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Os Espectros Do Castelo Rubro
Os Espectros Do Castelo Rubro
chamado “Triângulo Árido”, o deserto que faz fronteira com Alasya, ao sul,
poucos são aqueles que sobreviverão até a chegada do próximo amanhecer, que
brilho de ímpeto assassino, este mais penetrante que o fio de uma navalha recém
afiada.
“Venha cá, cão indolente! pensou que iria se esconder de mim?”, grasnou
assim o homem com a cimitarra acima da altura dos ombros, com o fio já cego de
tanto a esfacelar a carne de outros mais infelizes.
“Por favor, tende clemência, Senhor! Sou homem velho, e logo morrerei!”,
disse o outro homem anoso com as últimas lágrimas que lhe restavam aos olhos,
“Sim! É velho demais para viver!”, disse o homem com sorriso amarelado ao
cortar assim a garganta do tão idoso homem como se nada fosse. “E já que não
precisa mais de seus anéis e nem dos dedos gordos onde foram colocados,
“Você fala demais, cão maldito.”, e, por mero instante, o corpo do saqueador
é trespassado pelo frio aço do bárbaro que sorrateiro observava o um, e agora
Neste momento, não distante dali, um obeso mercador corre, este mais
velozmente do que suas pernas eram capazes. “Zulenka! em nome dos deuses,
“Mas o que será de mim, ó Mestre? Que fim terei eu ao esperar que estes
“A mim não interessa! Pois minha vida é mais ainda valiosa.”, retrucou, “E
quer você saiba o que estes homens farão se virem a me encontrar?, perguntou. É
saqueadores.
“Não, porco encardido. O que nós faremos com você?” Perguntou o homem
assim ao apontar o aço rente ao mercador. Seu olhar assumia uma implacável
assassino fala: “Pelos deuses a quem somos tolos e mortais. Você é bela demais
para ser uma simples escrava. Esteja certa que eu irei me divertir muito antes de
degolá-la lentamente.”
Tal afirmação paralisa Zulenka, fazendo com que a mulher empalideça em
segundos, o corpo não mais responda e o próprio peito comece a bater de forma
errática. « Grite, mulher! implore pela misericórdia que neguei à seu mestre! Fale,
meretriz; porque detesto falar com gente muda! » dizia assim o mercenário a fitá-
“Por que não corta a própria língua e dá de alimento aos chacais, maldito?”
deserto mal tem tempo de erguer a própria lâmina, antes do forasteiro saltar
sobre ele afastando a espada afiada e quebrando com uma única torsão a mão do
responde a escrava ainda com voz parva, já imaginando o que viria a seguir.
atraem sua atenção « Eu não o agradei, Mestre? » sem maior hesitação, a mulher é
agarrada pelo bárbaro com apenas um braço, colocada sobre seus ombros largos.
diretamente em direção ao bárbaro. Pela primeira vez, Zulenka sente uma onda
de calor percorrer seu corpo ao notar que o guerreiro tenta protegê-la. Contudo,
novamente o horror se faz presente uma vez mais: é quando o impiedoso bárbaro
separa a cabeça do restante do corpo de seu inimigo como se cortasse a carne sem
o peso nas mãos. Outrora, como todas as moças de sua pouca idade, a jovem
sonhara em ser levada à cavalo por um príncipe encantado, todavia, seus trajes
agora não eram de uma princesa, mas de uma escrava; e os sons que escutava ao
longe não eram das graciosas harpas, mas rangidos de dor e agonia; e seu raptor