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O QUE É PIERCING?

D e onde veio? Por que as pessoas fazem isso? Como é o nome daquela
perfuração que eu quero fazer mesmo? Que tipo de jóia posso colocar
na primeira perfuração? Dá para usar esta jóia nesta perfuração? Qual é o
material mais indicado para a minha jóia? Qual o tamanho adequado da
jóia para a minha perfuração? Que cuidados preciso ter ao fazer um pier-
cing?

São tantas as dúvidas né? Resolvi elaborar este material para facilitar o en-
tendimento dos mais variados públicos: curiosos, pessoas que tem piercin-
gs, pessoas que querem colocar um piercing, revendedores de jóias, profis-
sionais da área da saúde, que trabalham em hospitais e clinicas e precisam
retirar os piercings dos pacientes para fazer exames/cirurgias, aspirantes a
Body Piercer e até Body Piercers.

Porém, vou abordar principalmente as perfurações que eu realizo no meu


estúdio, deixando de fora os piercings Genitais e Dermais.
SOBRE MIM

Paula Barbosa
Conhecida como Just Paulinha
Natural de São Paulo
Trabalha com piercing há 18 anos
Realizou seu primeiro curso em 2003
N esse curso, aprendi somente o básico do básico. O nome de algumas
perfurações, jóias da época, tamanho de agulhas e só. Desde então
fui aprendendo tudo sozinha, pesquisando em sites gringos, workshops e
etc.
Sou apaixonada pelo mundo dos piercings, mais especificamente das
perfurações em orelhas, e atuo em vários nichos desse segmento: Loja físi-
ca, loja online, Studio e agora, escola e cursos.
Desenvolvi técnicas, joias e estilos que contribuíram para a pulverização
de piercings de orelha no Brasil, tornando se artigos de extremo interesse e
desejo principalmente do público feminino, de todas as idades.

Quero ajudar todo mundo a se familiarizar e entender


desse assunto, saber o que está usando, o que está
vendendo. No começo parece um pouco complicadi-
nho, mas depois vocês vão ver que é só uma questão
de falta de contato e conhecimento. Nesse curso vou
descomplicar e desmistificar tudo que é relacionado a
piercings.

Espero que todos se divirtam, assim como eu, nesse novo caminho de
entendimento que abriu e abre muitas portas na minha vida.

Trabalho com piercings, porque acima de tudo, amo a arte e também


para o aprimoramento técnico, ético e estético da indústria.
SIGNIFICADO
DE PIERCING
Palavra inglesa, pronuncia-se: pírcin
Tradução: Perfuração

P iercings são modificações corporais realizadas por milhares de pessoas


no mundo todo.

Quando falamos a palavra “piercing”, podemos tanto estarmos nos refe-


rindo a jóia que será inserida na perfuração, quanto podemos estarmos nos
referindo a perfuração em si.

1 Perfuração na pele para uso de enfeites metálicos

2 Orifício criado por essa perfuração

3 Enfeite de metal que se usa nesse orifício
HISTÓRIA
N ão existe um momento certo para a origem do piercing. Esse tipo de
ornamento foi usado por diversas civilizações antigas, com diferentes
significados. Existem evidências antigas na bíblia, mais concretamente no
Gênesis (24:22), onde é descrito que Abraão deu de presente, para a futu-
ra esposa do seu filho Isaac, um aro de nariz de ouro. Maias e astecas, por
exemplo, adotavam o piercing com finalidades religiosas. Já egípcios e in-
dianos perfuravam partes do corpo para demarcar suas posições de hierar-
quia na sociedade ou suas castas. Os romanos usavam por vaidade, como
um adorno mesmo. No século 19, a prática caiu em desuso e começou, in-
clusive, a ser discriminada. Foi renascer somente com o movimento hippie,
durante os anos 1960.

Historicamente o piercing tinha uma conotação similar à da tatuagem,


no sentido de exprimir escolhas individuais, de traduzir um rito sagrado, ou
de conferir status de nobreza a determinadas pessoas. No mundo contem-
porâneo ele também adquiriu outro sentido, mais estético, menos existen-
cial, tornando-se mais um item fashion.
Esquimós e povos das Ilhas Aleutas, no Alasca (EUA), usavam piercings
labiais para representar marcos importantes da vida, como a entrada na
puberdade, o casamento e a iniciação como caçador.

No antigo Egito, enfeites perfurados no umbigo sinalizavam realeza. Os


faraós usavam para indicar sua posição no poder.

Brincos e piercings existiam nas dinastias Xia e Shang, na antiga China.


Era costume no casamento com garotas de 12 e 13 anos a introdução de
agulhas de ouro em suas orelhas.
Astecas e Maias confeccionavam cavidades no esmalte dental para a co-
locação de pedras preciosas. Esses povos também colocavam jóias na lín-
gua como sinal de nobreza.

Os romanos acreditavam que argolas de ouro e outros metais preciosos


no mamilo melhorariam sua virilidade.

O segundo capítulo do Kama Sutra, livro indiano do amor, mencionava


o apadravaya, um piercing que passa verticalmente pela glande do pênis,
estimulando o prazer masculino e feminino.

Piercings no nariz foram uma tendência criada pelo império Mugal no


Paquistão e na Índia. Indianos costumavam usar argolas com jóias nas abas
e nos septos para despertar a atração.
Damas da alta sociedade européia eram adeptas do “mamilo adornado”,
acreditando que os piercings fariam seus seios crescerem mais atraentes.
Algumas penduravam correntes de um mamilo a outro.

Os piercings voltaram à moda com os hippies. Como o movimento era


anti-conservadorismo, o piercing fazia parte de um conjunto de hábitos pri-
mitivos resgatados, como tatuagens.

O movimento punk adotou modificações corporais como forma de sati-


rizar e se opor à sociedade burguesa. Os piercings, sempre muito visíveis,
viraram símbolo de rebeldia.
O piercing historicamente mais usado é o inserido no lóbulo da orelha;
normalmente ele conferia a quem o usava o status da fortuna; hoje é o meio
mais comum de exibir um adorno precioso.
Um exemplo disso esta presente na nossa cultura bra-
sileira. Quando as meninas nascem, é super comum as
mães colocarem “brinquinhos” nas orelhas delas. Uma
forma também de identificar a bebê como “menina”,
e não serem confundidas com “meninos” quando al-
guém pergunta qual o sexo do bebê.

O s romanos acreditavam que este artefato lhe proporcionaria vastos re-


cursos financeiros e sensualidade.

No nariz o piercing passou a ser usado há pelo menos 4000 anos, no


Oriente Médio, depois se disseminou pelas terras indianas no século XVI. Aí
o nostril, como era conhecido, foi absorvido pelos mais ilustres. Desta forma
este adorno ganhou conotações de status social. Nas décadas de 60 e 70
este enfeite foi importado pelos hippies para o Ocidente; nos anos 80 e 90
foi rapidamente assumido pelos punks e outras tribos. Ainda hoje preserva
sua popularidade.

O piercing utilizado na língua era muito comum entre Astecas e Maias,


distinguindo os sacerdotes dos templos. Eles acreditavam que, através des-
ta prática, poderiam interagir melhor com as divindades. Atualmente os
jovens modernos continuam a adotá-lo, mesmo que seu sentido original
tenha se perdido. Estes mesmos povos cultivavam o uso destes enfeites na
boca e nos lábios, considerados órgãos repletos de poder e sensualidade.
Por esta razão eles optavam por objetos de ouro puro.
São igualmente comuns os piercings nos mamilos, simbolizando vigor e
energia, antigamente sinais de passagem para o estágio da masculinidade
entre os aborígenes americanos, e moda feminina adotada pelas vitorianas
inglesas em 1890; e os de umbigo, outrora valorizados no Antigo Egito, aces-
síveis somente aos faraós e seus familiares, e atualmente os mais usados
em todo o Planeta.

HISTÓRIA
CONTEMPORÂNEA

James Mark Ward


Nascido em 28 de junho de 1941
Foi um body piercing americano
Foi chamado de “o avô do movi-
mento moderno de piercings”.

W ard nasceu em 1941 no oeste de Oklahoma e se mudou para o Co-


lorado quando tinha onze anos. Em 1967, em Nova York, ele ingres-
sou no New York Motorbike Club, um grupo gay de sadomasoquismo, e
experimentou o piercing no mamilo. Durante esse período, ele também
estudou confecção de jóias. Ward então se mudou para o Colorado, onde
ingressou no Rocky Mountaineer Motorcycle Club, outro club gay, e experi-
mentou o piercing genital. Em 1973, Ward se mudou para West Hollywood
(uma vila gay de Los Angeles), onde conheceu Doug Malloy. Juntos, eles de-
senvolveram as técnicas e equipamentos básicos que se tornaram o padrão
da indústria de perfuração.
Ward foi pioneiro em muitos designs de jóias, incluindo o captive de bola
fixa e os barbells com rosca interna. Ele foi apresentado às jóias com estilo
de barra, por Horst Streckenbach (“Tattoo Samy”), um tatuador e piercer de
Frankfurt, na Alemanha, e seu aluno Manfred “Tattoo” Kohrs de Hanover,
Alemanha.

Doug Malloy

“Os primeiros barbells que me lembro vieram da


Alemanha. Doug entrou em contato com Tattoo
Samy, um tatuador e piercer de Frankfurt. Ao longo
dos anos, Samy foi aos Estados Unidos várias vezes,
frequentemente em Los Angeles, para visitar Doug.
Em um dos em suas primeiras visitas, ele nos mostrou
as hastes de barra que ele usava em alguns piercings.
Eles eram rosqueados internamente, um recurso que
fazia tanto sentido que eu imediatamente comecei a
recriá-los para meus próprios clientes.” Jim Ward
Com o financiamento de Malloy, Ward começou a usar sua casa como um
estúdio de piercing privado em 1975. Apelidando seu estúdio de Gauntlet,
ele atraiu uma clientela inicial de uma lista de discussão fornecida por Doug
e executando anúncios em publicações gays e fetichistas locais. Após três
anos de aperfeiçoamento contínuo com técnicas e equipamentos, Ward
abriu o Gauntlet como uma operação comercial em West Hollywood em
17 de novembro de 1978. O estabelecimento desse negócio - considerado o
primeiro de seu tipo nos Estados Unidos - foi o início da indústria de pier-
cings.
TIPOS DE JÓIAS

E xistem muitos tipos diferentes de ornamentos considerados “jóias


para o corpo”. A seguir, vou apresentar os vários tipos de jóias mais
utilizadas e um pouco de informação sobre como cada uma funciona com
instruções básicas sobre como inseri-las e/ou removê-las.

Viagens de emergências ou procedimentos médicos podem exigir a re-


moção das jóias do corpo, e ouço com MUITA frequência a dificuldade que
as pessoas encontram em tentar tirar as jóias quando necessário, sem en-
tender exatamente como elas funcionam.
Primeiro, nosso foco aqui no curso é em conhecer e entender sobre as
joias. Mais além vou explicar para onde cada uma delas serve e qual tama-
nho apropriado para cada tipo de perfuração.

Jóias Rosqueáveis
Barbells (retos, curvos e ferraduras)
e Labrets

Microbell Reto Microbell Curvo


Ferradura Labret

Twister Bananabell

Barbell Megabell ou Industrial


As jóias com rosca têm uma extremidade (ou ambas) que desparafusam
para remoção. Basta girar a bola no sentido anti horário, como se fosse um
parafuso qualquer. Você encontrará estes tipos de jóias com mais freqüên-
cia, principalmente em piercings de orelhas, mamilos, umbigo.

As jóias para o corpo normalmente têm um dos dois tipos de rosquea-


mento:

Jóias com rosca interna:

São jóias em que a bola tem uma haste com rosca que se destaca, e que
é parafusada em uma haste oca. Com esse tipo de rosca, a parte que passa
pela pele é suave e não raspa ou machuca o tecido à medida que passa.
(Isso é especialmente importante em piercings novos.) Esse é o tipo de ros-
queamento recomendado pela Associação de Perfuradores Profissionais
para perfurações iniciais.

Jóias com rosca externa:

Possuem rosqueamento de parafuso (ou padrão de parafuso mesmo) na


parte externa da haste, com uma esfera de ponta oca que é fixada nela. Isso
significa que, uma superfície relativamente áspera deve passar pelo tecido
toda vez que você inserir e remover as jóias. Em furos recentes é preciso
esperar o período de cicatrização para realizar trocas e evitar a irritação da
perfuração causada pela ponteira da rosca externa.

Lembre-se que as extremidades rosqueadas podem se


soltar com o tempo. Verifique as extremidades de suas
jóias ocasionalmente para garantir que as extremidades
ainda estejam bem presas.
Exemplificação dos tipos de roscas

Rosca Interna Rosca Externa

Jóias com encaixe de pressão


(Press-fit, Threadless, Pin Push ou Plugs)

Essas joias são super recentes no mundo dos piercings e vieram para re-
volucionar o mercado, pois facilitam MUITO a vida das pessoas que preci-
sam remover as joias com frequência, tanto que batizei em algumas peças
da minha loja com o nome de “Revolution”.

As jóias de encaixe à pressão, na qual o pino não possui rosca, são mais co-
nhecidas como “Pin Push” ou “Plugs”. Elas consistem em duas peças: uma
haste com uma bola (microbell) ou disco anexado (labret), e uma esfera
ou extremidade ornamentada (figuras ou cristal) que se encaixa na haste.
Essas são as jóias mais fáceis de remover, pois as duas extremidades sim-
plesmente se separam. Segure bem as duas extremidades com os dedos e
puxe.
É muito fácil! As jóias de encaixe à pressão também podem ser ajustadas
quanto ao aperto, curvando-se levemente o pino que é inserido na haste.

Um dos benefícios das jóias de encaixe à pressão é que você tem a ca-
pacidade de trocar peças de maneira rápida e fácil, principalmente nos lu-
gares mais escondidos da orelha (ex: anti helix), aonde ficaria mais difícil
rosquear bolinhas convencionais.

Se suas jóias não se separam simplesmente puxando, provavelmente elas


sejam rosqueáveis.

Argolas Captive e Segmento

Captive Segmento

Argolas Captive são freqüentemente chamados de CBRs (captive bead


ring) ou “cativos” porque a bolinha (ou tambor) é mantida no lugar pela
tensão do anel. Nenhuma extremidade está presa à bolinha; em vez disso, a
bolinha permanece suspensa entre as duas extremidades do anel.

Quem opta por esse tipo de joia já deve estar ciente que é raro conseguir
fazer a troca da jóia sozinha, no entanto, na maioria dos casos, podem ser
necessárias ferramentas para abrir ou fechar as argolas Captive, especial-
mente aquelas com diâmetro mais espesso ou menores.

Para abrir e remover uma Argola Captive, segure o anel com o polegar e o
indicador enquanto usa a outra mão para agarrar a bolinha. Puxe cuidado-
samente o anel e a bolinha em direções opostas até que a bolinha saia. Um
pequeno espaço permanecerá onde estava a bolinha. Para jóias mais finas,
esse espaço pode ser ampliado simplesmente dobrando o anel. (Certifique-
-se de torcer; não abrir separando).

Argolas de Segmento são semelhantes às Argolas Captive, mas, em vez


de ter uma bolinha ou tambor, um segmento do anel se abre.

Estes modelos são “ultrapassados”, pois não são fáceis de se manusear


sem o uso de algum alicate ou ajuda de algum profissional. Por esse motivo
eu nunca uso essas joias nas minhas clientes, gosto que as mesmas tenham
liberdade e autonomia para trocar suas joias sozinhas.

Argolas de Torção
(com e sem bolinhas)

Diferente das argolas Captive - onde a bolinha é mantida no lugar por


tensão - nas argolas de torção de bolinha fixa, a bolinha é fixa a um lado do
anel. Para abrir o anel, você precisa torcê-lo.

Para fazer isso, imagine que você está rasgando um pedaço de papel ao
meio: segure o anel em cada lado da bolinha e empurre uma extremidade
para longe de você enquanto puxa a outra extremidade em sua direção.

Torça, não abra o anel simplesmente puxando as pontas, pois uma vez
que o anel não está mais redondo, é difícil recuperá-lo.

A variação sem bolinha também é aberta usando esse mesmo método


de torção. As argolas sem bolinhas são mais comuns para uso na aba do na-
riz. Elas não são recomendadas para piercings em que as jóias são trocadas
com freqüência e, como a abertura pode girar através da pele do piercing,
essas jóias também não são sugeridas durante o período de cicatrização.

Argolas Articuladas,
Clickers (fecho click)

Sem sombra de dúvidas, argolas fecho click são as melhores opções


quando comparadas a outras argolas. Isso é devido a facilidade de coloca-
ção, fechamento, abertura e remoção. Muitas vezes não requer uso de ins-
trumentos ou grandes habilidade de manuseio.

Clickers são argolas em que um pequeno segmento oscila em uma do-


bradiça e depois se fecha novamente com um “clique” audível, daí o nome.
Elas são usadas principalmente nas perfurações de Daith, mas podem ser
usadas em praticamente qualquer perfuração em que se encaixe uma ar-
gola. Elas geralmente são mais ornamentadas, existentes também em ou-
tros formatos como coração e lua, contendo elementos decorativos (como
pedras cravejadas), mas também podem ser tão simples quanto uma argo-
la lisa de titânio ou aço.

Nostril, Argolinhas com Trava (D-Ring)


e Retentores de Septo

Todas são joias para serem usadas exclusivamente no nariz. Ao longo dos
anos, já vi clientes com essas jóias, principalmente os Nostril, nas orelhas,
mas seu uso é completamente indevido e prejudicial.

Nostril, Argolinhas com Trava e Retentores de Septo são peças mantidas


no lugar apenas por sua forma. Os Nostril são mantidos no lugar por uma
extremidade acoplada e uma curva na haste, enquanto os retentores de
septo permanecem no lugar devido ao seu design de grampo; as Argoli-
nhas com Trava são uma combinação dos dois e são mantidas no lugar
tanto pela forma redonda quanto pela extremidade achatada.

Os Nostril (parafusos das narinas) são específicos para os piercings nas


narinas (aba do nariz).
Eles são mantidos no lugar pela curva na haste e são removidos agar-
rando a extremidade e puxando a haste enquanto dá uma ligeira torção - é
literalmente como “desparafusar” as jóias. Embora os Nostril às vezes sejam
vendidos em formato também em L e retos com bolinha na ponta, o que
importa realmente é o gosto e conforto pessoal de cada indivíduo.

Argolinhas com Trava são projetadas para dar uma aparência de argo-
linha, mas sem o incômodo que pode ocorrer com a troca das argolinhas
de torção. Muitos Body Piercers optam por fazer a primeira perfuração de
clientes que desejam ter argolas em seu narizcom esse tipo de peça, pois a
base reta (que fica escondida dentro do nariz) pode facilitar a cicatrização.

Retentores de Septo permitem serem usados quando as jóias (e a per-


furação) precisam ser escondidas. Eles têm o formato de um “U” de fun-
do quadrado e podem ser usados normalmente ou virados para dentro do
septo, quando houver necessidade de descrição.
MEDIDAS DAS JÓIAS
F azer compras online é fácil, rápido e conveniente. Mas, se você não es-
tiver familiarizado com a forma como os piercings são medidos, pode
ser difícil determinar o tamanho da jóia que você precisa. E é muito impor-
tante usar o tamanho correto de jóia no corpo.

Jóias muito finas, por exemplo, farão com que a perfuração demore para
cicatrizar, encolha ou ate crie micro fissuras, se tiverem atrito.
Jóias com hastes muito pequenas, podem ser “engolidas” pela pele em
caso de inchaço, após a perfuração. O oposto também não é benéfico, pois
tentar inserir jóias muito grossas/grandes pode causar dor e trauma.

Como a anatomia e as perfurações podem variar muito, não há um tama-


nho padrão para cada piercing. Além disso, Body Piercers diferentes usarão
jóias diferentes para o mesmo piercing. Cada perfuração em cada pessoa é
diferente, e cada perfuração precisa de jóias diferentes.

Se você sabe que tamanho de jóia que sua perfuração precisa, ótimo; vá
em frente e aproveite minha loja online (www.ilovepiercing.com.br), mas
se você não tiver certeza do tamanho que precisa (e visitar o Body Piercer
mais próximo não é uma opção), confira as dicas de tamanho abaixo para
obter todas as medidas que você precisa considerar ao selecionar as suas
jóias.
Espessura ou Calibre
(Gauge em inglês)
É popularmente conhecida como a “grossura” da jóia. Refere-se ao diâ-
metro da haste do piercing, e está diretamente relacionada ao diâmetro da
perfuração.

Para quem costuma comprar em sites gringos, nos Estados Unidos, a es-
pessura das jóias corporais é medida usando o sistema de bitola americana
(AWG) e o sistema imperial (frações de uma polegada).

Em alguns lugares as jóias são medidas dessa maneira primeiro e depois


em medições métricas (milímetros) – que é a unidade de medida brasileira.

Gauge Gauge
Gauge

Gauge

Gauge

Comprimento das hastes


Barbells, Labrets e Pin Pushs, Barbells
Curvos e Bananabells
Depois da espessura, o comprimento das hastes retas - barbell, labrets ou
hastes de pressão - é medido como o comprimento do eixo entre as duas
extremidades. Esta é a superfície “vestível” da haste.
Os barbells curvos são medidos considerando a distância reta entre as
extremidades (não o comprimento da curva entre as extremidades). Isso se
aplica também às curvas das jóias de umbigo.

Argolas e Ferraduras

As jóias circulares são medidas pelo diâ-


metro interno da argola (e não pelo diâmetro
externo). Isso é válido para argolas de torção,
captives, ferraduras, segmentos e clickers.

Extremidades Roscadas
(bolinhas, pedrinhas, spikes)
As extremidades roscadas consistem em duas medições: espessura - o
tamanho da haste na qual a extremidade se encaixa - e tamanho da bola
ou da pedra. (As bolas geralmente são medidas em frações de uma polega-
da, enquanto as pedras fixas geralmente são medidas em milímetros.) Para
comprar pontas (bolinhas ou pedras), basta igualar a espessura (calibre) da
haste com a espessura da ponta. Normalmente as extremidades roscadas
se encaixam nas hastes de mesmo tamanho, mas isso não é uma regra,
pois não há um encadeamento padrão entre todos os fabricantes, ou seja,
se você perdeu uma bolinha de um piercing, deve comprar outra no mes-
mo lugar que comprou a primeira vez, pois não é garantido que uma boli-
nha de outro fabricante rosqueie, devido a padrão na confecção da mesma.

Tabela de conversão

Gauge (espessura) mm (milímetros)


20g 0.8mm
18g 1mm
16g 1.2mm
14g 1.6mm
12g 2mm
18g = 1mm 10g 2.5mm
8g 3mm
6g 4mm
4g 5mm
2g 6mm
0g 8mm
00g 10mm
Local do Tipo de Espessura Comprimento da Comprimento Diâmetro da Diâmetro da
corpo jóia haste da haste argola em 1 argola em
em 1 perfuração em perfuração perfuração perfuração
cicatrizada cicatrizada
Lóbulo Microbell 1mm ou 8mm 5mm à 8mm Não reco- 6mm e acima
Reto, labret 1.2mm mendado
Helix Microbell 1.2mm 8mm 6mm à 8mm Não reco- 6mm e acima
Reto, labret mendado
Tragus Labret 1.2mm 8mm - 10mm 6mm à 8mm Não reco- 5mm e acima
mendado
Conch Microbell 1.2mm 8mm - 10mm 6mm à 8mm Não reco- 10mm e aci-
Reto, Labret mendado ma
Anti Helix Microbell 1mm ou 8mm 6mm à 8mm Não reco- 5mm e acima
Reto, Labret 1.2mm mendado
Escafa Microbell 1mm ou 8mm 6mm à 8mm Não aplicá- Não aplicável
Reto, Labret 1.2mm vel
Daith Ferradura, 1.2mm - - 8mm - 8mm - 10mm
Segmento 12mm
Australiano Microbell 0.7mm à 8mm 4mm à 8mm Não reco- 5mm e acima
Reto, Labret 1mm mendado
Californiano Microbell 0.7mm à 8mm 4mm à 8mm Não reco- 5mm e acima
Reto, Labret 1.2mm mendado
Rook e Anti Microbell 1.2mm 8mm - 10mm 6mm - 8mm Não reco- 6mm e acima
tragus Curvo mendado
Industrial Transversal 1.2mm e 30mm e acima 28mm e acima Não reco- 6mm e acima
1.6mm mendado
Nariz Aba Nostril, Ar- 0.6mm à 7mm 7mm 6mm - 6mm e acima
gola Click, D 1mm 10mm
Nariz Septo Ferradura, 1.2mm e - - 10mm - 8mm e acima
Segmento 1.6mm 12mm
Umbigo Bananabell 1.6mm 10mm 8mm à 10mm Não reco- 10mm e aci-
mendado ma
Língua Barbell 1.6mm 16mm 14mm e acima Não aplicá- Não aplicável
vel
Queixo/Lá- Labret 1.2mm e 8mm - 10mm 6mm - 8mm Não aplicá- 10mm e aci-
bio 1.6mm vel ma
Medusa e Labret 1.2mm e 8mm - 10mm 6mm - 8mm Não aplicá- Não aplicável
Monroe 1.6mm vel
MATERIAIS DAS JÓIAS

E xistem diversos materiais para as jóias. Apesar de normalmente se di-


zer que o mais indicado é o aço cirúrgico, isso não é totalmente ver-
dade. O ideal seria usar materiais como o titânio, nióbio ou mesmo o teflon
(também conhecido como Bioflex) por serem menos reativos e assim pro-
duzirem uma menor resposta imunológica, que desencadearia uma alergia
ou inflamação. Para alguns indivíduos, inclusive não é recomendável o uso
de ouro, pois dependendo do sistema imunológico da pessoa e produção
de acido úrico em seu organismo, pode ocasionar alguma reação alérgica.

Porém, quero trazer para esse curso a realidade do mercado, sem ilusio-
nismo ou jóias inacessíveis de comprar. Levando tudo isso em considera-
ção, o melhor tipo de material para uma primeira perfuração é sem sombra
de dúvidas o titânio.

Aço Cirúrgico 316L


É o mais comum e utilizado nas perfurações iniciais. Apesar de muitas
peças serem chamadas de aço cirúrgico isso não garante que elas sejam
legítimas peças de aço cirúrgico 316LVM ASTM F-138. Isto é para indicar que
a jóia é aço inoxidável 316, L = Baixo teor de carbono, VM = derretida a vácuo,
método que eliminam contaminantes do ar e impedem que eles fiquem
na superfície da jóia.

A ASTM, é a sigla para American Society for Testing and Materials, agora
conhecido como ASTM International. ASTM International é a fonte de nor-
mas técnicas para materiais, produtos, sistemas e serviços.

O aço cirúrgico 316L é um dos materiais mais indicados para a primeira


perfuração por se tratar de um metal altamente estéril, ou seja, livre de bac-
térias e com baixa taxa de rejeição pelo organismo na maioria dos casos.
Titânio
O titânio é um metal bem mais leve que os demais metais utilizados na
aplicação corporal e é altamente resistente a impactos mecânicos e expo-
sição ao calor, sendo utilizado como metal refratário (resistente ao  calor).
O titânio puro é um metal dúctil, ou seja, fácil de se manipular e, apesar de
formar uma camada de óxidos quando exposto ao ar atmosférico, esses óxi-
dos não degradam o metal. Possui também aspecto cinza escuro, metálico
e pouco lustroso.

O grau mais comum na liga de titânio usada em peças para serem apli-
cadas no corpo é de AL4V: 6% de alumínio, 4% de vanádio e 90% de titânio
puro. A razão para esta mistura é porque este mix de liga especial cria a me-
lhor camada de óxido de titânio, e é esta camada que dá ao titânio sua exce-
lente propriedade antialérgica, bem como a sua gama de cores brilhantes
obtidas através de anodização.

Devido à sua alta resistência, biocompatibilidade e baixo potencial oxi-


dativo, o titânio é utilizado na fabricação de próteses e implantes corporais,
como por exemplo pino de prótese dentaria e implantes ortopédicos.
Um fato interessante sobre esse material que revolucionou o mundo dos
piercings, é que não é um bom condutor elétrico ou térmico, portanto não
interferem na eficiência de aparelhos médico/cirúrgicos;

Pino de prótese dentária feito com titânio, biocompatível com


o organismo, além de ter baixo potencial alérgico.
Ouro
É um metal precioso usado normalmente na fabricação de jóias. O ouro
puro tem 24 quilates, mas o usado em jóias para aplicação/modificação
corporal é na verdade uma liga, uma combinação de ouro e algum outro
metal, normalmente cobre, níquel, prata ou zinco. É por esta razão que nor-
malmente pessoas alérgicas a outros metais terão reações alérgicas a jóias
e piercings feitos de ouro. As peças de ouro são porosas demais para serem
usadas em perfurações muito recentes;

Nióbio
É um metal branco, brilhante, de baixa dureza, antialérgico, e um dos
melhores materiais para piercings. Normalmente usado para fazer jóias co-
loridas. Jóias de nióbio são normalmente um pouco mais pesadas do que
as de aço inoxidável e muito mais pesadas do que as de titânio. O nióbio e
o titânio são os únicos materiais usados em jóias para body piercing que
podem ser coloridas por um processo chamado anodização.

O Brasil é o maior exportador de Nióbio do mundo, porém é raramente


explorado para o comercio interno de joalheria. Ou seja, é praticamente im-
possível encontrar jóias de nióbio a venda no Brasil.De acordo com a em-
presa CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), 90% das
aplicações do nióbio estão associadas à indústria siderúrgica, em especial
para melhorar as propriedades do aço e suas ligas.

O metal também é usado em máquinas de raio-x, na construção civil, em


baterias de automóveis e em vidros inteligentes, que mudam de cor para
controlar a passagem de luz;

Paládio

O paládio é um metal da família da platina, é um novo material que foi


introduzido na fabricação de jóias para body piercing ao longo dos últimos
anos. Com um valor de varejo de menos de 1/3 do custo da platina, este ele-
mento tem estado em foco devido ao seu conteúdo, sendo 95% pura, com
os 5% restantes de sua composição química sendo rutênio, porém, assim
como o nióbio, é incomum encontrar jóias de paládio no mercado;
Folheados e/ou Banhados

Os metais estão entre os materiais mais usados no contexto industrial.


Além de alguns deles existirem em grande quantidade na natureza, eles
são resistentes e têm bom desempenho até mesmo nas condições mais
exigentes de temperatura e de pressão.
Entretanto, na maioria dos casos, eles não são usados de forma pura, da
mesma maneira que são extraídas de seu meio natural: é preciso tratá-los.
Normalmente, o objetivo disso é fazer com que suas características se-
jam adequadas às utilidades desejadas.

Assim, existe uma série de procedimentos aos quais os metais podem ser
submetidos para tal. Um deles é o banho, que, como o próprio nome dá a
entender, consiste em submergir o material em algum fluido, com o objeti-
vo de fazer com que ele assuma determinada característica.

Normalmente as jóias folheadas e banhadas são feitas de latão (uma liga


metálica de cobre e zinco), visto que esta liga possui um ponto de fusão
relativamente baixo e pode ser fundido facilmente. Porém, no mundo dos
piercings, também encontramos algumas jóias em aço que passam por
este processo, principalmente para torná-las douradas.

A maioria das jóias encontradas no mercado, com desenhos e formatos


variados (florzinhas, cruzinhas, cobrinhas, caveirinhas, etc.), e principalmen-
te com várias cravações de pedrinhas, são feitas de latão, devido à facilidade
de se trabalhar com este material.

As jóias em latão douradas são folheadas ou banhadas a ouro, enquanto


as jóias prateadas recebem um banho de ródio.
Assim como o aço inoxidável de baixa qualidade, qualquer tipo de jóia
corporal “folheada” ou “banhada” vai ser um risco à sua pele e saúde. Es-
colher entre os melhores materiais para piercing é ter certeza de que você
ficará livre de irritação e infecção.

Lembre-se piercings, geralmente, atravessam a sua pele e ficam dentro


do seu corpo, portanto é preciso tomar todo o cuidado necessário na hora
de escolher o melhor material para piercing. Mesmo que seja tentador com-
prar jóias mais baratas e bijuterias, você deve pensar primeiro na sua saúde
e bem estar.
VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE UMA PEÇA
FOLHEADA E BANHADA?

Para se folhear uma peça, seja ela uma jóia, relógio ou outro objeto, apli-
ca-se sobre a peça em questão uma fina camada de ouro ou prata, por
exemplo, e então, com uma forte compressão essa folha irá aderir ao objeto
em questão.

Esse método foi muito utilizado durante o Período Barroco. É fácil encon-
trar em suas igrejas históricas imagens de santos, arabescos de sua arquite-
tura e, às vezes, altares inteiros todos folheados a ouro. A folheação, porém,
é um processo muito restrito, já que exige objetos planos, chapas ou cane-
tas para ser eficaz. Por esse motivo esse método tem sido deixado de lado
nos últimos anos e dando espaço ao procedimento de banhar, por este ser
mais fácil e eficiente, podendo ser feitas várias peças de uma só vez.

O banhado a ouro é um processo completamente diferente do folheado,


e é chamado assim porque literalmente se banha a jóia ou objeto. Consiste
em mergulhar o metal base em uma solução de sais e ouro e depois ligá-
-lo numa corrente elétrica, num processo chamado galvanoplastia. Nessa
técnica o metal é transportado e depositado na superfície das peças brutas
que estão sendo tratadas. Pode ser utilizado em outros metais como prata,
níquel, cromo e cobre (como é o caso das peças cromadas, prateadas, etc.) e
o tempo de imersão depende de cada material para se conseguir uma boa
fixação. A camada será mais ou menos espessa dependendo do tempo de
mergulho. Para uma boa douração, a peça tem que ter uma espessura de
no mínimo 0,02mm ou 20 microns. Abaixo disso é considerada bijuteria. Por
ser muito eficiente, o processo de galvanoplastia é responsável por banhar
quase 100% das jóias que estão no mercado.

Sendo assim, podemos concluir que o banho é a melhor opção disponível


atualmente. O folheado está quase extinto devido à dificuldade de execu-
ção do seu processo. O banhado, além de ser mais fácil, tem maior eficiência
e possui maior durabilidade. Além do aspecto mais brilhante, o processo de
banhar pode ajudar no nivelamento de imperfeições e na maior resistência.
O QUE É BANHO DE RÓDIO?

O ródio é um metal nobre, brilhante, de cor prata, da família da platina,


e é encontrado principalmente na África do Sul e Rússia. Ele é um metal
precioso que é usado para revestir jóias e outros objetos para torná-los mais
brilhantes.

Ele também é muito utilizado para fazer o acabamento em peças feitas


de ouro branco.
Esse processo, também chamado de acabamento rodinado, impede que
um objeto seja arranhado ou manchado. Ele melhora a qualidade e cor das
jóias de prata ou ouro branco.

O processo é feito com um aparelho elétrico próprio que, por um método


de deposição eletroquímica, aplica uma camada fina do metal em toda a
superfície da peça. Normalmente, o ródio é usado nas semijóias para au-
mentar a longevidade e melhorar sua qualidade.

Mas claro que o acabamento rodinado não é para sempre, e as peças


podem ter que passar por um novo processo de imersão em ródio com o
tempo.

O QUE É RÓDIO NEGRO?

Já o ródio negro tem a mesma composição do ródio comum, porém com


o acréscimo do corante negro brilhante, também conhecido como grafite
escuro. Esse pigmento é o responsável pela cor escura das jóias, garantindo
um lindo brilho negro especial.
O banho de ródio negro vem ganhando cada vez mais destaque no mun-
do da moda, justamente por dar às jóias escuras um brilho único e refinado.
E é por isso que a procura por piercings, anéis e brincos com esse tipo de
banho vem crescendo cada vez mais.
Acrílico
O acrílico é um termoplástico transparente e vítreo inventado pela Du-
Pont em 1931 enquanto pesquisava tecnologias de alta pressão necessárias
para a produção de amônia. Um plástico revolucionário daquele período,
que tinha baixa densidade e era mais forte do que outros plásticos da épo-
ca, bem como excelente resistência à água e raios UV.

O acrílico tem sido usado para a fabricação de piercings e alargadores


desde os anos 90, mas seu uso eu outras jóias já era difundido desde os
anos 50.
O acrílico é normalmente translucido e colorido, mas também pode ser
encontrado em versão transparente ou opaco. Muitos Piercers são contra
o uso de acrílico em perfurações novas, pois acreditam que o corpo pode
quebrar o plástico e causar a liberação de ácidos acrílicos.

Nunca exponha uma jóia de acrílico a álcool, pois este corrói o acrílico po-
dendo causar a quebra da peça. Além disso, o acrílico é sensível a mudan-
ças bruscas de temperatura;

PTFE
O PTFE (politetrafluoretileno), teflon, bioplastic ou bioflex, é um plástico
extremamente inerte e resistente a química do corpo. Além disso, resiste ao
calor de uma autoclave (aparelho utilizado em esterilização de metais por
meio de calor), o que permite que seja usado em perfurações novas. Junto
com o silicone, o PTFE tornou-se o material favorito para os artistas do im-
plante. Uma das características do PTFE é que ele tem o menor coeficiente
de atrito de qualquer material conhecido sólido. O PTFE também é flexível,
permitindo-lhe mover-se ligeiramente com o corpo quando usado em pier-
cings.

O Politetrafluoretileno é também conhecido pelo nome comercial de Te-


flon, que é uma marca comercial da empresa DuPont.

A composição química de politetrafluoroetileno é feita de uma cadeia


principal de carbono, com cada átomo de carbono tendo dois átomos de
flúor ligados a ele.
O PTFE é mais usado na fabricação de alargadores e implantes, mas tam-
bém pode ser utilizado na fabricação de jóias de pequeno calibre como
barbels e captives;
LOCAIS - PERFURAÇÕES
Lóbulo

Inegavelmente, é a área mais comum a ser perfurada, e provavelmente


o primeiro piercing que você tem quando criança ou até adolescente. O ló-
bulo é considerado a parte mais macia e inferior da orelha, e é uma das per-
furações menos dolorosas de se obter. Devido ao seu tamanho, o lóbulo é
capaz de acomodar pelo menos três ou quatro piercings. É um local muito
versátil, sinta-se à vontade para experimentar estilos diferentes como, por
exemplo, as Minions (jóias colocadas de forma aleatória entre as perfura-
ções).

Jóias
As perfurações no lóbulo geralmente são feitas com um calibre de 1mm
ou 1,2mm. Você pode escolher entre microbells retos e labrets (pressão ou
rosca) ou argolas.
O comprimento da haste varia de acordo com a orelha, porém normal-
mente usa-se jóias com hastes de 8mm para perfuração inicial e jóias com
hastes de 6mm para furos já cicatrizados.

Posicionamento
O tamanho e o espaço do lóbulo permitem várias opções de posiciona-
mento. Depende da sua preferência.

Cicatrização
Como o tecido mais mole orelha cicatriza mais rápido do que a cartila-
gem, o lóbulo da orelha leva o menor tempo para cicatrizar (aproximada-
mente de 4 a 6 meses).
Helix

Clássico, o piercing na helix ou hélice é realizado na curva da cartilagem


superior.

Jóias
Para a primeira perfuração é apropriado usar uma jóia reta de titânio ou
aço cirúrgico (microbell reto ou labret), com comprimento de 8mm. A es-
pessura ideal da jóia é de 18G (1mm a 1.2mm).

As jóias mais populares para esse tipo de piercing são as argolas (torção
ou click), mas também são utilizados captives, ferraduras ou microbells.

Não é apropriado usar brincos em nenhum lugar da cartilagem, pois


além de serem finos demais (o que dificulta a cicatrização e atualização de
joias), possuem tarraxas que acumulam sujeira e deformam a cartilagem.
Esteticamente também não é agradável.

Posicionamento
As perfurações na helix geralmente são encontradas na parte superior da
cartilagem da orelha, em frente à hélice dianteira, mas podem ser coloca-
dos em qualquer lugar da curva da cartilagem superior.

Cicatrização
Dependendo das práticas individuais de cuidados posteriores, os piercin-
gs na helix geralmente levam de 6 meses a 1 ano para cicatrizar.
Tragus

Outra perfuração muito popular é o piercing no tragus. O tragus é a por-


ção da cartilagem localizada diretamente em frente ao canal auditivo. A
perfuração geralmente não é muito dolorosa devido ao número limitado de
terminações nervosas no local.

Jóias
As jóias labret, são a melhor opção para esta perfuração, pois elas pos-
suem um disco plano em uma das extremidades, e a ponteira é colocada
ou rosqueada pela parte frontal. Microbells também podem ser utilizados,
mas são mais difíceis de serem instalados (a não ser que rosqueiem nas
duas extremidades). Pequenas argolas, captives e ferraduras também são
comuns.
Para a primeira perfuração é apropriado usar uma jóia modelo labret de
titânio ou aço cirúrgico, com comprimento de 8mm. Assim evita-se atritos
em roupas e cabelos e o ângulo da jóia não força a cartilagem, já que com
a argola a cartilagem é submetida a um estado de pressão e prejudica a
cicatrização.
Após a cicatrização, o tamanho da argola que normalmente cabe no tra-
gus é de 5mm ou 6mm.

Posicionamento
O tragus é geralmente perfurado no centro da cartilagem. Dependendo
da anatomia da orelha, podem ser realizadas até duas perfurações verticais

Cicatrização
Os piercings no tragus podem levar de 4 a 6 meses para cicatrizar, de-
pendendo dos cuidados.
Piercing Transversal ou Industrial

É um acessório que traz estilo e atitude para o visual feminino. Mais comu-
mente conhecido no exterior como piercing industrial, um piercing trans-
versal é a combinação de duas perfurações conectadas por uma única jóia.

Jóias
Uma barra reta lisa de 1.2mm é normalmente usada como jóia de pier-
cing industrial; no entanto, às vezes é considerada uma de 1.6mm. Não é in-
comum usar duas jóias microbell reto no início, que serão trocadas por pela
barra transversal após a cicatrização. Esta técnica resulta em cicatrização
mais rápida, mas é mais difícil alinhar os piercings posteriormente.

Posicionamento
Um piercing industrial refere-se especificamente a uma perfuração na
hélice e outra na anti-hélice. O posicionamento pode variar de acordo com
a preferência, mas o posicionamento mais popular se estende da hélice di-
reta, mais próxima da cabeça, até a seção inferior da hélice, próxima à aurí-
cula.

Cicatrização
O piercing industrial normalmente leva de 6 meses a 1 ano para cicatrizar,
dependendo das práticas individuais e de cuidados posteriores.
Daith Piercing

O piercing no Daith tem fama de atuar preventivamente no combate


contra enxaquecas. Porém, não há evidências científicas que comprovem
este método de prevenção. É de fácil adaptação, pois não causa atritos, pelo
ao fato de ser mais escondido, além de ser o único tipo de perfuração da
orelha que se pode aplicar argola na primeira perfuração.

Jóias
Na maioria das vezes, argolas e ferraduras são usadas nesta perfuração.
As argolas clickers são uma excelente opção, por sua facilidade de uso.

Posicionamento
O Daith só será colocado na dobra da cartilagem, diretamente acima do
canal auditivo. Ele é muito confundido com o Rook piercing, por serem mui-
to próximos. Porem são perfurações totalmente diferentes e que requerem
jóias apropriadas.

Cicatrização
O tempo estimado de cura é de 6 meses a 1 ano.
Anti-Tragus Piercing

Um pouquinho acima do lóbulo, essa já é uma área de cartilagem e a dor


também já é um pouco mais intensa, mas fica no nível de moderada. O an-
ti-tragus prova ser uma alternativa única ao piercing de Tragus para aque-
les que querem algo um pouco mais exclusivo ou têm um Tragus pequeno
demais para perfurar. É um tipo de piercing ainda incomum e, portanto,
uma boa pedida para quem quer apostar em um piercing original.

Jóias
Microbells curvos e argolas são os tipos ideais de jóias usadas para o pier-
cing no Anti-Tragus.

Posicionamento
É colocado dentro da porção da cartilagem oposta ao canal auditivo, em
frente ao Tragus, logo acima do lóbulo.

Cicatrização
Os piercings Anti-Tragus podem levar de 6 a 12 meses para cicatrizar, de-
pendendo dos cuidados.
Conch Piercing

O piercing no Conch ou Concha é um tipo de piercing de cartilagem que


pode ser da variedade interna ou externa, ou seja, pode se usar um ponto
de luz ou uma argola. O nome do piercing foi derivado desta seção da ore-
lha que se assemelha a conchas do mar. O conch piercing tem apaixonado
os adeptos de piercings de forma geral. Para aqueles que não querem per-
furar, hoje em dia existem diversas opções de modelos “fake” para o Conch.

Jóias
Uma variedade de jóias pode ser usada nesta perfuração, incluindo mi-
crobells retos, labrets e argolas, na qual o diâmetro varia de orelha para ore-
lha. (Não se preocupe, ainda neste curso vou te ensinar a medir o tamanho
da sua argola).

Posicionamento
A Concha refere-se à cartilagem no centro da orelha. O piercing interno
da concha é a porção em forma de copo adjacente ao canal auditivo, en-
quanto a concha externa é a porção plana da cartilagem abaixo da hélice..

Cicatrização
O período de cicatrização pode ser extenso em até 12 a 18 meses para a
cicatrização completa.
Rook Piercing

O nome Rook é a tradução do inglês e significa “torre”. É altamente téc-


nico e requer grande precisão. É feito na vertical em duas cartilagens di-
ferentes, mais especificamente, na dobra da cartilagem na orelha interna
superior.

Jóias
Costuma-se usar microbell curvo para perfurar, pois esse formato se as-
semelha a anatomia da torre e ajuda na cicatrização.

Posicionamento
A Rook está localizada na anti-hélice, próximo à crista interna da cartila-
gem, paralelo à borda externa da orelha. O posicionamento exato depende-
rá da anatomia do ouvido, para ser colocado de forma que seja um piercing
limpo e saudável.

Cicatrização
Por se tratar da junção de duas cartilagens, o Rook piercing pode levar de
12 a 18 meses para cicatrizar completamente.
Anti-Helix (Foward Helix)

Uma variação do piercing de hélice, o piercing Anti Helix se localiza na


porção da cartilagem da orelha superior mais próxima da cabeça é perfura-
da. Também é bastante comum perfurar a Anti Helix várias vezes para uma
hélice dupla ou tripla.

Jóias
Para perfurar, o microbell reto com fecho plug é uma ótima alternativa,
pois não há a necessidade de rosquear, já que é uma área de difícil acesso.

Posicionamento
A Anti Helix consiste em qualquer perfuração entre o ápice da hélice e
onde a hélice se une à cabeça.

Cicatrização
Dependendo das práticas individuais de cuidados posteriores, os piercin-
gs Anti Helix podem levar de 6 meses a um ano para cicatrizar.
Australianos

Os piercings Australianos foram com certeza um dos maiores marcos da


minha carreira. Eu acompanho o trabalho de vários Body Piercers mundo a
fora, e já havia visto em algumas postagens de um Studio famoso na Aus-
trália (dai veio o nome Australiano). Um belo dia, no meio da quarentena
em 2020, resolvi testar e lançar essa perfuração, até então não conhecida
aqui no Brasil. Desde então esses três furinhos na parte superior da helix,
pouco a frente da curva lateral, fizeram o maior sucesso e foi necessário até
a criação de novo tamanho de jóia, até então inexistente no mercado mun-
dial dos piercings.

Jóias
Microbell reto ou labret, de baixo calibre (0.7mm a 1.0mm). Nesse pou-
co mais de 1 ano que lancei os piercings Australianos, foram desenvolvidas
também jóias fecho plug com baixo calibre e jóias com haste a partir de
4mm para furos já cicatrizados.

Posicionamento
Colocados em qualquer lugar da curva da cartilagem superior, na dobra
ou no centro, variando de acordo com a anatomia da orelha.

Cicatrização
Comparados as outras perfurações, os Australianos tem uma cicatrização
mais rápida claro que isso depende dos cuidados de cada individuo, mas de
modo geral, este período varia entre 4 a 6 meses.
Orbital

O piercing orbital é muito parecido com o piercing industrial, pois co-


necta duas perfurações com uma única jóia. A diferença entre eles é que o
piercing industrial conecta os orifícios com uma barra, enquanto o piercing
orbital os conecta com uma argola.

Jóias
Geralmente, um captive, segmento ou uma ferradura são utilizados para
embelezar esta parte da orelha. O tamanho varia de acordo com a distância
entre os furos. Deve medir a distância de um furo até o outro e comparar
com a mesma medida interna da argola

Posicionamento
Apesar de poder ser feito na cartilagem, é mais comum que o piercing
orbital seja feito lóbulo.

Cicatrização
Quando feita no lóbulo, esta perfuração leva aproximadamente de 4 a 6
meses para cicatrizar. Porém, quando realizada na cartilagem, pode demo-
rar de 6 meses a 1 ano para a completa cicatrização.
Para esse tipo de perfuração na cartilagem, eu prefiro utilizar 2 joias retas
individuais e depois que cicatrizar, trocar pela argola.
Muitas vezes este piercing é confundido com o piercing de conch, mas
são perfurações diferentes.
POR QUE NÃO PODE FURAR A ORELHA
DIRETAMENTE COM ARGOLA?

Muita gente fica indignada porque não é adequado perfurar principal-


mente a Helix diretamente com a argola. Mas tem uma explicação com
embasamento de estudo sobre cicatrização. Perfurar com a joia reta é com-
pletamente mais seguro pois a mesma fica estabilizada na cartilagem. O
ângulo da jóia não força a cartilagem, já que com a argola a cartilagem é
submetida a um estado de pressão e isso prejudica a cicatrização. A carti-
lagem, quando está com a argola, “reconhece” a curva da argola como um
sensor de “falta de tecido”, e automaticamente tenta se “proteger” criando
os tão temidos granulomas/abcessos.

O mesmo também se refere a todos a todas as áreas da orelha, com ex-


ceção do Daith, que é uma região que requer outro ângulo de perfuração,
além de estar protegida dentro da orelha e não ter tanto problemas com
atritos.
Nariz (Aba)

O nostril é o ponto mais escolhidos para colocação de piercing. Uma per-


gunta muito frequente de quem pretende perfurar o nariz é se existe um
lado certo. Não há lado certo do nariz para se colocar um piercing. Você es-
colhe o lado a seu gosto. O que eu sempre sugiro é para a cliente escolher o
melhor ângulo fotográfico, que ela também tira selfies.

Apesar de ser muito escolhido pelas mulheres, por seu efeito delicado e
discreto, o piercing no nostril também pode ser usado por homens.

Jóias
Nostril e argolas como segmento, ferradura, D-Ring e torção.

Posicionamento
Ele se localiza na aba lateral do nariz, até 1 cm da borda, normalmente
centralizado, variando de acordo com a anatomia do nariz.

Cicatrização
Com joia nostril a cicatrização pode ser mais rápida de 4 a 6 meses, já
com argola, devido a possíveis atritos, de 6 a 8 meses.
Nariz (Septo)

O septo nasal é uma parede constituída de osso e cartilagem, localizada


no meio do nariz e responsável por separar uma narina da outra. O correto
é que elas fiquem divididas de maneira praticamente idêntica. A parte a ser
perfurada chama se columela e fica entre esses dois pontos.

É mais fácil achar a columela se você puxar a cartilagem do nariz para


baixo de leve. No entanto, nem todo mundo tem essa parte! Se você tem
desvio de septo ou um nariz assimétrico, por exemplo, talvez seja melhor
não tentar furar a região, pois há grande chance da sua jóia ficar torta.

Se não encontrar a columela, você pode acabar perfurando a cartilagem


ou o tecido adiposo da ponta do nariz — e sentir uma dor muito forte. Além
de esteticamente ficar entranho, pois quando perfurado errado, a joia qua-
se toca os lábios de tão na ponta do nariz que foi aplicada.

Passe os dedos pelo local até encontrar o ponto certo. Não é normal sen-
tir dor, e sim no máximo uma pressão leve.

Jóias
Ferradura, segmento, retentor.

Cicatrização
De 4 a 8 meses.
Umbigo

O piercing no umbigo é um tipo de perfuração localizada dentro ou em


torno do umbigo. A localização mais comum é a superior a região do um-
bigo. 

Jóias
Bananabell. Não é recomendado o uso de argolas ou pingentes cumpri-
dos e pesados, pois geram maior atrito e podem causar distensão no orifí-
cio ou até mesmo expelir.

Cicatrização
De 6 a 8 meses.
PIERCING DE UMBIGO
DURANTE A GRAVIDEZ

Apesar de existirem jóias de bioflex no mercado, não é indicado usar pier-


cing de umbigo durante a gestação. Ele pode causar uma distensão no ori-
fício, além de aumentar o aparecimento de estrias. A partir da vigésima
quarta semana de gestação, a mulher estará mais propensa a ter disten-
sões na região da barriga.

O ideal é retirar a joia antes de engravidar, para evitar que qualquer pro-
cesso inflamatório que possa vir a ocorrer atrapalhe a gestação e deixar
guardada para recolocá-la após a sua forma física voltar ao que era antes.

QUEM FEZ ABDOMINOPLASTIA


PODE PERFURAR?

Após um ano da cirurgia já houve o processo de maturação da cicatriz,


isso se não houve nenhum problema relacionado a infeção e o estágio dos
pontos do umbigo! Nesse caso, se tudo tiver ocorrido dentro da normali-
dade, o uso do piercing pode ser autorizado pelo médico! Lembrando que
como a pele da barriga fica totalmente esticada e firme, pode ser que com
o passar dos meses o piercing seja expelido.
Capítulo Especial

MAMILO
O s piercings nos mamilos se tornaram muito mais populares nos úl-
timos anos, em grande parte devido ao crescente número de cele-
bridades que os exibem com orgulho, como Rihanna e Kendall Jenner. Mas
se você está pensando em fazer piercings nos mamilos, saiba que eles são
um pouco mais complicados e potencialmente dolorosos do que muitos
outros piercings; você deve fazer um pouco de pesquisa antes de mergu-
lhar no processo. Ao longo dos anos recebo muitas mensagens de dúvidas
e controversas sobre o piercing no mamilo e felizmente, criei esse capitulo
extenso para fornecer todas as informações de que você precisa.

Primeiro, vamos abordar algumas das dúvidas mais comuns que as pes-
soas têm sobre piercings nos mamilos.

Onde é feita a perfuração?


Um piercing no mamilo é um tipo de piercing corporal, centralizado ge-
ralmente na base do mamilo. Pode ser perfurado em qualquer ângulo, mas
geralmente é feito horizontalmente.
A dor é mesmo insuportável?
Uma das maiores preocupações de quem tem vontade de colocar um
piercing no mamilo é em relação a dor.

Os mamilos contêm mais terminações nervosas do que muitas outras


áreas de piercing, por isso geralmente são mais sensíveis e doloridos de
perfurar, mas isso vai depender da sensibilidade de cada pessoa. Já atendi
clientes, tanto homens quanto mulheres, com muita sensibilidade, e ou-
tros, quase zero!!!

Uma dica para as mulheres é evitar fazer o furo próximo ao período mens-
trual, quando a área fica ainda mais sensível.

Pode usar anestesia?


Pode se aplicar anestésicos de uso tópico, como sprays e pomadas. Isso
vai depender da prática individual de cada Body Piercer.

Posso furar meus mamilos plano ou


invertidos?
Sim, mas há algumas informações a esclarecer. Embora mamilos planos
e invertidos sejam comuns e perfuráveis, você deve consultar seu Body Pier-
cer com antecedência para ver se ele tem alguma dúvida. Em alguns casos,
seu piercer pode recomendar o uso de uma agulha curva e barra dobrada
em um mamilo invertido ou plano para reduzir a pressão da joia puxando o
mamilo para fora enquanto ele cicatriza. Eles também podem querer usar
uma agulha de calibre um pouco maior e joias - calibre 10 ou 12 em vez de 14
- uma vez que são menos propensos a se moverem e causar complicações
em mamilos planos ou invertidos.
Os piercings nos mamilos afetam a
sensibilidade e a estimulação sexual?
Piercing no mamilo podem aumentar a sensibilidade tornando o mamilo
mais “arrepiado”, mas não o torna permanentemente ereto. Em vez disso, o
piercing evita que o mamilo fique plano ou retraído para o peito.

Os principais fatores aqui, entretanto, são psicológicos e estéticos; se você


e seu (s) parceiro (s) já gostavam de brincar com os mamilos e acham eróti-
co o aspecto do seu piercing no mamilo, é provável que aumente sua esti-
mulação sexual.

Existe alguma diferença entre piercing


nos mamilos masculinos e femininos?
Não há diferença no processo de perfuração, embora os homens normal-
mente tenham mamilos menores do que as mulheres. No entanto, pode ha-
ver algumas diferenças na recuperação, pois a menstruação pode acentuar
o desconforto de um novo piercing no mamilo. Durante a menstruação, o
corpo libera estrogênio e progesterona, hormônios que causam o aumen-
to das glândulas e dutos de leite. Se você normalmente sente aumento da
sensibilidade e inchaço durante a menstruação, pode sintomatizar algum
desconforto adicional com um novo piercing no mamilo.

Gestante pode perfurar os mamilos?


O piercing não deve ser colocado durante a gravidez, pois os seios ficam
inchados e há maior risco de infecção.

Ainda posso amamentar se furar meus


mamilos?
Os piercings nos mamilos não devem interferir na amamentação ou na
produção de leite, mas para evitar infecções e complicações, eles devem
ser totalmente curados antes de começar a amamentar ou retornar a ama-
mentar.
AMAMENTAÇÃO COM
PIERCINGS NOS MAMILOS

A mamentar com piercings nos mamilos é possível mesmo com joias.


Após o parto, você não precisa remover as mesmas se quiser ama-
mentar seu bebê, mas pode ser mais confortável para você e mais fácil para
ele mamar se você remover suas joias durante as mamadas. Se você não
quer correr o risco de ter seus piercings no mamilo fechando enquanto es-
tão sem jóias, você pode tentar mudar para barras retas BioPlast tempora-
riamente em vez de remover suas joias. Esses estilos mais simples de joias
feitas de materiais mais macios têm menos probabilidade de atrapalhar o
seu bebê ou desencorajá-lo de sugar seus seios perfurados do que joias de
metal e argolas mais chamativas e adornadas com pingentes.

Algumas mulheres optam por manter joias de metal em seus piercings


nos mamilos, mas se você fizer isso, você deve usar microbell’s bem justos,
curvados ou retos, que envolvam seus mamilos sem apertar. Se os hastes fo-
rem muito longas, eles podem atrapalhar o bebê ou ser puxados de manei-
ra desconfortável quando ele estiver mamando. Veja bem, é preciso MUITA
responsabilidade para optar amamentar um bebê sem retirar os piercings,
então verifique terminantemente se as bolinhas estão bem rosqueadas, JA-
MAIS use spikes ou qualquer modelo de joia que possa prejudicar esse ato
sagrado e sublime, que é a amamentação.
Não se assuste se o leite sair das fístulas (perfurações) nas laterais dos ma-
milos e também nas pontas. Esta é uma preocupação comum para mães
que amamentam com piercings nos mamilos, mas não é o problema. Na
verdade, pode tornar mais fácil para seu bebê obter uma quantidade su-
ficiente de leite durante as mamadas, reduzindo o desconforto que pode
originar da amamentação quando os bebês têm que sugar com força para
induzir um fluxo constante de leite materno.

À medida que seu bebê cresce e começa a apontar os primeiros dentes,


você pode achar cada vez mais desconfortável amamentar com os joia no
mamilo. Não deixe que isso a impeça de continuar a amamentar; lembre-se
de que é mais benéfico para você e seu bebê mamar por no mínimo um
ano após o nascimento.

FAZENDO SEU PIERCING


NO MAMILO

C omo acontece com qualquer piercing, certifique-se de encontrar um


piercer respeitável e confiável cuja loja seja limpa e acolhedora. Ferra-
mentas online como o Google e Instagram tornam mais fácil do que nunca
encontrar uma loja confiável; você também pode pedir recomendações a
amigos com piercings. Depois de encontrar um piercer de que goste, mar-
que uma consulta para discutir o que você está procurando.

Se você não se sentir confortável em remover completamente as roupas


da parte superior do corpo durante a consulta, avise o seu piercer e certifi-
que-se de usar roupas que você possa facilmente puxar para cima, para bai-
xo ou desabotoar para acessar os mamilos. Seu piercer deve honrar todas as
solicitações que você fizer sobre isso e tratá-lo com profissionalismo. Se eles
disserem ou fizerem algo que pareça pouco profissional ou impróprio, não
hesite em sair e fazer seu piercing em outro estabelecimento.

Para preparar o mamilo para o piercing, o piercer irá limpar a área com
álcool ou algum produto de higienização para pele e fazer marcas de guia
em cada lado do mamilo para garantir que o piercing esteja reto e nivelado.
Eles devem fazer isso enquanto você está de pé ou sentado para garantir
que seus mamilos estejam em sua posição natural. As marcações e o pier-
cing devem ficar acima da aréola e perto da base do mamilo, não perto da
ponta do mamilo.

Para sua primeira joia de mamilo, seu piercer provavelmente recomen-


dará uma barra reta longa de calibre 14. Hastes retas não puxam tanto em
perfurações recentes e uma barra mais longa dá ao mamilo espaço para
inchar durante o processo de cicatrização, o que é normal. Existem muitas
opções interessantes de joias para mamilos, mas até que seu piercing este-
ja totalmente curado, hastes longas e retas são os melhores, ou curvas, no
caso dos mamilos invertidos.

Cura e cuidados posteriores para


piercing no mamilo
O tempo médio de cicatrização para a maioria dos piercings nos mamilos
é de 6 a 12 meses. A variação tem a ver com atritos, hábitos de sono, ativida-
des físicas e outros fatores, como tabagismo, álcool e estado nutricional e
imunológico, ou algumas doenças crônicas.

Então certifique-se de estar totalmente comprometido com sua rotina


de cuidados posteriores antes de fazer o piercing no (s) mamilo (s).
É normal sentir alguma dor, inchaço ou sangramento leve por algumas
semanas após a perfuração dos mamilos, mas esses sintomas devem dimi-
nuir.
Siga estas orientações de cuidados posteriores
para garantir que o piercing no mamilo
cicatrize o mais rápido possível.

Higienize seu piercing com solução de sal marinho (mais informações so-
bre, leia o módulo “Cuidados e limpeza pós perfuração) duas vezes por dia
durante o primeiro mês, e uma vez por dia após o segundo mês, até com-
pleta cicatrizacão. Você pode fazer isso com bolas de algodão umedecidas
ou cotonete umedecido. Certifique-se de lavar as mãos sempre que limpar
seu piercing ou manusear suas jóias.

Evite usar roupas que possam prender e puxar suas joias, prejudicando
o piercing e prolongando o tempo de cicatrização. Tenha cuidado ao tirar
as roupas e use camisas grossas de algodão ou, para as mulheres, um sutiã
acolchoado para proteger o piercing enquanto ele cicatriza.

O uso de sutiãs de tecido leve, macio e ventilado, podem ajudar a prote-


ger na hora de praticar esportes e também na hora de dormir.

Tenha um bom descanso, hidratação e nutrição para permitir que seu


corpo dedique o máximo de energia possível à cura.

Além disso, certifique-se de:

Não manusear desnecessariamente seu piercing ou joias, ou tocá-los


com as mãos sujas.

Não mover ou girar suas joias para quebrar os fluidos linfáticos secos, ou
“crostas”, que o corpo secreta como uma parte natural do processo de cura.
Em vez disso, use solução salina para amolecer as crostas e, em seguida,
limpe-as suavemente com cotonete.

Não aplicar cremes, cosméticos ou pomadas no piercing enquanto ele


está cicatrizando, pois eles podem prender as bactérias e aumentar o risco
de infecção.
Não submergir completamente o piercing em água (banheira, piscina),
que pode transportar bactérias que podem levar à infecção.

Ter cuidados e limpeza com roupas de cama, roupas em geral, não dor-
mir com pets e não praticar esportes de contato ou pressão.

Lave o piercing com sabonete comum e seque suavemente com toalha


acolchoada e limpa, que será substituída a cada banho.

Praticar brincadeiras manuais ou orais no mamilo antes que o piercing


esteja completamente curado, o que pode aumentar o risco de danos e in-
fecção.

Se o seu piercing demorar muito tempo para se acomodar, converse com


o seu body piercing para entender os motivos.

Guia para medir o tamanho da joia


adequada para seu mamilo
Para saber o tamanho da sua haste, você precisa medir com régua, fita
métrica ou paquímetro o comprimento interno entre as duas extremidades
do seu mamilo. Feito isso você deve procurar por joias com hastes um pou-
co maiores, para não ficarem justas demais.

*Observe que você não inclui a rosca do parafuso (ou bolas quando apa-
rafusada) ao medir o comprimento da haste.

Pele e cartilagem (exceto mucosas)


QUAIS CUIDADOS DEVO TOMAR
APÓS REALIZAR O FURO?

Banho
Uma vez por dia, durante o banho, faça uma lavagem com sabonete neu-
tro em água morna. Para facilitar a limpeza em lugares pequenos, a dica é
contar com a ajuda de um cotonete (é só aplicar o sabonete por cima) girar
o cotonete delicadamente no local da perfuração.
Por mais que pareça simples, seguir esses passos básicos abaixo é essen-
cial e dá resultado.
Após o banho, seque o local cuidadosamente com tolha limpa, gaze ou
cotonete. Para garantir que o local não fique úmido, o que prejudica na ci-
catrização e proliferação de bactérias, dê um jato de ar frio por 30 segundos
com secador de cabelo, a uma distância de pelo menos 30cm da perfura-
ção. Jamais utilize ar quente. Isso aquece o metal e provoca queimadura.

PRODUTOS QUE DEVO USAR PARA


HIGIENIZAR A PERFURAÇÃO

P ara higienizar o seu piercing somente é necessário o uso de uma so-


lução salina de cloreto de sódio 0,9% Encontramos facilmente em
qualquer farmácia produtos com essa solução das marcas: Nasoclean, Ma-
resis, Salsep ou outros. Infelizmente no Brasil esses produtos são reconhe-
cidos apenas como produtos para umidificação de nariz, mas no exterior
são facilmente encontradas mesmas formulações e frascos vendidos como
“Piercing aftercare” (cuidados após o piercing).

Soro fisiológico também é uma solução salina cloreto de sódio 0,9% e é


adequada para higienização de piercings, porém não indico o uso de fras-
cos grandes, pois os mesmos não são estéreis (diferente dos produtos em
frascos spray tipo desodorante, na qual o liquido é totalmente esteril) e per-
dem o efeito poucos dias após serem abertos. Pra quem deseja limpar com
soro fisiológico, o ideal é usar os flaconetes de 10 ml, suficientes e descartá-
veis a cada higienização.
Você pode fazer a sua própria solução salina em casa, também conhecida
como Salmoura.

Não limpe seu piercing com álcool, spray antisséptico ou outras soluções,
pois a função deles é para machucados e não podemos tratar os piercings
da mesma forma, senão eles ressecam e dificulta a cicatrização.

Receita caseira de Salmoura


½ Copo de água mineral
½ Colher de sopa de sal marinho

Aquecer a água até ficar morna e adicionar o sal, mis-


turar bem e aplicar nas perfurações conforme indica-
ções abaixo:

Limpeza
No primeiro mês após a perfuração, 2x ao dia (manhã e noite), borrife a
solução salina no cotonete e limpe a região da perfuração com movimentos
circulares. Não gire a joia, não puxe peles e casquinhas. Evidentemente a
joia se movimentará durante a limpeza do local, mas é algo sutil, sem gran-
des pressões.

A partir do segundo mês, higienize em dias alternados, conforme neces-


sidade.

O que fazer se inchar e ficar dolorido


Prepare a solução de Salmoura. De uma a três vezes por dia, umidifique
um algodão ou uma gaze e aplique sob o local por 5 minutos. Você pode
alternar entre água morna e água gelada para aliviar. Não é normal sentir
dor aguda e inchaço que ultrapasse e “engula” a jóia. Observe sua perfura-
ção diariamente e não deixe inchar a ponto que isso aconteça. Na dúvida,
procure o profissional responsável pela perfuração ou um médico.

Não durma em cima do local perfurado, evite ao máximo qualquer tipo


de pressão e atritos.
O QUE É NORMAL?

Inicialmente
Algum sangramento leve, inchaço, sensibilidade ou hematoma.

Durante a cicatrização
Alguma descoloração, coceira, secreção com líquido amarelo esbranqui-
çado (não pus) que formará crostas nas jóias.

Uma vez curadas


Pode acontecer um mal cheiro devido a secreções corporais e isso é nor-
mal. Mantenha sua pele e jóias sempre limpas e secas para não gerar esses
fatores que causam o mau cheiro.

Furei com jóia reta. Como saber se meu piercing


está cicatrizado/se posso trocar?
Posso colocar argola?
A cicatrização inicial para a primeira troca de jóias, da haste maior para a
haste menor, normalmente leva entre 6 à 8 semanas. Sua perfuração deve
estar com aspecto saudável, sem inchaço e vermelhidão. Caso sua perfura-
ção não apresente estas características, aguarde mais um pouco. A pressa
de querer colocar uma jóia não equivalente ao momento atual prejudica o
processo de cicatrização.

Como deve ser feita a limpeza após a cicatrização


Observe o aspecto das suas jóias. As mesmas devem estar sempre limpas
e polidas, livres de crostas. Retire as jóias quando perceber que é necessário
realizar uma limpeza nas mesmas. Limpe-as com água quente e detergen-
te neutro. Você pode contar com a ajuda de uma escova com cerdas macias.

Limpe as perfurações sem as jóias fazendo o processo do banho. Seque


bem e recoloque as jóias novamente.
CUIDADOS NA CICATRIZAÇÃO E
PÓS COMPLICAÇÕES

A tritos causados por roupas apertadas, pesadas ou movimentos ex-


cessivos podem causar granulomas, abcessos, quelóides e irritação
da pele, formando um vermelho escuro ao redor do piercing e até levar a
uma rejeição.

Use sempre roupas limpas e confortáveis. Evite roupa justa e sintética


que fique em contacto com piercing, pois dificultam a respiração da pele.
Estresse, má alimentação, uso de drogas e álcool ou doença/imunidade
baixa podem prolongar o período de cicatrização.

Período menstrual também pode alterar as características de regenera-


ção do organismo em relação ao piercing.
Deixe seu piercing longe de cosméticos, bronzeadores e perfumes.
Todo cuidado e delicadeza ao usar aparelhos de telefone, headfones e ca-
pacetes e máscaras (estes dois últimos, no caso de piercing na orelha).

Sempre que for ao cebeleireiro avise sobre seus piercings. Se possível os


protejam com uma tolha ou até com a mão mesmo, fazendo um formato
de concha e colocando sob a orelha.

A sua cama também influencia muito na sua cicatrização, começando


pelo sono! Dormir bem é saudável e regenerativo. Lençóis, fronhas e todas
as roupas de cama devem trocadas e limpas frequentemente.

Não dormir com pets no período de cicatrização devido a zoonoses. Toda


região com perfuração/corte é passível de contaminação. É preciso ter cau-
tela e bom senso para não ter a saúde prejudicada por doenças transmi-
tidas pelos animais (mesmo que eles sejam limpinhos e nunca saiam de
casa), como: verminoses, alergias, a temida toxoplasmose ou até mesmo
pela transmissão de ectoparasitas.
Atenção dobrada na higiene. Lave SEMPRE as mãos antes de tocar na re-
gião do piercing e jamais permita acontecer lambidas do seu pet na região
do piercing.

O ideal é manter esses cuidados até a perfuração cicatrizar por completo.


Posso ir à praia ou à piscina?
É indicado evitar tomar sol por pelo menos um mês após a perfuração.
A pele da região furada fica mais sensível, podendo queimar mais rápido e
ficar manchada. Se o sol estiver muito forte, pode até inflamar o piercing!
O mesmo tempo vale para ficar fora do mar ou piscina, pois eles possuem
sujeiras e resíduos que podem infeccionar a área.

Posso comer qualquer coisa?


É recomendado ter uma alimentação saudável, livre de enlatados e em-
butidos, carne de porco, camarão, chocolate e alimentos gordurosos e de
difícil digestão. Seu corpo precisa de energia e nutrientes para se recompor
e mandar células novas para o local da perfuração. Se hidrate. Beba bas-
tante água e faça refeições nutritivas. Essas restrições são importantes nos
primeiros 15 dias após a perfuração. Isso não significa que após os 15 dias
você vai correndo comer bacon e chocolate!!! Lembre se que seu organismo
está com total atenção focada na cicatrização do seu piercing e coma esses
alimentos com moderação.

Como cuidar quando inflama?


A primeira coisa a ser feita é manter a calma. Não adianta se desesperar!
Apesar de ser uma situação desagradável, é comum um Piercing inflamar,
principalmente se for recente. Fique tranquilo (a) que vamos resolver essa
situação.
Você pode voltar ao Studio e conversar com o profissional que fez a perfu-
ração, ou ir ao médico. Caso não seja possível, seguem algumas orientações
que passo aos meus clientes, principalmente os que moram em outras ci-
dades e vem fazer piercings comigo em Alphaville/SP.

Primeiro você deve analisar o aspecto da perfuração. Se inchou demais e


a jóia está apertada ou se o modelo é inadequado para aquela perfuração,
ou se a jóia é de material duvidoso e teve alteração na coloração.
A jóia deve ser removida e atualizada para uma jóia compatível a perfura-
ção, de titânio, e que fique sobrando espaço nos dois lados.
Caso não seja o caso, desconsidere e siga a próxima etapa.

Lave o local no banho com sabonete e água morna. Seque com cotonete.
Prepare a solução de Salmoura. De uma a três vezes por dia, umidifique um
algodão ou uma gaze e aplique sob o local por 5 minutos. Você pode alter-
nar entre água morna e água gelada para aliviar. Não é normal sentir dor
aguda e inchaço que ultrapasse e “engula” a jóia. Observe sua perfuração
diariamente e não deixe inchar a ponto que isso aconteça.
Não durma em cima do local perfurado, evite ao máximo qualquer tipo
de pressão e atritos.

Como acabar de vez com o queloide?


Esse tema foi um dos maiores motivos na qual resolvi criar esse curso. Re-
cebo diariamente inúmeras mensagens de pessoas desesperadas porque
surgiu uma bolinha, a tal “queloide” em seus piercings.

Vamos lá, primeiro devemos saber que na maioria das vezes, não se trata
de um queloide. Normalmente, pessoas que já tem queloides em outras
partes do corpo, como cicatrização de machucados e cirurgias. Essas pes-
soas já têm uma pré-disposição a ter quelóides.

Normalmente as “queloides “que vocês acham que surgiram, são apenas


GRANULOMAS ou ABCESSOS.
DIFERENÇA ENTRE QUELOIDE,
GRANULOMA E ABCESSO

Queloide
Queloide é um crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no
local de um traumatismo, corte ou cirurgia de pele. É como se uma cicatri-
zação não soubesse quando parar de produzir novo tecido. Ao contrário de
outras cicatrizes elevadas, chamadas cicatrizes hipertróficas, os queloides
crescem sem respeitar os limites da ferida original.

Se uma pessoa tem tendência a formar queloides, qualquer lesão que


possa causar cicatriz pode levar à sua formação. Isso inclui um simples cor-
te, uma cirurgia, uma queimadura ou até mesmo cicatrizes de acne severa,
e também pode acontecer em áreas lesionadas com Piercings e tatuagens.
Os locais mais envolvidos são as áreas do tórax, do colo, do pescoço anterior,
dos ombros, dos braços e das orelhas, mas outros locais podem ser afeta-
dos.

O queloide pode afetar os dois sexos igualmente, embora exista uma


maior incidência em mulheres. Indivíduos com pigmentação mais escura,
pessoas negras e pessoas asiáticas são mais propensos a desenvolver que-
loides. A frequência de queloides em pessoas com pele mais pigmentada
é 15 vezes maior do que em pessoas com pele menos pigmentada. A idade
média de seu início gira entre 10 e 30 anos. As pessoas em extrema idade
raramente desenvolvem queloides. Os queloides podem ocorrer em 5% a
15% das feridas cirúrgicas e apesar de benignos.
O tratamento e remoção são feitos somente através de médicos derma-
tologistas.

Granuloma
Granuloma é o termo médico usado para designar um tipo de inflama-
ção no tecido do organismo humano, em forma de pequeno nódulo, forma-
do principalmente como consequência da reação de células imunológicas
que tentam eliminar “agentes estranhos” ao corpo.

O granuloma é formado a partir da tentativa do corpo de expulsar do or-


ganismo materiais de corpo estranho, como suturas e próteses e até mes-
mo piercings. No entanto, devido à resistência do agente ofensor, que é
de difícil degradação, as células deixam de fagocitá-lo (ou seja, “comê-lo”),
fazendo com que se acumulem e no caso dos piercings, formam “bolinhas
“em uma ou nas duas extremidades da perfuração.

Normalmente o tratamento para granulomas em piercings é simples e


rápido, feito com pomadas antibióticas como Diprogenta, Quadriderm ou
Trok-G e devem ser receitadas por um médico.

Para aplicação da pomada, deve seguir todo o processo de limpeza e apli-


car uma pequena quantidade da pomada no local. Após 8 horas (ou no
prazo estipulado pelo médico), deve lavar o local novamente, remover a po-
mada que ficou e aplicar uma nova demão. Cuide bem da limpeza quando
usar pomada e peça ajuda de alguém caso não consiga visualizar a perfu-
ração e fazer a limpeza corretamente. O acúmulo de pomada pode tampar
os poros, acumular sujeiras e bactérias, dificultando mais ainda o processo
de cicatrização. O ideal é o tratamento não durar mais que 10 dias. Toda a
forma de administração da mesma deve ser orientada pelo médico.

Cuidado ao usar pomadas, principalmente sem orientação médica. To-


das as pomadas que realmente funcionam em inflamação de piercings são
antibióticas e são vendidas com receita médica. Não confunda com poma-
das anti-inflamatórias, essas umedecem demais e engorduram o local sem
trazer nenhum benefício.

Abcesso
Um abscesso é um cisto de tamanho variável que abriga em seu interior
pus e outros resíduos da atividade do corpo humano.
De modo geral, é possível afirmar que os abscessos surgem como resul-
tado de uma atividade do sistema imunológico do corpo, feita com o obje-
tivo de defender o organismo contra um processo inflamatório ou mesmo
da invasão de uma bactéria ou de um outro microrganismo.
Entre os principais sintomas de abscesso, podemos destacar:
cisto dolorido que pode ser palpado ou mesmo visualizado (pele ao
redor de cor avermelhada);
febre;
gânglios linfáticos aumentados.
O abscesso pode ou não vazar e eliminar pus, mas é preciso tomar cuida-
do com essa condição, já que ela pode desencadear outros processos infla-
matórios, capazes de afetar todo o organismo do paciente.

O tratamento é normalmente o mesmo que aplicado no Granuloma. Em


ambas as situações, cuidado com atritos e também com a higiene. Certifi-
que se de estar com suas vitaminas em dia pois seu sistema imunológico
precisa estar equilibrado para cicatrizar o piercing.

TUDO SOBRE DIFICULDADE


NA CICATRIZAÇÃO

A lgumas pessoas simplesmente têm muita dificuldade na cicatriza-


ção de piercings, mesmo tomando todos os cuidados devidos. Fre-
quentemente escuto pessoas dizerem que o insucesso em sua cicatrização
esta atrelado ao body piercer que não fez o trabalho correto. Porem isso
muitas vezes pode não ser verdade. Temos de analisar os fatos. Se você fez a
perfuração em um local de confiança, com profissional de confiança, cuida
direitinho e mesmo assim tem dificuldade na cicatrização, devemos levar
totalmente em consideração seus fatores biológicos e doenças crônicas.

Vale lembrar que, assim como qualquer procedimento estético, você não
nasceu com piercings e seu organismo não é obrigado a aceitar. Mesma si-
tuação acontece com quem coloca próteses de silicone nos seios, por exem-
plo, é raro, mas existem organismos que rejeitam a prótese, simples assim.

Conheça alguns fatores que interferem na


cicatrização de piercings
A cicatrização é um processo complexo que compreende diversos even-
tos celulares e moleculares interagindo para que o local da lesão seja re-
constituído.

É preciso ficar atento quando há demora em se fechar algumas feridas


pois existem alguns fatores que, além de atrasar a reconstrução e a produ-
ção de novas células, podem fazer com que haja complicações futuras.
Vamos conhecer neste artigo alguns deles para que possamos ligar o si-
nal de alerta e procurar profissionais capacitados para começar um trata-
mento o mais rápido possível quando for necessário.

Diferenças entre as causas de


cicatrizações lentas
Existem dois tipos de fatores que influenciam a cicatrização, que são os
que estão ligados diretamente ao local afetado (intrínsecos) e os que estão
ligados à condição do paciente com a lesão (extrínsecos).

Entre os Fatores Intrínsecos estão:

Infecção local e grau de contaminação;


Presença de secreções;
Falta de oxigenação;
Tensão na ferida;
Hemorragia;
Corpos Estranhos;

Podemos destacar neste bloco de fatores que alguns deles são causados
pela falta de higiene adequada e de cuidados especiais com o local lesiona-
do, porém, é notável como a falta de oxigenação e circulação adequada do
sangue interfere na cura.

Vamos citar agora os Fatores Extrínsecos:

Idade;
Estado nutricional;
Estado imunológico;
Diabetes e outras doenças crônicas;
Uso de medicamentos (principalmente de esteroides) e/ou Terapias
medicamentosas associadas;
Quimioterapia;
Alcoolismo;
Tabagismo.

Os fatores acima não são diretamente controlados por quem sofreu a le-
são ou pelo profissional que fez o piercing.
No caso do uso de cigarro, álcool e algumas medicações, a recomenda-
ção para interromper o uso durante esse período pode ser dada, mas as
substâncias que já circulam no sangue podem afetar a cicatrização por um
tempo prolongado, mesmo depois que tenham sido interrompidos.

O desconhecimento de algumas doenças, estado nutricional e a falta de


cuidado de pacientes diabéticos são agravantes e quanto mais cedo o tra-
tamento se iniciar, menores as chances de complicações tardias.

Como perceber e tratar esses fatores


A cicatrização inicial para a primeira troca de joias, da haste maior para a
haste menor, normalmente leva entre 4 a 6 semanas. Ela pode não se iniciar
imediatamente após a lesão devido aos fatores extrínsecos que citamos.

Pessoas com diabetes, idade avançada e que fazem uso de algumas me-
dicações podem retardar o processo de cicatrização de piericngs.

Se você fez um piercing, já tentou praticamente tudo (inclusive as mi-


nhas orientações neste curso) e ele nunca cicatriza, não é bom deixar o local
aberto por muito tempo e sem os cuidados necessários. Procure um médi-
co que possa lhe orientar e fazer um checkup geral para verificar como esta
a sua saúde.

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

Orelha
Quanto tempo posso trocar por argola após a perfuração?
Com exceção do Daith e do Lóbulo, todos os furos da cartilagem da ore-
lha não devem ser perfurados com argola. Não existe um prazo igual para
todas as pessoas, pois o processo de cicatrização é diferente em cada in-
divíduo. Porém, um ótimo sinalizador que você já pode desfrutar da tão
sonhada argola é a sua perfuração estar seca, sem secreções, inchaço ou
coloração diferente do normal. Normalmente oriento minhas clientes da
seguinte forma: de 4 a 6 semanas fazemos o downsize, ou seja, atualizamos
a jóia dela da maior (que ela colocou quando perfuramos), para a haste me-
nor. Ela fica mais 60 dias com a haste menor e a partir dai vai verificando
se a cartilagem esta pronta pra receber a argola. Normalmente, quando
sai da jóia reta para a argola, pode acontecer um pouco de incomodo. Já
que a cartilagem estava em repouso e agora está tensionada com a argola.
Por isso é importante jamais colocar argolas pequenas demais, que tirem
a cartilagem do estado de repouso. O ideal é ela se movimentar com pelo
menos 2mm de folga.

Quantidade de perfurações no mesmo dia?


Isso vai depender de profissional pra profissional. Eu sempre priorizo a
qualidade de vida da cliente. Se for perfuração no lóbulo, fazemos dos dois
lados da orelha. Se for cartilagem, fazemos de um lado só e após cicatrizar,
fazemos do outro. O importante é você saber dos cuidados e riscos que terá
dali pra a frente e ponderar tudo isso juntamente com o profissional.

Pontos de acupuntura
De acordo com o acupunturista, Dr Eduardo Figueiredo (@dr.eduardo.
figueiredo) atuante em Alphaville/SP, os pontos de acupuntura são locais
específicos do corpo onde são inseridas as agulhas para o tratamento e não
estão presentes só nas orelhas, caso as mesmas sejam perfuradas, a pessoa
ainda assim poderá ser tratada com esta técnica. Para isso existem diversos
outros pontos, como nos pés e nas mãos por exemplo.

Vejo muitos “Body Piercers e Acupunturistas” usarem o titulo para gerar


uma segurança no cliente, porém há uma controvérsia na questão da es-
tética. Se a cliente quer perfurar o lóbulo por exemplo e ali na região tem
um ponto de acupuntura, o “body piercer acupunturista” não vai perfurar
a orelha de forma assimétrica! Em meus 18 anos de profissão nunca atendi
uma cliente que quisesse os piercings tortos por causa dos pontos de acu-
puntura.

Não é comprovado cientificamente que os brincos ou piercings coloca-


dos em pontos de acupuntura causem mal a saúde, tampouco benefícios.
Como medir o tamanho da argola?

Deve-se medir a distância de um furo até o outro lado, e comparar com a


mesma medida interna da argola, ou até a borda da cartilagem e multipli-
car essa medida por dois.

A diferença entre um brinco e um piercing é que o brinco foi feito para a


anatomia do lóbulo, mais macia, menos e maleável enquanto a argola para
cartilagem tem mais espaço na haste que entra na perfuração e não tem
a “lombada” do fecho, o que poderia causar deformações na cartilagem.

As argolinhas brinco só cabem nas Helix fininhas, sem a voltinha, com o


furo mais na ponta.
Se a cartilagem tiver a voltinha redondinha, se o furo for mais para den-
tro, se a cartilagem for mais grossa, é só usar o piercing, Simples assim!

Na joalheria para piercings existem diversos tamanhos das argolas. Geral-


mente servem da forma descrita abaixo:

Cartilagem com pouca volta: 6mm


Cartilagem com volta mais arredondada: 8mm
Cartilagem grossa, arredondada, furo mais para dentro: 10mm

Para saber qual fica boa em vc, pegue uma argola qualquer, coloque no
furo e meça, use uma régua, é igual sapato, se não servir, procure um nu-
mero maior ou menor. Não tem segredo!!!

Eu indico somente PIERCINGS, em qualquer situação que seja,


pois o piercing não aperta, tem o formato anatômico e evita compli-
cações futuras que uma argolinha brinco pode causar (a maior de-
las é ficar apertada no furo e começar a machucar a cartilagem).

Sobre os materiais: se seu furo tiver menos de 1 ano, indico somente Aço,
Ouro ou Titânio.

COMO MEDIR: CONCH


COMO MEDIR: HELIX
COMO MEDIR: NARIZ
PARA ÁREAS PARTICULARES

Como higienizar minhas jóias


Retire as jóias e as coloque num copo. Se as pedrinhas dos seus piericngs
forem cravadas, jogue água quente por cima e detergente neutro. Use uma
escova de dentes velha. Isso vai remover sujeiras e resíduos. Se as pedrinhas
dos seus piercings forem coladas, faça o mesmo processo, porém com agua
fria.

Existe algum piercing que dói mais e algum que dói menos?
Sabe aquilo de “depende de pessoa para pessoa”? Bem, é verdade. Afinal,
as sensações e as anatomias dos corpos são diferentes. Preocupe se em ir
alimentado ao estúdio, limpo, com mentalidade positiva e se for acompa-
nhado, com uma pessoa alto astral, que te apoie. A dor não é impedimento.
Vá confiante e foque no resultado final.
SEUS DIREITOS
Hoje em dia com a facilidade da internet, ficou muito fácil saber a reputa-
ção e qualidade dos serviços de um profissional piercer. Antes de agendar e
fazer a sua perfuração, pesquise sobre o studio e o profissional na qual você
deseja realizar o procedimento. Veja fotos e leia depoimentos de clientes.
Não arrisque sua saúde fazendo perfurações em casa ou em lugares que
não são um studio apropriado para piercings.

Já ouviu aquele ditado: “o barato sai caro”? Pois é! Uma cirurgia plástica
reparadora de orelha deformada custa bem mais do que um piercing feito
por um profissional capacitado em um studio.

Não realize procedimentos com quem você não tenha tido indicação,
muito menos com um profissional que você perceber que está inseguro
com sua anatomia e não responde as suas perguntas de maneira clara.
Agora você esta capacitado para discernir e tomar decisões sobre seus pier-
cings baseado no conhecimento que você adquiriu no meu curso! Use o
poder desse conhecimento! Ninguem te engana mais!

Você tem direito de ser perfurado em um ambiente higiênico por um


perfurador limpo, consciente e sóbrio, usando um novo par de luvas descar-
táveis para exames médicos. Ser perfurado com uma agulha de uso único
totalmente nova, totalmente esterilizada, que é imediatamente descartada
em um recipiente médico para objetos perfuro cortantes após o uso em um
piercing. Não fique com vergonha de pedir para ver a agulha sendo tirada
fora da embalagem, isso é um direito seu!

Você tem direito de ser tocado somente com instrumentos recém-este-


rilizados e apropriados, usados e descartados adequadamente ou re-este-
rilizados (quando apropriado) em uma autoclave antes de serem utilizados
em qualquer outra pessoa.

Saber que as armas perfurantes (pistolas) NUNCA são apropriadas e


são perigosas quando usadas em qualquer coisa - inclusive nos lóbulos
das orelhas. Um studio de qualidade, que visa a biossegurança em seu
estabelecimento, jamais irá te oferecer perfurações feitas com pistolas.
Você tem direito de saber que o piercer conhece e pratica os mais altos pa-
drões de esterilização e higiene.

Ter a segurança que um piercer experiente avalie e discuta piercings e


jóias apropriados para sua anatomia e estilo de vida individuais.

Estar completamente informado de todos os riscos e possíveis complica-


ções envolvidas em sua escolha de piercing antes de tomar qualquer deci-
são. Buscar e receber uma segunda opinião de outro perfurador dentro do
estúdio ou de outro estúdio.

Solicitar para fazer um tour pelo estúdio de piercing e tenha todas as per-
guntas de forma completa e educada antes de tomar ou seguir qualquer
decisão. Ter piercings iniciais equipados com jóias de tamanho, material,
design e construção adequados para melhor promover a cura.

Estar totalmente informado sobre cuidados posteriores adequados, tan-


to verbalmente quanto por escrito, e ter acesso contínuo ao body piercer
para obter assistência durante todo o processo de cicatrização.

Ser tratado com respeito, sensibilidade e conhecimento, independente-


mente de sexo, orientação sexual, raça, religião, etnia, habilidade, estado de
saúde ou escolha penetrante.

Se mudar de idéia, interrompa o atendimento e saia a qualquer momen-


to se a situação parecer desconfortável ou imprópria.

Espero que esse livro ajude você a compreender o universo dos pierin-
gs e que a partir de agora você tenha autonomia para fazer suas compras,
trocas, atualizações e solução de problemas simples. E quando decidir fa-
zer um novo furo, conversar com clareza, sem a sensação de vulnerabili-
dade. Dediquei meses nesse projeto e me sinto honrada de passar esse
conhecimento dessa arte que eu tanto amo e que mudou a minha vida.

Muito obrigada por chegar até aqui.


Te vejo em breve

Just Paulinha

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