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O OÁSIS NO DESERTO

Foto de Henrik Le-Botos

Havia uma vez um viajante perdido no meio de um vasto deserto. Ele caminhava há
dias sob o sol escaldante, com sede e exaustão, desesperado por encontrar água e
um lugar para descansar. Cada passo que ele dava parecia levá-lo mais fundo na
aridez e na solidão do deserto.
Em seu desespero, o viajante avistou ao longe uma miragem: um belo oásis, com
palmeiras altas, água cristalina e sombra fresca. Ele correu em direção a esse
vislumbre de esperança, esperando encontrar alívio para sua sede e repouso para
seu cansaço.

Ao chegar ao oásis, o viajante encontrou tudo o que havia imaginado e mais. A água
fresca o saciou, as palmeiras ofereciam sombra refrescante e a vegetação
exuberante era um convite para descansar. Ele se sentiu revigorado e grato por ter
encontrado esse refúgio no meio do deserto implacável.

Enquanto o viajante desfrutava do oásis, ele notou algo peculiar. Havia outro
viajante, que aparentemente já estava no oásis há algum tempo, mas que parecia
infeliz e inquieto. Ele constantemente olhava para o horizonte, como se estivesse
preocupado com algo além do oásis.

Curioso, o viajante perguntou ao outro sobre sua aflição. O outro viajante explicou
que, embora o oásis fosse um lugar de conforto e abundância, ele estava
constantemente preocupado com o retorno ao deserto. Ele temia que a água
secasse, as palmeiras murchassem e a sombra desaparecesse, deixando-o novamente
à mercê do calor abrasador do deserto.

O primeiro viajante refletiu sobre as palavras do outro e percebeu a profundidade da


lição que o oásis e o deserto estavam lhe ensinando. Ele compreendeu que, assim
como o deserto era uma prova de resistência e perseverança, o oásis era um
presente a ser apreciado, mas também um lembrete da impermanência e da
fragilidade da vida.

NAYSON JONATA AA

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