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Versos e Poesias para Adultos - Intensivão de Outono e Páscoa 2024
Versos e Poesias para Adultos - Intensivão de Outono e Páscoa 2024
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
— Meu tempo é quando.
Atribuído a Goethe:
Se não morreres várias vezes durante a vida, estarás morto na hora da morte;
Se morreres várias vezes em vida, estarás vivo na hora da morte”.
No mistério do sem-fim
Equilibra-se um planeta
E, no jardim, um canteiro
No canteiro, uma violeta
E, sobre ela, o dia inteiro
A asa de uma borboleta
(Cecília Meireles)
Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se
quiser conhecer as borboletas.
(Antoine de Saint-Exupéry)
Quero asas de borboleta azul, para que eu encontre o caminho do vento, o caminho da
noite, a janela do tempo, o caminho de mim.
(Roseana Murray)
Contemplai a flor
Ela é a borboleta
Presa pela terra.
Contemplai a borboleta.
Ela é a flor
Liberta pelo cosmos.
(Atribuído a Goethe)
A Lição da Borboleta
Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta se esforçando para sair do casulo.
Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali.
Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças e ficou imóvel. O homem, então,
decidiu ajudar a borboleta: com uma tesoura abriu o restante do casulo, libertando-a
imediatamente. Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha asas amassadas.
O homem continuou a observá-la esperando que ela levantasse vôo. A borboleta passou o
resto de sua vida rastejando num corpo murcho e as asas encolhidas, incapaz de voar. O que o
homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e
o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura foi o modo
escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.
Uma borboleta multicor estava voando na escuridão da noite quando viu, ao longe,
uma luz. Imediatamente voou naquela direção e ao se aproximar da chama pôs-se a
rodeá-la, olhando-a maravilhada.
Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu fazer o mesmo que fazia com as
flores perfumadas. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama e passou rente a
ela.
Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa por verificar que as
pontas de suas asas estavam chamuscadas.
Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto a
chama pudesse causar-lhe mal. E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu
as asas e levantou vôo novamente.
Rodou em círculos e mais uma vez dirigiu-se para a chama, pretendendo pousar sobre
ela. E imediatamente caiu, queimada, no óleo que alimentava a brilhante e pequenina
chama.
- Pobre borboleta! – respondeu a chama – Eu não sou o sol, como você tolamente
pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com
cautela, são queimados.
Esta fábula é dedicada àqueles que, como a borboleta, são atraídos pelos prazeres
mundanos, ignorando a verdade. Então, quando percebem o que perderam, já é tarde
demais.
(Leonardo da Vinci)
Seleção com o tema ‘ovo’:
O ovo do coelho (Paulo Leminski)
Coelho não bota ovo,
Quem bota ovo é galinha.
Mas eu conheço um coelho
Que é mesmo uma maravilha.
Os ovos que ele bota,
Você nem imagina.