Você está na página 1de 8

A FORMAÇÃO DA PAISAGEM DA FAZENDA SANTA LINA

Iniciada como Fazenda Santa Lina, de propriedade de Alexandre Razgulaeff, engenheiro


topógrafo da CTNP/CMNP, as terras onde hoje se localiza o Jardim Alvorada eram área rural.

Como funcionário da CTNP, acompanhou loteamentos e vendas dos imóveis, tendo acesso à
comercialização de terras em vários lugares do norte-paranaense, comprando e revendendo
terras. Conforme o registro de imóveis, entre os lotes estavam os que formaram a Fazenda
Santa Lina7 . A compra foi realizada na data de 26 de outubro de 1943. Quando em Maringá na
Gleba do ribeirão Morangueiro quatro lotes rurais (os lotes 3, 4, 5 e 6). A área apresentava
extensão total de 182 alqueires paulista, ou seja, 4.404.400 m² e fora comprada pelo preço de
CR.$111.081,50 (cento e onze mil oitenta e um cruzeiros e cinquenta centavos) (Figura 8).

A organização da paisagem da Fazenda Santa Lina

A Fazenda Santa Lina como outros imóveis rurais após os anos de 1960 teve suas paisagens
transformadas de zona rural produtora de café (Fazenda Santa Lina) para zona urbana (Jardim
Alvorada). É possível observar a paisagem do local em dois momentos distintos, no início da
década e 1960 e na atualidade, respectivamente. Na Figura 9 é mostrada a pujança da época,
da Fazenda Santa Lina e vizinhas:

A Figura 9 foi registrada no início da década de 1960, antes de realizar o loteamento urbano.
Nela é visível a transformação da paisagem, podendo ser observada a parte urbana
adentrando a área rural.

Na Figura 10 é apresentada uma imagem retratando as proximidades do lugar em 2012


Comparando as duas figuras anteriores é possível observar que a área urbana em 50 anos
ocupou o espaço rural e transformou a paisagem do café em um bairro urbano.

Em outro material iconográfico (Figura 11), é possível observar sob o ponto de vista aéreo o
entorno da Fazenda Santa Lina, no início dos anos de 1960. Tem-se ao sul da imagem a
Avenida Morangueira e ao norte a vizinha fazenda Maringá. É possível observar que a
formação dos bairros urbanos avançava sobre a área rural do entorno da cidade na área Norte.
Na figura anterior observamos parte da área urbana de Maringá, no início da década de 1960.
É possível observar o crescimento dos bairros da cidade.

A Fazenda Santa Lina além da infraestrutura necessária para as atividades cafeeiras, como
colônias, olaria, tulha, terreirão, possuía também escola, campos de futebol e sala de cinema,
pois “[...] normalmente a grande fazenda contava com recursos para ser autosuficiente e
possuía o capital necessário para promover o seu próprio meio de transporte; nelas, sempre
havia oferta de moradia, escola, capela, além da presença de médicos do farmacêutico, do
comerciante [...]” (REGO, 2009, p. 112).

Moravam e trabalhavam na fazenda cerca de 248 pessoas, incluindo o administrador e família.


Havia 31 casas nas duas colônias que ali existiam; e moravam, em média nessas casas das
colônias, oito pessoas por família. Por meio da história de uma antiga moradora (8), pudemos
chegar à compreensão da mobilidade que ocorria com as famílias do Maringá rural:

(8) A senhora Elvira morou na Fazenda Santa Lina, em 1955 casou-se e mudou-se para Tuneiras
do Oeste/PR, retornando para o Jardim Alvorada em 1975.
Na Figura 13, a disposição dos equipamentos existentes na Fazenda em relação à paisagem
atual.
A Fazenda Santa Lina, por exemplo, foi formada por quatro lotes da Gleba Morangueiro.

3.1.2 Memórias do cotidiano na Fazenda Santa Lina (pagina 101 em diante história das famílias
leia se acha importante inserir no contexto)

A FASE DA EXPANSÃO URBANA DE MARINGÁ PÓS 1960: A CRIAÇÃO DO JARDIM ALVORADA

No início de 1960, a rede urbana do Paraná já estava concluída é nesse momento que se dá a
expansão da área urbana de Maringá e a criação do Jardim Alvorada, momento em que o
Norte do Paraná já havia cessado sua colonização.

Na Figura 18 é mostrada a cidade de Maringá e econômica que passou no início dos anos de
1960:
O Jardim Alvorada como bairro nasceu com alguns marcos fundamentais que seriam de
moradia para os trabalhadores urbanos de baixa renda e juntamente com a implantação de
alguns equipamentos urbanos destinados ao atendimento da função social elementar como
grupo escolar e dois reservatórios de água.

Na Figura 20 é apresentada a planta entregue à prefeitura para solicitação de autorização do


loteamento:
PAGINAS 144 TEM FOTOS CASAS DE MADEIRAS

Quando a classe alta de Maringá começou a trocas casas de madeiras por alvenarias,
moradores do jardim alvorada construíram casas de madeiras com reaproveitamento de
madeiras.

Você também pode gostar