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Profissional Documentos
Cultura Documentos
Santa Maria, RS
2022
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Santa Maria, RS
2022
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___________________________________
Cesar de David, Dr. (UFSM)
(Presidente/Coorientador)
___________________________________
Benhur Pinós da Costa, Dr. (UFSM)
___________________________________
Janete Webler Cancelier, Dra. (CAAR)
___________________________________
Natália Lampert Batista, Dra. (UFSM)
___________________________________
Valéria de Souza Marcelino, Dra. (IFF)
Santa Maria, RS
2022
4
Este trabalho é dedicado aos meus pais, João (in memoriam) e Hilda. Meu pai
sempre foi uma grande inspiração, quando criança estimulava a mim e minhas irmãs
pedindo para explicar o que tínhamos aprendido naquele dia na escola, ali já fui me
formando professora. Como meu pai frequentou pouco tempo à escola, mas era um
apaixonado pelo conhecimento, ele aproveitava para aprender com suas filhas
ouvindo e discutindo sobre o que os professores ensinavam. Lembro de uma vez em
que estávamos na roça, eu, meus pais e minhas três irmãs, discutindo sobre o filme
o nome da rosa e o como era na Idade Média. O sol escaldante, a enxada na mão e
ao ar livre, compunham nossa “sala de aula”.
Serei eternamente grata por ter recebido uma educação que não me impôs limites
como mulher e nem me sujeitou a seguir o papel socialmente imposto às mulheres
do campo, casar e ter filhos. Minha educação não fez distinção do tipo de trabalho a
realizar, as vestimentas eram as disponíveis, minhas amizades eram principalmente
construídas com os meninos e nunca senti que meu gênero impedisse de conquistar
algo. Obrigada meu pai.
Dedico também a minha mãe Hilda que é a tradução do cuidado. Na infância vivia
com gripe, febres, dores de ouvido e não houve um dia ou noite sequer que você
não esteve ao meu lado, medicando, aquecendo panos para amenizar a dor de
ouvido, fazendo chás e deliciosas sopas, a melhor parte de ficar doente. Até hoje,
quando não estou muito bem continuo buscando seu consolo, que vem na forma de
sopa bem quentinha. Quero lhe dizer mãe que apesar de você não ter o
entendimento do trabalho que realizo é, em partes, um pouco por você que faço, por
que quero que tenhas orgulho de sua filha. Te amo!
Dedico também a todos(as) professores(as) que auxiliaram na minha formação ao
longo de minha vida escolar e acadêmica, contribuindo na construção de
conhecimento sólidos e que me permitiram avançar nos estudos e chegar a
conclusão do Doutorado em Geografia em uma universidade pública, gratuita e de
qualidade.
Em especial a professora Zenaide, que foi a responsável pela minha alfabetização.
Não posso deixar de dedicar este trabalho, aos meus alunos, pelo aprendizado
constante e desafiante.
5
AGRADECIMENTOS
professora Ane, pois seu posicionamento intelectual permitiu que eu esteja aqui
hoje, por priorizar a continuidade dos estudos dos professores e professoras.
Ainda, quero agradecer o meu coorientador professor Cesar De Davi, meu,
mas que assumiu a orientação para que a professora Ane se dedique,
integralmente, aos cuidados de seu filho que está doente. Apesar do pouco tempo
vejo em você, professor Cesar, um grande profissional, dedicado, atento e que
transmite grande tranquilidade, muito importante nestes momentos.
Quero agradecer a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica que abriu espaço para que a professora que sou hoje, de fato existisse.
Não sou a melhor versão, mas já estou melhor do que ontem.
Não posso deixar de agradecer ao Instituto Federal de Alagoas Campus
Palmeira dos Índios, em especial, ao professor Carlos Guedes de Lacerda, que
compreendeu nossa necessidade de resgatarmos nossos laços familiares e
acadêmicos. Obrigada!
Ao Instituto Federal Farroupilha Campus Frederico Westphalen, gratidão
pelos desafios postos e superados, pelo crescimento constante e por permitir o
tempo necessário dedicado aos estudos e o aperfeiçoamento profissional. Gostaria
de citar nomes de muitos alunos que me desafiaram a pensar sobre minha prática
pedagógica e as possibilidades do diálogo, mas vou me restringir a guardá-los na
memória com muito carinho. Foram tantos Pedros, Romários e Alices que tornaram
minha vida mais empolgante, mais cheia de desafios e superações. Suas histórias
fazem parte de minha vida.
Ainda, quero agradecer ao colega Ivanio Folmer, pelas dicas via aplicativo
WhatsApp, a colega Isabela Melo pelas dicas cartográficas e a colega de trabalho
Luciana Dalla Nora, pela “presença” constante em minha vida profissional e pelas
conversas acadêmicas sempre muito enriquecedoras.
À Universidade pública, gratuita e de qualidade, pela oportunidade de
desenvolver e concretizar este estudo. Aos professores e funcionários do Programa
de Pós-Graduação em Geografia por contribuírem de uma forma ou de outra com
essa conquista. Enfim, a todos àqueles que fazem parte da minha vida e que
contribuem para meu aperfeiçoamento pessoal e profissional.
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RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 19
2. PERCURSO TEÓRICO DA PESQUISA ............................................................... 27
2.1 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE TERRITÓRIO ................................................. 29
2.1.1 O território como espaço do Estado: considerações iniciais .................... 31
2.1.2. O Conceito de território na Ciência Geográfica .......................................... 38
2.1.3 Geógrafos brasileiros e suas concepções de território: algumas
considerações ......................................................................................................... 49
3. O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: ASPECTO legal e teórico ................. 54
3.1 O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO .......................................................................................................... 65
3. 2 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: CONCEITO E PRINCÍPIOS ................. 69
4. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL nA REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO BRASIL ...................................................................................... 73
4.1 ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES ............................................................ 73
4.2 LICEUS PROFISSIONAIS (1937) ....................................................................... 76
4.3 ESCOLAS INSDUSTRIAIS E TÉCNICAS (1942) ................................................ 77
4.4 ESCOLAS TÉCNICAS (1959) ............................................................................. 78
4.5 CENTROS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
(Cefets) – 1978.......................................................................................................... 79
4.6 INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA (2008) .. 80
4.7 A CONSTITUIÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA FARROUPILHA ................................................................................ 85
5. PERCURSO METODOLÓGICO DA PESQUISA
....................................................................................................................................90
5.1 ESQUEMA GERAL DA PESQUISA .................................................................... 94
5.1.1 Procedimentos e técnicas de pesquisa: por onde transito ........................ 97
6. DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL AO PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO do IFFar: METODOLOGIA DO PROCESSO DE
CONSTRUÇÃO....................................................................................................... 110
6.1 O PROCESSO DE (RE)CONSTRUÇÃO DO PPP E Suas articulações AO
TERRITÓRIO .......................................................................................................... 120
6.1.1 Sujeitos territoriais do Conselho Superior: seleção, perfil e função ....... 123
18
1. INTRODUÇÃO
1 Refere-se ao reconhecimento do locus social e da reflexão de como esse lugar imposto dificulta a
possibilidade de transcendência.
2 Esta tese faz o uso do conceito de Projeto político-pedagógico (PPP), termos posto pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e legislações correlatas, bem como todo referencial teórico.
A realidade dos Institutos Federais incluí a Educação Básica, Técnica e Tecnológica (do Ensino
Fundamental a Pós-Graduação), o que envolve a construção do PPP e do Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), exigência para o credenciamento e avaliação dos Cursos Superiores. Assim, a
pesquisa parte do PPP, analisa o PDI do IFFar, que contém o que foi denominado de Projeto
Pedagógico Institucional (PPI) equiparado ao PPP. Sabendo que parte da pesquisa é compreender a
construção deste documento, foi necessário, acompanhar a construção do PDI do IFFar.
20
O território é um tipo de espaço, que parte das relações sociais e que opera
sobre um substrato referencial (SOUZA, 1995), como instrumento de compreensão
da realidade dos aspectos naturais, culturais, econômicos e jurídicos, que modelam
ou até definem um determinado espaço. É preciso falar também da territorialidade,
que é “a manifestação dos movimentos das relações sociais mantenedoras dos
territórios que produzem e reproduzem ações próprias ou apropriadas”
(FERNANDES, 2006, p. 7).
Diante do exposto, a compreensão de como se dá as articulações do território
à Instituição de ensino pela análise do processo de (re)construção do projeto
político-pedagógico do Instituto Federal Farroupilha, será pautada no conceito de
território. Com este intuito as perguntas a seguir auxiliarão na compreensão da
temática:
1º O território, como espaço de vida, espaço de trocas materiais e simbólicas,
espaço de trabalho, cultura e meio ambiente, ou seja, multidimensional e
multiescalar é o alicerce articulador do processo de (re)construção do PPP do IFFar?
2º Quais foram as definições e dinâmicas adotadas para atingir o objetivo de
(re)construir o Projeto Político-Pedagógico do Instituto Federal Farroupilha?
3º Quais são os sujeitos territoriais3 e como foram convidados a participar do
processo de (re)construção do PPP do IFFar?
As perguntas de pesquisa serão o fio condutor da análise, acompanhadas das
premissas de dois autores que embasam a tese: Veiga (2001), que discute a
questão do projeto pedagógico e Pacheco (2010), que discute a criação e
implementação dos Institutos Federais no Brasil.
A primeira premissa expressa por Veiga (2001) aponta para a importância do
conhecimento das dimensões do território, no planejamento da (re)construção do
projeto político-pedagógico da instituição de ensino. Já a segunda premissa,
presente na base legal, teórica e metodológica de constituição dos Institutos
Federais, toma o território como referência para a implementação dos IFs, como
política pública.
Desta forma, os Institutos Federais (IFs)4, são um território e também um
agente territorial. Como instituição pública de ensino, pesquisa e extensão, tem
Ainda de acordo com Pacheco (2020a) uma das formas para impregnar-se do
território os IFs tem o compromisso de mapear todas as organizações educacionais,
culturais, de saúde, sindicais, populares, de segurança e, articular a ação educativa
e protetiva envolvendo todas estas instituições, fazendo com que atuem somando
suas finalidades específicas.
Para o idealizador dos Institutos Federais, este modelo de Instituição
caracteriza-se por:
ao Programa Mais Educação do Governo Federal, criado em 2007, com o objetivo de implementar a
Educação Integral por meio do apoio a atividades sócio-educativas no contra turno escolar. Pautada
na concepção de Anísio Teixeira, propõe uma educação que busca a formação do educando para a
vida, onde a percepção de educação integral seria a formação integral do ser humano e não
vinculada somente ao tempo escolar em jornada ampliada.
25
2. 2. 1 SISTEMA
2. 2 PROJETO POLÍTICO-
NACIONAL DE ENSINO E
PEDAGÓGICO
O PPP
2. PERCURSO TEÓRICO
DA PESQUISA
2. 2. 2 O PPP NO CAMPO
TEÓRICO E CIENTÍFICO
2. 3. 1 INSTITUTOS
FEDERAIS
2.3. REDE FEDERAL DE
EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
2. 3. 2 INSTITUTO
FEDERAL FARROUPILHA
espaço até atingir a maturidade conceitual que passa a ser empregada na ciência
geográfica. Tal empreitada considera diferentes momentos históricos e espaciais.
Na sequência deste capítulo, foi apresentado o capítulo sobre o conceito de
território, em seguida sobre o projeto político-pedagógico e por último, mas não
menos importante, o capítulo que apresentou um breve histórico da Rede Federal de
Educação Profissional e Tecnológica. As três temáticas constituem as bases para o
entendimento do problema de pesquisa.
No capítulo quatro, serão apresentadas as definições conceituais de território,
partindo do seu entendimento numa perspectiva natural, cujas nações faziam uso,
até a concepção que encara o território numa concepção multidimensional, trazendo
para a discussão, autores clássicos contemporâneos. Há dois subcapítulos, o
primeiro subcapítulo discutiu de modo muito breve o contexto em que se deu o
processo de sistematização do conhecimento geográfico, bem como o avanço
contextualizado do conceito de espaço e território.
O capítulo cinco da revisão de literatura buscou descrever o que a legislação
brasileira tem a dizer sobre este importante documento para os estabelecimentos de
ensino, que é o projeto político-pedagógico, a partir de consultas à Constituição
Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de
Educação e alguns decretos. Ainda foi realizada a revisão bibliográfica, na
perspectiva da científica sobre o projeto político- pedagógico, do ponto de vista da
reconhecida pedagoga, Doutora em Educação, Ilma Passos Alencastro Veiga, que
pauta a construção do PPP apoiado no princípio de uma ação coletiva
compartilhada, como princípio democrático e de fortalecimento da autonomia da
escola.
O sexto capítulo da tese, dedicou-se a compreender, um pouco do histórico
da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a fim de
compreender quais modelos de educação profissional já foram adotados pelo Brasil,
com especial atenção aos Institutos Federais, o Instituto Federal Farroupilha
Campus Frederico Westphalen, no estado do Rio Grande do Sul. Depreender este
cenário é continuar o estudo sobre o território e suas multidimensões.
29
Sob esta ótica, o geógrafo brasileiro Souza (2018, p. 90) faz uma dura análise
crítica à “coisificação” do território,
Dito de outra forma, “coisificar” o território significa tê-lo apenas como suporte
físico do homem e do meio, ignorando os reflexos das relações de poder que se
materializam pelas ações e pelos objetos de modo dinâmico, sofrendo mudanças de
acordo com a direção do campo de forças ali estabelecido, sem necessariamente
modificar o substrato espacial.
Sabendo que se trata de um conceito polissêmico, impregnado de sentidos e
significados para a ciência geográfica, tem-se como necessidade de primeira ordem
aclarar qual a concepção teórica e metodológica do conceito de território que
conduzirá a tese. Lembrando que sua definição e delimitação estão assentadas no
entendimento de sua evolução ao longo do tempo e do espaço, que refletem o
momento histórico vivido, visando compreender como o território está articulado ao
processo de (re)construção do projeto pedagógico do Instituto Federal Farroupilha, o
atravessamento entre a Geografia e a Educação.
O critério de seleção do conceito de território que será empregado para o
desenvolvimento da tese, diz respeito à intencionalidade do pesquisador, haja vista,
que as diferentes correntes teóricas conduzem a diferentes interpretações sobre a
realidade e que não há neutralidade no conhecimento, trata-se sempre de uma
opção.
Corroborando com a ideia, Fernandes (2013, p. 195, grifo nosso) afirma que
há,
chamam pelos conceitos de espaço, região, lugar e paisagem, que são o repertório
analítico da Geografia. Como já foi dito, optar por este ou aquele conceito está
intimamente relacionado com as características espaciais que se pretende estudar,
com os objetivos propostos pelo pesquisador e com a própria concepção de espaço
e porque não dizer de ciência de quem conduz o estudo.
Atualmente, há diferentes correntes teóricas que fazem o uso do conceito de
território, marcadas pelas transformações de seu tempo e de seu espaço. Se a
princípio, este conceito era carregado do entendimento biológico/natural, atualmente
apresenta um entendimento mais integrador entre as dimensões territoriais, da
relação homem e meio ambiente. De qualquer forma, define-se o território, antes de
tudo, com referência às relações sociais (ou culturais, em sentido amplo) e ao
contexto histórico em que está inserido (HAESBAERT, 2004).
O pesquisador Haesbaert (2012, p. 79) chama a atenção para o território
como o hibridismo do espaço,
[...] tomando conotação política, quer seja pela divisão territorial afim de
autopreservação e segurança ou pela abertura de novos mundos a serem
colonizados e explorados. Estes fatos dispararam o gatilho da crescente
subdivisão do espaço político em estados independentes (GOTTMANN,
2012, p. 528).
[...] nos 500 anos que se sucederam após o início das grandes explorações
marítimas pelos europeus ocidentais no século XV, cada vez mais o
território adquiria o sentido de um porto seguro às pessoas que procuravam
desenvolver seu próprio modo de vida e os recursos internos às suas
fronteiras, segundo seus interesses particulares.
8 "Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alemão, considerado como um dos principais teóricos
clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico. Vale lembrar que
a expressão “determinismo” não era empregada pelo próprio Ratzel, tratando-se de uma atribuição
conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu pensamento. Sua principal obra publicada foi
a Antropogeografia.
A reflexão feita por Saquet (2010) ilustra muito bem o uso e a aplicação dos
conhecimentos geográficos, ao longo da história, pela elite que ocupa o poder e a
burguesia. Ao mesmo tempo se apresenta como um fator limitante para a pesquisa
Geográfica, fato que ocorreu com Ratzel, porém não se trata de uma situação
vivenciada exclusivamente naquele tempo e espaço. Como revela Machado (1997,
p. 8), tal situação é perceptível em outros momentos,
[...] cujo conceito de paisagem formulado por Alexander Von Humboldt foi
decisivo, além disso, as formulações de Carl Ritter associadas à paisagem,
trouxeram um elemento essencial qual seja o da íntima relação entre os
grupos humanos culturalmente organizados e a base natural de sua
sustentação. As relações homem-meio aparecem casadas às preocupações
estéticas de Humboldt na formulação do conceito paisagem apresentando,
finalmente, a formulação básica que sustentará a Geografia científica à
época.
das escolas geográficas anteriores, pois a natureza está, segundo esta concepção, inserida num
espaço geométrico, matemático, hierarquizado e com finalidades voltadas para os interesses dos
Estados (BARBOSA, 2006, p. 78).
11 RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. (Trad.) Maria Cecília França. São Paulo/SP:
De acordo com Fernandes (2006, p. 4), o ponto de partida para uma reflexão
sobre o Território é o Espaço,
12 A população representada como ‘coleção de seres vivos’ é um trunfo, um recurso para o Estado,
para as empresas, as igrejas, os partidos etc. Trunfo sobre o qual se busca a posse, a dominação, ou
ainda o controle, de maneira a integrá-lo, sob diversas formas, em processos (RAFFESTIN, 1993, p.
41).
43
Corrobora com esta perspectiva o autor Abrão (2010, p. 48) “o espaço surge a
partir da intencionalidade social por meio da qual o homem se apropria do espaço
natural transformando-o, através do trabalho, em espaço geográfico”, revelando
contradições e desigualdades sociais.
A esse respeito Saquet (2010, p. 81) faz questão de lembrar que:
Tomando esta definição como referência, está muito claro e evidente que o
poder está além daquele exercido pelo Estado, ele se origina de um grupo de
pessoas que estão socialmente organizadas, no caso, está nas mãos da própria
população, aqueles definidos como “atores sintagmáticos” ou os chamados “agentes
territoriais”.
Ainda sobre o conceito de poder, para o geógrafo Raffestin (1993, p. 53, grifo
nosso),
que Platão se valeu para definir a relação entre as coisas sensíveis e as ideias”
(ABBAGNANO, 2007, p. 745).
São parte dos princípios básicos de uma democracia, a participação é o ato
do sujeito se tornar corresponsável pelas decisões de um território – seja ele físico
ou virtual, por meio de seu envolvimento efetivo – individual ou coletivo -, a partir de
seus direitos sociais13.
A ausência de participação na tomada de decisões, muitas vezes é fruto do
não reconhecimento das implicações econômicas, sociais e ambientais na vida
cotidiana, a descaracterização de sua identidade como um grupo social e a
impossibilidade de reconhecer o território como parte de sua vida. Para Coelho Neto
(2013, p. 25), muitas vezes os sujeitos não compreendem que fazem parte do
território,
poder soberano do Estado, mas que possa(m) considerar sua manifestação em toda
microfísica social. Portanto, são as complexas relações de poder entre os mais
variados agentes que operam em múltiplas escalas que permitem pensar na
multiescalaridade do território, ou seja, nas múltiplas escalas em que o poder se
manifesta e se exerce (COELHO NETO, 2013).
• Concepção naturalista
NATURAL do território. Visão
clássica.
O território era visto inicialmente e ainda por muitos por uma dimensão
político-jurídica (divisões políticas), a concepção sobre o território foi sendo
reformulada na medida em que os modos de produção capitalista foram
ajustados. Hoje, outras dimensões foram incorporadas a categoria, de modo
que o território reuniu as dimensões econômica, social, cultural e ambiental,
o conduzindo a uma multidimensionalidade. Diferentes agentes econômicos
e sociais foram incorporados ao entendimento do território.
O Território trata-se de uma forma impura, um híbrido, uma noção que, [...],
carece de constante revisão histórica. O que ele tem de permanente é ser
nosso quadro de vida. Seu entendimento é, pois, fundamental para afastar o
risco de alienação, o risco da perda do sentido da existencial individual e
coletiva, o risco de renúncia ao futuro.
acordo com o que foi escrito por Vieira (2007, p. 303), “o progressivo esgotamento
do regime militar, iniciado em 1978, conduz o País a retomar os anseios pelo estado
de direito”.
Nas palavras de Bobbio (1986), a educação para a cidadania é o único modo
de fazer com que um súdito transforme-se em cidadão. “Na figura deste cidadão, a
democracia brotaria do próprio exercício da prática democrática. Os direitos
declarados e reconhecidos como próprios do cidadão se tornariam constituintes da
cidadania ativa” (CURY, 2013, p. 196).
Trilhando o entendimento de como e para que seja promovida a Educação a
luz da Constituição Federal, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, s/p, grifo nosso).
Relembrando o que já foi mencionado que a CF exige a formulação de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabelece a obrigatoriedade da União
construir o Plano Nacional de Educação (PNE) em colaboração com os demais
sistemas de educação, estaduais e municipais públicos.
O objetivo do Plano Nacional de Educação é de articular o sistema nacional
de educação em regime de colaboração, definindo as diretrizes, os objetivos, as
metas e as estratégias que visem conduzir as ações para melhorar a qualidade do
ensino, a formação para o trabalho, a formação humanística, científica e tecnológica
do país. Ainda deverá assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas no período de dez (10) anos
(BRASIL, 2009a).
A União se encarregará de elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, com a finalidade de
atingir a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto (BRASIL, 2014, s/p,
grifo nosso).
56
Mais adiante, já no art. 13 da Lei, o docente está posto como um dos sujeitos
dos estabelecimentos de ensino, que deverão participar da elaboração da proposta
pedagógica, desenvolver seu plano de trabalho em acordo com essa e, por fim
auxiliar na integração entre escola, família e comunidade.
Lei de
Diretrizes e
Plano Nacional
Bases
de Educação
Institutos
Federais
No que diz respeito ao Plano Nacional de Educação, este que entra em vigor
a partir da Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, com validade até o ano de 2024.
Está constituído por dez (10) diretrizes, vinte (20) metas e duzentas e cinquenta e
quatro (254) estratégias elaboradas, utilizando-se como referência a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o censo demográfico e os censos
nacionais da educação básica e superior, mais atualizado.
Novamente a melhoria da qualidade da educação é expressa nas diretrizes
do PNE, além da promoção do princípio da gestão democrática da educação
pública, acrescido pela promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à
diversidade e à sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 2014). Tais diretrizes
constam no PDI do IFFar.
67
Este parágrafo do PNE diz muito sobre como devem ser conduzidos os
processos de construção de projetos e planos no âmbito da educação, reforçando o
critério de participação. Entendimento que, também, se aplica à elaboração do
projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino.
O projeto político-pedagógico “é um instrumento clarificador da ação
educativa da escola [...] que se preocupa em instaurar uma forma de organização do
trabalho pedagógico da escola” (VEIGA, 2001, p. 12-13). Neste sentido, ao propor
como meta o fomento a qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades [...] o foco dos trabalhadores da educação não deve ser somente o
plano de trabalho, “que está ligado à organização da sala de aula e a outras
atividades pedagógicas e administrativas” (VEIGA, 2001, p. 12), mas se trata de
participar da organização do projeto pedagógico em conjunto com os demais
sujeitos da instituição de ensino.
Com este fito, o PNE apresenta como estratégias a elaboração de
planejamento estratégico, a formação continuada dos (as) profissionais da educação
e o aprimoramento da gestão democrática, para atingir a qualidade da educação
básica. Isto quer dizer que a gestão democrática não é apenas para os gestores
escolares, mas a todos que tem na educação um importante instrumento de
emancipação humana.
Outro aspecto do Plano que está diretamente vinculado ao projeto
pedagógico é a efetivação da meta dezenove (19), assegurar condições para a
efetivação da gestão democrática da educação pela escolha do gestor partindo de
critérios técnicos, de mérito, de desempenho e com à consulta pública à comunidade
escolar. Outra estratégia é estimular a participação e a consulta de profissionais da
educação, alunos (as) e seus familiares na formulação do projeto político-
pedagógico, currículo escolar, plano de gestão escolar e regimento escolar (BRASIL,
2014).
A organização do trabalho no processo de construção do PPP descrita por
Veiga (2010, p. 7) apresenta o sistema de ensino,
68
tem sido uma preocupação educativa nos níveis macro, meso ou intermediário e,
principalmente, no nível micro, da própria escola. Cada vez mais se exige que as
escolas, em vez de serem instituições onde a burocracia e a rotina predominam, se
tornem instituições que ensinam e aprendem.
sociedade, isto quer dizer que, há escolhas a serem feitas e ao escolher, opta-se por
tipo de sociedade que tem como pano de fundo um posicionamento político e
ideológico.
Os problemas educacionais não são apenas técnicos ou apenas
pedagógicos, mas também políticos e econômicos. Segundo Chauí (2000, p. 478) “a
política é o modo pelo qual os humanos regulam e ordenam seus interesses
conflitantes, seus direitos e obrigações enquanto seres sociais”.
A política apresenta-se, portanto, como algo inerente ao homem, como um
instrumento indispensável em suas ações e relações, em que são estabelecidos
níveis de poder entre os próprios homens, seja qual for o âmbito ou a forma de
exercício desse poder (PADILHA, 2001). Já o termo pedagógico “é no sentido de
definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de
cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (VEIGA, 2002, p. 13).
Há diferentes propostas de educação em curso que são conflitantes:
conservadoras ou progressistas. Neste sentido, a proposta pedagógica do IFFar
deve se alicerçar nos pressupostos de uma teoria pedagógica crítica viável,
compromissada em solucionar os problemas da qualidade do ensino e que parta do
território de atuação da Instituição e da prática social da vida cotidiana para o
desenvolvimento dos alicerces do IFFar: ensino, pesquisa e extensão. De acordo
com Veiga (2002, p. 15),
Veiga (2002, p. 15) ressalta “que isso exige, também, mudanças na própria
lógica de organização das instâncias superiores, implicando uma mudança
substancial na sua prática”. A escola não tem mais que ser dirigida de cima para
baixo, com poder centralizador, técnico burocrático. “A luta da escola é para a
descentralização em busca de autonomia e qualidade” (VEIGA, 2002, p. 15).
Planejar um novo rearranjo do trabalho pedagógico no contexto de uma
instituição de ensino pública, gratuita e de qualidade requer o respeito a alguns
princípios:
71
16A vida cotidiana, segundo Lefebvre, designa as características da vida sob o modo capitalista de
produção.
73
17 Tanto o conceito de Arranjo Produtivo Local (APL), enfatizam os vínculos existentes entre os
agentes (econômicos, políticos e sociais) num determinado território ― reiterando o papel
fundamental das instituições e do ambiente sociocultural para o aglomerado. O conceito ratifica a
importância dos aspectos regionais e locais, como interações, competências, complementaridades,
dentre outros. Também ilustram a relevância da presença de atores diversos, possibilitando a
existência de uma gama variada de atividades na região e, dessa forma, estimulando os processos
de aprendizado interativo e de inovação (BATISTI; TATSCH, 2012).
18 A RedeSist é uma rede de pesquisa interdisciplinar, formalizada desde 1997, sediada no Instituto
de Economia (IE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que conta com a participação
de várias universidades e institutos de pesquisa no Brasil, além de manter parcerias com outras
organizações internacionais (REDESIST, 2005, p. 3).
83
Partindo desta ótica, não restam dúvidas sobre qual a base, o alicerce que
comporta o projeto político-pedagógico de um Instituto Federal. As multidimensões
do território, constituídas pela dimensão econômica, cultural, jurídico-política e
natural, são base de sustentação de sua proposta pedagógica. É de grande
importância e necessidade o conhecimento detalhado do território de atuação do
estabelecimento de ensino, seu processo histórico-geográfico, identificar os recursos
naturais e humanos existentes, as características das populações que ali residentes.
Todas essas informações contribuem para conduzir os processos dialógicos para
construir uma proposta pedagógica democrática e mais humana, em que o currículo
dialogue com o território.
Somando-se a isto, tem-se como potencialidade dos IFs a oferta de
capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de
ensino. Tal ação só endossa e fortalece a construção de um corpo de conhecimento
robusto sobre o território de atuação do Instituto Federal, possibilitando a
aproximação dos profissionais da educação da Instituição com os profissionais da
educação das outras esferas - estadual e municipal – ato que fortalece a
comunicação, o diálogo e a troca de experiências.
Os IFs, inseridos pelo Brasil todo, contribuem ainda para qualificar o nível da
educação básica das redes públicas municipais e estaduais, uma vez que as
parcerias para ações locais são marcas do processo de implantação dos campi.
Está evidente o entendimento de que a elevação do nível de qualificação, em longo
prazo, contribuirá para a redução das disparidades socioeconômicas existentes
entre cidades e, do ponto de vista macro, também entre estados e regiões. É
notório, ainda, o pressuposto de que a educação de qualidade e a geração de
oportunidades tenderão a atenuar as desigualdades estruturais existentes e as
carências que sofrem determinadas populações (IFFAR, 2018, p. 19).
84
Mais uma vez, a exposição segue o caminho das “nuvens”, sem nenhum
tipo de análise, ou de sustentação concreta, apegando-se às ideias de local
e global e a conceitos como território, mas de forma absolutamente
“esfumaçada”. O que chama a atenção é que o desenvolvimento do texto
parece desconsiderar que os IFs são oriundos de instituições preexistentes,
na medida em que são as localidades onde aquelas estavam instaladas que
definiram, primeiramente, o quadro de regiões onde se encontrariam os
institutos.
No ano de 2010, tiveram início as atividades dos Campi Santa Rosa, São
Borja e Panambi. Em 2013, foi inaugurado o Campus Jaguari e iniciaram-se
as atividades no Campus Avançado Uruguaiana. Em 2014 entrou em
atividade o Campus Santo Ângelo e o processo de desvinculação do
Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, CAFW, iniciado na UFSM em
2011, foi aprovado pelo Conselho Superior daquela instituição e iniciou-se o
processo de migração do CAFW para IFFar (IFFAR, 2014, p. 16).
Neste contexto, tem-se o método dialético como aquele que refuta o senso
comum por si só, que se expressa na simples aparência dos objetos; ultrapassa
essa simples aparência, buscando a verdade, isto é, a essência dos objetos, a qual
é o fruto da razão (SPOSITO, 2004).
Isto quer dizer que as fontes de informações são textos, produzidos para a
pesquisa ou já existentes, esses textos são chamados de corpus (MORAES;
GALIAZZI, 2007). Salienta-se que nos estudos qualitativos o pesquisador é o
principal instrumento de investigação, ele fornece informações sobre suas
experiências relacionadas ao contexto ou aos sujeitos (CRESWELL, 1994).
Se trata de uma pesquisa do tipo exploratória, que conforme Gil (2008, p. 27),
tem a “finalidade principal de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias,
baseado em problemas formulados que sejam mais precisos ou em hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores”. Basicamente, todas as pesquisas passam
por uma etapa exploratória.
A escrita ocupa lugar de destaque nessa abordagem, desempenhando um
papel fundamental, tanto no processo de obtenção dos dados, quanto na
disseminação dos resultados, que é “o ambiente natural como fonte direta de dados
e o pesquisador como instrumento fundamental” (GODOY, 1995, p. 62).
• 1ª Escolha do tema;
PROJETO • 2ª Elaboração do plano de trabalho e posterior
DE cadastramento no Portal do aluno UFSM;
PESQUISA
através do discurso que esta relação se constitui, sempre mediado pelo sujeito
(ORLANDI, 1994). O discurso é a relação da linguagem com o mundo.
Não existe uma única forma de análise de discurso, mas várias maneiras de
realizá-las, dependendo da tendência teórica que orienta a sua forma
prática de aplicação. Essa tendência de AD é denominada de Análise
Crítica do Discurso (ACD), e dá ênfase ao estudo das ações sociais
manipuladoras que os sujeitos sociais põem em prática através do discurso
(RODRIGUES; MELO, 2020, p. 5).
mantida a “velha” nomenclatura que ainda continua sendo utilizada pelos IFs, que é
a mesorregião.
O IFFar atua nas regiões Noroeste, Centro e Sudoeste Rio-Grandense, a
parte a oeste. As mesorregiões acima são o recorte espacial do estudo.
É relevante apontar algumas informações sobre a Mesorregião Noroeste Rio-
grandense,
fato da Geografia não se preocupar apenas com a dimensão espacial, mas também
para a dimensão temporal.
Não restam dúvidas, que o tempo é uma categoria importante para o exame
de uma sociedade, especialmente, se a perspectiva geográfica adotada para a
construção do estudo esteja fundamentada no materialismo histórico e dialético. A
preocupação está direcionada aos conceitos-chaves como: “modo de produção
(conceito central), relações de produção, mais valia, formação socioeconômica que
são ferramentas importantes à compreensão da espacialidade social” (ERTHAL,
2003, p. 34).
Dando continuidade à delimitação temporal do estudo é importante dizer que
em termos de referenciais teóricos não há uma delimitação. Contudo, ao estudar o
processo de (re)construção do Projeto Político-Pedagógico do IFFar, o recorte
temporal será a partir de 2017 a 202019. Em 2017 foi quando teve o início do
planejamento do PDI do IFFar que se estendeu até 2020, ano que o a reformulação
do documento foi concluída e aprovada pelo Consup, passando a vigorar na
Instituição. Neste caso, foi necessário realizar um corte-transversal do estudo, pois
as informações coletadas cobrem determinado momento no tempo, e não tratam
propriamente da evolução do PPP (MALHOTRA, 2012).
19Este é o terceiro PDI do IFFar, os dois anteriores tiveram a vigência de 5 anos cada. Ultrapassado
o período de vigência do plano é necessário revisá-lo e conduzir o planejamento para médio prazo,
que no caso será de 8 anos. De acordo com Jardim (2018) nós entendemos enquanto comissão
central que o IFFar, com dez anos de existência, já tem maturidade suficiente para realizar um
planejamento de médio prazo, oito anos.
110
criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação superior (BRASIL, 2006).
22 Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2006/decreto-5773-9-maio-2006-
542125-normaatualizada-pe.pdf>
111
que direta ou indiretamente fazem parte da Instituição, são as partes que constroem
o tensionamento nas relações de poder.
A identificação e o olhar atento ao discurso destes agentes territoriais é
fundamental para compreender as articulações entre o território com o projeto
pedagógico da Instituição. Uma vez que estes tem poder político, de voz e voto, que
se traduz em poder de decisão, ou seja, de apropriação do espaço, a
territorialização.
Trata-se de sujeitos territoriais que atuam diretamente na tomada de decisões
sobre a elaboração dos documentos e ações oficiais e, que neste caso, foi a
instância que acolheu e aprovou a metodologia de trabalho para a elaboração do
PDI 2019-2026 do IFFar.
No IFFar a definição da metodologia para a construção do PDI partiu da Pró-
Reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRDI) da Instituição, via Coordenação de
Planejamento e Desenvolvimento Institucional, posteriormente, são constituídas
comissões diversas. Esta discussão será retomada mais adiante.
Nota-se que no IFFar há a observância do que está posto na lei de criação
dos Institutos Federais, cada instituição terá um 1 reitor(a) e 5 pró-reitores(as),
sendo a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional o órgão que irá conduzir a
elaboração do PDI, isto é, do projeto pedagógico da Instituição. A estrutura
organizacional é complexa, hierarquizada e definida por cinco grandes áreas da
Instituição: Ensino, Pesquisa, Extensão, Desenvolvimento Institucional e
Administração. Contudo, na prática há uma fragmentação do trabalho, a dificuldade
de estabelecer o diálogo entre as Pró-Reitorias, por exemplo, na condução da
construção do projeto pedagógico, que é da competência da PRDI, órgão
responsável pelo planejamento, mas com menos vivência no ensino.
Dando ênfase que a escolha da metodologia para construir o documento
norteador, este é um momento muito caro para o planejamento de uma Instituição
de Ensino Superior (IES), pois conforme as escolhas definidas e também quem as
fará, interferirá no conteúdo do PDI e se de fato reflete os anseios da comunidade no
território em que atua.
Uma vez que o Consup (Conselho Superior) é o órgão máximo do IFFar, de
caráter consultivo e deliberativo, define-se que o próprio Conselho se constitui em
um agente territorial do Estado, todavia representado por diferentes segmentos,
interesses e relações de poder. Atravessado por diferentes discursos, interesses e
113
ideologias. Neste sentido, serão identificados quais são os membros que compõem
o órgão, registrar quais foram os critérios adotados para a escolha dos conselheiros
que representam cada segmento da instituição, assim como a área de formação dos
agentes territoriais que constituem este órgão.
Destarte, deu-se início a pesquisa com o intuito de identificar quais são os
membros que constituem o Consup, como também os critérios adotados para ser um
dos membros do Conselho.
A consulta foi favorecida pela organização de um site institucional específico
para o processo de construção do PDI, propiciando a publicidade e a transparência
no processo de sua construção. O portal específico sobre o PDI23 do IFFar,
apresenta informações sobre a missão, a visão, os valores e a prioridade da
Instituição, a metodologia, o cronograma, documentos, eventos sobre o PDI e, ainda
seminários e consulta pública. Ademais seis vídeos institucionais de sensibilização,
com o intento de tocar e comover os sujeitos que constituem a Instituição
(professores, técnicos administrativos educacionais, estudantes, trabalhadores
terceirizados, pais e/ou responsáveis, sociedade civil organizada e comunidade em
geral) a participarem deste momento.
Consultando o portal do IFFar, já é possível identificar inúmeros documentos,
legislações e notícias que permitem compreender o processo de construção deste
importante produto do planejamento da Instituição. A partir de notícia veiculada pela
Assessoria de Comunicação do IFFar, publicada dia 14 de novembro de 2017, o
processo de desenvolvimento do PDI teve início na 4ª Reunião Ordinária do
Consup24 (IFFar, 2017).
Repetindo, uma vez que o início da elaboração do PDI se dá na acolhida pelo
Consup da metodologia de trabalho para a elaboração do documento, logo, é
fundamental compreender o que é o Consup, como funciona e como se dá a
composição deste, e, ainda, conhecer como se dá o processo de condução à função
de membro deste órgão, dado que toda e qualquer decisão se dará neste espaço.
25 Os grandes teóricos da representação são Hobbes e Locke. Tanto em um como no outro, de fato, o
povo delega contratualmente sua soberania aos governantes. Em Hobbes, tal delegação é total;
contudo, nunca se chega a uma democracia: seu resultado serve, ao contrário, para investir ao
monarca de um poder absoluto (o “Leviatã”). Em Locke, a delegação está condicionada: o povo não
aceita desfazer-se de sua soberania, a não ser em troca garantias que possuem relação com os
direitos fundamentais e com as liberdades individuais.
117
que demandam aumento da jornada de trabalho. Enfim, uma gestão feita de cima
para baixo.
De modo sucinto, as instituições de ensino existem para realizar
determinados objetivos, que contemplem a aprendizagem, a formação da cidadania,
de valores e atitudes. Para tal, há um sistema de organização e de gestão da
Instituição, que são um conjunto de ações, recursos, meios e procedimentos que
proporcionam condições para alcançar esses objetivos (LIBÂNEO; OLIVEIRA;
TOSCHI, 2012). O Quadro abaixo apresenta quatro concepções de gestão e
organização escolar.
13 Caiçara 8 1,87%
14 Barra Funda 7 1,64%
15 Panambi 7 1,64%
16 Vista Gaúcha 7 1,64%
17 Ametista do Sul 6 1,41%
18 Novo Barreiro 6 1,41%
19 Chapada 5 1,17%
20 Redentora 5 1,17%
21 Condor 4 0,94%
22 Jaboticaba 4 0,94%
23 Boa Vista das Missões 3 0,70%
24 Palmeira das Missões 3 0,70%
25 São José das Missões 3 0,70%
26 São Pedro das Missões 3 0,70%
27 Tiradentes do Sul 3 0,70%
28 Cruz Alta 2 0,47%
29 Liberato Salzano 2 0,47%
30 Novo Machado 2 0,47%
31 Novo Xingú 2 0,47%
32 Pinhal 2 0,47%
33 Tenente Portela 2 0,47%
34 Três Passos 2 0,47%
35 Tucunduva 2 0,47%
36 Alpestre 1 0,23%
37 Barra do Guarita 1 0,23%
38 Bom Progresso 1 0,23%
39 Caibi 1 0,23%
40 Capão do Cipó 1 0,23%
41 Cerro Grande 1 0,23%
42 Cunha Porã 1 0,23%
43 Dois Irmãos das Missões 1 0,23%
44 Maravilha 1 0,23%
45 Marema 1 0,23%
46 Novo Tiradentes 1 0,23%
47 Palmitos 1 0,23%
48 Pontão 1 0,23%
49 Rosário do Sul 1 0,23%
50 Sagrada Família 1 0,23%
51 São Martinho 1 0,23%
122
52 Sarandi 1 0,23%
53 Tuparendi 1 0,23%
54 Vicente Dutra 1 0,23%
TOTAL 427
Fonte: Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmica – SIGAA, 2019.
agentes territoriais no Consup são de dois (2) anos para os segmentos27 II, III, IV, V,
VI e VII, exceto para reitor(a) e Diretores(as) Gerais dos Campi, isto é, o segmento I
e VIII, cujos mandatos são de 4 anos, acompanhando o período do mandato eletivo
previsto para estas funções (IFFar, 2009).
Como já foi dito, o Consup é um órgão colegiado de gestão da Instituição
muito importante, em que os membros são constituídos a partir da democracia
representativa. Um órgão com grande poder de decisão sobre pautas fundamentais
para o IFFar e em todo o território de atuação. Destacam-se duas importantes
definições que passam pela apreciação e aprovação do Conselho: aprovação dos
planos de desenvolvimento institucional e do projeto político-pedagógico (IFFar,
2009).
Desta forma, é chegado o momento de conhecer como estes sujeitos/atores
territoriais passam a constituir o Conselho, como são escolhidos e, em seguida, qual
é a área de formação inicial destes e, se é possível tecer algumas considerações a
partir das informações coletadas.
Como o PPP 2019-2026 passou pelo Consup, instância formada por pessoas
que tem suas crenças, valores, concepções de vida e de mundo, torna-se
indispensável compreender o processo de seleção destes membros para o ano de
2017. A partir do site Institucional28 foi possível mapear as informações: etapas do
processo eleitoral de todos os anos (2017, 2019, 2021 e 2022).
27 Art. 8º. O Conselho Superior, de caráter consultivo e deliberativo, é o órgão máximo do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha, RS, tendo a seguinte composição:
I- Reitor, como Presidente;
II. representação de 1/3 (um terço) do número de campi, destinada aos servidores docentes, sendo o
mínimo de 02 (dois) e o máximo de 05 (cinco) representantes e igual número de suplentes, eleitos por
seus pares, na forma regimental;
III. representação de 1/3 (um terço) do número de campi, destinada ao corpo discente, sendo o
mínimo de 02 (dois) e o máximo de 05 (cinco) representantes e igual número de suplentes, eleitos por
seus pares, na forma regimental;
IV. representação de 1/3 (um terço) do número de campi, destinada aos servidores técnico-
administrativos, sendo o mínimo de 02 (dois) e o máximo de 05 (cinco) representantes e igual número
de suplentes, eleitos por seus pares, na forma regimental;
V. 02 (dois) representantes dos egressos e igual número de suplentes; 4
VI. 06 (seis) representantes da sociedade civil e igual número de suplentes, sendo 02 (dois) indicados
por entidades patronais, 02 (dois) indicados por entidades dos trabalhadores e 02 (dois)
representantes do setor público e/ou empresas estatais, designados pela Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica;
VII. 01 (um) representante e 01 (um) suplente do Ministério da Educação, designado pela Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica;
VIII. representação de 1/3 (um terço) dos Diretores Gerais de campi, sendo o mínimo de 02 (dois) e o
máximo de 05 (cinco) e igual número de suplentes, eleitos por seus pares, na forma regimental.
28 Site institucional do processo eleitoral para escolha dos membros do Consup:
<https://www.iffarroupilha.edu.br/conselho-superior/processo-eleitoral>
125
Assim, destaca-se que o ano em análise será o de 2017, por se tratar do ano
que os conselheiros tiveram participação ativa na condução e aprovação do atual
PDI e PPI para os períodos de 2019 a 2026.
No caso do(a) reitor(a) e os diretores(as) gerais, estes são membros natos e
eleitos pela comunidade acadêmica da Instituição, automaticamente passam a
constituir o referido Conselho, de acordo com o regimento do IFFar.
Já o segmento que representa os docentes, discentes e Técnicos
Administrativos em Educação (TAEs), estes devem passar por um processo de
escolha, conferidos por uma eleição via chamada pública. Podem se inscrever como
candidatos a vaga do Conselho, quaisquer servidores e discentes maiores de idade,
no seu respectivo segmento. Todos os servidores em exercício podem votar, assim
como os discentes que estejam regularmente matriculados votam no seu segmento.
O detalhamento deste processo de consulta para representantes discentes,
docentes e Técnico-Administrativos em Educação foi verificado no edital n.
124/2017, de 29 de março de 2017. Conforme o edital só podem votar os docentes
efetivos que não estejam em afastamento e que tenham no mínimo 6 (seis) meses
de lotação no Campus, Campus avançado ou reitoria, completados na data da
posse no Conselho Superior. Recordando que os Técnico-Administrativos em
Educação também devem observar os mesmos critérios destinados aos docentes.
Por fim, podem votar os discentes regularmente matriculados nos cursos de
ensino médio integrado, técnico, de graduação e de pós-graduação, presenciais ou
à distância, do Instituto Federal Farroupilha (IFFar, 2017).
Ressalta-se que o edital deixa bem claro os critérios do processo de seleção,
contudo não foi localizada a homologação do resultado destes segmentos
(docentes, discentes e técnicos administrativos). Ao clicar no link referente ao edital,
ver Figura 26, que deveria ser o resultado final dos conselheiros eleitos, consta a
mensagem de que a página não foi encontrada. Foram executadas muitas
pesquisas no buscador do Google, porém sem sucesso.
No portal da Instituição foi publicado pela Assessoria de Comunicação do dia
22 de junho de 2017, o edital n. 241, de 21 de junho de 2017, conforme figura 26. No
entanto, não há a lista dos representantes docentes e TAEs eleitos por Campi.
126
Consup. Obviamente, que não se trata de uma análise aprofundada, pois este não é
o objetivo da pesquisa.
Com isso, se verificou que a grande parte dos sujeitos territoriais que
constituem o Conselho Superior tem formação na área de conhecimento de Ciências
Exatas e da Terra, logo depois vem Ciências Sociais Aplicadas, depois Ciências
Agrárias e da Saúde, logo em seguida vem Ciências Humanas e, por fim vem
Linguística, Letras e Artes, observa-se na Figura 27.
1
Sujeitos territoriais
0
Ciências Ciências Ciências Ciência da Ciências Lingüística, Área do conhecimento
Exatas e da Sociais Agrárias Saúde Humanas Letras e
Terra Aplicadas Artes
Fonte: IFFar (2017)
O Quadro 6 revela que dos dez (10) Campi, apenas oito (8) Campi
selecionaram representantes da Sociedade Civil Organizada (SCO), não foram
identificados argumentos que evidenciam e que justifique a ausência de dois (2)
representantes deste segmento. E destes oito (8) membros, cinco (5) são
representantes de Associações Comerciais, Industriais e de Serviços, ou seja,
62,5% dos representantes da Sociedade Civil Organizada representam
organizações patronais.
137
público. Porém, a Fepagro foi extinta pelo Projeto de Lei n. 240 /2016 aprovada pelo
poder executivo (RIO GRANDE DO SUL, 2016). Com a extinção da entidade, não há
informações no site do IFFar sobre a substituição do representante do órgão.
Por fim, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, entidade do setor
público, ligado à Prefeitura Municipal, responsável pelos assuntos relacionados ao
seu departamento municipal, que envolvendo três grandes setores: a educação, a
cultura e o esporte, ou melhor dizendo, a secretaria representa o poder do Estado.
Voltando um pouco, o Estatuto do IFFar, regulamenta a escolha dos
representantes da sociedade civil organizada e, neste sentido, rege que, é
necessário “sempre que possível, a representação paritária de entidades
patronais, dos trabalhadores e do setor público e/ou empresas estatais” (IFFar,
2019, p.3, grifo nosso).
Uma breve análise comparativa entre o que está posto no Estatuto do IFFar,
com as informações obtidas pela análise das entidades das quais os membros da
SCO são provenientes, verifica-se uma representação de 75% de origem patronal e
25% do setor público, não havendo representação de entidades que representem os
trabalhadores. Os dados revelam um distanciamento entre o que é dito e o que é
feito, o discurso clama pela participação da sociedade e de todos os segmentos,
porém na prática, isso não se confirma.
Mais grave ainda se tornam os dados revelados, quando se observa que,
somente a área de abrangência do IFFar Campus Frederico Westphalen, há vinte e
dois (22) sindicatos dos trabalhadores rurais, entidade representante dos
trabalhadores, análise a Figura 29, contudo, não constituem o referido Conselho.
139
Origem do memorando -
26 outubro de 2017 GABINETE
REITORIA
Sobre este tema, a relação dos IFs com a comunidade externa é abordado
por Pacheco (2011, p. 15):
[...] a própria prática (para dentro e para fora) da gestão participativa das
instituições; e o amadurecimento da cultura de planejamento, entrelaçado
com o desenvolvimento, que não passa só por estabelecer e controlar
ações a realizar, vai muito além disso, voltando-se ao desenvolvimento
institucional, numa visão sistêmica de instituição, onde a comunidade
externa faz parte do todo (LOPEZ, 2015, p. 116).
146
Optou-se pela análise de discurso por ser uma técnica que desvela a
realidade por trás da linguagem e reveladora das relações de poder que se
desenvolvem no espaço a partir das práticas sociais da vida cotidiana. Portanto o
discurso será o corpus de análise. A análise é um processo que começa pelo próprio
estabelecimento do corpus e que se organiza face à natureza do material e à
pergunta (ponto de vista) que o organiza (ORLANDI, 2005).
Para Fernandes (2008), há então cinco conceitos centrais na análise de
discurso (AD): sujeito discursivo (polifonia), enunciação, sentido, condições de
produção e ideologia. O sujeito discursivo é portador de várias vozes sociais
(polifonia) como se refere Bakhtin (1995) que dialogam com o sujeito enunciador
(dialogismo, a que se refere também). O discurso do sujeito não é centrado em si
mesmo, mas fruto das interações sociais que estabelece e são reveladas na sua
enunciação polifônica (PECHÊUX, 1990).
Assim, serão identificados os “temas do discurso” com a unitarização ou
desmontagem do texto, isto é, o corpus de análise será examinado detalhadamente
e fragmentado, segundo os critérios do pesquisador, os fragmentos darão origem as
unidades de análise.
Ao dar início à análise sobre o processo de reformulação dos documentos, já
se tem o início da definição do corpus de análise, a identificação do Sujeito
enunciador, que neste caso são os sujeitos territoriais que protagonizam ação e o
enunciado, que é o discurso realizado no seminário de lançamento do PDI e do
PPP. A esse respeito, Orlandi (2005, p. 63) afirma que “[...] a construção do corpus e
a análise estão intimamente ligadas [pois] decidir o que faz parte do corpus já é
decidir acerca de propriedades discursivas”.
O Seminário de Lançamento do PDI foi durante a reunião do Consup que foi
transmitida, ao vivo, pela Web TV do IF Farroupilha31, no dia 30 de outubro de 2017.
O portal que conta com nove mil e sessenta e seis inscritos (9.066), contudo o vídeo
da solenidade de lançamento do PDI 2019-2026 registrou, no mês de fevereiro de
2022, apenas setenta e nove (79) visualizações.
Partindo para uma análise comparativa do quantitativo de visualizações na
reunião de lançamento com o quantitativo de servidores do IFFar, que é de mil
quatrocentos e setenta e quatro (1474), a participação no evento foi de 5,35% do
total de servidores (BRASIL, 2018). Não foi possível identificar qual foi o índice de
participação dos servidores que acompanharam a solenidade no momento online.
Tendo em vista os dados acima, é possível afirmar que a participação no
seminário foi pequena. A baixa participação pode ser justificada pelo fato de os
servidores não terem sido dispensados de suas atribuições cotidianas para
acompanhar o evento, ou seja, as atividades acadêmicas e administrativas
ocorreram normalmente nos Campi. Tal afirmação é referenciada pela ausência de
comunicado oficial que suspendesse as atividades acadêmicas e, ainda, por se
tratar de um convite para o evento e não um momento de caráter obrigatório.
Lembrando que, a participação não é um favor que as instituições de ensino
proporcionam aos sujeitos territoriais que a ela pertencem, mas é um recurso para o
desenvolvimento da gestão democrática prevista na Constituição e na LDB. O fato
de não haver a orientação às unidades de ensino para suspender a rotina do
trabalho pedagógico para dedicar-se, exclusivamente, ao acompanhamento do
Seminário, desvela uma dicotomia entre o que é dito e o que é feito por parte da
Instituição.
A partir do que é dito revela-se que no discurso os sujeitos discursivos
solicitam a participação de todos(as) no processo de reconstrução dos documentos
em questão, todavia ao analisar o que de fato é feito, constata-se que a forma de
organização da participação a inviabiliza. A partir do momento que se decide pela
manutenção das atividades acadêmicas e administrativas nos Campi concomitante
ao evento de lançamento do PDI ano 2019-2026, não se está priorizando o tempo
para discutir a reformulação do projeto pedagógico da Instituição.
Isto quer dizer que, não é suficiente providenciar um espaço para assistir a
transmissão do Seminário e, sim, garantir tempo para que servidores e estudantes
possam ocupar o espaço e o tempo, dedicando-se a reelaborar o projeto
pedagógico. Viabilizar a participação, no seu mais alto nível, “quando os envolvidos
contribuem direta ou indiretamente para uma decisão política, administrativa ou
pedagógica” (VEIGA, 2002, p. 104) é uma das obrigações da equipe gestora da
Instituição de ensino, que esteja, minimamente, pautada em uma gestão
democrática.
Relembrando, o evento foi transmitido e compreendendo o significado de
transmissão, é um termo que vem do latim transmissio e que se refere à ação e ao
efeito de transmitir. Este verbo, por sua vez, está associado ao ato de transferir,
149
nenhum momento foi convidada a opinar sobre qual metodologia seria mais
adequada fazer uso, diante da diversidade de realidades dos Campi.
A participação em nível de informação é o grau mais incipiente de
participação, ou seja, não há necessidade de estar na instituição de ensino, de
realizar alguma tarefa e nem opinar sobre qualquer decisão.
Ainda, com relação a opção metodológica para elaboração dos documentos,
a partir da práxis das pesquisadoras Lope e Costa (2014, p. 12),
Mais uma vez a relação local/global se apresenta, foi na disputa pelo poder
que a classe conservadora no Brasil, assumiu o poder político, em 2016, após o
impedimento da presidente Dilma Rousseff, corroborado pelo poder econômico,
midiático e internacional, que retoma a agenda neoliberal dos anos 1990.
Reavendo a unidade emergente “A metodologia para a (re)construção do
PDI”, está evidente que o planejamento da metodologia foi realizado pela PRDI, e a
reformulação fez-se a partir de comissões e a participação foi com o uso do
Mentimeter, contrariando a fala de A01 que ressaltou que “A elaboração do PDI
deve contemplar os diferentes atores do território.
O Mentimeter é uma plataforma on-line para compartilhamento de
apresentações que permite a interatividade entre os participantes. Essa ferramenta
permite a criação de slides simples ou interativos, com nuvem de palavras, quizzes,
ou perguntas e respostas, além da importação de arquivos do PowerPoint ou Google
Docs. Está disponível nas versões gratuita (com boas possibilidades de utilização) e
pagas, com pacotes oferecendo maiores recursos (TORRES; SIQUEIRA;
KOWALSKI, 2019).
A ferramenta Mentimeter foi empregada para revisar a missão, visão, valores
e objetivos estratégicos do PDI do IFFar. O procedimento foi que cada participantes
deveria logar no site do Mentimeter, todos receberam a senha e acessaram o
ambiente. Exemplificando, foi utilizado duas telas, uma projetava a questão a ser
modificada e a outra tela de projeção mostrada a nuvem de palavras, ver figura. Por
exemplo, na projeção a direta é o que estava posto no antigo PDI. A Missão -
promover a educação profissional científica e tecnológica pública. Se o participante
entende que precisa mudar, deve acrescentar a palavra no mentimeter e enviar, em
seguida sua contribuição aparece na projeção a esquerda, Figura 33. A meda que
as palavras são aumentando de tamanho isto significa que mais pessoas indicaram
a alteração.
162
Tempo (10)
Participação (9)
Professores (2)
Extensão (6)
ESTRANHAMENTO
Aprendizagem 1
Qualidade 11
Sustentável 3
Atores 1
Fonte: Elaborado pela Autora (2022)
demais ações no Campus, salientando que tal pesquisa utilizou-se de dois métodos:
1ª a pesquisa no campo notícia no portal do PDI IFFar e com a busca parametrizada
no Google “IFFar PDI Alegrete”.
Segundo as notícias no portal do PDI, o Campus Jaguari realizou cinco (5)
ações, com o objetivo de promover a comunicação com a comunidade acadêmica e
externa sobre a reformulação do PDI e do PPP para os anos de 2019-2026. Os
encontros ocorreram nos dias 12, 19, 21 e 23 de março de 2018 e, ainda no dia 4 de
abril, na ocasião foram ouvidos servidores, estudantes e comunidade externa, ver
Figura.
É factível a comunicação com os diferentes segmentos do IFFar no Campus
Jaguari, no primeiro momento uma atuação mais ao nível de informação e nos
demais momentos foram identificados a troca de saberes. Em relação a comunidade
externa, não foi exequível a identificação dos sujeitos territoriais que participaram.
O campus São Vicente do Sul realizou três (3) encontros nos dias 7, 14 e 28
de março no ano de 2018. O primeiro momento foi uma reunião com os servidores;
no segundo momentos com os estudantes e no terceiro momento com a
171
Como outrora foi mencionado, alguns Campi não foram localizados no campo
notícias, no portal do PDI e, portanto, foi realizada a pesquisa no buscador do
Google. Ao pesquisar “IFFar PDI Júlio de Castilhos” foi localizada a notícia do dia 22
de março de 2018. De acordo com a notícia, que pode ser observada na Figura 38,
foram realizadas ações com o objetivo de divulgar o processo de construção do PDI
e do PPP da Instituição.
A pesquisa “IFFar PDI Campus Panambi” apontou que no dia cinco de abril
de 2018, representantes de diversas entidades de Panambi e de Santa Bárbara do
Sul reuniram-se com os diretores do Campus Panambi e com a comissão local que
178
Após a conclusão dos trabalhos o PDI foi encaminhado para Consulta pública,
ver Figura. A partir do ofício 02 de 2018, de 27 de novembro, fica definido o período
de consulta pública para os dias 11 a 24 de fevereiro de 2019, isto é, treze (13) dias.
AL FW JA JC PB SR SAU SA SB SVS U
33A Pedagogia do Território se configura pelo viés do pensamento epistêmico, que é desenvolvido
em trabalhos acadêmicos pela sua inserção em territórios, a priori, em situação de conflito
socioambiental. Foi pensada e está em processo de construção pelo Núcleo Trabalho, Meio Ambiente
e Saúde (Núcleo Tramas), que se constitui enquanto uma “comunidade acadêmica de formação,
pesquisa e ação”, afirmam Rigotto, Leão e Melo (2018), ligados institucionalmente ao Programa de
Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).
190
Comissão de
Comissão de Comissão de
diálogo com a diálogo com a
planejamento comunidade
comunidade
• O que • Texto
• OTP deseja final do
• O que mos? • O que PPP. • Discussão
• Unidade .
temos ? faremos?
Critério de
Comissão
Comissão de liderança
de base
planejamento
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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APÊNDICES
216
Ao nascer fui registrada com o nome de Elis Angela Botton. O nome Elis foi
sugerido pela minha irmã primogênita, Vanda, que se inspirou na cantora brasileira
Elis Regina, falecida em janeiro de 1982. Como vim ao mundo em março daquele
ano, recebi seu primeiro nome, Elis. Já o segundo nome, que é Regina, não foi
aceito pela minha mãe, pois esta mesma irmã já era Vanda Regina, portanto
resolveram registrar meu nome de Elis Angela, em homenagem a minha avó. O
engraçado é que na minha casa todos me chamavam de Elisangela, só quando fui
alfabetizada que eu descobri que meu nome era separado e, ao mudar de escola
passei a me apresentar como Elis.
Nasci em uma pequena cidade do Noroeste Rio-Grandense, sou de uma
família de agricultores familiares, tenho outras quatro irmãs, meus pais estudaram
até a quarta série do ensino fundamental, todas as filhas tem curso superior, caso
pouco comum neste contexto, mas, especialmente meu pai, um homem muito
inteligente, sempre nos incentivou a sermos mulheres independentes, especialmente
financeiramente.
Minha infância, até os 12 ano foi no campo, pois além de morar no campo eu
estudei numa escola multisseriada, em que todos os alunos de séries diferentes
estudavam num único espaço, o professor lecionava para todos, a limpeza e a
merenda eram tarefas do professor e que nós ajudávamos. Lembro-me de ajudar a
fazer o lanche, limpar os banheiros, varrer o pátio da escola, lustrar o chão da sala,
lavar louça, mas o mais legal mesmo era escrever no quadro o conteúdo para os
colegas copiarem, até que a professora fazia a merenda ou como quiserem chamar.
Ali já comecei a pensar em ser professora.
Aos doze anos, fui para a escola urbana, lá conclui do o Ensino Fundamental e
Médio, mas também foi lá que participei do Programa de Ingresso ao Ensino
Superior da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o que significa que, eu
não precisei ir até Santa Maria fazer o vestibular, realizei na minha própria escola.
Foi ali que escolhi Geografia Licenciatura Plena.
Em 2000 iniciei minha graduação na UFSM e conclui em 2004, sabia que
queria seguir os estudos, mas não tinha muito conhecimento de como fazer, um
pouco por ser tímida e não perguntar aos professores e, outro pouco, porque os
professores não falavam disso abertamente, ainda, a Universidade não contava com
217
- Apresentação (A)
- Metodologia (M);
- Aplicação (AP).
Reitora - 01
Os nomes de quem está falando, não serão mencionados, será utilizado um sistema
de letras e números, as letras representam o cargo e os números a ordem das falas.
Importância e fundamentos
A01 O PDI é uma imposição legal, tem todo o arcabouço legal para as instituições
de ensino superior (documento legal).
nos territórios onde atuamos, isso só é possível se nós tivermos uma metodologia de
elaboração do plano que contemple esses diferentes atores. A metodologia que
contemple os diferentes atores.
Avanços em procedimentos
A01 então é para gente ter um momento muito importante porque é o início de uma
caminhada coletiva para escrever o futuro do Instituto Federal Farroupilha né
escrever futuros já é um tremendo desafio escrever futuros no momento de crise
política de crise econômica de crise de valores se tornam desafio muito maior
A01 mas eu tenho certeza que vai ser absolutamente atingido e vencido pelo nosso
trabalho de todos nós servidores do Instituto estudantes do Instituto Federal
Farroupilha nossos parceiros da sociedade civil organizada então todos os entes
que compõem isso que nós orgulhosamente chamamos de comunidade acadêmica
do Instituto Federal Farroupilha
A01 nós estamos além da transmissão pela webtv como é prática em todas as
nossas reuniões é nós estamos pela primeira vez fazendo uma transmissão ao vivo
para redes sociais né então a Laura em que pilota as nossas redes sociais está
conosco aqui na página do Facebook do Instituto já tava tão significativa pedimos
desculpas né Tem algum problema técnico atrapalhar um pouco a qualidade mas
como eu disse é um piloto e a primeira vez que nós estamos fazendo isso mas todo
esse movimento é no sentido de marcar a importância que esse momento tem para
nossa instituição é e o nosso compromisso enquanto colegiado máximo da
instituição de liderarmos este processo e garantir que entre cultura que a gente vai
construir juntos durante esse praticamente 1 ano que nós vamos investir na
elaboração do novo PDI Garanta Federal Farroupilha um futuro de Sucesso de pleno
atendimento é daquilo que (transmissão)
A01 É daquilo que nos coloca como instituição socialmente importante para além de
instituição academicamente importante então eu não vou me delongar porque o
nosso tempo terá que ter enxugado considerando que a nota pauta tá represada não
conseguimos ver pela toda pela parte da manhã o que é absolutamente
compreensível uma vez que a gente tinha uma pauta que é muito relevante que
implicou em participação Mas de qualquer forma a gente pretende aí durante uma
hora de indicar o tempo desse conselho ao nosso plano de desenvolvimento
institucional é que começa então a ser construído hoje então eu de imediato eu vou
passar para nossa professora de desenvolvimento institucional professora Nídia cuja
a pasta né é responsável por coordenar este processo no nosso Instituto para quê
ela ia a equipe na sequência é tem esse primeiro passo da construção do PDI
2019/2026 do Instituto Federal Farroupilha.
A02 Boa tarde a todos e todas as conselheiros e aos nossos campi que devem estar
organizados para participar deste momento Vamos dividir atividades da tarde em
dois momentos: o primeiro momento já de prospecção de ideias a respeito do novo
PDI eu vou passar para o Gustavo e ele vai fazer apresentação da metodologia em
seguida continuando (preocupação com o tempo)
M03 Então a quem não me conhece eu estou trabalhando desde 2012 juntamente
com a professora Nídia dentro da Diretoria de planejamento segundo a gente tá
conduzindo né e a ideia sempre aprimorar ele e tornar cada vez mais eficiente
(quem conduz o processo, eficiente termo usado nas concepções de produtivismo)
M03 gostaria de começar a nossa fala naquela lâmina vou pedir para os
conselheiros e nesse momento e quem tá visualizando também nas unidades até a
terem a tela da esquerda porque a minha apresentação toda vai estar na tela da
esquerda. Então inicialmente gostaria de dizer um pouco sobre como a gente
pensou através das leituras na literatura como a gente pensou em organizar o nosso
225
PDI então A ideia é que a gente parta as nossas discussão em cima de Missão visão
valores (apresentação da metodologia que foi construída pela equipe da PRDI, sem
a participação da comunidade acadêmica)
M03 A gente parte do princípio de que todo o PDI Ele deve ter trabalhado com as
concepções de Missão visão valores e dos objetivos estratégicos. Então a nossa
discussão ela tem que dar por esses princípios seriam mais ou menos como os
princípios norteadores de todos os documentos. Então lá adiante quando a gente for
falar por exemplo do Capítulo de assistência estudantil quando a gente começa a
falar sobre esse capítulo a gente tem que sempre fazer a luz do que a instituição já
definiu como missão visão e valores e os objetivos estratégicos traçados pela
instituição Então ela tem a ideia da elaboração deste PDI então inicialmente
trabalhar com esses dois conceitos. (PDI e PPP norteados pela missão, visão,
valores e objetivos estratégicos)
M03 - E é a Claro que para isso a gente vai ter que buscar avaliação do nosso PDI.
Eu já vai ter que fazer consultas à comunidade enfim vai ter que ter feito todo
estudo prévio para se chegar a que a gente chamou de diagnóstico de ambiente né
para de chegar essa definições para depois a gente começar a produzir o PDI então
a missão visão valores e os objetivos estratégicos.
M03 Sobre as comissões adiante Mas enfim essa primeira parte então cabe
basicamente a uma comissão específica que a gente chama de comissão de
planejamento estratégico e é uma comissão que ela é técnica né então a gente já
aprovou no COdir em reuniões anteriores que essa comissão ela vai exigir a
formação técnica dos profissionais que vão trabalhar e ela vai ter constituída pela
INDICAÇÃO da comissão Central.
Não houve diálogo com os diferentes atores territoriais para tais definições.
A comissão técnica PDi e do PPI são feitas por técnicos vinculados a apenas uma
Pró-Reitoria e as demais (ensino, pesquisa, extensão e administração) não estejam
conduzindo o processo de construção destes documentos.
M03 Infelizmente eu não consegui colocar uma lâmina com todas as comissões,
mas vamos falar rapidamente de cada uma a primeira a comissão Central que a
composta basicamente pela pelos diretores da instituição, os nossos diretores,
nossos pró-reitores, a nossa reitora. E aí também a representação de um membro
de cada Câmara especializada deste conselho aqui e de 2 alunos. A Comissão
Central é a comissão que é a responsável Elaboração do PDI Ah então é ela quem
vai dar o Norte vai dar as diretrizes vai ter autonomia de nomear comissões enfim tá
é é a gestão do processo claro que já mencionei aqui para vocês então é de
planejamento estratégico né que foi que eu falei antes ela esta comissão a gente
entende como primordial para o sucesso do trabalho então ela quem vai conduzir a
atividade de elaboração da missão visão e valores elaboração.
M03 só historiar um pouquinho da vez passada a vez passada a gente foi na base
Legal tem toda uma base legal eu não trouxe aqui para a gente não se estender
muito é mas até professora Nídia Acho que depois vai falar um pouquinho mas
existe toda uma base legal que diz que foi tão os pontos que devem ser abordados
em um PDI e da última vez a gente pegou todos esses pontos e transformou em
capítulos e incluiu mais um que acha que eram de t.i. .
Agora a gente vai fazer e depois de ter construído todo material é que uma comissão
própria também se reuniu e elaborou os objetivos estratégicos agora a gente tá em
INVERTENDO o fluxo Primeiro a gente tem os objetivos estratégicos para depois
definir os capítulos.
M03 Comissões locais, dentro de cada unidade do Instituto Federal Farroupilha vai
ter uma comissão local qual que é atribuição dessa comissão. Essa comissão é que
vai dar ela vai fazer gestão dentro do campus ou ela vai propiciar que todas as
atividades relativas ao PDI possam ser executadas dentro do campus. Fazer uma
reunião com todos os servidores do campus ela vai entrar em contato com a
comissão local e claro como diretor né para avisar que tá indo lá, mas então a
comissão local é comunicada organiza o espaço avisa Qual a data possível material
disponível e tudo mais então. A Comissão local ela tem essa atribuição. E aí põe
tem os membros acho que não vale a pena se ter aos membros né E aí por fim.
Comissão local- por unidade, fazer acontecer o PDI no Campus não apresentou os
sujeitos
M03 só um esqueminha então como eu tava falando antes para você depois que a
gente tem os objetivos estratégicos preocupados a gente vai definir todos os
Capítulos do PDI a quem que vai elaborar os capítulos as comissões específicas
tendo que cada comissão específica dentro dos seus membros lembre vai ter um
edital que daí todo mundo vai concorrer selecionou seis pessoas dentre as seis
Escolhe um presidente da Comissão específica e essa comissão específica tem um
acompanhamento de um membro da comissão Central aqui é importante ressaltar
para vocês que a primeira atribuição da comissão específica é produzir um plano de
ação com cronograma com data tudo perfeitinho até para facilitar esse
acompanhamento aqui de função das atividades
M03 Ah então não esqueminha também dessa forma aí vai ter realizar as
comissões por favor Everton e aqui algumas datas do cronograma que a gente tava
como perder está algumas etapas já foram concluídas que por exemplo era
aprovada metodologia no cogire no consup a partir de hoje hoje a partir de hoje
Central E aí com a comissão Central constituída já pode ser dado o início para o
planejamento da comissão de planejamento estratégico e começar o trabalho de
discussão missão visão valores e objetivos estratégicos inclusive posteriormente a
230
nossa pró-reitora vai propor aqui a primeira discussão desses conceitos da com a
participação de todos vocês de todo mundo que está nos assistindo e para deixar
todo mundo tranquilo quem não pode participar hoje também vai ter um momento
posterior para participar desses conceitos Mas enfim Então a gente tem eu vou eu
vou me até realização de um seminário sobre o plano seminário tá acontecendo hoje
né 30.
tempo, rápido
M03 O que é importante dizer que a gente vai ter então depois desse seminário
depois da elaboração dos objetivos de trabalhos a constituição, ali tava entre uma
das etapas me perdoe porque a gente foi, Da elaboração dos objetivos estratégicos
mas a data final é até o final deste ano né então a gente colocou como meta
terminar este ano ainda missão visão valores e objetivos estratégicos para que daí a
gente já possa constituir os capítulos e já apresentam a o edital de abertura para
constituição das comissões específicas para o início do ano que vem né então a
gente teria lá no início do ano que vem a constituição das comissões específicas e
pensamos em março justamente para para resguardar todo mundo período de férias
que a gente sabe que é um período complicado então lá em primeiro de março final
de Fevereiro quem tem interesse em participar das comissões específicas já fica
atento que vai ser lançado o edital e aí o término dos trabalhos mais ou menos por
agosto tá a gente coloca mais ou menos a gente gostaria de cumprir tudo isso a
terminar a entrega de cada um dos Capítulos até agosto para que em setembro a
gente possa fazer uma análise final contando aí revisão gramatical e tudo mais né
para daí conseguir encaminhar tudo para o Consup dia 31 de outubro 2018 eu
brinquei esses dias né o consumo já tem uma reunião marcada por ano que vem tá
31/10 não sei se vai se cumprir mas a ideia do 31 do dez porque pessoal é para
entrar nas festividades da semana do Servidor Ah então a ideia que a gente consiga
entregar na semana do Servidor e a Claro que a gente tem um bom tempo para
mandar para Brasília para que eles também tem um processo externo Mas ele tem
231
que aprovar o nosso ele ir e a gente consiga entrar em 2019 com tudo redondinho
tudo certinho tá então a gente acredita que é um período suficiente para Brasília tá o
trâmite devido e correto para realização da atividade.
M03 pessoal eu tentei ter bem breve bem rápido porque a gente já discutiu isso
dentro desse consulta era mais para tentar Esclarecer também para quem está nos
assistindo É mas o que é só para resumir bem rapidamente então toda essa
conversa é de que nós invertemos a lógica né a gente tá partindo então da
elaboração da missão visão valores e objetivos estratégicos para os demais
capítulos no na última vez a gente até fez o perfil institucional visão valores e missão
numa praia etapa mas aí se construiu os capítulos para depois de trocar os objetivos
estratégicos então a gente inverter um pouco a lógica porque acreditamos que isso
vai qualificar o nosso trabalho tá que a gente vai ter um capítulo a luz do que é
nosso objetivo estratégico a gente acha que facilita a elaboração do documento
ficamos à disposição para qualquer dúvida esclarecimentos e eu sei que eu já andei
um pouco demais já vou passar para professora Nidia.
AP02 quando a professora Carla iniciou a fala dela ela comentou da importância da
participação de toda a comunidade acadêmica e da comunidade externa do Instituto
para elaboração do plano de desenvolvimento institucional no plano
desenvolvimento institucional 2019 1926 foram 50 reuniões presenciais e as
atividades que a gente começa hoje a gente fazia em todas as unidades usando o
quadro onde cada um falava as palavras importantes entre nós não temos nem
recursos orçamentários nem como fazer tudo isso nós procuramos uma estratégia
232
que nos possibilitar realizar o trabalho conversando com todos mas tem termos o
deslocamento da forma como feito anteriormente.
participação online
AP02 então o Gustavo vai projetar o Everton a ferramenta que a gente vai utilizar e
eu vou explicar rapidamente como que vai ser nós vamos fazer esse esse momento
porque a gente tá fazendo hoje aqui nós vamos realizar em todas as unidades do
Instituto em momentos posteriores ao dia de hoje nos próximos 30 dias vamos ter
coletados no resultado do trabalho de hoje e de outras 11 unidades que farão o
mesmo trabalho Vamos colocar todas essas questões no repositório na página
institucional e vamos passar para com Através de um acesso de uma ferramenta de
coleta de dados.
AP02 eu vou pedir que quem está nos assistindo até aqui no celular ou no
computador www.menti.com ferramenta.
E aí a gente vai abrir um tempo para todo mundo digitar aquilo que considera
importante passa o outro por favor não tava bem rapidinho
que que é o PDI documento construído com a Ampla participação de servidores dos
estudantes, é um instrumento de planejamento de gestão e considera a missão da
instituição a filosofia do trabalho a missão A que se propõe as diretrizes
pedagógicas bem como a estrutura organizacional
Esse é o detalhamento para pedir que a gente tem no Ministério da Educação nas
resumo publicado em 2004 passa por favor e a gente tem algumas Bases legais que
eu não vou ler no documento que o conselho aprovou na última reunião lá tem o
artigo 16 do Decreto 5773 com tudo aquilo que é compulsório na elaboração do
documento plano de desenvolvimento institucional para o outro a gente vai começar
então a trabalhar hoje com a atualização de 3.600 o conceito de Missão o conceito
233
AP02A missão que nós temos hoje essa aqui promover a educação profissional
científica e tecnológica com foco na formação integral do cidadão e no
desenvolvimento sustentável
quem acha que deve manter essa visão quando abrir a pergunta lá no mente vai
digitar manter quem acha que a missão deve ter atualizada vai digitar uma única
palavra em cada um um daqueles espaços que tem ali
quem acha que deve intervir mais uma palavra digita quem acha que essa parte
deve ficar como está a escrever manter
um minuto e meio
AP02 - Então quem entende que a gente Deva manter por meio do ensino pesquisa
então vai escrever manter quem deseja trazer outra palavra para além de ensino
pesquisa e extensão desejar acrescentar algo para ser atualizado e novação ou
alguma outra palavra vai digitar lá. por meio do ensino pesquisa e extensão manter
ou atualizar valendo um minuto e meio tecnológica tecnologia revolucionar
qualidade.
AP02 -
Os valores DO iIFFar devem ser enunciados de forma simples e direta para que as
pessoas possam usá-los como algo inspirador que contribua para a compreensão da
missão os valores essenciais norteadores da gestão que inspira o comportamento
das pessoas que nela atuam e bem divulgados eles promovem a reflexão que
orienta a atitude das pessoas influencia o seu comportamento no dia a dia da
organização
Bibliográfico tecnologia com Josias vai ficar famoso hoje interação comunidade
Ecologia formação de gestores fórum curricularização iniciação científica comento
articulação Regional articulada com ensino integração e internacionalização
comunidade de pertencimento integrada social bateria com a comunidade de
desenvolvimento local regionalização região empatia com a comunidade e
associações e projetos integrados recursos e qualificar curricularizar inovação são
as palavras que estão aparecendo mais e Aqui nós temos o maior número de o
maior número de palavras quase um minuto e meio deixamos o campo que ainda
não completaram um minuto e meio e vamos para outra prioridade que nós
elencamos e novação
o que você considera prioridade para inovação no período de 2019 até 2026
qualificação Minute mail e a próxima Até que Campos que ainda estão no delay
continuo respondendo a próxima prioridade é servidores
servidores que vocês escolheram outra palavra que não tenha sido citado aí nas
prioridades agora vocês vão
valendo um minuto e meio Júlio de Castilhos que manifestou geografia aí São João
do Barro Preto Comissões meritocracia novos cursos integrados suco em Santo
Augusto núcleo de arte da revisão do ponto mestrado para técnicos administrativos
em educação menos comissões formação infraestrutura Reitoria fora de Santa Maria
greve geral eficiência essa é uma prioridade para Campos em Santa Maria
Como ela já colocou a ideia né ela dá ele pontapé inicial de acordo com a
metodologia que esse mesmo conselho aprovou comentando então a refletir sobre
Missão visão valores e prioridade para o período de vigência do PDI.
Evidentemente que essa é uma ferramenta aberta Então ela permite que algumas
pessoas com senso de humor mas ampliado que o meu coloca em algumas
palavras que não tem absolutamente nada a ver com que nós estamos discutindo
aqui né mas isso faz parte do contexto democrático faz parte do contexto de
participação e Inclusive a equipe que tá trabalhando com essa ferramenta
identificaram que a um filtro de a gente pode bloquear palavrões mas
lamentavelmente essa ferramenta ela não contempla língua portuguesa né então
então ela é absolutamente aberta mesmo né e eu tenho certeza que vai ser vai ser
uma uma estratégia que vai nos permitir a participação efetiva das pessoas mesmo
que a gente não consiga com muita periodicidade em reunir presencialmente todos
os nossos servidores todos os nossos estudantes EA sociedade civil organizada
ainda tratando do né
Nós temos então agora é que finalizar a composição da comissão Central Porque
conforme nós mesmos aprovamos precisávamos da indicação dos membros da
comissão Central que não são nem a retorno nenhum pró-reitores e nem os
diretores gerais né membros é eles são determinados pelos outros antes de cada
um dos cargos mais a nossa a nossa comissão Central ela prevê ainda a presença
243
Então dessa forma está constituída nós estaremos com data de hoje a portaria
constituindo a comissão e dessa forma temos condições de comentar então a
começar não tá continuidade ao trabalho que que começamos nessa tarde com
relação ao PDI e o consulto conselheiros e conselheiras Existe alguma informação
adicional alguma questão que ainda queiram faltar para que nós então encerramos
este momento e retomemos a pauta do Conselho então a gente agradece muito né a
participação de todas as pessoas que puderam participar dessa interação que
tivemos aqui tanto os membros presentes nossos colegas da Reitoria que
acompanham ou aqui no auditório ou nos seus locais de trabalho os nossos colegas
e estudantes do campus que participaram conosco Lembrando que esse foi só o
primeiro momento e e a partir de agora a comunidade acadêmica deve ter
apropriado esse processo para ajudar a construir o futuro do Instituto Federal
Farroupilha Muito obrigado a todos que a gente então enterra a transmissão redes
sociais e retomamos a nossa pauta da reunião do conselho superior retornando.
ANEXOS
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Parabéns! Você tem uma linda tese e uma contribuição gigante a tua instituição!