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BNB Conhecimentos Bancarios Teoria 480 Questoes Gabaritadas
BNB Conhecimentos Bancarios Teoria 480 Questoes Gabaritadas
NORDESTE
CONHECIMENTOS
BANCÁRIOS
Teoria + 480 Questões
Gabaritadas
CÓDIGO 171158
CÓDIGO 171594
CÓDIGO:
2403115871M
TIPO DE MATERIAL:
E-book
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
03/2024
Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos
de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
BNB – Conhecimentos Bancários
Teoria + 480 Questões Gabaritadas
SUMÁRIO
BNB 2024 – CONHECIMENTOS BANCÁRIOSTEORIA E 480 QUESTÕES GABARITADAS. . . . . . . 8
1. INTRODUÇÃO E ESCLARECIMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3. MERCADO FINANCEIRO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. DINÂMICA DO MERCADO: OPERAÇÕES NO MERCADO INTERBANCÁRIO . . . . . . . 11
5. LIQUIDEZ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
7. MERCADO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
8. CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
9. BANCO CENTRAL DO BRASIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
10. COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
11. CONTA CORRENTE: ABERTURA, MANUTENÇÃO, ENCERRAMENTO,
PAGAMENTO, DEVOLUÇÃO DE CHEQUES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
12. CADASTRO DE EMITENTES DE CHEQUES SEM FUNDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
13. SERVIÇO DE COMPENSAÇÃO DE CHEQUE E OUTROS PAPÉIS. . . . . . . . . . . . . . . 27
14. DEPÓSITOS À VISTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
15. DEPÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
16. CADERNETA DE POUPANÇA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
17. FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
18. FIANÇA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
19. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
20. PLANOS DE APOSENTADORIA E DE PREVIDÊNCIA PRIVADOS FECHADOS. . . . . 38
21. FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (FAT): BASE LEGAL, FINALIDADES,
REGRAS, FORMA DE ATUAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
22. COBRANÇA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
23. CONVÊNIOS DE ARRECADAÇÃO/PAGAMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
24. SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
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1. INTRODUÇÃO E ESCLARECIMENTOS
Seja muito bem-vindo(a) ao curso de Conhecimentos Bancários para o concurso do
Banco do Nordeste do Brasil, para o cargo de Analista Bancário 1, de nível médio. Este
curso foi elaborado levando em conta o conteúdo programático exigido no Edital BNB
Cesgranrio n. 1 de 26/01/2024. O período de inscrições para a prova foi estipulado entre
o dia 02/02/2024 até o dia 09/03/24. A data provável de aplicação das provas objetiva e
discursiva será o dia 28/04/2024, domingo, em período e horário ainda a serem definidos.
Esta apostila contempla o conteúdo programático de Conhecimentos Bancários. No total
serão 97 itens. Também estão inseridos 480 exercícios gabaritados, oriundos de provas
aplicadas pela Cesgranrio e por outras bancas em concursos anteriores, divididos em quatro
blocos: o primeiro bloco com 120 questões mais recentes da Cesgranrio; o segundo, com
120 questões da Cesgranrio menos recentes; o terceiro, com 150 questões mais recentes
de outras bancas; e finalmente, o quarto, com 150 questões menos recentes de outras
bancas. Todas as questões aqui inseridas têm a ver com o conteúdo programático que
consta no Edital BNB 2024. Em cada um dos blocos, é feita uma consideração geral de todo
o conteúdo programático de conhecimentos bancários. Esforce-se para resolver cada uma
das questões, procurando entender o que justifica uma alternativa ser errada ou certa.
Para você, nosso(a) aluno(a), estarei à disposição no Fórum de Dúvidas disponibilizado na
plataforma do Gran Cursos Online. Participe do Grupo de Estudos Carreiras Bancárias no
Facebook (disponível em: bit.ly/Gran_bancarias), onde me coloco à disposição de todos
para o esclarecimento de qualquer dúvida, sejam nossos alunos ou não. Estude e realize
os seus sonhos!
Conte com a minha experiência profissional (trabalho em bancos desde 1968), com o
meu comprometimento para a sua aprovação, com o meu auxílio e com a minha parceria.
Fique na paz!
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O Sistema Financeiro Nacional – SFN tem a função básica de fazer o encontro dos
superavitários (doadores de recursos) com os deficitários (tomadores de recursos).
Para que isso ocorra, existem intermediários financeiros legalmente autorizados a
realizar esses encontros. São os operadores do SFN. Eles fazem com que os que têm sobra
de dinheiro encontrem alternativas no sentido de onde aplicar esses recursos financeiros.
Esses recursos são repassados para os agentes econômicos que necessitam de dinheiro
para atender às suas necessidades de consumo, que podem ser de caráter pessoal, bem
como para a ampliação da capacidade produtiva das empresas.
A intermediação financeira implica captar os recursos dos superavitários, repassando-
os para os deficitários.
Os intermediários financeiros ganham juros ou comissões, a depender da operação
financeira que realizarem.
Os superavitários, ao aplicarem seus recursos, em geral, esperam auferir rendimentos
positivos. Os deficitários pagam juros pelos recursos que tomam emprestados.
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Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN é composto por
três grandes ramos:
• moeda (monetário), crédito, capitais e câmbio;
• seguros privados; e
• previdência fechada.
Composição e Segmentos do Sistema Financeiro Nacional
Seguros Previdência
Moeda, Crédito, Capitais e Câmbio
Privados1 Fechada
Normativos
Nacional de de Previdência
Conselho Monetário Nacional – CMN
Seguros Privados Complementar –
– CNSP CNPC
Supervisoras
Superintendência
Entidades
Comissão
Superintendência Nacional de
de Valores
Banco Central do Brasil – Bacen de Seguros Previdência
Mobiliários –
Privados – Susep Complementar –
CVM
Previc
Entidades
Bancos fechadas de
Seguradoras e
e Caixas Corretoras e distribuidoras2 previdência
resseguradores
Econômicas complementar
(fundos de pensão)
Operadores
Entidades
Cooperativas Administradoras Bolsas de abertas de
–
de crédito de consórcios Valores3 previdência
complementar
Demais Bolsas de
Instituições de Sociedades de
instituições não Mercadorias e –
pagamento capitalização
bancárias Futuros
1
Aqui estão inseridos a previdência complementar aberta e os títulos de capitalização.
2
Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras, também são fiscalizadas pela CVM.
3
A única bolsa de valores e a única bolsa de mercadoria e futuros em funcionamento no Brasil é a B3 S.A. – Brasil, Bolsa,
Balcão.
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Entidades supervisoras
Executam o que foi determinado pelos órgãos normativos, cabendo-lhes supervisionar,
fiscalizar, acompanhar e punir os operadores do sistema financeiro, dentro das atribuições
definidas para cada uma delas.
São as seguintes instituições:
• Banco Central do Brasil – Bacen;
• Comissão de Valores Mobiliários – CVM;
• Superintendência de Seguros Privados – Susep; e
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.
3. MERCADO FINANCEIRO
• Mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda
escritural, aquela depositada em conta corrente.
• Mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo de pessoas
em geral e para o funcionamento das empresas.
• Mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos
de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos.
• Mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira.
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Mercado interbancário
Como o próprio nome diz, mercado interbancário é um mercado em que só atuam os
bancos. Nele, os compradores e vendedores de dinheiro atuam oferecendo como lastro,
como garantia, títulos privados, em especial os CDIs.
Os Certificados de Depósito Interbancário são títulos emitidos pelas instituições
financeiras monetárias e não monetárias, que lastreiam, que servem de garantiam, nas
operações realizadas no mercado interbancário.
Quando um banco emite um CDI, ele está reconhecendo uma dívida, e ele diz no CDI
quando irá pagá-la e por qual taxa de juros irá remunerar aquela dívida.
As características de um CDI são as mesmas que as de um Certificado de Depósito
Bancário – CDB, mas a negociação do CDI é restrita ao mercado interbancário.
O mercado interbancário acontece fora do âmbito do Bacen, e não há incidência de
imposto. Não existem contratos formalizando as operações, que são fechadas por meio
eletrônico e registradas no segmento Cetip da B3 Brasil Bolsa Balcão.
As negociações entre os bancos geram a Taxa CDI, ou DI, referência para a maior parte
dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark (referência)
do mercado.
A Taxa DI-over, ou DI-diária, ou DI-efetiva, é obtida ao se calcular a média ponderada das
taxas das transações prefixadas, com prazo de um dia efetuadas na B3 entre instituições
financeiras.
5. LIQUIDEZ
São três os conceitos de liquidez:
• quantidade de dinheiro na economia;
• capacidade de honrar compromissos financeiros;
• possibilidade de transformar algo em dinheiro.
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• Controle da taxa de juros – quanto maior a taxa de juros, menos pessoas estarão
dispostas a tomar dinheiro emprestado, resultando em menos moeda na economia.
Alguns defendem que o redesconto e a emissão de moeda também são instrumentos
de política monetária.
Mercado secundário
É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos no mercado primário,
ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a compra e a venda. Não envolve mais o
emissor nem a entrada de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é
gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos.
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Sua sede fica em Brasília e tem representações nas capitais dos estados do Rio Grande
do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.
É o principal órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional.
É por meio do Bacen que o governo intervém diretamente no Sistema Financeiro.
A autonomia do Banco Central foi sancionada por meio da Lei Complementar n. 179,
de 24 de fevereiro de 2021. A citada Lei estabeleceu que o presidente e os diretores do BC
terão mandatos fixos de quatro anos, não coincidentes com o do presidente da República.
O objetivo principal do Bacen é assegurar a estabilidade de preços. Seus objetivos
secundários, perseguidos quando não houver prejuízo ao objetivo principal, são: zelar pela
estabilidade e eficiência do Sistema Financeiro; suavizar as flutuações do nível de atividade
econômica; e fomentar o pleno emprego.
Sua diretoria colegiada será composta por nove membros – presidente e oito diretores;
todos serão indicados e nomeados pelo presidente da República, após aprovação pelo
Senado Federal; e todos deverão ter reputação ilibada e conhecimentos que os qualifiquem
para a função.
O mandato do presidente e dos diretores do Bacen será de quatro anos, não coincidentes
com o do presidente da República; os mandatos dos diretores terão início de forma alternada
(dois por ano); e o presidente e os diretores poderão ser reconduzidos uma vez ao cargo.
O presidente e os diretores podem ser exonerados se houver enfermidade que os
incapacite para a função; a pedido; quando apresentarem comprovado e recorrente
desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central; e se houver
condenação transitada em julgado por crimes que impeçam exercício de cargos públicos.
Com a autonomia implantada pela LC n. 179/2021, o Bacen deixou de ter vinculação
a qualquer ministério. Ele é uma autarquia de natureza especial, com autonomia técnica,
operacional, administrativa e financeira.
No primeiro e no segundo semestres de cada ano, o presidente do Bacen deverá apresentar
ao Senado Federal os relatórios de inflação e de estabilidade financeira. O Bacen continua
também a divulgar comunicados e atas das decisões de política monetária, indicadores de
conjuntura e outras informações.
A fixação de meta para a inflação continua ser de responsabilidade do CMN.
As principais atribuições do Bacen, previstas na Lei n. 4.595/1964, dos art. 8º ao 15, são:
• formular, executar, acompanhar e controlar as políticas monetária, cambial, de crédito
e de relações financeiras com o exterior;
• emitir moeda-papel e moeda metálica;
• organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional;
• organizar, disciplinar e fiscalizar o Sistema de Consórcio;
• realizar a gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);
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Emissor do dinheiro
O Bacen gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir para a população
o fornecimento adequado de dinheiro em espécie. Possui o monopólio para a emissão de
moeda. Cuida do orçamento monetário, emissão e saneamento do meio circulante.
É o executor da política cambial.
É responsável pelo funcionamento regular do mercado de câmbio, a estabilidade relativa
das taxas de câmbio e o equilíbrio do balanço de pagamentos.
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O cidadão, por sua vez, pode escolher a instituição que lhe apresente as condições mais
vantajosas para firmar tal contrato.
É admitida a abertura de conta de depósitos com base em processo de qualificação
simplificado, desde que estabelecidos limites adequados e compatíveis de saldo e de aportes
de recursos para sua movimentação.
As informações de identificação e de qualificação dos titulares de conta de depósitos e
de seus representantes, quando houver, devem ser mantidas atualizadas pelas instituições.
A abertura e o encerramento de conta de depósitos podem ser realizados com base
em solicitação apresentada pelo cliente por meio de qualquer canal de atendimento
disponibilizado pela instituição financeira para essa finalidade, inclusive por meios eletrônicos,
não se admitindo o uso de canal de telefonia por voz.
Consideram-se meios eletrônicos os instrumentos e os canais remotos utilizados para
comunicação e troca de informações, sem contato presencial, entre clientes e as instituições.
O interessado em abrir uma conta de depósitos deve tomar alguns cuidados antes de
abri-la. Além de verificar se a instituição financeira é autorizada a funcionar pelo BC, é
recomendável que tome os seguintes cuidados:
• comparar as diferentes modalidades de conta oferecidas pelo banco umas com as
outras, bem como com as modalidades disponíveis em outras instituições financeiras;
• verificar se a modalidade de conta a ser contratada é adequada ao seu perfil de uso;
• ler atentamente o contrato de abertura de conta; e
• não assinar nenhum documento nem dar seu aceite eletrônico antes de esclarecer
todas as dúvidas, inclusive as referentes a tarifas e outros encargos.
Após contratar a abertura da conta, é recomendável que se guarde cópia do contrato,
dos documentos, protocolos, autenticações eletrônicas e outros controles obtidos ou
utilizados durante os procedimentos de abertura da conta.
As regras de abertura e funcionamento das contas, incluindo as formas de movimentação,
são livremente instituídas em contrato firmado entre cliente e IF, respeitadas as informações
mínimas que devem constar nesse contrato.
Há requisitos mínimos que devem constar nos contratos de abertura de conta firmados
entre clientes e instituições financeiras a fim de estabelecer as regras operacionais a respeito
do funcionamento das contas de depósitos:
• procedimentos para identificação e qualificação do(s) titular(es) da conta;
• características da conta e regras básicas de seu funcionamento, inclusive com relação
às formas disponíveis de movimentação, aos procedimentos para cobrança de tarifas
e aos prazos para fornecimento de comprovantes e de outros documentos;
• medidas de segurança para fins de movimentação da conta;
• os direitos e deveres dos titulares;
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Manutenção e encerramento
Sendo um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma conta bancária pode
ser mantida ou encerrada por iniciativa de qualquer uma das partes envolvidas.
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve:
• comunicar o fato, solicitando a regularização do saldo e a devolução dos cheques por
acaso em poder do correntista;
• anotar a decisão na ficha-proposta.
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas informações
prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o fato imediatamente ao Banco Central.
No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta depende da decisão do próprio
banco, mas não poderá continuar fornecendo talão de cheque a você.
Quando a iniciativa do encerramento for do cliente, ele deverá observar os
seguintes cuidados:
• entregar ao banco correspondência solicitando o encerramento da sua conta, exigindo
recibo na cópia, ou enviar pelo correio, por meio de carta registrada;
• verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para evitar que seu nome
seja incluído no CCF pelo motivo 13 (conta encerrada);
• entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou apresentar declaração
de que as inutilizou;
• manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos assumidos com a
instituição financeira ou decorrentes de disposições legais.
A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo encerramento da conta,
por correspondência ou por meio eletrônico.
O Banco Central não pode bloquear ou desbloquear valores em contas.
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II – Impedimento ao pagamento:
Motivo Descrição
Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio de folhas de cheque
20
em branco.
Contra-ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento pelo emitente ou
21
pelo portador.
22 Divergência ou insuficiência de assinatura.
Cheques emitidos por entidades e órgãos da Administração Pública federal direta e indireta,
23 em desacordo com os requisitos constantes do art. 74, § 2º, do Decreto-Lei n. 200, de 25
de fevereiro de 1967.
24 Bloqueio judicial ou determinação do Bacen.
25 Cancelamento de talonário pelo participante destinatário.
28 Cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio, após efetiva emissão.
70 Sustação ou revogação provisória.
IV – Apresentação indevida:
Motivo Descrição
41 Cheque apresentado a banco que não o sacado.
Cheque devolvido anteriormente pelos motivos 21, 22, 23, 24, 31, 34 e 71, não passível de
43
reapresentação em virtude de persistir o motivo da devolução.
44 Cheque prescrito.
Cheque emitido por entidade obrigada a realizar movimentação e utilização de recursos
45
financeiros do Tesouro Nacional mediante Ordem Bancária.
48 Cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem reais), emitido sem a identificação do beneficiário.
49 Remessa nula, caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido pelos motivos 12,
13, 14, 43, 44, e 72.
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Trata-se de uma dívida do setor privado que permite aos bancos captarem recursos de
pessoas físicas e jurídicas.
A rentabilidade vem dos juros pagos pela instituição ao cliente pelo empréstimo do
dinheiro ao fim do contrato. A aplicação inicial varia conforme o banco.
Ambos caracterizam uma operação de depósito a prazo, que pode ser formalizada por
um banco múltiplo, comercial, de investimento ou sociedade de crédito, financiamento e
investimento (essa somente na forma de RDB).
É um investimento de renda fixa, que pode ser contratado com taxa pré-fixada ou taxa
pós-fixada.
O CDB pode ser transferido para outra pessoa até o vencimento, possibilitando a sua
negociação no mercado secundário.
O resgate antes do vencimento pode ocorrer caso o banco emissor concorde em resgatá-
lo antecipadamente. Isso pode gerar a perda dos rendimentos previstos inicialmente. Esses
investimentos podem ter a incidência de quatro alíquotas distintas de Imposto de Renda
na Fonte sobre os seus rendimentos, conforme o prazo da aplicação:
Alíquota Prazo da aplicação
22,5% Até 180 dias
20,0% Entre 181 dias e 360 dias
17,5% Entre 361 dias e 720 dias
15,0% 721 dias ou mais
Há incidência de IOF sobre os rendimentos das aplicações financeiras com prazo inferior
a trinta dias. Isto é, ele só será cobrado caso o investidor aplique seu dinheiro e faça o
resgate antes de o investimento completar um mês.
A partir de trinta dias, porém, não há mais IOF. Assim, é relativamente fácil se livrar
desse imposto, basta não resgatar o dinheiro antes de um mês de aplicação.
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Depósitos Remuneração
Até 03/05/2012 0,5% a.m. ou 6,17% a.a. + TR
Taxa Selic (meta)
A partir de maior que 8,5% a.a. menor ou igual a 8,5% a.a.
04/05/2012
0,5% a.m. ou
70% da Selic a.m. + TR
6,17% a.a. + TR
A abertura da poupança e os depósitos podem ser feitos em qualquer dia do mês, sendo
que as contas abertas nos dias 29, 30 e 31, bem como os depósitos realizados nesses dias,
começam a contar rendimento a partir do primeiro dia do mês seguinte.
Os rendimentos obtidos por pessoas físicas e jurídicas “não tributadas” não pagam
imposto de renda.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pagam o imposto de renda sobre
os rendimentos auferidos.
Os riscos em aplicar na poupança são quase inexistentes.
Não há risco de liquidez, visto que o valor depositado pode ser sacado a qualquer
momento. O risco de crédito é minimizado por ser garantido pelo Fundo Garantidor do
Crédito – FGC até o limite de R$ 250.000,00.
Os rendimentos de depósitos efetuados em cheque, desde que esses não sejam devolvidos,
começam a ser contados a partir do dia depósito, e não a partir da liberação do cheque.
É vedada às instituições financeiras a cobrança de qualquer remuneração a título de
manutenção de contas de poupança, sem exceção. Os bancos só podem cobrar as tarifas
previstas na Resolução do CMN n. 3.919, de 25 de novembro de 2010.
Serviços essenciais (sem cobrança):
• fornecimento de cartão com função débito;
• fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto nos casos decorrentes de
perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis à instituição emitente;
• realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa ou em terminal de
autoatendimento;
• realização de até duas transferências, por mês, para conta de depósitos de mesma
titularidade;
• fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a movimentação dos últimos
trinta dias;
• realização de consultas mediante utilização da internet;
• fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extrato consolidado, discriminando,
mês a mês, os valores cobrados no ano anterior relativos a tarifas; e
• prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no caso de contas cujos contratos
prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos.
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Acessibilidade
Pequenos recursos representam baixa atratividade em um mercado que movimenta
cifras expressivas. Os fundos, por agruparem reduzidos volumes de muitos aplicadores,
acabam por permitir que pequenos investidores tenham acesso a mercados os quais
requerem grandes volumes de recursos para serem acessados.
Diversificação
Os valores movimentados pelos fundos permitem maior diversificação dos ativos
financeiros que compõem as carteiras e, com isso, oferecem a seus cotistas a oportunidade
de, em conjunto, investirem em aplicações financeiras (ativos de renda fixa ou variável),
com potencial redução do risco.
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Liquidez
Essa característica possibilita realizar saques a qualquer momento. Os resgates dos
fundos podem ser feitos em qualquer data, sem perda de rendimentos. A maioria dos fundos
tem liquidez diária, o que oferece ao cliente uma tranquilidade a mais na administração de
eventuais necessidades de caixa.
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O fundo classificado como “renda fixa” deve possuir, no mínimo, 80% da carteira em
ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá
nome à classe.
Fundos multimercado
Deve ter políticas de investimento que envolva vários fatores de risco sem o compromisso
de concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes.
Esse tipo de fundo pode aplicar em ativos indexados a taxas de juros DI/Selic, índices
de preços, câmbio, dívida externa e ações.
Podem cobrar taxa de performance. Podem usar derivativos para alavancagem.
Fundo cambial
Deve possuir um mínimo de 80% de sua carteira em ativos relacionados diretamente, ou
sintetizados via derivativos, com o seu principal fator de risco, que é a variação de preços
de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
Fundo de ações
Deve ter, no mínimo, 67% da carteira em ações admitidas à negociação em mercado
organizado ou bônus e recibo de subscrição, certificado de depósito de ações, cota de
fundos de ações, cotas de fundos de índices de ações e BDR2 com nível II e III.
O principal fator de risco da carteira é a variação dos preços das ações.
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Gestor
É o responsável pelas decisões de investimento do fundo, realizadas com base na
política de investimento definida para o fundo e dentro dos parâmetros definidos no seu
regulamento. Pessoa natural ou jurídica autorizada pela CVM para o exercício profissional
de administração de carteiras de valores mobiliários, contratada pelo administrador em
nome do fundo para realizar a gestão profissional de sua carteira.
Distribuidor
É o intermediário contratado pelo administrador em nome do fundo para realizar a
distribuição de suas cotas. É o responsável por vender as cotas do fundo aos investidores. É o
agente que tem o contato direto com o cotista e, portanto, é o responsável por conhecer as
necessidades e características do investidor, além de fazer todo o procedimento antilavagem
de dinheiro. Como as cotas dos fundos de investimento são consideradas valores mobiliários,
o distribuidor deve fazer parte do Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários.
São distribuidores:
• as instituições financeiras;
• as SCTVM;
• as SDTV; e
• os agentes autônomos de investimento.
Custodiante
É a instituição contratada pelo administrador do fundo que faz a guarda dos ativos que
compõem a carteira do fundo, além de executar as movimentações financeiras do fundo.
Auditor independente
As demonstrações contábeis dos fundos devem ser auditadas anualmente por auditoria
independente registrada na CVM, observadas as normas que disciplinam o exercício dessa
atividade. A despesa com a auditoria é encargo do fundo de investimento.
Quem? O que faz?
Administrador Responsável legal perante a CVM.
Gestor Quem toma as decisões de investimentos.
Custodiante Guarda e contabiliza os ativos.
Distribuidor Quem vende as cotas para os investidores.
Auditor independente Faz a análise das demonstrações financeiras do fundo.
18. FIANÇA
É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém, chamado fiador,
garante o cumprimento da obrigação do devedor.
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Segundo a regra geral, contida no art. 897, parágrafo único, do Código Civil brasileiro, o
aval parcial é vedado. Todavia, é possível haver exceções, desde que haja previsão na legislação
especial. Dessa forma, como há lei específica tratando do cheque, da nota promissória e
da letra de câmbio, o aval parcial é admitido nesses títulos de crédito.
O avalista é responsável da “mesma maneira” que a pessoa por ele avalizada, a saber:
• a natureza da obrigação do avalista é a mesma da do avalizado, mas o avalista não
toma o lugar do avalizado;
• a responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula por qualquer
razão;
• o avalista é devedor solidário cambiário.
Para cancelar o aval, basta riscá-lo, apagá-lo ou sobrescrever expressões como “cancelado”,
“não vale” etc. O aval, após o vencimento do título, produz idênticos efeitos.
É anulável o aval sem a outorga conjugal (marido ou consorte), exceto no regime de
casamento de separação absoluta de bens.
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22. COBRANÇA
Trata-se de uma prestação de serviços voltada para o setor privado.
Entende-se por cobrança a ação de cobrar ou receber uma dívida.
As empresas podem promover a cobrança de seus títulos mercantis de várias formas,
entre as quais:
• recebimento por meio da tesouraria;
• cobrança no local do estabelecimento ou da residência do cliente (devedor),
• utilizando cobradores; e a
• cobrança através de estabelecimentos bancários ou financeiros.
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Vantagens do produto
Para o banco:
• aumento de depósitos à vista, pelo crédito das liquidações;
• aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços;
• consolidação do relacionamento com o cliente;
• inexistência do risco de crédito nessa prestação de serviço.
Para o cliente
• capilaridade da rede bancária;
• não há necessidade de o devedor (sacado) dirigir-se à empresa para o pagamento;
• a empresa não precisa contratar cobradores;
• crédito imediato do título recebido, a menos que algum float tenha sido negociado;
• consolidação do relacionamento com o banco;
• garantia do processo de cobrança, inclusive com o protesto do título, quando necessário.
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Vantagens do produto
Para o banco:
• aumento de aplicações graças aos valores arrecadados, com consequente aumento
das receitas;
• atrativo para a conquista de novos clientes;
• ancoragem do cliente no banco (domicílio bancário).
Para o cliente/instituição pública:
• certeza do rigor no cumprimento das cláusulas contratuais;
• eliminação de custos administrativos;
• segurança e tranquilidade no manuseio dos valores.
Para o cliente/contribuinte:
• comodidade do recolhimento/pagamento do tributo num domicílio bancário;
• financiamento/remuneração dos recolhimentos;
• segurança dos serviços executados;
• eliminação da perda de tempo e do trabalho de pagamento em diferentes órgãos
públicos;
• possibilidade do agendamento através do débito em conta.
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O STR, operado pelo BCB, é um sistema de liquidação bruta em tempo real onde há
a liquidação final de todas as obrigações financeiras no Brasil. São participantes do STR
as instituições financeiras, as câmaras de compensação e liquidação e a Secretaria do
Tesouro Nacional.
Com esse sistema, o país ingressou no grupo daqueles em que transferências de
fundos interbancárias podem ser liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e
incondicional. Além disso, qualquer transferência de fundos entre as contas dos participantes
do STR passou a ser condicionada à existência de saldo suficiente de recursos na conta do
participante emitente da transferência. Para que haja liquidez e consequentemente um
melhor funcionamento do sistema de pagamentos no ambiente de liquidação em tempo
real, três aspectos são especialmente importantes:
• o BCB concede, às instituições financeiras participantes do STR, crédito intradia
na forma de operações compromissadas com títulos públicos federais, sem custos
financeiros;
• utilização pelos bancos dos saldos do recolhimentos compulsórios ao longo do dia
para fins de liquidação de obrigações, já que a verificação de cumprimento é feita
com base em saldos de final do dia; e
• acionamento pelo BCB de rotina para otimizar o processo de liquidação das ordens
de transferência de fundos mantidas em filas de espera no âmbito do STR.
Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias,
com consequente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de
uma instituição financeira provoque a quebra em cadeia de outras, no chamado “efeito
dominó”. Até abril de 2002, para mitigar tal risco e não propagar a falta de liquidez de um
participante aos outros, muitas vezes o BCB bancava operações a descoberto em conta
Reservas Bancárias, o que significava elevar o risco de não receber os recursos em caso
de liquidação da instituição financeira, consequentemente, provocando prejuízo para a
sociedade brasileira. Com as alterações nos procedimentos, houve significativa redução
do risco de crédito incorrido pelo BCB.
A reforma de 2002, entretanto, foi além dessas modificações. Para redução do risco
sistêmico, que era o objetivo maior da reforma, foram igualmente importantes algumas
alterações legais.
A base legal relacionada com os sistemas de liquidação foi fortalecida por intermédio da
Lei n. 10.214, de março de 2001, que, entre outras disposições, reconhece a compensação
multilateral e possibilita a efetiva realização de garantias no âmbito desses sistemas
mesmo no caso de insolvência civil de participante. Caso uma entidade opere algum sistema
sistemicamente importante, é necessário que atue como contraparte central e, ressalvado
o risco de emissor, assegure a liquidação dessas operações em seu sistema.
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As entidades que atuam como contraparte central devem adotar adequados mecanismos
de proteção, dependendo do tipo de sistema e da natureza das operações cursadas em
seus sistemas, e devem ser autorizadas pelo BCB. O princípio da entrega contra pagamento
é observado em todos os sistemas de compensação e de liquidação de títulos e valores
mobiliários. No caso de operação em câmara de compensação e de liquidação envolvendo
moeda estrangeira, o princípio de pagamento contra pagamento também é observado.
Após a implantação das reformas de 2002, o Banco Central do Brasil iniciou um projeto
institucional de modernização de pagamentos de varejo. O processo gerou os relatórios
Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo do Brasil, em 2005, e o Relatório sobre a
Indústria de Cartões de Pagamentos, em 2010, apontado ineficiências e sugerindo melhorias
no mercado de pagamentos de varejo, culminando com edição da Lei n. 12.865/2013.
Em decorrências das novas competências atribuídas pela referida lei, o Conselho Monetário
Nacional e o Banco Central do Brasil editaram normas disciplinando arranjos e instituições
de pagamento. Esse novo arcabouço normativo buscou estabelecer condições mínimas para
a oferta segura de serviços de pagamento, estimular a competição, com a entrada de novos
atores, potencializando o surgimento de modelos mais competitivos e eficientes, criando,
portanto, um ambiente mais inclusivo e favorável a inovações em pagamentos de varejo.
O CMN estabeleceu as diretrizes a serem observadas pelo BCB na regulamentação,
supervisão e vigilância e, em linha com os objetivos estabelecidos pela lei, e direcionou as
ações dessa autarquia no sentido de promover a interoperabilidade, a inovação, a solidez,
a eficiência, a competição, o acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas,
o atendimento às necessidades dos usuários finais e a inclusão financeira.
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Não é banco comercial nem banco múltiplo, embora tenha algumas das carteiras dos
bancos múltiplos. É caixa econômica.
Um atributo da Caixa é o seu cunho social, caracterizando-se cada vez mais como a
instituição financeira de apoio ao trabalhador de baixa renda.
Ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas
áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte.
É a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do governo
federal para habitação popular e saneamento básico.
Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis,
emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio
do empréstimo sob penhor de bens pessoais e da venda de bilhetes de loteria federal.
Centraliza o recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos oriundos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
É o principal agente do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, atuando no financiamento
da casa própria, principalmente no segmento de baixa renda.
Os recursos previstos para o SFH são originados, principalmente, do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS), cadernetas de poupança e de fundos próprios dos agentes
financeiros.
A Caixa tem alternado diversos programas de financiamento a aquisição ou construção
da casa própria ao longo do tempo, procurando melhor viabilizar o acesso da população
mais pobre à moradia.
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Sua missão é “desenvolver uma Amazônia Sustentável com crédito e soluções eficazes”.
Possui a visão de “ser o principal Banco de fomento da Amazônia, moderno, com colaboradores
engajados e resultados sólidos”.
Tem os seguintes valores institucionais: integridade – ética e transparência, meritocracia,
desenvolvimento sustentável, valorização do cliente, decisões técnicas e colegiadas além
de eficiência e inovação.
O Basa administra o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO),
caracterizando-se como uma fonte estável de recursos de longo prazo para o crédito
de fomento.
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Para cumprir sua missão institucional, o Basa detém exclusividade do FNO, criado pela
Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei n. 7.827/1989. O FNO representa o
principal instrumento econômico-financeiro para o financiamento das atividades econômicas
desenvolvidas em bases sustentáveis na região Norte. Seus recursos são oriundos de 0,6%
da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e do imposto
sobre produtos industrializados.
Outras fontes de recursos de fomento do Banco têm como funding recursos do BNDES,
Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), Fundo da Marinha Mercante (FMM),
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), OGU, FAT, Recursos Obrigatórios, Caderneta
de Poupança Rural e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Os financiamentos concedidos têm contribuído, decisivamente, para:
• a redução do êxodo rural;
• a criação de novas oportunidades de trabalho;
• a mitigação da pobreza e a inclusão social;
• o fortalecimento da economia de base familiar;
• o crescimento das micro e pequenas empresas;
• o incremento do valor bruto da produção e do PIB regionais;
• a elevação da arrecadação tributária estadual;
• a diminuição das desigualdades intra e inter-regionais, entre outros benefícios.
Como administrador do Fundo Constitucional do Norte (FNO), o Basa tem o desafio
de aplicar o crédito de fomento em bases sustentáveis numa região reconhecida por sua
extensão territorial e abundante biodiversidade. O FNO abrange os sete estados da região
Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), abrangendo 45,3% do
território brasileiro. É operacionalizado por meio de seis programas de financiamento, que são:
• Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (FNO – Pronaf);
• Programa de Financiamento do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (FNO –
Amazônia Sustentável);
• Programa de Financiamento para Manutenção e Recuperação da Biodiversidade
Amazônica (FNO – Biodiversidade);
• Programa de Financiamento às Micro e Pequenas Empresas e Microempreendedores
Individuais (FNO – MPEI);
• Programa de Financiamento em Apoio à Agricultura de Baixo Carbono (FNO – ABC); e
• Programa de Financiamento Estudantil (FNO – FIES).
As diretrizes estratégicas do FNO priorizam os segmentos produtivos de menor porte como:
• agricultura de base familiar;
• empreendimentos que utilizem matérias-primas e trabalho local;
• produção de alimentos básicos para consumo da população e projetos sustentáveis.
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É vedado:
• operar em aceites de títulos cambiários para colocação no mercado de capitais;
• constituir, administrar e gerir fundos de investimentos;
• financiar loteamento de terrenos e construção de imóveis para revenda ou incorporação,
salvo as operações relativas à implantação de distritos industriais; e
• adquirir imóveis não destinados a uso próprio, exceto nas hipóteses admitidas pela
legislação e pela regulamentação.
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Pessoa física
Dados pessoais: nome completo, número de CPF/número do RG, profissão, filiação, data
de nascimento, nacionalidade, estado civil, regime de casamento, número de dependentes
e endereço.
Dados profissionais: empresa onde trabalha, endereço comercial, data de admissão,
cargo e renda.
Dados do cônjuge: nome, empresa onde trabalha, cargo, renda e endereço comercial.
Fontes de referência: pessoais, comerciais, bancárias, cartões de crédito etc.
Bens imóveis: casas, apartamentos, terrenos, fazendas etc., com discriminação do valor
de mercado, área, endereço, existências de ônus, com confirmação por meio de certidão
de registro do cartório de imóveis.
Outros bens: veículos, títulos, poupança etc.
Seguros: tipo de seguro, valor e vencimento das apólices.
Participação em empresa: nome e CNPJ da empresa de que participa, capital social e
percentual de participação.
Pessoa jurídica
Identificação da empresa: denominação social, nome de fantasia, endereço, data de
constituição, capital social, controle acionário, número do CNPJ e do registro na Junta
Comercial.
Atividade da empresa: ramo de atividade, número de empregados, principais produtos
vendidos, compras do último exercício, vendas dos últimos exercícios (percentual de vendas
no mercado interno e no mercado externo).
Acionistas, sócios ou titular: acionistas, sócios ou titulares da empresa – identificados
nominalmente – com número do CPF e RG, nacionalidade e participação no capital social.
Diretores ou sócios gerentes: diretores e gerentes da empresa, com número do CPF,
cargos que ocupam e respectivos poderes que lhes são conferidos.
Participações em empresas: empresas de que participa, incluindo nome, CNPJ, sede,
capital social e o percentual sobre o capital votante.
Participação dos sócios/diretores: empresas de que participam, citando nome, CNPJ,
cargo, período de mandato etc.
Seguros: nome da seguradora, modalidade, valor e vencimento das apólices em nome
da empresa.
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Elementos do crédito
Tendo por base a confiança, a concessão de crédito também é baseada em dois elementos
fundamentais:
• a vontade do devedor de liquidar suas obrigações dentro das normas contratuais
estabelecidas;
• a habilidade do devedor de assim fazê-lo.
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Requisitos do crédito
Os requisitos que são levados em conta na concessão do crédito podem ser resumidos
nos denominados “Cs” do crédito, a saber:
• caráter – é efetivamente o caráter do tomador, seu histórico de crédito, se é pontual,
impontual ou inadimplente em seus compromissos anteriores;
• capacidade – é o potencial do solicitante para quitar o crédito solicitado;
• condições – envolve fatores externos ao tomador, integrando o macroambiente onde
ele atua e foge ao seu controle, diz respeito às condições econômicas e setoriais
vigentes, assim como elementos especiais que possam afetar tanto o solicitante
como o credor (medidas políticas econômicas, fenômenos naturais, riscos de mercado,
competitividade);
• capital – referente à situação econômica e financeira do solicitante; e
• colateral – são as garantias envolvidas no empréstimo proposto.
Há ainda um outro “C”, mais voltado para a pessoa jurídica, em especial para grandes
grupos, grandes empresas, grandes corporações, que vem a ser o:
• conglomerado – envolve a análise do grupo econômico-financeiro, visto que não basta
conhecer a situação de uma empresa, mas é preciso conhecer também as coligadas
e controladoras para se ter um conceito a respeito da solidez do conjunto.
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Risco operacional
É o risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou
sistema de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema.
Risco sistêmico
É o risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema
de transferência, ou em geral nos mercados financeiros, possa fazer com que outros
participantes ou instituições financeiras não sejam capazes, por sua vez, de cumprir com
suas obrigações (incluindo as obrigações de liquidação em um sistema de transferência)
no vencimento.
Tal inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e, como
resultado, ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros.
Risco de liquidez
É o risco de a instituição tornar-se incapaz de honrar suas obrigações ou de garantir
condições para que sejam honradas.
Pode ser separado em dois tipos:
• risco de liquidez de financiamento, que se refere à capacidade de ajustar desequilíbrios
no fluxo de caixa por meio de novas captações de recursos; e
• risco de liquidez de mercado, que se refere à capacidade de liquidação de posições
abertas em tempo hábil, na quantidade suficiente e a preço justo.
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A avaliação do risco do cliente é feita por meio da análise dos seis “Cs” do crédito já
vistos anteriormente.
Mesmo com uma cuidadosa avaliação cadastral pelo profissional da área de crédito, após
a realização do negócio, podem ocorrer mudanças na capacidade do honrar sua dívida, sendo
necessário o permanente acompanhamento do cliente, com vistas a ser adotada eventual
medida a fim de preservar as perspectivas do retorno normal dos capitais emprestados.
O risco da operação pode ser minimizado dando-se especial atenção e cuidado quando
da elaboração dos instrumentos de crédito que formaliza a liberação de recursos a fim de
prevenir eventual erro humano que ocasione o não preenchimento correto do documento,
cabendo colher as assinaturas do devedor e do fiador ou avalista, bem como vinculando
adequadamente as garantias que forem oferecidas.
Financiamentos
É também um contrato entre o cliente e a instituição financeira, mas com destinação
específica, como, por exemplo, a aquisição de veículo ou de bem imóvel.
Descontos
É operação típica dos bancos, por meio da qual o banco (descontador) antecipa ao
cliente (descontário) o valor de um crédito contra terceiros, ainda não vencido, de que se fez
cessionário, deduzindo desse valor a importância correspondente às despesas e juros pelo espaço
intercorrente desde a data da antecipação até o vencimento do título que foi descontado.
Adiantamentos
São as operações realizadas pelos bancos para cobrir eventuais saques a descoberto
efetuados pelos clientes por conta de:
• cheques apresentados na compensação ou mesmo diretamente na boca do caixa; e/ou
• débito de alguma prestação, título, seguros etc.
• O cliente está sujeito ao pagamento de tarifa punitiva e uma elevada taxa de juros
pelo excedente.
Trata-se de operação não recomendada pelo Banco Central do Brasil por considerá-la
uma prática lesiva à boa gestão de uma instituição financeira, em razão de ser um crédito
sem nenhuma prerrogativa técnica, seja na concessão, no limite e nas garantias.
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Atualmente, os contratos têm sido firmados com a incidência somente de juros pré-
fixados, e não há prazo máximo para serem realizados.
Existe um tipo especial de CDC, chamado CDC-i, que é o Crédito Direto ao Consumidor
com a interveniência do lojista vendedor.
A palavra “interveniência” significa, segundo o Dicionário Aurélio, entre outros conceitos,
que há prática de intervenção. Esse CDC é chamado dessa maneira porque o lojista vendedor
intervém na operação, garantindo-a. Caso o financiado não pague, caberá ao lojista quitar
o financiamento.
O financiamento não é realizado somente com a participação da financeira e do cliente
comprador do produto que estiver sendo vendido.
Esse tipo de operação atende aos interesses de lojas varejistas que tradicionalmente
fazem vendas a prazo. Como essas lojas não são instituições financeiras, elas não podem
financiar seus compradores. Assim, esses lojistas firmam contratos com instituições
financeiras que assumem o compromisso de financiar as vendas desses varejistas.
Quando da formalização do contrato com o lojista, a instituição financeira passa a contar
com o lojista, garantindo adicionalmente a operação, além da garantia real do produto
vendido, quando ele fica vinculado ao financiamento na forma de alienação fiduciária.
O risco de crédito é menor nesse tipo de operação, refletindo numa menor taxa de juros
para o financiado.
Para o comprador, isso é interessante, pois este contrata o financiamento diretamente
na loja onde estiver comprando, sem haver a necessidade de procurar alguma financeira
que possa financiar suas compras.
O lojista tem a vantagem de receber à vista o valor das vendas, que serão pagas
parceladamente à financeira pelo seu cliente comprador.
Base legal
A Res. CMN n. 4.721, de 30/05/2019, dispõe sobre a constituição e o funcionamento
de sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte. A Lei
Complementar n. 123, de 14/12/2006, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa
e da Empresa de Pequeno Porte.
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Finalidade
Tem o objetivo de oferecer crédito e outros produtos financeiros que permitam às
pessoas de baixa renda condições que construam uma base sólida a qual aumente seus
ativos e ajude-as a sair, permanentemente, de sua situação econômica precária, por meio
da geração de trabalho e renda em condições estáveis.
Atuação
Atuam oferecendo serviços financeiros adequados e sustentáveis para população de
baixa renda, tradicionalmente excluída do sistema financeiro tradicional, com utilização
de produtos, processos e gestão diferenciados.
Segundo o Sebrae, as instituições microfinanceiras (IMF) também podem ser classificadas
de acordo com a forma de atuação:
Instituições de primeiro piso – referem-se às instituições, inclusive as não reguladas
pelo Bacen – que atuam de forma direta junto aos micros e pequenos empreendimentos,
independentemente de sua forma jurídica de organização.
Instituições de segundo piso – as instituições de segundo piso são formadas por entidades
reguladas pelo Bacen, e têm maior capacidade de captação de recursos junto ao público
em geral e/ou de investidores qualificados. Entre as entidades dessa classificação, o Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, BDMG, Desenbahia e o Badesc.
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Supondo que uma madeireira venda uma quantidade de mercadoria para um fabricante
de móveis, concedendo um prazo de trinta dias para que o comprador efetue o pagamento
do valor da compra.
Termos utilizados nas operações de desconto de títulos:
Madereira Fábrica de Móveis Banco
Vendedor Comprador Cessionário
Sacador Sacado Descontante
Credor Devedor
Emitente
Titular
Beneficiário
Cedente
Descontário
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Cartão diferenciado
É o cartão de crédito que, além de permitir o pagamento de compras, está associado
a programas de benefícios e recompensas.
O preço da anuidade do cartão diferenciado deve abranger, além da utilização do
cartão para o pagamento de compras, também a participação do usuário nos programas
de benefícios e recompensas associados ao cartão.
É opção do cliente contratar o cartão básico ou o cartão diferenciado.
Tanto um como o outro podem ser nacional e/ou internacional.
O cartão de crédito pode ser emitido para pessoas físicas ou para pessoas jurídicas. No
caso de pessoa jurídica, os cartões serão emitidos em nome dos sócios e/ou funcionários,
podendo constar o nome da empresa que assume a responsabilidade perante o emissor.
As instituições podem cobrar de pessoas naturais basicamente cinco tarifas referentes
à prestação de serviços de cartão de crédito, a título de serviços prioritários:
• anuidade;
• emissão de segunda via do cartão;
• uso do cartão para saque em espécie;
• uso do cartão para pagamento de contas (por exemplo, faturas e boletos de cobranças
de produtos e serviços); e
• pedido de avaliação emergencial do limite de crédito.
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O valor da tarifa da anuidade do cartão básico nacional deve ser inferior ao da tarifa
da anuidade do cartão básico internacional.
É permitida também a cobrança de tarifas pela prestação dos serviços chamados de
diferenciados:
• envio de mensagem automática relativa à movimentação ou lançamento em cartão
de crédito;
• fornecimento de plástico de cartão de crédito em formato personalizado; e
• fornecimento emergencial de segunda via de cartão de crédito.
O limite de crédito concedido ao cliente é livremente definido pela instituição e deve ser
compatível com o perfil do cliente, devendo ser informado nas faturas e/ou demonstrativos
encaminhados ao cliente.
Se a instituição decidir alterar os limites de crédito, sem pedido prévio do cliente, há
duas situações possíveis:
• no caso de redução, ela deve comunicar previamente o interessado, com, no mínimo,
trinta dias de antecedência;
• no caso de aumento, deve haver concordância prévia do cliente.
O cliente pode, a qualquer tempo, solicitar a alteração desse limite, cabendo à instituição
analisar se concede ou não.
Não há um limite máximo para as taxas de juros cobradas pela instituição financeira que
fornece o cartão de crédito. As taxas de juros são livremente pactuadas entre as instituições
financeiras e os clientes.
Hoje não existe percentual mínimo de pagamento da fatura estipulado pelo CMN. Cabe
às administradoras de cartões de crédito definirem o percentual mínimo a ser pago pelo
seu cliente, como achar melhor.
Esse percentual de pagamento mínimo da fatura poderá ser livremente pactuado entre
a instituição e o cliente. Caso haja alteração desse percentual pela instituição emissora
do cartão, o cliente deverá ser comunicado, com, no mínimo, trinta dias de antecedência.
O crédito rotativo no cartão de crédito é uma modalidade de crédito para financiamento
da fatura de cartão de crédito, sem data e parcelas definidas para pagamento pelo cliente,
concedido quando há pagamento inferior ao valor total da fatura, mas superior ou igual ao
mínimo mensal convencionado. A utilização do crédito rotativo sujeita o titular do cartão
ao pagamento de juros e demais encargos.
Com a entrada em vigor da Resolução n. 4.549, de 03/04/2017, o saldo devedor da
fatura de cartão de crédito, quando não pago integralmente até o vencimento, somente
pode ser mantido em crédito rotativo até o vencimento da fatura subsequente (em geral,
trinta dias).
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Cartão co-branded
Cartão afinidade
É um tipo de cartão de crédito emitido por um varejista e usualmente válidos apenas para
a realização de compras com este varejista ou em qualquer estabelecimento credenciado.
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Os cartões de lojas varejistas, conhecidos como private label, emitidos por empresas com
destinação exclusiva para a aquisição de seus próprios bens ou serviços, não são arranjos
de pagamento e não estão sujeitos à regulação e à supervisão do Banco Central.
Charged card
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Vantagens
• Abertura de conta corrente gratuita;
• Créditos escalonados e crescentes com juros baixos;
• Seu empréstimo é liberado de uma só vez em até sete dias úteis;
• Atendimento personalizado: nosso agente de microcrédito vai até você;
• Orientação empresarial.
Seu empréstimo pode ser renovado e evoluir até R$ 21.000,00, de acordo com a estrutura
do seu negócio e capacidade de pagamento.
Condições
Para obter seu empréstimo, você precisa:
• ser maior de idade;
• ter ou querer iniciar uma atividade comercial; e
• ter faturamento de até R$ 360 mil ao ano.
Para crédito em grupo, é preciso reunir um grupo de amigos empreendedores, que
morem ou trabalhem próximos e que confiem uns nos outros. Essa união possibilita o aval
solidário, que é a garantia conjunta para o pagamento das prestações.
Para crédito individual é necessária a garantia de coobrigado.
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Documentos necessários
• CPF;
• documento de Identificação com foto;
• comprovante de Residência atual.
O Crediamigo tem atuação fundamentada nas diretrizes do Programa Nacional de
Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) do governo federal, que tem a finalidade de
incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores.
O Banco do Nordeste possui acordo com a empresa Camed Microcrédito e Serviços Ltda.
para operacionalização do programa Crediamigo. A empresa parceira atende em toda a área
de atuação da instituição.
A metodologia adotada na operacionalização do Crediamigo é a do microcrédito produtivo
orientado, que consiste em:
• atendimento, por pessoas treinadas, aos empreendedores formais ou informais, com
o objetivo de efetuar o levantamento socioeconômico para definição das necessidades
de crédito;
• relacionamento direto dos agentes de microcrédito com os empreendedores, no
próprio local de trabalho;
• prestação de serviços de orientação sobre o planejamento do negócio;
• o Banco do Nordeste atua em primeiro nível, acompanhando, supervisionando e
fiscalizando o cumprimento do termo de parceria, e proporcionando o apoio necessário
à Camed Microcrédito para que o objeto do termo de parceria seja alcançado em
toda a sua extensão.
É também uma responsabilidade do Banco do Nordeste o deferimento das propostas
de crédito encaminhadas e a liberação das parcelas concedidas aos beneficiários.
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O que financia
• Atividades agropecuárias e não agropecuárias, de acordo com projetos específicos
ou propostas de financiamento;
• Atividades agrícolas ou pecuárias de base agroecológica, podendo abranger um ou
todos os empreendimentos a serem desenvolvidos no estabelecimento no prazo de
um ano;
• Aquisição de animais para recria e engorda. O projeto ou proposta de financiamento
deve comprovar que os demais fatores necessários ao bom desempenho da exploração
são suficientes, especialmente, alimentação, aguadas, instalações, mão de obra e
equipamentos;
• O crédito de custeio pode conter verbas para manutenção do mutuário e de sua família,
para aquisição de animais destinados à produção necessária à sua subsistência, compra
de medicamentos, agasalhos, roupas e utilidades domésticas, construção ou reforma
de instalações sanitárias e outros gastos indispensáveis ao bem-estar da família;
• O crédito pode conter verbas para manutenção de infraestrutura de rede, de
plataformas de soluções digitais de gestão de dados e conectividade, quando
relacionadas à atividade financiada.
Origem dos recursos
• Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);
• Poupança rural;
• Recursos obrigatórios.
Setor industrial
É composto pelas fábricas, pelas indústrias.
Está inserido no setor secundário da economia.
A indústria tem a finalidade de transformar matérias primas, geralmente oriundas do
setor primário, em vários tipos de produtos.
As indústrias são muito importantes para o desenvolvimento do país.
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Um país desenvolvido tem um setor industrial muito grande, pois geralmente abrange
o país inteiro e até outros países.
O setor industrial é um grande termômetro da nossa economia. Se ele vai mal, a economia
sofre, se ele vai muito bem, a economia avança.
Setor agroindustrial
A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-
primas provenientes da agricultura, da pecuária, da aquicultura ou da silvicultura.
O grau de transformação varia amplamente em função dos objetivos das empresas
agroindustriais.
Para cada uma dessas matérias-primas, a agroindústria é um segmento da cadeia que
vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor.
Em comparação a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa
originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias-primas:
• sazonabilidade;
• perecibilidade;
• heterogeneidade.
Comércio
O comércio é troca de valores ou de produtos, visando o lucro. O comércio pode ser
varejista, quando vende as mercadorias diretamente ao consumidor, ou atacadista, quando
compra do produtor para vender aos varejistas.
O varejo é atividade comercial situada no elo final da cadeia que liga o produtor e
consumidor. Geralmente, é no varejo que os consumidores obtêm as mercadorias de que
necessitam para reproduzir sua vida individual e social.
Por sua vez, o atacado é o comércio em grande escala, realizado entre produtores, grandes
empresas de comércio e varejistas, para que o produto possa chegar ao consumidor final.
Prestação de serviços
Esse setor da economia reúne todas as atividades formais e informais associadas ao
comércio e à prestação de serviços, como segurança, limpeza, finanças, turismo, educação e
outros. É uma das áreas mais importantes da economia, por compreender ofícios essenciais
à sociedade e, ainda, por alocar grande parte da mão de obra.
Tem importância produtiva e econômica, uma vez que alia produtos e serviços essenciais
a outros setores da economia e à sociedade, e é responsável por boa parte do PIB dos países,
sobretudo os desenvolvidos, e pela concentração da mão de obra.
Cresce de forma proporcional à industrialização, à urbanização e ao desenvolvimento
tecnológico, que, por um lado, gera novas profissões e, por outro, extingue postos de
trabalho e obriga a realocação de trabalhadores.
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Finalidades
Atender as necessidades de recursos das empresas para investimento fixo e capital de
giro associado, entendendo-se como:
• investimento fixo – capital (dinheiro) para as empresas investirem naquilo que é
fixo, permanente, imobilizado (infraestrutura);
• capital de giro associado – capital que as empresas necessitam no dia a dia, tem
a ver com o circulante, com o ciclo operacional da empresa, com as suas atividades
corriqueiras; diz-se associado porque fica vinculado ao investimento fixo, ou seja, ao
financiamento liberado para atender a necessidade de capital fixo.
Às vezes a empresa consegue montar uma excelente infraestrutura, mas não tem
recursos para fazer essa infraestrutura funcionar. O capital de giro associado atende essa
necessidade.
Beneficiários
As empresas legalmente constituídas que desenvolvam atividades industriais,
agroindustriais, comerciais e de prestadores de serviços.
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Finalidades
O FNE é um instrumento de política pública federal operado pelo Banco do Nordeste
que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, por meio
da execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com
o Plano Regional de Desenvolvimento, possibilitando, assim, a redução da pobreza e das
desigualdades.
O FNE, juntamente com os outros Fundos Constitucionais, pode ser considerado como
um dos principais instrumentos de financiamento da Política Nacional de Desenvolvimento
Regional (PNDR) visando, sobretudo, a contribuir para o desenvolvimento econômico e
social do Nordeste, por meio de instituição financeira federal de caráter regional, mediante
a execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com
os respectivos planos regionais de desenvolvimento.
Financia investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio.
Além dos setores agropecuário, industrial e agroindustrial, também são contemplados com
financiamentos os setores de turismo, comércio, serviços, cultural e infraestrutura.
Regras
O Fundo é operacionalizado em respeito às diretrizes legais, tais como:
• destinação de pelo menos metade dos recursos para o semiárido;
• ação integrada com as instituições federais sediadas na região;
• tratamento preferencial aos mini, micro e pequenos empreendedores;
• preservação do meio ambiente;
• conjugação do crédito com a assistência técnica;
• democratização do acesso ao crédito e apoio às atividades inovadoras.
Na medida em que o Fundo prioriza o atendimento a mini e pequenos produtores rurais, a
micro e pequenas empresas, à região semiárida e aos municípios localizados em microrregiões
de baixa renda, dinâmicas e estagnadas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento
Regional (PNDR), reforça-se a importância desse instrumento de política de fomento para o
desenvolvimento. Dessa forma, o planejamento da ação desenvolvimentista e a integração
de políticas, programas e ações em múltiplas escalas, desde o intraurbano ao mesorregional,
são fundamentais para assegurar uma maior eficiência na utilização dos recursos públicos
e maior efetividade na intervenção nas economias locais.
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Administração
A legislação do FNE define o Banco do Nordeste, juntamente com o Ministério da
Integração Nacional (MI) e o Conselho Deliberativo da Sudene (Condel/Sudene), como
responsáveis pela administração do Fundo.
O Banco do Nordeste, com ativa participação da Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste (Sudene) e do Ministério da Integração Nacional (MI), instituições com as
quais compartilha a administração do FNE, planeja e coordena o processo de elaboração
da Programação Regional do FNE, documento composto pelas condições gerais, programas
e pelo plano de aplicação de recursos.
Finalidades
Tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem
com o desenvolvimento econômico do setor industrial, inclusive por meio de financiamento
a operações de:
• compra e venda de máquinas e equipamentos de produção nacional, abrangendo
serviços associados à comercialização dos itens financiados, tais como frete, instalação
e treinamento, bem como seguro e capital de giro associado;
• exportação e importação de máquinas e equipamentos.
Regras
O financiamento acontece por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para
produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação que
sejam novos, de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES.
Forma de atuação
O programa contempla:
a) na modalidade “financiamento à compradora” – aquisição de máquinas e equipamentos
nacionais novos;
b) na modalidade “financiamento à fabricante” – financiamento à produção de máquinas
e equipamentos, bem como a sua comercialização, desde que os bens já tenham sido
negociados com os respectivos compradores. Em ambos os casos, os equipamentos deverão
se encontrar cadastrados na FINAME.
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Público-alvo
Empresas de controle nacional (pessoas jurídicas e empresários registrados na junta
comercial) e pessoas jurídicas brasileiras de controle estrangeiro.
• Não são passíveis de atendimento pela FINAME os seguintes setores: empreendimentos
imobiliários, tais como edificações residenciais, time-sharing, hotel-residência e
loteamento; comércio de armas; atividades bancárias e/ou financeiras; motéis, saunas,
termas e boates; mineração que incorpore processo de lavra rudimentar ou garimpo;
jogos de prognósticos e assemelhados; edição de jornais e outros periódicos; produção,
beneficiamento, industrialização ou comercialização de fumo; beneficiamento de
madeiras nativas não contempladas em licenciamento e planos de manejo sustentável;
ações e projetos sociais contemplados com incentivos fiscais.
Fonte dos recursos
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por intermédio de sua
subsidiária, a Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME).
Prazos
Até sessenta meses, inclusive carência de até 24 meses, podendo o prazo total ser elevado
no caso de aquisição de locomotivas, vagões ferroviários de carga e ônibus de passageiros.
O prazo é determinado conforme a capacidade de pagamento do proponente.
Encargos
Tarifas de contratação e IOF cobrados conforme a regulamentação e perfil das empresas.
Garantias
As garantias serão, cumulativa ou alternativamente, compostas por garantias reais e
fidejussórias, em função do prazo, valor e pontuação obtida na avaliação de risco do cliente
e do projeto. Será obrigatória a alienação fiduciária do bem financiado.
Linhas de crédito
As condições financeiras de uma operação realizada pelo Produto BNDES Finame
dependerão da linha de financiamento utilizada. As linhas disponíveis para o BNDES
Finame são:
• Micro, pequenas e médias empresas – aquisição de bens de capital: apoio à aquisição
de máquinas e equipamentos nacionais novos, exceto ônibus e caminhões, para micro,
pequenas e médias empresas.
• Micro, pequenas e médias empresas – aquisição de ônibus e caminhões (ônibus e
caminhões): apoio à aquisição de ônibus e caminhões, para micro, pequenas e médias
empresas, e para transportadores autônomos de cargas.
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• trata-se de uma propriedade limitada, que só serve para os fins previstos na lei; e
resolúvel, pois retorna automaticamente ao devedor fiduciante, no momento em
que for paga a última prestação;
• a alienação fiduciária aplica-se a bens móveis e a imóveis.
É considerada uma garantia real sui generis, porque não se exerce sobre coisa alheia, mas
sobre coisa própria, ou seja, o financiado, ou devedor fiduciante, dá em alienação um bem
móvel ou imóvel ao credor fiduciário, que se torna proprietário e possuidor indireto da coisa,
ficando o devedor fiduciante com a posse direta, na qualidade de usuário e depositário.
Essa transferência, porém, é apenas em garantia, tornando-se sem efeito,
automaticamente, logo que a última prestação é paga. Essa é a condição resolutiva expressa.
O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
• o total da dívida, ou sua estimativa;
• o prazo, ou a época do pagamento;
• a taxa de juros, se houver;
• a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
64. HIPOTECA
É um direito real de garantia, ou seja, a garantia recai sobre os imóveis, de propriedade
do devedor ou de terceiros.
O devedor oferece um bem imóvel (em regra), seu ou de terceiros.
Há bens que se movem, mas que podem ser objeto de hipoteca:
• os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles (tratores, máquinas agrícolas e
demais acessórios);
• navios;
• aeronaves;
• as estradas de ferro com as máquinas.
A coisa hipotecada permanece com o devedor.
O credor é chamado de credor hipotecário.
A hipoteca é feita mediante contrato acessório e formal, abrangendo todas as acessões,
melhoramentos ou construções do imóvel.
É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado. Todavia, pode
convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel for alienado.
O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo
título, em favor dele ou de outro credor.
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A nota promissória é um título de dívida líquida e certa, cuja origem não se discute,
sendo, portanto, um título de crédito autônomo que vale por si só, independentemente,
e não possibilitando maiores indagações ou questionamentos quanto à causa ou origem.
Requisitos essenciais
São considerados requisitos essenciais da nota promissória:
• a denominação “nota promissória”, inserida no próprio texto, expressa na língua
empregada para a redação;
• a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
• o nome da pessoa a quem deve ser paga;
• a indicação da data em que a nota promissória foi passada;
• a assinatura do emitente ou de mandatário com poderes especiais.
A época e o lugar do pagamento e o lugar da emissão não são considerados requisitos
essenciais.
A nota promissória em que não se indica a época do pagamento será pagável à vista. Na
falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o
lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor (emitente) da
nota promissória. A nota promissória que não contenha indicado o lugar onde foi passada
considera-se como tendo sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor (emitente).
67. DUPLICATA
A duplicata é um título genuinamente brasileiro, só existindo em nosso país. É um título
de crédito especial, regulamentado por lei própria, a Lei n. 5.474/1968 e suas alterações.
A duplicata é um título de crédito emitido com base em transação decorrente de compra
e venda mercantil ou de prestação de serviços. Ou seja, a duplicata se origina da celebração
de uma transação a prazo de compra e venda mercantil a ela anterior, sendo emitida de
forma facultativa pelo vendedor contra o comprador.
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Características da duplicata
A duplicata mercantil contempla duas figuras que a integram: o sacador e o sacado. O
sacador é o vendedor da mercadoria e deverá ser comerciante, e o sacado é o comprador.
Logo, o sacador emite a duplicata em seu favor e contra o sacado.
Podem figurar na duplicata outras duas figuras: o endossante e o avalista.
A duplicata, como título formal que é, poderá circular por meio de endosso. O primeiro
endossante do título, como é óbvio, será o vendedor, que emite a duplicata em benefício
próprio contra o comprador. O endosso em preto transfere a propriedade da duplicata.
São os seguintes os requisitos essenciais da duplicata:
• a denominação “duplicata”, a data de emissão e o número de ordem;
• o número da fatura;
• a data certa do vencimento, ou a declaração de ser a duplicata à vista;
• o nome e o domicílio do vendedor e os do comprador;
• a importância a pagar, em algarismo e por extenso;
• a praça de pagamento;
• a cláusula à ordem (diferentemente dos outros títulos de crédito, a duplicata não
pode ser emitida com a cláusula não à ordem);
• campo destinado à declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação
de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial;
• a assinatura do emitente.
A duplicata é um documento de emissão facultativa, que tem liquidez e certeza e que
representa um valor que poderá ser exigido por seu possuidor.
O aceite dado pelo comprador mediante a assinatura na duplicata é uma maneira de
reconhecer a exatidão desta e a obrigação de realizar o seu pagamento.
Em certas circunstâncias, poderá o comprador deixar de aceitar a duplicata:
• avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues
por sua conta e risco;
• vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias,
devidamente comprovados;
• divergências nos prazos ou nos preços ajustados.
Quando o comprador se recusar a aceitar a duplicata, deve devolvê-la com uma justificativa
escrita de sua recusa.
A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou falta de pagamento.
O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título.
O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo
de trinta dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os
endossantes e respectivos avalistas.
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Lugar de pagamento
Dispõe o art. 2º da Lei Uniforme relativa ao cheque: “Na falta de indicação especial, o lugar
designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento. Se
forem indicados vários lugares ao lado do nome do sacado, o cheque é pagável no primeiro
lugar indicado”.
Na ausência dessas indicações ou de qualquer outra indicação, o cheque é pagável no
lugar onde o sacado tem o seu estabelecimento principal.
O cheque sem indicação do lugar de sua emissão considera-se passado no lugar designado
ao lado do nome do emitente.
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Endosso
O endosso é a forma em que o beneficiário transfere a propriedade de um cheque
nominativo à ordem, mediante assinatura no verso do documento. O endosso pode ser
feito por pessoa física maior ou emancipada ou por pessoa jurídica.
O endosso pode ser em branco ou em preto.
Endosso em branco é aquele em que o beneficiário apenas apõe sua assinatura no verso
do cheque, sem mencionar um novo beneficiário.
Até 31 de dezembro de 2007, devido à Lei da Contribuição Provisória sobre Movimentações
Financeiras – CPMF, extinta naquela data, não se admitia a transferência por endosso
em branco.
Endosso em preto é aquele em que o beneficiário apõe sua assinatura no verso do
cheque, mencionando o novo beneficiário.
O endosso pode ser dispensado:
• para depósito em nome do beneficiário indicado no anverso do cheque ou do beneficiário
final indicado no verso do cheque;
• para depósito ou pagamento de compromisso em nome do emitente, no caso de cheque
nominativo ao banco no qual o emitente deve efetuar o depósito ou o pagamento
do compromisso.
Cruzamento
Para maior segurança do portador e do sacador foi instituído o cruzamento de cheques,
que poderá ser feito por qualquer um dos interessados: beneficiário, emitente ou sacado
(banco). O cruzamento impede o saque do cheque em espécie no guichê.
Cruzamento de cheque é a aposição de duas linhas paralelas no anverso, tornando-o
pagável pelo sacado apenas a banco ou a cliente do sacado. Ressaltamos que a Lei do Cheque
não estabelece tamanho para as linhas que compõem o cruzamento; portanto, mesmo
duas pequenas linhas paralelas no canto do anverso (frente) do cheque já caracterizam o
cruzamento.
O cruzamento pode ser em branco ou em preto, conforme explicamos a seguir:
• cruzamento em branco não contém na entrelinha o nome do banco, sendo, portanto,
pagável a qualquer banco;
• cruzamento em preto contém na entrelinha o nome do banco a que deve ser pago,
sendo portanto apresentável única e exclusivamente ao banco mencionado entre
as linhas.
É vedado o acolhimento por um banco de cheque com cruzamento em preto de outro banco.
A Lei não admite a anulação do cruzamento; qualquer declaração nesse sentido não
surtirá efeito algum. Admite-se a transformação do cruzamento em branco em cruzamento
em preto; entretanto, o contrário não é admitido.
A Lei admite também a chamada Cláusula para ser levada em conta, que consiste em
uma anotação no anverso do cheque, estabelecendo a finalidade para a qual o emitente
deseja que seja utilizado este cheque.
As mais comuns são “para depósito em conta corrente”, “apenas para pagamento ao
favorecido ou depósito em sua conta corrente” e similares. Não é permitida anulação da
inscrição. A inscrição obrigatoriamente deverá ser cumprida.
O cheque contendo no anverso do título a expressão “Para ser creditado em conta do
favorecido”, não pode ser transferido por endosso.
Circulação
O cheque circula passando de mão em mão, sendo transferido a outra pessoa quando
não for ao portador, por meio de endosso.
Caso o motivo alegado seja furto ou roubo, o solicitante deve apresentar o Boletim de
Ocorrência Policial.
O cancelamento da oposição somente pode ocorrer por iniciativa do próprio solicitante,
que deve formalizar o cancelamento, por escrito, no verso do modelo da solicitação inicial.
A diferença entre oposição/contraordem e aviso de extravio é que no caso da oposição,
o cheque foi emitido, e no caso do aviso de extravio, o cheque foi perdido em branco.
Quando não existir provisão de fundos, o cheque pode ser protestado por falta de pagamento.
No caso de falta de pagamento, o protesto do cheque é necessário e importante para que
o portador assegure direito de regresso contra os endossantes e seus respectivos avalistas.
Se, por um lado, os bancos tradicionais têm a base de dados, por outro lado, as fintechs
dominam a tecnologia e a inovação necessárias para conquistar os consumidores mais
exigentes. Dessa forma, podem trabalhar em conjunto para mapear o comportamento do
usuário e oferecer serviços altamente personalizados.
Outra tendência é que os bancos digitais deixem de oferecer apenas serviços bancários
para ofertar uma gama de produtos financeiros mais ampla para seus clientes, resultando
em uma importante estratégia de fidelização.
Ter uma equipe de atendimento orientada para ser autônoma na resolução de problemas,
atenta às necessidades do consumidor e munida com as ferramentas certas para atender
aos clientes também se mostra uma tendência importante para garantir que os bancos
digitais se estabeleçam e continuem firmes no mercado.
Além da possibilidade de produtos, crescem também os investimentos em soluções
automatizadas – exemplo disso são as ferramentas de validação de identidade, que são
fundamentais no combate às fraudes de identidade, um dos maiores obstáculos para os
bancos digitais.
Fonte: blog.idwall.co/os-maiores-desafios-dos-bancos-digitais
74. FINTECHS
São empresas que combinam a prestação de serviços financeiros com processos baseados
inteiramente em tecnologia.
O CMN regulamentou as fintechs em arranjos de pagamentos, instituições de pagamento
e as de crédito (SCD e SEP).
75. STARTUPS
Ato de começar alguma atividade, em geral, relacionada com companhias e empresas que
estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado.
Procura desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível. Tem quatro
características básicas: inovação, escalabilidade, repetibilidade e flexibilidade.
80. MARKETPLACE
O marketplace é um local onde se faz comércio de bens e serviços. A palavra é uma
junção dos termos ingleses market, que significa “mercado”, e place, que significa “lugar”.
Marketplace é um espaço de venda na internet que reúne diferentes empresas as quais
vendem produtos. Nesse local, os usuários podem encontrar com facilidade o mesmo
produto com diferentes opções de preços e modelos.
O conceito é o mesmo que justifica o sucesso de uma loja física em um shopping center.
As pessoas podem entrar para comprar o produto de outra loja, mas veem os produtos de
outra vitrine e acabam comprando também.
O vendedor conta com uma vitrine em um shopping center virtual.
As startups de maior sucesso no mundo hoje são marketplaces, ou usam esse modelo
de alguma forma. Alguns exemplos famosos são a Amazon, a Apple e a Uber.
Das contas ativas no Brasil, 45% estão no mobile banking, e o número de heavy users
em transações de consulta neste canal já ultrapassa 70 milhões de usuários. Esses fatos
demonstram não só uma altíssima adoção do consumidor brasileiro ao mobile, mas, também,
o potencial da tecnologia em levar serviços eficientes na ponta. A adoção do cliente PJ a
esse canal, por exemplo, também está aumentando gradualmente a cada ano.
Cada vez mais prática, a contratação de seguros via mobile banking já está presente
em 94% das instituições bancárias participantes da pesquisa. Apesar de as agências
concentrarem ¾ do volume total das contratações, o mobile banking cresceu de 5 milhões
para 8 milhões entre 2021 e 2022 – totalizando 55 milhões de novos produtos de seguro
contratados no último ano. Ainda há espaço para crescimento, ao considerar que 25% das
contas ativas contrataram ao menos um seguro no período.
Em 2021, a indústria bancária realizou grandes avanços tecnológicos em canais digitais
e na eficiência de suas operações, por meio da digitalização.
Já em 2022, o foco se deu na consolidação de ações voltadas à construção de jornadas
mais ágeis, customizadas e sem atritos.
O movimento observado no ano passado se mantém em 2023, com os bancos cada
vez mais orientados a dados, conscientes da necessidade de transformar a cultura
organizacional paralelamente aos avanços tecnológicos, usufruindo dos benefícios dos
investimentos em cloud.
Destacam-se, também, a evolução no atendimento, cada vez mais digital e humanizado
e a ascensão da pauta de ativos digitais, abrangendo temas emergentes, como NFTs e o
Real Digital.
Movimentos emergentes
ESG Environmental, Social and Governance (em português, meio ambiente, social e
governança corporativa)
O tema ESG, que é extenso e abrangente, vem sendo priorizado na indústria bancária,
conforme seu próprio amadurecimento, o avanço das demandas dos orgãos reguladores e
a relevância do tema para a sociedade.
O caminho a ser percorrido ainda é longo quando se amplia o conceito de sustentabilidade
para o ecossistema, pois há dificuldades de definição de parâmetros, modelagem com
dados preditivos, monitoramento de ações e documentação.
Sem dúvida, o tema de finanças sustentáveis apresenta uma grande oportunidade
para a indústria, a qual pode impulsionar a transição para uma sociedade carbono neutro.
Tokenização de ativos – a tokenização permitirá a digitização de ativos e, especialmente,
a comercialização de valores mobiliários (ações, títulos de renda fixa, cotas de fundos de
investimento, moedas fiduciárias), commodities (ouro, cobre) e ativos não financeiros
(imóveis, patentes, obras de arte, músicas), de maneira mais segura, eficiente, democrática
e com menos intermediários.
Real digital – o Lift Challenge, grupo de estudos promovido pelo Banco Central para
debater a CDBC brasileira, foi um forte propulsor de discussões avançadas sobre a tokenização
de ativos e as tecnologias que a permeiam. Dessa forma, houve uma grande troca de
conhecimento entre as instituições, as quais, ainda que estejam aguardando definições
sobre mercado, tecnologia e regulamentação, já possuem projetos desenhados de produtos
e serviços que podem ser testados nesse novo ambiente.
5G – alguns bancos já estão realizando protótipos, MVPs e parcerias envolvendo 5G.
Há expectativas de que a tecnologia 5G traga mais conectividade, agilidade e que esteja
intensamente integrada com IoT, e que a partir da “conectividade de ponta”, novos modelos
de negócio possam surgir.
Porém, há desafios importantes relacionados a arquitetura de rede, expansão territorial,
preço e disponibilidade de aparelhos 5G, como modems e POS.
Entretanto, a nova tecnologia é vista como promissora e deverá ser prioridade nas
discussões das equipes técnicas e de negócios.
Metaverso – ambiente simulado, imersivo, experimentado por grupos de usuários
simultâneos que interagem entre si e de forma contínua – tem futuro incerto, apesar de
seu desenvolvimento constante.
Essa tecnologia pode permitir que as instituições financeiras se diferenciem de
variadas formas.
Dentre as principais oportunidades, destacam-se a possibilidade de atrair, reter e
fidelizar novos clientes, por meio de experiências imersivas.
Também abre a possibilidade de criar ambientes colaborativos de aprendizado para os
profissionais, com o uso de gamificação, por exemplo, além de atrair novos talentos, que
buscam flexibilidade na jornada de trabalho.
A indústria bancária ainda analisa benefícios e aplicações possíveis para os diferentes
segmentos de clientes e negócios, pois esse recurso demanda alto investimento,
interoperabilidade no ecossistema e a adoção de padrões tecnológicos comuns.
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. Barueri: Atlas, 2021. 391 p.
BRASIL. Banco Central do Brasil. Página inicial. Disponível em: glossário bcb.gov.br/
acessoinformacao/glossario. Acesso em: 24 mar. 2024.
CABRAL, G. Conhecimentos Bancários em tópicos. Brasília: Alumnus, 2014. 360 p.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. O Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro.
Disponível em: goo.gl/v7if7v. Acesso em: 24 mar. 2024.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA. Disponível em: brasil.gov.br/economia-e-emprego/educacao-
financeira. Acesso em: 24 mar. 2024.
ENFIN. Enciclopédia de Finanças. Disponível em: enfin.com.br. Acesso em: 19 fev. 2022.
NEWLANDS Jr., C. A. Sistema Financeiro e Bancário – Teoria e Questões. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014. 512 p.
PINHEIRO, Marcos Antônio Henriques. Cooperativas de Crédito – História da evolução
normativa no Brasil. Disponível em: goo.gl/Ggd73V. Acesso em: 19 fev. 2022.
PORTAL EDUCAÇÃO. Página inicial. Disponível em: portaleducacao.com.br. Acesso em:
24 mar. 2024.
EXERCÍCIOS
1ª PARTE
001. (Q2281974/BASA/CESGRANRIO/2022) Na composição do Sistema Financeiro Nacional
no Brasil, o órgão normativo responsável pela fixação das metas para a inflação, pelas
diretrizes da política cambial e pelas normas inerentes ao funcionamento das instituições
financeiras é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Banco do Brasil.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Caixa Econômica Federal.
e) Comissão de Valores Mobiliários.
A nota descrita em asterisco (*) destaca que, além da análise cadastral, a aprovação do
crédito está sujeita às “demais condições do produto”. Uma dessas condições diz respeito
à garantia do financiamento que, no caso supramencionado, será o próprio veículo a ser
comprado pelo devedor.
Trata-se de uma forma de garantia denominada
a) hipoteca
b) penhor mercantil
c) fiança
d) alienação fiduciária
e) aval
D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / w w w. b b.c o m . b r/ p o r t a l b b / p a g e 4 4 , 1 1 6 , 2 1 1 7 , 1 , 0 , 1 , 1 .
bb?codigoMenu=172&codigoNoticia=9518&codigoRet=184&bread=5>. Acesso em: 01 ago.2015.
Adaptado.
A garantia informada
a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo
depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver
o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que
seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente
inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do
devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver,
entre o valor arrecadado e o valor da dívida.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Fintechs de crédito e bancos digitais. Estudo Especial n. 89/2020.
Disponível em: ttps://www.bcb.gov.br/conteudo/relatorioinflacao/EstudosEspeciais/EE089_
Fintechs_de_credito_e_bancos_digitais.pdf. Acesso em: 19 dez.2022.
Uma característica comum aos modelos de negócio dos bancos digitais e dos bancos
tradicionais é o(a)
a) atendimento ao cliente de forma presencial
b) facilitação de saques em dinheiro nas agências bancárias
c) utilização de cheques como meio de pagamento
d) baixa utilização de tecnologias intensivas em inteligência artificial
e) pagamento por meio de cartões eletrônicos
BRASIL. Banco Central do Brasil. Relatório de Estabilidade Financeira, v.14, n.1. Brasília: Banco Central
do Brasil, mar. 2015, p.33. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/publicacoes/ref/201503>.
Acesso em: 24 jul. 2021.
Graeber, D. Dívida: os Primeiros 5.000 Anos. São Paulo: Três Estrelas, 2016.
No trecho citado, o autor destaca que, na Idade Média, a antiga moeda romana continuou
exercendo a função de
a) débito
b) crédito
c) meio de troca
d) unidade de conta
e) reserva de valor
105. (BB/CESGRANRIO/2023) Quando um cliente paga uma conta mensal de energia elétrica
em uma casa lotérica, essa lotérica está atuando como
a) correspondente bancário.
b) banco digital.
c) banco comercial.
d) banco múltiplo.
e) agência postal.
2ª PARTE
111. (Q1655647/BASA/CESGRANRIO/2015) O SFN é composto por um conjunto de órgãos e
instituições que regulamenta, supervisiona e realiza operações necessárias à circulação de
moeda e de crédito na economia. São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de Política
Monetária (Copom).
b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho Monetário
Nacional.
c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom); Conselho
Federal de Valores Mobiliários.
d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário Nacional.
e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar;
Conselho Monetário Nacional.
III – A Taxa de Juros Selic é uma taxa de referência para as operações com títulos públicos
federais.
IV – A Taxa de Longo Prazo (TLP) é usada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) na formação do custo de seus empréstimos.
É correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas
b) II e III, apenas
c) I, II e III, apenas
d) II, III e IV, apenas
e) I, II, III e IV
b) 0,6; 12 e 70
c) 0,5; 12 e 70
d) 0,5; 8,5 e 70
e) 0,6; 8,5 e 60
c) underwriting.
d) câmbio internacional.
e) venda de ações.
198. (BB/CESGRANRIO/2012) Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro de plástico” está superando
cada vez mais outras modalidades de pagamento, que, com o passar dos anos, estão ficando
obsoletas.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o
a) cartão cidadão.
b) cartão de crédito.
c) cartão de senhas.
d) talão de cheques.
e) internet banking.
213. (BB/CESGRANRIO/2014) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre outras
finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os
limites estabelecidos pela regulamentação. Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como
a) sociedade por ações.
b) sociedade de economia mista.
c) autarquia especial.
d) associação civil.
e) empresa financeira.
c) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, que permita às partes se comunicarem
a distância, possibilitando ao cliente realizar operações bancárias sem sair de sua casa ou
escritório, como o pagamento de contas pela internet.
d) qualquer serviço de atendimento ao cliente realizado pelo banco, permitindo a troca de
documentação sem a necessidade de o cliente sair de casa, como, por exemplo, a entrega
de talões de cheque em domicílio.
e) a disponibilização de serviços no caixa 24 horas, que anteriormente só poderiam ser
realizados nas agências bancárias, sendo a liberação de crédito automática um exemplo
desse tipo de serviço.
3ª PARTE
221. (Q2767308/BRDE/FUNDATEC/2023/CONTABILIDADE) Em relação à política monetária,
seus conceitos, instrumentos e reflexos na tomada de decisão dos agentes econômicos,
assinale a alternativa correta.
a) A política monetária pode ser definida como a atuação das autoridades financeiras por
meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de controlar a liquidez
do sistema financeiro e de crédito imobiliário.
b) As operações de redesconto consistem em empréstimos ou redesconto de títulos que
os bancos comerciais adquirem do Conselho Monetário Nacional para cobrir problemas de
liquidez em curto prazo.
c) A política monetária atua indiretamente no controle da liquidez do sistema econômico.
De modo geral, o banco central de cada nação pode determinar a oferta de moeda que
circula na economia, além das reservas que os bancos comerciais mantêm nos bancos
setoriais e descentralizados.
d) A principal função de um banco central consiste em adequar o volume dos meios de
recebimento à real capacidade dos agentes fiduciários e absorver recursos, incrementando
desequilíbrios marginais nos preços.
e) Os instrumentos de política monetária podem ser definidos como um conjunto de
procedimentos que as autoridades monetárias utilizam para o controle da moeda e da
taxa de juros. São métodos usados na operacionalização da política monetária que afetam
diretamente as variáveis operacionais, com vistas a alcançar as metas desejadas.
( ) Sua emissão é realizada pelo Banco Central, constitui pequena parcela da oferta
monetária e visa facilitar as operações de pequeno valor ou como unidade monetária
fracionada.
( ) Representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público.
( ) É representada pelos depósitos à vista (depósitos em conta corrente) nos bancos
comerciais.
b) Trend
c) PIX
d) Criptomoeda
e) Voucher
( ) Taxa de redesconto é a taxa de juros cobrada pelo Banco Central do Brasil, às instituições
financeiras, pelos empréstimos de assistência à liquidez.
( ) A política fiscal concentra sua atenção na administração dos gastos do setor público
e dos impostos cobrados da sociedade.
( ) A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio e no controle
das operações cambiais, bem como na fixação da taxa dos depósitos compulsórios.
( ) A negociação de títulos públicos no mercado secundário caracteriza-se pela operação
direta entre o órgão público emitente do título e os poupadores.
c) O VGBL é mais indicado para quem faz a declaração de imposto de renda (IR) usando o
formulário completo.
d) O VGBL permite o diferimento do imposto de renda (IR), limitado a 12% da renda bruta
anual.
e) No PGBL, o imposto de renda (IR) incide apenas sobre o rendimento.
sob a forma de renda; já no Plano Gerador de Benefício Livres (PGBL), o imposto de renda
incide apenas sobre os rendimentos.
d) Nos planos de fundos de pensão organizados por associações ou entidades de classe,
estas associações ou entidades de classe têm de fazer contribuições conjuntamente às
feitas pelos associados.
e) Nos planos de benefícios de contribuição definida (CD) dos fundos de pensão, não se
tem assegurado o valor do benefício que o participante vai receber no futuro
b) A cobrança bancária é feita por meio de boletos ou bloquetos, que possuem código de
barras.
c) O crédito da cobrança, em conta corrente do cliente, é feito automaticamente pelo banco
em D ou D + 1, dependendo do que foi acordado previamente entre as partes.
d) Os dados dos títulos a serem cobrados são passados do cliente para o banco por meio
magnético ou por computador, mas esse procedimento não dispensa o envio físico do
documento.
e) Uma das vantagens desse produto para os bancos é o aumento dos depósitos à vista,
resultante dos créditos das liquidações.
c) Exercer o monopólio das operações sobre penhores civis, com caráter permanente e da
continuidade.
d) Receber em depósito sob a garantia da União, economias populares, incentivando os
hábitos de aplicações no mercado de capitais, cooperando assim, como o desenvolvimento
da indústria nacional.
e) Operar no setor industrial, como sociedade de crédito e principal agente do Banco
Nacional de Desenvolvimento, com o objetivo de facilitar e promover a aquisição de crédito,
especialmente para as micro e pequenas empresas.
320. (BNB/FGV/2014) Leia o texto a seguir, extraído da home page do Banco do Nordeste
do Brasil S.A. (BNB):
“A atividade que define uma instituição financeira é a concessão de crédito”. Porém, para
cumprir a missão de desenvolvimento em uma região com muitas potencialidades ainda
não exploradas, o Banco do Nordeste entende que o crédito é necessário, mas não deve
ser o único serviço oferecido.
Com esta convicção, o Banco criou diversos instrumentos que lhe possibilitaram atuar mais
próximo dos clientes e ampliar suas atividades, indo além da intermediação financeira,
buscando contribuir para garantir a sustentabilidade dos empreendimentos financiados,
associada à melhoria das condições de vida da população nordestina.
São ações antecedentes e subsequentes à concessão de crédito que vêm contribuindo
para maior efetividade dos recursos aplicados, seja por darem maior capilaridade ao Banco,
possibilitando maior aproximação com o cliente e conhecimento de seu negócio, seja por
favorecerem a identificação de parceiros para implementação de iniciativas conjuntas, por
exemplo, nas áreas de pesquisa, assistência técnica e apoio à comercialização.
Com relação às ações e instrumentos utilizados pelo Banco do Nordeste, analise os itens
a seguir:
321. (BNB/ACEP/2010) Sobre o Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB), analise as afirmativas
a seguir e assinale V se verdadeiras, e F se falsas.
( ) O BNB tem sede na cidade de Fortaleza.
( ) São recursos do BNB os lucros auferidos nas operações do Banco Central do Brasil.
( ) O BNB terá uma filial em cada um dos estados compreendidos no Polígono das Secas.
( ) O Presidente do BNB é nomeado pelo Ministro da Fazenda, entre pessoas de notório
conhecimento de problemas peculiares à Região Nordeste.
Assinale a alternativa que contempla a sequência CORRETA
a) V-F-F-F
b) V-V-V-F
c) V-F-V-F
d) V-F-F-V
e) V-V-F-F
325. (BNB/FGV/2014) Com relação aos serviços bancários e financeiros, considere as seguintes
afirmativas:
(I) A conta especial de depósitos à vista (conta simplificada para clientes de baixa renda)
é individual (apenas um titular). Cada cliente pode ter apenas uma conta e não pode ser
correntista em qualquer outra instituição financeira. Essa conta está isenta de tarifa e
possui franquia mensal de cinco extratos, cinco depósitos e cinco saques.
(II) Bancos de investimento captam depósitos à vista e depósitos de poupança, atuando
mais fortemente no crédito agrícola.
(III) Depósitos a prazo, tais como CDB e RDB, são modalidades de investimento, geralmente
classificadas em pós-fixadas, pré-fixadas e flutuantes.
(IV) Só é possível a abertura de conta de investimento ao cliente que possuir pelo menos
uma conta corrente de depósitos à vista, ainda que em instituição distinta.
Assinale se:
a) somente II e III estiverem corretas;
b) somente III e IV estiverem corretas;
c) somente I, II e IV estiverem corretas;
d) I, II, III e IV estiverem corretas;
e) nenhuma afirmativa estiver correta.
4ª PARTE
351. (PREF. TERESINA/FCC/2016/ANALISTA DE ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS) A respeito
dos chamados intermediários financeiros, é INCORRETO afirmar:
a) o Banco Central, por ser caracterizado como “banco dos bancos”, atua da mesma forma
que os demais intermediários financeiros.
b) sua função de intermediação financeira é a de fazer a ponte entre poupadores e tomadores
de recursos.
c) a diferenciação entre os vários instrumentos financeiros está calcada em características
variáveis de risco, liquidez, rentabilidade e emitente.
d) a diferença básica entre um intermediário financeiro bancário e um intermediário financeiro
não-bancário consiste em que estes não captam recursos por meio de depósitos à vista.
e) bancos de investimentos, as chamadas financeiras (sociedades de crédito, financiamento
e investimento) e as firmas de leasing (sociedades de arrendamento mercantil) são exemplos
de intermediários financeiros não-bancários.
De acordo com o caso do Sr. Felício, quais itens do Cs do crédito ele não atende, respectivamente?
a) Colateral e Condições.
b) Capital e Capacidade
c) Capacidade e Caráter
d) Colateral e Caráter
SEBRAE. Acesso a serviços financeiros: manual de atendimento individual. Brasília, 2012, p. 32-46.
No tocante aos Cs do crédito, a proposta do empresário foi recusada com base no aspecto
relacionado
a) ao Capital.
b) ao Caráter.
c) à Condição.
d) à Capacidade.
362. (BB/FCC/2011) A instituição financeira que pode ser aceitante de letra de câmbio é
a) a empresa de arrendamento mercantil.
b) a corretora de valores mobiliários.
c) a sociedade de crédito, financiamento e investimento.
d) o banco de câmbio.
e) o banco comercial cooperativo.
Um cliente estilo do BB escolheu esse investimento por ser um título de baixo risco e
a) negociado no mercado com a promessa de entrega de produtos rurais.
b) nominativo, representativo de promessa de pagamento em dinheiro, emitido com base
em lastro de recebíveis.
c) nominativo, de livre negociação, representativo de promessa de pagamento em dinheiro,
não possuindo lastro de recebíveis.
d) representativo, de promessa de entrega de produtos agropecuários, assim como de seus
derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico.
e) representativo, de promessa de pagamento em dinheiro que confere direito de penhor
sobre o certificado de depósito agropecuário correspondente.
c) serviço diferenciado.
d) serviço especial.
e) serviço essencial ou diferenciado, podendo este último ser cobrado pelo banco desde
que explicitadas ao cliente ou ao usuário as condições de utilização e de pagamento.
372. (CFC/CFC/2013) Assinale a opção que apresenta a operação ou evento que NÃO se
caracteriza como risco operacional.
a) Práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços.
b) Possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado
de posições detidas por uma instituição financeira.
c) Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamentos das atividades da instituição.
d) Fraudes externas e internas.
373. (CFC/CFC/2013) Com relação à gestão do risco de crédito, qual das opções abaixo
contempla elementos que NÃO precisam estar presentes na estrutura de gerenciamento
de risco de crédito?
a) Políticas e estratégias de gerenciamento do risco e mecanismos de mitigação de risco.
b) Procedimentos para a recuperação de créditos.
c) Sistemas, rotinas e procedimentos para identificar, mensurar, controlar e mitigar a
exposição ao risco de crédito.
d) Procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de alterações no valor de
mercado e adequada validação dos sistemas que calculam os valores de mercado.
378. (CAIXA/FCC/2004)
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder as próximas questões.
As modernas instituições financeiras criaram o conceito da “mesa de operações”, onde
centralizam a maioria das operações de sua área de mercado, ou seja, suas operações
comerciais que envolvam a definição de taxas de juros e o conceito de spread, que é a
diferença entre o custo do dinheiro tomado e o preço do dinheiro vendido, como, por
exemplo, na forma de empréstimo. Em relação às operações praticadas pelos bancos, está
correto afirmar:
a) O CDC - Crédito Direto ao Credor-direto, é uma modalidade na qual a instituição financeira
assume a carteira dos lojistas, mas não assume o risco dos créditos concedidos.
b) O CDC - Crédito Direto ao Consumidor - é uma operação destinada a financiar aquisições
de bens e serviços por consumidores que sejam obrigatoriamente intermediários.
c) O CDC - Crédito Direto ao Credor - com interveniência, representa crédito bancário
concedido às empresas para repasse a seus clientes, visando ao financiamento de bens e
serviços a serem resgatados em prestações mensais.
d) O CDC - Crédito Direto ao Consumidor - direto, é uma modalidade na qual a instituição
financeira assume a carteira de lojista e, consequentemente, todo o risco dos créditos
concedidos.
e) O CDC - Crédito Direto ao Credor - com interveniência, é uma modalidade de CDC em que
a instituição adquire os créditos comerciais de uma loja, porém os riscos não são assumidos
pela própria loja.
Ao procurar um empregado do SEBRAE para auxiliá-lo em sua gestão de fluxo de caixa, foi
informado que
a) a operação de antecipação de recebíveis é complexa para o porte da empresa.
a) Antecipação de receitas
b) Desconto de títulos.
c) Financiamento de capital fixo.
d) Financiamento de capital de giro.
SEBRAE. Pequenos negócios: desafios e perspectivas - serviços financeiros - vol. 5. Brasília, 2013,
p. 376-382. Banco Central do Brasil. Manual de Crédito Rural. Capítulo 10.
406. (BANESTES/FGV/2018) Alfredo contraiu uma dívida com o Banco X e assinou uma
cédula de crédito bancário com o aval de João.
Em relação ao aval, é correto afirmar que o avalista:
a) passa a ser o único responsável pelo pagamento, exonerando o avalizado Alfredo de
responsabilidade;
b) responderá subsidiariamente pelo pagamento, na ausência de bens suficientes de Alfredo
para pagar a dívida;
c) torna-se devedor solidário pelo pagamento perante o Banco X, podendo esse cobrar a
dívida tanto dele quanto do avalizado;
d) não se obriga pelo pagamento porque é nulo aval prestado em favor de instituição
financeira, caso do Banco X;
e) responderá pelo pagamento solidariamente com Alfredo, desde que esse celebre
simultaneamente contrato de fiança com o Banco X.
c) O aval a um título de crédito deve ser prestado através de documento específico para
essa finalidade.
d) Um cheque pode ter aval parcial, desde que este garanta no mínimo 50% do seu valor.
e) A prestação de aval requer a entrega da posse de bens móveis do avalista, em valor
correspondente ao da obrigação garantida.
410. (BB/FCC/2006) No que diz respeito à nota promissória, é correto afirmar que
a) a prestação do aval não pode ser dada na própria nota promissória.
b) o avalista será responsável pelo pagamento somente em caso de falecimento do emitente.
c) pessoas físicas casadas em regime de comunhão de bens só poderão dar aval com
autorização de seu cônjuge.
d) o avalista poderá ser chamado a cumprir as obrigações da nota promissória antes de
seu vencimento.
e) não pode ser garantida somente por aval, sendo necessárias outras garantias
complementares.
415. (BNB/FGV/2014) Com relação à diferença entre aval e fiança, é correto afirmar que:
a) o aval é uma garantia pessoal, enquanto a fiança é uma garantia real;
b) o aval é uma garantia real, enquanto a fiança é uma garantia pessoal;
c) o aval é uma garantia constituída em um título de crédito, enquanto a fiança é uma
garantia estabelecida em contrato ou carta;
d) no aval, o credor pode acionar diretamente o avalista, enquanto na fiança se aciona o
fiel depositário;
e) o aval precisa da assinatura do cônjuge, enquanto a fiança não tem essa exigência.
418. (BB/FCC/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito, implica
a) a impossibilidade de substituição do fiador.
b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao
benefício de ordem.
c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.
d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
e) a obrigatória cobertura integral da dívida.
419. (BB/FCC/2010) A fiança bancária é uma obrigação escrita prestada à empresa que necessita
de garantia para contratação de operação que envolva responsabilidade na sua execução e
a) comprova que os recursos financeiros necessários estão depositados pela empresa na
instituição financeira fiadora.
b) pode ser concedida somente em operações relacionadas ao comércio internacional.
c) substitui total ou parcialmente os adiantamentos em dinheiro ao credor por parte da
empresa.
d) está sujeita à incidência de Imposto sobre Operações Financeiras − IOF.
e) não apresenta risco de crédito para a instituição financeira.
423. (BB/FCC/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida por
operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de operações de crédito em que
a) haja dispensa de fiel depositário.
b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira.
e) No caso de conta conjunta, cada titular possui a garantia individual limitada a R$ 250
mil, ou ao saldo da conta caso seja inferior a esse limite, sendo o crédito do valor garantido
feito de forma conjunta.
439. (COBRA/ESPP/2010) O título cambiário em que seu criador assume a obrigação direta
e principal de pagar a soma constante do título é
a) nota fiscal.
b) fatura.
c) recibo.
d) nota promissória.
b) Quando for feita por Central Nacional de Registro de Títulos e Documentos, a escrituração
caberá ao oficial do registro do domicílio do credor da duplicata.
c) Qualquer interessado pode solicitar aos gestores dos sistemas eletrônicos de escrituração
um extrato do registro eletrônico da duplicata.
d) A duplicata eletrônica emitida sob a forma escritural e o extrato do respectivo registro
eletrônico não são títulos executivos, devendo ser cobrados por ação monitória.
e) A informação acerca de inadimplementos registrados em relação a determinado devedor,
prestada por meio da internet, está sujeita a custas e emolumentos livremente definidos
por cada entidade registradora.
445. (BNB/FGV/2014) Com relação aos títulos de crédito, é correto afirmar que:
a) para a execução de uma duplicata não aceita e não devolvida, há obrigatoriedade do
protesto por falta de pagamento e comprovação da remessa da mercadoria;
b) a omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de
crédito, implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem;
c) o aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título, sendo necessário conter
a data e a assinatura do avalista;
d) em nenhuma hipótese o emitente de uma nota promissória pode opor ao portador
endossatário as exceções que poderia opor contra o endossante;
e) caso a quantia, em uma nota promissória, esteja escrita mais de uma vez, quer por
extenso, quer em algarismos, havendo divergência, prevalecerá a indicação da quantia de
menor valor.
452. (Q1096241/BRB/IADES/2019) No que tange aos desafios dos bancos na era digital,
assinale a alternativa correta.
a) Um aplicativo que possui uma grande base de usuários não oferece risco aos bancos
tradicionais, visto que os respectivos serviços não podem ser concorrentes.
b) As fintechs devem ser vistas como concorrentes por disputarem o mesmo mercado que
os bancos.
c) Regulamentações como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) de 2018
apresentam desafios aos bancos digitais, que precisarão estar em conformidade até o
início da vigência da referida lei, em agosto de 2020.
d) Na era digital, as fraudes de identidade deixaram de ser um risco para os bancos, facilitando
assim a oferta de serviços bancários com mais conveniência aos clientes.
e) As instituições bancárias tradicionais não precisam ajustar a respectiva cultura
organizacional para se manterem competitivas na era digital, visto que os novos desafios
estão na esfera tecnológica.
( ) As SCD e as SEP têm por objeto a realização de operações exclusivamente por meio
de plataforma eletrônica.
( ) As SCD podem obter recursos para concessão de créditos em operações de repasses e
de empréstimos originários do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social).
( ) As SCD e as SEP não podem atuar como iniciadoras de transação de pagamento.
( ) Todas as transações de “PIX Saque” e de “PIX Troco” podem ser cobradas das pessoas
físicas.
( ) À semelhança das criptomoedas privadas de emissão descentralizada, como o Bitcoin,
a CBDC não tem garantia de valor em relação à moeda soberana de um país.
( ) A Lei n. 14.478/2022 (“Lei de Criptoativos”) estabelece que o Código de Defesa do
Consumidor não é aplicado às atividades ou operações com criptoativos.
469. (BRB/IADES/2019) Com base nas características e nas possíveis aplicações para a
blockchain, assinale a alternativa correta.
a) A blockchain é uma lista de tamanho fixo de registros interligados a partir de criptografia,
em que cada bloco contém dados relativos à transação, um timestamp e um hash criptográfico
do próximo bloco.
b) A blockchain é uma espécie de base de dados pública e centralizada, que é usada para
registrar transações na nuvem, de forma que qualquer registro envolvido não possa ser
alterado retroativamente sem a alteração de todos os blocos subsequentes.
c) Mesmo que fosse possível atacar e controlar mais de 50% de uma rede verificadora
de transações blockchain, não seria possível reverter transações já realizadas ou realizar
gastos duplos.
d) A invenção da blockchain para uso no bitcoin tornou-o a primeira moeda digital a resolver
o problema do gasto duplo sem a necessidade de envolver uma autoridade confiável ou
servidor central como mediador. A blockchain remove a característica de reprodutibilidade
infinita de um ativo digital.
e) A blockchain demonstrou potencial apenas como base tecnológica para as criptomoedas,
sendo, portanto, improvável que outras indústrias encontrem novas aplicações em razão
das diversas limitações que apresentam.
GABARITO
1. C 36. D 71. D
2. A 37. E 72. B
3. A 38. C 73. C
4. A 39. C 74. C
5. A 40. B 75. E
6. E 41. D 76. C
7. A 42. E 77. A
8. E 43. C 78. B
9. A 44. C 79. B
10. D 45. C 80. B
11. A 46. E 81. B
12. B 47. C 82. E
13. A 48. A 83. E
14. D 49. E 84. D
15. A 50. A 85. E
16. A 51. B 86. C
17. B 52. A 87. E
18. A 53. B 88. A
19. C 54. A 89. C
20. E 55. C 90. D
21. C 56. C 91. D
22. B 57. D 92. E
23. C 58. E 93. B
24. D 59. C 94. B
25. B 60. A 95. C
26. D 61. B 96. E
27. D 62. D 97. D
28. A 63. B 98. A
29. C 64. D 99. D
30. A 65. C 100. B
31. B 66. D 101. D
32. E 67. D 102. D
33. B 68. D 103. D
34. C 69. E 104. B
35. D 70. D 105. A
439. D 476. E
440. B 477. C
441. E 478. E
442. C 479. D
443. C 480. A
444. E
445. E
446. B
447. E
448. X
449. C
450. B
451. C
452. X
453. E
454. A
455. C
456. A
457. D
458. B
459. C
460. D
461. C
462. B
463. C
464. E
465. E
466. E
467. A
468. E
469. D
470. C
471. D
472. X
473. E
474. C
475. D