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Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca CESGRANRIO e nos concursos anteriores de Agente Comercial do Banco do Brasil.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com
Bons estudos.
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23.8 APROVAÇÃO...........................................................................................................................196
24 – ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA): ECONOMIA SUSTENTÁVEL;
FINANCIAMENTOS; MERCADO PJ. ...............................................................................................198
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
cambial).
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11 – Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos
14 - Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais.
15 - Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária;
de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações; Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 e Carta
19 - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas
alterações.
22 - Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes; noções de ética empresarial e profissional. A
gestão da ética nas empresas públicas e privadas. Código de Ética do Banco do Brasil (disponível
no sítio do BB na internet).
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internet).
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1 INTRODUÇÃO
Nesse momento, iremos estudar o tópico 1 do edital do Banco do Brasil, um tema muito recorrente
nas provas de conhecimentos bancários:
1 - Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos
e instituições supervisoras, executoras e operadoras.
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
Dessa definição, podemos destacar alguns pontos que merecem atenção especial, quais sejam: i)
intermediação financeira; ii) credores; e iii) tomadores de recursos.
Intermediação financeira
Tomadores de recursos
a) intermediação financeira
A Intermediação Financeira consiste em uma operação que diz respeito à captação de recursos pelas
instituições financeiras, transferindo dinheiro de agentes econômicos superavitários (credores) para
os agentes deficitários (tomadores de recursos).
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b) Credores
Os credores podem ser definidos como os agentes que possuem recursos financeiros disponíveis, é
o que se denomina de agente superavitário. Em síntese, são pessoas, empresas ou quaisquer
entidades que possuem dinheiro, mas que tem a vontade de ganhar mais dinheiro no futuro.
Exemplo: Banco.
c) tomadores de recursos
Tomadores de recursos (agentes deficitários) consiste naquelas pessoas ou entidades que não tem
dinheiro, mas precisam utilizá-lo em determinado momento. Assim, os agentes deficitários aceitam
pegar dinheiro emprestado com os credores e, em momento posterior, pagam o valor acrescido de
juros.
Imagine que Carlos deseje adquirir um carro de R$ 100 mil reais, mas tenha apenas 20 mil, que será
o valor da sua entrada. Como Carlos poderia conseguir o restante do valor?
A solução, na maioria das vezes, é recorrer ao financiamento bancário. Nesse caso, o banco (credor
- agente superavitário) irá transferir a Carlos (tomador de recursos - agente deficitário) o valor para
a entrada e assim irão realizar uma intermediação financeira.
Existem três tipos de instituições no Sistema Financeiro Nacional, que são: (i) normativas; (ii)
supervisoras e (iii) operadoras e executoras.
Normativas
Operadoras e executoras
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As instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas de funcionamento
do Sistema Financeiro nacional.
5.1 Conceito
Conforme vimos, as instituições normativas são aquelas responsáveis pela elaboração das normas
gerais que regulam o Sistema Financeiro Nacional, visando garantir o seu funcionamento.
Na maioria das vezes, as instituições normativas são constituídas na forma de colegiado, com vários
membros tomando decisões em conjunto, formando um conselho.
Os principais órgãos do conselho são: Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP); e Conselho nacional de Previdência Complementar (CNPC).
Ao avaliar as últimas provas do concurso do Banco do brasil, verificamos que não foram abordados
conhecimentos profundos sobre o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); e Conselho
nacional de Previdência Complementar (CNPC).
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por definir as normas a
serem seguidas pelas instituições que operam com seguros, sendo, portanto, órgão normativo.
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Também se trata de órgão normativo, sendo responsável pela supervisão das instituições que
comercializam os planos da Previdência Complementar.
Para sua prova do Banco do Brasil, é o órgão mais importante, por isso fique muito atento!
O Conselho Monetário Nacional foi criado pela Lei 4.595/64 e é considerado o órgão máximo do
Sistema Financeiro nacional. Ele é responsável por tratar sobre as diretrizes gerais sobre moeda e
crédito, bem como pela formulação da política macroeconômica do governo federal.
Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários
ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios
oriundos de fenômenos conjunturais (Revogado);
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Esse objetivo foi revogado pela Lei Complementar nº 179, de 2021, que dispõe sobre a "autonomia
do Banco Central", revogou algumas atribuições do Conselho Monetário Nacional.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo
em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento
harmônico da economia nacional;
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior
eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
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Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por
meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e
quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira;
Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal;
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma
de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco
Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem
a promover:
reflorestamento;
eletrificação rural;
mecanização;
irrigação;
Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações
patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras;
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Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras
privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas
de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias
e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior;
Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando
ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a
iminência de tal situação;
Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez
e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei;
Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os
excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República
do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer;
Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta
(30) dias;
Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento
e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus
resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.
Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições
equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados
ou que nelas desejem estabelecer-se;
Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da
Constituição Federal;
Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei.
O Conselho Monetário Nacional é composto por três membros, quais sejam: (i) Ministro da Economia
(que será o presidente do Conselho); (ii) Presidente do Banco Central do Brasil; e (iii) Secretário
Especial da Fazenda.
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Presidente do Banco
Composição do CMN Central do Brasil
Secretário especial da
Fazenda
Não obstante a composição acima apresentada, é necessário esclarecer que o edital do Banco do
Brasil foi publicado em 23 de dezembro de 2022, sendo que em 12 de janeiro de 2023 ocorreu
mudança quanto à composição do CMN. Assim, embora seja difícil a cobrança pela banca
examinadora da nova composição trazida pela MP nº 1.158/2023, uma vez que ocorrida após a
publicação do edital, a fim de que não haja nenhuma surpresa ou prejuízo a nossos alunos trazemos
como ficou a nova composição com a redação dada pela MP nº 1.158/2023 à Lei nº 9.069/1995,
vejamos:
Art. 8º O Conselho Monetário Nacional, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
passa a ser integrado pelos seguintes membros:
Portanto, mesmo que a banca cobre a nova composição (dada pela MP nº 1.158/23 após a
publicação do edital), você saberá responder em sua prova, devendo apenas ficar atento quanto ao
que está sendo cobrado na questão, se a composição anterior ou a nova.
6.1 Conceito
As supervisoras são aquelas instituições que fiscalizam o cumprimento das diretrizes e normas
elaboradas pelos órgãos normativos. A sua função, portanto, é fiscalizar a devida observância das
normas que compõem o Sistema Financeira Nacional.
a) Noções introdutórias
O Banco Central do Brasil (Bacen), fundado em 1964 e com início de suas atividades em 1965, é uma
espécie de "banco dos bancos". Isso quer dizer que, além de socorrer os outros, também fiscaliza os
bancos em geral.
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b) Objetivos do Bacen
Os principais objetivos do Banco Central do Brasil estão previstos no §1º da Lei Complementar n.
179/21, que assim dispõe:
Art. 1º O Banco Central do Brasil tem por objetivo fundamental assegurar a estabilidade de
preços.
Parágrafo único. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental, o Banco Central do Brasil também
tem por objetivos zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as
flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
Assegurar a estabilidade de
preços
c) Enquadramento do Bacen
O Banco Central é considerado uma autarquia e, por isso, integra a administração pública indireta.
Em razão disso, possui personalidade jurídica, patrimônio próprios e é criado por lei específica para
executar funções típicas de Estado. Ademais, as autarquias também possuem autonomia
administrativa e financeira.
Curiosidade relevante
O Bacen, até o mês de fevereiro de 2021, era classificado como uma Autarquia Federal, isto é, uma
autarquia comum. Todavia, com a publicação da Lei Complementar n. 179/21, a referida instituição
passou a receber status de Autarquia de natureza Especial.
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Isso significa que o Banco Central não está vinculado a nenhum Ministério - antes era vinculado ao
Ministério da Economia. Ademais, seus dirigentes possuem mandato fixo de 4 anos, não coincidente
com o mandato do Presidente da República.
Destaca-se que isso é outra novidade da LC nº 179/21, uma vez que antes o Presidente do Bacen e
os demais diretores da Diretoria Colegiada poderiam ser demitidos a qualquer tempo.
Personalidade jurídica e
patrimônio próprios
Autonomia administrativa e
financeira
d) Diretoria do Bacen
A Diretoria do Banco Central é formada por: 9 diretores - 1 deles é o presidente do Bacen. Todos os
diretores são nomeados pelo Presidente da República e devem ser brasileiros de ilibada reputação
e notórios conhecimentos econômico-financeiros. Embora sejam indicados pelo Presidente, devem
passar por aprovação do Senado Federal.
e) Atribuições do Bacen
8. Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque
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11. Efetuar a compra e venda de títulos públicos federais, como instrumento de política monetária
Hora da questão
e) Efetuar compra e venda de títulos públicos federais para executar a política monetária.
Gabarito: Alternativa b
Comentário:
Diante do que foi analisado o material, verifica-se que a assertiva “b” está incorreta. Afinal, aprovar
verbas suplementares para o orçamento da União não se enquadra como uma das atribuições do
Bacen, sendo uma prerrogativa do Congresso Nacional.
O Comitê de Política Monetária (COPOM), conforme definição do próprio Banco Central do Brasil:
Foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política
monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior
transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo
Federal Open Market Committee (FOMC), do Banco Central dos Estados Unidos, e pelo Central
Bank Council, do Banco Central da Alemanha. Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra
também instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central
Europeu, desde a criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama
de autoridades monetárias em todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo
decisório, a transparência e a comunicação com o público em geral.
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No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam uma análise técnica de
conjuntura abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários,
finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio,
reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto e expectativas
gerais para variáveis macroeconômicas.
Já no segundo dia da reunião, além dos membros do Copom, participa, sem direito a voto, o
chefe do Depep, que realiza apresentação técnica contendo avaliação prospectiva da inflação.
Em seguida, os membros do Copom, com base na avaliação do cenário macroeconômico e
dos principais riscos associados, deliberam, por maioria simples de votos, a meta da Taxa Selic.
Os comunicados das decisões do Copom são divulgados após o término da segunda sessão
da reunião ordinária, a partir das 18h. As atas do Copom, em português, são divulgadas às
8h00 da terça-feira da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis
dias úteis. Já as apresentações técnicas de conjuntura referentes ao primeiro e segundo dia
de reunião são disponibilizadas, respectivamente, após 4 e 8 anos.
O calendário anual das reuniões ordinárias será divulgado mediante Comunicado do Diretor
de Política Monetária até o fim do mês de junho do ano anterior, admitindo-se ajustes até o
último dia do ano de sua divulgação.
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o
documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e
financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
Composição COPOM:
Sabe-se que há uma relação inversa entre inflação e taxas de juros, haja vista que para se reduzir a
inflação, aumenta-se a taxa de juros. Assim agindo, acaba-se por diminuir a demanda (procura) por
bens e serviços, consequentemente desestimulando a atividade econômica.
Por outro lado, sendo baixa a inflação, é possível se reduzir a taxa de juros, causando um estímulo
na economia.
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Assim, nesse Regime de Metas de Inflação o papel principal do Banco Central é agir para que a
inflação não extrapole a pré-determinada.
Dessa forma, é comum que as metas da SELIC (taxa básica de juros brasileira) sejam modificadas de
acordo com a análise feita pelo mercado e, principalmente pelo Copom, em relação ao
comportamento da inflação.
O Copom, portanto, determina a meta para a taxa Selic de acordo com a análise acerca da inflação
seja no momento atual ou em relação as expectativas em relação ao futuro.
Havendo uma alta na inflação, o Copom adota medidas políticas contracionistas, ou seja, para
redução da inflação, como, por exemplo, a venda de títulos, a retirada de moeda de circulação,
aumento da taxa de juros ou mesmo redução da demanda na economia.
Atenção! O IPCA (Índice de preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, é o índice oficial
utilizado para calcular a taxa de inflação.
Por fim, em relação ao Copom, saiba que outra finalidade de destaque, além de definir a meta da
Selic, é a elaboração do Relatório de Metas de inflação, documento divulgado trimestralmente pelo
Bacen.
Hora da Questão
(Ano: 2021 - Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco do Brasil Prova: CESGRANRIO - 2021 - Banco
do Brasil - Escriturário - Agente Comercial - Prova B)
Dentro do Sistema de Metas para a inflação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece a
meta para a inflação. A partir dessa meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central do Brasil (Bacen) reúne-se periodicamente para analisar a economia brasileira. Nesse
contexto, é atribuição do Copom
D) divulgar, diariamente, a taxa de juros de curto prazo para operações realizadas no mercado
financeiro.
Gabarito: A
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Inicialmente, tenha em mente que valores mobiliários nada mais são do que títulos financeiros,
emitidos pelo governo ou por instituições privadas, sendo exemplos: ações, debêntures e cotas de
fundos de investimentos.
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM -, nos termos do art. 5º da Lei 6385/76, com redação dada
pela Lei nº 10.411/2002, é definida como:
São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM, de acordo com o art. 1º da Lei nº 6.385/1976, as seguintes
atividades:
Art. 1º Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei as seguintes atividades:
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
VII - a auditoria das companhias abertas; (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)
VIII - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. (Inciso incluído pela Lei nº
10.303, de 31.10.2001)
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§ 1º O disposto neste artigo não exclui a competência das Bolsas de Valores, das Bolsas de
Mercadorias e Futuros, e das entidades de compensação e liquidação com relação aos seus
membros e aos valores mobiliários nelas negociados. (Redação pelo Decreto nº 3.995, de
31.10.2001)
II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa contribuir com informações ou opiniões
para o aperfeiçoamento das normas a serem promulgadas.
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VI - aplicar aos autores das infrações indicadas no inciso anterior as penalidades previstas no
Art. 11, sem prejuízo da responsabilidade civil ou penal.
IV - proibir aos participantes do mercado, sob cominação de multa, a prática de atos que
especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular.
§ 2º O processo, nos casos do inciso V deste artigo, poderá ser precedido de etapa
investigativa, em que será assegurado o sigilo necessário à elucidação dos fatos ou exigido
pelo interesse público, e observará o procedimento fixado pela Comissão. (Redação pelo
Decreto nº 3.995, de 31.10.2001)
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Hora da Questão
(Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Prova: CESGRANRIO - 2018 -
Banco da Amazônia - Técnico Científico - Tecnologia da Informação)
D) Banco do Brasil
E) Ministério da Fazenda
Gabarito: B
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1 INTRODUÇÃO
O mercado financeiro reúne um conjunto de instituições, das quais estão tomadores de recursos e
investidores. Além disso, permite que sejam negociados produtos financeiros, como títulos públicos,
ações, fundos de investimentos, dentre outros produtos ligados ao mercado financeiro.
O mercado financeiro envolve diversas operações de compra e venda de ativos financeiros, sua
estrutura é formada pelas instituições financeiras, dentre elas estão os bancos, as corretoras, as
instituições de pagamento e alguns órgãos do governo.
Bancos
Corretoras
Instituições Financeiras
Instituições de pagamento
Órgãos do governo
a) Bancos
Os bancos são instituições financeiras que basicamente atuam como intermediários entre quem quer
emprestar dinheiro e quem tem a intenção de tomar dinheiro emprestado. Além disso, prestam
serviços relacionados à cartão de crédito, débito, investimentos, pagamentos, conta corrente, dentre
outros serviços
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b) Corretoras
As corretoras estão ligadas ao mercado de investimentos, são empresas que pertencem ao Sistema
Financeiro e intermediam a compra e a venda dos valores mobiliários, como títulos e ações. Alguns
exemplos de corretoras são BTG Pactual, XP Investimentos, Clear, Rico etc.
c) Instituições de pagamento
São pessoas jurídicas que trabalham com serviços de compra e venda e movimentações de recursos
relacionadas ao pagamento. Alguns exemplos são: Mercado Pago, Cielo, PayPal, PicPay. Essas
instituições, diferentemente dos bancos, não podem conceder empréstimos e financiamentos a seus
clientes.
d) Órgãos do governo
3 MERCADO MONETÁRIO
O Mercado monetário faz parte do mercado financeiro e é responsável pelas operações financeiras
de curto ou de curtíssimo prazo. São operações que possuem alta liquidez, ou seja, a conversão de
um bem em dinheiro pode ser feita de uma maneira mais rápida.
No mercado monetário poderão ser feitas vendas de títulos e posses dentro do mercado financeiro
com uma alta liquidez. Esses investimentos são mais seguros para investidores que possuem um
perfil conservador. Pois as políticas existentes dentro do mercado monetário permitem que o
indivíduo transforme seus títulos ou posses em dinheiro de forma rápida e segura com uma
rentabilidade alta.
Os títulos podem ser vendidos entre as instituições financeiras ou quando o Banco Central adquire
títulos e vende para outras instituições, permitindo a compra livre.
a) Título Privado
São títulos criados por empresas privadas e encontradas no certificado de depósito bancário.
b) Título Público
São títulos disponibilizados pelo Tesouro Nacional, sua finalidade é fazer as pessoas investirem e as
corporações comprarem papéis da dívida pública lançados pelo Governo Federal. O título público
mais conhecido é o Tesouro Selic, o qual possui uma rentabilidade baixa.
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O mercado monetário tem ligação direta com o Banco Central, pelo fato de ser constituído por
operações de compra e venda de títulos. O Banco Central possui responsabilidade pela moeda que
circula no país, dessa maneira, quando são efetuadas compras dos títulos são retiradas do mercado
as moedas e quando são efetuadas as vendas são colocadas em circulação novamente.
Por fim, é preciso entender que o mercado monetário afeta de forma drástica a economia, pois ele
pode acelerar o mercado econômico e se o mercado monetário fica em alta poderá haver a
desvalorização da moeda.
4 MERCADO DE CRÉDITO
O mercado de crédito é explorado pelas instituições, pois serve para conceder recursos financeiros
para a população.
O mercado de crédito também pertence ao Sistema Financeiro Nacional. É um sistema que fornece
financiamentos, tanto para pessoas físicas, quanto para pessoas jurídicas.
Além do mais, o mercado de crédito é muito importante para a economia do país, sem esse mercado
seria quase impossível a economia se manter.
O mercado de crédito oferece uma vasta movimentação de recursos econômicos. Possui uma grande
capacidade de financiar projetos que futuramente podem gerar valor para toda a economia de forma
direta.
De maneira ampla, o mercado de crédito funciona entre duas partes, os credores e os tomadores de
crédito.
Credores
Mercado de crédito
Tomadores de crédito
a) Credores
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b) Tomadores de crédito
Além disso, as operações podem ser de curto prazo (menos de um ano); médio prazo (de um a cinco
anos); e de longo prazo (acima de cinco anos).
Para as pessoas físicas podem ser feitos créditos consignados, crédito direto para o consumidor,
liberação de cheque especial, cartão de crédito, dentre outros.
Para as pessoas jurídicas poderão ser feitos empréstimos para capital de giro, para financiar
equipamentos e máquinas, financiar projetos da empresa, entre outros.
Para ser liberado um credito são necessárias algumas garantias. Geralmente para as pessoas físicas
as garantias são por meio de avalista, fiador, recebíveis ou algum bem, inclusive o próprio bem
financiado.
Por fim, vale lembrar que existem os juros que definem o custo do capital. A taxa de juros pode ser
Pré ou Pós-fixada.
As garantias são necessárias para que as instituições financeiras tenham mais segurança na operação
financeira de fornecer crédito.
5 MERCADO DE CAPITAIS
5.1 Conceito
O mercado de capitais é uma divisão do sistema financeiro, o qual é responsável por intermediar a
relação daqueles que precisam de recursos de longo prazo para implementar projetos e quem se
propõe a fazer tal investimento. Os investidores entregam os recursos para as empresas e em troca
recebem os chamados valores mobiliários, como: ações, debêntures, cotas de fundos de
investimentos, bônus de subscrição, certificados de depósito de valores mobiliários, notas comercias,
contratos futuros, dentre outros.
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a) Empresas
São instituições autorizadas pelo Bacen para fazer a intermediação entre os investidores e o mercado
organizado de títulos e valores mobiliários.
São profissionais credenciados pela ANCORD ((Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras
de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias) para atuarem nas corretoras com a
prospecção de clientes, e prestação de informações sobre os produtos e demais serviços.
São instituições autorizadas para atuar no mercado de capitais, como por exemplo, os bancos de
investimentos.
e) Bolsa de valores
É uma entidade privada de capital aberto onde são negociadas ações de empresas, títulos de renda
fixa, commodity e outros ativos.
A CVM é responsável pela fiscalização e regulação do mercado de capitais, e tem por objetivo
fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores.
É válido citar que, “o mercado de capitais mobiliza os recursos de poupança de pessoas físicas,
empresas e agentes públicos, promovendo a alocação eficiente dessa poupança para financiar a
produção, a comercialização e o investimento e consumo de empresas e famílias.”
6 MERCADO CAMBIAL
6.1 Conceito
O mercado de câmbio é o local onde são realizadas as operações de câmbio, ou seja, compra e
venda de moedas de todos os países, dessa maneira, é um dos maiores ambientes de negociação
do mercado de capitais.
No mercado cambial, as operações são realizadas em pares de moedas, ou seja, para comprar uma
moeda é necessário entregar outra. Cada moeda possui um preço e a diferença entre uma e outra é
chamada de taxa cambial. A taxa cambial é responsável por dizer quanto será necessário pagar para
comprar outra moeda.
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a) Mercado primário
b) Mercado secundário
O mercado secundário diz respeito as movimentações feitas entre os bancos no país, podendo ser
chamado também de mercado interbancário.
Já o Conselho Monetário Nacional estabelece a política cambial do Brasil e quais serão as regras que
devem ser seguidas nas operações financeiras entre o Brasil e os demais países. Além disso, o Banco
Central verifica se as regras estão sendo seguidas de forma adequada.
No Brasil temos as seguintes operações de câmbio: compra e venda de moeda estrangeira ou uso
de cartão em viagens ao exterior; transações de moeda nacional por residentes no país e no exterior;
movimentação de valores de importação e exportação; pagamentos e transferências internacionais,
entre outros.
Lembrando que todas as movimentações cambiais devem ser realizadas por meio de instituições
financeiras autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central.
Vejamos algumas instituições autorizadas a operar no mercado cambial: os bancos múltiplos, bancos
comerciais, de câmbio e caixas econômicas; os bancos de investimento; os bancos de
desenvolvimento; as corretoras de câmbio; as sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários;
as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; as agências de fomento; as sociedades
de crédito, financiamento e investimento.
É importante salientar que antes realizar qualquer operação é fundamental verificar se a instituição
está autorizada pelo Banco Central, para garantir que a operação será feita dentro legalidade e não
correr riscos de golpes.
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1 INTRODUÇÃO
Nesse momento, iremos estudar o tópico 3 do edital do Banco do Brasil, um tema muito recorrente
nas provas de conhecimentos bancários:
1 - Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e não-convencionais
(Quantitative Easing); Taxa SELIC e operações compromissadas; O debate sobre os depósitos
remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil.
Chegamos no tópico que foi alvo de algumas alterações legislativas importantes! Portanto, preste
bastante atenção nas alterações! Bons estudos!
O Banco Central do Brasil determina que a moeda é um ativo que poderá ser utilizado nas transações
econômicas, desempenhando a função de denominador comum de valor monetário, fornecendo um
referencial para as demais mercadorias e, por fim, funcionando como reserva de valor para
transações que não são liquidadas imediatamente na entrega, mas como promessa futura.
Em síntese, a moeda é um objeto que desempenha três funções fundamentais, quais sejam: i) meio
de trocas; ii) unidade de conta; iii) reserva de valor.
meio de trocas
reserva de valor
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Como vimos anteriormente, temos dois tipos de políticas monetárias utilizadas para garantir a
circulação de moeda, controle das taxas de juros e do crédito no Brasil.
Convencionais
Políticas Monetárias
Não convencionais
(Quantitative Easing)
Já a política contracionista reduz a oferta das moedas, com a finalidade de diminuir a inflação,
objetivando desacelerar o crescimento da quantidade de dinheiro e diminuir a base monetária.
aumento da oferta de
moeda
aumentar a inflação
Políticas monetárias
diminuir a oferta de moeda
desestimular o consumo e
contracionista
desacelerar o crescimento
diminuir a inflação
É fácil identificar que as políticas monetárias são controladas através das taxas de juros, no qual
verifica-se, uma relação inversamente proporcional entre as taxas de juros e a inflação. Explico!
Quando o sistema econômico deseja aumentar o crescimento e estimulo do consumo a taxa de juros
diminui, portanto, aumenta-se a inflação. Caso, o Bacen objetive a diminuição do crescimento e
desestimulo do consumo, diminui-se a inflação.
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O Quantitative Easing ou flexibilização quantitativa (QE) é uma espécie de política monetária não-
convencional utilizada como forma alternativa com a finalidade de combater crises econômicas
graves ou reduzir danos econômicos, como forma de estimulação econômica quando as taxas de
juros residem próximas a zero.
No Quantitative Easing o banco central compra títulos (públicos ou privados) de longo prazo
no mercado aberto para aumentar a oferta da moeda e encorajar empréstimos e investimentos. A
compra destes títulos injeta um novo dinheiro à economia e também reduz as taxas de juros ao
aumentar a oferta de títulos de renda fixa. Além disso, expande o balanço do banco central.
Além disso, bastante recorrente no tema a crise de 2008 nos Estados Unidos e o FED – Federal
Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, que adotou diversas medidas de
Quantitative Easing para expandir a sua base monetária e combater os efeitos da crise imobiliária.
a) Taxa SELIC
Na economia brasileira, temos a chamada Taxa SELIC sendo ela a taxa básica de juros da economia
que, basicamente, guia todas as outras taxas de juros que existem no mercado brasileiro. As
modalidades que envolvem empréstimos, de qualquer natureza, envolvem a taxa de juros. Desta
forma, como a taxa SELIC é a base das taxas de juros, sempre que a SELIC aumenta, todas as
outras taxas de juros também são elevadas, portanto, o custo do crédito será mais caro.
Exemplo: Imaginamos que o consumidor gostaria de financiar um veículo. Caso a taxa SELIC for
alta, o preço dos juros do financiamento aumenta e consumidor não consome o produto.
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Tome nota: a taxa SELIC meta é definida pelo COPOM com o objetivo de atingir a meta do IPCA
(Índice oficial de inflação no Brasil) definida pelo CMN.
b) Operações Compromissadas
As operações compromissadas são vendas de títulos de renda fixa realizadas por instituições
financeiras ao investidor com o compromisso de recompra.
Desta forma, quando uma instituição financeira faz uma determinada operação com outra instituição
financeira e dá como garantia um título privado (por exemplo, CDB), significa que o lastro desta
operação é o título privado. No advento do fim da duração da operação, ou seja, no advento do
compromisso de recompra, a instituição financeira que recebeu o título como garantia devolverá o
referido título e receberá os juros deste período.
título
Instituição financeira A privado/ Instituição financeira B
público
Caso contrário, é possível realizar o processo inverso. A redução da taxa Selic ocorre quando o
BACEN compra os títulos públicos que estão em posse das instituições bancárias, injetando a moeda
e promovendo a liquidez para a expansão de crédito na economia.
Tome nota: Quando o BACEN realiza a venda do título de renda fixa a dívida do governo
aumenta.
Iremos estudar a seguir quais são as implicações da realização das operações compromissadas pelo
BACEN.
Como vimos, o Banco Central do Brasil é autorizado a realizar operações compromissadas. Todavia,
a realização dessas operações é incluída na dívida pública do governo brasileiro.
Atualmente, o principal instrumento utilizado pelo BACEN para gerenciar a liquidez bancária são as
operações compromissadas. Quanto mais operações compromissadas o BACEN realiza, mais a
dívida pública aumenta. Diante disso, em julho de 2021 foi sancionada a Lei 14.185/2021 que dispõe
sobre os depósitos voluntários das instituições financeira.
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A ideia central é dar ao BACEN uma nova ferramenta para controlar a quantidade de moeda em
circulação no sistema financeiro (liquidez bancária) que tem impacto sobre a inflação, sem afetar a
dívida pública.
Os debates remetem a consideração que os depósitos remunerados como uma espécie de manobra
fiscal, o qual, simula a dívida pública.
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4.1 INTRODUÇÃO
Nesse momento, iremos estudar o tópico 4 dentro de Conhecimentos Bancários do edital do Banco
do Brasil, um tema que possui certa importância para provas bancárias:
4 - Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública.
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
Quanto ao conceito de orçamento público, tema sempre relevante em provas, explica Leite (2020, p.
100):
O orçamento mudou de cariz nas últimas décadas. No passado, tinha-se um conceito clássico
do orçamento, em que o mesmo era visto como simples peça que contemplava a previsão da
receita e a fixação das despesas. Assim, tinha um aspecto apenas contábil e financeiro, que
velava, sobretudo, para o equilíbrio entre as receitas e as despesas, sem se importar com os
investimentos e o potencial crescimento que eventuais desequilíbrios orçamentários
pudessem trazer.
Em seguida, partiu-se para uma concepção moderna do orçamento, tido, agora, como lei que
programa a vida financeira do Estado, permitindo-se até mesmo haver endividamento deste,
em atenção, sobretudo, aos interesses públicos da sociedade. Assim, toda vez que não é
possível se alcançar o equilíbrio fiscal no orçamento, ou seja, quando as despesas públicas
não são cobertas pela totalidade da receita arrecadada, há necessidade de o orçamento
contemplar modalidades de cobrir o déficit, apelando aí para os empréstimos públicos, aqui
chamados de crédito público.
Nessa linha, pode-se entender o orçamento público como uma lei que autoriza os gastos
que o Governo pode realizar durante um período determinado de tempo, discriminando
detalhadamente as obrigações que deva concretizar, com a previsão concomitante dos
ingressos necessários para cobri-las. Nas incisivas e felizes palavras do ex-ministro Carlos
Ayres Britto, a lei orçamentária é “a lei materialmente mais importante do ordenamento
jurídico logo abaixo da Constituição” (STF, ADI-MC 4048-1/DF, j. 14.5.2008, p. 92).
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Ensina Humberto Ávila (2006, p.78) que: “os princípios são normas imediatamente finalísticas,
primariamente prospectivas e com pretensão de complementariedade e de parcialidade, para cuja
aplicação se demanda uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os
efeitos decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção”.
O princípio da legalidade não é exclusivo do direito financeiro, por ser princípio sobranceiro
a todos os demais ramos. Está intrinsecamente ligado à ideia de Estado Democrático de
Direito, na medida em que vincula, não apenas o cidadão, mas também o Estado aos ditames
da lei.
Assim, como as finanças públicas não podem ser manejadas sem autorização da lei, tem-se
na legalidade um princípio que permeia toda a atividade financeira do Estado, seja para
arrecadar os tributos, seja para efetuar os gastos. Daí se afirmar que o orçamento é o início e
o fim de toda ação estatal, pois a lei do orçamento é que permite a realização dos gastos
públicos. Nada pode ser despendido sem a previsão nesta lei.
Por este princípio busca-se evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, que sejam
acrescentadas matérias estranhas ao orçamento nestas longas lei e anexos.
Conforme Aliomar Baleeiro: "Foi a reforma de 1926 que, por iniciativa do Presidente Bernardes, deu
tiro de morte às chamadas 'caudas orçamentárias', isto é, dispositivo de lei, no sentido material,
sobre os mais variados assuntos estranhos às finanças".
Art. 165. § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
A programação remete à ideia do planejamento das ações, as quais devem ser vinculadas por
um nexo entre os objetivos constitucionais e aqueles traçados pelo governante, num
afunilamento na concretização do seu plano de governo, iniciando-se com a observância das
prescrições constitucionais (arts. 1º, 3º e 5º, da CF) e implementando-as no plano plurianual
(PPA), na lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e na lei orçamentária anual (LOA). É da
integração entre esses planos que surge a necessidade da programação.
Neste sentido, os arts. 48, IV, e 165, § 4º, ambos da CF/88 preconizam:
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Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida
esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência
da União, especialmente sobre:
Trata-se de princípio implícito, o qual norteia toda a Administração Pública, tendo ganhado especial
relevo com a promulgação da LRF, que tornou regra a elaboração de orçamento equilibrado.
O referido princípio pauta, de forma bem simples que o orçamento público é ânuo, ou seja, o
intervalo de tempo em que se estimam as receitas e se fixa as despesas é de 1 ano, o que coincide
com o exercício civil. Neste sentido, prevê o art. 34 da Lei n. 4.320/64: Art. 34. O exercício financeiro
coincidirá com o ano civil
Trata-se de um princípio formal, o qual preconiza que o documento orçamentário deve ser único,
não obstante a CF/88 prever três orçamentos (art. 165, § 5º: seguridade social, investimentos e fiscal).
Assim, deve-se interpretar de forma sistêmica, como uma segmentação do orçamento único global,
como se fossem sub orçamentos.
Trata-se de princípio segundo o qual todas as receitas e despesas deverão estar previstas na lei
orçamentária (exceto as receitas tributárias criadas após a aprovação da LOA).
Jurisprudência
Súmula 66, STF: “É legítima a cobrança do tributo que houver sido aumentado após o orçamento,
mas antes do início do respectivo exercício financeiro”.
Em relação ao produto da arrecadação do tributo, tem-se que não estará contido na LOA pelo
simples fato de não ter sido previsto. Logo, não há desrespeito ao princípio aludido.
Ilustra o princípio da universalidade o art. 165, § 5º, da CF/88, segundo o qual a lei orçamentária
compreenderá os orçamentos fiscal, de investimento das empresas e da seguridade social.
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De acordo com esse princípio, as receitas e as despesas deverão constar na lei orçamentária
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções (art. 6º, da Lei n. 4.320/64). Ou seja, muito
embora o tributo IPVA seja do Estado e, por força constitucional, ele deva ser repartido em
50% para os Municípios; no orçamento do Estado, a receita do tributo deve ser lançada na sua
totalidade e não com o abatimento do valor a ser repassado. Logo, para os entes que
repartem as suas receitas, deve constar o valor integral a ser arrecadado, na parte da receita;
e o valor a ser repartido, na parte da despesa. Não pode haver lançamento apenas do valor
líquido.
Trata-se de princípio que, não obstante o fato de não estar expressamente previsto na Constituição,
extrai seu conteúdo do art. 37, da CF, caput, que prevê a publicidade como princípio norteador da
Administração Pública.
A sociedade deve agir de tal forma transparente que no seu relacionamento com o Estado
desapareça a opacidade dos segredos e da conduta abusiva fundada na prevalência da forma
sobre o conteúdo dos negócios jurídicos.
O Estado, por seu turno, deve revestir a sua atividade financeira da maior clareza e abertura,
tanto na legislação instituidora de impostos, taxas, contribuições e empréstimos como na
feitura do orçamento e no controle da sua execução.
(...)
“essa vedação traduz o princípio de que cabe ao governante, consagrado nas urnas, a
responsabilidade de elaborar o seu plano de ação governamental promovendo o
direcionamento de despesas públicas para setores reputados prioritários e dentro da
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plataforma de campanha, sob pena de faltar legitimidade para governar. Mas, isso é tarefa
para estadistas, que parece não mais existir. Na falta destes, a tendência é ir vinculando
receitas públicas às mais diversas necessidades públicas a serem satisfeitas, de tal forma que
a governança poderia até ser entregue a um computador”.
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano
plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
[...]
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação
ilimitada.
Segundo este princípio, é vedado dispor de crédito orçamentário para uma finalidade imprecisa. Os
créditos orçamentários nascem amarrados a programas e projetos de governo.
Assim, como não se pode definir onde essa reserva de contingência, efetivamente, vai ser utilizada,
não há como previamente ligá-la a um programa ou projeto antes do risco acontecer.
VIII — a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
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para maior organicidade das contas públicas, é necessário que todo recurso carreado ao
Erário, de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário, de natureza
orçamentária ou extraorçamentária, geral ou vinculado, seja alocado em uma única conta, a
fim de
facilitar a gerência dos mesmo Conforme
A Constituição Federal intentou criar um sistema tributário que dialogasse com o sistema
orçamentário, de tal modo que a natureza do tributo revelasse um plexo de características de
organicidade dos sistemas.
Sendo assim, (i) a receita de impostos deveria ficar livre ao Executivo, para a aplicação das
políticas públicas genéricas; (ii) a receita das taxas deveria ter relação direta com o custo do
serviço público específico e divisível ou da atividade de fiscalização, por questão de justiça
fiscal; (iii) a receita da contribuição de melhoria não poderia ser maior do que o custo da obra
pública; (iv) a receita do empréstimo compulsório deveria ser adstrita ao motivo que ensejou
a sua criação e, (v) a receita das contribuições especiais deveria ter aplicação estrita à
finalidade prevista em lei.
A título de exemplo, tem-se o art. 167, XI da CF/88: Art. 167. Sâo vedados:
XI — a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195,
I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201.
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4.4.1 - Iniciativa/Elaboração
Pela redação do art. 84, XXIII, da Constituição Federal, percebe-se que as leis orçamentárias
serão elaboradas sempre por iniciativa do Poder Executivo. E uma iniciativa privativa e
indelegável E tal se dá porque o Parlamento, embora preparado para o exercício da produção
de leis, não possui o nível de informações técnicas e peculiares da Administração para o
atendimento das necessidades públicas. É o Executivo que conhece a realidade sobre a qual
atua e pode, aprioristicamente, melhor julgar a sua alocação, que será posteriormente
analisada pelos legisladores.
Por ter o Executivo a visão global da produção dos recursos necessários às satisfações das
necessidades públicas, e por ser o maior encarregado de executar as tarefas delineadas no
orçamento, é que o constituinte ofertou-lhe, de maneira correta, a iniciativa desta lei.
Logo, o Legislativo não tem competência para iniciar um projeto de lei orçamentária.
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diretrizes orçamentárias, não se aplica a normas que tratam de direito tributário, como são
aquelas que concedem benefícios fiscais. Precedentes: ADI 724-MC, Rei. Min. Celso de Mello,
DJ de 27-4-2001 e ADI 2.659, Rei. Min. Nelson Jobim, DJ de 6-2-2004. Ação direta de
inconstitucionalidade cujo pedido se julga improcedente. (ADI 2.464, Rei. Min. Ellen Gracie,
julgamento em 11-4-2007, Plenário, DJ de 25-5-2007.) No mesmo sentido: RE 601.348-ED, Rei.
Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-11-2011, Segunda Turma, DJE de 7-12-2011.
Vide: ADI 3.205, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-10-2006, Plenário, DJ de 17-
11-2006.
Após o encaminhamento da proposta, haverá apreciação pelo poder Legislativo, que, no caso da
União, dar-se-á por análise conjunta das duas casas do Congresso Nacional.
De acordo com o Regimento do Congresso Nacional, a apreciação será em sessão conjunta, mas
com apuração de votos em separado. Assim, em cada votação haverá a sessão conjunta, contudo,
no momento da votação, se verificará o atingimento ou não do quórum de maioria simples em cada
Casa (Câmara e Senado), a fim de que não seja rejeitada a matéria.
Seguindo o trâmite comum das demais leis, o Executivo terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis,
a contar da data do recebimento do projeto, para sancioná-lo. Poderá também vetá-lo, no
todo ou em parte, comunicando o fato em 48 (quarenta e oito) horas ao Presidente do Senado
Federal, expondo seus motivos. O silêncio importa sanção. Na ocorrência de veto, ele será
apreciado em sessão conjunta, dentro de 30 (trinta) dias de seu recebimento. Não havendo
deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final, com exceção das medidas provisórias. Para que o veto seja
rejeitado, isto é, para que se restabeleça o texto aprovado originalmente pelo Plenário, é
necessária maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio aberto (art. 66, § 4º,
da CF, com a redação dada pela EC n. 76/13). Se o veto for derrubado, o projeto será enviado,
para promulgação, ao Presidente da República. Se o veto for mantido, o projeto será
promulgado pelo Executivo sem a parte que foi vetada.
4.4.4 - Execução
Com a aprovação e publicação da lei orçamentária, passará a lei a vigorar, devendo ser cumprida.
Assim o executivo poderá utilizar os recursos conforme o disposto na lei orçamentária.
Neste sentido, a LRF em seu art. 8º dispões que o Executivo estabeleça, em até 30 (trinta) dias após
a publicação dos orçamentos, a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso. Com essa programação, os administradores começam a executar o orçamento.
4.4.5 - Controle
O gasto público necessita passar por rigoroso controle para que possa ser devidamente efetuado.
Dessa forma, tanto os gastos quanto as receitas são passíveis de efetiva fiscalização e de controle.
Aos órgãos de controle, principalmente o Tribunal de Contas, incumbe apreciar e julgar a correta ou
incorreta aplicação dos recursos públicos, de acordo com as normas que disciplinam o controle das
contas públicas.
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4.4.6 - Orçamento-programa
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e
limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto nos §§ 11 e
12 do art. 166.
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisados
por uma comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão
status de Leis Ordinárias.
I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República
Conforme se verifica, cabe ao Poder Executivo elaborar e ao Poder Legislativo discutir e aprovar
(após, necessita de sansão presidencial). Já em relação à fiscalização, incumbe ao Poder Legislativo,
com auxílio do Tribunal de Contas. Vejamos cada uma destas leis:
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Caso não ocorre o envio do PPA pelo Chefe do Executivo implica em crime de responsabilidade.
Na ausência dessa lei complementar, que ainda não foi editada, o ADCT é aplicado:
§ 2º ADCT Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa;
Assim, o PPA terá vigência durante os três últimos anos do mandato de um Presidente e o primeiro
ano do mandato do Presidente seguinte.
O prazo para o envio é o mesmo da Lei orçamentária, até 31 de agosto (quatro meses antes do
término do primeiro exercício do Presidente) e tem que ser aprovada até o final da sessão legislativa,
cuja data é 22 de dezembro.
Atente-se sempre para o fato de que é uma lei que visa a direcionar a elaboração da LOA. A LDO
deverá ser encaminhada pelo Chefe do Executivo até 15 de abril, e devolvida para sanção até o
término do primeiro período da sessão legislativa - 17 de julho. Atualmente, a principal lei
orçamentária é a LDO.
Neste sentido:
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Art.35. (...)
§ 2º, II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
do primeiro período da sessão legislativa; (até 17 de julho é necessário aprová-la, art. 57,
CF/88).
Caso o prazo de devolução seja descumprido, os Congressistas não poderão entrar de férias, até
que aprovem a LDO e remetam para sanção. É o que prevê a CF/88:
Art.57. (...)
O projeto da LOA deverá ser encaminhado ao Congresso até 30 de agosto, e deverá ser devolvido
para sanção até o término da sessão legislativa. Sua vigência será de 1 ano, correspondendo ao
exercício civil;
Conforme decidiu o STF, são inconstitucionais as decisões judiciais que determinam a constrição de
verbas públicas oriundas de Fundo Estadual de Saúde (FES) — que devem ter aplicação compulsória
na área de saúde — para atendimento de outras finalidades específicas:
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continuidade dos serviços públicos (art. 175 da CF/88). STF. Plenário. ADPF 664/ES, Rel. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 16/4/2021 (Info 1013).
Informativos do STF
Informativo 1018 do STF: É inconstitucional o bloqueio ou sequestro de verba pública, por decisões
judiciais, de empresa estatal prestadora de serviço público em regime não concorrencial e sem
intuito lucrativo primário. Os recursos públicos vinculados ao orçamento de estatais prestadoras de
serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem intuito lucrativo primário, não podem
ser bloqueados ou sequestrados por decisão judicial para pagamento de suas dívidas, em virtude
do disposto no art. 100 da CF/1988, e dos princípios da legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF),
da separação dos pode res (arts. 2°, 60, § 4°, III, da CF) e da eficiência da administração pública (art.
37, caput, da CF). STF. Plenário. ADPF 616/BA, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 21/5/2021.
Informativo 1026 do STF: São inconstitucionais atos de constrição, por decisão judicial, do
patrimônio de estatais prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem
intuito lucrativo primário, para fins de quitação de suas dívidas Os recursos públicos vinculados ao
orçamento de estatais prestadoras de serviço público essencial, em regime não concorrencial e sem
intuito lucrativo primário, não podem ser bloqueados ou seques trados por decisão judicial para
pagamento de suas dívidas, em virtude do disposto no art. 100 da CF/88, e dos princípios da
legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF/88), da separação dos poderes (arts. 2o, 60, § 4o, III, da
CF/88) e da eficiência da administração pública (art. 37, caput, da CF/88). STF. Plenário. ADPF
789/MA, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/8/2021 (Info 1026).
Lembre-se sempre que na LOA não poderá constar previsão de dotação para despesa com duração
superior a um exercício financeiro não constante no PPA. Ademais, também é vedada a consignação
de crédito com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada. A LOA, no âmbito federal, será apreciada
por Comissão Mista Permanente.
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Entende-se como crédito orçamentário inicial ou ordinário aquele crédito aprovado pela lei
orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das
empresas estatais.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dotações,
institui-se o crédito orçamentário através do conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, com a finalidade de executar os
programas governamentais. Por sua vez, a dotação é o montante de recursos financeiros com que
conta o crédito orçamentário.
Dessa forma, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta define o limite de recurso
financeiro autorizado.
A despesa pública é conceituada como a aplicação do dinheiro arrecadado no custeio dos serviços
públicos. Possui 3 estágios, os quais estão presentes na Lei nº 4.320/64: empenho, liquidação e
pagamento.
realizado após se
verificar se o
Pagamento
cumprimento de todas
as fases anteriores
As receitas e despesas da União estão diretamente ligadas ao orçamento público, uma vez que a Lei
Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas e fixa as despesas de todo o Governo Federal.
Quanto a receita pública, pode-se definir como toda entrada de recursos que possa ser integrada ao
patrimônio público. Logo, receita pública é qualquer quantia recebida pelos cobres públicos e que
gere um aumento do patrimônio público.
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Já quanto a despesa pública, nos dizeres de Aliomar Baleeiro: “é a aplicação de certa quantia em
dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro duma autorização
legislativa, para execução de fim a cargo do Governo”.
A lei n. 4.320/64 classifica as despesas públicas em dois grandes grupos: despesas correntes e
despesas de capital.
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
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Despesas de Custeio
Correntes
Transferências Correntes
DESPESAS
Investimentos
Transferências de Capital
O superávit se dará justamente quando esse resultado for positivo, caso o resultado seja negativa se
concretizará o déficit.
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Corresponde
Resultado Primário as Receitas não-financeiras – Despesas
não-financeiras.
Secretaria do Tesouro Nacional (STN): trata-se de órgão do Governo Federal ligado ao Ministério
da Economia. A STN visa administrar a dívida pública, operacionalizando no mercado financeiro
através da emissão de títulos de dívidas, bem como gerando informações sobre as finanças públicas.
Banco Central do Brasil (Bacen): autoridade monetária brasileira, que possui competência para
manter a estabilidade da moeda, sendo considerado o Banco dos bancos. Possui poder regulamentar
do mercado financeiro e monetário, bem como negociando títulos de dívida para execução de
Política Monetária.
Do Sistema Especial de Liquidação e Custódia também deriva a chamada Taxa Selic, uma taxa de
juros básica da economia.
Com a finalidade de manter a inflação dentro da meta, o Bacen opera no mercado de títulos públicos
a fim de que a taxa Selic esteja de acordo com a meta definida em reunião do Comitê de Política
Monetária do Bacen, o chamado Copom.
Existem diversos títulos que são ofertados pelo Tesouro Nacional, vejamos:
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Títulos prefixados: preste sempre bastante atenção na nomenclatura dos títulos, pois costumam
ser bastante indicativos. Os títulos prefixados, por exemplo, são aqueles em que a taxa de juros estão
prefixados desde o momento da compra do título.
Títulos pós-fixados: fixa-se a taxa de juros após o período de compra ou apenas no vencimento.
Tesouro Selic: trata-se de título pós-fixado atrelado à taxa Selic. Possui como característica a
baixa volatilidade, ou seja, seu valor de face se mantém quase constante já que envolve a taxa Selic,
também possui alta liquidez, sendo vendido e comprado sempre que o mercado está aberto.
Tesouro Prefixado: trata-se de título prefixado, o qual possui taxa fixa já previamente definida
quando da contratação do título.
Tesouro Prefixado com juros semestrais: trata-se de título prefixado, assim como o anterior.
Porém, nesse caso os juros sobre o capital são pagos semestralmente.
Tesouro IPCA+: trata-se de título misto, no qual uma parte da rentabilidade é uma taxa de juros
prefixada e outra parte é variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
Tesouro IPCA+ com juros semestrais: trata-se de título bem semelhante ao anterior, porém,
neste caso há o pagamento de juros semestralmente.
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Os cartões também são conhecidos como “dinheiro de plástico”, sendo produto bastante usado
atualmente, sobretudo por sua praticidade.
Além disso, trata-se de serviço considerado essencial pela legislação brasileira, devendo ser ofertado
de forma gratuita pelas instituições bancárias.
Por sua vez, o cartão de crédito permite ao usuário que realize compras/pagamentos a prazo,
mediante a utilização de limite de crédito.
Cartão básico: utilizado exclusivamente para fins de pagamento de compras/serviços, por ser um
cartão mais simples, possui menor tarifa de anuidade em relação aos demais.
Cartão diferenciado: permite um tratamento diferenciado dos clientes, com a oferta de serviços
não existentes no básico, como por exemplo, os serviços de benefícios ou recompensas.
Hora da Questão
(Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco do Brasil Prova) Os cartões de crédito são, às vezes,
chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente como meio de pagamento implica vários
aspectos, EXCETO o(a)
A) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pagos apenas
no vencimento do cartão.
C) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de suas
transações.
Gabarito: C
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A garantia, geralmente, é
o próprio bem - alienação
fiduciária.
CDC
Destinado a consumidores
A referida lei também trata das modalidades de crédito rural, assim dispondo:
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Art. 8º O crédito rural restringe-se ao campo específico do financiamento das atividades rurais
e adotará, basicamente, as modalidades de operações indicadas nesta Lei, para suprir as
necessidades financeiras do custeio e da comercialização da produção própria, como também
as de capital para investimentos e industrialização de produtos agropecuários, quando
efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural.
I - idoneidade do proponente;
Il - Crédito Rural Orientado, como forma de crédito tecnificado, com assistência técnica
prestada pelo financiador, diretamente ou através de entidade especializada em extensão
rural, com o objetivo de elevar os níveis de produtividade e melhorar o padrão de vida do
produtor e sua família;
IV - Crédito para Comercialização com o fim de garantir aos produtores agrícolas preços
remuneradores para a colocação de suas safras e industrialização de produtos agropecuários,
quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural;
Art. 12. As operações de crédito rural que forem realizadas pelo Instituto Brasileiro de Reforma
Agrária, pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário e pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico, diretamente ou através de convênios, obedecerão às
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Art. 13. As entidades financiadoras participantes do sistema de crédito rural poderão designar
representantes para acompanhar a execução de convênios relativos à aplicação de recursos
por intermédio de órgãos intervenientes.
Art. 14. Os termos, prazos, juros e demais condições das operações de crédito rural, sob
quaisquer de suas modalidades, serão estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional,
observadas as disposições legais específicas, não expressamente revogadas pela presente Lei,
inclusive o favorecimento previsto no art. 4º, inciso IX, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de
1964, ficando revogado o art. 4º do Decreto-lei nº 2.611, de 20 de setembro de 1940.
Hora da Questão
a) geral
b) especial
c) de investimento
d) de custeio
e) de comercialização
Gabarito: E
5.4 POUPANÇA
Conforme denomina o próprio Banco do Brasil, a poupança é uma reserva financeira, guardada para
uma finalidade futura, com rentabilidade definida por lei e que varia de acordo com a taxa Selic. Com
relação ao seu rendimento, este é creditado de acordo com a data-base, também chamada de
“aniversário”. Essa data refere-se ao dia em que foi feito o depósito ou transferência. O valor do
rendimento, então, é creditado na mesma data ou no dia útil subsequente. Isso ocorre a cada mês,
para pessoa física, ou três meses, para pessoa jurídica.
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No Banco do Brasil, caso o cliente já seja correntista, consequentemente já irá possuir uma conta
poupança vinculada, podendo utilizar o mesmo cartão e senhas para movimentar ambas. Caso
contrário, é possível ter somente a conta poupança e usufruir de todas as suas facilidades, como o
cartão de débito para saques e compras, pagamento de contas no débito e até saque no exterior.
5.5 CAPITALIZAÇÃO
Capitalização é mais um produto bancário que possui como finalidade poupar dinheiro, tendo como
vantagem o fato de concorrer a prêmios, bem como, ao final do plano, recebe todo o seu dinheiro
de volta corrigido monetariamente.
Trata-se de produto regulado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), um órgão ligado
ao Ministério da Fazenda que também regula o mercado de seguros e a previdência privada.
5.6 PREVIDÊNCIA
Previdência é uma espécie de reserva financeira que se faz no presente focando no futuro. Assim,
possui como objetivo ter um dinheiro acumulado para utilização quando o trabalhador se aposentar,
ou mesmo em caso de perda da capacidade laborativa.
Segundo dispõe o próprio site oficial do governo brasileiro, o Sistema Previdenciário Brasileiro é
composto por três regimes:
o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS): como o nome diz, é um regime público
específico para servidores públicos concursados, titulares de cargo efetivo; e
5.7 CONSÓRCIO
O Consórcio pode ser utilizado para os mais diversos bens e serviços como veículos, imóveis, móveis,
agropecuária etc.
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1 - Simulação
2 - Contratação
4 - Oferta de Lance
5.8 INVESTIMENTOS
Investimento, a grosso modo, pode ser conceituado como a aplicação de determinado capital com
a expectativa de retorno futuro.
(i) Renda fixa: investidor possui informações já no momento da aplicação acerca do rendimento
ou mesmo o índice que será utilizado para avaliar a rentabilidade do seu investimento, além
do prazo. Trata-se assim de investimento mais seguro, tendo em vista sua maior
previsibilidade.
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5.9 SEGUROS
Inicialmente vamos trabalhar alguns conceitos e explicações acerca do seguro que você deve ter em
mente para a sua prova:
Prêmio: valor que é pago pelo segurado (cliente) à seguradora nos contratos de seguros.
Apólice: documento emitido pela seguradora, que formaliza a aceitação da cobertura solicitada pelo
cliente.
Indenização: o valor pago pela seguradora ao cliente, para cobrir os prejuízos causados pelo sinistro.
Franquia: é a quantia fixa expressa na apólice, a qual o segurado deve pagar para acionar o seguro
em caso de sinistro. É, na prática, um valor que a seguradora deixa de pagar.
Além disso, tenha sempre em mente que os seguros podem ser para proteção de risco às pessoas
ou de bens. Ademais, necessita que sejam riscos predeterminados, ou seja, os riscos que a
seguradora assume e que são fixados na apólice.
No Brasil, os seguros são normatizados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
fiscalizados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Por fim, importante salientar que o contrato de seguro possui expressa previsão no Código Civil,
sendo importante para a sua prova ter o conhecimento das disposições gerais, vejamos:
Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio,
a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos
predeterminados.
Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade
para tal fim legalmente autorizada.
Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro,
e, na falta deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a declaração dos
elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco.
Parágrafo único. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador.
Art. 761. Quando o risco for assumido em co-seguro, a apólice indicará o segurador que
administrará o contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos.
Art. 762. Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado,
do beneficiário, ou de representante de um ou de outro.
Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do
prêmio, se ocorrer o sinistro antes de sua purgação.
Art. 764. Salvo disposição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual
se faz o seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio.
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Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir
circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o
direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido.
Art. 767. No seguro à conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quaisquer defesas
que tenha contra o estipulante, por descumprimento das normas de conclusão do contrato,
ou de pagamento do prêmio.
Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto
do contrato.
Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente
suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à
garantia, se provar que silenciou de má-fé.
§ 1º O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da
agravação do risco sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão
de resolver o contrato.
§ 2º A resolução só será eficaz trinta dias após a notificação, devendo ser restituída pelo
segurador a diferença do prêmio.
Art. 770. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não
acarreta a redução do prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o
segurado poderá exigir a revisão do prêmio, ou a resolução do contrato.
Art. 771. Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o sinistro ao
segurador, logo que o saiba, e tomará as providências imediatas para minorar-lhe as
consequências.
Parágrafo único. Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despesas de
salvamento consequente ao sinistro.
Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o
segurado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro o prêmio
estipulado.
Art. 774. A recondução tácita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa cláusula
contratual, não poderá operar mais de uma vez.
Art. 775. Os agentes autorizados do segurador presumem-se seus representantes para todos
os atos relativos aos contratos que agenciarem.
Art. 776. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido,
salvo se convencionada a reposição da coisa.
Art. 777. O disposto no presente Capítulo aplica-se, no que couber, aos seguros regidos por
leis próprias.
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O mercado de capitais é um mercado financeiro onde são negociados títulos de renda fixa e variável,
como ações, debêntures, títulos públicos e outros. Ele é composto por diversos segmentos, como o
mercado primário, onde as empresas emitem novos títulos, e o mercado secundário, onde os títulos
já emitidos são negociados entre os investidores.
O mercado de capitais permite aos investidores aplicar seu dinheiro em diversas opções, com
diferentes graus de risco e retorno, e permite às empresas acessar recursos financeiros para investir
em seus negócios. Ele é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no
Brasil e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos.
Mercado Primário: É o segmento onde as empresas emitem novos títulos, como ações e
debêntures, para captar recursos financeiros. Esse segmento é regulado por órgãos como a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as emissões de títulos só podem ser feitas mediante
registro e aprovação desses órgãos.
Mercado de Derivativos: É o segmento onde são negociados contratos futuros e opções, que são
instrumentos financeiros cujos valores são derivados de outros ativos, como ações, taxas de juros e
moedas. Esse segmento é regulado por órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Mercado de títulos públicos: É o segmento onde são negociados títulos emitidos pelo governo,
como os títulos públicos federais, estaduais e municipais. Esses títulos são considerados de baixo
risco e geralmente pagam juros periódicos.
Mercado Monetário: é o segmento onde os investidores aplicam em títulos de curto prazo, como
CDBs, LCIs, LCAs e outros. Esse mercado é regulado por órgãos como o Banco Central do Brasil e as
aplicações são geralmente de baixo risco e rendimento.
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O mercado de câmbio é o mercado onde as moedas são compradas e vendidas. Ele permite que as
empresas, investidores e governos comprem e vendam moedas estrangeiras para se proteger contra
o risco cambial ou para obter lucro com as variações das taxas de câmbio.
O mercado de câmbio é composto por diversos segmentos, como o mercado à vista, onde as moedas
são compradas e vendidas para serem entregues imediatamente, e o mercado de futuros, onde as
moedas são compradas e vendidas para serem entregues em uma data futura.
Esse mercado é regulado por órgãos como o Banco Central do Brasil e é altamente líquido, sendo
que as principais moedas são negociadas 24 horas por dia.
Mercado à vista: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem entregues
imediatamente. Esse mercado é altamente líquido, e as taxas de câmbio são estabelecidas pelo
mercado.
Mercado de futuros: É o segmento onde as moedas são compradas e vendidas para serem
entregues em uma data futura. Esse mercado é regulado por órgãos como a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).
Mercado de câmbio fixo: É o segmento onde as taxas de câmbio são estabelecidas pelo Banco
Central, e as transações de moedas são realizadas com essas taxas fixas.
Mercado de câmbio flutuante: É o segmento onde as taxas de câmbio são determinadas pelo
mercado e variam de acordo com a oferta e demanda das moedas. É o tipo de mercado de câmbio
mais comum atualmente.
Hora da questão
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Comentário: O mercado de câmbio é o local onde as moedas são compradas e vendidas. Ele
tem como objetivo principal permitir que as empresas e os indivíduos possam realizar transações
comerciais internacionais, permitindo que a moeda local seja trocada por moeda estrangeira. Além
disso, o mercado de câmbio também desempenha um papel importante na estabilidade econômica
do país, pois ajuda a controlar a inflação e a estabilizar as taxas de juros. O lucro dos investidores e
especuladores financeiros é uma consequência do Mercado cambial e não seu objetivo principal.
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Regimes de taxa de câmbio são os mecanismos pelos quais a taxa de câmbio (o valor de uma moeda
em relação a outra) é determinada. Têm o objetivo de equilibrar a economia de um país. No Brasil,
o Banco Central (Bacen) é a autoridade responsável pelo controle dos regimes cambiais que devem
ser seguidos pelas empresas brasileiras.
Existem três principais tipos de regimes de taxa de câmbio: flutuante, fixo e intermediário (misto).
O regime de taxa de câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda é fixado em relação a outra
moeda ou a um grupo de moedas. Nesse regime, o banco central tem que intervenir regularmente
para manter a taxa de câmbio estabilizada.
As taxas de câmbio fixas são comuns em países com economias menos desenvolvidas, onde o
mercado financeiro é menos maduro e as instituições econômicas são menos fortes. Isso permite
que o governo tenha mais controle sobre a economia.
A vantagem do regime de taxa de câmbio fixo é que ele pode ajudar a manter a estabilidade
econômica, evitando grandes flutuações na taxa de câmbio e ajudando a evitar a inflação. Ele
também pode ajudar a evitar problemas de balanço de pagamentos.
No entanto, o regime de taxa de câmbio fixo também tem desvantagens, como a necessidade de
intervenção constante do banco central para manter a taxa de câmbio estabilizada, o que pode levar
a problemas de inflação e desvalorização excessiva da moeda. Além disso, impede a economia de se
adaptar automaticamente às condições internas e externas
O regime de taxa de câmbio fixo é aquele no qual o valor da moeda é fixado em relação a outra
moeda ou a um grupo de moedas. Nesse regime, o banco central tem que intervenir regularmente
para manter a taxa de câmbio estabilizada.
A taxa de câmbio fixa é usada para manter a estabilidade econômica e evitar a volatilidade excessiva
da taxa de câmbio. Isso pode ser particularmente importante para países com economias menos
desenvolvidas ou menos estáveis, onde grandes flutuações na taxa de câmbio podem causar
problemas econômicos graves.
O banco central pode usar diversas ferramentas para manter a taxa de câmbio estabilizada, como
intervenções no mercado cambial, ajustes nas taxas de juros, ou a implementação de medidas
administrativas para controlar a demanda por moedas estrangeiras.
A principal vantagem do regime de taxa de câmbio fixa é a estabilidade e previsibilidade que ele
oferece. Isso pode ajudar a manter a inflação baixa e evitar grandes flutuações na economia. N o
entanto, o regime de taxa de câmbio fixa também tem desvantagens, como a possibilidade de a taxa
de câmbio fixa não ser mais adequada às condições econômicas atuais, o que pode levar a problemas
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de balanço de pagamentos e inflação. Além disso, o banco central tem que gastar reservas para
manter a taxa de câmbio fixa, o que pode levar a problemas de insuficiência de reservas.
O regime de taxa de câmbio flutuante é aquele no qual a taxa de câmbio é determinada pelo
mercado e pode variar livremente. Nesse regime, a oferta e a demanda de moedas são os principais
fatores que determinam o valor da moeda. É considerado o mais eficiente pois permite que a
economia se adapte automaticamente às condições internas e externas.
As taxas de câmbio flutuantes são mais comuns em países desenvolvidos, onde o mercado financeiro
é maduro e as instituições econômicas são fortes. Isso permite que a economia responda de forma
eficiente às variações na oferta e demanda de moedas.
A vantagem do regime de taxa de câmbio flutuante é que ele permite que a economia se adapte
automaticamente às condições internas e externas, sem a necessidade de intervenção do banco
central. Isso pode ajudar a evitar a inflação e a desvalorização excessiva da moeda.
No entanto, o regime de taxa de câmbio flutuante também tem desvantagens, como a possibilidade
de grandes flutuações na taxa de câmbio, o que pode afetar negativamente a economia e causar
incerteza para as empresas. Também pode levar a problemas de balanço de pagamentos.
O regime de taxa de câmbio intermediário é um tipo de regime de taxa de câmbio que se situa entre
os regimes de taxa de câmbio flutuante e fixo. Ele permite uma certa flexibilidade na taxa de câmbio,
mas também inclui alguma intervenção do banco central para evitar grandes flutuações e manter a
estabilidade econômica.
Neste regime, o banco central pode usar diversas ferramentas para influenciar a taxa de câmbio,
como intervenções no mercado cambial, ajustes nas taxas de juros, ou a implementação de medidas
administrativas para controlar a demanda por moedas estrangeiras. O objetivo é evitar a volatilidade
excessiva, sem comprometer a capacidade da economia de se adaptar às condições internas e
externas.
Este tipo de regime é muito utilizado em países emergentes, onde o governo quer evitar a
volatilidade do câmbio, mas ao mesmo tempo, precisa deixar a economia se adaptar às condições
internas e externas, e manter a estabilidade econômica.
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Hora da questão
(INÉDITA, 2023). O regime de taxa de câmbio flutuante é caracterizado por uma taxa de câmbio
que é determinada pelo mercado e pode variar diariamente.
Gabarito: Verdadeira.
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As taxas de câmbio são as taxas nas quais uma moeda é trocada por outra. Elas determinam o valor
relativo de diferentes moedas e são usadas para calcular o custo de uma moeda em relação a outra.
Essas taxas são geralmente expressas como a quantidade de moeda estrangeira que pode ser
comprada com uma unidade de moeda nacional. Elas são influenciadas por uma série de fatores,
incluindo a oferta e demanda, as taxas de juros e as condições econômicas gerais. As taxas de câmbio
são usadas em uma variedade de transações, como viagens internacionais, investimentos e comércio
internacional.
As taxas de câmbio nominais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de suas
respectivas unidades monetárias. Elas refletem os preços das moedas uns em relação aos outros e
são determinadas pelo mercado de câmbio. A taxa de câmbio nominal é a taxa atual no mercado de
câmbio, e é frequentemente utilizada como uma medida de curto prazo para comparar a
desvalorização ou valorização de uma moeda.
As taxas de câmbio reais são as taxas de câmbio entre duas moedas medidas em termos de sua
capacidade de compra. Elas refletem o poder aquisitivo das moedas uns em relação aos outros e são
calculadas com base em dados de preços de bens e serviços. A taxa de câmbio real é utilizada para
medir o impacto da inflação sobre a taxa de câmbio nominal e para comparar o custo de vida entre
dois países. A taxa de câmbio real é frequentemente utilizada como uma medida de longo prazo
para comparar a desvalorização ou valorização de uma moeda.
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Quanto as importações, uma valorização da moeda local pode tornar as importações mais baratas,
o que pode aumentar a competitividade das empresas nacionais e beneficiar os consumidores, mas
também pode contribuir para o aumento do déficit comercial. Por outro lado, uma desvalorização
da moeda local pode tornar as importações mais caras, o que pode afetar negativamente a
competitividade das empresas nacionais e pode aumentar os preços para os consumidores, mas
também pode contribuir para a redução do déficit comercial.
Além disso, as taxas de câmbio também afetam a atratividade dos investimentos estrangeiros e a
capacidade do país de financiar sua dívida externa. Portanto, é importante para os governos e bancos
centrais monitorarem e gerenciar as taxas de câmbio de forma a equilibrar os impactos sobre as
exportações e importações, bem como sobre a economia geral. O objetivo é encontrar um equilíbrio
entre competitividade, estabilidade econômica e balanço de pagamentos sustentável. Isso pode ser
alcançado através de políticas cambiais, como a intervenção no mercado cambial, taxas de juros e
medidas administrativas. Além disso, é importante levar em consideração as tendências econômicas
globais e as relações comerciais com outros países ao tomar decisões sobre as taxas de câmbio.
Hora da questão
(INÉDITA, 2023). As taxas de câmbio têm um impacto significativo apenas sobre as exportações de
um país.
Gabarito: Falsa.
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O diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as
taxas de câmbio estão estreitamente relacionados.
O diferencial de juros interno e externo é a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas
de juros de outros países. Quando as taxas de juros de um país são mais altas do que as taxas de
juros de outros países, isso pode atrair investidores estrangeiros em busca de rendimentos mais
elevados, o que pode levar a uma valorização da moeda local. Por outro lado, quando as taxas de
juros de um país são mais baixas do que as taxas de juros de outros países, isso pode afastar os
investidores estrangeiros, o que pode levar a uma desvalorização da moeda local.
Os prêmios de risco são outro fator que afeta o fluxo de capitais e as taxas de câmbio. Os prêmios
de risco são a diferença entre as taxas de juros de um país e as taxas de juros de outros países,
levando em conta o risco de investir nesse país. Quando os investidores consideram que um país é
mais arriscado do que outros países, eles exigem prêmios de risco mais elevados para investir nesse
país, o que pode desestimular o fluxo de capitais e levar a uma desvalorização da moeda local.
Em resumo, o diferencial de juros interno e externo, os prêmios de risco e o fluxo de capitais são
importantes fatores que afetam as taxas de câmbio de um país. Os governos e bancos centrais
precisam levar esses fatores em conta ao tomar decisões sobre políticas cambiais e taxas de juros, a
fim de manter a estabilidade econômica e o equilíbrio nas contas externas.
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As operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas entre bancos e outras instituições
financeiras, como corretoras e investidores institucionais. Essas operações visam a atender às
necessidades de câmbio dos clientes e às necessidades de gestão de riscos das instituições
financeiras.
Os contratos a termo são acordos para comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda
estrangeira em uma data futura específica, a um preço previamente estabelecido. Os contratos
futuros são similares aos contratos a termo, mas são negociados em bolsas de valores especializadas.
As opções de câmbio permitem que os compradores adquiram o direito, mas não a obrigação, de
comprar ou vender uma determinada quantidade de moeda estrangeira a um preço específico em
uma data futura.
Além disso, os bancos e outras instituições financeiras também podem realizar operações de swap
cambial, que é um acordo para trocar uma moeda por outra por um período de tempo específico,
com o objetivo de gerenciar o risco cambial.
Em resumo, as operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas entre bancos e outras
instituições financeiras para atender às necessidades de câmbio dos clientes e às necessidades de
gestão de riscos das instituições financeiras, através de contratos a termo, contratos futuros e opções
de câmbio e operações de swap cambial.
Hora da questão
(INÉDITA, 2023). As operações no mercado interbancário de câmbio são realizadas apenas entre
bancos.
Gabarito: Falsa
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O mercado bancário é um setor financeiro composto por bancos e instituições financeiras que
oferecem uma variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e
transferências, investimentos e gerenciamento de risco.
Os bancos comerciais são os principais participantes do mercado bancário, e eles oferecem serviços
bancários tradicionais, como contas correntes, empréstimos e cartões de crédito. Eles também
podem oferecer serviços de investimento, como a gestão de carteiras e aplicações em títulos.
Os bancos de investimento são outro tipo de instituição financeira presente no mercado bancário, e
eles oferecem serviços de investimento mais avançados, como assessoria financeira, operações de
mercado financeiro e emissão de títulos.
Além disso, existem outras instituições financeiras, como cooperativas de crédito, sociedades de
crédito ao consumidor, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de crédito ao
microempreendedor e instituições financeiras não bancárias (IFNBs), que também fazem parte do
mercado bancário.
Em resumo, o mercado bancário é composto por bancos e instituições financeiras que oferecem uma
variedade de serviços financeiros, incluindo depósitos, empréstimos, pagamentos e transferências,
investimentos e gerenciamento de risco, os bancos comerciais são os principais participantes do
mercado bancário e os bancos de investimento oferecem serviços de investimento mais avançados.
As operações de tesouraria são realizadas pelos bancos com o objetivo de gerenciar sua posição de
caixa e sua exposição ao risco cambial. Isso inclui atividades como a compra e venda de ativos
financeiros, como títulos do governo e moeda estrangeira, e a realização de operações de swap
cambial.
O varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas com indivíduos e pequenas empresas,
incluindo contas correntes, empréstimos, cartões de crédito e outros produtos financeiros. Os bancos
oferecem esses produtos e serviços para atrair e manter clientes, bem como para obter receita de
juros e taxas.
A recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos tentam recuperar fundos de clientes
inadimplentes. Isso pode incluir ações judiciais, acordos de pagamento e outras medidas. Essas
operações são importantes para minimizar as perdas dos bancos e proteger sua saúde financeira.
Em resumo, as operações de tesouraria são realizadas pelos bancos para gerenciar sua posição de
caixa e sua exposição ao risco cambial, o varejo bancário envolve as operações bancárias realizadas
com indivíduos e pequenas empresas e a recuperação de crédito é o processo pelo qual os bancos
tentam recuperar fundos de clientes inadimplentes.
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As taxas de juros de curto prazo são as taxas de juros aplicadas em empréstimos e investimentos
com duração menor que um ano. Elas são geralmente determinadas pelo mercado e podem ser
influenciadas por fatores como a oferta e demanda de crédito, a política monetária do banco central
e a inflação.
A curva de juros é uma representação gráfica da relação entre as taxas de juros de curto prazo e as
taxas de juros de longo prazo. Normalmente, a curva de juros tem uma forma crescente, o que
significa que as taxas de juros de longo prazo são geralmente maiores do que as taxas de juros de
curto prazo. Isso ocorre porque os investimentos de longo prazo são considerados mais arriscados
do que os investimentos de curto prazo.
As taxas de juros nominais são as taxas de juros expressas em termos monetários correntes. Elas não
levam em conta a inflação e, portanto, podem ser distorcidas quando comparadas ao longo do
tempo.
As taxas de juros reais, por outro lado, são as taxas de juros nominais menos a taxa de inflação. Elas
refletem o poder de compra real do dinheiro e, portanto, são uma medida mais precisa da taxa de
juros. As taxas de juros reais são importantes para avaliar o retorno real de um investimento e para
compreender a relação entre as taxas de juros e a inflação.
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As garantias do Sistema Financeiro Nacional são instrumentos utilizados pelas instituições financeiras
para garantir o pagamento de dívidas contratadas por seus clientes. Essas garantias são utilizadas
para reduzir o risco de inadimplência e aumentar a confiança das instituições financeiras em relação
ao pagamento das dívidas contratadas.
15.2) Aval
Aval é uma garantia de crédito oferecida por uma pessoa ou instituição financeira que se
compromete a pagar uma dívida em caso de inadimplência do devedor principal. Isso permite que
o credor tenha mais segurança ao conceder um empréstimo ou financiamento.
Um avalista precisa ter uma boa situação financeira e creditícia para ser aceito como aval. Além disso,
ele precisa compreender os riscos envolvidos na garantia de crédito e estar disposto a arcar com as
consequências de uma eventual inadimplência. É importante que o avalista leia cuidadosamente o
contrato antes de assiná-lo.
Em caso de inadimplência, o credor pode cobrar a dívida do avalista, que passa a ser responsável
pelo pagamento. Isso pode ter impacto negativo na sua situação financeira e creditícia, incluindo
restrições ao acesso a crédito no futuro. Por isso, é importante que o avalista avalie cuidadosamente
se tem condições financeiras e disponibilidade para atuar como aval antes de assinar o contrato.
15.3) Fiança
Fiança é uma garantia de crédito oferecida por uma pessoa que se compromete a pagar uma dívida
em caso de inadimplência do devedor principal. Isso permite que o credor tenha mais segurança ao
conceder um empréstimo ou financiamento. A fiança é frequentemente utilizada em contratos de
aluguel, por exemplo.
Um fiador precisa ter uma boa situação financeira e creditícia para ser aceito como fiador. Além
disso, ele precisa compreender os riscos envolvidos na garantia de crédito e estar disposto a arcar
com as consequências de uma eventual inadimplência. É importante que o fiador leia
cuidadosamente o contrato antes de assiná-lo.
Em caso de inadimplência, o credor pode cobrar a dívida do fiador, que passa a ser responsável pelo
pagamento. Isso pode ter impacto negativo na sua situação financeira e creditícia, incluindo
restrições ao acesso a crédito no futuro. Por isso, é importante que o fiador avalie cuidadosamente
se tem condições financeiras e disponibilidade para atuar como fiador antes de assinar o contrato.
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Penhor Mercantil é uma garantia de crédito que consiste na entrega de bens móveis, como joias,
artigos de ouro, prata ou platina, para garantir o pagamento de uma dívida. O bem fica retido pelo
credor até que a dívida seja quitada. Se o devedor não cumprir com suas obrigações financeiras, o
credor pode vender o bem penhorado para cobrir o valor devido.
O penhor mercantil é uma opção de garantia de crédito mais acessível do que outras formas, como
aval ou fiança, pois não requer que o devedor tenha uma boa situação financeira ou creditícia. Além
disso, a entrega do bem para penhora é geralmente mais rápida e fácil do que outras formas de
garantia.
Alienação Fiduciária é uma forma de garantia de crédito em que o bem é entregue ao credor como
garantia, mas mantém a propriedade do devedor. O credor tem o direito de vender o bem em caso
de inadimplência, mas o valor obtido com a venda deve ser utilizado para cobrir o valor devido. Essa
forma de garantia é comumente utilizada em financiamentos imobiliários.
A Alienação Fiduciária permite que o devedor tenha acesso a crédito sem precisar vender seu bem,
como é o caso do penhor mercantil. Além disso, o devedor pode continuar usufruindo do bem
enquanto cumpre com suas obrigações financeiras, o que pode ser uma vantagem em relação a
outras formas de garantia.
15.6) Hipoteca
Hipoteca é uma forma de garantia de crédito em que o devedor entrega ao credor o direito de
penhor sobre um imóvel como garantia de pagamento de uma dívida. O credor tem o direito de
vender o imóvel em caso de inadimplência para cobrir o valor devido. A hipoteca é registrada em
cartório de imóveis, tornando o direito de penhor sobre o imóvel oficial e vinculante.
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Fianças Bancárias são instrumentos financeiros utilizados para garantir contratos e obrigações de
terceiros. Nesse tipo de fiança, o banco é o instituidor da garantia e se responsabiliza perante a outra
parte pelo cumprimento das obrigações assumidas pelo fiador principal.
Resumindo o conteúdo
Aval é uma garantia pessoal emitida por uma pessoa, geralmente com bom histórico creditício, que
se compromete a pagar a dívida caso o devedor não cumpra com seus compromissos.
Fiança é uma garantia pessoal onde uma pessoa ou empresa se compromete a pagar a dívida em
caso de inadimplência do devedor.
Penhor Mercantil é uma garantia real onde uma mercadoria é dada como garantia para o
pagamento de uma dívida.
Alienação Fiduciária é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um bem para
o credor, que passa a ter o direito de vender o bem caso o devedor não cumpra com seus
compromissos.
Hipoteca é uma garantia real onde o devedor transfere a propriedade de um imóvel para o credor,
que passa a ter o direito de vender o imóvel caso o devedor não cumpra com seus compromissos.
Fianças bancárias são garantias emitidas por bancos, geralmente utilizadas em contratos
comerciais, onde o banco se compromete a pagar o valor da dívida em caso de inadimplência do
devedor.
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16.1 INTRODUÇÃO
Nesse momento, iremos estudar o tópico 16 do edital do Banco do Brasil, um tema de especial
relevância para provas bancárias:
16 - Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e combate ao crime de
lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações; Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de
2020 e Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações.
Gostaríamos de agradecer a confiança depositada em nosso material. Saiba que garantimos que
você terá o material mais adequado para conquista da sua aprovação. Não esqueça que o seu
empenho é fundamental; afinal, passar em um concurso público não é tarefa fácil, mas também não
é algo impossível. Mas não se esqueça: Nós acreditamos em você!
16.2.1 Conceito
A lavagem de capitais é a conduta praticada para dar aparência de legalidade aos bens, direitos ou
valores oriundos de uma infração penal.
Com sua conduta, o agente oculta ou dissimula a natureza, origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
de infração penal. Trata-se de disposição do art. 1º da Lei 9.613/98:
Esta expressão lavagem de dinheiro originou-se do direito norte-americano (money laundering), por
volta do ano de 1920, fazendo alusão aos mafiosos que utilizavam lavanderias de fachada para darem
aparência de legalidade ao dinheiro obtido com as práticas criminosas. Em outros países como
Portugal e Espanha, utiliza-se a expressão branqueamento de capitais.
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Trata-se da fase de introdução do dinheiro ilícito no sistema financeiro. Uma das técnicas de
introdução do capital ilícito no sistema financeiro é denominada de smurfing, a qual se caracteriza
pela realização de vários depósitos fracionados, em pequenas quantias, em uma ou diversas contas
bancárias, as quais podem estar em nome de uma mesma pessoa ou de várias. Totalizando este valor
fracionado representa uma quantia expressiva.
É necessário ter em mente que não há necessidade do preenchimento dessas três fases para a
consumação do crime de lavagem de dinheiro.
Colocação
Integração
No mesmo sentido foram a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional
(Convenção de Palermo, de 15 de novembro de 2000) e a Convenção das Nações Unidas contra a
Corrupção (Convenção de Mérida, de 31 de outubro de 2003), ambas ratificadas pelo Brasil e que
possuem relação com a repressão à lavagem de capitais.
Por fim, foi criada a Lei 9.613/98 a fim de tipificar a lavagem de capitais. Após, a Lei 12.683/12
promoveu relevantes alterações no sistema de punição.
Noutro giro, a Lei 13.974/2020, tratou sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(COAF).
Quanto a persecução penal em relação ao crime de lavagem de capitais, faz-se necessária, para que
seja eficiente, uma perfeita interação entre os três subsistemas a seguir:
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a) Prevenção
É composta pelos sujeitos obrigados (art. 9º da Lei 9.613/98) e pelos órgãos de inteligência
financeira, especialmente o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), dotado de
autonomia técnica e operacional, atualmente vinculado administrativamente ao Banco Central do
Brasil (art. 2º da Lei 13.974/20).
c) Recuperação de ativos
Trata-se de tarefa desempenhada pelo Ministério Público e por órgãos do Poder Executivo,
notadamente o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
Os chamados torres de vigia ou gatekeepers são pessoas, físicas ou jurídicas, que possuem a
obrigação de contribuir nas atividades de inteligência e vigilância do poder público, bem como
prestar informações sobre atos que possam caracterizar o branqueamento do dinheiro. A
comunicação de operações suspeitas deve ser realizada ao COAF.
Por sua vez, a Instrução Normativa DPF nº 196/21, normatiza o procedimento de comunicação de
operações suspeitas ou que contenham indícios de crimes de lavagem de dinheiro ou de
financiamento ao terrorismo efetuadas por empresas de transporte de valores, bem como os
mecanismos dos processos administrativos instaurados contra empresas de transporte de valores
em razão do descumprimento das obrigações de prevenção à lavagem de dinheiro e ao
financiamento de terrorismo.
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Central do Brasil com o objetivo de prevenir a utilização do sistema financeiro para a prática dos
crimes de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
Trata-se de Circular aplicável a todas as Instituições Financeiras que tiverem seu funcionamento
autorizado pelo Banco Central.
Além disso, a Circular nº 3.978/2020 é preventiva, tendo em vista que estabelece medidas a serem
adotadas a fim de que o sistema financeiro brasileiro não seja utilizado como meio para a prática de
lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo.
Hora da Questão
Nos termos da Circular Bacen n. 3.978/2020, as instituições devem contemplar, dentre as diretrizes,
a promoção de cultura organizacional de
Gabarito: D
Todas as instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem dispor de estrutura
de governança visando a assegurar o cumprimento da política formulada com base em princípios e
diretrizes que busquem prevenir a sua utilização para as práticas de lavagem de dinheiro e de
financiamento do terrorismo, bem como também dos procedimentos e controles internos de
prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo previstos na Circular 3.978/20.
Hora da Questão
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a) controladoria
b) auditoria
c) governança
d) correição
e) conselho
Gabarito: C.
Conforme o art. 10 da Circular 3978/20, também é dever das instituições a realização de avaliação
interna, vejamos:
Art. 10. As instituições referidas no art. 1º devem realizar avaliação interna com o objetivo de
identificar e mensurar o risco de utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem
de dinheiro e do financiamento do terrorismo.
Para identificação do risco de que trata o caput, a avaliação interna deve considerar, no mínimo, os
perfis de risco:
dos clientes;
I - dos clientes;
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§ 4º Devem ser utilizadas como subsídio à avaliação interna de risco, quando disponíveis,
avaliações realizadas por entidades públicas do País relativas ao risco de lavagem de dinheiro
e de financiamento do terrorismo.
Art. 11. A avaliação interna de risco pode ser realizada de forma centralizada em instituição
do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de crédito.
Parágrafo único. As instituições que optarem por realizar a avaliação interna de risco na forma
do caput devem formalizar essa opção em reunião do conselho de administração ou, se
inexistente, da diretoria da instituição.
III - revisada a cada dois anos, bem como quando ocorrerem alterações significativas nos perfis
de risco mencionados no art. 10, § 1º.
com o perfil de risco do cliente, contemplando medidas reforçadas para clientes classificados em
categorias de maior risco, de acordo com a avaliação interna de risco;
Estes procedimentos devem ser formalizados em manual específico, o qual deve ser aprovado pela
diretoria da instituição e mantido atualizado
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Sendo o cliente pessoa natural residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma
definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, admite -se a utilização de documento de viagem
na forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o país emissor, o número e o tipo do documento.
Da mesma forma, em caso de o cliente ser pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior
desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as
instituições devem coletar, no mínimo, o nome da empresa, o endereço da sede e o número de
identificação ou de registro da empresa no respectivo país de origem.
As instituições também devem adotar procedimentos que permitam qualificar seus clientes por meio
da coleta, verificação e validação de informações, compatíveis com o perfil de risco do cliente e com
a natureza da relação de negócio.
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Os procedimentos de
qualificação devem incluir a identificar o local da sede ou filial, no
coleta caso de pessoa jurídica
de informações que permitam:
A necessidade de verificação e de validação das informações deve ser avaliada pelas instituições de
acordo com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio, além disso, devem
ser coletadas informações adicionais do cliente compatíveis com o risco de utilização de produtos e
serviços na prática da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo.
Por outro lado, os referidos procedimentos de qualificação devem incluir a verificação da condição
do cliente como pessoa exposta politicamente, bem como ainda a verificação da condição de
representante, familiar ou estreito colaborador dessas pessoas.
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estreito colaborador:
- pessoa natural conhecida por ter qualquer tipo de estreita
relação com pessoa exposta politicamente, inclusive por:
Para os fins da 1. ter participação conjunta em pessoa jurídica de direito
Circular 3978/20, privado;
consideram-se: 2. figurar como mandatária, ainda que por instrumento
particular da pessoa
mencionada no item 1; ou
3. ter participação conjunta em arranjos sem personalidade
jurídica; e
- pessoa natural que tem o controle de pessoas jurídicas ou de
arranjos sem personalidade jurídica, conhecidos por terem sido
criados para o benefício de pessoa exposta
politicamente
Em relação a estes clientes qualificados como pessoa exposta politicamente ou como representante,
familiar ou estreito colaborador dessas pessoas, as instituições devem:
As instituições devem classificar seus clientes nas categorias de risco definidas na avaliação interna
de risco, tomando como base as informações obtidas nos procedimentos de qualificação do cliente
referidos.
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Os procedimentos referidos devem ser compatíveis com a função exercida pelo administrador e com
a abrangência da representação.
Ademais, os critérios utilizados para a definição das informações necessárias e dos procedimentos
de verificação, validação e atualização das informações para cada categoria de risco devem ser
previstos no manual tratado no item 3.3.
Entretanto, admite-se, por um período máximo de 30 dias, o início da relação de negócios em caso
de insuficiência de informações relativas à qualificação do cliente, desde que não haja prejuízo aos
procedimentos de monitoramento e seleção.
Ademais, no caso de relação de negócio com cliente residente no exterior, que também seja cliente
de instituição do mesmo grupo no exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual o
Banco Central do Brasil mantenha convênio para a troca de informações, admite-se que as
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informações relativas ao beneficiário final sejam obtidas da instituição no exterior, desde que
assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso às informações e aos procedimentos adotados.
as cooperativas;
(iii) seja informado o número de registro no CPF, no caso de pessoa natural, ou do número de registro
no CNPJ, no caso de pessoa jurídica, de todos os cotistas para a Secretaria Especial da Receita Federal
do Brasil (RFB), na forma por esta definida em regulamentação específica;
(i) governos, entidades governamentais e bancos centrais, assim como fundos soberanos ou
companhias de investimento controladas por fundos soberanos e similares;
- o número de cotistas seja igual ou superior a cem e nenhum deles detenha mais de 25% (vinte
e cinco por cento) das cotas; e
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As informações coletadas em relação as entidades acima descritas, devem abranger as das pessoas naturais
autorizadas a representá-las, bem como as de seus controladores, administradores ou gestores, e diretores,
se houve
os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores,
dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais,
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;
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Finalmente, também são consideradas pessoas expostas politicamente os dirigentes de escalões superiores
de entidades de direito internacional público ou privado.
A condição de pessoa exposta politicamente deve ser aplicada pelos 5 anos seguintes à data em
que a pessoa deixou de se enquadrar nas categorias previstas.
De igual modo, em caso de relação de negócio com cliente residente no exterior que também seja
cliente de instituição do mesmo grupo no exterior, fiscalizada por autoridade supervisora com a qual
o Banco Central do Brasil mantenha convênio para troca de informações, admite –se que as
informações de qualificação de pessoa exposta politicamente sejam obtidas da instituição no
exterior, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos dados e
procedimentos adotados.
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Dispõe a Circular 3978/20 ser imperioso às instituições financeiras que elas mantenham registros de
todas as operações realizadas, produtos e serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes,
pagamentos, recebimentos e transferências de recursos.
tipo
canal utilizado
nome;
No caso de operações envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada
de inscrição no CNPJ, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições
devem incluir no registro as seguintes informações:
nome da empresa; e
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No caso de transferência de recursos por meio de cheque, as instituições devem incluir no registro
da operação, além das informações referidas acima, o respectivo número do cheque.
Caso as instituições estabeleçam relação de negócio com terceiros não sujeitos a autorização para
funcionar do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento do qual a instituição
também participe, deve ser estipulado em contrato o acesso da instituição à identificação dos
destinatários finais dos recursos, para fins de prevenção à lavagem de dinheiro e do financiamento
do terrorismo, inclusive no caso de relação de negócio que envolva a interoperabilidade com arranjo
de pagamento não sujeito a autorização pelo Banco Central do Brasil, do qual as instituições
financeiras não participem.
A partir de agora, vamos compreender que, quando se tratar de operações financeiras realizadas
com dinheiro em espécie, além das informações já mencionadas o registro deve conter ainda outras
informações imprescindíveis.
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informações tratadas nos tópicos anteriores, o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do
portador dos recursos.
Além disso, caso essas operações sejam realizadas por empresa de transporte de valores
devidamente autorizada e registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em vigor,
considera-se essa empresa como a portadora dos recursos, a qual será identificada por meio do
registro do número de inscrição no CNPJ e da firma ou denominação social.
Atente-se para o fato de que, ocorrendo a recusa do cliente ou do portador dos recursos sem prestar
a informação acerca da origem dos recursos depositados ou aportados, a instituição deve registrar
o fato e utilizar essa informação nos procedimentos de monitoramento, seleção e análise.
Ademais, as instituições financeiras devem requerer dos sacadores clientes e não clientes solicitação
de provisionamento com, no mínimo, 3 dias úteis de antecedência, das operações de saque,
inclusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor igual ou superior a
R$50.000,00 (cinquenta mil reais).
Essas operações de saque devem ser consideradas individualmente, para efeitos de observação do
citado limite.
As instituições devem:
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emitir protocolo de atendimento ao cliente ou ao sacador não cliente, no qual devem ser
informados o valor da operação, a dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a
data programada para o saque;
Em se tratando de saque em espécie a ser realizado por meio de cheque por sacador não cliente, a
solicitação de provisionamento acima referida deve ser realizada exclusivamente em agências ou em
Postos de Atendimento.
Os referidos procedimentos devem ser aplicados, inclusive, às propostas de operações, bem como
também devem:
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Também é dever das instituições manter documentação detalhada dos parâmetros, variáveis, regras
e cenários utilizados no monitoramento e seleção de operações e situações que possam indicar
suspeitas de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
É vedada:
A vedação mencionada acima não inclui a contratação de terceiros para a prestação de serviços
auxiliares à análise.
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Por fim, as instituições que optarem por realizar os procedimentos de análise devem formalizar a
opção em reunião do conselho de administração ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
Tal decisão de comunicação da operação ou situação ao COAF deve ser fundamentada com base
nas informações contidas no dossiê, deve ainda ser registrada de forma detalhada, bem como
também ocorrer até o final do prazo de análise.
A comunicação da operação ou situação suspeita ao COAF deve ser realizada até o dia útil seguinte
ao da decisão de comunicação.
As comunicações alteradas ou canceladas após o 5º dia útil seguinte ao da sua realização devem
ser acompanhadas de justificativa da ocorrência.
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As instituições financeiras que não tiverem efetuado comunicações ao COAF em cada ano civil
deverão prestar declaração, até 10 dias úteis após o encerramento do referido ano, atestando a não
ocorrência de operações ou situações passíveis de comunicação.
Estes procedimentos devem ser formalizados em documento específico aprovado pela diretoria da
instituição, devendo o documento ser mantido atualizado.
A classificação das atividades exercidas por seus funcionários, parceiros e prestadores de serviços
terceirizados nas categorias de risco definidas na avaliação interna de risco deve ser realizada pela
instituição financeira. A classificação em categorias de risco deve ser mantida atualizada e os critérios
para a classificação em categorias de risco devem estar previstos no documento.
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certificar que o contratado tem presença física no país onde está constituído ou
licenciado;
As instituições financeiras, na celebração de contratos com terceiros não sujeitos a autorização para
funcionar do Banco Central do Brasil, participantes de arranjo de pagamento do qual a instituição
também participe, devem:
obter informações sobre o terceiro que permitam compreender a natureza de sua atividade e a
sua reputação;
certificar que o terceiro tem licença do instituidor do arranjo para operar, quando for o caso;
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Os mecanismos acima referidos devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna,
quando aplicáveis, compatíveis com os controles internos da instituição.
As instituições financeiras que possuem autorização de funcionamento pelo Banco Central devem
avaliar a efetividade da política, dos procedimentos e dos controles internos, além disso, devem
documentar a avaliação em relatório específico.
O relatório deve ser elaborado anualmente, com data-base de 31 de dezembro, bem como
encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano seguinte ao da data-base ao comitê de auditoria,
quando houver e ao conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da instituição.
Da mesma forma, o relatório deve conter informações que descrevam a metodologia adotada na
avaliação de efetividade; os testes aplicados; a qualificação dos avaliadores; e as deficiências
identificadas; e
É possível que seja elaborado um único relatório de avaliação de efetividade relativo às instituições
do conglomerado prudencial e do sistema cooperativo de crédito, as instituições que optarem por
realizar o relatório de avaliação de efetividade desta forma devem formalizar a opção em reunião do
conselho de administração ou, se inexistente, da diretoria da instituição.
As instituições financeiras liberadas pelo BACEN devem elaborar plano de ação destinado a
solucionar as deficiências identificadas por meio da avaliação de efetividade, sendo que o
acompanhamento da implementação do plano de ação referido será documentado por meio de
relatório de acompanhamento.
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O plano de ação e o respectivo relatório de acompanhamento devem ser encaminhados para ciência
e avaliação, até 30 de junho do ano seguinte ao da data-base do relatório da avaliação de
efetividade:
da diretoria da instituição; e
I - o documento de que trata o art. 7º, inciso I, relativo à política de prevenção à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo de que trata o art. 2º;
IV - o documento relativo à avaliação interna de risco de que trata o art. 12, inciso I, juntamente
com a documentação de suporte à sua elaboração;
VIII - as versões anteriores da avaliação interna de risco de que trata o art. 10;
XII - as versões anteriores do relatório de avaliação de efetividade de que trata o art. 62, § 1º;
§1º O contrato referido no inciso V do caput deve permanecer à disposição do Banco Central
do Brasil pelo prazo mínimo de 5 anos após o encerramento da relação contratual.
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§ 2º Os documentos e informações referidos nos incisos VIII a XIV do caput devem permanecer
à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de 5 anos.
Art. 67. As instituições referidas no art. 1º devem manter à disposição do Banco Central do
Brasil e conservar pelo período mínimo de dez anos:
III - as informações e registros de que tratam os arts. 28 a 37, contado o prazo referido no
caput a partir do primeiro dia do ano seguinte ao da realização da operação; e
A Carta Circular nº 4001/20 do Banco Central possui como fundamento a divulgação da relação de
operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes de “lavagem” ou
ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de
financiamento ao terrorismo, previstos na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, passíveis de
comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Portanto, trata-se de mais uma importante ferramenta criada com a finalidade de se intensificar o
combate ao crime de lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.
Atenção! Tenha sempre em mente que a Carta Circular, assim como outros normativos do BACEN,
se presta tão somente em auxiliar o combate do crime de lavagem de dinheiro naquelas situações
em que há o indício da pratica delituoso. Estes normativos não criam figuras criminosas, as quais
somente podem ser criadas por Lei.
Neste sentido, o art. 1º da Carta Circular 4001/20 enumera diversas operações que caracterizam
indícios da pratica criminosa. Apesar de ser extensa a lista, trata-se de matéria de grande relevância
para seu concurso, haja vista que o bancário tende a se deparar com tais condutas na prática. Assim,
leia e releia com bastante atenção a fim de que tenha boa compreensão das situações/operações:
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h) saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência eletrônica de
várias origens em curto período de tempo;
k) saques no período de cinco dias úteis em valores inferiores aos limites estabelecidos, de
forma a dissimular o valor total da operação e evitar comunicações de operações em espécie;
l) dois ou mais saques em espécie no caixa no mesmo dia, com indícios de tentativa de burla
para evitar a identificação do sacador;
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g) utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago em valor não compatível com a capacidade
financeira, atividade ou perfil do cliente;
f) cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em curto período, com depósitos
de valores idênticos ou aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como origem
dos recursos, titulares, procuradores, sócios, endereço, número de telefone, etc.;
k) registro de mesmo endereço de e-mail ou de Internet Protocol (IP) por diferentes pessoas
jurídicas ou organizações, sem justificativa razoável para tal ocorrência;
l) registro de mesmo endereço de e-mail ou Internet Protocol (IP) por pessoas naturais, sem
justificativa razoável para tal ocorrência;
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e) movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada
ou de conta que acolha depósito inusitado;
l) operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para burla da
identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou dos destinatários finais;
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de
atuação, sem fundamentação econômico-financeira;
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aa) operações atípicas em contas de clientes que exerçam atividade comercial relacionada
com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos,
joias, automóveis ou aeronaves;
ab) utilização de instrumento financeiro de forma a ocultar patrimônio e/ou evitar a realização
de bloqueios judiciais, inclusive cheque administrativo;
ac) movimentação de valores incompatíveis com o faturamento mensal das pessoas jurídicas;
ae) movimentações de valores com empresas sem atividade regulamentada pelos órgãos
competentes;
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g) operação de crédito no País com oferecimento de garantia no exterior por cliente sem
tradição de realização de operações no exterior;
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b) operações complexas e com custos mais elevados que visem a dificultar o rastreamento
dos recursos ou a identificação da natureza da operação; c) pagamentos de importação e
recebimentos de exportação, antecipados ou não, por empresa sem tradição ou cuja
capacidade financeira seja incompatível com o montante negociado;
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i) pagamentos ao exterior após créditos em reais efetuados nas contas de depósitos dos
titulares das operações de câmbio por pessoas naturais ou jurídicas que não demonstrem a
existência de vínculo comercial ou econômico;
l) transferências internacionais por uma ou mais pessoas naturais ou jurídicas com indícios de
fragmentação, como forma de ocultar a real origem ou destino dos recursos;
c) contratação, no exterior, de operações de crédito que não sejam quitadas por intermédio
de operações na mesma instituição;
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f) remessas de recursos de vários investidores situados no exterior para uma mesma empresa
no País;
h) retorno de investimento feito no exterior sem comprovação da remessa que lhe tenha dado
origem;
d) transferências, a partir das contas de candidatos, para pessoas naturais ou jurídicas cuja
atividade não guarde aparente relação com contas de campanha;
a) negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro para pessoas naturais ou jurídicas sem
capacidade financeira;
c) negociação de BNDU ou outro ativo não financeiro por preço significativamente superior
ao de avaliação;
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Essas operações/situações descritas devem ser comunicadas somente nos casos em que os indícios
forem confirmados ao término da execução dos procedimentos de análise de operações e situações
suspeitas.
Além disso, os procedimentos referidos devem considerar todas as informações disponíveis, inclusive
aquelas obtidas por meio dos procedimentos destinados a conhecer clientes, funcionários, parceiros
e prestadores de serviços terceirizados.
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O Banco Central não realiza nenhum tipo de interferência na autorregulação e, portanto, são as
próprias instituições bancárias que regulam suas atividades.
A Federação Brasileira de Banco (FEBRABAN), instituição sem finalidade lucrativa e fundada em 1967,
foi quem estabeleceu normas de Autorregulação Bancária, sendo uma federação pautada no
compromisso de fortalecer o sistema financeiro brasileiro, além do desenvolvimento econômico,
social e sustentável.
O SARB foi criado por deliberação do Conselho Diretor da FEBRABAN, em 28 de agosto de 2008,
tendo estabelecido padrões elevados de conduta a serem seguidos pelas Instituições Financeiras.
Sendo a instituição financeira associada ou tendo expressamente aderido ao Código citado, deve ter
estrita observância aos conceitos e condutas dispostas nele.
O presente Código não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes, ainda que venham a
ser editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas.
Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares,
essas últimas prevalecerão, sem prejuízo das demais regras contidas neste Código.
Ética - virtude caracterizada pela orientação dos atos das associadas segundo os valores do bem
e da decência pública.
Conduta - manifestação do modo como uma associada se comporta perante a sociedade, tendo
como base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem.
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Conflito de Interesse - qualquer situação na qual a associada possa ter sua capacidade de
julgamento e decisão afetada, podendo incorrer ou sugerir quebra do princípio de imparcialidade e
favorecer seu próprio interesses, de terceiros ou, ainda, de cunho político, em detrimento dos
interesses e princípios da FEBRABAN.
Corrupção - toda e qualquer ação, culposa ou dolosa, que implique sugestão, oferta, promessa,
concessão (forma ativa) ou solicitação, exigência, aceitação ou recebimento (forma passiva), de
vantagens indevidas, de natureza financeira ou não, tais como: propina, tráfico de influência e
favorecimentos, em troca de realização ou omissão de atos inerentes as suas atribuições, operações
ou atividades, ou visando a benefícios para si ou para terceiros.
Instituições Financeiras – pessoa jurídica de direito público ou privado, conforme Lei nº 7.492/86,
que tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira,
ou a custódia, emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores
mobiliários.
Signatárias nível II – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a pelo menos um dos
eixos normativos do SARB.
Signatárias nível III – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a todos os eixos
normativos do SARB.
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Art. 3º. As Signatárias, em suas relações com consumidores e clientes, pautarão suas ações em
valores organizacionais baseados na boa-fé, no tratamento justo, na transparência, no
respeito à dignidade e harmonização de interesses, devendo oferecer produtos e serviços
adequados ao seu perfil.
Art. 5º. As Signatárias comprometem-se com o cuidado permanente para que as peças
publicitárias e anúncios estejam livres de informações ambíguas, exageradas, capazes de
induzir o consumidor em erro ou, ainda, que promovam a discriminação, desrespeito a valores
ambientais ou explore a deficiência de julgamento.
Art. 6º. As Signatárias observarão o mais estrito dever de cuidado e sigilo no tratamento de
informações cadastrais, confidencialidade de dados pessoais, financeiros ou de qualquer
natureza dos consumidores.
De igual modo, as Signatárias coibirão e impedirão quaisquer infrações à ordem econômica que
possam causar prejuízos aos fundamentos da livre concorrência no mercado financeiro.
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Art. 16. Não serão toleradas nenhuma forma de discriminação, desrespeito e preconceito de
qualquer natureza, seja de gênero, raça, religião, faixa etária, convicção política, nacionalidade,
estado civil, posição social, condição física, entre outras.
Art. 17. Todas as formas de abuso de poder, condutas hostis e/ou de intimidações como
assédios (moral, físico, psicológico, judicial, entre outros), constrangimentos, depreciações,
ofensas e/ou ameaças não serão toleradas.
As Signatárias devem se comprometer ainda a trabalhar num ambiente ético, de respeito às leis,
nacionais e internacionais, e às autoridades de todas as instâncias dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, bem como também com a manutenção de políticas e práticas institucionais atualizadas
e disseminadas de prevenção e combate a todas as formas de atos ilegais ou criminosos.
A FEBRABAN atuará no auxílio ao combate a fraudes e a lavagem de dinheiro, sendo vedada a adesão
pelas instituições de práticas que tenham como finalidade a ocultação ou dissimulação de bens,
direitos ou valores provenientes direta ou indiretamente de infrações penais.
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Art. 27. As Signatárias adotarão ações de prevenção e manterão controles para que aqueles
que ajam em seu nome não pratiquem atos de corrupção.
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Não constranger e não se impor de forma autoritária nas discussões e tomadas de decisão;
O diálogo é algo primordial entre as Signatárias, dessa forma, devem se comprometer a manter
diálogo, sempre que solicitado ou necessário, com as autoridades constituídas, em especial as que
atuam na regulação, proteção e defesa dos consumidores, atentando-se às questões apresentadas
e demonstrando postura construtiva na avaliação dos temas tratados, primando pelo
aprimoramento contínuo da relação com os consumidores e cidadãos na prestação de serviços
bancários.
Salvo se estiverem na condição de mandatária, as Signatárias não deverão tomar quaisquer decisões
ou assumir compromissos perante fóruns, mídia, Poder Público ou Autoridades, em nome do Sistema
de Autorregulação Bancária.
As instituições bancárias que pertencem ao SARB devem necessitam possuir e manter atualizado
periodicamente as políticas, procedimentos e controles que assegurem a integridade, legitimidade,
confiabilidade, segurança e sigilo das transações.
Os conflitos de interesse devem ser evitados, devendo as Signatárias agir de modo a prevenir ou
impedir quaisquer situações que possam configurar conflito de interesses.
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Dispõe o art. 39 do Código que são responsabilidades das Signatárias do Sistema de Autorregulação
Bancária:
Art. 39:
I - respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas sujeitas a este Código respeitem as
normas da Autorregulação;
A convocação do Conselho das Signatárias será feita pelo Presidente do Conselho de Autorregulação
com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por intermédio de mensagem eletrônica para o
endereço cadastrado junto à Diretoria de Autorregulação, devendo mencionar o dia, hora, local e
assuntos da pauta. O Conselho das Signatárias poderá ser convocado por iniciativa de ½ (metade)
das Signatárias.
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Para a instalação em primeira convocação é necessário a presença de, no mínimo, 1/4 (um quarto)
das Signatárias e, em segunda convocação, com qualquer número, sendo as deliberações tomadas
por maioria de votos dos membros presentes à reunião, tendo cada Signatária direito a 1 (um) voto.
Por outro lado, os Conselheiros Independentes são representantes da sociedade civil, de ilibada
reputação e notório conhecimento dos temas tratados nas normas da Autorregulação.
O mandato dos 03 Conselheiros nomeados por indicação mediante alternância e dos Conselheiros
Independentes será de 2 (dois) anos, e a recondução admitida apenas para os Conselheiros
Independentes.
Caso um Conselheiro Setorial renuncie ou seja destituído do Conselho de Autorregulação, ele será
substituído por outro representante da Signatária que o indicou em até 30 (trinta) dias após o
evento e completará o restante do mandato outorgado.
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A ausência sem justificativa por parte de um Conselheiro, a mais de 2 (duas) reuniões consecutivas
ou a mais de 3 (três) reuniões alternadas em um período de 12 (doze) meses, implicará a perda do
mandato.
Os Conselheiros Setoriais não farão jus a qualquer verba remuneratória ou reembolso em razão do
desempenho de suas funções. Já os Conselheiros Independentes poderão receber verba
remuneratória e ser reembolsados por despesas diretamente relacionadas ao desempenho de suas
funções, conforme determinado pelo Conselho das Signatárias.
II – aprovar e instituir novos Normativos, bem como deliberar sobre a alteração de Normativos
vigentes;
b) o Selo da Autorregulação; e
VII – atuar como última instância decisória em procedimentos disciplinares iniciados em outros
sistemas de autorregulação em que a FEBRABAN participe e demonstre interesse, desde que
haja previsão expressa para tal nas regras que disciplinam estes sistemas de autorregulação;
e
O Conselho de Autorregulação poderá ser convocado por iniciativa de 3/5 (três quintos) dos
Conselheiros.
O Conselho de Autorregulação instalar-se-á com a presença de no mínimo 3/5 (três quintos) dos
Conselheiros, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos membros presentes à
reunião, tendo cada Conselheirodireito a 1 (um) voto.
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Nas reuniões do Conselho de Autorregulação Tterão assento, porém sem direito a voto, o Vice-
Presidente Executivo da FEBRABAN e o responsável pela Diretoria de Autorregulação, cabendo a este
último elaborar as pautas e secretariar as reuniões.
5 (cinco) representantes indicados pelas 5 (cinco) maiores Signatárias, segundo seu patrimônio
líquido;
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V - registrar denúncias por parte dos consumidores, órgãos de proteção do consumidor e das
Instituições Financeiras Signatárias; notificar, ao Presidente do Conselho de Autorregulação,
indícios de violação ao Código de Conduta Ética, normas da Autorregulação e inadequação
nos Relatórios de Conformidade;
Parágrafo único. Os Grupos de Trabalho poderão ser compostos por representantes das
Signatárias, por membros de Comissões Técnicas da FEBRABAN e por outros convidados,
conforme a conveniência e os temas a serem tratados.
Os selos de Autorregulação Bancária poderão ser concedidos às Signatárias de nível II e III, e sua
concessão e manutenção serão disciplinadas em Normativo específico da Autorregulação Bancária
instituído pelo Conselho de Autorregulação.
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Nos termos do art. 73, o descumprimento do Código de Conduta Ética e Autorregulação, bem como
dos normativos do Sistema de Autorregulação Bancária sujeitam as Signatárias à:
Art. 73.
I - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta reservada;
II - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta com o
conhecimento de todas as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição
entre 1 (uma) e 10 (dez) vezes o valor da menor anuidade recolhida por uma Associada da
FEBRABAN;
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A Lei Complementar 105/2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá
outras providências, ou seja, é o que comumente entendemos por sigilo bancário.
É dever das instituições financeiras manter o sigilo em seus serviços ou em suas operações, sejam
elas ativas ou passivas.
Caso você esteja se perguntando o que é considerada uma instituição financeira, a LC 105/2001
possui a resposta.
cooperativas de crédito;
outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser
consideradas pelo Conselho Monetário Nacional.
Quanto as empresas de fomento comercial ou factoring (que nada mais é que uma operação
financeira pela qual uma empresa vende seus direitos creditórios, os quais seriam pagos a prazo,
através de títulos a um terceiro, que compra estes à vista, porém, por um preço menor) dispõe a Lei
Complementar 105/2001 que estas deverão obedecer às normas aplicáveis às instituições financeiras
acima descritas.
Da mesma forma, a LC 105/01 explicita o que não configura como violação do dever de sigilo,
vejamos:
Art. 1º (...)
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I – a troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por
intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Banco Central do Brasil;
VI – a prestação de informações nos termos e condições estabelecidos nos artigos 2º, 3, 4o,
5o, 6o, 7º e 9 desta Lei Complementar.
§ 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência
de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente
nos seguintes crimes:
I – de terrorismo;
Ademais, o dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do Brasil, em relação às operações que
realizar e às informações que obtiver no exercício de suas atribuições.
Por outro lado, o sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações e investimentos mantidos
em instituições financeiras, não pode ser oposto ao Banco Central do Brasil nos casos elencados pela
LC 105/01:
Art. 2º §1º
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§ 5º O dever de sigilo de que trata esta Lei Complementar estende-se aos órgãos fiscalizadores
mencionados no § 4o e a seus agentes.
As informações ordenadas pelo Poder Judiciário, desde que preservadas o seu caráter sigiloso
mediante acesso restrito às partes, que delas não poderão servir-se para fins estranhos à lide, serão
prestadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas instituições
financeiras
Além disso, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários deverão fornecer à
Advocacia-Geral da União as informações e os documentos necessários à defesa da União nas ações
em que seja parte.
O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, e as
instituições financeiras fornecerão ao Poder Legislativo Federal as informações e os documentos
sigilosos que, fundamentadamente, se fizerem necessários ao exercício de suas respectivas
competências constitucionais e legais, sendo que tais solicitações deverão ser previamente
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aprovadas pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, ou do plenário de suas
respectivas comissões parlamentares de inquérito.
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de valor,
os critérios segundo os quais as instituições financeiras informarão à administração tributária
da União, as operações financeiras efetuadas pelos usuários de seus serviços.
V – contratos de mútuo;
XV – quaisquer outras operações de natureza semelhante que venham a ser autorizadas pelo
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão competente.
§ 3º Não se incluem entre as informações de que trata este artigo as operações financeiras
efetuadas pelas administrações direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
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§ 5º As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na forma da
legislação em vigor.
Prescreve ainda a referida Lei Complementar que as autoridades e os agentes fiscais tributários da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos,
livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações
financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e
tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente, sendo
que o resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão
conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
O Art. 7º da LC 105/01 prevê que, sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 2º, a Comissão de Valores
Mobiliários, instaurado inquérito administrativo, poderá solicitar à autoridade judiciária competente
o levantamento do sigilo junto às instituições financeiras de informações e documentos relativos a
bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurídica submetida ao seu poder disciplinar.
Sendo que o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, manterão permanente
intercâmbio de informações acerca dos resultados das inspeções que realizarem, dos inquéritos que
instaurarem e das penalidades que aplicarem, sempre que as informações forem necessárias ao
desempenho de suas atividades.
Quanto as exigências e formalidades previstas na LC 105/01, prevê ainda a referida lei, nestes termos:
Art. 8º O cumprimento das exigências e formalidades previstas nos artigos 4º, 6º e 7º, será
expressamente declarado pelas autoridades competentes nas solicitações dirigidas ao Banco
Central do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários ou às instituições financeiras.
§ 1º A comunicação de que trata este artigo será efetuada pelos Presidentes do Banco Central
do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários, admitida delegação de competência, no prazo
máximo de quinze dias, a contar do recebimento do processo, com manifestação dos
respectivos serviços jurídicos.
Art. 10. A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui
crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-
se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem omitir, retardar injustificadamente ou
prestar falsamente as informações requeridas nos termos desta Lei Complementar.
Art. 11. O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida
em decorrência da quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e
diretamente pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade
pública, quando comprovado que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.
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A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18 - LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados
pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público
ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o
livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
As normas gerais contidas na LGPD são de interesse nacional e devem ser observadas pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
O art. 3º da LGPD determina que a lei se aplica a qualquer operação de tratamento de dados
realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado,
independentemente do meio, do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados,
desde que:
Por sua vez, o art. 4º da LGPD traz hipóteses em que a lei não será aplicada. Vejamos:
I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos;
a) jornalístico e artísticos; ou
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a) segurança pública;
b) defesa nacional;
c) segurança do Estado; ou
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso
compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência
internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de
proveniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta
Lei.
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será regido por legislação específica,
que deverá prever medidas proporcionais e estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de proteção e os
direitos do titular previstos nesta Lei.
§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do caput deste artigo por
pessoa de direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito
público, que serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que deverão observar
a limitação imposta no § 4º deste artigo.
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata o inciso
III do caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela
que possua capital integralmente constituído pelo poder público.
Por sua vez, dado pessoal sensível é todo dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou
político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a
uma pessoa natural.
O dado pode ser, ainda, anonimizado, que é aquele dado relativo a titular que não possa ser
identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu
tratamento.
O art. 6º da LGPD prescreve que as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a
boa-fé e os seguintes princípios:
Art. 6º
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IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a
duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização
dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu
tratamento;
O tratamento é toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta,
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição,
processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação,
modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração.
O art. 7º da LGPD trata dos requisitos para que seja realizado o tratamento de dados pessoais:
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários
à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em
contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV
desta Lei;
IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a
anonimização dos dados pessoais;
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O consentimento dado pelo titular dos dados somente autoriza ao agente que o obteve, a não ser
que haja alguma hipótese legal justificando o seu compartilhamento.
Ademais, o consentimento deverá ser fornecido por escrito (por meio de cláusula destacada das
demais) ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular, sendo vedado o
tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento.
O consentimento também poderá ser revogado a qualquer tempo por manifestação expressa do
titular.
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus
dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre
outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre
acesso:
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.
Ademais, prevê o art. 10 da LGPD, que o legítimo interesse do controlador somente poderá
fundamentar tratamento de dados pessoais para finalidades legítimas, consideradas a partir de
situações concretas, que incluem, mas não se limitam a: apoio e promoção de atividades do
controlador; e proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus direitos ou prestação de
serviços que o beneficiem, respeitadas as legítimas expectativas dele e os direitos e liberdades
fundamentais, nos termos da LGPD.
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e destacada, para
finalidades específicas;
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Os dados anonimizados não serão considerados dados pessoais, salvo quando o processo de
anonimização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando exclusivamente meios próprios, ou
quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido, nos termos do art. 12 da LGPD.
O art. 14 da LGPD versa sobre o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes. Vejamos:
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de adolescentes deverá ser realizado
em seu melhor interesse, nos termos deste artigo e da legislação pertinente.
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o consentimento a que se refere
o § 1º deste artigo quando a coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável legal,
utilizados uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso
poderão ser repas- sados a terceiro sem o consentimento de que trata o § 1º deste artigo.
§ 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas neste artigo deverão ser fornecidas
de maneira simples, clara e acessível, consideradas as características físico-motoras,
perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de recursos audiovisuais
quando adequado, de forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao
responsável legal e adequada ao entendimento da criança.
Conforme o art. 15, o término do tratamento de dados pessoais ocorrerá nas seguintes hipóteses:
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Já os dados os dados pessoais, nos termos do art. 16, serão eliminados após o término de seu
tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades, autorizada a conservação para as
seguintes finalidades:
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados
pessoais;
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e desde que anonimizados
os dados.
A LGPD A lei fala em titularidade dos dados pessoais e não propriedade, já que os dados pessoais
não são disponíveis. Trata-se de um direito da personalidade. Veja o que dispõe o art. 18 da LGPD:
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do
titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição:
I - confirmação da existência de tratamento;
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular, exceto nas
hipóteses previstas no art. 16 da LGPD;
VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso
comparti-lhado de dados;
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Conforme o art. 23 da LGPD, o tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito
público deverá ser realizado para o atendimento de sua finalidade pública, na persecução do
interesse público, com o objetivo de executar as competências legais ou cumprir as atribuições legais
do serviço público, desde que:
Ademais, conforme art. 24 da LGPD, as empresas públicas e as sociedades de economia mista que
atuam em regime de concorrência terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas jurídicas de
direito privado particulares. Por outro lado, quando estiverem operacionalizando políticas públicas
e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento dispensado aos órgãos e às entidades
do Poder Público.
Além disso, os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado para o uso
compartilhado, com vistas à execução de políticas públicas, à prestação de serviços públicos, à
descentralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das informações pelo público
em geral, nos termos do art. 25 da LGPD.
De acordo com o art. 26 da LGPD, o uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve
atender a finalidades específicas de execução de políticas públicas e atribuição legal pelos órgãos e
pelas entidades públicas. É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas dados pessoais
constantes de bases de dados a que tenha acesso, exceto:
Quando a LGPD não for respeitada e houver infração em decorrência do tratamento de dados
pessoais por órgãos públicos, a autoridade nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis
para fazer cessar a violação. Isso porque os órgãos públicos não estão sujeitos às sanções
pecuniárias.
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Os relatórios de impacto à proteção de dados, por mais que apareça como uma exigência de
liberalidade da autoridade nacional, deveria ser regra, visto que ao se efetuar uma análise preventiva
de todo “ciclo de vida” do dado pessoal, bem como de todas as suas peculiaridades, poderá evitar
incidentes e prever medidas mitigatórias de possíveis danos.
b) cláusulas-padrão contratuais;
III - quando a transferência for necessária para a cooperação jurídica internacional entre
órgãos públicos de inteligência, de investigação e de persecução, de acordo com os
instrumentos de direito internacional;
VII - quando a transferência for necessária para a execução de política pública ou atribuição
legal do serviço público, sendo dada publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23
desta Lei;
VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento específico e em destaque para a
transferência, com informação prévia sobre o caráter internacional da operação, distinguindo
claramente esta de outras finalidades; ou
IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos incisos II, V e VI do art. 7º desta
Lei.
Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as pessoas jurídicas de direito público
referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de
Acesso à Informação) , no âmbito de suas competências legais, e responsáveis, no âmbito de
suas atividades, poderão requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de proteção a
dados pessoais conferido por país ou organismo internacional.
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O controlador e o operador devem manter registro das operações de tratamento de dados pessoais
que realizarem, especialmente quando baseado no legítimo interesse, de acordo com o art. 37 da
LGPD. Segundo o princípio da accountability, é necessário documentar tudo o que foi feito para dar
cumprimento à lei. Trata-se dos princípios da transparência e da responsabilização e prestação de
contas, em que não basta cumprir a lei, é necessário que se deixe registrado que a lei foi cumprida.
Atente-se que o encarregado pelo tratamento de dados pessoais pode ser pessoa física ou jurídica.
O operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando descumprir as
obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do
controlador, hipótese em que o operador se equipara ao controlador, salvo nos casos de exclusão
previstos no art. 43 da LGPD.
II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído, não
houve violação à legislação de proteção de dados; ou
III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos dados ou de terceiro.
Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando deixar de observar a legislação
ou quando não fornecer a segurança que o titular dele pode esperar, consideradas as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
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III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à época em que foi realizado.
Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da violação da segurança dos dados o
controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as medidas de segurança previstas no art.
46 desta Lei, der causa ao dano.
Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito das relações de consumo
permanecem sujeitas às regras de responsabilidade previstas na legislação pertinente.
Dispõe o art. 46 que os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e
administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações
acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento
inadequado ou ilícito.
§ 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme definido pela autoridade nacional,
e deverá mencionar, no mínimo:
III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas para a proteção dos dados,
observados os segredos comercial e industrial;
VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter ou mitigar os efeitos do
prejuízo.
Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais devem ser estruturados
de forma a atender aos requisitos de segurança, aos padrões de boas práticas e de governança
e aos princípios gerais previstos nesta Lei e às demais normas regulamentares.
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§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII do caput do art. 6º desta Lei,
o controlador, observados a estrutura, a escala e o volume de suas operações, bem como a
sensibilidade dos dados tratados e a probabilidade e a gravidade dos danos para os titulares
dos dados, poderá:
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que estejam sob seu controle,
independentemente do modo como se realizou sua coleta;
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com o titular, por meio de atuação
transparente e que assegure mecanismos de participação do titular;
Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões técnicos que facilitem o
controle pelos titulares dos seus dados pessoais.
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19.8 DA FISCALIZAÇÃO
O art. 52 da LGPD prevê as sanções administrativas que podem ser aplicadas aos agentes de
tratamento de dados:
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas
previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela
autoridade nacional:
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito
privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos,
limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração;
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;
As penas previstas no art. 52 são de caráter administrativo, mas não impedem a aplicação de sanções
de caráter civil e penal, bem como de outras também de conteúdo administrativo. A LGPD não prevê
tipo penal que tutele proteção de dados, todavia, nada impede que se punam condutas envolvendo
dados pessoais tipificadas como crimes em outras normas de cunho penal.
Faz-se necessário ainda analisar os arts. 53 e 54 da LGPD os quais podem ser cobrados na sua
literalidade:
Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regulamento próprio sobre sanções
administrativas a infrações a esta Lei, que deverá ser objeto de consulta pública, as
metodologias que orientarão o cálculo do valor-base das sanções de multa.
§ 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo devem ser previamente publicadas,
para ciência dos agentes de tratamento, e devem apresentar objetivamente as formas e
dosimetrias para o cálculo do valor-base das sanções de multa, que deverão conter
fundamentação detalhada de todos os seus elementos, demonstrando a observância dos
critérios previstos nesta Lei.
Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações a esta Lei deve observar a
gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo causado e ser fundamentado pela
autoridade nacional.
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Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária deverá conter, no mínimo, a descrição
da obrigação imposta, o prazo razoável e estipulado pelo órgão para o seu cumprimento e o
valor da multa diária a ser aplicada pelo seu descumprimento.
O art. 55-A, com redação dada pela Medida Provisória 1.124/2022, cria a Autoridade Nacional de
Proteção de Dados - ANPD, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia técnica e decisória,
com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal.
III - Corregedoria;
IV - Ouvidoria;
V - Procuradoria; e
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5 (cinco) diretores, incluído o
Diretor-Presidente.
Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente perderão seus cargos em virtude de
renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou pena de demissão decorrente de
processo administrativo disciplinar.
§ 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da
Presidência da República instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido
por comissão especial constituída por servidores públicos federais estáveis.
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Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o exercício do cargo, o disposto
no art.
Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo caracteriza ato de improbidade
administrativa.
Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a estrutura regimental da ANPD.
§ 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura regimental, a ANPD receberá o apoio
técnico e administrativo da Casa Civil da Presidência da República para o exercício de suas
atividades.
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções de confiança da ANPD serão
indicados pelo Conselho Diretor e nomeados ou designados pelo Diretor-Presidente.
Por sua vez, o art. 55-J estabelece quais são as competências da ANPD. Vejamos:
II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial, observada a proteção de dados
pessoais e do sigilo das informações quando protegido por lei ou quando a quebra do sigilo
violar os fundamentos do art. 2º desta Lei;
VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos que facilitem o exercício de
controle dos titulares sobre seus dados pessoais, os quais deverão levar em consideração as
especificidade das atividades e o porte dos responsáveis;
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XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório de gestão a que se refere o inciso
XII do caput deste artigo, o detalhamento de suas receitas e despesas;
XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agentes de tratamento para eliminar
irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa no âmbito de processos
administrativos, de acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942;
XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja efetuado de maneira simples, clara,
acessível e adequada ao seu entendimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de
outubro de 2003 (Estatuto do Idoso);
XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações penais das quais tiver conhecimento;
XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o descumprimento do disposto nesta Lei por
órgãos e entidades da administração pública federal;
XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas para exercer suas competências
em setores específicos de atividades econômicas e governamentais sujeitas à regulação; e
XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por meio eletrônico, para o registro
de reclamações sobre o tratamento de dados pessoais em desconformidade com esta Lei.
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A aplicação das sanções previstas na LGPD compete exclusivamente à ANPD, e suas competências
prevalecerão, no que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências correlatas de
outras entidades ou órgãos da administração pública.
Sobre o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade, os arts. 58-A e 58-B
dispõem, respectivamente, sobre a sua composição e a sua competência:
VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação relacionada a proteção de dados
pessoais;
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e VI do caput deste artigo e seus
suplentes serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos e entidades da administração
pública.
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§ 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX, X e XI do caput deste artigo e seus
suplentes:
A LGPD determina que a empresa estrangeira deverá ser notificada e intimada de todos os atos
processuais previstos na Lei, independentemente de procuração ou de disposição contratual ou
estatutária, na pessoa do agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial, agência,
sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
A LGPD entrou em vigor no dia 28/12/2018 quanto aos art. 55-A, art. 55-B, art. 55-C, art. 55-D, art.
55-E, art. 55-F, art. 55-G, art. 55-H, art. 55-I, art. 55-J, art. 55-K, art. 55-L, art. 58-A e art. 58-B. Quanto
aos demais artigos, entrou em vigor no dia 15/07/2020. Por fim, os arts. 52, 53 e 54 entraram em
vigor mais recentemente, no dia 01/08/2021.
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O edital trouxe expressamente a cobrança de legislação anticorrupção, outro tema muito importante
dentro do universo bancário.
Dentro deste assunto elencou a chamada Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) e o recente Decreto
11.129/22 que regulamenta a referida lei. Trabalharemos os dois de forma conjunta, mas não se
esqueça de realizar a leitura do conteúdo literal integralmente a fim de aumentar o seu
conhecimento acerca deste tema.
Até mesmo devido a mudança citada, este tema ganhou especial relevância, aumentando a chance
de ser cobrado, portanto, fique atento!
A Lei 12.846/13 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências.
Sociedades Empresárias
Sociedades Simples
Sociedades Estrangeiras
Estas pessoas jurídicas serão responsabilizadas de forma OBJETIVA, nos âmbitos administrativo e
civil, pelos atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção praticados em seu interesse ou benefício,
exclusivo ou não.
Contudo, esta responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus
dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato
ilícito.
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Para a responsabilização da pessoa jurídica não é necessário que também ocorra a responsabilização
individual das pessoas naturais referidas. A chamada teoria da dupla imputação é, portanto,
dispensável na Lei Anticorrupção.
Aqueles dirigentes ou administradores que forem responsabilizados por atos ilícitos, somente o
serão na medida da sua culpabilidade.
No caso das chamadas sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo
contrato, as consorciadas, tem-se que serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos
previstos na Lei Anticorrupção, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de
multa e reparação integral do dano causado.
I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública estrangeira, ainda que cometidos
no exterior;
Hora da questão
A) culpabilidade
B) dolosidade
C) inação
D) incidência
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E) ocorrência.
Gabarito: A
Comentário: Conforme visto, nos termos do art. 3º, § 2º da Lei Anticorrupção, os dirigentes
ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua
culpabilidade.
Conforme o art. 5º da Lei Anticorrupção, constituem atos lesivos à administração pública, nacional
ou estrangeira todos aqueles praticados pelas pessoas jurídicas acima mencionadas que atentem
contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou
contra os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos:
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública
ou celebrar contrato administrativo;
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§ 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta Lei, quem, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública em órgãos,
entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como em
pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro
ou em organizações públicas internacionais.
Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos
lesivos na Lei Anticorrupção as seguintes sanções:
multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento)
do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do
processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à
vantagem auferida, quando for possível sua estimação
Estas sanções ao serem aplicadas deverão ser fundamentadas, podendo ainda a aplicação ocorrer
de forma isolada ou cumulativa, a depender das peculiaridades do caso concreto e da gravidade e
natureza das infrações. Contudo, a aplicação destas sanções, não exclui, em qualquer hipótese, a
obrigação da reparação integral do dano causado.
Quanto à publicação extraordinária da decisão condenatória, tem-se que esta ocorrerá na forma de
extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande circulação
na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de
circulação nacional, bem como por meio de afixação de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta)
dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível ao público,
e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.
Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes sanções administrativas, nos termos
do disposto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013:
I - multa; e
Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infrações administrativas à Lei nº
14.133, de 2021, ou a outras normas de licitações e contratos da administração pública e tenha
ocorrido a apuração conjunta prevista no art. 16, a pessoa jurídica também estará sujeita a
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Para aplicação das sanções deverá se considerar, nos termos da Lei Anticorrupção:
I - a gravidade da infração;
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública
lesados; e
Para que se apure a responsabilização da pessoa jurídica, será instaurado processo administrativo, o
qual será conduzido por comissão designada pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois)
ou mais servidores estáveis.
Atenção! O mínimo é 2, o que não impede que a comissão seja composta de mais servidores
estáveis.
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A pedido dessa comissão, poderá o ente público, por meio do seu órgão de representação judicial,
ou equivalente, requerer as medidas judiciais necessárias para a investigação e o processamento das
infrações, inclusive de busca e apreensão.
É possível ainda que a comissão, de forma cautelar, proponha à autoridade instauradora que
suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da investigação.
O citado processo deverá ser concluído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias (prorrogável)
contados da data da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos
apurados e eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma motivada as sanções
a serem aplicadas.
A defesa deverá ser apresentada pela pessoa jurídica no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
da intimação.
A Lei Anticorrupção possibilita em seu art. 14 que seja desconsiderada a personalidade jurídica,
sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos
ilícitos previstos na Lei ou para provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos
das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com poderes de
administração, observados o contraditório e a ampla defesa.
Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exercida de ofício ou mediante
provocação e poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará comissão, composta por dois
ou mais servidores estáveis.
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário à elucidação do fato ou quando
exigido pelo interesse da administração pública, garantido à pessoa jurídica processada o
direito à ampla defesa e ao contraditório.
§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de PAR não excederá cento e oitenta
dias, admitida a prorrogação, mediante solicitação justificada do presidente da comissão à
autoridade instauradora, que decidirá de maneira fundamentada.
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I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputado à pessoa jurídica, com a descrição das
circunstâncias relevantes;
§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será feita nova intimação por meio
de edital publicado na imprensa oficial e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública
responsável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para apresentação de defesa
escrita será contado a partir da última data de publicação do edital.
§ 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua defesa escrita no prazo estabelecido
no caput, contra ela correrão os demais prazos, independentemente de notificação ou
intimação, podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à repetição de
qualquer ato processual já praticado.
Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou eletrônico que assegure a
certeza de ciência da pessoa jurídica processada.
I - intimar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez dias, sobre as novas provas
juntadas aos autos, caso tais provas não justifiquem a alteração da nota de indiciação; ou
II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as novas provas juntadas aos
autos justifiquem alterações na nota de indiciação inicial, devendo ser observado o disposto
no caput do art. 6º.
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Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio de seus representantes legais
ou procuradores, sendo-lhes assegurado amplo acesso aos autos.
Parágrafo único. É vedada a retirada de autos físicos da repartição pública, sendo autorizada
a obtenção de cópias, preferencialmente em meio digital, mediante requerimento.
Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas funções, poderá praticar os atos
necessários à elucidação dos fatos sob apuração, compreendidos todos os meios probatórios
admitidos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º.
Art. 12. Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata de encerramento dos seus trabalhos,
que formalizará sua desconstituição, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora, que
determinará a intimação da pessoa jurídica processada do relatório final para, querendo,
manifestar-se no prazo máximo de dez dias.
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será encaminhado à autoridade
competente para julgamento, o qual será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo
órgão de assistência jurídica competente.
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório da comissão, esta deverá ser
fundamentada com base nas provas produzidas no PAR.
Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade julgadora ao final do PAR será
publicada no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública
responsável pelo julgamento do PAR.
Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de reconsideração com efeito
suspensivo, no prazo de dez dias, contado da data de publicação da decisão.
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no PAR e que não apresentar
pedido de reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trinta dias, contado do fim do prazo
para interposição do pedido de reconsideração.
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§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para decidir sobre a matéria alegada
no pedido de reconsideração e publicar nova decisão.
Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei nº 14.133, de 1º de abril de
2021, ou a outras normas de licitações e contratos da administração pública que também
sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados e julgados
conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito procedimental previsto neste Capítulo.
II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame de sua regularidade ou para
lhes corrigir o andamento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade administrativa
cabível.
IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou com a entidade
atingida; ou
V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de um órgão ou entidade da
administração pública federal.
Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar, apurar e julgar PAR pela prática
de atos lesivos a administração pública estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito
procedimental previsto neste Capítulo.
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Conforme dispõe o art. 16 da Lei Anticorrupção, a autoridade máxima de cada órgão ou entidade
pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos
atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações e o processo
administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:
Para que o acordo seja celebrado, é necessário o preenchimento de forma cumulativo de alguns
requisitos:
a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a
apuração do ato ilícito;
A obrigação de reparar integralmente o dano causado continuará subsistindo, não ficando a pessoa
jurídica eximida de seu cumprimento.
Os efeitos provenientes do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram
o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em conjunto,
respeitadas as condições nele estabelecidas.
Lado outro, a proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do
respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e do processo administrativo. Contudo, não
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Sendo descumprido o acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo
pelo prazo de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pública do referido
descumprimento.
O prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na Lei Anticorrupção será interrompido com o
acordo.
Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos administrativos
previstos na Lei nº 14.133, de 2021, e em outras normas de licitações e contratos, com vistas
à isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que colaborem efetivamente com as
investigações e o PAR, devendo resultar dessa colaboração:
Art. 36. A Controladoria-Geral da União poderá aceitar delegação para negociar, celebrar e
monitorar o cumprimento de acordos de leniência relativos a atos lesivos contra outros
Poderes e entes federativos.
Art. 37. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de leniência deverá:
I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a apuração de ato lesivo específico,
quando tal circunstância for relevante;
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II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo a partir da data da propositura
do acordo;
§ 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV do caput serão avaliados em face da boa-
fé da pessoa jurídica proponente em reportar à administração a descrição e a comprovação
da integralidade dos atos ilícitos de que tenha ou venha a ter ciência, desde o momento da
propositura do acordo até o seu total cumprimento.
§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata o inciso VI do caput corresponde aos valores
dos danos admitidos pela pessoa jurídica ou àqueles decorrentes de decisão definitiva no
âmbito do devido processo administrativo ou judicial.
§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilícito decorra, simultaneamente, dano ao ente
lesado e acréscimo patrimonial indevido à pessoa jurídica responsável pela prática do ato, e
haja identidade entre ambos, os valores a eles correspondentes serão:
I - computados uma única vez para fins de quantificação do valor a ser adimplido a partir do
acordo de leniência; e
Art. 38. A proposta de celebração de acordo de leniência deverá ser feita de forma escrita,
oportunidade em que a pessoa jurídica proponente declarará expressamente que foi
orientada a respeito de seus direitos, garantias e deveres legais e de que o não atendimento
às determinações e às solicitações durante a etapa de negociação importará a desistência da
proposta.
§ 2º A proposta poderá ser feita até a conclusão do relatório a ser elaborado no PAR.
Art. 39. A proposta de celebração de acordo de leniência será submetida à análise de juízo
de admissibilidade, para verificação da existência dos elementos mínimos que justifiquem o
início da negociação.
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I - interrompe a prescrição; e
Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leniência deverá ser concluída no
prazo de cento e oitenta dias, contado da data da assinatura do memorando de
entendimentos.
Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado, caso presentes
circunstâncias que o exijam.
Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a sua rejeição não importará em
reconhecimento da prática do ato lesivo.
Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposições, cláusulas que versem sobre:
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Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável de que trata o § 2º do art. 16 da
Lei nº 12.846, de 2013, levará em consideração os seguintes critérios:
Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto de ato normativo a ser editado
pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União.
Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão concedidos em favor da pessoa
jurídica signatária, nos termos previamente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes
efeitos:
III - redução do valor final da multa aplicável, observado o disposto no art. 27; ou
IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas no art. 156 da Lei nº 14.133,
de 2021, ou em outras normas de licitações e contratos.
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§ 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução de ações judiciais que tenham
por objeto os fatos que componham o escopo do acordo.
§ 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado, dentre outras formas, pela análise
de relatórios, documentos e informações fornecidos pela pessoa jurídica, obtidos de forma
independente ou por meio de reuniões, entrevistas, testes de sistemas e de conformidade
com as políticas e visitas técnicas.
Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica colaboradora, a autoridade
competente declarará:
Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela autoridade competente, decorrente
do seu injustificado descumprimento:
III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências previstas nos termos dos acordos
de leniência e na legislação aplicável.
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Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput considerará o grau de adimplência
da pessoa jurídica com as demais condições pactuadas, inclusive as de adoção ou de
aperfeiçoamento do programa de integridade.
Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados em transparência ativa no sítio
eletrônico da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o interesse das
investigações.
Hora da questão
A Lei nº 12.846/2013 dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a Administração Pública, nacional ou estrangeira.
O acordo de leniência previsto nessa lei estabelece requisitos cumulativos a serem preenchidos para
a celebração desse acordo, entre os quais o que estabelece que a pessoa jurídica
A) seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito.
Gabarito: A
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I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a
apuração do ato ilícito;
III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e permanentemente
com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre
que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento.
Ademais, possibilita o art. 19 que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio
das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial, ou equivalentes, e o
Ministério Público, ajuizem ação com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas
infratoras:
perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta ou
indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;
Para que haja a dissolução compulsória da pessoa jurídica deverá ser comprovado:
ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover a prática
de atos ilícitos; ou
ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários
dos atos praticados.
É possível ainda que o Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial,
ou equivalente, do ente público requeira a indisponibilidade de bens, direitos ou valores
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A Lei Anticorrupção, em seu art. 22 cria, no âmbito do Poder Executivo federal, o chamado Cadastro
Nacional de Empresas Punidas - CNEP, o qual reúne e dá publicidade às sanções aplicadas pelos
órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo.
Quanto ao CNEP, necessário trazer para análise os seguintes dispositivos da Lei Anticorrupção:
Art. 22 (...)
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções aplicadas:
II - tipo de sanção; e
III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção,
quando for o caso.
§ 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo de leniência, além das
informações previstas no § 3º , deverá ser incluída no Cnep referência ao respectivo
descumprimento.
Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as
esferas de governo deverão informar e manter atualizados, para fins de publicidade, no
Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, instituído
no âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às sanções por eles aplicadas, nos
termos do disposto nos arts. 87 e 88 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
Quanto à multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados, estes serão destinados
preferencialmente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.
Um tema muito importante que você deve levar para a prova diz respeito à prescrição das infrações
previstas na Lei Anticorrupção, a qual se dará em 5 (cinco) anos, contados da data da ciência da
infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
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Por se tratar de norma pouco extensa e sendo este material focado não apenas da lei, recomendamos
ao aluno que faça a leitura e releitura dessa e de outras normas trazidas no material em sua
integralidade.
As instituições financeiras autorizadas pelo BACEN a funcionar devem implementar e manter política
de segurança cibernética formulada com base em princípios e diretrizes que busquem assegurar a
confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de informação
utilizados.
conglomerado prudencial; e
A Resolução enumera diversos requisitos que esta política de segurança cibernética deve
contemplar, vejamos:
IV - o registro, a análise da causa e do impacto, bem como o controle dos efeitos de incidentes
relevantes para as atividades da instituição;
V - as diretrizes para:
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Além disso, a política de segurança cibernética deve ser divulgada aos funcionários da instituição e
às empresas prestadoras de serviços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de
detalhamento compatível com as funções desempenhadas e com a sensibilidade das informações.
Resumo contendo as linhas gerais da política de segurança cibernética devem ser divulgadas ao
público.
As instituições referidas ainda devem estabelecer plano de ação e de resposta a incidentes visando
à implementação da política de segurança cibernética, devendo este plano abranger, no mínimo:
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as ações a serem desenvolvidas pela instituição para adequar suas estruturas organizacional e
operacional aos princípios e às diretrizes da política de segurança cibernética;
Diretor responsável pela política de segurança cibernética e pela execução do plano de ação e de
resposta a incidentes deve ser designado pelas instituições financeiras. Sendo que este diretor pode,
desde que ausente conflito de interesses, desempenhar outras funções na instituição.
O relatório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta a incidentes deve ser
elaborado pelas instituições com data-base de 31 de dezembro, devendo abordar, no mínimo:
o resumo dos resultados obtidos na implementação das rotinas, dos procedimentos, dos
controles e das tecnologias a serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes;
O referido relatório deve ser submetido ao comitê de risco, quando existente, bem como
apresentado ao conselho de administração ou, na sua inexistência, à diretoria da instituição até 31
de março do ano seguinte ao da data-base.
A política de segurança cibernética e o plano de ação e de resposta a incidentes devem ser aprovados
pelo conselho de administração ou, na sua inexistência, pela diretoria da instituição, bem como
também ser documentados e revisados, no mínimo, anualmente.
É dever das instituições assegurar que suas políticas, estratégias e estruturas para gerenciamento de
riscos previstas na regulamentação em vigor, especificamente no tocante aos critérios de decisão
quanto à terceirização de serviços, contemplem a contratação de serviços relevantes de
processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País ou no exterior.
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d) a sua aderência a certificações exigidas pela instituição para a prestação do serviço a ser
contratado;
g) a identificação e a segregação dos dados dos clientes da instituição por meio de controles
físicos ou lógicos; e
h) a qualidade dos controles de acesso voltados à proteção dos dados e das informações dos
clientes da instituição.
§ 3º No caso da execução de aplicativos por meio da internet, referidos no inciso III do art. 13,
a instituição deve assegurar que o potencial prestador dos serviços adote controles que
mitiguem os efeitos de eventuais vulnerabilidades na liberação de novas versões do aplicativo.
Art. 13. Para os fins do disposto nesta Resolução, os serviços de computação em nuvem
abrangem a disponibilidade à instituição contratante, sob demanda e de maneira virtual, de
ao menos um dos seguintes serviços:
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Art. 14. A instituição contratante dos serviços mencionados no art. 12 é responsável pela
confiabilidade, pela integridade, pela disponibilidade, pela segurança e pelo sigilo em relação
aos serviços contratados, bem como pelo cumprimento da legislação e da regulamentação
em vigor.
III - a indicação dos países e das regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados
e os dados poderão ser armazenados, processados e gerenciados, definida nos termos do
inciso III do art. 16, no caso de contratação no exterior.
§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até dez dias após a contratação
dos serviços.
II - a instituição contratante deve assegurar que a prestação dos serviços referidos no caput
não cause prejuízos ao seu regular funcionamento nem embaraço à atuação do Banco Central
do Brasil;
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II - as alterações contratuais que impliquem modificação das informações de que trata o art.
15, § 1º, observando o prazo mínimo de sessenta dias antes da alteração contratual.
§ 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, as instituições deverão assegurar que a
legislação e a regulamentação nos países e nas regiões em cada país onde os serviços poderão
ser prestados não restringem nem impedem o acesso das instituições contratantes e do Banco
Central do Brasil aos dados e às informações.
I - a indicação dos países e da região em cada país onde os serviços poderão ser prestados e
os dados poderão ser armazenados, processados e gerenciados;
III - a manutenção, enquanto o contrato estiver vigente, da segregação dos dados e dos
controles de acesso para proteção das informações dos clientes;
b) exclusão dos dados citados no inciso I do caput pela empresa contratada substituída, após
a transferência dos dados prevista na alínea "a" e a confirmação da integridade e da
disponibilidade dos dados recebidos;
VII - a permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos e aos acordos firmados
para a prestação de serviços, à documentação e às informações referentes aos serviços
prestados, aos dados armazenados e às informações sobre seus processamentos, às cópias
de segurança dos dados e das informações, bem como aos códigos de acesso aos dados e às
informações;
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Parágrafo único. Os contratos mencionados no caput devem prever, para o caso da decretação
de regime de resolução da instituição contratante pelo Banco Central do Brasil:
a) a empresa contratada obriga-se a aceitar eventual pedido de prazo adicional de trinta dias
para a interrupção do serviço, feito pelo responsável pelo regime de resolução; e
b) a notificação prévia deverá ocorrer também na situação em que a interrupção for motivada
por inadimplência da contratante.
Art. 18. O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação de sistemas operados por
câmaras, por prestadores de serviços de compensação e de liquidação ou por entidades que
exerçam atividades de registro ou de depósito centralizado.
Também deve ser assegurado pelas instituições financeiras que suas políticas para gerenciamento
de riscos previstas na regulamentação em vigor disponham, no tocante à continuidade de negócios,
sobre:
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o tratamento previsto para mitigar os efeitos dos incidentes relevantes e da interrupção dos
serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem
contratados;
o prazo estipulado para reinício ou normalização das suas atividades ou dos serviços relevantes
interrompidos;
Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, as instituições financeiras também devem
desenvolver iniciativas para o compartilhamento de informações sobre os incidentes relevantes. Este
compartilhamento deve abranger informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas
prestadoras de serviços a terceiros, devendo as informações compartilhadas estarem disponíveis ao
Banco Central do Brasil.
Pelo período de 5 anos devem ficar à disposição do BACEN alguns documentos elencados pelo art.
23 da resolução, vejamos:
Art. 23. Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos:
III - o documento relativo ao plano de ação e de resposta a incidentes, de que trata o art. 6º;
VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de serviços prestados no exterior;
VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referido no caput a partir da extinção
do contrato;
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IX - a documentação com os critérios que configurem uma situação de crise de que trata o
art. 20, Parágrafo único.
Além disso, prevê o art. 24 que o Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas necessárias para
cumprimento do disposto na Resolução, podendo estabelecer:
III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para reinício ou normalização das
atividades ou dos serviços relevantes interrompidos; e
Art. 25. As instituições referidas no art. 1º que, em 26 de abril de 2018, já tinham contratado a
prestação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de
computação em nuvem devem adequar o contrato para a prestação de tais serviços:
I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º, no caso de serviços prestados
no exterior; e
Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto no caput não pode ultrapassar
31 de dezembro 2021.
Por fim, segundo o art. 26, o Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restrições para a
contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem
quando constatar, a qualquer tempo, a inobservância do disposto na Resolução, bem como a
limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecendo prazo para a adequação dos referidos
serviços.
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A Ética vem do grego “ethos”, que possui como significado o modo de ser, o caráter. Posteriormente,
os romanos traduziram “ethos” como “mos”, cujo significado é costume, comportamento, estando
ligado à moral. Dessa forma, passou-se a tratar ética como algo ligado diretamente ao costume, bem
como passou a ser vista como indissociável da moral.
A ética é tida como uma ciência, ligada à filosofia e que se preocupa com o comportamento moral
humano. Como ciência, visa esclarecer, explicar e conceituar determinada realidade.
Por sua vez, moral são normas que regulam o comportamento individual dos seres humanos. Assim,
visa regulamentar as relações sociais.
Valores são os padrões de conduta de cada ser humano e, portanto, estão ligados à subjetividade
de cada um, ou seja, o que é um valor ético para determinada pessoa pode não ser para outra. A
cultural em que está inserida o indivíduo causa influência direta em seus valores.
Por outro lado, virtudes, estão ligadas à capacidade de decisão do indivíduo. De acordo com as
virtudes que possui, o indivíduo será capaz ou não de tomar decisões tidas como corretas e honestas.
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A Ética Empresarial relaciona-se com o conjunto de valores e normas que vigoram em uma empresa
(ou entidade) e que respondem por meio de sua interação com o mercado e a sociedade.
Segundo Diogo Leite de Campos: A ética na atividade empresarial é este olhar desperto para o outro,
sem o qual o eu não se humaniza; a atividade dirigida para o outro. (...) A atividade empresarial é
eticamente fundada e orientada, quando se cria emprego, se proporciona habitação, alimentação,
vestuário e educação, detendo os bens como quem os administra.
Por seu turno, a Ética Profissional baseia-se em uma reflexão acerca da profissão escolhida por cada
indivíduo. A partir dessa escolha nasce os deveres profissionais que lhes são inerentes, por exemplo
no caso do juramento feito em determinadas profissões como advogado e médico.
Conforme visto, a ética faz parte do cotidiano, estando presente nas relações sociais. O ser humano
sempre se utiliza de valores éticos para a prática de atos. Não é diferente em relação às relações
existentes no serviço público.
Assim, a ética é algo essencial no serviço público, motivo pelo qual a administração pública, assim
como também a administração privada passaram a instituir códigos e outras normatizações
relacionadas à ética a serem seguidas por todos os servidores/colaboradores.
Necessário esclarecer, porém, que a moralidade administrativa é bem mais ampla do que a moral
adotada em outros aspectos da sociedade.
A gestão de ética nas empresas públicas, portanto, baseia-se em tudo aquilo que a lei permite
(princípio da legalidade), já nas empresas privadas baseia-se naquilo que a lei não proíbe.
Não obstante algumas diferenças entre a gestão da ética nas empresas públicas e nas empresas
privadas, é certo que em ambas se faz necessário a observância da ética como pilar das relações
organizacionais.
Conforme trazido pelo próprio Banco do Brasil em seu Código de Ética: A ética não atrapalha o lucro,
ela traz confiança. A confiabilidade é um dos maiores bens do mercado. Empresa transparente e
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ética atrai investidores e clientes. A ética cria senso de pertencimento nos funcionários. Investir em
ética é investir no maior bem da empresa: a confiança no seu nome.
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22.4.2 Princípios
HONESTIDADE
RESPONSABILIDADE
TRANSPARÊNCIA
RESPEITO
22.4.3 Público-Alvo
À ALTA ADMINISTRAÇÃO
– Conselheiros, Presidente, Vice- Presidentes e Diretores, inclusive de empresas
controladas
AOS FUNCIONÁRIOS
– lotados no Brasil e no exterior
AOS COLABORADORES
– estagiários, aprendizes, dirigentes e empregados de empresas contratadas
DEMAIS
– Àqueles que estejam atuando ou prestando serviços em nome do Banco do
Brasil ou para o Banco do Brasil.
a.1) Respeitamos a diversidade das pessoas que formam o ambiente de trabalho e que mantêm
relacionamento com o Banco do Brasil.
a.3) Devemos zelar pelo estabelecimento de um ambiente de trabalho digno e saudável, pautando
as relações pelo respeito e cordialidade, independentemente da posição exercida na organização.
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a.4) Devemos pautar nossas relações pelo respeito às diferenças, sendo elas físicas, raciais, culturais,
religiosas, de orientação sexual, sociais, linguístico-regionais, etárias, de ideias, de origem, de
capacidade, de aparência, de classe, de estado civil ou de identidade de gênero.
a.5) Devemos respeitar as normas sociais e culturais da comunidade em que atuamos, apresentando-
nos e nos comportando de maneira adequada e alinhada à posição exercida.
a.7) Desautorizamos que se inicie ou divulgue, em qualquer meio - interno ou externo -críticas
ofensivas à honra ou calúnias que exponham a imagem do BB ou de quaisquer de nossas áreas ou
funcionários.
b.1) Primamos pela confiança, honestidade e ética em nossas práticas comerciais, atuando de forma
transparente, imparcial e íntegra.
b.2) Devemos oferecer produtos e serviços, bem como, prestar atendimento com honestidade,
diligência e ética.
b.3) Devemos nos comprometer com o bom clima de trabalho, pautando nossas condutas pelo
respeito e tolerância.
b.4) Devemos manter a comunicação respeitosa e profissional com nossos pares, gestores,
subordinados, clientes internos e externos.
b.7) Devemos realizar as atividades que nos são confiadas, assumindo a responsabilidade pela tarefa.
b.11) Proibimos que se trabalhe embriagado e/ou sob efeito de drogas ilícitas.
b.12) Devemos contribuir, nas nossas atividades diárias, para a manutenção do caráter laico e
apartidário da Empresa.
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b.14) Repudiamos condutas que possam caracterizar discriminação ou sua indução; coação,
perseguição ou constrangimento; desrespeito às atribuições funcionais; desqualificação pública,
ofensa ou ameaça.
b.17) Esperamos que nossos líderes promovam o desenvolvimento e inspirem suas equipes,
estimulando o engajamento e buscando formar sucessores para desafios atuais e futuros.
b.18) Esperamos que os nossos líderes construam uma relação sólida com os clientes, fornecendo
soluções adequadas para eles.
b.19) Esperamos que nossos líderes atuem com visão e propósito, apresentando a estratégia do BB
de uma perspectiva assertiva para obter o apoio e o comprometimento dos liderados.
b.20) Exigimos que os nossos líderes sejam éticos, referência de postura adequada e incentivadores
do trabalho em equipe como prática de colaboração e de compartilhamento de conhecimentos e
experiências.
b.21) Determinamos que a comunicação dos nossos líderes esteja alinhada à estratégia do Banco,
buscando o equilíbrio entre pessoas, processos e resultados, demonstrando cuidado com clientes,
funcionários, sociedade e acionistas.
b.22) Esperamos dos nossos líderes coragem para ousar e que desenvolvam adaptabilidade,
resiliência e sabedoria frente a circunstâncias desafiadoras, fazendo constantemente a gestão dos
riscos.
b.23) Recomendamos que os nossos líderes tenham empatia, controle emocional e respeito à
individualidade dos liderados.
b.24) Esperamos que nossos líderes sejam promotores do diálogo com respeito, boa educação e
assertividade, colocando em prática a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
b.25) Esperamos que os nossos líderes contribuam para o desenvolvimento dos liderados,
incentivando a autonomia, a inovação e a transformação cultural.
b.26) Desejamos que os nossos líderes valorizem vitórias e conquistas da equipe como incentivo à
continuidade dos bons resultados.
b.27) Esperamos dos nossos líderes conhecimento de processos mais eficazes e eficientes,
antecipando e adotando iniciativas inovadoras no desenvolvimento de soluções digitais para obter
resultados consistentes.
b.28) Esperamos dos nossos líderes, além da conduta ética, a disseminação dos valores da
organização e preceitos do Código de Ética, contribuindo para a aplicação deste documento.
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b.29) Exigimos que os nossos liderados respeitem o Código de Ética e a Política de Relacionamento
com Clientes e Usuários.
b.30) Esperamos que os nossos liderados tenham respeito, tolerância, controle emocional e
maturidade, colocando em prática a Comunicação Não Violenta e a escuta ativa.
b.31) Esperamos que os nossos liderados sejam protagonistas da sua carreira e promovam seu
autodesenvolvimento, demonstrando iniciativa e comprometimento, além de capacidade de
adaptação a mudanças de cenário.
b.32) Esperamos dos nossos liderados a parceria com a gestão, com foco nas boas práticas de
relacionamento e na condução dos processos.
b.33) Esperamos que os nossos liderados desenvolvam o pensamento estratégico, a destreza digital,
a leitura de cenário, a criatividade e inovação.
b.34) Orientamos parcerias com agentes que assegurem valores como: integridade, ética, idoneidade
e respeito à comunidade e ao meio ambiente.
b.36) Orientamos que contatos e negócios com clientes sejam pautados pelo respeito, idoneidade e
profissionalismo e que os produtos e serviços oferecidos sejam adequados ao perfil dos clientes e
de acordo com a legislação.
b.37) Orientamos que entidades ligadas ao Banco do Brasil pautem seus direcionamentos
estratégicos e de negócios por princípios éticos.
b.40) Devemos adotar ações e procedimentos para prevenir fraudes e ilícitos nos processos
licitatórios, na execução e acompanhamento de contratos administrativos ou em interação com o
setor público.
b.41) Orientamos que critérios de seleção, contratação e avaliação devem ser determinados de forma
imparcial e transparente, permitindo pluralidade e concorrência entre fornecedores.
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b.47) Definimos que a ética, a integridade e a civilidade devem ser princípios norteadores das nossas
relações com a concorrência. Trocas de informações só podem ocorrer de maneira lícita,
transparente e fidedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e os interesses da Empresa.
b.52) Devemos atuar nas relações com o poder público em conformidade com diretrizes
internacionais no que diz respeito prevenção e combate à evasão fiscal, à corrupção, à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
b.53) Repudiamos atos de corrupção praticados contra governos e a administração pública brasileira
ou estrangeira, como, por exemplo:
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utilizar intermediário - pessoa física ou jurídica - para ocultar ou dissimular interesse ou identidade
de beneficiários de atos praticados;
frustrar, fraudar, obter vantagem ou benefício indevido, impedir, perturbar ou manipular caráter
competitivo de procedimento licitatório;
b.56) Proibimos dar, oferecer, prometer ou autorizar que se dê qualquer coisa de valor a funcionário
do governo brasileiro ou estrangeiro, diretamente ou por meio de intermediário, a fim de influenciar
ação para obter vantagem indevida.
c.2) Repudiamos práticas ilícitas, principalmente fraude, suborno, extorsão, corrupção, propina,
agiotagem, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e financiamento do terrorismo.
c.4) Devemos atuar em conformidade com os normativos internos, as leis e normas de ordenamento
jurídico brasileiro e dos países onde atuamos.
c.6) Desautorizamos a prática de ato que possa acarretar ação cível ou trabalhista ou que cause
prejuízo ao Banco.
c.7) Proibimos a formalização de decisões relativas a operações sem prévia e formal autorização do
cliente.
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c.10) Devemos assegurar informação legítima, objetiva, atual e clara em divulgações públicas,
relatórios e documentos disponibilizados aos órgãos reguladores de países onde atuamos.
c.13) Orientamos a Alta Administração a observar normas jurídicas que lhe são aplicáveis no exercício
da função, inclusive as de direito público.
c.14) Orientamos os Estatutários a seguir, além deste Código de Ética, o Código de Conduta da Alta
Administração Federal, que dispõe, entre outros assuntos, sobre:
conflito de interesses;
quarentena estatutária.
d.1) Compreendemos que há conflito quando um funcionário tem interesses privados que
influenciam no desempenho de seus deveres e responsabilidades no Banco.
d.2) Entendemos que a forma correta de evitar o conflito de interesses é buscando a imparcialidade.
Agir de forma imparcial significa, por vezes, declarar-se impedido de realizar determinadas
atividades.
d.3) Devemos exercer nossa atividade de forma isenta, eximindo-nos de usar a condição de
funcionário para obter vantagens para nós ou para terceiros. É dever de cada um evitar a ocorrência
de conflito de interesses.
d.4) Devemos comunicar, de forma imediata, casos de conflito de interesses ou presunção de sua
existência ao superior hierárquico ou à Ouvidoria Interna.
d.5) Devemos apoiar e participar de estratégias de prevenção organizadas pelo BB que busquem
alertar a ocorrência de conflito de interesses.
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até o terceiro grau com: dirigente do BB; empregado do BB cujas atribuições envolvam atuação na
área responsável pela licitação ou contratação; c) autoridade de ente público a que o BB está
vinculado.
Manter sob subordinação hierárquica direta cônjuge, companheiro(a) ou parente em linha reta
ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o 3º grau.
Conduzir assuntos ou negócios com agente público com poder decisório no âmbito dos órgãos
e entidades do governo com o qual tenha relação de parentesco, em linha reta ou colateral, por
consanguinidade ou afinidade, até 3º grau.
Permitir que atividades internas extrapolem o ambiente restrito, afetando interesses do Banco.
Utilizar informação privilegiada sobre ato ou fato relevante ainda não divulgado no mercado a
que tenha tido acesso em razão de cargo ou função.
Utilizar informação interna para realizar negócios pessoais com terceiros, como clientes,
fornecedores, prestadores de serviços, parceiros de negócios, correspondentes, etc.
Usar de sua posição e poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parentes em
detrimento de pessoas e empresas com perfil e competências mais adequados, configurando prática
de nepotismo.
Desempenhar atividades externas que possam constituir prejuízo ou concorrência para o Banco.
d.7) Vedamos a realização de Transações com Partes Relacionadas (TPR) em condições diversas às
de mercado.
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f.1) As regras a seguir referem-se ao relacionamento do Banco do Brasil com terceiros, como cliente,
fornecedor, prestador de serviço, parceiro de negócios, correspondente, etc.
f.2) Vedamos o recebimento pelo funcionário do BB de qualquer valor em espécie como benefício
próprio.
f.5) Autorizamos aceitar presente ou brinde avaliado em até 100 reais, desde que não caracterize
manipulação de processos decisórios ou obtenção de vantagens indevidas.
f.6) Orientamos a doação à Fundação Banco do Brasil ou à instituição beneficente sem fins lucrativos
presentes recebidos em desacordo com este Código cuja devolução não seja possível. A doação
deve ser comunicada no Portal Pessoas (dipes.bb.com.br) > Crachá > Você > Atuação >
Presentes/Brindes > Incluir Novo Item.
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f.7) Orientamos que, para oferecer brindes e presentes em nome do BB para agente público, sejam
observados os limites estabelecidos na legislação local, na legislação que trata de suborno
transnacional e nas regras e políticas da instituição daquele que receberá a cortesia.
g.1) Proibimos o uso de recursos físicos, tecnológicos, bens e serviços exclusivos ao desempenho de
nossas atribuições, para fins particulares.
g.2) Devemos nos limitar a instalar, usar ou permitir o uso de programa de computador (software)
licenciados ou autorizados.
g.3) Devemos preservar a identidade institucional, evitando usar o nome da Empresa, marcas e
símbolos privativos sem autorização.
g.4) Devemos observar a competência restrita dos porta-vozes para atender demanda de
informações pela mídia, conforme diretrizes do discurso institucional.
h.1) Preservamos a segurança da informação, pois a informação corporativa é um ativo e possui valor
para a organização.
h.2) Devemos estar cientes da responsabilidade no tratamento das informações corporativas durante
todo o seu ciclo de vida.
h.3) Devemos observar normas da propriedade intelectual de livros, textos, imagens e outros
produtos protegidos por direito autoral.
h.4) Devemos observar diretrizes e políticas de segurança da informação do BB, atentando-nos para
a criticidade das informações.
h.5) Proibimos que funcionários tratem de assuntos sigilosos e de uso interno em salas de
conversação, redes sociais e aplicativos com acesso pela internet não autorizados pelo Banco.
h.6) Devemos proteger informações de propriedade do banco do brasil como forma de garantir
integridade, confidencialidade e disponibilidade. Não poderão ser divulgados sem prévia
autorização estudos, metodologias, técnicas, materiais ou modelos desenvolvidos para o banco.
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h.8) Devemos resguardar o sigilo de informação do Banco do Brasil, relativas a ato ou fato relevante
às quais tenham acesso privilegiado em razão da posição ou função que ocupamos.
h.9) Devemos prestar esclarecimentos fidedignos e tempestivos quando solicitados pelo Banco,
mesmo quando estivermos em situação de disponibilidade para outra empresa ou cedido para órgão
externo.
h.10) Devemos assegurar que registros contábeis e demonstrações financeiras sejam verdadeiros,
completos, precisos, claros e estejam em conformidade com a legislação, os princípios e as normas
de contabilidade e controles internos.
h.11) Tratamos de maneira responsável e ética os dados internos e externos coletados, de acordo
com a legislação, durante todo o ciclo de vida da informação.
h.13) Devemos realizar nossas atividades respeitando a privacidade do cliente e a legislação relativa
ao assunto, inclusive no uso e tratamento de bases de dados analíticas.
i.2) Estimulamos ações empreendedoras com parceiros que abordam proativamente impactos
ambientais.
i.4) Valorizamos vínculos estabelecidos com as comunidades nas quais atuamos e respeitamos seus
valores culturais pois reconhecemos a necessidade de retribuir à comunidade parcela do valor
agregado aos negócios.
j.1) Entendemos que a comunicação interna deve contribuir para o fortalecimento da relação entre
a Empresa e os funcionários.
j.2) Primamos pela comunicação inclusiva e que cria condições favoráveis à ação negocial e à
realização do trabalho, com foco na transparência, clareza e objetividade.
j.3) Devemos usar de forma responsável as mídias digitais e aplicar boas práticas de comunicação
alinhadas aos princípios de integridade, transparência e respeito.
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k.1) Valorizamos sua manifestação. Se perceber algo que fira o Código de Ética do Banco do Brasil,
é seu dever denunciar.
k.3) Entendemos que o descumprimento das diretrizes deste Código de Ética representa grave
manifestação contra a ética e contra princípios administrativos do Banco do Brasil.
k.4) Orientamos comunicar à Diretoria de Controles Interno-Dicoi/DF indício de corrupção, por meio
do Canal de Denúncia de Ilícitos, disponível no Portal BB, inclusive de maneira anônima.
k.5) Recomendamos que, em caso de dúvida quanto ao exercício de atividade laboral remunerada
ou não, paralela ao Banco, o funcionário encaminhe consulta por meio do Sistema Eletrônico de
Prevenção de Conflito de Interesses (SeCI), disponível no site da Controladoria-Geral da União - CGU.
k.6) Sugerimos que, em caso de dúvida quanto à aplicação do Código de Ética, converse com seu
gestor ou consulte o Comitê Estadual de Ética, por meio de registro no Portal da Ouvidoria Interna,
na intranet.
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Hora da questão
A esse respeito, e de acordo com o Código de Ética do Banco do Brasil, o oferecimento de serviços
e produtos deve ocorrer com
A) individualidade
B) comedimento
C) parcialidade
D) limitação
E) diligência.
Gabarito: E
Comentário: Conforme visto no Código de Ética do BB, no capítulo referente a Boas Práticas
de Relacionamento: “Devemos oferecer produtos e serviços, bem como, prestar atendimento com
honestidade, diligência e ética.”.
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23.2 ÁBRANGÊNCIA
23.3 REGULAMENTAÇÃO
23.5 INTRODUÇÃO
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23.6 PRINCÍPIOS
23.7 DIRETRIZES
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Observamos a Diretriz de Exercício de Direito de Voto em Assembleias, que tem por objetivo
pautar o comportamento da Companhia no que tange ao voto em Matérias Relevantes Obrigatórias
quando da obrigatoriedade de participação nas Assembleias que são realizadas pelos emissores
sediados no Brasil dos ativos financeiros que compõem a carteira de seus fundos.
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23.8 APROVAÇÃO
Hora da questão
Um jovem atua em uma organização social com inúmeros projetos em comunidades carentes situada
em região metropolitana de uma grande capital brasileira. A organização possui vários empregados,
recrutados diretamente nas comunidades, e conta com financiamento de pessoas físicas e jurídicas.
Com o intuito de ampliar sua base de colaboradores, agenda diversos compromissos com
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B) incentivo aos funcionários do banco para que desempenhassem atividades voluntárias no projeto.
Gabarito: B
(...) Repassamos recursos, de forma voluntaria, planejada, monitorada e circunstancial, para projetos
e programas sociais, além de realizar doações e atividades de voluntariado envolvendo funcionários.
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O Banco do Brasil estabeleceu 10 compromissos no tema ASG para um mundo mais sustentável,
tendo se baseado nesse aumento da demanda por uma nova economia mais sustentável, voltada
para o meio ambiente e social, sempre pensando na melhora da governança, vejamos:
O banco tem o compromisso de fomentar soluções que ajudem a melhorar a eficiência das fontes
energéticas. Assim, ele contribui para reduzir o consumo de fontes não renováveis e agressivas ao
meio ambiente.
Isso é feito por meio do incentivo de soluções financeiras voltadas à aquisição de sistemas, como
painéis solares, equipamentos mais eficientes, entre outros. Tanto em casas e empresas quanto no
campo.
O Banco do Brasil presta apoio à agricultura familiar e preza por incentivos para melhores práticas
agrícolas.
As metas nesta área são ambiciosas. Até 2025, a instituição pretende destinar R$ 125 bilhões para
créditos contratados nesse segmento. O foco são ações mais eficientes de plantio e colheita e uma
produção mais alinhada às demandas de desenvolvimento do país.
3 - Fomento ao Empreendedorismo
Até 2025, o Banco do Brasil deseja ter 1 milhão de clientes empreendedores. E assim, tornar-se
fundamental com crédito para geração de mais empregos e promoção de crescimento econômico.
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A instituição direciona cada vez mais recursos a investimentos ESG. Com isso, desempenha um papel
relevante para motivar ações voltadas à adoção de práticas com viés ambiental, social e de
governança corporativa.
Há uma meta de chegar a 2025 com R$ 20 bilhões aplicados em empresas alinhadas a essas causas.
O banco também realizará uma avaliação, até o final de 2022, sobre os critérios ESG de 100% dos
ativos aplicáveis sob gestão da BB DTVM.
Por meio da Originação de Títulos Sustentáveis, o Banco do Brasil atua na criação de investimentos
com impactos positivos em diferentes âmbitos sociais e ambientais.
O banco amplia constantemente o seu foco nos princípios de preservação do meio ambiente,
guiando-se por medidas específicas. Elas incluem a aquisição de energia renovável além da redução
e compensação de emissões de gases do efeito estufa.
Desde 2021, 100% das emissões indiretas desses gases são compensadas, e a meta é reduzir, até
2030, um total de 30% das emissões diretas. Já para 2024, a meta é que 90% das fontes de energia
da instituição sejam renováveis.
8 - Valorização da diversidade
O Banco do Brasil realiza ações em prol da inclusão, principalmente voltadas à equidade de gênero
e de raça em cargos de liderança.
Nesse quesito, os investimentos mais significativos atualmente são na formação de futuros líderes.
Até 2025, haverá ao menos um terço de mulheres e 23% de pessoas pretas e pardas liderando a
instituição.
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Quanto mais digitais são os serviços prestados, menores são os impactos para o meio ambiente. Ao
mesmo tempo, isso permite, aos clientes, ganhos em comodidade, tempo e satisfação.
Sabendo disso, o banco pretende ter 17 milhões de clientes mais conectados até 2025. O foco é
atender às demandas de praticidade e inovação da sociedade, sem abrir mão da solidez financeira.
10 - Contribuição à sociedade
Até 2030, a meta é investir mais de R$ 1 bilhão em projetos educativos, ações de inclusão
socioprodutiva. Esta parte abrange cuidados com o meio ambiente, incentivo ao voluntariado e
desenvolvimento de novas tecnologias sociais.
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