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Grupo 05
Beatriz Mestre 249851
Bruno Borelli 167933
Giovana Pinheiro 249952
Júlia Andrade 249994
Maria Regina 250090
Fernando São Pedro 249928
Karina Alves 250017
1. BIOGRAFIA
Os projetos de Halprin são responsáveis por terem trazido inovações do design paisagístico ao
estudar a relação entre o ambiente construído e a natureza, junto com sua abordagem interdisciplinar.
Sua carreira de designer paisagista resultou em inúmeros prêmios, homenagens e menções honrosas.
2. A ESCOLA CALIFORNIANA
A Escola Californiana surge na década 1930 e 1940 no período pós-guerra com propostas
paisagísticas diferentes dos conceitos da Arquitetura Moderna, esta escola envolveu uma relação
menos projetual de áreas verdes em seus projetos, com o desenho de jardins de uma forma mais
funcional e com menor apelo estético. Esse rompimento com o jardim do movimento moderno veio
com a era de desenvolvimento industrial e urbano no século XIX. Já a Escola Californiana, por outro
lado, traz de volta o incentivo de projetos de Arquitetura Paisagística, junto com uma preocupação
social neste pós-desenvolvimento industrial das cidades.
Além disso, entre as concepções da Escola Californiana, estão a destruição do eixo - de
qualquer lugar do projeto, pode-se ter vistas e acesso aos eixos -, a integração de casa e jardim, o
paisagismo voltado para as pessoas, o diálogo com as artes - preocupação com as formas - e o uso da
natureza como forma de estímulo ao corpo e à mente.
A Escola Californiana foi introduzida à Rosa Kliass pelo professor Roberto Cardozo (1923-2013)
e se aprofundou na vanguarda nos anos em que estudou nos Estados Unidos. A paisagista trouxe, em
seus projetos, todo o repertório plástico das formas, texturas e composições vegetais para os espaços
públicos brasileiros.
Além da criação do sistema Túnel-Plataforma, o projeto de Rosa Kliass possuía outras duas
grandes intervenções no sistema viário da região. A primeira, próxima ao sul do Vale, foi a criação de
duas passarelas conectadas ao terminal de ônibus da Praça da Bandeira que possibilitariam uma
conexão direta entre a região da Memória e a Rua do Ouvidor. Essas passarelas serviriam, também,
para criar dois pórticos sobre as Avenidas Nove de Julho e Vinte e Três de Maio. A segunda intervenção
seria a criação de um pontilhão curvo junto à Avenida São João WKK que permitisse conversões tanto
à esquerda no sentido Sul-Oeste quanto à direita no sentido Sul-Leste.
O projeto de Rosa Kliass teve seus espaços livres fortemente influenciados pelo terreno
preexistente na região, como podemos confirmar numa frase da própria paisagista.
Fazendo uma análise no sentido Sul-Norte, é possível identificar diversos elementos que
comprovam a influência, principalmente dos desníveis do solo, no projeto final apresentado no
concurso. Olhando para o trecho Sul do Vale e identificando situações precárias de acesso ao terminal
de ônibus da Praça das Bandeiras, os autores propõem a criação de uma cobertura ajardinada coberta
que acolhesse os usuários da estação e os permitisse acesso às passarelas construídas sobre as
Avenidas Nove de Julho e Vinte e Três de Maio.
Pouco mais a Norte, próximo ao Largo da Memória, foi prevista uma união do largo com os
terraços que acessam a Estação Anhangabaú do metrô. Essa união se daria pela criação de uma
pequena praça que abrigaria uma área de estar, creche e serviços para trabalhadores utilizando o
espaço de alguns terrenos desapropriados e demolidos pelo metrô e abrangeria desde a Ladeira da
Memória até a Avenida Nove de Julho.
Mais a Norte, em frente a Praça Ramos de Azevedo, foi sugerida a criação de uma grande
praça destinada a comícios, espetáculos populares, concertos e festivais de dança. Para respeitar os
alinhamentos pré-determinados, foi definido que o ponto central da nova tribuna seria cruzado pelo
eixo de simetria da antiga praça. Para acomodar o público, foram previstos vários patamares e espelhos
d'água que criariam palcos alternativos, além de pequenos recantos para eventos de menor porte. Para
eventos de massa, foi pensado que o jardim do teatro pudesse ser utilizado como um anfiteatro
natural e prolongamento da praça.
Atrás da tribuna, foi projetado um grande maciço de árvores com copas largas para criar um
pano de fundo da tribuna ao mesmo tempo que proporciona uma área sombreada para o calçadão
entre os edifícios existentes. Esse calçadão criaria uma conexão entre a Rua Libero Badaró e o fundo do
vale.
Para o eixo da Avenida São João, foi previsto o alargamento das cantadas e a construção de
escadarias que permitissem a transposição do pontilhão pelos pedestres. Além disso, duas praças
também foram projetadas, uma não arborizada, voltada para o edifício Central do Correio e outra mais
arborizada, voltada para os edifícios do vale. A união dessas praças se daria por um trecho margeado
por jardins e espelhos d'água.
Na Praça Pedro Lessa, foi sugerida a criação de uma praça de lazer que proporcionasse
repouso, descanso e recreação infantil, portanto os projetistas se utilizaram da árvores existentes para
a formação de um bosque e adicionaram ao espaço bancos de alvenaria de diversas formas,
equipamentos de playground, bancos isolados, mesas de jogos, etc. Parte da praça foi reservada para
parada de uma linha de ônibus.
Para terminar, outra praça foi proposta, dessa vez próxima ao viaduto Santa Efigênia, para a
acomodação dos usuários da estação São Bento do Metro. Nessa praça também haveriam serviços
públicos como creche e postos de informação.
MILLER, Carlos Eduardo M.. Reurbanização do Vale do Anhangabaú: propostas para a recriação de
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ROSA KLIASS A paisagista rebelde. Rosa Kliass revelando paisagens brasileiras, 2023. Disponível em: <
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