Este Roteiro alarga os This pilot broadens the

horizontes naveg·veis do navigable horizons of the great









Roteiro do Estu·rio do Tejo




Grande Estu·rio do Tejo e Tagus estuary and surprises 




 



surpreende-nos com os seus us with its corners and



recantos e encantos. charms.

Depois do enquadramento With a multidisciplinary

$%
multidisciplinar do estu·rio, framework to introduce the 
 Derrotas & Destinos
segue-se uma parte mais more technical part, and

tÈcnica e vocacionada para a
n·utica de recreio, onde as
fotografias aÈreas e de
avistamentos pelos percursos
sugeridos, completam uma
cartografia simples e explÌcita.
Esta obra È acima de tudo, um
convite ‡ navegaÁ„o num dos
mais belos estu·rios.
JosÈ Gomes
suitable for the recreational
mariner, where aerial
"#
Tagus Estuary Pilot
photographs and sightings for 
the suggested routes
complete a simple and explicit
cartography.
This work is above all, an 
invitation to navigate one of the   Routes & Destinations
most beautiful estuaries.
 ! ! ! 

 JosÈ Gomes



Roteiro do Est·rio do Tejo

3 %"
&"'(%
#)
*+,-
*/0"
/

3 
1"
*"
'%"
*" +"'2)

34 .
&"'%
"$"
."
35! 3! 6 !


5  6  

8 ! 
 6

Tagus Estuary Pilot

 5
4


%









5 
7

 
7""" 5


 6
! 

5

 5

 CÛd. Barras
 34 644

 
 5

9:" 5
5

8#
5



5

5
! "

 6    6 

6   64


!
5 

5
!
5

'%
 3 $# 
5 5
   6
 6 
"#
#



7"$#  5

5

34! 344! 34! 34!

Inclui CD com carta electrÛnica do estu·rio
CD with estuary electronic chart included




Capa 300.pmd 1 26-04-2010, 17:55

Editor
Publisher DG ediÁıes
Av. D. Pedro V , 15 - 5 Esq.
2795-151 Linda-a-Velha
Portugal

Distribuidor
Distributor MC Inform·tica Lda.
Av. 25 de Abril, n. 7
2800-300 ALMADA
212731400 (telefone) 212731402 (fax)
www.mcalmada.com
mc.informatica@netcabo.com

Vers„o inglesa
English version Ana & Alan Phillips

Capa Fotografia de Jo„o Ferrand, 2003.

Cover: Photography by Jo„o Ferrand, 2003.

Fotografias de: Jo„o Ferrand, figs. n.s 22,43,68,70,71,93,94,12,123,244,263,265,266,290,265,266,290,293, 294,

Photographs of: 329,330,332 e 353 in ìLevantamento Fotogr·fico AÈreo da ¡rea de JurisdiÁ„o do Porto
de Lisboa 2002-2003îam·velmente cedidas pela AdministraÁ„o do Porto de Lisboa.
Ludgero Marques, figs. n.s 30,32,35,38,40,47,107,165,166,168,209,245 e 398 de 2007,
am·velmente cedidas pela C‚mara Municipal de Vila Franca de Xira.
Jorge Meneses, fig. n.s 4,361 e 362 de 2007.
JosÈ Oliveira, fig. ns 13,14 e 174 de 2007.
Maquetas da Marina do Parques das NaÁıes, figs n.s 112,113 e 114
am·velmente cedidas pela Parque Expo.
As restantes fotografias s„o do autor de 2007 .

Cartografia:
Maps: do autor

ComposiÁ„o maquetagem:
Typesetting and layout: do autor

Revis„o do texto portuguÍs

Portuguese proof-read Daniel Gouveia

Revis„o do texto inglÍs

English proof-read Alan Phillips

Impress„o e acabamento
Printig and binding n v v Novos Suportes Publicit·rios, Lda

CD com Cartografia Digital

CD with Digital cartography Software: Carlos Gomes
Imagem da capa: Filipa Ludovice
EdiÁ„o e impress„o: MC Inform·tica, Lda.
Sitio na internet
Web site www. upriverpilot.com
Webmaster: AndrÈ LourenÁo

DepÛsito legal:
ISBN: 978-989-95251-5-3
Primeira ediÁ„o: MarÁo 2008

© 2008, JosÈ Gomes e DG ediÁıes.

Reservados todos os direitos, livro e software incluÌdos, de acordo com a legislaÁ„o em vigor.
All rights reserved, book and software included, in accordance with the current legislation.
 JOS… GOMES

Roteiro do Estu·rio do Tejo

Derrotas & Destinos

Tagus Estuary Pilot

Routes & Destinations

2008
Agradecimentos Acknowledgements
Quando h· quinze anos fiz uns apontamentos para When, fifteen years ago, I took some notes to
preparar o primeiro cruzeiro a Valada, a que prepare the first cruise to Valada, which I pompously
pomposamente chamei de ìRoteiro de Valadaî, called ìThe Valada Pilotî, I was far from thinking
estava longe de pensar que esses apontamentos se that those notes would be photocopied time and
policopiariam vezes sem conta, atÈ j· ninguÈm time again until nobody could understand the
perceber os conte˙dos. contents.
Por insistÍncia dos amigos, resolvi ent„o fazer um As a result of the insistent requests of friends I
novo roteiro, que abrangesse n„o sÛ a derrota de decided to compile a new pilot, which covered not
Valada, mas tambÈm os principais destinos do grande only the Valada route, but also the main destinations
estu·rio do Tejo. of the great Tagus estuary.
Depois de desenhar cartas baseadas na cartografia After drawing charts based on existing cartography,
existente, fiz um levantamento batimÈtrico das zonas I made a bathometric survey of the areas not covered
n„o cobertas pela cartografia oficial, nomeadamente by the official cartography, namely of the Tagus
do Tejo acima de Vila Franca e do Sorraia atÈ ao above Vila Franca and of the Sorraia until Porto Alto,
Porto Alto, fazendo numerosas expediÁıes na updated mainly the bathometry, making several
embarcaÁ„o Old Lady a cada um dos destinos expeditions with the Old Lady to each one of the
naveg·veis do estu·rio, para tirar apontamentos, destinations of the estuary to take notes,
fotografar e gravar os percursos nos ploters de bordo. photograph, and to record the routes on the plotters
Estudos de marÈs e alturas livres dos obst·culos, on board.
como as pontes e as caten·rias de alta tens„o, foram Studies of tides, and clearances of obstacles such
tambÈm registados. as bridges and power lines, were recorded.
Sobrevoei com um fotÛgrafo profissional todo o I flew over the entire estuary with a professional
estu·rio para obtermos imagens que pudessem dar photographer to obtain images that could give a
uma panor‚mica de cada derrota. panoramic view of each route.
Este trabalho tambÈm n„o teria sido possÌvel sem This work would not have been possible without
a ajuda entusi·stica de toda a famÌlia, que ao longo the enthusiastic help of the whole family, who
de dois anos colaborou no levantamento das throughout two years helped to do the surveying of
informaÁıes pertinentes para a parte tÈcnica do the relevant information for the technical part of
roteiro. the river pilot.
¡ InÍs ao Filipe e ‡ Maria, ‡ Filipa ao Miguel e ‡ To InÍs, to Filipe, and to Maria, to Filipa, to Miguel,
Madalena e sobretudo ‡ Ana, pelos incentivos, and to Madalena, and above all to Ana for the
sentido crÌtico e dedicaÁ„o, que tornaram possÌvel incentives, the critical sense and organization that
esta obra de v·rios anos, vai o meu agradecimento made possible this work of several years, goes my
especial. special thanks.
Pude tambÈm contar com o apoio inestim·vel de I could also count with the highly regarded support
in˙meras pessoas, em particular de: of several people, in particular:
Ana e Alan Phillips, Cristina e Carlos Gomes (Vento), Fina e Carlos LourenÁo (Josephina), Francisco Fra˙sto,
Francisco Nogueira e ZÈ Dias (ForÁa 3), Isabel e Leonel Carvalho (Ventosga), Jo„o Rodrigues (Volare),
Joaquim Cabral (Nau dos Corvos), Jorge Meneses (Andorinha do Mar), Antila e JosÈ Correia Leite (Oceanus),
J˙lia e Fernando Torres (SÌrius), Lena e Francisco Simıes (Nausicaa), Margarida e Rui Moreira (Vela Lusa
M24), AntÛnio Mendes (Golfinho), Paulo Andrade (Imagine), Charles Lindley (Voador), Nuno Henriques
(Sirinx), Maria da Luz e Fernando Rosinha (Aguarela), Vegi e Jo„o Cruzeiro (Windy2).
Um agradecimento muito especial ao meu irm„o A very special thanks to my brother Carlos, for the
Carlos, pelo inestim·vel trabalho das cartas highly regarded work of the electronic charts, and as a
electrÛnicas e ao revisor do portuguÍs, editor, e last very special thanks to the Portuguese proof reader,
sobretudo grande amigo Daniel Gouveia. editor and above all great friend Daniel Gouveia.

Esta ediÁ„o tem o apoio de: This edition has the support of:
APL, SA. - AdministraÁ„o do Porto de Lisboa
C‚mara Municipal de Vila Franca de Xira

4
Õndice Contents

Pref·cio 7 Preface 7
IntroduÁ„o 9 Introduction 9
Como navegar no Estu·rio do Tejo 11 How to navegate the Tagus estuary 11
AdvertÍncia importante 11 Importante warning 11
O Tejo 12 The Tagus 12
Paleontologia e arqueologia Paleontology and archeology
do Estu·rio do Tejo 15 of the Tagus estuary 15
As grandes vagas civilizacionais The great civilisational waves 14
no Estu·rio do Tejo 21 in the Tagus estuary 21
Os rios de Portugal 23 The rivers of Portugal 23
O Estu·rio do Tejo de ¡lvaro SÍco 24 The Tagus estuary by ¡lvaro SÍco 24
O Terramoto de Lisboa 25 The Lisbon earthquake 25
O Estu·rio do Tejo 27 The Tagus estuary 27
As zonas do Estu·rio do Tejo 29 Tagus estuary zones 29
Altura livre para a navegaÁ„o nos Free height for navigation in
canais sob as pontes 34 channels under the bridges 34
Tipos de aparelhos e redes de pesca Types of fishing nets 22
Como evitar os perigos 36 How to avoid these dangers 36
Portos, marinas e fundeadouros Harbours, marinas and anchorages 26
do Estu·rio do Tejo 39 of the Tagus estuary 39
RecomendaÁıes ‡ navegaÁ„o 41 Recommendations for navigation 41
As praias do Estu·rio do Tejo 44 The beaches of Tagus estuary 44
Regatas no Estu·rio do Tejo 46 Regattas in Tagus estuary 34
O clima do Estu·rio 47 The climate of the estuary 47
Carta electrÛnica do Estu·rio do Tejo 49 Electronic chart of Tagus estuary 49
CorrecÁıes e actualizaÁıes 49 Corrections and updates 49
AdvertÍncia importante 49 Important Warning 49
AproximaÁ„o ao Estu·rio do Tejo 50 The approach to Tagus estuary 50
Canais do Estu·rio do Tejo 55 Channels of the Tagus estuary 55
Derrotas e destinos do estu·rio do Tejo 56 Rutes and destinations in the Tagus estuary 56
Derrota de Cascais 58 The Cascais Route 58
Da Doca de Alc‚ntara ‡ Torre VTS 62 From Alc‚ntara dock to VTS tower 62
Da Torre VTS ao Forte de S„o Juli„o 64 From VTS tower to S„o Juli„o fortress 64
Do Forte de S„o Juli„o a Cascais 66 From S„o Juli„o fortress to Cascais 66
Derrota do Seixal 68 Route to Seixal 68
Da Doca de Alc‚ntara ao Seixal 70 From Alc‚ntara dock to Seixal 70
Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas 72 From Alc‚ntara dock to Cacilhas 72
De Cacilhas ao canal do Seixal 74 From Cacilhas to Seixal channel 74
Canal do Seixal 76 The Seixal channel 76
Derrota de Valada e Muge 78 The Valada and Muge Route 78
De Alc‚ntara ‡ Ponte Vasco da Gama 80 From Alc‚ntara to Vasco da Gama Bridge 80
De Alc‚ntara a Xabregas 82 From Alc‚ntara until Xabregas 82
De Xabregas ao Cais da Matinha 84 Xabregas until Matinha quay 84
Da Matinha ‡ Torre Vasco da Gama 86 From Matinha until Vasco da Gama Tower 86

5
Da Torre Vasco da Gama ao rio Tranc„o 90 From V. da Gama Tower until Tranc„o river 90
MÈdio Estu·rio Superior 92 Upper Middle Estuary 92
Dos WP D e 13 aos WP G e 16 94 From WP D and 13 to WP G and 16 94
Dos WP H e 16 aos WP L e 20 96 From WP H and 16 to Wp L and 20 96
Da aldeia avieira a Alverca 98 From the avieira village to Alverca 98
Dos Areeiros ao estaleiro de Alhandra 100 From the areeiros to the shipyards 100
Dos estaleiros ao cais de Alhandra 102 From the shipyards to Alhandra quay 102
De Alhandra a Vila Franca de Xira 104 From Alhandra to Vila Fraca de Xira 104
Vila Franca de Xira 106 Vila Franca de Xira 106
De Vila Franca a Valada e Muge 108 Vila Franca to Valada and Muge 108
De Vila Franca ‡ antena da RDP 110 From Vila Franca to the RDP antenna 110
Da antena da RDP ao cais da CTE 112 From the RDP antenna to CTE 112
Do cais da CTE ao Cais da Ferra 114 From de CTE quay to Ferra quay 114
Do Cais da Ferra ao Lacinho 116 From Ferra quay to Lacinho 116
Do Lacinho ao Porto da Palha 120 From Lacinho to Porto da Palha 120
Do Lezir„o ao cais da Palhota 124 From Lezir„o to Palhota quay 124
Do Cais da Palhota a Valada 126 From Palhota Quay until Valada 126
De Valada ‡ ponte de Muge 130 From Valada to the Muge bridge 130
Derrota da Cova do Vapor 132 Cova do Vapor Route 132
De Alc‚ntara aos silos da Trafaria 136 From Alc‚ntara to the Trafaria Silos 136
Dos silos ‡ Cova do Vapor 138 From the Silos to Cova do Vapor 138
Derrota do Barreiro 140 The Barreiro Route 140
Da Doca de Alc‚ntara ao Barreiro 142 From Alc‚ntara dock to Barreiro 142
Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas 144 From Alc‚ntara dock to Cacilhas 144
De Cacilhas ‡ bÛia 15 B-1S 146 From Cacilhas to buoy 15 B-1S 146
Da bÛia 15B-1S ‡ Siderurgia 148 From buoy 15b-1S to Siderurgia 148
Da Siderurgia ao Vale do Zebro 150 From Siderurgia to Vale do Zebro 150
Derrota do Montijo 152 The Montijo Route 152
De Alc‚ntara ‡ bÛia 1A 156 From Alc‚ntara to buoy 1 A 156
Da bÛia 1A ao Terminal de LÌquidos 158 From de buoy 1A to the Liquids Terminal 158
Baia do Montijo 160 Montijo Bay 160
Canal do Montijo atÈ ao Cais do Seixalinho 162 Montijo Channel until the Seixalinho quay 162
Do Ros·rio ‡ Moita 164 From Ros·rio until Moita 164
Cais do Seixalinho ao Cais do Vapor 166 Seixalinho Quay until Vapor Quay 166
Derrota de Alcochete 168 The Alcochete Route 168
De Alc‚ntara ao cais de Alcochete 172 Alc‚ntara to the Alcochete Channel 172
Cala do Samouco e Porto da Praia 174 Samouco fairway and Porto da Praia 174
Canal de Alcochete 176 The alcochete Channel 176
Derrota do Porto Alto 178 The Porto Alto Route 178
Do WP 1 ‡ Ponte Vasco da Gama 180 From WP 1 to Vasco da Gama bridge 180
MÈdio Estu·rio Superior 182 Upper Middle Estuary 182
Da ponte Vasco da Gama ao WP 5 184 From Vasco da Gama bridge to WP 5 184
Do WP 5 ‡ Ponta da Erva 186 From WP 5 to Ponta da Erva 186
Da Ponta da Erva ao Moch„o da Cabra 188 Ponta da Erva until Mouch„o da Cabra 188
Do Mouch„o da Cabra ao Aterro Sanit·rio 190 Mouch„o da Cabra until Landfill 190
Do Aterro Sanit·rio ao Porto Alto 192 From the Landfill until Porto Alto 192
Bibliografia por assunto 195 References by subjet 195

6
Pref·cio
Quis a sorte que me cruzasse a primeira vez com
o ZÈ, h· talvez 20 anos, depois de uma regata no
Tejo que nos tinha corrido mal. Logo, depois de
uma pequena troca de impressıes, me pareceu uma
pessoa convicta e determinada.
Os anos foram passando, as nossas relaÁıes
foram-se estreitando e o ZÈ foi revelando a sua
excelente formaÁ„o e personalidade, amigo do seu
amigo, sempre disponÌvel, culto e interessado pelos
mais diversos assuntos que, por vezes, explorava
atÈ ‡ exaust„o. Foi assim que fui tomando
conhecimento do seu contÌnuo aperfeiÁoamento
n·utico que, comeÁando com a sua encantadora
Ana e as suas duas filhas, metidas numas pequenas
embarcaÁıes de pl·stico, junto ‡ praia de Cascais,
tirando pontos e praticando a navegaÁ„o
aprendida nas aulas teÛricas dos cursos de
navegaÁ„o, continuaram por caminhos mais
ambiciosos que o levaram ‡ condiÁ„o de vencedor
de in˙meras regatas e campeonatos, na sua fase
competitiva e, posteriormente, numa fase mais
calma, ‡ constante busca e exploraÁ„o de novos
recantos da nossa costa, ao mergulho, ‡ pintura, ‡
fotografia, ‡ histÛria do ch·, com conhecimento e
prova das suas in˙meras e raras variedades, que
tem a bordo, onde os amigos s„o sempre recebidos
com um requinte extremo.
Numa fase mais recente, disse-me que estava a
pensar elaborar roteiros de alguns dos nossos rios,
que ele tinha vindo a explorar ao longo dos anos,
possibilitando a todos o acesso a zonas de rara
beleza que se encontravam quase inacessÌveis ‡
maioria dos nossos cruzeiristas, por ausÍncia de
cartografia ou porque os poucos dados existentes
eram ciosamente ocultados pelos poucos
utilizadores habituais, normalmente turistas
n·uticos estrangeiros.
Foi assim que surgiu o primeiro roteiro desta sÈrie
de Roteiros Fluviais, sobre o Rio Guadiana, da Foz
atÈ MÈrtola e surge agora o Roteiro do Tejo.
7
Preface
It was by luckís wish that I came across ZÈ,
perhaps 20 years ago, after a regatta on the Tejo,
which did not go so well for us. Soon, after a small
exchange of ideas, he seemed to me to be a person
of conviction and determination.
As years went by, our relationship became
stronger, and ZÈ unveilled his excellent
upbringing and personality, friend of his friend,
always available, cultured and interested in the
most diverse matters which, at times, he
explored to exhaustion. It was in this manner
that I became aware of his continuous nautical
improvement which, starting with his charming
Ana and his two daughters, met in some small
plastic vessels next to the Cascais beach, taking
notes and practicing the sailing learnt in the
theoretical classes of the sailing courses,
continued along more ambitious paths, which
took him to the state of winner of several
regattas and championships, in his competitive
phase and, posteriously, during a calmer phase,
in constant search and exploration of new
corners of our coast, the diving, the painting,
the photography, the history of tea, with
knowledge and taste of its inumerous and rare
varieties, which he has on board, where friends
are always received with extreme refinement.
In a more recent phase, he told me he was
thinking of elaborating pilots of some of our
rivers, which he had explored throughout the
years, making it possible for all to access areas of
rare beauty that were almost inaccessible to the
great majority of cruisers, for the absence of
cartography or because the few existing data were
jealously hidden by the few usual users, normally
foreign nautical tourists.
It was in this manner that the first pilot of this
series of River Pilots appeared, about the
Guadiana River, from Mouth to MÈrtola, and now
the Tejo pilot appears.
 A concepÁ„o e elaboraÁ„o de qualquer roteiro
implica um trabalho enorme, com centenas de
horas de dedicaÁ„o, desde os levantamentos iniciais,
‡s sondagens e determinaÁ„o de perigos, estudo e
an·lise de cartas e documentos, verificaÁ„o dos
pontos conspÌcuos, marcaÁ„o de azimutes e
enfiamentos, determinaÁ„o de pontos de rota,
obtenÁ„o de fotografias, etc.., atÈ ‡ fase da sua
composiÁ„o gr·fica e passagem a papel. A
elaboraÁ„o deste roteiro do Tejo, pelo seu volume
e ·rea abrangida, foi um trabalho herc˙leo, sÛ
possÌvel com a determinaÁ„o e perseveranÁa do
ZÈ e a paciÍncia, apoio e todo o espÌrito marinheiro
da Ana.
Seguindo o esquema habitual na elaboraÁ„o dos
seus roteiros, o autor comeÁa com uma parte
introdutÛria, leve e bem estruturada, focando os
aspectos geogr·ficos, ambientais, paleontolÛgicos,
histÛricos e culturais da vasta bacia do Tejo, tudo
enriquecido com fotografias de grande qualidade.
Segue-se a parte mais tÈcnica do roteiro que se inicia
com uma descriÁ„o rigorosa das aproximaÁıes a
Lisboa e demanda das respectivas barras,
terminando com a navegabilidade no prÛprio rio.
Aqui, de forma pr·tica e inteligente, o autor optou
por descrever 8 rotas, tendo como origem a doca
de Alc‚ntara e como destino as diversas
localidades ribeirinhas possÌveis de alcanÁar em
embarcaÁıes de recreio. Como habitual, o roteiro
vem acompanhado por um CD onde, atravÈs de
um software de navegaÁ„o, se obtÈm toda a
cartografia do rio, com as diversas rotas e pontos
de caminho.
Esta obra vem alargar os horizontes naveg·veis
do estu·rio, e surpreender-nos com os seus recantos
e encantos.
Resta-me felicitar o autor por mais este trabalho
not·vel que, estou certo, constituir· um Íxito e um
incentivo ao turismo n·utico, contribuindo para
que muitos navegadores de recreio possam vir a
desfrutar as raras belezas do Tejo naveg·vel.
Jo„o Alberto de Magalh„es Cruzeiro
C.M.G.. Ref.
8
The conception and elaboration of any pilot
implies an enormous amount of work, with
hundreds of hours of dedication, from the initial
surveying, to the probings and determination of
dangers, the study and analysis of charts and
documents, confirmation of conspicuous points,
annotation of azimuths and ranges,
determination of route points, picture collecting,
etc.., up to the phase of its graphical
composition and passage to paper. The
elaboration of this Tagus pilot, by its volume and
area covered, was a Herculean task, only possible
with the determination and perseverence of ZÈ
and the patience, support and all of Anaís
mariner spirit.
Following the usual scheme in the elaboration
of his pilots, the author starts with an introductory
part, light and well structured, focusing on the
geographical aspects, environmental,
palaeontological, historic and cultural of the vast
basin of Tejo, ever ything enriched with
photographs of great quality. The more technical
part of the pilot follows, which starts with a
rigorous description of the approaches to Lisbon
and the search for the respective bars, ending with
navigability in the river itself.
Here, in a practical and intelligent manner, the
author opted to describe 8 routes, having as
origin the Alc‚ntara dock and as destination the
several riverside locations within reach of
recreational vessels. As usual, the pilot has an
accompanying CD where, through sailing
software, all the cartography of the river may
be obtained, with the several routes and way
points.
It only remains to thank the author for another
notable work which, I am certain, will constitute
a success and an incentive to nautical tourism,
helping to make it possible for many recreational
sailors to come and enjoy the rare beauties of
sailable Tejo.
Jo„o Alberto de Magalh„es Cruzeiro
Captain, PON, R
 IntroduÁ„o
Este roteiro pretende ser uma ajuda ‡ navegaÁ„o
para aqueles que queiram ir ìpor esse rio acimaî e,
ao mesmo tempo, desmistificar os perigos de navegar
atÈ aos limites estuarinos.
O Estu·rio do Tejo apresenta, pelas suas
caracterÌsticas ˙nicas, um paraÌso turÌstico para a
n·utica de recreio, n„o sÛ das ·reas metropolitanas
ribeirinhas, mas tambÈm para os visitantes
estrangeiros de passagem.
Em pleno coraÁ„o do Estu·rio situa-se uma
Reserva Natural com uma natureza selvagem, uma
riqueza avifaunÌstica e paisagens de grande beleza.
As povoaÁıes ribeirinhas tÍm um patrimÛnio
histÛrico-cultural de festas, feiras, romarias,
artesanato e gastronomia muito caracterÌsticos, que
sÛ aqui podem ser apreciados.
O fado, canÁ„o tipicamente lisboeta, apareceu nas
primeiras dÈcadas do sÈculo XIX, como um
fenÛmeno artÌstico em permanente evoluÁ„o, a que
n„o s„o estranhas as caracterÌsticas portu·rias, o
enquadramento industrial e social, e os espaÁos
l˙dicos de Lisboa. De origem marginal e boÈmia,
invade os ambientes burgueses aristocratas e
liter·rios, acompanha os movimentos sociais e torna-
-se uma imagem de marca de Lisboa e de Portugal.
O fado expressa formas do sentir de um povo,
quase sempre de uma forma sofrida e fatalista. Para
os emigrantes, o fado È, acima de tudo, um forte elo
sentimental ao seu paÌs.
Passar por aqui sem ouvir o fado, È passar sem
sentir a alma das cidades ribeirinhas.
Do patrimÛnio cultural do estu·rio h· ainda a
salientar: as actividades ligadas ‡ criaÁ„o de cavalos
e touros para as touradas e largadas de gado taurino,
com os seus campinos, que integram as festas das
povoaÁıes ribeirinhas, desde Vila Franca a Samora,
Salvaterra, Alcochete, Montijo e Moita; a pesca
artesanal pelas comunidades de avieiros e varinos; a
actividade salineira do ìouro branco do Tejoî,
outrora a principal riqueza do estu·rio; e as
actividades pecu·rias e agrÌcolas da lezÌria, com os
arrozais a perder de vista.
As bateiras, embarcaÁıes tradicionais varadas nas
margens junto das aldeias palafitas dos avieiros, e
uma frota de barcos tradicionais ñ em parte resultante
do esforÁo dos municÌpios e alguns particulares em
restaurar e manter o que resta da frota fluvial de
outrora ñ embelezam, aqui e alÈm, as margens e s„o
9
Introduction
This pilot is intended to help the navigation of
those who want to go ìup riverî, and at the same
time demystify the dangers of sailing up to the limits
of the estuary.
The Tagus estuary presents, by its unique
characteristics, a touristic paradise for recreational
sailing, not only for those of the riverside
metropolitan areas, but also for foreign visitors in
transit.
In the heart of the estuary there is a Nature
Reserve, with wild nature and avifaunistic richness,
and landscapes of great beauty.
The riverside villages have an historic-cultural
heritage of fÍtes, fairs and pilgrimages, and very
characteristic handcrafts and gastronomy, which can
only be appreciated there.
ìFadoî, a typical Lisbon song of Afro-Brasilian
inspiration, appeared in the first decades of the 19th
century as an artistic phenomenon in permanent
evolution, not alien to harbour characteristics, the
industrial and social framework, the entertainment
areas of Lisbon. Of marginal and Bohemian origin,
it invades the aristocratic bourgeois and literary
environments, follows the social movements and
becomes a trademark of Lisbon and of Portugal.
ìFadoî expresses peopleís feelings, almost always
in a suffered and fatalistic way. For emigrants, ìfadoî
is, above all, a strong sentimental link to their country.
To go past here without listening to the ìfadoî is
going past without feeling the soul of the riverside
villages.
Of the cultural heritage of the estuary it is still
worth mentioning: the activities linked to horse and
bull breeding for bullfights, and bull running with
its herdsmen, who take part in the feasts of the
riverside villages from Vila Franca to Samora,
Salvaterra, Alcochete, Montijo, and Moita; artesan
fishing by comunities of ìavieirosî and ìvarinosî;
the saltpanning activity of the ìwhite gold of Tejoî,
once the main riches of the estuary, and the livestock
far ming and agricultural activities of the
meadowland, with the rice fields extending out of
sight.
The ìbateirasî, traditional vessels anchored in its
margins next to the palaphitic villages of the
ìavieirosî, and a fleet of traditional boats ñ partially
the result of the effort of some town councils and
some individuals in restoring and maintaining what
a memÛria da import‚ncia da navegabilidade do
estu·rio do Tejo.
Muita da actividade industrial, hoje em franca
reconvers„o, mostra-se na cintura ribeirinha, com os
seus portos e estaleiros.
A AdministraÁ„o do Porto de Lisboa e as
Autarquias esforÁam-se para recuperar estas zonas
para espaÁos de lazer.
O estu·rio È hoje um grande lenÁol de ·guas
abrigadas, estendendo-se sobre uma falha geolÛgica,
em tempos invadida pelo mar, formando uma imensa
bacia sedimentar particularmente rica para a
agricultura: a lezÌria.
Aqui se fixaram povos com economias
dependentes do rio, que lhes servia de via de
comunicaÁ„o para as trocas comerciais,
abastecimento de ·gua para a agricultura, e como
fonte de alimentos.
O estu·rio foi, desde sempre, uma zona
densamente povoada e economicamente rica. Foi um
pÛlo de desenvolvimento ‡ escala global, quando as
frotas das Õndias e das AmÈricas aqui se cruzavam
com as Europeias, numa globalizaÁ„o de mercados
e culturas jamais vista atÈ aÌ.
Desde ent„o, o estu·rio foi perdendo import‚ncia
‡ escala global, com as suas populaÁıes tambÈm
menos ligadas ao rio, mas a continuarem totalmente
dependentes deste.
O estu·rio tem uma margem norte mais urbana, a
contrastar com a margem sul mais agr·ria, mais
espraiada e recortada, oferecendo um impressionante
lenÁol de ·gua com condiÁıes ˙nicas para a
navegaÁ„o de recreio.
A grande diversidade de paisagem permite uma
multiplicidade de derrotas e destinos para locais
selvagens como a Reserva Natural, ou urbanos, como
as povoaÁıes ribeirinhas, sempre t„o diferentes,
alteradas pelo movimento das marÈs e coloridas pela
abundante fauna e flora.
O estu·rio est· sujeito a um assoreamento constante,
que obriga a dragagens ocasionais para manter os
canais de navegaÁ„o entre as principais localidades
ribeirinhas. A navegaÁ„o, para montante das mesmas,
pode necessitar da ajuda das marÈs, mas duma forma
geral podemos afirmar que o estu·rio È naveg·vel em
toda a sua extens„o, para barcos atÈ 2,5 metros de
calado e 20 metros de mastro, por causa das pontes.
Este roteiro traÁa as derrotas, mostra como se navega
atÈ aos limites estuarinos, e assinala alguns destinos e
paraÌsos perdidos, merecedores de uma estadia mais
prolongada.
10
is left of fluvial fleet of the past - embelish here
and there its margins and are the memorial of the
importance of the navigability of the Tejo estuary
in olden days.
A lot of the industrial activity, nowadays in weak
reconversion, is seen in the riverside belt, with its
ports and shipyards.
The Administration of the Lisbon Port and the
Town Councils make efforts to recuperate these
areas as space for leisure.
The estuary is today a large sheet of sheltered
waters, extending over a geological fault, which was
once covered by the sea, and formed an immense
sedimentary bay particularly rich for agriculture, the
ìlezÌriaî.
Here settled people with economies dependent
on the river, which ser ved as a means of
communication for business transactions, water
supply for agriculture, and as a source of
nourishment. The estuary has always been a densely
populated and economically rich area. It was a
nucleus of development on a global scale, when
the fleets from the Indias and Americas crossed here
with the European ones, in a globalization of
markets and cultures never seen before.
Since then, the estuary started to lose importance on
a global scale, with its populations less linked to the
river, but continuing to be totally dependent on it.
The estuary has a more urban North margin, in
contrast to the more agricultural South margin, with
longer beaches and a rugged coastline, offering an
impressive sheet of water with unique conditions
for recreational navigation.
The great diversity of landscape allows a
multiplicity of routes and destinations to wild
places such as the Nature Reserve, or urban areas,
such as the riverside villages, always so different,
altered by the movement of the tides, and coloured
with the abundant fauna and flora.
The estuary is subjected to constant silting,
requiring occasional dredging to maintain the
navigational channels between the main riverside
locations. Here upstream navigation may need the
help of the tides, but generally we can state that
the estuary is navigable in all its extension for
vessels with draught up to 2.5 m, and 20 m of mast,
because of the bridges.
This pilot traces the routes, shows how to sail up
to the estuary limits, and points out some
destinations and lost paradises that deserve a more
prolonged stay.
Como navegar no Estu·rio do Tejo
H· muitas formas de navegar no estu·rio.
A mais f·cil È, certamente, aproveitar as carreiras
comerciais que atravessam o rio, a partir do
Terreiro do PaÁo, para o Montijo, Barreiro ou
Seixal; a partir do Cais do SodrÈ, para Cacilhas; e
de BelÈm, para a Trafaria.
Pode tambÈm fazer passeios no rio com barcos
tÌpicos, ou cruzeiros de algumas horas que podem
incluir refeiÁ„o, a partir da doca de Alc‚ntara, quer
em barcos grandes quer em barcos de recreio
alugados.
Todos eles oferecem rotas gastronÛmicas,
histÛricas, culturais ou simplesmente de lazer.
H· empresas que possuem frotas de barcos para
eventos e escolas de formaÁ„o n·utica.
Nos Clubes e AssociaÁıes pode procurar lugar
como tripulante, para fazer regatas ou cruzeiros.
A melhor maneira de navegar no estu·rio È, sem
d˙vida, em barco prÛprio, onde poder· desfrutar
do contacto prÛximo com uma natureza quase
inexplorada.
… importante ter uma tabela de marÈs e as cartas
oficiais do Instituto Hidrogr·fico.
Navegar no santu·rio selvagem da Reserva Natural
do Estu·rio do Tejo È um privilÈgio raro, longe do
bulÌcio urbano, no meio das lezÌrias, entre cavalos,
touros e p·ssaros exÛticos, desfrutando duma
paisagem selvagem que sobrevive como um o·sis.
Pode tambÈm conhecer o patrimÛnio histÛrico-
-cultural das povoaÁıes ribeirinhas.
Tudo isto, e muito mais, È o Estu·rio do Tejo...
AdvertÍncia importante
SÛ as cartas oficiais est„o creditadas para a
navegaÁ„o. As cartas e infor maÁıes aqui
disponÌveis s„o uma ajuda ‡ navegaÁ„o, a sua
utilizaÁ„o n„o responsabiliza o autor pelos danos
que daÌ possam advir nem pelos erros
eventualmente nelas contidos.
A cartografia electrÛnica do rio resulta das cartas
apresentadas. As profundidades foram estimadas
para o zero hidrogr·fico e aproximadas ‡ unidade
mÈtrica. Os azimutes magnÈticos das fotografias
foram aproximados ‡ dezena de grau.
A seguranÁa do barco depende exclusivamente
do navegador, que deve contar com toda a
informaÁ„o disponÌvel, publicada ou n„o.
11
How to sail in the Tagus Estuary
There are many ways to sail in the estuary.
The easiest one is, certainly, to profit from
the ferries that cross the river from Terreiro do
PaÁo towards Montijo, Barreiro, or Seixal,
from Cais do SodrÈ to Cacilhas and from BelÈm
to Trafaria.
It is also possible to sail on the river with typical
traditional boats, or to go on a cruise for a few
hours, which may include a meal, starting from the
Alc‚ntara dock, either in large boats or in hired
recreational boats.
They all offer gastronomical, historical, cultural
or simply pleasure routes.
There are firms that possess boat fleets for events,
and schools for training.
In the Clubs and Associations you may seek a
place as a crew member, to do regattas or cruises.
The best way to sail in the estuary is undoubtedly
with oneís own boat, where it is possible to enjoy a
close encounter with nature almost unexplored.
It is important to have a tide table and the official
charts of the Hydrographic Institute.
To sail in the wild sanctuary of the Nature
Reserve of the Tagus Estuary is a rare privilege,
far away from the urban bustle, in the middle of
the ìlezÌriasî among horses, bulls, and exotic
birds, enjoying a wild nature that survives as an
oasis.
It is also possible to become acquainted with the
historico-cultural heritage of the riverside villages
All this and much more, is the Tagus EstuaryÖ
Important warning
Only official pilot charts are credible for
navigation. The plans and information presented
here are an aid to navigation and their use does not
hold the author responsible for any damage that
may occur from errors that may eventually be
included.
The electronic cartography follows the charts
presented.
The magnetic azimuths of photographs were
approximated to the nearest ten degrees.
The safety of a vessel depends ultimately on the
navigator, who should assess all information,
published or unpublished.
O Tejo The Tagus

Este nome deve ter origem fenÌcia, em Daghi ou This name must have Phoenician origin in Daghi
Taghi, significando ìboa pescariaî; os Romanos or Taghi, meaning ìgood fishingî; the Romans
chamaram-lhe Tagus, que deu em espanhol Tajo e called it Tagus, which became Tajo in Spanish and
portuguÍs Tejo. Tejo in Portuguese.
O Tejo nasce em Espanha, a 1.600 m de altitude, The Tagus rises in Spain at an altitude of 1600 m
na Serra de Albarracim, e desagua no Oceano in the AlbarracÌn mountains, and flows into the
Atl‚ntico, na Atlantic
baÌa de Cas- Ocean, at
cais, perto de 

the Cascais


Lisboa, apÛs Bay, near














um percurso Lisbon,



de cerca de a f t e r
1.000 km. covering a
$%

Tem um 
   distance of
caudal mÈ- approximately
dio de 320 1.000 km.
m/s., a sua It has an
bacia hidro- 
"# average
gr·fica È a streamflow
mais extensa of 320 m3/
da PenÌnsula, s, its

com 80.600  
hydrographic
km, dos basin is the
quais 1/3 se  ! ! !  m o s t
situa em Figura 1 - PenÌnsula IbÈrica. The Iberian Peninsula. extensive in
Portugal. the Iberian
2
Podemos dividi-lo em trÍs partes: o Alto Tejo, Peninsula with 80.600 km , of which 1/3 is located
que atravessa a Meseta IbÈrica atÈ ‡ fronteira de in Portugal.
Portugal; o MÈdio Tejo, atÈ Abrantes; e o Baixo It may be divided into three parts: Upper Tagus
Tejo, atÈ ‡ foz. Esta divis„o est· relacionada com which crosses the Iberian Meseta until the border
os caudais e a navegabilidade do rio. of Portugal, the Middle Tagus until Abrantes, and
O seu estu·rio forma um pequeno mar interior, the Lower Tagus, until the mouth. This division is
com uma ·rea superior a 40.000 hectares. related with the streamflow and the navigability of
O caudal tem vindo a ser reduzido para um the river.
ìcaudal ecolÛgicoî, estimado em 5% do caudal Its estuary forms a small internal sea with an area
mÈdio, por causa da retenÁ„o a montante e do greater than 40.000 hectares.
transvaze para outros sistemas hidrogr·ficos, Its streamflow has become reduced to an
como se pode documentar pelas mediÁıes do ecological flow, estimated at 5% of the average
caudal e nÌveis hidromÈtricos feitas pelo Instituto flow, due to retention upstream and transvase to
da ¡gua na estaÁ„o hidromÈtrica de Omnias, other hydrographic systems, as may be
desde 2004. documented by measurements of streamflow and
O caudal do rio depende muito da precipitaÁ„o hydrometric levels made by the Water Institute at
hÌdrica na sua bacia, que, por sua vez, depende the Omnias Hydrometric Station since 2004.
do clima. Os meteorologistas atribuem hoje The streamflow depends strongly on the hydric
muito valor ‡ influÍncia da North Atlantic precipitation in its basin, which in turn is dependent
Oscilation/ Arctic Oscilation, atravÈs do Ìndice on the climate. Nowadays metereologists attribute
12
NAOAO que resulta do diferencial de pressıes
baromÈtricas entre Reiquiavique e Lisboa.
Valores baixos deste Ìndice resultam no
posicionamento mais a Sul do anticiclone dos
AÁores, o que permite a passagem de frentes
sucessivas, com reforÁo dos ventos de Oeste e
precipitaÁıes acima da mÈdia em toda a Europa e
um Ver„o quente nas regiıes ¡rcticas. Valores
elevados do mesmo Ìndice tÍm como consequÍncia
um Ver„o quente e seco na Europa, com frio e
chuvas a Norte, e maior frequÍncia de ventos de
Levante a Sul.
Este Ìndice È muito importante para o
planeamento antecipado, quer dos cruzeiros de
fÈrias para as ilhas prÛximas do continente, quer
para uma estadia no Estu·rio, para n„o falarmos
do ano agrÌcola, dos incÍndios florestais, e
mesmo da produÁ„o de energia.
O transporte fluvial, que era 10 vezes mais
econÛmico do que o terrestre, assistiu nos finais
do sÈculo XIX a uma invers„o r·pida dos custos
com o desenvolvimento da rede ferrovi·ria e
rodovi·ria, entrando num declÌnio irreversÌvel.
Actualmente, o consumo exponencial de ·gua
na agricultura È o respons·vel pela reduÁ„o
significativa do caudal do Tejo, que È retido pelas
barragens e pelo transvaze para outras bacias
hidrogr·ficas.
O aproveitamento hidroelÈctrico È
prejudicado pela reduÁ„o de caudal, mas as
barragens continuam a ser um recurso hÌdrico
indispens·vel para o impar·vel consumo agrÌcola
e domÈstico.
Com as ·guas do Tejo s„o arrefecidas duas
velhas centrais nucleares, Zorita, ao Sul de
Madrid, e Almaraz, perto da nossa fronteira,
libertando radioactividade no rio, nomeadamente
TrÌtio, EstrÙncio-90, CÈsio-137, Iodo -131 e
Kripton-85.
Estas centrais h· muito deviam estar fechadas,
mas os interesses econÛmicos e a apatia dos
governos tÍm permitido o seu funcionamento.
AlÈm do aproveitamento exaustivo pelos
espanhÛis, tambÈm em Portugal a bacia
hidrogr·fica do Tejo integra v·rios
empreendimentos hidroelÈctricos, de regadio e
de consumo domÈstico, como os de Belver,
BouÁ„, Cabril, Castelo de Bode, Fratel, Maranh„o
13
great value to the influence of the North Atlantic
Oscillation, Arctic Oscillation, through the
NAOAO index, which results from the difference
in barometric pressures between Reykjavik and
Lisbon.
Low values of this index result in a more
Southerly positioning of the Azores anticyclone,
thus allowing the passage of successive fronts
reinforced by westerly winds and above average
rainfall throughout Europe and a warm Summer
in the Arctic regions.
High values of this index have as consequence
a warm and dry Summer in Europe with cold
and rain in the North, and greater frequency of
winds from East to South.
This index is very important when planning
ahead any holiday cruises either to the islands
near the continent or for a stay at the Estuary,
not to mention the agricultural year, the forest
fires, and even the production of energy.
The fluvial transport, which once was 10 times
more economical than the terrestrial, saw at the
ends of the 19th century a rapid inversion in
costs with the development of the railway and
road network, entering an irreversible decline.
Presently the exponential consumption of
water for agriculture, that which is retained in
the dams and by transvasement to other
hydrographic basins, is responsible for the
significant reduction in the streamflow of Tagus.
Its hydroelectrical utilization is harmed by the
reduction in streamflow, but the dams continue
to be an indispensable hydric resource for the
unstopable agricultural and domestic
consumption.
Two old nuclear power stations are cooled with
Tagus waters, Zorita, South of Madrid and
Almaraz close to our border, liberating
radioactivity into the river, namely tritium,
strontium-90, cesium-137, iodine-131, and
krypton-85.
These stations should have been closed long
ago, but economic interests and the apathy of
governments have allowed their continued
operation.
Besides the exhaustive maximization of usage
by the Spanish, also in Portugal the Tagus
Hydrographic Basin integrates several
e Montargil, que retÍm uma quantidade apreci·vel
de ·gua.
O Tejo È hoje uma fonte de ·gua doce de m·
qualidade, arrastando poluentes industriais,
agrÌcolas e esgotos domÈsticos que, apesar do
tratamento obrigatÛrio, destroem fauna e flora
outrora t„o abundante.
… imperioso requalificar esta ·gua, sobretudo se
nos lembrar mos de que quase metade da
populaÁ„o portuguesa vive na bacia do Tejo, com
especial incidÍncia nas zonas ribeirinhas do estu·rio,
com mais de trÍs milhıes de pessoas, todas elas
bebendo a sua ·gua.
O reduÁ„o da actividade dos terminais de
lÌquidos e sÛlidos das instalaÁıes fabris da CUF,
da Siderurgia Nacional, dos estaleiros da Lisnave
e das refinarias teve consequÍncias graves na
economia do sector secund·rio, mas acarretou uma
reduÁ„o acentuada dos poluentes no estu·rio.
Com as novas polÌticas de tratamento dos
resÌduos industriais e domÈsticos, espera-se
preservar para o futuro este indispens·vel recurso
hÌdrico.
A navegabilidade do estu·rio do Tejo depende
das marÈs nos seus limites superiores e tem um
potencial turÌstico elevado, quer pelas suas
caracterÌsticas ambientais, quer culturais.
Os canais de navegaÁ„o que atravessam a
Reserva Natural, as Calas Norte, Sul, de Samora e
de Alcochete tÍm sido descuidados, est„o mal
sinalizados e n„o garantem cotas suficientes para a
navegaÁ„o com qualquer marÈ.
Acima de Vila Franca, n„o h· cartas de navegaÁ„o
oficiais. As boas pr·ticas de navegaÁ„o s„o
transmitidas pelos patrıes dos barcos areeiros, que
dragam permanentemente o rio e o conhecem
como ninguÈm.
Nos restantes destinos, s„o os pescadores e outros
utilizadores locais que muitas vezes d„o algumas
indicaÁıes e sinalizam o estu·rio de forma n„o
regulamentar.
H· que contar com a evoluÁ„o dos bancos de
vasa e areia, que se v„o alterando com o tempo.
Nas zonas crÌticas, navegue sempre com
prudÍncia e sobretudo com a marÈ a subir e uma
boa reserva para o caso dum pequeno encalhe.
14
undertakings for hydroelectric power production,
irrigation, and domestic consumption, such as those
of Belver, BouÁ„, Cabril, Castelo de Bode, Fratel,
Maranh„o, and Montargil, which retain an
appreciable quantity of water.
Tagus is nowadays a source of fresh water of
poor quality, carrying industrial and agricultural
pollutants, and domestic sewage which, although
treatment is compulsory, still destroys the fauna and
flora that once was so abundant.
It is imperative to requalify this water, above all
if we remember that almost half of the Portuguese
population lives in the Tagus basin, with special
incidence to the riverside areas of the Tejo estuary,
with more than three million people, and all of
them drink its water.
The reduction in activity of the Liquids and Solids
terminals of the CUF factory installations,
Siderurgia Nacional, the Lisnave shipyards, and the
refineries, had serious consequences in the economy
of the secondary sector, but it caused a sharp
reduction in the pollutants entering the Estuary.
With the new policies for industrial and domestic
waste treatment it is expected that this indispensable
hydric resource will be preserved for the future.
The navigability at the Tagus estuary depends on
tides at its upper limits and it has a high touristic
potential, due not only to its environmental
characteristics but also the cultural ones.
The navigation channels that cross the nature
reserve, the North, South, Samora and Alcochete
Fairways have been neglected, they are badly
marked, and they do not guarantee sufficient depths
for navigation at any tide.
Above Vila Franca there are no official
navigational charts. Good sailing practices are
transmitted by the patrons of the dredgers, who
dredge the river permanently and know it better
than anyone.
At other destinations it is the fishermen and other
local users who often give some guidance and mark
the estuary in an irregular manner.
One has to count on the evolution of the low
tide banks and sandbanks, which change with time.
In the critical areas always sail cautiously and
above all with the rising tide and a good reserve in
case of some small grounding.
Paleontologia e Arqueologia do Paleontology and archaeology of the
Estu·rio do Tejo Tagus Estuary

O estu·rio do Tejo integrou o estu·rio do Sado The Tejo estuary integrated the Sado estuary until
atÈ h· dois milhıes de anos, como atestam os two million years ago, according to common
vestÌgios paleontolÛgicos comuns. paleontological remains found. The
O mar ocupou periodicamente  sea occupied periodically vast
vastas ·reas adjacentes durante a adjacent areas during the Paleozoic




Era PaleozÛica (iniciada h· 2.500  Era (which started 2500 million years


milhıes de anos), enquanto a  ago) as Europe split off from
Europa se separava da AmÈrica e 



America and the Volcanic massif of
se consolidava o maciÁo vulc‚nico the Nothern margin consolidated.
da margem Norte. Abundam os There are abundant fossils of
 
fÛsseis de gastrÛpodes, moluscos e gastropods, molluscs and ammonites
amonites desta Època. from this period.

Na era MesozÛica (iniciada h· 225 
In the Mesozoic Era (started 225
milhıes de anos) a PenÌnsula IbÈrica 
million years ago) the Iberian
encontrava-se coberta de lagos 



Peninsula was covered with warm
salgados e quentes e, no final, a salty lakes and, at the end, Africa
¡frica continuava a separar-se da  continued to become detached from

AmÈrica do Sul. No final desta era, South America. The end of this era
deu-se a extinÁ„o dos grandes saw the extinction of the great

s·urios, de que h· vestÌgios na  saurians, of which there vestiges in
Arr·bida. Os dinossauros  Arr·bida. Dinossaurs were abundant
abundavam na regi„o do estu·rio in the Tagus estuary region, indicating
do Tejo, atestando a existÍncia the existence of luxurious vegetation.





duma vegetaÁ„o luxuriante. In the Cenozoic Era (initiated 65



 
Na era CenozÛica (iniciada h· 65 million years ago) there were
milhıes de anos) hove importantes important incursions and retreats of

avanÁos e recuos do mar,  the sea, related to the volcanic activity
relacionados com a actividade  and the glaciations that covered
vulc‚nica e as glaciaÁıes que Europe periodically, with great
cobriram periodicamente a Europa,


reflection on the formation of the





com grande reflexo na formaÁ„o  hydrographic basins and in soil




das bacias hidrogr·ficas e na eros„o erosion. Miocene sharks, mastodons,
dos solos. Tubarıes, mastodontes, and crocodiles as well as Pliocene

crocodilos do MiocÈnico e elefantes  elephants inhabited the estuary and
do PliocÈnico habitaram o estu·rio  ! adjacent areas.
e zonas adjacentes. Human occupation dates back to


A ocupaÁ„o humana remonta ao the Paleolithic, as observed in the Air



 

PaleolÌtico, como se vÍ nas estaÁıes  

Force Base installations at Montijo,
da Base AÈrea do Montijo, Cascalheira, and in Alto da Pacheca,
Cascalheira e no Alto da Pacheca, " at Alcochete, and in the stations of
em Alcochete, e nas estaÁıes de  Santo Ant„o do Tojal, in Loures.
Santo Ant„o do Tojal, em Loures.  The Mesolithic shell-middens
Os concheiros mesolÌticos de Muge, (ìconcheirosî) of Muje, so called



assim chamados por serem estaÁıes becaused they are stations that have



Figura 2 - Geo-evoluÁ„o do Estu·rio, desde h· 30 Ma. Geo-evolution of the Estuary for 30 million years.
15
que apresentam grandes depÛsitos de conchas,
est„o entre os mais importantes do mundo, com
um registo de mais de 300 esqueletos de h· 6.000
anos, alguns em bom estado. Eram populaÁıes j·
sedentarizadas, com pr·ticas sociais e funer·rias.
H· vestÌgios do NeolÌtico na margem Sul, nas
estaÁıes da Atalaia.
Da cultura MegalÌtica, que se julga ter aparecido
na PenÌnsula IbÈrica difundindo-se depois por
toda a Europa, h· que referir as grutas artificiais,
escavadas durante o CalcolÌtico, de que s„o
exemplo as Grutas da Quinta do Anjo, em Palmela,
bem como a Anta de Canha.
A preferÍncia pela fixaÁ„o das tribos primitivas
nas margens dos rios deveu-se ao acesso directo ‡
·gua para a alimentaÁ„o, para a agricultura e para a
pesca como complemento proteico da caÁa e da
pastorÌcia. Essas tribos comeÁaram a aproveitar
os recursos hÌdricos muito cedo, assim como a
navegar neles para as suas transacÁıes.
Os primeiros barcos ter„o sido troncos de
·rvores flutuantes aos quais se agarravam, depois
fizeram pirogas e, primeiro com as m„os, depois
com outros instr umentos, aprenderam a
impulsion·-las e a utilizar o vento, aventurando-se
mais tarde no mar.
Figura 3 ñ Barco comercial fenÌcio. RecriaÁ„o do
autor, a partir de uma
fotografia sua, de um
baixo relevo egÌpcio de
cerca de 1400 AC, do
t˙mulo de Kenamon,
em Tebas, que mostra
barcos fenÌcios
descarregando num
porto EgÌpcio.
Os estu·rios fo-
ram o local privilegiado de fixaÁ„o das populaÁıes,
formando verdadeiros centros comerciais
procurados pelos navios que atravessavam todo o
Mediterr‚neo para as trocas comerciais, enquanto
difundiam modos civilizacionais a que mais tarde
os historiadores chamaram de MediterranizaÁ„o.
Foi h· 3.100 anos que apareceram os primeiros
vestÌgios de FenÌcios nas regiıes costeiras da
PenÌnsula, provenientes do outro lado do
Mediterr‚neo, em navios que chegaram a atingir
os 30 metros.
16
large shell deposits, are among the most important
in the world with a record of more than 300 human
skeletons from 6000 years ago, many still in good
condition. These populations were already
sedentary with good social and funerary practices.
There is material evidence of the Neolithic in the
South margin at the stations of Atalaia.
Of the Megalithic culture, which is thought to
have appeared in the Iberian Peninsula and spread
afterwards throughout Europe, stand out the
artificial caves, dug out during the Calcolithic, of
which the Caves of Quinta do Anjo at Palmela are
an example, as well as the Anta (a dolmen) de
Canha.
The preference of primitive tribes for settlement
along the river margins, was due to the direct access
to drinking water, as well as for fishing as a protein
supplement to hunting and sheep herding. These
tribes started to take advantage of the water
resources very early, as well as to sail them for their
transactions.
The first boats would have been floating tree
trunks to which they clung, later they made pirogues
and, first with their hands, later with other
instruments, they learnt to propel them and to use
the wind, adventuring later into the sea.
Figure 3 ñ Commercial Phoenecian vessel, a recreation
of the author from one
of his photographs of
an Egyptian low relief
from circa 1400 AC, in
the tomb of Kenamon
in Thebes, which
shows Phoenecian
boats unloading at an
Egyptian port.
The estuaries were
the privileged place for populational settlement and
they formed true commercial centres sought by
ships which crossed the whole of the Mediterranean
for their trade exchanges, while they spread
civilizational customs, which historians later
referred to as Mediterranization.
It was 3.100 years ago that the first evidence of
Phoenecian presence appeared in the coastal of the
peninsula, originating from the other side of the
Mediterranean, in ships that reached up to 30
metres.
 Vieram em busca do ouro, do cobre e do ferro,
cuja idade iniciaram na PenÌnsula.
Os estaleiros navais de SÌdon e Tiro construÌam
os melhores navios da Època, com os famosos
cedros do LÌbano. Com estes cedros se construiu
a barca de Keops, no III milÈnio AC, existente no
museu das pir‚mides, no Cairo.
Os faraÛs encomendavam
aos fenÌcios barcos e atÈ
expediÁıes, como as que se
fizeram ‡ regi„o do Punt,
(Som·lia), sendo a mais
famosa a da rainha Hatchep-
sut, no XV sÈculo AC, docu-
mentada no seu templo
funer·rio, e mais tarde a
circum-navegaÁ„o da ¡frica
por Necho II, no sÈc. VII AC.
As recentes descobertas
arqueolÛgicas perto do
Figura 4 - Barca de
Castelo de S„o Jorge e da SÈ
Keops.
de Lisboa comprovaram a
estadia fenÌcia. Aqui ter· sido fundada uma colÛnia
chamada Alis Ubbo, que significa ìenseada
amenaî. Essa colÛnia estendia-se pela colina onde
hoje est„o o Castelo e a SÈ, atÈ ao rio.
Os Gregos antigos tiveram, provavelmente na
foz do Tejo, um posto de comÈrcio durante algum
tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses,
por todo o Mediterr‚neo, levaram sem d˙vida ao
abandono devido ao maior poderio de Cartago
nessa Època.
Seguiu-se depois o perÌodo Romano, entre o
sÈculo III AC e VII DC, com a fundaÁ„o dum
impÈrio poderoso baseado na forÁa bÈlica, que
colonizou grande parte da Europa e todo o
Mediterr‚neo. O seu poderio naval destruiu toda
a resistÍncia fenÌcia. Foram construÌdas pontes e
estradas que permitiam o acesso r·pido a todos
os pontos do impÈrio, e uma forÁa naval armada
que protegia o intenso comÈrcio marÌtimo duma
pirataria sempre presente.
O Tejo, que serviu de via de penetraÁ„o atÈ ao
interior, È ent„o uma via romana e acaba por ter
um papel importante na estruturaÁ„o territorial da
PenÌnsula IbÈrica. Foi tambÈm um pÛlo de
desenvolvimento, determinando a localizaÁ„o de
diversos aglomerados, permitindo ao longo dos
sÈculos a ligaÁ„o do litoral ao interior, o
17
They came looking for gold, copper, and iron,
and started the Iron Age in the Peninsula.
The naval shipyards of Sidon and Tyre built the
best ships of those times with the famous cedar
wood from Lebanon. In the 3rd millenium BC, the
barge of Keops, which still exists in the Museum
of the Pyramids at Cairo, was built with these cedar
trunks.
The pharaohs ordered the
Phoenicians boats and even
expeditions, such as those
that were made to the region
of Punt (Somalia), of which
the most famous was that of
queen Hatchepsut in the 15th
century BC, documented in
her funeral temple, and later
Necho IIís circumnavigation
of Africa, in the 7th century
BC.
Keops solar boat.
The recent archaeological
findings near S„o Jorge
Castle and Lisbon Cathedral (SÈ) provide evidence
for the Phoenecian stay. It was here that a settlement
named Alis Ubbo, meaning delightful little port,
was founded. That settlement extended throughout
the hill where the Castle and the Cathedral are found
today, to the river.
The ancient Greeks had, probably at the mouth
of Tagus, a commercial outpost for some time, but
their conflicts with the Carthagenian throughout the
whole of the Mediterranean, caused undoubtedly
their departure due to the greater power of
Carthage during that epoch.
The Roman period followed between the 3rd
century BC and 7th century AD with the foundation
of a powerful empire based on military force, which
colonized a great part of Europe and the whole of
the Mediterranean. Its naval power destroyed all
the Phoenician resistance. Bridges and roads were
built, which allowed a speedy access to all corners
of the empire, and the armed naval force protected
the intense maritime commerce from the always
present piratage.
The Tagus, which served as a means of penetrating
the interior, is then a Roman via and ends up having
an important role in the territorial organization
of the Iberian Peninsula.
alargamento da economia e a consolidaÁ„o
territorial.
As salinas marginais permitiram a ind˙stria do
pescado e a sua exportaÁ„o para lugares
longÌnquos. Os vestÌgios arqueolÛgicos d„o-nos
uma imagem do que deveria ser a especializaÁ„o
funcional das margens do estu·rio, com ‚nforas a
serem produzidas nas instalaÁıes como a do
chamado Porto dos Cacos (Alcochete) e a
salmoura em Lisboa (cet·rias da Casa dos Bicos).
Mais tarde instalaram-se secas de peixe, de
Alcochete ‡ Praia do Alfeite, fornos de formas para
o biscoito no esteiro do Rio Coina e Rio Judeu, no
Seixal, ou f·bricas de conservas, na Trafaria e no
Porto Brand„o. H· mais de dois mil anos,
Estrab„o, na sua Geografia dizia que ìO Tejo (...)
pode ser subido por grandes navios de transporte;
como ao inundar as terras vizinhas na preia-mar se
formam esteiros com o comprimento de 150
est·dios, toda esta parte plana se acha aberta ‡
navegaÁ„o (...)î .
Durante o ImpÈrio Romano, È regularizado o rio
e constroem-se portos para a navegaÁ„o entre as
principais cidades, como complemento das vias
romanas, formando uma bacia econÛmica que
atravessava toda a Lusit‚nia.
As posteriores invasıes germ‚nicas enfraque-
ceram as defesas locais e abriram as portas ‡
arabizaÁ„o proveniente do Magreb que, em 3 anos,
cobriu quase toda a PenÌnsula no sÈculo VIII. Depois
de 4 sÈculos de coabitaÁ„o pacÌfica, inicia-se a
reconquista crist„, que na PenÌnsula durou quase 3
sÈculos, para se concluir em finais do sÈculo XV.
Com o impÈrio muÁulmano, sÈculos VII-XII,
continuaram as obras de regularizaÁ„o do rio, o
aproveitamento energÈtico por moinhos e
fortificaram-se as cidades ribeirinhas contra os
frequentes ataques inimigos.
Lisboa chamava-se ent„o al-Ushbuna.
No sÈculo XII, com a reconquista crist„, s„o
reforÁadas as fortificaÁıes das cidades fluviais para
impedir a cobiÁa do paÌs vizinho e a reconquista ·rabe.
Neste perÌodo, a colonizaÁ„o romana deixou-nos
uma rede de estradas, uma cultura, uma lÌngua, o
Direito romano e o sonho imperial, mas foram os
¡rabes que legaram um avanÁado conhecimento
cientÌfico de medicina, cartografia e astronomia que
possibilitou os Descobrimentos.
18
The Tejo was also a pole of development, which
determined the locality of several conglomerates
making possible the connection of the coast to the
interior thoughout the centuries, the enlargement
of the economy, and territorial consolidation.
The riverside salt pans made the fishing industry
possible, and its exportation to far away places. The
archaeological vestiges give us an image of what
was the functional specialization of the margins of
the estuary, with amphorae being produced in
installations such as that of the so-called Porto dos
Cacos (Alcochete) and the pickle-curing of fish in
Lisbon (Casa dos Bicos), as well as the areas with
fish-drying installations from Alcochete to Praia
do Alfeite, ovens used for biscuit making in the
estuary of River Coina and River Judeu in Seixal,
or tinned fish factories in Trafaria and Porto
Brand„o. More than two thousand years ago
Estrab„o, in his ìGeografiaî said ìThe Tejo (Ö)
may be ascended by great carrier ships; as when it
floods neighbouring lands at high tide, branches
as long as 150 stadiums form, all this planar region
is open to navigation (Ö)î.
During the Roman Empire, the river is regulated,
and ports are built for navigation between the main
cities, as a complement the the Roman vias,
forming an economic basin which crossed the
whole Lusit‚nia.
The Germanic invasions which followed
weakened the local defenses and opened the doors
to the arabization originating from the Maghreb,
which in three years covered almost the entire
Peninsula during the 8th century.
After 4 centuries of pacific co-habitation the
Christian reconquest started, which in the Peninsula
lasted almost 3 centuries, to be concluded at the
ends of the 15th century.
With the Muslim empire, 7th-12th century, the
works of regularization of the river continued,
profiting from power generated by mills, and
riverside villages were fortified against frequent
enemy attacks.
Lisbon was then called al-Ushbuna.
In the 12th century, with the Christian reconquest,
the fortifications of fluvial towns are reinforced to
prevent the covetousness of the neighbouring
country and the Arab reconquest.
During this period, the roman colonization left
us with a road network, a culture, a language,
 O ide·rio crist„o que levou ao fim da coabitaÁ„o
pacÌfica entre as duas religiıes tambÈm norteou os
Descobrimentos dos dois povos peninsulares que,
a certa altura, partilharam o Mundo entre os dois
maiores impÈrios coloniais de sempre.
ìE neste mesmo ano de 1487, no mÍs de Agosto,
mandou el-rei fazer uma armada junto de Povos e
Vila Franca, porque morriam em Lisboa, ent„o de
peste. A qual era de trinta navios (...).î
Este D. Jo„o II, que preparava a descoberta do
caminho marÌtimo para a Õndia e que desprezou as
ideias lun·ticas de Colombo, n„o chegou a assistir
ao resultado dos seus preparativos.
Os ·rabes foram um povo de charneira entre o
Oriente e o Ocidente. Tinham desenvolvido um
comercio intenso, levando artefactos e tecnologias
de um lado para o outro, ao mesmo tempo que
desenvolviam no seu seio um conhecimento
cientÌfico pragm·tico, menos filosÛfico que o dos
seus antecessores e mais tecnolÛgico, como a
quÌmica, medicina, astronomia, cartografia e
n·utica, que lhes permitiu uma supremacia
econÛmica no Mediterr‚neo, e no Õndico atÈ ‡
chegada dos portugueses no sÈculo XV.
Este conhecimento cientÌfico foi aproveitado
pelos Portugueses nas descobertas, tornando-se o
estu·rio do Tejo o centro do impÈrio colonial que
se criou.
A montante do estu·rio, o rio era uma via de
comunicaÁ„o importante, que os EspanhÛis sempre
quiseram desenvolver como via de acesso ao mar
e para a expans„o peninsular.
O Tejo, durante o reinado dos Filipes, tornou-se
naveg·vel atÈ Aranjuez, a 20 Km de Madrid, onde
chegaram a embarcar tropas para Lisboa.
As capitais dos maiores impÈrios coloniais
estiveram ligadas pelo Tejo.
Por essa via foram transportados os m·rmores
de Estremoz para construÁ„o do Escorial, junto a
Madrid. Nos sÈculos seguintes, o estudo do rio e
da sua navegabilidade continuou a ocupar os
EspanhÛis. Mantinha-se o tr·fego fluvial ao longo
do rio. Muitos barcos iam atÈ Alc‚ntara, em
Espanha, buscar minÈrio para Lisboa.
No Baixo-Tejo era de salientar a navegabilidade
atÈ Abrantes, pela Cala Real; atÈ Palmela, pelo rio
Coina; atÈ Azeit„o, pelo rio Judeu; atÈ Coruche,
pelo Sorraia. Pelo Tranc„o acima subiram
19
Roman Law, and the imperial dream, but it was the
Arabs who legated an advanced scientific knowledge
of medicine, cartography and astronomy which made
the Discoveries possible.
The Christian ideology which terminated the pacific
co-habitation between the two religions, also made
Northern the Discoveries of the People of the
Peninsula, which at a given time shared the World in
the two greatest colonial empires ever.
ìAnd in this very year of 1487, in the month of
August, His Majesty the King requested the formation
of an armada among the people and Vila Franca,
because they were dying in Lisbon, then of plague.
And that consisted of thirty ships (Ö).î
This king John II who prepared the discovery of
the sea route to India and despised the lunatic ideas
of Colombo, did not live long enough to see the end
result of his preparations.
The Arabs were people of hinge between the East
and the West. They had developed an intense trade,
taking artifacts and technologies from one side to the
other, at the same time that they developed in their
midst a pragmatic scientific knowledge, less
philosophical than that of their ancestors and more
technological, such as chemistry, medicine, astronomy
and cartography and navigation, that allowed them an
economic supremacy in the Mediterranean and in the
Indic, till the arrival of the Portuguese in the 15th century.
This scientific knowledge was utilized by the
Portuguese in the Discoveries and the Tagus estuary
became the center of the colonial empire which was
created.
Upstream from the estuary, the river was an
important means of communication, which the
Spanish always wanted to develop as a means of
accessing the sea and for Peninsular expansion. During
the kingdom of the Filipes, the Tagus became sailable
until Aranjuez, 20 km from Madrid, from where even
troops headed to Lisbon embarked.
The capitals of the greatest colonial empires were
linked by the Tagus.
Through that route were transported the Estremoz
marbles for the construction of the Escorial near
Madrid. In the next centuries the study of the river
and its navigability continued to occupy the Spaniards.
The fluvial traffic through the river was kept. Many
vessels went to Alc‚ntara in Spain, to get ore for
Lisbon.
m·rmores e pedra para a construÁ„o dos torreıes
de Mafra. Chegaram a fazer-se planos para a ligaÁ„o
dos rios Cizandro com o Lizandro, no contexto
das linhas de Torres como defesa da Capital, e a
ligaÁ„o ‡ ribeira de Alc‚ntara, transformando
Lisboa numa ilha.
Em 1829 foi assinado um tratado, em Lisboa,
que legalizou o projecto de navegaÁ„o a vapor entre
Lisboa e Aranjuez. Os espanhÛis encomendaram
4 navios a vapor e Portugal 2, que nunca ultra-
passaram Abrantes.
A irregularidade e intensidade das cheias nunca
permitiram uma navegabilidade constante, a n„o
ser atÈ Abrantes ou, mesmo nos meses das chuvas,
atÈ Vila Velha de RÛd„o, nunca se mostrando
Portugal muito interessado nesta linha fluvial.
O Estu·rio do Tejo manteve-se sempre
naveg·vel e foi o principal factor de
desenvolvimento das zonas ribeirinhas. O seu
ecossistema È um enorme viveiro de peixes,
crust·ceos e moluscos, cuja produÁ„o se
projectou n„o sÛ na sua prÛpria riqueza pesqueira,
mas sobretudo na permanente renovaÁ„o
piscÌcola da costa. No seu extenso sapal procura
alimento cerca de uma centena de milhar de aves
migratÛrias e residentes.
A riqueza mineral È demonstrada pelas boas
areias e argilas, para as f·bricas de vidro, de
faianÁa ou simplesmente para cer‚mica de barro
vermelho; pelos calc·rios cret·cicos, excelente
pedra para construÁ„o ou para cal; os basaltos
resistentes para calÁadas e caminhos; o ouro nas
areias aurÌferas, exploradas atÈ finais da Idade
MÈdia que deram nome a Almada (ìa minaî) e
cujos exploradores, os adiceiros, ainda s„o
lembrados numa rua da cidade (Rua da AdiÁa);
as ·guas termais, exploradas desde os Romanos
atÈ aos nossos dias e que nos recordam a natureza
marcadamente tectÛnica do sÌtio. TambÈm as
termas deixaram vestÌgios na toponÌmia ·rabe:
Alfama, a fonte termal.
No sÈculo XV, È no estu·rio do Tejo que se inicia
a Terceira e ˙ltima Grande Vaga Civilizacional.
20
In the lower Tejo the navegability until Abrantes
was prominent through Cala Real; until Palmela
through the river Coina; until Azeit„o, through river
Judeu; until Coruche, through the Sorraia; through
the Tranc„o upstream went marbles and stone for
the construction of the great towers of the Mafra
Monastery. There were even plans to connect the
rivers Cizandro with Lizandro, in the context of the
Lines of Torres Vedras for the defense of the capital,
and the connection to the Alc‚ntara stream,
transforming Lisbon into an island.
In 1829 a treaty was signed in Lisbon which
made legal the steam navigation project between
Lisbon and Aranjuez. The Spanish ordered four
steam ships and Portugal two, which never went
past Abrantes.
The irregularity and intensity of the floods never
permitted permanent navigability other than up
to Abrantes or even in the rainy months till Vila
Velha do RÛd„o, but Portugal never showed great
interest in this fluvial line.
The Tagus estuary remained always sailable and
it was the main factor in the development of the
riverside areas. Its ecosystem is an enormous fish,
crustacean and mollusc sanctuary, production
which stands out not only for itself by its fishing
richness, but above all by the permanent renewal
of the fishing stocks of the coast. In its extensive
wetlands about one hundred thousand migratory
and resident birds look for nourishment.
The mineral richness demonstrated by the good
sands and clays, for the glass and faience factories
or simply for red clay ceramics; for the
Cretaceous limestones, excellent for building
stone or for whitewash, the resistent basalts for
pavements and roads; gold ñ the gold sands,
explored till the end of the Middle Age which
gave Almada the name (ìthe mineî) and whose
explorers, the ìadiceirosî (gold panners) are still
remembered in one street of the city (Rua da
AdiÁa); the thermal waters, explored since Roman
times till today and which remind us of the
markedly tectonic nature of the site. The hot
springs also left traces in the Arabian toponimics:
Alfama, the thermal spring.
In the 15th century, it is in the Tagus estuary that
the Third and last Great Civilizational Wave starts.
As Grandes Vagas Civilizacionais no The Great Civilizational Waves in the
Estu·rio do Tejo Tagus Estuary
A HistÛria do Homem est· intimamente ligada
‡ da Terra que habita.
A ˙ltima grande glaciaÁ„o iniciada h· 70.000 anos
e terminada h· 10.000 anos, reconfigurou toda a
crosta terrestre, aplanou as zonas invadidas pelo
gelo, modificou a fauna e a flora e, ao terminar,
elevou o nÌvel do mar uma centena de metros,
alterando os litorais.
O mar invadiu ent„o os vales dos rios. As intensas
chuvas do aquecimento global arrastaram os
sedimentos que se depositaram nos estu·rios e
formaram extensas planÌcies fÈrteis, caracterÌsticas
que, aliadas ao sistema estuarino, criaram uma
biodiversidade e riqueza de fauna e flora ˙nicas.
Estavam criadas as condiÁıes para o homem
abandonar a sua forma de vida de caÁador
recolector e se fixar ‡ terra.
Como uma vaga de fundo, por toda a parte no
planeta o homem inicia a revoluÁ„o agrÌcola, cria a
noÁ„o de propriedade e de agrupamento social,
pratica trocas comerciais locais.
O estu·rio assiste ‡ Primeira Grande Vaga
Civilizacional, que vai do MesolÌtico atÈ ‡ Idade
do Ferro.
Algumas das CivilizaÁıes da Primeira Vaga,
como as do MÈdio Oriente, atingem grande
pujanÁa e ultrapassam as trocas comerciais entre
elas, para iniciarem o comÈrcio com zonas
distantes, atravÈs do desenvolvimento dos
transportes terrestres e marÌtimos.
ComeÁa a Segunda Grande Vaga
Civilizacional, a que os historiadores gostam de
chamar MediterranizaÁ„o.
A Segunda Vaga chega por mar ao estu·rio do
Tejo h· 3.000 anos, com os FenÌcios. Traz
conhecimentos tecnolÛgicos muito avanÁados, que
v„o revolucionar mais uma vez todo o modo de
vida social. Segundo os historiadores Mattoso e
Serr„o, pode dividir-se em quatro ·reas
fundamentais:
1 - A metalurgia do ferro (que muito lentamente
se espalha pelas zonas afastadas dos centros
fenÌcios);
2 - A olaria (a roda do oleiro e a adopÁ„o de
tÈcnicas e motivos decorativos pintados);
21
The History of Man is intimately linked to the
Earth that he inhabits.
The last great glaciation, which started 70 000
years ago and ended 10 000 years ago,
reconfigured the whole of the earth¥s crust,
planed areas invaded by ice, modified the fauna
and the flora and, at the end, raised the sea level
one hundred metres, thus altering the coastal areas.
The sea then invaded river valleys. The intense
rains of global warming dragged the sediments
which deposited in the estuaries and formed
extense fertile plains, characteristics which, allied
to the estuary system, created a unique
biodiversity and richness of unique fauna and
flora.
Conditions were created for man to leave his way
of life as hunter and to bond himself to the land.
As a wave from the deep, everywhere on the
planet man starts an agricultural revolution,
creates the notion of property and social
gathering, practices local commercial
interchanges.
The estuary sees the First Great Civilizational Wave,
which goes from the Mesolithic until the Iron Age.
Some of the civilizations of the first wave, such
as those of the Middle East, reach vigorous
growth and surpass in commercial trade amongst
themselves, to start business with distant areas,
through the development of terrestrial and
maritime transports.
The Second Great Civilizational Wave, to which
the historians like to refer to as Mediterranization,
starts.
The Second Wave arrived at the Tagus estuary
by sea 3000 years ago, with the Phoenicians. They
bring very advanced technological knowledge,
which will revolutionize once again the entire
manner of social life. According to the historians
Mattoso and Serr„o, may be divided into four
fundamental areas:
1. The metallurgy of iron (which spreads very
slowly to areas remote from the Phoenician
centres).
2. Pottery (the potterís wheel and the adoption
of techniques and painted decorative motifs).
 3 - O incremento da exploraÁ„o dos recursos
naturais (mineraÁ„o, agricultura, vinho, azeite),
recursos marinhos e tinturaria (introduÁ„o de
‚nforas);
4 - A transformaÁ„o de ordem social e ideolÛgica
(concentraÁ„o do poder).
Figura 5 -
Nau S. Rafael
que participou na
descoberta do
caminho
marÌtimo para a
Õndia.
Aguarela do
autor, baseada na
obra MemÛria das
Armadas, 1566,
da Academia de
CiÍncias de
Lisboa.
No sÈculo XV estavam reunidas as condiÁıes
cientÌficas e tecnolÛgicas para outra grande
expans„o de trocas comerciais e civilizacionais. …
aqui, no estu·rio do Tejo, que se inicia a Terceira
e ⁄ltima Grande Vaga Civilizacional.
ComeÁam Descobrimentos e com eles a
globalizaÁ„o. As trocas civilizacionais j· n„o s„o ‡
escala local e regional, como nas vagas anteriores.
Criam-se ImpÈrios Coloniais efÈmeros e uma
globalizaÁ„o progressiva da ciÍncia, da tecnologia,
um crescimento populacional e econÛmico
impar·veis, devido em parte ‡ exploraÁ„o n„o
sustent·vel dos recursos.
O impacto desta Vaga È avassalador e de
progress„o logarÌtmica.
O homem comeÁa a alterar o meio ambiente e a
pÙr em perigo a sua sobrevivÍncia.
Os indÌcios apontam para um aquecimento do
planeta, com alteraÁıes clim·ticas incomport·veis,
desencadeado pelo Homem.
Hoje conhecemos melhor os danos irrepar·veis
provocados pelo crescimento e desenvolvimento
humano, estando a tomar consciÍncia de que È
urgente tomar decisıes ‡ escala global e praticar
um desenvolvimento sustent·vel, para que a
Terceira e ⁄ltima Grande Vaga n„o resulte na
extinÁ„o da espÈcie humana.
22
3. The increased exploration of natural
resources (mining, agriculture, wine, oil),
marine resources and dyeing industry
(introduction of amphorae).
4. Transformation of the social and ideological
order (concentration of power).
Figure 5 - Nau S.
Raphael, a carrack
which participated
in the discovery
of the maritime
route to India.
Watercolour by
the author, based
on the work
ìMemÛria das
Ar m a d a s î
(Memory of the
Armadas), 1566,
at the Academy
of Sciences of
Lisbon.
In the 15th century the scientific and technological
conditions for another great expansion of
commercial and civilizational trade were met. It is
here, in the Tejo estuary, that the Third and Last
Great Civilizational Wave started.
The Discoveries start, and with them
globilization. Civilizational exchanges are not only
at a local and regional scale, as in the previous
waves.
Ephemeral Colonial Empires are created and
there is progressive globilization of science and
technology, and a populational and economic
growth which are unstoppable, partially due to the
non-sustainable exploitation of resources.
The impact of this wave is overwhelming and of
logarithmic progression.
Man starts to alter his environment and places in
danger his own survival.
The indices point to a warming-up of the planet
with unbearable climate alterations, unleashed by man.
Nowadays we know better the irrepairable
damage caused by human growth and
development, and we are becoming conscious that
it is urgent to make decisions at a global scale, and
to practice a sustainable growth, so that the Third
and Last Great Wave does not result in the
extinction of mankind.
Os rios de Portugal
Figura 6 - Primeira carta de Portugal no seu todo, datada
de 1560, tambÈm conhecida por ìPortugal deitadoî.
Esta figura mostra um original da carta impressa
em It·lia em 1561(exemplar do autor), a partir do
desenho de Fernando ¡lvaro Seco, que se perdeu.
A sua grande divulgaÁ„o deve-se ‡ inclus„o em
todos os Atlas que ent„o se fizeram na Europa,
sobretudo a partir do Theatrum Orbis Terrarum de
Abraham Ortelius.
N„o tem escala de longitudes e est· orientada
para o Atl‚ntico, contrariando as cartas mais antigas
de origem ·rabe, que se orientavam para Sul, e as
portuguesas e europeias da Època, que se
orientavam para Norte.
Mostra com grande pormenor o traÁado dos rios
e afluentes, bem como das povoaÁıes da Època; È
um importante documento de HistÛria da
hidrografia portuguesa.
Em 1560 Portugal est· no apogeu do seu impÈrio
colonial. D. Sebasti„o, que ainda n„o tinha idade
para governar, era substituÌdo por D. Catarina de
¡ustria.
23
The rivers of Portugal
First chart of Portugal (in its whole), dated 1560, also
known as ìlying Portugalî.
This figure shows an original chart (property of
the author) printed in Italy in 1561
from a drawing by Fernando ¡lvaro Seco that
was lost. Its widespread diffusion results from it
being included in all the Atlases that were made in
Europe at the time, mainly from the Theatrum Orbis
Terrarum of Abraham Ortelius.
It does not have a longitude scale and it is oriented
towards the Atlantic, against the style of older ones
of Arab origin, which were oriented Southwards,
and the Portuguese and European versions of that
period, which were oriented towards the North.
It shows in great detail the outline of the rivers
and tributaries, as well as the villages of that epoch;
it is an important Historical document of the
Portuguese hydrography.
In 1560 Portugal is at the peak of its colonial
empire. D. Sebasti„o, who was not yet old enough
to govern, was substituted by D. Catarina of
Austria.
 Os seus navios comerciavam para Oriente atÈ ao
Jap„o, para Ocidente atÈ ao Brasil, para Norte atÈ
aos PaÌses Baixos. Partilhava com a Espanha a divis„o
do mundo.
Duarte Pacheco Pereira, Vasco da Gama, Pedro
¡lvares Cabral, Pedro Nunes, D. Jo„o de Castro,
Garcia de Horta, Dami„o de GÛis e um sem n˙mero
de marinheiros, cartÛgrafos, aventureiros e
mission·rios foram imortalizados pelos historiadores
da Època.
LuÌs de Camıes escrevia os LusÌadas, que seriam
publicados em 1572.
Lisboa era o maior porto comercial da Època.
Portugal tinha o maior impÈrio comercial,
estendendo-se a todos os continentes conhecidos,
desde o Brasil ‡ costa Africana, ‡ Õndia, China e Jap„o.
Tudo justificava a orientaÁ„o Atl‚ntica da carta.
O Estu·rio do Tejo de ¡lvaro Seco
Salientamos aqui a
import‚ncia da rede
fluvial e das pontes
que assinalam as
travessias sem que
haja uma rede de
estradas definida.
A evoluÁ„o histÛ-
rica alterou a impor-
t‚ncia de muitas
povoaÁıes, com o
desaparecimento e a
Figura 7 - Pormenor do
criaÁ„o de novos Estu·rio do Tejo.
aglomerados
populacionais.
A import‚ncia da rede fluvial na estruturaÁ„o
territorial tambÈm se pode verificar pela
nomenclatura, como a atribuÌda ao extenso territÛrio
entre os rios Tejo e Guadiana, que se chamava Antre
Tejo e Guadiana, hoje Alentejo, e est· assinalada com
cores diferentes.
Esta carta mostra ainda um estu·rio diferente do
de hoje, bem visÌvel no desenho da baÌa do Seixal,
na foz do Tranc„o e do Sorraia, fortemente
modificadas pelo terramoto e maremoto de 1755.
O assoreamento constante de quase cinco sÈculos
foi tambÈm um forte contributo para estas
modificaÁıes, e outras que n„o est„o assinaladas, que
reconfiguraram a geografia do estu·rio.
24
Her ships did business to the East up to Japan, to
the West up to Brasil, and Northwards up to the
Netherlands. They shared with Spain the division of
the world.
Duarte Pacheco Pereira, Vasco da Gama, Pedro
¡lvares Cabral, Pedro Nunes, D. Jo„o de Castro, Garcia
da Horta, Dami„o de Gois, and a countless number of
sailors, cartographers, adventurers and missionaries were
immortalized by historians of that period.
LuÌs de Camıes wrote the ìLusÌadasî that would
be published in 1572.
Lisbon was the biggest commercial port of that time.
Portugal had the biggest commercial empire which
spread to all known continents, from Brasil to the
African coast, India, China and Japan.
Everything justified the Atlantic orientation of the
chart.
The Tagus Estuary by ¡lvaro Seco
We stress here the
importance of the fluvial
network and of the
bridges which mark
crossings but without the
existence of a defined
road network.
The historical evolution
altered the importance
of many villages, with
the disappearance and
creation of new
Detail of the Tejo Estuary
populational
agglomerates.
The importance of the fluvial network in
territorial organization may be verified by the
nomenclature, such as that attributed to the extense
of land between the rivers Tejo and Guadiana that
was then called Antre Tejo and Guadiana, nowadays
Alentejo, and is marked in different colours.
This chart shows yet an estuary different from that
of today, clearly visible in the drawing of the Seixal
bay, at the mouth of the Tranc„o and the Sorraia,
which were markedly changed by the earthquake
and the submarine earthquake of 1755.
The silting, almost permanent, of nearly five
centuries, was also a strong contribution to these
changes, and others, which are not indicated, which
reconfigured the geography of the estuary.
O Terramoto de Lisboa
No dia 1 de Novembro de 1755, ‡s 9h20 da
manh„, ocorreu um dos maiores terramotos da
HistÛria, seguido dum tsunami que provocou
grande destruiÁ„o em Lisboa e todo o estu·rio do
Figura 8 - Gravura da Època.
Tejo. Os incÍndios que se seguiram destruÌram o que
ficou de Lisboa.
Este terramoto afectou sobretudo o estu·rio do
Tejo, que ficou desconfigurado apÛs a passagem do
tsunami, e teve um grande impacto polÌtico e socio-
econÛmico na sociedade portuguesa do SÈculo XVIII.
O inquÈrito nacional mandado fazer pelo MarquÍs
de Pombal deu origem aos primeiros estudos
cientÌficos do efeito de um terramoto numa ·rea
alargada, marcando assim o nascimento da moderna
sismologia.
As suas repercussıes no estrangeiro inspiraram
avanÁos na sismologia, nas ciÍncias, nas artes, na
filosofia e na teodiceia.
A reconstruÁ„o que se seguiu incorporou os mais
avanÁados conhecimentos da Època, no que toca ao
urbanismo e protecÁ„o sÌsmica, que passaram a ser
aplicados nas zonas de risco.
Ainda hoje se discute a localizaÁ„o das falhas que
originaram o terramoto.
25
The Lisbon earthquake
On November 1, 1775, at 9:20 in the morning ,
one of the largest earthquakes in History took place,
followed by a tsunami, which caused large
destruction in Lisbon and all of the Tejo estuary.
Engraving of the period.
The fires that followed destroyed what remained
of Lisbon.
This earthquake affected mainly the Tejo estuary,
which was disfigured after the passage of the
tsunami, and had a great political as well as socio-
economic impact in the Portuguese society of the
18th century.
The national enquiry ordered by the Marquis of
Pombal produced the first scientific studies of the
effect of an earthquake over a large area, and hence
it led to the birth of modern seismology.
Its repercursions outside the country inspired
advances in seismology, in the sciences, the arts, in
philosophy and in theodicy.
The reconstruction that followed, incorporated
the most advanced knowledge of the times, in what
concerns urbanism and sysmic protection, which
were subsequently applied to areas in risk.
Nowadays the location of the faults that caused
the earthquake is still the subject of debate.
 Com base no inquÈrito feito na Època e a ajuda
de simuladores, foi possÌvel mapear e dimensionar
os estragos. A falha do Gorringe, primeiro, e depois
as do MarquÍs de Pombal, da Ferradura de S.
Vicente e do Arco de Gibraltar nunca
conseguiram, por si sÛs, explicar os tempos entre
o terramoto e o maremoto que se seguiu, os tempos
de propagaÁ„o e as intensidades dos fenÛmenos
nas zonas atingidas.
Reacendida a discuss„o entre geofÌsicos e
historiadores, 250 anos depois do terramoto, ainda
n„o se chegou a uma teoria un‚nime sobre os
acontecimentos.
A teoria que melhor explica o fenÛmeno È a de
que houve dois terramotos: o primeiro iniciado
provavelmente no Gorringe, escala 8,5, que ter·
activado a falha do Vale do Tejo, escala 6,5, e
amplificado os estragos locais.
Figura 9 - Gravura da Època.
Esta falha tem sido responsabilizada pelas
importantes modificaÁıes que a zona sofreu nos
milhıes de anos precedentes e È considerada a zona
nacional de mais alto risco sÌsmico.
Duma forma geral, se ultrapassarmos os
pormenores acadÈmicos de qual falha desencadeou
o terramoto, vamos encontrar na deslocaÁ„o das
grandes placas Euro-Asi·tica e Africana a origem
dos sismos que afectam Portugal continental e
insular.
O risco sÌsmico mantÈm-se elevado, mas Lisboa
est· hoje melhor preparada do que no sÈculo XVIII.
Foram 9 minutos que abalaram o mundo.
26
Based on enquiries made at the time and with the
help of simulators, it was possible to map and
evaluate all the damage. First the Gorringe fault,
then those of the Marquis of Pombal, the
Horseshoe of St. Vincent, and the Arch of
Gibraltar, never managed to explain on their own
the time between the earthquake and the submarine
earthquake that followed, and the propagation time
and intensities of the phenomena in the affected
areas.
At the time around 250 years after the earthquake,
the discussion among geophysicians and historians
reignited, but a unanimous theory about the events
has not yet been reached.
The theory that best explains the phenomenon is
that there were two earthquakes: the first initiated
probably at the Gorringe, magnitude 8.5, which
will have activated the fault at the Tejo valley, and
Engraving of the period.
the next of magnitude 6.5, which will have
amplified the local damage.
This fault would have been responsible for the
important alterations that this area underwent in
the preceding millions of years, and it is considered
the national area of greatest seismic risk.
Generally, if the academic details of which fault
originated the earthquake are surpassed, we will find
in the displacement of the great Euro-Asian and
African plates the origin of the seisms that affect
continental and insular Portugal.
The seismic risk remains high, but Lisbon is today
better prepared than in the 18th century.
It was 9 minutes that shook the world.
O Estu·rio do Tejo
Estu·rio provÈm do latim aestuariu (lugar onde a
·gua ferve) e È geralmente definido como o
alargamento de um rio junto ‡ foz, onde se
misturam as ·guas do rio e do mar.
O estu·rio do Tejo È uma estrutura recente, ‡
escala geolÛgica, formada h· 16.000 anos na
transgress„o Flandrina, com a subida das ·guas que
invadiram o vale do rio, cujo assoreamento formou
as lezÌrias do Baixo-Tejo.
O homem prÈ-histÛrico conheceu outro estu·rio
e, dentro de mil anos, com o actual assoreamento
de 1 cm por ano, o estu·rio ter· evoluÌdo, com o
Tejo a encontrar novos caminhos para o mar.
Os salgueiros, choupais e juncais das suas
margens est„o a desaparecer; a eros„o destas
aumenta de forma preocupante, agravando o
assoreamento do leito.
A AdministraÁ„o do Porto de Lisboa (APL),
depois de muitos anos de imobilismo, tem
desenvolvido projectos de ordenamento da frente
ribeirinha, que revelam um interesse crescente pelo
desenvolvimento sustentado das zonas ribeirinhas
e do estu·rio.
As autarquias envolvidas est„o a ter tambÈm um
papel na requalificaÁ„o das zonas ribeirinhas, e na
sua integraÁ„o urbana como espaÁos privilegiados
de lazer, acabando com o abandono a que
estiveram votadas no passado.
A legislaÁ„o, com a obrigatoriedade de
tratamento dos resÌduos para nÌveis aceit·veis de
poluiÁ„o, est· a contribuir para o melhoramento
da qualidade das ·guas, e a assegurar o
repovoamento piscÌcola do estu·rio.
Quando se quer definir melhor o grande estu·rio
do Tejo, as opiniıes comeÁam a divergir, sendo,
para uns investigadores, a zona de influÍncia da
marÈ din‚mica (de Muge a S. Juli„o); para outros,
a marÈ salina, com o ictioplancton e sedimentos.
(de Vila Franca a Cascais).
Ambos os conceitos apresentam limites vari·veis
com a amplitude das marÈs e o caudal do rio, mas,
se nos alhear-mos um pouco da polÈmica dos
biÛlogos, geÛgrafos e geÛlogos, e numa vis„o mais
abrangente, sob um ponto de vista pr·tico para a
navegaÁ„o, podemos considerar o estu·rio limitado
a montante pela ponte de Muge, e a jusante pelos
27
The Tejo Estuary
Estuary derives from the Latin aestuariu (place
where the water boils), and it is generally defined
as the widening of a river near its mouth, where
the river and the sea waters mix.
The Tejo estuary is a recent structure on a
geological scale, formed 16.000 years ago in the
Flandrian transgression, with the rise of the waters
that invaded the river valley, and whose silting
formed the meadowlands of the Lower Tejo.
Pre-historic man knew a different estuary, and
within a thousand years, with the present sand
deposition rate of 1 cm per year, the estuary will
have evolved, with the Tejo finding new ways to
the sea.
The willows, poplars, and sedges of its margins
are disappearing, and the erosion increases at a
worrying rate worsening the silting of the river bed.
The Lisbon Port Administration (APL), after
several years of inertia, has presented several plans
for the management of the Lisbon port, which
revealed a growing interest in the sustainable
development of the areas near the river and the
estuary.
The town councils involved are also playing a role
in the requalification of the riverside areas, and in
the urban integration, as priviliged areas of leisure,
putting an end to the abandonment to which they
were subjected in the past.
The legislation and compulsiveness of refuse
treatment to acceptable pollution levels, contributes
to the improvement of the water quality and it is
ensuring the renewal of fish stocks in the estuary.
When it is desired to define better the Great Tagus
estuary, opinions start to diverge, being to some
researchers the area of influence of the dynamic
tide (from Muge to S. Juli„o) and to others, the salt
tide, with the ichthyoplankton and sediments (Vila
Franca to Cascais).
Both concepts present variable limits with tide
amplitude and streamflow, but if we distance
ourselves somehow from the controversies of
biologists, geographers, and geologists and adopt
a more wide embracing vision, from a practical
point of view for navigation, we may consider the
estuary delimited upstream by the Muge bridge,
and downstream by the limits of the ebb terminal
limites do cone de vazante, desde a Fonte da Telha
‡ bÛia de espera e atÈ Cascais).
O estu·rio do Tejo apresenta, assim, uma ·rea
total de 43.000 ha, que inclui o jacto de vazante
com 10.000 ha, da qual ficam a descoberto 10.000
ha na baixa-mar (Zona Entre-marÈs) repartidos por
2.500 ha de sapais e 8.500 ha de vasa.
O seu perÌmetro È igualmente impressionante,
atingindo as 150 M em preia-mar.
Tem uma margem direita de orografia mais
acidentada, geologicamente resultante dum maciÁo
vulc‚nico do PaleozÛico, e uma margem esquerda
de planÌcies, resultantes da sedimentaÁ„o das bacias
hidrogr·ficas do Tejo e Sado, partilhadas h· milhıes
de anos atr·s. O Tejo separa uma zona urbana, a
Norte, duma zona agrÌcola, a Sul, que chegou a
estar fortemente industrializada nas margens do
Montijo, Barreiro (CUF, Siderurgia Nacional) e
Almada (estaleiros da Lisnave).
O estu·rio do Tejo È uma zona de elevada
produtividade biolÛgica, apesar das grandes
flutuaÁıes dos factores abiÛticos, como a
salinidade e a temperatura. Estes factores,
aliados ‡ altern‚ncia de perÌodos de imers„o/
emers„o e ‡ grande mobilidade dos sedimentos,
produzem no entanto um ambiente fÌsico e
quÌmico facilitador da fauna e flora.
A flora È constituÌda pelo fitopl‚ncton,
diatom·ceas e dinoflagelados, por microbentos, que
È uma comunidade de micro-algas que coloniza os
sedimentos da zona entre-marÈs, por macrÛfitas e
uma variedade grande de vegetaÁ„o do sapal,
respons·veis pelos ciclos biogeoquÌmicos,
assegurando um interc‚mbio de energia entre os
meios terrestre e aqu·tico.
A fauna È constituÌda por uma grande variedade
de zoopl‚ncton, por macrozoobentos com especial
relevo para bivalves, crust·ceos dec·podes,
camarıes com interesse comercial, e por uma
ictiofauna constituÌda por 78 espÈcies de peixes,
pertencente na sua maioria a espÈcies costeiras que
utilizam o estu·rio durante o seu ciclo de vida.
A avifauna utiliza o estu·rio pela grande
disponibilidade de alimento, e tambÈm como poiso
e estadia nas suas rotas migratÛrias.
No estu·rio h· garÁas, corneteiros, patos,
gaivotas perna-longa, flamingos, corvos marinhos
e alfaiates que s„o o sÌmbolo da reserva pela sua
28
lobe from Fonte de Telha to the waiting buoy and
up to Cascais.
In this way the Tagus estuary covers a total area
of 43.000 ha, which include the ebb stream with
10.000 ha, and of which 10.000 ha are uncovered
at low tide (area between tides) divided by 2.500
ha of salt marshes and 8.500 ha of ebb.
Its perimeter is equally impressive, reaching 150
M at high tide.
It has a right margin with more rugged orography,
the geological product of a volcanic massif of the
Paleozoic, and a left margin with plains, resulting
from the sedimentation of the hydrographic basins
that the Tagus and Sado shared millions of years
ago.
Tejo separates an urban area on the North side
from an agricultural area to the South which once
was heavily industrialized on the margins of
Montijo, Barreiro (CUF, ìCompanhia Uni„o
Fabrilî and Siderurgia Nacional) and Almada
(Lisnave shipyards).
The Tagus estuary is an area of high biological
productivity, despite the large fluctuations in
abiotic factors, such as salinity and temperature.
These factors, allied to alternating periods of
immersion / emersion and the great mobility of
the sediments, produce however a physical and
chemical environment that favour fauna and
flora.
The flora consists of phytoplankton, diatoms and
dinoflagelates, of microphytobenthos, a
community of microalgae that colonizes the
sediments of the intertidal zone, by macrophites
and by a great variety of vegetation of the salt
marshes, which are responsible for the
biogeochemical cycles, ensuring an interchange of
energy between the terrestrial and aquatic
environments.
The fauna is made up of a large variety of
zooplankton, by macrozoobenthos especially
bivalves, decapode crustaceans, shrimps of
commercial interest, and by an ichthyofauna
composed of 78 species of fish, belonging mainly
to coastal species that use the estuary during their
lifecycle.
Tha avifauna utilizes the estuary for the large
availability of food, as well as nesting and resting
place in their migratory routes.
abund‚ncia, sendo o guincho e o maÁarico direito
os mais abundantes durante o Inverno.
Estas populaÁıes estuarinas s„o muito
vulner·veis ‡s perturbaÁıes do seu habitat, por isso
foi criada a Reserva Natural do Estu·rio do Tejo,
em 1976, para proteger as rotas migratÛrias das
aves aqu·ticas e os quantitativos costeiros de
pescado.
No estu·rio do Tagus desenvolvem-se algumas
actividades, como a pesca, a exploraÁ„o de
bivalves, a aquacultura, a produÁ„o de sal, o lazer,
a ind˙stria, a navegaÁ„o e, mais recentemente, o
turismo.
A pesca de subsistÍncia È praticada por algumas
populaÁıes ribeirinhas, desde Muge atÈ ‡ foz.
Nas primeiras dÈcadas do sÈculo XX, a migraÁ„o
sazonal de Inverno, de pescadores do Norte em
direcÁ„o ao Ribatejo, comeÁou a fixar-se no
estu·rio. Eram conhecidos conforme as terras
donde vinham: os Varinos de Ovar, os Murtoseiros
da Murtosa, os Avieiros de Vieira de Leiria. Estes
trÍs grupos fixaram-se ‡ beira rio e, no caso dos
Avieiros, ainda subsistem populaÁıes que mantÍm
tradiÁıes piscatÛrias, resistindo a outras formas
laborais, vivendo em pequenos aglomerados nas
margens do rio, com as suas construÁıes palafÌticas
e as suas bateiras.
A apanha de moluscos bivalves nos bancos
naturais entre-marÈs È tambÈm uma actividade
tradicional que se exerce ainda no estu·rio do Tejo.
Apesar do desaparecimento dos bancos de ostras,
a apanha de berbig„o, mexilh„o e lamejinha tem
ainda alguma import‚ncia econÛmica.
As Zonas do Estu·rio do Tejo
Atendendo ‡s caracterÌsticas de navegabilidade
e aspectos das zonas ribeirinhas adjacentes, o
estu·rio do Tejo apresenta cinco zonas distintas.
Zona 1. O Alto Estu·rio, entre Muge e Vila
Franca, que È a mais apreciada pela navegaÁ„o de
cruzeiro, naveg·vel com qualquer marÈ atÈ ao Cais
da Palhota, a 3 M de Muge, precisando depois do
auxÌlio da marÈ para montante.
Zona 2. O MÈdio Estu·rio Superior, entre Vila
Franca e a ponte Vasco da Gama, caracterizada
pelo alargamento do estu·rio, com o aparecimento
de ilhas (mouchıes), sapais e extensas ·reas de vasa,
e incluÌda quase totalmente na Reserva Natural do
29
In the estuary there are egrets, flycatchers, ducks,
seagulls, blackwinged stilts, flamingos, cormorants,
and avocets that are the symbol of the reserve by
their abundance,But the black headed gull and the
blacktailed godwit are the most abundant during
winter.
These estuarine populations are very vulnerable to
changes in their habitat, and therefore the Nature
Reserve of the Tejo Estuary was created in 1976, to
protect the migratory routes of aquatic birds and the
coastal stocks of fish.
In the Tagus estuary a few activities are developed
such as fishing, bivalve harvesting exploration,
aquaculture, salt production, leisure, industry,
navigation, and more recently tourism.
Sustenance fishing is practiced by some populations
of the riverside villages from Muge until the mouth.
In the first decades of the 20th century, the seasonal
winter migration of fishermen from the north towards
Ribatejo, started to establish itself in the estuary. They
are known according to the land where they came
from: the ìvarinosî (fishsellers) from Ovar, the
ìMurtoseirosî from Murtosa, the ìAvieirosî, from
Vieira de Leiria. These three groups settled at the
riverside and as far as the Avieiros are concerned, there
still subside populations that mantain fishing traditions
and resist other forms of labour, living in small
agglomerates by the river margins, with their palafittic
constructions (houses sitting on silts) and their dories.
Bivalve mollusc harvesting in the natural intertidal
banks is also a traditional activity that is still practiced
in the Tejo estuary. Despite the disappearance of
oyster banks in the Tejo estuary, harvesting of cockles,
mussels and peppery furrow shells still has some
economic importance.
The Tagus Estuary Zones.
Taking into consideration the navigability
characteristics and aspects of the adjacent riverside
areas, the Tagus estuary presents five distinct zones.
Zone 1. The Upper Estuary, between Muge
and Vila Franca; the most appreciated by the
crusing navigation, it is sailable in any tide up to
Cais da Palhota, three miles from Muge, needing
afterwards the help of the tide upstream.
Zone 2. The Middle Upper Estuary, between
Vila Franca and the Vasco da Gama Bridge,
characterized by the widening of the estuary, with
Estu·rio do Tejo, com uma profundidade mÈdia
de 2 metros, cuja navegaÁ„o sÛ È possÌvel pelos
canais e calas devidamente sinalizados.
Zona 3. O MÈdio Estu·rio Inferior, entre a
ponte Vasco da Gama e a linha entre Lisboa e
Almada, mais conhecido por ìMar da Palhaî, com
uma profundidade mÈdia de 7 metros e alguns
baixios, onde o acesso ‡s zonas do Montijo e
Barreiro est· limitado aos canais, e pelas marÈs, a
montante destes locais.
2","

+%
the appearance of bars or ìmouchıesî (alluvial
islands), salt marshes, and extensive areas of ebb,
and included almost in total in the Nature Reserve
of the Tagus Estuary, with an average depth of 2
m, which is sailable only through duly marked
channels and fairways.
Zone 3. The Middle Lower Estuary, between
the Vasco da Gama Bridge and the line between
Lisbon and Almada, better known as ìMar da
Palhaî (Palha Sea), with an average depth of 7 m
and some shallows, where the access to the Montijo
$%
,
-./ "
("
(&
%"


%&'
 $
4   #
"
&

$'&()*
4 ""
(&
)*"
#"$ #
)*"
+"" " /
45
 3
"+

1
(0
)*"*  +
4! 43! ) ! )5!
Figura 10 - Estu·rio do Tejo. Tejo estuary.

Zona 4. O Baixo Estu·rio Interior, entre
Lisboa/Almada e a Linha de Entre-torres, que
compreende um estreito e profundo canal
atravessado pela ponte 25 de Abril, que se alarga a
seguir ‡ Torre de BelÈm, com baixios por altura
do Bugio (Cachopo Sul).
Zona 5. O Baixo Estu·rio Exterior, que
compreende o jacto de vazante, de limites
imprecisos, atÈ Cascais e BÛia de Espera, com as
zonas adjacentes, numa ·rea aproximada de 100
km, com zonas de baixios, contendo os canais de
areas and Barreiro is limited to the channels and
by the tides upstream from there.
Zone 4. The Lower Inner Estuary, between
Lisbon and Almada, and the Linha-Entre-Torres
(the Line-Bewteen-Towers) downstream,
comprises a narrow and deep channel crossed by
the 25th of April Bridge, widens after the Tower
of BelÈm, with shallows near Bugio (Cachopo Sul).
Zone 5. The Lower Outer Estuary, which
comprises the ebb stream of imprecise limits until
Cascais and the waiting buoy, which together with

30
entrada no porto de Lisboa, mais conhecidos por
Barras Norte e Sul.
No Alto Estu·rio e MÈdio Estu·rio Superior
È indispens·vel o conhecimento dos canais e calas,
dos portos e fundeadouros, e, acima de tudo, das
marÈs, para uma navegaÁ„o com seguranÁa.
Atravessa-se uma zona de lezÌrias e a Reserva
Natural do Estu·rio do Tejo.
Todo o MÈdio Estu·rio Inferior (Mar da
Palha) e Baixo Estu·rio Interior s„o acessÌveis
‡ navegaÁ„o de longo curso, de grandes calados,
com canais e fundeadouros devidamente
sinalizados. As suas margens Norte s„o ocupadas
em grande parte pelo porto comercial de Lisboa,
espaÁos l˙dicos e portos de recreio. As margens
Sul, primitivamente agrÌcolas e com pÛlos
industriais, hoje em extinÁ„o, est„o agora sujeitas
a uma press„o urbanÌstica crescente.
Estas duas zonas s„o tambÈm um lugar
privilegiado para regatas em ·guas abrigadas, que
se realizam todo o ano.
O Baixo Estu·rio Exterior, de limites
imprecisos e mais conhecido por BaÌa de Cascais,
contÈm os dois canais de entrada do porto de
Lisboa (as barras, que terminam na Linha de
Entre- -torres). Tem condiÁıes mais prÛximas da
navegabilidade em mar aberto, est· abrigado dos
ventos dominantes de NW, mas pode oferecer
perigos durante os temporais de SW, que chegam
a impedir a navegaÁ„o, com rebentaÁ„o nos
baixios dos Cachopos Norte e Sul e encerramento
das Barras de entrada no porto de Lisboa.
… tambÈm um local de fundeadouro para a
navegaÁ„o comercial que aguarda autorizaÁ„o de
entrada no porto e um excelente campo de
regatas, livre das fortes correntes que se fazem
sentir no interior do rio.
… uma zona muito utilizada pela n·utica de
recreio, mas È desabrigada para a ondulaÁ„o de
Oeste e Sul, totalmente desaconselhada com mau
tempo, que È muito raro fora do Inverno.
Foi um dos lugares seleccionados para a TaÁa
da AmÈrica e um dos melhores campos de regata
do mundo, onde se realizaram o anos passado os
Campeonatos Mundiais de Vela da ISAF para as
classes olÌmpicas, com mais de 1.700 velejadores
representando 75 paÌses, onde foram
seleccionados os melhores atletas para os Jogos
OlÌmpicos.
31
the adjacent areas is approximately 100 km2 in
area, with zones of shallows, includes the entrance
channels to the Lisbon port, better known as
North and South Bars.
In the Upper and Middle Upper Estuaries, it is
essential to have a knowledge of channels and
fairways, of ports and anchorages, and above all
the tides, for safe navigation. An area of
meadowlands and the Nature Reserve of the Tejo
Estuary are crossed.
The Entire Lower Middle Estuary (Mar da
Palha) and Inner Lower Estuary are accessible
to long course navigation and to that of large
draughts with channels and duly marked
anchorages. Its North margins are occupyied to
a large extent by the commercial port of Lisbon,
entertainment areas and recreational harbours. The
South margins originally agricultural and with
industrial centres (nowadays in extinction), are
now subjected to increasing urban pressure.
These two areas are also a privileged place for
regattas in sheltered waters, which take place all
year around.
The Lower Outer Estuary of imprecise limits
and better known as Cascais Bay, has the two
entrance channels of the Lisbon Harbour (the
bars), which end in the Linha-de-Entre-Torres
(Line-Between-Towers). It has conditions closer
to open sea navigability, it is sheltered from the
prevailing NW winds, but it may offer dangers
during the SW storms, which may even prevent
navigation with wave breaking in the shallows of
the North and the South Cachopo and closure of
the Bars at the entrance to the Lisbon Harbour.
It is also an anchorage for commercial navigation
which waits authorization to enter the harbour and
it is an excellent course for regattas, free from the
strong currents which are felt inside the river.
It is an area very much used by recreational
sailing, but it is unsheltered from the West and
South waves and totally inadvisable in bad
weather, which is very rare outside winter.
It was one of the places selected for the
Americaís Cup and it is one of the best regatta
courses in the world, where in the past year took
place the ISAF World Sailing Championships for
Olympic classes, with more than 1700 sailors
representing 75 countries, where the best athletes
were selected for the Olympic Games.
Reserva Natural do Estu·rio do Tejo
4 %"
8-9"
-
4 
:"
8"
45 (
("
43! 4!
Figura 11 - MÈdio Estu·rio Superior.
A melhor forma de visitar a Reserva È, sem
d˙vida nenhuma, de barco. Este oferece-lhe a
possibilidade de aÌ permanecer algum tempo e
desfrutar duma natureza selvagem ˙nica.
Prepare cuidadosamente a expediÁ„o e leve uma
boa m·quina fotogr·fica com tele-objectiva.
Com uma extens„o de mais de 14.000 ha, È uma
das maiores zonas h˙midas da Europa.
Esta zona de ìnurseryî para muitos peixes
costeiros, como linguados, robalos e outras espÈcies
sedent·rias, como o caboz de areia e o camar„o
mouro, È tambÈm o local de transiÁ„o para peixes
migradores como a lampreia, a savelha e a enguia.
… o local de invernada de in˙meras espÈcies da
avifauna, que chegam a ultrapassar as 120.000 aves,
nas suas migraÁıes entre a ¡frica e a Europa.
Ter o privilÈgio de fundear entre as lezÌrias, com
touros e cavalos para as touradas ‡ portuguesa,
coloridos por bandos de flamingos de plumagem
rosa e a vegetaÁ„o dos sapais, tem qualquer coisa de
m·gico que n„o se encontra em mais nenhum lugar.
32
The Nature Reserve of the Tejo Estuary
",-
."
6"&*%
#7
8.2/
8"
&%"
."&;7
6"&%
"$"
) !
The Middle Upper Estuary.
The best way to visit the Reserve is undoubtedly
by boat. This offers the possibility of remaining
there for some time and enjoy the unique wild nature.
Prepare the expedition carefully and take a good
camera with a telephotolens.
With an extension of more than 14 000 ha, it is
one of Europeís largest humid zones.
This nursery area of many coastal fish, such as the
sole, the sea bass, and other sedentary species, such
as the goby and the Moorish shrimp is also a place
of transition for migratory fish such as the lamprey,
the menhaden, and the eel. It is the wintering site
for countless species of the avifauna which may
surpass 120 000 birds, in their migrations between
Africa and Europe.
To have the privilege of anchoring between the
meadowlands, with bulls and horses for the
Portuguese-style bullfights, coloured by flocks of
pink plumaged-flamingos and the vegetation of the
salt marshes, has something magical which cannot
be found anywhere else.
Zona Entre-marÈs
4
$<
$<


45


4
4! 4!
Figura 12 - Zona entre-marÈs.
As marÈs influenciam profundamente o estu·rio
e condicionam toda a navegaÁ„o. A superfÌcie entre-
marÈs È de 10.000 ha. Com um volume mÈdio de
marÈ de 8x108 m3, muito significativo face ao
volume de ·gua abaixo do nÌvel inferior da marÈ
de 2x109 m3, representando quase um terÁo do
total. A amplitude mÈdia È de 2,6 m, num regime
semi-diurno, com os tempos de enchente mais
longos do que os de vazante.
A intrus„o salina faz-se sentir atÈ Vila Franca de
Xira, a 30 M da foz. Em regime de cheia, a salinidade
da ·gua na zona Alcochete / PoÁo-do-Bispo È da
ordem de 10 0/00, enquanto que em regime de
estiagem, com os caudais dos rios reduzidos, os seus
valores podem elevar-se para 25 0/00.
Saber determinar com rigor a marÈ local È
indispens·vel para quem navega com pouca ·gua,
como indispens·vel È ter uma tabela de marÈs.
Para a navegabilidade do Alto Estu·rio pode
ainda contar com a informaÁ„o do caudal do rio
disponÌvel ìonlineî na estaÁ„o de Omnias, bem
como das tabelas de marÈs atÈ ao Carregado.
33
Inter-tidal Zone
10<
43! 4! 4 !
The Inter-Tidal Zone.
The tides influence profoundly the estuary and
condition all the navigation.
The surface between tides is 10.000 ha.
With an average tidal volume of 8 × 108 m3, highly
significant in relation to the water volume below the
lower tide level of 2 × 109 m3, representing almost
one third of the total. The mean amplitude is 2.6 m,
in a semidiurnal regime with flooding times longer
than draining periods.
The salt intrusion is felt up to Vila Franca de Xira,
30 M from the mouth.
In flooding regime, the water salinity in the
Alcochete / PoÁo-do-Bispo area is of the order of
10 â, while in drought regime, with the streamflow
reduced, its values may rise up to 25 â.
To be able to determine rigorously the local tide
is indispensable for someone sailing in shallow water,
and it is also essential to have a tide table.
For navigability in the Upper Estuary, you may
still count on information about the streamflow,
available ìon-lineî at the Omnias station, as well as
tide tables up to Carregado.
Altura livre para a navegaÁ„o nos Free height for navigation in the
canais sob as pontes channels under the bridges

A altura livre sob uma ponte È dada pela altura The height of the rectangle (clearance) with the useful
do rect‚ngulo (gabarito) com a largura ˙til do canal width of the channel and whose upper side does not
e cujo lado superior n„o cruza qualquer elemento cross any element on the bridge deck, and the lower
do tabuleiro da ponte e o lado inferior coincide side coincides with a determined water level or
com um determinado nÌvel da ·gua, ou outro, another defined by a determined criterion, such as
definido por um determinado critÈrio, como o the Hydrographic Zero or the Topographic Zero.
Zero Hidrogr·fico ou o Zero Topogr·fico. The Topographic Zero is the reference for
O Zero Topogr·fico È o referencial para as cotas measures on land and it is given by the average sea
em terra e È dado pelo nÌvel mÈdio do mar. O level; the Hydrographic Zero is the reference for
Zero Hidrogr·fico È o referencial para as cotas na measures in the water, and in the Lisbon zone it is
·gua; na zona de 2.08 m below the
Lisboa, fica 2,08 m Topographic Zero.
abaixo do Zero During the
Topogr·fico. construction of the
Durante a constru- LezÌria bridge, some
Á„o da ponte da LezÌria doubts arose as to the
surgiram d˙vidas com possible highest
a possÌvel maior limi- limitation to the height
taÁ„o ‡ altura dos of a boatís mast.
mastros das embar- Figura 13 - Ponte Marechal Marechal Carmona As a follow up to
caÁıes. Carmona. 24,6 m (ZH) bridge. 24,6 m (ZH) those concerns, the
Na sequÍncia dessas cabinet for
preocupaÁıes, o Gabinete de ComunicaÁ„o e Communication and Image of Estradas de Portugal
Imagem das Estradas de Portugal foi contactado (ìRoads of Portugalî) was contacted during the
durante a construÁ„o construction by ANC
pela ANC, em 2004, e (AssociaÁ„o Naval de
por outros associados Cruzeiros) in 2004, and
no final das obras, em by other associates at
2006. Em ambas as the end of the works in
alturas divulgou os 2006. On both
seguintes dados: occasions divulged the
Ponte Marechal following data:
Carmona (Vila Franca Marechal Carmona
de Xira Bridge (Vila Franca de
Gabarito ñ 22,5 m Figura 14 - Ponte da LezÌria bridge. Xira): clearance ñ 22.5
LezÌria. 22,7 m (ZH) 22,7 m (ZH) m (in relation to the
(em relaÁ„o ‡ mÈdia
das cotas de preia-mar e de baixa-mar). average measures of high tide and low tide).
Ponte da LezÌria ( Carregado) LazÌria Bridge (Carregado): clearance ñ 20.65 m
Gabarito ñ 20,65 m (em relaÁ„o ‡ mÈdia das (in relation to the average of the high tide and low
cotas de preia-mar e de baixa-mar). tide measures).
Como est· bem claro, este gabarito tem como As it is pretty clear this clearance has as reference
referencial o Zero Topogr·fico (mÈdia das marÈs). the Topographic Zero (mean of tides).
Se corrigirmos para o zero hidrogr·fico, acres- If we correct to the Hydrographic Zero adding
centando 2,08 m obteremos: 2.08 m we obtain: Vila Franca Bridge (Marechal
Ponte Marechal Carmona: Gabarito ñ 24,58 m. Carmona): clearance ñ 24.58 m

34
 Ponte da LezÌria: Gabarito ñ 22,73 m.
Perante as preocupaÁıes com a navegabilidade
sob a ponte da LezÌria, a EP Estradas de Portugal
EPE efectuou, em 2007, um estudo em que
apresenta os seguintes dados referenciados ao
Zero Hidrogr·fico:
Ponte de Vila Franca (Marechal Carmona):
Gabarito ñ 21,7 m.
A10 - Ponte da LezÌria, Gabarito ñ 22,68 m.
Com tamanha discrep‚ncia de informaÁıes, em
que a ponte da LezÌria sofre um pequeno
encurtamento do gabarit de 0,05 m, o que pode ser
justific·vel, mas onde a ponte Marechal Carmona
tem um encurtamento de 2,88 m, fomos obrigados
a fazer um estudo da situaÁ„o.
Na impossibilidade de medirmos as pontes a
partir dos tabuleiros, fizemos primeiramente
fotografias de barcos sob os tabuleiros, pelas quais
nos apercebemos dos erros da ˙ltima comunicaÁ„o
das EP Estradas de Portugal.
Decidimos ent„o fazer um estudo mais rigoroso,
por telemetria de laser, que confirmou os
resultados do primeiro comunicado das EP
Estradas de Portugal.
Assim, para as pontes crÌticas para a navegaÁ„o
do estu·rio, temos os seguintes gabaritos
referenciados ao ZH:
Ponte Marechal Carmona ñ 24,6 m.
Ponte da LezÌria ñ 22,7 m.
As restantes pontes n„o oferecem tantas
limitaÁıes:
Ponte Vasco da Gama, Calas Sul e Samora ñ 30 m.
Ponte Vasco da Gama Cala Norte ñ 45 m.
Ponte 25 de Abril ñ 70 m.
Caten·rias de alta tens„o sobre o rio ñ 25 m.
Para determinar a altura livre acima do mastro
da embarcaÁ„o, basta adicionar, ‡ altura do mastro
‡ ·gua, a altura da marÈ local.
O barco da Figura 14 tem um masrtro de 19 m e
a marÈ local È de 1,2 m.
Altura livre acima do mastro: 22,7-(19+1,2)=2,5
Sob as caten·rias de alta tens„o deve evitar-
se passar a meio do rio, onde s„o mais baixas,
para resguardar ao m·ximo duma possÌvel
descarga, sobretudo em dias de maior
condutibilidade atmosfÈrica.
35
LezÌria Bridge: clearance ñ 22.73 m.
Faced with the preoccupations about navegability
under the LezÌria bridge, EP Estradas de Portugal
EPE carried out in 2007 a study in which it presents
the following data (referenced to the Hydrographic
Zero):
Marechal Carmona Bridge (Vila Franca): clearance ñ
21.7 m
A10 ñ LezÌria Bridge: clearance 22.68 m.
Faced with such enormous discrepancies in this
information in which the LezÌria Bridge suffers a small
shortening of clearance by 0.05 m, which may be
justifiable, but where the Marechal Carmona Bridge
has a shortening of 2.88 m, we were obliged to
undertake a study of the situation.
Given that it is impossible to measure bridges from
their decks, initially we took photographs of boats
under the decks with which we became aware of the
mistakes in the last communication of EP Estradas
de Portugal.
We decided then to undertake a more rigorous study
by laser telemetry which confirmed the results of the
first communication of.
Hence, for the bridges critical for navigation in the
estuary we have the following clearances referenced
to HZ:
Marechal Carmona Bridge ñ 24.6 m
LezÌria Bridge ñ 22.7 m
The remaining bridges do not pose so many limitations:
Vasco da Gama Bridge, Cala Sul (South Fairway) and
Samora ñ 30 m
Vasco da Gama Bridge , Cala Norte (North Fairway)
ñ 45 m
25th of April Bridge ñ 70 m
High voltage catenaries over the river ñ 25 m.
To determine the free height above the vesselsís
mast it is enough to add to the mastsí height the
water and the height of the local tide.
See figure 14. The vessel has mastsí height the water
19 m and local tide it is 1,2 m.
Free height above the vesselsís mast it is:
22,7 - (19 + 1,2) = 2,5 m.
Under the high voltage power lines avoid passing
by in the middle of the river where they are low,
for maximum protection from a possible
discharge, above all in days of greater
atmospheric conductibility.
Tipos de redes e aparelhos de pesca. Types of fishing nets. How to avoid
Como evitar esses perigos these dangers

As redes de meix„o ou angula, s„o aparelhos com The glass eels or elver nets are fishing tools in the
a forma de uma manga cÛnica, com a boca, cabeÁo shape of a conical sleeve with a mouth, head or
ou porta, voltada para door turned
jusante e a cauda ou  downstream and the
rabeta para montante, tail upstream, where
= 3  =  = 
onde fica retida a the elvers are retained
angula e outro pescado as well as other catch
que sobe o rio. Dois that moves upstream.
ferros mantÍm a boca Two irons keep the
aberta ‡ enchente, e um mouth open to the
terceiro ferro mantÈm flooding and a third
a cauda e o recept·culo iron keeps the tail and
+6.

a montante. the receptacle
%

Estes aparelhos de 1

8
+#
upstream.
0
pesca apresentam 6 ou These fishing tools
7 bÛias ‡ superfÌcie, present 6 or 7 buoys at
Figura 15 - Rede de meix„o. A glass eel net.
um par a jusante na the surface, one pair
boca do aparelho seguida de outro par no downstream at the mouth of the tool, followed by
corpo, e trÍs ao longo da cauda para montante, another pair in the body, and three along the tail
as ˙nicas que o pescador levanta para recolher upstream, the only ones which the fisherman lifts
o pescado, mantendo-se o restante aparelho to collect the catch, and what is left of the tool
permanentemente na ·gua durante os seis meses remains permanently in the water during the six
da safra. months of harvest.

Figura 16 - Pescadores a montarem aparelhos. Fishermen setting up tools.

Por vezes n„o existe a bÛia de montante a
assinalar o local de recolha do pescado, sendo
substituÌda por um cabo amarrado ‡ margem, a
partir do qual o pescador pode recolher o peixe.
Nunca se deve navegar nas proximidades
destes aparelhos que tÍm aspectos diferentes
conforme a marÈ est· a encher ou a vazar, mas
que apresentam sempre um conjunto de 6 a 7 bÛias
na direcÁ„o do rio sendo aos pares as de jusante
e perpendiculares ao rio.
Sometimes there is no buoy upstream to mark
the harvesting place, instead it is substituted by a
cable tied to the margin, from which the fishermen
gather the fish.
Never sail in the vicinity of these tools, which
have a different appearance according to whether
the tide is rising or falling, but which always present
a set of 6 or 7 buoys in the direction of the river
flow, being those downstream paired and
perpendicular to the river.

36
 A pesca da angula È ilegal e constitui um crime
ambiental grave por ameaÁar a biodiversidade
marinha e a sustentabilidade das espÈcies
migratÛrias.
… de salientar que juntamente com a angula que se
mantÈm viva, ficam aprisionadas nas redes muitas
outras espÈcies que, deterioradas pelo tempo de
cativeiro, s„o lanÁadas ao rio.
… no rio que as angulas atingem a forma adulta de
enguias e muitas delas
emigram para o Mar dos
SargaÁos onde se repro-
duzem e morrem. Na
sua forma larvar atraves-
sam o Atl‚ntico durante
3 anos, primeiro com a
forma de uma folha de
oliveira e depois na
forma de angula, com
cerca de 5 cm de compri-
mento. … nesta etapa do
seu crescimento que
Figura 17 - Redes de meix„o
entram nos rios dos seus avistadas de bordo.
progenitores, onde atin-
gem o estado adulto, reiniciando um novo ciclo de
migraÁ„o.
Esta pesca È considerada t„o rent·vel como o
tr·fego de droga mas sem a agravante penal deste.
Figura 18 - Rede de meix„o abandonada na margem.
O quilograma da angula È vendido pelos
pescadores por v·rias centenas de euros a traficantes
espanhÛis, que s„o tambÈm os fornecedores das redes.
Os valores envolvidos no comÈrcio do meix„o ou
angula, que È considerada a terceira espÈcie mais
rent·vel em Portugal, estimam-se em 10 milhıes de
euros por ano, livres de impostos.
Nas margens do Tejo, vivem pequenas
comunidades piscatÛrias que s„o visitadas pelos
traficantes do pescado ilegal, mas ninguÈm denuncia
37
Fishing for elvers is illegal and constitutes a
serious environmental crime for threatening marine
biodiversity and the sustainability of migratory
species. It should be pointed out that together with
the elvers, which are kept alive, many other species
stay imprisoned in the net which, deteriorated by
the length of captivity, are thrown into the river.
It is in the river that the elver reaches the adult
eel stage restarting a new migratory cycle.
This fishing is
considered as profitable
as drug trafficking but
without the legal
penalties.
One kilo of elvers is
sold by fishermen for
several hundred Euros
to Spanish traffickers,
who are also the net
suppliers. This elver is
also known as the
ìPortuguese caviarî,
Elver nets seen
from board.
very much appreciated
in the North of Spain
and besides its gastronomical end it is also destined
to repopulation in aquaculture.
The values involved in the commerce of meix„o
or elver, which is considered the third most
Elver nets abandoned in the margin.
profitable species in Portugal, is estimated at 10
million euros per annum, which are taxfree.
In the Tagus margins live small fishing
communities that are visited by traffickers of
illegal fishing but nobody denounces them or
knows to whom the nets belong when the
authorities appear.
A kind of mafia, with connections to the traffic
of drugs, appears to dominate this commerce,
which the authorities do not manage to control.
nem sabe de quem s„o as redes quando as autoridades
aparecem. Uma espÈcie de m·fia, com ligaÁıes ao
tr·fego de droga, parece dominar este comÈrcio, que
as autoridades n„o conseguem controlar.
… um drama ambiental, que ocorre entre Outubro
e Abril quando a angula entra nos rios, nomeadamente
no estu·rio do Tejo, nas zonas do Carregado, Lezir„o,
Escaroupim e tambÈm na foz do Sorraia.
As autoridades levantam periodicamente muitas
dezenas de redes, que s„o logo substituÌdas, sem nunca
se conhecerem os seus donos. Parece que o crime
compensa!
Raramente conseguem apanhar alguÈm em
flagrante delito, a colocar redes ou a retirar o pescado.
Figura 19 - Pesca do s·vel.
Outro tipo de pesca do rio, mas este legal, È o
praticado pelos avieiros geralmente em bateiras
puxadas a remos, e que lanÁam uma rede atravessada
no rio, assinalada por uma mirÌade de flutuadores e
uma bÛia a uma centena de metros pela popa da
bateira.
Por vezes pescam durante a noite, com a rede ‡
deriva e iluminando a bÛia da extremidade desta,
para assinalar a sua posiÁ„o da rede durante a faina.
Figura 20 - Casal de avieiros.
Tipicamente cada bateira tem um casal, onde a
mulher rema enquanto o marido lanÁa as redes e
recolhe o pescado.
Deve passar-se sempre pela proa desses barcos,
quando est„o em faina de pesca.
38
It is an environmental drama, which takes place
between October and April, when the elvers enter
the rivers, namely the Tejo estuary, in the areas of
Carregado, Lezin„o, Escaroupim, and also at the
mouth of the Sorraia.
The authorities lift periodically many dozens of
nets, which are immediately substituted without
their owners ever being found. It seems that crime
pays!
They rarely manage to catch someone red-
handed, placing nets or removing the catch.
The fishermen know at what time the inspections
are done! And the authorities say that they do not
have efficient means for adequate and permanent
monitoring.
Fishing for allis shad.
Another type of river fishing, this time legal, is
that practiced by the avieiros generally in dories,
propelled by oars, who throw a net across the
river, marked by a myriad of floaters and a buoy
about one hundred metres from the stern of the
dory.
Sometimes they fish during the night, with a
drifting net and lighting the buoy on its extremity,
to mark the position of the net during their toil.
An ìavieiroî couple.
Typically each dory has one couple, where the wife
rows while the husband throws the net and takes
the catch.
Sail always by the prow of these boats that are
actively fishing.
Portos, marinas e fundeadouros do Harbours, marinas and anchorages of
Estu·rio do Tejo. the Tejo Estuary.

MARINAS: MARINAS:
CASCAIS CASCAIS
Marina de Cascais Marina de Cascais
38 42í N 9 25í W 38 42í. N 9 25í W
650 lugares 650 berths
E-mail: info@marinacascais.pt E-mail: info@marinacascais.pt
Internet: www.marinacascais.pt/ Internet: www.marinacascais.pt
VHF 9 e 16 VHF 9 e 16
Telefone: +351 21 4824857 Telephone: +351 21 4824857
Fax: +351 21 4824860 Fax: +351 21 4824860

LISBOA LISBOA
Marina do Parque das NaÁıes Parque das NaÁıes Marina
IndisponÌvel, com obras de reabilitaÁ„o. Unavailable, with rehabilitation works.

PORTOS DE RECREIO: RECREATIONAL HARBOURS:

OEIRAS OEIRAS
38 40í.6 N 9 19í W 38 40.6í N 9 19í. W
274 lugares, combustÌvel e estaleiro. 274 berths, fuel, and shipyard.
E-mail: precreio@oeirasviva.pt E-mail: precreio@oeirasviva.pt
Internet: www.oeirasviva.pt Internet: www.oeirasviva.pt
Porto de Recreio de Oeiras, 2780-267 Oeiras Porto de Recreio de Oeiras, 2780-267 Oeiras
Telefone: +351 21 4401510 Telephone: +351 21 4401510
Fax: +351 21 4401515 Fax: +351 21 4401515

DOCAS DE RECREIO: RECREATIONAL DOCKS:

LISBOA LISBOA
Doca De BelÈm BelÈm Dock
38 41.5í N 9 12.5í W 38 41.5 N 9 12.5¥í W
194 lugares, combustÌvel e estaleiro. 194 berths, fuel, and shipyard.
AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1400- AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1400-
038 Lisboa 038 Lisboa
Telefone: +351 21 6361246 Telephone: +351 21 6361246
Fax: +351 21 3624578 Fax: +351 21 3624578
E-mail: doca.belem@porto-de-lisboa.pt E-mail: doca.belem@porto-de-lisboa.pt
Internet: www.porto-de-lisboa.pt Internet: www.porto-de-lisboa.pt

Doca do Bom Sucesso Bom Sucesso Dock

3841.5í N 9 13í W 3841.5í N 9 13í W
179 lugares, combustÌvel. 179 berths, fuel.
AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1400- AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1400-
038 Lisboa 038 Lisboa
Telefone: +351 21 3013027 Telephone: +351 21 3013027
Fax: +351 21 3624578 Fax: +351 21 3624578
E-mail: doca.bomsucesso@porto-de-lisboa.pt E-mail: doca.bomsucesso@porto-de-lisboa.pt
Internet: www.porto-de-lisboa.pt Internet: www.porto-de-lisboa.pt
39
Doca de Santo Amaro Doca de Santo Amaro
38 41.5' N 9 10.5í W 38 41.5í N 9 10.5í W
331 lugares 331 berths
AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1300- AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1300-
012 Lisboa 012 Lisboa
Telefone: +351 21 3922011 Telephone: +351 21 3922011
Fax: +351 21 3922038 Fax: +351 21 3922038
E-mail: doca.stamaro@porto-de-lisboa.pt E-mail: doca.stamaro@porto-de-lisboa.pt
Internet: www.porto-de-lisboa.pt Internet: www.porto-de-lisboa.pt

Doca de Alc‚ntara Alc‚ntara Dock

38 41.5' N 9 10' W 38 41.5í N 9 10í W
442 lugares 442 berths
AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1300- AdministraÁ„o do Porto de Lisboa - APL - 1300-
012 Lisboa 012 Lisboa
Telefone: +351 21 3922048 Telephone: +351 21 3922048
Fax: +351 21 3922038 Fax: +351 21 3922038
E-mail: doca.alcantara@porto-de-lisboa.pt E-mail: doca.alcantara@porto-de-lisboa.pt
Internet: www.porto-de-lisboa.pt Internet: www.porto-de-lisboa.pt

N⁄CLEOS DE RECREIO: RECREATIONAL NUCLEI:

VILA FRANCA DE XIRA VILA FRANCA DE XIRA

Porto Desportivo Uni„o Desportiva Porto Desportivo Uni„o Desportiva
Vilafranquense Vilafranquense
Posto N·utico do UDV (Jardim Municipal) UDV Nautical Offices (Municipal Gardens)
Telefone: +351 26 3284724 Telephone: +351 26 3284724
Fax: +351 26 263284724 Fax: +351 26 263284724

ALHANDRA ALHANDRA
Alhandra Sporting Clube Alhandra Sporting Clube
Rua Dr. Miguel Bombarda, n.113 Apartado 56 Rua Dr. Miguel Bombarda, n.113 Apartado 56
2601-908 Alhandra 2601-908 Alhandra
Tel: +351 21 9500005 Tel: +351 21 9500005
Fax: +351 21 9500005 Fax: +351 21 9500005
E-mail: vela@clix.pt E-mail: vela@clix.pt

VALADA VALADA
O bordo interior do pont„o est· quase sempre The inner bord of the pontoon is nearly always
disponÌvel. available.

SALVATERRA DE MAGOS SALVATERRA DE MAGOS

Ocupado por pequenas embarcaÁıes locais e sÛ Occupied by small local vessels and only accessible
acessÌvel a partir da 4™ hora de enchente, pela vala after the 4th hour o flooding,
de Salvaterra. from the Salvaterra trench.

MONTIJO MONTIJO
SÛ pratic·vel acima de meia marÈ. Only practicable above half tide.

40
CAIS DE ATRACAGEM:
SEIXAL
Geralmente ocupado por pequenas embarcaÁıes
locais.
BARREIRO
So acessÌvel acima de meia marÈ.
MONTIJO
Ponte-cais dos Vapores sÛ acessÌvel acima de meia
marÈ.
ALCOCHETE
SÛ acessÌvel acima de meia marÈ.
ALHANDRA
Ponte-cais da APL, a jusante do n˙cleo de recreio.
VILA FRANCA DE XIRA
Ponte-cais da APL, a jusante do n˙cleo de recreio.
AZAMBUJA
Ponte-cais do pal·cio, sÛ acessÌvel acima de meia
marÈ.
Existem numerosos cais comerciais onde se poder·
embarcar um tripulante, mas os barcos de recreio
n„o s„o aÌ bem-vindos.
FUNDEADOUROS
Todo o estu·rio È de fundos de lodo e areia, com
alguns bancos de ostras. A margem de barlavento
È mais abrigada e n„o deve utilizar os canais de
navegaÁ„o para fundear. Nas cartas est„o
sinalizados os melhores fundeadouros.
RecomendaÁıes de navegaÁ„o
O estu·rio do Tejo È naveg·vel em toda a sua
extens„o para embarcaÁıes atÈ 2,5 metros de calado
e mastros de 20 metros, devendo acautelar-se nas
zonas n„o sinalizadas e de ·guas baixas, onde
dever· prever uma navegaÁ„o com a ajuda da marÈ.
Os fundos s„o de boa tenÁa. Os perigos mais
importantes para os veleiros s„o as cotas dos
tabuleiros das pontes e dos cabos de alta tens„o
que atravessam o rio. As cotas assinaladas nas cartas
referem-se ‡ meia-marÈ.
Se deseja subir o rio atÈ Valada na mesma marÈ,
dever· navegar a favor da corrente, sobretudo se
a sua velocidade È abaixo dos 7 nÛs, sendo
fundamental consultar uma tabela de marÈs e
escolher a hora de inÌcio da subida ou descida.
41
MOORING QUAYS:
SEIXAL
Generally occupied by small local vessels.
BARREIRO
Only accessible above half tide.
MONTIJO
Cais dos Vapores bridge only accessible above half
tide.
ALCOCHETE
Only accessible above half tide.
ALHANDRA
APL pier downstream from the recreational
nucleus.
VILA FRANCA DE XIRA
APL pier downstream from the recreational
nucleus.
AZAMBUJA
Palace pier only accessible above half tide.
There are several commercial quays where a crew
member may board, but recreational boats are not
welcome there.
ANCHORAGES
The entire estuary consists of mud and sand
bottoms, with some oyster banks. The windward
margins are more sheltered but donít use the
navigation channels to anchor. The best anchorages
are marked in the charts.
Recommendations for navigation
The Tagus estuary is navigable in all its extension
to vessels with draughts up to 2.5 metres and 20
metre masts, but care should be taken with zones
that are not marked and those of low water, where
it should be expected that the help of the tide will
be needed for sailing.
The bottoms are good holding ground.
The greatest dangers for yachts are the clearance
of bridge decks and the high voltage powerlines that
cross the river. The measures marked in the charts
refer to half tide.
If you desire to go up river to Valada in the same
tide, sail with the current, above all if your speed is
below 7 knots, since it is fundamental to consult a
tide table and to choose the time of ascent or descent.
 O Instituto Hidrogr·fico disponibiliza previsıes
de marÈs para mais de uma d˙zia de portos
secund·rios do estu·rio, como: PaÁo de Arcos,
PedrouÁos, Trafaria, Cacilhas, Alfeite, Montijo,
Seixal, Cabo Ruivo, Alcochete, Ponta da Erva,
PÛvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira e
Carregado.
A sua consulta È importante para a navegaÁ„o
no Alto Estu·rio e no MÈdio Estu·rio Superior,
mas, na falta das mesmas, poder-se-„o fazer
c·lculos aproximativos, a partir duma tabela de
marÈs de Lisboa.
A onda de marÈ sobe o rio a uma velocidade
aproximada de 18 nÛs. Nas marÈs vivas provoca
uma corrente ascendente que chega aos 2 nÛs e
descendente aos 3 nÛs.
A preia-mar est· assim atrasada aproxima-
damente uma hora em Vila-Franca e 2 horas em
Valada. A amplitude nos locais citados chega a
atingir ±10 % que em Lisboa.
Outro factor que influencia a altura das ·guas È
o caudal do rio, vulgarmente conhecido por
ì·guas de monteî. Pode igualmente ser
consultado na Internet ìonlineî, os dados da
estaÁ„o hidromÈtrica autom·tica de Omnias, que
se encontra algumas milhas acima do estu·rio,
fora da zona de influÍncia das marÈs.
Os seus valores tÍm interesse para quem planeia
uma progress„o para montante de Muge.
A hora ideal para iniciar a subida do rio È 2
horas apÛs a baixa-mar em Lisboa, que possibilita
subir o rio sempre com corrente a favor. A
descida do rio tambÈm deve fazer-se com a
corrente a favor, iniciando a descida
aproximadamente ‡ hora da preia-mar local ou
um pouco antes, n„o oferecendo qualquer
dificuldade, a n„o ser o poder cruzar uma onda
de marÈ e vir a navegar algum tempo contra
corrente.
Se a largada for de Muge ou Valada, deve
obrigatoriamente fazer-se 1 a 2 horas antes da
preia-mar local, para atravessar os baixios com a
marÈ a subir. Assim, se houver algum pequeno
encalhe, fica resolvido rapidamente. Passar com
a marÈ a descer È uma imprudÍncia pois, em caso
de encalhe ficar· aÌ muitas horas.
Os tempos de viagem dependem: das dist‚ncias,
da velocidade do barco (que, por sua vez, È funÁ„o
42
The Hydrographic Institute makes available tide
previsions for more than one dozen secondary
ports on the estuary such as: PaÁo de Arcos,
PedrouÁos, Trafaria, Cacilhas, Alfeite, Montijo,
Seixal, Cabo Ruivo, Alcochete, Ponta da Erva,
PÛvoa de Santa Iria, Vila Franca de Xira, and
Carregado.
Consulting them is important for navigation in
the Upper Estuary and in the Middle Upper Estuary
but if missing, approximations may be calculated
from a Lisbon tide table.
The tidal wave goes up river at a speed of
approximately 18 knots. In the spring tides it causes
an ascending current that reaches 2 knots and 3
knots descending.
High tide is thus delayed approximately one hour
at Vila Franca and 2 hours at Valada. The
amplitude in the places referred to may reach a
difference of ± 10% from Lisbon.
Another factor that influences the tide height is
the river flow, commonly known as ìmountain
watersî. It may also be consulted on the Internet,
ìonlineî, the data from the automatic Omnias
Hydrometric station, which is a few miles up the
estuary, outside the area influenced by the tides.
Its values are of interest to those who plan to
progress upstream from Muge.
The ideal time to start the river ascent is two hours
after low tide in Lisbon, which means that the
ascent is always done with the help of the tide.
The river descent should also be done with the
help of the current, starting at approximately the
time of the local high tide or shortly before, which
presents no difficulty other than perhaps coming
across a tidal wave, and sail for a while against the
current.
If the launch is from Muge or Valada, it should
be done always 1 to 2 hours before the local high
tide, to cross the shallows with the tide rising. In
this way, if there is any small grounding, it will be
resolved rapidly.
To go past during the ebb is reckless, since if there
is grounding, you will be stranded there for many
hours.
Travelling times depend on: the distances, the
speed of the boat, which in turn is a function of
the winds or the engine rotations, and naturally the
dos ventos ou das rotaÁıes do motor) e
naturalmente da corrente, que depende da escolha
da hora para o inÌcio da viagem. Todos estes
c·lculos fazem parte do divertimento dos
ìskippersî.
Fundear n„o requer cuidados especiais, mas deve
acautelar-se com os vizinhos e verificar se optaram
ou n„o por dois ferros, ou tÍm poita, pois rodar„o
de modo diferente.
Encalhar tambÈm n„o È nenhuma vergonha e n„o
oferece perigo deitar o barco nos lodos, a n„o ser
que queira passear na vasa.
Se ficar deitado no leito do rio, n„o È o primeiro
nem ser· o ˙ltimo, entretenha-se a cozinhar, ler, pescar,
e sobretudo n„o incomode ninguÈm com isso, pois
calmamente o seu barco voltar· a navegar assim que
a marÈ o permitir. Se est· nervoso, faÁa v·rias vezes
o c·lculo do tempo que demorar· a desencalharÖ
Poder· tambÈm dar um passeio pelas redondezas
e inspeccionar os zincos, o hÈlice, os machos de
fundo ou a qualidade da tinta de fundo. Um barco
tem sempre tanta coisa para fazer, que nem dar·
pelo tempo passar.
Nas zonas de lodos moles, n„o lhe chega calÁar
as botas de mar. Pode mesmo ser preferÌvel nem
sair do barcoÖ Os beliches do bordo que
assentou no fundo s„o os mais confort·veis, e
depois sempre È curioso passar algumas horas num
barco deitado.
Se est· na Reserva Natural do Estu·rio, passado
pouco tempo poder· estar rodeado de garÁas,
flamingos, corvos e alfaiates. Se eles aceitaram a
sua intrus„o nesse santu·rio, n„o os perturbe.
As quilhas actuais permitem melhores ‚ngulos
de bolina, mas s„o piores para encalhar.
Quando os fenÌcios, cartagineses, gregos,
romanos e mouros por aqui navegaram,
tambÈm encalhavam os barcos para os limpar
e reparar, antes de partirem com as cargas de
mercadorias.
Estar fundeado num sapal, ao pÙr-do-sol, È
sinÛnimo de ataque feroz de mosquitos, pelo que
deve tomar as medidas adequadas. Caso haja
escotilhas abertas, os simp·ticos mosquitos fazem-
se convidados e depois s„o difÌceis de expulsar.
A far m·cia de bordo tem pomadas e
comprimidos com anti-histamÌnicos e analgÈsicos,
mas sempre È melhor prevenir e usar repelentes
de insectos.
43
current, which depends on the choice of the starting
time for the journey. All these calculations are part
of the joys of the ìskippersî.
Anchoring does not require any special care, but
be careful with the neighbours and verify if they
have adopted or not for two anchors, or if they
have a deadweight or mushroom anchor because
they will rotate in a different manner.
To get stranded is no shame and it offers no
danger to lay the boat on the mud, unless you want
to go past during the ebb.
If you get stranded in the river bed, you will
not be the first nor the last, entertain yourself
cooking, reading, fishing, and above all donít
disturb anyone with it, because your boat will float
calmly as soon as the tide allows. If you are
nervous, calculate several times over the time it
will take to unstrand...
You may also go for a walk in the
neighbourhood and inspect the zincs, the
propeller, the seacocks, or the quality of the
bottom paint. A boat always has so much that
needs to be done that you will not even notice the
time go by.
In the areas of soft muds it is not enough to put
on sea boots. It may be even better not to leave
the boat... The bunks which you placed on the
bottom are the most comfortable, and then it is
always interesting to spend some time lying on a
boat.
If you are in the Nature Reserve of the Tejo
Estuary, soon you may be surrounded by egrets,
flamingos, comerants, and avocets. If they accept
your intrusion in their sanctuary, donít disturb them.
The present day keels allow better tack angles,
but they are worse to strand.
When the Phoenicians, Cartagenians, Greeks,
Romans, and Moors sailed here, they also
stranded their boats to clean and repair them,
before leaving with their cargos. To anchor in a
marsh at sunset is synonymous with a ferocious
mosquito attack, so adequate measures have to
be taken. If there are open hatches, the friendly
mosquitos invite themselves in, and afterwards
they are difficult to expel. The on-board
pharmacy has ointments and tablets with anti-
histamines and analgesics, but it is always better
to prevent any need for them and to use insect
repellents.
As praias do Estu·rio do Tejo
Apesar de muitas das praias do estu·rio nem
sempre serem recomendadas para banhos, elas
adquirem import‚ncia para o fundeio e aterragem
com o barco auxiliar.
No grande estu·rio do Tejo existem trÍs tipos de
praias com limites conhecidos, e que se diferenciam
pela sua gÈnese e caracterÌsticas geolÛgicas.
Figura 21 - Praia de Alcochete.
1. As praias do Alto Estu·rio, com
caracterÌsticas estritamente fluviais, de areias
com granulometria grosseira, que se depositam
em locais onde as correntes fluviais perdem
forÁa. Sendo estas partÌculas as mais pesadas
que o caudal do rio transporta, acabam por
decantar primeiro. A sua mobilidade È portanto
vari·vel, podendo, durante a Època estival,
quando as correntes perdem forÁa, formar
bancos de areia em ambas as margens e mesmo
a meio do rio.
2. As praias do MÈdio Estu·rio j· dependem
n„o sÛ da
forÁa das
c o r r e n t e s,
mas tambÈm
da energia
das ondas
dominantes
que se for-
mam quando Figura 22 - Praia do Ros·rio,
o vento so- na baÌa do Montijo.
pra ao longo do maior comprimento do
chamado Mar da Palha. A pouca profundidade
desta zona do estu·rio, devida ‡ existÍncia de
bancos de argila consolidada com matÈria
org‚nica, leva a um espraiamento da energia das
ondas, resultando na formaÁ„o de areais, de
uma forma est·vel e sustentada na margem Sul,
desde Alcochete ao Alfeite.
44
The beaches of the Tejo Estuary
Although many of the estuary beaches are not always
recommended for bathing, they acquire importance
for anchorage and going ashore with the dinghy.
In the greater Tejo estuary there are three types of
beaches with known limits and which may be
distinguished by their genesis and geological
characteristics.
Alcochete beach.
1. The beaches of the Upper Estuary, with strictly
fluvial characteristics, of sands with coarse grain
size, which deposit in places where the fluvial
currents lose their strength. Since these particles
are the heaviest that the river transports, they get
deposited first. Their mobility is therefore variable,
and they may even, during summer time, when the
currents lose strength, form sandbanks in both
margins or even in the middle of the river.
2. The beaches of the Middle Estuary, however,
are dependent not only on the strength of the
currents but also on the energy of the dominant
waves that
for m when
the wind
blows along
the greater
length of the
so-called Mar
da Palha
Ros·rio beach, (Palha Sea).
Montijo bay. The shallow
depth of this area of the estuary, due to clay banks
consolidated with organic matter, cause a
lengthwise spreading of the wave energy on the
beach, resulting in the formation of sands in a
stable and sustainable manner in the South margin
from Alcochete to Alfeite.
Here we find essentially sands of medium and
fine grain size, resulting from an alluvial plain.
 Aqui encontramos essencialmente areias de
granulometria mÈdia e fina, resultantes da existÍncia
de uma planÌcie de aluvi„o.
3. As praias do Baixo Estu·rio j· possuem
algumas caracterÌsticas marÌtimas, n„o sÛ devido ‡
elevada salinidade das ·guas, como tambÈm ‡s
texturas progressivamente mais finas da areia,
resultantes da energia das ondas do mar.
A maioria das praias do Baixo Estu·rio È vigiada
e as autoridades s„o exigentes no que toca ‡
proibiÁ„o do fundeio a menos de 300 metros.
3. The beaches of the Lower Estuary already
possess some maritime characteristics, not only due
to the high salinity of the water, but also to the
progressively finer textured sand, resulting from
the energy of the sea waves.
The majority of the beaches of the Lower Estuary
are surveilled and authorities are strict about the
anchoring prohibition at less than 300 metres from
shore.
Still in the Lower Estuary, two important sand
banks at the mouth of the river should be pointed

Figura 23 - Praia da Torre. Torre beach.

Ainda no Baixo Estu·rio devem salientar-se os out, Cachopos Norte and Sul, which result from
dois importantes bancos de areia da embocadura the creation of two vortices by the high currents
do rio, Cachopos Norte e Sul, que resultam da that are generated, not only during the falling tides
criaÁ„o de dois vÛrtices coupled with the water
pelas elevadas correntes flow rate of the river, but
geradas, n„o sÛ nas marÈs also by the force of the
vazantes, conjugadas com o flooding.
caudal que o rio movimen- This combination of
ta, como tambÈm pela forÁa ocean and fluvial currents
das enchentes. Esta combi- has already been studied
naÁ„o de correntes oce‚ni- and simulated through
cas e fluviais j· foi estudada mathematical modelling
e simulada atravÈs de programs, making it
progra-mas de modelaÁ„o Fig. 24 - Praias da Trafaria and possible to know
mate-m·tica, podendo com Trafaria e Cova do Cova do Vapor reasonably well the result of
eles conhecer-se razoavel- Vapor. beachs. the currents at any tide
mente as resultantes das correntes em qualquer height at the different points of the Lower Estuary
altura da marÈ nos diferentes pontos do Baixo throughout the year.
Estu·rio ao longo do ano. At present there is great mobility of sands at
Actualmente existe uma grande mobilidade de the Cachopos, that of South Cachopo being
areias nos Cachopos, sendo mais evidente a do more evident, since it is assumed that the sands
Cachopo Sul, uma vez que se presume que as areias that in the past would typically collect at the
que tipicamente se fixavam nas praias e cord„o beaches and dune line of the Coast and S. Jo„o
dunar da Costa e S. Jo„o da Caparica possam estar da Caparica will now be retained in the sand bank
a ficar retidas no banco de areia junto ao Bugio. next to Bugio.
Este enorme banco de areia, mais conhecido por This enormous sand bank, better known as
Golada, tem evoluÌdo ao longo dos ˙ltimos anos. Golada, has evolved over the last few years.
45
Regatas no Estu·rio do Tejo
O estu·rio do Tejo permite velejar todo o ano.
Mesmo com mau tempo de SW, pode evitar as
condiÁıes mais duras do Baixo Estu·rio e velejar
nas ·guas abrigadas do MÈdio Estu·rio.
Figura 25 - Match Racing no Tejo.
As regatas locais s„o uma constante em todas as
Èpocas, o que leva por vezes a alguma dificuldade
em montar os campos, para que sejam mÌnimas as
interferÍncias com as diversas classes em regata.
Figura 26 - Regatas do ISAF na baÌa de Cascais.
Os Clubes organizadores acertam previamente
as datas, para melhor optimizarem os recursos e
n„o oferecerem ‡ mesma Classe v·rios eventos
simult‚neos.
Para a vela ligeira, existe maior cuidado de
controlo da FederaÁ„o Portuguesa de Vela, na
medida em que organiza campeonatos de
apuramento para outros eventos internacionais.
O estu·rio do Tejo, especialmente a baÌa de
Cascais no Baixo Estu·rio, È considerado pelos
peritos como tendo os melhores campos de regata
do mundo. Nela esteve para se realizar a TaÁa da
AmÈrica, que ‡ ˙ltima hora foi desviada para o paÌs
vizinho.
Este ano realizaram-se aqui os Campeonatos do
Mundo de Classes OlÌmpicas da FederaÁ„o
Internacional de Vela, o maior evento mundial da
vela ligeira jamais realizado.
Todos os fins de semana h· regatas de cruzeiros.
46
Regattas in the Tejo Estuary
The Tejo Estuary allows sailing all year round.
Even in bad SW weather, the hardest conditions
may be avoided in the Lower Estuary, by sailing in
the sheltered waters of the Middle Estuary.
Tejo Match racing.
The local regattas are a constant at all times, which
sometimes causes some difficulty in setting up the
courses, so that the interferences are minimal with
the several classes in regatta.
ISAF racing in Cascais bay.
The organizing clubs reconcile previously the dates
so as to optimize the resources and not to offer the
same Class several simultaneous events.
With sailing there is greater control care by the
FederaÁ„o Portuguesa de Vela (the Portuguese Sailing
Federation), since it organizes qualifying
championships for other international events.
The Portuguese Sailing Federation, coordinates in
this manner the dates of events to optimize resources.
The Tejo estuary, especially the Cascais Bay in the
Lower Estuary, is considered by experts as having
the best regatta courses in the world.
The Americaís Cup nearly took place here, but at
the last moment it was diverted to the neighbouring
country.
In 2007 the World Championships of Olympic
Classes of the International Sailing Federation, the
biggest world sailing event ever, took place here.
Every weekend there are cruiser regattas.
O clima do Estu·rio
Clima È o conjunto mÈdio das condiÁıes
meteorolÛgicas que caracterizam o estado mÈdio
da atmosfera numa dada regi„o, referido a um
perÌodo alargado de tempo, em geral, 30 anos.
Assume grande import‚ncia no planeamento na
n·utica de recreio, ao dar as expectativas das
condiÁıes meteorolÛgicas que condicionam a
navegaÁ„o local.
O estu·rio È uma zona abrigada, com amplitudes
tÈrmicas reduzidas e facilidades portu·rias, o que
torna a estadia nas suas ·guas muito segura.
A grande maioria das embarcaÁıes estaciona nos
portos e marinas de recreio do estu·rio, mas alguns
preferem permanecer ancorados todo o ano,
economizando uma verba substancial.
A navegaÁ„o de recreio È possÌvel durante todo
o ano e È muito frequente a permanÍncia fora dos
portos e marinas de barcos residentes, nos mais
diversos locais do estu·rio, por tempos mais ou
menos prolongados.
O estu·rio est· sujeito aos sistemas frontais que
se deslocam de W para E, associados ‡ frente polar
que, no Inverno, se desloca para Sul.
No Ver„o estabelece-se um regime de Nortada,
resultante do posicionamento do Anticiclone dos
AÁores e da Depress„o IbÈrica, com ventos de
NW que se iniciam ao fim da manh„ e aumentam
de intensidade durante a tarde, atÈ aos 25 nÛs,
para desaparecerem ao fim do dia, dando lugar a
ventos tÈrmicos muito fracos de Este, que se
intensificam durante a noite, raramente
alcanÁando os 15 nÛs.
No Inverno, as amplitudes baromÈtricas s„o
mais elevadas e ocorrem raramente temporais
de SW.
A pluviosidade pouco passa dos 100 mm no
Inverno. … quase inexistente no Ver„o, quando as
temperaturas s„o mais elevadas e atingem os 28.
A North Atlantic Oscilation Arctic Oscilation,
resultante das deslocaÁıes do Anticiclone do
AÁores e da Depress„o da Isl‚ndia para Norte ou
para Sul, tem um car·cter cÌclico irregular, que
comeÁa por pequenas variaÁıes baromÈtricas de
Inverno, conhecidas por Ìndice NAOAO, que s„o
utilizadas para as previsıes das condiÁıes
meteorolÛgicas do prÛximo Ver„o.
47
The climate of the Estuary
Climate is the average set of metereological
conditions that characterize the mean state of
the atmosphere in a given region, averaged over
a large period of time, generally 30 years.
It assumes great importance in the
management of recreational sailing, giving the
expectations of the metereological conditions,
which condition the local navigation.
The estuary is a sheltered area, with reduced
thermal amplitudes and harbour conditions,
which makes a stay in its waters very safe.
The majority of vessels berth at the ports and
recreational marinas of the Estuary but some
prefer to remain anchored all year around, saving
a substantial sum.
Recreational navigation is possible throughout
the year and it is very frequently away from the
resident ports and marinas, in the most diverse
places of the estuary for longer or shorter
periods.
The estuary is subjected to frontal systems that
move from West to East, associated with a polar
front that moves Southwards in Winter.
In summer a regime of ìNortadaî sets in,
resulting from the positioning of the Azores
anticyclone and the Iberian depression. With
NW winds that start at the end of the morning
and increase in intensity during the afternoon up
to 25 knots, to disappear at the end of the day
giving place to weak Easterly thermal winds that
intensify during the night but rarely reaching 15
knots.
In Winter the barometric amplitudes are higher
and SW storms rarely occur.
Rainfall goes little above 100 mm in Winter,
and is almost inexistent in Summer, when the
temperatures are higher, reaching 28.
The North Atlantic Oscilation Arctic
Oscilation, resulting from the displacements of
the Azores anticyclone and the Iceland
Depression in a Northerly or Southerly direction,
has an irregular cyclic character that starts with
small barometric variations in winter, known as
NAOAO index, which are used to forecast
metereological conditions for the following
Summer.
 A figura seguinte compara o regime NAO (+) com
as frentes a deslocarem-se para o Norte e a corrente
quente do Golfo a banhar directamente a PenÌnsula
com a situaÁ„o inversa do regime NAO (-).
Este Ìndice, que se determina com 6 meses de
antecedÍncia, È um bom indicador para o
planeamento do cruzeiro de Ver„o que, sendo
-(/(/0
)
(
 
! !
Figura 27 - InfluÍncia das NAO no clima da Europa.
raramente negativo, desaconselha ent„o a navegar
para W, como por exemplo ir aos AÁores, ou
mesmo para N, atravÈs da costa, arriscando-nos a
navegar com depressıes cavadas, ventos frescos e
chuvas pouco desej·veis para uma calma navegaÁ„o
de cruzeiro.
As ·guas interiores, como os estu·rios e rias, s„o
um lugar seguro para abrigar os veraneantes em
condiÁıes adversas.
Alguns propriet·rios de embarcaÁıes de recreio
estrangeiras, que vivem a bordo, escolhem o
estu·rio para invernar e s„o bem acolhidos pelas
populaÁıes ribeirinhas.
As boas condiÁıes clim·ticas e de navegabilidade
do Estu·rio do Tejo, durante todo o ano, fazem
com que a populaÁ„o de barcos residentes v·
pouco em busca de novas paragens.
Se utilizarmos as taxas de ocupaÁ„o da APL
referentes a 2006, verificamos que apenas 20 % da
frota residente sai do estu·rio nos meses de Julho
e Agosto.
Se estes 20% fossem distribuÌdos igualmente
pelos meses do ano, terÌamos um valor aproximado
de 3% ao mÍs.
Podemos assim dizer que os restantes 97% aqui
navegam todo o ano.
Os principais destinos dos residentes para fora
do estu·rio s„o o Algarve e as ilhas prÛximas.
48
The next figure compares the NAO (+) regime
(system) with the fronts moving Northwards and
the warm Gulf current.
Bathing directly the Peninsula with the inverse
situation of the NAO (-) system.
This index, which is determined 6 months ahead,
is a good indicator when planning a summer
-(/(/1
(
)
(
NAO influence in the climate of Europe.
cruise which, being rarely negative, warns then
against travelling W such as for example to go to
Azores or even N along the coast, since we would
risk sailing with bigger swells, fresh winds and
rain barely desirable for a calm navigational
cruise.
The interior waters as well as the estuaries and
rivers are a safe place to shelter the summer
holiday makers in adverse conditions.
Some of the proprietors of foreign recreational
vessels, who live on board, choose the estuary to
spend winter and are well received by the
populations of the riverside villages.
The good climatic conditions and the
navigability of the Tejo estuary throughout the
year, make the population of resident boats little
inclined to seek new stops.
If we utilize the occupational taxes of APL with
reference to 2006, we verify that only 20% of the
resident fleet leaves the estuary during the months
of July and August.
If these 20% were distributed equally by all the
months of the year, we would have an
approximate value of 3% per month.
We could then say that the remaining 97% sail
here all year round.
The main destinations of the residents outside
the estuary are the Algarve, and the nearby islands.
Carta electrÛnica do Estu·rio do Tejo
Para os aficionados das novas tecnologias, foi
elaborada uma carta digital do estu·rio, calibrada
para um software de navegaÁ„o comercial
ìOziexplorerî, que pode adquirir na Internet em
www.oziexplorer.com, do qual se disponibilizou a
ìtrial versionî.
IncluÌmos na carta electrÛnica as fotos do roteiro,
bastando ìclicarî nos respectivos WP para aceder
‡s mesmas durante a navegaÁ„o ou na fase de
planeamento.
Para quem tenha outro software de navegaÁ„o,
disponibilizou-se um ficheiro com as cartas do
roteiro e outro com as fotografias, sÛ necessitando
de as calibrar para esse software, utilizando os WP
assinalados em cada carta.
Um pequeno manual incluÌdo no CD auxilia o
utilizador a carregar o software.
Este software permite visionar num PC, numa
PDA ou num telemÛvel com PDA e GPS, a
posiÁ„o do barco ao longo do rio durante a
viagem, ou simular a mesma durante o
planeamento, entre outras potencialidades.
A carta electrÛnica contÈm 35 cartas do estu·rio,
retiradas das 40 contidas no livro.
CorrecÁıes e actualizaÁıes
Aceitamos com agrado qualquer correcÁ„o,
sugest„o ou informaÁ„o que os leitores considerem
necess·ria ao roteiro, dirigida ao autor para o site
www.upriverpilot.com, e que poder· ser incluÌda
nas actualizaÁıes periÛdicas, publicadas no mesmo,
donde poder„o ser livremente copiadas.
AdvertÍncia importante
SÛ as cartas oficiais est„o creditadas para a
navegaÁ„o. As cartas e a infor maÁ„o aqui
disponÌveis s„o apenas uma ajuda ‡ navegaÁ„o; a
sua utilizaÁ„o n„o responsabiliza o autor pelos
danos que daÌ possam advir, nem pelos eventuais
erros nelas contidos.
A seguranÁa do barco depende exclusivamente
do navegador, que deve contar com toda a
informaÁ„o disponÌvel, publicada ou n„o.
49
Electronic chart of the Tejo Estuary
For those who are interested in new technologies
we have made a digital chart of the estuary,
prepared for the commercial navigational software
ìoziexplorerî that you can buy on the Internet at
www.oziexoplorer.com, and of which we have
made available a trial version.
We have included on the electronic chart the
photographs in the pilot and you only have to click
on the WP to get access to them during navigation
or in the planning phase.
For those of you that have other navigational
software, we have provided a file with the pilot
charts and another one with the photographs. You
only have to adapt them to your software, using
the WPís marked on each chart.
A small manual included in the CD will help the
user to install the software.
This software allows you to view on a PC, a PDA
or a mobile phone with PDA and GPS, the vesselís
position along the river during the trip or to
simulate the trip during the planning phase,
amongst other possibilities.
The electronic chart contains 35 charts of the
estuary, out of the 40 in the book.
Corrections and updates
We gladly accept any correction, suggestion or
information that the readers consider necessary for
the pilot, sent to the author at the site
www.upriverpilot.com, and that may be included
in the periodical updates, published in the pilot,
from where they may be freely copied.
Important warning
Only official pilot charts are credible for
navigation. The plans and information here
presented is a navigational aid and its use doesnít
hold the author responsible for the damage that
may occur or the errors here contained.
The safety of a vessel depends ultimately on the
navigator, who should assess all the information,
published or unpublished.
AproximaÁ„o ao Estu·rio do Tejo The approach to the Tagus Estuary
Cartas Portuguesas: AproximaÁ„o: 26204. Portuguese Charts: Approximation: 26204.
Entrada: 26303, 26304. Admiralty 3635, 3263. Entry: 26303, 26304. Admiralty 3635, 3263.
MarÈs: www.hidrografico.pt/previsao-mares.php Tides: www.hidrografico.pt/previsao-mares.php
DescriÁ„o: O Baixo Estu·rio Exterior È formado Description: The Lower External Estuary is
pelo cone de vasante formed by the ebbing
do Tejo que se estende cone of the Tejo
de Entre-Torres atÈ which stretches out
Cascais e BÛia de from Entre Torres




Espera, englobando until Cascais and the


,


dois baixios: Cachopo Waiting Buoy
Norte e Cachopo Sul, ,>
$
encompassing two
-
que condicionam a  shoals: Cachopo
navegaÁ„o de grande Norte and Cachopo
#"$ #
calado a dois canais: 3"" "
/
Sul, which condition
Barra Norte e Barra 1 navigation of deep-
Sul. 2   draught vessels to two

A Barra Norte com 
 channels: Barra Norte
1,5 M, Z=285, and Barra Sul (North
Figura 28 -AproximaÁ„o ao Approach to the Tejo
enfiamento dos FarÛis estu·rio do Tejo. Bar and South Bar).
da Guia e Cascais, The North bar with
comeÁa na Ponta de Rana e termina na Linha de 1.5 M, Z = 285, range of the Guia and Cascais
Entre-torres, (Bugio com S. Juli„o) lighthouses, starts at Ponta da Rana and ends in the
A Barra Sul, com 4,5 M, comeÁa na BÛia 2 (bÛia Linha-Entre-Torres (Bugio with S. Juli„o).
de espera), Z=047, enfiamento dos farÛis da The South Bar with 4.5 M, starts at Buoy 2 (the
Gibalta e Esteiro, terminando no alinhamento de waiting buoy), Z = 47, range of the Gibalta and
Entre-Torres. Esteiro lighthouses, and ends in the alignment of
Com bom tempo, as embarcaÁıes de recreio Entre-Torres.
podem navegar livremente entre as barras, mas In good weather, recreational vessels may sail
devem respeitar as bÛias verdes do BaixoEstu·rio: freely between the bars, but they should respect the
1, 3, 5 e 7, sob pena de encalhar. green buoys of the Lower Estuary: 1, 3, 5, and 7,
Com mau tempo, sobretudo na vasante quando else they may run aground.
se forma rebentaÁ„o nos cachopos, pode ser In bad weather, above all during the ebb, when
perigoso e mesmo impossÌvel entrar no Estu·rio breakers develop at the Cachopos, it may be
do Tejo. dangerous and even impossible to enter the Tagus
Deve, nessas circunt‚ncias, recorrer ‡ Marina de estuary.
Cascais para abrigo. Under those circumstances, the Cascais Marina
should be contacted for shelter.
AproximaÁ„o Approach
Na aproximaÁ„o proveniente de Norte: depois When approaching from the North: after going
de passar o Cabo Raso, as embarcaÁıes de recreio past Cabo Raso, recreational vessels sail parallel to
navegam paralelamente ‡ costa atÈ ‡ baÌa de Cascais the coast until the Cascais bay, entering in this manner
e entram assim no Baixo Estu·rio Exterior, onde the Lower External Estuary where they may anchor
podem fundear ou dar entrada na marina. or enter the marina.
As embarcaÁıes que queiram prosseguir dirigem- Vessels that so wish may proceed to the North
-se ‡ barra Norte e entram asim no Baixo Est·rio bar and enter in this way the Lower Inner Estuary
Interior, onde dispıem da Marina de Oeiras e where they have at their disposal the Oeiras Marina
alguns fundeadouros. and some anchorages.
50
Figura 29 - Cabo da Roca e Cabo Raso.
A maioria das embarcaÁıes dirige-se directa-
mente para as docas de recreio de Lisboa onde
estacionam, e aÌ permanecem antes de se fazerem
ao largo.
Figura 30 - Marina de Cascais, ‡ entrada do estu·rio.
51
Cap Roca and Cap Raso
Most of the vessels proceed directly to the
Lisbon recreational docks where they berth, and
remain there before sailing at large.
Cascais Marina, at the entrance of the estuary.
 ! #)/(
+"" !! "

! " "
$
2 .
4  @. ,2(
@ 1   
+""    2
 ()?7 
  
 

"
+
2
4  1%
5
+
+5

( 
 
1 ! +"
+
 
43

4! 4! 4! 4!

Figura 31 - Canais de entrada, Barras Norte e Sul. Entrance channels, North and South Bars.

Figura 32 - Baixios da Golada, a E do Bugio. Golada shoals, E of Bugio.

52
Figura 33 - Cabo Espichel e praias da Costa. Cap Espichel and Costa beachs.
Raramente visitam outros locais e fundeadouros They rarely visit other places or anchorages of
do Estu·rio, por falta de informaÁ„o sobre a the estuary due to the lack of information about
navegaÁ„o. the navigation.
Na aproximaÁ„o pelo Sul, as embarcaÁıes de When approaching from the South, after going
recreio, depois de passarem o Cabo Espichel, past Cabo Espichel, recreational vessels head
fazem rumo a t o w a r d s
Cascais, ou ‡ Cascais, or to
bÛia 1, para buoy 1, to pass
passarem o the Entre
alinhamento de T o r r e s
Entre-Torres e alignment and
entrar directa- enter the
mente no Baixo Lower Inner
Estu·rio Inte- E s t u a r y
rior, onde po- directly, where
dem optar en- they may opt
tre um fundea- between an
douro ou a ma- anchorage or
rina de Oeiras, the Oeiras
ou prosseguir Marina or
para as docas Figura 34 - Porto de Recreio de Oeiras Recreational harbour, at proceed to the
de recreio de Oeiras, ‡ entrada do Estu·rio. the entrance to the Estuary. L i s b o n
Lisboa, sendo aqui preferÌvel entrar na doca de recreational docks, in which case it is preferable to
Alc‚ntara. enter the Alc‚ntara dock.
AmarraÁıes no Estu·rio do Tejo: Berths in the Tejo estuary:
Marina de Cascais 635 lugares. Cascais Marina: 635 places.
Porto de Recreio de Oeiras: 274. Oeiras Recreational harbour: 274 places.
Doca do Bom Sucesso: 163. Bom Sucesso dock: 163 places.
Doca de BelÈm: 194. BelÈm dock: 194 places.
Doca de Santo Amaro: 331. Santo Amaro dock: 331 places.
Doca de Alc‚ntara: 448. Alc‚ntara dock: 448 places.
53
 N˙cleo de Alhandra: 85
N˙cleo de recreio de Vila Franca de Xira: 75.
O Estu·rio do Tejo dispıe de 2.300 lugares de
amarraÁ„o e algumas centenas de postos de fundeio
permanentes, autorizados pelas capitanias, com
taxas de ocupaÁ„o prÛximas dos 90% na Època
baixa e de 65% nos meses de Ver„o, segundo os
dados disponÌveis referentes ‡ APL.
Esta realidade È devida ‡ deslocaÁ„o da frota de
recreio para o Sul e para as ilhas adjacentes que
n„o È compensada com novas entradas.
Figura 35 - Torre de controlo de Lisboa.
Figura 36 - Doca da APL com cais de combustÌvel.
Figura 37 - Doca da APL com cais de combustÌvel.
Figura 38 - Doca de Alc‚ntara, para estrangeiros.
54
Alhandra recreational nucleus: 85.
Vila Franca de Xira recreational nucleus: 75 places.
The Tejo Estuary has 2.300 berths and a few
hundred permanent mooring poles for anchorage,
authorized by the Captain of the Port, with
occupational rates close to 90% during low season
and to 65% during the summer months according
to data available relative to APL.
This reality is due to the displacement of the
recreational fleet to the South and to the adjacent
islands, which is not compensated by new arrivals.
Lisbon Control Tower.
APL Dock with fuel quay.
APL Dock with fuel quay.
Alcantara dock, for foreigners.
Canais do Estu·rio do Tejo
No regulamento de Canais da APL, S.A. os
canais foram classificados por 1, 2 e 3 nÌveis, a
saber:
1 nÌvel - Aqueles em que È respons·vel pela
manutenÁ„o das suas caracterÌsticas fÌsicas e pela
monitorizaÁ„o.
S„o os Canais da Barra Sul, de Xabregas, I
TroÁo de Cabo Ruivo, Barreiro e Cala das
Barcas.
Figura 39 - Cais da Aldeia Galega, Montijo.
2 nÌvel - Aqueles em que È respons·vel pela
monitorizaÁ„o mas n„o È respons·vel pela
manutenÁ„o das caracterÌsticas fÌsicas.
S„o os Canais do II TroÁo de Cabo Ruivo,
Sider urgia, Seixal, Cuf, Ter minal de
LÌquidos, I troÁo de Montijo e I troÁo da Cala
de Samora.
Figura 40 - N˙cleos desportivos, rio acima.
3 nÌvel - Aqueles em que n„o assume
responsabilidade pela manutenÁ„o nem pela
monitorizaÁ„o.
S„o os Canais da Barra Norte, da Cala do
Norte, do Alfeite, Terminal de SÛlidos, II troÁo
do Montijo, da Moita/Alhos Vedros, II troÁo
da Cala de Samora, e Canal de Alcochete.
A APL, S. A. È respons·vel pelo balizamento e
manutenÁ„o da sinalizaÁ„o na sua ·rea de jurisdiÁ„o.
55
Channels of the Tagus Estuary
In the APL S.A. channel regulations, the channels
were classified by 1st, 2nd, and 3rd levels, knowing
that:
1st level ñ Those for which it is responsible for
the maintenance of their physical characteristics and
their management.
These are the Channels of Barra Sul, of
Xabregas, Section I of Cabo Ruivo, Barreiro
and Cala das Barcas.
Galega Village quay, Montijo.
2nd level - Those for which it is responsible for
their management but it is not responsible for
the maintenance of their physical characteristics.
These are the Channels of Section II of Cabo
Ruivo, Siderurugia, Seixal, Cuf, Liquids Terminal,
Section I of Montijo, and Section I of Cala de
Samora.
Nautical Clubs, upriver
3rd level - Those for which it does not assume
responsabilities for their maintenance or management.
These are the channels of Barra Norte, of Cala
do Norte, of Alfeite, of the Solids Terminal,
of Section II of Montijo, of Moita, of Alhos
Vedros, of Section II of Cala de Samora, and
of Alcochete.
APL, S. A. is responsible for the buoyage and
marking management in its area of jurisdiction.
Derrotas e destinos Routes and destinations
no Estu·rio do Tejo in the Tagus Estuary
$% 3
2"," ,

-./ "

(&
+% %"



%&' +
+
  $
4   # 3

&

$'&()*
4 !
(& +
+

#"$
+"" "
45  4
 6


(0

4!
Figura 41 - As 8 derrotas do Estu·rio do Tejo.
NavegaÁ„o
A navegaÁ„o do estu·rio È condicionada pelas
marÈs que produzem correntes para montante e
jusante, e modificam a altura das ·guas,
possibilitando a navegaÁ„o sobre algumas zonas
emersas na baixa-mar.
As cartas aqui apresentadas n„o s„o oficiais e
servem apenas para documentar o texto.
O Instituto Hidrogr·fico È o respons·vel pelas
cartas oficiais.
Baixo Estu·rio: 26303 e 26304.
MÈdio Estu·rio: 26305, 26306 e 26307.
Alto Estu·rio: n„o h· cartografia oficial.
O estu·rio dispıes de canais sinalizados para o
tr·fego fluvial. A navegaÁ„o fora deles deve ser
mais cuidada e, nas zonas mais baixas, com muita
atenÁ„o ‡ sonda, de preferÍncia com a marÈ a
subir, para a eventualidade de algum encalhe ser
r·pidamente resolvido.
De uma forma abranjente e de acordo com os
destinos limÌtrofes do estu·rio, podemos considerar
5 #
/
 3
1
+
43! ) ! )5!
The eight Routes of the Tejo Estuary.
Navigation
Navigation in the estuary is conditioned by the
tides which produce currents upstream and
downstream and modify the water level making
navigation possible over some submerged areas
at low tide.
The charts presented here are not official and they
serve only to document the text.
The Hydrographic Institute is responsible for the
Official charts.
Lower Estuary: 26303 and 26304.
Middle Estuary: 26305, 26306, and 26307.
Upper Estuary: there is no official cartography.
The estuary has marked channels available for
the fluvial traffic. Navigation outside the channels
must be more careful and in the shallower areas
with a lot of attention to the sonar, preferably with
the rising tide so that in the eventuality of some
grounding it may be rapidly resolved.
In a widly embracing manner, and in accordance
with the delimiting destinations of the estuary we
56
8 derrotas que passam por uma infinidade de
destinos intermÈdios de grande interesse.
As derrotas s„o apresentadas por ordem de
preferÍncia da nautica de recreio residente, e
traÁadas a partir da doca de Alc‚ntara.
A navegaÁ„o no MÈdio Estu·rio Inferior e Baixo
Estu·rio Interior ocupa as preferÍncias dos
navegadores locais de fim de semana, que regressam
‡s docas depois de algumas horas de navegaÁ„o,
geralmente ocupadas em regatas locais.
Os cruzeiristas que passam o fim de semana fora
da doca preferem outros destinos, onde Cascais e
Seixal ocupam os primeiros lugares, pela
proximidade.
Os navegadores locais que dispıem de mais
tempo, deslocam-se atÈ aos limites do MÈdio
Estu·rio, como Vila Franca de Xira e Alhandra, ou
mesmo do Alto Estu·rio, como Valada e outros
destinos intermÈdios.
Organizam-se em grupos onde h· sempre um que
conhece a derrota, que todos seguem com medo
de encalhar e com a preocupaÁ„o de chegar a um
lugar que julguem seguro, de preferÍncia um pont„o
ou amarraÁ„o numa qualquer localidade. Convivem
uns com os outros no local e regressam apressados
aos afazeres laborais da semana que se segue, n„o
tÍm tempo para conhecer o Estu·rio.
Apesar de ser autorizada a navegaÁ„o pelos canais
e calas da Reserva Natural, È proibido o acesso ‡
reserva fora desses canais, onde contudo se pode
fundear e apreciar a vida selvagem.
As populaÁıes ribeirinhas merecem estadias de
alguns dias, devendo tambÈm estudar-se a
informaÁ„o turÌstica disponÌvel.
Os barcos estrangeiros de passagem, muito
raramente se atrevem a sair das docas, a n„o ser que
necessitem de alguma reparaÁ„o em seco.
As suas tripulaÁıes partem a conhecer Lisboa, de
que dispıem de muita informaÁ„o turÌstica, sem
conhecerem um dos mais belos estu·rios do mundo,
em parte pela falta de informaÁ„o disponÌvel e de
apoios nas povoaÁıes ribeirinhas.
O Roteiro da Costa de Portugal, 2006, do IH,
descreve pormenorizadamente os Portos de Cascais
e Lisboa, em mais de centena e meia de paginas, atÈ
ao MÈdio Estu·rio Superior, que descreve em 2
p·ginas referentes ‡s calas Norte, Sul, Samora e
Alcochete, recomenda aÌ o uso de pr·ticos locais, e
È omisso relativamente ao Alto Estu·rio.
57
may consider 8 routes that pass by an infinity of
intermediate destinations of great interest.
The routes are presented in order of preference
of the resident recreational mariners and traced
from the Alc‚ntara dock.
Navigation in the Middle Inner Estuary and the
Lower Inner Estuary occupies the preferences of
local navigators at week-ends, who return to the
docks after a few hours of sailing generally occupied
with local regattas.
The cruisers who spend the weekend out of the
dock prefer other destinations in which Cascais and
Seixal occupy first place due to their proximity.
The local mariners who have more time to sail to
the limits of the Middle Estuary such as Vila Franca
de Xira and Alhandra or even the Upper Estuary
such as valada and other intermediate destinations.
They organize themselves in groups in which there
is always one who knows the route, and they all
follow in fear of grounding, and with the
preocupation of arriving at a place that they
consider safe, preferably a pier at some location.
They socialize at that location and return in a hurry
to their weekly tasks of the following week, having
no time to get to know the Estuary.
Although navigation through the channels and
waterways of the reserve is allowed, access to the
Reserve outside those channels is forbidden, where
however it is possible to anchor and appreciate the
wildlife.
The riverside populations also deserve visits
lasting a few days, and the tourist information
available should be studied.
Foreign boats in transit very rarely adventure out
of the docks unless they need some dry dock repair.
Their crews leave to get acquainted with Lisbon,
of which they have available a lot of tourist
information, and without getting to know one of
the prettiest estuaries in the world, for lack of
information available and of support in the
riverside villages.
The Pilot of the Portuguese Coast, 2006, of the
Hydrographic Institute, describes in detail the
harbours of Cascais and Lisbon in more than 150
pages, until the Upper Middle Estuary, which it
describes in two pages relative to the North and
South fairways (Calas Norte e Sul), Samora and
Alcochete, recommends local practices, but it
omits the Upper Estuary.
Derrota de Cascais The Cascais Route
$%
,
2","
-./ "

(&
+% %"


 %&'
4  
$
 #

&

$'&()*
4

(&

#"$ #
+"" " /
45 

)*."

 3
1
(0
 +
4! 43! ) ! )5!
Figura 42 - Estu·rio do Tejo. Plan 3: Tagus estuary

Cartas: 26303,26304 (IH). Charts: 26303, 26304 (IH).

Dist‚ncia: Da Doca de Alc‚ntara a Cascais: 12 M
DescriÁ„o: Esta derrota atravÈs do Baixo Estu·rio,
mais ou menos paralela ‡ margem Norte, È uma das
preferidas da n·utica de recreio, sobretudo quando
as marÈs s„o favor·veis.
Est· desabrigada para o mau tempo de SW,
principalmente depois da embocadura do rio, altura
em que È desaconselhada. Devem respeitar-se as
bÛias do Cachopo Sul, sob pena de encalhe, e na
passagem do Cachopo Norte deve dar-se um bom
resguardo ‡ costa, sobretudo com mau tempo de SW.
AmarraÁıes:
Marina de Cascais
VHF 9 e 16
Telefone: +351 21 4824857
Porto de Recreio de Oeiras
VHF 9 e 16
Telefone: +351 21 4401510
Fundeadouros:
A costa oferece muitos locais aprazÌveis de fundeio,
sendo a BaÌa de Cascais o mais abrigado e preferido
da n·utica de recreio.
58
Distance: From Alc‚ntara Dock to Cascais: 12 M.
Description: This route through the Lower Estuary,
more or less parallel to the North margin, is one of
the most favoured by recreational sailing, above all
when the tides are favourable.
It is unsheltered to the bad weather from SW,
mainly after the river mouth, being inadvisable then.
The South Cachopo buoys should be respected else
grounding can occur and in the passage of North
Cachopo give the coast a wide berth above all in
bad SW weather.
Moorings:
Cascais Marina
VHF 9 and 16
Telephone: +351 21 4824857
Porto de Recreio de Oeiras
VHF 9 and 16
Telephone: +351 21 4401510
Anchorages:
The coast offers many places pleasant to anchor,
the Cascais Bay being the most sheltered and the
favourite of recreational sailing.
 APL©2003

Figura 43 - Foz do Tejo. The Tagus River mouth.

.
Figura 44 - Forte de S„o Juli„o e Porto de Recreio. S„o Juli„o Fortress and Oeiras recreational harbour.

59
Derrota de Cascais The Cascais Route

! 
 !! 

!  

 
!$()%&  ,
   
    
  
$ & 
 


%

!$()& & 
'#
$
#

 
 
 ! 

!"
!$()+&

%('&* %(!)&* %(!&* %('&*

Figura 45 - Baixo Estu·rio do Tejo.
DesÁa o rio sem interferir com o tr·fego comercial
nem com as provas desportivas, muito frequentes aos
fins-de-semana.
Depois de passar a torre VTS, a ondulaÁ„o de SW e
a Nortada (vento NW muito caracterÌstico da costa
portuguesa) comeÁam a fazer-se sentir, ficando mais
intensas por altura de PaÁo de Arcos.
Aproa-se de seguida a S. Juli„o, deixando por BB as
bÛias do Cachopo Sul.
Aguns barcos fundeiam em Oeiras, na praia da
Torre, ou entram mesmo no porto de recreio de
Oeiras para almoÁar.
De S. Juli„o atÈ Cascais segue-se em rumo directo,
por vezes apanhando alguma ondulaÁ„o no Cachopo
Norte, sendo nalguns casos difÌcil fazÍ-lo de um sÛ
bordo, para quem navega ‡ vela com Nortada.
Este troÁo È, porÈm, mais agrad·vel, por se fazer
ao abrigo da costa e nas ·guas de transiÁ„o entre o rio
e o mar, com horizontes abertos.
A baÌa de Cascais È o melhor campo de regatas do
estu·rio, e um dos melhores do mundo. Aqui se
realizaram, em 2007, os campeonatos mundiais da
ISAF e esteve para se realizar a TaÁa da AmÈrica.
Numerosos velejadores de renome internaional aqui
vÍm treinar.
60
The Lower Estuary
The river should be descended without interfering
with the commercial traffic and sports events, which
are very frequent during weekends.
Once past the VTS tower, the waves from SW and
the ìNortadaî, a very characteristic NW wind in the
Portuguese coast, start to be felt, becoming more
intense near PaÁo de Arcos.
Steer next towards S. Juli„o leaving to port the buoys
of South Cachopo.
Some boats anchor at Oeiras, at the Torre beach, or
they even enter the Oeiras recreational harbour for lunch.
From S. Juli„o until Cascais sailing should be in a
straight course; sometimes waves are encountered at
North Cachopo, hence it is sometimes difficult to do
it with a sinlge tack when sailing with the Nortada.
This stretch is however more pleasant, because it is
sheltered by the coast and it is made in waters of
transition between the river and the sea with open
horizons.
The Cascais bay is the best course of the estuary
for regattas, and one of the best in the world.
In 2007, the ISAF world championships took place
here, and the America¥s Cup nearly did too.
Several internationally reknown sailors come to
practice here.
Figura 46 - Forte de S„o Juli„o e porto de recreio. S„o Juli„o Fortress and Oeiras recreational harbour.
Figura 47 - BaÌa de Cascais. Cascais bay.

61
Da Doca de Alc‚ntara ‡ Torre VTS
!$(# &
/ / / 
-
 01

, 
01 
!$()%& )
#
!$()$&
 -
.

!$()#&
+"
%(!&* %(+&*
Figura 48 - Da Doca de Alc‚ntara ‡ Torre VTS.
Carta: 26304 do Instituto Hidrogr·fico.
MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os 3
nÛs para jusante e 2 nÛs para montante.
Dist‚ncia: De Alc‚ntara ‡ Torre VTS - 3,7 M
DescriÁ„o: Nesta derrota navega-se paralelamente
‡ costa, mais prÛximo desta se a corrente È
contr·ria, para evitar os efeitos da mesma.
Antes de alcanÁar a Ponte 25 de Abril, pode
encontrar navios em manobra de entrada ou saÌda,
puxados por rebocadores.(WP 2 e 3)
Mais abaixo, passa pelo Museu da Electricidade e
pela Gare MarÌtima de BelÈm que acolhe o tr·fego
fluvial com a margem Sul. (WP 5)
Passa sucessivamente pela Doca de BelÈm, frente
aos JerÛnimos, e pelo monumento das Descobertas,
a Doca do Bom Sucesso e a Torre de BelÈm.(6)
A torre de controlo do tr·fego de Lisboa VTS deve
ser contactada pela navegaÁ„o de recreio proveniente
de, ou que se dirija para, zonas a mais de 25 M do
porto de Lisboa.(WP 7)
Com boas condiÁıes de tempo, pode fundear nas
praias de AlgÈs e Dafundo.
62
From Alc‚ntara Dock to the VTS Tower
/
2
/
1 2  +
    


!
'

3

%(+%&* %(+#&*
From Alc‚ntara Dock to the VTS Tower.
Chart: 26304 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tidal currents may reach 3 knots
downstream and 2 knots upstream.
Distance: From Alc‚ntara to Torre VTS 4.7 M.
Description: In this route sailing should be parallel
to the coast, closer to it if the current is in the opposite
direction, to avoid its effects.
Before reaching the 25 th of April Bridge
manoeuvering ships moving in or out, pulled by
tugboats, may be found. (WP2 and 3)
Lower down the Electricity Museum and the BelÈm
Maritime Station, which receives fluvial traffic together
with the other more to the South, are passed. (WP 5)
Then the BelÈm Dock in front of the Monastery
of JerÛnimos, the Monument to the Discoveries, the
Bom Sucesso Dock, and the BelÈm Tower are passed
in succession.(WP 6)
The Lisbon Control Tower (VTS) should be
contacted by recreational navigation coming from or
going towards areas more than 25 miles away from
the Lisbon harbour. (WP 7)
In good weather conditions you may anchor at the
AlgÈs and Dafundo beaches.
Figura 49 - De WP 1 para SW. Looking SW from WP 1.

Figura 50 - De WP 3 para Sul, Cristo Rei.. Looking South from WP 3, the Christ the King Statue.

Figura 51 - De WP 4 para forte de S. Juli„o. S. Juli„oí Fortress seen from WP 4.

Figura 52 - De WP 5 para a Doca de BelÈm. BelÈmís Dock seen from WP 5.

Figura 53 - De WP 6 para torres de BelÈm e VTS. The Towers of BelÈm and VTS seen from WP 6.

63
Da Torre VTS ao Forte de S„o Juli„o From the VTS Tower to the S„o Juli„o Fortress

3
!$(# & 3 
1



/
!$()%& 45

$
!$()$&
" %

 &
+
'#
++

!$()#&

1
7
 6 4 

 
!$())&


+"

%(!+&* %(%&* %(#&* %(&*

Figura 54 - Carta 5: da Torre VTS ao Forte de S. Juli„o. From the VTS Tower to the S. Juli„oís Fortress

Carta: 26304 do Instituto Hidrogr·fico. Chart: 26304 of the Hydrographic Institute.

MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os
2.5 nÛs para jusante e 1,5 nÛs para montante.
Dist‚ncia: Da VTS ao Forte de S„o Juli„o - 4,4M.
DescriÁ„o: Nesta derrota navega-se prÛximo da
costa com corrente contr·ria, e directamente para
S„o Juli„o, deixando a bÛia 7 por BB.
Passa-se sucessivamente pelo Farol da Gibalta
e a doca de PaÁo díArcos.
A BB fica o CabeÁo Sul, tempor·riamente
emerso ou com alguma rebentaÁ„o pelos efeitos
de ventos, mar e marÈs, e mais adiante o Farol do
Bugio que assinala o Cachopo Sul, rodeado por
quatro bÛias que circundam o baixio.
A EB fica um bom fundeadouro na praia de
Oeiras, e a marina, seguida doutro fundeadouro
que È a praia da Torre, pouco recomendados
quando h· mar do quadrante SW.
Pescadores artesanais e pequenos barcos de pesca
de arrasto complicam por vezes a navegaÁ„o neste
troÁo. … tambÈm um campo de regatas de fim-
de-semana, devendo evitar-se interferir com os
regatistas.
Tides: The tidal currents may reach 2.5 knots
downstream and 1.5 knots upstream.
Distance: From VTS to S„o Juli„o Fortress: 7 M.
Description: In this route sail close to the coast with
opposing current and directly towards S„o Juli„o,
leaving to port buoy 7.
Pass successively the Gibalta lighthouse and the PaÁo
díArcos dock.
To port is South CabeÁo, either temporarily
submerged or with some breaking waves, due to the
effect of the winds, sea and tides, and further on the
Bugio lighthouse, which marks out South Cachopo,
surrounded by four buoys that surround the shallow.
To starboard there is a good anchorage between the
Oeiras beach and the marina, then another anchorage
which is the Fortress beach (Praia da Torre), not to
be recommended when there is sea from the SW
quadrant.
Artesan fishermen and small trawl fishing boats
sometimes complicate navigation in this stretch. It
is also a regatta course on weekends, thus avoid
interfering with the regatta sailors.

64
Figura 55 - De WP 7 para Sul, silos da Trafaria. Looking South from WP 7, the Trafaria silos.

Figura 56 - De WP 9 para E, pesca de arrasto. Looking E from WP 9, trawl fishing.

Figura 57 - De WP 10 para o farol do Bugio. Bugioís lighthouse seen from WP 10.

Figura 58 - De WP 10 para o Porto de Recreio de Oeiras. The Oeirasí Recreational Harbour seen from WP 10.

Figura 59 - De WP 11 para o Forte de S. Juli„o. S. Juli„oís Fortress seen from WP 11.

65
Do Forte de S„o Juli„o a Cascais From S„o Juli„o Fortress to Cascais


!$(# &
! 

! ! 
+

!$()%&
! 

"

! 9
+'
!$()$& $& e 3


+!

!$()#& + ++



8
+" 

%(' &* %(!$&* %(!)&* %(!'&*

Figura 60 - Baixo Estu·rio Exterior. Lower Outer Estuary.
Carta: 26303 do Instituto Hidrogr·fico Chart: 26303 of the Hydrographic Institute.
MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os 1,5 Tides: The tide currents may reach 1.5 knots
nÛs para jusante e 1 nÛ para montante formam-se downstream and 1 knot upstream, and
revessas junto ‡ costa na hora anterior ‡ mudanÁa countercurrents form near the coast one hour
de marÈ. prior to tide change.
Dist‚ncia: De S„o Juli„o a Cascais 4,7M Distance: From S„o Juli„o to Cascais: 4.7 M.
DescriÁ„o:Nesta derrota navega-se paralelamente Description: In this route sail parallel to the coast
‡ costa devendo acautelar-se com os recifes da Ponta taking care with the reefs of Ponta da Rana, and
da Rana e a ondulaÁ„o de SW em dias de mau tempo the swell from SW on bad weather days, which
que podem dar rebentaÁ„o no cachopo Norte, may originate wave breaking at North Cachopo,
devendo assim afastar-se da costa. so you should move away from the coast.
A EB ficam pequenas praias que podem ser To starboard there are small beaches that may
utilizadas como fundeadouros com boas condiÁıes be used as anchorages in good weather conditions.
de tempo. Bad weather usually comes from the Southern
O mau tempo vem geralmente dos quadrantes Sul quadrants in Winter, and it is very rare in summer
no Inverno e È muito raro no ver„o quando os ventos when the winds are from Northwest.
s„o de NW. The NW corner of the Cascais Bay is the most
O recanto NW da BaÌa de Cascais È o mais abrigado sheltered, and the favourite of cruising vessels,
e o preferido das embarcaÁıes de cruzeiro que which may reach several dozens in summer.
podem atingir v·rias dezenas no Ver„o. The lateral parts of the fishing pontoon have
As partes laterais do pont„o da pesca tÍm escadas steps, near which you may tie the dinghy on trips
perto das quais pode amarrar o barco de apoio nas to land. Pay attention to the winds and tides.
idas a terra. AtenÁ„o aos ventos e marÈs. 66
Figura 61 - De WP 12 para a praia de Carcavelos. Carcavelosí beach seen from WP 12.

Figura 62 - De WP 13 para a Ponta de Rana. Ponta de Rana seen from WP 13.

Figura 63 - De WP 14 para S. Pedro do Estoril. S. Pedro do Estoril seen from WP 14.

Figura 64 - De WP15 para o Pal·cio Seixas e praias. Seixasí Palace and beaches seen from WP15.

Figura 65 - ì49erî do mundial do ISAF na praia em Cascais 49er of the word ISAF championships at the Cascais beach.

67
Derrota do Seixal
,

 !

!$(%& ". 8
:
>:?
!$($&
:01


!$(#&
 
"<
1
"


=
1
%(!&* %(+&*
Figura 66 - O Estu·rio do Tejo.
Carta: 26305, do Instituto Hidrogr·fico.
MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os
2,5 nÛs para jusante e 1,5 NÛs para montante,
provocando abatimento lateral e alguma
turbulÍncia frente a Cacilhas, para depois
diminuirem de intensidade no canal do Seixal.
Dist‚ncia: Da Doca de Alc‚ntara ao Seixal - 5 M.
DescriÁ„o: Neste percurso deve ter especial
atenÁ„o ao intenso tr·fego fluvial, em especial aos
catamar„s que se deslocam a velocidades elevadas.
Depois de passar duas estruturas de pedra ( duques
de Alba), entra no canal do Barrreiro, que abandona
na bÛia 15B 1S, para entrar no canal do Seixal.
Uma vez no canal do Barreiro, avista o que resta
do grande estaleiro da Lisnave, com as suas
gigantescas estruturas para a construÁ„o e reparaÁ„o
de grandes petroleiros, hoje desctivado.
Seguem-se as instalaÁıes do Alfeite que abrigam
a frota da Marinha de Guerra, com as suas escolas
e estaleiros.
A BB estende-se o Mar da Palha, local de
fundeio para barcos de grande tonelagem.
The Seixal Route
"
,
;1< 1
:
 "


8
+ "

$%&* $#&*
The Tagus Estuary.
Chart: 26305 from the Hydrographic Institute.
Tides: The tidal currents may reach 2.5 knots
downstream and 1.5 knots upstream, causing
transversal depression and some turbulence in
front of Cacilhas, to decrease later in intensity in
the Seixal channel.
Distance: From Alc‚ntara Dock to Seixal: 5 M.
Description: In this course pay special attention
to the intense fluvial traffic, especially to the
catamarans, which move at high speeds.
Once past the two stone structures (Dukes of
Alba), enter the Barreiro channel, which is left at
buoy 15B 1S, to enter the Seixal channel.
Once in the Barreiro channel you will see what
is left of the great Lisnave shipyard, nowadays
deactivated, with its gigantic structures to build
and repair large petrol tankers.
The Alfeite installations, which shelter the
Navy fleet, come next, with their schools and
shipyards.
To port, the Palha Sea stretches out, a place of
anchorage for large tonnage ships.
68
EstaÁ„o Fluvial do Barreiro
EstaÁ„o Fluvial do Seixal
Baixios ‡ entrada do Seixal Centro histÛrico do Seixal

Base Naval do Alfeite

Figura 67 - Canal do Barreiro, a partir do Alfeite. The Barreiro Channel seen from Alfeite.

Figura 68 - Canal do Barreiro, Canal do Seixal, Seixal e The Barreiro Channel, Seixal Channel, Seixal and respective
respectivo centro histÛrico. historic centre.

69
Da Doca de Alc‚ntara ao Seixal From Alc‚ntara dock to Seixal
#
!







 
 


!


 







$%&!'(


!  


! 



$%&'( 
" 
 
 
 
! 
 
 


 !
$%))(


! 

 

 

"%*!+ 
"%&'+ "%'+ $" '+
Figura 69 - MÈdio Estuario. Middle Estuary.

A baÌa do Seixal teve uma intensa actividade du-
rante a Època dos Descobrimentos, diminuindo com
a reduÁ„o do tr·fego colonial.
Nas suas margens havia importantes estaleiros e
instalaÁıes de seca do bacalhau, de grande
import‚ncia na pesca longÌnqua.
Esta simp·tica baÌa, onde subsistem alguns
estaleiros navais, tem sido sujeita a grandes esforÁos
de requalificaÁ„o e despoluiÁ„o, por parte das
autarquias circundantes.
O intenso tr·fego fluvial de passageiros foi
desviado para fora da baÌa, pelas dificuldades de
manobra no seu interior. Uma pequena ponte-cais
prÛximo do clube, recebe os barcos de pesca e recreio
para cargas e descargas.
A baÌa do Seixal È um local abrigado para invernar;
muitos barcos residem aÌ, fundeados todo o ano, duma
forma desordenada e invadindo o canal principal.
… frequente ver barcos de fim-de-semana
fundeados no canal que se continua com o rio Judeu.
Nas suas margens h· dois importantes estaleiros
para embarcaÁıes de recreio, onde se faz todo o
tipo de reparaÁıes.
The Seixal bay had intense activity during the Age
of Discovery, which decreased gradually with the
reduction in colonial traffic.
In its margins there were important shipyards and
installations for drying cod, which had great
importance in far away fishing.
This friendly bay, where there still remain a few
shipyards, has been subjected to great efforts at
requalification and depollution by the surrounding
district councils.
The intense passenger fluvial traffic was diverted
to the outskirts of the bay, due to the difficulties of
manoeuvering in its interior. A small pier receives
fishing and recreational vessels for loading and
unloading.
The Seixal bay is a sheltered place to spend winter,
and many boats reside there anchored all year around,
in a disordered way, invading the main channel.
It is frequent to see weekend boats anchored in
the channel that leads into the Judeu river.
In its margins there are two important shipyards
for recreational boats, where all types of repairs
are done.

70
Figura 70 - Vista aÈrea da baÌa do Seixal ,para SW. Aerial view of Seixal Bay towards SW.
Figura 71 - Vista aÈrea da baÌa do Seixal, para E. Aerial view of Seixal Bay towards E.

71
Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas

$%&*'(
, 3#
,, -

-
$%&'(
*
$%)"'(
3
 !
"%*$'+ "%*)'+

Figura 72 - Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas.
Carta: 26305, do Instituto Hidrogr·fico.
MarÈs: AtenÁ„o ao abatimento lateral provocado
pelas correntes de marÈ, assim como ‡ tubulÍncia
nas prÛximidades de Cacilhas.
Dist‚ncia: Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas - 1 M.
DescriÁ„o: ¿ saÌda da doca avista-se a outra
margem, devendo passar a Este de Cacilhas, onde
se encontram dois marcos de pedra (duques de Al-
ba) que serviram para facilitar o encaminhamento
dos barcos para os estaleiros da Lisnave.
Nesta travessia do rio, h· que ter atenÁ„o ao
intenso tr·fego fluvial entre as duas margens,
convergindo em Cacilhas.
As revessas de Cacilhas podem mudar
bruscamente a direcÁ„o do barco, mesmo na pro-
ximidade das manobras do tr·fego das estaÁıes
fluviais.
Dar sempre um bom resguardo aos cacilheiros,
que tÍm um poder de manobra mais reduzido.
Passar entre os duques de Alba para depois
entrar no canal do Barreiro, que mais tarde
abandonar· para entrar no canal do Seixal.
From Alc‚ntara Dock to Cacilhas
2
3

! ,
401.
2 ,
5 
 *
./(01
"%*!'+ "%!'+
From Alc‚ntara Dock to Cacilhas.
Chart: 26305 from the Hydrographic Institute.
Tides: Pay attention to the transversal depression
caused by tidal currents as well as the turbulence in
the vicinity of Cacilhas.
Distance: From Alc‚ntara Dock to Cacilhas: 1 M.
Description: When leaving of the dock, the other
margin can be seen; sail past East of Cacilhas where
there are two stone marks (the Dukes of Alba),
which were used in the past to guide boats to the
Lisnave shipyards.
In this river crossing it is necessary to pay
attention to the intense fluvial traffic between the
two margins, which converges in Cacilhas.
The Cacilhas countercurrents may change
suddenly the direction of the boat, even in the
vicinity of the traffic manoeuvering zone of the
fluvial stations.
Always give a wide berth to the ferries, which have
less manoeuverability.
Sail between the two stone structures (the Dukes
of Alba) to enter the Barreiro channel, which is
left later to enter the Seixal channel.
72
Figura 73 - De WP 1 para Pontal de Cacilhas. Cacilhas Spit seen from WP 1

Figura 74 - De WP 2 para Pontal de Cacilhas. Cacilhas Spit seen from WP 2.

Figura 75 - De WP 2 para Lisboa. Lisboa seen from WP 2.

Figura 76 - De WP 3 para Canal do Barreiro. The Barreiro Channel seen from WP 3.

Figura 77 - De WP 3 para os estaleiros da Lisnave. The Lisnave shipyards seen from WP 3.

73
De Cacilhas ao Canal do Seixal From Cacilhas to Seixal channel
*$'

*

!'
'



$%)$'(   
   

& '
!

6







$%)&'(  

 

 



$%))'( 

)



 * 
6


 3


3


"%* '+ "%*'+ "%**'+


"%*!'+

Figura 78 - Canal do Barreiro. Barreiro Chanel.

Carta: 26305, do Instituto Hidrogr·fico.
MarÈs: As marÈs podem desencadear correntes
de 2 nÛs para jusante e 1 nÛ para montante, com
amplitudes de 1 a 4 m.
Dist‚ncia: De Cacilhas ao canal do Seixal - 3 M.
DescriÁ„o: Navega-se pelo canal do Barreiro,
relativamente estreito (0,1 M) e de intenso tr·fego
fluvial.
A navegaÁ„o nocturna pode oferecer alguma
dificuldade, pela confus„o das luzes das bÛias com
as das povoaÁıes ribeirinhas, em especial Lisboa.
Navegar ‡ vela tambÈm se torna por vezes
complicado, quando o vento n„o È favor·vel.
Cruza-se, logo no inÌcio, o canal do Alfeite que
d· acesso ‡s docas da Marinha de Guerra. As bÛias,
alÈm do n˙mero, tÍm uma letra: A para o canal do
Alfeite, B para o do Barreiro, S para o do Seixal; e
duas letras quando se trata de bÛias comuns a dois
canais.
Na aproximaÁ„o da ponta da Mexilhoeira deve-
-se estar atento ‡ entrada para o canal do Seixal, a
EB, na bÛia (15B 1S).
74
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tides may drive currents of 2 knots
downstream and 1 knot upstream with amplitudes
of 1 to 4 m.
Distance: From Cacilhas to Seixal chanl - 3 M.
Description: Sail past the Barreiro channel, which
is relatively narrow with 0.1 M, and has intense
fluvial traffic.
Nightime navigation may offer some difficulties
if the buoy lights are confused with the lights of
the villages close to the river, especially near Lisbon.
Sail navigation may sometimes become
complicated when the wind is unfavourable.
The Alfeite channel, which gives access to the
Navy docks, is crossed right at the start.
The buoys, besides the number, have a letter: A
for the Alfeite channel, B for that of Barreiro, S
for that of Seixal and two letters when the buoys
are common to two channels.
In the approach to the Mexilhoeira Point keep
alert at the entrance of the Seixal channel to
starboard at the buoy (15B 1S).
Figura 79 - De WP 4 para o Canal do Barreiro. The Barreiro Channel seen from WP 4.

Figura 80 - De WP 5 para o Baixio do Coval The Coval shoal seen from WP 5.

Figura 81 - De WP 6 para o Bico da Mexilhoeira. Bico da Mexilhoeira seen from WP 6.

Figura 82 - De WP 6 para bÛia 15-B / 1-S. The 15-B/1-S buoy seen from WP 6.

75
Canal do Seixal The Seixal channel

)
8
3


&



$%)'( 3

2
3


$


"


*

$%)!'( 13
!
!3 2
13





7
13
0
!
! 
  *

"%*!'+ "%*'+ "%*'+

Figura 83 - Canal do Seixal e rio Judeu.
Carta: 26305, do Instituto Hidrogr·fico.
Dist‚ncia: Da Pt. Mexilhoeira ‡ baÌa do Seixal - 1 M.
DescriÁ„o: Uma vez no canal do Seixal, este bifur-
ca-se para BB (Canal da Trindade, que d· acesso ‡
estaÁ„o fluvial.
Depois de entrar na baÌa, passa-se pela antiga Gare
MarÌtima, a bombordo, e depois por uma pequena
ponte-cais onde se amarram algumas embarcaÁıes
de pesca local e barcos de recreio temporariamente.
Em frente existe um fundeadouro com poitas
colocadas desordenadamente, chegando a invadir
o canal de acesso aos estaleiros da margem.
O estaleiro Venamar tem um canal naveg·vel,
tambÈm utilizado pela n·utica de recreio para
alcanÁar a Amora. O canal de acesso ao estaleiro
Navegante sÛ È naveg·vel acima de meia-marÈ.
Esta baÌa, outrora muito movimentada por
bacalhoeiros, pela construÁ„o nos seus estaleiros e
pela ind˙stria de moagem, È de uma beleza ˙nica,
encontrando-se inexplicavelmente desaproveitada.
A despoluiÁ„o das ·guas, verificada nos ˙ltimos
anos, est· a repovoar a baÌa com abundante avifauna.
76
The Seixal channel and Judeu river.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: From Pt. Mexilhoeira to the Seixal Bay:
1 M.
Description: Once in the Seixal channel, this forks
to port (Trindade channel, which gives access to
the fluvial station).
Once inside the bay, sail past the old Maritime
Station on the port side and afterwards by a small
pier where some local fishing vessels and
recreational boats are temporarily moored.
In front there is an anchorage with mooring poles
placed in a disordered manner, which may even invade
the channel of access to the shipyards in the margin.
The Venamar shipyard has a sailable channel, which
is also used by the recreational navigation to reach
Amora. The channel of access to the Navegante
shipyard can only be sailed above half tide.
This bay, once very busy with the movement of
ìbacalhoeirosî (cod-fishing boats), by the building
that took place in its shipyards, and by the milling
industry, has a unique beauty and it is inexplicably
underused.
Figura 84 - De WP 7 para a entrada do Seixal. The Seixal entrance seen from WP 7.

Figura 85 - De WP 8 para o Rio Judeu. A partial view of River Judeu from WP 8.

Figura 86 - De WP 9 para a ponte-cais do Clube do Seixal. The Seixal Club pier seen from WP 9.

Figura 87 - De WP 10 para o centro histÛrico do Seixal. The Seixal historic centre seen from WP 10.

Figura 88 - De WP 10 para Amora e Arrentela. Amora and Arrentela seen from WP 10.

77
Derrota de Valada e Muge The Valada and Muge Route
9
2303 0
: 138


9 93
 


 
$%"'( 6 





;/
$%$'( 

#

 
33
$%&'(
43 

 *

 


 
"% '+ "%*'+
Figura 89 - O Grande Estu·rio do Tejo.
Carta: 26305, 26306 e 26 307 do IH.
Dist‚ncia: Alc‚ntara a Valada e Muge - 34 M.
DescriÁ„o: Esta derrota atravessa todo o MÈdio
e Alto Estu·rio, atÈ ao limite superior naveg·vel,
para barcos com 2 m de calado.
Deve ser praticada com a ajuda da marÈ, n„o sÛ
pela travessia dos baixios como tambÈm para
encurtamento dos tempos de viagem.
No troÁo atravÈs do MÈdio Estu·rio Inferior,
navegue ao longo da margem Norte. No MÈdio
Estu·rio Superior atravessa a RNET por canais
sinalizados, com algumas zonas de baixios.
A montante de Vila Franca de Xira, entra no Alto
Estu·rio, com v·rios assoreamentos marginais que
obrigam a passar por vezes de uma para a outra
margem.
Deve iniciar a viagem 2 a 3 horas apÛs a baixa-
mar, para aproveitar n„o sÛ o acrÈscimo de
velocidade da corrente de marÈ, como para
facilitar a passagem dos baixios e minimizar os
inconvenientes de algum pequeno encalhe,
r·pidamente resolvido com a marÈ a subir.
78
$"'+ $&'+
The Greater Tagus Estuary.
Chart: 26305, 26306, and 26307 of the HI.
Distance: Alc‚ntara to Valada and Muge: 34 M.
Description: This route crosses the whole of the
Middle and Upper Estuaries until the sailable upper
limit for vessels with a draught of 2 m.
It should be done with the help of the tide, not
only to cross the shoal area, but also to shorten
travelling time.
In the section through the Lower Middle Estuary
sail along the North margin. In the Upper Middle
Estuary, cross RNET by marked channels, with
some areas of shoals.
Upstream from Vila Franca de Xira the Upper
Estuary is entered, with several sand bars extending
from the shore in some places, which makes it necessary
to pass from one margin to the other at times.
Start the journey 2 to 3 hours after low tide to
benefit not only from additional velocity of the
tidal current, but also to make the passage through
the shoals easier and to minimize the
inconveniences of any small grounding, which will
be rapidly resolved with the rising tide.
Figura 90 - Lisboa entre pontes. Lisbon between the bridges.
Figura 91 - Ponte de Muge. The Muge bridge.

79
 De Alc‚ntara ‡ Ponte V. Gama From Alc‚ntara to V. Gama Bridge
 !
#!




!







  




# 





!$%&'(
!  
##


! 




!$%*$'( 
 
 
"  
! 
 
 


! 
!$%*+'(

!


"%#') "% "')  "% !') $%"&')

Figura 92 - O MÈdio Estu·rio Inferior. The Lower Middle Estuary.

Carta: 26305, 26306 do IH.
Dist.: Alc‚ntara ‡ ponte Vasco da Gama - 7 M.
DescriÁ„o: Esta derrota sobe o rio paralelamente
‡ margem Norte, com os devidos resguardos ao
tr‚nsito fluvial entre as duas margens,
particularmente intenso nas horas de ponta.
Nas estaÁıes do Cais do SodrÈ e do Terreiro do
PaÁo atracam dois tipos de barcos, muito
diferentes na sua capacidade de manobra e
velocidade: os catamar„s e os tÌpicos cacilheiros.
O Terreiro do PaÁo ou PraÁa do ComÈrcio era
o antigo paÁo real, destruÌdo pelo terramoto de
1755 e depois recontruÌdo como centro da Baixa
Pombalina.
… uma das maiores e mais bonitas praÁas do
mundo, com acesso directo ao rio atravÈs do
famoso Cais das Colunas.
Segue-se uma zona portu·ria comercial e, por
fim, a Zona Oriental da cidade, requalificada com
uma marina actualmente em obras e uma ponte,
construÌdas por altura da EXPO 92, subordinada
ao tema dos Oceanos.
80
Chart: 26305, 26306 of the HI.
Distance: Alc‚ntara to Vasco da Gama Bridge: 7 M.
Description: This route ascends the river parallel
to the North margin, with due safeguards to the
fluvial traffic between the two margins, which is
particularly intense at rush hour.
At the Cais do SodrÈ and Terreiro do PaÁo stations
moor two types of vessels very different in their
capabilities of manoeuvrability and velocity, which
are the catamarans and the typical ìCacilheiroî ferries.
Terreiro do PaÁo or PraÁa do ComÈrcio (the
Commerce Square) was once part of the Royal
Palace, which was destroyed by the 1755
earthquake, and rebuilt later as the centre of the
Pombaline downtown area.
It is one of the largest and prettiest squares in the
world, with direct access to the river through the
famous quay of columns.
A commercial port area comes next, and finally the
Eastern area of the city, requalified with a marina
currently under repairs, and a bridge built at the time
of the EXPO 92 devoted to the theme ìThe Oceansî.
Figura 93 - Baixa Pombalina e zona portu·ria. The Pombaline downtown and the port.
Figura 94 - Lisboa Oriental. Eastern Lisbon.

81
De Alc‚ntara a Xabregas
 ! ,
!$%&#'(
, 3
,, -
'(
- #
!$%&
!$%*"'(
28
 !


"%#$') "%#*')
Figura 95 - De Alc‚ntara ao Terminal de Xabregas.
Carta: 26305, do IH.
Dist.: Alc‚ntara a Xabregas - 3 M.
DescriÁ„o: ¿ saÌda da Doca, sobe o rio sempre
paralela ‡ margem, passando sucessivamente a
EstaÁ„o Fluvial do Cais do SodrÈ (WP 2), o
Terreiro do PaÁo (WP 3) e a EstaÁ„o do Sul e Sueste
que lhe est· adjacente.
A PraÁa do ComÈrcio È imponente pela sua
harmonia e enquadramento no centro histÛrioco
de Lisboa.
Seguem-se as Docas da Marinha e a do Terreiro
do Trigo, encontrando-se esta bastante assoreada.
Na continuaÁ„o, h· um extenso cais comercial
atÈ ao Terminal de passageiros de S.ta AplÛnia, ‡
qual se segue o Terminal de Contentores de
Xabregas.
Este percurso, ao longo da Lisboa antiga, depois
do Terreiro do PaÁo avista sucessivamente a SÈ
Catedral, o Convento de S„o Vicente de Fora, a
BasÌlica de S.ta Engr·cia e a EstaÁ„o Ferrovi·ria de
S.ta ApolÛnia, sempre enquadrados pelo antigo
castelo medieval de S. Jorge, no alto das colinas.
From Alc‚ntara until Xabregas
2
3
453

601.
2 ,
7 
+
!

#
./(01
"%#+') "%+')
From Alc‚ntara to the Xabregas Terminal.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: Alc‚ntara to Xabregas: 3 M.
Description: Leaving the dock, go up river
always parallel to the margin, passing in
succession the Cais do SodrÈ Fluvial Station
(Ferry Terminal) (WP2), Terreiro do PaÁo
(WP3), and the adjacent South and Southwest
station.
PraÁa do ComÈrcio is imposing in its harmony
and position in the Lisbon historic centre.
The Navy Docks come next, and then Terreiro
do Trigo Dock, which nowadays is very silted.
Coming next until the Passenger Terminal of
Sta ApolÛnia, there is an extensive commercial
quay followed by the Container Terminal of
Xabregas.
In this route along older Lisbon, after Terreiro
do PaÁo are seen the Cathedral (SÈ), the Convent
of S„o Vicente de Fora, Sta Ingr·ciaís BasÌlica
and the Sta ApolÛnia Train Station, always
framed by the old medieval castle of S„o Jorge
at the top of the hills.
82
Figura 96 - De WP 1 para WP 2, Cais do SodrÈ. View of WP 2, Cais do SodrÈ from WP 1.

Figura 97 - De WP 2 para EstaÁ„o Fluvial do Cais do SodrÈ. View of the Cais do SodrÈ Fluvial Station from WP 2.

Figura 98 - De WP 3 para o Terreiro do PaÁo. View of Terreiro do PaÁo from WP 3.

Figura 99 - De WP 4 para a Doca do Terreiro do Trigo. View of the Terreiro do Trigo Dock from WP 4.

Figura 100 - AproximaÁ„o ao Terminal de Contentores. Approach to the Container Terminal.

83
De Xabregas ao Cais da Matinha
3

!$%&+'(
, 

3
!$%&!'(
2
3
453

!$%&'(
"%#')
Figura 101 - De Xabregas ao Cais da Matinha.
Carta: 26305, do IH.
Dist.: De Xabregas ao Cais da Matinha - 1,6 M.
DescriÁ„o: Na continuaÁ„o dos dois Terminais
de Passageiros da zona Oriental do Porto de Lisboa
foi construÌdo o Terminal Multimodal de Xabregas,
em 2002, e dragado um canal de acesso ‡ cota de
11,5 metros (Z. H.) para os maiores navios de
contentores, em qualquer estado de marÈ.
Para montante, vÍem-se os silos da f·brica
Nacional e, de seguida, a Doca do PoÁo do Bispo,
bastante assoreada, que tem como promenor uma
rampa no seu lado Norte, utilizada para varar
pequenos barcos do Clube Oriental.
A sua utilizaÁ„o comercial È reduzida e vÍem-se
aÌ muitos barcos abandonados.
O Ponte-cais da Matinha, pela sua proximidade
com o Parque das NaÁıes, dever· ser requalificada
para a utilizaÁ„o por pequenos navios de cruzeiro,
fazendo sinergia com o potencial turÌstico da Zona
Oriental, juntamente com a reabilitaÁ„o da Marina
do Parque das NaÁıes.
Xabregas until the Matinha quay
&
+
*
!
#
#
"%# ') "% $')
From Xabregas until Matinha quay.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: From Xabregas until Matinha quay: 1.6 M.
Description: In the continuation of the two
Passenger Terminals in the eastern Zone of the
Lisbon Harbour, the Multimodal Terminal of
Xabregas was built in 2002, and a channel of
11.5 m measure (H. Z.) was dredged for the
largest container ships giving access at any tide
stage.
Upstream the silos of the National Factory
may be seen, and next the PoÁo do Bispo Dock,
which is very silted and has a conspicuous ramp
on its Northern side which is used to launch
small boats of Clube Oriental.
Its commercial use is reduced and many
abandoned boats may be seen there.
The Matinha pier, by its proximity to Parque das
NaÁıes, should be requalified for use by small
cruiser ships in synergy with the touristic potential
of the Eastern Zone, jointly with the rehabilitation
of the Marina at Park das NaÁıes.
84
Figura 102 - Docas da Marinha e do Terreiro do Trigo. Navy and Terreiro do Trigo Docks.

Figura 103 - De WP 5 para Silos e WP 6. View of the Silos and WP 6 from WP 5.

Figura 104 - De WP 6 para a Doca de Cabo Ruivo e Silos. View of the Cabo Ruivo Dock and the Silos from WP 6.

Figura 105 - Terminal da Matinha. The Matinha Terminal.

85
Da Matinha ‡ Torre Vasco da Gama
203
;
!$+*+&*
" ""
3
146
9:03
;
!$%&*'(
1<
=3>
!$%&'( 3
& #
"%#')
Figura 106 - Da Matinha ‡ Torre Vasco da Gama.
Carta: 26306, do IH.
Dist.: Da Matinha ‡ Torre Vasco da Gama - 2,3 M.
DescriÁ„o: Passa em frente da zona Oriental de
Lisboa, que foi requalificada para a EXPO 98.
Parece entrar num mundo futurista, com uma
marina lamentavelmente desactivada que, mal foi
inaugurada, comeÁou a ter problemas graves de
assoreamento.
A sua reabilitaÁ„o vai iniciar-se pela bacia Sul e
baseia-se numa infraestrutura com um anteporto
seguido de um sistema de comportas, para
minimizar os efeitos do r·pido assoreamento deste
local, que tornava invi·vel a marina.
Este sistema ter· um canal de 10 metros de
largura que permitir· o acesso a catamarans.
A Marina do Parque das NaÁıes, situada numa
zona privilegiada da capital, ser· um pÛlo
dinamizador da n·utica e da navegabilidade do
grande estu·rio do Tejo, a partir de 2009.
A partir daqui (WP 8) tem de decidir se continua
pela Cala Norte ou pela Sul, a ˙nica balizada, mais
utilizada e recomendada.
From Matinha until V. da Gama Tower
 ##
( +
 !$+*!$"
"  
#

 # 
$
!$+* # 
* " #$&
"
* &
!$+&!!
" !!
"
!$+ "+
$ " ++

&
"%# ') "% $')
From Matinha to Vasco da Gama tower.
Description: Pass in front of the Lisbon Eastern
Zone, which was requalified for the EXPO 98.
You feel as if you are entering a futuristic world,
with a marina regretably deactivated, that started to
have serious silting problems as soon as it was
inaugurated.
Its rehabilitation will start from the South basin,
and it is based on an infrastructure with a small
anteport followed by a system of gates to reduce
the effects of the fast silting of this area, which
makes the marina non-viable.
It will have a berthing capacity of 580 craft in the
South Basin and in a second stage, of more than
300 in the northern basin.
The Parque das NaÁıes Marina, located in a priviliged
area of the capital, will become a dynamic nautical and
navigational centre of the Tejo estuary from 2009.
From here (WP8), you have to decide whether
to continue through the North Fairway (Cala
Norte) or through the South, the only one that is
marked and also the most utilized and
recommended.
86
Figura 107 - Marina do Parque das NaÁıes. The Parque das NaÁıes Marina.

Figura 108 - De WP8 para a Marina do Parque das NaÁıes. View of the Parque das NaÁıes Marina from WP 8.

Figura 109 - De WP 10 para a Ponte Vasco da Gama. The Vasco da Gama Bridge seen from WP 10.

Figura 110 - De WP A para o Cais da EXPO. The EXPO quay from WP A.

87
Figura 111 - Ponte-cais de Cabo Ruivo, Marina do Parque Cabo Ruivo Pier, Parque das NaÁıes Marina, and Vasco
das NaÁıes e Ponte Vasco da Gama. da Gama Bridge.

A Marina do Parque das NaÁıes ñ ìA Marina de The Lisbon Marina, situated in the North Margin
Lisboaî -, situada na Margem Norte junto ‡ Ponte near Vasco da Gama Bridge, was born in 1998 with
Vasco da Gama, nasceu em 1998 com a ExposiÁ„o the Universal Exposition of Portugal ñ The Oceans,
Universal de Portugal - ìOs Oceanos, Um an Inheritancee for the Future, but it had to be
PatrimÛnio para o deactivated in 2002,
Futuroî, mas teve due to silting
de ser desactivada problems.
em 2002 devido a After the
problemas assorea- development of an
mento. in-depth study about
Depois de desen- the main causes of
volvido um estudo silting in that margin,
aprofundado sobre it was possible to
as principais causas elaborate a project
do assoreamento contemplating
naquela margem, foi solutions that will
possÌvel elaborar minize its effects, and
um projecto con- which are
templando soluÁıes Figura 112 - Projecto da Ma- Project of the Parque das consubstantiated
que permitem mini- rina do Parque das NaÁıes. NaÁıes Marina. with the creation of
mizar os seus efeitos, a system of gates, in
e que est„o consubstanciadas na criaÁ„o de um the impermeabilization of the piers, and the closure
sistema comportas, na impermeabilizaÁ„o dos of all the extension of the pier.
molhes e no fecho de toda a extens„o da ponte- Within the scope of this rehabilitation work,
-cais. which is foreseen to be concluded at the start of
No ‚mbito desta obra de reabilitaÁ„o, que se the Summer of 2009, an anteport will be created
prevÍ vir a estar concluÌda no inÌcio do Ver„o de which will function as a reception and fuelling pier,
2009, ser· ainda criado um anteporto que servir· which may be seen in the maquettes presented.
88
Figura 113 - Projecto da Marina do Parque das NaÁıes. Project of the Parque das NaÁıes Marina.

de cais de recepÁ„o e de abastecimento de The Marinaís South basin will be prepared to

combustÌvel, que pode ser visto nas maquetas receive about 580 recreational vessels.
apresentadas. Posteriorily, the Marina may be enlarged to the
A Bacia Sul da marina ficar· preparada para North Basin, with the installation of a number
receber cerca de 580 embarcaÁıes de recreio. of berths that may oscillate between 250 and 350,
Posteriormente, a marina poder· ser alargada ‡ a situation that will convert this infrastructure
Bacia Norte, com a instalaÁ„o de um n˙mero de into the second largest of the country, after
postos de amarraÁ„o que poder· oscilar entre os Vilamoura.
250 e os 350, situaÁ„o que tornar· esta infra- It is still contemplated in the reabilitation project
estrutura na 2™ maior do paÌs, depois de Vilamoura. that the present day pier of Cabo Ruivo be
Est· ainda contemplado no projecto de deactivated to the touristic cruiser service,
reabilitaÁ„o que a maximizing the
actual ponte-cais de potential offered by
Cabo Ruivo possa Parque das NaÁıes.
ser reactivada para ANMPN, the
serviÁo de cruzei- N a u t i c a l
ros turÌsticos, apro- Association of the
veitando o potencial Parque das NaÁıes
oferecido pelo Par- Marina, which
que das NaÁıes. represents the users
A AssociaÁ„o of this
N·utica da Marina infrastructure, has
do Parque das been developing a
NaÁıes, ANMPN, project that
que representa os foresees the use of
utentes desta infra- Figura 114 - Projecto da Ma- Project of the Parque das the marina as a
estrutura, tem vindo rina do Parque das NaÁıes. NaÁıes Marina. centre that will
a desenvolver um projecto que visa utilizar a marina make more dynamic the activities of
como um pÛlo dinamizador de actividades de development of recreational sailing and
desenvolvimento da n·utica de recreio e do turismo tourism of nautical nature in the Greater Tejo
de vertente n·utica no Grande Estu·rio do Tejo, em Estuary, in particular, through the promotion
particular, atravÈs da divulgaÁ„o de locais de visita of places that can be visited, in both margins
em ambas as margens do rio, desde a foz, junto ao of the river, from the mouth, next to the Oeiras
Porto de Recreio de Oeiras, atÈ Valada/Porto de Recreational Port, until Valada / Porto de
Muge. Mais informaÁıes poder„o ser encontradas no Muge. Additional information may be found
site da ANMPN em www.anmpn.pt . on the ANMPN site at www.anmpn.pt.
89
Da T. Vasco da Gama ao rio Tranc„o From V. Gama Tower to Tranc„o river

!$+&$$
+ #! " +#&$
2@



(
, !


!$+&+ #

3
" " !


?


!$+&"+

3
!$%&"'( " +$+

 



!$+&!#



" !& (+
!$+& *&
+ ! " +**$
*
*
!$+*"# 
" !+# #

!$%&'( *
 #

!$+*+&*
" ""
!$+*!$"
"  
203 +
; 
## #
( *

"% "') "% $') "% &') "% *')

Figura 115 - Da Torre Vasco da Gama ao rio Tranc„o.
Carta: 26306, do IH.
Dist.: Da Torre Vasco da Gama a WP D e 13 - 1,3M.
DescriÁ„o pela Cala Norte: Esta canal sÛ È
naveg·vel para barcos atÈ 2 m de calado, acima da
meia marÈ, n„o estando devidamente sinalizado.
Deve navegar prÛximo da margem direita, que
est· balizada atÈ ‡ foz do rio Tranc„o.
Esta Cala tem uma extens„o de 8 M, sondas
reduzidas com frequÍncia inferiores aos 2 m, e È
por isso sÛ praticada por pequenas embarcaÁıes
de pesca e recreio.
DescriÁ„o pela Cala Sul: … o Canal recomendado
para a navegaÁ„o para montante.
Esta Cala tem uma extens„o aproximada de 8
M, na continuaÁ„o do Canal de Cabo Ruivo, e È o
canal utilizado pelo tr·fego comercial.
A partir da Marina do Parque das NaÁıes, deve
dirigir-se para a zona da ponte em que o tabuleiro
È mais extenso entre pilares, respeitando as ˙ltimas
as balizas do percurso para evitar o baixio que
separa as duas Calas e se prolonga atÈ ‡ ˙ltima bÛia
do canal de Cabo Ruivo, CR 8.
90
From Vasco da Gama Tower until Tranc„o river.
Chart: 26306 of the Hydrographic Institute.
Distance: From Vasco da Gama Tower to WPD
and 13: 1.3 M.
Description through the North Fairway: This
channel is only navigable by boats with a draught
of 2 m above half tide, and it is not duly marked.
Sail close to the right margin, which is marked until
the mouth of the Tranc„o River.
This Fairway is 8 M long; it has reduced sonars,
frequently under 2 m, and it is therefore only
practiced by small fishing and recreational vessels.
Description through the South Fairway: This is
the recommended channel for upstream navigation.
This Fairway is approximately 8 M long, in the
continuation of the Cabo Ruivo Channel, and it is
used by commercial traffic.
From the Parque das NaÁıes Marina you should
head towards the area of the bridge in which the
deck is the most extensive between pillars, respecting
the last beacons of the course to avoid the shoal
that separates the two fairways, and is prolonged until
the last buoy of the Cabo Ruivo Channel, CR 8.
Figura 116 - AproximaÁ„o ‡ ponte pela Cala Norte. Approach to the Bridge through the North Fairway.

Figura 117 - De WP C para montante. View upstream from WP C.

Figura 118 - AproximaÁ„o ‡ Ponte pela Cala Sul. Approach to the Bridge through the South Fairway.

Figura 119 - De WP 12 para montante. View upstream from WP 12.

Figura 120 - De WP 13 para a bÛia 4 A. View from WP 13 to buoy 4 A.

91
 MÈdio Estu·rio Superior Upper Middle Estuary

0 4 !
! #"
! 



!$%&'(
#$

 ! #&

!$%*$'(
?/ !
#*
.




(

3





#
3



!$%*+'(

 




!


#+

!


 "%#') "% "') "% !') $%"&')

Figura 121 - Da Ponte Vasco da Gama ‡ Ponte Marechal
Carmona, em Vila Franca de Xira.
Carta: 26307, do IH.
Distancia entre pontes: 13,4 M.
DescriÁ„o: Como ficou dito, È possÌvel fazer este
percurso pela Cala Norte que, alÈm de n„o ter
sinalizaÁ„o, tem frequentemente cotas inferiores a
2 m (Z. H.). Estas condicionantes sÛ possibilitam
a navegaÁ„o a barcos de 2 m de calado, com
seguranÁa, pelo menos uma hora acima de meia-
marÈ, com esta a subir, e sempre com cuidado,
sobretudo na passagem da Coroa de S.ta Iria que
deve ser deixada a BB.
Pela Cala Sul faz-se o tr‚nsito comercial; no entanto,
a zona prÛxima da bÛia 1 est· assoreada e n„o
permite a navegaÁ„o em baixa-mar, devendo por isso
ser passada uma a duas horas depois da baixa-mar.
Esta zona est· quase totalmente integrada na
RNET, mas a navegaÁ„o pelos canais È livre.
Extensos mouchıes rodeados por canais,
conhecidos por Calas, permitem a navegaÁ„o entre
entre os diversos pontos. SÛ a Cala Sul È balizada
e mantida pela APL.
92
From Vasco da Gama Bridge to Marechal Carmona
Bridge at Vila Franca de Xira.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance between bridges: 13.4 M.
Description: As previously mentioned it is
possible to cover this course through the North
Fairway, which besides having no markings,
frequently has less than 2 m of depth (H.Z.). These
limitations only make safe navigation of vessels
with a draught of 2 m, at least one hour after half-
tide, during flooding, and always with caution,
above all in the Coroa de Sta Iria passage, which
should be left to port.
Commercial traffic goes through the South Fairway;
however, the zone in the vicinity of Buoy 1 is silted
and does not allow navigation at low tide, so it should
be passed only one to two hours after low tide.
This area is almost totally integrated in RNET,
but navigation through the channels is free.
Extensive ìmouchıesî (marshy islands)
surrounded by fairways, known as ìCalasî, allow
navigation between different points. Only the South
Fairway is marked and maintained by APL.
Figura 122 - Cala Norte e Mouch„o da PÛvoa. The North Fairway and PÛvoa Mouch„o.

Figura 123 - Mouch„o de Alhandra e Vila Franca de Xira Alhandra Mouch„o and Vila Franca de Xira.

93
Dos WP D e 13 aos WP G e 16 From WP D and 13 to WP G and 16
0A 
;

! ($
#*
 !

! '
+

*
#
! 
!$+$"!
(

!$+"& 
" !$! " ! "&



! '
!$%$#'(


?

3

! !$+$&&


3
(* #+ " !"!



!$+&&&& *



" +
8
'

5
+

! !$+&$$
!$%$ '( " +#&$

, !
2@
"% "')
Figura 124 - Do Rio Tranc„o ‡ Valor Sul e baliza N. 8.
Carta: 26307, do IH.
Dist. Entre as marcas limite: 1,9 M
DescriÁ„o pela Cala Norte: Deve navegar sempre
prÛximo da margem Norte, atÈ ‡ Central de
tratamento de lixos Valor Sul. A EB tem um baixio
no prolongamento do Mouch„o da PÛvoa, invisÌvel
acima de meia-marÈ.
DesriÁ„o pela Cala Sul: A largura da Cala Sul
ou das Barcas È, em muitos locais, inferior a 200
m, pelo que È importante respeitar as marcas
laterais do canal, navegando na direcÁ„o das
mesmas.
As balizas e bÛias cegas, todas pares, assinalam os
limites dos baixios do Mouch„o da PÛvoa, que
n„o podem ser ultrapassados sob pena de
encalhe.
O mais prudente È fazer a navegaÁ„o marca a marca,
acautelando a deriva, sobretudo na navegaÁ„o ‡ vela.
Em condiÁıes de m· visibilidade, recomenda-se a
utilizaÁ„o do azimute para localizar a prÛxima marca,
ou a navegaÁ„o electrÛnica.
A partir da baliza 6, entra-se na RNET e na zona
deltaica do estu·rio, com ilhas intermÈdias, os
mouchıes, muito rica em sapais.
+ #
#!
+
"% $') "% &') "% *') "% ')
From Tranc„o River to Valor Sul and Buoy No. 8.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance: Between the delimiting marks: 1.9 M.
Description through the North Fairway: Navigate
always close to the North margin until the Waste
Treatment Plant of Valor Sul.
To starboard there is a shoal in the extension of
Mouch„o da PÛvoa, invisible above half tide.
Description through the South Fairway: The
width of the South Fairway, also called ìof the
Barcasî is in many places under 200 m, so it is
important to respect the lateral marks of the
channel, navigating towards them.
The beacons and unlit bouys, which are all paired,
mark the shoal limits of Mouch„o da PÛvoa, which
may not be overtaken on the penalty of running
aground.
The most prudent is to navigate mark by mark
taking care with the leeway, above all while sailing.
In conditions of poor visibility, to locate the next
mark the use of the azimuth, or electronic
navigation is recommended.
From beacon 6 onwards you have entered RNET
and the delta zone of the estuary, with intermediate
islands, the ìmouchıesî very rich in marshes.
94
Figura 125 - Do WP D para a Refinaria da Petrogal. The Petrogal Refineries seen from WP D.

Figura 126 - De WP F para montante. The view upstream from WP F.

Figura 127 - De WP G para Valor Sul. Valor Sul seen from WP G.

Figura 128 - De WP 14 para a Baliza N.º 6. View from WP 14 towards Beacon No. 6.

Figura 129 - De WP 16 para a baliza No 8. The view from WP 16 towards beacon No. 8.

95
Dos WP H e 16 aos WP L e 20 From WP H and 16 to WP L and 20
2
L
Aldeia Avieira 3

N 2


DANGER

Coroa de 0
1
Q3
20
3

Sta. Iria
1
1 19 No 1A
38 50.635 N
Ponte da BP 2 1 009 02.089 W 6
J oa
óv
e

38,81º N
P
ort

38 50.410 N
da
uN

009 02.049 W No 10A 18

o
o

hã

Ponte da
oa

uc

DANGER
óv

38 49.856 N
Mo

Fima I 4
P

2 009 02.404 W
da

1
No 1 38 49.574 N
la

17 009 02 .713 W
Ca

l1
u Su
38,80º N 60
º o
rc as 38 49.270 N
Ba 009 03.097 W
das
la
Ca
3
H No 8
3 16 0 1M

9,07º W 9,06º W 9,05º W 9,04º W

Figura 130 - Da Valor Sul à aldeia avieira da Póvoa.
Carta: 26307, do IH.
Distãncia: Entre as marcas limite - 1,7 M.
Descrição pela Cala Norte: A partir da Valor
Sul, o canal está bem dilimitado e deve navegar a
meio dele, até à ponte-cais da Fima, para depois
aproar à margem esquerda, frente à ponte-cais da
BP, deixando assim a Coroa de S.ta Iria por BB,
para aproar à aldeia avieira da Póvoa de Santa Iria.
Desrição pela Cala Sul: A partir da baliza N.º 8,
faça rumo de 60º para a bóia 1, que está numa zona
assoreada que se prolonga por 150 m para
montante, com cotas inferiores a 2 m.
A passagem por esta zona só é, assim, possível
duas horas depois da baixa-mar, para barcos de 2
m de calado. A APL vai dragar este troço em 2008.
As marcas seguintes estão próximas e são bem
visíveis, devendo no entanto ser escrupulosamente
respeitadas.
A partir da baliza cardinal Q 3, pode optar entre
aproximar-se da marca N.º 3 no Mouchão do
Lombo do Tejo, ou dirigir-se directamente aos
silos de Alhandra.
96
From Valor Sul until the “Avieira” Village of Póvoa.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance: Between the delimiting marks: 1.7 M.
Description through the North Fairway: From
Valor Sul the channel is well delimited and you
should sail in the middle until Fima pier, and steer
next towards the left margin in front of the BP pier
and leave Coroa de Sta Iria to port to head towards
the river village of Póvoa de Sta Iria.
Description by the South Fairway: From
beacon No. 8, take a 60° bearing to Buoy 1, which
is in a silted area extending for 150 m upstream
with depths of less than 2 m.
The passage through this area is therefore only
possible two hours after low tide for vessels with a
draught of 2 m.
The next marks are nearby and are clearly
visible, but should however be scrupulously
respected.
From cardinal beacon Q 3 you may opt
between approaching mark No. 3 at Mouchão
do Lombo do Tejo or follow directly towards
the Alhandra silos.
Figura 131 - Do WP H para montante (bóias cardinais E). The view upstream from WP H (Cardinal buoys E).

Figura 132 - Do WP J para a ponte-cais da BP. The BP pier seen from WP J.

Figura 133 - Baixio da Coroa de Sta. Iria, a meia-maré. Shoal of Coroa de Sta. Iria at half tide.

Figura 134e 135 - Bóias 1 e 10 A, zona de baixios. Buoys 1 and 10 A, shoal area.

Figura 136 e 137 - Baliza Q 3 e cimenteira de Alhandra. Beacon Q 3 and view of the Alhandra Cement Factory.

97
Da aldeia avieira a Alverca From the avieira village to Alverca.
1

Aeroporto 3 No 5
38 52.621 N
38 51.912 N
de Alverca O 009 01.290 W
1
21
009 02.306 W
2
38 52.540 N
38,87º N


009 01.290 W

1
Mouchão do Lombo
do Tejo
rte 38 51.599 N
u No N 2 5
009 01.275 W
o
Areeiros óvoa

l
P

u Su
38,86º N la da 2
a
C M

as o
2 Barc
º

No 3
20

L Aldeia Avieira
5
das

38 50.635 N
009 02.089 W
Cala

38 51.650 N
009 03.605 W
3
oa

38,85º N
óv
d aP
ão

0 1M
h
uc

1M
Mo

9,05º W Q3 20 2 9,03º W 9,02º W 9,01º W

Figura 138 - Da aldeia avieira da Póvoa, a Alverca.
Carta: 26307, do IH.
Distância: Entre as marcas limite - 1,8 M.
Descrição pela Cala Norte: A aldeia avieira da
Póvoa de S.ta Iria mostra as típicas construções
palafíticas com pontes-cais onde amarram as
bateiras, hoje um pouco misturadas com modernos
barcos de fibra para a uma pesca de subsistência.
Mais a montante, há os cais dos areeiros; a partir
daí, deve dirigir-se para a ponta Norte do Mouchão
e, depois, de novo para a margem direita, até à
confluência com a Cala Sul.
Desrição pela Cala Sul:A partir da baliza Q 3,
pode aproar directamente aos silos de Alhandra,
respeitando as marcas do percurso, nomeadamente
a N.º 5, que assinala os limites Sul do baixio do
Mouchão de Alhandra.
Como alternativa, pode navegar até à marca
N.º 1 no Mouchão do Lombo do Tejo e, depois,
pode continuar e deixar o Mouchão de Alhandra
por BB. Se fundear frente à Reserva Integral,
poderá apreciar de forma privilegiada uma fauna
e flora únicas.
98
From the “avieira” village of Póvoa to Alverca.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance: Between the delimiting marks: 1.8 M.
Description through the North Fairway: Start
at the Avieira village of Póvoa de Sta Iria, with its
typical palaphytic constructions with piers where
the dories are moored, nowadays a bit mixed with
modern fibreglass boats for subsistence fishing.
Further upstream there are the dredgers quays from
where you should head towards the North point of
the Mouchão and afterwards again to the right margin
until the confluence with the South Fairway.
Description through the South Fairway: From
beacon Q3 steer directly at the Alhambra silos
respecting the course marks, namely No. 5 which
marks the Southern limits of the Mouchão da
Alhandra shoal.
As an alternative you may sail until mark No. 1 at
Mouchão do Lombo do Tejo and afterwards
continue, leaving Mouchão de Alhandra to port.
If you anchor in front of the Integral Reserve
you will appreciate in a priviledged manner a unique
fauna and flora.
Figura 139 - De WP L para a aldeia avieira da Póvoa. The Alverca “avieira” village seen from WP L.

Figura 140 - De WP L para o Cais dos Areeiros, a montante. The view of the Dredgers Quay upstream from WP L.

Figura 141 - Aldeia avieira da Póvoa de Santa Iria. Póvoa de Santa Iria’s “avieira” village.

Figura 142 - De WP 21 para o aeroporto de Alverca. The Alverca airport seen from WP 21.

Figura 143 - De WP 21 para a zona industrial de Alhandra. The industrial zone at Alhandra, seen from WP 21.

99
Dos Areeiros ao estaleiro de Alhandra From Areeiros to the Alhandra shipyard

Estaleiro
3
23 Q
38 53.511 N

ndra
009 01.065 W
3

Alha
3

o de
chã
38 53.120 N

Mou
009 00.130 W
4
No 10 2


38,89º N
38 53.120 N
22 009 00.130 W
P
2
38 52.621 N
Aeroporto 009 01.220 W
3

de Alverca M
ou
ch
ão
da
38,88º N 38 52.440 N s
G
3 4 009 01.160 W ar
No 5 ça
s
0 Mouchão do Lombo
2
1 do Tejo
a
óvo

21
P

0
Reserva Integral 1M
da

1M
ão

1
uch

9,04º W 9,03º W 9,02º W 9,01º W 9,00º W

Mo

Figura 144 - Do cais dos Areeiros ao estaleiro de Alhandra.
Carta: 26307, do IH.
Dist. Entre as marcas limite - 2 M.
Descrição pela Cala Norte: Nas proximidades
do aeroporto, deve navegar pela margem direita,
até à confluência das duas Calas, que se dá antes da
última baliza do percurso, a N.º 10.
Desrição pela Cala Sul: Deve navegar aproado
aos silos de Alhandra, sempre com atenção à bóia
N.º 5 que está no limite dos baixios que prolongam
o Mouchão de Alhandra, devendo deixá-la por EB
com um bom resguardo.
Passa depois próximo da baliza N.º 10 e deve
então aproximar-se da margem direita, até aos
estaleiros de Alhandra.
Se deseja deixar o Mouchão de Alhandra por
BB, deve iniciar a mudança de rumo 0,5 M antes
da Bóia N.º 5, para se desviar dos baixios e aproar
a meio do canal que separa aquele do Mouchão
do Lombo do Tejo.
Deve aproximar-se então da margem esquerda do
rio e aí permanecer até ultrapassar o Mouchão de
Alhandra, rumando despois à margem direita do rio.
100
From Areeiros quay to the Alhandra shipyard.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance: Between the delimiting marks: 2 M.
Description through the South Fairway: In the
vicinity of the airport sail near the right margin until
the confluence of the two Fairways, which takes
place before the last beacon of the course, No. 10.
Description through the South Fairway: sail
steering at the Alhambra silos always paying
attention to buoy No. 5, which is at the limit of the
shoals that extend until Mouchão de Alhandra, and
leave to starboard with a safe wide berth.
Pass next close to beacon No. 10 and you should
approach the right margin until the Alhambra shipyards.
If you wish to leave Mouchão de Alhandra to
port, start the change of course 0.5 M before buoy
No. 5 to avoid the shoals, and steer towards the
middle of the channel that separates them from
Mouchão do Lombo do Tejo.
You should then approach the left margin of the
river and stay there until surpassing Mouchão de
Alhandra, heading afterwards towards the right
margin of the river.
Figura 145 - Aproximação ao cais dos Areeiros. Approach to the dredgers quay.

Figura 146 - De WP O para jusante, entrada da Cala Norte. The view downstream from WP O, North Fairway entrance.

Figura 147 - De WP 21 para a Reserva Integral. The Integral Reserve from WP 21.

Figura 148 - De WP 21 para a Cimenteira Cimpor. The Cimport Cement Factory seen from WP 21.

Figura 149 - De WP 22 para a baliza N.º 10 e Cimenteira. The view from WP 22 towards beacon No. 10 and the
Cement factory.

101
Dos estaleiros ao cais de Alhandra From the shipyards to Alhandra quay
 25 3
S
Alhandra 4

38 55.662 N
Cimenteira
009 00.247 W
Portugal
 6
2
38 55.007 N
008 59.446 W
Fab. Lãs



ndra
Fabrica 2
Moagens

Alha
Silos 24 
R Va
Fabrica la
 do

de
2 3 Ma
38,91º N Madeiras rqu

hão
3
ês
38 54.703 N

c
Mou
2
008 59.463 W

3 
38 54.738 N 2
009 00.795 W DANGER

38,90º N
Estaleiros  23
2

38 54.404 N
38 53.511 N 3 008 59.535 W
009 01.065 W
0 1M
Aeroporto 1M
de Alverca
9,03º W  No 10
22 4 9,01º W 9,0º W 8.99º W 8.98º W

Figura 150 - Dos estaleiros ao Clube Náutico.
Carta: 26307, do IH.
Dist.: Entre as marcas limite - 2 M.
Descrição pelo canal da margem direita: É o
canal recomendado e também o utilizado pelo
tráfego comercial, para a cimenteira, para a central
termoeléctrica do Carregado e pelos navios
areeiros de Valada.
Neste percurso deve navegar mais próximo da
margem direita, para evitar os baixios que prolongam
o Mouchão de Alhandra até meio do canal.
Passa, sucessivamente, o complexo industrial de
Alhandra, do qual se salienta a fábrica dos cimentos
Cimpor, seguido duma ponte-cais da APL
destinada ao tráfego marítimo turístico, finalmente,
alcança o acolhedor núcleo de recreio do Alhandra
Sporting Clube.
Desrição pelo canal da margem esquerda:
Deve navegar mais próximo da margem
esquerda, sobretudo após passar as casas do
Mouchão, para evitar um baixio a meio do canal.
Depois de passar o Mouchão, deve dirigir-se para
a margem direita do rio.
102
From the shipyards to the Nautical Club.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Distance: Between the delimiting marks: 2 M.
Description through the channel on the right
margin: This is the recommended channel and also
that utilized by commercial traffic, for the cement
factory, for the Carregado thermal power station,
and by the dredging ships of Valada.
In this course you should sail closer to the right
margin to avoid the shoals that stretch from
Mouchão de Alhandra until the middle of the
channel.
You will pass in succession the industrial complex
of Alhandra in which the Cimpor cement factory
stands out, next an APL pier destined to touristic
marine traffic, and then finally the heartwarming
recreational nucleus of the Alhandra Sporting Club.
Description through the channel on the left
margin: You should sail close to the left margin
above all after passing the Mouchão houses to
avoid a shoal in the middle of the channel. After
passing the Mouchão head towards the right
margin of the river.
Figura 151 - De WP 24 para os silos de Alhandra. The Alhandra silos seen from WP 24.

Figura 152 - Cimenteira de Alhandra. Cimpor. The Alhandra Cement factory, Cimpor.

Figura 153 - De WP 25 para a Ponte Marechal Carmona. Marechal Carmona Bridge seen from WP 25.

Figura 154 - Ponte-cais da APL em Alhandra. The APL pier at Alhandra.

Figura 155 - De WP 25 para o núcleo de recreio de Alhandra. The recreational nucleus of Alhandra seen from WP 25.

103
De Alhandra a Vila Franca de Xira From Alhandra to Vila Franca

Vila Franca 7

de Xira  7 30
6

29 22 m
2

 28
8

4
 2

8  38 57.398 N
2
 008 58.762 W
38 56.870 N Escola da 
008 59.423 W Marinha 
27

38,94º N 7
3
38 55.662 N
009 00.247 W

6
4
3
2
26 5
38,93º N

Alhandra  25
4
3
3
0

1M
1M

S
9,01º W 8,99º W 8,98º W

Figura 156 - De Alhandra a Vila Franca de Xira.
Carta: 26307, do IH.
Descrição: Seja qual for o percurso que tenha
escolhido, deve aproximar-se da margem direita
do rio até alcançar Vila Franca, e poder passar sob
as catenárias de alta tensão numa zona de maior
resguardo. Estas catenárias podem fazer arcos
voltaicos de vários metros com o mastro do barco.
Geralmente a meio do rio, a cota mínima
ultrapassa os 25 metros.
Neste percurso, a orla ribeirinha foi requalificada
com vários equipamentos e um passeio marítimo.
Na aproximação ao núcleo de recreio do União
Desportiva Vilafranquense encontra, primeiro, uma
ponte-cais da APL destinada ao tráfego marítimo
turístico, geralmente desocupada.
Caso pretenda fazer uma escala, pode amarrar
por fora do pontão principal e aguardar que alguém
do Clube lhe indique um lugar. Vila Franca tem
importantes festividades e eventos culturais
relacionados com as actividades da lezíria, e vários
museus ligados à cultura estuarina, entre eles o do
neo-realismo, merecedores de uma visita.
104
From Alhandra to Vila Franca de Xira.
Chart: 26307 of the Hydrographic Institute.
Description: Whatever course you have chosen,
you should approach the right margin of the river
until you reach Vila Franca, and you may pass under
the power lines in the zone of greater protection.
These catenaries may form electric arcs several
metres long with the mast of the boat.
Generally in the middle of the river the minimal
clearance exceeds 25 m.
In this course the shore was requalified with
several equipments and a marine promenade.
In the approach to the Recreational Nucleus of
União Desportiva de Vila Franca you find first an
APL pier destined to touristic marine traffic, that
is generally unoccupied.
In case you decide to stop you may moor outside
the main pontoon and wait until someone from
the Club directs you to a place. Vila Franca has
important festivities and cultural events related to
the activities of the meadowlandand, and several
museums linked to the estuarine culture, among
them that of the neo-realism, which deserve a visit.
Figura 157 - Requalificação da aldeia avieira. Requalification of the “avieira” village.

Figura 158 - Ponte-cais da APL. APL pier

Figura 159 - De WP 28 para jusante. View downstream from WP 28.

Figura 160 - Entrada para os pontões de amarração. Entry to the mooring pontoons.

Figura 161 - Pontões do núcleo de recreio de Vila Franca. Pontoons of the recreational nucleus of Vila Franca.

105
Vila Franca de Xira Vila Franca de Xira

Figura 162 - Esperas e largadas de touros. Bull waits and bull-running festivals.
Esta cidade ribatejana tradicionalmente ligada This Ribatejo city traditionally linked to the
aos ciclos agrícolas da lezíria e piscatórios do rio, agricultural cycles of the meadowland and of river
para além da sua população urbana, agregou fishing, besides its urban population, aggregated
pequenos grupos étnicos autóctones ou fixados small autochthonous or permanent ethnical groups
como resultado de migrações sazonais. as a result of seasonal migrations.
Os campinos que lidam com o gado bravo das The herdsmen manage the wild cattle of the
lezírias, e são hoje meadowlands, and
uma forte imagem de are nowadays a strong
marca, celebrada nas trade image,
festas bravas, que se celebrated in the wild
iniciam em Julho com festivals, which start in
as Festas do Colete July with the Red
Encarnado e se pro- Waistcoat festival and
longam até à Feira de carry on until the
Outubro, de raíz me- October fair, of
dieval e mais ligada à medieval roots and
agricultura. more linked to
Esperas e largadas agriculture.
de touros pela vila Figura 163 - Toureio a cavalo Bullfighter on horseback at Waits and bull-
antecedem as mais na Monumental Palha Blanco. Monumental Palha Blanco. running through the
importantes corridas da época numa das praças village precede the most important runs of the
que é uma referência da tauromaquia, a Monumental times in a square which is a reference to tauromachy,
Palha Blanco. Na Lezíria criam-se os melhores the Monumental Palha Blanco. In the meadowland
touros e cavalos do mundo. the best bulls and horses in the world are bred.
As comunidades piscatórias, conhecidas como “os The fishing communities, known as “the river gypsies”,
ciganos do rio”, são provenientes de Vieira de Leiria, originate from Vieira de Leiria, “os avieiros”, from
“os avieiros”, de Murtosa “os murtoseiros ou de Ovar “Murtosa” os murtoseiros or from Ovar “the
“os varinos”, migravam durante o Inverno numa luta fishsellers”, migrated during winter in a continuous fight
pela subsistência que o mar tempestuoso lhes negava. for sustenance, which the stormy sea denied.
106
 Com o tempo estabeleceram-se nas margens do In time they established themselves in the Tejo
Tejo, construindo habitações palafitas muito típicas, margins, building very typical palaphitic villages, where
onde varavam os seus barcos, as “bateiras”, que they grounded their boats, the “bateiras” (dories), which
são cópias em menor are smaller scale copies
escala dos barcos das of the boats of their
suas terras de origem. lands of origin.
Os gaibéus e os The “gaibéus” and the
ratinhos provenientes “ratinhos” originating
das Beiras e do Alentejo from the Beiras and from
raramente se fixavam e Alentejo rarely settled,
regressaram quase and they nearly always
sempre às suas terras de returned to their land of
origem, contribuindo origin, contributing to the
para a riqueza da lezíria richness of the
mas deixando poucas meadowland, but leaving
raízes culturais. Figura 164 - Avieiros An avieiros couple behind few cultural roots.
em faina de pesca. fishing for allis shad.
A gastronomia muito The very typical
típica e ligada aos sabores do rio e do campo, é gastronomy, linked to the flavours of the countryside
celebrada em Março com a açorda do sável, e em and the river, is celebrated in March with “açorda de
Novembro com o cozido de carnes bravas, entre sável” (shad in bread porridge), and in November
outros pratos únicos desta região. with the wild meats boil, among other dishes unique
Nas tradições culturais merece referência o fado to this region.
marialva, um dos estilos mais antigos, apelidado Of the cultural traditions the marialve fado should be
de “fado dos nobres”, por falar das touradas reais mentioned, one of the older styles, known as “the noble
e de costumes associados à nobreza, que está fado”, for speaking of regal bullfights and customs linked
muito enraizado nas povoações da lezíria, assim to the nobility, which is very much rooted in the
como o fandango ribatejano, que apresenta populations of the meadowlands, as well as the Ribatejo
características peculiares ao ser exclusivamente “fandango”, which presents peculiar characteristics in
dançado com os pés. being danced exclusively with the feet (tapdance-style).

Figura 165 - Frente ribeirinha e núcleo de recreio. Riverside front and recreational nucleus.

Figura 166 - Núcleo de recreio. Recreational nucleus.

107
 De Vila Franca a Valada e Muge
39,05º N
Azambuja
Carregado
20 m Carta23
38,01º N
Carta22
Carta21
V.Franca Xira
38,97º N
22 m
Carta20
8,95º W 8,89º W
Figura 167 - De Vila Franca a Valada e Muge.
Carta: Não há cartas do IH.
Dist.: Entre as marcas limite - 2 M.
Descrição: Nesta derrota, além da cota do
tabuleiro da ponte da Lezíria e dos baixios à entrada
de Valada, também a navegação pelas Valas está
condicionada à altura das águas.
A Vala da Azambuja é navegável por 2 M para
montante, mas o seu acesso está condicionado a
águas acima da meia-maré (calados de 2 m).
A Vala Nova, que estabelece ligação com o
Sorraia, tem o acesso condicionado a águas acima
de meia-maré, e apenas para o barco auxiliar.
A Vala de Salvaterra só permite o acesso ao
núcleo de recreio bastante acima de meia-maré e
para barcos até 15 m de fora a fora, devido à
limitação da bacia de manobra.
A Vala da Casa Branca só é navegável com o
barco auxiliar e acima de meia-maré.
A Vala de Muge só é navegável com o barco
auxiliar a partir do Escaroupim, acima de meia-
maré. Duas milhas a montante, uma barragem
impede o acesso ao rio.
108
Vila Franca to Valada and Muge
Porto de Muge
10 m
Valada Carta27
Escaroupim
Carta26
Carta25
Salvaterra
de Magos
Carta24
0 3M
8,83º W 8,77º W
From Vila Franca to Valada and Muge.
Chart: There are no charts from the Hydrographic
Institute.
Distance: Between the delimiting marks – 2 M.
Description: In this route, besides the clearance
of the deck of the Lezíria bridge and the shoals at
the entrance to Valada, navigation though the
Canals is conditioned to the height of the waters.
The Azambuja Canal is sailable for 2 M upstream,
but its access is conditioned to waters above half
tide (2 m draughts).
“Vala Nova” (Nova Canal), which establishes the
connection with the Sorraia, has access conditioned
to waters above half tide, and only for the dinghy.
The Salvaterra Canal only allows access until the
recreational nucleus far above half tide and to
vessels up to 15 m in total length, due to the
limitation of the maneouvering basin.
The White House Canal is only sailable with the
dinghy and above half tide.
The Muge Canal is only sailable with the dinghy
from Escaroupim, above half tide. Two miles
upstream, a dam obstructs the access to the river.
 Figura 168 - De Vila Franca para montante. Upstream from Vila Franca.

Figura 169 - Ponte da Lezíria. Lezíria Bridge in the meadowlands.

Figura 170 - Do Cais da Ferra a Salvaterra. Valas da View from Ferra Quay to Salvaterra. Azambuja and Nova
Azambuja e Nova. Mouchões Grande e Malagueira. Canals. Grande and Malagueira “Mouchões”.

Cais da Ferra

Lacinho Mouchão do Malagueiro Conchoso

Vala da Azambuja

109
De Vila Franca ‡ antena da RDP From Vila Franca to the RDP antenna

! !
!

! 
 #

 
!
!
#
! !
! 
! ! 
!
!


!! ! 
!

!
% &( !  !#" 
 !
! 
#
!
! 
 ! !
! " ! ! 
! !
! 

!  !
!
%"&( 
 !  # !
!
! ! )
 
! *+
!

!
 
 ! 
 


%&'
Figura 171 - De Vila Franca ‡ antena da RDP.
Carta: N„o h· carta do IH.
Dist‚ncia: 2 M.
DescriÁ„o: A ponte Marechal Carmona apresenta,
no tabuleiro central sobre o canal, uma cota de 24,6
metros ao Zero Hidrogr·fico.
Se adicionar a altura da marÈ local, ‡ altura do
mastro, pode determinar a folga com que passa sob
a ponte. Por baixo do tabuleiro, est· suspenso um
carro para a manutenÁ„o da ponte, geralmente mais
prÛximo de um dos pilares.
Antes de chegar ‡ ponte, tem na margem Norte
uma aldeia avieira que foi requalificada pela
autarquia. Uma pequena comunidade piscatÛria
vive aÌ.
Meia milha para montante, existem cabos de alta
tens„o a atravessar o rio. … prudente passar
encostado ‡ margem, onde a altura das caten·rias
È maior. A margem Norte tem aqui pouco fundo,
mas consegue-se passar em baixa-mar.
Uma milha para montante dos cabos que
atravessam o rio, est· a antena da RDP, de
Castanheira do Ribatejo.
110
!
!
$
! $
!
% &' %&'
! the RDP antenna.
From Vila Franca to
Chart: There is no chart from the HI.
Distance: 2 M.
Description: The Marechal de Carmona Bridge
presents, in the central deck over the canal, a
measure of 24.6 m to the Hydrographic Zero.
If the height of the local tide is added to the masts
height, you may determine the space with which you
may pass under the bridge. Below the deck, there is
a cradle suspended for the maintenance of the bridge,
generally closer to the pillars.
Before reaching the bridge, in the North margin
an ìavieiraî village may be seen, which has been
requalified by the municipality. A small fishing
community lives there.
Half a mile upstream, there are power lines
crossing the river. It is prudent to cross close to
the magin, where the height of the catenaries is the
greatest. Here the North margin is not very deep,
but it is possible to pass at low tide.
One mile upstream from the cables which cross
the river there is the RDP antenna of Castanheira
do Ribatejo.
Figura 172 - Ponte Marechal Carmona em Vila Franca. The Marechal Carmona Bridge at Vila Franca.

Figura 173 - RequalificaÁ„o da aldeia avieira. Requalification of the ìavieiraî village.

Figura 174 - Passagem dum barco com 19 m de mastro. Passage of a vessel with a 20 m mast.

Figura 175 - Antena da RDP na margem Norte. RDP antenna in the North margin.

111
Da antena da RDP ao cais da CTE From the RDP antenna to CTE quay

! , ! " 

! 

  !#
"
! ,
 "!

 

! !
  

!
#
! # !"
 "!"#

 
%&( #
#


!! 



!  
!
!
 
%&( -
 
! ! " # +.
"
!

!   $
! #
"
!!
!  # $
 !  
! %"&' %#&' %&'
Figura 176 - Da antena da RDP ao cais da CTE. From the RDP antenna to the CTE quay.
Carta: N„o h· carta do IH Chart: There is no chart of the HI.
Dist‚ncia: 2 M Distance: 2 M.
DescriÁ„o: Meia milha para montante da antena, Description: Half a mile upstream from the
h· um baixio prÛximo da margem Sul, devendo antenna there is a shoal in the South margin, thus
navegar prÛximo ‡ margem Norte. sail close to the North margin.
Depois passa pelo Corado, que tem Afterwards pass Corado, which has recreational
equipamentos recreativos e foi requalificado pela equipment and has been requalified by the
autarquia para o lazer. Uma pequena ponte-cais municipality for leisure. A small pier allows
permite-lhe a atracagem, apesar de estar quase mooring, but it is nearly always occupied by local
sempre ocupada pelos pescadores locais. fishermen.
A Vala do Carregado, que aÌ comeÁa, dirige-se The Carregado Canal, which starts there, goes
para Norte e serve de canal de irrigaÁ„o a uma Northwards and serves as irrigation channel to an
extensa ·rea agrÌcola. extensive agricultural area.
Junto da Central TermoelÈctrica do Carregado, Near the Carregado Thermal Power Station, of
a Ûleos pesados, com uma potÍncia de 750 MW, heavy oils, with 750 MW of power, was constructed
foi construÌda a moderna Central TermoelÈctrica the modern Thermal Power Station of Ribatejo,
do Ribatejo, a g·s natural, com tecnologia de ciclo based on natural gas, with combined cycle
combinado, assegurando os melhores indicadores technology, assuring the best performance
de desempenho. indicators.
Um sistema de arrefecimento em circuito A cooling system in closed circuit eliminated
fechado eliminou, por completo, o efeito tÈrmico completely the thermal effect of the powerstation
da Central sobre o rio Tejo. over the Tejo.
112
Figura 177 - De WP 35 para o Corado. From WP 35 to Corado.

Figura 178 - De WP 36 para o cais da Central TermoelÈctrica. From WP 36 to the Thermal Powerstation quay

Figura 179 - Central TermoelÈctrica do Carregado. The Carregado Thermal Powerstation.

113
Do cais da CTE ao Cais da Ferra From the CTE quay to Ferra quay
!

!
 
!!
#!  ! 
 

!# 


#  
 !
2 
#


"
1+ # !
%&(  !


" 

! 
!!#
!
"! 
!
!
 !
!#
"
!#
!

"  ! !
 
%&( " 
 !#
# !
 "!
 !
/0
, "  
! $

" $


%#&' %&' %&'
Figura 180 - Do Cais da CTE ao Cais da Ferra. From the CTE quay to the Ferra quay.
Carta: N„o h· carta do IH. Chart: There is no chart from the Hydrographic
Dist‚ncia: 2,2 M. Institute
DescriÁ„o: Navegue sempre prÛximo da margem Distance: 2.2 M.
direita. Ao aproximar-se da ponte, tem as bÛias a Description: Sail always close to the right
marcar o canal. A cota livre, do tabuleiro ao Zero margin. When approaching the bridge, there are
Hidrogr·fico, È de 22,7 m. buoys marking the channel. The clearance, from
A parte esquerda do rio est· assoreada e the deck to the Hydrographic Zero, is 22.7 m.
habitualmente cheia de redes ilegais para a pesca The left side of the river is silted and usually full
da angula. of illegal nets for fishing elvers.
Estas redes constituem um perigo para a These nets are a danger to navigation, so you
navegaÁ„o, devendo dar-lhes um bom resguardo. should give them a wide berth. The tools are
Os aparelhos tÍm uma forma de manga que se sleeve-shaped funneling towards the reservoir
afunila atÈ ao recipiente que aprisiona a angula. which imprisions the elvers. They have the heads
Dispıem-se com as cabeceiras ou boca voltada or mouth turned downstream to catch the elvers
para a enchente, para apanhar a angula que sobe o that swim upriver, and they have 3 to 7 buoys
rio, tÍm 3 a 7 bÛias a assinalar as cabeceiras e a signalling the heads and the tail. These fishing
cauda. Os aparelhos podem atingir dezenas de tools may reach dozens of metres and they are
metros e estar amarrados ‡ margem. tied to the margin.
ApÛs passar os cabos de alta tens„o, no Cais da Once past the power lines, at the Ferra Quay pass
Ferra deve passar para a margem esquerda, para to the left margin, to avoid the shoals at Mouch„o
evitar os baixios do Mouch„o Grande. Se vai para Grande. If you are going towards the Azambuja
a Vala da Azambuja, navegue pela margem direita. Canal, sail through the right margin.
114
Figura 181 - Ponte da LezÌria, ver bÛias a meio rio. LezÌria Bridge, see buoys in the middle of the river.

Figura 182 - A metade esquerda do rio com bÛias. The left half of the river with buoys.

70
Figura 183 - De WP 37 para as torres porta cabos. View from WP 37 towards the power lines.

110
Figura 184 - Do Cais da Ferra para a margem esquerda The view of the left river margin seen from Ferra Quay.

Figura 185 - De WP 29 para jusante. The view downstream from WP 29.

115
Do Cais da Ferra ao Lacinho From Ferra Quay to Lacinho




!"%('#


 !!&'!%(&



!
!"%&()

!!&'#%!'
*! + !"%%!#
! !!&' %"! 

"  
#
# ! 
! 
! ! 
 &  " !
) " '
# # 
!  (  # (

*!+ # ) ( 
! "  !
 
"
  !
$
! ! 
!"%%!# 

!"%%& # !!&'#%"! 
! !
! !!&'%&"& "

"

&*+ !
&*!+,
!
Figura 186 - Do Cais da Ferra ao Lacinho.
Carta: N„o h· carta do IH.
Dist‚ncia: 2 M.
DescriÁ„o: Depois de atravessar para a margem
esquerda (WP 39), deve continuar a navegar na sua
proximidade atÈ ao WP 41, atravessando de novo
o rio para o Lacinho na margem Norte.
Esta derrota permite-lhe passar com seguranÁa
e com um bom resguardo dos baixios a Sul do
Mouch„o Grande, e sobretudo dos mais
perigosos, que est„o no seguimento da Cala Nova,
a Oeste do Mouch„o do Malagueiro.
Pode fundear no Lacinho, ‡ entrada da Vala,
geralmente ao abrigo dos ventos dominantes.
Pode seguir tambÈm a meio do rio a partir do
WP 39, mas com alguma atenÁ„o ‡ sonda.
SÛ pode entrar na Vala da Azambuja acima da
meia-marÈ, e sempre encostado ‡ margem norte.
H· uma ponte-cais junto ao Pal·cio, podendo
continuar atÈ uma ponte, 2 M a montante.
Na Vala Nova sÛ tem ·gua em marÈ cheia e È, por
isso, perigoso aÌ navegar. Pode, no entanto, ir atÈ
Benavente com o barco auxiliar, acima de meia-marÈ.
116
&*&&+, &*&+,
From Ferra Quay to Lacinho.
Chart: There is no chart from the HI.
Distance: 2 M.
Description: After crossing to the left margin (WP
39), continue to sail close to it until WP 41, crossing the
river once again towards Lacinho in the North margin.
This route will permit a safe crossing and with a
good berth from the shoals South of Mouch„o
Grande, mainly from the most dangerous ones,
which are in the continuation of the Cala Nova (The
new Fairway), West of Mouch„o Malagueiro.
You may anchor at Lacinho, at the entrance to the
Canal, generally sheltered from the dominant winds.
You may also continue in the middle of the river
from WP 39, but paying some attention to the sonar.
You may only enter the Azambuja Canal above
half tide, and always close to the North margin.
There is a pier next to the Palace, and you may
continue up to a bridge, 2 M upstream.
In the New Canal you only have water at high tide
and it is, therefore, dangerous to sail there. You may,
however, continue up to Benavente with the dinghy,
above half tide.
 90
Figura 187 - De WP 40 para o WP 41. View from WP 40 towards WP 41.

Figura 188 - De WP 40 para o Mouch„o Grande. View of Mouch„o Grande from WP 40.

60
Figura 189 - De WP 41 para o Lacinho. View from WP 41 towards Lacinho.

Figura 190 - De WP 42 para a Vala da Azambuja abertura View from WP 42 towards the Eastern entrance of the
Este. Azambuja Canal.

110
Figura 191 - Do Lacinho para o WP 44, Malagueiro. A view of Malagueiro at WP 44 seen from Lacinho

117
Figura 192 - Ponte-cais da Vala da Azambuja. Pal·cio. Pier of the Azambuja Canal at the Palace.

Figura 193 - Ponte da Vala da Azambuja, 2 M a montante. Bridge of the Azambuja Canal 2 M upstream.

Figura 194 - Vala da Azambuja para jusante. View of the Azambuja Canal downstream.

Figura 195 - Vala da Azambuja para montante. View of the Azambuja Canal upstream.

Figura 196 - Pal·cio da Vala da Azambuja. The Palace of the Azambuja Canal.

118
Figura 197 e 198- Ponte-cais de Benavente e Salvaterra. Benavente Pier. Recreational Nucleus of Salvaterra.

Figura 199 - Vala Nova. Vala Nova (The New Canal).

Figura 200 - Pontes rodovi·rias sobre a Vala Nova. Railway Bridge over the New Canal.

Figura 201 - Vala de Salvaterra. The Salvaterra Canal.

Figura 202 - N˙cleo de recreio e de pesca. Recreational and fishing nucleus.

119
Do Lacinho ao Porto da Palha From Lacinho to Porto da Palha

 '
/0
!
11 (

"
"
!
!#%&) 
!!& &% #
*! + "
!"%%'# 
!!&'!%"# " "
 !
"

-
 
-
"
! 
 "

 

" 1 !
 "

' !
  & 

( "
 " .
 "
" 
!
' # '
# !"%%&(
!"%%&#& ' !!& &%& 
'
!!&'"%&) ( ) '
!"%%'!'
 $ !!& %( "
*!#+  ! "

 "

&*&'+, &*&+, &*&"+,

Figura 203 - Do Lacinho ao Porto da Palha, no Lezir„o.
Carta: N„o h· carta do IH.
Dist‚ncia: 3 M.
DescriÁ„o: A partir do WP 44, navegue nas
proximidades da margem esquerda, junto ao
Mouch„o do Malagueiro, e para montante atÈ ‡
Vala de Salvaterra.
Nas proximidades do WP 46, junto ao choupal,
È um sÌtio abrigado com mau tempo de Sul e SW.
De barco auxiliar, pode explorar a Vala Nova e
alcanÁar Benavente, ou mesmo Samora e o Porto
Alto, atravÈs da vala do Risco, que liga ao Sorraia.
O n˙cleo de recreio de Salvaterra sÛ pode ser
alcanÁado por volta da preia-mar, para barcos de
2 m de calado.
A pequena bacia de manobra de Salvaterra n„o
permite barcos maiores de 15 m, e em preia-mar.
Da boca da Vala de Salvaterra, aproa ao Porto
da Palha, no Lezir„o. Na sua proximidade, entre
Outubro e Abril, encontra numerosas redes de
meix„o, mal assinaladas por bÛias improvisadas, a
que deve dar o maior resguardo possÌvel, pelo
perigo de cabos semi-submersos.
120
From Lacinho to Porto da Palha, in Lezir„o.
Chart: There is no chart from the HI.
Distance: 3 M.
Description: From WP44, sail in the proximities
of the left margin near Mouch„o da Malagueira
and upstream until the Salvaterra Trench. The
vicinity of WP46 next to the grove is a good
sheltering place in bad weather from the South and
South West.
With the dinghy you can explore Vala Nova and
reach Benavente or even Samora and Porto Alto,
through the Risco trench, which connects to Sorraia.
The recreational nucleus of Salvaterra can only
be reached around high tide by vessels with 2 m
draughts.
The small manoeuvering basin of Salvaterra does
not allow boats greater then 15 m at high tide.
From the mouth of the Salvaterra Trench steer
towards Porto da Palha in Lezir„o. In its vicinity,
between October and April, you will find several
elver nets badly marked by improvised buoys to
which you should give the widest berth possible since
there is danger of finding drifting submerged cables.
Figura 204 - De WP 43 para Sul. The view Southwards from WP 43.

Figura 205 - De WP 45 para o Mouch„o da Casa Branca. The White House Mouch„o seen from WP 45.

Figura 206 - De WP 45 para WP 46. Choupal. View of a poplar grove at WP 46 seen from WP 45.

Figura 207 - De WP 43 para a Vala de Salvaterra de Magos. The Canal of Salvaterra de Magos seen from WP 43.

10
Figura 208 - De WP 43 para Porto da Palha no Lezir„o. Porto da Palha in Lezir„o seen from WP 43.

121
Figuras 209 e 210 - Vala de Salvaterra, aldeia da Palhota e cais. Salvaterra Canal, Palhota Village and Palhota quay.
Figura 211 - De Salvaterra para Cais da Palha e da Areia. The Quays of Palha and Areia seen from Salvaterra.

122
Figura 212 - Baixios de Valada. The Valada shoals
Figura 213 - De Valada para Ponte de Muge. The Muge Bridge seen from Valada.

123
Do Lezir„o ao Cais da Palhota From Lezir„o to Palhota Quay

-234

!%#( '
!!& &%"' !%'# #
#
!!& (% ( 
" "
5% '

 !

! !
" 

"!
!
. # '# #
1
'! #

!#%&)  '"
' 
!!& &% # " .
"


 !
*!'+


!


'
 !%&'
"
/0 !!& '%&'
!
! '
11 (
"
!%#(!
!
!!& )%)&#


"


*! +



"






#
! "


#


"



&*&"+, &*&!+, &*)+, &*)&+,

Figura 214 - Do Porto da Palha ao Cais da Palhota.
Carta: N„o h· carta do IH.
Dist‚ncia: 2 M.
DescriÁ„o: A pesca ilegal da angula È uma
actividade muito praticada no Tejo, sobretudo nas
proximidades das comunidades piscatÛrias.
Nesta zona vai encontrar numerosos aparelhos
de redes, especialmente de Outubro a Abril.
Os aparelhos, em forma de manga cÛnica, possuem
geralmente duas bÛias na cabeceira ou boca, que est·
voltada para jusante, a fim de pescar a angula que
sobe o rio. A cauda da rede est· para montante e
termina num compartimento que retÈm a angula.
Assim, cada aparelho possui trÍs bÛias, sendo a
da cauda a ˙nica que È levantada para recolher o
pescado, permanecendo a rede no local.
Do Porto da Palha, no Lezir„o, atÈ ao Cais da
Santinha, onde est„o numerosos batelıes, deve
navegar prÛximo da margem direita.
A partir deste local (WP 50), deve passar para a
outra margem (WP 51), a fim de se safar de um
baixio a montante. Prossiga ent„o prÛximo da
margem esquerda, atÈ ao Cais da Palhota.
124
From Porto da Palha until Palhota Quay.
Chart: There is no chart from the HI.
Distances: 2 M.
Description: Illegal fishing for elvers is an activity
very much practiced in the Tejo, above all in the
neighbourhood of the fishing communities.
In this area you will find several nets, especially
from October to April.
The conical-sleeve shaped tools have generally
two buoys at the head or mouth, which is turned
downstream to fish the elvers which swim upriver.
The net tail is upstream and ends in a
compartment that retains the elvers.
Therefore each tool has 3 buoys, but that at the
tail is the only one which is lifted to take the catch,
and the net remains in place.
From Porto da Palha in Lezir„o until the Santinha
Quay, where there are several heavy barges, sail
close to the right margin.
From this site (WP50) you should pass to the other
margin (WP51) in order to avoid a shoal upstream.
Continue afterwards close to the left margin until
the Palhota Quay.
Figura 215 - AproximaÁ„o aos Cais da Palha e da Santinha. Approach to Palha and Santinha Quays.

Figura 216 - Cais da Palha no Lezir„o (aldeia avieira). Palha Quay at Lezir„o (ìavieiraî village).

Figura 217 - Cais da Santinha na Quinta das Areias. Santinha Quay at the Areias Countryhouse.

Figura 218 - De WP 50 para WP 51 no Mouch„o da Saudade. View of WP 51 at the Mouch„o da Saudade seen from WP 50.

Figura 219 - Cais da Palhota. Palhota Quay.

125
Do Cais da Palhota a Valada From Palhota Quay until Valada

( " # 

 ! 

#
 !" "#!

(








#



( 


 
 (


" "##
! 

(

 (


)*, !" 
#
# 
 (

$%&' ( (

  ( ! 
(  (
 !   #"
!" !  # !" "!


!
( "
#
(
!(


)*,  
( (
   #
 !" "
"#
#


#
  (

(

!)!*+ !)*+ !)*+ !)*+

Figura 220 - Do Cais da Palhota a Valada. From Palhota Quay to Valada.
Carta: N„o h· carta do IH. Chart: There is no chart from the Hydrographic
Dist‚ncia: 2 M. Institute.
DescriÁ„o: Do Cais da Palhota, navegue para o Distance: 2 M.
meio do rio e aproe a uma bÛia vermelha, no Description: At Cais da Palhota sail towards the
enfiamento do Escaroupim. middle of the river and steer towards a red buoy
Deixe a bÛia por BB, mantenha o rumo atÈ ao in the alignment of Escaroupim.
enfiamento do pinheiro manso com o cais dos Leave the buoy to port and maintain the course
areeiros, e prossiga rumo a este cais, passando mais until the alignment of the umbrella pine tree with
prÛximo do Mouch„o dos Cavalos. the dredgers quay, and proceed towards this quay,
Siga depois prÛximo da margem, atÈ ao n˙cleo passing closer to Mouch„o dos Cavalos.
de recreio de Valada, onde pode amarrar o barco, Proceed afterwards near the margin until the
ou fundear, em frente ou mais a montante. recreational nucleus of Valada where you may tie
Este canal sÛ È pratic·vel duas horas depois da up the boat or anchor in front or further upstream.
baixa-mar e, mesmo assim, recomenda-se que o This channel is only practicable two hours after
faÁa com a marÈ a subir, para o caso de algum low tide and even then it is advisable that it is done
encalhe. during flooding in case of any grounding.
Na margem esquerda do rio, para montante do On the left river margin, upstream from the
enfiamento citado, existem estacas cravadas no leito, alignment mentioned, there are stakes set on the
para prender redes ilegais da pesca ‡ angula. river bed to tie illegal nets for elver fishing.
A passagem por EB do Mouch„o dos Cavalos The passage starboard of Mouch„o dos Cavalos
sÛ È pratic·vel quase em preia-mar, pelo que n„o È is only practicable almost at full tide, thus it is not
recomendada. recommended.
126
Figura 221 - De WP 53 para o Escaroupim e bÛia The view from WP 53 towards Escaroupim and the
vermelha. red buoy.

Figura 222 - Pinheiro manso na margem esquerda. Umbrella pine in the left river margin.

Figura 223 - Cais dos Areeiros de Valada. The dredgers quay at Valada.

Figura 224 - AproximaÁ„o ao Cais dos Areeiros de Valada. Approach to the dredgers quay at Valada.

Figura 225 - N˙cleo de recreio de Valada do Ribatejo. Recreational nucleus of Valada do Ribatejo.

127
Figura 226 - AproximaÁ„o a Valada, Mouch„o da Madalena. Approach to Valada, Mouch„o da Madalena.

Figuras 227 e 228 - Colhereiros, GarÁas. Mouch„o dos P·ssaros Spoonbills and Egrets at Mouch„o dos P·ssaros.

Figura 229 - Mouch„o dos Cavalos. Mouch„o do Cavalos.

Figura 230 - Colhereiros. Spoonbills.

Figura 231 - Mouch„o dos P·ssaros. Mouch„o dos P·ssaros.

128
Figura 232 - Palhota (aldeia avieira). Palhota (ìavieiraî village).

Figura 233 - Escaroupim (aldeia avieira). Escaroupim (ìavieiraî village)

Figura 234 - Avieiros em faina de pesca. ìAvieirosî busy fishing.

Figura 235 - Entrada para a Vala de Muge. View of the entrance to the Muge Canal.

Figura 236 - Vala de Muge. The Muge Canal.

129
De Valada ‡ ponte de Muge From Valada to the Muge bridge



!
! (# # (
(
 # 

!"" (! ( 

(
(#
!
 !# (
(
!"" #
( (
 
#  "
(# !"" "(

( 

(  "
./%
# !"" !


#
)*,


0
./%
#  


  

#
0 

 
(#


(# !


"

 
 


,
" # (
"


!" "#!  -


! 
-
 (


)!*,


!
! (#

(

  !
!" "


 # (
 (

(

# (
!)*+ !)*+ !)"*+
(

Figura 237 - De Valada ‡ ponte de Muge.
Carta: N„o h· carta do IH.
Dist‚ncia: 2 M.
DescriÁ„o: Em frente a Valada, atÈ ‡ outra
margem, h· ·gua para fundear.
Geralmente, os barcos fundeiam a montante ou
jusante do n˙cleo de recreio.
A navegaÁ„o para montante, atÈ ‡ Central
ElevatÛria, È pela margem direita.
A partir da Central, deve atravessar o rio atÈ ao
espig„o da margem esquerda, navegando depois
atÈ ao cais dos areeiros mais prÛximo (WP 60).
Ainda È possÌvel navegar pela margem esquerda,
atÈ ao outro cais de areeiros, mais a montante, nessa
margem.
A partir do WP60, atravesse o rio para a margem
direita, em direcÁ„o ao antigo Porto de Muge,
destruÌdo com as v·rias cheias, outrora muito
frequentes. Esta travessia sÛ È possÌvel uma hora
depois da preia-mar, e deve ser feita com muita
cautela e a marÈ obrigatoriamente a subir.
Deve continuar na margem direita, atÈ alcanÁar
a ponte. Para montante, sÛ com o barco auxiliar.
130
From Valada until the Muge Bridge.
Chart: There is no chart from the HI.
Distance: 2 M.
Description: In front of Valada up to the other
margin there is water to anchor.
Generally the boats anchor upstream or
downstream of the recreational nucleus.
Navigation upstream until the Water Pumping
Station is through the right margin.
From this Pumping Station you should cross the
river until the breakwater on the left margin and sail
afterwards until the nearest dredgers quay, (WP60).
It is still possible to navigate through the left
margin until the other dredgers quay further
upstream in that margin.
From WP60 cross the river to the right margin
in the direction of the old Muge port, which was
destroyed by the floods that were once very
frequent. This crossing is only possible one hour
after low tide and should be done with great care
and imperatively with the rising tide.
Continue in the right margin until the bridge,
upstream only with the dinghy.
Figura 238 - De WP 53 para a Central ElevatÛria de ¡gua. View from WP 53 to the Water Pumping Station.

Figura 239 - De WP 54 para o Espig„o da margem Sul View from WP 54 to the Breakwater at the South margin.

Figura 240 - De WP 60 para os Areeiros, a montante. View from WP 60 to the dredgers upstream.

Figura 241 - Mouch„o das Vacas e Ponte de Muge. Mouch„o das Vacas and Muge Bridge.

Figura 242 - Porto de Muge. The Muge port.

131
Derrota da Cova do Vapor
7
 
!)*, &
 

%1 8
!)!*,
1'

 6
!)*,


 15
$

)*+ )(*+
Figura 243 - Estu·rio do Tejo.
Cartas: 26303, 26304, do IH.
MarÈs: www.hidrografico.pt/wwwbd/Mares
Dist‚ncia: Da D. A. ‡ Cova do Vapor - 5,5 M.
DescriÁ„o: Esta derrota, atravÈs do Baixo Estu·rio
para a margem Sul, È pouco utilizada, pelo receio
do banco de areia sedimentada entre a Trafaria e o
Bugio, conhecido pela Golada.
A fotografia da p·gina seguinte mostra o aspecto
dos baixios em 2003, frente ‡ Cova do Vapor.
Desapareceram no ano seguinte. Desde 2007, h· um
canal n„o sinalizado, com cotas superiores a 3
metros, que permite passar pela Trafaria e Ponta da
Calha, para o mar, È no entanto desaconselh·vel.
Nos anos 40, as dragagens efectuadas na Golada
romperam a estabilidade resultante do maremoto de
1755, e pass·mos a assistir a evoluÁıes sazonais
imprevisÌveis, apesar da regularizaÁ„o do caudal do
Tejo com as barragens e dos espigıes da Costa da
Caparica que retÍm grande quantidade de areia.
Estes baixios foram outrora causa frequente de
naufr·gios, mesmo para os experientes pilotos
portugueses da Carreira da Õndia que, quando
regressavam, encontravam toda a Golada alterada.
Cova do Vapor Route


234 
1
 



4
 (

! *+ ! *+
Chart of the Tejo Estuary.
Charts: 26303, 26304 of the HI.
Tides: www.hidrografico.pt/wwwbd/Mares
Distance: From D.A. to Cova do Vapor: 5.5 M.
Description: This route through the Lower
Estuary to the South margin is not often used in
fear of the sedimented sandbank between Trafaria
and Bugio, known as Golada.
The photograph on the next page shows a detail of
the shallows in 2003, in front of Cova do Vapor. They
disappeared the following year. Since 2007 there was a
non-marked channel with readings greater than 3 metres,
which allowed passage to the sea through Trafaria and
Ponta da Calha, but it is however inadvisable.
In the forties the dredges carried out at the Golada
broke the stability resulting from the tsunami of 1755,
and we started to see unforseen seasonal evolutions,
despite the regulation of the streamflow of the Tejo
with the dams and of the breakwaters at Costa da
Caparica, which retain large quantities of sand.
These shallows were once the frequent cause of
shipwrecks, even for the more experienced
Portuguese pilots of the India Route, who found the
Golada completely altered on their return home.
132
Figura 244 - Banco de areia frente ‡ Cova do Vapor,
existente em 2003 e 2004, que desapareceu.
Figura 245 - Aspecto da Golada em 2008.
A grande variaÁ„o dos bancos de areia da foz do
Tejo era devida ‡s cheias ocasionais e ‡ inexistÍncia
dos espigıes da Costa da Caparica, para reterem as
areias que aqui circulam para Norte e se
depositavam na Golada, sobretudo durante os
temporais de SW.
Este ano, a Golada localiza-se mais a NW, o que
condicionou uma eros„o perigosa do cord„o dunar
da Costa da Caparica, tendo de ser enchido com
areia proveniente do desassoreamento da Barra Sul.
O acesso ao mar e ‡s praias da Costa da Caparica
pela Golada sÛ È praticado pelos pescadores locais,
em parte pela grande variabilidade sazonal, em parte
pela falta de abrigo ‡ ondulaÁ„o dominante de W e
‡ grande instabilidade dos baixios.
133
Sandbank at Cova do Vapor in 2002 and 2003 that does
not exist at present.
The Golada in 2008.
The large variation of the sandbanks of the Tejo mouth
was due to occasional flooding and the inexistence of
breakwaters at the Caparica Coast to retain the sands
that circulate here Northwards and deposit at the
ìGoladaî, above all during Southwestern storms. This
year the ìGoladaî is located further Northwest, which
caused some dangerous erosion of the dunar belt of
the Caparica Coast, which had to be filled with sand
originating from the unsilting of the South Bar.
The access to the sea and beaches of the Caparican
Coast through the Golada is only practiced by local
fisherman, partially because of its large seasonal
variability, and partially because of lack of shelter from
the dominant Western swell and the great instability of
the shoals.
Derrota da Cova do Vapor The Cova do Vapor Route

! 
 !! 

!  

 
!$()#%  ,
 
   
 
$% 
 


- #

 ,.
!$()% %
&'



 
 ! 

!"
!$()+%

#(&%* #(!)%* #(!%* #(&%*

Figura 246 - Baixo Estu·rio. Lower Estuary.

DescriÁ„o: Na Margem Sul, para Oeste encontra
trÍs tÌpicas povoaÁıes: Porto Brand„o, Trafaria e
Cova do Vapor.
Na Trafaria encontra os tÌpicos barcos de arrasto e
apanha do mexilh„o do Tejo, hoje regulamentada e
muito rent·vel para os pescadores.
A restante frota pesca com redes na Costa da
Caparica, que alcanÁa passando pela Ponta da Calha,
por vezes em condiÁıes perigosas de mar.
A Oeste dos silos h· a simp·tica praia da Trafaria,
onde se pode fundear, mas n„o È abrigada dos ventos
de N e W.
Na proximidade da bÛia N. 9, vulgarmente
utilizada como baliza de regatas, este fundeadouro
È um lugar privilegiado para observar as atarefadas
tripulaÁıes na mudanÁa de panos, durante a
rondagem da bÛia.
A proximidade da mata e da praia d„o um ar
repousante, sobretudo quando os aromas daquela se
fazem sentir.
Mais a Oeste tem a praia do Bico da Areia, onde
pode fundear ou passar para as ·guas da Costa, se
houver boas condiÁıes de tempo.
Description: In the South margin, towards West,
three typical villages are found: Porto Brand„o,
Trafaria, and Cova do VapÙr.
At Trafaria you will find the typical Tejo
mu s s e l trawlers and har vesters, nowadays
regulated and very profitable for fishermen.
The remaining fleet fishes with nets at Costa
da Caparica, which it reaches going past Ponta
da Calha sometimes in dangerous sea conditions.
West of the Silos there is the friendly beach
of Trafaria where it is possible to anchor, but it
is not sheltered from the North and West winds.
The vicinity of buoy No. 9, commonly used
as a regatta beacon, makes this anchorage a
privileged place to watch the busy crews changing
sails, during rounding of the buoy.
The proximity of the woods and the beach
create a restful atmosphere, above all when their
tree scents are felt.
Further West there is the beach of Bico da
Areia, where it is possible to anchor or to pass
to the Coast waters, if the weather conditions
are good.

134
Figura 247 - Areal da Trafaria e cord„o dunar da Costa.
Figura 248 - Cova do Vapor.
Mesmo em frente ‡ Trafaria h· um emaranhado de
pequenas embarcaÁıes fundeadas com poitas que
dificilmente permitem um fundeio com seguranÁa.
Assim, È mais seguro fundear entre essas embarcaÁıes
e o cais dos silos.
As pequenas embarcaÁıes que fazem o arrasto a meio
do rio e as que pescam na costa tÍm aqui um abrigo.
A proximidade dos silos traz um cheiro caracterÌstico
que se faz sentir nas redondezas.
A W dos silos estende-se o areal da Trafaria, com as
infra-estruturas de abastecimento da NATO e um outro
min˙sculo abrigo na Cova do Vapor, com uma rampa
para abrigo de embarcaÁıes locais.
O espig„o da Ponta da Calha, tambÈm conhecida por
Bico da Areia, limita a W este areal e separa as praias
fluviais das praias marÌtimas da Costa, que se estendem
por v·rias milhas e s„o consideradas das melhores e
mais abrigadas da Zona Centro.
Figura 249 - Ponta da Calha ou Bico da Areia.
135
Trafaria sands and coastal dune lines.
Cova do Vapor and Costa beaches.
Right in front of Trafaria there is a tangle of small
vessels anchored to mooring poles, which scarcely
allow safe anchorage. It is therefore safer to anchor
between these vessels and the silos pier.
The small vessels that trawl in the middle of
the river and those that fish on the coast have a
shelter here.
The proximity of the silos brings a characteristic
smell that is felt in the neighbourhood.
West of the silos the Trafaria sandbanks stretch
out with the NATO refuelling and supply
infrastructures, and another minute shelter with a
ramp, to shelter local vessels.
The breakwater at Ponta da Calha delimits this
sandy area at West and separates the fluvial beaches
from the costal beaches, which stretch out for
several miles and are considered the best and most
sheltered of the Central Zone.
The Calha Spit or Bico da Areia.
De Alc‚ntara aos Silos da Trafaria
1 1 1
 23
 
 23
!$(' %
& !  /
0

!$()$%
#(!%* #(+%*
Figura 250 - De Alc‚ntara aos Silos da Trafaria.
DescriÁ„o: Nesta derrota atravesse o rio para a
margem Sul passando pelos v·rios depÛsitos de
combustÌveis e pelo Porto Brand„o, onde sÛ pode
fundear com boas condiÁıes de tempo.
Este simp·tico porto, de tradiÁıes ligadas ‡
construÁ„o naval, È muito conhecido pela sua
gastronomia e especialidades, como as carvoadas,
caldeiradas, cataplanas e fondues.
De realÁar, aqui, as bem portuguesas amÍijoas ‡
Bulh„o Pato, poeta celebrizado pela gastronomia
e que por aqui vivia.
As imponentes ruÌnas do Lazareto, onde outrora
ficavam de quarentena os tripulaÁıes provenientes
do Ultramar, ocupam o morro a Oeste.
Segue-se a praia da Paulina, imortalizada pela
lenda, onde se construiu uma ETAR.
Passa, em seguida, pelo porto piscatÛrio da
Trafaria, que abriga uma importante frota de
pequenos barcos dedicados ao arrasto no rio e ‡
pesca com redes na Costa da Caparica.
Aqui pode fundear entre os barcos de pesca e
os silos, e ir a terra apreciar uma especialidade de
peixe.
136
From Alc‚ntara to the Trafaria Silos
1
4
1 +
3



+"
#+#%* #+'%*
From Alc‚ntara to the Trafaria Silos.
Description: In this route cross the river to the South
margin, going past several fuel deposits and by Porto
Brand„o, where it is only possible to anchor in good
weather conditions.
This friendly harbour, of traditions linked to ship
building, is well-known for its gastronomy and especialities
such as the ìcarvoadasî (grills), caldeiradas (stews),
cataplanas (fish and seafood stews), and fondues.
The very Portuguese ìameijoas ‡ Bulh„o Patoî (cockles
in the style of Bulh„o Pato), a poetess celebrated for
gastronomy who lived around here.
The imposing Lazareto ruins, where once stayed on
quarantine the crews coming from overseas, occupying
the West hill.
The Paulina beach comes next, whose legend became
imortalized, and where an ETAR (residual water treatment
station) was built.
Pass next the Trafaria fishing port, which shelters an
important fleet of small boats, which are dedicated to
trawling in the river and to net fishing in Costa da Caparica..
Here it is possible to anchor between the fishing
vessels and the silos and go to land to appreciate a
fish dish speciality.
Figura 251 - Porto Brand„o. Porto Brand„o.

Figura 252 - Porto Brand„o e Lazareto. Porto Brand„o and Lazareto.

Figura 253 - De WP 3 para os Silos. The Silos seen from WP 3.

Figura 254 - Da Trafaria para montante. The view upstream from Trafaria.

Figura 255 - De WP 4 para os Silos. The Silos seen from WP 4.

137
Dos Silos ‡ Cova do Vapor From the Silos to Cova do Vapor
9
9 
3



1
58

!$()$%
"

!
&

% 
&'

7 3

6 ) - 
 5
  ' ,.
!$())%


+"

#(!+%* #(#%* #('* #(%*

Figura 256 - Dos Silos ‡ Cova do Vapor. From the Silos to Cova do Vapor.

Carta: 26304, do IH. Chart: 26304 of the HI.

DescriÁ„o: Depois dos Silos, deve passar prÛximo
do terminal de abastecimento da NATO, dirigindo-
-se, com alguma atenÁ„o ‡ sonda, para o espig„o da
Cova do Vapor, onde pode fundear prÛximo da praia.
A passagem para Sul atravÈs da Golada È
actualmente possÌvel, sendo utilizada pelos
pescadores locais que se dirigem para o mar da Costa.
Os fundos junto ao espig„o s„o de 8 metros,
podendo dizer-se que o mar, este ano, abriu um canal
e desassoreou as zonas costeiras, pondo em perigo
as dunas da Costa de Caparica.
Este canal n„o est· sinalizado, È muito inst·vel e
sujeito a uma evoluÁ„o imprevisÌvel, sÛ devendo ser
praticado com mar ch„o e a marÈ a subir, prevenindo
algum encalhe.
O pequeno porto da Cova do Vapor tem uma
rampa para os pescadores de fim-de-semana.
Pequenos barcos de pesca local est„o ali fundeados
e varados nas margens. … pouco fundo e n„o tem
espaÁo disponÌvel, nem oferece abrigo para aÌ se
fundear com seguranÁa. A praia da Cova do Vapor È
muito aprazÌvel com boas condiÁıes de tempo.
Description: After passing the Silos, you should sail
close to the NATO refuelling and supply
infrastructures, and head, watching the sonar with
caution, towards the Cova do Vapor breakwater,
where you may anchor close to the beach.
The passage to the South through the Golada is
presently possible, and it is used by local fishermen
heading towards the ìCostaî sea.
The bottoms near the breakwater are 8 m deep,
and one may say that this year the sea opened a
channel and unsilted the coastal areas, placing in
danger the Costa da Caparica dunes.
This channel is not marked, it is very unstable and
subject to an unforseen evolution, and should only
be practiced with low water and a rising tide, in case
there is some grounding.
The small port of Cova do Vapor has a ramp for
weekend fishermen, and for the small local fishing
vessels anchored and tied up in the margins.
It is shallow, there is not enough space available, and
it offers no shelter to anchor there safely.The Cova do
Vapor beach is very pleasant in good weather conditions.

138
Figura 257 - De WP 5 para o abrigo da Cova do Vapor. The Cova do Vapor shelter seen from WP 5.

Figura 258 - De WP 5 para os Silos. The Silos seen from WP 5.

Figura 259 - De WP 5 para rampa da Cova do Vapor. The ramp at Cova do Vapor seen from WP 5.

Figura 260 - De WP 6 para a praia da Cova do Vapor.. Cova do Vapor beach seen from WP 6.

Figura 261 - Praia da Cova do Vapor.. The Cova do Vapor beach.

139
Derrota do Barreiro The Barreiro Route
-23 !



3


 

<


 


!

-
 <


9




!$('&% 


!  


! ":


6=
!$('%  ":
# 
 
; 
 
! 3
 
 


!&
!$())

;
! 

!"
3 !)

#(+&* 
!'#( '% * #( % * $#!% *
Figura 262 - MÈdio Estu·rio Inferior. The Lower Middle Estuary.

Depois do canal do Barreiro, que se continua com
o canal da Siderurgia, o assoreamento do Coina
impede a navegabilidade para montante.
As proximidades com a zona habitacional
degradada, de difÌcil acesso, e o que resta da
Siderurgia n„o s„o muito convidativos para aÌ
fundear.
O canal da Siderurgia È, no entanto, muito
utilizado para os desportos n·uticos, em especial
pela canoagem, onde os praticantes ficam
abrigados das intempÈries do estu·rio e do tr·fego.
Observam-se sapais e bancos de vasa que
mantiveram sempre uma fauna e flora residente
apesar da poluiÁ„o intensa.
Actualmente assiste-se a uma revitalizaÁ„o da
zona, fruto da reduÁ„o dos poluentes industriais e
do tratamento dos esgotos urbanos.
No Barreiro pode ainda visitar o Museu Industrial,
para perceber como foi a industrializaÁ„o, a vida e a
cultura duma Època que foi marcante para o
desenvolvimento desta zona e do paÌs.
140
After the Barreiro channel, which leads into the
Siderurgia channel, the silting of the Coina prevents
navigability upstream. The proximity of the
degraded residential area of difficult access, and
what remains of the steel and iron metallurgic
works, are not very inviting at anchoring.
The Siderurgia channel is however very much used
for nautical sports, especially canoeing, where the
practitioners are protected from the bad weather
in the estuary and the fluvial traffic.
A few marshes and low tide banks may be seen,
which have always kept a resident fauna and flora
despite the intense pollution.
Nowadays a revitalization of the area is observed,
fruit of a reduction in industrial pollutants and of
the treatment of urban sewage.
In Barreiro you may still visit the Industrial
Museum, to understand how industrialization took
place, and the life and culture of times which were
determinant to the development of this area and
of the country.
Figura 263 - Barreiro, com o canal de acesso a Sul e o
Canal do Montijo a Norte, durante a baixa-mar.
O canal do Barreiro possui um intenso tr·fego
fluvial de passageiros que se dirige a Lisboa.
A monitorizaÁ„o e manutenÁ„o deste canal est„o
a cargo da APL que tem de fazer dragagens
ocasionais para combater o assoreamento.
Fora do canal existem baixios em evoluÁ„o
constante, e perigosos para a navegaÁ„o.
A zona das Caldeiras, a Oeste da estaÁ„o fluvial,
merece uma visita com o barco auxiliar e acima de
meia-marÈ.
141
Barreiro with the access Channel to South and the Montijo
Channel to North at low tide.
The Barreiro channel has intense fluvial traffic of
passengers heading to Lisbon.
The jurisdiction and maintenance of this channel
is the responsibility of APL (the Lisbon Port
Authority) which has to do occasional dredgings
to combat sand deposition.
Outside the channel there are constantly evolving
shoals, dangerous to navigation.
The area of Caldeiras, West of the fluvial station,
deserves a visit with the dinghy, but above half tide.
Da Doca de Alc‚ntara ao Barreiro From Alc‚ntara Dock to Barreiro
 !






 




 


!


 







!&'$"( )

!  



! 



!&'$( ) 
% 
 
 
 
! 
 
 


!"
!&'##)


! 

!
 !#

%'*"+ 
!$%' $( + %' ( + &%!( +
Figura 264 - MÈdio Estu·rio, Canal do Barreiro. Middle Estuary, Barreiro Channel.

Depois do Canal do Barreiro, que se continua
com o Canal da Siderurgia, o assoreamento do
Coina impede a navegabilidade para montante.
As proximidades com a zona habitacional
degradada de difÌcil acesso, e o que resta da Side-
rurgia, n„o s„o muito convidativos para aÌ fundear.
O canal da Siderurgia È, no entanto, muito
utilizado para os desportos n·uticos, em especial
pela canoagem, onde os praticantes ficam
abrigados das intempÈries do estu·rio e do tr·fego.
Observam-se sapais e bancos de vasa que
mantiveram sempre uma fauna e flora residente,
apesar da poluiÁ„o intensa.
Actualmente assiste-se a uma revitalizaÁ„o da
zona, fruto da reduÁ„o dos poluentes industriais e
do tratamento dos esgotos urbanos.
No Barreiro pode ainda visitar o Museu
Industrial, para perceber como foi a industria-
lizaÁ„o, a vida e a cultura duma Època que foi
marcante para o desenvolvimento desta zona e do
paÌs.
142
After the Barreiro channel, which leads into the
Siderurgia channel, the silting of the Coina prevents
navigability upstream. The proximity of the
degraded residential area of difficult access, and
what remains of the steel and iron metallurgic
works, are not very inviting at anchoring.
The Siderurgia channel is however very much used
for nautical sports, especially canoeing, where the
practitioners are protected from the bad weather
in the estuary and the fluvial traffic.
A few marshes and low tide banks may be seen,
which have always kept a resident fauna and flora
despite the intense pollution.
Nowadays a revitalization of the area is observed,
fruit of a reduction in industrial pollutants and of
the treatment of urban sewage.
In Barreiro you may still visit the Industrial
Museum, to understand how industrialization took
place, and the life and culture of times which were
determinant to the development of this area and
of the country.
Figura 265 - Foz do Rio Coina avistada de SE, The mouth of River Coina seen from SE, showing its
evidenciando o seu assoreamento. silting.
Figura 266 - Barreiro, foz dos rios da Moita e Coina. Barreiro, mouth of the Rivers Coina and da Moita.

143
Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas

!&'$*()
, 3
,, -
()
- *
!&'$
!&'#%()
3
 !
%'*&(+ %'*#(+

Figura 267 - Da Doca de Alc‚ntara a Cacilhas.
Carta: 26305 do Instituto Hidrogr·fico
MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os
2,5 nÛs para jusante e 1,5 NÛs para montante,
provocando abatimento transversal e alguma
turbulÍncia frente a Cacilhas, para depois
diminuÌrem de intensidade no canal do Barreiro.
Dist‚ncia: 5 M.
DescriÁ„o: Neste percurso deve ter muita atenÁ„o
ao intenso tr·fego fluvial, em especial aos
cacilheiros em manobras de atracagem e aos
catamar„s que se deslocam a velocidades elevadas.
Depois de passar as duas estruturas de pedra
(Duques de Alba), entra no canal do Barreiro.
A EB avista-se o que resta do grande estaleiro
da Lisnave com as suas gigantescas estruturas para
a construÁ„o e reparaÁ„o de grandes petroleiros,
hoje desactivado. Seguem-se as instalaÁıes do
Alfeite, que abriga a frota da Marinha de Guerra,
com as suas escolas e estaleiros.
A BB estende-se o Mar da Palha, local de fundeio
para barcos de grande tonelagem e um lugar
abrigado para regatas de cruzeiro no Inverno.
From Alc‚ntara dock to Cacilhas
2
3

! ,
401.
2 ,
5 
!
*
./)01
%'*"(+ %'"(+
From Alc‚ntara Dock to Cacilhas.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tidal currents may reach 2.5 knots
downstream and 1.5 knots upstream, causing
transversal depression and some turbulence in
front of Cacilhas, to decrease later in intensity in
the Barreiro channel.
Distance: 5 M.
Description: In this course pay special attention
to the intense fluvial traffic, especially to the
ìCacilheirosî in mooring manoeuvres, and to the
catamarans, which move at high speeds.
Once past the two stone structures (Dukes of
Alba), enter the Barreiro channel.
To starboard you will see what is left of the great
Lisnave shipyard, nowadays deactivated, with its
gigantic structures to build and repair large petrol
tankers. The Alfeite installations, which shelter the
Navy fleet, come next, with their schools and
shipyards.
To port, the Palha Sea stretches out, a place of
anchorage for large tonnage ships, and a sheltered
place for cruiser regattas in the Winter.
144
Figura 268 - Ponte do Tejo durante a travessia do rio. Bridge over the Tejo during a river crossing.

Figura 269 - De WP 2 para a Lisnave. Lisnave seen from WP 2.

Figura 270 - De WP 2 Mar da Palha. Palha Sea seen from WP 2.

Figura 271 - De WP 2 para Lisboa. Lisbon seen from WP 2.

Figura 272 - De WP 2 para Cacilhas. Cacilhas seen from WP 2.

145
De Cacilhas ‡ bÛia 15 B- 1S (WP 6) From Cacilhas to buoy 15 B-1S (WP 6)
* &(

*

"(



!&'#&( )   

   
 $!(
"

6







!&'#$( )  

 

 



!&'##( ) 

#



* 
6


 3


3


%'*!( + %'*( + %'**( +

%'*"( +
Figura 273 - Do Canal do Alfeite ao Canal do Seixal.
Carta: 26305 do Instituto Hidrogr·fico
MarÈs: As marÈs podem desencadear correntes
de 2 nÛs para jusante e 1 nÛ para montante com
amplitudes de 1 a 4m.
Dist‚ncia: De Cacilhas ‡ Ponta do Mexilhoeiro.
DescriÁ„o: Navega-se pelo canal do Barreiro, que
È relativamente estreito, com 0,1 M, e possui um
tr·fego fluvial intenso.
A navegaÁ„o nocturna pode oferecer alguma
dificuldade, pela confus„o da luz das bÛias com as
luzes das povoaÁıes ribeirinhas, em especial Lisboa.
Navegar ‡ vela tambÈm se torna por vezes
complicado, quando o vento n„o È favor·vel.
Cruza-se, logo no inÌcio, o canal do Alfeite que
d· acesso ‡s docas da Marinha de Guerra. As bÛias,
alÈm do n˙mero, tÍm uma letra: A para o canal do
Alfeite, B para o do Barreiro, e S para o do Seixal;
e duas letras e/ou dois n˙meros, quando se trata
de bÛias comuns a dois canais. Na aproximaÁ„o
da Ponta do Mexilhoeiro existe o baixio do Coval,
a BB, e os extensos baixios do Alfeite e Seixal, a
EB, que ficam a descoberto a meia-marÈ.
146

From the Alfeite Channel to the Seixal Channel.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tides may drive currents of 2 knots
downstream and 1 knot upstream with amplitudes
from 1 to 4 m.
Distance: Sail through the Barreiro channel, which
is relatively narrow, with 0.1 M, and has intense
fluvial traffic.
Night time navigation may offer some difficulty
in confusing the lights of the buoys with the lights
of the riverside villages, especially in Lisbon.
Sail navigation also becomes complicated
sometimes when the wind is unfavourable.
Right at the start, the Alfeite channel, which gives
access to the Navy dockyards, is crossed.
The buoys besides the number have a letter: A
for the Alfeite channel, B for Barreiro, S for Seixal,
and two letters or two numbers, when the buoys
are common to two channels.
In the approach to Mexilhoeiro there is to port
the Coval shallow, and to starboard the extensive
shallows of Alfeite and Seixal, which become
uncovered at half tide.
Figura 274 - Do Cristo Rei para o Canal do Barreiro. The Barreiro Channel seen from the Christ the King statue.

Figura 275 - De WP 4 para a Doca do Alfeite. The Alfeite dockyards seen from WP 4.

Figura 276 - De WP 4 para bÛia 4AB, assim designada Buoy 4AB, so named for being common to both the
por ser comum aos canais do Alfeite e Barreiro. Alfeite and the Barreiro Channels, seen from WP 4.

147
Da bÛia 15 B - 1S (WP6) ‡ Siderurgia
!&'##()
$ !
& 
%
!&'#()
*
**
!&'#"()
"
7
*
)
*
" *!
!&'#!()
%' %(+
Figura 277 - Do WP 6 ‡ Siderurgia.
Carta: 26305 do Instituto Hidrogr·fico
MarÈs: As marÈs podem desencadear correntes
de 2 nÛs para jusante e 1 nÛ para montante com
amplitudes de 1 a 4m.
DescriÁ„o: Uma vez passado o canal do Seixal,
que d· acesso ‡ estaÁ„o fluvial e ‡ povoaÁ„o do
Seixal, a EB, avista-se a estaÁ„o fluvial do Barreiro,
a estaÁ„o ferrovi·ria, em frente, e a BB, os moinhos
de vento de Alburrica, edificados no sÈculo XIX e
hoje patrimÛnio municipal.
O Barreiro era uma terra de marÌtimos e
pescadores, que se industrializou intensivamente e
depois entrou em declÌnio, para se tornar numa
cidade dormitÛrio da ·rea da grande Lisboa.
A sua igreja resulta da reconstruÁ„o duma antiga
ermida dedicada a S. Roque, que remonta ao
sÈculo XVI.
Uma pequena ponte-cais, prÛxima do clube,
permite um acesso f·cil ‡ agua, para os desportos
n·uticos e pequenas embarcaÁıes de pesca que o
usam para cargas e descargas, apenas. Na baixa--mar,
a extremidade do pont„o fica assente no lodo.
148
From buoy 15 B-1S (WP6) to Siderurgia
%' $(+ %' (+
From WP 6 To Siderurgia.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tides may drive currents of 2 knots
downstream and 1 knot upstream with amplitudes
of 1 to 4 m.
Description: Once past Seixal channel, which
gives access to the fluvial station and the town of
Seixal to starboard, the fluvial station of Barreiro
and the railway station are seen ahead, and to port
the Alburrica windmills built in the 19th century and
nowadays municipal heritage.
Barreiro was a land of mariners and fishermen,
which became intensively industrialized and later
went into decline, to become a dormitory town of
the greater Lisbon area.
Its church results from the reconstruction of an
old chapel dedicated to S. Roque, which dated back
to the 16th century.
A small pier near the club allows easy access to
the water for nautical sports, and small fishing
vessels use it for loading and unloading only.
At low tide the extremity of the pontoon rests
on mud.
Figura 278 - De WP 7 para a Ponta do Mexilhoeiro. Ponta do Mexilhoeiro seen from WP 7.

Figura 279 - De WP 8 para os moinhos de Alburrica. The Alburrica windmills seen from WP 8.

Figura 280 - De WP 8 para a estaÁ„o fluvial do Barreiro. The Barreiro fluvial station seen from WP 8.

Figura 281 - De WP 9 para as estaÁıes fluvial e ferrovi·ria. The fluvial and railway stations seen from WP 9.

Figura 282 - De WP 10 para a ponte-cais do clube. The clubís pier seen from WP 10.

149
Da Siderurgia ao Vale do Zebro
!&'#!()
!
*!

 3
*"
!&'#()
12
!&'#*()
*
!&'# ()
%' &(+
Figura 283 - Da Siderurgia ao Vale do Zebro.
Carta: 26305 do Instituto Hidrogr·fico
MarÈs: As marÈs podem desencadear correntes 2
nÛs para jusante e 1 nÛ para montante, com
amplitudes de 1 a 4m.
DescriÁ„o: Depois de passar a estaÁ„o fluvial do
Barreiro, pode fundear nas margens do Canal da
Siderurgia, hoje quase desactivada e sem tr‚nsito.
A zona nas proximidades da Siderurgia e da Seca
do Bacalhau oferece boas condiÁıes de abrigo, mas
tem pouco interesse paisagÌstico e o acesso a terra
È difÌcil.
O rio Coina, para montante da Sirurgia, sÛ È
naveg·vel acima de meia-marÈ, atÈ ‡s instalaÁıes
dos Fuzileiros no Val do Zebro, para depois se
transformar numa imensa ·rea de sapal, de grande
riqueza faunÌstica.
A Siderurgia n„o est· completamente
desactivada e a poluiÁ„o atmosfÈrica ainda se faz
sentir, tornando por vezes pouco agrad·vel
permanecer nas proximidades.
O facto de o rio Coina correr na direcÁ„o dos
ventos dominantes torna menos seguro o fundeio.
From Siderurgia to Vale do Zebro
3
0 
8
*
3

*#
%' #(+
 %' "(+
From Siderurgia to Vale do Zebro.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: The tides may drive currents 2 knots
downstream and 1 knot upstream with amplitudes
of 1 to 4 m.
Description: After passing the Barreiro fluvial
station you may anchor in the margins of the
Siderurgia channel, which nowadays is almost
deactivated and without traffic.
The area in the vicinity of Siderurgia and that of
Cod Fish Drying offer good shelter conditions, but
the landscape is uninteresting and access to land is
difficult.
The Coina river upstream of Siderurgia is only
sailable at half tide until the marineís installations
at Val do Zebro, and is transformed afterwards
into an immense marsh area of great fauna richness.
Siderurgia is not completetly deactivated and the
atmospheric pollution is still noticeable, making it
unpleasant to remain in the neighbourhood at times.
The fact that the River Coina runs in the same
direction as the prevailing winds makes anchorage
less safe
150
Figura 284 - De WP 13 para o Barreiro. Barreiro seen from WP 13.

Figura 285 - Ponte-cais da Seca do Bacalhau. Pier of the Cod Fish Drying Installations.

Figura 286 - Siderurgia Nacional. Siderurgia Nacional.

Figura 287 - De WP 13 para Norte. View to the North from WP 13.

Figura 288 - De WP 13 para o rio Coina. View of the River Coina from WP 13.

151
Derrota do Montijo The Montijo Route
7
2303 0

9 13:


7 73
 


 
!&'%() 6 



;/
!&'&()



 
33 43 
!&'$()  * 




 
%'!(+ %'*(+
Figura 289 - De Alc‚ntara ‡ baÌa do Montijo.
Carta: 26305, do IH.
MarÈs: AtÈ alcanÁar a baÌa, navega atravessado ‡
corrente, que pode atingir os 2 NÛs para jusante.
Dist‚ncia: 8,3 M, atÈ ao Cais dos Vapores.
DescriÁ„o: Neste percurso pode entrar pelo canal
da CUF, depois seguir pela ramificaÁ„o de BB,
chamada de Canal do Terminal de LÌquidos, ou entrar
directamente por este ˙ltimo.
Depois de passar o Terminal de LÌquidos, que
abastece a Central TermoelÈctrica do Barreiro, comeÁa
o Canal do Montijo, com um trajecto sinuoso
passando pelo Cais do Seixalinho e alcanÁando o Cais
do Vapor no centro histÛrico do Montijo.
O Cais do Seixalinho serve a Gare MarÌtima do
Barreiro. A manutenÁ„o do Canal sÛ È feita atÈ aqui,
pelo que o troÁo atÈ ao Cais do Vapor, mais a
montante, apenas possui balizas cegas, sendo
pratic·vel apenas acima de meia-marÈ.
Para montante segue a Vala Real, assoreada, e o
acesso ao estaleiro de Sarilhos Grandes È complicado.
Para Sul do Ros·rio e Alhos Vedros h· pouca ·gua,
n„o havendo condiÁıes de fundeio em baixa-mar.
152
&%(+ &$(+
From Alc‚ntara dock to Montijo Bay.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: Until you reach the bay sail across the
current, which may reach 2 knots downstream.
Distance: 8.3 M until Cais dos Vapores.
Description: In this course you may enter the
CUF channel to follow through the ramification
to port, called the Liquids Terminal channel, or
enter directly through the latter.
Once past the Liquids Terminal, which supplies
the Barreiro Thermal Power Station, starts the
Montijo channel with a sinuous trajectory, going
past the Seixalinho Quay and reaching Cais do
Vapor at Montijoís historical centre.
Seixalinho Quay serves Barreiroís Maritime
Station. The channel maintenance is only done up
to here, so the stretch until Cais do Vapor further
upstream only has unlit beacons, and it is only
practicable above half tide. Upstream continues
Vala Real, silted, and the access to the Sarilhos
Grandes shipyard is complicated. South of Ros·rio
and Alhos Vedros there is little water and there are
no anchorage conditions at low tide.
Figura 290 - Barreiro, ladeado pelos rios Moita e Coina. Barreiro flanked by the Moita and Coina rivers.
Figura 291 - Canais da CUF e Montijo. CUF and Montijo Channels.

BaÌa do Montijo

Barreiro
Base AÈrea do Montijo

Terminal de LÌquidos
Montijo

Ter minal de
SÛlidos

153
Derrota do Montijo The Montijo Route
 !









 

!


  






!#&'%()


!  


! 



!#&'() 
$ 
 
  %
 
! 
 
 
!#

!% "
!#&**) !$


! 

!


$&"%+
$& '(+
Figura 292 - O MÈdio Estu·rio Inferior.
Carta: 26305, do IH.
DescriÁ„o: Neste percurso tem de haver atenÁ„o
ao intenso tr·fego fluvial, em especial aos catamar„s
que se deslocam a velocidades elevadas, aos quais
deve dar um prudente resguardo.
O Canal da CUF-Quimigal divide-se em dois, o
do Terminal de SÛlidos e o do Terminal de LÌquidos
que se continua com o Canal do Montijo.
Neste percurso pode optar por atravessar o rio
atÈ Cacilhas e entrar pelo Canal da CUF, com um
rumo 110, ou dirigir-se directamente para a
entrada do Canal do Terminal de LÌquidos, com
um rumo de 120.
Os baixios que ladeiam este Canal impedem
outros acessos, salvo uma estreita passagem a Leste
da Coroa da Aperta, pouco recomend·vel para
quem n„o a conheÁa bem.
A baÌa do Montijo possui v·rios canais de acesso ‡s
povoaÁıes ribeirinhas, mas apenas o canal do
Montijo est· sinalizado. Os acessos ‡ ilha do Rato,
ao Ros·rio, a Alhos Vedros, ‡ Moita e ao Cais do
Vapor s„o, no entanto, possÌveis com ajuda da marÈ.
154

$& (+ #$!(+
Tejoís Middle Estuary.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Description: In this route pay attention to the
intense fluvial traffic, especially to the catamarans
that move at high speeds, and give them a prudent
wide berth.
The CUF-Quimigal Channel branches into two,
the Solids Terminal Channel, and the Liquids
Terminal Channel, which continues into the
Montijo Channel.
In this route it is possible to opt to cross the river
until Cacilhas and enter through the CUF Channel
on a 110 course, or proceed directly to the entrance
of the Liquids Terminal Channel on a 120 course.
The shoals that surround this Channel prevent
other accesses, except for a narrow passage East
of Coroa da Aperta, which is not recommended
to strangers.
The Montijo Bay has several channels of access to
the riverside villages, but only the Montijo Channel
is marked. The accesses to Rat Island, to Ros·rio,
to Alhos Vedros, to Moita, and to Cais do V‚por
are however possible with the help of the tide.
Figura 293 - Entrada da Vala Real. The Mouth of Vala Real.
Figura 294 - Praia do Ros·rio e rio da Moita. Ros·rio beach and Moita river.

155
De Alc‚ntara ‡ bÛia 1A (Canal Alfeite) From Alc‚ntara to buoy 1 A

2
3
 

!
!#% %  ,
$ $"%
!#&'"() 401.
2 ,
5 
, 3
, -
,
- "
!#&' () !#% $#

$ '##

!#%""" "
(
$ #'

!#&*$() "
3

./)01
$&"#(+  ! $&"*(+

Figura 295 - Da Doca de Alc‚ntara ao Canal do Alfeite.
Carta: 26305, do IH.
MarÈs: As correntes de marÈ podem atingir os 2,5
nÛs para jusante e 1,5 nÛs para montante,
provocando abatimento transversal e alguma
turbulÍncia frente a Cacilhas, para depois diminuÌrem
de intensidade e direcÁ„o no canal da CUF.
Dist‚ncia: 2 M
DescriÁ„o: Neste percurso deve ter atenÁ„o ao
intenso tr·fego fluvial, em especial aos catamar„s
que se deslocam a velocidades elevadas, aos quais
deve dar um prudente resguardo.
Tem duas opÁıes:
1.™ - Fazer um rumo de 120, aproando aos silos
da Quimigal no Terminal de SÛlidos, com o
objectivo de entrar directamente na bifurcaÁ„o do
Canal da CUF, pelo Canal do Terminal de LÌquidos
que se dirige ‡s instalaÁıes da central termoelÈctrica
da EDP.
2™. Atravessar o rio atÈ Cacilhas, deixar as duas
estruturas de pedra (duques de Alba) por BB e
aproar ‡ bÛia 1A que se apresenta como a mais visÌvel
do percurso.
156
! "" (
$&"%(+  $&%(+
From Alc‚ntara Dock to the Alfeite Channel.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Tides: Tidal currents may reach 2.5 knots
downstream and 1.5 knots upstream, causing
transversal depression, and some turbulence in
front of Cacilhas, decreasing afterwards in intensity
and direction in the CUF channel.
Distance: 2 M.
Description: In this course you should pay
attention to the intense fluvial traffic, especially to
the catamarans that move at high speed, and from
which a prudent berth should be kept.
You have two options:
1. Take a 120 course, steering towards the
Quimigal Silos in the Solids Terminal, with the
objective of entering directly into the bifurcation
of the CUF channel, through the Channel of the
Liquids Terminal, which goes towards the EDP
thermal power station.
2. Cross the river until Cacilhas, leave the two
stone structures (the dukes of Alba) to port and
steer towards buoy 1A, which appears as the most
visible of the course.
Figura 296 - De WP 1 para WP 2 em Cacilhas. View of WP 2 in Cacilhas from WP 1.

Figura 297 - De WP 2 para BaÌa do Montijo. Montijo Bay seen from WP 2.

Figura 298 - BÛias do percurso: 1 A, 1 C e 1 M. Route buoys: 1 A, 1 C e 1 M.

Figura 299 - De WP 1 para os silos da Quimigal. Quimigal silos seen from WP 1.

Figura 300 - Entrada da baÌa, baixios e Ilha do Rato. Bay entrance, shallows and Rat island

157
Da bÛia 1A ao Terminal de LÌquidos From buoy 1 A to the Liquids Terminal
! " #
 (

"

%(
 3


   67
!#&*#()   

2 
!#% $#

% '!(
 $ '##  

2


 39

8

3




!#%%**


 $ *"


!#&*'() 
 





!#&**() 


 
8


" 





3
$&"!(+ $&"(+ $&""(+

$&"%(+
Figura 301 - Da bÛia 1A ao canal do Terminal LÌquidos.
Carta: 26305, do IH.
Dist‚ncia: 5 M.
DescriÁ„o: Os catamar„s provenientes do Terreiro
do PaÁo com destino ao Montijo entram
directamente pelo Canal do Terminal de LÌquidos.
Se decidiu navegar pelo Canal da CUF, pode ser
alcanÁado e surpreendido pelo aparecimento
brusco destes navios, por BB.
… conveniente estar atento e dar sempre um
prudente resguardo, para evitar, n„o digo o
abalroamento, mas a turbulÍncia provocada pela
passagem dos mesmos.
A navegaÁ„o fora do Canal tem de ser cuidada e
com muita atenÁ„o ‡ sonda, sendo de referir a
extremidade Sul do banco chamado de Coroa da
Aperta, localizado a W da Torre da Marinha e em
frente ao Terminal de LÌquidos.
Este banco pode estar submerso em preia-mar e
prolonga-se por  M para W. Est· bem sinalizado
pela bÛia 12L-2M, que È simultaneamente a ˙ltima
bÛia do Terminal de LÌquidos e a primeira do
Canal do Montijo.
158

3
From buoy 1 A to the Liquids Terminal Cannel.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: 5 M.
Description: The catamarans coming from
Terreiro do PaÁo heading towards Montijo enter
directly into the Liquids Terminal channel.
If you decided to navigate through the CUF
channel, you may be taken by surprise by the sudden
appearance of these ships on your port side.
It is convenient to be alert and to give always a
prudent wide berth to avoid not so much a
collision but the turbulence caused by their passage.
Navigation outside the channel has to be careful
and paying a lot of attention to the sonar,
deserving mention here is the South extremity of
the Aperta Bank called ìCoroa da Apertaî,
located W of the Navy Tower and in front of the
Liquids Terminal.
This bank, which may be submerged at high tide
and extends towards W for  M, is well marked
by buoy 12L-2M, which is simultaneously the last
buoy of the Liquids Terminal and the first of the
Montijo Channel.
Figura 302 - Da bÛia 5 C para a Quimigal. Quimigal seen from buoy 5 C.

Figura 303 - De WP 4 para o Terminal de SÛlidos. Terminal SÛlidos seen from WP 4.

Figura 304 - De WP 4 para o Canal do Montijo. Montijo Channel seen from WP 4.

Figura 305 - De WP 5 para o baixio Coroa da Aperta. Coroa da Aperta sandbank seen from WP 5.

Figura 306 - Entrada da baÌa avistada do interior. Montijo bay from East

159
BaÌa do Montijo Montijo Bay
:

!#&'"()

! 
!
"#
"% " "$ 



!#&*$() 
' 
* $ 3

  "' ;3
   # "*
 3
73

"
!#&*'()

""

 "
 3
03

!#&*() 
"!

$& %(+ $& (+ #&$*(+

Figura 307 - BaÌa do Montijo.
Carta: 26305, do IH. ConvÈm referir que sÛ o
Canal atÈ ao Cais do Seixalinho tem o levanta-
mento cartogr·fico actualizado, conforme consta
nas cartas oficiais. Toda a navegaÁ„o fora desses
limites deve ser muito cuidada, sendo uma
imprudÍncia navegar com a vazante em lugares
desconhecidos.
O alarme da sonda deve estar activado para uma
cota de seguranÁa.
DescriÁ„o: Esta baÌa È muito abrigada e apresenta
sapais e bancos de vasa que descobrem na baixa-
mar, tornando-se ent„o um lugar invadido por uma
avifauna abundante.
… uma boa altura para procurar o seu livro de
aves, a m·quina fotogr·fica, ou simplesmente uns
binÛculos, e apreciar de perto esta fauna que aqui
vem alimentar-se.
O banco de vasa È rico em moluscos que fazem
parte da cadeia alimentar da abundante avifauna.
Cada espÈcie desenvolveu um bico adequado ao
tipo de alimento que se encontra a profundidades
diversas, no banco de vasa.
160
Montijo bay.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
It should be mentioned here that only the channel
up to the Seixalinho Quay has an up- to-date
cartographic survey according to the official chart.
All navigation outside these limits should be very
cautious, and it is also unwise to navigate to
unknown areas during the ebbing.
The sonar alarm should be activated to a safe
reading.
Description: This bay is very sheltered and
presents marshes and mudflats that become
uncovered at low tide and are then invaded by
abundant avifauna.
It is a good time to look out for your book on
birds, the camera, or simply some binoculars, to
appreciate at close range this fauna that comes to
feed here.
The mudflat is rich in molluscs, which are part of
the food chain of the abundant avifauna; each
species has developed a beak adequate to the type
of nourishment it finds at diverse depths in the
mudflat.
Figura 308 - Ilha do Rato, na baÌa do Montijo. Rat Island in Montijo Bay.

Figura 309 - De WP 7 para a Ilha do Rato. Rat Island seen from WP 7.

Figura 310 - Centro histÛrico do Montijo, antiga Aldeia Montijoís historical centre, ancient Galega vilage, with the
Galega, com o Cais das Faluas e o moinho de marÈs. Faluas quay and the tide mill.

161
Canal do Montijo atÈ Cais do Seixalinho Montijo Channel until the Seixalinho

!#&' () :

!  "%
"


 
!#&*$() '
$

/
#  "*

!#&*#()

 /3 " 3<

33 <333

3
$& %(+ $& !(+
03
Figura 311 - Canal do Montijo atÈ ao Seixalinho.
Carta: 26305, do IH.
Dist‚ncia: 3 M.
DescriÁ„o: A navegaÁ„o segura deve fazer-se
estritamente pelo canal, devidamente balizado.
Se o destino È a Ilha do Rato, antes de alcanÁar a
bÛia 3M deve rumar a Sul, podendo fundear a E,
onde fica bem abrigado. … a ˙nica ilha privada deste
paÌs, doada por D. LuÌs a um cabo, em 1868.
Tem uma ·rea de 5 ha cadastrais, mas na verdade
atinge, com as praias, quase 10 ha.
Se o destino È o Ros·rio, ent„o dever· abandonar
o canal deixando a bÛia 5M por EB, seguindo as bÛias
artesanais e varas espetadas no fundo, colocadas pelos
pescadores locais para assinalar o canal.
Se o destino È o Montijo, deve passar o Canal do
Seixalinho e fundear º M a montante no canal que
continua atÈ ao antigo cais comercial, Cais do Vapor,
no centro histÛrico da vila.
N„o pode fundear no canal do Montijo, para n„o
interferir com o tr·fego fluvial.
Toda a zona representada, na carta, a azul
intermÈdio pode ser utilizada para fundeio, com
os devidos cuidados para n„o encalhar na baixa-
mar.
162
"
""
$& (+ $& "(+
From Montijo Channel until Seixalinho quay.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: 3 M.
Description: Safe navigation should be done strictly
by the channel, which is duly buoyaged.
If the destination is Ilha do Rato (Rat Island) before
reaching buoy 3 M head Southwards and anchor at E
where you will be well sheltered. This is the only private
island of this country, donated to a corporal by D. LuÌs
in 1868; it has registered an area of 5 ha, but in reality
with its beaches it reaches almost 10 ha.
If the destination is Ros·rio, then you should
abandon the channel leaving buoy 5 M to
starboard and follow the handcrafted buoys and
sticks stuck on the bottom, placed by local
fishermen to mark the channel.
If the destination is Montijo, you should pass the
Seixalinho channel and anchor º M upstream in the
channel that continues until the old commercial quay,
Cais do Vapor, in the historical centre of the village.
You may not anchor in the Montijo Channel, so
as not to interfere with the fluvial traffic.
All the area presented in medium blue on the
chart may be utilized for anchorage, with due care,
to avoid grounding at low tide.
Figura 312 - Ilha do Rato avistada do Canal do Montijo. Rat island seen from Montijo channel.

Figura 313 - De WP 7 para o Terminal de LÌquidos. The Liquids Terminal seen from WP 7.

Figura 314 - De WP 7 para a Torre da Marinha. Torre da Matinha seen from WP 7.

Figura 315 - De WP 7 para a Base AÈrea n. 6 (Montijo). Montijo Air Base No. 6 seen from WP 7.

Figura 316 - De WP 9 para o Rio da Moita, a Sul. Moita river seen from WP 9.

163
Do Ros·rio ‡ Moita From Ros·rio until Moita
!#&*#()

 " 3<

/3
33 <333

!#&*'()
""

.
"

!#&**()

3
03


"!

"
!#&*()

$& %(+ $& !(+ $& (+ $& "(+

Figura 317 - Do Ros·rio ‡ Moita.
Carta: 26305, do IH.
DescriÁ„o: O canal passa a º de milha a Oeste
do Ros·rio e quando aproar ao cais de Alhos
Vedros, esteja com atenÁ„o ao banco de vasa
localizado a NW do mesmo.
Este banco era outrora o Mouch„o dos P·ssaros,
importante local de nidificaÁ„o frente ao Ros·rio,
que ficou submerso h· muitos anos.
Para Alhos Vedros s„o rebocados velhos navios,
para aÌ serem desmantelados.
Est· prevista a deslocalizaÁ„o deste cais de des-
mantelamento para perto da Siderurgia Nacional
e a requalificaÁ„o do local, nomeadamente com a
recuperaÁ„o das caldeiras de Alhos Vedros, Moita
e Sarilhos Pequenos, cujo papel no desasso-
reamento e manutenÁ„o dos canais naveg·veis È
t„o importante.
O acesso ‡ Moita È teoricamente possÌvel a barcos
de 2 m de calado, em preia-mar de marÈs vivas,
mas n„o È recomendado, nem aÌ pode permanecer.
A caldeira est· assoreada e aÌ se encontram imensos
barcos tÌpicos que assentam no lodo.
164
From Ros·rio until Moita.
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Description: The channel passes at º mile West
of Ros·rio, and when steering towards the Alhos
Vedros quay, pay attention to the mudflats located
towards NW.
These mudflats were once ìMouch„o dos
P·ssarosî (the birds island), important nesting
place in front of Ros·rio, which became submerged
many years ago. Old ships are towed to Alhos
Vedors shipyard to be dismantled.
The transfer of this ship breakers yard to a location
near Siderurgia Nacional is foreseen, and the
requalification of the place, namely with the recovery
of the dams of Alhos Vederos, Moita and Sarilhos
Pequenos, whose role in the unsilting and maintenance
of the navigation channels is so important.
The access to Moita is theoretically possible to
vessels with a draught of 2 m at low tide, in spring
tides, but it is not recommended, neither should
you stay there.
The ìcaldeiraî is silted and several typical boats,
resting in the mud, may be found there.
Figura 318 - Da praia do Ros·rio para Alhos Vedros.
Figura 319 - Ponte-cais do Ros·rio.
Figura 320 - Canal de Alhos Vedros, frente ao Ros·rio.
Figura 321 - Caldeira da Moita em baixa-mar.
As caldeiras s„o represas que fecham as comportas
na preia-mar, para serem reabertas no final da
vazante. A ·gua assim libertada escava um canal para
jusante, evitando o recurso a dragagens. Desconhece-se
a antiguidade deste processo, em tudo semelhante
ao dos moinhos de marÈ, onde a energia acumulada
È tambÈm aproveitada.
165
Alhos Vedros seen from Ros·rio beach.
Ros·rio pier.
Alhos Vedros channel, in front of Ros·rio.
Caldeira da Moita at low tide.
The ìcaldeirasî are dams that close their flood gates
at high tide, to be reopened at the end of the ebbing.
The water that is liberated in this way, digs a
downstream channel, and hence the need for dredging
is obviated. It is unknown for how long this process
has been in use, similar in everything to the tide mills,
where the accumulated energy is also fully utilized.
Cais do Seixalinho ao Cais do Vapor
!#&' ()
"!
"%
!#&*$()
"$
!#&*#()
3
73
3< "
$& "(+ $& (+ #&$$(+
Figura 322 - Do Cais do Seixalinho ao Cais do Vapor.
Carta: 26305, do IH.
Dist‚ncia: 1 M.
DescriÁ„o: Depois da baliza 11M, o canal sÛ È
pratic·vel acima de meia-marÈ.
O moinho de marÈs e a zona envolvente ao Cais
das Faluas foram requalificados e podem ser
alcanÁados perto da preia-mar, n„o podendo
permanecer aÌ abaixo de meia marÈ.
Para passar a noite, ter· de o fazer entre o cais
do Seixalinho e a baliza 11 M, fundeando no meio
do canal, uma vez que o mesmo n„o È utilizado, a
n„o ser por pescadores locais.
Com o barco auxiliar, pode subir a Cala Real e
explorar a zona circundante. No centro histÛrico
do Montijo poder· encontrar simp·ticos
restaurantes e pode visitar o moinho de marÈ
totalmente reconstruÌdo e o museu ao ar livre.
Na baixa-mar pode apreciar as ricas fauna e flora
dos sapais circundantes.
Velhos barcos abandonados jazem encalhados
nas margens, atestando a sua perda de funÁ„o com
o desenvolvimento dos transportes terrestres.
166
Cais do Seixalinho until Cais do Vapor

!
"

"*






3
;3 "'
"#
#&$#(+ #&$'(+
Cais do Seixalinho until Cais do Vapor
Chart: 26305 of the Hydrographic Institute.
Distance: 1 M.
Description: After beacon 11M the channel is
only practicable above half tide.
The tide mill and the area surrounding Cais das
Faluas were requalified and may be reached around
high tide, but you cannot remain there below half
tide.
To spend the night you will have to do so between
the Seixalinho and beacon 11 M, anchoring in the
middle of the channel since it is not used other than
by local fishermen.
With the dinghy you may go up Cala Real and
explore the surrounding area. In the Montijo
historical centre you will find friendly restaurants
and you may visit the tide mill, which has been
totally rebuilt, and the open-air museum.
At low tide the rich fauna and flora of the
surrounding marshes may be enjoyed.
Old abandoned boats lie grounded in the margins,
giving testimony to their loss of function with the
development of terrestrial transportation.
Figura 323 - AproximaÁ„o ao Cais do Seixalinho. Approach to the Seixalinho Quay.

Figura 324 - Do Passeio MarÌtimo para o Cais das Faluas. Marine Promenade of the Falueas Quay.

Figura 325 - Passeio MarÌtimo. Marine Promenade.

Figura 326 - Passeio MarÌtimo para Sul. Marine Promenade towards South.

Figura 327 - Da Ponte-cais do Vapor para a Vala Real. Vala Real seen from the Pier at Cais do Vapor.

167
Derrota de Alcochete
2303



!#&$() 8 

9/
!#&#()


43 
33
!#&'()




$&!(+ $&"(+
Figura 328 - Derrota de Alcochete.
Cartas: 26305,26306, do IH.
MarÈs: www.hidrografico.pt/previsao-mares.php
Dist‚ncia: De Alc‚ntara a Alcochete - 11 M.
DescriÁ„o: De Alc‚ntara, deve rumar ‡ Casa Branca
atÈ tomar a Cala de Samora. Depois de passar a Ponte
Vasco da Gama, 1 M a montante, tem a baliza 2A
que assinala a entrada do Canal de Alcochete.
Fundeadouros: Na margem Sul, perto do Banco
da Boca da Aperta, entre a Casa Branca e o Canal
do Samouco. A praia pertence ‡ Base AÈrea do
Montijo e tem o acesso vedado ao p˙blico.
O Canal do Samouco È balizado de for ma
improvisada pelos pescadores locais e n„o deve ser
praticado por barcos de cruzeiro.
O Canal de Alcochete, apesar de balizado, n„o est·
monitorizado nem mantido, pelo que requer muita
atenÁ„o ‡ sonda.
Para se alcanÁar Alcochete, È necess·rio contar com
a ajuda da marÈ, sobretudo nas ˙ltimas balizas do
percurso. H· mesmo uma, a n. 10, que est· destruÌda
e pode estar submersa. Os pescadores locais
assinalaram-na com trÍs ou quatro garrafas de
detergentes coloridas, a servir de bÛias.
The Alcochete Route
=
0
> 13:

= =3




" 

#$(+ #'(+
The Alcochete Route
Charts: 26305, 26306 of the HI.
Tides: www.hidrografico.pt/previsao-mares.php
Distance: From Alc‚ntara to Alcochete: 11 M.
Description: From Alc‚ntara steer towards Casa
Branca (the White House) until you take Cala de
Samora (the Samora Fairway); after passing Vasco da
Gama Bridge, 1 M upstream there is beacon 2A, which
marks the entrance to the Alcochete Channel.
Anchorage: In the South margin, close to Banco da
Boca da Aperta, between Casa Branca and the Samouco
Channel. The beach belongs to the Montijo air base
and it has its access closed to the public.
The Samouro channel is buoyed in an improvised
manner by local fishermen, and should not be
practiced by cruisers vessels.
The Alcochete Channel, besides being buoyed, is
neither monitored nor maintained, so a lot of
attention to the sonar is needed.
To reach Alcochete it is necessary to count on the help
of the tide, above all in the last beacons of the course.
There is even one, No. 10, that is destroyed and may be
submerged. The local fishermen marked it with three or
four coloured detergent bottles, which serve as buoys.
168
Figura 329 - Alcochete e Salinas do Samouco. Alcochete and Samouco Saltpans.
Figura 330 - Alcochete. Alcochete.

169
Derrota de Alcochete The Alcochete Route
!







 
 


!


 






$



!$%&'
!  



! 
 ##
 

 
!$%)$' 
 
 
"  
! 
 
 



!
!$%)*'

! 

!


"%#'( "% "'(  "% !'( $%"&'(

Figura 331 - MÈdio Estu·rio Inferior. The Lower Middle Estuary.

Existe o perigo de colis„o, pelo que deve estar-
se atento ao percurso entre as balizas N. 8 e N.
12, afastando-se das bÛias referidas.
A baliza 10 tinha especial import‚ncia, porque
assinalava a subida do talvegue. A partir deste local,
sÛ se alcanÁa a ponte-cais acima de meia-marÈ, para
calados de 2 m.
Esta costa est· a sotavento dos ventos dominantes
e qualquer cruzeiro que aÌ se faÁa deve ainda contar
com a altura da marÈ, de preferÍncia com ela a subir,
para o caso de algum percalÁo.
Na ponte-cais de Alcochete pode ser muito
complicada a manobra de desatraque com condiÁıes
adversas, de vento e corrente.
O canal de Alcochete È de 3. nÌvel e, como tal, a
APL n„o faz nem a sua manutenÁ„o fÌsica nem a
sua monitorizaÁ„o.
A responsabilidade pela cartografia oficial È do IH,
DL n. 193/95, cujo ˙ltimo levantamento foi feito
em 1985, vide carta 26306.
Quando este canal perdeu o seu valor comercial,
entrou em degradaÁ„o irreversÌvel, mas continua
naveg·vel.
There is the danger of collision so be alert to the
course between beacons No. 8 and No. 12, keeping
away from these buoys.
Beacon 10 had some special importance, because
it used to mark the ascent of the thalweg. From this
area the pier can only be reached above half tide
with draughts of 2 m.
This coast is leeward of the dominant winds and
any cruise taking place there should also take into
account the height of the tide, and be preferably
during flooding, in case of any drawbacks.
At the Alcochete pier the unmooring manouvre
may be very complicated in adverse conditions of
wind and current.
The Alcochete channel is of level 3 and as such
APL looks after neither its physical maintenance nor
its management.
The Hydrographic Institute is responsible for the
cartography, DL n 193/95, and the last survey was
done in 1985, vide chart 26306.
When this channel lost its commercial value
it went into irreversible decline but it continues to
be navigable.

170
Figura 332 - As salinas do Samouco
Veja-se o estaleiro da Dragapor, frente ‡ baliza 14,
onde atracam e s„o reparadas dragas de grandes
dimensıes, com calando superior a 2 m. O segredo
da navegaÁ„o estuarina est· na tabela de marÈs.
Nesta zona, quando a marÈ n„o d·, È preferÌvel
fundear na Casa Branca, ou nas proximidades do Canal
do Samouco.
A partir daqui, pode fazer uma visita ao Porto da
Praia e ‡s Salinas, entrando pelos canais com o barco
auxiliar. A navegaÁ„o a remos È preferÌvel, para n„o
perturbar este santu·rio selvagem, um ecosistema
˙nico.
M·quina fotogr·fica e binÛculos s„o obrigatÛrios,
assim como uma garrafa de ·gua.
Desde a Praia dos Moinhos (Alcochete) atÈ ‡ Torre
da Marina (Montijo), h· uma extensa lÌngua de areia
formando uma praia ininterrupta de quase 6 M, e
deserta!
A zona entre o Porto da Praia (Samouco) e a Torre
da Marinha pertence ‡ B. A. Montijo, de acesso
vedado.
Por outro lado, a FundaÁ„o para a Gest„o
Ambiental das Salinas do Samouco interdita o acesso
‡s mesmas.
Esta FundaÁ„o, resultante duma imposiÁ„o da UE
para os financiamentos ‡ ponte Vasco da Gama, tem
votado as salinas ao abandono!
171
The Samouco saltpans.
Look at the Dragapor shipyard, in front of beacon
14, where dredgers of large dimensions and with
draughts over 2 m moor and are repaired.The secret
of the estuary navigation is in the tide tables.
In this area, when you canít rely on the tide, and if
you are going towards this area, it is preferable to
anchor at Casa Branca (the White House), or in the
vicinity of the Samouco channel.
From there you may visit Porto da Praia and the
Salinas (Salt pans) entering through the channels with
the dinghy. The use of oars is preferable so as not to
disturb this wild sanctuary, a unique ecosystem.
Camera and binoculars are a must, as well as a
water bottle. From Praia dos Moinhos (Alcochete)
until Torre da Marina (Montijo) there is an extensive
tongue of sand forming an uninterrupted beach
almost 6 M long, and deserted!
The area between Porto da Praia (Samouco) and
the Navy Tower belongs to the Montijo air base and
it has closed access.
On the other hand, the Foundation for
Environmental Management of the Samouco Salt
Pans, prevents the access to them.
This Foundation, which resulted from an
imposition by the EU, for the attribution of finance
for the Vasco da Gama Bridge, has left the salt pans
to abandonment.
De Alc‚ntara ao Canal de Alcochete Alc‚ntara to the Alcochete Channel
!




 
& ' 



!



  


* 




!



'
!$%&'

*
!  



$ ' 
! 
 #
 

 
!$%)$' 
 
 
 
! 
 
 


!$%)*'

! 

!


"%#'( "% "'(  "% !'( $%"&'(

Figura 333 - De Alc‚ntara ao Canal de Alcochete. From Alc‚ntara to the Alcochete Channel.

Dist‚ncia: De Alc‚ntara ao Canal de Alcochete - 9 M. Distance: From Alc‚ntara to the Alcochete

DescriÁ„o: Ao sair da doca de Alc‚ntara, avista-se
a Torre da Marinha, ‡ entrada de baÌa do Montijo, e
para BB, a 80, a Casa Branca.
De Alc‚ntara, deve rumar ‡ Casa Branca atÈ entrar
na Cala de Samora.
Para montante, encontra dois viveiros de mexilh„o.
Continuando a subir a Cala de Samora com um rumo
de 30, vai passar a Ponte Vasco da Gama na zona
de maior afastamento dos pilares.
As bÛias S2 e S1 assinalam a aproximaÁ„o da ponte.
Para montante h· outro par de bÛias, respec-
tivamente, S4 e S3, a partir das quais se deve rumar
a 70 em direccÁ„o ‡ primeira baliza, a N. 2, de um
conjunto de balizas que assinalam o Canal de
Alcochete.
A presenÁa de muitos barcos de pesca na zona dos
pilares da ponte deve-se ‡ abund‚ncia de peixe num
local considerado dos melhores pesqueiros do
estu·rio.
Apesar da pesca desportiva estar regulamentada,
muitos pescadores apanham aqui quantidades ilegais
de peixe, muito alÈm do permitido.
172
Channel: 9 M.
Description: When leaving the Alc‚ntara dock
you see the Navy Tower at the entrance to Montijo
Bay and to port at 80 Casa Branca.
From Alc‚ntara you should steer towards Casa
Branca until you enter into the Samora Fairway.
Upstream there are two mussel nurseries.
Continuing upstream the Samora Fairway with a
course of 30 you will go past the Vasco da Gama
Bridge in the area furthest away from the pillars.
Buoys S2 and S1 mark the approach to the bridge;
downstream there is another pair of buoys, S4 and
S3 respectively, from which a course of 70 should
be kept, and follow towards the first beacon, No.2,
of a set of beacons that mark the Alcochete Channel.
The presence of many fishing boats in the zone of
the bridge pillars is due to the abundance of fish in a
place considered to be one of the best fisheries of
the estuary.
Besides the fact that sports fishing is legalized,
many fishermen catch here quantities of fish, far
beyond what is permitted by law.
 Casa Branca Torre da Marinha

Figura 334 - De Alc‚ntara para Casa Branca e T. Marinha. From Alc‚ntara to the White House and T. Marinha.

Figura 335 - Casa Branca. The White House.

Cala de Samora

40
Figura 336 - De WP 2 para a Ponte Vasco da Gama. Vasco da Gama Bridge from WP 2.

Figura 337 - AproximaÁ„o ‡ Ponte Vasco da Gama. Approach to Vasco da Gama Bridge.

Baliza 2 Baliza 2 A Baliza 4

Figura 338 - Balizas do Canal de Alcochete. The Alcochete Channel Beacons.

173
Cala do Samouco e Porto da Praia Samouco Fairway and Porto da Praia
*
* !$* "*

!$%&*'
) " ** 
 
& 
#
"

$
 &

+

! ) #



! # #
!$%&!'



#


 



-
*



)


" .++-+



++


"


)



!$%&' *


+,')
-
!$%&#'
+


"% )( "%#*'("% ( "% *'( "% !'( "% '(
Figura 339 - Cala do Samouco e Porto da Praia The Samouco Fairway and Porto da Praia.

DescriÁ„o: Pode fundear nas proximidades do Banco
da Boca da Aperta, que se estende por v·rias milhas
para montante, em frente ‡ maior praia do estu·rio do
Tejo, com mais de 6 M de comprimento.
Este extenso banco de vasa contribui, de forma
not·vel, para a cadeia alimentar do estu·rio, como se vÍ,
em baixa-mar, pela abundante avifauna.
Se fundear nas proximidades deste local, n„o perca uma
visita de barco auxiliar ao Porto da Praia, outrora um
movimentado porto de escoamento do sal.
O acesso ao Porto da Praia pode fazer-se apenas com
o barco auxiliar e seguindo as marcaÁıes artesanais de
varas espetadas no rio, feitas pelos pescadores locais para
assinalar o que resta dum antigo canal que servia as
salinas.
Nas salinas desenvolve-se a artÈmia, respons·vel pela
cor avermelhada dos tanques de sal e tambÈm pela
coloraÁ„o rosa dos flamingos.
Pilritos, flamingos, maÁaricos, borrelhos, andorinhas-
-do-mar, perna-longas (a ave sÌmbolo das salinas, com a
sua plumagem branca e preta e longas pernas encarnadas),
alfaiates s„o apenas algumas espÈcies que partilham este
magnÌfico habitat, hoje votado ao abandono.
Description: You may anchor in the vicinity of
Boca da Aperta Bank which stretches for several
miles upstream in front of the largest beach of the
Tejo estuary, more than 6 M long.
This extensive mudflat contributes in a notable
manner to the estuaryís food chain, as may be seen
at low tide by the abundant avi-fauna.
If you anchor in the vicinity of this place donít
miss a visit in the dinghy to Porto da Praia, once a
very busy salt outlet port.
The access to Porto da Praia can only be made with
the dinghy and following the handmade markings of poles
stuck on the river bed made by local fishermen to mark
what is left of an old channel that serviced the salt pans.
In the saltpans the brine shrimp develop, which
are responsible for the reddish colour of the salt pans,
and also for the pink colouration of the flamingoes,
Sandpipers, flamingoes, blacktailed godwits,
plovers, common terns, blackwinged stilts (the bird-
symbol of the saltpans, with its white and black
plumage and long red legs), and avocets are some of
the species that share this magnificent habitat, which
nowadays is left to abandonment.

174
Figura 340 - De WP B para a margem Norte. The North margin seen from WP B.

Figura 341 - De WP B para a Ponte Vasco da Gama. Vasco da Gama Bridge seen from WP B.

Figura 342 - Canal visto a partir do WP C para a Cala. Channel seen from WP C towards the Fairway.

Figura 343 - AproximaÁ„o ao Porto da Praia (WP C). The approach to Porto da Praia (WP C).

Figura 344 - De WP D para montante, Samouco. Looking upstream from WP D: Samouco.

175
Canal de Alcochete The Alcochete Chanel

!$%&"





!$%&$'





!$%&&'

#

 
 

. & ' 

+

*

0

 )
"% (
Figura 345 - Do WP 5 a Alcochete.
As balizas que assinalam o Canal de Alcochete s„o
bem visÌveis a partir da Ponte Vasco da Gama.
Este canal È muito estreito, devendo cumprir-se
rigorosamente o percurso entre balizas.
Todas as balizas s„o cegas e, ‡ excepÁ„o da N. 1,
todas pares. A baliza N. 10 est· destruÌda e o que
resta dela fica submerso acima de meia-marÈ.
Os pescadores assinalaram o local com bÛias
coloridas improvisadas.
Como atr·s foi referido, deve ser cautelosa a
navegaÁ„o na aproximaÁ„o ‡ ponte-cais de
Alcochete, pois o canal sÛ È pratic·vel acima de
meia-marÈ, sobretudo com ela a encher, para barcos
de 2 m de calado.
Com o barco amarrado na ponte-cais, acede-se
directamente ao centro histÛrico da vila, com uma
variedade grande de restaurantes.
Nas sedes da Reserva Natural do Estu·rio e da
FundaÁ„o para a ProtecÁ„o e Gest„o Ambiental das
Salinas do Samouco, encontra um Centro de
InterpretaÁ„o, um N˙cleo Eco-museolÛgico,
percursos pedestres organizados por especialistas, e
uma Loja com diversos outros produtos e
informaÁıes disponÌveis.

  &

 !
!

"% '( $%"$'( $")'(
From WP 5 to Alcochete.
The beacons that mark the Alcochete Channel are
well visible from Vasco da Gama bridge.
This channel is very narrow and the course
between the beacons should be followed rigorously.
All the beacons are unlit and with the exception
of No.1, they all are even. Beacon No.10 is
destroyed and what is left of it is submerged above
half tide.
Fishermen mark the place with improvised
coloured buoys.
As mentioned before, navigate cautiously in the
approach to the Alcochete pier, since sailing in the
channel is only possible above half tide and above all
during flooding for vessels with a draught of 2 m.
With the boat tied to the pier you access directly
the historical centre of the village, which has a large
variety of restaurants.
In the head offices of the Nature Reserve of the
Estuary and of the Foundation for the Protection
and Environmental Management of the Samouco
Saltpans there is an Interpretation Center, an Eco-
Museum Nucleus, pedestrian routes are organized
by specialists, there is a shop with several other
items, and information is available.
176
Figura 346 - De WP 4 para o Canal de Alcochete. Alcochete Channel seen from WP 4.

Figura 347 - De WP 6 para as balizas N. 2, 2A e 4. The view from WP 6 towards beacons N 2, 2A and 4.

Figura 348 - De WP 6 para Alcochete. Alcochete seen from WP 6.

Figura 349 - Ponte-cais de Alcochete. The Alcochete Pier.

Figura 350 - Pormenor da ponte-cais em Alcochete. Detail of the pier at Alcochete.

177
Derrota do Porto Alto The Porto Alto Route
1
6+.+ .

2 3+-


1 1+
 

 !
 
!$%"' 5 



78
!$%$' "
,

 #

++ 4+ 
!$%&'
 # 





 
"%!'( "%#'( $"'( $&'(
Figura 351 - Derrota do Porto Alto. Rout to Porto Alto.

Carta: 26305 e 26306, do Instituto Hidrogr·fico.
Dist‚ncia: 20 M.
DescriÁ„o: Prepare cuidadosamente esta viagem,
porque sÛ conseguir· passar os assoreamentos da
foz do Sorraia um pouco acima de meia-marÈ. Para
fundear no Sorraia, deve acautelar o encalhe
quando o barco girar, justificando-se a utilizaÁ„o
de dois ferros, um para a vante e outro para a rÈ.
Deve iniciar a viagem duas a trÍs horas apÛs a baixa-
mar e rumar directamente ‡ Casa Branca.
A  M da Casa Branca, entra-se na Cala de
Samora, devendo ent„o aproar ‡ zona mais elevada
do tabuleiro da Ponte Vasco da Gama, que tem
uma cota de 35 metros, mesmo por cima da cala.
Uma milha para montante do tabuleiro, e na mesma
direcÁ„o, passa-se pela entrada do Canal de
Alcochete, mantendo o rumo de 30 atÈ ‡ Ponta
da Erva, cuja casa das palmeiras se avista, com
alguma dificuldade, a 6,5 M. Na aproximaÁ„o ‡
foz do rio Sorraia h· um baixio na sua margem
direita. Numerosos bandos de flamingos, garÁas e
alfaiates povoam o local.
178
Chart: 26305 and 26306 of the HI.
Distance: 20 M.
Description: Prepare this trip carefully, because you
will only manage to go past the siltings of the Sorraia
mouth a little above half tide. To anchor in the
Sorraia you should be cautious during grounding,
when the boat swings, which justifies the use of two
anchors, one at the bow and another at the stern.
You should start the trip 2 to 3 hours after Low
tide and steer directly to the Casa Branca.
 M from Casa Branca you enter the Samoura
Fairway, and should then steer towards the more
raised zone of the Vasco da Gama Bridge deck, which
has a clearance of 35 m directly above the fairway.
One mile upstream from the deck, and in the same
direction you go past the entrance to the Alcochete
Channel, and maintain a course of 30 until Ponta da
Erva, whose palm tree house may be seen with some
difficulty at 6.5 M. In the approach to the mouth of
river Sorraia there is a shoal in the right margin.
Numerous flocks of flamingoes, egrets and
avocets inhabit the place.
 Figura 352 - Rio Sorraia, no Porto Alto. Sorraia river at Porto Alto.

Figura 353 - Ponte Vasco da Gama, no Samouco. Vasco da Gama Bridge at Samouco.

179

8 Derrota do Porto Alto.pmd 179 17-02-2008, 23:11

 Do WP 1 à Ponte Vasco da Gama From WP1 to Vasco da Gama Bridge
Sacavém !
4

a
or
!

m
Cana

uivo
ld

Sa
Alcoc e Alcochete

a
hete

C. R

al
C
3

e
al d
38,74º N

! LISBOA Can

Ponte
85º 2 !Casa
Branca ! Montijo
25 de Abril 1
Canal d Torre da
a CUF Marinha
38,7º N Montijo
Ca
Se nal
ixa do
l Ba
! Almada
rre
i ro

38,66 N

Sexal
! Barreiro

0 3M
Amora

9,14 W
9,07º W
Figura 354 - Médio Estuário Inferior.
À saída da Doca de Alcântara, avista-se, para
Nascente, a Torre da Marinha e a Casa Branca,
devendo seguir em rumo directo a esta última.
Pode fundear nas proximidades da Casa Branca,
ou um pouco mais a montante, na Cala de Samora, à
entrada da Cala do Samouco que antigamente dava
acesso às salinas.
Pelo caminho, passa por viveiros de mexilhão que
aí se encontram fundeados.
A partir da Cala do Samouco, pode aproveitar a
oportunidade para ir ao Porto da Praia com o barco
auxiliar, seguindo o canal assinalado pelos locais, com
varas encimadas por recipientes de plástico de várias
cores.
Este pequeno porto de pesca perdeu a importância
de outrora, quando aí aportavam os galeões do sal.
Hoje está requalificado, possuindo uma simpática
praia utilizada aos fins-de-semana pelos locais.
O Banco da Boca da Aperta ou Araçais, uma
extensa superfície de vasa que fica a descoberto na
baixa-mar e se estende por várias milhas, separa a
margem, do leito mais fundo e navegável do rio.
Aqui se podem ver, na baixa-mar, enormes bandos
de aves a alimentar-se.
180
Coina
9,0º W 8.93º W
The Lower Middle Estuary.
At the exit of the Alcântara dock, towards East
the Navy Tower and Casa Branca (the white house)
may be seen, and you should proceed straight ahead
towards the latter.
You may anchor in the vicinity of the White House
or a bit further upstream at the Samora Fairway, at
the entry of the Samouco Fairway, which in the past
gave access to the salt pans.
On the way you will go past mussel nurseries that
are anchored there.
From the Samouco Fairway you may take the
opportunity to go to Porto da Praia with the dinghy
following the channel marked by the locals, with sticks
topped with plastic containers of several colours.
This small fishing harbour lost its importance some
time ago when the salt galleons moored there.
Nowadays it is requalified, and has a friendly beach
used by the locals on weekends.
The Boca da Alperta or Araçais Bank, an extensive
surface of mudflat that is uncovered at low tide and
extends for several miles, separates the margin from
the deeper and navigable river bed.
Here large flocks of birds can be seen feeding at
low tide.

8 Derrota do Porto Alto.pmd 180 17-02-2008, 23:11

 Casa Branca Aeroporto do Montijo Torre da Marinha

Figura 355 - De WP 1 para Casa Branca e T. da Marinha. View from WP 1 to the White House and the Navy Tower.

Cala de Samora

40º
Figura 356 - De WP 2 para a passagem da ponte. The Bridge passage seen from WP 2.

Figura 357 - De WP 2 para a Ponte, lado poente. The view from WP 2 to the West end of the Bridge.

Viveiros de Mexilhão

Figura 358 - Entre WP 2 e WP 3. The view between WP 2 and WP 3.

Figura 359 - Viveiro de mexilhão. Mussel nursery.

181

8 Derrota do Porto Alto.pmd 181 17-02-2008, 23:11

 Médio Estuário Superior Upper Middle Estuary

V.Franca Xira !
! ! Samora
Alhandra
Porto Alto

38,72º N
Carta 33

Alverca !
38,68º N
Póvoa St. Iria ! Carta 32
L
rte

SU
No

ou
la

s
ca
Ca

Carta 31
ar
sb

ora

38,64º N
da

Sam
la
Ca

0 3M
de

Carta 30

!
Cala

Sacavém 9,15º W 9,09º W 9,03º W 8,97º W

Figura 360 - De Alcochete ao Porto Alto. From Alcochete to Porto Alto.

O rio Sorraia possui uma extensa bacia hidro-
gráfica, mas um caudal muito reduzido pela fraca
pluviosidade. Outrora navegável até Samora, mais
tarde apenas até ao Porto Alto, o troço final é um
verdadeiro paraíso da fauna e flora da RNET.
Figura 361 e 362 - Garça real com gralha preta e guinchos.
The Sorraia river has an extensive hydrographic
basin but the streamflow is very reduced by low
rainfall. Once navigable until Samora, and later only
until Porto Alto, the last stretch is a true paradise of
fauna and flora of RNET.
Heron with a crow and gulls.

182

8 Derrota do Porto Alto.pmd 182 17-02-2008, 23:11

 Figura 363 - Avifauna da Ponta da Erva. Birds at Ponta da Erva.

Figura 364 - Flamingos na Ponta da Erva. Flamingoes at Ponta da Erva.

Figura 365 - A Lezíria da margem direita do Sorraia. A meadowland in the right margin of the Sorraia

Figura 366 e 367 - Lezíria. Meadowland.

183

8 Derrota do Porto Alto.pmd 183 17-02-2008, 23:11

 Da Ponte Vasco da Gama ao WP 5 Vasco da Gama Bridge to WP5

38,79 N

5 º
38,78º N 03

a
or
m
Sa
de
la
Ca
38,77º N
5º
02

4
Po Ca
nt la
e de
Va A lco
sc ch
o ete
da
G
am !Alcochete
3
a 0
! 1M

9,02 W
Figura 368 - Da Ponte Vasco da Gama a WP 5.
Descrição: Na aproximação à Ponte Vasco da
Gama, passa-se primeiro pelas bóias S2 e S1, que
assinalam a zona mais funda da Cala de Samora,
antes de passar sob a zona mais elevada do
tabuleiro destinada a facultar a navegação para
montante.
Seguem-se as duas últimas bóias, S4 e S3, a partir
das quais pode fazer rumo directo à Ponta da Erva.
A EB fica o Canal de Alcochete.
A Cala de Samora foi outrora muito movimen-
tada pelo tráfego de mercadorias com o Porto Alto
e outras localidades a montante.
Um aterro sanitário nas margens do Sorraia
serviu também para o escoamento de lixos, mas
está há muito desactivado.
A partir do WP 4, não há mais sinalização e o
navegador fica um pouco por sua conta e risco,
tendo como única referência as palmeiras da Casa
da Ponta da Erva, que se avistam a 6,5 M.
Deve fazer uma navegação com um rumo
aproximado de 30º, sempre procurando a zona
mais funda da Cala e com muita atenção à sonda.
Alcochete
9,0º W 8,98º W 8.96º W
From Vasco da Gama Bridge to WP 5.
Description: When approaching Vasco da Gama
Bridge you will pass first buoys S2 and S1, which
mark the deeper zone of the Samora Fairway,
before passing under the more raised area of the
bridge deck, designed to facilitate upstream
navigation.
The two last buoys, S4 and S3, follow next, from
which you may head directly at Ponta da Erva. To
starboard is the Alcochete Channel.
The Samora Fairway was once very busy with the
traffic of goods between Porto Alto and other
places upstream.
A landfill in the Sorraia margins was once also
used as a site for waste disposal, but it has long
been deactivated.
From WP4 there are no more markings and the
navigator is left a little at his own risk, having as
the only reference the palm trees of the House of
Ponta da Erva, which may be seen 6.5 M away.
You should navigate at approximately 30° bearing,
always searching for the deepest area of the Fairway
and paying a lot of attention to the sonar.
184

8 Derrota do Porto Alto.pmd 184 17-02-2008, 23:11

 Figura 369 - De WP 3 para a passagem da ponte. The view from WP 3 towards the Bridge passage.

Figura 370 - Da bóia 1 S para o Porto da Palha The view from buoy 1 S towards Porto da Palha.

Figura 371 - Da bóia 2 S para a Ponte Vasco da Gama. The view from buoy 2 S towards Vasco da Gama Bridge.

Figura 372 - Da bóia 3 S para as balizas de Alcochete. The view from buoy 3 S towards the Alcochete beacons.

Casa da Ponta da Erva

30º
Figura 373 - De WP 4 para a Ponta da Erva. The view from WP 4 towards Ponta da Erva.

185

8 Derrota do Porto Alto.pmd 185 17-02-2008, 23:11

 Do WP 5 à Ponta da Erva
Ponta da Erva
38,82º N
5
38,81º N
ra
o
S am
de
la
38,80º N
Ca
9,0º W 8,98º W
Figura 374 - Do WP 5 à Ponta da Erva.
Abaixo de meia-maré, os baixios da foz do Sorraia
ficam visíveis e são invadidos por um sem-número
de aves aquáticas, onde os flamingos, pelas suas
características físicas, são os primeiros a demarcar
território.
Estes baixios prolongam-se por 1,5 M para jusante,
de ambos os lados do cone de vazante que se orienta
na direcção Norte-Sul.
A margem esquerda prolonga-se pela Reserva In-
tegral de Pancas, que se espraia por um extenso
banco de vasa até Alcochete, com acesso interdito.
O cone de vazante do Sorraia está muito assoreado
e só é praticável acima de meia-maré, por barcos de
2 m de calado.
Algumas varas, espetadas no leito do rio pelos
pescadores locais, assinalam vagamente os limites
dos bancos de vasa.
Observa-se aqui uma população biótica muito
diversificada. Entre as aves aquáticas e terrestres,
há duas centenas de espécies, umas residentes e
outras, provenientes do Norte da Europa, que aqui
vêm invernar. Apesar dos flamingos serem as mais
vistosas, os alfaiates são as mais numerosas, sendo
o ex-libris da Reserva Natural do Estuário do Tejo.
186
8 Derrota do Porto Alto.pmd 186
From WP5 to Ponta da Erva
Alto.
ia
!
rra
!!
So
Rio
7 Reserva Integral
das Pancas
0 1M
8.96º W 8.94º W
From WP 5 to Ponta da Eva.
Below half tide the shallows of the Sorraia mouth
become visible and are invaded by a countless
number of aquatic birds, where the flamingoes, by
their physical characteristics, are the first to
demarcate the territory.
These shallows extend for 1.5 M downstream on
both sides of the ebbing cone, which is oriented
North-South.
The left margin extends into the Pancas Integral
Reserve, which spreads into an extensive mudflat
until Alcochete, with closed access.
The Sorraia ebbing cone is very silted and it is only
practicable above half tide by boats with draughts
of 2 m.
Some sticks stuck on the river bed by local fishermen
mark vaguely the limits of the mudflat banks.
Here and there a very diverse biotic population
may be obser ved. Between the aquatic and
terrestrial birds, there are two hundred species,
some resident here, others originating from
Northern Europe come to spend winter here.
Although the flamingoes are the most showy, the
avocets are in greater number, and they are the ex
libris of the Nature Reserve of the Tejo Estuary.
17-02-2008, 23:11
 Figura 375 - De WP 6 para os baixios a W. The view from WP 6 towards the shoals at W.

Casa da Ponta da Erva

Figura 376 - De WP 6 para N. The view from WP 6 towards N.

Casa da Ponta da Erva

30º
Figura 377 - De WP 6 para a casa da Ponta da Erva. The view from WP 6 to the house at Ponta da Erva.

Figura 378 - De WP 7 para W. The view from WP 7 towards W.

Figura 379 - De WP 7 para a casa da Ponta da Erva. The view from WP 7 towards the house at Ponta da Erva.

187

8 Derrota do Porto Alto.pmd 187 17-02-2008, 23:11

 Da P. da Erva ao Mouchão da Cabra Ponta da Erva until Mouchão da Cabra

Mouchão da Cabra

10 !
Va
la
da
38,85º N
M
al

al
ha
s

nc
ãe

da

Ju
C

do

do
de

os
ar
ar

ixi
oM

Ba
9
la d
Va

38,84º N

Ponta da Erva ! 8
!
8.98º W
Figura 380 - Da Ponta da Erva à Malhada do Mar.
Na aproximação à desembocadura do Sorraia, avis-
tamos as comportas da Vala do Mar de Cães, destina-
das à irrigação da extensa lezíria.
Depois de passar a Casa da Ponta da Erva, avista-
-se outra comporta que dá acesso à Vala e serve de
porta suplente.
A partir desse ponto, deve-se passar para a margem
esquerda, para evitar o Baixio do Juncal, na margem
direita, prosseguindo até à Casa da Malhada Grande,
1 M a montante.
A partir da Ponta da Erva, o Sorraia é navegável
com qualquer maré, não dispensando a atenção à
sonda, sobretudo nas primeiras 2,5 M até ao
Mouchão da Cabra, onde a largura do rio condiciona
o aparecimento de bancos de vasa nas margens,
assumindo este um trajecto sinuoso. Estes bancos
são bem visíveis em baixa-mar.
Existem muitas bóias de pesca improvisadas,
assinalando redes ilegais, muito frequentes ao longo
do rio, que é muito rico em peixe.
Deve-se dar um bom resguardo às mesmas, para
o caso de haver cabos submersos que podem pôr
em perigo a navegação. A Casa da Malhada Grande,
2 M a montante, é o único ponto notável.
188
0 1M
8,96º W 8.94º W
From Ponta da Erva to Malhada do Mar.
In the approach to the mouth of the Sorraia, the
floodgates of Vala do Mar de Cães used for the
irrigation of the extensive meadowland, are seen.
Once past the Casa da Ponta da Erva (Ponta da
Erva’s house) another floodgate, which gives access
to the Vala and serves as supplementary gateway, is
seen.
From this point onwards you should go to the left
margin to avoid the Juncal shoal in the right margin,
continuing until Casa da Malhada Grande (Malhada
Grande’s House) 1 M upstream.
From Ponta da Erva onwards the Sorraia is navigable
at any tide, but do not stop paying attention to the
sonar, mainly in the first 2.5 M until Mouchão da Cabra,
where the width of the river conditions the appearance
of mudflats at the margins, and takes a sinuous couse.
These flats are clearly visible at low tide.
They are many improvised fishing floats, which
mark illegal nets, very frequent along the river, which
is very rich in fish.
You should keep a good safeguard from these in
case there are submerged cables, which may
endanger navigation. The House of Malhada Grande
2 M upstream is the only point of reference.

8 Derrota do Porto Alto.pmd 188 17-02-2008, 23:11

 Figura 381 - Comporta da Vala e casa da Ponta da Erva. Canal Gate and Ponta da Erva house.

Figura 382 - De WP 8 para a Casa da Ponta da Erva. View of Ponta da Erva house from WP 8.

Figura 383 - De WP 8 para a porta da Vala Mar de Cães. Gate of Mar de Cães Canal seen from WP 8.

Baixio do Juncal Canal

Figura 384 - De WP 8 para a casa da Malhada do Mar. The Malhada do Mar house seen from WP 8.

Figura 385 - De WP 10 para a casa da Malhada do Mar. The Malhada do Mar house seen from WP 10.

189

8 Derrota do Porto Alto.pmd 189 17-02-2008, 23:11

 Do M. da Cabra ao Aterro Sanitário Mouchão da Cabra until the Landfill
14 Aterro Sanitário

Va
la d
aP
ont
ed
aP
edr
a
13

12 !E
st e
38,88º N
iro
do
B ac
alh
11
au

Va rtas
Po
la
Re ova
al
Portas do Mouchão da Cabra N

38,87º N da
s
s

0 1M

8.94º W 8,92º W 8.90º W

Figura 386 - Do Mouchão da Cabra ao Aterro Sanitário. From Mouchão da Cabra until the Landfill.

Para montante do Mouchão da Cabra, o rio estreita
e deve-se navegar sempre a meio do rio. Na margem
esquerda, avista-se a Casa da Seca do Bacalhau, em
cujos terrenos adjacentes se procedeu outrora à seca
do referido peixe.
Em ambas as margens há numerosas comportas,
também conhecidas por portas. Dão acesso à água
para irrigação, que circula por uma intricada rede de
canais.
Até Porto Alto, o Sorraia atravessa uma extensa
lezíria for mada por uma planície de terras
sedimentares, alagadas por ocasião das cheias.
Em 1836, D. Maria II colocou em hasta pública
numerosas terras da Coroa e da Igreja. Para arrematar
estas terras, constituiu-se a Companhia das Lezírias
que foi sobrevivendo a vários regimes políticos, até
à sua nacionalização na sequência da revolução de
25 de Abril.
Após momentos de crise económica e quase
falência, a Companhia voltou aos lucros e é hoje uma
das mais rentáveis empresas agropecuárias,
dedicando-se principalmente à produção de vinho,
azeite, gado bovino e equino.
190
Upstream from Mouchão da Cabra the river
narrows and you should always sail in the middle of
the river. In the south margin the Casa da Seca do
Bacalhau (the Codfish Drying House) is seen, in
whose adjacent lands the drying of this fish once
took place.
In both margins numerous flood-gates, also known
as doors, are found, giving access to irrigation, which
circulates through an intricate network of channels.
Until Porto Alto the Sorraia crosses an extensive
meadowland, formed by a plain of sedimentary lands
that are covered with water during the time of floods.
In 1836 D. Maria II placed in public auction several
lands of the Crown and the Church.
To auction these lands the Company of the
meadowlands was created, which survived through
several political regimes until its nationalization in
the follow up of the 25th of April Revolution.
After spells of economic crisis and almost
bankruptcy, the Company returned to profits and it
is nowadays one of the most profitable farming and
cattle raising concerns, dedicated mainly to the
production of wine, olive oil, cattle and horses.

8 Derrota do Porto Alto.pmd 190 17-02-2008, 23:11

 Figura 387 - De WP 11 para a Casa da Seca do Bacalhau. The Cod Fish drying House seen from WP 11.

Figura 388 - De WP 12 para a Seca do Bacalhau. The Cod Fish drying House seen from WP 12.

Figura 389 - De WP 13 para montante, Aterro Sanitário. View upstream from WP 13, the Landfill.

Figura 390 - De WP 14 para o Aterro Sanitário. The Landfill seen from WP 14.

Figura 391 - De WP 14 para as Casas da Barroca. Barroca Houses seen from WP 14.

191

8 Derrota do Porto Alto.pmd 191 17-02-2008, 23:11

 Do Aterro Sanitário a Porto Alto Landfill until Porto Alto

!
Ponte do Porto Alto ! Porto Alto
! 18
38,92º N !
!
! !
! 17
!

! !
!
!
!
38,91º N 16 ! !
! !
Portas do
15
Barroca !
Montado da !
Coitadinha !

38,90º N
Aterro Sanitário
Val
14 ad
aP
ont
e da
Ped
8.92º W
Figura 392 - Do Aterro Sanitário ao Porto Alto.
Após o Aterro Sanitário, há muito desactivado,
passa-se pelas Portas do Barroca e pelos cabos de alta
tensão que têm uma cota mínima de 25 m. Avistam-se
em seguida as casas do Porto Alto, com a ponte da
estrada N 10, que impede a passagem aos veleiros
para montante.
Para fundear, utilize dois ferros, como atrás
referido. Com o barco auxiliar, pode explorar o rio
para montante e aproximar-se de Benavente e
Samora.
A palavra lezíria deriva do árabe al-jazirâ (a ilha).
Efectivamente, a lezíria é uma extensa ilha cercada
pelos rios Tejo e Sorraia.
Este local é, acima de tudo, um oásis da Natureza
que a Reserva Natural do Tejo consagrou.
Depois da entrada no Sorraia, uma transição
imediata para a brisa e aromas campestres conduz-
nos ao mundo dos arrozais e caniços, do gado bovino
e equino.
Ficam para trás as aves limícolas, como os perna-
longas, os alfaiates e os flamingos, para se avistar com
frequência bandos de patos, pequenos mergulhões,
garças-reais e águias.
Os aromas e a paz lezíria estão consigo.
192
!
!
!
!
0 1M
ra
8,90º W 8.88º W
From the Landfill until Porto Alto.
After the long deactivated landfill, pass through
the Barrocas gates and by the high voltage
powerlines, which have a minimum clearance of 25
metres. You see next the houses of Porto Alto with
the bridge of the N 10 road, which prevents the
passage of yachts upstream.
To anchor use two irons, as mentioned previously.
With the dinghy you may explore the river upstream
and approach Benavente and Samora.
The word “lezíria”, which means meadowland,
derives from the Arabic al-jazirâ (the island). In effect
the meadowland is an extensive island surrounded
by the rivers Tejo and Sorraia.
This place is above all a nature oasis that the Tejo
Nature Reserve has consecrated.
After entering the Sorraia, an immediate transition
to the breeze and countryside aromas takes us to
the world of rice fields and reeds, and of bovine
and equine livestock.
You leave behind the waders, such as the blackwinged
stilts, the avocets and the flamingoes to spot frequently
flocks of ducks, little grebes, herons and eagles.
The aromas and the peace of the meadowland
are with you.

8 Derrota do Porto Alto.pmd 192 17-02-2008, 23:11

 Figura 393 - De WP 15 para as Portas do Barroca. Portas do Barroca seen from WP 15.

Figura 394 - De WP 15 para montante. View upstream from WP 15.

Figura 395 - De WP 16 para montante. View upstream from WP 16.

Figura 396 - De WP 17, aproximação ao Porto Alto. The approach to Porto Alto, seen from WP 17.

Figura 397 - De WP 18 para a ponte do Porto Alto. The Porto Alto Bridge seen from WP 18.

193

8 Derrota do Porto Alto.pmd 193 17-02-2008, 23:11

 From WP 18 to Porto Alto bridge.

Figura 398 - Foz do rio Sorraia. Apesar de ter a maior The mouth of River Sorraia. In spite of having the larg-
bacia hidrográfica de Portugal, este rio tem um caudal est hydrographic basin of Portugal, this river has reduced
reduzido, devido à fraca pluviosidade. streamflow, due to low rainfall.

194

8 Derrota do Porto Alto.pmd 194 17-02-2008, 23:11

 Bibliografia por assunto References by subjet

Ambiente Environment
Dias, A. e Marques, J. 1999. Estuário do Tejo - o seu valor e um pouco da sua história, RNET.
Instituto de Conservação da Natureza: http://www.icn.pt/
Reserva Natural do Estuário do Tejo: http://portal.icn.pt/ICNPortal/vPT/Areas+Protegidas/
ReservaNatural/EstuarioDoTejo/?res=1024x768
Silva, J. e Silva, P. 2002. O Tejo do Estuário. Livros Quetzal, S.A.
Animação de marés Tides animation
Núcleo de Estuários e Zonas Costeiras
www.dha.lnec.pt/nec/portugues/funcionarios/afortunato/anim.html
Autarquias Town councils
Alcochete: www.cm-alcochete.pt/
Almada: www.m-almada.pt/portal/page/portal/CMA
Barreiro: www.cm-barreiro.pt/
Cascais: www.cm-cascais.pt/cascais
Lisboa: http://www.cm-lisboa.pt/
Moita: www.cm-moita.pt/
Montijo : www.mun-montijo.pt/homepage.asp
Oeiras: www.mun-montijo.pt/homepage.asp
Seixal: www.cm-seixal.pt/cmseixal.site
Vila Franca de Xira: http://www2.cm-vfxira.pt/PageGen.aspx
Barcos tradicionais portugueses Traditional portuguese boats
www.cibernesia.net/btp/frotasepalamentas_nivel1.html
Leitão, M. 2002. Barcos do Tejo A fragata do Tejo e tipos relacionados. Museu da Marinha
Carrasco, E. e Peres, A. 1997. Barcos do Tejo. Edições Inapa.
Cartografia Cartography
Álvaro Seco. 1560. Carta de Portugal, conhecida como «Portugal deitado (exemplar do autor).
Ortelius Abraham. 1574, Teatrum Orbis Terrarum. (exemplar da Biblioteca da Marinha)
Biblioteca Nacional Digital - [Atlas de Portugal] http://purl.pt/786/2/P14.html
Mapoteca do Corpus Territorial do Sul: www.arqueotavira.com/Mapas/
Instituto Hidrográfico (IH). Cartas nºs 26303, 26304, 26305, 26307de 2007
Instituto Geográfico do Exército (IGeoE). Cartas (Série M 888) nºs 364, 376, 377, 390, 391 e 404.
Clima Climate
Trigo, R. M. et al. 2004. North Atlantic Oscillation influence on precipitation, river flow and water resources
in the Iberian Peninsula. Int. J. Climatol.
Hurrell, J. W. 2003. Climate: North Atlantic and Arctic Oscillation (NAO/AO). Encyclopedia of
Atmospheric Sciences: in press. Academic Press, Eds. J. Holton, J. Pyle, and J. Curry. www.met.rdg.ac.uk/
cag/NAO/
Estuário do Tejo Tagus estuary
Modelo operacional para o estuário do Tejo: http://www.mohid.com/tejo-op/det_remota.htm
Costa, M.J. 1999: O Estuário do Tejo. Livros Cotovia
Fotografia de satélite Satélite photography
Google Earth
Genética Populacional Population Genetics
Pereira, L. et al. 2006. International Congress Series 1288:828-830.

195

8 Derrota do Porto Alto.pmd 195 17-02-2008, 23:11

 História History
Marco Artu, A. 1829. Memória de Hacer navegable el rio Tajo, imprenta de D. Miguel de Burgós,
Madrid.
Mattoso, J. 1993. História de Portugal. vol. 1. ed. Estampa.
Verissimo Serrão, J. 1976. História de Portugal. vol. 1, ed. Verbo.
Marés dos portos de Portugal Tides of the ports of Portugal
Instituto Hidrográfico: www.hidrografico.pt/wwwbd/Mares/MaresPortosPrincipais.asp#
Meteorologia Meteorology
http://web.meteo.pt/pt/previsao/previsaoGeral.jsp
http://euro.wx.propilots.net/
http://www.weather.com/outlook/travel/businesstraveler/tenday/
Museus Museums
Museu Nacional de Arqueologia: www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=3&x=3&cat=13
Museu Geológico: http://e-geo.ineti.pt/MuseuGeologico/
Museu Nacional de História Natural: www.mnhn.ul.pt/geologia/geologia.htm
Museu do Fado: www.museudofado.egeac.pt/DesktopDefault.aspx
Museu da Marinha: www.museumarinha.pt/
Paleontologia, arqueologia do estuário do Tejo Paleontology, archaeology of the Tagus estuary
http://cpgp.planetaclix.pt/i_seminario_estuario_tejo.pdf
http://e-geo.ineti.pt/geociencias/centros/museu.htm
Gaspar, J. 1970. Os Portos Fluviais do Tejo. Finisterra. Revista Portuguesa de Geografia, vol.10. pp. 153-
204
Pontos de satélite Satellite fixes
Way Points, WP: Datum WGS 84
Recomendações à navegação
Edital 1/2008 da Capitania do Porto de Lisboa: www.anmpn.pt/informacoes/2008/Imagens/
EDITAL01_2008_CPL_Anx.pdf
http://www.hidrografico.pt/wwwbd/Mares/MaresPortosSecundarios.asp
http://www.mohid.com/tejo-op/eh_data.asp?EST_ID=5
Roteiros Pilots
Derek, A. 2003. The Solent Cruising Companion. Yachting Monthly
Gomes, J. 2007. Roteiro do Guadiana. DG edições.
Instituto Hidrográfico. 2006. Roteiro da Costa de Portugal. Do cabo Carvoeiro ao cabo de São Vicente
Martins, J. 1995. Roteiro das Barras de Lisboa e do Rio Tejo até Valada (edição do autor).
Robinnson, O. 2000. Atlantic Spain & Portugal. Royal Cruising Club Pilotage Fundation.
Software de navegação Navegation software
www.oziexplorer.com/
Termos náuticos Nautical terms
Leitão, H. e Lopes, J. 1990. Dicionário de Marinha Antiga e Actual. Edições Culturais da Marinha.
Terramoto de Lisboa Lisbon earthquake
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terramoto_de_Lisboa_de_1755
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/revistas/28_4/entrevista.pdf
http://dossiers.publico.pt/shownews.asp?id=1237410&idCanal=1543
Turismo Turism
www.portugalvirtual.pt/indexp.html
Turismo de Lisboa e vale do Tejo: http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/
AreasActividade/formacao/redeescolar/Regi%C3%A3oLVT/Pages/
Regi%C3%A3odeLisboaeValedoTejo.aspx

196

8 Derrota do Porto Alto.pmd 196 17-02-2008, 23:11

 Este Roteiro alarga os This pilot broadens the
horizontes naveg·veis do navigable horizons of the great








Roteiro do Estu·rio do Tejo




Grande Estu·rio do Tejo e Tagus estuary and surprises 




 



surpreende-nos com os seus us with its corners and



recantos e encantos. charms.

Depois do enquadramento With a multidisciplinary

$%
multidisciplinar do estu·rio, framework to introduce the 
 Derrotas & Destinos
segue-se uma parte mais more technical part, and

tÈcnica e vocacionada para a
n·utica de recreio, onde as
fotografias aÈreas e de
avistamentos pelos percursos
sugeridos, completam uma
cartografia simples e explÌcita.
Esta obra È acima de tudo, um
convite ‡ navegaÁ„o num dos
mais belos estu·rios.
JosÈ Gomes
suitable for the recreational
mariner, where aerial
"#
Tagus Estuary Pilot
photographs and sightings for 
the suggested routes
complete a simple and explicit
cartography.
This work is above all, an 
invitation to navigate one of the   Routes & Destinations
most beautiful estuaries.
 ! ! ! 

 JosÈ Gomes



Roteiro do Est·rio do Tejo

3 %"
&"'(%
#)
*+,-
*/0"
/

3 
1"
*"
'%"
*" +"'2)

34 .
&"'%
"$"
."
35! 3! 6 !


5  6  

8 ! 
 6

Tagus Estuary Pilot

 5
4


%









5 
7

 
7""" 5


 6
! 

5

 5

 CÛd. Barras
 34 644

 
 5

9:" 5
5

8#
5



5

5
! "

 6    6 

6   64


!
5 

5
!
5

'%
 3 $# 
5 5
   6
 6 
"#
#



7"$#  5

5

34! 344! 34! 34!

Inclui CD com carta electrÛnica do estu·rio
CD with estuary electronic chart included




Capa 300.pmd 1 26-04-2010, 17:55