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A ROUPA E A ARTE
No mundo todo, as pessoas se vestem de acordo com as convenções de sua cultura. Por exemplo:
algumas indianas vestem sáris, algumas japonesas trajam quimonos e alguns muçulmanos do continente
africano usam o bubu.
Sári: longa peça de tecido enrolada em volta do corpo para cobrir o busto e formar uma saia.
Bubu: túnica longa e larga usada em alguns países da África ocidental, especialmente em cerimônias.
Globalização: processo em que os países se tornam mais dependentes uns dos outros na cultura e na
economia. Em alguns casos, a globalização fez com que a cultura de países ricos, em especial dos Estados
Unidos e da Europa, se impusesse às demais.
2. Rasgar peças de jeans e bordar sobre elas já foi uma forma de deixar uma marca pessoal na roupa
que se veste. Hoje em dia, há calças que já são fabricadas com rasgos, desfiadas e bordadas. O que
isso revela sobre a moda?
Indumentária: arte relacionada ao vestuário, nas diferentes épocas e sociedades. Diferencia-se da moda, que
se relaciona com a criação de tendências pela indústria do vestuário.
Hoje em dia estamos cercados por produtos das artes gráficas. A todo momento é possível ver
cartazes, sites e logomarcas de empresas. Essas artes gráficas são produzidas diariamente por designers
gráficos – profissionais que criam formas de comunicar uma ideia por meio de elementos visuais. O
designer carioca J. Carlos (1884-1950) foi um pioneiro das artes gráficas no Brasil. De 1922 a 1931, ele foi
o responsável pela elaboração das capas da revista Para Todos..., voltada para o público jovem feminino que
vivia nas cidades. Um dos principais temas dessa revista era a moda, e a maioria das capas ilustradas por ele
tinha uma figura feminina como elemento central. J. Carlos influenciou os costumes e a moda brasileira da
época com imagens de mulheres esguias que usavam cabelo curto, chapéu cloche e vestido de cintura baixa.
Chapéu cloche: é um chapéu feminino em formato de sino, detalhe que batizou a peça (“sino” em francês é
cloche). Tornou-se muito popular na década de 1920.
Atualmente, fantasias têm sido incorporadas à forma cotidiana de vestir de alguns jovens. A seguir,
na próxima foto, vemos uma garota fantasiada de Hatsune Miku, cantora virtual criada por sintetizador que
aparece na segunda foto. Esse costume foi adotado por jovens do mundo inteiro e é chamado de cosplay –
forma abreviada da expressão inglesa costume play, que significa “brincar com fantasia”. O cosplay envolve
fãs de todo tipo de personagens da cultura pop, desde aqueles que protagonizam filmes estadunidenses de
ficção científica, como os da série Guerra nas estrelas, até os dos mangás, animes e jogos eletrônicos.
Alguns jovens confeccionam as próprias fantasias, com as quais incorporam seus personagens prediletos em
concursos, apresentações e encontros de cosplays.
Mangá: estilo de revista em quadrinhos criado no Japão e hoje popular em várias partes do mundo, que
procura se aproximar da linguagem cinematográfica. Os personagens dessas revistas geralmente têm olhos
grandes e arredondados.
Anime: desenho animado produzido no Japão com inspiração nas narrativas dos mangás. Traz personagens
complexos, que extrapolam a divisão entre bem e mal. São produzidos em diferentes gêneros, como contos
infantis, ficção científica, histórias românticas, etc.
Você se vestiria como algum personagem para um encontro como esse? Que personagem seria esse?
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A cada estação do ano, a indústria da moda propõe novas combinações de cores, texturas e formas
que caracterizem a temporada. Essas propostas são chamadas tendências. Para os consumidores, as
tendências são sempre uma novidade. Porém, na realidade, elas são planejadas com muita antecedência. Há
várias etapas, desde a produção dos fios que compõem os tecidos até a confecção das roupas que serão
vendidas nas lojas. Existem empresas especializadas em colher informações entre os consumidores para
descobrir suas preferências de vestuário e a relação delas com seu estilo de vida. É com base nessas
pesquisas que a indústria da moda propõe novas tendências. Alguns estilistas são inventores consagrados,
capazes de criar inovações que serão adotadas no mundo inteiro, mas não são os únicos a ditar tendências. A
partir da década de 1950, a opinião dos jovens sobre o que vestir foi ganhando importância. Por isso, nas
últimas décadas, a moda das ruas passou a influenciar também no trabalho dos estilistas. Metaleiros, hippies,
punks, grunges, rappers, hipsters, entre outros, usam o vestuário para indicar o grupo com que se
identificam. A diversificada maneira de vestir das chamadas “tribos” foi incorporada pelas coleções de alta-
costura e pela grande indústria. Com isso, peças como tênis e short passaram a ser usadas por gente de todas
as idades nas mais variadas situações sociais. Hoje, de certa forma, as pessoas têm liberdade para se
expressar por meio do que vestem. Cada pessoa pode interferir em roupas prontas, rasgando, bordando,
aplicando acessórios. É a era da chamada “customização”.
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