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ALEXANDRE DA SILVA

ESTRADA DÓRIA - CAMINHOS E PERSPECTIVAS DO


PASSADO, PRESENTE E FUTURO NA UC PESM –
PADRE DÓRIA

PARTE 1
30/10/2023
Objetivo

■ Promover reflexão a partir de elementos históricos e culturais da área do Núcleo


Padre Dória e entorno, a fim de subsidiar o trabalho do monitor ambiental sobre a
leitura do ambiente de atuação para além de seus atributos físicos.
Povos originários

■ Tronco Tupi – Tupiniquins e Tupinambás/Tamoios

■ Tronco Macro Jê - Guaianás


Aspectos de formação de território pelo
colonizador
Mogi das Cruzes – 1611

■ Emancipações:
■ 1 - Jacareí (1653) São José dos Campos (1767) - Buquira (extinto 1934) - Monteiro Lobato (1949) -
Paraibuna (1832) - Natividade (1863) - Natividade da Serra (1935) - Santa Branca (1856);
■ 2 - Santa Isabel (1832) - Igaratá (1873 - extinto em 1934) - Igaratá (1954) - Arujá (1959);
■ 3 - Salesópolis (1857);
■ 4 - Guararema (1898);
■ 5 - Suzano (1949);
■ 6 - Poá (1949) - Ferraz de Vasconcelos (1954);
■ 7 - Itaquaquecetuba (1954);
■ 8 - Biritiba-Mirim (1964);
■ 9 - Brás Cubas (1964 - extinto em 1970).
Aldeamentos indígenas
■ Antecedentes da Estrada Dória:

■ Antiga Trilha indígena.


■ Portos do litoral norte compondo rotas de
descaminho de ouro e de sal no período colonial
■ Porto de São Sebastião versus Porto de Santos
■ 1808, vinda da família Real portuguesa para o
Brasil, abertura dos portos, e necessidade da
■ Salesópolis – antiga São José do Paraitinga, abertura de estradas com comunicação para o
então povoado da Vila de Santana de Mogi interior
das Cruzes, vila em 1857. Denominado
Salesópolis em 1905.
■ São Sebastião, vila em 1636 abarcando os
atuais territórios de Caraguatatuba e
Ilhabela
■ Ilhabela: antiga Capela de Nossa Senhora
da Ajuda e Bom Sucesso, se torna Vila em
1805, denominada Vila Bela da Princesa,
que passou em se chamar Formosa em
1939, e Ilhabela em 1944.
■ Caraguatatuba: vila em 1857
■ Paraibuna: vila em 1832
A Estrada do Padre
Dória Padre Manoel de
■ Aberta em 1832 e fechada em Após seu fechamento:
Faria Dória
1842 ■ Nascido em São Sebastião,
em 24/11/1781
■ Base em caminhos indígenas • Uso no tráfico de escravizados
e de descaminho de ouro (sec XIX) ■ Inscrito para as ordens em
1816
■ Responsável pela construção:
Padre Manoel de Faria Dória • Estrada da Petrobrás (sec XX) ■ Vigário em São Sebastião
entre 1816-1837
■ Ligava a Vila de São Sebastião • Rodovia do Sol (sec XX) ■ Vereador
à Capela de São José do
Paraitinga ■ Deputado Provincial entre
1835 e 1842 (5º deputado
■ Contexto: Brasil Imperial / mais votado em 1835, 7º mais
Agricultura de exportação – votado em 1838)
Café, no Vale do Paraíba ■ Ultima referência, documento
■ Fechamento da Estrada da Assembleia assinado por
ele em dezembro de 1842
atribuído ao Padre Pinto, com
motivação sobre a Revolução ■ Há referências que colocam
Liberal de 1842 que ele teria morrido em 21
de abril de 1842
A Estrada Dória nos documentos
históricos
■ [...] dando começo a exploração, e pricipiando as picadas, e medição na fralda da montanha do
Outeiro junto a o Innhanguára á rumo de aesmoro(?) este; e depois de vinteum dias de sertão,
cheguei á Fazenda do Alferes José Luiz de Carvalho na Parahitinguinha, legoa e meia
á Leste da Capella de São José, havendo medido trinta e sinco mil, cento e noventa e oito
braças em differentes rumos; mas porque do rio pardo pára diante, só pra curir(?) sahir, por falta
de mantimentos, necessario foi tentar segunda exploração por aquella parte, a qual tem effeito a
dez de Agosto ppº tendo sahido d'aqui á trinta de Julho. Primeiramente fui explorar o (?) do
rio claro junto ao Campu de Buracêa á fim de dirigir por alli a picada livrando o dito
rio, e seguir para Mogim, e por isso principiei a picada d'aquelle lugar contra o rio Pardo a
rumo de leste. Depois de onze dias de serviço observei, que, dando o terreno lugar para caminho e
bom, contudo ficava em triplo custoza sua abertura, visto ter de passar por confinnado
sertão. Nesta consideração refiz-me de mantimentos, e vim a montanha do rio Pardo, e d'alli fui
melhorando a picada com direção á Capella de São José aproveitando traz mil,
novecentos e quinze braças de caminho de moradores, a que concluhi em onze dias;
sendo p. tanto medido desde a Inhanguára té a dira capella de São José trinta e duas mil, cento e
quarenta braças. (SÃO PAULO, 1832a, p.1)
Rota Dória como Rota de escravizados

■ Após Lei Eusébio de Queiroz, 1850, proibia-se o tráfico de escravizados para o Brasil

■ A partir de 1850 “[...] não se fazia mais o ‘tráfico ilegal’ de navios carregados de negros
[...] em portos da costa deste termo, desde Santos até Angra dos Reis, com exceção de
um só porto, onde o dezembarque de Africanos se faz em grande escala e por um modo
escandaloso, ou seja, o porto denominado Sombrio, na Ilha de São Sebastião.”

■ “[...] a Bahia do Sombrio e a pequena ilha do Tamanduá, de fronte á praia de Mococa,


além de Caraguatatuba, eram os ultimos reductos do contrabando de escravos [...]”

■ As ferrovias e o litoral norte à margem da nova centralidade propiciada pelas ferrovias


Obrigado

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