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atuação em Montes Claros e demais cidades, tendo como objetivo elaborar um perfil de tais
empresas e tentar visualizar a presença de engenheiros de produção, que estejam atuando na
solução de problemas nos diversos setores das empresas.
Nesse trabalho é dada ênfase a Gestão de saúde e Segurança, abordando dados a
respeito da existência de políticas de prevenção de riscos ergonômicos e se tais empresas
realizam treinamentos para funcionários recém-admitidos e se há também engenheiros de
produção responsáveis pela política de prevenção de riscos ergonômicos.
A ergonomia pode ser aplicada nos mais diversos setores da atividade produtiva.
No começo sua maior aplicação se deu na agricultura, mineração e, sobretudo na indústria.
Atualmente, a ergonomia tem sido aplicada no emergente setor de serviços e, também, na vida
cotidiana das pessoas, nas atividades domésticas e de lazer. Será que as empresas
entrevistadas estão realmente se preocupando com a saúde de seus funcionários?
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DESENVOLVIMENTO
REVISÃO DA LITERATURA
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Os processos produtivos na década de 1950 desfrutaram de um aperfeiçoamento
tecnológico, com o surgimento de um novo sistema produtivo em que a microeletrônica é a
grande responsável pela inovação tecnológica juntamente com as telecomunicações. Para
Marques (1987, p.7 e 54), a utilização da microeletrônica tem resultado na separação de
problemas de estrangulamento e na extensão da linha para setores que antes não eram assim
organizadas, aprofundando, portanto, o uso da organização taylorista/fordista do trabalho.
Posteriormente surgiram e continuam aparecendo novidades na área de ciências e
tecnologia, nos processos produtivos e em outros segmentos o surgimento de uma nova
tecnologia destrói a velha para se inserir em seu lugar. Por isso os diversos segmentos da
sociedade devem estar sempre investindo em pesquisa e desenvolvimento, só assim
conseguiremos nos manter atualizados.
Para se entender a organização dos processos de produção atuais é necessário estudar
os modelos de produção que acompanharam a consolidação do capitalismo. O sistema de
produção em série foi altamente influenciado pelas idéias de Adam Smith e a histórica fábrica
de alfinetes, que sugeria que a produção de um alfinete poderia ser subdividida para até 10
trabalhadores.
Mas são a partir dos estudos de Taylor sobre as ferramentas adequadas ao trabalho,
sobre a parcelização, organização e simplificação do processo produtivo e do estudo de
tempos e movimentos que houve um aumento real na quantidade produzida. Segundo Silva
(2007), Taylor ao tentar superar entraves do desenvolvimento do capitalismo decompõe o
trabalho em minúsculas tarefas e determina qual a maneira de executar para alcançar maior
rendimento.
Ford, utilizando das idéias de Taylor e Smith, consegue alavancar a produção
industrial através da utilização da esteira rolante. Onde a linha de montagem consistia de uma
esteira que passava à frente dos trabalhadores. O processo de produção ditado por Ford é
caracterizado pela:
6
p.3) afirma que “o modelo fordista trouxe: sistema intensivo de mão de obra, hierarquia
formal: o dono da fabrica é o patrão, como Henry Ford; salários rígidos”.
Nos anos 70 o fordismo entra em crise e um novo modelo de produção surge do Japão,
o toyotismo. Os apontamentos de Costa (2007, p.4) indicam que as mudanças organizacionais
levaram a criação de um novo paradigma, intensivo em capital, tecnologia, informação e
conhecimento. Como exemplo a terceira revolução industrial (microeletrônica) como
sinônimo de inovação tecnológica associada a pesquisa e desenvolvimento.
De acordo com Cimbalista (2002), Taiichi Ohno, introduzindo conceitos como o da
“fábrica mínima” reduziu os custos, pois iniciou a idéia de redução de estoque que acarreta
redução de pessoal, de espaço e de equipamentos. Ainda tendo como antecedente o sistema de
supermercados e da indústria têxtil tenta atingir o objetivo do estoque zero (Kan Ban).
A cultura Ohnista prevê trabalhadores multiqualificados, controle de estoque, redução
do custo de manutenção, ferramentas padronizadas, produção just-in-time, alto investimento
em pesquisa e desenvolvimento, o patrão da fábrica é uma pessoa altamente qualificada,
utilização da automação, terceirização, multifuncionalização, responsabilidade social e
ambiental é o que destaca Costa.
Silva (2007) destaca que a inserção do modelo de produção Toyota no Brasil vai ser
diferente das dinâmicas enfrentadas por outros países, principalmente aos mais desenvolvidos
economicamente.
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PESQUISA EMPÍRICA
TABELA 1
Área de atuação das empresas
Área de atuação Número de
das empresas ocorrências
Educação 1
Construção civil 3
Comércio 9
Indústria Alimentícia 5
Logística 1
Reflorestamento 1
Telefonia 1
Serviços bancários 1
Área hospitalar 1
Restaurante 1
Farmácia 1
Outras indústrias 1
Metalurgia 3
Produtos veterinários 1
Tecidos 3
Siderurgia 1
Prestação de serviços 4
Engenharia 1
17%
sim
não
83%
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necessário haver uma maior divulgação para que o profissional seja valorizado pela
sociedade”(NAKAO, 2008 p.1).
É possível comprovar a afirmação do autor através do GRÁFICO acima, onde 40
empresas de diversas áreas de atuação no mercado foram entrevistas, sendo que entre as áreas
de atuação, destacam-se o setor de comércio e a indústria alimentícia. Quando interrogados se
haviam engenheiros de produção de produção atuando em algum setor apenas 17%
responderam sim.
Por se tratar de uma profissão nova, a Engenharia de Produção, permanece
desconhecida pela grande maioria das pessoas e empresas, sendo necessária que haja uma
maior divulgação dos campos de atuação, para que esses profissionais não se restrinjam
somente às grandes empresas.
TABELA 2
Área de atuação dos Engenheiros de Produção
Área de atuação Número de
ocorrências
Controle da 2
produção
Controle de 2
qualidade
Desenvolvimento 2
de produtos
Produção 4
Logística 1
Gerenciamento 1
Planejamento 1
Controle e 1
execução de obras
9
Áreas de Atuação
4,5 4
4
3,5
3 2 2 2
2,5
2 1 1 1 1
1,5
1
0,5
0
Desenvolvimen
Planejamento
Gerenciamento
Controle da
Controle de
Produção
Logística
execução de
to de produtos
qualidade
produção
Controle e
obras
GRÁFICO 2: Mostra em que áreas os engenheiros de produção estão trabalhando
nessas empresas
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humano.Estes mesmos conhecimentos, da área denominada ergonomia são empregados
também durante o projeto de novos produtos para garantir que eles não tragam riscos ao
consumidor final.O EP pode atuar nesta área participando de equipes de projeto de produto
como ergonomista ou aplicando estes conhecimentos no projeto de fábricas e linhas de
produção ou serviços.
Sub-Áreas
Organização do Trabalho
Psicologia do Trabalho
Biomecânica Ocupacional
Segurança do Trabalho
Análise e Prevenção de Riscos de Acidentes
Ergonomia
Ergonomia do Produto
Ergonomia do Processo 1
GRÁFICO 7:
Existência de política 45%
s im
de prevenção de 5 5% não
riscos
Ergonômicos
Percebe-
se no GRÁFICO 7 que 55% das empresas pesquisadas afirmam existir uma política de
prevenção de riscos ergonômicos e 45% afirmam não existir.
Segundo Sadd (1981), os estudos ergonômicos tiveram um aprofundamento ainda
maior com o início dos programas espaciais e de segurança de veículos automotores, devido a
severas solicitações. Pode-se dizer que esses dois segmentos distintos citados exigem um
1
http://www.prod.eesc.usp.br/sep/index.php/grad/__2/o_profissional/areas_de_atuacao/ergonomia_e_seguranca_
do_trabalho
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elevado grau de segurança, com isso contribuíram de forma significativa para o
desenvolvimento da ergonomia e segurança do trabalho.
“A boa qualidade do produto é apenas o resultado da boa qualidade da produção;
e segurança é um dos elementos da produção.” (LARCEDA, 2007 p.8)
De acordo com Sadd (1981), o desenvolvimento da ergonomia depende de 4
níveis de exigências:
7 6
6 5
5
4
3 2 2
2 1 1
1
0
Fisioterapeuta
CIPA
SESMT
Engenheiro
Fundação
Segurança do
Técnico em
BHZ
Trabalho
12
0% (4 ocorrência)
5% (2 ocorrência)
7,68% (1 ocorrência)
Muitas empresas não responderam
4 5% s im
nã o
55%
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SESMT (6 ocorrências)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da pesquisa percebe-se que os engenheiros de produção são realidade
somente em grandes empresas, e desconhecidos ou não valorizados nas médias e pequenas, é
um pena, tendo em vista que esse profissional tem o papel de criar condições para aplicação e
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disseminação continua do conhecimento, sendo importante em todas empresas, independente
do seu tamanho. É possível perceber também que o cenário nas empresas atuais já está
mudando, os antigos operário, valorizados somente como mão de obra no ambiente industrial,
são vistos hoje por completo, como detentores e criadores do conhecimento organizacional,
avanços estes relacionados a grandes nomes como Taylor e Ford que elaboraram novos
modelos de produção, que com o passar do tempo foram sendo aperfeiçoados pelas pessoas e
empresas.
Com o avanço da ciência e tecnologia consigo trouxeram aperfeiçoamentos de
técnicas e métodos que adaptem o trabalho ao homem, como é o caso da ergonomia; não mais
o homem à máquina. Aperfeiçoando ferramentas e métodos para o desenvolvimento de
produtos e processos produtivos que não tragam riscos à saúde, doenças ou impacto
ambiental. Através da pesquisa foi visto que ainda há muito para melhorar, apenas pouco mais
da metade das empresas adotam política de prevenção de riscos ergonômicos, e menos da
metade das empresas pesquisadas afirmam existir treinamento de segurança e ergonomia para
funcionários recém-admitidos. Foi também possível perceber que o que o engenheiro de
produção vem atuando em diversos setores, no entanto não a nenhum profissional atuando
como responsáveis pela política de riscos ergonômicos, sendo esse um dos setores no qual
esse profissional está apto a trabalhar e que poderia está contribuindo para o aperfeiçoamento.
Apesar da evolução significativa, os desafios continuam. A velocidade dos
avanços tecnológicos em processos produtivos, a demanda por uma diversidade cada vez
maior de produtos e os desafios ambientais crescentes são exemplos de problemas que se
entrelaçam e ainda sem solução definitiva.Com certeza, eles irão desafiar as mentes das
novas gerações de engenheiros de produção.
REFERÊNCIAS
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<http://www.ipardes.gov.br/pdf/bol_ana_conjuntural/bol_24_2f.pdf>. Acesso em : 02
novembro 2008.
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
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Este questionário faz parte de uma pesquisa realizada pelos acadêmicos do 1o. período do
curso de Engenharia de Produção das Faculdades Pitágoras de Montes Claros. Gostaríamos de
contar com sua valorosa contribuição respondendo as questões abaixo. Ressaltamos que os
dados serão coletados sem a identificação do nome da empresa ou do profissional pesquisado.
Muito obrigado.
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7 Quais ferramentas de comunicação interna a empresa utiliza?
8.1 Qual destino é dado a estes resíduos? Eles recebem algum tipo de tratamento?
a) Muito Baixo
b) Baixo
c) Razoável
d) Alto
e) Muito Alto
a) Muito Pouco
b) Pouco
c) Razoavelmente
d) Muito
e) Muitíssimo
19 Qual é o grau de satisfação dos acionistas de sua empresa com relação à margem de lucro
alcançada?
a) Muito insatisfeitos
b) Insatisfeitos
c) Razoavelmente satisfeitos
d) Satisfeitos
e) Muito satisfeitos
19
22 A sua empresa utiliza a aplicação de modelos matemáticos na solução de problemas
sistêmicos?
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