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Memorial de Cálculo - Determinação Da Vazão de Projeto
Memorial de Cálculo - Determinação Da Vazão de Projeto
CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
Sumário
5.0 - REFERÊNCIAS....................................................................................................13
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A partir dos dados do IBGE, que apresentam a população da cidade de Ouro Velho-PB
obtida na realização dos censos de 1970 a 2022, dispostas na tabela 1.
Ano População
1970 2767
1980 2997
1991 2826
2000 2823
2010 2928
2022 2918
Fonte: IBGE.
Nota-se que a população de Ouro Velho não possui o comportamente crescente ao longo
dos censos, isso impede a utilização dos dados do município na realização dos cálculos
referentes ao método dos mínimos quadrados para estimativa da população futura. Com
isso, iremos utilizar os dados da Paraíba e aplicar o crescimento populacional percentual
do estado à população de Ouro Velho.
Ano População
1970 2.382.617
1980 2.770.346
1991 3.201.114
2000 3.444.794
2010 3.766.528
2022 3.974.687
Fonte: IBGE.
Com esses dados, podemos calcular a população futura pro estado da Paraíba pelo
método dos mínimos quadrados, para um horizonte de projeto de 25 anos, a partir do
ano de 2024, logo após, aplicaremos o crescimento percentual ao município de estudo.
Por meio do Excel, observamos que a função potência foi a que apresentou o coeficiente
de determinação mais satisfatório (R2 = 0,9927), o gráfico 1 mostra a curva da função
potência.
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Pela equação da curva, podemos calcular a população futura do estado para o ano de
2049, onde, x é a diferença entre o ano base (1970) e o ano da projeção (2049), ou seja,
x = 79.
𝑦 = 2 × 106 × 𝑥 0,2207
𝑦 = 2 × 106 × 790,2207
𝑦 = 5.246.096,738 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃2049 − 𝑃2022
𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = × 100
𝑃2049
5246096,738 − 3974687
𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = × 100 = 32%
5246096,738
Tabela 3: População de Ouro Velho – PB, nos anos de 2000, 2010 e 2049.
Ano População
2000 t1 2823 P1
2010 t2 2928 P2
2049 t ? P
Fonte: IBGE.
➢ Método Aritimético
(𝑃2 − 𝑃1 )
𝐾𝑎 =
(𝑡2 − 𝑡1 )
𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎 × (𝑡 − 𝑡2 )
Onde:
Ka - é a taxa de crescimento constante;
𝑃1 – é a população no penúltimo censo, 𝑡1 (2000);
𝑃2 – é a população no último censo, 𝑡2 (2010);
𝑡 - é o ano de projeção (2049);
P – é a população estimada para o ano de projeção.
➢ Método Geométrico
Os valores obtidos foram, kg = 0,003652 e uma pupulação futura para o ano de 2049 de
3376,182 habitantes.
Com base nos dados obtidos no SNIS, é viável comparar séries históricas de diferentes
indicadores para analisar suas mudanças ao longo do tempo. Ao examinar o gráfico 2, é
perceptível que o consumo de água na cidade de Ouro Velho atingiu seu pico em 2005.
causas. Essa análise é crucial para mitigar o desperdício, o qual impacta negativamente
tanto a população quanto a prestadora de serviços.
O gráfico 5 apresenta os dados referentes ao índice de hidrometração, que calcula a
relação entre a quantidade de água efetivamente medida e o total de ligações de água.
Esse índice é de extrema importância para identificar problemas de medição, seja pela
ausência de hidrômetros ou pela má condição que são encontrados. Ao analisar o gráfico
identifica-se que o índice de hidrometração permaneceu abaixo dos 50% até o ano de
2011, após esse ano, tivemos um aumento substancial nesse percentual, beirando os
100%, a partir de 2013 até 2019 tendo em vista uma leve queda nos anos posteriores,
atingindo seu pico de 99,72% no ano de 2014. Nesse período o controle nas medições
de água atingiu níveis excepcionais, levando em conta que o percentual se manteve
acima de 90% em quase todos os anos desde 2013.
Por fim, o gráfico 6 apresenta os dados acerca do índice de atendimento total de água,
que mostra o percentual de domicílios beneficiados pelo sistema de abastecimento de
água na cidade de Ouro Velho. Analisando o gráfico, note que, apenas nos anos de 2006
a 2008 o índice permaneceu acima da média nacional segundo o SNIS de 84,2%, nos
demais anos, temos uma diferença percentual de mais de 10% em relação à média do
país.
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O consumo per capita (qpc) é a média diária de volume de água necessária por
indivíduo para atender às demandas domésticas, comerciais, públicas e industriais, além
das perdas no sistema. A unidade padrão de medida do qpc é litros por habitante por dia
(L/hab.dia). Portanto, fica evidente que esse indicador desempenha um papel
fundamental na caracterização dos segmentos das adutoras que compõem o sistema de
abastecimento de água.
De acordo com os dados desagregados da série histórica de 2021 do SNIS, o consumo
per capita no município de São Ouro Velho foi registrado em 81,6 L/hab.dia.
Já de acordo com as informações fornecidas pelo Atlas Águas da ANA, a respeito do
sistema de abastecimento da cidade de Ouro Velho-PB, tem-se que o consumo per
capito será encontrado da seguinte maneira:
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𝑞𝑝𝑐 = × 86400 = 114,945 𝐿⁄ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎
2255
A partir dos cálculos realizados acima, não observa-se uma diferença expressiva entre o
consumo per capita encontrado através dos dados do SNIS, com os dados encontrados
no Atlas de Águas da ANA. No projeto em questão, será adotado o valor de 114,945
L/hab.dia, obtido a partir dos dados da ANA, pois, esse valor é mais próximo da média
nacional de consumo per capita de água de 150 L/hab.dia segundo o SNIS (2021),
evitando o subdimensionamento do sistema de abastecimento em análise.
A diferença nos valores de consumo encontrados pode estar relacionada a um período
de racionamento de água. Durante períodos de escassez ou restrição no abastecimento, é
comum que o consumo per capita seja significativamente reduzido.
p é a população (hab.);
q é o consumo diário per capita (L/hab.dia);
86400 é o fator de conversão para segundos.
Demanda do Sistema
Consumo per capita (l/hab.dia) Métodos População (habitantes) K1 K2 ETA
114,945 Mínimos Quadrados 3851,76 1,2 1,5 3%
Aritimético 3337,5
Geométrico 3376,182
Figura 1: Representação do sistema de abastecimento com a presença de uma estação de tratamento de água.
➢ Método Aritimético
➢ Método Geométrico
5. REFEÊNCIAS