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Diabetes Mellitus tipo 2

Profa. Fernanda Oliveira Magalhães


Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
DIABETES TIPO 2
 Cetoacidose é rara
 Hiperglicemia gradual - assintomático por anos
 Fatores de risco: obesidade, obesidade abdominal, idade,
sedentarismo
 Predisposição genética forte (maior que no tipo 1) -
complexa e não definida
 Mais frequente em: indivíduos com HAS e dislipidemia e
após diabetes gestacional
 Frequência varia em subgrupos raciais e etnicos
Diabetes Mellitus tipo 2
• Aproximadamente 90% dos casos de diabetes são do
tipo 2
• Causa principal de cegueira, insuficiência renal,
amputações, AVC e doença arterial coronariana
• Proporções epidêmicas em muitos países em
desenvolvimento
• Imenso impacto econômico nos recursos da Saúde
• Urge a adoção de novas estratégias para o
tratamento e prevenção da doença
Zimmet et al. Diabetologia 1999; 42:60–68.
OMS. Relatório Mundial de Sáude 1997; 6.
American Diabetes Association. Diabetes Care 1998; 21:296–309.
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
Prevalência do DM 2 - homens de
45-54 anos
Japão
China
China
Arabia Saudita
Italia
Itália
Polonia
inamarca
Dinamarca
Suécia
Finlandia
Finlândia
Brancos(EUA
Negros(EUA)
Negros (EUA)
Cubanos(EUA)
Mexic(EUA)
Mexicanos(EUA)
Indios Pima
0 10 20 30 40 50 60
Prevalência estimada do diabetes
no mundo inteiro em 2025

Número de pessoas:
<5,000
5,000 – 74,000
75,000 – 349,000
350,000 – 1,500,000
>1,500,000
Nenhum dado disponível
OMS. Relatório Mundial de Saúde1998; 91.
Prevalência de Diabetes
Mellitus (população entre 30 e 69 anos)

Belém - 7,2 %
Fortaleza - 6,5 %
João Pessoa - 7,9 %
Recife - 6,4 %

Salvador - 7,9
Brasilia - 5,2% %
Brasil - 7,6%

Rio de Janeiro - 7,5 %


Censo Brasileiro
Ministério da Saúde, 1993 São Paulo - 9,7%

Porto Alegre - 8,9%


Prevalência de diabetes em
Ribeirão Preto (1999)
25
21.7

20 17.4

15 13.6
12.6 12.1
Brasil (1989)
10 Ribeirão Preto
7.1 7.5
5.5
5 2.7 3.3

0
30-39 40-49 50-59 60-69 30-69

MTCG Torquato, RM Montenegro, LAL Viana et al . Arq Bras. Endocrinologia e Metabologia, 43 (Supl 1):
S190, 1999
Prevalência de Diabetes no
município de Uberaba – 2005-2007

Normal
66.5%
Pré-diabetes
Diabetes

12.7% 20.8%
Prevalência de diabetes em
Uberaba (2005-2007)
23.3
25
21.7

20 18
17.4

15 13.6 12.7
12.6 12.1 Brasil (1989)
Ribeirão Preto
10 8.1
7.1 7.5 Uberaba (2005-7)
4.7 5.5
5 2.73.3

0
30-39 40-49 50-59 60-69 30-69
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
Desenvolvimento do Diabete Tipo 2
Predisposição genética/Fatores ambientais, ex. obesidade

Função célula b Resistência à insulina

Descompensação da célula b Compensação da célula b

Deficiência de insulina

Intolerância à carbohidrato

Diabete Tipo 2
História Natural do Diabetes tipo 2

Glicose
Glicose Pós-prandial
350
300
mg/dL 250 Glicose de Jejum
200
150
100

Relação ao normal
250 Insulino-resistência
200
(%) 150
100
Risco para
50 diabetes Disfunção da célula Beta Nível de Insulina
0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30

Anos
R. Bergenstal and D. Kendall, International Diabetes Center
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE
DIABETES
 Sintomas de diabetes + Glicemia  200mg/dl
OU
 Glicemia de jejum  126 mg/dl *
OU
 Glicemia 2 horas após TTG c/ 75 gr glicose  200 mg/dl

*Critério deve ser confirmado por teste repetido em outro dia, exceto com
descompensação metabólica aguda

Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care 20:7, 1997;
Diabetes Care 26:3160-67, 2003
EXAMES NOS INDIVÍDUOS SADIOS

 < 45 anos - se normal repetir a cada 3 anos


 > 45 anos ou realização mais frequente:
 Obesos e sobrepeso ( 120% PI ou IMC  27 kg/m2)
 Parente 10 grau diabéticos
 População etnica de alto risco
 Filho nascido  4 Kg ou diabetes gestacional
 Hipertensos ( 140/90 mmHg)
 HDL colesterol  35 mg/dl ou Tg  250 mg/dl
 Intolerância à glicose ou glicemia de jejum alt.
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
Tratamento do DM
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia
 Antidiabéticos Orais
 Drogas Antiobesidade
Metas de Controle Glicêmico
Tratamento do DM
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia
 Antidiabéticos Orais
 Drogas Antiobesidade
Redução dos fatores de risco
das doenças cardiovasculares
 Interrupção do tabagismo
 Tratamento da hipertensão
 Tratamento da hiperlipidemia
 Melhora do controle glicêmico
 Redução de peso em obesos
 Exercícios regulares
Tratamento do DM
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia
 Antidiabéticos Orais
 Drogas Antiobesidade
Macronutrientes Ingestão recomendada
Valor Calórico Total (VCT) De acordo com as
necessidades do indivíduo
CHO 60 a 70%
Sacarose Restrição
Frutose Não se recomenda
Fibra alimentar Mínimo de 20 gr/dia
Gordura total 30% do VCT total
Ácidos Graxos saturados < 10% do total
Ácidos Graxos Poliinsaturados Até 10% do VCT
Ácidos Graxos 60 a 70% CHO + AGMI
Monoinsaturados
Colesterol < 300 mg/dia
Proteina 15 a 20% do VCT
Tratamento do DM
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia
 Antidiabéticos Orais
 Drogas Antiobesidade
Prescrição de exercícios
 Exercício aeróbico
 Três a cinco vezes por semana
 30 a 60 min/dia
 Intensidade moderada 40-60% do VO2 máx
 Exercícios de resistência – 3 vezes/semana
 Prevenção do DM: 150 minutos/semana de
exercício comedido
Tratamento do DM
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia
 Antidiabéticos Orais
 Drogas Antiobesidade
ANTIDIABÉTICOS ORAIS
 Sulfoniluréias
 Biguanidas
 Inibidores da alfa-glicosidase intestinal
 Repaglinida
 Nateglinida
 Tiazolinedionas
 Incretinas
Carboidrato Diminuição absorção
intestinal (acarbose)
Ação
Secretagoga
sulfoniluréias, glinidas,
incretinas
Diminui a
Glicemia lipólise
excessiva e
reduz os ácidos
graxos livres
Insulina

Diminui a
produção
hepática de
glicose
Melhora a captação de glicose mediada pela insulina
Glitazonas, Biguanidas e
Incretinas Glitazonas, Biguanidas
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
Drogas Anti-obesidade
 Orlistat
 Noradrenérgicos
 Anfepramona
 Femproporex
 Mazindol
 Serotoninérgicos
 Fluoxetina
 Sertralina
 Mistos
 Sibutramina
 Inibidores do Sistema Encocanabinóide
Diabetes Mellitus tipo 2
 Definição
 Epidemiologia
 Fisiopatologia
 Diagnóstico
 Tratamento
 Metas glicêmicas
 Redução dos fatores de risco cardiovascular
 Recomendação Nutricional
 Exercícios Físicos
 Tratamento Medicamentoso
 Insulinoterapia

 Antidiabéticos Orais

 Drogas Antiobesidade

 Avanços Terapêuticos
Avanços Terapêuticos

 Incretinas
 Análogos de GLP-1
 Inibidores de DPP-IV
 Pespectivas:
 Novos agonistas PPAR-gama
 Amilina
 Antagonista do receptor de glucagon
 Inibidores enzimáticos
 Cirurgia para Diabetes tipo 2 (Cirurgia Metabólica)
Incretinas
 GIP e GLP-1 – dois hormônios incretinas.
 GIP (peptídeo Insulinotrópico glicose-dependente)–
42 aminoácidos, derivado do pro-GIP, secretados
pelas células K intestinais (duodeno e jejuno
proximal). Meia vida de 5 min.
 GLP-1 (Peptídeo Glucagon-like 1)– 30 aminoácidos,
derivados do proglucagon, secretados pelas células L
intestinais (íleo e cólon). Meia vida de 2 min.
 São metabolizados pela enzima DPP-4 (dipeptil-
peptidase-4)
 Eliminados por via renal, após degradação.
GLP-1 e GIP
 Incretinas secretadas pelas células K e L
intestinais:
 Estimulam secreção de insulina glicose
dependente.
 Suprime secreção de glucagon. GLP-1
 Diminuem esvaziamento gástrico.
 Diminuem a ingestão alimentar.
 Aumentam sensibilidade à insulina.
 Aumentam a replicação de células b em animais
e mantém a eficiência das células b.
Incretinas e Diabetes tipo 2
 GLP-1 e GIP – contribuem com 60% a 70% da
resposta da insulina pós-prandial em
indivíduos sadios.
 No diabetes tipo 2 – disfunção de células b
com perda de massa de células b.
 Disfunção de células a – menor supressão da
liberação do glucagon, resultando em
aumento da produção hepática de glicose.
Incretinas
 Análogos GLP-1 (Incretinomiméticos)
 Exenatida (Byetta)
 Exenatida LAR
 Liraglutida
 Inibidores da DPP-4
 LAF-237 – Vildagliptina – (Galvus)
 MK-0431 - Fosfato de Sitagliptina (Januvia)
 Saxagliptina (Onglyza)
Inibidores de DPP-IV
 sitagliptina, MK-0431
 vildagliptina, LAF-237
 Saxagliptina
 Alogliptina
 SK-0403
 BI-1356
 GRC 8200 – inibidor de DPP-IV (Glenmark)
 …
 … no total 12 compostos diferentes em investigação
foram revelados na ADA 2007
Avanços Terapêuticos –
Antidiabéticos Orais
 Incretinas
 Análogos de GLP-1
 Inibidores de DPP-IV
 Pespectivas:
 Novos agonistas PPAR-gama
 Amilina
 Antagonista do receptor de glucagon
 Inibidores enzimáticos
 Cirurgia para Diabetes tipo 2 (Cirurgia Metabólica)
Amilina - Pramlintide
 Hormônio polipeptídico de 37 aminoácidos.
 Produzido pelas células b pancreáticas juntamente
com a insulina, pelo estímulo do CHO.
 Suprime glucagon.
 Diminui a glicemia pós-prandial.
 Diminui o tempo de enchimento gástrico.
 Diminui o peso.
 Efeitos colaterais: náuseas.
 Efeito em esvaziamento gástrico e motilidade
intestinal.
Avanços Terapêuticos –
Antidiabéticos Orais
 Incretinas
 Análogos de GLP-1
 Inibidores de DPP-IV
 Pespectivas:
 Novos agonistas PPAR-gama
 Amilina
 Antagonista do receptor de glucagon
 Inibidores enzimáticos
 Cirurgia para Diabetes tipo 2 (Cirurgia Metabólica)
Inibidores Enzimáticos
 Inibidores de Frutose-1,6 Bifosfatase Patente: WO
00/14095
 Inibidores de Glicose-Fosfatase (GP) Patente US
5998463, WO 99/26659.
 Inibidores de PEPCK fosfoenolpiruvato carboxiquinase
Patente US 6030837.
 Inibidores da Fosfatase 1B da proteína tirosina PTP1B
Patentes: PI0410384-0, PI0410390-4, PI 0409136-1, PI
0513423-7.
 Inibidores de SGLT2 Patentes: PI 0014722-2, PI0109326,
PI0311323-0.
 Inibidores de PGC1-alfa (Unicamp)
Avanços Terapêuticos –
Antidiabéticos Orais
 Incretinas
 Análogos de GLP-1
 Inibidores de DPP-IV
 Pespectivas:
 Novos agonistas PPAR-gama
 Amilina
 Tratamento Imunológico
 Antagonista do receptor de glucagon
 Inibidores enzimáticos
 Cirurgia para Diabetes tipo 2 (Cirurgia Metabólica)
Cirurgia para Diabetes Tipo 2

 A cirurgia chamada de exclusão duodenal - caracteriza pelo isolamento do


duodeno (primeira porção do intestino).
 Os médicos Dr. Ricardo Cohen e Dr. Carlos Aurélio Schiavon, desde 2005 em
pacientes não-obesos, com IMC entre 22 e 24.
 Os cirurgiões realizam este estudo por meio de protocolos experimentais
aprovados no Comitê de Ética em Pesquisa da USP São Paulo que serão
desenvolvidos também no Chile, Colômbia, Venezuela e Estados Unidos.
 Uberaba - Protocolo de Pesquisa coordenado pelo Prof. Eduardo Crema,
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFTM. Equipe Multidisciplinar
 Inclusão: Diabéticos com IMC entre 25 e 34,99, em uso de insulina, auto-
anticorpos negativos, Peptideo C > 1 ng/ml. Resultados positivos até o
momento
“Só come peixe,
nado o dia inteiro,
não tenho stress e

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