar esta situação delica-
guéis com clâ:15ula de _re_a1uste m- dê',,cias por dia fecfiaram suas por- que deverá' tomar sua forma final na-se quase ·inevirável a maior oli- da e perigosa, elaborando inclusive
mestra l serao co rrigidos em lllS,acarretandoademissão de mais atéo fim deste mês, enfatizaa regula- gopolJzação do sistema finan<.eiro, o seu próprio proíeto de reforma
144,94% e aqueles com çláusula de 140.000 mil bancários. Este fato, mentação, através de resolução do com a saída de opera§âo dos pe- bancária, que através de um pro-
anual terão reajustes de 351,29%. porém,a0comráriodeserum sinal Conselho Monétário Nacional quenos bancos, além de uma cede- cesso de luta e nÍ!gociação consiga
de ''enftaquecimenw dos negó- (CMN), da transformação dos con- ânJção nas concessões de crédito garantir uma reforma que atenda
Cepal cios··, revela uma estratégia bem de- glomeradosembancos múltiplos- que tenderão a ser mais restrítivas aos interesses do País, da sociedade
Terminou na semana passada o
finida pelo capital financeiro. institulçôe$ que abarcariam sob um aos assalariados de baixa renda e e dos bancários" - concluiu o cliri-
Como a concorr.ência entre os mesmo corpo administrativo e ope- às microempresas, difk ul™'.do ain- genie sindical. l
~ fucuncru .ua. ü p ·d.~, ~~uním.1\i
representa.ores d os países da Amé-
.j
rica Latina e do Caribe. O d ocu-
mento p ropõe que o desenvolvi-
mento da região não fique s ubordi-
nado ao pagamento d os juros d a
Bresser: triplo choque contrà crise
divida externa e suge re fórmulas
para a redução da cransferência d e
recur sos, entre as quais a redu ção
direra das raxas d e juro.
,'A crise brasileira não tem
perspectiva de solução a
Gracltla Magnonl
"Q uando assumi o Ministério, a
29 de abril, havia ama crise econó-
a m o prazo. No entanto, mica gravíssima e uma eno rme per-
existe alguma \tjabilidade de supe- da de popularidade do governo. Ne-
Superávit ração se realizarmos três grandes nhum ministro da Fazenda, desde
choques, o u se/a, um ch oque da dí- Oswaldo Aranha, em 193I, tinha en-
Baseado na m édia d o com p'lvr- vida externa, um-choque fiscal e um contrado o País numa situação de ta-
ramenco da bàlança com ercial dos no vo cboque deprec;os", dJsseoex- manha crise. Dezesseis di3S'depols,
últimos rrês meses, o Centro d e Es- minisiro da Fazenda Bresser Perei- Sam ey vai à te levisão e faz.o d iscur-
tudo M.óne!ário e de Econom ia Jn- ra, em palesrra realizada na última so dos cinco anos. O que acontece?
1e rnacional d a F undaçã o Gerúlio sexra-feTra, 29, n a sede do Comitê O apoio q ue tinha de uma boa parte
Vargas estima Ci[Ue o Brasil deverá Regional d0 PCB, com a presença de dps políticos, ele perdeu. Ao mes-
fechar o ano com um s uperávit co- d.irigenc_es naciona is e regionais, mo tempo, percebeu que, para se
mt:m al entre US$ 14,774 b ilbões d entre eles Salomão Malina, pres.i- mante r no poder, era preciso resta,
e USS 16,406 b ilhões. Na hip,órese dence do PCB. _ belecer sua5 antigas alianças, _princi-
mrus favorável, as exportações de- Em o urras palavras, Bresser Pe- palmente co m o capital nordestino".
verão atingir US$ 31,147 bilbões e reira sintetiza esses choques da se-
na projeção meAos favorável alcan- guinte maneira: o choque da dívida Visão e cora'gcrii
çariam USS 29,614 bilhões. externa, no sentido de equacionar
essa dívida re duzindo-se as trans fe- Submetida a uma §éd e de per-
• rências líquidas d e r ecu rsos para o guntas, o m.inisu•o não se fez de ro-
en.erio r, a fim d e q ue o País possa gado. Falando sobre a pe restroika e
Economias Socialistas retomar o d esen vol vimento sem o as tr ans formações oco rri d as na
URSS Bresser Pereira argumentou
conscrangim ento exrerno; o choque
~d~~~ml-iielo l>údeo de f.sru- fiscal, q ue se define b asi: amenre em que '1o que estamos assistindo é a
Bresser Pereira analisa economia em encontro comdirigentes comunistas. , presença de um esradis1an a direção
""""""" \~ (Programa de aume ocru; a rec~i~, mediante li fisca-
Brodois<lo:Ecnnom~1il>Ci2!1stl!J &Faculdade lização mais ríg id a, para evita r 5?ne- defronta com três cho ques exte r- crise, desta vez ainda mais grave. da URSS! O p're'sfigio 'que e le ga-
de ÚIIICltlla e l.dmi~ di llnh'ersldade nos: a) o segundo choque do petró- O ano de 87 marcou a maior crise nho u se deve ao fato de ele ser um
do Rio dt ~ . 30b2 dt <.air o ltttelro nú• gaç-J o, e, d e acordo com seu pro1e to,
mero da mllti lkooom\a, Sociw1as com tru(ar progressivame nte os im p osr<?s leo; b) taxa de juros que se elevam, da história do País: falência de em- home m de visão e coragem. O regi-
ed~ de Edomlo Sem t d,reçlo de'~ a fim de que aq ueles que têm mais e c) a recessão na econ omia mun- presas pequenas e médias, congela- me soviético foi uma estratégia de
de Almei<la. paguem mais; po r fi m , o cho q ue de dial, que vai até 1983, refletindo -se mento de emergência. No segundo industrialização bem sucedida nós
Esre número tUmJ OJm tnlnlms S<lbre 11 profundamenre na vida b rasileira. semestre, foi necessário d iminui·r primeiro s anos, mas essa industria-
lllÍOrmállca ~ IJRSS,asn:~oomercu1Sdol preços, que não se pode faze~ sem
con e de despesas e d e incen uv?s· _ Era o mo mento, segundo o minis - os gast0s, aumentar a arrecadação lização fo rçada começou a entrar
palses soclalasla5, a co~uuçlo 1Ceial1S1.a no <'_:m dificuldades a partir dos anos 60.
Vietnã, e-uluçlo e perspea,v.s d:l ~ 0,n Historiando o processo economJ- tro, de um ajuste na e<:onomia brasi- através <la redução de alguns subsi-
Moçambique, a nova emp~ no el\loq.,c, d2 co brasileiro, o ex-minis tro acres- leira, como foi feito por outros pai- dios, reajuste de preços no setor prl- E claro que, no início dos anos 60,
perestrOika, formaçíu pr<.>frulonal na Cllini. i:n- cemou q'11e ''se fo rmos buscar as ses. Mas, optou-se por manter as ai- vado e:as tarifas das estatais Jáde.fasa: houve uma tentativa de ven<:er as di-
ue ouuos ce=. c-.iusas desta crise nós vamos ver cas caxas de crescirnemo, tom ando das. "Quando saí, um corte nas des- âculdacj_es, por Khrushev e também
A revisl2. esiá aberta a colaho~õcs, que iüo
que elas estão re l;cio naea'i. basica- as dividas externas e internas uma pesas públicas se faz1a imprescindí- po~13re jhnev. O 9ue Gorbaq,hov es-
dl-vem ulu.p= oíw l;iudas de 30 linha fi. boJa de neve. vel'', afirma o ex-ministro, mas sua tá fazendo é análise do que a URSS
cando a critério do editor pllblícl-las ou nà> mente com a estratégia dos aiaos 70, passou, verificando que o que aco n-
A cO!TdSpOntlllnda e os cont1cos deverão ser qu~ doo"Brasil adoto u um a p olítica proposta "não foi aceita pelo presi-
de crescimento acele rada pe la via Esse aJus ie viria a ser feiro p or deote Samey". Bresser queria extin- teceu poderia ser superado com o
fritos nosegwnre enderC(O: .'llúcleo de. Esru~ p rocesso que está sendo adotado:
de Economia fntemaeonaJ - Faculdade de do endividamento exte rno após O Del.flm Neto mal:. tarde, com uma guir onze órgãos, autarquias e .e m-
P.al!ll)fllia e AdmlniSUaq;iO (U~). ,l\'eruda ~ primeiro chOl.jut: do petróJeo ·•. p olítica recessiva que escag~o u o presas escacais, dem itlnçlo cerca de desceotraUzar o sistema econô mi-
tt:11r 250 - lJra (CRI' 22290), Rio de janeiro Para ele.o final dos anos 70 m arca País. Co m a Nova RepúbHca, houve oiro m il funcionários p úblicos para co, co mpet1ção interna, sem ser ca-
• RJ um n:iomento delicado para a eco- a fracassada ie ncativa do Plano Cr u- reduzir cerca d e 660 bllhões nas pit.alista, com a lei Glo valor passando
nomia brasileira, quando o País se zado e desaguou-se novamente na despesas do gove rno. a ser respeitada."

6_

~ v sobre oz - Se o sr. fosse fazer um painel


a UFRJ, o que destacaria?
Horádo Macedo- Primeiro, uma
é um número bastante razoável para o uni-
verso esrudantiL
caracrerística pouco comum em ou- Voz - É comum a idéia de que a univer-
tras universidades btasileiras: a unJ. sidade pode vir a desempenhar um papel
ersalidade de atuação em todas as áreas do de linha de frente, na busca da modemi-
:onhecimenro, desde a ane ~ a ciência mais zação do País. Como a UFRJ pode cumprir
~ura e fundamental, como a tisica e química, esse papel?
e a saúde. Segundo: embora renha essa ampla
gama das atiVidades do conhecimento , não Ho.r.1do Macedo - A UFRJ certamente co-
'!Xi.ste uma integração interdisciplinar - e labora e m algumas áreas para o progresso
-sse é um esforço que está-se fazendo. Ter- tecnológico d o País e, portanto , do progresso.
airo: é uma Universidade muito grande _ científico. Como por exemplo na área de en-
segunda do País - e os processos de comu- genharia civil, na forrnulaçã_o e resolução de
icação interna são dificeis, não favorecendo problemas como_a constru~o de plataformas
;.1a integração. Quarto: a postura que a Uni- . para a _exploraçao submarina de_peO:ó leo.
1ersidade tinha até alguns anos àtrás, em rela- ~as existe UIJ!ª o u~ face, a da uruvers1~ de
ção aos problemas da sociedade está sendo a1udand? a evoluçao do progresso sooal e
modificada. ' político do País não diretamente através do
desenvolvimento da recnologia e das práticas -
Voz - Q uantas pessoas pa}ticipam desse associadas ao processo produtivo, mas atra-
processo? vés da formulação de problemas e de sua
resolução. Isso ajudaria na formulação c;!e
1-Iorncio Macedo - Temos 25 mil esru- uma política social geral para o País, que
.iaotes de graduação ativa, mas são 30 mil seja avançada e esteja de acordo com o desejo
natriculados. Temos 4500 esrudantes de êlo povo. Nesse sentido é que eu acho que
-ós-graduação; 3.500 professores e 7 mil ser- a universidade deve agir, fortalecendo as suas
ídores ativos. áreid sociais e a ação dima da universidade
com a sociedade. Esse tipo de ação - geral-
Voz - Existe o problema da evasão, en- mente conhecida como "extensão"_ nós
ão?
estamos tentando assumir, indo diretamente
l-Io.r.1do Macedo - Temos raxas de evasão à população, de manei~.i que a comunidade
nuito grandes em alguns cursos e iaxas basi- diga para a Universidade que problemas ela
.:amente nulas em outros cursos. Acontece quer ver resolvidos. Temos dado respostas
que, com o vestibular unificado, estávamos a esses p roblemas, seja na área social e polí-
.1dmitindo pessoas cuja média nas provas tica, seia na área assistencial e até tecnológica.
mostrava que não tinham condição de supe-
rar o au-aso de conhecimento para fazer um Voz - Existe uma grande preocupação
...urso de nível universitário. Hoje, com um com o chamado esvaziamento econômico do
vestibular mais capaz de perceber o pr~esso Rio de Janeiro. O governador Moreira Rápida e manJ~, q~!1se sempr~ cologuial a voz
de formação do estudante, estamos com va- Franco e o prefeito Satumino Braga têm
gas ociosas, mas acreditamos q ue esras sejam de monstrado algum interesse em buscar ar-
professor Horac10 Cmtra de Magalhaes Maced~
daqueles que iriam abandonar o curso. De ticulações envolvendo instituiçôes como a anosüh~ 35 _anos lecionando na. área de fí~ico-qúi
qualquer forma, nossa taxa global de evasão UFRJ para enfrentar problemas relativos
é éOisa em tomo de 18 a 20%, tomando a ao desenvolvimento do estado e da capítal
da ruvers1dade Federal do Rio de Janeiro, S~Il1
Universidade como conjunto. Gomo a UFRJ responde a isso? teve grande audiência na universidade, ~entro Qu
Já evasão de professores nós temos pouca, Horndo Macedo -A UFRJ tem dado uma
apesar de todas as dificuldades salarutis, nu- contribuição, se não decisiva, pelo menos das salas de aula. Era ele, com su~ lucidez, ene:
ma taxa de 15 a 20%. Bem, evasão de seividor significativa. Por exemplo, por iniciativa de
público quase que não existe no Brasil, não um dos nossos g rupos de pesquisadores, do
e cora_gem que oferecia as alternativas adequad_~
é? GNPq, do Ministé rio de Ciência e Tecnologia
assemoléiàs universitárias m~1s embananadas, sçJ
Voz - Como pode ser caracterizada essa e da Prefeirura, será 1nstalado na Ilha do Fun-
relação entre a graduação e a pós-gradua- dão u m pólo de,blotecnologia. Será um gr:an-
ato conciliatório nos momentos aparentemente str
ção, do ponto de vista dos investimentos e de salto tecnológico n uma área de ponta, e fáceis seja o gesto de~audácia em horas de inc
dos objetivos? e isso vai gerar muitas emp resas e empregos.
Horádo Macedo - Durante o período Outro exemplo é a ampliaçio do Centro de
' adversidade. 1
-

ditatorial tentou-se construir uma dicmomia Pesquisas da Petrbbrás, também n0 Fundão. Hoje, reitor da univ.ersidade eleitp p~l9 voto d~
muito clara entre a atividade de gradução O pólo de biotecnologia e o centro de pes-
- que ~ financiada pelo recurso orçamen- quisas vão incluir duas mil pessoas-pós-gra-
de professores, esJudantes. e fu~si~ilan os, cont1
tário do Ministério da Educação - e a ativida- duadas, sendo que o primeiro envolverá em-
de do ensino de pós-gradução, que é finan- preendimentos de cerca de du,zentas empre-
liderando a comumdade universitana,,Tcomo n~J
ciada pelos recursos orçamentários das enti- sas. Além disso, queremos que o nos.so nú- do último· dia 3 de março, quando a uFRJ mai~,
dades financiadoras, como Finep, CNPq e cleo de computação adquira uma caraaerís-
.1.gora pelo Ministério de Ciência e Tecno- tica de pessoal não apenas para elaboraçio
vez parou, em protesto contra o congelamen~o da;
logia Do ponto de vista acadêmrco, essa dico- de p rograma5, mas para a própria arquitetura E também destaca~se_ no Conselho dos Reitore~
tomia não se realiza; mas do ponto de vista de computador.
Universidades Brasileiras - o CRUB - onde
dos inconformado,,s. com ~ situação da educaçãc
económico, sim. Então, a universidade não A UFRJ participa diretamente do Conselho
pode formular uma política de pós-gradua- Económico do munlcípio, juntamente com •
ção porque não está em seu poder o controle o reitor da Universidade do Estado do Rio.
das verbas das entidades financiadoras, que E com o governo estadual, remos rido inicia- Brasil, um µ,.ag~~o e mtrans.1gent~ d~fensor
se entendem dlreramente com os g rupos de tivas interessantes, como por exemplo na autonomia un1versitana e do ensino P.ubhco e gr,
pesquL5a O que se tenta fazer é a univer- área de irrigação da Baixada de Campos, e
sidade participar ativamente do processo de queremos ajudar oa preservação e apr0veita- para todos. Ne~ta eµtrevista à Voz da Unid~de
novos quadros para pesquisa de pós-gradua- menro mais racional da bacia do Paraíba. fala de uma umversidade que qüer se aproxuna
ção mediante a única política correra, a de E remos ainda a experiência aqui na favela
bolsa para os estudantes. Hoje nós es1amos da Maré, ao lado da Universidade. São cerca
povo.
com cerca de três !Tlil boi~ - o que não de cem mil pessoas que, depois âe resiStên-
' .• f • , : r :
ENTREVISTA
7

• d de,er.mfi;JJ1Ç3S, rêm interagido com nova ofensiva contra o ensino público gra- C? problema é um exemplo claro do que pulação. Não faço ilusão nenhuma de que
aasu, .,:r.,icJadt:. remos lá um escritório detuito? a ditadura fez na área social. Não por acaso a composição da Constituinte é predominan-
a /lJ
a...'iSiSlena:i 'd ' . d
1un ,ca - com apoio e profes- se massacrou todo o setor Hberal, um setor temente conservadora, mas também não te-
sorr!S e alunos da Faculdade de Direito e Horácio Macedo -Acho que não esoonde de pensamento razoavelmente democrático. nho ilusão de que com a pressão de massas
ál J'rOt"llflldoria do Estado-, cursos de edu- - é uma clara continuação da ofensiva. Os Não por acaso se cassou o Hermes Lima Eva- se possa fazer com que a Constituinte assuma
airJo fisica, de dança, espon es, lutas etc. E movimentos dos servidores e dos docentes risto de Moraes, Santiago Dantas. ' posições progressistas e benéficas para o fu-
aunbém otprograma de treinamento profis- obtiveram, no início de 1987, uma grande A maioria dos professores que está na·UnJ- turo do País. O que significa? Garantir a de-
sional de adolescentes: o pessoal é selecio- vitória de caráter económico, a lei da isono- versidade ingressou nela na época da ditadu- mocracia plena no Brasil.
nado pela própria comunidade vem aqui mia, vencendo resistências do MEC. Os salá- ra, e isso trouxe os maus hábitos da época.
para a Univers idade e faz um c~rso de um rios dos servidores cécn.ico-adminiscrativos, Era uma coisa inevitável. NiLlguém pode ter Voz - Como o sr. vê as perspectivas do
semesrre. pela lei dá Wsonomia votada pelo Congresso, a ilusão de que, num passe de mágica, uma desenvolvimento do País?
pelas tabelas discutidas com o MEC, ficaram pessoa que foi criada na idéia do "mi.lagre Horácio Macedo- Eu gostaria de ver, real-
Vaz - O sr. assumiu a reitoria da UFRJ multiplicados por fatores da ordem de 4 a brasileiro" possa, de uma hora para outra, mente, a perspecciva socialista. A gente \·ê
'7llllla e\eiç_ão direta, e nesse período está 10, o que foi realmente um ganho enorme. se tomar dedicada a esse processo de elabo- que, historicamente, é a única solução. Mas
sendo realizada uma série de experiências Mas, esse ganho ficava embutido no processo ração cultural do País~ Por outro lado não não vejo a possibilidde de nós, a médio pra-
novas. Como isso repercute na estrutura de enquadramento. O MEC não percebeu tenho ilusão nenhuma de que se possa ~ me- zo, obtermos essa estrutura socialis1a no País.
da "velh~" UFRJ? Há tensões na UFRJ? , que, no processo de enquadramento, é que çar a transformar isso sem uina instabilidade Nós não conseguimos formular o nosso pro-
_Horácio Macedo ~Há dois tipos de ten- esses ganhos salariais iriam se manifestar. na situação universitária. jeto de País socialista. Nós temos a pala\Ta
sa.o: entre a UFRJ e o Ministério da Educação Quando tiouve os e nquadramentos, isto é, geral, mas não sabemos como caminhar para
Voz - Como resolver o problema da de-
e a interna. São resultados da nova postura a passagem dos servidores do plano antigo isso. Toda vez que se tentou caminhar para
dicação do corpo de professores, principal-
que a reitoria assumiu. O primeiro tipo de para o p~o novo, aí é que o MEC percebeu isso, ou se fez uma formulaç;io muito radical
mente dos mais gualiflcados, ao ensino de
tensão: a UFRJ sempre foi um apoio do ponto que o aume nro das despesas era realmente - incapaz de agrupar todas as forças pro-
graduação e à pesquisa científica?
de vista institucional da política do MEC. Ho- grande. Então, aproveitou-se do argumento gressiscas - ou se fez uma formulação muiro
je, est.a Universidade cem úma outra postura; para de novo continuar a política contra as f!orácio Macedo - Não é uma questão geral, um apelo sentimental que não 1~ :a
a reitoria se contrapõe com toda clareza e institu.iÇGeS de ensino superior federa.is, di- uniforme. Em algumas áreas, a dedicação dos à organização. Por isso mesmo, eu acho • n-
aniculadamente a essa política do MEC, o zendo que elas eram responsáveis pelo délt- professores é cõmpleta - por exemplo, nu- poname garantir-se a democracia, par,1 1r
que cria uma fone tensão. Uma tensão que dt público. ma área tecnológica não se justifica o pro- tempo às forças progressistas de armar e e
se traduz, às vezes, em ações unilaterais do O orçamento do Ministério da Educação fes_sor-não se dedicar integralmente, porque programa. Um programa que seja unitát ·,i,
MEC claramente retaliatórias à política que é algo em rorilo de 19% do orçamento global existem todos os recursos para que se dedi- que passe pela classe operária, pelas reivin li-
a reitoria execura, criticando - como criti- do País. Destes 19%, vem para a5 universi- quem. Então, nesta área se pode fazer um cações _dessa classe enquanto classe oprimi-
cou dara e abertamente - o projeto do Geri, dades apenas a metade e não 80% como se processo de cobrança enérgico. Em áreas on- da, fazendo com que essa classe sinta que
que queria tranSformar a universidade num tliz. Enlão, o que é que o MEC quer? Quer de não há material suficiente, onde os recur- pode assumir o poder.
grande escolão; como critica abertamente o reduzir a despesa com universidades e quer sos são menores,ocipode cobrança é outro.
pacote económico do ministro Maílson, que também fazer com que as universidades fede- Mas, é errôneo achar que a maior parte dos Voz - Quer dizer que o sr. tem espe-
vai contribuir para um fone esvaziamento rais sejam somente insLituições de ensino e professores não tem uma dedicação razoável. ranças renovadoras no marxismo e no sot ·1-
das universidades federais. não de ensino e pesquisa Qual a política lismo?
Temos defendido claramente o ensino pú- para isso? Não é cortar no custeio, é cortar Voz - E o problema do aproveitamento
Horádo M;1cedo - Embora muitas r --
blico gratuito, por mais verbas públicas para no pessoal. do corpo discente?
soas tligam que o marxismo morreu, eu a~ >
as universidades públicas, pela autonomia da Horádo Macedo - També m não é uma que o marxismo é hoje a única corrente
universidade ( que defendeu essa proposta Voz - Qual a posição do Crub-Consclho questão uniforme. Em algumas áreas o ensi- pensamento que tem uma estrutura do po1 >
junto à Constituinte e até contribuiu para que dos Reitores das Universidades Brasileiras no é muito bom, com gnmde dedicação do de vista de proporcionar uma forma de p, ,_
ela ficasse explícita na Comjssão de Sisrema- com relação a isso? sar seja a ciência natural, seja um aspfü o
corpo discente. Em outras áreas, onde o mer-
tização) . .Esse tipo de problema tem que ser Horádo Macedo - O Crub se opõe clara- cado de trabalho sofreu uma série de disror- cultural. Uma vitaHdade do marxismo é a i-
gerido com muito cuidado, pois, afinal, o mente a essa política E a última reunião do pacidade de aglutinar o pensamento cie1 í-
ç~. o processo de cólocação é o processo
MEC é o "dono" do dinheiro Crub, em Brasília, tomou dara posição contra geral de colocação tio profissional de nível fico e o pensamento social. O fato de o m,u--
Outcos tipos de tensões acontecem, mas o pacotão do Maílson. xismo ser um tipo de p~nsamento predomi-
de caráter interno. Mudando-se a univers.i- SUP,el'ior. Apesar disso, ainda o profissional
da UFRJ encontra uma qualificação muito nante numa gnmde área do mundo faz com
dade, muda também a repartição dos diver- Voz - As universidades estão rebeladas?
boa. Eu vejo também área5 detertoradas, co- que eu tenha uma gmnde esperança de que
so.s poderes acadêmicos. Então, em algumas Horário Macedo - Estão. Em lugar de
o futuro nasça coerentemente das idéias ôe
mo a de licenciatura de professor de 22grau,
áreas se nota uma nítida reação aos processos ponto de apo~, há ponto de divergência com ·Marx.
em que o mercado ficou relaxado, onde o
de mudança - e às vezes são grupos que, o MEC, tão grande que dizem que um reitor Mas, o fato de que a própria direção da
profissional encontra dificuldades.
em nome de uma defesa do processo de foi empossado com o compromisso de ir URSS esteja fazendo o que se chama peres-
De uma maneíra geral, e u digo que a quali-
desenvolvimento tecnológico, assumem ati- para o Crub tentar fazer com que este mo- troika mostra que o marxismo não pode ficar
difique a sua posição. dade tios nossos estudantes não pioro1J com
tudes profundamente conservàdor.as. essa época da ditadura; o que piorou for a sujeito àquelas formas dogmáticas e estreitas,
Por outro lado, o fato de a reitoria assumjr que*na realidade são símbolo do antimar-
quafidatle de formação desses estudantes.
uma posição democrática, na defesa dos inte- Voz - E existe resistência a essas mudan- xism9. Existe a esperança de que na URSS
Vêm para a universidade côm hábitos e pen-
resses dos professores, dos servidores e dos ças no corpo docente da UFRJ. O que houve s.1.mentos muito conservadores, ou _f.)elo me- se cons.iga produzir um tipo de pensamento
esrudantes, contrapondo-se à polírica·conse r- na Faculade de Direito? social mais flexível, mais abeno - mas eu
nos muito desligados de uma idéia culrur.1.I
vadora do govemo, faz com que a reitoria tenho mais esperança ainda de que nós, no
progressista mais avançada. Fazer com que
acabe por exercer um papel que antes e ra Horácio Macedo- Este é um caso dpico eles tenham essa idéia cultural progressista· Br-dli i!,sejamos capazesde criar formas especí-
exclusivo de movimentos organizados. do resultado da política da ditadura. Ponanto, mais-avançada é a tarefa tia gr-.iduação, e não fica~ do marxismo, usando o marxismo como
a posição da reitoria não é a de condenar só de formar um bom profissional. processo de pensamento, como instrumento
Voz - A reitoria se propõe a assumir nenhum segmento da faculdade, mas sim-
de formulação da resolução dos prôblemas
a frente desse processo de renovação da pl~mente constatar uma situação real, e ten-
Voz - Como é que o sr. vê essa situação sociais.
univer~idade brasileira - isso muda a ma- tar modificá-la. Por isso, o Conselho Univer-
que o País está enfrentando?
neira das coisas se desenvolverem? sitário resolveu mudar a direção daquela fa- Voz - Qual a impressão gue o sr. tem
Horácio Macedo - Eu vejo com preocu- de Gorbatchov?
Horácio Macedo_ - A reitoria não se pro- culdade.
A Faculdade de Direito foi, em primeiro pação, porque é óbvio que a participação I-Iorádo Macedo - Tenho uma boa im-
põe- ela assume isso realmente. E a institui-
ção, enquanto reitoria, pode as.'iumi r es.-;e pa- lugar, destruída fisicamente e, em segundo maior das forças populares na determinação pressã0. Foram muitos anos de um processo
do futuro tio País, a pressão que as c.imadas de pensar muito fechado, no sentido de que
pel com muito maior rapidez, o que St!ria lugar, des truída academicamente. Há dois
diferente e.lo:, movimento~ que têm uma dinâ- ano e meio quando assumi a reitoria, o pré- operárias fazem, a pressão que a sociedade não tinha. mais surpresas - e a geme tem
dio da Fac~ldadP escava numa êlilapidação civil organizada exerce, fazem com que os que ter surpresas.
mica mais lenta
inenarrável. Tomamos providências e, hoje, setores mais reacionários, mais conservado-
ele está recuperado. Do ponto de vista acadê- res, fiquem extremamente preocupados eco- Voz - Diz Gorbatchov que não se pu .:
Voz--A tendência a transformar a estru- mico, a reitoría fez um enorme esforço de mecem a se organizar. Isso tutlo passa por mais recuar .. .
tura universitária do País num dos bodes recupt:ração, e isso encontro u resistência in- nós conseguirmos 1er uma Constituição que Horácio Macedo - ... Sim, isso é impur-
expiatórios do déficit público esconde uma terna. responda o mais possível aos desejos tia po- tante, Mui10 importante.

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Perestroika: a--lei" e oCidadão de vid.J do ~0vo. -Mas Stálin
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hail Gbrbatchov, ao intervir,.em
pouco t~'!1po após o falecimen~ 18" de fevereiro deste ano, no
r t0 de Lêrun, fez GGm -que O país Plenário dô CC do PCUS. "Mui~
si•
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r tálin escreveu no crepús·
mex~se outra vez ni:l.cna
, tuaÇio de emergência.
tos não estão habituados a fazê.
lo. Y.erão·de se habituar. Tartfa
r
'r
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S cu.lo da sua vida (princi• ·
pio.s da década de 50) uma
pequena obra intitulada Proble- A ID
Legalidade socialista
. , ·sró,r,-ia. repudia coni·ecru.
nossa é consolidar firmemente
ps alicerees 1uríclicos da peres•
troika e, adma de rude, prote•
mas ecooômfoos do socialismo
na URSS. EscreV€u•a à maneira ras upo o que sucederia se ,gerd a lei da empresa estatal e
não...' .Tudo quanto há na nossa os emais atos jurídicos enqua•
~ muito sua, em estilo claro e
compreensível a qualquer pes-
ê drados na reforma econômiea ·
liístória - xi~os, fracassos, jÓ• fa.ce ao perigo da sua erosão me•
'
r soa, independentemente de ní·
vel de instrução. Interpretou as
bilo e dor - e nosso patrimô- di
nio nacional. Temos de apren• .ante prescrições departamen•
der c;om as lições do passado tais. de todo O gênero. A estra·
r leis da economia da .forma tão - mesmo que sejam dolorosas tégia .de democratizaç-ão prô·
simples que eliminou todas as
i ... dúvidas acerca da pos.sibilidade
e aflitivas, porém curativas - gress1va da sociedade pressµ•
, de as dominar e manipular à
vontade.
_poe o fortalecimento perseve·
para o presente e para o futuro. rante da legalidade socialista. o
A lição número um é a Oni· poder p9pular implica 0 triunfo
O próprio Stállil já não duvi• presença da lei, a única forma total e absoluto da Jeí que expri•
r dava, àquelas alruras, da sua éa· de totalitarismo que convém ao me a vontade do povo''.

,'t pacidade de ddmioar até as leis


da narureza e da evolu~ão da
sociedade humana. No primei·
socialismo. Não temos uma alternativa. ·o
"A perestroika ergue uma nosso povo, bondoso sem limi•
barreira democrátiéa ,intranspo· tese sábio, está farto de voluma:
,'
r ro caso, basta rer o desejo e
pressionar um pouco; 00 segun•
do, reduzir o homem a um me•
nível ao pàncípio 'quero, posso rismo, já não dá crédito a pala.
e mando' e ao excesso de zelo vras e exige a sua congruência
adminfstrativo, obrigando todos com os atos. Exige em todos os
r
ro "parafuzioho" da máquina de
~ Estado. Em suma, rude obedecia
os organismos e funcionários a aspectos da sua vida mais trans•
'medir' sempr.e os seus atos com parência, mais democracia e
r à lógica sralinisca de percepção as exigêncías da lei", ffisou Mik• mais socialismo.
t da.e; realidades: quem governa o
r FRANÇA
'
país é o guia e não a lei, e e
nível desse governo depende
das caractedsticas qualitativas
do voluntarismo.
/ Agora sai o presidente~
As principais. dificuldades
q ue estamos enfrentando são é apenas um sub produto desse
fruto da adulteração dos alic:;er• Pedro Scuro Neto problema.
ces jurídicos e morais do soda• Os neoliberais, que o primeiro-
lismo, ocorrida nos anos 30 e Apesar do fácil acesso a boas in· ministro Chirac representa, acham
40. O caminho para a elimina· formações, a mídia n0s está fazendo que se pode combate r o desem•
ção destaS dificuldades passá <::Fer que a França é uma terra dis• prego com desescatização. Pregam
tante, um país impenetrável. Isso a privatização, veementeme nte
pelo respeito às leis, e não pela combatida por Mine rand, e procu-
sua contínua profanação. çSta se dá porque.as redações têm prefe-
rêm:ia pelos releases das grandes ramaliviar a carga.tributária dos mi•
tese aplica.sé a todos os aspec• agências noticiosas. Daí o exagero, lionários, na pueril esperança que
tos da vida da sociedade, impor• a impressão absurda de que o ·elei- estes aplique m mais dinheiro na
rarues e aparentemente pouco mr francês está preocupado com produção.
significativos, gerais e particu· rac,:ismo e terrorismo, que só inte• A vantagem de Miuer:md é q:_ie
lares, e a economia em primeir© ressam mesmo a diminuras mino- ele não cem essas ilusões, que sao
lugar. Cabe à lei estabelecer os rias. Por outro lado, a mídia que aliás as mesmas da direita brasilei•
limites de qualquer disputa e sustenta correspondentes em Paris ra. O atual presidente francês está
. geralro.ence lh.e s úá instruções para seguro de que só será possível re·
definir quem tem raz.ão e quem e '
não tem. - {, adulterar ao máximo a imagem do cuperar, a economia do país co~
um programa de educação e quali-
governo socialista de François Mit-
terand. ficação da mão-de-obra. Olha o pro-
Vtà legal e universal O granúe- rem:i dos eandidatos cessô de modernização pelo lado
(Minerand e 'Chirac, que também do trabalhador, e nã0 do int~resse
é chefe da maioria parlamentar dos mon0pólios e dosespeculado-
Nenhum burocrata (e não só oposicionista) é na verdade o de, res. Deverá reeleger•se nesfe fi m·
na União Soviética) ousa violar semprego: a taxa francesa é grande de•semana, e mostrar 1:1ue está evo-
aber;tamente a lei. Prefere "me• e continua subindo, só perdendo luindo, ag0ra éon.fiando menos nas
lhorá•la" , "d.esenvolvê-la" e dem consagrada por via legal governo prç')ptios da situação de mesmo para a da Itália. O racismo virtudes do capitalismo!
"consubstanciá~la", por méto- e úniversa1mente obrigatóriá. e mergência. Toda..,,ia, mal se ~ - - --=---- - -- - - - -- ---,
dos mais diferentes: recorrendo Seria ilusório confiar na implan- conseguiu abrándar um peuco
a precedentes, interpretações tação espontânea dos conheci- a tensão, Lênin c;ieorerou logo
"1aras" e "estreíras", divulgando
prescrições e outros "atos nor•
mentos jurídicos. O proe::esso de
esr.abelecimento de um sistema
a Nova Política Ee0n ômica ten•
dente a pôr fim à Guerra Civil,
ASSINE AVOZ
mativos'' que, em última análise, harmonioso de democracia so• substirurndo•a por uma de "paz Anexo cheque n~,........................... Banco.•......._......................
l>Uprimem e substituem a lei cialista será bastante prolonga. civil". Simultaneamente, decla· A análise dos Sem·estral (26 números).......................................CzS 1.500,00
Havia, no limiat das décadas de do. rou guerra implacável à anar· fatos nac!ona!s Anud l Simples (52 números)....•.............,, ..........CzS 3.000,00
70 e 80, na União Soviética, cer• Penso que o niilismo jurídico guia jurídica e ao localismo. e intemacV~onad,s Anual de apoio (52 númeres).•....,..............,,.. ,.CzS 6.000,00
ca de 200 mil prescrições que, encerra em si grave ameaça à As r e lações mon e tário~ está na oz a

..;J$ :~~ :: ::·······~;: ~: ::


em muitos casos, não só anula• peresrroika. A Rússia foi gover• mercanás voltaram à normali·
vam umas às outras como pu• nada durante séculos por pes. dade. O mercado encheu•se de
nham em causa o próprio prin- soas e não pela le i. O povo, com artigos. As cooperativas sob ro·
cípio"tudo que não seja expres• Lênin à frente, i.nsurgiu•se con. das as furmas entrâraro n~mf brasileiros.. C.EP....................,,....,,,,.............................
sameme interdito é legal". tra essa injustiça. A Gue rra Civil fase de desenvolvimentO du~a· ·
li
Telefone.......................................... ,.....•Dato.,............................,.... .
A peresrroika implica na recu• e a interven ção estrangeira obri- mico. Apareceu a moesa sov1~· Assinatura................,........,,,.... ,,.........................................................
perac_;ão do prestigie e da força ga ram as novas a utoridades a tica. o país passou a progr~dlf
do Direito, do respeito pela or• implantar formas e métodos ele impetuosamente. Subiu o mvel
W2 06/05 a 11/05/88 INTERNACIONAL 9
NAMÍBIA
,
SWAPO em Moscou: ''Não há chave para resolver 1

aluta aindaé annada


forçar a Afrlca d o Su l a se
reurar da Narru'bia.
a luta em favor do operariado" l
~
Na opom.midade re alçou
ª.~juda mate r!al, m ora\ e p o- -j
linca concedida p ela União
Soviética aos combate ntes
namibianos na su a lu ta d e li-
Giorgio Napolitano, _uma das figuras ?1ais marcantes do PCI, deputado desde 1953, esteve
recentemente no Brasil, onde pronunciou uma conferência na sala do Conselho Universitário ,
~
bertação n acio nal. da USP, patrocinada pelo Instituto de Estudos Avançados. Aproveitando um espaço na
movimentada agenda do deputado, Luís Avelima o entrevistou com exc~usivid~de para a VU:
Nujoma d e n u nciou os atos
de terroàsm o e os crimes co-
metidos p o r Pre to ria contra ~
a Nanubia p ara tentar evitar U: Na conferénda r ealizada m1 ~
sua independência. A África
do Sul, d esprezando a Reso-
lu ção 435178 do Conselho de
V USP. o sr. colocou que o PC/ está
preocupado com a panidpaçiio
dos r.rab:úhadores na economia, ou se- l
-Jl
SegufaI\ça da ONU sobre a ja, com a democrod a económica. Isso
ind e p e ndência da Nruníbia, significa fim d;i propriedade dos mei os
rgaruz.ação d e U ber - fu:z. d este país um "santuário" de produção e gestiio operária da pro-

N
·
taçã.o d o Sudoeste Afri- p a r a agredir ~ &º}ª• assi~
cano (.Swapo) inau gu - . com o os demais pa1ses ela Li-
rou r ecentem ente sua repre- nha d e F ~e me (Bo~ a,
dução ou co,:esriio com o c:1pitalismo?

Giorgio Napolitano: Há muito te m- l


l
sen tação e m Ma scou . \lre - Mo ç ambiqu e, Tanzan1a , po nós sustemamos na Itália que a pro-
sente ao evento, 0 presidente Zâmbia e o Zimbabwe). p riedade pública, esratal e todos os 1
da Swapo, Sam Nu\oma, d is- A rep~entação da Swapo meios de produção não devem ser -l
uma condição nece~ para realizar

~
se que enquanto o r egime na URSS será acreditada' jun-
d e Pretoria se recusar a man- to ao Comitê de Solidarieda- os ideais do socialismo. Antes, basea-
ter conversações com a o rga- de Soviética, igual ao Con- dos na experiê ncia realizada na União
Soviética e em ouLros p aíses, podemos
nização do povo namibiano, g resso Nacio nal Africano
a luta armada continuará a (ANC) da África do Sul. (AN-
ser o único m eio eficaz p ara GOP)
dizer q ue, de uma esratização integral
dos meios de produção, pode até mes-
mo surgir disfunções no perfil de gera-
l
ções, graves, do ponto de vista de prin-
ápios da democracia e do socialismo.
J
1
O que nós consideramos essencial é, 1
Eleição no segundo turno seja a existência de um setor público,
de uma pane dos meios de produção
Napolitano: "Élmpoltanta a consollda.ção das novas democracias na AL".

educativo, da culcura, ecc., erc. Como


nas mãos do Estado, emmãos da coleti-

,,1
buscando assim realizar objetivos da .
O p rimeiro rumo das e lei- vidade, seja u ma programação demo- demo cracia económica e não somente é que se resol ve essa concradição no
ções equato rianas, realizadas crática da economia, através da qual da democracia social. processo de desenvol viinenco gradual
em 31 d e janeiro pàssad o , o poder democrático possa influenciar da democrada?
aré mesmo nas decisões de grupos ca- VU:Como o PC! entende os proces- 1
defiaíJJ o~ rln is candidacos
par a o segu n d o turno do =
ptcalJscas, em gc::r.ú da:, c::mµ1 µli va-
das, seja uma participação de trabalha-
,r::volucionários d o Terceiro Mun
:,o;,
do, onde, para impor a democracia,
Ciorgjo N ApolitAnn, O ÔP..<;envolvi-
memo da democracia significa tam-
l
p leico a realizar-se dia 8 de
maio (domingo): Rodrigo
Borja, do Partido da Esquer-
da Dem ocrática (social-de-
dores na questão, um controle de tra-
balhadores, de sindicatos, sobre a ges-
tão de empresas e, em geral, sobre
o pr oletariadoJem que implantar uma
ditadura democrática e revoludonária,
como é o caso da Nicarágua?
bém o desenvolvime nto em condições
de liberdade do conflito de classes, do
conflito social em todos os terrenos,
l
m ocrata), e Abdala Bucaram,
do Partido RoJdosista ( cen-
a gestão da economia
Giorgio Napolitáno: No caso ela Ni-
e também no terreno cultural, ideal,
dos meios de co municação, dos pro- i
tro-esquerda).
O grande de rrotado foi o
atual pres idente Leó n Fe-
bres -Corde ro, um intrans-
VU: O Esl;Jdo do Bem-"Escar Social
- Welfare Srate-pode serenrendi do
como um primeiro momenco para a
rransiçiio paélfica e gradual do socla-
lismo, ou é uma alremadva capicalisra
carágua, abriu-se um caminho q ue tem
representado uma reação obrigató ria
frente a um regime como o de Somoza.
Foi uma ruptura revolucionária No e n-
tanto , mesmo na Nicarágua, o p roble-
cessos educativos. é uma luta aberta.
~ Não acreditamos que exista lfma
chave para resolver esta luta em favor
da classe operária, das massas trabalha-•
doras, das forças de esquerda, das for-
l
-,
genre defensor da p o lítica com a parridpação operária? ma atual é o de passar de uma fase ças de inspiração socialista Pode-se
externa d e Reagan, respon- ela ditadura, o u pelo ,m enos de demo- pensar que a chave seja a conquista
sável tambem pela aplicação ag ora apóia o candidato Bor- Giorgio Napolitano: A experiência cracia revolucionária, a uma fase de de todo poder por parte da classe ope- 1
de uma política econ ómica ;a que, caso vença o segundo do Welfare State é uma experiência democracia pluralista, como condição rária, com meios revolucionários. To-
conservadora com resulta- rumo ( e é esse o resulrado importante do pomo de viSta político de uma ·convivência padficà no país, davia, viu-se que em numerosas situa-
dos negativos paFa o país. e social em muitos países europeus. e como condlção ~ ra por fim à inter- ções, esta chave rujo funcionou, esta
das mai s r ecentes pesqui-
Nós acredltamos que não seria conce- ferência americana. Não creio que ho je estratégia não levou à vitória Antes, 1
O PCE, que panicipou da sas); deverá tomar posse em bível esta soma de conquiscas sociais, sé trate, de nossa parte, de indicar re- terminou favorecendo o aparecimento
primeira etapa elas eleições, agosto. se não existisse um movimento operá- ceitas para o Terceiro Mundo . Aqui, dos regimes auto ritários militares. Por-
rio o rganizado, capaz de afirmar com na .América Latina, vemos c0mo uma tanto, se trata de fazer uma política
a lura os seus direitos. Não há dúvida, coisa muito importante a consolidação sobretudo de aliança o u de unidade
BOLÍVIA entre todas as forças de esquerda que
portanto, q ue as instituições de dlreito, das novas democracias que surgiram
do Welfare State representaram um do poder de longos anos de ditad ura de qualquer forma representem , ex-
Solidariedade com Panamá- importante progre~so num caminho
qu e pode ser o d a afirmação crescente
militar. pressem o mundo do trabalho, as mas-
sas trabalhadoras populares, o ideal d o
Foi formado em La Paz o d os ideais do socialismo. Naturalmen- VU: Com relação agradualismo, co- progresso democrático, do socialismo
manifesto denunciando a in- e, através desta aliança, um vasto arco
Comitê Bolivíano de SoHda- gerência dos EUA nos assun- te, n ão precisa acabar com o Welfare mo é que os comuniscas imlianos en-
de forças possa conduzir à luta no pla:
riedade com os Povos (CO-
BOSOL), i n t egrado p e las
mais importantes o rg aniza-
tos mrernos daqpele pais.
Uma elas decisões tomadas
pelo Comitê recém formado
State . H oje, é preciso acé mesmo de-
fendê-lo do ataque destrutivo das for-
ças d e d ireita, das forças conservado-
tendem uma questão que é cencral pa-
ra os comuniscas brasileiros, que é a
questão do poder de dasses, na m edi -
no sindical, no plano poUtico, nas insti-
tuições, entre as massas, no plano cul-
,
ções sociais do país e perso- é a de convocar, no menor e
ras· p reciso inová-lo, porque até mes-
md
da em que, mesmo.asfon;as mais avan-
çadas da democrada burguesa man -
tural, para m odificar o equi\Jbrio de
classes no exercício do poder, a favo r
l
nal.idades políticas e culru- espaço de tempo possível, O Welfare State sofre de uma bu- das classes trabalhadoras, das massas
raiS. um encontro ame:lcano de rocratização grave q ue afastou inclu- rem como elemenrds n ecessários o po-
solidariedade com O Pana- der da burguesia, que se expressa n o populares. É uma estratégia a longo
sive um a parte d as massas rrabaJhado-
Na re união cons ticuciva foi
formada a Comissão de Soli-
dariedade com o Panamá,
má, tendo como lema "O Ca-
nal é do Panamá, o mar para
ras, e faci litou o acaque destrutivo de
d ireita É pre ciso d efendê-lo, inová-lo;
control e dos meios de produção, de
comunicação de massas, do aparelho
p razo, é uma estratégia complexa, mas
creio que, em muitas situações, não
existe alternativa para esta estratégia.
j
que de imediaro lançou u m a Bolívia", é preciso ir alé m do We/far e State, ideol ógico, em especial do sistema
l1
l
1
10 PCB 06/05 GI 11/05/88 Y!2
FICHA NA MÃO
No caminho de um novo bloco, Fluminenses adiantados concentram-se esforços para
a imensificaçã0 da campanha
Os comunisras do Rio de nos zonais 4, 17, 6, 19, 24

pàulistas cuidam das eleições Jane iro estão avançando no


seu trabalho de filiação, e a
perspec.riva da Direção Re·
e 11 7.
Em reunião conjunta das
executivas esradâal e muni•
gional é o cumprimento das cipal do PCB do Rio, deci-
meras até a prime ira quinze- diu-se destacar alguns mili-
sar 'llré 14 de julho a mera na d e junho. Já são 12.754 tantes, com auxílio da Dire-
a prim eir.i abordagem

N concreta das eleiçõ€5


municipais deste ano
na Capital e por t0do o esta•
O desafio dos dois turnos
dos 35 mil filiados - já são
22 mil por rodo o estado -
0 :; comunistas paulís tas se
preparam para o pleito volta-
filiados ao Partido Comunis-
ta Brasileiro, se·ndo 10.739
no interio r e 2.015 na Capiral.
O Partido está organizado
ção Nacional, para trabalhar •
especificamente na acel'era-
ção da campanha, principal- .
me nte na Capital. Já estão
do de São Paulo, o Diretório A campanha na Capit:tl e nos demais municipío~ de das para O objetivo de eleger em 42 dos 65 municípios do programados muli.r0es em
Estadual do PCB encami• grande pt,ne onde haverá segundo 1umo - Samo André
Sãu Bem:irdo db Campo. Guanalhos. Osasco, Santos, S:i~ vereadores em grande nú- estado e e m todas os 26 20. todos os finais de- semana
nhou uma orientação gér,il nais da capita l. A mera 00
e um conjumô de rareias à JO!>é d0S Campos, Campinas e Ribeirão Pre10 - con$títulr.i mero de cidades e disputar, com a presença de anistas e
um desafio novo, particular 1;: d~isivo para us dire16rios preferencialmente em coli· PC~ carioca é filiar 15 rpil
ação dos miHtames. Na opi- locais e a Direç-;io Estadual personalidades e elaboram• .
gações de conteúdo demo- eletro res em 12 municipios
rúão do pr<:!Sidenre tio PCB Com uma oriem:ição coereme para iodo o esrndo, de se materiais de p ropaganda
acordo com as caracrecíslic:i.~ do: um PanidCJ nncional. mas cráúco e !ilrogress.ista, as ad- e seis zonais d a capital.
paulisra, Amorno Rezk, esta locais.
e a primeira medida no esta· com fü:xibilidade p:iraimerpremr as rcalid:idcs locais e.spec-i• minisl.f'dÇôeS municipais.
fiCIS, o PCB-SP desencadeia o crabalh6 eleitoral, ceno de
A c::imp~ha te m avança- O trabalho gaúcho
do para que o Panido passe A proposta q ue o do cu- do mais rap1dame;-ite no in-
q~e <:ontrlóuirá slgnificatlvameme para a e::onsolidação e am-
a agir na ,perspectiva da fo r- pbac;ao da dt!mocracia, plll;3 a reorgani7.aç-Jo democráríca mento dirige às demais for- terio r. O trabalho do Partido Dez municipíos gaúchos já
mação do novo bloco polí- dos mu~e::iplos p-dulisms e para assegurar, :tlr.lvés de candi- ças democráticas e progres- tem se concentrado na re- cumprira m integralmente
tico proposto pela Direção datos eleitos por sua legenda, uma rt--presemaç:io expressi\l!I sisias identifica a necessida- gião Serrana, no norte e no s uas cotas de fiHação: Livra-
da classe opeciria e do mundo do rr:ibalho na renovada de de um pólo c0nstituíd0
Nacional Para Rezk, o desen· vida política déstes municípios. sul fluminenses, na Baixada mento, Alégr.ete, Cruz Alta,
volvimemo da campanha de em coroo de um projeto na- e na região dos lagos. Na Bai- São Bo rja , Campo Bom
filiações oo estado l\)ermite cional que aproxime e arà- xada, duas grandes cidades Guaíba, Caxias do Sul, eara~· ·-
concluir que as possibilida- cule todo.s aqueles que coó- estão próximas do cumpri- zinho e Sanra MacJa, além do
des eleitorais do Partido' Co- ao nivel municipal, mas en- Em rodas as cidades, esras cebem o desenvolvimento mento de suas meras: Nova Z9nal de Restinga, em Porco
munista :Brasileiro são bem volver a eleição para pres i- eleições representarão im• como produto da afirmação Iguaçu tem 1.500 das J.800 Alegre. E mais crês municí-
melhores para estas eleições.· dente da: República portante possibilidade de da democracia política e de filiações necessárias, e caxias pios e e::lois zonais estão mW-
Já existem alguns muniápios reo rganização democrática sua vinculação com mudan- passa de 900, de uma meta to próximos: Pelotas, Bagé e
nos quais o e mpenho do Par- As próximas elejções mu- dos municipios, através de ças económicas e sociais, dis- de 1.100, e ainda se desen- Sapucaia, Em todo o estado
tido na preparação da arua- nicipais terão sua qualidade mudanças que favorecem o ánto do populísmo conser- v0lvem 0 trabalho e a cons- há 7.442 filiados ao PCB, o
çi.o nestas eleiçõés se dá com reforçada, principalmente se alargamento tia o rganizagio vador que h0Je se artiéula co- truqâo do Partid0 nas cidades que significa 41 % da cota es-
muita garra. refletirem o realinhamento e da participação popular na mo base de ·apoio do gover- de São João do Meriti, Nlló- tipulada pela Direção Nacio-
político-partidário que o fi- vlda políricd, social, econô- no Samey e do populismo polis e Magé. No no rte flumi- nal: que é de· 18 mil filiados
Democracia e crise nal da transição trará, com mic.i e culrural dos mesmos. de retórica radical que recu- nense, Campos Já
tem 70% em 51 municípios o u zonais.
a formação de novos b)oc0s sa e subestima a importância de sua cota de 800 cobertâs, Na capital, existem ·2.300
Para o Direrório Estadual de àliaoças correspondenres Empenhados em ultrapas- da democracia política eleitores vinculados ao PCB.
e Macaé conta com 200 das
de São Paulo, a e::omraditócla às principais alremativas de 300 filiações necessárias, e o A exper iência gaú cha é
siwaçio naóon;ô - vigência caminhos polwcos. Para a que nos locais unóe rc::al-
Partido se constró i em São
de um clima de liberdades Direção do PCB pauUsra. a mente existe o trabalho par-
e crescente garantia de insti-
rucionafízação de um Estado
relevância dos temas nacio-
nais se manifestará em gran-
Metalúrgicos! Fidélis. Na rêgião dos lagos,
cabo Frio já u l~passou sua
tidário, a.campanha é vitorio·
sa. Mas, a campanha também
cora de 400, e Angra, São Pe-
de direito democ.rácico pela de meç!Jda no debate da crise abre p erspectivas de cons-
Já estão marcado\ dois atirns estaduais metalúrgicos dro da Aldeia, ltaguá e Itabo-
Constituinte, e a reorienta- econ ómica, d a o rie ntação trução do Partidão em mui-
<lo PCB. Em ~finas Gerais será no dia 15 de maio, rai estão com os trabalhos
ção conservadora do conjun- conservadora e reacionária tos municípios. Há organiza-
das 9h às 18h. na sede do Diretório Estadual. cm avançados. _No sul fluminen.
to de ação do governo Sar- que o g0vemo adota diante ção partidária em 70 municí-
Belo Horizonte, telefone (031 ) 222-8035. F.m São Pau- se, a cidade de Barra Mansa
ney, sem condições e legiti- dela e dos seus reflexos so- lo. será no dia 21 de maio, às 9h, na sede do Diretório em um mês passou de 30 pa-
pios gaúchos. O Diretório
midade para dar soluções bre o agra,vamento das con- Estadual paulista. telefone (Oll ) 222-3~2.'5. Participe! Esradual esrá destacando mi-
ra · 535 filiados, cumprindo
aos graves p roblemas do País dições de vida da maioria da litantes especificam ente pam
sua meta; Vo lta Redonda tem ·o acompanhante da campa-
- reclama uma consulta ao população e dos crabalbado- 200 das 500 necessárias, e o
povo que não deve limitar-se res em panicular.
Partido se expande e m Re-
nhà n o esrado.
No último dia 22, o Parti-
sende e Valença. Na região dão esteve presente n o Co-
serrana, Teresópolis e Fri- mício pelas Diretas 88, no
DO LEITOR burgo cumpriram su as coras, Paço Municipal da capital,
... com 500 e 400 filiações ( de através de seu gresidente na-
metas de 300 e 280), respec- cional, Salomão Malina. Tam-
Parabéns! versário da Voz da Unidade, tivamente. Em Niterói, a cam- bém estiveram presentes ao
Congratulo-me com a redação saúdo toda a equipe que traba- panha deu um salto de algu- aro Lula, Brjzola, represen-
da Voz da Unidade e com o Par· lha neste valoroso semanácio co- mas dezenas p ara 39(), e es-
munism e condamo os camara- tantes da OAB, CGT, CUT,
tido Comunista Brasileiro na pera-se o cumprimento da UNE, a lé m do PCB , PT,
ocasião de mais um aniversãrlo das dó PCB a paaiclpar mais ati-
vamente do esforço de e::onstru• meta de 800 até julho . Em PMDB, PDT, PC do B, PL, PFL
deste jornal, que tanto 1em con-
tribuído para a democracia nes• c;ão da imprensa comunista, no São Gonçalo-, o Partidão tem e PDS. Com mais de dez mil
te País, buscando a paz e o soda· dia-a-dia da atividade polítlca. 600 filiados dos 1.000 neces-
Aproveito o ensejo para enviar presentes, o comício foi o
!ismo. Saudações fraternais. sários. primeiro a dar novo impulso
Ferdinan deJ~ us Marques.
uma modesta doação de 1O mil
Sá.o Luís (MA) cru7.ados à Editora Novos Ru- Na capital, o 23'.' Zonal à luta pela eleição direta para
mos, ajuda material para o aper- (Guadalupe, Pavuna e tc.) já presidente da República ain-
Doação feiçoamento do OOSS0 Jornal.
Por ocasião de mais um ani- cumpriu •s ua coca, e agora da este ano.
Adão Voloch, Rio deJaneiro ( RJ)

=-
AC - Rio Branco, Pt.>dro VTccme Cu<in Sohrfnhu PB _,;,..., PcssollJ ln :m:ir Urunx.t!:idll- Rua f)uqw 221· 23U
j()Í - CEP 29,000. RQ - Porto V~lho, J<>~\l Telx<lr:1 úe Melu - /\\'.
- Ru:J Alegria. 70- ~ e - CEP 69,900 de evc1:>.,. ~o - z.·no1- Ç;tlc;-. Klio -CEP 5/l.OOO
A.L - Mac:elcl, Ger21tlo de M•/cfü - Av MurefrJ
CO - Goilni>, i'>Uli\ Arrud:! Vibr - Av. llnh·cr· l'lnlk!Tr<J Moctl3úo - E.<qulna e/ Ruu llr:cslli:1 - Eu
Llml, lff-CEI' 57.000 - (082) 221-7414. 1
~-CHP 74.000-(062,) 223•54'i0- C.. ;ii<~32:~t;!~;\n"1 Mar• l:tit.luru Perelr:1 - Ru:r
0
LuTru - 1~ .<Ili - 'é:EP 78.91JO.
SC - Florlanópolis, '.'lllúu J1>sc, Mn11ln.\ - P,,1 f'c.
A.M - Monaus: Mé 1'21,-. Filho - Ru• Top:,l<)o.. 1131 Florl:lnll Pell(utu, 50 - ff. :ll!IOI - CP.P
MA - Sio Luu, Tom:,, J<l.'lé <llJS Santos - Rua Mnrl!( 041) 234-2492. reira O li,,e lra, 6 - "'9 - CEP Hll.000 - (041111
789 - Cemm - M:in:iu, - CP.P 69.00o - (0')2)
23-1·1.346 :sia>.Jré. .129 - ~ ntm - CEP 65.000 - l 09R1
2214133
~OIO R !ifc· !':lulu Cnv:rlcuul - Ru.1 &luunlu de &791>9. .
SE - AractjU: wcmn~on n:ml:Lot Manjtut:lr:t -
t":;;iho~ 32 :_ 11<>:t V-0<13 - CEP 'i0.1100 - (OHI J
Semanário Nacional A.I' - Mocap, , }olé Ferrund11 de ~lcJcirll< - M:
Prc:sídén1.c Varg2.,, 2449 - CEP 68.900 - (096)
Mil - Be)o llorixonlc: E. GJtclJ - R. Tomé de
Suu,:i, ffl0/202 - ll, funciun!rh> - CEP 10,140 i,{ ~f:~~in,u
1 F1~\·lu Mur.t\.~ - Ru~ 1.xt"\ndu F~r-
Tra\'. QUlntllhano <l:J F,,n.-.;a"a. 2!'12 -
- (079) 234-7811.
CEP -19,00()

~•-4~. - tom m-11035 . 1260 - Ralrm Mur:nb Ju SOi - CEP 64.000


llA -Solvodor: Htllur C:L<>l< e S11\,a-Rua Muura MS - Campo Cronde, 5lla.< RlidrlKue., uc Lln13 Prqprh..•d!U.lê Ja Eôh11m '.'Jtn'o$ kunut, LH.fa lt fü..•nh•
llll. 51-CEP 40000-(071) 2◄ 1 -6256. ~Qjj6) 32H851\ '
- Rua 14 <le fulh(,, 2526 - I'' - CEP 79()0$ - RN _ Natah Ver. Sérgio OJch - Ru::1 S:imu Antunlo,., Frc.llos • .:162 - 4~ - CEP 012211 - Te!•. \CII I l
C&-Fortateza,Jo,quírq Ro<lrtgu~ Sou:ai- Rw 231-2926 (t.umlnl~lrtl~U\. Tele, (UI 1) 2~5~• -
Conselho Editorial 24 dt maio. 885 - CEP 60.000 - (085) 231-0734.
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(,64 _ CEP 59.000 - (11114 l 222-11792
RS - Porto AlefV'e: Ju:lo /wcllnc - /\\' l\ur,tCS VO.Z SP - C",c..>mlll)/'h,>t1t..>P~L-.t•l 11) e Ft~olho - PA7.
Luiz Carlos Azedo DF - BruOi•: C:lrl~ Albeno - SC.~ - Rloco Pi\ - Bt-1êm1 Rn1munc.lu J1nkln~ - Ru,!!~,:, 1 :a· <li: ~ktlclros.3(18- Cunj 62-CEP90.000- (0512 ) F1.>1uc,>m1>bSl'-~1..,1.• F,11olht1- Ru;i Fu.'llcrll.·,• Stchh:1,
C - Q_uadra 5 - Lota 26 - CEP 70 000 - (061 J nlltlu,. IS92-CEP 6611U0-lll01\ 222-,...... 1l 26-:1661 229 ~lhrclul:I l - F1.l n1..~ .!.!I -~90 - lmjlft':-.~1 na.,
João Aveline 2~3-5()-14 PB - Campina Crtmdc: Hcm 1:anu ~ Llc Ar.1 l(i RJ - Rio de Janeiro: Esrnnl~b1MJt:: O11\'cfra - i)Ocln.'l, \.b Cln E.dhorJJ'-1q1~s - Rim U 1n.ko:1! Ar'\'11
\'CtJc. 2 078 - S:,u P,mtu,
ES - Vit6ria, Darq <le Souz.i Filho- Ru:, Allx'l1u - Rua Cm,hnl.:1 Vidrn, tB - 2'' - Càlim rt,,-rn CEP 200;1 l - e021l
1w Prc.<idcntc vu,wi.~. 529.p: -
Noé Gertel de OU•clra S:mtus, 40 - (027) ID-1227 - ConJ 356- Gl!P ~K \0\1-\08~ l ~22·2Z7ll
W206t05 a 11/05188 CULTURA

Moratória soberana '

contra humilhação
Indignação
~eado em farta documentação
0fiaal e ~ tatísticas confiáv . A
"ó . b e is,
~ora_, na _so erana é um trabalho
mentífico 1mponante, com o qual
oU autor
. se dóutorou na uru·camp,
ruversidade Estadual de Campi-
nas. O debate em torno da questão
é ~eno, fugindo à complexidade
do e~onomês" hermético para os
moruus -:-- sem , contudo, perder
em qualidade e profundidade na
abordagem do problema
A dívida externa brasileira é im-
pagável e incobrável. Petrfü1jo flor-
- tella Filho não fica na retórica Ele
demonstra que isco é factível, quao•
do \:tá vontade. O contrário seria
mantec a Nação humilhada e seus
Re\na\do »ies\t\ne\

tOt)OSta de não pagamento


fühos na miséria, para agradar
àqueles que Lênln chama de "gru-
pos de bandoleiros financeir0s";
seria ser conivente com o sufoco
-, 1
N "Qat6a\ da clívida externa bra- do povo brasile.iro conviver com
si\e'l.ta não é uma utopia de a extorsão dos '"bandoleiros•· da

O gesto -e a dignidadé
es(\Uetda, mas uma atitude tecnica- Wall Streec em grau cada vez mais
mente viáve\ e benéuca ao desen- escandaloso. A divicia ei-.,erna custa
volvimento do País. A tese é defen- ao Brasil. hoje, mais do que ac; inde-
dida pelo piauiense Pecrônio P0ne- oi,.ações de guerra custaram para
lla Filho, n© livro á moratória sobe- a Alemanha. Seu cancelamento pu-
rana (A alternativa do cbnfronto ex- ro e simples prejudicaria somente ·
terno: seus cusros, perspectivas e as armas e os gestQS militares. você é amante daArte, não deve- le nto que merecia atenção). Se-
mitos), que a Editora Alfa-Omega O caráter ''leonino" dos acordos
Alexandre M. Tostes Simen rá deixar de assisú-lo. rá uma o bra-prima do expres-
está cokicando nas principais livra- e cartas de inteuç-:-to assinados n0 E foi com upia nova rol_lpa- sio nismo se for "enxugado" em
lha, cá entre nós, que os gem cenre mporãn ea, eclética seus 10 minutos finais, e se a
rias do Brasil.

cuce a sangria da díVida exrema e


passado recente pelos governantes
O traba/bo de Porrella Filho di~- é também denunciado na obra. Por-
relia Filho cita (págs. J77 e seguin•
a pauperização do povo l;irasileiro tes) 0 humilhame "Proieto 2", que com apenas nove bailarinps,
0 deuses nos ouçam: como
pôGle um grup© de dança
em seu repertório, que apresen-
ro u três core©grafias de dois jo-
vens talentos (d~seulpe o cha-
iluminação central for melhor
.depurada. O b serve a impecá-
vel voz de Meredith Monk. Im-
que 1::.~ enttt-i.a,,c.om1::çat1u\::i 'Ç>Ol ::.-1°· ll:"d:C <Í .c,,-.,,,i:rd.\'t>t"<Íu\r~ \'Jl-~,U~l- i:.e._m Qlla\~,e.r Rm.<\í\,o g.overm- vão) da rlança píllll.isr2, Qllf' AAn perdível
tuã-la no contexto histórico em que te do Banco Central, Carlos Geraldo mental, desprov.ido de p atroci- Suzana Yamauchi e Bebero Ci- E o espetáculo termina com
foi concrruda e a necessidade ina- Langooi, e que foi objet_o de repre- nador da le i Samey e de uma dra em seus respectivos rraba- Quadrivagação, também de Be-
diável da moratória, apoiada não no sentação do deputado Alencar Fur- infraestrUtura digna para se so- lhos.Danças Seculares elnstan- beco. Tem sua inspiração na se-
repúdio a obrigações, brasileiras, tado ao Procurador da Repúbliea breviver realizar um espetáculo tâneas, Nostalgia ou Bete Gal- gurara música de Henry Purcel.
mas na defesa de oossos direiros. em setembro de 1984. As imposi- - e por mais implicante que vão, e Quadrivagação. E um -lindo jogo melódico do
"A história financeira moderna não ções aceir.as p/acitamente por Lan- se possa ser· - q.ue deve ser · Em Danças Seculares e Ins- gestual da amizade materializa-
4

goni consciruém-se em afr0nta à so- <ilefinido de simplesmente ma- tantâneas, Suzaaa utiliza músi- · do para um único plano numa
dá notícia da existência de dívidas
ravilhoso? ca do alemão Te leman, que, única iluminação.
externas com o a brasileira que, ha- berania nacional e à dignidade da
Nação. Vale a transcrição de seis das Está se falando do Ópera apesar do tíruio nos levar ao rá- · Seria desonesto e até precon-
vendo sido contta.idas de maneira
dáusulas do r eferido acordo: Paulista em sua primeira estréia pido esquecimento, é um balé ceituoso n ijo mencionar a bele-
tão irc:egular, tenham sido cobradas ·z a lírica de Brazília B0tellio, 0
de forma cão arrogante, com efeicos · "O Brasil renuncia a qualquer di- do ano, semana retrasada, ·no cle sequências harmónicas entre
reito de alegar quesrões de sobe- teatro Sérgio C"3rdoso, e que a música e o movimento. Este, talento sedutor de Cláudia De-
tão daoosos para a economfa nacio- cara, e a magnética luz de Key
nal", anoca o auror (pág. 73). rania na discussão do acorclo e, coo- ag~ra se apresenta de 12 -a 20, repetido e m algumas minúcias
sequencemenre, à imunidade juris- no madequado palco do Centro cbm os bailarinos em rolamen- Sawao - que prova q ue tama-
\>oneUa Filho observa que ó pa- Cultural São Paulo. Depois, se- - tos pelo chã©, tem o ritmo ágil, nho não é documento.
gamento da dívida, nas condições dicionaL
O Brasil aceira o foro judjcial de gundo informa a diretora Ânge- com passado e o esrudo da orga- E n o mar de lamas atolado
em que vem sendo exigidas, é um la Nolf, seguirã0 ainda. neste se-' rúcidade espacial é bem expio - da dança brasileira, o Ópera
processo autofágico "que compro- Nova Iorque e de Londres para dis- mestre para Brasília, Belo Hori- rad0. Pode-se afiFm ar, também, Paulista emerge numa dan~ de
cussão e julgamento do acordo.
mete de forma irreversível o nosso
O Banco Central ac~ra que, em zonte e para o 62 Festival de qu e é um trabalho onde a perso- comprovada qualidade.
preseme, ao mesmo rempo em que
empurra para o futuro discante a
caso de execução, a penhora recaia Dança de Joinville, Sanca Cara- nalidade e nergétic~ de Yamau-
sob,re seus bens usados em ativida- rina. chi começa a solid ificar. Ballet Opera-Raulista - Coordena-
resolu(f.lo dt um problema que se O grupo surgiu oficialme0te Depois do inte rvalo, surge m ção Artfstica: Ângela Nolf; Marketing:
torna cada vez. maiS gra_ve". Paira ele, des comerciais. Pau.lo-Branca; Coreógrafos: Suzana Ya-
05 esqu~as criados para a cobran- o Banco Cenrral aceírn o foro in- em ~. e teve em 85 um ano no palco, ·durante trima minu-
mauohi e Bebeto Cidra; Ass.i stcntes:
~l~n oso, culminand_o com o o tos, quatro personagens inquie- Ar\a Luiza Seelaender, Cláudia 0ecara
ça da divida ext<!rna legitimaram ternacional e, ma is, consenre, de 1,1ru~o relDres~rame brasileiro cantes representados por um e Angela Nolf; Luz e Som: Pe1er Rlner-
um processo de usurpáçã0 "que jã forma irrevogável, que e m caso de no Forum de lal;)anse", e m Pa- ho m e m s01itârio e m confronto peck ; G~avação: Marinho Murano;
foi denunciado até mesmo poJ se- Htígio, possa ser citado pelo cor- ris. Mas até parece pr~ga deJeah com crês egos femininos. É o Elenco: Angela Nolf, Brazília B01elho,
tores ultraconse,;vado•es" ( ,. reio, no exrerior ou no BrásJI ( des- Bebelo Cidra, Cláudia Decara, Débora
2ô7). ' pag. prezando assim r9da a jurisprudên- Genet porque, dessa dara até o hipnótico Nostalgia (esta Voz, Furquim, Jorge Filio, Key S_awao, Marta
ano passado, tomou doril. E'se em 87, apontava-o como um ca- César e Sllvia Machado.
Dep~is de analisar em detalhes cia do Supremo Tribunal Federal
a questao do crescimento alucinan- - nota do Autor). .
O Banco Central obriga-se a for-
1e da divida externa e da necessi-
dade - mais do que a sua própria necer, mensalrne nce, as alterações
viabilidade - da moratória bras- salariais decorrentes da politica de
Jornalismo da URSS na ABI
leJra, o autor co,ndui: "A indepen- correção conforme os reajustes cal- O vice-presideme da União dos Na oportunidade, foram debati- Os jornalistas sovié1Jcos, que vie-
dência económica, tanto quanto a culados com base no INPC". Jornalistas da Uniªº Soviétie::a, Ivan dos "p0nc0s com uns exisrenres en- ram ao Rio de Janeiro a convite 'do
Instituto cte. Cul tura Fundação
ir).dependência intelectual, .não irá . Sobram motivos para ind Jgna- Zubkov, acompanhado d0 Ghefe de tre a5 duas entidades da imprensa
Re lações lntemacíonais <:la entida- brasileira e soviética, com visras a RioArte, presidido por Francisco
reque~r isolamento nem subver- çao.
de, Vital i Chestakov e do eorrespon- unir esf0Fços i,>ara a causa da paz, Milaru, estiveram iaml;iém com o
são mas tão somente trabalho e co- 11 dente no Brasil da Agência de ·ún-
'::Jrrut!fria soberana (A altemariva do da democracia, do socialismo e da prefeito Satumioo Braga, que viaja-
rag~m : o trabalho de se libertar dos
co n.mu'. c.~remo: seus CIJSfOS. pers- prensa Novosti, Vladislav Drntitren- liberdade de imprensa". Ivan Zub- rá nos próximos dlas a Moscou e
enraizados bábiros da submissão; a ~~~ m110$), de Peminiu Ponella ko, foram recebidos, na semana
kov disse à Voz que o encontro com Leningrado,. a convite dos soviéti-
coragem de volcar as costas aos fan- ~ $ tui-,1 Alfa-Ome;::.,. 277 páginas. passada, pelo presJdence da ABJ,
iasmas do passado e simplesme nte dfü 17 980i!'/n.:·:inyimc:ncv em S:ío P,wlo Barbósa Lima Sobrinho, e pelo es-
a P.81 fui de grande utilidaele para cos. De acordo com decretos de
a compreensão mútua entre os po• Sacurnino, Rio de Jane iro e Lenin-
caminhar para fora do círculo de d; Cultura. tu, : s 18,3() hcm,~, nu l.lvr,,- critor Josué de Almeida, um dos
avenid:, _Pu~l~~~cCcm111nru /1/urnm:J/ du conselheiros da entidade. vos. grado são cidades_-innãs.
glz" (pág. 270).

..... -

J
)
No começo dos anos 60, foi publicada - pela Brasiliense, de situação política econômica e social de no~a gente. Entre os
São Paulo - uma série de livros sob o título geral História Nova. colaboradores d~ série Nelson Werneck Sodré, um dos pioneiros
Propunha-se - e conseguiu - redi~cutir a história da historlogtafia marxi~ta no Brasil autor de alguns dos nossos
e a historiografia brasileira, tomando-se um marco já clássico~ estudos. Aqui, a ConcI/isão de um capítulo de Wemeck
- na contribuição da intelectualidade Sodré dedicado à questão do escravismo com título dado p.ela
para iluminar os muitos aspectos da redação deste periódico. ' ,

e onta-se que, ao to-


mar conhecimen-
to da assinatura da
Lei Áurea, José do
Patrocínio atirou-
se aos pés da Princesa Isabel,
lho escravo. Cotegipe, "es- ségundo. A partir do mo men-
cravocrata d a gema" ~té à vés- tO em que a libertação do es-
pera esclareceria: "Portanto cravo, e n~p falamos da liber-
a extinção da escravidão, qu; tação filantrópica ou· por al-
ora vern neste projeto, não forria individual, se torna fre-
é mais que o reconhecim e n- q üente, l?ºr exigências de
to de um fato já existente. maior rentabilidade, no caso
em prantos. Desde então, a
filha de D. Pedro tem um lu- Tem a grande razão, que re- d o_~afé, ou por imposição da .
gar -na História com o título conheço, de acabar com esta baixa produtividade no caso
de "Redentora". Cabiam-lhe, anarquia, não have ndo mais do açúcar e da min~ração, a
ao ver dos que a admíravàm pretextos para tais·movimen- partir desse momento a mas-
e lhe eram reconhecidos, as tos, para ataques contra a sa ~e escravos se integra nG
honras da emancipação. Ou- propriedade e contra a o r- c0oJunto da população brasi-
tros, p orém, conservando a dem pública." Ferreira Viana, leira. A partir daí deixa de
lucidez, balanceando rodas · por sua parte, lembrava que e.,çistir um pro blema especi-
as componentes que inter- -...::a~., a lei "oão extinguia de fato fico do negro. Ou por outra,
vieram e determinaram o a escravidão, mas apenas a ele se insere, agora, no pro-
processo, não se renderam declarava extinta, limitando- blema do homem brasileiro,
à emoção do momento. Den- se assim a reconhecer um fa. do povo brasileiro -em geral.
tro do natural clima de exci- to consumado". Era a 'c om- A maioria esmagad ora da
tação em que foi apresentado preensão exara dq 13 de p opulação rural· b rasileira
e votado o projeto, poucos Maio. José do Patrocínio esta- ocupa, na estrutura social, a
na verdade não perderam o va equivocado. Não foi a Prin-' condição de servo ou semi-
sentido dos acontecimentos, '91111 _,t\1 cesa Isabel quem fez a Abo- servo. As relações desse tipo
aquilo que se convenciórtou _ • '\l\'1'\ I
c'namar o nu ªª
'ru.~iória.
lição. não se institucionalizaram,
O problema mai.c:; impor- mas existem m 1ma variedade
tante, no entanto, era o des- infinita d~ combinaçõe~, das
Rui Barbosa, que se enga- tino dos escravos. Em 13 d e mais simples às m ais comple-
nou em tamas outras oca- Maio de 1888 foram liberta- xas. São o cambão, as dife-
siões, mostrou compreen- das cerca de 700.000 pessoas. ·reptes formas de parceria,
der, naquela emergência, o Não consta que tivessem to- e tc., todas escondendo a su-
caráter de capitulação impü- mado destino diverso daque- jeição mais profunda e·geran-
cito na assinatura "A reuma- le que tiveram os hegros an- do a miséria mais extensa.
nização da raça negra no Bra- teriorme nte libertos. Se per- Aos servos de cor branca que
sil não é um ato de munifi- maneciam nos lugares em tínha mos primitivamente,
cência da esposa do Conde que tinham sempre vivido, com o fim da escravidão so-
D'Eu". Em outra ocasião já ti- passavam de escravos a ser- maram-se os de cor escura:
nha mostrado não padecer vos; se migravam para as ci- a cor não distingue mais o
ilusões quanto à cumplicida- dades o u para o utras -zonas grau de miséria. Para estar su-
de do trono: "entregue a rurais, passavam de escravos jeito à prepotência, à miséria,
preocupações artísticas e re- a desocupados ou semi-ser- às discriminações culturais e
ligiosas, não atenta na desar- vos, esp ecializando-se n~ políticas, hoje, basta não pos~
monia orgânica de uma so- prestação de pequeno~ servi- ~uir a terra em que se traba-
ciedade prostituída pela mar- ços. A massa escrava na_? evo- lha durante toda a vida.
ca servil". Houve quem tra- lui, como se viu, a n~o, se_r Aqui chegamos ao ponto
duzisse em versos a realida- em condições especiahssi- crucial: não há liberdade, pa-
de da Lei Áurea e do papel mas e ainda assim nunca na ra o escravo, entendida a Li-
da Princesa: prin'.ieira geração, para. o tra- berdade hisroricamente, ao
balho assalariado, chamado nível da nossa possibilidade,
Careceste .'ie17dr a i,vz das populaÇJS livre. ·A tradição guardo u o enquanto a terra permanece
Intimar-te arogu, rolénca, nas praÇJS. tipo do preto velho que, ab~- monopolizada. AAbolição foi•
Ever que nesta pátria as armas dos lida a escravidã.o, prefere vt· realmente, nesse sentido,
guerreiros ver ao lado do senho~ ~ ab3!1· uma frustração. Basta olhar
Mio podiam servir :is caças dos d o ná-lo. o que a tracliçao nao em torno: "as grandes vozes
negreiros guarda, mas a história expli- gerais ecoam de serra e m
Para ceder, enffm, pálida e ca, é que permanec_e porq1:1e, serra". O escravo foi "libe r-
amedron(J/(Ía.
a rigor não há opçao: ou fica tado": andamos meio cami-
com o ;ervo (nas áreas deca- nho. O que fizemos fo i colo-
Era o djàgnóstico perfeito. den1es, ao lado dos outros cá-lo ao nível dos outros bra-
A princesa representava a servos de ·ambas as cores; nas sileiros, da maioria dos ou-
monarquia, e a monarquia se á r eas ascendentés, como tros brasileiros. Chegar ao
estribava no latifúndio. Nem mão-de-obra acessória) ou se fim do caminho, pelo menos.
mais n~m menos. Agiu como desloca, indo sofre r e m outra até onde nossa vista alcança
representante fiel dos pro- parte os estigmas da condi- agora, é1ibertar o povo brasi-
prietários rurais remerosos ção. leiro do latifúndio e do ímpe-
·da conflagração, dos que já Ocorreu no Brasil. muítO riali~mo. Esta é, no entanto
• NN;~/l,' •• •0 rJJaIJl. ~ns.a~0;·9.-~b-.ra ,'~
mats,.o p1'im€iro caso que o 01:1tr-a.lu~ e outro capítulo.
1 -

1
....~ - - --- ---- - -- -:: - -. - ------:"':"Ili

AOS LEITORES
Todo solld0riedode aos demitidos:
15 no peno de Santos. 8 na
São. Paulo, 06/0S"a 11/05/88 Dotomec em i<eclfe. 3 r .a Datomec
em Porto Alegre, 20 na Vale do Rio
Suplemento Sindical n2-15
Doce em Vitórla e 20 no Vale do
Voz da Unidade Rio Doce em CaroJós. No
Rua Bento Freitas, 362. 42 andar fecnamento da edição. havia
rumores de mais demissões,
Tel : 231-2926 CEP 102;20 inclusive de que uma listo Jó eslava
Telex: (011) 32006 VOZ SP
ern discussão no Pelrobrós.

Justiça já manoa pagár a URP • . Governo


Estatais burlam o decreto-lei
..

não abre negociações


Congresso contr~ o pacote • ·•

a última te rça-fei ra, ~ d e

N maio às 1S ho ras, ,o Brasil


esta.✓,;i assim: enquanto mais
Os números da paralisação
de um m1lhão de rrabalhado!·e$ d~ No Brasil, panmlITl l milhão não parou. Na Bahia. 70% dos nica Fede,<tl e: :Jtnd:1 16 mil fim-
eIT\presas ~ tarais e do func10 nah:.- petroleiros pararam. Na refina• ckmãrios p úblico,; estadu:lis.
e 500 mil funcJonúrio_s públli:os
mo público da União cruzaram os ria de ,\rl1uciria, Curitib!1 ( PR). No Maranhão. p;tr.iram ~rro-
em todos os estados., menos em
braços eni• pro resto pelo con~:,~ Rondônia e no território de Ro- pela primeim vez desde a inau - vlârios, bancinos, previdenciá-
mento da URP - num dos . •. ' raima. Na a,•ali:1ção da equipe gumç-J01 os 1 100 funcionários rios e empregadt.lS da D:uapnN.
. 05 movimenr0s g rev1s1as paralisaram. atividades Na Refi• n:ias a adesão folmuiro pequena
d'.'Phr~ssó1v.a, do Pais - o mJnistro
e antes incrédula do Ministério do
atSCfl ' . 'fràl:>alho, pararam 47 catego rias n:1rla Gabrlel Passos, em Min:is Ja em l\-linas Gcr,ais.ocomam:k.,
do Trabalho AJmi r pazz1anoro, uma de trnbalhadores. Gerais. setecentos. petro le iros de g reve d isse que parar~m
over.no gravava
voz dissonance no g é. de São Pau- Os e letricitários pararam nos pararam e assinaram d em issão 18300, dos 158 416 servidord>
esrndos do Ce,m\, Pernambuco, coletiva, no c..isu de alguém so- federais do estado Tomhém p:i•
no ceatro Sesc-Pomp, ~upla Tonico
(rer demissã.o. Os petrnleiros de ralis:iram peu-olciros, pre,ic.kn•
lo, juntamence com ª, a sertanejo Bahla, Rio de Janeiro, Goiás e
e •nnoco, um program São Paulo. lndepen,de me do co- Caxias tiveram o maior índice ci:írios, medicUli. funciun:1rios
ar na man h-a mando do presidente do Slndi- de paralisa1;ão: 95% dos 3 mil cla Nuclebr:ís, pn,.>f~res e fun-
que será levado ao
deste domJngo pela Rede_Glob~ - catO dos .Eluuiicltá rlos de São funcionários da Reduc pararam. don:ír10S estaduais
A c.~ca altura, ''todo eh«?<?, de e~ Paulo, AntOnio Rogério Magri, Lá, pel<:> mesmo artifi.cio uti li;,:a- No l'nranri, p:1mrarn .,s petro-
r.ico~ onde a lua faz claraf .- c.1d pararam 850 funcio nários de do pela refinaria Arthur Bernar- leiros. pro fes.-;,1.1re1> e.la Unlversi•
mo diz a letra de um cláSSlCO Fumas. Em lbiúna, só trabalha- des, em Cubatão (SP), a d irt.'turla ua<.le de Cunuh:1e i\laring.í, ROO
mú5ica caipira - escava o governo vam 6 funcionários no primeiro prendeu 300 fundom'írios den- fundorumo:, e.la Elc1ruSul, 1 100
Sarney, com s ua poJícica de a~rocho dla greve. Magr1 seguia dizendo tro da empresa, N::is reflnllrins füncltm:'lclus du Con'lpanhla de
salarial comandada pelo minJscro que a greve de Furnas é distima ela Bahia, Rio Grande do Sul, Riu !:sg<llll du e:;1:11.Jo. além do, d:1
Maíls~m da Nobrega - segundo o e paralela. No Rio de Janeiro, ele Janeiro, Alagoas, Sergipe, ~nu D.1t:1prev, Scrpru. .300 w Fu rn,1..,.
figurlnl) do FMI - fazenclo água 96% da categoria não trabalha- Paulo e Paro houve pa.raJJ:;;1ç,1e. 1-00 e.ln L'nivcrs,dade Fe.Jt1r.t.l
por todt)!> os la,Jo,;; a greve dl!li esta- Na refinaria de J tcnrlque Wge, dt' f';ir;m,i e mais LlS dlKt'nlL'l,
ram. No País todo, 9 mil li.lllcio- d C'IJTI~ p3.l':l- tkt Escola Técnica l'e<ler:11
rais, ptLxa<Ja principalmente pelos nãrios de Fumas, 60% estiveram em São José os . _, 1 °to<lu NaPm·aíha. c~~-de60"'d"~
petroleiros e portuáriC!JS, afeiava o paralisados. ram 70% do ,x=:u '~ ~ · , "'"' "' =
refino do petróleo em Sllte <!l>'taclos, _ -q%da •idminfsir.1çao Em servidores ft!Cli::rai~ e 90% dos
Os portuál!ios foram uma dus <::1t> e_'. no .,;0 or:indt:: do Sul, previdenci:lrios emrara"' 11.>
paralisava totalmen~e l )S portos <.lo
Rio de Jane iro, de Sanms (SPJ e
de Rio Grande (RS~, a quase 1~itali-
F d __ _ _ _
un ação Getúlio Vergas (SPI: na greve,
cafcl.lfSndO a economia do próprJo bol&o
• ~ • • .
maio res forças d0 nioyimen w,
parando no Rlo de Jàneir<:>, em
Unn O:lló, '"
u refinnrlil Alberto P,,1.~(~- m
vil 9()% do .seu pt!.sso.
r
uuh · t
para •·
"' '
O"KWimento. Paralisaram Jtivid:l•
des, também, detricitârio~. em-
São Paulo, no· Espírito Samo .: preg~dos da CEF, fum.,onárlos
d de e.los previdenc1árles e dos pro-
pCB: ''V1to~1a foi patente"
sadu.
c:Ssores e funcionâ,,ios dllli urnver: no Rlo Grande do Sul O porto E.~ms furam as cmegorla,, que do Ministério da Fazenda, üS w-
.tJ des federais, bem como el)1pn: de Santos teve seu m ovimemó muis pnr.1rám, e que. se~u ndo lefóni<ro.,; e professore~ d.i Esco•
si a . al . de uma. tentena de paralisado ~ la ausêndn de 8~'?6 G1lmt1r C.iroeiro, da dire,-ao nn• la Técnic:i Federal Em Pemum
<> <.li -.eia!> é po!>StVd em casos cont"t'l:- gorla~ 0 wni,:d:un11m0 eh lJRP dós 11 mil portuários, que 111-
,gados. de m \ "Juclebr'.is, Furna~. fle1,an ril!t•n1c uac.:1ona1 . b ,10 vcrgcn '"º e~t11 do congelamento ,J:1 a luta proi..~euue n·io n. '. . . Ag.,r:t, ctonal dn Cu"l, fizeram ª força buco. 1SOO fundomlri;,s tia
~:\!j~~~3oce, Serpro, Embraer,
••tnl•nt e 111cm ru •
Comumst.i 1311 l'rabalhista do Panidt1
. co,,. fl - <l
tv;:, foi lima rnn m1açao c.: que o
O • • cc.:t.>ssanamemc
pd;i via J.1 ~rc.:ve, mm, L"0111 fi ,
duem cunbém guln<l:11>'t<!irt)!, I!
condu1ores {Eles estlw r:un p:1,
e.lo movimento; "Foi tudo muito
bem pensado e não irrespons:1-
Chesf, ponu:\ru>.s., prnie,,or~~ e
!!IC.
._,,
0
RI" . ,. tun<.•• ,nál'los da Doce-
··dJária da vale .to Ri~> Do-
a wgulnll• av r·
gucs ll1,~ San~~ilctro. Gemido lll-ldri· Lhv . tel11 reitt?rJd:1mente :15~m.1lado l'l'l1
rc~ 1>111";1 Voz Sindical rc.6 . . upurrunu.ladcs: somcnic a ur,i·
IM';''ivc.:1:. <!L-.,~;<,-:lo <.1~ Krc:,~ e Je k>u.1 ,,,d:c. ~e at;àO p(IJe mu<lar os ruml).~
unid:u.lt: até a derrota dos setu~ll.'7~ .e
ln1rànsljlt?ll!CS e reaeiuná I d cs mais
no o mais 1mpurtani1.: r.\oS O guver-
rados, além da manutent;ã? ~
URP conrra a idéin de pnvnr •
1.llÇÍ~ tia CQmp1tr1hfo ~'!l!l- c.Je
vel eomo ·disseram. Sabíamos
que as categorias que parassem
servidores tius l.'St'Vla' t~·nk:t.S
federais, dJgiiaJl"'-'~ \ia L>.11:1
mec. A pi,r:ili$tÇfü• nc.:ste c-,.,,1ck1
fl,€/ SUb.'51 . B!Junra
dt: co_n:-• J:Jcl~ l ollUtõl econômiet lesiv:i aos tm· ção, na prátil-:1, que Íí?.e~-~ conflrma- estariam com multa força"' tarnbem foi rr-.1ca . .:orrespon-
<l<:i t.-..~
ex " 11~cv.- ,1:1 ~ rnc.:nitr.. S;tntos). No Rio de Jnnerro p:irn-
m1Jil · Jt'CI,aO 1 51nd1• Nos Estadós
, ,· . • 1 JJl!t~t"•·" <1,, K< lllllai~.•'.~&= • .li. vitória da grL"'·e foi p:nc.:,1· l·,110~ li!(adoq à~J cluab t'l:~t ~s . ram 05 350<> porruános dlls ~ n- <lendo a ,% <l<" wtv1do1•c:, do
r
liaçíu lulg..m 11C.O LJJn,I
1di~•1 , ,
t.·
.• it:u;m
.,
Qag,f ç~s. F01. uma demo11,~~~lilifil•..~ 1~hL'(·;J:i 1rnplil"it:1me111c: .ué pc o_ !);li~: l.Ff e CGT. dl- q~e 0 ;Jtri .:,~1rtt" No Porto de Tubàráo,
, L _...:._-._ t \. , • - • ! .,J ::a
Nos estadüli, as paralisações
.A ~ .. - ~-- ~~......
cs1ado,\SSJ(l1 e< •mo no'Piauí, un-
J.... ~ - -- 1, .. .. ,,_
....
r füento "llrregr~1- dâ 'tRil dos. mé.ff:.> -gowrno, ao aituncrnr que- 1hh.,f.U tit:a•u~ ::snrrr,nv f.fül a ~1ru1uqtc::t1Ucu•= = =--c,1u--'-"l'1ruo uu Jdlll ~TT'JKD7]t";-, 1u r ~1: - - - - ~ - - - - -- 0\,.--u.,t"v " " ~P '"'-:;;:u...u:... P---l" -
de abril e maio, o que mmbém. era prolongar nem C."Stender a oua-as <.--ate- •Jnid:1de na 3Çl1'. 6Õ96 da cat~oria parou. No,' Acre, além dos runcioná- cencem aos rodoviários. eletrici-
obtido e m oucras cidãdes bras1le1- Os previdertciários e os fundo- rios do lnamps e de professores tários, "jgilanres' e proíesso res
. r:as, como em Bagé (RS), pelo Sin<li· Alves Tenório, o Gidão ' um _ dos OltO
. de g reve foi a disrribuição de 40 ná: ios das universidades fede- da Federal do Rio Branco, parali- da univer,sidade federal
me171b ros d,,a c.o.0 rd~naçao nacional
cato dos Bancári0s local.
' No Congresso Nacional, o co-
mando d e greve conseguia das lide-
da g ~ey~: A d1reçao da greve foi
,guahrana entre CUT, CGT e sincl.i-
mil rosas pelos metroviários de Sã'O.
Paulo na Estação da Sé aos usuários
do Metrõ, após dez mÍn ucos de pa-
Nova Plenána nus foram os que pararam em saram os urbanitários. Em AJa- O Rio de Janeiro foi a maior
maior número de estados. Os goas, petroleiros. previdenciá- forc;a do mtJvimemo dos servi-
previdenciários pararam no rios, funcionários de universida- dores fedentis. Segundo o co-
ranças panidâóc!S um compromis-
so de re jeição do pacme do arrocho
(oompromererar1•s!! a votar conrra
cacos md~penclentes. Foi uma. p1:0-
va de amadurecimento do movi-
menco sindkaJ brasileJro."
~isação: "Nossas negociações não
sao com o governo federal, mas es-
define rumos Ceará, ~ahia, Rio Grande do des, a Escola Técnica Federal e mando geral, pararam os fundo- .
NoJte. Rio Grande do Sul, Rio os ferroviários. No Amazonas; •nários da Elecrobrás. Fumas, Ce-
deJanelro, Goiás, Santa Catarina, a paralisaçio ficou por conta dos pel, Nuclebrás, Nuclen. Nuclep,
líderes do \Yf, PDT, PCB, PC do B ,
PTB, serores do P~B e do PFI.) Repre.ssão
tamos soli.ctários com a g reve''., dis-
se o presidente dos me1roviários,
Paulo Azevedo. Protestos e greves
do movimento Alagoas. Sergipe, Minas Gern.is, servidores da universidade fede- Finep. petroleiros, Cobrn (com-
São Paulo, Esp~!to Santo, Par:ií- ral. Na.J3ahia, pararam os petro- putadores), CPRM..Pró•tecnolo-
e de:itr0_do seio do p róprio g0ver- d.e pequena duração foram cam- ..Os trabalh:idores das estatais e do ba e Acre. Em Sao Raulo, parali- quím(cos, petroleiros, previdep- gia. UFRJ. UFF. previdenciários,
no direçoes d e estatais como a Rede Na quase wra lidade, a gteve ~ém o me io escolhido pelos bancá- 1ünd o11.1lismu público pruIr;1rom que saram 70% dos postos do INl'S, dários, eleérid tários. servidores fu ncionários d:i Dataprev, Vale
Ferroviária, a Cia Siderú rgica Na- cra_nscorre u e!11 ~alma em rodo 0 rios do Banco do Brasil para se in- mio s;io ddad:ios de segunda classe. A Jnamps , lapas, também nas do Ministério da Agricultura e do Rio Doce. Fiocru7, -professo-
cional, o Banco do Brasil e o BNDES Pa1s,_o que nao impediu excessos corporarem ao movimento. A exce- luta agora cuminwt, por ourrus meios. maiures cidades do interior. No da F37.enda, Dataprev, Daiamec res, mecalúrgicos, INPi. metalúr-
buscavam m\;!ios de burlar o pacote, -:;- nao da !?arte dos 1rabalhadores ção foram os funcionários do -Banco principalmeme pressão sóbre os parla- Rio de Janeiro, 85 mil préviden- -e Serpro ( estas trei; úlLimas esm- gicos de Nlterói. se~füores esta·
pela concessão de aumentos (a RFF- Ja que prancamente n.ão houve pi'. Meridional, cujos 18 mi l emprega- m emares pela rej eição do pacote·: ava- ciárlos não trabalharam nos mu- tais, de processamento de da- duais da Sáúde. do Ministério da
SA evitou à decretação da greve me- queres. - mas do próprio governo l iou paro Voz Sindical o membro do nlcipios e capim!. Na Paraíba. só dos). além dos funcionários das Saúde. Frnnap<::. ponuãrios. Ser-
lho rando uma proposta cle.31% pa- dos pararam e m todo 0 Pàís. o município de Paios não parou. universidades federais. pro, Pró-memória, Datamec,
Na none d~ terça-feira, a direç · Comando N:icional da Grove, Aparecido
ra 53% de reajuste) ou pela anteci- da Perro bras pedia "refiorço' ' ao Sem vacilação AJ,,es Tenório (Cidiio). infommndo que No Rio Grande do Sul, 70% para- Nu Distrito Federal o movi- Doa mane. lnmetro. ).1inistério
pação do 13'-' salário (BNDES e BB). Exé . . ao os fururos rumos do movimento serão ram. Em Sanrn Carnrina,10s previ- mento não foi panicularrrlenre da Justi<::J, eletricitários. perro-
rm? Pªt:1 conter o movimento Em assemblé ia na Câmara Muni, denciários parac:IJ!l..na CJP.ital. fone , o que levou o governo a químicos, médicos. marítimos e
oa5 reman as, complementando cipal de Duque de Caxias, na noire
decididos neste s:ibado, dia 7, em nol'it
No Piauí, somente 20% dos pre- alarélear um movimento ..pouco Cia. Es1:1dual de Gás
Surpresa um endurecimemo que havia che- r euniiio plenária d11s es1:11ais. fJIJ Sindi-
de quan a-feira, cumprindo o rien- C:Jro dos Telelünicos, no Rio deJ:meiro.
videnciárlos pararam. Em Goiás, intenso e desanlculado ... Para- N0 Rio Grandé do Sul, outro
ga~o, seg~ndo denúncias d os sindi- tação do Comando Nacional, o pre- os previdenciários parados che- ram os servidores da Unive.rsi- grande pólo: previdenciârius,
~o mesmo dia em que o Papa ~al,s tas, ao estabe lecJmenro de Nesta reunião, de atl-J/laçiio do mm,i-
~ ulo lf se dav31 ao trabalho de pe- sidente do SindicalO dos Petro lei- r.iento' e planifirnção das nol'ils luras.
gar.im a 70%. dade Feder.il de Brasília. Data- petroleiros, petroquímicus. uni-
cárceres privados": nas refinarias ros, Roberto Wiliaos, propôs o fim · Já com relaç-;io às instituições prev, Serpro, Furnas. (uncioná- versidade. processadurt.-s de Ja-
dir ao governo da Polónia a aber- de Du~ue de Caxias (RJ ) Paulínea estarão nuirameme rei;nidos sindica/is•
tura de negociações com metalúr- da greve de 48 horas, que os traba- tas da CÚT e d:1 CGJ; répresenrando
de ensino federal em São Paulo àos da Eletrobcis e os prõfes- dos, servidores da Sucam. urba-
e Cubarão (SP), trabalrui'dores fo- lhadores d a Refinaria Duque de Ca- pararam os doc~tes da 'Escela sores estaduais. nitários, Cosan, professôres, íun-
gic~ em g reve, a superterça-feira ram retidos ao final d o turno na mais de um:, ,-emena e meÍil de enrid:i-
xias manriveràm sem vacilação - Técniqi Federal, e da Universi· No Ceará , trabalharam 6% d onãrios d~ ~RT.Justiça do Tra-
grevista do Brasil surpreendia a to· nolt7da segun~a-feira, dia 2, véspe- mesmo com 400 deles retidos pela
des sindicais de wdo o P:iís lig11d:is :1
dade Feder.il de São Carlos, no dos funcionários da Dataprev; na balho e Justiça Federal.
dos por suas dimensões, que ultra• ra da greve, e convidados" a "do- seguranç.a da empresa no imerio r lura das esrarais.
interior do esrado, assim como Chesf, paralisaram 6096 dos fun- Em Santa Catarina pararam
passa~ '.15 melhores expectativas brar " o turno de trabalho (comida ..H:I companheiros que f.1l.1m em n0 •
do estabelecimento - , liderando no i>'Jranã. Na Bahia. 1,5 mil fun- cionáritJs. Os previdenciários. dóis mil previdenciãrios. e fun-
dos propnos organizadores: '·o go- e colchoneces dentro das refinarias a mobilização nacio nal da catego- .
v.i greve, até por 1empo indererminadu.
cipnários,' dos 4,5 mil. ficaram médicos e empregados da Data- • ciunãrios da Dataprev, Pró-me-
":em o pagou para ver e viu. Cacego - foram oferecidos). ma.~ é precisu m11nrer :1 serenidade. Nu
ria. parados. •Em Minas .Gerais, os _ prev pararam na maioria. Tam- · mória. UFSC e Delegacia Regio-
n:5 que s.empre riveram complica- i'(a RefiAaria Archur Bernardes, Simultaneamente, em Brasília, m1 á rea cln Siderbr:Is. por <',w:mplo. como
173 Cosip:1 e 011m1s sidenírgiCí::JS, nem professores de todas as federais bém pararam os empregados da na! do Trabalho.No Pará, petro-
çoes técnicas para faze r greve, co- em Gubatão. cerca d e 400 dos mais sede dá CNTI, João Carlos Araujo, aderíram à greve. Já em Sanui DRT de Fonaleza. leiros, funcionános da DatapCC\·,
mo petrolefros e e letricitários, de'>• de d ois mil e mpregados foram reti- tlireror do Sintlipetro-Caxias e se- lõi possível Jl17.er gn:11e, pel:1 press:io
n:presenwdu por demisslJes e pe!J Catarina, 40\\1 dos funcionários No Espírito Santo, par.iram . Serpro e servtdores da l 'niver-
ta vez .Pararam. Fo i também urna dos, mas :;e recusaram sequer a re- cretário-geral ela CGT-RJ, na reu- a vanço d1l~ priv:1117.u§Ües·: dl.,;se Cldrio. das fedenlis não 11;1balhan1m. No 05 funcionários d 1 Vale do Rio sid:1de. No Rio Grande do Norte
lição para nós do movimento sindi- ceber a alimentação o ferec;:ida pela nião do Comando Nacional avaliava O dír:igenre sindic:1/ uleFtou :linda Matq Grosso e no Piauí, nln- Doce, fi;:rroviários, 80% dos pro- também pararam portuários.
cal, de que greves isoladas por au- empresa, segundo jnformou à Voz o movimento: " A CCr.T garantiu a guém trabalhou. No Espírito fessores es\adw1is. 85% dos pre- previ!'.lenciârios e funcionários
mer,ito de ~ láriu não resolvem, Sindical o s indicalista Pedro Go- . paralisação nos setores estratégicos que v cvngelumenro dn URP(lcurn: /1()1/;
Samo, u índice chegou a 90%, videnciários.4 100 servidoces c.!:1 da univen:id:uJe No Mato Gros-
m eses de 11bri/ e muio pura us st:JVi-
pois a inflação acaba com qualquer m es Sampaio. Na quarta-feira, a ro- e de pont::i - p e tro le iros, ponuá- d ures da .11lmmlsrr:1çicJ din:w, mr,s que e ou Paraíba, a 80% A greve nas Unh,er..idade Federal dó Espírr- so pararam fimcionáriO.< dl cr•
(x.mquiSta salarial. A ltit:i é política. talídade d os empr egad os da Refin a- rios, e le tric itários e proce:;samento pode: St: C,Slt:rlder, pur c:ft:llOS de lllt'tll)· universldades federais a1ingiu to Sumo , funcion:ír!os do D e- pro. Oawprcv, ·•letr..-mir,o.., . Es·
« para mu<lar a poli1.1ca cc;:onõmi- r ia c<?gitava até d e ·'um pcdi<Jo de de dados. <:!entre outros - <:: jog ou dro.< du dt!<tre/CI do IJOl"l.'rnu. Jtd ,,, •.,,,.. u~ estado:; do Rio Grande do tron, d Q DRT, cle1riciclri~. ()Qr- t>,Jla 7'ecnlc;a Fet,er:il e fecJer-Jt<
c-.\ ·. finahnents: nacnnhe:c e:u. cm de:• uen~1s.'iãu Cúl<::Uw". caso ,,,, a rb1tr.1- um papel 1.lt,clsivo n<.1 êxito d o m u-
gi,ntll.J .S.UIJ1t:!,t,:,:_.p.,c:, ç/Jyc:a;~ ..,si , t ~ - ~o~ P<!rowu),y_çy, fil_u Gm.nd · 1u,lc1w;J .Scrg_r;.o • llli'Prl1" e F!JJlllP' t! • , ~ ,;,, Paulo.
clar ação Ci'"'Corre5'p Ondente e m ""rtedade$ comlnuassem Ott demJ;s - --VJmemO. Ago ra. relcgrafamOS""p.:trJ -
Brasília da Voz S!ndicaJ, o pre,~i- sões ocorressem. Petroleiros e por- todos os sindicaros propondo o fi m das est:1t:1is. segundo a d;u:1-base de a,- do Sul, Rio de Janeiro, Goiás. traH, p0rtes urbanos. pararam os mt:'talúrgico5 d:1 Êm-
da airegori:1: ''O :mi!ju 2• du p:icure.vin- Alagoas, Sergipe, Minas Gentis, Em Goiás, pamram QS eletri-. ·bmer e da Mafen;a. com 100%
de111e da Centra/ Unica dos Traba- tuários é raqi, aliás, as ca1egorias da g reve no prazo previsto e não
cula u cungelamentu da URI' ús daras• São Paulo, Paraná, Marnnhfto, Es- citârios (no interior. em lmm- dê adesão, e.letridtários, porruá-
lhado res, Jair Meneguelli. qúe se dispunham a manrer a greve aceiramos que lideranças isoladas pírito Samo. Bahia. Ceará. Piauí biara).. previdenciários, 3 mil rios, petroleiros, Avibrá:,. previ-
O êxiro do movimento foi tam- além das 48 ho ras p revistas para b;1se. Por isro é imponanre :, pressüú
cominuem o movimento por pra;m pvrsuu ,,owção imediat:J e rejeiçiiu pelu e Paraíbl1. professores e servidores da uni- denciários, os 400 func1un:ino.~
bém possível graças à s uperação o protesto, sendo que no caso dos indeterminado, divi<.lindo e expon-
c.,ngresso, pam s11IV3r ;1 URP de m11io No Brasil, pelo menos 20 mil versidade, urbanitários. ftmcio- da Nucle mon. da ;,lllrufértil e
elas divisõt:, no movimento s indi- JDOrruários a continuidade seria se do os rrabalhadores à repressão. petrole iros estiveram paralisa- nárlos da Suc-,1m, CEI'. Água e processadores de dados. além
cal. comq_ explicou à Voz Sindical h0 uvessem demissões. Nosso mov.imento alingiu I milhão dvs servidores e de iunho, julho e até
o vice-presideme do Sindicato <J<,>s Um eitemJ:>l.o d0 comedimento agosto em outr:is cmegorias, ·· con<!luiu. dos nos doJs dias de greve So- Esgo10s, MEC, Fumas, prooessa- dos funcionário~ d:1 l 1r'l f\/er.,td11-
e 200 mil trabalhadores, não .per--
Metalúrgicos de Santos. Aparecido dos trabalhado res no primeiro dia mire acin1des isoladas·· - afirmo u. menre a refin~ria .de Mauá (SP). mento de dad0s, da Escôla Téc- de FederJl de Siio Cario~

SINDICALISTA: LEIA, DIVULGUE EASSINE "VOZ" # • • •


il"-lllllrn ,:--~- - - - - - - - -
> •
e cada passo do movimento sindical, tudo isso está na Voz da Unidade, o jornal Ane,KO CheQue ni..................................... , . ................................... ...,................... ... .. êuOC1"' p(J'C
Ed t:xo N:rt~S
comunista para todos os brasileiros. Semestral (26 números),.........................................................................CzS 1.200.00 i>c"'IOS _!ja -
Anual (52 nümeros).........:..·····......................................._. ........................CZS 2.400,00 Seicv de
.\ssnol_ro; RcJ
e, . estões dos leitores da Voz Sindical, final de cada més apo 5 o recebimento dos JOma1s Pacote de 10 exemplares,... ,............ .. . ..CzS 1.920,00 Benl:; •re :o;
Atendend o ~uQ . mo componha de Os reaJustes do preço de capa no rne,o do més Pacote de 20 exemplares..:..,.................................... .. ......................CzS 3.360.00 :½;' J. - ..,,,ro
estamos pron:iov~nd? .J 5 e entidades sindicais, não serão considerados Bc:JrlCO,,,,., ......... ,...........,..........jt••·····,···························..··•·...........,.......... ···················•·i••·••····· 6-.ara•.e - ~
ass1natur<;is para s1~dical•stabjelivo de tornar a Voz Exemplo Pacote de 10 exemplares Quarento 5~ --
;)O\)C: -

neste mes de maio, com .0 1 aos seus leitores no


Nome....................,..........,................................................. .............................. .................... .. CF C'22C
Jornais 1920 cruzaCjos opos 4 semanas de lnf01Mo,oe1
da Unidade mais ace_ssive s as modalidades . . recetJ1mento ce1;: teterone
:~:~~~:::::::::::::::::::::::::................:.Cidade·...:....... ..... ·····:..::..::~·:::: ·:::::·;..::::::·::::~:::. 'C''i 23' 2C:'ô
, movimento sindical. Sa~ du~to paro entidades Ass1~atura sindical - )esconlo de 20''c no vobr CEP.................................................,...... Estado._ ..................................... .........................
Pacote da VOZ -: Abatime ais que adquirirem
sir,d1cais e assoc1açoes profissiºn de desconto] OL
ºª os;1natc,ra oora Jss,nortes s1nd1ca11slas.
rned,an;e ooreser'toç:;io rje copio oe xerox cv, Telefone................................................. Dota .............- .................... ......, ..................... ·
~ocotes de 10 exemplares [2 t) semanais per carteira s1nrnc:01 e oago--f'er·::, a,,:e::-,oocc oc v~'cr Assinatura....................................................... ..................... ........................,. .... ............
"? exemplares (30'. de descon
r.er,:::xx; de trés ou seis meses. com P
°· agomento ao CO O~SiPO'. -..r::i

I
'SINDICAL 06/05 a 11/05/88'\ICIZ

DE OLHO A trágica história do salário Dlínimo TERRA LIVRE
de gascos com habitação, saúde, higíe- O ma.is imIDressioname de •tudo isso
20 ctias, reivincticaodo um piso sa- ne, vestuário e transp0rce. De termina- é que a economia cresceu muito nestes
I Petrobrás causa EdmllsopCosta
va ai nda que a ração básica alimentar 48 anos. O Brasil transform0 u-se no Que cinismo!
,I larial de Cz$ 700,00 por bora-aula. o itavo PIB da pane capitalista do mun-
do trabalhado r seria composta dos se-
demissões em Natal No mesmo c;esrnac, os alunos tam- guintes ingredientes: • do. Enquanto isso, o salário mínimo,

E
m. cadeia nacional de i:ádio e tele: Há cerca de 15 dias, constiruintes
bém estão paraçtos protescanqo visão, o presidente Sar,ney anun- "6 quilos de carne; 4,5 quilos de fel- em. vez de acompanhar o d esenvo l-
Como a Petrobrá5 não renovou contra o aumento de mensalida- progressis tas e democráticos junµ-
ciou pom~ameme o novo salá- jão; 3 quilos de arroz; 1,5 quilos de vimento do País, teve os seus valores
co ntratos com duas empreiteir'.15 des. Os 300 mil estudantes pagam farinha e massas; 6 quilos de batata; rea.i~ depreciados para·menos da meta- ram-se às lideranças do PCB, PDT, PT,
que a serviam e m Natal, no R10 rio mJnimo (Piso Nacional de Salários) PC do B, PSB e PMDB (le ia-se 1\-1ári.o
Cz$ 4500,00 m ensais. Como ctiz o ~ parti r de primeiro çle maio: CzS 9 quilos de legumes; 3 quil0s de açú- de. E evidente que a riqueza produzida
Grande do Norte, estas demitiram frevo, "onde está o dinheiro, o gato car; 7,5 litros de le ite; 600 gramas d e ao lo ngo dess.e período foi e mbolsada Covas) e à diretoria da Contag para
8.712,00. Acrescentou ainda que o mí-
mais· de 300 funcionários. O sindi- comeu"! nimo vem senoo wrrigido acima da café; 750 gramas de banha (óleo); 6 ~ las classes dominantes. desrrinchar as a lcernaciwas viáveis e '
cato dos petroleiros desse estaclo inflação e que o compromiss0 de seu quilos de pão; 750 gramas de manteiga; Realmente, é uma brutalidade. Por passíveis de n egociação junto ao fami-
e frutas (90 unidades) ." isso mesmo é que o· País possui hoje g~rado Centrão. Foram reuniões p0lé-
prevê que o número de demitidos .Ferroviários de PE governo é dobrá-lo até o final do-man-
·c~rca de 7? ~!hões de ,p_e ssoas que m1cas e nervosas diante da irreduti-
deve aumentar ainda, nas próximas dato. Cerramente é uma atitude posi- Não se trata evidentemente de um
semanas.
têm novo fôlego . tiva a correção do mínimo acima da banquete desces que a burguesia reali-
Vivem na m1séna absoluta e uma dívida bitidade dos representantes da UDR
inflação, tendo em vista não só a anial' ~ocial das mais ter.ríveis do planeta. que insistem em não aceitar que, ·se
O Sindicato dos Ferroviários de za com básrante frequência. Mas, já era Mas, o Brasil não está condenado a
•. Em Teresina, Dia das ofensiva contia a URP, como também um pontapé inicial, pelo men0s na a cerra não cum pre função social, é
Pernambuco ·elégeu uma nov,a cti- que cerca de 30% dos trabalhadores viver eternamente. nessa condição. O
área da c0mida. Caso tod0 .brasileiro País é viável: inviável é essa estrutura passível de àesapro,LDriação.
·~· Mães é dia de luta reto ria, representada nas eleições vivem com esse salário. · integrame da popul~ção economica- Mas, o deputado Jorge Viana (PMDB-
pela chapa 2. A Chapa teve 1.356 No entanto, se analisarmos mais pro- ê:le ?º~ção que tem como produto
mente ativa conseguisse pelo menos mais acabado essa selvageria social. BA), constituinte cacauicultor e produ-
...N as comemorações do Dia das votos, contra 1.104 da chapa 1, e fundamente a trajétoria do salário mí- isso hoje não teríamos a morcaHdade
Mães as mulheres de Teresina, no Diante dessas questões, torna-se tor,de dendê (agroindustrial) diz não
421 cla chapa 3, nas vocações do nimo veremos com mais precisão a infa~úl nos níveis e m qu_e está, ne m .
Piau( mostram númer9s crimino- brutalidade e a selvageria com que a fundame ntal para todas as forças que poder aceitar ·que u ma área que não
19 turno. No segundo turnQ, 1906 as dezenas de doenças o riginárias da lutam por um País desenvolvido, de- cumpre o item de proteção ao meio
sos. Desde a aprovaçao dos 120 votos para a Chapa 2 contra 1.084 burguesia realizou a acumulação no fome.'
País. Em outros te~m0s, a história do m ocrátie0, soberano e 'C'Om justi§a so- ambiente, ao poluir um rio, por exem-
dias para gestantes, no primeiro da Chapa 1. Segundo a nova direto- cl_al, a contribuição ativa para a forma-
salário mínimo brasileiro é um ve.i;da- Como v1mos, os 220 mil réis corres- plo, seja portanto desapropriada. O de-
turno da Constituinte, de janeiro ria, "a vitória se tom a ainda mais çao de um amplo bloco p>olític0 demo-
deiro libelo contra as classes dominan- pondentes ao primeiro salário mínimo pu tadó não cÓ1;1sidera também que,
a março foram demitidas quase 400 si~cativa quando se sabe dos ti- hoíe valem Cz$ 35.868,84. Mas, _a per?3 crátic~ e pr(!gressista, capaz de abrir
mulheres. E os patrões de lá são tes. Basta dizer que se fosse aplicado
fronteiras para a construção de um no- mesmo infringindo a lêi de proteção
pos de manobras que a pelegada hoíe, obedecendo os mesmos parâme- não está apenas nesta proporçao. Veia-
criativos: exigiram aigo ainda des- v0 modelo econõmieo no País. Desde do meio ambiente. seja em qualquer
normalmente com e te nessas ho- tros de quando foi . promulgado em mos agora como se c0mporcaram 0s
<i'onhecido do repertório fascista: pfeços das mercadorias da cesta básica já, é necessário compreender que, da- lugar do planeta, 9 infrator deva ser
rasu. 1940, estaria valendo (dados do final
agora, só trabalham mulheres vir- em relação à jo mada de trabalho. Em da a tenaz resistência que as forças con- mµltado o u interditado. No caso de
de março, sem computar a inflação de
gens. 1959 quando o salário mínimo teve sel"(adoras sempre opõem a qualquer desapropriação, por esse único moti-
Brastemp (brrrrl) 19,28%de abril) Cz$ 35.868,84, ou seja,
o maior poder de compra de sua histó- mudança na área económico-social, as vo, só se houve,; co nflito.
mais de quatro vezes o atual salário
Sindicatos lutam congela empregos mínimo. ria o trabalhador necessitava batalhar conquistas a serem obtidas por esse O parágrafo único do artigo 218 do
Vale lembrar que o salário mínimo 65 horas e cinco minutos para comprar novo bloco deverão advir da pressão texto da Sistematização - que foi n,e-
pela URP na Justiça A Brastemp SA., uma das maio- foi criado em 1938, mas só efetivado os alimentos ·da cesta básica No final e da luta organizada tle milhões e mi-
gociado e aprovado, na ép,o ca, diz: " A
res fabricantes de e letrodomésti- em 1940. O decreto que criava o míni- do ano passado, por ,exemplo, par.à lhões de trabalhado res, aliada a uma
comprar a mesma quantidade de m e r- postura política que viabilize esse no- função social é cumprida quando, si-
Baseado em par ecer que de- cos do País, demitiu, em· um só mo, assinado por Getúlio Vargas, asse-
cadorià, 0 r.rabalhador teria que traba- vo patamar de desenvolvimento do mult.a neamente, a pro priedade (f) é
monstra a inc_onsticucio nalidade cdia, 800 dos seus 6 mil emprega- gurava ao trabalhador e à sua família
um consumo alimentar mmimo, além lhar 208 horas e 28 min!-)tOs. País. racionalmente aproveitada; ( li) con-
d0 _deeret0 2 425, (Iue congela 'por dos. Ao chegarem a empresa, os serva o s recursos namra.is e pre.ser" a
dois meses a URP, três entidades trabalhadores e ncontraram, ao in-
síndieais - o Sindicáto dos Médi- o meio ambiente; (UI) observa as dis-
vés do seu can ão de poRto, uma posições legais que regulam as rela-
cos do Rio de Janeiro, dos Petro-
leiros e a Federação Nacional dos
Urbanitários - decidiram entrar
luz verme lha que indica as demis-
sões. E 120<rfun0ionários ainda po-
dem ser demitidos. ,
A questão democrática no 12 de Maio ções de trabalho; (N ) favorece O bt:".1-
estar dos proprietário.s e dos cr;iballla-
dores ".
coro u ai mandato de segurança
contra o decreto. Ajustiça no Bra Isso. Primeiro, temos que fazer todos os
sil é um caminho di,ãcil, mas tudo
Metalúrgicos ~orços para que os direit0S dos mtbalha- Diteita raivosa
te m de ser tentado. parados em SP dores, principalmente o direito de greve,
sejam mantld0s na votação do segund0 rur-
500 metalúrgkos da Toi;meck e no. E depois, quem tem o hábito de rasgar G c::iput desse ::i.11.igo diz: "Ao dire ito
Coopergran paga outros 500 da estamparia São To- a Constituinte é a direita como fez cassan- de propriedade tia ce n11 correspo nde
do o registro d0 PGB ém 47, depois da
suas dívidas, ora! más, ambas e m São Paulo, parali- Constituição votada em 46".
uma função social". Como não atre lar
saram suas atividades clesde o fim Os padeir0S também comemor.irnm ? a :lllsêocta de dire ito da posse e o
Da dívida de 32.778,80 01N que de abril. Na Tormeck, os metalúr- 1° de mai0 numa manlfesraçã<:> mais c:isei- proprierãrib não acende a funçãó da
a Cooperativa Mista dos Trabalha- gicos reivindicam 20% de reposi- ra, exibindo vídeos sobre a lutn operlirla. rerra? É como se admitissem o seu uso
d o res da Grande São Paulo Ltda. ção salarial, transporte, alimema- para uma centena de presentes. para especulação e, o qt1e é p ior, num
tinha em março de 85, já foram te}..'10 constitucio nal. Incomoda, igual·-
~ão IT!encm €ara; na São Tomás, Unidade necessária
pagas 29.ll 2,8l! OTN. Isso quer di- mente, quem vive nessa luta pela terra,
z.e r, entre outra'> coisas, que em
1596 de reJ')Osição, mais café da ma- ' . d J . (d correspondente) -
nhã. 8 io e ane1ro s!~dicais e políticas que o re u·ocesso que o Cenrrão e'Stabelece
87 a Cooperativa apresentou um Toda.~ as lideranças d M . unificado na com suas propostas. A maio ria do.-; seus
bom s uperávil, cUz sua diretoria - RJ:
rodoviários participaram clo 1• e aio •d' d
Quinta cla Boa Vlst:a, defenderam a um a e militantes são politicos que, nos anos
·'e com isso tornou-se possíve l co- querem aumento já dos trabalhadores, numa festa que contou da repressão, eram conside raclos de
meça_r a formação de estoques e oom a resenç:i.de mals de 15 mil pessoas.
ampliar e baratear o fornecimento Os rodoviários do Rio deJanei.ro J- No 6 J1 do ato político, houve um sh? w
com a Orquestra Tabajara_, de Severmo
esque rda e progressistas: Roberto Car-
doso Alves, Jorge Viana, Rosa Prata en-
çle Cesta Básica". deve m parar. Eles só estão espe- Acaujo do cantor e c0mpos1tor Domlngul- tre outros, e sem me n cio nar que o
rando os patrões definirem as pro-1 nho, da Escola de Samba Estáci0 de Sá, PFL s urgiu da dissidência do PDS con -
Lula fala de postas para votarem a greve. Se- e, Roberto Silva e Conjunto Exp<.m a Sambi:
Juliano flomem de Siquelrn, da Direçao cra o regimt: aui:oritário. Ho je fuzem
gundo o Sinclicato dos Roooviárlos
circo e peixe morto do Rk1 de Janeiro, os donos das
Nacional, lhlou C:lJ'll nome do PCB. Em ve,..._
mente d i scurso O dlrig,mcc <.lo Partid:io
pn iposras que estão aqué m d o Esta tuto
da Tt::rra, e laborado \1)elo p rimeiro go-
Em rncuperação da o pcraçãQ no e mpresas estão condlcionantl~ o
api:!.ndln·, o prc,:;,dcme nadnnal <.lu rcaj~ste ao aumcmto das tarifa:;, pa-
i:~t,<lo do~ ~·rahalha~lnr<!is , l.uh _ra nao ~ rcJcr__(> lu..:ro é_C!>l<K:\!'cm
Na Pr.1ca da Sé. 11~) neutro éJe SJlo Paulo,
v ;om comandado pcl-1 Ctrr e pela "corrente
d.11,'"'·•· tia C<.õl'. lldc:r.tda pele> PC do B,,
condcmou C>S qu~ :ilntla 1nsl~1cm ..-m Jh-iillr
o movimenco "'"-tonal c.Jc.>.< 11:at>alhack1re,
<-"<>Otra a polític:l de .tIT<lChu ,alaria! do p re-
ve rno da ditadura militar
Até 0 iníd d'- ..·- ~ - .-,,-aia 4 -
7
- _ - -~ __, _ _e: .,., r · la-1.tnll• . ~..... rt ~k, li 1 ' _. ...
--inacw LllJÉ!.!qã~JVíi. JTIM~gg~~ ~~~dS~~'::,-""' '' º '"''_'"" 'v-- lhadQ~J fun'l.lameníill na con~ç-Jo um~ greve,ge!11 í\? J lja _da vqll!sãõ do sÇM \t.fmn:&3,,, ,j@X>sfà ~ lo fun~ Monecano • dQ CfPini/0 ~ 0 WJI - ( na rer--
acordo -feJto entre smoiaws~ li- p'bWãrios mtauu. do regrc:,,e democrático. Isso esteve nos qis- mandato pela G:o~stltu1pte ~.h~g~u a ser_ t~ãõonaj- .., , .
ça-feira não h ouve. votação pe\a ausên-
O presidente da Ctrr, Jalr Meneguelli,
r ados por Lu_ís Antonio de Me-
de_ SP.· defici'enfes cursos de todos, de l'al.7.ianouo a Gilmar
Carneiro (CUT-SP).
propos.ta - e os lideres do smd1calismo
de resultados", Amonio Rogério Magri e disse que com o congelamento da URP o cia de acordo), o cüma, eom o disse
deiros e O presidente Sarney para , tr b lh Na rua Caliio, no bairro da Lapa, em São Luís Antonio de Medeiros, cujos no mes fo- governo transfo rmou os trabalhadores e m Francisco Urbano, diretor da Comag
a manutenção da URP para os traba- querem a a ar Paulo onde está sendo concluída uma sub- ram vaiados cada vez que pronunciados. cidadãos de segunda classe e desafio u as era de su spe~e: "Fi(s}ue de o lho, e
Jh·a dores foi, na verdade, "fazer um . . , sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Na Praç-J da Sé estiveram cerca de 5 mil autoridades govemamentals a acabat com quando você enxergar uma fumactnha,
cire0 p,ara vender peixe morto". Na tarde de terça-feira, dJa 3, de- Paulo, cerca qe 1.000 pessoas participaram pessoaa e, encre outros, lá escavam o ex-se- as mordomias e com a corrup<;ão.
Ruy Çallandrini (CGT-RJ), Cyro Garcia o acordo estará selado".
• b. flcientes físicos q ue trabalham no das comem0r:u;ões1 que teve chopp, e ~ cretário-geral d~ ~CB, Lu~s. Carlos Presres,
°
Segund Lll1a, 0 gelVerno sa ia que
não po d_e ria tomar outra medida,
centro de São Pa lo saíram em pas-
u .
_presença de Magrl eluís_Antonio deM~de,-
ros, presidente do sindicato, e o ministro
afrrmando q11e ,s_ao os m1h!3-ntes que sus- (ClJf-RJ),José Frejat ePSB), EemandoLopes
tentam ~Jll_p0louca ?,e _Mailson e _Sarney, (PDT), Edmilson Valentim (PC do B), Alan
Até as 13 h oras, a maio ria do Centrão
já . havia concordado em n ão mante r
·-sob pena de o País ser tomado por seata contra a prefeitura, que pre- do Trabalho Almlr Pa7.zianono. como pec- de subm1ssao ao FMI , l1der.mças sindicais Covert (Federação Sindical Mundial), Jairo um parágrafo à função social dizendo
~greves do Arro io ao Chuí... te nclé úrá-los dali. Os deficie ntes sonagens centrais, Lá, se comemor.iv-J o 1• da CLJ1' nacional e São Paulo, os deputados Coutinho ( representando as escatais) e inú-
físicos acusam a administração mu- de maio do "sindicalismo de resultados", federais Lui1:.Gushken (PT-SP) e AldoAran- meras e ntidades - Fam~tj. UNE, Movimen- que ficaria proibida a desapropriação
c ·
esmac pa'ra · · 1d II d · , 1 'd s
mapa . ~ preten er re t1~a- os o
segundo faixas e discursos, a inauguração
de uma sede na Lapa, e principalmente "o
tes (PC do B-GO). to Negro, e ntre dezenas - apoiaram o 1°
A necessidade de o ti::-Jt>alhadoc agrr pela de Maio unificado, conclamando os tr-.iba-
de te rras produtivas, m esm 0 que não
cumpram a função social. Houve acor-
em Pernambuco seus locais para monopo lizar oco- nosso presidente Luis:io, que foi lá em Br:t· democ,&cia !llmbém foi a tónica das come- lhadores a se unirem pela vitórias de suas
do quanto a não d esapropri ação de
mércio €1lle eles praticam na re- sília buscar a URP par:1 todos os trabalha- mor:ações do 1" de maio na Sé. O presi- reiv.indicações.
- i>.rofessoresdo Centto de Esruclo gião sob falsos pretextos da cam- dores brasileiros··. Almir Pa1.1.ianotto, ali dente da cur -S_!', Jo_rge Coelho , disse que O secretário estadual de Trabalho. Jorge pequenas e m édias propriedades e cri-
Superior de Maceió, Cesmac, para- panha
• 'AI· , b • ara presemepor "sesentir emcasa·•tem alusfto ·•se a Cons1lrt11çao nao aten~er os rrabalha- Gama, Carl9s Alberro da. Silva, o Caó(POT), té rios da função social excl uindo o
imento mais arato P aos seus anos de advogado sindica)). falou éfoires, v-.im0s rnsgá-la e queimá-la em praça Vivaldo Barbosa (PDT)1 Jorge Bitar (PT) e
lisaram suas atividades há mais Ele proveito pró prio". da imponância ~ no dever de o trabalhador públlca'': M~nos rndiC?,11 Lulz (?~hken ~izla . o Comltê de SoUdarteaade ao Povo Pales- ítem 1. Apenas a direita raivosa m anti-
nacional garanur a transição democrática. à Voz Sindical que e p re CJp1tado dizer tino também prestl~iãram o l • de Maio na nha-se irredutível
1 Quinta da Boa Vista. ·

. Integralistas apanham n~ Praça da Sé Morte no Campo


• 1

foi uma versão em escda menor da fa. da direita fa;císta comandada por Le Pen
m~ "batalha da Praça da Sé •·. de 1934, na.França. Seg~ndo um levanramenco feiro pe-
quando"imegralistas e anarquiscas se envol-
veram em violento choque, que deixou um
A reação foi imediara. Seguranças da Clff
e populares presentes à manifestaçio avan- O que é "integralismo" lo Cep1s -:- Centro ~e Educação Popu -
lar d o Jnsuruto Sedes Sapienrae -nos
saldo de divers6.i ferido~. Este novo inci- çaram comr:i os provocadores, que saii:arn arquivos do Movimento Sem Terra
dente do J!lde maio de 1988, em São Paulo, correndo em meio a chutes e safanões. A Ação lmegraUsta Bmsilefrn, versão C:Jbo-
também não alcançou as proporções da ''A honra da classe 0perária te m que ser cla do nazismo alemão e do fasdsmo.iraliano, · Comissão Pastor-ai da Terra e Coi1rag '
pancadaria generalizada de vime anos au:fas, defendida, na porrada se preciso fõ r", apro- foi fundada por Pllnio Salglldo em 1934. sob a Confederação Nacional dos Tra balha~
quando, na mesma data e local., o então veitou para dize r Aldo Arantes da tribuna, o lema '1Deus, Pátria e Família". "Eu cheguei d ores na Agricultura, morreram no Pa-
governador paullsta, Abreu Sodré, foi apce- enquam0 n~ o utra \eXlre rnidade da praça, a gosrar e qu:ise me f!Uel, pcis pensei que
era 'Adeus, pátria e família" , c1ísse na época rá, entre 82 e 85, p e lo m enos 155 traba-
dreJado por manifestantes. opos1a à ca,tedral da Sé, a policia millcar o comunista Aparício Torelly, o mordaz Ba-
De qualquer maneira, fo i o episódio fazia um arr.istão dos provocadores e m fu- lhadores rurais.
rão de hararé. Em vez da suástica de Hitler,
mais marcante das três horos,de ato públ.ico ga, conseguindo deter de;,: pessoas. Esse número é pequeno, entre os
PREVIDÊNCIA E DIREITO DO TRABALHO em comemoração ao Dia do Trabalhador. "Tomaram nossa bandeirn e bateram na
usavam o slgriÍa como slmbolo, a expressão
"anauê" com o braço erguido substitula o 4 13 que rno r(era:m ofici a lmente ne
Ocupava a rr-lbuna o deputado federal 1\Jdo geme. Não fizemos nada, só gricàmCDs con- "Heil Hitler" e, em vez das "camisas preras"
m esm o período. O lévamamemo não
Arames (PC do, B - GO), quando cerca tra esses comunisl3s", disse um jovem sem dos fascisras de Mussolini, usavam caml,;as

Após o12 de Maio de trinta jovens de cabelo raspado à moda


"reco·· ( recrutas do exército), portando
uma bandeira integralista com o símbolo
da-amig:1:igremiac;ão de Plínio Salgado (o
documentos, identificado comoJos~ Carlos
Bernardes, pouco antes de ser metido num
camburão e levado para o 1~ Distrito Poli-
cial.-Apesar de usar coturno e calça caqui
verdes, pelo que pas.5aram a ser conhecidos
como •'galinhas verdes".
conta, p o r exemplo, garimpeiros, ín-
dios e acidentes com b o ias-frias, e não
é exato , devido a uma s érie de dificul-
tipo n\ililar que garantiu ter comprado nas Ação Nadonal e recém eleito presidente dades como acesso , comunicação,
passando pelo que foi aprovado na sigma, uma espécie de M deiwdo, irrom-
Comissão de SistemaLização, vere- peram na Praça da Sé aos gritos de "Viva lojas - José Carlos, morador de Santo Ama- da seção paulista da Associação lntegralisca ·e quipes especializadas. Por isso, as in-
o Brasil", distribuindo panflews da Aç:io ro, Zonà Slll de São Paulo, •afirmo u que Brasileira , de u outra e xplicação: "Pe rde- formações acabam sendo defasadas
mos que o resulranre das votações Jmegralista Brasileira, cujo ressurgimemo não serve o exé rcito nem pertence "a qual- mos o controle. Não queríamos tumulto, ~ó pelo tempo:
- ____-',~!lidJ---~""""1SO,
nia~/~e~ná~
·a~r~e~r~e~se~n~r~u~m~r~etrr~oc
com pt! 1uen s l1i , r es:.
~es~-~ --;v;lnum
::e~m~~~e1~
1<~l2~anunciado há algumas semanas.
po~sivcl eco 1upl niquln1 Chi ~l!<iccn:mo
~ r institui ão". Já o ·ornalista Antonio iamos assar ela raça, e m asseata, mas
7 · -lr o :,. ri,. eirc.• cs, e itu r eo w I e a
Apenas a 11\ulo de exp< ,,,,c;-;lc,, vale 1 (05), Anwzt>na.~ cÕ i ). B.dua ('19). é"éar.1
rdembrarmO!> o que lá apres<:nta- (08), Espfr/ro S:mro (02), Goiá..« (3,1 J.
mos nestaS páginas, com relação ,M anmhão (55), ,Waro Grosso do Sul
aos exemplos acima, no Antepro-
jeto dos Notáveis já constav-.i a ga-
ranti~ de esrabilid:tde da mulhe r
grávida desde o início da gravide7,
Filhos do Medo
- - - - - - - - - - - - - -Folbell,m de Roniwalter J a t o b á - - - - - - - - - - - - - - - - - - . -
(08), Mato Grosso (20), tvl.inas Gerais
(25), Paraíba (06), Paraná f05), Per-
nambuco (26), _ruo de Janefro (03 ), Rio
até 60 dias após o parto, e estava Grande do Sul (01), Rio Grande do
Sérgio Pardal freudenthal incluso cambérn a garantia que o vam prn quem quisesse ouvir. os fatos rando vadios por aquelas bandas. En- Norre (OJ ), Ro ndôn:ia (06), São Paul o
prazo presoricional nas questões 12 das fábriOIS; e d e mulhe res; e de feito- tão, antes de passar o prim eiro trem (03) , Santa Catarina (01 ) e Sergipe
pós um l • de Maio tenso, so- trabalhiscas, o u seja o te mpo e m res:a migo com o seu Sulino lá na Mara- da madJiUgada, Teo<dor0 amou Doi:a-

A
(01''.>. O u seja. n e nhum estad o deixou
brerudo com a Nova Re públi- que o trabalhado r poderia reclamar ra1.zo; tl)ho-de-uma-arro mbacla como lice depressa, e ncostados na parede do
ca, em cópia fiel da Ve lha, de.c;- seus direitos, só poderia ser c@nta- Olha aqui Teodoro seu Nelito lá na Nirroquímica; e fuJa- muro, beijando-lhe o cangore cheiroso
de tei, seus m ortos e m questões agr.1-
rias. São dados de l 985. m as a questão
coniando seu déficit nos trabalha- élo a partir da rescisão comnuual. v-am do serviço muito como Fernando de cheiro Diamante Azul. Quatro d ias ela ce rra está lo n ge de fazer pane do
do res congelando a URP de "seus Na Gomíssã0 de Sisremarização, Pai sempre chegava no fim da tarde, e , ganho que a té Cilava) se quisesse, pra de!X)iS disso e le sentiu o mijo d e le
empr~gados" e acenando ''!:>ondo· rom a intenção de diminuir o velho passado. A rerorma agrária só func io na ,
escurecem.lo. Veze,~ ele apareol;i com fuzer um pé-de-meia com o Teodoro. sair doído, dor fina e aguda. Pensou
quando funciona, onde o trabalhador
sarnente" com a rnanutençao para hábito, foi aprovado um adicional · as vistas fundas do serviço corrido de Em casa, passand@ os dias. Quando que la ficár capado, o u ron colho, assim
os "outros'', nada mais jus.to q~e de 100% para as horas extraorc!J- rural sem te rra luta. E muita luta é en-
todo dia, com aquela tosse que acom- 0 aplco dà \fitro qulmicaacordavao r.es- aleijado pr0 resto Cila vlda. E chorou
uma te,•e e ainda que superfic ial nárias, mas osconstltuimes resolve-
mm só dar a metade.
panhava ele desde que a mudança des- co do
mundo, o lhava pra cam a cleles: dentro do banheiro enquanto lá fora frentada.
avaliaçãG dos dire iws dos trabalha- carregou-se aqui. mãe ressonava; pai já Linha saído, agora gritavam que tinha mais genre que re n - No Ceará, por exe mplo, n a cidade
dores na finu ra Constiruiçã~- . _ Pols bem, sem esperar demais de Ita nguá, 19 famílias vem send0 agre-
- Jacinto! Cadê Jacinr0? Onde se se \'endo importante na promessa de do usar a privacla, ·q u e tlnh~ geme lá
Co m relação à atual Coosutu1çao, do segundo turno de votações, é
socou? - mãe gritando nas perguntas. ser feitor. dentro cagando pedra Depo1~, Teodo- didas regu larm ente com depreciações
sem dúvida existem avan~os, e P': bom observarmos as questões pre- Novamcinte , rondando nas cardes fu- ro descobriu que Doralice,_n<1 s ua be- e m edo consrante das ameaças de mor-
Ela chamando com aquele g rltO co-
nbeéido lá dentro do qu lntal, sem pisar gindo do calo r sufocante d e d e ntro de 1eza d e mulhe
demos citar como exeJTiplos o ad!- videndárias que agora emram e m r tinha tra7,uflo para o
e o en~pestiame ntO d0 mun- re - que valem inclusive para mulhe-
cional de 50% nas horas extraordi· pauta. Além do «álculo da Renda
na rua: que viesse para dentro antes casa. Aí, passava pelo quano de Teodo - seu sangu res e crianças. E las trabalham num sí-
nárias, a licença remunera~ de 120 Men.~al Inicial, que fo i ce rna do nos-
de reu pai chegar· saísse da rua, nada ro, a porta aben a pegando a fresca do do. . Te0 d e r o conrava sorrindo tio, por s istema de parceria, n o velho
dias para a gestante, e mesmo o so último trabalho nesta coluna
de jogo no campÍnho; num brJncasse vento, eu encrava, e le falava de uma Assim, ças histó r ias passadas sis tema do pouco para o trabalhador
aumento pârn cinco anos do pr~o existe a proposta de·garamlr a dire'. junto à ágµa que ,corria fedorenta, ~ tória que ora conto: na quela prec i- elas suas l<:n~:;! e~ estsu cava calado
prescricional com relação às açoes ção do órgã0 previt:lenciárlo com e muito para o dono d à te r ra. Quando
doentia, reme ao muro da casa. sa0 de m1Jlher andou pela Rua 3 era clele aqut, versas tão difere ntes elas
Lrabalhisras. Porém, se o bservar- uma comissão triparute, oom repre- - Janê! - aquele chamamento já ~ badoi]á únha pago o quano, ia ~om aquelas con a i oe mãe ne m se fa la. resolveram re iVindlcar uma repartição
sentantes do governo, das e mpre-
mos estas matérias a parúr do texto das an,Jzades. dinheiro 110 boJso, conheceu Doralice presas ~r~ 0 0 e mbuziamemo de- cle acordo c o m o Estatuto cla Terra,
do anteprrifeto de Co nstituição da sas e dos tr;ibalhadores. Nã0 temos Agorn, rondando os bares. Pas.sando na maurugada de domingo. Amoir0u- Calad~~ e u esmo sem, fazer m a l feito, começaram as represálias.
Comissão "Afonso Arinos" - o u, dúvida~ de que funcionaria melhor perto do quano de Teodoro. No quar- se com eta atrás do muro da estrada la, Po1 Ulllr01de c ulpa:
se preferirem, dos 'llorávels - e do que agora. to tinha Tino, tinha Fe~oando, que se de ferro. E la, D0ralice1 assustada da só~J~c1nco, teu pai te matai
agrupavam ali no apego deles e coma- polícia qtte semJ')re passava àli procu-

- --- ,....... = :,•+--


COMUNISTAS ANGOLA
Jó são 75 l'll' ()$ i 'b:IOS ao Partido Ao comentar os negociações de paz na África
eo,rurnsto 1Jraslie110. em todo o lemlôilo Austral. entre Angola e Cuba, de um lodo.
nod:,>-c a1aStandO o êxtto do Componho
~ ae Flloçõo reollzodo 005 últimos
e África do Sul. de outr0, o governo de
Luanda reiterou que não abre mão de sua
meses o sucesso to\ COO$lolodo nos attvos
reo!IZodos no Rio de Jo,iero. Sélo Pavio.
&os.\loePemombuco.noúlttmofimdesemono.
O Pai pie\ende ottng1r 300 mHftliodOS
DA segurança e lnlegrtdade lerritortal. oo
negociar com soberania e auteinomls um
acordo de paz na região. Angola rechaça a
participação da Unlta no acordo e denuncia
olé o l\oo\ deste ooo
Pog\no&
N~ 394 - Sã o Paulo, 12/05 o 19/05/88 CzS 60,00
UN\DADE as agressões militares sul-ofrtconas.
Página 2
Manaus, Boa Vista , Santarém : CzS 80,00
Diretor Responsável: Luiz C a rlos Azedo Redaç ão: Rua Bent0 Freitas: 362, 42 andar Tel: 231-2926 CEP 01220 Telex: VOZ SP (011) 26584

Cem anos após a Lei Áurea, o drama do negro


brasileiro revela que em no~o País não existe
democracia racial.
Leia nesta edição.

CONSTllUINTE: OESPAÇO DO ,,

UDR ECENTRÃO CIDADAO NA


OBTtM VITÓRIA DEMOCRACIA
Com uma manobraregimental, limitaram na nova Adifícil e complexa luta pela afirmação da plena
Constituição as desapr~priações pa_ra qnsde reforma soberania, na visão do professor Milton Santos.
agrária. Págmas 2, 3 e Smd1cal. Páginas centrais.
-~----~-- - - - -.....-~-~"!"-_..,,..._______,---,------=------:-----""'"'!".....---- - - -~-

2 EDITORIAL 12/05 019/0:5/88 ~

Angola negocia
Raízes do atraso em posição firme
omeme a derreta do parla- agrária e o conceito de terra pro- vência e de integra~o à atividade

S mentarismo supera, como re-


vés para as forças progressis-
tas, o resultado da votação sobre
dutiva, além de outros dispositivos
reguladores da função social da
propriedade, dos impostos, taxas
produtiva, de melhoria da quali-
dade de vida de tod_a a população,
de modernização de regiões que
Angola jamais assinará qualquer acordo que não
garanta a suã segurança e integridade territorial,
vem deixando claro o governo de Luanda à opinião
pública mundial, ao esclarecér suas posições sobre
a reforma agrária, terça-feira passa- e multas; segundo, a reforma agrá- ainda permanecem no mais arcai- as negociações de paz na África Austral. O governo
da, na Constituinte. Mas ao contrá- co dos mundos. Como todos sa- angolano tem demonstrado sempre uma inequi-
ria, não será nunca o resultado ex- vo':3, autônoma e soberana disposição para cons-
rio do que ocorreu naquela oca- clusivo do texto legal - o Estatuto bem, o dispositivo proi,,est0 no rnur soluções negociadas na região, inclusive sen-
sião, a vitória do Centrão foi fruto da Terra que o diga - , mas tam- substitutivo e derrubado no desta- tando à mesa de negociações com a África do Sul.
de uma manobra regimental e não bém o fruto da mobilização dos que para votação em separado não Essa observação é particularmente importante
de uma sólida maioria de votos. trabalhadores rurais e da socieda- ameaçava pe€}uenas e médias pro- após ª primeira rodada de negociações na região,
priedades, nem os grandes em- tendo de um lado os governos de Angola e Cuba
Uma minoria inviabilizou parte do de e de políticas de governo com e, do outro, o regime da África do Sul com os
substitutivo apresentado pelo rela- esse objetivo. preendimentos agrícolas que h0je Estadoo
• _
U111'dos como Intermediários. Essas ' nego-
tor Bernardo Cabral, que possibi- a mesma forma corno não se comandam a nossa economia ru- c1açoes, passos preliminares para um possível acor-
litaria a desapropriação das cerras
produtivas que não cumprem sua
função social.
D pode deixar de admitir ou
subestimar a derrota sofrida
na votação, a análise equilibrada
ral e puxam para cima as taxas de
crescimento do Pais.
or fim, quem ac0mpanhou as
do, ent~etanto vêm sendo objeto de·especulações
nos meios de comunicação e chancelarias ociden-
tais, tendo c0mo origem a diplomacla sul-africana.
Essas <:5peculações, ?~ _modo geral, têm o objetivo
Foi ao jogar com abstenções e da questão é necessária para evitar peripécias do Centrão e da de desmf?nnar a opm1ao pública com versões que
ausências que o Centrão conse- desesper os e novos erros na con- UDR pôde observar onde estão somente interessam ao apartheid. Quais são essas
guiu derrotar a liderança do PMDB versões?
dl!lçâo da luta pela reforma agrária as verdadeiras raízes do n0sso A primeira delas pode ser detectada a partir de
e os partidos de esquerda, evitan- no Brasil. É preciso evitar a tenta- arraso econômico, político, social uma série de "informações" que visam confundir
do por apenas 12 votos que a ção de achar que ela some nte será e cultural. Observou a sanha de o papel da União Soviética na região. São "revela-
maioria induísse o dispositivo no possível "na marra". Seria, mais uma oligarquia latifundiária empe- ções" de pretensos encontros entre autoridades so-
texto cGnstitucional. uma vez, enwegar de bandeja par.a dernida, o lusco-fusco do pensa- viéticas e sul-africanas, com objetivo de promover
uma suposta "retirada soviética" da África Austral,
rata-se, assim, de um resulta- a reação toda e qualquer dispo- mento mais reacionário. Pôde ve-

T
como se os problemas da região fossem causados
do cuja reversão no segundo sição legal que ainda possa favore- rificar também com o as elites do- pelo governo da longínqua Moscou e não pelo
turno das votações é difícil cer a luta dos trabalhadores sem minantes, especialmente es seto- apartheid. A segunda visa fazer crer que a organi-
mas não é de todo impossível. Por terra, justificando nova escalada de res conser,vadores db governo, do zação terrorista Unita também tem participado das
outro lado, o texto aprovado - wolências das oügarquias no cam- negociações, mediante a divulgação de falsos conta-
parlamento e da sociedade civil tos entre autoridades angolanas e representantes
ao contrário do que procuram di- po a pretexto de garantir manu são prisioneiros dessa parceria do mercenário Jonas Savimbi.
fundir o Centrão e a UDR, outra militari a propriedade da terra. com o que há de mais atrasado. O governo soviético, em março passado, já havia
vez fazendo jogo de pal~vras - Essa parceria não tem nada a ver desmentido os contatos com a África do Sul, reite-
éfmc1.líra mas n'flo inv'Jioll.iz.a uma O episúáio âa voraç1m óa refor- com o Brasíl moderno, ela está em rando que as causas óo conflito na África l\ustra\
reforma agrária, mesmo que ve- ma agrária é chocante não só pelo são o apartheid, a ocupação ilegal da Namíbia pela
conflito aberto com as forças de- África do Sul e as agressões de Pretória aos países
nha a ser mantido no texto final. aspecto da frustração imposta a mocráticas e proguessistas do País vizinhos, principalmente Angola· e Moçambique.
Por duas razões: primeiro, ainda mHfuões de brasileiros que no e não apenas com os trabalhado- Além disso, no último dia 25 de março o chanceler
há que se elaborar a legislação or- campo lutam pelo seu direito à res rurais que estão sendo priva- soviético· Eduard Shevardnadze declarou, em Lis-
dinária, que detalhará a reforma terra, como condição de s0brevi- dos do acesso à terra. boa, que a URSS mantinha sua ajuda militar à Luan-
da. A União Soviética está disposta a contribuir para
a so1uçao · d"v ..,, ._,,_,,...,,w, 11d
nrnblo.?"-., - "'----~'"'
, c~1au, ~ "': nao
111.c; ; ..., aceita
·

EM TE~llPO 1 o'p~pel de mêdiador.


Quanto a Unita, as notícias que correm sao o~rcas:
_

recentemente "O Jornal" porruguês divulgou infor-


mação de que a África clo Sul havia deixado de

 reforma econômica na Nicarágua colocar como condição do acordo de paz a partici-


pação da Unita nas negociações, infonnação q~e
não foi confirmada nem desmentida por Pretóna.
j
O governo da Nicarágua realizou recen- ma alguma às pressões dos especuladores (por exemplo, para petróleo a truca era Além díssb, a crescente presença militar da África
temenre uma reforma monetária com o que, com certeza, vão tentar impor suas de 70 ~órdqbas por dólar; 370 para bens do Sul e as sucessivas derroras milirares sofridas
objetivo d~ barrar o processo infladoná- tabelas de pre~os. de capual, etc) e ainda existiam as cota- por Jonas Savimbi desmentem com mais eloqüên-
rio, a especulação, bem como proteger Durante três dias, os nicaraguenses tive- ções do mercado paralelo, muitas empre- cia essa versão.
o setor pr0dutivo e os assalariados. Entre ram op0nunidade para trocar por espécie sas fixavam os preços de seus produt0s Na verdade, o que vem oc0rr~ndo,é que as tropas
outros pontos, criou-se uma nova unidade até um máximo de 1O milhões de córdo- de acordo, com o mercado negro, distor- da África do Sul cada vez mais participam dos com-
monetária, o novo córdoh>a, equivalente bas. As quantias superiores a esse mon- cendo o valor das mercadorias. .Agora,
a mil córdobas velhos; realizou-se a unifi- bates nas frentes de batalha. Agora o exército sul-a-
cação cambial, com a cotação de 10 eórdo- tante tiveram que ser depositadas obriga- com a unificação, os preços refletirão s_eu fricano insiste em tomar Cuito Canavale, localidade
bas para cada dólar;jmplancou-se uma no- toriamente nos bancos, como poupança verdadeirn valor. estrategicamente situada na província de Kuando
a prazo fixo, o que será devolvido em Ao comrário das refonnas tipo FMI, as Kubango, imp0rtante para seus planos de chegar
va tabela de preços das mercadorias, com data a ser estabelecida mudanças na Nicarágua oe0rreram sem
o objetivo de refletir melhor o valor dos à ferrovia de Benguela, no centro do país.
produtos e ordenar a atividade produtiva; Com isso, o governo macou dois coe- penalizar os trabalhadores. Durante 1987, As operações militares sul-africanas, ao mesmo
e fixou-se um reajuste de salários, com lhos espertos com uma só cajadada. A re- a inflação corroeu severamente o salário tempo em que demonstram o colapso da guerrilha
um aumento médio de 30%. dução da massa monetária permitirá um dos operários. Com o aumento dado com de Savimbi, revelam o objetivo de dividir Angola
maior contr0le da massa Circulante; evi- a refonna, pr0cura-se recuperar o pod7r
Demonstrando afirmeza,a segurança e rando a fu_ga de capirais e súa devolução de compra dos assalariados, ao contrán o territorialmente, o que não foi conseguido até agora
o apoio interno da revolução, as medidas rápida aos especuladores. Além disso, o dos pacmes ortodoxos que congelam os devido à resistência militar angoJana. Esses Intuitos
foram preparaclas dentro do maior sigilo, governo aplkóu um golpe Violento aos salários. . ó podem ser percebidos também na recente deoisão
muito embora da sua elaboração tenham É verdade que a ref9rma, por SI s. ' do governo sul-africano de aumentar em 22,6%
contra-revolucionários. Financiados pelos
partio pado cerca de 60 mil pessoas. Res- Estados Unidos, eles tinham imensas' so- não vai resolver o problema da e~ono!~! o orçamento militar.
salte-se que nenhuma infonnação foi va- nicaraguense uma vez que munos . Esses fatos demonstram c:i,ue não é possível um
•mas de córdobas, com as quais realizavam · ' mia conu-
zada antes do momento do anúncio pelo ~ econ_o _· . esta-
as atividades ilegais contra o processo re- fatores que distorciam
nuarão exercendo sua 1nfluênc,btes d acmrdo de paz na região da Afrlca Austral em detri-
comandante Daniel Ortega. voluci0nário. Agora, esse dinheiro perdeu bilizadora. Isso se _alia ao pro ~:~ ª mento da integridade territorial e segurança de An-
Como expLicou o presidente, a reforma o valor. Ressalte-se que a conversão se guerra da 0fena limitada de bens icos, gola, Inclusive .R()rque não, S!! trata de um acordg
monerána não deve causar nenhuma realizou sem pânico nos dois mil postos etc. M~s, a revolução nicara~uense tem 'e ntre vencidos e vencedot'es. A realidade é outra:
preocupação às pessoas que trabalham espalhados pelo pa.ís. • força suficiente para ir vencendo 0 S ?bstá- ·a África do Sul nãô conseguiu derrotar militarmente
honesra.mente, uma vez que estão voltada~ Por seu turno, a unificação cambial deu culos, especialmente porque o <IP<?.10 ioo- o govern9 ele· Luanda e enfrenta crescente resis-
contra os que escavam procurando sabo- maior transparência nos custos reais das pu\ai' continua firme - e o povo ~ 1exer- tê!)ciã tios negros sul-..µrícan0s e ?ª Namíbia. Não
tar a economia do país Ortega çlisse ainda mercadorias, que estavam distorclclos pt:- cc:.r d<!eidiclameme o controle social para
que os niatrilguenses devem redobrar los diferentes ctpos de cãm~io <-)Ue eram que a revolução atinja suas metas na eco- está em eondições de impor exigências dessa or-
seus esforços para a batalha económica efetivados no.país. Como o cambio variava nomia e abra espaço para· consiruç.'io da dem. Além disoo, elas-não seriam!aceitas se a situa- '
n~"~t: lll?\'O patamar nãu cedendo de f•>r- de acoru~) com c;i<la pro<.luto 1mponado nov-.1 sociedade. • ç:10 militar f9sse {')utra.
W1Z 121os ª 19,os,aa NACIONAL 3
BASTIDO RES

Novo partido
Centrão manobra e vence
Mu\ti.\)\ic:un-se as d i l i ~ o.<Of83!1l'
~ do 00\'0 partido.
a ir,uur de ~ ~
~~
·
na reforma agrária
Além da ~ de Vlys.<l!:i ~uiJD;lt.it!s,outra tares mais progressistas. Partindo
diliculdadeéo ~ 0 dl /,deJ;uly1 ~ Má- Cynthia Peter
• ~ ~ o que cootrlbw para do que as entidades ligadas aos tra-
00 111 balhadores consideravam como pa-
. --"--' do se:tldor antes de aban-
012Jote< ,e.....,.., ra.mar mínimo de negociações -
do!Ut ó_q!U plltido. Atinai, cresrendo, Covas
9!fiJ O ,~ ~ r de Ulysses à frente do
fNI)/1 G raças a um a manobra regi-
me ntal, embo ra sem comple-
tar o quó rum mínimo de 280
votos e sem sequer obter maioria
o texro da Sistematização - esses
parlamemarescentarain todas as al-
ternativas que permitissem um
acordo, sempre rejeitado no últim.o
Congelament., dos votos em plenãrio o Centrão momento pelo Cenu-ão, devido à
conseguiu, na última te~ça-feira, al- poderosa influência do lobby da
terar o texto do relator Bernardo UDR Desde o inicio, aliás, o presi-
~bral sobre a reforma agrária, eli- dente dessa entidade, Ro naldo
minando a possibilidade de desa- Caiado, anunciava alto e bom som
propriação das propriedades pro- que um acordo não lhe interessava,
dutivas mesmo quando não cum- e sim a disputa pelo voto.
pram a sua função social. Nessas negociações, as forças de-
O resultado significou uma der- mocráticas aceitaram a regulamen-
rota para as forças comprometidas tação da função social das proprie-
com a reforma agrária (leia Terra dades segundo "critérios e graus" Sandra Cmilclntl (PFt-RJ): c:on1r11 UDR
LiVTe, na Voz Sindical). Ficou com- fixados pela lei ordinária, a exclu-
provado, entretanto, que o Centrão são das pequenas e médias proprie-
definitivamente não dispõe de dades das desapropriações para centenas de modos de "maquiar", rães, o presidente ela Constituinte
maioria no plenário, o que reforça. fins de reforma agrária e mesmo ou seja, falsificar uma aparente pro- resolveu aceitar reglmentalmente o
a possibilidade de retomar a luta o tratamento especial para as gran- dutividade de terras lnaproveitadas. requerimento de destaque para vo-
e recuperar o espaço perdido du- des propriedades produtivas. Para A partir da semana anterior, tação em separado e o Centrão,
As p~isóes maiS oúmisus, com base emre- rante a elaboração e votação da le- a UDR, entretanto, nada disso foi quando o Pfl. e o PL a mando da após assegurar-se dessa interpreta-
vamamentos da secretaria-geral da Mesa da gislação ordinária, cuja aprovação suficiente, de vez que seu verda- UDR recusaram o acordo já feito ção, apresento u seu destaque pou-
Constituinte, indicam que o fim ~ trabalhos depende apenas da maioria sim- deiro objetivo era abrir uma possi- aceito por dez partidos, criando o co antes da meia-noite, segunda-fei-
da Assembléia ocorrerá II0.5 úllimos dias de ju- ples. bilidade de manter intocável a pro- primeiro "buraco negro" na Consti- ra, 9, último prazo para recebimen-
nho. Entretanto, dificilmenre es.se cronograma O desfecho da reforma agrária priedade--f)rodutiva. Isso, evidente- ruinte, poucas esperanças restaram to de·emendas. Em plenário, Covas,
sera 01mprido, pois além dos eruraves havidos frustrou, igualmente, mais de três mente, é a melhor maneira de im- de obter um texto razoável para a respeitando a praxe tendo em vista
comaquestão da reforma agrária, ~ -se mui- semanas de tentativas de negocia- pedir a desapropriação de qual- reforma agrária. Lutava-se, então, acordos futuros, aprovou requeri-
13 celeuma em tomodos capírulos Saúde, EduCl- ção comandadas pelos parlamen- quer propriedade, pois existem para manter algum texto sobre o mento de destaque·, embora tenha
çio e Comunicações. No primeiro caso, ,cir01Ja tema na Constiruição, pois o pró- votado contra o seu mérito. Os en-
, muiro o profes.sor Sérgio ArouC1, da Fiocruz, prio líder do PR., deputado José caminhamentos do senador Ronan
RJ, comandando os de(ensores da implantação Lourenço, afirmava que, caso a re- Tito (PMDB) e da deputada Sandra
do Sistema Único de Saúde, pl'Op(Nll defendida
l)elo PCB. Na á,rea da EduC!Ç?O, a principal ban·
Relator não respeita acordo sobre forma agrária não constasse na futu-
ra Carta, "o País não perderia nada
Cavalcanti (PFL-RJ) garantiram a
maioria dos votos para o texto de
iJeira éae<Íucaçâo públiCI egrarui13 e a excJUSi·
viifíõê deveffiz pillillcas para a rede pública eleições com isso".
O texto do relator Bernardo Ca-
bral partiu do acordo já existente,
Cabral, mas o quorum de 280 votos
não chegou a ser alcançado. Assim,
embo ra o Centrão tenha obtido
Brasdia (do correspondente) - De fXJUCO adianauam as longas su:ivi7~ndo :iinda mais a linguagem, apenas 253 votos contra 268 dados
Índios negociações em tomo do projeto de regulamentação das eleições çle forma a preservar ao máximo ao rexto de Cabral, obteve o que
munidpais de novembro, pois o parecer do relator Cid Carvalho as propriedades p_rodutivas. Parale- queria, ou seja, cortou do texto a
Umabaao-~ em defesa da causa indi- (PMDB-MA) desconsiderou alguns dosprincipaispontos acordados, _lamente,. a liderança do PMDB na possibilidade de desapropriação de
gena está sendo encaminhado a todos as consti- gerando polêmica, irritação e a apresentação de umasérie de emen- Constituinte, acõmpanhada pelas propriedades _produtivas.
ruillles, jumando~inaruras de iodigenistaS his- das do [(:xtO. esquerdas, reapresentou o cexto in-
wriros, romo as irmãos Villas Boas, sociólogos Designado pelopresidente do PMDB, Ulysses Guimarães, o depu- tegral do acordo com 324 assina- Após a votação, lid~ral}ca'i . do
cooio Herbert de So111.a, religiOSQS progressistas tado Cid Carvalho não se areve ao texto negociado, e apresentou curas colhidas até mes mo em PMDB e o senador Mário Covas
romo Frei Bello eD. Tomás Balduíno, anuopó- subsdtutivo alterando o mérito do projeto quanto à participação aviões. O Centrão, que obtivera consideraram que o panido des-
qas eanlstaS de renome. O capítulo não che- dos novos partidos nas próximas eleições e quanto ao prazo do apenas 292 assinaturas para sua cumpriu seu compromisso hlstóri,
gou a ser votado na Comissio de Sistematização domicilio eleitoral. Tal atitude, inédita, foi recebida com acrimonia emenda coletiva, optou por não co, e aprovado em convenção, dé
~ auma manobra do Cenmio, que atr3SOU por t<Xlos os líderes partidários, que a COl15ideram um desrespeito apresentá-la, preferindo partir para lutar pela reforma agrária As contas
tt. trabalho.s esgcxanoo e pr.izo para apreciaçio às negociações. a manobra regimental. Essa mano- indicam que 41,3% do PMDB vota-
tia méi;,. AP,rindJXU reivindicação é a contida bra consistia em apresentar um des- ram contra a orientação do líder,
n a ~ 'terras imemoriais", dando aas ín· Novo parboo taque para votação em ·separado de abstiveram-se ou ausentaram-se. Is·
dins direitos sobre as term que eles ocupam. Na verdade, as lideranças atribuíram as alterações a uma manobra parte do rexto de Cabral, justamen- so, segundo o senador, aumenta
~ porque,segundoas pesquisas, nenhum ín- do próprio Ulysses, que não esrá interessado em facilitar a vida te o que permitiria a desapropria- sua insatisfação com o PMDB. Ele
dio atualmente habita suas terras imemoriais, dos novos partidos, uma vez que seu PMDB deverá ser o prindpal ção de propriedades produtivas considerou, entretanto, positiva .a
\:KlÍS for.im deslocarlos por pressão da sociedade fom ecedor de quadros da nova agremiação. Sob sua influência quando não cumprissem a função manutenção da reforma agrária no
emmere. teria agido o deputado Cid Carvalho ao eliminar, exatamente, o social. O destaque para votação em texto da Constituição, ao contrário
parágrafo que escabeleda apossibilidade de panlclpação dos novos separado Implica em manter a ma- do que desejava o Centrão, pois isso
partidos na eleição, desde que possuissem 30 parlamentares no téria aprovada glo\)almente. já impede a pura aplicação do anlgo
Congresso e tivessem dado entrada no pedido de regíscro. Apesar dos concatos do senador 69 já aprovado, que prevê todas as
lAP promove debates Mário Covas com Ulysses .Guima- indenizações pagas ém dinheiro.

No p ~ db 1ll de IIQio, sena-feira, às


9'!30,olnslillltO ~ 'Pl:!eira pmmcm em
sua sede, rua Cooselheiro ~ini2no 364 lW.
andar, ~ Paulo,or.em~ Aquesio mlli~
no Brasil , oom apankipal;ào 1k) \ltlÍC550r Jcxlo
Passos seguros nas relações Brasil-Cuba
Quartin de Moraes eoums \)etSOn2lidades da "As relações do governo de Cuba Luiz Carlos Azedo, membros da Co- tecnologia, as possibilidãaes de in- do processo brasileiro. Na mesma
Unicamp. tercâmbio econômico entre os dois
com o governo brasJ!eiro no plano mj_ssão Executiva Nacional. ocasião, reiterou a vontade de os
económico estão se desenvolvendo O vice-presidente Carlos Raphael países estão sendo estudadas, de comuniscas brasileiros estreitarem
Aseção Rio de Janeiro do 1AP prOll\<rie uma maneira a possibilitar o d~e!!_vol-
fiérie de cursas, a saber: com inicio em 1&5 len~ente, mas com passos segu· Rodrigues assinalou a importância ainda' mais seus laços fraternais
ros , afirmou o vice-presidenre do que as vbitas dos minisrros brasi- vimento de laços de cooperação só- com os comunistas cubanos.
no audítórío do Instituto, à avenida Presidem~
Vaigas, 529, '/: andar, oprofessor Hdwdldo cate,
Conselho de Estado e do Conselho leiros à Cuba tiveram para o apro- lidos e amplos. O dirigente cubano O vice-presidente Carlos Raphaél
de Ministros de Cuba Carlos Ra- fu ndamenro das relações entre os destacou também a impo rtância Rodrigues, durante sua visita ao
?.eito da UFRJ, falará sobre "Aspeaos- SOCials phael Rodrigues, ao co~enrar a si- dois países. Abreu Sodré (Relações dos ponros de vista convergentes Brasil, além do encontro oficial
e·po1fricos na cJramacurgia brasileira", em cilk'O com o presidente José Samey, este-
tuação das relações diplomáticas fu'cerlores) Anrônio Carlos Maga- entre os dois países no plano inter-
zu/Js; com inído em 1815, no IFCS-UFRJ, Largo entre os dois países, duranre encon· lhães (Comunicações) Luiz Henri- nacional, em particular a coincidên- ve também com o ministro do Exte-
de São Francisco, 1, "lnirOduçáD à Economia rro com o presidente nacional do que (Ciência e Tecnologia) e Paulo cia de posições sobre problemas rior inrerino, Paulo de Tarso; com
Polllica" em oiw aulas, pelo professor da UFRJ, .:?3Í>Salomão Malina, no Hocel Cae- qBrossard Ousciça), esriveram na- do Terceiro Mundo. o presidente do Senado, Humberto
Raimuodo Nonato; '1deologia no pensam~nco fl ark, em São Paulo na sexta· uele pais soda/isca para u-arar da Durante o encontro, o presiden- Lucena; o presidente da Constituin-
de Gramsci" com início em 18/05 em cinco eldra, 6 de maio. Além do embai- cooperação econômica, denúfica e te nacional do PCB, Salomão Mali- te, Ulysses GuimarJes, e os gover-
211hs.oo!F(S.UFRJ,peloprofeswrSérgioB~l ~ or cubano Jorge Alberto Bola- cecnológica emre os dois países. na, apresentou uma informação so- nadores de BrasíUa,José Aparecido;
As 1mrnçt,c1 enconuam-se abenas à avenida nos e ~ res do vice-presiden- Com alguns avanços nas áreas da bre a siruação política brasileira e Rio de Janeiro, Francisco Amaral
Presdente Vargas, 529, 'f., te/. 242-5614. AtlXa ft:!, parucJparam ~o encontro os di- cooperação cientifica e cecnológlca, esclareceu as posições do PCB so- (inre rino); e São Paulo, Orestes
de lnscrlçio é de Cz$ 1000,00 para cada ali~- r,genres comurusias Regis Frati e principalmeme na eletrónica e bio- bre q uestões do desenvolvimento Quérda.

,: • ♦-
4 PONTO DE VISTA 12/05 a 19/05/88 WIZ

Como controlar a bomba CONVERSA DE BALCÃO

José Monserrat Filho A Abolição e aRevolnsão


F
ísicos brasileiros e argentinos
propõem a criação de meca-
nismos de controle social das RENATO POMPEU
insralações nucleares do Brasil e Ar-
gentina, através dos respectivos
parlamenros, assessorados porgru-
pos de cientiscas independentes. A Deixando de lado a discussão sobre se se deve
idéia foi lançada no "Simpósi0 ln- 0~ não_comemorar o centenário da Abolição - uma
temaci0nal sobre os Cientisras, a
Paz e o Desarmamento". realizado disc~ssao fundamental, mas que é tarefa específica dos
de 11 a 15 de abril, na Faculdade °:1º~1memos negros - , vamos aqui tentar debater o
de Ciências Exatas e Naturais da significado da Abolição dentro do processo da revolu-
Universidade de Buenos Aires, s0b
o ·parrodnio de várias entidades, ~o bur:_guesa, cujas tarefas todos podem ver que ainda
entre as quais a Unesco e a Secre- nao estao_completadas no Brasil. Quando comparamos
taria de Ciência e Técnica da Argen- a revoluçao burguesa no Brasil com as grandes revolu-
tina, q ue tem nível de ministério.
Participaram cientiscas de 13 países ções burguesas na Inglaterra, nos Estados Unidos e
(EUA, URSS, França, Dinamarca, na França, e mesmo na Alemanha e no Japão a rimeira
Suécia, Itália, Polônia, Sri Lanka, . que ehama a atençao
c01sa - no Brasil é fato ' p de que
México, Venezuela, Brasil, Chile e O
Argentina) e mais de 300 estudantes aqui as tarefas da revolução burguesa não têm sido
de gradua~ e pós-graduaçà0. cumpridas todas ou quase todas, ou grande maioria
Três físicos brasileiros - Luís • • 1_. delas, num único processo revolucionário que, ao mes-
Pinguelli Rosa e Fernando d e S0uza
Barros, da Universidade Federal do

. ,.
• _I
mo tempo e no mesmo espaço, desperte todas as ener-
Rio de Janeiro, e E. Hamburger, da 1 .
1 .
gias revolucionárias do povo e da sociedade.
Universidade de São Paulo, todos Assim é que o cumprimento das tarefas da revolução
membros da Sociedade Brasileira
de física - debateram longamente burguesa no Brasil tem sido um processo mais do que
com seus colegas da Associação Fí- secular, que se desenvolve em surtos longamente espa-
sica Argentina as consequências da çados no tempo, cada surto ligado a uma tarefa só.'
inauguração do centro de pesquisa
nuclear de Aramar, em São Paulo, Assim é que o Estado nacional, cuja instituição é uma
pelos presidentes Samey e Alfon- As propostas, já com idéias coo- Jeremy Stone, presidente da Fe· das tarefas da revolução burguesa, surgiu já em 1822,
sin, bem eomo as medidas cabíveis eretas de solução, deve.cão ser sub- deração de Cientistas Americanos,
porém a Abolição da escravidão, que no Brasil seria
no caso, conforme nota conjunta metidas à reunião anual da Socie- apoiou, no Simp0.sio de Buenos Ai-
de 5 de abril emitida pelas duas dade Brasileira de Física, em julho, res, a iniciativa dos fisicos 0rasilei- uma das tarefas da revolução burguesa, ocorreu apenas
entidades. por ocasião do encontro da SBPC ros e argentinos, declarando que em 1888. Do mesmo modo, o acesso da burguesia
Reirer:mnn "a T)f'l.çicjin de amhas - .'inr.íenane RrnRilP.im par:, n Pm. a nãn.,;,m/ife rar;fo ne:irma.ç n11r.fP.:1-
as sociedades concrária aos progra- gresso da Ciência, na USP, com a res não será garantida fora da con· ináusrrial ao poder poiíricu, outra tarefa da revuluçi1u
mas nucleares com fins militares e presença de convidados da Assoeia- solidação democrática, com amplo burguesa, só ocorreu no Brasil a partir de 1930, porém
a qualquer tipo de desenvolvimen- ção Fisica Argentina. Alé lá, físicos respaldo da opinião pública. Para o Estado de direito democrático, outra tarefa da revolu-
to de armas nucleares em ambos da SBF e da AFA esperam ter desen- Stone, os dentistas devem se empe•
os países" e a necessidade de "es- volvido os mecanismos de contr0le nhar a fundo nas lutas políticas para ção burguesa, apenas agora, no fim da atual década
trito comrole dviJ'· dos programas social que consideram indispensá- popularizar a bande.ira d0 desarma- de 80, é que começa a se esboçar mais claramente.
nucleares brasileiro e argentino, veis. menro. Os cientistas latino-ameri- Podemos também observar que a revolução bur-
_por meio de "mecanismos que ga- 0 controle das atividades nuclea- canos terão nesse esforço 0 fia:ne
rantam efetivamente seus objetivos res, segundo a nova Constituição apoio da comunidade científica guesa no Brasil, com suas tarefas assim longamente
pacíficos", os participantes da reu- (em preparo) d o Brasil, deve su- mundial, ele assegurou. espaçadas no tempo, sempre se deu no nível do Estado,
nião de Buenos Aires recomenda- bordinar-se, em última instância, ao Fernando de Souza Barros disse raramente tendo envolvido as forças vivas da sociedade·
ram Congresso Nacional. O que os fisi- que construir um s ubmarino nu-
1) Que a Associação Física Acgen• cos, pelo visto, pretendem é criar dear, comoprojeta a Marinha brasi- civil e muito menos os grandes movimentos de massa
tina constitua comissão de aco mpa• junto ao Congresso um equipe de leira, é mais dillcil que conscruir caraaerísticos das revoluções burguesas que cumpri-
nhámento da questão nuclear pará assessores independentes, indica- uma bomba nuclear, e que esta po- ram o fundamental de suas tarefas num único processo
atuar em conjunto com a <::omissão dos pbr o rganismos da sociedade de ser produzida acravés das etapas
análoga da Sociedade Brasileira de civil, para efetuar um trabalho de de um programa paáfico. Pinguelli revolucionário. Assim é que da memória dos movi-
F'isica; fiscalização o mais compete nte e comencou não ter certeza de que mentos populares consta a lembrança de datas fun~-
2) Que as referidas comissões es• isento possível. as dedarações de Samey e Alfonsin mentais da revolução burguesa: 1776 nos Estados Uru-
rudem mecanismos que garantam, Esta equipe faria as vezes da co- de que não haverá bombas muda~
através de inspeções, "o controle missão de peritos da AlEA -Agên- rão a opiinião dos militares dos dois
dos, 1789 na França - porém no Brasil a massa popular.
efetivo dos materiais e instalações eia Internacional de Energia Atômi- países. Dai a nec~ idade de con- não se identifica com as sucessivas datas - 1822, 1888,
críticas que possam ser utilizadas ca, com sede em Genebra, admitida trole social. 1889 1930 1946, 1985... e até mesmo a data mais signifi- :
para bombas nucleares". nos países signatários do Tratado O Simpósio de Buenos Aires ter•
Ainspeção sugerida ficaria a car- de Não-Proliferação de Armas Nu- minou com um apelo: os cientistas
<õativ; de t~das, 1888, a que mais implicou em mudanças
~o dos respectivos parlamentos, deares ou que aceitam a inspeção de todos os países não devem utili- nos modos de produção, não é lembrada como um
assessorados tecnicamente ix>r ó r- iruernacíonal. O ac<:>rdo Brasil-Ale• zar s~u.s conhecimentos em proje- grande avanço. .. . .
gãos, comissões ou cientistas inde- rnanhà Federal abnu a Usina Nu- _ tos mil11ares. l O mil cientistas ame- Essa situação, de uma revoluçao burguesa ameia
pendentes", sem dispensar a "ins- clear de Angra aos especialistas da ricanos já rejeitaram o "Guerra nas
peção mútua dos dois países". AIEA. Estrelas". . incompleta - porque faltam _a modernizaç~o da ~tru-
tura agrária, a plena afirmaçao da soberarua nacional,
um estatuto trabalhista e sindical e um estatuto dos
partidos políticos - e tão longamente espaçada no
tempo, se deve em grande parte às heranças ainda
hoje pesadas provindas da escravidão e do colonia-
lismo. Deve-se ainda ao fato de que nossa grande bur-
Are#:,cheque ~.......................... Banco.............................. .
Semes1ral (26 númerosJ......................................CzS 1.500,00
guesia preferiu,se inserir no chamado sistema de poder
Anual Simples (52 números).............................CzS 3.000,00 herdado da escravidão e do colonialismo, partilhando
Anual de"'°'°(52 rúmeros)..........................CzS 6.000,00 o poder com o latifúndio e os setores pró-imperialismo.
Non,e................................................................................................. Mas, e isso é o que mais nos toca, essa situação se
Endereço.............. ·············..··••>o••·····················...................:••......... deve a que, no Brasil, o pleno cumprimento das tarefas
Bairro.................................................................................................. da revolução burguesa só se pode dar a partir da hege-
CEP.......................... .................. -......... Estado................................ monia proletária no processo de mudanças. E é isso
Telefone.............................................Oata.................................,.
Assinatura..........................................~•·..··············........................... que está faltando, em grande parte por falha nossa como
quadros revolucionários.
7

Y-iE_ 12105 a 19/05/88 ECONOMIA 5


TOME NOTA
Encenação na política econômica
É óbvio que e setor público necessita de um ajuste. Entretanto, a forma de
co rrigir essas distorções não é pagar mal ou colocar gente na rua.

muito, o poder de compra d os seus ordem de l 6 bilhões de dólares fed e rais, n o seu conjunto, repre-
Abelardo Bailar da Rocha funcionários. Em última instância, anuais. Falo dos custos dos serviços seniam uma parcela substancial das
toda esta "jogada" imp lica, no pe- da dívida, e não da dívida p ropria- classes médias brasileiras. Não se
ríodo de abril de 1988 a junho de mente dica. Portanto, os serviços da esqueça de q ue quem perde, de

O governo congelou a URP para


os sef':'.idores públicos Alega
que nao tem mais dinheiro
o c1rstmpenho global da indústria no mês para pagar os salários corrigidos de
1989, numa enorme perda salarial
daqueles que trabalham no setor
público. Não se renha dúvida. Teo-
ricamente, portantO, só em meados
dívida representam m ais c.le uma
vez e meia o valor e.lo que se· gasta
para pagar todos os funcio nários de
nível federal. É o caso de se pergu n-
repente, cerca da metade do seu
poder aquis itivo concentra os gas-
tos, sobretudo, nas áreas da alimen-
tação e habicação, poucos recursos
(1'1ll21(V~!Ou crescimemo de 5,8% em seus funcionários. E, por isto mes- do ano que vem o servido r rení. tar: e por que não tentar reduzir restando para serem utilizados em
reúçio 3 faereiTQ, COMlituindo-se na primeira m o, eles não terão mais direito a recuperado integralmente os níveis o dé ficic por aí, pelo menos em par- outras áreas. Não se esqueça que
im«apansio nos últimos quatro meses. Mes- reposição salarial Ficarão expostos salariais de hoje. Níveis, é bom que te? Po r qu e não tentar re negociar reduzir, bruscame nte, salários im-
!00 romparado com o més de março do ano às mtempéries da inflação. Inflação se diga, bastante baixos, excetuan- com os bancos juros mais baixos? plica em assumir uma postura re-
~ : o desempenho industrial sofreu uma que já se aprmdma da casa dos 20% do-se, obviamence, os marajás. Por que fazer semp re os assalaria- cessiva.
~deapenasO,<l%,o que significa a me- ao mês. Congelar dois meses de Veja-se, agora, a questão por ou - dos as:,7.lmirem os ónus dos ajus1es É óbvio que o setq r público ne-
ra,,ab ~ nos ú\timos nove meses. salários, quando a inflação atinge tro ângulo.Afolha salarial do gover- da economia A resposta é desagra- cessita de um ajuste. E óbvio, e não
.a,,,erfo~ ai.nda não \)Cl(.\e ser conside- estes níveis, significa reduzir o po- no federal é da ordem de 11 b ilhões dável, poré m simples. No siste ma se pode negar, que existem nesce
rada uma te.et'i.âo óas ex ~ms tecessivas der aquisitivo dos servidores quase de dólares anuais. O arrocho sala- financeiro não se pode cocar, pois seco r irracionalidades aberrantes e
l\\2S é. um mdicadot de que o \)rocessci de ctesa'- pela metade. Ou seja, no final deste rial, da forma como foi proposto , é o ·'monstro sagrado.. da econo- capacidad e ociosa grande. Entre-
ce\era:;ã.o o,ue vmna \Ornando COf\lO \)Ode esm período o poderaquisiâvo cai pela permite economizar , em um ano, mia brasileira e, além do mais, o tanto, a fo rma de corrigir estas dis-
'Ml\Otl.\!l:ei\üQ. metade. Pior ainda, pois quando a cerca de 3,5 b ilhões de dólares. O FM1, por uma questão até filosófica, torções não é pagar mal ou colocar
URP voltar a ser aplicada a "desgra- défid1público, cu ja redução repre- é terminantemente contrário a in- geme na rua. Isto nada resolveria,
\¼m.bardeio ça·• já foi ftita, servindo agora sua senta o objetivo de toda esta opera- de.xação. Em outras palavras, os pois o seto r privado, o nde a produ-
nova utilização apena,s para manter ção, chegaria a cerca de 25 b ilhões bancos são quase que intocáveis e, tividade é bem maior, não cem dina-
Cmo,uenu. e um \lli'Z.es federai.~ do Tribunal os níveis salariais muito baixos do de dólares (7% do PIB), caso não por outro lado, o FMI não admite mismo suficiente para absorver a
Regional do Trabalho foram beneficfados por final de maio. Níveis que corres- se tomasse nenhuma medida, se- ajuntamentos auto máticos de salá- massa de mão-c.le-obra que poderia
liminar do juiz da 161 Vara Federal do Rio de pondem a quase metade dos rúveis guindo,se simplesmenre as tendên- rios. Até por uma questão de prj ncí- advir <lo ~ero r p úblico, por conta
Janeiro, determinando o pagamemo da URP de atuais. Em outras palavras, o conge- cias atuais. Ora, economizar 3,5 bi- pios, repetinc.lo o que já foi dito. c.le demissões ou saídas "espontâ-
maio e junho. Na sentença, o juiz considera in- lameoc0 da URP foi a forma encon- Jhões de dólares signific-J. tão so- Como quem manda são o FMJ neas.. resulcances de reduçôes sala-
con&irudona/ adecis;io do governo de congelar trada pelo governo para decrecar menre, reduzir o .déficit de 25 parn e o sistema financeiro, não houve riais. A solução para o secor público
o pagamemo da URP do {pncionalismo público o maior arrocho salarial da hiscórja 21,5 bilhões de dólares. Significa escapató ria. Monro u-se a encena- é fazer todos trabalharem. Trnba-
da Uniaô e dos lr.lbalha.dores das esraraís. Se- do servidor público brasileiro. Não reduzir o déficir em apenas 13%. ção. E surgiu, assim, um arrocho lhare m parn resp onder à imensa
gundo ele, a decis;io fere o prináplo da isono- é fáci l se perde r em dois meses Ou, melhor dizendo, fazê-lo passar que não vai lev-,ir a nad a, a não ser demanda de servíços originários de
mia e afronci a garantia da irredutibilidade do qu~e metade do poder aquisitivo. de 7% para_6% do PIB. Será q ue atrapalhar a vida de parcelas subs- uma estrutura social que apresenta
veodmeruo. Sete varas federais já concederam E certo que o governo acena com compensa? E bom recordar que se- tanciais e.lo assalariado brasile.iro. E ainda muitas carências. A demanda
liniinares í:n'Oráveis aos servidores, benefician- uma reposição. Entretanto, esta re- rão atingidos pelo arrocho cerca de pode ter conseqüências graves no por trabalho é gran de. É uma ques-
do 600 fuoóonários da Justiça Federal no Rio posição se dará de forma muito len- 2 milbões de assalariados. próprio sistema econó mico, pois a tão de racio nalização e motivação.
de jàneiro. Ouuas cinco aswciações proflS.5io- ta, segundo o próprio governo. Se Observe-se, por o utro lado , que demanda de bens de consumo du-
nais- Dalamec, Serpro, Correios. Cobra e IBGE dará nu m período de 12 meses, os cu~10s com os serviços da dívida ráveis em muito cairá. Não se es- Abel;1rdo Balr:u d:i Rocha é economista
-anunciaram queenr.raram comações judiciais tem po suficiente para corroer, em inrerna do governo federal são da queça que os funcionários públicos e técnico da Sudene.
-.emelhant~

DO LEITOR OBrasil está perdendo a década


Sobre a Amazônia
Na minha opinião, nas visões sobre o desen- Edmilson Costa CRESCIMENTO DO PIB Alentado contra o povo prob lemas financeiros, mas o presi-
dente de então não se curvou aos
1ulvimento da Região Norte na ··ordem econô- EDO PIB PERCAPITA ditames do FMI e preferiu manter
mica~da Constimição, o enfraquecimento ideo- Vale a pena rele mbrarmos al-
Ano guns aspectos histó ricos da indus- o crescimento económico. Portan-
lógico soore as questões da privaiização e 1rans- PIB PIB · per capita

O
Bras il vem camin hando na trialização brasile ira do pós-guemi to, quando as viúvas da ditadura fa.
\l3(jooali7.ação do subsolo, da não definição da contra-mão d a história nesta Iam ho je que a ida ao FMI e a reces-
em diante, para constatarmos a dra-
\mlJmlidade indígena e dos grandes proje1os . d écada de 80, comprometen- 1981 -3,4% -5,7 maticidade da situação atual. O ca- são e ram uma fatalidade, na verc.la-
~ dedesesrati7.ação e assentamentos d o não só o futuro do País enquamo de estão confessando um crime
pitalismo industrial brasileiro for.-
~ ~ pela perguma: o.5 interessados nação industrial, co mo também o 1982 0,9% ·1,5 mou-se basicame nte na década de contra a Nação , pois há outras alter-
s e ~ al'OflJputar nos seus custos o "ma- des tino de várias gerações. Esse 50, praticamente centrado na subs- nati va de viabilização do cresci-
oe;;i ~ profundo do ambienre? Particu- p r ocesso de marcha-à-ré - que in- 1983 ·2,5% -4,9 tituição das impo n ações. Com o mento além do ajuste recessivo.
lmneme, na esrala e no ri1mo que as multina- clus ive já ocorre u na vizinha Argen- golpe de 64, o País e ntrou na fase Uma década de estagnação eco-
~:os~~ monopolisras nado- tina um a nação que já teve um PIB 1984 5,7% 3,1 nómica como a que estamos viven-
da modernização dependente. Des-

=~•
l"Ul'9.IO irm;,ondo,acho impoosível. mai;r que o do Brasil - se não se período até meados da década do é um atentado contra povo. Num
•~ iieliamenle esiá-sepensando em desenvol- for r evertido, nos leverá a um re tro- 1985 8,3% 5,6
de 70, manteve elevados rirmos de mundo em que os progres.5os tec-
' : &\obil da região amazónica, devemo.5 cesso econ ômico de cal nível q ue 1986 8,2%
crescimento, muito embora os fru- nológicos estão cada vez mais de-
_ ~de11100 sobre as escalas de produ- o pr o jeto d e um a g rande nação in- 5,6 tos do p rogresso te nham sido e m- senvolvidos, em que as nações cen-
os tipos de indústrias e dustrializad a e desenvolvida terá si- 1987 2,9% 0,8
bolsados de maneira selvagem pe- trais cada vez ficam mais agressivas
,,...w,., .._ e, y~113lmeme, como conse- d o apen as um sonho . las classes do minantes, ramo que na conquistas d e me rcados, uma
'1..........,......, {Wr.-eis O\)\iles,se.a q a não o salário mínimo vale ho je me nos década de estagnação significa um
acaba ~~ um.CUllo-bene!íeio IO\iável sem Da Segunda G ue rra Mundial até Média 2,8% 0,5
da metade do que valia quando foi suiddio eçonó mico .
uma espeoe de ~ \)alrimonial mead os da décad a de 70, o País
1

promulgad o na década de 40. Senão, vejamos. Segundo o Stra-
rooswue ~ definit~ do ~ islo e: ~e cresceu a caxas m é dias d e 7% ao reu um aumento de 3,0%, e da de tcgic Study of tbc Macbinc Tool
um valor mer~ a naruren ~ a caJ.egoria ano . No entanto, a partir d~ 1_981, 70, quando o cres'Gimento da renda No entanto, a crise económica
Industry, há u ma tendência mun-
valor-trabalho oao computa passa a convjver com baiX1Ss1mas per -capita foi de 6,0%. que se instaurou com a falência do
dial de crescimento das máquinas
O que ocorre é que se gm ll\lllal (lue nãu taxas de crescim ento, ressalcando- "milagre", após o breve fô lego dos
de comandos numéricos na Indús-
só oão se especíalíza onde é &eraiki-úaM!or- se que, pela p rime ira vez n o pós- Realmente, é poloroso cónsratar a110s 79-80, se manifesrou com
tria. "Po r vo lta de 1995, nas nações
mado, como 3C3fl'eta mesmo uma dei!rect~ guerra, verificaram-se ín dices n ega- q ue um país ião .rico em recursos maior virulência a partir de 1981.
centrais, 80% d os tornos, 70% das
social bárbara - são verdàdei~ i~ter- tivos de crescimemo do PIB - e m naturais, com terra, água e mão-de- Vale ressaltar que os problemas
fresadoras, 60% das .retificadoras e
cicócio, nações de miséria edevastaç3o, quando 1981tivemos -3,4%, em 1983 ·2,5% obra abundantes, com um parq ue que o País vem enfrentando após
50% das prensas serão dotadas de
sabemos que aAmaz.ônia pode ser uma ~ihi• e em 1982 apenas 0,9% posirivos. industrial moderno, tenha seu futu- 1980 foram fruto dire10 das imposi- controle numé rico". Assim, como
[idade ímpar para o Brasil produzir teo1ologias ções do capital financeiro interna-
N? global, entre 1981 e 1987 a mé- ro comprometido em função da im-

l
pode o Brasil competir no mercado
Borestais globais e conhecim~nros vali~ de dia de cresdmenro do PTB foi de posição do capital financeiro in ter- cional, particularmente dos Estados internacio nal parado no tempo d u-
manejas nos rrópicos. Esces, s,m, püSS11-c1s de ª~asde?,8%, o que significa uma nacional e de um grupelho de i?n- Unidos, através do Fundo Monetá- rante uma década? Pelo visto, ce m
serem exportadas e companilhalfo.~ para o de- ver ª ira estagnação económica rreguisras q ue amealho u o poder. rio Jnternacional, que vem fazendo muita gente no governo ( em função
semolvimen10 do Terceiro Mundo. t~
nd0 em visra que a média de cres~ Mais doloroso, ainda, é constatar o papel de xerife dos banqueiros da atual política recessiva) saudosa

l
Evaristo de Castro Júnior, omemo da populaça·o foi de 2 3% q u e m esmo aqueles governantes internacionais. dos te mpos da agro -eiqxmação.
füo de Janeiro, RJ Em
. outra~Paiavras OPaís ficou 'pra-· que s ubstituíram os restas-de-ferro É bom lembrar ainda que nosso No entanto, m esmo com roda a
LJcamenre Par<1do ~estes- sete anos do e nrreguismo agora escejam rea- País não es1ava conde nado de ante- adve rs idade, tem os ésperança de
NB, lt!ri,mos que :,s artIIS não conren/Jam mais com o agravante da renda pe . , lizando uma política mui10 sem e- mão a per der uma d écad a. Em q ue essa grande Nação e seu povo
"d r €ap1ra
<h (}JC 2IJ linhas de 70 lwid3s. Do contr.irio. são r~r cresci o apenas o.s,ao concrá- lhan te àquela dos te mpos da dita· 1959, por exemplo, no governo J. não p ermitirão a continuidade des-
{ll1Siras de~ ki/D$peb ft'Ú;JÇi(J. no da década de 60, quando ocor- dura. Kubirschek, o País rambém tinha se desastre por muito mais tempo.
"" '
I' .,.
., ,,
12/05 a 19/05/

lacta ou incompleta, seria uma cidadania v0 z - Em termos gerais, que papel


cuja regulamentação escapa ao que cha- desempenharam as revoluções socialis-
maríamos de direito político de uma for- râs na cransformação da ddadania?
ma geral, e que pode estar embutida nas Milton Santos- Ni chamadas revolu-
formas enviezadas do direito sindicral, ções socialistas conduziram a uma am-
quando o Estado corporativo ou o Estado pliação das possibilidades. de inserção
oz - o ·sr. tem l utado por um antidemocrático - como foi o caso do do indivíduo no uso de resultados de

V espaço verdadeiramente huma-


nopara o homem. Dentro da rea-
lidade brasileira, qual é o espaço
doddadão?
Milton Santos - É praticamente ne-
nhum. O número de pessoas que podem
Brasil durante tantos anos - estabelece
que o individuo só pode ter alguns direi-
tos através de certos intermediários, co-
mo por exemplo a profissionalização.

Voz - Quer dizer, entra naquela


modernização porque possibilitaram
uma redução, e· em certos casos uma
eliminação, do subemprego. _Por outro
lado, reduziram também o remo da ne-
cessidade na medida em que as pessoas
tinham u~ grande acesso a um número
se considerar cidadãos é muito reduzi- questão do enquadramento. de recursos que a sociedade acumulou.
do. É uma cidadania muito mais como Milton Santos - -Sim, as pessoas têm Evidentemente que de um ponto de vista
um privilégio do que mesmo como um direitos .porque são arquitetos, porque das chamadas liberdades, das franquias
direito que deveria ser assegurado a to- são advogados, etc., mas não porque se- individuais, o ideal ainda não foi atingi-
dos os indivíduos do País. jam cidadãos. Então, é uma regulação do. Há certamente uma busca em certos
da cidadania que termina por prestigiar países socialistas, mas de um modo geral
V0z - Na verdade existe ddadania os desempenhos ecoriômicos, em vez de as conquistas econômicas e sociais se
e ddadania. Sendo assim, como o sr. de- caracterizar todos os medos de uma so- fizeram com restrições às liberdades in-
finiria isso? ciedade, da sociedade civil como pessoas dividuais.
Milton Santos - Se a gente pega a iguais. Esta cidadania regulada já é um
constituição de alguns países como o fator de segmentação da sociedade, de -"O capitammo.está aí há cinco séculos. Então,
Brasil, aparentemente há cidadãos, não redução do ímpeto de liberação do ho- a gente não pode fazer um julgamento
é?Só que, na prática, o conteúd0 da cida- mem e de eliminação das possibilidades
dania é muito reduzido ou quase nulo de realização total desse homem. Então, definitivo do socialismo, que existe há apenas
em boa parte dos países desenvolvidos. enquanto eu participo de um corpo que meio século."
No caso do Brasil, as restrições à cidada- é ligado à minha tarefa na produ_ção, e u
nia são tão numerosas que a gente não recebo uma resposta que é mais em fun- Voz - O sr. acha que o sodalismo
pode dizer que há cidadãos. ção da minha atividade produtiva do que seria o ideal para o desenvolvimento bra-
da minha existência como cidadão. sileiro?
Voz - Os direitos do ddadão - o Milton Sant.os - A questão socialista
livre credo, a garantia do uso da palavra Voz - Dependendo do lugar em que está sendo utilizada muitas vezes de for-
etc - compõem as condiçG>eS saciais, se encontre é que a condição de ddada- ma pejorativa - a apreciação se faz mui-
o cenário onde pode viceíar a cidadania. nia é reparada. Essa questão é a que leva to mais em relação a um processo que
A democrada liberal não é sufidence pa- ao cenno "geografização da cidadania"? é o seu resultado final. O capitalismo
ra a constituição da cidadania? Milton Santos - Na maior· parte dos está aí há cinco séculos. Então, a gente
Milton Santos - A democracia é uma países subdesenvolvidos - sobretudo nã0 pode fazer um julgamento definitivo
palavra enorme que ,permite "quatro- naqueles que tiveram crescimento eco- do socialismo ou dos socialistas reais
centas" exceções. Por isso, ela é usada nômico rápido - , o próprio planeja- que existem há apenas meio século. De-
indistintamente pelos que têm o poder menro territorial é mais preocupado pois, os socialismos não são algo de ma-
nos mais diversos regimes económicos com os lugares econômicos. Assim, de- ciço - ainda hoje, se a gente olhar o
e sociais. A.democracia liberal não é sufi- pendendo do lugar·onde estão, os indiví- mundo socialista, não vai considerar que
ciente para assegurar a cidadania, sobre- duos rêm mais ou menos acesso a uma a China é como a URSS, ou que as tepta-
tudo nos países subdesenvolvidos. Nos série de condições que deviam ser direi- tivas de socialismos africanos sejam idên-
países desenvolvidos, a elaboração da ci- tos para todos. Então, a maior parte dos tieas aos socialismos europeus, ou que
dadania foi lenta e resultado de uma luta nordestinos, dos homens do norte - os socialismos europeus sejam iguais aos
da sociedade que é secular. E é tanto em relação aos do sudeste - tem menos socialismos latino-americanos. A via mul-
que uma série de conquisras permane- acesso aos serviços e bens oferecidos tipolar está aberta para os socialismos.
cem, ainda que hajam atentados a essas pelo Estado, mas é também verdade que O prindpi0 é que me parece bom. Isto
conquistas, como por exemplo, o tatche- nas grandes aglomerações, o lugar onde é, o de que a sociedade qµe produz deve
rismo, o chiraquismo. De modo que, em estou é quem decide o meu acesso. ter de volta o essencial dos resultados
muitos casos, a sobrevivência do sistema dessa.produção coletiva, de maneira que
supõe uma redução da cidadania, como Voz - Mas, é predso que as pessoas a igualdade de oportunidade - da qual
se ve rifica com o chamado neolibera- tenham os mesmos direitos, não é? se vem falando desde a Revo lução Fran-
lismo da Europa ocidentll. Milton Santos- Em São Paulo, quan- cesa - deixe de ser uma vã utopia e
do o governador anterior explicou por se transforme numa realidade. Eu não
"&ta cidadania regulada já é um fator de que ia estender as linhas do metrô em vejo como vai se conseguir isso, em me!o
segmentação da sociedade, de redução do sentido leste-oeste, ele, com muita singe- a um sistema capjtalista que conseguiu
leza, com muita ingenuidade, disse que neste fim de século um potencia_! de far!-
ímpeto da liberação do homem e de eliminação era a forma de fazer com que as pessoas saísmo, um potencial de distorça~ d~ Vi-
das suas p(mibilidades." estivessem mais perto dos hospitais, em sibilidade do mundo. Assim, nós Já ove-
vez de ~e~ feito um esforço para que mos uma experiência do capitalismo. O
Voz - Mas ela <!1eve ser condição para os hospua,s fossem aonde estão as pes- que ficou provado com a nossa expe-
a conquis.ta da cidadania. S<:>as. Mas, a geografização da cídadania riência é que nós não vamos s~quer che-
Milton Santos - Sim, na medida em passa a~nd~ _Por outra coisa: é p reciso gar perto do capi~ali~mo oe1dental. A
que um corpo de legislação que permita q~e os md1v1duos, não importa onde es- nossa história cap1cahsta moSt rou que
a luta sociaJ se torne indispensável para teJam, _renham os mesmos d ireitos - não há desejos de nenhuma forma de
que a busca dessas conquistas se efetive. que nao é o caso brasileiro. A geogra- redistributivismo .
fização da cidadania,, me parece, é uma
Voz-Quando o sr. trata da cidadania, condição da cidadania num país como Voz - A sodedade informacional re-
há UJ11 termo chamado "cidadania r egu- o Brasil, onde o progresso mate rial, o cusa ao homem o direito dele se infor-
lada''. O que vem a ser isso? desenvoJvimemo econômico possibilita- mar. Quer dizer, só uns poucos são con-
Milton Santos - A expressão não é do peJo avanço do capitalismo conduziu siderados priVilegiados. Como propor-
minha. Encontrei-a num trabalho do a uma dis to rção extraordinária na possi- ci@nar ao homem a informação neces-
Wanderlei Guilherme dos Santos. Acida- bilidade de acesso ao que a gente chama- sária, precisa?
dania regulada, que eu chamei de muti- ria de b ens comuns. Milton Santos- Teria que haver uma
• a ,., .· o..t .. • • •. . ., :.,: ..,,., '/7 7
ENTREVISTA

reforma educacional que indúísse não , ~ilton Santos - Não penso que seja
apenas as modalidades formais de edu- uul transformar um problema social
cação, mas as modalidades informais, de num problema geográfico. Não é o cr~-
modo que o homem comum, o homem cimento da cidade em si que gera tudo
da rua, tivesse acesso, pudesse com- isso. O que se deu foi que o crescimento
preender os mecanismos que são muito económico brasileiro criou, paralela-
mais complexos, i;nulto mais intrinca?OS mente, a grande cidade e a grande po- desejamos, porque ela é um momento
Em dezembro de 1964, por força da na vida de hoje. A complexidade da vida, breza, ao mesmo tempo em que criava da vida do País, um quadrilátero de for-
ordem autoritária estabelecida 110 País do cotidiano, se multiplicou porque se a chamada revolução da esperança cres- ças. Por conseguinte, ela representa o
oprofessor Milton Santos saiu da Bahia' cientificou. Então, o entendimento do cente, sem uma resposta a essas esperan- equilíbrio de forças pré-existentes. O im-
mundo e das coisas que nos cercam é ças. Passado o "milagre brasileiro", a portante é que a Constituinte abra as con-
llllle lecionava na Universidade Federal' dições para que se continue lutando; que
e partiu. para a Europa. Lecionou em' muito mais dificultado. O pobre, o pa-
vão, tem sensibilidade mais aguçada do
m..-:iioria da população viu que não estava
incluída nesse milagre; viu que dificil- ela seja um instrumento, não de fecha-
universidades como Toulouse, Bordeaux que as classes médias em geral - o que mente ia ter lugar mesmo no mundo ~~nto, mas de abertura de novas possi-
e Sorbonne, na França, na Universidade
• de E\ Salan, na África, na Universidade
de Co\umbía em Nova Yorque, e na
ele não tem é a capacidade cientifica e
técnica de entender os processps, a for-
ma como esses processos se dão.
do trabalho. Assim, boa parte da chama-
da delinquência não é outra coisa que
novas formas de atividade profissional,
onde os indivíduos buscam a sua sobre-
bilidades de prosseguir lutando sobre
problemas específicos, que podem ser
tratados nas leis ordinárias. A gente não
tem que esra_r triste com a Constituinte;
a gente tem e que estar austero em rela-
-
Uni\lersidáde de Engenharia de Lima. "O povão tem a sensibilidade muito mais vivência através dessa atividade desagra- ·
dável até para muitos deles. É uma nova ção ao conjunto das condições da vida
Voltou ao Brasil em 1977, radicando-se aguçada, o que ele não tem é a capacidade nacional; carregar as baterias para quan-
guerrilha urbana que só pode ter remé-
em São Paulo, onde é professor titular científica e técnica de entender como os· dio se a sociedade como um todo for do chegar a discussão mais profunda da
de GeQgrafia Humana na Faculdade de proc50S se dão." levada em coma, e não somente eles. questão urbana, da divisão territorial, da
questão dos impostos ...
Filosofia da USP. Voz - Vol{3[Jdo ao seu tema pr:efe- Voz - Como geógrafo, como o sr.
Aos 60 anos de idade, Milton Santos rido, como poderia ser p ossível huma- rem visro a quesrão ecológica? Voz - Para terminar, que mensagem
continua empenhado naluta por um náa.r uma ddade como São Paulo?
Milton Santos- Eu gosto de respon-
Milton Santos - O ecológico tem vá- o sr. daria neste 13 de M;Jio?
Milton Santos - É preciso que este
espaço verdadeiramente humano para o der a essa pergunta p orque muita geme rias dimensões. Ele tem uma dimensão
histórica mais profunda, mais longa, isto ano deixe de ser um ano de promoções.
homem, com uma obra que é imagina que a solução da problemática é, agravos seculares que estão dando re- Eu tenho recusado participar de ativida-
caracterizada pela reflexão séria, urbana vai ser buscada em bases que s ultados, como é o caso da Serra do Mar, des com eS-Se caráter promocional por-
científica, com a ambição de contribuir são muito mais do domínio da utopia e tem aspectos históricos mais de curto que é uma s ubordinação à mídia, ao mar-
do que da realidade. As cidades são gran- prazo, onde há uma aceleração dos pro- keting. Eu penso que, ainda que o Brasil
para que o indivíduose torne um cidadão áes, as n ossas c idades vão continuar cessos. cresça eco nomicamente, os negros vão
pleno neste País, sempre eofocando grandes por muito tempo. A geme vai ficar na pior situação. Se houver cresci-
ter que pensar a igualdade social, a felici- Voz - E as campanhas ecológicas? mento , mais rapidamente se verá a situa-
questões relacionadas com a cidade ecom dade geral conseguida também a panir
o subd.esenvolvimento~ das grandes eidades. Nós temos que par- Milton Santos- Boa parte da campa- ção de inferio ridade social do negro no
nha ecológica evacua a questão do mo- Brasil. O que eu quero dizer com isso
tir de uma realidade, e não de uma uto- delo económico e trata a questão como é que para situações seculares não há
Nesta entrevista concedida a Luís pia ou de um desejo. Na aglomeração se fossse algo de autónomo, quando a remédios conjunturais, só há remédios
de São Paulo, a gente tem periferias mais sociedade inteira é responsabilizada, em estruturais. Tenho ouvido com frequên-
Avelima, eJe fala com objetividade sobre ou menos bem dotadas de serviço. Escas vez de enfrentar aqueles que direta ou cia as pessoas dizerem que os negros
a cidadania, a vida urbana, o socialismo periferias são aquelas em que, em pri- indiretamente criaram a questão ecoló- devem en<::omrar urna melhor solução
e a questão negra. meiro lugar, o nivel médio de salário gica, como as enchentes na cidade de dentro da sociedade brasileira, através
é maior; segundo, a densidade de m1ba- São Paulo, os desmoronamentos de m0r- de urna evolução normal, como aque la
lhadore.s é maior ; e terceiro, a proximi- ros no Rio de Janeiro, desligando-se do que serve para toda a sociedade. Eu dis-
dade geográfica do trabalho é maior, o que a gente chamaria de economia polí- cordo frontalmente dessa maneira de
que permite a transformação daquilo tica. Quer dizer, a economia e a política pensar. Creio que, se não houver medi-
que a gente costuma chamar de quanti- conjugadas num certo tipo de resultado. das que busquem reverter os privilégios
dade em qualidade. Se os brasileiros de- Há, por acaso, enchentes importantes d_ados aos outros, não haverá solução pa-
cidissem que os operários, os trabalha- onde moram as classes abastadas? Aonde ra a questão negra no Brasil. Você pode
dores , deviam ganhar decenteme nte, vão os investimentos públicos na cidade, ir a uma universidade como a USP, como
muitos dos problemas que hoje existem no sentido de regularizar os fluxos da a de Brasília, ou qualquer outra grande
não existiriam. natureza, de controlar a força da naru- universidade, você não encontra negro,
reza e dar uma dornestiéada na natureza já não digo ensinando, mas es tudando.
Voz - A questão da emigração é mui- em benefício do homem?
to discutida. O nordesrino é visro p or Voz - Mas outras camadas estão con-
muíros com o desfigurador da paisag em , seg uindo S!..!cesso ...
causa d os m ales da cidade grande, da Voz - Tem havido uma tolerância Milton Santos- Não sei se vale a pe na
quanro às punições aos infratores. falar nisso , mas a questão da mulhe r,
violência...
Milton Santos - Isso é bobagem. Pri- Milton Santos - Sim, os próprios or- por exemplo, os progressos que elas ob-
me iro n os ú ltimos anos o grosso da emi- ganismos de defesa do me io ambiente, tiveram, foram obtidos pelas mulheres
graçã~ não é ape nas de nordestüJOS, mll§ cuja função é a defesa da ecologia, são das classes altas e médias, que tinham
de sulistas - p aranaenses e gauchos. E muito tolerantes com relação às grandes a quem falar. O negro não tem a quem
tanto que se e n contra nas periferias de firmas. Há uma grande tolerância, e não falar. O negro não tem a quem reclamar;
São Paulo muita gente loura, de olhos há punições re larivas aos agravos. De as mulheres tiveram. Não sou contra as
azuis, pedindo esm o l~. O _nú~e ro de modo que , para as grandes e mpresas, mulheres, e u estou apenas te ntando uma
paulistas que vêm do 1nte ~1o r e grande. indústrias, é melhor pagar as multas a análise objetiva da formação social brasi-
Veja a população dos cornços, onde há que são sujeitas e ficarem onde estão. leira. Toda vez _q ue um negro protesta,
grande quantidade d e p auliscas._A_ qu:s• Enquanto isso, os responsáveis mantêm ele é mal visto. E tanto que a maior parte
tão toda é q ue a sociedade deo~1u nao um discurso ecológico que na realidade de nós, que tivemos possibilidade de
é hipócrita. at esso à asce nsão social, foi pelo fato
dar importãncia aos pobres, se1am de
onde for. de não termos protestado - por termos,
Voz- Com o o d dadão Milron Santos no máximo, sorrido diante das dificul-
. Voz_- E com o é q ue pode viver um está vendo a Consriluiace' dades. O sorriso como arma foi uma eta-
cidadao numa cidade com o São Paulo, Milton Santos- Desde cedo , eu tinha pa das conquistas negras no Brasil, que
onde <? crescim ento acelerado o sufoca, a quase certeza de que a Constituinte foi s ubstituído por uma vontade de cer-
o expoe à vi0lêncía... · não iria dar as resposta s rodas q ue nós rar os denres.
....
8 PCB 12/05 a 19/05/88_ WlZ·

Otimismo na busca dos 300 mil Força paulista


FICHA NA MÃO
Grosso do Sul, 30 militan-
Partidão continua cres- ta1 de 36.334 filiações nestes já estão c~mpleros, e faltam tes do PCB realizaram um
O cendo, tanto em tama-
nho como em organi-
zação. Por todos os estados
estados, todas com quartas-
vias compro11adas.
No Rio de Janeiro, estive•
o Maranhão 1.500, Sergipe
1.300, Paraíba 800, Alagoas
455 e Piauí 276, completando
um total de 17.591.
apenas dois para o cumpri-
mento integral da campanha
no esrado, o que deve ocor-·
São estas as 30 cidades
e cinco zonais da capital
de São Paulo que já atingi-
mutirão no Conjunto da
Cohab e no bairro São
Bento, com tudo a que ti-
d0 País, .se constrói um gran- rer ainda em maio. No Rio ram roda a sua meta: Cu-
de Partido de massas a setvi- ram represemados o PCB flu- Grande do Sul, dez munid- barão, Guarujá, São Vicen- nham direito: faixas, ban-
minense com 8.328 filiados; Sucesso nas pios e dois. zonais de Porto deiras, propaganda e as
ço da democracia e do soeia- te, Sorocaba, Franca, Dia-
lismo. Os números do se- Minas Gera.is, com 4.464, e grandes cidades Alegre já aung1rarn suas me- dema, Ferraz de Vascon- presenças do vereador de
gundo Ativo Nacional de Fi- Espírito Santo, com 1.084, o celos, Itapecerica da Ser- Campo Grande, Fausto
liação estão mostrando a rea- que toraliza 13.876 filiações De modo geral, a campa- tasPor todo o País, há organi- Mato Grosso, e do sindica-
nestes estados. Em Brasília, nha rem deslanchado bem zações partidári_~s r:nu~ici- r a, Iraq uaqu ec·eruba
lidade deste crescimento: já Mauá, Mogi · das Cruzes' lista Francisco Medeiros.
são mais de 75 mil filiados, reuniram-se representantes nas capitais e cidades de pais e zonais que Jª.au_ng1ram
todos com as quanas-vias das do Pará, com 4.785 filiações; grande e médio porte e nas suas metaS, e mulaphcam-se Suzan~, Jandira, Teodor~ . Como resultado, o Par-
fichas de filiação confirma- Distrito Federal, com 1.053; áreas de concentração do tra- aquelas em que os tra[?alhos Sampaio, Presidente Ber- tidão ultrapassou folgada-
das, e a quantidade de ficlias Go.iás, com 795; Amazonas, balho do PCB. Em São Paulo, já ultrapassam 5096 da meta nard_es, Piquerobi, Ber- mente o número mínimo
que continua em poder das com 650, e Amapá, com 335, há 10.146 filiados na capital, final. Com o andamenro da ~ardmo _de _Campos, Res- de 60 filiações estipuladas
direç0es municipais indica fazendo um total regional de e nada menos que 30 municí- campanha, todo o Partido co- tinga, Cnsta1s t>aulisra, Am- para o município. Agora,
que é ainda maior o número 7.618. Não há informações pios do interior e cinco zo- meça a descobrir as formas paro, Serra na, Paulínia
sobre Acre e Rondônia. preparam-se o lançamen-
de filiados. Isto demonstra na.is da capiral já cumpriram mais efic-azes de filiação e or- Rubinéia, Piedade, Tapi~ to da Comissão Provisória
que é plenamente possível Na reunião realizada em integralmente suas metas. ganização <l0s novos mem- rai, Caraguararuba, Pedro
ao PCB alcançar sua meta de Recife, o PCB pernambucano Ainda em maio, devem ser bros do .PCB, e a tendência do ~artido e a sua partici-
300 mil filiações até o final· apresentou 4.380 filiações, o completadas as coras de mais agora é para o crescimento de Toledo, ltariri, Pique- paçao na próxima eleição.
do ano. E ainda ma1s: o ritmo Ceará 4.370, a Bahia 2.460, 23 municípios e cinco zo- ainda mais acentuado <lo tra- robi e Itanhaém. Os zo- municipal, com o obietivo
de crescimento da campanha o Rio Grande do Norte 2.049, nais. No Pará, 16 municípios balho. nais são Casa Verde, Santa- de eleger pelo menos um
indica que é plenameme na, Freguesia do ó, Cam- vereador.
pos.5ível ultrapássar folgada-
" po Limpo e Capela do So- Pouso Alegre
.. mente ei,;a mera até dezem-
bro. Exito geral, com algumas exceções corro. Nesta cidade do inte-
Santa Maria e São Borja rior mineiro,·os comunis-
O Ativo Nacional de Filia- tas passaram de cinco filia-
ção foi realizado regionaliza- ACampanha Nacional de Filiação se desenvoke mui1u
E_m alguns lugares, a
A~ exceções. para osecretário de organização do PCB. ções em dezembro do
damente Na capital ~ulista bem, com algumas exceções. A opinião é do secretário campanha de filiações do
ficam por contade Goiás eda capi1nlíluminense.Acidade ano passado para mais de
reuníram-se representantes de o ~ o do Panido Comunista Brasileiro,Givaldo PCB ultrapassa de longe as
das organizações panidárias Siqueira Para ele, os resultados da campanha têm sido do Rio de Janeiro é n única em que o número de noro$ perspectivas iniciais mais 130, e indicam o motivo
dos seguintes estados, com lmtante razoh-ei:s, príndpalmeme nas áreas de roncen• filiados não uhrapassou aquanudâde de fiÍiados anterior otimistas. Assim foi nas ci- pelo qual ainda não cum-
esres resultados, São Paulo, tração das a1ividades do Partido O perfil dos membroo ao iníoo da cam~nha. Para Gi1-aldo. es1asinmçãoé injus- dades gaúchas de Santa priram sua meta: faltam fi-
com 22.190; Rio Grande do do PCB vai mmando um car:iter ainda mais popular. 1ifici1-el. dadas as condições polí1il'35 da cidade e a 1radi- chas de filiação, pois todas
Sul. com 8.500; Paraná, com einúmerostrabalhadores ele grandes empresas com~
Maria e São Borja no Rio
ção dos comunisms cariocas. que fizeram-a maior bancada já foram usadas e ainda
3.416; Santa Catarina, com a procurar a sua fonna de paniápação política atr.ll'és federal comunisia em 1945, Ele informou que já foram Grande do Sul. Na primei-
1.482; Mato Grosso do Sul, do Panidão. "O crescimento aceruuado da campanha na 1omadas medidas para que sejam superados os entral"es ra, qu.e além de ser o quin- não houve uma remessa
com 596, e Mato Grosso, com capiral p:iulista é um simoma disso". diz Givaldo. da c:un~nha na capiial íluminen.1e. to maior colégio eleitoral complementar. A facilida-
150, o que representa um to- do estado, concentra dois de com que operários e
quanéis generais do Exér- trabalhadores em geral
entram para as fileiras do
Tenório se desliga da legenda do PCB meiros por ano, em três
cito e um santuário que
recebe nY2àz, clc 200 m)Í ro- Pr:R surprP.P.nde11 a. mili-
tância, que tem como des-
O vei:eadoc paulistano Lu11. ria prejudicial ao processo de- gação por uma Comissão de Éti- meses de campanha che- taque da campanha Marle-
nenhum pré-caodidat0. Assim, ne de Paula Miranda. Mar-
Tenório de Uma, veterano sindi- mocrático em curso no BrasiJ e ca Partidária. Seus équívocos fo- es1e Comité agiu democrm.imen- gou-se a 600 filiações, ul-
calista e ex-diligente do PCB. en- no qual todos nós estamos em- r.1rn reconhecidos por ele mes-
te e possibili1ou a I.Ui7. Tenório trapassando as 514 de co-
lene, que é operária de-
viou carta à Corrussão Ex.ecutlva penhados. Igualmente, apelo pa- mo, tendo sido advertido publi- o direito de ser analisado no Se- ta. Além disto, dobrou-se sempregada, juntamente
Nacional, assim cumo aos diro- ra que sc.'ja fmensificaela em todo camt:me. e ele se dispôs a efe1i- com seu pai Benedito de
gundo Encontro Municipal ta o número de organiza-
tónos Regional e MunicipaJ de o território a:ÍcionaJ a campanha var sua aurocríliC'J Paula, camioneiro apo-
São Paulo, comunicando seu de filiação ao PCB, pocque o PCB
ser reali1.ado dia 22 próximo). ções partidárias de base e
desllgamento da legenda. A Di- fonalecido significará v-Jlioso 2 - Jnfeli7JTiente. <::sta auto- quando o Panido, democratica- incrementou-se a força do sentado, se dedica com ro-
reçío Municipal de Sào Paulo, illSlrUrnemo na con.<;()Jidação da crh ica não se efetivou. Dur.inte mente, decidir.í quem será o(s) PCB para o processo elei- da força para razer do Par-
organismo a q ue estava ligado, democracia no Brasil o período em que assumimos seu(s) candidato(s) prefereneial tido Comunista Brasileiro
Direçfü) Municipal du PCB. to- a vereador.
toral deste ano.
distribuiu nota oficial =macia Respeitosamente, ·Luü: Tenó- a
Em São Borja, a cora de uma grande organização
por seu presidente, Luís Carlos rio de Lima, 6 de maio de 1988," mamos diversas iniciativ-J.S para 4 - Recoahecend~ o seu pas-
de .massas, que luta pela
Mou1'3, esclarecendo o episódio. adequar o mandato do vereador sado de lu1a e de identificação 500 filiações foi coberta democracia, pela paz e pe-
Resposta do Municipal à linha do f>'J nido. convidando-o com o comunismo, lamentamos e m duas semanas. I sto lo socialismo.
De Tenório para os amigos p-Jr:i v:irias reuniões. das quais agara que ele se afaste elas filei- ocorre u depois que o ve-
se esquivou. Ainda recememen- ras do PCB, bem como tenha co- reador Dino Lopes entrou Comissões Capixabas
A cana de tui7. Tenório de l.i·
Aos seus amigos, o vereador ma ao Diretório Municipal do 1e. o vereador proferiu discurso metido equívocos que não são
para o PCB, faro que po- Com o desenvolvimen-
enViou a segujnte cana: PCB paulistano é de outro teor na Câmara para defender o pre- dignos de seu próprio passado.
tencializou o Partidão da to da campanha de filia-
"Como é do c-onhecimemo - e aqui, a resposta oficial: sidencialismo e o mandat0 pre- Afirmamos também que é no ções, está sendo possível
PCB e na sua estrutura regular cidade. Mais de 60 jovens
público, desHguei-me do PCB "O vereador Lui;,; Tenório de sidencial de cinco anos. apesar ao PCB no Espírito Santo
eor motivos que esclareci em Lima divulgou, em 4 de maio de ela resolução do 8': Congresso que se pode tr-Jbalhar mais efi- estão acompanhando os formar comissões provi-
carta entregue em 4 de maio J 988,nota oficialcomunicando o do PCB pelo parl:imentarismo e C37.meme para a causa do socia- trabalhos da União da Ju-
lismo. Trabalhar para o seu for- ventude Comunista (UJC), sórias em várias cidades
de1988às Comissões Exeruávas seu desligamento do PCB em de- pelos qual!o anos de manclat0. em que, antes, o trabalho
Municipal, Estadual e Naóonal corrência de "processo odioso talecimento é tarefa de quem se e a filiação dispara. Para
do PCB. 3 - Buscamos integrar o seu idemifica com o ideário do co- coordenar melhor seus partidário não estava ani-
desencadeado pelo Diretório manda10 na oãentaç-lo do Pani-
Coereme com meu caráter, Municipal de São Paulo" conrra munismo. No preseme mome n- trabalhos, inaugurou-se a cu lado, como Cariacita
do, sem discriminá-lo. Prova é to, isto se faz com uma ampla sede do PCB, que fica na
formado nas luras ao lado do a sua pessoa Diante de tal faw,
que ele participou de inúmeros campanha de filiações para que
Guarapari, Baixo Guandu'.
proletariado e nas fileiras do a Executiva Municipal do PCB-SP
ativos e seu nome fa7. pane ela o PCB se transforme em um Par- avenida Presidente Var-
Colatina e Linhares. Várias
PCB, faço um apelo aos meus presta os seguintes esclareci- cidades capixabas já ultra-
lista de pré-candíelatos a verea. tido de massas, e construindo a gas, 1.396, telefone (055)
amigos comunisras para que evi- mentos: passaram 50% de sua cota
dór pelo PCB, apro1'3dos no Pri- unidade panidária para que, 431-1275.
tem qualquer iniciativa fracio- 1 - O desempenho parla-
oista o u de grupo relacionada menl3f do vereador Lui7. Tenó-
meiro Encontro Muaiópal dos através de uma política amp la, Sidrolândia cumpre de filiações, e Serra já
oom esta minha decisão, pois se- rio de Lima foí objeto de investi- Comunistl!S, uma ve7. que tal en- o PCB seja Vitorioso nas próxi- cumpriu integralmente a
conl!o não entrou no méri10 de mas eleições." Nesta cidade do Mato meta.
AC 8io Branco, Pedro Vicenre Coo,:, Sobrinho 302 - CEP 29.000. p·o -Joio Penos111 lrcm3r8ronzeado-RuaDuque
- Rua Alcgrb, 70- ~-CEP69.900,
221-2333.
!:0 - Cuitnl•1 Paulo ~da Vilar - A,·. UnJ\'er- de c.u1:i.,, 540 - 2.'/201 - calçadAo - CEP 58 000 RO - Porto Velho, Joo,o Teixeira de Melo - Av.
IIL - Ml<Od6: Gc-aldo de Mlljclb - tw Morclr.i
Lima. Ili- CEP 57.000 - l082) 221-7414. SJdru, 208- CEP 74.000 -(062) 223-5450- ex - (083) 226-4066- . Pinl~lro Machado-E5quin2 C/ Rua BnasJUa- Ed.
l'o:lttl 13'14 . PR _ Curitiba: Tini~ Mara lz.ldoro ,Pcre1r.1 - Rua Loiro- 1~518 - CEP 78.900.
AM - Mllmlus: ~ t>,k,. FUho - Ruo T,p;ijó, Marech,1 f lbrlOnn Pc1xom, 50 - 8 "801 - CEP
~ - Centro - Manaus- CEP 69.000 - (0'.12i MA - Sío Luís, Tomaz José do.< San10.< - Rua SC - Florianópolu: .'lildo José Martlos- Pç:L PC·
-:;;~\~{29 - Centro - CEP 65.000 - (098) ljj)OlO -t04I) 234-2492. reira OllveJra, 6 _ s19 _ cEP 88,000 - (0482)
= -1346 PÊ _ llcclíe: Paulo Clvalcaml - Ru, Eduar<lO de 23-79()9.
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