O documento descreve as aventuras de um homem que caiu em um mundo mágico chamado Azalea e se transformou em um corvo. Ele persegue uma figura misteriosa na floresta e encontra plantas falantes que o direcionam para uma cabana. No caminho, ele é atacado por um lobo de duas cabeças e acorda em um estranho local com dois seres encapuzados. Eles o levam de barco para conhecer a governante do mundo subterrâneo, a poderosa feiticeira Hécate.
O documento descreve as aventuras de um homem que caiu em um mundo mágico chamado Azalea e se transformou em um corvo. Ele persegue uma figura misteriosa na floresta e encontra plantas falantes que o direcionam para uma cabana. No caminho, ele é atacado por um lobo de duas cabeças e acorda em um estranho local com dois seres encapuzados. Eles o levam de barco para conhecer a governante do mundo subterrâneo, a poderosa feiticeira Hécate.
O documento descreve as aventuras de um homem que caiu em um mundo mágico chamado Azalea e se transformou em um corvo. Ele persegue uma figura misteriosa na floresta e encontra plantas falantes que o direcionam para uma cabana. No caminho, ele é atacado por um lobo de duas cabeças e acorda em um estranho local com dois seres encapuzados. Eles o levam de barco para conhecer a governante do mundo subterrâneo, a poderosa feiticeira Hécate.
Aventureiros nunca foram conhecidos por suas boas manobras no ar, nem por sua sobrevivência a quedas. Mas às vezes tínhamos de dar nosso jeito. Eu havia caído, sem saber bem onde, já era noite e eu me encontrava em uma clareira, rodeada por árvores com troncos firmes e largos cujo suas folhas brilhavam em um verde luminescente e seus arbustos estavam repletos de flores em tons simples de amarelo, também dava para escutar um rio a uma certa distância do local. Comecei a passear pela área observando a magnífica flora local, com o passar do tempo, comecei a me sentir diferente, achei que era apenas fome ou algo do tipo então prossegui. Depois da pacífica caminhada cheguei ao rio, sua água se movendo de maneira livre e graciosa pelas pedras na borda, o local era rodeado também por plantas mas essas possuíam tons mais vivos entre verde e amarelo, provável que pela água que jorrava abundantemente. fui até o rio para sentir o prazer de tomar um pouco de suas águas mas ao chegar na borda. Vi minha face, alterada e meu corpo como o de um corvo, havia virado um pássaro de penas escuras e profundos olhos negros, mas mesmo assim ainda andava como um humano, parei um pouco e notei que minhas roupas tambem haviam sumido, apenas me restava um chapéu de palha que estranhamente cabia em minha cabeça. Estava desesperado sem saber o que fazer “Calma… respira…” - disse a mim mesmo tentando apaziguar-me de minha nova aparência. Após alguns minutos me acalmando, escutei um som do outro lado do rio, virei rapidamente minha cabeça na direção do barulho e vi uma pequena figura fitando seus olhos em mim, mas não durou muito pois no momento que me notou Observando-a saiu às pressas pela floresta. Pulei nas pedras encharcadas pelo rio até o outro lado, e comecei a seguir seja lá quem fosse. -E, ei volte aqui!!! - Eu berrava para que a “Pessoa” parasse ou se virasse para mim. 2- A perseguição continuava, eu seguia a figura misteriosa pela floresta, infelizmente ela era muito rápida. Me perdi dela no meio do caminho, tentei achar algum de seus rastros na longa noite, mas tal não era fácil de encontrar. Parei um pouco para observar ao meu redor, já não tinha noção da minha localização, era um local totalmente novo, as árvores eram gigantescas, suas folhas eram totalmente azuis assim como a grama e os arbustos, as incontáveis flores brilhavam mais do que qualquer joia já vista e os insetos cantavam em uma linda serenata. Enquanto examinava esse novo ambiente me deparei com uma planta, Uma pequena flor fechada presa ao tronco de uma árvore, bem maior que as outras, me senti atraído por ela e sem opções cutuquei-a, a planta misteriosamente se abriu ao som de cochichos e vento. -Acho que já despistei ele, não é possível que seja…- A planta falou, isso apenas me levou a uma conclusão: era bruxaria, mas na minha situação melhor a bruxaria do que a morte. -Preciso reportar isso, a cabana fica depois da colina azul… certo é pra lá- outra pequena planta presa a árvore abriu-se a comentar. Então era minha próxima parada, uma cabana após a colina azul, comecei minha caminhada após agradecer as flores que fiz questão de dar nome: Sussurros. Comecei a subir, observando os cantos para ver se encontrava mais sussurros ou outras plantas com propriedades mágicas, a caminhada foi até bem calma comparada à maratona anterior. Depois de algum tempo caminhando, notei um detalhe um tanto anormal, parecia que a colina não possuía um topo, quanto mais eu subia a colina mais chão aparecia para que eu subisse, outra bruxaria mas dessa vez não parecia pacífica como os sussurros. “Deve ter algo que ainda não vi” - Disse a mim mesmo se aquele ser passou até a cabana deve haver uma maneira de passar para o outro lado, talvez uma árvore ou um túnel. Fiquei absorto nesse pensamento por algum tempo. Até que ouvi um barulho vindo de árvores próximas, comecei a me afastar calmamente das plantas para observar o que era, conforme me afastava um animal saia de dentro da mata azulada, rosnando contra mim assemelhava-se a um cachorro, tirando o fato dele possuir duas cabeças e um corpo longo como uma mangueira. Eu apenas continuei a me afastar calmamente rezando para que ele não me visse. Mas não deu certo o cão avançou com tudo em mim, corri com toda a força para não ser devorado por mais que não adiantasse muito, minhas pernas curtas de corvo não facilitavam muito quando o problema era correr. Corremos pelos campos azulados, eu pela minha vida, o lobo pela sua janta. As árvores passando como raios ao nosso redor, a mata batendo em minhas asas e minhas pernas se cansando de tanto correr pela infinita montanha. Depois de longos minutos correndo minhas pernas cederam, cai na mata azul, aceitando o destino de uma trágica morte, nesse local desconhecido. Senti a fera chegar mais e mais perto, foi quando tudo escureceu.
3-A gigantesca dama de
ferro. Quando acordei me encontrei dentro de um lugar escuro, não consegui reconhecer o'que seria, apenas tinha a certeza de que era bem apertado. Comecei a me mover tentando sair quando a tampa deste "local" caiu. Me levantei observando que na verdade estava dentro de um caixão. Olhei para os lados observando o novo ambiente, estava em uma sala com o chão coberto de areia cinza, as paredes azul escuro cheias de cartazes com nomes e fotos manchados de sangue e com uma grande porta ao fundo, no meio da sala havia dois seres encapuzados me observando com enormes machados em mãos. -Enfim acordou! - O da esquerda gritou com uma voz extremamente animada como se tivesse esperado o dia todo para me dizer isso. - Como foi sua primeira morte? -Mo, morte? - disse engolindo seco. -Sim, sim como foi?! -Deixe-o! idiota! - o da direita empurra o outro de leve. - Não vê que está sendo insensível? -Ops, perdão. -Deixe disso, temos trabalho a fazer, siga-nos corvo! - o da direita comentou enquanto se encaminha para a porta ao fundo e a abre. Atrás da grande porta havia um mar de areias acinzentadas que se moviam como água, e um pequeno bote. -Venha corvo! - a animada sombra encapuzada me puxou em direção ao barco. Após todos terem subido a bordo, a porta posterior a nós se fechou, e tudo que podíamos ver era o mar de areias, vazio. Então os dois seres viraram seus machados com as lâminas para baixo e começaram a remar, o barco se movia magicamente como se secretamente estivessemos sendo guiados por um grande peixe. Além do mar de areias, uma lua radiante cobria os céus em escassez de estrelas. Nós navegamos assim por alguns minutos, e quanto mais navegávamos mais perto a lua parecia estar. Paramos quando estávamos tão perto da lua que parecia que íamos nos chocar contra ela. Então os dois indivíduos levantaram seus machados, apontando-os para o céu. -Eu Dumba, requisito a presença de vossa senhoria! - a figura animada a esquerda gritou -Eu Dimba, requisito a presença de vossa senhoria! - A figura séria a direita gritou ao mesmo tempo que Dumba. A areia começou a tremer, dando a sensação de que tudo ia desabar “E o'que há debaixo da areia?!” pensei desesperado, enquanto via Dimba e Dumba olharem de maneira esperançosa para o céu, como se esperassem serem levados para o além. Foi quando uma enorme figura levantou-se das areias, sua aparência era como de uma enorme boneca de metal que usava um longo vestido preto, sem mangas, suas mãos estavam lotadas de anéis de ouro com jóias vermelhas e pretas, ela possuía óculos redondos, olhos azulados e um cabelo marrom escuro com um coque. -Digam meus nobres soldados! - Ela falou como se fosse uma grande rainha malvada dos contos de fadas. -Trouxemos o corvo! - os soldados bateram continência. -Incrível! Esplêndido! -Ela aproximou-se do barco olhando-me de perto. - Realmente ótimo. -Podemos tirar esses capuzes agora? - disse Dumba. -Claro. Já fizeram o necessário. Dumba e Dimba retiraram seus capuzes revelando suas aparências de dois grandes Corvos com seus ternos azulados e seus chapéus pretos, a única diferença entre os dois é que Dimba tinha um bigode, Dumba não. -Diga-me corvo- A moça comentou fazendo os dois soldados se virarem para mim. - Como morrestes? -Éh… bem… um cachorro, de duas cabeças e… -Um corpo longuíssimo? - A moça completou. -Sim… - Disse um pouco hesitante. -Entendo, Caninos de mangue, é o nome que damos a estas pestes. - A mesma se afastou um pouco do barco enquanto os soldados novamente se viraram para ela. - Bem, aproveitando que ainda há tempo, alguma pergunta corvo? –Co, como assim eu morri? Que tempo? e que, quem são vocês? - Disse ainda tentando entender a sequência de eventos. -Simples, você é um corvo, só existe um como você em toda azalea. -Azalea? - disse confuso. -o mundo onde você caiu. -Corvos são uma linhagem de seres de outro mundo, que entram em azalea de milênio a milênio, você possui a capacidade de voltar toda vez que morrer, ou decidir só morrer mesmo. -Como alguém ia querer não voltar?! -Acredite, garoto é muito mais normal do que parece - Dimbo riu um pouco após comentar isso. -sobre o tempo, só podemos falar com você enquanto você não se regenera e recobra a consciência. - Ela disse um pouco desanimada, deve ser triste morar em um mar de areia vazio. -Ok, eu acho? - Comentei. -E sobre quem nós somos.. Hmm… não determinei se estás pronto para saber ainda, por enquanto me chame de Hécate. - Ela apontou para sua face, como se eu fosse miope ou retardado. - Não preciso apresentar Dimba e Dumba né? -Não, não, mas eh… quando eu poderia ir embora. - perguntei curioso, já que estávamos há um longo tempo ali. -Você quer ir? Sabe que há muitos perigos lá fora. - ela disse tirando um gigantesco relógio de bolso da areia, olhando-o e o colocando de volta. -sim. - disse de maneira determinada. -Ok então, adeus. A mesma após dizer isso me deu um peteleco que me arremessou até as profundezas do mar de areia, me levando ao eterno vazio sem fim ou luz. 4- Meus olhos levemente se abriram em um novo ambiente, uma pequena cabana de madeira de carvalho, suas paredes pintadas em tinta branca fazendo um lindo contraste com o piso de ladrilhos marrons. -Como você pode deixar isso acontecer!? - uma voz grossa e furiosa rodeou a pequena cabana. -Como eu ia saber que lá existiam caninos de mangue!? - uma voz chorosa rodeou o local logo em seguida. Não consegui entender o que estava acontecendo, minha cabeça doía, e apenas me lembrava de uma coisa, a gigantesca dama de ferro Hécate. Então apenas me levantei meio tonto. -Mas era seu único traba… -Parem! - uma voz suave ecoou pela cabana interrompendo a voz grossa. -Vocês não aprenderam nada!? -de, desculpa vó - os dois indivíduos se desculparam enquanto eu ainda estava tentando entender o que estava acontecendo. -Onde eu estou? Disse nervoso e ainda um pouco tonto. Todos se viraram para mim, eram três pássaros que andavam como gente assim como eu, a com voz chorosa era uma linda pomba branca, o de voz grossa era um pombo comum, e a de voz mansa era uma alta coruja que usava dois óculos redondos e vermelhos. -Ele tá vivo?! - os dois pombos exclamaram espantados. -Que alívio! - disse a coruja - estava com medo que ficasse no mundo de Hécate. -É, mas quem são? - disse apontando para eles com minhas penas. -Oh desculpe, onde estão meus modos? - a coruja deu uma pequena risada antes de continuar - Sou Yaga, a pomba branca é Bel e o pombo é Kris. -E qual seu nome? - Kris disse curioso. -Meu nome? - Nesse momento eu havia acabado de notar que possuía realmente um nome, então usei o primeiro nome que me veio à cabeça. - Me chamo Túlio. -É um prazer conhecer você. - Yaga respondeu de maneira educada. - Você ainda não deve saber muito sobre este mundo, ou o porque você caiu nele né? -Eh, não. -Deixe-me explicar, vocês dois podem ir descansar por hoje. -Ok! - Os dois pombos saíram calmamente da sala para outro cômodo enquanto a coruja sentava-se em um banco que acabara de aparecer. -Você está em azalea. - a coruja começou - um mundo mágico conectado ao seu por meio das plantas e flores, neste mundo existem diversos seres com habilidades incríveis vindas de uma energia chamada pó. -Pó? - comentei confuso -Pó é como nomeamos os tipos de areia usadas para invocar feitiços, por ter visto Hécate você já deve ter visto a areia de palmos. -Então por isso a areia se movia como… -água? - Yaga completou. - Há diversos tipos de areias com capacidades diferentes, mas como você já deve saber não é só isso que Azalea esconde, aqui existem monstros e seres tão temíveis quanto a morte. -Eh, Yaga, se não for incomodo perguntar, há quanto tempo está de noite? - perguntei enquanto observava a lua pela janela aberta. -Já fazem dois milênios - ela respondeu com uma voz triste. -Co, como?! - disse apavorado. -Há dois milênios, uma poderosa bruxa lançou uma maldição sobre nossas terras deixando-nos fadados a uma eterna noite preenchida por seres das trevas que caçam nossos guerreiros. -Mas e os corvos? -Os corvos? - disse ela com um sorriso malandro - os corvos são uma lenda que rodeia este reino. Após esse comentário Yaga logo se levantou e puxou uma areia azulada levando sua mão em frente a seu bico soprando-a. A areia voou calmante em minha direção juntando-se e se transformando em um pedaço de papel velho.
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