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Anápolis
2024
NATAN SILVA AMORIM
Anápolis
2024
NATAN SILVA AMORIM
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
The Law 14.155/2021 has had a significant impact on combating cybercrimes and
digital security in Brazil. This study analyzes this impact, using a qualitative and
descriptive approach through literature review. Sources include books, dissertations,
and scientific articles from databases such as PubMed, Scopus, and Web of
Science, covering works published between 2018 and 2023. The research highlights
the legal implications and challenges in implementing the legislation in a constantly
evolving digital landscape. The methodology does not propose practical disciplines,
focusing on analyzing the implications of the legislation on cybercrimes. The final
considerations address the need for society to adapt to emerging legal and digital
complexities.
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 8
2. IMPACTO DA LEI 14.155/2021 NO COMBATE AOS CRIMES CIBERNÉTICOS
E NA SEGURANÇA DIGITAL NO BRASIL........................................................112.1.
LGPD - Proteção da Privacidade e Segurança dos Dados Pessoais...........17
REFERÊNCIAS.........................................................................................................19
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1. INTRODUÇÃO
Brenner (2010) amplia essa visão ao enfatizar que os crimes cibernéticos não
se restringem apenas a ações técnicas, mas também abrangem atividades voltadas
para prejudicar sistemas, redes e informações digitais. Isso inclui não apenas
invasões de sistemas e roubo de dados, mas também ataques direcionados a
infraestruturas críticas, disseminação de desinformação e interrupção de serviços
online. A compreensão desses aspectos mais amplos é essencial para uma
abordagem abrangente no combate aos crimes cibernéticos.
Além disso, é importante considerar que os cibercrimes não estão confinados
a fronteiras geográficas específicas, pois o ciberespaço transcende limites nacionais.
Isso significa que os perpetradores podem operar de qualquer lugar do mundo,
tornando os crimes cibernéticos uma questão global que requer cooperação
internacional para enfrentá-los efetivamente. A natureza dinâmica e em constante
evolução das tecnologias digitais também contribui para a complexidade dos crimes
cibernéticos, exigindo respostas ágeis e adaptáveis por parte das autoridades e
legisladores.
Portanto, a compreensão dos crimes cibernéticos vai além de simplesmente
identificar atividades criminosas no ambiente digital. Envolve uma análise holística
das motivações, métodos e impactos dessas atividades, bem como a
implementação de estratégias eficazes de prevenção, detecção e punição. É
somente por meio de uma abordagem abrangente e colaborativa que podemos
enfrentar os desafios cada vez mais complexos apresentados pelos crimes
cibernéticos e promover um ambiente digital mais seguro e resiliente.
A Lei 14.155/2021 representa um avanço significativo no contexto jurídico
brasileiro no que tange ao enfrentamento dos crimes cibernéticos. Sua promulgação
marca um marco importante na atualização do arcabouço legal do país para lidar
com os desafios emergentes no ambiente digital. Ao introduzir novos tipos penais e
agravar as penas para condutas relacionadas à esfera digital, a Lei 14.155/2021
demonstra o compromisso do Estado em combater efetivamente as atividades
criminosas que ocorrem no ciberespaço.
A inclusão de dispositivos específicos para crimes cibernéticos nessa
legislação é uma resposta direta à crescente complexidade e sofisticação das
ameaças virtuais. Ao definir claramente o que constitui um crime cibernético e
13
Quando os usuários confiam que suas informações estão protegidas e que podem
navegar na internet de forma segura, eles são mais propensos a utilizar os serviços
online e a participar ativamente da economia digital, contribuindo para o crescimento
e o desenvolvimento sustentável da sociedade como um todo.
Apesar dos avanços legislativos significativos, ainda existem lacunas a serem
abordadas na legislação relacionada aos crimes cibernéticos, como a necessidade
premente de as leis acompanharem a rápida evolução tecnológica, a fim de garantir
sua eficácia na prevenção e punição dos crimes cibernéticos. A natureza dinâmica e
em constante evolução do cenário digital apresenta desafios constantes para os
legisladores, que muitas vezes lutam para manter o ritmo das inovações
tecnológicas e adaptar a legislação existente para lidar com novas ameaças e
modalidades de crimes.
Uma das principais lacunas na legislação relacionada aos crimes cibernéticos
é a falta de especificidade e clareza em relação aos tipos de crimes e às punições
correspondentes. A complexidade das atividades criminosas no ambiente digital
muitas vezes exige uma abordagem mais detalhada e específica por parte da lei, a
fim de garantir que todas as formas de conduta criminosa sejam devidamente
identificadas e punidas de acordo com a gravidade do delito.
Além disso, a jurisdição transnacional dos crimes cibernéticos apresenta
desafios adicionais para a aplicação da lei e a cooperação internacional. Muitas
vezes, os criminosos operam além das fronteiras nacionais, tornando difícil a
identificação e a persecução dos responsáveis por esses crimes. A falta de
mecanismos eficazes de cooperação e coordenação entre os países pode dificultar
ainda mais a aplicação da lei e a busca por justiça para as vítimas de crimes
cibernéticos.
Outra lacuna importante na legislação relacionada aos crimes cibernéticos diz
respeito à proteção dos direitos individuais e à privacidade dos cidadãos. As leis
devem encontrar um equilíbrio delicado entre garantir a segurança cibernética e
proteger os direitos fundamentais dos indivíduos, como a privacidade e a liberdade
de expressão. A falta de clareza nessas questões pode levar a violações dos direitos
individuais e à erosão da confiança dos cidadãos nas instituições governamentais e
na aplicação da lei.
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saber quais informações estão sendo coletadas sobre elas, como estão sendo
utilizadas e com quem estão sendo compartilhadas, além de poderem solicitar a
correção ou exclusão desses dados quando necessário.
Além disso, a LGPD estabelece a figura do Encarregado de Proteção de
Dados (DPO), responsável por garantir a conformidade com a legislação e promover
boas práticas de proteção de dados dentro das organizações. Ela também prevê a
aplicação de sanções e penalidades para o descumprimento das suas disposições,
incluindo multas que podem chegar a 2% do faturamento da empresa, limitadas a
R$ 50 milhões por infração.
Com a entrada em vigor da LGPD, as empresas e organizações brasileiras
são compelidas a uma revisão minuciosa e abrangente de suas práticas de
tratamento de dados, demandando a implementação de uma ampla gama de
medidas para garantir a conformidade com a legislação. Esse processo não se limita
à simples adoção de políticas de privacidade transparentes, mas também requer a
realização de avaliações pormenorizadas de impacto à privacidade, a execução de
medidas robustas de segurança da informação e o investimento na capacitação dos
colaboradores acerca das melhores práticas de proteção de dados.
REFERÊNCIAS